Você está na página 1de 2

TEXTO: Alimentos e bebidas do antigo Egito

AUTOR(A): Edda Bresciani

 Era comum a associação entre alimentação e saúde, resultando em concepções


que ligavam à longevidade ao ato de “comer bem”;
 No senso comum egípcio a alimentação exagerada era tida como sinal de saúde,
enquanto a falte de apetite era vista como mau presságio.
 A comida atuava também como uma espécie de “regulador da ordem social”,
podendo evitar com que rebeliões pudessem surgir.
“Outro indício do caráter essencial dos alimentos no antigo Egito é o fato de que a
crença em uma vida depois da morte, [...], insiste na necessidade de prodigalizar
alimentos aos defuntos.” (p. 69)
 Os cardápios fúnebres fornecem uma fonte legítima da análise das preferências
alimentares no Egito Antigo.
 A alimentação destes povos provinha de diferentes fontes – agricultura, pastoril,
caça, pesca – o que ocasionava uma grande diversidade alimentar, equilibrada.
“As planície do Nilo, periodicamente inunddas, produziam cereais em quantidade
abundante e suficiente para o consumo nacional e para a exportação. O trigo e a
cevada constituíam a base da alimentação e eram usados para a fabricação do pão
e da cerveja; o pão de espelta era destinado às classes mais modestas.” (p. 71)
 PREPARO DO PÃO: o pão era feito juntando água, farinha e sal que, após
misturados, eram levados ao forno ou sobre o fogo. Aos poucos, com o advento
da fermentação, a levedura foi utilizada, mudando o formato e a textura deste
alimento tão rico.
 O pão não possuía uma receita única e imutável, até mesmo seus formatos eram
diferentes a depender do padeiro ou do contexto.
 A CERVEJA: põem-se para fermentar a quente, na água e no trigo triturado,
pedaços de pão de cevada ou de trigo mal cozidos a fim de preservar as enzimas
da fermentação; em seguida, filtra-se esse líquido espesso deixando-o
descansar em jarros de cerâmica.
 A produção de cebola, alho-poró e alho era unânime em todas as hortas. Além
disso, havia uma forte presença de leguminosas em sua alimentação cotidiana
(grão-de-bico, favas, lentilha).
 No cardápio de frutas estavam incluídas o sicômoro, os figos, os abacates, as
alfarrobas. Com a aproximação e contato com civilizações asiáticas, frutas como
maçãs, romãs e a oliva foram possíveis de serem cultivadas no Egito. Outra fruta
importante era a uva, cujo principal uso era para a produção de vinho.
 Em relação a proteína animal, suscita a importância da carne de porco na
alimentação cotidiana; o leite dos animais assumia a forma de queijos e
manteiga para consumo.
 A pesca era atividade alimentar propícia aos mais pobres aos mais ricos. O peixe
seco e salgado era, inclusive, parte fundamental da ração alimentar dos soldados.
 O mel era o elemento de dulçor para os egípcios que o colhiam nas áreas do
delta, ambiente propício para a cultura apicultora.
 O coentro, o zimbro, o anis, o cominho eram os mais utilizados na cozinha.
 Em termos de gordura utilizavam gordura de ganso, porco ou de boi e óleos de
diversas origens vegetais.
 Três refeições (desjejum, almoço e jantar); era comum, nos primeiros momentos,
comer sem talheres e sentados ao chão.
“Nos edifícios importantes, como os palácios, as casas mais elegantes ou os
templos, a organização da cozinha, das despensas, dos depósitos, e mesmo do
pessoal, era complexa e hierarquizada.” (P. 77)
“As instruções, as quantidades, os utensílios e os procedimentos lembram as
prescrições dos textos de medicina do tempo dos faraós, e a maioria das plantas,
frutas e ingredientes empregados para a alimentação, tempero e edulcoração são
citados também nos livros de remédios dos médicos egípcios, grandes conhecedores
dos segredos da farmacopéia e das propriedades das ervas medicinais.” (p. 78)

Você também pode gostar