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Somos todos competitivos, preconceituosos e

influenciáveis. O que podemos fazer para mudar

isso?

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Devorei o livro O Poder da Influência de Jonah

Berger em menos de uma semana. De antemão,

posso afirmar que não era necessário terminar a

leitura para concluir que o ser humano é, por

natureza, competitivo, influenciável e

preconceituoso, entretanto, 275 páginas de leitura

reforçaram algumas das minhas convicções.

Inúmeras forças invisíveis moldam o

comportamento do ser humano. Somos

influenciados constantemente pelas pessoas que

nos cercam, para o bem ou para o mal.

Morar em bairros melhores, conversar com pessoas

mais abastadas e cultas, estudar em escolas

melhores e o próprio fato de nascer em famílias

melhores, do ponto de vista socioeconômico e

cultural, faz com que estudemos mais, nos

esforcemos mais, sejamos menos violentos e

queiramos ser mais bem-sucedidos.<

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Por outro lado, como a mente humana tende a


simplificar as coisas e buscar atalhos, somos

altamente influenciados quanto aos livros que

devemos ler, às roupas que devemos usar, ao carro

que podemos comprar, ao curso que devemos fazer

e à comida que devemos comer. Somos criaturas

de hábito e de influência.

Dessa forma, a maioria é influenciada em vez de ser

preparada para pensar e agir de acordo com a sua

própria consciência. Psicologia das Multidões , de

Gustave Le Bon, outro livro instigante, diz muito

sobre isso.

"No fundo, somos todos animais sociais. Quer

percebamos ou não, os outros exercem um impacto

sutil e surpreendente sobre tudo que fazemos. No

que diz respeito à nossa vida, a influência social é

tão silenciosa quanto contundente; porém, somos

incapazes de vê-las". Em síntese, seguimos a man

ada.

Por si só, a influência social não é boa nem ruim.

Se seguirmos pessoas más, teremos mais maldades

no mundo. Se seguirmos pessoas boas, teremos

mais bondade no mundo. Simples assim.

Seguir uma facção, uma tribo, um partido, uma

ideia ou um livro diferente representa uma escolha,

a qual poderá levá-lo a um lugar qualquer, mas se


você não entender o poder da influência alheia

sobre suas escolhas, nunca saberá se tomou a

decisão mais adequada.

Você gostaria de ser mais influente? Tomar

decisões melhores? Motivar mais a si mesmo e aos

outros? Comece por você mesmo, seja íntegro,

promova o bem-estar das pessoas, leia mais, pense

mais por si mesmo, seja um realizador por

natureza.

Nossas crenças, o lugar onde moramos, as coisas

que dizemos ou escrevemos, as pessoas com quem

nos relacionados, nossos exemplos, tudo isso tem

grande impacto sobre o futuro, então, a reflexão é

bem simples: que futuro queremos semear para os

nossos filhos e netos?

Por certo, é bem diferente de tudo o que estamos

vivendo no Brasil de hoje.

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