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desastres naturais com o ataque do furacão Katrina. Em poucas horas a cidade perdeu
todas as suas infra – estruturas mais importantes, e milhares de pessoas perderam todos
os seus bens mais valiosos. Em apenas um dia foram destruídos na cidade todos os
elementos que tornam um espaço uma cidade organizada - uma administração legal e
capaz de providenciar os cuidados necessários para os seus constituintes, sistemas de
saúde, habitação e transportação.
No entanto, mesmo antes da devastação criada por Katrina, Nova Orleães era
uma cidade caracterizada pelo declínio social. Sempre foi uma cidade muito conhecida
pelo seu turismo, e para qualquer visitante a cidade oferecia muitas distracções e várias
actividades interessantes. A famosa Bourbon Street, tinha tudo necessário para
satisfazer um turista, vários restaurantes, bares, bares de strip, e lojas de lembranças.
Porém para os habitantes o que mais marcava a cidade não era os seus vários
bares de Jazz ou a sua celebração do Mardis Gras. Nova Orleães, bem como todas as
outras cidades do estado de Luisiana, era caracterizada pelo seu problema de pobreza,
desigualdade racial e inaptidão burocrática.
Nova Orleães que era uma das cidades mais segregadas nos Estados Unidos da
América, era também uma das cidades com maior concentração de minorias étnicas,
75% da população. Os afro – americanos estavam em grande desvantagem, devido a
condições económicas, grandes disparidades de riqueza e segregação residencial racial.
A intersecção destas condições é a base da pobreza de guetos e da desorganização
social.
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Apesar de ter havido um declínio no racismo observado no dia-a-dia contra as
minorias étnicas nos anos 90,é óbvio que a descriminação continuou a ser um factor
base da pobreza destas minorias. O resultado de uma naming experience efectuada por
dois economistas americanos provou que nomes identificados racialmente são
suficientes para criar descriminação de emprego, este resultado foi verificado em 4
grandes sectores da economia. Este estudo bem como outros relacionados com o
mercado de trabalho tornaram claro que ainda há muito trabalho a fazer para combater a
descriminação racial.
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políticos, e do sofrimento dos habitantes de Nova Orleães circulavam por todo o mundo.
Finalmente no dia 2 de Setembro começou a chegar ajuda do governo federal.
No entanto, por essa altura já as pessoas reflectiam sobre o que tinham visto
nas várias fotografias dos destroços de Katrina, que veio demonstrar as desigualdades
raciais e as injustiças sociais ainda presente na América do século XXI. Tanto negros
como caucasianos sofreram as consequências do furacão, mas não há dúvida que houve
uma componente racial no que diz respeito às vítimas do furacão. A maior parte da
população branca da cidade teve oportunidade de escapar da cidade alguns dias antes do
grande impacto da tempestade.
O furacão não foi só um desastre natural, mas também um desastre criado pelo
homem que não foi capaz de tomar as medidas necessárias para prevenir as
consequências de uma tempestade que foi detectada com antecedência.
Katrina veio provar que a ideia que os Estados Unidos da América como
nação, já não tinham necessidade de se focar nas desigualdades económicas e injustiças
sociais, era errada. Que o pensamento de que o problema racial na América já estava
resolvido, era um mito. E que para além da defesa militar os Estados Unidos estavam
muito desprotegidos no que diz respeito à defesa nacional. O furacão forçou o
reconhecimento de que a sociedade americana ainda é marcada pela desigualdade de
classes e por uma grande divisão racial.
Nenhuma outra cidade teve que ultrapassar os obstáculos que Nova Orleães
tem enfrentado. A evacuação dos cidadãos instruídos, o desastre social entre os cidadãos
que ficaram, a destruição do sector económico e das infra – estruturas. Se até Nova –
Iorque que é a cidade mais rica dos Estados Unidos teve várias dificuldades em
ultrapassar os vários obstáculos físicos e económicos depois do 11 de Setembro, Nova
Orleães, uma cidade caracterizada pela sua pobreza e segregação racial terá uma
recuperação muito mais difícil.
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Apesar dos vários problemas que a cidade ainda tem que enfrentar, a sua
reconstrução continua em marcha, aproximando – se do seu 4º ano de recuperação.
A repopulação da cidade tem sido difícil, até agora vários anos depois de
Katrina, os migrantes estão dispersos pelas cidades dos Estados Unidos da América. A
localização dos refugiados tem sido difícil, e vários métodos têm sido utilizados para
trilhar o êxodo de Nova Orleães, o maior na história da América desde a guerra civil.
Em Julho de 2008 a população era de 311,853 em contraste com os 445,000 antes do
furacão, e o aumento anual da população também teve um decréscimo de 19% de 2006
– 2007 para 3% de 2007 – 2008. As características raciais da população da cidade
continuam na mesma, sendo 56% da população afro – americana e 35% caucasiana, um
pequeno declínio das percentagens anteriores, 60% afro - americanos e 32%
caucasianos. A habitação continua a ser um grande problema, visto que há falta de mão-
de-obra para a reconstrução das casas, e o serviço público continua a ser bastante fraco.
Mais de 40.000 pessoas ainda encontram – se desabrigadas.
O esforço feito para diminuir o crime na cidade de Nova Orleães parece estar a
ter resultado. Em 2008 o crime diminuiu em quase todas as categorias. A percentagem
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de homicídios desceu 15%, as violações diminuíram 44%,assaltos por mão armada
diminuiu 5%.
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Bibliografia
• http://en.wikipedia.org/wiki/Effects_of_Hurricane_Katrina_in_New_O
rleans
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