Você está na página 1de 5

CONTABILIDADE PÚBLICA NA GESTÃO MUNICIPAL

CONTABILIDADE DAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS


1. Fazem parte dos documentos de registros: diário e o razão.
2. Informação – é a interpretação das demonstrações e dos registros.
3. Controle – é a aplicação dos métodos de acompanhamento e fiscalização, com alinhamento e avaliação.
4. Subsistema da estrutura dos sistemas contábeis: orçamentário, patrimonial, custos e compensação.
5. Tipos de regime contábil:
a. Regime de caixa – se destaca como receitas e despesas todas as entradas e saídas de recursos
financeiros ou não.
b. Regime de competência – receitas e despesas incluídas na apuração do resultado do período em
que ocorrem.
c. Regime misto – mescla os dois regimes anteriores.
6. Fatos permutativo – uma permuta de um item da contabilidade por outro.
7. Fatos modificativos – alteram o valor dos bens.
8. Livros contábeis – livro Diário e Razão.
9. Método de partidas dobradas – consiste na entrada e saída de valores, causa e efeito, dever e haver,
débito e crédito.

ENTIDADES PÚBLICAS
10. Serviços públicos – a administração presta diretamente à coletividade.
11. Serviços de utilidade pública – concessão, permissão ou autorização.
12. Na administração pública indireta a contabilidade pública é utilizada apenas nas autarquias e fundações.
13. Fundos especiais – criados para atendimentos de objetivos específicos.
14. Sistema de previdência equilibrado:
a. Do ponto de vista atuarial – equilíbrio entre as contribuições exigidas e os benefícios que serão
pagos.
b. Do ponto de vista financeiro – contribuições são suficientes para cumprir os compromissos em
cada exercício.

PLANEJAMENTO BÁSICO
15. Hierarquia dos processos de planejamento do orçamento:
a. Plano Plurianual – diretrizes (bússolas), objetivos (histórico ou descrição) e metas (mensurações
quantitativas e qualitativas).
b. Lei de Diretrizes Orçamentárias – metas e prioridades.
c. Orçamento Anual – previsão da receita e fixação de despesas.
16. Plano Plurianual:
a. Programa de trabalho executivo para ser executado pelo período correspondente a um mandato
político.
b. É contado a partir do exercício financeiro seguinte ao de sua posse.
c. Deverá ser enviado à Câmara até 31 de agosto do primeiro ano do mandato, e devolvido para
sansão até 31 de dezembro.
17. Lei de Diretrizes Orçamentárias:
a. Estabelecerá as prioridades das metas, com planejamento operacional anual, incluindo as despesas
de capital para o exercício subsequente.
b. Deve ser aprovada até o final do 1º semestre do ano. Seu envio à Câmara deverá ser feito até 15
de abril de cada ano.
18. Lei Orçamentária Anual:
a. Deve conter o orçamento fiscal e o orçamento de investimento.
b. É também chamada de Lei de Meios, que contém a discriminação da receita e da despesa.
19. O orçamento público – é o elo entre o planejamento e as funções executivas da organização, em que a
alocação de recursos visa à consecução de objetivos e metas.
20. O orçamento-programa detalha cada uma de suas etapas dentro de um período de tempo (ano civil).
21. O ano civil ou financeiro – vai de 1º de janeiro a 31 de dezembro.
22. As receitas possuem apenas um fluxo por causa da “unidade de tesouraria, enquanto as despesas são
descentralizadas por “órgãos ou secretarias”.
23. A contabilidade pública só permite realizar despesas que estejam previamente autorizadas.
24. A receita orçamentária é classificada em categorias econômicas (Receitas Correntes e de Capital),
subdividindo-se em: fontes, subfontes, rubricas e sub-rubricas.

RECEITAS
25. Receita é todo e qualquer recolhimento aos cofres públicos.
26. Receita é o conjunto de ingressos financeiros, provenientes de receitas orçamentárias ou próprias e
receitas extraorçamentárias ou de terceiros.

Receitas Orçamentárias
27. Receitas correntes:
a. Receitas tributárias – derivadas de tributos, como impostos, taxas e contribuição de melhoria; e
ainda retenção de imposto de renda.
b. Receitas de contribuições – receitas destinadas à manutenção dos programas e serviços sociais e
de interesse público.
c. Receitas patrimoniais – proveniente de arrecadação (rentabilidade de aplicações e aluguéis).
d. Receitas agropecuárias – advindas de atividades agropecuárias típicas do setor privado.
e. Receitas industriais – proveniente de exploração direta de atividade industrial (mineração,
construção, energia elétrica, água).
f. Receitas de serviços – provenientes da prestação de serviços comerciais, financeiros, de
comunicação, transporte, saúde, tarifas aeroportuárias.
g. Transferências correntes – recebidos de outras entidades de direito público ou privado.
h. Outras receitas correntes – originárias de cobranças de multas e juros de mora, indenizações e
restituições, receitas de dívida ativa.
28. Receitas de capital:
a. Operações de créditos – empréstimos e financiamentos.
b. Alienação de bens – alienação ou venda de bens.
c. Amortização de empréstimos – valores recebidos como pagamento por empréstimos.
d. Transferências de capital – recursos financeiros recebidos de outras entidades.
e. Outras receitas de capital – classificação genérica e o superávit.
29. Receita de alienação de bens ou alienação de ativos: o ato de ceder bens a outrem, mediante
contrapartida compensatória.

Receita extraorçamentária ou ingressos extraorçamentários


30. Ingressos que não integram o orçamento público, ou seja, todos os efetuados que constituirão
compromissos exigíveis a curto prazo. Alguns ingressos extra poderão ser convertidos em receitas
orçamentárias (uma calção).
Estágios da receita
31. Previsão – estimativas da receita.
32. Lançamento – fase administrativa, que identifica e individualiza, formalizando o crédito tributário;
configurando-se em três tipos: direito ou de ofício, por declaração, e por homologação.
33. Arrecadação – pagamento das guias de arrecadação, por depósito ou transferência.
34. Recolhimento – transferência dos recursos aos cofres públicos.

Renúncia de receita
35. Mediante autorização legislativa se conte o direto de não recolhimento por tempo determinado.

Estimativa do impacto orçamentário-financeiro


36. É um documento que contém informações sobre o impacto positivo, negativo ou neutro, na variação
patrimonial da entidade.
37. Os reflexos do impacto deverão ser observados no exercício de início da vigência da ação e nos dois
seguintes.

Receita corrente líquida (receita líquida real)


38. É o somatório das receitas tributárias, de contribuições patrimoniais, industriais, agropecuárias, e outras.
39. Ela será apurada somando-se as receitas arrecadas no mês em referência e nos onze anteriores.

DESPESAS
40. Se dividem em despesas orçamentárias e dispêndios extraorçamentários.

Despesas Orçamentárias
41. Classificação institucional
a. É a unidade orçamentária, seja um órgão ou uma unidade administrativa.
b. É o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão.
c. Cada unidade administrativa possui o seu respectivo gestor.
42. Classificação funcional
a. Tem por finalidade delimitar a despesa, definindo-a por sua função.
b. Identifica as áreas em que as despesas estariam sendo realizadas.
43. Classificação estrutural programática
a. Programa – é o instrumento de organização da ação governamental, por meio do desdobramento
da classificação programática.
b. Projeto – conjunto de operações limitadas no tempo.
c. Atividade – conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente.
d. Operações especiais – despesas que não contribuem para a manutenção das ações de governo,
das quais não resulta contraprestação.
44. Despesa segundo a natureza
a. Por categorias econômicas – Despesas Correntes e Despesas de Capital.
b. Por grupo de natureza das despesas
i. Despesas correntes – manutenção dos equipamentos e promoção do funcionamento dos
órgãos de suas atividades básicas (pessoal e encargos sociais, juros e encargos da dívida).
ii. Despesas de Capital – grupo de despesas que contribui para formar em um bem de capital
ou acrescentar valor a um bem já existente (investimentos, inversões financeiras,
amortização da dívida).
c. Por modalidade de aplicação: direta ou indireta (transferência a outro órgão).
d. Por elementos de despesa: arranjados em grupos destacando os agregados de despesas que são
expressivos e merecem acompanhamento gerencial.
45. Classificação no plano de contas orçamentário: na elaboração da LOA a discriminação da despesa quanto a
sua natureza far-se-á no mínimo por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de
aplicação.

Dispêndios extraorçamentários
46. Pagamentos realizados pela Administração Pública e que não dependem de autorização legislativa
(cauções, depósitos, consignações e outros), como Antecipação de Receita Orçamentária (ARO).

Estágios da despesa
47. Fixação – se estabelece o valor máximo a ser consumido.
48. Programação – cronograma de desembolso (quadro de cotas trimestrais por unidade orçamentária).
49. Licitação e pré-empenho
50. Empenho
51. Liquidação
52. Suprimento – entrega ou transferência dos recursos para pto
53. Pagamento – entrega do numerário ao credor.

Tipos de empenho
54. Empenho ordinário – valor líquido e certo para o credor.
55. Empenho global – valor será pago parceladamente.
56. Empenho por estimativa – valor não quantificável (água, luz, telefone).
57. Subempenho – empenho de forma global ou por estimativa (liquidação e pto).
58. Anulação de empenho – cancela empenho ou parte dele.
59. Anulação de subempenho
60. Memorial de regularização de despesa – despesas empenhadas em dotações indevidas.

Despesa obrigatória de caráter continuado


61. Despesa corrente com obrigação legal de sua execução por um período superior a 2 exercícios.

CONTROLE DA INFORMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA


62. Limitação de empenho – ocorre quando ao se verificar no final de um bimestre que a realização da receita
poderá não comportar o cumprimento das metas.
63. Relatório resumido da execução orçamentária – deve ser publicado até 30 dias após o encerramento de
cada bimestre (balanço orçamentário, demonstrativo da execução das receitas, demonstrativos relativos à
receita corrente líquida, valores referentes ao refinanciamento da dívida mobiliária).
64. Relatório de gestão fiscal – elaborado e publicado pelo Executivo, porém incluindo também os dados do
Legislativo. É elaborado ao final de cada quadrimestre e publicado até 30 dias após o final do período.
65. Créditos do orçamento:
66. Créditos orçamentários – designam o montante de recursos disponíveis numa dotação.
67. Crédito adicionais – são ajustes orçamentários que corrigem ou acertam distorções.
a. Créditos suplementares – reforçam despesas insuficientes.
b. Créditos especiais – abertos para amparar novos programas e despesas que não figuravam no
orçamento. Sempre autorizados por lei específica e abertos por decreto.
c. Créditos extraordinários – destinados a cobrir despesas imprevisíveis e urgentes (guerra ou
calamidade pública); abertos por decreto.
d. Outros tipos de créditos – Reserva de Contingência passivos contingentes e outros riscos e eventos
fiscais imprevistos).

Transposição, remanejamento e transferência de dotações


68. É possível utilizar-se dos artifícios de transposição, remanejamento e transferência de recursos de uma
categoria de programação para outra, desde que autorizado por lei.
69. Transposições – realocações de saldos orçamentários no âmbito dos programas de trabalho, dentro do
mesmo órgão.
70. Remanejamentos – realocações de créditos orçamentários na organização de um ente público, de um
órgão para outro.
71. Transferências – movimentações de recursos entre as categorias econômicas de despesas, dentro do
mesmo órgão e do mesmo programa de trabalho.

Restos a pagar
72. Todas as despesas empenhadas que não foram pagas.
73. Restos a pagar processados – em 31/dez os empenhos liquidados serão inscritos em restos a pagar
processados (considerando que o serviço ou material foi entregue).
74. Restos a pagar não processado – despesas empenhadas que não foram liquidadas (fato do
material/serviço não ser entregue).

Você também pode gostar