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Os Novos Diálogos Herméticos - Vol.

1
Edição eletrônica revista e atualizada
Ano de 2009

Aquarela da capa de
Maria João Sacagami

Canalização de José das Dores

Centro Lusitano de unificação Cultural


do Brasil

amerlantis@globalteam.com.br

Esta obra está protegida por direitos autorais, sendo proibida


a sua reprodução, no todo ou em parte, sem a expressa
autorização do autor.

ISBN: 85–85850–04–3
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Introdução
No final dos anos 80 / início dos anos 90 do
século XX, foram publicados por nós em forma
impressa, os volumes 1 e 2 desta obra (hoje total-
mente esgotados). De qualquer forma, estamos
desde este momento disponibilizando a totalidade
da obra para ser lida gratuitamente em versão
eletrônica.
  

Nos primeiros séculos da nossa Era, diversos


intelectuais e estudiosos do conhecimento e aspi-
rantes à Sabedoria (de origem greco-latina) reuni-
am-se em torno da Biblioteca de Alexandria, no
Egito.
Naquela época, os ensinamentos deixados
pelos filósofos clássicos gregos tinham-se tornado
verdades aceitas e incontestáveis ao ponto de se
haverem transformado em autênticos dogmas (à
maneira do que se tem vindo a passar ao longo
dos séculos com diversos sistemas profanos e
religiosos).
Sedentos da verdade, aqueles intelectuais
pretendiam, umas vezes, alargar as doutrinas
expostas pelos clássicos espraiando-se por novos
e férteis horizontes, outras vezes, contestar hipó-
teses e teorias com que não concordavam apre-
sentando as suas próprias sugestões e (ou) solu-
ções. Não podendo fazê-lo em nome pessoal
(tementes das conseqüências do desafio ao dog-
ma estabelecido), fizeram-no com pseudônimos.

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Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Apresentaram suas obras em forma de diálo-


gos entre um mestre e um discípulo.
O mestre era quase sempre Hermes Trime-
gisto e daí o nome “hermético”. Às vezes, aparecia
com o nome de Toth ou Amon, divindades egíp-
cias inspiradoras dos próprios clássicos gregos e,
como tais, acima de qualquer crítica.
O discípulo variava de nome ou era simples-
mente apresentado como o “discípulo”.
Grandes revelações se fizeram através des-
ses escritos inspirados (herméticos) que, de outra
forma, não poderiam ter sido divulgados ao mun-
do. Nelas se basearam muitos dos cientistas e
pensadores que, a partir da época da Renascença
(ou Renascimento), lançaram os fundamentos do
pensamento e conhecimento atuais.
A presente obra não vem à luz porque o pen-
samento atual se encontre de novo espartilhado
por quaisquer dogmas que não sejam os seus
próprios narcisismo e auto-convencimento. Vem,
não só para completar, de uma forma sintética,
muito do que se encontra disperso em inúmeras
outras obras mas também para responder, da
forma mais clara e inteligível para o maior número
de pessoas, a muitas perguntas que aspirantes,
probacionários, discípulos e iniciados vêm fazendo
ao longo dos tempos.
À semelhança dos Diálogos de antigamente,
as duas partes dialogantes são identificadas como
“Mestre” e “Discípulo”. A entidade designada como
“Mestre” não representa apenas um mas diversos
Mestres da Grande Fraternidade Branca

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Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

(designadamente Vaivasvata, Kuthumi, Lanto, Je-


sus, Serapis Bey, Morya, Saint-Germain, Hilarion,
Confúcio, Maomé e Djwhal Khul).
As perguntas foram apresentadas à Hierarquia
dos Mestres da Sabedoria Eterna da Grande Frater-
nidade Branca, tendo sido formuladas por diversos
discípulos anônimos (presentemente encarnados) e
algumas delas pelo próprio canal mediador.
O grande mérito de “Os Novos Diálogos Her-
méticos” advém sobretudo da elevadíssima cate-
goria das respostas. Foram focalizadas no mundo
das causas - como só os verdadeiros Mestres sa-
bem fazer.
Este primeiro volume foi recebido pelo canal
mediador em Campinas, SP, no ano de 1988 e com-
plementado anos mais tarde com novo material.
Se, porventura, alguma imperfeição for encon-
trada nas respostas, que a mesma seja imputada
indubitavelmente ao canal mediador que, eventual-
mente, poderá não ter conseguido assegurar a total
fidelidade às impressões telepáticas recebidas. Pre-
vendo tal possibilidade, apresentamos desde já as
nossas desculpas aos nossos prezados leitores,
ficando à inteira disposição para quaisquer clarifica-
ções ou esclarecimentos que estejam ao nosso
alcance.
O método de recebimento das respostas deve
ser considerado como "escrita inspirada" ou "escrita
telepática", mediante o qual o mediador em nenhum
momento perde a consciência ou o uso total de seu
livre-arbítrio, não havendo qualquer tipo de incorpo-
ração mediúnica.

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Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Por razões que hoje estão ultrapassadas


utilizamos na primeira edição portuguesa impressa
do primeiro volume de Os Novos Diálogos Her-
méticos o pseudônimo de Miguel de Castro. O
segundo volume foi publicado sem menção de
autoria. Embora continuemos a considerar que o
mérito do material que recebemos dos amados
Mestres é somente atribuível a Eles próprios e a
considerar que a nossa missão é, exclusivamente,
a de veículo receptor-transmissor, achamos hoje
que devemos assumir publicamente as imperfei-
ções que, eventualmente, o nosso trabalho conte-
nha e, porventura, clarificar melhor alguma coisa
que (por nossa exclusiva deficiência) tenha ficado
pouco clara. Por isso, divulgamos a nossa real
identidade.
Foram erradicadas do texto agora publicado
eletronicamente, algumas perguntas e respostas
que, nas duas edições impressas, ali tinham sido
introduzidas abusivamente por membros do CLUC
de Portugal, à revelia do canal responsável pelo
projeto, que reside no Brasil desde 1988 e neste
país vem trabalhando intensivamente nesta e em
outras obras. Assim, "Os Novos Diálogos Herméti-
cos" (Vols. 1 e 2), foram devolvidos à sua pureza
inicial. suficientemente esclarecedoras.
Dedicatória:

A minha esposa, Heather-Anne, companheira de todos


os momentos, por sua dedicação ilimitada.

José das Dores

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Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Capítulo 1
Da Humanidade
1
Discípulo: — É freqüente as Humanidades des-
cambarem tanto como acontece na Terra? Se a
resposta for negativa, quais são as principais ra-
zões para que tal tenha acontecido?

Mestre: — A Natureza é feita de fenômenos cícli-


cos e ordenados. Para que se forme uma vaga, é
necessário um prévio recuo das águas. Quanto
maior for o impulso do recuo, mais alterosa se
forma a onda. Dentro do mar existem diversos
seres, grandes e pequenos. Alguns deles, com o
impulso do recuo das águas, deixam-se perder na
imensidão dos mares até que, em outro lugar, em
outra época temporal, venham a fazer parte de
nova onda em formação. Os outros, aqueles que
não se perderam no grande recuo, navegarão na
crista da onda alterosa e beijarão a areia, com a
qual se fundirão em esplendor.
Assim é também com as Humanidades - todas as
Humanidades - nas sucessivas vagas evolutivas.
As diferenças entre elas são meramente quantitati-
vas. Varia o número dos que avançam e o número
dos que não avançam em determinado impulso.

2
Discípulo: — Dentro do Sistema Solar, existem
ou não outras Humanidades a nível físico denso?
Atualmente quantas?

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Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Mestre: — Dentro do Sistema Solar existem 7


Humanidades ao nível físico denso e outras 7 a
níveis mais sutis. Nem todas habitam a superfície
dos respectivos planetas e há planetas que não
possuem nenhuma enquanto outros abrigam 2
Humanidades em diferentes planos. Algumas ha-
bitam planetas principais enquanto outras vivem
em planetas satélites.

3
Discípulo: — É verdade que os homens não pas-
sam de títeres manejados inconscientemente por
forças que não entendem?

Mestre: — Não. Não é verdade. O homem, em


qualquer estado evolutivo, tem a suficiente fração
de entendimento para perceber que é senhor do
seu destino. São sobretudo os cegos de espírito,
os ímpios, os torpes, impuros e criminosos obsti-
nados que se prezam em culpar um destino —
fatalmente escrito por outrem — dos seus próprios
erros, omissões, hesitações e pecados.

4
Discípulo: — Mas, uma vez que a mente concre-
ta, só por si, é “escrava” do encadeamento de
fatos e circunstâncias, tais como se apresentam
no tempo e no espaço, não é verdade que a liber-
dade humana radica na própria Mônada (e, até
certo ponto, na Alma, como sua mediadora)?

Mestre: — O homem é um ser complexo, compre-

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Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

endido entre a Mônada e o corpo físico denso.


Para que fosse um títere, seria necessário que as
“forças que não entende” (conscientemente) fos-
sem exteriores a si próprio – o que não é o caso

5
Discípulo: — Como conciliar a afirmação de que
“o homem é senhor do seu destino” com certas
condicionantes designadamente raciais, econômi-
cas, culturais, biológicas, etc.?

Mestre: — Todas essas condicionantes são de


ordem cármica e existem precisamente porque “o
homem é senhor do seu destino”.

6
Discípulo: — Como se produzem os fenômenos
de levitação? Eles são possíveis somente nos
“seres vivos” de tipo humano?

Mestre: — Os fenômenos de levitação produzem-


se pelo desencadeamento de forças magnéticas
(chamemos-lhes assim) auto-induzidas (mas não
necessariamente conscientes), as quais anulam o
efeito de atração planetária. Não são possíveis
nos reinos inferiores ao humano e são atributo dos
que lhe são superiores.

7
Discípulo: — Um ser que trabalha na 4.ª dimen-
são já não é limitado pelo “espaço” tal qual o en-
tendemos?

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Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Mestre: — Não. O espaço não representa qual-


quer limitação para um ser que trabalha na 4.ª
dimensão.

8
Discípulo: — Continua a prever-se que uma por-
centagem relativamente elevada da Humanidade
encarnada e particularmente da população do
Brasil perecerá de AIDS/SIDA nos próximos anos?

Mestre: — Tudo o parece indicar. No que diz res-


peito ao Brasil, a situação conheceu uma transfor-
mação muito grande nos últimos 20 anos, pelo
que a tendência foi detida e entrou em declínio,
tendo assim, representado uma lição a ser apren-
dida pelo resto do mundo. Mas pode ainda haver
recidivas... (atualização 2006)
9
Discípulo: — Atendendo ás grandes discrepân-
cias que se verificam na “literatura”, podeis indicar-
nos qual é o número aproximado de individualida-
des (encarnadas e desencarnadas) pertencentes á
evolução do nosso planeta?

Mestre: — Como sabeis, o número de individuali-


dades presentes em um planeta não é estático.
Algumas há que imigram, outras que emigram de
e para outros sistemas evolutivos, provisória ou
definitivamente. Poderemos, no entanto, adiantar
o número global aproximado de 18 bilhões de
almas.

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Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

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Discípulo: — Quantas individualidades encarna-
das, neste momento, na Terra, possuem pelo me-
nos a 2.ª Iniciação? E destas, que porcentagem
corresponderá a discípulos do 1º Raio?

Mestre: — Um número de 3 dígitos — mais não


podemos acrescentar. O número de discípulos do
1º Raio dentro dessa classificação corresponde a
cerca de um quinto do total.

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Discípulo: — É exato afirmar-se que as individua-
lidades presentemente encarnados na Terra, e
que já possuem a 1.ª Iniciação se computam por
um número de 4 dígitos?

Mestre: — Não. Não é exato.

12
Discípulo: — A totalidade dos discípulos aceitos e
probacionários (em sentido restrito) também en-
carnados, pode representar-se por um número de
5 dígitos?

Mestre: — Não. Gostaríamos porém de acrescen-


tar (at. 2006) que a fixação obsessiva pelos graus
evolutivos percentuais dos seres humanos não
nos parece muito saudável.

13
Discípulo: — Julgamos então poder concluir que

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Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

os encarnados iniciados já se computam por um


número de 5 dígitos bem como os discípulos e
probacionários se computam por um número de 6
dígitos. Se assim é, congratulamo-nos com o seu
elevado aumento nos últimos anos. Tal (a confir-
mar-se) foi predominantemente devido á reencar-
nação de muitas individualidades de grau evoluti-
vo, em média, bastante superior aos dos anterior-
mente reencarnados?

Mestre: — Exatamente. Aliás, tal já se vem tor-


nando notório, se for analisada a fundo a grande
transformação de atitudes e comportamentos em
curso, que mais evidente ainda se irá tornando
conforme a novíssima geração for tomando conta
dos destinos mundiais. Esperamos que o restante
da Humanidade saiba seguir o exemplo dos ir-
mãos mais evoluídos e aproveitar esta excepcio-
nal oportunidade de progresso.

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Discípulo: — A que prazo se prevê que o Homem
possa emigrar e estabelecer colônias em outros
planetas do sistema solar e fora deste?

Mestre: — Durante a Era de Aquário.

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Discípulo: — É verdade que há, encarnados na
Terra, muitos indivíduos de outros planetas do
sistema solar?

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Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Mestre: — Do sistema solar e de outros sistemas


e galáxias, os quais passaram a pertencer a esta
Humanidade, provisória ou definitivamente, por
necessidade cármica.

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Discípulo: — É verdade que existem seres huma-
nos que habitam no interior da Terra? Em caso
afirmativo, é possível indicar algumas das suas
características?

Mestre: — Sim. São em tudo semelhantes aos


que habitam a superfície, por pertencerem ao
mesmo ciclo evolutivo.

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Discípulo: — Vieram, outrora, para a Terra muitos
“retardatários” de Marte, de um satélite de Júpiter
e de um satélite de Capela?

Mestre: — Não interessa pormenorizar a origem


desses retardatários. Basta que se saiba que vie-
ram de diversos sistemas e galáxias, como acon-
tece em todos os planetas habitados.

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Discípulo: — Adão foi um desses “retarda-
tários” (muitos dos quais eram conhecidos por
“filhos de Deus” por serem mais evoluídos do que
os terrícolas a que também se chamava “filhos dos
homens”)?

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Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Mestre: — Adão é uma personagem simbólica,


representativa de um coletivo e não de um indiví-
duo. A migração desses retardatários foi feita em
corpo sutil, não físico; portanto, ao reencarnarem
na Terra, fizeram-no em corpos em tudo iguais
aos que aqui existem, não podendo ser apelidados
de “filhos de Deus” uma vez que em nada se dis-
tinguiam da restante Humanidade a que passaram
a pertencer
Aqueles a que alguns relatos bíblicos se refe-
rem como “filhos de Deus” foram uma migração
em corpo físico oriunda de um planeta mais avan-
çado que veio dar um grande impulso genético às
características físico-morfológicas da Humanidade
terrícola. O seu ciclo de vida era muito mais longo
do que a da Humanidade indígena, pelo que foram
conhecidos por sucessivas gerações e, por isso,
endeusados. Figuram em todas as antigas mitolo-
gias como semi-deuses. Retiraram-se para seu
planeta de origem logo que sua missão terminou.

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Discípulo: — A que se deve atribuir o rápido de-
senvolvimento da mente concreta na maioria da
Humanidade, especialmente nos mais jovens?

Mestre: — É um passo dado pela Humanidade na


direção correta mas que foi, em certos aspectos,
levado longe demais. Conforme já é sabido, deve
a mente concreta equilibrar-se com o imperioso
desenvolvimento do pensamento abstrato, da intu-
ição e, mais tarde, da verdadeira vontade espiritu-

14
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

al.
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Discípulo: — Qual o país do mundo onde presen-
temente se encontra maior número de seres de
uma evolução superior à da Humanidade comum?

Mestre: — No Brasil, indubitavelmente. Desde


1950, grande parte dos seres evoluídos que habi-
tualmente encarnavam ou atuavam em outras
partes do globo (designadamente na Índia e no
Tibete) reencarnaram ou transferiram-se para o
Brasil em virtude dos relevantes acontecimentos
que ali decorrem e dos que ali vão decorrer em
breve.
21
Discípulo: — Por que razão o homem está sem-
pre descontente com o clima em que se move?
Tem demasiado calor no Verão, demasiado frio no
Inverno, etc. Isso acontece por qualquer razão
cármica coletiva ou porque o planeta ainda não
atingiu um estádio em que possa proporcionar à
sua população uma temperatura agradável?

Mestre: — Logo que o Homem conquiste para si


próprio a Harmonia espiritual verá essa Harmonia
refletir-se em todos os restantes setores.

22
Discípulo: — Especialmente no inverno, com o
frio, muitos homens sentem grande desconforto e
sofrimento físico. Isto poderá também ser explica-
do, ao menos parcialmente, por alguma espécie

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Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

de carma?

Mestre: — O que mais influencia o Homem nega-


tivamente no Inverno não é tanto o frio mas a au-
sência da influência benéfica dos raios solares por
longos períodos de tempo. Nos países tropicais e
subtropicais, onde o Inverno não é a época das
chuvas nem dos dias encobertos, esse desconfor-
to e sofrimento não são encontrados. Evidente-
mente que não nos referimos, em qualquer dos
casos, àqueles que vivem em condições sub-
humanas de habitação.

23
Discípulo: — Por que os homens têm que dormir?

Mestre: — Para poderem beber da fonte da vida.

24
Discípulo: — Porque é que a duração do sono
representa, em média, quase um terço do tempo
de cada encarnação?

Mestre: — Afortunado é o Homem por ser aliviado


de um terço do seu tempo de provação (física)
podendo usá-lo para beber da tal fonte (espiritual).

25
Discípulo: — A influência que uma individualidade
pode ter na escolha das circunstâncias da sua
próxima encarnação (como a data, local, progeni-
tores, carma a resgatar) está na razão direta do

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Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

seu grau evolutivo?

Mestre: — Certamente.

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Discípulo: — Existiram sempre fortes ligações,
em existências anteriores, entre atuais gêmeos
(independentemente do seu tipo)?

Mestre: — Sim, ligações cármicas, mas não ne-


cessariamente positivas.

27
Discípulo: — Qual a relação entre a quantidade
de pêlos no corpo humano e a evolução da raça?
Porque razão as mulheres, geralmente, têm me-
nos pêlos do que os homens e certas sub-etnias
(os grupos negróide e ameríndio, por exemplo)
são menos pilosas do que outras?

Mestre: — A cobertura capilar está predominante-


mente relacionada com a lei de adaptação ao am-
biente, logo, com a zona climática onde essas
etnias se desenvolvem. Quanto à mulher, nos
tempos primitivos, ficava na caverna para tratar
dos filhos, protegida das intempéries, enquanto o
homem saía na busca de caça. Daí a diferença.

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Discípulo: — Qual o motivo da calvície? Tem
algumas características cármicas, evolutivas ou,
de qualquer outra forma, ocultas?

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Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Mestre: — Não. É um fenômeno antigo sem


quaisquer origens cármicas particulares. Algum
dia os seres humanos descartarão totalmente o
cabelo.
29
Discípulo: — O desempenho de certo ofício para
o qual não se tem grandes aptidões poderá ser
justificado como forma de maior desenvolvimento
de atributos carenciados?

Mestre: — Pode ser ou não ser. Depende do caso


específico.

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Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Capítulo 2
Do Carma
1
Discípulo: — Como funciona o carma? Como se
conseguem esgotar todos os efeitos duma causa,
designadamente em relação a outras individualida-
des? Ou será que o carma deve ser encarado por
outros prismas que não só o de causa-efeito?

Mestre: — O carma é, para todos os escalões dos


seres em evolução, desde o mais nóvel discípulo
até o mais alto iniciado (incluindo mesmo o Lo-
gos), a verdade de mais difícil compreensão. Em
certos aspectos, carma é sinônimo de Verdade, de
Sabedoria, de Deus. Principalmente para o enten-
dimento dos seres encarnados torna-se difícil, ou
melhor, impossível, explanar outros aspectos do
carma que não sejam os que se relacionam com a
lei universal de Atração-Repulsão ou de causa-
efeito. Como sabeis, toda a causa gera efeitos.
Estes não se esgotam porque o pensamento ou a
ação, uma vez desencadeados, produzem efeitos
que se espalham em ondas centrífugas até o infi-
nito. Esses efeitos afetam necessariamente tercei-
ros.
Por sua vez, tais efeitos produzem, ao longo
do seu percurso, por refração (chamemos-lhe
assim) novas causas que desencadeiam um pro-
cesso em sentido inverso cujas força e aceleração
(chamemos-lhe também assim) variam conforme o

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Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

sinal positivo ou negativo da ação que as motivou.


Essa variação obedece a uma fórmula matemática
rigorosa e imutável que não nos é permitido reve-
lar. Basta dizer que a ação de sinal positivo provo-
ca uma reação que cresce em progressão geomé-
trica e que a da sinal negativo provoca uma rea-
ção que cresce em progressão aritmética.
Assim se compensam, com a mais rigorosa justiça
(que também é sinônimo de carma), os diversos
efeitos originados numa causa. Compensam-se,
não se esgotam.
2
Discípulo: — Para que servem o prazer e a dor?

Mestre: — O prazer e a dor são instrumentos


cármicos que testam os mecanismos de compen-
sação.
3
Discípulo: — De que maneira influi no carma
coletivo da Humanidade a depredação e aniquila-
mento total de certas espécies animais? Como
pode o Homem resgatar esse ato, se é que se
trata de um pecado?

Mestre: — O pecado do mau relacionamento com


as espécies animais é uma herança da época
Atlante. Está mais diretamente relacionado com o
carma coletivo dessa Raça do que com a presen-
te, a Ariana. Elementos atlantes, presentemente
encarnados em corpos arianos ou não, continuam
a insistir no seu erro e disso sofrerão as respecti-
vas conseqüências.

20
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

O trabalho da presente Raça, que é voltado


para o reino vegetal, pode (até agora) considerar-
se positivo apesar de alguns desvios.

4
Discípulo: — Onde e em que circunstâncias é
expurgado o carma gerado nos planos sutis nos
intervalos entre as encarnações?

Mestre: — Em todos os planos de manifestação


humana, dentro e fora dos períodos de encarna-
ção, tal como o carma gerado em quaisquer outras
circunstâncias.
5
Discípulo: — Se pode ser carmicamente determi-
nado que uma entidade tem que sofrer pelas a-
ções de outras emanações de vida, como conjugar
tal determinação com o livre-arbítrio dos presumí-
veis ofensores?

Mestre: — Não existe qualquer tipo de predestina-


ção em tais fatos. Os ofensores agem segundo
seu livre-arbítrio e criando seu próprio carma ne-
gativo. Só que é permitido encaminhá-los para
objetos que beneficiem dessa ação negativa, as-
sim gerando equilíbrio. Na criação nada se perde
e, se o mal não fosse aproveitado, haveria uma
subversão dos valores divinos.
Exemplifiquemos: Um criminoso decide ir
para a rua a fim de roubar uma qualquer pessoa,
feri-la, violá-la, enfim, fazê-la sofrer. Após essa
sua decisão, os Senhores do Carma desenvolvem

21
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

os seus esforços por forma a que a pessoa que


vai cruzar-se com ele, no momento em que passa
da intenção para ação, seja alguém que carmica-
mente irá beneficiar com isso. Esperamos ter sido
suficientemente elucidativos; se não o fomos, pe-
dimos ao discípulo que volte a abordar o tema.

6
Discípulo: — Podem existir erros de origem cár-
mica?

Mestre: — De forma nenhuma. Seria uma impen-


sável subversão da justiça e do amor divinos.

7
Discípulo: — Devemos considerar de origem
cármica as mortes acidentais?

Mestre: — Sim.
8
Discípulo: — De que forma a descoberta da cura
ou do alívio de certas doenças se articula com as
leis do carma?

Mestre: — Não encontramos aí qualquer contradi-


ção. De fato só é possível a obtenção de alívio
para esses males quando as leis do carma e os
seres que mais diretamente as objetivam permi-
tem esse alívio.
9
Discípulo: — Quem é que dirige superiormente a
transferência de retardatários de outros planetas

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Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

para a Terra e do globo terrestre para planetas


inferiores?

Mestre: — Os Senhores do Carma, através do


Conselho Cármico terrestre em ligação com Sírius.

10
Discípulo: — Devemos tomar as leis cármicas
como modelo para o direito criminal?

Mestre: — As leis cármicas devem ser tomadas


como modelo para tudo quanto se relacione com
justiça.
11
Discípulo: — Perante a existência de bilhões de
pessoas encarnadas, como é factível um controle
individual permanente por parte dos Senhores do
Carma?

Mestre: — Cada indivíduo emite um determinado


tipo de vibração energética que é gerado por suas
ações e as retrata. Essa vibração é recebida e
analisada a todo o momento pelo “Grande Compu-
tador Cármico”.
12
Discípulo: — É verdade que a única forma de não
gerar carma nos três mundos do esforço humano
(físico, emocional e mental) consiste em não fazer
nada cujo ponto de partida sejam desejos pesso-
ais?

Mestre: — Sim; o que significa dizer que consiste

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Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

em reger-se exclusivamente pela lei do Amor.


Amar é dar: quem dá não tem desejos pessoais.

13
Discípulo: — As encarnações de celibato são
compensações de abusos ou excessos sexuais
cometidos em encarnações anteriores?

Mestre: — Não necessariamente.

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Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Capítulo 3
Da Conduta
1
Discípulo: — Qual a gravidade absoluta e relativa
da homossexualidade humana? É passível de
retardar o processo evolutivo individual? Deve ser
reprimida e como, se, muitas vezes, deve-se a um
erro do código genético a que o indivíduo, aparen-
temente, é alheio?

Mestre: — A homossexualidade humana pode ser


encarada sob três prismas:
1. A lassidão moral.
2. A combinação mal harmonizada entre os 2º e
4º Raios.
3. Uma particular combinação cármico-
genética.

Como é óbvio, no primeiro caso, se não for


auto-reprimida, acarretará retardamentos graves
no percurso evolutivo do indivíduo e criará carma
negativo deste em relação aos terceiros com
quem se envolva.
No segundo caso, pode não acarretar neces-
sariamente grandes problemas evolutivos depen-
dendo do desenvolvimento de outras importantes
características inerentes a esses Raios. Se esse
desenvolvimento for positivo, a tendência será
para a natural eliminação do “desvio” na mesma
encarnação ou na seguinte. Note-se que o indiví-

25
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

duo típico desta alínea intrinsecamente não é ho-


mossexual mas bissexual, o que (por mais cho-
cante que possa parecer) o situa habitualmente
num grau evolutivo já bastante adiantado porque,
de alguma forma, já se apercebeu de que o espíri-
to é hermafrodita, ou seja, possui ambas as polari-
dades: masculina e feminina.
No terceiro caso, nada podemos adiantar já
que, uma vez mais, se trata de matéria cármica
individual (a que o indivíduo não é alheio, antes
pelo contrário).
2
Discípulo: — Há qualquer ilicitude em matar inse-
tos como baratas, formigas moscas? E certos
animais de maior corpulência como ratos, cobras,
etc.?

Mestre: — É difícil dizer que sim, como é difícil


dizer que não. O Homem, enquanto ser encarnado
num veículo físico denso ainda muito animalizado,
tem por dever (que lhe advém da Lei Universal do
Amor que também se aplica a si próprio) a conser-
vação, proteção e utilização desse veículo pelo
maior número de anos possível. Esse dever impli-
ca, por um processo de seleção natural existente
em toda a Natureza (que é um ramo da lei do car-
ma), a eliminação do seu habitat, de certas criatu-
ras que constituam um obstáculo ou um perigo
para o desenvolvimento harmonioso daqueles
princípios. Então, investido de uma faúlha do Po-
der destruidor do 1º Raio, ele age em conformida-
de.

26
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Existem, no entanto, homens que encontram


prazer na contemplação da cessação da vida de
qualquer ser: são realmente homicidas em potên-
cia. Sendo agentes da energia destruidora negati-
va, é totalmente ilícita a sua ação.

3
Discípulo: — Até que ponto é bom ter animais
domésticos?

Mestre: — É um dever do Homem, através desse


contacto fraternal, dar um impulso à evolução da
alma-grupo dos animais domésticos auxiliando
assim a individualização progressiva do maior
número possível de unidades.

4
Discípulo: — Devemos considerar o matrimônio
como um laço só dissolúvel por morte de um (ou
ambos) dos cônjuges?

Mestre: — O matrimônio dissolve-se quando sur-


ge entre os cônjuges a separatividade, quer eles
formalizem ou não esse fato perante as leis soci-
ais. Em termos ocultos, 4/5 dos matrimônios exis-
tentes estão realmente dissolvidos embora os
cônjuges partilhem o mesmo teto e os contratos
sociais continuem em vigor.

5
Discípulo: — Segundo o esoterismo, em que
idade devemos casar-nos e por quê?

27
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Mestre: — Embora com variantes de caráter indi-


vidual, a mulher não deve se casar antes de com-
pletar o segundo setênio e o homem antes de
completar o terceiro setênio, por razões de ritmo
de desenvolvimento do corpo emocional.

6
Discípulo: — Parece-nos que a idade adequada
ao casamento depende essencialmente do nível
evolutivo dos membros do casal e do correspon-
dente despertar dos corpos sutis para a atividade
plena (mais tardio, por haver corpos ativos, confor-
me seja maior a “idade da alma”). Nesse caso
esperaríamos encontrar a tendência para casa-
mentos mais precoces em pessoas polarizadas
em corpos inferiores (que são os primeiros a des-
pertar em cada encarnação). Estais de acordo?

Mestre: — Não. Quando a Humanidade em geral


atingir um razoável grau evolutivo, os casamentos
serão muito mais precoces ainda, embora com as
limitações etárias gerais apontadas anteriormente.
Os casamentos serão preparados antes mesmo
da encarnação e, no decorrer desta, quando os
dois nubentes se encontrarem, logo se reconhece-
rão e compreenderão também a missão conjunta
que iniciarão logo que os veículos físico e emocio-
nal estejam aptos.

7
Discípulo: — Há quem defenda que determinada
impulsividade ou, até, descontrole emocional é

28
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

típica dos artistas. Diz-se que isso é necessário à


“espontaneidade” e “liberdade” que permitem a
ação criativa. Isto é verdade?

Mestre: — Não é bem assim. O que se aproxima


mais da verdade é que a maioria dos chamados
“artistas”, por trabalharem no âmbito do 4º Raio,
estão muito sujeitos ao conflito, uma das caracte-
rísticas desse Raio. O equilíbrio do artista conse-
guido obtém-se pelo encontro com a harmonia -
que se revela através de suas obras. Sempre que
assim não seja, em eterno conflito, o artista será
um ser escravizado pelas suas próprias emoções
que foi incapaz de transmutar.

8
Discípulo: — Podeis indicar critérios seguros e
acessíveis ao comum dos homens para detectar a
presença do Bem e da Vontade Divina nos assun-
tos humanos?

Mestre: — Compete ao comum dos homens en-


contrar a presença ou a ausência do amor em
todos os assuntos. Ninguém lhes pode fornecer
fórmulas mágicas para esse fim.

9
Discípulo: — Devemos condenar o ato de, em
situação de combate, matar soldados inimigos?
Nesse caso, devemos recusar-nos a combater?

Mestre: — Todas as guerras são injustas e todos

29
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

os homens se deviam recusar a matar o seu se-


melhante. No entanto, casos tem havido em que o
perigo da completa subversão política, militar e
econômica do Mundo por forças ao serviço da
Loja Negra levou a Hierarquia a aconselhar a legí-
tima defesa e inclusivamente o contra-ataque. Tal
foi o caso da II Guerra Mundial, a partir de certa
fase. Esse contra-ataque foi, todavia, longe de-
mais; o espírito de vingança apoderou-se dos co-
mandos e das forças aliadas tendo-se chegado a
extremos de barbaridade que nada adiantaram no
desfecho do conflito, tais como o lançamento de
bombas atômicas em duas cidades japonesas e a
destruição de grande parte da Alemanha civil.

10
Discípulo: — Mas se eu tiver a certeza de que um
homem vai lançar uma bomba atômica e matar um
milhão de pessoas e de que, só matando-o, o
impedirei disso - pois está prestes a apertar o bo-
tão que a lançará - não é minha obrigação fazê-lo?

Mestre: — O discípulo nunca deve fazer uma


ação violenta. Quem vos garante que o mecanis-
mo que a ação acionaria não iria falhar no último
momento? Confiai na Hierarquia. Se, por hipótese,
fosse permitido que uma bomba matasse um mi-
lhão de pessoas, seria porque razões cármicas
teriam determinado essa desencarnação em mas-
sa e qualquer ato que o contrariasse duplamente
negativo porque contraproducente.

30
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

11
Discípulo: — Um discípulo deve empenhar-se na
sua vida profissional?

Mestre: — Certamente que sim. Tem carmica-


mente essa obrigação quanto a si próprio e à soci-
edade. Logicamente, com o desapego e a humil-
dade necessários para que não crie carma negati-
vo.

12
Discípulo: — Como deverá o discípulo ativo con-
ciliar o Serviço com sua vida familiar e profissio-
nal?

Mestre: — A vida familiar e profissional de qual-


quer discípulo (como a de qualquer outra pessoa)
constitui também um importante campo de serviço,
no qual deve prestar as melhores provas. Não se
trata de campos de atividade antagônicos mas
complementares; da perfeita articulação entre
ambos resulta a vitória de uma encarnação.

13
Discípulo: — O crescente desejo de liberdade é
influenciado pelo 7º Raio (Raio da Liberdade)?

Mestre: — Evidentemente; em cima, como em


baixo: a pura liberdade como a impura libertina-
gem.
14
Discípulo: — Até que ponto podemos considerar

31
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

pecado a masturbação?

Mestre: — Até o ponto em que possa levar á vitó-


ria da matéria sobre o espírito, como qualquer
outra atividade.
15
Discípulo: — O uso de anticoncepcionais traz
algum problema em termos ocultos?

Mestre: — É um assunto muito subjetivo e cármi-


co. É lógico que dar oportunidade ao maior núme-
ro possível de encarnações é a opção ideal. No
entanto, planificada a dimensão de uma família em
termos não egoístas, não há grande problema na
utilização de anticoncepcionais. Esta afirmação
não se aplica a casais que, pura e simplesmente,
se recusam a procriar. Essa é uma atitude egoísta
com conseqüências em termos de carma negativo.
Quanto ao exercício da atividade sexual sem fins
procriativos, deve ser comedido, desapaixonado e
entendido como um fator de equilíbrio de tensões
físico-emocionais com vista a libertar os veículos
inferiores de cargas energéticas que possam pre-
judicar as elevadas energias que devem ser mani-
puladas a níveis superiores.

16
Discípulo: — É reprovável o uso de vestuário
preto ou de tons bastante escuros?

Mestre: — É pouco recomendável, mas não re-


provável.

32
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

17
Discípulo: — É conveniente uma futura redução
dos dias de trabalho profissional?

Mestre: — Depende da forma como for utilizado o


tempo assim tornado disponível.

18
Discípulo: — Porque existem os fenômenos do
riso e do choro?

Mestre: — O riso e o choro convulsivos são sinô-


nimos de descontrole emocional, de império da
personalidade. O sorriso e o choro serenos são
sinônimo de império da Alma e de identificação
com a lei do Amor.

19
Discípulo: — Quais as vantagens ou desvanta-
gens da chamada música rock para a Humanida-
de? O fato de ser quase sempre composta e inter-
pretada por grupos não revelará a tendência do
homem da Nova Era para o trabalho grupal e não
individual?

Mestre: — As vantagens e desvantagens são


subjetivas. A própria expressão “música rock” tem,
hoje em dia, um larguíssimo espetro que abrange
diferentes manifestações melódicas, harmônicas e
rítmicas. Existem, dentro dessas modalidades,
casos muito positivos. Vista globalmente, a música
rock já cumpriu a sua missão libertadora (no âmbi-

33
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

to do 1º e 7º Raios) e deve ir-se retirando de mani-


festação.
20
Discípulo: — O Carnaval, tal como é celebrado
no Brasil, traz algumas conseqüências cármicas
graves para este povo? E tem alguma influência
negativa quanto à manifestação messiânica que
se aproxima?

Mestre: — Sim e sim.

21
Discípulo: — Quem persiste no erro será dupla-
mente negativo em relação ao simples ignorante
porquanto junta, à ignorância, a presunção de
conhecer a verdade?

Mestre: — Evidentemente

22
Discípulo: — A poligamia parece não contrariar
tanto um fim primário do casamento (a procriação
da espécie) como a poliandria. Não obstante, se-
rão ambas igualmente condenáveis ética e biologi-
camente?

Mestre: — Sim, são ambas condenáveis etica-


mente. Biologicamente nada há a apontar: se-
guem a linha predominante (mas não exclusiva)
do reino animal.
23
Discípulo: — Estamos convencidos de que, em

34
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

qualquer planeta um pouco mais evoluído do que


a Terra, já não existe poligamia nem poliandria. É
assim?

Mestre: — Assim é.

24
Discípulo: — Devemos sustentar a inconveniên-
cia de que os pais e demais educadores digam
aos filhos que as prendas natalícias são trazidas
pelo Pai Natal (Papai Noel) ou por São Nicolau?

Mestre: — Toda a mentira é reprovável.

25
Discípulo: — Dever-se-á cultivar nas crianças o
antagonismo entre o Bem e o Mal designadamen-
te através de contos (do tipo fada boa / bruxa
má)?

Mestre: — Existem muitas fábulas de grande utili-


dade para as diferentes idades em que tal antago-
nismo pode ser realçado sem causar à criança em
desenvolvimento qualquer espécie de trauma.

26
Discípulo: — Bastará ao homem de amanhã ali-
mentar-se de frutos e sementes que são potencial-
mente a planta evitando assim a destruição (e
sofrimento?) destas na sua forma vegetativa?

Mestre: — Demorará ainda alguns milênios a

35
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

mutação do aparelho digestivo humano que permi-


tirá a prática generalizada de tal princípio. Antes,
há que concentrar os esforços na eliminação gra-
dual da alimentação animal (por motivos da Lei do
Amor), processo que será também bastante longo.

27
Discípulo: — Quais as desvantagens da ingestão
da carne?

Mestre: — A resposta já foi dada em dezenas de


obras ocultistas. Resume-se em duas razões prin-
cipais.
1. Em maior escala, o desrespeito coletivo à Lei
do Amor através da chacina de animais porque
quem come é cúmplice e co-responsável com
os autores materiais do ato.
2. Em escala menor, a absorção de certas vibra-
ções infra-humanas que retardam o aprimora-
mento espiritual do Homem.

28
Discípulo: — Abstraindo dos aspectos menos
positivos de ostentação, o uso de jóias, designa-
damente de anéis com pedras preciosas, apresen-
ta alguns efeitos benéficos?

Mestre: — Em certas cerimônias, o uso de deter-


minados objetos produz efeitos muito importantes.
É curioso observar que o Homem desconhece
totalmente o efeito das pedras e metais preciosos.
Não sabe até por que razão se chamam “preci-

36
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

osos”. Não é certamente pelo seu preço nem pela


sua raridade mas por motivos ocultos que muito
poucos conhecem. Fora do âmbito dos referidos
cerimoniais não é aconselhável o seu uso.

29
Discípulo: — Existe vantagem real no uso de
talismãs?

Mestre: — Como afirmamos na resposta anterior,


em certas cerimônias, o uso de certos símbolos e
de certos materiais, é muito importante. Talismãs
entendidos como amuletos são fruto da supersti-
ção de seres pouco evoluídos.

30
Discípulo: — Existe algum material especialmen-
te indicado para o fabrico desses símbolos?

Mestre: — Os metais e pedras nobres ou


“preciosos” são os mais utilizados, como também
dissemos.
31
Discípulo: — O jogo é de reprovar independente-
mente do seu tipo (máquinas, bingo, lotarias, role-
ta, cartas, etc.)?

Mestre: — O jogo com caráter lúdico, sem prê-


mios, pode ser um auxiliar no desenvolvimento do
intelecto e da atenção concentrada bem como
uma saudável ocupação de tempos de lazer. Não
incluímos neste conceito os chamados “jogos de

37
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

azar”, que são extremamente negativos.

32
Discípulo: — Podeis dar exemplos de casos ex-
cepcionais em que o celibato (ou a abstenção de
relações sexuais) seja de recomendar?

Mestre: — Só é recomendável em circunstâncias


cármicas muito especiais. É, todavia, um voto de
intenção muito difícil de cumprir e, muitas vezes,
torna-se contraproducente tentá-lo. Existem outras
vias menos perigosas para se atingirem os mes-
mos objetivos.

33
Discípulo: — É lícito manter animais em cativeiro
(por exemplo em jardins zoológicos, aquários, etc.)
para fins diversos designadamente instrutivos?

Mestre: — É um mal necessário para o avanço do


conhecimento. Deve, porém, ser facultado aos
animais o mais amplo espaço possível.

34
Discípulo: — Que se vos oferece dizer sobre o
uso de cabeleiras postiças e de tintas para escure-
cer ou alterar a cor dos cabelos?

Mestre: — O Homem vale pela forma como sabe


utilizar aquilo que está no interior e não no exterior
do crânio. O cabelo no ser humano é, para mais,
um órgão arcaico em vias de desaparecimento.

38
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

35
Discípulo: — Do ponto de vista esotérico, qual é o
inconveniente do apego a objetos materiais?

Mestre: — Depende da forma como esse apego é


ou não exclusivista. Por exemplo, se um discípulo
tem apego a um valioso livro de Sabedoria, isso
pode significar que ele aí busca uma permanente
fonte de inspiração que lhe permita melhor servir a
Humanidade. É, por conseguinte, um apego legíti-
mo. Se negar-se a partilhar esse mesmo livro com
terceiros que lho solicitem, passa a proceder com
apego ilegítimo.

39
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Capítulo 4
Da Terra e do Cosmos
1

Discípulo: — Porque existe o gelo nas calotas


polares?

Mestre: — O gelo existe nas calotas polares por


motivos de vária ordem: equilíbrio magnético, es-
tabilidade orbital, vontade do Logos, etc. As ra-
zões subjacentes à existência da calote gelada do
Pólo Norte são, todavia, diferentes das relativas ao
Pólo Sul. Quando, no correr dos tempos, a vonta-
de do Logos determinar a alteração dos equilíbrios
presentes e a consequente dissolução dos gelos
em ambos os pólos, verificar-se-á que o Pólo Sul
trará à luz um novo e fértil continente enquanto o
Pólo Norte trará à luz uma antiga e sábia civiliza-
ção. O momento em que tal sucederá prende-se
com o carma do Logos e não pode ser determina-
do a priori.

Discípulo: — Pode realmente sustentar-se que no


“paradoxo científico” (em que se afirma que o arre-
fecimento produz a contração e esta produz calor)
se aponta o agente principal da formação do nos-
so sistema solar?

40
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Mestre: — Sendo que a formação dos sistemas


cósmicos é uma concretização da lei de retração-
expansão, sem dúvida que a vossa suposição é
correta. Podeis realmente re-nomear o vosso
“paradoxo científico” de “movimento perpétuo” do
ciclo cósmico: arrefecimento → contração → calor
→ dissipação → arrefecimento → ad infinitum. É
aquilo que, no Oriente, se chama o ciclo respirató-
rio de Brahma.

Discípulo: — Já podem ser identificados alguns


dos planetas inferiores?

Mestre: — Não. A Lei do Amor não o permite.

Discípulo: — Existe, no sistema solar, algum pla-


neta principal ainda não descoberto, apesar dos
grandes progressos atingidos, neste século, pela
Astronomia e exploração espacial?

Mestre: — Sim. Os planetas do sistema solar são


12. Assim existem 3 planetas principais ainda não
descobertos apesar dos progressos científicos.
Presentemente, 8 deles são sagrados: Vulcano (o
coração do Sol), Mercúrio Vênus, Júpiter, Saturno,
Netuno, Urano e Marte (que passou a sê-lo muito
recentemente). Quatro continuam sendo planetas
não-sagrados: Terra, Plutão, um planeta oculto

41
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

pela a Lua e um planeta oculto pelo Sol. Reparai


que, quando na resposta à pergunta anterior afir-
mamos não poder indicar alguns dos planetas
inferiores, não nos referíamos a planetas não-
sagrados nem nos restringíamos ao sistema solar.
A noção de sagrado e não-sagrado é independen-
te da de superior e inferior. Logicamente que ne-
nhum planeta sagrado pode ser considerado como
inferior mas entre os não sagrados há diversas
graduações.

Discípulo: — Confirma-se que as grandes modifi-


cações geográficas, geológicas, climatéricas e
geodésicas do globo terrestre vão já ocorrer den-
tro de poucos anos?

Mestre: — O que se confirma é que elas já princi-


piaram há alguns anos estando prestes a atingir o
seu apogeu.

Discípulo: — É oportuno que os discípulos pas-


sem a alertar frequentemente as pessoas das
suas relações para a iminência desses eventos?

Mestre: — Podem fazê-lo se quiserem. Isso não


irá afetar o livre-arbítrio de ninguém: os incrédulos
continuarão incrédulos; os outros receberão os
seus próprios chamamentos.

42
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Discípulo: — Acreditamos que, por exemplo, o


terremoto da Turquia em 1967 e a tromba de água
da Serra das Araras (Brasil) já se integraram no
plano das modificações. Pode dizer-se o mesmo
de alguns furacões e cargas pluviométricas que
assolam (no corrente ano de 1988) alguns países,
designadamente da América Central?

Mestre: — Sim, tal como o terremoto da Cidade


de México e depois o da Armênia. A cidade do Rio
de Janeiro está em vias de ser assolada da mes-
ma forma se determinadas circunstâncias cármi-
cas não forem cumpridas. O Estado de Rio de
Janeiro e a República da Armênia estão interliga-
dos por forças telúricas que poderão desencadear
ali um sismo reflexo do anterior ainda de maiores
proporções embora, aparentemente a costa leste
da América não se encontre sob influência de
linhas sísmicas.

Discípulo: — Atualmente (ano de 2006) essa


possibilidade se mantém?

Mestre: — Sim, a possibilidade mantém-se embo-


ra, na seqüência de trabalhos já efetuados por
discípulos conscientemente engajados na Magia
Branca, ela tenha diminuído consideravelmente. O
mesmo não se pode dizer de outras regiões da

43
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Terra, onde a tendência se agravou - e continua a


agravar - tendo já provocado acidentes de grandes
proporções.

Discípulo: — É certo que, como resultado da


subida de águas que está prevista para breve, a
maioria das grandes cidades do mundo está em
risco de submergir?

Mestre: — Sim.

10

Discípulo: — Essa subida de águas será rápida?


Quantos anos, meses, dias ou horas levará?

Mestre: — Não está ainda determinada a rapidez


da subida das águas nos diversos locais (porque
ela não será uniforme; os oceanos e demais con-
centrações de água não funcionam apenas de
acordo com o princípio dos vasos comunicantes
mas também de acordo com leis magnéticas de-
sencadeadas a partir do interior e do exterior da
Terra). Decorrem ainda compensações cármicas
regionais que poderão influenciar a decisão final.

11

Discípulo: — A subida das águas será unicamen-


te desencadeada em conseqüência de degelos

44
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

polares ou também por outros meios? Quais?

Mestre: — Também por outros meios, tais como:


a pluviosidade concentrada em certos locais; apa-
recimento de novos rios que escoarão depósitos
de água presentemente subterrâneos; desapareci-
mento de certos lagos e mares interiores com
subseqüente encaminhamento dessas águas para
outros locais; fratura e deslocamento de placas
continentais; afundamento de certas ilhas e outra
massas terrestres, etc.

12

Discípulo: — Num livro recebido psicograficamen-


te por Diamantino Coelho Fernandes, fala-se em
determinadas “graus” da subida das águas. Ora,
para nós, referir a subida em graus é ininteligível.
Podeis esclarecer este tema?

Mestre: — A palavra “grau” deve ser entendida


simbolicamente e corresponde a uma unidade
utilizada pela Engenharia Sideral que não tem
correspondência nas medidas humanas. Essa
unidade foi utilizada na construção de Grande
Pirâmide de Gizé.

13

Discípulo: — Poderá ser revelada (pelo menos de


maneira aproximada) a equivalência métrica desse
“grau”?

45
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Mestre: — A medida intitulada “grau” equivale a


144 polegadas reais, ou seja, 3,65242 metros
(este número, multiplicado por 100, equivale ao
número de dias do ano solar na Terra).

14

Discípulo: — Vem nos últimos meses, a assistir-


se a um número pouco usual de acidentes com
meios aéreos. Existe alguma explicação oculta
para este fato?

Mestre: — Sim. Uma explicação cármica que per-


mite ás forças negras continuarem a sua ação
sobre os meios de transporte em geral e os aéreos
em particular...(resposta obtida em Julho de 1988).

15

Discípulo: —Sendo aparente o movimento do Sol


(e de muitos outros astros) e estando as estrelas
em locais muito diferentes daqueles em que pare-
cem estar quando as contemplamos, como se
explica a influência direta e periódica das constela-
ções zodíacais?

Mestre: — A influência energética verifica-se inde-


pendentemente do local aparente em que enxer-
gamos os corpos celestes.

46
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

16

Discípulo: — Em certos livros esotéricos, muitos


dos planetas considerados como pertencentes ao
nosso sistema solar Hélios-Vesta são apresenta-
dos como pertencendo a outros como, por exem-
plo, Vênus a Krishna-Sofia; Vulcano e Marte a
Hércules-Amazona; Saturno a Auréola-Áurea, etc.
É oportuno pronunciarem-se sobre este complexo
tema?

Mestre: — Infelizmente, temos que responder que


se trata de grandes imprecisões.

17

Discípulo: — Já está em atividade o processo de


vinda para a Terra da essência de sementes des-
materializadas para cuja germinação no subsolo a
Lua contribuirá especialmente com os seus fluidos
magnéticos e de que nascerão novas plantas de
grande eficiência alimentar e terapêutica?

Mestre: — A Lua não emana quaisquer tipos de


radiações próprias. O reino vegetal terrestre já
está completo; todas as futuras mutações e germi-
nações dependem de processos naturais e da
ação do Homem e já estão em curso. As influên-
cias cósmicas são evidentes, como acontece em
relação a toda a criação. Acrescentamos que, na
floresta Amazônica, existem plantas capazes de
curar todas as doenças e espécies riquíssimas em

47
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

vitaminas, proteínas e sais minerais capazes de


resolver muitos dos problemas alimentares do
mundo se cultivadas racionalmente e transporta-
das para outras áreas do mundo. É bom que se-
jam localizadas antes da total devastação da Ama-
zônia.

18

Discípulo: — É verdade que, em diversos plane-


tas, os respectivos habitantes se alimentam por
via respiratória? Sendo assim, como se pode ex-
plicar basicamente este processo de nutrição?

Mestre: — Não nos é possível explicar o processo


de nutrição de corpos cuja sutileza desconheceis.

19

Discípulo: — Sendo o universo “o corpo físico do


Deus Uno” podemos inferir que o universo é infini-
to no tempo e no espaço?

Mestre: — Certamente, embora as vossas noções


de espaço e tempo estejam extremamente limita-
das.

20

Discípulo: — Podeis esclarecer algo sobre o que


se passa no chamado “Triângulo das Bermudas”?

48
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Mestre: — Não nos compete tal esclarecimento. É


ao Homem que compete aprofundar o conheci-
mento físico do planeta em que habita.

21

Discípulo: — Confirma-se a existência de um 4º


movimento da Terra: o pendular em torno dos
pólos? Se assim é, qual a duração do seu ciclo?

Mestre: — Sim, esse movimento existe. Quanto à


duração do ciclo remetemo-vos para a resposta
anterior.

22

Discípulo: — Os asteróides existentes entre Mar-


te e Júpiter resultaram de algum acidente ocorrido
no nosso ou noutro sistema solar?

Mestre: — Não de um acidente, pois no Cosmos


não há acidentes, mas da natural destruição de
um corpo celeste cujo período de manifestação
cessara.

23

Discípulo: — É atribuída aos cometas alguma


missão oculta que escapa à atual compreensão do
Homem?

Mestre: — Não - e no entanto - sim. Em certos

49
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

casos os cometas podem ser utilizados como


mensageiros do 1º Raio em conjugação com o
Conselho Cármico de Sírius (no que respeita ao
sistema solar e à Via Láctea em geral).

24

Discípulo: —Em termos ocultos, existe alguma


diferença entre uma estrela e um planeta?

Mestre:— Estrelas, planetas, cometas, etc., são


corpos celestes em diferentes estádios evolutivos
e involutivos.

25

Discípulo: — Como devemos interpretar os fenô-


menos geralmente agrupados sob as siglas “UFO”
ou “OVNI”?

Mestre: — Naturalmente como prova da existên-


cia de outras Humanidades.

26

Discípulo: — O que pensais da proliferação de


filmes de ficção científica em que extraterrestres
são encarados como inimigos, atacantes da Hu-
manidade terrestre? Não haverá aí uma interven-
ção das forças das trevas no sentido de aproveita-
mento do desamor de que o Homem tem sido um
vivo expoente?

50
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Mestre: — Trata-se, efetivamente de reações


agressivas, tal como os filmes de guerra e outros.
Existem, contudo, honrosas exceções que, feliz-
mente, tiveram a maior aceitação pública e o be-
neplácito da Hierarquia. Não podemos deixar de
salientar os trabalhos literários (depois transpostos
para o cinema e a televisão) de Arthur C. Clarke,
bem como algumas produções cinematográficas,
por exemplo, de Steven Spielberg, o seriado Star-
trek, etc.

27

Discípulo: — Podem apontar as principais conse-


qüências da verticalização do eixo da Terra?

Mestre: — A principal conseqüência é de ordem


esotérica: a entrada da Terra no número dos Pla-
netas Sagrados.

28

Discípulo: — Pode sustentar-se que, no centro da


Terra, se localiza a Shamballa física?

Mestre: — Certamente. Acrescente-se que “centro


da Terra”, nesse sentido esotérico, não correspon-
de a qualquer localização coincidente com o cen-
tro geométrico do planeta.

51
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

29

Discípulo: — Ultimamente a imprensa refere-se,


com bastante freqüência, ao chamado “efeito estu-
fa” de que podem resultar a aceleração e intensifi-
cação de grandes forças destruidoras (e purifica-
doras). É oportuno dizer algo sobre esse assunto?

Mestre: — Não muito mais do que a análise dos


fatos aponta. O Homem, com seus erros e egoís-
mo materialista desencadeou fenômenos que,
cedo ou tarde, haviam de se virar contra ele. Feliz-
mente, está acordando para esses fatos...

30

Discípulo: — Muitos cientistas, recentemente,


parecem mais inspirados para se concentrarem na
Atlântida. É verdade que esse vetusto continente
está a emergir do fundo do oceano atlântico?

Mestre: — Não fisicamente mas ocultamente. De


resto, nem todo o continente atlante submergiu:
ainda hoje subsistem não só ilhas mas porções
dos continentes europeu e americano que faziam
parte daquele. Por esse motivo, parte dos territó-
rios onde hoje se insere o Portugal continental e
insular (arquipélagos dos Açores e Madeira) e o
Brasil, já fizeram parte do mesmo continente: a
Atlântida. Os navegadores lusos costuraram essa
fratura com suas caravelas.

52
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

No terceiro milênio florirá o continente da


Amerlântida, ou AMERLÂNTIS, que recuperará
grande parte do esplendor espiritual da antiga
Atlântida*.

O processo de separação física do novo con-


tinente já se encontra em curso e ficará completo
quando uma passagem natural entre os oceanos
Atlântico e Pacífico for rasgada. Repetimos: será
uma passagem natural e não fabricada, como
presentemente acontece com o canal de Panamá,

As diferenças de nível entre os dois oceanos


serão controladas naquela passagem de uma
maneira totalmente original.

* - Esta revelação, conhecida de poucos discípulos desde os anos


90, foi autorizada para divulgação pública em 2006.

53
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Capítulo 5
Do Logos Planetário
1

Discípulo: — Podemos dizer que o Logos Alfa-Ômega tem,


ou pode ter, consciência simultânea e atemporal de tudo que
se passa em todos os pontos da sua esfera de influência?

Mestre: — Sim. Podemos dizê-lo com toda a propriedade.

Discípulo: — Se o Homem é verdadeiramente dotado de


livre-arbítrio, podemos concluir que nem o Logos pode pre-
ver exatamente os seus atos? Se assim for, podemos dizer
que algures no coração humano existe um ponto secreto
onde nem a visão logóica pode penetrar?

Mestre: — Digamos que o Logos não pode prever exata-


mente os atos de cada homem na sua livre individualidade
mas tem o poder de prever as conseqüências coletivas do
somatório de todos os atos individuais. Não existe qualquer
recanto de Sua esfera de influência onde a visão logóica não
possa penetrar. Isto não significa que essa penetração cons-
titua uma violação da liberdade dos seres. O próprio homem
não conhece hoje o que fará amanhã. Quereis maior liberda-
de?

Discípulo: — O Logos tem sido definido como “Aquele Em


Quem vivemos, nos movemos e temos a nossa existência”.
Isso significa que o planeta é o corpo físico denso do Logos?

54
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Se sim, como se compreende que a divindade que nos está


mais próxima possua um veículo denso quando a subtilidade
parece ser sinônimo de ascensão evolutiva?

Mestre: — Eis uma pergunta cuja resposta satisfatória e


cabal se encontra a um nível muito superior à capacidade de
entendimento de qualquer homem, qualquer discípulo e até
mesmo de alguns Mestres. Tentaremos no entanto respon-
der o melhor possível.

Todas as afirmações contidas na pergunta são verda-


deiras. A subtilidade é sinônimo de ascensão; no entanto, a
Terra e toda a substância densa que ela contém fazem parte
integral do corpo físico do Logos. Acontece que esse corpo
físico polivalente, onde a individualização das partes não
altera a unidade do todo, se encontra numa fase de tal forma
superior na espiral evolutiva, numa dimensão tão elevada
que o próprio conceito de “físico” deixa de ter o mesmo
significado. Basta que se diga que todo o Universo é o corpo
físico do Deus Uno...

Discípulo: — É verdade que os antakaranas (“fios” energéti-


cos correspondentes ao fluxo que, proveniente da Mônada,
se divide, ao penetrar no organismo de cada ser humano,
em “fio da vida” e “fio da consciência”) dos discípulos mundi-
ais são como que os nadis (minúsculos e inumeráveis canais
condutores de energia no corpo etérico do homem) do corpo
vital do Logos Planetário?

Mestre:— Embora, como já dissemos anteriormente, o


Logos Planetário seja um ser inexplicável para o Homem
comum e até para alguns Mestres, podemos dizer que a
analogia é bastante adequada.

55
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Discípulo:— Esotericamente falando, qual é o papel dos


grandes rios do nosso planeta?

Mestre:— São veículos de transmissão energética entre os


vários órgãos do corpo físico do Logos Planetário.

56
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Capítulo 6
Da Sociedade
1

Discípulo: — Como conseqüência da superpopulação mun-


dial prevista para os próximos séculos, pode sobrevir uma
grave crise de carência alimentar. De que maneira está este
problema a ser enfrentado pelo governo oculto do nosso
planeta?

Mestre:— Nem a Hierarquia nem o próprio Logos têm dados


que lhes permitam afirmar a plausibilidade de tal situação. É
carmicamente possível e altamente provável que tal nunca
se verifique, pelo menos generalizadamente. Veja-se o que
foi dito no capítulo anterior sobre potencialidades alimenta-
res ainda não descobertas no reino vegetal na floresta Ama-
zônica. Mais não pode ser revelado por se tratar de matéria
cármica regional.

Discípulo: — Podemos afirmar que o comunismo é uma


arma das forças do anti-sistema?

Mestre:— O comunismo (ou socialismo) começou por ser


uma arma do sistema, como reação contra a crescente
influência do capitalismo escravagista na sociedade industri-
al que despontava. Descambou em seguida para o anti-
sistema onde ficou a par de outras doutrinas que surgiram
paralelamente, doutrinas separatistas como o nazismo, o
fascismo, o apartheid, o sionismo e o samuraísmo. Acabou
por ultrapassar em termos absolutos a perniciosidade do
capitalismo que se propunha combater. Presentemente,
encontra-se no regresso ao sistema, tal como o próprio
capitalismo, o que parece muito positivo.

57
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Discípulo: — E o capitalismo, compreendido como a eterni-


zação do amealhamento dos lucros por um escol de mono-
polistas dos recursos produtivos?

Mestre: — Cremos que a resposta a esta pergunta está


implícita na resposta anterior.

Discípulo: — Qual o sistema político-económico ideal?

Mestre: — Aquele em que o Amor prevaleça sobre o desa-


mor.

Discípulo: — O perigo de uma guerra atômica está definiti-


vamente afastado das perspectivas dos próximos anos antes
da virada do milênio?

Mestre: — Assim o cremos e desejamos.

Discípulo: — Supomos que, no futuro, surgirão métodos


diferentes e mais adequados do que os atuais para corrigir
os “criminosos” e auxiliá-los a prosseguirem a sua senda
evolutiva. Podeis elucidar este ponto?

Mestre: — No futuro, os criminosos serão em número irrele-


vante em virtude da depuração pela qual a Humanidade
terrena vai passar. Facilmente serão encontrados meios não
violentos de os recuperar.

58
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Discípulo: — Surge-nos a idéia de que a economia do


futuro deverá promover aquela distribuição eqüitativa da
riqueza, baseada na Lei do Amor, que promoverá um equilí-
brio das finanças internacionais e evitará tensões baseadas
na acumulação indevida de capital em determinados pontos
em detrimento de outros (“dinheiro é energia” e tensão é
diferença de potencial). Gostaríamos que comentásseis esse
ponto, designadamente quanto ao problema de como gerir
esse equilíbrio e de quem poderá geri-lo.

Mestre:— O “como” e o “quem” dependem do livre-arbítrio e


da imaginação do Homem. Se avançássemos com uma
solução tiraríamos o mérito à Humanidade. Alguns iniciados
presentemente encarnados oportunamente publicarão obras
que darão sérios contributos para a solução desses proble-
mas. Não serão obras ditadas, embora contenham a opinião
de membros da Hierarquia, formulada de modo a não consti-
tuir intromissão de “foice em seara alheia”.(*)

Discípulo: — Se a ligação entre dois seres de sexos dife-


rentes é (ou deveria ser) feita ao nível das almas, que valor
tem a formalidade do casamento como um contrato?

Mestre: — Tem o único valor de prevenir o desrespeito de


um dos cônjuges pela parte material da ligação. Em termos
ocultos, esse desrespeito significa que o casamento real-
mente já não existe quer ao nível das almas quer ao nível da
matéria. Quando o Homem atingir suficiente nível evolutivo,

* - Houve uma falha muito grande por parte desses discípulos. Eles
ou não escreverem ou não ousaram publicar e promover a divuilga-
ção dessas obras, o que levou a que a economia mundial chegasse
ao caos em que hoje se encontra (2009).

59
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

o contrato material do casamento deixará de ter razão de


existir.

Discípulo: — O urbanismo levará sempre a um desequilíbrio


entre o homem e a Natureza? Será possível conceber cida-
des com um ou mais milhões de habitantes em harmonia
com o Sistema?

Mestre:— O urbanismo, tal como é concebido atualmente,


constitui uma agressão ao homem e ao ambiente. No futuro,
os agregados serão concebidos em moldes completamente
diferentes independentemente do número de habitantes que
tenderá a não superar um milhão por agregado. Todavia,
isso só se poderá verificar quando a consciência do valor
divino da terra e o sistemático desemprego nas atividades
urbanas e peri-urbanas levar as pessoas a um regresso
maciço ao campo.

60
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Capítulo 7
Da Saúde e da Ciência
1

Discípulo: — Está para breve a confirmação científica da


existência supra-física? Quão breve?

Mestre: — Sim. Muito breve. Mais não podemos dizer por-


que depende do livre-arbítrio daqueles que já têm a solução
a ainda não a divulgaram.

Discípulo: — A eutanásia não é justificável em nenhumas


circunstâncias?

Mestre: — Como é que o homicídio poderia alguma vez ser


justificável?

Discípulo: — Deve-se aconselhar o prolongamento artificial


da vida de um moribundo embora se saiba que a sua desen-
carnação é inevitável a curto prazo?

Mestre: — Não se deve aconselhar nem desaconselhar. O


assunto é completamente cármico e conta com o livre-
arbítrio do próprio (se estiver consciente ou tiver anterior-
mente manifestado a sua vontade), dos familiares (se o caso
anterior não se verificar) e do corpo médico.

Discípulo: — Estão-se generalizando os transplantes cardí-

61
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

acos e de outros órgãos. Com que fundamentos deve ser


reprovada a sua prática?

Mestre: — A resposta anterior aplica-se totalmente a esta


pergunta.

Discípulo: — É lícita a inseminação artificial designadamen-


te de “bebês-proveta”?

Mestre: — Sim. Não contraria qualquer princípio oculto e


permite a encarnação de maior número de almas.

Discípulo: — A interrupção voluntária da gravidez é justificá-


vel em alguma circunstância? Porquê?

Mestre: — A interrupção voluntária da gravidez é sempre


injustificável havendo, no entanto, por vezes, algumas atenu-
antes cármicas. Não deixa nunca de ser, todavia, um impedi-
mento voluntário à encarnação de um espírito em evolução,
o que é sempre grave e reprovável.

Discípulo: — Existe algum fundamento na convicção daque-


les que se opõem à prática das transfusões de sangue?

Mestre: — Nenhum fundamento, antes pelo contrário: é


grave assumir tal atitude. O sangue (como os bens, os di-
nheiros e outras possessões) não é propriedade exclusiva
do indivíduo. Deve ser cedido a quem se encontre em afli-
ção.

62
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Discípulo: — Pelo menos enquanto não se verificarem as


condições mínimas para a medicina psicoterapêutica relati-
vamente aperfeiçoada, devemos intensificar a propaganda
da prática da homeopatia que parece mais avançada do que
a medicina alopática e que, além disso, também parece mais
suscetível de melhorar certos estados mentais e emocio-
nais?

Mestre: — A medicina psicoterapêutica nunca será aperfei-


çoada em termos reais porque parte de pressupostos erra-
dos. Em breve será abandonada pois a sua ação traz mais
prejuízos do que benefícios à Humanidade. Será substituída
pela medicina esotérica, de que ainda mal se deram os
primeiros passos.

Quanto ás medicinas homeopática e naturalista, em


breve substituirão a medicina alopática atual exceto nos
casos em que esta serve de apoio à medicina cirúrgica e,
mesmo assim, numa fase transitória.

Discípulo: — As práticas psicoterapêuticas que enfatizam a


recordação do passado nesta vida ou a recordação de vidas
passadas são aconselháveis?

Mestre: — Como afirmamos na resposta anterior, as práti-


cas psicoterapêuticas partem de pressupostos errados e
devem ser desencorajadas até ao seu completo abandono.
Seus efeitos, designadamente nos casos apontados, são
completamente contraproducentes, constituem violação da
psique do indivíduo e retardam a construção do seu antaka-
rana, às vezes por um período de mais de uma encarnação.

63
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

10

Discípulo: — Parece-nos indubitável que, dado existirem


centenas de escolas psicoterapêuticas na atualidade, é
impossível estabelecer que todas partem de pressupostos
errados. Algumas, que situam a problemática psicológica do
ser humano exclusivamente em questões de “aprendizagem
de comportamentos” (mentais, emocionais ou físico-motores)
em interação com o meio ambiente, partem de um pressu-
posto que - obviamente - nos parece curto, para não dizer
errado (pois esquece a problemática espiritual, a constituição
oculta do Homem, as encarnações prévias, o carma e as
influências astrológicas, por exemplo). No entanto, existem
abordagens psicoterapêuticas que apostam no potencial
humano, na existência da realidade transpessoal, no ajusta-
mento do homem pessoal ao homem espiritual, na autocons-
ciência, na utilização correta do pensamento e no correto
relacionamento humano. Pode-se em justiça, dizer simples-
mente que estão “erradas” ou “partem de pressupostos
errados”?

Mestre: — As abordagens a que o discípulo se refere em


último lugar são por nós entendidas justamente como o
embrião daquilo que virão a ser as escolas de medicina
esotérica do futuro, logo, não incluídas na definição dada
(que se pretendia generalizante, não particularizante). Tais
abordagens, porém, caminham ainda, como dissemos, nos
primórdios dessa via.

11

Discípulo: — Parece-nos que a verdadeira medicina nunca


pode deixar de ser psicoterapêutica, justamente porque a
causa de grande parte das doenças é, na atualidade, oriun-
da dos níveis psíquicos - acessíveis somente a práticas
“psicoterapêuticas”. Julgamos dever concluir que a medicina
esotérica é essencialmente psicoterapêutica, mesmo que a
psicoterapia vise essencialmente o ajuste energético - cam-

64
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

po onde, aliás, várias escolas já estão a dar os primeiros


passos. Nesse caso, a “medicina psicoterapêutica” pode e
deve ser aperfeiçoada, na nossa opinião, desde que esteja-
mos a falar em abordagens (que já existem) orientadas para
o tratamento das causas psíquicas da doença. Quereis
comentar este ponto de vista?

Mestre: — Certamente que as tais abordagens que constitu-


em o embrião da medicina esotérica do futuro (as quais dão
os primeiros passos) devem ser aperfeiçoadas; melhor: têm
que ser aperfeiçoadas. Parecem-nos bastante primitivas
ainda as tentativas de ajuste energético e praticamente
inexistente o pressuposto fundamental para a compreensão
de qualquer doença: a Lei do Carma. Deveis - e dizêmo-lo a
um discípulo determinantemente responsável na matéria (*) -
procurar um novo nome para as abordagens dado que
“medicina psicoterapêutica” possui uma carga semântica
(Freudiana) desacreditada e não podemos rotular de
“medicina esotérica” algo que se encontra a anos-luz do
objetivo razoável.

12

Discípulo: — As soluções estabilizadas dos elementos


químicos, já obtidas em laboratórios, são uma forma correta
de administração de minerais ao ser humano?

Mestre: — Só em casos excepcionais de carência específica


de um determinado mineral ou conjunto de minerais.

13

Discípulo: — Devemos estudar em maior profundidade os


minerais existentes nas plantas para, através de seus extra-
tos, optar por essa forma de administração?

* - A pergunta foi feita por um discípulo que é psicólogo clínico.

65
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Mestre: — No estado presente de desenvolvimento do


aparelho digestivo do Homem, torna-se mais aconselhável a
ingestão da planta integral do que os extratos concentrados,
exceto nos casos designados na resposta anterior.

14

Discípulo: — Os elementos químicos radioativos podem ser


ingeridos para ativação de alguns órgãos ou glândulas?

Mestre: — Não de ânimo leve. Para justificar a resposta,


teríamos que entrar em campos que ultrapassam o âmbito
desta obra para entrar no campo da ciência experimental, o
que nos é vedado. Diremos, no entanto, como comparação
esotérica, que o uso de tais elementos sem um conhecimen-
to muito profundo da extensão de seus efeitos pode ter as
mesmas conseqüências da ascensão do kundalini em indiví-
duos impreparados.

15

Discípulo: — O estudo científico dos produtos homeopáti-


cos será útil para o seu reconhecimento pela ciência na
época atual ou deverá aprimorar-se o seu uso empírico
deixando para mais tarde os estudos que levarão ao seu
reconhecimento oficial?

Mestre: — Não vemos motivos para que o uso empírico não


seja acompanhado dos referidos estudos.

16

Discípulo: — Os deficientes mentais são espiritualmente


pouco evoluídos?

Mestre: — É-nos vedado responder completamente a essa

66
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

pergunta, por via da Lei do Amor. Diremos somente que não


se pode generalizar e que, por exemplo, entre aqueles que
adquiriram a deficiência durante o estado adulto de suas
encarnações se contam seres de grande evolução, alguns
até iniciados.

17

Discípulo: — Se for encontrada uma droga com efeitos


psíquicos que não faça mal à saúde, devemos adotá-la para
nos tornarmos rapidamente clarividentes desde que isso seja
utilizado para bem?

Mestre: — Não. Os fins não justificam os meios. De resto,


os fins nem sequer seriam úteis pois qualquer droga só pode
distorcer ainda mais o já distorcido plano astral e a suposta
“clarividência” não passaria de ilusão. Para mais, qual a
grande vantagem de ser-se clarividente? É perfeitamente
dispensável esse dom para quem tem Fé e Determinação no
Serviço Divino.

As drogas usadas nos rituais de certas seitas


“religiosas” são altamente contraproducentes, trazendo
sérias mazelas físicas, psíquicas e espirituais. Todas elas,
sem exceção.

18

Discípulo: — Há duas hipóteses que parecem antagônicas,


pois uma sustenta que o Homem descende do macaco e
outra afirma que os símios são descendentes degenerados
da raça humana. É oportuno pronunciarem-se sobre o as-
sunto?

Mestre: — Qualquer das duas teorias está errada e a pró-


pria ciência já pode provar que se trata de duas raças distin-
tas, duas evoluções paralelas sem qualquer ponto de conta-

67
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

to, duas ramificações diferentes de um antepassado co-


mum..

19

Discípulo: — A doença que mais preocupa a Humanidade


no presente designa-se pelas siglas SIDA ou AIDS. A sua
origem tem a ver com o comportamento sexual do Homem?
Se não, qual o verdadeiro motivo de seu aparecimento?
Porque conta com recém-nascidos e hemofílicos entre as
suas vítimas?

Mestre: — A origem da SIDA (ou AIDS) não tem diretamen-


te a ver com o comportamento sexual do Homem. Tem a ver
sim com a forma como o Homem tem descurado suas obri-
gações evolutivas, logo, seu aprimoramento espiritual. O fato
de ser transmitida, em grande parte das vezes, por via sexu-
al explica-se pela necessidade cármica coletiva de que a sua
difusão seja muito rápida. Este meio, na sociedade atual,
garante-o. Os recém-nascidos e hemofílicos que contraíram
e contrairão a doença ficarão muito gratos por assim ter sido.
Grandes compensações cármicas daí resultam.

20

Discípulo: — Em mensagem recebida anteriormente, pelo


discípulo que elabora esta pergunta, parecia inferir-se que a
eclosão da SIDA (ou AIDS) se devia principalmente à pro-
miscuidade. Como conciliar isso com a resposta recebida no
presente livro que parece contradizer aquilo?

Mestre: — Dentro da economia de meios a que já nos temos


referido e porque na ordem espiritual (como na natureza)
nada se perde, o fato de existir essa promiscuidade foi apro-
veitado para a rápida difusão da SIDA. A causa remota não
foi a promiscuidade em si mas algo de ainda muito mais
grave: as falhas no cumprimento do plano evolutivo espiritual

68
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

para esta época.

21

Discípulo: — Pode-se considerar a SIDA (AIDS) como uma


das pestes previstas por tantos profetas para o presente
momento histórico?

Mestre: — Certamente que sim.

22

Discípulo: — Deve-se reprovar a prática da predetermina-


ção dos sexos que passou a usar-se (na fertilização “in
vitro”) a partir de 1986, após a identificação dos cromosso-
mos que se relacionam com o sexo?

Mestre: — Ocultamente, não há nenhuma razão para o


reprovar. Há, no entanto sérias razões para recear que, após
a predeterminação do sexo, se tentem outros tipos de prede-
terminação. Isso seria muito grave. Podemos indicar que os
cientistas que assim procederem cessarão de imediato sua
evolução junto à Humanidade terrena sendo enviados para
planetas de grau inferior após o seu desencarne. Alegorica-
mente, serão expulsos do Paraíso.

23

Discípulo: —A “hepatite B” é atualmente a mais mortífera


doença infecciosa causando a desencarnação anual de mais
de dois milhões de pessoas (o que, por enquanto [1988], é
até superior ao da SIDA/AIDS). Haverá, para tal, quaisquer
razões especiais?

Mestre: — As razões cármicas são idênticas às que determi-


naram o aparecimento da SIDA/AIDS. Só que esta última

69
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

praga será muito mais eficiente pois arrasta conseqüências


físicas, psíquicas, emocionais e comportamentais capazes
de alterar radicalmente as tendências individuais e coletivas
de vastos sectores da Humanidade e acordá-los para outras
realidades.

24

Discípulo: — Quanto tempo, após a fecundação do óvulo, é


que a criança reencarna no ventre materno?

Mestre: — Tecnicamente, a criança só reencarna no mo-


mento em que se desencadeia o trabalho de parto. A sua
permanência no ventre materno é, pois, muito curta. O Espí-
rito reencarnante, bem como os Elementais responsáveis
pela forma física do nascituro, acompanham, porém, todo o
processo de gestação de muito perto.

25

Discípulo: — Há especial influência da Lua na hora do


nascimento dos bebês?

Mestre: — Não da Lua por si própria, pois trata-se de um


planeta morto, mas do planeta que a Lua oculta e das forças
intra e extra solares de que ela é canal.

26

Discípulo: — Deve-se incentivar a prossecução do estudo


do ácido desoxirribonucleico (predominantemente conhecido
pela sigla DNA resultante da designação inglesa) designada-
mente para melhor compreensão de certos aspectos do
carma e da interdependência de radiações mais e menos
sutis?

70
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Mestre: — Sim, mas com muito cuidado, pelas razões já


expostas na resposta à pergunta nº. 22 deste capítulo.

27

Discípulo: — Estão também a ser já feitos preparativos


próximos em ordem à produção massiva de medicamentos
de base vegetal sintética?

Mestre: — Sim.

28

Discípulo: — Será correto falar-se de numa circunferência


de 432 graus para se introduzir a realidade da evolução em
espiral?

Mestre: — Sim.

29

Discípulo: — No futuro, todas as doenças serão curáveis?

Mestre: — Não. O Homem nunca será fisicamente eterno.


Porém, foi concebido para atingir níveis de longevidade
muito maiores do que os atuais.

30

Discípulo: — Tendo em atenção os pressupostos metodoló-


gicos da ciência, como articulá-los com os conhecimentos da
Sabedoria?

Mestre: — A ciência, como atividade que se desenvolve ao


nível do conhecimento da matéria, carece de regras metodo-
lógicas rigorosas. A Sabedoria, que se desenvolve ao nível

71
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

do espírito, está liberta de tais grilhões pois situa-se no


interior das causas primeiras que são inquestionáveis, evi-
dentes, cristalinas, imutáveis; fazem parte da própria essên-
cia divina.

72
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Capítulo 8
Do Cristo e da Espiritualidade
1

Discípulo: — No primeiro volume de “As Novas Escrituras”


é feito o anúncio da próxima manifestação messiânica, a
iniciar a partir de 1992. De que fatores está dependente a
maior ou menor proximidade da manifestação do Senhor
Maitreya entre os homens?

Mestre: —Depende, principalmente, de fatores de purifica-


ção vibratória no planeta e do apelo das multidões enquadra-
das pelos discípulos ativos. Todavia, a data de 1992 precisa
de ser compreendida com muitas reservas.

Discípulo: — O Cristo, cujo reaparecimento entre os Ho-


mens está previsto para dentro de muito pouco tempo, terá
alguma hipótese de ser apoiado por alguma das grandes
religiões existentes? Que atitude se prevê que assuma o
Papa romano (já que este tem o particular problema de ser o
único que se apresenta como direto chefe de uma religião
que se diz fundada, pessoal e expressamente, pelo Cristo na
sua última revelação terrena)?

Mestre: — Eis outra pergunta que não tem uma resposta


concreta. Entendamo-nos: nós não temos a chave da futuro-
logia e, se a tivéssemos, não a poderíamos utilizar. Reza-
mos para que todas as religiões, grandes e pequenas, O
reconheçam e O sigam, de imediato, dando fim aos cismas
que alimentam desde há milênios. Por outro lado, apesar de
nossas preces e das de tantos homens de boa-vontade, é
possível que todos Lhe virem as costas, a começar pelo
Papa romano.

73
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

O Cristo, em Sua última revelação de há 2.000 anos,


não veio fundar mais uma seita religiosa. Veio para dar um
testemunho vivo do Amor do Pai e assim aproximar todos os
homens, independentemente de suas religiões. Quantos O
escutaram? Quantos O compreenderam? Quantos O segui-
ram? Poderemos dizer que hoje existe uma única nação cuja
conduta se pauta por esse princípio de Amor?

Discípulo: — Podeis adiantar a revelação de alguns meios


de que se servirá o Senhor Maitreya para Se manifestar?
Além da aparição direta a grupos, utilizará, por exemplo, a
televisão?

Mestre: — Os meios serão escolhidos pelo Mestre de acor-


do com as necessidades do momento. Embora possa, por
Sua vontade, surgir de repente em todas as telas de todas
as televisões do mundo, não cremos que o faça, a menos
que se verifique a necessidade de proceder àquilo que, na
última dispensação, ficou conhecido como “milagres”. Para
bem de todos, é bem melhor que tal recurso seja desneces-
sário porque o anel da espiral presentemente ocupado pela
Humanidade não o devia requerer.

Discípulo: — O Senhor Maitreya vai ocupar os corpos men-


tal, emocional e etérico que lhe foram preparados em 1985.
Atendendo, porém, a que não se revestirá de corpo físico
denso, quais são os principais mecanismos desencadeados
para se tornar visível? Além da descida de freqüência vibra-
tória, o corpo etérico revestir-se-á de substância ectoplásmi-
ca dos corpos etéricos de discípulos que se encontrarem
junto do divino Avatar?

Mestre:— Sim, essa última será uma das mais importantes

74
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

vias e, por isso, os mais avançados e preparados discípulos


deverão estar no Brasil fisicamente nessa ocasião. Outros
meios poderão ser desencadeados se as circunstâncias o
exigirem. O seu caráter, por se tratar de meios de emergên-
cia, permanece secreto.

Discípulo: — Na mesma obra, é referida a existência de 12


grupos apostólicos. Tais grupos irão de algum modo fazer
concorrência ou rivalizar como os vários movimentos esotéri-
cos existentes?

Mestre: — Os grupos apostólicos foram extintos pela Hierar-


quia em 1994 e substituídos por uma outra estrutura muito
mais abrangente [esta resposta, de 2006, substitui a do livro
original, que era de 1988].

Discípulo: — Além do que já veio a público, podem-se


revelar mais alguns dos dados sobre o assunto da próxima
manifestação messiânica?

Mestre: — Nada mais interessa acrescentar, de momento.


Quando for oportuno, outras revelações surgirão.

Discípulo: — Podem ser dados mais alguns esclarecimen-


tos sobre as formas e circunstâncias da manifestação do
Avatar de Síntese?

Mestre: — Tudo o que se podia dizer já foi dito (1988).


Todavia, realçamos o grande impulso que está sendo dado
ao rápido desenvolvimento de associações de países livres
(1996).

75
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Discípulo: — É oportuno esclarecerem-nos (com o elevado


poder de síntese e iluminação que os mestres de Sabedoria
possuem) sobre os outros Avatares que atuarão especial-
mente no processo das manifestações do Senhor Maitreya?

Mestre: — O principal será o Avatar Grupal. Esse represen-


ta o maior passo de emancipação já dado pela Humanidade
terrestre. Todos os homens de boa-vontade são chamados a
participar nesse grande grupo humano.

Discípulo: — Como se pode definir sucintamente: pecado?

Mestre: — Pecado é o desrespeito pela Lei Universal do


Amor.

10

Discípulo: — Porque existem tantas religiões e seitas espiri-


tualistas cujos ensinamentos parecem, por vezes, contraditó-
rios em alguns pontos?

Mestre: — A maioria das seitas espiritualistas está totalmen-


te envolvida com entidades desencarnadas de pouca ou
nenhuma Sabedoria (quando não com mistificadores e enca-
potados agentes do mal). Daí a tremenda confusão que se
gera e que tão perniciosa é para os verdadeiros discípulos
que recebem as informações e ensinamentos dos Mestres
da Sabedoria (ou de quem licitamente os representa).

11

.Discípulo: — Podeis sintetizar os inconvenientes das práti-

76
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

cas espíritas que implicam o controle temporário, por entida-


des desencarnadas, de parte (como na psicografia automáti-
ca) ou da totalidade do corpo do médium?

Mestre: — Os inconvenientes são de vária ordem, sobretudo


para o médium deficientemente preparado. No entanto, dada
a escassez de mediadores preparados para trabalhar no
plano mental e intuitivo, não se pode ainda prescindir dessas
práticas, mau grado os inconvenientes. Não podemos, toda-
via, deixar de louvar as boas intenções da comunidade
kardecista em geral.

12

Discípulo: — Podemos confiar nas comunicações das cha-


madas entidades astrais?

Mestre: — Deveis submetê-las a um cuidadoso discerni-


mento e detectar as suas verdadeiras intenções. Confiar
cegamente, nunca.

13

Discípulo: — Porque motivos surgem, por vezes, incorre-


ções e imprecisões nas comunicações recebidas psicografi-
camente mesmo pelos mediadores mais qualificados?

Mestre: — São interferências de origem astral (quase sem-


pre) nos veículos mentais do receptor. Os motivos devem-
se, logicamente, à abertura das defesas do mediador, à não
dissipação do mundo da fascinação. Nenhum discípulo
encarnado está livre de uma tal interferência, em qualquer
altura dos seus trabalhos.

77
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

14

Discípulo: — Em certos livros, aparecem passagens de


mensagens assinadas por antigas personalidades que, na
data da comunicação, já se encontravam reencarnadas. Tal
pode realmente suceder? Em caso afirmativo, porque se
verificam estas comunicações dessincronizadas relativamen-
te às personalidades?

Mestre: — Um discípulo encarnado pode, na seqüência de


trabalhos efetuados no ashram de seu Mestre durante o
sono físico, determinar, com o acordo deste, que um outro
irmão desencarnado do mesmo ashram efetue a transmis-
são de mensagens suas usando o nome de uma de suas
anteriores encarnações que se torne mais apropriado para o
fim em vista. De fato, todos fazem isso, numa ocasião ou
noutra.

15

Discípulo: — O fenômeno de bi-locação (admitamos, por


exemplo, a deslocação de Santo. Antônio de Pádua a Lisbo-
a) explica-se pela projeção do corpo etérico, não obstante a
distância que separa, neste caso, a Itália de Portugal?

Mestre: — O que respondemos quanto a mensagens trans-


mitidas por seres encarnados aplica-se igualmente a este
caso. Não é o duplo etérico do indivíduo que se projeta (pois
este é indissociável do corpo físico acordado) mas uma
materialização de outra entidade que, a seu pedido, assume
seu aspecto físico, transmitindo sua mensagem pictórica,
sonora e vibratória.

16

Discípulo: — Se Deus está e toda a parte e se devemos


partir em busca do Deus interior e sermos sacerdotes de nós

78
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

próprios, isso quer dizer que, no futuro, os templos (“casas


do Senhor”) e os sacerdotes “externos” se tornarão inúteis?

Mestre: — No futuro, todos os homens devem ser sacerdo-


tes da Luz, da Fé e do Amor e todos os lugares devem ser
templos vivos de glorificação divina. Entendei isto como
quiserdes.

17

Discípulo: — Em certas obras esotéricas, fala-se da surpre-


sa dos recém-desencarnados pelo seu novo estado. Aten-
dendo a que, em algumas horas do sono, os veículos superi-
ores abandonam o corpo físico denso, parece-nos, contudo,
que não deverá haver lugar a tal surpresa. Podeis esclarecer
esta aparente contradição?

Mestre: — O abandono do corpo denso durante o sono, nos


seres pouco evoluídos, leva-os unicamente a planos astrais
ilusórios situados a pouquíssima distância do físico denso,
com o qual o confundem. Quando abandonam o corpo por
desencarnação, entram em planos, despidos da interpreta-
ção ilusória, para eles completamente desconhecidos. Os
seres evoluídos, quando desencarnam, não só têm completa
recordação da atividade supra-física ocorrida durante o
sono, como também das atividades desenvolvidas nesses
planos em anteriores encarnações, bem como nos intervalos
entre estas.

18

Discípulo: — Os desencarnados do nosso planeta


(excetuando os que são conduzidos a planetas inferiores)
vão predominantemente para zonas situadas próximo da
atmosfera, estratosfera, etc. Alguns também vão para o
interior da Terra?

79
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Mestre: —Quando, nesse contexto, se fala de atmosfera,


estratosfera, interior da terra, etc., não vos esqueçais de que
se está falando de planos simbólicos que, na realidade, não
têm uma contra-parte físico-geográfica. De fato, trata-se de
planos sobrepostos e não sucessivos. É impossível conver-
ter este conceito em raciocínios tridimensionais.

19

Discípulo: — Os Católicos admitem 4 virtudes cardeais


(prudência, justiça, fortaleza e temperança) e 3 teologais (fé,
esperança e caridade). Certos esoteristas afirmam que a
Humanidade deverá manifestar 12 qualidades semelhantes
às do Deus Pai-Mãe do respectivo sistema. Quais são efeti-
vamente as virtudes ou qualidades principais a cultivar?

Mestre: — Deixemos um pouco de lado as “virtudes” enu-


meradas pelos Católicos ou quaisquer outros grupos ou
escolas religiosas. Concentremo-nos na linha de expressão
de nosso sistema solar que é oniabarcante e universal e de
que o Cristo é um exemplo vivo. Se todos cultivarem o Amor
em toda sua extensão, todas as virtudes humanas e divinas
se expressarão através de si.

20

Discípulo: — A prática da confissão, imposta pela igreja


Católica, tem alguma utilidade em termos evolutivos para
quem a usa?

Mestre: — Não: antes pelo contrário. Nos termos em que ela


é utilizada hoje, torna-se extremamente negativa porque é
secreta e implica um pseudo-perdão divino das faltas cometi-
das (como se a Lei de Causa-Efeito pudesse deixar de fun-
cionar para alguns!...). Admitimos como válida sim, a confis-
são pública de faltas, como prova de humildade e arrependi-
mento (como foi praticada pelos primeiros cristãos e hoje

80
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

pelos cursilhistas de Cristandade). Se daí não resulta um


perdão automático dos erros cometidos, pelo menos advém
uma importante compensação cármica. Note-se que a maior
falta cometida através da prática da confissão Católica atual
é da responsabilidade do sacerdote. O fiel, de uma maneira
geral, é simplesmente vítima de um logro embora também
peque por falta de discernimento.

21

Discípulo: — Estamos, de fato, convencidos de que se deve


substituir o sinal da cruz (utilizado pela igreja Católica) por
outro em que se toca o centro da fronte, o centro do peito e
cada um dos olhos transcendendo o símbolo da matéria e
formando “a cruz alargada do Cristo ou da Humanidade
divina”. Sendo assim, gostaríamos de conhecer algumas
palavras mais adequadas que se devam pronun-ciar.

Mestre: — O sinal da cruz (utilizado pela igreja Católica)


acompanhado das palavras “Em nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo” continua a ter um altíssimo valor oculto mes-
mo quando utilizado por pessoas que desconhecem esse
valor. Não vemos motivos para a sua substituição ou modifi-
cação mas antes para o aperfeiçoamento de sua utilização,
através de uma mentalização mais aproximada de seu nobre
significado de auto-crucifixão.

22

Discípulo: — Todos os canonizados pela Igreja Romana


eram realmente muito evoluídos?

Mestre: —Não. Nem todos.

23

Discípulo: — Está previsto para a Nova Era de Aquário

81
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

algum ritual semelhante ao do batismo cristão?

Mestre: — Em termos exotéricos, não. O verdadeiro batismo


é a consolidação da Consciência Crística individual.

24

Discípulo: — Como se explica o fenômeno dos estigmas?

Mestre: — Esotericamente, por razões cármicas. Exoterica-


mente, por razões facilmente demonstráveis pela psicologia
e pela parapsicologia atuais.

25

Discípulo: — Jesus Cristo viajou fora da Palestina, designa-


damente na Índia, no Tibete e na Grécia?

Mestre: — O discípulo Essênio Jesus, filho de José e de


Maria, viajou por vários países preparando Seus veículos
para a incorporação do Messias, o Avatar Maitreya.

26

Discípulo: — Existem quaisquer ligações íntimas e especi-


ais entre o Mestre Jesus e o Anjo Mica?

Mestre: — Sim, mas não é ainda possível revelar a relação


existente entre certos seres da evolução humana e certos
seres da evolução angélica ou dévica.

27

Discípulo: — Em certas obras, Maria é apontada como


complemento divino do Arcanjo Rafael — logo, do 5º Raio e
da evolução angélica. Em outras fontes, indica-se a Mestra

82
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Maria como colaboradora ativa em trabalhos do 2º e 3º


Raios e da evolução humana. Como entender isto?

Mestre: — Tal como anteriormente respondemos quanto às


ligações entre o Mestre Jesus e o Anjo Mica, teremos que
deixar sem resposta a presente pergunta. Todavia, não
deixaremos de lembrar o antigo provérbio: “Há mais Marias
na Terra...”

28

Discípulo: — Que se vos oferece dizer sobre o dogma da


virgindade de Maria?

Mestre: — A lei divina é imutável em toda a criação. Não há


concepções milagrosas pois isso seria a negação da afirma-
ção anterior. Confundir virgindade com virtude é de um
puritanismo grosseiro e hipócrita.

29

Discípulo: — E sobre a autoridade papal?

Mestre:— Como qualquer chefe, ele tem autoridade sobre


aqueles que o querem aceitar como tal. Em termos religio-
sos, poucos papas têm realmente conseguido obter inspira-
ção nos planos superiores. Entre esses honrosas exceções,
nos tempos modernos, conta-se João XXIII, um iniciado.

30

Discípulo: — E sobre celibato sacerdotal e monástico?

Mestre: — Salvo, também honrosas exceções, trata-se de


outra hipocrisia. A linha ocidental não se desenvolve por
essa via, especialmente na época atual.

83
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

31

Discípulo: — Qual a vossa opinião sobre a forma como a


Humanidade atual celebra o Natal?

Mestre:— Afundada no mais abjeto materialismo, a Humani-


dade transformou o Natal no anti-Natal.

32

Discípulo: — Se deve-se principalmente ao fanatismo de S.


Paulo a eclosão do dogmatismo cristão (que nos perdoe o
amado Mestre Hilarion esta ousadia), por que foi consentido,
pela Hierarquia e pelo próprio Senhor Maitreya, que a divul-
gação de seus polêmicos escritos fosse feita?

Mestre: — Não é da responsabilidade do Cristo nem da


Hierarquia a interpretação errônea dos escritos de S. Paulo
que, de resto, na sua versão original, eram enérgicos sim,
mas não fanáticos. As interpolações, as exclusões, os erros
de tradução e de cópia e a vontade de uma nova classe de
fariseus conquistar por dentro aquilo que não conseguiu
derrotar por fora levaram à presente situação.

33

Discípulo: — Os chamados Evangelhos Apócrifos merecem


menos credibilidade do que os oficialmente aceitos pela
Igreja?

Mestre: — Não. Chegaram, porém, aos nossos dias tão


truncados (por vezes deliberadamente) que se torna hoje
difícil captar-lhes a pureza original.

84
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

34

Discípulo: — Qual o conceito mais aproximado que pode-


mos formar de Jeová (de que tanto se fala no Antigo Testa-
mento)?

Mestre: — Jeová era o Anjo guardião da Alma-Grupo do


povo Hebraico.

35

Discípulo: — Como devemos entender o aparente “desaire”


causado pelo desmentido científico da autenticidade do
chamado “Sudário de Turim”? Se ele é uma mistificação,
como entender as imagens lá impressas, para as quais a
ciência continua a não encontrar qualquer explicação, uma
vez que são tridimensionais?

Mestre: — O chamado “Sudário de Turim” é um dos desafi-


os preparados à comunidade científica e religiosa para este
final de milênio. Não queremos, por enquanto, adiantar muito
sobre o assunto mas sempre diremos que, se houve
“desaire”, não foi certamente do lado que julgais.

36

Discípulo: — Devemos iniciar a educação religiosa das


crianças muito cedo ou aguardar que atinjam certa maturida-
de para fazerem opções neste campo?

Mestre: — Depende do que entendais por “educação religio-


sa”. Se isso significa bombardeá-las com dogmas, tabus,
crendices e mistificações, mais vale estardes quietos. Se,
pelo contrário, isso significar que ireis iniciá-las na prática do
bem, do amor, do altruísmo, da serenidade, da humildade,
ensinar-lhes as leis da causa-efeito, da reencarnação, as
práticas da meditação e da oração consciente, sereis verda-

85
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

deiros sacerdotes da Hierarquia e vossa missão de educado-


res será valiosa.

37

Discípulo: — Existem razões para desaconselhar o enterro


dos cadáveres? Espera-se, num futuro próximo, a generali-
zação da prática da incineração?

Mestre: — Sim. A lenta decomposição dos corpos é uma


agressão ao planeta e também um espetáculo doloroso para
certos espíritos impreparados. A incineração é recomendável
a todos os títulos.

38

Discípulo: — Devemos, sempre para tal houver necessida-


de, advogar mais insistentemente a prática da cremação dos
cadáveres, 48 horas após o desencarne?

Mestre: — Certamente.

39

Discípulo:— Por que motivos muitos grupos de discípulos,


que pretendem exteriorizar obras importantes, se debatem
com enormes dificuldades financeiras quando, em contrapar-
tida, tantas organizações (de vários gêneros) de pouca ou
nenhuma utilidade, obtêm abundantes meios?

Mestre: — Pelo mesmo motivo por que tantas pessoas e


países morrem de fome diariamente enquanto outras pesso-
as e países esbanjam recursos egoisticamente.

86
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

40

Discípulo: — Existe algum grupo ou algum discípulo que


seja o único porta-voz da Hierarquia?

Mestre: — Claro que não. Aqueles que assim se auto-


definirem não serão certamente porta-vozes da Hierarquia.

41

Discípulo: — É verdade que Satanás não tem existência


real e que é mero produto das personalidades?

Mestre: — Satanás é uma figura simbólica que personifica a


Loja Negra.

42

Discípulo: — Lúcifer, pelo contrário, é uma altíssima entida-


de?

Mestre: — Lúcifer é uma altíssima entidade da escala angé-


lica.

43

Discípulo: — É certo que Lúcifer e Jeová são dois nomes


correspondentes à mesma entidade?

Mestre: — Sim, Lúcifer (o anjo que traz a Luz) assumiu o


nome de Jeová para se relacionar com o povo hebraico.

44

Discípulo: — Os discípulos e grupos que seguem a chama-


da linha da "Nova Era" são rotulados pelos seus detratores

87
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

como "satânicos". Se Satanás significa a Loja Negra, quer


dizer que eles podem ser magos negros?

Mestre: — Quem os apelida de "satânicos" certamente não


tem a menor noção do que está dizendo. Eles são (ou lutam
para ser) precisamente o contrário: magos brancos.

45

Discípulo: — É verdade que a grande entidade Krishna não


foi o antecessor do Senhor Maitreya mas Seu instrutor (bem
como o instrutor de muitas outras altas entidades)?

Mestre: — Krishna foi um Avatar precursor e também foi o


instrutor de Maitreya. Aliás os Avatares que precedem novos
Avatares são sempre, de certo ponto de vista, quem lhes
passa o testemunho e quem os instrui para continuarem a
exteriorizar a corrente de redenção. A linhagem do Cristo
Cósmico é de estreita irmandade também nesse sentido:
Seus representantes mais elevados continuam, enquanto
vão ascendendo, a apoiar seus irmãos ao mesmo tempo que
a manifestação divina por estes protagonizada se vai igual-
mente tornando cada vez mais excelsa.

88
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Capítulo 9
Da Sabedoria
1

Discípulo: — Se somos feitos à imagem e semelhança de


Deus, se somos deuses, por quê, então, somos imperfeitos e
temos que sofrer e evoluir?

Mestre: — Sois deuses em potência, numa fase do percurso


ainda muito distante do objetivo final, na via do aperfeiçoa-
mento e da evolução através do sofrimento das descidas
temporárias à matéria.

Discípulo: — A unidade final de que se fala não implica a


cessação da individualidade?

Mestre: — A unidade final (chamemos-lhe assim) não impli-


ca a cessação mas a verdadeira realização da individualida-
de.

Discípulo: — Podeis comentar e clarificar esta proposição:


“A luz é um efeito e não uma causa”?

Mestre: — A luz é um efeito da Vontade criadora, tal como o


som (num outro comprimento de onda). A causa é essa
mesma Vontade.

Discípulo: — É possível também confirmar e esclarecer

89
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

estoutra proposição: “Na similitude - da luz, da substância e


da alma - reside a chave da fusão e da unificação que Cristo
expressou em Sua vida terrena”?

Mestre: — O Cristo é o Verbo divino feito carne, a Alma


divina feita carne. O Cristo é, portanto, a mais elevada en-
carnação divina ao nível planetário demonstrando a fusão e
unificação daqueles princípios num único corpo humano e
apontando o caminho para a salvação de toda a Humanida-
de através de Seu exemplo. A similitude entre esses (e
outros) atributos divinos (luz, substância, alma, verbo) reside
no fato de serem elementos originados num mesmo ponto
de partida e lançados em dispersão infinita e repetida em
cadeia. Raras vezes o ser humano lhes detecta a similitude
e os converge de novo num ponto, agora de destino: seu
coração, sede da divindade individual. Cristo demonstrou
essa possibilidade e ensinou a Humanidade a utilizá-la.

Discípulo: — Em alguns livros esotéricos, há diferenças na


diversificação dos corpos sutis dos homens em relação ao
que consta, por exemplo, das obras de Alice A. Bailey. Po-
deis pronunciar-vos sobre esse assunto?

Mestre: — As diferenças são mais aparentes do que reais.


Derivam de formas, mais ou menos (im)perfeitas, de explicar
o que não pode ainda ser inteiramente compreendido pelo
Homem. Cada organização ocultista revela a sua interpreta-
ção daquilo que lhe foi transmitido de acordo com a sintonia
dos veículos receptores. Todos (ou quase todos) estão
corretos na medida em que abarcam faces de um mesmo
prisma. Ninguém pode observar a totalidade do prisma mas
a visão globalmente mais perfeita é aquela que foi transmiti-
da por Alice A. Bailey.

90
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Discípulo: — Em “A Consciência do Átomo”, de Alice A.


Bailey , diz-se que “a 4ª. dimensão é a habilidade de ver
através e em torno de uma coisa” e seguidamente fazem-se
considerações sobre a 5ª. e 6ª. dimensões. Podeis definir ou
explicar a 4ª. dimensão de uma maneira relativamente mais
acessível (embora rudimentar) a qualquer discí-pulo?

Mestre: — “A habilidade (ou capacidade de ver através e em


torno de uma coisa”) é a forma mais acessível de se explicar
a 4ª. dimensão. Podemos, no entanto, refrasear um pouco a
expressão, na tentativa de a tornar mais clara:

“A 4ª. dimensão é a capacidade de ver, sentir, pene-


trar, fundir-se em, identificar-se com e compreender total-
mente a razão porquê de uma coisa.”

Mestre: — É verdade que existe um determinado conjunto


de importantes trabalhos de manipulação de energia que
somente podem ser feitos por um homem e uma mulher em
conjunto?

Mestre: — Não. Os trabalhos de manipulação de energias


feitos pelos discípulos das Forças Brancas desenvolvem-se
a nível mental, onde os elementos positivo e negativo não
correspondem necessariamente ao sexo físico dos interveni-
entes.

Discípulo: — O que está errado nas práticas de magia


sexual? Elas não podem estar corretamente orientadas e
ser, portanto, úteis à evolução?

91
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Mestre: — Aquilo a que chamais “magia sexual” é um ramo


da Magia Negra, logo, sempre incorretamente orientada,
sempre contrária à evolução.

Discípulo: — Podeis esclarecer melhor o sentido da seguin-


te frase inserta no “Tratado sobre Magia Branca” de Alice A.
Bailey: “... o plano astral e a assim chamada luz astral não
passam de filmes cinematográficos criados pelo homem”?

Mestre: — O cérebro humano, conforme a evolução do


indivíduo, necessita de símbolos que lhe permitam compre-
ender tudo o que vem de planos superiores ao seu. Sendo o
plano astral como que um elo de conversões entre o plano
mental e o plano físico, tem que ser nele que se movimen-
tam as ilusões inteligíveis pelo cérebro. Esses símbolos,
imagens, etc. são realmente criados pelo homem: no plano
mental (pela alma) para, através do plano astral (onde se
projetam), poderem ser compreendidos no plano físico.

10

Discípulo: — Todas as Humanidades vêm a criar um ilusó-


rio plano astral ao iniciarem o desenvolvimento da mente e
sua conjunção com o corpo físico (enquanto sede de forças
instintivas)?

Mestre: — O plano astral é, de certa forma, sempre ilusório.


Torna-se tanto menos ilusório quanto mais deixa de ser
astral. É um campo imprescindível para os trabalhos de certa
fase do desenvolvimento individual e coletivo de todas as
Humanidades mas, num certo ponto da evolução, extingue-
se.

92
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

11

Discípulo: — Existe policia nos planos internos?

Mestre: — Em todos os planos, cada ser em evolução deve


exercer sobre si próprio um constante e aturado policiamen-
to. Só assim fará do seu percurso uma linha o mais aproxi-
mada possível da linha reta.

12

Discípulo: — O “anel intransponível” (ou anel-não-se-passa,


ring-pass-not) referido na literatura ocultista obstaculiza ou
torna de algum modo inconvenientes ou problemáticas as
viagens interplanetárias?

Mestre: — O “anel intransponível” não tem nada a ver com o


plano físico denso não podendo assim obstaculizar as via-
gens interplanetárias. Porém, pode ser densificado para
impedir a entrada na atmosfera terrestre de viajantes do
espaço considerados indesejáveis pela Hierarquia terrestre.
Igualmente em relação a corpos celestes em rota de colisão
com este planeta, caso os Senhores do Carma assim deter-
minem.

13

Discípulo: — É conveniente começar já a substituir (ou pelo


menos a empregar simultaneamente em alternativa) a pala-
vra “reencarnação” por “reincorporação” - termo a que o
Bem-Amado Mestre Morya dá preferência em “Sementes do
Jardim de Morya”, que faz parte de Pérolas de Luz, Vol.1?

Mestre: — A substituição deverá ser cautelosa a fim de não


criar equívocos ou gerar polêmicas. Acrescentamos que nos
antigos Diálogos Herméticos era precisamente a palavra
reincorporação que mais se utilizava porque corresponde

93
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

mais rigorosamente ao conceito oculto subjacente. Mas é


preferível evitar jogos semânticos... e considerar ambas as
palavras, hoje em dia, como sinônimas.

14

Discípulo: — Pode confirmar-se que Gaspar e Melchior


(então personalidades dos atuais Mestres Kuthumi e Morya)
foram, de fato, guiados por uma “estrela” que era um especi-
al ponto focal de energia?

Mestre: — Foram guiados por aquela “estrela” energética


que encaminha presentemente milhares de pessoas para a
América do Sul, em geral, e para o Brasil, em particular, num
apelo messiânico irrecusável.

15

Discípulo: — Deve estimular-se o emprego do incenso e, no


caso afirmativo, quais as espécies preferíveis?

Mestre: — A função do incenso (como da vela acesa, do


copo de água ou vasilha com terra ou sal) é simbólico e
ritual, imprescindível em muitas cerimônias de Magia Bran-
ca. Qualquer espécie (não prejudicial à respiração e não
intoxicante) tem a mesma utilidade. Deve ser usado poucas
vezes e por períodos breves, dados os conhecidos malefí-
cios da aspiração do fumo.

16

Discípulo: — No ciclo atual, a partir de que grau evolutivo é


possível não encarnar mais no plano físico denso?

Mestre: — A partir da 4.ª Iniciação, em certos casos. A partir


da 5.ª Iniciação, sempre. Respondemos: é possível; não
necessário.

94
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

17

Discípulo: — Um Mestre tem o poder de se manifestar em


mais do que um local ao mesmo tempo?

Mestre: — Sim. Em determinados casos, mesmo outros


altos iniciados (de grau inferior ao de Mestre) o podem fazer.

18

Discípulo: — A expressão “Mestre Ascensionado” não é


redundante? Existem Mestres não Ascensionados?

Mestre: — Todos os Mestres são Ascensionados mas nem


todos os seres Ascensionados são Mestres, logo, não há
redundância.

19

Discípulo: — Salvo o devido respeito, julgamos haver qual-


quer confusão de um intermediário na recepção da resposta
anterior porquanto, daquelas premissas, apenas nos parece
lícito concluir-se que não há redundância quando se aplica a
outros seres (não Mestres) o qualitativo de Ascensionados.
Quanto aos Mestres, porém - sendo todos Ascensionados -
é redundante acrescentar-lhes normalmente este qualificati-
vo... Afinal, o que significa realmente “ser Ascensionado”?

Mestre: — Tem o discípulo razão. Na realidade, das premis-


sas apresentadas não se pode concluir sequer que há re-
dundância quanto a outros seres. A imprecisão da resposta
(que formalmente apresenta um flagrante erro de lógica)
deve-se principalmente ao significado de “ser Ascensiona-
do”. Vamos clarificar e, no fim, apresentar o silogismo tal
como ele devia ter sido compreendido. Como sabeis, há
milhões de anos atrás, quando a Humanidade ainda dava os
primeiros passos no caminho da individualização,

95
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

“desceram” de outros planetas diversos seres que aqui


vieram dar sua preciosa colaboração. Quando, muito mais
tarde, os primeiros homens começaram a ocupar os lugares
hierárquicos que, por direito, lhes pertenciam, foram conside-
rados “seres Ascensionados” porque ascenderam do plano
mais denso terrestre até esses postos. Nessa época co-
existiram os Mestres Ascensionados (da evolução terrestre)
paralelamente com os Mestres não-Ascensionados (de
outras evoluções). Presentemente, todos os Mestres respon-
sáveis pela evolução terrestre são Ascensionados embora
recebam frequentemente a visita e o conselho de Mestres
não-Ascensionados vindos de outros planetas e sistemas.
Daí se verifica a não redundância no qualificativo. Portanto,

Há Mestres que não são da Hierarquia terrestre.


Os Mestres que não são terrestres não são Ascensiona-
dos (de um ponto de.vista terrestre).
Logo,
Alguns Mestres não são Ascensionados.

Convém que se advirta para o fato de que, em alguns


círculos, começou a chamar-se “Mestres Descen-
sos” (Aqueles de Desceram) aos não-Ascensionados. Então,
pessoas mal intencionadas ajudadas por erros de tradução e
de interpretação, passaram a referir-se a “Mestres Caídos”.
Extrapolar para a pretensa existência de uma “Hierarquia de
Mestres Caídos” (no sentido pejorativo da palavra) foi só
mais um passo.

Portanto, aqui deixamos bem claro para que termi-


nem as confusões. Não existem quaisquer “Mestres Caídos”
ou "Anjos Caídos" no sentido em que a palavra envolva um
conceito de degenerado, rebelde, falhado. Na realidade,
como vimos repetindo em todas as possíveis ocasiões,
ninguém, a partir da 3ª Iniciação, é suscetível de “cair”,
nesse sentido da palavra - muito menos um Mestre.

96
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

20

Discípulo: — Os Mestres da Sabedoria também cometem


erros e se enganam?

Mestre: — Os Mestres da Sabedoria são seres em evolução


como quaisquer outros, sujeitos aos erros próprios dos pla-
nos em que atuam e às responsabilidades que daí advêm,
ou seja, à Lei do Carma.

21

Discípulo:— Atualmente, encontram-se alguns Mestres


encarnados, na terra, em corpo físico denso?

Mestre: — Sim, alguns. Todavia, não fazem uso desses


corpos físicos em permanência. Só os utilizam quando ne-
cessário para não ficarem permanentemente presos às
limitações da matéria. Quando não estão sendo utilizados,
esses corpos são mantidos numa espécie de dormência
cataléptica, semelhante a uma hibernação, sem consumo de
energia.

22

Discípulo: — Está previsto que alguns reincorporem breve-


mente em matéria física densa por ocasião das manifesta-
ções do Senhor Maitreya?

Mestre: — Certamente. Os Mestres podem criar corpos


físicos densos sempre que tal é necessário. A ocasião de
que fala o discípulo é razão suficiente para que isso possa
acontecer em relação a alguns Mestres mais diretamente
relacionados com o assessoramento do Cristo.

97
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

23

Discípulo: —É possível indicar o número aproximado de


Mestres da Sabedoria que trabalham habitual e diretamente
para o nosso planeta?

Mestre: — Sim. Podemos indicar o número de 144 se nos


referirmos àqueles que lidam mais diretamente com a evolu-
ção humana.

Discípulo: — A palavra “mestre” não é unívoca. Emprega-se


frequentemente para professores, advogados (em certos
países), chefes de operários especializados, artistas, dirigen-
tes de grupos religiosos (que muitas vezes não são sequer
ainda “discípulos aceites”), etc. Seria de recomendar que,
quando nos referimos aos verdadeiros Mestres - os que
atingiram, pelo menos, a 5ª. Iniciação - começássemos a
usar a expressão “Mestres da Sabedoria”?

Mestre: — Em conversa com leigos o uso de “Mestres da


Sabedoria”, da “Sabedoria Eterna”, da “Sabedoria Imutável”,
etc. fornece expressões corretas. Entre discípulos não ve-
mos razão para não abreviar.

25

Discípulo: — Ocultamente, “transmutação” e “transfor-


mação” têm o mesmo significado?

Mestre: — Transmutação está para transformação assim


como sublimação está para evaporação.

26

Discípulo: — A Alegria é uma qualidade concedida por


algum dos sete Raios em particular?

98
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Mestre: — A Alegria é o domínio do medo. Não é concedida


por nenhum dos sete Raios em particular mas sim pela
forma como o indivíduo consegue aproveitar harmoniosa-
mente o que lhe vem de todos.

27

Discípulo: — De que maneira pode o conhecimento obtido


pela leitura tornar-se prejudicial se não for aplicado?

Mestre: — O conhecimento (obtido por qualquer meio) pode,


efetivamente, tornar-se prejudicial se não for aplicado. Se a
mente concreta não trabalhar devidamente os conhecimen-
tos obtidos por forma a fazê-los chegar à mente abstrata
como embriões de Sabedoria, não estará cumprindo cabal-
mente sua missão, logo, estará retardando a ascensão
evolutiva do indivíduo.

28

Discípulo: — Parece-nos que uma das principais razões


pelas quais o conhecimento não aplicado se torna prejudicial
reside na omissão da oportunidade de ensinar e de ajudar.
Estais de acordo?

Mestre: — Plenamente. A ascensão evolutiva do indivíduo


implica necessariamente a dádiva à Humanidade de sua
ajuda e ensino.

29

Discípulo: — Nos Yoga Sutras de Patanjali distingue-se


meditação com e sem semente. Será correto pensar que a
primeira se relaciona com a “Técnica da Luz” mencionada
por Alice A. Bailey (e com a dissipação, pela luz da alma
focalizada na mente, da fascinação do plano sensorial-
emocional) enquanto a segunda se relaciona com a “Técnica

99
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

da Presença”, igualmente segundo Alice A. Bailey (e com a


dissipação, pela luz intuitiva, da fascinação no plano men-
tal)?

Mestre: — É uma das formas corretas de interpretar a frase.

30

Discípulo: — A freqüência das descargas elétricas


(potenciais de ação) nos agrupamentos de células nervosas
cerebrais tem alguma coisa a ver com as chaves vibratórias
correspondentes aos Raios a que o indivíduo pertence?

Mestre: — De certa forma, sim.

31

Discípulo: — Todos os iniciados dispõem de poderes ocul-


tos desenvolvidos? Se não é assim, porque lhes é atribuído
o poder espiritual?

Mestre: — Todos os iniciados possuem, postos ou não em


prática em determinadas fases de suas encarnações, pode-
res ocultos desenvolvidos.

32

Discípulo: — Diz-se que indivíduos muito evoluídos (até


mesmo, em casos raros, iniciados até à segunda Iniciação)
podem pertencer à Loja Negra. Nesse caso o amor ao próxi-
mo não é indicador seguro do grau evolutivo de cada indiví-
duo? Como avaliar então esse grau?

Mestre: — A pergunta está formulada de uma forma equivo-


ca e desadequada. Claro que o Amor ao próximo é indicador
seguro do grau evolutivo de cada indivíduo. Não pretendeis,

100
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

porventura, insinuar que iniciados refratários pertencentes à


Loja Negra devotam amor ao próximo, sinônimo de amor ao
Deus Uno? Aprofundaremos melhor este tema se nos for
apresentada uma pergunta elaborada de uma forma mais
adequada.

33

Discípulo: — De acordo. Há Magos Negros com a segunda


Iniciação. São muito poderosos intelectualmente e grandes
conhecedores e controladores dos fenômenos etéricos,
astrais e até parcialmente, mentais. Mantêm grande capaci-
dade de autodomínio. Parecem ser bastante evoluídos ape-
sar de lhes faltar amor. O que podeis dizer quanto a isto?

Mestre:— Os Magos Negros com a segunda Iniciação não a


adquiriram dentro da Loja Negra mas sim junto das Forças
Brancas, antes da sua rebelião. A evolução até então conse-
guida parou e foi pervertida. Como sabeis, a Lei Divina não
permite retrocessos mas admite paragens no progresso,
como é o caso vertente. Esperamos que esses nossos ir-
mãos, filhos pródigos de nosso Pai Uno, arrepiem caminho e
um dia regressem à casa Paterna sempre pronta para os
receber de volta.

34

Discípulo: — Se devemos ser pacíficos e inofensivos, por-


que falar de “guerreiros da Luz”? Não estaremos a entrar em
contradição?

Mestre: — Os guerreiros da Luz e da Fé são pacíficos e


inofensivos em seu amor a tudo e a todos e, por isso, deter-
minados e inquebrantáveis em sua tarefa de desbravar os
caminhos que levam à Salvação e ao estabelecimento da
Verdade e da Justiça sobre a Terra. Sua couraça é a Fé, seu
escudo a Luz e sua espada o Amor! Sentis-vos feridos por
estas armas?

101
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

35

Discípulo: — Por quê o 4º. Raio representa a ponte que


une a consciência humana com a divina (ou com o conheci-
mento espiritual da mais alta autoridade da Presença Divina
em nós)?

Mestre: — O 4 º. Raio, se bem o verificardes, une os 3


primeiros Raios (de Aspecto ou Divinos ou a Santíssima
Trindade) com os 3 últimos (de Atributo, de que ele próprio
faz parte). É, portanto, a ponte entre o que fica em baixo
com o que está em cima. Ele é o próprio dedo da “mão
divina”, correspondente ao indicador, porque indica a passa-
gem, através do Espírito Santo (o polegar) para Deus-Filho
(que também é ponte, noutro anel da espiral) até Deus-Pai.
Na posição do indicador ligado ao polegar (fazendo uma
ponte) da postura meditativa oriental, em que os 3 restantes
dedos ficam juntos numa representação da trindade inferior,
encontrareis um exemplo prático deste simbolismo, que tem
origem na mais remota Sabedoria Oculta.

36

Discípulo: — Sustenta-se, em certos livros, que o Mahacho-


han assiste diretamente aos nascimentos insuflando o pri-
meiro alento a todos os recém-nascidos do nosso planeta.
Verificando-se diariamente centenas de milhares de nasci-
mentos nos mais diversos lugares, como é tal exeqüível?

Mestre: — Basta que saibais que é possível.

37

Discípulo: — O templo da Harmonia situa-se, no plano


etérico, sobre Waikiki (Hawaii), onde o Mestre LaMorae tem
o foco central . Cremos, contudo, que há outros importantes
focos de irradiação da Harmonia (designadamente em Ma-

102
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

dagascar). Podem revelar algo sobre o tema?

Mestre: — Como sabeis, todos os Templos e focos de irradi-


ação da Hierarquia foram, há poucos anos, retirados para
lugares (muitos deles) secretos. Por isso, nada podemos
adiantar.

38

Discípulo: — Além dos Templos e Focos de Luz já exoteri-


camente revelados nomeadamente em certas publicações,
podem ser indicados mais alguns?

Mestre: — Por motivos já explicados na resposta anterior,


não é possível, de momento, aprofundar este tema, exceto
que, grande parte deles estão sendo re-localizados no he-
misfério sul.

39

Discípulo: — Verifica-se uma certa confusão no emprego


das palavras “invocação” e “evocação” (que muitas vezes
até se usam erroneamente em sinonímia). podereis acentuar
as suas diferenças específicas?

Mestre: — A própria análise morfológica e semântica das


duas palavras indica que evocação é um chamamento e que
invocação é um pedido. Não nos parece, todavia, relevante
acentuar, no contexto da presente obra, estas diferenças e
nada obsta a que as duas palavras sejam usadas em sinoní-
mia com o duplo sentido.

40

Discípulo: — Devem ou não usar-se indistintamente as


expressões “radiação violeta” e “chama violeta”?

103
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Mestre: — Podem usar-se indistintamente embora, em rigor,


a radiação seja uma consequência da existência da chama,
ou fogo. Ou seja, a chama tem uma característica mais
estática enquanto que a radiação a tem mais dinâmica. O
que realmente interessa, em ocultismo, não é a terminologia
mas sim a figura mental adequada (forma-pensamento).

41

Discípulo: — A chamada “eletricidade biológica” (de que os


plexos nervosos são reservatórios) pode considerar-se uma
espécie de prana?

Mestre: — Sim, na contraparte física.

42

Discípulo: — Podem explicar, de maneira acessível a qual-


quer discípulo, o que é o “Santo Ser Crístico”?

Mestre: — O reflexo, em cada um, da centelha divina mani-


festada através do 2º. Aspecto: o Filho.

43

Discípulo: — É possível também explicar, com igual simpli-


cidade e rigor, o que é a “Presença Divina Eu Sou”?

Mestre: — O reflexo, em cada um, da centelha divina mani-


festada através do 1º. Aspecto: o Pai.

44

Discípulo: — O Senhor Gautama passou a exercer, há


algumas décadas, as funções de “Senhor do Mundo” (até
então desempenhadas por Sanat Kumara que, entretanto, se

104
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

retirou para Vênus). Essa altíssima entidade continua a


exercer algum cargo de relevo em relação ao nosso planeta?

Mestre: — Não é totalmente correto afirmar-se que o Senhor


Sanat Kumara se retirou para Vênus. Ele reassumiu, isso
sim, as suas funções em Vênus mas não se desligou do
permanente acompanhamento da evolução da Terra, onde
despende grande parte de Seu tempo, assessorando o
Senhor Gautama.

45

Discípulo: — Um homem inculto, eventualmente analfabeto,


pode tornar-se um iniciado ou, até, um Mestre da Sabedori-
a?

Mestre: — Alguns homens já iniciados, sobretudo da 1ª.


Iniciação, têm, por razões cármicas, encarnações em perso-
nalidades iletradas. Isto torna-se raro num iniciado da 2ª.
Iniciação e impossível daí em diante.

46

Discípulo: — Uma individualidade pode estar encarnada em


várias personalidades simultâneas?

Mestre: — Não pode.

47

Discípulo: — De que modo podemos combater mais eficaz-


mente os defeitos da nossa personalidade?

Mestre: — Construindo as vias de comunicação com a Alma


e a Mônada e deixando que estas imperem.

105
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

48

Discípulo: — Em algumas obras esotéricas ensina-se que o


corpo causal do homem é destruído por ocasião da 4ª. Inici-
ação. Em outras obras, porém, alude-se ao corpo causal de
Mestres (ou seja, de individualidades que já passaram, pelo
menos, pela 5ª. Iniciação). Podeis esclarecer esta contradi-
ção (pelo menos aparente)?

Mestre: — A aparente contradição resulta do fato de se


confundir muitas vezes corpo causal com átomo mental
permanente. Este último mantém-se após a destruição do
corpo causal.

49

Discípulo: — Podeis comentar a seguinte proposição do


filósofo Leibnitz: “A noção individual de cada pessoa implica
de uma vez para sempre tudo o que lhe acontece”?

Mestre: — Apenas podemos dizer que não estamos de


acordo com a proposição, não querendo com isto significar
qualquer crítica global à obra filosófica de Leibnitz.

50

Discípulo: — Quais as conseqüências do ato de suicídio?

Mestre: — Sempre gravosas.

51

Discípulo: — Em livro recentemente publicado, intitulado “A


Reencarnação Desvendada”, apresenta-se uma interpreta-
ção dos fenômenos históricos à luz, não das personalidades,
mas das individualidades, mediante uma pequena amostra-

106
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

gem de 6 casos. Assim, toda a evolução da Humanidade


seria impulsionada por um reduzido número de individualida-
des em sucessivas encarnações. É correta tal afirmação?

Mestre: — Sim, embora esse “reduzido” número de entida-


des se tenha vindo a alargar substancialmente ao longo dos
tempos. Podemos revelar que toda a máquina da Humanida-
de foi impulsionada, para chegar ao estágio atual, pela lide-
rança de um conjunto de entidades que se computa por um
número de 4 dígitos.

Quanto ao livro mencionado, ele não é uma obra


canalizada mas sim o resultado de um trabalho coletivo que,
de forma alguma, foi encomendado pela Hierarquia. Contém
algumas graves imprecisões, pelo que recomendamos a sua
retirada de circulação e não reedição em qualquer formato. É
preferível esquecê-lo.

52

Discípulo: — Assim sendo, quando virá à luz um verdadeiro


tratado de História Universal baseado em verdades esotéri-
cas?

Mestre: — Cremos que brevemente. Depende de fatores


inerentes á evolução da Humanidade encarnada bem como
do aparecimento de um ou mais discípulos com conhecimen-
tos adequados na área da História e da Sociologia que se
prontifiquem para fazê-lo. Até agora foram baldados os
esforços para mobilizar os discípulos realmente preparados
para o efeito em virtude de seu medo de caírem no ridículo e
de serem desacreditados na comunidade científica. Isso é
verdade também em relação a outras ciências e deriva daí o
fato de a Sabedoria Oculta ainda não ter sido demonstrada
cientificamente.

107
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

53

Discípulo: — Quais são as diferenças fundamentais entre o


Plano e Propósito?

Mestre: — O Plano é uma conseqüência do Propósito.

54

Discípulo: — “A Fé é a substância das coisas que se dese-


jam e a evidência das coisas que não se vêem”. Será possí-
vel parafrasear esta proposição em ordem à sua maior clari-
ficação?

Mestre: — Não é possível clarificar melhor a frase pois ela


não foi concebida para ser compreendida por não-iniciados.

55

Discípulo: — É também realmente correto fazer as afirma-


ções constantes na pergunta anterior substituindo a palavra
“Fé” pelo termo “Luz”?

Mestre: — Não. Neste caso Fé e Luz não são sinônimos


mas complementos; Luz está implícita em Fé sendo apenas
um de seus pilares.

56

Discípulo: — É também exato afirmar-se que “a Fé é a


substância da Esperança”?

Mestre: — Perfeitamente.

108
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

57

Discípulo: — Em publicações normalmente fidedignas


encontram-se informações muito provavelmente erradas
quanto às personalidades que outrora encarnou certa entida-
de pelo que nos parece conveniente fazer-se a necessária
retificação. Assim, pedimos para confirmarem se, conforme
julgamos saber, o rei David e o Rei Leônidas foram reencar-
nações do bem amado Mestre Serapis Bey.

Mestre: — Sim, confirmamos.

58

Discípulo: — Ao contrário do que acontece com os sete


chacras ou centros fundamentais, pouco se tem divulgado
sobre o centro “alta maior”. Podereis fazer uma síntese
adequada, sobretudo para quem não teve a oportunidade de
ler certas obras da grande irmã Alice A. Bailey?

Mestre: — O centro “alta maior” que, com o centro


“ajna” (entre os olhos) e o centro “coronário” (no alto da
cabeça), forma a mais alta expressão da Trindade Divina no
Homem, só deve ser estudado, compreendido e ativado a
partir da 3ª. Iniciação. Não cabe, no âmbito da presente
obra, qualquer explicação sobre o assunto, para além de se
confirmar sua existência e sua relação com a glândula caróti-
da.

59

Discípulo: — Verifica-se designadamente em livros ultima-


mente publicados, uma certa confusão quanto ao conceito
de “Cristo Cósmico”. Podereis, de um modo relativamente
acessível, clarificá-lo?

Mestre: — Pelo uso do aforismo “assim como é em Cima, é

109
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

em baixo” qualquer pessoa pode compreender o significado


de “Cristo Cósmico”.

60

Discípulo: — Podem-nos explicar porque é que a água é


um dos elementos da Magia Branca mais úteis e poderosos?

Mestre: — Pelo seu alto poder condutor de energias sutis.

61

Discípulo: — Independentemente dos esforços para uma


vivência, hora a hora, minuto a minuto, nos princípios da
Eterna Sabedoria, qual o número mínimo de horas que um
discípulo deveria dedicar, diariamente, à prática da medita-
ção, leitura esotérica, irradiação magnética, etc.?

Mestre: — Cada discípulo deve saber de si próprio. Atentai


que o mais importante é a qualidade e não a quantidade ou
a duração dos trabalhos. É preferível 1 minuto de trabalho
espiritual superiormente focalizado do que 1 hora de trabalho
disperso e ligeiro. Quem conseguir aliar a qualidade à fre-
qüência e ao ritmo atingirá o máximo de serviço concebível.

62

Discípulo: — Os símbolos podem exercer uma influência


bastante forte, como algumas pessoas defendem? Por e-
xemplo, a cruz suástica terá tido um papel relevante na
disseminação do nazismo?

Mestre: — Alguns símbolos podem exercer (e exercem)


influências inimagináveis! No caso específico da cruz suásti-
ca (martelo de Thor), ela foi a força que impulsionou - mas
também destruiu - o nazismo. O seu poder de influência foi

110
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

temporariamente usurpado pelas forças do Mal que acaba-


ram por cair, vítimas dessa mesma usurpação. É preciso que
a conotação negativa associada à cruz suástica existente
nas gerações atuais seja afastada pois trata-se de um dos
mais antigos e importantes símbolos que a Humanidade
possui e deve ser utilizado pelas forças Brancas.

63

Discípulo: — Tem grande relevância a divisão da vida de


cada homem em ciclos setenais?

Mestre:— Tem. Esses ciclos correspondem a idades numa


outra escala.

64

Discípulo: — É certo que o perdão tem uma importante


função transmutadora? Como e porquê?

Mestre: — Ao perdoardes o vosso ofensor, transformais a


ofensa em dádiva. O perdão implica um agradecimento ao
ofensor e um reconhecimento de que a ofensa vos foi útil e
de que através dela, se vos abriu uma nova porta por onde
jorrou mais luz.

65

Discípulo: — Porque é que, fundamentalmente, a música


pode ter efeitos terapêuticos?

Mestre: — O som é uma vibração de altíssimo poder: poder


criador, poder destruidor, poder transmutador. A música é
um conjunto de sons na mais perfeita organização possuin-
do, quando devidamente composta, este último atributo.

111
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

66

Discípulo: — Costumamos afirmar que a felicidade se rela-


ciona predominantemente com a personalidade, a alegria
com a alma e a bem-aventurança com o espírito. Podem
confirmar estas asserções e, se for julgado conveniente,
fundamentá-las sinteticamente?

Mestre: — Confirmamos plenamente as asserções não nos


parecendo necessárias fundamentações adicionais. Salien-
tamos que é o advérbio “predominantemente” que autentica
a frase. Fosse ele “exclusivamente”, já assim não seria.

67

Discípulo: — Pode dizer-se que o Mestre orienta seu discí-


pulo sobretudo no plano mental e que o guia o orienta predo-
minantemente no plano emocional (ou astral)?

Mestre: — Sim.

68

Discípulo: — Será a sensibilidade feminina mais adequada


para apreender determinadas realidades do passado ou do
presente (nomeadamente culturais)?

Mestre: — Não. Toda a Humanidade tem ambas as polari-


dades com todos seus atributos.

69

Discípulo: — A compreensão de que o espírito tem duas


polaridades, masculina e feminina, leva a que o ser humano
se sinta, no seu conjunto psicofísico, como bissexual? Não
será esta uma forma grosseira e incorreta de interpretar o
ser total?

112
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Mestre: — O Homem é, de fato, bissexual mas espiritual-


mente e, por isso mesmo, completo, total. Tem carmicamen-
te a necessidade de se afirmar em corpos de sexo diferenci-
ado e definido. O Homem equilibrado é aquele que, assu-
mindo em pleno o seu corpo masculino ou feminino fisica-
mente, saiba psicologicamente aceitar a influência e comple-
mentaridade da outra polaridade latente.

70

Discípulo: — Em mensagem constante no Vol. I de “As


Novas Escrituras”, afirma o senhor Vaivasvata (o Manu da 5ª
Raça-Raiz ou Ariana à qual pertencemos) que foi decidido
dar um especial impulso ao, lançamento da 7ª Sub-Raça,
antes mesmo da 6ª ter atingido o apogeu da sua expressão.
Podeis indicar-nos como se está desenrolando este plano?

Mestre: — Está-se desenrolando a ritmo muito acelerado.


Acrescentamos que não se trata de um fato completamente
novo. Houve uma Sub-Raça da 4ª Raça-Raiz que teve um
período de manifestação ainda menor do que terá a atual 6ª
Sub-Raça (não nos é permitido dizer qual).

71

Discípulo: — Que restrição existe ao número de discípulos


que um Mestre da Sabedoria pode aceitar?

Mestre: — Nenhuma.

72

Discípulo: — Quais são as principais “diferen-


ças” (nomeadamente funcionais) entre o Senhor do Mundo
(Senhor Gautama) e o nosso Logos Planetário?

113
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Mestre: — As funções do Senhor do Mundo estão concen-


tradas na evolução da Humanidade terrena. O Logos plane-
tário encarna todos os seres, toda a matéria e toda a energia
existentes no planeta e promove a sua coordenação dentro e
fora do sistema solar.

73

Discípulo: — Os corpos são ou não “construção da maté-


ria”, como “bonecos”, para os espíritos habitarem quando
ainda não atingiram grau de evolução de nível que os dis-
pense de voltar a habitar corpos? Porque é que tem de ser
assim? Porque não podem os espíritos purificar-se sem
“habitarem” corpos? Ou podem?

Mestre: — Os corpos são formas complexas de energia,


independentemente dos espíritos que os ocupam. Na reen-
carnação, o corpo presta um serviço ao espírito como seu
veículo de manifestação temporária e imprescindível contri-
buindo assim para a evolução daquele. Por sua vez, o espíri-
to presta um valioso serviço ao corpo contribuindo para sua
progressiva evolução biológica e genética e assim auxilian-
do-o a atingir cada vez maior grau de complexidade e perfei-
ção. Ao fazê-lo, presta também um serviço aos outros espíri-
tos que futuramente vierem a encarnar em corpos mais
perfeitos.

74

Discípulo: — Me aconteceu muitas vezes adormecer muito


preocupado com problemas de matemática que não conse-
guia resolver e “recordar-me” de manhã (ao “acordar”) que
tinha tido “sono agitado” mas constatando, acordado, que
tinha gravadas na “mente” (?) as soluções dos problemas
que me preocupavam. Mais: acordava com uma difusa sen-
sação de ter tido (em “sonhos”) conversações com “alguém”,
precisamente sobre esses problemas, que com esse

114
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

“alguém” discuti...e que me ajudou a encontrar as soluções.


Acordava bastante cansado. Pergunto: contatei com
“alguém” mais evoluído habitando algures em local do Uni-
verso mais avançado do que a Terra?

Mestre: — Em princípio, não. Contatou certamente com


seus veículos superiores, detentores de um repositório de
soluções que mal imagina. Provavelmente, terá contatado
também com algum amigo invisível mais conhecedor do que
você da matéria em causa.

75

Discípulo: — Quando um ocultista relativamente avançado


consegue momentaneamente, no Samadhi (elevado estado
de abstração contemplativa), elevar-se acima da personali-
dade tríplice, o que o obriga a retornar?

Mestre: — O que o obriga a retornar é sua vontade monádi-


ca, conhecedora a um nível muito desenvolvido (em relação
ao ego e à personalidade) da própria realidade cármica.

76

Discípulo: — Se o despertar dos corpos vai se fazendo ao


longo do desenvolvimento infantil e normalmente o corpo
mental só começa a despertar na adolescência, quer isso
dizer que devemos começar a ensinar o hatha-yoga, depois
o bakti-yoga e só na adolescência, por fim, o raja-yoga (dado
que eles têm a ver, respectivamente, com os corpos físico,
emocional e mental)?

Mestre: — Não. Os ensinamentos devem ser graduais mas


nos três aspectos em simultâneo, conforme a consciência da
criança vai reagindo e se expandindo.

115
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

77

Discípulo: — Temos razão em pensar que nas aulas colegi-


ais e universitárias (ou talvez mesmo até antes) será futura-
mente consagrado muito tempo a práticas de tipo meditativo,
visando mobilizar a intuição, além das que apelarão para a
mente concreta e a lógica dedutiva e indutiva? Nesse caso,
podemos antecipar que o desenvolvimento da imaginação
criadora e da capacidade para manejar símbolos se tornará
pelo menos tão importante quanto o atual treino da capaci-
dade analítica?

Mestre: — Estais plenamente certo, principalmente no


“talvez mesmo antes” mas também em ambas as suposições
apresentadas. A partir do momento em que a criança revelar
plena consciência de sua individualização, devem começar
os ensinamentos. Será maravilhosa a própria creche do
futuro.

78

Discípulo: — É verdade que as relações humanas são


essencialmente uma troca de energia? Podeis especificar as
principais modalidades desse intercâmbio energético?

Mestre: — As relações humanas são basicamente um exer-


cício da Lei de Atração-Repulsão (componente da Lei do
Carma), naturalmente através da troca de energia. As princi-
pais modalidades consistem na moderação entre energias
afins e transmutação entre energias contrárias.

116
Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Capítulo 10
Outras perguntas
1

Discípulo: — Por que sopra o vento?

Mestre: — Por que varre a vassoura? A vassoura varre,


agita, incute energia nas partículas de sujidade encaminhan-
do-as numa determinada direção, movida pela vontade do
Homem. O vento varre a consciência da Natureza, penetra
nas suas mais ínfimas e íntimas partículas, acelera-lhes a
freqüência vibratória, libertando-as de impurezas, movido
pela vontade de Deus. Na verdade, o vento é em cima o que
a vassoura é em baixo.

Mestre: — Porque existem os vermes, os insetos e certos


outros seres que tanto incomodam o Homem?

Mestre: — Pelo mesmo motivo por que existem tantos ho-


mens que tanto incomodam o plano da evolução (portanto,
Deus).

Discípulo: — E qual é esse motivo?

Mestre: — O não cumprimento do plano evolutivo, como


está implícito na resposta.

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Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Discípulo: — Para que servem as nuvens?

Mestre: — As nuvens são um dos estádios do ciclo evolutivo


da água: o estádio espiritual.

Discípulo: — É correto sustentar-se que o som é uma per-


turbação do equipamento atômico (por ruptura dos corpúscu-
los atômicos)?

Mestre: — Não, de forma nenhuma. O som é uma das mais


importantes manifestações do equilíbrio e não de desequilí-
brio atômico. O som é o ponto de equilíbrio entre os pares de
opostos energéticos. Além disso o som é a súmula do poder
criador (no princípio era o verbo...).

Discípulo: — Por que razão os sons naturais (marulhar das


águas, canto das aves, etc.) têm um efeito harmonizador
sobre nós?

Mestre: — Porque são um reflexo - embora tênue - da mara-


vilhosa Sinfonia das Esferas.

Discípulo: — Ainda se usa a língua sagrada senzar?

Mestre: — Sim, em determinadas cerimônias, designada-


mente por um povo que habita uma zona do subsolo sul-
americano.

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Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Discípulo: — O que devemos pensar das várias atividades


desportivas?

Mestre: — São atividades saudáveis e recomendáveis des-


de que despidas do espírito competitivo, que é separatista e
leva o indivíduo a situações graves em relação a si próprio e
a terceiros. Devem igualmente evitar-se os esforços que
tocam o limiar da resistência humana, por óbvias razões de
saúde.

Discípulo: — O que devemos pensar da dança?

Mestre: — É uma pergunta muito lata. Que dança? Há


danças de caráter religioso, contemplativo e meditativo
(inclusivamente mântricas), danças de caráter guerreiro e
agressivo, danças de caráter estético e cultural, danças
populares e lúdicas, etc, etc. A qual delas vos referis? O que
deveis pensar? Parece-nos que a resposta lata a uma per-
gunta lata é que são muito úteis umas, inofensivas outras,
perigosas outras, astralizantes ainda outras, etc, etc.

10

Discípulo: — As plantas, em regra, alimentam-se de mine-


rais. Como se explica a existência de plantas carnívoras?

Mestre: — Os animais, em regra, alimentam-se de vegetais.


Como se explica a existência de animais carnívoros e onívo-
ros? Circunstâncias da lei de sobrevivência. Os ciclos ocul-
tos que regem estes comportamentos não são, de momento,
explicáveis em termos de poderem ser compreendidos.

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Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

11

Discípulo: — Está previsto que o esperanto venha efetiva-


mente a ser o idioma fraterno do 3º milênio?

Mestre:— Não o cremos. Nada nos move contra o esperan-


to mas as línguas ocidentais mais importantes no 3º milênio
serão o Inglês e o Português. A primeira pela sua gramática
sintética e a segunda por ser a língua falada no Brasil, a
nova Terra Prometida.

12

Discípulo: — Afinal, quem era Hitler? Um mago negro ou


um ser obsidiado? Ele realmente morreu em 1945 ou sobre-
viveu ao bombardeamento de Berlim?

Mestre: — Adolf Hitler não era um mago negro. Sua evolu-


ção era muito baixa mas possuía suficientes dons para
poder ser manipulado, como foi, pela mais potente confraria
negra jamais reunida. Não só ele: alguns de seus mais sinis-
tros colaboradores eram também médiuns, instrumentos das
mesmas forças. Hitler foi, em encarnação anterior, o impera-
dor Nero, tal como Goebbels foi Calígula. Ao longo dos
séculos, infelizmente, não souberam superar seus defeitos.
Já não se encontram entre a Humanidade terrena e não
mais farão parte dela.

13

Discípulo: — Os assassinatos de John e Bob Kennedy


obedeceram a algum desígnio especial da Hierarquia?

Mestre: — Não. Trata-se de assunto cármico individual e


familiar por sua vez aproveitado e inserido no contexto do
carma nacional. A corrente cármica é una.

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Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

14

Discípulo: — Podemos confiar nas aparentemente boas


intenções do líder soviético Mikaïl Gorbachev [pergunta de
1988]? Seu primeiro nome relaciona-o de alguma forma com
o 1º Raio (homônimo do Arcanjo S. Miguel)?*

Mestre: — Pode-se confiar sob reservas. Gorbachev tem


reagido muito bem aos trabalhos que Mestres e Discípulos
do 1º Raio têm efetuado junto dele nas horas do sono físico
[veio a confirmar-se, poucos anos mais tarde, que esses
trabalhos foram coroados de êxito]. Todavia, dado seu grau
evolutivo, pode verificar-se uma inversão de intenções ou
uma eventual eliminação física dele por parte das forças do
anti-sistema [A tentativa a que o Mestre se refere também
teve lugar, como também é sabido]. Tudo está a ser feito
para que tal não se verifique. O nome Mikaïl é pura coinci-
dência.

15

Discípulo: — As profecias de Nostradamus parecem indicar


uma invasão do mundo ocidental por povos árabes e povos
amarelos antes do fim do presente século. É correta essa
interpretação?

Mestre: — É correta e está em curso. Da parte de certos


povos árabes (ou melhor: islamizados) a invasão dita
"terrorista" é evidente. Por parte de povos amarelos
(japoneses, coreanos, chineses, a invasão econômica é
também evidente e maior se tornará.

16

Discípulo: — Ocultamente, o que se entende por uma na-


ção?

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Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Mestre: — O conceito de nação é utilizado, ocultamente,


com o sentido de país. O mesmo não se passa com o con-
ceito de “Povo”, que é um agregado humano com um destino
coletivo ao longo do percurso evolutivo. Considera- se por-
tanto, por exemplo, o “Povo Judaico”, o “Povo Lusitano”, o
“Povo Nipônico” ou o “Povo Britânico”, desvinculados da
noção de pátria ou de nação entendidas ou não geografica-
mente. A população Brasileira, por exemplo, engloba-se
neste conceito oculto de “Povo Lusitano” independentemente
da sua origem.

17

Discípulo: — É correto falar-se na alma de uma nação?

Mestre: — É correto falar-se da Alma coletiva de um Povo.

18

Discípulo: — Podemos tomar como perfeitamente correta a


seguinte frase do filósofo Álvaro Ribeiro: “A cada povo é
proposto um ideal diferente de realização da humanidade”?

Mestre: — A frase é perfeitamente correta em todos os


aspectos esotéricos e exotéricos contendo uma única peque-
na omissão discursiva (que se encontrava, todavia, presente
na mente de Álvaro Ribeiro): a palavra “complementar”.
Assim, a frase que reproduz com exatidão o pensamento do
filósofo, é: “A cada povo é proposto um ideal diferente e
complementar da realização da humanidade”.

19

Discípulo: — É benéfico (para ambas as partes) ter plantas


em casa?

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Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

Mestre: — É principalmente benéfico para o Homem.

20

Discípulo: — Existem algumas plantas de cuja proximidade


o ser humano possa especialmente beneficiar?

Mestre: — Não particularizaremos.

21

Discípulo: — Nos seres humanos, existe alguma analogia


com a função clorofilina das plantas?

Mestre: — Não a nível físico.

22

Discípulo: — Entre os diversos insetos, as abelhas são


rodeadas de especial consideração e de certo mistério.
Existem fundamentos sérios para tal?

Mestre: — Sim: as abelhas foram oferecidas à Humanidade


terrestre por uma Humanidade de um planeta sagrado e, em
seu microcosmo, refletem de certa forma o macrocosmo de
onde vieram.

23

Discípulo: — A que se deve a extinção dos dinossauros?

Mestre: — A uma graduação do Planeta Terra.

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Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

24

Discípulo: — A que devemos chamar “cultura”? E


“civilização”?

Mestre: — Verdadeiramente, cultura é a capacidade de se


reconhecer a ignorância, como civilização é a capacidade de
se reconhecer o primitivismo. “Eu só sei que nada sei” ou
“Eu só sei que nada sou” são frases que demonstram grande
cultura e civilização individuais. Há que transformá-las em
afirmações coletivas. Tal como em algumas obras se refere,
é evidente a distinção e hierarquia entre cultura e civilização.

25

Discípulo: — As antigas casas de pedra ou de madeira


tinham vantagens esotéricas em relação às casas de betão?
Quais?

Mestre: — Tinham vantagens evidentes de caráter energéti-


co. Tal lacuna pode ser suprida, presentemente, pela utiliza-
ção de algumas lajes de pedra e outros elementos de madei-
ra na composição dos edifícios de betão, estruturalmente
mais sólidos, duráveis e econômicos que os antigos.

26

Discípulo: — O que há de verdadeiro no chamado “poder


das pirâmides”?

Mestre: — Quase tudo o que já se descobriu acrescentado


do muito que ainda falta descobrir.

27

Discípulo: — A chamada “arte dramática” (centrada na

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Os Novos Diálogos Herméticos - Vol. 1

expressão emotiva dos dramas pessoais) continuará a existir


quando os homens abandonarem decididamente sua polari-
zação emocional e se tornarem muito menos acessíveis à
fascinação do plano sensorial-emocional ou astral? Em que
forma?

Mestre: — A arte dramática dará gradualmente lugar à arte


religiosa (propriamente entendida) onde a exaltação do belo
nas pessoas e em toda a criação serão temas de inesgotável
inspiração.

28

Discípulo: — Quais são as vantagens de uma educação


artística cuidada para todos?

Mestre: — Aquelas que derivam da contemplação da Beleza


Divina através da arte.

29

Discípulo: — O que é a energia?

Mestre: — A energia é a vida.

30

Discípulo: — Qual é a chave da felicidade?

Mestre: — A consciência da Unidade Universal.

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