A América do Norte é formada por México, Estados Unidos da América (EUA) e
Canadá. Também compõem a região os territórios da Groenlândia (dinamarquês), Bermudas (britânico) e Ilhas Saint Pierre e Miquelon (francês).
O território norte-americano tem 18.680.276km² e possui extensas áreas
desabitadas. Por outro lado, as costas atlântica e pacífica, a região dos Grandes Lagos e a região da Cidade do México são densamente povoadas, com enormes aglomerações urbanas. A população da América do Norte é de aproximadamente 490 milhões de habitantes. Os EUA têm maior população, com 324,1 milhões de habitantes. Depois vem o México, com 128,6 milhões de habitantes e, por último, está o Canadá, com 36,2 milhões. Em termos de densidade populacional, o México fica na frente, com 66hab./km², seguido por EUA, com 35hab./km² e Canadá, com apenas 4hab./km².
A composição da população norte-americana se deu, a princípio, através da
miscigenação dos povos indígenas com os europeus colonizadores e os africanos trazidos para o trabalho escravo. A partir do século XX, imigraram povos de vários países, como europeus e asiáticos e, posteriormente, centro- americanos e sul-americanos, gerando uma composição populacional extremamente diversificada.
O idioma predominante em cada país é: o inglês nos EUA, o francês e o inglês
no Canadá e o espanhol, no México. As línguas de origem nativa que resistiram à colonização e se destacam são: o náuatl e o maia, no México; o sioux, nos EUA; o atapasco, no Canadá; e o esquimó, no Canadá e Groenlândia.
A população estadunidense concentra-se na região nordeste, na costa oeste e
nas proximidades do Golfo do México. A colonização no litoral atlântico originou muitas cidades que cresceram até se transformarem nas metrópoles atuais. A corrida do ouro e incentivos do governo no século XIX, garantiram o povoamento do oeste. Já nas últimas décadas, a economia sulista atraiu uma grande massa de trabalhadores.
A intensa industrialização e desenvolvimento econômico fizeram dos EUA uma
grande potência urbanizada, com altos indicadores de desenvolvimento humano. Uma característica negativa marcante nos EUA são o racismo e a xenofobia, manifestações de intolerância de parte da população em relação às populações afrodescendentes, latinas e migrantes de outros países.
Devido ao avanço da industrialização e do setor terciário ao longo do século
XX, o Canadá tem uma população majoritariamente urbana. Destacam-se as regiões metropolitanas de Toronto, Montreal, Vancouver e Ottawa, que concentram juntas quase 15 milhões de habitantes. Uma característica marcante da população canadense é o multiculturalismo, proveniente da diversidade étnica decorrente da imigração que ocorre desde os tempos coloniais até a atualidade. Quase 20% da população é constituída de grupos minoritários. Com baixa taxa de natalidade e alta expectativa de vida, a população canadense idosa aumentou, ao passo que a em idade ativa diminuiu. Por isso o país investe em programas para incentivar a migração de estrangeiros para o país, o que corresponde a 50% do crescimento populacional.
Diferentemente dos EUA e Canadá, o México não faz parte do mundo
desenvolvido. Sua população, 60% mestiça, sofre com os mesmos problemas dos demais países latino-americanos. As nações indígenas representam 29% da população e encontram-se no interior do país, em condições de vida geralmente desfavoráveis.
A concentração de terras expulsou camponeses e indígenas do campo,
intensificando a urbanização. Conflitos de indígenas com fazendeiros e governo são constantes no país. Por isso existem grupos indígenas que se organizam para manter seu modo de vida independentes do Estado, como é o caso dos zapatistas.
Com uma população de cerca de 45 milhões de habitantes e um território aproximado de 522.760km², a América Central possui uma densidade demográfica de 102hab./km² (Barbados tem a maior, 674hab./km², e Belize a menor, 15hab./km²). O subcontinente é dividido em duas partes: a porção insular, formada pelas ilhas conhecidas como Antilhas; e a porção ístmica (ou continental), faixa de terras que faz a ligação, no continente americano, entre as Américas do Norte e do Sul.
A população centro-americana divide-se de forma equilibrada entre as duas
partes do território, sendo que aproximadamente metade das pessoas encontra-se habitando cada uma delas.
Os países independentes situados na porção continental (como Guatemala
e Nicarágua) passaram por uma colonização majoritariamente espanhola, o que definiu características em comum predominantes para a população a partir da cultura hispano-americana, como a religião católica e a língua espanhola– embora haja também línguas indígenas muito populares, como maio-zoque e misquito-matagalpa. O processo de colonização contribuiu também para a grande miscigenação ocorrida nesses países. Numa generalização da composição étnica, compreende-se que habitam a região descendentes dos povos ameríndios (astecas, maias, chibchas, entre outros), mestiços (miscigenação de índios com brancos), brancos de origem principalmente hispânica, e negros. A parte insular, por sua vez, divide-se em grandes Antilhas e pequenas Antilhas e foi colonizada por franceses, ingleses, espanhóis e holandeses. As grandes Antilhas são as maiores ilhas do Caribe e fazem parte os países: Cuba, República Dominicana, Jamaica e Haiti. As pequenas Antilhas são diversas ilhas menores, no mar do Caribe, que constituem pequenos países e territórios ultramarinos, como: Barbados, Granada, Trinidad e Tobago, entre muitos outros – sendo alguns territórios dependentes de outros países. Em função da corrida colonialista ocorrida na região, ocorre uma grande diversidade de traços culturais e humanos. Nessa região a presença de população negra é mais marcante, devido ao passado de intensa utilização de mão de obra escrava nesses países. Complementam a composição da população, de modo geral, mestiços (que são a maioria), brancos de origens variadas e os indígenas (em baixo número). Os idiomas nesses países são diversificados, conforme ocorreu a colonização. Fala-se principalmente o espanhol, o francês, o inglês, o holandês, o crioulo haitiano e muitas outras. Como em toda a América Central, predomina nas ilhas a população católica, seguida pela protestante.
A economia da América Central sofre ainda com a herança colonial, mantendo
ainda a atividade primária como principal motor econômico. A agricultura e o extrativismo são os principais responsáveis por empregar a maior parte da mão de obra.
Originadas no passado colonial de exploração, as estruturas de dominação
interna e externa ainda sobrevivem em todo o subcontinente, caracterizando o subdesenvolvimento. A desigualdade social é marcante e priva grande parte da população de serviços e necessidades básicas para obter melhores condições de vida. O Haiti, por exemplo, está entre os países com os piores indicadores econômicos e sociais do mundo, com uma expectativa de vida inferior a 50 anos de idade, mortalidade infantil de cerca de 63,2 por mil nascimentos e 80% de sua população vivendo abaixo da linha da pobreza. Em termos de índices de desenvolvimento humano, Cuba é o país que se destaca na América Central, com as mais baixas taxas de natalidade (1,5%) e de mortalidade infantil (7 por mil nascimentos) do subcontinente, além da elevada expectativa de vida (76,7 anos). Cuba também é o segundo país de maior população (11.300.000 habitantes). O primeiro é Guatemala, com 14 647.083 habitantes. Os países mais urbanizados da América Central são Bahamas (89%) e Trinidad e Tobago (74%). Já os menos urbanizados são São Cristovão e Névis (34%) e Haiti (36%).