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Operação de Estação de Tratamento de Esgoto PDF
Operação de Estação de Tratamento de Esgoto PDF
DIRETORIA DE PRODUÇÃO
OPERAÇÃO DE ESTAÇÃO DE
TRATAMENTO DE ESGOTO
Participação:
P-GET / P-GTE / E-GSH / PR-GG / P/SLE
Apoio:
A-GDP
GERÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL
MANUAL DE OPERAÇÃO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO
CAPITULO 1
A questão ambiental vem merecendo, a cada dia, maior interesse das nações, em todo o
Planeta. Isto porque, o desenvolvimento do mundo moderno evidencia que os recursos
naturais não estão sendo suficientes para atender a demanda do sistema econômico e
também, por outro lado, o meio ambiente tem se mostrado limitado para absorver os
resíduos e rejeitos gerados.
Ao se verificar a demografia da Terra, Tabela 1, fica evidente que uma das razões para a
natureza não vir atendendo a demanda do sistema econômico deve-se a alta taxa de
crescimento populacional. Esse crescimento apresenta uma face mais perversa ao retratar
que os países mais pobres apresentam as mais altas taxas de crescimento populacional.
Em outras palavras, isto representa dizer que a desigualdade econômica existente entre os
Um dos mais importantes recursos naturais da Terra trata-se da água. Ela exerce notável
influência sobre todas as formas de vida no planeta. Pode ser definida de várias maneiras,
dependendo do ângulo de observação. Para os químicos, ela é um composto inorgânico
formado por duas moléculas de hidrogênio e uma de oxigênio. Para os físicos, ela é a única
substância que, a temperatura normal, se apresenta na natureza nos três estados físicos
(sólido, liquido e gasoso). Para os biólogos, ela é a substância responsável pela existência e
manutenção de vida. Sem ela não haveriam as condições necessárias para a existência se
quer de uma espécie. Para os teólogos, a água é uma dádiva de Deus, que purifica,
abençoa, nutre e proporciona aos indivíduos o pão da vida. Para os sanitaristas, ela é um
recurso natural renovável e estocável, a qual está contida na atmosfera, em formações
rochosas, em depósitos subterrâneos, além de fazer parte do solo, dos animais, das plantas
e dos minérios. Para a legisladores brasileiros, a água é um bem público de uso comum,
não suscetível de direito de propriedade. Para os economistas, a água é um recurso natural
renovável, porém limitado e escasso, de grande valor econômico, pelo menos em termos de
valor de uso.
Embora dois terços da superfície do planeta Terra sejam formados por esse composto
químico, a água, em condições de ser utilizada para o abastecimento público, representa-se
um bem escasso. A água doce é um percentual muito baixo em relação ao total existente no
globo, cerca de 3%. Destes, cerca de 2/3 formam as placas polares. Outra parte é de difícil
aproveitamento, pois encontra-se no subsolo a grandes profundidades. Certo é que a água
de rios, lagos e subterrânea aproveitáveis representam apenas 0,03% do total dos recursos
hídricos da Terra. A figura 1, abaixo, facilita o entendimento dessa situação.
O tratamento dispensado aos recursos hídricos deve merecer esforço de todas as nações
para não ocorrerem graves problemas de escassez e poluição. Um dos grandes problemas
nesse aspecto prende-se a distribuição irregular desse bem no globo terrestre.
Outro aspecto relevante a ser mencionado, quando se procura uma abordagem sintética
sobre a gestão dos recursos hídricos, trata-se do conceito de bacia hidrográfica. A bacia
hidrográfica representa a delimitação de toda uma região que contribua para um dado corpo
d’água. No gerenciamento de um corpo hídrico as fronteiras da bacia hidrográfica devem
prevalecer sobre as fronteiras intergovernamentais, pois muitas vezes, um corpo d’água que
se destina a diluição de esgotos em um país pode vir a representar manancial de
abastecimento público de uma nação vizinha.
O uso de água para abastecimento público com o conseqüente retorno das águas servidas
ao corpo hídrico representa assunto do maior interesse ambiental e também de saúde
pública. O estudo desse campo do conhecimento, no entanto, se dá no âmbito do
saneamento ambiental.
Para promover este bem estar, o saneamento constitui um conjunto de ações sobre o meio
ambiente físico, de controle ambiental, com o objetivo básico de proteger a saúde do
homem.
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CAPÍTULO 2
É todo despejo proveniente dos diversos usos da água, tais como as de uso doméstico,
contendo matéria fecal e águas servidas, industrial, de utilidade pública, de áreas agrícolas,
de superfície, de infiltração, pluviais e outros efluentes sanitários. Outra denominação:
águas residuárias.
Esgotos domésticos;
Águas de infiltração;
Efluentes não domésticos - os esgotos não domésticos deverão passar por pré-
tratamentos e/ou tratamentos específicos antes de serem lançados no sistema coletor
público ou no corpo receptor.
Esgotos Domésticos:
Provêm principalmente das residências, edificações comerciais, instituições ou quaisquer
edificações que contenham instalações de banheiro, lavanderias, cozinhas ou qualquer
dispositivo de utilização de água para fins domésticos.
Cor: Os componentes responsáveis pela cor são os sólidos dissolvidos. No esgoto fresco a
cor é ligeiramente cinza, no esgoto séptico a cor é cinza escuro ou preto;
a) da matéria orgânica;
b) da matéria inorgânica
a) Cerca de 70% dos sólidos no esgoto são de origem orgânica. Geralmente, estes
compostos orgânicos são uma combinação de carbono, hidrogênio, oxigênio, algumas
vezes com nitrogênio. Os grupos de substâncias orgânicas são constituídos principalmente
por:
Os principais organismos encontrados nos rios e nos esgotos são as bactérias, os fungos,
os protozoários, os vírus, as algas e os grupos de plantas e de animais.
As bactérias constituem talvez o elemento mais importante deste grupo de organismos, que
são responsáveis pela decomposição e estabilização da matéria orgânica, tanto na natureza
como nas unidades de tratamento biológico.
Há vários organismos cuja presença num corpo d'água indica uma forma qualquer de
poluição. As bactérias coliformes são típicas do intestino do homem e de outros animais de
sangue quente (mamíferos em geral) e, justamente por estarem sempre presentes no
excremento humano (100 a 400 bilhões de coliformes/habitante x dia) e serem de simples
determinação, são adotadas como referência para indicar a grandeza da contaminação.
Ramal Predial: Os ramais prediais são os ramais domiciliares, que transportam os esgotos
para a rede pública de coleta.
Emissário: Os emissários são similares aos interceptores, com a diferença de que não
recebem contribuições ao longo do percurso. A sua função é transportar os esgotos até a
estação de tratamento de esgotos.
Disposição final: Após o tratamento, os esgotos podem ser lançados ao corpo d'água
receptor ou, eventualmente, aplicados no solo. Em ambos os casos, há que se levar em
conta os poluentes eventualmente ainda presentes nos esgotos tratados, especialmente os
organismos patogênicos e metais pesados. As tubulações que transportam estes esgotos
são também denominadas de emissários.
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CAPÍTULO 3
Para a engenharia sanitária, o estudo da água é muito mais que a sua simples
caracterização da molecular H2O. Ao longo do seu ciclo pela natureza a água incorpora
diversas impurezas, que interferem na sua qualidade. Com o desenvolvimento econômico
dos últimos séculos, o homem vem, a cada dia, por todo o globo terrestre, interferindo com
mais intensidade sobre a qualidade das águas. Essa ação pode comprometer a
sobrevivência dos seres vivos. Inclusive a vida do homem vem sendo afetada.
3.2) Ecossistema:
Constituem-se em ecossistemas uma floresta, uma campina, uma faixa mais profunda ou
mais superficial do mar, de um rio ou de uma lagoa, um aquário ou até mesmo uma poça
d’água, pois nela também se encontram organismos interagindo com fatores abióticos.
a) Ecossistemas dulcícolas:
b) Ecossistemas marinhos:
Zooplâncton: Conjunto de seres heterotróficos (que não são capazes de sintetizar seus
próprios alimentos) que também são levados passivamente pelo movimento das águas:
protozoários, pequenos invertebrados (copépodes – crustáceos que medem entre 1 a 5 mm)
e larvas de animais ma (moluscos, anelídeos, artrópodes, etc). Os organismos do
Zooplâncton representam os consumidores primários da cadeia alimentar.
Outros Animais: outros animais de grande porte, dentre os quais o homem, formam o grupo
dos consumidores que estão no topo da cadeia alimentar.
3.4) A qualidade da água e sua importância para os seres vivos e para o homem
Condições naturais: mesmo em condições que a bacia hidrográfica seja preservada, existe
a incorporação de sólidos em suspensão ou dissolvidos na água. Pode-se citar como
exemplo rios totalmente preservados, ainda existentes na Bacia Amazônica, que têm suas
águas repletas de sólidos, matéria orgânica e não simplesmente H2O (líquido incolor,
inodoro, insípido, etc).
As condições naturais da qualidade da água dos recursos hídricos não representam uma
ameaça ecológica, pois os ecossistemas ali encontrados já estão ambientados a ela. Por
outro lado, a interferência humana na poluição das águas tem que ser disciplinada. Para
que os diferentes ecossistemas, aquáticos ou terrestres, sejam preservados, certos limites
de poluição têm que ser fixados e obedecidos. A determinação desses limites, ou padrões
ambientais, também é importante para a garantia de saúde e qualidade de vida ao homem.
Por isto, os países fazem leis fixando os níveis de poluição permitidos e os Estados , por
sua vez, definem padrões específicos para a região.
Os diversos componentes presentes na água, e que alteram seu grau de pureza, podem ser
tratados sinteticamente através de suas características, a saber:
Características físicas: Sólidos presentes na água. Eles podem estar em suspensão (sólidos
de maiores dimensões – maiores que 10-3mm. Exemplo: areia, pedaços de folhas, etc), na
forma coloidal (sólidos de dimensão entre 10-6 mm e 10-3mm) , ou dissolvidos (sólidos de
menores dimensões entre 10-9mm e 10-6mm) , dependendo do seu tamanho.
O gráfico abaixo melhor visualiza esta divisão dos componentes das águas:
IMPUREZAS
Poluição das águas: Entende-se por poluição das águas a adição de substâncias ou de
formas de energia que, diretamente ou indiretamente, alterem a natureza do corpo d’água
de uma maneira que prejudique os legítimos usos que deles são feitos. Esse conceito
associa poluição a prejuízos. Uma das formas de poluição que mais causam prejuízos ao
homem e ao meio ambiente é o lançamento de esgoto sanitário bruto, sem o tratamento
adequado, nos corpos d’água.
A qualidade da água pode ser representada por diversos parâmetros, que traduzem as
suas características físicas, químicas e biológicas. Esses parâmetros são verificados em
laboratórios, através de diferentes análises. Eles servem para definir a qualidade da água
tanto para o abastecimento, como para águas residuais, mananciais (recurso hídrico dos
quais se retira água para abastecimento) e corpos receptores (recurso hídrico nos quais se
lançam resíduos).
Cor: Representa a coloração da água. Geralmente a cor está relacionada com os sólidos
dissolvidos. Esse parâmetro é determinante para a aceitação de água para consumo
humano. Uma água de abastecimento deve ser o mais incolor possível. Cores mais
acentuadas em águas naturais representam a presença de matéria orgânica em
decomposição ou a presença de ferro ou manganês.
Sabor e odor: São parâmetros relativos aos sentidos do gosto e do olfato. São parâmetros
relevantes para a produção de água de abastecimento. Comumente estão relacionados a
presença de matéria orgânica em decomposição ou presença de contaminantes industriais.
Ferro e manganês: O ferro e manganês quando presentes nas águas, apresentam-se nas
formas insolúveis (Fe+3) e (Mn+4). Não há evidência de que interfiram sobre a qualidade dos
esgotos.
Cloretos: Todas as águas naturais, em maior ou menor escala, possuem íons resultantes da
dissolução de minerais. Os cloretos (Cl-) são advindos da dissolução de sais. Estão portanto
relacionados aos sólidos dissolvidos.
Nitrogênio: Dentro do ciclo do nitrogênio na biosfera, ele pode alternar entre diversos
estados de oxidação. No meio aquático, o nitrogênio pode ser encontrado nas seguintes
formas:
(N) – nitrogênio molecular, neste estado é volátil e escapa para a atmosfera;
(NH3) – amônia, nesta forma é nocivo aos peixes;
(NO2-) – nitrito (primeira forma oxidada);
Fósforo: As principais formas que o fosfato se apresenta nas águas são: ortofosfatos,
polifosfatos e fosfato orgânico. A sua presença na água está associada a sólidos em
suspensão ou sólidos em solução. Sua origem natural nas águas se deve a sua presença
de compostos orgânicos e a sua dissolução em compostos no solo. A ação humana
também propicia o incremento de fósforo na água, através dos despejos sanitários ou
industriais.
Será mostrado mais adiante que a estabilização da matéria orgânica dos esgotos se dá pelo
consumo de OD pelas bactérias. Quando esta estabilização de matéria orgânica provocar a
extinção de OD do meio, obtém-se uma condição anaeróbia. Quando ela ocorre, provoca a
geração de maus odores e a mortandade dos peixes.
Pela sua importância para a decomposição de matéria orgânica e também para a existência
de vida nas águas, o OD é considerado o principal parâmetro de caracterização dos efeitos
da poluição por despejos orgânicos nas águas.
Matéria orgânica: A matéria orgânica presente nos corpos d’água é a causadora do principal
problema de poluição dos recursos hídricos. O consumo de oxigênio do meio aquático pelos
microorganismos nos seus processos metabólicos e estabilização da matéria orgânica,
reduz a concentração de OD, comprometendo a existência da vida aquática.
Micropoluentes inorgânicos: Uma grande parte dos micropoluentes inorgânicos são tóxicos.
Nesse grupo encontram-se os metais pesados. Entre os metais pesados que se dissolvem
na água incluem-se:
As - arsênio
Cd - cádmio
Cr - cromo
Pb - chumbo
Hg - mercúrio
Ag - prata
A origem desses produtos nos corpos d’água pode até, eventualmente, ter origem natural,
pois podem estar presentes em madeiras. Sua freqüência expressiva, no entanto, está
associada a ação do homem.
Como o esgoto tem em sua constituição matéria orgânica diluída em água, seu lançamento
em um corpo d’água provoca o aumento da concentração de matéria orgânica do meio.
Esse aumento de matéria orgânica, como já foi visto anteriormente, pode ser medido pela
DBO do meio aquático, pois a Demanda Bioquímica de Oxigênio – DBO retrata de uma
forma indireta, o teor de matéria orgânica da água. Trata-se de uma indicação do potencial
de consumo de oxigênio dissolvido do meio.
Esse aumento de DBO significa uma expectativa de consumo de OD, o que pode
desequilibrar toda a cadeia alimentar do meio aquático.
atinge essa faixa, repentinamente os peixes mais exigentes podem vir a morrer. Peixes
mortos na água representam grande aumento do teor de matéria orgânica. Ou seja, a partir
do lançamento de um dado nível de matéria orgânica na água, o meio pode sofrer uma
inversão, deixar de ser aeróbio e transformar-se em anaeróbio.
Os esgotos sanitários, por conterem além de matéria orgânica oriunda dos despejos das
cozinhas, contém excretas humanas, que representam uma fonte de contaminação por
muitos tipos de microorganismos presentes em indivíduos enfermos. Esse tipo de poluição,
que coloca em risco a saúde pública confere ao tratamento de esgoto uma grande
alternativa de saúde preventiva.
3.8) Lei que regulamenta a poluição de corpos d’água: RESOLUÇÃO 357 – CONAMA
Uma das formas de promover a gestão do meio ambiente se dá através do uso de leis. Elas
definem a conduta a ser obedecida por agentes poluidores com o objetivo de amenizar os
impactos do desenvolvimento sobre o meio ambiente.
Visando apresentar soluções efetivas à poluição dos corpos d’água, o CONAMA estabelece
muitos padrões, ou seja, parâmetros a serem mantidos nos corpos receptores. Dentre eles,
os abaixo listados merecem maior atenção:
Concentração de DBO nos corpos d’água: Assim como existe um valor restritivo de OD,
para manter as condições mínimas de vida aquática nos corpos receptores, há também um
valor limite para a DBO – Demanda Bioquímica de Oxigênio. Para a classe 2, em qualquer
amostra, a DBO 5 dias a 20°C dever ser de no máximo 5 mg /l O2.
Os parâmetros citados são determinantes nos estudos dos tratamentos de esgotos, pois
devem ser respeitados e atendidos em quaisquer condições do corpo receptor. O estudo da
autodepuração do corpo receptor em conjunto com o nível de tratamento dos esgotos a ser
adotado devem garantir os valores de DBO, OD e coliformes do corpo receptor dentro dos
limites da classe a qual este pertence, ou seja a classe 2, em se tratando do Estado de
Goiás. Observa-se que nos casos de corpos receptores bem caudalosos, estes limites são
mais facilmente alcançados comparados com corpos receptores com pouca vazão.
a) Decomposição
Caso a quantidade de matéria orgânica lançada seja muito grande, pode haver o
esgotamento total do oxigênio dissolvido na água. A decomposição será feita pelos
microorganismos anaeróbios, que prosseguem as reações de decomposição utilizando o
deslocamento do hidrogênio para a quebra da cadeia orgânica. Como subproduto dessa
decomposição haverá a formação de metano, gás sulfídrico e outros. A decomposição
anaeróbia não é completa, devendo ser completada pela decomposição aeróbia quando o
rio apresentar teores mais elevados de oxigênio.
a) Conversão Aeróbia:
b) Conversão Anaeróbia:
pH: anomalias no pH interferem, sobretudo, nos processos anaeróbios de alta taxa. Essa
concepção de tratamento deve ser mantido com valores entre 6,6 e 7,4. Fora da faixa entre
6,0 e 8,0, o processo torna-se extremamente instável.
Todos os processos de tratamento de esgoto visam condicionar o efluente líquido final para
minimizar impactos nocivos ao corpo receptor. Por outro lado, alguns processos ocasionam
a geração freqüente de lodo. Outros ocasionam uma grande quantidade desse produto ao
final da vida do sistema.
O conhecimento da composição desse lodo é importante, uma vez que sua disposição final
é tarefa de uma rotina operacional em algumas estações de tratamento de esgotos.
Basicamente o lodo gerado em uma estação de tratamento é composto de:
Nutrientes: os valores típicos de nitrogênio, fósforo e potássio são sempre menores que o
desejado nos fertilizantes para uso agrícola, no entanto, o lodo pode ter um papel
importante como condicionador do solo.
Metais: são mais significativos para os esgotos de uma área densamente industrializada,
uma vez que suas maiores concentrações provêm de processos industriais.
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CAPÍTULO 4
O programa de amostragem pode ser delineado com vista a atingir objetivos gerais, a
executar dentro de um rotina que se repete ciclicamente. É o caso do monitoramento das
condições de funcionamento de uma ETE e da avaliação da qualidade do afluente, de modo
a avaliar o cumprimento das normas de descarga previstas na legislação com o objetivo de
o seu lançamento no meio receptor não causar impacto negativo.
Mas o programa de amostragem também pode ser planejado para alcançar fins específicos,
nomeadamente no âmbito de um programa de investigação científica.
Deve ser definido o tipo de amostra a ser colhida para que esta seja representativa do
universo a ser estudado. Podem ser simples quando se colhe a amostra num tempo e lugar
determinados, refletindo as condições do local naquele exato momento, e podem ser
compostas quando colhidas em intervalos de tempo regulares no mesmo ponto ou em
pontos diferentes.
Para se obter uma amostra representativa na qual possam ser analisados parâmetros que
variam significantemente ao longo do tempo será necessário que a amostra se componha
de sub amostras colhidas a intervalos de tempo regulares. Seria ainda desejável que o
volume destas sub amostras fosse proporcional a vazão nos instantes de coleta, o qual é
variável ao longo do dia. No primeiro caso, têm-se amostras compostas proporcionais ao
tempo e amostras compostas proporcionais à vazão, no segundo caso.
obter a curva da vazão de 24 horas dos esgotos que chegam á estação de tratamento;
coletar quantidade de amostras proporcionais à vazão;
conservar as amostras em baixa temperatura (caixa térmica com gelo), logo após a sua
coleta.
Exemplo:
Suponha-se que ao medir a vazão do esgoto de uma ETE foram encontrados os seguintes
valores, horas/vazão (l/s) respectivos.
Horas 02 04 06 08 10 12 14 ..... 20 22 24
vazão(l/s) 400 600 1000 1200 1300 1500 1600 ..... 1000 800 500
Para realizar a colheita de amostras de águas residuais convém utilizar equipamentos que
contribuam para a representatividade das mesmas.
LAGOA FACULTATIVA
1 LAGOA ANAERÓBIA 2 3
A B C
As amostras nem sempre poderão ser analisadas após a coleta, devendo, portanto, serem,
imediatamente, preservadas e acondicionadas convenientemente em função do parâmetro
a analisar, de modo a garantir que possíveis alterações químicas e biológicas não
modifiquem substancialmente as suas características originais, até o momento da análise.
Os métodos de preservação são geralmente limitados e têm por objetivo retardar a ação
biológica, as reações químicas dos compostos e reduzir a volatilização dos constituintes.
São necessários cuidados especiais para amostras destinadas à determinação de
compostos orgânicos ou metais. Muitos constituintes podem estar presentes em
concentrações significativas de microgramas por litro, que podem desaparecer por completo
se a amostra não for preservada convenientemente.
P = polietileno
V = vidro neutro ou borossilicatado
( * ) A primeira opção é a menos recomendada e só deve ser empregada quando realmente
se necessitar de prazo maior.
( ** ) Determinações não rotineiras
OBSERVAÇÕES:
Para amostras à determinar O.D em laboratório, deve-se encher o recipiente sem borbulhar
e extravazar o volume, aproximadamente, duas vezes. Preservar com 2mL de sulfato
manganoso e 2mL de reagente azida-iodeto alcalino, tapando o frasco e agitando-o bem
após cada adição de reagentes;
Há procedimentos que são gerais a todas as amostras e outros que são específicos de cada
grupo de parâmetros a analisar, conforme se descrevem nos pontos seguintes. Tais
procedimentos devem ser executados com muita atenção, de modo a que os resultados
traduzam o funcionamento do sistema, no momento da coleta.
A preparação de uma lista de material é da maior conveniência, evitando que algum item
possa ser esquecido. É importante certificar-se de que todo o material necessário está na
caixa de coleta, tais como:
Os frascos excedentes são para substituir eventuais perdas e se necessário para coletar
num novo ponto de amostragem, caso seja observada alguma anormalidade no sistema que
determine a necessidade de uma amostra adicional.
a) Deve-se evitar as amostras junto as paredes ou próximo do fundo dos canais. Convém
procurar um ponto representativo da massa líquida.
b) As amostras deverão ser tomadas no centro do canal, onde a velocidade é mais elevada
e a sedimentação de sólidos é mínima.
c) Em qualquer situação, convém escolher um local de amostragem em que o esgoto seja
uniforme e de preferência bem misturado. Pontos localizados junto a vertedores não são
recomendados.
d) Antes de iniciar a coleta, enxágüe o frasco algumas vezes com a própria amostra, com
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CAPÍTULO 5
O tratamento biológico dos esgotos reproduzem, de certa forma o mesmo que ocorre em
um curso de água onde são lançados despejos. No corpo d'água, a matéria orgânica é
convertida em produtos mineralizados inertes por mecanismos naturais – é o denominado
fenômeno da autodepuração. Em uma estação de tratamento de esgotos ocorre o mesmo,
mas com tecnologia se consegue fazer com que o processo se desenvolva em condições
controladas (controle da eficiência) e em taxas mais elevadas, permitindo soluções mais
compactas.
A remoção da matéria orgânica dos esgotos ocorre por dois tipos de processos, o oxidativo
(oxidação da matéria orgânica) ou o fermentativo (fermentação da matéria orgânica). No
processo oxidativo a matéria orgânica é oxidada por um agente oxidativo presente no meio
líquido – oxigênio, nitrato ou sulfato. No processo fermentativo ocorrem determinadas
reações de forma que depois de várias ocorrências seqüenciais os produtos se tornam
estabilizados, isto é, não mais suscetíveis a fermentação.
Qualquer que seja o tipo de tratamento escolhido, ele deve ser precedido do denominado
tratamento preliminar.
Além desses equipamentos a estação poderá ter também, em alguns casos, uma unidade
para retirada de gorduras.
Facultativas
Anaeróbias
Aeradas Facultativas
Aeradas de Mistura Completa
Decantação
Maturação
Dentro das lagoas facultativas ocorrem três zonas de tratamento dos esgotos: zona aeróbia,
zona facultativa e zona anaeróbia. A matéria orgânica em suspensão sedimenta
constituindo o lodo de fundo – zona anaeróbia – onde ocorre a decomposição por
microrganismos anaeróbios. A matéria orgânica dissolvida permanece dispersa , sendo que
na camada mais superficial – zona aeróbia – ela é oxidada por meio da respiração aeróbia.
O oxigênio, é suprido ao meio pela fotossíntese realizada pelas algas, mantendo-se um
equilíbrio entre o consumo e a produção de oxigênio e gás carbônico. As bactérias
consomem oxigênio e produzem gás carbônico, as algas na presença da luz solar produzem
oxigênio e consomem gás carbônico. Na zona intermediária, onde a penetração da luz solar
é menor, a partir de uma certa profundidade vai ocorrer a ausência de oxigênio livre. Essa
zona onde grupos de bactérias sobrevivem tanto na presença de oxigênio (condições
aeróbias) quanto na de nitratos (condições anóxicas) e sulfatos e CO2 (condições aneróbias)
é denominada zona facultativa.
Taxa de aplicação superficial Ls = 240 a 350 kgDBO/ha.d (para regiões com inverno quente
e elevada insolação)
Requisito de área A = L/Ls
Eficiência E = aproximadamente 90%
Os custos para implantação são relativamente baixos, pois por serem mais profundas essas
lagoas requerem menor área para implantação, não necessitam qualquer equipamento
especial e não consomem energia elétrica.
Depois das lagoas aeradas de mistura completa normalmente são construídas lagoas de
decantação, pois o efluente delas não é adequado para lançamento direto no corpo
receptor, devido aos elevados teores de sólidos em suspensão.
Tempo de detenção total t ≤ 2 dias (o tempo de detenção é baixo para evitar o crescimento
de algas)
Profundidade total H ≥ 3,0 metros (para permitir uma camada aeróbia acima do lodo)
O tempo de detenção baixo nesse tipo de lagoa é suficiente para uma eficiente remoção
dos sólidos em suspensão produzidos na lagoa aerada, mas não contribui para a remoção
bioquímica adicional de DBO.
P = 1000 hab.
Q = 200 m3/d
Carga = 4,0x1010 CF/d.hab x 1000 hab = 4,0x1013
concentração de coliformes = 4,0x1013 / 200 m3/d
= 2,0x1011 CF/m3
= 2,0x108 CF/l
= 2,0x107 CF/100 ml
Além dos sistemas que utilizam combinação de diversos tipos de lagoas, os sistemas que
combinam reator anaeróbio e lagoas, também são utilizados na Saneago.
O lodo de esgoto é retido nessa unidade de tratamento por separação de fases gasosa,
líquida e sólida. As bactérias em flocos ou grânulos formam uma manta de lodo no interior
do reator. Dispositivos projetados e instalados para separar gases, sólidos e líquidos
garantem a permanência do lodo no sistema e a retirada do biogás e a coleta do efluente
tratado. O lodo excedente descartado do sistema, com idade (tempo de residência celular)
superior a 30 dias já se encontra estabilizado.
O sistema de lodos ativados é muito utilizado em todo o mundo, para tratamento de esgotos
domésticos e industriais, quando se necessita elevada qualidade do efluente e reduzido
requisito de área. O sistema implica em alto consumo de energia elétrica e operação
cuidadosa pois utiliza grande quantidade de equipamentos eletro-mecânicos.
Material gradeado;
Areia;
Escuma;
Lodo primário;
Lodo secundário.
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CAPÍTULO 6
Definição Calha Parshall: Canal para medir vazão nos condutos abertos, constituído
essencialmente em um trecho convergente, uma garganta e um trecho divergente.
Executado em concreto ou adquirido pronta em fibra de vidro, cujas dimensões são pré-
estabelecidas em função de seu tamanho. O tamanho do medidor é expresso pela
dimensão da “garganta” - “w”, em polegadas ou pés. Em anexo está apresentado um lay-out
da calha parshall com a tabela de dimensões e a tabela dos valores resultantes de vazão
em função da altura da lâmina do líquido medido em determinado ponto e do tamanho do
parshall “w” em polegadas (”) ou pés (').
A cobertura deste itens é bastante simplificada. As referências WEF (1990), Yanez (1993)
ou Jordão e Pessoa (1995) devem ser consultadas para maiores detalhes com relação a
estes tópicos.
O operador deve executar diariamente uma inspeção por toda a lagoa e unidades
complementares. Naturalmente que, dependendo do porte e da importância da lagoa, o
número de parâmetros a ser incluídos, bem como a freqüência de sua determinação,
poderão ser alterados e adaptados às necessidades locais. Um aspecto de fundamental
importância em um programa de monitoramento é o relacionado ao real aproveitamento dos
dados levantados. Não há sentido em se obter dados, se os mesmos não forem
posteriormente consistidos e interpretados. Deverão ser produzidos gráficos de
acompanhamento e desempenho da lagoa, com ampla participação do operador no seu
acompanhamento. A introdução dos dados em planilhas eletrônicas no computador, no
escritório central, possibilitando a elaboração de cálculos de parâmetros de carga e
eficiência e dos gráficos relevantes afigura-se como melhor forma de aproveitamento dos
dados.
Durante a rotina operacional, o operador deve realizar as seguintes tarefas, estando sempre
atento ao processo de tratamento:
a) Sempre que houver resíduos ou crostas flutuando na superfície das lagoas, estes devem
ser retirados, utilizando-se de um coador para limpeza de piscinas. Os detritos devem ser
colocados em galões perfurados para secagem, dispostos nas laterais das lagoas,
conduzindo-os depois às caixas de detritos ou dispondo no solo em local apropriado;
d) Não permitir que haja crescimento de vegetação nos taludes das lagoas na altura do
nível de esgoto, predispondo à proliferação de insetos;
h) Coletar amostras dos afluentes à ETE e efluentes tratados para análises de laboratório,
segundo orientação específica;
i) Efetuar análises de rotina para aferir a qualidade dos esgotos, conforme orientação
específica (equipe do laboratório);
j) Remover aeradores para a borda das lagoas e efetuar a remoção de detritos destes
equipamentos, com a freqüência estabelecida;
k) Efetuar a remoção de lodo e areia do fundo das lagoas, utilizando-se de draga, bomba de
sucção ou manualmente (ocorre em situações específicas);
O carregamento inicial das lagoas pode ser efetuado utilizando-se de um dos dois
procedimentos descritos a seguir (CETESB, 1989). O carregamento deve ser
preferencialmente no verão, quando há temperaturas mais elevadas.
Fazer uma mistura esgoto/água (diluição com uma relação igual ou superior a 1/5);
Encher a lagoa com uma lâmina em torno de 0,40 m;
Aguardar alguns dias, até que se verifique, visualmente, o aparecimento de algas;
Nos dias subseqüentes, adicionar mais esgotos, ou mistura esgoto/água, até ocorrer uma
floração de algas;
Interromper a alimentação por um período de 7 a 14 dias;
Encher a lagoa com esgotos até o nível de operação;
interromper a alimentação;
aguardar o estabelecimento de uma população de algas (em torno de 7 a 14 dias);
alimentar normalmente a lagoa com esgotos.
Receber a carga de esgotos prevista em projeto, sem que ser estabeleça na lagoa uma
comunidade biológica balanceada. Caso isto seja efetuado, a lagoa entrará em
anaerobiose, com desprendimento de maus odores. A reversão deste processo de
anaerobiose pode levar dois meses;
A partida das lagoas situadas a jusante da lagoa primária pode ser efetuada segundo as
seguintes recomendações (CETESB, 1989):
Iniciar o enchimento das lagoas quando a lâmina d'água na lagoa primária atingir um
valor mínimo de 1,0 m;
Fechar os dispositivos de saída das lagoas;
A adição de água deve ser feita até se ter uma lâmina de 1,0 m;
Quando a lagoa primária atingir o nível de operação, o seu efluente pode ser dirigido para
a célula subseqüente, tomando-se as seguintes precauções:
retirar os stop-logs lentamente, impedindo que a lâmina d'água da unidade precedente
caia abaixo de 1,0 m;
não efetuar operações de descarga de fundo da célula primária;
equalizar as lâminas em todas as lagoas de forma lenta;
evitar a situação em que uma lagoa esteja totalmente cheia, enquanto a unidade
subseqüente está vazia
6.3.1.2)Proliferação de Insetos
6.3.1.3)Crescimento de Vegetais
6.3.2.13) Vegetação
A partida dos reatores poderá ser feita com inóculo de lodo proveniente de outro reator
anaeróbio, de lagoa anaeróbia ou fossa séptica, ou simplesmente iniciando a alimentação
do reator do fluxo total de esgoto sem uso de inóculo.
Sem aplicação de lodo, a formação da manta anaeróbia dentro do reator se dará de forma
mais lenta, retardando por algum tempo (de 4 a 6 meses), a eficiência na remoção de DBO
e de sólidos totais. Durante essa fase inicial de operação, os reatores funcionarão como
simples decantadores, com predominância quase exclusiva dos mecanismos físicos de
remoção de sólidos.
A inoculação pode-se dar tanto com o reator cheio ou vazio, embora seja preferível a
inoculação com o reator vazio, a fim de diminuir as perdas de lodo durante o processo de
sua transferência.
Transferir o lodo de inóculo para o reator, cuidando para que o mesmo seja descartado
no fundo do reator. Evitar turbulências e contato excessivo com o ar.
Deixar o lodo em repouso por um período aproximado de 12 a 24 horas, possibilitando a
sua adaptação gradual à temperatura ambiente.
Após o término do período de repouso, iniciar a alimentação do reator com esgotos, até
que o mesmo atinja aproximadamente a metade de seu volume útil;
Deixar o reator sem alimentação por um período de 24 horas. Ao término desse período e
antes de iniciar uma próxima alimentação, coletar amostras do sobrenadante do reator e
efetuar análises dos seguintes parâmetros: temperatura, pH, alcalinidade, ácidos voláteis
e DQO. Caso esses parâmetros estejam dentro das faixas de valores aceitáveis,
prosseguir o processo de alimentação. Valores aceitáveis: pH entre 6,8 e 7,4 e ácidos
voláteis abaixo de 200 mg/L (como ácido cético).
Continuar o processo de enchimento do reator, até que o mesmo atinja o seu volume total
(nível dos vertedores do decantador);
Deixar o reator novamente sem alimentação por outo período de 24 horas. Ao término
desse período, retirar novas amostras para serem analisadas e proceder como
anteriormente;
Caso os parâmetros analisados estejam dentro das faixas estabelecidas, propiciar a
alimentação contínua do reator;
Implantar e proceder monitoramento de rotina do processo de tratamento.
Nos reatores UASB, a acumulação de sólidos biológicos ocorre após alguns meses de
operação contínua, de modo que o descarte de lodo excedente não deverá ser necessária
durante os primeiros meses de operação do reator.
Ao se observar queda de eficiência nos parâmetros citados e que os efluentes contém maior
quantidade de sólidos, esse é o momento para se descartar lodo. O descarte de lodo
excedente deverá ser feito preferencialmente da parte superior (lodo floculento).
A fim de evitar a liberação de gases mal cheirosos, o reator deve estar sempre coberto,
além da adoção de medidas alternativas de tratamento de gases, que poderão aplicadas.
6.6.1.1) Controle:
6.6.1.2) Comando:
Botão de emergência: Este comando é muito importante, pois é este que o operador deve
comandar em caso de algum problema mais sério. Como exemplo temos o caso de choque
elétrico ou um outro problema de igual seriedade. Geralmente é do tipo “soco” onde o
operador bate no mesmo com mão, desligando toda a operação. Há casos de inexistência
deste botão em quadro de comando e neste caso o operador deve desligar o disjuntor geral
no padrão CELG.
Botão Desliga (geralmente na cor vermelha):Esta, como a anterior, somente opera com o
sistema no modo manual.
Botão Reset (geralmente na cor vermelha): Usado para “Reset”, ou seja, para retirar
possíveis sinalizações de defeitos, um moto-bomba somente volta operar depois de
sanados os defeitos e comandado os botões de “Reset”. Algumas panes são sanadas
simplesmente ao operar esta botoeira.
6.6.1.3) Sinalizações
Geralmente os sinalizadores são lâmpadas Piloto, de cor verde para indicar que a operação
está sendo executada com êxito, por exemplo: Bomba ligada, e de cor vermelha para indicar
alguma falha. Existe em alguns quadros de comando, sinalizador sonoro para indicar o
extravasamento do poço. Fique atento às sinalizações.
6.6.1.4) Medição
Automação por bóias de nível: No poço de sucção estão instaladas duas ou mais bóias,
geralmente duas. Uma para comandar o desligamento do sistema (nível mínimo) e outra
para comandar o acionamento (nível máximo). A saber: quando o nível do líquido no poço
chegar ao nível máximo, ou seja, quando a bóia superior mudar de posição, em
conseqüência da elevação do esgoto no poço, esta comanda o sistema e um dos conjuntos
entrará em funcionamento, permanecendo neste estado até que a bóia de nível mínimo seja
desacionada desligando o mesmo.
Automação por Sensor de Nível Ultrassônico: Os sensores de nível ultrassônicos tem como
princípio de funcionamento o envio e recebimentos de impulsos sonoros em alta freqüência
(20 à 100kHz). O impulso emitido viaja no espaço, bate em uma superfície plana, que no
nosso caso água ou esgoto, e retorna à sua fonte. O sistema mede o tempo gasto para que
este impulso vá até o ponto de impacto e retorne a sua face e, posteriormente, calcula o
nível do poço.(veja figura abaixo)
Uma tensão abaixo de 340 Volts é reconhecida como falta de fase pelo sistema de proteção
do quadro de comando. Ocorrendo este fato, verifique se há falta de energia na redondeza.
b) Caso não detectada a falta de energia, ítem anterior, deve-se observar se há sinalização
de defeito através de lâmpada, de cor vermelha, no painel. Em caso afirmativo, acione o
botão "RESET" (cor vermelha) e verificando após, o sanar ou não do problema (a lâmpada
vermelha apagou?). Persistindo a pane deve-se, com todos equipamentos desligados,
desligar momentaniamente o disjuntor geral do padrão CELG. O sistema voltou operar
normalmente? em caso afirmativo, ótimo, caso contrário contate a GRS por intermédio do
seu gerente imediato.
6.6.3.1) Problemas na bóia de nível mínimo, a que está localizada mais ao fundo do
poço
Defeitos Conseqüências
Bóia presa, como se deflexionada pelo Os conjuntos poderão funcionar a “vazio”, ou
nível do esgoto. seja, a seco ou sem esgoto. Este problema
além de danificar as partes mecânicas dos
conjuntos, poderá “queimar” o motor-bomba
por super-aquecimento, já que é o esgoto quem
refrigera o mesmo.
Bóia presa , ficando na posição de O conjunto entrará em funcionamento tão logo
ausência de esgoto. a bóia superior (nível máximo) seja
deflexionada pelo esgoto, e deixará de
funcionar quando esta volte ao seu estado
normal. Com isto o conjunto ficará ligando e
desligando várias vezes em pouco tempo,
diminuindo drasticamente o tempo de vida dos
mesmos. (Um motor-bomba deve ser ligado
aproximadamente até quatro vezes em uma
hora)
6.6.3.2) Problemas na bóia de nível máximo, a que está localizada na parte superior do
poço
Defeitos Conseqüências
Bóia presa, como se deflexionada pelo O conjunto entrará em funcionamento tão logo
nível do esgoto. a bóia inferior (nível mínimo) seja deflexionada
pelo esgoto, e deixará de funcionar quando
esta volte ao seu estado normal. Com isto o
conjunto ficará ligando e desligando várias
vezes em pouco tempo, diminuindo o seu
tempo de vida. (Um motor-bomba deve ser
ligado aproximadamente até quatro vezes em
uma hora)
Bóia presa , ficando na posição de Haverá extravasamento constante de esgoto,
ausência de esgoto. pois os conjuntos moto-bombas não entrarão
em funcionamento
Para amenizar os problemas supracitados o poço de sucção deve ser limpo e observadas
as condições físicas das bóias e/ou sensores de nível periodicamente. Caso os problemas
ocorram mesmo com estes equipamentos em “perfeito” estado de conservação, deve-se
informar a equipe de manutenção de sua GRS.
Erros na leitura são os maiores problemas detectados neste sistema, tendo como
conseqüência todos os defeitos citados para o caso das bóias. Os erros de leitura são
principalmente causados pelo acúmulo de sujeira na face do sensor, que deve ser limpo
periodicamente com um pano úmido, e pelo excesso de sobrenadantes: bolas; sacos e
sacolas plásticas; tampinhas de garrafas PET, etc. Só para se ter uma idéia, já foi
detectado problema causado por uma aranha, que estava transitando na face do sensor.
Antes de chamar a manutenção, é de suma importância a observância da limpeza do poço e
do sensor de nível.
6.4.5) Recomendações:
6.4.5.1) O ideal é que exista uma caixa de areia antes de cada Estação Elevatória de
Esgotos ( EEE), mas uma grande parte destas EEE's não são servidas por esta importante
parte do sistema. Caso exista, é de grande importância a sua limpeza para a retirada de
areia, evitando o extravasamento destes sólidos para dentro do poço. Nas EEE's que não
tem caixa de areia fatalmente o poço deverá ser limpo com mais freqüência. Estes sólidos ,
se acumulados no poço, devido ao atrito entre a areia e o rotor da bomba, diminuem
consideravelmente a vida útil desta.
6.4.5.2) Procure familiarizar-se com o meio onde trabalha, observe o funcionamento de sua
EEE ficando atento a quaisquer variações de suas características tais como:
a) Ruídos estranhos;
b) Variações na corrente, para mais, pode ser um começo de avaria no seu motor ou um
6.4.5.3) Procure não tentar resolver problemas eletro-mecânicos, a Saneago tem equipes
capacitadas para este tipo de serviços. Você tem um papel importante que é a operação do
quadro de comando e o repasse das informações citadas acima.
6.4.5.4) Procure não abrir a porta do quadro de comando pois estará sujeito à choque
elétrico e isto poderá ser fatal.
............................
APÊNDICE
APÊNDICE 1
As EEEs e ETE terão também uma empresa externa para prestar serviços rotineiros de
limpeza e conservação. Esse serviço se dará nas instalações operacionais, nas
edificações e áreas externas. Esta empresa eventualmente prestará pequenos serviços de
engenharia para manutenção e melhoria desta unidade operacional.
As SUSEI e SUMEN, através das P-GET e P-GTE assistirão os trabalhos das EEEs eETEs
através dos seus técnicos que estarão inicialmente ensinando e, mais tarde, fiscalizando
os trabalhos de cada Distrito.
Como foi esclarecido anteriormente, as EEEs e ETE por serem unidades operacionais locais
são de responsabilidade dos Gerentes de Distrito. Portanto, o Gerente deve, no mínimo,
fazer uma visita semanal às suas EEEs e ETE. A frequência de visita poderá ser
comprovada através de Livro de Anotação de Visitas, disponível na ETE.
Nas visitas às ETEs os Gerentes devem se ater, principalmente aos seguintes pontos:
Toda nova ligação de esgoto deve ser vistoriada, para verificar se as instalações estão
corretas, evitando-se contrbuição indevida de água pluvial.
Toda oficina mecânica, posto de gasolina, lava-jato, indústrias devem ser periodicamente
fiscalizados para evitar lançamento irregular.
Está havendo qualquer reclamação sobre esgoto por parte das autoridades? Se houver,
buscar imediatamente informação na P-GET ou P-GTE sobre como agir.
Como anda a operação das Estações Elevatórias de Esgoto?
O Gerente do Distrito deve também manter contatos com o responsável pela empresa
externa. Deve cobrar programações e realizações de tarefas, contando com a participação
do Operador de Sistemas que pode contribuir, informando sobre o desempenho dos
empregados.
A GRS, por ser uma unidade de apoio técnico operacional e supervisionar o desempenho
dos Distritos, pode acompanhar o desempenho operacional das ETEs. É recomendável que
laboratoristas, técnicos em saneamento e engenheiros da Regional façam visitas às EEEs e
ETEs de sua região. Esse corpo técnico é bem vindo à operação da ETE.
Remover detritos de grades, caixa de areia, canais, taludes, lagoas ou outras unidades
de esgoto e dispô-las adeqüadamente;
Realizar medidas de vazão, temperatura e outros parâmetros;
No atual "modelo de gestão" adotado pela SANEAGO, onde a empresa externa realiza os
serviços braçais de limpeza e conservação, o Operador de Sistemas pode dividir a limpeza
de gradeamento, caixas de areia com a empresa externa, disponibilizando mais o seu
tempo para manter o processo operacional em perfeitas condições e as dependências da
ETE rigorosamente com bom aspecto.
empregados. Esse vínculo estaria sendo criado caso os empregados de outra empresa
recebessem, diariamente, ordens de um empregado da SANEAGO. Para tal, o responsável
externo deve programar tarefas rotineiras do seu pessoal e responder pelo cumprimento das
realizações.
Por outro lado, embora o operador não possa "dar ordens" aos empregados de outra
empresa, seu bom exemplo profissional, a demonstração de conhecer a programação de
tarefas da empreiteira e seu esforço em verificá-las, seu empenho diário em manter as
Elevatórias e Estações de Tratamento na mais perfeita ordem, pode representar um fator
altamente positivo para o alcance dos resultados para a SANEAGO. Sendo assim, o
Operador de ETE deve aprimorar sua capacidade de bem se relacionar com o grupo
externo e demonstrar a todo tempo que está acompanhando os trabalhos.
7) O serviço externo: O papel das Empresas contratadas para prestação dos serviços
Lote 2: Região Sul – Em operação: Pires do Rio, Pontalina, Morrinhos, Goiatuba, Joviânia e
Cachoeira Dourada; Em Obras: Piracanjuba, Ipameri, Bom Jesus de Goiás e Itumbiara.
Lote 6: Região Centro Oeste Goiano – Em operação: Anicuns, Palmeiras, São Luís dos
Montes Belos, Paraúna e São João da Paraúna; Em obras: Iporá.
8) Serviços Rotineiros:
Para execução dos “serviços rotineiros”, a empresa deve cumprir uma série de tarefas,
conforme programação elaborada com o Distrito e P-GET ou P-GTE. É de inteira
responsabilidade da empresa externa a distribuição de tarefas aos seus empregados. Para
tal a empresa externa deve designar um responsável que acompanhe os trabalhos de suas
equipes nas diversas cidades do lote. A colaboração da SANEAGO pode se dar através do
Gerente de Distrito e Operador de Sistemas, informando regularmente sobre o desempenho
dos empregados externos no cumprimento das tarefas programadas. Para isto, deverá
atender às exigências do edital e do Termo de Referência:
9) Serviços Eventuais:
O recurso para esse fim é do lote de cidades e deve contemplar apenas as unidades mais
precárias. Por isto, pode haver situação de apenas poucas cidades serem beneficiadas com
eles, ou mesmo de não se utilizar desses recursos quando não se sentir necessidade.
A empresa deve disponibilizar esses serviços utilizando mão de obra específica e dentro do
prazo solicitado.
da própria população, as solicitações de visita às ETEs passam a se tornar cada vez mais
freqüentes.
........................................
APÊNDICE 02
A NR-24 que versa sobre condições sanitárias e conforto nos locais de trabalho no item
2476, deverão os responsáveis pelos estabelecimentos industriais dar aos resíduos destino
e tratamento que os tornem inácuos aos empregados e a coletividade.
A NR-07 que versa sobre o programa de controle médico de saúde ocupacional, quanto às
responsabilidades do empregador, no que diz respeito aos aspectos de segurança e higiene
ocupacional, destacam-se os enunciados do Código Penal (CP), Código Civil e do Supremo
Tribunal Federal (STF), transcritos abaixo:
Art. 121 do CP - este artigo pode ser aplicado nos casos de morte por acidente de trabalho
que decorre de culpa do empregador.
Art. 129 do CP - esclarece que ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem tem
pena de detenção de 3 meses a 1 ano: se resultar lesão corporal de natureza grave, a pena
se estende para 5 anos e, nos casos de incapacidade permanente para o trabalho, a pena
será de 2 a 8 anos.
Art. 132 do CP - determina que expor a vida ou saúde de outrem a perigo direto ou iminente
pode ter pena de detenção de 3 meses a 1 ano, se o fato não construir crime mais grave.
Art. 927 do CC - “Aquele que, por ato ilícito causar dano a outrem, fica obrigado a repará-
lo”. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das
despesas do tratamento e dos lucros cessantes, além de outro prejuízo sofrido pelo
ofendido.
Art. 186 do CC - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Trabalho em locais onde há esgoto é sempre difícil e perigoso, devido aos riscos : químicos,
físicos, biológicos, e riscos de acidente local
2.2.1) Ruídos
2.2.2) Umidade
O trabalhador executando tarefas abaixo do nível do solo, deve ter cuidado com a queda de
objetos.
2.3.1) Bactérias
2.3.2) Fungos
Os casos ligeiros de fungos podem ser curados com uma boa higiene e desinfetantes.
2.3.3) Protozoários
2.3.5) Erisipela
Todo trabalho em vias públicas dever ser sinalizado, esta sinalização deve:
b) Separar do trânsito de veículos e pedestres, o local em obras: para maior segurança dos
usuários da via e dos trabalhadores da obra.
TÍTULO:
ORDEM DE SERVIÇO
VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO
SIGLA DA UO RUBRICA DO SIGLA DA UO RUBRICA DO GERENTE
A-GST ENGENHEIRO
ESGOTO
É PROIBIDO DESCER EM PVS. O TRABALHO DE
DESENTUPIMENTO DEVERÁ SER EXECUTADO DO LADO DE
FORA COM USO DE VARETAS.
NA IMPOSSIBILIDADE DE EXECUTAR O SERVIÇO DO LADO
DE FORA, DEVERÃO SER ADOTADAS AS SEGUINTES MEDIDAS
DE SEGURANÇA:
17/05/2000 1 de 1
TÍTULO:
ORDEM DE SERVIÇO
VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO
SIGLA DA UO RUBRICA DO SIGLA DA UO RUBRICA DO GERENTE
A-GST ENGENHEIRO
17/05/2000 1 de 1
Perigo: Infestação por bactérias, vírus, helmintos e protozoários, intoxicação com gás
metano e gás sulfídrico, na manutenção dos P.Vs.
Prevenção: (P.Vs) Máscara contra gases de preferência de traquéia, cinto de segurança tipo
pára-quedas, dotado de corda para proteção em emergência, macacão em PVC com botas
e luvas, e óculos de segurança.
TÍTULO:
ORDEM DE SERVIÇO
VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO
SIGLA DA UO RUBRICA DO SIGLA DA UO RUBRICA DO GERENTE
A-GST ENGENHEIRO
CANOA/BARCO-LAGOAS
DEVIDO AOS ACIDENTES OCORRIDOS COM QUEDAS DE
EMPREGADOS DURANTE ATIVIDADES REALIZADAS EM LAGOAS DE
ESTABILIZAÇÃO COM A UTILIZAÇÃO DE CANOAS A REMO E MOTORIZADAS,
SUJEITANDO OS EMPREGADOS AOS RISCOS DE AFOGAMENTO,
CONTAMINAÇÃO POR AGENTES NOCIVOS, E PERIGO DE ACIDENTES COM O
CONTATO COM A HÉLICE DE MOTORES PODENDO OCORRER INCLUSIVE
MUTILAÇÕES GRAVES. DE CONFORMIDADE COM A LEI Nº 6.514 DE 22/12/77.
AS ATIVIDADES EM BARCOS OU CANOAS A REMO E
MOTORIZADAS SÓ PODERÃO SER REALIZADAS SE HOUVER DISPONÍVEL NO
LOCAL COLETES SALVA-VIDAS, QUE OBRIGATORIAMENTE DEVERÃO SER
UTILIZADOS DURANTE A EXECUÇÃO DE QUALQUER ATIVIDADE EM
SUPERFÍCIES DE LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO, RIOS E LAGOS, QUE POSSAM
COLOCAR EM RISCO A SAÚDE E A VIDA DOS EMPREGADOS.
17/05/2000 1 de 1
TÍTULO:
ORDEM DE SERVIÇO
VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO
SIGLA DA UO RUBRICA DO SIGLA DA UO RUBRICA DO GERENTE
A-GST ENGENHEIRO
MEDIDAS DE CONTROLE
ESGOTO
• TODO TRABALHO EM VIAS PÚBLICAS DEVE SER SINALIZADO;
17/05/2000 1 de 1
TÍTULO:
ORDEM DE SERVIÇO
VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO
SIGLA DA UO RUBRICA DO ENGENHEIRO SIGLA DA UO RUBRICA DO GERENTE
A-GST
MEDIDAS DE CONTROLE
ESGOTO - ETE
• TODO TRABALHO DEVE SER REALIZADO DEVIDAMENTE EQUIPADO,
USANDO DEVIDAMENTE OS EPI'S NECESSÁRIOS;
• A HIGIENIZAÇÃO COM ÁGUA E SABÃO É ESSENCIAL PARA ELIMINAR
RESÍDUOS;
• OS EPIS DEVEM SER LAVADOS E SECOS EM LOCAL APROPRIADO;
• OS EPIS DEVEM SER INSPECIONADOS ANTES DE SEREM USADOS,
PARA DETECTAR POSSÍVEIS DEFEITOS, RASGOS E ETC.
• TRABALHO DEVE SER REALIZADO POR EMPREGADO TREINADO E
HABILITADO, ACOMPANHADO DE UM COORDENADOR.
EM CASO DE ACIDENTE DO TRABALHO E/OU TRAJETO, (CAPITAL)
DEVERÁ COMUNICAR O ACIDENTE NO PRAZO DE 48 HORAS, NO
SETOR DE CONVÊNIO SANEAGO/INSS – TELEFONE: 243-3345 OU
TELEFAX: 218-2752. QUANDO NO FINAL DE SEMANA PROCURAR O
INSTITUTO ORTOPÉDICO DE GOIÂNIA (IOG) – RUA T.27 C/ T.49 Nº 819
– SETOR BUENO – TELEFONE: 252-5050, OU NO HOSPITAL DE
URGÊNCIAS (HUGO) TELEFONE: 546-4444. QUANDO O ACIDENTE
OCORRER NO INTERIOR, COMUNICAR O MESMO NO TELEFONE E/OU
TELEFAX ACIMA, NO PRAZO DE 72 HORAS. PROCURAR O HOSPITAL
PÚBLICO DA LOCALIDADE.
O GERENTE/SUPERIVSOR E O EMPREGADO QUE NÃO CUMPRIR
ESTA ORDEM DE SERVIÇO E A LEGISLAÇÃO SOBRE SEGURANÇA E
MEDICINA DO TRABALHO, ESTARÁ SUJEITO AS PENALIDADES
CABÍVEIS, PREVISTA NA CLT: ADVERTÊNCIA, SUSPENSÃO E
DEMISSÃO.
DATA DO DOCUMENTO: MERO DA PÁGINA:
17/05/2000 1 de 1
TÍTULO:
ORDEM DE SERVIÇO
VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO
SIGLA DA UO RUBRICA DO ENGENHEIRO SIGLA DA UO RUBRICA DO GERENTE
A-GST
ESCAVAÇÕES
TÍTULO:
ORDEM DE SERVIÇO
VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO
SIGLA DA UO RUBRICA DO SIGLA DA UO RUBRICA DO GERENTE
A-GST ENGENHEIRO
TÍTULO:
ORDEM DE SERVIÇO
VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO
SIGLA DA UO RUBRICA DO SIGLA DA UO RUBRICA DO GERENTE
A-GST ENGENHEIRO
17/05/2000 3 de 3
Produtos químicos considerados inalantes tóxicos, devem ser abertos com uso de
máscaras. Não deixar embalagens de produtos químicos abertos ou semi abertos, nem
reutilizar embalagens;
Manter adequados a iluminação e ventilação do local de trabalho ao executar as
atividades;
Não usar máquinas ou equipamentos sem abilitação ou permissão;
Todos os empregados devem assumir as atividades somente após treinamento de
capacitação;
Os empregados devem ser submetidos a exames médicos admissionais e periódicos;
Os funcionários da empresa que lidam com esgotos devem ser imunizados, conforme
recomendações do Serviço Social da empresa e da Gerência de Segurança e Medicina
do Trabalho.
6.1) Helmintíase
6.1.2) Ancilostomíase: é causada pelo Necator americano conhecida por doença do Jeca
Tatu ou amarelão. A infestação ocorre através da penetração dos ovos na pele causando
dermatite pruriginosa.
6.2.2) Amebíase: é causada pela Entamoeba hystolitica, única considerada patogênica para
o homem. Incidëncia relacionada com condições de higiene precárias e falta de saneamento
básico.
Síndrome causada por vários agentes etiológicos (bactérias, vírus e parasitas), cursa com
aumento do número de evacuações, fezes aquosas ou de pouca consistência.
Frequentemente acompanhada por vômitos e dor abdominal, geralmente dura 2 a 14 dias.
6.4) Hepatites
É uma doença causada por vírus, apresentam o fígado como órgão alvo. São cinco os
principais vírus:
hepatite A
hepatite B
hepatite C
hepatite D
hepatite E
6.4.1) Hepatite A: é transmitida por via fecal-oral, pessoa a pessoa, através de água e
alimentos contaminados. Período de incubação média de 30 dias.
Quadro clínico: pode ser assintomático, ou com poucos sintomas.
6.5) Cólera
Caracterizada por diarréia intensa, vômitos, desidratação súbita. A morte pode ocorrer em
horas após o início da doença.
Transmissão: água e alimentos;
Quadro clínico: o paciente "murcha rapidamente", fezes líquidas, turvas e esbranquiçadas
com aspecto de "água de arroz", vômitos.
É uma doença contagiosa, bacteriana, em lugares sem higiene e com condições precárias
de saneamento básico.
Sintomas: febre alta e contínua, mal estar, anorexia, com episódios alternados de diarréia
(fezes líquidas, fétidas, esverdeadas com aspecto de sopa de ervilha) e constipação.
Tranmissão: contato direto com fezes ou urina de doentes, ou indiretamente pela água ou
leite.
lavados diariamente;
Sempre que ocorrer qualquer contaminação por contato com materiais infectantes, o EPI
deverá ser substituído imediatamente e se possível enviado para higienização e
esterilização;
Para desinfecção de EPIs usa-se somente a lavagem com água e sabão neutro e
posterior secagem;
Administrar vermífugos (uma vez ao ano dependendo dos sintomas);
Colaborar na difusão de informações e educação em saúde e higiene do trabaho;
Todos funcionários que lidam com esgoto, devem ser imunizados;
Os funcionários devem ser submetidos a exames periódicos conforme a idade.
Sabemos que a melhor maneira de prevenir as doenças, principalmente aquelas que são
encontradas no ambiente de trabalho, é a higiene pessoal. Também é conhecido que
podemos levar para os nossos lares as doenças que existem no nosso meio de trabalho.
Devemos-nos conscientizar da importância de seguirmos as normas, que recomendam:
Antes de inicar as tarefas diárias do trabalho, devemos trocar as roupas que viemos de
casa;
Durante o período de trabalho, é importante usarmos uniforme da SANEAGO;
Caso exista uma tarefa que requeira maiores cuidados, dispor do equipamento correto
para tal realizá-la;
Após cada procedimento, deve-se higienizar o equipamento utilizado quando este não for
descartável. Nunca reutilizar um equipamento descartável, desprezá-lo em recipiente
adequado;
O emprego da lavagem das mãos é a melhor método para prevenção de doenças, o que
deve ser feito sempre que entrar com fontes contaminadas;
Nunca tirar do seu próprio corpo um Equipamento de Poteção Individual, para fornecê-lo
ao colega de trabalho;
Nunca beber, fumar ou comer quando estiver realizando uma tarefa, e sempre que o fizer
deve ser em local apropriado;
Manter as unhas higienizadas;
Utilizar sempre toalhas de papel absorvente após lavagem das mãos;
Nunca andar descalço, no local de trabalho;
Nunca entrar em locais como: copa, cozinha com vestimentas que entraram em contato
com fontes contaminantes e as mãos sem a devida higienização;
Evitar levar roupas de trabalho para casa;
Tomar banho sempre que terminar ou interromper a jornada de trabalho.
......................................
ANEXO – CAP. V
CALHA PARSHALL
Dimensões padronizadas de medidores Parshall (cm)
W (cm) A B C D E F G K N
1” 2,5 36,3 35,6 9,3 16,8 22,9 7,6 20,3 1,9 2,9
3” 7,6 46,6 45,7 17,8 25,9 38,1 15,2 30,5 2,5 5,7
6” 15,2 62,1 61 39,4 40,3 45,7 30,5 61 7,6 11,4
9” 22,9 88 86,4 38 57,5 61 30,5 45,7 7,6 11,4
1' 30,5 137,2 134,4 61 84,5 91,5 61 91,5 7,6 22,9
11/2' 45,7 144,9 142 76,2 102,6 91,5 61 91,5 7,6 22,9
2' 61 152,5 149,6 91,5 120,7 91,5 61 91,5 7,6 22,9
3' 91,5 167,7 164,5 122 157,2 91,5 61 91,5 7,6 22,9
4' 122 183 179,5 152,5 193,8 91,5 61 91,5 7,6 22,9
5' 152,5 198,3 194,1 183 230,3 91,5 61 91,5 7,6 22,9
6' 183 213,5 209 213,5 266,7 91,5 61 91,5 7,6 22,9
7' 213,5 228,8 224 244 303 91,5 61 91,5 7,6 22,9
8' 244 244 239,2 274,5 340 91,5 61 91,5 7,6 22,9
10' 305 274,5 427 366 475,9 122 91,5 183 15,3 34,3
CALHA PARSHALL
PLANTA E CORTE
figura 1
VAZÃO (l/s)
Valores de W
H (cm)
3” 6” 9” 1' 11/2 2' 3' 4
3 0,8 1,4 2,5 3,1 4,2 - - -
4 1,2 2,3 4 4,6 6,9 - - -
5 1,5 3,2 5,5 7 10 13,8 20 -
6 2,3 4,5 7,3 9,9 14,4 18,7 27 35
7 2,9 5,7 9,1 12,5 17,8 23,2 34 45
8 3,5 7,1 11,1 14,5 21,6 28 42 55
9 4,3 8,5 13,5 17,7 26 34,2 50 66
10 5 10,3 15,8 20,9 30,8 40,6 60 78
11 5,8 11,6 18,1 25,8 35,4 46,5 69 90
12 6,7 13,4 24 27,4 40,5 53,5 79 105
13 7,5 15,2 25,8 31 45,6 60,3 93 119
14 8,5 17,3 26,6 34,8 51,5 68 101 133
15 9,4 19,1 29,2 38,4 57 75,5 112 149
16 10,8 21,1 32,4 42,5 63 83,5 124 165
17 11,4 23,2 35,6 46,8 69 92 137 182
18 12,4 25,2 38,8 51 75,4 100 148 198
19 13,5 27,7 42,3 55.2 82,2 109 163 216
20 14,6 30 45,7 59,8 89 118 177 235
25 20,6 42,5 64,2 83,8 125 167 248 331
30 27,4 57 85 111 166 221 334 446
35 34,4 72,2 106,8 139 209 280 422 562
40 42,5 89,5 131 170 257 345 525 700
45 51 107 157 203 306 414 629 840
50 - - 185 240 362 486 736 990
55 - - 214 277 418,8 563 852 1144
60 - - 243 314 478,3 642 971 1308
65 - - - 356 543,4 730 1110 1490
70 - - - 402 611,3 821 1249 1684
........................................
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS