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ESCOLA BÁSICA 2,3/S MICHEL GIACOMETTI

2018/2019
FICHA DE TRABALHO
Física e Química A - 11ºano

Para cada uma das questões, assinale a alternativa correta no espaço correspondente da folha de
respostas.

Grupo I

Para investigar se um corpo se pode


manter em movimento quando a
resultante do sistema de forças que sobre
ele atua é nula, um grupo de alunos fez a
montagem representada na figura à
direita. O corpo P, de massa 43,6 g ,
embateu no solo, antes de o carrinho C, de
massa 265,3 g, chegar ao fim da superfície
horizontal.
Na definição da recolha de dados pelo sensor S tomou-se como eixo a direção horizontal, com
origem na posição do sensor e sentido positivo do sensor para o carrinho. Com os dados
recolhidos obtiveram o seguinte gráfico da componente escalar da velocidade do carrinho, v,
em função do tempo, t .
Os alunos trataram os dados. Para o
intervalo de tempo entre os instantes
0,10 s e 1,40 s, determinaram a equação
da reta de ajuste ao gráfico velocidade-
tempo. Obtiveram a seguinte equação:

Y=1,35 X−0,04

Os dados mostraram, ainda, que os


efeitos das forças de atrito no movimento
do carrinho C são desprezáveis.

1. As forças que atuam sobre o carrinho na direção vertical são…


(A) a força gravítica e a força normal exercida pela superfície horizontal sobre o carrinho,
que constituem um par ação-reação.
(B) a força gravítica e a força normal exercida pelo carrinho sobre a superfície horizontal,
que constituem um par ação-reação.
(C) a força normal exercida pelo carrinho sobre a superfície horizontal e a força normal
exercida pela superfície horizontal sobre o carrinho, que constituem um par ação-
reação.
(D) a força gravítica e a força que é o par ação-reação da força normal exercida pelo
carrinho sobre a superfície horizontal.
2. A componente escalar da aceleração do carrinho, segundo a direção horizontal, no instante
t=0,60 s é…
0,80
(A) m s−2 . (C)1 ,35 m s−2.
0,60
(B)( 1,35 ×0,60−0,04 ) m s−2. (D)0 , 80 m s−2.

3. No intervalo [ 0,10 ; 1,40 ] s , a resultante das forças que atuam sobre o corpo P é…
(A) nula.
(B) menor do que a força que o fio F exerce sobre o carrinho C.
(C) maior do que a força gravítica exercida sobre o corpo P.
(D) igual à resultante das forças que atuam sobre o carrinho C.

4. Uma boa estimativa da altura inicial do corpo P, em relação ao solo, é dada pela expressão

1,30× 1,80
(A) m. (C)( 2,40−1,40 ) × 1,80 m .
2
( 2,40−1,40 ) ×1,80
(B)1 ,30 × 1,80 m. (D) m.
2

5. Os dados mostram que os efeitos das forças de atrito no movimento do carrinho C são
desprezáveis, porque…
(A) a resultante das forças que atuam sobre P, após ter colidido com o solo, é nula, dado P
ficar em repouso.
(B) a velocidade do carrinho aumenta linearmente com o tempo no intervalo
[ 0,10 ; 1,40 ] s , dado a força exercida pelo fio sobre o carrinho ser constante.
(C) a velocidade do carrinho é praticamente constante no intervalo de tempo em que a
força exercida pelo fio sobre o carrinho se anula.
(D) a força gravítica sobre o carrinho se anula com a força normal exercida pela superfície
horizontal sobre o carrinho.

6. Selecione o gráfico velocidade-tempo do carrinho, caso os alunos tivessem utilizado o


mesmo sistema, mas o fio que liga o carrinho ao corpo suspenso fosse mais comprido.
(A) (B)
(C) (D)

Grupo II

A Lua move-se em redor da Terra numa elipse, sendo as distâncias mínimas e máximas entre
os centros da Terra e da Lua 3,63 ×108 m e 4,06 × 108 m , respetivamente.
O ponto de aproximação máxima entre a Lua e a Terra designa-se de perigeu e o de
afastamento máximo de apogeu. No perigeu a Lua move-se a 1, 08 km s−1 e no apogeu a
0,97 km s−1 .
mL e m T , com m L<m T , representam as massas da Lua e da Terra.

1. Selecione o esquema que melhor representa as forças de interação no sistema Terra + Lua,
FT e ⃗
⃗ F L, quando a Terra, T, e a Lua, L, se encontram nas posições assinaladas.
(A) (C)

(B) (D)

2. A força gravítica exercida sobre a Lua pela Terra no perigeu, quando comparada a essa
força no apogeu, é cerca de…
(A)25% maior. (B)25% menor. (C)12% maior. (D)12% menor.

3. O módulo da aceleração da Lua no apogeu, consequência da força gravítica que a Terra nela
exerce, é dada pela expressão:
mT mL mT mL mL mT
(A)G 8. (B)G 8 2
. (C)G 8. (D)G 2
4,06 ×10 ( 4,06 ×10 ) 4,06 ×10 ( 4,06 ×108 )
.
4. A figura, à direita, que não está à escala, representa a órbita da
Lua, L, em redor da Terra, T, a força gravítica exercida, num
certo instante, pela Terra sobre a Lua, , e as suas
Fg

componentes ⃗
F1 e ⃗
F 2, respetivamente, na direção da
velocidade da Lua e na direção perpendicular à velocidade.
Considere que o movimento da Lua ao longo da órbita é no sentido anti-horário.
O efeito da componente…
F 1 é alterar o módulo da velocidade da Lua, aumentando-o.
(A) ⃗
F 1 é alterar a direção da velocidade da Lua.
(B) ⃗
F 2 é alterar o módulo da velocidade da Lua, diminuindo-o.
(C) ⃗
F 2 é alterar o módulo e a direção da velocidade da Lua.
(D) ⃗
Resolução
GRUPO I
1. (D)
A força gravítica sobre o carrinho resulta da interação gravítica entre o carrinho e a Terra, enquanto a força
normal exercida sobre o carrinho pela superfície e a exercida sobre a superfície pelo carrinho resultam da
interação, de contacto, entre o carrinho e a superfície horizontal. Sendo interações diferentes a força gravítica
não é par ação-reação de nenhuma das forças de interação entre o carrinho e a superfície.
A força exercida pelo carrinho sobre a superfície horizontal está aplicada nesta, não em (C).
Sobre o carrinho estão aplicadas a força gravítica e a força normal exercida pela superfície, sendo esta o
par ação-reação da força que o carrinho exerce sobre a superfície.
2. (C)
A componente escalar da aceleração é o declive da tangente ao gráfico velocidade-tempo, 1,35 m s−2,
que é o coeficiente de t na equação
v(t):
Y=1,35 X−0,04 ⇒ v( t)=1,35 t−0,04 .
3. (B)
Enquanto o corpo P não colide com o solo, no intervalo [ 0,10 ; 1,40 ] s , as acelerações de P e de C são
iguais em módulo, portanto, a resultante das forças será tanto menor quanto menor for a massa. Tendo P
menor massa, a resultante das forças que nele atuam será também menor:
m P < m C ⇒ m P a< mC a⇒ F R, P < F R, C.
Sobre o carrinho atuam a força gravítica, a força normal exercida pela superfície e a força exercida pelo fio.
Como as duas primeiras são perpendiculares à direção do movimento do carrinho anulam-se, assim a
resultante das forças é a força que o fio F exerce sobre o carrinho C, T C: F R, C =T C ⇒ F R, P <T C.
4. (A)
A altura inicial do corpo P coincide com a componente escalar do seu deslocamento, segundo a direção do seu
movimento, antes de colidir com solo, portanto, também com o deslocamento do carrinho C, i.e., o
deslocamento do carrinho C no intervalo de tempo em que a velocidade aumenta: [ 0,10 ; 1,40 ] s .
A componente escalar do deslocamento no gráfico velocidade-tempo corresponde à área entre o gráfico e
o eixo dos tempos naquele intervalo de tempo (área de um triângulo):
( 1,40−0,10 ) s ×1,80 m s−1 1,30 × 1,80
∆ x= = m
2 2
5. (C)
Após P colidir com o solo o fio deixa de exercer força sobre o carrinho, ficando a atuar sobre este a força
gravítica e a força normal exercida pela superfície, as quais se anulam, e as forças de atrito cuja resultante
é, assim, a resultante das forças.
Como após P colidir com o solo, a velocidade do carrinho é praticamente constante, segue-se, de acordo
com a Lei da Inércia, que a resultante das forças que nele atua é nula, portanto é nula a resultante das
forças de atrito.
6. (C)
Sendo o fio mais comprido o corpo P fica mais próximo do solo, demorando menos tempo a parar, logo, o
instante a partir do qual a velocidade de C fica praticamente constante tem de ser inferior a 1,40 s.
Como é a mesma situação, as forças são idênticas, e, dado as massas serem iguais, tal corresponderá à
mesma aceleração: o declive da reta de ajuste do troço do gráfico velocidade-tempo em que o movimento
é acelerado, no intervalo [ 0,10 ; 1,40 ] s , deve ser o mesmo, assim, a velocidade atingida pelo carrinho
quando o corpo suspenso embate no solo será menor (mesma aceleração, de módulo a , num intervalo de
tempo, ∆ t , menor: v f −0=a ∆ t ).
GRUPO II
1. (D)
A força que a Terra exerce sobre a Lua e a força que a Lua exerce sobre a Terra constituem um par ação-
reação, têm a mesma intensidade, a mesma direção e sentidos contrários, estando uma aplicada sobre a
Terra e outra sobre a Lua.
As forças da interação gravítica têm a direção da reta que une os centros de massa dos corpos que se
atraem.
2. (A)
A força gravítica entre dois corpos é inversamente proporcional ao quadrado da distância entre os seus
centros. Designando as distâncias entre os centros da Terra e da Lua no perigeu e no apogeu por r P e r A, e
os módulos das forças nesses pontos por F g, P e F g, A, respetivamente, obtém-se a relação entre essas
duas forças:
mT mL
G
F g, P r P2 F g, P r A2 Fg, P 4,06 ×108 m
2
F
F g, A
=
m m
G T 2L
⇒ = 2⇒
Fg, A r P
=
F g, A 3,63× 10 m
8 ( ⇒ g, P =1,25 .
F g, A )
rA
Assim, conclui-se que a força gravítica no perigeu (mais próximo da Terra) é 25% maior do que a força
F g, P −F g, A Fg, P
gravítica no apogeu (mais afastado da Terra): = −1=1,25−1=0,25 .
F g, A F g, A
3. (D)
A aceleração da Lua pode obter-se a partir da Lei Fundamental da Dinâmica:
mT mL
G 2
F F ( 4,06 ×108 ) mT .
a= R = T, L = =G
mL mL mL 8 2
( 4,06 × 10 )
4. (A)
O efeito da componente de uma força que atua num corpo, segundo a direção da velocidade, F 1,
⃗ éa
F 1 atua no sentido do
alteração do módulo da velocidade, aumentando-o ou diminuindo-o. Como neste caso ⃗
movimento da Lua, o módulo da velocidade aumenta (a aceleração e, portanto, a variação de velocidade tem
o sentido da velocidade).
O efeito da componente de uma força que atua num corpo, segundo a direção perpendicular à velocidade,
F 2, é a alteração da direção da velocidade, i.e., obrigar a que o movimento seja curvilíneo.

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