Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Nesta linha, conforme apontado pelos autores do artigo em questão, alguns pontos
foram destacados como principais:
Quanto à perícia prévia apontada, enxergamos com receio tal prática, porquanto é
evidente que os trabalhos periciais de avaliação de viabilidade da empresa para identificação da
utilização fraudulenta ou da má-fé são complexos e necessitam de tempo e recursos financeiros,
estes que no momento de crise certamente estarão limitados. Neste ponto a legislação atual
definiu o crime falimentar fixando pena para o devedor que incorrer em tal prática, fato este que,
por si só, deveria ser suficiente para inibição da utilização do instituto como meio de obtenção de
vantagem ilícita, além disso, a legislação entrega aos credores à prerrogativa de fiscalizar as
atividades do devedor através da figura do administrador judicial, o qual estes têm acesso, bem
como outorga à estes o direito de aprovar o plano de recuperação judicial. Veja-se que a
realização da perícia prévia implicaria em gasto de recursos dos credores, portanto melhor
prática seria deixar esta questão em aberto para que estes pudessem optar livremente pela
contratação de trabalhos especializados para auxiliar na tomada de decisão quando da votação
pela aprovação do plano, caso entendessem necessário, afastando a obrigatoriedade da realização
das análises, ademais, existem casos em que a inviabilidade do plano de recuperação judicial
salta aos olhos sem a necessidade de opiniões de especialistas.