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Lição 4 - O Altar do Holocausto

TEXTO ÁUREO
"Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo o
coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água limpa.” (Hb
10.22)
Verdade Prática
Na cruz, o Senhor Jesus Cristo purificou-nos de todos os pecados, tornando-
nos aceitáveis diante de Deus.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 27.1,2,6,7
27.1 - Farás também o altar de madeira de cetim; cinco côvados será o
comprimento, e cinco côvados, a largura (será quadrado o altar), e três
côvados, a sua altura.
2 - E farás as suas pontas nos seus quatro cantos; as suas pontas serão uma
só peça com o mesmo, e o cobrirás de cobre.
6 - Farás também varais para o altar, varais de madeira de cetim, e os cobrirás
de cobre.
7 - E os varais se meterão nas argolas, de maneira que os varais estejam de
ambos os lados do altar quando for levado.

Introdução

Qual era o caminho que o pecador percorria para ter seus pecados
perdoados? – TEXTO DA REVISTA

Reflita: Só houve Holocausto e Calvário porque há pecado, se o Homem não


tivesse pecado animais não seriam sacrificados e Jesus não teria morrido.

Houve um tempo na história em que os filósofos debateram muito sobre a


Origem da Civilização, as formas de Governo e a “Natureza Humana”. Por que
existe um governante em todas as civilizações e como é a Natureza Humana
de fato? O homem nasce bom e é corrompido pelo meio? O homem nasce
como uma folha em branco e vai construindo suas convicções? O homem já

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nasce mau? Esse período foi aproximadamente em 1.600 até
aproximadamente 1.800.

Um filósofo chamado Thomas Hobbes disse que “O Homem é o Lobo do


Homem”, ou seja, na visão de Hobbes o Homem é mau por natureza, já nasce
corrompido, não sabe viver em harmonia e vive em eterno conflito consigo
mesmo e com seus semelhantes.

Nós como Cristãos temos um nome para isso: “Natureza Pecaminosa”

“Quando o pecado entrou no mundo por meio de um homem, o pecado entrou


na raça humana inteira. O pecado dele trouxe consigo a morte a todos os
homens, porque todos pecaram” – Romanos 5:12 BV

Voltemos à pergunta: Qual era o caminho que o pecador percorria para ter
seus pecados perdoados?

Todos sabemos que quando uma pessoa pecava ela levava um animal para
ser morto em seu lugar, era feito o rito sacerdotal e o animal passava a
“carregar o pecado”.

No início do livro de Levítico vemos instruções sobre diversos tipos de


sacrifícios: Oferta, Oferta de Paz, sacrifício pelos pecados do sacerdote, do
povo e por aí vai. Todos esses sacrifícios eram feitos: NO ALTAR DO
HOLOCAUSTO e esse é o tema da lição de hoje

1º Tópico: “O Altar do Holocausto”

1. O Altar do Holocausto.

“A palavra “altar” sugere uma ideia de “mesa levantada”, visto que a


imolação da vítima do sacrifício dava-se em cima do altar, ou seja, neste
lugar, o sangue dos muitos sacrifícios era derramado pelos pecados do
povo” – ÚLTIMO PARÁGRAFO DA REVISTA

Só há remissão de pecados se houver a morte! Veja o que diz Tiago 1:14


ao 15

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“Mas as pessoas são tentadas quando são atraídas e enganadas pelos seus
próprios maus desejos. Então esses desejos fazem com que o pecado nasça, e
o pecado, quando já está maduro, produz a morte” – Tiago 1: 14-15 NTLH

2. O modelo do altar e seus materiais.

- PASSAR VÍDEO EXPLICANDO

“Tão logo o pecador passasse pela porta principal do Pátio, ele teria que
passar por alguns metros de distância pelo Altar dos Holocaustos. Assim, por
meio do sacerdote, o pecador apresentaria a sua oferta de sacrifício ao
Senhor” – COMENTÁRIO DA REVISTA

O subtópico 2 se divide em dois pontos, traçando um paralelo entre o Antigo e


Novo Testamento, mas explicarei primeiro o Antigo Testamento para no tópico
2 falarmos apenas do Novo Testamento, acredito que assim a didática será
melhor.

1) O Altar dos Holocaustos indica o caminho de salvação para o


pecador. No Altar dos Holocaustos, o pecador tinha seus pecados
expiados. – COMENTÁRIO DA REVISTA

“E tirará toda a sua gordura, como se tira a gordura do cordeiro do sacrifício


pacífico; e o sacerdote a queimará sobre o altar, em cima das ofertas
queimadas do SENHOR; assim, o sacerdote por ela fará expiação dos seus
pecados, que pecou, e lhe será perdoado o pecado” – Levítico 4:35

“E do outro fará holocausto conforme o costume; assim, o sacerdote por ela


fará expiação do seu pecado que pecou, e lhe será perdoado” – Levítico 5:10

De acordo com Levítico 1:1-4, um certo procedimento era para ser seguido.
Primeiro, o animal tinha que ser perfeito. Segundo, a pessoa que estava
oferecendo o animal tinha que se identificar com ele. Então, a pessoa

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oferecendo o animal tinha que infligir morte ao animal. Quando feito em fé,
esse sacrifício providenciava perdão dos pecados. Um outro sacrifício chamado
de dia de expiação, descrito em Levítico 16, demonstra perdão e a retirada do
pecado. O grande sacerdote tinha que levar dois bodes como oferta pelo
pecado. Um dos bodes era sacrificado como uma oferta pelo pecado do povo
de Israel (Levítico 16:15), enquanto que o outro bode era para ser solto no
deserto (Levítico 16:20-22). A oferta pelo pecado providenciava perdão,
enquanto que o outro bode providenciava a retirada do pecado.

2) Os chifres do Altar indicam um símbolo de poder, autoridade e


proteção.
Na Bíblia, “os chifres” têm um símbolo de autoridade, poder e proteção.
Essa simbologia estava presente no altar do holocausto – COMENTÁRIO
DA REVISTA
Por que “poder, autoridade e proteção”? Porque o poder de salvar e proteger
os pecadores estaria ao alcance de todos aqueles que se aproximassem do
altar do holocausto com seu sacrifício.

--- Após entendermos sobre o Sacrifício e o Holocausto no Antigo Testamento


podemos falar do Novo.

II - AS QUATRO PONTAS (CHIFRES) DO ALTAR E


O SENTIDO DE REDENÇÃO
“ O Antigo Testamento apresenta uma linguagem que prefigura coisas e
experiências presentes no Novo Testamento” – COMENTÁRIO DA REVISTA
Ou seja, o Modelo Estrutural do Altar e o Sacrifício são apenas sombras das
coisas futuras. Leia Colossenses 2:17

“Esses eram preceitos apenas temporários, que terminaram quando Cristo


veio. Eram apenas sombras da realidade — do próprio Cristo” – Colossenses
2:17 BV

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Agora, o comentarista usa uma didática muito usada por aqueles que pregam /
ensinam nas Igrejas Cristãs: Ele pega elementos bíblicos e faz analogia para
ratificar o poderio de Deus na História Humana e acima de tudo na cultura
judaico-cristã.

O altar tinha quatro pontas (chifres), então o comentarista pega 4


características do sacrifício no Altar do Holocausto e traça um paralelo entre o
Sacrifício dos Hebreus e o Sacrifício de Jesus.

1. As Quatro Pontas e a Propiciação.

Para a uma das pontas o comentarista atribui uma característica:


PROPICIAÇÃO.

“O ato de fazer a propiciação... implica “tentar obter de alguém sua boa


vontade, torná-lo favorável, aplacar a sua ira com sacrifícios”. –
COMENTÁRIO DA REVISTA

“Quando o sacerdote imolava o animal e retirava-lhe o sangue no altar


de quatro pontas e, com esse gesto, apresentava a oferta pelos pecados
do povo. Isso é uma propiciação” - COMENTÁRIO DA REVISTA

Em outras palavras, a palavra propiciação carrega a ideia básica de


apaziguamento ou satisfação, especificamente em relação a Deus. A
propiciação é um ato de duas partes que envolve apaziguar a ira de uma
pessoa ofendida e se reconciliar com ele/ela.

Leia I João 2:1-2

“Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém
pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo. E Ele é a
propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também
pelos de todo o mundo”.

“As quatro pontas do altar do holocausto rememoram a morte de Cristo como


propiciação provida por Deus para cobrir o nosso pecado e manifestar a justiça
divina”. - COMENTÁRIO DA REVISTA
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2. As Quatro Pontas e a Substituição.

“A oferta tomava o lugar do pecador. Foi exatamente assim que Jesus


levou sobre si a nossa culpa, oferecendo-se na cruz em nosso lugar” –
COMENTÁRIO DA REVISTA

- A substituição do Antigo Testamento era temporária, os sacrifícios eram


feitos diariamente e só cobriam os pecados, não os tirava.

Veja o que diz Hebreus 10:1-4

“Porque, tendo a lei a sombra dos bens futuros e não a imagem exata das
coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada
ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam. Doutra maneira, teriam
deixado de se oferecer, porque, purificados uma vez os ministrantes, nunca
mais teriam consciência de pecado. Nesses sacrifícios, porém, cada ano, se
faz comemoração dos pecados, porque é impossível que o sangue dos touros
e dos bodes tire pecados”.

- O sacrifício de Jesus é permanente, não precisamos de mais nenhum!

“Neste novo plano nós fomos perdoados e purificados pelo sacrifício de Jesus
Cristo, ao morrer por nós uma vez por todas. Segundo a antiga aliança, os
sacerdotes permaneciam diante do altar dia após dia, oferecendo sacrifícios
que jamais podiam tirar os nossos pecados. Mas quando esse sacerdote
entregou-se a si mesmo a Deus pelos nossos pecados, como um único
sacrifício duma vez para sempre, assentou-se no lugar de maior honra à direita
de Deus” – Hebreus 10:10-12 BV

3. As Quatro Pontas e a Reconciliação.

“O Altar era o lugar-símbolo da reconciliação de Deus com o povo de


Israel... Esse rito nos leva à cruz como o único lugar onde Deus se
encontra com o pecador, a fim de perdoá-lo e reconciliá-lo mediante o
sangue da expiação” – COMENTÁRIO DA REVISTA

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- No Antigo Testamento “Reconciliação” estava relacionada a expiação /
propiciação e no Novo Testamento essa palavra implica em uma
mudança espiritual, que transforma inimizade em afeto.

“E tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus
Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, 19isto é, Deus estava em Cristo
reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs
em nós a palavra da reconciliação” – II Coríntios 5:18-19

“E que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele
reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra
como as que estão nos céus. 21A vós também, que noutro tempo éreis
estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras más, agora, contudo,
vos reconciliou” – Colossenses 1:20-22

4. As Quatro Pontas e a Redenção.

“Redenção é o pagamento de um preço pelo resgate de uma pessoa. O preço:


a morte de Cristo na cruz... com o significado de “comprar e tirar fora do
mercado” (uma expressão retirada do comércio de escravos), ou seja,
“resgatar” de uma vez por todas a pessoa da escravidão” – COMENTÁRIO DA
REVISTA

Ou seja, “Redimir” é o mesmo que “Comprar” ou “Libertar”.

Exemplos bíblicos:

“Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de
mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de
recebermos a adoção de filhos” – Gálatas 4:4-5

“Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em


Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue,
para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos,
sob a paciência de Deus” – Romanos 3:24-25

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“E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir os
seus selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus
homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação” – Apocalipse 5:9

"... havendo riscado o escrito de dívida, que era contra nós nas suas
ordenanças, o qual de alguma maneira nos era contrário, e o tirou do meio de
nós, cravando-o na cruz..." Cl 2. 14.

No século I, quando um criminoso era preso, seus delitos eram registrados em


um papiro conhecido como "cédula de dívida" ou "escrito de dívida". Ao cumprir
a pena e chegando a ocasião de sua liberdade, o juiz responsável pela soltura
do condenado, riscava a cédula, especialmente na parte onde os crimes
estavam apontados, e, no rodapé, escrevia TETELESTAI. Pronto! O indivíduo
não devia mais nada à justiça. Estava livre da condenação e, agora, poderia
desfrutar da paz e da liberdade.

O apóstolo Paulo se apropria desta figura jurídica para nos transmitir a


profundidade do alcance da obra redentora de Cristo, pois, como pecadores
que somos, também há contra nós uma “cédula de dívida”, a saber, uma série
de transgressões cometidas ao longo da vida. Esta cédula constitui-se em um
poderoso instrumento de acusação. Ela nos silencia, nos humilha, pois não há
como contradizê-la; não há como negá-la. Nela se registram todas as nossas
maldades, todas as nossas mentiras, toda perversidade que praticamos. Ela
aponta para a destruição dos que ali constam

Entretanto, o apóstolo Paulo declara que Cristo “riscou o escrito de dívida,


tirando-o do meio de nós, cravando-o na cruz”. Ou seja, Jesus Cristo com sua
morte vicária (substitutiva), pagou a dívida que tínhamos para com Deus. Vale
a pena lembrar que na cruz do Calvário, segundo o Evangelho de João (19.
30), Cristo declarou “Está consumado!” (TETELESTAI), sendo, inclusive, sua
derradeira palavra.

III - O ALTAR DO HOLOCAUSTO É UMA IMAGEM DO CALVÁRIO

1. O lugar do sacrifício.
“No Altar dos Holocautos, como visto anteriormente, as vítimas inocentes
eram sacrificadas no lugar dos pecadores... O lugar em que foi cumprida
de uma vez por todas tal realidade foi no Calvário. Nele, o Cordeiro de

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Deus, o Filho Unigênito, foi sacrificado por amor a nós” – COMENTÁRIO
DA REVISTA

Um teólogo chamado Paul Washer disse: “As pessoas dizem que a Cruz de
Cristo prova o quanto o Homem é valioso. Isso é mentira! A cruz prova o
quanto os Homens são depravados”.

- Alguns cristãos ainda não entenderam a dimensão do sacrifício de Jesus.

O cantor Gerson Rufino tem um louvor intitulado “Barrabás” e destaquei um


trecho dele:

“Eu era o criminoso e Ele era sem pecado

Eu estava sendo solto e Ele sendo condenado

Eu era a malícia e Ele era sem maldade

Eu era a mentira e Ele era a verdade

Eu estava em plena guerra e Ele trouxe-me a paz

Ele era Jesus Cristo e eu era Barrabás”

2. O lugar de punição ao pecado.

“O altar do holocausto denota que todo o ato pecaminoso deveria ser


punido. A santidade de Deus e sua justiça não deixam o pecado sem
punição. Infelizmente, nos tempos atuais, muitos não gostam de ouvir
acerca da gravidade do pecado e como Deus se ira com ele” –
COMENTÁRIO DA REVISTA

“Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o


conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma
certa expectação horrível de juízo e ardor de fogo, que há de devorar os
adversários. Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem
misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto
maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de

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Deus, e tiver por profano o sangue do testamento, com que foi santificado, e
fizer agravo ao Espírito da graça? Porque bem conhecemos aquele que
disse: Minha é a vingança, eu darei a recompensa, diz o Senhor. E outra vez:
O Senhor julgará o seu povo. Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo” –
Hebreus 10:26-31

“Por que então um simples homem reclama quando recebe o castigo pelos
seus pecados? Em vez disso, devemos examinar nossa própria vida, nos
arrepender de nossos pecados e voltar para o SENHOR” – Lamentações 3:39-40
BV

Jesus perdoou o ladrão da cruz, mas não da cruz e aquele ladrão estava ciente
que deveria pagar pelos seus pecados.

“Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a


Deus, estando na mesma condenação? E nós, na verdade, com justiça, porque
recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez” –
Lucas 23:40-41

2. O lugar de esperança.

“A obra no Calvário foi muito superior e mais ampla que a dos holocaustos,
pois, a partir dali, o pecador arrependido ressuscita para uma nova vida... Por
isso, o Calvário é um lugar de esperança!” – COMENTÁRIO DA REVISTA

Vale a pena depositar nossa esperança em Deus!

“A minha porção é o SENHOR, diz a minha alma; portanto, esperarei nele.


Bom é o SENHOR para os que se atêm a ele, para a alma que o
busca. 26Bom é ter esperança e aguardar em silêncio a salvação do SENHOR” –
Lamentações 3:24-26

Creia que ainda há esperança!

“Porque há esperança para a árvore, que, se for cortada, ainda se renovará, e


não cessarão os seus renovos. Se envelhecer na terra a sua raiz, e morrer o
seu tronco no pó, 9ao cheiro das águas, brotará e dará ramos como a planta” –
Jó 14:7-9

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