TP043 – Microeconomia –30/11/2009 – AULA 23

Bibliografia: PINDYCK capítulo 14 – Mercado para Fatores de Produção.

Mercado de Fatores com poder de monopsônio:

Em alguns mercados de fatores alguns compradores individuais possuem poder de
monopsônio.
Suponha que:
O mercado de produto seja perfeitamente competitivo.
O mercado de fator seja um monopsônio.

Despesas Marginal e Média:

Para decidir que quantidades de um produto serão adquiridas, vai-se aumentando o
número delas até que o valor adicional da última (valor marginal) seja igual a seu custo
(despesa marginal). Em perfeita competição, o preço que se paga é igual ao seu custo. Se
existe poder de monopsônio, a despesa marginal é superior à despesa média.
A curva de oferta que o monopsonista se depara é a curva de oferta do mercado, pois só ele
compra. Como o monopsonista paga o mesmo preço a cada unidade, a curva da oferta é a
curva de despesa média. Quando a empresa tem de comprar alguma unidade adicional, ela
tem que pagar mais por todas as unidades.

Decisão de aquisição de insumo:

A despesa média é a oferta e a empresa deve adquirir até que a despesa marginal
iguale à receita marginal.

FONTE: PINDYCK (2007)

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 A empresa paga um preço menor do que o Wc de um mercado competitivo.
O monopsônio pode surgir por diversos fatores como a localização geográfica,
como no caso em que a empresa é a única empregadora do local. Pode também surgir da
intenção de um grupo de compradores se reunirem e pagarem um preço menor.
Exemplos de poder de monopsônio:
Soldados
Mísseis
Astronautas
Empresas que sejam as principais empregadoras em certas comunidades
Exemplo em sala: Poder de monopsônio no mercado de jogadores de beisebol.

Mercado de fatores com poder de monopólio:

Assim como os compradores de insumo podem ter poder de monopsônio, os
vendedores de insumo podem ter poder de monopólio. O exemplo mais importante de
poder de monopólio no mercado de fatores envolve os sindicatos de trabalhadores.

FONTE: PINDYCK (2007)

Quando um sindicato é monopolista ele escolhe ofertar trabalho em pontos da curva
da demanda de trabalho. Pode querer maximizar o número de trabalhadores em L*, com o
salário W*. Se quiser maximizar o salário o número de trabalhadores é L1 e o salário é W1.
Se quiser maximizar o total dos salários pagos, a receita marginal tem de ser zero (L2 e
W2).

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 Trabalhadores sindicalizados e trabalhadores não sindicalizados

FONTE: PINDYCK (2007)

Suponhamos que neste caso a oferta de trabalhadores sindicalizados e não

sindicalizados seja fixa (linha vertical SL).
Para manter o mesmo nível de emprego a perda do número de trabalhadores
sindicalizados é igual ao ganho de trabalhadores não sindicalizados. Quando o sindicato
eleva o salário, na verdade ele está fazendo com que trabalhadores não sindicalizados
recebam um salário menor.

Exemplo em sala: Declínio do sindicalismo no setor privado.

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 Exercícios (PINDYCK (2007) pg 468):

6- Suponhamos que a função de produção de uma empresa seja expressa pela equação Q =
2
12L - L , para L com valor variando de 0 a 6, sendo L o insumo trabalho por dia e Q, a
quantidade produzida por dia. Determine e desenhe a curva da demanda de trabalho da
empresa se seu produto for vendido por $10 em um mercado competitivo. Quantos
trabalhadores serão contratados pela empresa quando a remuneração for de $30 por dia? E
quando for de $60 por dia? (Dica: o produto marginal do trabalho é 12 - 2L.)
A curva de demanda de trabalho é indicada pela receita do produto marginal do
trabalho, RMgPL = (RMg)(PMgL). Em um mercado competitivo, o preço é igual à receita
marginal; portanto, RMg = 10. Temos que PMgL = 12 - 2L.
RMgPL = (10)(12 - 2L). A quantidade de mão-de-obra capaz de maximizar os lucros
da empresa ocorre no ponto em que RMgPL = w. Se w = 30, então, no ponto ótimo, 30 = 120
- 20L. Resolvendo para L obtemos 4,5 horas por dia. Similarmente, se w = 60, resolvendo
para L obtemos 3 horas por dia.

8- A demanda por mão-de-obra em um setor industrial é obtida por meio da curva L = 1200 -
10w, onde L é a quantidade de trabalho demandada por dia e w, a remuneração. A curva da
oferta é obtida por meio de L = 20w. Qual será a remuneração de equilíbrio e a quantidade de
trabalho contratada? Qual será a renda econômica obtida pelos trabalhadores?

Igualando a quantidade de trabalho ofertada é igual à quantidade demandada:

20w = 1.200 - 10w, ou w = $40.

Obtendo a quantidade de equilíbrio:

LS = (20)(40) = 800,
A renda econômica é a área acima da curva da oferta de trabalho até L = 800 e abaixo
da remuneração de equilíbrio. A área desse triângulo é ((800)($40))/2 = $16.000.