AULA 01
Historia da cozinha
Uma forma de entender a vida
O ser humano primitivo alimentou-se das sementes, de frutas, de raízes e talhos que
encontrou de jeito selvagem. Mais tarde aprenderia caçar, pescar, etc. e a humanidade
foi avançando e descobriu a cerâmica e a metalurgia, instrumentos que fizeram mais
fáceis a proteção e o cozimento dos alimentos e puseram o ser humano no ponto da
partida para a verdadeira história da cozinha. A segunda metade do século XX ao lado
da grande cozinha tradicional soube o desenvolvimento de um tipo de cozinha
doméstica rápida, conseqüência da incorporação da mulher ao mundo do trabalho e
uma maneira de vida orientada mais para o lazer e o tempo livre que às fornalhas, tipo
de cozinha que foi facilitada extensamente pela indústria alimentaria.
Paralelamente apareceu “a nova cozinha“ que prefere o cozimento rápido, concede um
papel preponderante ao cozimento no vapor, ao papillote e ao banho Maria, alivia as
preparações, em particular os molhos especiais, tentando preservar e transmitir todas
as qualidades da matéria prima, e embora remanesça fiel à cozinha tradicional, toma a
defesa da imaginação, tem técnicas e procedimentos modernos. Verdadeira arte
sofisticada denominada “Cozinha de desenho”.
A cozinha está vinculada o nosso jeito de ser, a cultura e a historia, sem lugar a duvida,
para definir cozinha onde se unem quase todas as culturas, religiões e políticas que
conformam o que hoje é o mondo onde moramos.
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AULA 01
O Material
• Maquina de ralar queijo e pão;
• Maquina pisa purê;
• Maquina para moer carnes;
• Frigideiras de todos os tamanhos;
• Banho- maria de diferentes tamanhos, para sucos e molhos;
• Placa para assados de carne;
• Peneira de crina e metálicos;
• Chaleiras; conchas de sopa;
• Escumadeiras
• Chineses, passadores em forma de cone;
• Varinhas ou batedores;
• Espátulas de chapa, de madeira e de plástico para as reduções;
• Pias para a limpeza de hortaliças;
• Tachos de cobre para a cocção de açucares e as geléias;
• Frigideiras para fritos e omeletes;
• Martelo
• Cestas para verduras e legumes
• Máquina para cortar batatas;
• Maquina para escorrer verduras e saladas.
Alguns conselhos
Ainda quando não se dispuser de um grande capital, o material deve ser suficiente.
O banho de estanho dos recipientes de cobre, e de determinados utensílios, deve ser
de qualidade. Esta se reconhece por seu brilhantismo e ao passar-lhe um pano não se
enegrece.
As mesas de trabalho devem ser de aço inoxidável, amplas, robustas e com rodas e
freios.
O chão da cozinha não deve ser escorregadio nem difícil de limpar.
As paredes devem revestir-se com azulejos até dois terços de sua altura, pelo menos.
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AULA 01
Limpeza e controle
Depois de cada turno se deve:
• Limpar e engraxar os fogões.
• Limpar as maquina diariamente e as engraxar periodicamente.
• Esfregar o chão e as mesas.
• Guardar e ordenar a baixela e faqueiro.
• A mesa de bufe deve luzir em todo momento.
• Revisar mensalmente o material e maquina.
• Fazer semestral ou anualmente um inventário completo.
Sob as marmitas e fritadoras, preverão saídas para a gordura e líquidos com o fim de
facilitar sua limpeza.
Uma cozinha moderna deve ser bem ventilada, com ar condicionado e extratores
potentes que eliminem aromas, vapores e fumaças.
A Despensa
a) As instalações
• Câmaras frigoríficas para carnes (temperaturas de 2 a 4 graus) providas de
barras móveis e ganchos inoxidáveis para suspender-la;
• Câmara frigorífica para armazenamento;
• Refrigerador para a cozinha quente;
• Refrigerador para pescados, com fechaduras herméticas e prateleiras gradeadas
(temperatura 0 graus)
• Mesas grandes para troçar e preparar a carne;
• Pia para limpeza da carne;
• Prateleiras para pratos, fontes e frios, etc.;
• Maquina para fatiar frios;
• Maquina para picar.
b) O material
• Balanças;
• Tigelas preferentemente de acero inoxidável;
• Facas, serra, etc.
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AULA 01
c) Observações:
Todo estabelecimento deveria estar provido de uma ou várias instalações frigoríficas,
com sistema de regulação automática para refrigeração dos alimentos.
Congelamento não é o mesmo que refrigeração. Em um ultra-congelador a
temperatura oscila entre 35 a 45 graus abaixo de zero para as carnes, e entre 50 e 60
graus abaixo de zero para frutas e verduras. Com essa temperatura os cristais de gelos
são tão finos que não podem perfurar as fibras. Uma vez congelados, os alimentos se
conservam em congeladores de 15 a18 graus de temperatura abaixo de zero.
Devido a um processo biológico, o frio impede aos alimentos sua decomposição ou
corrupção. Os alimentos permanecem intactos, tanto em sua composição natural,
assim como seu aspecto.
O procedimento permite a conservação de alimentos perecíveis em grandes
quantidades, o que faz possíveis compras interessantes quando os preços são baixos
e dispuser todo o ano de uma grande quantidade de alimentos.
O descongelamento se deve fazer em forma lenta e refrigerada.
As carnes magras suportam mais tempo de congelamento que as gordas.
Tempo de conservação:
Carnes... de 3 a 6 meses
Pescados... de 2 a 3 meses
Frutas e verduras... de 7 a 10 meses
A Confeitaria
a) As instalações:
• Fornos convectores de vários andares;
• Mesa de mármore para trabalhar pasta, fondant e chocolate;
• Mesadas para os preparados;
• Prateleiras para moldes de todas as classes;
• Gavetas grandes para farinha, açúcar, amêndoas, passas, etc.;
• Freezer para sorvetes;
• Refrigerador com temperatura de 2 a 4 graus
• Batedor
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b) O material:
• Tachos de cobre;
• Caçarolas para o açúcar;
• Agrade para dispor as pasta ou preparados;
• Boquilhas e mangas confeiteiras;
• Cajás com cortantes acanalados;
• Moldes de todas as classes
• Utensílios enumerados em cozinha.
O Sacolão
O sacolão é uma área muito importante. Servem de depósito e controle de alimentos
como artigos coloniais, conservas, produtos lácteos, etc. O local deve ser amplo, bem
arejado e protegido da umidade. Estará provido com prateleiras com compartimentos
para guardar conservas, café, chás, etc.
Deve dispor de uma câmara para guardar lácteos, manteiga, cremas e queijos.
O controle deve ser minucioso, nenhuma mercadoria deve entregar-se sem o
correspondente vale assinado pelo chefe de cozinha.
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AULA 01
Perfil do cozinheiro
Brigada de cozinha
(Equipe auxiliar de cozinha)
Se o lugar onde realizar suas tarefas é numeroso, pode contar com diferentes brigadas
de cozinha. A seguir se citam os escalões que prosseguem ao cozinheiro ou chef
segundo o organograma tradicional:
Sous chef: secunda ao cumprimento das ordens emitidas pelo chefe, o substitui
quando for necessário, controla e supervisa ao demi chef.
Demi chef ou chef de partie: é o responsável da sua área, da elaboração final dos
pratos pra sair, e o controle das comandas.
Garder manger: O Garde manger é o termo francês que significa “Guardião da
comida” “preparando para comer. Genericamente é o responsável na brigada de
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AULA 01
No tempo atual, nos hotéis e nos restaurantes do Brasil os rangos mencionados são
simplificados desde que todo o pessoal da cozinha terá que saber as funções diversas,
sem ter quase uma tarefa especifica isto permitem uma flexibilidade maior para assim
resolvem situações como: os ausentismo, demoras, mudanças, etc.
Na síntese, uma brigada, é o grupo dos cozinheiros que conformam uma cozinha,
realizando o desenvolvimento de tudo o que nós encontramos no cardápio.
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AULA 01
Prevenção de acidentes
Mandamentos da higiene
• Manter-se limpo.
• Recolher o cabelo.
• Usar touca ou gorro.
• Unhas curtas, limpas e sem esmalte.
• Depositar os desperdícios em lixeiros.
• Lavá-las mãos antes de iniciar qualquer trabalho.
Os não da higiene:
• Não comer onde se elabora a comida.
• Não fumar.
• Não levar anéis nem relógios.
• Não salivar.
• Não espirrar nem tossir sobre os alimentos.
• Não ter o lugar desordenado de trabalho.
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AULA 01
1. Facas de aço carbono: são leves, flexíveis mas precisam ser afiadas
constantemente e se oxidam e mancham com facilidade, principalmente após
entrar em contato com água e alimentos ácidos. Por isso, as facas de aço
carbono exigem cuidados com a limpeza e com a secagem.
2. Facas de aço inoxidável: a grande vantagem desta liga é que elas não oxidam
nem mancham e são totalmente à prova de ferrugem. Para completar são fáceis
de serem lavadas. Em compensação, as facas de aço inoxidável são de afiação
mais difícil.
3. Facas de aço de alto carbono: está liga criada em 1920 e é a preferida. Ter
uma faca de aço de alto carbono é a ambição de qualquer pessoa que entende
do ramo. As facas feitas com esta liga são forjadas em peça única, exigem
cuidado na secagem e no armazenamento. Estas facas devem ser guardadas
totalmente secas, caso contrário aparecerem pequenas manchas de ferrugem.
Outra vantagem das facas de aço de alto carbono é a facilidade com que se
afiam.
4. Outros materiais: as facas também podem ser feitas de ferro, carbono, cromo e
outros metais, como molibdênio ou, ainda, de aço inoxidável de alta liga e as
cerâmicas também podem ser utilizadas na fabricação de lâminas.
As partes das facas recebem várias denominações. As mais aceitas são aquelas com
termos em inglês. São eles:
2. Cutting edge (fio): é a parte inferior também conhecido como borda cortante.
5. Bolster (gavião): é a parte que fica situada entre a lâmina e o cabo. Trata-se de
um elemento de reforço e ligação. Costuma-se dizer que facas que o possuem
são facas de bom pedigree.
A princípio pode até parecer difícil o uso de uma faca, mas quanto mais se usa este
utensílio mais se ganha na coordenação, no ritmo e no movimento das mãos.
A autoconfiança de se usar uma faca só aprece com o tempo, mas sem ela o manejo
da faca fica difícil. Antes de tudo é preciso entender a função da faca, os vários
modelos e sentir tranqüilidade em manejá-la.
Uma pessoa estará treinada em usar uma faca na cozinha quando compreender que
ela é a continuação da mão.
Um fato que não se deve esquecer: o perigo que a faca oferece, por isso respeite-a
sem sentir medo dela. Uma pessoa que trabalha com uma faca sentindo medo significa
que está lutando contra ela e nesse caso, ela pode se tornar perigosa.
Para trabalhar com uma faca é preciso sentir-se confortável e ter tranqüilidade, mas
jamais tenha falta de atenção.
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AULA 01
Antes de você começar a usar suas facas é bom conhecer algumas orientações:
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AULA 01
A faca para frutas cítricas tem uma lâmina longa e estreita. Na borda encontra-se um
conjunto de dente afiado, que preserva mais o suco da fruta. Ela é ideal e
extraordinária para dividir limões resistentes ou a casca do limão, com a vantagem
de cortar toda a pele sem deixar cair uma gota do suco.
Faca do chef
A faca do chef é a mais comum e é a primeira que se deve aprender a manejar. Trata-
se da faca mais usada na cozinha e certamente, o mais versátil instrumento de um kit
de facas, pois o que não falta são os seus usos na cozinha.
O que a faca do chef permite fazer: A lâmina da faca do chef permite descascar,
aparar, fatiar e picar quase todos os alimentos. O corpo da lâmina varia de 8 a 12
polegadas e tem entre 1,5 a 2 polegadas de espessura na parte próxima ao apoio (ou
gavião).
Uma faca do chef deve ter equilíbrio entre o peso da lâmina e o peso da estrutura do
cabo. O cabo e a lâmina devem encontrar-se de forma que, ao se trabalhar com a faca
sobre uma prancha para corte, os dedos não sejam pressionados entre o cabo e a
superfície.
2. Centro da lâmina: usada para fatiar, picar e fazer cortes tradicionais da cozinha,
como julienne, batonnet, allumettes, cubos e brunoise.
3. Área próxima ao apoio: serve para cortes que exigem força, como cortar as
juntas, os tendões e pequenos ossos.
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 01
Tipos de facas
• Faca de chef ou de cozinha: Lâmina grosa e rígida, de 12 a 31 cm. para cortar
e picar. Sua ponta é ligeiramente curvada permite que se balance a faca,
facilitando o ato de picar.
• Faca de ofício ou faquinha: (para descascar) Tem formato semelhante ao da
faca de cozinha, mas sua lâmina tem 6-9 cm. E é uma das facas de maior
utilidade. Graças a seu tamanho, é excelente para cortar frutas, legumes,
carnes, etc.
• Faca para desossar: Tem lâmina longa e rígida (9-15 cm.) e uma ponta curva
afiada, facilitando desossar carne e aves.
• Faca para escamar: Utiliza-se para lhes tirar as escamas aos pescados. É
comprido e fino (lâmina de 30 cm.)
• Faca Mezzaluna ou pico de louro: Do italiano “meia alua” usa-se para tornear
frutas e verduras e para talhá-lo das mesmas. É muito pequeno (lâmina de 5
cm.)
• Faca para massas quebradas: É similar a uma grande espátula. Tem 5 cm. de
largura e 30 cm. de comprimento.
• Faca para filetear: Tem lâmina longa e flexível com cerca de 20 cm. Ideal para
peixes crus, frutas e legumes.
• Faca serrilhada: lâmina rígida e dentada, de 25 a 30 cm. Ótima para cortar pão
e bolos.
• Cutelo (Ocidente): O peso da sua grande lâmina achatada e retangular é
ideal para cortar a carne nos ossos e juntas.
• Amolador de faca: Peça comprida de aço com textura áspera. Para afiar,
deslize a lâmina da faca sobre o aço em ângulo de 45º.
• Faca e Garfo para cortar carnes: Uma faca com lamina estreita e comprida
é ideal para cortar carne cozida enquanto quente, uma faca canelada com a
ponta arredondada é indicada para cortar carne fria. O garfo, com duas
pontas afiadas, segura carne para ser cortada. Deve ter um cabo comprido e
um protetor para não machucar a mão.
Frigideiras e panelas
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Outros utensílios
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AULA 01
ANEXO: Maquinarias
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AULA 01
Cozinha quente
É a parte da cozinha que por suas características, ocupa a maior superfície. Embora
não sempre se respeite pela falta de ventilação adequada, a temperatura deveria variar
entre os 25 e 35 graus.
Como em resto dos quartos de cozinha deve contar com mesadas de aço inoxidável,
refrigeradas ou não, mesadas com pias (talvez mais profundas que o resto da cozinha
pelo material que deve lavar-se nelas).
Dependendo do tamanho do restaurante variarão o tamanho e a quantidade das
maquinarias, por isso só faremos uma breve descrição das mesmas.
Quando falamos que uma distribuição central da cozinha, esta não só se refere ao
aparelho cozinha, mas também junto a ela se localizam fretadoras fornos, banhos
Maria, segundo necessidade de cada caso.
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AULA 01
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AULA 01
uso profissional) e outros, em que a turbina aspira o ar, faz-o passar pelo
queimador para esquentá-lo e o volta a injetar por canais dirigidos pelos qual o ar
quente chega por igual a todas as bandejas (convecção forçada dirigida).
Com estes fornos não há diferença entre colocar uma mercadoria mais perto do piso ou
do teto. Isto também provoca que às vezes não se obtenham o dourados desigual que
se quer para alguns produtos (empanadas, por exemplo), mas indubitavelmente são
muito mais rápidos que os convencionais e economizam muita energia.
Têm, além disso, a vantagem de poder ser usados para cocções a muito baixa
temperatura, para descongelar ou trabalhar diretamente com mercadorias congeladas,
fazer perder menos peso às peças pelo uso do umidificador, servem para manter peças
quentes, etc.
Podem ser elétricos ou a gás (ou combinados) e geralmente possuem sistemas
eletrônicos de controle de cocção, tempos, etc.
Fornos de cocção lenta: Ideais para grandes peças de carne. Estes fornos têm
programação para aceso e apagado automático. Uma vez cozidas as peças podem
manter-se a boa temperatura até seu serviço. São em geral só usados nas grandes
cozinhas.
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 01
Marmitas: Para dar uma explicação fácil diremos que são como enormes panelas,
geralmente de aço inoxidável. Há-as fixas e basculantes. De forma quadrada,
retangular ou arredondada. Há marmitas de aquecimento direto, indireto ou a pressão.
As primeiras só permitem a cocção com líquidos por que geralmente convêm as
segundas. Está têm uma capa de água, vapor ou de azeites especiais entre a parede
exterior e interior e são as que transmitem o calor para o interior. Estas marmitas são
mais aconselháveis a para realizar sopas, molhos, etc. Quase todas possuem
termostatos de controle de temperatura.
Cozinha a microondas: Embora seja resistida por alguns, estas cozinhas dão
excelentes qualidades de cocção. Quase qualquer receita pode ser feita nelas e na
atualidade existem unidades profissionais que até permitem o uso de alumínio. Não se
podem conseguir dourados, nem efeitos de churrasqueira nem são aconselháveis para
certas massas (brisée, folhado, etc.).
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 01
Salamandras: São quase como fornos abertos que têm sua fonte de calor na parte
superior (chama de gás, infravermelho de gás ou elétrico) e geralmente servem para
gratinar ou dar calor superficial a certas preparações.
Máquina para massas: Manual ou elétrica esta máquina é como uma laminadora que,
além disso, possui paus de macarrão para cortar os diferentes tipos de massas.
Algumas têm um dispositivo especial que permite fazer massas ocas por dentro, em
forma de espiral, etc. Também lhes incorporam aparelhos para preencher e cortar
ravióli.
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 01
Prateleiras: Comuns a todas as cozinhas estas prateleiras também devem ser de aço
inoxidável. É conveniente também que as prateleiras sejam colocadas uma vez que a
cozinha esteja em funcionamento já que geralmente é bastante difícil determinar sua
localização prática antes de “caminhar” a cozinha.
São muito práticas as prateleiras centrais que se colocam debaixo dos sinos já que
permitem manter quentes algumas preparações, reservar peças ao calor, apoiar
frigideiras, etc.
Como cotação, convém não colocar na cozinha armários pendentes ou não já que se,
faz mais complicada sua limpeza e em geral não são de grande utilidade. Para guardar
coisas sob chave existe o depósito de cozinha, do qual já falamos.
Fritadores
Conhecem-se dois tipos de fritadores: abertas e a pressão.
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 01
Frigideira basculante
Em nosso meio se denomina lhe oscile a uma marmita lhe oscilem, de forma retangular
e geralmente de tipo elétrico. É de grande utilidade na cozinha, pois não só se usa
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 01
para preparar guisados e saltear produtos, mas sim também serve como
fritador, para preparar sopas, cozer hortaliças e inclusive se pode utilizar como banho
Maria.
Amassador ou Amassadeira
Como seu nome o indica esta máquina serve para unir diferentes gêneros nos que
normalmente intervém a farinha. Amassa com regularidade por meio de um motor que
se pode controlar de tal maneira que o produto final fique perfeitamente homogêneo.
Atualmente no mercado existem vários tipos de amassadores:
• Os que constam de dois braços retos
• Os que constam de um só braço em espiral.
Tanto um como a outro virtualmente têm o mesmo
funcionamento, constam de um tacho ou abertura
onde se colocam os ingredientes a amassar, de um
motor que lhe transmite a força necessária, e dos
braços que realizam o trabalho. Cabe assinalar uma
diferença importante entre ambas, e é que a que
consta de um só braço não é aconselhável para
amassar massas que levem em sua composição
levedura, já que é muito lenta e esquenta a massa
lhe acelerando o processo de fermentação ao
receber esta um trabalho excessivo. Por isso se
recomenda utilizar o amassador de dois braços que
além lhe oferece à massa o trabalho justo e correto.
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 01
Batedeira
Fornos
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 01
Laminador de folhado
Máquina que serve para estender massas de folhados ou similares lhes dando a
grossura desejada. Constam de um corpo central (aonde vai incorporado o motor e os
paus de macarrão), e duas asas, uma por banda com lonas mutáveis.
Nesta máquina, enquanto os paus de macarrão ficam fixos, a massa é a que se
desagrade. Estes paus de macarrão permanecem fixos e a massa se desagrade de
direita a esquerda segundo a grossura a que se graduou anteriormente.
De todas formas, tanto o laminado à mão como o laminado a máquina necessitam de
uma boa prática e, para conhecer esta máquina é necessário praticar primeiro à mão.
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 01
Báscula
Preparador de chocolate
Trem de lavro
É uma máquina na qual se introduzem os ingredientes da massa que terá que elaborar,
programa-se e ao final do processo a massa sairá formada e dividida.
Pode ser total ou parcial por módulos. No total se encontram as operações de:
• Amassado
• Pesado
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 01
• Divisado
• Dobrado das peças
O parcial compreende sozinho o amassado e dobrado das peças com o qual o pesado
e divisado das mesmas se tem que fazer manualmente.
Divisora de massa
Divide a massa em porções exatamente iguais em peso. Consta de três partes bem
diferenciadas:
• Corpo central fixo
• Alavanca e segundo corpo móvel (24 ou 36 cortes).
• Abertura para a massa
• O funcionamento é singelo: solo se coloca na abertura a quantidade de massa
em gramas desejada e proceder ao posterior corte.
É muito semelhante à estufa de fermentação com algumas diferencia. Como seu nome
o indica, nesta câmara se pode controlar a fermentação já que são programáveis, de
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
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“MISE EN PLACE”
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Uma adequada relação entre todas as áreas da cozinha obtém uma boa
mise en place geral. Terá que lembrar que os diferentes setores da cozinha não são
setores separados, mas sim trabalham perfeitamente unidos entre si. Em muitos casos
a cozinha fria faz trabalhos para a cozinha quente ou vice-versa.
Classificação
Organização
É o encadeamento lógico das fases essenciais.
Começar por controlar e pesar os insumos, logo, armazenar, cortar, limpar, esculpir,
etc.
Seguir com cocções largas, preparações largas (massas levantadas), logo com as
guarnições de acompanhamento, elementos de decoração e apresentação, por últimas
terminações e cocções curtas.
O reagrupamento de todos os cortados efetuados ao princípio do trabalho. A
coordenação racional das diferentes tarefas.
A posta em marcha no momento oportuno.
Não realizar muito cedo algumas preparações que possam perder qualidades em caso
de esperas largas, cozinhar as carnes vermelhas o suficientemente cedo para permitir
o descanso das carnes e o tempo para confeccionar sucos ou molhos. Montar molhos
com manteiga justo antes de servir.
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 01
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AULA 01
1 Rim 2 pessoas
1 miolo 2 pessoas
1 frango de 2 Quilos 4 a 6 pessoas
1 kg de Abobrinha 5 a 6 pessoas
1 Lagarto de 1 kg 4 a 6 pessoas
2 Costela de Cordeiro 1 pessoa
2 Costela de Porco 1 pessoa
1 kg de Costela 2 pessoas
1 Caixa de Ravióli 2 pessoas
1 kg de Nhoques 4 a 6 pessoas
1 kg de Macarrão 5 a 6 pessoas
12 Canelões 3 a 4 pessoas
1 maço de Acelga fervida 3 pessoas
1 Omelete de Batatas 1 batata média por pessoa
1 planta de Alface pequena 2 pessoas
1 kg de Ervilhas 4 pessoas
(pesadas com sua vagem)
1 kg de Vagens 5 pessoas
Xícaras de
Ingredientes Xícaras Padrão Colheres
Chá
1 1/2 1/4 3/4 1/3 2/3 1 Sopa 1 Chá 1 1/2
Líquidos ml 250 125 63 188 83 166 16 5 180 90
Farinha g 120 60 30 90 40 80 7 2 100 50
Açúcar g 170 85 43 128 57 113 10 3 130 65
Manteiga g 220 110 55 165 73 146 14 5 180 90
Leite em pó g 100 50 25 75 33 66 6 2 70 35
Fermento em Pó Royal 10 2
Fermento Seco Fleischmann 10 3
Sal 12 4
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 01
Panela
Hortaliça Fervura Ao vapor Situação da panela
pressão
Abóbora 20-25 25-30 8-10 Tampada
Abobrinhas 15-20 20-25 3-4 Tampada
Alcachofras 35-45 - 10-12 Destampada
Alho-Poró 20-25 25-30 8-10 Destampada
Aspargos 5-15 7-15 1-1,30 Destampada
Batatas 25-35 30-45 10-15 Tampada
Batata Doce 15-25 25-30 6-8 Tampada
Berinjelas 8-15 15-20 - Tampada
Beterrabas 45-90 50-90 10-18 Tampada
Brócolos 8-20 15-20 1,30-2,30 Destampada
Cará 30-40 45-50 10-15 Destampada
Cebola 15-25 - 3-4 Destampada
Cenouras 15-25 20-30 3-5 Tampada
Chuchu 10-15 15-20 1-2 Tampada
Cogumelos 15 20 - Destampada
Couve - 3-5 - Tampada
Couve-Flor 20-30 25-30 - Destampada
Ervilha 8-20 10-20 0,30-1 Destampada
Espinafre 3-5 5-10 1-1,30 -
Mandioca 15-20 20 10 Destampada
Mandioquinha 10-15 20 8-10 Destampada
Milho Verde 5-10 10-15 1-2 Tampada
Nabo 10-20 20-25 1,30-3 Destampada
Pepino 5-6 - - Tampada
Pimentão 10-15 - 5-8 Destampada
Quiabo 10-20 20 - Destampada
Repolho Branco 12-15 15 2-3 Destampada
Repolho Verde 3-8 8-10 1-1,30 Destampada
Salsão 15-20 25-30 2-3 Tampada
Tomates 5-10 10 - Tampada
Vagem 20-35 15-30 1,30-3 Destampada
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 02
Transferência de calor
• Radiação: neste caso, o fogo presente, emite radiações térmicas que são
absorvidas pelo alimento, o qual se esquenta e se cozinha. Representam a
transmissão de calor por radiação os seguintes métodos: Assar, Assar,
Microondas.
Definição de cocção
A cocção dos alimentos se toma como um pouco insignificante, carente de importância
e simplesmente fácil e evidente. Entretanto, é uma das chaves para conseguir que a
comida saiba muito rica e, o mais importante, conserve todas suas características
nutritivas.
Cada tipo de alimento admite métodos de cocção em função de suas características,
tendo inclusive um método muito particular que potência todas suas qualidades e
sabores.
Os tempos de cocção dependerão do método de cozinhado, do utensílio que se
empregue e da dureza dos ingredientes, sem esquecer que atuam também o tamanho
ou que o alimento esteja ou não partido.
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 02
Métodos de Cozimento
Métodos de
Cozimento
Confit Ao forno
Chapa
Churrasco
Grill
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 02
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 02
A forma mais simples, e antiga ao mesmo tempo, de elaborar uma comida, é o cozido.
Além da simplicidade e a rapidez, este sistema tem outras muitas vantagens. trata-se
de um dos métodos que requer menos gordura, por isso os pratos assim preparados
logo que contribuem com energia.
Isto faz que seja adequado para quase todos os alimentos e para todos os membros da
família. Além disso, a água resultante de ferver pescado, carne ou verduras se pode
aproveitar para elaborar sopas e purês, que notarão um incrível aumento de sabor.
A principal desvantagem deste método é que supõe grandes perdas de nutrientes,
sobre tudo vitaminas hidrossolúveis e minerais, provocadas pela ação do calor. Esta
perda é inevitável, embora sim controlável. Quer dizer, pode-se conseguir que seja
menos sério se diminuir o tempo de cocção ao estritamente necessário.
Este processo se realiza justo no ponto de ebulição, ou antes de este ponto (Mijoter). O
líquido utilizado pode ser água, caldo ou molho.
Ao vapor
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 02
Esta cocção permite que a temperatura de trabalho oscile entre os 110 e 120º, em
função da pressão utilizada.
Faz-se em panelas com fechadura hermética e válvulas de segurança para a saída de
gases e vapores.
Vantagens:
-O tempo de cocção é mais breve.
- A perda de vitaminas é menor, já que estas suportam temperaturas elevadas durante
pouco tempo, e não temperaturas baixas durante um tempo mais largo.
- Economia de tempos e, portanto economia de energia.
- Melhor conservação das qualidades organolépticas (cor, sabor, textura, etc.) e
nutricionais (menor oxidação e destruição de vitaminas) dos produtos alimentícios.
Comece comparando os tempos de cozimento dos alimentos nas panelas de pressão e
nas panelas normais. Veja a tabela abaixo;
Quem teve a idéia de construir a primeira panela de pressão foi Denis Papin um
cientista francês que em 1679 depois de estudar algumas relações descobriu que se os
alimentos fossem cozidos a temperaturas superiores a 100ºC poderia se garantir a
economia de tempo no cozimento dos alimentos e a melhor conservação destes. Denis
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 02
Batata 8 25
Cenoura 9 27
Beterraba 20 60
Feijão preto 29 90
Feijão carioca 26 76
Lula 22 65
Ervilha seca 10 30
Bife rolé 21 60
Aferventar ou Branquear
Assar ou rôtir
Bem-Mal ou Bleu:
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 02
Malpassado ou Saignant:
Cocção rápida; crosta externa; consistência ligeiramente firme; cor vermelha rosado no
interior; (temperatura de 63º C no centro da peça)
No ponto ou À Point:
Cocção lenta; casca resistente; consistência interna branda; cor rosa no interior, com
algumas gotas de sangue na superfície; (temperatura de 71º C no centro da peça).
Logo depois de cozidas as peças de carne em geral, devem-se deixar repousar cinco
minutos antes de cortar. Desta maneira, equilibram-se as temperaturas e se evita a
perda excessiva de sucos.
Grelhar
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 02
No caso que vá se grelhar frango, o deve fazer primeiro do lado da pele, com elevada
temperatura, para obter o desenho característico. Aplica-se o caso contrário para os
peixes, onde se coloca primeiro o lado da carne até que se marque, e logo se apóia a
pele. No caso que os peixes presente em file, passa-se primeiro por farinha para que
não se pegue e a chapa fria.
Assar no forno
Técnica com calor seco, sem gorduras, sem líquido, sem tampa e sobre placas ou
moldes. É o método por excelência para massas, e também para bolos, tortas, pães,
etc. Se pode utilizar um forno convencional com temperaturas entre os 180 e 220º C,
ou um forno convector, com temperaturas entre 220 e 280º C, com várias placas de
uma vez, já que o calor se distribui uniformemente. Não se deve confundir assar
assando já que são métodos muito distintos.
Gratinar ou torrar
Método de cocção que utiliza calor seco a muito elevada temperatura, a temperaturas
maiores a 250º C – 300ºC, por muito curto tempo. O calor chega de acima e se utilizam
salamandras ou tostadeiras podem-se obter superfícies crocantes e secas, com queijo
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 02
Fritar
Temperaturas
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 02
Volume de fritura
A quantidade de gordura empregada deve ser sempre proporcional à quantidade ou
volume de alimentos a fritar, os quais devem estar submersos na gordura quente.
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 02
Cozimento Confit
Cocção Mista
Com este método se obtêm as vantagens tanto dos métodos de cozinhado com
elementos úmidos como as daqueles que empregam elementos gordurosos, com isto
os alimentos se cozinham em seus próprios sucos e a adição de outros elementos
líquidos conseguindo uma transmissão e intercâmbio de substâncias e aromas nos
alimentos. Os mais utilizados são o braseados, guisados, lustrar.
Estufar
Método que combina vapor úmido e gordura. Utiliza pouco líquido adicional, o que
permite realizar cocções prolongadas em carnes duras, além de carnes se pode guisar
verduras e frutas. Pelo general se empregam caçarolas ou frigideiras, de lados retos e
altos, tampadas e sobre a fornalha.
É um sistema bastante saudável já que ao fazê-lo com escasso líquido não se diluem
os nutrientes no caldo. É muito importante não incluir muito azeite para que não resulte
pesado.
Geralmente se esquenta o meio gorduroso a mediana temperatura, adicionam-se os
alimentos, um pouco de líquido, que pode ser um pouco de caldo, tampa-se e se
cozinha controlando a temperatura, que não deve ser excessiva, mantendo abafado
para conter a umidade até que se amolecam os alimentos.
Além ao estar trabalhando com pouco líquido adicional, realçam-se os sabores e
aromas de cada ingrediente.
Glaçar
Técnica para dar brilho a um alimento, previamente cozido ou não, com uma redução
do fundo de cocção ou com um calda de açúcar ligeiro, adicionando umas colheradas
de açúcar. Geralmente se começa ficando transparente o alimento com manteiga, logo
lhe adiciona um pouco de líquido, já seja água, fundo, caldo ou vinho, condimenta-se e
lhe adiciona um pouco de açúcar. Deixa-se reduzir a fogo muito suave, sem que se
gere muita coloração. Ao finalizar a cocção se obtém uma superfície muito brilhante e
se exaltou a doçura da matéria tratada.
Métodos complementares
Microondas
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AULA 02
Flambear
Consiste em regar um alimento quente com uma bebida alcoólica e puxar-lhe fogo
Definição de alimento
Classificação de Alimentos
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AULA 02
HORTALIÇAS
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 02
(menos de 100 cal/100g) e uma curta vida útil logo da colheita (variável
desde uns poucos dias a um ano como máximo)".
Embora a definição de qualquer grupo de plantas cultivadas é difícil e pode apresentar
exceções, basta perguntar-se em que grupo devesse estar a ervilha, o morango ou a
soja, a definição anterior permite separar em forma mais ou menos clara às hortaliças
dos frutíferos (plantas lenhosas), dos cereais (gramíneas de produtos secos), das
oleaginosas (alto conteúdo oléico), dos cultivos industriais (não se usam frescos), das
leguminosas de grão (leguminosas de produtos secos), das forrageiras (não se usam
em alimentação humana), etc.. Por outro lado, permite estabelecer que a batata, uma
espécie habitualmente incerta em sua localização nos grupos de cultivo e muitas vezes
má se localizada é claramente uma hortaliça.
Definido assim o término hortaliça, deve-se entender à HORTICULTURA como a
ciência ou tecnologia para cultivar hortaliças. Deve “destacar-se que esta definição não
concorda com a definição inglesa do Horticulture” que se refere à “arte e ciência de
cultivar plantas frutícolas, hortaliças, flores e plantas ornamentais" (Merriam-Webster,
1984), o que se assemelha mais ao conceito da Real Academia Espanhola.
Classificação de hortaliças
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 02
Outras Hortaliças:
Variedade de Grãos frescos e sementes
Brotos germinados (soja, alfafa, etc.)
Soja, trigo, milho etc.
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 02
A batata
Antecedentes históricos
A batata é um alimento próprio da América. A história conhecida do cultivo de batata
na América do Sul começa faz 1800 anos. Sua introdução na Europa é mais recente.
No século XV os espanhóis a encontraram nos Andes peruanos e lhe deram o nome de
“batata-doce”, que era o mesmo que se dava nas Índias Ocidentais à batata-doce ou
batata-doce.
Em muitos países se utiliza na indústria panificadora, em outros se come diariamente
como verdura.
Valor nutritivo
Uma das principais raciocine da popularidade da batata é seu valor alimentício. Seu
alto conteúdo de água a converte em um alimento muito nutritivo; a proporção de
proteínas é considerável. O contribua com energético é alto, assim como o nível de
vitaminas e minerais.
Uma batata média assada proporciona a quantidade diária de riboflavina (B2)
recomendada, assim como de três a quatro vezes a dose de tiamina (B1) e niacina
(B3); uma e meia vezes a quantidade de ferro e dez vezes a quantidade de vitamina C.
Quase não tem gordura nem sal e contém mais potássio que um plátano. Os amidos da
batata se assimilam facilmente e os carboidratos são dois e meia vezes menores que
os de uma quantidade semelhante de pão, o que o faz muito popular entre os
diabéticos.
A batata se está convertendo em um alimento dietético muito popular, embora devido
às tradicionais coberturas de nata azeda e de manteiga sua reputação decaiu,
convertendo-se em um alimento rechaçado por quem vigia seu peso.
Em realidade, uma batata de tamanho regular (200 g) contém a mesma percentagem
de calorias que uma maçã média ou um copo de suco de laranja (aproximadamente 72
calorias).
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 02
Variedades
Variedades
Variedade: Almera
Variedade: Ágata
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 02
Formato: Oval
Pele: Amarela
Polpa: Amarela Clara
Preparo: Cozinhar e Assar
Variedade: Amorosa
Variedade: Asterix
Variedade: Atlantic
Polpa: Branca
Preparo: Rodelas fritas (Chips)
Variedade: Bintje
Formato: Alongado
Pele: Amarela
Polpa: Amarela Clara
Preparo: Cozinhar, Assar e Fritar
Variedade: Canelle
Variedade: Chipie
Formato: Arredondado
Pele: Amarela Clara
Polpa: Amarela Clara P
Preparo: Fritar e Industrial
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 02
Variedade: Colorado
Variedade: Emeraude
Variedade: Florice
Formato: Oval
Pele: Amarela Clara
Polpa: Amarela Clara
Preparo: Doméstico
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 02
Variedade: Fontane
Formato: Oval
Pele: Amarela
Polpa: Amarela
Preparo: Cozinhar, Assar, Fritar e Massa
Variedade: Gredine
Formato: Arredondado
Pele: Amarela
Polpa: Amarela Clara
Preparo: Cozinhar, Massa e Industrial
Variedade: Maranca
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 02
Variedade: Markies
Variedade: Monalisa
Variedade: Mondial
Formato: Alongado
Pele: Amarela
Polpa: Amarela Clara
Preparo: Cozinhar e Assar
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 02
Variedade: Opaline
Variedade: Sinora
Compra e armazenagem
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 02
Técnicas de cocção
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 02
Ao vapor: Com este método conservam igualmente sua cor e nutrientes, mas o tempo
de cocção é mais comprido que quando se fervem. Pôr uma pequena quantidade de
água em uma caçarola e acomodar as batatas sobre um vaporizador.
O tempo de cocção varia segundo o tamanho das batatas e se as cozinha inteiras ou
fracionadas. Se se fracionarem, primeiro terá que as ferver brevemente para que não
se despedacem.
Guisadas ou na panela: pôr as batatas junto com outras verduras ou carnes, em uma
caçarola ou em um molde refratário com tampa. Cozinhar durante uma hora na fornalha
ou no forno a 180 graus.
Fritas: quando a fritura se faz em pouco óleo, é excelente para aproveitar as pequenas
quantidades de mantimentos que vão ficando. Fritar as batatas em 2,5 cm de óleo. No
caso que se fatiem muito magro as batatas ou outros mantimentos, Pode-se fritar na
frigideira com uma colherada de azeite ou de manteiga; as batatas à francesa são mais
fáceis de preparar em fritura profunda.
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 02
Fervidas:
Tempo: 40 minutos (inteiras)
20 minutos (em quartos)
12 minutos (em cubos).
Lavar e escovar bem ou as cortar se preferir; utilizar só uma pequena quantidade de
água fervendo para as batatas novas, e água fria para as colheitas não tão recente.
Assadas ou assadas:
Tempo: 40 a 60 minutos
Cortar em metades ou em quartos, e as acomodar em um molde refratário com um
pouco de azeite ou manteiga. Cozinhar a 220 graus.
Fritas:
Tempo: 18 minutos mínimo
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 02
Em purê:
Tempo: 15 minutos
Lavar, cortar e cortar em partes; as cozinhar até que estejam suaves.
Escorrer bem e as amassar com manteiga, azeite, sal e pimenta a gosto.
Amassadas em seco:
Tempo: 15 minutos
Lavar, corta e cortar em partes; as cozinhar até que estejam suaves e as amassar.
Ao vapor:
Tempo: 15 minutos
Pôr uma pequena quantidade de água em uma caçarola, acomodar as batatas na
vaporiera, tampar e cozinhar 15 minutos (em cubos), 25 minutos (em quartos) ou 50
minutos (inteiras).
Assadas ao vapor:
Tempo: 1 hora
Pôr uma pequena quantidade de água em um molde e acomodar as batatas em um
ralo colocado sobre a água; tampar e assar.
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 02
Cortes de Hortaliças
Macedonia /
Cortar a jardineira em dados de 4mm.
Miscêlanea
Chiffonade Tiras muito fina de folhas de verduras. Tiras de 6 cm de largo por 2 mm de lado.
Batata
Allumete 4 mm de grossura.
Bastão clássico o
de 5 a 6 mm de grossura.
Frites
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 02
Grade ou
Rodelas cortadas com o cortador ondulado
Gaufrettes
Parisienes Boleador N° 25
Cenoura
Macedonia ou
Cortar la jardineira en cubos.
Miscêlanea
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 02
Fatias
Em rodelas mais em diagonal.
transversais
Cebola
Dobro cinzelado Cortar a cebola ao médio, fazer cortes horizontais sem chegar ao nó, logo corte
Brunoise verticais também sem chegar ao nó. Realizar um corte vertical como em cinzelado.
Échalotes ou Chalotas
Ao Sesgo o fatias Igual a para as rodas (cortar a espessura desejada em sentido transversal
transversais gerando rodas), mas ligeiramente em diagonal.
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 02
Tomate
Pimentões
Macedonia ou
Cortar la jardineira en cubos.
Miscêlanea
Cogumelos
Escalpar Sem pele. Cortar ao meio em diagonal girar ¼ e voltar a girar para cortar.
Émince ou
Com o sem pele. Cortar lâminas.
fatias
Picar bem fino. Trabalhar rápido para prevenir a oxidação. Outra opção é acrescentar
Picar
suco de limão.
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 02
Ingredientes:
• Tomates 0,200 kg
• Alho laminado 2 unidades
• Tomilho q/b
• Sal e pimenta q/b
• Açúcar um pingo
• Óleo 0,120 litro
Preparação:
Jogar os tomates em água a ebulição durante 10 segundos, retirar e esfriar bem a
banho-maria inverso.
Pôr em um frigideira o óleo, as ervas, açúcar, a pimenta e o alho em lâminas. Adicionar
os tomates em quartos sem sementes, sem pele e cozinhar a fogo muito baixo (entre
60º e 80 º) para que seja um confit até que estejam brandos.
Fondue de Pimentões
Ingredientes:
• Pimentões 0,250 kg
• Alho ecrasse 1
• Tomilho ou ervas frescas q/b
• Azeite q/b
• Sal e pimenta q/b
Preparação:
Banhar os pimentões em azeite e cozinhar no forno a 180° até queimá-los ou queimá-
los diretamente sobre o fogo.
Retirar e colocá-los em uma bolsa de nylon, cortar e cortá-los em cubos.
Em uma frigideira pôr o azeite, as ervas e o alho cozinhar uns minutos, adicionar os
pimentões, cozinhar até que tome consistência de purê rústico ou mixear .
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 02
Ratatouille
Ingredientes:
• Azeite de oliva 0,010 litro
• Pele de berinjela 0,100 kg
• Cebola 0,100 kg
• Pimentão vermelho 0,100 kg
• Pimentão verde 0,100 kg
• Tomate concassé 0,100 kg
• Pele de zucchini 0,100 kg
• Salsinha, tomilho, romeiro q/b
• Sal e pimenta q/b
Preparação:
Cortar os vegetais em salada de frutas e o tomate em concasse.
Em uma frigideira com azeite de oliva quente, suar a cebola e o pimentão.
Salgar e pimentar, cozinhar três minutos, adicionar o zucchini e a berinjela.
Por último, os tomates em concasse.
Condimentar com as ervas e o sal e pimenta.
Utiliza-se como guarnição
Nhoques de batatas
Ingredientes:
• Batatas 0,250 kg
• Farinha 0000 0,070 kg
• Sal q/b
• Noz moscada q/b
Opção molhos:
• Saltear os nhoques junto com a ratatouille
Opção para cozinhar as batatas
• Ao vapor
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 02
Ingredientes:
• Óleo para fritar q/b
• Cebola grande 0,200 kg
• Farinha q/b
• Farinha de rosca q/b
• Ovo 1
• Sal pimenta q/b
Preparação:
Cortar as cebolas em aros, temperar.
Passar os aros pela farinha e colocar em uma peneira para retirar o excesso de farinha.
Passar os aros pelo ovo, logo pela farinha de rosca, voltar a passá-los por ovo e
novamente pela farinha de rosca e fritar até que eles estejam dourados.
Retire e escorra sobre papel absorvente.
Retifique o sal e servir.
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 02
Purê de Batatas
Par obter um bom purê, é preciso escolher o tipo certo de batata farinhosa ( olhar
classificação das batatas)Depois de fazer o purê, escolha uma das seguintes
possibilidades para criar um purê macio e cremoso.
Tempera a gosto com sal e pimenta do reino moída meia hora antes de servir.
• Leite quente e uma generosa porção de manteiga sem sal; também pode se
acrescentar creme.
• Azeite virgem.
• Leite com nata quente ou creme de leite e alho tostado.
• Creme ou nata, manteiga sem sal e Gruyère ralado.
Ingredientes:
• Batatas 0,400 kg
• Sal grosso q/b
• Manteiga sem sal 0,030 kg
• Leite 0,050 litro
• Sal e Pimenta do reino q/b
Preparação:
Ferva “à inglês” as batatas com sal até fiquem macias. Escorra a água e amasse.
Acrescente a manteiga e Tempere. Com uma colher de pau mexem-se tudo depois vai
se juntando o leite pouco a pouco. Retifique o tempero.
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 02
• Noz-moscada q/b
• Óleo para fritar q/b
• Presunto 0,100 kg
• Queijo prato 0,100 kg
Preparação:
Em uma tigela misture as batatas espremidas, o ovo, a farinha de trigo, o sal, a noz-
moscada e a pimenta do reino, até que se forme uma massa. Reserve.
Corte Juliana o queijo e o presunto. Reserve.
Faça bolinhos com a massa de batata, abra uma cavidade no meio e coloque o
recheio, volte a enrolar até que se feche.
Passe os bolinhos na farinha de rosca.
Em uma frigideira aqueça o óleo, coloque os bolinhos e frite-os até que doure, vire para
dourar do outro lado.
Retire-os do óleo e coloque em papel toalha.
Sugestão: podem-se usar outros recheios, como: queijo, bacalhau, carne seca
desfiada.
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 03
Água
Função no homem
A água integra o grupo dos macros nutrientes, já que a necessidade de água em nosso
organismo está na ordem de litros por dia. O organismo humano esta formado por 70%
de água, por isso poderíamos chegar a dizer que esta cumpre uma função estrutural no
homem. Mas não é a única, vemos que a transformação dos nutrientes em matéria e
energia dentro do organismo, realiza-se através de uma série complexa de reações
químicas e biológicas, as quais têm lugar em um meio aquoso. A água então se torna
indispensável para que sortes reações tenham lugar.
À parte, a água é o principal constituinte do sangue, o que faz que esta flua dentro do
organismo. Atua como regulador da temperatura corporal. Serve como meio de
transporte dos nutrientes, e para evacuar os produtos de refugo. A necessidade de
água no homem é de dois litros por dia.
Estrutura da água
As moléculas de água estão formadas por dois átomos de hidrogênio e um átomo de
oxigênio. Estas moléculas estão unidas entre si por enlaces ponte hidrogênio,
formando pacotes de moléculas. Esses pacotes de moléculas estão em um estado de
constante movimento pela energia cinética que possuem as moléculas de água.
Se à água líquida a começamos a esfriar gradualmente, o movimento das moléculas e
dos pacotes de moléculas se vai ir reduzindo gradualmente até que se chegue a uma
temperatura de zero grau, onde virtualmente o movimento molecular é ínfimo e a água
passa a estado sólido.
Se pelo contrário, esquentamos a água, aceleramos o movimento molecular a tal ponto
que chegando aos 100º C. se rompem os pacotes de moléculas e a água passa a
estado de vapor ou gasoso.
Isto ocorre quando a água é pura. Se à água lhe adicionamos sal e depois a pomos a
ferver, ocorre que os elementos constituintes do sal se unem às moléculas de água e
essa união é mais forte que a união de moléculas de água entre si. Tomando em conta
o dito anteriormente, vamos ter que subministrar mais energia calórica para romper os
pacotes de moléculas e que a água com sal passe a estado de vapor (ferva). A água
salgada necessita maior temperatura para ferver que a água sozinha. quanto mais sal
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 03
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 03
Esquemas de estudo
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 03
Idem Gelo
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 03
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 03
Sal
A importância do sal
O sal não se utilizou somente como condimento, mas sim foi um elemento
indispensável na conservação dos alimentos. De sua importância dão fé os
assentamentos sedentários dos povos pré-históricos ao lado de minas de sal e das
salinas. Diz-se que o Mediterrâneo foi o berço da civilização justamente pelas
possibilidades de aproveitar suas salinas.
O sal foi utilizado desde tempos imemoráveis. No neolítico, o homem, que se tornou
sedentário à medida que descobria as práticas agrícolas e boiadeiros, deu-se conta de
que o sal era um excelente meio para conservar a carne e o pescado. Conforme se tem
descoberto em jazidas arqueológicas da idade de bronze, os habitantes próximos às
lagoas salgadas já conheciam os segredos para a obtenção do sal e de amadurecer os
peixes que pescavam ou a carne de quão animais caçavam, como o demonstram os
utensílios e restos de sal ali encontrados.
Um tratado de farmacologia chinês, datado 2700 anos A.C., dedica uma grande parte
de seu compêndio na discussão sobre mais de quarenta tipos de sal, os métodos de
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 03
extração e o processo que tinha que seguir para deixá-la apta para o
consumo. Uns métodos que, surpreendentemente, não diferem muito dos que ainda se
utilizam hoje em dia.
O imposto do sal
Além de mineral indispensável, o sal foi um elemento de proveito comercial que
tampouco esteve livre de abusos. Durante a idade Média, os mesmos reis viram no sal
um meio claro e seguro para financiar as campanhas militares e para cobrir outros
gastos da monarquia. Desta maneira se impuseram os impostos do sal, uma servidão
fiscal que afetava a todos os cidadãos, incluídos os meninos, que se viram obrigados a
comprar uma quantidade estipulada de sal em determinada salina. Este imposto
chegou a ser um dos principais ganhos das arcas reais e se manteve até que a
exploração e a venda do sal foram declaradas livres em toda a Europa. Na Espanha
ficou liberalizada no ano 1869.
A obtenção do sal
O sal comum se obtém por evaporação da água do mar, por isso se requerem
condições meteorológicas determinadas, como são altas temperaturas e escassas
precipitações. O sistema de produção se apóia na evaporação solar que comporta dois
períodos muito diferenciados durante o ciclo anual: o primeiro, denominado de
produção, que começa no principio de março, quando diminui o regime de chuvas, e
chega até finais de agosto; e um segundo, denominado de invernada, que vai desde
setembro a fevereiro.
O processo de produção se inicia com o bombeamento ou a condução da água do mar
até umas balsas de grande extensão, mas pouca profundidade onde a água se vai
condensando graças à evaporação natural. Estas plataformas têm o fundo de barro e
estão separadas entre se por terra ou muros de pedra. As primeiras e mais profundas
se destinam ao armazenamento da água fresca do mar. daqui, a água se transpassa
às balsas de aquecimento, onde a ação do vento e do sol evapora a água. Finalmente,
o resíduo que fica passa a outras balsas denominadas de cristalização, que é onde
finaliza o processo com a precipitação do sal.
Utilidades do sal
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 03
O sal no esporte
Quando um atleta treina ou compete em um meio quente, a manutenção do balanço de
fluidos e do sódio resulta todo um desafio. Isto também é certo em trabalhadores (Ex.
bombeiros, metalúrgicos, mineiros, fábricas de cimento, etc.) que suam grandemente
enquanto trabalham. A simples adição de sal à dieta ou comer alimentos altos em sal,
pode ajudar a acautelar o déficit de sódio ou a restaurar a hidratação. Uma ingesta
regular e abundante de água pode não ser suficiente, devido a copioso suor que
determina um extraordinário déficit de sódio e uma marcada deficiência de água.
Portanto, uma adequada ingesta de sódio e cloro (sal) deverão ser parte integral de
qualquer plano da hidratação. A importância da ingestão de fluidos, carboidratos e sal
durante o exercício prolongado é muito bem reconhecida e está claramente
evidenciada como tal. Para a maioria dos atletas sãs, consumir mais fluídos e
alimentos ricos em sal durante períodos de treinamento e de competência em calor,
não só não é nocivo, mas também melhora o bem-estar e o rendimento, evitando
cãibras musculares e outros tipos de patologias por calor.
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 03
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 03
Alternativas ao sal
O sentido do gosto com o tempo se vai adaptando às comidas sem sal. Ao princípio
pode resultar difícil acostumar-se e algumas pessoas resistem a deixar de acrescentar
sal a suas comidas porque as encontram insípidas.
Se este for seu caso, pode condimentar seus pratos de forma singela, sã e saborosa
usando outros muitos ingredientes que não são o sal. Por exemplo:
• Especiarias: pimenta, páprica, curry, cravo-da-índia, canela, baunilha, açafrão,
noz moscada, cominho, pimenta-malagueta.
• Ervas aromática: romeiro, tomilho, estragão, salsa, louro, manjericão, erva-doce,
sálvia, hortelã, coentro, orégano, erva boa.
• Alho, cebola, pimentões, cebolinha, alho-porro.
• Limão e laranja.
• Azeite de oliva, natural ou aromatizado com alho, romeiro, tomilho, pimenta.
• Vinhos e licores em pequena quantidade.
• Iogurte.
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 03
Há dois tipos de sal: o sal marinho e o sal gema, e embora seja muito difícil distinguir
uma da outra por seu aspecto, a marinha sabe mais a sal e é menos amargo que a
gema.
O sal é imprescindível para a vida humana e sua função no organismo é manter o
equilíbrio dos líquidos. Mas o excesso de sal devido aos hábitos alimentícios de nossos
tempos dá lugar a problemas para a saúde como são a hipertensão, obesidade e
arteriosclerose.
AÇÚCARES
Dos tipos de hidratos de carbono que estudamos, os dissacarídeos e os
monossacarídeos, conhecem geralmente com o nome de açúcares.
Em gastronomia os açúcares mais utilizados e importantes som a glicose e frutose
(monossacarídeos) e a sacarose (dissacarídeos). Também a indústria deu resposta às
necessidades gastronômicas e apareceram outros tipos de açúcares como ser: o
xarope de glicose e xarope de alta fructose.
Um açúcar natural de grande utilidade na matéria é o mel, formada principalmente por
frutose, e em menor proporção glicose e sacarose.
Tanto na cozinha, como na indústria processadora de alimentos, os açúcares são um
elemento primitivo. Realçam, fortificam, dão cor e sabor a muitos alimentos.
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 03
Poder adoçante
É a capacidade que têm os açúcares de desenvolver sabor doce. Esta capacidade
varia segundo o tipo de açúcar, a temperatura e a acidez do alimento no qual se
encontrem. A maneira de avaliar esse poder adoçante é através de painéis de
degustação (grupos de pessoas treinadas para detectar a intensidade de sabor doce).
Na tabela seguinte se mostram os valores de cada uma:
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AULA 03
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AULA 03
Sacarose 67%
Sacarose / Glicose 68%
Açúcar Invertido / Sacarose 76%
Açúcar Invertido / Glicose 73%
Cristalização
É a propriedade mais importante dos açúcares já que a fabricação de diversos
produtos a base de açúcar, apóia-se no fato de que os açúcares apresentam diferentes
estruturas e formas a distintas temperaturas. Isto permite elaborar uma grande
variedade de produtos como, por exemplo: balas brandas, duras, pastilhas, fondant,
coberturas, etc.
Para entender melhor a cristalização dos açúcares, deve-se recordar outra propriedade
já tratada que está em íntima relação com esta: a solubilidade.
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AULA 03
Atividade de água
Esta propriedade se apóia no fato de dissolver açúcar em água. Desta maneira, as
moléculas de água interatuam com as moléculas de açúcar fazendo que a solução
açucarada tenha menor atividade de água que a água pura.
Esta propriedade se utiliza para baixar a atividade de água de alguns produtos e
aumentar sua durabilidade. Um exemplo é o caso de ter uma abóbora que compro de
mais e se está deteriorando. Para salvar o produto se elabora doce de abóbora. (polui-
se com açúcar a água livre que tem a abóbora, lhe baixando a atividade de água).
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 03
Esquemas de Estudo
Açúcares
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AULA 03
Os + importantes glicose
para a gastronomia frutose
sacarose
xarope de glicose
xarope de alta frutose
HIDRATOS mel (glicose-frutose-sacarose)
DE CARBONO
AÇUCARES Função:
• Realçam, fortificam, dão aroma, cor e sabor a
muitos alimentos.
• Parte essencial das sobremesas, geléias,
doces, chocolates, bebidas alcoólicas, bebidas
sem álcool e medicinais.
• Utilizados em muitos medicamentos.
• Realçam a elasticidade e flexibilidade da
massa e tornam-na: +leve,+seca, +esponjosa.
Poder edulcorante
PROPIEDADES Solubilidade
DOS Cristalização
AÇUCARES Higroscopicidade
Atividade da água
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AULA 03
AÇÚCAR
mescla de 2 monossacarídeos se romper a união
INVERTIDO
100 ml.
Ver hasta quando se pode
SOLUBILIDADE agregar açúcar sem que fique
açúcar sem dissolver.
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AULA 03
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AULA 03
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AULA 03
Água ligada
Alimento Água vicinal
Água livre = Água pura (atividade da
água)
ACTIVIDADE
DA AGUA Ao mesclar do alimento com açúcar, as moléculas do açúcar
interatuam com as moléculas da água pura o livre que tem
os alimentos e diminui a atividade da água do mesmo.
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AULA 03
Ovo
Morfologia do ovo
Casca
A casca representa o 12% do total do ovo, pesa aproximadamente 6 gramas e esta
constituída por minerais (carbonato de magnésio).
A casca pode ser branca ou marrom. Não existe diferença interna entre o ovo branco e
o marrom, sim externamente já que a casca marrom é mais resistente.
Na cara interna da casca há uma espécie de trama ou malha formada por proteínas.
Esta se ordena em forma de fossas, o que faz que a casca seja porosa. Através destes
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 03
Câmara de ar
No ovo, há um espaço de ar na parte mais fina que se deve ter em quanta no momento
da armazenagem. Neste processo, dispõem-se os ovos nas caixas com a câmara de ar
para baixo para que não se rompam.
O ovo fresco pesa por seu alto conteúdo de água. Quando um ovo está fresco, ao
introduzi-lo em um copo de água se assenta horizontalmente em sua base. Em um
ovo um pouco menos fresco, as bolsas de ar se começam a aumentar e o ovo flutua
verticalmente com a ponta na base do copo. Um ovo velho e passado contém muito
ar e frota na superfície da água. Não o utilize.
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AULA 03
Clara ou Albumem
A clara é a parte majoritária do ovo, representando o 56% do mesmo. Pesa
aproximadamente 35 gr. Por aquecimento de 60 a 70 graus coagula adquirindo uma
cor branca opaca. É um líquido espesso, transparente e viscoso formado
principalmente por água. Também se encontram outros nutrientes em solução como
ser glicose, proteínas (em sua maioria albuminas) e minerais.
Dentro do ovo se distinguem três tipos de claras:
• Clara leve
• Clara densa
• Clara leve
Destas três claras presentes no ovo, a mais importante é a clara densa, já que é a que
governa ao comportamento do ovo.
A clara densa é a que permite que a calaza (formação em espiral de albumina
concentrada), mantenha à gema em seu lugar ou posição. Quando se debilita a clara
densa, aumenta-se a câmara de ar pela pressão que faz a calaza para a gema.
Ou seja, à medida que o ovo se vai envelhecendo, a clara densa se vai tornando cada
vez mais líquida e não pode sustentar a calaza que se desprende da câmara de ar e
faz pressão para a gema. Desta maneira, a calaza, já insustentável, corre-se e
aumenta a câmara de ar a tal ponto que o ovo flutua em água.
Propriedades
• Dentro da clara se encontra um tipo de proteína chamada queratina, que lhe
confere à clara a propriedade de incorporar e reter ar durante a vitamina. É
muito importante que as claras, para ser batidas, não provenham de ovos
velhos, já que a proteína (queratina) vai estar parcialmente desnaturalizada e a
clara não vai levantar ou se vai baixar depois de batida.
• A clara é utilizada também, para clarificar preparações líquidas, como por
exemplo, um consomé ao qual lhe adicionam claras e o esquenta. Ao submeter
as claras a cocção, as albuminas vão se desnaturalizar e coagular aglutinando
as impurezas do consomé.
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AULA 03
Calaza ou Chalaça
A calaza é uma formação em espiral de albumina concentrada que sujeita e mantém a
gema no centro do ovo. Algumas pessoas podem pôr certas objeções ao aspecto de
uma calaza proeminente em um ovo cru ou cozido suave, mas o fato de que esteja ali,
demonstra que a gema esteve bem protegida.
Gema
A gema representa o 30% do ovo, pesa aproximadamente 18 gramas e coagula aos 70
graus. Está formada principalmente por lipídios (colesterol e lecitina), proteínas,
vitaminas lipossolúveis, minerais e pigmentos que lhe conferem a coloração amarela.
Ao entrar em contato com o ar se seca. Sua cor varia de acordo ao tipo de alimento
que consuma a galinha.
A gema também é um dos principais indicadores da qualidade do ovo. Se for redonda e
erguida, é um indício de que se trata de um ovo fresco. Com o transcurso do tempo, a
gema se aplana e perde sua forma arredondada.
Dentro dos lipídios que contém a gema, há um agente emulsificante chamado
Fosfolipídio. Pode- se desenhar um agente emulsificante desta maneira:
Agente
ZONA
POLAR Emulsificante
ZONA
HIDRO
FÓBICA
No gráfico se mostra que o agente emulsificante está formado por duas zonas: uma
zona polar e uma zona hidrofóbica.
Para entender como funciona um agente emulsificsante, previamente devemos saber
que é uma emulsão.
Emulsão
Uma emulsão é um sistema constituído por duas fases líquidas, insolúveis uma na
outra, na qual alguém se acha dispersa em forma de pequenas gotinhas (fase
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AULA 03
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AULA 03
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AULA 03
Conservação
Os ovos devem ser armazenados a uma temperatura de 5º a 7º. Perdem qualidade
rapidamente a temperatura ambiente.
Ao ter casca porosa, o qual permite que o ar entre ao ovo, deverão ser armazenados
longe de outros alimentos que lhe possam acontecer aromas desagradáveis.
Guardá-los com a ponta para baixo para que as gemas fiquem centradas.
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 03
Ovos conservados
Atualmente, e em prevenção de possíveis contaminações, cada vez se consomem
mais os ovos tratados termicamente para garantir sua salubridade.
O tratamento que lhes aplica é o da pasteurização. Este resulta suficiente para evitar a
transmissão de enfermidades que em alguns casos podem chegar a resultar muito
graves. Estes ovos pasteurizados se revistam apresentar no mercado em forma
semilíquida (ao dizer semilíquida nos referimos unicamente ao ovo batido) ou
desidratados. Destes ovos se podem adquirir o que mais lhe interesse, bem seja o ovo
inteiro ou separado as claras das gemas.
Quando se utiliza ovo em pó, deve ser regenerado, para o qual lhe acrescenta o líquido
que se requer, obtendo-se uma espécie de massa que resulta igualmente útil para ligar
natas ou preparar gelados.
Os ovos podem adquirir-se também envasilhados e congelá-los (bem seja o ovo inteiro
ou separado a clara da gema).
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AULA 03
• Ovo quente: Ovo fervido, a clara deve ficar semicoagulada e a gema, líquida.
• Ovo Mollet: Ovo fervido, a clara deve ficar coagulada e a gema, cremosa.
• Ovo duro: Ovo fervido durante 9 minutos contados a partir do momento em que
a água entrar novamente em ebulição.
• Ovo escalfado (poché): Ovo sem casca, fervido em água acidulada. A clara
coagulada deve envolver a gema cremosa.
• Ovo cocotte: Ovo cozido em cerâmica no forno a 160ºC em banho-maria
durante 5 a 6 minutos. Pode se acrescentar creme ou outro produtos como
queijo ralado, gruyère, presunto, espinafre, etc.
• Ovos cozidos no prato: Ovos cozidos no forno, em banho-maria, ou no fogão,
em fogo brando; sobre prato fundo pequeno pintado com manteiga clarificada.
As claras devem ficar coaguladas e as gemas, líquidas.
• Ovos fritos: Ovos fritos em óleo entre 180ºC e 190ºC, a clara deve ficar
coagulada e levemente crocante, e a gema, líquida.
• Ovo à la diable: Ovo cozido dentro de um aro metálico untado com manteiga
sobre uma frigideira antiaderente e manteiga aquecida em cor avelã clara. A
clara deve ficar coagulada e ligeiramente crocante, e a gema, cremosa.
• Ovo estrelado: Ovos cozidos numa frigideira antiaderente com manteiga. Salgar
somente a clara porque se salgar a gema esta faz que se rompa. A clara deve
ficar coagulada e branca e as gemas, líquidas simétricas dentro da mesma.
• Omelete: Ovos batidos, cozidos numa frigideira antiaderente com manteiga com
acréscimo de aromatizantes com ervas, temperos ou recheios.
• Ovos mexidos: Ovos mexidos sobre o fogo brando ou banho-maria. Deve-se
evitar que a coagulação seja brusca e granulosa. Pode se acrescentar creme,
queijo ou presunto. Os ovos mexidos devem ter uma textura cremosa.
• Eggah: Tradicional prato persa é uma espécie de omelete grossa e firme,
assada no forno e servida em fatias ou pedaços. Recheada geralmente com
espinafre ou ervas picadas, cebola, alho pimentão e outras verduras e legumes.
• Tortilla Espanhola: Esta omelete leva cebola e batatas fritas em azeite de oliva,
cozida numa frigideira e é sempre virada para fritar e dourar dos dois lados.
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AULA 03
Preparação de Suflês
Para preparar um suflê salgado terá que fazer primeiro uma bechamel. Continuando,
incorpora-se o ingrediente eleito. Depois acrescentar as gemas de ovo e por último as
claras batidas a neve.
Os suflês doces se preparam, pelo general com um creme de confeiteiro ou inglesa
aromatizada.
O molde para preparar suflê é cilíndrico e de porcelana ou cristal resistente ao calor.
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AULA 03
Ovos poché
Ingredientes
• Ovos 2
• Água q/b
• Vinagre branco o limão q/b
• Fatias de pão 2 unidades
Preparação
Pôr os ovos em um cesta de arame, para poder tirá-los todos juntos, e passá-los logo
por água antes que rompa o fervor durante 30 segundos. Esta técnica evita que ao
fazê-los poché, a clara se esparrame na água.
Enquanto isso em uma panela média, sem deixar que rompa o fervor a água sem sal. A
esta água adicionar o suco de limão ou o vinagre branco, para acidular-la sem deixar
que este fervor se perca, devagar e da um se quebram os ovos e se deixam cair na
água.
Cozinhar dois minutos aproximadamente, até que a clara esteja cozida e a gema crua.
Tirá-lo com muito cuidado com uma escumadeira côncava. Refrescá-lo imediatamente,
e logo servi-lo sobre pão torrado, recortando a clara para lhe dar forma, polvilhada com
cebolinha.
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AULA 03
Omelete
Ingredientes
• Ovos 2
• Presunto 2 fatias
• Queijo prato 2 fatias
• Sal q/b
• Pimenta-do-reino q/b
• Óleo ou manteiga q/b
Preparação
Colocar os ovos em um bol. Incorporar sal e pimenta e bater os ovos para integrar os
ingredientes. Em caso de que se queira a omelete a ponto babe (molho), só mesclar
para incorporar os ingredientes.
Em uma frigideira antiaderente com óleo, esquentar bem e incorporar o preparado dos
ovos e uma vez que começa a coagular, baixar um pouco o fogo, colocar as fatias de
presunto ocupando a metade e as fatias de queijo, logo dobrar na metade e servi-los.
Opcional:
• pode-se adicionar alguma erva ou trocar ou recheio.
Outras técnicas:
• à francesa: sem recheio, simples.
• Suflê: claras batidas a neve mais gemas
Ovo frito
Ingredientes
• Ovo 1
• Óleo q/b
• Sal q/b
• Pimenta-do-reino q/b
Preparação
Aquecer o óleo entre 180ºC e 190ºC.
Descascar o ovo num recipiente á parte e transferir-lo com cuidado para dentro do
óleo.
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AULA 03
Virar o ovo com ajuda de duas colheres de pau, para que a clara
envolva a gema e adquira uma cor uniforme em toda a volta.
Deixar passar 1 minuto de cozimento. Quando o ovo adquirir uma cor dourada
uniforme, retirar-lo com uma escumadeira.
Escorrer sobre uma placa com papel absorvente. Salgar
A clara deve ficar coagulada e ligeiramente crocante, e a gema, líquida.
Outras técnicas: ao prato (muito óleo), sunny sede up (pouco óleo), over easy (cocção
gema por 30 segundos), over hard (cocção gema por 1minuto) e à La diable ( com o
óleo frio dentro de aro metálico).
Ovos mexidos
Suflê Básico
Ingredientes
• Manteiga 0,025 kg
• Farina 0,025 kg Molho bechamel
• Leche 0,200 litro
• Sal q/b
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AULA 03
• Pimenta-do-reino q/b
• Noz moscada q/b
• Gemas 2
• Claras 2
• Manteiga q/b
Preparação
Colocar a manteiga em uma caçarola, levar a fogo lento e quando se tiver derretida,
adicionar a farinha. Revolver com colher de madeira e cozinhar de 3 a 4 minutos.
Por outro lado ferver o leite e incorporar à mescla anterior pouco a pouco sem deixar
de revolver para que não se formem grumos,
Temperar. Com o sal e a pimenta, adicionar noz moscada e cozinhar 2 minutos mais.
Retirar do fogo revolvendo de vez em quando para enfraquecer.
Acrescentar as gemas da uma mesclando depois de cada adição, por último com a
ajuda de um batedor incorporar a claras batidas a neve. Distribuir em um molde
previamente untado com manteiga e polvilhado com farinha de rosca, levar a forno pré-
esquentado a 180° entre 15 a 20 minutos, retirar e servir no mesmo molde.
Suflê de Espinafre
Ingredientes
• Salsa bechamel 0,150 kg
• Gemas 2
• Claras 2
• Sal q/b
• Pimenta-do-reino q/b
• Espinafres fervidas 0,150 kg
• Manteiga q/b
• Queijo parmesão ralado 0,060 kg
• Farinha de rosca q/b
Preparação
Dividir a bechamel em dois, a uma parte quente lhe adicionar uma gema, o purê de
espinafres, sal e pimenta.
À outra metade, lhe adicionar o queijo, uma gema, sal e pimenta.
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
AULA 03
Outras técnicas:
• pode ficar a forno direto a 180° até que os suflês enchem-se e dourem.
Suflê de chocolate
Ingredientes:
• Manteiga pomada 0,025 kg
• Chocolate semi-amarguro 0,090 kg
• Açúcar comum
para o chocolate e claras. 0,035 kg
• Leite 0,030 litro
• Cacau amargo 0,025 kg
• Açúcar impalpável q/b
• Ovos 3
• Açúcar para o molde q/b
Preparação:
Untar os moldes de 8 a 10 cm de diâmetros, com a manteiga, polvilhar com o açúcar e
reservar na geladeira.
Fundir num recipiente o chocolate com o,030 kg de açúcar a banho-maria, adicionar o
leite e o cacau.
Separar as claras das gemas e adicionar as gemas ao chocolate da uma, revolvendo
com uma colher de madeira.
Bater as claras a neve bem firme e adicionar a último momento 0,005 kg de açúcar e ir
as integrando pouco a pouco ao chocolate.
Encher os moldes ao nível e levar a forno pré-esquentado 200ºC
Retirar e polvilhar com açúcar impalpável e servir.
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AULA 03
Ingredientes
• Farinha 0000 0,060 kg
• Leite 0,250 litro
• Doce e leite 0,050 kg
• Açúcar 0,050 kg
• Ovos 3
• Manteiga q/b
• Sal 0,002 kg
Preparação:
Em um recipiente, adicione a farinha, o açúcar, o doce de leite, as gemas e o leite,
cozinhe a fogo suave, mesclando continuamente com um batedor de arame, até obter
creme liso e espesso. Reservar para que se esfrie.
Untar com manteiga os moldes.
Montar as claras com o pingo de sal a ponto neve, bem firme.
Em forma envolvente incorporar as claras à nata de doce de leite e derrubar sobre os
moldes.
Cozinhar em forno pré-esquentado a 170º.
Servir imediatamente.
Preparação;
Cortar as batatas em espanholas bem finas e fritar-las no azeite
Cortar as cebolas em juliane igual aos pimentões e salteá-los.
Cortar a lingüiça em rodelas e selar ambos os lados.
Numa tigela, adicionar as batatas, o pimentão, a cebola, os ovos e condimentar.
Adicionar o chouriço e derrubar a preparação em uma frigideira bem quente com duas
colheres de azeite.
Cozinhar a fogo forte, até que se despegue a preparação e logo cozinhar a fogo lento.
Cozinhar até formar chão, dar volta com a ajuda de um prato.
Cozinhar 10 minutos mais, tirar e servir.
Creme Caramelo
Ingredientes
• Leite 0,200 litro
• Açúcar 0,050 kg
• Ovos 2
• Baunilha q/b
• Açúcar para o caramelo 0,050 kg
Preparação:
Ferver o leite durante 4 minutos.
Por outro lado bater ligeiramente os ovos e o açúcar.
Incorporar o leite com a essência, sempre revolvendo sem espumar. Passar por uma
peneira para tirar as impurezas.
Fazer caramelo com o açúcar e votar nas formas de alumínio individuais. Esfriar
Verter a preparação e levar no forno a banho-maria 160°C até que ao cravar um objeto
agudo no pudim saia limpo.
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Aula 4
Amido
Estrutura da amilose
Estrutura da amilopectina
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Aula 4
As duas grandes moléculas que formam o grão de amido estão unidas entre si por
enlaces similares aos que unem as moléculas de água (enlace ponte hidrogênio). Isto
faz que amido não seja solúvel em água. Por exemplo, se se toma um copo com
água e dentro dele se coloca uma colherada de amido e se agita o copo, o amido
ficará suspenso em à água, mas quando se deixa de agitar, o amido se depositará no
caldo do copo.
Quando se submete o grão de amido a cocção, por exemplo ferver arroz, macarrão
ou legumes, à medida que a temperatura da água aumenta, o grão de amido vai
aumentando de tamanho (enche-se) e a suspensão se torna gradualmente mais
espessa. Na cocção, a água vai penetrando no interior do grão rompendo
gradualmente os enlaces que uniam a amilose e a amilopectina. Ao romper esses
enlaces, a água vai ficando retida por essas duas moléculas dentro do grão: o
resultado é que o grão aumenta de tamanho e se reduz a água de solução
espessando a suspensão.
A quantidade de água que consegue penetrar dentro do grão é tanto major quanto
major é a temperatura
Quando a água que ingressou consegue romper todas as uniões entre as moléculas
de amilose e amilopectina, mas sem que se rompa o grão, diz-se que o amido
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COZINHEIRO PROFISSIONAL
Aula 4
Amido
Gelatinizado
Nos alimentos que contêm amido, este fenômeno ocorre em formas parciais e em
maior ou menor grau dependendo da qualidade das matérias primas utilizadas.
Quando se sobre cozinha massa ou arroz se diz que se passou de cocção e devido a
isso se pegam os macarrão ou o arroz. Neste caso o grão de amido perdeu sua
estrutura externa e a amilose e a amilopectina passaram à água de cocção (a água
fica branca e lesma). Em lugar de ter todo o amido inchado e gelatinizado, tem-se
uma grande proporção de grãos quebrados, e em conseqüência moléculas de
amilose e amilopectina em solução (grude).
Em relação à solução onde se cozinha o grão de amido, via-se que à medida que
aumentava a temperatura os grãos absorviam água e inchava, isto traz como
conseqüência um aumento na consistência ou viscosidade da solução (se espessa).
Ou seja, que o agregado de amido serve para espessar um preparado aquoso. Por
isso, o agregado de fécula de amido serve para espessar ou lhe dar corpo a um
molho, ou em um molho branco o amido contido na farinha é o que lhe dá corpo ou
consistência.
Retrogradação do amido
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Aula 4
Estrutura
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Aula 4
Amido
amido
T4 T5
T3
T1 T2
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Aula 4
COCÇÃO
si seguimos se rompe as moléculas de
DO cozinhando grão de amilose- amilopectina
AMIDO o grano amido
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Aula 4
RETROGRADAÇÃO DO AMIDO
Amido é o produto amiláceo extraído das partes aéreas comestíveis dos vegetais.
Fécula é o produto amiláceo extraído das partes subterrâneas comestíveis dos
vegetais (tubérculos, raízes e rizomas). Segundo a Legislação brasileira o produto
deverá ser designado amido ou fécula, seguido do nome do vegetal de origem. Esses
amidos e féculas são chamados de amidos naturais ou nativos, para se diferenciar
dos amidos modificados.
O uso do amido nativo é muito diversificado. No Brasil ocorre, principalmente, em
indústrias alimentícias, além de metalúrgica, mineração, construção, cosmética,
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Aula 4
Diversidade
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Aula 4
Polvilho azedo
Amidos pré-gelificados
Pela baixa umidade (12% a 14%) os amidos formam barreiras naturais em frituras,
pois não disponibilizam água para a troca com gordura. Eles formam rapidamente
uma camada fina e seca que isola o produto da gordura.
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Aula 4
Usos
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Aula 4
Latino Americanas Propriedades Gerais do Amido (volume 1);e, Tecnologia, Usos e Potencialidades de Tuberosas
Amiláceas Latino Americanas (volume 3) - coordenados pelos pesquisadores Marney Pascoli Cereda e Olivier
Vilpoux
O acesso à coleção dos livros da série, capítulo por capítulo, é feito clicando a página de Raízes ONG em
Publicações e escolhendo o livro e depois o capítulo. http://www.raizes-ong.org.br/portugues/indexpor.htm
Os livros podem ser acessados também através do site da ABAM.
Caldos de cozimento
• CALDO: líquido obtido logo depois de cozinhar água fria, hortaliças e/ou ossos
(boi, ave, etc.), reduzido, coado com ou sem o agregado de sal.
• SOPA: caldo no que se cozinha arroz, hortaliça e macarrão e se servem com
estes ingredientes.
• SOPA-CREME: redução a purê de hortaliças (geralmente) que se cozinham no
caldo. Pode ou não levar molho bechamel ou creme.
• CONSOMÉ: caldo clarificado com clara de ovo, mais o agregado de hortaliças
cortadas em cubos pequenos (brunoise).
Caldo claro
Pode ser de ave ou bovino, segundo o ingrediente principal. É um líquido de cor
esbranquiçada elaborada a partir da cocção de restos crus de carnes.
Receita básica:
• Osso bovino ou de ave 1 kg
(dependendo do caldo que se queira elaborar)
• Cebola 0,100 kg
• Alho-porro 0,100 kg
• Cenoura 0,100 kg
• Rama de aipo 0,100 kg
• Bouquet garni 1
• Água fria 1,5 a 2 litros
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Preparação
Pôr os ossos numa panela e cobrir com água fria.
Levar a ebulição. Retirar as impurezas da superfície, usando uma escumadeira
continuamente.
Acrescentar todas as verduras limpas, a pimenta em grãos, o bouquet garni, e o
cravo-da-índia e outros aromas se quiser.
Cozinhar em fogo baixo durante 1 hora, se for caldo de aves, e por 3 horas, caso seja
caldo de carne, escumando as impurezas continuamente durante o cozimento.
Passar o caldo por um chinois, sem mexer o líquido da panela. O caldo claro deverá
ser translúcido.
Esfriar rapidamente.
Aplicações
• Molhar pratos como arroz, massas, guisados, sopas, etc., incluídos aqueles
que contêm pescado.
• Elaborar consomés, gelatinas e veloutés
• Obter extrato de carne
• A graxa ou gordura obtida no desengordamento, utiliza-se na cozinha francesa
para a grande fritura e para fazer torradas
• O caldo de repás é o mesmo caldo claro, mas "lavado". Elabora-se igual,
substituindo os restos frescos por outros já cozidos, que foram usados em
caldos anteriores.
Caldo escuro
Fumet
Caldo de cor esbranquiçada, algo transparente, elaborado a partir da cocção de
cabeça, rabo e espinha de peixes não gordurosos..
A água será em uma proporção de três vezes a quantidade de pescado, ao que se
acrescenta porro, cebola, salsinha, limão e vinho, que pode ser branco ou tinjo. O
fumet também pode ser escuro, procedendo-se como para um caldo escuro de carne.
Lembre-se de não votar no caldo as guelras nem as barbatanas.
Alem não pode cozinhar mais de 20 minutos porque fica amargo
Ingredientes
• Cabeças, espinha e rabos
de peixes não gordurosos 0,500 kg
• Manteiga 0,030 kg
• Échalote 0,030 kg
(ou cebolinha)
• Cenoura 0,050 kg
• Cebola 0,080 kg
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Consomés
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Guarnições aromáticas
Mirepoix
Esta guarnição é a mais utilizada não só para a realização de caldos de cocção mas,
também para molho, bracejados, sopas e demais preparações.
Há dois tipos de mirepoix: gorduroso e magro.
Gorduroso: pica-se em brunoise, 0,200 kg cenouras, 0,100 kg de cebolas, 0,100 kg
de presunto cru ou pata de porco branqueada. Cozinham-se tudo com 0,030 g de
manteiga, com pouco de tomilho e louro, tampado, até que a mistura esteja tenra.
Usa-se em certos molhos (sobre tudo a Espanhola) para enaltecer seu sabor e se
aplica, além disso, estufados ou guisados de frango ou carne.
Magro: hortaliças picadas em brunoise. Usa-se muito para preparar crustáceos A
bordolaise. Também como ingrediente adicional de alguns molhos brancos.
Não esqueçamos que a palavra mirepoix também designa um corte.
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Sopas
Constituem um alimento essencial para os frios dias de inverno, embora nada impede
que se consumam em outras épocas do ano como no verão, mas bem geladas.
Como se conservam no caldo as substâncias nutritivas das carnes e verduras com
que fora elaborada, são indicadas para meninos, pessoas que realizam grande
desgaste físico e a gente maior.
As sopas figuram entre as primeiras preparações culinárias que se conhecem.
No século XVII se elaboravam quase na mesma forma que na atualidade: fervendo
em água carnes, aves ou peixes com verduras.
Conservando as devidas distâncias, poderíamos dizer que a sopa é como na ópera a
abertura, abre a comida e prepara ao comensal para o que virá depois. Portanto, é de
soma importância que sua apresentação e bom gosto não desmereça o dos restantes
pratos.
A base de uma boa sopa é um bom caldo. Embora a preparação de este se
simplificasse com a aparição dos cubos concentrados, estes não devem faltar na
despensa. Quem não improvisou, ante a chegada de inesperados comensais, um rico
Risotto com 1 cubo de caldo de galinha ou uma saborosa sopa que o dona-de-casa
se engenha em fazer mais nova com todas as combinações que a culinária moderna
propõe.
Por exemplo, agora podem fazer-se suculentas sopas adicionando ao caldo, creme,
gemas batidas, leite, queijo, cereais, entre outros.
A sopa pode levar-se a mesa em uma bonita sopeira para que se mantenha bem
quente. Também pode servir-se em taças especiais. Para que uma sopa esteja
completa, pode-se acompanhar com queijo ralado servido em uma queijeira.
O freezer também é um aliado na hora das preparar: podem-se elaborar em grandes
quantidades e as guardar em porções para utilizar em qualquer momento.
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Como se servem
• Pratos fundos: de macarrão,
peixe, arroz, sêmola, aveia,
espessa, sopas, cozidos,
legumes.
• Tigela: de creme, de verdura,
cereais, frutos do mar.
• Xícaras de consomé: caldos de
carne, verduras, ave, peixe. Sopera de Derby (entre 1785 e 1800)
Consomé ao xerez, tomate.
• Em uma comida informal pode apresentar-se em uma sopeira que se levará a
mesa. Se for importante a reunião, coloca-se a sopeira em uma mesa auxiliar.
• O segredo do êxito está em que se sirvam bem quentes, ou geladas no caso
que se sirvam fritem.
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Potagens
No fim do século passado e princípios de este, tanto nos restaurantes como qualquer
outro lugar se utilizava a palavra “potagem” para encabeçar a oferta de certos pratos
quentes entre os quais figuravam sopas, consomés, natas, purês, etc. Os antigas
potagens eram similares em sua concepção culinária à panela podre espanhola, ou o
seu descendente o “cozido”. Quer dizer, tratavam-se de suculentas panelas com
variedade de carnes, legumes e outros ingredientes que davam lugar à comida
completa; primeiro o caldo, que podia aproveitar-se para uma sopa, e depois pratos
de carnes e legumes cozidos por separado dependendo da sua espécie.
Os potagens se dividem em “Potaje Clairs” e “Potaje Lêem”:
Os “Potaje Clairs” ou caldos claros procedem de um só elemento básico, pode ser
carne de qualquer classe, bovina, caça, peixe, crustáceos, tartaruga, etc.
Os “Potajes Lêem” ou caldos espessos caracterizam-se pela presença de um
elemento que os trava ou espessa. Dividem-se em:
1. Purês
2. Cremes
3. Veloutés
4. Consomés liês
5. Sopas de composição específica e fórmula invariável.
Os potagens das três primeiras classificações não diferem mais que pelo agente para
espessar empregado: os potagens purês se espessam com arroz, ou com um legume
como lentilhas, feijões, etc. Os potagens veloutés se espessam mediante a utilização
de gemas de ovo e manteiga, enquanto que nos potagens, cremes a manteiga se
substitui por creme de leite.
O consomé pode tomar-se sem nenhum elemento sólido, ou melhor, lhe podem
incorporar diversos ingredientes, como pode ser o que se denomina uma chiffonnade
de alface (folhas finamente cortadas e incorporadas ao momento de servir com o
propósito de aromatizar o consomé); crêpes, croutns, cubos de peito frito, julianne ou
brunoises de vegetais diversos, massas italianas, macarrão, arroz, etc.
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Maggi: Julio Maggi foi um experto suíço que no século XIX teve a feliz idéia de moer
ervilhas, reduzi-los a uma farinha e guardá-los em recipientes hermeticamente
fechados, para mais adiante, preparar sopas de sorte leguminosa. Depois, tanto o
como seus descendentes, foram aperfeiçoando os métodos, embora sempre
guardassem o segredo profissional, e deram lugar à indústria dos preparados para
sopas.
Leguminosas e feijões
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Conservação
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Cocção
Os legumes se consomem secas, frescas ou em farinhas, realizando-se com elas os
pratos mais diversos. Podem ser empregadas como primeiros, prato único, em purê,
em saladas ou como guarnição.
Resultam mais digestivas e saborosas se condimentarem com ervas ou especiarias
como tomilho, estragão, cominho, e coentro. Na hora de calcular a quantidade que vai
se cozinhar terá que ter em conta que os legumes secas aumentam em grande
medida seu volume.
Geralmente os legumes apresentam uma pele fibrosa, dura e amarga que requer
deixar de molho prévio e uma cocção prolongada para seu abrandamento.
Recomenda-se pôr os legumes seca, previamente lavadas, em água durante várias
horas ante de sua cocção. Neste processo se consegue a entrada no interior da
semente, de toda a água que perderam ao secar-se. Deste modo resultam mais
tenras e fáceis de cozer. Pode-se acrescentar bicarbonato à água do molho para
conseguir uma maior suavidade nos legumes, embora este composto também
diminua parte da vitamina B1, diminui a disponibilidade de aminoácidos e, em
determinadas ocasiões pode chegar a modificar o sabor do prato.
A cocção dos legumes se deve levar a cabo lentamente, com uma quantidade de
água na panela que as cubra por completo, do contrário se corre o risco que a pele
dos grãos se resseque e desprenda. O emprego de panelas a pressão, reduz muito o
prolongado tempo de cocção que requerem estes alimentos.
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A partir dos legumes se podem obter grande quantidade de produtos derivados, como
óleos, farinhas e concentrados de proteínas, sendo estes últimos muito empregados
na indústria alimentícia.
• Óleo de legumes: obtém-se principalmente da soja, uma vez seco, limpo e
triturado. Emprega-se como óleo de mesa e, a escala industrial, na elaboração
de produtos de confeitaria, bolos, conservas e maioneses.
• Farinha de Legumes: obtém-se mediante a moenda de legumes seca
amiláceas, quer dizer ricas em amido. Estas farinhas apresentam um conteúdo
protéico muito elevado. Emprega-se principalmente a da soja na elaboração de
produtos de padaria e confeitaria.
• Legumes em Conservas: também se comercializam em conservas com o
propósito de poder responder a cada vez major demanda de produtos de fácil
e rápida preparação. Encontram-se grãos-de-bico, feijões ou lentilhas cozidos
e envasilhados em frascos de vidro.
Tipos de Grãos
Soja
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Feijões
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Consumo no Brasil
O seu cultivo é bastante antigo. Há referências a ele na Grécia antiga e no Império
romano, onde feijões eram utilizados para votar (um feijão branco significava sim, e
um feijão preto significava não).
O prato "feijão com arroz" (ou "arroz-e-feijão") é um dos mais típicos dos lares
brasileiros, acompanhado com alguma "mistura" (nome comum no estado de São
Paulo para qualquer coisa que se coma com arroz-e-feijão, como, por exemplo, bife
ou batata-frita). O feijão também é a base de um dos principais pratos da culinária
típica brasileira, a feijoada. Em Portugal, o feijão comum (Phaseolus vulgaris) é a
base de várias sopas e feijoadas, ou misturado com arroz, ou como elemento de
acompanhamento obrigatório das tripas à moda do Porto, e ainda em alguma doçaria
(por exemplo o pastel de feijão). As vagens verdes (feijão verde) acompanham,
cozidas, qualquer prato de peixe cozido, e, cortadas às tiras, em sopa (sopa de feijão
carrapato). No caso do feijão frade, é freqüentemente servido com cebola e salsa
picados, a acompanhar atum.
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Propriedades
• São uma fonte importante de proteínas e se as juntarmos com o arroz nos
contribui então a maioria dos aminoácidos essenciais.
• As vagens secas fervidas são um bom remédio para baixar os níveis altos de
açúcar (glicose) em sangue.
• Ideais para pessoas com trabalhos físicos ou em época de crescimento devido
a seu grande poder energético e riqueza em proteínas.
• Sua quantidade de fibra solúvel é um dos melhores remédios para o colesterol
e as enfermidades cardiovasculares.
• Também beneficia aos diabéticos e obesos já que, embora tenha muitos
hidratos de carbono, sua fibra impede a absorção de muitos açúcares.
• A constipação melhora com o consumo de legumes e isto é muito importante
para evitar o temido câncer de cólon.
Emprego culinário
• Se quisermos cortar sua cocção devemos as pôr de molho a noite anterior.
• Se as cozinharmos com uma folha de alga Kombu também se cozinham mais
rápido.
• O cominho, erva-doce ou anis verde acrescentado a sua cocção as faz menos
flatulentas.
• Devem cozinhar-se lentamente para manter íntegras suas propriedades.
• Não devemos votar sal para fervê-las porque esta vota dura a pele externa do
feijão.
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Grão-de-bico ou gravanço
Seu nome provém do latim Cier, que significa gravanço. O grão-de-bico é um legume
de forma arredondado com os extremos dedilhado, os flancos lisos e enrugados. A
textura, sabor e cor são muito variáveis. A cor vai de um branco creme ou amarelo
até o marrom, verde escuro ou negro. Estas sementes comestíveis se encontram
dentro de uma vagem pequena e bicuda, coberta de cabelos glandulares que contém
geralmente entre 1 a 4 grãos-de-bico.
Variedades
Existem quatro variedades principais de grão-de-bico: os grãos-de-bico grandes, de
cor branca que se encontram na zona mediterrânea. Dentro da zona asiática
podemos nomear as três restantes: Deshi, de tamanho pequeno, forma angular e cor
amarela ou negra. Kabul ou Kabuli, de tamanho médio a grande, forma arredondada
e angular e cor clara. Gulabi, de tamanho pequeno, liso e arredondado, de cor
amarela clara.
Emprego culinário
• Podem-se incluir na alimentação, inteiros ou moídos formando parte de
variados pratos e produtos.
• Podem ser parte de variadas sopas e sopas como também elaborar-se
nutritivos purês.
• É um dos legumes que mais demoram em cozinhar-se e digerir-se. Para
cozinhá-lo, a diferença de outros legumes, deve-se partir de água temperada
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Valor nutritivo
O principal componente dos grãos-de-bico, ao igual a em outros legumes, é o amido.
Devido a sua riqueza em hidratos de carbono é de lenta absorção, resultam muito
adequados em caso de fortes esforços físicos. Quanto a sua fórmula quantitativa, as
proteínas ocupam o segundo lugar, embora o grão-de-bico não se destaque em este
tipo de nutriente se o compararmos com outros legumes.
Seu conteúdo lipídico é maior que em outros legumes, destacando a presença de
ácido oléico e linoléico, dois ácidos gordurosos insaturados adequados na dieta dos
que padecem arteriosclerose ou problemas cardiovasculares.
Lentilhas
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Variedades
Existem numerosos tipos de lentilhas que se podem classificar em função da forma, o
tamanho e a cor da semente: as variedades de semente grande, de
aproximadamente 6 a 9 cm de diâmetro, e variedades de semente pequena de 3 a 6
cm de diâmetro. Em função da cor, as variedades mais comuns som as lentilhas
amarronzadas ou verdinhas, de tamanho pequeno e de cor verde ou verde amarelada
com manchas pretas.
Também se encontram lentilhas verdes azuis, que crescem em zonas vulcânicas.
Valor nutritivo
As lentilhas são um alimento de grande valor nutritivo. Os hidratos de carbono
constituem sua principal componente que, a sua vez, formou-se em sua maioria por
polissacarídeos e principalmente amido. Também possuem polissacarídeos não
digeríveis (fibra), embora seja inferior ao que contribuem outros tipos de legumes.
Assim mesmo são muito ricas em proteínas vegetais, constituindo estas o segundo
componente do ponto de vista quantitativo. A combinação de lentilha com cereais, por
exemplo, arroz, proporciona uma proteína completa, quer dizer com todos os
aminoácidos essenciais.
Respeito ao conteúdo lipídico das lentilhas, é muito baixo ainda tendo em conta o que
apresentam outros legumes seca.
Quanto à fama que apresentam as lentilhas de ser uma excelente fonte de ferro,
pode-se dizer que é certo, mas também há ácido fítico em sua composição, o qual é
capaz de formar complexos com o ferro, impedindo assim sua absorção pelo
aparelho digestivo. Por este motivo, não todo o ferro presente nas lentilhas pode ser
utilizado.
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Favas
Variedade
Em função do tamanho da semente, diferenciam-se três tipos de favas:
• Major ou Faba: sementes largas, grandes e plainas, de 2,5cm de longitude e 2
gramas de peso.
• Eqüina: semente de tamanho médio, de aproximadamente 1,5cm de longitude
e 1 grama de peso.
• Minor: semente pequena, arredondada e de uma longitude aproximada de
1cm. e de 0,5 gramas de peso.
Valor nutritivo
As favas, ao igual a outros legumes, constituem um alimento muito nutritivo quanto à
contribuição de amido e proteínas. Também contêm fibras entre os polissacarídeos
que a compõem, importante para a constipação intestinal. O conteúdo lipídico é
relativamente baixo.
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Emprego culinário
As favas secas se podem cozinhar com ou sem pele, entretanto terá que ter em conta
que a pele lhe confere um sabor amargo às preparações. Para facilitar a eliminação
da pele se inundam as favas uns minutos em água fervendo, logo se escorrem e as
esfria em um banho-maria investido. Com este procedimento lhes desprende a pele
sem maiores complicações. Também pode acontecer que lhes desprenda parte da
pele durante o período prévio de molho.
A eliminação da pele, além de melhorar o sabor destes legumes, contribui a reduzir o
tempo de cocção.
As favas secas se consomem com freqüência em purês, e em saladas. Podem-se
incluir em sopas, guisados e sopas.
Tremoço - Lupina
Variedade
Existem mais de 200 variedades de Tremoços, mas só 5 são importantes para a
gastronomia:
• Tremoço comum ou branco: de casca branda, forma retangular ou quadrada
e com os borde arredondados. Está acostumado a apresentar um sabor
amargo, mas se selecionam as variedades mais doces que possuem poucos
alcalóides.
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Valor nutritivo
Ao igual a tudo os legumes, é considerado como um alimento muito nutritivo. A
diferença de outros legumes é que possuem escasso conteúdo de amido. Junto com
a soja, o tremoçoé uma das fontes mais ricas em proteínas vegetal. As proteínas,
além de encontrar-se neste legume em proporções elevadas, possuem um alto valor
biológico, quer dizer contêm todos os aminoácidos essenciais.
Quanto a seu conteúdo em lipídios, o tremoceiro é, depois da soja, o legume seca
mais rica neste nutriente. Contêm principalmente lipídios formados por ácidos
gordurosos insaturados.
Emprego culinário
Os tremoços se empregam em sopas, sopas e saladas. Também se utilizam para
substituir outros tipos de legumes já que seu custo é muito atrativo na hora de decidir
a compra.
Com o tremoço se elaboram uma variedade de subprodutos, como por exemplo, o
resultado do torrado e moenda do grão de tremoceiro se usa como substituto do café.
Do mesmo modo, através da moenda dos grãos de tremoços cortados, limpos e
secos, obtém-se uma farinha que se emprega na elaboração de grande quantidade
de produtos de confeitaria. Também se extrai azeite de tremoceiro e com a trituração
do grão seco, misturado com outros ingredientes se obtém o patê de tremoço.
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Ervilhas
As ervilhas são as sementes amadurecidas da planta que leva o mesmo nome e que
se destinam ao consumo humano como legume seca. Mostram uma grande
variedade assim que forma, tamanho e cor. Pode apresentar uma cor verde, verde
amarelado, azul esverdeado, marrom ou pintalgado. A forma pode ser arredondada,
esmagada ou irregular. A superfície é Lisa, enrugada ou dentada, e em algumas
ocasione apresenta covinhas.
Se as ervilhas se compilarem quando ainda não estão amadurecidos, obtêm-se
ervilhas frescas que se consomem como verduras.
Variedade
Existe uma grande variedade de ervilhas, das quais grande parte se destina à
obtenção de grãos frescos. A ervilha redonda é a variedade mais destacada quanto à
produção deste legume fresca. É uma ervilha de forma redonda, textura Lisa e menos
doce que outras variedades. Também se conta na produção, a ervilha azul redonda,
cujo nome se deve à cor azul violáceo que apresenta a vagem. Tem um sabor
amargo estando fresco por isso geralmente as sementes se deixam maturar para seu
consumo como legume seca.
Valor nutritivo
Quanto a seu valor nutritivo, o componente principal a ter em conta como fonte de
energia é seu conteúdo em amido. Também contribui outros tipos de hidratos de
carbono, como ser fibra que contribui ao trânsito intestinal. Seu valor protéico é
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Emprego culinário
As ervilhas secas inteiras necessitam um tempo de molho prévio antes da cocção.
Inteiros, partidos ou transformados em farinha, resultam muito propícios para a
elaboração de sopas ou purês. Também formam parte habitual de saladas,
refogados, guisados ou omeletes.
Por outra parte, elaboram-se uma série de subprodutos a partir deste legume, por
exemplo, farinha de ervilhas e conservas de ervilhas secas.
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Sopa de cebola
(4 porções)
Ingredientes
• 200 g de cebola pluma 0,400 kg
• Manteiga 0,030 kg
• Cravo-da-índia 2
• Farinha de trigo 0,030 kg
• Caldo de carne 0,500 litros
• Creme de leite fresco 0,050 litro
• Fatias de pão italiano 4
• Queijo emmenthal ralado 0,100 kg
• Pimenta-do-reino q/b
• Sal q/b
Preparação
Refogar a cebola em uma panela com a manteiga, em fogo baixo.
Polvilhar com a farinha e, mexendo sempre, cozinhar por 3 minutos.
Juntar, aos poucos, o caldo de carne, mexendo sempre.
Acertar o sal e junte a pimenta e os cravos.
Liguar o forno à temperatura média.
Continuar a cozinhar, em fogo baixo, por 30 minutos, mexendo de vez em quando.
Aumentar um pouco o fogo e deixe reduzir o líquido para a sopa ficar mais
consistente.
Adicionar o creme de leite e misture bem.
Distribuir a sopa em 4 cumbucas refratárias, coloque em cada uma delas uma fatia de
pão, polvilhar por cima o queijo ralado e leve ao forno alto, pré-aquecido, até que a
superfície esteja gratinada e o queijo derretido.
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Ingredientes
• Grão de bico ou Feijão 200 kg
• Manteiga 0,030 kg
• Cebola 0,050 kg
• Cenoura 0,050 kg
• Alho-porro 0,050 kg
• Aipo 0,030 kg
• Alho 0,030 kg
• Salsa 0,030 kg
• Caldo de cozimento 1 litro
• Sal q/b
• Pimenta-do-reino q/b
Preparação
Pôr a leguminosa de molho em água para que hidrate durante cerca de 12 horas.
Manter refrigerado e mudar a água cada 4 horas.
Derreter manteiga numa panela.
Juntar a guarnição aromática (hortaliças)
Pôr um pouco de sal, para facilitar a transpiração das verduras.
Acrescentar a leguminosa, previamente hidratada e escorrida.
Juntar o caldo de cozimento e ferver até a leguminosa ficar macia.
Processar bem a sopa, até obter um creme liso e homogêneo.
Passar a sopa por um chinois para outro recipiente. Ajustar o tempero.
Server quente
Opcional creme de leite.
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Hambúrguer de soja
Ingredientes
• Soja cozidos 0,100 kg
• Arroz branco cozido 0,025 kg
• Queijo ralado 0,050 kg
• Alho e salsinha q/b
• Ovo 1
• Farinha de rosca q/b
• Tomate 0,100 kg
• Mozarela 0,080 kg
• Manjericão picado, q/b
• Sal e pimenta q/b
Preparação
Processar a soja junto com o arroz (o arroz é para aglutinar), o queijo, alho, salsinha
e o ovo. Condimentar com sal e pimenta.
Tomar porções e lhes dar forma de hambúrgueres e empanar com a farinha de rosca.
Cozinhá-las em uma placa azeitada em forno quente de 7 a 8 minutos.
Distribuir sobre os hambúrgueres o tomate talhado em rodelas e a mozarela.
Gratinar no forno até que a mozarela se derreta.
Retirar e polvilhar com manjericão.
Servir quente.
Ingredientes:
• Feijão branco seco 0,100kg
• Ramo de alecrim 0,030 kg
• Dente de alho 0,030 kg
Ingredientes para o molho:
• Cebola picada 0,100 kg
• Dente de alho picado 0,030 kg
• Salsinha 0,030 kg
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Ingredientes
• Camarão rosa 0,400 kg
• Cebola picada 0,100 kg
• Cenoura 0,050 kg
• Salsão 0,050 kg
• Louro 0,020 kg
• Tomilho 0,020 kg
• Caldo de legumes 1 litro
• Vinho branco 0,100 litro
• Aboborinha 0,500 kg
• Pão italiano bola 0,300 kg
• Creme de leite 0,100 litro
Preparação
Limpar os camarões, reservando as cascas.
Refogar as carapaças dos crustáceos (neste caso camarões) rapidamente, em fogo
forte, com um pouco de manteiga.
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Cozido baiano
Ingrediente(6 porções)
• Carne de vaca
(Ponta de peite ou fraldinha) 0,500 kg
• Paio 0,150 kg
• Lingüiça calabresa 0,150 kg
• Carne seca 0,100 kg
• Costelinha defumada 0,100 kg
• Bacon 0,050 kg
• Cebola 0,300 kg
• Alho 0,050 kg
• Espiga de Milho 0,200 kg
• Batata doce 0,400 kg
• Abobora 0,250 kg
• Repolho no pedaço 0,200 kg
• Tomates 0,100 kg
• Pedaços de 10 cm de mandioca 0,300 kg
• Cenouras 0,250 kg
• Banana da terra 0,300 kg
• Couve de Bruxelas 0,250 kg
• Folhas de couve 0,150 kg
• Couve-flor 0,250 kg
• Loro 0,010 kg
• Cheiro verde 0,030 kg
• Farinha de mandioca q/b
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• Sal q/b
• Molho de pimenta q/b
• Azeite q/b
Preparação:
Deixar a carnes seca de molho de véspera trocando a água.
Colocar separada a costelinha defumada de molho.
Aferventar o paio e a lingüiça.
Temperar a carne de vaca com sal, alho, pimenta e reservar.
Colocar para cozinhar a carne seca e a de vaca em bastante água.
Deixar água fervente sempre pronta para ir acrescentando, se precisar.
Quando as carnes estiverem quase macias, acrescentar o amarrado de cheiro verde,
as cebolas inteiras, o paio, a lingüiça, o bacon.
Juntar os pedaços de mandioca, o milho verde, as cenouras.
À parte cozinhar com casca a batata doce e a banana.
Cozinhar mais um pouco uns 10 minutos e junte a couve-flor e a batata.
Juntar a abóbora, as folhas de couve, a couve de Bruxelas.
Finalmente descascar a batata doce e a banana e colocar por cima do cozido.
Verificar o sal e pimenta.
Quando estiver bem cozido, tirar com cuidado com uma escumadeira para uma
travessa, deixando separadas por legumes.
Picar as carnes e deixar separados como os legumes na travessa para facilitar na
hora de servir.
Engrossar o caldo com farinha de mandioca, fazer um pirão. Adicione a farinha aos
poucos para não encaroçar.
Servir o pirão em travessa separada e o molho de pimenta à parte.
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Aula 5
Álcool
O álcool é produzido pela fermentação de açúcares contidos em frutas, grãos e em
caules (como na cana-de-açúcar). As bebidas alcoólicas são classificadas em:
fermentadas, destiladas e compostas.
O álcool é a matéria prima principal do licor. Conhaque, uísque, aguardente, vodca,
vinho ou álcool de cereais é os mais utilizados. O mais recomendado é este último,
refinado e sem aroma, geralmente destilado do milho, a batata-doce ou o arroz.
A aguardente de melaço transmite à bebida seu aroma e seu sabor característico. O
álcool etílico é um líquido volátil, incolor, com densidade inferior à água, com aroma
agradável e característico sabor ardente. O grau alcoólico depende da maior ou menor
quantidade de água adicionada.
Licores
Os licores são bebidas alcoólicas aromatizadas com azeites essenciais ou com o suco
de plantas aromáticas que contêm pelo menos o 10% de açúcar, glicose ou mel com
ou sem o agregado de substâncias corantes.
Os licores em sua maioria são mistos, já que a combinações de frutas, plantas, flores,
ervas e especiarias é infinita.
Muitos anos antes de Cristo grandes civilizações fabricavam licores medicinais ligados
a cultos ou ritos mágicos plenos de secretos e conjuros. A combinação de vinhos
antigos com mel, especiarias aromáticas e medicinais eram de uso corrente nas
distintas celebrações da antigüidade. A existência do vinho se conhece da época
bíblica e nesse então se dizia: “para obter um vinho, a uva deve colher-se em
maturidade ótima, nem verde nem passada”.
O primeiro em cultivar a videira foi o patriarca Noé logo depois de abandonar o arca. O
vinho passou a Europa e foi conhecido inclusive em lugares onde não se cultivava a
videira.
A uva espinho oriundo das ilhas britânicas, os bagos de sabugueiro, ruibarbo, amora e
ainda de nabos permitiam obter outras bebidas.
A cana de açúcar, originária das ilhas orientais, foi utilizada na África para elaborar um
vinho conhecido como massanga. Na zona oriental do continente ainda se prepara um
vinho sobre a base de bananas. Na América Central, México e América do Sul se
utilizava o agave, chamado pulque, e outras cactáceas para obter bebidas.
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Purificação do licor
a) Filtrado: é a eliminação de impurezas de um licor. Para isso se empregam
peneiras finas, papel de filtro, funis, panos de algodão, linho lã, etc.
c) Decantação: deixa-se o licor em repouso pelo menos dois dias até que as
partículas em suspensão se depositem no fundo. Retira-se o licor do recipiente
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Por definição, o leite é o produto integral da ordenha total e ininterrupta de uma fêmea
leiteira sadia, bem nutrida e não fatigada. Deve ser produzido de uma forma adequada,
isento de substâncias estranhas e não conter colostro.
É um líquido branco, opaco, duas vezes mais viscoso que a água, de sabor
ligeiramente adocicado e de odor pouco acentuado.
Isso leva a que na legislação se considerem leites não aptos para ser processadas ou
para elaborar produtos lácteos aquelas que:
• Pressentem caracteres sensoriais anormais.
• Tivessem sido obtidas de animais cansados, desnutridos, mal alimentados,
doentes, tratados por drogas não autorizadas ou manipuladas por pessoas
afetadas de enfermidades infectocontagiosas.
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A fins de poder controlar estes fatores e evitar que se consumam leites não aptos, a
legislação proíbe a venda de leite cru. O leite de consumo deve como mínimo ter sido
submetida ao processo de pasteurização.
Creme
Creme Creme
Leite
fresco
integral
Formação Lacto
Cor Soro
Branco Leite do
Opaco Desengordura
da Coágulo
Coágulo
Contraído
Composição química das fases
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Ao contrário do que muita gente pensa, não há diferença nas classificações abaixo
quanto ao nível de gordura. A quantidade de gordura é indicada por outra classificação:
leite integral, padronizado, semi-desnatado ou desnatado.
• Leite tipo A
Leite in natura é retirado pela ordenha mecânica e vai direto para um tanque, onde é
aquecido até 70-75°C e depois resfriado. Esse processo denomina-se pasteurização.
Em seguida, vai para a máquina embaladora. Todo o processo é feito na própria
fazenda, com o mínimo de contato humano.
Devido à qualidade do processo, o leite Tipo A têm menos contaminantes e, portanto
demora mais a estragar do que os leites B e C.
• Leite tipo B
Assim como no leite tipo A, a ordenha deve ser mecânica. O local de armazenamento é
mais sofisticado do que o tipo C, devendo ser sempre refrigerado (a aproximadamente
4°C). O processo industrial de pasteurização, bem como a embalagem, pode ser feitos
em laticínio fora da fazenda.
A mecanização contribui para a excelência na extração do leite tipo B, possuindo
assim, menos contaminantes do que o leite tipo C. Como há transporte até o laticínio,
há maior exposição ao ambiente do que no caso do leite tipo A. Assim fica com maior
concentração de contaminantes e tem durabilidade intermediária entre os tipos A e C.
• Leite tipo C
A ordenha pode ser manual ou mecânica. O leite pode ser armazenado em tanques
não refrigerados antes de seguir para o laticínio onde será pasteurizado e embalado.
• Leite UHT (Longa Vida)
A matéria prima (leite cru) tem o mesmo tratamento que no leite tipo C. Porém o
processo industrial é de esterilização, e não pasteurização. Na esterilização são
eliminados praticamente todos os microorganismos, inclusive os benéficos.
.
Classificação do leite segundo seu conteúdo gorduroso
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Deve-se esclarecer que tanto o leite inteiro como a parcialmente desnatada, lhes aplica
um processo de homogeneização que consiste em quebrar os glóbulos gordurosos em
pequenas partículas para que fiquem distribuídos de maneira uniforme em toda a
massa do leite.
A partir do leite integral, desnatado ou semi- desnatado, elaboram-se uma ampla gama
de produtos lácteos.
Estes produtos lácteos se obtêm através do tratamento da fase gordura do leite e da
modificação do estado fisioquímico das proteínas do leite.
Os produtos que se obtêm a partir da fase gordura do leite, geralmente levam um
processo de elaboração simples e, portanto os denomina genericamente Produtos
Lácteos Simples. Dentro dos produtos lácteos simples encontram entre outros, o
creme e a manteiga.
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Creme de leite
Denominação de venda
• O creme cujo teor de matéria gorda seja superior a 40% m/m poderá
designar "duplo creme".
• O creme cujo conteúdo de matéria seja superior a 35% m/m poderá,
opcionalmente, designar-se "creme para bater".
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Classificação:
De acordo com seu conteúdo em matéria gorda o creme de leite classifica-se
em:
• Creme de baixo teor de gordura ou leve ( 18 y 33 % de gordura Láctea).
• Creme (34 a 49 % de gordura láctea).
• Creme de alto teor de gordura ( mais do 50 % de gordura láctea)
Manteiga
A manteiga é outro produto simples que se obtém a partir da fase gordura do leite
(nata). Para entender o processo de elaboração da manteiga se deve ter presente o
que era o creme, ou seja, uma dispersão de gordura em água (pequenos glóbulos de
gordura dispersos em água). Partindo desta premissa, se submeter o creme a uma
vitamina lenta e a uma temperatura baixa da ordem dos 10° C, ao cabo de um tempo
se consegue agrupar todos os glóbulos de gordura dispersos no lacto soro formando
um só que não é outra coisa que a manteiga. Quando se bate o creme para montá-la, o
que se está fazendo é agrupando os glóbulos de gordura e por isso se endurece. Se
segue batendo o creme se curta ficando o lacto soro separado do cristal de gordura:
manteiga. Desta maneira e pelo dito, pode-se concluir que a manteiga é o contrário ao
creme: uma emulsão de água em gordura.
Manteigas simples
Manteigas compostas
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Margarinas
Doce de leite é o produto resultante da cocção de leite com açúcar, podendo ser
adicionado de outras substâncias alimentícias permitidas, até concentração
conveniente e parcial caramelização.
O doce de leite é um doce tradicional de vários países da América Latina. Geralmente
é feito ao se ferver leite com açúcar, mas também pode ser obtido cozinhando leite
condensado por várias horas.
Ele é usado em balas e outras comidas doces, como bolos, biscoitos ou sorvete. Em
alguns lugares, é comido espalhado em torradas. Também é famosa sua utilização
para a preparação de churros.
Designação
Classificação
Características gerais
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O doce de leite deve ser fabricado com matérias primas que sejam sãs
e limpas, isentam de matéria terrosa, parasitos, e em perfeito estado de conservação.
O leite empregado deve apresentar-se normal e fresco. No preparo do produto, o leite
deve entrar na proporção mínima de três partes de leite para uma de açúcar. Não pode
conter substâncias estranhas à sua composição normal, além das previstas nesta
Norma. É permitido adicionar ao doce de leite: cacau, amendoim, coco, castanha-do-
Pará e outras substâncias alimentícias que caracterizem o produto. Como coadjuvante
da tecnologia de fabricação é tolerado o emprego de amido na dosagem máxima de
2%. É tolerada a adição de aromatizantes naturais. É proibido adicionar ao doce de
leite gorduras estranhas, geleificantes ou outras substâncias, embora inócuas exceto o
bicarbonato de sódio em quantidade estritamente necessária para a redução parcial da
acidez do leite.
Características organoléticas
Aspecto: próprio.
Cor: amarelada ou amarelo-pardacenta.
Cheiro: próprio.
Sabor: doce.
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Origem
A origem do doce de leite é incerta, mas está ligada à rápida expansão na produção de
sacarose de cana-de-açúcar nas ilhas ibéricas atlânticas, no século XV, e no Brasil,
América Central e Antilhas a partir do século XVI e à possibilidade de seu uso para
preservação do leite. Como primeiro edulcorante de produção em grande escala, o
açúcar da cana passa a ser usado na conservação de vários produtos orgânicos,
inclusive o leite de vaca ou de cabra, dando origem a produtos similares ao doce de
leite atual, pastoso ou sólido, em toda a América Latina e em determinadas localidades
ibéricas.
Na Argentina existe um relato popular e lendário que data a sua invenção em 1829.
Nessa época estava prestes a assinar um tratado de paz entre o governador Juan
Manuel de Rosas e o seu inimigo político Juan Lavalle numa fazenda do governador na
localidade de Cañuelas, na periferia de Buenos Aires. Lavalle foi o primeiro a chegar e,
cansado, deitou-se na cama de Rosas, ficando dormido. A criada de Rosas, enquanto
fervia o leite com açucar (preparação conhecida nessa época como 'lechada') para
acompanhar o chá da tarde, encontrou-se com Lavalle dormindo na cama do patrão.
Ela considerou uma insolência e foi avisar os guardas.
Pouco tempo mais tarde chegou Rosas, quem não ficou chateado com Lavalle e pediu
à criada o chá com leite. Esta lembrou nesse momento que tinha abandonado o leite
com açúcar ao fogo, deixando esquentar durante muito tempo. Ao regressar, a criada
encontrou uma sustância espessa e de cor marrom Seu sabor agradou Rosas e
contam que compartilhou o doce com Lavalle enquanto discutiam os pontos do tratado,
dando assim origem acidental ao doce de leite. Si bem é una historia simpática, não há
nada que comprove isso.
As variações mais comuns são a pastosa e a sólida (que pode ser cortada em barras
ou pedaços), que se diferenciam por sua consistência.
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Variações regionais
Outros nomes
Métodos de liga
São preparados elaborados ou produtos sem elaborar, que têm a capacidade de ligar,
espessar, dar consistência ou textura a um líquido elaborado ou não, que depois de lhe
haver sido aplicado uma ligação se pode utilizar como um molho ou recheio para outros
preparados.
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Embora não seja sua função principal, há algumas ligações que não
somente podem contribuir com sabor à elaboração, mas sim o fazem a um nível
considerável.
O momento em que se aplica a ligação (durante a cocção ou ao final da cocção).
Durante a cocção depende do tipo de cocção e da ligação.
Com as ligações acontece quão mesmo com outras técnicas culinárias, quer dizer, que
o mesmo resultado se pode conseguir com diferentes técnicas ou com variações de
uma mesma.
Definição
Chamamos elementos de liga a aquelas substâncias que estão destinadas a espessar
líquidos ou a travar sólidos.
ROUX
É uma mescla de gordura (qualquer tipo) mais farinha; a proporção desta é a partes
iguais; embora o normal é um pouco mais de gordura.
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DICA: terá que ter presente que para jogar o líquido apartaremos o roux do fogo e
deixaremos temperar um pouco, se estivesse o líquido muito quente, e fora do fogo o
acrescentamos ao roux; dissolveremo-lo no líquido com uma varinha sem deixar de
remover, pomo-lo ao fogo até que esteja em ebulição, quando isto ferva se ligará o
líquido. Esta forma de elaborá-lo evita os grumos.
BEURRE MANIÉ
Trata-se de mesclar farinha com gordura, esta deve ser manteiga ou margarina; a
proporção vai ser sobre 20% menos de farinha que de gordura e se trata de amassar
bem a farinha na gordura até que fique homogênea e se faz uma bola e se utiliza; sua
conservação é indiferente, tanto em geladeira como à temperatura ambiente.
Modo de emprego:
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FARINHA
Normalmente, na atualidade já não se utiliza farinha só para ligar molhos ou similares.
Ainda assim, há casos concretos, como o fricasê, que dependem em grande parte da
farinha com a que foi empanado para determinar a espessura do molho, depois de uma
pequena redução ou os molhos como o espanhol ou creme de fruto do mar, quer dizer,
os molhos que se elaboram de forma “tradicional”.
AMIDO DE MILHO
O amido de milho se apresenta como a farinha: moída. É a conhecida maisena e que
se utiliza para retificar a espessura de algumas preparações que nos ficaram ligeiras.
Modo de Emprego:
• Primeiro fica a maisena em um recipiente e se dissolve com o líquido frio (vinho,
caldo, água, leite).
• Por outra parte, o líquido que vamos ligar tem que estar fervendo, de tal forma,
que iremos jogando-o e com um batedor mexemos até que conseguimos a
consistência que nós queremos.
• Por último, deve dar um pequeno fervor para tirar o gosto a maisena crua.
Curiosidade: Em modo de exemplo para saber a diferença entre maisena e
farinha, na hora de usá-la, que tantas dúvidas suscita, eu o comparo com os
tempos de antes e os tempos atuais hoje em dia.
FARINHA DE ARROZ
Há duas formas: a primeira é como a maisena se é moída.
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FECULA DE BATATA
Também se pode utilizar de duas formas:
• Purê de batata desidratado que vem em escamas e a forma de empregá-la é
acrescentando-o ao liquido fervendo e não se move até passado um tempo.
• Batata inteira, ou quebrando-a e introduzindo-a na nata que queremos ligar,
logicamente, deixa-se cozer na nata e quando está cozido se passa pelas
processadoras ou passa-purê ou tendo-a cozida e acrescentá-la na hora de
triturar.
FARINHA DE MANDIOCA
Este método é utilizado em uma preparação típica brasileira conhecida como pirão. O
pirão é o molho cremoso de peixe, engrossado com farinha de mandioca, e que pode
ser aromatizado com azeite-de-dendê. Em geral serve de acompanhamento para
peixes, carnes e para um prato tradicional brasileiro chamado moqueca de peixe.
A farinha de mandioca se utiliza ao igual que La farinha, cozinhando-la em gordura
primeiro.
O PÃO
• Farinha de rosca: Utilizamo-lo para travar ou aglutinar farsas e/ou elementos
sólidos principalmente (almôndegas, croquetes, ou outras receitas regionais)
• Pão torrado ou seco: Se o usarmos para recheios, previamente o encharcamos
em um líquido para depois mesclá-lo com o resto de ingredientes. Se fosse para
molhos que estão líquidas se acrescentam durante a cocção e depois se tritura
com o molho.
• Para espessar pratos específicos no caso do GAZPACHO, e inclusive o
SALMOREJO.
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b) A base de REDUÇÕES
Massas líquidas
Crepe ou panqueca
A origem dos crepes é antiqüíssimo, nome que vem do latim crispus, crespo,
encaracolado, ondulado e que chega ao francês no século XIII. Em realidade não
passam de ser uma massa de farinha frita à frigideira, que pode empregar-se tanto em
cozinha salgada como doce. A receita mais famosa foi dos crepes Suzette, perfumadas
com tangerina e flambeadas com curaçäo, que datam de finais do XIX.
Em sua origem eram umas tortas feitas com farinha, água e mel, que se preparavam
para celebrar a primavera. A massa básica se foi enriquecendo com ovos, leite e, em
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Tipos e variedades
Existem 3 tipos de massa: básica, que se utiliza para crepes, filloas ou Frixuelos; de
levedura, mais esponjosa que a básica; e suflê, massa de levedura com clara de ovo
montada a ponto de neve.
Crepes americanos
Prepara-se a massa como a dos crepes, mas se acrescenta 1/2 colherada de levedura
em pó e 1/2 de açúcar. Deixa-se repousar a massa de 30 minutos a 2 horas como
máximo (para evitar que fermente em excesso), em um lugar temperado. Fazem-se em
uma frigideira ou em uma placa engordurada.
BLINIS
Trata-se de uma massa de levedura, como a dos crepes americanos, nas que se
substitui a metade da farinha de trigo sarraceno, que é o que lhe dá sua cor escura.
Deixam-se repousar e se coalham como os americanos. Também podem adquirir-se
feitos, envasilhados ao vazio.
Revistam servir-se com creme azedo, que pode adquirir-se envasilhado, com o nome
de crême épaisse, ou preparar-se em casa. Neste caso se necessita nata líquida, com
30% de matéria graxa, que se mescla com o suco de 1/2 limão e se deixa toda a noite
fora da geladeira. No momento de utilizá-la, bate-se e se serve. A creme se pode
substituir por uma mescla de queijo freso e iogurte.
WAFLES
É uma massa soufflé em que se mesclam os ingredientes com a seguinte proporção:
250 gr. de farinha peneirada por 1 colherada de açúcar, um beliscão de sal e outro de
levedura em pó, 2 gemas e 75 gr. de manteiga fundida que se acrescenta à vitamina,
junto com 12 colheradas de leite ou água morna.
Uma vez repousada a massa, monta-se 1 clara a ponto de neve e se incorpora
rapidamente à vitamina. Engordura-se a wafle, esquenta-se e se deixa cair sobre ela 1
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Termo utilizado para descrever o creme à base de ovos engrossados com farinha de
trigo, fubá e/ou amido. É usado para bases de suflês e recheios para bolos, tortas e
pastelarias, especialmente éclaires.
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Ingredientes:
• Gemas 6
• Açúcar 0,100 kg
• Farinha de trigo 0,040 kg
• Fubá ou amido 0,040 kg
• Leite 0,600 litro
• Essência de Baunilha q/b
Preparação:
Bater as gemas com o açúcar e juntar os secos sem parar de bater.
Ferver o leite e adicionar à mistura de ovos.
Despejar numa panela e ferver, mexendo sempre, até surgirem bolhas grandes na
superfície.
Abaixe o fogo e engrosse-o bem.
Crepes
Ingredientes
• Farinha 0,100 kg
• Ovos 4
• Leite 0,350 litro
• Manteiga derretida 0,020 kg
• Sal 0,001 kg
Preparação
Mesclar bem com ajuda de um batedor o leite com a farinha, logo os ovos, a manteiga
e o sal. Verificar que não tenha ficado grumos. Deixar repousar 20 minutos como
mínimo.
Esta é uma massa neutra, serve para crepes doces e salgados.
Para o caso que os vá utilizar para preparações doces lhe adiciona açúcar e essência
de baunilha.
Cocção: sobre uma frigideira antiaderente colocar um pouco da massa no centro,
fazendo-a deslizar para cobrir toda a superfície, e cozinhar a fogo não muito forte de
um lado e logo do outro.
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Preparação
Numa caçarola esquentar o azeite e refogar a cebola até transparentar.
Acrescentar o alho, o tomate e caldo.
Pode acrescenta um pouco de leite (para neutralizar a acidez)
Temperar e deixar reduzir
Ajustar temperos e se quiser uma consistência mais fina, passar pela processadora.
Reservar.
Molho Verde:
• Ervas picadas q/b
• Espinafre 0,200 kg
• Caldo de cozimento 0,100 litro
• Creme 0,150 litro
• Amido 0,005 kg
• Sal q/b
• Noz-moscada q/b
• Pimenta-do-reino q/b
Preparação
Branquear l espinafre à inglesa (água fervendo com sal). Retirar e passar pela
processadora.
Verter numa frigideira e acrescentar um pouco de caldo para que fique mais ligeiro.
Deixar reduzir.
Se for necessário acrescentar o amido dissolvido em água fria para lagar o molho.
Ajustar o tempero e servir quente.
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Ingredientes
• Crepes 2
• Rum q/b
• Açúcar 0,050 kg
• Doce de leite q/b
• Manteiga q/b
Preparação:
Rechear com doce de leite os crepes, fechar e formar uma panqueca.
Numa frigideira colocar a manteiga e polvilhar com açúcar.
Quando o açúcar começa a dissolver-se juntar a panqueca.
Flambar com o Rum e deixar caramelizar.
Servir quente.
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Lipídios
Os lipídios são substâncias complexas e diferentes entre si, mas têm em comum que
são insolúveis em água e ao degradar-se liberam ácidos gordurosos.
Os lipídios mais importantes nos alimentos são combinações de ácidos gordurosos
com glicerina e essas combinações se conhecem com o nome de triglicerídio.
A gordura, a manteiga, os óleos, o azeites, a margarina quimicamente são o mesmo,
mescla de triglicerídio, mas se diferenciam no tipo de triglicerídio que a formam, o que
faz que as gorduras sejam sólidas a temperatura ambiente, enquanto que os azeites
são líquidos a temperatura ambiente.
Os ácidos gordurosos que se unem com a glicerina podem ser de dois tipos, ou seja:
Saturados e Insaturados. Os ácidos gordurosos saturados se caracterizam por ser
sólida, a temperatura ambiente, enquanto que os Insaturados são líquidos a
temperatura ambiente. Em conseqüência, por exemplo, um glicerídeo onde a glicerina
se combinou somente com ácidos gordurosos saturados, serão sólidos a temperatura
ambiente.
Aos lipídios os podemos encontrar em forma pura (nata, azeite, manteiga, margarina),
ou nos alimentos juntos com proteínas, hidratos de carbono, etc. Da forma que os
encontremos, sua função principal no homem é a de contribuir com energia (9 Ka/gr).
Mas além dessa função energética, os lipídios formam parte das estruturas celulares e
como lipídio de reserva formam a malha adiposa cumprindo também uma função
plástica ou estrutural.
Do ponto de vista da gastronomia poderia dizer-se que os lipídios integram o macro
nutriente mais importante, já que a maioria das preparações em cozinha quente,
padaria ou confeitaria têm que ver com estes, desenvolvendo nos alimentos aroma,
sabor, cor, textura, etc. Em relação à cocção, as gorduras fundidas ou óleos para fritura
aceleram a transmissão de calor e permitem uma cocção mais uniforme do produto.
Cabe esclarecer que também são responsáveis da à deterioração da qualidade através
do fenômeno conhecido como alimentos ranços.
Há outros tipos de lipídios distintos aos triglicerídeos, conhecidos como fosfolipídios
que se encontram formando parte das paredes celulares dos alimentos de origem
animal, e cujas características físicas é que em sua estrutura têm uma parte polar que
é solúvel em água e uma parte hidrofóbica que é solúvel em lipídios. Este tipo de
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Glucídios
Caracterização química
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Oses (monosacáridos)
b) Desoxiaçúcares
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Ósidos
Oligissacarídeos
a) Lactose
b) Sacarose
Polissacarídeos
a) Amido
O amido é a forma de reserva glucídica dos vegetais, sendo constituído por dois
polissacarídeos, a amilose e a amilopectina, em proporções variáveis, mas
características das espécies e variedades. Tanto a amilose como a amilopectina são
polímeros da glucose, na forma de a-D-glucopiranose. A amilose é uma molécula
geralmente linear, apresentando por isso, tendência para enrolamento em hélice. Pelo
contrário, a amilopectina é uma molécula ramificada.
Gorduras
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Óleo de frango
Resulta do processamento com aquecimento controlado, das partes não comestíveis
de aves
abatidas, seguido de prensagem, decantação ou filtragem da gordura. Não deve conter
outras fontes de gorduras que não a do abate de aves, devendo ser produzida sob
BPF. Se antioxidantes forem usados, os mesmos devem ser declarados, bem como
suas quantidades nos recipientes de armazenagem e na documentação.
Óleo de Peixe
É o produto não em decomposição, obtido pelo processamento de tecidos gordurosos
pré-selecionados de pescados. Não deve conter outras fontes de gorduras que não a
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Sebo bovino
É o produto obtido a partir de resíduos de tecidos de bovinos, processados em
digestores de
batelada ou contínuos, munidos de agitadores para evaporar a umidade via
aquecimento sob pressão de vapor; extração da gordura por prensas, centrífugas ou
pelo método de extração por solventes orgânicos.
Não deve conter outras fontes de gorduras que não a de bovinos, devendo ser
produzido sob BPF. Se antioxidantes forem usados, os mesmos devem ser declarados,
bem como suas quantidades nos recipientes de armazenagem e na documentação.
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Esquemas de estudo
Banhas
LIPIDOS Ac. Graxos Saturados Sólido 20º
Insaturados Líquido 20º Aceites
Encontramo-los Forma Pura (crema – aceite – manteiga – margarina)
Nus alimentos (Junto com proteínas, hidratos
de carbono)
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Bovinos
Porcinos
Origem Ovina
Caprinos
Graxas
Esquenta-se
Obtenção Tecido adiposo Glicerídeos 90%
Água
Tecido muscular
Graxa
Agua
Chicharrón
GRASAS
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Óleos Vegetais
São óleos vegetais considerados como aptos pelo mesmo, e que são obtidos a partir
de sementes ou frutos oleaginosos mediante processos de elaboração que se ajustem
às condições de higiene estabelecidas na regulamentação.
Classificação:
Óleo Vegetal girassol/milho/soja, etc.: Corresponde ao óleo alimentício originário de
uma só espécie vegetal, no qual se pode chegar a admitir a presença de outro óleo em
caráter de poluente em uma proporção não major aos 5%. Ficam excetuados desta
possibilidade os azeites de oliva que deverão responder e ajustar-se exatamente a sua
denominação e não se admitirá a presença de nenhum outro azeite.
Óleo comestível mescla: é o constituído pela mescla de dois ou mais azeite
alimentícios de distinta espécie vegetal. Só se consideram como tais aqueles cujos
componentes estejam presentes em uma proporção maior aos 5%.
Azeite de oliva virgem: é o obtido a partir do fruto inteiro da azeitona, exclusivamente
por procedimentos mecânicos e técnicos adequados, purificado somente por lavado,
sedimentação, filtração e/ou centrifugação. A sua vez, o azeite de oliva virgem,
classifica-se de acordo a sua acidez (ácidos gordurosos livres) em qualidade ou classe
extra, qualidade ou classe fina e qualidade ou classe comum.
Azeite de oliva refinado: é o azeite de oliva que sofreu um processo de refinamento e
se deve comercializar como azeite de oliva refinado.
Azeite de oliva puro: o mesmo resulta da mescla de azeite de oliva refinado e azeite
de oliva virgem.
Devem ser preferentemente refinados por processos tecnologicamente adequados a
fim de que cumpram com as exigências estabelecidas.
A extração dos óleos se leva adiante principalmente baixo dois processos, ou seja:
EXTRAÇÃO COMO SOLVENTE - EXTRAÇÃO POR PRENSADO.
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Extração por prensado: faz-se pressão sobre a matéria prima preparada de maneira
tal que o óleo escorra do interior do material sólido. Este método apresenta uma
desvantagem: no processo se eleva a temperatura enquanto se está exercendo
pressão, o que provoca uma deterioração dos glicerídeos com formação de ácidos
gordurosos livres prejudicando a qualidade do óleo.
Extração como solvente: fica em contato a matéria prima com um solvente específico
para o óleo. O solvente tem a característica que ferve a uma temperatura relativamente
baixa, da ordem dos 60 – 65 graus centígrados. Posta em contato a matéria prima com
o solvente, lhe dá um tempo suficiente para que o óleo contido dentro da matéria prima
se dissolva no solvente. Logo se separam os sólidos do líquido. Esse líquido que é uma
solução de óleo em solvente se denomina balança-a. O passo seguinte é separar o
óleo do solvente, o que se realiza esquentando a balança-a e desta maneira o
solvente, que ferve a baixa temperatura, evapora-se. De qualquer dos dois métodos de
extração que se empregue, o óleo obtido se conhece como Óleo Cru.
Os óleos extraídos contem alguns constituintes, como por exemplo, uma certa
quantidade de ácidos livres, que lhe confere acidez. Uma coloração bastante
acentuada, provenientes da matéria prima. Certa quantidade de material vegetal não
saponificável, solúvel ou insolúvel, que lhe confere um odor acentuado, ainda que em
pequenas quantidades. Desta forma o refino do óleo tem como objetivo: quebrar a
acidez, reduzir a coloração e reduzir os odores. Esse processamento envolve a
refinação alcalina, a lavagem a água e a secagem, a clarificação, a hidrogenação e
desodorização, de uma forma contínua.
No método alcalino, os ácidos graxos livres são neutralizados por soda cáustica ou por
barrilha, formando sabões, as chamadas borras, que são removidos por centrifugação
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Esquemas de estudo
Óleos /
Azeites
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Óleos comestíveis
Vinagre
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Elaboração do vinagre
Na elaboração do vinagre se sucedem duas fermentações: alcoólica e acética. Em
primeiro lugar, certas leveduras, acrescentadas aos alimentos ou que se encontram
presente no ar ou de forma natural no próprio alimento, transformam o açúcar dos
alimentos em álcool. Quando estas bebidas alcoólicas se submetem a uma segunda
fermentação (acética), as bactérias implicadas (acetobaterias) produzem ácido acético
além de outros compostos, a maioria deles voláteis, dando como resultado o vinagre.
Os mais apreciados vinagres derivam de vinhos de alta qualidade, de sucos de uva
submetidos a uma dobre evolução já mencionada: a alcoólica, que transforma o mosto
em vinho, e a acética que converte o álcool em ácido acético depois de um lento
processo de oxidação natural.
Os vinagres não contêm álcool, a não ser uma percentagem variável de ácido acético.
O vinagre elaborado artesanalmente é mais são que o industrial, já que não origina
transtornos intestinais nem estomacais.
Pode-se elaborar um bom vinagre aproveitando os restos de vinho tinjo que sempre
ficam nas garrafas: vertem-se os restos de vinho em um recipiente de pescoço estreito
e corpo largo, que já contenha vinagre em seu interior; cobre-se a garrafa com um
pano de linho e o deixa ao sol. Às 5 ou 6 semanas se prova se for bastante ácido.
Também se pode transformar, em uns quantos dias, um vinagre comum, em um
vinagre perfumado e convertê-lo em um delicioso enfeite para saladas.
Vinagre de hortelã
Pôr a ferver durante dois minutos um litro de vinagre branco com uma colher de cha de
pimenta branca em grão e uma taça de folhas de hortelã. Retirar, esfriar bem e colocar
em um frasco. Fechar bem e deixá-lo assim durante um mês antes de utilizá-lo.
Vinagre de romeiro
Utilizar um litro de vinagre branco e lhe adicionar uma taça de folhas de romeiro. Deixar
macerar um mês antes de usá-lo.
Vinagre de alho
Em um litro de vinagre branco ou de maçã, adicionar os dentes cortados e picados de
uma cabeça de alho. Deixar macerar durante três semanas e logo utilizar.
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Tipos de vinagres
Existem muitos tipos de vinagres segundo o uso que vá dar e segundo a matéria prima
que se utilize para sua elaboração. A principal diferencia entre um e outro está na
concentração de ácido acético, substância que determina o caráter do produto.
Vinagre de maçã ou de cidra: É muito consumido por seu suave e delicado sabor.
pode-se elaborar a partir da polpa de maçã ou seu suco, cujo primeiro açúcar se
converte em álcool e posteriormente em ácido acético. Também se pode elaborar a
partir da cidra ou mosto de maçã fermentado. Às saladas proporciona um toque a maçã
e combina muito bem com pescados, carnes brancas e molhos suaves.
Vinagre de arroz: Típico de países asiáticos como a China ou Japão onde se inclui na
maioria dos pratos populares da gastronomia oriental. Trata-se de um vinagre com
sabor suave e algo doce, e com uma cor que oscila entre o branco e um dourado
pálido, conforme se elabore sozinho com arroz ou se convim com outros cereais como
o trigo, o sorgo ou o mijo.
Saladas
As saladas podem variar até o infinito, tanto no modo de temperar elas como o na
eleição dos componentes.
Quase todas as hortaliças podem servir-se em saladas, permitindo tanta fantasia como
posso criar a imaginação, sempre que se tenha um bom gosto, respeita-se as
combinações de sabores e harmonia de cores.
As saladas podem ser simples ou compostas, mas, ao as preparar, sempre terá que
ter em conta as hortaliças que entram na composição de outros pratos da comida.
Terá que pôr muita atenção na preparação de saladas de folhas (repolho – alfaces –
escarolas, etc.) porque constituem um alimento refrescante de máxima importância. Na
hora de lavar as folhas, fazê-lo corretamente pela presença de parasitas e insetos.
Para fazer uma boa salada de folhas, previamente tiradas as mais duras terão que as
lavar com cuidado, as deixar submergidas em água avinagrada, as enxaguar e as
escorrer muito bem. A maioria das vezes a falta de sabor se deve a que por estar mal
enxaguadas ou escorridas não toma bem o condimento. A água lhe devolve o frescor
e não se deve condimentar até o momento de servir.
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Emulsões
Uma emulsão é uma mescla homogênea e mais ou menos estável de dois ingredientes
não miscível entre eles, quer dizer que por natureza não podem permanecer unidos,
como por exemplo, água e azeite.
Podemos encontrar emulsões estáveis ou instáveis e dentro destas frite e quentes.
As instáveis se realizam batendo um meio líquido ou aquoso, como pode ser o vinagre,
e um meio gorduroso como o azeite. Mas em pouco tempo esta preparação tende a
separar-se. Porque justamente é a vitamina que produz esta união.
Não sucede o mesmo com os molhos estáveis. Para eles se utiliza outro elemento que
pode manter unida a mescla entre água e azeite. Este elemento é a matéria graxa que
contém a gema do ovo, que é em definitiva a que atua como laço da emulsão, fazendo-
a estável.
A. Emulsões instáveis
Como já mencionamos anteriormente podem ser frias, vinagrete comum e todas as
derivações da mesma. Ou podem ser quentes como a beurre-blanc (manteiga branca).
• Vinagrete
Entende-se por vinagrete como, o molho frio a base de vinagre, azeite, sal e pimenta.
Também se podem acrescentar ingredientes complementares, como cebolas,
echalotes picados, salsinha, finas ervas, etc. Estas últimas seriam já derivadas do
vinagrete. Utiliza-se pelo general para saladas. A proporção ideal é 1 parte de Vinagre
por 3 de azeite.
Sal
+
Vinagre
+
Óleo ou Azeite
Vinagrete
Alguns derivados
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• Limonete
É o mesmo que a vinagrete mais com Limão em vez de vinagre.
• Berre Blanc
É um dos molhos mais delicados da cozinha francesa. Utiliza-se para peixes e
hortaliças cozidas. Faz-se a partir de uma redução de vinagre, vinho branco, ervas e
échalottes, logo creme e acrescentando manteiga resfriada cortada em cubos
pequenos e assim engrossar o molho. Deve se fazer antes de servir.
B. Emulsões estáveis
Também podem ser frios ou quentes. Entre os molhos frios encontramos a maionese e
suas derivadas, que são as mais comuns, nos quentes o zabayon, o molho Hollandaise
e a sua prima a Béarnaise.
• Maionese
Uns dos molhos mais conhecidos, a moinese suave, cremos, é uma simples emulsão
de gemas, vinagre, temperos e óleo. Pode ser igualmente feita a Mao ou na maquina.
O que importa que todos os ingredientes estejam na temperatura ambiente pra um bom
resultado.
As maiorias dos molhos frios compostos derivam da maionese, por esta razão a pode
considerar, ao igual à velouté ou o molho espanhol, um molho mãe.
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Gemas, mostarda,
limão ou vinagre
+
Óleo ou Azeite
Maionese
Alguns derivados
• Hollandaise:
É um dos molhos mais clássicos da cozinha tradicional, feito a partir de emulsificar as
gemas com água. Depois, é só mistura batendo a manteiga clarificada para obter uma
emulsão grossa.
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Molho
Holandaisse
Alguns derivados
• Béarnaise
O sabor do hollandaise é suave e delicado; seu irmão Béarnaise é forte e picante, mais
ambos tem uma mesma textura aveludada. A ardência da Béarnaise vem a partir da
concentração de ingredientes fortemente condimentados: pimenta-do-reino, cebolas
miúdas, estragão, vinagre de vinho e pimenta caiena.
Redução + gemas
+
Manteiga clarificada
Molho
Béarnaise
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Clarificar Manteiga
Vinagrete italiano
Ingredientes:
• Vinagre de vinho tinto 0,020 litro
• Aceto balsâmico 0,250 litro
• Azeite 0,150 litro
• Cebola pequena 0,050 kg
• Sal e pimenta q/b
Preparação:
Cortar a ½ cebola em brunoise.
Mesclar junto com o sal, a pimenta e o vinagre.
Começar a adicionar o azeite até emulsionar.
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Maionese
Ingredientes:
• Gemas 2
• Óleo de girassol ou milho 0,250 litro
• Sal q/b
• Pimenta q/b
• Vinagre branco 0,020 litro
• Suco de limão 0,010 litro
• Mostarda (opcional) 0,020 kg
Preparação:
Pôr as gemas em uma tigela, lhes adicionar o suco de limão (pôr umas gotas de água),
o sal, a pimenta e começar a incorporar em forma de linho lentamente o azeite.
Importante: todos os ingredientes devem estar a temperatura ambiente. Levar ao frio
20 minutos.
Berre blanc
Ingredientes:
• Manteiga 0,200 kg
• Creme de leite 0,500 litro
(opcional)
Suco de limão 0,010 litro
Redução
• Vinho branco seco 0,075 litro
• Vinagre branco 0,015 litro
• Échalote 0,25 kg
(ou cebolinha)
• Sal e pimenta quanto baste
Preparação:
Faça a redução como no molho Béarnaise e logo acrescente o creme, deixando reduzir
a 1/3 do volume inicial.
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Ingredientes:
• Manteiga clarificada 0,200 kg
• Gemas 3
• Suco de limão 0,030 litro
• Água 0,020 litro
• Sal e pimenta quanto baste
Molho béarnaise
Ingredientes:
• Manteiga 0,200 kg
• Gemas 3
• Sal quanto baste
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Salada capresse
Ingredientes:
• Tomate redondo 1
• Queijo mozzarella 0,100 kg
• Manjericão 0,005 kg
• Aceto Balsâmico 0,015 litro
• Sal, pimenta q/b
• Azeite 0,045 litro
Opcional: azeitonas pretas
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Preparação:
Lavar e cortar o tomate em galhos.
Cortar a mozzarella, lavar e secar a manjericão.
Preparar um vinagrete mesclando o aceto com o azeite, o sal e a pimenta.
Intercalar o tomate, a mozzarella e a manjericão.
Enfeitar com o vinagrete e servir.
Ingredientes:
• Folhas de Espinafre 0,100 kg
• Champignon 0,050 kg
• Parmesão 0,050 kg
• Azeite 0,045 litro
• Limão 0,015 litrp
• Mostarda 0,020 kg
• Sal, Pimenta q/b
Preparação:
Lavar bem as folhas de espinafre quitando os talhos.
Cortar chifonade e reserve.
Limpar os champignons e cortar em fatias finas, juntar a espinafre.
Fazer um vinagrete com o sal, o suco de limão, a mostarda e o azeite.
Misturar aos outros ingredientes.
Tirar com o descascador de batatas tiras de parmesão e enfeitar.
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Salada waldorf
Ingredientes:
• Aipo 0,200 kg
• Maçã verde ½ unidade
• Nozes cortadas 0,020 kg
• Creme de leite 0,045 litro
• Maionese 0,030 litro
• Limão ½ unidade
• Sal e pimenta q/b
Preparação:
Cortar o aipo em julianne.
Cortar a maçã em jardineira e reservá-la em água acidulada (água com limão).
Picar grosseiramente as nozes.
Para o enfeite, mesclar a nata com a maionese.
Mesclar todos os ingredientes, salpimentar e servir.
Salada russa
Ingredientes:
• Batata 0,200 kg
• Cenoura 0,070 kg
• Ervilhas 0,025 kg
• Sal grosa q/b
• Maionese 0,045 litro
• Sal, pimenta q/b
Preparação:
Cortar a cenoura e a batata em jardineira (4 mm por 4 mm).
Ferver estas verduras por separado em água fervendo com sal grosa. Cortar a cocção
em um banho-maria invertido.
Temperar.
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Aula 6
Sabayón ou zabaione
Ingredientes:
• Gemas 0,090 kg
• Açúcar 0,090 kg
• Vinho Marsala ou Oporto 0,090 kg
Preparação:
Bater um as gemas até que espumem um pouco.
Levar a banho-maria e incorporar o açúcar pouco a pouco em forma de chuva.
Adicionar o vinho pouco a pouco e bater constantemente até obter uma espuma
cremosa.
Preparar e servir no momento.
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Arroz
Origem
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Aula 7
Importância nutricional
DEFINIÇÕES
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Aula 7
Tipos de arroz
• Americano de grão longo: Arroz para todos os fins; cozinhe com o método da
água quente. O arroz branco leva 15 minutos: o integral, de 30 a 40 minutos.
• Arbório: Grão curto italiano tem textura cremosa e consistência de castanha.
Cozinhe ao método do Risotto, votando de pouco ao caldo sem afogar-lo
• Basmati: aromático, usado em pilafs e pratos indianos: deixe de molho antes de
cozinhar pelo método de absorção – 15 minutos.
• Cozimento rápido: processado de modo que os grãos fiquem soltos: siga as
instruções de embalagem. DE 10 a 12 minutos.
• Japonês: Arroz branco de garo curto, arredondado, lustroso e grudento.
Cozinha-se especialmente com agregado de vinagre.
• Pudding: Grão curto que amolece muito depois cozido: o arroz branco leva de
15 a 20 minutos, o integral de 30 a 40 minutos. Também pode ser assado no
forno, em 1 a 1 e 1/2 hora.
• Tailandês: Com fragrância de jasmim: cozido por absorção em 15 minutos.
• Selvagem: Não é propriamente arroz, mas uma planta aquática cujo gosto
lembra o da castanha; cozido em água fervendo, de 35 a 40 minutos.
Cozinhando Arroz
• Arroz pilaf: é uma variedade de arroz branco que em vez de ir cozido em água
sem mais, previamente se tem que saltear em um pouco de azeite com cebola e
alho para que fique mais saboroso.
Para isso, salteamos os grãos em um pouco de azeite quente com cebola e alho
picado até que se voltem transparentes até o grão começar a inchar. Despeje a
água ou o caldo de uma vez, recordando usar sempre o dobro de caldo que de
arroz. Ponha sal, abaixe o fogo e tampe. Cozinhe por 15 minutos.
• Método de água quente: O grão longo de arroz americano, branco ou integral,
pode ser cozido em grande quantidade de água fervendo. Depois de cozido,
escorra a água e lave o arroz. Lavar remove o excesso de amido, deixando os
grãos soltos e secos; o arroz pode esfriar e ser reaquecido sem grudar.
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Calorias 82,00
Proteínas 1,5 g.
Lipídios 0,1 g.
Carboidratos 18,2 g.
Sódio 4 mg.
Colesterol 0 mg.
A cocção do arroz está governada virtualmente por ser maior constituinte, o amido. Ao
cozinhar o arroz branco, a temperatura de gelatinização do amido varia de um tipo a
outro, mas em valores médio se acha entre 69 e 75 graus centígrados.
Que o arroz se pegue ou não, depende de seu conteúdo em amilose. Se tiver menos
dos 20 % se pega ao cozer-se, por isso para a cocção em água se prefere o arroz com
25 % ou mais de amilose no amido.
A quantidade de água que os grãos absorvem durante a cocção varia de uma
variedade a outra, mas também é afetada pela idade dos grãos: o grão recém coletado
se cozinha antes e absorve menos água que o grão de arroz velho da mesma
variedade.
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Aula 7
O arroz integral possui um sabor forte, mas é mais fácil de digerir que o
arroz branco ou gentil por seu conteúdo em fibras. Ao ter o incorporado farelo
(pericarpo) tem maior valor nutritivo, sobre tudo pelo contribua de vitamina B1 que não
está presente em arroz gentil.
O arroz Parboilizado é de cocção mais rápida, nunca se passa por estar seu amido
parcialmente retrocedido. Tem maior valor nutritivo porque ao parboilizar-lo os
constituintes nutritivos que se acham no pericarpo difundem para o endosperma e
ficam incorporados a ele.
Risotto clássico
Ingredientes:
• Caldo 0,300 litro
• Azeite 0,050 litro
• Alho-porro finamente picado 0,050 kg
• Pimentão picado 0,050 kg
• Vinho branco seco 0,050 litro
• Arroz 0,100 k g
• Creme de leite 0,050 litro
• Queijo parmesão, ralado 0,030 kg
Preparação:
Para um Risotto com textura realmente cremosa, é importante que o caldo esteja bem
quente quando o adiciona ao arroz, de maneira que mantenha-o fervendo.
Numa panela cumprida a fogo baixo, frite o alho-porro e o pimentão durante 5 minutos
até suar.
Acrescente o arroz e revolva bem para cobrir cada grão com o azeite. Cozinhe durante
2-3 minutos.
Adicione o vinho, revolva um par de vezes e cozinhe durante 1-2 minutos, até que o
vinho tenha sido absorvido.
Com a caçarola a fogo médio, adicione uma concha de sopa cheia com caldo fervendo;
revolva vigorosamente, até que tenha sido absorvido. Continue adicionando o fundo
revolvendo, uma porção cada vez, assegurando-se de que seja bem absorvido antes
de adicionar mais. Este procedimento tomará entre 18 a 20 minutos.
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Risotto à milanese
O risotto à milanese se está acostumado a servir com ossobuco.
Ingredientes:
• Arroz 0,100 kg
• Cebola média 0,050 kg
• Cenoura 0,050 kg
• Vinho branco 0,060 litro
• Caldo (aproximado) 0,500 litro
• Ossobuco (opcional) 0,075 kg
• Manteiga q/b
• Açafrão em fios q/b
• Queijo parmesão 0,050 kg
• Sal e pimenta recém moída q/b
Preparação:
Picar finamente a cebola e a cenoura e as saltear em manteiga até que esteja
transparente (se usar tutano adicioná-lo neste momento).
Incorporar o arroz para que os grãos se impregnem bem em manteiga sem que se
torrem. Adicionar o vinho e deixar que evapore. Revolver de vez em quando até que se
absorva totalmente.
Esquentar o caldo. Ir incorporando este fundo quente pouco a pouco até que seja
absorvido cada vez. Antes de incorporar a última parte de fundo diluir nele, o açafrão, o
sal e pimenta se quiserem. Uma vez agregado todo o caldo, o arroz deve ficar brando e
cremoso.
Fora do fogo, incorporar um pouco de manteiga e o queijo parmesão ralado.
Servir quando o queijo tenha ficado totalmente derretido.
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Aula 7
Arroz pilaf
Ingredientes:
• Arroz 0,100 kg
• Cebola 0,050 kg
• Abobrinha italiana 0,050 kg
• Óleo 0,050 litro
• Caldo 0,300 kg
• Sal fino q/b
Preparação:
Escorra o arroz com água fria e deixar escorrer durante meia hora como mínimo.
Trocar a água cada vez que faça falta até que esteja clara. Enxaguar bem.
Refogar a cebola e o zuccini picado em uma frigideira. Acrescentar o arroz, remover
até que os grãos comecem a saltar. Verta caldo quente, remover, salgar, baixar o fogo
e tampar.
Deixar cozinhar 15 minutos.
Ingredientes:
• Arroz 0,100 kg
• Leite 0,500 litro
• Açúcar 0,075 kg
• Pele de limão q/b
• Essência de baunilha q/b
• Canela para polvilhar q/b
Preparação:
Mesclar o leite com o arroz, o açúcar e o limão. Deixar repousar meia hora.
Cozinhar sobre o fogo suave, revolvendo de vez em quando com uma colher de
madeira, até que os grãos de arroz estejam cozidos.
Adicionar a essência de baunilha para evitar evaporar.
Servir sozinho ou polvilhado com canela.
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Aula 8
Cereais
Cereais são as plantas cultivadas por seus frutos comestíveis, normalmente chamados
grãos (tecnicamente cariopses) e são na maior parte gramíneas.
Os cereais são produzidos em todo mundo em maiores quantidades do que qualquer
outro tipo de produto e fornecem mais calorias ao ser humano. Em alguns países em
desenvolvimento, os cereais constituem praticamente a dieta inteira da população.
Nos países desenvolvidos, o consumo de cereal é mais moderado, mas ainda
substancial. A palavra cereal tem sua origem na deusa romana do grão, Ceres.
Entre os cereais mais conhecidos temos:
• Arroz
• Aveia
• Cevada
• Centeio
• Milho
• Trigo
• Amaranto
• Quinoa
• Trigo sarraceno
• Milheto
• Sorgo
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Aula 8
Todos os cereais constam de duas partes constitutivas que são a casca e a Cariopse.
Há cereais que durante a operação de colheita perdem a casca (caso do trigo) e outros
que a conservam (arroz e milho). Mas a parte principalmente comestível de todos eles
é a Cariopse.
A Cariopse se pode dividir estruturalmente em três partes:
Casca
Morfologia Pericarpo
Cariopse Germe
Endospermo
Pericarpio
15%
Germe Endospermo
5%
80%
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Aula 8
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Aula 8
Capa Aleurona
ESTRUTURA DO ENDOSPERMO
A-P A-P
A-P
A- P
Dentro dos cereais se encontram grãos cujo endospermo se caracterizam por ter
paredes celulares grosas e dentro das células os grãos de amido e as proteínas estão
fortemente aderidos uns com outro. Esse tipo de cereais se diz que têm endospermo
duro ou córneo.
No extremo oposto, há grãos de cereais cujo endospermo, as paredes celulares, são
magras e dentro delas se encontram grãos de amido e proteínas unidos, mas com uma
aderência mais débil. Neste caso se diz que são cereais com endospermo farinhento.
Entre estes dois extremos se dão situações intermédias, e se diz que são cereais de
endospermo semi-duro. Há alguns cereais como o milho, onde seu endospermo é uma
mescla de ambos, ou seja, há zonas de endospermo duro e zonas de endospermo
farinhento.
Por outra parte, entre a coberta externa dos grãos (pericarpo) e o endospermo, acha-
se uma zona que forma parte do endospermo, e é a porção mais externa do mesmo
que se conhece com o nome de Capa Aleurona. Esta porção tem estrutura algo
diferente ao resto do endospermo e se caracteriza por ter major contido em proteínas
que as partes interiores do mesmo. Por isso se diz que o conteúdo de proteínas do
endospermo aumenta do centro para a periferia.
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Aula 8
Umidade 10 – 14 %
Proteínas 7 – 12 %
Amido 63 – 73 %
Lipídios 1–5%
Cinzas 1,5 – 2,5 %
Fibra 1–4%
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Aula 8
Aveia
Entre os cereais, a aveia, destaca tanto por suas qualidades energéticas como por sua
beleza, sua grácil estética e ajuste de talo, espiga e folhas. Seus grãos estão
dispostosde forma que o sol, o ar, a luz e a água os penetram e vivificam por toda
parte.
Foi a base da alimentação de povos reconhecidos por seu vigor como os irlandeses e
os escoceses.
No processo de transformação dos grãos em flocos não se elimina nada, só lhes
passam cilindros para que fiquem esmagados.
Os flocos de aveia são a base ideal em qualquer comida, podem-se preparar sozinha,
crua ou cozida, com leite de vaca, leite de soja, água, caldo de verduras, frutas, iogurte
ou kéfir.
Tem a propriedade de esquentar o corpo e por isso é ideal para tomar no inverno.
Composição da aveia
• Proteínas: dos oito aminoácidos necessários para a vida, a aveia contém seis,
outros cereais contêm um e dois, por isso se a combinamos com leite de vaca
ou soja se obtém proteína igual a animal.
• Lipídios: é o cereal com mais graxa vegetal, contém 70 por cento de ácidos
gordurosos insaturados e 40 por cento de ácido linoleico, o bom é que não nos
faz engordar.
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Milho
Esta planta originária da América do sul, mas logo com o tempo se foi expandindo por
todo mundo aonde foi tomando diferentes nomes como milho, panizo de índias, grão
turco, maiz, etc.
Cereal que pertence à família das gramíneas e é o mais rico em graxas.
A farinha de milho é muito digestiva, geralmente é recomendada para as pessoas que
estão convalescentes, anciões, meninos e pessoas com problemas estomacais.
O milho é muito energético e nutritivo de uma vez. O amido do milho se utiliza em
muitos produtos alimentícios para os lactantes e meninos.
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Historia
Segundo Mary Poll, em trabalho publicado na revista Pnas, os primeiros registros do
cultivo do milho datam de há 7.300 anos, e foram encontrados em pequenas ilhas
próximas ao litoral do México, no golfo do México. Seu nome, de origem indígena
caribenha, significa "sustento da vida". Alimentação básica de várias civilizações
importantes ao longo dos séculos, os Olmecas, Maias, Astecas e Incas reverenciavam
o cereal na arte e religião. Grande parte de suas atividades diárias eram ligadas ao seu
cultivo. Segundo Linda Perry, em artigo publicado na revista Nature, o milho já era
cultivado na América do Sul há pelo menos 4.000 anos.
O milho era plantado por índios americanos em montes, usando um sistema complexo
que variava a espécie plantada de acordo com o seu uso. Esse método foi substituído
por plantações de uma única espécie.
Com as grandes navegações do século XVI e o início do processo de colonização da
América, a cultura do milho se expandiu para outras partes do mundo. Hoje é cultivado
e consumido em todos os continentes e sua produção só perde para a do trigo e do
arroz.
No Brasil, o cultivo do milho vem desde antes da chegada dos europeus. Os índios,
principalmente os guaranis, tinham o cereal como o principal ingrediente de sua dieta.
Com a chegada dos portugueses, o consumo aumentou e novos produtos à base de
milho foram incorporados aos hábitos alimentares dos brasileiros.
O plantio de milho na forma ancestral continua a praticar-se na América do Sul,
nomeadamente em regiões pouco desenvolvidas, no sistema conhecido no Brasil
como de roças.
No final da década de 1950, por causa de uma grande campanha em favor do trigo, o
cereal perdeu espaço na mesa brasileira. Atualmente, embora o nível de consumo do
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Trigo
O trigo (Triticum spp.) é uma gramínea que é cultivada em todo mundo. Globalmente,
é a segunda-maior cultura de cereais, a seguir ao milho; o terceiro é o arroz. O grão de
trigo é um alimento básico usado para fazer farinha e, com esta, o pão, na alimentação
dos animais domésticos e como um ingrediente na fabricação de cerveja. O trigo é
plantado também estritamente como uma forragem para animais domésticos, como o
feno.
Usos
O trigo é um componente básico da alimentação humana. Sua farinha é largamente
utilizada na confecção de pães, massas e biscoitos. A qualidade do grão produzido é
que determina a sua utilização pela indústria. A substância que está por trás dessa
classificação é o glúten. É ele que determina o volume e a consistência da massa, ou
tecnicamente, a "elasticidade" da farinha de trigo.
Para a confecção de bolachas, pizzas e biscoitos, o trigo deve ter pouca capacidade de
expansão, também chamada de baixa força de glúten. Nestes casos, o teor de glúten
fica entre 25% e 30%. Já o pão de forma e o pão francês precisam de uma alta força
de glúten, pois a massa precisa crescer bastante. Essa categoria responde pela maior
parte do mercado de farinha de trigo. O macarrão é uma massa que não pode
expandir, mas que precisa ter tenacidade para ficar "al dente". Nesse caso, sua força
de glúten é baixa, mas a farinha precisa ser muito tenaz.
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Entende-se por trigo a semente sã, limpa, bem conservada de distintas variedades do
Triticum Vulgare e do Triticum Durum
De acordo às características o pode classificar em dois grupos:
• Triticum Vulgare ou Trigo Pão: tem um grão de forma elíptica, mais ou menos
arredondada, de cor avermelhada amarelada, cinzento ou combinação destas
cores. Tem aspecto opaco, fratura amidosa, não quebradiça.
• Triticum Durum (Trigo Candeal ou Trigo Macarrão): são grãos de forma
elíptica logo que alargados, de cor âmbar claro, aspecto translúcido e fratura
vítrea.
O tipo de trigo Vulgare ou Pão é utilizado para a elaboração de pão e produtos de
padaria e confeitaria, enquanto que o trigo tipo durum é utilizado para a elaboração de
sêmolas que são a sua vez a matéria prima para a produção de massas.
Trigo sarraceno
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Na França é conhecido como trigo preto (ble noir). Na Ásia, a cultura do sarraceno
substitui a do arroz. Cultivado em lugares frios e de solo pouco apropriado para o trigo
e o arroz, foi considerado um cereal pobre.
Este por sua vez, não contem glúten, sendo uma boa opção para aqueles que tem
alergia a fração proteíca do trigo, conhecida como doença celíaca, na qual não se
recomenda consumir glúten.
Atualmente, o trigo sarraceno esta sendo indicado pelos nutricionistas por ser rico em
polifenol (ótimo na redução do colesterol e pouco calórico). Possui ótimo valor nutritivo,
contém proteínas, amido, fibras solúveis, vitaminas do complexo B e minerais como:
ferro, magnésio e fósforo.
Milheto ou mijo
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Usos e aplicações
É um alimento energético, lhe vitalizem, digestivo e diurético; útil em astenias, anemias
e gravidez (tem a capacidade de impedir abortos espontâneos e de suprir carências
nutricionais de dito estádio). Seu conteúdo de lecitina e de colina, faz-o indicado para
organismos debilitados e para quem realiza trabalho intelectual. A medicina naturista o
considera um alimento anti-estresse, enquanto que os macrobióticos incentivam seu
consumo dado que é um cereal alcalinizante, tem muito ferro e silício, e é bom para o
baço, o estômago e o pâncreas.
Por sua variabilidade, o milheto foi tradicionalmente substituto do arroz em quase todas
as receitas. em que pese a não ter glúten (podem-no utilizar os celíacos), tem bom
poder aglutinante, graças a sua fibra solúvel. Isto permite usá-lo em pudins e tortas,
sem necessidade de adicionar ovos ou amido. Sendo o mais doce dos cereais, tem a
propriedade de adaptar-se, seja a pratos salgados que a sobremesas.
Vejamos sua cocção apóie. Como muitos cereais beneficiam-se de um torrado prévio,
que pode realizar-se em seco, na mesma panela de cocção. Logo se acrescentam três
partes de água por cada uma de milheto, tampa-se e fica a ferver a fogo lento durante
45'. Durante os últimos 5 ou 10' tira-se a tampa e se deixa evaporar todo o líquido
restante para que os grãos fiquem soltos. Não se tem que remover mais de uma vez e
melhor com garfo, pelo risco que o grão se rompa muito e fique gomoso. Pelo
contrário, dito estado resulta ideal quando querem preparar pudins ou convertê-lo em
massa apóie para pizzas, bolos ou empanados.
Cevada
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Centeio
O centeio (Secale cereale) é uma gramínea cultivada em grande escala para colheita
de grãos e forragem. Tem parentesco com o trigo e a cevada. O grão de centeio é
utilizado para fazer farinha, ração, cerveja, alguns tipos de whisky e grande parte das
vodkas. O centeio é plantado, sozinho ou misturado, para forragem do gado ou para
ser colhido como feno. É muito tolerante com a acidez do terreno e mais ambientado a
condições de seco e frio do que o trigo, embora não seja tão tolerante com o frio
quanto à cevada. Os indícios mais antigos do uso doméstico do centeio foram
encontrados no sítio de Tel Abu Hureyra, no norte da Síria, no vale do Eufrates, datado
do fim do Epipaleolítico.
O centeio ocupa o oitavo lugar, em área, entre os cereais. No mundo, é cultivado
especialmente no centro e no norte da Europa, em climas frios ou secos, em solos
arenosos e poucos férteis. Rússia, Polônia, Alemanha, Belarus e Ucrânia, os países
que mais cultivam centeio, juntos, respondem por 81% da área mundial. Somente a
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Amaranto
Nas épocas pré-colombinas, faz mais de 500 anos uma semente conhecida como
Huautli, atualmente amaranto ou alegria, era um dos alimentos básicos na América
quase tão importante como o milho e o feijao.
Seu cultivo se remonta mais de 7 mil anos. Alguns autores afirmam que os Maias
seriam os primeiros em cultivá-lo e que logo pouco a pouco o foram fazendo os
Astecas e Incas.
O Amaranto, a Quínoa e o Milho eram considerados novelo sagradas e os espanhóis
proibiram seu cultivo, já que viam com maus olhos que as utilizassem em rituais (de
fato, qualquer alimento que não falasse a Bíblia era posto em duvida sobre sua
idoneidade).
O milho e o frijol se converteram em dois dos cultivos principais que alimentam ao
mundo, enquanto que o amaranto passou à escuridão. A conquista espanhola terminou
com seu uso como um artigo de primeira necessidade na América, porque
aparentemente sua utilização nos rituais espantou aos conquistadores espanhóis. Seu
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Quinoa
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Quinoa no Brasil
No Brasil, as pesquisas com a quinoa começaram na década de 1980, pela Embrapa,
unidade de Brasília, obtendo ótimos resultados. Atualmente, agrônomos, engenheiros
de alimento, nutricionistas e outros profissionais pesquisam cada vez mais a quinoa,
inclusive procurando adaptá-la ao solo de cerrado brasileiro, principalmente no estado
de Mato Grosso. As pesquisas mostram que o Brasil apresenta um enorme potencial
para produzir a quinoa na região central, mais árida, pois ela não exige muita chuva e
pode ser plantada na entressafra da soja, bem como nas áreas mais altas e frias da
região sul.
Pesquisas feitas pelo Departamento de Nutrição da Universidade de São Paulo, em
parceria com a Embrapa, comparando a quinoa andina com a produzida aqui,
comprovaram um perfil de proteínas de 90% em ambas. A quinoa brasileira contém
mais fibras, contendo 13% contra 8,5% na andina. Os resultados indicam grandes
semelhanças genéticas com a original, prometendo um futuro promissor para o cultivo
no Brasil.
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Carboidratos 60 g
Ferro 9,5 mg
Fósforo 286 mg
Cálcio 112 mg
Fibras 5g
Calorias 350
Novas Pesquisas da planta mostram que a mesma tem o poder protéico do fabuloso
leite materno.
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Aves
Frangos, patos, perus e os deliciosos capões foram domesticados pelo homem como
uma alternativa à carne procedente da caça. Em princípio, estavam reservados aos
dias de festa e grandes celebrações. Hoje em dia, seu consumo se popularizou de tal
modo, que as aves selvagens deixaram de ser quase uma raridade em nossas mesas.
As aves oferecem uma carne branca, com pouca contribuição de gordura e alto valor
protéico. O frango de granja foi a ave mais consumida, mas faz já não pouco tempo
que encontrou competência na carne de peru, e algo menos na de pato. De uma vez,
as codornas e as perdizes vão perdendo sua condição de aves de caça para passar a
converter-se em aves domésticas, já que grandes partes se criam em granjas, o que
permite dispor delas todo o ano.
Classificação
A maioria das aves domésticas que mais se consomem, pertencem à espécie “Gallus”,
que engloba a galos, galinhas e frangos de todas as idades.
Galo
É o pai das aves domésticas da espécie gallus. Distingue-se por sua crista vermelha na
fêmea, e pela plumagem de sua cauda. Alguns exemplares se destinam à reprodução
e outros são castrados aos 4 meses para seu ceva e engorde. Em nosso país, o
consumo de exemplares adultos é escasso, destinando-os geralmente a guisados.
Galinha
É a fêmea adulta do galo. Destina-se quase exclusivamente à produção de ovos. As
sacrifica quando contam uns dois anos e pesam de 1.5 a 2 Kg. Têm a graxa amarela e
a carne dura destinando-a a guisados.
Frango
É um animal jovem, macho ou fêmea, de ao redor de 1.8 Kg. de peso. Sua carne está
acostumada ser de cor nata ou amarela, de acordo à alimentação que recebeu. Os
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Ganso
Encontra-se em nosso país somente durante o Natal. Entretanto no resto da Europa é
um prato muito popular. A diferencia com as demais aves, a carne do ganso é muito
gordurento. Os exemplares cevados recebem o mesmo tratamento que o pato. Do
ganso se extrai o famoso fígado gorduroso foie-gras, muito maior e delicioso que o do
pato.
Pato
É o ave jovem, cevada durante 8 semanas chegando a um peso de 2 Kg. ou 2.5Kg. O
pato gorduroso ou cevado se denomina mulard e, além disso, do fígado gorduroso ou
foie-gras, são muito apreciadas os peitos ou os magret que se encontram frescos,
envasilhados ao vazio ou curados em forma de muito luxurioso (presunto de pato).
Com o resto da ave se prepara o famoso confit, que consiste em uma cocção
prolongada da carne em sua própria graxa. Conservar-se em potes de cristal para
utilizá-lo durante todo o ano, já seja sozinho ou como acompanhamento de saladas,
legumes, etc. Para assar pato, deve escolher um exemplar jovem, de 8 semanas. As
peças maiores são as adequadas para guisar.
Faisão
Provém da família do peru e está considerado como ave de caça, embora hoje também
se crie em granjas. Os melhores exemplares são os que têm um ano de vida e, como
ocorre na maioria das aves, a carne da fêmea é mais saborosa que a do macho.
Admite As mesmas preparações que o frango, embora convenha adubá-lo com
toucinho para evitar que se resseque.
Pomba
No jargão culinário também as chama pombinhos. É uma ave de tamanho pequeno
(pesa 150gr.) que se adaptou bem à cria em granjas, o que popularizou o consumo de
sua carne e seus ovos. Tem o inconveniente da perdida de sabor, algo comum às aves
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Perdiz
Ao igual à codorna, é uma ave de caça que também se soube adaptar à cria em
granjas. São mais saborosas as fêmeas que os machos. Estes se distinguem por um
botão que têm na pata.
Frango
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Criação e Abatimento
Os frangos e aves em geral apresentam diferenças importantes de qualidade e sabor
de acordo a sua criação.
Podem ser de crescimento acelerado onde animais de raça selecionada por sua
capacidade para desenvolver rapidamente sua estrutura muscular através de
mantimentos balançados, produzem carnes que se caracterizam por ter um conectivo
diferente, com menor quantidade proporcional da elastina (constituinte essencial das
fibras elásticas da malha conectivo). A graxa abunda debaixo da pele e tem como
característica um menor ponto de fusão e maior grau de insaturação que as de
bovinos, ovinos e suínos.
O processo de abatimento de aves se produz em lugares habilitados a tais efeitos, com
controle veterinário oficial durante toda a tarefa. As aves doentes ou que apresentam
sintomas de enfermidade são confiscados.
O sacrifício de aves aptas para consumo se efetua por distintos métodos; o mais
empregado consiste em cortar a ponte jugular introduzindo tesouras ou facas finas
através do pico. Produz-se o sangrado e descascado mecânico ou manual, sempre em
submersão prévia em água quente.
Uma vez sangrado e descascado o animal, separam-se cabeça e extremidades e se
víscera com especial cuidado para que a carne não seja manchada com contido
intestinal.
Finalizando o processo, refresca-se o animal em água geada e logo se introduzem os
miúdos envoltos em sacolas de polietileno na cavidade abdominal.
A maturação da carne na câmara de arejamento é rápida e se completa em duas ou
três horas. O PH se volta ácido nesse tempo resultando uma carne mais tenra.
Passado o passo da câmara de arejamento, geralmente se congelam a temperatura de
-25 º C segundo o destino ou tempo de venda calculado ao público.
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Conservação de aves
As aves pequenas se podem conservar na geladeira até dois dias e as grandes até
quatro dias.
As aves inteiras, não cozidas, conservam-se congeladas por seis meses.
As partes de aves, não cozidos se conservam congelados três meses.
Descongelamento
As aves se podem descongelar na geladeira ou, para acelerar o processo, em um
recipiente com água fria.
As aves congeladas devem descongelar-se por completo antes das cozinhar. Os
miúdos preferentemente se devem descongelar na geladeira. A ave está descongelada
quando todos os cristais desapareceram que a cavidade corporal e os músculos estão
brandos e flexíveis. Uma vez descongeladas as aves se devem cozinhar no transcurso
de 12 horas.
Descongelar na geladeira
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Cortes em 4 pedaços
Corte em oitavos
Procedimento para cortar passo a passo (continuação do anterior)
7. Repetir passos 1 a 6 anteriores.
8. Cortar o peito na diagonal, para obter duas porções do mesmo tamanho.
9. Retirar as coxas e a sobrecoxas do frango, passando a faca próxima à carcaça.
Ao chegar à articulação, abrir a perna do frango para trás e deslizar a lâmina
pelo meio da articulação.
10. Ficam duas coxas, duas sobrecoxas e quatro meios peitos.
1. Sentar o frango sobre a tábua. Cortar a asa trazendo a faca pelo meio da
articulação.
2. Extrair o osso do externo, que forma uma “V”, introduzindo a faca por baixo dele.
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Ingredientes:
• Asas de frango 6 unidades
• Alho picado 0,050 kg
• Cebola brunoise 0,050 kg
• Pimentão vermelho 0,050 kg
• Gengibre 0,030 kg
• Azeite q/b
• Molho de soja 0,020 litro
• Vinho branco 0,050 litro
• Molho de Ostra 0,030 litro
• Miel q/b
• Caldo de ave 0,300 litro
• Sal q/b
Preparação
Esquentar o azeite em uma frigideira e dourar as asas junto com o alho, a cebola e o
pimentão.
Juntar o gengibre ralado.
Adicionar o vinho branco e deixar evaporar o álcool.
Acrescentar o caldo, deixar reduzir, logo o mel.
E por último o molho de soja e o molho de ostras.
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Ingredientes:
Para as coxas empanadas:
• Coxa de frango 1
• Farinha de trigo q/b
• Gergelim 0,050 kg
• Ovos 1
• Sal e pimenta-do-reino q/b
Para o molho:
• Açúcar mascavo 0,020 kg
• Farinha de trigo 0,020 kg
• Azeite de oliva 0,030 litro
• Shoyu 0,030 litro
• Gengibre em tiras 0,050 kg
• Shiitake seco 0,015 kg
• Cebolinha picada 0,010 kg
• Alho amassado 0,010 kg
• Caldo de legume q/b
• Sal q/b
Preparação das coxas:
Cortar a coxa em tiras e temperá-las.
Passá-la pela farinha, logo pelo ovo e depois pelo gergelim.
Fritar em óleo quente.
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Proteínas
As proteínas são grandes moléculas (macro-moléculas) que estão formadas pela união
entre si de moléculas mais simples chamadas aminoácidos.
As proteínas cumprem uma função plástica ou estrutural, já que formam parte dos
tecidos, órgãos, cabelos, etc. É por isso que é considerado o nutriente mais importante,
por que sem proteínas não há vida.
Embora essencialmente a função das proteínas seja plástica, no organismo também há
outras proteínas que cumprem outras funções importantes, por exemplo, um tipo de
proteínas conhecido como enzimas, é o que permite que ocorram todas as reações
químicas que geram a matéria e a energia no organismo.
Em síntese, pode-se dizer que no organismo humano se podem distinguir duas classes
de proteínas:
• Proteínas estruturais: são as que integram os músculos, os tecidos, órgãos e
cabelos.
• Proteínas funcionais: são as enzimas, antígenos e anticorpos.
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Proteínas alimentícias
Há-se dito anteriormente que a diferença que existe entre as distintas proteínas, radica
no tipo e quantidade de aminoácidos que formam a cadeia e na ordem em que esses
aminoácidos estão unidos.
Pode imaginar uma proteína simple constituída por uma só cadeia de aminoácido, mas
as proteínas que constituem os alimentos estão formadas por várias cadeias de
aminoácidos que são distintas entre si, porque estão formadas por distintos
aminoácidos e unidas em uma ordem distinta.
Se tomar, a modo de exemplo, uma proteína que consiste em uma só cadeia, essa
cadeia pode adotar segundo sua estrutura, diferentes forma no espaço:
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A forma que adota uma proteína em particular, já seja fibrosa ou globular se conhece
como conformação nativa da proteína.
De acordo à conformação nativa das proteínas, já seja em seu estado natural ou
modificando-a, podem-se obter diferentes propriedades aplicáveis em gastronomia.
Desnaturalização
Entende-se por desnaturalização da proteína a qualquer modificação que altere a
conformação nativa da proteína, sempre e quando não romper a cadeia de
aminoácidos.
Se em uma proteína alimentícia que está formada por duas cadeias de aminoácidos X
e Z que estão entrelaçadas entre se, ocorre uma ligeira modificação sobre a forma em
que essas cadeias estão unidas, produziu-se uma desnaturalização parcial da proteína.
Se se segue atuando sobre a mesma proteína se pode chegar a fazer que as duas
cadeias de aminoácidos se separem totalmente, desnaturando integralmente toda a
proteína. Trocou-se inteiramente o que era sua conformação nativa.
Proteína fibrosa
DESNATURAÇÃO
CONFORMAÇÃO
PARCIAL
NATIVA
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DESNATURAÇÃO
TOTAL
Proteína globular
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Solubilidade
Emulsificação
Amarrar
Amarrar uma ave significa sujeitar as extremidades ao corpo. Efetua-se com fio e se
aplica às aves que vão se assar no forno. Tem uma dupla finalidade: obter que
mantenham a forma e que se cozinhem bem e mais rápido, pois reduz o volume de ar
entre as presas e assim favorece a condução do calor.
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As técnicas
Dividem-se em dois grupos: o amarrado à Americana (sem agulha), adequada para
aves pequenas, e o tradicional à Francesa (com agulha), que serve para aves grandes
e se adapta especialmente aos frangos industriais que se vendem nos supermercados.
Dentro de cada grupo existem vários métodos. Aqui damos os mais rápidos, fáceis e
eficazes. Qualquer seja o eleito, é necessário realizar a mise-em-place antes de iniciar
o trabalho.
Frango enrolado
Ingredientes:
• Frango 1
• Alho 0,030 kg
• Vinho branco 0,050 litro
• Sal q/b
• Pimenta-do-reino q/b
• Manteiga 0,050 kg
• Mel 0,050 litro
• Suco de limão 0,050 litro
Recheio
• Lombo defumado 0,100 kg
• Ovos duros 2
• Ovos 2
• Miolo de pão 0,050 kg
• Cebola picada 0,050 kg
• Cherio-verde 0,020 kg
• Orégano q/b
• Cenoura 0,050 kg
• Pimentão 0,050 kg
• Mostarda 0,030 kg
• Sal e pimenta-do-reino q/b
• Salsa picada 0,030 kg
• Queijo ralado 0,150 kg
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Rolinho de peito
Ingredientes:
• Filé de peito 1
• Fatias de queijo prato 2
• Fatias de presunto 1
• Folhas de Espinafre branqueada 0,030 kg
• Vinho branco 0,030 litro
• Cebola 0,020 kg
• Cenoura 0,020 kg
• Caldo de ave q/b
• Azeite q/b
• Sal, pimenta-do-reino q/b
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Preparação:
Aplanar o filé com um maço, temperar e pôr uma fatia de presunto, outra de queijo, as
folhas de espinafre branqueadas e por ultimo a outra fatia de queijo.
Enrolar e atar bem com fio de cozinha ou envolver em filme plástico.
Cozinhar em forno ao vapor durante 15 minutos sobre forma com um pouco de água.
Tirar do forno, desembrulhar e reservar.
Cobrir o fundo da panela com o azeite e refogar a cebola e a cenoura cortadas em
brunoise. Esperar a que tomem cor.
Incorporar o rolinho de frango e dourar apenas.
Acrescentar o vinho, o caldo de frango e deixar reduzir.
Retirar o rolinho e reduzir o molho até que adquira cor dourada.
Retirar e peneirar o molho. Acrescentar uma noz de manteiga fora do fogo.
Cortar em rodelas o frango e servir acompanhado do molho bem quente.
Ingredientes:
• Purê de papas 0,125 kg
• Gemas 1
• Manteiga 0,010 kg
• Noz- moscada q/b
• Ovo batido 0.015 kg
Preparação:
Acrescentar ao purê, as gemas, a manteiga e a noz-moscada.
Pôr a preparação dentro de um saco de confeiteiro com bico ondulado.
Formar cachos sobre uma placa forrada com uma folha siliconada ou untada com
manteiga. Dar formato desejado (cachos ou cestas).
Pincelar com ovo batido para que adquiram uma coloração dourada durante o
cozimento.
Levar a forno 200ºC por alguns minutos.
Servir quentes, como guarnição de carnes, aves ou peixes.
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AULA 10
Ingredientes:
• Frango 1
• Cebola 1
• Maça verde 2
• Bacon 0,100 kg
• Miolo de pão 0,075 kg
• Queijo ralado 0,100 kg
• Salsão 0,100 kg
• Nozes 0,080 kg
• Uvas passas 0,080 kg
• Ovos 2
• Sal e pimenta-do-reino q/b
Preparação:
Desossar o frango para que fique uma sacola.
Descascar as maças e cortar em 6 partes.
Limpar o salsão e picar.
Dourar o bacon e acrescentar as cebolas. Cozinhar uns minutos.
Juntar as maças, o salsão, as nozes e as uvas passas.
Numa tigela unir todos os ingredientes e temperar bem.
Preencher o frango e amarrar.
Pôr sobre uma grade sobre uma placa com água.
Cozinhar em forno 180° durante 45 minutos aproximadamente molhando com um
molho temperado feito a base de manteiga, mel, shoyu e suco de limão.
Dica: podem se variar os ingredientes do recheio.
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Ingredientes:
• Manteiga q/b
• Cenoura 1
• Batata 1
• Beterraba 1
• Ovos 2
• Creme 0,100 kg
• Alho picado 1
• Queijo ralado 0,050 kg
• Sal e pimenta-do-reino q/b
Preparação:
Lubrificar um molde de tipo bolo inglês apenas com manteiga e cobrir o interior com
papel filme (a manteiga é para pegar o papel filme ao molde).
Fazer uma mescla com o ovo, o creme, o queijo ralado e o alho picado.
Temperar.
Lavar e cortar as hortaliças e, logo com um mandolim cortar fatias bem finas de
beterraba, batata e cenoura.
Com as verduras já prontas, colocar alternando no molde as fatias de batata, beterraba
e cenoura.
Verter a mescla preparada por cima das verduras, acomodando para que esta cubra
toda a fonte.
Cozinhar a banho-maria no forno durante 30 minutos até que as verduras estejam
tenras e o ovo coagulado.
Retirar do forno e deixar esfriar.
Cortar porções e usar como guarnição dos pratos de frango
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Crêpes suzette
Ingredientes do recheio:
• Geléia de laranja 0,030 kg
• Açúcar 0,030 kg
• Ralada de laranja 0,010 kg
• Laranja em suco 0,050 litro
• Grand Marnier 0,025 litro
• Manteiga 0,015 kg
• Conhaque 0,025 kg
Preparação:
Lubrificar ligeiramente os crepes com a geléia, dobrar em quatro formando triângulos.
Colocar na fonte o açúcar, a ralada, o suco das frutas, o Grand Marnier.
Esquentar sobre a fornalha, acomodar os crepes e flambar-las com uma colherada de
conhaque aceso.
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Gelatina
O que é a gelatina?
A gelatina é uma proteína hidrossolúvel, (que pode dissolver-se em água), extraível dos
tecidos conectivos de diferentes animais. Esta proteína carece dos principais
aminoácidos como vagem, tirosina e triptofano, e por tanto não tem valor como
alimento.
Quando se hidrata em um liquido e logo se esquenta, ao esfriar-se forma uma rede
com consistência de gel, que fica sólido aos 16ºC e se funde aos 30ºC.
Obtém-se de matéria prima colagenosa. Comercialmente se prepara a partir de
determinados subprodutos de animais como bovino, ovino e suíno. Trata-se de um
alimento natural, de alto valor nutritivo e de gosto neutro que não contêm graxas nem
hidratos de carbono. Além disso, está isenta de conservantes e outros aditivos, e não
contém colesterol. A gelatina se digere com facilidade e o organismo humano a
decompõe completamente.
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Dicas:
• Se utilizar a microondas se deve tomar cuidado com a quantidade de tempo que
se indica para que não se queime a gelatina já que algumas microondas
cozinham mais rápido que outros.
• Se levar a banho-maria terá que cuidar que a água não chegue a ferver para que
não se queime a gelatina.
• Deixa-se sozinho até que fique bem líquida e transparente e logo se procede a
realizar a mescla com o produto eleito para gelificar.
• Para cozinhar sobremesas mornas simplesmente terá que mesclar a gelatina -
uma vez tirada da água fria- diretamente no creme frio até que se dissolva
corretamente. Entretanto, para preparar sobremesas frias, terá que dissolver
primeiro a gelatina em uma panela a fogo lento; acrescentar umas colheres da
mescla fria à gelatina dissolvida e mesclá-lo bem antes de lhe acrescentar o
resto da mescla fria. É muito importante que se respeite esta ordem, que se
acrescente a mescla fria à gelatina e nunca ao reverso.
• Também é importante ter em conta que ao contrário que outros substitutos de
base vegetal, a gelatina não tem que ferver-se, e se assim o fazemos, o produto
perderá seu poder gelificante.
• Outra precaução a considerar é que antes de usar a gelatina para a preparação
de sobremesas com abacaxi, kiwi e mamão, estas frutas têm que ser
escaldadas, (deverão superar os 80ºC), já que contêm uma em cima que destrói
as proteínas da gelatina.
• Por último, não devemos esquecer que as gelatinas de frutas e os áspics não se
devem congelar, já que no processo de descongelamento perdem sua
suavidade e se voltam quebradiças.
Proporções
• Uma folha de gelatina normal está acostumado a pesar ente 1,7 e 3 grs.
• Um pacotinho de gelatina 7grs em alguns casos até 10grs.
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Funções da gelatina
• Poder gelificante
• Plastificante
• Termo-reversibilidade
• Poder aglutinante
• Formação de filme
• Poder espumante
• Emulsificante
• Estabilizante
• Agente de adesão
• Agente de desintegração
• Agente espessante
• Agente de dispersão
• Poder clarificador
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• Osso
No processado da carne obtêm-se ossos frescos. Somente depois de um cuidadoso
tratamento prévio, estes são adequados para a produção de gelatina. Em primeiro
lugar o osso é reduzido a peças de 5–10 milímetros, são desengordurados em água
quente, secados e classificados em diferentes tamanhos. No desengordure,
eventualmente, tira-se o tecido que possa estar ainda aderido ao osso. O osso
calibrado produzido é armazenado em silos antes de sua próxima etapa de processo.
• Processo ácido
Para a gelatina tipo A (ácida) utiliza-se pele de porco. O porco, a diferença do coro de
gado, é sacrificado ainda relativamente jovem. Como o tecido da pele nesta idade não
está muito fortemente enraizado, não é necessário o tratamento preliminar alcalino.
Basta um dia de tratamento com ácido, para fazer que o colágeno contido possa
dissolver-se em água morna, o que é uma condição para o processo de extração.
Depois do tratamento com ácido, o excedente de este é neutralizado em parte e as sais
restantes são extraídas através de várias mudanças de água. Usando este método se
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• Processo alcalino
Extração
A gelatina pode ser extraía usando qualquer dos dois seguintes processos empregando
Água quente
Gradual: A matéria prima que já passou por uma extração, é sujeita a nova extração
com água fresca quente a uma temperatura mais alta. Este processo se repete tantas
vezes até que os últimos restos de gelatina se extraíram. A solução aqui obtida tem
uma concentração de 5 %. A gelatina obtida das primeiras extrações em um processo
gradual em várias temperaturas mais baixas (perto de 55°C) possui o grau mais alto de
gelificação. Também outras propriedades mostram os melhores valores.
Contínuo: a água quente (até 60–85°C) se injeta continuamente nos extratores e desta
maneira se extrai permanentemente uma gelatina de um grau de gelificação constante.
Purificação
A solução de gelatina obtida da extração é liberada de rastros de graxa e de fibras de
colágeno da matéria prima em separadores de alto rendimento.
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Concentração/ultra filtração
A maior parte da água é retirada da solução de gelatina diluída depois de ter sido
aquecida a mais de 90°C em um evaporador gradual de baixo vazio. Este é um
processo que protege o produto e economiza energia.
Para a economia do uso de energia, conta-se com freqüência com instalações de filtros
de membrana para a concentração preliminar. A solução altamente viscosa e
concentrada é submetida a uma ultra filtração usando filtros de capas.
Secado
A solução de gelatina, altamente concentrada e desencardida é esterilizada com até
140°C, em esterilizadores de alta temperatura, solidificada em refrigeradores especiais
e imprensados através de discos perfuradores.
A gelatina criada em forma de macarrão, é secada em secadores de banda com ar
filtrado, lavado, desidratado e desinfetado. A gelatina secada é atalho, moída em forma
grosa e armazenada. Solo depois das revisões físicas, químicas e bacteriológicas se
leva a cabo a autorização para passar a seguinte etapa do processo.
Formas especiais
Junto com a típica gelatina granulada para o processo industrial, há uma série de
formas especiais:
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¾ Gelatina em folhas
O pó de gelatina, em sua exata qualidade, é dissolvido em uma instalação de baixo
vazio, livre de borbulhas de ar, outra vez esquentado e logo vertido em um cilindro
refrigerador formando um filme de gelatina. Este filme depois se curta em tiras
contínuas, é secada em uma rede provida de ar filtrado, desencardido e seco. As tiras
então se cortam a longitudes requeridas.
¾ A gelatina hidrolisada
Este tipo de gelatina se obtém através de enzimas reduzindo drasticamente o tamanho
da molécula da gelatina.
Subseqüentemente se submete a um aquecimento, processo que destrói as enzimas,
as soluções concentradas são secadas a pressão de ar, criando um pó de fluxo livre,
que é solúvel em água fria.
• Tratamento Alcalino: realiza-se já seja com cal ou com soda para preparar
outros conteúdos (não protéicos e protéicos não colágenos pressente) para sua
separação na próxima etapa.
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Obtenção do Ágar-ágar
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Frango e peru servem tanto para as refeições do dia-a-dia como para ocasiões
especiais, mas outras aves são reservadas para ocasiões especiais. Escolha a aves
novas e macias para cozimento rápido, como fritar e grelhar, e as aves mais velhas
para cozimentos mais lentos, como ensopados, que ajudam a amaciar a carne e a se
impregnar com o sabor dos ossos.
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Estrogonofe de frango
Ingredientes:
• Filé de Peito 1
• Cebola 0,030 kg
• Champignons 0,030 kg
• Milho verde 0,050 kg
• Manteiga q/b
• Conhaque 0,030 litro
• Páprica 0,020 kg
• Creme de leite 0,050 litro
• Estrato de tomate 0,010 litro
• Caldo de ave 0,100 litro
• Ervilhas frescas 0,030 kg
• Batatas palha 0,050 kg
• Sal e pimenta-do-reino q/b
Preparação:
Cortar o filé de frango em tiras e temperar com um pouco de sal e pimenta-do-reino.
Colocar a manteiga em uma panela e levar ao fogo.
Adicionar a cebola picada e refogar até que esteja macia. Colocar os pedaços de
filé. Refogar por 3 minutos e adicionar os champignons e o milho verde.
Cozinhar até que estejam macios, adicionar o conhaque e deixar evaporar.
Salpicar com a páprica e adicionar o estrato de tomate.
Misturar bem e regar com o caldo de frango. Cozinhar em fogo baixo por 5minutos e
acrescentar o creme de leite.
Por ultimo juntar as ervilhas frescas.
Temperar com sal e pimenta-do-reino.
Servir com arroz e batatas palha.
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Ingredientes:
• Coxa e sobre coxa 1
• Colorau 0,010 kg
• Óleo q/b
• Cebola bem picadinha 0,050 kg
• Alho amassado 0,030 kg
• Cheiro verde q/b
• Pimenta e Sal q/b
• Quiabo 0,100 kg
Preparação:
Temperar o frango com o alho amassados, sal, pimenta e colorau.
Se desejar, acrescentar uma colher (sopa) de vinagre.
Deixar marinar na geladeira por aproximadamente, 30 minutos.
Preparando o quiabo
Lavar o quiabo e secar com um pano, deixando-o bem sequinho.
Picar em rodelinhas finas. Em uma panela, aqueça uma xícara de óleo.
Acrescentar o quiabo picado e deixar refogar até que não tenha mais nenhuma baba.
Tenha paciência, porque a baba sai. Este processo leva cerca de 20 minutos.
Mexer de vez em quando, com cuidado para o quiabo não desmanchar. Quando estiver
sem baba, desligar o fogo espere amornar e coar, para retirar o óleo.
Reservar somente o quiabo.
Preparando o frango
Em uma panela, aquecer o óleo e dourar muito bem a cebola, como se estivesse
queimando (isso fará com que solte um corante natural no frango).
Juntar o frango e deixar fritar muito bem.
Quando estiver bastante dourado, juntar 1/2 xícaras de água fervente, ou um tanto que
quase cobrir o frango.
Corrija o sal, se necessário, e deixar cozinhar em fogo médio, com a panela semi-
tampada por mais ou menos 20 minutos, ou até que o frango esteja bem macio.
Juntar o quiabo reservado e deixar apurar até que fique encorpado.
Se estiver com muito caldo, aumente o fogo e deixar secar um pouco mais. Verificar se
está bom de sal.
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Coq au vin
Ingredientes:
• Sal e pimenta-do-reino q/b
• Folhas de louro 0,010 kg
• Alho picados 0,015 kg
• Cebolas grandes picadas 0,050 kg
• Alecrim fresco 0,020 kg
• Orégano fresco 0,020 kg
• Azeite de oliva q/b
• Cravo-da-índia 3
• Vinho tinto seco (750 ml) 0,050 litro
• Filé de frango 1
• Manteiga q/b
• Bacon picado 0,030 kg
• Farinha de trigo 0,015 kg
• Cogumelo fresco cortado em fatias 0,030 kg
• Creme de leite 0,050 litro
• Salsa picada q/b
Preparação:
Prepare a vinha d’alhos, colocando, em tigela grande, sal, pimenta, o louro, o alho,
a cebola, o alecrim, o orégano, o azeite, os cravos e o vinho.
Junte o filé em pedaços e deixe tomar gosto de 3 a 5 horas.
Retire os pedaços de frango, deixe escorrer em uma peneira, coe o tempero e
reserve.
Aqueça a manteiga em uma panela grande junto com bacon.
Frite aos poucos o frango, deixando dourar todos os lados.
Polvilhe a farinha sobre o frango e junte a vinha d’alhos.
Acrescente o cogumelo e deixe cozinhar em fogo brando, por cerca de 1 hora, ou
até que o frango fique tenro.
Apague o fogo, junte o creme de leite, misture, salpique a salsa e sirva.
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Ingredientes:
• Coxa 1
• Ovo 1
• Farinha de rosca 0,050 kg
• Farinha de trigo 0,020 kg
• Óleo para fritar q/b
• Manjericão 0,010 kg
• Purê de tomates 0,050 litro
• Alho 0,020 kg
• Mozarela 0,030 kg
• Sal e pimenta-do-reino q/b
Preparação:
Em uma tigela, temperar a coxa desossada com o sal e a pimenta-do-reino. Deixar
tomar gosto por 15 minutos.
Empanar na farinha de trigo, depois no ovo e na farinha de trigo.
Em uma frigideira, aquecer o óleo em fogo médio e fritar a coxa, até dourar. Reservar.
Em uma panela, aquecer o óleo (2 colheres de sopa) em fogo médio e dourar o alho.
Acrescentar o extrato de tomate e refogar por 1 minuto.
Juntar a água, o sal e o manjericão.
Abaixar o fogo e cozinhar com a panela semitampada por 5 minutos. Colocar a metade
do molho em um refratário. Por cima do molho, arrumar a coxa. Despejar o restante do
molho. Colocar uma fatia de Mussarela em cima da coxa de cada filé. Levar ao forno
por aproximadamente 10 minutos.
Servir em seguida.
Guarnições:
Batata “rolha”
(Pomme bouchon)
A batata recebe esse nome por causa da semelhança com as rolhas das garrafas
de vinho. É ideal para servir com guarnição de carnes, aves e peixes.
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Ingredientes:
• Batata 0,100 kg
• Manteiga sem sal 0,030 kg
• Azeite 0,010 litro
• Água q/b
• Sal e pimenta q/b
Preparação:
Cortar ao longo de um lado a batata.
Cortar do outro lado da batata para formar plano.
Pressionar um cortador metálico redondo sobre a batata.
Obtém-se um cilindro de batata, repetir a operação.
Dispor as batatas dentro de uma frigideira e encher de água até a metade da altura das
batatas.
Juntar a manteiga, o sal e a pimenta e lavar ao fogo médio para cozinhar.
As batatas estarão prontas quando a base adquirir uma cor amarronzada e ficar
crocante. O resto de batata deve ficar com uma coloração clara de textura macia.
As batatas são servidas com o lado crocante para cima.
Batata Inglesa
Batata torneada de 5 a 6 cm de comprimento, Cozidas em água com sal, começado em
água fria ou vapor e no final dourando elas em manteiga até ficar amarronzadas.
Batata Palha
Ingredientes:
• Batatas 0,100 kg
• Óleo para fritar q/b
• Sal e pimenta q/b
Preparação:
Descascar as batatas e cortar em fatias finas.
Depois, cortar as fatias em palitos de 3 mm.
Colocar os palitos de batata numa peneira e lavar bem.
Espalhar sobre um pano e secar muito bem. Aquecer o óleo em temperatura média.
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PANACOTTA
Ingredientes:
• Creme 0,250 kg
• Essência de baunilha q/b
• Açúcar 0,050 kg
• Gelatina 0,004 kg
• Frutos vermelhos
para acompanhar
Preparação:
Esquentar o creme com açúcar e perfume, até que ferva.
Hidratar a gelatina em água e adicionar.
Colocar em taças e pôr em geladeira a esfriar.
Quando estiver firme se serve com os frutos vermelhos apenas adoçados.
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Carne bovina
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Os bovinos
Características
Animais de grande porte, os bovinos apresentam tronco volumoso e pesado, com o
ventre muito desenvolvido. A cauda é longa e fina e apresenta, na extremidade, um
tufo de pêlos longos. Os membros, relativamente curtos e com articulações salientes,
terminam em cascos fendidos. O segundo e o terceiro dedos se apóiam no chão,
enquanto que o primeiro e o quarto são rudimentares e se apresentam como
terminações córneas na parte posterior dos membros.
O período de gestação dura de 283 a 290 dias, conforme a raça, e o primeiro parto dá-
se aos dois ou três anos de idade. O filhote caminha logo após o nascimento e desde o
primeiro dia se alimenta de colostro, leite de cor avermelhada muito rico em nutrientes.
Deve ingerir diariamente dez por cento de seu peso em leite até os noventa dias,
quando pode começar a alimentar-se de pasto e forragem.
Valor nutritivo
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A quantidade de calorias - energia - que 100 g de carne bovina fornece depende muito
do seu teor de gordura. Cortes magros, cozidos, fornecem cerca de 190 calorias em
100 g; já um corte com maior teor de gordura pode
fornecer mais de 300 calorias quando preparados.
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GORDURA
As gorduras da dieta fornecem ácidos graxos, e na
carne, estão presentes boas quantidades dos ácidos
palmíticos e esteáricos, ambos saturados - ou seja, que
apresentam ligações simples entre seus carbonos,
representando cerca de 27 e 13% do total,
respectivamente. Outro tipo de ácido graxo presente na
carne em boa concentração é o ácido oléico,
conhecido por ser o monoinsaturado mais abundante
no azeite de oliva: na carne bovina, ele representa
cerca de 40 % do total de ácidos graxos.
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PROTEÍNA
Proteínas são estruturas constituídas por diferentes combinações de cerca de 20
aminoácidos, oito dos quais necessariamente devem ser fornecidos por meio dos
alimentos pois não podem ser produzidos pelo nosso
metabolismo, e por esta razão são chamados de
essenciais. Uma proteína de boa qualidade deve fornecer
todos os aminoácidos essenciais em quantidades e
proporções adequadas. Esta é uma situação que não
acontece nos alimentos de origem vegetal, e difere
bastante, portanto, nos alimentos de origem animal como a
carne, fonte de proteína de bom valor biológico. Um dos
aminoácidos típicos da carne, e por esta razão conhecida
como carnitina, desempenha papel central no metabolismo,
facilitando a produção de energia a partir das reservas de
gordura.
Estando preparada para o consumo, 100g de carne bovina fornecem cerca de 50%
das necessidades de proteína de uma pessoa adulta de 60 kg.
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MINERAIS
A carne bovina contém boas doses de diversos minerais, como cobre, selênio,
fósforo, potássio e magnésio. Contudo, chama a atenção o fornecimento de zinco e
ferro, de grande importância nutricional, e cujos valores da dieta estão associados
ao volume de consumo de carne.
Zinco
Este mineral contribui para o bom funcionamento de diversos sistemas, com destaque
para o sistema imunológico e, portanto, para a garantia de mecanismos de resistência
a infecções. Além disto, tem papel central sobre a divisão celular e o crescimento,
estando envolvido na produção de proteínas para a construção de tecidos e órgãos.
Nosso organismo contém cerca de 2,5g de zinco, amplamente distribuídos, mas cerca
de 60% está nos músculos. Embora não existam órgãos para estoque, o zinco está
particularmente concentrado na próstata e no sêmen, razão pela quais homens
precisam de 33% mais deste mineral do que mulheres (recomenda-se 9,5 mg/dia para
homens e 7,0mg/dia para mulheres). Sua carência causa perda de sensibilidade
gustativa, diminuição da resistência a infecções, entre outros sintomas. Em crianças,
deficiências importantes de zinco podem determinar atraso no crescimento, no
desenvolvimento intelectual e na maturação sexual.
Ferro
O ferro é um nutriente essencial para composição da
hemoglobina, que contém 66% dos cerca de 3,5 a 4,5 g
de ferro encontrado em um organismo adulto. A
hemoglobina transporta oxigênio para todas as células
e remove o gás carbônico produzido pela respiração
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Vitaminas
Carne bovina é boa fonte de vitaminas do complexo B. A riboflavina, também
conhecida como Vitamina B2, participa de reações relacionadas ao metabolismo de
energia. A niacina está envolvida com a produção de diversos compostos necessários
para o organismo. A vitamina B12, presente apenas em alimentos de origem animal,
participa da conversão de nutrientes em energia, mas destaca-se pela sua importância
para a síntese das células vermelhas do sangue e manutenção do Sistema Nervoso
Central.
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Características de preparo
Evidências apontam para o fato de que tratamentos muito severos com calor, como a
fritura e o assamento excessivo, que chega a deixar os cortes de carne com aspecto
excessivamente tostado, estão associados à produção de compostos como aminas
heterocíclicas - AH, e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos HAP. As AH se
mostraram potencialmente mutagênicas em animais, e carcinogênicas em
camundongos, ratos e primatas, especialmente em fígado, mas também pele, pulmão,
cólon e mama. Os HAP, como o benzopireno, entre outros, são carcinogênicos e
mutagênicos, e acredita-se que contribuem fortemente para alguns tipos de câncer em
humanos. Já os compostos nitrosos podem ser
produzidos endogenamente a partir de excesso de
proteínas da dieta, e representam comprovada causa de
câncer em mais de 30 espécies animais, inclusive no
homem. Todos estes compostos podem ser originados
de outros alimentos da dieta, e mesmo de condições
ambientais desfavoráveis, como é o caso dos HAPs,
presentes na fumaça de diversas origens. Alguns
vegetais, como a alface e o espinafre, são fontes
importantes de nitratos, que podem originar CNs no
organismo. As condições ideais de preparo devem,
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Consumo recomendado
Carnes nocivas
Tendo em conta que a carne é um alimento perecível, pela facilidade com que se
decompõe, logo pode ser inadequada para o consumo. A carne de um animal doente é
muito perigosa devido aos elementos contagiosos que contém. De acordo com a
legislação atual, os veterinários mandam a retirar toda aquela carne que presente
princípios virulentos ou tóxicos para o homem, ou alterações que a adulterem, fazendo-
a repugnante, indigesta, insuficientemente nutritiva ou possam provocar transtornos ao
consumidor. Estas carnes devem ser recolhidas e destruídas através da incineração.
Não se deve confundir ou relacionar o dito anteriormente com a aparição nas carnes de
larvas de moscas ou vermes. Este fenômeno não é grave, a eclosão dos ovos se
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• Carne fraca: considera-se que uma carne é fraca quando a simples vista não
pode ver-se nem graxa nem tecido conectivo.
• Carne magra: considera-se carne magra quando tem escassa gordura.
• Carne gorda: considera-se carne gorda quando contém graxa macroscópica em
regulasse ou abundante quantidade.
• Carne fibrosa: prepondera nela o tecido conectivo.
Compra de Carne
Para garantir a qualidade da carne que você consome, é importante estar informado e
atento desde o momento de sua aquisição. Procure comprá-la em estabelecimentos de
sua confiança, que tenham condições sanitárias adequadas.
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Em pequenas bandejas, pode ser utilizada a "atmosfera modificada", que nada mais é
do que uma mistura de oxigênio com gás carbônico injetada na embalagem para
manter a qualidade do produto e prolongar a sua vida útil. Nesse tipo de embalagem, a
carne dura até dez dias em refrigerador doméstico.
Na carne embalada a vácuo, todo o oxigênio é retirado da embalagem. Essa é uma das
formas mais seguras de garantir a qualidade e a durabilidade da carne, pois impede o
crescimento de microrganismos que precisam de oxigênio para se manter. A carne
acondicionada nesse tipo de embalagem apresenta uma coloração mais escura,
próxima ao marrom, mas isso é perfeitamente normal, pois se deve à falta de contato
da carne com o oxigênio. Poucos minutos após a abertura da embalagem, ao entrar em
contato novamente com o oxigênio, ela retornará à sua cor vermelho-cereja natural.
- Preço: no mercado de carnes, não há uma oscilação muito grande de preço entre os
fornecedores idôneos. Por isso suspeite de estabelecimentos que vendam o produto
com preços muito abaixo da média, pois, embora a economia pareça tentadora, essa
carne pode ser fruto de um abate clandestino (sem inspeção veterinária) ou ter sua
data de validade próxima do vencimento.
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Além disso, escolha todos os produtos refrigerados e/ou congelados no final de suas
compras, evitando que eles fiquem muito tempo sem refrigeração. Não misture
produtos resfriados (como carnes) com alimentos quentes (como pão recém-assado)
no carrinho de compras nem nas sacolas. Ao chegar em casa, guarde primeiro os
produtos resfriados, deixando os produtos não-perecíveis para serem guardados
depois.
CARNE DE VITELO
O vitelo é um bovino jovem que foi alimentado apenas com leite e, em algumas vezes,
com um pouco de pasto ou ração. É uma carne muito delicada, de cor rosada, sabor
suave e textura firme e aveludada. A carne do animal que foi alimentado apenas com
leite tem uma cor rosada mais clara; já a carne daquele que também consumiu pasto
ou ração adquire uma tonalidade um pouco mais escura (porém ainda rosada) e tem
um sabor mais acentuado.
Portanto, quando comprar vitelo, procure pedaços que apresentem textura fina, cor
rosa suave (quase esbranquiçada) e pouco marmoreio (gordura entremeada nas fibras
da carne). Qualquer pedaço de gordura deve ser firme e de cor branca (mais clara que
a gordura da carne de animal adulto). O tutano desses animais (material que fica
dentro do osso) tem cor mais avermelhada do que o de animais adultos. Por ter maior
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PICANHA
Ao comprar picanha, lembre-se de que ela deve pesar entre 1,1kg e 1,5 kg. Se o corte
pesar mais de 1,5 kg, é bem possível que você esteja comprando também uma boa
parte de coxão duro.
CHARQUE OU CARNE-DE-SOL
O padrão local é bem diferente do registrado na maioria dos países, já que no mundo a
carne mais consumida é a suína, vindo em seguida a de frango e, por último, a bovina.
Aqui, a carne bovina ocupa o primeiro posto (46% do consumo per capita de carnes), a
de frango o segundo (38%) e a de suíno vem em seguida, com 16%.
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O fato de a produção estar voltada em sua maior parte para o consumo interno não é
considerado entrave para o crescimento das exportações. Atualmente, a pecuária
ocupa uma área de 100 mil hectares e, de acordo com a Associação Brasileira das
Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), esse espaço pode ser ampliado em mais
300 mil hectares sem comprometer a Amazônia. Também é possível agregar mais
produtividade à criação sem apelar para o confinamento (feed lots), como fazem
Estados Unidos e Austrália, países que compensam o
tamanho relativamente pequeno do rebanho com a redução do
tempo de engorda para até 20 meses, quando em criação
extensiva o prazo é de três anos.
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São Paulo
A carne bovina é responsável por 13,2% dos gastos com alimentação domiciliar de
uma família1, atrás em importância somente do leite. Por ser alimento nobre e
indispensável na mesa dos consumidores, as variações de preços são significativas,
principalmente para aqueles de baixa renda.
Em 2005, São Paulo produziu o volume de 78,21 milhões cabeças de carne bovina, o
que torna a bovinocultura de corte uma das principais atividades agrícolas do Estado.
O valor da produção da carne bovina foi de R$ 4,3 bilhões, que corresponde a 15,4%
do valor da produção agropecuária (VPA) total do Estado, de 27,82 bilhões2, segundo
dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA).
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Raças bovinas
Principais raças bovinas criadas no Brasil
Gado leiteiro
Os critérios de classificação do gado vacum sofreram modificações decorrentes dos
avanços tecnológicos e das exigências do mercado. Na Comunidade Européia, por
exemplo, a carne passou a ser subproduto do leite, já que noventa por cento da carne
ali produzida é extraída de raças leiteiras. Mesmo no Reino Unido, onde se
selecionaram as primeiras raças de corte, como hereford e aberdeen-angus, a maior
parte da carne provém do gado de raça holandesa.
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No Brasil, o gado holandês adapta-se bem a regiões de clima temperado dos estados
de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul, especialmente para a criação
intensiva, em que as reses permanecem em estábulo. Em zonas tropicais e
subtropicais, ou frias e montanhosas, o cruzamento do gado holandês com raças mais
rústicas, como a gir, produz raças mistas, com boa produção leiteira e muito mais
resistente.
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machos, de 800 a 900kg. Seu leite tem alto teor de gordura, adequado
para a produção de manteiga e queijos. Existe no Brasil em pequeno número.
GADO DE CORTE
As tradicionais raças de corte, originárias da Inglaterra, são adaptadas a zonas
temperadas. A multiplicação das raças deveu-se principalmente ao desenvolvimento de
gado de corte em regiões onde as raças inglesas não conseguiram prosperar. Fatores
como adaptação ao meio e velocidade no ganho de peso são determinantes para a
escolha da raça adequada. Modernamente, o novilho de corte é resultado de
cruzamento de duas raças, uma vez que a hibridez favorece o aprimoramento das
qualidades próprias do gado destinado ao abate. No Brasil são criados bovinos de
corte de origem inglesa, francesa e indiana, além de algumas raças desenvolvidas no
país, como a indubrasil e a canchim.
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Cortes e usos
O boi permite diversos tipos de cortes entre os considerados de "primeira" e os de
"segunda".
Essas qualificações são geradas pelos próprios cortes; os valores nutritivos são os
mesmos. Sua carne é boa fonte de proteína, fósforo, ferro e de vitaminas do Complexo
B. A idade do gado abatido influi no sabor e na textura da carne, embora a maciez
dependa muito do corte.
Não compre carne em açougues não muito confiáveis. Procure ser cliente de um
estabelecimento bom, limpo e onde o açougueiro não seja apenas um cortador de
carne, mas um profissional competente. Alguém que saiba cortar a carne, confirme as
especificações exigidas e que, na falta daquela que você procura, possa orientá-la,
com segurança, sobre outro tipo que possa substituí-la, sem problemas.
Comprando de um fornecedor idôneo, você se poupará de receber desagradáveis
contra-pesos, que nada têm a ver com o que está sendo pago.
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OS CORTES
Conhecer todos os cortes da carne bovina, com certeza, será muito útil na hora de
comprar e utilizar este alimento:
1- RAQUETE
Também conhecido como raqueta, ganhadora, sete, língua
e segundo coió. Pode ainda ser chamado de marucha
(espanhol), paleron (francês) ou blade clod (inglês).
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2- PEIXINHO
Também conhecido como coió, lagartinho-da-pá, lagarto do
braço, lombinho e tatuzinho da paleta. Pode ainda ser
chamado de chingolo (espanhol), jumeau (francês) ou chuck
tender (inglês).
Tem fibras curtas e magras, sendo mais rijo que o acém. Sendo bem cozido ou moído,
o peixinho rende excelentes molhos, cozidos e ensopados. Pode ser também assado,
usado como carne recheada ou escalopes ao molho madeira.
3- MIOLO DA PALETA
Também conhecido como centro da paleta,
coração da paleta, pá, cruz machado, carne de
sete, posta gorda e posta de paleta. Pode ainda
ser chamado de corazón de paleta (espanhol),
boule de macreuse (francês) ou shoulder clod
(inglês).
Tem fibras curtas e magras. Bem cozido ou moído, produz excelentes molhos, cozidos
e ensopados.
4- PESCOÇO
Continuação do peito, tem formação muscular semelhante ao
mesmo. Também chamado de cogote (espanhol), collier
(francês) ou neck (inglês).
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5- ACÉM
Também conhecido como agulha, lombo de agulha,
alcatrinha, lombo de acém, lombinho de acém e tirante.
Pode, ainda, ser chamado de aguja (espanhol), basses
côtes (francês) ou chuck (inglês).
6- COSTELA
Também conhecida como costela do dianteiro, ripa
de costela e assado. É a parte superior da caixa
torácica do bovino, tendo ossos maiores e mais
largos, e carne um pouco mais seca do que a
costela ponta de agulha ou costela minga. Pode
ainda ser chamada de asado ou asado de tira
(espanhol), plat-de-côtes (francês) ou short ribs
(inglês).
A costela é o corte com maior variedade de sabores, texturas e aromas. Exige um
tempo de cozimento mais longo, para amaciar suas fibras. É utilizada principalmente
para churrasco, ou então para o preparo de carne cozida com legumes. As carnes
preparadas com osso tem sempre um sabor muito especial.
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8- MATAMBRE
O matambre tem seu nome originado do espanhol
´mata-hambre´ (mata a fome), pois quando um
bovino é abatido a primeira peça de carne que se
retira é esta ´manta´ que envolve a costela.
Quando se compra costela, o matambre é a tira de carne de cor rosada que a envolve,
e que deve ser preparada separadamente. Pode ser preparada na grelha ou no espeto,
cortada em tiras finas e servida como aperitivo para o churrasco. Outro preparo
excelente é enrolar o matambre e recheá-lo com legumes, lingüiça e ovos.
9- PEITO
Também conhecido como granito, podendo ainda ser
chamado de pecho (espanhol), poitrine (francês) ou
brisket (inglês).
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10- CUPIM
O cupim é a porção de fibras musculares entremeadas
de gordura situadas logo atrás do pescoço de bovinos
de raça zebuína ou seus cruzamentos. É também
chamado de giba ou mamilo.
Tem sabor característico e paladar agradável. Deve sempre ser cozido lentamente.
Muito utilizado em churrascos ou na grelha, pode ser assado enrolada em várias
camadas de celofane especial para culinária que distribui o calor uniformemente e
promove o cozimento da carne em seu próprio suco. Outra forma de preparo é o
cozimento em panela de pressão, bem temperado ou apenas com sal refinado, e
posteriormente assado no forno enrolada em papel celofane.
É uma carne muito saborosa, suculenta e macia. Tem fibras mais curtas e rijas, sendo
utilizado principalmente para churrasco ou na grelha, ou como carne cozida com
legumes, assados, refogados e picadinhos.
12- CONTRAFILÉ
Também conhecido como lombo,
lombo desossado, filé curto, filé de
lombo e filé, é o corte mais longo
da carne bovina. É chamado de
contrafilé pois na carcaça do
bovino este corte situa-se ´contra´ o filé mignon, ou seja, estão apenas separados
pelas vértebras lombares. Pode ainda ser chamado de bife angosto ou bife de chorizo
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É uma carne macia, de sabor acentuado e que por sua camada de gordura na lateral
mantém a umidade da carne. Ideal para bifes de chapa, estrogonofe, grelhados,
rosbife, medalhões, churrasco, grelha e assados. Deve ser servido mal passado ou ao
ponto, e assado em alta temperatura para que não enrijeça. Quando comprar contrafilé,
evite os primeiros 6 a 7 centímetros do corte, perto da alcatra, pois neste pedaço há um
nervo que atravessa a carne quase paralelamente à gordura, que somente será visível
quando se estiver fatiando a carne. Prefira pedaços de contrafilé com gordura uniforme.
Antes do preparo, remova o ´nervo´ lateral que segue longitudinalmente na carne, se
acaso ainda não tiver sido retirado.
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15- T-BONE
É um corte especial de lombo, feito através de
secções transversais do músculo com osso. O T-
bone tem parte final do contrafilé de um lado do
osso e a parte central do filé mignon do outro.
Também conhecido como Tibone ou T. Bone.
É uma carne muito saborosa, macia e entremeada de gordura. Fica ótima em bifes e
churrascos, preparado na grelha.
17- ALCATRA
Também chamada de alcatra-grossa, coice
e alcatre. A alcatra completa compreende o
miolo da alcatra, a picanha e a maminha.
Em francês é chamado de rumsteck e em
inglês rump.
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A alcatra é macia e tem pouca gordura, sendo ideal para bifes, refogados, assados e
ensopados. Fica excelente no churrasco, tanto no espeto ou em bifes grossos na
grelha. Evite cortes finos pois a carne poderá ressecar.
19- PICANHA
Pode ser chamada de tapa de cuadril (espanhol) ou cap
of rump (inglês).
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20- MAMINHA
Também conhecida como ponta de alcatra,
sendo chamado de colita de cuadril (espanhol),
aiguillette baronne (francês) ou tail of round
(inglês).
Parte mais macia da alcatra, é suculenta e tem sabor suave. É boa para assados,
churrasco ou na grelha, carnes de panela ou bifes servidos bem passados, pois tem
maior teor de gordura. Deve ser cortada de forma correta, ou seja, contra as fibras,
para acentuar sua maciez e sabor.
Com fibras mais longas e rijas e gordura concentrada na parte externa, exige
cozimento lento, sendo ideal para assados de panela, rosbifes, carne recheada,
cozidos ou utilizado moído em molhos e refogados.
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De cor mais clara, fibras longas e magras, tem formato arredondado, alongado e bem
definido. Preparo típico é a carne de panela, carne desfiada (carne louca) podendo
ainda ser usado em assados e rosbifes. Pode ser recheado com lingüiça ou vegetais e
ovo e assado no forno. Ainda cru e cortado em fatias bem finas, produz o famoso
carpaccio.
24- PATINHO
Também conhecido como bochecha, caturnil, cabeça de
lombo e bola. Pode ainda serchamado de bola de lomo
(espanhol), rond de tranche (francês) ou knuckle (inglês).
26- PACÚ
É um corte do vazio ou fraldinha. Também conhecido
como bife do vazio, é chamado de bife de vacio
(espanhol), bavette de flanchet (francês) e flank steak
(inglês).
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Possui, no centro, osso com tutano que, submetido a cozimento lento, fornece pratos
com molhos de muito sabor. Pode também ser usado em sopas e cozidos, produzindo
caldos saborosos e gelatinosos.
31- RABO
Também conhecido como rabada. Chamado de rabo (espanhol),
queue (francês) e tail (inglês). É uma carne com osso muito
saborosa, excelente para ensopados e cozidos.
Teor de gordura
Os cortes de carne magra, que não requerem remoção de gordura pelo consumidor
são: patinho, músculo, miolo da paleta, peixinho, coxão mole.
Cortes que apesar de terem gordura entremeada, ficam com menos de 10% de lipídios
após a remoção da gordura externa: picanha e coxão duro.
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Ingredientes
• Lagarto 0,300 kg
• Sal e pimenta q/b
• Bacon 0,060 kg
• Cebola 0,080 kg
• Alho 0,030 kg
• Cenouras 0,080 kg
• Salsão 0,050 kg
• Tomate seco 0,030 kg
• Pimentão vermelho 0,050 kg
• Cogumelos secos 0,030 kg
• Vinho tinto 0,050 litro
• Caldo de carne 0,100 litro
• Loro 0,010 kg
• Páprica 0,010 kg
Preparação:
Limpar e lardear o lagarto com o bacon. Selar-lo. Reservar.
Hidratar os tomates e os cogumelos em água morna.
Picar as cebolas em julianne e as refogar uns minutos depois acrescentar o pimentão.
Picar os alhos, o aipo, o tomate também em juliana.
Cortar a cenoura e os cogumelos.
Adicionar tudo e molhar com o vinho até que evapore o álcool.
Juntar o caldo, temeperar e tampar.
Cozinhar 1 hora.
Ajustar o tempero e servir.
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Polenta frita
Ingredientes:
• Fubá grosso 0,050 kg
• Caldo de galinha q/b
• Alho amassados 0,030 kg
• Azeite q/b
• Óleo para fritar q/b
• Sal q/b
Preparação:
Dissolver o fubá num pouco de água.
Ferver com o caldo de galinha, o alho e o azeite.
Quando estiver fervendo, despejar o fubá aos poucos e mexer com uma colher de pau.
Quando começar a engrossar, diminua o fogo e continue mexendo até aparecer o
fundo da panela.
Despejar numa travessa molhada e deixar esfriar.
Cortar em fatias de 1 cm e fritar em gordura quente, até ficar bem dourada dos dois
lados.
Vitel Thonné
Ingredientes:
• Lagarto (vitela) 0,300 kg
• Caldo q/b
• Maionese 0,080 kg
• Mostarda 0,020 kg
• Atum ao natural 0,200 kg
• Filé de Anchova 0,020 kg
• Creme 0,050 kg
• Vinho branco seco 0,030 litro
• Alcaparras q/b
• Sal e pimenta q/b
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Preparação
Atar o lagarto para que mantenha a forma.
Ferver o lagarto em um caldo até que ao cravá-lo resulte tenra a carne.
Retirar do fogo e deixar esfriar no mesmo caldo. Uma vez frio, retirar de líquido, tirar os
fios e cortar em rodelas finas.
À parte, liquidificar ou processar o atum e as anchovas. Acrescentar a maionese, a
mostarda, o vinho e mesclar bem.
Por último incorporar a nata para suavizar.
Temperar
Dica: pode-se incorporar a este molho ovo duro (bem processado) para espessá-la e
logo aliviá-la com caldo de carne. Desta maneira se faz render mais o produto e se
baixam os custos.
• Armar o vitel, lubrificando cada fatia de carne com o molho e acomodar em uma
fonte ou em um prato. Polvilhar com alcaparras e servir.
• Para guarnecer esta preparação, colchão de folhas verdes.
Vitela ao Bourguignon
Ingredientes:
• Miolo de alcatra 0,200 kg
cortada em cubos de 5 cm
• Farinha de trigo 0,040 kg
• Vinho tinto seco 0,050 litro
• Caldo de carne 0,050 litro
• Açúcar 0,010 kg
• Tomilho fresco 0,020 kg
• Azeite q/b
• Salsinha 0,020 kg
• Bacon 0,030 kg
cortado em cubos de 1 cm
• Cebolinhas 0,100 kg
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• Cravo-da-índia 2
• Champignons 0,080 kg
• Alho amassados 0,030 kg
• Cebola picada 0,050 kg
(para colocar quando dourar a carne)
• Folha de louro 0,005 kg
• Sal e pimenta-do-reino q/b
Preparação:
Numa panela, aquecer o azeite e dourar toda a carne.
Juntar a cebola picada e o alho.
Polvilhar a farinha e o açúcar. Mexer e deixar a carne ficar dourada.
Adicionar o vinho, o caldo de carne, os talos de salsinha, o tomilho e o louro. Acertar o
sal e a pimenta.
Depois que começar a ferver, deixar por cerca de1 horas até a carne ficar macia. Se
necessário, colocar um pouco mais de água.
Dourar o bacon. Juntar as cebolinhas com o cravo e frite, mexer de vez em quando.
Acrescentar o cogumelo, tampar e deixar cozinhar. Reservar.
Misturar à carne o bacon e os cogumelos. Cozinhar por 10 minutos, mais ou menos.
Por último, adicionar as cebolinhas.
Servir com batatas sautée, arroz branco ou pão de forma frito na manteiga.
Ingredientes:
• Músculo diantero ou torutguita 0,200 kg
• Vinagre 0,030 litro
• Açúcar 0,020 kg
• Óleo q/b
• Curry em pó 0,010 kg
• Sal e pimenta q/b
• Folha de louro 0,005 kg
• Cebola picada 0,080 kg
• Alho 0,020 kg
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Preparação:
Cortar o músculo em pedaços e temperar com o curry, o alho, sal, pimenta do reino, o
louro o vinagre e deixar tomar gosto nessa mistura.
Colocar no fogo uma panela de pressão; aquecer o óleo e deixar esquentar; colocar o
açúcar e vá mexendo até ele ficar bem escuro mas não queimado pois o gosto fica
amargo. Nesse momento adicionar a carne com todos os temperos e mexer bem para
pegar a cor escura.
Deixar um pouco com a panela sem tampa, depois acrescentar um pouco de água e
tampar a panela.
Deixar cozinhar até que a carne fique macia. Reservar.
Purê de berinjelas
Ingredientes:
• Batatas 0,200 kg
• Manteiga q/b
• Leite q/b
• Berinjela 0,100 kg
• Sal e pimenta q/b
• Azeite q/b
Preparação:
Queimar a fogo direto a berinjela até que fique bem queimada e preta. Tirar do fogo,
deixar esfriar, cortar no médio e retirar a carne com ajuda de uma colher.
Picar em pedaços pequenos e reservar.
Ferver as batatas com sal até ficar macias.
Espremer e acrescentar a manteiga e o leite e formar um purê sem grumos.
Temperar e agregar a berinjela. Misturar bem.
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Mousse de limão
Ingredientes:
• Açúcar 0,125 kg
• Claras 0,060 kg
• Suco de limão 0,075 litro
• Gelatina 0,005 kg
• Cascara de limão ralada 0,020 kg
• Creme 0,125 kg
Preparação:
Colocar o açúcar e a água até cobri-la e fazer um ponto fio forte a baixa temperatura.
Bater as claras a ponto neve logo lhe adicionar o calda de açúcar lentamente, bater até
que este frio.
Hidratar com o de suco de limão a gelatina e a ralada, deixar uns minutos e levar ao
fogo sem ferver.
Adicionar a nata chantilly de forma envolvente.
Por último adicionar o merengue em forma envolvente.
Colocar numa tigela e levar a frio até que tome consistência.
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Conservação da carne
Para uma boa conservação da carne em casa são necessários cuidados rigorosos para
evitar alterações e contaminações. Assim, devemos sempre obedecer aos limites de
tempo e temperatura, que são utilizados nos vários métodos de conservação.
Quando falamos de carnes frescas, os meios de conservação são os que usam o frio,
como a refrigeração e o congelamento. A refrigeração deve ser o método adotado para
carne que será preparada e consumida em até 72h após a compra, no caso de período
maior deve-se optar pelo congelamento.
Resfriar
A refrigeração é um meio de conservação utilizado para carnes que serão consumidas
num prazo de aproximadamente um a três dias, ou seja, em até 72h após a compra.
Quando você comprar carne resfriada, ao chegar em casa, coloque-a imediatamente
no refrigerador.
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Congelar
O congelamento da carne é um processo muito simples e prático, além de ser um dos
melhores métodos de conservar o produto, reduzindo as alterações de cor, de sabor e
de valor nutricional.
Todos os tipos de carne podem ser congelados, com exceção dos miúdos e das
vísceras, que não devem passar por esse processo, pois deterioram-se com mais
facilidade. Caso as vísceras não sejam consumidas de imediato, elas devem ser
fervidas e mantidas em refrigeração (em geladeira) por um período de, no máximo, dois
dias.
Hoje é possível comprar carnes já congeladas, cujo tempo de conservação será bem
maior se forem mantidas congeladas em casa. Nada impede, no entanto, que se
comprem carnes frescas e se faça o congelamento em casa.
Para fazer um congelamento caseiro, é preciso estar atento a normas de higiene e a
alguns fatores que interferem na qualidade, na segurança e na boa conservação da
carne.
- Teor de gordura: as carnes magras conservam-se melhor do que as carnes com capa
de gordura. No caso de cortes como picanha e contrafilé, prefira, para congelar, as
carnes embaladas a vácuo.
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- Carnes com ossos: se você congelar carnes com ossos, tome cuidado para que eles
não furem a embalagem.
- Etiquetas: outra dica muito útil é o uso de etiquetas nas embalagens, nas quais se
deve colocar o nome da peça de carne (picanha, maminha, alcatra), a data de validade
ou de congelamento e a quantidade contida na embalagem (por exemplo, seis bifes,
300 g, para quatro pessoas). Lembre-se de que as carnes, quando congeladas, são
todas parecidas e, com o uso de etiquetas, você evitará possíveis enganos de cortes
ou de porções.
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Higiene e Manipulação
Ao manusear carnes, é preciso tomar vários cuidados a fim de não contribuir para o
risco de contaminação e proliferação bacteriana no alimento.
1. Lavar bem as mãos e fazê-lo constantemente: as mãos devem ser lavadas antes do
preparo de alimentos e novamente após interrupções (como ir ao banheiro, manipular
utensílios sujos, mexer no cabelo ou tocar em cestos de lixo). Não se deve lidar com
quaisquer alimentos após a manipulação de alimentos crus (como as carnes) sem
antes lavar novamente as mãos. Lembre-se também de que unhas compridas podem
abrigar microrganismos, servindo de foco de contaminação;
3. Não usar utensílios que já tiverem sido utilizados com carnes cruas para outros
alimentos sem antes lavá-los bem com água e sabão;
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9. Os cabelos devem estar presos ou contidos por uma rede durante o preparo das
refeições;
10. Os alimentos não devem ser manipulados por pessoas que estiverem com doenças
de pele, diarréia, gripe, dor de garganta ou doenças infecciosas;
11. A cozinha deve ser mantida limpa e os utensílios devem estar sempre lavados. Não
se esqueça de usar detergentes e desinfetantes;
12. A geladeira e o freezer não devem ficar superlotados, pois isso dificulta a circulação
de ar frio dentro do aparelho e compromete a conservação dos alimentos;
13. Mantenha o lixo em recipiente limpo, revestido de saco plástico e sempre tampado,
evitando assim o aparecimento de insetos, baratas e ratos;
14. Se possível, evite o uso de utensílios de madeira, como tábuas de carne e martelos
de amaciar, pois a madeira é um material poroso, que absorve muito líquidos e é de
difícil higienização, o que favorece a multiplicação de microrganismos. Tais objetos
podem tornar-se focos de contaminação dos alimentos. Prefira utensílios plásticos ou
de aço inoxidável, que, além de serem mais resistentes ao tempo, são de fácil limpeza.
Descongelar
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A regra básica para se ter uma carne bem conservada com manutenção do sabor e da
suculência é: congelamento rápido e descongelamento lento.
Deve-se tomar bastante cuidado com o líquido que escorre durante o descongelamento
da carne, pois este líquido pode servir de foco de contaminação. Por isto, sempre
coloque a carne para descongelar num recipiente fundo e descarte o suco. Após o uso,
lave bem o vasilhame onde a carne foi descongelada. Não é recomendável recongelar
a carne crua, porém se a carne for cozida é possível o recongelamento, mas lembre-se
que podem haver alterações no produto.
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Qual a Diferença?
A diferença reside basicamente na técnica de preparo. Todas são feitas com carne
bovina, sendo que a carne de sol, depois de cortada, é ligeiramente salgada e deixada
em locais cobertos e bem ventilados. Como exige um clima muito seco, o preparo da
carne de sol só é possível nas regiões semi-áridas do Nordeste. A secagem é rápida,
formando uma espécie de casca protetora que conserva a parte de dentro da carne
úmida e macia. Dos três tipos de carne desidratada, é a que cozinha com maior
rapidez.
O charque, típico da região Sul do Brasil (o nome vem do dialeto quíchua xarqui, língua
dos índios que habitavam a região dos Andes), é preparado de modo similar ao da
carne seca. O diferencial está na maior quantidade de sal e de exposição ao sol ao
qual o charque é submetido, o que lhe garante uma maior durabilidade.
FONTE: Sadia
Charque e carne-de-sol
Tanto o charque quanto a carne-de-sol são produtos típicos nacionais preparados com
carne bovina submetida a dois processos: salga e secagem. O alimento passa a ter
maior durabilidade sem a necessidade de refrigeração, diferentemente da carne fresca
que deve ser refrigerada ou congelada até o preparo para consumo.
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carne fresca que dura até 72-96 horas em temperatura ambiente. O sal
utilizado na produção de carne-de-sol é mais fino do que o usado para produzir
charque. A carne-de-sol é bastante consumida na região nordeste do Brasil, onde se
utiliza tanto carne bovina quanto caprina. Apesar do nome 'carne-de-sol', ela é
raramente exposta ao sol no processo de desidratação; do contrário ela é deixada em
locais cobertos e bem ventilados, permitindo uma secagem gradual e controlada.
Portanto o antigo nome 'carne-de-vento' expressaria melhor o processo pelo qual a
carne-de-sol é preparada. A carne de sol é feita a partir de cortes de toda a carcaça
bovina, tendo umidade de 64-70% e teor de sal de 5-6%.
Hoje o charque ainda é bastante consumido, por ser uma carne muito saborosa e com
excelentes aplicações culinárias. O charque permanece uma ótima opção para os
consumidores que vivem em locais de difícil acesso ou com condições de transporte e
refrigeração mais precárias, além de ser um bom produto de exportação para o Brasil.
O jerked beef nacional tem com uma história muito interessante que começa com a
aceleração dos fluxos migratórios do Nordeste e crescimento da demanda por charque
no Sudeste; passa por uma série de apreensões de produtos análogos, porém
adulterados, e termina com a aprovação pelo Departamento de Inspeção de Produtos
de Origem Animal (DIPOA), de um sucedâneo curado com nitrato/nitrito, feito de
espessas mantas de carne de dianteiro e partes do traseiro bovino.
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Surge, então, sem permissão legal, um análogo do charque com teores variáveis de
umidade, bem maiores do que os 45% (com 5% de tolerância) permitidos. Mas este
produto, que chegou a ser conhecido como “charque frescal”, ao corte apresentava
uma coloração interna marrom, nada atrativa, e deteriorava-se com facilidade.
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Eis aí um novo produto de carne bovina desenvolvido por vias tortas, mas que deu
certo porque, em geral, o jerked beef embalado a vácuo é de boa qualidade, segue um
padrão técnico de elaboração e tem identificação no rótulo para que os consumidores
saibam que não estão comprando o charque verdadeiro, de sabor característico, mas
sim o seu desenxabido análogo de nome inglês.
FONTE: Professor-associado da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp. Artigo publicado na Revista ABCZ, ano 2,
n.7 (mar./abr.), p.98, 2002.
Dicas de uso
Antes do preparo, a carne-de-sol deve ser imersa em uma vasilha com água por
aproximadamente duas horas, para reidratá-la e reduzir o teor de sal. O aspecto final
será bastante semelhante à carne fresca.
O charque também deve ser colocado em água por várias horas (de um dia para
outro), podendo-se deixar a vasilha na geladeira. Posteriormente ferve-se a carne por
alguns minutos, e trocando-se a água por duas ou três vezes, elimina-se o excesso de
sal. Seu sabor é mais acentuado e adiciona um toque especial a vários pratos de nossa
culinária, como a feijoada.
Usos na culinária
São inúmeras as receitas que utilizam charque, como o carreteiro de charque (região
sul), carne-seca com banana (região centro-oeste), canjiquinha mineira (Minas Gerais),
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Pontos da carne
A) MALPASSADA
B) AO PONTO
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C) BEM PASSADA
Se você estiver no exterior e quiser pedir o ponto de carne que prefere, veja os nomes
correspondentes em inglês, em espanhol e em francês.
No Brasil se fala de três pontos de cocção mais em ouro países como Argentina e
France têm mais um mais mal passado chamado bleu ou volta e volta
Temp.
PONTOS DA CARNE INGLÊS ESPANHOL FRANCÊS
ºC
Formas de preparo
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• Conhecimentos básicos
• Grelhar
• Assar
• Refogar
• Fritar
• Cozinhar ou ensopar
Conhecimentos básicos
A forma de preparo mais adequada para cada corte de carne dependerá dos seguintes
fatores:
• 4. O tamanho do corte.
Basicamente, existem dois modos de cozimento de carne: por calor seco e por calor
úmido. Os métodos por calor seco não usam água, porém podem empregar óleo ou
gordura em pequenas quantidades. Cortes mais macios e com menos tecido conjuntivo
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Grelhar
Grelhar é um método de cozimento por calor seco. "Grelhar" significa assar ou tostar a
carne em cima de uma grelha. É uma forma de preparo adequada para cortes magros
e macios. Para grelhar a carne, não deixe de preaquecer a grelha. Recomenda-se
grelhar bifes com pelo menos 2 cm de altura, pois bifes muito finos podem ficar secos e
passar do ponto rapidamente. Pedaços mais grossos podem ser grelhados em
temperatura menor do que a utilizada para os mais finos, pois os bifes grossos
necessitam de maior tempo de cozimento da parte interna e é preciso evitar que a sua
superfície fique torrada demais. É sempre importante tostar a carne de um lado (selar a
superfície, para que os sucos da carne não se percam) e, depois, virá-la para tostá-la
do outro lado. Prefira espátula ou pinça para virá-la, pois, assim, evita furá-la. Se usar
garfo, espete apenas o cantinho da carne.
Os cortes que podem ser grelhados são os de filé mignon como a bisteca e o t-bone, o
filé mignon, o contrafilé, a alcatra, o miolo da alcatra, a picanha, a maminha, a
fraldinha, o patinho e o coxão mole, além do hambúrguer de carne moída.
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Assar
Assar é um método de preparo por calor seco. Significa preparar a carne dentro do
forno em uma travessa ou em uma panela sem tampa, permitindo que o calor seco
circule livremente até que o alimento esteja cozido e que a sua parte externa esteja
dourada. É o procedimento indicado para cortes de carne grandes (mais de 1,5 kg),
mais macios e com um pouco de gordura (que garante a sua maciez). Para deixar a
carne assada ainda melhor, coloque-a sempre na parte central do forno.
Cortes com uma leve cobertura de gordura permanecem mais suculentos. O ideal é
que sejam assados em forno com temperatura baixa a moderada (entre 160ºC e
170ºC) por tempo longo, para evitar que o tamanho da peça de carne se reduza muito.
Devem ser servidos bem-passados.
Ao usar cortes magros, é preciso tomar cuidado para que o assado não fique seco. É
preciso regá-lo freqüentemente com algum molho ou líquido ou envolvê-lo em papel-
alumínio ou celofane (conforme o corte), assando-o em alta temperatura (200ºC) e por
pouco tempo.
É sempre bom pesar a carne antes de assá-la. Para cada 0,5 kg de carne bovina,
calcule entre uma hora e uma hora e meia para assar. Quando calcular a quantidade
de carne para um determinado número de pessoas, lembre-se de que, quando é
assada, a carne perde água e, portanto, sofre considerável redução de peso.
Quando retirar a carne assada do forno, aguarde uns dez minutos até cortá-la, pois
ficará mais fácil de fatiar e os sucos e sabores se acentuarão.
Alguns dos cortes que podem ser assados são o peito, o cupim, a costela, o contrafilé,
o filé mignon, a picanha, a alcatra, a maminha, o coxão duro, o lagarto, o coxão mole e
a fraldinha.
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Refogar
É um método de preparo de carne por calor seco, adequado para carnes macias e com
pouca gordura. Refogar significa cozinhar ou dourar a carne rapidamente em uma
pequena quantidade de óleo em uma frigideira ou panela.
Quando possível, seque os pedaços de carne com um papel toalha antes de refogar,
pois, assim, eles dourarão mais facilmente. Use panelas de fundo grosso, que
distribuem o calor uniformemente. Evite colocar muitos pedaços ao mesmo tempo, pois
a carne acabará ficando cozida e não ficará dourada. Após retirar a carne, adicione um
pouco de água para liberar os sucos do fundo da panela e preparar um molho de carne
rápido e saboroso.
Curiosidade: O termo "sauté" vem do francês "sauter", que significa "saltar", "pular", e
refere-se ao processo de mexer o alimento vigorosamente para que ele doure de modo
uniforme.
Podem-se refogar cortes como contrafilé, filé mignon, alcatra, fraldinha, pacu (bife do
vazio), coxão mole e hambúrguer.
Fritar
Fritar é um método de preparo por calor úmido. Significa cozinhar a carne em óleo ou
gordura quente, geralmente em uma frigideira.
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Podem-se fritar cortes como bifes finos, hambúrguer de carne moída ou bifes de filé
mignon, de coxão mole, de patinho, de fraldinha e de contra-filé.
Cozinhar ou ensopar
Os cozidos ou ensopados são carnes preparadas em calor úmido, ou seja, com água
por um período longo. O procedimento é indicado para cortes menos macios, que,
normalmente, são mais baratos. Os cozidos e ensopados são excelentes formas de
preparo, que acentuam o sabor das carnes, especialmente quando se utiliza um líquido
bem temperado (como água e ervas, temperos etc.). O cozimento em panela de
pressão torna a carne mais macia e saborosa, além de reduzir o tempo de cocção.
A temperatura não deve ser muito alta para que a carne cozinhe aos poucos e de
maneira mais uniforme. Cuidado com o tempo de cozimento, pois, se for cozida por
mais tempo do que o necessário, a carne ficará desidratada (seca) e menos macia.
Não é recomendável ferver a carne, pois ela fica muito dura, os sucos evaporam e
alguns molhos podem talhar (coagular). Na maioria dos casos, é indicado aquecer a
água até o ponto de fervura e depois reduzir o fogo, para que a carne vá cozinhando
lentamente. Como é de conhecimento geral, a água pura ferve na temperatura de
100ºC. Para saber se a água está em ponto de fervura, basta observar se há grandes
bolhas de ar subindo continuamente e explodindo na superfície do líquido. Para saber
se a temperatura está correta para cozinhar carne, basta observar se há um fluxo
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Podem ser ensopados ou cozidos os seguintes cortes: músculo (que fica excelente em
sopas), garrão ou ossobuco, rabo, peito, raquete, peixinho, miolo da paleta, acém e
costela. Carnes cozidas com osso produzem molhos mais saborosos e consistentes.
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Além dos tradicionais e versáteis: sal, alho, cebola, cebolinha, vinagre e pimenta,
tradicionalmente utilizados em nossa culinária, existem vários outros temperos que
combinam com a carne bovina e acentuam seu sabor. Conheça aqui algumas de
nossas sugestões. Mas lembre-se: você pode criar várias combinações até mesmo
com outros temperos e elaborar pratos simples ou requintados. Basta usar a sua
criatividade!
Molhos para carne: Cominho, curry, molho shoyu, noz-moscada, páprica picante ou
doce, pimenta calabresa.
Sempre que utilizar um líquido ácido para marinar carnes, prefira recipientes não-
metálicos, como vidro ou cerâmica. Recipientes de alumínio reagem com o ácido e
podem deixar um sabor metálico na carne, porém o aço inoxidável é adequado, pois
esse metal não é reagente. Se você deixar a carne marinando por até meia hora, pode
deixá-la em temperatura ambiente. Se for deixá-la marinando por mais tempo,
mantenha-a adentro da geladeira num vasilhame com tampa.
Filé mignon
Trata-se de uma carne extremamente magra e tenra. Isto se deve a que é uma
formação muscular com escasso movimento e, portanto pouco desenvolvimento. É de
forma cónica, alargada e um pouco aplanada. Encontra-se situado sob o contrafilé
estreito e diante do quadril.
Os métodos de cocção usualmente aplicados a esta peça, com o fim de extrair seu
máximo potencial são: assar, saltear e germinar. O ponto de cocção desejado para
apreciar seu alto grau de ternura e evitar a perda de sabor é “malpassado”.
Retirar toda a gordura externa do filé mignon e a lâmina protéica que recobre a
superfície do mesmo. Logo separar o cordão que se encontra unido ao corpo do filé
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• A cabeça
• O corpo ou coração
• A bunda ou ponta
• O cordão
Cabeça
3 4
Corpo ou
coração 5
2 Cordão 6
Ponta do
filé
7 8
Filé Mignon
secionado
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Cabe esclarecer que tanto da cabeça como da ponta do filé mignon, além destes cortes
nomeados anteriormente, podem-se obter cubos, que segundo seu tamanho se
destinam para a elaboração de brochette no caso de que a peça obtida seja grande,
médios para fondue bourguignonne ou filé mignon strogonofe. Pequenos cubos para
molho bolonhês, recheios, etc.
Ingredientes:
• Carne-de-sol 0,200 kg
• Óleo q/b
• Manteiga q/b
• Aipim (mandioca ou macaxeira) 0,200 kg
• Cebolas cortadas em rodelas 0,100 kg
• Alho amassado 0,050 kg
• Sal e pimenta q/b
• Salsinha 0,030 kg
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Preparação:
Deixar a carne de sol de molho em água, por 6 horas.
Fritar a cebola no óleo, em fogo baixo, até ficar dourada. Retirar com uma escumadeira
e reservar.
Na mesma panela, fritar a carne, cortada em pedaços, até ficar bem dourada e macia.
Verificar o ponto de cozimento. Se necessário, pingar um pouco de água, para formar
um caldo.
Acrescentar o alho e cozinhar uns minutos. Reservar.
Descascar o aipim e cortar em pedaços médios.
Colocar em uma panela com água e sal. Deixar cozinhando até ficar macia.
Depois de cozida amassar com um garfo, deixando pedacinhos de mandioca mal
desmanchada.
Em outra panela refogar a cebola na manteiga. Adicionar o aipim cozido, o leite e
misturar bem. Verificar o sal. Reservar.
Colocar numa travessa e acrescentar a carne-de-sol em volta. Polvilhar com a salsinha
picada e servir quente.
Ingredientes
• Contrafilé 0,250 kg
• Alho-porro 0,050 kg
• Bacon 0,025 kg
• Azeite de oliva q/b
• Champignon 0,025 kg
• Vinho tipo Borgonha 0,100 litro
• Tomates secos hidratados 0,050 kg
• Aceto balsâmico q/b
• Sal e pimenta q/b
• Demi-glace 0,050 litro
• Manteiga para acabar 0,030 kg
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Preparação:
Esmagar ou estirar os medalhões de filé.
Armado escalopes: Colocar por cima de um escalope o queijo parmesão, o presunto e
salvia picada, temeperar, e cobrir com o outro escalope.
Logo passá-lo por farinha, ovo e por último o farinha de rosca.
Levar a frio durante 20 minutos.
Fritar a 160ºC entre 6 e 7 minutos.
Guarnição 1
Tomates cerejas refogados e gratinados
Ingredientes:
• Tomates cerejas 0,100 kg
• Manteiga q/b
• Cebolinha 0,030 kg
• Queijo ralado
Preparação:
Esquentar a manteiga e refogar uns minutes os tomates cherrys.
Temperar com sal e pimenta e a cebolinha bem batidinha.
Polvilhar com o queijo ralado e gratinar levemente.
Guarnição 2
Espinafre ao creme
Ingredientes:
• Espinafre cru 0,200 kg
• Creme 0,050 litro
• Cebola 0,030 kg
• Queijo parmesão 0,020 kg
Preparação:
Dourar a cebola atalho em brunoise.
Adicionar o espinafre branqueado, atalho em chiffonade, adicionar o creme e o queijo.
Se for necessário espessar com amido de milho.
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Miúdos
São a parte comestível de quão animais não formam parte nem da musculatura que dá
lugar à carne propriamente dita, nem à tecido gorduroso.
Coração (churrasco)
Vísceras Rins (churrasco – frigideira – etc.)
MIÚDOS vermelhas Fígado (patê – chapa)
Rabo
Sangue choriço
1º suco bovino
Tecido graxa bovina
adiposo graxa pella (a que recobre os órgãos)
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Os miúdos, também chamadas despojos ou vísceras, são os órgãos dos animais tais
como bovinos, ovinos, suínos, caprinos e aves.
Trata-se com especial respeito, tendo cada miúdo seu tratamento especial, para sua
conservação, limpeza, elaboração, cocção, com o propósito de conservar suas
características quanto a sabor e textura.
A maioria das vísceras é econômica e de bom rendimento, por não possuir ossos, e por
ser muitas vezes deixadas de lado, ao ignorar seu tratamento. Tudo os miúdos, devem
comprá-lo mais frescas possível, e devem ser consumidas em curto prazo, já que não
resistem à guarda, e são de fácil decomposição.
Tampouco são aptas para freezer (já que se tornam muito fibrosas ou elásticas) nem
para regeneração, já que seu tempo de cocção (posterior a seu tratamento adequado)
é muito curto, voltando-se muito resistentes com a sobre - cocção.
Os miúdos mais conhecidos são: fígado, rim, molejas, tripa gorda, moleja, coração,
língua, miolos, bofe, tripas, tripas, sangue.
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Tripa gorda: é o intestino grosso dos bois, com 5 8 cm de diâmetro, com abundante
gordura.
Prévio a sua cocção as deve limpar muito bem, já que é uma zona muito exposta a
parasitas, se as lava sob o jorro de água fria, vira-se (as dá volta, ficando a parte
interna para o exterior, para poder lavá-la bem) e desengordura (retirando só o
excesso). Também uma vez limpa, as pode deixar em um repouso de 4horas em leite.
assam-se com a parte interna para fora, rodam-se uma vez a metade de cocção, com
um tempo total de cocção de entre 40'e 60’. Devem ficar douradas e crocantes por fora,
tenras por dentro.
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ou braseados.
Churrasco
Contrafilé
É o corte constituído das massas musculares compreendidas entre o acém e a alcatra,
após a retirada do filé-mignon e capa-de-filé.
Termo utilizado:
• Filé ou Bife
Limites:
• Anterior: superfície do corte transversal das massas musculares
ao nível do espaço entre a quinta e a sexta vértebras torácicas.
• Posterior: superfície do corte transversal das massas
Bases Ósseas:
• As oito últimas vértebras torácicas (sexta e décima terceira) e as
seis lombares, já seccionadas longitudinalmente, bem como a
porção dorsal das costelas que permanecem no traseiro-serrote.
Preparação do Corte:
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Filé-de-costela:
Preparação do Corte:
O corte é obtido pela separação da capa-de-filé e pela liberação da massas musculares
aderidas à porção dorsal das costelas que permanecem no traseiro-serrote e as cinco
primeiras vértebras torácicas (sexta a décima), já seccionadas longitudinalmente.
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Filé-de-lombo:
Termos utilizados:
• Lombo, filé curto e filé.
Limites:
Anterior: superfície do corte transversal das massas musculares
ao nível do espaço entre a décima e a décima primeira vértebra
torácicas.
Preparação do Corte:
O corte é obtido pela liberação das massas musculares aderidas às três últimas
vértebras torácicas (décima primeira à décima terceira), às seis lombares, já
seccionadas longitudinalmente, e à porção dorsal das três últimas costelas do traseiro-
serrote.
O corte transversal do filé-de-lombo, com bases ósseas correspondentes, da primeira à
sexta vértebras lombares, incluindo o filé-mignon, é conhecido como tibone.
Desossado do contrafilé
• Localizar-se o bife com a gordura para baixo e as costelas para diante. Separar
o lombo, deslizando a lâmina de uma faca entre a carne e as vértebras. Retirá-
lo.
• Separar a carne das vértebras, deslizando a lâmina da faca com o fio.
PASTILLHAS DE ASCENDIDO
PAPEL DE JOURNAL
Materiais para
acender o fogo FOSFOROS ou ACENDEDOR ELÊCTRICO
CANO DE ACENDIDO
Combustível utilizado
O carvão e a lenha são os combustíveis mais comuns. Também existem outros menos
usuais, mas talvez mais eficazes segundo a necessidade a satisfazer. Para fazer uma
boa eleição dos combustíveis é bom conhecer suas propriedades:
• Carvão em partes: é feito de madeira, sem cheios. Arde menos, mas é mais
limpo que os briquetes.
• Briquetes: são feitas de serragem, carvão e areia compactados com uma
substância a base de petróleo. Uma vez acesas, podem arder mais tempo que o
carvão.
• Carvão do Mezquite: este carvão dá aroma a madeira e arde mais limpo.
• Lenha: este fogo é difícil de iniciar, mas dá um melhor defumado que o carvão e
os briquetes.
• Lenhas aromatizantes: provenientes de árvores frutíferas.
Nota: É conveniente esclarecer que não se devem usar madeiras resinosas
(pinheiro) ou madeiras pintadas com verniz ou outras pinturas pela combustão
insalubre que fazem.
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Churrasqueiras
• Fogo de chão o autêntico, tradicional e primordial. Deve ser feito com lenha e
muita paciência e prática. A principal vantagem da carne assada dessa maneira,
é a de não ter a fumaça gerada pelo pingar da graxa, nas brasas. O sabor é
outro.
• Tanque de Tijolos, para médios e grandes churrascos. Fácil de fazer. Para
quebrar galho em churrascos maiores nem precisa de cimento.
• Meio Tonel numa armação de ferro, proporciona uma churrasqueira ótima para
todos os tipos de assado. É a churrasqueira de camping aumentada para se
fazer um autêntico assado. Muito prática pois pode ser mudada de lugar, no
caso de ventos e de chuviscos inesperados.
• Churrasqueirinha de Camping: para lingüiças, coxinhas, e coisas pequenas
demais para serem considerado churrasco. Algumas de tamanho GGG
poderiam ajudar a se cometer um assado mais modesto.
A tradicional churrasqueira de Parede é a rainha das garagens gaúchas. Difícil é achar
alguma onde a relação: tamanho da boca x profundidade x altura do fogo x apoio de
espetos, seja adequada. Diz uma regra de construção que a boca deve ter o dobro da
área do buraco da chaminé, que deve ser bem alta para ter um bom "puxe" da fumaça
evitando o desagradável "rebojo".
Tipo especial é a Lareira com lugar para espetos de pé. Muito interessante em lugares
frios.
As churrasqueiras tipo "Parilla" são comuns o sul do Rio Grande, e padrão no Uruguai
e Argentina de onde foram importadas. Utilizam grandes grelhas inclináveis, e fogo de
lenha é feito ao lado ou no fundo, e vai se puxando a brasa para debaixo do assado. O
fogo da lenha puxa a fumaça, eliminando o gosto da fumaça. Para expertos
Limpeza
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Ferramental
As Facas são as principais coadjuvantes de um assador.
Um assador que se preze tem de ter no mínimo uma boa faca, sempre afiada, muito
afiada para se trabalhar um churrasco inteiro sem passar vergonha.
A questão da melhor faca é um pouco pessoal, aço doce, aço de "Solingen", cabo de
madeira, cabo de plástico branco, cada assador tem a sua predileção.
Tem de ter boa empunhadura, "lombo" que começa grosso e vai afinando (faca
forjada), pois a maioria das facas de estamparia não são grande coisa.
Uma faca média para uso geral deve ter entre 35 a 45 cm, mas é importante ter uma
faca menor para limpeza e picação de temperos e uma grande, para grandes
churrascos.
A maioria dos assadores dedicados, coleciona facas, até porque esse é um dos
assuntos prediletos da rapaziada. E quando alguém aparece com faca, com
propaganda estampada de posto de gasolina, a gozação é certa.
Para guardar a faca manda-se fazer uma bainha de couro, que além de proteger a
faca, permite ainda o transporte com segurança.
Uma boa Pedra de Afiar e uma Chaira decente para "sentar" o fio das facas são
imprescindíveis.
Os Espetos devem ser adequados à churrasqueira e se faz necessário que o assador
tenha modelos variados, para todos tipos de cortes e carnes.
A Táboa é o lugar em que se prepara, se corta e se serve a carne. Bom tamanho,
madeira de lei e sempre muito bem lavada. Nada de tabuinhas de fórmica ou de
plástico, que devem permanecer na cozinha. Um pedaço de uns 50/60 cm de uma
táboa de polegada, madeira de lei, bem lixada é uma ótima pedida.
A Cesta Básica é usada para guardar e organizar os apetrechos do assador evitando
que se misturem com as coisas da casa. Em casos de assado em clubes ou casa de
parceiros, é indispensável.
Eis o elenco principal de uma cesta básica:
• Abridor multiuso, Pano de Mão, Avental, Caixa de Fósforos (sempre some) e
Álcool.
• Facas, Chaira e Pedra de Afiar, Garfão ou Pegador tipo pinça.
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Sal
Sobre gostos não há nada escrito, é um dito muito popular que se poderia aplicar se
tem que falar de que condimentos usar em churrasqueira. Há quem aduba os alimentos
um dia antes, outros vão pincelando com algum líquido durante a cocção, etc. O certo é
que basta sozinho com o sal para tirar um assado saboroso.
Pode-se utilizar sal grosa ou sal churrasqueira que tem uma granulométria mais fina
que o sal grosa, ou preparar uma salmoura e ir pincelando durante a cocção. Não se
deve usar sal fino, pois a carne a absorve toda e não poderá automóvel administrar-se.
Quando Depois da cocção (único momento no que se pode usar o sal fina)
Salgar
Antes da cocção De um só lado para os cortes finos (matambre)
De ambos os lados para cortes grossos (costela)
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Perfumar a fumaça
Pode melhorar ainda mais o sabor das comidas à churrasqueira, se antes de assar se
acrescentam aromatizantes naturais como ervas, nozes esquartejadas ou canela às
brasas. Quando as brasas estão bem acesas, pode-se armar um buquê de ervas
frescas e colocá-lo sobre as brasas, desta maneira a carne assada tomará o gosto das
ervas.
Também se podem pôr ervas frescas em cima dos alimentos enquanto se assam para
lhes dar sabor.
Técnicas gerais
• Assar peixe: o pescado é mais frágil que a carne vacina e a de ave, por isso
tende a esmiuçar-se facilmente durante a cocção. Ao fazer pescado à
churrasqueira é importante dá-lo volta com facilidade sem que se pegue nem se
desfaça. As partes de pescado podem cozinhar-se em pontas agudas de
madeira ou de metal, em tanto que os filés são melhor assá-los em uma
churrasqueira de arame de abrir e fechar para poder dá-los volta. Os pescados
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Cortes Nobres
Os cortes mais usados para churrasco são tirados dos quartos traseiros dos animais
(menos usados na sua locomoção), mais suculentos e com textura mais macia. São os
chamados cortes nobres.
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* Lingüiças /Choriço
Outros * Rins
* Tripa recheia (intestino grosso)
* Cupim
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Reação de Maillard
Informações adicionais:
• Embora comece a se produzir de 30ºC a 40ºC, é apreciável apenas a partir dos
130ºC.
• Essas reações podem originar colorações escuras (terrosas) e sabores
relacionados com o cozimento. Ao mesmo tempo, forma-se pequenas
quantidades de substâncias cancerígenas e algumas de sabor desagradável,
sobre tudo a altas temperaturas.
• As colorações as vezes são desejáveis (casca de pão, bolachas, cervejas) e
outras vezes indesejáveis (leite, sumos e sucos de fruta concentrados). Os
sabores podem ser muito bem definidos (boi assado, sardinha na braça,
cacau,... etc.) é por isso a indústria alimentícia os utiliza com freqüência.
• A intensidade da reação depende da temperatura, da quantidade de
carboidratos redutores (basicamente monossacarídeos e dissacarídeos), da
quantidade de proteínas, mas também de outros fatores (pressão, umidade,
outros componentes, etc.)
• O nome provém de Louis Camille Maillard, que descobriu e definiu essas
reações.
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Ingredientes
• Molejas ou timo 0,200 kg
• Pimenta verde 0,030 kg
• Conhaque 0,050 litro
• Caldo de verduras q/b
• Creme 0,050 litro
• Demi-glace q/b
• Sal q/b
• Manteiga q/b
Preparação
Limpar as moelas e as cozinhar à inglesa no caldo de verduras.
Uma vez cozidas, as escorrer e as cortar em rodelas.
Dourar-las numa frigideira com manteiga e óleo.
Retirar-las e lhes escorrer o óleo sobre um papel absorvente.
Na mesma frigideira, esquentar o azeite e adicionar os grãos de pimenta verde e
tampar.
Quando começarem a explorar como pipoca, tirar a tampa e deglasar com o conhaque
e deixar reduzir.
Adicionar o demi-glace, cozinhar durante 10 minutos mais; lhe adicionar a creme
edeixar reduzir uns minutos mais, se deseja se pode acontecer o molho por um chinês
e servir sobre as molejas.
Ingredientes:
• Cebolas 0,100 kg
• Azeite q/b
• Caldo claro q/b
• Vinho branco seco 0,050 litro
• Sal e pimenta q/b
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Preparação:
Cortar a cebola em aros grossos.
Refogar em azeite e ir lhe adicionando caldo e vinho até que estejam brilhantes e
tenras.
Temperar.
No caso que se usem cebolas pequenas cozinharem-las inteiras.
Ingredientes:
• Rins 0,200 kg
• Vinagre 0,050 litro
• Cebolas 0,100 kg
• Dentes de alho 0,030 kg
• Azeite q/b
• Folha de louro 0,010 kg
• Farinha 0,030 kg.
• Vinho Marsala 0,075 litro
• Extrato de tomate 0,020 kg
• Sal, pimenta, quantidade suficiente
• Caldo ½ taça
• Salsinha 1cda.
Preparação:
Limpar os rins lhes tirando o tecido que os recoubre.
Cortá-los em rodelas e cada uma delas em quartos.
Colocá-los em um recipiente com água e vinagre durante 20 minutos, logo lavá-los
muito bem e secá-los.
À parte, picar as cebolas e o alho refogá-los em azeite junto com o louro.
Polvilhar os rins com a farinha e adicioná-los à cebola, salteá-los e acrescentar o vinho
com o extrato, sal, pimenta e orvalhar com o caldo.
Cozinhar abafado a fogo lento 7 minutos.
Polvilhar com salsinha picada.
Sugestão: servi-los acompanhados de um arroz branco à manteiga ou batatas ou purê
enriquecido com cebolas e salsa.
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Aula 14
Patê de fígado
Ingredientes:
• Cebola 0,100 kg
• Manteiga 0,50 kg
• Fígado de carne 0,050 kg
• Fígado de frango 0,100 kg
• Xerez ou Conhaque 0,030 litro
• Aipo ou Salsao 0,030 kg
• Maça verde 0,050 kg
• Caldo 0,050 litro
• Creme de leite 0,030 kg
• Sal, pimenta q/b
• Baguette para acompanhar
Preparação:
Refogar a cebola e o branco do aipo, adicionar os fígados talhado em pedaços.
Cozinhar uns minutos.
Acrescentar a maça e cozinhar uns minutos mais.
Molhar com o xerez e condimentar com sal e pimenta, deixar evaporar o álcool.
Juntar o creme e deixar reduzir.
Tirar do fogo e acrescentar a manteiga.
Passar por processadora até formar um creme.
Se for preciso passar por o chinois.
Colocar em uma forma ligeiramente umedecida com água e no fundo com filme plástico
e levar a geladeira até solidificar.
Tirar da forma e servir em pão torrado.
Ingredientes:
• Corte de vitela 0,200 kg
• Peito de frango 0,200 kg
• Pimentão vermelho 0,050 kg
• Pimentão verde 0,050 kg
• Cebola 0,100 kg
• Tomate cerejas 0,100 kg
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Molho Chimichurri
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Ingredientes:
• Pimentão verde 0,050 kg
• Tomate 0,100 kg
• Cebola 0,050 kg
• Vinagre de vinho tinjo 0,040 litro
• Azeite neutro q/b
• Páprica picante q/b
• Dentes de alho 0,030 kg
(opcional)
Preparação
Picar os vegetais em brunoise.
Colocá-los em uma tigela e condimentá-los com sal e pimenta.
Adicionar o vinagre, o vinho tinto, o azeite e a páprica.
Terminar acrescentando, se quiser dois dentes de alho picados.
Milho assado
Ingredientes:
• Milho 1
• Manteiga composta 0,050 kg
(manteiga com ervas)
• Sal e pimenta q/b
Preparação:
Tirar a barba do milho e com cuidado correr a endoidece até deixar os grãos livres,
mas sem arrancá-la.
Temperar os grãos, preparar uma manteiga composta e lubrificar os grãos com a
mesma.
Cobrir com a mesma casca do milho e colocá-lo sobre a churrasqueira a temperatura
moderada, girando-o de vez em quando, durante 35 minutos aproximadamente.
Se o milho não tivesse a casca, envolver em papel alumínio.
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Ingredientes:
• Berinjela 0,200 kg
• Azeite de olivas q/b
• Rodelas de pão caseiro 0,150 kg
• Dente de alho 0,030kg
• Mozarela q/b
• Manjericão q/b
Preparação:
Acender bem o fogo e esperar a que se façam as brasas.
Pintar ambos os lados das rodelas de berinjelas com azeite de olivas. Assar a
temperatura moderada até que apareçam as marcas da churrasqueira. Dar volta e
assar do outro lado. Retirar e reservar.
À parte, torrar as rodelas de pão de ambos os lados, a temperatura moderada até que
estejam rangentes e douradas.
Esfregar ambos os lados das fatias com um dente de alho talhado, e lhes jogar umas
gotas de azeite de olivas.
Colocar sobre cada fatia umas fatias da Mozarela e duas ou três rodelas de berinjelas.
Voltar para a churrasqueira até que o queijo se derreta. Decorar com umas folhas de
manjericão. Servir.
Ingredientes:
• Maçã 0,100 kg
• Banana 0,100 kg
• Kiwi 0,100 kg
• Pêra 0,100 kg
• Pêssego 0,100 kg
(fruta ou de lata)
• Manteiga 0,050 kg
• Açúcar 0,070 kg
• Licor de tangerina q/b
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Preparação:
Cortar a banana e o kiwi e cortá-los na metade.
Tirar as sementes à maçã e à pêra, as cortar em quatro partes.
Tirar o caroço ao pêssego e cortá-lo em quatro galhos.
Colocar a frigideira na churrasqueira e saltear as frutas na manteiga. Adicionar o
açúcar e quando começar a caramelizar, desglasar com o licor de tangerina. Deve ficar
um molho doce com gosto de tangerina e manteiga.
Levar no prato e servir morno.
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CORDEIRO
A carne de cordeiro congela bem sem se estragar; por tanto congelar é uma boa
opção quando não se encontrá-la fresca.
Escolha uma carne firme, rosada, com veios visíveis, evitando a carne escura,
molhada e molhe. Não compre cortes que tenham gordura amarela em volta;
verifique se tem uma camada de gordura de cor de creme e firme.
Peças grandes são em geral vendidas com sua pele externa, fina como papel – deve
parecer fresca, úmida e maleável, não seca ou enrugada, não seca ou enrugada. A
pele deve ser retirada dos filés e posta antes de cozinhar, mas conservada nas
peças que serão assadas inteiras, pois ajuda a manter a carne úmida e dá um sabor
mais forte.
Guarde a carne de cordeiro na sua embalagem original, bem fechada, na parte mais
fria da geladeira (1-5ºC), longe das carnes cozidas. Verifique a data de validade.
Postas e files duram de 2 a 4 dias, peças grandes até 5 dias.
Carne de cordeiro moída deteriora depressa, por tanto, use em 24 horas.
A carne cozida dura a te 2 dias na geladeira e antes certifique-se de que este
totalmente fria. Guarde envolta de papel alumínio, 2 horas depois de cozida.
A carne de cordeiro congela bem: guarde pedaços pequenos bem embalados por 3
a 4 meses e pedaços maiores por 6 a 9 meses.
Para descongelar, coloque numa travessa para apanhar o líquido e deixe
descongelar lentamente na geladeira – cerca de 6 horas cada 450 g; use em 2 dias.
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Abrangendo desde cortes que não são caros, que ficam melhores
quando refogados, ensopados e assados na panela, pois dá umidade e maciez á
sua carne menos suculenta, até as refinadas postas e costelas e os elegantes
“coroa assada” e “guarda de honra” preparado para ocasiões especiais – existe
sempre um corte de cordeiro adequado para cada ocasião. Embora haja carne de
cordeiro o ano inteiro, a carne da primavera é a mais tenra e adocicada.
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CORTES DE CORDEIRO
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Desossar à la coulée
1. Retirar a membrana que recobre a perna traseira.
2. Desprender o primeiro osso, passando a faca sobre ele e cuidando para que
fique o mais limpo possível. Retirar também o osso do rabo, se este ainda
estiver presente.
3. Cortar os tendões que cercam a articulação e liberar o osso do fêmur. Ter o
cuidado de não cortar o gigô. A peça deve permanecer em um só pedaço.
Desossar a paleta
1. Desprender a carne da paleta passando a faca colada ao osso da escápula.
Cortar os tendões e giar a articulação para separar o osso.
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Manchoner o gigô
1. Limpar o osso da perna traseira com uma faca.
2. Serrar a ponta do osso para dar uma terminação, isto é, um acabamento
melhor.
Souris
1. Separar a souris (parte final da perna traseira) do gigô do cordeiro.
2. Limpar bem a ponta do osso para que tenha uma terminação melhor.
Coroa de cordeiro
1. Dobrar as costelas para adentro.
2. Amarrar com o filo de algodão para que a coroa de cordeiro mantenha a
forma ao ser cozinhada.
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Cortes desossados:
6. Paleta (perna dianteira)
7. Renque de costelas
8. Perna traseira
Chutneys
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... “Falando um pouco do chutney e se fizermos caso ao Larousse "O chutney é uma
especialidade inglesa que data da época colonial, e seu nome provêm do vocábulo
“indostani Chatni". O dito vai contra a opinião de que se trata de um condimento
tipicamente índio. Entretanto para os americanos, segundo James Beard, o chutney,
assim como outros pratos índios chegaram em navios que comercializavam entre a
Índia e a costa oeste do Norte América. Como diz este autor neste preparado não
deve faltar o gengibre e também o açúcar a usar deve ser mascavo escuro.”...
“Minha modesta opinião, é que os ingleses aprenderam dos índios, deram-lhe nome
e o apropriaram como próprio. Eu gosto da formula que nos envia o amigo Morter.
Em realidade o Chutney admite quase qualquer fruta e/ou verduras cozidas em
vinagre com açúcar e especiarias, a cocção deve durar até obter a consistência de
geléia, embora tampouco fiquem mal todos os ingredientes reduzidos a purê. No
chutney o açúcar a empregar deveria ser moréia.”...
“As especiarias mais utilizadas são: Mostarda (grãos amassados), Prego, canela,
Gengibre em pó, e curry em pó. As pimentas-malaguetas não devem faltar na
confecção de um bom Chutney. Os chutneys como dizem ao princípio se podem
preparar com muito diferentes ingredientes como: Manga, abacaxi, polpa de
tamarindo, coco, chirimoyas, leitosas (como se denomina a papaya na Venezuela e
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Fernando Villanueva
Da guia Miguelin
Cous-cous
Em Cabo Verde o cuscuz é um bolo tradicional, feito com farinha de milho grossa, e
cozido a vapor num recipiente de barro especial (binde), análogo a uma cuscuzeira.
Não leva açúcar e é normalmente comido quente, às fatias, com manteiga.
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Ingredientes:
• Lombo ou sela de cordeiro 0,250 kg
sem gordura cortado em cubos
• Pimenta vermelha 0,020 litro
• Pimenta-do-reino q/b
• Canela em pó q/b
• Manteiga 0,050 kg
• Gengibre 0,020 kg
• Cominho 0,010 kg
• Sal q/b
• Uvas passas escuras 0,050 kg
• Leite de coco 0,080 litro
• Alho 0,030 kg
• Cebola 0,080 kg
Cebola caramelada:
• Manteiga 0,030 kg
• Açúcar 0,040 kg
• Sal q/b
• Cebolas pequenas 0,150 grs
Cuscuz marroquino:
• Amêndoas em lascas 0,050 kg
ligeiramente douradas para decorar
• Chips de coco 0,050 lg
levemente dourados para decorar
• Sêmola para cuscuz marroquino 0,050 kg
• Manteiga 0,030 kg
• Caldo de carne ou de legumes 0,150 litro
• Sal q/b
Preparação do cordeiro:
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Preparação:
Fazer cortes na perna de cordeiro e dispor ramas de alecrim dentro.
Temperar com sal e pimenta.
Assar em forno forte 200ºC por 10 minutos e logo baixar a 180ºC por outros 10
minutos.
Por outro lado, numa panela, reduzir o vinho e a demi-glace até a metade e
acrescentar uma colher de manteiga para dar brilho e ligue.
Cortar a perna à diagonal e molhar com o molho.
Acompanhar com o chutney de magos e o pudim de legumes.
Chutney de mangas
Ingredientes:
• Polpa de manga 0,100 kg
• Maçãs ácidas 0,050 kg
• Vinagre de cava 0,030 litro
• Açúcar 0,050 kg
• Mostarda 0,020 kg
• Cravo-da-india 3
• Canela em pao 0,020 kg
• Gengibre em pó 0,020 kg
• Sal q/b
• Pimenta branca q/b
• Pimenta malagueta q/b
Preparação:
Ferver 12 minutos o vinagre, o açúcar e as especiarias.
Acrescentar a manga e a maçã em cubos.
Cozer a fogo lento, sem tampar, 30 minutos ou até que tenha textura de geléia.
Tomar frio consume-se a temperatura ambiente.
Pudim de vegetais
Ingredientes:
• Ovos 0,060 kg
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Ingredientes
• Frutos de estação 0,100 kg
• Geléia de frutos vermelhos 0,050 kg
• Creme de leite 0,150 kg
• Açúcar 0,050 kg
• Brownie 0,100 kg
(bolo, biscoitinhos ou massa quebrada)
• Açúcar impalpável 0,050 kg
• Chocolate para decorar
• Opcional especiaria vária
Preparação:
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PORCO
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Conservação do porco
O porco na geladeira se conserva de 2 a 3 dias dependendo do tamanho do corte. Os
cortes pequenos se danificam antes.
Respeito ao toucinho, se está envasilhado ao vazio como geralmente se comercializa,
leva um prazo de validade na vasilha, no caso de que não esteja envasilhado ao vazio
se conserva na geladeira por três semanas.
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Características Morfológicas
Leitão
É a cria do porco que se sacrifica entre as três primeiras semanas e os dois meses de
vida, e chega a pesar entre 3 e 7 quilogramas. Resulta muito saboroso assado.
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Porco
Não são aconselháveis para o consumo inteiros, devido a seu grande tamanho e larga
idade, mas se utiliza em cortes e chacinados. Seu peso oscila entre 75 e 115
quilogramas.
Deve-se ter em conta que a cor da carne rosa e a firmeza no porco é signo de boa
qualidade, sobretudo se se consomem animais meninos.
Raças Produtoras
A carne de porco tem presença garantida em quase toda a culinária brasileira. Como é
uma carne que, na maioria das vezes, pode ficar ressecada após o preparo, demanda
maior atenção durante o preparo. Leva mais tempo que as demais carnes para "pegar"
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Por ser um animal de pequeno porte, o porco pode ser comprado inteiro ou em partes.
Caso você esteja pensando em preparar um belo prato com carne suína, fique atento
às informações da figura e tabela que seguem:
1 - Cabeça 2 - Paleta
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Outros cortes:
• Bondiola: tierna y de buen sabor. Se utiliza el trozo entero al horno o a la parrilla
y fraccionada en trozos para la elaboración de churrascos, milanesas y
escalopes. Es muy apropiada para utilizarla como salazón.
• Peito: encontra-se entre as duas paletas. Usa-se asado o no churrasco al horno,
con o sin costillas.
• Costelas: continua ao peito do porco. Caracteriza-se pela sua polpa tenra.
Pode-se preparar assado como u sem osso, cortado em bifes, churrasco, chapa
ou fritos na frigideira.
• Matambre: O matambre de porco, comparando com o matambre de boi, não
resultam muito apropriados para enrolar-lo pelo seu tamanho. Usa-se asado,
churrasco, com molho de roquefort, à pizza, etc.
• Redanho ou peritônio: é uma membrana fina e frisada de gordura que
envolve ao estômago do animal. O redanho, também denominado
Crépinettes em francês, utiliza-se para dar sabor aos alimentos e fazê-los
mais suculentos, e para manter os ingredientes juntos durante a cocção.
Segundo sua grossura se derrete totalmente ou permanece e se pode
tirar antes de servir o prato. Antes de utilizá-lo deve-se encharcar uma ou
duas horas em água fria. O redanho utiliza-se para Albardilhar; esta é uma
técnica que se utiliza para manter a carne magra envolvendo-la com banha de
porco.
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Costelas
Quarto Dianteiro Bondiola
Paleta
Carré o Lombo
Lombinho
Porco Médio ou Centro Matambre
Tocinho
Banha de porco
Limpeza do porco
Carrê
1. Retirar o filé mignon do porco, que fica na parte interna da carcaça.
2. Cortar ao nível da primeira costela para baixo.
3. Terminar de separar o conjunto de costelas com um cutelo.
4. Cortar a carne, liberando a ponta dos ossos.
5. Cortar o lado dos osso, a partir da linha marcada anteriormente até a ponta dos
mesmos.
6. Limpar bem os ossos com a ponta da faca para cortar as carnes.
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1. Cortar entre cada costela com uma faca, chegando até o osso.
2. Terminar de separa as costelas com o cutelo.
Corte em lardons
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e Legumes Sauté
Ingredientes:
Bistecas:
• Azeite de oliva 0,030 litro
• Bistecas de porco 2
• Pimenta-do-reino q/b
• Alho 0,030 kg
• Sal q/b
Legumes sauté:
• Manteiga 0,030 kg
• Salsinha 0,020 kg
• Batatas 0,100 kg
médias descascadas
• Mini-cenouras 0,100 kg
• Vagens médias 0,50 kg
• Sal q/b
Molho de mostarda:
• Molho de mostarda 0,030 kg
• Mel 0,020 kg
• Suco de laranjas 0,060 litro
• Casca da pele de laranja 0,020 kg
• Caldo de carne q/b
• Vinho branco seco 0,050 litro
• Aipo ou Salsão 0,060 kg
• Cenoura 0,050 kg
em rodelas
• Cebola média
cortada em gomos
• Farinha q/b
• Manteiga q/b
• Pimenta-do-reino q/b
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• Sal q/b
Preparação:
Lavar as bistecas e temperar com o alho, o sal e a pimenta-do-reino.
Aquecer o azeite numa frigideira antiaderente, colocar 2 bistecas e grelhar por 7
minutos, ou até ficarem douradas e cozidas.
Retirar do fogo e reservar as bistecas em local aquecido.
Levar ao fogo uma panela com a cebola, a cenoura, o salsão, o vinho, o suco de
laranja, a casca e o caldo de carne e cozinhar por cerca de 30 minutos, ou até o caldo
reduzir.
Retirar do fogo e coar o caldo, eliminando os legumes.
Fazer um roux, acrescentar o caldo e levar ao fogo baixo por 10 minutos, ou até
encorpar, mexendo de vez em quando.
Temperar com sal e pimenta-do-reino, retirar do fogo e reservar.
Colocar numa panela 2 litros de água e levar ao fogo até ferver.
Enquanto isso, cortar a vagem em pedaços de cerca de 2,5 cm cada um e a batata em
cubos médios e colocar na panela com a água fervente.
Acrescentar as minicenouras e cozinhar por 20 minutos, ou até ficarem al dente.
Retirar os legumes do fogo e escorrer a água.
Derreter a manteiga numa panela, acrescentar os legumes e refogar por alguns
segundos.
Adicionar a salsinha, acertar o sal e retirar do fogo.
Distribuir as bistecas nos pratos, cobrir com o molho de mostarda e servir com os
legumes sauté.
Decorar com grãos de mostarda e salsinha picada.
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• Ovos 0,060 kg
Preparação:
Lavar as bistecas sob água corrente e secar com papel toalha.
Transferir para uma tigela e temperar com sal, suco de limão e salsinha.
Cobrir a tigela com filme plástico e deixar tomar gosto por 30 minutos.
Empanar passando as bistecas pela farinha, logo pelo ovo batido e por ultimo pela
farinha de rosca.
Fritar em óleo quente até dourar
Retirar e reservar.
Ingredientes
• Molho de tomate, quantidade suficiente
• Queijo cremoso 0,100 kg
• Peito de porco (ou matambre) 0,350 kg.
• Sal e pimenta q/b
• Azeitonas negras q/b
• Pimentão vermelho 0,100 kg
Preparação
Marcar as costelas passando a faca, pego ao osso, sobre cada lado das mesmas. Esta
técnica serve para desprender e tirar as costelas com facilidade logo depois da cocção.
Condimentar o peito com sal e pimenta e, levá-lo a forno até que o suco de cocção que
desprenda esteja transparente.
Retirá-lo, lhe adicionar o molho, o queijo e levá-lo novamente ao forno até que o queijo
se derreta e cubra toda a carne.
Apresentar com umas azeitonas negras e tiras de pimentão salteado.
Guarnições possíveis
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Cerejas de maçãs
Ingredientes
• Maçãs vermelhas 0,200 kg
• Manteiga 0,025 kg
• Limão 0,030 litro
• Beterraba 0,100 kg
Preparação
Cortar a beterraba em vários pedaços e fervê-los para que coloram a água. Peneirar e
reservar a água.
Cortar as maçãs e com ajuda da colher para batatas noisette, tirar pequenas esferas de
maçã.
As colocar em um recipiente com o suco de limão, a manteiga e o suco da beterraba
fervida.
Cozinhar as movendo até que tomem cor e comecem a amaciar.
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Nota: podem-se cobrir a pêra com chocolate uma vez fria (peras em camisa) e/ou as
preencher com creme chantilly, no lugar onde se tirou as sementes.
Também se pode substituir o vinho por algum licor, por exemplo, de hortelã.
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Para incorporar a mistura de cura nos produtos cárneos são utilizadas diversas
técnicas. Qualquer que seja o método empregado, a exigência básica constitui na
boa distribuição dos ingredientes de cura por todo produto. Uma distribuição
inadequada ou irregular ocasionará o desenvolvimento de uma cor pobre, com
possibilidade de deterioração nas áreas não atingidas pela mistura de cura.
A velocidade de cura em peças de carne depende da velocidade de difusão dos
ingredientes de cura pelos tecidos que depende por sua vez dos métodos de
aplicação dos mesmos, do tamanho das peças de carne, da quantidade de
cobertura de gordura e da temperatura.
A indústria tem introduzido muitas alterações nas práticas de cura com o objetivo de
obter produtos de qualidade mais uniforme e econômica, reduzir os riscos que tem
os produtos curados quando o mercado flutua e diminuir a incidência de alterações
bacterianas da carne durante a cura e o processamento.
Em produtos de salsicharia, os ingredientes de cura são incorporados durante os
processos de mistura e moagem. São adicionados em forma seca ou como solução
concentrada e são distribuídos uniformemente por todo produto durante a trituração
e preparo da massa. Essa técnica é conhecida como cura direta.
O método mais antigo é a cura à seco, que constitui na aplicação dos agentes de
cura na forma seca sobre a superfície da carne. É um processo lento.
Outro processo é a cura por imersão em salmoura, onde as peças são submersas
em uma solução formada pelos componentes de cura dissolvidos em água. Este
método de cura também é lento e necessita muito tempo para a salmoura se difundir
por todo produto. Tanto a cura a seco como cura por imersão em salmoura, quando
aplicados em peças grandes de carne como pernil, paleta, corre o risco de produzir
alterações bacterianas antes da penetração eficaz dos agentes de cura. Esses
processos são utilizados isoladamente em produtos que constituem autênticas
especialidades.
A penetração dos agentes de cura é muito mais rápida e sua distribuição mais
uniforme quando são injetados diretamente nos tecidos.
Constitui a cura por injeção de salmoura. Nas peças de carne, cujo sistema vascular
está relativamente intacto, como pernil e paleta, a salmoura pode ser injetada por via
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arterial. As peças que não permitem a injeção por via arterial pode
ser realizada intramuscular em diversos pontos. Uma variação desse método é a
injeção múltipla, muito empregada atualmente na indústria para curar bacon e
presunto que consiste em injetar de maneira simultânea, automática e uniforme em
múltiplos pontos da peça, através de uma série de agulhas com numerosos orifícios
regulares na sua longitude. Outra variação, também muito utilizada, é a injeção
arterial, seguida por série de aplicações intramusculares. A solução de cura injetada
pode ser realizada através da seringa (fabricação em pequena escala) ou injetores
de pressão.
Na prática são utilizados vários métodos de introdução dos ingredientes de cura nas
peças de carne. Constitui no processo combinado. O pernil pode ser curado
injetando a salmoura via arterial, seguido por injeção intramuscular e finalmente
serem submersos em salmoura ou receberem salga por cobertura. Estes produtos,
curados pelo método a seco, a espessura de graxa limita ou modifica a velocidade
de penetração dos agentes de cura.
Entretanto, este problema pode ser evitado, curando estas peças com o processo
combinado.
A congelação afeta a estrutura do tecido muscular. A quantidade de sal que penetra
nos músculos que foram congelados e descongelados é ao redor de 20% maior que
na carne fresca (Tabela 1).
TABELA 1- Conteúdo do
sal no Tempo de músculo de
suíno imersão em não congelado curado sem
congelado e descongelado
congelação salmoura a
prévia e 25% (horas) curado após
congelação e
5 1,5 2,2
10 2,1 2,7
20 3,0 3,6
60 4,5 5,6
descongelação (%).
3/30
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Temperatura
• Nitratos e Nitritos
5/30
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7/30
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8/30
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9/30
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Não é recomendável, no entanto, o uso direto do ácido, mas sim o seu sal, o
ascorbato ou isoascorbato, porque pode ocorrer reações prematuras HNO2
causando liberação de NO e conseqüente perda desse óxido e o abaixamento
brusco do pH, provocado pela presença do ácido podendo promover a “quebra da
emulsão” do produto a ser embutido.
Por medidas econômicas, é preferível o uso de um isômero do ascorbato de sódio,
ou seja, o isoascorbato de sódio.
Embutidos
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1- Trituração
O grau de trituração difere muito dos distintos produtos elaborados e freqüentemente
constitui uma característica particular de cada produto; alguns são compostos de
carne picada grosseiramente e outro fina.
Os equipamentos normalmente utilizados são picadoras ou trituradoras, “cutters” e
moinhos.
Nas carnes submetidas à grande fricção, pode ocorrer um aumento da temperatura
de emulsão que reduz sua estabilidade.
2- Mistura
Uma fase prévia da emulsão consiste na mistura da carne, especiarias e outros
condimentos. Nesta fase, os ingredientes, especialmente os sais de cura e os
condimentos devem ser distribuídos o mais uniformemente possível.
3- Emulsão
A emulsão é definida como a mistura dos líquidos imiscíveis, um dos quais se
dispersa em forma de pequenas gotículas ou glóbulos no outro (Figura 1). O líquido
que forma as gotículas pequenas denomina-se fase dispersa e aquele que estão
dispersas as gotículas é denominado de fase contínua.
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Figura 1- Representação esquemática de uma emulsão verdadeira (óleo em água)( FORREST et al.,
1979).
A emulsão da carne constitui um sistema de duas fases, a fase dispersa formada por
partículas de gordura sólida ou líquida e a fase contínua por água que contêm
dissolvidas e suspensas proteínas solúveis e a água formam uma matriz que
encapsula os glóbulos de gordura (Figura 2).
As emulsões geralmente são instáveis, se não possuírem outro composto como
agente emulsionante ou estabilizante (Figura 3). Quando a gordura entra em contato
com a água, existe uma grande tensão interfacial entre ambas as fases. Os agentes
emulsionantes atuam reduzindo esta tensão e permitindo a formação de uma
emulsão com menor energia interna, aumentando, portanto, sua estabilidade. Os
agentes emulsionantes tem afinidade tanto pela água como pela gordura. As
porções hidrofílicas de tais moléculas tem afinidade pela água e as porções
hidrofóbicas tem mais afinidade pela gordura. Se existe quantidade suficiente de
agente emulsionante, este formará uma capa contínua entre as duas fases,
estabilizando, portanto, a emulsão.
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5- Desenvolvimentos de cor
A cor dos embutidos cozidos aparece durante o processo denominado cura da
emulsão. Na fórmula deve estar incluído o nitrito e ao mesmo tempo o ascorbato ou
isoascorbato de sódio. O nitrato raramente é utilizado.
Na formação do pigmento da carne curada influi o tempo, temperatura do produto e
presença de oxigênio. O desenvolvimento da cor de cura nos embutidos é
relativamente lento a temperaturas de refrigeração, mas se acelera ao elevar-se a
temperatura do produto durante a cocção.
O pigmento formado (nitroso hemocromo) é instável e se oxida a metamioglobina
que dá a carne uma aparência pálida. Esta mudança é acelerada com um aumento
do fornecimento de oxigênio ou intensidade de luz.
6- Cocção e defumação
Os métodos de cocção de embutidos podem ser fracos ou úmidos. Este processo
tem as seguintes finalidades: dar consistência firme por coagulação de proteínas e
desidratação parcial, fixar a cor dos embutidos curados, por desnaturação da
mioglobina e formação final de nitroso hemocromo e pasteurizar para prolongar sua
vida útil.
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7- Ingredientes
Nos produtos cárneos processados podem ser incluídos componentes distintos
como carnes, mistura de cura, especiarias, ligadores, enchedores de água.
Durante a elaboração de fórmulas, o fabricante seleciona os ingredientes utilizados e
as quantidades empregadas. O êxito da formulação depende da disponibilidade de
informação exata sobre as propriedades e composição das matérias prima que
podem ser incluídas no produto.
• Tecidos animais
Uma exigência básica para obter produtos cárneos uniformes é a seleção dos
ingredientes. Os tecidos animais variam muito quanto ao seu conteúdo de umidade,
proteína, gordura, pigmentação e na capacidade de ligar água e gordura.
O emprego de subprodutos nas fórmulas dos embutidos reduz muito o custo do
produto terminado, comparando-se com os produtos que contém unicamente tecido
muscular esquelético.
Na indústria, utiliza-se o termo “ligador” para expressar a capacidade de retenção de
água com a capacidade de emulsionar a gordura. A carne com alta capacidade de
ligar água e gordura é determinada pelo seu alto teor em proteínas.
CLASSIFICAÇÃO recortes
EXEMPLOS de suíno (50% de gordura) peito de suíno coração
Baixa
esôfago língua
carne bovina lombo de suíno desossado carne de aves sem pele
Alta
recortes magros de suíno e bovino
Enchedores tripas estômago pele lábios fígado
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• Água
O teor de água constitui quantitativamente o componente cárneo mais importante
dos embutidos cozidos.
Grande parte da umidade procede da carne magra, porém, o fabricante adiciona
água a muitos produtos como parte de sua receita. A água adicionada melhora a
maciez e a suculência e quando adicionada na forma de gelo ajuda a manter a baixa
temperatura do produto durante a emulsificação.
De acordo com o R.I.I.S.P.O.A., a adição de água em forma de gelo, está restrita
nos seguintes limites: Art. 376. no preparo de embutidos não submetidos ao
cozimento, é permitida a adição de água ou gelo na proporção máxima de 3%,
calculados sobre o total de componentes e com finalidade de facilitar a trituração e
homogeneização da massa.
§1º No caso de embutidos cozidos (salsichas tipo de Viena, Frankfurt e outras) a
percentagem de água ou gelo não deve ultrapassar a 10%.
§2º No caso de embutidos cozidos e enlatados, não se levará em conta a
percentagem de água ou gelo adicionado, devendo, no entanto, o produto final,
antes do enlatamento, se enquadrar na relação água/proteína prevista neste artigo.
§3º O cálculo será feito sobre o produto pronto pela relação três e meio de água
para um de proteína (fator 6,25). §4º Só é permitido o emprego de gelo quando
produzido com água potável.
Atualmente vem sendo utilizada a adição de plasma congelado em flocos em
substituição ao gelo.
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• Bioprotetores
Atualmente, vem sendo desenvolvida tecnologia para a utilização de Lactobacillus
alimentarius como bioprotetores com o objetivo de prolongar a vida útil de
embutidos. Apresenta efeitos antimicrobianos principalmente contra microrganismos
gram-negativos, devido a efeitos sinergisticos com outras propriedades
antimicrobianas como produção de ácidos orgânicos, peróxido, dióxido de carbono,
diminuição do potencial redox e produção de bacteriocinas.
• Substâncias de cura
As substâncias adicionadas durante a cura foram apresentadas anteriormente, com
certa extensão. São utilizados o sal comum (cloreto de sódio), nitratos, nitritos,
ascorbatos, fosfatos e açúcares.
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• Condimentos
O termo condimento é muito amplo e se refere a todo ingrediente que
individualmente ou em combinação, confere sabor aos produtos cárneos.
São adicionados o glutamato monossódico, alho, cebola, e especiarias como
pimentas, cravo, gengibre, noz moscada, cominho e mostarda em pó.
8- Envoltórios e moldes
Os embutidos são constituídos basicamente por carne picada, portanto torna-se
necessário a utilização de moldes ou tripas com a finalidade de dar uma forma
definida a estes produtos.
• Tripas naturais
Antes do desenvolvimento das artificiais, as tripas naturais eram as únicas
disponíveis. São utilizados envoltórios naturais provenientes de bovinos, suínos e
ovinos.
De suínos são utilizadas: 4tripas redondas ou pequenas (intestino delgado); tripas
médias (parte central do intestino grosso), bexigas e estômagos. De bovinos são
utilizados o esôfago, intestino delgado, ceco e bexiga.
Os envoltórios naturais são muito permeáveis à umidade e defumação. Uma de suas
características mais importantes é que encolhem e se adaptam à superfície do
produto. A maioria são digestíveis e podem ser consumidos.
Irregularidades de tamanho, desfavorável nas características higiênicas, qualidade
variável, alto custo de trabalho para o enchimento e falta de adaptabilidade à
mecanização são as desvantagens da utilização dos envoltórios naturais.
• Tripas artificiais
As tripas artificiais são classificadas em três grupos: colágeno reconstituído, celulose
(tripa de hidrato de celulose e tripas fibrosas de hidrato de celulose) e sintéticas
(poliamida, poliéstes e cloreto de polivinilideno).
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• Moldes metálicos
Na elaboração de alguns embutidos são utilizados moldes metálicos de diversas
formas (arredondada, retangular, quadrada, etc.).
Os embutidos preparados com moldes metálicos têm que ser submetidos a um
tratamento térmico para que se coagulem as proteínas do produto e conservem a
forma do molde. O tratamento térmico geralmente é realizado em água.
Os moldes metálicos podem ser utilizados para preparar embutidos de maior
tamanho.
9- Embutidos maturados
Os embutidos maturados se caracterizam por possuírem um sabor intenso e em
muitos casos uma textura peculiar. São fabricados com carne de suíno, misturas de
carne de suíno e bovino ou com carne bovina.
O sabor característico é produzido por uma fermentação bacteriana que determina a
acumulação de ácido lático e produtos de fermentação pouco conhecidos. O pH dos
embutidos maturados oscila de 4,8 a 5,4.
As finalidades da maturação da carne processada são: desenvolvimento de aroma,
mudanças de textura, cura, dessecação e endurecimento do produto.
Os microorganismos responsáveis por essa formação são geralmente bactérias
produtoras de ácido lático. São utilizados cultivos de Lactobacillus plantarum,
Lactobacillus pentosus, Pediococcus pentosaceus, Pediococcus cerevisae e
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• Presunto Cozido: é uns dos produtos mais consumidos preparado com pernil
de porco com ou se osso, submetido à cocção em água salgada com ou sem
condimentos autorizados.
• Paleta: é um produto preparado com o membro anterior ao porco com seus
músculos próprios e parte dos que os unem ao tronco até a articulação com o
corpo. Pode ser crua, cozida e sempre desossada.
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Ingredientes:
• Copa de porco 0,300 kg
• Páprica, tomilho e romeiro q/b
• Shoyu 0,050 kg
• Caldo de cozimento 0,150 litro
• Azeite e Manteiga q/b
Molho:
• Maçãs 1/2
• Laranjas 1
(1/2 em cubos e a outra metade o suco)
• Cravo-da-índia 1
• Ameixa secas 0,100 kg
• Manteiga 0,030 kg
• Sal e água q/b
• Açúcar 0,030 kg
• Caldo q/b
• Vinho branco 0,050 kg
• Amido de milho q/b
Preparação:
Condimentar e polvilhar com ervas a copa do porco, colocar em um recipiente e
submergir em molho de soja e caldo.
Macerar até o dia seguinte, retirar da maceração e colocar em uma bandeja para
assar, levar a forno quente e dar voltas até dourar.
A metade de cocção umedecer com o suco da maceração e terminar a cocção.
À parte colocar em um recipiente as ameixas e as maçãs cortadas em jogo de
dados.
Polvilhar com o açúcar, adicionar o vinho e deixar evaporar o álcool.
Acrescentar o suco de uma laranja e o caldo.
Cozinhar até amaciar todo e adicionar os galos de laranjas. Se for necessário
espessar com amido e servir como guarnição.
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Ingredientes:
• Lombinho de porco 0,300 kg
• Ameixas descaroçadas 0,100 kg
• Nozes 4
• Bacon frito 0,050 kg
• Ervas q/b
• Mostarda /recheio) 0,030 kg
• Mostarda para lubrificar 0,070 kg
• Mel 0,050 kg
• Manteiga 0,050 kg
• Suco de 1 limão
• Vinho branco 0,100 litro
• Amido de milho 0,020 kg
• Caldo 0,050 kg
Preparação:
Abrir pelo comprido o lombinho e condimentar.
Fazer uma massa com as nozes, as ameixas picadas, o bacon e a mostarda.
Preencher, fechar e atar lhe dando boa forma.
Colocar em uma fonte p/ forno lubrificar com a mescla de mel e mostarda, molhar
com suco de limão.
Cozinhar primeiro a forno forte 15 minutos, logo moderado até terminar a cocção,
molhando sempre com seu próprio suco.
Retirar a carne cozida, recuperar o fundo de cocção com manteiga, veio branco e
caldo.
Penetrar, espessar sobre o fogo com amido de milho dissolvido em líquido, e
cobrir o lombinho.
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Chucrute branco
Ingredientes:
• Chucrute 0,250 kg
• Bacon 0,050 kg
• Maças verdes 0,080 kg
• Zimbro q/b
• Cravo-da-índia 1 ou 2
• Kümmel 0,005 kg
• Vinho branco 0,050 litro
• Caldo de legumes 0,100 litro
• Vinagre de álcool 0,030 kg
• Sal e pimenta q/b
Preparação:
Lavar o chucrute e escorrer.
Fritar o bacon e logo acrescentar a maça cortada em cubos pequenos.
Juntar o chucrute e molhar com o vinho, deixar reduzir.
Temperar e acrescentar o caldo e o vinagre.
Deixar cozinhar por 20 minutos a fogo baixo.
Se for necessário ligar com amido de milho.
Ingredientes:
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Ingredientes:
• Maçãs verdes descascadas e picadas 2
• Suco de limão 0,030 litro
• Vinho branco 0,050 litro
• Açúcar 0,030 kg
• Sal e pimenta-do-reino moída q/b
Preparação:
Cortam-se as maçãs e se molham com o suco de limão com o fim de que não se
oxidem enegreçam.
Cortam-se em lâminas finas e se acrescentam em uma caçarola onde
previamente terá derretido a manteiga.
Molhar com o vinho o resto do suco e temperar.
Tampa-se o recipiente e se deixa fazer até que a maçã este completamente
branda. Triturar e passar pela peneira para ficar a ponto.
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Pudim de laranja
(Receita para forma grande)
Ingredientes:
• Raspas de casca de laranja 0,050 kg
• Amido de milho 0,050 kg
• Ovos 0,240 kg
• Suco de laranja 0,200 litro
• Leite condensado 0,200 litro
• Leite integral 0,200 litro
• Açúcar 0,150 kg
(para caramelar a forma)
Preparação:
Caramelizar a forma de pudim com o açúcar.
Bater os demais no liquidificador.
RECEITAS OPCIONAIS
LINGÜIÇA
Ingredientes:
• Carne boi (Acém) 1 kg
• Carne de porco (Polpa) 0,300 kg
• Toucinho em cubos 0,300 kg
• Noz moscada q/b
• Pimenta negra q/b
• Cabeça de alho ½
• Vinho branco 0,300 litro
• Sal grossa 0,030 kg
• Tripa de porco q/b
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Lingüiça calabresa
Ingredientes:
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Salame
Ingredientes:
• Paleta vacina 1 kg
• Paleta de porco 0,800 kg
• Toucinho 0,200 kg
• Pimenta negra em grão q/b
• Alho 0,050
• Veio tinto 0,020 litro
• Noz moscada q/b
• Nitrato de potássio 0,002 kg
Preparação:
Mesclamos a carne de boi, porco, toucinho, o alho com vinho tinjo e o nitrato
Temperamos com pimenta negra, sal e noz moscada.
Logo se procede a embutir.
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"A comida de caça é uma comida sã, cálida, saborosa, de alto gosto e fácil de
digerir. Baixo os cuidados de um cozinheiro emérito, a peça de caça provê de
manjares de um alto valor que eleva à arte culinária à altura de uma ciência"
Brillat-Savarin
Caça é o esporte que consiste em perseguir e capturar ou matar animais selvagens, com
auxílio de armas, cães, cavalos e outros implementos. A caça chamada maior tem por
objeto animais de grande porte, exige equipamento complexo e se realiza em regiões
distantes da civilização, para onde refluem as espécies perseguidas. A caça menor tem
por alvo as aves e pequenos animais e pode ser praticada a pé, com a ajuda de cães.
Na mitologia grega, Castor, filho de Zeus e Leda, foram pioneiro na arte de perseguir
animais a cavalo; Órion, filho de Posêidon, ensinou os homens a caçar à noite,
emboscados. A Cinegética, de Xenofonte, foi o primeiro livro a tratar pormenorizadamente
da arte da caça. Ao tempo do imperador romano Augusto, as caçadas se faziam com cães
e cavalos. Os gauleses usaram o galgo, tomado aos romanos, e em Bizâncio se
empregava a falcoaria, caça com falcões amestrados que se difundiu depois entre os
povos germânicos.
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Na Idade Média, a caça tornou-se diversão predileta e exclusiva dos nobres, vedada aos
burgueses, e adquiriu um aspecto normativo até então desconhecido: os senhores
feudais, dedicados à perseguição de animais selvagens, consideravam desprezível o
emprego de armadilhas, alçapões e redes. No final do século XV, o aparecimento das
armas de fogo provocou uma revolução nos métodos de caça, da qual resultou a
devastação de muitas espécies européias. Pouco depois, a caça deixou de ser
prerrogativa dos nobres e se popularizou.
Caça moderna. Com o morticínio ocorrido na Europa, a caça maior passou a ser
praticada na América, Ásia e África, continentes com grandes áreas selváticas. Na
América do Norte verificou-se o extermínio quase total de espécies como o bisão, do qual
poucos exemplares sobreviveram até a atualidade. Outros animais preferidos dos
caçadores americanos são os cervídeos, como o veado vermelho, o alce, a rena e o
antílope, já quase desaparecido; o urso pardo e o polar, encontrados no Canadá e no
Alasca; o cabrito montês, o coiote, a raposa, o javali, a queixada, a onça e o puma.
Na Europa, as caças maiores que sobreviveram são o veado vermelho, no Reino Unido,
países escandinavos e Espanha; o alce, a rena, os cabritos monteses, o javali, o lince e o
urso, este nos países escandinavos, República Tcheca, Eslováquia, Espanha e Rússia. As
caças menores mais comuns são as lebres e diversas aves: marrecos e patos selvagens,
perdizes, faisões e pombos. A caça à raposa tornou-se uma tradição na Inglaterra desde o
século XVII, com participação de cavalos e cães. O requinte com que era praticada
transformou-a num rigoroso cerimonial, com vestimenta típica e uso de trompas, buzinas
de chifre ou de metal. Esse esporte tornou-se comum também nos Estados Unidos.
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As carabinas de caça são usadas no tiro a animais de grande porte ou na caça a espécies
ariscas (antílopes, cabritos monteses e outros). Os calibres reduzidos -- seis e nove
milímetros -- são usados de preferência aos mais elevados, de grande impacto, mas de
alcance e penetração menores.
Caça no Brasil
O cão veadeiro ou sabujo é usado na caça aos cervos. Varnhagen dava-o como produto
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O paqueiro, caçador de roedores, tem corpo longo e pernas curtas, como o bassê ou o
dachshund. É habilíssimo na tarefa de desentocar a caça. A variedade conhecida como
cão onceiro, supostamente oriundo do cruzamento entre perdigueiro e veadeiro, reúne as
qualidades de ambos. Costuma acuar a onça, fazendo-a subir em árvores, onde é abatida.
O cão de água ou de busca é aquele que vai buscar a caça abatida, inclusive a nado. Cão
de fila é o que segura a caça com os dentes e cão de corso é o que persegue animais
corredores.
Tipos de caça. Os métodos de caça usuais no Brasil são reminiscências dos processos
empregados pelos índios ou pelos colonizadores, com incorporação de técnicas mais
requintadas.
Caça à onça. Devido à ferocidade e à agilidade da onça, sua caçada é das mais
perigosas. A espécie mais comum no Brasil, chamada jaguaretê pelos índios, é a Felis
onça. Quando perseguida pelos caçadores e seus cães não demora em ficar acuada.
Prefere enfrentá-los em espaços onde tem liberdade de movimentos, sobre troncos caídos
ou junto a sapopemas. Para caçar onças emprega-se às vezes a azagaia, espécie de
lança curta com que o caçador chuça o animal, correndo grande risco. Quando ferida, a
onça torna-se mais perigosa e afugenta os cães com patadas.
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Caça à anta. Uma das caçadas mais interessantes é a da anta ou tapir (Tapirus
americanus), um dos maiores animais de caça do Brasil, que chega a 170kg. Prefere,
como o veado, refugiar-se nos rios quando perseguida por cachorros. É apreciada pela
carne saborosa e pelo couro. As patas, preferentemente as dianteiras, que têm quatro
unhas, servem como troféu de caça.
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Alguns Variedades
As codornas são aves migratórias que vivem em bandos, abundam em regiões banhadas
pelo Mediterrâneo, onde se cultivam cereais e nas pradarias. Cria-se em cativeiro na
França, Bélgica e Itália, as engordando para consumo. Em nosso país, a cria é mais
recente, já que não se comercializa tanto como na Europa. Sua carne é muito apreciada,
como também seus ovos, de alto poder nutricional. Utilizam-se geralmente, os peitos para
entradas ou pratos principais, as coxas para entradas ou saladas, também para amuse
bouche. A variedade que se utiliza para a cria em cativeiro, é uma variedade doméstica,
originária do Extremo Oriente. A codorna chamada "selvagem” compreendida como "caça
de pena", é gorda, graxa e menos aromática que a de cativeiro. Estas aves, não voadoras,
devem-se preparar lardadas (lardons) ou amarradas com toucinho ou panceta, ou envoltas
em alguma folha como pode ser uma de parra, para proteger suas carnes da cocção. Seu
peso pode estar entre os 150 e 200grs, lhe calculando um tempo de cocção de entre 12 e
18 minutos por unidade. Podem-se assar no churrasco, (sempre protegidas), em
brochettes, na caçarola, desossadas, recheias, salteadas, estufadas, em patês, pudins,
combinadas com cogumelos.
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2. Perdiz Brasileira
A perdiz brasileira é muito semelhante à nossa codorna silvestre, da qual difere apenas
pelo seu grande porte e pio diverso, não possuindo nenhum parentesco com a perdiz
européia.
É muito sagaz e põe ovos de coloração muito interessante como à cor chocolate violáceo
brilhante. Esta ave é da família dos tinamídeos, assim como a codorna, macuco e inambu,
porém ela é a ave de maior porte desta família e por isso é inconfundível.
Possui coloração avermelhada misturada com amarelo-ferrugíneo e penas dorsais
listradas de preto. A espécie brasileira é a Rhynchotus rufescens.
Durante muito tempo a perdiz brasileira foi alvo de caçadores devido ao sabor e sua
carne.
Entretanto, atualmente já é possível encontrá-la em grandes criações de aves
ornamentais.
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5. Lebre
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• 2 rins
• 1 fígado
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Encontrada em certas áreas das Américas do Sul e Central, próximo a rios e lagos, a
capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) é o maior roedor vegetariano do mundo.
Alimenta-se de capins e ervas, comuns em várzeas e alagados, e pode chegar a pesar até
80 Kg.
É uma excelente nadadora, tendo inclusive pés com pequenas membranas. Ela se
reproduz na água e a usa como defesa, escondendo-se de seus predadores. Ela pode
permanecer submersa por alguns minutos. A capivara também é conhecida por dormir
submersa com apenas o focinho fora d'água.
No Pantanal, seus principais períodos de atividade são pela manhã e à tardinha, mas em
áreas mais críticas podem tornar-se exclusivamente noturnas. Nas décadas de 60 e 70 as
capivaras foram caçadas comercialmente no Pantanal, por sua pele e pelo seu óleo que
era considerado como tendo propriedades medicinais. Estudos posteriores indicam que
pode haver, no mínimo, cerca de 400 mil capivaras em todo o Pantanal.
A capivara, como animal pastador, utiliza a água como refúgio, e não como fonte de
alimentos, o que a torna muito tolerante à vida em ambientes alterados pelo homem:
tornou-se famoso o caso da "capivara da lagoa", que viveu durante meses no entorno da
Lagoa Rodrigo de Freitas na área urbana do Rio de Janeiro, assim como é notória a
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Nas regiões ao longo do Rio Paraná no sul do Brasil e norte da Argentina, as capivaras
são freqüentemente capturadas e aprisionadas para criações em cativeiro ou para serem
abatidas como carne de caça.
Entretanto, no Brasil, esta prática tem de ser precedida de projeto e licenciada pelos
órgãos de controle ambiental sob pena de configurar crime ambiental, já que a capivara é
uma espécie protegida por lei.
Existem estudos para sua criação em cativeiro visando a produção de carne como
substituto à caça predatória, mas ainda há poucos resultados práticos nesse sentido. Sua
carne tem sabor próximo ao do porco e é mais magra, porém com um sabor mais picante.
8. Anta – Tupir
A anta ou tapir, maior mamífero da América do Sul, é no entanto muito menor que seus
parentes da África e da Ásia. Teorias recentes buscam a explicação para este fenômeno
na última glaciação, quando a América teria secado demais para permitir a sobrevivência
de animais de grande porte.
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A anta chega a pesar 300 kg. Tem três dedos nos pés traseiros e um
adicional, bem menor, nos dianteiros. Tem uma tromba flexível, preênsil e com pêlos que
sente cheiros e umidade. Vive perto de florestas úmidas e rios: toma freqüentemente
banhos de água e lama para se livrar de carrapatos, moscas e outros parasitas.
Herbívora, come folhas, frutos, brotos, ramos, plantas aquáticas, grama e pasta até em
plantações de cana-de-açúcar, arroz, milho, cacau e melão. De hábitos noturnos,
esconde-se de dia na mata, saindo à noite para pastar.
De hábitos solitários, são encontrados juntos apenas durante o acasalamento e a
amamentação. A fêmea tem geralmente apenas um filhote, e o casal se separa logo após
o acasalamento. A gestação dura de 335 a 439 dias. Os machos marcam território
urinando sempre no mesmo lugar. Além disso, a anta tem glândulas faciais que deixam
rastro.
Quando ameaçada mergulha na água ou se esconde na mata. Ao galopar derruba
pequenas árvores, fazendo muito barulho. Nada bem, e sobe com eficiência terrenos
íngremes.
Emite vários sons: o assobio com que o macho atrai a fêmea na época do acasalamento,
o guincho estridente que indica medo ou dor, bufa mostrando agressão e produz estalidos.
9. Coelho - Conejo
Cortes do coelho
As partes obtidas são:
• Pernas dianteiras ou PALETA
• Caixa torácica ou RABLE
• Peito
• Pernas traseiras ou CUISSES
• Vértebras sacras
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Eviscerado:
• Extraem-se o coração, fígado, rins e moelas, os quais podem consumir-se,
previamente limpos de gordura.
• As moelas de acordo ao tamanho do coelho podem ou não consumir-se.
10. Faisão
O faisão é uma ave do gênero galiforme (da mesma família da galinha doméstica,
codorna, perdiz e pavão).
São originários da Ásia, principalmente da China, Rússia, Nepal, Japão, Himalaia e Tibet.
O faisão em quase sua totalidade, possui um grande dimorfismo sexual, sendo os machos
maiores e de plumagem bem mais colorida e brilhante que as fêmeas.
Os machos realizam grandes exibições na época de acasalamento, são
geralmente brigões e polígamos.
Existem 49 espécies de faisões, das quais 46 são criadas em cativeiro e mais
de 160 variedades, existem várias espécies em estado selvagem na Ásia. A primeira
espécie introduzida na Europa foi a phaseanus colchicus, feita há muitos séculos e se
habituou tão bem que hoje se tornou uma ave nativa nos bosques europeus. Sua
introdução nos Estados Unidos é tão grande que, para se ter uma idéia sua produção
anual é entorno de 20 milhões de aves.
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A carne de Jacaré tem sido uma iguaria muito apreciada em países asiáticos, sobretudo
na Tailândia e Vietnam. No Brasil, tem sido incentivada a criação em cativeiro visando à
exportação, sobretudo no estado do Mato Grosso (Pantanal), onde existe o único
frigorífico na América Latina certificado nesse tipo de carne.
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As aves de curral
Existem aves de dois tipos: aves de carnes brancas e aves de carnes vermelhas.
Dentro das primeiras encontram: galinhas, frangos, galos, capões, galinha d’Angola,
perus, frango de leite. Em tanto que com carnes vermelhas, alguns exemplos são: os
patos, pombinhos, gansos, pombas, patos selvagens, ou avestruz.
A diferença de cor da carne a podemos encontrar em distintos animais ou na mesma
espécie, mas em distintas idades. Assim, os animais de maior idade terão uma carne mais
escura e firme que os exemplares jovens.
Em todos os casos, a cocção deve ser total, ante a possibilidade de existência de
salmonela.
Algumas aves:
1. Peru
Peru é o nome comum dado às aves galiformes do género Meleagris com variantes
selvagens e domesticadas, originária das Américas e aparentadas com os faisões.
O nome peru tem sua origem provavelmente do topônimo Peru, por acreditar-se no século
XVI que era dali que se exportava a ave para Portugal; além do mais, no Portugal do
século XVI, segundo relata José Pedro Machado, a fama do Peru era tal que,
metonimicamente, entre os portugueses, passa a significar a América espanhola.
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Originário da América do Norte foi levado para a Europa em 1511. O peru selvagem foi
domesticado pela primeira vez no México há mais de mil anos, mas, no começo do século
XX, havia desaparecido em grande parte dos Estados Unidos. Nos últimos anos o peru
começou a ser reintroduzido o seu lugar de origem com aparente sucesso.
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2. Galinha d’Angola
No Brasil, a ave é conhecida por vários nomes, dependendo da região, sendo chamada de
cocá, tô fraco ou angolista, ou ainda, erroneamente, de galinhola.
3. Pato
Quando dois patos selvagens entram em luta, eles se atacam a bicadas e unhadas. O
mais fraco foge e o vencedor toma seu lugar junto da fêmea que o espera, afastando
qualquer rival que ouse aproximar-se. Esses patos geralmente vivem em bandos. Mas o
par isola-se durante o acasalamento, e o macho protege ciumentamente sua
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companheira. Nessa época, ele desprende um forte odor, razão pela qual
é chamado de pato-almiscareiro.
O pato selvagem vive em bandos de 10 a 15 indivíduos e é muito arisco. Sua plumagem é
preta com reflexos verdes-metálicos. Macho e fêmea são iguais, mas no macho distingue-
se uma carúncula sobre o bico, de cor vermelho brilhante. Originário da América tropical,
ele é encontrado desde o México até a Argentina. Vive domesticado em muitas fazendas
americanas.
É o ancestral do pato doméstico. Em estado selvagem, ele vive nos alagados e riachos. O
pato almiscareiro empoleira-se nos ramos altos das árvores para dormir e faz seu ninho
nas forquilhas dos galhos. Os patinhos abandonam a mãe logo após o nascimento.
Embora essencialmente herbívoro, o pato selvagem come também insetos, crustáceos e
peixes.
Na gastronomia, o pato é sinônimo de alta culinária. Para os franceses forma parte de uns
dos melhores ingredientes para preparar como o clássico pato à laranja.
O que se aproveita do pato é especialmente o peito, a carne é de cor vermelha e deve ser
cozinhar a fogo forte e consumir-se mal-passada.
4. Avestruz
O avestruz, Struthio camelus, é a maior das aves vivas, com uma altura de 2,4m e 150kg. É
originário da África (Namíbia Botswana, África do Sul), e também em certas zonas da Arábia. É a
única que pertence à família Struthioniformes. São aves polígonas e não migratórias. Adapta-se
com facilidade e vive em áreas montanhosas, savanas ou planícies arenosas desérticas. Seus
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Embora não voe, por ter asas atrofiadas, as longas, fortes e ágeis pernas, permitem que ele atinja
até a velocidade de 120 km/h com vento favorável (média de 65 km/h), pois em uma só passada
cobre 4 a 5 metros. Tem o pescoço longo, a cabeça pequena, e tem dois dedos muito grandes (em
cada pata) que se assemelham a cascos.
Produtividade
O avestruz alcança o peso de abate por volta de 12 meses. São muito resistentes a doenças, e
têm uma ótima capacidade de adaptação (criados com sucesso no Canadá, Estados Unidos,
Europa e Israel), suportando altas e baixas temperaturas. Alimenta-se de ração (1,5 kg/dia) e
pasto verde (2 a 5 kg/dia).
Vida longa (média de 50 anos de vida), contando de 20 a 30 anos de vida reprodutiva. O início da
vida reprodutiva é com 2 a 3 anos; no Brasil há avestruzes em zoológicos que iniciaram a postura
com 18 meses.
Cada fêmea põe de 40 a 100 ovos por ano, e os ovos pesam de 1.200 a 1.800 g e são incubados
por 42 dias.
O Mercado
• Pena;
• Couro;
• Carne.
Carne de avestruz
A carne é saúde e sabor incomparável Quando se fala em carne de avestruz, muita gente
pensa que se trata de carne branca, porém, é um engano. A carne de avestruz tem o
sabor incomparável da carne vermelha, mas, por outro lado, tem mais benefícios que a
carne branca. Em primeiro lugar, tem alto teor de Omega 3 e 6 (teor só encontrado em
algumas espécies de peixes) ácido graxo que ajuda a diminuir o colesterol e melhora a
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Calorias 96,6g
Proteínas 22g
Gordura 1,2g
Colesterol 58g
Carboidrato 2,1g
Cálcio 5,2mmg
Cortes
A avestruz é um pássaro flightless porque tem um breastbone liso que makes ele
unsuitable para o vôo. No alto de fazê-lo flightless, os meios lisos do breastbone do
pássaro ele não têm os músculos grandes do peito ou da asa. Conseqüentemente a carne
de vem do thigh, pé e para trás. Os cortes são quase exclusivamente dos vários grupos do
músculo encontrados no pé animal, dividido na faixa, no sirloin, e no thigh. O último corte
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Produtos resfriados
OBS: Os cortes e miúdos poderão se apresentar sob a forma de cubos, tiras, iscas ou
bifes.
Produtos congelados
Cozinhar Avestruz
Em tratar das carnes magras tais como aquele da avestruz, especialmente ao grelhar, é
importante baste a carne com azeite extra-virgem abundante antes de cozinhá-lo a fim
evitar a carne que se transforma duro e seco devido à evaporação rápida de seus sucos.
Outro método, útil ao cozinhar cortes inteiros, é ao lard a carne de tal maneira que
mantem a carne húmida. Mesmo para os cortes mais de alta qualidade, não é preferível
cozinhar a carne da avestruz na bandeja e por somente um período curto. É também o
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Uma vez sacrificada, depenam-se, ondulam, e evisceram antes de processá-la peça, deve
deixar repousar, até que passe o período de "rigor mortis". Logo se amarram ou cortam
em sextos ou oitavos.
Conservação:
A ave recém sacrificada deve ser repousada para que a "autólisis" (destruição das malhas
por parte das enzimas próprias) produza o abrandamento, durante um tempo determinado
de 24 a 48 hs. Conforme se trate de um animal jovem ou adulto. A partir deste repouso,
começa o processo real de conservação, por refrigeração ou por congelamento.
• Refrigeração: produz-se por esfriamento a 3 ºC com tempo de permanência de até
um mês.
• Congelamento: Absolutamente rígidas por congelamento produzido antes das 48hs.
depois do sacrifício, a uma Tº, entre os 16 ºC e os -20 ºC, e posterior conservação
a 9 ºC, com o 85% de umidade. Podem permanecer até os 9 meses. Para utilizar
estas peças, devem-se descongelar a +5 ºC, sem desembolsar até perder a rigidez
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Escabeche de coelho
Utiliza-se meia unidade nesta receita, reservar a outra metade para a seguinte receita.
Ingredientes:
• Paletas de coelho 2
• Peito 1
• Folhas de louro 0,030 kg
• Cenouras 0,150 kg
• Cebolas médias 0,150 kg
• Alho 2 dentes
• Páprica q/b
• Mescla de espécies 0,030 kg
• Sal e pimenta q/b
• Pimenta em grão q/b
• Óleo 0,200 litro
• Vinho branco 0,200 litro
• Vinagre de álcool 0,200 litro
Preparação:
Lavar bem a carne, as escorrer, temperar-la e saltear as presas em uma caçarola com as
folhas de louro e um pouco óleo até que estejam douradas.
Retirar e acomodar as peças em capas alternando com as cenouras cortadas em rodelas
e a cebola também atalho em rodelas grosas.
Adicionar sal, pimenta em grãos, os alhos em lâminas e as especiarias.
Adicionar o óleo, o vinho branco e o vinagre até cobrir.
Cozinhar a fogo suave até que estejam cozidas as cenouras, mas que não se rompam
(aproximadamente 1 hora).
Deixar esfriar e colocar em frascos também em capas e cobrir com o líquido da cocção.
Guardar em geladeira.
Deixar macerar um par de semanas antes de consumir.
Coelho às finas ervas
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Ingredientes:
• Peito de coelho 1
• Paleta de Coelho 1
• Manteiga 0,100 kg
• Fatias de presunto cru 4 (0,080 kg)
• Salsinha picada fino 0,020 kg
• Salsinha para decorar q/b
• Orégano q/b
• Tomilho q/b
• Sal e pimenta branca q/b
Preparação:
Mesclar em frio a metade da manteiga com a salsinha picada, o orégano e o tomilho.
Salgar, pimentar e lubrificar a manteiga composta as peças do coelho.
Envolver com uma fatia de presunto e travá-la com um palito de dente.
Em uma frigideira com o resto da manteiga, dourar todas as presas a fogo forte por seus
lados, sem cravá-lo com o garfo para que não perca seu suco.
À medida que estejam douradas as presas as colocar em uma fonte para forno.
Adicionar o resto da manteiga da frigideira.
Levar a forno a fogo moderado até que esteja tenro o coelho (meia hora aprox).
Retirar as presas, dispor num prato e decorar com salsinha.
Acompanhar com batatas à caçarola ou ao natural, purê de batatas ou com arroz branco.
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Ingredientes:
• Lima 1
• Azeite de milho 0,100 litro
• Peito de faisão 1
• Sal q/b
• Pimenta branca q/b
Preparação:
Realizar uma infusão de casca de lima em azeite durante 10 min. aproximadamente sem
que rompa o fervor.
Passar por um chinês e reservar o azeite.
Cortar as cascas de lima em rombos e reservar para decorar.
Saltear o peito de faisão no azeite aromatizado durante 5 minutos aproximadamente.
Temperar.
Retirar, envolver em papel alumínio o peito e terminar de cozinhar em forno por 10 min.
aproximadamente.
Guarnição de verduras
Ingredientes:
• Aboborinha italiana ½
• Cenoura ½
• Nabo ½
• Água 0,100 litro
• Aceto balsâmico 0,050 litro
• Vinagre de arroz 0,050 litro
• Alecrim 0,010 kg
Molho Emulsificado:
• Veio branco 0,100 litro
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Ingredientes:
• Batata-doce média 1
• Maçã verde 1
• Açúcar 0,030 kg
• Suco de limão 0,020 litro
• Sal q/b
Preparação:
Cortar e cortar em cubos médios a batata-doce e a maçã.
Ferver juntas em água com açúcar, de limão e sal.
Retirar e fazer um purê.
Voltar a esquentar para secar um pouco e retificar a maturação.
Endívias lustradas
Ingredientes:
• Endívia 1
• Manteiga 0,030 kg
• Suco de limão q/b
• Sal q/b
• Açúcar 30 grs.
Preparação:
Cozinhar a endívia em um branco de cocção abafado com papel manteiga durante 10
minutos aprox.
Retirar e deixar secar sobre papel absorvente.
Lustrar com manteiga, açúcar.
Terminar de caramelizarla a fogo suave.
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Ingredientes:
• Massa de folhado 0,300 kg
Para Vol-au-vent
Preparação:
Estirar a massa, cortar dois discos de 10 / 12 cm de diâmetro, tiar o centro, sobrepor,
Armando o Vol-au-vent.
Pincelar com ovo. Cozinhar em forno forte até metade de cocção e logo baixo
Para o Recheio
Ingredientes:
• Codornas 2
• Peito de frango 0.100 Kg
• Fígados de ave 1–2
• Azeite 30cc
• Creme de leite 0.030 litro
• Sal e pimenta q/b
• Ameixas passas 2–4
• Conhaque q/b
Preparação:
Desossar a codorna do torso, retirando a carcaça e os fêmures (coxas). Abrir, condimentar
com sal e pimenta.
À parte, processar e peneirar o peito de frango junto com os higados,
Adicionar a creme, mesclar e condimentar com sal e pimenta.
Colocar uma colherada generosa no centro de cada codorna, em cima dispor uma ameixa
passa (descaroçada, previamente hidratada no conhaque), cobrir com um pouco de falso.
Fechar e cozer.
Selar em frigideira com azeite, retirar e condimentar.
Ao esfriar, retirar o fio, logo colocar sobre o Vol-au-vent e levar a forno por 10' minutos até
finalizar a cocção.
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Molho
Ingredientes:
• Caldo escuro 0.250 litr0
• Mel 0,020 kg
• Mix de frutos vermelhos 0.080 kg
• Roux q/b
• Sal e pimenta q/b
Preparação:
Reduzir o caldo, lhe adicionar os frutos vermelhos e o mel, travar com roux, finalmente
condimentar com sal e pimenta.
Guarnição
Ingredientes:
• Peras 2
• Corentro q/b
• Manteiga 0.030 kg
• Sal e pimenta q/b
Preparação:
Cortar em cubos as peras (1 cm por 1 cm) as colocar em uma caçarola com a manteiga e
os bagos de coentrro, estufar a fogo suave com tampa.
Terminar condimentando com sal e pimenta.
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Preparação:
Junte todos os ingredientes para a marinada, misture bem e cubra os bifes com esse
preparado durante 24 a 48 horas.
Os bifes marinados poderão ser grelhados ou fritos, a gosto; não muito bem passado
("medium")
Guarnição
Ingredientes:
• Maçãs verdes 2
• Manteiga q/b
• Açúcar 0,050 kg
• Sal e pimenta q/b
Preparação:
Lavar e secar as maçãs, tirar as sementes, logo as cortar em rodas de 1,5 cm.
Refogar em uma frigideira com manteiga e o açúcar a fogo forte selando as de ambos os
lados.
Terminar em forno sobre a placa antiaderente, condimentar com sal e pimenta.
Molho
Ingredientes:
• Mostarda Dijón q/b
• Mostarda à l’anciénne q/b
• Purê de alhos q/b
• Azeite de confit q/b
• Vinagre de maçã q/b
• Sal e pimenta q/b
Preparação:
Mesclar os ingredientes emulsificando-los.
Decoração
Ingredientes:
• Folhas de hortelã fresca frita q/b
• Mel ou kero q/b
• Aceto balsâmico q/b
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A Massa
No Brasil, é comum utilizar a denominação massa as mais diversas preparações feitas
a base de farinha. Pizza, macarrão, pastel – tudo para nos entrem no grupo das
massas.
Já no exterior, nos países da Europa ou mesmo nos vizinhos sul-americanos, por
exemplo, há uma variação de nomenclatura e uma distinção entre massas e pastas. No
grupo das pastas entram os diversos tipos de macarrão, lasanhas, rondellis. E como
massas, são entendidas as preparações das famílias das pizzas e dos pastéis.
Resenha histórica
A massa, indubitavelmente, conquistou ao mundo. Os motivos são vários: facilidade
para obter um prato rico e substancioso, econômico, de fácil digestão e cujo poder
enérgico, contribuído pelos carboidratos, é de transmissão imediata ao organismo. Isto
é muito utilizado pelos esportistas.
Quanto a sua origem, aparentemente foram os etruscos quem preparou as primeiras
lasanhas, mas a tradição quer que Marco Pólo, ao retorno de sua viagem ao oriente,
introduziu o uso de uma espécie de barbantes comestíveis que preparavam os
chineses (spaghetti = spago = barbante).
Cabe assinalar também que os árabes e outros povos mediterrâneos conheciam a
massa antes que o grande viajante veneziano.
Desde 1300 o uso da massa se difunde por toda a Itália e foi a início do século XVIII
quando nasceram em Nápoles as primeiras e rudimentares máquinas para sua
produção.
Desde já que a massa não é um invento napolitano, mas é ali onde se chegou ao
máximo grau de aperfeiçoamento na elaboração, o sítio em que se encontrou o modo
de secá-la e conservá-la graças ao clima especial que se cria pela alternância dos
ventos ponentino (secos) com o vesubiano (quente e úmido), o que permitiu as
condições para uma excelente fabricação de massa, postas a secar nas ruas, dando
assim origem a uma produção industrial do alimento italiano por antonomásia.
Massa, alimento feito de massa seca que constitui a base de boa parte da cozinha
italiana, assim como de muitos pratos chineses, indonésios, japoneses e vietnamitas.
Embora a crença popular diz que foi introduzida na Europa pelo explorador do século
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A industrialização da massa
Podem-se diferenciar dois tipos de massa: a seca e a de ovo. A única diferença entre
os dois tipos é que a segunda inclui, além de todos os ingredientes da primeira, certa
quantidade de ovo.
A massa seca se confecciona com farinha de trigo duro ou também com sêmola,
amassadas com água. Todo o procedimento da fabricação se realiza de maneira
industrial há muitíssimos anos. Em 1500 surgem na Itália as primeiras corporações de
fabricantes de massa com regras marcadas e estatutos próprios. Os professores
artesãos da massa se conheciam com um nome em cada região italiana. Assim na
Ligura se chamavam 'maestri fidelari', 'Lasagnari' em Florência, 'Vermicellari' e
'artesãos da massa' no Palermo.
Nas primeiras fábricas que surgiram em Nápoles e ao longo de toda a 'costiera
amalfitana', a massa da massa se elaborava com os pés. Logo o trabalho se
aperfeiçoava com uma nova compressão conhecida com o nome de 'glomatura'. Este
processo se realizava com uma larga estaca de madeira na qual se sentavam três ou
quatro artesãos pressionando com todo seu peso.
Os trabalhadores se levantavam e sentavam quando a massa ficava homogênea e
podia passar pelas imprensas de madeira. Através de máquinas de diferentes formas,
saíam 'fidelini', 'vermicelli