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LILITH

Teoria da Conspiração: Lilith, a primeira mulher de Adão

http://mundoestranho.abril.com.br/materia/teoria-da-conspiracao-lilith-a-primeira-mulher-de-adao

1) Desaparição editorial

No primeiro capítulo do livro Gênesis, que faz parte da Torá e da Bíblia, Deus cria
"homem e mulher" à sua imagem e semelhança. Mas, logo no capítulo seguinte,
somente Adão é mencionado. Onde foi parar a mulher do primeiro capítulo? É só no
segundo capítulo que Eva é criada, e no terceiro que recebe seu nome. Essa
inconsistência sugere queparte do texto tenha sido editadaou removida

2) Lilith já estava lá

O registro mais antigo dessa figura está nas gravuras dos amuletos de Arslan Tash,
relíquias que datam do século 7 a.C. Alguns historiadores argumentam ainda que Lilith
é mencionada ainda antes, na demonologia suméria do terceiro milênio a.C. Na Épica de
Gilgamesh, poema mesopotâmio de 2100 a.C., há uma possível menção aLilith como
demônia.Ou seja,Lilith já era conhecida antes de compilarem o Gênesis, o que reforça a
teoria de que foi "apagada da história"

3) Primeira mulher, primeira rebelde

Segundo o Alfabeto de Ben Sirá, um dos textos que compõem a coleção de escritos
rabínicos chamado Talmud,Lilith foi criada a partir da poeira junto a Adão - portanto,
antes de Eva. Mas elanegou-se a deitar sob ele na hora do sexopor não se sentir
inferior e, em protesto, abandonou o Éden. Ou seja, segundo o antigo folclore
judaico,Lilith rebelou-se contra a "superioridade" masculina de Adão, o que a torna uma
figura problemática para o judaísmo e para o catolicismo, religiões patriarcais

"Agora sim"

Outra evidência de que Eva não foi a primeira pode ser encontrada nos versículos de sua
criação, no capítulo 2 do Gênesis. Em várias edições do texto, Deus decide dar ao
homem uma companheira "idônea", o que sugere que algumaprimeira parceira,"não
idônea", já tinha sido criada antes. Reforça essa teoria a fala de Adão em certas edições
da Bíblia (como a King James Atualizada) quando vê Eva: "Esta, sim, é osso dos meus
ossos"

4) Motivação política

Outro motivo para Lilith ter sumido do Gênesis é histórico. Durante anos nos séculos 7
e 6 a.C., os hebreus, patriarcas da tradição judaico-cristã, ficaram exilados na Babilônia.
Durante essa época, os babilônios passam a adorá-la, cultuando-a como deusa da
fertilidade. Por ser adorada por seus captores babilônicos, os hebreus retiraram Lilith
do mito de criação da humanidade, e subsequentemente do Gênesis judeu e católico

5) Mulher-coruja

Lilith também é citada no Livro de Isaías, que faz parte tanto da Torá quanto da Bíblia.
Porém, ao longo de diversas traduções, seu nome foi sendo suprimido até virar"animal
noturno" ou "coruja". Só algumas traduções que usam como base os textos em
hebraico (mais antigos) mantêm "Lilith" em Isaías 34, no trecho em que o profeta
descreve como a ira de Deus destruirá a Babilônia e, na terra desolada,Lilith encontrará
um lugar para repousar. Ou seja: o profeta conhecia a figura da "primeira
mulher".Textos hebraicos e rendições artísticas de Lilith a descrevem como uma mulher
alada e serpentina. Então, dá para associá-la à figura da serpente alada do Éden

 6) Linhas tortas

A Igreja Católica, em particular, deu um "delete" definitivo na única menção a ela


dentro da Bíblia na metade do século 16, durante o Concílio de Trento. Nele, a Igreja
decidiu tornar "oficial" a Bíblia Vulgata, uma tradução para latim do século 4 que já
havia trocado a palavra "Lilith" em Isaías 34 por "ibis". A adoção de uma versão da
Bíblia que já tinha dado sumiço emLilith permitiu que ela fosse aos poucos
desaparecendo da tradição católica

 POR OUTRO LADO

Nada é certo quando falamos em textos antigos


- A teoria acadêmica dominante sobre o Gênesis diz que a "incoerência" entre o
primeiro e o segundo capítulo seria reflexo da tentativa de juntar dois mitos de criação
em um livro só, e não sinais de que parte dele foi "apagado"

O Gênesis é aberto a intepretação. Há quem leia o primeiro capítulo como um resumo


geral da criação do mundo, para só no segundo entrar em detalhes

- Tanto Gênesis quanto Isaías são textos antigos, têm origens incertas e passaram por
diversas traduções até as versões atuais, que diferem entre si. Ou seja, não existem
versões "definitivas" dos livros

- Todas as conexões entre a figura do folclore judaico Lilith e as civilizações pré-cristãs


são contestáveis. Alguns consideram os amuletos de Arslan Tash falsificações. A
passagem da Épica de Gilgamesh que cita Lilith pode ser uma adição do século 6 a.C., e
seu significado é incerto

- O único texto que de fato menciona Lilith como primeira mulher de Adão é o Alfabeto
de Ben Sirá, do século 7, que alguns consideram satírico, embora faça mesmo parte do
Talmud judaico

- Textos sagrados não são livros de história. Discutir o que "realmente" aconteceu no
Éden é igual a discutir se Capitu traiu Bentinho: não há uma resposta

Conheça a história de Lilith: a primeira mulher de Adão


http://www.ultracurioso.com.br/conheca-a-historia-de-lilith-a-primeira-mulher-de-adao/

No ano de 325 d.C foi realizado o I Concílio de Nicéia, presidido pelo imperador


romano Constantino. O Concílio teve como objetivo reunir bispos de todas as regiões
onde em que havia cristãos para discutir e definir temas fundamentais do Cristianismo,
tais como a data da Páscoa, e se Cristo era um ser criado (doutrina de Arius) ou não
criado, e sim igual e eterno como Deus Seu Pai (doutrina de Atanásio). Além de
condenar, rejeitar e retirar da Bíblia os chamados evangelhos apócrifos (ou gnósticos),
aqueles que, segundo o Concílio foram escritos sem a “inspiração Divina”por irem
contra os dogmas estabelecidos pelos bispos.

Vários evangelhos originais daquela época, que deveriam estar na Bíblia, foram
retirados. Tais como o evangelho de Maria Madalena, Tomé, Judas, Jesus e Gênesis II.
Foi decidido que no Concílio de Nicéia que esses evangelhos deveriam ser destruídos,
mas nem todos foram. Em 1945, próximo à cidade de Nag Hammadi (Egito), 52 cópias
de textos antigos, chamados de evangelhos gnósticos, foram encontradas em 13 códices
de papiro envoltos em couro (livros escritos à mão). A igreja católica rapidamente tratou
de considerá-los falsos, mas apropriou-se deles, trancafiando-os nos cofres do Vaticano.
Estranho, não é?

Em um desses evangelhos, está a história de Lilith, a primeira mulher de Adão – que


veio antes de Eva. A história conta que no início Deus criou Adão e Lilith, ambos do
pó. Entretanto, Lilith não aceitava a condição de ser submissa a Adão, até porque eram
feitos da mesma matéria. Então conheça agora a história de Lilith: a primeira mulher de
Adão.

“Por que devo deitar-me embaixo de ti? Por que devo abrir-me sob teu corpo? Por
que ser dominada por ti? Contudo, eu também fui feita de pó e por isso sou tua
igual” disse Lilith ao Todo Poderoso, o qual retrucou que era assim que Ele havia feito,
e assim continuaria. Lilith então se rebelou, e decidiu abandonar o Jardim do Éden.

Adão, agora solitário e muito triste, suplicou a Deus “Soberano do universo! A mulher
que você me deu fugiu!”. Deus enviou então três anjos para trazê-la de volta: Sanvi,
Sansavi e Samangelaf. O nome de tais anjos ainda integram o folclore europeu, e muitas
pessoas penduram placas na porta de casa com os nomes desses anjos para ‘afastar o
espírito de Lilith’.

Os anjos Sanvi, Sansavi e Samangelaf voltaram então dizendo que Lilith havia se
recusado a voltar. Foi quando Deus fez outra mulher para Adão, dessas vez de sua
costela, para não correr o risco de que essa também se rebelasse.

Há trechos na Bíblia que conhecemos que dão pistas sobre a existência de Lilith. Em
Genêsis 2:23, está escrito “E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da
minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada.” Há
variações na tradução em que ele diz “esta sim é osso dos meus ossos”, como se
houvesse existido outra mulher antes dela que não fosse feita dele.

Lilith está presenta em várias culturas, e sua história é muito conhecida no meio
hermético judaico. Ela também é estudada em diversas obras da literatura. Lilith aparece
como um demônio noturno na crença tradicional judaica e islâmica, e como um espírito
feminino vingativo em outras culturas como a hebraica.

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