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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

O problema do novo testamento (COMPLETO)


Artigo de Ronaldo Gomes do canal Analisando as escrituras

Qualquer utilização do mesmo deve ser feita mediante citando a fonte e o


autor.

Índice

I Introdução

Porque os judeus não aceitam jesus como messias?

II Jesus não cumpriu as profecias messiânicas

a- reconstruir o templo

b- Tribo errada

c- Reinar em Israel

d- Trazer a paz

e- Trazer de volta os dispersos

f- Conhecimento universal

g- Aliança gentílica

III Falsas profecias do novo testamento

a- O nascimento virginal

b- Matança dos inocentes

c- Fuga para o Egito

d- Salmos

e- Outras profecias

f- Dois contextos diferentes

g- Absurdo

Ronaldo Gomes, Analisando as escrituras


A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

h- Profecias inexistentes

i- Profecias erradas
j- O servo sofredor

IV Contradições absurdas

a- Matança dos inocentes

b- Jesus nasceu em Belém?

c- Jesus na Samaria

d- Jesus testifica e nega jesus

e- Jesus estava morto ou vivo na páscoa

f- Walking dead judeu

g- Judas entrega jesus

h- Como judas morreu

V Contradições doutrinárias

VI O problema Paulo

a- requisito apostólicos

b- a falsa amizade de Paulo com os apóstolos

c- Paulo versus Pedro

d- Paulo versus Tiago

e- O falso arrebatamento

f- Paulo versus João

g Paulo versus Jesus

h- Paulo nos apócrifos

it5- Paulo ou Apolônio de Tiana

VII Antagonismo do novo testamento com o velho

VIII Semelhanças com personagens amaldiçoados

a- O pastor insensato de Zacarias

b- O homem que queria ser deus

c- Jesus, a antiga serpente

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

d- Jesus, a besta do apocalipse

e- Jesus é o Senhor

f- Teofagia

g- Curas e milagres

IX Tipologia com o velho testamento

a- Tipologias

b- rabino Hillel

c-Vespasiano o milagreiro

d- Apologia Romana

X Cristos antes de Cristo

a- Yeshua ben Pandira

b- Crestus

c- O Jesus de Josefo

XI Messias solares

a- Krishna

b- Mitra

c- Buda

d- Concepção astrológica

XII A formação do novo testamento

a- Variação textual

b- O concílio de Nicéia

c- Como os evangelhos foram criados

d- Origem pagã

XIII O silêncio histórico

a- Nenhum historiador falou de Jesus

XIV O Jesus histórico

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

b- Conclusão

I - INTRODUÇÃO
Porque os judeus não aceitam Jesus como messias?

Muitas pessoas acreditam que os judeus não aceitaram Jesus como


messias por capricho, ou por ignorância, ou segundo o novo testamento,
porque Deus teria endurecido o coração deles e o entendimento para que
a salvação atingisse os gentios como disse Paulo. Mas será que e verdade?

Os judeus possuem uma tradição milenar, são o povo separado por Deus,
a quem Deus revelou sua lei e os profetas e as sagradas escrituras. Como
um povo tão inteligente, diga-se de passagem um quarto dos prêmios
Nobels foram para judeus, poderia ser tão ignorante ao ponto de não
reconhecer seu próprio messias profetizado nas escrituras? Será que foi
por isso mesmo? Capricho? Ignorância? Maldade? Ou será que é bem
mais complexo que isso.

Antes de haver um novo testamento, havia um velho testamento.

Toda a concepção messiânica se originou no velho testamento. Quem


seria o messias, quando ele viria, qual seria a sua missão, qual seria seu
nome etc..... Os profetas velho-testamentários foram usados por Deus
justamente para descrever tudo acerca do messias para quando ele viesse
fosse reconhecido.

Então para o judeu, não importa se Jesus é uma pessoa boa ou não, se
trouxe uma bela mensagem ou não, se é isso ou aquilo, o que importa
para o judeu é se ele cumpriu as profecias do velho testamento ou não.

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Até porque o termo messias é genérico. Messias em hebraico (Mashia)


significa Ungido, alguém utilizado por Deus para cumprir uma
determinada missão. Muitos personagens na escrituras já foram
chamados de messias, desde Reis até pagãos como Ciro, o Rei da Pérsia.
Mas o messias prometido teria funções específicas.

Os judeus são historicamente estudantes profundos das escrituras e eles


conhecem bem suas profecias. Eles não rejeitaram o messias prometido
por Deus por capricho ou ingenuidade apenas. E Deus não escolheria um
povo ignorante para lhe revelar tais coisas mesmo sabendo de antemão
que esse povo rejeitaria sua promessa.

Um exemplo hipotético:
Imagine que você é solitário(a) na vida e clama a Deus por um amor. Deus
se compadece de você e manda um anjo aparecer para você e lhe dizer:
“Eu vou preparar a pessoa certa para você que vai te fazer feliz. Será um
homem negro (utilizando os grupos étnicos apenas como exemplo), alto,
magro, careca, chamado João. Quando esse homem aparecer na sua vida
aceite-o porque ele vai ser o único que vai te fazer feliz e te tratar bem
porque eu escolhi ele exclusivamente para você”

Passa uma semana, um homem bate na sua porta, um homem asiático,


baixinho, gordinho, chamado Tanaka e diz que ele é o homem que Deus
preparou para você.

Você aceitaria?

Porque no caso de Jesus acontece isso. Jesus não cumpre os requisitos


messiânicos, nada do que os profetas do velho testamento falaram acerca
dele e todo mundo aceita. E ainda se iram contra os que não aceitam.

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Os ateus zombam inclusive disso dizendo que Jesus é o messias que não
cumpriu nenhuma profecia messiânica.

"Se milhões de pessoas acreditam em uma coisa estúpida, essa coisa


continua sendo estúpida" Nietzschie

Mas como o cristianismo se expandiu, por ser uma religião inclusiva, ao


contrário do judaísmo que sempre foi exclusivo, o cristianismo tem Jesus
como messias por maioria de crentes e não pelo cumprimento das
profecias. Parece aquela piada do Chaves:

Piadinha do Chaves Visão cristã


_ Ele é louco? _ Jesus é o messias?
_ Sim _ Sim
_ De nascença? _ Porque cumpriu as profecias?
_ Não, por maioria de votos. _ Não por maioria de seguidores.

Porque Jesus é o messias por maioria de seguidores apenas. Já para o


judeu o importante é que o messias cumpra aquilo que os profetas
disseram acerca dele, pois senão ficaríamos como no exemplo hipotético
acima onde Deus promete um homem e as pessoas aceitam outro como
se o que Deus tivesse falado não importasse, ou fosse um equívoco de
Deus, ou talvez Deus tenha mudado de opinião.

Só lembrando que a própria escritura afirma tanto no velho quanto no


novo testamento que Deus não muda:

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Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois
consumidos.
Malaquias 3:6

Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das
luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.
Tiago 1:17

II JESUS NÃO CUMPRIU AS PROFECIAS MESSIÂNICAS


a- Jesus não reconstruiu o templo:

O messias esperado pelos judeus viria em uma época que não houvesse o
templo de Jerusalém porque uma das missões dos messias era reconstruir
o templo:

“E meu servo Davi será rei sobre eles, e todos eles terão um só
pastor; e andarão nos meus juízos e guardarão os meus estatutos, e
os observarão. E habitarão na terra que dei a meu servo Jacó, em
que habitaram vossos pais; e habitarão nela, eles e seus filhos, e os
filhos de seus filhos, para sempre, e Davi, meu servo, será seu
príncipe eternamente. E farei com eles uma aliança de paz; e será
uma aliança perpétua. E os estabelecerei, e os multiplicarei, e porei
o meu santuário no meio deles para sempre. E o meu tabernáculo
estará com eles, e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.
E os gentios saberão que eu sou o Senhor que santifico a Israel,
quando estiver o meu santuário no meio deles para sempre”.

Ezequiel 37:24-28

Quando teus dias forem completos, e vieres a dormir com teus pais,
então farei levantar depois de ti um dentre a tua descendência, o

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qual sairá das tuas entranhas, e estabelecerei o seu reino. Este


edificará uma casa ao meu nome (TEMPLO), e confirmarei o trono
do seu reino para sempre. Eu lhe serei por pai, e ele me será por
filho; e, se vier a transgredir, castigá-lo-ei com vara de homens, e
com açoites de filhos de homens. Mas a minha benignidade não se
apartará dele; como a tirei de Saul, a quem tirei de diante de ti.

2 Samuel 7:12-15

Quando jesus veio ao mundo ainda havia o templo de Jerusalém


restaurado por Herodes o Grande, tanto que o novo testamento cita
várias passagens de Jesus nele:

E entrou Jesus no templo de Deus, e expulsou todos os que


vendiam e compravam no templo, e derribou as mesas dos cambistas
e as cadeiras dos que vendiam pombas;
Mateus 21:12

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E Jesus além de não ter reconstruído o templo, o que nem teria como
porque afinal ainda havia o templo, ele quando confrontado pelos judeus
da época diz que reconstruiria o templo em três dias, o que segundo o
novo testamentos seria seu corpo:

Jesus respondeu, e disse-lhes: Derribai este templo (O templo que


havia na época), e em três dias o levantarei (O templo que havia na
época). Disseram, pois, os judeus: Em quarenta e seis anos foi
edificado este templo, e tu o levantarás em três dias? Mas ele
falava do templo do seu corpo. (Provável acréscimo posterior dos
pais da igreja que se sentiram constrangidos com a profecia não
cumprida)

João 2:19-21

Ou seja, o novo testamento tenta espiritualizar uma profecia clara não


cumprida por Jesus. Na verdade após jesus, o templo que havia foi
derrubado pelos Romanos no ano 70, e hoje o que se tem no lugar é uma
mesquita Islâmica e o domo da rocha, também dos muçulmanos:

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Os cristãos argumentam que Jesus é o templo espiritual, mas muitas das


leis giravam em torno do templo, inclusive o sacrifício de animais, e é
onde ficava a arca da aliança no santo dos santos, o que é impossível de se
fazer em um templo espiritual.

b- Tribo errada
O messias prometido teria que ser judeu, da tribo de Judá. Segundo o
novo testamento, Jesus é filho do espirito santo, o que já invalida a
profecia de vir da SEMENTE de David:

Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes


(Shoresh) um renovo frutificará.

Isaías 11:1

Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo
justo; e, sendo rei, reinará e agirá sabiamente, e praticará o juízo e a
justiça na terra.

Jeremias 23:5

A palavra Semente vem do mesmo radical da palavra sêmen, porque uma


semente gera outra planta, da mesma forma o sêmen do homem gera
outro homem. Então o descendente de David teria que ser fruto da
semente, do sêmen de Davi transmitido de geração em geração.

Mesmo se formos considerar o nascimento virginal como um acréscimo


posterior, um mito, mesmo assim as duas genealogias de Jesus (Mateus e
Lucas) são erradas.
A genealogia de Mateus cita um personagem amaldiçoado por Deus, o rei
Conias/Jeconias, e por causa disso o messias esperado viria do irmão de
Jeconias:

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E Josias gerou a Jeconias e a seus irmãos na deportação para


babilônia.E, depois da deportação para a babilônia, Jeconias gerou
a Salatiel; e Salatiel gerou a Zorobabel;

Mateus 1:11,12

Mas Deus havia amaldiçoado Conias e dito que nenhum dos seus
descendentes prosperaria:

É, pois, este homem Conias um ídolo desprezado e quebrado, ou


um vaso de que ninguém se agrada? Por que razão foram
arremessados fora, ele e a sua geração, e arrojados para uma terra
que não conhecem? Ó terra, terra, terra! Ouve a palavra do Senhor.
Assim diz o Senhor: Escrevei que este homem está privado de
filhos, homem que não prosperará nos seus dias; porque nenhum
da sua geração prosperará, para se assentar no trono de Davi, e
reinar ainda em Judá.

Jeremias 22:28-30

Portanto assim diz o Senhor, acerca de Jeoiaquim, rei de Judá: Não


terá quem se assente sobre o trono de Davi, e será lançado o seu
cadáver ao calor do dia, e à geada da noite.

Jeremias 36:30

Já a genealogia de Lucas, além de ser absurda, repetir nomes, ter gerações


a mais, ela parte do filho errado de quem viria o messias, Natã.

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E Eliaquim de Meleá, e Meleá de Mená, e Mená de Matatá, e


Matatá de Natã, e Natã de Davi,

Lucas 3:31

Veja e compare as genealogias segundo 1 Crônicas capítulo 3 com a


genealogia de Mateus. Observe que Mateus omite 4 nomes e mesmo
assim diz o número de gerações entre um período e outro são de quatorze
gerações:
Comparando a genealogia de 1 Crônicas 3 com a de Mateus:
1 Crônicas 3, 10-21 Mateus 1, 2-16

1 Davi Davi
2 Salomão Salomão
3 Roboão Roboão
4 Abias Abias
5 Asa Asa
6 Jeosafá Josafá
7 Jorão Jorão
8 Acazias
9 Joás (Uzias)
10 Amazias
11 Jotão Jotão
12 Acaz Acaz
13 Ezequias
15 Amom Manassés
16 Josias Josias
17 Jeoiaquim
18 Jeconias Jeconias

1 Jeconias Jeconias
2 Sealtiel Salatiel
3 Pedaías
4 Zorobabel Zorobabel
5 Hananías
6 Pelatias

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De sorte que todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze
gerações; e desde Davi até a deportação para a babilônia, catorze
gerações; e desde a deportação para a babilônia até Cristo, catorze
gerações.

Mateus 1:17

Comparando a genealogia de Mateus e Lucas:


Genealogia segundo MATEUS Genealogia segundo LUCAS
Davi Davi
Salomão Natã
Roboão Matatá
Abias Mená
Asa Meleá
Josafá Eliaquim
Jorão Jonã
José
Uzias Judá
Simeão
Jotão Levi
Acaz Matã
Ezequias Jorim
Manassés Eliézer
Amom Josué
Josias Er
Elmadã
Jeconias Cosã
Salatiel Adi
Melqui
Zorobabel Neri
Abiúde Salatiel
Eliaquím
Azor Zorobabel
Sadoque Resá
Aquin Joanã
Eliúde Jodá
Eleazar José
Matã Semei

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Jacó Matatias
José Maate
Jesus Nagaí
Esli
Naum
Amós
Matatias
José
Janai
Melqui
Levi
Matã
Heli
José
Jesus

Muitos utilizam um velho argumento que vem desde os pais da igreja, de


que uma genealogia seria a de Maria e a outra de José, então Jesus seria
descendente de Davi através de Maria. Mas Maria, segundo o novo
testamento dá a entender era prima de Isabel, portanto, da tribo de Levi:

Existiu, no tempo de Herodes, rei da Judéia, um sacerdote chamado


Zacarias, da ordem de Abias, e cuja mulher era das filhas de Arão; e
o seu nome era Isabel.

Lucas 1:5

E eis que também Isabel, tua prima, concebeu um filho em sua


velhice; e é este o sexto mês para aquela que era chamada estéril;

Lucas 1:36

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E Maria ficou com ela quase três meses, e depois voltou para sua
casa.

Lucas 1:56

Uma tradição judaica e o relato apócrifo chamado potro-evangelho de


Tiago, ou evangelho da natividade, confirmam o parentesco de Maria e
Isabel e que ela teria sido criada no templo com o sacerdote Zacarias, o
que só seria permitido a uma levita, pois só os levitas poderiam exercer
funções sacerdotais no templo. Portanto, por parte de Maria, Jesus seria
dessa tribo, de Levi e não de Judá de onde deveria vir o messias, a menos
que se considere a filiação biológica de José. Mas como essas genealogias
são absurdas e erradas se comparadas com as outras como a de 1crônicas
3, é difícil determinar a tribo ao qual José pertencia. Ele pode ter sido até
um levita também, não sabemos. Fora que não teria a menor necessidade
de se traçar genealogias paternas como ambos fazem de alguém que
supostamente nasceu sem a biologia do pai, ou seja, foi gerado pelo
espirito santo.

Portanto, Jesus segundo o novo testamento, não é descendente de David


e as suas genealogias não são confiáveis, pois traçam sua descendência a
partir de personagens errados, Natã filho errado de Davi e Conias
amaldiçoado por Deus.

E Jesus não cumpre as outras profecias messiânicas que os profetas do


velho testamento falaram que o messias faria quando viesse:

c- Reinar em Israel

Os profetas disseram que o messias quando viesse seria Rei e não um rei
espiritual, mas que ele governaria em Israel:

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"Dias virão - oráculo do Senhor - em que farei brotar de Davi um


rebento justo que será rei e governará com sabedoria e exercerá na
terra o direito e a eqüidade" Jeremias 23.5

"Para pastoreá-las suscitarei um só pastor, meu servo Davi. Será ele


quem as conduzirá à pastagem e lhes servirá de pastor. Eu, o
Senhor, serei seu Deus, enquanto o meu servo Davi será um
príncipe no meio delas. Sou eu, o Senhor, que o declaro" Ezequiel
34.23-24

"Meu servo Davi será o seu rei; não terão todos senão um só
pastor; obedecerão aos meus mandamentos, observarão as minhas
leis e as porão em prática" Ezequiel 37.24

"Eis que outros dias virão. E nesses dias e nesses tempos farei
nascer de Davi um rebento justo que exercerá o direito e a
eqüidade na terra. Naqueles dias e naqueles tempos viverá
Jerusalém em segurança e será chamada Javé-nossa-justiça. Porque
diz o Senhor: Não faltará jamais a Davi um sucessor para ocupar o
trono da Casa de Israel" Jeremias 33.14-16

"Porque, por muitos dias (Dois Dias/milênios), os filhos de Israel


ficarão sem rei e sem chefe, sem sacrifício nem monumento, sem
efod e terafim. Depois disso os filhos de Israel voltarão a buscar o
Senhor, seu Deus, e Davi, seu rei; recorrerão comovidos ao Senhor
a à sua bondade no final dos tempos" Oséias 3.4-5

E segundo o próprio jesus segundo o novo testamento não reinou em


Israel e ainda disse que seu reino não era desse mundo:

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Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino


fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não
fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.
João 18:36

Então o próprio jesus afirma que nunca foi rei de Israel, ou seja, ele não
cumpriu essa profecia. Assim como a profecia do templo, os cristãos
tentam espiritualizar tudo mesmo o texto sendo claro.

d- Trazer Paz

A promessa mais aguardada pelos judeus quando o messias vier é


justamente a de trazer a paz ao seu povo, pois o povo judeu vem sofrendo
perseguições ao longo de toda a sua história:

E farei com eles uma aliança de paz; e será uma aliança perpétua. E
os estabelecerei, e os multiplicarei, e porei o meu santuário no meio
deles para sempre.

Ezequiel 37:26

Naquele dia o Senhor protegerá os habitantes de Jerusalém; e o


mais fraco dentre eles naquele dia será como Davi, e a casa de Davi
será como Deus, como o anjo do Senhor diante deles. E acontecerá
naquele dia, que procurarei destruir todas as nações que vierem
contra Jerusalém;

Zacarias 12:8,9

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E habitarão nela, e não haverá mais destruição, porque Jerusalém


habitará segura.

Zacarias 14:11

Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo
justo; e, sendo rei, reinará e agirá sabiamente, e praticará o juízo e a
justiça na terra.
Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este será o
seu nome, com o qual Deus o chamará: O SENHOR JUSTIÇA NOSSA.

Jeremias 23:5,6

E morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se


deitará, e o bezerro, e o filho de leão e o animal cevado andarão
juntos, e um menino pequeno os guiará. A vaca e a ursa pastarão
juntas, seus filhos se deitarão juntos, e o leão comerá palha como o
boi.

Isaías 11:6,7

E ele julgará entre as nações, e repreenderá a muitos povos; e estes


converterão as suas espadas em enxadões e as suas lanças em
foices; uma nação não levantará espada contra outra nação, nem
aprenderão mais a guerrear.

Isaías 2:4

Já Jesus disse claramente que não veio trazer a paz, mas a espada:

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Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas
espada;
Mateus 10:34

E, ao contrário de Isaias profetizou que haveriam nação contra nação e


reino contra reino. Quem está certo então, Isaias que disse que quando o
messias viesse uma nação não se levantaria contra outra nação ou Jesus
que disse o oposto?

Isaías disse que quando o Jesus que dizem ser o messias


messias viesse: disse:

E ele julgará entre as nações, e Porquanto se levantará nação


repreenderá a muitos povos; e contra nação, e reino contra
estes converterão as suas reino, e haverá fomes, e pestes, e
espadas em enxadões e as suas terremotos, em vários lugares.
lanças em foices; uma nação não
levantará espada contra outra Mateus 24:7
nação, nem aprenderão mais a
guerrear.

Isaías 2:4

e- Trazer de volta os dispersos da casa de Israel

Quando os judeus foram levados cativos para a Babilônia por


Nabucodonossor, diz a tradição que as doze tribos foram dispersas e
depois retornaram apenas duas a de Judá e Benjamin, sendo a de Judá a
maioria, por isso eles são chamados até hoje de judeus. E Deus prometeu
que quando o messias viesse ele reuniria as ovelhas perdidas da casa de
Israel:

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Não temas, pois, porque estou contigo; trarei a tua descendência


desde o oriente, e te ajuntarei desde o ocidente. Direi ao norte:
Dá; e ao sul: Não retenhas; trazei meus filhos de longe e minhas
filhas das extremidades da terra,

Isaías 43:5,6

Portanto livrarei as minhas ovelhas, para que não sirvam mais de


rapina, e julgarei entre ovelhas e ovelhas. E suscitarei sobre elas um
só pastor, e ele as apascentará; o meu servo Davi é que as
apascentará; ele lhes servirá de pastor.

Ezequiel 34:22,23

Portanto, eis que vêm dias, diz o Senhor, em que nunca mais dirão:
Vive o Senhor, que fez subir os filhos de Israel da terra do Egito;
Mas: Vive o Senhor, que fez subir, e que trouxe a geração da casa
de Israel da terra do norte, e de todas as terras para onde os tinha
arrojado; e habitarão na sua terra.

Jeremias 23:7,8

Tanto é verdade que o próprio Jesus afirma isso segundo o novo


testamento:

E ele, respondendo, disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas


perdidas da casa de Israel.
Mateus 15:24

Mas, mesmo após sua morte e ressurreição, as ovelhas continuaram


perdidas, tanto que Tiago destina sua epístola a elas:

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Tiago, servo de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que


andam dispersas, saúde.

Tiago 1:1

O que mostra que Jesus também não cumpriu essa profecia do velho
testamento.

f- Conhecimento universal
Quando o messias vier, segundo os profetas, haveria um conhecimento
universal acerca de Deus e do Deus de Israel:

Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte,
porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as
águas cobrem o mar.

Isaías 11:9

E não ensinará mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu


irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão,
desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor; porque lhes
perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus
pecados.

Jeremias 31:34

E, como vemos isso não aconteceu. Ao contrário, hoje a igreja que se diz
seguidora do messias é extremamente subdivida, eles não conseguem
nem sequer entrar em consenso acerca de coisas simples ou dogmas.

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g- A mentira de uma nova aliança gentílica


Conforme vimos no início desse estudo, a concepção messiânica era
judaica, e portanto, a nova aliança prometida, seria com a casa de Israel e
Judá, não com gentios segundo os profetas:

Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que farei uma aliança nova com
a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que
fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da
terra do Egito; porque eles invalidaram a minha aliança apesar de
eu os haver desposado, diz o Senhor.
Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles
dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei
no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.

Jeremias 31:31-33

Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um


Renovo justo; e, sendo rei, reinará e agirá sabiamente, e praticará o
juízo e a justiça na terra. Nos seus dias Judá será salvo, e Israel
habitará seguro; e este será o seu nome, com o qual Deus o
chamará: O SENHOR JUSTIÇA NOSSA.

Jeremias 23:5,6

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Jeremias é claro ao dizer que quando viesse o Renovo, isto é, o messias,


Judá e Israel seriam salvos e habitariam seguras. Mas depois de jesus
houve o oposto, Jerusalém foi destruída pelos Romanos duas vezes, uma
no ano 70 por Tito e Vespasiano e outra no ano 135 pelo Imperador
Romano Adriano, o que ficou conhecido como a diáspora do poro hebreu:

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III Falsas Profecias do novo testamento


Mas o novo testamento mostra Jesus cumprindo profecias
Muitos cristãos quando leem o novo testamento tem a impressão de que
Jesus está cumprindo diversas profecias, o que serve para induzir essa
crença em suas mentes. Por isso parece inconcebível para um cristão
perceber que jesus na verdade não cumpriu uma profecia sequer do velho
testamento, fazendo na verdade o oposto.

Isso ocorre porque o novo testamento isola versículos do velho


testamento fora de seu contexto, para induzir o leitor a acreditar que
jesus está cumprindo profecias messiânicas, mas na verdade a maioria
nem sequer é profecia. Vejamos algumas:

A- O nascimento virginal
Mateus diz que Maria concebeu sem relações sexuais para cumprir uma
profecia de Isaias:

Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão


pelo nome de EMANUEL, Que traduzido é: Deus conosco.

Mateus 1:23

Mas na verdade Isaias nunca profetizou isso. Isaias 7 está se referindo a


um sinal ao Rei Acaz. O Rei Acaz estava assustado com a aliança de dois
reinos inimigos, sendo o reino do norte, Judá e a Síria.

Então Deus manda o profeta dizer ao rei para lhe pedir um sinal de que
Deus o ajudaria. O Rei Acaz se nega a pedir um sinal e então o profeta diz
que o próprio Deus lhe daria um sinal, que uma jovem, não uma virgem,
estava concebendo na época, não que iria conceber no futuro, e que antes
que o menino crescesse Deus levantaria o rei da Assíria, Senaqueribe, que
iria destruir estes dois reinos inimigos, Judá e Síria, basta ver o contexto.

Ronaldo Gomes, Analisando as escrituras


A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Não são os evangélicos que tanto dizem aquele bordão, “Texto sem
contexto é pretexto para heresias”?

E continuou o Senhor a falar com Acaz, dizendo: Pede para ti ao


Senhor teu Deus um sinal; pede-o, ou em baixo nas profundezas, ou
em cima nas alturas. Acaz, porém, disse: Não pedirei, nem tentarei
ao Senhor. Então ele disse: Ouvi agora, ó casa de Davi: Pouco vos é
afadigardes os homens, senão que também afadigareis ao meu
Deus? Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal (Para o Rei
Acaz): Eis que a jovem (Almah em hebraico) está concebendo (Na
época do rei não no futuro), e dará à luz um filho, e chamará o seu
nome Emanuel. Manteiga e mel comerá, quando ele souber rejeitar
o mal e escolher o bem. Na verdade, antes que este menino saiba
rejeitar o mal e escolher o bem (Enquanto o menino for pequeno),
a terra, de que te enfadas, será desamparada dos seus dois reis
(Rei de Judá e Rei da Síria)

Isaías 7:10-16

Perceberam a diferença?

B- Matança de inocentes
Depois Mateus diz que a sagrada família foi para o Egito fugindo do rei
Herodes que supostamente mandou matar as criancinhas da Judéia para
cumprir uma profecia de Jeremias:

Então se cumpriu o que foi dito pelo profeta Jeremias, que diz:
Em Ramá se ouviu uma voz, Lamentação, choro e grande pranto:
Raquel chorando os seus filhos, E não quer ser consolada, porque já
não existem.

Mateus 2:17,18

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Só que Jeremias também nunca profetizou nada disso. Jeremias lança um


lamento sobre os judeus levados cativos para a Babilônia por isso que ele
diz que Raquel chora seus filhos que não existem mais, porque eles não
existiam na terra de Israel. Tanto que na continuação do versículo
Jeremias diz que eles retornariam da terra do inimigo o que não se aplica
a suposta matança de inocentes narrada por Mateus:

Assim diz o Senhor: Uma voz se ouviu em Ramá, lamentação, choro


amargo; Raquel chora seus filhos; não quer ser consolada quanto a
seus filhos, porque já não existem (Em Isael): Assim diz o Senhor:
Reprime a tua voz de choro, e as lágrimas de teus olhos; porque há
galardão para o teu trabalho, diz o Senhor, pois eles voltarão da
terra do inimigo. (da Babilônia):

Jeremias 31:15,16

Essa suposta matança de inocentes aliás, nunca foi registrada nem por
fontes Romanas e nem judaicas. Herodes é um dos personagens mais
documentados da história, e os historiadores narram inclusive suas
monstruosidades, mas nada sobre isso. As fontes judaicas também nunca
ouviram falar de nenhum massacre de inocentes na Judéia nem a tradição
oral. Os demais evangelistas também não disseram nada, tanto que Lucas
diz que a sagrada família após o nascimento de Jesus foi tranquilamente
para Jerusalém para circuncidar o menino conforme a lei:

E, quando os oito dias foram cumpridos, para circuncidar o menino,


foi-lhe dado o nome de Jesus, que pelo anjo lhe fora posto antes de
ser concebido.E, cumprindo-se os dias da purificação dela, segundo
a lei de Moisés, o levaram a Jerusalém, para o apresentarem ao
Senhor

Lucas 2:21,22

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

O próprio João batista era segundo o novo testamento primo de jesus e


nasceu com uma diferença mínima de seis meses, e não foi morto e nem
teve que fugir com sua família. Ou seja, o novo testamento mente
forçosamente para induzir ao leitor que Jesus está cumprindo profecias
messiânicas, sendo que a maioria delas nem sequer é profecia.

C- Fuga para o Egito


Quando a sagrada família retorna do Egito, por exemplo, Mateus diz que é
o cumprimento de outra profecia, a de Oséias:

E esteve lá, até à morte de Herodes, para que se cumprisse o que foi
dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz: Do Egito chamei o
meu Filho.

Mateus 2:15

Será que Oséias profetizou mesmo isso? Vamos ver:

Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei a meu


filho.
Oséias 11:1

Outra mentira. Oséias está se referindo ao êxodo do povo hebreu, quando


Deus os retirou da servidão do Egito, e não profetizando acerca do
messias.

D- Salmos
O novo testamento isola versículos dos salmos de David também e aplica a
Jesus para induzir o leitor a pensar que ele está cumprindo profecias. Mas
Davi não foi profeta e na maioria dos seus salmos ele está falando de si
mesmo:

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Segundo João por exemplo, não quebraram os ossos de Jesus na cruz para
cumprir uma “profecia” de Davi:

Porque isto aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz:


Nenhum dos seus ossos será quebrado.

João 19:36

Mas o que Davi está dizendo é que a um homem justo nenhum mal lhe
ocorre porque Deus o protege e não permite nenhum flagelo, o que não
aconteceu com jesus que segundo o novo testamento foi flagelado:

Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas. Ele


lhe guarda todos os seus ossos; nem sequer um deles se quebra.

Salmos 34:19,20

Em outro momento João aplica outro salmo de Davi a Jesus como se fosse
uma profecia:

Disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos, mas lancemos


sortes sobre ela, para ver de quem será. Para que se cumprisse a
Escritura que diz: Repartiram entre si as minhas vestes, E sobre a
minha vestidura lançaram sortes. Os soldados, pois, fizeram estas
coisas.

João 19:24

Mas Davi está falando de si mesmo:

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Repartem entre si as minhas vestes, e lançam sortes sobre a minha


roupa. Mas tu, Senhor, não te alongues de mim. Força minha,
apressa-te em socorrer-me. Livra a minha alma da espada, e a
minha predileta da força do cão.

Salmos 22:18-20

Como podemos ver só com alguns poucos exemplos, Nenhuma profecia


que o novo testamento cita é de fato profecia. São versículos isolados e
tirados do contexto que os autores aplicam a Jesus para induzir os leitores
a acharem que Jesus está cumprindo profecias, quando na verdade, ele
não cumpriu as verdadeiras profecias messiânicas. Basta comparar
qualquer uma que o novo testamento cite com o que o velho testamento
diz. São na maioria salmos, lamentos, oráculos específicos etc.... Nenhuma
é profecia sequer. Já as profecias messiânicas conforme vimos acima,
Jesus não cumpre nenhuma.

O próprio jesus segundo Lucas inicia sua pregação em uma sinagoga lendo
um rolo do profeta Isaías e dizendo que é dele quem Isaías está se
referindo:

E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o


lugar em que estava escrito: O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois
que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os
quebrantados de coração, A pregar liberdade aos cativos, E
restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A
anunciar o ano aceitável do Senhor. E, cerrando o livro, e tornando-o a
dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam
fitos nele. Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura
em vossos ouvidos.

Lucas 4:17-21

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

O problema é que Isaías está falando de si mesmo, “sobre mim”, e não


sobre o messias quando viesse. Tanto que Isaías é frequentemente
utilizado nesses isolamentos para respaldar o novo testamento:

E, naqueles dias, apareceu João o Batista pregando no deserto da


Judéia, E dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.
Porque este é o anunciado pelo profeta Isaías, que disse: Voz do que
clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, Endireitai as suas
veredas.

Mateus 3:1-3

O problema é que ai Isaías também está falando de si mesmo e não


profetizando acerca de João:

Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor;


endireitai no ermo vereda a nosso Deus.

Isaías 40:3

E- Outras profecias
Profecias que o novo testamento cita:

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

As demais profecias atribuídas a Jesus pelos cristãos seguem a mesma má


fé do novo testamento, isolam versículos e aplicam a Jesus para induzir a
todos a acreditarem que jesus está cumprindo milhares de profecias:

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São todas metiras, versículos retirados do seu contexto original e


aplicados a jesus. A semente da mulher de Gênesis é Israel. Jesus nunca
foi sacerdote para se comparara a Melquisedeque. Não foi governnte de
Judá. O pão do céu de êxodo não era um profecia e assim por diante.

O novo testamento chega ao absurdo de aplicar uma profecia em dois


contextos diferentes, o que é completamente impossível, outra profecia
que chega a fugir a lógica e profecias inexistes no velho testamento:

F- Dois contextos:
Zacarias profetizou que as tribos de Israel veriam o transpassado:
Mas sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém,
derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para mim, a
quem traspassaram; e prantearão sobre ele, como quem pranteia
pelo filho unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se
chora amargamente pelo primogênito.

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Zacarias 12:10

João diz que essa profecia se cumpriu na crucificação:

E outra vez diz a Escritura: Verão aquele que traspassaram.

João 19:37

Mas o autor do apocalipse discorda e diz que isso se cumpriria quando


jesus viesse nas nuvens e não na crucificação:

Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos
que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre
ele. Sim. Amém.

Apocalipse 1:7

Qual dos dois está certo? Algum está?

João afirma que se cumpriu aqui O outro João discorda disso


E outra vez diz a Escritura: Verão Eis que vem com as nuvens, e
aquele que traspassaram. todo o olho o verá, até os mesmos
que o traspassaram; e todas as
João 19:37 tribos da terra se lamentarão sobre
ele. Sim. Amém.

Apocalipse 1:7

Então como acreditar que Jesus está cumprindo profecias se nem o


próprio novo testamento entra em consenso sobre elas, chegando a citar

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

a mesma profecia em contextos diferentes? Como Jesus iria cumprir no


apocalipse uma profecia que ele já tinha cumprido na cruz?

G- Absurdo

Zacarias profetiza que o messias viria sobre um jumento e uma jumenta


significando que o messias demoraria pra chegar:

Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que


o teu rei virá a ti, justo e Salvador, pobre, e montado sobre um
jumento, e sobre um jumentinho, filho de jumenta.
Zacarias 9:9

Mas, para forçar o cumprimento dessa profecia e induzir o leitor, Mateus


afirma que jesus montou sobre os dois animais, o que é humanamente
impossível até para o filho de Deus:

Trouxeram a jumenta e o jumentinho, e sobre eles puseram as suas


vestes, e fizeram-no assentar em cima.
Mateus 21:7

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Como Jesus entrou em Jerusalém segundo Mateus? Será que foi assim?

h- Inexistentes:
E o novo testamento cita profecias inexistentes que não se encontram em
parte alguma das escrituras:

E chegou, e habitou numa cidade chamada Nazaré, para que se


cumprisse o que fora dito pelos profetas: Ele será chamado
Nazareno.

Mateus 2:23

Essa profecia não existe. E é bem provável que o autor tenha confundido
uma seita do primeiro século, os nazarenos, com uma localidade até
porque Nazaré nunca existiu de fato, nem nas listas Romanas e nem nas
judaicas de cidades.

Outra profecia inexistente:


Ou pensas tu que eu não poderia agora orar a meu Pai, e que ele
não me daria mais de doze legiões de anjos? Como, pois, se
cumpririam as Escrituras, que dizem que assim convém que
aconteça?

Mateus 26:53,54

i- Citações erradas
O novo testamento também traz profecias erradas do velho testamento.
Por exemplo, a traição de Judas o autor de Mateus diz que é o
cumprimento de uma profecia de jeremias:

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Então se realizou o que vaticinara o profeta Jeremias: Tomaram as


trinta moedas de prata, preço do que foi avaliado, que certos filhos de
Israel avaliaram,

Mateus 27:9

O problema e que não existe essa menção em jeremias, existe uma


menção parecida em Zacarias mas que não se refere nem a traição e nem
a Judas:

Porque eu lhes disse: Se parece bem aos vossos olhos, dai-me o meu
salário e, se não, deixai-o. E pesaram o meu salário, trinta moedas de
prata. O Senhor, pois, disse-me: Arroja isso ao oleiro, esse belo preço em
que fui avaliado por eles. E tomei as trinta moedas de prata, e as arrojei
ao oleiro, na casa do Senhor.

Fora o novo testamento não concorda com quem comprou o campo onde
Judas morreu, se ele mesmo ou os fariseus:
JUDAS OS SACERDOTES
Porque foi contado conosco [JUDAS] E os príncipes dos sacerdotes,
e alcançou sorte neste ministério. tomando as moedas de prata,
Ora, este adquiriu um campo com o disseram: Não é lícito colocá-las no
galardão da iniqüidade; e, cofre das ofertas, porque são preço
precipitando-se, rebentou pelo de sangue. E, tendo deliberado em
meio, e todas as suas entranhas se conselho, compraram com elas o
derramaram. E foi notório a todos campo de um oleiro, para sepultura
os que habitam em Jerusalém; de dos estrangeiros. Por isso foi
maneira que na sua própria língua chamado aquele campo, até ao dia
esse campo se chama Aceldama, de hoje, Campo de Sangue.
isto é, Campo de Sangue.
Mateus 27:6-8
Atos 1:17-19

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

j- O servo sofredor
Conforme vimos acima, o messias Governaria Israel e não seria rejeitado.
Não tem nenhuma profecia que diga que o messias seria morto e
crucificado quando viesse. O que é existe é mais uma usurpação cristã,
dessa vez do servo sofredor de Isaias 53 que se refere a Israel e os cristão
aplicam a jesus ignorando o contexto e o fato de que Isaías se referiu
claramente a Israel como servo nos cantos paralelos:

"Você, porém, ó Israel meu servo, Jacó, a quem escolhi, vocês,


descendentes de Abraão, Meu amigo, Eu os tirei dos confins da
terra, de seus recantos mais distantes Eu os chamei. Eu disse: Você
é Meu servo; Eu o escolhi e não o rejeitei." (Isaías 41:8-9)

"Mas escute agora, Jacó, Meu servo Israel, a quem escolhi." (Isaías
44:1)

"Lembre-se disso, ó Jacó, pois você é Meu servo, ó Israel. Eu o fiz,


você é Meu servo; ó Israel, Eu não o esquecerei." (Isaías 44:21)

"Por amor de Meu servo Jacó, de Meu escolhido Israel, Eu o


convoco pelo nome e concedo-lhe um título de honra, embora você
não Me reconheça." (Isaías 45:4)

"Deixem a Babilônia, fujam do meio dos babilônios! Anunciem isso


com gritos de alegria e o proclamem. Enviem-no aos confins da
terra; digam: "O Eterno resgatou Seu servo Jacó". (Isaías 48:20)

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"Ele me disse: Você é Meu servo, Israel, em quem mostrarei o meu


esplendor". (Isaías 49:3)

O que acontece é que os cristãos, para responder a uma questão histórica


dos judeus, começaram a aplicar esse oráculo á Jesus. Os judeus sempre
disseram que o messias deveria ser rei em Israel e não tem nenhuma
profecia que dizia que o messias seria morto e crucificado. Por isso os
cristãos desenvolveram o entendimento de que o messias estaria
cumprindo um oráculo de Isaías, o do servo rejeitado que sofre.

Mas as profecias diziam que o servo seria Rei em Israel, logo, não teria
como conciliar duas profecias antagônicas, a de que o servo seria rei e
rejeitado ao mesmo tempo. Uma profecia da escritura não pode
contradizer outra, senão Deus seria um bipolar esquizofrênico. Lembrando
a regra que diz:

Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é


de particular interpretação. 2 Pedro 1:20

Sevo é quem serve a Deus, e sofredor porque ele é rejeitado por isso,
como vemos na história do povo hebreu. O servo tem sua pregação
rejeitada, o que só ocorre com os judeus, que são e sempre foram
rejeitados pelos povos. Enquanto que a mensagem de Jesus não só foi
bem aceita como se espalhou no mundo todo. O cristianismo é uma das
maiores religiões do mundo e se somarmos ao islã que também acredita
que jesus foi o messias, temos dois terços do planeta. E historicamente os
cristãos sempre foram os perseguidores não os perseguidos.

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

O próprio novo testamento atesta que a mensagem de jesus não era


rejeitada:

E correu dele esta fama por toda a Judéia e por toda a terra
circunvizinha.
Lucas 7:17

E foi isto notório por toda a Jope, e muitos creram no Senhor.


Atos 9:42

E muitos ali creram nele.


João 10:42

E muitos mais creram nele, por causa da sua palavra.


João 4:41

Mas digo: Porventura não ouviram? Sim, por certo, pois Por toda a
terra saiu a voz deles, E as suas palavras até aos confins do mundo.
Romanos 10:18

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Jesus não foi rejeitado, exceto por alguns judeus. E mesmo assim sua
rejeição não foi porque ele servia a Deus, foi porque ele não cumpriu as
profecias do velho testamento acerca do messias. Nós não vemos por
exemplo Jesus sendo jogado em uma fornalha ardente por se recusar a
cultuar outro deus por exemplo. Já na história dos judeus isso ocorreu
tanto antes quanto depois Cristo, como veremos mais á frente.

O oráculo do servo de Isaias na verdade são quatro, chamados de quatro


cantos do servo:

QUATRO CANTOS DO SERVO

Isaías 42 ,9 Isaías 49 1,6 Isaías 50 Isaías 53 1,12


Eis aqui o meu Ouvi-me, O Senhor DEUS Quem deu crédito à nossa
servo, a quem ilhas, e me deu uma pregação? E a quem se
sustenho, o escutai vós, língua erudita, manifestou o braço do
meu eleito, em povos de para que eu saiba SENHOR?
quem se apraz longe: O dizer a seu tempo Porque foi subindo como
a minha alma; SENHOR me uma boa palavra renovo perante ele, e como
pus o meu chamou ao que está raiz de uma terra seca; não
espírito sobre desde o cansado. Ele tinha beleza nem formosura
ele; ele trará ventre, desde desperta-me e, olhando nós para ele, não
justiça aos as entranhas todas as manhãs, havia boa aparência nele,
gentios. de minha mãe desperta-me o para que o desejássemos.
Não clamará, fez menção ouvido para que Era desprezado, e o mais
não se exaltará, do meu ouça, como rejeitado entre os homens,
nem fará ouvir nome. E fez a aqueles que homem de dores, e
a sua voz na minha boca aprendem. experimentado nos
praça. como uma O Senhor DEUS trabalhos; e, como um de
A cana trilhada espada aguda, me abriu os quem os homens escondiam
não quebrará, com a sombra ouvidos, e eu não o rosto, era desprezado, e
nem apagará o da sua mão fui rebelde; não não fizemos dele caso algum.
pavio que me cobriu; e me retirei para Verdadeiramente ele tomou
fumega; com me pôs como trás. sobre si as nossas
verdade trará uma flecha As minhas costas enfermidades, e as nossas

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

justiça. limpa, e me ofereci aos que dores levou sobre si; e nós o
Não faltará, escondeu na me feriam, e a reputávamos por aflito,
nem será sua aljava; minha face aos ferido de Deus, e oprimido.
quebrantado, E me disse: Tu que me Mas ele foi ferido por causa
até que ponha és meu servo; arrancavam os das nossas transgressões, e
na terra a és Israel, cabelos; não moído por causa das nossas
justiça; e as aquele por escondi a minha iniqüidades; o castigo que
ilhas quem hei de face dos que me nos traz a paz estava sobre
aguardarão a serglorificado. afrontavam e me ele, e pelas suas pisaduras
sua lei. Porém eu cuspiam. fomos sarados.
Assim diz Deus, disse:Debalde Porque o Senhor Todos nós andávamos
o Senhor, que tenho DEUS me ajuda, desgarrados como ovelhas;
criou os céus, e trabalhado, assim não me cada um se desviava pelo seu
os estendeu, e inútil e confundo; por caminho; mas o Senhor fez
espraiou a vãmente isso pus o meu cair sobre ele a iniqüidade de
terra, e a tudo gastei as rosto como um nós todos.
quanto produz; minhas seixo, porque sei Ele foi oprimido e afligido,
que dá a forças; que não serei mas não abriu a sua boca;
respiração ao todavia o meu envergonhado. como um cordeiro foi levado
povo que nela direito está Perto está o que ao matadouro, e como a
está, e o perante o me justifica; ovelha muda perante os seus
espírito aos Senhor, e o quem contenderá tosquiadores, assim ele não
que andam meu galardão comigo? abriu a sua boca.
nela. perante o Compareçamos Da opressão e do juízo foi
Eu, o Senhor, te meu Deus. juntamente; tirado; e quem contará o
chamei em E agora diz o quem é meu tempo da sua vida?
justiça, e te Senhor, que adversário? Porquanto foi cortado da
tomarei pela me formou Chegue-se para terra dos viventes; pela
mão, e te desde o mim. transgressão do meu povo
guardarei, e te ventre para Eis que o Senhor ele foi atingido.
darei por ser seu servo, DEUS me ajuda; E puseram a sua sepultura
aliança do para que quem há que me com os ímpios, e com o rico
povo, e para luz torne a trazer condene? Eis que na sua morte; ainda que
dos gentios. Jacó; porém todos eles como nunca cometeu injustiça,
Para abrir os Israel não se roupas se nem houve engano na sua
olhos dos deixará envelhecerão, e a boca.
cegos, para ajuntar; traça os comerá. Todavia, ao Senhor agradou
tirar da prisão contudo aos Quem há entre moê-lo, fazendo-o enfermar;
os presos, e do olhos do vós que tema ao quando a sua alma se puser
cárcere os que Senhor serei Senhor e ouça a por expiação do pecado, verá
jazem em glorificado, e voz do seu servo? a sua posteridade,

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trevas. o meu Deus Quando andar em prolongará os seus dias; e o


Eu sou o será a minha trevas, e não tiver bom prazer do Senhor
Senhor; este é força.Disse luz nenhuma, prosperará na sua mão.
o meu nome; a mais: Pouco é confie no nome Ele verá o fruto do trabalho
minha glória, que sejas o do Senhor, e da sua alma, e ficará
pois, a outrem meu servo, firme-se sobre o satisfeito; com o seu
não darei, nem para seu Deus. conhecimento o meu servo,
o meu louvor restaurares as Eis que todos vós, o justo, justificará a muitos;
às imagens de tribos de Jacó, que acendeis porque as iniqüidades deles
escultura. e tornares a fogo, e vos cingis levará sobre si.
Eis que as trazer os com faíscas, Por isso lhe darei a parte de
primeiras preservados andai entre as muitos, e com os poderosos
coisas já se de Israel; labaredas do repartirá ele o despojo;
cumpriram, e também te vosso fogo, e porquanto derramou a sua
as novas eu vos dei para luz entre as faíscas, alma na morte, e foi contado
anuncio, e, dos gentios, que acendestes. com os transgressores; mas
antes que para seres a Isto vos sobrevirá ele levou sobre si o pecado
venham à luz, minha da minha mão, e de muitos, e intercedeu pelos
vo-las faço salvação até à em tormentos transgressores.
ouvir. extremidade jazereis.
da terra. Isaías 53:1-12
Isaías 42:1-9 Isaías 50:4-11
Isaías 49:1-6

Isaías 42, 1-(4)9 49,1-6 50, 4-9 (10-11) 52,13 a 53, 12

E todos os sentidos se aplicam a Israel, o servo sofredor.

Se Jesus tivesse sido o messias e cumprido as profecias, o novo


testamento não precisaria retirar versículos do velho testamento do
contexto, bastaria apenas narrar o que Jesus fez e pronto.

IV Contradições absurdas

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Mas os absurdos do novo testamento, não se resumem a isso. O novo


testamento narra passagens absurdas e difíceis de se conciliar e de se
comprovar historicamente o que demonstra que o novo testamento não é
histórico como se acredita:

a- A matança de inocentes
Conforme já vimos acima, a suposta matança dos inocentes se baseia em
uma falsa profecia, mas não é só isso, ela contradiz a narrativa de outro
evangelista, Lucas, o que torna impossível de se conciliar ou de se tomar
essas narrativas como históricas e reais.

Logo após o nascimento de jesus, os evangelistas colocam a sagrada


família em lugares diferentes ao mesmo tempo, o que seria impossível até
para uma família sagrada. Segundo Mateus a sagrada família fugiu para o
Egito e ainda permaneceu lá até a morte de Herodes, mas segundo Lucas,
eles foram para Jerusalém para circuncidar o menino jesus no oitavo dia
conforme a lei dos judeus. Muitos tentam harmonizar essas passagens
dizendo que eles mal chegaram no Egito e já voltaram correndo para
Jerusalém desconhecendo as distâncias e as formas de viagens da época e
o fato de Maria ainda estar de resguardo.

A sagrada família foi para o Egito A sagrada família foi para


Jerusalém
E, tendo eles se retirado, eis que o E, quando os oito dias foram
anjo do Senhor apareceu a José cumpridos, para circuncidar o
num sonho, dizendo: Levanta-te, e menino, foi-lhe dado o nome de
toma o menino e sua mãe, e foge Jesus, que pelo anjo lhe fora posto
para o Egito, e demora-te lá até antes de ser concebido. E,
que eu te diga; porque Herodes há cumprindo-se os dias da
de procurar o menino para o purificação dela, segundo a lei de
matar. E, levantando-se ele, tomou Moisés, o levaram a Jerusalém,
o menino e sua mãe, de noite, e foi para o apresentarem ao Senhor
para o Egito. E esteve lá, até à (Segundo o que está escrito na lei
morte de Herodes, para que se do Senhor: Todo o macho
cumprisse o que foi dito da parte primogênito será consagrado ao

Ronaldo Gomes, Analisando as escrituras


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do Senhor pelo profeta, que diz: Senhor);


Do Egito chamei o meu Filho.
Lucas 2:21-23
Mateus 2:13-15

A profecia citada por Mateus como já vimos não se refere a nenhuma


matança de inocentes:

Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei a meu


filho.

Oséias 11:1

Ou seja, uma farsa.

b- Jesus nasceu em Belém?

Vários estudiosos bíblicos dizem que Jesus não nasceu em Belém, a


princípio isso pareceu-nos bem estranho, pois os teólogos sempre
afirmaram que sim.

Embora os evangelhos de Mateus e Lucas afirmarem que Jesus tenha


nascido em Belém, é muito provável que isso tenha ocorrido em Nazaré.
Todos os grandes especialistas bíblicos são unânimes em admitir que Jesus
nasceu em Nazaré, afirma Frei Betto, religioso dominicano autor do
recém-lançado “Um homem Chamado Jesus”.
Ao que tudo indica, Lucas e Mateus teriam escolhido Belém como cidade
natal de Jesus para que suas versões da vida de Cristo se alinhassem a
uma profecia do Antigo Testamento, segundo a qual o Messias nasceria na
Cidade do Rei Judeu, ou seja, a Cidade de Davi, que é Belém”.

Mais uma profecia tirada do seu contexto e aplicada a Jesus como as que
vimos acima:

Ronaldo Gomes, Analisando as escrituras


A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de


ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os
tempos antigos, desde os dias da eternidade.

Miquéias 5:2

Mas o contexto dessa profecia também é sobre a Assíria assim como Isaías
7:

E este será a nossa paz; quando a Assíria vier à nossa terra, e


quando pisar em nossos palácios, levantaremos contra ela sete
pastores e oito príncipes dentre os homens.

Miquéias 5:5

Historicamente nunca foi comprovada a existência da cidade de Nazaré,


que parece fictícia, então é provável que Jesus tenha nascido em alguma
outra localidade próxima a Belém.

C- Jesus na Samaria

Os evangelistas não se entendem se jesus esteve ou não na região da


Samaria, o que é estranho pois se eles foram testemunhas oculares
deveriam saber. Os judeus tinham uma cisma com os Samaritanos e
segundo Lucas Jesus nem sequer foi recebido por eles. Segundo Mateus
Jesus ordena a seus discípulos a não entrarem em aldeias de Samaritanos,
mas, segundo João ele não só entrou como foi bem recebido e ainda ficou
alguns dias:

Ronaldo Gomes, Analisando as escrituras


A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Jesus não entrou Mandou não entrar Entrou e ficou


E mandou Jesus enviou estes E muitos dos
mensageiros adiante doze, e lhes ordenou, samaritanos daquela
de si; e, indo eles, dizendo: Não ireis pelo cidade creram nele,
entraram numa aldeia caminho dos gentios, pela palavra da
de samaritanos, para nem entrareis em mulher, que testificou:
lhe prepararem cidade de Disse-me tudo quanto
pousada, Mas não o samaritanos; tenho feito. Indo, pois,
receberam, porque o Mateus 10:5 ter com ele os
seu aspecto era como samaritanos,
de quem ia a rogaram-lhe que
Jerusalém. E os seus ficasse com eles; e
discípulos, Tiago e ficou ali dois dias. E
João, vendo isto, muitos mais creram
disseram: Senhor, nele, por causa da sua
queres que digamos palavra.
que desça fogo do céu
e os consuma, como João 4:39-41
Elias também fez?

Lucas 9:52-54

D- João batista testifica e nega Jesus


Segundo o novo testamento, João batista era o Elias prometido para
cumprir outra profecia messiânica que jesus não cumpriu, a de que Elias
viria antes do messias para restaurar as coisas:

Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e
terrível dia do Senhor.

Malaquias 4:5

E segundo Jesus João Batista era o Elias prometido:

E, se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir.

Ronaldo Gomes, Analisando as escrituras


A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Mateus 11:14
Digo-vos, porém, que Elias já veio, e fizeram-lhe tudo o que
quiseram, como dele está escrito.
Marcos 9:13

E segundo o novo testamento, João testificou de que Jesus era o messias:

João testificou dele, e clamou, dizendo: Este era aquele de quem eu


dizia: O que vem após mim é antes de mim, porque foi primeiro do
que eu.

João 1:15

Porque João sendo o profeta Elias ouviu isso de Deus e viu o espirito santo
descer como uma pomba sobre jesus e ouviu uma voz do céu dizendo
claramente isso. Mas depois João manda perguntar se ele é o messias:

E eu não o conhecia, mas o que me E João, ouvindo no cárcere falar


mandou a batizar com água, esse dos feitos de Cristo, enviou dois
me disse: Sobre aquele que vires dos seus discípulos, A dizer-lhe: És
descer o Espírito, e sobre ele tu aquele que havia de vir, ou
repousar, esse é o que batiza com esperamos outro?
o Espírito Santo.
João 1:33 Mateus 11:2,3

Ué, João não viu o espirito descendo sobre Jesus?

E João testificou, dizendo: Eu vi o Espírito descer do céu como


pomba, e repousar sobre ele.

João 1:32

Ronaldo Gomes, Analisando as escrituras


A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Fora que João negou ser o profeta Elias ou um profeta:

E perguntaram-lhe: Então quê? És tu Elias? E disse: Não sou. És tu profeta?


E respondeu: Não.

João 1:21

E João não fez nada semelhante a Elias, e segundo a história secular, os


seguidores de João Batista diziam que ele era o messias e não jesus. Ué?
Ele não preparou o caminho do senhor? Como se ele e seus seguidores
nem sequer sabiam que Jesus era o messias? Isso é atestado até pelo livro
de atos:

E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, tendo


passado por todas as regiões superiores, chegou a Éfeso; e achando
ali alguns discípulos, Disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo
quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que
haja Espírito Santo. Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados
então? E eles disseram: No batismo de João.

Atos 19:1-3

E chegou a Éfeso um certo judeu chamado Apolo, natural de


Alexandria, homem eloqüente e poderoso nas Escrituras. Este era
instruído no caminho do Senhor e, fervoroso de espírito, falava e
ensinava diligentemente as coisas do Senhor, conhecendo somente
o batismo de João.

Atos 18:24,25

O mandeísmo é uma religião que pode ser classificada como gnóstica mas
com a ressalva de que não consideram o mundo material como obra de

Ronaldo Gomes, Analisando as escrituras


A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

um deus (demiurgo) maligno. Existe consenso de que esta religião


remonta aos três primeiros séculos da Era Comum. Pode ter tido origem
na Nabateia (país vizinho da Galiléia)

Os mandeístas veneram João Baptista como o Cristo (ou como o seu


último profeta) e praticam o ritual do batismo. Existiram no Iraque, até
tempos recentes, dezenas de milhares de adeptos. Muitos fugiram ao
Estado Islâmico, refugiando-se em países ocidentais.

A escritura mandeísta mais importante é o Ginza Rba ("Grande Tesouro"),


juntamente com o Qolastā ("Livro de Orações"). A linguagem usada por
eles é o mandeu, uma subespécie do aramaico.

E- Estava vivo e morto na páscoa em que foi crucificado


O corpo de Jesus foi retirado da cruz antes de se começar a páscoa porque
os judeus não permitiam corpos na cruz na páscoa, mas, Jesus celebrou a
páscoa:

Os judeus, pois, para que no Chegou, porém, o dia dos ázimos,


sábado não ficassem os corpos na em que importava sacrificar a
cruz, visto como era a preparação páscoa. E mandou a Pedro e a
(pois era grande o dia de sábado), João, dizendo: Ide, preparai-nos a
rogaram a Pilatos que se lhes páscoa, para que a comamos. E
quebrassem as pernas, e fossem eles lhe perguntaram: Onde
tirados. queres que a preparemos?

João 19:31 Lucas 22:7-9

Lembrando que a páscoa judia é comida no primeiro dia dos ázimos, ou


seja, no primeiro dia se come a páscoa e os demais dias ázimos. No

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

primeiro dia Jesus comeu a páscoa, no dia seguinte foi julgado e


crucificado e morto, antes de começar a páscoa:

No mês primeiro, aos catorze do mês, pela tarde, é a páscoa do


Senhor. E aos quinze dias deste mês é a festa dos pães ázimos do
Senhor; sete dias comereis pães ázimos.

Levítico 23:5,6

Então ele estava vivo e morto na mesma páscoa segundo o novo


testamento o que é completamente impossível até para o filho de Deus.

F- Walking dead judeu


Mateus narra outro absurdo que só figura em seu evangelho:

E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo;


e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras; E abriram-se os
sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram
ressuscitados; E, saindo dos sepulcros, depois da
ressurreição dele, entraram na cidade santa, e apareceram a
muitos.

Mateus 27:51-53

g- Judas entrega e não entrega jesus

E o que o traía tinha-lhes dado um Sabendo, pois, Jesus todas as


sinal, dizendo: O que eu beijar é coisas que sobre ele haviam de vir,

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

esse; prendei-o. E logo, adiantou-se, e disse-lhes: A quem


aproximando-se de Jesus, disse: Eu buscais? Responderam-lhe: A
te saúdo, Rabi; e beijou-o. Jesus Nazareno. Disse-lhes Jesus:
Jesus, porém, lhe disse: Amigo, a Sou eu. E Judas, que o traía, estava
que vieste? Então, aproximando-se com eles. Quando, pois, lhes disse:
eles, lançaram mão de Jesus, e o Sou eu, recuaram, e caíram por
prenderam. terra.
Tornou-lhes, pois, a perguntar: A
Mateus 26:48-50 quem buscais? E eles disseram: A
Jesus Nazareno. Jesus respondeu:
Já vos disse que sou eu; se, pois,
me buscais a mim, deixai ir estes;

João 18:4-8

h- Judas morreu como? Enforcado, precipitado ou doente?


Então Judas, o que o traíra, vendo Homens irmãos, convinha que se
que fora condenado, trouxe, cumprisse a Escritura que o
arrependido, as trinta moedas de Espírito Santo predisse pela boca
prata aos príncipes dos sacerdotes de Davi, acerca de Judas, que foi o
e aos anciãos, Dizendo: Pequei, guia daqueles que prenderam a
traindo o sangue inocente. Eles, Jesus;
porém, disseram: Que nos Porque foi contado conosco e
importa? Isso é contigo. E ele, alcançou sorte neste ministério.
atirando para o templo as moedas Ora, este adquiriu um campo com
de prata, retirou-se e foi-se o galardão da iniqüidade; e,
enforcar. precipitando-se, rebentou pelo
meio, e todas as suas entranhas se
Mateus 27:3-5 derramaram. E foi notório a todos
os que habitam em Jerusalém; de
maneira que na sua própria língua
esse campo se chama Aceldama,
isto é, Campo de Sangue.

Atos 1:16-19

E há ainda uma versão da patrística, de Pápias que diz que judas morreu
de uma doença que encheu seu corpo de perebas.

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Papias de Hierápolis, dá uma terceira versão sobre a morte de Judas, a


acrescentar às duas existentes no Novo Testamento. Apolinário de
Laodiceia, referindo-se a Judas Iscariotes, cita Pápias da seguinte forma:

Judas não morreu enforcado, mas continuou vivo, pois a corda foi partida
antes de ele sufocar. E isto está claro nos Actos dos Apóstolos, que ele
caíu de cabeça e as suas entranhas derramaram-se. E Papias, o discípulo
de João, recorda isto de modo ainda mais claro, dizendo no seu quarto
livro das Interpretações dos Dizeres do Senhor:

Judas caminhou neste mundo como um terrível exemplo de


impiedade. Ficou tão inchado na carne que nem sequer cabia onde
uma carroça facilmente passava

[- nem sequer a sua cabeça passava sozinha. As suas pálpebras


eram tão inchadas que ele não conseguia ver a luz e os seus olhos
não podiam ser vistos nem sequer por um médico com
instrumentos, tal era a profundidade em que estavam.

E os seus genitais pareciam desfigurados e nauseantes. Quando


defecava, vermes saíam do seu corpo através das suas partes
privadas, devido aos seus pecados. Depois de muitas agonias e
punições, ele morreu no seu próprio lugar. Esse lugar está
desabitado e desolado, e até hoje ninguém o pode visitar sem tapar
as narinas tal foi a quantidade de imundície libertada pelo seu corpo
que ficou espalhada no solo.]

[Tendo sido esmagado por uma carroça, as suas entranhas


derramaram-se.]

Como que Judas morreu afinal?

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V Contradições doutrinárias
Algumas contradições do novo testamento tornam impossível se fazer um
retrato histórico como vimos acima, e outras podem tornar impossível de
se estabelecer uma doutrina devido ao antagonismo do que o mesmo diz.
Talvez por isso a igreja seja tão subdividida porque dentro de um mesmo
livro sagrado existem brechas para interpretações ambíguas.

Vejamos alguns exemplos:

Devemos Chamar nosso irmão de louco?


Eu, porém, vos digo que qualquer Loucos! Quem fez o exterior não
que, sem motivo, se encolerizar fez também o interior?
contra seu irmão, será réu de juízo; Lucas 11:40
e qualquer que disser a seu irmão:
Raca, será réu do sinédrio; e
qualquer que lhe disser: Louco,
será réu do fogo do inferno.
Mateus 5:22

Devemos fazer orações repetidas?


E, orando, não useis de vãs E, deixando-os de novo, foi orar
repetições, como os gentios, que pela terceira vez, dizendo as
pensam que por muito falarem mesmas palavras.
serão ouvidos.
Mateus 6:7 Mateus 26:44

Devemos mostrar nossas obras publicamente?


Assim resplandeça a vossa luz Mas, quando tu deres esmola, não
diante dos homens, para que saiba a tua mão esquerda o que faz
vejam as vossas boas obras e a tua direita; Para que a tua
glorifiquem a vosso Pai, que está esmola seja dada em secreto; e

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nos céus. teu Pai, que vê em secreto, ele


mesmo te recompensará
Mateus 5:16 publicamente.

Mateus 6:3,4

Jesus testifica ou não de si mesmo?


Eu sou o que testifico de mim Se eu testifico de mim mesmo, o
mesmo, e de mim testifica também meu testemunho não é
o Pai que me enviou. verdadeiro.
João 8:18 João 5:31

Respondeu Jesus, e disse-lhes: Há outro que testifica de mim, e


Ainda que eu testifico de mim sei que o testemunho que ele dá de
mesmo, o meu testemunho é mim é verdadeiro.
verdadeiro, porque sei de onde João 5:32
vim, e para onde vou; mas vós não
sabeis de onde venho, nem para
onde vou.
João 8:14

Falso testemunho?
Como as testemunhas de jesus testemunhavam falsamente se elas
disseram o mesmo que os evangelhos?
Porque muitos testificavam Jesus respondeu, e disse-lhes:
falsamente contra ele, mas os Derribai este templo, e em três
testemunhos não eram coerentes. dias o levantarei. Disseram, pois,
E, levantando-se alguns, os judeus: Em quarenta e seis anos
testificaram falsamente contra foi edificado este templo, e tu o
ele, dizendo: Nós ouvimos-lhe levantarás em três dias?
dizer: Eu derrubarei este templo, Mas ele falava do templo do seu
construído por mãos de homens, e corpo.
em três dias edificarei outro, não
feito por mãos de homens. João 2:19-21

Marcos 14:56-58

Ronaldo Gomes, Analisando as escrituras


A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Devemos amar nossos Inimigos?


Ouvistes que foi dito: Amarás o teu E quanto àqueles meus inimigos
próximo, e odiarás o teu inimigo. que não quiseram que eu reinasse
Eu, porém, vos digo: Amai a sobre eles, trazei-os aqui, e matai-
vossos inimigos, bendizei os que os diante de mim.
vos maldizem, fazei bem aos que Lucas 19:27
vos odeiam, e orai pelos que vos
maltratam e vos perseguem; para
que sejais filhos do vosso Pai que
está nos céus;

Mateus 5:43,44

Jesus fez sinais ou não?


Uma geração má e adúltera pede E, estando ele em Jerusalém pela
um sinal, e nenhum sinal lhe será páscoa, durante a festa, muitos,
dado, senão o sinal do profeta vendo os sinais que fazia, creram
Jonas. E, deixando-os, retirou-se. no seu nome.
Mateus 16:4 João 2:23
Mas ele lhes respondeu, e disse: E muitos da multidão creram nele,
Uma geração má e adúltera pede e diziam: Quando o Cristo vier, fará
um sinal, porém, não se lhe dará ainda mais sinais do que os que
outro sinal senão o sinal do este tem feito?
profeta Jonas; João 7:31
Mateus 12:39

Um novo mandamento? ps. No versículo seguinte:


Irmãos, não vos escrevo Outra vez vos escrevo um
mandamento novo, mas o mandamento novo, que é
mandamento antigo, que desde o verdadeiro nele e em vós; porque
princípio tivestes. Este mandamento vão passando as trevas, e já a
antigo é a palavra que desde o verdadeira luz ilumina.
princípio ouvistes.
1 João 2:8
1 João 2:7

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

E outras contradições dificultam se estabelecer uma historicidade do novo


testamento, afinal eles narram passagens simples de forma diferente:

As últimas palavras de Jesus '

MAT 27:46,50: "E sobre a hora nona, Jesus exclamou com grande voz,
dizendo:" Eli, Eli, lama sabactani? "Que quer dizer:" Meu Deus, meu Deus,
por que me desamparaste? " ... Jesus, quando ele gritou mais uma vez
com grande voz, entregou o espírito. "

LUK 23:46: "E Jesus, clamando com grande voz, disse:" Pai, até as tuas
mãos entrego o meu espírito: "E, havendo dito isso, ele entregou o
espírito."

JOH 19:30: "Quando Jesus tomou o vinagre, disse:" Está consumado: "E,
inclinando a cabeça, entregou o espírito."

O que eles dão-lhe de beber?

MAT vinagre 27:34

MAR 15:23 vinho com mirra

João Batista era Elias - 11:14 Matt

João Batista não era Elias - 01:21 John

Cristo foi tentado no deserto - Marcos 1:12,13

Cristo não foi tentado no deserto - João 2:1,2

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Cristo pregou seu primeiro sermão no Monte - Mateus 5:1,2

Cristo pregou seu primeiro sermão na planície - Lucas 6:17,20

João estava na prisão quando Jesus para a Galiléia - Marcos 1:14

João não estava na prisão quando Jesus para a Galiléia - João 01:43 /João
3:22-24

Os discípulos de Cristo foram ordenados a sair com um pessoal e sandálias


-Marcos 6:8,9

Os discípulos de Cristo foram ordenados a sair nem bordões, nem com


sandálias - Mateus 10:9,10

Cristo foi crucificado na terceira hora - Marcos 15:25

Cristo não foi crucificado até a hora sexta - João 19:14,15

Os dois ladrões zombaram - Cristo Mateus 27:44 / Marcos 15:32

Apenas um dos ladrões zombou Cristo - Lucas 23:39,

O campo do oleiro foi comprado por Judas - Atos 1:18

O campo do oleiro foi comprado pelos príncipes dos sacerdotes -


Mateus27:6,7

Havia apenas uma mulher que veio ao sepulcro - João 20:1

Havia duas mulheres que foram ao sepulcro - Mt 28:1

Havia três mulheres que foram ao sepulcro - Marcos 16:01

Havia mais de três mulheres que foram ao sepulcro - Lucas 24:10

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Foi ao amanhecer, quando chegaram ao sepulcro - Marcos 16:02

Foi algum tempo antes do amanhecer, quando eles vieram. - João 20:01

Havia dois anjos visto pelas mulheres que foram ao sepulcro, e eles
estavam de pé - Lucas 24:4

Havia um anjo, mas viu, e ele estava sentado - Mateus 28:2,5

Portanto fica difícil se estabelecer uma historicidade fiel ou dar crédito


que os autores dos evangelhos foram mesmo testemunhas oculares.

VI O problema Paulo

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Ai surge no cenário cristão um outro personagem, que mesmo não tendo


conhecido Jesus começa a pregar sua mensagem a todos os cantos, e
mesmo discordando em muitos pontos de Jesus, Paulo. Paulo chega a
dizer em uma epístola que o importante é Cristo ser pregado, seja com
falsidade, ou por interesse, não importa, o importante é pregar e
converter o máximo de pessoas (Fp 1:18).
Com esta mensagem inclusiva, e destinada aos gentios, Paulo transforma
o cristianismo numa expansão sem limites e gera uma ruptura histórica
com o judaísmo e suas raízes. Mas, será que Paulo foi mesmo apóstolo?

a- Requisitos para ser apóstolo


Segundo o livro de atos, após a morte de Judas os apóstolos tinham que
escolher um substituto que preenchesse os requisitos básicos exigidos
para tal:

“É necessário, pois, que, dos homens que conviveram conosco todo


o tempo em que o Senhor Jesus entrou e saiu dentre nós,
Começando desde o batismo de João até ao dia em que de entre
nós foi recebido em cima, um deles se faça conosco testemunha da
sua ressurreição” (Atos 1, 21-22).

Critério que Paulo não preenchia, ele mesmo disse que não aprendeu
nada com os apóstolos:

E, quanto àqueles que pareciam ser alguma coisa (quais tenham


sido noutro tempo, não se me dá; Deus não aceita a aparência do
homem), esses, digo, que pareciam ser alguma coisa, nada me
comunicaram;

Gálatas 2:6

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Paulo chega mesmo a utilizar Escrituras, aplicando antigas profecias a ele


próprio, nomeadamente Isaías 49, 6:

"também te dei para luz dos gentios, para seres a minha salvação até à
extremidade da terra." (Atos 13, 47-49)

O problema com esta profecia é que se aplicava apenas a Isaías. Não á


Paulo.
Na verdade os apóstolos nunca ordenaram Paulo apóstolo, mas ele
mesmo. A palavra apóstolo significa enviado, isto é, alguém que foi
enviado diretamente por Jesus ou por alguém enviado por ele. Paulo não
preencheu este requisito, uma vez que os demais apóstolos não o
reconheciam como tal.

“NÃO sou eu apóstolo? Não sou livre? Não vi eu a Jesus Cristo


SENHOR nosso? Não sois vós a minha obra no Senhor? Se eu não
sou apóstolo para os outros (apóstolos), ao menos o sou para vós;
porque vós sois o selo do meu apostolado no Senhor” 1Corintios
9:1-2 “

Jesus, em seu famoso sermão profético, o último, advertiu aos seus


seguidores sobre isso 3X dizendo:

“E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos


engane; Porque muitos virão em meu nome (Em nome de Jesus),
dizendo: Eu sou o Cristo (Ungido); e enganarão a muitos” (Mateus
24:4-5)
“E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos” (Mateus
24:11)
“Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali
(Como na estrada de Damasco por exemplo), não lhe deis crédito;
Porque surgirão falsos cristos (ungidos) e falsos profetas, e farão tão

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os


escolhidos (apóstolos João 6:70). Eis que eu vo-lo tenho
predito.Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto (na
estrada), não saiais. Eis que ele está no interior da casa; não
acrediteis”.(Mateus 24:23-26)

O problema deste texto é a palavra messias que todos pensam se referir


ao messias mesmo, mas essa palavra significa ungido. Qualquer pessoa
que se diga ungida está se dizendo messias. Até porque não teria como
alguém surgir em nome de Jesus se dizendo messias literalmente: "Olha,
eu sou o messias e o messias me enviou". Não teria como.

E o que Jesus esta advertindo aqui? "Não vai vir mais ninguém" Ou seja,
jesus advertiu que não enviaria mais ninguém, tipo assim: "Olha, se vier
alguém em meu nome dizendo: o Cristo me enviou; não acreditem, eu não
enviei mais ninguém OK"
E se alguém disser que o Cristo está no telhado ou no deserto, não creiais
Ok. Porque se possível fora, enganaria até os escolhidos, isto é, os
apóstolos. Claro como água. Como dois e dois são quatro.
E mesmo assim, o primeiro que apareceu a igreja abraçou! Paulo disse que
Jesus lhe apareceu no deserto, exatamente onde Jesus disse que se
alguém dissesse para não dar crédito:

Ora, aconteceu que, indo eu já de caminho, e chegando perto de


Damasco [NO DESERTO], quase ao meio-dia, de repente me rodeou
uma grande luz do céu. E caí por terra, e ouvi uma voz que me dizia:
Saulo, Saulo, por que me persegues? E eu respondi: Quem és,
Senhor? E disse-me: Eu sou Jesus Nazareno, a quem tu persegues.

Atos 22:6-8

Então Jesus adverte a igreja e o primeiro que vem se aceita e pronto?

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Jesus disse: Paulo disse:


“Então, se alguém vos disser: Eis Ora, aconteceu que, indo eu já de
que o Cristo está aqui, ou ali caminho, e chegando perto de
(Como na estrada de Damasco por Damasco [NO DESERTO], quase ao
exemplo), não lhe deis crédito; meio-dia, de repente me rodeou
Porque surgirão falsos cristos uma grande luz do céu. E caí por
(ungidos) e falsos profetas, e farão terra, e ouvi uma voz que me dizia:
tão grandes sinais e prodígios que, Saulo, Saulo, por que me
se possível fora, enganariam até persegues? E eu respondi: Quem
os escolhidos (apóstolos João és, Senhor? E disse-me: Eu sou
6:70). Eis que eu vo-lo tenho Jesus Nazareno, a quem tu
predito.Portanto, se vos disserem: persegues.
Eis que ele está no deserto (na
estrada), não saiais. Eis que ele Atos 22:6-8
está no interior da casa; não
acrediteis”.(Mateus 24:23-26)

Jesus também advertiu a Pedro sobre isso: “Na verdade, na verdade


te digo que, quando eras mais moço, te cingias a ti mesmo, e
andavas por onde querias; mas, quando já fores velho, estenderás

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

as tuas mãos, e outro te cingirá, e te levará para onde tu não


queiras” João 21:18

E ai surge Paulo no cenário Cristão dizendo: "Cristo me enviou" e vira a


pedra angular de toda a igreja. Estranho não! E para respaldar sua história
de enviado (apóstolo) Paulo narra uma história de um encontro
miraculoso com jesus no caminho a Damasco. Tudo bem, mas o problema
é que o maior acontecimento da vida dele ele narra três vezes no livro de
Atos (que ele escreveu com Lucas) de formas diferentes.
Em cada narrativa ele difere da outra, como se não se lembrasse mais do
que disseram antes .

“E os homens, que iam com ele, pararam espantados, ouvindo a


voz, mas não vendo ninguém” Atos 9:7
“E os que estavam comigo viram, em verdade viram a luz, e se
atemorizaram muito, mas não ouviram a voz daquele que falava
comigo” Atos 22:9

Os pais da igreja corrigiram acrescentando palavras de umas narrativas


nas outras para harmonizar. Na terceira narrativa, além disso, Paulo
acrescenta que Jesus legitimou seu apostolado:

“Mas levanta-te e põe-te sobre teus pés, porque te apareci por isto,
para te pôr por ministro e testemunha tanto das coisas que tens
visto como daquelas pelas quais te aparecerei ainda; Livrando-te
deste povo (judeus), e dos gentios, a quem agora te envio, Para lhes
abrires os olhos, e das trevas os converteres à luz, e do poder de
Satanás a Deus; a fim de que recebam a remissão de pecados, e
herança entre os que são santificados pela fé em mim” Atos 26:16-
18

Ronaldo Gomes, Analisando as escrituras


A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Na passagem da mulher estrangeira, Jesus disse que não era bom tirar do
pão (conhecimento) dos filhos (judeus) e dá-lo aos cachorrinhos (gentios)
(Mt 15:26). Também disse que veio somente para as ovelhas perdidas da
casa de Israel (Mt15:24). Mas depois ele aparece para Paulo para ele
pregar para os gentios!!

Será que o messias judeu, prometido aos judeus, veio mesmo para todo
mundo? Será que ele apareceu para Paulo justamente para isso? E foi o
mesmo Paulo que disse:

"Se pela minha mentira, abundou o evangelho da graça de Deus por


que ainda sou julgado pecador?" Rm 3,7

Será que a mentira que Paulo se refere era esse suposto encontro? Na
terceira narrativa, não só viu jesus como jesus o escolheu como o apóstolo
dos gentios, o que ele não menciona nas narrativas anteriores. Como
aquele ditado, quem conta um conto aumenta um ponto. Mas como ele
mesmo afirmou isso em seu próprio livro para os crentes já vale. Fora que
o livro de atos é uma composição literária tardia, atribuída a Lucas e a
Paulo, ou seja, ambos escreveram um livro e a igreja o adaptou para
harmonizar os evangelhos com suas epístolas, corrigindo inclusive
algumas discrepâncias das três narrativas diferentes da aparição de Jesus
á Paulo, no caminho de damasco.

O propósito do livro de atos também foi criar uma ilusão sobre uma igreja
primitiva. Ai é muito fácil eu mesmo escrever um livro onde eu mesmo me
chamo de apóstolo e eu mesmo testifico de mim mesmo. Mas os cristãos
não analisam o como é ridículo, Jesus ter vindo e pregado por um período
de tempo aos seus apóstolos e depois de morto e ressuscitado ele aparece
para alguém que nem conhecia ele para ele pregar exatamente o oposto
do que ele havia dito! estranho não?
Fora que Jesus disse em seu último sermão "Este evangelho do reino será
pregado" (mt 24), ou seja, não era o evangelho oposto que viria depois,
mas o dele mesmo.

Ronaldo Gomes, Analisando as escrituras


A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Paulo segundo atos após sua conversão foi quase que fugido Para
Jerusalém tendo sido decido em um cesto inclusive:

E, tendo passado muitos dias, os judeus tomaram conselho entre si


para o matar. Mas as suas ciladas vieram ao conhecimento de Saulo;
e como eles guardavam as portas, tanto de dia como de noite, para
poderem tirar-lhe a vida, Tomando-o de noite os discípulos o
desceram, dentro de um cesto, pelo muro. E, quando Saulo chegou
a Jerusalém, procurava ajuntar-se aos discípulos, mas todos o
temiam, não crendo que fosse discípulo.

Atos 9:23-26

Mas segundo ele mesmo em Gálatas ele não foi para Jerusalém, mas para
a Arábia:

Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me


separou, e me chamou pela sua graça, Revelar seu Filho em mim,
para que o pregasse entre os gentios, não consultei a carne nem o
sangue, Nem tornei a Jerusalém, a ter com os que já antes de mim
eram apóstolos, mas parti para a Arábia, e voltei outra vez a
Damasco. Depois, passados três anos, fui a Jerusalém para ver a
Pedro, e fiquei com ele quinze dias.

Gálatas 1:15-18

Como confiar na historicidade de um livro assim?

Paulo mesmo admitia que pregava o seu evangelho como se ele fosse um
ungido:

Ronaldo Gomes, Analisando as escrituras


A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

No dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus


Cristo, segundo o meu evangelho.
Romanos 2:16

Lembra-te de que Jesus Cristo, que é da descendência de Davi, ressuscitou


dentre os mortos, segundo o meu evangelho;
2 Timóteo 2:8

E note que em Atos dos Apóstolos, a vida de Paulo é copiada da vida de


Jesus dos evangelhos:

Característica Paulo (Atos) Jesus (evangelhos,


especialmente Lucas)
Batizado por Paulo foi batizado por Jesus foi batizado por
Ananias (Hananyah = João (Yehohanan =
“Gracioso é Yahveh”) – “Yahveh é gracioso”)
(Actos 9:17-18) Baptista.
Sobre o batizador Ananias encontra-se João Baptista dizia
com Paulo na rua “endireitai os
direita (Actos 9:11) caminhos” (Lucas 3:1-6)
Considerado Em Listra (na Galácia), Jesus é descrito como
divino Paulo é considerado um filho de deus (Lucas
deus (Actos 14:11-12) 22:70)
Curou doentes Sim – Actos 19:11-12 Sim (várias passagens)
Ressuscitou um Paulo ressuscitou o Jesus ressuscitou o
jovem jovem Êutico em jovem filho de uma
Trôade (Actos 20:9-12) viúva em Nain (Lucas
7:11-17)
Prega em torno de Em torno do Mar Em torno
um mar Mediterrânico do minúsculo Mar da
Galiléia
Vive tempestade Paulo vive uma Jesus passa por uma
no mar tempestade muito tempestade no
perigosa no mar minúsculo mar da
Mediterrânico (Atos 27) Galiléia (Lucas 8:22-25)
Expulso de Atos 14:1-6 Lucas 4:28-29
sinagoga

Ronaldo Gomes, Analisando as escrituras


A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Característica Paulo (Atos) Jesus (evangelhos,


especialmente Lucas)
Sofre conspirações Sim (Atos 20, 23 e 25) Sim (Lucas 19:47-48;
de judeus várias passagens)
Destino final das Jerusalém (excetuando Jerusalém (Lucas 19)
viagens as viagens como
prisioneiro) - Actos 21
Prevê a sua morte Atos 20:25 Lucas 18:31-33
Motivo de prisão Tumultos no Templo Na sequência de
(Atos 21) tumultos no Templo
(Lucas 19:45-48)
Interrogado e Sim (Atos 21-23) Sim (Lucas 22-23)
espancado por
sacerdotes, no
Sinédrio
Absolvido por um Absolvido por Festo Absolvido por Pilatos
prefeito romano (Atos 25:25) (Lucas 23:13-16)
Absolvido por um Absolvido por Herodes Absolvido por Herodes
Herodes Agripa (Atos 26:31) Antípas (Lucas 23:8-10)
Morre Paulo é apedrejado e Jesus é crucificado e
aparentemente e considerado morto, ressuscita ao terceiro
ressuscita mas ressurge dia (Lucas 23-24)
imediatamente a seguir
(Actos 14:19)

Ou seja, em Atos, Paulo iguala ou supera todas ou quase todas as


características de Jesus. Por isso que muitos acreditam que ele era na
verdade Apolônio de Tiana conforme veremos mais adiante.

B- A falsa amizade de Paulo com os apóstolos


Não havia uma harmonia entre Paulo e os demais apóstolos. O próprio
Paulo admite em sua epístola aos coríntios que a igreja era dividida de
acordo com seus fundadores (1Cor15). Em sua epístola aos Gálatas, Paulo
declara que confrontou Pedro abertamente e vai mais além, quando se
refere aos demais apóstolos. Observe que Paulo mesmo se refere aos
demais apóstolos como notáveis (algumas bíblias traduzem colunas):

Ronaldo Gomes, Analisando as escrituras


A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

"Depois, passados catorze anos, subi outra vez a Jerusalém com


Barnabé, levando também comigo Tito. E subi por uma revelação, e
lhes expus o evangelho, que prego entre os gentios, e
particularmente aos notáveis (apóstolos); para que de maneira
alguma não corresse ou não tivesse corrido em vão". Gl 2,1-2

Esta é tradução mais fiel baseada nos textos gregos


"E conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram considerados como
os notáveis (apóstolos), a graça que me havia sido dada, deram-nos
as destras, em comunhão comigo e com Barnabé, para que nós
fôssemos aos gentios, e eles à circuncisão; Gl 2,9

Os mesmos que ele descreve que não lhe acrescentaram nada:

"E, quanto àqueles notáveis (apóstolos) que pareciam ser alguma


coisa (o que na realidade não interessa; Deus não faz acepção de
pessoas ), de qualquer forma esses notáveis não me acrescentaram
em nada" Gl 2,6 (ps. Esse versículo as bíblias traduzem diferente do
texto grego tendenciosamente. ver bíblia de Jerusalém ou outra de
estudo)

De fato, o próprio Paulo admite que não era considerado apóstolo pelos
demais: 25 "Se não sou apóstolo para os outros (apóstolos) ao menos sou
para vós" (1cor 9,2) e que foi abandonado por eles: "Bem sabes isto, que
os que estão na Ásia todos se apartaram de mim." (2 Timóteo 1, 15)

Jesus esteve segundo os evangelhos, pregando durante aproximadamente


três anos e instruindo seus apóstolos. Estranhamente ele revela coisas
novas e diferentes a Paulo, tão novas ao ponto dos bispos terem colocado
mais da metade do novo testamento só de epístolas de Paulo e terem
rejeitado todas as epístolas dos apóstolos, só entrando algumas depois.
Da a impressão que o trabalho de Jesus foi em vão, pois a revelação só
viria mesmo com Paulo. Ou os apóstolos não aprenderam nada ou

Ronaldo Gomes, Analisando as escrituras


A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

escreveram o oposto. É a impressão que dá, uma vez que homens


rejeitaram as epístolas dos apóstolos que andaram com Jesus e colocaram
um monte das epístolas de Paulo.
Se a igreja tivesse montado o novo testamento diferente como seria o
cristianismo? Poucos sabem mas as epístolas de Tiago, as três de João, a
de Judas, a segunda epístola de Pedro e o apocalipse foram rejeitados nos
primeiros concílios só entrando séculos depois nos cânones, ou seja, só foi
aceita inicialmente uma epístola atribuída a um apóstolo, a primeira
epístola de Pedro. Um dos argumentos utilizados no geral, pois para cada
uma havia um argumento, era que segundo o próprio novo testamento os
apóstolos era analfabetos, o que invalidaria suas epístolas ou sua autoria:

"Então eles, vendo a ousadia de Pedro e João, e informados de que


eram homens sem letras e indoutos, maravilharam-se e
reconheceram que eles haviam estado com Jesus." (Atos 4 : 13)

Mas é no mínimo inadmissível imaginar que eles não tenham escrito nada
ou que qualquer escrito apostólico deveria ser rejeitado. É bem verdade
também, admito, que nem todas as epístolas Paulinas são de Paulo, e que
o mais provável é que Paulo fosse na verdade Apolônio de Tiana, um
personagem desconhecido dos cristãos, que que teve até inúmeros
templos e estátuas nos primeiros séculos. Veremos isso á seguir. Como
dito no começo, a bíblia é um produto humano. Homens decidiram o que
entraria e o que não entraria nos cânones. Um dos critérios dos bispos
para validar a canonicidade era que o livro para ser aceito deveria ter sido
escrito por um apóstolo, ou ter tido o aval de um apóstolo ou ter
inspiração divina, segundo a história da igreja.

Isso não foi seguido uma vez que existem livros até anônimos como
hebreus, ou os escritos de Lucas, que não foi apóstolo, não foi endossado
por nenhum apóstolo e escrevia, segundo ele mesmo por conveniência
não por inspiração divina. (lucas1:1/Atos 1:1).

Mas veremos mais sobre os concílios nos capítulos seguintes.

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

C- Paulo versus Pedro

Paulo disse em gálatas orgulhosamente que confrontou Pedro na frente


de todos, porque Pedro se fazia de dissimulado por medo dos judeus:

E, chegando Pedro à Antioquia, lhe resisti na cara, porque era


repreensível. Porque, antes que alguns tivessem chegado da parte
de Tiago, comia com os gentios; mas, depois que chegaram, se foi
retirando, e se apartou deles, temendo os que eram da circuncisão.
E os outros judeus também dissimulavam com ele, de maneira que
até Barnabé se deixou levar pela sua dissimulação. Mas, quando vi
que não andavam bem e direitamente conforme a verdade do
evangelho, disse a Pedro na presença de todos: Se tu, sendo judeu,
vives como os gentios, e não como judeu, por que obrigas os gentios
a viverem como judeus?

Gálatas 2:11-14

Mas foi o mesmo que disse que o evangelho poderia ser pregado mesmo
com fingimento:

Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a


maneira, ou com fingimento ou em verdade, nisto me regozijo, e
me regozijarei ainda.

Filipenses 1:18

O mesmo Paulo que disse que também dissimulava:

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os


que estão debaixo da lei, como se estivesse debaixo da lei, para
ganhar os que estão debaixo da lei.
1 Coríntios 9:20

É o mesmo apóstolo que acusou Pedro de dissimulação, e por medo dos


judeus, sendo que ele mesmo circuncidou Timóteo por medo dos judeus:

Paulo quis que este fosse com ele; e tomando-o, o circuncidou, por
causa dos judeus que estavam naqueles lugares; porque todos
sabiam que seu pai era grego.
Atos 16:3

Mesmo tendo dito que a circuncisão nada era:

É alguém chamado, estando circuncidado? fique circuncidado. É


alguém chamado estando incircuncidado? não se circuncide.
1 Coríntios 7:18

E muitos pensam que Pedro e Paulo eram amigos e que Pedro teria
validado o apostolado de Paulo. Só existe uma citação de Paulo em uma
pseudo epístola de Pedro, porque com certeza não é de autoria de Pedro,
e mesmo assim esse autor chama Paulo de irmão e não de apóstolo.

Paulo só é chamado de apóstolo por si mesmo e por Lucas seu discípulo,


apenas. E mesmo nessa epístola Pedro apenas diz que Paulo escrevera
acerca da ressurreição e em nenhum momento diz nada sobre ele ser
apóstolo:
E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como
também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a
sabedoria que lhe foi dada;

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

2 Pedro 3:15

A verdadeira relação entre Pedro e Paulo era de confrontos registrada em


gálatas.

D- Paulo versus Tiago


A epístola de Tiago foi rejeitada nos primeiros concílios pois era uma
resposta a epístola de Paulo aos Romanos.

Paulo pregava com veemência que a salvação era gratuita, única e


exclusivamente pela fé.
Chegava a dizer que as obras não podiam salvar ninguém para que
ninguém se glorie. É o mesmo que eu disser: "Você não precisa ser bom
nem fazer o bem, porque você não vai ser salvo por isso, para que não se
glorie" Essa é a visão de Paulo vigente na maioria das denominações.

Já Tiago e os demais apóstolos, exortavam que a fé sem obras era morta.


Tiago chega a dizer: "Acaso a fé pode salva-lo? Vês que o homem é
justificado pelas obras e não pela fé" (Tiago 2:14)
Tiago está dizendo aqui que não adianta ter fé se não ter boas obras, fazer
o bem, caridade, etc....Isso não salva ninguém, contradizendo Paulo.

Salvação segundo Tiago Salvação segundo Paulo


"Queres tu saber, ó homem "Concluímos, pois, que o homem é
insensato, como é que a fé sem justificado pela fé sem as obras da
obras é estéril? Vedes, pois, como lei." (Romanos 3 : 28)
o homem fica justificado pelas
obras e não somente pela fé.
Assim como o corpo sem alma está
morto, assim também a fé sem
obras está morta" Tiago 2, 20-26

Ronaldo Gomes, Analisando as escrituras


A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Ais os "pregadores da verdade" dizem que não tem contradição alguma,


que o que salva é a fé, mas a fé só é verdadeira se produz boas obras. Mas
se a fé produz boas obras então a pessoa não pode ser salva, para que não
se glorifique! E se a fé não tiver as obras para provar ser fé, então não é
pro fé é por obras. E é isso que dá querer forçar e harmonizar textos que
se contradizem. Eles tinham visões diferentes, é obvio. Um dizia uma coisa
e outro outra.

Tanto que Paulo cita em Romanos o exemplo de Abraão e Tiago também,


e isso foi o estopim para inúmeras discussões nos primeiros séculos, ao
ponto de terem rejeitado a epístola de Tiago, que provavelmente andou
com Jesus, por ser notadamente uma resposta á Paulo. E com quem ficar?
Jesus disse: "Nem todo que me diz senhor, senhor entrará no reino dos
céus" E ai? É pela fé a salvação como dizia Paulo? Jesus disse: "Tive fome e
não me deste o que comer, tive sede e não me deste o que beber...." Isso
não são obras? E qual dos dois "apóstolos" andou com jesus, Paulo ou
Tiago? Qual dos dois aprendeu diretamente com o messias? Tiago explica
que o desejo leva a cobiça, e a cobiça ao pecado etc... enquanto que Paulo
dizia que os demônios levavam ao pecado e etc.... E por ai vai as
diferenças teológicas. Mas os pregadores não veem contradição alguma.
Basta dar uma olhada em uma simples página de uma rede social cristã
que você dificilmente vai ver Tiago, mas Paulo, Paulo, Paulo etc..... Ué, são
cristãos ou são Paulinos? Porque como ambas as epístolas estão na bíblia,
vem aquele efeito psicológico de ambas são divinas, portanto não se
contradizem. Eles ignoram que a igreja segundo o próprio novo
testamento era dividida sim:

“Porque a respeito de vós, irmãos meus, me foi comunicado pelos


da família de Cloé que há cisões entre vós. Quero dizer com isto,
que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu de Apolo, e eu de
Cefas, e eu de Cristo” 1Corintios 1:11-12

Na verdade, vemos na história mesmo que haviam muitos grupos


messiânicos no primeiro século. Dentre os judeus mesmo, haviam várias

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

seitas divergentes dentre si, docetas, ebionitas, essênios, fariseus etc.... Se


cada seita tivesse entrado na bíblia com uma epístola sequer, ai sim a
igreja mais subdividida ainda do que já é.

e- O falso arrebatamento
Paulo profetizou aos cristãos que eles não morreriam mas seriam
arrebatados aos céus em sua segunda epístola aos tessalonicenses. Como
isto não aconteceu, e constrangidos por isso, os pais da igreja corrigiram o
versículo de sua epístola, como aliás faziam com toda escritura e o
versículo que dizia: “Todos nós não morreremos” ficou: “nem todos
morreremos”.
Pedro já havia advertido em sua epístola que os ignorantes faziam isto
com as escrituras Paulinas para a própria perdição.

"Depois nós, os vivos, seremos arrebatados juntamente com eles


nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos
sempre com o Senhor." (I Tessalonicenses 4 : 17)(versão mais fiel
aos papiros mais antigos)

E para resolver isto, a igreja atual diz que se refere ao futuro. Mas no
contexto vemos que Paulo está falando de sua época mesmo,
independente de tradução. Quando ele diz "NóS" ele está se referindo a
ele mesmo e aos seus de sua época, não a um acontecimento futuro. E ai
eu pergunto: isso aconteceu? Alguém foi arrebatado? Em 1coríntios 15,
epístola que foi escrita depois de Tessalonicenses, Paulo já muda o
discurso e não fala mais em arrebatamento, mas em transformação. O
versículo que dizia: “Nós não dormiremos” e os pais da igreja corrigiram
para: “nem todos dormiremos”. Simples!
Tudo para esconder que Paulo foi um falso profeta, pois suas profecias
nunca se cumpriram.

Ronaldo Gomes, Analisando as escrituras


A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

"Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, todos nós não


dormiremos, mas todos seremos transformados;" (I Coríntios 15 :
51)(versão mais fiel aos papiros mais antigos)

Pós isso, todas igrejas jogam estas profecias de Paulo para o futuro,
mesmo o contexto não dizendo isto. Ou seja, o fato de Paulo ter feito
falsas profecias e mesmo Jesus tendo advertido sobre os falsos profetas, a
igreja não liga e Paulo continua sendo o Pilar mais importante da fé.
Segundo o livro de deuteronômio, Deus deixou um sinal claro para que
seu povo soubesse discernir um falso profeta de um verdadeiro (dt 18).
Um sinal que até uma criança de cinco anos entenderia:

"Quando um profeta falar em meu nome e suceder conforme ele


falou, em meu nome falou tal profeta. Mas se um profeta falar em
meu nome e não acontecer, e não suceder assim, loucamente falou
tal profeta, não o ouvireis" Dt 18:22

No primeiro século, a igreja queria mais Paulo devido a sua mensagem


destinada aos gentios. Não seguir a lei principalmente, uma vez que a
maioria dos apóstolos exortavam o cumprimento da lei, Paulo era mais
conveniente para a igreja gentílica. Por isso eles iam corrigindo suas
epístolas. A concepção de uma salvação gratuita, exclusivamente crendo
em Jesus, soou bem aos gentios e serviu como forma de manipulação e
expansão. Uma igreja inclusiva se tornaria maior.

Epístolas como a de Tiago que era uma resposta a epístola de Romanos,


ou a segunda de Pedro, não entraram no cânone, mas só foram aceitas
séculos depois por força de grupos isolados. O próprio Martinho Lutero
quis retirar essa epístola das escrituras pois a considerava muito
judaizante e a chamava de epístola de palha, mesmo ela sozinha
concordando mais com Jesus que todas as epístolas de Paulo juntas.

Ronaldo Gomes, Analisando as escrituras


A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Mentira, falsidade e dissimulação são comuns nas epístolas de Paulo,


como entregar alguém a satanás (1co 5,5) ou dizer que o importante é
pregar mesmo com falsidade (fp 1:18), ou criticar os demais apóstolos, os
que de fato aprenderam com jesus.

Esse é considerado o maior dos apóstolos e suas epístolas são a maior


base da fé cristã. Paulo chegou ao cumulo de dizer que veio completar o
que faltou no sofrimento de Cristo:

“Regozijo-me agora no que padeço por vós, e na minha carne


completo o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a
igreja;” Colossenses 1:24 3-6

f- Paulo versus João


Paulo escreveu uma epístola aos efésios destinada a ser lida nessa igreja e
nas comunidades próximas. Paulo diz que o espirito santo deu uns para
apóstolos, outros anciãos, outros diáconos etc.... (Ef 4:11) Quando João
escreve sua epístola a essa igreja no apocalipse, percebe-se a confusão
que estava esta igreja, e João em sua epístola, que está no livro do
apocalipse diz:

"puseste aprova os que se diziam apóstolos e não eram, mas os


achastes mentirosos" ap 2,2-7

Só sabemos de uma pessoa antes de João que esteve em Efésios, uma vez
que cada par de apóstolos pregavam em uma determinada região. E esta
pessoa que se dizia apóstolo, foi Paulo.

"Se não sou apóstolo para os outros (apóstolos) ao menos sou para
vós" (1cor 9,2)

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Engraçado que jesus advertiu tanto sobre falsos ungidos e qualquer um


que se diga apóstolo, a igreja abraça, vide Waldemiro.
Nas epístolas que são atribuídas a João, embora não sejam do mesmo
autor, ele exorta os seus a provarem os espíritos, isto é, por a prova, ver
se é de Deus mesmo. João avisa a respeito de "falsos profetas", e enumera
algumas das suas características:

- Não seguem os Apóstolos (1 João 4, 6)


- Ensinam doutrinas contrárias, nomeadamente que Jesus não tinha um
corpo inteiramente humano/físico (1 João 4, 2)
- Fizeram parte do grupo (de discípulos) mas afastaram-se (2 João 2, 19), -
não cumprem os ensinamentos de Jesus (2 João 1, 9).

Não temos mais epístolas canônicas de outros apóstolos para comparar,


mas mesmo assim, já podemos notar estas diferenças teológicas e
entender o porque elas foram rejeitadas nos primeiros concílios. E note
que o próprio Paulo disse que se fazia de judeu para ganhar os judeus
(1Co 9:20). João chega a mencionar que em sua época muitos tinham se
tornado anti-Cristos e saído do meio deles, dos apóstolos:

“Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo,


também agora muitos se têm feito anticristos, por onde
conhecemos que é já a última hora. Saíram de nós, mas não eram
de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para
que se manifestasse que não são todos de nós” 1João 2:18-19

E João deixa claro que a forma de distinguir os filhos de Deus dos filhos do
diabo seria através do cumprimento dos mandamentos de Deus, o que
João menciona o tempo todo nas três epístolas:

"Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus, quando amamos a


Deus e guardamos os seus mandamentos." (I João 5 : 2)

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

"Na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que
consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo
homem, fazendo a paz," (Efésios 2 : 15)

No livro do apocalipse também, cada carta destinada a uma igreja faz uma
advertência contra alguém que por ali esteve e é estranho que são as
mesmas igrejas que Paulo esteve. Parece que cada advertência dada
aquelas igrejas da Ásia foram destinadas a Paulo:

Eféso:

“e puseste à prova os que dizem ser apóstolos, e o não são, e tu os


achaste mentirosos” Ap 2:2

“Se eu não sou apóstolo para os outros, ao menos o sou para vós” 1Co
9:2 30

Esmirna:

“Conheço as tuas obras, e tribulação, e pobreza (mas tu és rico), e a


blasfêmia dos que se dizem judeus, e não o são, mas são a sinagoga de
Satanás” Ap 2:9

"E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que
estão debaixo da lei, como se estivesse debaixo da lei, para ganhar os que
estão debaixo da lei." (I Coríntios 9 : 20)
Fora que Paulo segundo ele mesmo era Romano de nascimento:

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

E respondeu o tribuno: Eu com grande soma de dinheiro alcancei


este direito de cidadão. Paulo disse: Mas eu o sou de nascimento.
Atos 22:28

Pérgamo:

“Mas algumas poucas coisas tenho contra ti, porque tens lá os que
seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar
tropeços diante dos filhos de Israel, para que comessem das carnes
sacrificadas a idolos, e se prostituíssem” Ap 2:14

"Assim que, quanto ao comer das coisas sacrificadas aos ídolos,


sabemos que o ídolo nada é no mundo, e que não há outro Deus,
senão um só." (I Coríntios 8 : 4)

Tiatira:

“Mas tenho contra ti que toleras Jezabel, mulher que se diz


profetisa, ensinar e enganar os meus servos, para que se prostituam
e comam dos sacrifícios da idolatria” Ap 2:20

“Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer


coisa, fazei tudo para glória de Deus” 1 co 10:31

Sardes:

“Sê vigilante, e confirma os restantes, que estavam para morrer;


porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus” Ap 3:2

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“Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a


maneira, ou com fingimento ou em verdade, nisto me regozijo, e
me regozijarei ainda” Fp 1:18

Filadélfia:

“Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem


judeus, e não são, mas mentem” Ap 3:9

"E respondeu o tribuno: Eu com grande soma de dinheiro alcancei


este direito de cidadão Romano. Paulo disse: Mas eu o sou de
nascimento." (Atos 22 : 28)

Laodicéia:

“Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera
foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem
quente, vomitar-te-ei da minha boca” Ap 3:15-16

“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm.


Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por
nenhuma” 1Co 6:12

Estranhamente em Atos 15, composta por ele mesmo com Lucas, segundo
essa passagem os apóstolos acharam por bem não impôr a lei mosaica aos
gentios, mas apenas algumas coisas, dentre elas não comer carnes
sacrificadas á ídolos. Nem isto Paulo cumpriu, pois tanto em 1 coríntios
quanto Romanos ele faz uma hermenêutica onde chega a conclusão que o
cristão sabe que pode comer tais coisas, só recomenda que se evite em
público para não causar escândalos.

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

"Mas escrever-lhes que se abstenham das carnes sufocadas aos


ídolos, da prostituição, do que é sufocado e do sangue." (Atos 15 :
20)

E note que o livro do apocalipse foi escrito depois das epístolas paulinas.

g- Paulo versus Jesus


Como Paulo está na mesma bíblia e com uma maioria de livros no novo
testamento, os cristãos pensam que os ensinos de Paulo e de Jesus são os
mesmos, e não conseguem perceber as diferenças doutrinárias entre
ambos. Vamos ver algumas:

Orar em segredo no quarto?


Mas tu, quando orares, entra no Quero, pois, que os homens orem
teu aposento e, fechando a tua em todo o lugar, levantando mãos
porta, ora a teu Pai que está em santas, sem ira nem contenda.
secreto; e teu Pai, que vê em
secreto, te recompensará 1 Timóteo 2:8
publicamente.
Mateus 6:6

O pregador deve ser pago?


Curai os enfermos, limpai os E o que é instruído na palavra
leprosos, ressuscitai os mortos, reparta de todos os seus bens com
expulsai os demônios; de graça aquele que o instrui.
recebestes, de graça dai.
Mateus 10:8 Gálatas 6:6

Só crê em jesus salva?


A saber: Se com a tua boca Nem todo o que me diz: Senhor,
confessares ao Senhor Jesus, e em Senhor! entrará no reino dos céus,

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teu coração creres que Deus o mas aquele que faz a vontade de
ressuscitou dentre os mortos, meu Pai, que está nos céus.
serás salvo. Mateus 7:21
Romanos 10:9

Devemos falar com pessoas de outras crenças?


E, se saudardes unicamente os Por isso saí do meio deles, e
vossos irmãos, que fazeis de mais? apartai-vos, diz o Senhor;E não
Não fazem os publicanos também toqueis nada imundo,E eu vos
assim? receberei;

Mateus 5:47 2 Coríntios 6:17

Jesus queria libertar os cativos?


A pregar liberdade aos cativos, E Vós, servos, obedecei em tudo a
restauração da vista aos cegos, A vossos senhores segundo a carne,
pôr em liberdade os oprimidos, A não servindo só na aparência,
anunciar o ano aceitável do Senhor. como para agradar aos homens,
mas em simplicidade de coração,
Lucas 4:19 temendo a Deus.
Colossenses 3:22
Vós, servos, obedecei a vossos
senhores segundo a carne, com
temor e tremor, na sinceridade de
vosso coração, como a Cristo;
Efésios 6:5

h- Paulo nos apócrifos

Mas como disse, quando se coloca coisas contraditórias no mesmo livro e


se chama esse livro de sagrado, não importam as contradições, que por

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mais absurdas que sejam, religiosos farão vistas grossas. E nesse caso, a
igreja foi muito inteligente ao retirar relatos que falavam contra Paulo e os
chamou de apócrifos, para que ninguém descobrisse na verdade como ele
era rejeitado pelos primeiros cristãos.

Mas um antigo manuscrito essênio Christian intitulado THE homilias e


RECONHECIMENTOS Clementina; lemos:

"... O sumo sacerdote do Templo judaico em Jerusalém muitas vezes tinha


enviado sacerdotes a pedir-nos para que possamos discorrer uns com os
outros a respeito de Jesus: quando parecia uma oportunidade de ajuste, e
agradou a todos da nossa igreja, que aceitou o convite e foi até o templo.
Estava lotado com pessoas que tinham vindo para ouvir, muitos judeus e
muitos dos nossos próprios irmãos. Primeiro o sumo sacerdote disse às
pessoas que elas devem ouvir pacientemente e calmamente .... Então, ele
começou a exaltar com muitos elogia o rito de sacrifício de animais para a
remissão dos pecados e encontrou a falha com o batismo dado por nosso
Jesus para substituir o sacrifício de animais .... . "Para ele o nosso
James(Tiago) começou a mostrar, por provas abundantes de que Jesus é o
Cristo, e que nele se cumpriam todas as profecias que se referem a seu
humilde advento Pois, James mostrou que dois adventos Dele são predisse:
um em humilhação, que Ele já realizou, a outra em glória, que ainda está
para ser feito .... "E quando James tinha claramente ensinado as pessoas a
respeito dessas coisas, ele acrescentou este também, que a menos que um
homem seja batizado em água, em nome da bem-aventurança tríplice,
como o Verdadeiro Profeta ensinou, ele não pode nem receber remissão
dos pecados nem entrar o reino dos céus, e ele declarou que esta é a
prescrição do Deus não gerado .... E quando James tinha falado mais
algumas coisas sobre o batismo, por sete dias consecutivos, ele convenceu
todas as pessoas e até mesmo o sumo sacerdote que eles devem apressar
imediatamente para receber o batismo .... "E quando as coisas estavam
nesse ponto que todos eles viriam e ser batizado, Saulo e seus homens
entraram no templo, e Saul (Paulo) gritou: 'Oh homens de Israel, por que
vocês estão tão facilmente influenciados por esses homens miseráveis'
Ele começou a animar as pessoas e criar um tumulto ... e conduzir todo em
confusão com júbilo, e para desfazer o que havia sido feito por Tiago.

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Paulo repreendeu os sacerdotes por ter escutado Tiago, e, como um louco,


começou a excitar os sacerdotes e as pessoas para assassinar Tiago e os
irmãos, dizendo: "Não hesite, agarrá-los e trazê-los em pedaços." Paulo
então, aproveitando uma marca forte do altar, o exemplo de ferir. Então
os outros também, vendo-o, juntou-se no espancamento. Muito sangue
foi derramado. Embora Tiago e os irmãos eram mais numerosas e mais
poderosas, preferiu ser morto por uma força inferior, do que para matar os
outros atacaram Tiago e jogou-o de cabeça a partir do topo da escada, e
supondo que ele fosse morto o deixou ".

Felizmente, Tiago, irmão de Jesus e líder dos cristãos essênios, foi revivido
por essênios curadores. Ele e os outros sobreviventes do ataque de Paulo
deixou Jerusalém e foi para uma comuna essênio para curar. Paulo
continuou a perseguir os cristãos essênios, indo de cidade em cidade com
agentes da polícia secreta, prendendo e matando muitos. Em seguida, no
caminho de Damasco, Paulo (este é o ponto em que ele mudou seu nome
de Saulo para Paulo) afirmou ter uma visão de Cristo, e supostamente se
converteu ao cristianismo essênio.

Ao afirmar conversão, Paulo tinha direito a receber iniciação na escola de


mistérios essênio (entrou no seu programa de treinamento ministerial três
anos em Damasco) e para aprender os vários segredos do grupo, incluindo
seus campos escondidos e locais de igrejas subterrâneas. Na primeira, os
irmãos consideravam sua conversão para ser autêntica. Mais tarde, eles
perceberam que não era verdadeira conversão: era uma infiltração! Uma
vez que Paulo havia se infiltrado no grupo e recebeu a ordenação, ele
começou a mudar os ensinamentos de Jesus, especialmente em relação
ao vegetarianismo. Certamente, Paulo tem direito à sua própria opinião
sobre o vegetarianismo. Mas um estudo de todo o material de origem
deixa claro que Paulo fez mais do que simplesmente afirmar a sua própria
opinião: ele deliberada e sistematicamente substituídos os ensinamentos
originais de Jesus e dos apóstolos "velhos" com seus próprios
ensinamentos muito diferentes, não só sobre o vegetarianismo, mas
também os direitos das mulheres, a escravatura e muito mais.

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Na história das origens cristãs, Martin Larson escreve: "Paulo declara que
... os eleitos podem até comer carne sacrificada aos ídolos ....
Considerando Jesus honrou mulheres e encontrou neles Seus seguidores
mais devotos, Paulo nunca se cansa de proclamar a sua inferioridade. Ele
declara que, o homem é o chefe da a mulher e ela deve sempre submeter
à sua vontade .... Considerando que os essênios proclamavam a igualdade
entre os irmãos [os essênios eram as primeiras pessoas na terra para
condenar e proibir a prática da escravidão], Paulo declara repetidamente
que os escravos cristãos devem ser obedientes aos seus senhores cristãos
". Em um dos melhores livros sobre o cristianismo primitivo, Aqueles
cristãos incríveis, Dr. Hugh Schonfield relata: "Para a Igreja Apostólica
muito que Paulo ensinava era grave erro. Não é de acordo com o espírito
e a mensagem do Messias. Os Apóstolos originalmente poderiam pregar a
verdade que era conhecida por eles. Mas Paulo nunca conviveu com Jesus
ou ouviu o que ele disse dia após dia [lembre-se: Paulo nunca tinha
conhecido Jesus], e as visões de Paulo eram as ilusões desta mente
equivocada .... "Não foi apenas o ensino e as atividades de Paulo, que o
fez desagradável para os líderes cristãos, mas sua consciência de que ele
colocou suas revelações acima de sua autoridade e reivindicou uma
intimidade com a mente de Jesus, maior do que a daqueles que
conviveram ele na terra e tinha sido escolhido por ele .... Foi uma
abominação, especialmente porque suas idéias eram tão ao contrário do
que eles sabiam de Jesus, para que se colocasse como a personificação da
vontade do Messias .... Paulo era visto como o inimigo-driven demônio do
Messias .... Para a Igreja legítima, Paulo foi uma influência perigosa e
perturbadora, empenhados em se alistar um grande número de
seguidores entre os gentios, a fim de munir-se de uma superioridade
numérica com o apoio da que ele poderia definir a rebeldia dos Anciãos de
Jerusalém.
Paulo tinha sido o inimigo, desde o início, e porque ele falhou em sua ex-
aberta hostilidade que havia astuciosamente insinuou-se na dobra para
destruí-la a partir de dentro ".
No apócrifo Apocalipse de Pedro, aceito na igreja primitiva como
inspirado, Pedro alerta a igreja sobre alguém que estava fundando
comunidades e distribuindo cargos eclesiásticos, dizendo que uns eram
pastores, outros presbíteros etc...lembra alguém?

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O recuperado Apocalipse de Pedro ou Revelação de Pedro é um exemplo


de um texto simples e popular do cristianismo primitivo do século II dC. É
mais um exemplo da chamada literatura apocalíptica com tons
helenísticos. O texto existe em duas versões incompletas de um original
grego perdido, uma em grego koiné e outra em etiópico que divergem
bastante.

O manuscrito grego era desconhecido até que foi descoberto durante


escavações por Sylvain Grébaut na estação de 1886- 1887 numa necrópole
no deserto em Akhmim, no Alto Egito. O fragmento consiste em folhas de
pergaminho de um versão grega cuidadosamente depositada no túmulo
de um monge cristão no século VIII ou IX dC. O manuscrito está
atualmente no Museu Egípcio, no Cairo. A versão etiópica foi descoberta
em 1910. Antes disso, o texto era conhecido apenas pelas frequentes
citações em textos cristãos mais antigos.

O Apocalipse de Pedro mostra um incrível relacionamento em ideias com


II Pedro. Ele também apresenta notáveis paralelos com o Oráculo Sibilino
enquanto sua influência foi conjecturada, quase com certeza, nos Atos de
Perpétua e nas visões narradas nos Atos de Tomé e na História de Barlaão
e Josafá. Certamente foi uma das fontes do Apocalipse de Paulo. E, direta
ou indiretamente, pode ser considerado como o pai de todas as visões
medievais dos outros mundos. Vejamos alguns trechos:

"Alguns discursarão contra a verdade, e também proclamarão um


ensinamento maléfico. Eles irão até se rivalizar (1Cor 9:1-2). Alguns
receberão grandes condecorações, esses que fazem parte do poder
dos arcontes, e eles não serão intimidados, nem mesmo pela
possibilidade de sofrerem por conta de suas imoralidades. E eles
analisarão os sonhos das pessoas. E se eles disserem que um sonho
veio de um demônio digno do erro deles, eles pronunciarão
julgamentos que levarão à perdição ao invés da integridade”

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"Alguns daqueles que são 'intelectuais' (porém 'não-iluminados'),


que não entendem os verdadeiros mistérios, irão se vangloriar de
que eles sozinhos sabem toda a verdade (gálatas). Eles irão
acreditar em suas próprias fábulas; então, estando com inveja dos
imortais, irão arrogantemente e orgulhosamente tentar trazer
outros para o ponto de vista deles mesmos. (Mas estes
ostentadores jamais foram salvos pelo método determinado; que é,
o Caminho, embora o maior desejo deles seja a incorruptibilidade!)
Ao ouvi-los falar, alguém chegaria a crer que eles tiveram uma
comunicação direta com as várias hierarquias de anjos (poderes
supremos, forças, autoridades), e que eles estavam presentes na
própria criação do mundo! O desejo deles é serem lembrados,
glorificados e abençoados pelos imortais, muito embora eles saibam
que eles não têm parte na imortalidade. Aqueles que são
enganados por este tipo recebem de fato uma sensação de poder
da alma (dons), mas ele emana do intelecto ao invés do espírito.
Deste modo, estes 'discípulos' imediatamente se juntam com
aqueles que os enganam!”

"Surgirão alguns que não são do nosso número dando-se nomes


impressionantes, como Reverendo, Bispo, Diácono Não-sei-das-
quantas (Ef 4:11), e falam como se tivessem recebido autoridade
diretamente de Deus. Estes desafiam o julgamento de líderes
verdadeiros (apóstolos), e não passam de canais secos”

i- Paulo ou Apolônio de Tiana

Segundo a enciclopédia católica, olhem só, Paulo não era nem Paulo
sequer, mas um dos rivais de Jesus do primeiro século Apolônio de Tiana.
Por exemplo, em 397 João Crisóstomo, "conhecido como boca de ouro"
reestruturou os escritos de Apolônio de Tiana, um sábio mistico do
primeiro século, e o inseriu como parte do Novo testamento (Secrets of
the Chistian Fathers, op.cit). O nome latinizado de Apolônio é Paulus e
hoje a igreja chama os escritos das epístolas de Apôlonio de Paulo.
Apolônio nasceu em Tarso na Turquia e teve um companheiro de nome

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Damis, um escriba Asírio, que é o Dimas do Novo testamento (2 Tm 4:10)


(A 36 Latin-English Dictionary. J. T. White and J.E. Riddle. Ginn &Heath,
Boston, 1880).

A igreja admite que as epístolas de Paulo sejam falsificações, dizendo:


"Mesmo as epístolas genuinas foram interpoladas para dar peso às
opiniões pessoais de seus autores" (Catholic Encyclopedia. Farleyed. vol.
VII p.645)
Da mesma forma, Jerônimo (d.C.420) declarou que os "Atos dos
apóstolos, o quinto livro do Novo testamento, também foi "falsamente
escrito" (theLetters of jerome, Libraryof the Fathers,oxford Movement.
1833-45, vol. V p. 445) Enciclopédia católica !

E quem foi Apolônio? Há dois mil anos atrás, um grande mestre da


humanidade apareceu no mundo. Ele era um filósofo, um líder social,
professor de moral, um reformador religioso e um curandeiro. No império
romano, de uma extremidade a outra, onde quer que fosse, honras
divinas foram concedidas a ele – por todos, de escravos a imperadores. Ele
era sem dúvida o maior homem de sua época, seu nascimento foi em (4
aC) e seu nome Apolônio de Tiana.
Revolucionário humanitário e social, corajoso veio a este mundo para
ajudar a raça humana e resgata-la do sofrimento. Sozinho ele desafiou os
tiranos mais sanguinários que estavam assentados no trono romano, Nero
e seu terrível sucessor, Domiciniano. Apolônio viajou sem medo de um
lado do Império Romano a outro, incitando revoluções e estabelecendo
comunidades comunistas entre os seus seguidores, que tinham o nome de
Essênios, os primeiros ‘cristãos’.
Descontente com tais atividades nas províncias romanas, ele
corajosamente entrou própria Roma, depois que todos os filósofos tinham
sido expulsos da cidade, sob pena de morte pelo cruel Domiciano; lá ele
abertamente denunciou o tirano, pelo qual ele foi preso e atirado em um
calabouço, à espera de uma morte, que no entanto, devido ao seu
brilhante discurso em defesa própria e de seus poderes extraordinários de
mente, ele ‘teleportou-se’, garantindo sua liberdade. Dois séculos depois

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de Domiciano, o arqui-assassino e degenerado, Constantino estava


sentado no trono de Roma.

Enquanto antigos imperadores romanos odiavam Apolônio por causa de


suas atividades revolucionárias e “comunistas”, Constantino
especialmente odiava os ensinamentos de Pitágoras – sua estrita defesa
do vegetarianismo, abstinência de álcool e continência . Constantino
apreciava as carnes vermelhas, os vinhos fluidas e as belas mulheres de
suas ‘noitadas’, não estaria disposto a aceitar a religião em que Apolônio
era o chefe reconhecido – uma religião que ele importara da Índia, com
base nas doutrinas de Krishna e Buda e com o nome de Cristãos essênios.

Foi por esta razão que Constantino dirigiu seus exércitos para exterminar
os descendentes dos seguidores de Apolônio essênios, que eram
conhecidos como maniqueístas. Constatando de que a religião de Roma
estava em estado de decomposição avançada e estava diariamente
perdendo a influência sobre as massas, enquanto o culto a Apolônio tinha
se espalhando, ameaçando os interesses de Roma, capangas de
Constantino – os sacerdotes pagãos da religião romana – decidiram
realizar uma convenção em Nicéia, no ano 325 dC, com o objetivo de
estabelecer uma nova religião. Eles decidiram assumir a popularidade
desfrutada pelos seguidores de Apolônio, apropriar de suas doutrinas
essenciais (alterá-las para possam ser aceitáveis para Constantino), e para
substituir o filósofo Apolônio, cujo Pitagorismo (abstinência de carne) era
muito conhecido e muito odiado por seu imperador, por um messias
super-natural, cujos ensinamentos seriam menos radicais e mais
aceitáveis para ele.

Apolônio esteve nos mesmos lugares que Paulo apesar de sentido


inverso, e na mesma época. Seria estranho um não mencionar o outro,
uma vez que ambos eram populares, a não ser é óbvio, que eles fossem o
mesmo. Ambos tinham o mesmo nome, pois Paulus é a forma latinizada
de Apolonio. Tinham um companheiro de nome Dames (dimas) um
auxiliar grego chamado Lucius (lucas) e pregavam a mesma mensagem,

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curavam doentes, fundavam comunidades e faziam milagres, e na mesma


época.

Claro que a igreja fez de tudo para apagar Apolônio da história para que
ninguém percebesse isso. Em nítido contraste com a escassez, ou melhor,
a ausência de informações a respeito de Jesus, e a abundância de dados
históricos confiáveis disponíveis sobre Apolônio de Tiana, que, durante o
primeiro século, a fama universal foi de uma extremidade a outra império
romano, sendo homenageado por todos. Mais de dezessete templos
foram dedicados a ele em várias partes do império.

Quase uma dúzia de imperadores romanos tinham respeito e reverência.


(Os imperadores Romanos,. Vespasiano, Tito e Nerva, eram todos, antes
da sua elevação ao trono, amigos e admiradores de Apolônio, enquanto
Nero e Domiciano considervam o filósofo com desânimo) O Imperador
Septimus Severus (193-211 AD ergueu uma estátua para ele em sua
galeria de divindades do panteão, enquanto seu filho, o Imperador
Caracella, honrou sua memória com uma capela ou monumento. “Ele
nasceu quatro anos antes da era cristã em Tiana, uma cidade da
Capadócia.

Seus pais o mandaram para ser educado em Tarso, na Cilícia, um lugar de


riqueza e fama considerável, e ele iniciou seus estudos quando ainda era
um menino (mesma cidade de Paulo,Tarso). Com a morte de seu pai, ele
repartiu sua propriedade entre os pobres, e após a aposentadoria de cinco
anos, ele viajou até a Índia em busca de conhecimento. Lá ele discursou
com os sábios brâmanes, e voltou para casa com idéias iluminadas. Ele
começou sua carreira como professor no Império Romano. Ele pregou sua
nova religião e realizou milagres para induzir as pessoas a acreditar nele.
Ele foi conselheiro espiritual de Vespasiano. Foi acusado por Domiciano de
ter fingir ser um deus. Ele foi acusado, condenado e estava prestes a
sofrer, quando ele desapareceu das mãos das autoridades 38 romanas e
reapareceu em Éfeso onde fundou uma comunidade e escreveu uma
epístola (Epístola aos Efésos)… Apolônio de Tiana, entre muitos outros, foi

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encarado como uma emanação da natureza divina. (JA Froude, in


“Nineteenth Century,” Sept. 1879.)

-Os mensageiros [anjos] anunciaram seu nascimento.


-Foi acusado de operar milagres com a ajuda de mágicas ilícitas
-Expulsava espíritos imundos e falava com eles com autoridade
-Ressuscitava mortos [Ressuscitou a filha de um senador romano]

“Em Roma, Apolônio ressuscitou a vida de uma jovem em


circunstâncias que nos fazem lembrar da ressurreição da da filha de
Jairo.”
“Os coxos, os cegos e os mancos vinham em multidões para serem
curados pela imposição das mãos”

Sua aparição milagrosa para seus amigos – Damis e Demétrio – que


pensaram a princípio que fosse um espírito, lembra a ressurreição de
Jesus/Yeshua

A história de Apolônio de Tiana também pode ter influenciado a história


de jesus:

“A Igreja admite que as epístolas de Paulo sejam falsificações, dizendo:


“Mesmo as epístolas gennuínas foram interpoladas para dar peso às
opiniões pessoais de seus autores” (Catholic Encyclopedia. Farley ed. vol.
vii, p. 645

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VII Antagonismo com o velho testamento

O novo testamento apesar de fazer uma apologia com o velho, ele traz
uma doutrina antagônica que impede qualquer judeu de segui-lo, porque
o velho testamento traz coisas especificas na lei que o novo testamento
traz como doutrina. Por exemplo, Deus adverte que ele é o único salvador:

Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim Que abundantemente ele derramou


não há Salvador. sobre nós por Jesus Cristo nosso
Isaías 43:11 Salvador;
Tito 3:6

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E proíbe seguir outros deuses:

Não terás outros deuses diante de mim.

Êxodo 20:3

E adverte a não confiar em filho do homem, título que jesus aplica a si


mesmo:

Não confieis em príncipes, nem em Assim será no dia em que o Filho


filho de homem, em quem não há do homem se há de manifestar.
salvação. Lucas 17:30
Salmos 146:3

Eu, eu sou aquele que vos consola; quem, pois, és tu para que temas o
homem que é mortal, ou o filho do homem, que se tornará em erva?
Isaías 51:12

Deus proíbe violar o Sábado


Lembra-te do dia do sábado, para E aconteceu que, passando ele
o santificar. Seis dias trabalharás, e num sábado pelas searas, os seus
farás toda a tua obra. Mas o discípulos, caminhando,
sétimo dia é o sábado do Senhor começaram a colher espigas. E os
teu Deus; não farás nenhuma fariseus lhe disseram: Vês? Por que
obra, nem tu, nem teu filho, nem fazem no sábado o que não é
tua filha, nem o teu servo, nem a lícito?
tua serva, nem o teu animal, nem o Mas ele disse-lhes: Nunca lestes o
teu estrangeiro, que está dentro que fez Davi, quando estava em
das tuas portas. necessidade e teve fome, ele e os
Porque em seis dias fez o Senhor que com ele estavam? Como
os céus e a terra, o mar e tudo que entrou na casa de Deus, no tempo
neles há, e ao sétimo dia de Abiatar, sumo sacerdote, e
descansou; portanto abençoou o comeu os pães da proposição, dos

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Senhor o dia do sábado, e o quais não era lícito comer senão


santificou. aos sacerdotes, dando também aos
que com ele estavam? E disse-lhes:
Êxodo 20:8-11 O sábado foi feito por causa do
homem, e não o homem por
causa do sábado. Assim o Filho do
homem até do sábado é Senhor.

Marcos 2:23-28

A forma como jesus morreu é considerada maldita no velho testamento


tanto que Paulo cita isso:
Quando também em alguém Cristo nos resgatou da maldição da
houver pecado, digno do juízo de lei, fazendo-se maldição por nós;
morte, e for morto, e o pendurares porque está escrito: Maldito todo
num madeiro, O seu cadáver não aquele que for pendurado no
permanecerá no madeiro, mas madeiro;
certamente o enterrarás no Gálatas 3:13
mesmo dia; porquanto o
pendurado é maldito de Deus;
assim não contaminarás a tua
terra, que o Senhor teu Deus te dá
em herança.

Deuteronômio 21:22,23

Um deus morto pelas suas criaturas e abandonado por Deus?

E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá
sabactâni; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?

Mateus 27:46

Até o nome de jesus é considerado anátema pela tradição judaica, pois o


nome de Jesus, Yeshua, é uma contração de Yehoshua e segundo a

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tradição, nomes contraídos significam que a pessoa foi reprovada por


Deus.

Jesus semelhante a Moisés?


E nunca mais se levantou em Israel Porque ele é tido por digno de
profeta algum como Moisés, a tanto maior glória do que Moisés,
quem o Senhor conhecera face a quanto maior honra do que a casa
face; tem aquele que a edificou.
Deuteronômio 34:10 Hebreus 3:3

Devemos honrar pai e mãe?


Honra a teu pai e a tua mãe, para Porque eu vim pôr em dissensão o
que se prolonguem os teus dias na homem contra seu pai, e a filha
terra que o Senhor teu Deus te dá. contra sua mãe, e a nora contra
sua sogra;
Êxodo 20:12
Mateus 10:35

Lembrando que o próprio jesus criticou os fariseus por segundo ele


descumprirem esse mesmo mandamento:

E dizia-lhes: Bem invalidais o mandamento de Deus para


guardardes a vossa tradição. Porque Moisés disse: Honra a teu pai
e a tua mãe; e quem maldisser, ou o pai ou a mãe, certamente
morrerá. Vós, porém, dizeis: Se um homem disser ao pai ou à mãe:
Aquilo que poderias aproveitar de mim é Corbã, isto é, oferta ao
Senhor; Nada mais lhe deixais fazer por seu pai ou por sua mãe,
Invalidando assim a palavra de Deus pela vossa tradição, que vós
ordenastes. E muitas coisas fazeis semelhantes a estas.

Marcos 7:9-13

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Porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha


contra sua mãe, e a nora contra sua sogra; E assim os inimigos do
homem serão os seus familiares. Quem ama o pai ou a mãe mais
do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha
mais do que a mim não é digno de mim.

Mateus 10:35-37

VIII Semelhanças com personagens amaldiçoados

Muitas das narrativas do personagem Jesus do novo testamento, se


assemelham a personagens amaldiçoados do velho testamento. Na
verdade o próprio novo testamento aplica a Jesus alguns deles:

a- Jesus, o pastor insensato de Zacarias?


Zacarias profetiza acerca de um pastor insensato levantado por Deus que
não busca as ovelhas perdidas da casa de Israel:

“E o Senhor disse-me: Toma ainda para ti o instrumento de um


pastor insensato. Porque, eis que suscitarei um pastor na terra,
que não cuidará das que estão perecendo, não buscará a perdida, e
não curará a ferida, nem apascentará a sã;”
Zacarias 11:15-17

Jesus conforme vimos no começo disse que veio para as ovelhas perdidas:

“E ele, respondendo, disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas


perdidas da casa de Israel”

Mateus 15:24

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Mas, ele não trouxe nenhuma e o próprio novo testamento atesta isso:

“Tiago, servo de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que


andam dispersas, saúde”

Tiago 1:1

E o pastor insensato de Zacarias apenas comeria da carne da gorda e se


fartaria e seria morto:

“Mas comerá a carne da gorda, e lhe despedaçará as unhas. Ai do


pastor inútil, que abandona o rebanho! A espada cairá sobre o seu
braço e sobre o seu olho direito; e o seu braço completamente se
secará, e o seu olho direito completamente se escurecerá”

Jesus além de não ir atrás das ovelhas perdias, disse que era chamado de
comilão e beberrão:

Veio o Filho do homem, comendo e bebendo, e dizem: Eis aí um


homem comilão e beberrão, amigo dos publicanos e pecadores.
Mas a sabedoria é justificada por seus filhos.
Mateus 11:19

Zacarias também adverte acerca de profetas que vestem pelos de camelo


para mentirem:

“E acontecerá que, quando alguém ainda profetizar, seu pai e sua


mãe, que o geraram, lhe dirão: Não viverás, porque falaste mentira
em nome do Senhor; e seu pai e sua mãe, que o geraram, o

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

traspassarão quando profetizar. E acontecerá naquele dia que os


profetas se envergonharão, cada um da sua visão, quando
profetizarem; nem mais se vestirão de manto de pelos, para
mentirem.

O que lembra alguém que segundo o novo testamento viu e ouviu uma
voz do céu sobre Jesus e depois mandou perguntar se era ele mesmo,
conforme já vimos acima:

“E este João tinha as suas vestes de pelos de camelo, e um cinto de


couro em torno de seus lombos; e alimentava-se de gafanhotos e de
mel silvestre”
Mateus 3:4

E os falsos profetas segundo Zacarias seriam feridos na casa dos seus


amigos:

“Mas dirão: Não sou profeta, sou lavrador da terra; porque certo
homem ensinou-me a guardar o gado desde a minha mocidade. E se
alguém lhe disser: Que chagas são estas nas tuas mãos? Dirá ele:
São feridas com que fui ferido em casa dos meus amigos”

Zacarias 13:3-6

Como Jesus:
“Depois disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e
chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas
crente”

João 20:27

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

E o mau pastor é condenado a morte:

“Ó espada, desperta-te contra o meu pastor, e contra o homem


que é o meu companheiro, diz o Senhor dos Exércitos. Fere ao
pastor, e espalhar-se-ão as ovelhas; mas volverei a minha mão
sobre os pequenos”

Zacarias 13:7

E o mais doido é o novo testamento mesmo aplica essa profecia a Jesus:

“Então Jesus lhes disse: Todos vós esta noite vos escandalizareis em
mim; porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho
se dispersarão”

Mateus 26:31

b- O homem que queria ser Deus:

Em Isaías 14 Deus lança um oráculo contra o rei da Babilônia, um homem


orgulhoso que pensava que era um Deus. O mais engraçado é que as
características desse homem que pensava que era Deus são bem idênticas
as características que o novo testamento aplica a Jesus, um profeta que
achava que era Deus:

Isaias 14 NOVO TESTAMENTO


Como caíste desde o céu, Eu sou o pão vivo que desceu do
Isaías 14:12 céu; João 6:5
ó estrela da manhã, filho da alva! Eu sou a raiz e a geração de Davi, a
Como foste cortado por terra, tu resplandecente estrela da manhã.

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

que debilitavas as nações!


Apocalipse 22:16
Isaías 14:12
E tu dizias no teu coração: Eu E Jesus disse-lhe: Eu o sou, e vereis
subirei ao céu, acima das estrelas o Filho do homem assentado à
de Deus exaltarei o meu trono, e direita do poder de Deus, e vindo
no monte da congregação me sobre as nuvens do céu.
assentarei, aos lados do norte. Marcos 14:62

Isaías 14:13
Subirei sobre as alturas das Disse-lhe Jesus: Estou há tanto
nuvens, e serei semelhante ao tempo convosco, e não me tendes
Altíssimo. conhecido, Filipe? Quem me vê a
mim vê o Pai; e como dizes tu:
Isaías 14:14 Mostra-nos o Pai?

João 14:9
E contudo levado serás ao Sheol, E o pôs no seu sepulcro novo, que
ao mais profundo do abismo. havia aberto em rocha, e, rodando
uma grande pedra para a porta do
Isaías 14:15 sepulcro, retirou-se.
Mateus 27:60

Os que te virem te contemplarão, E os homens que detinham Jesus


considerar-te-ão, e dirão: É este o zombavam dele, ferindo-o. E,
homem que fazia estremecer a vendando-lhe os olhos, feriam-no
terra e que fazia tremer os reinos? no rosto, e perguntavam-lhe,
Que punha o mundo como o dizendo: Profetiza, quem é que te
deserto, e assolava as suas feriu? E outras muitas coisas
cidades? Que não abria a casa de diziam contra ele, blasfemando.
seus cativos?
Lucas 22:63-65
Isaías 14:16,17
E o povo estava olhando. E
também os príncipes zombavam
dele, dizendo: Aos outros salvou,
salve-se a si mesmo, se este é o
Cristo, o escolhido de Deus. E
também os soldados o
escarneciam, chegando-se a ele, e

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

apresentando-lhe vinagre. E
dizendo: Se tu és o Rei dos Judeus,
salva-te a ti mesmo.
E também por cima dele, estava
um título, escrito em letras gregas,
romanas, e hebraicas: ESTE É O REI
DOS JUDEUS. E um dos malfeitores
que estavam pendurados
blasfemava dele, dizendo: Se tu és
o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a
nós.

Lucas 23:35-39
Todos os reis das nações, todos E acharam a pedra revolvida do
eles, jazem com honra, cada um na sepulcro. E, entrando, não
sua morada. Porém tu és lançado acharam o corpo do Senhor Jesus.
da tua sepultura, como um renovo
abominável, como as vestes dos Lucas 24:2,3
que foram mortos atravessados à
espada, como os que descem ao
covil de pedras, como um cadáver
pisado. Com eles não te reunirás
na sepultura; porque destruíste a
tua terra e mataste o teu povo; a
descendência dos malignos não
será jamais nomeada.

Isaías 14:18-20

Respondeu-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu disse: Sois deuses?
Pois, se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida,
e a Escritura não pode ser anulada, aquele a quem o Pai santificou, e
enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas, porque disse: Sou Filho de Deus?

João 10:34-36

c- Jesus, a antiga serpente?

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Jesus se compara a serpente de Moisés (Neustã).

E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que


o Filho do homem seja levantado;
João 3:14

Moisés levantou uma serpente de bronze no deserto a mando de Deus,


para curar as pessoas que foram picadas por víboras no deserto:

Então o Senhor mandou entre o povo serpentes ardentes, que


picaram o povo; e morreu muita gente em Israel. Por isso o povo
veio a Moisés, e disse: Havemos pecado, porquanto temos falado
contra o Senhor e contra ti; ora ao Senhor que tire de nós estas
serpentes. Então Moisés orou pelo povo. E disse o Senhor a Moisés:
Faze-te uma serpente ardente, e põe-na sobre uma haste; e será
que viverá todo o que, tendo sido picado, olhar para ela. E Moisés
fez uma serpente de metal, e pô-la sobre uma haste; e sucedia que,
picando alguma serpente a alguém, quando esse olhava para a
serpente de metal, vivia.

Números 21:6-9

Segundo o novo testamento, Jesus assim como a serpente, curou muitas


pessoas, cegos, leprosos, aleijados etc.... e foi pendurado em uma cruz da
mesma forma que a serpente de Moisés e de fato atraiu a muitos.

Só que serpente, besta, fera etc., são eufemismos para inimigos de Israel:

Se, como homem, combati em Éfeso contra as bestas, que me


aproveita isso, se os mortos não ressuscitam? Comamos e bebamos,
que amanhã morreremos.
1 Coríntios 15:32

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Tanto que o próprio apocalipse cristão a associa ao diabo:

Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e


amarrou-o por mil anos.
Apocalipse 20:2

Neustã, que em hebraico quer dizer: "pedaço de bronze", é um


instrumento de idolatria e maldição, um falso deus cuja imagem é
semelhante ao crucifixo cristão.

E no caso da serpente de Moisés, originou-se um culto idolátrico em


Israel, condenado por Deus até o período do Rei Ezequias:

Ele tirou os altos, quebrou as estátuas, deitou abaixo os bosques, e


fez em pedaços a serpente de metal que Moisés fizera; porquanto
até àquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso, e lhe

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chamaram Neustã.

2 Reis 18:4

Jesus assim como a serpente curou pessoas, foi pendurado em uma haste
de madeira, atraiu muito em um culto idolátrico e se tornou inimigo de
Israel.

E quanto àqueles meus inimigos que não quiseram que eu reinasse


sobre eles, trazei-os aqui, e matai-os diante de mim.
Lucas 19:27

E segundo o apocalipse, é estranho que a serpente, chamada de diabo e


satanás, ela não persegue a igreja, mas, os judeus:

E, quando o dragão viu que fora lançado na terra, perseguiu a


mulher (Israel) que dera à luz o filho homem. E foram dadas à
mulher duas asas de grande águia, para que voasse para o deserto,
ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade
de um tempo, fora da vista da serpente. E a serpente lançou da sua
boca, atrás da mulher, água como um rio, para que pela corrente a
fizesse arrebatar. E a terra ajudou a mulher; e a terra abriu a sua
boca, e tragou o rio que o dragão lançara da sua boca.
E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao
remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos
de Deus (JUDEUS), e têm o testemunho de Jesus Cristo.

Apocalipse 12:13-17

E segundo o apocalipse, o dragão é preso por mil anos e depois de solto,


ele não ataca a igreja ou Jesus ou os cristãos. Ele ataca Israel:

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão, E sairá


a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra,
Gogue e Magogue , cujo número é como a areia do mar, para as
ajuntar em batalha.
E subiram sobre a largura da terra, e cercaram o arraial dos santos
e a cidade amada; e de Deus desceu fogo, do céu, e os devorou.

Apocalipse 20:7-9

d- Jesus a besta do apocalipse?


O mesmo apocalipse, que não foi escrito de forma continua e nem por
uma pessoa apenas, traz oráculos estranhos que também se comparam a
Jesus.

Primeiro que a besta que João descreve se refere a Roma que nem nas
profecias de Daniel. E portanto, no período Romano, dentre os dez reis
que são os dez chifres da besta, surgiria um rei diferente, inimigo de Israel
e que teria uma chaga mortal curada:

Daniel diz que Deus levantaria um outro reino que jamais seria destruído,
mas, seria destruído:

Mas, nos dias desses reis, o Deus Estando eu a considerar os chifres,


do céu levantará um reino que não eis que, entre eles subiu outro
será jamais destruído; e este reino chifre pequeno, diante do qual
não passará a outro povo; três dos primeiros chifres foram
esmiuçará e consumirá todos arrancados; e eis que neste chifre
esses reinos, mas ele mesmo havia olhos, como os de homem, e
subsistirá para sempre, uma boca que falava grandes
coisas.
Daniel 2:44
Daniel 7:8

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

O chifre pequeno de Daniel é considerado pelos teólogos não-cristãos


como Antíoco Epifânes. Pelos teólogos cristãos ele é associado a Tito,
filho de Vespasiano porque o novo testamento cita as profecias de Daniel
e as suas características coincidem. A grande popularidade de Tito fez com
que o senado o deificasse

Culto Imperial
Culto imperial nada mais era do que transformar homens em deuses:

O culto imperial foi introduzido em Roma no início


do principado de Augusto e teve uma grande importância no processo de
centralização do poder e unificação do Império Romano, expandindo-se
rapidamente por todas as províncias. Um imperador falecido considerado
digno de honra podia se tornar uma divindade do Estado romano (divus)
através de uma cerimônia de apoteose concedida pelo Senado. A
concessão da apoteose servia de julgamento sobre as ações dos
governantes imperiais, da qual eram excluídos imperadores impopulares
ou considerados indignos.
Segundo o historiador Simon Price, a prática do culto imperial entre
os gregos da Ásia Menor era uma forma de demonstrar sua lealdade
perante Roma. As cidades gregas, com seus ideais de autonomia e
liberdade, teriam encontrado na classificação do governante em termos
divinos, no período helenístico um disfarce para a novidade das
monarquias, colocando o culto ao imperador no âmbito dos cultos
tradicionais dos deuses.[4] Se em Roma a apoteose do imperador ocorria
apenas após sua morte, no mundo grego, por outro lado, o impulso inicial
do culto estava na figura do imperador reinante, que poderia ser chamado
de theos (deus) ainda em sua vida. Não houve ritual público no mundo
grego para marcar o funeral de um imperador – que era um ritual
importante em Roma – e em consequência, houve discrepância
considerável entre a lista oficial de divi romanos e os destinatários dos
cultos no Oriente grego

O culto imperial foi um dos fatores da centralização e de unificação


do Império Romano, encontrando resistências no Cristianismo, que por

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isso não foi aceite na sua fase inicial. Muitos cristãos foram perseguidos
nos séculos II e III.

Já no século quarto Constantino decide unificar o Império em torno de


uma única religião afim de apaziguar os conflitos. E é nesse contexto que
surge a divindade de jesus:

O facto de Constantino ser um imperador de legitimidade duvidosa foi


algo que sempre influiu nas suas preocupações religiosas e ideológicas:
enquanto esteve diretamente ligado a Maximiano, ele apresentou-se
como o protegido de Hércules, deus que havia sido apresentado como
padroeiro de Maximiano na primeira tetrarquia. Ao romper com o seu
sogro e após o ter eliminado, Constantino passou a colocar-se sob a
proteção da divindade padroeira dos imperadores-soldados do século
anterior, Deus Sol Invicto, ao mesmo tempo que fez circular uma ficção
genealógica
Constantino acabou, no entanto, por entrar na História como primeiro
imperador romano a professar o cristianismo, na sequência da sua vitória
sobre Magêncio na Batalha da Ponte Mílvia, em 28 de outubro de 312,
perto de Roma, que ele mais tarde atribuiu ao Deus cristão. Segundo a
tradição, na noite anterior à batalha sonhou com uma cruz
No entanto, é certo que Constantino era atraído, enquanto homem de
Estado, pela religiosidade e pelas práticas piedosas — ainda que se
tratasse da piedade ritual do paganismo: o senado, ao erguer em honra a
Constantino o seu arco do triunfo, o Arco de Constantino, fez inscrever
sobre este que sua vitória se devia à "inspiração da divindade"(instinctu
divinitatis mentis), o que certamente ia ao encontro das ideias do próprio
imperador. Até um período muito tardio do seu reinado, no entanto,
Constantino não abandonou claramente a sua adoração com relação
ao deus imperial Sol, que manteve como símbolo principal nas suas
moedas até 315

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Mas apesar do seu batismo, há dúvidas se realmente ele se tornou cristão.


A Enciclopédia Católica afirma: "Constantino favoreceu de modo igual
ambas as religiões. Como sumo pontífice ele velou pela adoração pagã e
protegeu seus direitos." E a Enciclopédia Hídria observa: "Constantino
nunca se tornou cristão". No dia anterior ao da sua morte, Constantino
fizera um sacrifício a Zeus, e até o último dia usou o título pagão
de pontífice máximo (pontifex maximus). E, de facto, Constantino, até ao
dia da sua morte, não havendo sido batizado, não participou de qualquer
ato litúrgico, como a missa ou a eucaristia.

O imperador romano Constantino influenciou em grande parte na inclusão


na igreja cristã de dogmas baseados em tradições. Uma das mais
conhecidas foi o Édito de Constantino, promulgado em 321, que
determinou oficialmente o domingo como dia de repouso, com exceção
dos lavradores — medida tomada por Constantino utilizando-se da sua
prerrogativa de, como Pontífice máximo, de fixar o calendário das festas
religiosas, dos dias fastos e nefastos (o trabalho sendo proibido durante
estes últimos).[27] Note-se que o domingo foi escolhido como dia de
repouso, em função da tradição sabática judaico-cristã, o nome original
em latim Dominicus, significa "dia do Senhor"

Primeiro concilio de Nicéia:

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Seus principais feitos foram a resolução da questão cristológica da


natureza divina de Jesus e sua relação com Deus Pai;[3] a construção da
primeira parte do Credo Niceno; a fixação da data da Páscoa[7] e a
promulgação da lei canônica em sua primeira forma.

O Concílio de Niceia tratou, principalmente, da questão da divindade de


Cristo. Mais de um século antes, o termo "trindade" (em grego: Τριάς;
em latim: trinitas) foi usado nos escritos de Orígenes (185-254)
e Tertuliano (160-220), e uma noção geral de um "divino em três", em
algum sentido, foi expresso nos escritos do segundo século
de Policarpo, Inácio e Justino. Em Niceia, questões relativas ao Espírito
Santo foram deixadas, em grande parte, sem solução e assim
permaneceram pelo menos até que o relacionamento entre o Pai e o Filho
ter sido resolvido por volta do ano 362.[81] Assim, a doutrina em uma
forma mais completa foi formulada no Concílio de Constantinopla em
360,[82] e uma forma final foi formulada em 381, primariamente
trabalhada por Gregório de Nissa

O papa Damaso da época, pediu a Jerônimo que fizesse uma bíblia


reunindo as fontes que haviam divergentes, e, elaborando uma versão
única e oficial da igreja.

Se assemelha muito a jesus a descrição desse chifre pequeno ou reino


diferente que parece mais um dos antigos cultos a homens deuses:

E, quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e
depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e
abaterá a três reis. E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os
santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão
entregues na sua mão, por um tempo, e tempos, e a metade de um
tempo.
Mas o juízo será estabelecido, e eles tirarão o seu domínio, para o destruir
e para o desfazer até ao fim. E o reino, e o domínio, e a majestade dos
reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o


servirão, e lhe obedecerão.

Daniel 7:24-27

Imagine o culto Imperial em uma escala maior e mais duradoura.

Apocalipse
Em apocalipse João fala de uma Besta que surge do mar que é análoga a
Roma:

E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus pés como os de


urso, e a sua boca como a de leão; e o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu
trono, e grande poderio.

Apocalipse 13:2

DANIEL 7 APOCALIPSE 13
E, quanto aos dez chifres, daquele E os dez chifres que viste são dez
mesmo reino se levantarão dez reis, que ainda não receberam o
reis; e depois deles se levantará reino, mas receberão poder como
outro, o qual será diferente dos reis por uma hora, juntamente
primeiros, e abaterá a três reis. E com a besta. Estes têm um mesmo
proferirá palavras contra o intento, e entregarão o seu poder
Altíssimo, e destruirá os santos do e autoridade à besta.
Altíssimo, e cuidará em mudar os
tempos e a lei; e eles serão Apocalipse 17:12,13
entregues na sua mão, por um
tempo, e tempos, e a metade de
um tempo. Mas o juízo será

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

estabelecido, e eles tirarão o seu


domínio, para o destruir e para o
desfazer até ao fim.

Daniel 7:24-26

Já em apocalipse, uma das cabeças da besta é ferida de morte e se


recupera e maravilha toda a terra. Agora compare com as narrativas de
Jesus:

E vi uma das suas cabeças como ferida de morte (Crucificação?), e a


sua chaga mortal foi curada (Ressurreição); e toda a terra se
maravilhou após a besta. E adoraram o dragão que deu à besta o
seu poder; e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à
besta? Quem poderá batalhar contra ela? E foi-lhe dada uma boca,
para proferir grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder para
agir por quarenta e dois meses (A Pregação de Jesus durou
quarenta e dois meses). E abriu a sua boca em blasfêmias contra
Deus, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo (Jesus
expulsa os mercadores) , e dos que habitam no céu. E foi-lhe
permitido fazer guerra aos santos (judeus). , e vencê-los; e deu-se-
lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação.

Apocalipse 13:3-7

Jesus inclusive é chamado de chifre segundo Lucas:


E nos levantou um chifre poderoso Na casa de Davi seu servo.
Lucas 1:69

E foi vestido com um manto púrpura e escarlate:

E, despindo-o, o cobriram com uma capa de escarlate;

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Mateus 27:28

E seu ministério cheio de confrontos com os judeus da época durou


aproximadamente três anos e meio, um tempo, tempos e metade de um
tempo ou quarenta e dois meses.

Se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se alguém matar à


espada, necessário é que à espada seja morto. Aqui está a paciência
e a fé dos santos (judeus).

Apocalipse 13:10

E começou sua pregação junto ao mar da Galileia:

E, andando junto do mar da Galiléia, viu Simão, e André, seu irmão, que
lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores.
Marcos 1:16
E retirou-se Jesus com os seus discípulos para o mar, e seguia-o uma
grande multidão da Galiléia e da Judéia,
Marcos 3:7

Após jesus Jerusalém caiu e os judeus foram levados cativos para Roma. E
todos começaram a adorar a Jesus, cujo foco da fé era a ressurreição, ou
seja, aquele cuja chaga mortal foi curada.

E Paulo foi o maior pregador do cristianismo. E, conforme já vimos Paulo


omite muitos dos acontecimentos importantes da vida de jesus. Não
menciona sua concepção miraculosa, matança dos inocentes, fuga para o
Egito, seus belos sermões, suas curas, seus milagres, seus confrontos com
os fariseus, sua entrada triunfal em Jerusalém, a expulsão dos
mercadores, sua prisão, julgamento e crucificação.

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Nas cartas de Paulo, por exemplo, Jesus não é inserido em um contexto


histórico. Nelas não temos um Jesus andarilho, nem parábolas, nem
milagres, nem sermões; nem Maria, José, Judas, Pilatos, etc; nem paixão
em Jerusalém, nem um túmulo vazio, nem aparições em carne e osso;
nenhuma indicação de tempo e lugar, etc. Ao invés disso, temos um
personagem celestial, revelado em visões e pelo Espírito Santo; com
indícios de influência platônica.

O foco de Paulo é justamente a ressurreição de Jesus:

E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também


é vã a vossa fé.
1 Coríntios 15:14
E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis
nos vossos pecados.
1 Coríntios 15:17

O que lembra o que o apocalipse diz da outra besta, a menos que surge da
terra:

E vi subir da terra outra besta (PAULO?), e tinha dois chifres


semelhantes aos de um cordeiro (JESUS); e falava como o dragão. E
exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a
terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga
mortal fora curada (RESSURREIÇÃO?). E faz grandes sinais, de
maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens.

Ronaldo Gomes, Analisando as escrituras


A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido
que fizesse em presença da besta, dizendo aos que habitam na terra
que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada
e vivia. E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta,
para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem
mortos todos os que não adorassem a imagem da besta.
E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e
servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas
testas, Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele
que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome.
Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número
da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é
seiscentos e sessenta e seis.

Apocalipse 13:11-18

Lembrando que Paulus em latim significa pequeno. E Jesus teve uma


chaga mortal curada:

Depois disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e


chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas

Ronaldo Gomes, Analisando as escrituras


A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

crente.

João 20:27

Similaridades

Paulo é considerado até hoje por todos o maior responsável pelo


cristianismo e sua expansão. Paulo pregou o Cristo ressuscitado que foi
ferido de morte e sua ferida mortal foi curada. Jesus começou a ser
deificado e no quarto século foi definido o dogma da trindade, o homem
se tornou um deus exatamente como os reis pagãos mencionados acima.

E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da


imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de
répteis.

Romanos 1:23

Nabucodonossor por exemplo, mandou jogar os companheiros de Daniel


na fornalha ardente porque eles se recusaram a cultua-lo como um deus:

E, qualquer que não se prostrasse e adorasse, seria lançado dentro


da fornalha de fogo ardente.
Daniel 3:11

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Constantino fez o mesmo com os judeus que se recusaram a cultuar o


deus jesus:

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A inquisição católica fazia o mesmo com os judeus porque se recusavam a


cultuar o deus jesus:

Lutero e os pais protestantes também. Lutero mandou queimar as


sinagogas dos judeus:

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Hitler também:

Perceberam a semelhança do culto de Jesus com os deuses homens


pagãos? Eram homens que foram deificados e quem não os cultuasse
seriam queimados.

e- Jesus Baal
E o novo testamento afirma que Jesus é o Senhor. O título senhor não era
mais utilizado pelos judeus para se referir a Deus porque Senhor em
hebraico é Baal, mesma palavra que significa marido e mesma palavra que
é o nome de um deus pagão cujo culto foi abominável a Deus e
contaminou muitos Israelitas:

E naquele dia, diz o SENHOR, tu me chamarás: Meu marido; e não


mais me chamarás: Meu senhor.
Oséias 2:16
Mas cremos que seremos salvos pela graça do Senhor Jesus Cristo,
como eles também.

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Atos 15:11

Baal era cultuado por fenícios e cananeus e seu culto atingiu também os
Israelitas sendo combatido pelo profeta Elias. Seu culto exigia sacrifícios
humanos que é abominável para Deus. Coincidentemente o sacrifício do
Senhor Jesus segundo o novo testamento foi um sacrifício humano.

Baal também era o deus da fertilidade, o que coincidentemente também


lembra o Senhor Jesus que prometeu vida em abundância e é cultuado
pelas igrejas que pregam prosperidade:

O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para


que tenham vida, e a tenham com abundância.
João 10:10

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Baal também é associado a cura, tanto que os fariseus acusam jesus


segundo o novo testamento de curar um homem em nome de Belzebu,
que é em hebraico Baal Zibul, o senhor das moscas:

Mas alguns deles diziam: Ele expulsa os demônios por Belzebu,


príncipe dos demônios.
Lucas 11:15

f- teofagia
Jesus segundo o novo testamento origina um ritual que já era bem antigo
e considerado pagão e proibido pela Torá, a Teofagia:

A Teogagia (do grego antigo Theos fagein, " comer ou se alimentar de deus
") é um ritual religioso que consiste no consumo de um alimento
considerado divino, de acordo com a identificação simbólica com a própria
divindade. Esse ritual é mais presente em algumas religiões primitivas.

Ou seja, a teofagia é a prática de comer o corpo de um deus. Isso às vezes


é realizado simbolicamente através da ingestão de um alimento ou material
simbólico do deus. Nos rituais de fertilidade, o grão colhido pode ser ele
próprio o deus renascer da vegetação. Esta prática tem origem em muitas
religiões antigas. Dionísio e muitos exemplos são documentados em The
Golden Bough por Sir James George Frazer (1854-1941). Vestígios da
prática da teofagia sobreviveram em muitas religiões modernas,
nomeadamente na Eucaristia cristã.

De acordo com a Igreja Católica e a fé ortodoxa cristã, no rito da Eucaristia,


os fiéis assumem que a substância do corpo e do sangue de Jesus estão
presentes na hóstia (pão sem fermento) e no vinho, como resultado da
transubstanciação.

O estudioso Marcello Craven afirma que a descrição da Última Ceia feita


pelos evangelistas, ao invés de lembrar um antigo ritual egípcio, seria
semelhante a um ritual de mistério, com a oferta do próprio corpo e
sangue de Jesus. A ideia cristã de uma refeição antropóloga é de São Paulo,
que estabeleceu uma comparação entre Jesus após a sua morte como

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sendo o Cordeiro da Páscoa, a metamorfose do corpo e do sangue no pão


e no vinho era um conceito totalmente estranho à mentalidade judaica.

Cristianismo e os Mistérios greco-romanos

A enorme semelhança que existe entre o ritual cristão da santa ceia e os


cultos de mistérios pode ser sintetizado nessa frase de Preserved Smith:

"Mas, de todos os" mistérios "conhecidos por nós, é o de Dioníso que tem
a maior semelhança com a de Cristo, o deus do vinho (Dioniso) teve uma
morte violenta, e foi trazido de volta à vida”. “Sua paixão”, como os
gregos chamavam esse evento, e sua ressurreição foram promulgadas em
seus ritos sagrados.

Mas outros paralelos foram traçados entre mitos gregos e a vida de Jesus.
Um dos primeiros exemplos foi Friedrich Hölderlin, que em seu Brod und
Wein (1800-1801) sugeriu semelhanças entre o deus grego Dionísio e Jesus.
Dionísio (chamado Baco pelos romanos ), é o filho de Zeus, e é o deus da
vindima , da vinificação , do teatro e do ritual da loucura. Dionísio era uma
criança com chifres, que foi feito em pedaços pelos Titãs, então cozidos,
mas sua avó Rhea pôs as peças de volta e trouxe de volta à vida. Dionísio
era em seguida, enviado para esconder em uma montanha, onde ele
inventou o vinho.

Os estudiosos modernos como Martin Hengel, Barry Powell, Peter Wick ,


entre outros, argumentam que a religião dionisíaca e cristianismo têm
semelhanças notáveis . Eles apontam para a importância do simbolismo do
vinho que detinha na mitologia em torno tanto Dionísio e Jesus Cristo ,
embora, Wick argumenta que o uso do simbolismo do vinho no Evangelho
de João, incluindo a história do casamento em Caná em que Jesus
transforma água em vinho, foi a intenção de mostrar Jesus como sendo
superior a Dionísio.

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Além disso, alguns estudiosos da mitologia comparada argumentam que


tanto Dionísio e Jesus representam o arquétipo mitológico do deus que
“morre e retornar à vida”. Outros paralelos, tais como a celebração de uma
refeição ritual do pão e do vinho, também foram sugeridas e Powell, em
particular, argumenta que os precursores da noção cristã da

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transubstanciação podem ser encontrados na religião dionisíaca. Outro


paralelo foi elaborado de como nas Bacantes Dionísio aparece diante do rei
Penteu sob acusação de afirmar que era uma divindade, e é comparado
com a cena do Novo Testamento de Jesus sendo interrogado por Pôncio
Pilatos.

E. Kessler argumenta que o culto dionisíaco se desenvolveu em estrito


monoteísmo por volta do século 4 d.C. E, juntamente com o Mitraísmo e
outras seitas do culto formaram uma instância de "monoteísmo pagão", em
concorrência direta com cristianismo primitivo durante a Antiguidade
Tardia.

E, quando comiam, Jesus tomou o pão, e abençoando-o, o partiu, e o deu


aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo. E, tomando o
cálice, e dando graças, deu-lhes, dizendo: Bebei dele todos; Porque isto é
o meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por
muitos, para remissão dos pecados.

Mateus 26:26-28

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Eu sou o pão da vida. Vossos pais comeram o maná no deserto, e morreram.


Este é o pão que desce do céu, para que o que dele comer não morra. Eu sou
o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para
sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do
mundo. Disputavam, pois, os judeus entre si, dizendo: Como nos pode dar
este a sua carne a comer? Jesus, pois, lhes disse: Na verdade, na verdade vos
digo que, se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o
seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e
bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.
Porque a minha carne verdadeiramente é comida, e o meu sangue
verdadeiramente é bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu
sangue permanece em mim e eu nele. Assim como o Pai, que vive, me
enviou, e eu vivo pelo Pai, assim, quem de mim se alimenta, também viverá
por mim. Este é o pão que desceu do céu; não é o caso de vossos pais, que
comeram o maná e morreram; quem comer este pão viverá para sempre.

João 6:48-58

O ritual do pão e vinho é mais antigo do que se pensa, vindo desde a


babilônia, passando por Egípcios, Gregos até chegar em Roma através do
Mitraísmo. O professor Epstein autor do livro “Os Babilônicos, as origens
pagãs do cristianismo argumenta que os cristãos apenas adaptaram um
ritual a deusa alada Ereshkigal, que originou esse culto, que consistia em
se oferecer sacrifícios de crianças a deusa em troca de perdão dos
pecados e apaziguar a divindade.

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As crianças oferecidas tinham que ser filhos de mãe virgens, e puras para
apaziguar a divindade em nome de toda a comunidade. A única diferença
era o ritual pagão que acontecia em seguida.

Já o novo testamento dá a entender que o ritual do pão e vinho seria um


ritual de páscoa judaica, mas na páscoa judaica come-se um cordeiro, e
apesar de variações o correto é não ter vinho, uma vez que a páscoa é a
festa dos pães ázimos e o vinho é fermentado, e o fermento na cultura
judaica representa pecado:

E ordenou-lhes, dizendo: Olhai, guardai-vos do fermento dos


fariseus e do fermento de Herodes.
Marcos 8:15
Por isso façamos a festa, não com o fermento velho, nem com o
fermento da maldade e da malícia, mas com os ázimos da
sinceridade e da verdade.
1 Coríntios 5:8
Um pouco de fermento leveda toda a massa.
Gálatas 5:9
Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova
massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa
páscoa, foi sacrificado por nós.
1 Coríntios 5:7

Por isso é comum na páscoa judaica os judeus se livrarem do fermento


antes da páscoa.

g- Curas e milagres
Os cristãos acreditam que o fato do novo testamento narrar que Jesus fez
curas e milagres, faz dele o messias.

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O Padre Quevedo por exemplo, diz que milagres são a assinatura de Deus.

E mesmo hoje, igrejas expandem prometendo curas e milagres e


acreditam que isso gera salvação.

Problemas

- O velho testamento não prometia um messias que faria curas e milagres.

Por exemplo: “O meu servo Davi curará a muitos e fará grandes sinais”

- Curas e milagres não são exclusivos do cristianismo. Existem curas e


milagres em todas religiões, no Islamismo, no Budismo, no hinduísmo. Até
em ateus pode acontecer algo miraculoso.

O próprio novo testamento cristão diz que sinais miraculosos podem não
ser de Deus, ou seja, não é exclusividade do cristianismo:

Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes


sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os
escolhidos. Eis que eu vo-lo tenho predito.

Mateus 24:24,25

E faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à
terra, à vista dos homens. E engana os que habitam na terra com
sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença da besta,
dizendo aos que habitam na terra que fizessem uma imagem à
besta que recebera a ferida da espada e vivia.

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Apocalipse 13:13,14

E também diz que cura não significa necessariamente salvação:

E, entrando numa certa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez homens


leprosos, os quais pararam de longe; E levantaram a voz, dizendo:
Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós. E ele, vendo-os, disse-lhes:
Ide, e mostrai-vos aos sacerdotes. E aconteceu que, indo eles,
ficaram limpos. E um deles, vendo que estava são, voltou
glorificando a Deus em alta voz; E caiu aos seus pés, com o rosto em
terra, dando-lhe graças; e este era samaritano. E, respondendo
Jesus, disse: Não foram dez os limpos? E onde estão os nove?
Não houve quem voltasse para dar glória a Deus senão este
estrangeiro?
E disse-lhe: Levanta-te, e vai; a tua fé te salvou.

Lucas 17:12-19

- Curas e Milagres aconteciam antes de Cristo. Vespasiano por exemplo,


tinha a fama de ser milagreiro, fazendo os mesmo milagres de Jesus
inclusive, o que vermos mais adiante. O próprio talmud cita um Jesus
antes de jesus, que fazia milagres e foi condenado por isso e veremos mais
adiante também. E no mundo Romano haviam muitas curas e milagres
assim como vemos hoje nas religiões:

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Descobertas arqueológicas recentes encontraram até objetos de


agradecimentos a curas como acontece em igrejas católicas, como
muletas, representações de partes do corpo etc...

Segundo os cristãos Jesus foi o sacrifício perfeito para Deus, mas, Deus
não aceita sacrifícios humanos, e se Deus aceitou realmente o sacrifício de
Jesus, porque aquela geração foi destruída? Fora que o sacrifício de jesus
não se assemelha em nada aos sacrifícios de animais do velho testamento.

O animal oferecido em sacrifício não poderia ter manchas ou máculas e


Jesus foi flagelado. O animal era oferecido pelo sacerdote no santo dos
santos no templo. Jesus foi crucificado fora da cidade, onde se queimava
lixo. O animal não ressuscitava depois. Fora que se jesus realmente
ressuscitou é estranho que logo em seguida ele foi arrebatado ao céu.
Qual é a lógica de se ressuscitar um corpo morto se esse corpo sobe
imediatamente para o céu? Já que era para ele apenas fazer algumas
aparições, não seria melhor tendo feito em espirito mesmo?

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Seria Jesus não uma pessoa real, um homem antropomórfico, mas apenas
uma síntese ou uma ideia de deuses homens pagão? Ou da
serpente/diabo? Veremos mais adiante.

Muitos podem dizer que isso não foi culpa de Jesus mas de seus
seguidores e que Jesus veio apenas trazer uma mensagem de amor e paz.
Será?

IX Tipologia velo testamentária


Na verdade e sabido que o novo testamento não tem nada de original.
Apesar de Jesus ter pregado o evangelho que significa boa nova, na
verdade nada que jesus disse em seus ensinos é original, tudo existia
antes quer no velho testamento, quer dos Rabinos da época, quer dos
Romanos.

A palavra “evangelho” em grego significa “boa nova”, já figura na Odisséia


de Homero, Século XII, a.C.. Foi depois encontrada também numa
inscrição em Priene, na Jônia, numa frase comemorativa e de
endeusamento de Augusto, no seu aniversário, significando a “boa nova”
no trono. E isto ocorreu muito antes de idealizarem Jesus Cristo.

Por exemplo, amar o próximo que os cristão pensam ser um mandamento


novo de jesus:

E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti


mesmo.
Mateus 22:39

O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim
como eu vos amei.

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João 15:12

Já havia na lei dos judeus:

Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas
amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor.

Levítico 19:18

O novo testamento também tenta fazer uma tipologia da história de Jesus


com as histórias vero testamentárias, mas, algumas delas são apenas isso,
tipologias, pois não possuem respaldo histórico, talvez na tentativa de
converter judeus ou persuadir os cristãos de que Jesus é igual aos
personagens do velho testamento:

a- Tipologias
Como vimos acima, uma farsa apenas, talvez para comparar Jesus com
Moisés:
Então ordenou Faraó a todo o seu “Então Herodes, vendo que tinha
povo, dizendo: A todos os filhos sido iludido pelos magos, irritou-se
que nascerem lançareis no rio, muito, e mandou matar todos os
mas a todas as filhas guardareis meninos que havia em Belém, e
com vida. em todos os seus contornos, de
dois anos para baixo, segundo o
Êxodo 1:22 tempo que diligentemente
inquirira dos magos”

Mateus 2:16

José vendido pelos seus irmãos


Passando, pois, os mercadores Então Judas, o que o traíra, vendo
midianitas, tiraram e alçaram a que fora condenado, trouxe,
José da cova, e venderam José por arrependido, as trinta moedas de

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vinte moedas de prata, aos prata aos príncipes dos sacerdotes


ismaelitas, os quais levaram José e aos anciãos, Dizendo: Pequei,
ao Egito. traindo o sangue inocente. Eles,
Gênesis 37:28 porém, disseram: Que nos
importa? Isso é contigo.

Mateus 27:3,4

Davi é desacreditado por seus irmãos


E, ouvindo Eliabe, seu irmão mais Porque nem mesmo seus irmãos
velho, falar àqueles homens, criam nele.
acendeu-se a ira de Eliabe contra João 7:5
Davi, e disse: Por que desceste
aqui? Com quem deixaste aquelas
poucas ovelhas no deserto? Bem
conheço a tua presunção, e a
maldade do teu coração, que
desceste para ver a peleja. Então
disse Davi: Que fiz eu agora?
Porventura não há razão para isso?

1 Samuel 17:28,29

Elias ressuscita o filho da viúva


E o Senhor ouviu a voz de Elias; e a E, quando chegou perto da porta
alma do menino tornou a entrar da cidade, eis que levavam um
nele, e reviveu. defunto, filho único de sua mãe,
1 Reis 17:22 que era viúva; e com ela ia uma
grande multidão da cidade. E,
vendo-a, o Senhor moveu-se de
íntima compaixão por ela, e disse-
lhe: Não chores. E, chegando-se,
tocou o esquife (e os que o
levavam pararam), e disse: Jovem,
a ti te digo: Levanta-te. E o que
fora defunto assentou-se, e
começou a falar.

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Lucas 7:12-14

Moisés domina a natureza


Então Moisés estendeu a sua mão Mas, à quarta vigília da noite,
sobre o mar, e o mar retornou a dirigiu-se Jesus para eles, andando
sua força ao amanhecer, e os por cima do mar. E os discípulos,
egípcios, ao fugirem, foram de vendo-o an-dando sobre o mar,
encontro a ele, e o Senhor assustaram-se, dizendo: É um
derrubou os egípcios no meio do fantasma. E gritaram com medo.
mar, Jesus, porém, lhes falou logo,
Êxodo 14:27 dizendo: Tende bom ânimo, sou
eu, não temais.

Mateus 14:25-27

Multiplicação de pães
E um homem veio de Baal-Salisa, e Ele, porém, respondendo, lhes
trouxe ao homem de Deus pães disse: Dai-lhes vós de comer. E eles
das primícias, vinte pães de disseram-lhe: Iremos nós, e
cevada, e espigas verdes na sua compraremos duzentos dinheiros
palha, e disse: Dá ao povo, para de pão para lhes darmos de
que coma. Porém seu servo disse: comer?
Como hei de pôr isto diante de E ele disse-lhes: Quantos pães
cem homens? E disse ele: Dá ao tendes? Ide ver. E, sabendo-o eles,
povo, para que coma; porque disseram: Cinco pães e dois peixes.
assim diz o Senhor: Comerão, e E ordenou-lhes que fizessem
sobejará. Então lhos pôs diante, e assentar a todos, em ranchos,
comeram e ainda sobrou, sobre a erva verde. E assentaram-
conforme a palavra do Senhor. se repartidos de cem em cem, e de
cinqüenta em cinqüenta.
2 Reis 4:42-44 E, tomando ele os cinco pães e os
dois peixes, levantou os olhos ao
céu, abençoou e partiu os pães, e
deu-os aos seus discípulos para
que os pusessem diante deles. E
repartiu os dois peixes por todos. E
todos comeram, e ficaram fartos;

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Marcos 6:37-42

Ou seja, nem os milagres de Jesus são originais. São meramente tipologias


para induzir o leitor a acreditar que jesus personifica os personagens do
velho testamento, todos.

O próprio jesus algumas vezes os cita em comparação:

A rainha do sul se levantará no juízo com os homens desta geração,


e os condenará; pois até dos confins da terra veio ouvir a sabedoria
de Salomão; e eis aqui está quem é maior do que Salomão.
Lucas 11:31
Porque, se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim; porque de mim
escreveu ele.
João 5:46

Se Davi, pois, lhe chama Senhor, como é seu filho?


Mateus 22:45

E mesmo seus feitos e ensinos não eram nada originais, como veremos
agora:

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b- Rabino hillel
Outras coisas que jesus disse e ensinou eram semelhantes ás do rabino
hillei. Rabino Hillel foi judeu da tribo de Benjamim que viveu entre os anos
de 60ac. à 9dc., era um Rabbi amável com seus discípulos e com estranhos
também, tinha 80 discípulos dispostos em pares(2 em 2). Alguns
acreditam que jesus possa ter sido um dos seus discípulos pois seus
ensinamentos são bem semelhantes e Jesus deve tê-lo conhecido pois eles
são contemporâneos. Vejamos algumas semelhanças:

Yeshua: "Bendizei aos que vos maldizem e orai pelos que vos
caluniam"(Lucas6:28)

Hillel: "Se alguém busca em te fazer o mal, farás bem em orar por
ele"(Talmud Bavil Shabat 158c)

Yeshua: "Porque eu vos digo: até que o céu e a terra passem, nenhum yod
ou til jamais passará da Torah, até que tudo se cumpra"(Mateus5:18)

Hillel: "Nenhuma letra da Torah jamais será abolida"(Talmud Shemot Raba


6.1)

Yeshua: "Bem-aventurados os misericordiosos porque alcançarão


misericórdia"(Mateus5:7)

Hillel: "Aquele que é misericordioso para com os outros receberá


misericórdia do Céu"(Talmud Bavil Shabat 158b)

Yeshua: "Porque vês o cisco no olho de teu irmão, e não reparas a trave
que está no teu próprio olho"(Mateus7:3)

Hillel: "Eles falam: 'Remova o cisco de teu olho', e ele retrucará: 'Remova a
trave que está em seu próprio olho"(Talmud Bavil Baba Bathra 15b)

Yeshua: "O Shabat foi feito por causa do homem e não o homem por
causa do Shabat"(Marcos2:27)

Hillel: "O Shabat foi feito em prol do homem e não o homem por causa do
Shabat"(Talmud Bavil Yoma 85b)

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Yeshua: "Tudo, quanto pois, quereis que os homens vos façam, assim
fazei-o vós a eles, porque esta é a Torah e os Profetas"(Mateus7:12)

Hillel: "Não faça aos outros o que não deseja que façam a você, esta é
toda a Torah, o restante é comentário, vai e pratica isto"(Talmud Bavil
Shabat 31a)

Yeshua: "Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança fora de
ti........"(Mateus5:29)
Hillel: "Se o teu olho direito de ofende, arranca-o e corta fora......(Talmud
Bavil Nidah 13b)

Yeshua: "Não julgueis para não serdes julgado, pois, com a medida com
que julgares, sereis julgado também, e com a medida com que tiverdes
medido vos medirão também"(Mateus7:1e2)

Hillel: "A mesma medida com que um homem mede, eles usarão para
medi-lo em retorno"(Talmud Sotah 8b - middah keneged middah)

Yeshua: "Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes meus


pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao
pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado nas profundezas
do mar"(Mateus18:6)

Hillel: "Com tamanha pedra amarada ao pescoço, como poderá ele


ocupar-se de estudar a Torah"(Talmud Bavil Kidushin 29b)

Como vemos não tem nada de original. Mesmo o que não se pode
comparar com o velho testamento, pode se comparar com outros
personagens que fizeram as mesmas coisas antes desde Imperadores
Romanos que eram homens deuses a messias solares:

c- Vespasiano o milagreiro
A dinastia dos Vespasianos queria ser adorada também como deuses e
queriam que a população visse seu líder como um ser divino, o que não
deixa de ser uma forma de manipulação das massas. E na história de

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Vespasiano e Tito, há menções de inúmeras façanhas milagrosas e


narrativas típicas de quem quer se endeuzar. Claro, que muitas destas
narrativas foram suprimidas pela igreja cristã, mas algumas existem até
hoje pois, foram sendo retransmitidas pelos seguidores helenistas da
cultura Grego romana, como mencionado no capítulo anterior sobre os
bispos de Nicéia.

E alguns elementos dessa dinastia nós vemos presente nos evangelhos.

Vespasiano, ao desembargar no mar mediterrâneo onde hoje é Jerusalém,


durante o desembarque seu barco afundou e ele e alguns soldados caíram
na água. Os demais soldados que estavam em outros barcos prontamente
vieram em seu resgate. Vespasiano lhes disse:

"Eis que eu faço de vós pescadores de homens" (A Vida dos Doze


Césares).

Lembra alguém?

E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.


Mateus 4:19

Em outra ocasião:

"Um homem do povo que estava cego e outro que estava coxo, vieram até
ele juntos assim que ele se assentou ao tribunal, implorando por ajuda
para suas enfermidades como Serápis (deus romano) tinha prometido em
um sonho, pois o deus declarou que Vespasiano restauraria seus olhos se
cuspisse sobre eles e daria força à perna se a tocasse com seus
calcanhares. Apesar de quase nenhuma fé de que isso poderia acontecer e

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estivesse temeroso de tentar, ele foi persuadido por seus amigos e tentou
as duas coisas em público diante de uma grande audiência; com sucesso."
(Suetônio, na obra Vida de Vespasiano 7:2-3 )

Tácito, História, livro IV, capitulo 81

Nos meses em que Vespasiano esperava, em Alexandria, os dias dos


ventos de Verão e mar estável, muitas maravilhas aconteceram, as quais
mostraram o favor do céu e a inclinação das divindades por Vespasiano.
Um dos plebeus de Alexandria, conhecido por ser cego, prostrou-se de
joelhos e implorou, soluçando, por uma cura para a sua enfermidade - a
conselho do deus Serápis, a quem o povo cultivava entregando-se-lhe com
superstição mais do que a qualquer outro - suplicou a Vespasiano que se
dignasse molhar os seus olhos e rosto com cuspo. Outro, com uma mão
doente, por conselho do mesmo deus, pediu que o César lha calcasse com
a planta do pé.
Primeiro, Vespasiano riu e recusou. Eles insistiam de modo que ele, por um
lado, receava o escândalo de uma tentativa frustrada, mas por outro lado
a teimosia deles e as vozes dos aduladores induziram-no em esperança.
Por fim, solicitou que os médicos estimassem se tal cegueira e debilidade
estavam acima de ajuda humana. Os médicos discutiram diversos pontos:
num deles a força da visão não fora consumida e poderia voltar se se
removesse o obstáculo; no outro, a sua mão doente, se aplicada força
curativa, poderia restaurar-se.
Talvez os deuses o quisessem e o divino ministério tivesse escolhido o
imperador; por fim, o sucesso do remédio seria a glória do César, enquanto
o ridículo em caso de insucesso cairia sobre os desafortunados. Assim,
Vespasiano, acreditando que tudo era possível à sua sorte e que nada mais
seria inacreditável, com o seu semblante alegre, entre a multidão em
expectativa, acedeu aos pedidos. Imediatamente, a mão voltou ao uso, e
o dia brilhou para o cego. Os que estiveram presentes ainda hoje o
relembram quando nada ganhariam com a mentira....

Também Suetónio mencionou um episódio semelhante, mas em vez de


curar uma mão doente, Vespasiano curou um homem coxo (agradeço a
contribuição de Edson "Sky" Kunde).

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Suetónio, Vidas dos Doze Césares, livro X, Vida de Vespasiano, VII, 2 e 3

Vespasiano ainda não tinha prestígio nem uma certa divindade, por assim
dizer, uma vez que ele foi um inesperado e ainda recém-feito imperador;
mas estes feitos também foram-lhe atribuídos: um homem do povo que
era cego, e outro que era coxo, aproximaram-se dele juntos, quando ele
sentou-se no tribunal, pedindo a ajuda para os seus problemas que
Serapis tinha prometido num sonho; pois o deus declarou que
Vespasiano restauraria os olhos, se ele cuspisse em cima deles, e daria
força à perna, se ele se dignasse tocá-la com o calcanhar. Ainda que ele
duvidasse que isso poderia ter sucesso e, portanto, negasse mesmo
tentar, ele foi finalmente convencido pelos seus amigos e tentou as duas
coisas em público diante de uma grande multidão; e com sucesso. ...

O autor romano Dio Cassius (viveu de 155 a 235 d.C.) também referiu os
milagres de Vespasiano em Alexandria, no Egipto. Mas este autor já é de
um tempo muito posterior, pelo que terá usado Tácito e Suetónio, entre
outros, como fonte para os seus textos.
Dio publicou a obra História Romana em 80 volumes, após 22 anos de
trabalho. Cassius Dio, História Romana, livro LXV, capítulo 8

O mesmo acontecimento é contado com mais detalhes por outro


historiador romano, Tácito, em Histórias 4:81. O filósofo David Hume
considerou isso como o milagre mais bem atestado da história!

Outra vez Vespasiano reprimiu uma rebelião judaica segundo Josefo, e


encurralou os rebeldes em um abismo, e os lançou abaixo dizendo algo do
tipo: “Somos uma legião, porque somos muitos”. E depois chamou os
judeus de porcos porque o porco é considerado um animal imundo no
judaísmo. Estranhamente essa passagem se assemelha muito a dos porcos
endemoniados que é inclusive geograficamente impossível

Ronaldo Gomes, Analisando as escrituras


A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Agora compare com Marcos 8:22-23 e Atos dos Apóstolos 3:2-7. Um


milagre altamente documentado, não é estranho?

Vespasiano Messias, segundo Flávio Josefo

O autor judeo-romano Flávio Josefo, originalmente Yussef ben Matatias,


nasceu em Jerusalém por volta de 37 EC e era de uma família da
aristocracia sacerdotal judaica. Aos 30 anos participou na Grande Revolta
Judaica contra os Romanos de 66 a 67 EC, como líder militar na Galileia.

Nesta guerra, os romanos foram liderados, inicialmente, por Vespasiano


que conseguiu conter a revolta em toda a Galileia.

Quando a vitória dos romanos se tornou evidente, Josefo preferiu ser


capturado pelas tropas romanas, do que participar num pacto suicida
entre os seus companheiros de guerra. De prisioneiro rapidamente passou
a protegido do general (depois imperador) romano Flávio Vespasiano e
do filho Flávio Tito e, devido a isso, adotou o nome destes. Pouco depois
da queda de Jerusalém, seguiu Tito até Roma e lá recebeu a cidadania
romana, uma pensão, assim como o livre acesso à corte de Tito e de
Domiciano.

Josefo via esta revolta dos judeus mais como uma guerra fratricida do que
de libertação nacional. Descreveu muitos confrontos entre facções rivais
de judeus e parece que estes matavam mais compatriotas do que
romanos. Obteve os favores da família Flaviana, porque predisse que o rei
do mundo inteiro, aquele que as profecias antigas diziam que viria de
Israel, seria o próprio Vespasiano que, realmente, tornou-se imperador
quando chegou a Roma vindo... da Judeia! Vespasiano seria um Messias
até para os próprios judeus, porque trouxe-lhes ordem e salvou-os da
autoaniquilação. Assim, Josefo imitou Isaías que, no seu tempo, também
profetizou que um estrangeiro, Ciro da Pérsia, seria o Messias, rei do
mundo.

Josefo, A Guerra dos Judeus, livro VI, capítulo 5, secção 4


... Mas o que mais os incitou à guerra foi um oráculo ambíguo, também
registado nas suas escrituras, afirmando que naquela época um dos seus
se tornaria senhor do mundo. Interpretaram-no como alguém da sua

Ronaldo Gomes, Analisando as escrituras


A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

própria raça, e muitos dos seus sábios enganaram-se na sua


interpretação. Todavia, o verdadeiro significado do oráculo era a
soberania de Vespasiano, que foi proclamado imperador em solo
judaico. Tudo isto quer dizer que os homens não conseguem escapar ao
seu destino, mesmo quando o preveem. Os Judeus interpretaram alguns
dos portentos conforme lhes convinha e desprezaram outros, até que a
ruina do seu país e a sua própria destruição os condenou pela loucura.

Vespasiano Messias, segundo Tacito e Suetónio


O cronista romano Tácito escreveu, cerca de 100 a 110 d.C., a
obra História (lat. Historiae). Apenas os quatro primeiros livros e vinte e
seis capítulos do quinto livro desta obra sobreviveram, cobrindo os
acontecimentos do ano 69 e 70. A obra completa provavelmente cobria
desde o período das guerras civis do Ano dos Quatro Imperadores (ano 69:
Galba, Oto, Vitélio e Vespasiano) até ao período dos Flavianos (Vespasiano
e os filhos Tito e Domiciano).

O autor romano Suetónio escreveu, por volta de 121 d.C., a obra Vidas dos
Césares (lat. De vitis Caesarum), conhecido como Vidas dos Doze Césares,
é o conjunto de doze biografias que inclui a de Júlio César e os onze
primeiros imperadores do Império Romano: Augusto, Tibério, Calígula,
Cláudio, Nero, Galba, Oto, Vitélio, Vespasiano, Tito e Domiciano.

À semelhança de Josefo, Tácito e Suetónio escreveram também sobre


Vespasiano cumprir a profecia do Messias que viria da Judeia.

No entanto, como escreveram depois de Josefo, é possível que se tenham


baseado nos escritos deste.

Tácito, História, livro I, capitulo 10


É possível que as misteriosas profecias já circulassem, e que portentos e
oráculos prometessem a púrpura a Vespasiano e aos seus filhos; mas foi
só depois da ascensão dos Flavianos que nós os Romanos acreditámos
nessas histórias.

Tácito, História, livro V, capitulo 13

Ronaldo Gomes, Analisando as escrituras


A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

A maioria estava convencida que as antigas escrituras dos seus


sacerdotes referiam-se ao presente precisamente o tempo em que o
Oriente triunfaria e da Judeia surgiriam homens destinados a governar o
mundo. Esta misteriosa profecia referia-se a Vespasiano e Tito, mas o
povo comum, fiel às egoístas ambições da humanidade, pensaram que
este alto destino estava reservado para eles, e nem as suas calamidades
lhes abriram os olhos para a verdade.

Suetónio, Vidas dos Doze Césares, livro X, Vida de Vespasiano, IV


Uma antiga superstição era comum no Oriente: que da Judeia viriam os
governantes do mundo. Esta previsão, como mais tarde se provou, dizia
respeito aos dois imperadores romanos, Vespasiano e Tito, mas os
rebeldes Judeus, que a leram como se referindo a eles próprios,
assassinaram o Procurador, eliminaram o legado consular da Síria, que
veio para ajudá-lo, e arrebataram uma águia.

Conclusão: verificamos que a procura por Salvadores não era um exclusivo


dos judeus. Não só Josefo mas também os autores romanos Tácito e
Suetónio fizeram questão de enquadrar o Imperador romano na classe de
Salvador (Messias).

A sequência de eventos e localidades visitadas por Jesus Cristo segundo


o texto bíblico é aproximadamente a mesma da campanha militar de
Tito Flávio, imperador romano durante a guerra, afirma Atwill. O Daily
Mail destaca, contudo, que Tito Flávio nasceu em 39 d.C. e morreu em 81
d.C., muito depois de Jesus Cristo.

d- Apologia Romana

E quando nós vamos ver os evangelhos, estranhamente o que vemos? Um


Jesus irado discutindo o tempo todo com os judeus e os acusando de
inúmeros pecados e hipocrisias, mas que prontamente atende aos
pedidos de curas dos oficiais Romanos. Jesus ainda elogia um centurião
Romano e diz:

Ronaldo Gomes, Analisando as escrituras


A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

"E maravilhou-se Jesus, ouvindo isto, e disse aos que o seguiam: Em


verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé."
(Mateus 8 : 10)

Essa evidências levaram ao pesquisador Americano Joseph Atwill a


elaborar a teoria de que o novo testamento seja uma construção baseada
na figura do jesus histórico (Um profeta da galileia) que tinha muitos
seguidores, fazendo tipologias com o velho testamento judeu e seus
personagens na tentativa de convencer os judeus de que este seria o seu
messias e portanto, controla-los, e, inserindo subliminarmente elementos
Romanos que favorecessem o Império e induzissem aos fiéis a obediência
a Roma:

Obediência:
O novo testamento induz seus seguidores a obedecerem seus servos.
Lembrando que setenta e cinco por cento da população do Império
Romano consistia de escravos.

“Vós, servos, obedecei em tudo a vossos senhores segundo a carne,


não servindo só na aparência, como para agradar aos homens, mas
em simplicidade de coração, temendo a Deus”
Colossenses 3:22

“Exorta os servos a que se sujeitem a seus senhores, e em tudo


agradem, não contradizendo”
Tito 2:9

“Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não


há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há
foram ordenadas por Deus”
Romanos 13:1

Ronaldo Gomes, Analisando as escrituras


A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Vós, servos, sujeitai-vos com todo o temor aos senhores, não


somente aos bons e humanos, mas também aos maus.
1 Pedro 2:18

“Mas principalmente aqueles que segundo a carne andam em


concupiscências de imundícia, e desprezam as autoridades;
atrevidos, obstinados, não receando blasfemar das dignidades;

2 Pedro 2:10

O novo testamento privilegia Roma subliminarmente em algumas


passagens:

Jesus com gentios Jesus com Romanos


E eis que uma mulher cananéia, E, entrando Jesus em Cafarnaum,
que saíra daquelas cercanias, chegou junto dele um centurião,
clamou, dizendo: Senhor, Filho de rogando-lhe,E dizendo: Senhor, o
Davi, tem misericórdia de mim, meu criado jaz em casa, paralítico,
que minha filha está e violentamente atormentado. E
miseravelmente endemoninhada. Jesus lhe disse: Eu irei, e lhe darei
Mas ele não lhe respondeu saúde. E o centurião,
palavra. E os seus discípulos, respondendo, disse: Senhor, não
chegando ao pé dele, rogaram-lhe, sou digno de que entres debaixo
dizendo: Despede-a, que vem do meu telhado, mas dize somente
gritando atrás de nós. uma palavra, e o meu criado há de
E ele, respondendo, disse: Eu não sarar. Pois também eu sou homem
fui enviado senão às ovelhas sob autoridade, e tenho soldados
perdidas da casa de Israel. Então às minhas ordens; e digo a este:
chegou ela, e adorou-o, dizendo: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele
Senhor, socorre-me! Ele, porém, vem; e ao meu criado: Faze isto, e
respondendo, disse: Não é bom ele o faz. E maravilhou-se Jesus,
pegar no pão dos filhos e deitá-lo ouvindo isto, e disse aos que o
aos cachorrinhos. E ela disse: Sim, seguiam: Em verdade vos digo que
Senhor, mas também os nem mesmo em Israel encontrei
cachorrinhos comem das migalhas tanta fé.
que caem da mesa dos seus
senhores. Mateus 8:5-10
Então respondeu Jesus, e disse-lhe:

Ronaldo Gomes, Analisando as escrituras


A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Ó mulher, grande é a tua fé! Seja


isso feito para contigo como tu
desejas. E desde aquela hora a sua
filha ficou sã.

Mateus 15:22-28

Imposto aos romanos


Induz a pagar imposto á César, assim o cristão pensaria: Se jesus disse que
é correto pagar imposto, tudo bem:

“Dize-nos, pois, que te parece? É lícito pagar o tributo a César, ou


não? Jesus, porém, conhecendo a sua malícia, disse: Por que me
experimentais, hipócritas? Mostrai-me a moeda do tributo. E eles
lhe apresentaram um dinheiro. E ele diz-lhes: De quem é esta efígie
e esta inscrição? Dizem-lhe eles: De César. Então ele lhes disse: Dai
pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”

Mateus 22:17-21

Essa passagem mais estranha ainda só figura em Mateus:

“E, chegando eles a Cafarnaum, aproximaram-se de Pedro os que


cobravam as dracmas, e disseram: O vosso mestre não paga as
dracmas? Disse ele: Sim. E, entrando em casa, Jesus se lhe
antecipou, dizendo: Que te parece, Simão? De quem cobram os reis
da terra os tributos, ou o censo? Dos seus filhos, ou dos alheios?
Disse-lhe Pedro: Dos alheios. Disse-lhe Jesus: Logo, estão livres os
filhos. Mas, para que os não escandalizemos, vai ao mar, lança o
anzol, tira o primeiro peixe que subir, e abrindo-lhe a boca,
encontrarás um estáter; toma-o, e dá-o por mim e por ti”

Mateus 17:24-27

Ronaldo Gomes, Analisando as escrituras


A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Segundo Atwill, o novo testamento não apenas faz apologia aos Romanos,
como os Imperadores romanos podem ter servido de base para sua
construção. Flavio josefo, judeu helenizado, pode ter sido um dos
colabores por entender tanto do judaísmo como do helenismo. Ou talvez
Filón de Alexandria, outro judeu helenizado do primeiro século, e,
segundo Voltaire foi o autor de pelo menos um evangelho, o de João, pois
Voltaire comparou as semelhanças entre seus escritos e o mesmo.

Algumas narrativas do novo testamento são bem idênticas as narrativas


de Josefo:

Jesus é crucificado entre dois ladrões e tem misericórdia com um deles.


Quando Tito derrotou Israel, ele condenou a morte pela crucificação
alguns líderes da rebelião, sendo três deles, amigos de Josefo. Josefo
intercedeu junto ao general que liberou um deles.

Seria o novo testamento uma construção Romana para manter a


população sob controle? E tem mais personagens anteriores a JESUS que
se assemelham e muito com Jesus:

X Cristos antes de Cristo;


A maioria dos cristãos não sabe, mas já haviam Cristos antes de cristo e
com histórias bem semelhantes as de jesus. Como Apolônio de Tiana,
Crestus dos essênios, Yeshua bem pandira etc..... Todos anteriores a Jesus
e com histórias bem parecidas e/ou pontos em comum. Vamos ver alguns:

a- Yeshua bem pandira

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

O manuscrito Sepher Toldoth Yeshu (Livro da Genealogia de Jesus, em


hebraico) descreve um Yeshu ben Pandera (Jesus filho de Pandera) do
tempo dos Asmoneus da seguinte maneira:

Resumo do Sepher Toldoth Yeshu (tradução livre do inglês)

No reinado de Alexandre Janeu, um inútil devasso chamado José Pandera


vivia perto da casa de uma jovem chamada Maria, noiva de um certo
homem de nome João. Pandera seduziu Maria e esta ficou grávida.
Quando João soube que a sua noiva estava grávida, dirigiu-se ao seu
perceptor Simão ben Shetach. Este aconselhou-o a arrolar testemunhas
para levar o culpado ao Sinédrio, mas João, para evitar a vergonha, fugiu
para longe.
Entretanto Maria deu à luz um rapaz e chamou-o Jesus
(heb. Yehoshua, Yeshu). Quando cresceu, o rapaz mostrava-se insolente
com os magistrados do Sinédrio. E as pessoas diziam “Que bastardo!”.
Simão ben Shetach disse, então: “Sim, este é o filho de Pandera e Maria
que era noiva de outro”. Os outros disseram: “Portanto, ele é mesmo um
bastardo filho de uma adúltera!”.
Publicou-se um édito, expulsando-o do seu meio, e Jesus fugiu para a
Galiléia, onde morou muitos anos. Quando também na Galiléia soube-se
que Jesus era filho ilegítimo ele retornou secretamente a Jerusalém.
Ora, havia uma pedra no Templo onde estava gravada a Shem ha-
Mephorash (a Palavra Inefável, o nome secreto de Deus, que dava grandes
poderes a quem a conhecia). Essa pedra foi descoberta por David no
fundo de um abismo e foi colocada no santíssimo do Templo.
Posteriormente, os homens sábios, receando que alguém
imprudentemente tomasse conhecimento da Palavra Inefável escrita na
pedra, mandaram colocar dois leões mágicos de bronze à entrada do
santíssimo do Templo que rugiriam provocando um total esquecimento.
Jesus entrou no Templo, e registou as letras sagradas num pergaminho.
Depois cortou a sua carne, escondeu o pergaminho dentro e voltou a
fechar a carne. Quando saíu, os leões rugiram e ele esqueceu-se de tudo
mas, já fora da cidade, voltou a abrir a sua carne e recuperou o
pergaminho.
Depois foi à cidade e clamou a todos: “Não sou filho de uma virgem? Eu
sou o Filho de Deus que Isaías profetizou que viria de uma virgem!”. Os
que o ouviam diziam: “Mostra-nos um sinal”. Levaram-lhe ossos de um
morto e ele devolveu-lhe a vida, restaurando-lhe tendões, carne e pele.

Ronaldo Gomes, Analisando as escrituras


A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Levaram-lhe um leproso e ele curou o leproso. E os que viram ajoelharam-


se e disseram “Tu és o Filho de Deus”.
Mas os anciãos sábios ficaram apreensivos com as notícias e montaram
uma cilada a Jesus, enviando-lhe mensageiros que lhe disseram: “Os
ilustres de Jerusalém chamam-te porque ouviram que és o Filho de Deus”.
Jesus respondeu “irei se me receberem tal como os escravos recebem o
seu senhor”. Estabelecido o acordo, Jesus dirigiu-se a Jerusalém montado
num burro e foi recebido com grande pompa.
Entretanto os sábios queixaram-se à rainha [Salomé Alexandra] e exigiram
a pena de morte para Jesus. Mas a rainha, não convencida da acusação,
pediu uma audiência com Jesus. Jesus foi então levado à presença da
rainha e mostrou os seus poderes, curando um leproso e ressuscitando
um morto. A rainha disse então aos sábios: “Porque dizem que este
homem é um feiticeiro? Pois eu vi que ele é realmente o Filho de Deus.
Desapareçam e nunca mais me tragam uma acusação destas!”.
Depois os sábios reuniram-se novamente e decidiram escolher um deles
para aprender a Shem ha-Mephorash e para provarem que assim
poderiam fazer o mesmo que Jesus. Um deles, de nome Judas, propos-se
para este desafio.
Entretanto a rainha convocou uma nova audiência, desta vez com Judas e
Jesus. Jesus começou por dizer “Assim como as escrituras dizem acerca
de mim eu vou subir ao céu para o meu Pai celeste” e, proferindo a Shem
ha-Mephorash, começou a subir aos céus. Judas também proferiu a
fórmula secreta e, subindo também, começou a puxar Jesus para baixo.
Combateram até que Judas derramou o seu suor em Jesus tornando-o
impuro. Tendo ambos ficado impuros com o suor, e como a Shem ha-
Mephorash só funciona em estado de pureza, caíram ao solo, e foi
declarada a sentença de morte a Jesus. Mas os discípulos conseguiram
fazer Jesus escapar-se para fora da cidade.
Jesus dirigiu-se ao Jordão, onde lavou-se e purificou-se, recuperando os
seus poderes. Depois pegou em duas pedras de moinho, colocou-as a
flutuar na água e sentou-se nelas a pescar para uma multidão que comeu
os peixes.
Quando os sábios souberam que Jesus estava novamente a exibir poderes,
Judas propôs-lhes que iria misturar-se secretamente com os discípulos de
Jesus. Assim o fez e, numa noite, Judas encontrou Jesus a dormir numa
tenda, cortou-lhe a carne e removeu-lhe o pergaminho.

Ronaldo Gomes, Analisando as escrituras


A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

No dia da festa dos pães não fermentados Jesus, com a intenção de ir ao


Templo recuperar a palavra secreta, dirigiu-se com os seus discípulos para
Jerusalém. Entretanto Judas foi avisar os sábios para estarem atentos
porque ele iria denunciar Jesus, prostrando-se aos seus pés. E assim, Jesus
foi capturado.
Jesus foi amarrado a um pilar e chicoteado. Colocaram-lhe uma coroa de
espinhos e, quando ele pediu água, deram-lhe vinagre para beber. Jesus
então proferiu “Meu Deus, porque me abandonaste?”. Depois, foi levado
ao Sinédrio para lhe proferirem a pena de morte e, por fim, foi apedrejado
até à morte.
Procuraram uma árvore para o pendurarem, mas não encontraram
nenhuma capaz de suportar o peso de um homem. De modo que o
penduraram numa haste de um grande repolho (!) mas, à noite,
enterraram-no no local onde fora apedrejado. Judas, receando que os
discípulos roubassem o corpo e dissessem que Jesus tinha ascendido aos
céus, removeu-o da sepultura e escondeu-o no seu jardim.
No dia seguinte, os discípulos não encontraram o corpo na sepultura e
proclamaram que Jesus tinha ascendido aos céus. Por isso a rainha
convocou todos os sábios com o seguinte ultimato “Se não encontrarem o
corpo serão todos mortos!”.
Por fim, Judas entregou o corpo e eles exibiram-no arrastado por um
cavalo.

Esta história faz um retrato muito desfavorável de uma personagem


chamada Jesus ben Pandera, descrevendo-a como um inimigo dos judeus.
O personagem principal é um pretenso Messias que é desmascarado por
um homem chamado Judas.

A grande curiosidade aqui é que esta história possui contornos


semelhantes à do Jesus Nazareno dos evangelhos, embora com um
enquadramento histórico diferente.

O enquadramento histórico do Sepher Toldoth Yeshu coloca o nascimento


de Jesus ben Pandera no reinado de Alexandre Janeu, entre 103 e 76 AEC,
e a sua morte durante o reinado de Salomé Alexandra, entre 76 e 67 AEC.
Existe, portanto, um lapso de cem anos em relação ao tempo dos
evangelhos, ou seja, ao tempo de Herodes Antipas e Pilatos e, por este
raciocínio, poderíamos considerar que uma versão primitiva do Sepher
Toldoth Yeshu antecedeu a escrita dos evangelhos.

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Celso que escreveu um tratado contra o cristianismo, o qual mereceu até


uma resposta de Orígenes setenta anos depois, diz que Jesus é o bem
Pandira. Será que Celso se confundiu ou eles eram o mesmo?

O que disse Celso:

- Os Cristãos conduziam reuniões secretas (que, de acordo com a lei da


altura, eram proíbidas). Presumo que o autor se esteja a referir a algo que,
em Português, poderá ser traduzido como as "Ceias do Senhor", uma
refeição ritualística semelhante à Última Ceia de Jesus.

- Os Cristãos assentam somente na fé, mais do que na razão.

- Jesus não nasceu de uma virgem. Em vez disso, Maria foi abandonada
pelo marido, José, na sequência de uma infidelidade com um soldado
chamado Pantera/Pandera.

Esta foi então viver para o Egipto, onde Jesus eventualmente aprendeu as
artes mágicas características dessa civilização. Este conhecimento fez com
que, mais tarde, se considerasse um deus.

- Pense-se na falta de lógica na fuga de Jesus para o Egipto. Se este fosse


realmente um deus, porque temeria a morte, porque necessitaria da
intervenção dos anjos?

- Comparados com os actos admiráveis de Perseu, Minos, etc, Jesus nada


de admirável fez quando lhe pediram para provar, no templo, que era
mesmo filho de deus.

- Assumindo que Jesus realmente fez os milagres que lhe são atribuídos,
como se poderia explicar que muitas outras pessoas com conhecimento
das artes egípcias fizessem actos similares, desta vez nos mercados e a
troco de algum dinheiro? Então e aqueles que usavam artifícios similares à
ressureição? Seriam todos eles também filhos de um dado deus?

- Quando Jesus foi crucificado, os seus apóstolos fugiram e negaram que o


conheciam. Com isso em mente, porque deveriam os Cristãos então

Ronaldo Gomes, Analisando as escrituras


A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

morrer com o seu mestre? Porque acreditariam as pessoas nele agora que
estava morto, se não acreditaram quando ele estava vivo?

- As crenças dos Cristãos e dos Judeus diferem somente na identidade do


seu Salvador - os primeiros diziam que este já tinha vindo, enquanto que
os segundos referiam que ele ainda estava para vir. Além disso, tal como
os Judeus desprezavam a religião dos seus antecessores (os Egípcios),
também os Cristãos desprezavam agora a dos Judeus.

- Grande parte das componentes filosóficas (se é realmente correcto dar-


lhes esse nome) de Jesus parecem já vir de Sócrates e Platão.

Já em Contra os Cristãos, de Porfírio (outra obra que não sobrevive, mas


que é citada por vários autores da altura), aparecem as seguintes
referências:

- Jesus é acusado de inconstância, já que muitas vezes dizia algo e fazia


algo diferente.

- Alguns dos milagres mencionados nos Evangelhos são vistos como sendo
para ignorantes, já que um dado lago é até confundido com um mar.

b- Crestus
Crestus era o messias idealizado dos essênios e muitas de suas história se
assemelham a passagens do novo testamento. Descobrimos muito acerca
dele após as descobertas dos manuscritos de Qunram.

Em 1947, em Coumrã, foram encontrados documentos escritos em hebreu


que falavam em Crestus e não em Cristo . A igreja , ao tomar
conhecimento da descoberta de tais documentos , pretendeu fazer crer
que o tal Crestus era o mesmo Cristo de sua criação , só que as
investigações posteriores deixaram muito claro que se tratava de uma
fraude da igreja e que Crestus não era o Cristo que a igreja pretendia
inventar . Tais documentos haviam sido escritos quase um século antes da

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

novela do Calvário e que Crestus era um líder de uma comunidade


legendária e comunista.

O Padre Alfred Loisy, diante do enorme descrédito que o mito do


cristianismo vinha sofrendo nos meios cultos de Paris, resolveu pesquisar-
lhe as origens, visando assim desfazer as objeções apresentadas de modo
seguro e bem fundamentado. Buscava a verdade para mostrá-la aos
demais. Entretanto, ao fazer seus estudos, o Padre Loisy constatou que
realmente a crítica havia se baseado em fatos incontestáveis. Por uma
questão de honra, não poderia ocultar o resultado de suas pesquisas,
publicando-o logo em seguida. Sendo tal resultado contrário
fundamentalmente aos cânones da Igreja. Foi então expulso de sua
cátedra de Filosofia, na Universidade de Paris, e excomungado pelo Papa
em 1908. O Pe. Loisy havia concluído que os documentos nos quais a
Igreja firmara-se para organizar sua doutrina provieram do ritual essênio.
Jesus Cristo não tivera vida física. Era apenas o reaproveitamento da
lenda essênia do Crestus, o seu Messias. Verifico- se também que as
Paulinianas, de origem insegura, haviam sido refundidas em vários pontos
fundamentais e por diversas vezes, antes de serem incluídas
definitivamente nos Evangelhos. Do mesmo modo chegou à conclusão de
que os Evangelhos não poderiam servir de base para a história, nem para
provar a vida de Jesus, dada a sua inautenticidade.

O mais próximo que pode-se chegar a um suposto Cristo é o homem de


nome Crestus. Crestus foi o líder de uma seita judaica denominada
essênios. Este homem parece ter servido também de inspiração para a
formação do fantoche Jesus Cristo. Contudo uma análise desta figura
histórica mostra que ele distancia-se um tanto do Cristo demonstrado na
Bíblia.

Originalmente os formadores do cristianismo tentaram dar a Crestus a


roupagem de “Messias” como deram a Cristo. Contudo notaram que isto

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

seria um grande erro graças a imagem e mensagem que Crestus e sua


causa passavam.

Crestus era um ativista e um guerreiro da causa de libertação da Judéia do


jugo romano. Este assemelhava-se muito mais a um “Che Guevara Judeu”
do que a um pacifista “Jesus Cristo”. Este acreditava que com a libertação
da Judéia da égide opressora romana, deveria-se estabelecer uma
sociedade em moldes “comunistas primitivos”. Tal era muitíssimo ruim
aos olhos daqueles que tentavam estabelecer uma religião que forma um
“rebanho” resignado e pacifista. Da mesma maneira que seria
extremamente prejudicial aos olhos da “elite formadora do cristianismo”
que se criasse um pensamento comunal e de repartição de bens como era
feito entre os essênios. Destarte a ideia de fazer de Crestus o “verdadeiro
Messias predito por Isaías:” foi abandonada. Contudo alguns elementos
da figura e história de Crestus foram absorvidos pelo cristianismo.

A figura de Crestus era tida como santa, assim como a de Cristo o foi. E
Crestus foi traído por um homem de seu bando, homem este chamado
Judas Iscariotes. Judas de traidor de Crestus passou para traidor de
Cristo.

A existência de Crestus é historicamente e racionalmente comprovada,


enquanto a de Jesus Cristo apresenta-se cheia de calúnias e adulterações
feita por uma Igreja que só anseia manter a ilusão e dispersão das massas.

Suetônio, um famoso historiador e que escreveu sobre praticamente toda


sorte de grandes movimentos políticos e religiosos da Roma Antiga, autor
do livro “História dos Doze Césares”, nada falou de Jesus e sim de Crestus.
Falando acerca de distúrbios envolvendo Crestus, este disse somente:”
Roma expulsou os judeus instigados por Crestus, porque promoviam
tumultos”.

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Aqueles expulsos de Roma, não eram os cristãos que muitos historiadores


se referem,e sim judeus instigados à revolta por Crestus. Segundo
Suetônio, estes judeus foram expulsos por Nero.

Contudo foi o filósofo, historiador e pensador Filon de Alexandria que


mais serviu de fonte para criar-se o cristianismo e serve como prova cabal
da inexistência de Jesus Cristo. Filon foi um pensador e minuncioso
estudioso de todos os acontecimentos históricos de seu Tempo,
principalmente no estudo das seitas judias, movimentos político-religiosos
e de figuras importantes da História de seu Tempo. O pai de Filon seria
contemporâneo a Jesus Cristo caso este tivesse realmente existido.

Filon escreveu um tratado, depois destruído pelas maledicentes mãos


papais, chamado o “Bom Jesus - Serapis”. Este tratado, cria uma espécie
de enviado de Deus (um redentor) além de utilizar-se do pensamento
egípcio de Verbo Divino Encarnado. Neste tratado é deixado bem claro
que o protagonista (o “enviado de Deus”)é uma figura mitológica e
imaginária. Seu tratado é, de facto, uma helenização e platonização do
judaísmo.

Segundo Voltaire e outros Enciclopedistas, os Evangelhos muito se


assemelham aos escritos de Filon, principalmente o Apocalipse de João. A
noção cristã do Logos é retirada de Filon, que por sua vez retirou da
teologia Egípcia. Sendo que muito do pensamento voltairiano é calcado na
filosofia de Filon.

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

c- O jesus de Josefo
Josefo menciona, numa passagem, um outro Jesus num episódio ocorrido
no ano 62 (“quatro anos antes da guerra”). Não é o mesmo Jesus alegado
pela igreja que é uma interpolação, e veremos mais adiante na parte do
silêncio histórico. Esta personagem tem muitas semelhanças com o Jesus
dos evangelhos mas, neste tempo, o Jesus dos evangelhos já deveria estar
morto por quase 30 anos... se é que existiu. Vejamos a passagem:

A Guerra dos Judeus, VI, 5, 3

Mas um outro portento foi ainda mais assustador. Quatro anos antes da
guerra, quando a cidade desfrutava de grande paz e prosperidade, um tal
Jesus, filho de Ananias, um rude camponês, veio à festa na qual todos os
Judeus costumam erguer tabernáculos a Deus. Entrando no Templo, pôs-
se subitamente a gritar, «Uma voz do oriente, uma voz do ocidente, uma
voz dos quatro ventos. Uma voz contra Jerusalém e o santuário, uma voz
contra o noivo e a noiva, uma voz contra todo o povo». Depois, percorreu
todas as ruelas, dia e noite, com este grito nos lábios. Alguns dos
principais cidadãos, furiosos com estas palavras de mau agoiro,
prenderam-no e castigaram-no duramente. Mas ele, sem uma única
palavra em sua defesa ou para os ouvidos dos que lhe batiam, continuou

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com os seus gritos. Os magistrados, convictos de que o homem se


encontrava sob um impulso sobrenatural – o que era verdade -, levaram-
no ao governador romano. Apesar de flagelado até aos ossos, não
implorou misericórdia nem derramou uma lágrima, gemendo entre cada
chicotada, «Ai de Jerusalém!». Sempre que Albino, o governador, lhe
perguntou quem era, donde vinha e porque dava aqueles gritos, ele nunca
lhe respondeu, reiterando incessantemente as suas lamentações pela
cidade, até que Albino o declarou louco e o deixou ir embora. ...

A Guerras dos Judeus, escrita cerca de 74 EC, é a história dos Judeus desde
o tempo da revolta dos Macabeus, em 165 AEC, até à destruição de
Jerusalém em 70 EC

Mundo grego romano

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

XI Messias solares
Não bastasse esses personagens reais e históricos terem em suas histórias
semelhanças com a história de Jesus, temos também os messias solares,
isto é, os deuses pagãos que eram cultuados em Roma:

a- Krishna na vida de Jesus


Krishna foi o deus dos hindus. O hinduísmo é considerado a religião mais
antiga da humanidade e também é a que possui mais escritos. Existem
livros e mais livros escritos em sânscritos sobre as vidas des seus muitos
deuses, sendo os mais populares o Mahabarata e os Vedas.Krishna
nasceu, viveu e morreu pelo menos 14 séculos antes de Yeshua. As

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estimativas da data de seu nascimento variam. Algumas são 1477, 3112,


3600, 5150, e 5771 aC.
E encontramos muitas similaridades entre alguns escritos hindus e o novo
testamento. 'Eu sou o início, o meio, e o fim' (BG 10:20 x Apocalipe 1:8)
"No princípio era prajãpati, com quem estava o verbo, e o verbo é
supremo Brahman"
(O verso acima é encontrado no Brhadãranyakopanisat 1.4.10: 4.1.2, no
Satapathabrãhmanas 11.5.8.1 n Pãncavimssabrãhmanam 20.14.2, nos
Kathakasamhitayam 12.5; 27.1 e kapisthalakathasathitãyam 42.1 do
Krsnayajurvediyam) Eu 71 hindu é o próprio Vishnu, encarnado através de
um avatar humano como Krisna. O mesmo foi inserido na história de
Jesus.
Krishna e sua família tiveram que fugir por conta disso, pois o tio de
Krishna, temendo perder seu reino por uma profecia manda matar
Krishna. Seu nascimento também foi anunciado por uma estrela. Krishna
realiza inúmeros milagres e curas, sendo um deles transformar água em
vinho. Ele também se encontra com uma mulher estrangeira em um poço,
onde lhe diz que se ela lhe der água para beber, ele lhe dará da água da
vida. Após uma batalha, krishna é morto pendurado em uma árvore
(madeiro) onde lhe atiram flechas.
A missão de Krishna era trazer o caminho para o "reino de Deus" (BG
2:72), e ele avisou dos 'obstáculos em que se tropeça' durante o caminho
(BG 3:34, 1 Cor. 1:23, Rev. 2:14). A motivação principal dos ensinos de
Krishna, revelados a um discípulo favorito, às vezes parecem coincidir com
Jesus ou a Bíblia. Compare: 'os sábios não se lamentam nem pelos vivos
nem pelos mortos' (BG 2:11) com o sentido do conselho de Jesus para
'deixar que os mortos enterrem seus próprios mortos' (Mateus 8:22).
Quando Krishna diz, 'Eu não invejo nenhum homem, nem sou parcial com
ninguém; Eu sou igual para com todos' (BG 9:29) assemelha-se muito à
idéia de que Deus não tem preferencias individuais (Romanos 2:11, veja
também Mateus 5:45) E aquele que considera igualmente seus amigos e
inimigos... me é muito querido' (BG 12:18) é remanescente de 'amar seus
inimigos' (Mateus 5:44) Krishna também disse que 'pelos cálculos
humanos, mil anos juntos tem a duração de um dia de Brahma' (BG 8:17),
o que é muito semelhante a 2 Pedro 3:8. O autor Kersey Graves escreveu

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um livro em 1875 no qual ele lista 346 "analogias notáveis entre Cristo e
Chrishna." Abaixo temos uma lista das coincidências exatas entre as vidas
de Yeshua e Krishna:
Correspondências entre os eventos das vidas de Jesus e Krishna: Seu
autor, Kersey Graves (1813-1833), um Quaker de Indiana, comparou as
vidas de Yeshua e Krishna. ele encontrou 346 elementos comuns entres os
escritos Cristãos e Hindus. Alguns dos eventos selecionados são:
Tanto Yeshua quando Krishna foram chamados de Deus e de Filho de
Deus.
Ambos foram mandados do céu à terra na forma de um homem
Ambos foram chamados de Salvador, e a segunda pessoa da trindade.
Suas mães forma virgens santas, e tinham nomes parecidos: Miriam
(Maria) e Maia. Seu pai humano adotivo era um carpinteiro.
Um espírito era seu pai verdadeiro. No cristianismo o espirito santo.
Krishna e Jesus tinham acendência real.
Ambos foram visitados ao nascer por homens sábios e pastores, guiados
por uma estrela
Um anjo avisou que o ditador local planejava matar o bebe e assinou um
decreto para seu assassínio. Os pais fugiram. Maria e José ficaram em
Muturea; os pais de Krishna ficaram em Madura.
Yeshua e Krishna se retiraram ao deserto quando adultos, e jejuaram.
Ambos foram identificados como "a semente da mulher esmagando a
cabeça da serpente."
Jesus foi chamado de "o leão da tribo de Judá." Kishna foi chamado de "o
leão da tribo de Saki."
Ambos declararam: "Eu sou a Ressureição."
Ambos diziam sobre si mesmos, que tinham existindo antes de seu
nascimento na Terra.
Ambos eram "sem pecado".
Ambos eram deus-homem: considerados tanto como homens, como
divinos.

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Ambos foram considerados oniscientes, onipotentes, e onipresentes.


Ambos fizeram vários milagres, incluindo a cura de doentes. Um dos
primeiros milagres executados por ambos foi a cura de um leproso. Cada
um curou "todos os tipos de doenças."
Ambos expulsaram demônios de possessos, e levantaram mortos.
Ambos escolheram discípulos para divulgar seus ensinamentos. Ambos
eram humildes, e misericordiosos.
Ambos foram criticados por se associarem a pecadores.
Ambos encontraram uma mulher pagã num poço. Ambos celebraram uma
última ceia. Ambos perdoaram seus inimigos.
Ambos desceram ao Inferno, e depois ressuscitaram. Muitas pessoa
testemunharam suas ascensões ao céu. Graves declara que tanto Krishna
quanto Yeshua nasceram em 25 de Dezembro. Aqui ele se engana: a
tradição atribui o nascimento de Krishna em Agosto. O festival
Janmashtami é celebrado em honra de seu nascimento. O dia do
nascimento de Jesus é desconhecido, embora muitos acreditem que ele
também tenha nascido em Agosto. O 25 de Dezembro foi escolhido para o
Natal por causa de uma festa Pagã Romana antiga, a Saturnália. O 25 de
Dezembro também era conhecido em tempos antigos como o dia de
nascimento de vários homens divinos como Attis e Mithra.

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Além destes, há outros pontos de semelhança entre Krishna e Yeshua: -


"O objetivo do nascimento de Krishna foi trazer a vitória do bem sobre o
mal." - Krishna "veio à terra para limpar os pecados dos seres humanos." -
"Krishna nasceu quando seu pai Nanda estava na cidade para pagar os
impostos para o rei." - Yeshua nasceu enquanto seu pai, José, estava na
cidade para o censo que houve para "que todo mundo pudesse pagar
impostos." - Jesus é lembrado por ter dito: "seu você tiver a fé do
tamanho de uma semente de mostarda você dirá para a montanha se
eleva e lançar-se ao oceano". Krishna é lembrado por ter erguido uma
pequena montanha. Além dos pontos de semelhança acima entre Yeshua
e Krishna, pode ter existido mais uma similaridade: ambos podem ter sido
crucificados. Em seu livro, Graves declara que tanto Yeshua quanto
Krishna foram crucificados entre dois ladrões, com a idade aproximada de
30 a 36 anos por "mãos perversas." Contudo, isso pode ter sido apenas
um desejo do autor. A "descrição ortodoxa comum da morte de Krishna
relata que ele foi atingido no pé por uma flecha, debaixo de uma árvore."
Mas o autor Jacolliot, referindo-se ao "Bhagavad-Gita e as tradições
Brahmanes", diz que o corpo de Krishna "foi suspenso nos galhos de uma
árvore por seu assassino, para que ele se tornasse presa dos abutres...
(Posteriormente) a forma mortal do Redentor desapareceu - sem dúvida
ele retornou às moradias celestiais..." Há outras referências à Krishna
sendo crucificado, e sendo exibido com furos em suas mãos, pés e partes
laterais do corpo. Nas Escrituras Cristãs (Novo Testamento) a crucificação
de Yeshua numa cruz ou estaca é frequentemente mencionada como
tendo sido "pendurado numa árvore:" isto é “madeiro”

Correspondências entre as crenças do Hinduísmo e do Cristianismo:


- Uma recompensa futura no paraíso ou punição no inferno.
- O Hinduísmo e o Catolicismo compartilham o conceito do Purgatório. -
Um dia de julgamento.
- Uma ressurreição geral. - A necessidade do arrependimento pelos
pecados.

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- A salvação requer a fé no Salvador.


- Uma crença em anjos e espíritos maus. - Uma crença que doenças e
enfermidades são causadas por maus espíritos.
- Uma guerra no passado entre maus e bons anjos no paraíso.
- Livre-arbítrio.
- Deus é considerado como a "Palavra de Logos."
- Seus textos religiosos falam de "cegos guiando cegos", "um novo céu e
uma nova terra", "água viva", "todas as escrituras são dadas por
inspiração de Deus", "todas escrituras servem para a doutrina", "morrer é
o maior ganho", etc.
- As duas religiões discutem o jejum, e o renascimento. Muitos teólogos
Cristãos primitivos observaram a extrema semelhança entre o
Cristianismo e as religiões Pagãs como o Hinduísmo, Mithraísmo, etc.

Eusébio de Cesária (aprox. 283-371) escreveu: "A religião de Jesus Cristo


não é nova nem estranha."

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S. Agostinho de Hipólito (354-430) escreveu: "Esta, nos dias atuais, é a


religião Cristã, que não era desconhecida em tempos anteriores, mas
apenas recentemente recebeu este nome."

Como vemos, o cristianismo não é uma religião nova ou original.

b- Mitra na vida de Jesus


O mitraísmo era a religião mais popular do Império romano no primeiro
século. Mitra era um deus Persa que rapidamente se popularizou no
império romano, tendo sido erguidos templos e estátuas (existentes até
hoje) para o deus Mitra. Seu dia era o domingo, pois era um deus solar.
Sua origem remonta do zoroastrismo persa. Mitra ou Amigo é o deus do
Sol, da sabedoria e da guerra na mitologia persa. Ao longo dos séculos, foi
incorporado à mitologia hindu e à mitologia romana. Na Índia e Pérsia,
representava a luz, significando, literalmente, em persa, "Divindade solar".
Representava também o bem e a libertação da matéria. Era filho do deus
persa do bem, Azúra-Masda, e lutava contra os inimigos deste com suas
armas e com seu javali Verethraghna. Era identificado com o sol, viajando
todos os dias pelo céu com sua carruagem para espantar as forças das
trevas. Era uma das mais populares divindades persas. Com sua adoção
pelos romanos, tornou-se especialmente popular entre os soldados, que
lhe ofereciam touros. Existem referências a Mitra e a Varuna de 1400 a.C.
como deuses de Mitanni, no norte da Mesopotâmia. Entre os persas,
apareceu como filho de Aúra-Masda, deus do bem, segundo as imagens
dos templos e os escassos testemunhos escritos.

Mitra nasceu perto de uma fonte sagrada, debaixo de uma árvore sagrada,
a partir de uma rocha (a petra generatrix; Mitra é, por isso, denominado
de petra natus). Sua primeira menção é de aproximadamente 3400 anos
atrás, sendo descrita como companheira de Varuna, o deus do equilíbrio e
da ordem do cosmo. Por volta do século V a.C., passou a integrar o
panteão do zoroastrismo Persa: a princípio, como senhor dos elementos;
depois, sob a forma definitiva do deus solar.

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Após a vitória de Alexandre, o Grande, sobre os persas, o culto a Mitra se


propagou por todo o mundo helenístico. Nos séculos III e IV da era cristã,
as religiões romanas, identificando-se com o caráter viril e luminoso do
deus, transformaram o culto a Mitra no mitraísmo. A partir do século II, o
culto a Mitra era dos mais importantes no Império Romano e numerosos
santuários (Mithraea, singular Mithraeum) foram construídos. A maior
parte eram câmaras subterrâneas, com bancos em cada lado; em raras

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

vezes, eram grutas artificiais. Imagens do culto eram pintadas nas


paredes, e, numa delas, aparecia, quase sempre, Mithras, que matava o
touro sacrificial.

Algumas peculiaridades do mitraísmo foram agregadas a outras religiões,


como o cristianismo. Por exemplo, desde a antiguidade, o nascimento de
Mitra era celebrado em 25 de dezembro.(mesma data do Natal de Jesus
adotado no calendário atual) O mitraísmo entrou em decadência a partir
da adoção do cristianismo como religião oficial do Império Romano.
A principal razão para a decadência do mitraísmo frente ao cristianismo
foi o mitraísmo não ser tão inclusivo quanto a religião cristã. O culto a
Mitra era permitido apenas aos homens, e ainda assim apenas aos
homens iniciados em um ritual que acontecia somente em algumas
épocas do ano. A religião mitraica tinha raízes no dualismo zoroástrico
(oposição entre bem e mal, espírito e matéria). Nos cultos helenísticos.

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Vejamos algumas semelhanças:


Originalmente um deus persa, mas foi adotado pelos romanos e
convertido em deus Sol; Intermediário entre Ormuzd (Deus-Pai) e o
homem; Seu nascimento é comemorado em 25 de dezembro;
Nasceu de forma milagrosa, sem envolvimento sexual;
Pastores vieram adorá-lo, com presentes como ouro e incenso; Viria livrar
o mundo do seu irmão maligno, Ariman;
Era considerado um professor e um grande mestre viajante; Era
identificado com o leão e o cordeiro;
Seu dia sagrado era domingo ("Sunday"), "Dia do Sol", centenas de anos
antes de Cristo; Tinha sua festa no período que se tornou mais tarde a
Páscoa cristã;
Teve doze companheiros ou discípulos; Executava milagres; Foi enterrado
em um túmulo e após três dias levantou-se outra vez;
Sua ressurreição era comemorada cada ano.
Todos os anos, os adeptos do Mitraismo se reuniam aos domingos nas
catacumbas romanas onde celebrava um ritual em honra ao deus sol
Mitra, ceiando Pão e vinho que simbolizavam o corpo e o sangue do deus.
Lembra algo? Esses rituais, simbolizando a ingestão do corpo e do sangue
divinos, representados pelo pão e o vinho, já eram praticados há milhares
de anos atrás na Babilônia, em cerimônias em honra de Nemrod, da
Rainha Semiramis e de seu filho Ninus-Tammuz, sendo também 77
reproduzidos, posteriormente, no antigo Egito. A ciência da religião
comparada descobriu, subitamente, semelhanças e paralelismos entre a
vida de Jesus e o deus do Sol, Mitras (H.B. Smith, 1991) ou o herói da
epopéia babilônica do Gilgamexe 23 (Jensen, 1906), ou com a figura mítica
do deus redentor que morre e ressuscita (R. Reitzenstein e outros); (a
ciência da religião comparada) julgou poder-se interpretar a imagem
descrita nos Evangelhos acerca da vida e das doutrinas de Jesus como a
personificação de aspirações sociais das massas oprimidas.
Mitra foi crucificado, mas ressurgiu dos mortos no dia 25 de março, isto é,
em plena Páscoa! As iniciações a ele eram feitas em cavernas adornadas

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com os signos de Capricórnio e de Câncer, simbólicos dos solstícios de


inverno e de verão, os pontos mais alto e mais baixo do Sol em relação à
Terra! “Este é meu corpo e este é meu sangue. Tomai e comei. Fazei isto
em memória de mim”

c- Buda na vida de Jesus


Buda é um título dado na filosofia budista àqueles que despertaram
plenamente para a verdadeira natureza dos fenômenos e se puseram a
divulgar tal descoberta aos demais seres. "A verdadeira natureza dos
fenômenos", aqui, quer dizer o entendimento de que todos os fenômenos
são impermanentes, insatisfatórios e impessoais. Tornando-se consciente
dessas características da realidade, seria possível viver de maneira plena,
livre dos condicionamentos mentais que causam a insatisfação, o
descontentamento, o sofrimento.
Do ponto de vista da doutrina budista clássica, a palavra "buda" denota
não apenas um mestre religioso que viveu em uma época em particular,
mas toda uma categoria de seres iluminados que alcançaram tal realização
espiritual. Pode-se fazer uma analogia com a designação "presidente da
república" que refere-se não apenas a um homem, mas a todos aqueles
que sucessivamente ocuparam o cargo. As escrituras budistas tradicionais
mencionam pelo menos 24 budas que surgiram no passado, em épocas
diferentes. Atualmente, as referências ao Buda referem-se em geral a
Siddhartha Gautama, mestre religioso e fundador do budismo no século VI

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antes de Cristo. Ele seria, portanto, o último buda de uma linhagem de


antecessores cuja história perdeu-se no tempo. Conta a história que ele
atingiu a iluminação durante uma meditação sob a árvore Bodhi, quando
mudou seu nome para Buda, que quer dizer "desperto".

Buda nasceu de forma milagrosa, filho da virgem maya, quando um


elefante branco trazendo uma flôr de lótus a fecundou sem contato
sexual. "Uma noite, a rainha Mayadevi sonhou que um elefante branco
descia do céu, e entrou em seu útero. O elefante branco entrar em seu
ventre indicaram que, na mesma noite, ela tinha concebido um filho que
era um puro e poderoso. O elefante descer do céu indicado que o filho
veio do céu Tushortsa, a Terra Pura de Buda Maitreya ".

Tanto Gautama como Jesus eram dotados do poder de realizar prodígios e


efetuar curas milagrosas. Gautama abole a idolatria e entra em conflito
com os brâmanes que detinham o monopólio do ensinamento religioso da
tradição hinduísta. Ele divulga os mistérios da unidade e do nirvana, e
oferece um método prático e seguro, ao alcance de todas as castas, para
se alcançar a libertação. Jesus revela-se contrário à tirania religiosa dos
escribas, fariseus e da sinagoga, e revela os mistérios do reino de Deus. E,

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finalmente, após a morte, Buda sobe ao Nirvana e Jesus é elevado ao Céu.


Como parte de seus ensinamentos sobre a ética, tanto Buda como Jesus,
alertaram para o fato de que viriam outros mensageiros com falsos
ensinamentos.

Existem quatro passagens do Sermão da Montanha que tratam de


homicídio, adultério, falso testemunho e retribuição. Essas passagens
correspondem aos preceitos do Buda de não matar, não se apropriar do
que não lhe pertença, não ter relações sexuais indevidas, não dizer
mentiras e não usar álcool ou drogas. Siddharta foi tentado por um
demonio chamado Mara, "o Senhor deste mundo", por quarenta dias ,
que ofereceu Siddharta poder para governar o mundo inteiro e sugeriu
que ele poderia ser capaz de usar seu poder para forçar a iluminação à
humanidade. "Em Jataka 190, lemos sobre o discípulo piedoso que
caminha sobre a água enquanto ele está cheio de fé no Buda, mas
começa a afundar quando sua crença muda...
Em Jataka Buda anuncia aos seus 500 irmãos com único bolo que foi
colocado em sua tigela, e há muito mais de que o que é esquerda tem que
ser jogado fora. " "Em um trabalho atrasado budista, o Pundarika
Saddharma ... Há uma parábola que tem uma estreita semelhança com o
do Filho Pródigo". Parábolas.
Outros lembram as parábolas do semeador e do ácaro da viúva. Embora
existam versões diferentes de sua morte, uma história o tremor da terra e
outros incidentes. traduzidos do livro " Jesus & Buddha: The Parallel
Sayings - Marcus J. Borg "

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Alguns historiadores acreditam que os princípios do budismo eram


conhecidos de Jesus, no Império Romano. Alguns argumentam que Jesus
foi ensinado no budismo, mas outros dizem que os seus ensinamentos
surgiram do mesmo Universo de Espiritualidade e Sabedoria.
Buda: É mais fácil ver os erros dos outros que os próprios; é muito
difícil enxergar os próprios defeitos. Espalham-se os defeitos dos
outros como palha ao vento, mas escondem-se os próprios erros
como um jogador trapaceiro”
Jesus: Por que olhas o cisco no olho de teu irmão e não vês a trave
no teu? Como ousas dizer a teu irmão: deixa-me tirar o cisco de teu
olho, pois sei corrigir o teu erro de visão? Hipócrita, tira primeiro o
engano da tua visão, e só então poderás tirar o cisco do teu
companheiro”.
Buda: A pessoa má fala com falsidade, acorrentando os
pensamentos às palavras. Aquele que fala mal e rejeita o que é
verdadeiramente justo não é sábio”.
Jesus: O homem bom tira coisas boas do tesouro do coração, e o
mau retira coisas más, pois a boca fala do que está cheio o
coração”.
Buda: A pessoa má fala com falsidade, acorrentando os
pensamentos às palavras. Aquele que fala mal e rejeita o que é
verdadeiramente justo não é sábio”.
Jesus: O homem bom tira coisas boas do tesouro do coração, e o
mau retira coisas más, pois a boca fala do que está cheio o
coração”.

Muitos acreditam que isto reflete apenas grandes mentes que pensavam
de forma semelhante. As descrições semelhantes entre suas vidas, podem
nem ser referentes a Buda em si, mas a todos messias solares que
nasceram de virgens, fizeram milagres e morreram e ressuscitaram no
geral.
Outros messias solares Segundo a ciência da Religião existiriam
aproximadamente dezessete histórias de messias solares nascidos de
virgens em toda a história da humanidade. Só ai já dar para se ter uma

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noção da concepção dos evangelhos no quarto século. Porque isto é o tipo


de história que envolve e torna-se fácil atrair seguidores. A sensibilidade
humana nos faz sentir piedade de messias que morreram e se sacrificaram
por nós. Todos fizeram milagres, tiveram seguidores, traziam uma
mensagem de paz e morreram e ressuscitaram.
Quando todos os bispos apresentaram seus escritos para o concilio, não
deve ter sido muito difícil harmoniza-los ou reuni-los todos em uma
pessoa só. Baco, Dionisio, Apolo, Hércules, Hórus e tantos outros, são
todos semi-deuses nascidos de mães virgens em 25 de dezembro no
solstício do inverno no hemisfério norte. Com exceção de Isis a rainha dos
céus, que se tornou Maria. Isis era muito cultuada no império romano
através de procissões e foram encontrados templos para ela até na
Bretanha. Suas seguidoras faziam votos de castidade e eram conhecidas
como as virgens vestais.

Tamuz
A igreja admite que as imagens de Isis foram transformadas nas imagens
de Maria e do menino Jesus. (catolich encyclopedy) Isis foi a mãe virgem
de Hórus, também chamada de Isis mery. Como a história de Hórus é
contestada pois existem diferentes versões, não vou me focar neste deus.
existiram mais alguns outros messias solares, desde Tamuz, que inclusive
é citado na bíblia:

"E levou-me à entrada da porta da casa do SENHOR, que está do


lado norte, e eis que 80 estavam ali mulheres assentadas chorando
a Tamuz." (Ezequiel 8 : 14)

"Os filhos apanham a lenha, e os pais acendem o fogo, e as


mulheres preparam a massa, para fazerem bolos à rainha dos céus,
e oferecem libações a outros deuses, para me provocarem à ira."
(Jeremias 7 : 18)

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Semiramiz ou Isis não são citadas diretamente como Tamuz, mas seus
títulos como eram conhecidas sim, a “Rainha dos céus”:

"Mas desde que cessamos de queimar incenso à rainha dos céus, e


de lhe oferecer libações, tivemos falta de tudo, e fomos consumidos
pela espada e pela fome." (Jeremias 44 : 18)

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d- Concepção astrológica

Tamuz segundo a crença antiga nasceu da virgem Semiramiz; Attis, de


Phyrugia, nasceu da virgem Nana a 25 de Dezembro, crucificado, colocado
no tumulo e 3 dias depois, ressusscitou.;
Dionísio da Grécia nasce de uma virgem a 25 de Dezembro, fio um
peregrino que praticou milagres tais como transformar a água em vinho, e
é referido com “Rei dos Reis,” “Filho prodígio de Deus”, “Alpha e Omega”,
entre muitas outras coisas. Após a sua morte, ressuscitou.
O que importa salientar aqui é que “existiram” inúmeros salvadores,
dependendo dos períodos, em todo o mundo, que preenchem estas
mesmas características. Mais um dos motivos do porque judeus rejeitam
jesus, uma vez que seu livro sagrado diz que só Deus é o salvador e fora
dele não há outro. "Eu, eu sou o SENHOR, e fora de mim não há Salvador."
(Isaías 43 : 11) 5-10 Porque os messias são todos iguais? A questão
mantém-se: por que estes atributos.

Por que o nascimento de uma virgem num dia 25 de Dezembro, por que a
morte e a ressurreição após 3 dias, por que os 12 discípulos ou seguidos?

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Primeiro de tudo, a sequência do nascimento é completamente


astrológica.
As estrelas no horizonte Leste é Sirius, a estrela mais brilhante no céu
noturno, que, a 24 de Dezembro, alinha-se com as 3 estrelas mais
brilhantes no centurião de Orion. Estas 3 estrelas são chamados hoje
como também eram chamadas então: “3 Reis”. Alguns as chamas de três
Marias.

Os 3 Reis e a estrela mais brilhante, Siriun, todas apontam para o nascer


do sol no dia 25 de Dezembro. Esta é a razão pela qual os Três Reis
“seguem” a estrela a Leste, numa ordem para se direcionarem ao do
Nascer do Sol. A Virgem Maria é a constelação Virgem. Em latim é Virgo.
Virgo também é referida como a “ Casa do Pão”, e a representação de
Virgo é uma virgem a segurar um feixe de espigas de trigo.

Ronaldo Gomes, Analisando as escrituras


A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Esta “Casa do Pão” (Beit Lehem em hebraico, vulgo Belém) e seu símbolo
das espigas de trigo representam Agosto e Setembro, altura das colheitas.
Por sua vez, Bethlehem, é a tradução à letra de “A Casa do Pão”.
Bethlehem é também a referência a constelação de Virgem, um lugar no
Céu, não na Terra.
Outro fenômeno muito interessante que ocorre a 25 de Dezembro é o
solstício de Inverno. Entre o solstício de Verão ao solstício de Inverno, os
dias tornam-se mais curtos e frios. Na perspectiva de quem está no
Hemisfério Norte, o sol parece mover-se para sul aparentando ficar menor
e fraco, ocorre o encurtar dos dias e o fim das colheitas, conforme se
aproxima o solstício de Inverno simbolizando a morte. A morte simbólica
do sol, no Vigésimo segundo dia de Dezembro, o falecimento do Sol está
completamente realizado, o Sol, tendo se movido continuamente para o
sul durante 6 meses.
Atinge o seu ponto mais baixo no céu. Aqui ocorre uma coisa curiosa: o Sol
parece deixar de se movimentar para o sul, durante 3 dias. Durante estes
3 dias, o Sol se encontra nas redondezas da Constelação do Cruzeiro do
Sul, Constelação de Crux ou Alpha Crucis. Depois deste período a 25 de
Dezembro, o Sol move-se, desta vez para norte, criando a perspectiva de
dias progressivamente mais longos, o calor e a Primavera, e assim se diz:
que o Sol morreu na Cruz. Esteve morto por 3 dias, apenas para
ressuscitar ou nascer uma vez mais. Esta é a razão pela qual Jesus e muitos
outros Deuses do Sol partilham a ideia da crucificação, morte de 3 dias e o
conceito da ressurreição.
É o período de transição do Sol antes de mudar seu sentido para o Sul e
dirigir-se ao Norte trazendo ao Hemisfério Norte a Primavera e assim: a
salvação. Todavia, eles não celebram a ressurreição do Sol até o equinócio
da Primavera, ou Páscoa. Isto é porque no Equinócio da Primavera, o Sol
domina oficialmente “o Mal”, “as Trevas”, assim como o dia se torna
progressivamente maior que a noite, e o revitalizar da vida na Primavera
emerge.

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Agora, provavelmente a analogia mais óbvia de todas neste simbolismo


astrológico são os 12 discípulos de Jesus. Eles são simbolicamente as 12
constelações do Zodíaco, com que Jesus, sendo o Sol, viaja. De fato, o
número 12 está sempre presente ao longo da Bíblia. 12 tribos de Israel 12
Irmãos de Jose 12 juízes de Judá 12 profetas 12 reis de Israel 12 príncipes
de Israel Voltando à Crus do Zodíaco, o elemento figurativo da vida é o
Sol, isto não era uma mera representação artística ou ferramenta para
seguir os movimentos do Sol, era também um símbolo espiritual Pagão,
uma logografia similar a isto. Isto não é um símbolo do Cristianismo. É
uma adaptação pagã da cruz do Zodíaco.
Representação essa que aparece em algumas igrejas cristãs do mundo de
hoje. Esta é a razão pela qual Jesus nas primeiras representações era
sempre mostrado com a sua cabeça na cruz, Jesus é o Sol, Filho de Deus, a
Luz do Mundo, o Salvador a erguer, que “renascerá”, assim como o faz
todas as manhãs, a Glória de Deus que defende contra as Forças das
trevas, assim como “renascer” a cada manhã, e que pode ser “visto
através das nuvens”, “Lá em Cima no Céu”, com a sua “Coroa de
Espinhos”, raios de sol. (Mateus 28:20, Mateus 12:32, Mateus 13:39,
Mateus 24: 3, Luca 18:30, Corintios 3, Corintios 10)

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Agora, nas muitas referências astrológicas ou astronômicas na Bíblia, uma


das mais importantes tem a ver com o conceito de “Eras”. Através das
escrituras há inúmeras referências ao termo “Era”. Para compreender isto,
precisamos primeiro estar familiarizados com o fenômeno da precessão
dos Equinócios.
Os antigos Egípcios assim como outras culturas antes deles, reconheceram
que aproximadamente de 2150 em 2150 anos, o nascer do Sol durante o
Equinócio da Primavera, ocorria numa diferente constelação do Zodíaco.
Isto tem a ver com a lenta oscilação angular que a Terra possui enquanto
roda sobre o seu eixo. É chamada de precessão porque este eixo caminha
para trás nas constelações, em vez de cumpri o seu ciclo anual normal.

O tempo que demora cada precessão através dos 12 signos é de 25,765


anos. Este ciclo completo é chamado também, de “Grande Ano”, e
algumas civilizações ancestrais conheciam-no bem. Referiam-se a cada
ciclo de 2150 anos como uma “Era” ou “Eon”. De 4300 a.C a 83 2150ª.C foi
a “Era do Touro”. De 2150 a.C a 1d.C foi a “Era de carneiro”, de 1 d.C a
2150 d.C é a “Era de Peixes”. A Era em que permanecemos nos dias de
Hoje, e por volta de 2150, entraremos na nova Era: “Era de Aquarius”.
Agora, a Bíblia refere-se, por alto, ao movimento simbólico durante 3 Eras,
quando se vislumbra já uma quarta. No Velho Testamento, quando Moises
desce o Monte Sinai com os 10 Mandamentos, ele está perturbado ao ver

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a sua gente adorando um Bezerro dourando. De fato, ele até partiu as


pedras dos 10 mandamentos e disse a todos para se matem uns aos
outros para purgarem o mal (Êxodo 32). As maiores partes dos estudiosos
da Bíblia atribuem esta ira de Moises ao fato de os Israelitas estarem
adorando um falso ídolo, ou algo semelhante.
A realidade é que o Bezerro Dourado é Taurus, e Moises representa a
nova Era de Carneiro. Esta é a razão pela qual os Judeus ainda hoje
assopram um Cifre de Carneiro. Moises representa a nova Era de Carneiro,
e perante esta, todos têm de “largar” a anterior. Outras divindades tais
como Mithra marcam esta transição também. Um Deus pré Cristão que
mata o Touro, na mesma linha simbólica. Agora Jesus é a figura
representativa da Era seguinte à de Carneiro, a Era de Peixes, ou dos 2
peixes.

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O simbolismo de Peixes é abundante no Novo Testamento, assim com


Jesus alimenta 5.000 pessoas com pão e “2 peixes” (Mateus 14:17). No
inicio enquanto caminhava ao longo da Galiléia, conhece 2 pescadores,
que o seguem. Agora reflita se voltar a ver um adesivo “Jesus-fish”,
“Senhor Jesus” (circunscrito numa figura de peixe), na traseira dos carros,
muito poucos sabem o que aquilo no fundo representa. É um simbolismo
astrológico pagão para o reinado do Sol durante a Era de Peixes.

Jesus assumiu também que a data do seu nascimento é também a data do


início desta Era, a próxima passagem será depois de ele ir embora, Jesus
responde:

“Eis que quando entrardes na cidade, encontrareis um homem


levando um cântaro de água segui-o até à casa em que ele entrar.”
(Lucas 22:10).

Esta escritura é de longe a mais reveladora de todas as referências


astrológicas.
O homem que leva um cântaro de água é Aquarius, o portador da água,
que é sempre representado como um homem a despejar uma porção de
água. Ele representa a Era depois de Peixes, e quando o Sol sair da Era de
Peixes, entrará na Casa de Aquarius, e Aquarius é a constelação que se

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segue a Peixes na precessão dos equinócios. Tudo o que Jesus diz é que
depois da Era de Peixes chegará a Era de Aquarius. Creio que todos
conheçam o documentário chamado Zeitgeist.
Agora, já todos ouvem falar sobre o fim do mundo. À parte, o lado
cartunista explicito no Livro de Apocalipse, a espinha dorsal desta ideia
surge em Mateus 28:20, onde Jesus diz: “Eu estarei convosco até ao fim
do mundo”. Contudo, na tradução Inglesa da Bíblia, a palavra “mundo”,
está mal traduzida, no meio de outras más traduções. A palavra realmente
usada era “aeon”, que significa Era. Eu estarei convosco até ao fim da era.
O que no fundo é verdade, Jesus como personificação Solar de Peixes irá
ser substituída quando o Sol entrar na Era de Aquário.
Este conceito de fim dos tempos e do fim do mundo é uma má
interpretação desta alegoria astrológica. Além disso, o fato de Jesus ser
literal e astrologicamente um hibrido, só demonstra o quando Jesus é um
mito paralelo ao do Deus-Sol Hórus do Egito. Por exemplo, inscrito à 3.500
anos atrás, nas paredes do Templo de Luxor do Egito, estão imagens da
anunciação, da imaculada concepção, do nascimento e da adoração a
Hórus. As imagens começam com o anúncio à virgem Ísis (vide imagem
acima) de que ela irá gerar Hórus, e que Nef, o Espírito Santo irá
engravidar a Virgem, e depois o parto e a adoração. E que é não mais do
que o milagre da concepção de Jesus. Na verdade, as semelhanças entre
Hórus e Jesus são flagrantes.

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Fontes: Vi em joaodefreitas.com.br, que viu em willians.spaceblog.com.br


E pra quem pediu mais fontes de tudo isso, segue: (Textos das pirâmides,
2. RITUAL OF BODILY RESTORATION OF THE DECEASED, AND OFFERINGS,
UTTERANCES 12-203, 44a, na tradução de Samuel A. B. Mercer -Castello
Branco, Marisa. Do Egito Milenar à Eternidade (ISBN: 85-901413-1-4) -A
Religião do Egito de 4400 a.C. e semelhanças com o Cristianismo.
HistoriaNet - Gregório, Sérgio Biagi. Os Mitos e as suas Simbologias.
Centro Espírita Ismael. - Pires,José Herculano. Revisão do Cristianismo -
Osíris e Hórus: protótipos do Jesus da fé? Kerigma-Unasp. Estudo
comparativo entre Osíris/Hórus e Jesus Cristo -Horus and Jesus:
mythological plagiarism?, programa da BBC sobre esta hipótese

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XII A formação do novo testamento


a- Variação textual
Muitos cristãos não entendem como isso é possível. Afinal a bíblia que
eles tem e seguem como regra de fé e conduta diz isso. E também diz no
antigo testamento o mesmo postado aqui. Muitos já me perguntaram:
"Mateus mentiu?" E eu respondo: Se ele disse isso no original sim, mas
não existe original.
E este é o problema. Muitos cristãos pensam que a bíblia sempre foi assim
conforme temos hoje. Que Deus preservou sua palavra e ela foi escrita
assim e permaneceu intacta por séculos. Não é bem assim. Na verdade a
bíblia em si é um produto humano e sua formação foi definida por
concílios humanos, formado por maioria de n 57 frase ou outra no
máximo, o que mostra que eles não tinham evangelhos. Só depois do
segundo século é que vemos mais citações dos pais da igreja. E mesmo
estas citações além de mínimas, nem todas podemos atribuir a Jesus, uma
vez que outras seitas eram mais populares nos primeiros séculos, como o
Crestus dos essênios, por exemplo. Eusébio cita por exemplo, os
Ebionitas, uma seita judaica que pregava a pobreza (Ebion) e acreditava
que o messias já tinha vindo. Talvez fosse a seita mais próxima do Jesus
histórico.
Eles tinham segundo o pai da igreja, somente um evangelho escrito em
hebraico, chamado de evangelho de Mateus, ou evangelho ebionita, e
mesmo este hoje inexistente, segundo pesquisadores seria menos de um
terço do que temos hoje como o evangelho de Mateus.
Eles rejeitavam Paulo e o consideravam um herege, um apóstata da Lei
judaica. Outros acreditam que este evangelho pode ter sido a fonte Q, que
serviu de base para os demais evangelhos. Mesmo os papiros e
manuscritos mais antigos que são coisas mínimas, como um fragmento de
João que é menor que uma unha e contém pouco mais que uma palavra,
eles não coincidem entre si. Não existem dois manuscritos idênticos.
Todos discordam. E essas discordâncias, nós chamamos de variação
textual, incluindo diferenças, acréscimos e omissões.
A variação textual do novo testamento é de mais de 70 por cento. É
quase impossível se construir um novo testamento original baseado em
tantas discordâncias. Os livros do novo testamento na verdade só foram

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

concluídos no final do quarto século mesmo. Antes disso, só o que se tinha


eram pequenos relatos como os papiros que se encontram hoje em dia.
Retalhos de seitas judaicas dos primeiros séculos.

A Igreja concorda, dizendo: "Nossas fontes documentais de conhecimento


sobre as origens do cristianismo e seu primeiro desenvolvimento são
principalmente o Novo Testamento, a cuja autenticidade devemos, em
grande medida, tomar para concedido." (Enciclopédia Católica, Farley ed.,
Vol. III, p. 712)
Em um notável lado, a Igreja admite ainda que, "O mais antigo dos
manuscritos existentes [do Novo Testamento], é verdade, não remontam
além do meio do século IV dC" (Enciclopédia Católica, op. Cit., Pp. 656-7).
Isso é cerca de 350 anos após o momento em que a Igreja afirma que um
Jesus Cristo caminhou pelas areias da Palestina, e aqui a verdadeira
história das origens cristãs desliza em um dos maiores buracos negros da
história.

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Há, entretanto, uma razão pela qual não havia Novo Testamento até o
quarto século: eles não foram escritos até então, e aqui encontramos
evidências da maior falsificação de todos os tempos. Por isso que nós
temos relatos tão discordantes sobre a vida de Jesus, porque não havia
um relato sobre ele. Haviam fragmentos de inúmeras histórias, algumas
nem dele sequer, mas de seitas que haviam no primeiro século. Por isso
que nos apócrifos e papiros vemos inúmeras versões de Jesus.
Porque após o terceiro século aproximadamente cada seita ou grupo
religioso, quer cristão ou não escreviam sobre sua crença, e muitos destes
escritos são os papiros que temos hoje.

b- O concilio de Nicéia

Constantino foi britânico, nascido Flávio (272-337), foi ele que autorizou a
compilação dos escritos agora chamados “Novo Testamento”. Após a
morte de seu pai em 306, Constantino tornou-se rei da Grã-Bretanha,
Gália e na Espanha, e, em seguida, após uma série de batalhas vitoriosas,
o imperador do Império Romano. Historiadores cristãos dão pouco ou
nenhum indício da turbulência dos tempos e suspendem Constantino no
ar, livre de todos os eventos humanos que acontecem ao seu redor.
Na verdade, um dos principais problemas de Constantino era a desordem
incontrolável entre os presbíteros e sua crença em vários deuses.
Constantino já no quarto século pegou um império fragmentado de
crenças e seitas. Se houve um Jesus histórico, seu movimento nada mais
era do que uma dentre milhares de seitas que vigoravam no quarto
século. Os chamado Pais da igreja, na época de Constantino, não eram
homens santos ou eruditos como se pensa hoje. Na verdade a igreja até
canonizou alguns para esconder uma verdade inconveniente sobre seus
caracteres.
A maioria dos modernos escritores cristãos suprimem a verdade sobre o
desenvolvimento de sua religião e escondem os esforços de Constantino
para conter o caráter vergonhoso dos presbíteros, que agora são
chamados de "Pais da Igreja" (Enciclopédia Católica, Farley ed., Vol. Xiv, pp
. 370-1).

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Eles foram "enlouquecidos", disse ele (Vida de Constantino, atribuído a


Eusébio Pamphilius de Cesaréia, 335 c, vol III, p 171;... The Nicéia e Pais
Pós-Nicéia, citado como N & PNF, atribuído a Santo Ambrósio, Rev . Prof.
Roberts, DD, e diretor James Donaldson, LLD, editores, 1891, vol. iv, p.
467).
O "tipo peculiar de oratória" exposta por eles foi um desafio a uma ordem
religiosa resolvida (The Dictionary of Classical Mythology, Religião,
Literatura e Arte, Oskar Seyffert, Gramercy, Nova York, 1995, pp. 544-5).
Registros antigos revelam a verdadeira natureza dos presbíteros, e a
pouca consideração em que foram realizadas foi sutilmente reprimida
pelos historiadores modernos da Igreja. Não haviam só bispos cristãos
como a história cristã ensina, mas bispos de inúmeras seitas no império
romano.

Na realidade, os pais da igreja eram: "... Os companheiros mais rústicos,


ensinando estranhos paradoxos. Eles declararam abertamente que
ninguém, estava apto para ouvir seus discursos, pois eram ignorantes ...
eles nunca apareciam nos círculos dos mais sábio, mas sempre se
infiltravam dentre os ignorantes e sem cultura, divulgando em torno de
pregações em praças e feiras e mercados ... eles banham seus livros
magros com a gordura de fábulas antigas ... e ainda que eles mesmos não
entendessem ... e escrevem bobagens em pergaminhos .. . e ainda estar
fazendo, nunca fez. " (Contra Celsum ["Contra Celso"], Orígenes de
Alexandria, c. 251, Bk I, p. Lxvii, Bk III, p. XLIV, passim)
A Classe de presbíteros tinha desenvolvido "muitos deuses e muitos
senhores" (1 Cor 8, 5.) E numerosas seitas religiosas existiram, cada uma
com diferentes doutrinas (Gálatas 1:. 6). Grupos presbiterais discordaram
sobre atributos de seus vários deuses e criaram vários altares e "altar
estava preparado contra altar" na concorrência por uma platéia (Optatus
de Milevis, 1:15, 19, início do século IV).
Ou seja, haviam vários grupos e seitas, segundo nos relata a enciclopédia
católica e elas disputavam entre si por seguidores tentando provar que
seu deus ou divindade era o melhor.
Os chamados “Pais da igreja” eram simplesmente fanáticos religiosos,
cada um defendendo seu deus. Não lembra o que nós vemos em praças

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

públicas, pregadores semi-analfabetos, mas extremamente fanáticos


pregando sua fé aos quatro cantos? Do ponto de vista de Constantino,
haviam várias facções que precisavam de algo satisfatório, e ele começou
a desenvolver uma religião abrangente durante um período de confusão
irreverente. Em uma época de ignorância crassa, com nove décimos dos
povos da Europa analfabetos, estabilizar grupos dissidentes religiosos era
apenas um dos problemas de Constantino.
A generalização suave, que tantos historiadores se contentam em repetir,
que Constantino "abraçou a religião cristã" e posteriormente concedida
"tolerância oficial", é "contrária à verdade histórica" e deve ser apagada
da nossa literatura para sempre (Enciclopédia Católica, Pecci ed ., vol. iii,
299 p., passim).

Simplesmente, não havia religião cristã no tempo de Constantino, e a


Igreja reconhece que o conto de sua "conversão" e "batismo" são
"inteiramente lendário" (Enciclopédia Católica, Farley ed., Vol. Xiv, pp.
370-1 ).
Constantino "nunca adquiriu um conhecimento teológico sólido" e
"dependia fortemente de seus assessores em questões religiosas"
(Enciclopédia Católica, New Edition, vol. XII, p. 576, passim). De acordo
com Eusebeiu (260-339).
Constantino só para deixar bem claro, nunca foi cristão e não tinha
conhecimento acerca do cristianismo. Quatro meses antes do concilio ele
havia se batizado na sua sita que idolatrava o sol invictus, comum no
império romano. A enciclopédia católica afirma que ele foi batizado em
seu leito de morte apenas, pelo bispo de Aria, e contra a sua vontade.
Cada vez que um cristão criticar o paganismo da religião alheia ele deve se
lembrar que sua religião foi definida por um pagão.
Constantino observou que entre as facções presbiterianas a "briga se
tornou tão grave, que uma ação vigorosa era necessária e se estabelecer
um estado mais religioso", mas ele não poderia trazer uma solução entre
Deuses de facções rivais (Life of Constantino, op. cit., pp. 26-8).
Seus conselheiros lhe advertiram que as religiões dos presbíteros foram
"destituídas de fundamento" e precisavam de algo oficial de estabilização

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

(ibid.). Constantino viu neste sistema confuso de dogmas fragmentadas a


oportunidade de criar uma nova e combinada religião de Estado, neutro
em termos de conceito, e para protegê-lo por lei.
Quando conquistou o Oriente em 324, enviou o seu conselheiro religioso
espanhol, Osius de Córdoba, a Alexandria com letras de vários bispos
exortando-os a fazer as pazes entre si. A missão falhou e Constantino,
provavelmente por sugestão do Osius, em seguida, emitiu um decreto
ordenando todos os presbíteros e seus subordinados "ser montados em
burros, mulas e cavalos pertencentes ao público, e viajar para a cidade de
Nicéia" na província romana de Bitínia, na Ásia Menor.

Eles foram instruídos a trazer com eles os testemunhos que discursavam


para a ralé ", encadernado em couro" para proteção durante a longa
viagem, e entregá-los a Constantino à chegada a Nicéia (O Dicionário
Católica, Addis e Arnold, 1917, "Conselho de Nicéia entrada ").
Seus escritos totalizaram, "Ao todo, 2.231 pergaminhos e contos lendários
de deuses e salvadores, bem como um relatório das doutrinas discursada
por eles" (Vida de Constantino, op cit, vol II, p 73;...... N & PNF, op cit, vol I,
p 518.).. Estes escritos não existem mais, restando apenas fragmentos e
papiros. Assim, o primeiro encontro na história eclesiástica foi convocado
e hoje é conhecido como o Concílio de Nicéia. Foi um evento bizarro que

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

forneceu muitos detalhes sobre o pensamento clerical e apresenta uma


imagem clara do clima intelectual vigente na época.
Foi nessa reunião que o cristianismo nasceu, e as ramificações das
decisões tomadas no momento são difíceis de calcular. Cerca de quatro
anos antes de presidir ao Conselho, Constantino havia sido iniciado na
ordem religiosa do Sol Invictus, um dos dois cultos de prosperidade que
considerava o sol como o único Deus Supremo (o outro foi o mitraísmo).
Por causa de sua adoração ao sol, ele instruiu Eusébio de convocar a
primeira das três sessões no solstício de verão, 21 de junho 325
(Enciclopédia Católica, New Edition, vol. I, p. 792), e foi "realizada em um
salão em Osius de palácio "(História Eclesiástica, Dom Louis Dupin, Paris,
1686, vol. i, p. 598).
Em um relato dos trabalhos do conclave dos presbíteros reunidos em
Nicéia, Sabinius, Bispo de Hereclea, que estava presente, disse:
"Excetuando-se o próprio Constantino e Eusébio Pamphilius, eles eram um
conjunto de analfabetos, criaturas simples que não entendiam nada"
(Segredos dos padres cristãos, o bispo JW Sergerus, 1685, 1897
reimpressão).
Esta é uma outra confissão luminosa da ignorância e credulidade acrítica
dos primeiros homens da Igreja. Dr. Richard Watson (1737-1816),
historiador cristão desiludido e um tempo bispo de Llandaff no País de
Gales (1782), se refere a eles como "um conjunto de idiotas vacilantes"
(uma desculpa para a Cristianismo, 1776, 1796 reimpressão, também,
Teológico Tratos, Dr. Richard Watson, "nos conselhos" de entrada, vol. 2,
London, 1786, reimpressão revista 1791).

De sua extensa pesquisa sobre os conselhos da Igreja, o Dr. Watson


concluiu que "o clero no Conselho de Nicéia estavam todos sob o poder
do diabo, e a convenção foi composta pela menor ralé e frequentado
pelas abominações mais vis" (uma desculpa para o cristianismo, op. cit.).
Foi esse corpo infantil de homens que foram responsáveis pelo início de
uma nova religião e a criação teológica de Jesus Cristo.
Se compararmos aos dias de hoje podemos dizer que eram os
pregadores das praças, dos trens metropolitanos, das igrejinhas de
esquina. A Igreja admite que elementos vitais do processo em Nicéia são

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"estranhamente ausente dos cânones" (Enciclopédia Católica, Farley ed.,


Vol. III, p. 160).

Veremos em breve o que aconteceu com eles. No entanto, de acordo com


os registros que sofreram, Eusébio "ocupou a primeira cadeira à direita do
imperador e proferiu o discurso inaugural, em nome do imperador"
(Enciclopédia Católica, Farley ed., Vol. V, pp. 619-620).
Não houve presbíteros britânicos no conselho, mas muitos delegados
gregos. "Setenta bispos orientais" representavam facções asiáticos, e
pequenos números vieram de outras áreas (História Eclesiástica, ibid.).
Caecilian de Cartago viajou da África, Pafúncio de Tebas do Egito, Nicasius
de Die (Dijon) da Gália, e Donnus de Stridon fez a viagem da Panônia. Só
lembrando que dentre os bispos orientais, havia uma divergência enorme
de crenças, dentre Isis, Krishna, Buda, Mitra dentre outros messias
solares.
Foi nessa assembleia pueril, e com tantos cultos representados, que um
total de 318 "bispos, sacerdotes, diáconos, subdiáconos, acólitos e
exorcistas" se reuniram para debater e decidir sobre um sistema de crença
unificado que englobava apenas um deus (An Apology para o cristianismo,
op. cit.). Por esta altura, uma enorme variedade de "textos selvagens"

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

(Enciclopédia Católica, New Edition, "Evangelho e Evangelhos") circulou


entre os presbíteros e eles apoiaram uma grande variedade de deuses e
deusas ocidentais e Oriental:
Jove, Júpiter, Salenus, Baal, Thor, Gade, Apollo, Juno, Áries, Touro,
Minerva, Rhets, Mitra, Theo, 62 Fragapatti, Átis, Durga, Indra, Netuno,
Vulcan, Kriste, Agni, Creso, Pelides, Huit, Hermes, Thulis, Thammus,
Eguptus, Iao, Aphóphis, Saturno, Gitchens, Minos, Maximo, Hecla e
Phernes (Livro de Eskra, Anon. De Deus, XLVIII ch., Parágrafo 36).

Até o Primeiro Concílio de Nicéia, a aristocracia romana havia adorado


principalmente dois deuses gregos -Apollo e Zeus, mas a grande massa de
pessoas comuns continuou idolatrando ou Júlio César ou Mithras (a versão
romanizada da divindade persa Mitra). César foi deificado pelo Senado
romano depois de sua morte (15 de março 44 aC) e, posteriormente,
venerado como o "Divino Júlio". A palavra "Salvador" foi afixada ao seu
nome, o seu significado literal é "aquele que semeia a semente", ou seja,
ele era um deus fálico. Júlio César foi saudado como "Deus o Salvador
manifesto e universal da vida humana", e seu sucessor Augusto foi
chamado de "Deus ancestral e Salvador de toda a raça humana" (O

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homem e seus Deuses, Homer Smith, Little, Brown & Co., Boston, 1952).
Imperador Nero (54-68), cujo nome original era Lúcio Domício
Ahenobarbus (37-68), foi imortalizado em suas moedas como o "Salvador
da humanidade" (ibid.).
O Divino Júlio como Roman Salvador e "Father of the Empire" foi
considerado "Deus", entre a plebe romana por mais de 300 anos. Ele era a
divindade em textos de alguns presbíteros ocidentais, mas não foi
reconhecido nos escritos oriental ou oriental.
A intenção de Constantino em Nicéia era criar um deus completamente
novo para seu império que uniria todas as facções religiosas sob uma
divindade. Presbíteros foram convidados para debater e decidir quem o
novo deus seria.
Os delegados discutiram entre si, expressando motivos pessoais para a
inclusão de escritos particulares que promoveram os traços mais delicados
de sua própria divindade especial. Ao longo da reunião, as facções foram
uivando imersos em debates acalorados, e os nomes dos 53 deuses foram
apresentadas para discussão. "Até o momento, nenhum Deus havia sido
escolhido pelo conselho, e assim eles debateram a fim de determinar que
o assunto ... Por um ano e cinco meses a votação durou ..." (Livro de Deus
de Eskra, tradução do prof SL MacGuire, Salisbury, 1922, capítulo XLVIII,
n.os 36, 41).

No final da época, Constantino retornou à reunião para descobrir que os


presbíteros não tinham concordado em uma nova divindade, mas tinha
decidido até uma lista de cinco perspectivas: Caesar Krishna Mitra Horus
63 Zeus (Historia Eclesiástica, Eusébio, c. 325). Constantino era o espírito
dominante em Nicéia e ele finalmente decidiu por um novo deus para
eles. Ao Envolver facções britânicas, ele decidiu que o nome do grande
deus druida, Hesus, deveria se juntar com o Oriente Salvador-deus,
Krishna (Krishna é sânscrito para Cristo), e assim Hesus Krishna seria o
nome oficial do novo deus romano .
Esus é representado segurando um machado cortando uma árvore. Mais
no capítulos seguintes A votação foi feita e foi como um show na maioria
das mãos (161 votos a 157) que de tantas divindades se tornou um Deus.
Segundo o costume pagão de longa data, Constantino usou a reunião

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

oficial e o decreto apoteose Roman para deificar legalmente duas


divindades como um, e fê-lo por consenso democrático.

Imagem do deus Esus (ESVS) existente até hoje em Roma.

Um novo deus foi proclamado e "oficialmente" ratificado por Constantino


(Acta Concilii Nicaeni, 1618). Esse ato puramente político da deificação de
forma eficaz e legalmente colocando Hesus e Krishna entre os deuses
romanos como um composto individual. Essa abstração emprestou
existência terrena de doutrinas amalgamadas para nova religião do
Império; e porque não havia nenhuma letra "J" no alfabeto até por volta
do século IX, o nome posteriormente evoluiu para "Jesus Cristo".
Lembrando que já havia uma seita de cristãos que professavam a fé em
Iesous o Cristo, o que facilitou ainda mais a aceitação de mais grupos, até
então dissidentes. Os adeptos de Mitra viram nesse novo deus o seu sol
invictus, salvador da humanidade. Os Romanos o mesmo.
Enfim, cada seita viu algo de seu deus neste novo deus hibidro que
acabara de ser criado. Uma fusão teológica de divindades.

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Isso explica o porque jesus não ter cumprido as profecias messiânicas, as


mentiras que o novo testamento faz e o antagonismo de sua doutrina com
o velho, assim como explica o porque Jesus se assemelha em tanto com os
deuses pagãos condenados por Deus e os homens deuses como
Nabucodonossor, porque ele é o mesmo que eles, uma mescla na verdade
de todos eles.

c- Como os Evangelhos foram criados


Constantino, então, instruiu Eusébio para organizar a compilação de um
conjunto uniforme de novos escritos desenvolvidos a partir de aspectos
primários dos textos religiosos submetidos ao conselho. Suas instruções
eram: "Pesquisar estes livros, e tudo o que é bom em si, que retém. Mas
tudo que é mau, que rejeita o que é bom em um livro, unir-vos com o que
é bom em outro livro. E tudo é assim reunido deve ser chamado de O Livro
dos Livros (bíblia). Será também que a doutrina do meu povo, que eu
recomendo a todas as nações, que não haverá mais guerra por causa das
religiões. " (Livro de Eskra, op. Cit. De Deus, capítulo XLVIII, ponto 31)
Não podemos dizer que a intenção de Constantino era má. Talvez ele
quisesse apenas promover a paz religiosa em seu Império, já fragmentado
e ameaçado de declínio por conflitos religiosos internos. "Faça-os para
surpreender", disse Constantino, e "os livros foram escritos em
conformidade" (Vida de Constantino, vol. Iv, pp. 36-39).

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Eusébio amalgamando os "contos lendários de todas as doutrinas


religiosas do mundo juntos como um só", usando o padrão deus-mitos a
partir de manuscritos dos presbíteros como seus exemplares. A fusão dos
sobrenaturais "deuses" histórias de Mitra e Krishna com crenças Culdeias
britânicas efetivamente juntou as orações dos presbíteros orientais e
ocidentais juntos "para formar uma nova crença universal" (ibid.).
Constantino acreditava que a coleção amalgamada de mitos uniria
variantes e opondo facções religiosas sob uma história representativa.
Eusébio então foi organizando escribas para produzir, "Cinquenta cópias
suntuosas ... a ser escrito em pergaminho de forma legível, e de uma
forma portátil conveniente, por escribas profissionais completamente
realizado em sua arte" (Ibid.). "Essas ordens", disse Eusébio, "foram
seguidas pela execução imediata da obra em si ... mandamos ele
[Constantino] magnificamente e elaboradamente volumes encadernados
de forma três vezes e quatro vezes" (Vida de Constantino, vol. Iv, p. 36).

Eles eram o "New Testemunhos", e esta é a primeira menção (c. 331) do


Novo Testamento no registro histórico. Com suas instruções cumprida,
Constantino então decretou que a New Testemunhos seria daí em diante
chamado de "palavra do Salvador Deus romano" (Vida de Constantino,
vol. III, p. 29) e oficial a todos os presbíteros em seus sermões no Império
Romano. Ele então ordenou que os manuscritos anteriores presbiterais e
os registros do conselho fossem "queimados" e declarou que "qualquer
homem encontrado escondendo escritos devem ser atingidos fora de seus
ombros" (decapitado) (ibid.).

Como mostram os registros, escritos presbiterais anteriores ao Concílio de


Nicéia não existem mais, com exceção de alguns fragmentos que
sobreviveram. Alguns registros do conselho também sobreviveram, e eles
fornecem ramificações alarmantes para a Igreja.

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Alguns documentos antigos dizem que o Primeiro Concílio de Nicéia


terminou em meados de Novembro de 326, enquanto outros dizem que a
luta para estabelecer um deus era tão feroz que se estendia "por quatro
anos e sete meses" desde o seu início em Junho de 325 (Secrets of the
Padres da Igreja, op. cit.).

Independentemente de quando ele terminou, a selvageria e a violência


que abrangeu estavam escondidos sob o título brilhante "Grande e Santo
Sínodo", atribuído ao conjunto da Igreja no século 18. No início clérigos,
no entanto, expressa uma opinião diferente. O Concílio de Nicéia, em 786-
87 denunciou o Primeiro Concílio de Nicéia como, "Um sínodo de tolos e
loucos" e procurou anular "as decisões passadas pelos homens com
cérebros perturbados" (História da Igreja Cristã, HH Milman, DD, 1871).

Se alguém escolhe para ler os registros do Concílio de Nicéia e observa as


referências a "bispos atemorizados" e a "tropa" precisava "dominar
procedimentos", a declaração "tolos e loucos" é certamente um exemplo

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

do roto falando do esfarrapado. Constantino morreu em 337 e seu


desdobramento de mitos, agora chamados de crenças pagãs em um novo
sistema religioso foi trazendo muitos convertidos. Escritores posteriores
da Igreja tornaram-no "o grande campeão do cristianismo", por que ele
deu "Status legal como a religião do Império Romano" (Enciclopédia do
Império Romano, Matthew Bunson, Fatos sobre File, New York, 1994, p.
86).

Registros históricos revelam que esta afirmação é incorreta, pois foi "auto
interesse" que o levou a criar o cristianismo (A Dictionary Classical Menor,
JM Dent, Londres, 1910, p. 161). No entanto, não foi chamado
"Cristianismo" até o século 15 (como as grandes Pan Morreu, Professor
Edmond S. Bordeaux [arquivista do Vaticano], Mille Meditações, EUA,
MCMLXVIII, pp. 45-7). 66

Ao longo dos séculos seguintes, novos testemunhos de Constantino foram


expandidos, "interpolações" foram adicionadas e outros escritos
incluídos (Enciclopédia Católica, Farley ed, vol vi, pp 135-137;..... Também,
Pecci ed, vol II, pp . 121-122).

Por exemplo, em 397 John "Boca de ouro" Crisóstomo reestruturou os


escritos de Apolônio de Tiana, um sábio errante do primeiro século, e fez
parte do Novo Testemunhos (Segredos dos padres cristãos, op. Cit.). O
nome latinizado de Apolônio é Paulus (A Dicionário Latim-Inglês, JT Branco
e JE Riddle, Ginn & Heath, Boston, 1880), e hoje a Igreja chama aqueles
escritos as epístolas de Paulo.

Atendente de Apolônio pessoal, Damis, um escriba assírio, é Demis no


Novo Testamento (2 Tm. 4:10). A hierarquia da Igreja sabe a verdade
sobre a origem de suas epístolas, para o Cardeal Bembo (d. 1.547),
secretário do Papa Leão X (d. 1521), aconselhou o seu associado, o cardeal
Sadoleto, ignora-los, dizendo: "Repudiar essas ninharias, para tais
absurdos não se tornarem um homem de dignidade, pois eles foram
introduzidos em cena mais tarde por uma voz maliciosa do céu" (Cardeal

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Bembo: Suas cartas e comentários sobre o Papa Leão X, AL Collins,


Londres, 1842 reimpressão). "Como nos faz bem acreditar nas fábulas de
Cristo, seriaum erro advertir os ignorantes sobre ela" papa leão X

A Igreja admite que as epístolas de Paulo são falsificações, dizendo:


"Mesmo as epístolas genuínas foram grandemente interpoladas para dar
peso às opiniões pessoais de seus autores"(Enciclopédia Católica, Farley
ed., Vol. VII, p. 645).

Da mesma forma, São Jerônimo (d. 420), declarou que os Atos dos
Apóstolos, o quinto livro do Novo Testamento, era também "falsamente
escrito" ("As Cartas de Jerome", Biblioteca dos Padres, Movimento de
Oxford, 1833-1845 , vol. v, p. 445).

É claro que o Jesus histórico não poderia faltar, uma vez que o maior
problema do romanos, historicamente era a nação de Israel e os judeus,
com sua teimosia em adorar a religião estatal e seus deuses, nada mais
conveniente que adaptar a história de Iesous como o messias de Israel,
prometido aos judeus. Há poucas referências sobre o Iesous histórico, e o
que vemos nos evangelhos nada mais são que frutos de uma mistura
religiosa.

Helena, a mãe de Constantino, na verdade acreditava no então profeta


Jesus.

Então profeta porque sua divindade (trindade) e seu cumprimento das


profecias só surgiriam pós concilio. Helena mesmo talvez tenha sido a
maior exortadora de Constantino a colocar Jesus como o novo deus da
nova religião que estava então sendo criada. Os bispos cristãos e as
comunidades cristãs, que até então era apenas mais uma seita judaica que
acreditava que um homem chamado Yeshua era o messias, teve então um
status nunca antes sonhado.

Ronaldo Gomes, Analisando as escrituras


A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

A partir deste ponto da história, menções dos pais da igreja anteriores


eram falsificadas, excluídas, editadas e interpoladas para dar crédito a
nova crença que estava nascendo. O messias dos essênios, uma outra
seita judaica do primeiro século, que tinham um messias ideológico
chamado de Crestus, esse messias passou a ser o próprio Cristo nas
menções dos pais da igreja. Tácito por exemplo, menciona um disturbio
em Roma causado pela seita dos seguidores de Crestus.

Hoje muitos pensam que Tácito estava se referindo a Cristo, mas na


verdade era de uma seita que ele estava falando de no mínimo uns cem
anos antes de Jesus. Em outro capítulo falarei mais acerca das citações dos
historiadores e dos pais da igreja e suas falsificações feitas para dar a
entender aos cristãos que havia um cristianismo abrangente nos primeiros
séculos, o que de fato não havia.

Ronaldo Gomes, Analisando as escrituras


A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

d- Origem pagã

Alguns autores afirmam que a Suméria foi o berço original de grande parte
do conhecimento ocidental que moldou a nossa existência e a nossa
cultura. Para eles, a crença cristã num Filho de Deus e num Cordeiro de
Deus morrendo para a remissão dos pecados da humanidade podia ser
encontrada na Babilônia, na Suméria e no Egito.
A ideia de um cordeiro morrendo para perdoar os pecados da
humanidade também se origina da crença Suméria de que se um desses
animais fosse sacrificado num altar os pecados das pessoas envolvidas no
ritual seriam literalmente perdoados pelos deuses. … “Mães virgens de
homens-deus ‘salvadores’ abundaram no mundo antigo e ainda podem
ser encontrados nas crenças de povos nativos das Américas do Norte, do
Sul e Central. Muitas ideias religiosas de hoje são meras imitações toscas e
reciclagens de antigas crenças e histórias simbólicas da Suméria… e hoje,
quando seu sentido original se perdeu, aparecem distorcidas, sob uma
avalanche de mitos e invenções…”

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

Para concluir um novo testamento aceitável, Constantino teve que reunir


e harmonizar pontos de todos os bispos do concilio ecumênico. Um pouco
do Jesus histórico, que eu costumo chamar respeitosamente de "profeta".
Um pouco de Mitra que era o deus mais popular no império romano, onde
seus seguidores se reuniam em cavernas e catacumbas para celebrar o
deus com pão e vinho. Um pouco de Krishna e das religiões orientais que
já influenciavam Roma, como aliás, já tinham muitos bispos orientais nos
concílios. E um pouco é claro da história Romana, dos Césares que eram
adorados como deuses, e é com esses que vou começar.
Outro ponto interessante é que o novo testamento foi todo escrito em
grego, com exceção do evangelho ebionita mencionado pelos pais
apostólicos, hoje inexistente. Sendo seus autores homens judeus
iletrados, difícil imaginar que além de conhecerem o idioma grego ainda
escrevem no mesmo.

Outros acreditam que filon de Alexandria tenha sido o primeiro autor dos
evangelhos.

A dinastia dos flavianos foi sucedida por uma dinastia intermediaria que
queria perpetuar sua história, estou me referindo a Vespasiano e Tito,
sucessivamente Pai e filho. Vespasiano, enquanto general ainda, foi o
responsável por suprimir a revolta judaica e a consequente destruição do
primeiro templo no ano 70 d.C. junto com seu filho Tito. Foi também o
protetor de Flavio josefo.

XIII O silêncio histórico


Enquanto que os Jesuses antes de jesus existem referências, citações e
comprovações históricas, estranhamente o jesus Cristo não foi
mencionado por nenhum historiador. Há um silêncio histórico acerca dele.
Ninguém viu ele entrando em Jerusalém, curando pessoas, expulsando os
mercadores do templo nada. Nem Filon que era filho de judeus e tinha
parentes em Jerusalém onde ia constantemente e poderia ter cruzado
com Jesus na rua.

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

a-Nenhum historiador falou de Jesus

Ai quando você mostra tudo isso para um crente, que o novo testamento
tem tanta contradição que o invalida como histórico, que Jesus não
cumpriu nenhuma profecia messiânica, que as profecias que o novo
testamento afirma que ele cumpriu não são profecias, e que nada na
história dele é original, os cristãos dizem: "Mas os historiadores e os pais
apostólicos citaram Jesus e os evangelhos" Será que isso procede? Vamos
ver.
Os pesquisadores que se dedicaram ao estudo das origens do cristianismo
sabem que, desde o Século II de nossa era, tem sido posta em dúvida a
existência de Cristo. Muitos até mesmo entre os cristãos procuram provas
históricas e materiais para fundamentar sua crença. Infelizmente, para
eles e sua fé, tal fundamento jamais foi conseguido, porquanto, a história
cientificamente elaborada denota que a existência de Jesus é real apenas
nos escritos e testemunhas daqueles que tiveram interesse religioso e
material em prová-la. Desse modo, a existência, a vida e a obra de Jesus
carecem de provas indiscutíveis. Nem mesmo os Evangelhos constituem
documento irretorquível.
As bibliotecas e museus guardam escritos e documentos de autores que
teriam sido contemporâneos de Jesus, os quais não fazem qualquer
referência ao mesmo.
Por outro lado, a ciência histórica tem-se recusado a dar crédito aos
documentos oferecidos pela Igreja, com intenção de provar-lhe a
existência física. Ocorre que tais documentos, originariamente, não
mencionavam sequer o nome de Jesus; todavia, foram falsificados,
rasurados e adulterados visando suprir a ausência de documentação
verdadeira. Por outro lado, muito do que foi escrito para provar a
inexistência de Jesus Cristo foi destruído pela Igreja, defensivamente.
Assim é que, por falta de documentos verdadeiros e indiscutíveis, a
existência de Jesus tem sido posta em dúvida desde os primeiros séculos
desta era, apesar de ter a Igreja tentado destruir a tudo e a todos os que
tiveram coragem ousaram contestar os seus pontos de vista, os seus
dogmas.

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Por tudo isso é que o Papa Pio XII, em 955, falando para um Congresso
Internacional de História em Roma, disse: “Para os cristãos, o problema
da existência de Jesus Cristo concerne à fé, e não à história”.

Emílio Bossi, em seu livro intitulado “Jesus Cristo Nunca Existiu”, compara
Jesus Cristo a Sócrates, que igualmente nada deixou escrito. No entanto,
faz ver que Sócrates só ensinou o que é natural e racional, ao passo que
Jesus ter-se-ia apenas preocupado com o sobrenatural. Sócrates teve
como discípulos pessoas naturais, de existência comprovada, cujos
escritos, produção cultural e filosófica passaram à história como Platão,
Xenófanes, Euclides, Esquino, Fédon.
Enquanto isso, Jesus teria por discípulos alguns homens analfabetos como
ele próprio tê-lo-ia sido, os quais apenas repetiriam os velhos conceitos e
preconceitos talmúdicos. Aliás só a fé mesmo para convencer as pessoas a
seguirem um messias de outra religião, sendo que a maioria nem gosta de
judeus.
Além disso, sabemos que, desde o Século II, os judeus ortodoxos e muitos
homens cultos começaram a contestar a veracidade de existência de tal
ser, sob qualquer aspecto, humano ou divino. Estavam, assim, os homens
divididos em duas posições: a dos que, afirmando a realidade de sua
existência, divindade e propósitos de salvação, perseguiam e matavam
impiedosamente aos partidários da posição contrária, ou seja, àqueles
cultos e audaciosos que tiveram a coragem de contestá-los.
Jesus Cristo foi apenas uma entidade ideal, criada para fazer cumprir as
escrituras, visando dar sequência ao judaísmo em face da diáspora,
destruição do templo e de Jerusalém. Teria sido um arranjo feito em
defesa do judaísmo que então morria, surgindo uma nova crença.
Ultimamente, têm-se evidenciado as adulterações e falsificações
documentárias praticadas pela Igreja, com o intuito de provar a existência
real de Cristo.
Modernos métodos como, por exemplo, o método comparativo de Hegel,
a grafotécnica e muitos outros, denunciaram a má fé dos que implantaram
o cristianismo sobre falsas bases com uma doutrina tomada por
empréstimos de outros mais vivos e inteligentes do que eles, assim como

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denunciaram os meios fraudulentos de que se valeram para provar a


existência do inexistente.

Os historiadores que supostamente falaram de Jesus


A interpretação da Bíblia e da mitologia comparada não resiste a uma
confrontação com a história. Flávio Josefo, Justo de Tiberíades, Filon de
Alexandria, Tácito, Suetônio e Plínio, o Jovem, teriam feito em seus
escritos, referências a Jesus Cristo. Todavia, tais escritos após serem
submetidos a exames grafotécnicos, revelaram-se adulterados no todo ou
em parte, para não se falar dos que foram totalmente destruídos.

Além disso, as referências feitas a Crestus, Cristo ou Jesus, não são feitas
exatamente a respeito do Cristo dos Cristãos. Seria mesmo difícil
estabelecer qual o Cristo seguido pelos cristãos, visto que esse era um
nome comum na Galileia e Judeia. Segundo Tácito, judeus e egípcios
foram expulsos de Roma por formarem uma só e mística superstição

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cristã. As expulsões ocorreram duas vezes no tempo de Augusto e a


terceira vez no governo de Tibério, no ano 19 desta era.
Tais expulsões desmentem a existência de Jesus, porquanto, ocorreram
quando ainda o nome de cristão aplicava-se a superstição judaico-egípcia,
a qual se confundiu com o cristianismo. Filon de Alexandria, apesar de ter
contribuído poderosamente para a formação do cristianismo, seu
testemunho é totalmente contrário à existência de Cristo. Filon havia
escrito um tratado sobre o Bom Deus — Serapis —, tratado este que foi
destruído. Os evangelhos cristãos a ele muito se assemelham, e os
falsificadores não hesitaram em atribuir as referências como sendo feitas
a Cristo.
Embora tenha sido de certo modo o precursor do cristianismo, não deixou
a menor prova de ter tomado conhecimento da existência de Jesus
Cristo, o mago rabi, e isto é lógico porque o cristianismo só iria ser
elaborado muito depois de sua morte. Bastaria o silêncio de Filon para
provar estarmos diante de uma nova criação mitológica, de cunho
metafísico. Entretanto, escrevendo como cristão, os lançadores do
cristianismo louvaram-se nas suas ideias e escritos.
Tivesse Jesus realmente existido, jamais Filon deixaria de falar em seu
nome, descreveria certamente sua vida miraculosa. Filon relata os
principais acontecimentos de seu tempo, do judaísmo e de outras crenças,
não mencionando, porém, nada sobre Jesus. Cita Pôncio Pilatos e sua
atuação como Procurador da Judéia, mas não se refere ao julgamento de
Jesus a que ele teria presidido. Fala igualmente dos essênios e de sua
doutrina comuna dizendo tratar-se de uma seita judia, com mosteiro à
margem do Jordão, perto de Jerusalém.
Quando no reinado de Calígula esteve em Roma defendendo os judeus,
relata diversos acontecimentos da Palestina, mas não menciona nada a
respeito de Jesus, seus feitos ou sua sorte e destino. Filon, que foi um dos
judeus mais ilustres de seu tempo, e sempre esteve em dia com os
acontecimentos, jamais omitiria qualquer notícia acerca de Jesus, cuja
existência, se fosse verdadeira, teria abalado o mundo de então.
Impossível admitir-se tal hipótese, portanto. Por isso é que M. Dide fez ver
que, diante do silêncio de homens extraordinários como Filon, os
acontecimentos narrados pelos evangelistas não passam de pura fantasia
religiosa.

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Seu silêncio é a sentença de morte da existência de Jesus. O mesmo


silêncio se estende aos apóstolos, assinala Emílio Bossi. Evidencia que
tudo quanto está contido nos Evangelhos refere-se a personalidades
irreais, ideais, sobrenaturais de inexistentes taumaturgos. O silêncio de
Filon e de outros se estende não apenas a Jesus, mas também aos seus
pretensos apóstolos, a José, a Maria, seus filhos e toda a sua família.
Flávio Josefo, tendo nascido no ano 37, e escrevendo até 93 sobre
judaísmo, cristianismo terapeuta, messias e Cristos, nada disse a respeito
de Jesus Cristo.
A única menção de Josefo já foi historicamente comprovada ser uma
interpolação da igreja, uma vez que Josefo está falando de outro assunto
e subitamente interrompe para falar de Jesus. Nem a caligrafia é a mesma
e se Josefo tivesse mesmo acreditado que Jesus foi o messias certamente
o teria seguido.

Josefo falou de Jesus?

Testimonium Flavianum (em português "Testemunho de Flávio") é o nome


dado a um trecho da obra Antiguidades Judaicas, escrita no século I pelo
historiador judeu Flávio Josefo, que menciona Jesus de Nazaré como o
Cristo.

“Nesse mesmo tempo apareceu Jesus, que era um homem sábio, se


todavia devemos considera-lo simplesmente como um homem,
tanto suas obras eram admiráveis. Ele ensinava os que tinham
prazer em ser instruídos na verdade e foi seguido não somente por
muitos judeus, mas mesmo por muitos gentios. Ele era o Cristo. Os
mais ilustres da nossa nação acusaram-no perante Pilatos e ele fê-lo
crucificar. Os que o haviam amado durante a vida não o
abandonaram depois da morte. Ele lhes apareceu ressuscitado e
vivo no terceiro dia, como os santos profetas o tinham predito e que

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ele faria muitos outros milagres. É dele que os cristãos, que vemos
ainda hoje, tiraram seu nome” – (JOSEFO, Flávio, História dos Judeus
– CPAD, 2000, pp.418)

“Anano, um dos que nós falamos agora, era homem ousado e


empreender, da seita dos saduceus, que, como dissemos, são os
mais severos de todos os judeus e os mais rigorosos no julgamento.
Ele aproveitou o tempo da morte de Festo, e Albino ainda não havia
chegado, para reunir um conselho diante do qual fez comparecer
Tiago, irmão de Jesus chamado Cristo, e alguns outros; acusou-os
de terem desobedecido às leis e os condenou ao apedrejamento.
Esse ato desagradou muito a todos os habitantes de Jerusalém, que
eram piedosos e tinham verdadeiro amor pela observância das
nossas leis” – (JOSEFO, Flavio, História dos Judeus – CPAD, 2000,
pp.465)

- Esse texto também possui uma versão Árabe e uma versão Paleo eslava
que diferem do texto de Josefo.

- Essa passagem quebra a continuidade do texto que Josefo está narrando,


não tem ligação alguma nem com o que antecede nem com o que precede
e utiliza termos incomuns a Josefo.

- Nenhum autor faz alusão ao texto antes de Eusébio de Cesaréia, (século


IV), quando os escritos de Josefo vieram à luz através de fontes cristãs.

- Orígenes (185-253dC) que conhecia as obras de Josef, disse séculos antes

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que Josefo não aceitava a messiandade de jesus:

“Tamanha era a reputação de Tiago entre as pessoas consideradas


justas, que Flávio Josefo, que escreveu Antiguidade dos Judeus em
vinte livros, quando ansiava por apresentar a causa pela qual o povo
teria sofrido grandes infortúnios que até mesmo o tempo fora
destruído, afirma que essas coisas aconteceram com eles de acordo
com a Ira de Deus em consequência das coisas que eles se
atreveram a fazer contra Tiago o irmão de Jesus que é chamado
Cristo. E o que é fantástico nisso é que, apesar de não aceitar Jesus
como Cristo, ele deu testemunho da justiça de Tiago” – (Orígenes,
Origen’s Commentarary on Matthew, IN: ROBERTS, Alexander,
DONALDSON, James, Ante-Nicene Fathers, VOL 9, pp.424)

Justo de Tiberíades, igualmente não fala em Jesus Cristo, conquanto


houvesse escrito uma história dos judeus, indo de Moisés ao ano 50.
Ernest Renan, em sua obra “Vie de Jesus”, apesar de ter tentado biografar
Jesus, reconhece o pesado silêncio que fizeram cair sobre o pretenso herói
do cristianismo.
Os Gregos, os romanos e os hindus dos séculos I e II jamais ouviram falar
na existência física de Jesus Cristo. Nenhum dos historiadores ou
escritores, judeus ou romanos, os quais viveram ao tempo em que
pretensamente teria vivido Jesus, ocupou-se dele expressamente.
Nenhum dedicou-lhe atenção. Todos foram omissos quanto a qualquer
movimento religioso ocorrido na Judéia, chefiado por Jesus.

A história não só contesta a tudo o que vem nos Evangelhos, como prova
que os documentos em que a Igreja se baseou para formar o cristianismo
foram todos inventados ou falsificados no todo ou parte, para esse fim. A
Igreja sempre dispôs de uma equipe de falsários, os quais dedicaram-se

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afanosamente a adulterar e falsificar os documentos antigos com o fim de


pô-los de acordo com os seus cânones.

O piedoso e culto bispo de Cesaréia, Eusébio, como muitos outros


tonsurados, receberam ordens papais para realizar modificações em
importantes papéis da época, adulterando-os e emendando-os segundo
suas conveniências. Graças a esses criminosos arranjos, a Igreja terminaria
autenticando impunemente sua novela religiosa sobre Jesus Cristo, sua
família, seus discípulos e o seu tempo. Conan Doyle imortalizou o seu
personagem, Sherlock Holmes, assim como Goethe ao seu Werther.
Deram-lhes vida e movimento como se fossem pessoas reais, de carne e
ossos.
Muitos outros escritores imortalizaram-se também através de suas obras,
contudo, sempre ficou patente serem elas pura ficção, sem qualquer elo
que as ligue com a vida real. Produzem um trabalho honesto e honrado
aqueles que assim procedem, ao contrário daqueles que deturpam os
trabalhos assinados por eminentes escritores, com o objetivo
premeditado de iludir a boa fé do próximo. E procedimento que, além de
criminoso, revela a incapacidade intelectual daqueles que precisam se
valer de tais meios para alcançar seus escusos objetivos.
Berson, citado por Jean Guitton em “Jesus”, disse que a inigualável
humildade de Jesus dispensaria a historicidade; entretanto, erigiu os

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Evangelhos como documento indiscutível como prova, o que a 99 ciência


histórica de hoje rejeita.
Só depois de muito entrado em anos é que se tornaria indiferente para
com a pirracenta crença religiosa dos seus antepassados, como aconteceu
com mentes excepcionalmente cultas, tornadas ilustres pelo saber e pelo
conhecimento e não apenas pelo dinheiro. Diante da história, do
conhecimento racional e científico que presidem aos atos da vida humana,
muitos já se convenceram da primária e irreal origem do cristianismo, o
qual nada mais é do que uma síntese do judaísmo com o paganismo e a
idolatria greco-romana do século I. Graças ao trabalho de notáveis mestre
de Filosofia e Teologia da Escola de Tubíngen, na Alemanha, ficou provado
que os Evangelhos e mesmo toda a Bíblia não possuem valor histórico,
pondo-se em dúvida consequentemente tudo quanto a Igreja impôs como
verdade sobre Jesus Cristo.

Tudo o que consta dos Evangelhos e do Novo Testamento são apenas


arranjos, adaptações e ficções, como o próprio Jesus Cristo o foi. Voltaire
mostrou as coincidências entre o Evangelho de João e os escritos de
Filon, lembrando ter sido ele um filósofo grego de ascendência judia, cujo
pai, um outro judeu culto, teria sido contemporâneo de Jesus, se ele
tivesse realmente existido.
A filosofia religiosa de Filon era a mesma do cristianismo, tanto que
inicialmente foi cogitada sua inclusão entre os fundadores da nova crença.
Contudo, após exame rigoroso de sua obra, foram encontradas ideias
opostas aos interesses materiais dos líderes cristãos da época. Devemos
aos Enciclopedistas, bem como a Voltaire, o incentivo para que muitos
pensadores futuros pudessem desenvolver um trabalho livre, na pesquisa
da verdade. As convicções de Voltaire são o fruto de profundo estudo das
obras de Filon.

Os racionalistas, posteriormente, servindo-se de seus escritos, concluíram


que a Igreja criou seus dogmas de acordo com a lenda e o mito, impondo-
os a ferro e fogo. Bauer, aplicando os princípios hegelianos na
Universidade de Tubingen, concluiu que os Evangelhos haviam sido
escritos sob a influência judia, de acordo com seu gosto. Posteriormente,

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A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

interesses materiais e políticos motivaram alterações nos mesmos. Em


vista de tais interesses é que Pedro, o pregador do cristianismo nascente,
que era pró-judeu, teve de ser substituído por Paulo, favorável aos
romanos. E Marcião teria sido o autor dos escritos atribuídos ao
inexistente Paulo.
O mérito da Escola de Tubingen consiste em haver provado que os
Evangelhos são apócrifos, e assim não servem como documento aceitável
pela história. Levando ao conhecimento do mundo livre que os
fundamentos do cristianismo são mistificações puras, os mestres da
referida Escola abalaram os alicerces de uma empresa, que há séculos
explora a humanidade crente, vendendo o nome de Deus a grosso e a
varejo.
No século II, quando começou a aparecer a biografia de Jesus, havia
apenas o interesse político e material em se manter a sua santa
personalidade idealizada. Constantino, no século IV, tendo verificado que
suas legiões haviam-se tornado reticentes no cumprimento de suas
ordens contra os 100 cristãos, resolveu mudar de tática e aderir ao
cristianismo.

Percebendo que os bispos de Alexandria, Jerusalém, Edessa e Roma


tinham a força necessária para fazer-lhe oposição, sentiu-se na
contingência de ceder politicamente, com o objetivo de conseguir
obediência total e unificar o império. De sorte que sua adesão ou
conversão ao cristianismo não se baseou em uma convicção intima,
espiritual, porém, resultou de conveniências políticas.
Embora não crendo na religião cristã, percebeu que a cruz dar-lhe-ia a
força que lhe faltava para tornar-se o imperador único e obedecido
cegamente. Daí a história do sonho que tivera antes de uma batalha,
segundo o qual vira a cruz desenhada no céu e estas palavras escritas
abaixo: “in hoc signo vincis”, com este sinal, vencerás. Não era cristão
verdadeiro, apenas fingia sê-lo para conseguir os seus objetivos.
Dujardin conta-nos que o cristianismo só surgiu a partir do ano 30, graças
a um rito em que se via a morte e a ressurreição de Jesus, o qual seria
uma divindade pré-cristã. Nesta seita, os seus adeptos denominavam-se
apóstolos, significando missionários, os que traziam uma mensagem nova.

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Os apóstolos desse Jesus juravam terem-no visto, após sua morte,


ressuscitar e ascender ao céu. Entretanto, não era este o Jesus dos
cristãos. Se Pôncio Pilatos, cuja existência é real e historicamente
provável, que estava no centro dos acontecimentos da época como
governador da Judeia, ignorou completamente a existência tumultuada de
Jesus, é que de fato ele não existiu. Alguém que, pelos atos que lhe são
atribuídos, chega mesmo ao cúmulo de ser aclamado “Rei dos Judeus” por
uma multidão exaltada, como ele o foi, não poderia passar despercebido
pelo governador da região.
O imperador Tibério, inclusive, jamais soube de tais ocorrências na Judeia.
Estranho que ninguém o informasse de que um povo, que estava sob o
seu domínio, aclamava um novo rei. Ilógico. A ele, Tibério, é que caberia
nomear um rei, governador ou procurador. Prosper Alfaric, em L’Ecole de
la Raison, assinala as invencíveis dificuldades do cristianismo em conciliar
a fé com a razão.
Por isso, a nova crença teve de apoderar-se das lendas e crenças dos
deuses solares, tais como Osíris, Mitra, Ísis, Átis e Hórus, quando da
elaboração de sua doutrina. Expôs, igualmente, que os documentos
descobertos em Coumrã, em 1947, eram o elo que faltava para patentear
que Cristo é o Crestus dos essênios, uma outra seita judia. O cristianismo
nada mais é, então, do que o sincretismo das diversas seitas judias,
misturadas às crenças e religiões dos deuses solares, por serem as
religiões que vinham predominando há séculos.
A palavra “evangelho” em grego significa “boa nova”, já figura na Odisseia
de Homero, Século XII, a.C. Foi depois encontrada também numa inscrição
em Priene, na Jônia, numa frase comemorativa e de endeusamento de
Augusto, no seu aniversário, significando a “boa nova” no trono. E isto
ocorreu muito antes de idealizarem Jesus Cristo.
Conforme já mencionamos anteriormente, no início do cristianismo, os
evangelhos eram em número de 315, sendo posteriormente reduzidos
para 4, no Concílio de Niceia. Tal número indica perfeitamente as várias
formas de interpretação local das crenças religiosas da orla mediterrânea
101 acerca da ideia messiânica lançada pelos sacerdotes judeus.
Sem dúvida, este fato deve ter levado Irineu a escrever o seguinte: “Há
apenas 4 Evangelhos, nem mais um, nem menos um, e que só pessoas de

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espírito leviano, os ignorantes e os insolentes é que andam falseando a


verdade”. A verdade da Igreja, dizemos nós. Havia, então, os Evangelhos
dos naziazenos, dos judeus, dos egípcios, dos ebionistas, o de Pedro, o de
Barnabé, entre outros, os quais foram queimados, restando apenas os 4
sorteados e oficializados no Concílio de Niceia. Celso, erudito romano,
contemporâneo de Irineu, entre os anos 170 e 180, disse: “Certos fiéis
modificaram o primeiro texto dos Evangelhos, três, quatro e mais vezes,
para poder assim subtrai-los às refutações”.

Foi necessária uma cuidadosa triagem de todos eles, visando retirar as


divergências mais acentuadas, sendo adotada a de Hesíquies, de
Alexandria; e de Pânfilo, de Cesaréía e a de Luciano, de Antióquia. Mesmo
assim, só na de Luciano existem 3500 passagens redigidas
diferentemente. Disso resulta que, mesmo para os Padres da Igreja, os
Evangelhos não são fonte segura e original.
Justino, filósofo e apologista cristão, escrevendo em torno do ano 150,
não emprega a palavra Evangelho nem uma vez. Isto mostra que ele,
ainda nessa época, ignorava-a, não tendo conhecimento de sua existência.
Justino ignorava igualmente as Paulinas, Paulo e os Atos dos apóstolos, o
que prova que foram inventados posteriormente.
Marcião, no ano de 140, trouxe as Epístolas a Roma, as quais não foram
inicialmente consideradas merecedoras de fé. Sofreu rigorosa triagem,
sendo cortada muita coisa que não convinha à Igreja. Marcião fora
contemporâneo de Justino. As Epístolas trazidas por ele eram
endereçadas aos Romanos, aos Gálatas e aos Coríntios. Apresentavam
Jesus como um Deus encarnado. Teria nascido de uma mulher e sofrera o
martírio para resgatar os pecados da humanidade, isto é, dos ocidentais,
porque os orientais não tomaram conhecimento da personalidade de
Jesus, seus milagres e sua pregação e do seu romance religioso.
Engels constatou que as Epístolas são 60 anos mais novas do que o
Apocalipse. E, ainda, os cristãos contrários ao bispo de Roma rejeitaram-
nas durante séculos. Foi o que se deu com os ebionitas e os severianos,
conforme Eusébio escreveu e Justino confirmou. O Apocalipse fala em um
cordeiro com sete cornos e sete olhos, o qual foi imolado desde a
fundação do mundo (13-8).

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O Apocalipse foi composto apenas em 68, sendo o mais antigo de todos os


escritos cristãos. Hoje se pode provar que o Apocalipse surgiu entre os
anos 68 e 70; os Evangelhos, no século II, e os Atos dos Apóstolos são os
mais recentes de todos Eusébio em sua “História Eclesiástica”, 4-23, diz:

“Compus as Epistolas conforme a vontade do irmão: mas os


‘apóstolos do diabo’ taxaram-nas de inverídicas contando-lhes
certas coisas e acrescentando outras”.

Irineu, ao mesmo tempo, ordenava ao copista: “Confronta toda cópia


com este original utilizado por 102 ti, e corrige-a cuidadosamente”. Não
te esqueças de reproduzir em tua cópia o pedido que te faço. Essas
citações servem para medirmos que tipo de santidade havia entre os
bispos e seus calígrafos, na arte Eusebiana de eméritos falsificadores de
documentos importantes.
Com isto, deram autenticidade a todas as invencionices do cristianismo e
legitimaram sua liderança na posse material do que pertencia aos outros.
Irineu ainda registrou o seguinte: “Ouvi dizer que não acreditam esteja
isto nos Evangelhos, se não se encontrar nos arquivos”. Ao que Eusébio
respondera: “É preciso demonstrá-lo”.
O Novo Testamento atualmente oficializado é cópia de um texto grego do
século IV. É exatamente o sinótico descoberto em 1859, em um convento
do Monte Sinai, onde vem informada a origem grega. Os originais do
mesmo estão guardados nos museus do Vaticano e de Londres. Foram
publicados com as devidas corrigendas, feitas por Hesíquios, de
Alexandria.

Um papiro encontrado no Egito, em 1931, apresenta-nos uma ordem


cronológica totalmente diferente da oficializada pela Igreja. Atualmente,
as fontes testamentárias aceitáveis são as do século II em diante,
provindas de Justino, Taciano, Atenágoras, Irineu e outros, os quais são
considerados os verdadeiros criadores do cristianismo. Taciano foi o “bem
amado” discípulo de Justino. Ele, entretanto, omite a genealogia de Jesus,
dizendo apenas que ele descendia de reis judeus, de modo muito vago,

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divergindo assim da orientação oficializada. Irineu foi que sistematizou o


cristianismo. Foi ele a fonte em que Eusébio inspirou-se. Por isso é que daí
em diante seria obrigatória a confrontação entre os dois textos.
O bispo de Cesareia fora encarregado pelo todo poderoso bispo de Roma
de falsificar tudo quanto prejudicasse os interesses materiais da Igreja de
então. De modo que, por onde passou a mão de Eusébio, foi tudo
conspurcado criminosamente contra a verdade. Eusébio foi realmente um
bispo que cria apaixonadamente na divindade de Jesus Cristo, contudo, já
conhecia o poder que possuía o bispo de Roma.
Graças a Eusébio e outros iguais a ele, tornou-se uma temeridade descrer-
se na verdade oficializada pela Igreja. Após tantas falsificações, todos
ficaram realmente inseguros quanto à verdadeira origem do cristianismo,
tal a tumultuação impressa por Eusébio. Tertuliano e Clemente de
Alexandria lutaram um pouco para sanar essas fontes, anulando boa parte
do que restara das criminosas unhas de Eusébio. Jacob Buckhardt,
examinando essa documentação, concluiu que o Novo Testamento
merece confiança. Em Coumrã, em 1947, como já vimos, foram
encontrados documentos com escrita em hebraico e não em grego,
falando em Crestus não em Cristo.
Ali, Habacuc refere-se à perseguição sofrida por essa seita judia, assim
como a morte de Crestus, igualmente traído por Judas, um sacerdote
dissidente. A Igreja, ao ter conhecimento da existência de tais
documentos, pretendeu informar que Crestus era o Cristo de sua criação,
contudo, verificou-se que eles datavam de pelo menos um século antes do
lançamento do romance do Gólgota. Além disso, continham revelações
contrárias aos 103 interesses da Igreja. Eles relatam as lutas de morte em
que viviam as diversas seitas do judaísmo.

A Didaquê não pôde entrar nos Evangelhos, devendo silenciar


completamente a respeito da pretensa passagem de Jesus pela terra. De
qualquer forma, a lenda que existia em torno no nome de Crestus foi
aproveitada na época porque, sendo uma seita comunista, suas pregações
iriam servir para atrair ao cristianismo a atenção dos escravos, em luta
contra os seus senhores, a eterna luta do pobre contra o rico.

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Escavações feitas em Jerusalém desenterraram velhos cemitérios, onde


foram encontradas muitas cruzes do século I e mesmo anteriores.
Todavia, apesar de já ser usada nessa época, só a partir do século IV é que
a Igreja iria oficializá-la como seu emblema. Levantamentos arqueológicos
posteriores provariam que a cruz já era um piedoso emblema usado desde
há milênios.
Orígenes, polemizando contra Celso, um dos mais cultos escritores
romanos de seu tempo, e que mais combateram as bases falsas da Igreja e
de Jesus Cristo, acusa Flávio Josefo por não haver admitido a existência
de Jesus. Flávio não poderia referir-se a Jesus nem ao cristianismo porque
ambos foram arranjados depois de sua morte. Assim, os livros de Flávio
que falam de Jesus foram compostos, ou melhor, falsificados muito tempo
após sua morte, no decorrer do século III, conforme as conclusões
alcançadas pelos mestres da Escola de Tubingen.
Sêneca, que foi preceptor de Nero, suicidando-se para não ser assassinado
por ele, já pensava mais ou menos como os cristãos. Do que se conclui
que as ideias de que se serviu o cristianismo para se fundamentar são
emprestadas das lendas que giravam em torno de outros Cristos Messias,
assim como de outros cultos. Nada tendo, portanto, de original. Sêneca
acreditava em um Deus único e imaterializável. Por tudo isso, vemos que
os líderes do cristianismo nada mais fizeram do que se apropriar das ideias
já existentes.
Apenas tiveram o cuidado de promover as modificações necessárias, com
vistas a melhor consecução dos seus objetivos materiais. Sêneca, embora
não fazendo em seus escritos qualquer alusão à existência de Jesus Cristo,
teve muitos de seus escritos aproveitados pelo cristianismo nascente. Em
Tácito, escritor do século II, encontram-se referências a respeito de Jesus
e seus adeptos.
Contudo, exames grafotécnicos demonstraram que tais referências são
falsas, e resultam de visível adulteração dos seus escritos.
Suetônio, que existiu quando Jesus teria vivido, escreveu a “História dos
Doze Césares”, relatando os fatos de seu tempo. Referindo-se aos judeus
e sua religião, apenas falou em “distúrbios de judeus exaltados em torno
de Crestus”. Por aí se vê que ele não se referia aos cristãos, porquanto,
eles sempre se mostraram humildes e obedientes à ordem constituída,

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evidentemente a fim de passar, tanto quanto possível, despercebidos.


Desse modo, iriam solapando o poder imperial, manhosamente, como
realmente aconteceu.
Suetônio escreveu ainda que haviam supliciado alguns cristãos que eram
gente que se dedicava demasiado a tolas superstições, orientadas por
uma ideia malfazeja. Disse mais que Nero tivera de mandar expulsar os
judeus de Roma, porque eles estavam sempre se sublevando, instigados
por 104 Crestus.
Os cristãos estavam sempre organizados de modo a atrair aos escravos,
sem, contudo, desagradar às autoridades. Assim sendo, jamais
provocariam tumultos. Os cristãos aos quais Suetônio refere-se poderiam
ser os zilotas, os essênios ou os terapeutas, mas nunca os cristãos de Jesus
Cristo, porquanto, conforme já dissemos acima, os cristãos eram
ensinados a não provocar desordens.
Plínio, o Jovem, viveu entre os anos 62 e 113, tendo sido subpretor da
Bitínia. Na carta enviada ao imperador, perguntava como agir em relação
aos cristãos, ao que Trajano teria respondido que agisse apenas contra os
que não renegassem à nova fé. Entretanto, não ficou evidenciado a quais
cristãos, exatamente, eram feitas as referências: se aos crestãos ou aos
cristãos.

De qualquer forma, a carta em questão, após ser submetida a exames


grafotécnicos e métodos rádio-carbônicos, revelou haver sido falsificada.
Justiniano, Imperador romano, mandou queimar os escritos de Porfírio,
através de um edito, em 448, alegando que: “impelido pela loucura,
escrevera contra a santa fé cristã”. Vespasiano, ao morrer, disse: “Que
desgraça! Acreditei que me havia tornado um deus imortal!”. Suas
palavras justificam-se pela credulidade supersticiosa.

Partindo do preceito ensinado pelos judeus, aliás, um falso preceito, de


que Cristo havia subido ao céu com corpo e alma, não seria de estranhar
que os imperadores pretendessem tornar-se deuses, a fim de escapar ao
inapelável destino dos que nascem: a morte. Calígula, por isso, fizera-se
coroar como Deus-Sol, o Sol Invictus, o Helius. Nessa época o Império
romano, embora em declínio, ainda dominava uma porção de províncias

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afastadas de Roma. O homem espoliado pela força bruta, unificada em


torno das regiões, sentindo não ser possível contar com a justiça humana,
passa a esperar pela justiça dos deuses.
Mas, mesmo assim, teriam de apelar para os deuses dos pobres e não dos
ricos, privilegiados e poderosos. Conta a lenda que Osíris, o deus solar dos
egípcios, foi morto por seu irmão Seth, o qual dividiu o corpo em 14
pedaços e os espalhou pelo mundo afora. Ísis, sua esposa e irmã, saiu em
busca dos pedaços, levando seu filho Hórus ao colo. Todos os anos o povo
fazia a festa de Ísis, relembrando o acontecimento. Havendo conseguido
juntar todas as partes do corpo, Osíris ressuscitou, passando a ser
incensado como o deus da morte e da sombra. Fora uma ressurreição
conseguida pelo amor da esposa. Ísis separou a terra do céu, traçou a
órbita dos astros, criou a navegação e destruiu todos os tiranos.
Comandava os rios, as vagas e os ventos.

Seu culto assemelhava-se muito ao de Astartê, de Adônis e de Átis,


religiões muito aparentadas entre si, dominando toda a orla do
Mediterrâneo. Seu culto era uma reminiscência do culto de Tamuz, um
deus babilônio, cuja doutrina ensinava que os deuses nasciam e
renasciam, ressuscitando-se. O Deus-Homem que morria e ressuscitava já
era uma velha “crença religiosa” naqueles tempos.
O cristianismo apenas deu novos nomes e novas roupagens aos deuses
de velhas crenças. A revelação de Deus aos homens é outra lenda cuja
origem perde-se na noite dos tempos. Muitos séculos antes 105 do
surgimento do judaísmo, Zoroastro ou Zaratrusta havia criado uma
religião, segundo a qual havia uma eterna luta entre o bem e o mal. Aura
Mazzda ou Ormuzd, o deus do fogo e da luz, representava o bem em luta
contra Angra Maniú ou Iarina, o deus das trevas. Nessa luta, Ormuzd foi
auxiliado por seu filho Mitra, o espírito do bem e da justiça, mediador
entre Ormuzd e os homens. Ormuzd mandou seu filho à terra, o qual
nasceu de uma virgem pura e bela, que o concebeu através de um raio de
sol. Morreu e ressuscitou em seguida.
Assim sendo, os cristãos foram para as catacumbas, não fugindo das
autoridades imperiais, mas tão somente para observar o ritual mitraico.
Os mitraicos também davam seus banquetes subterrâneos, eram os

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banquetes pessoais, comuns nos ritos solares e no judaísmo. Em ambos,


havia o rito do pão e do vinho que foi levada para Sicília pelos marinheiros
persas, nos últimos séculos da era passada. Por isso, Teofilo, em
Alexandria, mandou construir um templo cristão ao lado de um templo
de Ísis, onde se anunciava o oráculo quando as profecias vinham de uma
revelação astral, mediante a camuflagem das vozes de antigos bispos ali
enterrados. Uma das coisas que favoreceram o cristianismo foi a abolição
do sacrifício sangrento. Muitos correram a abraçar a nova crença para
escapar da morte em um desses atos propiciatórios.

As falsificações Tomemos, primeiramente, Flávio Josefo como exemplo.


Ele escreveu a história dos acontecimentos judeus na época em que
pretensamente Jesus teria existido.

Depois deste trecho, passa a expor um assunto bem diferente no qual


refere-se a castigos militares infligidos ao populacho de Jerusalém. Mais
adiante, fala de alguém que conseguira seus intentos junto a uma certa
dama fazendo-se passar como sendo a humanização do deus Anubis,
graças aos ardis dos sacerdotes de Ísis.
As palavras a Flávio atribuídas são as de um apaixonado cristão. Flávio
jamais escreveria tais palavras, porquanto, além de ser um judeu convicto,
era um homem culto e dotado de uma inteligência excepcional. O próprio
Padre Gillet reconheceu em seus escritos ter havido falsificações nos
textos de Flávio, afirmando ser inacreditável que ele seja o autor das
citações que lhe foram imputadas. Além disso, as polêmicas de Justino,
Tertuliano, Orígenes e Cipriano contra os judeus e os pagãos demonstram
que Flávio não escreveu nem uma só palavra a respeito de Jesus.
Estranhando o seu silêncio, classificaram-no de partidário e faccioso. No
entanto, um escritor com o seu mérito escreveria livros inteiros acerca de
Jesus, e não apenas um trecho. Bastaria, para isto, que o fato realmente
tivesse acontecido. Seu silêncio, no caso, é mais eloquente do que as
próprias palavras. Exibindo os escritos de Flávio, Fócio afirmava que
nenhum judeu contemporâneo de Jesus ocupara-se dele.
A luta de Fócio, que viveu entre os anos de 820 a 895, e foi patriarca de
Constantinopla, teve ensejo justamente por achar desnecessário a Igreja

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lançar mãos de meios escusos para provar a existência de Jesus. Disse que
bastaria um exemplar autêntico não adulterado pela Igreja e fora do seu
alcance para por em evidência as fraudes praticadas com o objetivo de
dominar de qualquer forma.
Embora crendo em Jesus Cristo, combateu vivamente os meios sub-
reptícios empregados pelos Papas, razão porque foi destituído do
patriarcado bizantino e excomungado. De suas 280 obras, apenas restou o
“Myriobiblion”, tendo o resto sido consumido, provavelmente por ordem
do Papa. Tácito escreveu:

“Nero, sem armar grande ruído, submeteu a processos e a penas


extraordinárias aos que o vulgo chamava de cristãos, por causa do
ódio que sentiam por suas atrapalhadas”

O autor fora Cristo, a quem, no reinado de Tibério, Pôncio Pilatos


supliciara. Apenas reprimida essa perniciosa superstição, fez novamente
das suas, não só na Judeia, de onde proviera todo o mal, senão na própria
Roma, para onde de confluíram de todos os pontos os sectários, fazendo
coisas as mais audazes e vergonhosas. Pela confissão dos presos e pelo
juízo popular, viu-se tratar-se de incendiários professando um ódio mortal
ao Gênero humano”.

Conhecendo muito bem o grego e o latim, Tácito não confundiria


referências feitas aos seguidores de Cristo com os de Crestus. As
incoerências observadas nessa intercalação demonstram não se tratar dos
cristãos de Cristo, nem a ele se referir. Lendo-se o livro em questão,
percebe-se perfeitamente o momento da interpelação.
Afirmar que fora Cristo o instigador dos arruaceiros é uma calúnia contra o
próprio Cristo. E conforme já referimos anteriormente, os cristãos
seguidores de Cristo eram muito pacatos e não procuravam despertar
atenção das autoridades para si. Como dizer em um dado momento que
eles eram retraídos e, em seguida, envolvê-los em brigas e coisas piores? É
apenas mais uma das contradições de que está repleta a história da Igreja.
Ganeval afirma que foram expulsos de Roma os hebreus e os egípcios, por

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seguirem a mesma superstição. Deduz-se então que não se referia aos


cristãos, seguidores de Jesus Cristo. Referia-se aos Essênios, seguidores de
Crestus, vindos de Alexandria.

A Igreja não conseguiu pôr as mãos nos livros de Ganeval, o que


contribuiu ponderavelmente para lançar uma luz sobre a verdade. Por
intermédio de seus escritos, surgiu a possibilidade de provar-se a quais
cristãos, exatamente, referiase Tácito. Suetônio teria sido mais breve em
seu comentário a respeito do assunto. Escreveu que “Roma expulsou os
judeus instigados por Crestus, porque promoviam tumultos”. É evidente,
também, a falsificação praticada em uma carta de Plínio a Trajano, quando
perguntava o que fazer aos cristãos, assunto já abordado anteriormente.
O referido texto, após competente exame grafotécnico, revelou-se
adulterado. É como se Plínio quisesse demonstrar, não apenas a existência
histórica de Jesus, mas sua divindade, simbolizando a adoração dos
cristãos. É o quanto basta para evidenciar a fraude. Se Jesus Cristo
realmente tivesse existido, a Igreja não teria necessidade de falsificar os
escritos desses escritores e historiadores. Haveria, certamente, farta e
autêntica documentação a seu respeito, detalhando sua vida, suas obras,
seus ensinamentos e sua morte.
Aqueles que o omitiram, se tivesse de fato existido, teriam falado dele
abundantemente. Os mínimos detalhes de sua maravilhosa vida seriam
objeto de vasta explanação. Entretanto, em documentos históricos não se
encontram referências dignas de crédito, autênticas e aceitáveis pela
história.
Em tais documentos, tudo o que fala de Jesus e sua vida é produto da
má-fé, da burla, de adulterações e intercalações determinadas pelos
líderes cristãos. Tudo foi feito de modo a ocultar a verdade. Quando a
verdade esta ausente ou oculta, a mentira prevalece. E há um provérbio
popular que diz: “A mentira tem pernas curtas”. Significa que ela não vai
muito longe, sem que não seja apanhada. Em relação ao cristianismo, isto
já aconteceu. Um número crescente de pessoas vai, a cada dia que passa,
tomando conhecimento da verdade. E, assim, restam baldados os esforços
da Igreja, no que concerne aos ardis empregados na camuflagem da

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verdade, visando alcançar escusos objetivos. Adriano, decerto, estava com


a verdade.
Documentos daquela época informam que existiam os atuais Evangelhos,
assim como Tácito informa que os hebreus e os egípcios formavam uma
só superstição. Os escritos de Filon não se referem a Jesus Cristo,
conforme pretenderam fazer crer os falsificadores, mas a Serapis. Quando
havia referências aos cristãos terapeutas, afirmavam que se falava dos
cristãos de Jesus.

Por sua vez, Clemente de Alexandria e Orígenes escreveram negando


Jesus e falando em Cristo, o qual seria Crestus. No entender de Fócio, tudo
isso não passava de fabulação mítica, não tendo existido Jesus nem Cristo,
de que a Igreja criou o seu Jesus Cristo. Duquis e Volney, fazendo o estudo
da mitologia comparada, mostram de onde retiraram Jesus Cristo: do
próprio mito. Filon, escrevendo a respeito dos cristãos terapeutas, disse
que o seu teor de vida era semelhante ao dos cristãos e essênios.

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Abandonavam bens e família para seguir apaixonadamente aos


sacerdotes. Epifânio escreveu que os cristãos terapeutas viviam junto do
lago Mareótides, tendo os seus Evangelhos e os seus apóstolos. É sobre
esses cristãos que Filon escreveu. Se os cristãos seguidores de Jesus Cristo
já existissem, Filon não poderia deixar de falar deles. Quando do pretenso
nascimento de Cristo, Filon contava apenas 25 anos de idade.
Os Evangelhos, tendo surgido muito tempo após a morte de Filon e de
Jesus, não poderiam ser os do cristianismo por ele referido.

Clemente de Alexandria e Orígenes não criam na encarnação nem na


reencarnação, motivo porque não creram na encarnação de Jesus Cristo,
embora fossem padres da Igreja. Orígenes morreu em 254. Fócio escreveu
sobre “Disputas” de Clemente e afirmou que ele negara a doutrina do
“Logos”, dizendo que o “Verbo” jamais se encarnou, afirmação igualmente
feita por Ganeval. Analisando os quatro volumes de “Principia”, de
Orígenes, percebe-se que o “Logos” ou o “Verbo” era o mesmo sopro de
Jeová, referido por Moisés. Fócio, tendo-se escandalizado com isso, disse
que Orígenes era um blasfemo.
Apenas analisando como se referia ao Verbo, a Crestus e ao Salvador, é
que se pode excluir a possibilidade da existência física de Jesus. Tratá-lo-
iam de modo bem diferente, se tivesse realmente existido.
Os escritos de Tácito, dadas as adulterações sofridas, carecem de valor
histórico. Daí não se pode admitir como verdade que Nero, entre os anos
54 e 68, tenha realmente perseguido aos seguidores de Jesus Cristo.
Tertuliano, entretanto, afirma que Pedro foi martirizado no governo de
Nero. Contudo, vários pesquisadores, entre os quais Holmann e
Weizsacker, demonstraram que essas perseguições somente começaram
a partir do século II.

Irineu, no ano 180, achava que a epístola de Pedro fora escrita em 83, mas
não por Pedro. Nesta epístola, Pedro dizia que “Jesus sofreu por nós,
deixando-nos um exemplo”. Acrescentara ter sido testemunha pessoal
dos seus sofrimentos, após os quais subiu ao céu, de onde voltaria em
breve. No entanto, sua volta não ocorreu até hoje, apesar de terem se
passado dois mil anos.

Ronaldo Gomes, Analisando as escrituras


A farsa do novo testamento – Porque os judeus não aceitam Jesus como messias

A falta de cumprimento dessa promessa invalida todas as suas afirmações.


É de se notar o cuidado que tiveram os compiladores dos Evangelhos para
não permitir que Jesus praticasse senão o que estava estabelecido pelas
profecias do judaísmo. Assim, a vida de Jesus nada mais é do que as
profecias postas em prática.
O cristianismo e os Evangelhos são um modo de re avivamento da chama
do judaísmo, ante a destruição do templo de Jerusalém. É uma
transformação do judaísmo, de modo a existir dentro dos muros de Roma,
de onde, posteriormente, ultrapassou os limites, alcançando boa parte do
mundo.
O Talmud diz: “Então se abrirão os olhos aos cegos e os ouvidos aos
surdos”. Jesus teria de dizer: “Então o coxo pulará como o cervo e a língua
dos mudos se soltará”. Em Lucas 4:27 Jesus cura Naamã, reproduzindo
uma cura efetuada por Eliseu, de um outro leproso. Elias e Eliseu
ressuscitaram mortos, por seu lado, Jesus ressuscitaria a Lázaro.
Os discípulos de Jesus, não sabendo como curar os endemoniados,
recorrem ao Mestre. Passagem semelhante está em Eliseu, cujo servo
teria recorrido a ele para curar o filho da sunamita.
A multiplicação dos pães e dos peixes é a repetição de Moisés no deserto,
fazendo cair maná e cordonizes. Moisés transformou as águas do rio em
sangue e Jesus transforma a água em vinho.
Em Jeremias 7:11 e Isaías 56:7 está escrito que o templo não deve se
converter em um covil de ladrões, o que leva os evangelistas a dizer que
Jesus expulsou os mercadores do templo.
A transfiguração de Jesus é a mesma coisa que aconteceu a Moisés, ao
subir ao Monte Sinai, quando 109 encontrou com Jeová. Aliás, Moisés
havia prometido que viria um profeta semelhante a ele.
A traição de Judas repete o mesmo acontecimento em relação a Crestus.
A prisão de Jesus foi descrita de modo igual no Talmud, não se referindo
a ele, mas a Yeshua bem Pandira.
A fuga dos apóstolos estava prevista por Isaías. Jesus foi crucificado na
Páscoa, representando o cordeiro pascal.

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Essas comparações patenteiam a existência do cristianismo muito antes


de Filon. Donde se deduz que Jesus foi inventado de acordo com as
Escrituras, sem esquecer de anexar as ideias de Filon ao relato de sua
pretensa vida. Fócio demonstrou que os Evangelhos foram copiados de
Filon.

São Clemente e Orígenes, embora fossem padres da Igreja, orientaram-se


por Filon e não pelo bispo de Roma. Estas citações seriam suficientes para
se provar que Jesus jamais existiu. É apenas um produto da mente clerical,
a qual o compôs baseada em mitos e lendas. Como dito na introdução, a
maior farsa da humanidade. Uma mistura de mitos e lendas.

XIV O Jesus histórico

É muito provável que tenha sim existido um jesus histórico, independente


dessa mescla toda. Aliás, enfeitar personagens era muito comum na

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literatura judaica, como David, Salomão, Moisés e outros cujas histórias


reais devem ter sido bem menos exuberantes.

a- O último profeta
Existe uma tradição oral judaica que diz que houve um profeta
apocalíptico chamado Jesus/Yeshua como haviam muitos profetas desse
tipo no primeiro século, e, justamente por isso, não foi levado a sério.
Provavelmente pode ter sido o mesmo Jesus citado por Josefo que dizia
que Jerusalém iria cair.

Esse Jesus era um homem comum, profeta, casado, nascido de forma


natural e depois foi condenado e morto. Não fazia curas e milagres. E
depois da queda de Jerusalém sua popularidade aumentou justamente
pelo fato dele ter profetizado a sua queda, o que faria dele, um verdadeiro
profeta.

E se nós eliminarmos a suposta messiânidade de Jesus por que de fato ele


não foi o messias conforme vimos nesse artigo, nós podemos ver em Jesus
um profeta, talvez o último.

Conforme vimos no começo, uma das funções do messias seria reconstruir


o templo e quando Jesus veio ainda havia o templo restaurado por
Herodes. Mas existe uma outra profecia que fala de alguém que viria na
época em que ainda existisse o templo. Não o messias, mas um
mensageiro:

Eis que eu envio o meu mensageiro, que preparará o caminho


diante de mim; e de repente virá ao seu templo o Senhor, a quem
vós buscais; e o mensageiro da aliança, a quem vós desejais, eis que
ele vem, diz o SENHOR dos Exércitos. Mas quem suportará o dia da
sua vinda? E quem subsistirá, quando ele aparecer? Porque ele será
como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros.

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Malaquias 3:1,2

E se Jesus fosse apenas esse mensageiro que prediziria o grande e terrível


dia do Senhor? Até porque o dia do senhor segundo a escritura seria um
dia de trevas, destruição, lamento, ou seja, a queda de Jerusalém:

Porque está perto o dia, sim, está perto o dia do Senhor; dia
nublado; será o tempo dos gentios.
Ezequiel 30:3
Ai daqueles que desejam o dia do Senhor! Para que quereis vós este
dia do Senhor? Será de trevas e não de luz.
Amós 5:18
Ai do dia! Porque o dia do Senhor está perto, e virá como uma
assolação do Todo-Poderoso.
Joel 1:15
Mas será um dia conhecido do Senhor; nem dia nem noite será;
mas acontecerá que ao cair da tarde haverá luz.
Zacarias 14:7

E se nós fizermos uma exclusão de fatos, eliminando todos os fatos


narrados nos evangelhos que se assemelham a outros Cristos anteriores
ou a messias solares, o que sobra é justamente a parte profética de Jesus.
Vejamos alguns exemplos por alto apenas:

Nascimento virginal Todos messias solares, Apolônio e


Yeshua bem pandira
Anunciação Buda, Khrisna e Horus
Visita de pastores khrisna
Massacre de inocentes Moisés e Khrisna
Fuga para o Egito Yeshua bem Pandira e José do
Egito

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Ensina quando criança Khrisna, Apolônio


É batizado nas águas Hórus
É tentado quarenta dias Buda
Faz pescadores de homens Vespasiano
Cura um cego cuspindo Vespasiano
Curas e milagres Yeshua bem Padira
Sermão da montanha Buda
Multiplica pães Elias
Transforma água em vinho Baco e Mitra
Anda sobre as águas Buda
Confronta os judeus Crestus e Yeshua bem Pandira
Entra triunfal em Jerusalém Salomão e Jesus
Expulsa demônios Khrisna, Yeshua bem pandira,
Apolônio
É traído por judas Crestus
É julgado no sinédrio Yeshua bem pandira
É levado perante o governador Yeshua bem Pandira
É flagelado Jesus de Josefo e Yeshua bem
Pandira
É condenado entre dois ladrões Amigos de Josefo
É chamado de filho do homem Vespasiano e tito
É chamado de deus e filho de Deus todos
É crucificado Atis, Khrisna e outros
Morre na véspera da Páscoa Yeshua bem pandira
Ensinava pro parábolas Buda
Jogou os porcos no abismo Vespasiano
Ressuscitou todos
Ascendeu aos céus A maioria
Profetizou a ruína de sua geração ?????

Notaram que os messias solares e os Cristos antes de Cristo, todos tiveram


similaridades exceto que nenhum deles profetizou acerca da queda de
Jerusalém?

Será que Jesus era apenas um profeta que devido a sua profecia ter se
concretizado seus seguidores seguintes começaram a vê-lo como o

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messias? Será que a sua história não acabou sendo confundida com a dos
outros, como Apolônio, Crestus, Yeshua bem Pandira etc....? E depois
quando os primeiros autores começaram a escrever eles misturavam
essas fontes sem querer?

Lembrando que no primeiro século havia um leque de seitas cristãs que


viam Jesus de formas diferentes, como os docetas por exemplo, que
acreditavam que jesus era só um espirito e que nunca tinha vindo em
carne. Será que os docetas se referiam ao mesmo jesus? Se sim como eles
não viram ele fisicamente? Ou será que eram personagens semelhantes
que eram frequentemente confundidos no primeiro século? O próprio
filósofo pagão Celso confundiu jesus chamando ele de bem Pandira.

E muitas características que o novo testamento traz de Jesus se


assemelham mais ao profeta Elias do que ao messias. Elias confrontou o
falso culto ao deus Baal em sua época e jogou pragas, fez cair fogo do céu
e mandou matar os idólatras. Jesus segundo o novo testamento fez coisas
parecidas, como por exemplo curou a filha da viúva, multiplicou pães,
confrontou os religiosos da época, e profetizou a queda de Jerusalém que
seria destruída pelo fogo.
E Jesus ou Yeshua era um nome bem comum no primeiro século, o próprio
talmud cita uns quatro, sendo um irmão de um Tiago inclusive mas de
outra época. O próprio personagem Barrabás do novo testamento se
chamava Yeshua/Jesus segundo os manuscritos de Lucas. E existe inclusive
um tumulo que foi encontrado em Israel que traz a seguinte inscrição,
Tiago, filho de José, irmão de jesus, só que com restos mortais:

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Os religiosos detestaram a descoberta e até processaram o arqueólogo


que fez a descoberta alegando fraude, o que foi comprovado não ser. Será
que esse túmulo com restos mortais, não poderia ser o do Jesus histórico?

E se Jesus foi apenas o mensageiro da aliança dito em Malaquias, o último


profeta e que depois teve sua história popularizada e misturada com as
dos outros todos?

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E se houve um jesus histórico ele seria provavelmente assim:

b- O Jesus da Caxemira
Existe uma outra lenda que poucos cristãos conhecem, e mesmo se
conhecessem não aceitariam, a de que jesus teria ido para a Caxemira.
No século 1, o andarilho Yus Asaf (“líder dos curados”, em persa),
percorreu o Oriente Médio, realizando milagres e curas semelhantes aos
de Jesus. Segundo essa versão, ele não teria morrido na cruz: aos 33 anos,
teria seguido para o norte da Índia, onde viveria até os 120 anos. Seu
suposto túmulo, em Srinagar, atrai peregrinos até hoje.

A lenda diz que esse profeta Yuz asaf, que lembra muito o nome como os
muçulmanos chamam jesus, profeta Yssa, foi um homem judeu que
pregou e fez milagres e foi rejeitado por seu povo, tendo sido crucificado e
após sua ressurreição milagrosa foi embora para a Índia com sua esposa.

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Sim, semelhante a tradição oral judaica esse profeta foi casado, e duas
vezes, inclusive com uma mulher chamada Madalena.

E parece que não é o único tumulo, parece que a lenda permeou outros
lugares da região.

Os mulçulmanos que se baseia em sua própria tradição oral, sempre


disseram que o profeta yssa, jesus, não morreu na cruz, mas que judas é
que foi crucificado em seu lugar. Será que esse Ysu da Caxemira não seria
o mesmo Yssa dos muçulmanos que colocou judas em seu lugar e fugiu
para a Índia?

Ou será que esse profeta Yzu Asaf não seria algum dos outros Cristos que
inspiraram a história de Jesus? Talvez nunca saibamos.

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c- Conclusão

O Jesus do novo testamento não cumpriu nenhuma profecia messiânica


sequer, o novo testamento mente para induzir o leitor a acreditar que ele
cumpriu. Tem contradições absurdas. Jesus se assemelha aos personagens
amaldiçoados do velho testamento e o seu culto ao da serpente. Nenhum
historiador falou de jesus nem quem poderia ter encontrado ele na rua.
Sua história parece uma mescla de outros messias antes dele e de messias
solares. E seu culto idolátrico perdura já há dois mil anos, causando
divisões, guerras e mortes. O Jesus, pelo menos o do novo testamento
como o conhecemos, não foi uma pessoa física real e histórica, foi apenas
uma síntese de outros personagens. Uma ideia que ganhou forma e
abraçou todos os outros antes dele.

Boa reflexão.
Ronaldo

Ronaldo Gomes, Analisando as escrituras

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