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Andar na Luz

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“Vós sois a luz do mundo…” (Mt 5.14,16) “ Para que vos torneis irrepreensíveis e
sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na
qual resplandeceis como luzeiros do mundo” (Fp 2.15).

INTRODUÇÃO

A igreja tem sido ludibriada em um ponto vital: O fato de ser corpo, onde um
depende do outro. Satanás tem subtraído isto da igreja! Substituiu o fato e a verdade
de que somos membros uns dos outros, pelo sofisma de que cada um de nós é um
“salvo”. (eu sou, tu és, ele é – então, nós somos salvos), e como salvos que somos, como
bons cristãos que somos, devemos amar, buscar e servir uns aos outros. Mas isto não é
verdade? Sim, é verdade! E qual o sofisma então? É que aquilo que é uma verdade
imutável e fruto da condição inalterável da igreja de ser corpo, passa a ser um
dever cristão que podemos cumprir em maior ou menor escala.

Isto trás reflexos diretos e decisivos sobre a minha postura perante a igreja. Porque se
eu creio que sou apenas mais um salvo, minha vida diz respeito só a Deus, meus
pecados e erros ferem só a Deus, e minha confissão deve ser feita só a Deus.

Se, porém, eu entendo que fui batizado, enxertado em um corpo (1Co 12.12,13,26,27),
eu vou saber que a minha vida diz respeito à igreja que é o corpo de Cristo. Os meus
pecados desonram a igreja e a minha confissão deve ser feita diretamente a igreja (1Co
10.16,17;11.29).

Eu não estou só! Eu sou corpo! (1Co 12.14; Rm 12.5). A vida que tenho em Cristo é a
vida da igreja, o Espírito que habita em mim é o Espírito que está na igreja. “Pois, em
um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo… E a todos nós foi dado beber
de um só Espírito” (1Co 12.13). Eu sou enxertado no corpo de Cristo e posso beber do
Espírito Santo. Aleluia! O Espírito Santo na Igreja é como o sangue no corpo humano:
leva a mesma vida a todos os membros, está em todos os membros, mas não é
propriedade particular de nenhum deles. Está no corpo. Se algum membro é desligado
do corpo, morre e apodrece, porque perde a vida da qual era participante enquanto no
corpo. O corpo, contudo, continua vivo (Ef 4.30; 1Ts 5.19; Hb 6.4-6). É assim na vida
natural como é na espiritual.

Somos corpo (1Co 12.27) e não temos como nos ocultar dele.

“Para que não haja divisão no corpo; pelo contrário, cooperem os membro, com igual
cuidado, em favor uns dos outros. De maneira que se um membro sofre, todos sofrem
com ele; e, se um deles é honrado, com ele todos se regozijam” (1Co 12.25-26).

Assim, se estamos bem o corpo sabe, se estamos mal o corpo também sabe.
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Isto pode parecer muito abstrato. Como acontece na prática? O entendimento de que
sou corpo e que dependo do mesmo, impede-me, proíbe-me de ocultar-me dele. A
minha consciência leva- me a andar na luz, no temor do Senhor.

Vejamos, então, o que diz a Palavra sobre a necessidade de nos fazer conhecidos à
igreja, ou seja, andar na luz.

ANDAR NA LUZ

“Se, porém, andarmos na luz, como Ele está na luz, mantemos comunhão uns com os
outros, e o sangue de Jesus, seu filho, nos purifica de todo pecado.” … “Se confessarmos
os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda
injustiça”. (1Jo 1.5-9).

“E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as.
Porque o que eles fazem em oculto o só referir é vergonha. Mas todas as cousas quando
reprovadas pela luz, se tornam manifestas; porque tudo que se manifesta é luz.” (Ef 5.8-
14).

“Pois todo aquele que pratica o mal, aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de
não serem argüidas as suas obras. Quem pratica a verdade aproxima-se da luz a fim de
que as suas obras sejam manifestas, porque feitas em Deus” (Jo 3.19-21).

Os textos falam sobre confessar, revelar o que está oculto, escondido nas sombras, ou
seja, manifestar. Andar na luz, portanto, é tornar-se manifesto, conhecido, mostrar-se
tal como é, sem capa nem máscara. Não é algo místico, subjetivo e sem expressão
prática do tipo: “Estou na bênção" ou “Estou na graça”. Não. Andar na luz,
envolve decisão e confissão: exposição voluntária. É permitir que saibam o que eu fui e
o que sou. O que fiz e o que faço. Não ter nada escondido na minha vida. No momento
que ando na luz, a luz revela quem sou. Se estou em trevas não sabem quem sou e como
estou, nem eu conheço a mim. mesmo.

Jesus nada disse em oculto (Jo 18.20). Se somos discípulos de Cristo temos que ser
iguais a Ele (1Jo 2.6). Todo verdadeiro discípulo de Jesus tem que ser capaz de dizer
tudo o que tenha feito e dito na vida, para se tornar conhecido. “Quem procura
esconder (ocultar, encobrir, deixar nas trevas) seus pecados será sempre um
fracasso. Quem confessa (revela, manifesta) e abandona será perdoado” (Pv
28.13, Bíblia Viva; compare 2Tm 3.7).

Duas perguntas são necessárias: 1) De quem esconder? 2) A quem confessar? A resposta


que traduz a prática da grande maioria da igreja é: esconde de Deus e confessa a Deus.
Será que Deus precisa realmente que lhe revelemos alguma coisa? Será que existe
alguma coisa que Ele não sabe? Vejamos:

Jr 16.17 - Ninguém se esconde de Deus. Sl 90.8 - Os pecados ocultos sob os olhos de


Deus. Pv 15.11 - Os corações descobertos aos olhos de Deus. Jr 17.9-10 - Deus prova os
corações e os pensamentos. Sl 44.21 - Deus conhece os segredos dos corações. Sl 139.1-
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12,23 - Deus prescruta todo o homem. Dn 2.22 - Deus revela o escondido Hb 4.13 -
Tudo está patente aos seus olhos. Pv 20.27 - O espírito do homem é a lâmpada do
Senhor a qual esquadrinha todo o mais íntimo do coração. Is 29.15-16 - Ai dos que se
escondem do Senhor. 1Co 4.5 - Ele julgará os desejos do coração. Mc 4.22 - Tudo será
revelado. Rm 2.16 - Os segredos dos homens serão julgados. Pv 28.13 - De quem
encobre? A quem confessa?

Deus não precisa de que lhe confessemos (revelemos ou manifestemos) nada. Requer
um coração compungido e um espírito quebrantado, ou seja, arrependimento. (Jr
3.13,22; Os 5.14-15; 6.1-3

Para isso, Ele nos revela o nosso próprio coração enganoso (Jr 17.9). Sem
reconhecimento de nosso pecado, não pode haver arrependimento. E sem
arrependimento não há perdão de Deus. Compare os seguintes textos: 2Cr 32.27-32
com Is 39.5-8.

Foi isto que aconteceu no Eden: Deus viu e sofreu com a desobediência do homem. Mas
o homem precisava manifestar-se voluntariamente, por isso as perguntas: Onde estás? -
Deus não estava vendo? Quem te fez saber? - Deus não assistiu? Comeste da fruta? -
Deus não sabia?

Sim, Deus testemunhou tudo, mas com isto Ele introduzia um princípio de cura para o
coração culpado (Gn 3.8-11 x Pv 21.8). O sentimento de culpa esmaga a consciência e
transtorna o caminho do homem (2Co 2.5-11; Lc 22.61-62). A isto chama-se de má
consciência. Os que insistem nisso, agindo contra a própria consciência e mantendo-se
em oculto, tornam-se hipócritas e terminam naufragando na fé (1Tm 1.5,19; 3.9; Hb
12.16-17), além de sofrer o juízo de Deus (Hb 10.22,26-31).

É impossível escapar das conseqüências do pecado (Gl 6.7-8). Se os confessamos,


obtemos perdão e graça. Ainda que soframos as conseqüências escapamos da
condenação (2Sm 12.13 X 2Sm 12.9- 12,14 ; Pv. 28.13). Se os encobrimos levaremos
uma vida de tormento e por fim seremos alcançados pelas conseqüências. Confira: “o
vosso pecado vos há de achar”. (Nm 32.23) com “…achou Deus a nossa iniqüidade” (Gn
44.16; Gn 42.21-22).

Fica claro que não é a Deus mas aos homens que temos de manifestar nossa vida (2Co
1:12; 4.2; 8.21) e confessar nossos pecados (1Jo 1.7) para mantermos a comunhão e
recebermos a purificação pelo sangue de Jesus. Se mostro minha sujeira, sou
purificado. Se a escondo, permaneço imundo. Sempre que há pecado há abertura para
Satanás naquela vida. Tudo aquilo que permanecer em trevas será domínio do diabo
(1Jo 1.5,6,8).

Há duas razões principais, que na verdade são sofismas, que impedem esta prática na
igreja evangélica: 1º Contrariar os católicos, mesmo que isto implique em rejeitar
verdades bíblicas. É preciso lembrar que Deus não é protestante e que a igreja não
começou com Lutero. 2º Não confiar no homem (Jr 17.5) falsa objeção. O confiar,
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neste texto, diz respeito a depender do homem e se apartar do Senhor. Eu tenho que
me relacionar com meus irmãos em uma disposição de confiança e segurança.
"Preferindo-vos em honra uns aos outros (Rm 12.10). Sem confiança não há comunhão.
E, se alguém trai esta confiança, o prejuízo não é de quem confia, mas de quem trai.
Veja Jesus com Judas e José com seus irmãos.

MOTIVO REAL:

“Se, como Adão encobri as minhas transgressões, ocultando o meu delito no meu seio;
PORQUE eu temia a grande multidão e o desprezo das famílias me apavorava, DE
SORTE que me calei e não saí da porta” Jó 31.33-34.

Desde Adão até hoje a preservação da imagem é o verdadeiro motivo para ocultar as
nossas falhas e pecados.

QUAL A PRÁTICA BÍBLICA ?

A. NO VELHO TESTAMENTO:

Nm 5.7; Lv 6.2-4 - Confissão e restituição. Js 7.19-20 - Deus revelou o culpado, mas


exigiu confissão. Jó 33.27 - Mostra um costume da antigüidade.

B. NO NOVO TESTAMENTO

Lc 19.1-10 e At 19.18-19  Confissão por novos convertidos. Mt 18.15-18 e Tg 5.16  A


prática na igreja 1Tm 5.19-21  Os líderes.

Só a confissão com arrependimento pode produzir cura e perdão. Quando ocultamos


nossos pecados, buscamos justiça própria (há até quem faça penitência: jejua, ora, faz
vigília) Deus rejeita (Is 64.6; 43.24-26). Nossa justiça é Cristo (1Co 1.30-31; 1Jo 1.7-9;
Rm 10.4; 5.8-11; 2Co 5.21; Is 53.5-6). Aleluia!

A igreja é o corpo de Cristo e Ele nada faz fora dela.

“E PÔS TODAS AS COISAS DEBAIXO DOS SEUS PÉS E, PARA SER O CABEÇA
SOBRE TODAS AS COISAS, O DEU A IGREJA, A QUAL É O SEU CORPO, A
PLENITUDE DAQUELE QUE A TUDO ENCHE EM TODAS AS COISAS.” (EF 1.22-23).

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