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Não se pode aplicar a teoria do ato jurídico ao processo, pois as nulidades processuais
sempre precisam ser RECONHECIDAS, e nunca se operam de pleno direito. Há uma
autonomia fenomenológica, pois o processo penal possui uma dinamicidade que o
material não possui. A sentença penal absolutória que transita em julgado não pode ser
rescindida nem mesmo por revisão. Para Lopes, a nulidade relativa é uma fraude para
permitir o PUNITIVISMO. A redação do art. 564 é imperfeita porque não permite
notar que só há nulidade após decisão judicial.
Para Lopes, forma é garantia, e se ela existe, não pode ser por simples “amor à
forma”, e sim porque é importante. Neste sentido, ao contrário do que ocorre na prática,
se há desrespeito à forma, a ideia é de que SE GERE PREJUÍZO, e deveria o juiz ou
o promotor PROVAREM que não existiu. Ou seja, não é a parte que alega a nulidade
que deverá “demonstrar” que o ato atípico lhe causou prejuízo. Será o juiz que, para
manter a eficácia do ato, deverá expor as razões pelas quais a atipicidade não
impediu que o ato atingisse sua finalidade. Trata-se da chamada TEORIA DA
INVERSÃO DOS SINAIS, que defende essa dinâmica. Ademais, para Lopes, criar
categorias de nulidade é errado, pois só se pode constatar se houve ou não nulidade
ante a análise do caso concreto, já que o juiz é quem decreta. Por esse motivo, Lopes
critica a TEORIA DO PREJUÍZO.
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