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Guia de Administração de Medicamentos por Via Parenteral

Serviços Farmacêuticos / Serviços de Pneumologia/Alergologia e Medicina – CHUC, Coimbra. 2012

ÍNDICE:
ACETILCISTEÍNA (mucolítico) 3 CIANOCOBALAMINA (Vitamina B12) 38
ACETILCISTEÍNA (antídoto) 4 CICLOSPORINA 39
ACETILSALICILATO DE LISINA 5 CIPROFLOXACINA 40
ACICLOVIR 6 CITICOLINA 41
ÁCIDO TRANEXÂMICO 7 CLARITROMICINA 42
ÁCIDO VALPRÓICO 8 CLINDAMICINA 43
ÁCIDO ZOLEDRÓNICO (concentrado) 9 CLOMIPRAMINA 44
ÁCIDO ZOLEDRÓNICO (perfusão) 10 CLONAZEPAM 45
ADENOSINA 11 CLORETO DE POTÁSSIO – Alto Risco 46
ADRENALINA (Epinefrina) – Alto Risco 12 CLORETO DE SÓDIO 20% – Alto Risco 47
ALBUMINA HUMANA – Hemoderivado 13 CLOROPROMAZINA 48
AMBROXOL 14 COLISTIMETATO DE SÓDIO 49
AMICACINA 15 CONCENTRADO DE C1-INIBIDOR
ESTERASE – Hemoderivado 50
AMINOFILINA 16
DANTROLENO 51
AMIODARONA – Alto Risco 17
DAPTOMICINA 52
AMOXICILINA/ÁCIDO CLAVULÂNICO 18
AMPICILINA 19 DESFERROXAMINA 53

ANTICORPOS ANTIDIGITÁLICOS 20 DESMOPRESSINA 54


Para teste diagnóstico: 54
ANTITRIPSINA- 1– Hemoderivado 21
DEXAMETASONA 55
ATROPINA – Alto Risco 22
DIAZEPAM – Alto Risco 56
AZITROMICINA 23
DICLOFENAC 57
AZTREONAM 24
DIGOXINA – Alto Risco 58
BENZILPENICILINA BENZATÍNICA 25
DINITRATO DE ISOSSORBIDO 59
BENZILPENICILINA BENZATINA-
PROCAÍNA-POTÁSSICA 26 DOBUTAMINA – Alto Risco 60
BENZILPENICILINA POTÁSSICA 27 DOPAMINA – Alto Risco 61
BENZILPENICILINA SÓDICA 28 DOXICICLINA 62
BICARBONATO DE SÓDIO 8,4% 29 ERITROMICINA 63
BIPERIDENO 30 ERTAPENEM 64
BUTILESCOPOLAMINA 31 ESTREPTOMICINA 65
CEFAZOLINA 32 FENITOÍNA 66
CEFOTAXIMA 33 FENOBARBITAL (Psicotrópico) 67
CEFOXITINA 34 FENTANIL – Alto Risco (Estupefaciente) 68
CEFTAZIDIMA 35 FERRO III, polimero carboximaltose 69
CEFTRIAXONA 36 FERRO III, hidróxido dextrano 70
CEFUROXIMA 37 FERRO III, hidróxido sacarosado 71
Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 1
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FIBRINOGÉNIO HUMANO - OMEPRAZOL 106
Hemoderivado 72
ONDANSETROM 107
FITOMENADIONA (VITAMINA K1) 73
PANTOPRAZOL 108
FLUCLOXACILINA 74
PARACETAMOL 109
FLUCONAZOL 75 PETIDINA – Alto Risco (Estupefaciente) 110
FUROSEMIDA 76 PIPERACILINA + TAZOBACTAM 111
GANCICLOVIR 77 PROMETAZINA – Alto Risco 112
GENTAMICINA 78
PROPOFOL - Alto Risco 113
GLUCAGON – Alto Risco 79
PROPRANOLOL - Alto Risco 114
GLUCONATO DE CÁLCIO 80
PROTAMINA 115
HALOPERIDOL 81
RIFAMPICINA – (AUE) 116
HEPARINA - Alto Risco 82
SALBUTAMOL – Alto Risco 117
HIDROCORTISONA 83 SILIBININA 118
IMIPENEM / CILASTATINA 84 SULBACTAM – (AUE) 119
IMUNOGLOBULINA HUMANA
SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIM
INESPECIFICA (IV) – Hemoderivado 85 (COTRIMOXAZOL) 120
IMUNOGLOBULINA HUMANA SULFATO DE MAGNÉSIO - Alto Risco 121
INESPECÍFICA (SC) – Hemoderivado 86
SUPLEMENTO MINERAL DE
LABETALOL – Alto Risco (AUE) 87 OLIGOELEMENTOS 122
LEVETIRACETAM 88
TEICOPLANINA 123
LEVOFLOXACINA 89
TERLIPRESSINA 124
LEVOMEPROMAZINA 90
TETRACOSACTIDO DEPOT 125
LEVOTIROXINA – (AUE) 91
Para teste diagnóstico (teste das 5 horas): ..... 125
LIDOCAÍNA CLORIDRATO – Alto Risco 92
TETRACOSACTIDO – (AUE) 126
LINEZOLIDA 93 TIAMINA (Vitamina B1) 127
MEROPENEM 94 TIAPRIDA 128
MESNA 95
TIGECICLINA 129
METAMIZOL MAGNÉSICO 96
TOBRAMICINA 130
METILPREDNISOLONA SUCCINATO 97
TRAMADOL 131
METOCLOPRAMIDA 98
TROPISSETROM 132
METRONIDAZOL 99
TUBERCULINA 133
MICOFENOLATO MOFETILO 100 Para teste diagnóstico (Teste de Mantoux): .... 133
MIDAZOLAM - Alto Risco 101 VANCOMICINA 134
MORFINA – Alto Risco (Estupefaciente) 102 VERAPAMILO 135
NALOXONA 103
VORICONAZOL 136
NORADRENALINA - Alto Risco 104
ZUCLOPENTIXOL 137
OCTREOTIDO ACETATO 105

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
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ACETILCISTEÍNA (mucolítico)
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 5.2.2 Expectorantes (R05CB01)

INDICAÇÃO: Adjuvante mucolítico do tratamento antibacteriano das infecções


respiratórias, em presença de hipersecreção brônquica.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Fluimucil 10 % amp - 300mg em 3mL. Tópica- inalatória
Parentérica: IM e IV
RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar lentamente, em 3-5min.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 50-100mL de SG5% e administrar em 15-30min.
A solução de acetilcisteína em SG5% é estável 60h à temperatura ambiente.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Diluir a dose prescrita em 500mL de SG5%.

INJECÇÃO IM: SIM

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SG5%. A estabilidade em SF está pouco


documentada.

OBSERVAÇÕES: Ao abrir a ampola sente-se um odor sulfúrico próprio da


preparação.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Fluimucil 10%. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

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ACETILCISTEÍNA (antídoto)
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 17 Medicamentos usados no tratamento de
intoxicações (V03AB23)

INDICAÇÃO: Intoxicação por paracetamol.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Flumucil, ampola 20%- 2g em 10mL. Parentérica: IV

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO RECOMENDADO

INFUSÃO INTERMITENTE- CONTINUA: SIM


Pauta inicial em intoxicados por Paracetamol: -150mg/Kg (equivalente a
0,75mL/Kg de Fluimucil antídoto) diluídos em 200mL de SG5%. Administrar em
15min.
Pauta de seguimento em intoxicados por Paracetamol: -50 mg/Kg (equivalentes
a 0,25mL/Kg de Fluimucil antídoto) diluídos em 500mL de SG5% em infusão de
4h. A continuação: -100mg/Kg (equivalentes a 0,50mL/Kg de Fluimucil antídoto)
em 1000mL de SG5% em infusão de 16h.

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SG5%. A estabilidade em SF está pouco


documentada.

OBSERVAÇÕES: Ao abrir a ampola sente-se um odor sulfúrico próprio da


preparação.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Fluimucil 20%. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

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ACETILSALICILATO DE LISINA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 2.10 Analgésicos e antipiréticos (N02BA01).
Derivados do ácido salicílico.

INDICAÇÃO: Dores reumatismais; Dores ligeiras a moderadas; Hipertermias.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco com pó - 900mg. Parentérica: IM e IV

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir o frasco com 5mL de água para injectáveis – sol. extemporânea

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar lentamente.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 100-250mL de SF ou SG5%. Administrar num tempo
máximo de 2h. Esta solução é estável 15h à temperatura ambiente¹.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: SIM


Administrar via IM profunda.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: 900mg de acetilsalicilato de lisina equivalem a 500mg de


ácido acetilsalicílico. Recomenda-se não misturar, na mesma seringa
acetilsalicilato de lisina com outras especialidades farmacêuticas injectáveis.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Acetilsalicilato de lisina Labesfal. BOT acesso internet. Consultado em
07/02/2012.¹ Información obtenida del laboratorio Grünenthal Pharma. Menéndez F. y M.
Castro. “Acetilsalicilato de lisina inyectable. Estudio de estabilidad”. 01/04/1993.

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ACICLOVIR
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.3.2 Outros antivíricos (J05AB01)

INDICAÇÃO: Infecção por Herpes simplex: em recém-nascidos; doentes


imunodeprimidos; na encefalite hepática; em episódios graves de herpes genital inicial;
Infecção por Varicella zoster – varicela/zona;
Profilaxia das infecções por Herpes simplex em doentes imunodeprimidos; Infecção por CMV
em indivíduos sujeitos a transplante de medula óssea.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco de liofilizado - 250mg. Parentérica: IV
Frasco solução – 250mg em 10mL.

RECONSTITUIÇÃO:
Se necessário, reconstituir o frasco com 10mL de água para injectáveis ou
SF (fica uma solução de 25mg/mL).
A solução reconstituída tem uma estabilidade de 12h à temperatura
ambiente. Não guardar no frigorífico, já que pode precipitar.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO RECOMENDADO


A administração IV rápida pode produzir aumento sérico da Cr e Azoto devido à
precipitação do fármaco nos túbulos renais. O risco é maior nos doentes desidratados.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita (até 500mg) em 50-100mL de SF ou SG5%. Administrar
lentamente num periodo não inferior a 1h.
A solução de aciclovir é estável 7dias em SF ou 21dias em SG5% à temperatura
ambiente e protegida da luz. Mas como não deve ser colocada no frigorífico, já
que pode precipitar, não se recomenda armazena-la mais de 24h.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG 5%.

OBSERVAÇÕES: As soluções muito concentradas (> 7mg/mL) podem produzir


inflamação, dor e flebites no lugar da infusão. Evitar o extravasamento, pois é
muito irritante.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Aciclovir Combino Pharm. BOT acesso internet. Consultado em
07/02/2012.Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex®
Healthcare series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010.

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ÁCIDO TRANEXÂMICO
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 4.4.2 Hemostáticos (B02AA02)

INDICAÇÃO: Redução ou prevenção de hemorragia resultante de


hiperfibrinólise sistémica ou local (uso de curta duração – 2 a 8 dias). Profilaxia
em doentes com coagulopatia submetidos a procedimentos cirúrgicos.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola – 500mg em 5mL. Parentérica: IV

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


A administração IV directa lenta em cerca de 5min, (a um ritmo de 100mg/min).

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir 1 ampola em 50-100mL de SF ou G5% e administrar em 30-60min. Esta
solução é estável por 24h no frigorífico.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Diluir a dose prescrita em SF ou G5%.

INJECÇÃO IM: SIM


Profunda.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: As ampolas também podem-se administrar por via oral.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Cyklokapron. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.Trissel's™2
Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare series.
Acesso internet. Consultado em 11/03/2010.

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ÁCIDO VALPRÓICO
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 2.6 Antiepilépticos e anticonvulsivantes (N03AG01)

INDICAÇÃO: Doentes nos quais a terapêutica oral não é temporariamente


possível; tratamento das epilepsias generalizadas ou parciais (associadas a
crises do tipo ausência, mioclónica, tonicoclónica, atónica ou mista); quadro das
epilepsias parciais (crises de sintomatologia simples ou complexa, crises
secundariamente generalizadas ou síndromes específicas).

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola - 400mg em 4mL. Parentérica: IV

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir com 4mL de água para injectáveis. Uso imediato.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar lentamente em 3-5 min.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 50-100mL de SF ou G5%. Administrar em 60min.
Velocidade máxima recomendada de 20mg/min. Esta solução é estável por 24h
à temperatura ambiente.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Via de eleição para manutenção da terapêutica. Diluir a dose prescrita em 500-
1000mL de SF ou G5%. Administrar à velocidade de 0,5-1mg/Kg/dia em adultos.

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5% e LR.

OBSERVAÇÕES

REFERENCIAS:
Ficha técnica Ácido valpóico. BOT acesso internet. Consultado em
07/02/2012.Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex®
Healthcare series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010.

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ÁCIDO ZOLEDRÓNICO (concentrado)


GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 9.6.2 Bifosfonatos (M05BA08)

INDICAÇÃO: Prevenção de complicações ósseas em adultos com neoplasias


avançadas que apresentem envolvimento ósseo; e tratamento de doentes
adultos com hipercalcemia induzida por tumores.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Zometa, ampola - 4mg em 5mL. Parentérica: IV

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


A solução deve ser diluída em 100mL de SF ou SG5%, sempre na ausência
cálcio. Administrar em 15-30min. Uso imediato.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: O tempo total entre diluição, armazenagem em frigorífico e o


final da administração não deve exceder as 24h. Administração única. Qualquer
porção remanescente deve ser eliminada.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Zometa. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.Trissel's™2
Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare series.
Acesso internet. Consultado em 11/03/2010.

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ÁCIDO ZOLEDRÓNICO (perfusão)


GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 9.6.2 Bifosfonatos (M05BA08)

INDICAÇÃO: Tratamento da osteoporose associada, ou não, à terapêutica


sistémica de longa duração com glucocorticóides, tanto em mulheres pós-
menopáusicas como em homens com elevado risco de fractura (incluindo casos
de fractura recente da anca causada por traumatismo ligeiro); tratamento da
doença óssea de Paget em adultos.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Aclasta, frasco - 5mg em 100 mL. Parentérica: IV

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: NÃO

INFUSÃO CONTINUA: SIM


A solução só deve ser utilizada se estiver límpida e sem partículas visíveis ou
descoloração. A velocidade de perfusão tem que ser constante e a
administração deve ser efectuada em pelo menos 15min. Uso imediato, qualquer
porção remanescente deve ser desperdiçada.

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: O tempo total entre abertura, armazenagem em frigorífico e o


final da administração não deve exceder as 24h. Administração única.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Aclasta. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.Trissel's™2
Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare series.
Acesso internet. Consultado em 11/03/2010.

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ADENOSINA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 3.2.5 Outros antiarrítmicos (C01EB10)

INDICAÇÃO: Rápida conversão para ritmo sinusal normal, das taquicardias


paroxísticas supraventriculares, incluindo as associadas a vias acessórias
(sindroma de Wolff-Parkinson-White). Auxiliar no diagnóstico de taquicardias
supraventriculares de complexos finos.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Adenocor, frasco - 6mg em 2mL. Parentérica: IV

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar a dose prescrita em 2seg. Se for administrada através de um cateter
intravenoso, a injecção deve realizar-se o mais proximal possível, e seguida de
lavagem rápida com SF.

INFUSÃO INTERMITENTE: NÃO


Há uma dosagem para esta administração e realização de testes de diagnóstico.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: Não aplicável.

OBSERVAÇÕES: Não refrigerar. Inutilizar qualquer porção que não seja usada
imediatamente após abertura.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Adenocor. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

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ADRENALINA (Epinefrina) – Alto Risco


GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 3.2.5 Outros antiarrítmicos e
10.3 Simpaticomiméticos (C01CA24)

INDICAÇÃO: Paragem cardíaca. Bradicardia com repercussão hemodinâmica


(no contexto de manobras de ressuscitação). Asma aguda grave. Reacções
anafilácticas ligeiras, médias ou graves. Choque anafiláctico.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola - 1mg em 1mL. Parentérica: IM, IV, SC e
Intracardiaca
RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Diluir a dose prescrita em 10mL de SF ou água para injectáveis e administrar
lentamente em 5-10min. (A concentração 1:10.000 obtêm-se quando se dilui a ampola
de 1 mg/1mL em 9mL de SF ou água p para injectáveis.). Em caso de paragem
cardíaca e excepcionalmente no choque anafilático.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 100-250mL de SF ou SG5% e administrar numa velocidade
de 1-4mcg/min. A solução de adrenalina em SF ou SG5% numa concentração de
0,001mg/mL (1mcg/mL) é estável durante 24h no frigorífico.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Diluir a dose prescrita em 250-500mL de SF-SG5% e administrar numa velocidade de 1-
4 mcg/min.

INJECÇÃO IM: SIM


Na anafilaxia severa (broncoespasmo, edema laríngeo, urticária, angioedema), ataques
agudos de asma, reacções alérgicas.

INJECÇÃO SC: SIM


Na anafilaxia severa, ataques agudos de asma, reacções alérgicas.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Também se administra via intracardiaca ou endotraqueal em caso


de extrema urgência por paragem cardíaca.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Adrenalina B. Braun. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare series.
Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet. Consultado em
11/03/2010.

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ALBUMINA HUMANA – Hemoderivado


GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 12.6 Substitutos do plasma e das fracções
proteicas do plasma (B05AA01).

INDICAÇÃO: Reposição e manutenção do volume de sangue circulante quando


haja hipovolémia comprovada e seja apropriada a administração de um colóide.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frascos 20% - 10g em 50mL. Parentérica: IV
Frascos 5% - 12,5g em 250mL.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar directamente sem diluir.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em SF ou SG5%. Administrar à velocidade estabelecida
pela prescrição médica.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Diluir a dose prescrita em 250-500mL de SF ou SG5% e administrar segundo a
velocidade prescrita.

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Se aparecerem sinais clínicos de sobrecarga circulatória


(cefaleias, edemas...), aumento da tensão arterial ou da pressão venosa e
edema pulmonar, interromper a perfusão imediatamente.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Grifols 20%. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 13
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AMBROXOL
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 5.2.2 Expectorantes (R05CB06).

INDICAÇÃO: Tratamento de perturbações respiratórias agudas e crónicas


associadas a muco viscoso.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola – 15mg em 2mL. Parentérica: IM, IV e SC

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar directamente em tempo ≥ 5min.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir em 50-100mL de SF ou SG5%, ou LR. Administrar em 15 a 30min (gota a
gota). Uso imediato.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: SIM


Injectar directamente no músculo glúteo.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%, LR.

OBSERVAÇÕES: Não misturar com soluções com pH> 6,3 devido ao risco de
precipitação.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Ambroxol. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 14
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AMICACINA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.7 Aminoglicosídeos (J01GB06).

INDICAÇÃO: Tratamento de infecções graves devidas a espécies sensíveis de


Gram negativos.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco – 500mg em 2mL. Parentérica: IM e IV

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 100-200mL de SF ou SG5%. Administrar num período
de 30-60min, de acordo com a dose prescrita. A solução de amicacina em SF ou
SG5%, com a concentração entre 0,25-5mg/mL, é estável por 60 dias no
frigorífico e 24h à temperatura ambiente.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO


.

INJECÇÃO IM: SIM

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Os frascos contêm metabisulfito de sódio. Em certas ocasiões


a solução pode apresentar uma coloração amarela pálida que não indica
nenhuma alteração na potência do fármaco.

Controlo da eficácia e toxicidade dependente de monitorização sérica de pico e


vale, segundo protocolo do hospital.
Em caso de monitorizar-se os níveis plasmáticos é muito importante ser
rigorosos com os tempos e ritmos de administração do antibiótico, assim como
com o registo dos horários de colheitas do pico e do vale.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Amicacina Labesfal. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

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AMINOFILINA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 5.1.4 Xantinas (R03DA05).

INDICAÇÃO: Tratamento imediato da dificuldade respiratória devida a obstrução


aguda das vias aéreas no decorrer de doença respiratória obstrutiva crónica e/ou
asma (ataques agudos de asma brônquica e estado asmático).

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola - 240mg em 10mL. Parentérica: IV

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO RECOMENDADA


Administrar lentamente (5-10min) com o doente em decúbito.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir doses ≤480mg em 100mL de SF ou SG5%. Administrar em tempo ≥ 30min e a
uma velocidade <2-20mg/min. Esta solução é estável 24h à temperatura ambiente.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Diluir doses ≤480mg em 50mL de SF ou SG5% a um ritmo de infusão que não deve
exceder 21mg/h (equivalente a 17mg/h de teofilina) em doentes com descompensação
cardíaca, cor pulmonar, disfunção hepática, ou com idade> 60 anos ou ainda com
administração de medicamentos que reduzam a clerance renal da Teofilina.

INJECÇÃO IM: NÃO


Provoca dor intensa no local da injecção.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Estável em grandes volumes de solução parenteral se pH = 3,5-8,6,


e desde que a concentração não exceda 40mg/mL.

Controlo da eficácia e toxicidade dependente de monitorização sérica de vale, segundo


protocolo do hospital. Em caso de monitorizar-se é muito importante ser rigoroso com os
tempos e ritmos de administração do fármaco, assim como com o registo dos horários
de colheitas.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Aminofilina. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

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AMIODARONA – Alto Risco


GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 3.2.3 Prolongadores da repolarização (Classe
III) (C01BD01).

INDICAÇÃO: Arritmias supraventriculares com resposta ventricular rápida; taquicardia


associada à síndrome de Wolff-Parkinson-White; arritmias ventriculares sintomáticas e
incapacitantes.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola – 150mg em 3mL. Parentérica: IV
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO RECOMENDÁVEL


A administração IV directa está geralmente desaconselhada, devido ao risco
hemodinâmico de hipotensão grave ou colapso circulatório. Em caso de necessidade
diluir a dose prescrita em 10-20mL SG5%. Administrar lentamente pelo menos em 3min,
excepto em casos de urgência (fibrilhação ventricular).

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Para as doses iniciais ou de choque, diluir a dose prescrita em 250mL de SG5% e
administrar entre 20min a 2h, sempre que possível através de uma via central
(obrigatória se a concentração> 2mg/mL). Pode-se repetir duas ou três vezes em 24h.
Ajustar a velocidade segundo a resposta clínica.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Para as doses de manutenção, diluir a dose prescrita em 250mL de SG5% e administrar
em 24h (concentração máxima <600mg/L). A solução de amiodarona em SG5% em
frascos de vidro ou polietileno é estável 24h à temperatura ambiente.

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SG5 %. Incompatível com SF.

OBSERVAÇÕES: A diluição de amiodarona deve realizar-se em frascos de vidro ou


plástico que não seja de PVC, pois adsorve-se e dissolve-se no PVC. Contém álcool
benzílico. Tempo entre bólus deve ser pelo menos de 15min.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Cordarone. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0.

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AMOXICILINA/ÁCIDO CLAVULÂNICO
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.5 Associações de penicilinas com
inibidores das lactamases beta (J01CR02).

INDICAÇÃO: Antibiótico beta-lactâmico do grupo das penicilinas, co-formulado


com um inibidor de beta-lactamases, é um antibiótico de largo espectro
antibacteriano: Str. pneumoniae e pyogenes, St. aureus, saprophyticoccus
Haemophilus influenzae, Moraxella catarrhalis, Enterobacteriaceae.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco – 1,2g. Parentérica: IV
Frasco – 2,2g (só para perfusão).

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir o frasco de 1,2 ou 2,2g com 20mL água para injectáveis ou SF.
O frasco reconstituído é estável por 15min.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar muito lentamente (3min). Não administrar mais do que 1,2g por via
IV directa.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 50-100mL de água para injectável ou SF e administrar
em 60min. Não administrar mais de 2,2g por perfusão. A solução de amoxicilina/
ácido clavulânico em SF é estável 1h àtemperatura ambiente.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF. Incompatível com SG5%.

OBSERVAÇÕES: Durante a reconstituição pode-se observar uma ligeira


coloração rosada transitória que fica a amarelada ou com uma opalescente
débil. O conteúdo em Na+ é de 2,8 e 5,6 para as ampolas de 1,2g e 2,2g,
respectivamente
A passagem da via IV à via oral deve realizar-se o mais rápido quanto a situação
clínica do doente o permita.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Amoxicilina com ácido clavulânico. BOT acesso internet. Consultado em
07/02/2012. Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex®
Healthcare series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso
internet. Consultado em 11/03/2010.

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AMPICILINA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.1.2 Aminopenicilinas (J01CA01).

INDICAÇÃO: Tratamento de infecções bacterianas, graves a moderadamente


graves, causadas por microrganismos Gram positivo e negativo susceptíveis à
ampicilina.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampolas – 1g. Parentérica: IM e IV
Ampolas – 500mg.

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir o frasco com 4mL de água para injectáveis. Esta solução é
estável durante 1h à temperatura ambiente.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Diluir a dose prescrita em 20mL de água para injectáveis, até uma concentração
máxima de 100mg/mL. Administrar a uma velocidade máxima de 100mg/min.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 50-100mL de SF até uma concentração máxima de
30mg/mL e administrar em 15-30min. A solução de ampicilina em SF é estável
24h a temperatura ambiente, 72h no frigorífico.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO


.

INJECÇÃO IM: SIM

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF. Incompatível com SG5%.

OBSERVAÇÕES: Estabilidade superior a 1h, depende da concentração e da


presença de glicose. Quanto maior a concentração da solução e a presença de
glicose menor a estabilidade da solução.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Ampicilina. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

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ANTICORPOS ANTIDIGITÁLICOS
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 20. Antídotos (V03AB).

INDICAÇÃO: Intoxicação por digitálicos.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


DIGIBIND, frasco - 38mg. Parentérica: IV
Armazenar no frigorífico.

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir com 4mL de água para injectáveis. Juntar lentamente e misturar.
Obtêm-se uma concentração de 9,5mg/mL. A solução reconstituída é de uso
imediato. Estável 4h no frigorífico.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO RECOMENDADO


Esta via está associada com maior risco de reacções alérgicas. Utilizar somente
em caso de paragem cardíaca iminente.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 50mL de SF e administrar em aproximadamente
30min. Após diluição deve ser usado de imediato. Administrar utilizando um filtro
de 0,22 micras para eliminar qualquer agregado de proteína que possa estar
presente.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO


As velocidades de infusão baixas podem atrasar a aparição de resposta.

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF.

OBSERVAÇÕES: Não misturar com outros medicamentos.

REFERENCIAS:
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

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ANTITRIPSINA- 1– Hemoderivado
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 20.9 Outros produtos (B02AB02).

INDICAÇÃO: Terapêutica crónica de aumento da antitripsina em doentes com


deficiência em inibidor da alfa1-proteinase, dentro dos limites de obstrução
moderada do fluxo respiratório (FEV1 35-60%) e da avaliação da condição
clínica (incapacidade).

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Prolastin, frasco - 1g. Parentérica: IV

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir o frasco com 40mL de água para injectáveis. Usar o dispositivo
de transferência.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


A solução reconstituída está pronta para administração a uma velocidade de
perfusão ≤0,08mL/Kg/min. (60 mg/Kg ≈30min). Esta solução é estável 3h à
temperatura ambiente. Não colocar no frigorífico.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATÍVEIS: Não misturar com soluções de perfusão.

OBSERVAÇÕES

REFERENCIAS:
Ficha técnica Prolastin. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

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ATROPINA – Alto Risco


GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 17 Medicamentos usados no tratamento de
intoxicações e 3.2.5 Outros antiarrítmicos (A03BA01).

INDICAÇÃO: Usada na prática clínica pelos seus efeitos antimuscarínicos centrais e


periféricos. É usada como pré-anestésico antes da indução da anestesia geral (diminui
o risco de inibição vagal do coração e reduz as secreções salivares e brônquicas). Nas
intoxicações por insecticidas organofosforados e outros compostos anticolinesterásicos.
E na bradicardia, induzida por uma anestesia, ou por outros fármacos.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola – 1mg em 1mL. Parentérica: IM, IV e SC
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA EM BÓLUS: SIM


Administrar directamente sem diluir ou apenas diluir em 10mL de água para
injectáveis num bólus rápido. Ainda que seja recomendado administrar com
precaução e muito lentamente, a administração lenta pode produzir uma
diminuição paradóxica do ritmo cardíaco. Depois de aberto é de uso imediato.

INFUSÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar sem diluir ou apenas diluir em 10mL de água para injectáveis. Ainda
que seja recomendado administrar com precaução e muito lentamente, a
administração lenta pode produzir uma diminuição paradóxica do ritmo cardíaco.
Depois de aberto é de uso imediato.

INFUSÃO INTERMITENTE E CONTINUA: NÃO RECOMENDADO

INJECÇÃO IM: SIM

INJECÇÃO SC: SIM

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: Não se usa.

OBSERVAÇÕES:

REFERENCIAS:
Ficha técnica Atropina. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
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Data da actualização: 12/03/2012 22
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AZITROMICINA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.8 Macrólidos (J01FA10).

INDICAÇÃO: Tratamento de pneumonia adquirida na comunidade causada por


microorganismos sensíveis, incluindo legionella pneumophila, e doença
inflamatória pélvica, que necessitem de terapêutica inicial intravenosa.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco – 500mg. Parentérica: IV

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir o frasco com 4,8mL de água para injectáveis. Não há dados de
estabilidade à temperatura ambiente. O frasco reconstituído é estável 24h no
frigorífico.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 250mL de SF o SG5% (concentração de 2,0mg/mL) e
administrar numa 1h ou então diluir a dose em 500mL de SF ou SG5%
(concentração de 1,0mg/mL) e administrar em 3h. A solução de azitromicina em
SF o SG5% é estável 24h à temperatura ambiente e 7 dias no frigorífico.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Não se devem utilizar concentrações superiores a 2mg/mL e


deve respeitar-se o tempo de infusão recomendado.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Azitromicina. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

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Data da actualização: 12/03/2012 23
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AZTREONAM
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.3 Monobactamos (J01DF01).

INDICAÇÃO: Tratamento de infecções provocadas por microrganismos Gram-


negativos susceptíveis (infecções do trato urinário complicadas e não complicadas, do
trato respiratório inferior, dos ossos e articulações, da pele e estruturas cutâneas, intra-
abdominais, ginecológicas, gonorreia, bacterémia, septicemia e meningite); terapêutica
adjuvante da cirurgia no tratamento de infecções provocadas por microrganismos
sensíveis; terapêutica concomitante em infecções em que haja suspeita ou evidência de
microrganismos Gram-positivos ou anaeróbicos.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Azactam, ampola – 1g. Parentérica: IV

RECONSTITUIÇÃO:
Dissolver cada ampola com 6-10mL de água para injectáveis. Esta solução é
estável 48h à temperatura ambiente e 72h no frigorífico.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar a solução reconstituída lentamente, em pelo menos 3-5min.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir em 50-100mL de SF ou SG5%. Administrar durante 20-60min.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: SIM


Reconstituir 1g com 3mL de água para injectáveis ou SF. Existem ampolas para
via IM, com lidocaína. Administração deve ser profunda.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Não se devem utilizar concentrações superiores a 2mg/mL e


deve respeitar-se o tempo de infusão recomendado.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Azetreonam. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 24
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Serviços Farmacêuticos / Serviços de Pneumologia/Alergologia e Medicina – CHUC, Coimbra. 2012

BENZILPENICILINA BENZATÍNICA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.1.1 Benzilpenicilinas e fenoximetilpenicilina
(J01CE08).

INDICAÇÃO: Tratamento, em adultos e crianças, de infecções do tracto


respiratório superior (estreptocócicas do Grupo A); sífilis primária, secundária,
terciária (em adultos), latente e congénita (em crianças); profilaxia nas situações
de febre reumática e de difteria (incluindo eliminação do estado de portador
assintomático).

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Lentocilin S, ampola - 12MUI. Parentérica: IM
Lentocilin S, ampola - 24MUI.

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir as ampolas de 12MUI e 24MUI com 4mL e com 6,5mL de água
para injectáveis, respectivamente. Agitar suavemente até obter uma
suspensão homogénea. Concentração final = 300.000UI/mL.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: NÃO

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: SIM


Injecção profunda e lenta.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS

OBSERVAÇÕES: A solução reconstituída é estável 48h no frigorífico. Do ponto


de vista microbiológico não guardar mais do que 24h.

REFERENCIAS:
Ficha técnica LentocilS. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 25
Guia de Administração de Medicamentos por Via Parenteral
Serviços Farmacêuticos / Serviços de Pneumologia/Alergologia e Medicina – CHUC, Coimbra. 2012

BENZILPENICILINA BENZATINA-PROCAÍNA-POTÁSSICA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.1.1 Benzilpenicilinas e fenoximetilpenicilina
(J01CE30).

INDICAÇÃO: Tratamento, em adultos e crianças, de infecções moderadamente


graves a graves do tracto respiratório superior; infecções da pele e tecidos
moles; escarlatina e erisipela devidas a estreptococos beta-hemolíticos do Grupo
A; pneumonia moderadamente grave e otite média devidas a pneumococos
susceptíveis.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Lentocilin 6.3.3, ampola- Associação Parentérica: IM
(600000 U.I.+ 300000 U.I. + 300000 U.I.).

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir com 4mL de água para injectáveis. Agitar suavemente até obter
uma suspensão homogénea.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: NÃO

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: SIM


Injecção profunda e lenta.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS

OBSERVAÇÕES: A solução reconstituída é estável 48h no frigorífico. Do ponto


de vista microbiológico não guardar mais do que 24h.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Lentocil 6.3.3. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
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BENZILPENICILINA POTÁSSICA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.1.1 Benzilpenicilinas e fenoximetilpenicilina
(J01CE01).

INDICAÇÃO: Tratamento, em adultos e crianças, de infecções, causadas por


bactérias susceptíveis à benzilpenicilina (infecções das vias respiratórias
superiores e inferiores; infecções da pele e dos tecidos moles; infecções intra-
abdominais por Clostridium; infecções ósseas como a osteomielite aguda e
crónica; meningites; septicemias; endocardite e pericardite); tratamento de
outras infecções (tétano, actinomicose, antrax, leptospirose, listeriose, doença
de Lyme grave, difteria e pasteurelose); tratamento de complicações
secundárias à gonorreia e à sífilis.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampolas – 1MUI e 20MUI. Parentérica: IM e IV

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir as ampolas de 1MUI e 20MUI com 4mL e com 20mL de água
para injectáveis, respectivamente. Ficando 1MUI por cada 1,45mL. Agitar
suavemente até obter uma suspensão homogénea. Esta solução é estável
24h à temperatura ambiente e 72h no frigorífico.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 50-100mL de SF ou SG5%. Administrar em 15-30min.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Diluir a dose prescrita em 1000-2000mL de SF ou SG5%. Administrar em 24h.

INJECÇÃO IM: SIM


Injecção profunda e lenta no músculo glúteo.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: As soluções de diluição são estáveis 24h à temperatura


ambiente.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Benz. penicilina. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 27
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BENZILPENICILINA SÓDICA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.1.1 Benzilpenicilinas e fenoximetilpenicilina
(J01CE01).

INDICAÇÃO: Tratamento, em adultos e crianças, de infecções, causadas por


bactérias susceptíveis à benzilpenicilina (infecções das vias respiratórias
superiores e inferiores; infecções da pele e dos tecidos moles; infecções intra-
abdominais por Clostridium; infecções ósseas como a osteomielite aguda e
crónica; meningites; septicemias; endocardite e pericardite); tratamento de
outras infecções (tétano, actinomicose, antrax, leptospirose, listeriose, doença
de Lyme grave, difteria e pasteurelose); tratamento de complicações
secundárias à gonorreia e à sífilis.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampolas – 1MUI. Parentérica: IM e IV

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir com 4mL de água para injectáveis. Agitar suavemente até obter
uma suspensão homogénea. Esta solução é estável 7dias no frigorífico, mas
do ponto de vista microbiológico não guardar mais de 24h.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 50-100mL de SF. Administrar em 15-30min. A solução
diluída é estável 24h à temperatura ambiente.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Diluir a dose prescrita em 1000-2000mL de SF. Administrar em 24h.

INJECÇÃO IM: SIM


Injecção profunda e lenta no músculo glúteo.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF. Não usar SG5%.

OBSERVAÇÕES:

REFERENCIAS:
Ficha técnica Benz. penicilina. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

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BICARBONATO DE SÓDIO 8,4%


GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 12.1.2 Alcalinizantes (B05XA02).

INDICAÇÃO: Tratamento da acidose metabólica associada a doença renal


severa, cetoacidose diabética, circulação extra-corporal do sangue, paragem
cardíaca, insuficiência circulatória devida a choque ou desidratação severa,
ureterosigmoidostomia, acidose láctica, cetoacidose alcoólica, uso de inibidores
da anidrase carbónica e administração de cloreto de amónio; tratamento de
reacções hemolíticas que requeiram alcalinização da urina para diminuir os
efeitos nefrotóxicos; aumento do pH da urina para aumentar a solubilidade de
determinados ácidos fracos.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampolas –8,4% em 20mL. Parentérica: IV
(1680mg em 20mL).

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Em situações de urgência (paragem cardíaca) administrar lentamente em 1-5
min.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Utilizar directamente a solução 1,4% (é a solução isotónica) ou diluir em SF ou
SG5%.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO RECOMENDADO


A sua utilização é após diluição para valores isotónicos (1,4-1,5%).

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF e SG5%.

OBSERVAÇÕES: As soluções de diluição são estáveis 24h à temperatura


ambiente. As soluções hipertónicas são irritantes para os tecidos, mas a
isotónica pode ser dada por via SC.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Bicarbonato NA8,4%. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

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BIPERIDENO
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC) : 2.5.1 Anticolinérgicos (N04AA02).

INDICAÇÃO: Síndrome de Parkinson, especialmente associado a rigidez e


tremor. Nos sintomas extrapiramidais do tipo discinésias precoces, acatisia e
estados do tipo parkinsónico induzidos por neurolépticos e outros fármacos
similares e outros transtornos motores extrapiramidais. Intoxicação por nicotina.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampolas –5mg em 1mL. Parentérica: IM e IV
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administração lenta de 2mg em pelo menos 2min. Em sintomas extrapiramidais
administrar 2mg, que se podem repetir a cada 30-60 min, até um máximo de 4
doses consecutivas em 24h (8mg/dia).

INFUSÃO INTERMITENTE: NÃO

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: SIM


Em reacções agudas distónicas produzidas por medicamentos, administrar 2mg,
que se podem repetir cada 30min, até um máximo de 4 doses consecutivas em
24h (8mg/dia). Na intoxicação por nicotina administrar 5-10mg por via IM e, se o
estado do doente for grave, 5mg por via IV.

INJECÇÃO SC: NÂO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: Não aplicável.

OBSERVAÇÕES

REFERENCIAS:
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

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BUTILESCOPOLAMINA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 6.4 Antiespasmódicos (A03BB01).

INDICAÇÃO: Espasmos agudos do aparelho gastrointestinal, das vias biliares e


do aparelho genitourinário; procedimentos terapêuticos e de diagnóstico, onde o
espasmo pode ser um problema.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampolas – 20mg em 1mL. Parentérica: IM, IV e SC

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar lentamente sem diluir.

INFUSÃO INTERMITENTE: NÃO

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: SIM

INJECÇÃO SC: SIM

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: Não aplicável.

OBSERVAÇÕES: Não administrar via intraarterial, porque pode provocar


necrose na zona vascular distal.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Buscopan. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

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CEFAZOLINA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.2.1 Cefalosporinas de 1ª Geração (J01DB04).

INDICAÇÃO: Tratamento das seguintes infecções quando provocadas por


bactérias susceptíveis: aparelho respiratório superior e inferior,
geniturinárias, das vias biliares, aparelho genital, cutâneas, tecidos moles e
ósseas, septicemia, endocardite e profilaxia das infecções do pós-operatório.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco - 1g IV. Parentérica: IM e IV
Frasco - 1g IM.
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir para IV o frasco de 1g com 4mL ou 10mL de água para
injectáveis. E para IM com 4mL lidocaína 0,5%. A solução assim
reconstituída é estável por 8h à temperatura ambiente e 24h no frigorífico.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Diluir o frasco com 10mL de água para injectáveis, e administrar lentamente
durante pelo menos 3-5min.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Para diminuir o aparecimento de tromboflebites diluir a solução reconstituída em
50-100mL SF ou SG5% e administrar em 30-60min. A solução de cefazolina em
SF ou SG5% é estável 8h à temperatura ambiente e durante 24h no frigorífico.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: SIM


Só a a preparação feita com lidocaína é intramuscular.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES

REFERENCIAS:
Ficha técnica Cefazolina. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
DrugDex® sestem. En Thomson Micromedex® Healthcare series. Acceso internet. Consultado el
10/12/2009.

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Data da actualização: 12/03/2012 32
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CEFOTAXIMA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.2.3 Cefalosporinas de 3ª Geração (J01DD01).

INDICAÇÃO: Tratamento de infecções graves causadas por agentes sensíveis


(Enterobacteriaceae, St. pneumoniae e species, Haemophilus influenzae, Moraxella
catarrhalis, Neisseria gonorrhoea e meningitidis): nas vias respiratórias, rins e vias
urinárias, ossos, articulações, tecidos moles e pele, órgãos genitais, região
abdominal, septicemia, endocardite bacteriana, meningite e profilaxia peri-
operatória.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco - 500mg em 2mL. Parentérica: IM e IV
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir o frasco com 2-4mL água para injectáveis. A solução
reconstituida é estável 8h à temperatura ambiente e 24h no frigorífico.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar lentamente durante pelo menos 3-5min.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 50-100mL de SF ou SG5% e administrar em 30-
60min. A solução de cefotaxima em SF ou SG5% é estável 8h à temperatura
ambiente ou 24h no frigorífico.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: SIM


Utilizar preferencialmente a apresentação de 1g IM.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES

REFERENCIAS:
Ficha técnica Cefotaxima. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

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Data da actualização: 12/03/2012 33
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CEFOXITINA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.2.2 Cefalosporinas de 2ª. Geração (J01DC01).

INDICAÇÃO: Tratamento de infecções graves causadas por bactérias sensíveis


(Aeróbias gram-positivas: Staphylococcus spp, Streptococcus spp, e gram-negativas E. coli, H.
influenzae, Klebsiella spp, Morganella morganii, Neisseria gonorrhoeae, Proteus mirabilis e
vulgaris, Providencia spp. Anaeróbias gram-positivas: Clostridium spp., Peptococcus niger,
Peptostreptococcus spp, e gram-negativas: Bacteroides spp): nas vias respiratórias, rins e
vias urinárias, ossos, articulações, tecidos moles e pele, órgãos genitais, região
abdominal, septicemia, endocardite bacteriana, meningite e profilaxia peri-
operatória.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco - 1g IV. Parentérica: IM e IV
Frasco - 1g IM.
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir o frasco com 10 mL de água para injectáveis se administração
IV ou com 2 mL de lidocaína 1% se IM. A solução reconstituída é estável 24h
à temperatura ambiente e 4 dias no frigorífico.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar lentamente durante 3-5 min.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 50-100mL SF ou SG5% e administrar em 30-60min. A
solução de cefoxitina em SF ou SG5% é estável 24h à temperatura ambiente.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: SIM

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES

REFERENCIAS:
Ficha técnica Cefoxitina. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

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CEFTAZIDIMA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.2.3 Cefalosporinas de 3ª Geração (J01DD02).

INDICAÇÃO: Tratamento de infecções graves em geral: septicemia, bacteriemia,


peritonite, meningite, infecções em doentes imunodeficientes e em unidades de
cuidados intensivos, para além da profilaxia da cirurgia da próstata e infecções
relacionadas com hemodiálise ou DPCA.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco - 500mg. Parentérica: IM e IV
Frasco - 1g.
Poteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir o frasco de 500mg com com 5mL de água para injectáveis, e o
de 1g com 10mL. A solução reconstituída é estável 24h no frigorífico.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Diluir o frasco de 500mg ou 1g com 5-10mL de SF ou SG5% para conseguir
concentrações até 100mg/mL e administrar lentamente durante 3-5min.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 50-100mL de SF ou SG5%, para obter concentrações
de 1-40mg/mL e administrar em 30-60min. A solução de ceftazidima em SF ou
SG5% é estável 18h à temperatura ambiente ou 7 dias no frigorífico.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: SIM


Reconstituir o frasco de 500mg ou 1g com 1,5 - 3mL de lidocaína a 0,5% ou 1%
para uso intramuscular. Esta solução é estável 6h à temperatura ambiente.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: A coloração da ceftazidima diluída oscila entre uma cor


amarelo-ambar, dependendo da concentração, sem perda de potência do
produto.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Ceftazidima. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

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Data da actualização: 12/03/2012 35
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CEFTRIAXONA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.2.3 Cefalosporinas de 3ª Geração (J01DD04).

INDICAÇÃO: Tratamento das seguintes infecções, quando causadas por


microrganismos que são lhe susceptíveis: sépsis, meningite bacteriana,
infecções dos ossos ou articulações, da pele ou tecidos moles, pneumonia e na
profilaxia peri-operatória.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco - 1g IV. Parentérica: IM e IV
Frasco - 1g IM.
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir o frasco com 10mL de água para injectáveis se administração IV
e com 3,5mL de lidocaína 1% se IM. A solução reconstituída é estável 6h à
temperatura ambiente e 24h no frigorífico.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar lentamente durante 2-4min.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 50mL de SF ou SG5% e administrar em pelo menos
30min. A solução de ceftriaxona em SF ou SG5% é estável 48h à temperatura
ambiente e 13 dias no frigorífico.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: SIM


Usar preferencialmente a apresentação intramuscular. Injectar num músculo de
grande massa muscular. Se recomenda não injectar mais de 1g no mesmo sítio.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: A injecção IV de grandes doses durante períodos


prolongados pode ocasionar flebites, pelo que se deve mudar com certa
frequência de veia de administração e injectar lentamente (2-4min).

REFERENCIAS:
Ficha técnica Ceftriaxona. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 36
Guia de Administração de Medicamentos por Via Parenteral
Serviços Farmacêuticos / Serviços de Pneumologia/Alergologia e Medicina – CHUC, Coimbra. 2012

CEFUROXIMA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.2.2 Cefalosporinas de 2ª Geração (J01DC02).

INDICAÇÃO: Tratamento de infecções ligeiras a moderadamente graves


causadas por microrganismos sensíveis, tais como: infecções do tracto
respiratório superior, bronquite aguda e exacerbações agudas da bronquite
crónica, infecções do tracto geniturinário inferior, não complicadas, infecções
cutâneas e dos tecidos moles, tratamento da doença de Lyme em estadio
precoce (estadio I) e prevenção subsequente de complicações tardias em
adultos e crianças com mais de 12 anos de idade.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco - 750mg. Parentérica: IM e IV
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Na administração IV reconstituir com 6mL de água para injectáveis. Na
administração IM reconstituir o frasco de 750mg com 3mL de água para
injectáveis. A solução reconstituída é estável 5h à temperatura ambiente e
48h no frigorífico.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar lentamente durante pelo menos 3-5min.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 50-100mL de SF ou SG5% e administrar em 30-
60min.
A solução de cefuroxima em SF ou SG5% é estável 24h à temperatura ambiente
e 72h no frigorífico.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: SIM

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: A passagem da via IV à via oral deve realizar-se o mais


rápido quanto a situação clínica do doente o permita.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Cefuroxima. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 37
Guia de Administração de Medicamentos por Via Parenteral
Serviços Farmacêuticos / Serviços de Pneumologia/Alergologia e Medicina – CHUC, Coimbra. 2012

CIANOCOBALAMINA (Vitamina B12)


GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 4.1.2 Medicamentos para tratamento das
anemias megaloblásticas (B03BA01).

INDICAÇÃO: Deve ser usada nas seguintes situações: anemia perniciosa, pós-
gastrectomia, ressecção do íleon, deficiências nutricionais, malabsorção
congénita da cobalamina, deficiência congénita do factor intrínseco, deficiência
em transcobalamina II, metilamonilacidúrias, crianças nascidas de mães
deficientes em cobalamina e testes de absorção da cobalamina.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampolas - 1mg em 1mL. Parentérica: IM
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO RECOMENDADO


Só em casos muito concretos, como uma trombopenia extrema, já que existe
risco de reacções anafilácticas. Se recomenda a administração de uma dose de
prova por via intradérmica antes de a administrar.

INFUSÃO INTERMITENTE: NÃO

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: SIM


A injecção IM deve realizar-se num músculo com grande massa muscular.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: não precisa.

OBSERVAÇÕES: Pode administrar-se por via oral. Se recomenda


administração prévia de uma dose de prova por via intradérmica nos doentes
que se suspeite que possam ser sensíveis a esta vitamina.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Cianocobalamina. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 38
Guia de Administração de Medicamentos por Via Parenteral
Serviços Farmacêuticos / Serviços de Pneumologia/Alergologia e Medicina – CHUC, Coimbra. 2012

CICLOSPORINA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 16.3 Imunomoduladores (L04AD01).

INDICAÇÃO: Transplantação de órgãos sólidos, prevenção da rejeição do


enxerto após transplantações alogénicas do rim, fígado, coração, coração-
pulmão, pulmão e pâncreas. Tratamento da rejeição do transplante em doentes
submetidos anteriormente a terapêutica com outros agentes imunossupressores.
Transplantação da medula óssea e prevenção da sua rejeição. Prevenção ou
tratamento da doença enxerto-contra-hospedeiro (GVHD).

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Sandimmun amp - 50mg em 1mL. Parentérica: IV
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir cada 50mg em 20-100mL de SF ou SG5% e administrar lentamente em 2-
6h, a uma velocidade máxima de 50mg/h.
A solução de ciclosporina em SF ou SG5% é estável 24h à temperatura
ambiente ou 7 dias no frigorífico.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Se dispõe de pouca informação da utilização deste fármaco por esta via de
administração. Em caso de necessidade diluir em 250-500mL de SF ou SG5%.

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Contém etanol e azeite de rícino polietoxilado como


excipientes. A dissolução deve realizar-se em frascos de vidro ou plástico de
polietileno e utilizar sistemas de administração especiais de baixa adsorção, já
que este medicamento se adsorve no PVC.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Sandimmun. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
DrugDex® sestem. Em Thomson Micromedex® Healthcare series. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 39
Guia de Administração de Medicamentos por Via Parenteral
Serviços Farmacêuticos / Serviços de Pneumologia/Alergologia e Medicina – CHUC, Coimbra. 2012

CIPROFLOXACINA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.10 Quinolonas (J01MA02).

INDICAÇÃO: Tratamento das infecções causadas pelos seguintes


microrganismos normalmente sensíveis: Bacillus anthracis, Aeróbios Gram-
positivos e Gam-negativos, Aeromonas spp, Brucella spp, Citrobacter koseri,
Francisella tularensis, Haemophilus spp, Legionella spp, Moraxella catarrhalis*,
Neisseria meningitidis, Pasteurella spp, Salmonella spp*, Shigella spp,* Vibrio
spp, Yersinia pestis, Anaeróbios, Chlamydia spp, Mycoplasma spp.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco - 200mg em 100mL. Parentérica: IV
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Administrar em pelo menos 60min.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Para facilitar a utilização, a rolha do frasco para injectáveis


deve ser penetrada no anel central. Penetrar o anel exterior pode danificar a
rolha do frasco para injectáveis.
A passagem da via IV à via oral deve realizar-se o mais rápido quanto a situação
clínica do doente o permita.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Ciprofloxacina. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 40
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CITICOLINA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 2.13.1 Medicamentos utilizados no
tratamento sintomático das alterações das funções cognitivas (N06BX06).

INDICAÇÃO: Acidente vascular cerebral e traumatismos cranianos.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola - 500mg em 2mL. Parentérica: IM e IV
Ampola – 1g cada 4mL.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar lentamente durante pelo menos 3-5min. A ampola depois de aberta
é de uso imediato.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 50-100mL de SF ou SG5% e administrar em 30-
60min. O ritmo recomendado de perfusão é de 40-60gotas/min. A solução
diluída deve ser usada de imediato.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: SIM

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: As ampolas podem administrar-se via oral, directamente ou


dissolvidas num copo de água.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Citicolina. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
DrugDex® sestem. Em Thomson Micromedex® Healthcare series. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 41
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CLARITROMICINA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.8 Macrólidos (J01FA09).

INDICAÇÃO: Infecções graves: do tracto respiratório superior (faringite,


sinusite); e inferior (bronquite, pneumonia); da pele e tecidos moles.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco - 500mg. Parentérica: IV

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir o frasco com 10mL de água para injectáveis. A solução
reconstituída é estável 24h à temperatura ambiente e 48h no frigorífico.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 250mL de SF ou SG5% e administrar em 60min. A
solução de claritromicina em SF ou SG5% é estável 6h à temperatura ambiente
ou 48h no frigorífico.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: A passagem da via IV à via oral deve realizar-se o mais


rápido quanto a situação clínica do doente o permita.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Claritromicina. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Em Thomson Micromedex® Healthcare series. Acesso internet. Consultado em
11/03/2010.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 42
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CLINDAMICINA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.11 Outros antibacterianos (J01FF01).

INDICAÇÃO: Tratamento das seguintes infecções causadas por bactérias


anaeróbias sensíveis ou estirpes de bactérias aeróbias Gram-positivas tais como
Streptococcus, Staphylococcus e Streptococcus pneumoniae, e estirpes
sensíveis de Chlamydia trachomatis.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola - 600mg em 4mL. Parentérica: IM e IV

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 100mL de SF ou SG5% sem ultrapassar uma
concentração máxima de 12mg/mL e administrar em 20-60min. Não se
recomenda ultrapassar a velocidade de infusão de 30mg/min nem administrar
mais de 1200mg numa só infusão de 1h. A solução de clindamicina em SF ou
SG5% é estável 24h à temperatura ambiente.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: SIM


Não se recomenda administrar mais de 600mg numa injecção única por esta via.
Injectar profundamente e numa zona muscular ampla.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Contém álcool benzílico pelo que se deve evitar a sua


administração em crianças com menos de 3 anos. A clindamicina apresenta
propriedades bloqueantes neuromusculares reforçando a acção de outros
bloqueadores neuromusculares. Deverá, por esta razão, ser utilizada com
precaução em doentes medicados com os fármacos em questão.
Temperaturas baixas podem dar origem à formação de cristais na solução. Para
a dissolução dos mesmos, aquecer a ampola agitando suavemente entre as
mãos ou em banho-maria.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Clindamicina. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. DrugDex® sestem. Em Thomson
Micromedex® Healthcare series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 43
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CLOMIPRAMINA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 2.9.3 Antidepressores (N06AA04).

INDICAÇÃO: Tratamento dos estados depressivos de etiologias e


sintomatologias diversas, nomeadamente: formas endógenas; síndromes
obsessivas-compulsivas; fobias; catalepsia associada a narcolépsia; condições
dolorosas crónicas.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Anafranil, ampolas - 25mg em 2mL. Parentérica: IM e IV
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita (2 ou 3 ampolas) em 250-500mL de SF ou SG5%.
Administrar em 1,5 a 3h. A ampola depois de aberta é de uso imediato bem
como a solução diluída.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: SIM

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: A solução injectável de clomipramina poderá ser incompatível


com solução injectável de diclofenac sódico devido às diferenças de pH.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Anafranil. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 44
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CLONAZEPAM
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 2.6 Antiepilépticos e anticonvulsivantes (N03AE01).

INDICAÇÃO: Nas crises tónico-clónicas (grande mal), nas crises parciais


simples e complexas e nas crises tónico-clónicas secundárias generalizadas.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Rivotril, ampolas - 1mg em 1mL. Parentérica: IM e IV

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Diluir ampola com 1mL de água para injectáveis e administrar lentamente
durante pelo menos 3-5min. Se a injecção é demasiado rápida existe risco de
tromboflebites.

INFUSÃO INTERMITENTE: NÃO RECOMENDADO


Se dispõe de pouca informação. No caso de ser mesmo necessário diluir até
3mg em 250mL de SF ou SG5% e administrar lentamente. A solução de
clonazepam em SF ou SG5% é estável 24h à temperatura ambiente.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: SIM


Quando não se pode utilizar a via IV.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: Se dispõe de pouca informação. SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: A dissolução deve realizar-se em frascos de vidro ou plástico


de polietileno e utilizar sistemas de administração especiais de baixa adsorção,
já que o clonazepam se adsorve no PVC. Contém etanol e álcool benzílico como
excipientes pelo que deve evitar-se a sua administração em recém-nascidos e
especialmente prematuros.

REFERENCIAS:
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Stabilis 4.0. Acesso internet. Consultado
em 11/03/2010.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 45
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CLORETO DE POTÁSSIO – Alto Risco


GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 12.2.4 Potássio (B05XA01).

INDICAÇÃO: Tratamento e prevenção da hipocaliémia.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola 7,5% - 750mg em 10mL Parentérica: IV
(1amp - 10mEq de K+).

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO


Não injectar nunca directamente na veia sem previamente diluir o conteúdo da
ampola.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir antes de infundir numa concentração inferior a 40mEq/L, em casos
excepcionais pode-se utilizar soluções que contenham até 80mEq/L. Administrar
a dose prescrita de forma que a velocidade de perfusão não exceda os 20mEq
de potássio por hora (velocidades maiores podem provocar paragem cardíaca).

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Diluir a dose prescrita em SF ou SG5%. Ver a informação do ponto anterior.

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5% e polielectróliticos.

OBSERVAÇÕES: Não injectar nunca directamente na veia. Agitar a mistura


antes de infundir para assegurar a uniformidade da solução.

REFERENCIAS:
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 46
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CLORETO DE SÓDIO 20% – Alto Risco


GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 12.2.5 Sódio (B05XA03).

INDICAÇÃO: Tratamento e prevenção de hiponatrémia e hipoclorémia.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola 20% - 2g em 10mL. Parentérica: IV

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO


Cloreto de sódio a 20% é uma concentração de elevada osmolaridade, não deve
administrar-se directamente.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Para preparar um soro salino hipertónico, pode diluir-se 2 ampolas de Cloreto de
sódio a 20% em 500mL de SF. Obtemos uma solução de Cloreto de Sódio de
aproximadamente 1,8%, que aporta 154mEq de Na+ e tem uma osmolaridade
de 620 mOsm.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Ver ponto anterior.

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Composição do cloreto de sódio a 20%, ampolas de 10mL:


- por mL: 3,4mEq de Na+ e 3,4mEq de Cl-
- por mL: 78,7mg de Na+ e 121,3mg de Cl-
- por ampola: 34mEq de Na+ e 34mEq de Cl-
- por ampola: 787mg de Na+ e 1213mg de Cl-.

REFERENCIAS:
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

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Data da actualização: 12/03/2012 47
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CLOROPROMAZINA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 2.9.2 Antipsicóticos (N05AA01).

INDICAÇÃO: Tratamentos de curta duração dos estados de agitação e de


agressividade que surgem ao longo da evolução das psicoses agudas e de
evolução crónica, esquizofrenias, delírios crónicos não esquizofrénicos, delírios
paranóicos, psicoses alucinatórias crónicas.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Largactil, ampolas - 25mg em 5mL. Parentérica: IM (25mg)
Largactil, ampolas – 50mg em 2mL. e IV (50mg)
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar lentamente durante pelo menos 3-5min.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 50-100mL de SF ou SG5% e administrar em 30-
60min.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: SIM

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Contém sulfito sódico (E-221) e metabissulfito sódico (E-223)


como excipientes que podem causar ou exacerbar reacções tipo anafiláctico.
Não se recomenda utilizar frascos de PVC para a sua diluição devido a
problemas de absorção. Também não deve ser misturado com soluções de
barbitúricos sódicos, pois em virtude do seu pH ácido provocaria um precipitado
do ácido barbitúrico.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Clorpromazina. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. DrugDex® sestem. Em Thomson
Micromedex® Healthcare series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis
4.0. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 48
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COLISTIMETATO DE SÓDIO
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.11 Outros antibacterianos (J01XB01).

INDICAÇÃO: Tratamento de infecções sistémicas graves causadas por


bactérias Gram-negativo, Acinetobacter spp, Citrobacter spp, E. coli, H.
influenzae. Ps. aeruginosa, nomeadamente, na pneumonia nosocomial, nas
infecções broncopulmonares na fibrose quística e nas infecções complicadas
das vias urinárias. Colixin administrado por nebulização está indicado no
tratamento de infecções pulmonares causadas por Pseudomonas aeruginosa em
doentes com fibrose quística.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco - 1MUI. Parentérica: IV e inalatória
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir o frasco com 10mL de água para injectáveis ou SF (para via
inalatória só 2-4mL de SF). A solução reconstituída é estável 8h à
temperatura ambiente ou 24h no frigorífico.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Diluir a dose prescrita em 10mL de SF ou SG5%. Administrar em 3-5min.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 50mL de SF ou SG5% e administrar em 30min.
A solução de colistimetato em SF ou SG5% é estável 8h à temperatura ambiente
ou 24h no frigorífico.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: 1MUI de colistimetato de sódio equivale aproximadamente a


80mg.Também pode ser administrado por via inalatória. Asolução recosnstituída
é vertida no nebulizador. A solução estará ligeiramente nebulosa e pode fazer
espuma se agitada.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Colistimetato de Na. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 49
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CONCENTRADO DE C1-INIBIDOR ESTERASE –


Hemoderivado
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 4.4.1 Antifibrinolíticos (B02AB03).

INDICAÇÃO: Angioedema hereditário de tipo I e II (AEH). E tratamento de


episódios agudos de angioedema.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Berinert, frasco - 500U em 10mL. Parentérica: IV
Conservar no frigorífico e proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir o frasco com o conteúdo da ampola – 10mL de SF. Não guardar
o frasco reconstituído. É de uso imediato. A solução reconstituída tem um
teor total em proteínas de 6,5 mg/mL.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Injecção intravenosa muito lenta em 5-10min, ou perfusão (4mL/minuto). Regime
habitual: 500U. Em casos graves (edema laríngeo): 1000U, segundo a evolução
clínica pode-se repetir a administração.
A estabilidade da solução é de 48h à temperatura ambiente. Contudo, se não for
imediatamente administrado, a conservação não deverá exceder 8h à
temperatura ambiente.

INFUSÃO INTERMITENTE: NÃO

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: Não se dispõe de informação.

OBSERVAÇÕES: 1U é equivalente à atividade do inibidor da C1-esterase de


1ml de plasma fresco citrado de dadores saudáveis, 1U é equivalente a 6
unidades de Levy-Lepow.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Berinert. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 50
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Serviços Farmacêuticos / Serviços de Pneumologia/Alergologia e Medicina – CHUC, Coimbra. 2012

DANTROLENO
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 2.3.3 Acção muscular directa (M03CA01).

INDICAÇÃO: Tratamento de hipermetabolismo fulminante do músculo-


esquelético, característico das crises de hipertermia maligna (taquicardia,
taquipneia, desaturação venosa central, hipercapnia, acidose metabólica, rigidez
muscular, cianose e muitas vezes febre). Também pode ser usado como
prevenção pré ou pós-cirurgia em doentes susceptíveis de desenvolver esta
situação clínica.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Dantrolen Rohm Pharma, frasco - Parentérica: IV
20mg.Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir o frasco com 60mL de água para injectáveis. Agitar até obter
uma solução clara. Esta solução é estável 6h à temperatura ambiente
protegido da luz.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar uma dose de 2,5mg/Kg (aproximadamente 500mL para um doente de 70Kg)
numa infusão rápida, aproximadamente em 15min (2 a 3 min por frasco), no caso de
hipertremia maligna.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


No caso de profilaxia pré-operatória administrar a dose (ver ponto anterior) durante 1h
pelo menos 1,5h antes da cirurgia.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Uma vez superada a crise, infunde-se 7,5mg/Kg nas 24h seguintes para impedir o
reaparecimento de sintomas. A solução resultante da reconstituição do frasco com
60mL de água para injectáveis deve ser transferida para uma bolsa de plástico estéril de
grande volume. As soluções de dantroleno são muito instáveis, não misturar com
nenhum outro produto ou soro.

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: Não aplicável.

OBSERVAÇÕES: Não usar recipientes de vidro para administrar o fármaco, pois pode
precipitar. Evitar extravasamento, tem elevado pH.
O dantroleno nunca deve ser administrado em simultâneo com qualque tipo de sais.

REFERENCIAS:
Em Thomson Micromedex® Healthcare series. Acesso internet. Consultado em
11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 51
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DAPTOMICINA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.11 Outros antibacterianos (J01XX09).

INDICAÇÃO: Tratamento de infecções complicadas da pele, endocardites e


bacteremias provocadas por S. aureus.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Cubicin frasco - 500mg. Parentérica: IV

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir o frasco com 7mL de SF ou água para injectáveis, deixando
repousar 10min. A daptomicina demora 15min a dissolver-se. Quando a
administração é IV directa, deve reconstituir com SF. Esta solução é estável
por 12h à temperatura ambiente e 48h no frigorífico.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar em 2min.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 50mL de SF. Administrar em 30min. A solução de
daptomicina em SF é estável durante 12h à temperatura ambiente e 24h no
frigorífico.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF.

OBSERVAÇÕES: Incompatível com SG5%.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Cubicin. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Em Thomson Micromedex® Healthcare series. Acesso internet. Consultado em
11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 52
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Serviços Farmacêuticos / Serviços de Pneumologia/Alergologia e Medicina – CHUC, Coimbra. 2012

DESFERROXAMINA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 17 Medicamentos usados no tratamento de
intoxicações (V03AC01).

INDICAÇÃO: Quelação do ferro, em monoterapia para tratamento da


sobrecarga crónica de ferro ou alumínio, e envenenamento agudo por ferro.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco– 500mg. Parentérica: IM, IV e SC
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir o frasco com 2mL ou 4mLde água para injectáveis para via IM e
IV, respectivamente. A solução reconstituída é estável 24h à temperatura
ambiente. Não se deve usar SF para reconstituir o frasco.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO RECOMENDADO


Pois pode dar lugar a um colapso. Mas pode estar indicada em caso de choque
cardiovascular.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 100-250mL de SF ou SG5% e administrar lentamente à
velocidade de 15mg/Kg/h. A solução diluída é estável 24h à temperatura ambiente.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Diluir a dose prescrita em 500-1000mL de SF ou SG5% e administrar à velocidade de
15mg/Kg/h, a dose total não deve superar os 80mg/Kg em 24h (aproximadamente
6g/dia), salvo casos excepcionais. A solução diluída é estável 24h à temperatura
ambiente.

INJECÇÃO IM: NÃO RECOMENDADO


É menos eficaz que as vias IV e subcutânea.

INJECÇÃO SC: SIM


Com bombas de infusão subcutânea a infundir durante 8 a 12h.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF.

OBSERVAÇÕES: Também se pode administrar por via oral em intoxicações.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Desferral 500mg. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Em Thomson Micromedex® Healthcare series. Acesso internet. Consultado em
11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 53
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DESMOPRESSINA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 8.1.2 Lobo posterior da hipófise (H01BA02).

INDICAÇÃO: Tratamento da diabetes insípida de origem central causada por


deficiência ou falta da hormona antidiurética hipofisária e no estudo do poder de
concentração do rim.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampolas - 4mcg em 1mL. Tópica – nasal.
Armazenar no frigorífico e proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


É usada na diabetes insípida central, quando a administração intranasal se
considera inadequada. Administrar sem diluir em 1-2 min. Não usar esta via em
crianças com menos de 12 anos.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Usa-se na hemofilia A e na doença de Von Willbrand Tipo I diluindo a dose
prescrita em 50-100mL de SF (10mL em crianças menores de 10Kg) e
administrar em 15-30min. A solução de desmopresina em SF é estável 24h no
frigorífico.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: SIM

 Para teste diagnóstico:


INJECÇÃO SC: SIM
Administrar 0,1-4mcg, segundo o peso corporal, para o teste diagnóstico (prova da
capacidade de concentração renal). Em crianças recomenda-se usar em primeiro lugar a
forma intranasal.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF.

OBSERVAÇÕES: Após abertura manter no frigorífico e utilizar no prazo máximo


de 2 meses.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Desmopressin 0,1 mg/mL. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 54
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DEXAMETASONA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 8.2.2 Glucocorticóides (H02AB02).

INDICAÇÃO: Tratamento de várias doenças inflamatórias e auto-imunes.


Também utilizado como tratamento adjuvante no controlo do edema cerebral
(excepto nos casos em que o edema é causado por traumatismo craniano),
tratamento da leucemia linfocítica, como anti-emético em regimes
antineoplásicos e para tratamento paliativo em estados terminais de doença
neoplásica.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola – 5mg em 1mL Parentérica: Intra-articular, IM,
Proteger da luz e intra-sinovial e IV.
poderá ser de conservação no frigorífico.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar lentamente: a dose de 4mg durante 1min como mínimo e a dose de
40mg pelo menos em 2-3min.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir em 50-100mL de SF ou SG5% e administrar em 30-60min. A solução de
dexametasona em SF ou SG5% é estável 24h à temperatura ambiente.

INFUSÃO CONTINUA: NÂO RECOMENDADO


Dispõe-se de pouca informação. Em caso necessário diluir em 500-1000mL de
SF ou SG5%.

INJECÇÃO IM: SIM

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Outras vias de administração podem ser intralesional,


intraarticular, intrasinovial e injecção em tecidos moles.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Oradexon. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Em Thomson Micromedex® Healthcare series. Acesso internet. Consultado em
11/03/2010.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
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DIAZEPAM – Alto Risco


GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 2.6 Antiepilépticos e anticonvulsivantes e
2.9.1 Ansiolíticos, sedativos e hipnóticos (N05BA01).

INDICAÇÃO: Ansiedade e agitação grave. Espasmos musculares. Como


sedativo em procedimentos cirúrgicos "minor" ou outras circunstâncias em que
seja necessário um efeito rápido.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola - 10mg em 2mL. Parentérica: IM e IV
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar a ampola directamente, sem diluir, numa veia de grande calibre e
muito lentamente. Nos adultos a velocidade não deve ser superior a 5 mg/min e
nas crianças deve administrar-se em pelo menos 3min. A administração
excessivamente rápida pode causar hipotensão e depressão respiratória.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir em 50-100mL SF e administrar em 15-30min. Se for diluído num volume
menor pode precipitar. A solução de diazepam em SF ou SG5% é estável 24h à
temperatura ambiente.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO RECOMENDADO


Se dispõe de pouca informação sobre esta via de administração, ainda que
possa estar indicada quando se usam doses altas e contínuas. Na prática clínica
usa-se infusões de 100mg em 500mL de SF.

INJECÇÃO IM: SIM


Injecção intramuscular profunda. A absorção é lenta e errática.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: A dissolução deve realizar-se em frascos de vidro ou plástico


de polietileno e utilizar sistemas de administração especiais de baixa adsorção,
já que este medicamento se adsorve no PVC. Contem etanol e álcool benzílico
como excipientes, pelo que não se deve usar em recém-nascidos, salvo critério
médico. Evitar injecções intraarteriais e o extravasamento.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Diazepam. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012. Trissel's™2
Clinical Pharmaceutics Database.

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DICLOFENAC
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 9.1.2 Derivados do ácido acético (M01AB05).

INDICAÇÃO: Exacerbações das formas inflamatórias e degenerativas de


reumatismo, crises agudas de gota; cólica renal e biliar; inflamação e edema
dolorosos pós-traumáticos e pós-operatórios; sintomas que acompanham as
crises graves de enxaqueca. E por via IV tratamento da dor no pós-operatório
em meio hospitalar.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampolas – 75mg em 3mL. Parentérica: IM e IV
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: NÃO RECOMENDADO


Diluir uma ampola com 100-500mL de SF ou SG5% tamponada com 0,55mL de
bicarbonato de sódio a 8,4% e administrar entre 30min a 2h. A solução deve
estar límpida, se forem visíveis cristais a solução deve ser rejeitada.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: SIM


Administrar por via intraglútea no quadrante superior direito. É a via de
administração melhor documentada. Uso imediato.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: Não se aplica.

OBSERVAÇÕES: Não administrar por via parenteral durante mais de dois dias.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Diclofenac. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Em Thomson Micromedex® Healthcare series

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DIGOXINA – Alto Risco


GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 3.1.1 Digitálicos (C01AA05).

INDICAÇÃO: Insuficiência cardíaca, especificamente indicado quando a


insuficiência cardíaca é acompanhada por fibrilhação auricular. Arritmias
supraventriculares, particularmente flutter e fibrilhação auricular crónicos.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampolas – 0,25mg em mL. Parentérica: IV
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Se pode administrar directamente ou diluir a dose prescrita num volume de SF
ou SG5% pelo menos 4 vezes superior, para evitar a precipitação da digoxina.
Administrar lentamente em pelo menos 5min.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 50-250mL de SF ou SG5% e administrar em 15-
30min. Esta solução é estável 48h à temperatura ambiente.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Contem álcool etílico como excipiente.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Digoxina. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
DrugDex® system. Thomson Micromedex® Healthcare series. Acceso Internet. Consultado
18/09/2009. Página BOT on line consultada día 18/09/2009.

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DINITRATO DE ISOSSORBIDO
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 3.5.1 Antianginosos (C01DA08).

INDICAÇÃO: Alívio agudo da angina pectoris; profilaxia em situações propensas


ao surgimento de ataques de angina; profilaxia e gestão, a longo prazo, da
angina pectoris.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Isoket, ampolas –10mg em 10mL. Parentérica: IV
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: NÃO

INFUSÃO CONTINUA: SIM


A solução 0,1% (1mL contém 1mg de DNI) pode ser administrada diluída ou não
diluída por infusão contínua, através de seringa perfusora, sob monotorização
cardiovascular. A solução diluída é de utilização imediata, e pode ter uma
concentração de 0,01% (5 ampolas de DNI em 450mL de SG5%), ou de 0,02%
(10 ampolas de DNI em 400mL de SG5%).

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SG5%.

OBSERVAÇÕES: Usar imediatamente após diluição.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Dinitrato de Isossorbido. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
DrugDex® system. Thomson Micromedex® Healthcare series. Acceso Internet. Consultado
18/09/2009. Página BOT on line consultada día 18/09/2009.

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DOBUTAMINA – Alto Risco


GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 3.3 Simpaticomiméticos (C01CA07).

INDICAÇÃO: Doentes adultos que necessitem de suporte inotrópico no


tratamento da insuficiência cardíaca associada a enfarte do miocárdio, cirurgia
cardíaca, miocardiopatias, choque séptico e choque cardiogénico.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola – 250mg em 20mL. Parentérica: IV
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: NÃO

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Diluir em 500mL de SF ou SG5%. A concentração máxima é de 5mg/mL (= 1
ampola de 250mg em 50mL). Recomenda-se empregar bombas de infusão. A
velocidade e duração de perfusão ajustam-se de acordo a resposta clínica. Deve
reduzir a dose da dobutamina de forma paulatina e nunca bruscamente. Esta
solução é estável 12h à temperatura ambiente ou 24h no frigorífico.

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Contém matabissulfito como excipiente. As soluções podem


apresentar uma cor rosa pálida devido a ligeira oxidação do produto, sem perda
significativa de potência durante o período de armazenamento recomendado.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Inotrex. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

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DOPAMINA – Alto Risco


GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 3.3 Simpaticomiméticos (C01CA04).

INDICAÇÃO: Correcção dos desequilíbrios hemodinâmicos que se verificam no


choque devido a enfarte do miocárdio, traumatismo, septicémia endotóxica,
cirurgia cardíaca, insuficiência renal e descompensação cardíaca crónica, como
se verifica na insuficiência congestiva refractária.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampolas – 200mg em 5mL. Parentérica: IV
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a ampola em 250-500mL de SF ou SG5% obtendo-se respectivamente
uma concentração de 800 ou 400mcg/mL. Administrar à velocidade prescrita,
por uma via central sempre com bomba perfusora. Se não for possível utilizar
um sistema de gotejo e controlar o ritmo de administração, calculando as
gotas/min. A solução de dopamina em SF ou SG5% é estável 24h à temperatura
ambiente.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Ver ponto anterior.

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Contém bissulfito sódico. Não se devem administrar as


preparações deste medicamento que apresentem coloração, pois isso indica que
há alterações da dopamina. Evitar possíveis extravasamentos já que é irritante,
e no caso de ocorrer administrar nas primeiras 12h, na área afectada (seringa
hipodérmica), 5-10mg fentolamina diluída em 10-15mL de SF.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Cordodopa Forte. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Em Thomson Micromedex® Healthcare series. Acesso internet. Consultado em
11/03/2010.

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DOXICICLINA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.6 Cloranfenicol e tetraciclinas (J01AA02).

INDICAÇÃO: Tratamento de infecções provocadas por estirpes de bactérias


Gram positivas e negativas sensíveis.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampolas – 100mg em 5mL. Parentérica: IV
Armazenar no frigorífico e proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO RECOMENDADO


Quando imprescindível deve diluir-se a ampola com 10-20 mL de SF ou água
para injectáveis e administrar muito lentamente (pelo menos 2min por cada
100mg).

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 100-250mL de SF ou SG5%. Proteger da luz.
Administrar em pelo menos 60min. Esta solução é estável 48h à temperatura
ambiente e 72h no frigorífico.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Evitar o extravasamento, já que é muito irritante. Doxiciclina é


uma solução amarelo-dourada que pode escurecer durante o armazenamento. A
potência do produto, contudo, não é afectada negativamente. Outras vias de
administração possíveis são a intrapericárdica e intrapleural.
A passagem da via IV à via oral deve realizar-se o mais rápido quanto a situação
clínica do doente o permita.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Doxiciclina. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Em Thomson Micromedex® Healthcare series. Acesso internet. Consultado em
11/03/2010.

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ERITROMICINA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.8 Macrólidos (J01FA01).

INDICAÇÃO: Tratamento de infecções causadas por estirpes sensíveis de


Streptococcus pyogenes, S. pneumoniae, Haemophilus influenzae, Bordetella
pertussis, Mycoplasma pneumoniae, S. Aureus (durante o tratamento poderá
emergir resistência) e como coadjuvante da antitoxina usada no tratamento de
diifteria causada por Corynebacterium diphtheriae.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco – 1000mg. Parentérica: IV
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir o frasco com 20mL de água para injectáveis. (Não usar SF, nem
outros dissolventes) Esta solução é estável durante 14 dias no frigorífico ou
24h à temperatura ambiente.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 100-250mL de SF, para obter uma concentração de 1
a 5mg/mL. Administrar em 20-60min. A solução de eritromicina em SF é estável
8h à temperatura ambiente e 24h no frigorífico.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO RECOMENDADO


Diluir a dose prescrita em SF para obter uma concentração de eritromicina de
1mg/mL. A solução de eritromicina em SF é estável 8h à temperatura ambiente e
24h no frigorífico.

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF.

OBSERVAÇÕES: A diluição deve realizar-se em frascos de vidro ou em


minibolsas de plástico adequado. Contém como excipiente álcool benzílico.
A passagem da via IV à via oral deve realizar-se o mais rápido quanto a situação
clínica do doente o permita.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Eritromicina. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Em Thomson Micromedex® Healthcare series. Acesso internet. Consultado em
11/03/2010.

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ERTAPENEM
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.4 Carbapenemes (J01DH03).

INDICAÇÃO: Tratamento de infecções intra-abdominais, pneumonia adquirida


na comunidade, infecções ginecológicas agudas e infecções da pele e tecidos
moles do pé diabético. Profilaxia da infecção da ferida cirúrgica após cirurgia
colorectal electiva.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco –1000mg. Parentérica: IV

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir com 10mL de água para injectáveis ou SF. A concentração final
da solução é de 100mg/mL. Agitar bem para dissolver.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 50mL de SF e administrar em 30min. Esta solução é
física e quimicamente estável durante 6h a temperatura ambiente ou durante
24h no frigorífico. Uma vez fora do frigorífico as soluções devem utilizar-se
dentro das 4h seguintes.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: SIM


Reconstituir o frasco com 3,2mL de lidocaína 1% e administrar mediante uma
injecção IM profunda. Não deve passar mais de 1h desde a reconstituição até à
sua administração.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF.

OBSERVAÇÕES: As soluções de ertapenem variam desde incolores a amarelo


pálido. Incompatível com SG5%.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Ertapenem. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Em Thomson Micromedex® Healthcare series. Acesso internet. Consultado em
11/03/2010.

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ESTREPTOMICINA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.7 Aminoglicosídeos (J01GA01).

INDICAÇÃO: Tuberculose muito bacilífera ou em casos de resistência a outros


tuberculostáticos e, sempre, em poliquimioterapia; brucelose; tularémia; peste.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco – 1g. Parentérica: IM e IV

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir o frasco com 4mL de água para injectáveis. Esta solução é
estável durante 5 dias no frigorífico, ainda que não seja recomendável do
ponto de vista microbiológico utiliza-lo depois de 24h da reconstituição.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: NÃO RECOMENDADO


Diluir a dose prescrita em 100mL de SF ou SG5% e administrar em 30min (na
endocardite). Esta solução é estável por 24h.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: SIM


Administração IM profunda. Alternar os pontos de injecção para diminuir a
irritação.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Outras vias de administração possíveis são a intra-raquidiana


(a dose deve estar dissolvida numa solução isotónica e numa concentração final
de 10%.) e a oral (dissolver o conteúdo do frasco em água e administrar em 2 ou
3 tomas).

REFERENCIAS:
Ficha técnica Estreptomicina. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Em Thomson Micromedex® Healthcare series. Acesso internet. Consultado em
11/03/2010.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 65
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FENITOÍNA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 2.6 Antiepilépticos e anticonvulsivantes (N03AB02).

INDICAÇÃO: Controlo do estado epiléptico do tipo tónico-clónico; prevenção e


tratamento das convulsões que ocorrem durante ou após neurocirurgia; tratamento de
arritmias auriculares ou ventriculares associadas à intoxicação por digitálicos.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampolas - 250 mg em 5mL. Parentérica: IV

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Muito lentamente. A velocidade de administração não deve superar os
50mg/min. Depois da administração recomenda-se lavar a via com 10-30mL de
SF, para assim diminuir a irritação venosa local, dado o pH alcalino da solução.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a ampola em 25–250mL de SF para obter uma concentração de fenitoína
de 1-10mg/mL (fora destas concentrações, a solução pode precipitar).
Administrar em pelo menos 5-10min. A velocidade máxima é de 50mg/min no
adulto, 25mg/min na criança e idoso, e 1-3mg/Kg/min no recém-nascido. Se
aconselha a administrar SF antes e depois da infusão, através do mesmo cateter
ou agulha, para evitar a irritação venosa local e diminuir a possibilidade de
precipitação no equipamento. A solução de fenitoína em SF é estável 2h à
temperatura ambiente.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: NÃO RECOMENDADO


A absorção por esta via é lenta e errática.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF.

OBSERVAÇÕES: As ampolas de fenitoína contêm cerca de 10% de etanol. As


soluções preparadas são de uso imediato, já que se podem formar cristais de
fenitoína em 20-30 min. Incompatível com SG5%.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Fenítoina. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Em Thomson Micromedex® Healthcare series. Acesso internet. Consultado em
11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 66
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FENOBARBITAL (Psicotrópico)
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 2.6 Antiepilépticos e anticonvulsivantes (N03AA02).

INDICAÇÃO: Prevenção de tremores parciais, que passam ou não


secundariamente a generalizados, epilepsia generalizada e convulsões febris na
infância.
Indução da glucoronil transferase hepática no aumento da conjugação da
bilirrubina, reduzindo a severidade da toxicidade da bilirrubina não conjugada,
em recém-nascidos com icterícia ou no síndroma de Gilbert.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampolas - 200mg em 1mL. Parentérica: IM e IV
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Diluir a dose prescrita em 10mL de água para injectáveis (a proporção deve
estar entre 0,25mL e 1mL da ampola de fenobarbital para 10mL de água para
injectáveis). Esta preparação extemporânea deverá administrar-se dentro de
30min depois da diluição. O ritmo de administração não será superior a
50mg/min (crianças) ou 60mg/min (adultos).

INFUSÃO INTERMITENTE: NÃO

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: SIM


Administração lenta, limitada a 5mL e a um único local. É a via de eleição.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: Água para injectáveis.

OBSERVAÇÕES: Contém cerca de 10% do volume de álcool como excipiente.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Fenobarbital. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

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FENTANIL – Alto Risco (Estupefaciente)


GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 2.12 Analgésicos estupefacientes (N01AH02).

INDICAÇÃO: Utilização como agente de indução da anestesia, ou como


analgésico narcótico na anestesia geral, bem como adjuvante da anestesia
regional e para as intervenções cirúrgicas de curta e de longa duração.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampolas – 0,5mg em 5mL. Parentérica: IM e IV
Ampolas – 0,5mg em 10mL.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar lentamente em pelo menos 1min. Depois de aberta a ampola deve
ser de uso imediato.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 100-500mL de SF ou SG5%. Administrar segundo
prescrição de anestesia.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Diluir a dose prescrita em 100-1000mL de SF ou SG5%. Administrar segundo
prescrição de anestesia. A solução de fentanil em SF e SG5% é estável durante
48h à temperatura ambiente.

INJECÇÃO IM: SIM

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Também pode administra-se por via epidural.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Fentanil. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Em Thomson Micromedex® Healthcare series. Acesso internet. Consultado em
11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010.

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FERRO III, polimero carboximaltose


GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 4.1.1 Compostos de ferro (B03AC).

INDICAÇÃO: Tratamento da deficiência em ferro, quando as formulações orais


de ferro não são eficazes ou não podem ser utilizadas.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ferinject, ampolas – 100mg/2mL. Parentérica: IV
Ferinject, ampolas – 500mg/10mL.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Durante uma sessão de hemodiálises sem diluir directamente no braço venoso
do dialisador ou mediante perfusão no sistema de venoclisis. A dose única
máxima é de 4mL (200mg de ferro). Repetir até 3 vezes por semana.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir 100-200mg de ferro em 50mL SF e administrar em 2-3min. Diluir 200-
500mg de ferro em 100mL SF e administrar em 6min. Diluir 500-1000mg de ferro
em 250mL SF e infundir em 15min. A estabilidade desta solução em SF é de 4h
à temperatura ambiente.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF.

OBSERVAÇÕES: O extravasamento da solução de administração poderá


produzir una descoloração castanha e irritação da pele. No caso de derrame
deve parar-se imediatamente a administração.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Ferinject. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 69
Guia de Administração de Medicamentos por Via Parenteral
Serviços Farmacêuticos / Serviços de Pneumologia/Alergologia e Medicina – CHUC, Coimbra. 2012

FERRO III, hidróxido dextrano


GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 4.1.1 Compostos de ferro (B03AC06).

INDICAÇÃO: Tratamento da deficiência em ferro, em adultos, quando as preparações


de ferro oral não podem ser usadas ou sejam pouco eficazes em terapêutica oral;
necessidade clínica de aporte rápido de ferro.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Cosmofer, ampolas – 100mg em 2mL. Parentérica: IV e IM
Cosmofer, ampolas – 200mg em 5mL.
Cosmofer, ampolas – 500mg em 10mL.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar 100-200mg de ferro (2-5mL) lentamente (0,2mL/min.) preferencialmente
diluída em 10-20mL de SF ou SG5%. Antes da injecção IV lenta, devem ser injectados
25mg de ferro durante 1-2min. Caso não ocorram reacções adversas em 15min, a
restante dose pode ser administrada. Dose a repetir 2 a 3 vezes por semana.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir 100-200mg de ferro (2-4mL) em 100mL de SF ou SG5%. Os primeiros 25mL
devem ser perfundidos em 15min. Se durante esse tempo não ocorrerem reacções
adversas, a restante porção da solução de perfusão deve ser administrada numa taxa
de perfusão não superior a 100mL em 30min. As doses até 20mg/kg (em 500mL SF ou
SG5%) devem ser dadas em 4-6h. As soluções de diluição devem usar-se de imediato,
mas tem estabilidade de 24h no frigorífico.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Ver ponto anterior.

INJECÇÃO IM: SIM


Injecção profunda abdomino-glútea de solução não diluída (1 ampola de 2mL). Agulha
entre 5-6cm. Exercer pressão com o dedo sobre a pele no local da punção. Manter
pressão ≈1min. Após a injecção o doente deve movimentar-se.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES:

REFERENCIAS:
Ficha técnica Ferro hidróxido dextrano. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 70
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Serviços Farmacêuticos / Serviços de Pneumologia/Alergologia e Medicina – CHUC, Coimbra. 2012

FERRO III, hidróxido sacarosado


GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 4.1.1 Compostos de ferro (B03AC02).

INDICAÇÃO: Tratamento da deficiência funcional em ferro, durante a


terapêutica com eritropoietina; tratamento da deficiência em ferro ou em todas as
situações que necessitem de uma substituição rápida e segura de ferro. Só deve
ser administrado após confirmação da indicação através de análises
apropriadas.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Venofer, ampolas – 100mg em 5mL. Parentérica: IV

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar lentamente, sem diluir, a uma velocidade máxima de 20mg/min.
(1mL/min), sem exceder 2 ampolas por injecção 2 a 3 vezes por semana.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


É a via de eleição (< risco de hipotensão e extravasamento). Diluir apenas com
SF até uma concentração mínima de 1mg/mL (1 ampola em 100mL). Os
primeiros 25mg de ferro (25mL da solução diluída) funcionam como dose de
prova e devem ser perfundidos durante 15min. Se não ocorrer nenhuma reacção
adversa, deverá administrar-se o resto da perfusão a uma velocidade <3mg/min.
Dose máxima 500mg em 500mL de SF a correr durante 3,5h. As soluções de
diluição devem ser de uso imediato, sob ponto de vista microbiológico, mas
estável 12h à temperatura ambiente.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF. Não se dispõe de dados de estabilidade em


SG5%.

OBSERVAÇÕES:

REFERENCIAS:
Ficha técnica Ferro sacarosado. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 71
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FIBRINOGÉNIO HUMANO - Hemoderivado


GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 4.4.2 Hemostáticos (B02BB).

INDICAÇÃO: Terapêutica e profilaxia de diáteses hemorrágicas em casos de:


hipofibrinogenémia, disfibrinogenémia e afibrinogenémia congénitas;
hipofibrinogenémia adquirida por perturbações da síntese em afecções graves
do parênquima hepático, aumento da perda ou consumo intravascular elevado
devido a coagulação intravascular disseminada e hiperfibrinólise

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco – 1g. Parentérica: IV

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir cada frasco com 50mL de água para injectável, até obter uma
concentração final de 20mg/mL. A reconstituição completa obtém-se ao fim
de 5-10min e a solução fica de incolor a amarela ou ligeiramente
opalescente. Evitar a agitação energética, já que dá lugar à formação de
espuma.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Infundir lentamente a solução de reconstituição por via IV, a uma velocidade não
superior a 5mL/min. Deve ser usado de imediato.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Ver ponto anterior.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: Informação indisponível.

OBSERVAÇÕES:

REFERENCIAS:
Ficha técnica Haemocomplettan. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

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FITOMENADIONA (VITAMINA K1)


GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 4.4.2 Hemostáticos (B02BA01).

INDICAÇÃO: Hemorragia ou risco de hemorragia resultante de


hipoprotrombinémia grave de origem diversa; profilaxia e tratamento da doença
hemorrágica do recém-nascido.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Kanakion, amp - 10mg em 1mL. Parentérica:
Kanakion, ped amp - 2mg em 0,2mL.
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar 1-2 ampolas lentamente pelo menos durante 30seg (<1 mg/min), 3h
mais tarde, monitorizar níveis de protrombina. Se necessário repetir dose. Não
administrar mais de 40mg em 24h. Via indicada para hemorragias graves com
risco mortal, por ex. durante a terapia anticoagulante.

INFUSÃO INTERMITENTE: NÃO

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: SIM


Via indicada em caso de hemorragias menos graves ou tendência para a
hemorragia. Esta via não deve usar-se em doentes sob tratamento
anticoagulante, dado que tem características “depot” e a libertação contínua de
vitamina K1 pode dificultar a reintrodução da terapia anticoagulante. Nestes
doentes a via IM pode produzir hematomas.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Se pode administrar por via oral. Se as ampolas se


apresentam turvas ou com separação de fases, rejeita-las de imediato.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Fitomenadiona. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 73
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FLUCLOXACILINA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.1.3 Isoxazolilpenicilinas (J01CF05).

INDICAÇÃO: Tratamento de endocardites e septicémia, em especial a


septicemia estafilocócica; profilaxia na cirurgia cardiovascular e ortopédica, pelo
potencial patogénico dominante dos estafilococos durante estes procedimentos
cirúrgicos.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola – 500mg em 2mL. Parentérica: IV

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir com 2mL de água para injectáveis, deve usar-se de imediato.
Mas é estável 2h à temperatura ambiente ou 24h no frigorífico. Agitar até
completa dissolução.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Diluir cada 500mg com 10mL de SF e administrar lentamente, em 3-4 min.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 50-100mL de SF e administrar lentamente em 30-60
min. Esta solução é estável 24h à temperatura ambiente ou 72h no frigorífico.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: SIM


Reconstituir a ampola com 2mL de água para injectáveis ou lidocaína a 1%, a
estabilidade é de 30 min. à temperatura ambiente.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, G5%.

OBSERVAÇÕES: Para administração. intrapleural deve-se reconstituir 500mg


com 5-10mL de água para injectáveis, e para a via intra-articular reconstituir só
com 2-4mL de água para injectáveis ou lidocaína 0,5%.
A passagem da via IV à via oral deve realizar-se o mais rápido quanto a situação
clínica do doente o permita.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Floxapen. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

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FLUCONAZOL
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.2 Antifúngicos (J02AC01).

INDICAÇÃO: Criptococose (em hospedeiros comuns, doentes com SIDA,


transplantados ou com outras causas de imunossupressão), candidíase
sistémica, candidíase das mucosas, candidíase genital, dermatomicoses, micose
endémica de localização profunda em doentes imunocompetentes, prevenção de
infecções fúngicas nos doentes oncológicos

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frascos – 100mg em 50mL. Parentérica: IV

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Administrar a uma velocidade que não exceda os 10mL/min. Cada frasco de 100
mg pode administrar-se em 30min.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: não aplicável.

OBSERVAÇÕES: A passagem da via IV à via oral deve realizar-se o mais


rápido quanto a situação clínica do doente o permita.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Fluconazol. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.

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Data da actualização: 12/03/2012 75
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FUROSEMIDA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 3.4.1.2 Diuréticos da ansa (C03CA01).

INDICAÇÃO: Em situações em que seja necessária uma diurese rápida e eficaz


quando a administração oral não seja viável ou seja ineficaz.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola – 20mg em 2mL. Parentérica: IV
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar lentamente: 20-40mg em 1-2min. A ampola deve ser usada
imediatamente depois da sua abertura.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 50-250mL de SF ou SG5%. Administrar lentamente,
sem ultrapassar os 4mg/min. Na insuficiência renal grave (clearance de
creatinina <10mL/min) não exceder os 2,5 mg/min.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Para a administração de doses elevadas (> 250mg). Diluir em 250-500mL de SF
ou SG5% e administrar à velocidade prescrita. A solução de furosemida em SF é
estável durante 7 dias e em SG5% durante 24h à temperatura ambiente
protegida da luz.

INJECÇÃO IM: SIM


Utilizar só quando a via IV não está disponível.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Não utilizar as soluções que apresentem uma coloração


amarela.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Furosemida. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

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Data da actualização: 12/03/2012 76
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GANCICLOVIR
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.3.2 Outros antivíricos (J05AB06).

INDICAÇÃO: Tratamento e prevenção de infecções por citomegalovírus (CMV)


ameaçadores da vida ou da visão em indivíduos imunocomprometidos,
transplantados ou submetidos a terapêutica imunossupressora.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco – 500mg em 10mL. Parentérica:

RECONSTITUIÇÃO:
Em câmara de fluxo laminar vertical: reconstituir com 10mL de água para
injectáveis. Não utilizar água com parabenos, que podem causar
precipitação. A solução reconstituída é estável durante 12h à temperatura
ambiente.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 100mL de SF ou SG5% (concentração máxima
10mg/mL). Administrar em 60min. As soluções de ganciclovir em SF ou SG5%
com as concentrações de 1-5mg/mL são estáveis 24h à temperatura ambiente e
5 dias no frigorífico, protegidas da luz.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Evitar a ingestão, inalação ou contacto com a pele ou


membranas mucosas, tanto no doente como no pessoal manipulador. Se o
ganciclovir entra em contacto com a pele, lavar a zona afectada com abundante
água e sabão. Se entra em contacto com os olhos, enxugar com água durante
pelo menos 15min.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Ganciclovir. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

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GENTAMICINA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.7 Aminoglicosídeos (J01GB03).

INDICAÇÃO: Tratamento de infecções causadas por estirpes sensíveis de Ps.


aeruginosa, Proteus sp. (indol-positivos e indol-negativos), E. coli, Klebsiella-
Enterobacter-Serratia sp., Citrobacter sp., Providencia sp., Staphylococcus sp.
(coagulase-positivos e coagulase-negativos, incluindo estirpes resistentes à
penicilina e à metilcilina) e Neisseria gonorrhoeae.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco/ ampola – 80mg em 2mL. Parentérica: IV

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 50-200mL de SF ou SG5% para obter uma
concentração <1mg/mL. Administrar em 30-60min. A solução de gentamicina em
SF ou SG5% é estável 24h à temperatura ambiente.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO RECOMENDADO


Agrava a toxicidade renal sem aumento da eficácia.

INJECÇÃO IM: SIM

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Controlo da eficácia e toxicidade dependente de


monitorização sérica de pico e vale, segundo protocolo do hospital.
Em caso de monitorizar-se os níveis plasmáticos é muito importante ser
rigorosos com os tempos e ritmos de administração do antibiótico, assim como
com o registo dos horários de colheitas do pico e do vale.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Grifols 20%. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 78
Guia de Administração de Medicamentos por Via Parenteral
Serviços Farmacêuticos / Serviços de Pneumologia/Alergologia e Medicina – CHUC, Coimbra. 2012

GLUCAGON – Alto Risco


GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 8.4.3 Glucagom (H04AA01).

INDICAÇÃO: Tratamento de reacções hipoglicémicas graves, que podem


ocorrer durante o tratamento de diabéticos tratados com insulina; inibidor da
motilidade nos exames do tracto gastrointestinal.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


GlucaGen Hypokit, seringa pré- Parentérica: IM, IV e SC
carregada - 1mg (1UI) de glucagon em
1,1mL de água para injectáveis.
Armazenar no frigorífico e proteger da
luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir o frasco com a água para injectáveis. Agitar suavamente até
completa dissolução do glucagon. A solução reconstituída deverá ter um
aspecto claro e incolor. Administrar imediatamente após a sua reconstituição
e desperdiçar o remanescente.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Usada em procedimentos diagnósticos: Administrar lentamente em 1min. Início
de acção imediata, após injecção. A acção dura 5-20min, dependendo da dose.
É de uso imediato. Desperdiçar porções remanescentes.

INFUSÃO INTERMITENTE: NÃO

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: SIM


O efeito começa aos 5-15min após a injecção, com uma duração de acção de
10-40min, dependendo da dose.

INJECÇÃO SC: SIM

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: não se aplica.

OBSERVAÇÕES: Este medicamento não deve ser congelado. Se apresentar


aspecto viscoso ou material insolúvel, deve desperdiçar-se.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Glucagon. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 79
Guia de Administração de Medicamentos por Via Parenteral
Serviços Farmacêuticos / Serviços de Pneumologia/Alergologia e Medicina – CHUC, Coimbra. 2012

GLUCONATO DE CÁLCIO
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 12.2.1 Cálcio (B05BB01).

INDICAÇÃO: Tratamento da hipocalcémia sintomática em fase aguda.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampolas 10% -1g em 10mL. Parentérica: IV
(1 amp <> 4,65mEq de cálcio)
(1mL <> 0,46 mEq cálcio).

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar muito lentamente, sem ultrapassar a velocidade de administração
máxima recomendada de 0,7-1,8mEq cálcio/min (não deve ultrapassar os 2
mL/min). A administração rápida pode produzir vasodilatação, hipotensão,
bradicardia, arritmias cardiacas, síncope e paragem cardiaca.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 100mL SF ou SG5% e administrar em 15–30min. Não
se dispõe de informação quanto à estabilidade do gluconato de cálcio em
solução, por isso é de uso imediato.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Diluir a dose prescrita em 500-1000mL de SF ou SG5%. Administrar em 24h.
Não ultrapassar as 36h de perfusão continua.

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: É muito irritante, evitar extravasamentos porque poderá dar


lugar a necrose.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Gluconato Ca. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 80
Guia de Administração de Medicamentos por Via Parenteral
Serviços Farmacêuticos / Serviços de Pneumologia/Alergologia e Medicina – CHUC, Coimbra. 2012

HALOPERIDOL
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 2.9.2 Antipsicóticos (N05AD01).

INDICAÇÃO: Tratamento básico e tratamento de episódios psicóticos de


natureza esquizofrénica; tratamento de deterioração aguda de esquizofrenia
resistente a terapêutica e de agitação psicomotora de origem psicótica.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola – 5mg em 1mL. Parentérica: IM e IV
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar lentamente, em pelo menos 1min por cada 5mg. Administrar
directamente ou diluído com 5mL de água para injectáveis ou SG5%.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 50-100mL de SG5% e administrar em 30min.
A solução de haloperidol em SG5% é estável durante 7 dias à temperatura
ambiente.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Diluir a dose em 100-500mL de SG5%.

INJECÇÃO IM: SIM


Via preferencial. Administrar no músculo glúteo. Se recomenda não administrar
mais de 3mL por injecção.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SG5%. Incompatível com SF nas concentrações


altas (>1mg/mL).

OBSERVAÇÕES

REFERENCIAS:
Ficha técnica Haloperidol. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 81
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HEPARINA - Alto Risco


GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 4.3.1.1 Heparinas (B01AB01).

INDICAÇÃO: Tratamento de trombose venosa, embolismo pulmonar e trombose


arterial, entre outras; prevenção de acidentes tromboembólicos venosos e arteriais;
circuito extra-corporal, diálise, heparinização dos circuitos de infusão. Casos especiais:
estados de desfribrinação atribuídos a coagulação intravascular disseminada, sob
vigilância médica.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco – 25.00UI em 5mL. Parentérica: IV e SC
Fibrilin, frasco - 100UI em 5mL.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Diluir a dose prescrita em 25-50mL de SF ou SG5% e administrar a uma velocidade não
superior a 2.000UI/min.
O Fibrilin é apenas para injectar directamente no cateter venoso e arterial, em doentes
hospitalizados. Lavar o cateter com SF antes e depois da administração, para evitar
mistura da heparina com medicamentos administrados pela mesma via.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 50-100mL de SF ou SG5% e infundir a uma velocidade não
superior a 1.000UI/min. A solução de heparina é estável durante 24h à temperatura
ambiente.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


É a via de eleição. Diluir a dose prescrita em 500-1.000mL de SF ou SG5%. Se
recomenda administrar com bomba de infusão.

INJECÇÃO IM: NÃO

INJECÇÃO SC (profunda): SIM


Administrar na crista ilíaca ou na região abdominal sub-diafragmática.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES

REFERENCIAS:
Ficha técnica Heparina sódica. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 82
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HIDROCORTISONA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 8.2.2 Glucocorticóides (H02AB09).

INDICAÇÃO: Qualquer estado para o qual é necessário um efeito


corticosteróide rápido e intenso, como doenças endócrinas, do colagénio,
dermatológicas, gastrointestinais, respiratórias e estados alérgicos. Em
situações de emergência, está indicada como tratamento do choque secundário
devido a insuficiência adrenocortical, ou choque que não responde à terapia
convencional quando pode existir insuficiência adrenocortical.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola – 100mg em 2mL. Parentérica: IM e IV
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir com a ampola de 1mL de água para injectáveis. A solução
obtida é estável durante 24h no frigorífico.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar a dose prescrita lentamente em 3-5min.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em SF ou SG5% para obter uma concentração inferior a
1mg/mL. Velocidade máxima de administração é de 25mg/min. Uso imediato.
Não se dispõe de dados de estabilidade em solução.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Diluir a dose prescrita em SF ou SG5% para obter uma concentração inferior a
1mg/mL. Uso imediato. Não se dispõe de dados de estabilidade em solução.

INJECÇÃO IM: SIM

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Se pode administrar por via intra-articular e intratecal.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Hidrocortisona. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
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IMIPENEM / CILASTATINA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.4 Carbapenemes (J01DH51).

INDICAÇÃO: Infecções por organismos sensíveis, tais como pneumonia


nosocomial ou pneumonia complicada adquirida na comunidade, infecções intra-
abdominais complicadas, infecções genito-urinárias complicadas, infecções
complicadas da pele e dos tecidos moles.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco – 500mg/500mg em 10mL. Parentérica: IV

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir o frasco com 10mL de SF ou SG5%. Esta solução é estável 4h à
temperatura ambiente e 24h no frigorífico.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 100mL de SF ou SG5%. Administrar 500mg em 20-
30min e 1g em 40-60min. A solução de imipenem em SF e SG5% é 4 h à
temperatura ambiente e 24h no frigorífico.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO RECOMENDADO


No entanto, em caso de infecções graves deve ser administrado em tempos de
infusão prolongada de 3h em cada administração.

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Pode-se aumentar a eficácia do fármaco se for aumentado


em 40% o tempo de infusão. Se o doente apresentar náuseas durante
administração, deve-se diminuir a velocidade de infusão.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Imipenem/Cilastatina. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
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IMUNOGLOBULINA HUMANA INESPECIFICA (IV) –


Hemoderivado
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 18.3 Imunoglobulinas (J06BA02).

INDICAÇÃO: Na terapéutica de substituição como: SIP, agamaglobulinémia e


hipogamglobulinémia congénita, ICV, síndrome de Wiskott Aldrich, Mieloma ou leucemia
crónica com hipogamaglobulinémia grave, crianças com SIDA; ainda na
imunomodelação como na PTI, síndrome de Guillain-Barré, Doença de Kawasaki; e
transplante de medula óssea alogénico.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco de 5% - 5g em 100mL. Parentérica: IV
Frasco de 5% - 10g em 200mL.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.
Proteger da luz.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Administrar a uma velocidade inicial de 0,6-1,2mL/Kg/h (15 gotas/min) durante
30min, e se a tolerância for adequada, pode-se aumentar gradualmente - 1,2-
1,5mL/min. (25 gotas/min) durante os 15 min, até um máximo de 2,4mL/Kg/h (40
gotas/min) em mais 15min. Se bem tolerado pode terminar-se com a velocidade
máxima de 3,0mL/min (50 gotas/min).

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: não se aplica.

OBSERVAÇÕES: Uma velocidade de infusão demasiadamente rápida pode


produzir vermelhidão, alteração no pulso, pressão arterial, febre e calafrios.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Octagam. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.

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IMUNOGLOBULINA HUMANA INESPECÍFICA (SC) –


Hemoderivado
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 18.3 Imunoglobulinas (J06BA01).

INDICAÇÃO: Terapia de substituição em adultos e crianças, nas síndromas de


imunodeficiência primária tais como: agama e hipogamglobulinémia e congénita;
imunodeficiência comum variável; imunodeficiência combinada grave; deficiência em subclasses
de IgG com infecções recorrentes.
Terapia de substituição no mieloma ou leucemia linfocítica crónica com hipogamaglobulinémia
grave secundária e infecções recorrentes.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco - 1600 mg em 10mL. Parentérica: SC
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa. Conservar no frigorífico a ampola original. Não congelar.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO


Não se deve administrar por via intravascular. Se acidentalmente se injectar num vaso
sanguíneo, podería dar lugar a um choque anafiláctico.

INFUSÃO INTERMITENTE E CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: NÃO


Não deve ser administrada intramuscularmente em caso de trombocitopenia grave nem
em outras patologias da hemostasia.

INJECÇÃO SC: SIM


Deve ser administrada por via subcutânea. É uma solução pronta para uso e que
deve administrar-se à temperatura corporal. Pode ser administrada no domicílio
mediante o uso de uma bomba perfusora portátil e injecções subcutâneas de
gammaglobulina. A velocidade de infusão recomendada é de 22mL/hora. Deve ser
administrada preferencialmente na parede abdominal, musculo e/ou nádegas. Não se
deve injectar mais de 15mL no mesmo ponto. Doses mais altas devem ser divididas em
2 ou mais lugares.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: não precisa.

OBSERVAÇÕES: Previa à auto-administração domiciliária o doente e/ou familiar deve


ser ensinado durante 6-8 semanas, onde se instruirá sobre o uso da bomba de
perfusão, técnicas de perfusão, constituir um diário do tratamento e das medidas a
tomar em caso de reacções adversas graves.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Imunoglobulina sc. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.

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LABETALOL – Alto Risco (AUE)


GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 3.4.4.2.3 Bloqueadores beta e alfa (C07AG01).

INDICAÇÃO: Tratamento da hipertensão induzida pela gravidez que está


associada com a pré-eclampsia. Também é utilizado para tratar a hipertensão
crónica e aguda do feocromocitoma e da crise hipertensiva.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Trandate, ampola - 100mg em 20mL. Parentérica: IV
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar lentamente, 10mL (50mg) da ampola durante 1min pelo menos. A
dose pode-se repetir a intervalos de 5min até obter a resposta desejada, mas
sem ultrapassar a dose máxima de 200mg. A ampola deve se utilizar
imediatamente depois de aberta.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir o conteúdo de 2 ampolas (200mg) em SF ou SG5% até completar um
volume de 200mL, obtendo uma concentração de 1mg/mL. Infundir a dose
prescrita a uma velocidade de 2mL (2mg) por min até obter a resposta desejada,
depois interromper a infusão. Não ultrapassar a dose máxima de 300mg (3
amp). A solução depois de diluída é estável a 24h à temperatura ambiente.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Diluir o conteúdo de 2 ampolas (400mg) com SF ou SG5% até completar um
volume de 50mL da seringa, obtendo uma concentração de 4mg/mL. Depois por
a correr a em de perfusão até obter a resposta desejada. A solução depois de
diluída é estável a 24h à temperatura ambiente.

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Evitar colocar o doente na posição ortostática dentro das 3h


seguintes à administração, devido ao perigo de hipotenção ortostática.

REFERENCIAS:
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

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LEVETIRACETAM
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 2.6 Antiepilépticos e anticonvulsivantes (N03AX14).

INDICAÇÃO: Tratamento adjuvante no início das convulsões com ou sem


generalização secundária em adultos e crianças> 4 anos de idade, com
epilepsia. Via alternativa na impossibilidade de administração oral.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco - 500mg em 5mL. Parentérica: IV

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose (até 1500mg) em 100mL de SF ou SG5%. Administrar em perfusão
intravenosa de 15min. É fisicamente compatível e quimicamente estável durante
pelo menos 24h, conservado em sacos de PVC à temperatura ambiente.
Contudo do ponto de vista microbiológico, deveria utilizar-se imediatamente
depois da sua diluição.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: A conversão da via de administração oral em intravenosa, e


vice-versa, pode fazer-se directamente sem modificar a dose e/ou frequência.
Não se tem experiência na administração intravenosa por um período superior a
4 dias. Cada frasco contém 7,196mg de sódio. Deve-se ter em conta os doentes
com restrição sódica.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Keppra. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.

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LEVOFLOXACINA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.10 Quinolonas (J01MA12).

INDICAÇÃO: Tratamento das seguintes infecções: pneumonia adquirida na


comunidade; infecções complicadas do tracto urinário, incluindo pielonefrite; da
pele e tecidos moles e prostatite bacteriana crónica.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco - 500mg em 100mL. Parentérica: IV
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


A solução para infusão só está indicada para infusão intravenosa lenta. O tempo
de infusão deverá ser no mínimo de 60 min (ver observação 1).

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Durante a infusão pode desencadear-se uma diminuição da


pressão sanguínea. Em casos raros, pode produzir-se um colapso circulatorio
como consequência de uma descida acentuada da pressão sanguínea. Se isso
acontecer deve interromper-se a infusão da solução.
A solução para infusão deve utilizar-se imediatamente (num prazo de 3h) após a
perfuração do frasco. A levofloxacina diluída em SF ou SG5% é estável durante
72h à temperatura ambiente, 14 dias a 5ºC e 6 meses congelado a -20ºC, se
manipulada em CFL. Não deve misturar-se com heparina ou soluções alcalinas
(ex. bicarbonato sódio).
A passagem da via IV à via oral deve realizar-se o mais rápido quanto a situação
clínica do doente o permita.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Levofloxacina. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 89
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LEVOMEPROMAZINA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 2.9.2 Antipsicóticos (N05AA02).

INDICAÇÃO: Tratamento da esquizofrenia especialmente quando é desejada


uma redução da actividade psicomotora. Também no tratamento da dor crónica
isolada ou associada a analgésicos.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampolas - 25mg em 1mL. Parentérica: IM
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO RECOMENDADO


Risco de hipotenção severa. Deve-se diluir num volume igual de SF e
administrar muito lentamente em casos excepcionais.

INFUSÃO INTERMITENTE: NÃO RECOMENDADO


Não se dispõe de informação, ponto anterior.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: SIM


Quando se tenha que administrar muitas doses, recomenda-se uma rotação do
lugar da injecção.

INJECÇÃO SC: NÃO RECOMENDADO


Pode ser irritante.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: Não se dispõe de informação.

OBSERVAÇÕES: A quando da administração das primeiras doses o doente


deve permanecer sentado, com o fim de evitar hipotensão, tonturas e desmaios.
Contém sulfitos como excipiente, pelo que não deve ser administrado em
doentes com historial asmático.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Levomepromazina. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 90
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Serviços Farmacêuticos / Serviços de Pneumologia/Alergologia e Medicina – CHUC, Coimbra. 2012

LEVOTIROXINA – (AUE)
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 8.3 Hormonas da tiróide e antitiroideus (H03AA01).

INDICAÇÃO: Tratamento de hipotiroidismo e supressão da TSH hipofisária.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco - 500mcg. Parentérica: IM e IV
Conservar no frigorífico entre 2-8ºC, e
proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir o frasco de 500mcg com 5mL de SF, obtêm-se uma solução
com 0,1mg/mL. Agitar enérgicamente e verificar que está bem dissolvido.
Uma vez preparado retirar a dose e administrar imediatamente. Esta solução
é estável 48h se armazenado entre 2-8ºC e protegido da luz.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


É a vía de administração de eleição. Administrar lentamente em 1-2 min. Não
misturar com outros soros ou líquidos de infusão.

INFUSÃO INTERMITENTE: NÃO

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Mas às vezes é preferível dar em perfusão contínua diluindo a ampola
reconstituída (500mcg) em 50mL de NaCl 0,9%.

INJECÇÃO IM: NÃO RECOMENDADO


A absorção por esta via é variável.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF (não usar SG5%)

OBSERVAÇÕES: A vía IV é a mais adecuada para o tratamento do coma


mixedematoso agudo. O efeito terapêutico pode ocorrer ao fim de 6-8h,
conseguindo-se o efeito máximo às 24h. Para este tratamento também pode
empregar-se a Liotironina Sódica (T3), por sonda nasogástrica ou via
intravenosa.

REFERENCIAS:
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 91
Guia de Administração de Medicamentos por Via Parenteral
Serviços Farmacêuticos / Serviços de Pneumologia/Alergologia e Medicina – CHUC, Coimbra. 2012

LIDOCAÍNA CLORIDRATO – Alto Risco


GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 2.2 Anestésicos locais (N01BB02).

INDICAÇÃO: Anestesia local ou regional, analgesia e bloqueio neuromuscular


de grau variável anteriormente às intervenções cirúrgicas, dentais ou parto
obstétrico.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco - 20mL a 1% (10mg em 1mL). Parentérica: IM e IV
Frasco- 20mL a 2% (20mg em 1mL).
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Para o tratamento inicial de arritmias cardiacas segundo protocolo médico. Em
general recomenda-se a administração de 100mg. Utilizar exclusivamente as
ampolas de Lidocaina 1% e 2% (sem norepinefrina).

INFUSÃO INTERMITENTE - CONTINUA: SIM


Podem-se preparar três diluições: de 2, 4 e 8mg/mL em SG5%.
Estas soluções são estáveis 24h à temperatura ambiente. Recomendando-se
empregar a bomba de infusão para a sua administração.

INJECÇÃO IM: SIM


Utiliza-se la vía IM para o tratamento de arritmias ventriculares. Também como
solução de diluição de outros fármacos para posterior administração por esta via.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: A lidocaina também se utiliza como anestésico local só ou


associada a norepinefrina. A lidocaína 5% hiperbárica deve-se administrar
exclusivamente por via intratecal.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Lidocaína. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 92
Guia de Administração de Medicamentos por Via Parenteral
Serviços Farmacêuticos / Serviços de Pneumologia/Alergologia e Medicina – CHUC, Coimbra. 2012

LINEZOLIDA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.11 Outros antibacterianos (J01XX08).

INDICAÇÃO: Tratamento de pneumonia nosocomial, pneumonia adquirida na


comunidade, infecções complicadas da pele e tecidos moles. Linezolida não é
activo contra infecções causadas por agentes patogénicos Gram negativos.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Zevoxid, saco - 600mg em 300mL. Parentérica: IV
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


A solução para perfusão IV deve administrar-se em 30-120min. O saco depois
de aberto deve ser usado de imediato e proteger da luz no decurso da infusão.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Não utilizar estas bolsas em conexões em série. Depois da


abertura devem ser usadas imediatamente.
Não administrar outros medicamentos pela mesma via (incompatível com
anfotericina B, clorpromazina, diazepam, eritromicina, cotrimoxazol).
A passagem da via IV à via oral deve realizar-se o mais rápido quanto a situação
clínica do doente o permita.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Linezolide. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 93
Guia de Administração de Medicamentos por Via Parenteral
Serviços Farmacêuticos / Serviços de Pneumologia/Alergologia e Medicina – CHUC, Coimbra. 2012

MEROPENEM
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.4 Carbapenemes (J01DH02).

INDICAÇÃO: Tratamento de doentes com pneumonia, infecções


broncopulmonares na fibrose quística; complicadas das vias urinárias, intra-
abdominais e da pele e tecidos moles, meningite bacteriana aguda. Ainda em
doentes neutropénicos com febre com suspeita de se encontrar associada a
infecção bacteriana.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco – 500mg. Parentérica: IM e IV
Frasco – 1g.
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir o frasco com 10mL e 20mL de água para injectáveis, no caso de
frascos de 500 e 1g, respectivamente.
Uma vez reconstituido é estável 3h à temperatura ambiente e 48h no
frigorífico.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar lentamente em bólus o frasco reconstituído durante cerca de 5min.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Pode diluir-se a dose em 250mL de SF ou SG5% (concentrações entre 1 e
20mg/mL) e administrar em 15-30min. Estabilidade da solução é de 6h à
temperatura ambiente e 24h no frigorífico.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO RECOMENDADO


No entanto, em caso de infecções graves deve ser administrado em tempos de
infusão prolongada de 3h em cada administração.

INJECÇÃO IM: NÃO RECOMENDADO


Administrar em forma de injecção IM profunda.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES

REFERENCIAS:
Ficha técnica Meropenem. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 94
Guia de Administração de Medicamentos por Via Parenteral
Serviços Farmacêuticos / Serviços de Pneumologia/Alergologia e Medicina – CHUC, Coimbra. 2012

MESNA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 17. Medicamentos usados no tratamento
de intoxicações (V03AF01).

INDICAÇÃO: Agente profilático na redução da incidência de cistites


hemorrágicas induzidas por oxazafosforinas (ifosfamida, ciclofosfamida,
trofosfamida).

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampolas – 400mg em 2mL. Parentérica: IV

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Diluir a ampola com 8mL de SF e administrar em 3-5min. Após abertura da
ampola deve-se usar de imediato.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Administrar a dose prescrita em 15-30 min, após dilução com SF ou SG5%
numa concentração de 20mg/mL, ou seja diluir: 200mg em 8mL; 400 mg em
16mL; 800 mg em 32mL e 1.600 mg em 64mL. As soluções a uma concentração
de 20mg/mL, são estáveis 24h à temperatura ambiente.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO RECOMENDADO


Em caso de necessidade diluir até 1000mL SF ou SG5%.

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Pode misturar-se com o mesmo soro que tem ifosfamida ou


ciclofosfamida e administrar em forma de infusão intermitente durante um tempo
de 30min a 2h. A solução é estável 24h à temperatura ambiente. Também se
pode dar por via oral, e neste caso ingere-se o dobro da dose parenteral. Pode
ser dissolvido com sumos de fruta.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Mesna. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 95
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METAMIZOL MAGNÉSICO
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 2.10 Analgésicos e antipiréticos (N02BB).

INDICAÇÃO: Dor aguda no período pós-operatório ou pós-traumático. Dores


espasmódicas. Febre alta que não responde a outras terapêuticas antipiréticas.
Dor tumoral.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola - 2g em 5mL. Parentérica: IM e IV
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO


Em caso de necessidade, administrar a dose prescrita durante pelo menos 5
min. Se recomenda diluir previamente com 50mL de SF ou SG5%. Se a
administração IV se realizar a uma velocidade mais elevada, pode aparecer uma
sensação de calor ou tontura, palpitações, naúseas e outros efeitos indesejáveis,
como hipotensão e choque.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 50-100mL de SF ou SG5%. Administrar em 20-60 min.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Diluir a dose prescrita em 500-1000mL de SF ou SG5%.

INJECÇÃO IM: SIM


Administrar a dose prescrita em forma de injecção IM profunda e lenta, em pelo
menos 3min.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: As ampolas podem administrar-se via oral dissolvidas em


água ou sumo. Ter em conta que as ampolas são de 2g e as cápsulas de 575
mg (1ampola ≈ 4 cápsulas).
Administração parenteral deve ser feita com o doente em decúbito sob vigilância
médica.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Metamizol. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 96
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METILPREDNISOLONA SUCCINATO
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 8.2.2 Glucocorticóides (H02AB04).

INDICAÇÃO: É um potente esteróide anti-inflamatório que excede a


prednisolona em poder anti-inflamatório, tendo uma tendência inferior à
prednisolona para induzir a retenção de sódio e água.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampolas - 40, 125 e 500mg. Parentérica: IM e IV; entre outras
Frascos - 1 e 2g.
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir cada frasco com o conteúdo da ampola de dissolução. A
estabilidade é de 48h à temperatura ambiente.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Em casos urgentes pode administrar-se a dose prescrita em pelo menos 1min,
preferivelmente deve ser em 5min. Não ultrapassar a dose de 500mg. A
administração de doses superiores a 500mg num tempo inferior a 10min parece
levar ao aparecimento de arritmias cardíacas e colapso circulatório.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 50-100mL de SF ou SG5% e administrar em 10-20
min. Em casos de emergência as doses altas (de 30mg/Kg) devem administrar-
se em pelo menos 30min. A solução diluída é estável 24h à temperatura
ambiente.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Diluir a dose prescrita em 500-1000mL de SF ou SG5%. A solução diluída é
estável 24h à temperatura ambiente.

INJECÇÃO IM: SIM

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Também se administra vía intraarticular, intrapleural,


intraperitoneal, intratecal.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Metilprednisolona. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

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METOCLOPRAMIDA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 2.7 Antieméticos e antivertiginosos e 6.3.1
Modificadores da motilidade gástrica ou procinéticos (A03FA01).

INDICAÇÃO: Náuseas e vómitos de diferente origem, perturbações da


motilidade digestiva (como dispepsia, soluços, dores epigástricas, esvaziamento
gástrico retardado, refluxo gastroesofágico, discinesia biliar. E preparação para a
realização de exames ao tubo digestivo.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampolas - 10mg em 2mL. Parentérica: IM e IV
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar lentamente uma ampola de 10mg em pelo menos 1-2min. Após
abertura da ampola usar de imediato.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Para doses > 10 mg diluir em 50-100mL de SF ou SG5%. Infundir em 15-30min.
As soluções são estáveis 24h à temperatura ambiente e 48h no friogorifico e
protegidas da luz.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Diluir a dose prescrita em SF ou SG5%. As soluções são estáveis 24h à
temperatura ambiente e 48h no frigorifíco e protegidas da luz.

INJECÇÃO IM: SIM


Administrar a dose prescrita (1 amp/8h) en forma de injecção IM profunda.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Não usar soluções coloridas. Suspender o tratamento quando


suspeita de sintomas extrapiramidais, discenesia tardia (movimentos
involuntários da cara, olhos ou lábios), ou síndrome neuroléptico maligno (febre).

REFERENCIAS:
Ficha técnica Metoclopramida. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

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METRONIDAZOL
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.11 Outros antibacterianos e 1.4.3
Outros antiparasitários (J01XD01).

INDICAÇÃO: Profilaxia e tratamento de infecções provocadas por


microorganismos anaeróbios (protozoários e bactérias) sensíveis ao
metronidazol. E no tratamento de abcesso cerebral e abcesso amebiano;
bacteriémia e endocardite por anaeróbios; pneumonia de aspiração e abcesso
pulmonar e infecções intra-abdominais.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco - 500mg em 100mL. Parentérica: IV
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Pode administrar-se o frasco de 500mg em 100mL directamente, mas sempre
em pelo menos em 20 min. É de uso imediato.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Infundir a dose prescrita a uma velocidade de 5mL/min: 500mg em 20 min, 1g
numa 1h. É de uso imediato.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO RECOMENDADO

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES

REFERENCIAS:
Ficha técnica Metronidazol. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
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MICOFENOLATO MOFETILO
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 16.3 Imunomoduladores (L04AA06).

INDICAÇÃO: Prevenção da rejeição de um rim, coração ou fígado transplantados. É


utilizado em associação com ciclosporina e corticosteróides (outros medicamentos
utilizados para prevenir a rejeição de órgãos).

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


®
CellCept , frasco - 500 mg. Parentérica: IV

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir o conteúdo de cada frasco com 14mL de SG5%. Agitar suavemente
para dissolver o medicamento, produz-se uma solução ligeiramente amarelada.
Rejeitar a solução se forem observadas partículas ou alterações de cor. O volume
final é de 15mL.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


É necessária uma diluição posterior do frasco reconstituído com SG5% para alcançar a
concentração final de 6mg/mL:
Volume da sol. Volume da sol. para Volume total
Dose (mg)
reconstituída (mL) diluição (mL) (mL)
1000 30 140 170
500 15 70 85
250 7,5 35 42,5

A velocidade de perfusão deve ser controlada para cobrir um período de 2h de


administração. A solução de perfusão deve ser administrada dentro de 3h após a sua
reconstituição e diluição.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SG5%.

OBSERVAÇÕES: Manter a solução diluída entre 15-30ºC. Após administração


parenteral pode aparecer flebites e tromboses. Em caso de contacto com a pele e
mucosas, deve lavar-se a parte afectada abundantemente com a água e sabão; os
olhos devem enxaguar-se com água corrente.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Cellcept. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010.

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MIDAZOLAM - Alto Risco


GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 2.9.1 Ansiolíticos, sedativos e hipnóticos
(N05CD08).

INDICAÇÃO: Indutor do sono de acção curta que está indicado: na sedação


consciente antes e durante procedimentos de diagnóstico ou terapêuticos com ou sem
anestesia local, pré-medicação antes da indução da anestesia, indução da anestesia e
sedação em unidades de cuidados intensivos.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola - 15mg em 3 mL. Parentérica: IM, IV e rectal
Frasco - 50mg em 10mL.
Proteger de la luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar em forma de injecção IV lenta (1mg/30seg). Esta vía de administração se
utiliza na sedação anterior ao inicio da intervenção diagnóstica ou cirúrgica,
administrando 5-10min antes uma dose de 0,05mg/kg. A dose de manutenção é 25% da
dose inicial. Na inducção anestésica, também se injecta lentamente em 20-30seg e a
dose habitual é de 0,3mg/kg de peso.

INFUSÃO INTERMITENTE: NÃO RECOMENDADO


Não se recomenda o uso desta via.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Diluir em SF ou SG5% para obter concentrações de 1-2mg/mL. As soluções de 1
ampola em 500mL são estáveis por 24h à temperatura ambiente.

INJECÇÃO IM: SIM


Administrar por injecção IM profunda numa zona de grande massa muscular. Esta vía
de administração se utiliza na sedação pré-operatória.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: A solução de ampola de midazolam após mistura na mesma


seringa com: atropina, escopolamina, morfina ou petidina é estável até ao máximo de 1h
à temperatura ambiente. É possível administração rectal da solução, mediante um
aplicador de plástico fixado no extremo da seringa. Se o volume administrar é pequeno
pode juntar-se água para injetáveis até um volume total de 10mL.A dose total deve-se
administrar de uma só vez para evitar administração rectal repetida. Também pode ser
dado por via nasal.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Midazolam. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

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MORFINA – Alto Risco (Estupefaciente)


GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 2.12 Analgésicos estupefacientes (N02AA01).

INDICAÇÃO: As acções fundamentais da morfina são a analgesia e o sono-


hipnoanalgesia. Daí estar indicada nos processos dolorosos de intensidade severa
como: dor no pós-operatório imediato, dor em doenças crónicas malignas, dor no
enfarte do miocárdio e dispneia associada a insuficiência ventricular esquerda e edema
pulmonar.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola 1% - 10 mg em 1mL. Parentérica: IM, IV e SC.
Intratecal e epidural.
RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar a dose prescrita muito lentamente. Diluir a dose em 4-5mL de água para
injectáveis ou SF antes de administrar. A administração rápida aumenta o risco de
aparição de efeitos secundários (depressão respiratória, apneia, hipotenção). É de uso
imediato. Desperdiçar a porção não utilizada.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 50-100mL de SF ou SG5%. Administrar em 15-30min. É de
uso imediato. Desperdiçar a porção não utilizada.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Diluir a dose prescrita em 500-1000mL de SF ou SG5%. Administrar inicialmente a um
ritmo de 0,8-10mg/h, podendo incrementar-se em função da resposta. É de uso
imediato. Desperdiçar a porção não utilizada.

INJECÇÃO IM: SIM


Esta vía é preferivel à vía subcutânea, quando se tem que administrar doses repetidas.
Embora a absorção seja mais irregular e a duração de acção menor que a da vía sc.

INJECÇÃO SC: SIM


A absorção é mais lenta que por vía IM, mas a analgesia pode ser mais constante e
duradoura. Pode produzir irratação tecidular.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: A preparação sem conservantes também se pode administrar por


via epidural e intratecal.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Morfina 1%. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

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NALOXONA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 17. Medicamentos usados no tratamento
de intoxicações (V03AB15).

INDICAÇÃO: Na reversão parcial ou total dos efeitos provocados a nível do


Sistema Nervoso Central (SNC), particularmente a depressão respiratória
causada por opiáceos naturais ou sintéticos.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Naloxone, ampola – 0,4mg em 1mL. Parentérica: IM, IV e SC
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Na intoxicação por opiáceos se administram de 0,4-2mg, senão se obtém
resultado pode-se repetir a dose a intervalos de 2-3 min. Administrar lentamente,
em pelo menos 1min.

INFUSÃO INTERMITENTE / CONTINUA: SIM


Diluir a ampola em 100-500mL de SF ou SG5% e infundir segundo as
necessidades. A solução é estável 24h à temperatura ambiente.

INJECÇÃO IM: SIM


Senão for possível usar a via IV ou se é necessária uma dose adicional no pós-
operatório.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Pode ser administrada via SC. Também já foi usada por via
umbilical para o tratamento de privação por opiáceos em recém-nacidos, e pelo
tubo endotraqueal em situações de urgência em que não se dispõe de accesso
venoso.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Naloxona. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 103
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NORADRENALINA (NOREPINEFRINA) - Alto Risco


GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 3.3 Simpaticomiméticos (C01CA03).

INDICAÇÃO: Utiliza-se no restabelecimento de emergência de tensão arterial


em situações de hipotensão aguda. Adjuvante no tratamento de paragem
cardíaca e hipotensão profunda.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Noradrenalina bitartarato 1mg/mL é Parentérica: IV
equivalente a 0,5mg/mL de noradrenalina
base.
Ampola - 1mg em 1mL.
Ampola- 5mg em 10mL.
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE - CONTINUA: SIM


Diluir o conteúdo de 1 ampola em 250mL, 500mL ou 1.000mL de SG5%.
No tratamento da hipotenção inicia-se a administração com uma velocidade de
0,1mcg/kg por minuto, e ajusta-se o ritmo de administração em função da
resposta e dos valores de pressão sanguínea. Deve usar-se sempre bombas de
infusão para a administração deste fármaco.

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SG5%.

OBSERVAÇÕES: Deve-se procurar evitar o extravasamento porque pode


produzir necrose local. Se este ocorrer deve-se infiltrar nas primeiras 12h em
toda a área afectada (com seringa hipodérmica) com 5-10mg de fentolamina
dissolvida em 10-15mL de SF. Não usar as ampolas com cor acastanhada ou
com precipitado. E em terapêuticas prolongadas deve-se mudar periodicamente
o local de injecção. Contém bissulfito como excipiente.Precaução em doentes
asmáticos.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Noradrenalina. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 104
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Serviços Farmacêuticos / Serviços de Pneumologia/Alergologia e Medicina – CHUC, Coimbra. 2012

OCTREOTIDO ACETATO
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 8.1.3 Antagonistas hipofisários (H01CB02).

INDICAÇÃO: Tratamento sintomático e redução dos níveis plasmáticos da hormona


do crescimento e do IGF-1 em doentes com acromegália. Alívio dos sintomas
associados com tumores endócrinos gastroenteropancreáticos funcionais.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola - 0,1mg em 1mL. Parentérica: IV e SC
Conservar no frigorífico, mas pode estar à
temperatura ambiente durante 2 semanas sem
diminuição de actividade. Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO RECOMENDADO


Alguns estudos publicados de tratamento da rotura de varizes esofágica recomendam a
administração de uma primera dose em bolús, seguido de infusão contínua. Na crise
carcinoide, administra-se o conteúdo de ampola sem diluir, em pelo menos 20 seg.

INFUSÃO INTERMITENTE: NÃO RECOMENDADO


Pode diluir-se a dose em 50-200mL de SF ou SG5% e administrar em 15-30 min. A
solução diluída é estável a 48h à temperautra ambiente.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Diluir a dose em 50-200mL de SF ou SG5%. Infundir a uma velocidade de 0,025-
0,05mg/h. A solução diluída é estável a 48h à temperautra ambiente.

INJECÇÃO IM: NÃO

INJECÇÃO SC: SIM


É a via de administração melhor documentada. A dose usual é de 50-100mcg cada 8-
12h por via SC. Recomenda-se que a solução alcance a temperatura ambiente antes da
sua injecção, para reduzir a dor no local da injecção. Deve-se evitar injecções múltiplas
em intervalos curtos de tempo no mesmo lugar.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Para reduzir os efeitos secundários gastrointestinais (naúseas,


diarrea, esteatorreia), recomenda-se a administração 2h antes ou 2h depois da comida
para reduzir os efeitos secundários gastrointestinais.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Octreotido. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 105
Guia de Administração de Medicamentos por Via Parenteral
Serviços Farmacêuticos / Serviços de Pneumologia/Alergologia e Medicina – CHUC, Coimbra. 2012

OMEPRAZOL
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 6.2.2.3 Inibidores da bomba de protões (A02BC01).

INDICAÇÃO: Tratamento de úlceras duodenais e prevenção da sua recidiva, de


úlceras gástricas e sua prevenção e de esofagite de refluxo. Em combinação
com antibióticos adequados, para erradicação do Helicobacter pylori. Tratamento
da síndrome de Zollinger-Ellison.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco - 40mg. Parentérica: IV
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir o frasco com 10mL do solvente que acompanha (solução
especifica). A estabilidade da solução é de 12 horas à temperatura ambiente.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Após reconstituição a injecção deve ser dada lentamente durante um período de
pelo menos 2,5 min, a uma taxa máxima de 4mL/min.

INFUSÃO INTERMITENTE: NÃO

INFUSÃO CONTINUA: NÃO RECOMENDADO


Protocolo da úlcera sangrante: diluir 2 ampolas em 10mL de SF e administrar em
bólus, de seguida diluir 1 ampola em 100mL SF ou SG5% e administrar por
perfusão continua a um ritmo de 8mg/h durante 72h <> 3 dias (5 amp/dia).

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: A passagem da via IV à via oral deve realizar-se o mais


rápido quanto a situação clínica do doente o permita.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Omeprazol. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 106
Guia de Administração de Medicamentos por Via Parenteral
Serviços Farmacêuticos / Serviços de Pneumologia/Alergologia e Medicina – CHUC, Coimbra. 2012

ONDANSETROM
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 2.7 Antieméticos e antivertiginosos (A04AA01).

INDICAÇÃO: No controlo de náuseas e vómitos induzidos pela quimioterapia


citotóxica e pela radioterapia.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola - 8mg em 4mL. Parentérica: IM e IV
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar a dose prescrita em forma de injecção IV lenta em 2-5 min.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 50-100mL de SF ou SG5%. Infundir em 15-30 min.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Diluir a dose prescrita em pelo menos 500mL de SF ou SG5% e administrar em
24h.

INJECÇÃO IM: SIM


Administrar numa zona de ampla massa muscular.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES

REFERENCIAS:
Ficha técnica Ondansetrom. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 107
Guia de Administração de Medicamentos por Via Parenteral
Serviços Farmacêuticos / Serviços de Pneumologia/Alergologia e Medicina – CHUC, Coimbra. 2012

PANTOPRAZOL
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 6.2.2.3 Inibidores da bomba de protões (A02BC01).

INDICAÇÃO: Tratamento de úlceras duodenais e prevenção da sua recidiva, de


úlceras gástricas e sua prevenção e de esofagite de refluxo. Em combinação
com antibióticos adequados, para erradicação do Helicobacter pylori. Tratamento
da síndrome de Zollinger-Ellison.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco - 40mg em 10mL. Parentérica: IV

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir o frasco com 10mL de SF. É estável 12h à temperatura
ambiente.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar directamente o frasco reconstituído (concentração da solução
4mg/mL) em pelo menos 2min.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir o frasco reconstituído em 100mL de SF ou SG5%, e infundir durante 15-30
min. A solução diluída é estável 12h à temperatura ambiente.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Protocolo da úlcera sangrante: diluir 2 ampolas em 10mL de SF e administrar em
bólus, de seguida diluir 1 ampola em 100mL SF ou SG5% e fazer uma infusão
continua a um ritmo de 8mg/h durante 72h <> 3 dias (5 amp/dia).

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF e SG5%.

OBSERVAÇÕES: A passagem da via IV à via oral deve realizar-se o mais


rápido quanto a situação clínica do doente o permita.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Patoprazol. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 108
Guia de Administração de Medicamentos por Via Parenteral
Serviços Farmacêuticos / Serviços de Pneumologia/Alergologia e Medicina – CHUC, Coimbra. 2012

PARACETAMOL
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 2.10 Analgésicos e antipiréticos (N02BE01).

INDICAÇÃO: Tratamento de curta duração, da dor ligeira a moderada,


particularmente após intervenções cirúrgicas. Está também indicado no controlo
da febre, quando a administração endovenosa se justifica clinicamente.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco – 1g em 100mL. Parentérica: IV

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Administrar a solução pronta em pelo menos 15min. Quando é preciso uma dose
menor que 1g pode retirar-se do frasco a dose correspondente e diluir com SF
ou SG5% (concentração final de 1mg/mL). Quando diluído utilizar imediatamente
ou como máximo dentro da hora seguinte (tempo de perfusão incluído).

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Supervisionar cuidadosamente o frasco antes da


administração para verificar a ausência de partículas ou coloração.
O intervalo mínimo entre cada administração deve ser de 4h. A dose máxima
não deve exceder os 4g por dia.
A passagem da via IV à via oral deve realizar-se o mais rápido quanto a situação
clínica do doente o permita.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Paracetamol. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 109
Guia de Administração de Medicamentos por Via Parenteral
Serviços Farmacêuticos / Serviços de Pneumologia/Alergologia e Medicina – CHUC, Coimbra. 2012

PETIDINA – Alto Risco (Estupefaciente)


GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 2.12 Analgésicos estupefacientes (N02AB02).

INDICAÇÃO: Dor moderada a intensa nomeadamente em neoplasias, enfarte do


miocárdio e cirurgia.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola – 50 mg e 100mg em 2 mL. Parentérica: IM, IV e SC
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar a dose prescrita em forma de injecção IV lenta (1-2 min). Para isso,
dissolver com 8mL de SF cada ampola, e assim se obter uma concentração final
de 5 ou 10mg/mL.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita en 50-100mL de SF ou SG5%. Administrar segundo
prescrição médica (exemplo 0,3mg/Kg/hora). A solução diluída é estável 24h à
temperatura ambiente a uma concentração 0,3mg/mL.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Para controlar a dor e como suplemento de anestesia, diluir em 100mL de SF ou
SG5%. Em certas ocasiões, em que é necessário manter o doente sedado,
utiliza-se o chamado "cocktail lítico", que é composto por: petidina,
clorpromazina e prometazina. Administrando-se esta preparação por infusão
contínua, em SF ou SG5%.

INJECÇÃO IM: SIM


Administrar a dose prescrita por injecção IM profunda. É a via de eleição
especialmente em doses múltiplas.

INJECÇÃO SC: SIM


Administração SC repetida é irritante para os tecidos.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES

REFERENCIAS:
Ficha técnica Petidina. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 110
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PIPERACILINA + TAZOBACTAM
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.5 Associações de penicilinas com
inibidores das lactamases beta (J01CR05).

INDICAÇÃO: Indicado para o tratamento de infecções bacterianas moderadas a


graves, sistémicas e/ou locais, nas quais se suspeita ou se detectou que são
devidas a bactérias produtoras de beta-lactamases.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco - 2g/0,25g em 10mL. Parentérica: IV
Frasco - 4g/0,5 g em 20mL.

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir o frasco com água para injectáveis ou SF. Utilizar 10mL para o
frasco de 2/0,25g, e 20mL para o de 4/0,5g. A estabilidade é de 48h no
frigorífico. Sobe o ponto de vista microbiológico não se recomenda guardar
mais de 24h.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO RECOMENDADO


Em caso de necessidade administrar a dose prescrita muito lentamente, no
mínimo durante 3-5 min, para evitar a irritação da veia.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 50-100mL de SG5% ou SF. Administrar em 20-30 min.
Em casos graves em infundir durante 50% do intervalo prescrito. As soluções
diluídas são estáveis 24h à temperatura ambiente e 48h no frigorífico.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Em casos graves poderá usar-se o tempo de perfusão prolongado desde 4h de
infusaõ até ao total do intervalo.

INJECÇÃO IM: NÃO RECOMENDADO


Não se dispõe de informação.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Em situações graves ou micoroorganismos multiresistentes,


deve usar-se infusões prolongadas do antibiótico para aumentar a eficácia. Não
administrar na mesma via que os aminoglicosidos.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Piperacilina+Tazobactam. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 111
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PROMETAZINA – Alto Risco


GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 10.1.1 Anti-histamínicos H 1 sedativos (R06AD02).

INDICAÇÃO: Tratamento sintomático da urticária grave, edema de Quincke e


choque anafiláctico; situações alérgicas em geral; adjuvante à sedação pré-
operatória; enjoo ligado à radioterapia ("doença das radiações").

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola - 50mg em 2mL. Parentérica: IM
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO RECOMENDADO


En casos excepcionais, pode-se administrar muito lentamente 1 ampola diluída
em 10mL de SF em pelo menos 2 min.

INFUSÃO INTERMITENTE: NÃO RECOMENDADO


Diluir a dose prescrita em 50-100mL de SF ou SG5% e administrar em 30-60
min.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO RECOMENDADO


Em certas ocasiões, para manter o doente sedado utiliza-se o chamado "cocktail
lítico", composto por: Petidina, Clorpromazina e Prometazina. Administra-se em
forma de infusão contínua diluído em SF ou SG5%.

INJECÇÃO IM: SIM


É a via de eleicção. Administrar em injecção IM profunda.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: A vía subcutánea pode produzir necrose. Evitar o contacto


com a pele. Não administrar se apresentar precipitado ou coloração escura.
Depois da administração o doente deve permanecer pelo menos 30min em
posição de decúbito dorsal.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Prometazina. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 112
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PROPOFOL - Alto Risco


GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 2.1 Anestésicos gerais (N01AX10).

INDICAÇÃO: É um anestésico geral intravenoso de acção curta, indicado para a:


indução e manutenção de anestesia geral, sedação para procedimentos de diagnóstico
e cirúrgicos, sedação de doentes ventilados em unidade de cuidados intensivos.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola - 200mg em 20mL. Parentérica: IV
Frasco - 500 mg em 50mL.
Seringa 1% e 2% - 500mg e 1g em 50mL.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Injecção em bolus repetidos podendo-se ir administrando fracções de 25-50mg de
acordo com as necessidades clínicas. A velocidade de administração é de 2-4mL cada
10 seg. É de uso imediato, desperdiçar qualquer porção remanescente.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita com SG5% sem exceder a concentração de 2mg/mL (como
mínimo deve utilizar-se 4mL de SG5% para diluir 1mL de Propofol). Usualmente a
velocidade de infusão é de 4-12mg/kg/h. Para a sedação na UCI 1-4mg/Kg/h. Também
pode ser utilizado sem diluir, em infusão controlada por bombas infusora. A solução
diluída é estável por 6h à temperatura ambiente.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Diluir a dose prescrita com SG5% sem exceder a concentração de 2mg/mL (ver ponto
anterior). Nesta situação a velocidade de infusão é de 0,1-0,2mg/kg/minuto. Também
pode ser utilizada sem diluir, utilizando para isso a bomba de perfusão.

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: Unicamente SG5%.

OBSERVAÇÕES: Trata-se de uma emulsão de cor branca. É importante não guardar


no frigorífico e evitar a sua congelação. Agitar a solução antes de usar. Se a mpola
apresenta partículas ou descoloração deve rejeitar-se. Ter em conta que 1mL de
propofol (1%) contém 0,1g de lípidos. O propofol (1 e 2%) contém óleo de soja, não
utilizar em pessoas alérgicas à soja ou ao amendoim. Existe ainda 1 apresentação de
Propofol 200mg em 20mL MCT/LCT.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Propofol. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

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PROPRANOLOL - Alto Risco


GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 3.4.4.2.2 Não selectivos cardíacos (C07AA05).

INDICAÇÃO: Tratamento de emergência de arritmias cardíacas e crises de


tirotoxicose.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola - 1mg em 1mL. Parentérica: IV
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Unicamente no tratamento de urgência de arritmias cardiacas e crises
tirotóxicas. Administrar a dose (usualmente de 0,5 mg a 3mg) de tal modo que a
velocidade não exceda 1mL/min (1mg/min), pode-se repetir aos 2min se for
necessário. A dose máxima recomendada é de 10mg (10mL) em doentes
conscientes e 5mg (5mL) quando anestesiados.

INFUSÃO INTERMITENTE: NÃO RECOMENDADO


Diluir a dose prescrita em 50-100mL de SF e administrar em 10-30min (a uma
velocidade: 1mg em 10-15 min). A solução diluída é estável 24h à temperatura
ambiente.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Deve monitorizar-se a pressão venosa e o electrocardiograma


durante a sua administração. Não injectar se as ampolas apresentarem
coloração ou turbidez.
Se ocorrer uma resposta vagal excessiva, administrar 1-2mg de atropina via IV
para corrigir. Não administrar em doentes com historial prévio de asma bronquial
ou bronco espasmo. Pode provocar hipoglicémia.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Propranolol. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
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PROTAMINA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 17. Medicamentos usados no tratamento
de intoxicações (V03AB14).

INDICAÇÃO: Pode ser usado: no tratamento de sobredosagem ou hemorragia


durante o tratamento com heparina ou heparina de baixo peso molecular
(HBPM), para neutralizar os efeitos anti-coagulantes da heparina ou HBPM
antes da cirurgia, para reverter os efeitos anti-coagulantes da heparina em
procedimentos de by-pass cardiopulmonar.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco - 50mg em 5 mL. Parentérica: IV

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar a dose prescrita na forma de injecção IV lenta, a velocidade deve ser
de 10mg (1mL) em 1-3 min, assim 50mg devem ser administrados em 10min. As
infusões podem dar hipotensão. Em caso de necessidade diluir com 10mL de
SF.

INFUSÃO INTERMITENTE: NÃO RECOMENDADO

INFUSÃO CONTINUA: NÃO RECOMENDADO

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: 1mL de Protamina (10mg) neutraliza aproximadamente


1.400UI de heparina. E 5mL contém 7.000UI anti-heparina de sulfato de
protamina (50 mg).
1mL (10mg) de Sulfato de Protamina neutraliza aproximadamente 1.000UI anti-
Xa de HBPM.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Protamina. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
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Data da actualização: 12/03/2012 115
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RIFAMPICINA – (AUE)
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.12 Antituberculosos (J04AB02).

INDICAÇÃO: É um dos agentes antituberculosos mais conhecidos, e é também


efetivo contra a maioria das bactérias gram-negativas e gram-positivas.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco - 600mg em 10mL. Parentérica: IV

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir o frasco com os 10mL de solvente específico que acompanha a
ampola. Agitar uns 60seg até completa dissolução. Esta solução é estável
por 6h à temperatura ambiente e 12h no frigorífico.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 500mL de SF ou SG5%. Misturar bem e infundir a um
ritmo tal que permita a sua infusão completa num prazo de 3h. As soluções
diluídas devem utilizar-se imediatamente depois da sua preparação (só são
estáveis à temperatura ambiente durante 4h em SG5% e 24h em SF).

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5% (preferencialmente SG5%).

OBSERVAÇÕES: Não pode ser administrado directamente por via intravenosa


sem prévia diluição.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Rifampicina. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

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Data da actualização: 12/03/2012 116
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SALBUTAMOL – Alto Risco


GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 5.1.1.Agonistas adrenérgicos beta (R03AC02).

INDICAÇÃO: Tratamento ou prevenção de broncoespasmo em doentes com


patología obstrutiva reversível das vias aéreas, prevenção de broncoespasmo
induzido por exercício.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola - 5mg em 5mL. Parentérica: IV
Proteger de la luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar muito lentamente. Diluir previamente com 9mL de SF. Repetir se for
necessário.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Pode diluir-se a dose prescrita em 100-500mL de SF ou SG5% de modo a obter
uma concentração de 10mcg/mL e administrar por bomba de perfusão. A
solução diluída é estável 24h à temperatura ambiente.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO RECOMENDADO


Não se dispõe de informação para esta vía.

INJECÇÃO IM: NÃO RECOMENDADO


Repetir cada 4h se for necessário.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Também se pode administrar por vía subcutánea.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Salbutamol. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 117
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SILIBININA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 17. Medicamentos usados no tratamento
das intoxicações (A05BA03).

INDICAÇÃO: Intoxicação pelo cogumelo Amanita phalloides.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Legalon, frasco - 528,5 mg de sustância Parentérica: IV
seca = 350 mg de Silibinina.

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir o conteúdo com 35mL de SF. A solução reconstituída é estável
6h à temperatura ambiente.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO RECOMENDADO


Ver o ponto seguinte.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 100-250mL de SF ou SG5%. Administrar em 2h por
infusão ou em Y.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO RECOMENDADO


Ver o ponto seguinte.

INJECÇÃO IM: NÃO


Não se dispõe de informação.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: A dose recomendada é de 20mg/kg de Silibinina distribuida


em 4 infusões ao dia, de 2 horas cada uma. Deve-se ter controlo estreito sobre o
equilibrio ácido-básico, electrolitico, assim como do balanço hídrico do doente.
Em casos isolados pode aparecer sensação de calor durante a infusão.

REFERENCIAS:
Ficha técnica SIlibilina. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 118
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SULBACTAM – (AUE)
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.11 Outros antibacterianos (J01CG01).

INDICAÇÃO: Tratamento de infecções bacterianas sensíveis que envolvam a


pele e estrutura da pele, infecções intra-abdominais, infecções ginecológicas.
O espectro de acção é similar ao ampicilina mais os mocrorganismos que
produzem beta-lactamases, tais como S. aureus, H. influenzae, E. coli,
Klebsiella, Acinetobacter, Enterobacter, e anaeróbios.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola – 1g. Parentérica: IM e IV

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir a ampola com 4mL de água para injectáveis ou SF.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Após a reconstituição a dose prescrita deve ser administrada durante 3 a 4 min.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluída com 40-100mL de solução de Glucose 5%. A dose deve ser administrada
por infusão durante 15-30 min. Tem 24h de estabilidade após a sua preparação
à temperatura ambiente.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: SIM


Para diminuir a dor, pode usar-se uma solução de reconstitruição 4mL de
lidocaína 0,5%.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: É incompatível com os aminoglicosidos e metronidazol.

REFERENCIAS:
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 119
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SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIM (COTRIMOXAZOL)
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.9 Sulfonamidas e suas associações
(J01EE01).

INDICAÇÃO:

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco 400mg (sulfametoxazol) e 80mg Parentérica: IM e IV
(trimetoprim) em 5mL.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir cada duas ampolas em 250mL de SF ou SG5%. Administrar em 30-60min.
A solução de cotrimoxazol em SF ou SG5% é estável 6h à temperatura
ambiente.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: SIM


Injectar lenta e profundamente.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Não se recomenda ultrapassar os 5 dias de tratamento por via


IM. Contem álcool benzílico como excipiente, pelo que não se deve administrar a
recém-nascidos. Contem metabissulfito sódico como excipiente.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Cotrimoxazol. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 120
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SULFATO DE MAGNÉSIO - Alto Risco


GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 12.2.3 Magnésio (B05XA05).

INDICAÇÃO: Tratamento e prevenção da hipomagnesemia, prevenção e


tratamento de convulsões na pré-eclampsia grave ou eclampsia, nefrite
aguda pediátrica; tratamento de arritmias cardíacas causadas por
hipomagnesemia.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampolas de 20%- 2g em 10mL. Parentérica: IM e IV
(1 amp<> 12mEq de Magnesio)
(1 amp<> 1,22 mEq/mL)
Ampolas de 50%- 5g em 10mL.
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Retirar a dose prescrita da ampola e rejeitar o resto do conteúdo. Administrar em
forma de injecção IV lenta sem exceder 150mg/minuto (1mL/minuto).

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 50-100mL SF ou SG5% e administrar em 30min.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Diluir a dose prescrita em 500-1000mL SF ou SG5%.

INJECÇÃO IM: NÃO RECOMENDADO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: No tratamento da eclampsia e pré-eclampsia administram-se


doses altas.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Sulfato de magnésio. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 121
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SUPLEMENTO MINERAL DE OLIGOELEMENTOS


GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 11.2.2.1 Suplementos minerais (B05BB01).

INDICAÇÃO: Utilizado em nutrição parentérica como fonte de oligoelementos


para doentes adultos.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Tracutil, ampola – 10mL. Parentérica: IV

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir em volumes de 250mL, ou superiores, de SG5% ou SF. A administração
deverá ser feita durante 6 a 8h. Não ultrapassar as 24h de administração. A
solução deve ser administrada imediatamente.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Ver o ponto anterior.

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Não é compatavél soluções de bicarbonato de sódio e


emulsões lipidícas. A degradação da vitamina C nas soluções para perfusão é
acelerada na presença de oligoelementos.

REFERENCIAS:
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 122
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TEICOPLANINA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.11 Outros antibacterianos (J01XA02).

INDICAÇÃO: É uma alternativa à vancomicina no tratamento ou profilaxia de


infecções graves por estafilococos ou outros Gram-positivos, onde outros
medicamentos não podem ser utilizados.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco - 200mg em 3mL. Parentérica: IM e IV

RECONSTITUIÇÃO:
Injectar lentamente os 3mL de água para injectáveis dentro do frasco, fazer
rodar o frasco entre as mãos até à dissolução completa. Evitar a formação de
espuma. Em caso de produzir-se espuma deixar em repouso a solução
durante 15 min. Esta solução é estável 48h à temperatura ambiente e 7 dias
no frigorífico. Sob o ponto de vista microbiológico recomenda-se não guardar
mais de 24h.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar a dose prescrita lentamente, em pelo menos 1min.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 20-50-100mL de SF ou SG5%. Infundir em 20-30 min.
As soluções são estáveis 24h armazenadas no frigorífico.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO RECOMENDADO

INJECÇÃO IM: SIM

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Também se pode administrar por vía intraperitoneal quando o


doente faz diálise peritoneal crónica em ambulatório (DPCA). Estável em
glucosa 1,36% ou 3,86% 24h.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Teicoplanina. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 123
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TERLIPRESSINA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 8.1.2 Lobo posterior da hipófise (H01BA04).

INDICAÇÃO: Tratamento de urgência das hemorragias digestivas por rotura das


varizes esofágicas tratando-se de um tratamento específico. E tratamento de
urgência do Síndrome Hepato-Renal de tipo 1, definida segundo as
características do CIA (Club International de l’Ascite).

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco - 0,85mg em 8,5mL. Parentérica: IV
Proteger da luz

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar com precaução, o extravasamento pode produzir necrose local.

INFUSÃO INTERMITENTE: NÃO

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: Não se dispõe de informação.

OBSERVAÇÕES

REFERENCIAS:
Ficha técnica Terlipressina. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 124
Guia de Administração de Medicamentos por Via Parenteral
Serviços Farmacêuticos / Serviços de Pneumologia/Alergologia e Medicina – CHUC, Coimbra. 2012

TETRACOSACTIDO DEPOT
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 8.1.1 Lobo anterior da hipófise (H01AA02).

INDICAÇÃO: Exacerbações agudas em doentes com esclerose múltipla.


Terapêutica a curto prazo nas patologias para as quais os glucocorticóides estão
geralmente indicados. Em tratamento prolongado de perturbações cutâneas que
apresentam resposta aos glucocorticoides. E ainda como terapêutica adjuvante
para melhoria da tolerabilidade à quimioterapia. Há a sua utilização num teste de
diagnóstico para investigação de insuficiência adrenocortical.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola – 0,25mg em 1mL. Parentérica: IM e IV
Conservar no frigorífico e proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: NÃO

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: SIM

 Para teste diagnóstico (teste das 5 horas):


Administrar a ampola de 1mg depot IM e determinar o cortisol plasmático, imediatamente, antes
da adminostração e e 0,5; 1; 2; 3; 4 e 5 horas após a injecção. Se a função adrenocortical é
normal, o valor base de cortisol no plasma (normalmente > 200nmol/l) duplica na primeira hora e
depois continua a aumentar, lentamente, como se segue:
Tempo nmol/l
1 Hora 600 - 1250
2 Hora 750 - 1500
3 Hora 800 - 1550
4 Hora 950 - 1650
5 Hora 1000 - 1800

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: Não se dispõe de informação.

OBSERVAÇÕES

REFERENCIAS:
Ficha técnica Tetracosatido depot. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 125
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TETRACOSACTIDO – (AUE)
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 8.1.1 Lobo anterior da hipófise (H01AA02).

INDICAÇÃO: Utilizado num teste de diagnóstico para investigação de


insuficiência adrenocortical.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola - 0,25mg em 1mL. Parentérica: IM e IV
Proteger da luz. Conservar no frigorífico.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Esta via está indicada para teste diagnóstico como para uso terapêutico.
Para teste diagnóstico, diluir 0,25mg em 2-5mL de SF, administrar em 2 min.

INFUSÃO INTERMITENTE: NÃO RECOMENDADO


Em caso de necessidade diluir a dose prescrita em 500mL de SF ou SG5% e
administrar em 4h.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO RECOMENDADO


Em caso de necessidade diluir a dose prescrita em 500mL de SF ou SG5% e
administrar em 12h.

INJECÇÃO IM: SIM


Esta via está indicada para o teste diagnóstico.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Quando usado para teste diagnóstico deve fazer-se uma


extracção da amostra de sangue, antes da administração e outra 30 min depois.
O tetracosactido administra-se por vía IV directa ou IM, sendo 0,25 mg = 25
unidades. Deve ter-se precaução em doentes com antecedentes de alergia.

REFERENCIAS:
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 126
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TIAMINA (Vitamina B1)


GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 11.3.1.2 Vitaminas hidrossolúveis (A11DA01).

INDICAÇÃO: Tratamento da deficiencia de tiamina, incluindo o beribéri,


encefalopatia de Wernicke, a síndrome de Korsakoff, nevrite associada com a
gravidez ou em doentes alcoólatras; e suplemento dietético.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola - 100mg em 1mL. Parentérica: IM, IV e SC
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar vía IV lenta. Diluir previamente com 10mL de SF. È de uso imediato.

INFUSÃO INTERMITENTE: NÃO RECOMENDADO


Vía de administração pouco documentada.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO RECOMENDADO


Vía de administração pouco documentada.

INJECÇÃO IM: SIM


É a vía de eleicção.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%..

OBSERVAÇÕES: A administração de Tiamina pode produzir reacções de


hipersensibilidade, sobre todo pela vía IV. Estão documentadas reacções
agudas associadas a esta vía, tais como angioedema, depressão respiratoria e
colapso vascular.

REFERENCIAS:
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

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Data da actualização: 12/03/2012 127
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TIAPRIDA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 2.9.2 Antipsicóticos (N05AL03).

INDICAÇÃO: Perturbações do comportamento na abstinência alcoólica:


abstinência alcoólica aguda pós abstinência alcoólica.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola - 100mg em 2mL. Parentérica: IM e IV

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM

INFUSÃO INTERMITENTE: NÃO RECOMENDADO


Não se dispõe de informação.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO RECOMENDADO


Não se dispõe de informação.

INJECÇÃO IM: SIM

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: Não se dispõe de informação.

OBSERVAÇÕES

REFERENCIAS:
Ficha técnica Tiapride. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
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TIGECICLINA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.11 Outros antibacterianos (J01AA12).

INDICAÇÃO: Tratamento de infecções complicadas da pele e suas estruturas e de


infecções intra-abdominais (E. coli, E. faecalis, S. aureus, S. agalactiae, S. anginosus
grp., S. pyogenes, B. fragilis, C. freundii, E. cloacae, K. oxytoca, K. neumoniae, B.
thetaiotaomicron, B. uniformis, B. vulgatus, C. perfringens, e P. micros.)

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Tygacil®, frasco - 50mg. Parentérica: IV

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir com 5,3mL de SF ou SG5% para conseguir uma concentração
de 10mg/mL de tigeciclina. O frasco deve ser agitado vigorosamente até que
se dissolva o princípio activo.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Retirar imediatamente do frasco, 5mL da solução reconstituida e juntá-los a uma
bolsa para perfusão intravenosa de 100mL de SF ou SG5%. Para obtener una
doses de 100mg, devem-se reconstituir os dois frascos e junta-los igualmente à
bolsa de 100mL. Deve ser administrardo por perfusão intravenosa de 30-60 min.
Pode ser administrado por uma vía intravenosa específica ou mediante uma vía
en Y. Se esta via é usada para a administração de outras substâncias activas,
debe-se limpar com SF ou SG5%, antes e depois da infusão de Tigeciclina.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF ou SG5%.

OBSERVAÇÕES: Após reconstiruição, qualquer solução não utilizada deve ser


desperdiçada. O frasco contém um excesso de dose de 6%. Assim, 5mL de solução
reconstituida são equivalentes a 50 mg de princípio activo. A solução reconstituida deve
ser de cor amarela- alaranjada; senão for, deve ser rejeitada. Não administrar ao
mesmo tempo com anfotericina B, clorpromazina, metilprednisolona e voriconazol.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Tigecilina. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 129
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TOBRAMICINA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.7 Aminoglicosídeos (J01GB01).

INDICAÇÃO: Tratamento de infecções causadas por estirpes sensíveis de Ps.


aeruginosa, Proteus sp. (indol-positivos e indol-negativos), E. coli, Klebsiella-
Enterobacter-Serratia sp., Citrobacter sp., Providencia sp., Staphylococcus sp.
(coagulase-positivos e coagulase-negativos, incluindo estirpes resistentes à
penicilina e à metilcilina) e Neisseria gonorrhoeae.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola - 100mg em 2mL. Parentérica: IM e IV

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO RECOMENDADO

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 50-100mL de SF ou SG5%. Administrar em 30-60
min.É estável 24h à temperatura ambiente e 96h no frigorifico.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO


Aumenta a toxicidade renal.

INJECÇÃO IM: SIM


Esta via dá lugar a uma absorção completa e niveis plasmáticos variáveis mas
bons. Não usar em doentes com diátesis hemorrágica, em choque ou com
desidratação severa.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Controlo da eficácia e toxicidade dependente de


monitorização sérica de pico e vale, segundo protocolo do hospital.
Em caso de monitorizar-se os níveis plasmáticos é muito importante ser
rigorosos com os tempos e ritmos de administração do antibiótico, assim como
com o registo dos horários de colheitas do pico e do vale.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Tobramicina. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 130
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TRAMADOL
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 2.12 Analgésicos estupefacientes (N02AX02).

INDICAÇÃO: Tratamento da dor moderada a grave de carácter agudo e crónico


tais como: tumores, estados pós-operatórios, traumatismos e fracturas,
inflamações, problemas circulatórios, enfarte do miocárdio. O tramadol pode ser
utilizado em doentes idosos e em doentes com dificuldades respiratórias, pelo
facto de o cloridrato de tramadol não deprimir o centro respiratório.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola - 100mg em 2mL. Parentérica: IM, IV e SC

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar lentamente em 2-3min. Se pode administrar 50-100mg cada 4-6h.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 50-100mL de SF ou SG5%. Administrar em 30-60 min.
A solução diluída é estável 24h à temperatura ambiente.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Diluir a dose prescrita em 500 mL de SF ou SG5%. O ritmo de infusão adequado
é de 10-20 gotas/min ou 30-60mL/h que equivalem a 12-44mg/h de Tramadol.

INJECÇÃO IM: SIM

INJECÇÃO SC: SIM

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: A dosificação máxima diária em adultos por qualquier vía é de


400mg/día. Também se dispõe de estudos de administração vía epidural.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Tramadol. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 131
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TROPISSETROM
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 2.7 Antieméticos e antivertiginosos (A04AA03).

INDICAÇÃO: Tratamento e prevenção das náuseas e vómitos induzidos pela


quimioterapia oncológica.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola - 5mg em 5mL. Parentérica: IV

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar lentamente, em pelo menos 1min.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 50-100mL de SF ou SG5% e administrar em 15-30
min. A solução diluída é estável 24h no frigorífico.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO RECOMENDADO


Em caso de necessidade diluir a dose em 500mL de SF ou SG5%.

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: As ampolas podem ser dadas em caso de necessidadepor via


oral, diluidas en sumo de laranja ou bebidas gasificada.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Tropisetron. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 132
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TUBERCULINA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 19.4 Meios de diagnóstico não radiológico
(V04CF01).

INDICAÇÃO: Os testes cutáneos de tuberculina são usados para detectar


hipersensibilidade à tuberculoproteina, quando a vacinação do BCG está a ser
considerada ou como uma ajuda para o diagnóstico da tuberculose.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco multidose - 0,0004mg/mL em 1,5mL <>2UT Parentérica: Intradérmica
Frasco multidose – 0,002mg/mL em 1,5mL<>10UT
Armazenar no frigorífico.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: NÃO

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: NÃO

INJECÇÃO INTRADERMICA: SIM


Não se recomenda utilizar o frasco depois de 24h após a primeira extracção.

 Para teste diagnóstico (Teste de Mantoux):


Administra-se uma solução diluída de tuberculina na região anterior do antebraço.
Inicia-se com uma dose de 2UT/0,1mL do derivado proteico purificado (PPD)
administrado intradermicamente. Usa-se uma agulha de calibre 27 de bisel curto, e
seringa de plástico descartável. A leitura faz-se às 48-72 horas e realiza-se em
milímetros (mm). Medindo apenas a zona com induração. Mede-se o diâmetro
transversal da induração do antebraço com o cotovelo ligeiramente flexionado.
Resultados: Induração menor 10mm:Positivo. Induração de 5-10 mm: Intermédio.
Induração menor de 5mm: Negativo.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: Não se dispõe de informação.

OBSERVAÇÕES: Para a prova inicial utilizam-se 2UT/0,1mL, tal como recomendam a


SEPAR, e outros comites de expertos. Em caso de não haver esta dosagem usar
5UT/0,1mL. Cada frasco permite realizar aproximadamente 10 provas.

REFERENCIAS:
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 133
Guia de Administração de Medicamentos por Via Parenteral
Serviços Farmacêuticos / Serviços de Pneumologia/Alergologia e Medicina – CHUC, Coimbra. 2012

VANCOMICINA
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.1.11 Outros antibacterianos (J01XA01).

INDICAÇÃO: Infecções graves, possivelmente com risco de vida, causadas por


microrganismos Gram positivo susceptíveis que não podem ser tratadas com outros
antimicrobianos eficazes e menos tóxicos, tais como as penicilinas e cefalosporinas.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Frasco - 500mg e 1g. Parentérica: IV

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir o frasco com 10mL ou 20mL de água para injectáveis, de acordo com a
dosede 500 e 1g respectivamente. É estável 4 dias armazenado no frigorífico. Sob o
ponto de vista microbiológico não se recomenda guardar mais de 24h.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose de 500mg em pelo menos 100mL de SF ou SG5%, ou a dose de 1g em
pelo menos 200mL SF ou SG5%. Infundir em 60 minutos. A administração demasiado
rápida pode dar lugar ao síndrome do "red man", com diminuição da tensão arterial e
eritema na cara, pescoço, peito, e extremidades superiores. Em caso deste síndrome se
desenvolver deve parar-se a infusão.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Utilizar esta vía unicamente nas situações de elevada gravidade do doente.

INJECÇÃO IM: NÃO


É muito irritante para os tecidos.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES: Evitar o extravasamento durante a sua administração. Nas


infecções intestinais por Clostridium difficile pode administrar-se o conteúdo do frasco
por vía oral.Controlo da eficácia e toxicidade dependente de monitorização sérica de
pico e vale, segundo protocolo do hospital.
Em caso de monitorizar-se os níveis plasmáticos é muito importante ser rigorosos com
os tempos e ritmos de administração do antibiótico, assim como com o registo dos
horários de colheitas do pico e do vale.

REFERENCIAS:
Ficha técnica Vancomicina. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 134
Guia de Administração de Medicamentos por Via Parenteral
Serviços Farmacêuticos / Serviços de Pneumologia/Alergologia e Medicina – CHUC, Coimbra. 2012

VERAPAMILO
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 3.2.4 Bloqueadores da entrada do cálcio
(Classe IV) e 3.4.3 Bloqueadores da entrada do cálcio (C08DA01).

INDICAÇÃO: Perturbações taquicárdicas do ritmo, crises hipertensivas,


insuficiência coronária aguda (espasmos coronários).

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Ampola - 5mg em 2mL. Parentérica: IV
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: SIM


Administrar a dose prescrita muito lentamente, em pelo menos 2min (ou 3min
nos idosos). Para reverção de fibrilação atrial, taquicardia supraventricular
paroxística a dose inicial administra-se num bolus de 2min.

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir ampola em 100-250mL de SF ou SG5%. Administrar em 30-60 min.

INFUSÃO CONTINUA: SIM


Diluir a dose em 500mL de SF ou SG5%.

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%.

OBSERVAÇÕES

REFERENCIAS:
Ficha técnica Verapamilo. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database. Em Thomson Micromedex® Healthcare
series. Acesso internet. Consultado em 11/03/2010. Stabilis 4.0. Acesso internet.
Consultado em 11/03/2010.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 135
Guia de Administração de Medicamentos por Via Parenteral
Serviços Farmacêuticos / Serviços de Pneumologia/Alergologia e Medicina – CHUC, Coimbra. 2012

VORICONAZOL
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 1.2 Antifúngicos (J02AC03).

INDICAÇÃO: Tratamento de aspergilose invasiva, candidemia em doentes não-


neutropênicos, infecções invasivas graves por Candida sp quando há resistencia
ao fluconazol, ou por Scedosporium sp ou Fusarium sp.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Vfend, frasco - 200mg. Parentérica: IV

RECONSTITUIÇÃO:
Reconstituir o frasco com 19mL de água para injectáveis. Recomenda-se
usar una seringa de 20mL para medir exactamente os 19mL. Agitar até
completa dissolução. A concentração obtida será de 10mg/mL. Estável por
24h no frigorífico.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: SIM


Diluir a dose prescrita em 100-250mL de SF ou SG5%, (a concentração final da
solução de perfusão deve ser de 2 a 5 mg/mL de voriconazol). Administrar em 1
a 2h.
Nota: Em caso de necessidade pode diluir-se em mais volume de líquido de
perfusão até concentrações de 0,5mg/mL de voriconazol. A solução diluída é
estável 24h no frigorífico.

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: NÃO

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: SF, SG5%. Incompativel com soluções de


bicarbonato sódio.

OBSERVAÇÕES

REFERENCIAS:
Ficha técnica Voriconazol. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 136
Guia de Administração de Medicamentos por Via Parenteral
Serviços Farmacêuticos / Serviços de Pneumologia/Alergologia e Medicina – CHUC, Coimbra. 2012

ZUCLOPENTIXOL
GRUPO FARMACOLÓGICO (ATC): 2.9.2 Antipsicóticos (N05AF05).

INDICAÇÃO: Tratamento inicial de psicoses agudas incluindo mania e


exacerbações de psicoses crónicas.

APRESENTAÇÃO: VIAS ADMINISTRAÇÃO:


Zuclopentixol decanoato, ampola - 200mg em Parentérica: IM
1mL.
Zuclopentixol, ampola - 50mg em 1mL.
Proteger da luz.

RECONSTITUIÇÃO:
Não precisa.

ADMINISTRAÇÃO

INJECÇÃO IV DIRECTA: NÃO

INFUSÃO INTERMITENTE: NÃO

INFUSÃO CONTINUA: NÃO

INJECÇÃO IM: SIM


As formas depot podem-se administrar uma vez cada 2-4 semanas. A dose
máxima recomendada é de 3mL por semana.
A forma de acetato pode ser administrada na dose de 50-150 mg cada 2-3 dias
se necessário.

SOLUÇÕES COMPATIVEIS: Não se dispõe de informação.

OBSERVAÇÕES

REFERENCIAS:
Ficha técnica Zuclopentixol. BOT acesso internet. Consultado em 07/02/2012.
Trissel's™2 Clinical Pharmaceutics Database.

Autores e Revisores: Doutora Marília João Rocha e Drª Eunice Cunha (mrocha810@gmail.com)
Data da actualização: 12/03/2012 137

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