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73 A primeira Guerra Mundial devastou apenas partes do Velho


Mundo, sobretudo na Europa. [...]. Mas a Primeira Guerra Mundial
foi seguida por um tipo de colapso verdadeiramente mundial,
sentido pelo menos em todos os lugares em que homens e
mulheres se envolviam ou faziam uso de transações impessoais
de mercado.
74 O chamado “ciclo do comércio”, de expansão e queda, era
conhecido de todo home de negócios do século XIX. Esperava-se
que se repetisse, com variações, a cada período de sete a onze
anos.
74 O que parecia ser novo na recente situação era que,
provavelmente pela primeira e até ali única vez na história do
capitalismo, suas flutuações apresentavam perigo para o sistema.
E mais: em importantes aspectos, a curva secular de subida
parecia interromper-se.
76 Em suma, as poupanças privadas desapareceram, criando um
vácuo quase completo de capital ativo para as empresas, o que
ajuda a explicar a dependência maciça de empréstimos
estrangeiros da economia alemã nos anos seguintes e sua
vulnerabilidade quando veio a Depressão.
77 A Internacional Comunista tinha de fato previsto outra crise
econômica no auge do boom, esperando que ela [...] levasse a um
novo lote de revoluções. Na verdade, produziu o contrário, a curto
prazo.
78 O Brasil tornou-se um símbolo do desperdício do capitalismo e da
seriedade da Depressão, pois seus cafeicultores tentaram em
desespero impedir o colapso dos preços queimando café em vez
de carvão em suas locomotivas a vapor.
78 Para aqueles que, por definição, não tinham controle ou acesso
aos meios de produção [...], ou seja, os homens e mulheres
contratados por salários, a consequência básica da Depressão foi
o desemprego em escala inimaginável e sem precedentes, e por
mais tempo do que qualquer um já experimentara.
79 O que tornava a situação mais dramática era que a previdência
pública na forma de seguro social, inclusive auxílio-desemprego,
ou não existia, como nos EUA, ou, pelos padrões de fins do século
XX, era parca, sobretudo para os desempregados a longo prazo.
80 [...] a Grande Depressão destruiu o liberalismo econômico por
meio século.
80 Os keynesianos afirmavam, corretamente, que a demanda a ser
gerada pela renda de trabalhadores com pleno emprego teria o
mais estimulante efeito nas economias em recessão.
81 [...] outra medida profilática tomada durante, depois e em
consequência da Grande Depressão: a instalação de modernos
sistemas previdenciários.
81 O trauma da Grande Depressão foi realçado pelo fato de que um
país que rompera clamorosamente com o capitalismo pareceu
imune a ela: a União Soviética.
82 Assim, longe de perturbar sua economia, a Primeira Guerra
Mundial, como a Segunda, beneficiou-se espetacularmente.
82 Em suma, após o fim da Primeira Guerra Mundial, os EUA eram
em muitos aspectos uma economia tão internacionalmente
dominante quanto voltou a tornar-se após a Segunda Guerra
Mundial.
84 O que acontecia, como muitas vezes acontece nos booms de
mercados livres, era que, com os salários ficando para trás, os
lucros cresceram desproporcionalmente, e os prósperos obtiveram
uma fatia maior do bolo nacional.
87 Os portões para a Segunda Guerra Mundial foram abertos em
1931.
87 O fortalecimento da direita radical foi reforçado, pelo menos
durante o pior período da Depressão, pelos espetaculares reveses
da esquerda revolucionária.
88 No Brasil, a Depressão acabou com a oligárquica “República
Velha” de 1899-1930 e levou ao poder Getúlio Vargas, mais bem
descrito como populista-nacionalista.
89 [...] na maior parte do mundo colonial a Depressão assinalou o
início efetivo do descontentamento político e social local [...].
89 O velho liberalismo estava morto ou parecia condenado. Três
opções competiam agora pela hegemonia intelectual-política. O
comunismo marxista era uma.
89 Um capitalismo privado de sua crença na otimização de livres
mercados, e reformado por uma espécie de casamento não oficial
ou ligação permanente com a moderada social-democracia de
movimentos trabalhistas não comunistas, era a segunda e, após a
Segunda Guerra Mundial, mostrou-se a opção mais efetiva.
90 A terceira opção era o fascismo, que a Depressão transformou
num movimento mundial, e, mais objetivamente, num perigo
mundial.

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