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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

ANOTAÇÕES DE AULA

Professor: André Silveira Neves

2017
Centro Universitário de Goiás - Uni-Anhanguera
Pró-Reitoria de Graduação e Extensão
Disciplina: Instalações Prediais - Elétricas/Projetos Elétricos

Sumário
Sumário ................................................................................................................. 2
1. Tipos de fornecimento de Energia Elétrica ................................................. 4
Monofásico ........................................................................................................................... 4
Bifásico .................................................................................................................................. 4
Trifásico ................................................................................................................................ 5
2. Ramal de Ligação......................................................................................... 7
3. Padrão de Entrada....................................................................................... 9
4. Aterramento Elétrico e Equipotencialização ............................................ 13
Principais esquemas de aterramento de proteção ............................................................ 15
Aterramento da Entrada Consumidora CELG-D ................................................................. 17
5. Previsão de Carga ...................................................................................... 19
Condições para estabelecer a quantidade mínima de pontos de Luz: .............................. 19
Condições para estabelecer a quantidade mínima de pontos de tomadas de uso geral .. 19
Tipos de pontos de tomada: ............................................................................................... 19
Potências Médias de Equipamentos Elétricos.................................................................... 22
Previsão de Carga mínima da planta baixa modelo ........................................................... 24
6. Divisão dos circuitos da Instalação ........................................................... 25
7. Cálculo das correntes dos circuitos terminais .......................................... 25
8. Indicação da rede de Eletrodutos e condutores ....................................... 27
Simbologia Adotada............................................................................................................ 27
Eletroduto ........................................................................................................................... 28
Condutores ......................................................................................................................... 29
Esquema de Ligação de Iluminação e Tomadas ................................................................. 29
Interruptores Simples e Tomadas ................................................................................... 29
Interruptores Paralelos ................................................................................................... 31
Interruptores Intermediários .......................................................................................... 32
9. Dimensionamento dos Condutores .......................................................... 34
Dimensionamento mínimo ................................................................................................. 34
Capacidade de Condução de Corrente ............................................................................... 34
Capacidade de Condução de Corrente de Fios e Cabos isolados de Cobre ....................... 37
Queda de Tensão ................................................................................................................ 38

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Determinar a seção do condutor neutro e do condutor de proteção (Terra) ................... 39


10. Dispositivos de Proteção ........................................................................... 40
DPS - Dispositivo de Proteção contra Surtos ...................................................................... 40
Disjuntor ............................................................................................................................. 41
Dispositivos DR - Diferencial Residual ................................................................................ 41
QUADRO DE CARGA............................................................................................................ 44
11. Símbolos Gráficos para Instalações Elétricas ............................................ 45

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1. Tipos de fornecimento de Energia Elétrica


Monofásico
Feito a dois fios: uma fase e um neutro, com tensão de 110V, 127V ou 220V. Normalmente,
é utilizado nos casos em que a potência ativa total da instalação é inferior a 12kW.

Figura 1:Ligação monofásica


NORMA NTC 04 REV. 4
Categorias Potência Instalada Disjuntor Ramal de entrada Aterramento
M1 Carga≤5kW 30A 6mm², cobre PVC 70º 10mm², cobre nu
M2 5kW<Carga≤9kW 40A 10mm², cobre PVC 70º 10mm², cobre nu
M3 9kW<Carga≤12kW 60A 16mm², cobre PVC 70º 16mm², cobre nu

Bifásico
Feito a três fios: duas fases e um neutro, com tensão de 110V, 127V ou 220V entre fase e neutro
e de 220V ou 380V entre fases. Normalmente é utilizado nos casos em que a potência ativa total da
instalação é maior que 12kW e inferior que 25kW.

Figura 2: Ligação Bifásica


NORMA NTC 04 REV. 4
Categorias Potência Instalada Disjuntor Ramal de entrada Aterramento
B1 12kW<Carga≤20kW 50A 10mm², cobre PVC 70º 10mm², cobre nu
B2 20kW<Carga≤25kW 60A 16mm², cobre PVC 70º 16mm², cobre nu

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Trifásico
Feito a quatro fios: Três fases e um neutro, com tensão de 110V, 127V ou 220V entre fase e neutro
é de 220V ou 380V entre fase e fase. Normalmente, é utilizado nos casos em que a potência ativa total da
instalação é maior que 25kW e inferior a 75kW, ou quando houver motores trifásicos ligados à instalação.

Figura 3: Ligação Trifásica


NORMA NTC 04 REV. 4
Categorias Demanda Disjuntor Ramal de entrada Aterramento
Provável
T1 Até 26 kVA 40A 10mm², cobre PVC 70º 10mm², cobre nu
T2 De 26,1 a 39 kVA 60A 16mm², cobre PVC 70º 16mm², cobre nu
T3 De 39,1 a 46 kVA 70A 25mm², cobre PVC 70º 16mm², cobre nu
T4 De 46,1 a 66 kVA 100A 35mm², cobre PVC 70º 16mm², cobre nu

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Tabela 1: Categorias de Atendimento, Tabela 1, NTC-04, Rev.4, CELG-D

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2. Ramal de Ligação
O ramal deve atender as seguintes exigências:
➢ Entrar sempre pela frente do terreno;
➢ Obs: Em terreno de esquina, com acesso a duas ruas, será permitido a entrada por
qualquer um dos lados.
➢ Estar livre de qualquer obstáculo;
➢ Comprimento máximo de 30 metros;
➢ Ser perfeitamente visível;
➢ Não cruzar terreno de terceiros;
➢ Não ser acessível através de janelas, sacadas, telhados, escadas, etc., devendo manter
um afastamento mínimo de 1,20 m desses pontos na horizontal e 2,50 m na vertical;
➢ Não cruzar com outros ramais de ligação;
➢ Não conter emendas.

NBR ABNT 5410:2004 CELG-D – NTC 04 REV4


Conforme a norma da ABNT NBR Para o padrão CELG, temos comercialmente dois
5410:2004, item 6.2.11.8.3: os tipos de poste utilizados junto a caixa de medição,
condutores devem ser instalados de sendo:
forma a permitir as seguintes distâncias ➢ Quanto à altura:
mínimas, medidas na vertical, entre o o Poste de aço seção circular de 7 metros de altura –
condutor e o solo: Utilizados quando há travessia do ramal de ligação
➢ 5,5m – No Cruzamento de ruas e por ruas e avenidas;
avenidas e entradas de garagens de o Poste de aço seção circular de 5 metros de altura –
veículos pesados; Utilizados quando não há travessia do ramal de
➢ 4,5m – Nas entradas de garagens ligação por ruas e avenidas.
residenciais, estacionamentos ou ➢ Quanto ao material:
outros locais não acessíveis a veículos o Aço carbono galvanizado a fogo, seção circular ou
pesados; quadrada, conforme NTC-16;
➢ 3,5m – Nos locais exclusivos para o Concreto armado, segundo NTC-01 e NTC-16;
pedestres;

INFORMAÇÃO EXTRA
Segue o Item 5.2 letras i da NTC04 REV.4 (Norma CELG) que trata sobre as alturas dos postes:
“Quando a unidade consumidora estiver localizada do mesmo lado da rede da CELG D deve-
se utilizar padrão montado em poste com comprimento mínimo 5 m; caso contrário, utilizar o de 7
m.” (NTC 04 REV.4 ITEM 5.2 letra i)

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Figura 4: Ramais de Ligação

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3. Padrão de Entrada
É a instalação que compreende os seguintes componentes:
➢ Ramal de entrada;
➢ Poste;
➢ Caixas;
➢ Quadro de medição e proteção;
➢ Aterramento
➢ Ferragens;

Figura 5: Padrão de Entrada


As mesmas devem ser atender às especificações da norma técnica da
concessionária local. Para o estado de Goiás temos que seguir a norma técnica da CELG
NTC-04 Rev.4.

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Figura 6: Detalhes construtivos de padrão de entrada

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Figura 7: Detalhes construtivos de padrão de entrada

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Figura 8:
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4. Aterramento Elétrico e Equipotencialização


Aterramento Elétrico
Aterramento elétrico é a ligação intencional da carcaça de um equipamento
elétrico com a terra, que pode ser realizada utilizando apenas condutores elétricos
necessários, sendo direto ou por meio da inserção de uma impedância no caminho da
corrente à terra (indireto).
Choque por contato direto
A pessoa toca um condutor eletricamente carregado que está funcionando
normalmente.
Choque por contato indireto
A pessoa toca algo que normalmente não conduz eletricidade, mas que se
transformou em um condutor acidentalmente (por exemplo, devido a uma falha no
isolamento).

Figura 9: Na imagem à esquerda temos uma situação de choque por contado direto e à direita
por contato indireto
Existem dois tipos de aterramento:
➢ Funcional – Garante o correto funcionamento dos equipamentos ou para
permitir o funcionamento seguro e confiável da instalação. Exemplo:
aterramento do neutro;
➢ Proteção – Consiste a ligação das massas metálicas à terra para a proteção
contrachoques elétricos por contatos indiretos.

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➢ Materiais utilizados:
➢ Caixa de inspeção 30x30x30 cm;

Figura 10: Caixa de Inspeção


➢ Condutores:
o Cordoalha de cobre nu;
o Cordoalha de aço galvanizado;

Figura 11: Cordoalha de cobre nu à direita e aço galvanizado à esquerda


➢ Hastes de aterramento:
o Haste de aço cobreado com Ø5/8”de diâmetro e 2,40 de
comprimento;
o Hastes tipo cantoneira, zincadas a fogo, com dimensões 3x22x22
mm e comprimento mínimo 2000 mm.

Figura 12: Haste de aço cobreado à esquerda e tipo cantoneira à direita


➢ Conectores do tipo cabo-haste ou do tipo grampo, Solda Exotérmica e
conectores a compressão.

Figura 13: Conexões utilizadas em malha de aterramento

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Finalidade:
➢ Neutralizar cargas estáticas;
➢ Proteger contrachoques elétricos por contato indireto;
➢ Proteger a instalação elétrica contra surtos de tensão (Descargas
Atmosféricas) quando associado à DPS (dispositivos de proteção contra
surtos).
➢ Criar um caminho seguro para a terra para as correntes em caso falha na
isolação dos equipamentos ou energização acidental de elemento metálico
exposto;
➢ Fazer com que os dispositivos de proteção atuem adequadamente em caso
de curto-circuito;
IMPORTANTE
INDEPENDENTE DE SUA FINALIDADE (PROTEÇÃO OU FUNCIONAL), O
ATERRAMENTO DEVE SER ÚNICO EM CADA LOCAL DA INSTALAÇÃO.

Principais esquemas de aterramento de proteção


Os esquemas de aterramento de proteção mais utilizados em instalações
residenciais são:
➢ TN-S: Neste esquema os cabos neutro e de proteção são separados.
Veja Esquema:

Figura 14: Esquema TN-S


➢ TN-C: Nos esquemas do tipo TN, um ponto da alimentação é diretamente
aterrado, e as massas da instalação são ligadas a esse ponto através de
condutores de proteção. No esquema TN-C, as funções de neutro e de
proteção são combinadas no mesmo condutor (PEN). Esse tipo de esquema
é muito utilizado no aterramento da rede pública.

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Veja esquema:

Figura 15: Esquema TN-C


NBR ABNT 5410:2004
ITEM 5.4.3.6 Em toda edificação alimentada por linha elétrica em esquema TN-
C, o condutor PEN deve ser separado, a partir do ponto de entrada da linha na
edificação, ou a partir do quadro de distribuição principal, em condutores distintos
para as funções de neutro e de condutor de proteção. A alimentação elétrica, até aí
TN-C, passa então a um esquema TN-S (globalmente, o esquema é TN-C-S).
ITEM 6.4.3.4.1 O uso de condutor PEN só é admitido em instalações fixas, desde
que sua seção não seja inferior a 10 mm2 em cobre ou 16 mm2 em alumínio e
observado o disposto em 5.4.3.6.
NOTA: Perigoso no caso de ruptura do condutor neutro.

Figura 16: Situação de risco que pode ocorrer em esquema TN-C

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➢ TN-C-S: Neste esquema as funções de neutro e de proteção são combinadas


em um mesmo condutor (PEN), porém este se divide em condutor de neutro
e outro de proteção no circuito onde são ligadas as massas.
Veja esquema:

NBR ABNT 5410:2004


ITEM 6.4.3.4.3. Se, em um ponto qualquer da instalação, as funções de neutro
e de condutor de proteção forem separadas, com a transformação do condutor PEN
em dois condutores distintos, um destinado a neutro e o outro a condutor de
proteção, não se admite que o condutor neutro, a partir desse ponto, venha a ser
ligado a qualquer ponto aterrado da instalação. Por isso mesmo, esse condutor neutro
não deve ser religado ao condutor PE que resultou da separação do PEN original.

Aterramento da Entrada Consumidora CELG-D


Conforme NTC-04 REV.4 devemos adotas aos seguintes critérios:
➢ Até duas unidades consumidoras o neutro deve ser aterrado com, no
mínimo, uma haste e condutor de aterramento em cobre nu e seção
conforme Tabela 1.
Para medições agrupadas:
➢ Até 03 (três) unidades consumidoras: deve ser previsto o aterramento do
neutro da entrada de serviço em um único ponto, partindo do quadro de
medidores com, no mínimo, duas hastes, espaçadas de pelo menos seu
comprimento; o condutor de aterramento deve ser de cobre nu, seção
mínima conforme Tabela 1;
➢ Mais de 03 (três) unidades consumidoras: o neutro da entrada de serviço
deve ser aterrado em um único ponto, partindo do quadro de medidores
com, no mínimo, três hastes, espaçadas de pelo menos seu comprimento; o
condutor de aterramento deve ser de cobre nu com seção mínima conforme
Tabela 1.

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Equipotencialização
É a ligação elétrica que coloca massas e elementos condutores no mesmo
potencial elétrico.

Figura 17: Equalização de potenciais

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5. Previsão de Carga
Para determinar a potência total prevista para a instalação elétrica, é preciso
realizar a previsão de cargas. E isso se faz com o levantamento das potências (cargas) de
iluminação e tomadas a serem instaladas.
➢ Halls, corredores, subsolos, garagens,
Condições para estabelecer a mezaninos e varandas: pelo menos, um ponto de
quantidade mínima de pontos de Luz: tomada;
➢ Prever pelo menos um ponto de Luz no teto, ➢ Banheiros: no mínimo, um ponto de
comandado por um interruptor de parede; tomada junto ao lavatório com uma distância
➢ Nas áreas externas, a determinação da mínima de 60cm do limite do boxe.
quantidade de ponto de luz fica a critério do Instalações Comerciais:
projetista; ➢ Escritórios com áreas iguais ou inferiores a
➢ Arandelas no Banheiro devem estar distantes, 40m²: uma tomada para cada 3m, ou fração de
no mínimo, 60 cm do limite do box ou da perímetro, ou uma tomada para cada 4m² ou
banheira, para evitar o risco de acidentes com fração de área (usa-se o critério que conduzir ao
choques elétricos. maior número de tomadas);
➢ Em área igual ou inferior a 6m², atribuir no ➢ Escritórios com áreas superiores a 40m²:
mínimo 100VA; dez tomadas para os primeiros 40m², uma
➢ Em área superior a 6m², atribuir no mínimo tomada para cada 10m², ou fração de área
100VA nos primeiros 6m², acrescidos de 60VA restante.
para cada aumento de 4m² inteiros. ➢ Lojas: uma tomada para cada 30m², ou
fração, não computadas as tomadas destinadas a
Condições para estabelecer a lâmpadas, vitrines e descontração de aparelhos.
quantidade mínima de pontos de
Tipos de pontos de tomada:
tomadas de uso geral Tomadas de uso geral (TUG’s):
Instalações Residenciais: Não se destinam à ligação de equipamentos
➢ Cômodos ou dependências com área igual específicos. Nelas são ligados aparelhos
ou inferior a 6m²: no mínimo, um ponto de móveis ou portáteis como: TV, rádio,
tomada; furadeira, carregadores de celular, etc.
➢ Sala e dormitórios, independente da área,
e cômodos ou dependências com área superior a Tomadas de uso específico (TUE’s):
6m²: no mínimo, um ponto de tomada para 5m São destinados à ligação de equipamentos
ou fração de perímetro, espaçadas tão fixos e estacionários, como: chuveiro, torneira
uniformemente quanto possível; elétrica e equipamentos com corrente
➢ Cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de nominal superior a 10A.
serviço, lavanderias e locais análogos: no
mínimo, um ponto de tomada para cada 3,5m ou
fração de perímetro, independentemente da
área. Acima da bancada da pia devem ser
previstas, no mínimo, duas tomadas de corrente,
no mesmo ponto ou em pontos separados;

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Iluminação
AMBIENTE ÁREA POTÊNCIA (VA) – LÂMPADA INCANDESCENTE
Qualquer Se ≤ 6m² 100 VA
Ambiente Se > 6m² 1º 6m²-100 VA + 60 VA para cada 4m² inteiros excedentes
Tabela 2: Previsão de carga de iluminação
TABELA COMPARATIVA DE LÂMPADAS CONFORME FLUXO LUMINOSO
Incandescente Fluorescente LED Fluxo Luminoso médio
compacta (lúmens)
40 W 9W 6W 516
60 W 15 W 10 W 864
100 W 30 W 15 W 1620
150 W 45 W 25 W 2505
200 W 56 W 30 W 3520
Tabela 3: tabela comparativa de Lâmpadas comerciais
Segue abaixo uma tabela de quantidade de Lâmpadas calculadas pelo método
de Lúmens com as seguintes características:
- Pé direito: 2,6 m;
- Iluminância: 200 lux;
- Plano de trabalho: 0,8 m;
- Refletância do teto: 70%;
- Refletância de Parede: 50%;
- Refletância do chão de 20%;
- Fator de perda: 0,85
QUANTIDADE ESTIMADA DE LÂMPADAS
Área Incandescente Fluorescente LED
compacta
A < 2 m² 100W 30W 15W
2 ≤ A < 6 m² 2x100W / 200W 2x30 W / 56 W 2x15 W / 30 W
6 ≤ A < 10m² 3x100W / 2x150W 3x30W / 2x45W 3x15 W / 2x25W
10 ≤ A < 18 m² 4x100W / 3x150W / 4x30W / 3x45W / 4x15 W / 3x25W /
2x200W 2x56W 2x30 W
18 ≤ A < 26 m² 6x100 W / 4x 150W / 6x30W / 4x45W / 6x15W / 4x25W /
3x 200W 3x56W 3x30W
26 ≤ A < 34 m² 8x100W / 6x150W / 8x30W / 6x45W / 8x15W/ 6x25W /
4x200W 4x56W 4x30W
Tabela 4: Estimação de quantidade de Lâmpadas pelo método de Lúmens

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Tomadas de uso geral – Instalações residenciais, de hotéis


Potência mínima
Ambiente Quantidade de tomadas
atribuída por ponto
Sala, dormitórios, 1 tomada para cada 5m ou fração do
100 VA
cômodos c/ área >6m² perímetro.
1 tomada para cada 3,5m ou fração
Cozinhas, copas, copas- do perímetro.
Até 3 tomadas de
cozinhas, áreas de Acima da Bancada da pia devem ser
600VA e as demais
serviço, lavanderias e previstas, no mínimo, duas tomadas
de 100VA.
locais análogos no mesmo ponto ou em pontos
separados.
1 tomada no mínimo Até 3 tomadas de
Banheiro 600VA e as demais
de 100VA.
Cômodos com área ≤ 1 tomada no mínimo
100 VA
6m²
Halls, corredores, 1 tomada no mínimo
subsolos, garagens, 100 VA
mezaninos e varandas
Tabela 5: Previsão de carga de tomadas de uso geral
Tomadas de uso geral – Estabelecimentos Comerciais
Potência mínima
Ambiente Quantidade de tomadas
atribuída por ponto
1 tomada para cada 3 m ou fração do
perímetro;
Ou
Escritórios com área ≤
1 tomada para cada 4m² ou fração de
40m²
área; Não tem um valor
Usar o critério que conduzir ao mínimo na norma da
maior número de tomadas. ABNT.
10 tomadas para os primeiros 40m²,
Escritório com área
uma tomada para cada 10m², ou Recomenda-se
>40m²
fração de área restante mínimo de 200 VA
Uma tomada para cada 30m², ou
fração, não computadas as tomadas
Loja
destinadas a lâmpadas, vitrines e
descontração de aparelhos
Tabela 6: Previsão de carga de tomadas de uso geral

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Potências Médias de Equipamentos Elétricos


APARELHOS FATOR DE POTÊNCIAS
POTÊNCIA NOMINAIS
Aquecedor de água central 50 a 100 litros 1,0 1.000W
Aquecedor de água central 150 a 200 litros 1,0 1.250 W
Aquecedor de água central 300 a 350 litros 1,0 2.000 W
Aquecedor de água central 400 litros 1,0 2.500 W
Aquecedor de água de passagem 1,0 4000 a 8.000 W
Aquecedor de ambiente (portátil) 1,0 500 a 1.500 W
Batedeira 0,8 100 a 300 W
Cafeteira 1,0 1000 W
Centrifuga 0,8 150 W a 300W
Churrasqueira elétrica 1,0 3.000 W
Chuveiro 1,0 4.400 a 7.500 W
Condicionador de Ar Central 0,8 8.000 W
Ar Condicionado Split 7.500 BTU’s 0,8 633 W
Ar Condicionado Split 9.000 BTU’s 0,8 800 W
Ar Condicionado Split 12.000 BTU’s 0,8 1.084 W
Ar Condicionado Split 18.000 BTU’s 0,8 1.600 W
Ar Condicionado Split 24.000 BTU’s 0,8 2.400 W
Ar Condicionado Split 30.000 BTU’s 0,8 3.080 W
Congelador (Freezer) residencial 0,8 240 a 400 W
Copiadora tipo Xerox 0,92 1.380 a 5.980 W
Cortador de grama 0,8 800 a 1.500 W
Exaustor de ar para cozinha 0,8 240 a 400 W
Ferro de passar roupa 1,0 800 a 1.650 W
Fogão elétrico (tipo residencial), por boca 1,0 2.500 W
Forno elétrico (tipo residencial) 1,0 2.500 W
Forno de Micro-ondas 0,92 1.500 W
Geladeira (tipo residencial) 0,8 120 a 400 W
Lavadora de Pratos 0,92 1.200 a 2.800 W
Liquidificador 0,8 270 W
Máquina de Costura (doméstico) 0,8 60 a 150 W
Máquina de Lavar roupas (residencial) 0,8 600 W
Máquina de Lavar e Secar roupas (residencial) 0,8 2500 a 6000 W
Microcomputador 0,92 180 a 280 W
Datashow 0,92 1.200 W
Secador de Cabelo (doméstico) 0,92 500 a 1.200 W
Televisor 0,92 75 a 300 W
Torneira Elétrica 1,0 2.800 a 4.500 W
Torradeira (tipo residencial) 1,0 500 a 1.200 W
Tabela 7: Potências Elétricas mais comuns

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Figura 18: planta baixa modelo

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Previsão de Carga mínima da planta baixa modelo


Dimensões Iluminação Tomadas de Uso Geral Tomadas de Uso Específico
Dependência
Área (m²) Perímetro Carga Total Quant. Pot. Unid. Total Discriminação Potência
100 100
Sala
60 600
100 100
Quarto
60 600
100 100
Cozinha
60 600
100 100
Área de Serviço
60 600
100 100
Banheiro
60 600
100 100
Corredor
60 600
100 100
Circulação
60 600
Total
Potência Ativa Total (W)
Potência Aparente Total (VA)
Tabela 8: Previsão de Cargas

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6. Divisão dos circuitos da Instalação


As regras indicadas a seguir acompanham as recomendações da NBR-5410, em sua seção 9.5.3
e são bastante simples:
➢ Um circuito para alimentação de cada ponto de força, ou tomada de uso específico (TUE),
ou seja, para cada equipamento de corrente nominal superior a 10A;
➢ Um circuito para alimentação das tomadas de uso geral (TUG’s) de cozinha, área de serviços,
lavanderias e locais semelhantes com no máximo 1270 VA (em 127V) ou 2200 VA (em 220V)
de carga instalada; esses circuitos devem ser exclusivos para as tomadas desses locais;
➢ Um circuito para alimentação de cada conjunto de tomadas de uso geral (TUG’s) de outros
ambientes (sala, quarto, corredor ...) com até 1270 VA (em 127V), ou 2200 VA (em 220V);
➢ Um circuito para a alimentação de conjuntos de pontos de Luz com até 1270 VA (em 127
V), ou 2200 VA (em 220 V);
➢ Os circuitos terminais devem ser individualizados pela função dos equipamentos de
utilização que alimentam;
Além desses critérios, o projetista precisa atender as seguintes exigências:
➢ Segurança — por exemplo, evitando que a falha em um circuito prive de alimentação toda
uma área;
➢ Conservação de energia — por exemplo, possibilitando que cargas de iluminação e/ou de
climatização sejam acionadas na justa medida das necessidades;
➢ Funcionais — por exemplo, viabilizando a criação de diferentes ambientes, como os
necessários em auditórios, salas de reuniões, espaços de demonstração, recintos de lazer,
etc.;
➢ De produção — por exemplo, minimizando as paralisações resultantes de uma ocorrência;
➢ De manutenção — por exemplo, facilitando ou possibilitando ações de inspeção e de
reparo.

7. Cálculo das correntes dos circuitos terminais


MONOFÁSICA BIFÁSICA TRIFÁSICA TRIFÁSICA
𝑆𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑆𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑆𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑆𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒
𝐼𝑐 = (𝐴) 𝐼𝑐 = (𝐴) 𝐼𝑐 = (𝐴) 𝐼𝑐 = (𝐴)
𝑈𝐹𝑁 𝑈𝐹𝐹 3. 𝑈𝐹𝑁 √3. 𝑈𝐹𝐹
Tabela 9: Cálculo de correntes
Sendo S é a potência aparente (VA), 𝑈𝐹𝑁 é a tensão Fase-Neutro (V), 𝑈𝐹𝐹 é a tensão Fase-Fase
e Ic a corrente por fase calculada (A).
Lembrando que para:
- 𝑈𝐹𝑁 = 220𝑉 temos 𝑈𝐹𝐹 = 380𝑉; 𝑈𝐹𝑁 = 127 𝑉 temos 𝑈𝐹𝐹 = 220𝑉;
Outras informações:
- No estado de Goiás temos 𝑈𝐹𝑁 = 220𝑉 e 𝑈𝐹𝐹 = 380𝑉.
A relação entre a potência Ativa e a Aparente é dada pelo Fator de Potência:
𝑃
FP = 𝑆 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 , sendo P a potência ativa, S a potência aparente e FP o Fator de Potência.
𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒

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Insira os pontos de Luz, pontos de Tomadas de Uso Geral e Tomadas de uso especial na planta
modelo da apostila e em seguida faça a divisão de circuitos seguindo os critérios do item 6 página 24.

Nº Tensão Corrente
Descrição P (W) FP S (VA)
Circuito (V) (A)

Tabela 10: Divisão de circuitos da planta baixa modelo


NOTA: Para turmas de arquiteturas considerar o fator de potência unitário, ou seja, todo valor
Watts (Potência Ativa) será igual ao valor em VA (Potência Aparente).

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8. Indicação da rede de Eletrodutos e condutores


Simbologia Adotada
Simbologia adotada na disciplina, demais simbologias podem ser criadas desde que a mesma
seja citada no projeto.

Figura 19: Simbologia empregada na disciplina

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Eletroduto
É um elemento de linha elétrica fechada, de seção circular ou não, destinada a conter
condutores elétricos, permitindo tanto a enfiação quanto a retirada dos condutores por puxamento.
O percurso de instalação de eletrodutos seguirá uma sequência Lógica de forma a minimizar os
custos, o comprimento de cabos e subidas e descidas desnecessárias. Citaremos abaixo os percursos
mais utilizados.

Passagem de eletrodutos pelo teto

Figura 20: Eletroduto pelo teto


Ou seja, do quadro de distribuição iniciam-se os trechos de eletrodutos que vão para as caixas
de ponto de luz no teto. A partir dessas caixas se faz a distribuição de eletrodutos e condutores nesse
local para conectar os interruptores e tomadas desse ambiente, e também o caminho para outros
pontos de luz que estejam próximos.
Passagem de eletrodutos sob o piso

Figura 21: Eletroduto sob o piso


Existe também a possibilidade de instalar o eletroduto sob o piso quando se deseja encaminhar
condutores para um ponto elétrico externo a edificação, para uma outra edificação ou até mesmo em
tomadas baixas da edificação. A questão se o eletroduto vai encaminhar pelo teto ou sob o piso não se
trata de uma regra, mas uma questão lógica em que prevalece sempre o caminho mais viável seja
financeiro ou técnico.

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Algumas precauções:
➢ Limitar a quatro ou no máximo cinco a quantidade de eletrodutos conectados a cada caixa
de instalação de ponto de Luz no teto, e no máximo três para caixinhas de interruptores e
tomadas;
➢ Quando se utiliza a instalação com os eletrodutos embutidos na laje, procurar evitar o
cruzamento de eletrodutos;
➢ Evitar trechos de eletrodutos com comprimento superior a 15m;

Condutores
Esquema de Ligação de Iluminação e Tomadas
Interruptores Simples e Tomadas
Esquema de Ligação

Figura 22: Esquema de Ligação de interruptor simples e tomada

Figura 23: Exemplo de aplicação de interruptores simples e tomadas

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Representação de duas Luminárias alimentadas pelo circuito 1 e acionadas por um interruptor


simples; e uma tomada alimenda pelo circuito 2

Representação de duas Luminárias alimentadas pelo circuito 1 e acionadas por teclas diferentes; e
uma tomada alimenda pelo circuito 2

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Interruptores Paralelos
Permitem o acionamento de uma lâmpada ou um conjunto de Lâmpadas em dois pontos
diferentes da edificação.

Exemplo de Aplicação de interruptores paralelos

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Representação de duas Luminárias alimentadas pelo circuito 1 e acionadas por dois interruptores
paralelos

Interruptores Intermediários
Permite o comando de um ou mais pontos de luz, em três ou mais interruptores. São utilizados
dois interruptores intermediários, e entre eles um ou mais interruptores intermediários.
O interruptor intermediário é também chamado Four Way, ele possui na sua parte interna 4
bornes com parafusos que dependendo da posição da tecla podem estar ligados conforme a imagem
a seguir:

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Representação de duas Luminárias alimentadas pelo circuito 1 e acionadas por dois interruptores
paralelos e um intermediário

Exercício: Faça a representação dos condutores na planta baixa modelo da apostila.

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9. Dimensionamento dos Condutores


O dimensionamento dos condutores deve ser realizado conforme as seguintes etapas:
I) Determinar a seção do condutor Fase
a. Verificação da seção mínima em função da aplicação do circuito;
b. Dimensionamento pelo critério da máxima capacidade de condução de corrente;
c. Dimensionamento pelo critério da queda de tensão admissível nos condutores;
Adotar o maior valor entre os obtidos.
II) Determinar a seção do condutor neutro e a seção do condutor terra.

Dimensionamento mínimo
A NBR 5410:2004 especifica os condutores em mm² e admite como menor seção possível de
utilizar em cada tipo de circuito conforme sua aplicação. As seções mínimas para o condutor de cobre
estão especificadas na tabela abaixo:

Tabela 11: Seção mínima dos condutores

Capacidade de Condução de Corrente


Inicialmente devemos determinar o valor da corrente para a qual dimensionaremos o condutor.
Esse valor é denominado corrente de projeto (𝐼𝐵 ), e para cada circuito pode ser calculado conforme a
item 7 da apostila. Segue novamente:
MONOFÁSICA BIFÁSICA TRIFÁSICA TRIFÁSICA
𝑆𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑆𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑆𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑆𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒
𝐼𝐵 = (𝐴) 𝐼𝐵 = 𝑈 (𝐴) 𝐼𝐵 = (𝐴) 𝐼𝐵 = (𝐴)
𝑈𝐹𝑁 𝐹𝐹 3. 𝑈𝐹𝑁 √3. 𝑈𝐹𝐹
Tabela 12: Cálculo de correntes
Lembrando que S é a potência aparente, 𝑈𝐹𝑁 é tensão fase-neutro (220V – CELG-D), 𝑈𝐹𝐹 é
tensão fase-fase (380V- CELG-D);
Determinado a corrente de projeto, devemos aplicar os fatores de correção conforme
temperatura e agrupamento de circuitos. Seguem as tabelas:

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Tabela 13: Fatores de correção para temperatura ambiente diferente de 30°C para linhas não subterrâneas e
de 20°C (temperatura do solo) para linhas subterrâneas.

Tabela 14: Fatores de Correção para agrupamento de mais de um circuito ou mais de um cabo multipolar
Com o valor da corrente de projeto (𝐼𝐵 ) e dos fatores de correção, efetue o cálculo conforme
fórmula abaixo:
𝐼𝐵
𝐼′𝐵 =
𝐹𝑇 ∙ 𝐹𝐴
Sendo 𝐼′𝐵 a corrente de projeto corregida, 𝐼𝐵 a corrente de projeto, 𝐹𝑇 o fator de correção de
temperatura e 𝐹𝐴 o fator de correção de agrupamento.
O condutor a ser utilizado deve ter capacidade de condução de corrente (𝐼𝑍 ) maior ou igual ao
valor da corrente de projeto corregida (𝐼′𝐵 )
𝐼𝑍 ≥ 𝐼′𝐵

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Métodos de Instalação

Tipos de Linhas Elétricas – Tabela 33 da NBR ABNT 5410:2004

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Capacidade de Condução de Corrente de Fios e Cabos isolados de Cobre

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Queda de Tensão
Para análise da aplicação do dimensionamento pela queda de tensão, podemos a princípio
considerar que, em geral, para comprimento de circuitos inferior a 15 metros ela será desprezível,
bem inferior ao resultado do dimensionamento obtido pelo critério da capacidade de condução de
corrente ou da seção mínima admitida pela NBR 5410:2004 em função da aplicação do circuito.

A fim de se obter um perfeito funcionamento dos aparelhos de uma instalação, devemos


dimensionar os condutores de modo que a tensão que se estabelece nos terminais dos aparelhos tenha
um valor o mais próximo possível da sua tensão nominal. Para que isso ocorra, devemos determinar a
seção dos condutores a serem utilizados, conforme exposto a seguir.
Segundo a NBR 5410:2004, a queda de tensão entre a origem da instalação e qualquer ponto
de utilização não dever ser superior aos valores da imagem abaixo:

Nesse caso, para obter a queda de tensão entre a entrada e a carga mais distante (pior caso),
devemos considerar a queda de tensão devido à corrente de cada carga, consideradas as suas
respectivas distâncias, o que leva às seguintes expressões para determinar a seção mínima para uma
dada queda de tensão percentual:
Circuitos monofásicos
2𝜌 ∑𝑛𝑖=1 𝑙𝑖 𝐼𝑖
𝑆𝑚𝑖𝑛 = 𝑥100%
𝑉𝑣𝑜𝑚 ∙ ∆𝑉𝑚á𝑥 (%)
Circuitos trifásicos (Equilibrados)

√3𝜌 ∑𝑛𝑖=1 𝑙𝑖 𝐼𝑖
𝑆𝑚𝑖𝑛 = 𝑥100%
𝑉𝑛𝑜𝑚 ∙ ∆𝑉𝑚á𝑥 (%)
Sendo:
ρ=1/57 Ω.mm²/m (resistividade do cobre)
𝑙= Comprimento do trecho;
𝐼= Corrente da linha;
𝑉𝑛𝑜𝑚 = Tensão nominal da linha;
∆𝑉𝑚á𝑥 = Queda de tensão máxima admitida;

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Determinar a seção do condutor neutro e do condutor de proteção


(Terra)
NEUTRO:
• O condutor neutro de um circuito monofásico deve ter a mesma seção do condutor de
fase.
• Num circuito trifásico com neutro e cujos condutores de fase tenham uma seção superior
a 25 mm2, a seção do condutor neutro pode ser inferior à dos condutores de fase, sem ser
inferior aos valores indicados na tabela 15, em função da seção dos condutores de fase,
quando as três condições seguintes forem simultaneamente atendidas:
a) o circuito for presumivelmente equilibrado, em serviço normal;
b) a corrente das fases não contiver uma taxa de terceira harmônica e múltiplos superior
a 15%;
c) o condutor neutro for protegido contra sobrecorrentes conforme 5.3.2.2 da ABNT NBR
5410:2004.

PROTEÇÃO (TERRA):
• A seção do condutor de proteção (Terra) pode ser determinada através da tabela 15 da
apostila;
• O terra poderá ser comum a dois ou mais circuitors desde que atenda ao item 6.4.3.1.5
da NBR 5410:2004.

6.4.3.1.5 Um condutor de proteção pode ser comum a dois ou mais circuitos, desde que esteja
instalado no mesmo conduto que os respectivos condutores de fase e sua seção seja dimensionada
conforme as seguintes opções:
a) calculada de acordo com 6.4.3.1.2, para a mais severa corrente de falta presumida e o mais
longo tempo de atuação do dispositivo de seccionamento automático verificados nesses circuitos; ou
b) selecionada conforme a tabela 58 (Tabela 15 da apostila), com base na maior seção de
condutor de fase desses circuitos.

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Tabela 15: Seções do condutor neutro para circuitos trifásicos que atendam às exigências citadas em norma
NBR ABNT 5410:2004(imagem à esquerda) e Seção mínima do condutor PE(imagem à direita)

10. Dispositivos de Proteção


DPS - Dispositivo de Proteção contra Surtos
Este dispositivo protege diversos equipamentos dentro de residências,
escritórios, salas comerciais, etc, tais como: equipamentos de áudio e vídeo,
computadores, sistemas de alarme, alarme de incêndio, ar condicionado,
servidores, entre outros equipamentos ligados na rede elétrica.
A utilização do DPS é necessária em pelo menos um ponto da instalação,
quando a instalação estiver exposta, oferecendo riscos.
Atenção: A proteção contra sobretensão, proveniente de raios, pode ser
dispensada se a consequência dessa omissão for um risco calculado, assumido e
estritamente material. A proteção não poderá ser dispensada em hipótese
alguma se essas consequências oferecem risco direto ou indireto à segurança e à
saúde das pessoas.

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Conforme estabelece a ABNT NBR 5410:2004, toda instalação consumidora deve ser provida de
dispositivo de proteção contra surtos (DPS), com as seguintes características elétricas: tensão nominal
280 V, frequência 60 Hz, correntes de descarga com onda 8/20 µs: nominal 20 kA e máxima ≥ 40 kA,
demais características conforme ABNT NBR IEC 61643-1.

Disjuntor
O disjuntor protege os fios e os cabos do circuito. Quando ocorre uma
sobrecorrente provocada por uma sobrecarga ou um curto-circuito, o disjuntor é
desligado automaticamente. Ele também pode ser desligado manualmente para
a realização de um serviço de manutenção.
Escolha do disjuntor
A corrente nominal (Id) do disjuntor deve ser maior ou igual à corrente do
circuito a ser protegido (Icarga). Então:
𝐼𝐵(𝑝𝑟𝑜𝑗𝑒𝑡𝑜) ≤ 𝐼𝐷𝑖𝑠𝑗𝑢𝑛𝑡𝑜𝑟 ≤ 𝐼𝑍(𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟)

Onde:
𝐼𝐵 é a corrente de projeto do circuito;
𝐼𝑑𝑖𝑠𝑗𝑢𝑛𝑡𝑜𝑟 é a corrente nominal do
dispositivo de proteção (ou corrente de ajuste, para
dispositivos ajustáveis), nas condições previstas
para sua instalação;
𝐼𝑧 é a capacidade de condução de corrente
dos condutores, nas condições previstas para sua
instalação.

Dispositivos DR - Diferencial Residual


O dispositivo DR protege as pessoas e os animais contra os efeitos
do choque elétrico por contato direto ou indireto (causado por fuga de
corrente).
Em condições normais, a corrente que entra no circuito é igual à
que sai. Quando acontece uma falha no circuito, gerando fuga de
corrente, a corrente de saída é menor que a corrente de entrada, pois
uma parte dela se perdeu na falha de isolação.

O dispositivo DR é capaz de detectar qualquer fuga de corrente.


Quando isso ocorre, o circuito é automaticamente desligado. Como o
desligamento é instantâneo, a pessoa não sofre nenhum problema físico grave decorrente do choque
elétrico, como parada respiratória, parada cardíaca ou queimadura.

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O dispositivo DR (diferencial residual) não dispensa o disjuntor. Os dois devem ser ligados
em série, pois cada um tem sua função. A norma NBR 5410:2004 recomenda o uso do dispositivo DR
(diferencial residual) em todos os circuitos, principalmente nas áreas frias e úmidas ou sujeitas à
umidade, como cozinhas, banheiros, áreas de serviço e áreas externas (piscinas, jardins). Assim como
o disjuntor, ele também pode ser desligado manualmente se necessário.
De acordo com o item 5.1.3.2.2 da norma NBR 5410:2004, o dispositivo DR é obrigatório desde
1997 nos seguintes casos:
1. Em circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em locais que contenham
chuveiro ou banheira.
2. Em circuitos que alimentam tomadas situadas em áreas externas à edificação.
3. Em circuitos que alimentam tomadas situadas em áreas internas que possam vir a
alimentar equipamentos na área externa.
4. Em circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em cozinhas, copas, lavanderias,
áreas de serviço, garagens e demais dependências internas normalmente molhadas ou
sujeitas a lavagens.
Observações:
- A exigência de proteção adicional por dispositivo DR de alta sensibilidade se aplica às tomadas
de corrente nominal de até 32 A;
- Quanto ao item 4, admite-se a exclusão dos pontos que alimentem aparelhos de iluminação
posicionados a pelo menos 2,50 m do chão;
- O dispositivo DR pode ser utilizado por ponto, por circuito ou por grupo de circuitos.
Acerta na escolha do dispositivo DR
A corrente nominal (In) do disposto DR deve ser maior ou igual à corrente do disjuntor. Os
dispositivos DR’s instalados nas residenciais ou similares é de 30mA, ou seja, se o dispositivo detectar
uma fuga de corrente igual ou maior que 30mA, automaticamente o circuito é desligado.
𝐼𝑛(𝐷𝑅) ≥ 𝐼𝑛(𝐷𝑖𝑠𝑗𝑢𝑛𝑡𝑜𝑟)

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Esquema Elétrico Genérico de uma Instalação Residencial de acordo com a norma ABNT NBR 5410:2004

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QUADRO DE CARGA
Nº Potência Tensão Corrente Fase BALANC. FASES Proteção Interruptor Cond. Cond. Cond.
Descrição
Circuito P(ativa) Fp S(apar.) (V) (A) A B C (A) DR Fase Neutro Terra Tipo de Cabo

TOTAL:

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11. Símbolos Gráficos para Instalações Elétricas

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