Você está na página 1de 83

As Novas Escrituras

Edição eletrônica revista e anotada


Ano de 2009

Centro Lusitano de unificação Cultural


do Brasil

2
As Novas Escrituras

Queridos filhos, amada Humanidade

Vem à luz do dia, neste ano sagrado de


1985, uma obra totalmente originada nos planos
da causalidade a que decidiu-se dar o nome
genérico de “Livro da Anunciação” e que, tal como
esse nome indica, tem o fim de dar a conhecer ao
mundo a descida aos planos de manifestação
mais densos do novo Messias, Aquele cuja vinda
estava anunciada para o suposto fim dos tempos.
Pode a muitos parecer estranho que cada um
dos 28 pequenos capítulos de que a obra se
compõe venha assinado por nomes quase todos
diferentes, alguns muito conhecidos de todas as
pessoas (através das religiões e da História),
outros totalmente desconhecidos da maioria dos
homens mas muito familiares a quem tenha
seguido conscientemente a via do discipulado e da
iniciação.
Pode também causar estranheza ou mesmo
desconfiança que esses capítulos tenham sido
escritos por meio de intermediários segundo um
processo catalogado nas ciências espiritualistas
com o nome de psicografia não automática, ou
escrita inspirada.
Quero, antes de mais, esclarecer que foram

3
As Novas Escrituras

escritos exatamente por esse processo todos os


livros sagrados do Antigo Testamento hebraico e
do Novo Testamento Cristão. Muitas das entida-
des que agora aqui se manifestam foram agentes
visíveis ou invisíveis na feitura desses mesmos
antigos livros bem como dos livros santos das
grandes religiões.
Nesses tempos, a um discípulo telepatica-
mente inspirado chamava-se “cheio da graça do
Senhor”. Frases como “me apareceu um Anjo do
Senhor que me disse...”, “ouvi uma voz como um
trovão...”, etc., eram apenas formas antigas de
descreverem-se situações que hoje se descrevem
de forma diversa mas continuam a corresponder
ao mesmo tipo de situações e vivências.
O Reino de Deus de que se falava e que foi
anunciado é o reino da espiritualidade revelada e
participada. A ressurreição representa geralmente
a libertação da morte pelo conhecimento demons-
trado das leis da evolução e do retorno. Esse
conhecimento provoca o regresso de todos os que
morreram ao revelar-se sua eternidade ascen-
sional e sua continuada presença entre a Huma-
nidade em evolução.
Este Livro da Anunciação (primeiro capítulo
das Novas Escrituras) foi possível graças à
amorosa e impessoal dedicação de um grupo de
discípulos que, persistente e esforçadamente,
vinham-se preparando desde há 2.500 anos para
a elevada missão a desempenhar no advento da
Nova Era.
Seu anonimato não representa fuga à

4
As Novas Escrituras

exposição pública, covardia ou receio do ridículo


mas simplesmente demonstra que as ofertas
verdadeiramente importantes devem ser feitas de
forma impessoal (sem indicação de remetente) e
que as glórias ou as desgraças da volúvel
apreciação mundana não contam nos planos onde
o serviço não tem limites e as intenções não
podem ser falseadas.
O prêmio que recebem aqueles que servem
com total entrega e abnegação é a subida a
lugares onde o serviço será ainda mais pesado, a
responsabilidade ainda maior e a extensão dos
planos a executar infinitamente mais vasta.
Benditos são, porém, os que escolhem tal
caminho porque se sentarão à direita do Pai no
Reino dos Céus e a sua alegria não terá fim.
Vem este livro anunciar a aproximação do
novo Messias. Ele iniciou a Sua descida na
madrugada do dia 3 de Junho deste ano bendito
de 1985. Ele chegou respondendo ao pungente
grito de chamamento da Humanidade que, nos
últimos dois milênios, desde Sua última vinda,
tem-se visto esmagada pelo peso das ações de
todos aqueles que não quiseram ouvir o
mandamento de amor que Ele veio trazer à Terra
nessa manifestação. Foram dois milênios de
guerras, de injustiças, de perseguições e de
atropelos.
Dois terços da Humanidade encontram-se
ainda numa fase arcaica e pré-histórica de
evolução espiritual. Somente um terço dela terá
atingido o mínimo de evolução exigível. Por sua

5
As Novas Escrituras

vez, apenas um nono é constituído por aspirantes,


probacionários e discípulos na senda do Bem e do
serviço da Grande Fraternidade Branca embora a
maioria não tenha conhecimento consciente desse
fato.
Não foi, todavia, para a minoria que o Cristo
está voltando. Ele vem para dar à maioria uma
última e generosa oportunidade de salvação.
Entidade da mais pura e elevada estirpe espiritual,
filho primogênito do Pai eterno, submeteu-se
voluntariamente ao indescritível sacrifício de
mergulhar de novo neste mundo de vibrações
baixas e vis pelo amor profundo, pelo amor total
que dedica a cada uma das ovelhas de Seu
rebanho.
Não posso comentar com palavras humanas
a grandiosidade desse gesto. Espero, sim, que o
sintais no âmago de vossos corações, no local
onde a divina chama Crística deve brilhar com a
maior intensidade.
Lede este livro sem ceticismos, qualquer que
seja vossa posição intelectual, filosófica ou religi-
osa porque nele encontrareis palavras, conceitos,
pensamentos e intuições (principalmente
intuições) que talvez nunca vos tenham sido antes
proporcionados. É principalmente por a faculdade
intuitiva ser a chave da porta do Reino de Deus
que vos exorto a despertar esse esplendoroso
dom com que todos fostes dotados de nascença.
Permiti que ele se desperte ao longo desta obra
sagrada e ela assim terá atingido o seu magno
objetivo em vós.

6
As Novas Escrituras

Não vos trago palavras de dogmatismo nem


ameaças de punição. Vós sois os principais juízes
do tribunal onde vos sentareis como réus. Vossa
liberdade é absoluta e incontestada. Sois
senhores de vosso destino e podereis escolher os
caminhos que vos aprouverem.
Não temais tão-pouco os fariseus, os
escribas, os vendilhões, os agiotas ou os césares
destes tempos, que se apressarão a condenar
este livro nas suas listagens de obras excomun-
gadas, com as mesmas consciências plenas de
vícios e os mesmos ventres demasiadamente
fartos com que — durante o negro período de
obscurantismo em que reocuparam os seus
lugares de chefia a partir do século IV desta Era —
enviaram para a fogueira, para o cadafalso ou
para as masmorras, os mais sábios, os mais
santos e os mais virtuosos.
Abstraí-vos de todas as influências externas,
isolai o vosso eu interior e parti para uma nova e
fascinante descoberta do vosso poder intuitivo.
Apelai para a ajuda de vosso Mestre porque todo
aquele que aspira encontra a adequada resposta
do seu instrutor. Escutai a voz silenciosa da
presença divina em vós, que fostes criados à
imagem e semelhança do Pai para manifestardes
a divindade na plenitude de vossa expansão
espiritual. Respeitai a divindade interior e
encontrareis a salvação. Sede, em suma, dignos
d’Aquele que por vós tudo sacrifica e que, de
novo, aí está para vos amar.
Àqueles que professam as chamadas

7
As Novas Escrituras

“religiões cristãs” relembro a frase que tendes


inúmeras vezes repetido na vossa profissão de fé:
“Creio na comunicação dos santos.“ Chegou a
altura de pôr à prova a sinceridade dessa crença.
Aqui tendes uma tal comunicação. O Reino está
aqui. A chave também. A porta espera vossa ação
para ser aberta. Lá dentro, o Pai vos aguarda.

GAUTAMA

8
As Novas Escrituras

Aleluia, irmãos na Luz e companheiros na


Liberdade! Aleluia, pois o Senhor é chegado. O
príncipe dos Mestres, o Grande Instrutor, tomou
posse dos corpos amorosamente preparados
pelos representantes da Humanidade e da
operação do Espírito Santo na Humanidade.
Aleluia, pois Ele chegou e começou Sua cami-
nhada entre os homens!
Agora o Grande Senhor prepara-se para
estabelecer um vínculo cada vez mais estreito
com os grupos de servidores consagrados que
ecoarão Sua mensagem de Luz. Agora é o tempo
das guardas avançadas e o tempo para a medição
das coragens e persistências. A aurora da Nova
Era faz sentir seus primeiros raios luminosos
rasgando o céu violeta que encaminhará o futuro
da Humanidade. Os tempos são chegados!
Aleluia, irmãos, pois os tempos são chegados!
Sua marcha triunfal inicia-se primeiro no
silêncio dos planos internos para que depois se
produza o maravilhoso clamor das guardas avan-
çadas que transportarão Seu estandarte! Ele traz
consigo um grande séquito de Mestres e Seres
Ascensionados, o Poder de que foi investido pelo
Ancião dos dias e o dom de libertar e curar as
almas! Ele vem para regenerar o planeta! Ele vem
para trazer a energia cósmica! Ele vem para
ascender os homens!
Aleluia, irmãos, nos Céus e na Terra. A hora
é grande. Vivei-a! Vivei-a!

SAINT-GERMAIN

9
As Novas Escrituras

A madrugada do histórico dia 3 de Junho de


1985 testemunhou, uma vez mais, a manifestação
do sublime mistério cíclico: o Messias fez-se forma
e habita no mundo dos homens!
Na hora exata do plenilúnio, o Messias, o
bem-amado Senhor Maitreya, ocupou pela pri-
meira vez os corpos ou veículos mental,
emocional e etérico que Lhe foram preparados
pelas energias concentradas de três grupos de
discípulos encarnados e transmutadas e usadas
pelos Mestres, Anjos e Seres de Luz.
O cântico que agora ouvis é, pois, de triunfo
e de júbilo. É o coro dos Mestres Ascensionados,
dos Anjos, dos Arcanjos e de todos os Seres de
Luz de Shamballa e da Grande Fraternidade
Branca. É o clamor inquebrantável de todos os
que, desde tempos imemoriais, têm vivido, teste-
munhado e trazido à Terra a Luz una e multicolor
da Eterna Sabedoria. É a voz da Terra expandin-
do-se pelo Cosmos, a voz da Terra que desperta e
se renova.
Nos planos espirituais passam agora turbi-
lhões de luz, há danças de cor, sinfonias de paz,
uniões de alegria, visões do futuro: um futuro de
amor, de luz e de liberdade.
Este é o tempo maravilhoso da revelação dos
mistérios, da manifestação dos prodígios que
deixam de ser prodígios e da realização dos
sonhos que deixam de ser sonhos.
Do alto dos séculos, dos milênios incon-
táveis, acima de todas as instituições e criações
humanas, a eterna mensagem da Sabedoria

10
As Novas Escrituras

Divina confirma a verdade, a sublime realidade do


que hoje vivemos: do encontro entre o Propósito-
Divino e a Mãe-Humanidade, o Filho nasceu! O
Verbo se fez carne e habita entre nós!
Perante Ele — que não é a esperança do
Mundo mas a certeza do Mundo e não é apenas
uma luz mas a Luz, o Amor e o Poder do Mundo
— me prostro hoje humildemente, como humilde-
mente me prostrei há 2.000 anos diante do menino
que seria o Seu tabernáculo. Então, me prostrei
com os meus Bem-Amados Morya e Paulo (Mel-
chior e Baltazar). Agora, ascendido às esferas
superiores, me prostro com todos os Mestres da
Hierarquia e com todos os discípulos do Mundo.
Quero hoje entregar formalmente ao Mundo
dos Homens um exercício respiratório que poderá
ser, depois de divulgado por diversos meios, de
potente influência:

Inspirai profundamente o alento do Cristo-


Que-Vem e da Nova Era. Retende-o em vós por
momentos para o conscientizardes interiormente e
depois expirai-o sobre o Mundo, abençoando-o em
nome do Cristo e da Nova Era.

Fazei isto, ritmicamente, em três tempos


iguais. Peço-o, de todo o coração, em especial a
todos os discípulos do Mundo. A estes, o meu
apelo é que unam, na missão redentora, seu
Cristo interno ao Cristo Maitreya que agora está
vindo para entre os homens e que, enquanto não
chegar o tempo de Ele se manifestar no mundo

11
As Novas Escrituras

mais denso, se aperfeiçoem a fim de, como


pequenos Cristos, O ajudarem na Sua Missão. De
fato, Cristos, Messias, Redentores, em ponto
maior ou menor, são todos os que revelam à
Humanidade o propósito e as qualidades divinas
fazendo-a ascender para ser acolhida mais perto
do Coração do Ser.
Para terminar, queridos discípulos, apenas
vos quero dizer estas simples palavras: eu vos
amo. Nelas estão contidos toda a carga vibratória
e todo o momentum interior de meu ser.
Benditos sejais em nome do Cristo renas-
cido.

KUTHUMI

12
As Novas Escrituras

Tendo o Mundo sido distinguido no dia de


hoje com a glória da volta do Cristo, que vem para
estabelecer o reino de Deus sobre a Terra, torna-
se necessário que toda a Humanidade O saúde, O
acolha de braços abertos e O ame vibrantemente
manifestando em público esses sentimentos.
Por isso, vai ser entregue aos Homens um
novo instrumento de contacto com o Alto, um novo
mantra, uma nova invocação cuja função será:

• Fornecer ao Cristo o suporte energético por


parte da Humanidade para quem Ele desceu,
suporte que será por Ele utilizado, em comu-
nhão com os Seres Ascensionados Seus cola-
boradores, que será depois reenviado sobre a
Terra na forma de Luz Divina, Amor Divino e
Inteligência Divina.
• Unir a Humanidade em um todo uniforme, um
coral de fraternidade, para ela poder ser mais
facilmente conduzida ao portal que dá acesso
ao Santo dos Santos, antecâmara do Reino de
Deus.
• Servir, em seu aspecto formal, como corpo da
Novíssima Aliança que, a partir de hoje, é
celebrada entre a Humanidade caída e a Corte
Celestial, aliança que marca o princípio da via
do regresso, o início da Ascensão.

Este mantra deverá ser divulgado por todas


as formas possíveis, inclusive pelos meios de
comunicação social, por forma a que possa chegar
a todos os lares. Os fiéis o reconhecerão e o

13
As Novas Escrituras

acolherão passando a utilizá-lo freqüentemente.


Os aspirantes e discípulos devem fazer uso diário
e repetido dele suprindo assim a falta daqueles
que o não fazem. O mantra deverá ser pronun-
ciado pelo menos três vezes por dia por aqueles
que se encontram no Caminho.
Na sua aparente simplicidade (porque tem
que ser entendido por pessoas nos mais variados
graus de evolução, com os mais variados graus de
cultura) encerra, no entanto, conteúdo da maior
transcendência oculta cuja tônica principal reside
no início da emancipação do Homem que, con-
duzido pela mão do Filho-do-Homem, começa
finalmente a trilhar o caminho direto até Deus. Isso
marca igualmente o início da retirada da
Hierarquia como entidade mediadora (entre a
Humanidade e Shamballa) para uma posição de
observação atenta mas intervenção meramente
pontual, como uma mãe que ampara atenta e
carinhosamente o filho quando ele inicia os
primeiros passos
É, pois, com a aprovação da Hierarquia e
com a benção da Grande Fraternidade Branca,
que faço formal entrega ao Mundo da “Invocação
Maior”.

DJWHAL KHUL

14
As Novas Escrituras

INVOCAÇÃO MAIOR
Da Presença Sublime em nossos corações,
Ó Cristo, ó Redentor,
Recebe a Chama Ardente do nosso grande Amor!

Da Presença Real que coroa as nossas Mentes,


Ó Cristo, ó Potentado,
Acolhe a Luz nascente e o Poder despertado!

Do tímido embrião da nossa Inteligência,


Ó Redentor, ó Santo,
Fabrica o Teu bordão, manda tecer Teu manto!

Porque queremos fechar para sempre a porta ao mal,


Ó Cristo, ó nosso Irmão,
Mostra-nos Tua Face e estende-nos a mão!

Que a Luz, o Amor e o Poder do Pai,


Se manifestem por Teu intermédio
Sobre nós, em nós e por nós,
Eternizando o Plano sobre a Terra!

AUM!

Nota do Editor:

Continua sendo imperioso e urgente o uso desta Invocação da


forma e com a freqüência que foram recomendadas em 1985.
O descumprimento desta recomendação veio permitir um
grande atraso em todo o desenrolar do Plano Messiânico e
hoje, em 2009, muito do que estava prometido não se verificou
por esse motivo, entre outros.

15
As Novas Escrituras

O dia de hoje é um marco momentoso e


inolvidável na história da futura Estrela da Liber-
dade, é uma refulgência de luz que a poeira dos
tempos não pode, não deve apagar.
Vento, vento do espírito, soprai, soprai sobre
vosso Cristo interno e erguei-o, erguei-o! Ele
tomará conta de vós tal como o cordeiro de Deus
vem para apascentar suas ovelhas.
“O cordeiro de Deus vem para apascentar
suas ovelhas!” Compreendeis o significado desta
expressão? Do ponto de vista da forma, Ele é
agora apenas uma criança (um cordeiro). Vem
apascentar as ovelhas que são de Sua raça pois
Ele mesmo foi uma ovelha igual ao comum do
rebanho. Embora seja apenas um cordeiro (pelo
Seu passado, da mesma raça das ovelhas) Sua
realização é tão elevada, Sua evolução atingiu
planos tão altos, que Ele é agora o pastor. Vós
mesmos, porém, atingireis um dia as mesmas
alturas porque também sois de Sua raça. Na
verdade, todos são filhos de Deus diferindo
apenas nos graus de reconhecimento e de
vivência dessa portentosa, sublime e inultrapas-
sável realidade.
Atentai, irmãos: apesar de ser Ele o Messias,
o Senhor, o Pastor, o Verbo de Deus, é apenas “o
primogênito de uma multidão de irmãos”.
Séculos atrás, o Senhor Maitreya, que agora
vem descendo à manifestação, realizou Sua
dispensação Crística através da aparência física
de Jesus. Desta vez, Sua potente vibração
Crística utilizar-se-á das energia que, sob meu

16
As Novas Escrituras

comando, são oferecidas e irradiadas durante este


despertar da Nova Era do 7º Raio.
Assim, o Messias usa sempre o campo de
atividade do Senhor de uma nova era. Há 2.000
anos, porém, a manifestação Crística ancorou no
mundo denso e num corpo denso. Agora desce
apenas até aos sub-planos etéricos usando as
minhas energias e não o meu corpo.
Tal fato corresponde a um ponto mais alto na
espiral da evolução que determina também que a
dispensação Crística não se faça através de um
só ser e alguns poucos apóstolos mas de todos os
discípulos.
Minha afirmação hoje, perante vós, é: O
Cristo vem! A Liberdade vem! A Luz, o Amor e o
Poder vêm! Vós direis que esta é a síntese de
todas as nossas aspirações. Nós, os Mestres,
contudo, porque podemos ver mais além da hora
(para vós) presente, afirmamos enfaticamente: é a
síntese de nossa certeza.
Curvemo-nos assim, com o coração cheio de
gratidão, perante o Mestre, o Messias que agora
está vindo pois “na Sua Luz veremos a Luz”.

SAINT-GERMAIN

17
As Novas Escrituras

Quando, por ocasião do batismo, o Divino


Senhor Maitreya desceu sobre a figura do meigo
nazareno e passou a servir-se d’Ele tornando-se o
Cristo manifestado através de Jesus, estava pre-
sente o Espírito Santo da Terra (então represen-
tado por Santo Éolo) o que, na tradição Cristã,
ficou simbolicamente representado através da
presença de uma pomba.
Faz parte das funções do Espírito Santo
terrestre - ou Mahachohan - as quais atualmente
exerço, insuflar o primeiro sopro de vida em todos
os corpos a serem ocupados por qualquer
entidade, isto é, por um dos filhos de Deus, por
uma centelha divina emanada do centro cósmico
de toda a Vida e de todo o Ser. Por isso estive
também presente, ontem, nas cerimônias que
marcaram o nascimento do Cristo nos planos mais
densos, nelas representando parte destacada, de
acordo com as funções atrás referidas e que são
impostas pela Lei, independentemente da quali-
dade do ser cuja natividade se processa.
Assim, quando os Bem-Amados Mestres
Kuthumi e Saint-Germain receberam do Mestre
Jesus os corpos de que Ele havia sido o guardião
durante o período de gestação de cerca de um
mês (a partir do ato de concepção) e os
entregaram formalmente ao Senhor Maitreya, que
os ocupou, eu servi de intermediário insuflando
nesses corpos o primeiro alento.
Esses corpos, ou veículos que, para Sua
nova manifestação messiânica, o Senhor Maitreya
usará, são constituídos por substância mental,

18
As Novas Escrituras

emocional e etérica extraída dos respectivos


planos. Através deles atuará o ser espiritual e real
do Senhor Maitreya. Não usará, portanto, um
corpo físico denso. Isto não significa, todavia, que
os efeitos da dispensação Crística não desçam ao
mais denso dos planos terrestres. Freqüente-
mente, aliás, daqui a um certo número de anos, o
Messias far-se-á visível aos olhos dos homens
aparentando um corpo semelhante a qualquer
corpo denso. Isso acontecerá, porém, somente
através de um temporário processo de materiali-
zação, pelo que a forma densa será somente
ilusória. O Senhor Maitreya tem uma tal freqüência
vibratória, que nenhum corpo denso atual
suportaria por muito tempo uma tensão tão
poderosa. Seria, além do mais, uma prisão
demasiado cruel para nosso irmão mais velho.
Torna-se agora necessário que a Terra
esteja envolta na Chama Rosa do amor que
ativamente atrai a fim de condignamente acolher o
Messias. Com esse objetivo, desde há anos que
estou-me relacionando de forma mais intensa com
grupos de discípulos visando estimular neles a
irradiação da Chama Rosa. Esta mesma visualiza-
ção é agora pedida aos grupos que participaram
na concepção dos veículos, ou corpos dos Cristo e
que são os vértices de um triângulo central de
afluência Crística.
É necessária uma dedicada sustentação
desta irradiação da Chama Rosa. Esse é um dos
grandes objetivos para os próximos anos, junta-
mente com a divulgação e prática, quer do novo

19
As Novas Escrituras

exercício respiratório oferecido pelo Mestre


Kuthumi, quer da Invocação Maior, trazida pelo
Mestre Djwhal Khul.
Muito agradeço a todos os que quiserem
aderir à realização e à sustentação dessas
atividades.
Na Luz do Cristo reencarnado, Eu Sou

PAULO, O VENEZIANO

20
As Novas Escrituras

A antiga Era de Peixes acabou. Estamos,


agora, na Era de Aquário. O símbolo antigo,
adotado pelos Cristãos (seguidores do Cristo) será
o aquário que, eternamente, deixa fluir a ines-
gotável água da vida. Essa água é a fonte da
juventude espiritual: regenera, cura e traz alegria
aos corações. Ela vitaliza as almas. Ela purifica e
inspira. Tal é a água da Vida que o Cristo da Nova
Era Aquariana vem trazer aos homens.
O Cristo que vem é o mesmo Cristo, filho de
Deus, primogênito entre os primogênitos, que
esteve conosco há 2.000 anos. Entretanto os
tempos mudaram e é chegado o momento para
Ele trazer novas mensagens. Sobre os pilares do
ensinamento maravilhoso que trouxe antes,
erguerá a Nova Igreja universal em que todas as
religiões comungarão no reconhecimento das
verdades essenciais.
O Cristo evoluiu aproximando-se mais e mais
da “direita do Pai” e do reconhecimento profundo
dos desígnios da Providência segundo o Plano
que traçou para o planeta desde a noite dos
tempos. Toda a Humanidade evoluiu também e o
poderoso impulso de Luz e Amor que Ele nos
trouxe antes deu um contributo fundamental para
isso.
Agora, que a Humanidade evoluiu mas
vagueia, incerta, nos pântanos dos novos erros de
que é capaz, Ele vem para revelar as novas
virtudes e o novo ensinamento, harmônico com o
anterior e nascido da mesma eterna fonte de
Sabedoria. Como antes, Cristo vem até nós para

21
As Novas Escrituras

falar dos assuntos do Pai, o Deus Uno, nos dando,


desta vez, o conhecimento que já podemos com-
preender e que, há 2.000 anos, não teríamos
entendido. A Humanidade aprendeu muito e
cometeu grandes pecados mas também fez gran-
des obras (a que Ele aludira outrora ao anunciar
que iriam acontecer coisas maiores dos que as por
Si feitas).
Eis-nos na era atômica e no início da vertigi-
nosa conquista do espaço e da consciência cós-
mica. Eis-nos capazes de coisas maravilhosas ou
tenebrosas de podridão enorme e insofismável.
Eis-nos no limiar de tempos de grande destruição
quer das coisas físicas, quer das coisas mentais:
os homens estão desorientados e suas almas
inquietas porque a antiga moral, as antigas
crenças e o antigo modo de viver da Era que
findou estão a morrer. Por outro lado, nada lhes
mostra com clareza suficiente a cor e a natureza
do novo horizonte. A Nova Era pede novo
ensinamento que o antigo modo religioso ou
filosófico não pode lhe dar. A Nova Era pede um
homem novo, capaz de redescobrir o modo como
sua própria natureza divina se há-de reafirmar
através destes tempos revoltos — essa natureza
obscurecida, esquecida ou pervertida mas que
conserva-se eternamente, eternamente pronta a
fazer ouvir sua voz gritar entre os escombros:
“Aqui estou. É chegado o momento de construir
coisas novas para que, no futuro, se saiba que a
destruição amaldiçoada, na óptica dos que a
vivem, é muitas vezes bendita!”

22
As Novas Escrituras

O homem novo será forçosamente menos


ingênuo, menos sentimental, menos apegado a
partidos, menos doutrinário e de mente mais
aberta. Será capaz de maior manifestação da
potencialidade mental - através da criatividade - e
da potencialidade intuitiva - através da arte e do
pressentimento do mundo de significados que
subjaz a tudo quanto se vê, sente, cheira ou toca:
o Reino de Deus. Esse Reino, que brota sempre
dos corações mais sinceros, em sua busca eterna,
quando tudo parece desabar. Esse Reino que o
novo Cristo virá reafirmar pedindo-nos que o faça-
mos surgir em nós em lugar de pretendermos que
caia do Céu.
Assino como o antigo custódio da mensagem
do Cristo e o que agora vem fazer a passagem do
testemunho.

JESUS

23
As Novas Escrituras

Conforme já sabeis, misericórdia significa


dar-se mais do que é merecido. Meditai sobre este
fato pois é pela Lei da Misericórdia que se dão as
cíclicas manifestações messiânicas.
A vinda de um tão alto Senhor à Terra é mais
do que os homens têm merecido. Embora nós
conheçamos quanto mal ainda abrigam as mentes
dos homens, embora nós vejamos diariamente
suas demonstrações de egoísmo, de destruição e
de profanação e, embora o não reconhecimento
sistemático dos enviados de Deus ou o desvirtua-
mento das Suas mensagens seja uma constante,
nós amamos-vos. Embora os homens sejam
freqüentemente indignos, eles são objeto do amor
de Deus, do Cristo e dos demais Mestres. Porque
vos amamos, somos misericordiosos ajudando-
vos (dentro da medida da lei cósmica que
determina a liberdade e a ascensão pelo próprio
esforço de cada um) de várias maneiras. A maior
delas é uma manifestação Crística. O Cristo vem
para sofrer no meio tenebroso dos homens, vem
limitar-se para dar mais Luz ao Mundo. O Mundo
não merece mas Ele é misericordioso.
Peço a todos os discípulos que meditem
sobre isto. Sede também vós misericordiosos.
Freqüentemente o Mundo não reconhecerá vosso
esforço. Muitas vezes vos perseguirão. Dar-lhes-
eis mais do que merecem. Assim tem sido ao
longo dos séculos. É isto mesmo, todavia, que
deveis fazer: dar - Luz, Amor, Sabedoria - todas as

24
As Novas Escrituras

qualidades acumuladas em vosso corpo causal,


armazém de tudo o que de positivo alcançastes
em incontáveis encarnações. É preciso que o
façais. Sede misericordiosos. Peço-vos! Eu Sou

KWAN YIN

25
As Novas Escrituras

Tendo ocorrido no passado dia 3 de Junho


de 1985 a 1ª Iniciação Crística correspondente à
Natividade, venho dirigir-me à Humanidade em
geral, através dos meus discípulos, para que se
prepare o caminho do Senhor com vista à 2ª
Iniciação Crística: o Batismo.
A ação que foi desempenhada há 2.000 anos
por João Batista deve agora ser levada a cabo
gradualmente, sob o impulso dos discípulos do 1º
Raio. Ela culminará, muito provavelmente, após
sete anos passados sobre o dia de ontem, numa
cerimônia simbólica e maravilhosa que poderá
marcar o início da vida pública do Senhor Cristo.
Até lá, Ele reunir-se-á com muitas entidades
encarnadas e desencarnadas na preparação do
período sublime em que toda a magnitude divina
será revelada perante os olhos dos homens.
Nesse meio tempo Sua intervenção será notável e
determinante mas a Sua manifestação universal
só poderá se verificar a partir do Batismo.
As funções daqueles que serão os Batistas
da Nova Era devem começar a ser assumidas
desde já, aplanando todos os caminhos e anun-
ciando a vinda d’Aquele que realizará grandes
obras.
Deveis anunciar isto ao Mundo, de forma
bem clara, desmascarando também os crimes
que, aberta ou veladamente, vêm sendo
cometidos contra a Humanidade.
Claro que essa ação não se efetuará com
pregações ao ar livre, como nos tempos antigos,
mas através de escritos em livros e revistas,

26
As Novas Escrituras

conferências, filmes, etc. (meios que correspon-


dem ao anel da espiral em que agora nos encon-
tramos.
Como esta mensagem destina-se a divulga-
ção geral, antecipo-me a esclarecer que os discí-
pulos pertencentes à linha do 1º Raio, ou que nela
queiram trabalhar, confirmá-lo-ão desde que
consultem adequadamente seu Mestre interior.
Sentirão o apelo bem fortemente em virtude da
grande irradiação de energia azul que está
presentemente sendo derramada.
Apelo pois a vós, Batistas da Nova Era: ide,
abri o caminho! O Senhor aí vem! Ele precisa de
vós e conta convosco.
Amorosamente,

MORYA

27
As Novas Escrituras

Como vem sendo divulgado e é do particular


conhecimento dos discípulos que servem de
veículo para a transmissão destas mensagens,
nasceu no passado dia 3 de Junho de 1985,
algures na América do Sul (Brasil), em corpo
adulto, o novo Messias. Veio desta vez por forma
diferente de Sua manifestação anterior, conforme
já foi explicado em comunicações de outros
Irmãos Maiores.
Embora a Sua manifestação e trabalho no
plano físico tenham começado desde logo, sua
revelação pública não se verificará antes do ano
de 1992. Até então, em conjunto com os mais
dedicados servidores e discípulos, realizará
importante mas pouco divulgado trabalho. Quero
frisar bem este ponto: sua manifestação pública e
universal não terá início antes de sete anos e
ocorrerá por forma a que a ninguém possa passar
despercebida a Sua presença. Não antes.
Se insisto tanto neste ponto é porque existem
fortes indícios de que, durante o referido setênio,
diversos falsos Cristos se poderão dar-se a
conhecer, fortemente apoiados pelas forças do
mal, podendo com facilidade vir a ludibriar aqueles
que, em sua boa fé e levados pelo enorme desejo
pelo regresso do Avatar, se apressem a aceitar
com ligeireza quem aparentemente reúna as
condições e pronuncie as palavras que se aguar-
davam. Esses falsos Cristos, habilmente apoiados
nas mais sutis e enganadoras entidades das
trevas, poderão mistificar, não só os menos
preparados mas também os mais instruídos e
treinados discípulos do Bem e até os fiéis e diri-

28
As Novas Escrituras

gentes de muitas religiões.


Atentai, portanto, ao meu alerta, irmãos. Não
descureis vossas guardas. É preferível submeter o
verdadeiro Cristo a uma dúvida cerrada do que
aceitar sem precauções qualquer charlatão
vendedor de Paraísos dentre os que se apresen-
tarão.
Nos planos superiores onde trabalho, em
conjunto com irmãos especialmente preparados
para este tipo de luta bem como de legiões de
Anjos Protetores, seguirei com atenção e cuidado
o evoluir dos acontecimentos e, embora preser-
vando o sagrado livre-arbítrio dos homens encar-
nados, não deixarei de intervir se tal se tornar
necessário.
Deixo-vos, entretanto, um conselho: utilizai
com freqüência a Invocação Maior e meditai sobre
ela. Não a reciteis mecanicamente deixando que
as cordas vocais funcionem como um aparelho
que reproduz uma gravação sem lhe apreender o
sentido. Dizei-a com o coração cheio de amor e
com a mente bem desperta. Ela é, neste momen-
to, o maior talismã que vos protegerá, vos porá em
sintonia com a aura do Cristo e vos dará o
necessário discernimento para detectardes e
vencerdes o mal, qualquer que seja a forma como
ele se vos apresente (o mal mais terrível e
devastador é aquele que se apresenta sob a capa
do Bem).
Do plano onde me encontro para vos servir,
envio-vos uma forte vibração de Amor e de Luz.

JÚPITER

29
As Novas Escrituras

Saudações, irmãos! Possa o Amor do Cristo,


interno e externo, ser o guia de vossas vidas!
É conveniente lembrar o último e o mais
enfatizado dos mandamentos deixados pelo Cristo
em Sua manifestação messiânica de há 2.000
anos, por intermédio da doce figura de Jesus, o
humilde nazareno: “Amai-vos uns aos outros como
eu vos amei.” Isto ainda não foi cumprido. Ainda
não atingistes a plenitude do amor do Cristo. É,
contudo, sobre este alicerce que deve ser levan-
tado todo um edifício de sabedoria espiritual.
Vossos pseudo-sábios, cientistas e eruditos têm
esquecido esta lei fundamental do Amor. Conse-
qüentemente, seu conhecimento é superficial,
separatista e incapaz de resolver a dor que habita
no fundo da alma humana.
Julgastes ser capazes de edificar uma civili-
zação apenas fundamentada no frio cálculo
egoísta e separatista da mente concreta, objetiva
e analítica. É por isso que vosso mundo está em
guerra. Não penso somente nas guerras entre
nações e entre exércitos mas também nas guerras
de todos os dias entre as pessoas, que são o pior
dos espinhos...
Julgastes poder prescindir da Lei do Amor.
Mas esquecestes que nada pode persistir sem
amor pois esse é o cimento cósmico e divino que
sustém as partes num todo coerente, harmônico e
perene. Vossa civilização não pode prosperar sem
amor. Não me refiro ao amor pessoal, piegas ou
romanceado que fez as delícias de vossos ante-
passados no último século mas antes ao amor

30
As Novas Escrituras

divino, espiritual, que transpõe e supera as barrei-


ras da separação entre as pessoas, entre pessoas
e fenômenos, entre o eu e o não-eu. Vossa ciência
não pode prosperar sem amor. Aprendei, portanto,
a amar os seres, as coisas e os fenômenos;
aprendei a unir-vos com sua alma. Todas as
almas estão unidas no amor onipresente de Deus.
Assim, é possível o contacto íntimo com a
realidade substancial e não apenas aparente dos
seres e dos fenômenos. Procedei desse modo
para que vossa feroz mente analítica possa ser
inspirada, guiada e temperada pelo vento da
intuição.
Esta é a mensagem de que o mundo hoje
necessita: o desenvolvimento mental da raça
humana precisa de ser completado pelo desabro-
char da intuição, do amor transpessoal e onicom-
preensivo. Tal amor é a própria natureza do Cristo.
Aprendereis, por esse motivo, a conhecer ou a
aperfeiçoar essas realidades através dele. Entre-
tanto, eu estarei ao vosso dispor sempre que me
apelardes para vos fazer compreender, viver e
aplicar a mais importante das qualidades
universais sem a qual nada poderia subsistir: o
Amor, o Amor que o Cristo traz à Terra.
Na Luz desse Amor, Eu Sou,

NADA

31
As Novas Escrituras

Nos planos internos, onde a vontade divina


se repercute com maior pureza e onde todos
podemos escutar seu som, tudo está confirmado:
o Senhor Cristo está agora verdadeiramente pre-
sente e próximo da manifestação objetiva entre os
homens.
Estreitarei minha colaboração com Ele até
que, após 1997, tudo convergirá para a Grande
Iniciação do planeta. O alinhamento deste com os
planetas sagrados será feito e o Ser Planetário
transporá outro grande degrau de Sua perfeição.
Em meu posto relativamente elevado eu, humilde
servidor da portentosa vontade que governa o
Sistema, focalizarei e polarizarei o kundalini plane-
tário para que isso seja possível.
Zelarei, tanto quanto o Saber e o Poder de
que estou investido mo permitem, para que essa
ascensão se faça em ordem. Contribuirei para
que, por fim, a energia central do planeta, o fogo
da Vontade tornado Vitalidade Potencial, se revele
um pouco mais trazendo nova energia aos seres
em evolução da Terra. Isso refletir-se-á, por
exemplo, na tendência para a redução da
quantidade da alimentação e para o aumento de
sua qualidade: mais sensíveis à vitalidade acres-
centada na aura etérica planetária, os seres
animais e humanos deverão procurar, em larga
escala, uma dieta vegetariana simultaneamente
apoiada por uma melhoria na capacidade de
absorver energia do ar. Isso representará uma
grande vitória juntamente com a purificação do
plano astral feita pelo Senhor e com a maior

32
As Novas Escrituras

abertura dos canais intuitivos.


Eu, Himalaya, proclamo e convido-vos a
anunciar que a Era que se acerca é de grande
glória e conquista para a Humanidade e - não o
esqueçais - para todos os seres que “vivem, se
movem e têm o seu ser” no Logos Planetário.
Convido-vos a anunciar que, na verdade, tempos
de dor purificadora se acercam simultaneamente
com as convulsões do planeta e da Humanidade -
verdadeiras dores de parto da Nova Era Crística.
Convido-vos a anunciar a descida do Reino à
manifestação, a antever o futuro e falar dele aos
corações dos homens.
Com a minha bênção, abro-vos um pouco
mais as vias da energia vital.

HIMALAYA

33
As Novas Escrituras

Irmãos da Terra, irmãos em Deus e no


Cristo, é com grande alegria que aproveito esta
oportunidade de dirigir-me a vós. Este simples fato
indica que Ele já nasceu tendo sido concebido,
desta vez, nos níveis mentais e já não através do
corpo físico de uma irmã nossa. Contudo, Mãe
Maria cumpriu novamente uma função de grande
destaque - algo semelhante, numa analogia
superior, àquela que cumpriu há 2.000 anos. Tam-
bém agora Ela ajudou na concepção das formas
(corpos) por meio dos quais o Cristo caminhará
entre os homens de um modo universalmente
visível. Novamente haverá alguns que O verão
com os olhos do coração e outros que, cegos
apesar de O verem, não O reconhecerão. Mas Ele
veio para dar novo impulso à Humanidade
obedecendo à grande lei do Sacrifício e sabe o
quanto deverá sofrer, em Seus veículos de mani-
festação, às mãos daqueles mesmos a quem virá
dispensar Sua misericordiosa benção.
O Cristo, concebido física, emocional e
mentalmente por grupos de discípulos Seus, igno-
rados do mundo dos homens, está já presente de
modo relativamente tangível. É natural que muitos
tenham pressentido isso e que muitos ainda
venham a pressenti-Lo antes de poderem ver o
novo Avatar (assim é o modo de funcionamento
das coisas e as leis divinas mais não são do que a
elaboração que lhes é dada pelo pensamento
divino).
Agora é o tempo de os discípulos mais
próximos do Cristo - aqueles que O acompanha-

34
As Novas Escrituras

ram no princípio desta nova manifestação e


aqueles que continuarão com Ele até ao fim -
fazerem a anunciação de Sua chegada. De fato,
Ele foi concebido, ou seja, foi-Lhe dado o meio
para manifestar-se e agora deverá encaminhar-se
para cumprir a Missão soberana que o desígnio do
Pai, feito Seu desígnio, Lhe confiou: a de resgatar
os homens e a Terra, inaugurar novas relações
humanas, trazer o Reino Divino e Seus represen-
tantes ao reino humano e declarar a íntima poten-
cialidade de cada um relativamente a essa maravi-
lhosa cidadania. Ele vem para trazer novos
ensinamentos e para semear nos homens as
novas possibilidades que Deus fará crescer neles
próprios.
Alegrai-vos, irmãos, pois muitos de vós
assistireis a grandes eventos, daqueles mesmos
que só de 2.000 em 2.000 anos é possível
acontecerem. Insinuarei alguns:
Dos escombros desta civilização decadente
erguer-se-á um novo mundo. O passado não mais
renascerá a não ser naquilo que tem de intemporal
e naquilo em que poderá ser pretexto, com uma
nova leitura, para o ensino às gerações vindouras.
A manifestação Crística surgirá novamente
em um lugar inesperado para o comum dos
homens pois o Messias escolhe os tempos e as
circunstâncias segundo padrões que não são os
humanos.
A subida das águas, que ocorrerá
brevemente e começará antes deste século findar,
anunciará a purificação dolorosa que a Humani-

35
As Novas Escrituras

dade vai atravessar para se tornar digna d’Ele.


Alguns mistérios das antigas religiões serão
por Ele postos a claro de modo novamente inespe-
rado. O Cristo Maitreya não hesitará, certamente,
em fazer uso dos melhores conhecimentos que os
homens já tenham alcançado quer os encontre na
religião, na ciência ou na filosofia. Virá, desta vez,
como um grande representante da síntese e do
universalismo inclusivo e, simbólica e verdadeira-
mente, todos os olhares se centrarão n’Ele.
A mudança espiritual na Humanidade será
digna da velocidade do recente progresso
tecnológico: será produzida por uma vaga de luz
tal que, finalmente, levará a um grande progresso
nas várias esferas do esforço humano, como por
exemplo, nas da ética e das ciências humanas.
Ele trará novo despertar das mentes para as
realidades de outros mundos. Não me refiro com
isso apenas aos mundos dentro do nosso mundo
(os outros planos de existência) mas também a
outros planetas e povos planetários. Ao despertar
para o Amor e a Síntese, a Humanidade desper-
tará também para a existência de outras
humanidades e de outros conjuntos insuspeitados
de filhos de Deus.
Por agora, me despeço. Assino esta mensa-
gem como Instrutor do Mundo.

KUTHUMI

36
As Novas Escrituras

Quero dirigir-me muito especialmente a todos


os fiéis, particularmente àqueles que seguem as
denominadas igrejas Cristãs.
Queridos filhos: a muitos de vós (senão
mesmo à grande maioria) causará por certo estra-
nheza e desconfiança, quiçá até repulsa, a revela-
ção dos fatos que estão agora chegando ao vosso
conhecimento. Esperaríeis talvez que o Cristo
viesse para chefiar diretamente vossa particular
congregação religiosa e provar sua autenticidade
como único veículo de comunicação com o Divino.
Pensaríeis talvez que Ele viesse à frente de um
grande exército, rodeado de Anjos, Arcanjos e
Querubins, ao som do ribombar dos trovões e do
ressoar de clarins anunciando o fim dos tempos e
o julgamento final. Alguns esperariam ver descer
dos Céus uma Nova Jerusalém reluzente de ouro
e pedrarias onde, no altar do Novo Templo, esti-
vesse sentado o Filho do Homem para governar a
Humanidade durante 1.000 anos.
Infelizmente para vossas personalidades
(alimentadas por séculos de teorias ilusórias) mas
felizmente para vossas almas (expectantes de Luz
e de Verdade) as Escrituras cumprir-se-ão embora
não da forma como geralmente têm sido interpre-
tadas.
O Cristo já chegou, filhos amados. Já está
entre vós, na Terra, com Seu coração pleno de
Amor e de Sabedoria, pronto a ofertá-lo a todos e
a cada um do membros desta Humanidade.
Não veio para agradar aos Cristãos. Não veio
para separar. Ele veio para reunir Seu rebanho

37
As Novas Escrituras

sob uma só voz - a voz que vem do Pai e que


chama o Homem para os caminhos da Fraternida-
de e da Salvação. Não veio para se apoiar nas
estruturas retrógradas de quaisquer organizações
religiosas ou temporais mesmo que elas se
reclamem de Seu nome e de Sua doutrina. Não
veio tão-pouco para destronar Papas ou para
ridicularizar quem quer que seja.
O Messias veio para chamar todos os ho-
mens, sem exceção, porque todos têm um lugar
no Reino do Pai. Nenhum, absolutamente nenhum
será excluído desse chamamento (nem mesmo o
maior dos pecadores). São assim a compaixão, a
magnanimidade e o amor de Deus refletidos mara-
vilhosamente no Filho que chegou.
Intermediária que tenho sido entre a Huma-
nidade e o Cristo, fazendo chegar-Lhe os apelos e
clamores daqueles que, em aflição, choram por
socorro, continuo amorosamente a desempenhar
essa função. Em 1917, para transmitir uma
mensagem ao Mundo, dirigi-me, em Fátima, a três
crianças em quem pretendi simbolizar a pureza, a
inocência e a espontânea disponibilidade que
devem existir em cada homem. Agora dirijo-me a
vós, por intermédio de anônimos discípulos do
Cristo, em quem pretendo simbolizar as três
qualidades acima referidas, acrescidas dos dons
do Serviço consciente, do desapego e do Amor
impessoal, para vos pedir:
Orai, orai intensamente. Foi-vos oferecido um
maravilhoso instrumento de oração que é aces-
sível a todas as pessoas e cujo efeito será

38
As Novas Escrituras

verdadeiramente milagroso para cada um de vós e


para o coletivo humano. Trata-se da Invocação
Maior.
Quando, depois de 1992 (setenta e cinco
anos após as minhas revelações de Fátima) o
Cristo, uma vez mais feito homem, mostrar Sua
face ao mundo, caminhará sobre um sublime
tapete de rosas, construídas por cada uma das
orações que houverdes proferido.
Pensai assim porque assim é. Cada uma das
invocações criará, nos planos sutis, uma puríssima
rosa de Amor que irá decorar a Santa Cruz do
Senhor e adornar os caminhos que Ele pisará.
Durante os próximos anos, filhos amados, se
quiserdes, fareis deste planeta um imenso jardim,
colorido a aromático, onde poderá ressoar
eternamente a mais bela de todas as melodias: o
Hino do Amor.
No Amor de Deus vos saúdo.

MARIA

39
As Novas Escrituras

Alguns de vós já sabeis já que uma de


minhas encarnações, durante o ciclo evolutivo que
percorri até alcançar a mestria, foi a de S. Paulo.
Tal encarnação ocorreu no princípio mesmo da
Era Cristã coincidindo parcialmente, aliás, com a
vida física de Jesus.
Por certo sabeis que não só comecei por não
aceitar a mensagem do Cristo mas também por
perseguir furiosamente muitos dos primeiros
Cristãos até ao dia em que senti o irresistível
chamado na estrada de Damasco. Notai que,
durante esse período de não aceitação e de
perseguição ao novo impulso que o Cristianismo
constituía, eu não era ateu ou materialista: era um
homem religioso que seguia fielmente (assim o
julgava) a Lei judaica. Não foram, portanto, o
materialismo ou o ateísmo que me fecharam os
olhos e me voltaram, durante anos, contra uma
nova e mais potente manifestação da Verdade.
Não foi por isso que eu comecei por não
reconhecer o Messias e Sua mensagem mas sim
por fanatismo, separatismo e exclusivismo reli-
gioso.
Desde então, reconhecido meu erro, tomei
sobre mim o encargo de proteger e tentar iluminar
especialmente todos os que caem em qualquer
tipo de cegueira fanática bem como os que
duvidam de uma causa nobre. Dirijo-me hoje
sobretudo, por esses motivos, a todos os fiéis que
sigam uma religião, estejam associados a
qualquer organização espírita ou grupo esotérico
ou simplesmente sigam seus ensinamentos. Peço-

40
As Novas Escrituras

vos que eviteis o erro do fanatismo, da pretensão


do exclusivismo da verdade e do sectarismo
separatista. Peço-vos que eviteis a neofobia.
Peço-vos que tenteis lembrar que a verdade tem
muitas faces (algumas, por vezes, insuspeitadas e
até estranhas). Peço-vos, enfim, que procureis
sempre o conselho sussurrante da voz silenciosa
que clama do fundo de vossa alma a fim de que
possais reconhecer o verdadeiro Messias e Sua
mensagem quando Ele se manifestar.
Gostaria também de focar um ponto relacio-
nado ainda com essa encarnação como S. Paulo:
acaso já vos interrogastes por que motivo o
Senhor, na estrada de Damasco e nos fatos que
se seguiram, me veio escolher como um de Seus
apóstolos? Já vos interrogastes acerca da razão
de isso ter acontecido comigo - que sempre O
tinha desacreditado da mesma forma que sempre
tinha perseguido Seus primeiros seguidores - e
não com outros Cristãos que já existiam e que de
coração puro e devotado se entregavam à nova
mensagem? Não seria, porventura, uma injustiça?
Aqueles que já seguem os ensinamentos trazidos
ao mundo através de uma qualquer sociedade ou
grupo esotérico ou do labor espírita certamente
saberão responder a essa pergunta uma vez que
possuem os necessários conhecimentos que lhes
são comuns. Portanto, dirijo-me (com muito amor)
aos que apenas aceitam a apresentação ortodoxa
da verdade. Sem dúvida que minha escolha se
ficou a dever não aos méritos (que não tinha) dos
anos de vida que nessa encarnação já haviam
passado mas aos méritos por mim conseguidos

41
As Novas Escrituras

em anteriores encarnações e que, por motivos


circunstanciais, estiveram escondidos - mas nunca
perdidos - durante um certo número de anos.
Quero ainda fazer dois pedidos a todos os
discípulos do mundo:
O primeiro é que procureis, sempre que for
possível, concentrar-vos um pouco dirigindo vos-
sas energias aos cientistas do mundo com o fim
de ajudá-los a aceitarem e provarem objetiva-
mente a existência de um mundo invisível por
paralelo ao mundo físico mais denso e que seu
intelecto analítico possa ser inspirado e comple-
tado pela intuição (isto é: a penetração amorosa e
direta na essência das coisas, dos fenômenos e
dos seres).
O segundo pedido é especialmente desti-
nado aos discípulos que servem nos diversos
grupos esotéricos e espiritualistas solicitando-lhes
que não procurem aquilo que de pontual os possa
separar mas antes o que substancialmente os une
e, ainda, que se preparem para confirmar a vinda
do Senhor e para O servir de todas as formas
possíveis. Isto é o mesmo que lhes pedir para
serem universais, de mente livre e coração aberto
em vez de fanáticos e separatistas.
Faço, desta forma, a ligação entre o fim e o
início do que hoje trouxe para vos dizer visto que
em breve o silêncio culminará minhas palavras.
Dou-vos minha bênção, em nome do Cristo,
em nome do verbo emanado do Grande Silêncio,
em nome do sopro cósmico do AUM Divino.

HILARION

42
As Novas Escrituras

Vós sereis testemunhas dos mais maravi-


lhosos acontecimentos que a Terra alguma vez
comportou. Assistireis, no futuro, à transmutação
do mal no Bem, do erro na verdade, da imper-
feição na perfeição e do reino de Satã no Reino de
Deus.
Queria hoje chamar-vos a atenção para
alguns episódios bíblicos de que talvez ainda não
tenhais compreendido o profundo significado.
A multiplicação dos pães feita por Jesus, que
certamente é por vós conhecida, não significa
apenas - nem especialmente - a saciação da fome
física de algumas centenas de pessoas. Simbo-
liza-se, nesse episódio, a multiplicação do Pão da
Vida e do Saber, do alimento espiritual que há-de
alimentar as massas errantes no deserto da vida.
O número de unidades (é dito nos Evangelhos)
era de sete: 5 pães e 2 peixes. Este número não
aparece por acaso: simboliza os Sete Raios, isto
é, as sete correntes de energia emanadas do
coração da Divindade e que qualificam todas as
formas existentes no sistema solar. São, pois, a
fonte das qualidades a realizar. Embora se trate
apenas de sete correntes, elas e os Seres que
superiormente as representam multiplicam Sua
ação dando de comer, num sentido espiritual, a
todos os que tiverem fome.
Há algumas especificidades que importa
salientar quanto ao simbolismo dos dois peixes
presentes nas setes unidades multiplicadas.
A Era dos últimos cerca de 2.000 anos,
começada aproximadamente na altura da mani-

43
As Novas Escrituras

festação do Cristo em Jesus, foi a Era de Peixes.


A multiplicação dos peixes simbolizava, assim, a
multiplicação e distribuição pelas massas de seus
ensinamentos (alimentos). Simbolizava a multipli-
cação dos discípulos que trariam do Alto o
alimento, o ensinamento às massas. Na verdade,
a manifestação Crística de há 2.000 anos motivou
que muitas almas se aproximassem dos portões
do Reino de Deus começando a palmilhar o
Caminho do Discipulado.
A Nova Era cujos alvores estamos vivendo é
a Era astrológica de Aquário. Deste modo, é
importante que se verifique a multiplicação dos
Aquarianos, dos filhos, dos servidores da Nova
Era.
Um outro episódio bíblico, para que gostaria
de chamar a atenção, está relacionado com uma
de minhas encarnações antes de realizar a Ascen-
são e conquistar a vitória definitiva sobre o mal,
isto é, antes de atingir a mestria. Foi precisamente
a encarnação como Rei David, aquele mesmo de
quem é dito que venceu o gigante Golias. Nesse
episódio Golias simboliza as forças do mal, das
trevas, da involução e do anti-sistema (conforme
se exprimia recentemente o nosso irmão Pietro
Ubaldi).
De fato, esse episódio ensina o discípulo da
vida espiritual a não ter medo de enfrentar o mal
que há no mundo ainda que, quantitativamente, as
forças em presença lhe possam parecer despro-
porcionadamente desfavoráveis. Na realidade não
o são, do ponto de vista qualitativo, pois Deus

44
As Novas Escrituras

habita em cada um de nós e Seu Poder é


invencível. Tudo podereis fazer (assim como o
Cristo prometeu: “maiores coisas do que estas vós
fareis”) uma vez que, do ponto de vista espiritual,
sois deuses, tendes em vós a substância, o
gérmen da Divindade. Logo, ainda que os discí-
pulos sejam quantitativamente poucos face aos
erros, à perversão e à hostilidade do mundo, eles
não devem nem podem temer mas, antes, estar
certos da vitória a alcançar em nome de Deus.
Isto é o que de substancial tinha para vos
dizer neste momento. Vou seguidamente deixar o
meu lugar a dois Mestres a quem estou intima-
mente ligado. Um deles é o Mestre Leonardo (da
Vinci) que dentro de dentro de poucos anos me
sucederá em meu cargo de Chohan do 4º Raio,
cargo para que há anos vem se preparando. O
outro é o Mestre Maomé, essa outra estrela no
firmamento da luz do espírito. Suas vozes vão,
pois, ocupar o espaço até agora preenchido com
as minhas palavras.
Termino desejando-vos Paz, Amor, Harmo-
nia, Pureza, Sabedoria e Vitória.

SERAPIS BEY

45
As Novas Escrituras

Conforme já ouvistes, o grande Mestre Se-


rapis Bey vai, dentro de anos, ser liberado de Seu
cargo como Chohan do 4º Raio que, por longo
sacrifício, ocupou durante cerca de 2.200 anos.
Dentro em breve, contudo, Ele será de fato libe-
rado para outra função ainda mais importante e
serei eu a ocupar Seu lugar. É esse o motivo que
me fez aceitar Seu pedido para vos falar hoje
apesar de, em qualquer das situações, achar-me
demasiado pequeno diante da grandiosidade
desse maravilhoso Mestre de todos nós.
Venho anunciar-vos que, a partir da mani-
festação física do Messias da Nova Era, os diver-
sos ramos da Arte terão finalmente o novo impulso
que é esperado inaugurando um renovado período
de esplendor. Dessa forma, muito pequenos sal-
vadores do mundo (abençoados discípulos) se
manifestarão através da Arte. Na verdade, os
discípulos dos Mestres da Sabedoria não traba-
lham apenas no campo religioso ou espiritualista
como, por vezes, erradamente se crê. Eles se
manifestam em todos os campos onde possam
afluir a luz e os propósitos divinos, seja na religião,
na política, na arte, na filosofia, na ciência, na
cura, na filantropia ou em qualquer outra atividade.
De fato, em todos esses campos - como, por
exemplo, no da arte - surgirão em breve impor-
tantes e iluminadas obras para trazerem novos
ensinamentos e expectativas.
O Mestre Serapis Bey e alguns de Seus
auxiliares, entre os quais eu próprio, estaremos

46
As Novas Escrituras

dirigindo e estimulando esse novo despertar e


esse novo impulso juntamente com o Mestre
LaMorae e alguns de Seus discípulos. Isso cons-
tituirá uma das formas da manifestação Crística
que não se pode fazer através de um só ser ou de
um só setor mas de muitos.
Nada mais, abençoados amigos, vos tenho a
dizer hoje. Vos convido a contemplar a beleza que
a Vida Divina faz manifestar no Universo.

LEONARDO

47
As Novas Escrituras

Um dos princípios básicos da Nova Era será


o reconhecimento dos aspectos comuns a todas
as religiões para que finalmente se assente num
certo número de doutrinas que todas aceitam pois
fazem parte da Eterna Sabedoria. É realmente um
fato que tal começa a ser cada vez mais generali-
zadamente reconhecido acentuando-se os proces-
sos ecumênicos, no sentido mais amplo.
Na Nova Era, esse processo de reconheci-
mento de pontos essenciais que são comuns a
todas as religiões será grandemente intensificado,
principalmente pelos discípulos dos 2º e 4º Raios.
Isso tem vindo a ser preparado, desde há
muito, nos planos espirituais, e será um dos
pontos especialmente focados pelo Senhor
Maitreya. Em Seu ensinamento estará a intenção
de não inculcar qualquer sentimento de fanatismo,
de separatismo ou de exclusivismo. Embora
trazendo algo de novo, Ele não desdenhará de
assentar Seus ensinamentos sobre os das várias
religiões mostrando o valor de todas e a realidade
de que certos princípios básicos são univer-
salmente encontrados.
Também, quanto a esse assunto, várias
obras surgirão. Umas procurarão reformar as
religiões em seu interior retirando-as de seus
vícios de separatismo, neofobia ou errônea inter-
pretação humana de princípios divinos ensinados
por seus fundadores e abrindo-as ao encontro de
todas as restantes depositárias da Verdade.
Outras irão compilar um corpo de doutrinas e
princípios que possam ser aceitos por todas.

48
As Novas Escrituras

Como trabalhador na esfera do 4º Raio,


estarei inspirando e auxiliando essa transmutação,
principalmente no seio do setor religioso a que
estive mais intimamente ligado (o Islamismo).
Aos homens, fiéis de todas as religiões e
filosofias e também aos não fiéis, dou minha
bênção.

MAOMÉ *

* O Mestre Maomé também é conhecido como Mamede,


Mamade,Mofama, Mafoma, Muhammad, Mohammed, etc.

49
As Novas Escrituras

O Poder Cósmico decide e escreve as gran-


des linhas da evolução geral do Universo, a
grande marcha que conduz ao Uno enquanto os
pequenos homens saltitam em suas pobres vidas,
apegados a coisas ridículas.
Grandes decisões são tomadas tendo em
conta o modelo intemporal das coisas e, os
cumpridores da Lei do Senhor, aprestam-se para
fazer com que elas se cumpram através dos
tempos; no entanto, os pequenos homens conti-
nuam a encher suas vidas de pequenez, peque-
nez, pequenez. Eles continuam a pensar que
essas coisas vazias por que lutam têm importância
real como se, perante a realidade cósmica, isso de
ter um pedaço de lata com rodas, uma casita de
barro, dinheiro, homens e mulheres e coisas
pequeninas (como ser querido de muitos peque-
nos homens) tivesse valor intrínseco!
O vento cósmico sopra sobre as almas
conduzindo-as ao lugar aonde devem dirigir-se
enquanto vós, pequenos homenzinhos, continuais
pensando que a realidade cabe em vosso bairro e
fazeis com que o egoísmo e a estreiteza mental
impeçam o alento do Cristo de preencher de
significado vossos atos. e soubésseis como é inútil
e vazio tudo quanto fazeis e como ficais condena-
dos a ser inúteis e vazios ao vos identificardes
com as movimentações da mentezinha que
raciocina coisas, do emocional que sente coisas e
do físico que faz e mastiga coisas! Se soubésseis
como é vergonhoso esse apego ao irrisório e esse
esquecimento da alma, discípula do Espírito em

50
As Novas Escrituras

vós e no Todo!
Contudo, os grandes Seres apiedam-se de
vós e vos estendem a mão. Eles sabem que a
ilusão estridente em que viveis é, por pasmoso
que isso pareça a seres evoluídos, sedutora. Eles
sabem que vós estais muito habituados, como
toupeiras, a rastejar nos túneis obscuros de vossa
imaginação e de vossos pequenos desejos ou da
consciência limitada que quer preocupar-se com
coisas minúsculas mas isso lhes merece compre-
ensão e amor. Eles sabem o quanto é difícil, para
um povo de toupeiras, compreender os altos voos
do gavião na atmosfera ou o olhar perscrutador de
um telescópio e tudo aquilo que é demasiado
grande para uma vista de toupeira.
Agora, porém, o Cristo vem para vos ligar a
vossas almas que participam, queirais ou não, do
Uno. Essas almas sabem, em seu coração, dos
assuntos do Cosmos e da evolução, dos planos da
Luz e da Fraternidade Cósmica. Deixai as vossas
almas falar e vossas vozes alcançarão o volume
do trovão falando de coisas insuspeitas. Deixai
que Ele desperte em vós a natureza que vos faz
Seus semelhantes e os pequenos homens
passarão a poder se orgulhar da Humanidade a
que pertencem.
O tempo é chegado. Deveis escolher entre a
pequenez ou o desafio de encher a mente com
coisas sérias e trazer conteúdo (energia plena de
propósito e significado) aos vossos atos. Deveis
escolher entre vosso modo de vida (que é desgos-
tante e nauseabundo para os que exalam o perfu-

51
As Novas Escrituras

me do Reino de Deus) e o homem novo.


Fechareis, ainda esta vez, as portas ao
correto relacionamento humano, à grandeza nos
ideais e na atuação ou simplesmente ao triunfo do
Cristo? Será que, ainda agora, não compreende-
reis a responsabilidade que deve sentir um
cidadão do Universo? Vós - que nem sois ainda
capazes de vos aperceber da responsabilidade
para com os pequenos entes humanos que vos
rodeiam, podeis, mesmo assim, aproveitar a
grande oportunidade de grandeza espiritual que
Ele vos traz. Podeis aproveitar o estímulo interno
de vossas almas atraindo-vos para a Luz, o Amor
e o Poder. Fechareis a porta?
Nunca! o tempo do despertar da Humanidade
chegou!
Fiat Lux! (Que se faça Luz!)

MORYA

52
As Novas Escrituras

À luz do luar, na madrugada de 3 de Junho


de 1985, Cristo desceu à Terra ocupando os
veículos ou corpos preparados através das
dádivas conduzidas por três grupos de discípulos
encarnados que (como José e Maria fizeram há
2.000 anos) representam a Humanidade.
Decerto conheceis a frase do Evangelho de
S. João: “O Verbo se fez carne e habitou entre
nós.” No futuro, porém, eventualmente será dito:
“O Verbo se fez melodia e se manifestou entre
nós.”
Compreendei: Cristo não é Deus mas é um
deus ou um Filho de Deus, conforme preferirdes.
Ele realizou de forma mais perfeita que os homens
(igualmente filhos de Deus) Sua divindade e por
isso se capacitou para trazer à Terra as energias e
os propósitos divinos.
A qualidade que especialmente vem trazer à
Terra é o Amor-Sabedoria que é uma emanação
do 2º aspecto da Trindade Divina: o Filho ou o
Verbo. Agindo como mensageiro dessa qualidade
ele pode, num sentido misterioso, ser um com a
trina fonte de toda a Vida e assim ser chamado “o
Filho” ou “o Verbo”.
Na sinfonia universal, que é a portentosa
existência do nosso sistema solar, os três
aspectos da Trindade Divina - o Pai, o Filho e o
Espírito Santo - podem também ser designados
como: o Silêncio, o Verbo e a Melodia.
Antes de tudo é o Pai. É o poder latente em
que todas as potencialidades estão contidas. Ele
permanece, porém, o imanifestado, mais além da

53
As Novas Escrituras

nossa compreensão. Recordai igualmente a frase


do Evangelho de S. João: “Nunca ninguém viu o
Pai. É o Filho quem O revela.” Assim o Pai é o
próprio eterno silêncio, a paz inefável, infinita e
absoluta.
Emanado, enviado do Pai, vem o 2º aspecto:
o Filho, o Verbo, isto é, a palavra, o som que
continuamente sustenta o Universo manifestado.
Tal é (dizemo-lo simbolicamente) o Cristo. Ele traz
a qualidade sintética, o tom, o motivo central, o
acorde básico do nosso Universo, a razão, a
causa e o fim de tudo quanto existe, a coerência
acima de toda a diversidade: a amorosa Sabe-
doria.
O 3º aspecto, o Espírito Santo, é simbolizado
pela própria Humanidade. Pode ser identificado
como a melodia: a síntese, o motivo central, o tom
básico do Universo que se faz atuante através da
junção, sequência e interação de muitas notas.
Em Sua manifestação messiânica, o Cristo
vem, pois, trazer o Verbo, o tom básico do Uni-
verso e, particularmente, o tom básico da Nova
Era. Caberá aos representantes da Humanidade,
isto é, aos discípulos e, em geral, a todos os ho-
mens, desenvolver e atuar essa nota básica em
maravilhosas melodias que serão suas próprias
vidas. Assim, tal como em uma música a nota
básica e a melodia estão unidas, o Cristo estará
unido à Humanidade que cumprirá verdadeiramen-
te Seus mandamentos.
É meu dever, como Mestre particularmente
ligado à característica qualidade da Harmonia,

54
As Novas Escrituras

chamar para ela vossa atenção. Harmonia


significa tendência à unidade. A grande unidade
do Universo é Deus, centro de tudo, fonte de toda
a vida, Ser de todos os seres. Deste modo, o
caminho da harmonia e da unidade é o caminho
que leva a Deus.
Deixo-vos um ponto para meditardes, que é
simultaneamente um desafio: acaso podeis conce-
ber um único problema que pudesse subsistir num
verdadeiro estado de harmonia? Como estou
convicto de que a resposta é forçosamente nega-
tiva - e por certo o concluireis - estou igualmente
seguro de que compreendeis quão importante é a
harmonia.
Um dia reinará a verdadeira harmonia sobre
a Terra: entre os homens, do homem com Deus,
do homem com as coisas, do homem com os
animais, com as plantas e - desejo sublinhar este
ponto - inclusivamente do homem com os Anjos e
com aquelas invisíveis forças da Natureza que
constituem o maravilhoso reino das fadas, dos
gnomos, dos duendes, dos silfos, das ondinas,
dos devas, de seres que mal podeis conceber.
Deveis-lhes a maior das gratidões e, num dia
futuro, com eles convivereis de mãos dadas.
Peço-vos ainda, filhos amados, para serdes
puros, mansos, simples e despreocupados como
as crianças. Despreocupação não significa tolice
(ser-se aquilo a que chamais um bobo) mas sim
uma comunhão com a paz de Deus, com o Ser
imutável que reside por detrás da aparência fugi-
dia. Simplicidade, mansidão e pureza não signifi-

55
As Novas Escrituras

cam ser-se simplório ou ingênuo mas sim ter a


alma varrida de todas as coisas inúteis, de todo o
lixo que a obscurece mas antes repleta de amor e
de reverência pela beleza universal e pela alegria
de ser.
Sede, pois, puros, mansos, despreocupados
e simples a fim de, como crianças, brincardes nos
perfumados jardins de Deus, entre rosas e fofa
grama, entre Anjos e sorrisos, entre sonhos de
amor e sinfonias divinas. Aí estarei ao vosso lado
como um irmão.
Enquanto não puderdes realizar, por um
esforço de conquista (que uma só vida não com-
porta mas que em nenhuma vida pode ser
adiado), esse sublime estado de “divina loucura”,
eu estarei ao vosso dispor como amigo e protetor,
sempre que por mim apelardes.
Sou o vosso irmão na Luz do Cristo; que
podeis conhecer sob o nome de

LAMORAE

56
As Novas Escrituras

Enquanto ele se acerca, quero já invocar em


vós sentimentos e imaginações sutis e longínquos.
Quero que imagineis como será o Reino em mani-
festação, trazido ao verdadeiro Templo da Arca da
Aliança que sois vós, irmãos meus, companheiros
do reino humano.
Vós, os Homens, formais de fato um reino da
Natureza - o 4º Reino - diferente dos outros por os
sintetizar e por lhes acrescentar a autoconsciên-
cia, a autodeterminação e a faculdade mental de
prever e organizar o comportamento.
Entretanto, irmãos, vos convido a pressentir
as cores e as formas que vossos olhos ainda não
podem ver. Vos convido a ler o futuro em vosso
próprio coração e a descobrir nele o quanto cres-
cereis e a maneira como prosseguireis a escalada
ascencional até ao 5º Reino da Natureza. Na
verdade, assim dareis luz à vossa própria alma e
ela vos fará cidadãos desse Reino para que o
Cristo interno em vós, o menino que nascerá para
o Reino das Almas, conheça o dia.
Vos convido a sonhar com sons melodiosos
e sutis que não podeis ouvir nem pronunciar. Vos
convido a sonhar com os ideais pelos quais vale a
pena orientar a vida e com o som interno que vos
dirá silenciosamente: este é o ideal correto. Por
ele vale a pena viver e estar aqui hoje, agora,
aconteça o que acontecer, vale a pena desistir de
tudo para conquistar a comunhão com o Todo.
Vos convido a realidades insuspeitas de que
ainda nada sabeis e vos peço que tenhais o bom
senso de admitir a dúvida amorosa de quem

57
As Novas Escrituras

coloca obstáculos à crença fácil no mal dos outros


para que admitais que o Cristo se aproxima. Algo
em vós é mais do que todos os raciocínios,
canções, pinturas e sentimentos. Quem sabe?
Algo em vós parece ter a tendência para crer na
realidade divina presente em vosso coração e nas
entranhas de todas as coisas. Será só
imaginação? Se for, de onde vem e porque
imaginais isso, precisamente isso?!
Sede abençoados porque dos melhores
dentre vós sairá aquilo que dará a vitória ao Cristo.

ROWENA

58
As Novas Escrituras

Do posto que ocupo perante a misericórdia


do Senhor do Mundo, me cabe difundir a Luz do 2º
Raio, a Luz do Amor e da Sabedoria, procurando
fazer despertar na Humanidade essa qualidade
divina. Desse centro, onde trabalho, contemplo a
história dos homens em sua progressiva conquista
da manifestação de Amor, Unidade e, com eles,
Sabedoria.
A Sabedoria é inseparável do Amor pois im-
plica contacto íntimo, para além de todas as dú-
vidas, com o âmago das coisas. Esse contacto é o
anseio e o impulso do Amor que impulsiona toda a
criação a abraçar-se intimamente a si própria e
toda a criatura a abraçar-se espiritualmente a
todas as criaturas.
Do posto que ocupo ante a misericórdia do
Senhor, comungo interiormente com todas as cria-
turas instigando-as a evoluirem pela força do
Amor, essa força que, conforme se diz, move
montanhas e por meio da qual se alcançam a Paz,
a Sabedoria e a Pureza. Essa força que constrói,
conserva as coisas construídas e, sobretudo,
procura levar todos os seres a ascender a níveis
mais sutis onde mais completa comunhão no Todo
é possível.
Eu, Confúcio, estou encarregado de, ainda,
durante 500 anos, irradiar o Amor-Sabedoria sobre
a terra do homens. Mas o ponto máximo de meu
trabalho (ou, pelo menos, o de utilidade mais

59
As Novas Escrituras

manifesta) é agora quando o Cristo se acerca para


nos trazer a mais fulgurante manifestação de amor
que esta Humanidade já conheceu, Um amor que
supera obstáculos e eleva para maiores comu-
nhões; um amor que desperta o desejo de cantar
em harmonia no Todo; um amor que procura
instaurar a legítima troca entre os homens (saber-
mos receber o que os outros têm para nos dar em
vez de desejarmos que nos dêem isto ou aquilo).
O amor que o Cristo vem nos trazer é aquele que
leva a máxima tranquilidade aos corações dos que
aderem à Sua corrente saciando suas próprias
almas e que pretende recolocar a Humanidade no
caminho do cumprimento de seu papel cósmico
em estreita ligação com os planos do Pai para as
criaturas de todo o Universo.
O Cristo vem nos mostrar de que modo o
amor é a ponte que liga nossas atividades de
homens ao Reino arquetípico e de Poder do Pai.
Isso é possível quando a chama dourada e
ardente de nosso coração nos leva a desistir da
pequenez para podermos abraçar o Todo; da
opacidade para podermos ver o Todo se refletir no
cristal de nosso espírito; da ambição para assim
alcançarmos a alegria do trabalho legítimo e
finalmente compatível com a justiça e a harmonia
cósmicas; dos pequenos desejos para
satisfazermos o gigantesco desejo divino que,
dentro de nós, reclama a saciedade (que somente
não desejando nada para nosso pequeno eu
separado do dos outros podemos alcançar).
No estado originário da Criação, Deus nos

60
As Novas Escrituras

fez partícipes do Todo e assim cada criatura como


que possuía em seu coração o contributo e a pre-
sença de todas as outras. Isso era possível porque
o desejo de posse e de poder pessoal não existia;
cada criatura podia se dar às outras em total tran-
quilidade e ser digna de receber a participação de
todas as outras em sua vida.
O estado misterioso a que aludo (ciente da
limitação das palavras que “ocultam tanto quanto
revelam”) é aquele que o amor em nós, o divino
desejo, quer refazer. É a comunhão e unidade
primitivas, outrora existentes quando aquilo a que
os homens chamam Tempo não existia. Aprendei,
pois, a discriminar entre amor divino e desejo
egoísta; o amor verdadeiro é amplo, absoluta-
mente desinteressado, inclusivo, em busca
constante do restabelecimento do contacto íntimo
com os outros, aceitante do contributo de cada
um, alegre e positivo na faculdade de encontrar o
Bem (mesmo quando parece nada existir nos
outros senão o mal). O amor em nós, excelsa
qualidade divina, significa a inesgotável tendência
para a unidade.
Nada pode, finalmente, se opor a essa ener-
gia interior porque ela é o mais firme dos testemu-
nhos da presença divina nos Homens. Passe o
tempo que passar, aconteça o que acontecer, um
dia o amor há-de nos fazer despertar para a tole-
rância, a aceitação, o perdão e o reconhecimento
da irmandade íntima de todas as criaturas apesar
dos ódios passageiros existentes no reino das
aparências morredouras. Nada pode destruir essa

61
As Novas Escrituras

essência de nós próprios que sempre se manifesta


pelo amor. O Cristo virá novamente testemunhá-lo
e nos guiar para a consciencialização do que em
nós existe e nos há-de levar ao triunfo evolutivo.
O amor constituirá, agora que o Cristo vem, o
grande fator das novas conquistas da Humani-
dade. Como sempre, todos nós ascenderemos por
Ele a um maior grau de Sabedoria e alcançaremos
novos cumes espirituais bastando apenas, para
isso, que deixemos o Cristo evocar em nós a
ressonância das almas prontas a amar.
Recomendo que jamais torneis a cair em um
dos erros da Era de Peixes que agora finda: julgar
que deveis cultivar o amor, obrigar outros a senti-
lo, condenar os que não o sentem ou lutar para
que ele nasça em vós. O que devemos fazer é
deixar que a energia Crística, dentro e fora de nós,
nos atraia para o Reino de Deus. Devemos amar,
muito mais do que falar de amor; procurar
compreender os outros, em lugar de ficar sempre
esperando que nos dêem coisas em troca de
nossa religiosidade, boa intenção ou o que quer
que lhe chamemos; procurar ostentar a luz
dourada do amor em vez de gastar tempo a
verificar se os outros a têm.
Acima de tudo, irmãos meus, recordai: o
amor divino vem sempre de dentro para fora.
Quando a tocha do amor ateia novas chamas, tal
acontece porque ali existem o combustível e
atmosfera adequados. Quando a chama do amor
cresce em alguém, podeis crer que ali sopra o
vento da intuição alimentando-se de Sabedoria.

62
As Novas Escrituras

Tudo isso são possibilidades intrínsecas ao


Homem.
Na chama amorosa do Cristo, vos saúdo de
todo o coração.

CONFÚCIO

63
As Novas Escrituras

Sou Vaivasvata, o Manu da 5ª Raça Raiz.


Como é evidente, dirijo-me à Humanidade através
da colaboração amiga de intermediários que se
dispõem a ceder de si próprios partículas energé-
ticas de grande monta e por isso o faço poucas
vezes e em ocasiões de especial relevância.
Desta vez, a descida do Avatar da Nova Era
aos planos terrenos é o fato de relevo ímpar que
me leva a tornar pública esta mensagem.
Conforme sabeis, a Humanidade de que fa-
zeis parte encontra-se no período transitório da 5ª
para a 6ª Sub-Raça. Existem presentemente na
Terra mais de dois terços de população da 5ª Sub-
Raça (e remanescentes de anteriores Raças e
Sub-Raças) mas prevê-se que, antes dos finais
deste século XX, a população da 6ª Sub-Raça
tenha já mais de um terço de representantes
encarnados.
Com o advento do Cristo, toma expressão o
desenvolvimento mais acelerado da 7ª Sub-Raça,
em que se depositam as mais elevadas esperan-
ças, pois, a partir dela e dentro dela, se gerará a
7ª Raça-Raiz que levará o Homem ao fecho de um
importante ciclo.
Essa 7ª Raça, Ibero-Americana, está desti-
nada a presidir ao maior salto qualitativo que
jamais foi atingido pelo planeta Terra. Assim, o
Cristo escolheu para local de Sua manifestação
inicial uma zona do globo onde mais acentuada-
mente vão-se implantando os primeiros elementos
desse grupo que desponta: o Continente Sul-
Americano.

64
As Novas Escrituras

A razão por que foi decidido promover a


expansão mais acelerada da 7ª Sub-Raça, antes
ainda da 6ª ter atingido seu apogeu, foi o alarga-
mento da tônica Amor-Sabedoria trazida por
aquela (enquanto que a 5ª Sub-Raça é predo-
minantemente movida pela tônica Vontade-Poder
e a 6ª pela tônica Inteligência-Ativa). Com a che-
gada do Cristo, tornou-se necessário dar resposta
humana à iniciativa divina e, assim, O-Que-Vem-
de-Cima (o Avatar Cristo) encontra-se com O-
Que-Vem-de-Baixo (o Avatar Grupal), resultando
dessa onda simbiótica um momentum vibratório
excepcional para o planeta, com reflexos em todo
o sistema solar.
Sei que o que acabo de expor não é facil-
mente inteligível pela maioria das pessoas presen-
temente em encarnação mas importa que fique
dito, escrito e registrado para que, no futuro,
melhor e mais universalmente se possa estudar e
compreender.
Fixai, portanto, a analogia entre o nascimento
do Cristo que dimana da Vontade do Pai em
conjunto com o Amor-Atividade da Mãe (Natureza-
Humanidade) e o nascimento da 7ª Sub-Raça que,
como aspecto Filho (dentro da qual se ergue o
Avatar grupal), na fase mais baixa da espiral,
dimana da atividade da 6ª Sub-Raça, sob o
impulso do Poder criador da 5ª.
Não é possível me alargar mais em porme-
nores nem tornar mais extensa esta mensagem
pois tal não é aconselhável para o veículo receptor
(intermediário) apesar dos diversos amortecedores

65
As Novas Escrituras

vibratórios que foram para o efeito interpostos.


Importava que marcasse minha presença
neste momento de festa para a Humanidade que
amorosamente acompanho desde que, há
milênios (a partir da 5ª Sub-Raça da 4ª Raça-Raiz,
ou Atlante) extraí o embrião daquele que viria a
ser meu rebanho querido - a 5ª Raça-Raiz, ou
Ariana - que acompanharei e dirigirei até que seu
último elemento atinja o grau de Mestre.
Ficai, portanto, no Amor do Cristo que vos
chega, abençoados por minha vibrante saudação.

VAIVASVATA

66
As Novas Escrituras

Fugazes são vossos pensamentos e vossas


emoções, o que fazeis, e até a vida que viveis e a
terra que pisais. Olhai: o que sentis pode, em
poucas horas, ter mudado drasticamente assim
como o que pensais, fazeis e dizeis. Em poucas
horas ou dias, vossa vida pode ter deixado de ser
a mesma. A própria Terra pode ser abalada por
fenômenos naturais e mudar seu semblante. Tudo
aquilo de que fazeis vossa vida á mutável e mor-
redouro com um princípio e um fim muitas vezes
entregues a uma relativa arbitrariedade. A paz não
se encontra nem poderá encontrar-se aí. Aquele
que buscar a alegria e a tranquilidade, como refle-
xos do que passa na terra dos homens, poderá se
desenganar: a natureza das coisas irá constan-
temente defraudá-lo a não ser que tudo pare e
então o que ele poderá obter não será paz mas
pasmaceira, esterilidade, morte.
A verdadeira paz não pode ser encontrada
em um local onde tudo é guerra, mudança, intran-
quilidade e angústia. O Homem não pode se ali-
mentar de tranquilidade espiritual a partir do que
se encontra no mundo da matéria, do finito e da
ilusão separatista. Pelo contrário, tudo aquilo que
é impossível encontrar na terra dos homens, por
não poder ser cultivado nem crescer aí, deve
buscar-se em outro lugar que não enferme das
mesmas limitações e defeitos e não seja gover-
nado pelas mesmas leis.
Que lugar é esse? Não pode ser realmente
um lugar porque, no Reino onde isso é possível
não há lugares mas estados de espírito e de cons-

67
As Novas Escrituras

ciência. Refiro-me à alma ou ao espírito humanos,


manifestos no coração ou na cabeça dos homens
onde se faz sentir preferencialmente sua influ-
ência. Aqui a metafísica faz sentido em conexão
com a ciência e a técnica. Não é mero floreado
místico dizer-se que Cristo habita no coração de
cada um ou que um dia todos deveremos erguer a
cabeça para contemplar a glória do Pai. A lingua-
gem mística nunca foi escolhida por acaso nem os
grandes místicos ou ocultistas foram ignorantes ou
ingênuos poetas mas sim homens sérios.
A paz, a verdadeira paz, inseparável da
alegria ou, sobretudo, da bem-aventurança, só
pode ser encontrada em um lugar protegido das
intempéries que agitam os homens e os fazem
correr atrás de felicidades incertas. Esse lugar é,
em termos de mundos plurais e de agrupamentos
de criaturas evolucionantes, o Reino de Deus; em
termos individuais, o coração do Homem; em ter-
mos da realidade absoluta, o Espírito Uno que
está igualmente presente no indivíduo e na
tividade e que é tanto imanente como transcen-
dente.
Deus transcendente nos mostra que a paz
existe através das criaturas mais evoluídas do que
nós na manifestação de sua própria divindade
interna porque elas a possuem; Deus imanente
(presente, ainda que em potência, até na mais
humilde das criaturas) nos garante que é possível
encontrar essa paz em nós mesmos. Uma das
manifestações divinas nos incentiva à demanda; a
outra nos dá os meios e a garantia de levá-la a

68
As Novas Escrituras

bom termo.
O Cristo vem trazer a paz. Eu sei disso
porque estou encarregado de irradiar a paz e a
bem-aventurança sobre os homens estimulando-
os a reproduzirem-nas dentro deles mesmos.
Também sei disso porque o Cristo será por mim
servido, tanto quanto eu possa ajudá-Lo, na tarefa
de vos despertar para mais essa potencialidade
maravilhosa da presença Crística em cada um: a
paz e a tranqulidade de espírito.
Com minha bênção de bem-aventurança
sobre a Humanidade e a promessa de trabalhar
lado a lado com o Cristo para levar os Homens à
verdadeira Terra Prometida, despeço-me. Eu Sou

LING

69
As Novas Escrituras

Aludirei hoje a algumas tônicas da Nova Era


a que meu Bem-Amado Saint-Germain e eu pró-
pria presidiremos.
Alguns de vós tereis já conhecimento de que
esta a será a Era da Liberdade. Não vos confunda,
porém, esse conceito de Liberdade.
Por essa qualidade não pretendemos signifi-
car a expressão desenfreada dos mais baixos ins-
tintos do ser humano. Tão-pouco deve significar a
pretensa libertação de antigas vinculações para
logo se cair nos braços de, frequentemente, ainda
piores servidões. Não pode, não deve significar a
satisfação complacente de todas as tentações dos
sentidos.
A verdadeira liberdade a que nos referimos
significa autodomínio, autodeterminação, visão,
consciência e ação super-partes, super-temporal e
super-espacial (tal como as partes, o tempo e o
espaço existem nos mundos da forma). Significa o
quebrar dos grilhões que mantêm a escravidão às
tentações e aos enganos dos sentidos, aos mias-
mas das ilusões, à cegueira da mente subjugada
pela aparência fugidia e sempre mutável. Significa,
enfim, a unificação de cada ser, isto é, o encontro
consigo próprio, em vez da alienação e da divisão
em separados e ilusórios objetos, fenômenos e es-
tados psíquicos.
Outra tônica fundamental da Nova Era é a
transmutação (a mudança para um estado supe-
rior, para um maior grau de vibração). Assim, o
Cristo da Nova Era (o grande Senhor Divino) e
nosso Bem-Amado Saint-Germain, não querem a

70
As Novas Escrituras

sistemática destruição de tudo o que tão


trabalhosamente se construiu durante séculos ou
milênios. Eles pretendem tudo o que possa servir
utilmente elevando, contudo, sua vibração e mu-
dando-o para um estado superior. Aprendei, pois,
essa Lei da Transmutação que deve agora estar
presente tanto nos homens como nas instituições.
Na Era findante de Peixes, os homens têm
ansiedade pelo dia do Juízo esperando a conde-
nação de todos quantos não alinham no seu
campo. Na Nova Era, porém, os homens ansiarão
antes pelo grande dia do perdão, o dia em que,
conforme disse nosso Irmão, o Mestre Djwhal
Khul, “cessarão todo o pecado, toda a luta e toda
a dor e o grande coro ressoará até aos mais
remotos confins do Universo”.
No passado, os homens têm falado de infer-
nos cruéis (que são um insulto à misericórdia
divina) e de irrisórios Céus de pasmaceira e de
egoísmo onde os chamados salvos cantam a
glória do Senhor enquanto seus irmãos gemem de
dor. Na Nova Era, contudo, ensinar-se-ão a lei da
evolução, a lei dos ciclos e a forma como, através
de periódicas existências, os homens e todos os
demais seres vão subindo a montanha da perfei-
ção, o grande monte do Gólgota no cimo do qual o
Pai receberá suas Almas.
No passado, os homens têm se guiado pelo
separativismo e exclusividade erguendo entre si
barreiras criadas pela unilateralidade de suas
crenças e opiniões. No futuro, todavia, se enten-
derá o valor da inclusividade e os homens se

71
As Novas Escrituras

unirão para conjugar e aproveitar todos os


esforços.
Nas Eras que estão morrendo, tem-se en-
deusado a crítica, filha da separatividade. Esta, no
entanto, será substituída, na luz do Amor, pela
benevolente compreensão e pelo afetuoso con-
selho.
Meditai, irmãos! Contemplai, irmãos!
Eu Sou, quero ser vossa amiga, vossa irmã,
vossa mãe, a quem podereis apelar em todos os
momentos chamando

PORTIA

72
As Novas Escrituras

Até meados do século XX, o Bem-Amado


Senhor Maitreya, que agora vem como Messias,
ocupou, na Hierarquia Planetária, o cargo de Ins-
trutor do Mundo. Foi então que, devido ao
regresso a Vênus de nosso eterno Mestre e Sa-
cerdote - o grande e Bem-Amado Sanat Kumara,
ou Melquisedeque - e devido também aos ajustes
que tiveram que ser feitos, o Senhor Maitreya
abandonou esse cargo passando a uma função
ainda mais excelsa (até aí desempenhada pelo
Bem-Amado Gautama, hoje Senhor do Mundo ou
Ancião dos Dias). Desse modo ocuparam o cargo
de Instrutores do Mundo os Mestres Kuthumi e
Jesus ficando eu, Lanto, como Chohan do 2º Raio.
Posteriormente, o Senhor Jesus deixou de
poder desempenhar a função de Instrutor do
Mundo a tempo inteiro, em virtude de outros
importantes trabalhos que passou a executar,
ficando a exercer esse cargo apenas de forma
intermitente. Por tal motivo eu passei, no começo
da década de 70, a desempenhar parte das
tarefas incumbidas ao Senhor do Mundo a fim de
aliviar a pesada carga do Mestre Kuthumi, tor-
nando-se o Mestre Confúcio o Chohan do 2º Raio.
Parecerá talvez estranho aos estudantes da
Sabedoria Esotérica que não seja um Mestre que
desempenhe o cargo de Instrutor do Mundo a se
manifestar messianicamente. Com efeito, tem sido
difundida a ideia de que acontece sempre desse
modo; mas não é assim.
É verdade que as últimas manifestações
messiânicas, por exemplo a de Cristo em Jesus,

73
As Novas Escrituras

foram feitas pelo Mestre que ocupava o cargo de


Instrutor do Mundo (o Senhor Maitreya, o Senhor
Gautama ou qualquer outro). Daqui se inferiu uma
regra universal e válida em todos os tempos.
Entretanto, nada implica que assim seja forçosa-
mente.
Devido à maior evolução da Terra nos nos-
sos dias, será um Senhor ainda acima de Instrutor
do Mundo quem Se manifestará. Os Instrutores do
Mundo continuarão desempenhando Sua função
de trabalho com a energia Crística mas isso é
independente da manifestação messiânica no
mundo físico. Aliás, ela durará apenas um certo
número de anos (concedidos pela Misericórdia
Divina) enquanto que aquelas funções, desem-
penhadas nos planos superiores, prosseguem
ininterruptamente.
Em Sua manifestação messiânica, o Senhor
Divino chamará certamente a atenção para estas
profundas palavras: “Eu Sou!”. Isto é a afirmação
máxima de qualquer ser; é o maior portento do
universo; é a maior glorificação de Deus manifes-
tado em nós.
Os seres todos precisam proclamar: “Eu
Sou!”. É a firmação da Presença Divina individua-
lizada, é a afirmação do Ser Eterno, da Vida inex-
tinguível. Ao som dessas palavras vibram
universos e deuses, Mestres e Homens, Anjos e
animais, tudo quanto possa existir. Foi do Deus
Uno, fonte de toda a Vida, que emanou essa
maravilhosa Presença que é, pois, a dádiva
suprema e a origem de todas as outras.

74
As Novas Escrituras

A Divina Presença EU SOU, a vossa Mônada


ou Espírito, manifesta-se, atua na matéria. Da
fecundação feita pelo Pai-Espírito na Mãe-Matéria,
como resultado da ligação entre o eu e o não-eu,
nasce o Filho ou Alma (que é, portanto, o interme-
diário entre o EU SOU espiritual e a Matéria que é
a própria consciência, o centro que adquire e
trabalha com as qualidades).
A Alma ou Filho passa a ser representante
do Pai ou Espírito na manifestação formal até que
o Filho revele o Pai, até que se verifique a
consciencialização do Grande Silêncio. O Pai fica
como dador da vida, como a presença que nos faz
dizer “Eu Sou” mas é a Alma que, para realizar
certas qualidades através da experiência, trabalha
na matéria.
Para efetuar esse trabalho e colher essas
experiências, a Alma encarna ciclicamente. Se
reveste de vários corpos: um corpo mental
(formado de substância mental concreta e, através
do qual manifesta pensamentos), um corpo emo-
cional (formado por matéria do plano emocional ou
astral e, através do qual, exprime sentimentos,
emoções e sensações) e um corpo etérico (cons-
truído de matéria do plano físico etérico) que
vitaliza, coordena e subjaz ao corpo físico denso.
Este é o último dos quatro corpos da Perso-
nalidade que é a máscara vestida, cíclica e
renovadamente, pela Alma até atingir um maior
grau de evolução.
A Alma, intermedária entre o Pai-Espírito (a
parte divina) e a Mãe-Forma ou Matéria (a parte

75
As Novas Escrituras

humana) é simbolizada pelo próprio Cristo. Assim,


as qualidades que Ele vem apontar aos Homens
são as qualidades que a própria Alma deve
possuir e acabar por manifestar na forma.
Dessas qualidades, a fundamental é o Amor-
Sabedoria. A alguns de vós parecerá estranho ver
unir o Amor e a Sabedoria. Com efeito, no vosso
mundo ilusório se distingue acerrimamente o que
se chama amor do que se chama sabedoria.
Vossos intelectuais, julgando-se sábios, troçam ou
menosprezam os que vivem apenas a vida senti-
mental ou emocional; estes, julgando que atin-
giram o verdadeiro Amor, desdenham daqueles
chamando-lhes ironicamente de “sabichões”.
Tal acontece, entretanto, porque frequente-
mente supõe-se ser amor ou sabedoria o que
realmente não o é. Chama-se amor - que deve ser
impessoal, universal, imparcial e desinteressado -
àquilo que é apenas sentimento pessoal (conse-
quentemente parcial, interesseiro, separatista e
cego). Ao conhecimento intelectual (que é apenas
formal, aparente, condicionado, temporal, parcelar
e separatista) pretende-se chamar sabedoria (que,
em seu sentido verdadeiro é onipresente, univer-
sal, intemporal, substancial e voltada para as
causas profundas e não para os efeitos).
Quando, porém, o sentimento transmutar-se
em Amor e o conhecimento transmutar-se em
Sabedoria, vai-se compreender como o Amor e a
Sabedoria estão unidos. De fato, não pode haver
verdadeiro Amor sem Sabedoria nem verdadeira
Sabedoria sem Amor. Desacompanhado da Sabe-

76
As Novas Escrituras

doria, o amor é forçosamente cego e parcial; é


emoção e não Amor. Na verdade, sem o amor por
todos os seres, sem o amor que mantém unidas e
coerentes as coisas, nunca se pode alcançar a
Sabedoria (que é universal, unitária e coerente).
Peço, portanto, a todos que procurem alcan-
çar essa verdadeira Sabedoria e esse verdadeiro
Amor dirigindo-os como uma potente vontade para
o Bem. Assim estareis vivendo como Almas e o
Cristo estará vivendo em vós. Então podereis
exclamar como S. Paulo há 2.000 anos: “Não sou
eu (o eu inferior ou pessoal) que vivo mas é Cristo
que vive em mim” e “Cristo em nós é esperança
de glória”. Na realidade - repito - o exemplo do
Cristo messiânico é o símbolo do que deve a Alma
liberta e triunfante sobre e na matéria.
Em nome desse Cristo-Que-Vem, em nome
do Cristo que existe e deve despertar em vossos
corações, em nome das qualidades Crísticas, Eu
Sou

LANTO

77
As Novas Escrituras

Contemplai, irmãos, o céu estrelado numa


noite clara. Fazei-o muitas vezes, em profundo
silêncio, recolhimento e estado meditativo, Uni-vos
com as correntes energéticas e magnetizantes dos
astros do Cosmos, refleti na grandeza do sublime
mistério e no mistério da sublime grandeza e senti
todas as vossas preocupações, intenções e con-
cepções mundanas e pequeninas a se desvane-
cerem tornando-se ridículas.
Verdadeiramente, só é importante aquilo que
é digno de ser contemplado das estrelas como,
por exemplo, a intensificação da luz da Terra.
Verdadeiramente, só é importante o que pode ser
comparado à beleza do céu estrelado.
Enquanto não puderdes desfrutar da beleza
da plena liberdade dos planos superiores (tais
como o plano mental abstrato ou superior, o plano
intuicional, Crístico ou Búdico, o plano átmico ou
da Vontade Espiritual, o plano Monádico e outros
ainda mais elevados) esta é das formas mais
potentes de renovardes vossas energias. vossa Fé
e vossa aspiração pela verdadeira Sabedoria.
Foi, contudo, na plena liberdade dos planos
superiores que eu constatei o esplendente acon-
tecimento do nascimento do Cristo.
Ali, num planalto que é o centro de um outro
planalto mais amplo, horas antes do plenilúnio,
muitos Mestres e discípulos (em corpos sutis) en-
contravam-se reunidos repetindo os rituais carac-
terísticos da lua-cheia de Junho. Em todos se
refletia a confiante expectativa no acontecimento
grandioso que em breve se iria passar, bem como

78
As Novas Escrituras

a imensa ternura pelos grupos de discípulos


encarnados que dirigiam os trabalhos no plano
físico e a imensa gratidão pela Misericórdia Divina.
A Lua enchia os objetos de reflexos prateados e
as estrelas, no firmamento, testemunhavam e
davam o beneplácito e o toque cósmico ao
transcendente acontecimento.
Foi então que, momentos antes do ápice do
plenilúnio apareceu vindo da Casa do Pai, a figura
fulgurantemente luminosa do Senhor Maitreya.
Acima d’Ele, conectando-O com poderosas ema-
nações energéticas, estava o próprio Senhor do
Mundo libertando certa energia para que Seu
irmão pudesse descer à encarnação.
Vi, seguidamente, o sublime Mestre Jesus,
acompanhado de muitos auxiliares e legiões de
Anjos, trazer os corpos (de que havia sido o guar-
dião durante cerca de um mês) até ao triângulo
formado pelos Mestres Saint-Germain, Kuthumi e
Paulo (o Mahachohan).
Então o Mestre Saint-Germain, como patrono
da Nova Era, e o Mestre Kuthumi, como Instrutor
do Mundo, se dirigiram ao Senhor Maitreya
dizendo: “Tomai, Senhor, estas formas que são
oferta da Humanidade expectante por Vossa Luz,
por Vosso Amor e por Vosso Poder. Em nome da
Misericórdia Divina, tomai-as e sede novamente
nosso Messias!”
Em todos os presentes fez-se sentir, num
sublime momento, a demanda, a expectativa, a
comoção e a consciência da Vida Divina. Vi os
lindos olhos do Senhor Maitreya cintilarem de ter-

79
As Novas Escrituras

nura e de Amor. O Mahachohan insuflou o


primeiro alento nos corpos e, num ápice, à hora
exata da lua cheia, o Senhor Maitreya os ocupou,
multiplicando a Luz intrínseca de Sua Substância
incontáveis vezes.
A fulgurância da luminosidade, imediata-
mente levada pelos Anjos, como primeira bênção,
aos quatro cantos da Terra, fez prostrar de
veneração, de confiança e de plena comunhão
todos os Mestres, Seres de Luz e discípulos que
ali estavam presentes (quer só como Almas, quer
só com seus corpos sutis, quer um ou dois em
corpos físicos). Foi assim que o milagre se
consumou.
Na Terra, os homens continuaram em sua
louca algazarra de pensamentos e manifestações
desarmônicas e ruidosas mas os planos
superiores e as almas dos discípulos encheram-se
de uma alegria infindável.
Agora, o Messias está contando os dias que
o separam da manifestação física entre os
homens. Sua vinda não se dará sem a oposição
de muitos. Sua manifestação não será, como
alguns podem pensar, um triunfal passeio pelos
Campos Elíseos, entre aclamações da multidão e
discursos oficiais. Ele não terá a aprovação de
muitas das pretensas autoridades religiosas,
políticas ou culturais. Com efeito, a multidão, que
há 2.000 anos pediu a Sua morte libertando
Barrabás, é agora a piedosa legião dos chamados
“fiéis”, rebanho ignorante e dizendo amen ao que
não entende nem lhe interessa entender. Os

80
As Novas Escrituras

membros do Sinédrio são agora arrogantes


professores universitários dizendo coisas simples
e errôneas em palavras complexas e pomposas e
pretendendo que seu conhecimento superficial,
parcelar e profano é a suprema e total sabedoria.
Os escribas e os fariseus, cujas obras Cristo
repudiou, há 2.000 anos, são agora os sacerdotes
fanáticos, exclusivistas e ignorantes, por vezes
comodamente instalados, das religiões ortodoxas.
Tal, contudo, não interessa. Escoltado por
formidável poder, fulgente de Luz e vibrante de
Amor, o Cristo vem como uma vaga de vento
passando sobre a Terra. Ele vem acompanhado
de outros Altos Seres (Mestres) tendo para O
servir (por mais que isso possa parecer imcom-
preensível aos homens comuns) grupos de
discípulos capazes de Lhe consagrarem, como já
vêm fazendo, todo seu esforço e dedicação.
A Terra será renovada! Isso tem que acon-
tecer, oponha-se quem se opuser. Agora, posso
constatar e testemunhar: a Terra está no caminho
de volta ao Pai, ao Eu Sou Universal, ao centro de
tudo, a Deus. A Terra está, portanto, na fase de
inspiração subindo os degraus da crescente
luminosidade e aproximação da Luz Central.
Nesse processo, a transmutação tem um
lugar importantíssimo. A Chama Violeta (a cuja
frequente utilização convido os discípulos) deve
elevar todos os seres e coisas a um novo e
superior estado vibratório fazendo-os ascender
para prosseguirem o processo de inspiração que
os leva ao regresso ao Lar, ao Coração de Deus.

81
As Novas Escrituras

Sinto-me, presentemente, repleta da mais


plena bem-aventurança pois o bem-amado
planeta, em que por tantos anos tenho servido,
está se preparando para sua vitória alcançando
mais uma Iniciação Cósmica.
A certeza desses sublimes acontecimentos
(da renovação da Terra e dos Homens) é agora
reafirmada perante vós, em nome do Eu Sou
Universal, que é Deus, em nome da sempiterna
energia Crística, em nome do clamor da
eternidade, em nome da vida que não tem fim.

META

82
As Novas Escrituras

Do ponto Cósmico de grande concentração,


faça-se Luz: brote a iluminação nas mentes dos
homens.
Do ponto Cósmico de atração e repulsão,
cumpra-se a vontade dos custódios do Ser Divino:
restabeleça-se o correto relacionamento entre
homens e homens, seres vivos e deuses.
Do ponto Cósmico de geração arquetípica,
inicie-se a Era do futuro: brote a Vontade Destrui-
dora da velha manifestação e precipitadora da
nova construção.
Do grande ponto de síntese Cósmica da Trin-
dade, restabeleça-se o fio da realidade: faça-se o
Uno em tudo, por tudo, através de tudo.
Fiat Lux!

AZEMBOR

(Nos momentos de conquista para a Humanidade,


clamai por meu nome e vos chegarão Poder e
Inspiração).

83

Você também pode gostar