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Jesus antes de Jesus Analisando as escrituras Cristos antes de Cristos

JESUSES ANTES DE JESUS


Por: Ronaldo Gomes

Muitas pessoas pensam que Jesus é um personagem histórico e singular que veio a terra trazer uma
nova mensagem, que fez curas e milagres e ressuscitou ao terceiro diz para salvar toda a
humanidade e depois ascendeu aos céus. O que a maioria não sabe é que a história de Jesus não
tem nada de original.

Muitos personagens anteriores a Jesus fizeram coisas semelhantes e bem antes da suposta
passagem histórica de Jesus pela terra. A começar pelo nome de Jesus (Yeshua) que muitos pensam
ser um nome recebido diretamente por um anjo, era um nome bem comum no primeiro século. Só
Josefo por exemplo cita dezenoves. O próprio novo testamento traz dois, um falso profeta chamado
Jesus e Barrabás, que segundo Lucas também se chamava Jesus:

"E, havendo atravessado a ilha até Pafos, acharam um certo judeu mágico, falso profeta, chamado
Barjesus,"

Atos 13:6

Bar é filho em aramaico assim como barrabás significa filho do pai, e segundo um manuscrito de
Lucas, seu nome era yeshua, logo, Jesus, filho do pai:

"Mas toda a multidão clamou a uma, dizendo: Fora daqui com este, e solta-nos [Jesus] Barrabás"

Lucas 23:18

Talvez por isso Paulo tenha advertido acerca de outro jesus:

"Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro
espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofreríeis"

2 Coríntios 11:4

E porque este nome?

O herói judeu arquetípico foi Josué (o sucessor de Moisés), também conhecido como Yehoshua
(Yeshua) bin Nun ("Jesus dos peixes"). Já que o nome Jesus (Yeshua ou Yeshu em hebraico, Iesous
em grego, fonte da grafia inglesa) originalmente era um título (significando 'salvador', derivado de
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'Yahweh Saves' ) provavelmente todas as bandas da resistência judaica tinham sua própria figura
heróica ostentando este apelido, entre outros.

Josefo, o historiador judeu do primeiro século, menciona não menos que dezenove Yeshuas /
Jesuses diferentes, cerca de metade deles contemporâneos do suposto Cristo! Em suas Antiguidades
, dos vinte e oito sumo sacerdotes que ocuparam cargos desde o reinado de Herodes o Grande até a
queda do Templo, nada menos do que quatro tinham o nome Jesus: Jesus ben Fábio , Jesus ben Sec ,
Jesus ben Damneus e Jesus ben Gamaliel.

Estes são alguns que tem apenas o mesmo nome:

Jesus ben sirach . Este Jesus foi supostamente o autor do Livro de Sirach (também conhecido como
"Ecclesiasticus, ou a Sabedoria de Jesus, o Filho de Sirach "), parte do Antigo Testamento Apocrypha
. Ben Sirach, escrevendo em grego por volta de 180 aC, reuniu "sabedoria" judaica e heróis de estilo
homérico. (Apocrifo Judaico helenico)

Jesus ben Saphat . Na insurreição de 68 AD que causou devastação na Galiléia, esse Jesus havia
liderado os rebeldes em Tiberíades (" o líder de um tumulto sedicioso de marinheiros e pessoas
pobres " - Josefo, Vida 12,66). Quando a cidade estava prestes a cair nos legionários de Vespasiano,
ele fugiu para o norte, para Taricéia, no mar da Galiléia. (Vida de Josefus 12.66)

Jesus ben Gamala. Durante 68/69 dC, este Jesus foi um líder do 'partido da paz' na guerra civil que
destruiu a Judéia. Das muralhas de Jerusalém, ele havia protestado com os idumus sitiados
(liderados por 'Tiago e João, filhos de Susa'). Isso não lhe fez bem. Quando os idumeus invadiram as
muralhas, ele foi morto e seu corpo atirado aos cachorros e aos carniceiros. (Ant Jud 20, 9, 4, Talmud
Baba Bathra 21a)

Jesus ben Thebuth. Um padre que, na capitulação final da cidade alta em 69 dC, salvou sua própria
pele ao entregar os tesouros do Templo, que incluíam dois candelabros sagrados, taças de ouro
puro, cortinas sagradas e vestes dos sumos sacerdotes. O espólio figurou proeminentemente no
Triunfo mantido por Vespasiano e seu filho Tito. (Nah Kansa 5.69)

Jesus irmão de João. Este Jesus foi morto - no santo templo não menos - durante o reinado de
Artaxerxes I da Pérsia (por volta de 465-424 aC). Seu irmão João, o Sumo Sacerdote, fez o ato sujo.
Escreve Josephus:

"Quando Eliasibe, o Sumo Sacerdote, morreu, seu filho Judas obteve êxito no sumo sacerdócio e,
quando morreu, seu filho João teve essa dignidade ...
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Ora, Jesus era irmão de João e amigo de Baguras, que prometera obter-lhe o sumo sacerdócio. Em
confiança de cujo apoio, Jesus brigou com João no Templo, e assim provocou seu irmão, que em sua
ira seu irmão o matou.

Agora era uma coisa horrível para João, quando ele era o Sumo Sacerdote, perpetrar um crime tão
grande, e tanto mais horrível, que nunca houve uma coisa tão cruel e impiedosa, nem pelos Gregos
nem pelos Bárbaros.

No entanto, Deus não negligenciou sua punição, mas as pessoas foram muito bem escravizadas, e o
Templo foi poluído pelos persas. ... Por conseguinte, Bagoses fez uso desta pretensão, e puniu os
judeus sete anos pelo assassinato de Jesus ".

(Josefo, Antiguidades dos Judeus - 11.7.)

E alguns Jesuses tem pontos semelhantes em suas histórias com a história de Jesus. vamos ver estes
agora, destacando as partes semelhantes:

1- Yeshua Ben Pandira (Talmud Sotah 47a)

O manuscrito Sepher Toldoth Yeshu (Livro da Genealogia de Jesus, em hebraico) descreve um Yeshu
ben Pandera (Jesus filho de Pandera) do tempo dos Asmoneus da seguinte maneira:

Resumo do Sepher Toldoth Yeshu

No reinado de Alexandre Janeu, um inútil devasso chamado José Pandera vivia perto da casa de uma
jovem chamada Maria, noiva de um certo homem de nome João. Pandera seduziu Maria e esta
ficou grávida. Quando João soube que a sua noiva estava grávida, dirigiu-se ao seu perceptor Simão
ben Shetach. Este aconselhou-o a arrolar testemunhas para levar o culpado ao Sinédrio, mas João,
para evitar a vergonha, fugiu para longe.

Entretanto Maria deu à luz um rapaz e chamou-o Jesus (heb. Yehoshua, Yeshu). Quando cresceu, o
rapaz mostrava-se insolente com os magistrados do Sinédrio. E as pessoas diziam “Que bastardo!”.
Simão ben Shetach disse, então: “Sim, este é o filho de Pandera e Maria que era noiva de outro”. Os
outros disseram: “Portanto, ele é mesmo um bastardo filho de uma adúltera!”.

Publicou-se um édito, expulsando-o do seu meio, e Jesus fugiu para a Galiléia, onde morou muitos
anos. Quando também na Galiléia soube-se que Jesus era filho ilegítimo ele retornou secretamente
a Jerusalém.

Ora, havia uma pedra no Templo onde estava gravada a Shem ha-Mephorash (a Palavra Inefável, o
nome secreto de Deus, que dava grandes poderes a quem a conhecia). Essa pedra foi descoberta por
David no fundo de um abismo e foi colocada no santíssimo do Templo. Posteriormente, os homens
sábios, receando que alguém imprudentemente tomasse conhecimento da Palavra Inefável escrita
na pedra, mandaram colocar dois leões mágicos de bronze à entrada do santíssimo do Templo que
rugiriam provocando um total esquecimento.
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Jesus entrou no Templo, e registou as letras sagradas num pergaminho. Depois cortou a sua carne,
escondeu o pergaminho dentro e voltou a fechar a carne. Quando saíu, os leões rugiram e ele
esqueceu-se de tudo mas, já fora da cidade, voltou a abrir a sua carne e recuperou o pergaminho.

Depois foi à cidade e clamou a todos: “Não sou filho de uma virgem? Eu sou o Filho de Deus que
Isaías profetizou que viria de uma virgem!”. Os que o ouviam diziam: “Mostra-nos um sinal”.
Levaram-lhe ossos de um morto e ele devolveu-lhe a vida, restaurando-lhe tendões, carne e pele.
Levaram-lhe um leproso e ele curou o leproso. E os que viram ajoelharam-se e disseram “Tu és o
Filho de Deus”.

Mas os anciãos sábios ficaram apreensivos com as notícias e montaram uma cilada a Jesus,
enviando-lhe mensageiros que lhe disseram: “Os ilustres de Jerusalém chamam-te porque ouviram
que és o Filho de Deus”. Jesus respondeu “irei se me receberem tal como os escravos recebem o seu
senhor”.

Estabelecido o acordo, Jesus dirigiu-se a Jerusalém montado num burro e foi recebido com grande
pompa. Entretanto os sábios queixaram-se à rainha [Salomé Alexandra] e exigiram a pena de morte
para Jesus. Mas a rainha, não convencida da acusação, pediu uma audiência com Jesus.

Jesus foi então levado à presença da rainha e mostrou os seus poderes, curando um leproso e
ressuscitando um morto. A rainha disse então aos sábios: “Porque dizem que este homem é um
feiticeiro? Pois eu vi que ele é realmente o Filho de Deus. Desapareçam e nunca mais me tragam
uma acusação destas!”.

Depois os sábios reuniram-se novamente e decidiram escolher um deles para aprender a Shem ha-
Mephorash e para provarem que assim poderiam fazer o mesmo que Jesus. Um deles, de nome
Judas, propôs-se para este desafio.

Entretanto a rainha convocou uma nova audiência, desta vez com Judas e Jesus. Jesus começou por
dizer “Assim como as escrituras dizem acerca de mim eu vou subir ao céu para o meu Pai celeste” e,
proferindo a Shem ha-Mephorash, comecou a subir aos céus. Judas também proferiu a fórmula
secreta e, subindo também, começou a puxar Jesus para baixo. Combateram até que Judas
derramou o seu suor em Jesus tornando-o impuro. Tendo ambos ficado impuros com o suor, e como
a Shem ha-Mephorash só funciona em estado de pureza, caíram ao solo, e foi declarada a sentença
de morte a Jesus. Mas os discípulos conseguiram fazer Jesus escapar-se para fora da cidade.
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Jesus dirigiu-se ao Jordão, onde lavou-se e purificou-se, recuperando os seus poderes. Depois pegou
em duas pedras de moinho, colocou-as a flutuar na água e sentou-se nelas a pescar para uma
multidão que comeu os peixes.

Quando os sábios souberam que Jesus estava novamente a exibir poderes, Judas propôs-lhes que
iria misturar-se secretamente com os discípulos de Jesus. Assim o fez e, numa noite, Judas
encontrou Jesus a dormir numa tenda, cortou-lhe a carne e removeu-lhe o pergaminho.

No dia da festa dos pães não fermentados Jesus, com a intenção de ir ao Templo recuperar a palavra
secreta, dirigiu-se com os seus discípulos para Jerusalém. Entretanto Judas foi avisar os sábios para
estarem atentos porque ele iria denunciar Jesus, prostrando-se aos seus pés. E assim, Jesus foi
capturado.

Jesus foi amarrado a um pilar e chicoteado. Colocaram-lhe uma coroa de espinhos e, quando ele
pediu água, deram-lhe vinagre para beber. Jesus então proferiu “Meu Deus, porque me
abandonaste?”. Depois, foi levado ao Sinédrio para lhe proferirem a pena de morte e, por fim, foi
apedrejado até à morte.

Procuraram uma árvore para o pendurarem, mas não encontraram nenhuma capaz de suportar o
peso de um homem. De modo que o penduraram numa haste de um grande repolho (!) mas, à
noite, enterraram-no no local onde fora apedrejado. Judas, receando que os discípulos roubassem o
corpo e dissessem que Jesus tinha ascendido aos céus, removeu-o da sepultura e escondeu-o no seu
jardim.

No dia seguinte, os discípulos não encontraram o corpo na sepultura e proclamaram que Jesus
tinha ascendido aos céus. Por isso a rainha convocou todos os sábios com o seguinte ultimato “Se
não encontrarem o corpo serão todos mortos!”.

Por fim, Judas entregou o corpo e eles exibiram-no arrastado por um cavalo.

Esta história faz um retrato muito desfavorável de uma personagem chamada Jesus ben Pandera,
descrevendo-a como um inimigo dos judeus. A personagem principal é um pretenso Messias que é
desmascarado por um homem chamado Judas.

A grande curiosidade aqui é que esta história possui contornos semelhantes à do Jesus Nazareno dos
evangelhos, embora com um enquadramento histórico diferente.

O enquadramento histórico do Sepher Toldoth Yeshu coloca o nascimento de Jesus ben Pandera no
reinado de Alexandre Janeu, entre 103 e 76 AEC, e a sua morte durante o reinado de Salomé
Alexandra, entre 76 e 67 AEC. Existe, portanto, um lapso de cem anos em relação ao tempo dos
evangelhos, ou seja, ao tempo de Herodes Antípas e Pilatos e, por este raciocínio, poderíamos
considerar que uma versão primitiva do Sepher Toldoth Yeshu antecedeu a escrita dos evangelhos.

Não pode ser coincidência, por exemplo, o Evangelho Segundo Mateus iniciar-se com a frase “Livro
da genealogia de Jesus” (ou “Livro da história de Jesus”), que deveria ser provavelmente o nome
original deste evangelho, antes de ser conhecido pela sua designação atual.
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Por volta de 248 EC, o apologista cristão Orígenes escreveu no seu livro Contra Celsus:

Contra Celsus (de Orígenes), Livro I, Capítulo XXXII

... [Celsus], falando da mãe de Jesus, disse: “quando ela estava grávida foi expulsa pelo carpinteiro
do qual estava noiva, por culpa de adultério, porque concebera um filho de um soldado chamado
Pandera (Panthera)” ...

Orígenes referia-se ao livro Verdadeira Palavra do autor romano Celsus que depreciava as crenças
cristãs. Este livro terá sido escrito por volta de 178 EC. Presumivelmente Celsus terá baseado a frase
(citada por Orígenes setenta anos depois) numa história semelhante ao Sepher Toldoth Yeshu.

Por outro lado, tendo em conta que não se sabe a data de sua composição, a história de Jesus ben
Pandera pode ter a sua origem numa ridicularização dos cristãos, já depois dos evangelhos estarem
escritos. Mas esta hipótese não explica uma diferença tão grande no enquadramento histórico.

Referências:
1) http://www.ftarchives.net/foote/toldoth/tjtitle.htm
2) http://en.wikipedia.org/wiki/Toledot_Yeshu
3) http://en.wikipedia.org/wiki/Tiberius_Iulius_Abdes_Pantera

2- Yeshua Bem Stada

O Talmude é um livro sagrado dos judeus, um registro das discussões dos Rabis sobre lei, ética,
costumes e história do judaísmo. É um texto fundamental para o judaísmo rabínico. Contém os seguintes
documentos sobre uma ou mais personagens com o nome Yeshu (Jesus) ben Pandera ou ben Stada (filho
da infiel):
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Talmud Shabbat, 104b

[sobre o uso de tatuagens ou marcas permanentes] Ensina-se: Rabi Eliezer disse aos sábios: Ben Stada
não trouxe a magia com ele do Egipto num corte da sua pele? Disseram-lhe: Era um tolo e não se pode
trazer a prova de um tolo.

Talmud Sanhedrin, 67a

Ensina-se: Para todos as outras puníveis com pena de morte [excluindo a idolatria] nós não ocultamos
testemunhas. Como tratam o acusado de idolatria? Apontam uma lâmpada para ele na câmara interna e
colocam testemunhas na câmara exterior de modo que possam o ver e ouvir mas este não as pode ver ou
ouvir. Diz-se-lhe "diz-me outra vez o que me disseste em privado". Se ele disser "como podemos nós
esquecer o nosso Deus no céu e praticar idolatria?" e arrepende-se, tudo bem. Se disser "esta é nossa
obrigação e o que nós devemos fazer" as testemunhas que o ouvem da parte externa devem dirigi-lo ao
pátio e o apedrejar.

E assim fizeram a Ben Stada, em Lud [Lydda, a pouca distância de Jerusalém], e penduraram-no na
véspera da Páscoa.

Ben Stada era Ben Pandira. Rabi Chisda disse: O marido [da mãe] era Stada e o amante era Pandira.

Não era o marido [da mãe] Pappos Ben Yehudah? O nome de sua mãe era Stada.

Mas não era a sua mãe, Miriam, cabeleireira [megadla nashaia] das mulheres? Como se diz em
Pumbedita: Afastou-se [stat Da] do seu marido.

Talmud Sanhedrin 107b, Sotah 47a

Que há sobre o Rabi Yehoshua ben Perachiah?

Quando o rei João [Hircano] matou os rabis, o Rabi Yehoshua ben Perachiah [e Yeshu] foram para
Alexandria no Egipto. Quando veio a paz, Simão ben Shetach enviou-lhe uma mensagem: “De mim
[Jerusalem], a cidade santa, para ti Alexandria do Egipto. O meu marido está no teu seio e eu fui
esquecida.”

[ben Perachiah] saíu e chegou a uma determinada estalagem onde lhe mostraram muito respeito. Ele
disse: “que bonita é esta estalagem [Achsania, estalajadeira]”.

[Yeshu] disse: “Rabi, ela tem olhos estreitos”.

[ben Perachiah] disse-lhe: “malvado, é assim que empenhas o teu pensamento?”. Enviou 400 trombeteiros
e anunciou a sua expulsão.

[Yeshu] apresentou-se a [ben Perachiah] muitas vezes dizendo-lhe: “Aceita-me”. Mas este não lhe
prestava atenção.

Um dia, [ben Perachiah] estava a recitar a Shema [durante a qual não se pode ser interrompido]. Ele
estava disposto a aceitar [Yeshu] e fez-lhe sinal com a mão. Mas [Yeshu] pensou que [ben Perachiah]
estava a repeli-lo, por isso preparou um tijolo e começou a idolatrá-lo.

[Yeshu] disse a [ben Perachiah]: Ensinaste-me que qualquer um que peque e seja causa para outros
pecarem, não devem ter oportunidade de arrependimento.

E o mestre disse: Yeshu [ha-Notzri] praticava magia e levou Israel à decadência.


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Talmud Sanhedrin, 43a

Ensina-se: Na véspera da Páscoa penduraram Yeshu; o declamador anunciara por quarenta dias:
"[Yeshu] vai ser apedrejado por prática de magia e por seduzir e conduzir Israel à transgressão. Qualquer
um que saiba algo que o possa absolver deve se apresentar." Mas ninguém se apresentou e penduraram-
no na véspera da Páscoa. ...

Ensina-se: Yeshu teve cinco discipulos - Matai, Nekai, Netzer, Buni e Todah. ... (e os cinco foram julgados
em tribunal e executados).

Tosefta Chullin 2:23

Aconteceu que o Rabi Elazar ben Damah foi mordido por uma serpente e Yakob (ou Jacob, Iago, Tiago)
da vila Sechania o curou em nome de Yeshu ben Pandira, mas o Rabi Yishmael não o permitiu.

Estas passagens do Talmude, estejam relacionadas entre si ou não, parecem evocar acontecimentos
muito semelhantes àqueles descritos relativamente a Jesus ben Pandera e a Jesus Nazareno.

Uma notável curiosidade é que numa das passagens do Talmude, a Maria mãe de Yeshu é referida como
cabeleireira de mulheres, que em hebraico é megadla nashaia. Talvez esta designação esteja na origem
da personagem de Maria Madalena (Miriam Magdala)!

3- Yeshua Ben Ananias (Guerra dos Judeus 6.3.)

Josefo menciona, numa passagem, um outro Jesus num episódio ocorrido no ano 62 (“quatro anos antes
da guerra”). Esta personagem tem muitas semelhanças com o Jesus dos evangelhos, mas, neste tempo, o
Jesus dos evangelhos já deveria estar morto por quase 30 anos... se é que existiu. Vejamos a passagem:

A Guerra dos Judeus, VI, 5, 3

Mas um outro portento foi ainda mais assustador. Quatro anos antes da guerra, quando a cidade
desfrutava de grande paz e prosperidade, um tal Jesus, filho de Ananias, um rude camponês, veio à festa
na qual todos os Judeus costumam erguer tabernáculos a Deus. Entrando no Templo, pôs-se
subitamente a gritar, «Uma voz do oriente, uma voz do ocidente, uma voz dos quatro ventos. Uma voz
contra Jerusalém e o santuário, uma voz contra o noivo e a noiva, uma voz contra todo o povo». Depois,
percorreu todas as ruelas, dia e noite, com este grito nos lábios. Alguns dos principais cidadãos, furiosos
com estas palavras de mau agoiro, prenderam-no e castigaram-no duramente. Mas ele, sem uma
única palavra em sua defesa ou para os ouvidos dos que lhe batiam, continuou com os seus gritos.
Os magistrados, convictos de que o homem se encontrava sob um impulso sobrenatural – o que era
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verdade -, levaram-no ao governador romano. Apesar de flagelado até aos ossos, não implorou
misericórdia nem derramou uma lágrima, gemendo entre cada chicotada, «Ai de Jerusalém!». Sempre
que Albino, o governador, lhe perguntou quem era, donde vinha e porque dava aqueles gritos, ele nunca
lhe respondeu, reiterando incessantemente as suas lamentações pela cidade, até que Albino o declarou
louco e o deixou ir embora. ...

A Guerras dos Judeus, escrita cerca de 74 EC, é a história dos Judeus desde o tempo da revolta dos
Macabeus, em 165 AEC, até à destruição de Jerusalém em 70 EC.

Não podem ser coincidências as semelhanças entre as duas personagens: Jesus dos evangelhos e Jesus,
filho de Ananias. É possível que a personagem Jesus, filho de Ananias, tenha tido influência na construção
da personagem de Jesus dos evangelhos. E Josefo não menciona o jesus da bíblia, apenas existe uma
interpolação da igreja chamada de Testemunho flaviano.

Fora os Jesuses, outros personagens também tem pontos de similaridades com a história de jesus, vamos
começar com a concepção de Filon

4- Filo de Alexandria

Fílo de Alexandria foi um filósofo judeo-helenista (20 a.C. - 50 d.C.).

Terá nascido 20 anos antes do alegado nascimento de Jesus e falecido 20 anos depois da alegada
crucificação de Jesus. No entanto, Filo nunca fala de Jesus Nazareno nos seus inúmeros livros. Refere,
sim, um Jesus simbólico que vamos abordar neste artigo.
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Pertencia a uma família proeminente da comunidade judaica de Alexandria no Egipto (na altura, província
romana). O seu irmão, Alexandre, era “alabarca”, isto é, era governador do porto de Alexandria por volta
de 30 d.C. e amigo do rei Herodes Agripa I. Um sobrinho, Tibério Alexandre, foi procurador de Roma na
Judeia.

Filo tentou uma interpretação do Antigo Testamento à luz da filosofia grega e da alegoria, conciliando o
conteúdo bíblico com a tradição filosófica ocidental. Foi autor de numerosas obras filosóficas e históricas,
onde expôs a sua visão platónica do judaísmo.

Também ficou conhecido por sua doutrina do Logos, conciliando o judaísmo com a filosofia de Heraclito
de Éfeso. O Logos seria a Lei (Torah) ela mesma, a ação de Deus no mundo, o instrumento da Criação,
modelo do mundo e imagem de Deus, a Palavra reveladora e o único meio a partir do qual a alma humana
adquire o conhecimento verdadeiro, que vem do conhecimento de Deus. Esta faculdade, porém, não
pertence ao homem senão como dom divino, como uma dádiva.

Filo estava ao corrente dos principais acontecimentos de Jerusalém durante a sua vida, apesar de viver
em Alexandria. Um dos seus livros menciona uma delegação de judeus ilustres que foram pedir ao
imperador Calígula para desistir do projecto de colocar uma sua estátua no Templo de Jerusalém (40 EC).
Se Jesus Nazareno era famoso e notório, tal como os evangelhos o retratam, é estranho Filo não se
referir a ele nos seus livros.

Um Jesus alegórico, pré-cristão

Filo viveu numa época em que o cristianismo ainda não existia ou não era conhecido, ainda não existiam
evangelhos nem ninguém ainda tinha ainda ouvido falar do Jesus Nazareno. No entanto, num dos seus
livros, Filo menciona um Jesus pré-cristão:
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Filo de Alexandria, Sobre a Confusão das Línguas, cap. XIV

Mas sobre aqueles que conspiraram para cometer injustiça, diz ele, "vindo do oriente, acharam um vale na
terra de Sinear, e habitaram ali;" [Gen 11:2] Falando mais estritamente em conformidade com a natureza.
Pois existem dois tipos de amanhecer na alma, o de uma espécie melhor, e outro de uma pior. Aquele
melhor tipo, é quando a luz das virtudes brilha como os raios do sol; outro, de pior tipo, é quando a luz é
ofuscada, e os vícios manifestam-se. Agora, o seguinte é um exemplo do primeiro tipo: "E Deus plantou
um paraíso no Éden, virado para Oriente", [Gen 2:8] Plantas não terrestres, mas celestiais, que o
Jardineiro originou a partir da luz incorpórea que existe em torno dele, de tal forma que sejam para sempre
inextinguíveis. Eu também ouvi um dos companheiros de Moisés pronunciar um discurso como este: "Eis
que um homem cujo nome é Oriente" [Zac 6:12] Uma novidade em denominação, se considerá-lo como
dito por um homem que é composto de corpo e alma; mas se você olhar para ela como aplicado a esse
ser incorpóreo que em nenhum aspecto é diferente da imagem divina, então você vai concordar que o
nome do Oriente foi dado a ele com grande felicidade. Pois o Pai do Universo o fez surgir como o filho
mais velho, a quem, em outra passagem, ele chama-o de primogénito; e aquele que nasceu imitando os
caminhos de seu pai, criou espécies tais e tais, segundo os seus arquétipos.

Mas o que diz a citação que Filo faz sobre Zacarias?

Zacarias 6:11-12 Pegue a prata e o ouro, faça uma coroa, e coloque-a na cabeça do sumo sacerdote
Yeoshua [=Jesus], filho de Jeozadaque. Diga-lhe que assim diz Yahveh dos Exércitos: Aqui está o homem
cujo nome é Oriente, e ele sairá do seu lugar e construirá o templo de Yahveh.

Sem ser um texto cristão, porque Filo não o era, este texto de Filo, elaborado em torno de um sumo
sacerdote do Antigo Testamento chamado Jesus, está em perfeita sintonia com os textos cristãos
anteriores aos evangelhos – cartas de Paulo, e carta aos Hebreus.

Tal como Filo, Paulo considera Jesus como sendo primogénito e imagem de Deus, causa de todas as
coisas:

Romanos 8:29 Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem
de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.

1 Coríntios 8:6 todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um
só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele.

2 Coríntios 4:4 nos quais o deus deste mundo cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes
resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.

Também em conformidade com o pensamento de Filo, o autor de Hebreus considera Jesus como sendo
um grande sumo-sacerdote:

Hebreus 2:17 Pelo que convinha que, em tudo, fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e
fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo.

Hebreus 4:14 Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus,
retenhamos firmemente a nossa confissão.

Para mais, este autor de Hebreus entendia que Jesus nunca esteve na Terra, pois escreveu a respeito
dele o seguinte:

Hebreus 8:4 Ora, se ele estivesse na terra, nem seria sacerdote, havendo já os que oferecem dons
segundo a lei
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Lembrando que a Carta aos Hebreus foi escrita poucas décadas após a alegada existência de Jesus, se
este autor soubesse que tinha havido um Jesus Nazareno que tinha andado recentemente pela Terra,
diria: “... quando ele esteve na terra, não foi sacerdote...”.

Referências:

- Filo, Sobre a Confusão das Línguas - http://www.earlyjewishwritings.com/text/philo/book15.html

- Richard Carrier, On The Historicity of Jesus - http://www.amazon.com/On-Historicity-Jesus-Might-


Reason/dp/1909697494

5- Vespasiano. Imperador messias e milagreiro

Vespasiano Messias, segundo Flávio Josefo

O autor judeo-romano Flávio Josefo, originalmente Yussef ben Matatias, nasceu em Jerusalém por volta
de 37 EC e era de uma família da aristocracia sacerdotal judaica. Aos 30 anos participou na Grande
Revolta Judaica contra os Romanos de 66 a 67 EC, como líder militar na Galileia.

Nesta guerra, os romanos foram liderados, inicialmente, por Vespasiano que conseguiu conter a revolta
em toda a Galileia.

Quando a vitória dos romanos se tornou evidente, Josefo preferiu ser capturado pelas tropas romanas, do
que participar num pacto suicida entre os seus companheiros de guerra. De prisioneiro rapidamente
passou a protegido do general (depois imperador) romano Flávio Vespasiano e do filho Flávio Tito e,
devido a isso, adotou o nome destes. Pouco depois da queda de Jerusalém, seguiu Tito até Roma e lá
recebeu a cidadania romana, uma pensão, assim como o livre acesso à corte de Tito e de Domiciano.
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Josefo via esta revolta dos judeus mais como uma guerra fratricida do que de libertação nacional.
Descreveu muitos confrontos entre facções rivais de judeus e parece que estes matavam mais
compatriotas do que romanos. Obteve os favores da família Flaviana, porque predisse que o rei do mundo
inteiro, aquele que as profecias antigas diziam que viria de Israel, seria o próprio Vespasiano que,
realmente, tornou-se imperador quando chegou a Roma vindo... da Judeia! Vespasiano seria um
Messias até para os próprios judeus, porque trouxe-lhes ordem e salvou-os da auto aniquilação. Assim,
Josefo imitou Isaías que, no seu tempo, também profetizou que um estrangeiro, Ciro da Pérsia, seria o
Messias, rei do mundo.

Josefo, A Guerra dos Judeus, livro VI, capítulo 5, secção 4

... Mas o que mais os incitou à guerra foi um oráculo ambíguo, também registado nas suas escrituras,
afirmando que naquela época um dos seus se tornaria senhor do mundo. Interpretaram-no como alguém
da sua própria raça, e muitos dos seus sábios enganaram-se na sua interpretação. Todavia, o verdadeiro
significado do oráculo era a soberania de Vespasiano, que foi proclamado imperador em solo judaico.
Tudo isto quer dizer que os homens não conseguem escapar ao seu destino, mesmo quando o preveem.
Os Judeus interpretaram alguns dos portentos conforme lhes convinha e desprezaram outros, até que a
ruina do seu país e a sua própria destruição os condenou pela loucura.

Vespasiano Messias, segundo Tacito e Suetónio

O cronista romano Tácito escreveu, cerca de 100 a 110 d.C., a obra História (lat. Historiae). Apenas os
quatro primeiros livros e vinte e seis capítulos do quinto livro desta obra sobreviveram, cobrindo os
acontecimentos do ano 69 e 70. A obra completa provavelmente cobria desde o período das guerras civis
do Ano dos Quatro Imperadores (ano 69: Galba, Oto, Vitélio e Vespasiano) até ao período dos Flavianos
(Vespasiano e os filhos Tito e Domiciano).

O autor romano Suetónio escreveu, por volta de 121 d.C., a obra Vidas dos Césares (lat. De vitis
Caesarum), conhecido como Vidas dos Doze Césares, é o conjunto de doze biografias que inclui a de
Júlio César e os onze primeiros imperadores do Império Romano: Augusto, Tibério, Calígula, Cláudio,
Nero, Galba, Oto, Vitélio, Vespasiano, Tito e Domiciano.

À semelhança de Josefo, Tácito e Suetónio escreveram também sobre Vespasiano cumprir a profecia do
Messias que viria da Judeia.
Jesus antes de Jesus Analisando as escrituras Cristos antes de Cristos

No entanto, como escreveram depois de Josefo, é possível que se tenham baseado nos escritos deste.

Tácito, História, livro I, capitulo 10

É possível que as misteriosas profecias já circulassem, e que portentos e oráculos prometessem a púrpura
a Vespasiano e aos seus filhos; mas foi só depois da ascensão dos Flavianos que nós os Romanos
acreditámos nessas histórias.

Tácito, História, livro V, capitulo 13

A maioria estava convencida que as antigas escrituras dos seus sacerdotes referiam se ao presente
precisamente o tempo em que o Oriente triunfaria e da Judeia surgiriam homens destinados a governar o
mundo. Esta misteriosa profecia referia-se a Vespasiano e Tito, mas o povo comum, fiel às egoístas
ambições da humanidade, pensaram que este alto destino estava reservado para eles, e nem as suas
calamidades lhes abriram os olhos para a verdade.

Suetónio, Vidas dos Doze Césares, livro X, Vida de Vespasiano, IV

Uma antiga superstição era comum no Oriente: que da Judeia viriam os governantes do mundo. Esta
previsão, como mais tarde se provou, dizia respeito aos dois imperadores romanos, Vespasiano e Tito,
mas os rebeldes Judeus, que a leram como se referindo a eles próprios, assassinaram o Procurador,
eliminaram o legado consular da Síria, que veio para ajudá-lo, e arrebataram uma águia.

Conclusão: verificamos que a procura por Salvadores não era um exclusivo dos judeus. Não só Josefo
mas também os autores romanos Tácito e Suetónio fizeram questão de enquadrar o Imperador romano na
classe de Salvador (Messias).

Vespasiano milagreiro, segundo Tácito e Suetónio

Tácito escreveu na sua obra História, que Vespasiano praticou curas milagrosas: restaurou a visão a um
cego e curou um homem com uma mão doente. A cura do cego é semelhante a um episódio atribuído a
Jesus em Marcos (ver aqui)
Jesus antes de Jesus Analisando as escrituras Cristos antes de Cristos

Tácito, História, livro IV, capitulo 81

Nos meses em que Vespasiano esperava, em Alexandria, os dias dos ventos de Verão e mar estável,
muitas maravilhas aconteceram, as quais mostraram o favor do céu e a inclinação das divindades por
Vespasiano.

Um dos plebeus de Alexandria, conhecido por ser cego, prostrou-se de joelhos e implorou, soluçando, por
uma cura para a sua enfermidade - a conselho do deus Serápis, a quem o povo cultivava entregando-se-
lhe com superstição mais do que a qualquer outro - suplicou a Vespasiano que se dignasse molhar os
seus olhos e rosto com cuspo. Outro, com uma mão doente, por conselho do mesmo deus, pediu que
o César lha calcasse com a planta do pé.

Primeiro, Vespasiano riu e recusou. Eles insistiam de modo que ele, por um lado, receava o escândalo de
uma tentativa frustrada, mas por outro lado a teimosia deles e as vozes dos aduladores induziram-no em
esperança. Por fim, solicitou que os médicos estimassem se tal cegueira e debilidade estavam acima de
ajuda humana. Os médicos discutiram diversos pontos: num deles a força da visão não fora consumida e
poderia voltar se se removesse o obstáculo; no outro, a sua mão doente, se aplicada força curativa,
poderia restaurar-se.

Talvez os deuses o quisessem e o divino ministério tivesse escolhido o imperador; por fim, o sucesso do
remédio seria a glória do César, enquanto o ridículo em caso de insucesso cairia sobre os desafortunados.
Assim, Vespasiano, acreditando que tudo era possível à sua sorte e que nada mais seria inacreditável,
com o seu semblante alegre, entre a multidão em expectativa, acedeu aos pedidos. Imediatamente, a
mão voltou ao uso, e o dia brilhou para o cego. Os que estiveram presentes ainda hoje o relembram
quando nada ganhariam com a mentira....

Também Suetónio mencionou um episódio semelhante, mas em vez de curar uma mão doente,
Vespasiano curou um homem coxo (agradeço a contribuição de Edson "Sky" Kunde).

Suetónio, Vidas dos Doze Césares, livro X, Vida de Vespasiano, VII, 2 e 3

Vespasiano ainda não tinha prestígio nem uma certa divindade, por assim dizer, uma vez que ele foi um
inesperado e ainda recém-feito imperador; mas estes feitos também foram-lhe atribuidos: um homem do
povo que era cego, e outro que era coxo, aproximaram-se dele juntos, quando ele sentou-se no
tribunal, pedindo a ajuda para os seus problemas que Serapis tinha prometido num sonho; pois o deus
declarou que Vespasiano restauraria os olhos, se ele cuspisse em cima deles, e daria força à perna, se ele
se dignasse tocá-la com o calcanhar. Ainda que ele duvidasse que isso poderia ter sucesso e, portanto,
negasse mesmo tentar, ele foi finalmente convencido pelos seus amigos e tentou as duas coisas em
público diante de uma grande multidão; e com sucesso. ...

O autor romano Dio Cassius (viveu de 155 a 235 d.C.) também referiu os milagres de Vespasiano em
Alexandria, no Egipto. Mas este autor já é de um tempo muito posterior, pelo que terá usado Tácito e
Suetónio, entre outros, como fonte para os seus textos.

Dio publicou a obra História Romana em 80 volumes, após 22 anos de trabalho.

Cassius Dio, História Romana, livro LXV, capítulo 8

Depois da entrada de Vespasiano em Alexandria, o Nilo transbordou, ficando, um dia, um palmo acima do
normal; tal ocorrência, disse-se, só tinha ocorrido uma vez antes. O próprio Vespasiano curou duas
pessoas, uma com a mão murcha, a outra cega, que veio a ele por causa de uma revelação em
sonhos. Ele curou uma pisando a sua mão e a outra cuspindo nos seus olhos. Contudo, embora o Céu o
engrandecesse assim, os alexandrinos, longe de deleitarem-se com a sua presença, detestavam-no de tal
maneira que estavam sempre a zombá-lo e a injuriá-lo. Pois eles esperavam receber dele alguma grande
recompensa, porque tinham sido os primeiros a fazê-lo imperador, mas em vez de ganharem algo, foi-lhes
cobrado impostos adicionais.
Jesus antes de Jesus Analisando as escrituras Cristos antes de Cristos

Outros episódios da vida de Vespasiano se assemelham também como o fato dele ter tido que faria de
seus soldados pescadores de homens, ou ter perdoado um dos amigos de Josefo na cruz e ter
encurralado rebeldes judeus num abismo.

Referências web:

- http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Roman/Texts/Tacitus/Histories/4D*.html

- http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Roman/Texts/Suetonius/12Caesars/Vespasian*.html

- http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Roman/Texts/Cassius_Dio/65*.html

6- Apolônio de Tiana

Apolónio nasceu numa rica e respeitada família grega. Sendo um orador e filósofo do primeiro século, ele
foi comparado com Jesus de Nazaré pelos cristãos no século IV e, mais recentemente, por vários autores
populares.

A fonte mais detalhada é a Vida de Apolônio de Tiana, uma longa biografia, escrita por Filóstrato , o Velho
(c 170 - 247 EC), a pedido da imperatriz Julia Domna (mulher do imperador Septimo Severo). Segundo
Filóstrato, Apolónio terá vivido entre 3 AEC a 97 EC, sendo, por isso, contemporâneo do Jesus Nazareno
dos evangelhos.
Jesus antes de Jesus Analisando as escrituras Cristos antes de Cristos

Nascimento

Vejamos como Filostrato retrata o nascimento de Apolónio:

A Vida de Apolónio de Tiana, Livro i, v.4 e 5

A casa de Apolónio era, então, em Tiana, uma cidade grega numa população de Capadócios. Seu pai
tinha o mesmo nome [isto é, Apolónio], e a família era descendente dos primeiros colonos. Ele se
destacou das famílias vizinhas em riqueza, embora o território fosse rico.

Pouco antes de ele nascer, a sua mãe teve uma aparição de Proteus, […] sob o disfarce de um demónio
egípcio. Ela não se mostrou de forma nenhuma assustada, mas perguntou-lhe que tipo de criança que ela
iria carregar. E ele respondeu: "Eu".

"E quem é você?" perguntou ela.

"Proteus", respondeu ele, "o Deus do Egipto."

Bem, eu nem preciso explicar aos leitores a qualidade de Proteus e sua reputação no que diz respeito a
sabedoria; quão versátil ele era, e sempre mudando sua forma, e desafiando ser capturado, e como ele
tinha uma reputação de saber o passado e o futuro. E devemos ter em mente Proteus ainda mais, quando
a minha história mostrar que o seu herói terá sido mais profeta do que Proteus, e de ter triunfado sobre
muitas dificuldades e perigos nos momentos em que ele foi mais acossado.

Diz-se que ele nasceu num prado, por que lá já foi erguido um sumptuoso templo para ele; e não vamos
ignorar o modo de seu nascimento. Pois, assim como a hora do seu nascimento se aproximava, sua mãe
Jesus antes de Jesus Analisando as escrituras Cristos antes de Cristos

foi avisada em sonho a sair para o prado e colher flores; no devido tempo ela foi lá e suas criadas
atenderam-na e espalharam as flores sobre o prado, quando ela caiu dormindo na relva.

Então os cisnes que se alimentavam no prado dançaram em volta dela enquanto ela dormia, e levantando
suas asas, como eles estão acostumados a fazer, gritaram alto em uníssono, quando havia apenas uma
leve brisa soprando no prado. Ela, então, saltou ao som de sua música e deu à luz seu filho, como
qualquer susto repentino que provoca um parto prematuro.

Mas o povo do país diz que no momento do nascimento, um raio parecia prestes a cair no chão e, em
seguida, levantou-se no ar e desapareceu no alto; indicando, assim, que os deuses deram a grande
distinção a que o sábio atingiria, dando a entender com antecedência como ele iria transcender todas
as coisas sobre a terra e se aproximar dos deuses - significava todas as coisas que ele iria conseguir.

Resumo de "Vida de Apolónio de Tiana", segundo Filóstrato (Lucius Flavius Filostratus, 172 - 250 EC).

Livro I

Nascimento de Apolónio e os portentos miraculosos que o acompanharam, sua educação e acolhimento


no Pitagorianismo, seus cinco anos passados em silêncio na Panfília e Lícia e sua estada em Antioquia.

Apolónio viaja para a Mesopotâmia e Pérsia. Em Nínive ele conhece Damis, que permanecerá seu
discípulo leal e companheiro praticamente até o fim da existência terrena de Apolónio (esta biografia teria
sido construída a partir das memórias de Damis).

Em Cissia encontra uma comunidade grega descendentes dos eretrianos deportados por Dario
(conquistador persa), que vivem em circunstâncias miseráveis.

De acordo com um presságio, Apolónio fica um ano e oito meses na corte do rei parto Vardanes, em
Babilônia e Ecbátana. Durante este período Apolónio tem contacto regular com Magos e ganha
considerável influência sobre o rei da Pártia. Ele consegue garantir uma melhoria na situação dos
descendentes dos eretrianos e defende uma política pacífica em direcção a Roma.

Livro II

Apolónio e seus seguidores, na sua viagem para a Índia, atravessam o "Cáucaso" (ou seja, o Hindu Kush),
onde se maravilham com as correntes de Prometeu e expulsam um duende. Esta jornada é o pretexto
para uma troca de ideias entre Apolónio e Damis, levando à conclusão de que montanhismo não beneficia
aqueles em busca do Divino. Os viajantes atravessam o rio Kabul, visitam o santuário de Dionísio no
monte Nisa, mas recusam-se a ir ver a rocha Aornus que Alexandre, o Grande, capturou.

Eles passam o tempo no caminho para o Indo com discussões detalhadas sobre elefantes. Com a ajuda
do sátrapa da região do Indo, Apolónio e seus seguidores atravessam o rio e continuam sua jornada para
Taxila. Ficam três dias com o filósofo e rei indiano Fraotes, que diz a Apolónio sobre o lugar onde os
sábios indianos vivem. Apolónio discute interpretação de sonhos com o rei e aconselha-o numa disputa
legal. Os viajantes partem de Taxila para o castelo dos sábios indianos, visitam o local da batalha entre
Alexandre e Porus, atravessam o rio Ravi e o Hífase, e passam o ponto onde Alexandre foi forçado a
voltar para trás.

Livro III

Narra a viagem de Apolónio e estadia com os sábios indianos. Os viajantes atravessam uma montanha
onde as árvores de pimenta crescem e chegam à planície do Ganges, onde eles testemunham uma
sensacional caça à cobra. Quatro dias depois de chegarem ao castelo dos sábios. Apolónio é
imediatamente convidado a realizar um debate com os sábios, enquanto seus companheiros de
viagem são acomodados numa aldeia vizinha.

Durante a primeira discussão, o líder dos sábios, Iarchas, exibe os dons proféticos e explica que os sábios
se consideram deuses por causa de sua virtude. A conversa também varia sobre reencarnação, heróis
homéricos e indianos, a justiça, e o culto indiano de Tântalo. Ele é interrompido pela chegada de um outro
rei indiano, que prova ser inferior a Fraotes por causa de sua completa falta de interesse em filosofia e sua
Jesus antes de Jesus Analisando as escrituras Cristos antes de Cristos

aversão a tudo que é grego. Apolónio consegue curá-lo dessa aversão, mas se recusa a aceitar um
convite do rei.

Numa segunda discussão envolvendo Apolónio e os sábios, para a qual Damis também é convidado, eles
discutem pontos de vista sobre o cosmos e de outras questões. Os sábios realizam uma série de actos de
cura. Mais tarde, as discussões privadas entre Iarchas e Apolónio referem-se a astrologia e práticas
cultuais (escritos de Apolónio sobre esses temas deveriam ser o resultado dessas conversas). As
maravilhas da natureza na Índia também são debatidas. Depois de ficar quatro meses com os sábios,
Apolónio e seus companheiros começam a viagem de regresso através do Golfo Pérsico, Babilônia e
Antioquia para Jónia.

Livro IV

Visitas de Apolónio para as cidades gregas na Jónia e do continente. Ele proporciona aos seus cidadãos
conselho, admoestação e assistência. Em Éfeso, ele condena a diversão ociosa em que os efésios são
viciados, exorta-os a adoptar um senso de comunidade, e adverte-os do surto de uma epidemia de peste.
Em Esmirna, a liga Jónica fica sob ataque, porque uma série de nomes romanos ocorrem num dos seus
decretos. Apolónio também discute como a vida cívica deve funcionar com o povo de Esmirna. Quando a
praga irrompe em Éfeso, Apolónio milagrosamente viaja lá, expõe um velho mendigo como o demónio da
peste, e insta os Efésios a apedrejá-lo. Uma estátua é erigida, perto do teatro, para Apolónio.

Ele segue para Pérgamo, onde visita o santuário de Asclépio, e para Troia, onde passa a noite no monte
de Aquiles. Ele embarca num navio com destino à Grécia, visitando o túmulo de Palamedes na costa
Eoliana e o santuário de Orfeu em Lesbos de caminho. Durante o resto da viagem, a pedido de Damis
descreve o seu encontro nocturno com o espírito de Aquiles. Após chegar a Atenas, Apolónio quis ser
iniciado nos mistérios de Elêusis. No início, o Hierofante recusa-se a admitir um charlatão para os
mistérios. Um jogo para a ocasião, Apolónio dá o nome do hierofante que irá iniciá-lo numa ocasião
posterior.

Apolonio lecciona aos Atenienses sobre as práticas cultuais, sobre a forma afeminada em que celebram
o Anthesteria (um dos quatro festivais em honra de Dionisios, 11º ao 13º dia de Anthesterion, equivalente
a Janeiro/Fevereiro), e critica os espectáculos de gladiadores, realizados no teatro de Dionísio. Ele
também expulsa um demônio. Em nome de Aquiles, ele convence os Tessalianos da necessidade de
Jesus antes de Jesus Analisando as escrituras Cristos antes de Cristos

retomar o seu culto, e faz uma visita a Termópilas. Ele corrige as práticas cultuais durante suas visitas aos
santuários gregos e prevê a tentativa (sem sucesso) de Nero para escavar um canal através do istmo. Em
Corinto ele é acompanhado pelo filósofo cínico Demétrio, onde resgata um aluno deste, Menippus, das
garras de uma vampira. Depois de uma breve referência ao conflito de Apolónio com o Coríntio Bassus, a
cena muda para Olimpia.

No seu seu caminho até Olimpia, Apolónio depara-se com emissários espartanos; ele critica sua aparência
afeminada numa carta aos éforos, resultando num renascimento ético em Esparta. Em Olimpia, ele discute
alguns dos estatutos com seus companheiros, participa nas cerimónias religiosas, e repreende o jovem
autor pretensioso de um elogio sobre Zeus. Suas exortações éticas encontram admiração geral, mas ele
recusa honras divinas. Em Esparta discute assuntos religiosos e judiciais com os magistrados. Traz um
jovem que se afasta responsabilidades da comunidade para ver o erro de seus caminhos, e ele aconselha
os espartanos em como responder a uma carta imperial. Ele navega do Peloponeso para Creta, onde
visita o santuário de Asclépio em Lebena e diagnostica o efeito geológico de um terremoto. Apolónio fica
pela primeira vez na Itália e tem um conflito com o regime de Nero. Ao viajarem para Roma, Apolónio e
seus discípulos encontram Filolaus de Citium, que foge de Nero e insta Apolónio a seguir o seu exemplo.
Estas palavras resultam numa diminuição radical no número de seguidores de Apolónio. O sábio de Tiana
discute uma resolução filosófica sobre os tiranos com os discípulos que ficaram. Não muito tempo
depois de sua chegada em Roma, Apolónio e seus companheiros envolvem-se num conflito com um
harpista bêbado que canta canções de Nero. No dia seguinte, Apolónio tem uma reunião com o cônsul
Telesino, que está bem disposto com ele e dá-lhe a permissão para ficar em vários templos em Roma.
Depois de Demetrius ser banido de Roma pelo prefeito pretoriano, Tigelino, por criticar os banhos que
Nero havia construído, a suspeita também recai sobre Apolónio. Estas suspeitas crescem após Apolónio
interpretar um eclipse do Sol como um presságio de Nero quase ter sido morto por um raio. A observação
de Apolónio sobre as capacidades vocais de Nero serve como pretexto para a sua prisão por Tigelino sob
a acusação de lesa-majestade. Quando o pergaminho contendo a acusação é desenrolado, o texto mostra
ter sido misteriosamente apagado. Apolónio leva a melhor sobre Tigelino durante uma audiência privada, e
o prefeito liberta-o por medo de seus poderes sobrenaturais. Apolónio ressuscita uma jovem mulher,
um membro de uma família consular. Usando Menippus e Damis como intermediários, ele corresponde
com o filósofo Musonius Rufus, que foi preso por Nero. Musonius declina a oferta para libertá-lo. Apolónio
parte para Hispania, devido a uma interdição de toda a atividade filosófica que Nero tinha decretado antes
de se deslocar à Grécia.

Livro V

Apolónio na Hispania.

Apolónio e seus companheiros discutem a viagem de Nero à Grécia. O governador da Andaluzia tem uma
entrevista particular com Apolónio, que o convida para juntar-se a revolta do governador da Gália, Vindex,
contra Nero. Depois de viajar através de Sicília, Atenas e Rodes, eles chegam Alexandria. Durante esta
viagem eles recebem a notícia da fuga de Nero e a morte de Vindex. Apolónio prediz os acontecimentos
políticos e militares do Ano dos Quatro Imperadores (ano 69: Galba, Oto, Vitélio e Vespasiano). Ele
também discute os fenómenos vulcânicos e os méritos das fábulas de Esopo com seus companheiros de
Catana, no sopé do Monte Etna. Ele é iniciado nos mistérios de Elêusis em Atenas e atende Demétrio, que
lhe diz que Musonius foi condenado a forças de trabalho no Istmo (construção do canal de Corinto).
Apolónio passa o inverno em vários santuários gregos. Em Rodes, ele faz uma visita ao Colosso, discute
música de flauta com Canus, um flautista virtuoso, e repreende um jovem novo-rico. Ao chegar a
Alexandria, resgata um homem condenado, mas inocente, das mãos do carrasco. Ele exprime a sua
desaprovação pelos sacrifícios de sangue no templo, ou seja, o Serapeum, e repreende os alexandrinos
para a seu vandalismo nas corridas de cavalos.

Apolónio contacta com o novo imperador Vespasiano. Depois de sua chegada a Alexandria, Vespasiano
indaga imediatamente sobre o paradeiro de Apolónio, que mostra estar no templo. Apolónio responde ao
seu pedido para fazê-lo imperador dizendo que já tinha orado aos deuses para que dessem um
governante como Vespasiano. Este justifica a sua proposta para o poder a Apolónio, que o impele a
realizar suas resoluções. Apolónio também menciona a destruição do templo de Júpiter Capitolino no
dia anterior durante a luta entre o imperador Vitélio e filho de Vespasiano, Domiciano, em Roma. No dia
seguinte, Apolónio faz uma visita ao imperador; a seu pedido, os filósofos Dio Crisóstomo e Eufrates, que
estão ambos em Alexandria, também são admitidos para a conversa. Vespasiano pede aos filósofos para
aconselhá-lo sobre a forma de exercer a autoridade que entrou em descrédito pelos seus antecessores
Jesus antes de Jesus Analisando as escrituras Cristos antes de Cristos

(Nero, Galba, Oto e Vitélio). Eufrates recusa-se a respeitar o pedido; em vez disso, defende a abolição da
monarquia e a restauração da república. Dio é a favor de um referendo constitucional. Apolónio rejeita os
argumentos desses oradores como sofismas irrealistas e fundamenta vigorosamente a favor da
monarquia, seguido de um relato de como deve ser realizado o governo por um só homem. Eufrates
revela suas verdadeiras cores, atacando o Pitagoreanismo na presença do imperador e pedindo-lhe
dinheiro. Depois de Vespasiano saír, o conflito entre Apolónio e Eufrates atinge um clímax. Dio é criticado
por Apolónio para o caráter retórico de sua filosofia, mas as relações entre os dois homens permanecem
cordiais. O diferendo mais tarde entre Apolónio e Vespasiano é explicado pela desaprovação do
cancelamento da liberdade que Nero havia concedido à Grécia. Depois de Apolónio reconhecer um leão
como uma reencarnação do último faraó do Egipto, Amasis, ele sai na companhia de dez discípulos para
os etíopes gimnosofistas.

Livro VI

Os viajantes cruzam a fronteira entre o Egipto romano e a Etiópia independente com um jovem egípcio,
Timasion, como seu guia. Depois de uma visita à estátua de Memnon perto da casa dos gimnosofistas,
eles se deparam com um suplicante, que é purificado de sua culpa de sangue.

Eufrates envia um de seus discípulos para caluniar Apolónio, que consequentemente é recebido friamente.
Maquinações de Eufrates são reveladas por uma observação incidental de Timasion a Damis. No dia
seguinte, a discussão é realizada com os gimnosofistas, que são liderados por Tespésion. Este último
defende uma simples filosofia e estilo de vida dos gimnosofistas; Apolónio responde com um discurso
justificando sua escolha de Pitagoreanismo e enfatizando a prioridade e a superioridade da sabedoria
indiana em relação à dos gimnosofistas. A primeira discussão é concluída com uma refutação das
alegações feitas por Eufrates. Um jovem gimnosofista, Nilo, é atraído pela sabedoria de Apolónio. Uma
segunda conversa com os gimnosofistas é realizada no dia seguinte, sobre temas que vão desde as
peculiaridades dos egípcios e os gregos, a justiça, a imortalidade da alma até à cosmologia. Apolónio e
seus discípulos despedem-se dos gimnosofistas e partem para a fonte do Nilo; Apolónio, Timasion e Nilo
chegam à terceira catarata. Durante a sua viagem de regresso, Apolónio domina um sátiro numa aldeia
etíope. O conflito com Eufrates agudiza-se após Apolónio regressar da Etiópia.

Apolónio contacta o filho e príncipe herdeiro de Vespasiano, Tito. Apolónio escreve uma carta de elogio a
Tito por ter se recusado a ser coroado após a sua vitória em Jerusalém. Tito convida Apolónio para uma
discussão em Tarso, antes de regressar a Roma. O sábio elogia a harmonia existente entre Vespasiano e
seu filho Tito e atribui Demétrio ao herdeiro como seu conselheiro filosófico. Ele emite uma profecia
enigmática da morte de Tito e traz sobre a concessão imediata de um pedido feito pelo povo de Tarso.

Apolónio:

- aconselha um jovem rico, mas sem educação para estudar retórica

- ataca um mito tolo que está em curso em Sardes

- adverte os cidadãos de Antioquia da ira divina incorridos por desobediência civil

- ajuda para resolver o problema dote de um homem com quatro filhas

- cura um homem de sua paixão pela famosa estátua de Afrodite em Cnidus

- recomenda aos habitantes das cidades, na margem esquerda do Helesponto sobre a forma de aplacar a
ira divina, que é evidenciado em terremotos

- cura um homem com raiva em Tarso.


Jesus antes de Jesus Analisando as escrituras Cristos antes de Cristos

Livro VII

O clímax dramático da vida de Apolónio é formado pelo confronto do sábio com o tirano Domiciano (o
outro filho de Vespasiano).

A comparação das acções de Apolónio com a atitude dos filósofos no passado perante os tiranos resume-
se a favor de Apolónio. Apolónio opõe-se publicamennte ao tirano e exorta os governadores e senadores -
incluindo Orfitus, Rufus e o futuro imperador Nerva - à revolta contra o regime tirânico.

Como parte dos preparativos para um julgamento desses senadores revoltosos, Domiciano emite um
mandato para a prisão de Apolónio, o qual teria sido denunciado por Eufrates ao imperador. Apolónio
prevê esse mandato e, por sua própria iniciativa, deixa Esmirna para Diceárquia (Puteoli), acompanhada
de Damis.

Encontra-se lá com Demetrius e resiste às suas tentativas de impedi-lo de se confrontar com Domiciano.
Apolónio e Damis navegam para Roma, onde o sábio de Tiana é preso e tem uma reunião com o prefeito
pretoriano Eliano, que se mostra bem disposto para com ele. Apolónio é encarcerado numa prisão com
um regime leve; Ele infunde coragem em Damis e seus companheiros de prisão e percebe os truques de
um dos espiões de Domiciano. Um servo de Eliano aconselha-o em como lidar com o imperador. No seu
primeiro encontro com o imperador, Apolónio defende-se contra as acusações. O imperador exige que ele
se barbeie e seja posto a ferros.

(neste ponto, o autor desta biografia, Filóstrato, descarta uma carta atribuída a Apolónio, em que o filósofo
implora por piedade de Domiciano, como uma falsificação)

Apolónio enxota outro dos espiões de Domiciano e inspira Damis com nova coragem por milagrosamente
sacudir seus grilhões. Através da intervenção de Eliano, Apolónio é transferido para a prisão com um
regime leve. Ele envia Damis de volta a Puteoli (Diceárquia) e ouve a história de um jovem de Messene,
que foi preso por desprezando os avanços do imperador.
Jesus antes de Jesus Analisando as escrituras Cristos antes de Cristos

Livro VIII

Apolónio é julgado perante Domiciano, absolvido, e sai miraculosamente do tribunal. Apolónio


escreveu um texto de defesa, embora nunca o entregue. Domiciano é surpreendido com a saída
inexplicável de Apolónio. Depois de um mero meio dia de viagem de Roma, Apolónio junta Damis e
Demétrio em Diceárquia e dirige-se para a Grécia. O sábio de Tiana visita Olímpia novamente e o oráculo
de Trofônio numa caverna perto Lebadea; ele passa sete dias no subterrâneo e retorna com um livro que
contém os ensinamentos de Pitágoras (este livro e uma série de cartas escritas por Apolónio estariam
preservados numa casa do imperador Adriano em Antium). Depois de ficar na Grécia por dois anos,
Apolónio passa para a Jónia, permanecendo em Esmirna, Éfeso e em outros lugares. Durante a sua
estada em Éfeso, ele milagrosamente testemunha o assassinato de Domiciano, à distância, em Roma.

Apolónio rejeita pedido de Nerva para ser seu ascessor mas envia Damis para o novo imperador com as
suas recomendações, por escrito.

É aqui que Damis cessa as suas memórias sobre Apolónio. Outras versões do final da vida de Apolónio,
referem a ascensão de Apolónio a partir do templo Dictina em Creta. O sábio de Tiana aparece a título
póstumo a um jovem num sonho para confirmar a imortalidade da alma.

Fonte: http://www.livius.org/ap-ark/apollonius/apollonius_life.html#1

Fonte: http://www.livius.org/ap-ark/apollonius/life/va_1_01.html#%A74

7- Crestus dos essênios

Quando o futuro imperador Tito destrói o Segundo Templo de Jerusalém, em 70 d.C., arrasa com os
candelabros de sete velas e as trombetas de Jericó, destruindo também valiosas fontes documentais da
Palestina. Aquele ano ergue-se na história como um muro de silêncio para os investigadores dos textos
sagrados. O documento mais antigo depois dessa data já é do ano 200, o Mishná. Com a destruição de
Jerusalém, desaparecem também descrições e muitas provas da biodiversidade de seitas judaicas que
povoavam a Terra Santa antes do singular sucesso do judaísmo rabínico, do qual provém o atual, e de
outra seita judaica, o cristianismo.

Sem ter ideia da magnitude do que fazia, um pastor beduíno derrubou esse muro numa tarde de 1947. Na
companhia de outros pastores, parentes seus, Muhammed Ahmed al-Hamed queria proteger suas cabras
dos perigos do deserto porque caía a noite sobre as areias de Judá. Aventurou-se a escalar a colina e
prestou atenção em duas pequenas aberturas numa rocha. Como não podia passar por elas, jogou uma
pedra lá dentro. Ouviu o barulho de uma cerâmica se espatifando. Precisava voltar ali quando pudesse,
pois aquilo podia ser um tesouro. E era. O pastor descobriu a primeira das muitas grutas e vasilhas de
barro onde se alojavam os Manuscritos do Mar Morto, um monumental conjunto de textos escritos por
volta de 250 anos antes de Cristo – mais de mil anos mais velhos que os textos bíblicos considerados
mais antigos até o momento de sua descoberta. Datavam de uma época em que a Bíblia ainda não era
um texto unificado, e sim uma miríade de lendas e relatos dispersos.
Jesus antes de Jesus Analisando as escrituras Cristos antes de Cristos

A única carta que aparece, embora muitas vezes reproduzida, fala de um “Mestre da Justiça” enviado por
Deus para guiar os judeus atingidos pelo cólera ao redor do ano 196 a.C.

Os mais recentes haviam sido redigidos cerca de cem anos antes do nascimento de Jesus de Nazaré. Um
de cada quatro ou cinco dos 2.000 documentos encontrados correspondia a um texto bíblico: uma
maravilha para saber se as Sagradas escrituras que tinham sobrevivido até o século XX eram fidedignas
ou se as cópias haviam deturpado o seu sentido ao longo dos séculos.

O restante era formado por hinos e salmos, textos jurídicos, referências a tesouros... e alguns textos
sectários que parecem descrever aquela que os pesquisadores chamaram de “seita de Qumrán”, em
alusão nome do lugar onde apareceram. A única carta que aparece, embora muitas vezes reproduzida,
fala de um “Mestre da Justiça” enviado por Deus para guiar os judeus atingidos pelo cólera ao redor
de 196 a.C. Contra ele, ergue-se um “Homem de Mentiras” que o leva a fugir com seus seguidores para
Damasco. “Ali, adotaram ‘uma nova aliança’ e ali [...] o corpo do Mestre foi ‘deixado’. Eles esperavam
que retornasse como Messias ‘no fim dos dias’.

A história soa familiar? Esse relato se refere a um messias que apareceu antes de 196 a.C. e é obra do
pesquisador bíblico norte-americano Hershel Shanks em seu apaixonante livro Para Compreender Os
Manuscritos do Mar Morto (Imago). Alguns autores identificam essa seita com a dos essênios, à qual João
Batista talvez pertenceu.

Apesar de seu valor, os documentos sofreram todo tipo de desventuras, deteriorando-se ao passar de
mercador em mercador. Também sofreram nas mãos de acadêmicos descuidados. Algumas inscrições
foram apagadas à luz do Sol após permanecer dois mil anos na sombra. De alguns, restaram apenas
fragmentos um pouco maiores que uma unha, mas ainda assim repletos de informação valiosa.

Quando Paulo inventou a designação “CRISTÃOS” ele se referia a “Crestus o Essênio”; mas com o passar
do tempo, a palavra “CRISTÃOS” passou a ser usada exclusivamente como uma referência ao mito
YESUS Cristo.

As supostas citações dos historiadores sobre Jesus eram na verdade sobre os crestões, os seguidores de
Crestus, e a igreja alterou uma letra de E para i e transformou em Cristãos no Grego. Mas eram desses
membros que falaram Tácito, Plinio, Suetônio etc....
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Não se tem muito material digitalizado sobre Crestus, apenas em PDF. Para este artigo utilizei
basicamente a seguinte fonte:
https://brasil.elpais.com/brasil/2015/05/29/tecnologia/1432903443_592401.html

8- Tamuz

Tamuz é citado na bíblia em Zacarias:

"E levou-me à entrada da porta da casa do Senhor, que está do lado norte, e eis que estavam ali mulheres
assentadas chorando a Tamuz"

Ezequiel 8:14

ps. também tem o mês de Tamuz no calendário judaico.

Mas quem foi tamuz?

Nossa história começa com Ninrod:

"E Cuxe gerou a Ninrode; este começou a ser poderoso na terra. E este foi poderoso caçador diante da
face do Senhor; por isso se diz: Como Ninrode, poderoso caçador diante do Senhor. E o princípio do seu
reino foi Babel, Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinar"

Gênesis 10:8,9

Nimrod foi rei de Bavel (Babilônia) e se tornou um “poderoso caçador perante YHWH” (Gn 10:9). Nimrod
criou um sistema religioso idólatra em “Bavel” (Babilônia), que em hebraico significa “confusão”. Nimrod
transformou a verdade em mentira, confundido os homens e os levando a práticas ímpias. Bavel na lingua
acadiana significa portal dos deuses.

Há um antigo livro israelita chamado “Sefer HaYashar” (Livro do Justo/Reto), que é mencionado em
Yahushua (Josué) 10:13 e Sh’mu’el Beit (II Samuel) 1:18. Consta do Sefer HaYashar que o propósito de
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Nimrod, nome que denota “rebelião”, era levar os homens a se rebelarem contra Elohim, por meio da
adoração de falsos deuses e do culto ao próprio Nimrod, como se este mesmo fosse uma divindade:

“E todas as nações ouviram falar de sua fama [de Nimrod], e eles ajuntaram-se a ele, inclinaram-se com o
rosto em terra e lhe fizeram oferendas, e ele [Nimrod] se tornou seu Senhor e Rei, e todos ficaram com ele
na cidade de Shin’ar. Nimrod reinou na terra sobre todos os filhos de Noach [Noé], e eles estavam todos
sob seu poder e domínio.

E toda a terra tinha uma só língua e as palavras eram de união, mas Nimrod não ia pelos caminhos de
YHWH, e ele era mais perverso do que todos os homens, a partir dos dias do dilúvio até esses dias.

E ele fez deuses de madeira e de pedra, e inclinou-se até eles, e se rebelou contra YHWH, e ensinou
todos os seus súditos e os povos da terra sobre seus caminhos ímpios...” (Sefer HaYashar 7:45-47).

Quando o poderoso rei Nimrod morreu, sua esposa, Semíramis, arquitetou um plano para manter-se no
poder e perpetuar a adoração pagã: afirmou que havia engravidado milagrosamente de Nimrod, já
falecido, e que daria à luz um filho chamado Tamuz, a reencarnação de Nimrod.

Na verdade acredita-se que Semiramiz era sua própria mãe, por isso ela teria inventado tal história.

Assim, em aproximadamente 2000 a.C., criou um falso Messias (Tamuz), proveniente da semente da
mulher. Tal mulher, que supostamente engravidou sem relações sexuais, passou a ser adorada como
“a mãe de Deus” (Madonna), ou “a Rainha dos Céus”. Então, na antiga religião babilônica, surgiu o culto
da “Virgem Mãe de Deus” e de seu “Filho”. Este conceito pagão propagou-se e se tornou a fonte de toda a
idolatria que cobre a face da terra, uma vez que diversos povos incorporaram tal pensamento profano.

O sincretismo religioso foi tão intenso que a “Mãe de Deus”/“Rainha dos Céus” e seu “Filho” receberam
diversos nomes em distintas culturas.

“Rainha dos Céus” (a Mãe) = Astarote (Israel), Astarte (Fenícia), Ishtar (Babilônia), Afrodite (Grécia),
Diana/Cibele (Roma), Ísis (Egito), Maria (divindade difundida pelo Catolicismo Romano por todo o mundo).

O Filho = Tamuz (Israel), Baco (Fenícia), Tamuz (Babilônia), Dionísio (Grécia), Atis (Roma), Hórus (Egito).

Importa registrar que o culto a Tamuz estava associado à adoração do deus Sol. Isto foi mostrado pelo
ETERNO ao profeta Yechezk’el (Ezequiel), quando os israelitas perpetravam rituais pagãos dentro do
próprio Beit HaMikdash (Templo):

“E disse-me [YHWH]: Ainda tornarás a ver maiores abominações, que estes fazem. E levou-me à entrada
da porta da casa de YHWH, que está do lado norte, e eis que estavam ali mulheres assentadas chorando
a Tamuz. E disse-me: Vês isto, filho do homem? Ainda tornarás a ver abominações maiores do que estas.
E levou-me para o átrio interior da casa de YHWH, e eis que estavam à entrada do Templo de YHWH,
entre o pórtico e o altar, cerca de vinte e cinco homens, de costas para o Templo de YHWH, e com os
rostos para o oriente; e eles, virados para o oriente adoravam o sol” (Yechezk’el/Ezequiel 8:13-16).
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Uma outra lenda diz que o menino tamuz morreu no bosque provavelmente atacado por um animal,
como castigo de Deus pelo incesto de sua mãe. Após isso as mulheres choraram por ele por três dias, e
sua mãe disse que ele ressuscitou como um deus, um deus solar. esta teria sido a origem dos messias
solares ou sua primeira influência.

Semiramiz foi endeusada também após sua morte tornando-se a rainha dos céus.

O SINCRETISMO

Escreveu-se alhures que a fonte primordial do paganismo se iniciou em Bavel (Babilônia) com Nimrod.
Este instituiu um sistema idólatra que se difundiu por toda a humanidade, inclusive após a confusão de
línguas descrita em Bereshit/Gênesis 11:1-9

"E na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande babilônia, a mãe das prostituições e
abominações da terra"

Apocalipse 17:5

Além da adoração pagã a Tamuz, as Escrituras igualmente narram sobre a idolatria cometida pelos
hebreus ao cultuarem Asht’rot/Astarote (Jz 2:13; 3:7; 10:6; 1 Rs 11:15, 33), também conhecida como
“Rainha dos Céus”:
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Referências: http://aeliteoculta.blogspot.com/2016/12/a-historia-de-semiramis-e-tamuz.html

9- Perseu

Apologia de Justino

O pai apologista Justino (Flavius Iustinus; 100 - 165), o mártir, fazendo sua defesa de Cristo, em seu
diálogo com Trifon o judeu no primeiro século diz:

3Por fim, se há coisas que dizemos de maneira semelhante aos poetas e filósofos que estimais, e outras
de modo superior e divinamente, e somos os únicos que apresentamos demonstração, por que se nos
odeiam injustamente mais do que a todos os outros? 4Assim, quando dizemos que tudo foi ordenado e
feito por Deus, parecerá apenas que enunciamos um dogma de Platão; ao falar sobre conflagração, outro
dogma dos estóicos; ao dizer que são castigadas as almas dos iníquos que, ainda depois da morte,
conservarão a consciência, e que as dos bons, livres de todo castigo, serão felizes, parecerá que falamos
como vossos poetas e filósofos; 5que não se devem adorar obras de mãos humanas, não é senão repetir
o que disseram Menandro, o poeta cômico, e outros com ele, que afirmaram que o artífice é maior do que
aquele que o fabrica.

21. 1Também quando dizemos que o Verbo, primeiro rebento de Deus, nasceu sem relação carnal, isto é,
Jesus Cristo, nosso Mestre, e que ele foi crucificado, morreu e, depois de ressuscitado, subiu ao céu, não
apresentamos nada de novo se se levam em conta os que chamais de filhos de Zeus. 2De fato,
sabeis bem a quantidade de filhos que os vossos estimados escritores atribuem a Zeus: Hermes, o Verbo
intérprete e mestre de todos; Asclépio, que foi médico e que, depois de ter sido fulminado, subiu ao céu;
Dioniso, depois que foi esquartejado; Héracles, depois de se atirar ao fogo para fugir dos trabalhos; os
Dióscoros, filhos de Leda, Perseu de Dânae e Belerofonte, nascido de homens, sobre o cavalo Pégaso.
3Para que ainda falar de Ariadne e dos que, semelhante a ela, se diz que são colocados nas estrelas?
Passo por alto também vossos imperadores mortos, aos quais tendes sempre como dignos da
imortalidade e nos apresentais algum infeliz que jura ter visto César incinerado subir da pira ao céu.

4Também não é necessário repetir aqui as ações que se contam de cada um dos supostos filhos de Zeus,
pois vós as conheceis perfeitamente. E suficiente dizer que isso foi escrito para utilidade e encorajamento
dos que se educam, pois todos consideram belo ser imitadores dos deuses. 5Todavia, esteja longe de
toda alma sensata pensar sobre os deuses, da mesma forma que sobre que, segundo eles, Zeus é o
principal e pai de todos os outros, pensar que ele tenha sido parricida, nascido de parricida e, vencido
pelos baixos e vergonhosos prazeres do amor, tenha ido até Ganimedes e numerosas mulheres com as
quais se uniu, e aceitar que seus filhos praticassem ações semelhantes. 6A verdade é que, como já
dissemos, foram os demônios malvados que fizeram tais coisas. Quanto a alcançar a imortalidade,
nos foi ensinado que só a alcançam aqueles que vivem santa e virtuosamente perto de Deus, assim como
cremos que serão castigados com fogo eterno aqueles que viveram injustamente e não se converteram.
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Isso mostra que desde o primeiro século, já haviam comparações do cristianismo com religiões pagãs.
Muitas concepções que vemos no novo testamento são conceitos helenistas, influência da cultura Grega e
não parte da cultura hebraica.

nascimentos virginais, ascenções aos céus, feitos milagrosos não eram parte de promessas messiânicas,
mas cultura Grega.

PERSEU

A princesa Danai (ou Danae) era uma bela jovem. Seu pai, Acrísio, Rei de Argos, consultou um dia um
oráculo que lhe disse que sua filha não deveria ser mãe. Segundo o oráculo, se ela tivesse um filho ele
seria uma ameaça e poderia causar a morte de seu soberano.

Após o aviso do oráculo, Acrísio resolveu trancá-la numa torre bem alta, com o intuito de ninguém se
apaixonar por ela. No entanto, Zeus, ao vê-la na Torre se apaixona por Danai.

Para encontrá-la ele se transformou numa nuvem dourada e foi ao seu encontro. Após a chuva dourada
que recebeu, ela ficou grávida de Zeus. Dessa união nasceu Perseu.

Quando o pai de Danai ficou sabendo, resolveu pedir aos guardas para trancar a filha e Perseu numa arca
e lançar no mar. Após dias na deriva, ambos foram encontrados por um pescador que lhes ofereceu
abrigo e comida. Perseu cresceu e se tornou um jovem muito forte. Assim, o rei Polidecto resolveu enviá-
lo para enfrentar o monstro conhecido como Medusa.

Referências:

1. Menelaos Stephanides, Teseu, Perseu e outros mitos


2. ↑ Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, 2.2.1
3. ↑ Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, 2.2.2
4. ↑ Ir para:a b c d e Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, 2.2.4
5. ↑ Lactâncio, Instituições Divinas, Livro I, Capítulo 11, Sobre a origem, vida, reino, nome e morte de
Júpiter, Saturno e Urano
6. ↑ Hesíodo, Teogonia 277
7. ↑ Brenda Rosen.The mythical creatures Bible,
8. ↑ Pseudo-Apolodoro, Biblioteca 2. 37-39
9. ↑ Claude Pouzadoux. Contos e lendas da Mitologia Grega
10. ↑ Nadia Julien, Minidicionário compacto de Mitologia
11. ↑ Ovídio, Metamorphoses 5.1-235
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12. ↑ Thomas Bullfinch. História da Mitologia: história de deuses e heróis.

10 Baco/Dionisio

Baco é fruto do relacionamento de Zeus — o deus dos deuses — com Sêmele, uma mortal. Apesar
de ter cativado Zeus e engravidado dele, Sêmele sentiu que precisava provar a todos quem realmente era
o seu amado, porém essa atitude enraiveceu o deus, que castigou a pobre mulher com seus raios,
salvando apenas seu filho.

Para terminar a gestação do bebê que estava em Sêmele, Zeus costurou o pequeno Baco em sua coxa e
o escondeu de sua ciumenta mulher, Hera, durante algum tempo. Dessa estranha gravidez, nasceu o
deus do vinho.

Em outro relato, Júpiter / Zeus dá o coração rasgado-up de Dionísio em uma bebida para Semele, que fica
grávida com o deus "nascido duas vezes" Desta forma, mais uma vez uma "virgem" ou nascimento
milagroso. Na verdade, Joseph Campbell chama explicitamente Semele uma "virgem":

O mito de Dionísio é um dos mais antigos de todo o acervo mitológico grego, sendo que alguns registros o
datam do século XIII a.C., ou seja, cerca de três mil e trezentos anos atrás!

Baco é considerado o protetor da vinhas e do vinho, é um deus ligado à boêmia e à festa. Ele também é
visto como o protetor da fertilidade e do teatro. Na Grécia Antiga, os cultos a Dionísio eram regados a
muito vinho, erotismo e fantasias. Ele é o deus de tudo o que é perigoso, incerto e tentador.

"Arte cristã precoce é rica em associações dionisíacas, quer nas representações turbulentas de festa
ágape, no milagre da água em vinho em Canaã, no vinho e os motivos da videira alusivos à Eucarístico, e
mais acentuadamente... no uso de traços faciais dionisíacos para representações de Cristo”.

* Dr. Thomas F. Mathews, The Clash of the Gods.

A este respeito, antigo historiador grego Plutarco (35, 364E) afirma, "Osíris é idêntico com Dionísio," o filho
de Deus grego. Dionísio, também conhecido como Baco ou Iacchus, é também identificado com o deus
Aion e referido como "Zeus Sabazius" em outras tradições. (Graves, R., 335) Assim, seria de esperar que
ele compartilhasse pelo menos alguns dos atributos todos esses deuses, incluindo o nascer de uma
virgem no solstício de inverno (Aion), e morrendo e ressuscitando dos mortos (Osíris).

"Disse-lhes Jesus: Enchei de água essas talhas. E encheram-nas até em cima. E disse-lhes: Tirai agora, e
levai ao mestre-sala. E levaram. E, logo que o mestre-sala provou a água feita vinho (não sabendo de
onde viera, se bem que o sabiam os serventes que tinham tirado a água), chamou o mestre-sala ao
esposo, E disse-lhe: Todo o homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então o
inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho. Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da
Galiléia, e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele"

João 2:7-11
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Em relação a este milagre, estudioso bíblico Dr. AJ Mattill observa:

Esta história é realmente a contrapartida cristã às lendas pagãs de Dionísio, o Deus grego do vinho,
que em seu festival anual no seu templo de Elis encheu três chaleiras vazios com vinho sem água
necessária! E no quinto de vinho janeiro em vez de água jorrou de seu templo em Andros. Se acreditamos
nos milagre de Jesus, por que não deveríamos acreditar de Dioniso? (Leedom, 125)

Milagre de transformar água em vinho de Dioniso é contada em tempos pré-cristãos por Deodoro (
Biblioteca de História , 3.66.3). Como o Deus do vinho, Dionísio é descrito nos textos antigos como viajar
ao redor do mundo ensinando agricultura, bem como fazer outros milagres, como no de Homero A Ilíada ,
que data do 9 º século aC, e em As Bacantes de Eurípides, o dramaturgo grego famoso que viveu por
volta de 480-406 aC.

O título de "Rei dos Reis" e outros epítetos pode refletir o parentesco de Dioniso com Osíris: Durante o
18o antes ao início dinastias 19 (. C 1300 aC), epítetos de Osíris incluído ", o rei da eternidade, o senhor
da eternidade, que traveste milhões de anos, no período de sua vida, o filho primogênito do útero de Noz,
gerada de Seb, o príncipe dos deuses e dos homens, o deus dos deuses, o rei dos reis, o Senhor dos
senhores, o príncipe dos príncipes, a governador do mundo cuja existência é para eterna ".

Morte e ressurreição de Dionísio eram famosas nos tempos antigos, tanto assim que o pai cristão
Orígenes (c. 184-c. 254) sentiu a necessidade de enfrentá-los em seu Contra Celsus (IV, XVI-XVII),
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comparando-os de forma desfavorável, é claro , aos de Cristo. Na época de Orígenes, estes mistérios
dionisíacos já tinham sido celebrados por séculos. Ressurreição Dionísio / Baco ou de retomada após ter
sido rasgado em pedaços ou de outra forma matou lhe valeu o epíteto de "duas vezes nascido."

Além disso, foi dito que Dionísio / Baco "dormiu três noites com Proserpine [Perséfone],",
evidentemente referindo-se a jornada do deus no submundo para visitar sua mãe. Como Jesus, o deus
Dionísio também é reivindicado também por ter "subido aos céus", como pelo pai Igreja Justino Mártir (
Primeira Apologia , 21; Roberts I, 170 ). Note-se que Dionísio é descrito aqui como um adulto,
levantando-se fora do submundo após a morte, com um carro conduzido por cavalos tão típico de um
deus sol. Um significado astrotheological principal este motivo é a entrada do sol e saída da caverna
(útero) do mundo no solstício de inverno.

Dionísio foi “considerado o “Filho Unigênito”, “Rei dos Reis”, “Deus dos Deuses”, “ O portador "," Redentor
"," Ungido "e" Alpha e Ômega ".

Ele foi identificado com o Ram ou Cordeiro.

Seu “título sacrificial de “dendrites “ou” Jovem da Árvore” indica que ele foi pendurado em uma árvore ou
crucificado”

O curioso é que nessa época esses deuses eram cutuados, o que mostra que as pessoas acreditavam
mesmo neles!

Referências

13. «Dionisíaco». Michaelis On-Line. Consultado em 18 de julho de 2017


14. ↑ «Artigo de apoio Infopédia - Dioniso». www.infopedia.pt. Consultado em 18 de julho de 2017
15. ↑ «Definição ou significado de Dionísio no Dicionário Infopédia de Antroponímia». Infopédia -
Dicionários Porto Editora. Consultado em 18 de julho de 2017
16. ↑ Deuses do Amor e Ecstasy, Alain Daniélou p.15
17. ↑ Ir para:a b Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, 3.4.2
18. ↑ Ir para:a b c d e f Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, 3.4.3

11- Hércules

Hércules (em latim: Hercules) era o nome em latim dado pelos antigos romanos ao herói da mitologia
grega e semideus Héracles, filho de Zeus e da mortal Alcmena. Para seduzir Alcmena, conhecida por sua
formidável beleza, Zeus tomou a forma do seu marido, Anfitrião, rei de Tebas (que estava na Guerra dos
Sete Chefes), e uniu-se a ela durante toda uma noite, tendo antes ordenado a Hermes que triplicasse sua
duração normal.
Jesus antes de Jesus Analisando as escrituras Cristos antes de Cristos

Outras versões dizem que Zeus tomou a forma de uma ave:

"Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da


imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis."

Romanos 1:22,23

Alcmena deu à luz, num único parto, a dois filhos: Héracles, filho de Zeus, e Íficles, filho de Anfitrião.

Ao nascer, Zeus, que pretendia torná-lo imortal, pediu a Hermes que levasse Héracles para junto do seio
de Hera, quando esta dormia, e o fizesse mamar. A criança sugou com tal violência que, mesmo após
Héracles ter terminado, o leite da deusa continuou a correr e as gotas caídas formaram no céu a Via-
Láctea e na Terra, a flor-de-lis.

Hércules se tornou herói ao salvar a cidade de Tebas e em seguida teve doze trabalhos.

Mais tarde, Héracles apaixonou-se pela sedutora Iole, e se dispunha a desposá-la, quando recebeu de
Dejanira, como presente de núpcias, a túnica ensangüentada, e, ao vesti-la, o veneno infiltrou-se-lhe no
corpo; louco de dores, ele quis arrancá-la, mas o tecido achava-se de tal forma aderido às suas carnes
que estas lhe saíam aos pedaços. Vendo-se perdido, o herói ateou uma fogueira e lançou-se às chamas.
Logo que as línguas de fogo começaram a serpentear no espaço, ouviu-se o rebumbar do trovão. Era
Zeus que arrebatava seu filho para o Olimpo, onde ganhou a imortalidade e, na doce tranqüilidade,
recebeu Hebe em casamento. Ao perceber o que fizera Dejanira foi enforcar-se.

"E, estando Paulo no meio do Areópago, disse: Homens atenienses, em tudo vos vejo um tanto
supersticiosos; Porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava
escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Esse, pois, que vós honrais, não o conhecendo, é o que eu vos
anuncio"

Atos 17:22,23

Hércules era um semi deus filho de deus:


Jesus antes de Jesus Analisando as escrituras Cristos antes de Cristos

Referências

19. Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Marco Antônio, 4.1


20. ↑ Asclepias de Mendes, Theologumena, citado por Suetônio, Vidas dos Doze Césares, Vida de
Augusto, 94.4
21. Tácito, Germânia, cap. III - tradução baseada na versão de João Penteado Erskine Stevenson, Ed. e Publicações
Brasil.

22. ↑ Cool, H. E. 1986, 'A Romano-British gold workshop in the second century', Britannia, xvii, 231-7

12 Asclépio

Asclépio. Os gregos acreditavam que ele tinha vivido como um homem e se tornou um deus após a morte.
Seu pai era um deus – Apolo – mas tinha uma mãe humana (Coronis, uma linda donzela da Tessália).
Ele foi criado pelo centauro Chiron em uma caverna e com ele aprendeu a arte da cura. Mas Asclépio
cometeu o pecado imperdoável de levantar um homem dos mortos, enfurecendo Hades por tirar dele
almas mortas. Zeus, com medo de que Asclépio tornasse todos os homens imortais, matou-o com um raio.
Apolo intercedeu em favor de seu filho e persuadiu Zeus a fazer de Asclépio o deus da medicina. Como
um imortal, no reino dos deuses, Asclépio era capaz de curar os enfermos..

Certamente, durante séculos, as pessoas doentes iam para os templos dedicados a Asclépio na
esperança de uma cura. Dizia-se que aqueles que vieram a Asclépio de muletas tinham saído dançando
alegremente. Famosos templos do deus estavam em Pérgamo, Epidauro, Cós e Roma. A plena
participação no programa de cura envolvia dormir dentro do complexo do templo – com efeito, os primeiros
hospitais – onde o tratamento "holístico" envolvia massagens, banhos e interpretação dos sonhos.
Indivíduos sortudos experimentavam de fato um "milagre de cura" e davam testemunho da cura realizada
por esse deus grego.
Jesus antes de Jesus Analisando as escrituras Cristos antes de Cristos

Os primeiros cristãos atacaram o culto de Asclépio com grande furor, indicando uma rivalidade estreita
entre os dois cultos e um certo constrangimento entre os cristãos por ouvirem repetidamente que Asclépio
já tinha feito todos os truques de Jesus – e os tinha feito melhor.

Referências

23. Hart, Gerald David. Asclepius: the god of medicine. History of Medicine Series. London: Royal Society
of Medicine Press, 2000. p. 165
24. ↑ Ir para:a b c Smith, Sir William. Dictionary of Greek and Roman biography and mythology. C.C. Little and J. Brown,
1867. pp. 44-46

13- BUDA

Agora que já vimos os personagens Gregos, vamos ver as similaridades com os messias solares e deuses
orientais. vamos começar com Buda:

O texto a seguir foi extraído do livro, “O Caminho Budista – Uma breve introdução” e foi escrito por S.
Ema. Chagdud Tulku Rinpoche.
Jesus antes de Jesus Analisando as escrituras Cristos antes de Cristos

Buda nasceu há cerca de dois mil e quinhentos anos como Sidarta Gautama, o filho do rei Shakya, na
região de Lumbini, na divisa do Nepal com a Índia. nasceu no clã Shakya, no início do período Mágada
(546-424 a.C.)

Seu nascimento foi antecipado com sinais auspiciosos, entre eles o sonho que a rainha Mayadevi,
sua mãe, teve com um elefante branco que se dissolvia em seu útero. O sonho indicava que o futuro
Buda, naquele momento no reino dos deuses, decidira renascer no reino humana para beneficiar os seres.
Antes disso, ele havia purificado carma e gerado mérito por três incomensuráveis éons.

"E, tendo eles ouvido o rei, partiram; e eis que a estrela, que tinham visto no oriente, ia adiante deles, até
que, chegando, se deteve sobre o lugar onde estava o menino. E, vendo eles a estrela, regoziram-se
muito com grande alegria"

Mateus 2:9,10

O príncipe Sidarta Gautama nasceu de uma forma miraculosa durante uma peregrinação que a rainha
Mayadevi fez à casa de seus familiares. Ela sustentou-se no ramo de uma árvore, e o príncipe nasceu
pela lateral de seu ventre. Logo após o nascimento, o bebê deu sete passos em cada uma das direções
cardeais e, onde pisava, surgia uma flor de lótus. A criança dizia: “Eu sou o melhor ser”.

"E todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade. E subiu também José da Galiléia, da cidade de
Nazaré, à Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém (porque era da casa e família de Davi), A fim de
alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida"

Lucas 2:3-5

O desejo do rei Shakya era de que o príncipe Sidarta Gautama fosse o detentor da coroa e, por isso, não
lhe era permitido sair do palácio. O rei havia sido prevenido por profetas de que, se seu filho
presenciasse o sofrimento, ele renunciaria ao seu futuro como monarca e se tornaria um grande líder
espiritual. Por essa razão, os portões do palácio eram mantidos trancados e guardas vigiam seus passos.

O príncipe foi treinado em todas as artes e habilidades es peradas de um monarca, casou e, até os vinte
e nove anos, viveu um cotidiano de conforto e prazeres. Um dia, no entanto, ele saiu do palácio:

"E o mesmo Jesus começava a ser de quase trinta anos, sendo (como se cuidava) filho de José, e José
de Heli"

Lucas 3:23

viu um cadáver e se defrontou com o sofrimento da morte;

viu um homem velho e se defrontou com as dificuldades da velhice.

Por fim, viu um santo, calmo e pacífico, e essa visão o inspirou.


Jesus antes de Jesus Analisando as escrituras Cristos antes de Cristos

Ao perceber o sofrimento da existência cíclica de morte e renascimento, Sidarta Gautama não encontrou
mais sentido em permanecer morando no palácio. Decidiu procurar um caminho que levasse à liberdade
total do sofrimento e, dessa maneira, renunciou à vida como príncipe. Uma noite, enquanto todos
dormiam, deuses o ajudaram, permitindo que seu cavalo voasse pela janela do quarto, e assim ele e seu
atendente fugiram. Longe dos portões do palácio, despojou-se das roupas de príncipe, de seu cabelo e de
seu cavalo e despediu-se do companheiro.

Depois buda passou mais de cinquenta anos pregando. Buda também fez um sermão na montanha.

Semelhanças

Buda jejuou por quarenta dias sob uma árvore sagrada onde foi tentado por um demônio chamado
Mara que lhe oferecias prazeres do mundo. Siddharta foi tentado por Mara, "o Senhor deste mundo", que
ofereceu Siddharta poder para governar o mundo inteiro e sugeriu que ele poderia ser capaz de usar seu
poder para forçar a iluminação à humanidade.

"Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, tendo jejuado
quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome;"

Mateus 4:1,2

"Em Jataka 190, lemos sobre o discípulo piedoso que caminha sobre a água enquanto ele está cheio
de fé no Buda, mas começa a afundar quando sua crença muda... Em Jataka 78 Buda alimentaa aos
seus 500 irmãos com único bolo que foi colocado em sua tigela, e há muito mais de que o que é
esquerda tem que ser jogado fora. "

“Ele anda por sobre a água sem parti-la, como se estivesse em terra firme”. (Anguttara Nikaya 3:60 )
Jesus antes de Jesus Analisando as escrituras Cristos antes de Cristos

"E respondeu-lhe Pedro, e disse: Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas. E ele
disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus. Mas, sentindo o
vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me! E logo Jesus,
estendendo a mão, segurou-o, e disse-lhe: Homem de pouca fé, por que duvidaste?"

Mateus 14:28-31

"Em um trabalho atrasado budista, o Pundarika Saddharma ... Há uma parábola que tem uma estreita
semelhança com o do Filho Pródigo". parábolas Outros lembram as parábolas do semeador e do ácaro
da viúva.

Embora existam versões diferentes sobre a morte de Buda, há uma história sobre o tremor da terra e
outros incidentes quando ele morreu.

Ensinos

“Que o homem sábio faça o correto: um tesouro que os outros não podem partilhar, que nenhum ladrão
pode roubar, um tesouro que não fica para trás”. (Kuddakapatha 8:9)

“Mais juntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem os consomem, e onde os ladrões
não minam nem roubam”. (Mateus 6:19-20)

”É mais fácil ver os erros dos outros que os próprios; é muito difícil enxergar os próprios defeitos.
Espalham-se os defeitos dos outros como palha ao vento, mas escondem-se os próprios erros como um
jogador trapaceiro”.

Jesus: ”Por que olhas o cisco no olho de teu irmão e não vês a trave no teu? Como ousas dizer a teu
irmão: deixa-me tirar o cisco de teu olho, pois sei corrigir o teu erro de visão? Hipócrita, tira primeiro o
engano da tua visão, e só então poderás tirar o cisco do teu companheiro”.

”A pessoa má fala com falsidade, acorrentando os pensamentos às palavras. Aquele que fala mal e rejeita
o que é verdadeiramente justo não é sábio”.
Jesus antes de Jesus Analisando as escrituras Cristos antes de Cristos

Jesus: ”O homem bom tira coisas boas do tesouro do coração, e o mau retira coisas más, pois a boca fala
do que está cheio o coração”.

Mas o Budismo chegou ao ocidente?

A história do budismo desenvolve-se desde século VI a.C. até ao presente, começando com o nascimento
de Sidarta Gautama. Durante este período, a religião evoluiu à medida que encontrou diferentes países e
culturas, acrescentando ao fundo indiano inicial elementos culturais oriundos do Helenismo, bem como da
Ásia Central, do Sudeste asiático e Extremo Oriente. No processo o budismo alcançou uma expansão
territorial considerável ao ponto de influenciar de uma forma ou de outra quase todo o continente asiático.

Alguns do Éditos de Asoca revelam o seu esforço em difundir o budismo pelo mundo helenístico, que na
época formava um espaço coeso que ia da fronteira da Índia à Grécia. Os Éditos mostram um claro
entendimento da organização política do mundo helenístico: os nomes e a localização dos principais
monarcas da época são indicados. Os monarcas helenísticos Antíoco II do Império Selêucida, Ptolemeu II
Filadelfo do Egito, Antígono Gónatas da Macedônia, Magas de Cirene e Alexandre II de Epiro são
apresentados como alvos da mensagem budista.

Para além disso, de acordo com as fontes em pali, alguns dos emissários de Asoca eram monges budistas
de origem grega, o que revela intercâmbios culturais entre as duas culturas.

Não se sabe até que ponto estes contactos podem ter sido influentes, mas alguns autores apontam para a
existência na época de um certo sincretismo entre o pensamento helenístico e o budismo. É conhecida a
existência de comunidades budistas em cidades do mundo helenístico como Alexandria e aponta-se
influências do budismo Teravada na ordem dos Therapeutae.

Nas regiões a ocidente do subcontinente indiano existiam reinos gregos na Báctria (norte do Afeganistão)
desde o tempo da conquista de Alexandre Magno em 326 a.C.. Cronologicamente surgiria primeiro o reino
dos Selêucidas e mais tarde o Reino Greco-Bactriano (a partir de 250 a.C.).

O rei greco-bactriano Demétrio I invadiu a Índia até Pataliputra em 180 a.C., tendo estabelecido um Reino
Indo-Grego que duraria em partes do norte da Índia até o século I a.C..

A interação entre a cultura helenística e budista pode ter tido alguma influência sobre a evolução do
Mahayana, pois esta tradição apresenta uma perspectiva filosófica e um tratamento do Buda como um
deus que faz lembrar os deuses gregos. É também por esta altura que surgem as primeiras
representações antropomórficas de Buda.

Se considerarmos que Sidarta Gautama foi o primeiro Buda histórico, pois segundo a tradição oral
existiram outros Budas antes dele, e que Sidarta Gautama nasceu entre 563 e 483 a.C., e se
considerarmos que Alexandre, o Grande reinou entre 336 a.C. e 323 a.C., então ou Buda Shakyamuni
influenciou o helenismo ou foi Alexandre que influenciou o budismo.
Jesus antes de Jesus Analisando as escrituras Cristos antes de Cristos

A hipótese de que o helenismo influenciou as exéquias de Buda Shakyamuni é discutida na tese de


Aldrovandi.

Referências: https://www.sohistoria.com.br/biografias/buda/

https://www.ebiografia.com/buda/

14- Krishnna

Conhecido como a Suprema Personalidade de Deus, criador de tudo, Krishna é a raiz de todo o
conhecimento. KRISHNA significa “O Todo Atrativo”. Ele está na forma de Paramatma (super alma) ,
dentro do coração de toda entidade viva. Ele quer tratemos todas as criaturas com amor, não só as
pessoas mas os animais e a natureza.

Mas qual a verdadeira origem de Krishna?

De acordo com as escrituras hindus, Krishna nasceu em 19 de julho do ano de 3.228 a.C.. Ele é
considerado o 8º avatar de Vishnu, “Deus com a face humana”. Na teologia brâmanes, Vishnu é a
segunda pessoa da Trindade hindu, a Trimurti. Nesta Trindade, em analogia superficial com a Trindade
Católico-cristã , Brahma é o Pai, Vishnu é o Filho e Shiva, o Espírito Santo.
Jesus antes de Jesus Analisando as escrituras Cristos antes de Cristos

Krishna veio ao mundo no reinado de Matura [Mathura ou Madurá], que governava o país de Matura [hoje,
no estado indiano de Uttar Pradesh]. Era filho da princesa Devaqui comvVasudeva, era sobrinho do rei
Kamsa que, que tinha sede pelo poder, Kamsa assumiu o trono depois de encarcerar o próprio pai.
Devaqui era irmã de Kamsa. Além de trair o pai [rei Ugrasena], Kamsa, aliou-se ao mago negro Calanemi,
rei dos Iávanas, “rei das serpentes”, seguidor da sangrenta deusa Kali, amigo dos demônios Raksashas.

"Livro da geração de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão"

Mateus 1:1

Kamsa casou-se com a pérfida filha de Calanemi, a princesa Nixcumba. Nixcumba tornou-se a favorita do
rei Kamsa. Ele estava totalmente enfeitiçado pelos encantos da mulher. Ela, em conchavo com o pai, que
pretendia expandir cada vez mais seus domínios sombrios, ansiava por conceber um filho. A criança
herdaria o país de Mathura. Entretanto, Nixcumba não engravidava. Fez todas magias, todos os rituais,
mas seu corpo permanecia estéril como a areia do deserto.

Convocaram então todos os magos e sacerdotes para que fizessem uma poderosa invocação aos deuses
em favor da fertilidade de Nixcumba. Os oráculos, porém, confirmaram a esterilidade da princesa e ainda
indicaram aquela que seria a mãe do herdeiro de Mathura: Devaqui, irmã do rei, casada com o sábio
Vasudeva, que tinha 16 esposas.

Segundo a previsão, o oitavo filho de Devaqui estava destinado a reinar em Mathura. Deste momento em
diante, Kamsa e Nixcumba, passaram a tramar contra a vida de Devaqui . Como primeira providência, o
casal foi preso, para que não tivesse filhos sem que o rei soubesse; cada filho deveria ser apresentado a
Kamsa e este, decidiria o destino da criança. O plano era matar todos os filhos de Devaqui.
Jesus antes de Jesus Analisando as escrituras Cristos antes de Cristos

"Então Herodes, vendo que tinha sido iludido pelos magos, irritou-se muito, e mandou matar todos os
meninos que havia em Belém, e em todos os seus contornos, de dois anos para baixo, segundo o tempo
que diligentemente inquirira dos magos"

Mateus 2:16

Kamsa matou seis crianças que Devaqui gerou; a sétima, Devaqui abortou num episódio curioso pois, este
filho, abortado, reencarnaria, logo após a morte no ventre da mãe, em outro menino que estava sendo
concebido, naquele momento, pela sexta esposa de Vasudeva, Rohini. Por meio da reencarnação, o
sétimo filho de Devaqui sobreviveu e foi chamado Balaramã.

Quando Devaki ficou grávida pela sétima vez, dentro de seu ventre apareceu uma expansão plenária de
Krishna conhecida como Ananta [ou Sesa]. Devaki foi dominada tanto pelo júbilo quanto pela lamentação.
Ela estava jubilante, pois podia compreender que o Senhor Visnu Se abrigara dentro de seu ventre, mas
ao mesmo tempo lastimava-se, porque logo que seu filho aparecesse, Kamsa mataria a criança.

"Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Que estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes
de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo"

Mateus 1:18

Na ocasião, Visnu, a Suprema Personalidade de Deus,

compadeceu-se do estado de pavor dos Yadus [homens santos], causado pelas atrocidades cometidas
por Kamsa, mandou que Sua yogamãyã (ou Sua potência interna) aparecesse.

Kamsa, logo ficou sabendo que sua irmã dera à luz outro filho. Dirigiu-se imediatamente à prisão a fim de
matar mais uma criança e, desta vez, a criança mais perigosa. Porém, Krishna já havia sido trocado no
berço. Ali acomodava-se agora a menina Yogamayã, contra quem o rei demônio dirigiu sua fúria. Porém, o
corpo da recém-nascida, animado por uma potência de Vishnu, assumiu a forma a deusa Durgã e repeliu
o carrasco. Durgã censurou o comportamento de Kamsa e revelou: o menino que ele procurava havia
nascido e vivia longe dali. Depois disso a deusa desapareceu, retornando à sua morada planetária.

Irado e amendrontado ao mesmo tempo, Kamsa convocou seus demônios e decidiram que a melhor
maneira de derrotar Vishnu e suas “encarnações” era atacar todos os seus devotos e, assim, iniciaram
uma dura perseguição aos anacoretas, os sábios religiosos.

Foi então que chegou a Gokula uma das putanãs, disfarçada, com a aparência de uma bela e distinta
mulher. Introduziu-se na casa de Nanda e Yosodã e acercou-se de Krishna. Tomou o menino nos braços e
lhe ofereceu o seio, que havia untado com um veneno fatal. Krishna soube perfeitamente que se tratava
de uma assassina, não queria fazer mal a nenhum ser vivente porém sua missão era exterminar todos
os demônios que corrompiam a Terra.

"E para que tivessem o poder de curar as enfermidades e expulsar os demônios:"

Marcos 3:15
Jesus antes de Jesus Analisando as escrituras Cristos antes de Cristos

A putanã foi o primeiro demônio eliminado. Krishna aceitou o seio mas, ao sugar o leite, o veneno, em
nada o afetou; ao contrário, a demônia, a ter o leite sugado, viu esvair-se junto toda a sua energia vital e
morreu instantaneamente. Krishna começou sua vida e sua missão derrotando seus inimigos.

Krishna cresceu entre os pastores de Gokula, relativamente afastado do mundo de corrupção e violência
instituído pela perversidade do rei Kamsa. Krishna era muito alegre, entretanto, cada vez mais
freqüentemente, o “radiante” tinha momentos de profunda introspecção. Pensativo, buscava o sentido de
sua vida.

O rei Kamsa continuava matando os homens santos e sua maldade se espalhava por toda a Índia. Aos 15
anos, Krishna, em um de seus afastamentos, teve uma visão. Apareceu-lhe Vasixta, o mais sábios entre
os sábios, e ele disse ao jovem:

“O que procuras encontra-se junto àquele que nunca muda. Procura. Neste mundo, Tu degolarás o touro e
esmagarás a cabeça da serpente. Filho de Mahadeva, Tu e eu formamos apenas Um, N’Ele. Procura-O.
Procura sempre” — Vasixta abençoou Krishna e desapareceu.

"Eu e o Pai somos um"

João 10:30

Depois da aparição, as palavras do sábio Vasixta, iluminaram o entendimento de Krishna. Ele, que desde
criança matara inúmeros demônios, salvando a si mesmo e a seus amigos, deveria, agora, combater para
salvar o mundo. Voltou à comunidade e convocou seus companheiros, foi então que os pastores
transformaram-se em guerreiros que enfrentaram tiranos e “libertaram tribos oprimidas” . Khrisna foi
vitorioso em todas as suas lutas porém não encontrava o sentido da vida e meditava nas palavras do
sábio Vasixta.

Soube que era o rei da serpentes e decidiu ir ao encontro do bruxo. Diante de Calanemi, pediu para lutar
com o mais terrível dos monstros entre os que serviam ao soberano das víboras, a serpente Kâlyia.
Krishna decepou-lhe a cabeça com um golpe de seu alfanje e, desprendendo-se do corpo que ainda se
retorcia, o moço vencedor ergueu na mão esquerda a cabeça da serpente.

A cabeça da serpente ainda viva, olhou para Krishna e disse: “Por que é que me mataste, filho de
Mahadeva? Crês encontrar a verdade aniquilando o que vive? Insensato! Ah! Não a encontrarás senão
quando tu próprio agonizares. A morte está na vida, a vida está na morte… ”

"E, quando viu a Jesus, prostrou-se diante dele, exclamando, e dizendo com grande voz: Que tenho eu
contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Peço-te que não me atormentes"

Lucas 8:28
Jesus antes de Jesus Analisando as escrituras Cristos antes de Cristos

Comovera-se com o que a serpente disse, então, Krishna abandonou suas lutas e voltou a Gokula. Soube
que o sábio Vasixta morrera, assassinado pelo rei Kamsa. “Os anacoretas saudaram Krishna como o
sucessor esperado de Vasixta” e entregaram a ele o bordão de sete nós, símbolo do poder espiritual.

Kamsa, vivia em estado de pavor. Quando foi informado que Krishna se tornara um líder anacoreta, ainda
assim não sossegou. Ao contrário, decidiu que era chegada a hora de exterminar de vez aquela ameaça.

Enviou seus soldados atrás dele, estes começaram a ouvir Krishna às margens do rio Ganges,
desistiram de prendê-lo e tornaram-se discipulos de Krishna.

Revoltado, Kamsa convocou seus mais notáveis guerreiros e designou que trouxessem o inimigo
acorrentado. Mas também estes, ao escutarem a doutrina, retornaram ao palácio e disseram ao rei: “Não
pudemos trazer este homem. É um grande santo e nada tens a temer dele. Vendo o rei que tudo era inútil,
fez triplicar os guardas e reforçar com cadeias de ferro todas as portas da cidade. Um dia, porém, ouviu
um grande tropel nas ruas, gritos de alegria e triunfo”

As pessoas forçaram as portas e Krishna entrou em Maturá. Seguiam-no seus discípulos e muitos
anacoretas. A multidão aclamava o Mestre, os bramanes saudavam o filho de Devaqui, vencedor da
serpente, o herói do Monte Meru, profeta de Vishnu. Sem que nenhum obstáculo se interpusesse em seu
caminho, entrou no palácio onde encontrou o rei Kamsa, acossado por seus próprios guardas,
amedrontado; e a rainha Nixcumba, destilando seu veneno, enrodilhada num canto. Krishna diz a Kansa:

— Tu não tens reinado senão pela violência e pelo mal. Merece mil mortes porque assassinaste o velho
Vasixta. Todavia, não morrerá ainda. Quero provar ao mundo que não é matando que se triunfa dos
inimigos vencidos, mas sim perdoando-lhes. [SCHURÉ, 2003]

Kamsa e a rainha foram exilados sob a vigilância dos brâmanes. Krishna abriu mão do trono de Madurá,
não queria reinar.

Entre seus discípulos existia um especialmente nobre, de estirpe e de espírito: Arjuna, um Pandava,
herdeiro dos reis solares, opositores dos reis lunares, os Kurus, que dominavam a Índia naqueles tempos.
Arjuna tornou-se rei de Madurá mas a autoridade suprema foi concedida aos brâmanes, sacerdotes de
Vishnu, que formaram um conselho.
Jesus antes de Jesus Analisando as escrituras Cristos antes de Cristos

No povoado de Duarca, foi emergido o templo dos Iniciados.

Ocorrera a ascensão de Arjuna, um guerreiro solar, ao trono de Madurá, desagradou imensamente os reis
lunares que governavam reinos e principados indianos. Era um avanço dos adeptos da luz que não podia
ser tolerado pelos devotos das sombras. Deflagrou-se uma guerra; Pandavas e Kurus preparavam-se para
um sangrento combate.

Arjuna, era líder dos Pandavas, e contemplava a movimentação dos exércitos na planície. Seu coração
estava apertado, tomado pela tristeza. Era um discípulo de Krishna e tinha tomado horror às matanças,
posto que todos os seres viventes eram filhos de Mahadeva.

Arjuna fraquejava justamente quando a luta estava prestes a começar. Neste momento, Krishna, que
deveria estar em Duarca, apareceu para socorrer Arjuna em sua inquietação. O diálogo que se segue
entre Arjuna e Krishna é uma das passagens mais famosas do Bagavad-Gitã.

“Eu e tu, e todos estes guiadores de homens havemos existido sempre e não cessaremos jamais de
existir… Aqueles que vêem essa essência real, vêem a eterna verdade que domina a alma e o corpo.
Sabe, pois, que o que atravessa todas as coisas está acima da destruição. Ninguém pode destruir o
Indestrutível. Tu sabes que estes corpos durarão pouco. Mas os videntes sabem, também, que a alma
neles encarnada é eterna, indestrutível e infinita. Eis aí porque vais combater, filho de Baratha!

Os que crêem que a alma pode matar ou que ela pode ser morta enganam-se igualmente. Ela não mata
nem morre. Ela não nasceu nunca nem nunca morrerá… Assim como uma criatura se desnuda de roupas
velhas para se apossar e outras novas, assim a alma rejeita esse corpo para tomar outros. Nem a espada
nem o cutelo a corta; nem o fogo nem a chama a queima… Duradoura, firme, eterna, ela atravessa tudo…
“[SCHURÉ, 2003]

Os Pandavas venceram a batalha que foi contata na aventura épica chamada Mahabaratha, um dos livros
do Bagavad-Gita, o Canto do Senhor.
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Após a Guerra dos Baratha, Krishna e seu irmão Balarãma partiram para o sul da Índia, onde teriam
fundado a cidade de Dwaraka. Por lá reinaram por 36 anos. Balarãma, como outros personagens
lendários, não morreu; usando a disciplina do ioga, Balarãma transcendeu a corporeidade física
alcançando as esferas celestiais.

Krishna, segundo o Mahabaratha, retirou-se na floresta e mergulhou em meditação. Ali teria morrido em
virtude de uma maldição proferida por Gandhari, que perdeu os filhos na batalha entre os Pandavas e
Kurus. Ela culpava Krishna por não ter impedido a matança. Krishna, conformou-se com a maldição e
morreu.

Na versão contada por Schuré, em Os Grandes Iniciados, Krishna escolhe morrer deixando-se apanhar
em emboscada por arqueiros enviados por seu velho inimigo, o rei Kamsa. Kamsa, que escapara à
vigilância dos brâmanes, refugiou-se junto ao sogro, o bruxo Calanemi e passou a tramar a destruição de
Krishna.

Algumas versões dizem que Krishna morreu em uma árvore, um madeiro.


Jesus antes de Jesus Analisando as escrituras Cristos antes de Cristos

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SCHURÉ, Edouard. KRISHNA. Col. Os Grandes Iniciados, nº 2 [trad. Domingos Guimarães]. São Paulo: Martin
Claret, 2003]

PRABHUPÃDA, Sua Divina Graça Swami. HISTÓRIAS DE KRSNA — ED. The Bhaktivedanta Book Trust |
Sociedade Internacional da Consciência de Krishna [sem data]

_________________________________ O LIVRO DE KRISHNA

fonte: https://harekrishnarana.wordpress.com/2015/06/11/a-historia-de-krishna/

15- Mitra

Mitra ou Amigo é o deus do sol, da sabedoria e da guerra na mitologia persa. Ao longo dos séculos, foi
incorporado à mitologia hindu e à mitologia romana. Na Índia e Pérsia, representava a luz, significando,
literalmente, em persa, "Divindade solar". Representava também o bem e a libertação da matéria. Era filho
do deus persa do bem, Aúra-Masda, e lutava contra os inimigos deste com suas armas e com seu javali
Verethraghna. Era identificado com o sol, viajando todos os dias pelo céu com sua carruagem para
espantar as forças das trevas. Era uma das mais populares divindades persas. Com sua adoção pelos
romanos, tornou-se especialmente popular entre os soldados, que lhe ofereciam touros.
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Existem referências a Mitra e a Varuna de 1 400 a.C. como deuses de Mitani, no norte da Mesopotâmia.
Entre os persas, apareceu como filho de Aúra-Masda, deus do bem, segundo as imagens dos templos e
os escassos testemunhos escritos. Mitra nasceu perto de uma fonte sagrada, debaixo de uma árvore
sagrada, a partir de uma rocha (a petra generatrix; Mitra é, por isso, denominado de petra natus). Sua
primeira menção é de aproximadamente 3400 anos atrás, sendo descrita como companheira de Varuna, o
deus do equilíbrio e da ordem do cosmo. Por volta do século V a.C., passou a integrar o panteão do
zoroastrismo persa: a princípio, como senhor dos elementos; depois, sob a forma definitiva do deus solar.

Após a vitória de Alexandre, o Grande, sobre os persas, o culto a Mitra se propagou por todo o mundo
helenístico. Nos séculos III e IV da era cristã, as religiões romanas, identificando-se com o caráter viril e
luminoso do deus, transformaram o culto a Mitra no mitraísmo.

Existe muita controvérsia sobre a etimologia de Mitra. Na Índia védica, Mitra significava ‘amigo’, no persa
avéstico era traduzido como ‘contrato’. Esta última definição é a que prevalece nos nossos dias, sendo
pois Mitra a personificação do contrato.

Encontra-se o Deus Mitra no Panteão Védico da Índia desde 1380 a. C. Este Proto-Mitra estaria associado
a Varuna e forma uma dualidade antitética e complementar.

Mitra foi adorados por quase todos os soberanos persas: Ciro o reverenciava; sob Dario houve um breve
eclipse, pois este, segundo alguns especialistas, era partidário de Zoroastro; e reaparece com Artaxerxes.
Na cerimonial da realeza persa, o dia de Mitrakana era o único dia em que o rei persa tinha o direito de
embriagar-se, numa clara analogia com a morte védica.

Como Mitra foi cultuado por diversas culturas, desde Índia, Persa, Grécia e Roma, sua história também
varia de acordo com a cultura.
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Segundo reza o Mihr Yasht, o extenso hino em honra a Mitra da saga religiosa persa, a história de Mitra é
a seguinte: após ter sido promovido ao panteão dos Grandes Deuses, Aúra-Masda mandou construir-lhe
uma mansão no cimo do Monte Hara, ou seja, no mundo espiritual, além da abóbada celeste. Postou-se aí
como o protetor de todas as criaturas e não era adorado como todos os outros deuses menores com
preces rotineiras. Aúra Masda consagrou Haoma como sacerdote de Mitra que o adorava e lhe oferecia
sacrifícios. Aúra Masda cria e prescreve o rito próprio ao culto de Mitra no paraíso. Mitra, assim, retorna à
terra para o combate contra os daêvas sem, contudo, conseguir vencê-los. Somente quando Mitra se une
a Aúra Masda o destino dos daêvas será selado. Mitra será, a partir daí, adorado como a luz que ilumina
todo o mundo.

O Mitra irano-helenístico tem a sua gênese com as conquistas de Alexandre e a queda do império persa
durante o ano de 330 a. C., pois Alexandre e 10.000 de seus soldados macedônios se casam com
mulheres persas e mais, dentro do ritual persa. Sabe-se que alguns destes macedônios e seus filhos,
iniciados pelas mães persas, introduziram o culto de Mitra na Macedônia e na Grécia. É deveras
conhecido que a adoração deste Deus Mitra, advindo do inimigo persa, nunca obteve uma grande
popularidade na Grécia, apesar de continuar a manter a influência junto à aristocracia meda e iraniana.
Tanto assim que o nome Mitrídate (dado a Mitra) é encontrado em diversos reis partos, do Bósforo e do
Ponto Euxino. A arqueologia tem descoberto diversos templos – Mitreas – na Armênia. Apesar da pouca
influência junto ao povo grego, a religião iraniana entrou num vasto movimento sincrético junto à cultura
helênica. Mitra era adorado em todo o império de Alexandre e os Magos continuavam a ser os sacerdotes
sacrificadores. O culto repousava sobre uma cronologia escatológica de 7.000 anos, cada milênio sendo
governado por um planeta. Daí advém a série dos 7 planetas, dos 7 metais, das 7 cores etc. Durante os 6
primeiros milênios, Deus e o Espírito do Mal combatem pela supremacia e, quando o Mal parecia vitorioso,
Deus enviou o Deus solar Mitra (Apolo, Hélio) que domina o sétimo milênio. No fim deste período setenal,
a potência dos planetas cessa e um incêndio universal recobre o mundo.

Curioso nesta época é a biografia do rei Mitrídate VI Eupator, rei do Ponto, anterior ao nascimento de
Cristo. Seu nascimento foi anunciado por um cometa, um raio caiu sobre o recém-nascido, deixando-
lhe uma cicatriz. A educação deste rei é uma longa série de provas iniciáticas. É visto durante sua
coroação como uma encarnação de Mitra. A biografia real é muito próxima do Natal cristão. Ele será o
último rei de uma longa lista de grandes reis Mitridates. Conquistou quase toda a Ásia Menor por volta de
88 a. C., mas foi derrotado pelos romanos em 66. Provavelmente aliou-se aos piratas Cilicianos dos quais
falaremos a seguir. Foi, também, o primeiro monarca a praticar a imunização contra os venenos, a qual,
segundo o Aurélio, se adquire por meio da repetida absorção de pequenas doses deles, gradualmente
aumentadas, daí o nome mitridatismo.

A grande popularidade e o apelo do mitraísmo como uma forma refinada e final do paganismo pré-cristão
foi discutida pelo historiador grego Heródoto, pelo biógrafo, também grego, Plutarco, pelo filósofo
neoplatônico Porfírio, pelo herético gnóstico Orígenes e por São Jerônimo, um dos pais da Igreja.

O Mitra romano faz sua ‘rentrée’ no Império através dos Mistérios. O termo “mistério” possui um sentido
muito preciso. Os mistérios gregos, e depois romanos, foram numerosos: Dionísio, Elêusis, Cibele, Átis e
Deméter. Podem ser ainda citados os de Ísis, Sarápis, Sabázios, Júpiter Doliqueno etc. Uma certa bruma
enigmática envolvia todos estas cerimônias dos mistérios, mas o comum entre eles, era o aspecto ‘solar’,
apesar de todos esconderem sua identidade essencial. Desnecessário dizer que, por serem os mistérios,
secretos e ocultos, poucos documentos escritos chegaram até nossos dias. O pouco que se sabe sobre
eles advém da patrística cristã que, na ânsia de combater o mitraísmo, terminou por nos legar uma série
de descrições sobre o mesmo. Alguns autores gauleses chegam a afirmar que assim como a maçonaria
foi a religião clandestina da IIIª República Francesa, o mitraísmo sustentava subterraneamente a ideologia
da Roma Imperial.

A inoculação do veneno mitraíco no seio do Império, segundo Plutarco (Vita Pompeu), foi o transplante,
feito por Pompeu em 67 a. C., de 20.000 prisioneiros Cilicianos (uma província na costa sul oriental da
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Ásia Menor) que praticavam os “ritos secretos” de Mitra. Daí, a epidemia mitraíca se alastrou por todo o
mundo romano, reforçada ainda pelos múltiplos contatos das tropas de ocupação romana com as outras
culturas mitraícas, tendo atingido o seu zênite no século III, quando começou a travar uma luta de vida
e morte com o cristianismo. Tanto assim que do século II ao IV da nossa era, os Mithrae (ou Mithraeum
no singular) – templos dedicados ao culto do deus – chegaram a ser mais de 40 em Roma. Um dos
maiores templos construídos podem ser encontrados hoje nos subterrâneos da Igreja de São Clemente,
perto do Coliseu.

II – Representações Litúrgicas e Ritualísticas do Deus Mitra

Mitra é um Deus de forma humana. É representado sob a forma de um jovem montado num touro e, com
uma das mãos, empunha uma adaga para o degolar. Alguns afrescos, encontrados na parte mais central
do Mithraeum (templo subterrâneo de adoração), representam Mitra com a cabeça voltada para o alto ou
para o lado, significando desgosto com o que está fazendo. Sincreticamente, encontram-se ainda imagens
de Teseu matando o Minotauro ou Perseu chacinando a Górgona ou, ainda, Hércules esfolando o Touro.
Mitra está vestido em trajes orientais e muitas vezes circundado por dois meninos ou pastores que podem
simbolizar o levante e o ocaso, o Outono ou a Primavera, as marés – montante e vazante – e ainda, a vida
e a morte. A cena possivelmente se passa numa gruta. Um corvo, mensageiro do sol, está quase sempre
na borda do rochedo. Vê-se ainda um cão se aproximando para beber o sangue da vítima, uma serpente
enroscada dentro de uma pequena cratera e ao redor de um recipiente, um leão ameaçador, espigas de
trigo sobre o rabo do touro e um escorpião que pica os testículos do animal morto.

O fim do mitraísmo coincide com o seu zênite no século III d.C. e vem acompanhado da entronização do
cristianismo como religião do Império Romano. Como vimos, o mitraísmo sofria o passivo de praticar uma
liturgia elitista em pequenas sociedades secretas na qual as mulheres eram excluídas. Não se propunha
ser uma reli-gião de massa, aberto a todos, como o cristianismo. Era uma religião otimista e Mitra teve o
grande defeito de não ter morrido para salvar o mundo.

Como os persas eram inimigos hereditários do Império Romano, os cristãos fizeram de tudo para ligar o
mitraísmo a uma religião “inimiga”, persa por excelência, pois os romanos não deveriam adorar um
deus importado do adversário. Apesar de tudo parece que Constantino manifestou uma certa
simpatia pelo mitraísmo, principalmente na sua versão de “Sol invictus”. Quando este primeiro
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imperador cristão colocou todas as religiões pagãs na clandestinidade, poupou os mitraístas pois estes
possuíam muita influência junto aos militares que eram o cimento do Império.

O combate mortal entre o cristianismo e o Mitra pagão pode ser lido nos escritos de Tertuliano (160-220
d.C.) ao afirmar que esta religião utilizava indevidamente o batismo e a consagração do pão e do vinho.
Dizia, ainda, que o mitraísmo era inspirado pelo diabo que desejava zombar sobre os sacramentos
cristãos com o intuito de levá-los para o inferno. Não obstante, o mitraísmo sobreviveu até o século Vº em
remotas regiões dos Alpes entre as tribos dos Anauni e conseguiu sobreviver no Oriente Próximo até os
dias de hoje.

Semelhanças

Os pontos comuns entre o cristianismo e o mitraísmo são inúmeros. O nascimento de Cristo é


anunciado por uma estrela assim como o de Mitridate Eupator. Ambos são nascidos de uma
Virgem Imaculada que toma o nome de Mãe de Deus. A caverna, a gruta são os locais de
nascimentos tanto de Cristo quanto de Mitra. A presença de pastores e de seu rebanho também estão
presentes em ambos os nascimentos. A gruta de Belém é prenhe de luz e Mitra é um deus solar. Além do
mais, o ouro, símbolo do Sol, tem uma importância crucial na liturgia cristã. Deus é Amor mas também
Luz. O nascimento dos dois deuses foi a 25 de dezembro, solstício de Verão no Hemisfério Norte. Sabe-se
que Cristo não teria nascido no dia 25 e que, somente com o fim do mitraísmo, a Igreja Cristã,
“cristianizou” o dia como a festa do Natal. Tanto Cristo como Mitra eram castos e celibatários. Todas as
duas religiões são fundadas sobre um sacrifício salvador do Mundo, mas com a morte de Cristo, o
cristianismo tira a sua vantagem e sua superioridade. A morte do Touro encontra um símile na luta de São
Jorge com o dragão. A vontade de neutralizar as potências do mal, a guerra entre as duas potências e a
vitória do Bem. A consagração do pão e do vinho estão presentes entre os cristãos e os iniciados de
Mitra. No grau de Soldado (Miles), o iniciado é marcado com uma cruz de ferro em brasa sobre a fronte.
A imortalidade da alma e a ressurreição final. As igrejas antigas possuem criptas subterrâneas que
evocam os templos mitraícos. A fraternidade e o espírito democrático das primeiras comunidades cristãs
se assemelham muito ao mitraísmo. A fonte jorrando da rocha, a utilização de sinos, os livros e as velas, a
água santa e a comunhão, a santificação do Domingo (fora da tradição judaica do Sábado), a insistência
numa conduta moral, o sacrifício ritual, a angeologia, a teologia da luz, dualidade deus-diabo, o fim do
mundo e o apocalipse são também comuns em ambas as religiões.

Outro símile interessante seria entre Mitra e Papai Noel. Vestimentas vermelhas e barrete frígio são
comuns a ambos como também as velas incrustadas em árvores (de Natal) nas cerimônias natalinas.
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Fonte: fonte: https://www.deldebbio.com.br/a-historia-de-mitra/

16- Átis

Átis (em grego clássico: Ἄττις ou Ἄττης) era uma deidade nas mitologias frígia e grega. Seus sacerdotes
eram eunucos, como explicado por mitos de origem referentes a Átis e sua castração. Era um deus de
vegetação e em sua auto-mutilação, morte e ressurreição, ele representa os frutos da terra, que morrem
no inverno para subir novamente na primavera.

No final do século IV a.C., o culto de Átis se tornou uma característica do mundo grego. A história de suas
origens no Agdistis, registrada por Pausânias, tem alguns elementos distintamente não-gregos. Pausânias
conta que um daemon, Agdistis, trazia ambos os atributos masculinos e femininos, mas os deuses do
Olimpo, temendo-o, cortaram seu órgão masculino e lançaram-no para longe. Cresceu dele uma
amendoeira e, quando seus frutos estavam maduros, Nana, que era filha do deus Sangário, pegou uma
amêndoa e a deitou no seu seio, o que a levou a engravidar de Átis o seu nascimento tal como
acontece com mitra e horus era comemorado por volta de 25 de dezembro. Nana abandonou o bebê, e a
criança foi cuidada por um bode. Conforme Átis crescia, sua beleza adquiria ares divinos ele se tornou
pastor de ovelhas , e Agdistis caiu de amores por ele. Mas os pais adotivos de Átis o mandaram para
Péssimos para se casar com a filha do rei. De acordo com algumas versões do mito, o Rei de Pessinos
era Midas. Durante o casamento, Agdistis apareceu em seu poder transcendente e enlouqueceu todos os
presentes, levando tanto quanto o rei quanta a rainha a crucificar attis em uma árvore assim ele morreu
ele foi posto então em uma tumba onde ficou por dois dias e no terceiro dia Ressuscitou.

variação: Mas você não sabe quem é Cibele, sabe, forasteiro? Ela era a Grande Mãe de todas as coisas,
a mãe de toda a vida. [...] Sua história é a seguinte: Atis, seu jovem amante, a traiu com uma ninfa e
Cibele vingou-se induzindo-o a um frenesi durante o qual ele cortou os próprios testículos com uma faca e
morreu sob um pinheiro. Cibele o trouxe de volta à vida como seu divino consorte, mas assegurando-se
de que ele lhe seria perpetuamente fiel. [Duncan Sprott, A Filha do Crocodilo, pg. 474]

A primeira referência literária a Átis é o tema de um dos poemas mais famosos por Catulo. Oscar Wilde
menciona automutilação Átis em seu poema A Esfinge.
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25. Referências: Estrabão, xii. p. 567; comp. x. p. 469


26. ↑ Hesíquio de Alexandria, s.v

17- Hórus

A história de Hórus é bem simples. Filho dos irmãos Ísis e Osíris, Hórus foi concebido quando seu pai já
estava morto e mumificado. Porém, ele foi ressuscitado por sua mãe, que se transformou num pássaro
com poderes.

Seu pai era o deus da vegetação, do além e do julgamento, enquanto sua mãe, a deusa da natureza, da
fertilidade e da magia. Antes de seu nascimento, seu pai foi assassinado pelo seu tio Set, deus do caos,
que o invejava. Isso porque Osíris governava as terras do Egito e seu irmão, o deserto.

Insatisfeito com isso, Set planeja matar Osíris, e com o sumiço do deus, sua irmã-esposa vai atrás de seu
amado. Com medo de que ela encontrasse seu corpo, Set o corta em 14 pedaços e espalha-os pelo Egito.

Determinada a oferecer um enterro digno a seu amado, Ísis percorre todo o Egito e junta 13 pedaços.
Entretanto, não encontra o falo (pênis), que fora substituído por um caule vegetal. Após mumificarem o
corpo de Osíris, Ísis se transforma num milhafre, uma ave que lhe concede poderes. Assim, ela consegue
copular com seu amado e dessa união surge Hórus.

Quando cresceu, Hórus jurou vingar a morte de seu pai travando diversas batalhas com seu tio que, por
fim, foi destronado e morto por seu sobrinho. Após esse episódio, ele tornou-se o governante supremo do
Egito sendo responsável por unir o Baixo-Egito e o Alto-Egito.
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Em uma das batalhas, contudo, Hórus perdeu visão de um dos olhos. Esse episódio passou a ser usado
para explicar que o órgão ferido era, na verdade, a Lua.

Hórus casou-se com Hathor, deusa das festas, do vinho, da alegria e guardiã das mulheres e protetora
dos amantes. Ela é representada com a cabeça ou as orelhas de uma vaca.

Só o que tem em semelhança é a ressurreição, ele ser a representação da luz e a batalha com Set,
que é um tipo de satanás Egipcio. Alguns acreditam que essa história representava também um tipo de
trindade Egipcia, Isis Horus e Osiris.

Referências

27. http://www.planetaesoterico.com.br/horus/o-deus-horus.html
28. ↑ Castello Branco, Marisa. Do Egito Milenar à Eternidade (ISBN 85-901413-1-4)

18- Zoroastro

O Zoroastrismo, a religião pseudo-monoteísta que viria a influenciar as três maiores religiões da


atualidade, o judaísmo, o islamismo e o cristianismo. A noção de bem versus mal, um ser supremo que é
desafiado por um inimigo poderoso, a personificação do mal, que tenta os homens e os leva a se
corromperem, que é sinônimo de ganância, de trevas, a ideia de livre-arbítrio, na salvação e
ressurreição, em anjos da guarda, o juízo final, onde retornarão ao paraíso os escolhidos, com
punição para os maus, e recompensa para os bons, todas são originárias do Zoroastrismo. Zaratustra
Spitaman (mais conhecido na aliteração grega do nome para Zoroastro), a “Religião da Boa Consciência”.
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Zoroastro viveu na Ásia Central, num território que compreendia o que é hoje a parte oriental do Irã e a
região ocidental do Afeganistão. Concebeu então, um Deus único, criador do Universo, a quem deu o
nome de Ahura Mazda, por conseguinte, a religião respectiva passaria a chamar-se “mazdeísmo”. Um só
Deus, o Criador, Ahura Mazda, a divindade suprema, para os cristãos, ele é o pai e para os muçulmanos,
Allah. Em todos os casos ele encarna e é a fonte de tudo que é bom. Em contrapartida, Ahura Mazda, e
seus anjos, travam uma batalha dentro de cada pessoa contra o princípio do mal, Angra Mainyu, por sua
vez acompanhado de entidades malignas, o Mau pensamento, a mentira, a rebelião, o mau governo, a
doença e a morte. A grande questão do bem e do mal, colocada por Zoroastro, se resolve dentro da mente
humana

Zoroastro aos trinta anos, enquanto participava num ritual de purificação num rio (notem a semelhança
com o rio onde João batista efetuava a purificação), viu um ser de luz que se apresentou como sendo
Vohu Manah ("Bom Pensamento") e que o conduziu até à presença de Ahura Mazda e de outros cinco
seres luminosos (anjos), os Amesha Spentas, sendo este o primeiro de uma série de encontros com Ahura
Mazda, que lhe revelou a sua mensagem. O principal documento que nos permite conhecer a vida e o
pensamento religioso de Zoroastro são os Gathas, dezessete hinos compostos pelo próprio Zoroastro e
que constituem a parte mais importante do Avesta ou livro sagrado do zoroastrismo.

Seus sacerdotes, os Magi (sábios ou magos, como citados no Evangelho Apócrifo Armenio da Infância, os
três Reis Magos vindos do oriente), eram vegetarianos, re-encarnacionistas, espiritualistas e conheciam
muito bem a astrologia. As autoridades civis e religiosas opunham-se às doutrinas de Zoroastro. Após
doze anos de pregação, Zoroastro abandonou a sua região natal e fixou-se na corte do rei Vishtaspa na
Báctria (região que se encontra no atual Afeganistão). Este rei e sua esposa, a rainha Hutosa,
converteram-se à doutrina de Zoroastro e o zoroastrismo foi declarado como religião oficial do reino.
Zoroastro foi tentado por Angra Mainyu (espírito mal) ao iniciar seu ministério, ele tentou dissuadi-lo do
seu propósito. Assemelhando-se a Jesus (Yeshua) ao iniciar seu ministério foi conduzido ao deserto
aonde foi tentado pelo diabo, mas o venceu. Quanto a datação da Dispensação Zoroástrica existe muitas
controvérsias, os acadêmicos têm situado a sua vida entre 1750 e 1000 a.C..

Os judeus assimilaram a crença um Ahriman, um diabo pessoal, que, em hebraico, eles chamaram de
SATAN, por isso, o seu aparecimento na Bíblia só ocorre no livro de Jó e nos outros livros escritos após o
exílio Babilônico, do ano 538 a.C. para cá. Nestes livros já aparece a influência do Zoroastrismo persa.
Observe ainda que a tentação de Adão e Eva é feita pela serpente e não por Satanás, demonstrando
assim que o escritor do Gênesis não conhecia Satanás. Os sábios judaicos, interpretando o Eclesiastes
10:11, afirmam que, na verdade, a cobra que seduziu Adão e Eva era o Anjo Samael, que apareceu na
terra sob a forma de serpente. Ele, que é conhecido como o "dono da língua", usou sua língua para
seduzir Adão e Eva ao pecado. O poder do mal está em sua língua.

Zoroastro teve muitos problemas em tentar implementar a religião monoteísta, tentando se opor aos
sacerdotes de Mithra e os sacrifícios sangrentos dos touros. Foi assassinado por sacerdotes de Mithra no
templo de Balkh, faleceu aos setenta e sete anos. Grandes reis da Pérsia, como Ciro e Dario, eram
devotos zoroastras. Havia até 50 milhões de fiéis no império que se estendia da Grécia até a Índia,
segundo estimativas. A tranquilidade acabou com a invasão da Pérsia pelo Exército do conquistador
macedônio, Alexandre, o Grande, que levou o império ao colapso, no ano 330 a.C.. Desde então,
zoroastras foram perseguidos e discriminados, tanto por cristãos como por muçulmanos no rastro das
invasões e reconquistas que moldaram o Oriente Médio e a Ásia. Antes da revolução islâmica, em 1979,
havia cerca de 300 mil zoroastras no Irã. Boa parte fugiu para os EUA temendo perseguição. Três
décadas após esse tumultuado período, os zoroastras iranianos hoje praticam sua fé em razoável
liberdade.
Jesus antes de Jesus Analisando as escrituras Cristos antes de Cristos

Referências

29. Khan, Roni K (1996). http://tenets.parsizoroastrianism.com/ |capítulo= ignorado (ajuda); Em falta ou


vazio |título= (ajuda)
30. ↑ «"ZOROASTRIANISM - JewishEncyclopedia.com"» (em inglês). jewishencyclopedia.com. 2012.
Consultado em 25 de setembro de 2017
31. ↑ Hinnel, J (1997), The Penguin Dictionary of Religion, Penguin Books UK

19- Moisés, Davi, Elias e os Patriarcas

Tipologia

Mas o novo testamento também faz tipologias de Jesus com personagens do velho testamento, e
muitas dessas histórias são apenas isso, tipologias apenas.

No velho testamento Deus prometeu que levantaria um profeta semelhante a Moisés:

“O Senhor teu Deus te levantará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis;”

Deuteronômio 18:15

Então o novo testamento tenta convencer o leitor de que Jesus é este profeta semelhante a Moisés,
isto é, um novo Moisés. E para isso toma atributos de suas histórias. Por exemplo, Moisés escapou
de uma matança de bebês inocentes:

“Então ordenou Faraó a todo o seu povo, dizendo: A todos os filhos que nascerem lançareis no rio,
mas a todas as filhas guardareis com vida”

Êxodo 1:22

Então o novo testamento diz que Jesus também escapou de uma matança de inocentes como
Moisés:

"Então Herodes, vendo que tinha sido iludido pelos magos, irritou-se muito, e mandou matar todos
os meninos que havia em Belém, e em todos os seus contornos, de dois anos para baixo, segundo
o tempo que diligentemente inquirira dos magos"

Mateus 2:16
Jesus antes de Jesus Analisando as escrituras Cristos antes de Cristos

E o problema é que a história narrada por Mateus não se sustenta.

- Primeiro, não tem nenhum registro histórico de tal matança, nem nas fontes Romanas nem nas
fontes judaicas. Heródes foi muito bem documentado, inclusive seus crimes, e não há nenhuma
menção de matança de inocentes na Judéia.

- Segundo o próprio evangelista Lucas, discorda de Mateus e diz que não houve nenhuma matança,
mas que a sagrada família foi para Jerusalém circuncidar o menino jesus ao oitavo dia conforme a lei
de Moisés. Logo, não teria como eles estarem no Egito na mesma época, isso seria humanamente
impossível.

"E, tendo eles se retirado, eis que o anjo do Senhor apareceu a José num sonho, dizendo: Levanta-te,
e toma o menino e sua mãe, e foge para o Egito, e demora-te lá até que eu te diga; porque Herodes
há de procurar o menino para o matar. E, levantando-se ele, tomou o menino e sua mãe, de noite, e
foi para o Egito"

Mateus 2:13,14

"E, quando os oito dias foram cumpridos, para circuncidar o menino, foi-lhe dado o nome de Jesus,
que pelo anjo lhe fora posto antes de ser concebido. E, cumprindo-se os dias da purificação dela,
segundo a lei de Moisés, o levaram a Jerusalém, para o apresentarem ao Senhor"

Lucas 2:21,22

- Terceiro, o autor faz uso de duas passagens do velho testamento como se fossem profecias,
indevidamente.

"E esteve lá, até à morte de Herodes, para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo
profeta, que diz: Do Egito chamei o meu Filho"

Mateus 2:15

"Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei a meu filho"

Oséias 11:1

"Então se cumpriu o que foi dito pelo profeta Jeremias, que diz: Em Ramá se ouviu uma voz,
Lamentação, choro e grande pranto: Raquel chorando os seus filhos, E não quer ser consolada,
porque já não existem"

Mateus 2:17,18
Jesus antes de Jesus Analisando as escrituras Cristos antes de Cristos

"Assim diz o Senhor: Uma voz se ouviu em Ramá, lamentação, choro amargo; Raquel chora seus
filhos; não quer ser consolada quanto a seus filhos, porque já não existem. Assim diz o Senhor:
Reprime a tua voz de choro, e as lágrimas de teus olhos; porque há galardão para o teu trabalho, diz
o Senhor, pois eles voltarão da terra do inimigo."

Jeremias 31:15,16

Então o autor de Mateus fez isso justamente para retratar jesus como um novo Moisés, criando uma
passagem falsa que nunca existiu, usando de passagens fora do contexto do velho testamento para
induzir o leitor a crer que Jesus teve uma história semelhante a de Moisés. Isso é meramente uma
tipologia. Vamos ver as outras que podem ter sido apenas isso:

MOISÉS JESUS
Foi salvo de um massacre de inocentes Foi salvo de um massacre de inocentes
Se criou no Egito Foi para o Egito
Conduziu o povo pelo deserto Conduziu o povo em Israel
Trouxe a lei Trouxe uma nova lei
Viu Deus face a face Viu Deus no céu
Tirou água da rocha Era água viva
Libertou o povo da servidão Libertou o povo de seus pecados
Fez uma serpente no deserto Disse que ele era essa serpente
Deu maná para o povo Disse que ele era o maná que veio do céu
Mandou sacrificar cordeiros Se fez sacrifício como um cordeiro
Abriu o mar Andou sobre as águas

Será que essas passagens de jesus foram reais ou apenas uma tipologia dos autores para retratarem
Jesus como o profeta semelhante a Moisés? Por exemplo, essas concepções de que Jesus é um pão
que desceu do céu, seriam consideradas heresias para o judaísmo da época.
Jesus antes de Jesus Analisando as escrituras Cristos antes de Cristos

Elias

Devido a uma profecia de Elias, o novo testamento também traz tipologias de Jesus com este
personagem como se ele fosse um profeta semelhante a Elias:

ELIAS/ELISEU JESUS
Multiplicou pães e peixes Multiplicou pães e peixes
Ressuscitou o filho da viúva Ressuscitou o filho da viúva
Orou para que não chovesse Andou sobre as águas
Pediu água para uma mulher Pediu água para uma mulher
Era um profeta que fazia a vontade de Deus Era um profeta que fazia a vontade de Deus
Ficou quarenta dias no deserto Ficou quarenta dias no deserto
Enfrentou as autoridades da época Enfrentou as autoridades da época
Foi arrebatado aos céus Foi arrebatado aos céus

Davi

E é claro, como as profecias diziam que o messias seria um Davi, então também temos alguns pontos
em comum com a história do rei Davi:

DAVI JESUS
Era o sétimo filho de Jessé Era o sétimo filho de José
Era de Belém Era de Belém
Era rejeitado pelos seus irmãos Era rejeitado pelos seus irmãos
Era perseguido por Saul e seus homens Era perseguido pelos fariseus
Comeu os pães da preposição Colheu espigas no sábado
Foi rei em Israel Foi rei de outro mundo
Iniciou os preparativos para o templo Disse que seu corpo era o templo

Patriarcas

E por fim temos algumas semelhanças também com os patriarcas, como se fossem tipologias:

PATRIARCA JESUS
Isaque nasce de uma idosa estéril Jesus nasce de uma virgem
Jacó tem doze filhos Jesus tem doze apóstolos
José foi vendido por seus irmãos Jesus foi rejeitado por seus irmãos
José foi para o Egito Jesus foi para o Egito
Isaque e Jacó encontram mulheres no poço Jesus encontra uma mulher no poço
Jesus antes de Jesus Analisando as escrituras Cristos antes de Cristos

Seria muita coincidência Jesus ter feito tantas coisas semelhantes aos personagens do velho
testamento, e em um período tão curto, diga-se de passagem.

Por isso muitos teorizam que os autores dos evangelhos teriam sido judeus helenistas. Voltaire por
exemplo acreditava que foi Filon de Alexandria que fez o primeiro esboço. Wallace por exemplo
acredita que foi Flavio Josefo ajudado pelos Pizo.

Dentre outros. Fora as histórias não mostradas ne

Agora e se tirarmos esses paralelos, o que sobra da história de jesus, o que poderíamos ter como o
jesus histórico? Tirem suas próprias conclusões!
Jesus antes de Jesus Analisando as escrituras Cristos antes de Cristos
Jesus antes de Jesus Analisando as escrituras Cristos antes de Cristos

Por: Ronaldo Gomes, analisando as escrituras

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