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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - UFPE

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM AVALIAÇÃO EM SAÚDE APLICADA À VIGILÂNCIA

Aluno: Jonas Oliveira Menezes Júnior

QUESTÃO

Leia a portaria ministerial nº 1.378 de 09 de julho de 2013 que regulamenta as


responsabilidades e define as diretrizes para execução e financiamento das ações de
Vigilância em Saúde nas três esferas de gestão do Sistema Único de Saúde. Em
seguida, apresente suas reflexões sobre os avanços e desafios que esse decreto
representa e suas potenciais aplicações no contexto da cidade virtual de Ensolarado, do
seu estado e do seu município. Ao elaborar a sua reflexão, você deverá citar, pelo
menos, dois desafios e dois avanços entre as vigilâncias.

Elabore sua resposta fazendo uso de um editor de textos (ex: Word) e faça o upload do
arquivo no local indicado.

RESPOSTA

De início, gostaria de destacar que a portaria em questão traz alguns avanços


significativos, ao tempo que define uma disciplina normativa do Programa de
Qualificação das Ações de Vigilância em Saúde, que objetiva induzir o aperfeiçoamento
das ações de vigilância em saúde no âmbito estadual, distrital e municipal, além de uma
revisão dos valores relativos do Piso Fixo da Vigilância em Saúde (PFVS) destinados à
Secretaria Estadual de Saúde e a cada um dos Municípios da unidade federada.
No âmbito operacional, a portaria assegura a instituição de um Grupo de
Trabalho Tripartite para discussão e elaboração da Política Nacional de Vigilância em
Saúde, o que potencializa as vigilâncias no sentido de garantir mudanças substanciais do
local que a vigilância ocupa, uma proteção da capacidade de governabilidade
institucional dos governos em operacionalizar a vigilância em saúde.
De acordo com a Portaria, destaca-se o papel da Vigilância no âmbito municipal,
compreendendo ações de vigilância, prevenção e controle das doenças transmissíveis, a
vigilância e prevenção das doenças e agravos não transmissíveis e dos seus fatores de
risco, a vigilância de populações expostas a riscos ambientais em saúde, gestão de
sistemas de informação de vigilância em saúde em âmbito municipal que possibilitam
análises de situação de saúde, as ações de vigilância da saúde do trabalhador, ações de
promoção em saúde e o controle dos riscos inerentes aos produtos e serviços de
interesse a saúde.
A portaria traz contribuições ainda que se destacam pela abrangência das ações
voltadas à saúde pública, com intervenções individuais ou coletivas, prestadas por
serviços de vigilância sanitária, epidemiológica, em saúde ambiental e em saúde do
trabalhador, em todos os pontos de atenção.
A portaria contempla ainda a integração das ações de vigilância em saúde em
toda a Rede de Atenção à Saúde e em especial na Atenção Primária, como coordenadora
do cuidado, preservando a transversalidade das ações e fortalecimento do processo de
trabalho das vigilâncias epidemiológica, sanitária, em saúde ambiental e do trabalhador,
preservando suas especificidades.
Um desafio ainda posto é a permanência da compartimentalização entre as
distintas vigilâncias, apesar de terem por base princípios e processos de trabalho
semelhantes, o que dificulta a integração no processo de trabalho cotidiano no
enfrentamento dos problemas de saúde, matriciando saberes e tecnologias diversas para
intervir sobre a realidade.
Importante destacar que a portaria traz vários avanços que são símbolos de
fortalecimento em territórios como na cidade virtual de Ensolarado, mas que se torna
um cenário ainda desafiador para municípios e estados, no sentido de implantação de
serviços e ações, uma vez que enfrentam problemas que perpassam sobre o sub-
financiamento do SUS, falta de investimento da gestão em processos de qualificação de
equipe, além da dinamicidade dos problemas territoriais, caracterizando o processo em
constante processo de construção/reconstrução, o que incidem sobre a vida cotidiana e o
trabalho, indicando, para a tarefa da vigilância as possibilidades e as dificuldades de
intervenção.

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