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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

ANO XIII – EDIÇÃO nº 3124 – SEÇÃO I


DISPONIBILIZAÇÃO: segunda-feira, 30 de novembro de 2020 PUBLICAÇÃO: terça-feira, 1º de dezembro de 2020

Senhores(as) Usuários(as),

A Seção I do Diário da Justiça Eletrônico compreende a publicação de atos judiciais e administrativos


oriundos do 2º grau de jurisdição.

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RAQUEL MARIA
Assinado de forma digital por RAQUEL
MARIA GONCALVES MARTINS:5132649
DN: c=BR, o=ICP-Brasil, ou=Autoridade
GONCALVES Certificadora da Justica - AC-JUS,
ou=Cert-JUS Institucional - A3,

MARTINS:51326
ou=11735236000192, ou=Tribunal de
Justica Goias - TJGO, ou=SERVIDOR,
cn=RAQUEL MARIA GONCALVES
49 MARTINS:5132649
Dados: 2020.11.30 12:09:33 -03'00'
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Nº Processo PROAD: 201911000199547

ÓRGÃO ESPECIAL
RECURSO ADMINISTRATIVO Nº 201911000199547

COMARCA DE GOIÂNIA
RECORRENTE : FERNANDO GRAMACHO VIEIRA
RECORRIDO : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RELATOR : DES. NICOMEDES BORGES

EMENTA: RECURSO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR DO PODER JUDICIÁRIO.


LICENÇA-PRÊMIO NÃO USUFRUÍDA. CONVERSÃO EM PECÚNIA.
IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE PREENCHIMENTO DO REQUISITO TEMPORAL (art.
4, inc. I da Lei2 0 . 0 3 3 / 1 8 ) .

1 – No caso, incomportável a conversão da licença- prêmio em pecúnia, pois na


data de protocolização do requerimento inicial (autuado em 18.11.19), o recorrente
não preenchia o requisito prescrito no inciso I do artigo 4º da Lei 20.033/18, de ter
completado mais de 10 (dez) anos de efetivo exercício no cargo na data da
protocolização do requerimento inicial (Autuado em 18.11.19), pois foi nomeado por
concurso público por meio do Decreto Judiciárion . 2 5 7 1 , datado de 17 de
dezembro de 2012. Mantida a d e c i s ã o recorrida.

RECURSO ADMINISTRATIVO CONHECIDO E DESPROVIDO.

ACÓRDÃO

ACORDA , o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pelos integrantes do Órgão


Especial, na conformidade da ata de julgamento, por unanimidade de votos, em conhecer e negar
provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator.

Goiânia, 26 de agosto de 2020.

Desembargador NICOMEDES BORGES

Relator

Assinado digitalmente por: NICOMEDES DOMINGOS BORGES, VICE-PRESIDENTE, em 26/11/2020 às 11:45. 1


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Nº Processo PROAD: 202011000248236

Gabinete da Presidência

DECRETO JUDICIÁRIO Nº 2.127/ 2020.

O DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA


DO ESTADO DE GOIÁS, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o que consta
nos autos do PROAD nº 202011000248236:
I – exonera AGNATA CRISTINA RODRIGUES DE BESSA
MENDONÇA do cargo comissionado de Assistente de Juiz de Direito, DAE-5, da 1ª Cível,
Criminal, Família, Sucessões e da Infância e da Juventude da Comarca de Itaberaí;
II – exonera ANGÉLICA DONARA SILVA LEMES do cargo
comissionado de Assistente Administrativo de Juiz de Direito, DAE-3, da 1ª Cível,
Criminal, Família, Sucessões e da Infância e da Juventude da Comarca de Itaberaí, e a
nomeia para o cargo comissionado de Assistente de Juiz de Direito, DAE-5, da 1ª Cível,
Criminal, Família, Sucessões e da Infância e da Juventude da referida unidade judiciária.

Goiânia, 26 de novembro de 2020, 132º da República.

WALTER CARLOS LEMES


Presidente

rmdc

___________________________________________________________________________________________________________
Av. Assis Chateaubriand n. 195, Setor Oeste, Goiânia-GO. Telefone: 62.3216.2000 – CEP 74.130-012

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Nº Processo PROAD: 202011000248236

WALTER CARLOS LEMES


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Nº Processo PROAD: 202011000247456

Gabinete da Presidência

DECRETO JUDICIÁRIO Nº 2.128/ 2020.

O DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA


DO ESTADO DE GOIÁS, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o que consta
nos autos do PROAD nº 202011000247456, nomeia MARIA APARECIDA PEREIRA
ALVES para o cargo comissionado de Assistente Administrativo de Juiz de Direito,
DAE-3, da 1ª Vara Cível da Comarca de Rio Verde.

Goiânia, 27 de novembro de 2020, 132º da República.

WALTER CARLOS LEMES


Presidente rmdc

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Av. Assis Chateaubriand n. 195, Setor Oeste, Goiânia-GO. Telefone: 62.3216.2000 – CEP 74.130-012

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Nº Processo PROAD: 202011000247456

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Nº Processo PROAD: 202011000246465

Gabinete da Presidência

DECRETO JUDICIÁRIO Nº 2.129/ 2020.

O DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA


DO ESTADO DE GOIÁS, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o que consta
nos autos do PROAD nº 202011000246465, nomeia IGOR NATHAN VALDIVINO VIEIRA
para o cargo comissionado de Assistente Administrativo de Juiz de Direito, DAE-3, da
Vara Judicial da Comarca de Barro Alto.

Goiânia, 27 de novembro de 2020, 132º da República.

WALTER CARLOS LEMES


Presidente rmdc

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Nº Processo PROAD: 202011000246465

WALTER CARLOS LEMES


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Nº Processo PROAD: 202011000249360

Gabinete da Presidência

DECRETO JUDICIÁRIO Nº 2.130/ 2020.

O DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA


DO ESTADO DE GOIÁS, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista os trabalhos
desenvolvidos pela Corregedoria-Geral da Justiça, tendo em vista o que consta nos autos
do PROAD nº 202011000249360, designa o Dr. ANDRÉ REIS LACERDA, Juiz de Direito
da 1ª Vara Criminal da Comarca de Trindade, para, no período de 1º de dezembro de
2020 a 31 de janeiro de 2021 e sem prejuízo das atribuições na unidade judiciária que
titulariza, prestar auxílio na 2ª Vara Judicial da Comarca de Guapó.

Goiânia, 27 de novembro de 2020, 132º da República.

WALTER CARLOS LEMES


Presidente

//Ass01-AdM/

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Nº Processo PROAD: 202011000249360

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Nº Processo PROAD: 202011000248649

Gabinete da Presidência

DECRETO JUDICIÁRIO Nº 2.131/ 2020.

O DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA


DO ESTADO DE GOIÁS, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o que consta
nos autos do PROAD nº 202011000248649, exonera ANA CAROLINA BAHIA REIS
SCATENA do cargo comissionado de Assistente de Juiz de Direito, DAE-5, da Vara
Judicial da Comarca de Itapirapuã, e nomeia MICHELE PEREIRA DA SILVA para
referido cargo em comissão.

Goiânia, 27 de novembro de 2020, 132º da República.

WALTER CARLOS LEMES


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Nº Processo PROAD: 202011000246922

Gabinete da Presidência

DECRETO JUDICIÁRIO Nº 2.132/ 2020.

O DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA


DO ESTADO DE GOIÁS, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o que consta
nos autos do PROAD nº 202011000246922, nomeia VANESSA RODRIGUES BONFIM
DUARTE para o cargo comissionado de Assistente Administrativo de Juiz de Direito,
DAE-3, da 1ª Vara Judicial da Comarca de Caiapônia.

Goiânia, 27 de novembro de 2020, 132º da República.

WALTER CARLOS LEMES


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Nº Processo PROAD: 202011000246922

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Nº Processo PROAD: 202011000247999

Gabinete da Presidência

DECRETO JUDICIÁRIO Nº 2.133/ 2020.

O DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA


DO ESTADO DE GOIÁS, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o que consta
nos autos do PROAD nº 202011000247999, nomeia MARINA CARNEIRO LIMA para o
cargo comissionado de Assistente Administrativo de Juiz de Direito, DAE-3, da 2ª Vara de
Família e Sucessões da Comarca de Anápolis.

Goiânia, 27 de novembro de 2020, 132º da República.

WALTER CARLOS LEMES


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Nº Processo PROAD: 202011000247999

WALTER CARLOS LEMES


PRESIDENTE
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Nº Processo PROAD: 202011000247782

Gabinete da Presidência

DECRETO JUDICIÁRIO Nº 2.134/ 2020.

O DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA


DO ESTADO DE GOIÁS, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o que consta
nos autos do PROAD nº 202011000247782 e apenso:
I – exonera ERIKO FAVARETTO do cargo comissionado de
Assistente de Juiz de Direito, DAE-5, da 1ª Vara Judicial da Comarca de São Miguel do
Araguaia, e o nomeia para o cargo comissionado de Assistente Administrativo de Juiz de
Direito, DAE-3, da 2ª Vara Cível, Criminal, das Fazendas Públicas, de Registros Públicos
e Ambiental da Comarca de Inhumas;
II – exonera ADRIANO ALVES DE SOUZA do cargo comissionado de
Asssistente Administrativo de Juiz de Direito, DAE-3, da 1ª Vara Judicial da Comarca de
São Miguel do Araguaia, e o nomeia para o cargo comissionado de Assistente de Juiz de
Direito, DAE-5, da 1ª Vara Judicial da referida unidade judiciária.

Goiânia, 27 novembro de 2020, 132º da República.

WALTER CARLOS LEMES


Presidente
rmdc

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ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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Nº Processo PROAD: 202011000247782

WALTER CARLOS LEMES


PRESIDENTE
PRESIDENCIA
Assinatura CONFIRMADA em 27/11/2020 às 18:05

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Nº Processo PROAD: 202011000246088

Gabinete da Presidência

DECRETO JUDICIÁRIO Nº 2.135/ 2020.

O DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA


DO ESTADO DE GOIÁS, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o que consta
nos autos do PROAD nº 202011000246088, designa MANUELLA RODRIGUES DE
ALMEIDA LIMA, Técnico Judiciário - Área Especializada, classe C, nível 3, para exercer
a função de confiança de Perito Oficial da Junta Médica, FEC-4, da Junta Médica Oficial
do Poder Judiciário.

Goiânia, 27 de novembro de 2020, 132º da República.

WALTER CARLOS LEMES


Presidente rmdc

___________________________________________________________________________________________________________
Av. Assis Chateaubriand n. 195, Setor Oeste, Goiânia-GO. Telefone: 62.3216.2000 – CEP 74.130-012

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ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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Nº Processo PROAD: 202011000246088

WALTER CARLOS LEMES


PRESIDENTE
PRESIDENCIA
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Nº Processo PROAD: 202010000243213

Gabinete da Presidência

DECRETO JUDICIÁRIO Nº 2.136/ 2020.

O DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA


DO ESTADO DE GOIÁS, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o que consta
nos autos do PROAD n° 202010000243213, designa CAMILA REIS PINHEIRO, Auxiliar
Judiciário, classe D, nível 1, para substituir RENATA DE LIMA SAMPAIO ROSA
OLIVEIRA, Escrevente Judiciário III, classe D, nível 1, no cargo comissionado de
Assistente Executivo de Juiz Substituto em Segundo Grau, DAE-7, no Gabinete da
Dra. Doraci Lamar Rosa da Silva Andrade, Juíza de Direito Substituta em Segundo Grau,
no período de 9.10.20 a 8.6.21, em virtude de usufruto de licença à gestante (9.10.20 a
6.4.21) e férias referentes aos exercícios de 2019 (10.5.21 a 8.6.21) e 2020 (9.4 a 8.5.21)
da titular.

Goiânia, 27 de novembro de 2020, 132º da República.

WALTER CARLOS LEMES


Presidente

___________________________________________________________________________________________________________
Av. Assis Chateaubriand n. 195, Setor Oeste, Goiânia-GO. Telefone: 62.3216.2000 – CEP 74.130-012

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Nº Processo PROAD: 202010000243213

WALTER CARLOS LEMES


PRESIDENTE
PRESIDENCIA
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Nº Processo PROAD: 202011000248440

Gabinete da Presidência

DECRETO JUDICIÁRIO Nº 2.137/ 2020.

O DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA


DO ESTADO DE GOIÁS, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o que consta
nos autos do PROAD nº 202011000248440, nomeia RENNAN DAMÁSIO MACHADO,
Escrevente Judiciário II, classe B, nível 2, para o cargo comissionado de Assistente
Administrativo de Juiz de Direito, DAE-3, da 1ª Vara Cível da Comarca de Aparecida de
Goiânia.

Goiânia, 27 de novembro de 2020, 132º da República.

WALTER CARLOS LEMES


Presidente rmdc

___________________________________________________________________________________________________________
Av. Assis Chateaubriand n. 195, Setor Oeste, Goiânia-GO. Telefone: 62.3216.2000 – CEP 74.130-012

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Nº Processo PROAD: 202011000248440

WALTER CARLOS LEMES


PRESIDENTE
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Nº Processo PROAD: 202011000246736

Gabinete da Presidência

DECRETO JUDICIÁRIO Nº 2.139/ 2020.

O DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA


DO ESTADO DE GOIÁS, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o que consta
nos autos do PROAD nº 202011000246736, designa o Dr. FERNANDO CÉSAR
RODRIGUES SALGADO para exercer a função de Presidente da 2ª Turma Recursal dos
Juizados Especiais do Estado de Goiás, referente ao biênio 2021/2023, passando a ser a
seguinte, nesse período, a nova composição dos magistrados que integram a referida
Turma Recursal:

- Dr. Fernando César Rodrigues Salgado – Presidente;


- Dra. Rozana Fernandes Camapum – membro;
- Dr. Fernando Ribeiro Montefusco – membro; e
- Dr. Oscar de Oliveira Sá Neto – membro.

Goiânia, 27 de novembro de 2020, 132º da República.

WALTER CARLOS LEMES


Presidente

21

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Nº Processo PROAD: 202011000246736

WALTER CARLOS LEMES


PRESIDENTE
PRESIDENCIA
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Nº Processo PROAD: 202011000246997

 

   
     
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Assinado digitalmente por: RUI GAMA DA SILVA, SECRETÁRIO-GERAL DA CORREGEDORIA, em 23/11/2020 às 15:42.
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Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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Nº Processo PROAD: 202011000246997

RUI GAMA DA SILVA


SECRETÁRIO-GERAL DA CORREGEDORIA
SECRETARIA-GERAL DA CORREGEDORIA
Assinatura CONFIRMADA em 23/11/2020 às 15:42

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

Nº Processo PROAD: 202011000246997


09/11/2020 Zimbra

Zimbra protocolocgj@tjgo.jus.br

Fwd: Documentação - Inutilização de papel de segurança/Falsificação de documento

De : Secretaria Executiva da Corregedoria seg, 09 de nov de 2020 14:07


<corregsec@tjgo.jus.br> 2 anexos
Assunto : Fwd: Documentação - Inutilização de papel de
segurança/Falsificação de documento
Para : Protocolo da Corregedoria <protocolocgj@tjgo.jus.br>

----- Mensagem encaminhada -----


De: "larissapr" <larissapr@tjsc.jus.br>
Para: "coger" <coger@tjac.jus.br>, "chefia cgj" <chefia_cgj@tjal.jus.br>,
"TJAM" <corregedoria.napp@tjam.jus.br>, "TJAP" <tucujuris@tjap.jus.br>,
"corregedoriageral" <corregedoriageral@tjba.jus.br>, "corregedoria"
<corregedoria@tjce.jus.br>, "corregedoriadf" <corregedoriadf@tjdft.jus.br>,
"corregedor" <corregedor@tjes.jus.br>, "corregsec" <corregsec@tjgo.jus.br>,
"chefgab" <chefgab_cgj@tjma.jus.br>, "gacor" <gacor@tjmg.jus.br>,
"corregedoria" <corregedoria@tjms.jus.br>, "TJMT"
<coordenadoria.corregedoria@tjmt.jus.br>, "corregedoria capital"
<corregedoria.capital@tjpa.jus.br>, "cgju" <cgju@tjpb.jus.br>, "corregedoria"
<corregedoria@tjpe.jus.br>, "corregedoria" <corregedoria@tjpi.jus.br>, "sei"
<sei@tjpr.jus.br>, "gabcgjrj" <gabcgjrj@tjrj.jus.br>, "corregedoria"
<corregedoria@tjrn.jus.br>, "cgj" <cgj@tjro.jus.br>, "corregedoria"
<corregedoria@tjrr.jus.br>, "TJRS" <cgj@tjrs.jus.br>, "correg"
<correg@tjse.jus.br>, "corregedoria" <corregedoria@tjsp.jus.br>,
"corregedoria" <corregedoria@tjto.jus.br>
Enviadas: Segunda-feira, 9 de novembro de 2020 11:20:45
Assunto: Documentação - Inutilização de papel de segurança/Falsificação de
documento

Excelentíssimo(a) Senhor(a) Corregedor(a)-Geral da Justiça,

Por ordem da Assessoria do Extrajudicial desta Corregedoria-Geral da Justiça,


encaminho documentação para ciência/para providências.

Respeitosamente,

Larissa Pereira Rodrigues


Assinado digitalmente por: LARISSA VILELA CARVALHO, AUXILIAR DE GABINETE II, em 09/11/2020 às 15:58.
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Nº Processo PROAD: 202011000246997


09/11/2020 Zimbra

Analista Jurídico

________________________________________
Corregedoria-Geral da Justiça

Divisão Administrativa

TJSC - CGJ - Itajai - 3 TNP - Inutilizacao.pdf


68 KB

TJSC - CGJ - Rio do Campo - Reg Civl, Tit e Docs - Falsificacao.pdf


2 MB

Assinado digitalmente por: LARISSA VILELA CARVALHO, AUXILIAR DE GABINETE II, em 09/11/2020 às 15:58.
https://webmail.tjgo.jus.br/h/printmessage?id=C:-68924&tz=America/Sao_Paulo&xim=1 2/2

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Nº Processo PROAD: 202011000246997

Assinado digitalmente por: LARISSA VILELA CARVALHO, AUXILIAR DE GABINETE II, em 09/11/2020 às 15:58.
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Nº Processo PROAD: 202011000246997

OFÍCIO Nº 157/2020

PRISCILA LUISA PROBST RAFAELI

Assinado digitalmente por: LARISSA VILELA CARVALHO, AUXILIAR DE GABINETE II, em 09/11/2020 às 15:58.
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Nº Processo PROAD: 202011000246997

Assinado digitalmente por: LARISSA VILELA CARVALHO, AUXILIAR DE GABINETE II, em 09/11/2020 às 15:58.
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Nº Processo PROAD: 202011000246997

Assinado digitalmente por: LARISSA VILELA CARVALHO, AUXILIAR DE GABINETE II, em 09/11/2020 às 15:58.
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Nº Processo PROAD: 202011000246997

Assinado digitalmente por: LARISSA VILELA CARVALHO, AUXILIAR DE GABINETE II, em 09/11/2020 às 15:58.
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Nº Processo PROAD: 202011000246997

Assinado digitalmente por: LARISSA VILELA CARVALHO, AUXILIAR DE GABINETE II, em 09/11/2020 às 15:58.
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Nº Processo PROAD: 202011000246997

Assinado digitalmente por: LARISSA VILELA CARVALHO, AUXILIAR DE GABINETE II, em 09/11/2020 às 15:58.
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Nº Processo PROAD: 202011000246997

OFÍCIO Nº 156/2020

não consta

PRISCILA LUISA PROBST RAFAELI

Assinado digitalmente por: LARISSA VILELA CARVALHO, AUXILIAR DE GABINETE II, em 09/11/2020 às 15:58.
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Nº Processo PROAD: 202011000246997


ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

LARISSA VILELA CARVALHO


AUXILIAR DE GABINETE II
DIVISÃO DE PROTOCOLO E GERENCIAMENTO DE SISTEMAS ADMINISTRATIVOS - CGJ
Assinatura CONFIRMADA em 09/11/2020 às 15:58

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
Nº Processo PROAD: 202011000246997

PODER JUDICIÁRIO
Corregedoria-Geral da Justiça do Estado de Goiás
Diretoria de Correição e Serviços de Apoio
Assessoria de Orientação e Correição
Assessoria Correicional
Nº 0

INFORMAÇÃO Nº 5490/2020

Processo : 202011000246997
Interessado : Corregedoria-Geral da Justiça do Estado de Santa Catarina
Assunto : Comunicação (CGJ)

Comarca : Rio do Campo-SC

Senhor Secretário-Geral da Corregedoria,

Trata-se de comunicação feita pela Corregedoria-Geral da Justiça


do Estado de Santa Catarina, acerca da falsificação de certidão de nascimento em
nome de Gabriel Henrique Martins, com possível expedição pelo Ofício de Registros
Civis das Pessoas Naturais, Interdições e Tutelas, Pessoas Jurídicas, Títulos e
Documentos e Registro de Imóveis da Comarca de Rio do Campo-SC.
Pois bem, a serventia ao verificar a autenticidade do documento
enviado pelo Instituto Geral de Perícias do Estado de Santa Catarina, constatou que
tratava-se de uma certidão de nascimento falsa.

É, no essencial, o relatório, pelo que passo a análise.

Pois bem, observamos pela informação prestada pela serventia


extrajudicial em questão, que foram tomadas todas as providências necessárias para
que se constatasse o uso de documento falso, e assim resguardar a segurança jurídica
e autenticidade dos atos notariais e de registro.
Nesse sentido, a atividade notarial consubstancia-se em serviços
colocados à disposição da sociedade, com organização técnica e administrativa,
visando dar publicidade, autenticidade e eficácia aos atos jurídicos, com o objetivo
principal de garantir segurança jurídica às relações havidas entre particulares, bem
como entre estes e a Administração Pública.

_________________________________________________1_____________________________________________________
Av. Assis Chateaubriand, nº 195, térreo, Setor Oeste, Goiânia-Goiás – CEP 74.130-011 – Telefone (62) 32365400 – WWW.tjgo.jus.br
Assinado digitalmente por: HUDSON CANDIDO RODRIGUES, ASSESSOR CORREICIONAL DA C.G.J, em 20/11/2020 às 09:25.
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
Nº Processo PROAD: 202011000246997

PODER JUDICIÁRIO
Corregedoria-Geral da Justiça do Estado de Goiás
Diretoria de Correição e Serviços de Apoio
Assessoria de Orientação e Correição
Assessoria Correicional

Ante ao exposto, sugiro, salvo melhor juízo, a fim de dar


efetividade a segurança jurídica, que dê ciência a todas as serventias extrajudiciais do
Estado de Goiás, via Malote Digital, do fato ora noticiado, inclusive, com cópia integral
do evento nº 1 do presente feito.
Posteriormente, sugiro, o encaminhamento deste feito à Divisão
de Gerenciamento dos Sistemas do Extrajudicial para anotações pertinentes.

Findas as diligências, sugiro o arquivamento do presente feito


virtual.

É a informação.

ASSESSORIA CORREICIONAL – CORREGEDORIA-GERAL DA


JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS, em Goiânia, datado e assinado digitalmente.

Hudson Cândido Rodrigues


12º Assessor Correicional

_________________________________________________2_____________________________________________________
Av. Assis Chateaubriand, nº 195, térreo, Setor Oeste, Goiânia-Goiás – CEP 74.130-011 – Telefone (62) 32365400 – WWW.tjgo.jus.br
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ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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Nº Processo PROAD: 202011000246997

HUDSON CANDIDO RODRIGUES


ASSESSOR CORREICIONAL DA C.G.J
ASSESSORIA CORREICIONAL DA CGJ
Assinatura CONFIRMADA em 20/11/2020 às 09:25

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
Nº Processo PROAD: 202011000246744

Secretaria-Geral

Processo nº : 202011000246744
Nome : Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais e de Interdições e
Tutelas da Comarca de Cristalina/GO
Assunto : Comunicação

DESPACHO/OFÍCIO CIRCULAR Nº 551 /2020

Cuida-se de comunicação eletrônica, encaminhada pelo Cartório de


Registro Civil das Pessoas Naturais e de Interdições e Tutelas da Comarca de
Cristalina/GO, informando a inutilização do papel de segurança de n° A3443088, emitido pela
Casa da Moeda do Brasil, utilizado para aposição de Apostila – Convenção de Haia (evento 1).

A Assessoria Correicional, instada que foi, sugeriu a ampla divulgação do


fato por meio de ofício circular a todos os Diretores de Foro das Comarcas de todo o Estado de
Goiás (evento 2).
Evidenciada a relevância do comunicado acima, de ordem do Senhor
Corregedor-Geral da Justiça, Desembargador Kisleu Dias Maciel Filho, deem-se ciência a
Corregedoria-Geral de todos os Tribunais de Justiça dos Estados da Federação e do Distrito
Federal e a todos os Diretores de Foro deste Estado, para conhecimento próprio e transmissão ao
serviço extrajudicial, nos termos do artigo 16 do Provimento nº 62/2017 do CNJ e artigo 153 do
Código de Normas e Procedimentos do Foro Extrajudicial do Estado de Goiás.

Esta comunicação deverá se fazer acompanhar de cópia integral do


processo.

Seguidamente, publique-se no Portal TJdocs e no Diário da Justiça.

____________________________________________________________________________________________________________
Av. Assis Chateaubriand, nº 195, térreo, Setor Oeste, Goiânia-Goiás – CEP 74.130-011 – Telefone (62) 3236-5481 – ww.tjgo.jus.br

Assinado digitalmente por: RUI GAMA DA SILVA, SECRETÁRIO-GERAL DA CORREGEDORIA, em 23/11/2020 às 09:40.
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Nº Processo PROAD: 202011000246744

Secretaria-Geral

A reprodução deste despacho servirá como ofício circular.


Por fim, cumpridas as providências, arquivem-se os autos.
À Secretaria-Executiva para diligenciar.
Goiânia, datado e assinado digitalmente.

Rui Gama da Silva


Secretário-Geral da Corregedoria
Por Delegação/Portaria nº 17/2019
SG/15

____________________________________________________________________________________________________________
Av. Assis Chateaubriand, nº 195, térreo, Setor Oeste, Goiânia-Goiás – CEP 74.130-011 – Telefone (62) 3236-5481 – ww.tjgo.jus.br

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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Nº Processo PROAD: 202011000246744

RUI GAMA DA SILVA


SECRETÁRIO-GERAL DA CORREGEDORIA
SECRETARIA-GERAL DA CORREGEDORIA
Assinatura CONFIRMADA em 23/11/2020 às 09:40

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Nº Processo PROAD: 202011000246744

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL


PODER JUDICIÁRIO

MALOTE DIGITAL

Tipo de documento: Administrativo


Código de rastreabilidade: 80920205599069
Nome original: Ofício 230 - 2020 - Corregedor Geral de Justiça TJGO - Inutilização Pa
pel de Segurança Apostilamento Haia.pdf
Data: 06/11/2020 13:32:52
Remetente:
Gustavo Teodoro Andrade Pena
Cristalina - Registro Civil das Pessoas Naturais e de Interdições e Tutelas do Município de Cris
TJGO
Assinado por:
Não foi possível recuperar a assinatura
Prioridade: Normal.
Motivo de envio: Para conhecimento.
Assunto: Of. nº 230 2020 ? RCPN CRISTALINA Assunto: Inutilização de papel-moeda para apos
tilamento. Papel A3443088.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
Nº Processo PROAD: 202011000246744

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL


ESTADO DE GOIÁS - COMARCA DE CRISTALINA
CARTÓRIO DE REGISTRO CIVIL E TABELIONATO DE NOTAS
Rua Otaviano de Paiva nº 860, Qd. 11, Lt.11, Salas 2 e 3 - Praça da Prefeitura -
Centro - Cristalina/GO - CEP 73.850-000 - CNPJ/MF nº 10.228.322/0001-46
Fone: (061) 3612-3104 Cel.: (061) 99804-3104 - E-mail: cartoriocristalina@yahoo.com.br
GUSTAVO TEODORO ANDRADE PENA - Titular
RENATA NASCIMENTO FLORIANO Substituta

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR CORREGEDOR GERAL DA JUSTIÇA


DO ESTADO DE GOIÁS

Of. nº 230/2020 RCPN/CRISTALINA

Assunto: Inutilização de papel-moeda para apostilamento.

Exmo. Dr. Corregedor-Geral,

A par de cumprimentá-lo e em atenção ao disposto no artigo 16, do


Provimento n° 62/2017 do Conselho Nacional de Justiça, é o presente para comunicar
acerca da inutilização do papel de segurança utilizado para o ato de aposição de Apostila
(Convenção de Haia), emitido pela Casa da Moeda do Brasil, devido a erro de impressão,
cujo número de série é: A3443088.

Em atenção ao disposto no parágrafo único do referido artigo,


informamos ainda que realizamos a destruição do referido papel de segurança mediante
incineração.

Ao ensejo, apresento a V. Excelência, os protestos de nossa elevada


estima e consideração.

Cristalina, 6 de novembro de 2020.

_____________________________________
GUSTAVO TEODORO ANDRADE PENA
OFICIAL E TABELIÃO
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Nº Processo PROAD: 202011000246744

ARI PEREIRA BARBOSA


ANALISTA JUDICIÁRIO
DIVISÃO DE PROTOCOLO E GERENCIAMENTO DE SISTEMAS ADMINISTRATIVOS - CGJ
Assinatura CONFIRMADA em 06/11/2020 às 14:04

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
Nº Processo PROAD: 202011000246744

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
Nº Processo PROAD: 202011000246744

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
Nº Processo PROAD: 202011000246744

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ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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Nº Processo PROAD: 202011000246744

ELLEN FERNANDA HILARIO OLIVEIRA


ANALISTA JUDICIÁRIO
ASSESSORIA CORREICIONAL DA CGJ
Assinatura CONFIRMADA em 12/11/2020 às 10:01

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
Nº Processo PROAD: 202011000246744

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
Nº Processo PROAD: 202011000246744

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ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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Nº Processo PROAD: 202011000246744

RUI GAMA DA SILVA


SECRETÁRIO-GERAL DA CORREGEDORIA
SECRETARIA-GERAL DA CORREGEDORIA
Assinatura CONFIRMADA em 23/11/2020 às 09:40

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
Nº Processo PROAD: 202011000246744

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ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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Nº Processo PROAD: 202011000246744

NAIR DE SOUZA MONTEIRO DE ALMEIDA


ANALISTA JUDICIÁRIO
SECRETARIA EXECUTIVA DA CGJ
Assinatura CONFIRMADA em 24/11/2020 às 13:28

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ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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Nº Processo PROAD: 202011000246744

DONISETE CAMARGOS KOBAYASHI


ASSESSOR(A)
DIRETORIA DE CORREICAO E SERVIÇOS DE APOIO DA CGJ
Assinatura CONFIRMADA em 24/11/2020 às 14:33

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
Nº Processo PROAD: 202011000246744

Assinado digitalmente por: LETICIA MONTEIRO VIEIRA ROCHA, ANALISTA JUDICIÁRIO, em 24/11/2020 às 16:31.
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ANO PROAD:
XIII - EDIÇÃO 202011000246744
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Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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LETICIA MONTEIRO VIEIRA ROCHA


ANALISTA JUDICIÁRIO
SECRETARIA EXECUTIVA DA CGJ
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Nº Processo PROAD: 202011000246744

Assinado digitalmente por: LETICIA MONTEIRO VIEIRA ROCHA, ANALISTA JUDICIÁRIO, em 25/11/2020 às 17:28.
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Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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LETICIA MONTEIRO VIEIRA ROCHA


ANALISTA JUDICIÁRIO
SECRETARIA EXECUTIVA DA CGJ
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
Nº Processo PROAD: 202011000246744

Assinado digitalmente por: NAIR DE SOUZA MONTEIRO DE ALMEIDA, ANALISTA JUDICIÁRIO, em 26/11/2020 às 13:06.
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Nº Processo
ANO PROAD:
XIII - EDIÇÃO 202011000246744
Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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NAIR DE SOUZA MONTEIRO DE ALMEIDA


ANALISTA JUDICIÁRIO
SECRETARIA EXECUTIVA DA CGJ
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Nº Processo PROAD: 202011000246744

Assinado digitalmente por: LETICIA MONTEIRO VIEIRA ROCHA, ANALISTA JUDICIÁRIO, em 27/11/2020 às 10:18.
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Nº Processo
ANO PROAD:
XIII - EDIÇÃO 202011000246744
Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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LETICIA MONTEIRO VIEIRA ROCHA


ANALISTA JUDICIÁRIO
SECRETARIA EXECUTIVA DA CGJ
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
Nº Processo PROAD: 202011000248267

Secretaria-Geral
Processo nº : 202011000248267
Nome : Corregedoria-Geral da Justiça do Estado de Santa Catarina
Assunto : Comunicação

DESPACHO/OFÍCIO CIRCULAR Nº 558 /2020

Trata-se de comunicação encaminhada pela Corregedoria-Geral da Justiça do


Estado de Santa Catarina, acerca da inutilização dos papéis de segurança listados na peça inicial,
que seriam usados para o ato de Apostilamento de Haia (evento 1).
A Assessoria Correicional, instada que foi, sugeriu comunicar o fato aos
magistrados e todo o serviço extrajudicial do Estado de Goiás e anotar na divisão responsável
com posterior arquivamento do feito (evento 2).
Destarte, considerando a relevância do comunicado acima, de ordem do
Corregedor-Geral da Justiça, Desembargador Kisleu Dias Maciel Filho, deem-se ciência a todos
os Diretores de Foro deste Estado, para conhecimento próprio e transmissão a todo serviço
extrajudicial, nos termos do artigo 16 do Provimento nº 62/2017 do CNJ e artigo 153 do Código de
Normas e Procedimentos do Foro Extrajudicial do Estado de Goiás.
Esta comunicação deverá se fazer acompanhar de cópia integral do processo.
Seguidamente, publique-se no Portal TJdocs e no Diário da Justiça.
A reprodução deste despacho servirá como ofício circular.
Por fim, cumpridas as providências, arquivem-se os autos.
À Secretaria-Executiva para diligenciar.
Goiânia, datado e assinado digitalmente.

Rui Gama da Silva


Secretário-Geral da Corregedoria
Por Delegação/Portaria nº 17/2019
SG/13

____________________________________________________________________________________________________________
Av. Assis Chateaubriand, nº 195, térreo, Setor Oeste, Goiânia-Goiás – CEP 74.130-011 – Telefone (62) 3236-5481 – www.tjgo.jus.br

Assinado digitalmente por: RUI GAMA DA SILVA, SECRETÁRIO-GERAL DA CORREGEDORIA, em 27/11/2020 às 10:35.
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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Nº Processo PROAD: 202011000248267

RUI GAMA DA SILVA


SECRETÁRIO-GERAL DA CORREGEDORIA
SECRETARIA-GERAL DA CORREGEDORIA
Assinatura CONFIRMADA em 27/11/2020 às 10:35

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

Nº Processo PROAD: 202011000248267

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

Nº Processo PROAD: 202011000248267

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

Nº Processo PROAD: 202011000248267

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Nº Processo PROAD: 202011000248267

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Nº Processo PROAD: 202011000248267

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Nº Processo PROAD: 202011000248267

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Nº Processo PROAD: 202011000248267

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Nº Processo PROAD: 202011000248267

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Nº Processo PROAD: 202011000248267

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Nº Processo PROAD: 202011000248267

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Nº Processo PROAD: 202011000248267

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Nº Processo PROAD: 202011000248267

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Nº Processo PROAD: 202011000248267

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Nº Processo PROAD: 202011000248267

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Nº Processo PROAD: 202011000248267

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

Nº Processo PROAD: 202011000248267

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL


PODER JUDICIÁRIO

MALOTE DIGITAL

Tipo de documento: Administrativo


Código de rastreabilidade: 82420207942317
Nome original: Inutilização Papel Apostila Outubro.pdf
Data: 12/11/2020 10:43:40
Remetente:
Joinville - Registro Civil, Titulos E Documentos E Pessoas Juridicas
Joinville - Registro Civil, Titulos E Documentos E Pessoas Juridicas
TJSC
Prioridade: Normal.
Motivo de envio: Para conhecimento.
Assunto: Inutilização papel apostila de haia - Outubro 2020

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

Nº Processo PROAD: 202011000248267

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

ESTADO DE SANTA CATARINA


MUNICÍPIO E COMARCA DE JOINVILLE
Rua Blumenau, 953, 5º Andar - Fone: (47) 3512-5900

REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS, INTERDIÇÕES E TUTELAS,


TÍTULOS E DOCUMENTOS E PESSOAS JURÍDICAS
Elizete da Silva
Interina

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Nº Processo PROAD: 202011000248267

MARCIA RABELO DE ALMEIDA


ANALISTA JUDICIÁRIO
DIVISÃO DE PROTOCOLO E GERENCIAMENTO DE SISTEMAS ADMINISTRATIVOS - CGJ
Assinatura CONFIRMADA em 17/11/2020 às 19:38

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

Nº Processo PROAD: 202011000248267

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ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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Nº Processo PROAD: 202011000248267

BENILDE ARRUDA DUTRA


ANALISTA JUDICIÁRIO
ASSESSORIA CORREICIONAL DA CGJ
Assinatura CONFIRMADA em 20/11/2020 às 15:26

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

Nº Processo PROAD: 202011000248267

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 92 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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Nº Processo PROAD: 202011000248267

RUI GAMA DA SILVA


SECRETÁRIO-GERAL DA CORREGEDORIA
SECRETARIA-GERAL DA CORREGEDORIA
Assinatura CONFIRMADA em 27/11/2020 às 10:35

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Nº Processo PROAD: 202011000247485

 

   
     
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Assinado digitalmente por: RUI GAMA DA SILVA, SECRETÁRIO-GERAL DA CORREGEDORIA, em 27/11/2020 às 10:37.
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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Nº Processo PROAD: 202011000247485

RUI GAMA DA SILVA


SECRETÁRIO-GERAL DA CORREGEDORIA
SECRETARIA-GERAL DA CORREGEDORIA
Assinatura CONFIRMADA em 27/11/2020 às 10:37

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 95 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

Zimbra https://webmail.tjgo.jus.br/h/printmessage?id=69290&tz=America/Sao_...
Nº Processo PROAD: 202011000247485

Zimbra protocolocgj@tjgo.jus.br

Fwd: Encaminha Expediente da Corregedoria-Geral da Justiça - Extrajudicial

De : Secretaria Executiva da Corregedoria qua, 11 de nov de 2020 20:47


<corregsec@tjgo.jus.br> 1 anexo
Assunto : Fwd: Encaminha Expediente da Corregedoria-Geral
da Justiça - Extrajudicial
Para : Protocolo da Corregedoria
<protocolocgj@tjgo.jus.br>

----- Mensagem encaminhada -----


De: "cgj" <cgj@tjsc.jus.br>
Para: "corregedoria" <corregedoria@tjto.jus.br>, "corregedoria"
<corregedoria@tjsp.jus.br>, "correg" <correg@tjse.jus.br>,
cgj@tjrs.jus.br, "corregedoria" <corregedoria@tjrr.jus.br>, "cgj"
<cgj@tjro.jus.br>, "corregedoria" <corregedoria@tjrn.jus.br>,
"gabcgjrj" <gabcgjrj@tjrj.jus.br>, "sei" <sei@tjpr.jus.br>,
"corregedoria" <corregedoria@tjpi.jus.br>, "corregedoria"
<corregedoria@tjpe.jus.br>, "cgju" <cgju@tjpb.jus.br>, "corregedoria
capital" <corregedoria.capital@tjpa.jus.br>, "coordenadoria
corregedoria" <coordenadoria.corregedoria@tjmt.jus.br>,
"corregedoria" <corregedoria@tjms.jus.br>, "gacor"
<gacor@tjmg.jus.br>, "chefgab" <chefgab_cgj@tjma.jus.br>, "corregsec"
<corregsec@tjgo.jus.br>, "corregedor" <corregedor@tjes.jus.br>,
"corregedoriadf" <corregedoriadf@tjdft.jus.br>, "corregedoria"
<corregedoria@tjce.jus.br>, "corregedoriageral"
<corregedoriageral@tjba.jus.br>, "corregedoria"
<corregedoria@tjam.jus.br>, "chefia cgj" <chefia_cgj@tjal.jus.br>,
"coger" <coger@tjac.jus.br>, "corregedoria"
<corregedoria@tjap.jus.br>
Enviadas: Quarta-feira, 11 de novembro de 2020 16:25:22
Assunto: Encaminha Expediente da Corregedoria-Geral da Justiça -
Extrajudicial

????????Excelentíssimos Senhores Corregedores,

Por solicitação do Núcleo IV da Corregedoria-Geral da Justiça -


Extrajudicial, encaminho o expediente anexo para as providências que
entenderem necessárias.?

Respeitosamente,?

Conferido com o original por: ISABEL MARIA DA SILVA FERREIRA, ANALISTA JUDICIÁRIO, em 12/11/2020 às 13:23.
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1 of 2 12/11/2020 10:09

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Zimbra https://webmail.tjgo.jus.br/h/printmessage?id=69290&tz=America/Sao_...
Nº Processo PROAD: 202011000247485

[https://www2.tjsc.jus.br/web/tjsc/identidade-e-comunicacao-visual/assinaturas/email
/tjsc.png]
Caroline Lunardeli e Silva
Assessora Jurídica
(48) 3287-2756
________________________________
Corregedoria-Geral da Justiça
Divisão Administrativa
Seção de Expediente e Serviços Gerais

________________________________

Painel de Atendimento Eletrônico da CGJ_45728_anexo.pdf


195 KB

Conferido com o original por: ISABEL MARIA DA SILVA FERREIRA, ANALISTA JUDICIÁRIO, em 12/11/2020 às 13:23.
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2 of 2 12/11/2020 10:09

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

Nº Processo PROAD: 202011000247485 REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL


PODER JUDICIÁRIO

MALOTE DIGITAL

Tipo de documento: Administrativo


Código de rastreabilidade: 82420207923277
Nome original: COMUNICADO DE INUTILIZAÇÃO.pdf
Data: 05/11/2020 17:23:04
Remetente:
Curitibanos - 1º. Tabelionato de Notas E Protesto de Titulos
Curitibanos - 1º. Tabelionato de Notas E Protesto de Titulos
TJSC
Prioridade: Normal.
Motivo de envio: Para conhecimento.
Assunto: Apostila de Haia - Inutilização de Folhas

Conferido com o original por: ISABEL MARIA DA SILVA FERREIRA, ANALISTA JUDICIÁRIO, em 12/11/2020 às 13:23.
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

Nº Processo PROAD: 202011000247485

Conferido com o original por: ISABEL MARIA DA SILVA FERREIRA, ANALISTA JUDICIÁRIO, em 12/11/2020 às 13:23.
Para validarAssinado
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

Nº Processo PROAD: 202011000247485


AUTENTICAÇÃO(ÕES) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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ISABEL MARIA DA SILVA FERREIRA


ANALISTA JUDICIÁRIO
DIVISÃO DE PROTOCOLO E GERENCIAMENTO DE SISTEMAS ADMINISTRATIVOS - CGJ
Assinatura CONFIRMADA em 12/11/2020 às 13:23

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
Nº Processo PROAD: 202011000247485


 



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Assinado digitalmente por: MARCIRLEI MARIA DA SILVA, ASSESSOR CORREICIONAL DA C.G.J, em 23/11/2020 às 14:13.
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
Nº Processo PROAD: 202011000247485


 



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Assinado digitalmente por: MARCIRLEI MARIA DA SILVA, ASSESSOR CORREICIONAL DA C.G.J, em 23/11/2020 às 14:13.
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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Nº Processo PROAD: 202011000247485

MARCIRLEI MARIA DA SILVA


ASSESSOR CORREICIONAL DA C.G.J
ASSESSORIA CORREICIONAL DA CGJ
Assinatura CONFIRMADA em 23/11/2020 às 14:13

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
Nº Processo PROAD: 202011000247485

Processo n°: 202011000247485


CORREGEDORIA GERAL DA JUSTIÇA DO ESTADO
Nome / Interessado:
DE SANTA CATARINA
Assunto: COMUNICAÇÃO (CGJ)

DESPACHO/OFÍCIO Nº 003417/2020

Tratam os autossobre comunicação encaminhada a este Órgão Censor pelo 1°


Tabelionato de Notas e Protesto Ortigari da Comarca de Curitibanos–SC,
informando a inutilização dos papéis de segurança para a aposição de
apostilamento de Haia, com numeração A5580001 e A5580002.
Destarte, cuidando-se de ato meramente de comunicação, sem necessidade de
medida com caráter decisório, as providências devidas ficam a cargo da
Secretaria-Geral desta Casa Censora.
Assim, remetam-se os autos à Secretaria-Geral desta Corregedoria-Geral da
Justiça para providências.

Goiânia, datado e assinado digitalmente

ALGOMIRO CARVALHO NETO


2° Juiz Auxiliar da Corregedoria-Geral da Justiça

Assinado digitalmente por: ALGOMIRO CARVALHO NETO, JUIZ AUXILIAR, em 24/11/2020 às 15:50.
Para validarAssinado
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Para validar este documento informe o código 361224387733 no endereço https://proad-v2.tjgo.jus.br/proad/publico/validacaoDocumento

Nº Processo PROAD: 202011000247485

ALGOMIRO CARVALHO NETO


JUIZ AUXILIAR
GABINETE DO JUIZ AUXILIAR DA CORREGEDORIA 2
Assinatura CONFIRMADA em 24/11/2020 às 15:50

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 105 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
Nº Processo PROAD: 202011000247485

 

   
     
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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Nº Processo PROAD: 202011000247485

RUI GAMA DA SILVA


SECRETÁRIO-GERAL DA CORREGEDORIA
SECRETARIA-GERAL DA CORREGEDORIA
Assinatura CONFIRMADA em 27/11/2020 às 10:37

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
Nº Processo PROAD: 202005000224152

PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
ASSESSORIA TÉCNICA DA COORDENAÇÃO DO ASSESSORAMENTO DA DIRETORIA GERAL

TERMO DE APOSTILAMENTO N° 53/2020.

O DIRETOR-GERAL DA SECRETARIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO


ESTADO DE GOIÁS, no uso das atribuições que lhe confere o Decreto Judiciárionº 2.162, de
17 de dezembro de 2018, à vista do que consta no PROAD nº 202005000224152, resolve
retificar o Termo de Apostilamento nº 52/2020 para considerar como gestor, fiscal técnico e
administrativo do contrato celebrado entre este Tribunal de Justiça e a empresa Defender
Conservação e Limpeza EIRELI, o Coordenador da Coordenadoria Judiciária da Diretoria do
Foro da Comarca de Goiânia, mantendo-se inalterados os demais termos do ajuste.

Publique-se.

Goiânia, 27 de novembro de 2020.

Rodrigo Leandro da Silva

Diretor-Geral

Assinado digitalmente por: RODRIGO LEANDRO DA SILVA, DIRETOR(A) GERAL, em 27/11/2020 às 19:23.
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ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Nº Processo PROAD: 202005000224152

RODRIGO LEANDRO DA SILVA


DIRETOR(A) GERAL
DIRETORIA GERAL
Assinatura CONFIRMADA em 27/11/2020 às 19:23

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
Nº Processo PROAD: 202011000249622

PORTARIA DE DIÁRIA E AJUDA DE CUSTO Nº 201/2020.

O DIRETOR-GERAL DA SECRETARIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS, no uso das


atribuições que lhe são conferidas pelo Decreto Judiciário 2162/2018, em conformidade com os atos normativos referentes às diárias e ajuda de custo (Resolução nº
120/2019), em seu art. 15, e observada a inexistência de pedidos idênticos e de pagamento nos moldes abaixo relacionados, identificados por meio do sistema informatizado
sob análise da Assessoria Técnica, AUTORIZA o pagamento das seguintes diárias e ajudas de custo abaixo:

SERVIDOR / MAGISTRADO - QUANT./


TIPO CARGO / FUNÇÃO LOTAÇÃO REQUISITANTE ORIGEM DESTINO PERÍODO FINALIDADE
MATRÍCULA VALOR
Diária Dormovil Costa Junior - 5205996 Assessor Setorial de Divisao de Controle de Contratos e Goiania Cocalzinho de 27/11/20 08:00 a Fiscalização / Vistoria em 1/2
Planejamento da Diretoria Aquisiçoes Goias 27/11/20 19:00 obras 125,00
de Obras - À Disposição
Ajuda de Custo Fernanda Gomes Machado - Secretario de Juizado Posse Juizado Especial Civel e Posse Goiania 12/11/20 21:45 a Certificação Digital 1026 KM
5203703 Criminal 13/11/20 22:00 220,85
Diária Josiane Marques Ferreira - Secretario de Diretoria de Ipameri Gabinete da Diretoria do Ipameri Goiania 11/11/20 08:00 a Revisão de Veículos 1 e 1/2
5206918 Foro de Entrancia Foro 12/11/20 18:00 430,00
Intermediaria
Ajuda de Custo Marcos Vinicius Souza de Oliveira Conciliador Jatai 3ª Vara Civel (civel, Familia e Jatai Goiania 26/11/20 15:00 a Certificação Digital 644 KM
- 5198822 Sucessões) 27/11/20 13:00 528,08
Diária Marcos Vinicius Souza de Oliveira Conciliador Jatai 3ª Vara Civel (civel, Familia e Jatai Goiania 26/11/20 15:00 a Certificação Digital 1 e 1/2
- 5198822 Sucessões) 27/11/20 13:00 430,00
Diária Vinicius da Silva Resende - Diretor de Servico Nucleo Tecnico de Goiania Morrinhos 24/11/20 09:00 a Reparos em Telefonia 1/2
5198615 Telecomunicaçoes 24/11/20 19:00 125,00

Quantidade de Diárias / Ajuda de Custo: 6 TOTAL DE DIÁRIA (R$) 1.110,00 TOTAL DE AJUDA DE CUSTO (R$) 748,93 TOTAL GERAL: (R$) 1.858,93

Goiânia, 25 de novembro de 2020.

RODRIGO LEANDRO DA SILVA


Diretor-Geral

Portaria nº 201 Ano: 2020


Sistema
Assinado digitalmente por: RODRIGO LEANDRO DA SILVA, DIRETOR(A) GERAL, em 27/11/2020 de Recursos Humanos - 20200 - 5049529
às 19:32. Emitido em : 25/11/2020 às 16:15 h Página 1 de 1
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

RODRIGO LEANDRO DA SILVA


DIRETOR(A) GERAL
DIRETORIA GERAL
Assinatura CONFIRMADA em 27/11/2020 às 19:32

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
Nº Processo PROAD: 201910000195832

Diretoria Geral

EXTRATO DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS

Processo nº : 201910000195832
Órgão Gerenciador : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Fornecedor
Registrado : 2P COMÉRCIO E SERVIÇOS EM MÓVEIS EIRELI
Objeto : Ata de Registro de Preços nº 090/2020, que tem por objeto o
Registro de Preços para a aquisição de mobiliários e
complementos diversos, para as unidades do Tribunal de Justiça
do Estado de Goiás, conforme especificado no Termo de
Referência anexo do Edital nº 057/2020.
Valor : Lote 03, itens 16, 17, 18 e 19, no valor total de R$484.459,00
(quatrocentos e oitenta e quatro mil, quatrocentos e cinquenta e
nove reais).
Prazo de Vigência : 12 (doze) meses a contar de sua assinatura, não podendo ser
prorrogada.
Dispositivo Legal : Leis nºs 10.520/2002, nº 8.666/1993 e nº 17.928/2012.
Data da Assinatura : 19.11.2020 (data da assinatura eletrônica).

Leandra Vilela Rodrigues Chaves


Coordenadora do Assessoramento da Diretoria-Geral

________________________________________________________________________________________________
Av. Assis Chateaubriand, 195, St. Oeste, Goiânia Goiás – CEP 74280-900 – Telefone (62)3236-5201- www.tjgo.jus.br

Assinado digitalmente por: LEANDRA VILELA RODRIGUES CHAVES, COORDENADOR(A) DO ASSESSORAMENTO DA DIRETORIA GERAL, em 30/11/2020 às 09:24.
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Nº Processo PROAD: 201910000195832

LEANDRA VILELA RODRIGUES CHAVES


COORDENADOR(A) DO ASSESSORAMENTO DA DIRETORIA GERAL
COORDENAÇÃO DO ASSESSORAMENTO DA DIRETORIA GERAL
Assinatura CONFIRMADA em 30/11/2020 às 09:24

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 113 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
Nº Processo PROAD: 201910000195832

Diretoria Geral

EXTRATO DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS

Processo nº : 201910000195832
Órgão Gerenciador : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Fornecedor
Registrado : LAYOUT MÓVEIS PARA ESCRITÓRIO LTDA
Objeto : Ata de Registro de Preços nº 091/2020, que tem por objeto o
Registro de Preços para a aquisição de mobiliários e
complementos diversos, para as unidades do Tribunal de Justiça
do Estado de Goiás, conforme especificado no Termo de
Referência anexo do Edital nº 057/2020.
Valor : Lote 8, itens 27, 28 e 29, e Lote 54, item 133, no valor total de
R$279.999,84 (duzentos e setenta e nove mil, novecentos e
noventa e nove reais e oitenta e quatro centavos).
Prazo de Vigência : 12 (doze) meses a contar de sua assinatura, não podendo ser
prorrogada.
Dispositivo Legal : Leis nºs 10.520/2002, nº 8.666/1993 e nº 17.928/2012.
Data da Assinatura : 19.11.2020 (data da assinatura eletrônica).

Leandra Vilela Rodrigues Chaves


Coordenadora do Assessoramento da Diretoria-Geral

________________________________________________________________________________________________
Av. Assis Chateaubriand, 195, St. Oeste, Goiânia Goiás – CEP 74280-900 – Telefone (62)3236-5201- www.tjgo.jus.br

Assinado digitalmente por: LEANDRA VILELA RODRIGUES CHAVES, COORDENADOR(A) DO ASSESSORAMENTO DA DIRETORIA GERAL, em 30/11/2020 às 09:24.
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ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Nº Processo PROAD: 201910000195832

LEANDRA VILELA RODRIGUES CHAVES


COORDENADOR(A) DO ASSESSORAMENTO DA DIRETORIA GERAL
COORDENAÇÃO DO ASSESSORAMENTO DA DIRETORIA GERAL
Assinatura CONFIRMADA em 30/11/2020 às 09:24

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 115 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
Nº Processo PROAD: 201910000195832

Diretoria Geral

EXTRATO DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS

Processo nº : 201910000195832
Órgão Gerenciador : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Fornecedor
Registrado : FK GRUPO S/A
Objeto : Ata de Registro de Preços nº 092/2020, que tem por objeto o
Registro de Preços para a aquisição de mobiliários e
complementos diversos, para as unidades do Tribunal de Justiça
do Estado de Goiás, conforme especificado no Termo de
Referência anexo do Edital nº 057/2020.
Valor : Lote 25, itens 65 e 66, no valor total de R$489.364,00
(quatrocentos e oitenta e nove mil, trezentos e sessenta e quatro
reais).
Prazo de Vigência : 12 (doze) meses a contar de sua assinatura, não podendo ser
prorrogada.
Dispositivo Legal : Leis nºs 10.520/2002, nº 8.666/1993 e nº 17.928/2012.
Data da Assinatura : 19.11.2020 (data da assinatura eletrônica).

Leandra Vilela Rodrigues Chaves


Coordenadora do Assessoramento da Diretoria-Geral

________________________________________________________________________________________________
Av. Assis Chateaubriand, 195, St. Oeste, Goiânia Goiás – CEP 74280-900 – Telefone (62)3236-5201- www.tjgo.jus.br

Assinado digitalmente por: LEANDRA VILELA RODRIGUES CHAVES, COORDENADOR(A) DO ASSESSORAMENTO DA DIRETORIA GERAL, em 30/11/2020 às 09:24.
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Nº Processo PROAD: 201910000195832

LEANDRA VILELA RODRIGUES CHAVES


COORDENADOR(A) DO ASSESSORAMENTO DA DIRETORIA GERAL
COORDENAÇÃO DO ASSESSORAMENTO DA DIRETORIA GERAL
Assinatura CONFIRMADA em 30/11/2020 às 09:24

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
Nº Processo PROAD: 201910000195832

Diretoria Geral

EXTRATO DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS

Processo nº : 201910000195832
Órgão Gerenciador : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Fornecedor
Registrado : BELCHAIR COMÉRCIO DE MÓVEIS EIRELLI-EPP
Objeto : Ata de Registro de Preços nº 093/2020, que tem por objeto o
Registro de Preços para a aquisição de mobiliários e
complementos diversos, para as unidades do Tribunal de Justiça
do Estado de Goiás, conforme especificado no Termo de
Referência anexo do Edital nº 057/2020.
Valor : Lote 26, itens 67 e 68, e Lote 57, itens 137 e 138, no valor total de
R$230.148,62 (duzentos e trinta mil, cento e quarenta e oito reais
e sessenta e dois centavos).
Prazo de Vigência : 12 (doze) meses a contar de sua assinatura, não podendo ser
prorrogada.
Dispositivo Legal : Leis nºs 10.520/2002, nº 8.666/1993 e nº 17.928/2012.
Data da Assinatura : 19.11.2020 (data da assinatura eletrônica).

Leandra Vilela Rodrigues Chaves


Coordenadora do Assessoramento da Diretoria-Geral

________________________________________________________________________________________________
Av. Assis Chateaubriand, 195, St. Oeste, Goiânia Goiás – CEP 74280-900 – Telefone (62)3236-5201- www.tjgo.jus.br

Assinado digitalmente por: LEANDRA VILELA RODRIGUES CHAVES, COORDENADOR(A) DO ASSESSORAMENTO DA DIRETORIA GERAL, em 30/11/2020 às 09:24.
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ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Nº Processo PROAD: 201910000195832

LEANDRA VILELA RODRIGUES CHAVES


COORDENADOR(A) DO ASSESSORAMENTO DA DIRETORIA GERAL
COORDENAÇÃO DO ASSESSORAMENTO DA DIRETORIA GERAL
Assinatura CONFIRMADA em 30/11/2020 às 09:24

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 119 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
Nº Processo PROAD: 201910000195832

Diretoria Geral

EXTRATO DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS

Processo nº : 201910000195832
Órgão Gerenciador : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Fornecedor
Registrado : CADERODE MÓVEIS PARA ESCRITÓRIO LTDA
Objeto : Ata de Registro de Preços nº 094/2020, que tem por objeto o
Registro de Preços para a aquisição de mobiliários e
complementos diversos, para as unidades do Tribunal de Justiça
do Estado de Goiás, conforme especificado no Termo de
Referência anexo do Edital nº 057/2020.
Valor : Lote 27, itens 69, 70 e 71, e Lote 58, itens 139, 140 e 141, no valor
total de R$192.044,00 (cento e noventa e dois mil, quarenta e
quatro reais).
Prazo de Vigência : 12 (doze) meses a contar de sua assinatura, não podendo ser
prorrogada.
Dispositivo Legal : Leis nºs 10.520/2002, nº 8.666/1993 e nº 17.928/2012.
Data da Assinatura : 19.11.2020 (data da assinatura eletrônica).

Leandra Vilela Rodrigues Chaves


Coordenadora do Assessoramento da Diretoria-Geral

________________________________________________________________________________________________
Av. Assis Chateaubriand, 195, St. Oeste, Goiânia Goiás – CEP 74280-900 – Telefone (62)3236-5201- www.tjgo.jus.br

Assinado digitalmente por: LEANDRA VILELA RODRIGUES CHAVES, COORDENADOR(A) DO ASSESSORAMENTO DA DIRETORIA GERAL, em 30/11/2020 às 09:24.
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Nº Processo PROAD: 201910000195832

LEANDRA VILELA RODRIGUES CHAVES


COORDENADOR(A) DO ASSESSORAMENTO DA DIRETORIA GERAL
COORDENAÇÃO DO ASSESSORAMENTO DA DIRETORIA GERAL
Assinatura CONFIRMADA em 30/11/2020 às 09:24

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 121 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
Nº Processo PROAD: 201910000195832

Diretoria Geral

EXTRATO DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS

Processo nº : 201910000195832
Órgão Gerenciador : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Fornecedor
Registrado : DURINI INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MÓVEIS LTDA
Objeto : Ata de Registro de Preços nº 095/2020, que tem por objeto o
Registro de Preços para a aquisição de mobiliários e
complementos diversos, para as unidades do Tribunal de Justiça
do Estado de Goiás, conforme especificado no Termo de
Referência anexo do Edital nº 057/2020.
Valor : Lote 24, item 64, Lote 60, item 145, e Lote 61, item 146, no valor
total de R$205.681,20 (duzentos e cinco mil, seiscentos e oitenta
e um reais e vinte centavos).
Prazo de Vigência : 12 (doze) meses a contar de sua assinatura, não podendo ser
prorrogada.
Dispositivo Legal : Leis nºs 10.520/2002, nº 8.666/1993 e nº 17.928/2012.
Data da Assinatura : 19.11.2020 (data da assinatura eletrônica).

Leandra Vilela Rodrigues Chaves


Coordenadora do Assessoramento da Diretoria-Geral

________________________________________________________________________________________________
Av. Assis Chateaubriand, 195, St. Oeste, Goiânia Goiás – CEP 74280-900 – Telefone (62)3236-5201- www.tjgo.jus.br

Assinado digitalmente por: LEANDRA VILELA RODRIGUES CHAVES, COORDENADOR(A) DO ASSESSORAMENTO DA DIRETORIA GERAL, em 30/11/2020 às 09:24.
Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 122 de 5858
ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Nº Processo PROAD: 201910000195832

LEANDRA VILELA RODRIGUES CHAVES


COORDENADOR(A) DO ASSESSORAMENTO DA DIRETORIA GERAL
COORDENAÇÃO DO ASSESSORAMENTO DA DIRETORIA GERAL
Assinatura CONFIRMADA em 30/11/2020 às 09:24

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 123 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
Nº Processo PROAD: 201910000195832

Diretoria Geral

EXTRATO DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS

Processo nº : 201910000195832
Órgão Gerenciador : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Fornecedor
Registrado : FLEXIMADE COMÉRCIO E SERVIÇOS DE MÓVEIS LTDA
Objeto : Ata de Registro de Preços nº 096/2020, que tem por objeto o
Registro de Preços para a aquisição de mobiliários e
complementos diversos, para as unidades do Tribunal de Justiça
do Estado de Goiás, conforme especificado no Termo de
Referência anexo do Edital nº 057/2020.
Valor : Lote 52, itens 129, 130 e 131, Lote 69, item 157, e Lote 72, item
160, no valor total de R$77.677,00 (setenta e sete mil, seiscentos
e setenta e sete reais).
Prazo de Vigência : 12 (doze) meses a contar de sua assinatura, não podendo ser
prorrogada.
Dispositivo Legal : Leis nºs 10.520/2002, nº 8.666/1993 e nº 17.928/2012.
Data da Assinatura : 19.11.2020 (data da assinatura eletrônica).

Leandra Vilela Rodrigues Chaves


Coordenadora do Assessoramento da Diretoria-Geral

________________________________________________________________________________________________
Av. Assis Chateaubriand, 195, St. Oeste, Goiânia Goiás – CEP 74280-900 – Telefone (62)3236-5201- www.tjgo.jus.br

Assinado digitalmente por: LEANDRA VILELA RODRIGUES CHAVES, COORDENADOR(A) DO ASSESSORAMENTO DA DIRETORIA GERAL, em 30/11/2020 às 09:24.
Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 124 de 5858
ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Nº Processo PROAD: 201910000195832

LEANDRA VILELA RODRIGUES CHAVES


COORDENADOR(A) DO ASSESSORAMENTO DA DIRETORIA GERAL
COORDENAÇÃO DO ASSESSORAMENTO DA DIRETORIA GERAL
Assinatura CONFIRMADA em 30/11/2020 às 09:24

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
Nº Processo PROAD: 201910000195832

Diretoria Geral

EXTRATO DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS

Processo nº : 201910000195832
Órgão Gerenciador : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Fornecedor
Registrado : FACILITY INDÚSTRIA COMÉRCIO DE MÓVEIS LTDA-ME
Objeto : Ata de Registro de Preços nº 097/2020, que tem por objeto o
Registro de Preços para a aquisição de mobiliários e
complementos diversos, para as unidades do Tribunal de Justiça
do Estado de Goiás, conforme especificado no Termo de
Referência anexo do Edital nº 057/2020.
Valor : Lote 56, itens 135 e 136, Lote 63, itens 148 e 149, no valor total de
R$385.643,00 (trezentos e oitenta e cinco mil, seiscentos e
quarenta e três reais).
Prazo de Vigência : 12 (doze) meses a contar de sua assinatura, não podendo ser
prorrogada.
Dispositivo Legal : Leis nºs 10.520/2002, nº 8.666/1993 e nº 17.928/2012.
Data da Assinatura : 19.11.2020 (data da assinatura eletrônica).

Leandra Vilela Rodrigues Chaves


Coordenadora do Assessoramento da Diretoria-Geral

________________________________________________________________________________________________
Av. Assis Chateaubriand, 195, St. Oeste, Goiânia Goiás – CEP 74280-900 – Telefone (62)3236-5201- www.tjgo.jus.br

Assinado digitalmente por: LEANDRA VILELA RODRIGUES CHAVES, COORDENADOR(A) DO ASSESSORAMENTO DA DIRETORIA GERAL, em 30/11/2020 às 09:24.
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ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Nº Processo PROAD: 201910000195832

LEANDRA VILELA RODRIGUES CHAVES


COORDENADOR(A) DO ASSESSORAMENTO DA DIRETORIA GERAL
COORDENAÇÃO DO ASSESSORAMENTO DA DIRETORIA GERAL
Assinatura CONFIRMADA em 30/11/2020 às 09:24

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020
Nº Processo PROAD: 201910000195832

Diretoria Geral

EXTRATO DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS

Processo nº : 201910000195832
Órgão Gerenciador : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Fornecedor
Registrado : TECNO2000 INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA
Objeto : Ata de Registro de Preços nº 098/2020, que tem por objeto o
Registro de Preços para a aquisição de mobiliários e
complementos diversos, para as unidades do Tribunal de Justiça
do Estado de Goiás, conforme especificado no Termo de
Referência anexo do Edital nº 057/2020.
Valor : Lote 49, item 123, no valor total de R$21.299,98 (vinte e um mil,
duzentos e noventa e nove reais e noventa e oito centavos).
Prazo de Vigência : 12 (doze) meses a contar de sua assinatura, não podendo ser
prorrogada.
Dispositivo Legal : Leis nºs 10.520/2002, nº 8.666/1993 e nº 17.928/2012.
Data da Assinatura : 19.11.2020 (data da assinatura eletrônica).

Leandra Vilela Rodrigues Chaves


Coordenadora do Assessoramento da Diretoria-Geral

________________________________________________________________________________________________
Av. Assis Chateaubriand, 195, St. Oeste, Goiânia Goiás – CEP 74280-900 – Telefone (62)3236-5201- www.tjgo.jus.br

Assinado digitalmente por: LEANDRA VILELA RODRIGUES CHAVES, COORDENADOR(A) DO ASSESSORAMENTO DA DIRETORIA GERAL, em 30/11/2020 às 09:24.
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ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Nº Processo PROAD: 201910000195832

LEANDRA VILELA RODRIGUES CHAVES


COORDENADOR(A) DO ASSESSORAMENTO DA DIRETORIA GERAL
COORDENAÇÃO DO ASSESSORAMENTO DA DIRETORIA GERAL
Assinatura CONFIRMADA em 30/11/2020 às 09:24

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INTIMACAO AS PARTES DOS PROCESSOS DIGITALIZADOS #
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1 - CONFLITO DE COMPETENCIA
PROTOCOLO : 64752-51.2019.8.09.0175(201990647529)
COMARCA : GOIANIA
SECRETARIA : SECAO CRIMINAL
RELATOR : DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES
1 SUSCITANTE(S) : JD DA VARA DE FEITOS RELATIVOS A ORGANIZACOES
CRIMINOSAS DA COMARCA DE GOIANIA
1 SUSCITADO(S) : JD DA TERCEIRA VARA CRIMINAL DOS CRIMES
DOLOSOSDA COMRCA DE GOIANIA
DECISAO OU DESPACHO:
FICAM INTIMADAS AS PARTES DE QUE OS PRESENTES AUTOS FISICOS
FORAM DIGITALIZADOS, FINDOS E ARQUIVADOS NO SISTEMA DE
SEGUNDO GRAU (SSG), E A ACAO CONTINUA O SEU TRAMITE NO
SISTEMA DE PROCESSO DIGITAL DESTE TRIBUNAL DE JUSTICA.
NUMERO CNJ 064752-51.2019.809.0175
NUMERO CNJ 406168-62.2015.809.0175

2 - CONFLITO DE COMPETENCIA
PROTOCOLO : 256241-56.2017.8.09.0044(201792562411)
COMARCA : FLORES DE GOIAS
SECRETARIA : SECAO CRIMINAL
RELATOR : DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS
1 SUSCITANTE(S) : JD DA COMARCA DE FLORES DE GOIAS
1 SUSCITADO(S) : JD DA SEGUNDA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE
FORMOSA
DECISAO OU DESPACHO:
FICAM INTIMADAS AS PARTES DE QUE OS PRESENTES AUTOS FISICOS
FORAM DIGITALIZADOS, FINDOS E ARQUIVADOS NO SISTEMA DE
SEGUNDO GRAU (SSG), E A ACAO CONTINUA O SEU TRAMITE NO
SISTEMA DE PROCESSO DIGITAL DESTE TRIBUNAL DE JUSTICA.
NUMERO CNJ 256241-56.2017.809.0044
NUMERO CNJ 406168-62.2015.809.0175

3 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 376696-40.2014.8.09.0049(201493766961)
COMARCA : GOIANESIA
SECRETARIA : 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
1 APELANTE(S) : PAULO EDUARDO DA SILVA
ADV(S) : 10863/GO -INIS MOREIRA DAMACENO
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
DECISAO OU DESPACHO:
FICAM INTIMADAS AS PARTES DE QUE OS PRESENTES AUTOS FISICOS
FORAM DIGITALIZADOS, FINDOS E DEVOLVIDOS AO JUIZO/COMARCA DE
ORIGEM NO SISTEMA DE SEGUNDO GRAU (SSG), E A ACAO CONTINUA O
SEU TRAMITE NO SISTEMA DE PROCESSO DIGITAL DESTE TRIBUNAL DE
JUSTICA.
NUMERO CNJ 376696-40.2014.809.0049

4 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 308203-19.2015.8.09.0035(201593082037)
COMARCA : CORUMBAIBA
SECRETARIA : 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
1 APELANTE(S) : EDSON JOSINO ALBERNAZ
ADV(S) : 24968/GO -CLEYBER JOAO EVANGELISTA
40728/GO -MARCELO HENRIQUE DE MESQUITA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
DECISAO OU DESPACHO:

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

FICAM INTIMADAS AS PARTES DE QUE OS PRESENTES AUTOS FISICOS


FORAM DIGITALIZADOS, FINDOS E DEVOLVIDOS AO JUIZO/COMARCA DE
ORIGEM NO SISTEMA DE SEGUNDO GRAU (SSG), E A ACAO CONTINUA O
SEU TRAMITE NO SISTEMA DE PROCESSO DIGITAL DESTE TRIBUNAL DE
JUSTICA.
NUMERO CNJ 308203-19.2015.809.0035

5 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 156232-81.2017.8.09.0175(201791562329)
COMARCA : GOIANIA
SECRETARIA : SECAO CRIMINAL
RELATOR : DES. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
EMBARGANTE(S) : FLORISA RODRIGUES DA COSTA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
EMBARGADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMBARGANTE(S) : FLORISA RODRIGUES DA COSTA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
EMBARGADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
DECISAO OU DESPACHO:
FICAM INTIMADAS AS PARTES DE QUE OS PRESENTES AUTOS FISICOS
FORAM DIGITALIZADOS, FINDOS E DEVOLVIDOS AO JUIZO/COMARCA DE
ORIGEM NO SISTEMA DE SEGUNDO GRAU (SSG), E A ACAO CONTINUA O
SEU TRAMITE NO SISTEMA DE PROCESSO DIGITAL DESTE TRIBUNAL DE
JUSTICA.
NUMERO CNJ 156232-81.2017.809.0175

6 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO :
305686-29.2012.8.09.0170(201293056863)
COMARCA :
CAMPINORTE
SECRETARIA :
2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR :
DES(A). LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
1 APELANTE(S) : CLEITO LUIZ SATIRO COSTA
ADV(S) : 32879/GO -ADRIANO ALVES DE PAULA E SILVA
46507/GO -FREDERICO RODRIGUES DE PAULA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
1 ASS.ACUS.(S) : LETICIA OLIMPIA DE MORAES
ADV(S) : 17027/GO -PAULO GONCALVES DE PAIVA
DECISAO OU DESPACHO:
FICAM INTIMADAS AS PARTES DE QUE OS PRESENTES AUTOS FISICOS
FORAM DIGITALIZADOS, FINDOS E DEVOLVIDOS AO JUIZO/COMARCA DE
ORIGEM NO SISTEMA DE SEGUNDO GRAU (SSG), E A ACAO CONTINUA O
SEU TRAMITE NO SISTEMA DE PROCESSO DIGITAL DESTE TRIBUNAL DE
JUSTICA.
NUMERO CNJ 305686-29.2012.809.0170

7 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO :
157524-67.2018.8.09.0175(201891575244)
COMARCA :
GOIANIA
SECRETARIA :
1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR :
DR(A). CAMILA NINA ERBETTA NASCIMENTO
1 APELANTE(S) : CLEITON MAGALHAES MACHADO
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
DECISAO OU DESPACHO:
FICAM INTIMADAS AS PARTES DE QUE OS PRESENTES AUTOS FISICOS
FORAM DIGITALIZADOS, FINDOS E DEVOLVIDOS AO JUIZO/COMARCA DE
ORIGEM NO SISTEMA DE SEGUNDO GRAU (SSG), E A ACAO CONTINUA O
SEU TRAMITE NO SISTEMA DE PROCESSO DIGITAL DESTE TRIBUNAL DE
JUSTICA.
NUMERO CNJ 157524-67.2018.809.0175

8 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 406168-62.2015.8.09.0175(201594061688)
COMARCA : GOIANIA

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

SECRETARIA : SECAO CRIMINAL


RELATOR : DES. LEANDRO CRISPIM
EMBARGANTE(S) : MINISTERIO PUBLICO
FERNANDA CRISTINA SILVA DOS SANTOS
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
EMBARGADO(S) : FERNANDA CRISTINA SILVA DOS SANTOS
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
MINISTERIO PUBLICO
1 ASS.ACUS.(S) : JEOVA RODRIGUES DA COSTA
ADV(S) : 30895/GO -GIULIANO MOREIRA DE CARVALHO
EMBARGANTE(S) : FERNANDA CRISTINA SILVA DOS SANTOS
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
EMBARGADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
DECISAO OU DESPACHO:
FICAM INTIMADAS AS PARTES DE QUE OS PRESENTES AUTOS FISICOS
FORAM DIGITALIZADOS, FINDOS E DEVOLVIDOS AO JUIZO/COMARCA DE
ORIGEM NO SISTEMA DE SEGUNDO GRAU (SSG), E A ACAO CONTINUA O
SEU TRAMITE NO SISTEMA DE PROCESSO DIGITAL DESTE TRIBUNAL DE
JUSTICA.
NUMERO CNJ 406168-62.2015.809.0175

9 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 273656-47.2017.8.09.0078(201792736568)
COMARCA : ISRAELANDIA
SECRETARIA : 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
1 APELANTE(S) : DOUGLAS HENRIQUE DA SILVA
ADV(S) : 45759/GO -THAIS ALVES DE OLIVEIRA PEREIRA
40407/GO -RAPHAEL FERREIRA CLAUDIO
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
DECISAO OU DESPACHO:
FICAM INTIMADAS AS PARTES DE QUE OS PRESENTES AUTOS FISICOS
FORAM DIGITALIZADOS, FINDOS E DEVOLVIDOS AO JUIZO/COMARCA DE
ORIGEM NO SISTEMA DE SEGUNDO GRAU (SSG), E A ACAO CONTINUA O
SEU TRAMITE NO SISTEMA DE PROCESSO DIGITAL DESTE TRIBUNAL DE
JUSTICA.
NUMERO CNJ 273656-47.2017.809.0078

10 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 23283-45.2019.8.09.0136(201990232833)
COMARCA : RIALMA
SECRETARIA : 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
1 APELANTE(S) : SUSIBEL CARLOS RODRIGUES
ADV(S) : 3237/GO -PEDRO REGO FILHO
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
DECISAO OU DESPACHO:
FICAM INTIMADAS AS PARTES DE QUE OS PRESENTES AUTOS FISICOS
FORAM DIGITALIZADOS, FINDOS E DEVOLVIDOS AO JUIZO/COMARCA DE
ORIGEM NO SISTEMA DE SEGUNDO GRAU (SSG), E A ACAO CONTINUA O
SEU TRAMITE NO SISTEMA DE PROCESSO DIGITAL DESTE TRIBUNAL DE
JUSTICA.
NUMERO CNJ 023283-45.2019.809.0136

11 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 145261-10.2018.8.09.0011(201891452614)
COMARCA : APARECIDA DE GOIANIA
SECRETARIA : 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
1 APELANTE(S) : ADAMO MARTINS DUARTE
DHEIMEISON AVELINO BASTOS DOS SANTOS
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
DECISAO OU DESPACHO:

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

FICAM INTIMADAS AS PARTES DE QUE OS PRESENTES AUTOS FISICOS


FORAM DIGITALIZADOS, FINDOS E DEVOLVIDOS AO JUIZO/COMARCA DE
ORIGEM NO SISTEMA DE SEGUNDO GRAU (SSG), E A ACAO CONTINUA O
SEU TRAMITE NO SISTEMA DE PROCESSO DIGITAL DESTE TRIBUNAL DE
JUSTICA.
NUMERO CNJ 145261-10.2018.809.0011

12 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO :
179147-77.2017.8.09.0029(201791791476)
COMARCA :
CATALAO
SECRETARIA :
2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR :
DES. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
1 APELANTE(S) : NAYARA MIRANDA RODOVALHO
ADV(S) : 17970/GO -ELSON FERREIRA DE SOUSA
2 APELANTE(S) : RODRIGO ESTEVAM SANTOS BOARON
ADV(S) : 17970/GO -ELSON FERREIRA DE SOUSA
3 APELANTE(S) : MINISTERIO PUBLICO
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
2 APELADO(S) : RODRIGO ESTEVAM SANTOS BOARON
NAYARA MIRANDA RODOVALHO
ADV(S) : 17970/GO -ELSON FERREIRA DE SOUSA
DECISAO OU DESPACHO:
FICAM INTIMADAS AS PARTES DE QUE OS PRESENTES AUTOS FISICOS
FORAM DIGITALIZADOS, FINDOS E DEVOLVIDOS AO JUIZO/COMARCA DE
ORIGEM NO SISTEMA DE SEGUNDO GRAU (SSG), E A ACAO CONTINUA O
SEU TRAMITE NO SISTEMA DE PROCESSO DIGITAL DESTE TRIBUNAL DE
JUSTICA.
NUMERO CNJ 179147-77.2017.809.0029

13 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO :
347588-91.2014.8.09.0072(201493475886)
COMARCA :
INHUMAS
SECRETARIA :
2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR :
DES(A). LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
1 APELANTE(S) : MINISTERIO PUBLICO
1 APELADO(S) : SANDRO JOSE DA SILVA
ADV(S) : 12461/GO -ADENILSON PESSONI
DECISAO OU DESPACHO:
FICAM INTIMADAS AS PARTES DE QUE OS PRESENTES AUTOS FISICOS
FORAM DIGITALIZADOS, FINDOS E DEVOLVIDOS AO JUIZO/COMARCA DE
ORIGEM NO SISTEMA DE SEGUNDO GRAU (SSG), E A ACAO CONTINUA O
SEU TRAMITE NO SISTEMA DE PROCESSO DIGITAL DESTE TRIBUNAL DE
JUSTICA.
NUMERO CNJ 347588-91.2014.809.0072

14 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO :
281311-93.2016.8.09.0017(201692813110)
COMARCA :
BELA VISTA DE GOIAS
SECRETARIA :
1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR :
DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES
1 APELANTE(S) : ANDRE LUIZ REIS BRAGA
ADV(S) : 13840/GO -JOSE DONIZETE MORENO
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
DECISAO OU DESPACHO:
FICAM INTIMADAS AS PARTES DE QUE OS PRESENTES AUTOS FISICOS
FORAM DIGITALIZADOS, FINDOS E DEVOLVIDOS AO JUIZO/COMARCA DE
ORIGEM NO SISTEMA DE SEGUNDO GRAU (SSG), E A ACAO CONTINUA O
SEU TRAMITE NO SISTEMA DE PROCESSO DIGITAL DESTE TRIBUNAL DE
JUSTICA.
NUMERO CNJ 281311-93.2016.809.0017

15 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 75144-30.2019.8.09.0020(201990751440)
COMARCA : CACHOEIRA ALTA

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

SECRETARIA : 1A CAMARA CRIMINAL


RELATOR : DR(A). WILSON SAFATLE FAIAD
1 APELANTE(S) : ADEJAR ALVES CORREA
ADV(S) : 46489/GO -PABLO MOZAR RIBEIRO RODRIGUES
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
DECISAO OU DESPACHO:
FICAM INTIMADAS AS PARTES DE QUE OS PRESENTES AUTOS FISICOS
FORAM DIGITALIZADOS, FINDOS E DEVOLVIDOS AO JUIZO/COMARCA DE
ORIGEM NO SISTEMA DE SEGUNDO GRAU (SSG), E A ACAO CONTINUA O
SEU TRAMITE NO SISTEMA DE PROCESSO DIGITAL DESTE TRIBUNAL DE
JUSTICA.
NUMERO CNJ 075144-30.2019.809.0020

16 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 11760-43.2019.8.09.0166(201990117600)
COMARCA : MONTES CLAROS DE GOIAS
SECRETARIA : 1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. J. PAGANUCCI JR.
1 APELANTE(S) : JOAO PEDRO CALACA FERREIRA
ADV(S) : 48093/GO -JAQUELINE DA SILVA RODRIGUES
2 APELANTE(S) : MINISTERIO PUBLICO
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
2 APELADO(S) : JOAO PEDRO CALACA FERREIRA
ADV(S) : 48093/GO -JAQUELINE DA SILVA RODRIGUES
DECISAO OU DESPACHO:
FICAM INTIMADAS AS PARTES DE QUE OS PRESENTES AUTOS FISICOS
FORAM DIGITALIZADOS, FINDOS E DEVOLVIDOS AO JUIZO/COMARCA DE
ORIGEM NO SISTEMA DE SEGUNDO GRAU (SSG), E A ACAO CONTINUA O
SEU TRAMITE NO SISTEMA DE PROCESSO DIGITAL DESTE TRIBUNAL DE
JUSTICA.
NUMERO CNJ 011760-43.2019.809.0166

17 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 81242-24.2019.8.09.0087(201990812422)
COMARCA : ITUMBIARA
SECRETARIA : 1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES
1 APELANTE(S) : ALISSON SILVA FERREIRA
BRUNA PEREIRA DE FREITAS
ADV(S) : 22952/GO -MAERCIO VENANCIO MACHADO
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
DECISAO OU DESPACHO:
FICAM INTIMADAS AS PARTES DE QUE OS PRESENTES AUTOS FISICOS
FORAM DIGITALIZADOS, FINDOS E DEVOLVIDOS AO JUIZO/COMARCA DE
ORIGEM NO SISTEMA DE SEGUNDO GRAU (SSG), E A ACAO CONTINUA O
SEU TRAMITE NO SISTEMA DE PROCESSO DIGITAL DESTE TRIBUNAL DE
JUSTICA.
NUMERO CNJ 081242-24.2019.809.0087

18 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 92454-76.2018.8.09.0087(201890924547)
COMARCA : ITUMBIARA
SECRETARIA : 1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. IVO FAVARO
1 APELANTE(S) : LUIZ CARLOS DE JESUS
ADV(S) : 31967/GO -FABIO RUBENS SANTOS
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
DECISAO OU DESPACHO:
FICAM INTIMADAS AS PARTES DE QUE OS PRESENTES AUTOS FISICOS
FORAM DIGITALIZADOS, FINDOS E DEVOLVIDOS AO JUIZO/COMARCA DE
ORIGEM NO SISTEMA DE SEGUNDO GRAU (SSG), E A ACAO CONTINUA O
SEU TRAMITE NO SISTEMA DE PROCESSO DIGITAL DESTE TRIBUNAL DE
JUSTICA.
NUMERO CNJ 092454-76.2018.809.0087

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 134 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

19 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO :
50620-11.2019.8.09.0006(201990506208)
COMARCA :
ANAPOLIS
SECRETARIA :
1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR :
DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS
1 APELANTE(S) : ALCIONE RIBEIRO DA SILVA
ADV(S) : 39569/GO -LAURO RODRIGO CARVALHO DE SOUSA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
DECISAO OU DESPACHO:
FICAM INTIMADAS AS PARTES DE QUE OS PRESENTES AUTOS FISICOS
FORAM DIGITALIZADOS, FINDOS E DEVOLVIDOS AO JUIZO/COMARCA DE
ORIGEM NO SISTEMA DE SEGUNDO GRAU (SSG), E A ACAO CONTINUA O
SEU TRAMITE NO SISTEMA DE PROCESSO DIGITAL DESTE TRIBUNAL DE
JUSTICA.
NUMERO CNJ 050620-11.2019.809.0006

20 - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO


PROTOCOLO : 2901-50.2018.8.09.0044(201890029017)
COMARCA : FORMOSA
SECRETARIA : 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
1 RECORRENTE(S) : RODRIGO DANIEL DE OLIVEIRA SANTOS
ADV(S) : 29985/DF -CARLA APARECIDA RUFINO FREITAS
1 RECORRIDO(S) : MINISTERIO PUBLICO
1 ASS.ACUS.(S) : ROSIMAR PEREIRA RODRIGUES
ADV(S) : 43430/GO -JANDERSON MATA NASCIMENTO
DECISAO OU DESPACHO:
FICAM INTIMADAS AS PARTES DE QUE OS PRESENTES AUTOS FISICOS
FORAM DIGITALIZADOS, FINDOS E DEVOLVIDOS AO JUIZO/COMARCA DE
ORIGEM NO SISTEMA DE SEGUNDO GRAU (SSG), E A ACAO CONTINUA O
SEU TRAMITE NO SISTEMA DE PROCESSO DIGITAL DESTE TRIBUNAL DE
JUSTICA.
NUMERO CNJ 002901-50.2018.809.0044

21 - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO


PROTOCOLO : 158497-50.2017.8.09.0177(201791584977)
COMARCA : COCALZINHO DE GOIAS
SECRETARIA : 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
1 RECORRENTE(S) : JUDSON JARSON DA SILVA DE JESUS
ADV(S) : 14236/GO -SERGIO JAYME
1 RECORRIDO(S) : MINISTERIO PUBLICO
DECISAO OU DESPACHO:
FICAM INTIMADAS AS PARTES DE QUE OS PRESENTES AUTOS FISICOS
FORAM DIGITALIZADOS, FINDOS E DEVOLVIDOS AO JUIZO/COMARCA DE
ORIGEM NO SISTEMA DE SEGUNDO GRAU (SSG), E A ACAO CONTINUA O
SEU TRAMITE NO SISTEMA DE PROCESSO DIGITAL DESTE TRIBUNAL DE
JUSTICA.
NUMERO CNJ 158497-50.2017.809.0177

GOIANIA, 27 DE NOVEMBRO DE 2020


SECRETARIO(A):
ORIGINAL ASSINADO

FIM DE ARQUIVO

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

================================================================================
4A CAMARA CIVEL #
INTIMACAO AS PARTES N.7/2020
================================================================================

1 - MANDADO DE SEGURANCA
PROTOCOLO : 339216-49.2012.8.09.0000(201293392162)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. PRESIDENTE DA CAMARA
IMPETRANTE(S) : ASSOCIACAO GOIANA DOS ADVOGADOS PUBLICOS
AUTARQUICOS AGAPA
ADV(S) : 21490/GO -OTAVIO ALVES FORTE
30836/GO -LIVIA CRISTINA ANDRADE ALVES
35690/GO -NAYANA GABRIELLY MARQUEZ DA SIL
35800/GO -BRENO CURADO DE CASTRO MOLINARI
28148/GO -LUDMILLA GOMES DA SILVA
26596/GO -ROGERIO MOTA FRUGERI
IMPETRADO(S) : SECRETARIO DE GESTAO E PLANEJAMENTO DO ESTADO
DE GOIAS
ADV(S) : 39960/GO -RAFAEL GONCALVES SANTANA BORGES
DECISAO OU DESPACHO:
LEVAMOS AO CONHECIMENTO DAS PARTES QUE ESTES AUTOS FORAM
ENCAMINHADOS PARA DIGITALIZACAO.

2 - MANDADO DE SEGURANCA
PROTOCOLO : 173103-66.2016.8.09.0000(201691731030)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. PRESIDENTE DA CAMARA
IMPETRANTE(S) : NEUZA FERREIRA DA SILVA
ADV(S) : 36784/GO -ANDREIA SIMON ABRAHAO RODRIGUES
32805/GO -NAGELA CAMILA DE OLIVEIRA PEREI
IMPETRADO(S) : SECRETARIA DA MULHER DO DESENVOLVIMENTO
SOCIAL DA IGUALDADE RACIAL DOS DIR
LITPAS(S) : ESTADO DE GOIAS
DECISAO OU DESPACHO:
LEVAMOS AO CONHECIMENTO DAS PARTES, QUE ESTES AUTOS FORAM
REMETIDOS PARA DIGITALIZACAO.

GOIANIA, 27 DE NOVEMBRO DE 2020


SECRETARIO(A): SUELY REGINA RODRIGUES BORGES
ORIGINAL ASSINADO

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Processo Judicial Digital - PROJUDI – TJGO - 4ª CÂMARA CIVEL


DATA DO JULGAMENTO 10/12/2020 AS 13:00 HORAS OU NAS SESSÕES POSTERIORES

Senhor(a) Advogado(a)

Tendo em vista o deferimento do pedido de sustentação formulado no Sistema do Processo Judicial Digital e o consequente
adiamento do julgamento do presente recurso no âmbito da Sessão Virtual, fica vossa senhoria, intimado(a) a fornecer, no e-mail
da 4ª Câmara Cível do TJGO (camaracivel4@tjgo.jus.br), para receber, 2(dois) dias antes da data designada, os dados de
acesso à Sessão de Julgamento com participação Remota (através de videoconferência), que se realizará no dia 10 de dezembro
de 2020, às 13:00, devendo constar no e-mail o número dos autos, a data da Sessão, o nome da parte que representa e do
advogado que fará sustentação. Primeiramente, serão julgados os processos em “Segredo de Justiça”, os demais, seguirão a
ordem da pauta.

Plataforma de videoconferência utilizada: Aplicativo Zoom


Compartilhamento de vídeo para transmissão em tempo real: Canal da 4ª Câmara Cível do TJGO no YouTube.
1 - Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
Número Processo : 5414722.62.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça : José Eduardo Veiga Braga
Impetrante : Maria da Graça Teixeira Marques
Adv(s) : Carlos Marcio Rissi Macedo - 22703/N
Impetrado : Secretário de Estado da Administração do Estado de Goiás
2 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5235576.61.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça : Orlandina Brito Pereira
Agravante : Universidade Estadual de Goiás - Ueg
Adv(s) : Marcelo Carlos Maia Pinto - 41365/N
Agravado : Diogo Alves da Costa Ferro
Adv(s) : Danilo Lopes Baliza - 35619/N
3 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5279502.92.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Agravante : Neuza Maria Andrade Nery
Adv(s) : Guilherme de Macedo Soares - 55053/S
Agravado : Município de Goiânia
Adv(s) : Camila Brondani Bassan - 56696/N
4 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5268664.90.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça :
Agravante : Mauro Cesar da Silva e Outra
Adv(s) : Renan Ferreira Rodrigues - 28186/N
Agravado : Brasil Madeireira Eireli
Adv(s) : Carlos Eduardo Muricy Montalvão - 24294/N, Arinilson Gonçalves Mariano - 18478/N

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Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO

Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020

4ª CÂMARA CÍVEL

DATA DO JULGAMENTO 10/12/2020 AS 13:00 HORAS OU NAS SESSÕES POSTERIORES


5 - Apelação (CPC) AGRAVO RETIDO
Número Processo : 0205036.32.2011.8.09.0065
Comarca : GOIÁS
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Apelante/Agvte : Divino de Jesus Botelho e Outros
Adv(s) : Haroldo José Rosa Machado Neto - 26700/N
Apelado : Silvia Nunes Ladeira
Adv(s) : Synara Baia de Camargo Martins - 22398/N, Stella Santos Moraes - 53725/A
6 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5303854.29.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça :
Apelante : Hosana Karla de Freitas Melo Gea e Outro
Adv(s) : Joao Marcos Andrade Batista - 45453/N
Apelado : Paulo Henrique Araujo Santos
Adv(s) : Kenia Cristina Ferreira de Deus Lucena - 25403/N, Ricardo de Jesus Pinto - 48033/A

7 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5482810.67.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça :
Apelante : Mws Madereira e Materiais Para Construção Ltda-me
Adv(s) : Iure de Castro Silva - 29493/N, Thiago Naves Cicala - 47094/A
Apelado : Estado de Goiás
Adv(s) : Fernando Iunes Machado - 21735/N
8 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5174424.87.2019.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça :
1ºApelante : Fabiano Rodrigues de Farias
Adv(s) : Thiago Amadeu Nunes de Jesus - 47341/A
2ºApelante : Facebook Serviços Online do Brasil Ltda
Adv(s) : Patrã?cia Helena Marta Martins - 164253/A

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Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO

Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020

4ª CÂMARA CÍVEL

DATA DO JULGAMENTO 10/12/2020 AS 13:00 HORAS OU NAS SESSÕES POSTERIORES


9 - Apelação (CPC)
Número Processo : 0026778.66.2016.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça :
1ºApelante : Marca Pecuaria Agricola e Industrial Ltda
Adv(s) : Adriana Machado e Silva de Sá Peixoto - 14435/N, Rodrigo Jorge - 14413/N
2ºApelante : Julio Roberto de Macedo Bernardes
Adv(s) : Antônio Sérgio Bernardes de Almeida - 21300/N
10 - Apelação (CPC)
Número Processo : 0268330.42.2007.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça :
Apelante : Itelvina Lopes Evangelista
Adv(s) : Luciano da Silva Bílio - 21272/N
Apelado : Banco Fiat S/a
Adv(s) : Yana Cavalcante de Souza - 22930/N
11 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5650158.76.2019.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça :
Apelante : Wagner de Sousa Melo
Adv(s) : Leury Miguel de Souza Melo - 27888/N
Apelado : Estado de Goiás
Adv(s) : Fernando Iunes Machado - 21735/N
12 - Apelação / Reexame Necessário
Número Processo : 0310514.07.2014.8.09.0006
Comarca : ANÁPOLIS
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça : Regina Helena Viana
Apelante : Município de Anápolis,
Adv(s) : José Maria Pereira - 9632/N, Marcelo Mucy Pinheiro Dib - 19417/N
Apelado : Daniela Roriz Monteiro
Adv(s) : Danilo Lopes Baliza - 35619/N, Leandro Barretos da Silva - 35607/N

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Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO

Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020

4ª CÂMARA CÍVEL

DATA DO JULGAMENTO 10/12/2020 AS 13:00 HORAS OU NAS SESSÕES POSTERIORES


13 - Apelação / Reexame Necessário
Número Processo : 5583992.62.2019.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES ELIZABETH MARIA DA SILVA
Proc. de Justiça : Regina Helena Viana
Apelante : Estado de Goiás
Adv(s) : Fernando Iunes Machado - 21735/N, Carla Pinheiro Bessa Von Bentzen Rodrigues - 24195/N

Apelado : Marilda Ferreira Gomes


Adv(s) : Robson Henrique da Silva Pires - 41606/N
14 - Agravo de Instrumento ( CPC ) - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 5195234.08.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça : Regina Helena Viana
Agravante : LFS
Adv(s) : Fabiano Rodrigues Costa - 21529/N, Lucas Yuri Coutinho Toledo - 50931/A
Agravado : DAJ
Adv(s) : Goiacy Campos dos Santos Dunck - 28936/N
15 - Agravo de Instrumento ( CPC ) - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 5127371.35.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça :
Agravante : SAS
Adv(s) : Gentil Meireles Neto - 19917/N
Agravado : VNS
Adv(s) : Rodrigo Rodolfo Fernandes - 21440/N
16 - Apelação (CPC) - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 5240889.15.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça : Márcia de Oliveira Santos
Apelante : CBBI e outra
Adv(s) : Jose Elias de Rezende Junior - 98665/A
Apelado : MLM
Adv(s) : Lorena de Oliveira Martins - 48159/A, Daniellee Kelry Mendes Freitas - 48264/A

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Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020

4ª CÂMARA CÍVEL

DATA DO JULGAMENTO 10/12/2020 AS 13:00 HORAS OU NAS SESSÕES POSTERIORES


17 - Apelação (CPC) - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 5104664.85.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES MAURICIO PORFIRIO ROSA
Proc. de Justiça :
Apelante : JF
Adv(s) : Andre Luis Borges dos Santos - 45664/N
Apelado : FDN
Adv(s) : Dayane Karolina de Araujo - 52497/A, Giovanna Afonso Mendes Ferreira - 37503/N

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO

Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020

4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

1 - Mandado de Segurança ( L. 8069/90 )


Número Processo : 5000287.85.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça : José Carlos Mendonça
Impetrante(s) : Henrique Pereira Soares
Adv(s) : Cleide Geralda Nunes - 30994/N
Impetrado(s) : Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de Goiás
Adv(s) :
2 - Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
Número Processo : 5240405.85.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça : Laura Maria Ferreira Bueno
Impetrante(s) : Goias Mp Procuradoria Geral de Justica, Ministerio Publico do Estado de Goiás

Adv(s) :
Impetrado(s) : Secretário de Saúde do Estado Goiás
Adv(s) :
3 - Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
Número Processo : 5677542.70.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça : Cleide Maria Pereira
Impetrante(s) : Madalena Nunes de Franca
Adv(s) : Janaina Lopes Leal - 38203/N, Thainá Rúbia Faiolla de Oliveira - 38013/N, Vinicius
Soares Oliveira - 47838/A
Impetrado(s) : Secretaria da Mulher, do Desenvolvimento Social, da Igualdade Racial dos
Direitos Humanos e do Trabalho do Estado de Goias
Adv(s) :

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Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO

Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020

4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

4 - Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)


Número Processo : 5183324.25.2020.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça : Eliane Ferreira Fávaro
Impetrante(s) : 1º Impetrante(s): Antonio Carlos Alves Mamede
Adv(s): Fredd Délio Miranda Martins - 30943/N
Impetrado(s) : 1º Impetrado(s): Secretário de Estado da Economia de Goiás
Adv(s):
5 - Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
Número Processo : 5271105.44.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES ELIZABETH MARIA DA SILVA
Proc. de Justiça : José Carlos Mendonça
Impetrante(s) : Ministério Público do Estado de Goiás
Adv(s) :
Impetrado(s) : Secretário de Saúde do Estado de Goiás
Adv(s) :
6 - Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
Número Processo : 5693785.89.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça : Estela de Freitas Rezende
Impetrante(s) : Cristina da Silva Menezes
Adv(s) : Wanderlan Rodrigues de Oliveira - 32526/N
Impetrado(s) : Secretario da Educação do Estado de Goiás
Adv(s) :

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Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO

Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020

4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

7 - Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)


Número Processo : 5731403.68.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça : José Carlos Mendonça
Impetrante(s) : Municipio de Rio Verde
Adv(s) : Maria Nazaré Andrade Silva - 24041/N, Sônia Margarida Ferreira Lopes Zomonaro -
15591/N, Vinícius Fonsêca Campos - 19724/N
Impetrado(s) : Presidente do Tribunal de Contas dos Municipios de Goiás
Adv(s) :
8 - Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
Número Processo : 5496473.71.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça : José Carlos Mendonça
Impetrante(s) :
Leonardo Rios Carneiro , Kizzy Martins Lima Teixeira de Vasconcelos,
Leonardo Rios Carneiro, Leticia Cristina de Oliveira, Liliam Suellen de Freitas
Silva, Lucider Ferreira de Oliveira, Luiz Carlos Guimaraes da Cunha, Maicon
Correia Queiroz, Maik Fares Razzouk, Marcelo Batista Reis, Marcelo Martins
Nogueira Lima, Márcio Alves de Carvalho, Márcio César Borges, Márcio Silva,
Marco Antônio Almeida Gonzaga, Marcos Antonio Acácio Dantas, Marcos
Sussumo Andrade, Marlucia Dutra Ramos Souza, Miguel Dantas do
Nascimento e Outros, Murilo Santiago Peres da Silva, Nestor Carlos Blos

Adv(s) : Rafael Victor Nunes Meirelles - 46780/N, Thiago Moraes - 29241/N, Warlley Runian da
Silva Simão - 59900/A
Impetrado(s) : Secretário de Estado da Administração de Goiás
Adv(s) :

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 144 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO

Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020

4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

9 - Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)


Número Processo : 5129220.42.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça : Orlandina Brito Pereira
Impetrante(s) : Regina Lúcia Marinho Machado Guimarães e Outros
Adv(s) : Juliana Ferreira e Santos - 16138/N, Nubia Rossana Cardoso Vieira - 22354/N, Thiago
Moraes - 29241/N
Impetrado(s) : Secretária de Estado da Economia de Goiás
Adv(s) :
10 - Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
Número Processo : 5311349.15.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça : Ana Maria Rodrigues da Cunha
Impetrante(s) : Ana Maria Lima Barros e Outros
Adv(s) : Juliana Ferreira e Santos - 16138/N, Nubia Rossana Cardoso Vieira - 22354/N, Thiago
Moraes - 29241/N
Impetrado(s) : Secretária de Estado da Economia de Goiás
Adv(s) :
11 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5414863.81.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça : José Carlos Mendonça
Agravante(s) : Ministério Público do Estado de Goias
Adv(s) :
Agravado(s) : Estado de Goiás, Secretaria de Saúde do Estado de Goiás
Adv(s) : Fernando Iunes Machado - 21735/N

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

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4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

12 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5090584.07.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça : Wellington de Oliveira Costa
Agravante(s) : Cleibianne Rodrigues dos Santos e Outra, Delvania dos Santos Freitas Silva

Adv(s) : José Fernando Dias Silva - 54990/A


Agravado(s) : Rafael Gonçalves Santana Borges, Reitor Interino da Universidade Estadual
de Goiás
Adv(s) : Marcelo Carlos Maia Pinto - 41365/N
13 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5161007.89.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça : Regina Helena Viana
Agravante(s) : Eduardo Gonçalves da Silva
Adv(s) : Pedro Henrike Franco Souza - 48786/A
Agravado(s) : Diretoria Geral de Administração Penitenciária Dgap
Adv(s) : Maria Elisa Quacken Manoel de Costa e Cunha - 18789/N
14 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5166340.22.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça : José Eduardo Veiga Braga
Agravante(s) : Antonio Fagner dos Santos Trindade
Adv(s) : Arthur Henrique Silva Santana - 174655/A
Agravado(s) : Diretor Geral de Administração Penitenciaria
Adv(s) : Maria Elisa Quacken Manoel de Costa e Cunha - 18789/N

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PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
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OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

15 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5218155.58.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça : Cleide Maria Pereira
Agravante(s) : Antonia Aparecida Vasconcelos
Adv(s) : Fernando Costa Martins - 41515/N, Hartus Magnus Gonçalves Bueno - 20447/N,
Uhadan Borba de Matos - 53597/A
Agravado(s) : Reinaldo Rodrigues Marinho
Adv(s) : Sandra Rodrigues de Moraes e Gouveia - 56402/A
16 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5366049.38.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Residencial Buena Vista Spe Ltda
Adv(s) : Carlos Eduardo Campos Resende - 37925/N, Juliana Kelrelen de Amorim Abacherli -
56353/A, Ricardo de Morais Furtado - 22868/N
Agravado(s) : Elvanda da Costa Vargas
Adv(s) : Thaisa Christina Souza Costa - 58692/A, Thiago Rodrigues Martins Carvalho - 33804/N

17 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5345733.04.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Hospital e Maternidade Vila Nova Ltda
Adv(s) : Rodnei Vieira Lasmar - 19114/N
Agravado(s) : Humberto Lopes Ferreira Junior
Adv(s) : Valdir de Araujo Cesar - 2177/A

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PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

18 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5295987.70.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Banco Bradesco S/a
Adv(s) : Robson Cunha do Nascimento Junior - 24692/N
Agravado(s) : Municipio de Goiania
Adv(s) : Elisa Melo Lira Morais - 32710/N, Wellington Fernandes de Oliveira Junior - 47081/A

19 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5270502.68.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Marta Umbelina de Almeida Souza e Outros, Ana Rosa da Silva, Jeronimo
Firmino Marques, Luzia Fagundes
Adv(s) : Daniel Pires Nunes - 33585/N
Agravado(s) : Odemar Jose da Silva
Adv(s) : Wanderlan Rodrigues de Oliveira - 32526/N
20 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5374196.53.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça : Márcia de Oliveira Santos
Agravante(s) : Helena Maria Alves de Souza
Adv(s) : Roberto Gomes Ferreira - 23699/A
Agravado(s) : Municipio de Goiania
Adv(s) : Arthur Dantas de Araujo - 27813/N

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PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

21 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5466340.46.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Mauro Marcelo Mendes
Adv(s) : Gizeli Costa D'abadia Nunes de Sousa - 17351/N, Mikelly Julie Costa D`abadia -
23332/N, Vanessa Stefanny Ferreira Luz - 46748/N
Agravado(s) : Instituto Nacional do Seguro Social Inss
Adv(s) : Tomaz Antônio Adôrno de La Cruz - 16315/N
22 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5233776.95.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Banco Bmg S/a
Adv(s) : Flavia Almeida Moura Di Latella - 109730/A
Agravado(s) : Maura Moreira da Silva
Adv(s) : Gilson Junio Carvalho Silva - 55426/A, Pedro Henrique Rodrigues da Silva - 37097/N

23 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5272165.52.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Município de Morro Agudo de Goiás
Adv(s) : River Paulo Siqueira de Souza - 21619/N
Agravado(s) : Hoffmann Advogados Associados S/a
Adv(s) : Dirceu Marcelo Hoffmann - 16538/N

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NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
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24 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5234694.02.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Incorporação Tropicale Ltda
Adv(s) : Jacó Carlos Silva Coelho - 13721/N
Agravado(s) : Condomínio Residencial Dunas
Adv(s) : Murilo dos Santos Guimarães - 52543/S
25 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5241609.67.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Marco Rombolini
Adv(s) : Emmanuel Rodrigo Rosa Rocha - 4328/N
Agravado(s) : Bena Anastasia
Adv(s) : Osman Rodrigues de Sales Junior - 4283/A
26 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5244772.55.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Banco do Brasil S.a.
Adv(s) : Nelson Pilla Filho - 33722/S
Agravado(s) : Turbo K Ltda
Adv(s) : Hermes Alves de Morais - 37234/N

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PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

27 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5234151.59.2020.8.09.0174
Comarca : SENADOR CANEDO
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : 1º Agravante(s): Camelódromo Central Canedão
Adv(s): Gustavo Luis Texeira - 30132/N
Agravado(s) : 1º Agravado(s): Associação de Lojistas do Camelódromo Central Canedão
Adv(s): Alex Adamus Acosta - 55691/A, Aluísio Gurgel Acosta - 10112/N

28 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5259578.95.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Cooperativa de Credito de Livre Admissão das Regiões Sudoeste Sul e Oeste
De
Adv(s) : Lauro Emrich Campos - 3259/N, Péricles Emrich Campos - 7065/N, Péricles Emrich
Campos Segundo - 34464/N, Tatiane Shimomura Campos - 41415/N
Agravado(s) : Voney Silva Paraguaia e Outro, Charles Leão Cruvinel
Adv(s) : Matheus Felipe Vieira - 56489/A
29 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5444507.69.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Barbara Amorim Guimarães
Adv(s) : Janaína Dias Oliveira - 35560/N
Agravado(s) : Municipio de Valparaiso de Goias
Adv(s) : Karla Walkyria Nunes da Silva - 54811/A

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PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

30 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5374753.40.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Banco do Brasil S.a.
Adv(s) : Nelson Pilla Filho - 33722/S
Agravado(s) : Vander Jose Luciano Eireli
Adv(s) :
31 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5291097.88.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Banco Bmg S/a
Adv(s) : Breiner Ricardo Diniz Resende Machado - 36537/A
Agravado(s) : Guesse Soares da Silva Santos
Adv(s) : Daniel Kennedy Campos Silva - 43998/N
32 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5442154.56.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Brandina da Fontoura Barbosa
Adv(s) : Mateus Paloschi - 35425/N
Agravado(s) : Banco Santander Brasil S/a
Adv(s) : Denner de Barros e Mascarenhas Barbosa - 37214/A

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO

Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020

4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

33 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5229875.22.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça : Cleide Maria Pereira
Agravante(s) : Luiz Hilario Neto
Adv(s) : Gabriela Moreira Arantes - 29297/N
Agravado(s) : 1º Serviço Registral de Vicentinopolis
Adv(s) :
34 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5505636.75.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Lorene Bastos Lage Pimentel
Adv(s) : Clóvis Canídia Souza Filho - 47536/N, Flávio Victor Dias Filho - 26923/N
Agravado(s) : China Construction Bank
Adv(s) : Fernando Denis Martins - 36131/A, Maria Vilma Barros Ferreira - 1786/N, Mariana
Ayres do Carmo - 16906/N, Valberlena Maria Correa - 6983/N
35 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5469488.65.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Geraldo Rodrigues Ferreira
Adv(s) : Izadora Cristina de Oliveira Guerra - 35660/N, Josserrand Massimo Volpon - 30669/N

Agravado(s) : Banco Pan Sa


Adv(s) : Cristiane Belinati Garcia Lopes - 30436/A, Helio de Passos Craveiro Filho - 15190/N

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Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020

4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

36 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5316020.81.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Residencial Buena Vista Spe Ltda
Adv(s) : Carlos Eduardo Campos Resende - 37925/N, Juliana Kelrelen de Amorim Abacherli -
56353/A, Ricardo de Morais Furtado - 22868/N
Agravado(s) : Gilmar José de Oliveira e Outra
Adv(s) : Paula Cristina Alves Souza - 48516/A
37 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5345017.74.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça : Orlandina Brito Pereira
Agravante(s) : Maria Alice Lopes da Silva
Adv(s) : Anna Vicenza Carramaschi Ribeiro - 27698/N
Agravado(s) : Municipio de Goiania
Adv(s) : Eliane Pires Araújo - 47095/A
38 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5540066.87.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Evellin Barbacena Venceslau Moraes
Adv(s) : Jorge Jungmann Neto - 16840/A
Agravado(s) : Soho Hookah Lounge Ltda - Me , Deni Marques de Abreu Filho, Ronaldo Junio
Conti Silva, Bruno Alexandre Gomes Alves, Rafael de Paula Sousa Alves e
Outros
Adv(s) : Alex José Silva - 32520/N, Ricardo Miranda Bonifácio e Souza - 34945/N

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4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

39 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5177818.27.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Banco do Brasil S.a.
Adv(s) : Nelson Pilla Filho - 33722/S
Agravado(s) : Eliana Heloisa da Cunha de Santana
Adv(s) :
40 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5237258.51.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Secovicred
Adv(s) : Gualter de Abreu e Silva Junior - 25637/N
Agravado(s) : Sandra Martins da Silva Moura e Outro, Walner Ponciano de Moura
Adv(s) :
41 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5517031.64.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça : Cleide Maria Pereira
Agravante(s) : Paulo Henrique Marciel Souza
Adv(s) : Giovanni Bruno de Araujo Savini - 57561/S
Agravado(s) : Estado de Goiás
Adv(s) : Fernando Iunes Machado - 21735/N, Valkíria Costa Souza - 22373/N

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4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

42 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5475894.05.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Cleone de Castro Marra, Leila Bufaical Marra
Adv(s) : Adriano Ferreira Guimarães - 14853/N, Jeferson Roberto Disconsi de Sá - 15154/N

Agravado(s) : Ems S/a


Adv(s) : Octã?vio Lopes Santos Teixeira Brilhante Ustra - 196524/A
43 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5444933.81.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça : Sandra Beatriz Feitosa de Paula Dias
Agravante(s) : Unimed Goiânia Cooperativa de Trabalho Medico
Adv(s) : Caio Vinicius Reynolds Taveira Valsecchi - 28200/N
Agravado(s) : Michel Henri Perigaud
Adv(s) : Lucas Dias Lima Couto - 33603/N
44 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5409725.36.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Carrefour Comércio e Industria Ltda
Adv(s) : Mauricio Marques Domingues - 175513/N
Agravado(s) : Prime Sul Serviços Automotivos Ltda
Adv(s) : Edson Augusto Ramos - 29229/N, Thiago Ataide Barros - 54547/A

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Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

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Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020

4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

45 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5378711.34.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Wesley Vicente Inácio
Adv(s) : Agnaldo Felipe do Nascimento Bastos - 44647/N
Agravado(s) : Estado de Goiás, Fundacao Universa
Adv(s) : Fernando Iunes Machado - 21735/N, Valkíria Costa Souza - 22373/N
46 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5590725.66.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Márcio Primo de Oliveira
Adv(s) : Giovanni Bruno de Araujo Savini - 57561/S
Agravado(s) : Estado de Goiás, Iades Instituto de Desenvolvimento Americano
Adv(s) : Fernando Iunes Machado - 21735/N
47 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5430621.03.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Genivaldo Ribeiro de Trindade
Adv(s) : Gustavo de Almeida Gomes - 34361/N, João Victor Alves Ribeiro - 26953/N, Nayane
Rocha Capone - 37585/N
Agravado(s) : Altis Proteção Veicular
Adv(s) :

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4ª CÂMARA CÍVEL
N
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
O
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
S
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.
T
E
FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
R
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
M
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
O
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
S
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
D
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.
O

A
48 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5520755.76.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Banco Bmg S.a.
Adv(s) : Breiner Ricardo Diniz Resende Machado - 36537/A
Agravado(s) : Marilene Aquino Leal
Adv(s) : Eduardo Oliveira Felter - 56987/A, Lucas Santana Marinucci Martins - 56238/A
49 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5526378.24.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Swiss Park Brasilia Incorporadora Ltda
Adv(s) : Gustavo Penna Marinho de Abreu Lima - 41574/A
Agravado(s) : Maurarúbia Dantas Queiroz
Adv(s) : Stephannie de Paula Turrioni - 41684/N
50 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5498249.09.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Adoncia Empreendimentos Imobiliarios S/a
Adv(s) : Bianca Viana Martins - 49705/A
Agravado(s) : Livia Gonzaga Barbosa Santos e Outro, Bricio Leite dos Santos
Adv(s) : Priscilla Glebb Pinheiro Silva Abrantes - 41189/N

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4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

51 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5515403.40.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Figueiredo e Fernandes Gesso Ltda
Adv(s) : Tacio Constantino dos Santos - 30667/N
Agravado(s) : Bradesco Administradora de Consórcios Ltda
Adv(s) : José Lídio Alves dos Santos - 162755/S, Roberta Beatriz do Nascimento - 42915/A

52 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5531051.60.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Raízen Centroeste Açúcar e Alcool Ltda
Adv(s) : Rafael William Ribeirinho Sturari - 248612/A
Agravado(s) : Clayton Pamplona da Silva
Adv(s) : Kenia Garcia Silva - 32737/N
53 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5436695.73.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça : Eliseu José Taveira Vieira
Agravante(s) :
Mariza Gonçalves da Silva e Outras, Maria Celiane Pinto dos Passos Souza,
Maria Patricia da Silva Ferreira, Maria Vieira do Rosario, Marli de Castro
Santos Neres, Nelma Rayane Rodrigues Montalvão de Camargo

Adv(s) : Fabianny Costa Rodrigues - 31182/A


Agravado(s) : Município de Posse
Adv(s) : Weslley de Souza Silva - 44253/A

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO

Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020

4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

54 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5387682.08.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Celio Aparecido de Oliveira
Adv(s) : Bianca Cristina Silva de Oliveira - 65540/A, Jã?ssica Mercã?s Ferreira do Nascimento -
59147/A
Agravado(s) : Estado de Goiás, Instituto Americano de Desenvolvimento Iades
Adv(s) : Fernando Iunes Machado - 21735/N, Valkíria Costa Souza - 22373/N
55 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5436353.62.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Dsp
Adv(s) : Saulo Carvalho David - 278803/N
Agravado(s) : Dpr, Asr, Esr
Adv(s) :
56 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5506778.17.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Banco do Brasil
Adv(s) : Nelson Wilians Fratoni Rodrigues - 128341/A
Agravado(s) : Município de Goiânia
Adv(s) : Ana Carolina Pinto Chaves - 47823/N, Wellington Fernandes de Oliveira Junior -
47081/A

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO

Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020

4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

57 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5511441.09.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Taynara Barros de Oliveira
Adv(s) : Pollyany Alves Santos de Araujo - 53246/A
Agravado(s) : Faculdade Alfredo Nasser Unifan
Adv(s) : Andrea de Moura Lima Medolla - 33469/N, Janderson de Sousa Silva - 23926/N
58 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5502838.44.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Maria de Fatima Santos
Adv(s) : Pedro Jacinto Xavier - 37788/N, Wilson Araújo de Oliveira Júnior - 55366/A
Agravado(s) : Wanderson Alves dos Santos
Adv(s) : Odantes Simão de Oliveira - 13327/N, Reges José de Oliveira - 44816/N
59 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5104465.51.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Ariany Emanuela Pereira Santos
Adv(s) : Alan Correia da Silva - 43736/N
Agravado(s) : Ana Suzy do Carmo Loyola e Outro
Adv(s) :

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4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

60 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5606243.33.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Marcia Cristina Silva
Adv(s) : Willian Corrêa Fernandes - 26462/N
Agravado(s) : Ativos S/a Securitizadora de Creditos Financeiros
Adv(s) : Gustavo Rodrigo Goes Nicoladeli - 8927/A
61 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5197738.84.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Lydia de Araújo Quinan
Adv(s) : Eduardo Urany de Castro - 16539/N
Agravado(s) : Massa Falida do Banco Comercial Bancesa S.a.
Adv(s) : Marco Antônio Caldas - 3903/A, Rodrigo de Oliveira Caldas - 16650/N
62 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5330205.27.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Estado de Goiás
Adv(s) : Uilliam dos Santos Cardoso - 19588/N
Agravado(s) : Delta Locação e Reforma de Imóveis Ltda
Adv(s) : Luiz Gustavo Mourão Gonçalves - 23627/N, Renato Freitas Pires - 21850/N

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4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

63 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5581804.21.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Leonardo Dinis Braga
Adv(s) : Leila Nunes Goncalves e Oliveira - 89290/A
Agravado(s) : Banco J Safra Sa
Adv(s) : Marcelo Michel de Assis Magalhaes - 91045/N
64 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5542944.48.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Leandro dos Santos Conceição
Adv(s) : Rubens Garcia Rosa - 16996/N
Agravado(s) : Banco Panamericano S/a
Adv(s) : Eduardo Chalfin - 45157/S
65 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5515651.06.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça : Eliane Ferreira Fávaro
Agravante(s) : Clsports Assessoria e Marketing Desportivo Ltda - Me
Adv(s) : Geovane Almeida Campos - 45452/N
Agravado(s) : Goias Esporte Clube
Adv(s) : Augusto Borges Manrique - 51750/A, Frederico Augusto de Oliveira - 24329/N

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4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

66 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5521281.43.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Gn Resound Produtos Medicos Ltda
Adv(s) : Carlos Fernando de Siqueira Castro - 30475/S
Agravado(s) : Audilex Aparelhos Auditivos Ltda
Adv(s) : Cassius Fernando de Oliveira - 18978/N
67 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5235794.89.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Frigorifico Abelha Ltda
Adv(s) : Leandro Melo do Amaral - 22097/N
Agravado(s) : Municipio de Jatai
Adv(s) : Guilherme Mossoleto Januário - 55321/S
68 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5467744.69.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Thereza Clé Attilio e Outros, Joyce Rogéria Attilio, Thereza Clé Attilio,
Jaqueline Clé Atilio
Adv(s) : Rui Ferreira Barbosa Júnior - 24580/N
Agravado(s) : José Antônio Attilio e Outra, Jucelia de Fátima Attilio Bertone e Outra, Jandira
Aparecida Atilio
Adv(s) : Lais Gabrielly Dantas Brunes - 59017/A, Paulo Roberto Bertone - 27311/A

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4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

69 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5448127.89.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Patricia Ferreira Passos Garcia Berardo
Adv(s) : Rodrigo Baldocchi Pizzo - 201993/A
Agravado(s) : Espólio de Wagner Lima Garcia
Adv(s) : Wolcer Freitas Maia - 18397/A
70 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5261777.90.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES ELIZABETH MARIA DA SILVA
Proc. de Justiça : Wellington de Oliveira Costa
Agravante(s) : Instituto de Previdência e Assistência Social dos Servidores Municipais de
Iporá - Ipasi
Adv(s) : Paulo Abadio Inacio da Silva - 158223/A
Agravado(s) : Nilmar Lemes de Lima
Adv(s) : Rodrigo José Marques Ferreira - 42290/N
71 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5442795.44.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES ELIZABETH MARIA DA SILVA
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Espólio de João Luís Pereira Barbosa, Erika Maria Jaques e Outro
Adv(s) : Jessica Romano Alves - 47928/A
Agravado(s) : Mirna Pereira Barbosa
Adv(s) :

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4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

72 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5527315.34.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Aurea Valente Pinto
Adv(s) : Helio de Passos Craveiro Filho - 15190/N
Agravado(s) : Cc Franchising Ltda
Adv(s) : Paulo Henrique Fagundes Costa - 126160/A
73 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5304888.27.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Marcos Afonso Borges
Adv(s) : Flávio Buonaduce Borges - 10114/N
Agravado(s) : Osmair Marques dos Santos e Outros
Adv(s) : Adriano Kennen de Barros - 18201/N, Jales Adriano de Melo - 40368/N
74 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5592730.95.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça : José Carlos Mendonça
Agravante(s) : Carlos Alberto Ferreira
Adv(s) : Jose Silveira Teixeira - 40717/S
Agravado(s) : Markus Max Wirth
Adv(s) : Wilisa Vannia Quiarato - 33680/N

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4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

75 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5310297.81.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Jackeline Susy Domingos de Oliveira
Adv(s) : Isis de Oliveira Rodrigues - 45380/A
Agravado(s) : Banco Bradesco S/a
Adv(s) : Deolindo José de Freitas Júnior - 17923/N, Renata Barbosa Ferreira Sari - 21748/N

76 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5377491.98.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Andre Luiz Rocha
Adv(s) : Luisa Alencastro Veiga Borges - 45665/A, Renato Gomes Imai - 38781/A
Agravado(s) : Banco Ole Bonsucesso Consignado Sa, Brb - Banco de Brasilia S/a, Banco Pan
Sa
Adv(s) : Rodrigo Vieira Rocha Bastos - 20730/N
77 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5509211.91.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Companhia de Seguros Aliança do Brasil
Adv(s) : Bianca Bellusci D''andréa - 390498/A, João Carlos de Carvalho Aranha Vieira -
296797/A
Agravado(s) : Humberto Xavier
Adv(s) : Antonio Augusto Xavier Franco - 25711/N

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Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO

Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020

4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

78 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5393414.67.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Itau Unibanco S/a
Adv(s) : Carlos Alberto Miro da Silva - 3229/S
Agravado(s) : Elias e Macario Ltda
Adv(s) :
79 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5143659.58.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES ELIZABETH MARIA DA SILVA
Proc. de Justiça : José Eduardo Veiga Braga
Agravante(s) : João Ricardo Marques de Lacerda
Adv(s) : Adriana Marques Leã?o Rodrigues - 19258/N, Cleuza Maria Pereira - 19369/N
Agravado(s) : Thalita Silva Campos Lacerda
Adv(s) : Fábio Santos Martins - 21828/N, Júlio Wglésio Neres Magalhães - 30570/N
80 - Reexame Necessário
Número Processo : 5229219.84.2018.8.09.0081
Comarca : ITABERAÍ
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça : Lívia Augusta Gomes Machado
Autor(s) : 1º Autor(s): Tatiane Lucia Bueno
Adv(s): Laiane Nunes Pires - 45849/N, Mara Camilla de Souza Nascimento - 39471/N

Réu(s) :
1º Réu(s): Instituto de Previdência Social do Municipio de Heitorai - Ipashe,
Municipio de Heitorai Go
Adv(s): Fernando Almeida Sousa - 22710/N, Paulo Abadio Inacio da Silva - 158223/A

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO

Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020

4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

81 - Reexame Necessário
Número Processo : 5535530.26.2019.8.09.0164
Comarca : CIDADE OCIDENTAL
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça : Eliane Ferreira Fávaro
Autor(s) : 1º Autor(s): Jose da Silva Oliveira e Outra
Adv(s): Ruy Leão da Rocha Neto - 36500/A
Réu(s) : 1º Réu(s): Comandante do 33º Batalhão de Policia Militar
Adv(s):
82 - Reexame Necessário
Número Processo : 0427017.37.2010.8.09.0173
Comarca : SÃO SIMÃO
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça : Waldir Lara Cardoso
Parte Autora(s) : 1º Parte Autora(s): Municipio de Sao Simao-go
Adv(s): Daniela Maria Alves Reis Romão - 26219/N, Danillo Almeida Nunes - 35573/N,
Sylvia Regina Alves - 16910/N
Parte Ré(s) : 1º Parte Ré(s): Smr Socorro Medico e Resgate Ltda
Adv(s): Bruno Gomara Cavallin - 49137/A
83 - Reexame Necessário
Número Processo : 0148165.82.2015.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça : Sandra Beatriz Feitosa de Paula Dias
Autor(s) : 1º Autor(s): Coleta Rosa de Lima Pereira
Adv(s): Luciano Rocha Bezerra Costa - 13532/N
Réu(s) : 1º Réu(s): Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de
Goiás - Ipasgo
Adv(s): Natália Furtado Maia - 40224/N

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4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

84 - APELACAO
Número Processo : 0004242.74.2014.8.09.0134
Comarca : QUIRINÓPOLIS
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça : Ana Maria Rodrigues da Cunha
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Banco Itau S/A,
Adv(s): Priscila Kei Sato – 42074/S, Teresa Celina de Arruda Alvim – 22129/S, Maria
Lucia Lins Conceição – 15348/A, Karolyne Cristina Albino Quadri - 36100/A, Evaristo
Aragao Ferreira dos Santos - 24498/A
2º Apelante(s): Banco Cooperativo sicredi S/A
Adv(s): Eline Cinara de Moraes Félix – 32534/N, Flávio Machado Girardi - 27118/A,
Yana Cavalcante de Souza – 22930/N
3º Apelante(s): Banco Bradesco S/A
Adv(s) Rafael Barroso Fontelles - 119910/A
4º Apelante(s): Banco Sicoob S/A
Adv(s): Suair Moraes Andrade – 7169/A, Luis Felipe Junqueira de Andrade - 31256/N
5º Apelante(s): Banco do Brasil S/A
Adv(s): Priscila Bittencourt Costa - 18572/A

Apelado(s) : 1º Apelado(s): Ministerio Publico do Estado de Goias


Adv(s):
85 - APELACAO
Número Processo : 0149085.21.2017.8.09.0137
Comarca : SANTA HELENA DE GOIÁS
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Seguradora Lider dos Consorcios do Seguro Dpvat
Adv(s): Edyen Valente Calepis - 28442/A
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Perpetua do Socorro Santos
Adv(s): João Paulo Pieroni - 32874/N
86 - APELACAO
Número Processo : 0415110.27.2013.8.09.0087
Comarca : CACHOEIRA DOURADA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Joao Batista Bessa Pereira
Adv(s): Leandro Borges Arantes - 33850/N, Maykon Alves de Brito - 36373/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Seguradora Lider dos Consorcios do Seguro Dpvat S/a
Adv(s): Jacó Carlos Silva Coelho - 13721/N

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4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

87 - APELACAO
Número Processo : 0030700.09.2015.8.09.0130
Comarca : PORANGATU
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) :
1º Apelante(s): Mapfre Seguros Gerais S/a
Adv(s): Daniele de Faria Ribeiro Gonzaga - 36528/A, Fabiane Gomes Pereira -
30485/N, Jacó Carlos Silva Coelho - 23355/S, Lucimer Coelho de Freitas - 33001/A

Apelado(s) : 1º Apelado(s): Wanderson Tome Marques


Adv(s): Virginia de Andrade Plazzi - 20951/N
88 - APELACAO
Número Processo : 0318417.82.2013.8.09.0021
Comarca : CAÇU
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça : Eliseu José Taveira Vieira
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Agência Goiana de Defesa Agropecuária
Adv(s): Alessandro Gonçalves de Castro - 22587/N
2º Apelante(s): Espólio de Germana de Paula Freitas
Adv(s): Eduardo Cabral de Paula - 23797/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Espólio de Germana de Paula Freitas
Adv(s): Eduardo Cabral de Paula - 23797/N
3º Apelado(s): Agência Goiana de Defesa Agropecuária
Adv(s): Alessandro Gonçalves de Castro - 22587/N
89 - APELACAO
Número Processo : 0021527.63.2001.8.09.0093
Comarca : JATAÍ
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Gelço Luiz Zanuzzi
Adv(s): Irna Paula Machado - 11418/N, Ronan de Freitas Machado - 11866/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Gradual Comercio de Produtos Agropecuarios Ltda
Adv(s): Agnaldo Alves Ferreira Filho - 20856/N, Liege Mauricia Herrmann - 12055/N

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4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

90 - APELACAO
Número Processo : 0128655.12.2017.8.09.0149
Comarca : TRINDADE
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça : Wellington de Oliveira Costa
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Murilo Cintra de Oliveira Margarida e Outra
Adv(s): Sara Michele Araujo Margarida - 52107/A
2º Apelante(s): Dayanne Pacheco de Oliveira Margarida
Adv(s):
3º Apelante(s): M Pimentel Investimentos Ltda
Adv(s): Viviane Lopes de Almeida - 43679/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): M Pimentel Investimentos Ltda
Adv(s): Viviane Lopes de Almeida - 43679/N
2º Apelado(s): Murilo Cintra de Oliveira Margarida e Outra
Adv(s): Sara Michele Araujo Margarida - 52107/A
3º Apelado(s): Dayanne Pacheco de Oliveira Margarida
Adv(s):
91 - APELACAO
Número Processo : 0293231.88.2011.8.09.0195
Comarca : MONTIVIDIU
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Banco Bv Financeira S/a
Adv(s): Roberto de Souza Moscoso - 36830/A
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Manoel Vicente de Mendonça
Adv(s): Joao Alberto de Freitas - 8237/N
92 - APELACAO
Número Processo : 0088580.46.2010.8.09.0093
Comarca : JATAÍ
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Vicente Jose Mantelli
Adv(s): Carlone Alves de Assis - 12047/N, Wolcer Freitas Maia - 18397/A
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Banco do Brasil S/a Arrendamento Mercantil
Adv(s): Ana Claudia de Sousa - 32124/S, Daniel Rodrigues de Souza - 36467/A, Dário
da Cunha Dóro - 28307/N, Fernanda Ferreira Alencar - 34015/N, Paulo Roberto de
Camargos - 26591/N, Pollyanna Campos Lima Cardoso - 22267/N, Priscila Bittencourt
Costa - 18572/A

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4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

93 - APELACAO
Número Processo : 0147246.93.2016.8.09.0072
Comarca : INHUMAS
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça : Sandra Beatriz Feitosa de Paula Dias
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Funpresi Fundo de Previdencia Social de Inhumas
Adv(s): Hallan de Souza Rocha - 21541/N, Ronam Antonio Azzi Filho - 26356/S
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Myrna Aparecida Borges
Adv(s): Anisio Junior Costa - 41772/N, Maria Janduy Lopes Nunes - 23134/N, Wesley
Marques Silva - 33911/N
94 - APELACAO
Número Processo : 0172103.19.1997.8.09.0090
Comarca : JANDAIA
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça : Marilda Helena dos Santos
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Banco do Brasil S/a
Adv(s):
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Pereira Leal Representacoes Ltda e Outros
Adv(s):
95 - APELACAO
Número Processo : 0182645.25.2006.8.09.0044
Comarca : FORMOSA
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Rogerio de Souza Cortat
Adv(s): Esmeraldo de Assis Neto - 4840/S, Leandro Gomes de Moura - 42098/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Joao Balduino de Magalhâes e Outros
Adv(s): Roney Flavio Rodrigues Bernardes - 9087/N

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4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

96 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5014285.73.2017.8.09.0006
Comarca : ANÁPOLIS
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Timotio Joao de Souza Costa
Adv(s): Carla de Cássia D'abadia - 15733/N, João José Elias - 8711/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de
Goiás - Ipasgo
Adv(s): Aurelio Jose da Silva Baia - 10962/N, Jacqueline Socorro de Castro Leão -
20486/N, Katyene Ferreira Barcarolo - 23742/N, Kelly do Amaral Madrilis - 23778/N,
Luciene de Freitas Morais - 21024/N, Márcia Oliveira do Nascimento Santos - 20999/N,
Maria Clara de Novaes Feitosa Luck - 18892/N, Vinicius Wagner de Sousa Maia Nakano
- 21502/N
97 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5160549.19.2018.8.09.0105
Comarca : MINEIROS
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) :
1º Apelante(s): Maria Elena de Melo
Adv(s): Francisco Alves de Oliveira - 9607/N, Rodrigo Barbosa de Oliveira - 21328/N
2º Apelante(s): Estado de Goiás
Adv(s): Emília Santos Costa - 22374/N, Fernando Iunes Machado - 21735/N

Apelado(s) :
1º Apelado(s): Estado de Goiás
Adv(s): Emília Santos Costa - 22374/N, Fernando Iunes Machado - 21735/N
2º Apelado(s): Maria Elena de Melo
Adv(s): Francisco Alves de Oliveira - 9607/N, Rodrigo Barbosa de Oliveira - 21328/N

98 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5130284.65.2019.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Leila Mohamad Garces
Adv(s): Helder Doudement da Silveira - 11343/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Crefisa S/a Crédito, Financiamento e Investimentos
Adv(s): Lazaro José Gomes Júnior - 31757/S

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Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020

4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

99 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5169651.37.2019.8.09.0006
Comarca : ANÁPOLIS
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Banco Pan Sa
Adv(s): Yana Cavalcante de Souza - 22930/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Maria Helena Taukane
Adv(s): Gabriela Akemi Rodrigues Alves Hangui - 51932/A, Terezinha Rodrigues Neto -
45552/N
100 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5724266.12.2019.8.09.0137
Comarca : RIO VERDE
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Seguradora Líder do Consórcio do Seguro Dpvat Sa
Adv(s): Jackson Freire Jardim Santos - 56453/S, Luiz Henrique Vieira - 55639/S
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Francisco Jacinto dos Santos
Adv(s): Sergio de Oliveira Gonçalves - 45253/N
101 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5489995.59.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Mais Pvc Indústria e Comércio Ltda e Outros
Adv(s): Aluizio Geraldo Craveiro Ramos - 17874/N, Wilson Piaza da Silva - 25150/N

Apelado(s) : 1º Apelado(s): Banco Santander (brasil) S.a


Adv(s): Fernando Denis Martins - 36131/A

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO

Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020

4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

102 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5342563.53.2018.8.09.0110
Comarca : MOZARLÂNDIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça : Abraão Júnior Miranda Coelho
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Ronildo Afonso Ribeiro
Adv(s): Maria Lucia de Freitas Stein - 6821/B
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Municipio de Mozarlandia
Adv(s): Marlon de Paula Sateles - 26278/N, Pedro Paulo Coelho de Souza - 53216/A

103 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5050691.22.2018.8.09.0083
Comarca : ITAPACI
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): W M da Costa, Jornal, Editor de Jornais, Pub e Propaganda
Adv(s): Larissa Andreia Guimarães - 44017/N

Apelado(s) : 1º Apelado(s): Marcos Jose de Morais


Adv(s): Ana Carolina Eliseu - 42161/N
104 - Apelação (CPC)
Número Processo : 0225056.18.2013.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Heleno de Paula e Sousa
Adv(s): Albert Einstein Aquino Costa - 25614/N, Lucas Lousa Passos Rodrigues Vieira -
43470/A
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Luiz Alberto de Oliveira
Adv(s): Diógenes de Oliveira Frazão - 1677/B

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Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020

4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

105 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5538651.19.2019.8.09.0049
Comarca : GOIANÉSIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Seguradora Lider do Consorcio do Seguro Dpvat S.a
Adv(s): Jackson Freire Jardim Santos - 56453/S, Luiz Henrique Vieira - 55639/S
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Leidimar da Silva Gonçalves
Adv(s): Jessica Lemes Braz - 54097/A
106 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5162181.48.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Banco Bradesco Cartões S/a
Adv(s): Frederico Dunice Pereira Brito - 21822/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Elma Barbosa de Jesus Rodrigues
Adv(s): Hermes Alves de Morais - 37234/N
107 - Apelação (CPC)
Número Processo : 0401401.66.2016.8.09.0006
Comarca : ANÁPOLIS
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Pedreira Goias Ltda
Adv(s): Leonardo Vieira Barbosa - 29305/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Rossetti Equipamentos Rodoviarios Ltda
Adv(s): Emanuele Meiga Maia - 167966/A, Jesus Natalicio de Souza - 62575/A, Maria
das Graças Silva Britis - 25903/N

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Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020

4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

108 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5492032.25.2019.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Banco Bmg Sa
Adv(s): Rodrigo Scopel - 40004/A
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Cirilo Jose Mendanha
Adv(s): Saulo Carvalho David - 278803/N
109 - Apelação (CPC)
Número Processo : 0181474.60.2016.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Tim Celular S/a
Adv(s): Victor Gustavo Lobo Cortez Amado - 26400/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Radio Taxi Bandeirantes Ltda
Adv(s): Livia Alves Aranha - 40163/A, Weiner Alves dos Santos - 8790/N
110 - Apelação (CPC)
Número Processo : 0098516.21.2017.8.09.0006
Comarca : ANÁPOLIS
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Juliana Flavia Pereira de Brito
Adv(s): Carla de Cássia D'abadia - 15733/N, João José Elias - 8711/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Claro S.a
Adv(s): Marcelo da Silva Vieira - 30454/N

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4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

111 - Apelação (CPC)


Número Processo : 0371240.69.2015.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Maria de Fatima Teles de Freitas
Adv(s): Everton Bernardo Clemente - 26506/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Banco do Brasil S/a
Adv(s): Jose Arnaldo Janssen Nogueira - 40823/A, Servio Tulio de Barcelos - 30261/A

112 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5291790.50.2019.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Eduardo Centurion Larramendia
Adv(s): Lennon do Nascimento Saad - 223335/S
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Bv Financeira Sa Credito Financiamento e Investimento
Adv(s): Hudson Jose Ribeiro - 150060/N, Roberto de Souza Moscoso - 36830/A

113 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5130439.05.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Uismar Gontijo
Adv(s): Wilson de Oliveira Teles - 23261/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Marco Antonio Cordeiro
Adv(s): Nabor Cordeiro Junior - 25767/N, Zilmar Borges Teixeira - 25622/N

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO

Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020

4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

114 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5367707.45.2018.8.09.0137
Comarca : RIO VERDE
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) :
1º Apelante(s): Ivanoff e Tavares Empreendimentos Imobiliários Spe Ltda.
Adv(s): Ana Paula Cabral Barbosa Andrade - 15350/N, Lívia de Castro Barbosa -
34605/N

Apelado(s) : 1º Apelado(s): Leonardo Soares Sobrinho e Outra


Adv(s): Rodrigo Borges Queiroz - 46422/N, Vanderlan dos Santos de Lima Junior -
22098/N, Wallace Fagundes - 20783/N
115 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5404975.03.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Saneamento de Goias S/a
Adv(s): Ana Lúcia Mendes Ribeiro - 14676/N, Laís Coêlho de Almeida Freire - 54438/S,
Leandro Moraes Barros - 53828/A, Maria Antonia da Costa Pereira de Barros Bruni -
52873/A, Paulo Eugenio de Castro Pozzobom - 26557/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Alicia Alves Ferreira
Adv(s): Eliseu Junior Correia da Silveira - 45615/N
116 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5291982.66.2018.8.09.0067
Comarca : GOIATUBA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Seguradora Lider dos Consorcios Dpvat S/a
Adv(s): Jacó Carlos Silva Coelho - 13721/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Carlos Martins de Oliveira
Adv(s): Carlos Roberto Gomes de Meneses - 27981/N

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 180 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO

Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020

4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

117 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5300736.11.2019.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Rafael Ferreira Chaves Júnior
Adv(s): Fabio Luiz Seixas Soterio de Oliveira - 38557/N, Luiz Antônio Sotério de
Oliveira - 9345/N
Apelado(s) :
1º Apelado(s): Ronan Abreu Reis
Adv(s): Juliana Curado Silva Barbosa de Moraes - 33453/N, Núbia Barbosa Moura -
31869/N, Renato Abdala Filho - 30671/N, Vanessa Lima Abdala Franco - 24436/N

118 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5474492.28.2018.8.09.0138
Comarca : RIO VERDE
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça : Estela de Freitas Rezende
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Município de Rio Verde
Adv(s): Sônia Margarida Ferreira Lopes Zomonaro - 15591/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Editora Raizes Ltda - Epp
Adv(s): Geraldo dos Reis Tolentino Soares - 33944/N
119 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5203687.04.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Itau Unibanco Sa
Adv(s): Yana Cavalcante de Souza - 22930/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Rogério Ribeiro de Morais
Adv(s): Saulo Carvalho David - 278803/N

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 181 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO

Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020

4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

120 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5476524.43.2018.8.09.0158
Comarca : SANTO ANTÔNIO DO DESCOBERTO
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Jose Roque de Sousa Junior
Adv(s): Williams Moreira de Azevedo - 50925/S
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Municipio de Santo Antonio do Descoberto
Adv(s): Geisy de Oliveira Boaventura - 38861/S, Luciana de Paula Melo Ferreira -
38574/A
121 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5556569.64.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça : Osvaldo Nascente Borges
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Municipio de Goiania
Adv(s): Fabio André Coutinho - 30567/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Karla Martins Tapxure
Adv(s): Rosana Mendes Borges - 28160/N
122 - Apelação (CPC)
Número Processo : 0056491.84.2013.8.09.0021
Comarca : CAÇU
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça : Eliseu José Taveira Vieira
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Estado de Goiás
Adv(s):
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Germana de Paula Freitas
Adv(s): Eduardo Cabral de Paula - 23797/N

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO

Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020

4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

123 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5053027.50.2019.8.09.0087
Comarca : ITUMBIARA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Rmex Construtora e Incorporadora Ltda
Adv(s): Marcella Pereira Domingues - 55971/A, Mario Fernando Camozzi - 5020/N,
Matheus Lima Caixeta - 53559/A
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Eloisa Pascoal Garcia
Adv(s): Ivy Camila Jaculi - 33890/N, Joao Ferreira dos Santos Filho - 44109/S
124 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5316195.82.2016.8.09.0043
Comarca : FIRMINÓPOLIS
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça : Wellington de Oliveira Costa
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Ministerio Publico do Estado de Goias
Adv(s):
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Leonardo de Oliveira Brito
Adv(s): Euzebio Silva Rezende - 31331/N, Fabyo Barros Lima - 40955/A
2º Apelado(s): Zeuxis Mendes da Cruz
Adv(s): Thais Inacia de Castro - 21397/N
125 - Apelação (CPC)
Número Processo : 0040056.50.2014.8.09.0134
Comarca : QUIRINÓPOLIS
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Aguinaldo Natal dos Santos
Adv(s): Eder Medeiros Fernandes - 31529/N, João Mir Silva - 9508/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Tnl Pcss Sa
Adv(s): Jose Caio Vaz Ferreira - 49915/A, Luiz Fernando Silva - 38020/N, Scheilla de
Almeida Mortoza N. Rodrigues - 11361/N, Thiago Barbosa Faleiro - 34033/N

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Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

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Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020

4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

126 - Apelação (CPC)


Número Processo : 0280961.47.2009.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça : José Eduardo Veiga Braga
Apelante(s)/ : 1º Apelante(s): Instituto de Neurologia de Goiânia Hospital de Especialidades,
Adv(s) José Bezerra Costa – 1820/N, Getúlio Vargas de Castro – 1416/N
Apelado(s)
2º Apelante(s): Daliana Kristel Goncalves Camargo
Adv(s): Danilo Di Rezende Bernardes – 18396/N, Marcelo Di Rezende Bernardes –
17206/N, Dorival Gonçalves de Campos Júnior – 14057/N

3º Apelante(s): Áureo Ludovico de Paula


Adv(s): Arthur de Alcantara Aparecido Machado – 37963/N, Caroline Faria Siade –
30355/A, Eduardo Siade – 29650/N, Milena de Faria Barbosa - 43481/N

127 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5131952.71.2019.8.09.0148
Comarca : TAQUARAL DE GOIÁS
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Diolina Pereira da Luz Vidal
Adv(s): Lucas dos Reis Amorim Leite - 42862/N, Wandelino Antonio da Silva Filho -
53609/A
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Banco do Brasil
Adv(s): Nelson Wilians Fratoni Rodrigues - 27024/S
128 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5092416.87.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES ELIZABETH MARIA DA SILVA
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Antônio Wilson Pereira da Silva
Adv(s): Humberto Péricles Rodrigues Rocha - 26210/N, Rogério Rodrigues Rocha -
28500/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Spe Orla 1 Ltda
Adv(s): Eleonia Barato - 19729/N, Marcelo Naves Amaral - 17786/N

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4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

129 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5421973.86.2017.8.09.0049
Comarca : GOIANÉSIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça : José Eduardo Veiga Braga
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Seguradora Líder do Consorcio do Seguro Dpvat S/a
Adv(s): Jacó Carlos Silva Coelho - 13721/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Alessandra Carla Santos Rodrigues
Adv(s): Tiago Ramos Gomes - 47282/A
130 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5199985.16.2019.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Banco Bmg Sa
Adv(s): Flavia Almeida Moura Di Latella - 109730/A
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Celma Neres de Oliveira
Adv(s): Eduardo Silveira - 29251/N
131 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5360308.86.2017.8.09.0011
Comarca : APARECIDA DE GOIÂNIA
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça : Marilda Helena dos Santos
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Estado de Goiás
Adv(s): Fernando Iunes Machado - 21735/N, Rodrigo de Luqui Almeida Silva -
41366/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Rafael Ferreira
Adv(s): Hiago Fontineles Aguiar - 45342/N, Homero Pinto Figueiredo - 46994/A

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4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

132 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5419489.16.2017.8.09.0044
Comarca : FORMOSA
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça : Wellington de Oliveira Costa
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Municipio de Formosa
Adv(s): Alessandro de Sousa Oliveira - 28308/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Edes Sousa da Costa
Adv(s): Marcos Antonio Andrade - 30726/N
133 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5028057.94.2019.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça : José Eduardo Veiga Braga
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Angelita de Alencar Oliveira
Adv(s): Eduan Oliveira de Avila - 47093/A
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Município de Goiânia
Adv(s): João Paulo Avila de Melo - 47572/A
134 - Apelação (CPC)
Número Processo : 0070335.90.2017.8.09.0044
Comarca : FORMOSA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Leônidas Alves de Souza e Outro, Cleiton Ferreira dos Santos
Adv(s): Pedro Gontijo Cardoso - 52185/A

Apelado(s) : 1º Apelado(s): Shirley Goncalves Rocha de Almeida


Adv(s):

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Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020

4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

135 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5164362.85.2019.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Estado de Goiás
Adv(s): Fernando Iunes Machado - 21735/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Adhemar Bueno Sardinha da Costa
Adv(s): Alexandre Bittencourt Amui de Oliveira - 28867/N, Regiane Soares de Castro -
27224/N
136 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5286989.13.2019.8.09.0174
Comarca : SENADOR CANEDO
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Nédio Silva Empreendimentos Ltda
Adv(s): Marcos Antonio Rodrigues Gonçalves - 19401/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Ana Maria Barboza
Adv(s): Pedro Tome da Silva - 24588/N
137 - Apelação (CPC)
Número Processo : 0186227.31.2014.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Dilamar Goncalves de Faria
Adv(s): Andrea Guizilin Louzada Rascovit - 30423/A, Anna Paula Gonã?alves Ferreira
de Morais - 18121/N, Maria José Aparecida Alves de Freitas - 26362/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Mb Engenharia Spe 065 S/a
Adv(s): Ana Luisa Fernandes Pereira de Oliveira - 50062/S, Daniel Battipaglia Sgai -
214918/A, Felipe Gazola Vieira Marques - 34847/A, Rodrigo Badaro Almeida de Castro
- 2221/S, Tatiana Maria Silva Mello de Lima - 15118/A

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4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

138 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5036163.79.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Fernanda Cintra de O. Tavares Santana
Adv(s): Walde de Souza Faria Junior - 38831/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Concebra ? Concessionária das Rodovias Centrais do Brasil S.a
Adv(s): Rafael Barreto Bornhausen - 46662/A

139 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5589500.86.2019.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça : Cleide Maria Pereira
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Municipio de Goiania
Adv(s): José Paulo Machado e Vasconcelos Junior - 36301/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Sebastião Siqueira de Carvalho Junior
Adv(s): Rayssa Reis de Castro - 29374/N
140 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5024919.93.2018.8.09.0071
Comarca : HIDROLÂNDIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): J.virgílio Imoveis Ltda.
Adv(s): Júlio César do Valle Vieira Machado - 10193/A
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Erivam Luiz de Sousa
Adv(s): Humberto Péricles Rodrigues Rocha - 26210/N, Rogério Rodrigues Rocha -
28500/N

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 188 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

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4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

141 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5424021.41.2019.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Carla Borges Fernandes Lima
Adv(s): Geraldo Gualberto Siqueira de Sousa - 4925/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Enel Distribuição Goiás
Adv(s): Jayme Soares da Rocha Filho - 51175/S, Paulo Augusto Antunes Pimenta -
58259/A
142 - Apelação (CPC)
Número Processo : 0454273.88.2014.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Rovani Zanfonato
Adv(s): Romer Gonzaga Pereira - 18040/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Engel Engenharia Construcoes, Geap ? Goiânia
Empreendimentos e Participação Ltda
Adv(s): Ana Luiza Carneiro de Oliveira - 51439/A, Rony Jean Mendes dos Santos -
34257/N
143 - Apelação (CPC)
Número Processo : 0059030.11.2015.8.09.0067
Comarca : GOIATUBA
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Espolio de Maria Christina Garcia Pereira
Adv(s): Odilardo Costa Araujo Filho - 14079/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Ide Elias Rabelo
Adv(s): Agenor Borges de Castro - 32461/N

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 189 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO

Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020

4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

144 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5337278.70.2018.8.09.0016
Comarca : BARRO ALTO
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Olímpio Nogueira Neves
Adv(s): Keroleyne da Silva Sousa - 39121/N, Rafaela de Souza Arantes Jaime -
31586/N, Sérgio Gonzaga Jaime Filho - 12760/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Joaquim dos Reis Silva
Adv(s): Rosendo Franttezzi D´felix e Sousa - 27406/N
145 - Apelação (CPC)
Número Processo : 0213395.79.2001.8.09.0110
Comarca : NOVA CRIXÁS
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça : José Carlos Mendonça
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Vili Vieira
Adv(s): Kisleu Gonçalves Ferreira - 21666/N, Noé Gonçalves Ferreira - 22569/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Ministerio Publico do Estado de Goias
Adv(s):
146 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5536759.91.2019.8.09.0076
Comarca : IPORÁ
Relator : DES ELIZABETH MARIA DA SILVA
Proc. de Justiça : Dilene Carneiro Freire
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Nerivon Moreira Alves
Adv(s): Frede Sa de Moura - 151651/A, Wesley Fantini de Abreu - 21846/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Município de Iporá
Adv(s): Leonardo Bezerra Cavalcante - 31900/N, Vanessa Cândido da Costa - 19445/N

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

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4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

147 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5151021.26.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES ELIZABETH MARIA DA SILVA
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Edgar Rosa Vitorino Junior
Adv(s): Heitor Guimarães Siqueira - 39518/N, Humberto Spenciere de Oliveira Campos
- 36332/N, Marcos Vinicius Barbosa Pereira - 41788/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Navesa Veículos Ltda
Adv(s): Paulo de Tarso Paranhos - 4856/A, Tayrone de França e Melo - 21491/N
2º Apelado(s): Olx Atividades de Internet Ltda
Adv(s): Mauro Eduardo Lima de Castro - 146791/A
3º Apelado(s): Tegma Gestao Logistica S/a
Adv(s):
148 - Apelação (CPC) RECURSO ADESIVO
Número Processo : 5123862.40.2020.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES ELIZABETH MARIA DA SILVA
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Banco Bmg Sa
Adv(s): Flavia Almeida Moura Di Latella - 109730/A
Apelado(s)/Recte : 1º Apelado(s): Isaias Dionisio de Farias
Adv(s): Adriano Waldeck Felix de Sousa - 15634/N, Sandro Waldeck Félix de Sousa -
22328/N
149 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5258124.92.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Elvis Carvalho da Luz
Adv(s): Daniel Mendanha da Silva - 23208/N, Gabriela Rita Matos Fernandes -
36201/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Leonardo Caixeta Siqueira
Adv(s): Fillipe Câmara Batista - 31017/N

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PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
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DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

150 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5074752.43.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Guaraciaba Rosa de Oliveira e Outros
Adv(s): Urias Rodrigues de Morais - 3092/N
Apelado(s) : 2º Apelado(s): Residencial Principado de Monaco e Outra
Adv(s): Guilherme Oliveira Bentzen e Silva - 34391/N, Renato Mulser - 33497/N
151 - Apelação (CPC)
Número Processo : 0226189.61.2014.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Avelino e Oliveira Advogados Associados S/s
Adv(s): Cássio Leite de Oliveira - 21232/N, Juliana Pereira Gomes - 24564/N,
Leonardo Delmondes Avelino - 18848/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Residencial Castrovillari
Adv(s): Caio Cesar Pereira da Mota Oliveira - 29193/N, José Ribeilima Andrade -
27849/N
152 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5435548.29.2017.8.09.0093
Comarca : JATAÍ
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do
Sudoeste Goiano Comigo
Adv(s): Vinicius Bozzolan de Lima - 18820/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Gustavo Carvalho Assis
Adv(s): Cleber Alboy Monaro Inácio - 31251/N

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NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

153 - Apelação (CPC)


Número Processo : 0012465.03.2016.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Jvm Festas e Eventos Ltda (delivery Chopp)
Adv(s): Maxuel Moura de Sousa - 35851/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Melo e Xavier Ltda (belga Chopp)
Adv(s): Renato Carneiro Bernardino - 37286/N, Roberto Carlos Cardoso Labre -
37444/A
154 - Apelação (CPC)
Número Processo : 0180186.96.2016.8.09.0174
Comarca : SENADOR CANEDO
Relator : DES ELIZABETH MARIA DA SILVA
Proc. de Justiça :
Apelante(s) :
1º Apelante(s): Ivo Pereira Lima
Adv(s): Antenógenes Resende de Oliveira Júnior - 23886/N, Danilo Prado Alexandre -
24420/N
2º Apelante(s): ITG Empreendimentos Imobiliarios Ltda
Adv(s): Kelly Cristina Xavier de Oliveira - 54361/A, Leandro Jacob Neto - 20271/N

Apelado(s) :
1º Apelado(s): ITG Empreendimentos Imobiliarios Ltda
Adv(s): Kelly Cristina Xavier de Oliveira - 54361/A, Leandro Jacob Neto - 20271/N
2º Apelado(s): Ivo Pereira Lima
Adv(s): Antenógenes Resende de Oliveira Júnior - 23886/N, Danilo Prado Alexandre -
24420/N

155 - Apelação / Reexame Necessário


Número Processo : 5123769.19.2016.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça : Eliseu José Taveira Vieira
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Alessandro Afonso de Oliveira
Adv(s): Sandro de Abreu Santos - 28253/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Estado de Goiás
Adv(s): Fernando Iunes Machado - 21735/N, Valkíria Costa Souza - 22373/N

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PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

156 - Apelação / Reexame Necessário


Número Processo : 0157532.62.2017.8.09.0148
Comarca : TAQUARAL DE GOIÁS
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça : Orlandina Brito Pereira
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Maria Madalena Cordeiro Souza
Adv(s): Wellington Gonçalves de Sousa - 43781/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Municipio de Taquaral de Goias
Adv(s): Marcello Vieira Cintra - 18850/N, Tobias Alves Rodrigues Junior - 14260/N

157 - Apelação / Reexame Necessário


Número Processo : 5003845.43.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça : Estela de Freitas Rezende
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Município de Goiânia
Adv(s): Fabio André Coutinho - 30567/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Defensoria Pública do Estado de Goias
Adv(s): Saulo Carvalho David - 278803/N
158 - Apelação / Reexame Necessário
Número Processo : 5335496.88.2016.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Goiás Previdência do Estado de Goiás - Goiasprev
Adv(s): Vivianne Cristina de Oliveira Louza - 17389/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Maria da Gloria Correa
Adv(s): Cassiano Moreira dos Santos Filhos - 47771/A, Idelzia Souza de Almeida -
9711/N

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PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
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OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

159 - Apelação / Reexame Necessário


Número Processo : 5585340.86.2019.8.09.0093
Comarca : JATAÍ
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça : Wellington de Oliveira Costa
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Estado de Goiás
Adv(s): Emília Santos Costa - 22374/N, Fernando Iunes Machado - 21735/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Ana Tereza de Souza
Adv(s): Cassia Carvalho Costa - 28943/N, Joao Antonio Paniago Vilela Rocha Cicci -
60080/A
160 - Apelação / Reexame Necessário
Número Processo : 5242900.17.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça : Estela de Freitas Rezende
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Município de Goiânia
Adv(s): Adriana de Sousa Jaime - 37563/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Raquel Portela de Faria
Adv(s): Achilles Portela de Faria Junior - 31726/N
161 - Apelação / Reexame Necessário
Número Processo : 5382003.85.2017.8.09.0047
Comarca : GOIANÁPOLIS
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Município de Goianápolis
Adv(s): Marcelo Pires da Silva - 34148/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Lais Cândida Costa e Outras
Adv(s): Alessandro da Silva Andrade - 36218/N, Jean Carlo Goulart Martins - 31035/N

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NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
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SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

162 - Reclamação
Número Processo : 5187311.28.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça : Regina Helena Viana
Reclamante(s) : Ailton Monteiro Helrighel
Adv(s) : Stéphanie Barcellos dos Santos - 29337/N
Reclamado(s) : Juiz de Direito das Varas de Fazenda Pública da Comarca de Piranhas
Adv(s) :
163 - Agravo de Instrumento ( CPC ) - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 5003098.18.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça : Laura Maria Ferreira Bueno
Agravante(s) : VSS

Adv(s) : Jeferson Dayune Rodrigues - 24346/N


Agravado(s) : PCSS e OUTRO

Adv(s) : Adriane Carrijo Ferreira - 48686/N


164 - Agravo de Instrumento ( CPC ) - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 5415107.10.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça : Wellington de Oliveira Costa
Agravante(s) : EFGF
Adv(s) : Mario Gonzaga Jaco - 3242/N
Agravado(s) : THMF
Adv(s) : Gracielly de Oliveira Duarte Bahia - 32158/N, Luiz Humberto de Oliveira Filho -
26599/N

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4ª CÂMARA CÍVEL
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PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
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FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

165 - Agravo de Instrumento ( CPC ) - SEGREDO DE JUSTIÇA


Número Processo : 5415072.50.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça : Wellington de Oliveira Costa
Agravante(s) : THMF
Adv(s) : Gracielly de Oliveira Duarte Bahia - 32158/N, Luiz Humberto de Oliveira Filho -
26599/N
Agravado(s) : EFG
Adv(s) : Carlos Roberto Gonçalves dos Santos - 28365/N, Mario Gonzaga Jaco - 3242/N
166 - Agravo de Instrumento ( CPC ) - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 5730791.33.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça : Marilda Helena dos Santos
Agravante(s) : VTR
Adv(s) : Joao Paulo Teodoro Ribeiro - 39379/N
Agravado(s) : CGR
Adv(s) :
167 - Agravo de Instrumento ( CPC ) - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 5421747.29.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça : Wellington de Oliveira Costa
Agravante(s) : LCML
Adv(s) : Samuel Mendes Gouvea - 46265/A
Agravado(s) : JHL
Adv(s) :

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

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Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO

Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020

4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

168 - Agravo de Instrumento ( CPC ) - SEGREDO DE JUSTIÇA


Número Processo : 5586322.54.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : MFJPM
Adv(s) : Leidiany Rafaela Martins Lobo - 41129/A
Agravado(s) : GPSC
Adv(s) :
169 - Agravo de Instrumento ( CPC ) - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 5458280.84.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça : Márcia de Oliveira Santos
Agravante(s) : Ministério Publico do Estado de Goiás
Adv(s) :
Agravado(s) : RGM
Adv(s) : Josiely Angelina da Silva - 37416/N
170 - Agravo de Instrumento ( CPC ) - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 5401231.85.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES ELIZABETH MARIA DA SILVA
Proc. de Justiça : Eliane Ferreira Fávaro
Agravante(s) : SRRL
Adv(s) : Saulo Carvalho David - 278803/N
Agravado(s) : ERAF
Adv(s) :

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4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

171 - Agravo de Instrumento ( CPC ) - SEGREDO DE JUSTIÇA


Número Processo : 5476319.32.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça : Sandra Beatriz Feitosa de Paula Dias
Agravante(s) : SDS
Adv(s) : Rodrigo José Marques Ferreira - 42290/N
Agravado(s) : MESMS
Adv(s) : Katia de Souza Castro Morais - 9234/N
172 - Agravo de Instrumento ( CPC ) - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 5490486.54.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça : José Eduardo Veiga Braga
Agravante(s) : JPO
Adv(s) : Marcelo Antônio Borges - 22280/N
Agravado(s) : NCSO
Adv(s) : Fernanda Michelle Queiroz Moura - 47063/N
173 - Apelação (CPC) - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 5003725.79.2019.8.09.0175
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) :
1º Apelante(s): GFS
Adv(s): Marco Aurelio Vaz dos Santos - 37499/N, Rafaella Cristina Vaz dos Santos -
42483/N

Apelado(s) : 1º Apelado(s): AIC e OUTRA


Adv(s): Camila Torres de Almeida - 46706/N

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4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

174 - Apelação (CPC) - SEGREDO DE JUSTIÇA


Número Processo : 5061258.77.2019.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) :
1º Apelante(s): EONA
Adv(s): Filinto Celestino Antunes Ferreira - 45628/N, Gabriel Celestino Saddi Antunes
Ferreira - 52037/A, Humberto Morais Pereira - 49252/A, Ovidio Inacio Ferreira Filho -
12921/N, Ovidio Inácio Ferreira Neto - 37340/N

Apelado(s) : 1º Apelado(s): ATA


Adv(s): Valniria Batista da Silva Pereira - 15261/N

175 - Apelação (CPC) - SEGREDO DE JUSTIÇA


Número Processo : 5346003.89.2018.8.09.0067
Comarca : GOIATUBA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça : Cleide Maria Pereira
Apelante(s) : 1º Apelante(s): JPNC
Adv(s): Lidiane Jose de Souza - 44160/N

Apelado(s) :
1º Apelado(s): LRG
Adv(s): Alvaro do Carmo Oliveira - 42057/N, Regina Paula Oliveira Lopes - 34521/N

176 - Apelação (CPC) - SEGREDO DE JUSTIÇA


Número Processo : 5171794.92.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça : Orlandina Brito Pereira
Apelante(s) : 1º Apelante(s): CFG
Adv(s): Victor Gomes Pereira Santana - 42117/N

Apelado(s) : 1º Apelado(s): SRN


Adv(s): Ronaldo José da Silva - 20825/N

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Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO

Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020

4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

177 - Apelação (CPC) RECURSO ADESIVO - SEGREDO DE JUSTIÇA -


Número Processo : 0143346.28.2015.8.09.0011
Comarca : APARECIDA DE GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça : Lívia Augusta Gomes Machado
Apelante(s) :
1º Apelante(s): AFFS
Adv(s): Fernando Oliveira da Silva - 43121/N, Marizane Nogueira de Souza - 43480/N,
Werner Von Braun de Oliveira - 24850/N

Apelado(s)/Recte : 1º Apelado(s): MAB


Adv(s): Fernando Oliveira da Silva - 43121/N, Marizane Nogueira de Souza - 43480/N,
Werner Von Braun de Oliveira - 24850/N

178 - Apelação (CPC) - SEGREDO DE JUSTIÇA


Número Processo : 5093970.91.2017.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): GFBS
Adv(s): Silvana de Sousa Alves - 24778/N
2º Apelante(s): MLL
Adv(s): Alexandre Alencastro Veiga Hsiung - 20045/N, Gustavo de Freitas Teixeira
Alvares - 16689/N, Maria Thereza Pacheco Alencastro Veiga - 10070/N, Michelli
Martins Vieira de Faria - 49646/A
Apelado(s) : 1º Apelado(s): MLL
Adv(s): Alexandre Alencastro Veiga Hsiung - 20045/N, Gustavo de Freitas Teixeira
Alvares - 16689/N, Maria Thereza Pacheco Alencastro Veiga - 10070/N, Michelli
Martins Vieira de Faria - 49646/A
2º Apelado(s): GFBS
Adv(s): Silvana de Sousa Alves - 24778/N

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

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4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

179 - Apelação (CPC) - SEGREDO DE JUSTIÇA


Número Processo : 5237095.20.2017.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): GFBS
Adv(s): Silvana de Sousa Alves - 24778/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): MLL
Adv(s): Maria Thereza Pacheco Alencastro Veiga - 10070/N
180 - Apelação (CPC) - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 5275858.22.2019.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): ERS
Adv(s): Marcus Vinícius Martins do Nascimento - 30168/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): PASS
Adv(s):
181 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Apelação (CPC) - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 5570178.17.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça : Marcelo Fernandes de Melo
Embargante(s) : 1º Embargante(s): MRP e Outra
Adv(s): Carlos Antonio de Macedo Silva - 5685/A, Diogo de Macedo Silva - 23442/N,
Flavia Borges Rodrigues Pires - 35801/A
Embargado(s) : 1º Embargado(s): LAO
Adv(s): Dorival Alves Pereira - 46270/N, Marco Aurelio Gomes Santana - 41974/N,
Maria Helena Pereira - 46346/A

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4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
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SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

182 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Agravo de Instrumento ( CPC ) - SEGREDO DE JUSTIÇA


Número Processo : 5450296.49.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): IMS
Adv(s): Claudio Jair Schonholzer - 19105/N
Embargado(s) : 1º Embargado(s): JMNO E CMS
Adv(s): Airton Oliveira Carvalho - 11469/N
183 - Agravo Interno - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5252356.76.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : 1º Agravante(s): Elaine Carvalho Freitas
Adv(s): Leandro Melo do Amaral - 22097/N
Agravado(s) : 1º Agravado(s): Mesquita Insumos Agricolas Ltda
Adv(s): Jesuíno Barbosa Júnior - 11858/N
184 - Agravo Interno - Apelação (CPC)
Número Processo : 5297282.46.2019.8.09.0011
Comarca : APARECIDA DE GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : 1º Agravante(s): José Maria Santiago
Adv(s): Silvanio Amelio Marques - 31741/A
Agravado(s) : 1º Agravado(s): Banco Pan Sa
Adv(s): Yana Cavalcante de Souza - 22930/N

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Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

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Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020

4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

185 - Agravo Interno - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5569900.38.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : 1º Agravante(s): Mauro Cesar da Silva e Outra
Adv(s): Ferdinand Felipe D'lucas - 55962/A
Agravado(s) : 1º Agravado(s): Banco Santander (brasil) S.a.
Adv(s): Neildes Araujo Aguiar Di Gesu - 217897/A
186 - Agravo Interno - Apelação (CPC)
Número Processo : 5135483.68.2019.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : 1º Agravante(s): Santina Rodrigues da Cruz
Adv(s): Silvanio Amelio Marques - 31741/A
Agravado(s) : 1º Agravado(s): Banco Ole Bonsucesso Consignado S.a.
Adv(s): Rodrigo Veneroso Daur - 102818/N
187 - Agravo Interno - Apelação (CPC)
Número Processo : 0296897.21.2015.8.09.0175
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : 1º Agravante(s): Nora Ney Cezar Lelis
Adv(s): Saulo Carvalho David - 278803/N
Agravado(s) : 1º Agravado(s): Net Servicos de Comunicacao S/a
Adv(s): Marcelo da Silva Vieira - 30454/N

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO

Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020

4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

188 - Agravo Interno - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5424191.35.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : 1º Agravante(s): Cid Emanuel Batista
Adv(s): Altair Gomes da Neiva - 29261/N
Agravado(s) : 1º Agravado(s): Estado de Goiás
Adv(s): Fernando Iunes Machado - 21735/N
189 - Agravo Interno - Apelação (CPC)
Número Processo : 5290621.28.2019.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : 1º Agravante(s): Celg Distribuicao S/a - Celg D
Adv(s): Claudio Jorge Machado - 51176/S, Jayme Soares da Rocha Filho - 51175/S,
Priscila Bernardes Braganca - 44972/A, Rosangela da Silva Lima - 59326/A

Agravado(s) : 1º Agravado(s): Hdi Seguros Sa


Adv(s): Rodrigo Ferreira Zidan - 155563/A
190 - Agravo Interno - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5492558.14.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : 1º Agravante(s): Amandio Jose Pacheco Mestre
Adv(s): Herich Mousart de Mello Heliodoro - 35533/N
Agravado(s) : 1º Agravado(s): Goiás Service de Tratores Ltda.
Adv(s): Rubens Antonio Alves - 181294/A

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Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO

Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020

4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

191 - Agravo Interno - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5411436.76.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : 1º Agravante(s): Banco Volkswagen S.a
Adv(s): Amandio Ferreira Tereso Junior - 31630/S, Maria Lucilia Gomes - 17756/S

Agravado(s) : 1º Agravado(s): Silvane Gomes da Silva


Adv(s):
192 - Agravo Interno - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5239822.03.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : 1º Agravante(s): B.v Financeira
Adv(s): Fernando Luz Pereira - 39530/S, Moises Batista de Souza - 45175/S
Agravado(s) : 1º Agravado(s): Brasilene Pires Cordeiro de Faria
Adv(s):
193 - Agravo Interno - Apelação (CPC)
Número Processo : 5179361.70.2019.8.09.0139
Comarca : RUBIATABA
Relator : DES ELIZABETH MARIA DA SILVA
Proc. de Justiça : Aylton Flavio Vechi
Agravante(s) : 1º Agravante(s): Evanda Lucia Rodrigues
Adv(s): Gislaine Silva Oliveira - 49850/A, Leandro de Paula Lopes - 27092/N
Agravado(s) : 1º Agravado(s): Estado de Goiás
Adv(s): Carla Pinheiro Bessa Von Bentzen Rodrigues - 24195/N, Fernando Iunes
Machado - 21735/N

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Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

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Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020

4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

194 - Agravo Interno - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5457429.45.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES ELIZABETH MARIA DA SILVA
Proc. de Justiça : Márcia de Oliveira Santos
Agravante(s) : 1º Agravante(s): José Geraldo Domingos (epólio)
Adv(s): Fagner Jose Domingos - 43340/N, Fernanda Franciele da Silva - 51663/A, Jana
Batista Hassel Mendes - 50171/N, Moniele Rezende Rodrigues - 53845/A, Sandra
Candida da Silva - 29366/A, Tyrone Guimarães - 41586/N
Agravado(s) : 1º Agravado(s): Luzenilda Maria Domingos e Outros
Adv(s):
195 - Agravo Interno - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5536145.86.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES ELIZABETH MARIA DA SILVA
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : 1º Agravante(s): Banco Volkswagen S.a
Adv(s): Amandio Ferreira Tereso Junior - 31630/S, Maria Lucilia Gomes - 17756/S

Agravado(s) : 1º Agravado(s): Domingos dos Santos Soares


Adv(s):
196 - Agravo Interno - Cumprimento de Sentença contra a Fazenda Pública
Número Processo : 0153533.65.2014.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES ELIZABETH MARIA DA SILVA
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : 1º Agravante(s): Hermes Antonio Souza da Silva e Outros
Adv(s): Otavio Alves Forte - 21490/N
Agravado(s) : 1º Agravado(s): Estado de Goias
Adv(s): Elmiro Ivan Barbosa de Souza - 22342/N, Michelle Pinheiro Cruz - 15731/N,
Philippe Dall Agnol - 29395/N

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Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO

Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020

4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

197 - Agravo Interno - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5554693.62.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES ELIZABETH MARIA DA SILVA
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : 1º Agravante(s): Cintia Rodrigues de Assis Neres
Adv(s): Gilleady Guilherme da Silva - 28564/N
Agravado(s) : 1º Agravado(s): Romana Fonseca Arraes Chater e Outra
Adv(s):
198 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5635115.58.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça : Laura Maria Ferreira Bueno
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Ministério Público do Estado de Goiás
Adv(s):
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Zilomar Antônio de Oliveira
Adv(s): Anne Caroline Ferreira Peixoto Marra - 43758/N, Felipe Cardoso Araujo Neiva -
45740/A
199 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Apelação (CPC)
Número Processo : 5161982.60.2017.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Maria Vilma Rodrigues de Lima
Adv(s): Humberto Péricles Rodrigues Rocha - 26210/N, Luana Cordeiro Rocha -
30204/N, Rogério Rodrigues Rocha - 28500/N
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Spe Orla 1 Ltda
Adv(s): Eleonia Barato - 19729/N, Marcelo Naves Amaral - 17786/N

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4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

200 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Apelação (CPC)


Número Processo : 5034484.10.2019.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça : Abraão Júnior Miranda Coelho
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Simone Sales Oliveira
Adv(s): Breno Oliveira Adorno - 48784/A, Hugo Escher Martins - 41144/N
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Município de Goiânia
Adv(s): José Paulo Machado e Vasconcelos Junior - 36301/N
201 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Apelação / Reexame Necessário
Número Processo : 5136173.97.2019.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça : Wellington de Oliveira Costa
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Município de Goiânia
Adv(s): Iury Augusto Oliveira Jardim - 28244/N
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Erick Ferraz de Oliveira
Adv(s): Erick Ferraz de Oliveira - 32564/N
202 - Embargos de Declaração ( CPC ) - APELACAO
Número Processo : 0224841.76.2014.8.09.0093
Comarca : JATAÍ
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Saneamento de Goias S/a Saneago
Adv(s): Girley Alves dos Santos - 30217/N
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Arlete Alves da Silva
Adv(s):

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Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO

Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020

4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

203 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Apelação (CPC)


Número Processo : 0247375.63.2004.8.09.0093
Comarca : JATAÍ
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Embargante(s) :
1º Embargante(s): Banco Itau Sa e Outro
Adv(s): Carolina Martins Barbosa - 20697/N, Diego Pereira Alves - 27746/N, Gabriel
Oliveira de Melo - 221770/A, Gloria Ludmila Gontijo Laborda Larrain - 33540/N, José
Ribeilima Andrade - 27849/N, Paulo Alexandre Borges Rebello - 23120/N, Polyanna
Oliveira Siqueira - 25573/A, Rafael Barroso Fontelles - 119910/A, Renaldo Limiro da
Silva - 3306/N
2º Embargante(s): Emo Industria e Comercio de Moveis Ltda e Outro
Adv(s): Agnaldo Alves Ferreira Filho - 20856/N, Liege Mauricia Herrmann - 12055/N

Embargado(s) :
1º Embargado(s): Banco Itau Sa e Outro
Adv(s): Agnaldo Alves Ferreira Filho - 20856/N, Carolina Martins Barbosa - 20697/N,
Diego Pereira Alves - 27746/N, Gabriel Oliveira de Melo - 221770/A, Gloria Ludmila
Gontijo Laborda Larrain - 33540/N, José Ribeilima Andrade - 27849/N, Liege Mauricia
Herrmann - 12055/N, Paulo Alexandre Borges Rebello - 23120/N, Polyanna Oliveira
Siqueira - 25573/A, Rafael Barroso Fontelles - 119910/A, Renaldo Limiro da Silva -
3306/N
2º Embargado(s): Emo Industria e Comercio de Moveis Ltda e Outro
Adv(s): Agnaldo Alves Ferreira Filho - 20856/N, Liege Mauricia Herrmann - 12055/N

204 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Apelação (CPC)


Número Processo : 5124609.24.2019.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Banco do Brasil
Adv(s): Nelson Wilians Fratoni Rodrigues - 27024/S
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Município de Goiânia
Adv(s): Ana Carolina Pinto Chaves - 47823/N

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 210 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO

Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020

4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

205 - Embargos de Declaração ( CPC ) - APELACAO


Número Processo : 0445675.03.2008.8.09.0134
Comarca : QUIRINÓPOLIS
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Banco do Brasil S/a
Adv(s): Ana Paula Cabral Barbosa Andrade - 15350/N, Danilo de Oliveira Lucas -
33705/N, Dercio Ferreira Guimaraes - 1671/N, Luiz Gonzaga Soares Gil - 24200/N,
Marcos Rodrigues Lobo - 291874/N, Rover Rocha - 11630/N
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Valter Lucas de Melo
Adv(s): Olavo Garcia Tosta - 15368/N
206 - Embargos de Declaração ( CPC ) - APELACAO
Número Processo : 0437294.30.2013.8.09.0134
Comarca : QUIRINÓPOLIS
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça : Wellington de Oliveira Costa
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Guaraciaba Transmissora de Energia Tp Sul S/a
Adv(s): Adriana Coli Pedreira Vianna - 53789/S
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Espolio de Geraldo Rosa de Moraes
Adv(s): Lindolfo Gonçalves de Andrade Neto - 37405/N
207 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Apelação (CPC)
Número Processo : 5506347.29.2017.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça :
Embargante(s) :
1º Embargante(s): Movida Locação de Veículos S/a
Adv(s): Maria Lucia de Andrade Ramon - 70645/A
2º Embargante(s): Departamento Estadual de Trânsito de Goiás - Detran/go
Adv(s): Vilma Maria da Silva Cardoso - 5189/N

Embargado(s) :
1º Embargado(s): Departamento Estadual de Trânsito de Goiás - Detran/go
Adv(s): Vilma Maria da Silva Cardoso - 5189/N
2º Embargado(s): Movida Locação de Veículos S/a
Adv(s): Maria Lucia de Andrade Ramon - 70645/A

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO

Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020

4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

208 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Apelação (CPC)


Número Processo : 0193522.26.2012.8.09.0137
Comarca : RIO VERDE
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Abadia Ataides da Costa
Adv(s): Abadia Ataídes da Costa - 5734/N, Alisson Rogério Malta da Silva - 37969/N

Embargado(s) : 1º Embargado(s): Eugenio Leao de Lemos Barroso e Outros


Adv(s): Aibes Alberto da Silva - 7967/A, Beatriz Agnes - 17378/N, Lívia Quixabeira
Machado Batista - 24376/N, Wilson Rodrigues de Freitas - 12873/A
209 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5228657.56.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça : Eliane Ferreira Fávaro
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Amauri Ribeiro
Adv(s): Cristiano Soares Pinto - 17639/N
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Cooperativa Agropecuária Mista de Piracanjuba - Coapil
Adv(s): Alvido Becker - 27976/N, Jefferson Vinicius Ferrari Becker - 34363/N

210 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Apelação / Reexame Necessário


Número Processo : 5314754.94.2018.8.09.0011
Comarca : APARECIDA DE GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça : Márcia de Oliveira Santos
Embargante(s) :
1º Embargante(s): Fortiori Pesquisa, Diagnóstico e Marketing Ltda - Epp
Adv(s): Alvaro Nunes de Castro Vieira - 43353/N, Beline Nogueira Barros - 36872/N,
Gustavo Afonso Oliveira - 34881/N, Marcus Vinicius Mafia Vieira - 35852/N

Embargado(s) : 1º Embargado(s): Municipio de Aparecida de Goiania


Adv(s): Fabio Camargo Ferreira - 24663/N

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4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

211 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Apelação / Reexame Necessário


Número Processo : 5027902.91.2019.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES ELIZABETH MARIA DA SILVA
Proc. de Justiça : Dilene Carneiro Freire
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Antonio Rezende Alves
Adv(s): Anna Vicenza Carramaschi Ribeiro - 27698/N
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Município de Goiânia
Adv(s): Adriana de Sousa Jaime - 37563/N
212 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5195794.47.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES ELIZABETH MARIA DA SILVA
Proc. de Justiça : Cleide Maria Pereira
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Grupo Gennius Brasil Produção e Comercialização de
Alimentos S.a
Adv(s): Paulo Camargo Tedesco - 234916/A
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Estado de Goiás
Adv(s): Fernando Iunes Machado - 21735/N
213 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Apelação (CPC)
Número Processo : 5185173.89.2018.8.09.0087
Comarca : ITUMBIARA
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Axa Seguros S/a
Adv(s): Keila Christian Zanatta Manangão Rodrigues - 84676/A
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Percival Jose Rodrigues Barbosa
Adv(s): Lorena Figueiredo Mendes - 28651/A

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4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

214 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Apelação (CPC)


Número Processo : 5451599.55.2018.8.09.0134
Comarca : QUIRINÓPOLIS
Relator : DES ELIZABETH MARIA DA SILVA
Proc. de Justiça :
Embargante(s) :
1º Embargante(s): J Virgilio Lancamentos de Imoveis Ltda
Adv(s): Rogério Balduino Lopes de Carvalho - 18864/N
2º Embargante(s): Se J Consultoria e Incorporadora Ltda
Adv(s): Amanda Gomes Marçal Vieira Vaz - 35704/N, Thadeu Botêga Aguiar - 31168/N

Embargado(s) : 1º Embargado(s): Carlos Alberto Silva


Adv(s): Miller Goulart da Silva - 42210/N
215 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Apelação (CPC)
Número Processo : 0044090.93.2016.8.09.0006
Comarca : ANÁPOLIS
Relator : DES ELIZABETH MARIA DA SILVA
Proc. de Justiça : Eliane Ferreira Fávaro
Embargante(s) : 1º Embargante(s): J Toledo da Amazonia Industria e Comercio de Veiculos
Ltda
Adv(s): Gilberto Raimundo Badaró de Almeida Souza - 22772/A, Juliane Vieira de
Souza - 34161/N, Valã?ria Bagnatori Denardi - 201516/A
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Município de Anápolis
Adv(s): Luciana Muniz - 14715/N
216 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5359504.49.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça : Eliane Ferreira Fávaro
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Hélio de Souza Ferro Júnior e Outros
Adv(s): Renan Cesar Roberto Rosa - 44923/N
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Estado de Goiás
Adv(s): Fernando Iunes Machado - 21735/N

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PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

217 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5400232.35.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Itaú Unibanco Sa
Adv(s): José Lídio Alves dos Santos - 51296/S, Roberta Beatriz do Nascimento -
42915/A
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Allan Jhomes Mendes de Souza
Adv(s):
218 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5571511.26.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NELMA BRANCO FERREIRA PERILO
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Jose Maria Figueiredo Santos e Outro
Adv(s): Chiang de Gomes - 2866/A, Frederico Augusto Auad de Gomes - 14680/N

Embargado(s) : 1º Embargado(s): Bono Trasportes Rodoviarios Ltda


Adv(s): Glaycon de Paula Teixeira - 27658/N
219 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Apelação (CPC)
Número Processo : 0059421.50.2016.8.09.0157
Comarca : VIANÓPOLIS
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Elisangela Alves Galvao Pereira
Adv(s): Carlos Henrique Galvao Pereira - 40857/N, Ceci Cintra dos Passos - 6499/N,
Juliana Roma Rodrigues - 40767/N
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Municipio de Vianopolis
Adv(s): Eduardo Costa Ferreira - 19220/A

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PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

220 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Apelação (CPC)


Número Processo : 0139802.97.2001.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Isjb Inspetoria Sao Joao Bosco
Adv(s): Breiner Ricardo Diniz Resende Machado - 36537/A
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Jose Oliveira dos Santos
Adv(s): Robson Crosue Rosa - 28749/N
221 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Apelação (CPC)
Número Processo : 0166672.62.2013.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES CARLOS HIPOLITO ESCHER
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Sankhya Jiva Gestão de Negócios Ltda
Adv(s): Bethania Ferreira Santa Cecilia - 152777/A, Julia Oliveira Rezende - 204032/A,
Luiza Lima Calabria - 162971/A, Paulo Cesar Perez - 97701/A, Vinicius Eduardo Silva
Sousa - 135089/A
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Edicao Extra Moda Mulher Ltda
Adv(s): Adriana Machado e Silva de Sá Peixoto - 14435/N, Rodrigo Jorge - 14413/N

222 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5111838.36.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça : Estela de Freitas Rezende
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Keides Batista Vicente
Adv(s): Kaliena Couto Ferreira Galvão - 35328/N
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Universidade Estadual de Goias
Adv(s): Marcelo Carlos Maia Pinto - 41365/N

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4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

223 - Embargos de Declaração ( CPC ) - APELACAO


Número Processo : 0358337.68.2010.8.09.0021
Comarca : CAÇU
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Itau Seguros S/a
Adv(s): Camilla Metzker de Brito - 42795/N, Jacó Carlos Silva Coelho - 13721/N, Kelly
Yohana Silva Arraes - 48331/A, Thiago de Paula Luz - 31404/N
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Rodrigo Pereira Borges Silveira
Adv(s): Rainer Cabral Siqueira - 26759/N
224 - Embargos de Declaração ( CPC ) - APELACAO
Número Processo : 0038413.55.2017.8.09.0036
Comarca : CRISTALINA
Relator : DES BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Heleyson Glenio Martins
Adv(s): Evandro Gonzales - 114454/A
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Erminio Ribeiro Neto e Outro
Adv(s): Eliane Leonel de Campos - 7229/N, Lucimar Alves Conceição - 38481/N,
Miguel Alexandre Filho - 20481/N, Samuel dos Santos Bispo - 31080/N

225 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Apelação (CPC)


Número Processo : 5034434.81.2019.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça : Wellington de Oliveira Costa
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Luciene Socorro da Costa
Adv(s): Breno Oliveira Adorno - 48784/A, Hugo Escher Martins - 41144/N
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Município de Goiânia
Adv(s): Amanda Monique de Souza Aguiar Maia - 47813/N

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4ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM AS
PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES ORIGINÁRIAS NA
SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 14/12/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS
DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM, TAMBÉM, OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E, SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE, NOS
PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO (pjd.tjgo.jus.br), NO
MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O INÍCIO DA SESSÃO
VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em 07/11/2019). ADMITIDA A
SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA A SER PUBLICADA,
OPORTUNAMENTE, COM INSTRUÇÕES DE COMO PROCEDER, PARA PROFERILA.

226 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Apelação (CPC)


Número Processo : 5407266.39.2019.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Itaú Seguros de Autos e Residência S.a
Adv(s): Jose Carlos Van Cleef de Almeida Santos - 31073/S
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Celg Distribuição S.a. - Celg D
Adv(s): Jayme Soares da Rocha Filho - 51175/S

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 218 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Processo Judicial Digital – PJD

6ª CÂMARA CÍVEL SESSÃO EXTRAORDINÁRA


JULGAMENTOS POR VIDEOCONFERÊNCIA

Ficam cientes as partes interessadas que serão julgados pela Sexta Câmara
Cível, na sessão extraordinária do dia 10 de dezembro de 2020 , quinta-
feira, com início às 09 :00 horas, os processos abaixo relacionados, cons-
tantes em pautas já publicadas, com pedidos de sustentações orais deferi-
das. Será utilizada a plataforma Zoom, https://zoom.us/pt-pt/meetings.h-
tml. Para sustentação oral o advogado deve encaminhar o endereço
eletrônico/e-mail que deseja receber o link para participar da ses -
são para o e-mail camaracivel6@tjgo.jus.br. ATÉ O INÍCIO DA SESSÃO.
Art. 1º O §1º do art. 7º do Decreto Judiciário n. 830, de 23 de abril de 2020, passa a
vigorar com a seguinte redação:
§1º Se, no momento do pregão do processo que conta com a sua intervenção, o
inscrito não tiver acessado o ambiente de videoconferência criado para a sessão, o
relator promoverá o julgamento do feito, como se inscrição não houvesse.

Plataforma de videoconferência utilizada: Aplicativo https://zoom.us/pt-


pt/meetings.html, Canal de compartilhamento de vídeo para transmis-
são em tempo real: Youtbe https://www.youtube.com/channel/
UClGn9qT_yZWQMVK9RS09rDw

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

01 - APELACAO
Número Processo : 0334653.35.2016.8.09.0044
Comarca : FORMOSA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Alexander Jose dos Santos e OUTRA
Adv(s): Fábio Silva Gontijo - 45360/N, Marcos Antonio Andrade - 30726/N
: 2º Apelante(s): Banco Pan S/A
Adv(s): José Lídio Alves dos Santos - 156187/A, Roberta Beatriz do Nascimento -
42915/A
Apelado(s) 1º Apelado(s): Banco Pan S/A
Adv(s): José Lídio Alves dos Santos - 156187/A, Roberta Beatriz do Nascimento -
42915/A
2º Apelado(s): Alexander Jose dos Santos e OUTRA
Adv(s): Fábio Silva Gontijo - 45360/N, Marcos Antonio Andrade – 30726/N

JULGAMENTO ADIADO DA SESSÃO VIRTUAL DO DIA 07 DE DEZEMBRO DE 2020,


COM PEDIDO DE SUSTENTAÇÃO ORAL, PARA SESSÃO À SER REALIZADA POR
VIDEOCONFERÊNCIA, APLICATIVO Zoom, https://zoom.us/pt-pt/meetings.html,
Canal de compartilhamento de vídeo para transmissão em tempo real:
Youtbe https://www.youtube.com/channel/UClGn9qT_yZWQMVK9RS09rDw, DIA
10/12/2020, AS 09:00HS.

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02 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5604494.56.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Nilda Maria de Oliveira
Adv(s): Anderson Rau - 28613/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Marcelo Rodrigo Silva de Moraes e OUTRA
Adv(s): Leonardo Rodrigues Paiva - 31504/N

JULGAMENTO ADIADO DA SESSÃO VIRTUAL DO DIA 30 DE NOVEMBRO DE 2020,


COM PEDIDO DE SUSTENTAÇÃO ORAL, PARA SESSÃO À SER REALIZADA POR
VIDEOCONFERÊNCIA, APLICATIVO Zoom, https://zoom.us/pt-pt/meetings.html,
Canal de compartilhamento de vídeo para transmissão em tempo real:
Youtbe https://www.youtube.com/channel/UClGn9qT_yZWQMVK9RS09rDw, DIA
10/12/2020, AS 09:00HS.
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

03 - APELACAO
Número Processo : 0161290.53.2014.8.09.0116
Comarca : PADRE BERNARDO
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Rogerio Rodrigues Santos
Adv(s): Igor Abreu Farias - 34498/A
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Vagner Otavio Bezerra
Adv(s): Carlos Antonio Ladislau – 22029/A

JULGAMENTO ADIADO DA SESSÃO VIRTUAL DO DIA 30 DE NOVEMBRO DE 2020,


COM PEDIDO DE SUSTENTAÇÃO ORAL, PARA SESSÃO À SER REALIZADA POR
VIDEOCONFERÊNCIA, APLICATIVO Zoom, https://zoom.us/pt-pt/meetings.html, Canal
de compartilhamento de vídeo para transmissão em tempo real: Youtbe
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10/12/2020, AS 09:00HS.

04 - Apelação (CPC)
Número Processo : 0102568.95.2012.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Apelante(s) :
1º Apelante(s): Lizene Dulceneia Teles dos Santos Moreira e OUTRO
Adv(s): Alexandre Prudente Marques - 11705/N, Silvienn Ferreira Pires - 38111/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Economix Factoring Fomento Mercantil Ltda
Adv(s): Renata Bernardes Santos – 54176/A

JULGAMENTO ADIADO DA SESSÃO VIRTUAL DO DIA 07 DE DEZEMBRO DE 2020,


COM PEDIDO DE SUSTENTAÇÃO ORAL, PARA SESSÃO À SER REALIZADA POR
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05 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5227482.39.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Breno Henrique Alves de Sousa e OUTRO
Adv(s): Rui Jeronimo da Silva Junior - 22164/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Banco Santader S/A
Adv(s): Krikor Kaysserlian - 26797/A, Vanessa Nery Guglielmi – 140539/A

JULGAMENTO ADIADO DA SESSÃO VIRTUAL DO DIA 30 DE NOVEMBRO DE 2020,


COM PEDIDO DE SUSTENTAÇÃO ORAL, PARA SESSÃO À SER REALIZADA POR
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10/12/2020, AS 09:00HS.

06 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5325126.66.2019.8.09.0044
Comarca : FORMOSA
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ)
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Johnny Witor Martins de Lima Campelo
Adv(s): Maicon Moura Chaves - 54919/A
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Bom Negócio Atividades de Internet Ltda - Olx
Adv(s): Elieber Costa e Silva - 32401/N, Priscila Garcia – 56282/S

JULGAMENTO ADIADO DA SESSÃO VIRTUAL DO DIA 07 DE DEZEMBRO DE 2020,


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07 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5691270.81.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça : Sandra Beatriz Feitosa de Paula Dias
Agravante(s) : Condomínio Residencial The Square Vertical Home
Adv(s) : Alan Mac Dowell Velloso - 31881/N, Jorge Nabut Neto - 34545/N, Roberta da
Fonseca
Cortes Diniz - 32707/N
Agravado(s) : Luana Rodrigues Borboleta
Adv(s) : Juliana Alves de Castro Bueno – 52389/A

JULGAMENTO ADIADO DA SESSÃO VIRTUAL DO DIA 30 DE NOVEMBRO DE 2020,


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10/12/2020, AS 09:00HS.
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08 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5407598.28.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Isac Cardoso das Neves
Adv(s) : Isac Cardoso das Neves - 18632/N
Agravado(s) : Edvaldo Romeiro dos Santos e OUTROS
Adv(s) : Cinthia Soares Lima Cadete - 51953/A, Wagner Inácio Ferreira - 18441/N,
Washington
Miguel Batista de Oliveira – 12162/N

JULGAMENTO ADIADO DA SESSÃO VIRTUAL DO DIA 30 DE NOVEMBRO DE 2020,


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09 - Agravo de Instrumento ( CPC ) - SEGREDO DE JUSTIÇA


Número Processo : 5503025.52.2020.8.09.0000
Comarca : ANÁPOLIS
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : RGDA
Adv(s) : Gabriela Akemi Rodrigues Alves Hangui - 51932/A, Geovanny Lacerda Silva -
59414/A
Agravado(s) : IGF
Adv(s) : Sebastiao Felismino da Silva Neto – 44818/N

JULGAMENTO ADIADO DA SESSÃO VIRTUAL DO DIA 30 DE NOVEMBRO DE 2020,


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10/12/2020, AS 09:00HS.
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10 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5157221.42.2019.8.09.0139
Comarca : RUBIATABA
Relator : Dr. FERNANDO DE CASTRO MESQUITA (substituindo DES FAUSTO
MOREIRA DINIZ)
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Estado de Goiás
Adv(s): Carla Pinheiro Bessa Von Bentzen Rodrigues - 24195/N, Fernando Iunes
Machado - 21735/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Raul Mundim Lopes
Adv(s): Gislaine Silva Oliveira - 49850/A, Leandro de Paula Lopes – 27092/N

JULGAMENTO ADIADO DA SESSÃO VIRTUAL DO DIA 07 DE DEZEMBRO DE 2020,


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10/12/2020, AS 09:00HS.

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11 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5034947.24.2018.8.09.0006
Comarca : ANÁPOLIS
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça :
Apelante(s) :
1º Apelante(s): Spe Via Anapolis Ltda e OUTRA
Adv(s): Renato Chagas Correa da Silva - 28449/A, Yana Cavalcante de Souza - 22930/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Paulo Eduardo Coura e OUTRA
Adv(s): Anderson Augusto Arruda Pereira - 37973/N, Rafael Barreto Castelo Branco -
48633/A, Roberta Alves da Silva – 38689/A

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12 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5319924.12.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NORIVAL SANTOMÉ
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Laura Eduarda Priori
Adv(s) : Carlos Marcio Rissi Macedo - 22703/N
Agravado(s) : Pontifícia Universidade Católica de Goiás - Puc
Adv(s) : Leidivania de Bessa Oliveira – 40318/A

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13 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5421528.16.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça : Wellington de Oliveira Costa
Agravante(s) : Joceli Machado
Adv(s) : Guilherme de Macedo Soares - 55053/S
1º Agravado : Goiás Previdência - GoiasPrev
Adv(s) : Bruna Rodrigues Tannus - 31279/N
2º Agravado Estado de Goiás
Adv(s) Fernando Iunes Machado – 21735/N

JULGAMENTO ADIADO DA SESSÃO VIRTUAL DO DIA 30 DE NOVEMBRO DE 2020,


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10/12/2020, AS 09:00HS.
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14 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5434419.69.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : Marly de Morais Azevedo
Adv(s) : Cláudio Cezar de Moraes e Silva - 28803/N
Agravado(s) : Verbo Gráfica e Editora Ltda-me e OUTROS
Adv(s) :

JULGAMENTO ADIADO DA SESSÃO VIRTUAL DO DIA 30 DE NOVEMBRO DE 2020,


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10/12/2020, AS 09:00HS.

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Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO
Quinta-feira, 10 de Dezembro de 2020

1ª CÂMARA CRIMINAL
PAUTA DO DIA
DATA DO JULGAMENTO 10/12/2020 AS 13:00 HORAS OU NAS SESSÕES POSTERIORES
1 - Agravo de Execução Penal
Número Processo : 5364634.20.2020.8.09.0000
Comarca : Goiânia
Relator : Des. J. Paganucci Jr.
Proc. de Justiça : João Teles de Moura Neto
Agravante(s) : Hiago Almeida de Sousa
Adv(s) : Defensoria Pública do Estado de Goiás
Agravado(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

2 - Agravo de Execução Penal


Número Processo : 5427207.94.2020.8.09.0000
Comarca : Jataí
Relator : Des. Nicomedes Domingos Borges
Proc. de Justiça : João Teles de Moura Neto
Agravante(s) : Deuvair Gonçalves de Jesus
Adv(s) : Morgana Barbosa Borges - 50145/A
Agravado(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

3 - Agravo de Execução Penal


Número Processo : 5453880.27.2020.8.09.0000
Comarca : Goiânia
Relator : Des. J. Paganucci Jr.
Proc. de Justiça : Pedro Tavares Filho
Agravante(s) : Túlio Davih Martins de Siqueira
Adv(s) : Defensoria Pública do Estado de Goiás
Agravado(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

4 - Agravo de Execução Penal


Número Processo : 5487723.80.2020.8.09.0000
Comarca : Goiânia
Relator : Dr. Wilson Safatle Faiad – Subst. da Desa. Avelirdes Almeida P. de Lemos
Proc. de Justiça : Altamir Rodrigues Vieira Júnior
Agravante(s) : João Pedro dos Santos
Adv(s) : Gislane Batista de Carvalho - 49065/A
Agravado(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO
Quinta-feira, 10 de Dezembro de 2020

1ª CÂMARA CRIMINAL
PAUTA DO DIA
DATA DO JULGAMENTO 10/12/2020 AS 13:00 HORAS OU NAS SESSÕES POSTERIORES
5 - Agravo de Execução Penal
Número Processo : 5493114.16.2020.8.09.0000
Comarca : Goiânia
Relator : Des. Nicomedes Domingos Borges
Proc. de Justiça : João Teles de Moura Neto
Agravante(s) : Divimar Rodrigues da Silva
Adv(s) : Defensoria Pública do Estado de Goiás
Agravado(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

6 - Agravo de Execução Penal


Número Processo : 5556358.16.2020.8.09.0000
Comarca : Rio Verde
Relator : Des. Nicomedes Domingos Borges
Proc. de Justiça : Joana Dar'c Corrêa da Silva Oliveira
Agravante(s) : Bruno Henrique Ramos
Adv(s) : Carlos Eduardo Moraes Nunes - 38389/A
Agravado(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

7 - Agravo de Execução Penal


Número Processo : 5471253.71.2020.8.09.0000
Comarca : Goiânia
Relator : Des. J. Paganucci Jr.
Proc. de Justiça : Abrão Amisy Neto
Agravante(s) : Fábio Pereira Bezerra
Adv(s) : Defensoria Pública do Estado de Goiás
Agravado(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

8 - Agravo de Execução Penal


Número Processo : 5437967.05.2020.8.09.0000
Comarca : Goiânia
Relator : Des. Nicomedes Domingos Borges
Proc. de Justiça : Yara Alves Ferreira e Silva
Agravante(s) : Railson Coelho Delfino de Souza
Adv(s) : Welder de Assis Miranda - 28384/N
Agravado(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO
Quinta-feira, 10 de Dezembro de 2020

1ª CÂMARA CRIMINAL
PAUTA DO DIA
DATA DO JULGAMENTO 10/12/2020 AS 13:00 HORAS OU NAS SESSÕES POSTERIORES
9 - Agravo de Execução Penal
Número Processo : 5525883.77.2020.8.09.0000
Comarca : Alvorada do Norte
Relator : Des. Nicomedes Domingos Borges
Proc. de Justiça : Leônidas Bueno Brito
Agravante(s) : José Temoteo da Paz
Adv(s) : Jose Rodrigues - 11341/A
Agravado(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

10 - Apelação Criminal
Número Processo : 0005685.75.2019.8.09.0137
Comarca : Rio Verde
Relator : Dr. Wilson Safatle Faiad – Subst. da Desa. Avelirdes Almeida P. de Lemos
Revisor : Des. Nicomedes Domingos Borges
Proc. de Justiça : Pedro Alexandre da Rocha Coelho
Apelante(s) : Ronaldo Pinheiro Borges
Adv(s) : Felipe Mendes Vilela - 42281/N, Romeu Martins Arruda - 7670/N
Apelado(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

11 - Apelação Criminal
Número Processo : 0059598.96.2019.8.09.0128
Comarca : Planaltina
Relator : Des. J. Paganucci Jr.
Revisor : Dr. Wilson Safatle Faiad – Subst. da Desa. Avelirdes Almeida P. de Lemos
Proc. de Justiça : Joana Dar'c Corrêa da Silva Oliveira
Apelante(s) : Lucas Monteiro da Costa Nascimento
Adv(s) : Jarmisson Gonçalves de Lima - 22318/S
Apelado(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

12 - Apelação Criminal
Número Processo : 5212003.77.2020.8.09.0134
Comarca : Quirinópolis
Relator : Des. Nicomedes Domingos Borges
Revisor : Des. Itaney Francisco Campos
Proc. de Justiça : Joana Dar'c Corrêa da Silva Oliveira
Apelante(s) : Vicente Eurípedes da Silva
Adv(s) : Artur Christino de Paula Neto - 60019/A
Apelado(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO
Quinta-feira, 10 de Dezembro de 2020

1ª CÂMARA CRIMINAL
PAUTA DO DIA
DATA DO JULGAMENTO 10/12/2020 AS 13:00 HORAS OU NAS SESSÕES POSTERIORES
13 - Apelação Criminal
Número Processo : 5221295.44.2020.8.09.0051
Comarca : Goiânia
Relator : Des. Ivo Favaro
Revisor : Des. J. Paganucci Jr.
Proc. de Justiça : Luiz Gonzaga Pereira da Cunha
Apelante(s) : Dilermando Felipe Borges da Silva
Adv(s) : Cristomarks Frades Gomides - 44676/N, Marcelino Assis Galindo - 24838/N
Apelado(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

14 - Apelação Criminal
Número Processo : 0001582.21.2017.8.09.0064
Comarca : Goianira
Relator : Des. Nicomedes Domingos Borges
Revisor : Des. Itaney Francisco Campos
Proc. de Justiça : Joana Dar'c Corrêa da Silva Oliveira
Apelante(s) : Guilherme Cantuário da Silva Mendonça
Adv(s) : Gilbetânia de Souza Santana - 34811/N, Otávio Martins Magalhães - 46360/N
Apelado(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

15 - Apelação Criminal
Número Processo : 0115729.94.2016.8.09.0064
Comarca : Goianira
Relator : Des. Nicomedes Domingos Borges
Revisor : Des. Itaney Francisco Campos
Proc. de Justiça : Pedro Alexandre da Rocha Coelho
Apelante(s) : Raresh Barbosa de Oliveira
Adv(s) : Adv(s): Cesar José Claro - 25694/N, Glaucia Marina Garcia Neves - 22182/N, Paulo
Roberto Machado Soares - 33860/N
Apelado(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

16 - Apelação Criminal
Número Processo : 0166655.06.1997.8.09.0142
Comarca : Santa Helena De Goiás
Relator : Des. Nicomedes Domingos Borges
Revisor : Des. Itaney Francisco Campos
Proc. de Justiça : Altamir Rodrigues Vieira Júnior
Apelante(s) : João Carlos dos Santos
Adv(s) : Josiane Oliveira da Cunha - 37644/N, Wdineia Pereira de Oliveira - 38354/N
Apelado(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

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Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO
Quinta-feira, 10 de Dezembro de 2020

1ª CÂMARA CRIMINAL
PAUTA DO DIA
DATA DO JULGAMENTO 10/12/2020 AS 13:00 HORAS OU NAS SESSÕES POSTERIORES
17 - Apelação Criminal
Número Processo : 0042278.57.2017.8.09.0175
Comarca : Goiânia
Relator : Des. Ivo Favaro
Revisor : Des. J. Paganucci Jr.
Proc. de Justiça : Pedro Tavares Filho
Apelante(s) : Aurélio de Jesus Marques, Welder Nunes de Araujo
Adv(s) : Flávio Marcio Ferreira Cavalcante - 23375/A, Paulo Sérgio Ribeiro Bueno Carvalho -
23282/N, Defensoria Pública do Estado de Goiás

Apelado(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

18 - Apelação Criminal
Número Processo : 0281638.15.2017.8.09.0175
Comarca : Goiânia
Relator : Des. Itaney Francisco Campos
Proc. de Justiça : Abrão Amisy Neto
Apelante(s) : Arlan José de Lima
Adv(s) : Bruno de Paula Garcia - 19313/N, Francislayne Aguiar Silverio de Souza Garcia -
37841/N
Apelado(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

19 - Apelação Criminal
Número Processo : 0058264.97.2018.8.09.0019
Comarca : Buriti Alegre
Relator : Des. Ivo Favaro
Revisor : Des. J. Paganucci Jr.
Proc. de Justiça : Luiz Gonzaga Pereira da Cunha
Apelante(s) : Fernando Santarino da Silva
Adv(s) : Garibaldo Ferreira de Santana Neto - 50542/A, Henrique de Souza Melo - 51185/A,
Jarmes Alves de Oliveira Júnior - 49299/A
Apelado(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

20 - Apelação Criminal
Número Processo : 0211828.30.2000.8.09.0051
Comarca : Goiânia
Relator : Des. Itaney Francisco Campos
Revisor : Des. Ivo Favaro
Proc. de Justiça : Luiz Gonzaga Pereira da Cunha
Apelante(s) : Rogério Masson Borges
: Glauber Lucio Abrantes de Brito - 44451/N
Adv(s)
Apelado(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

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1ª CÂMARA CRIMINAL
PAUTA DO DIA
DATA DO JULGAMENTO 10/12/2020 AS 13:00 HORAS OU NAS SESSÕES POSTERIORES
21 - Apelação Criminal
Número Processo : 0193198.43.2017.8.09.0175
Comarca : Goiânia
Relator : Des. Nicomedes Domingos Borges
Proc. de Justiça : Pedro Tavares Filho
Apelante(s) : João Alves Sena
Adv(s) : Danilo Franquilino Silva Alves - 30185/N
Apelado(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

22 - Apelação Criminal
Número Processo : 5269055.86.2020.8.09.0051
Comarca : Goiânia
Relator : Dr. Wilson Safatle Faiad – Subst. da Desa. Avelirdes Almeida P. de Lemos
Proc. de Justiça : Luiz Gonzaga Pereira da Cunha
Apelante(s) : Marlon Gomes da Cruz
Adv(s) : Bruno Aurélio Rodrigues da Silva Pena - 33670/N

Apelado(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

23 - Apelação Criminal
Número Processo : 0273910.20.2017.8.09.0175
Comarca : Goiânia
Relator : Des. Ivo Favaro
Proc. de Justiça : Nilo Mendes Guimarães
Apelante(s) : Rômulo de Abreu Ferreira
Adv(s) : Sandra Maria Xavier Japiassú - 5383/N, Wellington Luís Almeida de Souza - 35186/N
Apelado(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

24 - Apelação Criminal
Número Processo : 0308437.57.2016.8.09.0102
Comarca : Mara Rosa
Relator : Des. Nicomedes Domingos Borges
Proc. de Justiça : Abrão Amisy Neto
Apelante(s) : José Roberto Reinaldo
Adv(s) : Murilo Eustáquio Cardoso Moreno - 25382/N
Apelado(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

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1ª CÂMARA CRIMINAL
PAUTA DO DIA
DATA DO JULGAMENTO 10/12/2020 AS 13:00 HORAS OU NAS SESSÕES POSTERIORES
25 - Apelação Criminal
Número Processo : 0364977.04.2016.8.09.0110
Comarca : Mozarlândia
Relator : Des. Ivo Favaro
Revisor : Des. J. Paganucci Jr.
Proc. de Justiça : Pedro Alexandre da Rocha Coelho
Apelante(s) : Nelson Florentino das Dores
Adv(s) : Marcelo de Moraes - 18037/N
Apelado(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

26 - Apelação Criminal
Número Processo : 0449866.44.2011.8.09.0051
Comarca : Goiânia
Relator : Dr. Wilson Safatle Faiad – Subst. da Desa. Avelirdes Almeida P. de Lemos
Revisor : Des. Nicomedes Domingos Borges
Proc. de Justiça : Spiridon Nicofotis Anyfantis
Apelante(s) : Júlio César Batista da Silva
Adv(s) : Celso José Medanha - 25479/N
Apelado(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

27 - Apelação Criminal
Número Processo : 0168271.34.2014.8.09.0105
Comarca : Mineiros
Relator : Dr. Wilson Safatle Faiad – Subst. da Desa. Avelirdes Almeida P. de Lemos
Revisor : Des. Nicomedes Domingos Borges
Proc. de Justiça : Luiz Gonzaga Pereira da Cunha
Apelante(s) : Williansmar Silva Melo
Adv(s) : Washksson Vilela de Moraes - 52474/A
Apelado(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

28 - Apelação Criminal
Número Processo : 5354359.53.2020.8.09.0051
Comarca : Goiânia
Relator : Des. J. Paganucci Jr.
Proc. de Justiça : Paulo Sérgio Prata Rezende
Apelante(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

Apelado(s) : Marcos Rogério dos Santos


Adv(s) : Cinthia Rosa de Oliveira - 53944/A

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1ª CÂMARA CRIMINAL
PAUTA DO DIA
DATA DO JULGAMENTO 10/12/2020 AS 13:00 HORAS OU NAS SESSÕES POSTERIORES
29 - Apelação Criminal
Número Processo : 0029384.16.2020.8.09.0152
Comarca : Uruaçu
Relator : Des. J. Paganucci Jr.
Revisor : Dr. Wilson Safatle Faiad – Subst. da Desa. Avelirdes Almeida P. de Lemos
Proc. de Justiça : Joana Dar'c Corrêa da Silva Oliveira
Apelante(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

Apelado(s) : Flávio Vieira de Matos


Adv(s) : Sávio Baptista Carneiro - 57701/A
30 - Apelação Criminal
Número Processo : 0045711.13.2019.8.09.0074
Comarca : Ipameri
Relator : Des. Itaney Francisco Campos
Revisor : Des. Ivo Favaro
Proc. de Justiça : Joana Dar'c Corrêa da Silva Oliveira
Apelante(s) : Ciro José do Nascimento
Adv(s): Danilo Fernandes Pires - 54261/A
Apelado(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

31 - Apelação Criminal
Número Processo : 0259160.81.2015.8.09.0175
Comarca : Goiânia
Relator : Dr. Wilson Safatle Faiad – Subst. da Desa. Avelirdes Almeida P. de Lemos
Proc. de Justiça : Nilo Mendes Guimarães
Apelante(s) : Josevando Neves de Magalhaes
Adv(s) : José Lopes da Luz Filho - 28554/N
Apelado(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

32 - Apelação Criminal
Número Processo : 0125733.53.2019.8.09.0011
Comarca : Aparecida de Goiânia
Relator : Des. J. Paganucci Jr.
Revisor : Dr. Wilson Safatle Faiad – Subst. da Desa. Avelirdes Almeida P. de Lemos
Proc. de Justiça : Leôonidas Bueno Brito
Apelante(s) : Gabriel Pereira de Souza
Adv(s) : Jean Fillipe Alves da Rocha - 41353/N, Victor Hugo Peixoto Gondim Teixeira Leite -
42085/N
Apelado(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

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Quinta-feira, 10 de Dezembro de 2020

1ª CÂMARA CRIMINAL
PAUTA DO DIA
DATA DO JULGAMENTO 10/12/2020 AS 13:00 HORAS OU NAS SESSÕES POSTERIORES
33 - Apelação Criminal
Número Processo : 0279863.19.2016.8.09.0136
Comarca : Rialma
Relator : Dr. Wilson Safatle Faiad – Subst. da Desa. Avelirdes Almeida P. de Lemos
Revisor : Des. Nicomedes Domingos Borges
Proc. de Justiça : Aguinaldo Bezerra Lino Tocantins
Apelante(s) : Aldair Pedro da Silva, Luis Paulo Lima da Silva, Carlos Ribeiro dos Santos, Wilton
Lopes Golveia
Nathaly Daniane Rios - 42537/N, Pedro Antônio Pereira - 6333/N, Pedro Rêgo Filho -
Adv(s) : 3237/N, Timoteo de La Cruz Fernandes - 46229/A
Apelado(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

34 - Apelação Criminal
Número Processo : 0257519.77.2017.8.09.0146
Comarca : São Luís de Montes Belos
Relator : Dr. Wilson Safatle Faiad – Subst. da Desa. Avelirdes Almeida P. de Lemos
Revisor : Des. Nicomedes Domingos Borges
Proc. de Justiça : Spiridon Nicofotis Anyfantis
Apelante(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

Apelado(s) : Luiz Carlos Mota da Silva


: Valquiria Aparecida da Silva Santos - 53030/A
Adv(s)
35 - Recurso em Sentido Estrito
Número Processo : 0160004.25.2018.8.09.0011
Comarca : Aparecida de Goiânia
Relator : Des. Itaney Francisco Campos
Proc. de Justiça : Leônidas Bueno Brito
Recorrente(s) : Rubens Felipe Lourenco
: Defensoria Pública do Estado de Goiás
Recorrido(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

36 - Recurso em Sentido Estrito


Número Processo : 0013543.50.2019.8.09.0011
Comarca : Aparecida de Goiânia
Relator : Des. Nicomedes Domingos Borges
Proc. de Justiça : Altamir Rodrigues Vieira Júnior
Recorrente(s) : Luiz Antônio Rodrigues Soares
Adv(s) : Defensoria Pública do Estado de Goiás
Recorrido(s) : Ministèrio Público do Estado de Goiás

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1ª CÂMARA CRIMINAL
PAUTA DO DIA
DATA DO JULGAMENTO 10/12/2020 AS 13:00 HORAS OU NAS SESSÕES POSTERIORES
37 - Recurso em Sentido Estrito
Número Processo : 0298419.02.2016.8.09.0029
Comarca : Catalão
Relator : Des. Itaney Francisco Campos
Proc. de Justiça : Pedro Tavares Filho
Recorrente(s) : Hellem Ercilia Arcurio Fonseca, Katiuscia Viana da Silva, Dionathan Correia
Louzada
Gilmar Silva Neves - 38431/N, Gracielle Barbosa de Souza - 46398/N, José Roberto
Adv(s) : Ferreira Campos - 12508/N
Recorrido(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

38 - Recurso em Sentido Estrito


Número Processo : 0094652.87.2016.8.09.0174
Comarca : Senador Canedo
Relator : Dr. Wilson Safatle Faiad – Subst. da Desa. Avelirdes Almeida P. de Lemos
Proc. de Justiça : Aguinaldo Bezerra Lino Tocantins
Recorrente(s) : João Paulo Silva, Lucas Antônio Dias dos Santos
Adv(s) : Matheus Moreira Borges - 43910/N
Recorrido(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

39 - Recurso em Sentido Estrito


Número Processo : 0002334.24.2019.8.09.0128
Comarca : Planaltina
Relator : Des. J. Paganucci Jr.
Proc. de Justiça : Leônidas Bueno Brito
Recorrente(s) : Diony das Chagas Souza
Adv(s) : Márcio Túlio Rodrigues Duarte - 52910/A, Mardison Alves de Oliveira - 58559/A
Recorrido(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

40 - Recurso em Sentido Estrito


Número Processo : 0271340.61.2017.8.09.0175
Comarca : Goiânia
Relator : Dr. Wilson Safatle Faiad – Subst. da Desa. Avelirdes Almeida P. de Lemos
Proc. de Justiça : Joana Dar'c Corrêa da Silva Oliveira
Recorrente(s) : Lucas Bruno Pereira Silva
Adv(s) : Fernanda Berger Bezerra de Menezes - 40682/N, Fernando Bergor Ferreira - 43352/N,
Gilberto Pereira da Silva - 7391/N
Recorrido(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

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1ª CÂMARA CRIMINAL
PAUTA DO DIA
DATA DO JULGAMENTO 10/12/2020 AS 13:00 HORAS OU NAS SESSÕES POSTERIORES
41 - Recurso em Sentido Estrito
Número Processo : 0281585.36.2004.8.09.0160
Comarca : Novo Gama
Relator : Des. Itaney Francisco Campos
Proc. de Justiça : Elizena Aparecida Xavier
Recorrente(s) : Ailton de Jesus Santos
: Laércio dos Santos - 43685/N
Recorrido(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

42 - Apelação Criminal
Número Processo : 0238133.74.2017.8.09.0174
Comarca : Senador Canedo
Relator : Des. Itaney Francisco Campos
Proc. de Justiça : Luiz Gonzaga Pereira da Cunha
Apelante(s) : Deividione Joaquim dos Santos
Adv(s) : Benedito Evaristo Cintra Junior - 42240/N, Joseli Santos - 35349/N
Apelado(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

43 - Apelação Criminal
Número Processo : 5440914.10.2019.8.09.0051
Comarca : Goiânia
Relator : Des. Ivo Favaro
Proc. de Justiça : Abrão Amisy Neto
Apelante(s) : Ministério Público do Estado de Goiás

Apelado(s) : Jeovana Cardoso de Moura


Defensoria Pública do Estado de Goiás

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


26/11/2020 10:31:17

LOCAL : ÓRGÃO ESPECIAL


NR.PROCESSO : 5507997-65.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : SINEPE
POLO PASSIVO : GOVERNADOR DO ESTADO DE GOIÁS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : SINEPE


ADVG. PARTE : 53235 GO - VICTOR HUGO RODRIGUES DA SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5507997-65.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

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NR.PROCESSO: 5507997-65.2020.8.09.0000

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5507997-65.2020.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Zacarias Neves Coêlho

________________________________________________

MANDADO DE SEGURANÇA N. 5507997-65.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA
IMPETRANTE: SINDICATO DOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO DO ESTADO
DE GOIÁS – SINEPE/GO
IMPETRADO: GOVERNADOR DO ESTADO DE GOIÁS
LITISCONSORTE PASSIVO : ESTADO DE GOIÁS
RELATOR: DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. DESISTÊNCIA.


DESNECESSIDADE DE ANU-ÊNCIA DA PARTE CONTRÁRIA.
EXTINÇÃO DO PROCESSO. Em mandado de segurança, a
desistência é prerrogativa do impetrante, podendo se dar a qualquer
tempo, prescindindo de anuência da parte contrária ou do Ministério
Público. Pedido de desistência homologado. Processo extinto,
sem resolução de mérito.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Cuida-se de mandado de segurança impetrado pelo SINDICATO DOS


ESTABELECIMENTOS DE ENSINO DO ESTADO DE GOIÁS – SINEPE/GO contra
suposto ato ile-gal atribuído ao GOVERNADOR DO ESTADO DE GOIÁS, concernente
à edição do Decreto Estadual n. 9.653, de 19 de abril de 2020, alterado pelo Decreto
n. 9.685, de 29 de junho de 2020. Pretendia a impetrante a concessão da segurança,
para que fossem “...flexibilizadas as medidas aludidas no art. 3º, inciso V, do Decreto Estadual
nº 9.653”, autorizando-se o retorno das aulas presenciais nas instituições de ensino do
Estado.

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NR.PROCESSO: 5507997-65.2020.8.09.0000
No evento 05 foi indeferida a liminar requestada.

Em seguida, pelo despacho exarado no evento 16, foi a impetrante intimada


para recolher as custas de locomoção do Oficial de Justiça, sob pena de indeferimento
da inicial, bem como para se manifestar sobre “...possível perda do objeto do mandamus
(art. 10, CPC), haja vista a recente liberação, pela Secretaria de Estado da Saúde, da retomada
das aulas presenciais nas escolas de todo o Estado, em todos os níveis de ensino, conforme
Nota Técnica publicada em conjunto com o Centro de Operações de Emergências (COE) para
Enfrentamento ao Coronavírus, no último dia 04”.

Ato contínuo, a impetrante veio aos autos requerer a desistência do


mandamus, com sua consequente homologação (evento 18).

É o relatório. Passo a decidir.

Considerando que o fim precípuo do writ está em obstar a ilegalidade


emanada de um ato coator (isto é, direito potestativo do impetrante), a homologação
do pedido de desistência da ação dispensa o consentimento da parte ex adversa,
ainda que já triangulariza-da a relação processual (art. 485, §4º, do CPC). Tampouco
se faz necessária a anuência do órgão ministerial.

Ora, justamente por se constituir em declaração unilateral de vontade, a


própria Excelsa Corte, em entendimento firmado em sede de repercussão geral,
reconhece o cabimento da desistência do writ, mesmo depois de proferida sentença de
mérito favorável ao impetrante (Tema 530).

Diante dessas ponderações, inevitável, in casu, a homologação do ato de


desistência, com a consequente extinção do feito, máxime por já haver a impetrante
alcançado, na via administrativa, a medida reivindicada no bojo deste mandamus.

Sobre o tema:

“PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. MANDADO DE


SEGURANÇA. PEDIDO DE DESISTÊNCIA. REPERCUSSÃO GERAL.
OBSERVÂNCIA. CDC. INAPLICABILIDADE. 1. (...). 2. O Supremo
Tribunal Federal, no julgamento do RE 669.367/RJ, sob a sistemática
da repercussão geral - art. 543-B do Código de Processo Civil/1973 -

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NR.PROCESSO: 5507997-65.2020.8.09.0000
firmou entendimento de que a desistência em mandado de segurança
é prerrogativa de quem o impetra, podendo ocorrer a qualquer tempo
antes do trânsito em julgado, sem a anuência da parte contrária e
independentemente de já ter havido decisão de mérito, desfavorável ou
favorável ao impetrante. 3. As regras do art. 104 do CDC não se
aplicam ao mandado de segurança. 4. Agravo interno desprovido.” (
STJ, AgInt na DESIS no AREsp 1202507/SP, Rel. Ministro GURGEL
DE FARIA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 01/07/2019, DJe
07/08/2019)

No mesmo sentido: TJGO, Mandado de Segurança 5470591-


15.2017.8.09.0000, Rel. FAUSTO MOREIRA DINIZ, 2ª Seção Cível, julgado em
05/12/2018, DJe de 05/12/2018.

Isto posto, homologo o pedido de desistência e, por conseguinte, extinguo


o processo, com fulcro no art. 485, VIII, do CPC c/c artigo 175, II, do RITJGO.

Custas de lei.

Publique-se. Intimem-se, com posterior arquivamento e baixa na Distribuição.

Goiânia, 26 de novembro de 2020.

DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO


Relator
A

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


26/11/2020 10:31:18

LOCAL : ÓRGÃO ESPECIAL


NR.PROCESSO : 5519412-45.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Reclamação
POLO ATIVO : INSTITUTO NACIONAL DE CURSOS, PROJETOS E PESQUISAS LTDA
POLO PASSIVO : 3ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS CIVEIS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : INSTITUTO NACIONAL DE CURSOS, PROJETOS E PESQUISAS LTDA


ADVGS. PARTE : 27151 GO - MARILDA CAMPOS GUIMARÃES
57930 GO - BÁRBARA ROSA DE CASTRO
57321 GO - HELOISA DA COSTA SANCHES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5519412-45.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

ÓRGÃO ESPECIAL

Gabinete do Desembargador Zacarias Neves Coêlho

RECLAMAÇÃO N. 5519412-45.2020.8.09.0000
COMARCA DE GOIÂNIA
RECLAMANTE : INSTITUTO NACIONAL DE CURSOS, PROJETOS E PESQUISAS
LTDA.-ME
RECLAMADA : 3ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS DO
ESTADO DE GOIÁS
INTERESSADA : MARINA BARBOSA CINTRA
RELATOR : DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

EMENTA: RECLAMAÇÃO AJUIZADA NO AFÃ DE SE


GARANTIR OBSERVÂNCIA A JURISPRUDÊNCIA
SUPOSTAMENTE CONSOLIDADA DESTA CORTE DE
JUSTIÇA. HIPÓTESE NÃO CONTEMPLADA NO ROL DO
ARTIGO 988 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.
RECLAMAÇÃO INCABÍVEL. PROCESSO EXTINTO, SEM
RESOLUÇÃO DO MÉRITO (ART. 932, VIII, DO CPC C/C ART.
175, II, DO RITJGO).

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de reclamação aviada pelo INSTITUTO NACIONAL DE CURSOS,

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5519412-45.2020.8.09.0000
PROJETOS E PESQUISAS LTDA.-ME, com arrimo no art. 988, II, do CPC, em que
figura como reclamada a 3ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS
DO ESTADO DE GOIÁS, que, nos autos da ação declaratória c/c cominatória n.
5033122-34.2018.8.09.0139, em sede de recurso inominado, reformou a sentença e
julgou parcialmente procedentes os pedidos deduzidos na inicial, de modo a declarar a
resolução do contrato de prestação de serviços educacionais firmado entre as partes e
condenar a requerida, ora reclamante, a restituir à requerente, Marina Barbosa Cintra,
R$632,20 (seiscentos e trinta e dois reais e vinte centavos), acrescidos de juros de
mora desde a citação, com incidência de correção monetária desde o ajuizamento da
ação.

Na exordial, a reclamante assenta, em suma, que o acórdão vergastado


afrontou a jurisprudência consolidada deste Pretório, que privilegia o princípio da
pacta sunt servanda. Daí por que, aduz, não teve alternativa senão valer-se desta
reclamação, com fulcro no art. 988, II, do CPC, pois visa garantir a autoridade das
decisões desta Corte.

Por supor verossímil o direito alegado, bem como haver perigo de dano,
requereu a reclamante seja conferido efeito suspensivo à reclamação, para sustar o
andamento do processo na origem. Ao final, rogou pela procedência da reclamação,
para que aquela decisão seja reformada, tudo em observância à jurisprudência deste
Tribunal de Justiça, com a consequente manutenção do contrato, inclusive no ponto
que prevê a aplicação de multa de 20% (vinte por cento) sobre as parcelas vincendas,
em caso de rescisão após o início das aulas.

Custas recolhidas (evento n. 1, arquivo n. 12).

Processo redistribuído ao Órgão Especial, em razão do disposto no art. 9º-B,


XVIII, do RITJGO1 (evento n. 12)

É o relatório. Passo a decidir.

A reclamante, calcando-se no art. 988, inc. II, do CPC2, no afã de garantir a


observância à jurisprudência supostamente consolidada neste Tribunal, relativa ao
princípio da pacta sunt servanda, requer a reforma do acórdão proferido pela Turma
Recursal reclamada, nos autos da ação n. 5033122-34.2018.8.09.0139, que, em sede
de recurso inominado, julgou parcialmente procedentes os pedidos autorais,
declarando a resolução do pacto de prestação de serviços educacionais firmado entre
as partes e condenando a requerida, ora reclamante, a restituir à requerente, Marina
Barbosa Cintra, R$632,20 (seiscentos e trinta e dois reais e vinte centavos),
acrescidos de juros de mora desde a citação, com incidência de correção monetária
desde o ajuizamento da ação.

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NR.PROCESSO: 5519412-45.2020.8.09.0000
Em suma, a reclamante pretende seja o contrato mantido, inclusive no ponto
que prevê a aplicação de multa de 20% (vinte por cento) sobre as parcelas vincendas,
em caso de rescisão após o início das aulas.

Não obstante o que argumenta a reclamante, é sabido que o art. 988, II, do
CPC, autoriza o cabimento da reclamação apenas quando há afronta a decisão
judicial específica, sendo insuficiente, pois, o mero desrespeito à jurisprudência que
se alega consolidada (cf. STF, Tribunal Pleno, AgRg na Rcl. 6.135/SP, Rel. Min.
Joaquim Barbosa, DJe de 20/02/2009).

Ainda sobre o tema:

“AGRAVO INTERNO - RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL -


GARANTIR AUTORIDADE DE DECISÕES DO TRIBUNAL -
INCONFORMISMO EM RELAÇÃO À JURISPRUDÊNCIA APLICÁVEL
AO CASO - NÃO CABIMENTO. Para admissibilidade da reclamação
com base no inciso II, do art. 988, do CPC, com o objetivo de garantir a
autoridade das decisões do tribunal, não basta que a decisão seja
contrária ao entendimento consolidado no tribunal, sendo necessário
que tenha sido emanada uma ordem específica com efeito restrito às
partes litigantes, ou em ação com efeito erga omnes, e que tal
determinação esteja sendo desrespeitada. Não é cabível a reclamação
visando a garantir a autoridade das decisões do tribunal quando o
inconformismo da parte diz respeito, na verdade, à orientação
jurisprudencial da Corte.” (TJ/MG, 2ª Seção Cível, AgInt na RCLM n.
797282-96.2019.8.13.0000, Rel. Des. Marco Aurelio Ferenzini, DJe de
31/01/2020

Destarte, porquanto incabível, mostra-se inviável o processamento desta


ação, até porque, sendo a reclamação ação de natureza constitucional, não se cogita
utilizá-la como sucedâneo recursal.

Ao teor do exposto, com espeque no art. 932, inc. VIII, do CPC, c/c art. 175,
inc. II, do Regimento Interno desta Corte, declaro incabível esta reclamação, ficando
extinto o processo sem resolução do mérito.

Custas de lei.

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NR.PROCESSO: 5519412-45.2020.8.09.0000
Publique-se. Intimem-se.

Transitando em julgado esta decisão, arquivem-se os autos, com as baixas de


estilo.

Goiânia, 26 de novembro de 2020.

DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO


Relator

1 “Art. 9º-B. Compete ao Órgão Especial processar e julgar:

(...)

XVIII - as reclamações visando a preservação da competência e a garantia da autoridade das decisões do Tribunal de
Justiça;

2 “Art. 988. Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público para:

(...)

I - garantir a autoridade das decisões do tribunal;’

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


08:16:49

LOCAL : ÓRGÃO ESPECIAL


NR.PROCESSO : 0118393-09.2010.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Injunção
POLO ATIVO : DANIELLA MELO RIBEIRO
POLO PASSIVO : GOVERNADOR DO ESTADO DE GOIAS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ALESSANDRO GONCALVES DE CASTRO


ADVG. PARTE : 32042 GO - LUCIANA GOUVEIA DE LIMA

PARTE INTIMADA : ANA LUCIA GONCALVES DE CASTRO MARQUES


ADVG. PARTE : 32042 GO - LUCIANA GOUVEIA DE LIMA

PARTE INTIMADA : DANIELLA MELO RIBEIRO


ADVG. PARTE : 32042 GO - LUCIANA GOUVEIA DE LIMA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0118393-09.2010.8.09.0000
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Olavo Junqueira de Andrade

MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 118393-09.2010.8.09.0000


COMARCA GOIÂNIA
IMPETRANTE ALESSANDRO GONÇALVES DE CASTRO E OUTROS
IMPETRADO GOVERNADOR DO ESTADO DE GOIÁS
RELATOR DES. OLAVO JUNQUEIRA DE ANDRADE

DESPACHO

Sobre o retorno deste (mov. nº 52), intimem-se as partes, para manifestação,


no prazo legal, conf. art. 10 do CPC1, visando evitar-se eventual mácula à garantia
constitucional do contraditório.

Goiânia, data registrada em sistema.

Des. Olavo Junqueira de Andrade


Relator

(11)

__________________________________

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 0118393-09.2010.8.09.0000
1Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se
tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


27/11/2020 09:21:03

LOCAL : ÓRGÃO ESPECIAL


NR.PROCESSO : 5224374-24.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Ação Direta de Inconstitucionalidade
POLO ATIVO : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
POLO PASSIVO : ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE GOIÁS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE GOIÁS


ADVG. PARTE : 20139 GO - GABRIEL RICARDO JARDIM CAIXETA

PARTE INTIMADA : SINDICATO DOS SERVIDORES DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE


GOIÁS SERCON GO
ADVG. PARTE : 34598 GO - LUIZ ANTONIO ROTOLI MIGUEL

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5224374-24.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Gerson Santana Cintra

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº 5224374-24.2019.8.09.0000

COMARCA DE GOIÂNIA

ÓRGÃO ESPECIAL

REQUERENTE: PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

REQUERIDOS: ESTADO DE GOIÁS E OUTROS

RELATOR: Desembargador GERSON SANTANA CINTRA

VOTO

Conforme relato, a presente ação de controle abstrato e concentrado, proposta pelo


PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS, visa declarar a inconstitucionalidade do
artigo 2º da Lei Estadual n. 19.813/17, contendo o seguinte teor (em negrito):

Art. 1º Fica concedida a revisão geral anual da remuneração dos servidores


ativos, inativos e pensionistas do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, relativa
à data-base de 2017.

Parágrafo único. Em decorrência do disposto no caput, o valor da remuneração


dos servidores ativos, inativos e dos pensionistas do Tribunal de Contas do
Estado de Goiás fica reajustado em 6,58% (seis inteiros e cinquenta e oito
centésimos por cento), a partir de 1° de maio de 2017.

Art. 2º O vencimento dos cargos de assessoramento e inspeção

previstos no Anexo VII da Lei nº 15.122/2005, excetuando aquele vinculado à


atividade de imprensa, passam a vigorar, a partir da publicação desta Lei, com a
remuneração do cargo de Assessor de Assuntos Contábeis, Financeiros,
Jurídicos e Orçamentários do Anexo VII.

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NR.PROCESSO: 5224374-24.2019.8.09.0000
Art. 3° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, surtindo efeitos a partir
de 1° de maio de 2017.

Na inicial, explica o requerente que no dia 17 de agosto de 2017, o Presidente do Tribunal de


Contas do Estado de Goiás (TCE) encaminhou à Assembleia Legislativa um projeto de lei visando
promover a revisão geral anual aos servidores públicos ativos, inativos e pensionistas daquele órgão,
relativa ao ano de 2017, mas que, durante a tramitação do projeto de lei na Casa Legislativa, foi
apresentada emenda aditiva, acrescentando artigo que equiparou a remuneração dos cargos de
assessoramento e inspeção, previstos no Anexo VII da Lei Estadual n. 15.122/2005 (Plano de Carreira e
Quadro Permanente dos Servidores do Tribunal de Contas do Estado de Goiás) à remuneração do cargo
de Assessor de Assuntos Contábeis, Financeiros, Jurídicos e Orçamentários, previsto no mesmo
anexo.

Nessas circunstâncias, informa que referido projeto de lei, com a aludida emenda aditiva, foi
aprovado pela Assembleia Legislativa e sancionado pelo Governador do Estado de Goiás no dia 06 de
setembro de 2017, originando a Lei Estadual n. 19.813/2017, o que não se pode admitir, já que a
proposta inicial visou conceder, tão somente, a revisão geral anual aos servidores ativos, inativos e
pensionistas do TCE, relativamente ao ano de 2017, não podendo, portanto, ter sido acrescida de
emenda, instituindo alteração sem pertinência com o texto proposto inicialmente, gerando aumento de
despesa para os cofres públicos e violando os termos da Constituição do Estado de Goiás.

Sobre a questão, esclarece o demandante que a prerrogativa institucional da reserva de


iniciativa legislativa para as matérias que digam respeito à sua organização interna foi atribuída, tão
somente, ao Tribunal de Contas do Estado pelo artigo 28, caput e § 6º, da Constituição do Estado de
Goiás.

Em outras palavras, defende o demandante a tese de que compete privativamente ao Tribunal


de Contas do Estado a produção de suas próprias normas de organização, mediante iniciativa do
processo legislativo, sendo portanto, ilegal a aprovação de emenda parlamentar, suprimindo tal
iniciativa reservada.

Pugna, por tal razão, pela declaração da inconstitucionalidade do artigo 2º da Lei Estadual n.
19.813/2017, por violação ao artigo 28, caput e § 6º da Constituição do Estado de Goiás.

Ocorre que, conforme explicado no evento 59, pela nobre representante da Procuradoria-
Geral do Estado, Drª Juliana Pereira Diniz Prudente, a emenda parlamentar, objeto específico desta
ação, atendeu a solicitação da Corte de Contas, não resultando de iniciativa do Parlamento.

A assertiva foi reconhecida pela Procuradoria-Geral de Justiça, no parecer do evento 72,


oportunidade em que a Drª Ana Cristina Ribeiro Peternella, refluindo do entendimento externado na

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NR.PROCESSO: 5224374-24.2019.8.09.0000
exordial, manifestou pela improcedência do pleito respectivo, por reconhecer que “em que pese a
emenda ter sido apresentada por parlamentar estadual, a iniciativa para a propositura partiu do próprio
Presidente do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, que, por meio do Ofício Mensagem n. 001/2017-
GPRES, provocou o Presidente da Assembleia Legislativa a apresentar o acréscimo ao projeto de lei em
tramitação.”

Deste modo, reconhecido pelo autor da demanda que a emenda que deu origem ao artigo 2º
da Lei Estadual n. 19.813/2017 adveio da atuação do Tribunal de Contas Estadual, não há que se falar
em violação ao texto constitucional, porquanto respeitada a iniciativa reservada da Corte de Contas
para instaurar processo legislativo atinente à sua organização administrativa.

Com efeito, não havendo qualquer inconstitucionalidade da Lei Estadual n. 19.813/2017 a ser
declarada nesta oportunidade, a improcedência do pedido inicial é medida de mister.

Ante o exposto, e sem maiores delongas, julgo improcedente o pedido formulado na nesta
ação direta de inconstitucionalidade.

É o voto.

Cientifique a Assembleia Legislativa do Estado de Goiás e o Tribunal de Contas do Estado de


Goiás sobre o teor deste julgamento (artigo 25, da Lei 9.868/99).

No prazo de dez dias após o trânsito em julgado do acórdão, publique-se sua parte
dispositiva em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial do Estado (artigo 28 da Lei
9.868/99).

Goiânia, 25 de novembro de 2020.

Desembargador GERSON SANTANA CINTRA

Relator

02

ACÓRDÃO

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NR.PROCESSO: 5224374-24.2019.8.09.0000
VISTOS, relatados e discutidos os presentes autos da Ação Direta de Inconstitucionalidade
nº 5224374-24.2019.8.09.0000, Comarca de Goiânia.

ACORDAM os integrantes do Órgão Especial do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de


Goiás, por unanimidade de votos, em julgar improcedente o pedido, nos termos do voto do Relator.

VOTARAM, com o Relator, a Desa. Carmecy Rosa Maria Alves de Oliveira, Des. Nicomedes
Domingos Borges, Des. Itamar de Lima, Desa. Sandra Regina Teodoro Reis, Des. Olavo Junqueira de
Andrade, Des. Guilherme Gutemberg Isac Pinto, Des. José Carlos de Oliveira, Des. Jairo Ferreira Júnior,
Des. Delintro Belo de Almeida Filho (subst. do Des. Ney Teles de Paula), Desa. Beatriz Figueiredo
Franco, Des. Gilberto Marques Filho, Des. João Waldeck Felix de Sousa, Desa. Nelma Branco Ferreira
Perilo, Des. Walter Carlos Lemes, Des. Carlos Escher, Des. Kisleu Dias Maciel Filho e o Des. Zacarias
Neves Coelho.

Presidiu a sessão o Des. Walter Carlos Lemes.

Presente a ilustre Procuradora de Justiça, Dra. Ana Cristina Ribeiro Peternella França.

Ausentes ocasionais o Des. Leobino Valente Chaves.

Ausentes justificados o Des. Marcus da Costa Ferreira.

Goiânia, 25 de novembro de 2020.

Desembargador Gerson Santana Cintra

Relator

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NR.PROCESSO: 5224374-24.2019.8.09.0000
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº 5224374-24.2019.8.09.0000

COMARCA DE GOIÂNIA

ÓRGÃO ESPECIAL

REQUERENTE: PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

REQUERIDOS: ESTADO DE GOIÁS E OUTROS

RELATOR: Desembargador GERSON SANTANA CINTRA

EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ARTIGO 2º DA LEI


ESTADUAL N. 19.813/17 DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE GOIÁS.
VÍCIO DE INICIATIVA. ARTIGOS 129, IV DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ARTIGO
29, I DA LEI N. 8.625/93. ARTIGO 60, V E 117, IV, PRIMEIRA PARTE DA
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE GOIÁS. ARTIGO 52, II DA LEI COMPLEMENTAR
ESTADUAL N. 25/98. INOCORRÊNCIA. FATO RECONHECIDO POSTERIORMENTE
PELO AUTOR DA AÇÃO. 1. Deve ser julgado improcedente o pedido inicial de
declaração de inconstitucionalidade do artigo 2º da Lei Estadual n. 19.813/17,
quando demonstrado nos autos que não houve inobservância à prerrogativa
institucional da reserva de iniciativa legislativa para as matérias que digam
respeito à organização interna do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, fato,
inclusive, reconhecido pelo próprio autor da ação, em seu parecer final. 2.
PEDIDO JULGADO IMPROCEDENTE.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Não-Concessão -> Liminar - Data da
Movimentação 26/11/2020 11:54:39

LOCAL : ÓRGÃO ESPECIAL


NR.PROCESSO : 5476095-94.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : LUIZ INACIO FLACH
POLO PASSIVO : PRESIDENTE DA 1ª CÂMARA CRIMINAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO
ESTADO DE GOIÁS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : LUIZ INACIO FLACH


ADVG. PARTE : 23457 GO - PAULO MARCOS DE CAMPOS BATISTA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5476095-94.2020.8.09.0000
Comarca de GOIÂNIA
Escrivania Órgão Especial
Assis Chateaubriand 195 SETOR OESTE
(62) 3216-2000 GOIÂNIA 74130012

MANDADO DE SEGURANÇA N. 5476095.94.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA
IMPETRANTE : LUIZ INÁCIO FLACH
IMPETRADO : PRESIDENTE DA 1ª CÂMARA CRIMINAL DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
LITS. PASS. : ESTADO DE GOIÁS
INTERESSADA : ELISABETE BRAGA NOGUEIRA
RELATOR : DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

DECISÃO

Trata-se de mandado de segurança, com pedido de liminar, impetrado por


LUIZ INÁCIO FLACH contra ato comissivo atribuído ao PRESIDENTE DA 1ª CÂMARA
CRIMINAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS, ainda que, no corpo
da petição, haja referência à Relatora do Voto que culminou no Acórdão impetrado,
Desembargadora AVELIRDES ALMEIDA PINHEIRO DE LEMOS.

Na exordial do mandamus, aduz o impetrante que em razão de acidente


doméstico sofrido em 2018, encontra-se acamado e dependente de cuidados
especiais, que lhe são prestados por meio do home care de operadora de plano de
saúde desta Capital, tendo sido, em razão do estado clínico, decretada sua interdição
judicial e nomeada, como curadora, sua esposa, ELISABETE BRAGA NOGUEIRA,
aqui interessada.

Ocorre que a sobredita operadora de plano de saúde teria noticiado às filhas


do impetrante, LEIDA DAIANE FLACH e LIANE ANDREA FLACH, uma série de
eventos caracterizadores de maus-tratos praticados contra o impetrante por sua
esposa, que foram presenciados por prestadores do referido serviço home care, disso
resultando o registro de ocorrência policial por cerca de 80 (oitenta) técnicos de
enfermagem contra a aqui interessada, além de uma ação indenizatória por lesões
corporais cometidas por ela contra um desses técnicos, sem prejuízo da dedução, com
êxito, de remoção de curatela, sendo nomeadas como novas curadores do impetrante

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NR.PROCESSO: 5476095-94.2020.8.09.0000
suas filhas, acima nominadas.

Ainda em razão dos maus-tratos noticiados, houve a instauração de inquérito


policial e, com sua conclusão, o início da ação penal correspondente, em cujos autos
foram deferidas medidas protetivas de urgência tendentes a afastar do impetrante a
sua esposa, a fim de resguardar-lhe a integridade física e assegurar-lhe o adequado
tratamento.

Em face desse contexto adveio o ato impetrado, por meio do qual, nos autos
do Habeas Corpus n. 5024872.70.2020.8.09.0000, que teve curso sem a participação
das curadoras do impetrante, a 1ª Câmara Criminal concedeu a ordem para afastar as
medidas protetivas e determinar o restabelecimento da convivência e da visitação ao
impetrante por sua esposa, mediante condições a serem definidas pelo Juiz da 7ª Vara
Criminal desta Comarca, condutor da ação penal.

Assim, defende o impetrante, primeiro, o cabimento do mandamus, por haver


dele tomado conhecimento apenas quando intimado nos autos da ação penal acerca
da decisão de cumprimento do acórdão; e segundo, a necessidade de concessão da
segurança, dada a evidente incompetência da autoridade impetrada para proferir
decisões cujo teor constitui matéria afeita à jurisdição cível, tendo em vista a existência
de questão de natureza de familiar, por envolver o regime de convivência e o direito de
visitas entre cônjuges, além da teratologia de ter sido a medida adotada sem que a
esse respeito fossem ouvidas as curadoras dele.

Complementarmente, anota que, por ser integrante de grupo de risco, e por


isso, exposto ao contágio da Covid-19, deve também ser evitado seu convívio com a
esposa, a fim de proteger sua já fragilizada condição de saúde e vida.

Com esses argumentos, e entendendo presentes os requisitos legais


pertinentes, requer seja “...concedida liminar em Mandado de Segurança … e … sobrestada a
decisão impugnada, suspendendo-se os direitos de visitação deferidos à Sra. ELISABETE
BRAGA NOGUEIRA por força do ato questionado, … até que seja prolatado acórdão no
julgamento do presente Mandado de Segurança...” (evento 1, anexo 1, p. 16), oportunidade
em que espera seja “...CONCEDIDA A ORDEM em definitivo para reconhecer a incompetência
do juízo da 1ª Câmara Criminal do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás para prolatar a
decisão questionada …, revogando-a no trecho em que determina o estabelecimento de direito de
visitas da vítima, Sra. ELISABETE BRAGA NOGUEIRA, em favor do impetrante, Sr. LUIZ INÁCIO
FLACH.” (ibidem, p. 17)

O mandamus veio instruído com os documentos vistos no evento 1, anexos


2/186, mas sem preparo tampouco pedido de assistência judiciária gratuita, o que
motivou a determinação de intimação do impetrante para, no prazo de 15 (quinze)

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NR.PROCESSO: 5476095-94.2020.8.09.0000
dias, comprovar o recolhimento das custas iniciais (evento 7), o que restou efetivado
adequada e tempestivamente (evento 9).

É, em síntese, o relatório. Decido.

A concessão de liminar no mandamus exige a presença de dois requisitos


legais: a relevância dos fundamentos da impetração (fumus boni iuris) e a ineficácia da
ordem judicial, em caso de eventual reconhecimento da ilegalidade do ato impugnado
quando da prolação da sentença de mérito ou do acórdão, conforme o caso (
periculum in mora).

Em uma análise ainda que perfunctória da questão, não vislumbro a presença


do primeiro requisito (fumus boni iuris), haja vista que a incompetência jurisdicional da
autoridade impetrada não é evidente como sugere o impetrante, afinal, se as medidas
protetivas de urgência (proibição da ora interessada de se aproximar do aqui
impetrante e de seus familiares, por, no mínimo, 100 metros, e proibição de manter
contato com eles, por qualquer meio e forma de comunicação) foram deferidas por
decisão proferida pelo Dr. Luis Henrique Lins Galvão de Lima, Juiz de Direito da 7ª
Vara Criminal da Comarca desta Capital (evento 1, anexo 80, p. 7/10), sem dúvida que
é competente este Egrégio Tribunal de Justiça, por sua 1ª Câmara Criminal, para
processar habeas corpus impetrado contra tal decisum, bem como para, no julgamento
correspondente, conceder a ordem para revogar as medidas cautelares e determinar
que o juízo a quo “...fixe a forma e os períodos em que a paciente poderá realizar as visitas e
ter acesso ao seu esposo, sugerindo esta Relatoria que sempre haja acompanhamento de
assistente social, bem como caso seja impedida de fazê-lo que possa requisitar auxílio policial.” (
idem, anexo 81, p. 14).

Particularmente com relação à natureza da recomendação supra, conquanto


o direito de visitação propriamente dito contemple matéria afeita à jurisdição cível,
nota-se claramente que o viés adotado no aresto não parece exatamente esse, posto
que a preocupação ali consignada foi, de um lado, com o afastamento das medidas
protetivas antes adotadas, posto que foram consideradas exageradas, e, de outro, o
estabelecimento de cautelas tendentes a permitir que o direito de visitas, corolário
natural da desconstituição da ordem de restrição, seja exercido com segurança à
higidez física e mental de todos os envolvidos.

Finalmente, também não é passível de reconhecimento primo ictu oculi a


alegação de teratologia de ter sido a sobredita medida adotada sem que a esse
respeito fossem ouvidas as curadoras do curatelado. Afinal, a apreciação ocorreu em
sede de habeas corpus, que, como cediço, exige apenas prova pré-constituída do
constrangimento ilegal sofrido pelo paciente, não havendo em seu rito, em princípio, a
necessidade de que a respeito de seu mérito se manifestem terceiros não integrantes
da relação processual penal.

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NR.PROCESSO: 5476095-94.2020.8.09.0000
Dessarte, indefiro o pedido de liminar formulado pelo impetrante.

Expeça-se ofício à autoridade impetrada, notificando-a do inteiro teor desta


decisão para, no prazo de 10 (dez) dias, prestar as informações que tiver (art. 7º, I, da
Lei n. 12.016/2009).

Buscando evitar eventual alegação de nulidade, intime-se a pessoa física


interessada (esposa do impetrante) para que, se quiser, manifeste-se acerca do mérito
da impetração, no mesmo prazo em comum de 10 (dez) dias acima assinalado.

Dê-se ciência, ainda, ao Órgão de representação judicial da pessoa jurídica


interessa (Procuradoria-Geral do Estado de Goiás) para que, caso queira, ingresse no
processo mandamental (art. 7º, II, da Lei n. 12.016/09).

Findo o prazo para que a autoridade impetrada apresente as suas


informações, remetam-se os autos à Procuradoria-Geral de Justiça, para sua
manifestação, consoante preceitua o art. 12 desta mesma lei.

Publique-se. Intimem-se.

Goiânia, 26 de novembro de 2020.

DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO


Relator

RS

Em tempo: atente a Secretaria da 2ª Câmara Cível para que proceda à


retificação, no sistema, da etiqueta de identificação do recurso, devendo dela constar
as partes como transcritas no início deste decisum, inclusive quanto à indicação, como
litisconsorte passivo necessário, do Estado de Goiás.

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NR.PROCESSO: 5476095-94.2020.8.09.0000

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 10:53:45

LOCAL : ÓRGÃO ESPECIAL


NR.PROCESSO : 5240556-90.2018.8.09.0139
CLASSE PROCESSUAL : Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68
POLO ATIVO : VJA
POLO PASSIVO : LBA
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : VJA


ADVG. PARTE : 47084 GO - DANILO FERRAZ NUNES DA SILVA

PARTE INTIMADA : DCAO


ADVG. PARTE : 28276 GO - MARILDA FERREIRA MACHADO LEAL

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 10:55:23

LOCAL : ÓRGÃO ESPECIAL


NR.PROCESSO : 5036389-21.2017.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Remoção de Inventariante ( CPC )
POLO ATIVO : SAHMARA CARNEIRO CORREIA
POLO PASSIVO : JORGE CARNEIRO CORREIA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JORGE CARNEIRO CORREIA


ADVGS. PARTE : 34078 GO - LEONARDO SOARES CORREIA NETO
17159 GO - JORGE CARNEIRO CORREIA

PARTE INTIMADA : SAHMARA CARNEIRO CORREIA


ADVGS. PARTE : 23729 GO - ANDRÉA LEMES
10275 GO - IARA FREITAS MIURA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 23/11/2020


17:15:54

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5514922-55.2019.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : ABDUL AZIZ BUTT
POLO PASSIVO : CAPEMISA SEGURADORA DE VIDA E PREVIDENCIA SA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ABDUL AZIZ BUTT


ADVG. PARTE : 53610 GO - SUMAIA DOS SANTOS SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5514922-55.2019.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Luiz Eduardo de Sousa

APELAÇÃO CÍVEL Nº 5514922-55.2019.8.09.0051

COMARCA DE GOIÂNIA

APELANTE : ABDUL AZIZ BUTT

APELADA : CAPEMISA SEGURADORA DE VIDA E PREVIDÊNCIA S.A

RELATOR : DR. REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito Substituto em 2º Grau

DESPACHO

In casu, tendo a apelada adimplido o valor condenatório (evento 28), manifeste-se a


apelante, no prazo de 05 (cinco) dias, se remanesce interesse no julgamento desse apelo.

Cumpra-se.

Goiânia, 20 de novembro de 2020.

DR. REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito Substituto em 2º Grau

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5514922-55.2019.8.09.0051
05

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 19/11/2020


11:38:04

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5574643-57.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : SANEFER CONSTRUCOES E EMPREENDIMENTOS LTDA
POLO PASSIVO : WL ESCAVAÇÕES E TRANSPORTES LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : SANEFER CONSTRUCOES E EMPREENDIMENTOS LTDA


ADVGS. PARTE : 54719 GO - JULIA MARIA TOMAS DOS SANTOS
47940 GO - JOAO CARLOS TOMAS DOS SANTOS
55909 GO - RODRIGO RIZZO VASQUES FILHO

PARTE INTIMADA : WL ESCAVAÇÕES E TRANSPORTES LTDA


ADVG. PARTE : 6925 GO - MARCOS ANTÔNIO MENDES COSTA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5574643-57.2020.8.09.0000
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5574643-57.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA
AGRAVANTE : SANEFER CONSTRUÇÕES E EMPREENDIMENTOS LTDA.
AGRAVADO : WL ESCAVAÇÕES E TRANSPORTES LTDA.
RELATOR : Juiz ROBERTO HORÁCIO REZENDE

DESPACHO

SANEFER CONSTRUÇÕES E EMPREENDIMENTOS LTDA interpôs recurso


de AGRAVO DE INSTRUMENTO contra a decisão do Juiz de Direito da 6ª Vara Cível
da Comarca de Goiânia, Dr. José Ricardo M. Machado, proferida nos autos da “Ação
de Execução de Título Extrajudicial” ajuizada contra si por WL ESCAVAÇÕES E
TRANSPORTES LTDA.

A pessoa jurídica Agravante pugna pela concessão da Assistência Judiciária


em Grau Recursal ao argumento de se encontrar em processo de Recuperação
Judicial e não possuir condições de arcar com as despesas do litígio.

Nos lindes do entendimento jurisprudencial sumulado por este Sodalício, “(...)


faz jus à gratuidade da justiça a pessoa, natural ou jurídica, que comprovar sua
impossibilidade de arcar com os encargos processuais” (Súmula nº 25).

Isto posto, com fulcro na regra do artigo 99, § 2º, do Código de Processo Civil,
DETERMINO a intimação da Agravante para, no prazo de 05 (cinco) dias, instruir
os autos com documentos atualizados, comprobatórios da propalada
impossibilidade fática de prover o pagamento da guia de custas recursais.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Assinado por ROBERTO HORACIO DE REZENDE
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Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 270 de 5858
ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5574643-57.2020.8.09.0000
Outrossim e, em obediência à regra do artigo 10 do Código de Processo Civil,
DETERMINO que a Agravante manifeste-se sobre a eventual inadequação do
recurso de AGRAVO DE INSTRUMENTO, escrutinando a circunstância de que a
decisão recorrida extinguiu a execução.

Intime-se.

ROBERTO HORÁCIO REZENDE


Juiz de Direito em Substituição no 2º Grau
RELATOR
(Datado e assinado conforme Resolução nº 59/2016)

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Assinado por ROBERTO HORACIO DE REZENDE
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Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 271 de 5858
ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 19/11/2020


17:18:52

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5580564-94.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : ANTONIO REGO LIMA JUNIOR
POLO PASSIVO : SECRETÁRIA DE ESTADO DA ECONOMIA DE GOIÁS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ANTONIO REGO LIMA JUNIOR


ADVGS. PARTE : 16138 GO - JULIANA FERREIRA E SANTOS
29241 GO - THIAGO MORAES
22354 GO - NUBIA ROSSANA CARDOSO VIEIRA

PARTE INTIMADA : ANTÔNIO RÊGO LIMA JÚNIOR E OUTROS


ADVGS. PARTE : 22354 GO - NUBIA ROSSANA CARDOSO VIEIRA
16138 GO - JULIANA FERREIRA E SANTOS
29241 GO - THIAGO MORAES

PARTE INTIMADA : EDVALDO ALVES PACHECO


ADVGS. PARTE : 16138 GO - JULIANA FERREIRA E SANTOS
22354 GO - NUBIA ROSSANA CARDOSO VIEIRA
29241 GO - THIAGO MORAES

PARTE INTIMADA : JANAINA MACHADO AYRES


ADVGS. PARTE : 22354 GO - NUBIA ROSSANA CARDOSO VIEIRA
16138 GO - JULIANA FERREIRA E SANTOS
29241 GO - THIAGO MORAES

PARTE INTIMADA : NEWTON CARLOS SCHIAVI


ADVGS. PARTE : 16138 GO - JULIANA FERREIRA E SANTOS
22354 GO - NUBIA ROSSANA CARDOSO VIEIRA
29241 GO - THIAGO MORAES

PARTE INTIMADA : RONALDO DE AZEVEDO CARVALHO


ADVGS. PARTE : 22354 GO - NUBIA ROSSANA CARDOSO VIEIRA
16138 GO - JULIANA FERREIRA E SANTOS
29241 GO - THIAGO MORAES

PARTE INTIMADA : SOLANGE RIBEIRO CABRAL DE ARAUJO


ADVGS. PARTE : 22354 GO - NUBIA ROSSANA CARDOSO VIEIRA
16138 GO - JULIANA FERREIRA E SANTOS
29241 GO - THIAGO MORAES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5580564-94.2020.8.09.0000
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

MANDADO DE SEGURANÇA Nº 5580564-94.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA
IMPETRANTES: ANTÔNIO RÊGO LIMA JÚNIOR E OUTROS
IMPETRADA : SECRETÁRIA DE ESTADO DA ECONOMIA DE GOIÁS
RELATOR : Juiz ROBERTO HORÁCIO REZENDE

DESPACHO

Trata-se de Mandado de Segurança impetrado por ANTÔNIO RÊGO LIMA


JÚNIOR, EDIVALDO ALVES PACHECO, JANAINA MACHADO AYRES, NEWTON
CARLOS SCHIAVI, RONALDO DE AZEVEDO DE CARVALHO e SOLANGE
RIBEIRO CABRAL DE ARAÚJO, contra suposto ato ilegal atribuído à SECRETÁRIA
DE ESTADO DA ECONOMIA DE GOIÁS, consubstanciado no óbice à progressão
funcional na carreira de Auditor Fiscal da Receita Estadual.

Analisando os autos, denota-se que há vício na representação processual dos


impetrantes RONALDO DE AZEVEDO DE CARVALHO e SOLANGE RIBEIRO
CABRAL DE ARAÚJO, porquanto as procurações anexadas ao feito não se
encontram preenchidas, nem tampouco assinadas.

Desta forma, a fim de evitar futuras alegações de nulidade, intime-se os


impetrantes a fim de regularizarem a sua representação processual, no prazo de 10
(dez) dias, nos termos do artigo 76, caput, do CPC, sob pena de extinção do feito.

Cumpra-se.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Assinado por ROBERTO HORACIO DE REZENDE
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5580564-94.2020.8.09.0000
ROBERTO HORÁCIO REZENDE
Juiz Substituto em 2º Grau
Relator
Datado e assinado digitalmente conforme Resolução nº 59/2016

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 24/11/2020


15:23:35

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5613512-25.2019.8.09.0065
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : SIRINA MARTINS RIBEIRO
POLO PASSIVO : W L A TURISMO LTDA ME
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : SIRINA MARTINS RIBEIRO


ADVGS. PARTE : 32340 GO - ELCIO GONÇALVES MARQUES
53814 GO - GUSTAVO MONTEIRO BARBOSA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5613512-25.2019.8.09.0065
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

APELAÇÃO CÍVEL Nº 5613512-25.2019.8.09.0065


COMARCA DE GOIÁS
APELANTE : SIRINA MARTINS RIBEIRO
1º APELADO : MUNICÍPIO DE GOIÁS
2ª APELADA : W L A TURISMO LTDA. ME.
RELATOR : Juiz ROBERTO HORÁCIO REZENDE

DESPACHO

Inicialmente, determino àdesp Secretaria da 1ª Câmara Cível que proceda à


retificação da autuação, para incluir como 2ª apelada a empresa W L A TURISMO
LTDA. ME.

Após, tendo em vista a ausência de intimação e visando evitar futura alegação


de nulidade, intime-se a apelada W L A TURISMO LTDA. ME para, no prazo de 15
(quinze) dias, apresentar contrarrazões ao apelo manejado, em conformidade com o
artigo 1.010, § 1º, do Código de Processo Civil,

Por fim, em homenagem ao princípio da não surpresa, estabelecido pelo


artigo 10 1 , do Código de Processo Civil, intime-se a apelante SIRINA MARTINS
RIBEIRO para que, no prazo de 5 (cinco) dias, manifeste-se sobre eventual
inadequação do recurso de Apelação Cível em voga, porquanto o ato judicial atacado
trata-se de decisão interlocutória que extinguiu o processo em relação a apenas um
dos requeridos, determinando o prosseguimento do feito em relação ao outro.

Intime-se. Ao final, com ou sem manifestação, volvam-me os autos


conclusos.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5613512-25.2019.8.09.0065
ROBERTO HORÁCIO REZENDE
Juiz Substituto em 2º Grau
Relator
Datado e assinado digitalmente conforme Resolução nº 59/2016

1 - Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se
tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 24/11/2020


15:15:29

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5429323-73.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : MARIA EDUVIRGES DA VEIGA FERREIRA
POLO PASSIVO : SG INCORPORADORA LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MARIA EDUVIRGES DA VEIGA FERREIRA


ADVG. PARTE : 17129 GO - PAULO ROBERTO MACHADO BORGES

PARTE INTIMADA : SG INCORPORADORA LTDA


ADVG. PARTE : 5734 GO - ABADIA ATAÍDES DA COSTA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5429323-73.2020.8.09.0000
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5429323.73.2020.8.09.0000


COMARCA DE RIO VERDE
AGRAVANTE : MARIA EDUVIRGES DA VEIGA FERREIRA E OUTROS
AGRAVADO : SG INCORPORADORA LTDA
RELATOR : Juiz ROBERTO HORÁCIO REZENDE

DESPACHO

Em atenção às disposições do artigo 10, do Código de Processo Civil1,


determino a intimação da parte agravante para, no prazo de 05 (cinco) dias,
manifesta-se acerca de eventual perda do objeto do presente Agravo de Instrumento,
haja vista a petição juntada na movimentação nº 198, bem como a decisão exarada na
movimentação nº 203, ambas dos autos de origem.

Após, à conclusão.

Cumpra-se. Após, voltem-me os autos conclusos.

ROBERTO HORÁCIO REZENDE


Juiz Substituto em 2º Grau
RELATOR
Datado e Assinado digitalmente conforme Resolução nº 59/2016

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5429323-73.2020.8.09.0000
1 Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a
respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate
de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 24/11/2020


15:30:14

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5530005-36.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : CENTRAL NACIONAL UNIMED
POLO PASSIVO : MARÍLIA THEODORO DE CARVALHO DI RAIMO E OUTROS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CENTRAL NACIONAL UNIMED


ADVG. PARTE : 28449 GO - RENATO CHAGAS CORRÃA DA SILVA

PARTE INTIMADA : MARÍLIA THEODORO DE CARVALHO DI RAIMO E OUTROS


ADVG. PARTE : 31797 GO - DOUGLAS MARTINHO DAMASCENO VILELA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5530005-36.2020.8.09.0000
Poder Judiciário
Tribunal de Justiça de Goiás
Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5530005-36.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA
AGRAVANTE : CENTRAL NACIONAL UNIMED
AGRAVADA : MARÍLIA THEODORO DE CARVALHO DI RAIMO
RELATOR : JUIZ ROBERTO HORÁCIO REZENDE

DESPACHO

Considerando eventual hipótese de perda superveniente do objeto do recurso,


tendo em vista que o procedimento cirúrgico, objeto da tutela de urgência objurgada,
estava previsto para o dia 29/06/2020, e, em atenção ao que dispõe o artigo 10, do
Código de Processo Civil, manifeste-se a parte agravante, no prazo de 5 (cinco) dias.
Intime-se.

ROBERTO HORÁCIO REZENDE


Juiz Substituto no 2º Grau
RELATOR
Datado e Assinado digitalmente conforme Resolução 59/2016

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 24/11/2020


15:30:15

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5560544-63.2018.8.09.0126
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : JOAO PAULO MESQUITA
POLO PASSIVO : MUNICIPIO DE PIRENOPOLIS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JOAO PAULO MESQUITA


ADVG. PARTE : 29659 GO - BRUNO CESAR PIO CURADO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5560544-63.2018.8.09.0126
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 5560544-63.2018.8.09.0126


COMARCA DE PIRENÓPOLIS
AGRAVANTE : JOÃO PAULO MESQUITA
AGRAVADO : MUNICÍPIO DE PIRENÓPOLIS
RELATOR : Juiz ROBERTO HORÁCIO REZENDE

DESPACHO

Considerando que o recurso de Agravo Interno é a via recursal utilizada para


atacar decisões proferidas monocraticamente pelo relator, em atenção ao que
determina o art. 10, CPC, intime-se o agravante, por meio de seus advogados, para,
no prazo de 05 (cinco) dias, se manifestar acerca de eventual inadequação da via
recursal eleita.

Cumpra-se. Após, com ou sem manifestação, volvam-me os autos conclusos.

ROBERTO HORÁCIO REZENDE


Juiz substituto no 2º Grau
RELATOR
Datado e Assinado digitalmente conforme Resolução 59/2016

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5560544-63.2018.8.09.0126

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 24/11/2020


15:15:30

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5436537-18.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : BANCO DO BRASIL S.A.
POLO PASSIVO : TRANSROSA TRANSPORTES DE CARGA LTDA.
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO DO BRASIL S.A.


ADVG. PARTE : 24609 GO - DIWEY STARNLY FERREIRA QUEIROZ

PARTE INTIMADA : TRANSROSA TRANSPORTES DE CARGA LTDA.


ADVG. PARTE : 26411 GO - LEANDRO VAZ DA FONSECA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5436537-18.2020.8.09.0000
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5436537-18.2020.8.09.0000


COMARCA DE IPAMERI
AGRAVANTE : BANCO DO BRASIL S/A
AGRAVADO : TRANSROSA TRANSPORTES DE CARGAS LTDA
RELATOR : JUIZ ROBERTO HORÁCIO REZENDE

DESPACHO

Em atenção às disposições do artigo 10, do Código de Processo Civil1, determino a


intimação da parte agravante para, no prazo de 05 (cinco) dias, manifestar-se acerca
de eventual inadmissibilidade recursal, por ofensa ao disposto no art. 1.026, §§ 2º e 3º,
do Código de Processo Civil, uma vez que penalizado com a multa no Agravo de
Instrumento nº: 0407644-78.2015.8.09.0000, condicionando a interposição de outro
recurso ao seu pagamento, deixou de comprovar o seu recolhimento.

Intimem-se.
Cumpra-se.

ROBERTO HORÁCIO REZENDE

Juiz Substituto em 2º Grau

RELATOR

Datado e Assinado digitalmente conforme Resolução nº 59/2016

1 Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a
respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5436537-18.2020.8.09.0000
de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 24/11/2020


15:23:33

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0031500-82.2012.8.09.0149
CLASSE PROCESSUAL : Consignação em Pagamento ( CPC )
POLO ATIVO : MARCOS LUIS RIBEIRO
POLO PASSIVO : BANCO DAYCOVAL SA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MARCOS LUIS RIBEIRO


ADVG. PARTE : 22470 GO - RAPHAEL RODRIGUES DE OLIVEIRA E SILVA

PARTE INTIMADA : BANCO DAYCOVAL SA


ADVG. PARTE : 32909 SP - IGNEZ LUCIA SALDIVA TESSA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0031500-82.2012.8.09.0149
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0031500-82.2012.8.09.0149

COMARCA DE TRINDADE

APELANTE : MARCOS LUÍS RIBEIRO

APELADOS : BANCO DAYCOVAL S/A

RELATOR : Juiz ROBERTO HORÁCIO REZENDE

DESPACHO

Compulsando os autos, verifico que o recorrente, ao apresentar a presente súplica


recursal, deixou de recolher o preparo recursal com arrimo no pedido de concessão dos
benefícios da gratuidade da justiça formulado na origem, pois não teria condições de arcar com o
preparo recursal.

A esse respeito, colhe-se dos autos digitalizados que o apelante foi intimado pelo
magistrado primevo às fls. 132/133 para comprovar que realmente faz jus a gratuidade da justiça.
Entretanto, como referida determinação judicial não foi atendida pelo autor/recorrente.

Diante disso, o apelante, após ter seus pedidos julgados improcedentes, sem qualquer
ressalva, inclusive a constante do artigo 98, §3º, do Código de Processo Civil, foi condenado ao
pagamento das custas processuais e honorários de sucumbência.

Sendo assim, a fim de evitar futuras alegações de nulidade, com fulcro no artigo 99,
parágrafo 2º, do Código de Processo Civil, intime-se a parte recorrente, por meio de seu
advogado para, no prazo de 05 (cinco) dias, instruir os autos com documentos atualizados que
comprovem a hipossuficiência alegada e justifiquem a concessão da aludida benesse como,
declaração de hipossuficiência, guia de custas recursais, declaração de imposto de renda dos
anos de 2019 e 2020, extratos de todas as contas bancárias e dos cartões de crédito dos
últimos 3 meses, extrato do CNIS, cópia da última anotação da CTPS e da folha subsequente,
dentre outros, sob pena de indeferimento do pedido formulado.

Intime-se.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0031500-82.2012.8.09.0149
ROBERTO HORÁCIO REZENDE
Juiz Substituto em Segundo Grau
RELATOR
(Datado e assinado conforme Resolução nº 59/2016)

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 24/11/2020


15:23:36

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5583114-62.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : JUAREZ FERREIRA ARANTES
POLO PASSIVO : COOPERATIVA MISTA DOS PRODUTORES DE SOJA DE GOIATUBA -
COMPSGOL
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JUAREZ FERREIRA ARANTES


ADVGS. PARTE : 26032 GO - SÍLVIO ARANTES DE OLIVEIRA JÚNIOR
16291 GO - SÍLVIO ARANTES DE OLIVEIRA
58285 GO - MATHEUS HENRIQUE MARQUES LEMES

PARTE INTIMADA : COOPERATIVA MISTA DOS PRODUTORES DE SOJA DE GOIATUBA -


COMPSGOL
ADVG. PARTE : 14079 GO - ODILARDO COSTA ARAUJO FILHO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5583114-62.2020.8.09.0000
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5583114-62.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIATUBA
AGRAVANTE : JUAREZ FERREIRA ARANTES
AGRAVADO : COOPERATIVA MISTA DOS PRODUTORES DE SOJA DE
GOIATUBA - COMPSGOL
RELATOR : JUIZ ROBERTO HORÁCIO REZENDE

DESPACHO

JUAREZ FERREIRA ARANTES, inconformado com a decisão proferida pelo


Juiz de Direito da 2ª Vara Cível da Comarca de Goiatuba, Dr. Paulo Roberto Paludo,
nos autos da Ação de Execução ajuizada por COOPERATIVA MISTA DOS
PRODUTORES DE SOJA DE GOIATUBA - COMPSGOL, interpõe AGRAVO DE
INSTRUMENTO, visando obter a reforma do decisum.

Em proêmio, diante da previsão expressa de cabimento do presente recurso,


nos termos do artigo 1.015, parágrafo único, do Código de Processo Civil, determino o
seu processamento.

Da análise dos autos verifica-se a inexistência de pedido expresso e


fundamentado de liminar no âmbito recursal.

Desse modo, intime-se a parte agravada para, querendo, apresentar resposta


no prazo legal, nos moldes do artigo 1.019, inciso II do citado diploma processual civil.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5583114-62.2020.8.09.0000
Cumpra-se.

ROBERTO HORÁCIO REZENDE


Juiz Substituto em 2º Grau
RELATOR
Datado e assinado digitalmente conforme Resolução 59/2016

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 24/11/2020


15:15:27

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5291159-31.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ALIANCA NACIONAL PARTICIPACOES LTDA
POLO PASSIVO : MUNICIPIO DE SAO LUIS DE MONTES BELOS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ALIANCA NACIONAL PARTICIPACOES LTDA


ADVG. PARTE : 12292 GO - MARTINÊS RODRIGUES MACIEL

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5291159-31.2020.8.09.0000
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5291159.31.2020.8.09.0000


COMARCA DE SÃO LUÍS DE MONTES BELOS
AGRAVANTE : ALIANÇA NACIONAL PARTICIPAÇÕES LTDA
AGRAVADO : MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS DE MONTES BELOS
RELATOR : JUIZ ROBERTO HORÁCIO REZENDE

DESPACHO

Em atenção às disposições do artigo 10, do Código de Processo Civil1, determino a


intimação da parte agravante para, no prazo de 05 (cinco) dias, manifestar-se acerca
de eventual prejudicialidade do recurso aviado, ante a superveniência do decisum de
evento 37 nos autos de origem, que implica perda de objeto.

Intimem-se.
Cumpra-se.

ROBERTO HORÁCIO REZENDE

Juiz Substituto em 2º Grau

RELATOR

Datado e Assinado digitalmente conforme Resolução nº 59/2016

1 Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a
respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate
de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 24/11/2020


15:15:42

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5128344-36.2017.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : DAMIANA CANDIDO PEREIRA
POLO PASSIVO : SPE ORLA LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : DAMIANA CANDIDO PEREIRA


ADVGS. PARTE : 26210 GO - HUMBERTO PÉRICLES RODRIGUES ROCHA
28500 GO - ROGÉRIO RODRIGUES ROCHA

PARTE INTIMADA : SPE ORLA LTDA


ADVGS. PARTE : 19729 GO - ELEONIA BARATO
17786 GO - MARCELO NAVES AMARAL

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5128344-36.2017.8.09.0051
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

APELAÇÃO CÍVEL Nº 5128344-36.2017.8.09.0051

COMARCA DE GOIÂNIA

APELANTE : DAMIANA CÂNDIDO PEREIRA

APELADA : SPE ORLA 1 LTDA.

RELATOR : Juiz ROBERTO HORÁCIO REZENDE

DESPACHO

Diante do inteiro teor da manifestação anexada ao evento nº 25, intime-se a apelada,


SPE ORLA 1 LTDA, por meio de seus advogados, para, no prazo de 05 (cinco) dias, manifestar-
se acerca do pedido da apelante objetivando a realização de audiência de conciliação.

Após, com ou sem a manifestação, volvam-me os autos conclusos.

ROBERTO HORÁCIO REZENDE


Juiz Substituto em Segundo Grau
RELATOR
(Datado e assinado conforme Resolução nº 59/2016)

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 25/11/2020


18:12:53

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5184260-74.2017.8.09.0174
CLASSE PROCESSUAL : Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária ( L.E. )
POLO ATIVO : ITAU UNIBANCO SA
POLO PASSIVO : EDIMAR PAULO DA SILVA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : EDIMAR PAULO DA SILVA


ADVG. PARTE : 26009 GO - CAIO FERNANDES DIAS DE CARVALHO

PARTE INTIMADA : ITAU UNIBANCO SA


ADVG. PARTE : 50094 GO - CARLA CRISTINA LOPES SCORTECCI

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5184260-74.2017.8.09.0174
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

APELAÇÃO CÍVEL Nº 5184260-74.2017.8.09.0174


COMARCA DE GOIÂNIA
APELANTE : EDIMAR PAULO DA SILVA
APELADO : ITAÚ UNIBANCO S/A
RELATOR : Juiz ROBERTO HORÁCIO REZENDE

DESPACHO

EDIMAR PAULO DA SILVA interpôs recurso de APELAÇÃO CÍVEL contra a


sentença do Juiz de Direito da 5ª Vara Cível da Comarca de Goiânia, Dr. Eduardo
Tavares dos Reis, proferida nos autos da “Ação de Busca e Apreensão” ajuizada
contra si por ITAÚ UNIBANCO S/A.

O Apelante pretende obter o deferimento da Assistência Judiciária por


alegadamente não dispor de condições econômicas para efetuar o pagamento da guia
de custas do recurso.

Avoca-se dos autos que o pedido de Justiça Gratuita foi adredemente


indeferido por decisão desta relatoria, quando do julgamento do Agravo de
Instrumento nº 5028621-32.2019.8.09.0000.

Veja-se o teor da ementa:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE BUSCA E


APREENSÃO. INDEFERIMENTO DA ASSISTÊNCIA
JUDICIÁRIA EM GRAU RECURSAL. PARTE INTIMADA PARA
COMPROVAR O RECOLHIMENTO DO PREPARO. PRAZO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5184260-74.2017.8.09.0174
TRANSCORRIDO IN ALBIS. DESERÇÃO. Intimada a parte para
fazer prova do recolhimento do preparo e constatada a sua
inércia, impõe-se o não conhecimento do recurso, diante de sua
deserção. RECURSO INADMISSÍVEL, de acordo com o artigo
932, inciso III do Código de Processo Civil.

Como é cediço, o benefício da gratuidade da justiça pode ser requerido a


qualquer tempo e fase processual, não estando sujeito, em regra, à preclusão.
Contudo, na espécie, observa-se que o pedido formulado foi indeferido, sem que a
parte tenha recorrido da decisão monocrática que negou provimento ao recurso de
agravo de instrumento interposto.

Assim, inadmissível, neste momento processual, a discussão de matéria


que foi alcançada pelo manto da preclusão, mormente porque não demonstrada
modificação superveniente na situação econômica da parte postulante.

A propósito, vejam-se os precedentes:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO.


INDEFERIMENTO DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA.
PRECLUSÃO [...] 1. Deixando a parte interessada de se
insurgir por meio do recurso adequado contra a decisão que
indeferiu o pedido de assistência judiciária gratuita
formulado na petição exordial e que determinou o
recolhimento das custas iniciais devidas, perdeu a
oportunidade processual de discordar do teor do referido
interlocutório, tornando-se preclusa a matéria, em
conformidade com o art. 473 do CPC, o que impossibilita sua
rediscussão em sede de apelo. 2. Embora o pedido de
gratuidade possa ser formulado a qualquer tempo e fase do
processo, uma vez negado o requerimento por decisão
anterior, somente a alteração da situação financeira da parte
autoriza sua reanálise, o que não restou demonstrado no
caso dos autos [...] (TJGO, Apelação 5532949-
22.2019.8.09.0137, Rel. Desa. NELMA BRANCO FERREIRA
PERILO, 4ª Câmara Cível, DJe de 20/04/2020) (grifei)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO DE


VERBA HONORÁRIA [...] PEDIDO DE ASSISTÊNCIA
JUDICIÁRIA GRATUITA INDEFERIDO. INÉRCIA DO
AGRAVANTE QUANTO À INTERPOSIÇÃO DE RECURSO AO
TEMPO DO INDEFERIMENTO. PRECLUSÃO [...] 3. Não
havendo a interposição do recurso cabível contra a decisão
que indeferiu a assistência judiciária em momento oportuno,

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5184260-74.2017.8.09.0174
impossível a renovação da matéria, vez que já operada a
preclusão (TJGO, Agravo de Instrumento 5466471-
55.2019.8.09.0000, Rel. Dr. FÁBIO CRISTÓVÃO DE CAMPOS
FARIA, 3ª Câmara Cível, DJe de 23/03/2020) (grifei)

Assim, com fundamento no artigo 1.007, § 4º, do Código de Processo Civil,


INTIME-SE o Apelante para que, no prazo de 05 (cinco) dias, proceda ao
recolhimento em dobro do preparo, sob pena de deserção.

Cumpra-se.

ROBERTO HORÁCIO REZENDE


Juiz de Direito em Substituição no 2º Grau
RELATOR
(Datado e assinado conforme Resolução 59/2016)

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 25/11/2020


18:12:57

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5212844-86.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : BANCO DO BRASIL S/A
POLO PASSIVO : ALZIRA RAMOS JUBE PEREIRA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO DO BRASIL S/A


ADVG. PARTE : 30261 GO - SERVIO TULIO DE BARCELOS

PARTE INTIMADA : ALZIRA RAMOS JUBE PEREIRA


ADVG. PARTE : 30637 GO - PEDRO PAULO ROMANO FILHO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5212844-86.2020.8.09.0000
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5212844.86.2020.8.09.0000


COMARCA DE MORRINHOS
AGRAVANTE : BANCO DO BRASIL S/A
AGRAVADO : ALZIRA RAMOS JUBÉ PEREIRA (espólio)
RELATOR : Juiz ROBERTO HORÁCIO REZENDE

DESPACHO

Em cumprimento às disposições do artigo 10 do Código de Processo Civil1,


determino a intimação da parte agravante para, no prazo de 05 (cinco) dias,
manifestar-se acerca de eventual inadmissibilidade do recurso aviado, vez que a
matéria discutida na decisão agravada encontra-se acobertada pelo manto da
preclusão.

Cumpra-se. Intime-se.

ROBERTO HORÁCIO REZENDE


Juiz Substituto 2º Grau
RELATOR
Datado e Assinado digitalmente conforme Resolução 59/2016

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5212844-86.2020.8.09.0000
1 Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se
tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de
ofício.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Recebimento -> Recurso -> Sem efeito
suspensivo - Data da Movimentação 09/11/2020 13:40:34

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5551290-85.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : COMING INDUSTRIA E COMERCIO DE COUROS DE COUROS LTDA EM
RECUPERACAO JUDICIAL
POLO PASSIVO : BANCO DE LA NACION ARGENTINA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : COMING INDUSTRIA E COMERCIO DE COUROS DE COUROS LTDA EM


RECUPERACAO JUDICIAL
ADVG. PARTE : 17874 GO - ALUIZIO GERALDO CRAVEIRO RAMOS

PARTE INTIMADA : BANCO DE LA NACION ARGENTINA


ADVG. PARTE : 58352 SP - ROSAMARIA HERMINIA HILA BARNA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5551290-85.2020.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5551290-85.2020.8.09.0000


COMARCA DE TRINDADE

AGRAVANTE: COMING INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE COUROS LTDA. – EM


RECUPERAÇÃO JUDICIAL
AGRAVADO: BANCO DE LA NACION ARGENTINA
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

DECISÃO LIMINAR

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO, com pedido de efeito suspensivo,


interposto por COMING INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE COUROS LTDA. – Em
Recuperação Judicial contra a decisão proferida pelo Juiz de Direito da 3ª Vara
Cível, Comarca de Trindade, Everton Pereira Santos, que, nos autos da Impugnação
de Crédito (5291229-23.2019) ajuizada pelo BANCO DE LA NACION ARGENTINA,
deliberou nestes termos:

“ (…). ANTE O EXPOSTO, decido pela procedência da


impugnação a lista de credores e DETERMINO a exclusão da
lista de credores dos créditos do impugnante BANCO DE LA
NACION ARGENTINA, decorrentes de ACC – Adiantamentos de
Contrato de Câmbio, os quais perfazem o valor de R$
6.661.250,00 (seis milhões, seiscentos e sessenta e um mil,
duzentos e cinquenta reais), tendo em vista não se submeter à
Recuperação Judicial, nos termos do art. 49, § 4º, do artigo 49 c/c
o inciso II, do artigo 86, da Lei de Recuperação Judicial.
Sem custas.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5551290-85.2020.8.09.0000
Condeno a parte Requerida no pagamento de honorários de
advogado que fixo em R$ 1.000,00 (mil reais), com base no art.
85, § 8º, do CPC, tendo em vista se tratar de incidente, e ainda, o
grau de zelo do profissional, o lugar de prestação do serviço, a
natureza e a importância da causa e o trabalho realizado pelo
advogado, e por fim o tempo exigido para o seu serviço.” (evento
14, na origem).

Foram opostos embargos de declaração, rejeitados pela decisão lançada no


evento 29.

Inconformada, a recuperanda interpôs o presente recurso. Em suas razões,


após retomar os fatos, aduz que se mostra fundamental suspender o feito na origem e
aguardar a realização da perícia contábil nos autos da recuperação judicial, pois sua
conclusão influenciará no julgamento deste incidente.

Assegura que o exame pericial poderá atestar a real natureza jurídica dos
contratos firmados com as instituições financeiras nominados de “Adiantamentos a
Contrato de Câmbio – ACC”.

Em seguida, defende a manutenção do crédito da instituição financeira, ora


agravada, na relação de credores sob a premissa de que o artigo 49, § 4º da Lei nº
11.101/2005, ao prever um privilégio do crédito bancário em detrimento do crédito
trabalhista, é inconstitucional.

Transcreve trechos de parecer elaborado por Ivo Waisberg a pedido da


recuperanda para pontuar que “os contratos firmados entre as partes não podem ser
considerados adiantamentos a contrato de câmbio e sim verdadeiros contratos de
mútuo.”

Acrescenta que “no momento de realização de todas essas contratações de


ACC, o banco não exigia qualquer tipo de documento da recorrente que comprovasse
de forma efetiva e específica a realização de tratativas ou efetivação de venda
internacional. Ao contrário, era repassada a informação de que a documentação
comprobatória de exportações genéricas poderia ser apresentada a posteriori, em data
próxima à liquidação/pagamento do empréstimo, e que essa deveria corresponder a
um montante similar ao valor que havia sido repassado no início da contratação.”

Nestes termos, requer seja declarada “a descaracterização dos contratos


mencionados para simples contratos de mútuo, o que efetivamente são, uma vez que

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5551290-85.2020.8.09.0000
não há vinculação efetiva de negócios jurídicos de vendas de produtos no exterior com
esses e que a destinação do numerário liberado foi diversa de financiamento de
exportação.”

Após discorrer sobre o preenchimento dos requisitos necessários ao


deferimento da liminar, requer “a concessão de efeito suspensivo à decisão agravada,
para que eventual exclusão dos crédito [sic] do agravado da segunda relação de
credores ocorra apenas após o trânsito em julgado do presente recurso”, com seu final
provimento, nos termos aduzidos.

Instruiu a petição recursal com a documentação anexada ao evento 1,


incluído o preparo (arquivo 8).

É o relatório. Passo à apreciação do pedido liminar.

Em proêmio, diante da previsão expressa de cabimento do presente recurso,


nos termos do artigo 17 da Lei nº 11.101/2005 c/c artigo 1.015, incisos XIII do Código
de Processo Civil, determino o seu processamento.

Vale ressaltar que, nos termos do artigo 1.019, I, do Código de Processo Civil,
foi mantida a faculdade conferida ao relator de conceder efeito suspensivo ou, ainda,
deferir, total ou parcialmente, a antecipação da tutela pleiteada, nos casos
expressamente admitidos em lei, ou seja, devem estar presentes a probabilidade do
direito aliada ao perigo de dano que o ato judicial possa causar.

Tais pressupostos devem ser demonstrados de maneira inequívoca, a fim de


que ao julgador não remanesça dúvidas quanto a viabilidade de se deferir o efeito
suspensivo pretendido.

No caso em exame, observo que tais requisitos não se encontram


evidenciados, na medida em que, a princípio, após uma análise perfunctória dos autos,
bem como da documentação acostada no processo de origem, não vislumbro
excepcionalidade a amparar o pedido de postergação dos efeitos da decisão
agravada, a considerar a natureza dos contratos firmados pelas partes (ACC).

Ante o exposto, com fulcro nos artigos 995, parágrafo único e 1.019, inciso I
do Código de Processo Civil, INDEFIRO o pedido de atribuição de efeito
suspensivo ao recurso, até final deliberação.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Assinado por CARLOS ROBERTO FAVARO
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Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 309 de 5858
ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5551290-85.2020.8.09.0000
Oficie-se o Juízo de origem, dando-lhe ciência desta decisão (art. 1.019, I do
CPC).

Intime-se o agravado para que, nos termos do artigo 1.019, inciso II do CPC,
apresente contrarrazões.

Em seguida, dê-se vista dos autos à Procuradoria-Geral de Justiça para que


se manifeste acerca da matéria, em especial sobre o pedido de declaração incidental
de inconstitucionalidade formulado.

Intimem-se. Cumpra-se.

Goiânia, 09 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em
Assinado por CARLOS ROBERTO FAVARO
Validação pelo código: 10403560015358374, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/PendenciaPublica
Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 310 de 5858
ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Recebimento -> Recurso -> Sem efeito
suspensivo - Data da Movimentação 09/11/2020 13:41:20

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5551309-91.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : COMING INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE COUROS LTDA
POLO PASSIVO : BANCO DA AMAZÔNIA S/A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : COMING INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE COUROS LTDA


ADVGS. PARTE : 25150 GO - WILSON PIAZA DA SILVA
17874 GO - ALUIZIO GERALDO CRAVEIRO RAMOS

PARTE INTIMADA : COMING INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE COUROS LTDA


ADVGS. PARTE : 17874 GO - ALUIZIO GERALDO CRAVEIRO RAMOS
25150 GO - WILSON PIAZA DA SILVA

PARTE INTIMADA : BANCO DA AMAZÔNIA S/A


ADVG. PARTE : 349427 SP - PABLO ALVES DE CASTRO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 311 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5551309-91.2020.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5551309-91.2020.8.09.0000


COMARCA DE TRINDADE

AGRAVANTE: COMING INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE COUROS LTDA. – EM


RECUPERAÇÃO JUDICIAL
AGRAVADO: BANCO DA AMAZÔNIA S/A
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

DECISÃO LIMINAR

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO, com pedido de efeito suspensivo,


interposto por COMING INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE COUROS LTDA. – Em
Recuperação Judicial contra a decisão proferida pelo Juiz de Direito da 3ª Vara
Cível, Comarca de Trindade, Everton Pereira Santos, que, nos autos da Impugnação
de Crédito (5285803-30.2019) ajuizada pelo BANCO DA AMAZÔNIA S/A, deliberou
nestes termos:

“ (…). ANTE O EXPOSTO, decido pela procedência da


impugnação a lista de credores e DETERMINO à imediata
exclusão dos créditos do Banco da Amazônia, com origem em
Adiantamento sobre Contrato de Câmbio, no valor de $
15.516.747,06 (Quinze milhões, quinhentos e dezesseis mil,
setecentos e quarenta e sete reais e seis centavos), da lista de
credores, pois, não sujeito aos efeitos da recuperação judicial,
nos termos do art. 49, §4º, do artigo 49 c/c o inciso II, do artigo
86, da Lei de Recuperação Judicial, e de consequência
DETERMINO a retificação da lista de credores para que conste o

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NR.PROCESSO: 5551309-91.2020.8.09.0000
crédito quirografário do referido Banco, referente à CCB n.º
272664, no valor R$ 900.710,34 (novecentos mil, setecentos e
dez reais e trinta e quatro centavos).
Sem custas.
Condeno a parte Requerida no pagamento de honorários de
advogado que fixo em R$ 1.000,00 (mil reais), com base no art.
85, § 8º, do CPC, tendo em vista se tratar de incidente, e ainda, o
grau de zelo do profissional, o lugar de prestação do serviço, a
natureza e a importância da causa e o trabalho realizado pelo
advogado, e por fim o tempo exigido para o seu serviço.” (evento
20, na origem).

As partes opuseram embargos de declaração, os quais foram decididos


nestes termos:

“(…). Ante o exposto, rejeito os embargos de declaração opostos


pela Requerida e dou parcial provimento aos embargos do
BANCO DA AMAZÔNIA S.A, para fixar os honorários de
sucumbência no importe de R$ 3.000,00 (três mil) reais.”

Inconformada, a recuperanda interpôs o presente recurso. Em suas razões,


após retomar os fatos, aduz que se mostra fundamental suspender o feito na origem e
aguardar a realização da perícia contábil nos autos da recuperação judicial, pois sua
conclusão influenciará no julgamento deste incidente.

Assegura que o exame pericial poderá atestar a real natureza jurídica dos
contratos firmados com as instituições financeiras nominados de “Adiantamentos a
Contrato de Câmbio”.

Em seguida, defende a manutenção do crédito da instituição financeira, ora


agravada, na relação de credores sob a premissa de que o artigo 49, § 4º da Lei nº
11.101/2005, ao prever um privilégio do crédito bancário em detrimento do crédito
trabalhista, é inconstitucional.

Transcreve trechos de parecer elaborado por Ivo Waisberg a pedido da


recuperanda para pontuar que “os contratos firmados entre as partes não podem ser
considerados adiantamentos a contrato de câmbio e sim verdadeiros contratos de
mútuo.”

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NR.PROCESSO: 5551309-91.2020.8.09.0000
Acrescenta que “no momento de realização de todas essas contratações de
ACC, o banco não exigia qualquer tipo de documento da recorrente que comprovasse
de forma efetiva e específica a realização de tratativas ou efetivação de venda
internacional. Ao contrário, era repassada a informação de que a documentação
comprobatória de exportações genéricas poderia ser apresentada a posteriori, em data
próxima à liquidação/pagamento do empréstimo, e que essa deveria corresponder a
um montante similar ao valor que havia sido repassado no início da contratação.”

Nestes termos, requer seja declarada “a descaracterização dos contratos


mencionados para simples contratos de mútuo, o que efetivamente são, uma vez que
não há vinculação efetiva de negócios jurídicos de vendas de produtos no exterior com
esses e que a destinação do numerário liberado foi diversa de financiamento de
exportação.”

Por fim, caso mantida a decisão agravada, postula a redução da quantia


arbitrada a título de honorários advocatícios para R$ 1.000,00 (um mil reais), sob o
argumento de que “não foi necessário um tempo de trabalho tão considerável a ponto
de se conceder honorários advocatícios na ordem de R$ 3.000,00 (três mil reais).”

Após discorrer sobre o preenchimento dos requisitos necessários ao


deferimento da liminar, requer “a concessão de efeito suspensivo à decisão agravada,
para que eventual exclusão dos crédito [sic] do agravado da segunda relação de
credores ocorra apenas após o trânsito em julgado do presente recurso”, com seu final
provimento, nos termos aduzidos.

Instruiu a petição recursal com a documentação anexada ao evento 1,


incluído o preparo (arquivo 8).

É o relatório. Passo à apreciação do pedido liminar.

Em proêmio, diante da previsão expressa de cabimento do presente recurso,


nos termos do artigo 17 da Lei nº 11.101/2005 c/c artigo 1.015, incisos XIII do Código
de Processo Civil, determino o seu processamento.

Vale ressaltar que, nos termos do artigo 1.019, I, do Código de Processo Civil,
foi mantida a faculdade conferida ao relator de conceder efeito suspensivo ou, ainda,
deferir, total ou parcialmente, a antecipação da tutela pleiteada, nos casos
expressamente admitidos em lei, ou seja, devem estar presentes a probabilidade do
direito aliada ao perigo de dano que o ato judicial possa causar.

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NR.PROCESSO: 5551309-91.2020.8.09.0000
Tais pressupostos devem ser demonstrados de maneira inequívoca, a fim de
que ao julgador não remanesça dúvidas quanto a viabilidade de se deferir o efeito
suspensivo pretendido.

No caso em exame, observo que tais requisitos não se encontram


evidenciados, na medida em que, a princípio, após uma análise perfunctória dos autos,
bem como da documentação acostada no processo de origem, não vislumbro
excepcionalidade a amparar o pedido de postergação dos efeitos da decisão
agravada, a considerar a natureza dos contratos firmados pelas partes (ACC).

Ante o exposto, com fulcro nos artigos 995, parágrafo único e 1.019, inciso I
do Código de Processo Civil, INDEFIRO o pedido de atribuição de efeito
suspensivo ao recurso, até final deliberação.

Oficie-se o Juízo de origem, dando-lhe ciência desta decisão (art. 1.019, I do


CPC).

Intime-se o agravado para que, nos termos do artigo 1.019, inciso II do CPC,
apresente contrarrazões.

Em seguida, dê-se vista dos autos à Procuradoria-Geral de Justiça para que


se manifeste acerca da matéria, em especial sobre o pedido de declaração incidental
de inconstitucionalidade formulado.

Intimem-se. Cumpra-se.

Goiânia, 09 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 09/11/2020


13:43:19

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5538877-40.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS
POLO PASSIVO : INSTITUTO METROPOLITANO DE ENSINO LTDA ME
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : INSTITUTO METROPOLITANO DE ENSINO LTDA ME


ADVG. PARTE : 45568 GO - EDSON RODRIGUES MACHADO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5538877-40.2020.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5538877-40.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA

AGRAVANTE: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS


AGRAVADO: INSTITUTO METROPOLITANO DE ENSINO LTDA. ME
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

DESPACHO

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto pelo MINISTÉRIO PÚBLICO DO


ESTADO DE GOIÁS contra decisão proferida pelo Juiz de Direito da 26ª Vara Cível
da Comarca de Goiânia, Dr. Péricles DI Montezuma, nos autos da ação civil pública
(protocolo nº 5514240-66.2020.8.09.0051) promovida por si, pela DEFENSORIA
PÚBLICA DO ESTADO DE GOIÁS, e pelo PROCON GOIÁS em face do INSTITUTO
METROPOLITANO DE ENSINO LTDA. ME.

Diante de previsão expressa de cabimento do agravo de instrumento (art. 1.015, I, do


CPC), determino o seu processamento.

Ante a inexistência de pedido de atribuição de efeito suspensivo ao recurso ou de


deferimento, em antecipação de tutela, da pretensão recursal, intime-se a parte
agravada para, no prazo legal, apresentar resposta, nos termos do artigo 1.019, inciso

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NR.PROCESSO: 5538877-40.2020.8.09.0000
II, do Código de Processo Civil.

Após, dê-se vista dos autos à Procuradoria-Geral de Justiça, nos moldes de art. 1.019,
inciso III, do mesmo diploma processual.

Cumpra-se.

Goiânia, 09 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR
1013/CR

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 09/11/2020


15:21:34

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5207310-64.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : GOIÁS PREVIDÊNCIA - GOIÁSPREV
POLO PASSIVO : RUTH MACHADO DA COSTA SILVA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : RUTH MACHADO DA COSTA SILVA


ADVG. PARTE : 36784 GO - ANDREIA SIMON ABRAHAO RODRIGUES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5207310-64.2020.8.09.0000
tribunal
PODER JUDICIÁRIO
de justiça TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
do estado
Gabinete do Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
de goiás
Rua 10, n.º 150 , Fórum Dr. Heitor Moraes Fleury , 12º Andar , Sala 1229, Setor Oeste , Goiânia-GO, CEP 74120020, Tel: (62) 3216-2964

Processo : 5207310-64.2020.8.09.0000
Nome CPF/CNPJ
Promovente(s)
Goiás Previdência - Goiásprev 11.991.625/0001-89
Nome CPF/CNPJ
Promovido(s)
Ruth Machado Da Costa Silva 160.798.091-68
Órgão 1ª Câmara
Tipo de Ação / Recurso Agravo de Instrumento ( CPC )
judicante: Cível
Relator Des. ORLOFF NEVES ROCHA

DESPACHO

Sobre a informação de descumprimento da medida liminar pelo Agravante, pugnando a


Agravada pela aplicação de multa diária (evento 27), INDEFIRO, por ora, o pedido porquanto
ainda não transcorrido o prazo recursal do julgamento de evento 21, cabendo a postergação da
apreciação do aludido pedido para a fase de cumprimento de acórdão.

Intimem-se.

Goiânia, 09 de novembro de 2020.

__________________________________________
Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
Relator
_____________________________________________________________________
_____
Documento emitido / assinado digitalmente
com fundamento no Art. 1º, § 2º III, "b", da Lei Federal nº 11.419, de 19/12/2006, publicada no DOU de 20/12/2006.

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NR.PROCESSO: 5207310-64.2020.8.09.0000

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 10/11/2020 08:56:56

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5558203-83.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : MR SANTANA COMÉRCIO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS LTDA ME
POLO PASSIVO : ESTADO DE GOIÁS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MR SANTANA COMÉRCIO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS LTDA ME


ADVG. PARTE : 389719 SP - MURILO POMPEI BARBOSA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5558203-83.2020.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5558203.83.2020.8.09.0000
COMARCA DE GOIÂNIA

AGRAVANTE: MR SANTANA COMÉRCIO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS LTDA.


ME
AGRAVADO: ESTADO DE GOIÁS
RELATORA: DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

DECISÃO LIMINAR

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO, com pedido de tutela antecipada recursal,


interposto por MR SANTANA COMÉRCIO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS LTDA.
ME, em face da decisão proferida pelo Juiz de Direito da 2ª Vara da Fazenda Pública
Estadual da Comarca de Goiânia, Dr. Gustavo Dalul Faria, nos autos da Ação
Anulatória (nº 5509156-84.2020) proposta em desfavor do ESTADO DE GOIÁS.

Consta dos autos originários que o autor foi autuado pelo fisco estadual, através do
processo administrativo tributário nº 4.01.20.011472.05, ao fundamento de que houve
omissão do pagamento do ICMS, no período de 01/01/2020 a 30/07/2020.

Nesse contexto, a parte ajuizou a demanda, requerendo, liminarmente, a antecipação


dos efeitos da tutela de urgência ou, subsidiariamente, a concessão de medida liminar
cautelar substitutiva, com fulcro, respectivamente, nos artigos 300 do Código de
Processo Civil e 151 do Código Tributário Nacional, com o fito de determinar a
suspensão exigibilidade do crédito tributário. Em tese subsidiária, pede a suspensão
da exigibilidade do tributo por meio do depósito em juízo os valores do parcelamento
nº 457322-6 firmado.

Ao analisar tal pleito, o magistrado singular proferiu a decisão embatida, nos seguintes
termos:

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NR.PROCESSO: 5558203-83.2020.8.09.0000
“(…) Para deferimento de liminar, exige a satisfação simultânea
de dois requisitos autorizadores, quais sejam, o fumus boni iuris,
caracterizado pela relevância jurídica dos argumentos
expendidos na peça vestibular; e o periculum in mora,
evidenciado ante a possibilidade do perecimento do bem jurídico
objeto da pretensão resistida.
Inicialmente, cabe salientar que é entendimento do nosso
Egrégio Tribunal de Justiça de que a confissão de dívida para fins
de parcelamento dos débitos tributários não impede sua posterior
discussão judicial, quanto aos aspectos jurídicos, vejamos:
(…)
Por outro lado, sobre o pleito liminar, após realizar uma análise
de cognição sumária do feito, não vislumbro a plausibilidade do
direito pleiteado pelos autores, posto que inexistente, à primeira
vista, um dos requisitos ensejadores para a concessão da liminar,
qual seja, o fumus boni iuris.
Isso porque, a suspensão da exigibilidade do crédito tributário por
decisão judicial é medida excepcional e só utilizada quando há
equívoco constatado de plano e somente é possível conceder
benefício de suspensão do crédito tributário em situações
legalmente elencadas, é o que estabelece o inciso I, do artigo
111 do CTN.
In casu, a única hipótese que autorizaria a suspensão da
exigibilidade dos autos em questão seria o depósito do seu
montante integral, uma vez que a aludida suspensão se encontra
taxativamente prevista no rol exaustivo do artigo 151 do CTN,
vejamos:
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
I – moratória;
II - o depósito do seu montante integral;
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis
reguladoras do processo tributário administrativo;
IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em
outras espécies de ação judicial;
VI – o parcelamento.
Nesse sentido, o Superior Tribunal de Justiça, no REsp nº
1.156.668/SP, julgado sob o rito dos repetitivos, já sedimentou o
entendimento no qual somente o depósito judicial, em dinheiro, e
no montante integral, autoriza a suspensão da exigibilidade do
crédito tributário.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5558203-83.2020.8.09.0000
Esse também é o entendimento do nosso Egrégio Tribunal de
Justiça no AI nº 5373195.04.2018.8.09.0000 e no AI nº
5445771.92.2018.09.0000.
Dito isso, verifico não prosperar o pleito de suspensão de crédito
tributário, ante a ausência do depósito integral do valor da dívida
para fins de suspensão da exigibilidade do crédito tributário.
Sendo assim, ausente um dos requisitos, torna-se prejudicado o
exame do eventual periculum in mora, vez que este, por si só,
não possui força para autorizar a concessão da liminar pleiteada,
pois a presença dos requisitos legais mencionados deve ser
concomitante.
POSTO ISSO, INDEFIRO a tutela de urgência. Contudo, a
decisão poderá ser reconsiderada em caso de depósito integral
do valor do débito fiscal, como determina o CTN.
Cite-se o Estado de Goiás, na pessoa de seu representante
judicial.
Considerando a natureza da controvérsia, deixo de designar
audiência de conciliação.
Após, apresentação de contestação intime-se o autor para
impugnação.
Intimem-se. ” (evento 04 dos autos originários)

Inconformado, o autor avia o presente recurso de Agravo de Instrumento. Em suas


razões recursais, aduz que seu direito é evidente, na medida em que restou
comprovado que não foram observadas as formalidades legais pelos Auditores-Fiscais
na lavratura do AIIM (Auto de Infração e Imposição de Multa), bem como ser manifesto
o vício de vontade, em razão da coação estatal para a empresa aderir ao
parcelamento, assim como várias outras manifestas insurgências, não podendo a
agravante ser compelida a recolher valores indevidos, gerando um esvaziamento do
seu patrimônio, sobretudo em tempos de recessão econômica.

Afirma que encontram-se presentes todos os requisitos para a concessão de tutela


provisória de urgência em sua modalidade satisfativa.

Cita os artigos 300 do CPC e 151 do CTN a fim de amparar o alegado, frisando que,
em relação a este último, o Superior Tribunal de Justiça admite a aludida antecipação
de efeitos independente de garantia.

Brada que não se pode alegar que a suspensão da exigibilidade do crédito tributário
somente poderá ocorrer, na hipótese, por meio da realização de depósito judicial do

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5558203-83.2020.8.09.0000
montante integral do débito fiscal ora discutido, diante do que dispõe a Súmula
Vinculante 28 do STF.

Pontua que o requisito do “fumus boni iuris” está estampado no fato de que o AIIM ora
discutido encontra-se eivado de irregularidades, como a falta de fundamentação legal,
causando incontestável cerceamento de defesa à agravante e violando princípios
constitucionais que regem nosso sistema, como o do contraditório, ampla defesa, do
não confisco e da segurança jurídica.

Defende a presença de provas substanciosas de suas alegações acostadas aos autos,


hábeis a demonstrar de forma cabal a inexistência de falta de recolhimento de ICMS
para as competências constantes no AIIM, uma vez que não fora considerado pelo
ente estadual que todas as operações foram devidamente instrumentalizadas por meio
das notas fiscais eletrônicas emitidas no período auditado.

Acrescenta que o agravado deixou de levar em consideração que a empresa


agravante é optante pelo Simples Nacional, onde em suas declarações e extratos do
SIMPLES demonstram realidade completamente diferente das impostas no AIIM,
tendo o ente estadual se baseando apenas em presunções de existência de
mercadorias que não teriam sido registradas e comercializadas sem o recolhimento do
imposto.

Diz existir, no caso, efeito confiscatório, assim como multas e juros abusivos, em
desrespeito as determinações impostas no ordenamento jurídico, o que influência
diretamente na ilegalidade e consequente nulidade do AIIM em discussão.

Verbera que o fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação também está
presente, na medida em que, caso não seja concedido o provimento ora requerido,
certamente o agravado ingressará com execução fiscal, o que implicará na indevida
constrição de bens da empresa para garantia de crédito tributário manifestamente
indevido, além de poder ser negada a expedição de regularidade fiscal, o que
certamente prejudicará o regular desenvolvimento de suas atividades, especialmente
na obtenção de crédito bancário, fundamental para os investimentos em equipamentos
necessários ao bom desenvolvimento de suas atividades.

Esclarece que a concessão da tutela de urgência, na hipótese, não tem caráter


irreversível.

Pede que, ocorrendo o indeferimento da suspensão da exigibilidade do tributo por


meio da tutela antecipada de urgência, seja deferida a possibilidade da parte depositar
em juízo os valores mensais do parcelamento nº 457322-6, conforme o artigo 151,

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NR.PROCESSO: 5558203-83.2020.8.09.0000
inciso II, do CTN.

Nestes termos, requer a concessão da antecipação dos efeitos da tutela de urgência


nos autos originários ou, subsidiariamente, medida liminar cautelar substitutiva, com
fulcro, respectivamente, nos artigos 300 do Código de Processo Civil e 151 do Código
Tributário Nacional, com o fito de determinar a suspensão exigibilidade do crédito
tributário pretendido pelo Auto de Infração e Multa, ordenando-se ao Agravado que se
abstenha de adotar qualquer medida administrativa ou judicial tendente à cobrança do
referido débito fiscal até o término da presente ação anulatória. No mérito, pugna pela
confirmação, em definitivo, da tutela antecipada nos autos originários. Em tese
subsidiária, caso não se entenda pela concessão da tutela provisória, pede a
suspensão da exigibilidade do tributo por meio do depósito em juízo os valores do
parcelamento nº 457322-6 firmado.

Preparo colacionado no evento 01, arquivo 02.

Em suma, é o relatório. Passo à decisão.

Nos termos do artigo 1.019, inciso I1, do Código de Processo Civil/2015, o Relator
poderá deferir em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal.

Ao comentar o referido dispositivo, os doutrinadores Nelson Nery Junior e Rosa Maria


de Andrade Nery elucidam:

“ 19. Tutela Provisória da pretensão recursal. Como o juiz


preparador do recurso, o relator poderá conceder provisoriamente
a tutela pretendida no recurso. Já se admitia a concessão de
tutela antecipada na esfera recursal por interpretação sistemática
do CPC/1973 273, ex-257 II e 558. Contudo, a lei, desde a última
redação vigente do CPC/1973 527, deixou explícita essa
possibilidade. Pode haver interesse processual na obtenção da
tutela na fase recursal, porque a satisfação do credor só ocorre
com o encerramento da execução (CPC 924). Portanto, enquanto
não satisfeita a pretensão do credor, por ele pleitear a tutela
provisória de mérito ou de seus efeitos, em qualquer fase do
processo, inclusive a recursal (o que, no atual CPC, é
explicitamente autorizado ex vi do CPC 299 par. ún.)”.
(Comentários ao Código de Processo Civil, 2ª tiragem, São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2015, p. 2.106).

Acrescente-se que o novo Código de Ritos, em seu artigo 300, que trata da tutela de

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NR.PROCESSO: 5558203-83.2020.8.09.0000
urgência, assim disciplina:

“Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver


elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo
de dano ou o risco ao resultado útil do processo.”

Desse modo, para a concessão da tutela antecipada requestada, devem estar


presentes dois requisitos, quais sejam, o fumus boni iuris (probabilidade do direito) e o
periculum in mora (perigo de dano) a revelarem que o indeferimento do pedido
acarretará lesão grave e de difícil reparação ao recorrente.

Feitas tais ponderações, em juízo de cognição sumária, verifico que não estão
presentes, neste momento, os requisitos para o deferimento da antecipação da tutela,
haja vista que não restou comprovada a probabilidade do direito da parte, de modo
que entendo prudente proceder com a instrução do agravo para melhor apreciar a
pretensão recursal e verificar a legalidade ou não da decisão de primeiro grau.

Outrossim, o deferimento da liminar de tutela antecipada esgotaria o mérito do agravo,


situação que por cautela se evita no presente momento processual.

Dessa forma, com fulcro no artigo 995, parágrafo único c/c o artigo 1.019, inciso I,
ambos do Código de Processo Civil/2015, INDEFIRO o pedido de concessão de
antecipação de tutela recursal, até julgamento final do presente feito.

Dê-se ciência desta decisão ao juiz da causa.

Intime-se o agravado para, querendo, apresentar resposta, no prazo de 15 (quinze)


dias (art. 1019, II do CPC/15).

Intimem-se. Cumpra-se.

Goiânia, 09 de novembro de 2020.

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NR.PROCESSO: 5558203-83.2020.8.09.0000
DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI
RELATORA
119

1Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for
o caso de aplicação do art. 932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:

I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou


parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão;

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


10/11/2020 14:09:22

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5183966-54.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : MAICOM ALVES DE OLIVEIRA
POLO PASSIVO : AGNALDO AUGUSTO DA CRUZ
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MAICOM ALVES DE OLIVEIRA


ADVG. PARTE : 58605 GO - GUILHERME SANTOS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5183966-54.2020.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5183966.54.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA

AGRAVANTE: MAICOM ALVES DE OLIVEIRA


AGRAVADO: DIRETOR GERAL DE ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA DO
ESTADO DE GOIÁS
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO LIMINAR.


SUPERVENIÊNCIA DE SENTENÇA EM PRIMEIRO GRAU.
PERDA DO OBJETO DO RECURSO. Superveniente sentença
proferida nos autos originários, com análise exauriente do pedido
liminar outrora requerido, implica na perda de objeto do agravo de
instrumento interposto contra decisão anterior, tendo em vista
que, neste caso, a sentença absorve os efeitos do provimento
interlocutório. Recurso de agravo de instrumento prejudicado
(artigos 932, III do CPC e 195, do RITJGO).

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por MAICOM ALVES DE


OLIVEIRA contra a decisão proferida pela Juíza de Direito da 4ª Vara da Fazenda
Pública Estadual da Comarca de Goiânia, Drª. Zilmene Gomide da Silva Manzolli, nos
autos do Mandado de Segurança, impetrado contra ato coator atribuído ao DIRETOR
GERAL DE ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA DO ESTADO DE GOIÁS.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5183966-54.2020.8.09.0000
Em consulta ao Sistema de Processo Judicial Digital (PJD), extrai-se dos autos de
origem (5173322-93.2020) que foi proferida sentença (evento 21), analisando o mérito
da pretensão autoral.

É o breve relatório. Passo a decidir.

Pois bem, conforme relatado, infere-se dos autos originários que foi proferida sentença
naquele caderno processual, tornando prejudicada a apreciação do mérito do
presente agravo de instrumento.

Isso porque a superveniência de sentença com o exame exauriente da questão


debatida neste recurso, implica na perda do objeto do agravo de instrumento, uma vez
que este não é o meio processual adequado para confirmar ou alterar a sentença, não
sendo possível substituí-la por decisão interlocutória.

Para ilustrar, segue entendimento do STJ:

“AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL


E PROCESSUAL CIVIL. LOCAÇÃO. AÇÃO DE DESPEJO.
LIMINAR CONCEDIDA. AGRAVO DE INSTRUMENTO.
PROLAÇÃO DA SENTENÇA CONFIRMATÓRIA DA LIMINAR.
PERDA DE OBJETO. PRETENSÃO PREJUDICADA. 1. A
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça orienta-se no
sentido de que a prolação de sentença no mérito, abarcando e
confirmando a liminar concedida, torna prejudicado o recurso
especial interposto contra o acórdão que examina o agravo de
instrumento manejado contra referida liminar, desimportando a
oposição de embargos de declaração contra a referida decisão.
2. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO.” (STJ, AgInt no REsp
1737132/RJ, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO,
TERCEIRA TURMA, julgado em 26/08/2019, DJe 30/08/2019).

Neste sentido, dispõe o Código de Processo Civil:

“Art. 932. Incumbe ao relator: (…).

III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que


não tenha impugnado especificamente os fundamentos da
decisão recorrida.” (Destaquei).

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5183966-54.2020.8.09.0000
No mesmo sentido, o Regimento Interno deste Tribunal de Justiça assim preceitua:

“Art. 195. Julgar-se-á prejudicada a pretensão quando houver


cessado sua causa determinante ou já tiver sido plenamente
alcançada em outra via, judicial ou não.
Parágrafo único. A pretensão será julgada sem objeto, se este
houver desaparecido ou perecido.”

Desta feita, a prolação de sentença, com análise exauriente do pedido liminar outrora
requerido, tornou sem objeto o presente agravo de instrumento, de modo que, neste
momento, cessou a causa determinante discutida neste recurso.

Ante o exposto, nos termos dos artigos 932, III do CPC e 195, do Regimento Interno
deste Tribunal de Justiça, não conheço do presente recurso por considerá-lo
prejudicado ante a superveniência de sentença proferida no processo principal.

Intimem-se as partes.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se estes autos.

Goiânia, 10 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR
1002 P/ 1004/CR

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


11/11/2020 20:21:55

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5415935-06.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ANTONIO CARDOSO DA SILVA
POLO PASSIVO : RAIMUNDO DE MACEDO MENEZES
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ANTONIO CARDOSO DA SILVA


ADVG. PARTE : 25592 GO - TATIANA CAVALCANTE FADUL

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5415935-06.2020.8.09.0000
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5415935.06.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA
AGRAVANTE : ANTÔNIO CARDOSO DA SILVA
AGRAVADO : RAIMUNDO DE MACEDO MENEZES
RELATORA : DESª. AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL. INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE
GRATUIDADE DA JUSTIÇA. AUSÊNCIA DE RECOLHIMENTO DO
PREPARO NO PRAZO FIXADO JUDICIALMENTE. ARTIGO 99,
PARÁGRAFO 7º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. DESERÇÃO.
I. Pela sistemática da Lei Processual Civil em vigor, no que tange ao
preparo recursal, é ônus da parte, ao interpor o recurso, comprovar nos
autos o recolhimento das custas processuais (artigo 1.007, CPC). II.
Deixando o agravante de promover o recolhimento do preparo no
quinquídio legal iniciado após o indeferimento do pedido de gratuidade
da justiça, impera o reconhecimento de deserção do recurso aviado,
nos termos do art. 99, §7º, in fine, do CPC. Recurso não conhecido,
nos termos do artigo 932, inciso III, do Código de Processo Civil.

DECISÃO MONOCRÁTICA

ANTÔNIO CARDOSO DA SILVA, devidamente qualificado e representado,


inconformado com a decisão proferida pelo Juiz de Direito da 27ª Vara Cível da
Comarca de Goiânia, Dr. Romério do Carmo Cordeiro, nos autos da Ação de
Execução de Título Extrajudicial proposta por RAIMUNDO DE MACEDO MENEZES,
interpõe recurso de Agravo de Instrumento com pedido de Efeito Suspensivo, no
intento de buscar sua reforma.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5415935-06.2020.8.09.0000
Infere-se dos autos que a parte agravante pugnou pelos benefícios da
assistência judiciária, mas referido pleito foi indeferido por meio da decisão de
movimentação nº 10, momento em que foi determinada a intimação do agravante para
efetuar o preparo recursal sob pena de deserção. Todavia, a decisão transitou em
julgado sem a interposição de recurso ou pagamento das custas recursais, conforme
certidão de movimentação nº 13.

Após, vieram-me os autos conclusos.

É, pois, o relato necessário.

Passo a fundamentar e a decidir.

Em proêmio, deve-se consignar o cabimento do julgamento monocrático do


presente agravo, de sorte que se encontram delineadas uma das situações previstas
no artigo 932, inciso III, do Código de Processo Civil, ante a ausência dos
pressupostos de admissibilidade recursal.

Ao que se vê, para que o mérito recursal seja apreciado devem estar
presentes todos os requisitos de admissibilidade, pois a ausência de um deles acarreta
o não conhecimento da insurgência.

É literal o texto legal quanto à exigência de prova do preparo concomitante à


interposição do recurso, cujo descumprimento implica em deserção, a conduzir à
respectiva inadmissibilidade, nos termos do que disciplina o artigo 1.007, caput, do
Código de Processo Civil, in verbis:

“Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente


comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o
respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno,
sob pena de deserção.” (Negritei)

Sobre o tema, insta registrar o escólio dos processualistas Nelson Nery


Júnior e Rosa Maria de Andrade Nery:

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NR.PROCESSO: 5415935-06.2020.8.09.0000
“Preparo. É um dos requisitos extrínsecos de admissibilidade dos
recursos e consiste no pagamento prévio das custas relativas ao
processamento do recurso, incluídas as despesas de porte com a
remessa e o retorno dos autos. A ausência ou irregularidade no
preparo ocasiona o fenômeno da preclusão, fazendo com que
deva ser aplicada ao recorrente a pena de deserção, que impede
o conhecimento do recurso.” (in Código de Processo Civil
Comentado e Legislação Extravagante, RT, 9ª Edição, São Paulo,
p. 733)

In casu, vindo os autos conclusos a esta Corte Estadual, constatou-se que o


pedido de assistência judiciária foi indeferido, sendo determinada a intimação da parte
agravante para regularizar referida situação pagando as custas recursais, sob pena de
deserção.

No entanto, consoante certidão de movimentação nº 13, apesar de


devidamente intimada, a parte agravante deixou transcorrer o prazo para se manifestar
acerca do ordenado.

Assim sendo, o presente recurso não há de ser conhecido, por não ter a parte
agravante atendido ao chamamento judicial para efetuar o recolhimento das custas
recursais, impondo-se, assim, a pena de deserção, vez que não comprovado o
requisito extrínseco de admissibilidade recursal.

Corrobora esse entendimento, os seguintes precedentes do Superior Tribunal


de Justiça, in verbis:

‘‘EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL


NO AGRAVO (…) - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA -
DESERÇÃO DO RECURSO ANTE A AUSÊNCIA DE
COMPROVAÇÃO DE RECOLHIMENTO DO PREPARO OU DE
SER BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA GRATUITA - (…) 1. Omissis.
2. É cediço que a regularidade do preparo deve ser
comprovada no momento da interposição do recurso, sob
pena de deserção, a qual impede o conhecimento do recurso
e apreciação do mérito recursal, ainda que aborde matéria de
ordem pública. 3. Omissis. 4. Embargos de declaração
rejeitados.’’ (EDcl no AgRg no AREsp 713.072/RS, Rel. Ministro
MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em 29/09/2016, DJe
06/10/2016, negritei)

‘‘PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM

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NR.PROCESSO: 5415935-06.2020.8.09.0000
RECURSO ESPECIAL. (…) RECOLHIMENTO DO PREPARO
NÃO COMPROVADO NO ATO DA INTERPOSIÇÃO DO
RECURSO. DESERÇÃO.(…) 1. O Superior Tribunal de Justiça,
sob a égide do CPC de 1973, consolidou o entendimento de
que a parte recorrente deve comprovar o recolhimento do
preparo no momento da interposição do recurso, sob pena
de deserção. 2. Omissis. 3. Agravo interno a que se nega
provimento.’’ (AgInt no AREsp 905.246/MG, Rel. Ministro
ANTONIO CARLOS FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em
01/09/2016, DJe 06/09/2016, negritei)

Decidir de outro modo seria o mesmo que negar eficácia ao estabelecido na


lei processual civil, deixando de aplicar a atual legislação de regência, sendo que, se
por um lado, o direito não pode ficar adstrito a meras formalidades, ex vi o princípio da
instrumentalidade, por outro, não pode fechar os olhos à ausência de requisitos
essenciais à procedibilidade recursal, capazes de obstar o seguimento do próprio ato
processual praticado.

Ao teor do exposto, com fundamento no artigo 932, inciso III, do Código de


Processo Civil, NÃO CONHEÇO do Agravo de Instrumento interposto, em face de sua
manifesta inadmissibilidade.

É como decido.

Intimem-se.

Após o trânsito em julgado, não havendo recurso, arquivem-se os autos


definitivamente, com as cautelas legais e de praxe.

Desembargadora AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO


RELATORA
Datado e Assinado digitalmente conforme Resolução 59/2016

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


11/11/2020 20:21:59

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5436217-65.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : HERBISOLO COMERCIO E REPRESENTACOES LTDA
POLO PASSIVO : JORGE EURÍPEDES VIEIRA DE MORAES
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : HERBISOLO COMERCIO E REPRESENTACOES LTDA


ADVGS. PARTE : 16431 GO - VILMAR ABADIO DE FARIA
30007 GO - OTANILSON FERREIRA DO NASCIMENTO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5436217-65.2020.8.09.0000
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5436217-65.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIATUBA
AGRAVANTE : HERBISOLO COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕES LTDA
AGRAVADO : JORGE EURÍPEDES VIEIRA DE MORAES
RELATORA : DESª. AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO.
SENTENÇA IMPUGNÁVEL POR APELAÇÃO CÍVEL. ERRO
GROSSEIRO. I. Conforme a regra do artigo 203, § 1º, do Código de
Processo Civil, é impugnável por Apelação Cível a decisão que julga
extinto o módulo executivo. II. A interposição do recurso de Agravo de
Instrumento, em hipóteses tais, configura erro grosseiro insuscetível de
colmatação pela aplicação do princípio da fungibilidade recursal.
Precedentes do STJ e do TJGO. RECURSO NÃO CONHECIDO, NOS
TERMOS DO ARTIGO 932, III, DO CPC.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de Agravo de Instrumento interposto por HERBISOLO COMÉRCIO


E REPRESENTAÇÕES LTDA contra a sentença proferida pelo Juiz de Direito da 1ª
Vara Cível da Comarca de Goiatuba, Dr. Rodrigo de Castro Ferreira, nos autos da
Ação de Execução proposta em desfavor de JORGE EURÍPEDES VIEIRA DE
MORAES, com o intento de obter sua reforma.

Veja-se o teor da decisão agravada:

A parte executada apresentou uma exceção de pré-

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5436217-65.2020.8.09.0000
executividade, instituto que não possui previsão legal e nasceu da
criação do prof. Pontes de Miranda, cujo objetivo é atacar uma
execução em razão da violação a matéria de ordem pública,
como pressupostos processuais e condições da ação.

Excepcionalmente, a jurisprudência do Superior Tribunal de


Justiça tem admitido o seu cabimento em matérias que podem
ser comprovadas de plano, ou seja, sem necessidade de dilação
probatória, como a prescrição e o pagamento do débito.

No caso, o excipiente alega que ocorreu a prescrição


intercorrente da pretensão executória, uma vez que o processo foi
arquivado e a excepta quedou-se inerte por mais de 12 (doze)
anos, conforme sentença de arquivamento às fls. 31 da mov. nº
05, item 06, datada de 15/06/1998, e o pedido de
desarquivamento feito em 19/01/2011.

Impugnação à exceção (mov. 42).

Vieram-me os autos conclusos.

É o relatório. Decido.

A prescrição intercorrente configura-se quando o credor


permanece inerte por período superior ao da prescrição do direito
material objeto da pretensão executiva, tendo como termo inicial
de seu cômputo o encerramento do prazo de suspensão deferido
pelo Juízo, ou, não fixado esse, o transcurso de um ano da
suspensão, apresentando-se desnecessário, para o seu
reconhecimento, a prévia intimação pessoal do exequente para
dar andamento ao feito executivo.

Transcrevo aqui a jurisprudência deste E. Tribunal de Justiça,


colacionado pelo excipiente:

APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO. INEXISTÊNCIA DE BENS


PENHORÁVEIS. ARQUIVO PROVISÓRIO. PRESCRIÇÃO
INTERCORRENTE. INOCORRÊNCIA. NECESSIDADE DE
INTIMAÇÃO PESSOAL DO CREDOR. SENTENÇA CASSADA. 1.

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NR.PROCESSO: 5436217-65.2020.8.09.0000
O Superior Tribunal de Justiça firmou o entendimento de que o
atual regramento sobre a prescrição intercorrente (art. 921 do
CPC) deve incidir apenas para as execuções ajuizadas após a
entrada em vigor do atual Código de Processo Civil e, nos feitos
em curso, a partir da suspensão da execução, com base no art.
921. 2. Na hipótese em análise,considerando que a suspensão do
processo por falta de bens penhoráveis no juízo de origem
ocorreu na vigência do Código de Processo Civil de 1973, com
base no art. 791 (inc. III), deve incidir na espécie o entendimento
jurisprudencial consolidado à época, no sentido de que não tem
curso o prazo de prescrição intercorrente enquanto a execução
estiver suspensa por ausência de bens penhoráveis, exigindo-se,
para o seu início, a intimação do exequente para dar andamento
ao feito. 3. Para fins de prequestionamento, basta que o ato
decisório adote fundamentação suficiente para dirimir a
controvérsia, sendo desnecessária a manifestação expressa
sobre todos os dispositivos legais invocados pelas partes,
bastando que demonstre as razões de seu convencimento, sendo
certo que o imprescindível é a análise, pelo órgão jurisdicionado,
de toda a matéria aventada no recurso. APELAÇÃO CONHECIDA
E PROVIDA. SENTENÇA CASSADA.(TJGO, APELACAO
0082972-16.1993.8.09.0044, Rel. JAIRO FERREIRA JUNIOR, 6ª
Câmara Cível, julgado em 09/10/2019, DJe de 09/10/2019)

Do cotejo dos autos, verifica-se que após o término de suspensão


do processo de execução em 13/06/1997, intimada a exequente
para andamentar o feito, por meio de seu patrono constituído nos
autos (mov. 05 – arq. 05 – fls. 27) e, posteriormente por carta com
AR (mov. 05 – arq. 05 – fl. 30), manteve-se inerte.

Ato contínuo, foi proferida decisão determinando o arquivamento


dos autos ante a inércia da parte exequente, que embora
intimada pessoalmente não manifestou-se nos autos (mov. 05 –
arq. 06 – fls. 31), em 15 de junho de 1998.

Pois bem, tendo a parte sido intimada pessoalmente (mov. 05 –


arq. 05 – fls. 27) para andamentar o feito e não tendo o feito, o
termo para a contagem do prazo para prescrição iniciou-se em 15
de junho de 1999), 1 (um) ano a partir da data que determinou o
arquivamento dos autos, nos termos do que preconiza o art. 921,
III, § 4º do CPC.

A parte deu pugnou pelo prosseguimento do feito em 11 de


fevereiro de 2011.

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NR.PROCESSO: 5436217-65.2020.8.09.0000
O título executivo objeto de cobrança da presente execução trata-
se de nota promissória n. 639581, no valor de R$ 6.758,00,
emitida em 15/03/1995 e vencida em 15/04/1995. Conforme
preconiza o art. 70 da Lei de Genebra (Decreto nº 57.663/66) o
credor da nota promissória (sacado) possui o prazo de 3 anos, a
contar da data de vencimento, para promover a ação de
execução de título extrajudicial contra o devedor do título e, o
prazo de 5 anos para ajuizamento de ação monitória, consoante a
Súmula 504 do Superior Tribunal de Justiça, “o prazo para
ajuizamento de ação monitória em face do emitente de nota
promissória sem força executiva é quinquenal, a contar do dia
seguinte ao vencimento do título”.

Considerando o prazo quinquenal para cobrança de nota


promissória e o termo inicial para a contagem da prescrição em
15/06/1999, verifica-se que operou-se a prescrição intercorrente
da pretensão executiva em 15/06/2004, tendo em vista o pedido
de prosseguimento do feito realizado tardiamente em 11/02/2011.

Assim, verificada a hipótese de prescrição intercorrente arguida


em exceção ede pré-executividade pelo executado, impõe-se a
extinção do feito executivo.

Do exposto, ACOLHO a exceção de pré-executividade


apresentada em mov. 37, e JULGO EXTINTA a presente
execução, tendo em vista a pretensão intercorrente, com
fulcro nos arts. art. 921, III, § 4º do c/c 924, V do CPC.

Condeno o exequente, por fim, ao pagamento das custas


processuais e honorários de sucumbência que arbitro em
20% (vinte por cento) sobre o valor da causa.

Proceda-se com as baixas necessárias.

Comunique-se ao Juízo da Comarca de Corumbaíba a


extinção da presente execução e consequente
desconstituição da ordem de penhora de semoventes
deferida em mov. 29.

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NR.PROCESSO: 5436217-65.2020.8.09.0000
Após o trânsito em julgado, inexistindo requerimentos,
arquivem-se os autos.

Publicada neste ato, Intimem-se. (Negritei)

Irresignada, a exequente interpõe o presente Agravo de Instrumento,


requerendo, em síntese, o conhecimento e provimento do recurso, para o escopo de
obter a reforma do decisum, “a fim de determinar o prosseguimento do feito em seus
ulteriores termos”.

Preparo regular.

Intimada para se manifestar sobre a inadequação do Agravo de Instrumento


(mov. nº 05), a exequente/agravante manifestou-se no evento nº 08, afirmando que
Embora a decisão atacada tenha extinguido o processo, tal decisão foi incidental, ou
seja, uma decisão interlocutória proferida nos autos de um processo de execução,
portanto, o Agravo de Instrumento é o recurso cabível.

Na petição, defende que o atual sistema acabou por definir que, nas
interlocutórias em que haja algum provimento de mérito, caberá o recurso de agravo
de instrumento para impugná-las, e que nem toda decisão de mérito deve ser tida por
sentença.

Brada que sendo decidida a prescrição ou a decadência por decisão


interlocutória, como ocorreu no caso, a questão deverá ser impugnada por recurso de
agravo de instrumento, alegando a adequação do recurso.

É, em síntese, o relatório. Passo à decisão.

Comportável o julgamento monocrático do AGRAVO DE INSTRUMENTO,


com fundamento no artigo 932, III, do Código de Processo Civil, eis que o recurso
interposto é manifestamente inadmissível.

Em primeiro lugar, impende destacar que o pronunciamento judicial que


coloca termo ao feito executório possui natureza jurídica de sentença, e, de
consectário, exsurge sindicável mediante a interposição de recurso de Apelação Cível.

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NR.PROCESSO: 5436217-65.2020.8.09.0000
Confira-se:

Código de Processo Civil

Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em


sentenças, decisões interlocutórias e despachos.

§ 1º Ressalvadas as disposições expressas dos


procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por
meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe
fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como
extingue a execução.

§ 2º Decisão interlocutória é todo pronunciamento


judicial de natureza decisória que não se enquadre no § 1º
(Negritei).

Na espécie, como visto, a decisão combatida, acolhendo a exceção de pré-


executividade apresentada pela parte executada/agravada, colocou termo ao
procedimento executivo, consignando a sua extinção em razão da prescrição
intercorrente, fundamentando nos artigos 921, III, §4º e 924, V, do CPC. Veja-se o teor
dos dispositivos legais:

Art. 921. Suspende-se a execução: (…)

III - quando o executado não possuir bens penhoráveis; (...)

§ 4º Decorrido o prazo de que trata o § 1º sem manifestação do


exequente, começa a correr o prazo de prescrição intercorrente.

Art. 924. Extingue-se a execução quando: (…)

V - ocorrer a prescrição intercorrente. (Negritei)

Logo, o pronunciamento judicial vergastado, independentemente da


nomenclatura utilizada, reveste-se de natureza jurídica de sentença, motivo pelo qual
exsurge impugnável pela via do recurso de Apelação Cível, não havendo que se falar

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NR.PROCESSO: 5436217-65.2020.8.09.0000
em considerar o ato atacado como decisão interlocutória de mérito.

Sob tal prisma, diferentemente do alegado pela agravante, não há que se


falar que o ato judicial constitua decisão interlocutória, de modo que inaplicáveis as
disposições do artigo 1.015, do CPC. In verbis:

Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões


interlocutórias que versarem sobre (...)

Desta feita, patente e inegável o erro grosseiro praticado pela recorrente


que, em vez de atacar a sentença mediante Apelação Cível, interpôs recurso de
Agravo de Instrumento, sabidamente equivocado.

Sobre o tema ora tratado, veja-se o entendimento do Superior Tribunal de


Justiça:

AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL


CIVIL. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. EXTINÇÃO. RECURSO
CABÍVEL. APELAÇÃO. PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE.
INOCORRÊNCIA. 1. ‘Consoante o entendimento do STJ, a
decisão que põe fim ao cumprimento da sentença,
extinguindo a obrigação, é passível de repreensão pela via de
apelação, e não de agravo de instrumento, sendo incabível a
aplicação do princípio da fungibilidade recursal’ (AgInt no
AREsp 1141865/SP, Rel. Ministro Gurgel de Faria, Primeira
Turma, julgado em 14/10/2019, DJe 17/10/2019) (STJ, AgInt no
REsp 1608843/PR, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO,
QUARTA TURMA, DJe 30/06/2020) (grifei)

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.


AGRAVO DE INSTRUMENTO. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO
JURISDICIONAL. NÃO OCORRÊNCIA. CUMPRIMENTO DE
SENTENÇA. DECISÃO QUE EXTINGUE A EXECUÇÃO.
RECURSO CABÍVEL. APELAÇÃO. 2. Esta Corte tem
entendimento de que, a apelação é o recurso cabível contra
decisão que resolve a impugnação e extingue a execução,
consistindo em erro grosseiro a interposição de agravo de
instrumento [...] (STJ, AgInt nos EDcl no AREsp 1328010/MG,
Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA
TURMA, DJe 28/05/2020) (grifei).

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NR.PROCESSO: 5436217-65.2020.8.09.0000
Desse modo, não há que se cogitar a aplicação do princípio da fungibilidade
recursal, vez que o Código de Processo Civil é unívoco quanto ao recurso que seria
cabível na espécie.

Nesse sentido, cite-se o julgado do TJGO:

AGRAVO INTERNO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE


ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA E REPARAÇÃO DE DANOS.
FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. ATO JUDICIAL QUE
EXTINGUIU O MÓDULO EXECUTIVO. CARÁTER
TERMINATIVO. SENTENÇA. RECURSO CABÍVEL. APELAÇÃO
CÍVEL. INADEQUAÇÃO RECURSAL. ERRO GROSSEIRO [...] 2.
Configura erro grosseiro a interposição de agravo de
instrumento em face da sentença terminativa que encerra o
módulo executivo, não se admitindo a aplicação do princípio
da fungibilidade recursal no caso em comento [...] (TJGO,
Agravo de Instrumento 5060179-85.2020.8.09.0000, Rel. ALAN
SEBASTIÃO DE SENA CONCEIÇÃO, 5ª Câmara Cível, DJe de
22/06/2020) (grifei)

Portanto, o manejo do presente recurso se mostra inadequado, impondo-se a


negativa de seu seguimento por manifesta inadmissibilidade.

Ao teor do exposto, com fundamento no artigo 932, III, do Código de


Processo Civil, NÃO CONHEÇO DO PRESENTE RECURSO, ante a sua manifesta
inadmissibilidade.

Deixo de majorar os honorários advocatícios de sucumbência nesta seara


recursal, porquanto já fixados no percentual máximo no ato judicial de origem, nos
termos da vedação do artigo 85, §11, do CPC.

É como decido.

Intimem-se. Cientifique-se o juízo de origem.

Após o trânsito em julgado, não havendo recurso, arquivem-se os autos.

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NR.PROCESSO: 5436217-65.2020.8.09.0000
Desembargadora AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO
RELATORA
(Datado e assinado conforme Resolução 59/2016)

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Não-Concessão -> Antecipação de tutela
- Data da Movimentação 14/10/2020 14:12:17

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5502754-43.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : MINISTERIO PUBLICO
POLO PASSIVO : CRISTOVAO VAZ TORMIN
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : DANIEL DOS SANTOS VASCONCELOS


ADVGS. PARTE : 28432 DF - MARCOS VON GLEHN HERKENHOFF
28428 DF - LEONARDO RAMOS GONÇALVES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5502754-43.2020.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5502754-43.2020.8.09.0000

COMARCA DE LUZIÂNIA
AGRAVANTE : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS
AGRAVADOS : CRISTÓVÃO VAZ TORMIN E DANIEL DOS SANTOS VASCONCELOS
RELATOR : REINALDO ALVES FERREIRA - Juiz de Direito em Substituição

DECISÃO PRELIMINAR

Trata-se de agravo de instrumento interposto pelo MINISTÉRIO PÚBLICO DO


ESTADO DE GOIÁS em face da decisão vista no evento 36 dos autos originários (5567883-
20.2019.8.09.0100) proferida pelo MM. Juiz de Direito da Vara das Fazendas Públicas Municipal
da Comarca de Luziânia, no âmbitp das da ação civil pública por ato de improbidade
administrativa proposta em desfavor de CRISTÓVÃO VAZ TORMIN E DANIEL DOS SANTOS
VASCONCELOS.

O julgador de primeiro grau indeferiu a medida cautelar de indisponibilidade de bens


formulada pelo agravante, ao considerar que “(…) A decretação de indisponibilidade de bens, em ação
de improbidade administrativa, exige a presença de prova indiciária suficiente ao convencimento do julgador
acerca da existência de ato ímprobo, bem como dolo ou culpa do agente, conforme o caso, o que não
vislumbro, de plano. (...)”. Nesse ínterim, a decisão agravada foi proferida nos seguintes termos:

“Diante do exposto, e nos termos da fundamentação supra INDEFIRO a medida cautelar de


indisponibilidade de bens formulada pelo Ministério Público.

Notifique-se o polo passivo para, caso queira, apresentar manifestação por escrito, no
prazo de 15 dias (LIA, art. 17, §7º).

Proceda-se com a inclusão do Município no polo ativo da demanda.

Providencie-se e expeça-se o necessário. (…).”

Contra o decisum insurge-se o Órgão Ministerial.

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NR.PROCESSO: 5502754-43.2020.8.09.0000
Assevera que quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou
ensejar enriquecimento ilícito, de acordo com o artigo 7º da Lei nº 8.429/92, compete à autoridade
administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para o pedido de
indisponibilidade de bens do indiciado.

Argumenta que a pretensão ministerial é ter o provimento da tutela recursal como


garantia, evitando-se uma possível dilapidação de patrimônio por parte dos requeridos, bem como
“(…) Quando se fala em medida cautelar de indisponibilidade de bens em Ação Civil Pública por Ato de
Improbidade Administrativa, sua concessão está condicionada tão somente à presença do fumus boni iuris,
consistente na verossimilhança dos fatos imputados ao agente ímprobo. Dispensa-se a prova do periculum in
mora, pois este, segundo o entendimento pacífico do Superior Tribunal de Justiça, é um pressuposto
presumido, ínsito ao ato de improbidade. É desnecessário demonstrar que os agravados pretendem se
desfazer de seus bens, conforme destacam os julgados a seguir. (...)”.

Obtempera que a decisão proferida pelo magistrado de origem merece reconsideração,


pois nos autos existem sérios e fundados indícios da prática dos atos ímprobos por parte dos
agravados.

Afirma que “(…) Além das informações contraditórias colhidas ao longo da investigação, mostra-se
também curiosa a quantidade de funções exercidas por DANIEL por ocasião do acúmulo de cargos. Há que se
destacar o fato de o Oficial de Promotoria, nas diligências realizadas, não ter logrado êxito em encontrar
DANIEL em seu local de trabalho em nenhum dos horários que compareceu, o que reforça a tese ministerial de
que o agravado é servidor fantasma e recebeu proventos da Administração Pública sem a devida
contraprestação laboral, lesando o patrimônio público. Clarividente, ainda, o desvio de função de DANIEL, posto
que sua lotação é no Gabinete do Prefeito e ele supostamente exerceria suas funções na Secretaria de
Esportes. O argumento de que se trata de mera irregularidade é insustentável, eis que tais falhas têm ocorrido
repetidamente no Município de Luziânia há anos, sob o crivo do agravado CRISTÓVÃO, que foi conivente com
as falhas perpetradas, escusando-se de seus deveres como Prefeito à época dos fatos e incorrendo, de igual
modo, em ato de improbidade. (…).”.

Defende que a concessão da liminar de bloqueio dos bens dos agravados é medida
totalmente adequada, necessária e útil para a garantia do patrimônio público e da ordem pública.
De igual maneira, o pedido é juridicamente possível, inexistindo qualquer óbice legal ao reclamo
ministerial, com expressa disposição legal permissiva, bem como precedente judicial de
observância obrigatória a lhe garantir.

Ao final, pugna pela concessão da tutela antecipatória para determinar a imediata


indisponibilidade dos bens dos recorridos Cristóvão Vaz Tormin e Daniel dos Santos
Vasconcelos, em montante suficiente para garantir o pagamento da multa civil, bem como o
ressarcimento ao erário. No mérito, que seja confirmada a liminar pleiteada, a fim de se reformar
a decisão hostilizada.

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NR.PROCESSO: 5502754-43.2020.8.09.0000
Ausente o preparo recursal por dispensa de lei.

É o relatório.

Decido.

A princípio, admito o recurso.

Da leitura da peça exordial, depreende-se que a providência almejada pelo Ministério


Público agravante é a tutela de urgência com o fito de determinar a imediata indisponibilidade dos
bens dos agravados, em montante suficiente para garantir o pagamento da multa civil, bem como
o ressarcimento ao erário.

Pois bem. Sabe-se que o relator pode atribuir-lhe efeito suspensivo ou antecipar a tutela
recursal (NCPC arts. 932 II1 c/c 1.019 I2), se presentes os requisitos legais subjacentes à tutela
pretendida, comunicando ao juiz a sua decisão.

Expressamente, antecipar os efeitos que se pretende obter com o julgamento do


recurso compreende modalidade de tutela provisória de urgência ou de evidência, concedida em
caráter antecipado ou cautelar, segundo a terminologia sugerida pelo novo código processual civil
(NCPC art. 294).

Nesse sentido, o Enunciado 423 do Fórum Permanente de Processualistas Civis prevê


que: “Cabe tutela de evidência recursal”.

Em sendo assim, deve ser interpretado o pedido segundo a avaliação da alta


probabilidade de provimento recursal, considerando-se o direito alegado, agregado a urgência
derivada do dano iminente, a inutilidade da demora na entrega da pretensão (NCPC arts. 300 e
311), e ao fator de reversibilidade da decisão.

Dada a sumariedade desta análise e com base nos documentos que instruem a
pretensão recursal, não verifico, por ora, o atendimento dos elementos mínimos para a
concessão da tutela vindicada. Explico.

Numa análise não exauriente das alegações e dos documentos que formam o

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5502754-43.2020.8.09.0000
instrumento, observa-se que não merece acolhida o pleito emergencial deduzido pelo agravante,
porquanto não demonstrada, a priori, a probabilidade do direito apta a ensejar o deferimento da
liminar.

Por conseguinte, a indisponibilidade de bens dos agravados poderá ocorrer a posteriori.

Outrossim, não verifica-se, em um primeiro momento, ilegalidade ou teratologia


presentes na decisão objurgada, a ensejar reforma por esta instância revisora.

Bem por isso, com base nos argumentos então delineados, INDEFIRO a tutela
antecipada vindicada, até o deslinde deste instrumento.

Dê-se ciência desta decisão ao juízo da causa (art. 1.019, inciso I, CPC/15); e
intime-se a parte agravada, por seu advogado para responder o presente agravo (art. 1.019,
inciso II, CPC/15), facultando-lhe juntar a documentação que entender necessária ao julgamento
final.

Após, ouça-se o Ministério Público de segunda instância, no prazo de lei (art. 178,
inciso I, CPC/15).

Intime-se. Cumpra-se.

Goiânia, 14 de outubro de 2020.

REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito em Substituição

92

1“Art. 932. Incumbe ao relator:

(...)

II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência originária do tribunal;”

2“Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de
aplicação do art. 932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:

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NR.PROCESSO: 5502754-43.2020.8.09.0000
I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a
pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão;”

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Certidão Expedida - Data da Movimentação


27/11/2020 09:56:06

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0274285-73.2015.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : AFONSO CLEMENTINO COELHO
POLO PASSIVO : BROOKFIELD DPE SP 7 S/A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BROOKFIELD DPE SP 7 S/A


ADVGS. PARTE : 28970 DF - JOÃO AUGUSTO BASILIO
50062 GO - ANA LUISA FERNANDES PEREIRA DE OLIVEIRA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 06/11/2020


13:22:37

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5550221-18.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : COOPERATIVA DE CRÉDITO LIVRE ADMISSÃO DE GOIÂNIA SENADOR
CANEDO E REGIÕES LTDA
POLO PASSIVO : MAURILIO GUIMARAES E SILVA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : COOPERATIVA DE CRÉDITO LIVRE ADMISSÃO DE GOIÂNIA SENADOR


CANEDO E REGIÕES LTDA
ADVG. PARTE : 60295 PR - JACKSON WILLIAM DE LIMA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5550221-18.2020.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5550221-18.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA

AGRAVANTE: COOPERATIVA DE CRÉDITO LIVRE ADMISSÃO DE GOIÂNIA


SENADOR CANEDO E REGIÕES LTDA.
AGRAVADO: MAURÍLIO GUIMARÃES E SILVA E OUTRA
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

DESPACHO

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por COOPERATIVA DE


CRÉDITO LIVRE ADMISSÃO DE GOIÂNIA SENADOR CANEDO E REGIÕES LTDA.
contra decisão proferida pelo Juiz de Direito da 26ª Vara Cível da Comarca de
Goiânia, Dr. Péricles DI Montezuma, nos autos da ação de execução (protocolo nº
0107005-29.2005.8.09.0051) proposta em face de MAURÍLIO GUIMARÃES E SILVA
e MARILDA SUILI ISAC GUIMARÃES E SILVA.

Considerando haver previsão expressa de cabimento do presente agravo de


instrumento (art. 1.015, parágrafo único, CPC), determino seu processamento.

Ante a inexistência de pedido de atribuição de efeito suspensivo ao recurso ou de


deferimento, em antecipação de tutela, da pretensão recursal, intime-se a parte

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NR.PROCESSO: 5550221-18.2020.8.09.0000
agravada para, no prazo legal, apresentar resposta, nos termos do artigo 1.019, inciso
II, do Código de Processo Civil.

Cumpra-se.

Goiânia, 06 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR
1007/CR

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 17/11/2020


20:54:58

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5280563-04.2019.8.09.0006
CLASSE PROCESSUAL : Ação de Alimentos ( L. 8069/90 )
POLO ATIVO : OFSN
POLO PASSIVO : HN
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : HN
ADVG. PARTE : 14541 MA - JESSICA PAULA RODRIGUES CASTILHO

PARTE INTIMADA : OFSN


ADVG. PARTE : 43303 GO - GISELLE MUNDIM GUERRA SOUTO

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 10/11/2020


14:14:56

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5251618-88.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ANDRÉ LUIZ DE ANDRADE
POLO PASSIVO : MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ANDRÉ LUIZ DE ANDRADE


ADVG. PARTE : 46905 GO - RODOLPHO ANTONIO SOBRAL DE CASTRO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5251618-88.2020.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5251618.88.2020.8.09.0000


COMARCA DE ANÁPOLIS

AGRAVANTE: ANDRÉ LUIZ DE ANDRADE


AGRAVADOS: MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS E OUTRO
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

DESPACHO

Em atenção ao princípio da não surpresa, disposto no artigo 10 do Código de


Processo Civil1, intime-se o agravante para, no prazo de 05 (cinco) dias, manifestar-se
sobre a possível intempestividade recursal, suscitada em sede de contrarrazões (mov.
9).

Cumpra-se.

Goiânia, 10 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5251618-88.2020.8.09.0000
RELATOR
1007/CR

1 “Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se
tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de
ofício.”

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 12/11/2020


18:21:23

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5152994-38.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : SÉRGIO MARCOS LÔBO
POLO PASSIVO : COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : SÉRGIO MARCOS LÔBO


ADVG. PARTE : 20268 GO - SIMONE ALVES BASILIO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5152994-38.2019.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

MANDADO DE SEGURANÇA Nº 5152994.38.2019.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA

IMPETRANTE: SÉRGIO MARCOS LÔBO


IMPETRADO: COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE
GOIÁS
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

DESPACHO

Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA impetrado por SÉRGIO MARCOS LÔBO


contra ato atribuído ao COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO
DE GOIÁS, consubstanciado no indeferimento do pedido de promoção por ato de
bravura em decorrência do trabalho exercido no depósito provisório dos rejeitos
radioativos do Césio 137.

Na peça exordial, o impetrante afirma que prestou relevantes serviços nas atividades
de isolamento, guarda e segurança dos rejeitos do Césio 137, guardados no depósito
construído na Cidade de Abadia de Goiás, onde permaneceu por período aproximado
de dez meses, sem o uso de nenhum equipamento de proteção.

Alega que, em decorrência do tempo em que ficou exposto ao material radioativo,

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5152994-38.2019.8.09.0000
desenvolveu doença na faringe, fazendo jus ao reconhecimento de que sua atuação
classifica-se como ato de bravura, passível de promoção para o posto de 3º Sargento.

Todavia, conforme observou o Parquet, “a petição inicial do mandado de segurança foi


instruída com cópia da identidade funcional do impetrante, na qual já contava a sua
graduação no posto de 3º Sargento da Polícia Militar do Estado de Goiás e mesmo
assim ele pleiteia a concessão, inclusive liminar, da ordem para a promoção para esta
mesma graduação” (mov. 39).

Verifica-se, ademais, que na Sindicância nº 2014.02.09782, instaurada pela Portaria nº


2014.5058-SICOR PM, consta a informação de que, na data do requerimento
administrativo à promoção, o sindicante ocupava o posto de Cabo PM (mov. 1, docs.
5/6).

Sendo assim, não está claro se o impetrante obteve a promoção almejada


administrativamente, caso em que configurar-se-á a perda superveniente do interesse
processual, ou se pretende aproveitar a presente via para ascender-se à graduação
imediatamente superior, situação que exige a alteração do pedido e da causa de bem,
bem como a comprovação das condições específicas da ação mandamental, dentre
elas a prova do ato coator.

Diante desse cenário, acolhendo o parecer ministerial, determino a intimação do


impetrante para que, em 10 (dez) dias, informe se persiste o interesse processual,
haja vista buscar, com o presente writ, a promoção a cargo (3º Sargento) que
atualmente ocupa.

Intime-se. Cumpra-se.

Goiânia, 12 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR
1007/CR

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 17/11/2020


16:35:51

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5566371-74.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : BANCO BRADESCO S/A
POLO PASSIVO : POLLYANNA NUNES DA SILVA CAMOZZI
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO BRADESCO S/A


ADVG. PARTE : 24692 GO - ROBSON CUNHA DO NASCIMENTO JUNIOR

PARTE INTIMADA : POLLYANNA NUNES DA SILVA CAMOZZI


ADVG. PARTE : 263487 SP - PAULO EDUARDO BASAGLIA FONSECA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5566371-74.2020.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

AGRAVO DE INSTRUMENTO N° 5566371-74.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA

AGRAVANTE: BANCO BRADESCO S/A


AGRAVADA: POLLYANNA NUNES DA SILVA CAMOZZI
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

DESPACHO

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por BANCO BRADESCO S/A


em face da decisão proferida pelo Juiz de Direito da 29ª Vara Cível da Comarca de
Goiânia, Dr. Pedro Silva Correa, nos autos da Ação de Exibição de Documentos
ajuizada em seu desfavor por POLLYANNA NUNES DA SILVA CAMOZZI.

Compulsando detidamente os autos originários, verifico que o agravante, em


cumprimento à determinação constante na decisão proferida pelo magistrado a quo
(evento 04), colacionou nos autos os contratos e extratos bancários objeto da
demanda (evento 12).

Desse modo, em atenção ao disposto no artigo 10 do CPC1, determino a intimação do


agravante BANCO BRADESCO S/A, para, no prazo de 05 (cinco) dias, manifestar-
se acerca de eventual hipótese de perda superveniente do objeto do presente recurso.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5566371-74.2020.8.09.0000
Goiânia, 17 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR
1016/CR

1 Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não
se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir
de ofício.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Assinado por CARLOS ROBERTO FAVARO
Validação pelo código: 10483560010685350, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/PendenciaPublica
Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 368 de 5858
ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 17/11/2020


20:40:50

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0105785-79.1996.8.09.0093
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : AVENOR NERI MENDES
POLO PASSIVO : BANCO BRADESCO S/A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO BRADESCO S/A


ADVG. PARTE : 37232 GO - IZABELA FRANCES SOARES DE AZEVEDO

PARTE INTIMADA : AVENOR NERI MENDES


ADVG. PARTE : 9834 GO - AVENOR NERI MENDES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 369 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0105785-79.1996.8.09.0093
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 0105785-


79.1996.8.09.0093
COMARCA DE JATAÍ

EMBARGANTE: BANCO BRADESCO S/A


EMBARGADO: AVENOR NERI MENDES
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

DESPACHO

Em atenção ao princípio na não surpresa, expressamente previsto no artigo 10 do


Código de Processo Civil, intime-se o embargante para, em 10 (dez) dias, manifestar-
se sobre o possível não conhecimento dos aclaratórios opostos, considerando o
entendimento jurisprudencial do STJ, firme no sentido de que “não preenche os
requisitos de admissibilidade a petição dos embargos de declaração que não indica
nenhum dos vícios elencados no art. 1.022 do Código de Processo Civil de 2015”
1
.

Cumpra-se.

Goiânia, 13 de novembro de 2020.

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NR.PROCESSO: 0105785-79.1996.8.09.0093
DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO
RELATOR
1014/FF

1STJ, EDcl nos Edcl nos EDcl nos EDcl no AgInt no MS 23.924/DF, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO, CORTE
ESPECIAL, julgado em 05/02/2020, DJe 11/02/2020, Negritei.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Certidão Expedida - Data da Movimentação


27/11/2020 10:28:43

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0173386-48.2007.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Consignação em Pagamento ( CPC )
POLO ATIVO : POLICARPO RODRIGUES CONCEICAO
POLO PASSIVO : BANCO DO BRASIL S/A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : POLICARPO RODRIGUES CONCEICAO


ADVGS. PARTE : 26141 GO - DANIEL ALVARENGA ALVES DE MOURA
21308 GO - MÁRCIA HELENA DA SILVA FREITAS

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 06/11/2020


13:37:45

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5555963-24.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S.A
POLO PASSIVO : LEO DAMIAN NETO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S.A


ADVG. PARTE : 27391 GO - FREDERICO ALVIM BITES CASTRO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5555963-24.2020.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5555963-24.2020.8.09.0000


COMARCA DE NOVO GAMA

AGRAVANTE: BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S/A


AGRAVADO: LEO DAMIAN NETO
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

DESPACHO

Em homenagem ao princípio da não surpresa, estabelecido pelo artigo 101, do Código


de Processo Civil, intime-se o agravante para, caso queira, manifestar-se, no prazo de
05 (cinco) dias, acerca de eventual não cabimento do recurso de agravo de
instrumento, em razão da inexistência de previsão do ato recorrido (despacho que
determina a emenda à petição inicial) no rol do art. 1.015 do Diploma Processual Civil,
bem como da ausência de urgência decorrente da inutilidade do julgamento da
questão em recurso de apelação.

No mesmo sentido: TJGO, Agravo de Instrumento 5002659-70.2020.8.09.0000, Rel.


Des. GERSON SANTANA CINTRA, 3ª Câmara Cível, julgado em 20/07/2020, DJe de
20/07/2020; TJGO, Agravo de Instrumento 5185045-68.2020.8.09.0000, Rel. Des.
LEOBINO VALENTE CHAVES, 2ª Câmara Cível, julgado em 29/06/2020, DJe de
29/06/2020; TJGO, Agravo de Instrumento 5512504-06.2019.8.09.0000, Rel. Des.
ITAMAR DE LIMA, 3ª Câmara Cível, julgado em 10/03/2020, DJe de 10/03/2020).
Cumpra-se.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5555963-24.2020.8.09.0000
Goiânia, 06 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR
1010/CR

1 Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se
tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de
ofício.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 19/11/2020


19:22:36

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0373148-38.2006.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : MAURY MARTINS MACHADO
POLO PASSIVO : SECRETARIO DA SEGURANCA PUBLICA E JUSTICA DO ESTADO DE GOIAS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MAURY MARTINS MACHADO


ADVGS. PARTE : 11293 GO - WILIAN FRAGA GUIMARÃES
14087 GO - WELTON MARDEN DE ALMEIDA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0373148-38.2006.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Des. Orloff Neves Rocha

PROCESSO (Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)) nº 0373148-38.2006.8.09.0000

AUTOR: MAURY MARTINS MACHADO

RÉU: SECRETARIO DA SEGURANCA PUBLICA E JUSTICA DO ESTADO DE GOIAS

Presidência da 1ª Câmara Cível

DESPACHO

Intime-se o exequente acerca dos esclarecimentos da Contadoria Judicial (evento nº


134), no prazo de cinco dias.

Goiânia, 19 de novembro de 2020.

DES. ORLOFF NEVES ROCHA

PRESIDENTE DA 1ª CÂMARA CÍVEL em exercício

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Certidão Expedida - Data da Movimentação


27/11/2020 10:34:17

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5181603-94.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : MARIA APARECIDA PEREIRA PORTES
POLO PASSIVO : SECRETÁRIA DE ESTADO DA ECONOMIA DE GOIÁS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MARIA APARECIDA PEREIRA PORTES


ADVGS. PARTE : 16138 GO - JULIANA FERREIRA E SANTOS
22354 GO - NUBIA ROSSANA CARDOSO VIEIRA
29241 GO - THIAGO MORAES

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 17/11/2020


16:37:04

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5570526-23.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : DPF
POLO PASSIVO : RCS
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : DPF


ADVGS. PARTE : 34184 GO - WAGNER CASTRO PEREIRA
32607 GO - ALZIRA GRAZIELLA RIBEIRO SILVA

PARTE INTIMADA : RCS


ADVGS. PARTE : 22495 GO - MARTA ABDALLA DA CUNHA
22419 GO - ÂNGELA CARDOSO DO VALE PARANÃ AVELLAR
45286 GO - MARCELA GOMES DA SILVA

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 17/11/2020


20:44:39

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5122268-47.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : AMANDA RUTINELLE DE JESUS PEREIRA
POLO PASSIVO : UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : AMANDA RUTINELLE DE JESUS PEREIRA


ADVG. PARTE : 39966 GO - UGO OLIVEIRA FERREIRA

PARTE INTIMADA : UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP


ADVGS. PARTE : 8340 GO - CORACI FIDELIS DE MOURA
54204 GO - MAYLANY SILVA NASCIMENTO
46582 GO - NATALIA ALVES DE FREITAS
20670 GO - ELAINE GOMES PEREIRA
10189 GO - LUCIMERE DE FREITAS
2652 GO - FELICÍSSIMO JOSÉ DE SENA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5122268-47.2020.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5122268-47.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA

AGRAVANTE: AMANDA RUTINELLE DE JESUS PEREIRA


AGRAVADA: UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

AGRAVO INTERNO

AGRAVANTE: UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP


AGRAVADA: AMANDA RUTINELLE DE JESUS PEREIRA
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

DESPACHO

Em análise aos autos, denota-se que a autora colacionou petição aos autos (mov. 13),
na qual informa que a Universidade ré “realizou, via sistema, a matrícula da aluna em
todas as disciplinas do período indicado”, esgotando-se, com isso, o objeto da
pretensão contida no agravo de instrumento e também no agravo interno,
considerando a aplicação da teoria do fato consumado.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5122268-47.2020.8.09.0000
Com relação ao pleito de inserção da aluna em uma das universidades conveniadas
para a realização das matérias de estágio, destaco que pedidos e argumentos que não
constituem fundamento do pronunciamento judicial impugnado, como neste caso, não
podem ser conhecidos, originariamente, pelo órgão “ad quem”, sob pena de supressão
de instância e ofensa ao princípio do duplo grau de jurisdição.

Considerando tais premissas, intimem-se as partes para que, em 5 (cinco) dias,


informem a este Juízo se ainda possuem o interesse no julgamento dos recursos
interpostos.

Cumpra-se.

Goiânia, 17 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR

1014/FF

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 18/11/2020


20:56:35

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5570424-98.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : GILENE DE SOUZA SANTOS
POLO PASSIVO : BANCO SANTANDER BRASIL S/A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : GILENE DE SOUZA SANTOS


ADVG. PARTE : 20517 GO - LÚCIO FLÁVIO SIQUEIRA DE PAIVA

PARTE INTIMADA : BANCO SANTANDER BRASIL S/A


ADVG. PARTE : 30261 GO - SERVIO TULIO DE BARCELOS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5570424-98.2020.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5570424-98.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA

AGRAVANTE: GILENE DE SOUZA SANTOS


AGRAVADOS: BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

DESPACHO

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por GILENE DE SOUZA


SANTOS contra a decisão proferida pelo Juiz de Direito da 30ª Vara Cível da Comarca
de Goiânia, Dr. William Costa Mello, nos autos da ação de execução (protocolo nº
0191086.61.2012.8.09.0051) deflagrada pelo BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
em seu desfavor.

Em detida análise aos autos, depreende-se que a irresignação da agravante cinge-se


ao capítulo do ato judicial recorrido (mov. 73, na origem), que manteve a decisão
anterior (mov. 46, na origem), voltada a determinar a suspensão de sua Carteira
Nacional de Habilitação (CNH), como alternativa para garantir a satisfação do débito
exequendo.

Segundo compreende este Tribunal Estadual, “tratando-se de Agravo de Instrumento


interposto em face de ato judicial que apenas ratificou a decisão que causou
gravame ao recorrente, tem-se a ocorrência do instituto da preclusão temporal”
(TJGO, Agravo de Instrumento (CPC) 5627963-56.2019.8.09.0000, Relª Desª MARIA

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5570424-98.2020.8.09.0000
DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI, 1ª Câmara Cível, julgado em 15/06/2020, DJe de
15/06/2020. Negritei).

Diante desse contexto, em atenção ao princípio da não surpresa, previsto no art. 10


do Código de Processo Civil 1 , intime-se a agravante para, em 5 (cinco) dias,
manifestar-se sobre eventual inadmissibilidade do recurso interposto em virtude da
possível preclusão da matéria arguida.

Cumpra-se.

Goiânia, 18 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR

1007/CR

1 “Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se
tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.”

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 18/11/2020


22:34:38

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5298377-47.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : SEBASTIÃO ALVES DE ALMEIDA
POLO PASSIVO : ESTADO DE GOIAS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : SEBASTIÃO ALVES DE ALMEIDA


ADVG. PARTE : 55918 GO - SARAH KETULLE MACHADO RIBEIRO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5298377-47.2019.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

MANDADO DE SEGURANÇA Nº 5298377.47.2019.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA

IMPETRANTE: SEBASTIÃO ALVES DE ALMEIDA


IMPETRADO: SECRETÁRIO DE SAÚDE DO ESTADO DE GOIÁS E ESTADO DE
GOIÁS
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

DESPACHO

Verificando-se que a advogada da parte impetrante foi intimada para comprovar a


inequívoca notificação feita por ela ao mandante e que não houve manifestação até a
presente data, atento à orientação no sentido de que enquanto o causídico não
comprovar a realização do ato, continua a representar a parte, com todas as
responsabilidades inerentes à profissão.

Reitero a ordem de intimação da advogada do impetrante (Drª. SARAH KÉTULLE


MACHADO RIBEIRO, OAB/GO 55.918) para comprovar, no prazo de 10 (dez) dias, o
procedimento estabelecido no artigo 1121 do Código Processual Civil, sob pena de
prosseguimento do feito, com o seu julgamento.

Intime-se. Cumpra-se.

Goiânia, 18 de novembro 2020.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5298377-47.2019.8.09.0000
DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO
RELATOR

1009/FF

1Art. 112. O advogado poderá renunciar ao mandato a qualquer tempo, provando, na forma prevista neste
código, que comunicou a renúncia ao mandante, a fim de que nomeie sucessor. (negritei)

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 18/11/2020


21:04:33

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5544827-30.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : UNIGRAF UNIDAS GRAFICAS E EDITORA LTDA E JULIO NASSER CUSTODIO
DOS SANTOS
POLO PASSIVO : CELG DISTRIBUICAO S.A CELG D
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : UNIGRAF UNIDAS GRAFICAS E EDITORA LTDA E JULIO NASSER CUSTODIO
DOS SANTOS
ADVG. PARTE : 45504 GO - LUIS GUSTAVO FALEIRO DE FARIA

PARTE INTIMADA : CELG DISTRIBUICAO S.A CELG D


ADVGS. PARTE : 56252 GO - TIAGO FELIPE DE LIMA
51175 GO - JAYME SOARES DA ROCHA FILHO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 389 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5544827-30.2020.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº. 5544827-30.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA

UNIGRAF UNIDAS GRÁFICAS E EDITORA LTDA e JULIO


AGRAVANTES:
NASSER CUSTÓDIO DOS SANTOS
AGRAVADA: CELG DISTRIBUIÇÃO S/A CELG D
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

DESPACHO

Nos termos do artigo 10 do Código de Processo Civil, determino a intimação do


segundo agravante JULIO NASSER CUSTÓDIO DOS SANTOS, para que, no prazo
de 10 (dez) dias, manifeste-se sobre a eventual violação ao princípio da dialeticidade,
tendo em vista que os fundamentos do presente recurso dizem respeito somente à
primeira agravante UNIGRAF UNIDAS GRÁFICAS E EDITORA LTDA e nada versam
a respeito da obrigação pessoal assumida pelo avalista da nota promissória
executada.

Intime-se.

Goiânia, 18 de novembro de 2019.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em
Assinado por CARLOS ROBERTO FAVARO
Validação pelo código: 10423564014211217, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/PendenciaPublica
Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 390 de 5858
ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5544827-30.2020.8.09.0000
1009/CR

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em
Assinado por CARLOS ROBERTO FAVARO
Validação pelo código: 10423564014211217, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/PendenciaPublica
Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 391 de 5858
ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 19/11/2020


13:59:20

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5329913-42.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : LGM
POLO PASSIVO : EG
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : LGM


ADVGS. PARTE : 49957 GO - SHARA MOREIRA DE LACERDA
47504 GO - ISMAEL MARCIANO DE OLIVEIRA NETO
43051 GO - KAMILLA SILVA FERNANDES

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 392 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 20/11/2020


18:36:04

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5586200-41.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : FRANCISCO EUSTAQUIO TAVARES
POLO PASSIVO : JOSE OLIVEIRA FERNANDES
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : FRANCISCO EUSTAQUIO TAVARES


ADVGS. PARTE : 304943 SP - THALES AUGUSTO DE ALMEIDA
227485 SP - LUCIANE TAVARES DE MORAES
61644 SP - APARECIDO ANTONIO DE OLIVEIRA
34986 GO - HUMBERTO ADENAUER DO AMARAL TAVARES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 393 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5586200-41.2020.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5586200-41.2020.8.09.0000


COMARCA DE PONTALINA

AGRAVANTE: FRANCISCO EUSTÁQUIO TAVARES


AGRAVADO: JOSÉ OLIVEIRA FERNANDES
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

DESPACHO

Trata-se de agravo de instrumento interposto por FRANCISCO EUSTÁQUIO


TAVARES, devidamente qualificado e representado nos autos, com pedido de
concessão de efeito suspensivo, inconformada com a decisão constante do evento 04
– nos autos do processo nº 5516204.54.2020, proferida pela MMª. Juíza de Direito da
Comarca de Pontalina, Drª. Danila Cláudia Le Sueur Ramaldes, na ação de
execução de título extrajudicial, proposta em desfavor de JOSÉ OLIVEIRA
FERNANDES.

De início, constato que a agravante pleiteia a concessão da gratuidade da justiça,


aduzindo não possuir condições financeiras para suportar as custas processuais.

Nesse ponto, mister salientar que o acesso gratuito ao Judiciário pode ser deferido a
todo aquele que comprove que a sua situação econômica não lhe permite arcar com
as despesas processuais, conforme disposição expressa do Código de Processo Civil.
Confira-se:

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5586200-41.2020.8.09.0000
“Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira,
com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas
processuais e os honorários advocatícios, tem direito à
gratuidade da justiça, na forma da lei.”

“Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na


petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de
terceiro no processo ou em recurso.”

Dessa forma, forçoso concluir que a concessão da benesse aludida não se condiciona
a? simples declaração de dificuldades financeiras do interessado, devendo ser
comprovada a alegada insuficiência de recursos.

Diante de tais premissas aliadas à insuficiência de provas nos autos, constata-se a


ausência de requisitos capazes de atestar a impossibilidade da recorrente de arcar
com os ônus sucumbenciais.

Destarte, intime-se o agravante, por meio de seu advogado, via Diário da Justiça,
para comprovar a sua incapacidade para arcar com as despesas processuais, no
prazo de 15 (quinze) dias, através da juntada da declaração de imposto de renda do
último exercício financeiro.

Intime-se. Cumpra-se.

Goiânia, 20 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR
1009/CR

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 20/11/2020


18:36:59

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0223112-42.2016.8.09.0029
CLASSE PROCESSUAL : Ação Rescisória
POLO ATIVO : ANTONIO MASAO SHOJI
POLO PASSIVO : S & J CONSULTORIA E INCORPORACAO LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : S & J CONSULTORIA E INCORPORACAO LTDA


ADVG. PARTE : 35704 GO - AMANDA GOMES MARÇAL VIEIRA VAZ

PARTE INTIMADA : ANTONIO MASAO SHOJI


ADVGS. PARTE : 30315 GO - PATRICIA MARIA DA SILVA
36728 GO - LEILA APARECIDA JACINTO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0223112-42.2016.8.09.0029
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº. 0223112-42.2016.8.09.0029


COMARCA DE CATALÃO

APELANTE: S & J CONSULTORIA E INCORPORAÇÃO LTDA


APELADO: ANTÔNIO MASAO SHOJI
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

DESPACHO

Trata-se de AGRAVO INTERNO interposto por S & J CONSULTORIA E


INCORPORAÇÃO LTDA, em face da decisão monocrática proferida no movimento nº
08, que, nos termos do artigo 932, inciso IV, alínea “c”, do Código de Processo Civil,
conheceu e negou provimento ao recurso apelatório por ela interposto, para reformar
parcialmente a sentença proferida pelo Juiz de Direito da 2ª Vara Cível da Comarca de
Catalão, Dr. Leonys Lopes Campos da Silva, nos autos da Ação de Rescisão
Contratual c/c Indenização por Danos Materiais e Morais ajuizada em seu desfavor por
ANTÔNIO MASAO SHOJI.

De início, constato que a agravante pleiteia a concessão da gratuidade da justiça,


neste grau recursal, aduzindo não possuir condições financeiras para suportar as
custas processuais, sob o argumento de que inúmeros processos encontram-se em
fase de execução, bem como, muitos clientes que demandam em desfavor da
empresa foram autorizados, por decisões judiciais concedidas por meio de liminares, a
não mais pagarem as parcelas relativas aos seus lotes até que se resolva as questões
debatidas no processo, ou seja, a maioria dos pagamentos destinados à empresa
foram suspensos e, enquanto não forem discutidas as questões processuais, os lotes
não podem ser vendidos, o que ocasiona sérios prejuízos financeiros para a
Recorrente.

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NR.PROCESSO: 0223112-42.2016.8.09.0029
Nesse ponto, mister salientar que o acesso gratuito ao Judiciário pode ser deferido a
todo aquele que comprove que a sua situação econômica não lhe permite arcar com
as despesas processuais, conforme disposição expressa do Código de Processo Civil.
Confira-se:

“Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira,


com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas
processuais e os honorários advocatícios, tem direito à
gratuidade da justiça, na forma da lei.”

“Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na


petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de
terceiro no processo ou em recurso.”

Desta forma, forçoso concluir que a concessão do aludido instituto não se condiciona
a? simples declaração de dificuldades financeiras do interessado, devendo ser
comprovada a alegada insuficiência de recursos.

Diante de tais premissas aliadas à insuficiência de provas nos autos, constata-se a


ausência de requisitos capazes de atestar a impossibilidade da recorrente de arcar
com os ônus sucumbenciais.

Desta forma, intime-se a Agravante, por meio de seu advogado, via Diário da Justiça,
para comprovar a sua incapacidade para arcar com as despesas processuais,
no prazo de 10 (dez) dias, através da juntada de todos os documentos
comprobatórios da sua situação econômica (como, por exemplo, a declaração de
imposto de renda, extratos de contas bancárias, balancetes e outros elementos aptos
a atestarem sua hipossuficie?ncia), sob pena de indeferimento dos benefícios da
gratuidade de justiça.

Intime-se. Cumpra-se.

Goiânia, 19 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

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NR.PROCESSO: 0223112-42.2016.8.09.0029
RELATOR
1009/CR

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 20/11/2020


13:47:05

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5059359-47.2020.8.09.0168
CLASSE PROCESSUAL : Embargos de Terceiro ( CPC )
POLO ATIVO : MARIA ADELAIDE RIBEIRO MARTINS
POLO PASSIVO : BANCO DO BRASIL SA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MARIA ADELAIDE RIBEIRO MARTINS


ADVG. PARTE : 41753 GO - OBENERVAL NUNES BONIFACIO

PARTE INTIMADA : BANCO DO BRASIL SA


ADVG. PARTE : 30261 GO - SERVIO TULIO DE BARCELOS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5059359-47.2020.8.09.0168
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

APELAÇÃO CÍVEL Nº 5059359-47.2020.8.09.0168


COMARCA DE ÁGUAS LINDAS DE GOIÁS

APELANTE: MARIA ADELAIDE RIBEIRO MARTINS


APELADO: BANCO DO BRASIL S/A
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

DECISÃO

Trata-se de Apelação Cível interposta por MARIA ADELAIDE RIBEIRO MARTINS


contra a sentença proferida pelo Juiz de Direito da 1ª Vara Cível da Comarca de
Águas Lindas de Goiás, nos autos dos Embargos de Terceiro ajuizado em desfavor do
BANCO DO BRASIL S/A.

Do compulso dos autos, infere-se que o recurso interposto no evento nº 24 versa


unicamente sobre a majoração dos honorários sucumbenciais.

Em análise dos requisitos de admissibilidade do mencionado recurso, ressai dos autos


a ausência de comprovação do recolhimento do preparo no ato de sua interposição.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5059359-47.2020.8.09.0168
É sabido que, nos termos do § 5º do artigo 99 do Código de Processo Civil, “o recurso
que verse exclusivamente sobre valor de honorários de sucumbência fixados em favor
do advogado de beneficiário estará sujeito a preparo, salvo se o próprio advogado
demonstrar que tem direito à gratuidade.” (Destaquei).

A propósito, em duas oportunidades (AgInt no AREsp 1330266/SP, in DJe 08/04/2019;


e AgInt no AREsp 1398425/SP, in DJe 22/03/2019), o Superior Tribunal de Justiça já
se posicionou no sentido de que o advogado da parte hipossuficiente deve adimplir o
preparo nos casos em que se discuta unicamente a majoração dos honorários
sucumbenciais, já que a gratuidade da justiça possui natureza personalíssima,
resguardado o direito do advogado demonstrar que também faz jus ao benefício.

Diante disso, em consonância com a norma e precedentes jurisprudenciais citados,


intime-se o advogado OBENERVAL NUNES BONIFÁCIO OAB/GO 41.753, para que
recolha o preparo do presente recurso, EM DOBRO, no prazo de 05 (cinco) dias,
sob pena de deserção.

Cumpra-se.

Goiânia, 20 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR
1006/FF

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 23/11/2020


19:08:22

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5593662-49.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : UNIAO RENT A CAR DE VEICULOS LTDA
POLO PASSIVO : BANCO VOLKSWAGEN S/A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : UNIAO RENT A CAR DE VEICULOS LTDA


ADVG. PARTE : 34460 GO - MAURO ZICA NETO

PARTE INTIMADA : BANCO VOLKSWAGEN S/A


ADVGS. PARTE : 285218 SP - ALBERTO IVÁN ZAKIDALSKI
366732 SP - RAFAEL CORDEIRO DO REGO
39274 PR - ALBERTO IVÁN ZAKIDALSKI
45335 PR - RAFAEL CORDEIRO DO REGO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5593662-49.2020.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5593662.49.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA

AGRAVANTE: UNIÃO RENT A CAR DE VEÍCULOS LTDA


AGRAVADO: BANCO VOLKSWAGEN S/A
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

DESPACHO

A parte agravante pugna pela concessão dos benefícios da assistência judiciária


gratuita, na ocasião da interposição do presente recurso.

Entretanto, vislumbro que aquela não teria apresentado elementos de prova


suficientes a viabilizar a concessão da aludida benesse.

Desta forma, com fulcro no artigo 99, § 2º1, do Código de Processo Civil, intime-se a
parte recorrente para, no prazo de 05 (cinco) dias, carrear aos autos documentos que
comprovem a hipossuficiência alegada, como comprovante de renda atualizado,
balancetes, comprovante de suas principais despesas mensais, extratos bancários dos
três últimos meses (de todas as contas que possuir) – com identificação do titular da
conta e, ainda, a guia de custas iniciais, sob pena de indeferimento do pleito.

Intime-se.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5593662-49.2020.8.09.0000
Goiânia, 23 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR
1005/FF

1 - § 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos
pressupostos legais para a concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a
comprovação do preenchimento dos referidos pressupostos.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Certidão Expedida - Data da Movimentação


27/11/2020 11:21:34

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5133176-86.2019.8.09.0134
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : VERA LUCIA FERREIRA DE MEDEIROS
POLO PASSIVO : SEGURADORA LIDER DO CONSORCIO DO SEGURO DPVAT SA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : SEGURADORA LIDER DO CONSORCIO DO SEGURO DPVAT SA


ADVG. PARTE : 15634 GO - ADRIANO WALDECK FELIX DE SOUSA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Certidão Expedida - Data da Movimentação


27/11/2020 11:28:21

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5312580-10.2017.8.09.0024
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : PABLO RICARDO MARCELINO MEURA
POLO PASSIVO : RIGONATO IMÓVEIS E CONSTRUÇÕES LTDA.
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : PABLO RICARDO MARCELINO MEURA


ADVGS. PARTE : 26046 GO - MIRELLA BIANNCA DE MORAES MORANDO
42535 GO - OSCAR SANTOS DE MORAES MORANDO

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 24/11/2020


19:04:49

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5449591-51.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : SAURO LIMONGI
POLO PASSIVO : ESTADO DE GOIAS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : SAURO LIMONGI


ADVGS. PARTE : 3306 GO - RENALDO LIMIRO DA SILVA
39828 GO - MARIA EUGÊNIA CURADO SILVA BARBOSA DE MORAES

PARTE INTIMADA : CARMELIA MENDES DE SOUZA VIEIRA


ADVGS. PARTE : 3306 GO - RENALDO LIMIRO DA SILVA
39828 GO - MARIA EUGÊNIA CURADO SILVA BARBOSA DE MORAES

PARTE INTIMADA : GINO LIMONGI


ADVGS. PARTE : 3306 GO - RENALDO LIMIRO DA SILVA
39828 GO - MARIA EUGÊNIA CURADO SILVA BARBOSA DE MORAES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5449591-51.2020.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5449591-51.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA

AGRAVANTES: SAURO LIMONGI E OUTROS


AGRAVADO: ESTADO DE GOIÁS
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

DESPACHO

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por CARMÉLIA MENDES DE


SOUZA VIEIRA e GINO LIMONGI contra a decisão (evento nº 22 dos autos de
origem) proferida pelo Juiz de Direito da Vara da Fazenda Pública Estadual da
Comarca de Goiânia, Dr. Gustavo Dalul Faria, nos autos do pedido de cumprimento de
Sentença/habilitação (protocolo nº 5566312-64.2019.8.09.0051) apresentado em face
do ESTADO DE GOIÁS.

Considerando haver previsão expressa de cabimento do presente agravo de


instrumento (art. 1.015, parágrafo único, CPC), determino seu processamento.

Ante a inexistência de pedido de atribuição de efeito suspensivo ao recurso ou de


deferimento, em antecipação de tutela, da pretensão recursal, intime-se a parte
agravada para, no prazo legal, apresentar resposta, nos termos do artigo 1.019, inciso

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em
Assinado por CARLOS ROBERTO FAVARO
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5449591-51.2020.8.09.0000
II, do Código de Processo Civil.

Cumpra-se.

Goiânia, 23 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR
1014/FF

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 24/11/2020


19:28:11

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5545833-24.2018.8.09.0168
CLASSE PROCESSUAL : Reintegração / Manutenção de Posse ( CPC )
POLO ATIVO : FRANCISCO BEZERRA MARROCOS
POLO PASSIVO : ESPOLIO JOAO BRAZ DA SILVA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : FRANCISCO BEZERRA MARROCOS


ADVG. PARTE : 38585 GO - MANOEL DA CRUZ DA SILVA

PARTE INTIMADA : ESPOLIO JOAO BRAZ DA SILVA


ADVG. PARTE : 30287 DF - ADRIANO AMARAL BEDRAN

PARTE INTIMADA : MARIA DE FÁTIMA TAVARES DA SILVA MEEIRA


ADVG. PARTE : 30287 DF - ADRIANO AMARAL BEDRAN

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5545833-24.2018.8.09.0168
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

APELAÇÃO CÍVEL Nº 5545833-24.2018.8.09.0168


COMARCA DE ÁGUAS LINDAS DE GOIÁS

APELANTE: FRANCISCO BEZERRA MARROCOS


APELADO: ESPÓLIO DE JOÃO BRAZ DA SILVA
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

DESPACHO

Trata-se de APELAÇÃO CÍVEL interposta por FRANCISCO BEZERRA MARROCOS


contra a sentença proferida pela Juíza de Direito da 3ª Vara de Cível da Comarca de
Águas Lindas de Goiás, Dra. Flávia Cristina Zuza, nos autos da Ação de Manutenção
de Posse ajuizada em desfavor do ESPÓLIO DE JOÃO BRAZ DA SILVA,
representado por MARIA DE FÁTIMA TAVARES DA SILVA.

Ressai do caderno processual que a apelação sub judice não foi instruída com prova
do respectivo preparo, não se tendo notícia de eventual concessão de gratuidade
processual ao recorrente, tampouco de pedido nesse sentido.

Destarte, intime-se o apelante, na pessoa de seu advogado, para, em 05 (cinco) dias,


promover o recolhimento em dobro das custas recursais, sob pena de deserção, nos
termos do artigo 1.007, §4º, do Código de Processo Civil1.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5545833-24.2018.8.09.0168
Cumpra-se.

Goiânia, 23 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR

1010/CR

1 “Art. 1.007. § 4o O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o recolhimento do preparo,
inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em
dobro, sob pena de deserção.”

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 24/11/2020


19:26:04

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5650312-53.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : WKN PROMOÇÕES E EVENTOS EIRELI
POLO PASSIVO : SECRETÁRIO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS DO
MUNICÍPIO DE CALDAS NOVAS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : WKN PROMOÇÕES E EVENTOS EIRELI


ADVGS. PARTE : 48258 GO - LORENA RODRIGUES ROCHA OTTOBELI
175537 MG - ROBERTA MARIA MENDES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5650312-53.2019.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5650312.53.2019.8.09.0000


COMARCA DE CALDAS NOVAS

AGRAVANTE: WKN PROMOÇÕES E EVENTOS EIRELI


AGRAVADO: SECRETÁRIO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS
HÍDRICOS DE CALDAS NOVAS
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

DESPACHO

Trata-se de agravo de instrumento interposto por WKN PROMOÇÕES E EVENTOS


EIRELI contra a decisão proferida pelo Juiz de Direito da Vara da Fazenda Pública da
Comarca de Caldas Novas, Dr. Tiago Luiz de Deus Costa Bentes, nos autos do
Mandado de Segurança impetrado em face de ato atribuído ao SECRETÁRIO
MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS DE CALDAS NOVAS.

Compulsando o caderno processual, depreende-se que a parte recorrente visou, em


suma, o reconhecimento do seu direito líquido e certo à obtenção de alvará para
realização do evento denominado “FDS WKN” nos dias 14 a 16 de novembro de 2019.

A decisão impugnada, proferida em 08/11/2019, indeferiu o pedido liminar deduzido


pela impetrante.

Ato contínuo, WKN PROMOÇÕES E EVENTOS EIRELI interpôs recurso de agravo de

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NR.PROCESSO: 5650312-53.2019.8.09.0000
instrumento, com pedido de concessão de efeito ativo.

Nesta Corte, foi proferida decisão liminar (mov. nº 04) no plantão judicial, pelo Dr.
Sebastião Fleury, indeferindo o pedido de concessão de antecipação dos efeitos da
tutela recursal.

Após a distribuição dos autos a esta Relatoria, foi determinado o cumprimento do


disposto no artigo 1.019 do Código de Processo Civil.

Assim, em obediência à regra inserta no art. 10 do Código de Processual Civil, intime-


se a parte recorrente, para, querendo, se manifestar sobre a subsistência de seu
interesse no julgamento do recurso, no prazo de 10 (dez) dias.

Cumpra-se.

Goiânia, 24 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR

1003/FF

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 25/11/2020


15:19:39

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5554729-07.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : BANCO DA AMAZONIA S.A.
POLO PASSIVO : COMING INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE COUROS LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO DA AMAZONIA S.A.


ADVG. PARTE : 349427 SP - PABLO ALVES DE CASTRO

PARTE INTIMADA : COMING INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE COUROS LTDA


ADVGS. PARTE : 38102 GO - RENATA DE ALMEIDA MANSO
25150 GO - WILSON PIAZA DA SILVA
31708 GO - OTHO MARCELO RÔMULO DE CARVALHO OLIVEIRA
17874 GO - ALUIZIO GERALDO CRAVEIRO RAMOS
37418 GO - MURILO ASSIS DE CARVALHO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5554729-07.2020.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5554729-07.2020.8.09.0000


COMARCA DE TRINDADE

AGRAVANTE: BANCO DA AMAZÔNIA S/A


AGRAVADA: COMING INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE COUROS LTDA. – EM
RECUPERAÇÃO JUDICIAL
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

DESPACHO

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto pelo BANCO DA


AMAZÔNIA S/A contra a decisão proferida pelo Juiz de Direito da 3ª Vara Cível,
Comarca de Trindade, Everton Pereira Santos, nos autos da Impugnação de Crédito
(5285803-30.2019) ajuizada em desfavor de COMING INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE
COUROS LTDA. – Em Recuperação Judicial.

Ao compulsar os autos, verifico que a instituição financeira, ora agravante,


não formulou pedido de liminar.

Dessa forma, intime-se a agravada para que, nos termos do artigo 1.019,
inciso II do CPC, apresente contrarrazões.

Intimem-se. Cumpra-se.

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NR.PROCESSO: 5554729-07.2020.8.09.0000
Goiânia, 24 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Juntada de Petição - Data da Movimentação


26/11/2020 20:11:22

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0027597-76.2011.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : GILDEMAR LOPES DE SOUZA
POLO PASSIVO : BRADESCO S/A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : GILDEMAR LOPES DE SOUZA


ADVG. PARTE : 20625 GO - EDILAINE PEREIRA DE ALMEIDA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 25/11/2020


15:30:42

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5588746-69.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : SÔNIA MARIA MARTINS
POLO PASSIVO : FUNDO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DE ITAPURANGA - ITAPREV
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : SÔNIA MARIA MARTINS


ADVG. PARTE : 42860 GO - DIEGO CÉSAR SANTANA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5588746-69.2020.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5588746-69.2020.8.09.0000


COMARCA DE ITAPURANGA

AGRAVANTE: SÔNIA MARIA MARTINS


AGRAVADO: FUNDO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DE ITAPURANGA – ITAPREV
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

DESPACHO

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por SÔNIA MARIA MARTINS


contra a decisão (evento nº 1 doc. 4) proferida pelo Juiz de Direito da Comarca de
Itapuranga, Dr. Denis Lima Bonfim, nos autos do Mandado de Segurança (protocolo nº
5479240-97.2020.8.09.0085) impetrado contra ato coator atribuído ao FUNDO DE
PREVIDÊNCIA SOCIAL DE ITAPURANGA – ITAPREV.

Considerando haver previsão expressa de cabimento do presente agravo de


instrumento (art. 1.015, inciso I, CPC), determino seu processamento.

Ante a inexistência de pedido de atribuição de efeito suspensivo ao recurso ou de


deferimento, em antecipação de tutela, da pretensão recursal, intime-se a parte
agravada para, no prazo legal, apresentar resposta, nos termos do artigo 1.019, inciso
II, do Código de Processo Civil.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5588746-69.2020.8.09.0000
Após, em atenção ao artigo 12 da Lei 12.016/2009, abra-se vista à i. Procuradoria-
Geral de Justiça para os fins de mister.

Cumpra-se.

Goiânia, 25 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR
1014/CR

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 25/11/2020


19:35:37

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5600005-61.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ESTADO DE GOIAS
POLO PASSIVO : CENCOSUD BRASIL COMERCIAL LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CENCOSUD BRASIL COMERCIAL LTDA


ADVG. PARTE : 16811 GO - FLÁVIO AUGUSTO DE SANTA CRUZ POTENCIANO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5600005-61.2020.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5600005-61.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA

AGRAVANTE : ESTADO DE GOIÁS


AGRAVADO : CENCOSUD BRASIL COMERCIAL LTDA.
RELATOR : DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

DESPACHO

Trata-se de Agravo de Instrumento interposto pelo ESTADO DE GOIÁS contra a


decisão proferida pela Juíza de Direito da 4ª Vara da Fazenda Pública Estadual da
Comarca de Goiânia, Drª. Zilmene Gomide da Silva Manzolli, nos autos da Ação
Anulatória proposta em seu desfavor por CENCOSUD BRASIL COMERCIAL LTDA.

Do compulso dos autos, infere-se que o ESTADO DE GOIÁS impugna a decisão


liminar proferida no movimento nº 8 dos autos de origem, contra a qual o ente federado
já interpôs o agravo de instrumento nº 5567364-20.2020.8.09.0000.

Nesse contexto, em cumprimento à regra do artigo 10 do Código de Processo Civil,


determino a intimação do ente agravante para que, no prazo de 10 (dez) dias,
manifeste-se sobre a inadmissibilidade do presente recurso, ante a aplicação do
princípio da unirrecorribilidade, singularidade ou unicidade recursal.

Intime-se.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5600005-61.2020.8.09.0000
Após, retornem-me conclusos.

Goiânia, 25 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR

1003/FF

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 26/11/2020


19:23:39

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0174463-96.2016.8.09.0174
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : JOSE DA PALESTINA
POLO PASSIVO : JJ EMPREEDIMENTOS LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JOSE DA PALESTINA


ADVGS. PARTE : 14262 GO - LUCIANA DE BASTOS MENDES
14285 GO - WEDNER DIVINO MARTINS DOS SANTOS

PARTE INTIMADA : JJ EMPREEDIMENTOS LTDA


ADVG. PARTE : 20271 GO - LEANDRO JACOB NETO

PARTE INTIMADA : JJ EMPREEDIMENTOS LTDA


ADVG. PARTE : 20271 GO - LEANDRO JACOB NETO

PARTE INTIMADA : JOSE DA PALESTINA


ADVGS. PARTE : 14262 GO - LUCIANA DE BASTOS MENDES
14285 GO - WEDNER DIVINO MARTINS DOS SANTOS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0174463-96.2016.8.09.0174
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0174463-96.2016.8.09.0174


COMARCA DE SENADOR CANEDO

1º APELANTE: JOSÉ DA PALESTINA


2º APELANTE: JJ EMPREEDIMENTOS LTDA
1º APELADO: JJ EMPREEDIMENTOS LTDA
2º APELADO: JOSÉ DA PALESTINA
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

DESPACHO

Compulsando os autos, verifico que JOSÉ DA PALESTINA (1º apelante), no


movimento nº 42, após a conclusão dos autos a este Relator, trouxe petitório
requerendo a juntada de novos documentos ao caderno processual.

Obtempero que, em conformidade com os artigos 435 e 437 do Código de Processo


Civil, é lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos,
quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados ou para
contrapô-los aos que foram produzidos nos autos, cabendo ao juiz da causa conceder
o prazo de 15 dias para que a parte contrária se manifeste quanto a eles, bem como
apreciar o cabimento da sua juntada aos autos.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em
Assinado por CARLOS ROBERTO FAVARO
Validação pelo código: 10423567017794712, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/PendenciaPublica
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0174463-96.2016.8.09.0174
Destaca-se que a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça “admite a juntada de
documento novo, mesmo em fase recursal, desde que respeitados os princípios da
boa-fé e do contraditório” (STJ - AgInt no AREsp: 1569510 SP 2019/0249675-4,
Relator: Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, Data de Julgamento: 17/02/2020,
T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 20/02/2020).

Não obstante, vale advertir que “a admissão de documento na fase apelatória


depende, em primeiro lugar, de ser o documento juntado classificável como documento
novo, ou, pelo menos, do qual a parte interessa na sua juntada não tinha
conhecimento ou não tinha acesso a ele ou ao seu conteúdo” (STJ - AgInt no REsp:
1609007 SP 2016/0163704-7, Relator: Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO,
Data de Julgamento: 10/04/2018, T1 - PRIMEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe
20/04/2018).

Nesse contexto, a princípio, com fulcro no artigo 437, § 1º, do Código de Processo
Civil, determino a intimação da sociedade empresária JJ EMPREEDIMENTOS LTDA,
para se manifestar a respeito dos documentos coligidos, no prazo de 15 (quinze) dias.

Escoado o prazo para manifestação, volvam-me conclusos os autos.

Cumpra-se.

Goiânia, 26 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR
1003/FF

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 26/11/2020


19:15:09

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5292527-43.2017.8.09.0174
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : VANDERSON DA CONCEIÇAO SILVA
POLO PASSIVO : OF PECUARIA E EMPREENDIMENTOS LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : VANDERSON DA CONCEIÇAO SILVA


ADVG. PARTE : 21226 GO - VILANI PEREIRA DAS CHAGAS

PARTE INTIMADA : OF PECUARIA E EMPREENDIMENTOS LTDA


ADVG. PARTE : 21230 GO - LEONARDO MARTINS MAGALHÃES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5292527-43.2017.8.09.0174
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

APELAÇÃO CÍVEL Nº 5292527-43.2017.8.09.0174


COMARCA DE SENADOR CANEDO

APELANTES: VANDERSON DA CONCEIÇÃO SILVA E OUTRA


APELADA: O.F. PECUÁRIA E EMPREENDIMENTOS LTDA
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

DESPACHO

Nos termos do artigo 10 do Código de Processo Civil, determino a intimação da parte


apelante – VANDERSON DA CONCEIÇÃO SILVA E LEIA ALVES DE OLIVEIRA –
para que, no prazo de 10 (dez) dias, manifeste-se sobre eventual inadmissibilidade do
presente recurso, ante a possível violação ao princípio da dialeticidade, apontada em
preliminar de contrarrazões da parte apelada.

Intime-se.

Goiânia, 26 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5292527-43.2017.8.09.0174
1005/FF

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 26/11/2020


19:05:41

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5595777-43.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : BANCO ITAUCARD S/A
POLO PASSIVO : OSVALDO GOMES DOS SANTOS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO ITAUCARD S/A


ADVG. PARTE : 29134 GO - JOSE CARLOS SKRZYSZOWSKI JUNIOR

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5595777-43.2020.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5595777-43.2020.8.09.0000


COMARCA DE NIQUELÂNDIA

AGRAVANTE: BANCO ITAUCARD S/A


AGRAVADO: OSVALDO GOMES DOS SANTOS
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

DESPACHO

Em homenagem ao princípio da não surpresa, estabelecido pelo artigo 101, do Código


de Processo Civil, intime-se o agravante para, caso queira, manifestar-se, no prazo de
05 (cinco) dias, acerca de eventual não cabimento do recurso de agravo de
instrumento, em razão da inexistência de previsão do ato recorrido (despacho que
determina a emenda à petição inicial) no rol do art. 1.015 do Diploma Processual Civil,
bem como da ausência de urgência decorrente da inutilidade do julgamento da
questão em recurso de apelação.

No mesmo sentido: TJGO, Agravo de Instrumento 5002659-70.2020.8.09.0000, Rel.


Des. GERSON SANTANA CINTRA, 3ª Câmara Cível, julgado em 20/07/2020, DJe de
20/07/2020; TJGO, Agravo de Instrumento 5185045-68.2020.8.09.0000, Rel. Des.
LEOBINO VALENTE CHAVES, 2ª Câmara Cível, julgado em 29/06/2020, DJe de
29/06/2020; TJGO, Agravo de Instrumento 5512504-06.2019.8.09.0000, Rel. Des.
ITAMAR DE LIMA, 3ª Câmara Cível, julgado em 10/03/2020, DJe de 10/03/2020.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5595777-43.2020.8.09.0000
Cumpra-se.

Goiânia, 25 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR
1013/CR

1 Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se
tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de
ofício.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Certidão Expedida - Data da Movimentação


27/11/2020 12:18:00

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5500861-17.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : JOSE FRAGA JUNIOR
POLO PASSIVO : VILMAR CAIXETA GONCALVES
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : VILMAR CAIXETA GONCALVES


ADVGS. PARTE : 30641 GO - RODOLPHO LEONARDO CAIO ROCHA
20975 GO - JANAINA MATHIAS GUILHERME DE SENNE
37588 GO - JACQUELINE ESTEVES ALVES FERREIRA
29380 GO - JOSÉ ANTONIO DOMINGUES DA SILVA
39852 GO - LUCIANA LARA DE CARVALHO
34606 GO - ANA CAROLINA CAETANO PROTO
22703 GO - CARLOS MARCIO RISSI MACEDO
20631 GO - MARCOS CESAR GONÇALVES DE OLIVEIRA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido - Data da Movimentação


27/11/2020 11:42:14

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5397586-52.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : MARIA ANTONIA ALVES
POLO PASSIVO : ESTADO DE GOIÁS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MARIA ANTONIA ALVES


ADVG. PARTE : 25479 GO - CELSO JOSÉ MEDANHA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5397586-52.2020.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA.
IMPUGNAÇÃO AO LAUDO PERICIAL DA CONTADORIA JUDICIAL –
EXISTÊNCIA DE DOIS LAUDOS DIFERENTES - HOMOLOGAÇÃO
CÁLCULOS. VALORES DISCREPANTES. NECESSIDADE FEITURA
NOVOS CÁLCULOS. DECISÃO REFORMADA. 1. Havendo discrepância
significativa entre os laudos apresentados pela parte e pela contadoria
judicial, por duas vezes, deverá ser realizada nova perícia contábil por
profissional técnico habilitado para afastar a possibilidade de erro e dúvida,
por cautela. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5397586-52.2020.8.09.0000
tribunal
PODER JUDICIÁRIO
de justiça TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
do estado
Gabinete do Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
de goiás
Rua 10, n.º 150 , Fórum Dr. Heitor Moraes Fleury , 12º Andar , Sala 1229, Setor Oeste , Goiânia-GO, CEP 74120020, Tel: (62) 3216-2964

Processo : 5397586-52.2020.8.09.0000
Nome CPF/CNPJ
Promovente(s)
Maria Antonia Alves 846.175.861-72
Nome CPF/CNPJ
Promovido(s)
Estado De Goiás --
Órgão 1ª Câmara
Tipo de Ação / Recurso Agravo de Instrumento ( CPC )
judicante: Cível
Relator Des. ORLOFF NEVES ROCHA

VOTO

MARIA ANTONIA ALVES opõe AGRAVO DE INSTRUMENTO, com pedido de atribuição de


efeito suspensivo ativo, contra decisão proferida pela MM. Juíza da 4ª Vara da Fazenda Pública
da Comarca de Goiânia, Dra. Zilmene Gomide da Silva Manzolli, nos autos dos EMBARGOS À
EXECUÇÃO que lhe move o ESTADO DE GOIÁS.

Insurge-se com a decisão da magistrada que reconsiderou a decisão anteriormente proferida, na


qual acolhia o pedido da agravante para determinar a realização de perícia contábil, para
determinar a remessa dos autos à Contadoria Judicial.

Recurso próprio e tempestivo. Preenche os requisitos objetivos e subjetivos de admissibilidade.


Dele tomo conhecimento.

Em razão da existência de duas perícias contábeis elaboradas pela Contadoria Judicial, com
resultados distintos entre si e também com aqueles apresentados pelos sujeitos processuais,
sendo no mínimo inseguro permitir que ao cabo dessa discussão em sede de liquidação, seja
homologado o último laudo produzido, restando o último deles escolhido pelo juízo sob a
justificativa de fé pública.
Nesses casos, a insegurança jurídica deve ceder vez à cautela na condução do feito, não se
justificando a prematura e cega adoção de um dos resultados periciais quando todo o processo
demonstra a necessidade de submissão da matéria a nova perícia judicial.
Sobre a nova realização de perícia, o artigo 480 do CPC assim dispõe:
“Art. 480. O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a
realização de nova perícia quando a matéria não estiver suficientemente
esclarecida.

In casu, além da notória discrepância de resultados e da existência de conclusão dúbia e


contraditória na derradeira perícia, justamente a que restou homologada judicialmente, o que
ocorreu em evento nº 97 dos autos principais, denota a necessidade de ver renovada a produção
probatória pelo perito judicial, e não pela contadoria judicial.

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5397586-52.2020.8.09.0000
IMPUGNAÇÃO AO LAUDO PERICIAL REJEITADA. HOMOLOGAÇÃO
CÁLCULOS. VALORES DISCREPANTES. NECESSIDADE FEITURA
NOVOS CÁLCULOS. DECISÃO REFORMADA. 1. Havendo discrepância
significativa entre os laudos apresentados pela parte e pelo perito do juízo,
bem como para afastar a possibilidade de erro e dúvida, por cautela, nova
perícia contábil deverá ser realizada por profissional técnico habilitado. 2.
Mostra-se mais prudente e aconselhável a feitura de novas contas, para o
profissional apurar os valores que já haviam sido consignados/depósitos
feitos e os índices de correção, tudo conforme comando judicial, a fim de
contrapor ao primeiro laudo oficial. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.”
(TJGO, 2ª Câmara Cível, Ag. Inst. n. 5056289.12.2018.8.09.0000, Rel. Des.
Amaral Wilson de Oliveira, DJe de 20-9-2018).

Assim, deve ser provida a insurgência para reformar a decisão impugnada e manter a nomeação
da perita para a realização dos cálculos, determinando ao Agravado que recolha a verba dos
honorários da perita, dando-se ciência imediata à juíza a quo.

É como voto.

Goiânia, 23 de novembro de 2020.

_______________________________________
Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
Relator
_____________________________________________________________________
_____
Documento emitido / assinado digitalmente
com fundamento no Art. 1º, § 2º III, "b", da Lei Federal nº 11.419, de 19/12/2006, publicada no DOU de 20/12/2006.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as retro


indicadas.

ACORDAM os integrantes da 4ª Turma Julgadora da 1ª Câmara Cível, à


unanimidade de votos, em CONHECER E PROVER o presente recurso,
nos termos do voto do Relator.

A sessão foi presidida pelo Desembargador Orloff Neves Rocha.

Votaram com o Relator, o Des. Carlos Roberto Fávaro e o Dr. Reinaldo


Alves Ferreira.

Presente o ilustre Procurador de Justiça Dr. José Carlos Mendonça.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5397586-52.2020.8.09.0000
Goiânia, 23 de novembro de 2020.

Desembargador Orloff Neves Rocha


Relator

tribunal
PODER JUDICIÁRIO
de justiça TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
do estado
Gabinete do Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
de goiás
Rua 10, n.º 150 , Fórum Dr. Heitor Moraes Fleury , 4º Andar , Sala 410, Setor Oeste , Goiânia-GO, CEP 74120020, Tel: (62) 3216-2974

Processo : 5397586-52.2020.8.09.0000
Nome CPF/CNPJ
Promovente(s)
Maria Antonia Alves 846.175.861-72
Nome CPF/CNPJ
Promovido(s)
Estado De Goiás --
Órgão 1ª Câmara
Tipo de Ação / Recurso Agravo de Instrumento ( CPC )
judicante: Cível
Relator Des. ORLOFF NEVES ROCHA

AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA.


IMPUGNAÇÃO AO LAUDO PERICIAL DA CONTADORIA JUDICIAL –
EXISTÊNCIA DE DOIS LAUDOS DIFERENTES - HOMOLOGAÇÃO
CÁLCULOS. VALORES DISCREPANTES. NECESSIDADE FEITURA
NOVOS CÁLCULOS. DECISÃO REFORMADA. 1. Havendo discrepância
significativa entre os laudos apresentados pela parte e pela contadoria
judicial, por duas vezes, deverá ser realizada nova perícia contábil por
profissional técnico habilitado para afastar a possibilidade de erro e dúvida,
por cautela. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as retro


indicadas.

ACORDAM os integrantes da 4ª Turma Julgadora da 1ª Câmara Cível, à


unanimidade de votos, em CONHECER E PROVER o presente recurso,
nos termos do voto do Relator.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5397586-52.2020.8.09.0000
A sessão foi presidida pelo Desembargador Orloff Neves Rocha.

Votaram com o Relator, o Des. Carlos Roberto Fávaro e o Dr. Reinaldo


Alves Ferreira.

Presente o ilustre Procurador de Justiça Dr. José Carlos Mendonça.

Goiânia, 23 de novembro de 2020.

________________________________________
Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
Relator
_____________________________________________________________________
_____
Documento emitido / assinado digitalmente
com fundamento no Art. 1º, § 2º III, "b", da Lei Federal nº 11.419, de 19/12/2006, publicada no DOU de 20/12/2006.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


12/11/2020 11:23:26

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5562865-90.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : FATIMA SILVA GUIMARAES
POLO PASSIVO : MUNICIPIO DE RIO VERDE
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : FATIMA SILVA GUIMARAES


ADVG. PARTE : 33002 GO - ANNA CLAUDIA LUCAS DOS SANTOS

PARTE INTIMADA : MUNICIPIO DE RIO VERDE


ADVG. PARTE : 15591 GO - SÔNIA MARGARIDA FERREIRA LOPES ZOMONARO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 443 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5562865-90.2020.8.09.0000
tribunal
PODER JUDICIÁRIO
de justiça TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
do estado
Gabinete do Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
de goiás
Rua 10, n.º 150 , Fórum Dr. Heitor Moraes Fleury , 12º Andar , Sala 1229, Setor Oeste , Goiânia-GO, CEP 74120020, Tel: (62) 3216-2964

Processo : 5562865-90.2020.8.09.0000
Nome CPF/CNPJ
Promovente(s)
Fatima Silva Guimaraes 971.482.961-53
Nome CPF/CNPJ
Promovido(s)
Municipio De Rio Verde 02.056.729/0001-05
Órgão 1ª Câmara
Tipo de Ação / Recurso Agravo de Instrumento ( CPC )
judicante: Cível
Relator Des. ORLOFF NEVES ROCHA

DECISÃO MONOCRÁTICA

FÁTIMA SILVA GUIMARÃES interpõe Agravo de Instrumento, com pedido de


atribuição de efeito suspensivo, contra decisão proferida pelo MM. Juiz de Direito da Vara das
Fazendas Públicas da Comarca de Rio Verde, Dr. Márcio Morrone Xavier, nos autos da
Reclamatória Trabalhista movida contra o MUNICÍPIO DE RIO VERDE, que revogou as
benesses da gratuidade da justiça e intimou a Autora a recolher as custas iniciais, autorizando o
parcelamento em 3 (três) parcelas, e determinando o prazo de 15 (quinze) dias para comprovar
o recolhimento das custas iniciais, primeira parcela, sob pena de cancelamento da distribuição.

Inconformada, a Autora interpõe o presente recurso.

Em suas razões, afirma que, conforme documentação acostada, não possui condições
de arcar com as custas processuais, sem o prejuízo do sustento próprio e de sua família.

Assinala que “não houve modificação alguma na situação financeira dos agravantes,
passível de ensejar a revogação dos benefícios da Assistência Judiciária Gratuita, entretanto, o
Município agravado requereu a revogação, pedido este acolhido pela decisão de evento
processual nº 24, ora agravada”.

Registra que sua renda é variável, visto que a “hora substituição” pode ser alterada ou
retirada da sua jornada de trabalho sem aviso prévio, o que dificulta o pagamento das custas
processuais.

Junta cópia de suas fichas financeiras, bem como colaciona extratos bancários e
faturas (água, energia, plano de saúde, internet e cartão de crédito).

Transcreve julgados em abono ao alegado.

Ao final, pugna pela concessão da tutela antecipada e, no mérito, pela concessão da


assistência judiciária à Agravante.

Ausente preparo, por pleitear a concessão da assistência judiciária.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Validação pelo código: 10413567010539415, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/PendenciaPublica
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5562865-90.2020.8.09.0000
É o relatório. Decido.

Atento aos princípios da efetividade e da celeridade processual, concedo a justiça


gratuita exclusivamente à insurgência recursal, já que a gratuidade na origem é o tema meritório
do pedido. Preenchidos os pressupostos de admissibilidade, conheço do Agravo de Instrumento
e, alinhado à Súmula 25 do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, passo a decidir
monocraticamente, nos moldes do artigo 932, inciso IV, alínea “a”, do Código de Processo Civil.

Ressalto, desde já, que não se faz necessária a intimação da parte Agravada para
oferecer contrarrazões ao recurso, pois a análise da situação de necessidade financeira pode ser
realizada e revisada a qualquer momento, já que a decisão que indefere o benefício da
gratuidade da justiça é precária (rebus sic stantibus), não gerando preclusão pro judicato.

Nesse toar, sabe-se que a gratuidade da justiça encontra sustentação no artigo 5º,
inciso LXXIV, da Constituição Federal, o qual prevê que “o Estado prestará assistência jurídica
integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos”.

Entende-se que a concessão do benefício não está condicionada a um estado de


miserabilidade absoluta, porém, deve ser cuidadosamente apurada, evitando que se transforme
em subterfúgio para aqueles que, podendo, furtam-se ao dever de pagar as despesas do
processo.

Nesse sentido, segue a Súmula 25 editada por este sodalício, in verbis:

“Súmula 25 do TJGO. Faz jus à gratuidade da justiça a pessoa, natural ou jurídica, que
comprovar sua impossibilidade de arcar com os encargos processuais.”

Veja-se, também, o entendimento do Superior Tribunal de Justiça:

“1. Defere-se a postulação dos benefícios da assistência judiciária gratuita, porquanto


esta pode ser pedida a qualquer tempo, desde que o requerente afirme não possuir
condições de arcar com as despesas processuais sem que isso implique prejuízo de
seu sustento ou de sua família.” (STJ, Segunda Turma, REsp 1241172/RJ, Rel. Min.
Castro Meira, julgado em 26/04/2011, DJe 10/05/2011). Grifei.

Portanto, a parte que requer os benefícios da gratuidade da justiça deve demonstrar,


nos autos, a ausência de condições financeiras para arcar com as despesas do processo, sem
prejuízo do próprio sustento.

Em análise ao recurso, observo que a Agravante acostou aos autos, para tentar
comprovar sua incapacidade financeira, sua ficha financeira demonstrando o seu percebimento
mensal como professora municipal, bem como extratos bancários e despesas com água, energia
e cartão de crédito.

Ressalto que, a renda mensal da Recorrente gira em torno de R$ 3.000,00 (três mil
reais), e, que, conforme espelho da guia consultado no PROJUDI, o valor das custas
processuais é no importe de R$ 809,59 (oitocentos e nove reais e cinquenta e nove centavos).

Desta feita, resta evidenciada a capacidade econômica da parte Insurgente para


suportar os encargos processuais.

Saliento que a Agravante, ao interpor o presente Agravo de Instrumento, não acostou


aos autos nenhum documento novo capaz de justificar a reforma do decisum vergastado.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5562865-90.2020.8.09.0000
Verifica-se, também, que a decisão a quo deve, o quanto possível, ser mantida,
recomendando-se a sua reforma somente em caso de notório dissenso entre ela e os elementos
probatórios coligidos aos autos.

Sendo assim, cabe à instância revisora, tão somente, verificar se a medida foi
outorgada, observando-se os critérios legais e o princípio da razoabilidade. Vale dizer, apenas
será modificada caso seja ilegal, teratológica, ou arbitrária.

Nesse contexto, em relação ao tema “gratuidade da justiça”, cada caso deve ser
analisado com suas particularidades, pois o objetivo da legislação, que regula a matéria, é
possibilitar, às pessoas menos favorecidas economicamente, o idêntico acesso ao Judiciário que
outras, cuja situação financeira permite a plena defesa dos seus direitos.

Desta forma, em atenção à norma emanada do artigo 5º, LXXIV, da Constituição


Federal, e tendo em vista que os documentos apresentados pela parte Agravante não são
hábeis para demonstrar, a princípio, que ela se enquadra no perfil de hipossuficiente, a ser
amparado com a benesse pretendida, esta lhe deve ser negada, pois ausentes, nos autos,
elementos que comprovem a incapacidade da parte, para arcar com as custas do processo, sem
prejuízo do sustento e de sua família.

Desta feita, entendo que o cenário fático delineado, por si só, não conduz à ilação de
que a Recorrente ostenta condição econômica atual incompatível com o custeio das custas
processuais, mostrando-se, efetivamente, incabível o deferimento da gratuidade da justiça.

Assim, ausentes novos argumentos ou documentos que demonstrem o desacerto dos


fundamentos utilizados na decisão objurgada, a manutenção do indeferimento das benesses da
assistência gratuita é medida a se impor, devendo também ser mantido o parcelamento das
custas processuais, em 3 (três) parcelas, conforme facultado pelo douto julgador primevo no
mencionado decisum.

Diante do exposto, nos termos do artigo 932, inciso IV, alínea “a”, do Código de
Processo Civil, CONHEÇO e NEGO PROVIMENTO ao Agravo de Instrumento, para manter a
decisão, pelos seus próprios e jurídicos fundamentos.

Goiânia, 10 de novembro de 2020.

__________________________________________
Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
Relator
_____________________________________________________________________
_____
Documento emitido / assinado digitalmente
com fundamento no Art. 1º, § 2º III, "b", da Lei Federal nº 11.419, de 19/12/2006, publicada no DOU de 20/12/2006.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5562865-90.2020.8.09.0000

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho -> Conversão -> Julgamento em Diligência
- Data da Movimentação 12/11/2020 11:40:19

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5444270-54.2019.8.09.0005
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : GERUSA PIRES CAMPOS
POLO PASSIVO : SECRETARIO DE SAUDE DO MUNICIPIO DE ALVORADA DO NORTE
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : GERUSA PIRES CAMPOS


ADVG. PARTE : 25276 GO - CLOVIS NERI CECHET

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5444270-54.2019.8.09.0005
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Luiz Eduardo de Sousa

APELAÇÃO CÍVEL EM MANDADO DE SEGURANÇA Nº 5444270-54.2019.8.09.0005

COMARCA DE ALVORADA DO NORTE


APELANTE : GERUSA PIRES CAMPOS
APELADO : SECRETÁRIO DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE ALVORADA DO NORTE
DR. REINALDO ALVES FERREIRA
RELATOR :
Juiz de Direito Substituto em 2º Grau

DESPACHO

Analisando os autos, verifico que a lide em discussão trata da alteração da escala de


trabalho da autora, contudo não consta do caderno processual o Estatuto dos Servidores do
Município de Alvorada do Norte.

Dessa forma, converto o julgamento em diligência e determino a intimação da


apelante para, no prazo de 5(cinco) dias, juntar aos autos cópia da referida legislação.

Após, a conclusão.

Intime-se. Cumpra-se.

Goiânia, 11 de novembro 2020.

DR. REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito Substituto em 2ºGrau

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NR.PROCESSO: 5444270-54.2019.8.09.0005
17

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


12/11/2020 14:30:34

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5171208-43.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : MUNICIPIO DE SAO FRANCISCO DE GOIAS
POLO PASSIVO : ESTADO DE GOIÁS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MUNICIPIO DE SAO FRANCISCO DE GOIAS


ADVG. PARTE : 39340 GO - ANDRÉ LUIZ ABRÃO JÚNIOR

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5171208-43.2020.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5171208-43.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA

AGRAVANTE: MUNICÍPIO DE SÃO FRANCISCO DE GOIÁS


AGRAVADO: ESTADO DE GOIÁS
RELATOR: ROBERTO HORÁCIO REZENDE - Juiz Substituto em 2º Grau

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso.

Como relatado, cuida-se de Agravo de Instrumento interposto pelo MUNICÍPIO DE


SÃO FRANCISCO DE GOIÁS contra a decisão proferida nos autos da Ação de
Obrigação de Fazer com pedido de Tutela de Urgência (protocolo nº 5074410.61.2020)
ajuizada em desfavor do ESTADO DE GOIÁS.

Em proêmio, cumpre esclarecer que o agravo de instrumento é um recurso secundum


eventum litis e deve limitar-se ao exame do acerto ou desacerto do que ficou decidido
pelo juiz monocrático, não podendo extrapolar o seu âmbito a matéria estranha ao ato
judicial objurgado, não sendo lícito, destarte, ao juízo ad quem antecipar-se ao
julgamento do mérito da demanda, sob pena de supressão de um grau de jurisdição.

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NR.PROCESSO: 5171208-43.2020.8.09.0000
Na espécie, a insurgência recursal versa sobre a decisão do magistrado singular que
indeferiu a tutela de urgência pleiteada pelo ente municipal, consubstanciada na
suspensão da aplicação das Instruções Normativas nº 03/2019 e seguintes, expedidas
pela SEMAD e, ainda, na aplicação das regras vigentes até 2018 (LC 90/2011), com a
readequação do incide referente ao ICMS ECO do agravante para a categoria de 3%
(três por cento).

De plano, vislumbro que o recurso não merece provimento, pelas razões que passo a
expor.

Na espécie, deve-se observar as disposições legais do § 3º, artigo 1º da Lei nº


8.437/92 c/c artigo 1º, da Lei 9.494/97, que dizem respeito à vedação de concessão de
medida liminar contra o Poder Público que esgote, no todo em parte, o objeto da
ação.

Outrossim, o artigo 1.059, expresso nas Disposições Finais e Transitórias do Código


de Processo Civil, ratifica que nas tutelas provisórias requeridas contra a Fazenda
Pública, deverão ser aplicados os artigos 1º ao 4º da Lei Federal nº 8.437/92, e artigo
7º, § 2º, da Lei Federal nº 12.016/09.

Por sua vez, os mencionados dispositivos legais estabelecem, respectivamente, que:

“Art. 1° Não será cabível medida liminar contra atos do Poder


Público, no procedimento cautelar ou em quaisquer outras ações
de natureza cautelar ou preventiva, toda vez que providência
semelhante não puder ser concedida em ações de mandado de
segurança, em virtude de vedação legal.
§ 1° Não será cabível, no juízo de primeiro grau, medida cautelar
inominada ou a sua liminar, quando impugnado ato de autoridade
sujeita, na via de mandado de segurança, à competência
originária de tribunal.
§ 2° O disposto no parágrafo anterior não se aplica aos
processos de ação popular e de ação civil pública.
§ 3° Não será cabível medida liminar que esgote, no todo ou em
qualquer parte, o objeto da ação.
§ 4° Nos casos em que cabível medida liminar, sem prejuízo da
comunicação ao dirigente do órgão ou entidade, o respectivo
representante judicial dela será imediatamente intimado.

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NR.PROCESSO: 5171208-43.2020.8.09.0000
§ 5º Não será cabível medida liminar que defira compensação de
créditos tributários ou previdenciário.”

Na hipótese vertente, vislumbro que a concessão da medida liminar, consistente na


“imediata suspensão da Instrução Normativa nº 03/2019 e seguintes, expedida pela
SEMAD”, esgota por completo o objeto da ação, violando a norma citada, porquanto
permite ao ente municipal o recebimento da repartição tributária referente ao ICMS
ECO, sem que seja analisada eventual ilegalidade ou não da verberada instrução
normativa.

Sobre o assunto, esta Casa Recursal já se pronunciou:

“ AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE


FAZER. REPASSE DE ICMS ECOLÓGICO. SUSPENSÃO DA
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 03/2019 DA SEMAD.
ESGOTAMENTO DO OBJETO DA AÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.
Uma vez que o deferimento da liminar requestada permite ao
ente municipal o recebimento da repartição tributária
referente ao ICMS ECO, sem que seja analisada eventual
ilegalidade ou não da instrução normativa objeto da ação
originária, viola o que estabelece o artigo 1º, § 3º, da Lei nº
8.437/92, não se concedera liminar contra a Fazenda Pública
que esgote, no todo ou em parte, o objeto da ação, sendo
que, poderá redundar em prejuízo de difícil reparação à
Administração Pública Estadual. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO.” (TJGO, Agravo de Instrumento 5025391-45.2020, Rel.
ALAN SEBASTIÃO DE SENA CONCEIÇÃO, 5ª Câmara Cível, julgado em
22/06/2020, DJe de 22/06/2020).

“(...). 1. O artigo 1º, § 3, da Lei 8.437, de 30 de junho de 1992,


veda expressamente a concessão de medida liminar contra a
Fazenda Pública que antecipe, no todo ou em parte o objeto
da ação. 2. A medida liminar apenas será concedida se
observados, concomitantemente, a probabilidade do direito e
o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, bem
como não se vislumbre a possibilidade irreversibilidade do
provimento antecipado. (…).” (TJGO, 4ª Câmara Cível, Agravo de
Instrumento nº 511227259, Rel. Des. Delintro Belo de Almeida Filho, DJe
de 30/05/2019).

Logo, tenho que a liminar requestada possui caráter de irreversibilidade, uma vez que
afasta requisitos legais e permite o recebimento de parcela de ICMS pelo ente
municipal, exaurindo o objeto da ação, podendo, ainda, redundar em prejuízos de
difícil reparação à Administração Pública Estadual. De tal arte, a decisão agravada

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NR.PROCESSO: 5171208-43.2020.8.09.0000
não merece reparos.

Ante o exposto, CONHEÇO do Agravo de Instrumento e NEGO-LHE PROVIMENTO,


a fim de manter inalterada a decisão recorrida, conforme proferida.

É o voto.

Goiânia, 10 de novembro de 2020.

ROBERTO HORÁCIO REZENDE


Juiz Substituto em 2º Grau
RELATOR
1006/CR

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE


OBRIGAÇÃO DE FAZER COM PEDIDO DE TUTELA DE
URGÊNCIA. REPASSE DE ICMS ECOLÓGICO. SUSPENSÃO
DA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 03/2019 DA SEMAD.
ESGOTAMENTO DO OBJETO DA AÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.
DECISÃO MANTIDA. 1 – O agravo de instrumento é um recurso
secundum eventus litis, o qual limita-se à análise do acerto ou
desacerto da decisão agravada, não sendo lícito à instância
revisora antecipar-se ao julgamento do mérito da demanda, sob
pena de suprimir um grau de jurisdição. 2 – Na espécie, o
deferimento da liminar requestada permitiria ao ente municipal o
recebimento da repartição tributária referente ao ICMS ECO sem
que fosse analisada eventual ilegalidade ou não da instrução
normativa objeto da ação originária, violando o artigo 1º, § 3º, da
Lei nº 8.437/92, que veda expressamente a concessão de
medida liminar contra a Fazenda Pública que antecipe, no todo
ou em parte o objeto da ação. AGRAVO DE INSTRUMENTO
CONHECIDO E DESPROVIDO.

ACÓRDÃO

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NR.PROCESSO: 5171208-43.2020.8.09.0000
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº 5171208-43,
acordam os componentes da quinta Turma Julgadora da Primeira Câmara Cível do
egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à unanimidade de votos, em conhecer
do agravo, mas lhe negar provimento, nos termos do voto deste Relator.

Votaram, com o relator, Dr. Reinaldo Alves Ferreira em substituição ao


Desembargador Luiz Eduardo de Sousa e a Desembargadora Amélia Martins de
Araújo.

Presidiu a sessão o Desembargador Orloff Neves Rocha.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria Geral de Justiça, o Dr. José


Carlos Mendonça.

Goiânia, 10 de novembro de 2020.

ROBERTO HORÁCIO REZENDE


Juiz Substituto em 2º Grau
RELATOR

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NR.PROCESSO: 5171208-43.2020.8.09.0000
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER COM
PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA. REPASSE DE ICMS ECOLÓGICO.
SUSPENSÃO DA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 03/2019 DA SEMAD.
ESGOTAMENTO DO OBJETO DA AÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. DECISÃO MANTIDA.
1 – O agravo de instrumento é um recurso secundum eventus litis, o qual limita-se à
análise do acerto ou desacerto da decisão agravada, não sendo lícito à instância
revisora antecipar-se ao julgamento do mérito da demanda, sob pena de suprimir um
grau de jurisdição. 2 – Na espécie, o deferimento da liminar requestada permitiria ao
ente municipal o recebimento da repartição tributária referente ao ICMS ECO sem que
fosse analisada eventual ilegalidade ou não da instrução normativa objeto da ação
originária, violando o artigo 1º, § 3º, da Lei nº 8.437/92, que veda expressamente a
concessão de medida liminar contra a Fazenda Pública que antecipe, no todo ou em
parte o objeto da ação. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Recebimento -> Recurso -> Com efeito
suspensivo - Data da Movimentação 29/10/2020 00:24:45

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5322046-23.2019.8.09.0100
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : BENEDITA RODRIGUES NUNES
POLO PASSIVO : SANEAMENTO DE GOIAS SA SANEAGO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : SANEAMENTO DE GOIAS SA SANEAGO


ADVG. PARTE : 41822 GO - BRUNO CESAR LIMA DE ARAUJO

PARTE INTIMADA : BENEDITA RODRIGUES NUNES


ADVG. PARTE : 52330 DF - ADRIANO AIRES DOS SANTOS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5322046-23.2019.8.09.0100
tribunal
PODER JUDICIÁRIO
de justiça TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
do
estado de Gabinete do Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
goiás
Rua 10, n.º 150 , Fórum Dr. Heitor Moraes Fleury , 12º Andar , Sala 1229, Setor Oeste , Goiânia-GO, CEP 74120020, Tel: (62) 3216-2964

Processo : 5322046-23.2019.8.09.0100
Nome CPF/CNPJ
Promovente(s)
BENEDITA RODRIGUES NUNES --
Nome CPF/CNPJ
Promovido(s)
SANEAMENTO DE GOIAS SA SANEAGO 01.616.929/0001-02
Órgão 1ª Câmara
Tipo de Ação / Recurso Procedimento Comum
judicante: Cível
Relator Des. ORLOFF NEVES ROCHA

DESPACHO

Recebo o recurso em seu duplo efeito, a teor do artigo 1.012 do Código de Processo Civil.

Decorrido o prazo de recurso, certifique-se e faça-se conclusão.

Goiânia, 27 de outubro de 2020.

Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA


Relator
_____________________________________________________________________
_____
Documento emitido / assinado digitalmente
com fundamento no Art. 1º, § 2º III, "b", da Lei Federal nº 11.419, de 19/12/2006, publicada no DOU de 20/12/2006.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5322046-23.2019.8.09.0100

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


12/11/2020 17:53:32

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5457825-22.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : MARCONDES ELIZEU DOS SANTOS
POLO PASSIVO : INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO DE
GOIÁS - IPASGO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MARCONDES ELIZEU DOS SANTOS


ADVG. PARTE : 31452 GO - DANIELLE ESPÍNDULA MACHADO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5457825-22.2020.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5457825-22.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA

AGRAVANTE: MARCONDES ELIZEU DOS SANTOS


AGRAVADO: INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO
ESTADO DE GOIÁS – IPASGO
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO


SECUNDUM EVENTUM LITIS. TESE RECURSAL NÃO
ENFRENTADA NA DECISÃO RECORRIDA. PROFERIDA EM
PLANTÃO FORENSE. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE PELO
ÓRGÃO REVISOR. PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE
JURISDIÇÃO. RECURSO INADMISSÍVEL. 1. Tratando-se o
agravo de instrumento de recurso secundum eventum litis, não é
possível a análise originária, pela instância recursal, de matérias
não apreciadas pelo julgador singular, sob pena de supressão de
instância e violação ao princípio do duplo grau de jurisdição. 2.
Na hipótese, a insurgência recursal versa sobre matéria
(concessão da tutela provisória de urgência consistente no
fornecimento de medicamento prescrito e isenção de
coparticipação) que não foi objeto ou fundamento do
pronunciamento judicial confrontado, circunstância que conduz
ao não conhecimento do recurso, ante sua manifesta
inadmissibilidade. Ademais, denota-se que, após a remessa dos
autos ao juízo competente, o magistrado singular analisou
propriamente a tutela antecipada pretendida e a concedeu,
fulminando qualquer interesse no presente instrumento.
RECURSO NÃO CONHECIDO, nos termos do artigo 932,
inciso III, parte final, do Código de Processo Civil.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em
Assinado por CARLOS ROBERTO FAVARO
Validação pelo código: 10493566010199354, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/PendenciaPublica
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NR.PROCESSO: 5457825-22.2020.8.09.0000
DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por MARCONDES ELIZEU DOS


SANTOS em face da decisão proferida pelo Juiz de Direito em Plantão Forense na
Comarca de Goiânia, Dr. Abilio Wolney Aires Neto, nos autos da “ação de obrigação
de fazer com pedido de liminar” (protocolo nº 5455431-83.2020.8.09.0051) proposta
em desfavor do INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO
ESTADO DE GOIÁS – IPASGO.

Em análise ao caderno processual, extrai-se que o autor ajuizou a ação de origem, em


regime de plantão, colimando, em sede de tutela provisória de urgência, o custeio
e/ou fornecimento de medicamento prescrito para o tratamento da doença com que foi
diagnosticado (Linfoma Não Hodking - CID C833).

Na decisão recorrida (mov. 7, na origem), o magistrado plantonista deixou de apreciar


o referido pleito, por entender que “não se comprovou a presença dos requisitos
autorizadores da atuação jurisdicional em caráter excepcional”. A propósito:

“ (…) Percebe-se que não restou comprovada a urgência e


emergência para que a medida liminar seja analisada no plantão
forense, mesmo porque o direito a ser implementado, em tese,
não será consumado fora do horário de expediente normal de
funcionamento do fórum, então pode ser apreciado pelos
detentores da jurisdição natural para a causa.
Com efeito, o Plantão Judiciário não significa mera extensão de
horário de expediente. Sua razão de ser é preservar a apreciação
de direito que não possa esperar pela abertura do horário de
expediente normal, sob pena de perecimento desse direito.
(…) Repita-se, plantão forense não serve para socorrer àqueles
que não se atentaram à antecedência necessária para a prática
de atos destinados ao implemento de direito.
Urgência nasce com o próprio direito e não da comodidade das
partes e advogados, por isso, a demora capaz de causar prejuízo
de grave ou difícil reparação, para efeito de plantão, é
considerada apenas se entre o surgimento do direito e a
necessidade de sua implementação existir período no qual o
acesso ao Judiciário não possa ser implementado (expediente

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5457825-22.2020.8.09.0000
forense das 08:00 às 18:00 h), como ocorre nos finais de
semana, feriados e período noturno.
Em suma, não se comprovou a presença dos requisitos
autorizadores da atuação jurisdicional em caráter excepcional, de
modo que impossível o pronunciamento, sob pena de nulidade.
Ao exposto, deixo de apreciar o pedido de liminar em plantão
forense e recomendo a distribuição do feito com a agilidade que o
caso requer.
Intimem-se.”

Inconformado, MARCONDES ELIZEU DOS SANTOS interpôs o recurso sub judice.

Em suas razões, após relatar os fatos, o agravante alega, em síntese, que a decisão
combatida errou ao não visualizar a necessidade do tratamento em paciente idoso que
se encontra em estado grave. Pontua ter demonstrado a extrema urgência, bem como
a necessidade da análise do caso no plantão.
Colaciona julgados correlatos à matéria.

Entende ser necessária a cassação da decisão e a concessão da tutela de urgência,


para que o agravado forneça o medicamento prescrito.

Destaca o princípio do acesso à Justiça enquanto direito fundamental do indivíduo.

Sustenta o direito ao medicamento prescrito, reportando que as operadoras de planos


de saúde utilizam justificativas vazias para negar medicamentos, que os requisitos
básicos para o direito “são a prescrição médica e a justificativa do tratamento com a
medicação como sendo a mais adequada”.

Propala que “o medicamento encontra-se devidamente registrado, não possuindo uso


experimental, o que afasta, nesta cognição sumária, as razões apresentadas pelo
Agravado administrativamente para se eximir do dever de assistir o Agravante com a
medicação”.

Requer a concessão da tutela antecipada recursal, a fim de que seja determinado o


fornecimento da medicação prescrita, com isenção integral da coparticipação.

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NR.PROCESSO: 5457825-22.2020.8.09.0000
Ao final, pleiteia o conhecimento e provimento da insurgência, confirmando-se a
liminar, nos termos expendidos.

Pugna pela gratuidade da justiça.

Junta documentos.

Instado a se manifestar acerca da eventual inadmissibilidade do recurso (mov. 04), o


agravante informou que o feito fora redistribuído e o magistrado primevo analisou e
deferiu a pretensão.

É o relatório. Decido.

De início, destaca-se a possibilidade de julgamento unipessoal do presente recurso,


nos termos do artigo 932, inciso III, do Código de Processo Civil, haja vista a existência
de óbice impeditivo de seu conhecimento.

A priori, cumpre registrar que, tratando-se o agravo de instrumento de recurso


secundum eventum litis, não é possível a análise originária, pela instância recursal, de
matérias não apreciadas pelo juiz singular, sob pena de supressão de instância e
violação ao princípio do duplo grau de jurisdição.

Na hipótese, a insurgência recursal limita-se a defender a possibilidade de que seja


deferido o pleito antecipatório de fornecimento de medicamento prescrito e isenção
de coparticipação, em caráter de urgência, formulado na petição inicial da ação
originária.

Todavia, no ato judicial recorrido, o juiz a quo não analisou a matéria recursal
arguida, uma vez que se limitou a deixar de apreciar o pleito liminar em plantão
judiciário, o que constitui óbice impeditivo à apreciação da temática por esta Corte
Revisora, sob pena de supressão de instância e ofensa ao princípio do duplo grau de
jurisdição.

Corroboram os seguintes precedentes:

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NR.PROCESSO: 5457825-22.2020.8.09.0000
“ AGRAVO INTERNO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.
RECURSO SECUNDUM EVENTUM LITIS. TUTELA DE
URGÊNCIA INDEFERIDA NA ORIGEM. DECISÃO MANTIDA.
AUSÊNCIA DE FATOS NOVOS. 1. Os limites cognitivos do
agravo de instrumento, provocadores de que no julgamento
correspondente o juízo ad quem aprecie tão somente o teor
da decisão interlocutória recorrida, até mesmo para evitar
indevida supressão de instância. 2. Ausente fato novo
relevante capaz de alterar o entendimento esposado na decisão
agravada e constatada a reiteração dos argumentos já
anteriormente rebatidos, impõe-se o desprovimento do agravo
interno e a manutenção do decisum. Recurso conhecido e
desprovido.” (TJGO, Agravo de Instrumento (CPC) 5096564-
66.2019.8.09.0000, Rel. GILBERTO MARQUES FILHO, 3ª Câmara Cível
, julgado em 31/03/2020, DJe de 31/03/2020).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO EM MANDADO DE


SEGURANÇA. AGRAVO INTERNO PREJUDICADO. MEDIDA
LIMINAR INDEFERIDA. REQUISITOS NÃO DEMONSTRADOS.
I. O agravo de instrumento é um recurso secundum eventum
litis, devendo o Tribunal limitar-se ao exame do acerto ou
desacerto do que foi decidido pelo Juízo a quo, não podendo
estender a sua análise para questões que não foram
apreciadas pela decisão agravada, sob pena de supressão de
instância. II. (…). AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E
DESPROVIDO. AGRAVO INTERNO PREJUDICADO.” (TJGO,
Agravo de Instrumento (CPC) 5597717-14.2018.8.09.0000, Relª AMÉLIA
MARTINS DE ARAÚJO, 1ª Câmara Cível, julgado em 18/07/2019, DJe de
18/07/2019, negritou-se).

Ademais, denota-se que, após a remessa dos autos ao juízo competente, o


magistrado singular analisou propriamente a tutela antecipada pretendida e a
concedeu (mov. 24), fulminando qualquer interesse no presente instrumento.

Assim considerando, reitero a inviabilidade de conhecimento da matéria alegada nas


razões do presente agravo de instrumento (concessão da tutela antecipada de
urgência consistente no fornecimento de medicamento prescrito e isenção de
coparticipação), porquanto não foi objeto de enfrentamento na instância singular, bem
como por ausência de interesse recursal.

Ante o exposto, com fulcro no artigo 932, inciso III, parte final, do Código de Processo
Civil, não conheço do AGRAVO DE INSTRUMENTO, eis que manifestamente
inadmissível.

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NR.PROCESSO: 5457825-22.2020.8.09.0000
É como decido.

Intimem-se.

Após o trânsito em julgado desta decisão monocrática, arquivem-se os autos.

Goiânia, 12 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR
1013/FF

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 29/10/2020


00:24:46

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5014468-07.2020.8.09.0146
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : IRACY ROSA DA SILVA
POLO PASSIVO : BANCO BMG SA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : IRACY ROSA DA SILVA


ADVG. PARTE : 54782 GO - LUIZ FERNANDO CARDOSO RAMOS

PARTE INTIMADA : BANCO BMG SA


ADVG. PARTE : 59831 GO - SÉRGIO GONINI BENÍCIO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5014468-07.2020.8.09.0146
tribunal
PODER JUDICIÁRIO
de justiça TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
do
estado de Gabinete do Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
goiás
Rua 10, n.º 150 , Fórum Dr. Heitor Moraes Fleury , 12º Andar , Sala 1229, Setor Oeste , Goiânia-GO, CEP 74120020, Tel: (62) 3216-2964

Processo : 5014468-07.2020.8.09.0146
Nome CPF/CNPJ
Apelante(s)
IRACY ROSA DA SILVA 712.468.601-63
Nome CPF/CNPJ
Apelado(s)
BANCO BMG SA 61.186.680/0001-74
Órgão 1ª Câmara
Tipo de Ação / Recurso Apelação Cível
judicante: Cível
Relator Des. ORLOFF NEVES ROCHA

DESPACHO

Trata-se de Apelação Cível (movimentação nº 43) interposta por IRACY ROSA DA


SILVA contra sentença de movimentação nº 40 proferida pelo MM. Juiz de Direito da comarca de
São Luís de Montes Belos, Dr. Vanderlei Caires Pinheiro, nos autos da Ação Declaratória de
Nulidade c/c Dano Moral proposta em face de BANCO BMG S/A.

Preenchidos os pressupostos de admissibilidade, recebo o recurso de apelação nos


efeitos suspensivo e devolutivo nos termos dos art. 1.012 e 1.013 do Código de Processo Civil.

Intimem-se.

Goiânia, 28 de outubro de 2020.

_______________________________________
Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
Relator
_____________________________________________________________________
_____
Documento emitido / assinado digitalmente
com fundamento no Art. 1º, § 2º III, "b", da Lei Federal nº 11.419, de 19/12/2006, publicada no DOU de 20/12/2006.

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NR.PROCESSO: 5014468-07.2020.8.09.0146

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Acolhidos - Data da


Movimentação 13/11/2020 17:53:03

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0066618-68.2017.8.09.0174
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : BRUNO NAZEOZENO RIBEIRO
POLO PASSIVO : FGR URBANISMO MATA DO ALGODAO LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : FGR URBANISMO MATA DO ALGODAO LTDA


ADVG. PARTE : 20222 GO - FLÁVIO CORRÊA TIBÚRCIO

PARTE INTIMADA : FGR URBANISNO SA


ADVG. PARTE : 20222 GO - FLÁVIO CORRÊA TIBÚRCIO

PARTE INTIMADA : BRUNO NAZEOZENO RIBEIRO


ADVG. PARTE : 35876 GO - RENAN SILVA VIEIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 0066618-68.2017.8.09.0174
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RESCISÃO
CONTRATUAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS NA ORIGEM. PEDIDO DE
DECOTE DA MULTA DO ARTIGO 1.026, § 2º, DO CPC. OMISSÃO CONFIGURADA.
AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS FUNDAMENTOS DA SENTENÇA.
DIALETICIDADE. NÃO CONHECIMENTO. I. Os Embargos de Declaração, consoante a
inteligência do art. 1.022 do Código de Processo Civil, prestam-se para aclarar no julgado
obscuridades, contradições, ou suprir omissão sobre ponto acerca do qual se impunha o
pronunciamento judicial. II. Em obediência ao princípio da dialeticidade, deve a parte
recorrente demonstrar o desacerto da decisão atacada, mediante impugnação específica
das razões de decidir. A invocação de alegações genéricas, abstratas ou desconexas com
o decisum combatido, ou a mera remissão aos termos do recurso anterior, acarreta o não
conhecimento do recurso por ausência de regularidade formal. III. Para a finalidade de
colmatar omissão relativa ao não conhecimento do recurso de Apelação Cível, na extensão
referente ao pedido de decote da multa do artigo 1.026, § 2º, do CPC, acolhe-se o recurso
aclaratório. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS E ACOLHIDOS. OMISSÃO
SANADA SEM ATRIBUIÇÃO DE EFEITOS INFRINGENTES.

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NR.PROCESSO: 0066618-68.2017.8.09.0174
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os presentes EMBARGOS DE DECLARAÇÃO


nos autos de APELAÇÃO CÍVEL Nº 0066618-68.2017.8.09.0174, da comarca de
Senador Canedo, em que figuram como embargantes FGR URBANISMO S/A e
OUTRO e como embargado BRUNO NAZEOZENO RIBEIRO.
ACORDA o egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pelos integrantes
da 2ª Turma Julgadora de sua 1ª Câmara Cível, à unanimidade de votos, em
conhecer e acolher os Embargos de Declaração, nos termos do voto da Relatora.
Votaram com a Relatora a Desembargadora Maria das Graças Carneiro Requi
e o Desembargador Orloff Neves Rocha.
Representou a Procuradoria-Geral de Justiça o Procurador José Carlos
Mendonça.
Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador Orloff Neves Rocha.

Goiânia, 09 de novembro de 2020.

Desembargadora AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO


RELATORA
(Assinado digitalmente conforme Resolução nº 59/2016)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 0066618-


68.2017.8.09.0174
COMARCA DE SENADOR CANEDO
EMBARGANTE : FGR URBANISMO S/A E OUTRO

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NR.PROCESSO: 0066618-68.2017.8.09.0174
EMBARGADO : BRUNO NAZEOZENO RIBEIRO
RELATORA : DESª. AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO

RELATÓRIO E VOTO

FGR URBANISMO S/A e FGR URBANISMO MATA DO ALGODÃO LTDA.


opuseram EMBARGOS DE DECLARAÇÃO contra o acórdão proferido pela 2ª Turma
Julgadora da 1ª Câmara Cível do TJGO, que conheceu em parte e, nesta extensão,
deu parcial provimento ao recurso de APELAÇÃO CÍVEL interposto contra a sentença
proferida nos autos da Ação de Rescisão Contratual e Devolução de Quantias pagas
ajuizada por BRUNO NAZEOZENO RIBEIRO.

Conforme aduzem os Embargantes, “(...) o r. acórdão padece do vício da


omissão, uma vez que deixou de analisar pleito veiculado em sede de recurso de
apelação referente a necessidade de afastamento da multa protelatória fixada pelo
juízo de origem”.
Verberam ser “(...) incabível a manutenção da condenação (...) em multa por
interposição de embargos de declaração em face da sentença proferida pelo juízo de
origem, uma vez que não está evidenciado a prática de ato processual ilícito, ou a
intenção de retardar o andamento da demanda, objetivando, apenas, esclarecer
questão relacionada ao entendimento atual do Superior Tribunal de Justiça”.

Com subsídio nesses fundamentos, os Embargantes requerem o provimento


dos aclaratórios que opuseram, para o escopo de sanar a omissão do decisum, com
efeitos infringentes.

O Embargado pugnou pelo desprovimento do recurso (evento 55).

É, em síntese, o relatório. Passo ao voto.

Presentes os pressupostos de admissibilidade dos embargos, deles conheço.

Consoante as diretrizes estabelecidas no artigo 1.022 do Código de Processo

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NR.PROCESSO: 0066618-68.2017.8.09.0174
Civil, os embargos de declaração são cabíveis nas hipóteses de qualquer decisão
judicial maculada por obscuridade, contradição ou omissão, e ainda, na correção de
erro material.
Ressalto que, em sede de embargos de declaração, o julgador não profere
nova decisão, reapreciando ou rediscutindo o tema objeto do julgado, mas apenas
aclara a anterior, naquilo que estiver contraditória, obscura ou omissa.

Volvendo a análise à situação dos autos, verifico que a decisão


embargada é omissa quanto a análise do pedido de decote da multa do artigo
1.026, § 2º, do Código de Processo Civil.

Conforme se infere da petição de razões que instruiu o Apelo, propugnou-se o


afastamento da “(...) penalidade de 2% (dois por cento) sobre o valor da causa, uma
vez que os embargos de declaração interpostos na origem não possuem caráter
protelatório, conforme se extrai dos plausíveis argumentos aqui expostos,
contudo, desvirtuados pelo juízo a quo” (evento 24) (grifei).

O excerto textual trasladado é colhido do derradeiro parágrafo da petição de


razões do recurso de Apelação Cível.

Em que pese a remissão aos argumentos alegadamente expostos no


petitório, verifico que este não contempla fundamentação expressa acerca dos motivos
pelos quais os Embargos de Declaração opostos na origem não poderiam ser
acoimados protelatórios.

Impende reportar que, dentre os princípios que informam a Teoria Geral dos
Recursos, encontra-se o da dialeticidade, segundo o qual a petição de recurso deverá
conter os fundamentos de fato e de direito que consubstanciam, em última análise, as
razões do inconformismo com a decisão exarada.

Se, por um lado, os órgãos jurisdicionais têm o dever inafastável de


fundamentar concretamente suas decisões, sob pena de nulidade (artigo 93, inciso IX,
da Constituição Federal), por outro, a parte que se insurge buscando a reforma ou
cassação de um ato judicial tem a obrigação de apresentar os argumentos específicos
que estribam sua pretensão, sob pena de irregularidade formal.

O recurso de Apelação Cível deve ter por objeto o conteúdo da sentença que
se pretende reformar ou cassar, mediante a invocação de fundamentos de fato e de
direito que lhe sejam pertinentes, consoante a previsão do artigo 1.010 do Código de

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NR.PROCESSO: 0066618-68.2017.8.09.0174
Processo Civil:

Art. 1.010. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de


primeiro grau, conterá:

[...]

II - a exposição do fato e do direito;

III - as razões do pedido de reforma ou de decretação de


nulidade [...] (grifei)

Nesse trilhar, verifico que as razões recursais das Apelantes, ora


Embargantes, não cuidaram do enfrentamento da matéria posta em debate, impondo-
se o não conhecimento da insurgência recursal, por ausência de regularidade
formal.

A propósito:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA.


RECURSO SECUNDUM EVENTUM LITIS. DA NÃO
IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO
RECORRIDA. DO LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO DO
JUÍZO A QUO [...] 2. O princípio da dialeticidade impõe ao
recorrente o dever de rebater os pontos que foram decididos
na decisão atacada, expondo os fundamentos de fato e de
direito que embasem o seu inconformismo. Não sendo
rebatidos especificamente os fundamentos da decisão,
incorre-se em violação ao princípio da dialeticidade, o que
conduz ao não conhecimento do recurso nesta parte [...]
(TJGO, Agravo de Instrumento 5482141-07.2017.8.09.0000, Rel.
GUILHERME GUTEMBERG ISAC PINTO, 5ª Câmara Cível, DJe
de 01/10/2018) (grifei)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE


INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO [...] 2. Razões do
acórdão não atacadas. Violação ao Princípio da Dialeticidade.
Em obediência ao princípio da dialeticidade, deve a parte
recorrente demonstrar o desacerto da decisão atacada,
mediante impugnação específica das razões de decidir. A
invocação de alegações genéricas, abstratas ou desconexas
com o decisum combatido, acarreta o não conhecimento do

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0066618-68.2017.8.09.0174
recurso, nesta parte, por ausência de regularidade formal [...]
(TJGO, Agravo de Instrumento 5324723-69.2018.8.09.0000, Rel.
CARLOS ALBERTO FRANÇA, 2ª Câmara Cível, DJe de
12/09/2018) (grifei)

Por este motivo, NEGO CONHECIMENTO AO APELO INTERPOSTO, na


extensão referente ao pedido de decote da multa do artigo 1.026, § 2º, do Código de
Processo Civil, ante a sua manifesta inadmissibilidade.

Pelo exposto, acolho os embargos de declaração opostos para, sem


atribuição de efeitos infringentes, fazer acrescer ao decisum recorrido fundamentação
expressa quanto ao não conhecimento do recurso de Apelação Cível na extensão
referente ao pedido de decote da multa do artigo 1.026, § 2º, do Código de Processo
Civil.

É o voto.
Goiânia, 09 de novembro de 2020.

Desembargadora AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO


RELATORA
(Assinado digitalmente conforme Resolução nº 59/2016)

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL.


AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO OPOSTOS NA ORIGEM. PEDIDO DE DECOTE DA
MULTA DO ARTIGO 1.026, § 2º, DO CPC. OMISSÃO
CONFIGURADA. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS
FUNDAMENTOS DA SENTENÇA. DIALETICIDADE. NÃO
CONHECIMENTO. I. Os Embargos de Declaração, consoante a
inteligência do art. 1.022 do Código de Processo Civil, prestam-se
para aclarar no julgado obscuridades, contradições, ou suprir
omissão sobre ponto acerca do qual se impunha o
pronunciamento judicial. II. Em obediência ao princípio da
dialeticidade, deve a parte recorrente demonstrar o desacerto da
decisão atacada, mediante impugnação específica das razões de
decidir. A invocação de alegações genéricas, abstratas ou
desconexas com o decisum combatido, ou a mera remissão aos
termos do recurso anterior, acarreta o não conhecimento do
recurso por ausência de regularidade formal. III. Para a finalidade

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NR.PROCESSO: 0066618-68.2017.8.09.0174
de colmatar omissão relativa ao não conhecimento do recurso de
Apelação Cível, na extensão referente ao pedido de decote da
multa do artigo 1.026, § 2º, do CPC, acolhe-se o recurso
aclaratório. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS E
ACOLHIDOS. OMISSÃO SANADA SEM ATRIBUIÇÃO DE EFEITOS
INFRINGENTES.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 12/11/2020


20:19:30

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5570638-89.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : JOAQUIM CARLOS DA SILVA
POLO PASSIVO : NATANAEL JOSE DA SILVA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JOAQUIM CARLOS DA SILVA


ADVG. PARTE : 57091 GO - GUSTAVO PEREIRA BUENO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5570638-89.2020.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5570638-89.2020.8.09.0000

COMARCA DE TRINDADE
AGRAVANTE : JOAQUIM CARLOS DA SILVA
AGRAVADO : NATANAEL JOSÉ DA SILVA
DR. REINALDO ALVES FERREIRA
RELATOR :
Juiz de Direito Substituto em 2° Grau

DESPACHO

Em análise às razões do presente recurso, verifica-se que o agravante pugnou pela concessão
dos benefícios da assistência judiciária gratuita.

Entretanto, não colacionou documentos suficientes a demonstrar a necessidade da benesse


postulada.

Desse modo, determino a intimação do recorrente para que, no prazo de 05 (cinco) dias
úteis, colacione aos presentes autos documentos comprovatórios da alegada insuficiência financeira, tais
como, extratos bancários, comprovante de rendimentos, declaração de imposto de renda pessoa física,
sob pena de indeferimento da gratuidade da justiça.

Intimem-se.

Goiânia, 12 de novembro de 2.020.

DR. REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito Substituto em 2° Grau

01

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


13/11/2020 11:18:09

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5452975-22.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : STEFANO DE ALMEIDA CASTRO
POLO PASSIVO : PLANALTO MALLS LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : STEFANO DE ALMEIDA CASTRO


ADVG. PARTE : 39246 GO - MARCOS FILIPE MACHADO CRUZ

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5452975-22.2020.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5452975-22.2020.8.09.0000

COMARCA DE GOIÂNIA
AGRAVANTE : STÉFANO DE ALMEIDA CASTRO
AGRAVADO : PLANALTO MALLS LTDA. (SHOPPING GALLO PREMIUM)
O
RELATOR : REINALDO ALVES FERREIRA - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO EM 2
GRAU

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de agravo de instrumento c/c pedido de liminar interposto por STÉFANO DE


ALMEIDA CASTRO, em razão da decisão (evento 14) proferida pelo MM. Juiz de Direito da 27ª
Vara Cível da comarca de Goiânia, nos autos da ação de rescisão contratual com pedido de
tutela de urgência (autos nº 5111988-58) proposta em desfavor de PLANALTO MALLS LTDA.
(SHOPPING GALLO PREMIUM).

Em suas razões recursais (evento 1), o agravante alega que o contrato a ser analisado
é do evento 1 dos autos originários, ‘contrato particular de fruição de ponto comercial’, no qual
observa-se que ele adquiriu uma loja para consumo próprio, incidindo os artigos 2º e 3º do Código
de Defesa do Consumidor, e, consequentemente, a Súmula 543 do STJ. No outro contrato,
também juntado no evento 1, ‘contrato particular de locação por tempo determinado de espaço de
uso comercial’, o que se vê é o condomínio, que sequer foi cobrado pela agravada em período de
pandemia.

Assevera que houve a aquisição de uma loja, não por locação (visto que é natural a
existência de condomínio quando é adquirida uma loja em shopping center). Aduz que o
acessório segue o principal, e nunca o principal segue o acessório (princípio da gravitação
jurídica).

Requer, ao final, o provimento do recurso para que a decisão seja reformada, a fim de
ser determinada a suspensão das cobranças até decisão judicial final, pena de astreintes, para
que não haja a inserção do nome do agravante nos organismos de proteção ao crédito, ou, em
caso de inserção já efetuada, que haja a imediata retirada.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5452975-22.2020.8.09.0000
Em despacho preliminar, diante do pedido de gratuidade de justiça em sede recursal, foi
oportunizado ao recorrente a comprovação da sua hipossuficiência econômica (evento 4).

O agravante compareceu aos autos e juntou apenas os comprovantes bancários de


fevereiro a setembro do corrente ano (evento 5), tendo sido indeferida a gratuidade de justiça
vindicada (evento 8).

Devidamente intimado para recolher o preparo recursal, pena de deserção (evento 9), a
parte agravante não se manifestou no prazo devido (evento 11).

É o relatório.

Decido.

Destaco, prima facie, que o art. 932, inc. III do Código de Processo Civil de 2015, prevê
que cabe ao relator não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha
impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida.

Portanto, há óbice ao conhecimento do recurso em relação a ausência de recolhimento


do preparo recursal, ensejando o exame da situação posta por meio de decisão monocrática.

Justifico.

O preparo recursal é providência processual imprescindível que deve ser comprovada


no ato do protocolo do respectivo recurso ou no prazo oportunizado para suprir a omissão do
pagamento, como no caso em comento.

Nessa senda, diante da ausência de comprovação da hipossuficiência declarada e


oportunizado à parte agravante o pagamento do preparo, inexistiu providência para o devido
processamento do recurso (evento 11), ensejando, de consectário, a decretação da deserção e o
não conhecimento do agravo.

A respeito, confira excertos do Colendo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás:

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5452975-22.2020.8.09.0000
“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO. 1º APELO. ASSISTÊNCIA
JUDICIÁRIA INDEFERIDA EM GRAU RECURSAL. AUSÊNCIA DE PREPARO.
OPORTUNIDADE DE PAGAMENTO. NÃO ATENDIMENTO. PRODUÇÃO DE PROVAS.
DISPENSA EXPRESSA. PRECLUSÃO. SENTENÇA MANTIDA. 1. De acordo com a regra
do artigo 1.007, caput, do CPC/2015, o não recolhimento do preparo leva a deserção do
recurso, se o recorrente, in casu, 1º apelante, intimado do indeferimento do pedido de
assistência judiciária, não o fizer no interstício de 05 (cinco) dias lhe concedido por
ocasião da decisão. 2. (...). 1º RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL NÃO CONHECIDO. 2º
RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDO E IMPROVIDO.” (TJGO, Apelação
0299760-47.2015.8.09.0175, Rel. Gustavo Dalul Faria, 1ª Câmara Cível, DJe de 07/08/2019).
Grifei

“AGRAVO INTERNO EM APELAÇÃO CÍVEL. INTERPOSIÇÃO DO RECURSO SEM O


DEVIDO PREPARO. INTIMAÇÃO PARA RECOLHIMENTO EM DOBRO. NÃO
ATENDIMENTO. DESERÇÃO. 1. O não recolhimento do preparo recursal no prazo legal
conduz à deserção do recurso, a teor do art. 1.007 do Código de Processo Civil,
especialmente quando a parte agravante, embora intimada para efetuar o recolhimento
em dobro das custas recursais (art. 1.007, § 4º, do CPC), deixa transcorrer in albis o
prazo para tal mister. 2. Recurso não conhecido (inadmissível), eis que deserto. Agravo
interno não conhecido.” (TJGO, APELACAO 0280103-39.2014.8.09.0116, Rel. GILBERTO
MARQUES FILHO, Padre Bernardo - 1ª Vara Cível, julgado em 29/06/2020, DJe de
29/06/2020). Grifei

Nessa confluência, autorizado pelo art. 932, inc. III do Código de Processo Civil de
2015, DEIXO DE CONHECER o agravo de instrumento, ante a sua manifesta inadmissibilidade
pela deserção (ausência de pressuposto extrínseco).

Escoado o prazo legal sem a interposição de segmento recursal, sejam os autos, com
as cautelas de estilo, arquivados.

Intime-se.

Goiânia, 11 de novembro de 2020.

REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito Substituto em 2o Grau

92

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 13/11/2020


11:36:30

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5308424-46.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ITAU UNIBANCO S.A.
POLO PASSIVO : JOSE ROMUALDO DA SILVA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ITAU UNIBANCO S.A.


ADVG. PARTE : 30436 GO - CRISTIANE BELINATI GARCIA LOPES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5308424-46.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Luiz Eduardo de Sousa

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5308424-46.2020.8.09.0000


COMARCA DE JOVIÂNIA
AGRAVANTE : ITAÚ UNIBANCO S/A
AGRAVADA : JOSÉ ROMUALDO DA SILVA
Dr. Reinaldo Alves Ferreira
RELATOR :
Juiz de direito substituto em 2º Grau

DESPACHO

In casu, com arrimo nos artigos 9º, caput, e 10, ambos do CPC/2015, intime-se a parte
agravante para manifestar, no prazo de 05 (cinco) dias, a respeito da aparente perda
superveniente do interesse recursal, diante da informação contida nos autos principais acerca da
alienação do bem, objeto da ação de busca e apreensão e, de consectário, a ulterior formulação
de conversão do pedido inicial em execução por quantia certa (eventos 21 e 23).

Intime-se. Cumpra-se.

Goiânia, 12 de novembro de 2020.

Dr. Reinaldo Alves Ferreira

Juiz de direito substituto em 2º Grau

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5308424-46.2020.8.09.0000
.

05

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


13/11/2020 16:16:33

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5110993-79.2019.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária ( L.E. )
POLO ATIVO : BGS
POLO PASSIVO : MAP
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : MAP


ADVG. PARTE : 22470 GO - RAPHAEL RODRIGUES DE OLIVEIRA E SILVA

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 29/10/2020


23:50:07

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5623501-96.2019.8.09.0019
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : MARIA DIVINA AVILA DE MENEZES
POLO PASSIVO : BANCO BMG SA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO BMG SA


ADVG. PARTE : 109730 MG - FLAVIA ALMEIDA MOURA DI LATELLA

PARTE INTIMADA : MARIA DIVINA AVILA DE MENEZES


ADVG. PARTE : 55426 GO - GILSON JUNIO CARVALHO SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5623501-96.2019.8.09.0019
tribunal
PODER JUDICIÁRIO
de justiça TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
do
estado de Gabinete do Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
goiás
Rua 10, n.º 150 , Fórum Dr. Heitor Moraes Fleury , 12º Andar , Sala 1229, Setor Oeste , Goiânia-GO, CEP 74120020, Tel: (62) 3216-2964

Processo : 5623501-96.2019.8.09.0019
Nome CPF/CNPJ
Promovente(s)
MARIA DIVINA AVILA DE MENEZES --
Nome CPF/CNPJ
Promovido(s)
BANCO BMG SA 61.186.680/0001-74
Órgão 1ª Câmara
Tipo de Ação / Recurso Procedimento Comum
judicante: Cível
Relator Des. ORLOFF NEVES ROCHA

DESPACHO

Trata-se de Apelação Cível interposta por BANCO BMG S/A (evento nº 38), contra a sentença
proferida nos autos da ação declaratória de inexistência de débito por serviço não contratado, repetição de
indébito c/c indenização por danos morais e tutela antecipada de urgência ajuizada por MARIA DIVINA AVILA
DE MENEZES, em desfavor do banco recorrente, na qual o Juiz de Direito da Vara Cível da
comarca de Buriti Alegre, Pedro Ricardo Morello Godoi Brendolan, julgou parcialmente
procedentes os pedidos iniciais, como se vê no evento nº 34.

Irresignado, o banco requerido interpôs o recurso apelatório no evento nº 38.

Nos moldes do disposto no artigo 1.010, §3º do Código de Processo Civil de 2015, em juízo de
admissibilidade do apelo encontrado no evento nº 38, constato que ele se mostra cabível,
adequado e tempestivo (nos termos dos artigos 219 c/c 1.003, § 5º do CPC).

Preparo comprovado no evento nº 38.

A autora, intimada, ofereceu contrarrazões ao apelo no evento nº 43.

Logo, recebo o recurso apelatório nos efeitos devolutivo e suspensivo.

Intimem-se.

Goiânia, 29 de outubro de 2020.

_______________________________________
Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
Relator
_____________________________________________________________________
_____
Documento emitido / assinado digitalmente
com fundamento no Art. 1º, § 2º III, "b", da Lei Federal nº 11.419, de 19/12/2006, publicada no DOU de 20/12/2006.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5623501-96.2019.8.09.0019

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 29/10/2020


10:59:07

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5087692-06.2019.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : JOAO ALVES RIBEIRO
POLO PASSIVO : ESTADO DE GOIAS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JOAO ALVES RIBEIRO


ADVG. PARTE : 35220 DF - GUILHERME DE MACEDO SOARES

PARTE INTIMADA : JOAO ALVES RIBEIRO


ADVG. PARTE : 35220 DF - GUILHERME DE MACEDO SOARES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5087692-06.2019.8.09.0051
PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

REEXAME NECESSÁRIO N. 5087692-06.2019.8.09.0051

COMARCA : GOIÂNIA

AUTOR : JOÃO ALVES RIBEIRO

RÉU : ESTADO DE GOIÁS E OUTRA

APELAÇÃO CÍVEL

1º APELANTE: GOIAS PREVIDENCIA GOIASPREV

2º APELADO :JOÃO ALVES RIBEIRO

1º APELADA :GOIAS PREVIDENCIA GOIASPREV

2º APELADO :JOÃO ALVES RIBEIRO

RELATOR :Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

DESPACHO

Preenchidos os pressupostos de admissibilidade, recebo a remessa necessária e os recursos de


apelação interpostos por GOIAS PREVIDENCIA GOIASPREV e JOÃO ALVES NETO, nos
efeitos suspensivo e devolutivo, de conformidade com os artigos 1.012 e 1.013, do Código de
Processo Civil.

Intimem-se.

Goiânia, 29 de outubro de 2020.

Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5087692-06.2019.8.09.0051

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Retratação Efetivada Parcialmente - Data da


Movimentação 29/10/2020 00:02:51

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0399805-14.2013.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Embargos à Execução
POLO ATIVO : ESTADO DE GOIAS
POLO PASSIVO : ANTONIO FERREIRA DE MIRANDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ANTONIO FERREIRA DE MIRANDA


ADVGS. PARTE : 28253 GO - SANDRO DE ABREU SANTOS
52829 GO - EVERTON DIEMES GONÇALVES CORREIA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0399805-14.2013.8.09.0051
PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

APELAÇÃO CÍVEL EM REEXAME NECESSÁRIO Nº 0399805-14.2013.8.09.0051

COMARCA GOIÂNIA

1ºAPELANTE ANTÔNIO FERREIRA MIRANDA

2º APELANTE ESTADO DE GOIÁS

1º APELADO ESTADO DE GOIÁS

2º APELADO ANTÔNIO FERREIRA MIRANDA

RELATOR Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

VOTO

Trata-se de REEXAME NECESSÁRIO e DUPLA APELAÇÃO CÍVEL interpostas,


respectivamente, por ANTÔNIO FERREIRA MIRANDA e ESTADO DE GOIÁS, contra a
sentença de evento n.3 doc.15, nos autos dos EMBARGOS À EXECUÇÃO promovido pelo
ESTADO DE GOIÁS em desfavor de ANTÔNIO FERREIRA MIRANDA.

Como já relatado, a sentença de primeiro grau acolheu em parte os pedidos dos embargos e
estabeleceu que deverá ser realizada nova planilha de cálculos, procedendo com correção
monetária com o índice TR-BACEN até 25 de março de 2015 e, após essa data, usado o IPCA-E.
Sobre os juros, estes, não capitalizáveis, incidem a partir da citação no feito executivo
(17/10/2013), sendo utilizados os índices aplicáveis à caderneta de poupança. Determinou ainda
ser incluso no cálculo o valor das custas processuais, com a devida correção monetária. Em face
da sucumbência recíproca, condenou as partes ao pagamento de honorários advocatícios que
fixo em R$ 1.000,00 (mil reais), devidamente corrigidos, ficando distribuídos à razão de 50%
(cinquenta por cento) para cada demandante, nos termos do art. 21 do Código de Processo Civil.

Interpostos recursos de Apelações por ambas as partes, o primeiro, intentado por Antônio
Ferreira Miranda, fora conhecido e desprovido; sendo o do Estado de Goiás conhecido e
provido parcialmente para determinar que as custas referentes ao processo de execução
deverão ser ressarcidas pela metade pelo Estado de Goiás, em razão do acolhimento
parcial dos embargos à execução, não sendo conhecida a remessa necessária.

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NR.PROCESSO: 0399805-14.2013.8.09.0051
Houve a interposição de recurso especial pelo ESTADO DE GOIÁS, requerendo a aplicação do
art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com redação dada pela Lei nº 11.960/09, para correção monetária do
montante da condenação (evento nº 21).

Pois bem.

Preliminarmente, destaco que a verba honorária, por se tratar de retribuição proveniente de


atividade profissional e possuir caráter alimentar, têm natureza jurídica remuneratória, razão pela
qual a relação jurídica condenatória tratada nestes autos é de caráter não tributário.

Conforme inteligência do artigo 1.040, inciso II, do Código de Processo Civil, publicado o acórdão
paradigma (proveniente de repercussão geral ou de recurso repetitivo), é dada ao órgão que
proferiu o acórdão recorrido a oportunidade de reexaminar o recurso anteriormente julgado,
possibilitando-lhe, se for o caso, o exercício do juízo de retratação.

Passo, pois a análise das questões postas em debate.

Foi sedimentada na ação direta de inconstitucionalidade - ADI nº 5.348/DF, Supremo Tribunal


Federal, remissiva aos 870.947/SE, julgado pela corte excelsa (Tema nº 810), a tese segundo a
qual é aplicável o IPCA-E desde 29 de junho de 2009 (data do início da vigência da Lei federal nº
11.960/2009).

Eis a ementa:

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ART. 1º-F DA LEI N.


9.494/1997, ALTERADO PELA LEI N. 11.960/2009. ÍNDICE DE
REMUNERAÇÃO DA CADERNETA DE POUPANÇA COMO CRITÉRIO DE
CORREÇÃO MONETÁRIA EM CONDENAÇÕES DA FAZENDA PÚBLICA.
INCONSTITUCIONALIDADE. 1. Este Supremo Tribunal declarou
inconstitucional o índice de remuneração da caderneta de poupança como
critério de correção monetária em condenações judiciais da Fazenda Pública
ao decidir o Recurso Extraordinário n. 870.947, com repercussão geral
(Tema 810). 2. Assentou-se que a norma do art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997,
pela qual se estabelece a aplicação dos índices oficiais de remuneração da
caderneta de poupança para atualização monetária nas condenações da
Fazenda Pública, configura restrição desproporcional ao direito fundamental
de propriedade. 3. Ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente.
(STF, Tribunal Pleno, ADI nº 5348/DF, relª. Minª. Carmen Lúcia, DJ de

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NR.PROCESSO: 0399805-14.2013.8.09.0051
20/11/2019)

Assim, decidiu-se não modular a conclusão pela inconstitucionalidade, restando inaplicável


aquele outro índice desde o início da vigência do artigo 1º-F da Lei federal nº 9.494/1997, ou seja,
29 de junho de 2009. Nesse molde, nas condenações impostas à Fazenda Pública aplicam-se
juros moratórios, a partir da citação, em percentual equivalente ao dos juros aplicados à
caderneta de poupança (artigo 1º-F da Lei Federal nº 9.494/1997), enquanto a correção
monetária, calculada a contar da data em que fixada a verba (arbitramento), devem observar o
Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E).

Sobre o termo inicial dos consectários legais, o julgado deste tribunal:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE CONHECIMENTO EM FASE DE


CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
ATUALIZAÇÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA. IPCA-E. A PARTIR DA DATA
EM QUE A VERBA FOI FIXADA. DATA DA SENTENÇA. JUROS DE
MORA. OBSERVÂNCIA DO ART. 1º-F DA LEI Nº 9.494/97. DESDE O
TRÂNSITO EM JULGADO. 1. Nos moldes da jurisprudência do STJ,
"arbitrados os honorários advocatícios em quantia certa, a correção
monetária deve ser computada a partir da data em que fixada a verba.
Também devem incidir juros de mora sobre a verba advocatícia, desde que
o trânsito em julgado da sentença a fixou." (AgRg no AgRg no AREsp
360.741/AL). 2. (...). AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E
PARCIALMENTE PROVIDO. DECISÃO REFORMADA. (TJGO, Agravo de
Instrumento ( CPC ) 5147002-96.2019.8.09.0000, Rel. ITAMAR DE LIMA, 3ª
Câmara Cível, julgado em 23/08/2019, DJe de 23/08/2019)

Com efeito, o Tribunal da Cidadania, quando do julgamento de tais recursos (Recursos Especiais
Repetitivos nº 1.492.221/PR, 1.495.144/RS e 1.495.146/MG) estabeleceu, à luz do art. 1º-F da
Lei nº 9.494/97 (com redação dada pela Lei nº 11.960/2009), quais índices e taxas relativos à
correção monetária e aos juros de mora são aplicáveis à Fazenda Pública, quando o débito desta
advém de condenações judiciais de natureza administrativa, previdenciária ou tributária. Senão
vejamos:

“PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. […] DISCUSSÃO SOBRE A


APLICAÇÃO DO ART. 1º-F DA LEI 9.494/97(COM REDAÇÃO DADA PELA
LEI 11.960/2009) ÀS CONDENAÇÕES IMPOSTAS À FAZENDA PÚBLICA.
[…] TESES JURÍDICAS FIXADAS. 1. Correção monetária: o art. 1º-F da
Lei 9.494//97 (com redação dada pela Lei 11.960//2009), para fins de
correção monetária não é aplicável nas condenações judiciais impostas à
Fazenda Pública independentemente de sua natureza. 1.1 Impossibilidade
de fixação apriorística da taxa de correção monetária. No presente

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NR.PROCESSO: 0399805-14.2013.8.09.0051
julgamento o estabelecimento de índices que devem ser aplicados a título
de correção monetária não implica pré-fixação (ou fixação apriorística) de
taxa de atualização monetária. Do contrário, a decisão baseia-se em índices
que, atualmente, refletem a correção monetária ocorrida no período
correspondente. Nesse contexto, em relação às situações futuras, a
aplicação dos índices em comento, sobretudo o INPC e o IPCA-E, é legítima
enquanto tais índices sejam capazes de captar o fenômeno inflacionário.
1.2 Não cabimento de modulação dos efeitos da decisão. A modulação
dos efeitos da decisão que declarou inconstitucional a atualização monetária
dos débitos da Fazenda Pública com base no índice oficial de remuneração
da caderneta de poupança, no âmbito do Supremo Tribunal Federal,
objetivou reconhecer a validade dos precatórios expedidos ou pagos até 25
de março de 2015, impedindo, desse modo, a rediscussão do débito
baseada na aplicação de índices diversos. Assim, mostra-se descabida a
modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição ou
pagamento de precatório. 2. Juros de mora: o art. 1º-F da Lei 9.494/97
(com redação dada pela Lei 11.960/2009), na parte em que estabelece a
incidência de juros de mora nos débitos da Fazenda Pública com base no
índice oficial de remuneração da caderneta de poupança, aplica-se às
condenações impostas à Fazenda Pública excepcionadas as condenações
oriundas de relação jurídico-tributária. 3. Índices aplicáveis a depender da
natureza da condenação. 3.1 Condenações judiciais de natureza
administrativa em geral. As condenações judiciais de natureza
administrativa em geral, sujeitam-se aos seguintes encargos: (a) até
dezembro/2002: juros de mora de 0,5% ao mês; correção monetária de
acordo com os índices previstos no Manual de Cálculos da Justiça Federal,
com destaque para a incidência do IPCA-E a partir de janeiro/2001; (b) no
período posterior à vigência do CC/2002 e anterior à vigência da Lei
11.960/2009: juros de mora correspondentes à taxa Selic, vedada a
cumulação com qualquer outro índice; (c) período posterior à vigência da Lei
11.960/2009: juros de mora segundo o índice de remuneração de caderneta
de poupança; correção monetária com base no IPCA-E. 3.1.1
Condenações judiciais referentes a servidores e empregados públicos.
As condenações judiciais referentes a servidores e empregados públicos,
sujeitam-se aos seguintes encargos: (a) até julho/2001: juros de mora: 1%
ao mês (capitalização simples); correção monetária: índices previstos no
Manual de Cálculos da Justiça Federal com destaque para a incidência do
IPCA-E a partir de janeiro/2001; (b) agosto/2001 a junho/2009: juros de
mora: 0,5% ao mês; correção monetária IPCA-E; (c) a partir de julho/2009:
juros de mora remuneração oficial da caderneta de poupança; correção
monetária IPCA-E. 3.1.2 Condenações judiciais referentes a
desapropriações diretas e indiretas. No âmbito das condenações judiciais
referentes a desapropriações diretas e indiretas existem regras específicas,
no que concerne aos juros moratórios e compensatórios, razão pela qual
não se justifica a incidência do art. 1º=F da Lei 9.494/97 (com redação dada
pela Lei 11.960/2009), nem para compensação da mora nem para
remuneração do capital. 3.2 Condenações judiciais de natureza
previdenciária. As condenações impostas à Fazenda Pública de natureza
previdenciária sujeitam-se à incidência do INPC, para fins de correção
monetária, no que se refere ao período posterior à vigência da Lei
11.430/2006, que incluiu o art. 41-A na Lei 8.213/91. Quanto aos juros de
mora, incidem segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança

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NR.PROCESSO: 0399805-14.2013.8.09.0051
(art. 1º-F da Lei 9.494/97, com redação dada pela Lei nº 11.960/2009). 3.3
Condenações judiciais de natureza tributária. A correção monetária e a
taxa de juros de mora incidentes na repetição de indébitos tributários devem
corresponder à utilizadas na cobrança de tributo pago em atraso. Não
havendo disposição legal específica, os juros de mora são calculados à taxa
de 1% ao mês (art. 161, §1º, do CTN). Observada a regra isonômica e
havendo previsão na legislação da entidade tributante, é legítima a utilização
da taxa Selic, sendo vedada sua cumulação com quaisquer outros índices.
4. Preservação da coisa julgada. Não obstante os índices estabelecidos
para atualização monetária e compensação da mora, de acordo com a
natureza da condenação imposta à Fazenda Pública, cumpre ressalvar
eventual coisa julgada que tenha determinado a aplicação de índices
diversos, cuja constitucionalidade/legalidade há de ser aferida no caso
concreto. [...]” (STJ - 1ª Seção - REsp n. 1.495.146//MG - Relator: Min.
Mauro Campbell Marques - DJe de 02/03/2018 – negritado).

Ante o exposto, com amparo no artigo 1.040, inciso II, do CPC, exerço o juízo de
retratação/conformidade sobre a decisão proferida em sede de recurso apelatório, tão somente
para determinar que seja aplicado o IPCAE como índice de correção monetária em todo o período
face ao TEMA 810 do STF, RE 870.947, Relator Ministro Luiz Fux.

Após o reexame pelo Colegiado, remetam-se os autos à Presidência desta e. Corte de Justiça,
para os fins do artigo 1.041 do Código de Processo Civil.

Publique-se. Intimem-se.

Goiânia, 20 de outubro de 2020.

Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

Relator

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NR.PROCESSO: 0399805-14.2013.8.09.0051
PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

APELAÇÃO CÍVEL EM REEXAME NECESSÁRIO Nº 0399805-14.2013.8.09.0051

COMARCA GOIÂNIA

1ºAPELANTE ANTÔNIO FERREIRA MIRANDA

2º APELANTE ESTADO DE GOIÁS

1º APELADO ESTADO DE GOIÁS

2º APELADO ANTÔNIO FERREIRA MIRANDA

RELATOR Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

EMENTA – DUPLA APELAÇÃO EM REEXAME NECESSÁRIO –


EMBARGOS À EXECUÇÃO – CORREÇÃO MONETÁRIA – JUROS –
TEMA 905 – DIVERGÊNCIA DO JULGADO PROFERIDO PELO STJ.
Necessário exercer o juízo de retratação/conformidade sobre a decisão
proferida em sede de recurso apelatório, porquanto divergente do
julgado proferido pelo Superior Tribunal de Justiça no âmbito do
julgamento dos Recursos Especiais Repetitivos nº 1.492.221/PR,
1.495.144/RS e 1.495.146/MG e Tema 810 do STF, e em decorrência,
dado parcial provimento ao primeiro apelo para aplicação do índice de
correção monetária IPCA-E em todo o período. RETRATAÇÃO
EFETIVADA. ACÓRDÃO MODIFICADO.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as retro


indicadas.

ACORDAM os integrantes da 4ª Turma Julgadora da 1ª Câmara Cível, à


unanimidade de votos, em EFETIVAR O JUÍZO DE RETRATAÇÃO, nos
termos do voto do Relator.

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NR.PROCESSO: 0399805-14.2013.8.09.0051
A sessão foi presidida pelo Desembargador Orloff Neves Rocha.

Votaram com o Relator, o Des. Carlos Roberto Fávaro e o Dr. Reinaldo


Alves Ferreira.

Presente a ilustre Procuradora de Justiça Dra. Laura Maria Ferreira Bueno.

Goiânia, 20 de outubro de 2020.

Desembargador Orloff Neves Rocha


Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 0399805-14.2013.8.09.0051
EMENTA – DUPLA APELAÇÃO EM REEXAME NECESSÁRIO – EMBARGOS À EXECUÇÃO –
CORREÇÃO MONETÁRIA – JUROS – TEMA 905 – DIVERGÊNCIA DO JULGADO
PROFERIDO PELO STJ. Necessário exercer o juízo de retratação/conformidade sobre a
decisão proferida em sede de recurso apelatório, porquanto divergente do julgado
proferido pelo Superior Tribunal de Justiça no âmbito do julgamento dos Recursos
Especiais Repetitivos nº 1.492.221/PR, 1.495.144/RS e 1.495.146/MG e Tema 810 do STF, e
em decorrência, dado parcial provimento ao primeiro apelo para aplicação do índice de
correção monetária IPCA-E em todo o período. RETRATAÇÃO EFETIVADA. ACÓRDÃO
MODIFICADO.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


09:17:40

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5022502-33.2018.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Embargos à Execução Fiscal ( L. 6830/80 )
POLO ATIVO : CENCOSUD BRASIL COMERCIAL LTDA
POLO PASSIVO : ESTADO DE GOIAS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CENCOSUD BRASIL COMERCIAL LTDA


ADVG. PARTE : 16811 GO - FLÁVIO AUGUSTO DE SANTA CRUZ POTENCIANO

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NR.PROCESSO: 5022502-33.2018.8.09.0051
tribunal
PODER JUDICIÁRIO
de justiça TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
do estado
Gabinete do Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
de goiás
Rua 10, n.º 150 , Fórum Dr. Heitor Moraes Fleury , 12º Andar , Sala 1229, Setor Oeste , Goiânia-GO, CEP 74120020, Tel: (62) 3216-2964

Processo : 5022502-33.2018.8.09.0051
Nome CPF/CNPJ
Promovente(s)
CENCOSUD BRASIL COMERCIAL LTDA 39.346.861/0001-61
Nome CPF/CNPJ
Promovido(s)
ESTADO DE GOIAS 01.409.655/0001-80
Órgão 1ª Câmara
Tipo de Ação / Recurso Embargos à Execução Fiscal ( L. 6830/80 )
judicante: Cível
Relator Des. ORLOFF NEVES ROCHA

DESPACHO

Trata-se de Apelação Cível interposta por CENCOSUD BRASIL COMERCIAL LTDA (evento nº
45), contra a sentença proferida nos autos da ação de embargos à execução fiscal ajuizada pela
apelante, em desfavor do ESTADO DE GOIÁS, na qual o Juiz de Direito da 3ª Vara da Fazenda
Pública Estadual da comarca de Goiânia, Avenir Passo de Oliveira, julgou improcedente o
pedido inicial, como se vê no evento nº 28.

Inconformada, a embargante opôs embargos declaratórios no evento nº 32, os quais foram


rejeitados no evento nº 40.

Na sequência, irresignada, a embargante interpôs o recurso apelatório no evento nº 45.

Nos moldes do disposto no artigo 1.010, §3º do Código de Processo Civil de 2015, em juízo de
admissibilidade do apelo encontrado no evento nº 45, constato que ele se mostra cabível,
adequado e tempestivo (nos termos dos artigos 219 c/c 1.003, § 5º do CPC).

Preparo no evento nº 45.

Intimado, o ESTADO DE GOIÁS ofereceu contrarrazões ao recurso no evento nº 47.

Logo, recebo o recurso apelatório nos efeitos devolutivo e suspensivo.

Intimem-se.

Goiânia, 26 de novembro de 2020.

__________________________________________
Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
Relator
_____________________________________________________________________
_____
Documento emitido / assinado digitalmente
com fundamento no Art. 1º, § 2º III, "b", da Lei Federal nº 11.419, de 19/12/2006, publicada no DOU de 20/12/2006.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5022502-33.2018.8.09.0051

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


09:17:42

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5365687-36.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : BANCO ITAUCARD S/A
POLO PASSIVO : CICERO DA SILVA SANTOS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO ITAUCARD S/A


ADVG. PARTE : 42915 GO - ROBERTA BEATRIZ DO NASCIMENTO

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5365687-36.2020.8.09.0000
tribunal
PODER JUDICIÁRIO
de justiça TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
do
estado de Gabinete do Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
goiás
Rua 10, n.º 150 , Fórum Dr. Heitor Moraes Fleury , 12º Andar , Sala 1229, Setor Oeste , Goiânia-GO, CEP 74120020, Tel: (62) 3216-2964

Processo : 5365687-36.2020.8.09.0000
Nome CPF/CNPJ
Promovente(s)
BANCO ITAUCARD S/A --
Nome CPF/CNPJ
Promovido(s)
CICERO DA SILVA SANTOS --
Órgão 1ª Câmara
Tipo de Ação / Recurso Agravo de Instrumento ( CPC )
judicante: Cível
Relator Des. ORLOFF NEVES ROCHA

DESPACHO

Compulsando o processo principal, percebe-se que houve a prolação de sentença, julgando


extinto o processo, sem resolução de mérito (evento 14-proc.principal); intime-se o Agravante
para manifestar, no prazo legal, sobre a superveniência da perda do objeto, conforme dicção do
art. 10 do CPC, a fim de evitar a chamada “decisão surpresa” e tendo em vista a possibilidade de
julgamento sobre tema não enfrentado pela parte.

Cumpra-se.

Goiânia, 26 de novembro de 2020.

_______________________________________
Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
Relator
_____________________________________________________________________
_____
Documento emitido / assinado digitalmente
com fundamento no Art. 1º, § 2º III, "b", da Lei Federal nº 11.419, de 19/12/2006, publicada no DOU de 20/12/2006.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5365687-36.2020.8.09.0000

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho -> Conversão -> Julgamento em Diligência
- Data da Movimentação 29/10/2020 17:30:32

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5202760-04.2019.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : MARCOS DA SILVA FILHO
POLO PASSIVO : CAPEMISA SEGURADORA DE VIDA E PREVIDENCIA SA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CAPEMISA SEGURADORA DE VIDA E PREVIDENCIA SA


ADVG. PARTE : 28442 GO - EDYEN VALENTE CALEPIS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5202760-04.2019.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Luiz Eduardo de Sousa

APELAÇÃO CÍVEL Nº 5202760.04.2019.8.09.0051


COMARCA DE GOIÂNIA
APELANTE : CAPEMISA SEGURADORA DE VIDA E PREVIDÊNCIA S/A.
APELADO : MARCOS DA SILVA FILHO
REINALDO ALVES FERREIRA – JUIZ DE DIREITO
RELATOR :
SUBSTITUTO EM 2º GRAU

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

DESPACHO

Mister, antes da apreciação dos Embargos de Declaração opostos no evento 50,


imprescindível esclarecimento acerca do juízo de admissibilidade recursal.

Extrai-se do acórdão embargado e das razões do recurso de apelação, que a


insurgência do recorrente cingiu-se à condenação na integralidade ao pagamento das custas
processuais e honorários advocatícios, em vista da sucumbência do apelado por não ter
recebido o valor integral da cobertura do seguro por invalidez permanente.

Contudo, nas razões dos aclaratórios, indica o vício da omissão, uma vez que o
acórdão não teria apreciado a sucumbência do autor com relação ao pleito de danos morais.

Sendo assim, em atenção aos artigos 9º, caput1, e 102, ambos do Código de Processo
Civil, intime-se a parte embargante para se manifestar, no prazo de 05 (cinco) dias, sobre
possível inadmissibilidade do recurso por inovação recursal.

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NR.PROCESSO: 5202760-04.2019.8.09.0051
Intime-se.

Goiânia, 23 de outubro de 2020.

REINALDO ALVES FERREIRA

JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO EM 2º GRAU

32

1 “Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.

2“Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito
do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual
deva decidir de ofício.”

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


27/11/2020 11:40:07

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5231162-95.2019.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Ação de Exigir Contas
POLO ATIVO : MARIA TEREZINHA MARQUES DA SILVA
POLO PASSIVO : BANCO BRADESCO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MARIA TEREZINHA MARQUES DA SILVA


ADVGS. PARTE : 30089 GO - RODRIGO VITOR COUTO DO AMARAL
43409 GO - DEIZIANE DIAS DIAMANTINO
45083 GO - GLAUCIA ALVES DE OLIVEIRA

PARTE INTIMADA : BANCO BRADESCO


ADVG. PARTE : 47576 GO - MOZART VICTOR RUSSOMANO NETO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5231162-95.2019.8.09.0051
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS.
RITO ESPECIAL. DEPÓSITO EM CONTA POUPANÇA. PRESCRIÇÃO
VINTENÁRIA. DEVER DE GUARDA. RESTITUIÇÃO DOS VALORES
DEPOSITADOS. DIREITO IMPRESCRITÍVEL. VIAS ORDINÁRIAS.
SENTENÇA MANTIDA.

1. O Superior Tribunal de Justiça sedimentou entendimento de que


vintenária a prescrição do direito de exigir as contas; no caso, observa-se
que os depósitos foram realizados entre 1989 a 1993, ou seja, antes da
vigência do Código Civil/2002, e transcorrendo mais da metade do prazo ali
previsto, conforme regra de transição do artigo 2.028 do CC/2002, resta a
prescrita tal pretensão, visto que ajuizada a demanda somente em
02.05.2019.

2. Todavia, sobre a pretensão de restituição dos valores depositados em


conta-corrente, trata-se de direito imprescritível, nos termos do art. 2º da Lei
nº 2.313/1954, podendo a Autora/Apelante buscar seu ressarcimento pelas
vias ordinárias.

3. Sobre a aplicação da teoria da actio nata, na espécie, o exercício da


pretensão (prestação de contas) em juízo estava à disposição da
Autora/Apelante desde os depósitos realizados em sua conta bancária, não
havendo falar em violação do direito somente com a negativa, mormente
quando esta ocorre após o prazo vintenário.

4. Desprovido o recurso, cumpre majorar os honorários sucumbenciais para


15% (quinze por cento), nesta seara recursal (art. 85, §11 c/c art. 98, §3º do
CPC). APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E DESPROVIDA.

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NR.PROCESSO: 5231162-95.2019.8.09.0051
PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

APELAÇÃO CÍVEL N° 5231162.95.2019.8.09.0051


COMARCA :GOIÂNIA
APELANTE :MARIA TEREZINHA MARQUES DA SILVA
APELADO :BANCO BRADESCO S/A
RELATOR :Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso.

Conforme relatado, trata-se de apelação cível (evento 34) interposta por MARIA TEREZINHA
MARQUES DA SILVA contra a sentença (evento 31) prolatada pelo MM. Juiz de Direito da 30ª
Vara Cível da Comarca de Goiânia, Dr. William Costa Mello, nos autos da ação de prestação de
contas ajuizada contra BANCO BRADESCO S/A.

Na inicial, alega a Autora que realizou depósitos em conta poupança junto ao Banco Bamerindus,
entre os anos de 1989 a 1993, instituição que foi incorporada ao HSBC, em 1997, que, por sua
vez, foi sucedido pelo Bradesco. Todavia, ao procurar o Banco Bradesco S/A foi informada que
suas economias não foram encontradas, razão pela qual ingressou com a presente demanda,
visando a prestação de contas pela instituição financeira sobre os investimentos por ela
realizados.

Após a instrução processual, o Magistrado a quo julgou prescrita a pretensão a inicial, com
relação o período de 1989 a 1993, e improcedente nos demais períodos, nos seguintes termos:

“ANTE O EXPOSTO, declaro PRESCRITA a pretensão de prestação de contas, referentes


ao contrato de abertura de conta poupança e respectivos extratos das movimentações
bancárias e de lançamentos/investimentos (período compreendido entre 1989 a 1993,
conforme documentos acostados em inicial), ao tempo em que julgo IMPROCEDENTE a
pretensão inicial, nos termos do artigo 487, I e II, do Código de Processo Civil.

Condeno a parte autora ao pagamento das custas processuais e dos honorários de


sucumbência, os quais fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da causa,
consoante inteligência do artigo 85, § 2° e 8°, do Código de Processo Civil; em consoante

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NR.PROCESSO: 5231162-95.2019.8.09.0051
observância aos preceitos do artigo 98, § 3º, também do digesto processual civil.”

Em síntese, cinge-se a insurgência recursal quanto a não ocorrência da prescrição, pois o termo
inicial deve ser contado da negativa do banco ou da instauração de processo administrativo junto
ao PROCON, além de que o direito à restituição de depósitos efetuados em caderneta de
poupança seriam imprescritíveis.

Pois bem. Sabe-se que o instituto da prestação de contas, materializado pela ação disposta no
art. 914 e seguintes do CPC, consiste em relacionar a documentação que comprove as receitas e
as despesas referentes à gerência de bens, valores ou interesses de terceiros decorrentes de
relação jurídica contratual ou legal, para eventual apuração de saldo.

Por outro lado, o Superior Tribunal de Justiça sedimentou entendimento de que vintenária a
prescrição do direito de exigir as contas. Eis o entendimento:

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PREVIDÊNCIA PRIVADA.


AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS. PRESCRIÇÃO. NATUREZA PESSOAL. APLICAÇÃO
DO PRAZO PRESCRICIONAL VINTENÁRIO PREVISTO NO ART. 177 DO CC/1916 E
DECENAL PREVISTO NO ART. 205 DO CÓDIGO CIVIL ATUAL. OBSERVADA A REGRA DE
TRANSIÇÃO DO ART. 2.028 DO CC/2002. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL NÃO
DEMONSTRADO. PROVIMENTO NEGADO. 1. A ação de prestação de contas tem por
base obrigação de natureza pessoal, a ela se aplicando, na vigência do antigo Código
Civil de 1916, a prescrição vintenária prevista no art. 177 e a prescrição decenal
prevista no art. 205 do atual Código Civil de 2002.” (STJ, 4ª Turma, AgInt no AREsp
606001 / MG, Rel. Ministro LÁZARO GUIMARÃES - DESEMBARGADOR CONVOCADO DO
TRF 5ª REGIÃO, DJe 22/11/2017)

"A ação de prestação de contas tem por base obrigação de natureza pessoal, a ela se
aplicando, na vigência do antigo Código Civil de 1916, a prescrição vintenária prevista
no art. 177 e a prescrição decenal prevista no art. 205 do atual Código Civil de 2002.
Precedentes do STJ." (AgInt no AREsp 725.813/PR, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA
TURMA, julgado em 23/08/2016, DJe 09/09/2016). 5. Agravo interno desprovido.” (STJ, 4ª
Turma, in AgInt no AREsp 1024305/RS, DJe de 13/06/2017, Rel. Ministro MARCO BUZZI)

Ora, pretende a Autora/Apelante a prestação de contas pela instituição financeira dos saldos
porventura existentes em sua conta, diante dos investimentos devidamente comprovados,
mediante recibos acostados na inicial.

De fato, sobre a pretensão de prestação de contas, observa-se que os depósitos foram realizados
entre 1989 a 1993, ou seja, antes da vigência do Código Civil/2002, e transcorrendo mais da

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NR.PROCESSO: 5231162-95.2019.8.09.0051
metade do prazo ali previsto, conforme regra de transição do artigo 2.028 do CC/2002, resta a
prescrita tal pretensão, visto que ajuizada somente em 02.05.2019.

No ponto, transcrevo trecho da sentença (evento 31) que bem analisou a questão, em especial,
sobre o dever de guarda de documentos, o qual adoto como razão de decidir, nos termos do art.
210 do RITJGO:

“Assim, esclarecido que o dever de guarda de documentos de interesse próprio ou


comum tem íntima relação com o lapso prescricional das ações que neles poderão ser
fundamentadas, faz-se necessário salientar que é pacífico o entendimento de que nas ações
de exigir contas referentes a movimentações bancárias, conforme delimitadas pela
parte autora, incide o prazo de prescrição vintenário, em consonância com o artigo 2.028
do Código Civil de 2002 cumulado com o 177 do Código Civil de 1916. Razão pela qual
também competia à instituição financeira a guarda dos documentos relacionados a tal até o
prazo de 20 (vinte) anos.

(…)

Nesse sentido, ocorrida a prescrição, não subsiste o dever de prestação de contas pela
instituição financeira, posto que também não subsiste o dever de guarda de tais documentos,
sendo legítima a recusa fundada no transcurso do prazo prescricional.”

O mesmo não acontece com a pretensão de restituição dos valores depositados em conta-
corrente, por se tratar de direito imprescritível, nos termos do art. 2º da Lei nº 2.313/1954,
conforme decidido nos seguintes precedentes do STJ:

"AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. CIVIL E PROCESSUAL


CIVIL. PRESTAÇÃO DE CONTAS. CONTA POUPANÇA. PRESCRIÇÃO. INOCORRÊNCIA.
ART. 2º, §1º DA LEI n.2.313/54. ÓBICE DA SÚMULA 7/STJ. AGRAVO REGIMENTAL
DESPROVIDO." (AgRg no AREsp 581.409/DF, Rel. Ministro PAULO DE TARSO
SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado em 15/12/2015, DJe 3/2/2016).

"CIVIL E PROCESSUAL. AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.


COBRANÇA. VALORES DEPOSITADOS EM POUPANÇA. IMPRESCRITIBILIDADE.
QUESTÃO PACÍFICA. RECURSO MANIFESTAMENTE INADMISSÍVEL. MULTA. ARTIGO
557, § 2º, DO CPC. DESPROVIMENTO." (AgRg no Ag 1.163.106/RS, Rel. Ministro ALDIR
PASSARINHO JUNIOR, QUARTA TURMA, julgado em 28/9/2010, DJe 11/10/2010)

De igual forma, cito julgados deste Sodalício:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RESTITUIÇÃO DE DEPÓSITO. CONTA POUPANÇA.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5231162-95.2019.8.09.0051
PRESCRIÇÃO NÃO CONFIGURADA. COMPROVAÇÃO DA ABERTURA DA CONTA.
AUSÊNCIA DE PROVA DO LEVANTAMENTO DOS VALORES. RESTITUIÇÃO DEVIDA.
CORREÇÃO MONETÁRIA. JUROS DE MORA INDEVIDO. 1. As instituições financeiras são
obrigadas a conservar os documentos de suas operações financeiras até o término do prazo
de prescrição das ações que lhe forem correspondentes. 2. Conforme precedentes do
Superior Tribunal de Justiça, é imprescritível a pretensão para restituição dos
depósitos realizados em cadernetas de poupança (Lei n. 2.313/54). 3. Demonstrada a
existência de relação contratual entre a autora e a instituição bancária, bem como o depósito
de importâncias, deve ser acolhido o pedido de restituição, notadamente se não demonstrado
o levantamento dos valores. 4. (...) APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E DESPROVIDA.
SENTENÇA MANTIDA. (TJGO, Apelação (CPC) 5490913-22.2018.8.09.0000, Rel. JAIRO
FERREIRA JUNIOR, 6ª Câmara Cível, julgado em 18/10/2019, DJe de 18/10/2019)

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RESTITUIÇÃO DE IMPORTÂNCIAS. CADERNETA DE


POUPANÇA. LEGITIMIDADE PASSIVA. PRESCRIÇÃO. SENTENÇA ULTA PETITA.
COMPROVAÇÃO DA ABERTURA DA CONTA. AUSÊNCIA DE PROVA DO
LEVANTAMENTO DOS VALORES, RESCISÃO OU EXTINÇÃO DO CONTRATO DE
DEPÓSITO. HONORÁRIOS. 1. (...). 2. É imprescritível a pretensão para restituição dos
depósitos realizados em cadernetas de poupança (lei n. 2.313/54). Precedentes do
Superior Tribunal de Justiça. 3. A definição de índice de correção monetária pelo
magistrado, de ofício, não torna a sentença inidônea, por se tratar de matéria de ordem
pública. 4. Demonstrada a existência de relação contratual entre a autora e a instituição de
crédito, bem como o depósito de importâncias, deve ser acolhido o pedido de restituição,
notadamente se não demonstrado o levantamento dos valores. 5. Desprovido o recurso
manejado pelo apelante, impõe-se a majoração dos honorários advocatícios fixados na
sentença, conforme art. 85, §11 do Código de Processo Civil. Recurso conhecido e
desprovido. (TJGO, APELACAO 0116945-28.2016.8.09.0117, Rel. ROMÉRIO DO CARMO
CORDEIRO, 3ª Câmara Cível, julgado em 09/04/2019, DJe de 09/04/2019)

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RESTITUIÇÃO DE DEPÓSITO BANCÁRIO DE CADERNETA


DE POUPANÇA C/C PEDIDO DE INDENIZAÇÃO. PRESCRIÇÃO. INEXISTÊNCIA. 1.
Conforme entendimento do egrégio STJ, a pretensão de levantamento dos depósitos
realizados em cadernetas de poupança é imprescritível, nos termos do disposto no
artigo 2º, § 1º, da Lei nº 2.313/54. (...). RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.
SENTENÇA MANTIDA. (TJGO, APELACAO 0417060-50.2015.8.09.0039, Rel. CARLOS
ROBERTO FAVARO, Assessoria para Assunto de Recursos Constitucionais, julgado em
13/07/2018, DJe de 13/07/2018)

Daí, tenho que o ajuizamento da ação de prestação de contas restou fulminado pelo instituto da
prescrição, porquanto já ultrapassado mais de 20 (vinte) anos do período que se pretende ver
exibido os extratos bancários; todavia, assiste à Autora/Apelante o direito de ser restituída de tal
verba, pelas vias ordinárias.

Por fim, vale registrar que o dies a quo do prazo prescricional surge com o nascimento da
pretensão resistida (actio nata), assim considerado a possibilidade do exercício da pretensão em

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NR.PROCESSO: 5231162-95.2019.8.09.0051
juízo, pressupondo, portanto, a violação do direito (ocorrência da lesão).

Ora, o exercício da pretensão (prestação de contas) em juízo estava à disposição da


Autora/Apelante desde os depósitos realizados em sua conta bancária, não havendo falar em
violação do direito somente com a negativa, mormente quando esta ocorre após o prazo
vintenário.

Daí, não demonstrado elementos suficientes para alteração do julgado, o desprovimento do


recurso é medida que se impõe.

Desprovido o recurso, cumpre majorar os honorários sucumbenciais para 15% (quinze por cento),
nesta seara recursal (art. 85, §11 c/c art. 98, §3º do CPC).

Ao teor do exposto, já conhecido o recurso de apelação cível, NEGO-LHE PROVIMENTO para


manter a sentença recorrida por este e seus próprios fundamentos.

É como voto.

Goiânia, 23 de novembro de 2020.

Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

Relator

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS.


RITO ESPECIAL. DEPÓSITO EM CONTA POUPANÇA. PRESCRIÇÃO
VINTENÁRIA. DEVER DE GUARDA. RESTITUIÇÃO DOS VALORES
DEPOSITADOS. DIREITO IMPRESCRITÍVEL. VIAS ORDINÁRIAS.
SENTENÇA MANTIDA.

1. O Superior Tribunal de Justiça sedimentou entendimento de que


vintenária a prescrição do direito de exigir as contas; no caso, observa-se

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NR.PROCESSO: 5231162-95.2019.8.09.0051
que os depósitos foram realizados entre 1989 a 1993, ou seja, antes da
vigência do Código Civil/2002, e transcorrendo mais da metade do prazo ali
previsto, conforme regra de transição do artigo 2.028 do CC/2002, resta a
prescrita tal pretensão, visto que ajuizada a demanda somente em
02.05.2019.

2. Todavia, sobre a pretensão de restituição dos valores depositados em


conta-corrente, trata-se de direito imprescritível, nos termos do art. 2º da Lei
nº 2.313/1954, podendo a Autora/Apelante buscar seu ressarcimento pelas
vias ordinárias.

3. Sobre a aplicação da teoria da actio nata, na espécie, o exercício da


pretensão (prestação de contas) em juízo estava à disposição da
Autora/Apelante desde os depósitos realizados em sua conta bancária, não
havendo falar em violação do direito somente com a negativa, mormente
quando esta ocorre após o prazo vintenário.

4. Desprovido o recurso, cumpre majorar os honorários sucumbenciais para


15% (quinze por cento), nesta seara recursal (art. 85, §11 c/c art. 98, §3º do
CPC). APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E DESPROVIDA.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as retro


indicadas.

ACORDAM os integrantes da 4ª Turma Julgadora da 1ª Câmara Cível, à


unanimidade de votos, em CONHECER E DESPROVER o presente
recurso, nos termos do voto do Relator.

A sessão foi presidida pelo Desembargador Orloff Neves Rocha.

Votaram com o Relator, o Des. Carlos Roberto Fávaro e o Dr. Reinaldo


Alves Ferreira.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5231162-95.2019.8.09.0051
Presente o ilustre Procurador de Justiça Dr. José Carlos Mendonça.

Goiânia, 23 de novembro de 2020.

Desembargador Orloff Neves Rocha


Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 29/10/2020


00:24:48

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5439899-06.2019.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : ELISMAR EVANGELISTA DE SANTANA
POLO PASSIVO : MUNICIPIO DE GOIANIA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ELISMAR EVANGELISTA DE SANTANA


ADVG. PARTE : 24542 GO - ALTEMAR SILVA DA FONSECA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5439899-06.2019.8.09.0051
tribunal
PODER JUDICIÁRIO
de justiça TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
do
estado de Gabinete do Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
goiás
Rua 10, n.º 150 , Fórum Dr. Heitor Moraes Fleury , 12º Andar , Sala 1229, Setor Oeste , Goiânia-GO, CEP 74120020, Tel: (62) 3216-2964

Processo : 5439899-06.2019.8.09.0051
Nome CPF/CNPJ
Apelante(s)
ELISMAR EVANGELISTA DE SANTANA 469.980.711-91
Nome CPF/CNPJ
Apelado(s)
MUNICIPIO DE GOIANIA 01.612.092/0001-23
Órgão 1ª Câmara
Tipo de Ação / Recurso Apelação Cível
judicante: Cível
Relator Des. ORLOFF NEVES ROCHA

DESPACHO

Trata-se de Apelação Cível (movimentação nº 47) interposta por ELISMAR


EVANGELISTA DE SANTANA contra sentença de movimentação nº 40 proferida pelo MM. Juiz
de Direito da comarca de Goiânia, Dr. José Proto de Oliveira, nos autos da Ação de Obrigação
de Fazer proposta em face do MUNICÍPIO DE GOIÂNIA.

Preenchidos os pressupostos de admissibilidade, recebo o recurso de apelação nos


efeitos suspensivo e devolutivo nos termos dos art. 1.012 e 1.013 do Código de Processo Civil.

Intimem-se.

Goiânia, 28 de outubro de 2020.

_______________________________________
Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
Relator
_____________________________________________________________________
_____
Documento emitido / assinado digitalmente
com fundamento no Art. 1º, § 2º III, "b", da Lei Federal nº 11.419, de 19/12/2006, publicada no DOU de 20/12/2006.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5439899-06.2019.8.09.0051

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 12/11/2020


16:55:59

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0079700-44.2015.8.09.0011
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : DANIELA SERAFIM DOS REIS
POLO PASSIVO : MARCIO NOGUEIRA PACHECO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ASSOCIACAO DE PECULIO E SOCORRO MUTUO AOS PROPRIETARIOS DE


VEICULOS AUTOMOTORES DO BRASIL APROVA BRASIL
ADVG. PARTE : 33568 GO - GABRIEL MARTINS TEIXEIRA BORGES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 0079700-44.2015.8.09.0011
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Luiz Eduardo de Sousa

APELAÇÃO CÍVEL N. 0079700-44.2015.8.09.0011


COMARCA DE APARECIDA DE GOIÂNIA

: MÁRCIO NOGUEIRA PACHECO
APELANTE
2º ASSOCIAÇÃO DE PECÚLIO E SOCORRO MÚTUO AOS PROPRIETÁRIOS DE
:
APELANTE VEÍCULOS AUTOMOTORES DO BRASIL APROVA BRASIL
APELANTE
: DANIELA SERAFIM DOS REIS
ADESIVO
REINALDO ALVES FERREIRA
RELATOR :
Juiz de Direito Substituto em 2º Grau

DESPACHO

MÁRCIO NOGUEIRA PACHECO, ASSOCIAÇÃO DE PECÚLIO E SOCORRO MÚTUO AOS


PROPRIETÁRIOS DE VEÍCULOS AUTOMOTORES DO BRASIL APROVA BRASIL E DANIELA SERAFIM DOS REIS,
já qualificados, interpõem, respectivamente (eventos 29, 32 e 37), apelações principal e adesiva, contra a sentença
(evento 27) da Juíza de Direito da 3ª Vara Cível da comarca de Aparecida de Goiânia na “AÇÃO INDENIZATÓRIA DE
RESPONSABILIDADE CIVIL POR DANOS MATERIAIS, MORAIS E ESTÉTICOS ORIUNDOS DE ACIDENTE DE
TRÂNSITO”.

Brevíssimo relato.

Da análise preliminar da apelação interposta pela Associação de Pecúlio e Socorro Mútuo aos
Proprietários de Veículos Automotores do Brasil – Aprova Veículos, verifica-se a necessidade de diligência para
melhor instrução da demanda permitindo o seguro julgamento do apelo.

Diz a recorrente que a responsabilidade pelas obrigações decorrentes de danos a terceiros é da empresa
RBS Assessoria e Serviços, seguradora escolhida pelo apelado ao tempo da sua filiação na associação.

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NR.PROCESSO: 0079700-44.2015.8.09.0011
Considerando que dita informação deve constar na ficha de filiação do associado, conforme determina o
art. 20, do Regimento Interno, imprescindível a sua juntada aos autos para, assim, melhor averiguar o fato.

Sendo assim, nos termos do § 3º do art. 938 do Código de Processo Civil, determino a intimação da
recorrente Associação de Pecúlio e Socorro Mútuo aos Proprietários de Veículos Automotores do Brasil –
Aprova Veículos para que, no prazo de 10 (dez) dias, junte aos autos a cópia da ficha de filiação do apelado Márcio
Nogueira Pacheco, ou, outro documento comprovando que ele escolheu a empresa RBS Assessoria e Serviços
como garantidora de danos a terceiros perpetrados pelo associado.

Intime-se.

Goiânia, 10 de novembro de 2020.

REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito Substituto em 2º Grau

52

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Certidão Expedida - Data da Movimentação


27/11/2020 14:22:33

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0037172-63.2009.8.09.0024
CLASSE PROCESSUAL : Execução de Título Extrajudicial ( L.E. )
POLO ATIVO : CAIXA SEGURADORA S.A
POLO PASSIVO : ALEXANDRO GONCALVES DE LIMA E CIA LTDA ME
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CAIXA SEGURADORA S.A


ADVGS. PARTE : 23802 GO - FABIANO LOPES BORGES
19040 GO - CÍCERO LOPES COELHO
52145 GO - SARA CARINE SILVA FERREIRA

PARTE INTIMADA : ALEXANDRO GONCALVES DE LIMA E CIA LTDA ME


ADVG. PARTE : 9642 RO - GLEISON RIBEIRO SANTOS

PARTE INTIMADA : ALEXANDRO CONCALVES DE LIMA


ADVG. PARTE : 9642 RO - GLEISON RIBEIRO SANTOS

PARTE INTIMADA : ANANDHA SOARES PRACA


ADVG. PARTE : 9642 RO - GLEISON RIBEIRO SANTOS

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 03/11/2020


15:59:24

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5031847-08.2019.8.09.0174
CLASSE PROCESSUAL : Usucapião ( CPC, art. 941 e L.6.969/81 - 5º )
POLO ATIVO : IRENI NUNES DE MORAIS
POLO PASSIVO : SEBASTIAO BORDONI FILHO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : IRENI NUNES DE MORAIS


ADVG. PARTE : 25448 GO - ALCIDES ALVES CASTILHO JÚNIOR

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5031847-08.2019.8.09.0174
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Luiz Eduardo de Sousa

APELAÇÃO CÍVEL Nº 5031847- 08.2019.8.09.0174

COMARCA DE SENADOR CANEDO

APELANTE: IRENI NUNES DE MORAIS

APELADOS: SEBASTIÃO BORDONI FILHO E GOIÁS IMOBILIÁRIA INDUSTRIAL LTDA

RELATOR: DR. REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito Substituto em 2ºGrau

Agravo Interno

DESPACHO

In casu, em respeito ao princípio da não surpresa das decisões judiciais (art. 10 do


NCPC), diante da suposta existência de erro grosseiro, consubstanciado na interposição do
recurso de agravo interno contra a decisão colegiada em inobservância ao art. 1021, caput, CPC,
ouça-se a agravante (Ireni Nunes de Morais), no prazo de 05 (cinco) dias, sobre a aparente
inadmissibilidade recursal.

Após, à conclusão.

Cumpra-se. Intime-se.

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NR.PROCESSO: 5031847-08.2019.8.09.0174
Goiânia, 03 de novembro de 2020.

REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito Substituto em 2ºGrau

17

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Certidão Expedida - Data da Movimentação


27/11/2020 14:31:38

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5194456-34.2019.8.09.0142
CLASSE PROCESSUAL : Embargos à Execução
POLO ATIVO : PRO SAUDE ASSOCIACAO BENEFICENTE DEASSISTENCIA SOCIAL E
HOSPITALAR
POLO PASSIVO : MOIZEUSS FLAVIA ASSISTENCIA NEUROLOGICA LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MOIZEUSS FLAVIA ASSISTENCIA NEUROLOGICA LTDA


ADVG. PARTE : 41887 GO - MARIENE QUEIROZ PEREIRA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Homologação -> Desistência de Recurso -
Data da Movimentação 03/11/2020 15:59:03

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0009483-29.2017.8.09.0100
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : DELMA ESTEVES DE MATOS
POLO PASSIVO : SECRETARIO MUNICIPAL DE ADMINISTRACAO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : DELMA ESTEVES DE MATOS


ADVG. PARTE : 50623 DF - WALTER CINTRA DE SOUZA LIMA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0009483-29.2017.8.09.0100
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Luiz Eduardo de Sousa

APELAÇÃO CÍVEL EM MANDADO DE SEGURANÇA Nº 009483.29.2017.8.09.0100

COMARCA DE LUZIÂNIA

APELANTE : DELMA ESTEVES DE MATOS


APELADO : SECRETÁRIO MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO
RELATOR : REINALDO ALVES FERREIRA – JUIZ DE DIREITO EM
SUBSTITUIÇÃO NO SEGUNDO GRAU

AGRAVO INTERNO

DECISÃO MONOCRÁTICA

Conforme já amplamente relatado, trata-se de agravo interno (movimentação 46) interposto por
DELMA ESTEVES DE MATOS contra a decisão (movimentação 39) que negou provimento ao recurso de
apelação interposto da sentença denegatória da segurança. A decisão unipessoal do relator se deu em
razão do recurso ser contrário à súmula vinculante 37 do STF, a qual veda o Poder Judiciário aumentar
vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia.

Após o julgamento do presente agravo interno (movimentação 87), comparece o


impetrante/apelante/agravante para requerer a desistência do feito (movimentações 90 e 91).

Assim, relatado, mais uma vez, apenas o essencial, passo a decidir.

O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no RE 669.367/RJ (Rel. p/ Acórdão Min. Rosa Weber,
DJe 30/10/2014), julgado sob o rito da repercussão geral, firmou a tese de que:

"é lícito ao impetrante desistir da ação de mandado de segurança,


independentemente de aquiescência da autoridade apontada como coatora ou

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NR.PROCESSO: 0009483-29.2017.8.09.0100
da entidade estatal interessada ou, ainda, quando for o caso, dos litisconsortes
passivos necessários, a qualquer momento antes do término do julgamento,
mesmo após eventual sentença concessiva do writ constitucional, não se
aplicando, em tal hipótese, a norma inscrita no art. 267, § 4º, do CPC/1973"
(Tema 530/STF).

Diante do exposto, sem maiores delongas, HOMOLOGO A MANIFESTAÇÃO DE


DESISTÊNCIA apresentada pelo impetrante.

Em decorrência, DECRETO A EXTINÇÃO DO O PROCESSO SOB ENFOQUE, SEM


JULGAMENTO DO MÉRITO, com fulcro no artigo 485, inciso VIII, do Código de Processo Civil, e
artigo 175, incisos II e XV, do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás.

Intime-se.

Transitada esta decisão em julgado, arquivem-se, com as devidas cautelas, os autos


do processo.

Cumpra-se.

Goiânia, 24 de outubro de 2020.

REINALDO ALVES FERREIRA

RELATOR

03

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Não-Concessão -> Antecipação de tutela
- Data da Movimentação 03/11/2020 19:14:57

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5536667-16.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : MUNICIPIO DE GOIANIA
POLO PASSIVO : MARCELO DA SILVA MONTEIRO LACERDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MARCELO DA SILVA MONTEIRO LACERDA


ADVG. PARTE : 38065 GO - LORENA SIQUEIRA ROSA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5536667-16.2020.8.09.0000
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5536667-16.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA
AGRAVANTE : MUNICÍPIO DE GOIÂNIA
AGRAVADO : MARCELO DA SILVA MONTEIRO LACERDA
RELATORA : DESª. AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO

DECISÃO LIMINAR

Cuida-se de Agravo de Instrumento interposto pelo MUNICÍPIO DE GOIÂNIA


, devidamente representado, em face de decisão proferida pelo MM. Juiz de Direito da
2ª Vara da Fazenda Pública Municipal e Registros Públicos da Comarca de Goiânia,
Dr. André Reis Lacerda, nos autos de Cumprimento de Sentença, proposto por
MARCELO DA SILVA MONTEIRO LACERDA.

Infere-se dos autos que o autor/agravado, requereu o cumprimento de


sentença (movimento nº 73), visando o recebimento de R$ 3.979,60 (três mil
novecentos e setenta e nove reais e sessenta centavos), relativos a diferenças
vencimentais e reflexos sobre RETP, quinquênios e adicional de incentivo a
profissionalização, em razão da aplicação da Lei Municipal nº 9.354/13, referentes aos
meses de abril de 2014 a janeiro de 2015, conforme a gradação estabelecida na regra
do artigo 31 daquele diploma.

Intimado, o MUNICÍPIO DE GOIÂNIA apresentou impugnação, a qual foi


rejeitada nos seguintes termos:

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em
Assinado por AMELIA MARTINS DE ARAUJO
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NR.PROCESSO: 5536667-16.2020.8.09.0000
[…] De início, passo a analisar a preliminar de inexequibilidade do
título, que, antecipo, entendo não prosperar.

Isso, porque a apuração do valor devido depende de simples


cálculos aritméticos (diferenças remuneratórias com a incidência
de correção monetária e juros de mora), razão pela qual não há o
que se falar em necessidade de liquidação do julgado, sendo
plenamente possível o ingresso direto do cumprimento de
sentença, porquanto natural o enquadramento da hipótese
vertente no regramento ínsito no art. 509,§ 2º, do CPC, que
dispõe que “quando a apuração do valor depender apenas de
cálculo aritmético, o credor poderá promover, desde logo, o
cumprimento de sentença”.

Dessarte, não prospera a preliminar de inexequibilidade do título


judicial, certo que devidamente delineado, no édito judicial
exequendo, os parâmetros necessários à feitura dos cálculos.

Nesse sentido:

[…] Não há se falar em inexigibilidade da obrigação quanto ao


pedido de incorporação da carga horária, quando foi reconhecido
no processo o direito da incorporação tanto quanto aos valores
retroativos. 2. Não se justifica a instauração da fase de liquidação,
quando os parâmetros definidos na sentença exequenda
possibilitam a apuração da quantia devida, por simples cálculos
aritméticos. 3. […] (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC )
5517812-57.2018.8.09.0000, Rel. CARLOS HIPOLITO ESCHER,
4ª Câmara Cível, julgado em 18/03/2019, DJe de 18/03/2019).

Não prospera, outrossim, o argumento de ausência de


pressupostos legais para o processamento da execução eis que,
ao contrário do que aduz o impugnante, os elementos pertinentes
aos consectários legais da mora se encontram devidamente
elencados nos cálculos contidos nos eventos nº 73 e 82.

Desta feita, rejeito as preliminares suscitadas e passo ao mérito


da questão (excesso de execução pela necessidade de incidente
de descontos legais).

E, nesse ponto, ressalto que, a rigor, não se verifica “excesso” por


esse motivo, posto que os descontos legais incidirão sobre o
montante bruto e serão destacados somente por ocasião do
levantamento do numerário.

Os tributos e contribuições mencionadas incidem


compulsoriamente e devem ser retidas pelo empregador no
momento em que o pagamento é efetuado, mesmo que esta
determinação não tenha vindo estampada no título judicial.

Sobre o assunto, cito precedentes hauridos do Tribunal de Justiça


do Estado de Goiás, sobremodo aplicáveis à espécie:

[...] III - As diferenças salariais atrasadas pagas pela Fazenda

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NR.PROCESSO: 5536667-16.2020.8.09.0000
Pública em decorrência de decisão judicial não assumem caráter
indenizatório, preservando a sua natureza de vencimentos. Bem
por isso, a contribuição previdenciária deve ser descontada, mas
observando-se as leis em vigor em cada mês de competência,
assim como deve ser feita a retenção do imposto de renda na
fonte, com respeito às faixas de isenção. [...](TJGO, Agravo de
Instrumento (CPC) 5302459-92.2017.8.09.0000, Rel. ORLOFF
NEVES ROCHA, 1ª Câmara Cível, julgado em 16/03/2018, DJe
de 16/03/2018).

[…] 2. Pertinente a dedução de valores a título de imposto de


renda e contribuição previdenciária sobre as diferenças salariais
devidas à parte credora, por se tratar de descontos legais
obrigatórios a ser realizados quando do efetivo pagamento pelo
ente municipal. 3. [...] (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC )
5451090-75.2017.8.09.0000, Rel. FERNANDO DE CASTRO
MESQUITA, 3ª Câmara Cível, julgado em 05/03/2018, DJe de
05/03/2018).

Entrementes, assevero que os descontos legais incidentes sobre


o valor exequendo deverão serão destacados do valor total da
execução, por ordem deste Juízo e, posteriormente, repassada
ao Município de Goiânia para que seja promovida a sua retenção
na fonte.

Para tanto, o impugnante deverá informar as alíquotas aplicáveis


ao valor da execução, para o devido abatimento quando da
expedição do RPV ou requisição do respectivo precatório.
Consigno, ainda, ser descabido o pedido de dilação de prazo para
apresentação de cálculos pelo executado, porquanto deveria tê-lo
feito no prazo previsto para impugnar a execução (art. 535, caput,
do CPC), inexistindo, sequer, alegação de justo motivo a fim de
subsidiar tal pedido - senão a alegada e ordinária burocracia
administrativa, o que não se sustenta, sobretudo diante da
simplicidade da presente execução.

No mais, o eg. Tribunal de Justiça deste Estado tem,


reiteradamente, afastado essa possibilidade; cite-se, p. ex., AI nº
5403066.45 e AI nº 5312529.03.

É o quanto basta.

Diante do exposto, rejeito a impugnação ao cumprimento de


sentença apresentada e homologo os cálculos ofertados pela
parte exequente no evento nº 82.

Considerando que não são cabíveis honorários diante da rejeição


da impugnação ao cumprimento de sentença (REsp 1134186/RS
e Súmula 519), deixo de arbitrá-los neste incidente.

Fixo, noutra senda, o percentual dos honorários advocatícios


pertinentes à fase de conhecimento: 10% (dez por cento) sobre o
valor total da condenação, ora liquidado, com espeque no art. 85,

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NR.PROCESSO: 5536667-16.2020.8.09.0000
§3º, I, do CPC.

Intimem-se as partes desta decisão e, uma vez preclusa, volvam-


me os autos conclusos para que seja dado prosseguimento à fase
executória.

Irresignado com o pronunciamento judicial alinhavado, o executado


MUNICÍPIO DE GOIÂNIA interpõe o presente recurso de agravo.

Em suas razões, após discorrer sobre a tempestividade e cabimento do


recurso, argumenta que a decisão recorrida deixou de contemplar a fase de liquidação
de sentença, o que torna o título executivo inexigível, já que há necessidade de se
analisar as diferenças, corrigindo-se mensalmente, com juros, correção monetária e
descontos legais.

Destaca que o artigo 534, IV, do Código de Processo Civil, determina que no
cumprimento de sentença em desfavor da Fazenda Pública, o exequente deve
apresentar demonstrativo de cálculo que discrimine a especificação dos eventuais
descontos obrigatórios realizados, como Imposto de Renda e a Contribuição
Previdenciária, motivo pelo defende que há a possibilidade de conhecimento de ofício
da alegação.

Registra que não pode elaborar os cálculos, em razão do elevadíssimo


número de servidores executando sentenças de ações de cobrança.

Com supedâneo nas inferências em testilha, requer a concessão de efeito


suspensivo e, ao final, o provimento do recurso, com a reforma da decisão agravada.

Isento do preparo.

Em síntese, é o relatório.

Decido.

Inicialmente, diante da previsão expressa de cabimento do presente recurso,


nos termos do artigo 1015, parágrafo único, do Código de Processo Civil, determino o
seu processamento.

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NR.PROCESSO: 5536667-16.2020.8.09.0000
Quanto a concessão de efeito suspensivo impende frisar que o relator poderá,
em determinados casos, concedê-la desde que preenchidos, cumulativamente, os
requisitos previstos em lei, quais sejam: (I) a imediata produção de efeitos da decisão
recorrida deverá gerar risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação; e (II) a
demonstração da probabilidade de provimento do recurso (artigos 995, parágrafo
único, e 1.019, I, ambos do Código de Processo Civil).

Sobre o tema, transcrevo ensinamento doutrinário do ilustre processualista


Humberto Theodoro Júnior, in verbis:

(...) O relator poderá, ainda, deferir, em antecipação de tutela,


total ou parcialmente, a pretensão recursal (art. 1.019, I). Para
tanto, deverão estar presentes os mesmos requisitos para a
concessão do efeito suspensivo, quais sejam, o fumus boni iuris
e o periculum in mora. Com efeito, não se pode negar ao relator o
poder de também conceder medida liminar positiva, quando a
decisão agravada for denegatória de providência urgente e de
resultados gravemente danosos para o agravante. No caso de
denegação, pela decisão recorrida, de medida provisória cautelar
ou antecipatória, por exemplo, é inócua a simples suspensão do
ato impugnado. Caberá, portanto, ao relator tomar a providência
pleiteada pela parte, para que se dê o inadiável afastamento do
risco de lesão, antecipando o efeito que se espera do julgamento
do agravo. É bom ressaltar que o poder de antecipação de tutela
instituído pelo art.300 não é privativo do juiz de primeiro grau e
pode ser utilizado em qualquer fase do processo e em qualquer
grau de jurisdição. No caso do agravo, esse poder está
expressamente previsto ao relator no art. 1.019, I. Se for deferido
o efeito suspensivo ou concedida a antecipação de tutela, o
relator ordenará a imediata comunicação ao juiz da causa, para
que, de fato, se suste o cumprimento da decisão interlocutória
(art. 1.019, I, in fine). (...). (in, Curso de Direito Processual Civil,
Volume III, 47ª Edição). Grifos no original.

Conforme se observa, exige-se a presença simultânea do fumus boni iuris e o


periculum in mora, os quais devem ser demonstrados de plano, de forma inequívoca,
de maneira que o julgador não tenha dúvidas quanto a viabilidade de se conferir efeito
suspensivo ao recurso, inclusive o efeito ativo ou positivo.

Consoante relatado, insurge-se o Município agravante em face da decisão


que rejeitou a impugnação ao cumprimento de sentença.

Transpondo as orientações ao caso em testilha, em uma análise perfunctória


e não exauriente, não verifico a presença cumulativa dos requisitos necessários para

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NR.PROCESSO: 5536667-16.2020.8.09.0000
a concessão da medida liminar, eis que não há prova de risco de dano irreparável a
ensejar o deferimento do efeito suspensivo, considerando que não há prejuízo no
tardio reconhecimento do direito invocado pela parte recorrente, quando da decisão de
mérito.

Na confluência do exposto, INDEFIRO o pedido de antecipação dos efeitos


da tutela recursal.

Comunique-se o juízo a quo desta decisão, nos termos do artigo 1.019, inciso
I, do Código de Processo Civil.

Intimem-se o agravado para, querendo, apresentar resposta, no prazo legal,


nos moldes do artigo 1.019, inciso II, do citado diploma processual civil.

Cumpra-se, com as cautelas legais.

Desembargadora AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO


Relatora
Datado e assinado digitalmente conforme Resolução 59/2016

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 19/11/2020 21:40:18

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5342513-44.2017.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Embargos à Execução
POLO ATIVO : SPGYN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA
POLO PASSIVO : SPE INCORPORAÇÕES 92 LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : SPE INCORPORAÇÕES 92 LTDA


ADVGS. PARTE : 33119 DF - RAMIRO FREITAS DE ALENCAR BARROSO
55792 GO - HENRIQUE PORTO DE CASTRO

PARTE INTIMADA : SPGYN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA


ADVGS. PARTE : 10309 GO - RUBENS ALVARENGA DIAS
30744 GO - JORGE AUGUSTO ALVARENGA GUIMARÃES

PARTE INTIMADA : SPE INCORPORAÇÕES 92 LTDA


ADVGS. PARTE : 55792 GO - HENRIQUE PORTO DE CASTRO
33119 DF - RAMIRO FREITAS DE ALENCAR BARROSO

PARTE INTIMADA : SPGYN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA


ADVGS. PARTE : 10309 GO - RUBENS ALVARENGA DIAS
30744 GO - JORGE AUGUSTO ALVARENGA GUIMARÃES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5342513-44.2017.8.09.0051
ACÓRDÃO

VISTOS, relatados e discutidos os presentes autos de APELAÇÃO CÍVEL Nº 5342513-44.2017.8.09.0051 –


EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, da Comarca de GOIÂNIA, interposta por SPGYN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA
E SPE INCORPORAÇÕES 92 LTDA. .

ACORDAM os integrantes da Primeira Turma Julgadora da 1ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do
Estado de Goiás, por unanimidade, EM CONHECER DOS DUPLOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO E REJEITÁ-LOS, nos
termos do voto do Relator.

VOTARAM, além do RELATOR, o Dr. ROBERTO HORÁCIO DE REZENDE ( substituto da Desª. AMÉLIA MARTINS
DE ARAÚJO) e a Desª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI.

PRESIDIU o julgamento, o Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA.

PRESENTE à sessão o Procurador de Justiça, Dr. JOSÉ CARLOS MENDONÇA.

Custas de lei.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito Substituto em 2º Grau

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NR.PROCESSO: 5342513-44.2017.8.09.0051
92

APELAÇÃO CÍVEL Nº 5342513-44.2017.8.09.0051

COMARCA DE GOIÂNIA

1ª APELANTE : SPGYN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA.


2ª APELANTE : SPE INCORPORAÇÕES 92 LTDA.
1ª APELADA : SPE INCORPORAÇÕES 92 LTDA.
2ª APELADA : SPGYN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA.
RELATOR : REINALDO ALVES FERREIRA - Juiz de Direito em Substituição

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade dos recursos, conheço os aclaratórios opostos.

Conforme relatado, trata-se de duplo embargos declaratórios opostos, respectivamente, por SPGYN
EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA. (1 a apelante/embargante) e SPE INCORPORAÇÕES 92 LTDA. (2 a
apelante/embargante), inconformadas com o acórdão (evento 85), que, por unanimidade, conheceu e negou provimento às
apelações cíveis interpostas.

Em suma, versam os recursos interpostos sobre: 1) fixação de honorários de sucumbência em favor da primeira
embargante SPGYN Empreendimentos Imobiliários LTDA., em razão do trabalho adicional realizado na instância recursal; 2)
omissão sobre os argumentos estampados do apelo interposto pela segunda embargante, SPE Incorporações 92 LTDA.

De início, cumpre registrar que os embargos de declaração prestam-se a esclarecer ou sanar vícios de
fundamentação apostos na decisão judicial e que nomeadamente comprometam sua clareza (obscuridade, contradição, erro
material), ou que denotem deficiência sobre questão controvertida entre as partes (omissão).

É o que se extrai do art. 1.022 do NCPC: “Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão
judicial para: I – esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; II – suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual
devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; III – corrigir erro material”, grifei.

Trata-se, pois, de instrumento de natureza recursal que não tem caráter substitutivo, mas sim integrativo-retificador

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NR.PROCESSO: 5342513-44.2017.8.09.0051
ou aclaratório. Entretanto, insta ressaltar que passou-se a admitir o acolhimento dos embargos declaratórios, atribuindo-lhes
excepcionalmente efeito infringente, quando a correção do vício importar em alteração do julgado como consectário lógico.

Feitas as aludidas considerações, passo ao exame dos aclaratórios.

O primeiro recurso declaratório, oposto por SPGYN Empreendimentos Imobiliários LTDA., defende a fixação de
honorários sucumbenciais em seu favor, ante o improvimento do apelo interposto pela segunda embargante.

Sem delongas, teço que não merece acolhimento a insurgência recursal, dado que, sendo improcedentes ambos
os apelos cíveis interpostos pelas partes, manteve-se a sucumbência conforme fixado no dispositivo sentencial, cabendo à ora
recorrente, SPGYN Empreendimentos Imobiliários LTDA., arcar, por inteiro, com o pagamento das custas processuais e
honorários advocatícios, ante a improcedência dos embargos à execução por si opostos.

Por derradeiro, insta salientar o disposto no § 11 do artigo 85 do NCPC, o qual dispõe que: “O tribunal, ao julgar
recurso, majorará os honorários fixados anteriormente levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal,
observando, conforme o caso, o disposto nos §§ 2o a 6o, sendo vedado ao tribunal, no cômputo geral da fixação de honorários
devidos ao advogado do vencedor, ultrapassar os respectivos limites estabelecidos nos §§ 2o e 3o para a fase de conhecimento”.

Vale lembrar que os honorários em fase recursal não punem o recorrente por utilizá-la, mas, sim, remuneram o
advogado da parte contrária pelo seu trabalho, acaso existente (“Comentários às alterações do novo CPC”, São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2015, p. 156).

Emerge, portanto, que a regra pretende evitar a interposição de recursos protelatórios e remunerar o profissional
atuante em âmbito recursal, já que os honorários arbitrados na sentença refletem uma contraprestação pelo trabalho realizado até
aquele momento processual.

A questão foi enfrentada pelo Superior Tribunal de Justiça, tempo em que firmou as seguintes balizas
jurisprudenciais:

“(...) É devida a majoração da verba honorária sucumbencial, na forma do art. 85, § 11, do
CPC/2015, quando estiverem presentes os seguintes requisitos, simultaneamente: a) decisão recorrida
publicada a partir de 18.3.2016, quando entrou em vigor o novo Código de Processo Civil; b) recurso
não conhecido integralmente ou desprovido, monocraticamente ou pelo órgão colegiado competente;
e c) condenação em honorários advocatícios desde a origem no feito em que interposto o recurso.
(…) Agravo interno a que se nega provimento. Honorários recursais arbitrados ex officio, sanada omissão na
decisão ora agravada.” (AgInt nos EREsp 1539725/DF, Rel. Ministro ANTÔNIO CARLOS FERREIRA,
SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 09/08/2017, DJe 19/10/2017). Grifei.

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NR.PROCESSO: 5342513-44.2017.8.09.0051
Nesse compasso, considerando que ambos os recursos apelatórios foram desprovidos, bem assim que foi definida
verba honorária sucumbencial para o trâmite em primeiro grau de jurisdição, portanto, não faz-se apropriado fixar honorários
recursais nesta circunstância.

Isso porque, ausente um vencedor recursal, os honorários devem ser apenas majorados, mas em benefício do
patrono da embargada SPE Incorporações 92 LTDA., vencedora da demanda em primeira instância, conforme determinou-se no
acórdão vergastado.

Em relação à insurgência dos segundos embargos, opostos pela SPE Incorporações 92 LTDA., sem razão as
teses levantadas nos aclaratórios.

Ocorre que se verifica que a pretensão é de que esta Corte promova nova apreciação da matéria, emprestando aos
embargos opostos efeitos infringentes. Para tal finalidade, como é sabido, não se presta a via eleita.

No mérito, da leitura do acórdão objurgado verifica-se que foram analisadas as questões trazidas à baila na apelação
cível interposta pela ora recorrente, ficando estabelecido que: “I- No que pertine a certeza, liquidez e exigibilidade do título
exequendo, em razão do contrato de compromisso de permuta (evento 1, docs. 4 e 5 dos autos nº 5279761.36), não assiste razão
ao primeiro apelo, eis que a embargada (2a apelante) obrigou-se a pagar à embargante (1a apelante) a quantia de R$ 150.000,00
(cento e cinquenta mil reais), sendo que o comprovante de pagamento apresentado nos autos da ação executiva demonstra a
transferência de R$ 140.775,00 (cento e quarenta mil, setecentos e setenta e cinco reais), conforme o evento 1, doc. 6, pelo qual
restou comprovada a exigibilidade do título objeto da lide (...); II- Em relação ao valor repassado pela SPE Incorporações 92
LTDA. (2a apelante) à 1a apelante, no importe de R$ 140.775,00 (cento e quarenta mil, setecentos e setenta e cinco reais),
conforme evento 1, doc. 6, deve ser este restituído àquela no montante exato em que foi despendido, devidamente corrigido e
acrescido dos encargos moratórios previstos na cláusula 6.9 do contrato de permuta, promovendo-se, assim, o retorno das partes
ao status quo ante (…); III- Por sua vez, cabe desprover a segunda apelação cível interposta, ante os fundamentos traçados, bem
como pela ausência de comprovação de que a diferença entre o valor previsto no contrato (R$ 150.000,00) e o efetivamente
despendido pela parte (R$ 140.775,00) refere-se a descontos de impostos, conforme assevera a 2a recorrente”, grifei.

Destarte, o julgador não está obrigado a apreciar todos os questionamentos apontados, bastando, para tanto, que
enfrente as questões controvertidas postas, fundamentando, devidamente e de modo suficiente, seu convencimento, o que restou
realizado na hipótese dos autos.

Senão, vejamos o entendimento esposado pelo Colendo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás:

“EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA DUPLA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE


COBRANÇA. SERVIDOR PÚBLICO. DIFERENÇAS SALARIAIS. INEXISTÊNCIA DOS VÍCIOS DO ART.
1.022 DO CPC. REEXAME NECESSÁRIO. DISPENSA. AUSÊNCIA DE OMISSÃO. REDISCUSSÃO DA
MATÉRIA. INVIABILIDADE. RECONVENÇÃO. OMISSÃO CONFIGURADA QUANTO AOS HONORÁRIOS
RECURSAIS. VERBA HONORÁRIA. PERCENTUAL. APLICAÇÃO EM FASE DE LIQUIDAÇÃO DE
SENTENÇA. ADEQUAÇÃO DE OFÍCIO. PREQUESTIONAMENTO. 1. (...). 3. O julgador não está obrigado

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a apreciar todos os questionamentos apontados, bastando, para tanto, que enfrente as questões
controvertidas postas, fundamentando, devidamente e de modo suficiente, seu convencimento, o que
restou realizado na hipótese dos autos. 4. (...). 9. AGRAVO INTERNO CONHECIDO COMO EMBARGOS
DE DECLARAÇÃO, ACOLHIDO EM PARTE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS E
REJEITADOS. SENTENÇA REFORMADA DE OFÍCIO.” (TJGO, Apelação (CPC) 0369047-
16.2015.8.09.0105, Rel. Des(a). GUILHERME GUTEMBERG ISAC PINTO, 5ª Câmara Cível, julgado em
18/05/2020, DJe de 18/05/2020).

Nesta senda, pretende a segunda embargante apenas rediscutir a matéria por discordar do entendimento adotado, o
que não se admite na via estreita dos aclaratórios.

A esse respeito, confira o seguinte julgado desta Egrégia Corte de Justiça:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO


INTERNO E NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. (…). FINALIDADE DE REDISCUSSÃO.
INADMISSIBILIDADE. PREQUESTIONAMENTO. 1. Nos termos do artigo 1.022 do Código de Processo
Civil/2015, os embargos de declaração se destinam à busca do aperfeiçoamento do ato judicial
viciado por obscuridade, contradição, omissão, ou erro material, sobre o qual deva pronunciar-se o
competente órgão julgador. (…). 3. Os Embargos de Declaração não comportam rediscussão da
matéria já decidida. 4. Ausentes os vícios elencados no artigo 1.022 do Código de Processo Civil/2015, não
cabe utilizarem-se os aclaratórios com o intuito de prequestionar a matéria. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
CONHECIDOS E REJEITADOS.” (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5414702-08.2019.8.09.0000, Rel.
FRANCISCO VILDON JOSE VALENTE, 5ª Câmara Cível, julgado em 24/12/2019, DJe de 24/12/2019).
Grifei.

Logo, inexiste omissão, mas sim, insatisfação da recorrente quanto ao não acolhimento de sua tese. E, nessa
perspectiva, não vejo motivos plausíveis que justifiquem a alteração do entendimento já adotado no ato judicial hostilizado, em
face da inexistência de quaisquer dos vícios supracitados no art. 1.022 do CPC.

Ante o exposto, conheço e REJEITO os aclaratórios opostos pelas partes, ante a não-configuração das hipóteses
previstas no art. 1.022 do NCPC, com a advertência de que, havendo oposição de embargos protelatórios, a multa prevista no art.
1.026 do NCPC será aplicada.

É o voto.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

REINALDO ALVES FERREIRA

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5342513-44.2017.8.09.0051
Juiz de Direito em Substituição

92

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5342513-44.2017.8.09.0051
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

EMENTA: DUPLOS ACLARATÓRIOS EM DUPLO APELO CÍVEL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. NCPC


ART. 1.022. OMISSÕES INEXISTENTES. HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS EM FAVOR DO CAUSÍDICO
DA PRIMEIRA EMBARGANTE. DESCABIMENTO. ÔNUS SUCUMBENCIAIS MANTIDOS. AUSÊNCIA DE
MANIFESTAÇÃO SOBRE OS ARGUMENTOS CENTRAIS DO SEGUNDO APELO CÍVEL. MERA
IRRESIGNAÇÃO DA SEGUNDA RECORRENTE.

I- São cabíveis os embargos de declaração contra qualquer decisão judicial quando houver omissão,
contradição, obscuridade e erro material, ex vi do artigo 1.022 do NCPC.

II- No caso, não merece acolhimento a insurgência recursal do primeiro recurso, dado que, sendo
improcedentes ambos os apelos cíveis interpostos pelas partes, manteve-se a sucumbência conforme fixado
no dispositivo sentencial, cabendo à ora recorrente, SPGYN Empreendimentos Imobiliários LTDA., arcar, por
inteiro, com o pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, ante a improcedência dos
embargos à execução por si opostos. Portanto, não faz-se apropriado fixar honorários recursais em seu
favor, nesta circunstância.

III- A segunda embargante pretende a rediscussão de matéria, sob o argumento de que não foram
analisadas as teses centrais esposadas no apelo por si interposto. Contudo, tal argumento não merecem
prosperar, eis que foi exaustivamente analisada a matéria aventada, não se admitindo nova discussão na via
estreita dos aclaratórios.

IV- Ademais, o julgador não está obrigado a apreciar todos os questionamentos apontados, bastando, para
tanto, que enfrente as questões controvertidas postas, fundamentando, devidamente e de modo suficiente,
seu convencimento, o que restou realizado na hipótese dos autos.

DUPLOS ACLARATÓRIOS CONHECIDOS E REJEITADOS.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 19/11/2020 21:40:25

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0163628-58.2013.8.09.0011
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : ANGELA MARIA FERREIRA DE REZENDE VILELA
POLO PASSIVO : CAPEMI SEGURADORA S/A CAPESA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : NOVA YORK COMPAHIA DE SEGUROS


ADVG. PARTE : 37232 GO - IZABELA FRANCES SOARES DE AZEVEDO

PARTE INTIMADA : CAPEMI SEGURADORA S/A CAPESA


ADVGS. PARTE : 21748 GO - RENATA BARBOSA FERREIRA SARI
30927 GO - CAIO FABIO DE MELO OLIVEIRA
17923 GO - DEOLINDO JOSÉ DE FREITAS JÚNIOR

PARTE INTIMADA : ANGELA MARIA FERREIRA DE REZENDE VILELA


ADVG. PARTE : 29178 GO - DANILO BLANCO VIEIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 0163628-58.2013.8.09.0011
ACÓRDÃO

VISTOS, relatados e discutidos os presentes autos de APELAÇÃO CÍVEL Nº 0163628-58.2013.8.09.0011 – EMBARGOS DE


DECLARAÇÃO, da Comarca de APARECIDA DE GOIÂNIA, interposta por NOVA YORK COMPANHIA DE SEGUROS E
CAPEMISA SEGURADORA DE VIDA E PREVIDÊNCIA S/A.

ACORDAM os integrantes da Primeira Turma Julgadora da 1ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás,
por unanimidade, EM CONHECER DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO E REJEITÁ-LOS , nos termos do voto do Relator.

VOTARAM, além do RELATOR, o Dr. ROBERTO HORÁCIO DE REZENDE ( substituto da Desª. AMÉLIA MARTINS DE
ARAÚJO) e a Desª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI.

PRESIDIU o julgamento, o Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA.

PRESENTE à sessão o Procurador de Justiça, Dr. JOSÉ CARLOS MENDONÇA.

Custas de lei.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito Substituto em 2º Grau

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0163628-58.2013.8.09.0011

COMARCA DE APARECIDA DE GOIÂNIA

1ª APELANTE : NOVA YORK COMPANHIA DE SEGUROS


2ª APELANTE : CAPEMISA SEGURADORA DE VIDA E PREVIDÊNCIA S/A
APELADA : ÂNGELA MARIA FERREIRA DE REZENDE VILELA

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NR.PROCESSO: 0163628-58.2013.8.09.0011
REINALDO ALVES FERREIRA
RELATOR :
Juiz de Direito em Substituição

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

VOTO

Satisfeitos os pressupostos de admissibilidade, conheço dos embargos de declaração opostos.

Conforme o introito, trata-se de embargos declaratórios opostos por NOVA YORK COMPANHIA DE SEGUROS
contra o acórdão visto no evento 40, que, por unanimidade, conheceu e negou provimento aos apelos interpostos, mantendo a
sentença em sua integralidade, nos autos da ação de adjudicação compulsória ajuizada por ÂNGELA MARIA FERREIRA DE
REZENDE VILELA.

O embargante sustenta, em suma, que foram trazidos à baila argumentos sobre os quais o julgador de primeira
instância não se manifestou ao julgar o feito, afirmando que existe a necessidade de se aclarar o acórdão combatido.

Pois bem. Extrai-se do caderno processual que a recorrente pretende, tão somente, rediscutir a matéria de acordo
com o seu ponto de vista, utilizando meio impróprio para tal fim. Explico.

Conforme é cediço, o recurso de embargos de declaração se presta a suprir omissões, eliminar obscuridades,
esclarecer contradições e, ainda, corrigir erros materiais contidos no acórdão embargado, consoante prevê a norma insculpida no
artigo 1.022, incisos I, II e III do Código de Processo Civil, in verbis:

“Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:

I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a
requerimento;

III - corrigir erro material.”

O artigo 1.023 do NCPC adverte, ainda, que o recurso intentado indicará o ponto obscuro, contraditório ou omisso,

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NR.PROCESSO: 0163628-58.2013.8.09.0011
para que o relator possa suprir as imperfeições quando estas restarem evidenciadas.

Nesta senda, examinados os autos, verifica-se que o acórdão atacado analisou todas as questões postas sob
apreciação, não havendo falar em omissão, obscuridade, contradição, ou, erro material.

A embargante pretende, claramente, a modificação do entendimento externado no julgado vergastado, o que não é
tolerado por esta Corte em sede de aclaratórios, apenas reiterando as razões outrora lançadas, e não apresentando argumento ou
elemento capaz de se sobrepor à fundamentação contida na decisão embargada, momento em que restaram devidamente
evidenciados os motivos que ensejaram o improvimento dos apelos interpostos.

Emerge do caderno processual que o acórdão hostilizado esclarece que o STJ, no EDcl no MS 21.315-DF, já decidiu
que o julgador não está obrigado a responder a todas as questões suscitadas pelas partes, quando já tenha encontrado motivo
suficiente para proferir a decisão (STJ. 1ª Seção. EDcl no MS 21.315-DF, Rel. Min. Diva Malerbi, julgado em 8/6/2016 - Info 585).

Quanto ao argumento de que a embargante encontra-se em regime de liquidação extrajudicial, deixou claro o
julgador a quo que “(…) razão não lhe assiste, pois há comprovação do pagamento integral do imóvel, inclusive com o documento
intitulado ‘autorização para lavratura da Escritura de Compra e Venda’, que não foi impugnado por nenhuma das partes que
compõem o polo passivo da demanda”.

A tese foi analisada, também, em sede do julgamento dos aclaratórios opostos pelo então embargante contra a
sentença (evento 3, doc. 145), bem como debatida em sede de preliminar afastada no acórdão, conforme excerto da matéria
ementada: “(…) II- De outro modo, estando a primeira apelante em regime de liquidação extrajudicial, resta descaracterizada a
nulidade processual frente a ausência de intimação do Ministério Público nos presentes autos, eis que a Lei nº 11.101/05 tornou
minimalista a atuação ministerial no âmbito de falências e recuperações judiciais. Por conseguinte, vazia a invocação do já não
vigente Decreto-Lei nº 7.661/45, a pretexto de aplicar o art. 34 da Lei nº 6.024/74”.

Ademais, restou consignado que a empresa CAPEMI Seguradora S.A. – CAPESA, em nome da qual encontra-se
registrado o imóvel objeto da lide (evento 3, doc. 72), possui, atualmente, a razão social de Nova York Companhia de Seguros,
que lhe é sucessora legal, possuindo ambas o mesmo CNPJ.

E, no que pertine à necessidade de participação do Diretor Fiscal e da SUSEP na elaboração de documentos que
impliquem na alienação de seu patrimônio, teço que inexiste nos autos indício de irregularidade na assinatura aposta na
autorização para lavratura da escritura definitiva de compra e venda, a qual foi repassada à autora em data anterior (21/06/1991)
à ocorrência da sucessão empresarial alegada nestes autos, e antes da empresa entrar em liquidação extrajudicial (04/05/2001),
conforme também declinou o decisum embargado:

“(…) De modo diferente do alegado em sede do apelo interposto, não lhe assiste razão para
refutar sua integração à lide em espeque, eis que a referida autorização de escrituração (supramencionada)
foi repassada a apelada em data anterior à ocorrência da sucessão empresarial alegada nestes autos.

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NR.PROCESSO: 0163628-58.2013.8.09.0011
Acrescente-se que, em pesquisa a sítio eletrônico (“Susep autoriza Capemi a se transformar em seguradora”,
25/09/2007: https://www.cqcs.com.br/noticia/susep-autoriza-capemi-a-se-transformar-em-seguradora/),
verifica-se que o controle acionário da Capemisa é da Capemi, a qual já controla duas seguradoras do grupo,
não restando dúvida acerca de sua legitimidade passiva.”

Por fim, o acórdão analisou devidamente a tese afastada de que inexiste pactuação entre as partes e a ausência da
quitação do contrato de compra e venda pela autora, ao dispor:

“(…) Importante frisar que, ante a normativa do Código Civil que exige a presença de registro do
contrato de compra e venda no cartório de registro de imóveis, a Súmula 239 do STJ vem no sentido a
excepcionar a regra insculpida, de modo a garantir a adjudicação compulsória em casos nos quais não há o
referido registro.

Compulsando os autos, verifica-se que, mormente a apelada ter quitado o compromisso de


compra do imóvel em tela, houve emissão de autorização para lavratura da escritura definitiva de compra e
venda, emitida por Savana Empreendimento Imobiliários LTDA., então representante legal da segunda
apelante, porém com prazo de validade de 30 (trinta) dias, conforme se depreende dos documentos
acostados a exordial.

(…)

Ora, mormente não ter sido encontrado o referido compromisso de compra e venda registrado
no cartório competente, o qual, provável que pela remota data de pactuação encontra-se difícil de localizar,
tem-se que a mencionada autorização para lavratura da escritura definitiva de compra e venda do imóvel
traduz-se em prova de quitação do referido bem, bem como comprova a existência do compromisso de
compra e venda firmado entre as partes, não podendo ser ignorada para a solução desta demanda. (…).”

Destarte, o julgador não está obrigado a apreciar todos os questionamentos apontados pelo insurgente, bastando,
para tanto, que enfrente as questões controvertidas postas, fundamentando, devidamente e de modo suficiente, seu
convencimento, o que restou realizado na hipótese dos autos.

Senão, vejamos o entendimento deste Sodalício:

“EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA DUPLA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE


COBRANÇA. SERVIDOR PÚBLICO. DIFERENÇAS SALARIAIS. INEXISTÊNCIA DOS VÍCIOS DO ART.
1.022 DO CPC. REEXAME NECESSÁRIO. DISPENSA. AUSÊNCIA DE OMISSÃO. REDISCUSSÃO DA
MATÉRIA. INVIABILIDADE. RECONVENÇÃO. OMISSÃO CONFIGURADA QUANTO AOS HONORÁRIOS
RECURSAIS. VERBA HONORÁRIA. PERCENTUAL. APLICAÇÃO EM FASE DE LIQUIDAÇÃO DE
SENTENÇA. ADEQUAÇÃO DE OFÍCIO. PREQUESTIONAMENTO. 1. (...). 3. O julgador não está obrigado
a apreciar todos os questionamentos apontados, bastando, para tanto, que enfrente as questões
controvertidas postas, fundamentando, devidamente e de modo suficiente, seu convencimento, o que
restou realizado na hipótese dos autos. 4. (...). 9. AGRAVO INTERNO CONHECIDO COMO EMBARGOS
DE DECLARAÇÃO, ACOLHIDO EM PARTE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS E
REJEITADOS. SENTENÇA REFORMADA DE OFÍCIO.” (TJGO, Apelação (CPC) 0369047-

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NR.PROCESSO: 0163628-58.2013.8.09.0011
16.2015.8.09.0105, Rel. Des(a). GUILHERME GUTEMBERG ISAC PINTO, 5ª Câmara Cível, julgado em
18/05/2020, DJe de 18/05/2020). Grifei.

Nesta senda, pretende a embargante apenas rediscutir a matéria por discordar do entendimento adotado, o que não
se admite na via estreita dos aclaratórios: “(…) 3. Os Embargos de Declaração não comportam rediscussão da matéria já
decidida. (...) (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5414702-08.2019.8.09.0000, Rel. FRANCISCO VILDON JOSE VALENTE,
5ª Câmara Cível, julgado em 24/12/2019, DJe de 24/12/2019)”, grifei.

Ante o exposto, conheço e REJEITO os embargos de declaração ante a não-configuração das hipóteses previstas
no CPC art. 1.022, com a advertência de que, havendo oposição de embargos protelatórios, a multa prevista no CPC art. 1.026
será aplicada.

É o voto.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito em Substituição

92

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NR.PROCESSO: 0163628-58.2013.8.09.0011
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL. INEXISTÊNCIA DE VÍCIOS NO


ACÓRDÃO VERGASTADO. CPC ART. 1.022. REJEIÇÃO. FUNDAMENTAÇÃO SUFICIENTE.

I- É sabido que os embargos de declaração prestam-se a esclarecer ou sanar vícios de fundamentação


apostos na decisão judicial e que nomeadamente comprometam sua clareza (obscuridade, contradição, erro
material), ou que denotem deficiência sobre questão controvertida entre as partes (omissão). Inteligência do
CPC art. 1.022.

II- Da análise detida dos autos, depreende-se que inexiste omissão no acórdão embargado, quando este
apresentou claramente os motivos que acarretaram o não provimento dos recursos de apelação cível
interpostos.

III- Ademais, o julgador não está obrigado a apreciar todos os questionamentos apontados pelo insurgente,
bastando, para tanto, que enfrente as questões controvertidas postas, fundamentando, devidamente e de
modo suficiente, seu convencimento, o que restou realizado na hipótese dos autos.

ACLARATÓRIOS CONHECIDOS E REJEITADOS.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 27/11/2020 14:01:43

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0280502-62.2015.8.09.0139
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : TAISSA FAUSTO PEREIRA
POLO PASSIVO : GILMAR DE JESUS CAVALCANTE
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : GILMAR DE JESUS CAVALCANTE


ADVG. PARTE : 39491 GO - EDILSON RODRIGUES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0280502-62.2015.8.09.0139
APELAÇÃO CÍVEL Nº 280502-62.2015.8.09.0139
COMARCA DE RUBIATABA

APELANTE : GILMAR DE JESUS CAVALCANTE


APELADA : TAISSA FAUSTO PEREIRA
RELATORA : DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

DECISÃO

Trata-se de APELAÇÃO CÍVEL interposta por GILMAR DE JESUS CAVALCANTE,


contra a sentença proferida pelo Juiz de Direito da Comarca de Rubiataba, Hugo de
Souza Silva, nos autos da Ação de Indenização ajuizada em seu desfavor por
TAISSA FAUSTO PEREIRA, neste ato representada por seus genitores.

Inconformado, o requerido interpôs o presente recurso apelatório e dentre seus


almejos pugnou pela gratuidade da justiça nesta via recursal, sob o argumento de não
possuir condições em arcar com as despesas processuais sem prejuízo de seu próprio
sustento.

Colacionou documentação com o intuito de comprovar sua hipossuficiência financeira.

É o que, por ora, cumpre-me relatar. Passo à decisão.

De início, verifico que o apelante/réu não realizou o devido preparo, tendo requerido o
benefício da gratuidade judiciária neste grau de jurisdição.

Observo que o Novo Código de Processo Civil estabelece a necessidade de se


apreciar o pedido de gratuidade da justiça, preliminarmente ao julgamento do recurso,
a saber:

“Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na

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NR.PROCESSO: 0280502-62.2015.8.09.0139
petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de
terceiro no processo ou em recurso.

§ 7º Requerida a concessão de gratuidade da justiça em recurso,


o recorrente estará dispensado de comprovar o recolhimento do
preparo, incumbindo ao relator, neste caso, apreciar o
requerimento e, se indeferi-lo, fixar prazo para realização do
recolhimento.”

“Art. 101. Contra a decisão que indeferir a gratuidade ou a que


acolher pedido de sua revogação caberá agravo de instrumento,
exceto quando a questão for resolvida na sentença, contra a qual
caberá apelação.

§ 1º O recorrente estará dispensado do recolhimento de custas


até decisão do relator sobre a questão, preliminarmente ao
julgamento do recurso.

§ 2º Confirmada a denegação ou a revogação da gratuidade, o


relator ou o órgão colegiado determinará ao recorrente o
recolhimento das custas processuais, no prazo de 5 (cinco) dias,
sob pena de não conhecimento do recurso.”

Pois bem, a gratuidade judiciária é regulada ordinariamente pela Lei nº 1.060/50 e


pelos artigos 98/102 do CPC/2015, que outorgam o referido benefício, desde que seja
necessitado quem o requer.

Esclareço, ainda, que necessitado para o legislador é a pessoa “com insuficiência de


recursos para pagar as custas, as despesas processuais os honorários advocatícios”.
(CPC/2015, art. 98, caput)

No entanto, nos termos da Constituição Federal de 1988, para o deferimento da


gratuidade judiciária, tem-se exigido a comprovação da insuficiência de recursos, pelo
que não basta a simples afirmação de pobreza, conforme se infere do artigo 5º, inciso
LXXIV, in verbis:

“ LXXIV – O Estado prestará assistência judiciária integral e


gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos”.
(Sublinhei).

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 0280502-62.2015.8.09.0139
Nesse sentido é a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça:

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO


EM RECURSO ESPECIAL. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA
GRATUITA. COMPROVAÇÃO DA HIPOSSUFICIÊNCIA.
REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA. SÚMULA N. 7/STJ.
CAPITALIZAÇÃO MENSAL DOS JUROS. LEGALIDADE.
AFASTAMENTO DE MULTA POR LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ.
DESCABIMENTO. DECISÃO MANTIDA. 1. É relativa a
presunção de hipossuficiência oriunda da declaração feita pelo
requerente do benefício da justiça gratuita, sendo possível a
exigência, pelo magistrado, da devida comprovação. (...)” (STJ,
AgRg no AREsp 521.441/MS, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS
FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em 04/12/2014, DJe 11/12/2014).

De igual sentir é o entendimento desta Corte de Justiça:

“Súmula nº 25 - Faz jus à gratuidade da justiça a pessoa, natural


ou jurídica, que comprovar sua impossibilidade de arcar com os
encargos processuais.”

“ AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INS-TRUMENTO.


AÇÃO DE EXECUÇÃO. PEDIDO DE ASSISTÊNCIA
JUDICIÁRIA INDEFERIDO. NÃO COMPROVAÇÃO DA
NECESSIDADE. PAGAMENTO DAS CUSTAS AO FINAL DA
DEMANDA. IMPOSSIBILIDADE. (...). I- Merece ser mantido o
indeferimento da assistência judiciária gra-tuita quando não
comprovada a insuficiência financeira alegada, nos temos do art.
5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal. II- A legislação
processual vigente determina que o autor deverá adiantar o
pagamento das custas dos atos requeridos no processo,
antecipando-lhes desde o início até sentença final. Inteligência do
art. 19 do CPC c/c art. 5º e 12 do Regimento de Custas e
Emolumentos da Justiça do Estado de Goiás. (...).” (TJGO, AgRg
no AI nº 136805-46.2014, 1ª Câmara Cível, relª Desª Amélia Martins de
Araújo, in DJ nº 1591, de 24/07/2014).

Nesse contexto, entendo que, ainda que o acesso à Justiça seja um direito
amplamente garantido pela Constituição Federal, a simples declaração do estado de
pobreza afigura-se insuficiente, pois possui presunção relativa de veracidade.

A propósito:

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 0280502-62.2015.8.09.0139
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL
NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PEDIDO DE
ASSISTÊNCIA JUDI-CIÁRIA. PETIÇÃO AVULSA.
DESNECESSIDADE. AUSÊNCIA DE PREPARO. DESERÇÃO.
AFASTAMENTO. DECLARAÇÃO DE POBREZA. PRESUNÇÃO
RELATIVA. 1. (…). 2. A declaração de pobreza objeto do pedido
de assistência judiciária implica presunção relativa de veracidade,
que pode ser afastada se o magistrado entender que há
fundadas razões para crer que o requerente não se encontra no
estado de miserabilidade declarado. 3. Sendo insuficiente a
declaração de pobreza para a comprovação da necessidade da
concessão da justiça gratuita, será conferido à parte requerente a
oportunidade de demonstrar essa necessidade ou de recolher o
preparo. 4. Embargos de declaração acolhidos.” (EDcl no AgRg no
AREsp 598.707/SP, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA,
TERCEIRA TURMA, DJe 15/03/2016).

Diante disso, mostra-se imprescindível a apresentação de documentos hábeis a


demonstrar a real situação financeira de quem pretende litigar às expensas do Estado
e, ainda, que as custas processuais extrapolam o orçamento, sendo que a mera
afirmação nesse sentido não se presta ao fim pretendido.

No caso em debate, verifica-se que o recorrente não juntou extratos bancários ou


qualquer outro documento capaz de evidenciar sua efetiva renda mensal,
sobrelevando-se que se dedica à atividade empresária e que não demonstrou a
impossibilidade de arcar com as custas/despesas processuais.

Ao contrário, infere-se de sua declaração de imposto de renda


investimentos/aplicações em diversas instituições financeiras, o que indica não ser
economicamente hipossuficiente na forma da lei, mormente porque sua declaração de
gastos mensais e o extrato de balanço patrimonial contábil de sua empresa, não
amparam a alegada necessidade para a obtenção da benesse pretendida.

Portanto, sem provas da hipossuficiência financeira do apelante, não é possível


conceder o benefício para isentá-lo do recolhimento do preparo para esse recurso.

Ante o exposto, INDEFIRO o benefício da justiça gratuita, razão pela qual determino
a intimação do apelante para providenciar o devido preparo do recurso interposto, no
prazo de 05 (cinco) dias, sob pena de deserção, nos termos do artigo 99, § 7º do
CPC/15.

Cumpra-se.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 0280502-62.2015.8.09.0139
Goiânia, 27 de novembro de 2020.

DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA
108/CLA

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Acolhidos em Parte - Data


da Movimentação 19/11/2020 21:41:59

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0108193-29.2015.8.09.0044
CLASSE PROCESSUAL : Reintegração / Manutenção de Posse ( CPC )
POLO ATIVO : IGREJA EVANGELIA PENTECOSTAL DEUS E VIDA E CONSOLADOR
POLO PASSIVO : VERONILSON DE MOURA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : VERONILSON DE MOURA


ADVG. PARTE : 20874 GO - GLAYDSON PEREIRA DOS SANTOS

PARTE INTIMADA : ELIAS DE CAMPOS


ADVG. PARTE : 36204 GO - MATEUS KOLLING

PARTE INTIMADA : IGREJA EVANGELIA PENTECOSTAL DEUS E VIDA E CONSOLADOR


ADVG. PARTE : 36204 GO - MATEUS KOLLING

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0108193-29.2015.8.09.0044
ACÓRDÃO

VISTOS, relatados e discutidos os presentes autos de APELAÇÃO CÍVEL N° 0108193-29.2015.8.09.0044 –


EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, da Comarca de FORMOSA, interposta por VERONILSON DE MOURA.

ACORDAM os integrantes da Primeira Turma Julgadora da 1ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do
Estado de Goiás, por unanimidade, EM CONHECER DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO E DAR-LHES PARCIAL
ACOLHIMENTO, SEM EFEITO MODIFICATIVO, nos termos do voto do Relator.

VOTARAM, além do RELATOR, o Dr. ROBERTO HORÁCIO DE REZENDE ( substituto da Desª. AMÉLIA MARTINS
DE ARAÚJO) e a Desª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI.

PRESIDIU o julgamento, o Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA.

PRESENTE à sessão o Procurador de Justiça, Dr. JOSÉ CARLOS MENDONÇA.

Custas de lei.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito Substituto em 2º Grau

APELAÇÃO CÍVEL N° 0108193-29.2015.8.09.0044


COMARCA DE FORMOSA
APELANTE : VERONILSON DE MOURA

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NR.PROCESSO: 0108193-29.2015.8.09.0044
APELADOS : IGREJA EVANGÉLICA PENTECOSTAL DEUS É VIDA E CONSOLADOR E OUTRO
REINALDO ALVES FERREIRA
RELATOR :
Juiz de Direito em Substituição

VOTO

Estando presentes os requisitos recursais de admissibilidade (CPC, art. 1.023), conheço dos embargos.

Sabe-se que os embargos de declaração se prestam a esclarecer ou sanar vícios de fundamentação apostos na
decisão judicial e que nomeadamente comprometam sua clareza (obscuridade, contradição, erro material), ou que denotem
deficiência sobre questão controvertida entre as partes (omissão).

É o que se extrai do art. 1.022 do CPC:

“Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:

I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a
requerimento;

III - corrigir erro material.” Grifei.

De plano, os declaratórios merece parcial acolhimento. Explico.

Inicialmente, verifica-se que o acórdão expressou, de forma clara, coerente e harmônica, os motivos que
autorizaram a manutenção da sentença e, por conseguinte, o desprovimento do apelo.

Justificou que o esbulho praticado pelo embargante ficou evidenciado pelo boletim de ocorrência, documento dotado
de fé pública, depoimentos testemunhas, e, também, pelo próprio conteúdo da sua contestação, provas que demonstraram, assim,
os requisitos do art. 561, do Código de Processo Civil.

Logo, neste ponto não há imperfeição/contradição a ser corrigidas.

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NR.PROCESSO: 0108193-29.2015.8.09.0044
Por outro lado, realmente o acórdão não se pronunciou, expressamente, sobre a assertiva do recorrente de que a
ação de reintegração de posse não poderia subsistir pois ajuizada após o prazo de 01 (um) ano e 01 (um) dia após o esbulho,
devendo ser extinta por “ausência de pressupostos de validade”.

Contudo, isso não autoriza a alteração do julgado colegiado.

Ora, para se buscar a proteção possessória não se exige, como requisito essencial/validade para o ajuizamento
da demanda, um período temporal mínimo ou máximo de exercício de posse pelo interessado.

Ao contrário do afirmado pelo recorrente, o lapso temporal somente é averiguado/determinante para fins de
delimitar o procedimento a ser seguido nas ações possessórias, qual seja, comum (CPC, art. 558) se posse velha (mais de ano
e dia), ou especial (CPC, art. 560 a 566) se posse nova (menos de ano e dia).

Diante dos esclarecimentos apresentados, tem-se, neste ponto, suprida a omissão, contudo, sem lhe dar efeito
modificativo.

Destarte, dou parcial provimento aos declaratórios para, suprindo a omissão, aperfeiçoar o acórdão, contudo, sem
lhe dar efeito modificativo.

É o voto.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito em Substituição

52

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NR.PROCESSO: 0108193-29.2015.8.09.0044
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE.


COMPROVAÇÃO DOS REQUISITOS DO ART. 561, DO CPC. TUTELA POSSESSÓRIA DEFERIDA.
SENTENÇA MANTIDA. ALEGAÇÃO DE OMISSÃO E CONTRADIÇÃO NO ACÓRDÃO.
DECLARATÓRIOS ACOLHIDOS EM PARTE, SEM EFEITO MODIFICATIVO.

I- Os embargos de declaração serão cabíveis nas hipóteses previstas no art. 1.022, do Código de Processo
Civil.

II- Inexiste a contradição no acórdão quando ele, de forma expressa, coerente e harmônica, expressou os
fundamentos que autorizaram a manutenção da sentença, em particular, a presença dos requisitos do art.
561, do Código de Processo Civil.

III- Constatado que o acórdão não se pronunciou sobre a assertiva apresentada pelo embargante, impõe-se
o seu acolhimento para, apenas, suprir a omissão e aperfeiçoar o acórdão, sem lhe dar efeito modificativo.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS E PARCIALMENTE ACOLHIDOS, SEM EFEITO


MODIFICATIVO.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Não-Concessão -> Assistência judiciária
gratuita - Data da Movimentação 03/11/2020 08:34:46

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5383030-45.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : THIAGO MARQUES DA SILVA
POLO PASSIVO : MUNICIPIO DE GOIAS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : THIAGO MARQUES DA SILVA


ADVG. PARTE : 39263 GO - THIAGO MARQUES DA SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5383030-45.2020.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5383030-45.2020.8.09.0000
COMARCA DE GOIÁS

AGRAVANTE: THIAGO MARQUES DA SILVA


AGRAVADO: MUNICÍPIO DE GOIÁS
RELATORA: DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO

Trata-se de PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO interposto por THIAGO


MARQUES DA SILVA contra decisão por mim proferida, que negou os benefícios da
assistência judiciária nos autos da Execução Individual de Sentença Coletiva por si
ajuizada em nome de Eleusa Alencastro Veiga contra o MUNICÍPIO DE GOIÁS.

Inconformado, alega que, “nos termos do Art. 99, § 2ª o juiz só pode indeferir
o pedido de justiça gratuita se houver nos autos algum elemento que evidencia o não
preenchimento dos pressupostos para seu deferimento, pressupostos que entende o
agravante como devidamente preenchidos com os documentos juntados aos autos. “

Aponta, ainda, que em outro recurso de agravo, distribuído a outro relator,


com base nos mesmos documentos aqui acostados, tal benefício lhe fora deferido
conforme demonstrado nos autos.

Diante disso, requer a reconsideração da decisão proferida no evento 11.

É o relatório. Passo à apreciação do pedido.

Infere-se das razões do pedido de reconsideração que não há nada de novo


capaz de ensejar a reforma do que foi decidido.

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NR.PROCESSO: 5383030-45.2020.8.09.0000
Isso porque o fundamento do ato baseou-se justamente nos documentos
juntados aos autos, concluindo-se pela sua capacidade financeira de arcar com o
pagamento de uma guia recursal no valor de R$ 399,66.

Ademais, a juntada de outro recurso patrocinado pelo agravante só reforça a


ideia de que, como advogado militante na comarca, possui condições para efetuar o
preparo.

De consequência, não havendo motivo para reconsiderar o ato fustigado,


mantenho o indeferimento da assistência judiciária.

Determino a intimação do agravante para providenciar o devido preparo do


recurso interposto, no prazo de 05 (cinco) dias, sob pena de deserção, nos termos do
artigo 99, § 7º do CPC/15.

Intime-se. Cumpra-se.

Goiânia, 29 de outubro de 2020.

DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA
114/

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 22/11/2020 13:28:20

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5244062-85.2018.8.09.0103
CLASSE PROCESSUAL : Embargos à Execução
POLO ATIVO : LUISA NERES DA LUZ RODRIGUES
POLO PASSIVO : AUTO POSTO MINACU LTDA ME
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : AUTO POSTO MINACU LTDA ME


ADVG. PARTE : 31312 GO - EDMAR ANTONIO ALVES FILHO

PARTE INTIMADA : LUISA NERES DA LUZ RODRIGUES


ADVG. PARTE : 39244 GO - MARCOS VINICIO NERES RODRIGUES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5244062-85.2018.8.09.0103
ACÓRDÃO

VISTOS, relatados e discutidos os presentes autos de APELAÇÃO CÍVEL Nº 5244062-85.2018.8.09.0103 –


EMBARGOS DE DECLARAÇÃO , da Comarca de MINAÇU , interposta por AUTO POSTO MINACU LTDA. ME.

ACORDAM os integrantes da Primeira Turma Julgadora da 1ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do
Estado de Goiás, por unanimidade, EM CONHECER DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO E REJEITÁ-LOS , nos termos do
voto do Relator.

VOTARAM, além do RELATOR, o Dr. ROBERTO HORÁCIO DE REZENDE ( substituto da Desª. AMÉLIA MARTINS
DE ARAÚJO) e a Desª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI.

PRESIDIU o julgamento, o Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA.

PRESENTE à sessão o Procurador de Justiça, Dr. JOSÉ CARLOS MENDONÇA.

Custas de lei.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito Substituto em 2º Grau

APELAÇÃO CÍVEL Nº 5244062-85.2018.8.09.0103

COMARCA DE MINAÇU

APELANTE : AUTO POSTO MINACU LTDA. ME


APELADA : LUISA NERES DA LUZ RODRIGUES
RELATOR : REINALDO ALVES FERREIRA - Juiz de Direito em Substituição

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NR.PROCESSO: 5244062-85.2018.8.09.0103
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

VOTO

Satisfeitos os pressupostos de admissibilidade, conheço dos embargos de declaração opostos.

Conforme relatado, trata-se de embargos de declaração opostos por AUTO POSTO MINACU LTDA., contra o
acórdão visto no evento 36, que, por unanimidade, conheceu e deu parcial provimento ao apelo por si interposto, reformando a
sentença no tocante às custas processuais e honorários advocatícios, ante a sucumbência recíproca, nos autos dos embargos à
execução com reconvenção, propostos em seu desfavor por LUISA NERES DA LUZ RODRIGUES.

O embargante sustenta: cerceamento de defesa, ante a ausência de audiência de instrução para o depoimento
pessoal do autor/oitiva de testemunhas, situação que enseja a cassação da sentença fustigada e; a presença de duplicata
protestada e seus requisitos, o que comprova a entrega dos produtos, bem como prequestiona a matéria.

Pois bem.

Extrai-se do caderno processual que o recorrente pretende, tão somente, rediscutir a matéria de acordo com o seu
ponto de vista, utilizando meio impróprio para tal fim. Explico.

Conforme é cediço, o recurso de embargos de declaração se presta a suprir omissões, eliminar obscuridades,
esclarecer contradições e, ainda, corrigir erros materiais contidos no acórdão embargado, consoante prevê a norma insculpida no
artigo 1.022, incisos I, II e III do Código de Processo Civil, in verbis:

“Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:

I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a
requerimento;

III - corrigir erro material.”

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5244062-85.2018.8.09.0103
O artigo 1.023 do mesmo Diploma Legal adverte, ainda, que o recurso intentado indicará o ponto obscuro,
contraditório ou omisso, para que o relator possa suprir as imperfeições quando estas restarem evidenciadas.

Nesta senda, examinados os autos, verifica-se que o acórdão atacado analisou todas as questões postas sob
apreciação, não havendo falar em omissão, obscuridade, contradição, ou, erro material.

O embargante pretende, claramente, a modificação do entendimento externado no julgado vergastado, o que não é
tolerado por esta Corte em sede de aclaratórios, apenas reiterando as razões outrora lançadas, e não apresentando argumento ou
elemento capaz de se sobrepor à fundamentação contida na decisão embargada, momento em que restaram devidamente
evidenciados os motivos que ensejaram o provimento parcial do apelo interposto.

Cumpre, por oportuno, sublinhar que, mesmo para fins de prequestionamento como aduz o insurgente, somente são
cabíveis os embargos de declaração nas hipóteses restritas do dispositivo legal acima transcrito (CPC art. 1.022), o que não
ocorreu no presente caso, posto que inexistentes quaisquer dos vícios retromencionados.

A propósito:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR


DANOS MORAIS E MATERIAIS (RESTITUIÇÃO EM DOBRO). AUSÊNCIA DOS REQUISITOS PREVISTOS
NO ARTIGO 1.022 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. PREQUESTIONAMENTO. Rejeitam-se os
aclaratórios quando não configuradas as hipóteses descritas no art. 1.022 do CPC/15, ainda que para
fins de prequestionamento, cediço que os embargos de declaração servem ao saneamento do
acórdão embargado e não à revisão do anterior aresto proferido em sede de apelação cível, com o
qual não se conforma a embargante. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.” (TJGO, Apelação
(CPC) 0132197-16.2016.8.09.0006, Rel. NORIVAL SANTOMÉ, 6ª Câmara Cível, julgado em 29/05/2020,
DJe de 29/05/2020). Grifei.

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO INTERNO EM RECLAMAÇÃO. ACÓRDÃO DE


TURMA RECURSAL. JULGAMENTOS PARADIGMAS INSERVÍVEIS PARA O CONFRONTO.
NECESSIDADE DE QUE SEJAM PRECEDENTES REPETITIVOS. OMISSÃO NÃO CONFIGURADA. 1. (...).
4. Somente são cabíveis os embargos declaratórios nas hipóteses do art. 1.022, I e II, do CPC,
inclusive para fins de prequestionamento, sendo o caso de rejeitá-los quando inexistirem quaisquer
daqueles defeitos. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.” (TJGO, Reclamação 5133784-
98.2019.8.09.0000, Rel. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, 1ª Seção Cível, julgado em 26/05/2020, DJe de
26/05/2020). Grifei.

Emerge do caderno processual que o acórdão hostilizado esclarece que não há falar em cerceamento de defesa ante
o julgamento antecipado do mérito, quando o assunto tratar exclusivamente de matéria de direito, situação na qual não é
necessária a produção de outras provas, tampouco designação de audiência de instrução e julgamento (art. 355 NCPC).

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NR.PROCESSO: 5244062-85.2018.8.09.0103
Assim, tendo em vista que a matéria versada nos autos é exclusivamente de direito, conquanto em análise a
exigibilidade do título de crédito trazido à baila, o julgamento foi proferido conforme a análise dos documentos acostados aos
autos, restando verificada a ausência de confirmação das assinaturas opostas nas “notinhas”, bem como a falta de anuência da
apelada em permitir que terceiros realizassem as compras de combustível em seu nome, não restando comprovada a efetiva
entrega e recebimento da mercadoria pela recorrida.

Ademais, as notas fiscais (“notinhas”) de venda de produtos, bem como o protesto do título, vistos no evento 10,
foram expedidos em data posterior à de emissão da duplicata (02/05/2017).

De mais a mais, nem mesmo a juntada das notas fiscais e dos respectivos comprovantes de entrega de mercadorias
desobrigam o embargante/apelante de proceder ao envio prévio das duplicatas à sacada para fins de aceite (artigo 8º da Lei nº
5.474/68).

Por conseguinte, ante a ausência de provas, não há como sustentar a exequibilidade do título.

Destarte, o julgador não está obrigado a apreciar todos os questionamentos apontados pelo insurgente, bastando,
para tanto, que enfrente as questões controvertidas postas, fundamentando, devidamente e de modo suficiente, seu
convencimento, o que restou realizado na hipótese dos autos.

Senão, vejamos o entendimento esposado pelo Colendo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás:

“EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA DUPLA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE


COBRANÇA. SERVIDOR PÚBLICO. DIFERENÇAS SALARIAIS. INEXISTÊNCIA DOS VÍCIOS DO ART.
1.022 DO CPC. REEXAME NECESSÁRIO. DISPENSA. AUSÊNCIA DE OMISSÃO. REDISCUSSÃO DA
MATÉRIA. INVIABILIDADE. RECONVENÇÃO. OMISSÃO CONFIGURADA QUANTO AOS HONORÁRIOS
RECURSAIS. VERBA HONORÁRIA. PERCENTUAL. APLICAÇÃO EM FASE DE LIQUIDAÇÃO DE
SENTENÇA. ADEQUAÇÃO DE OFÍCIO. PREQUESTIONAMENTO. 1. (...). 3. O julgador não está obrigado
a apreciar todos os questionamentos apontados, bastando, para tanto, que enfrente as questões
controvertidas postas, fundamentando, devidamente e de modo suficiente, seu convencimento, o que
restou realizado na hipótese dos autos. 4. (...). 9. AGRAVO INTERNO CONHECIDO COMO EMBARGOS
DE DECLARAÇÃO, ACOLHIDO EM PARTE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS E
REJEITADOS. SENTENÇA REFORMADA DE OFÍCIO.” (TJGO, Apelação (CPC) 0369047-
16.2015.8.09.0105, Rel. Des(a). GUILHERME GUTEMBERG ISAC PINTO, 5ª Câmara Cível, julgado em
18/05/2020, DJe de 18/05/2020).

Nesta senda, pretende a segunda embargante apenas rediscutir a matéria por discordar do entendimento adotado, o
que não se admite na via estreita dos aclaratórios: “1. Nos termos do artigo 1.022 do Código de Processo Civil/2015, os embargos
de declaração se destinam à busca do aperfeiçoamento do ato judicial viciado por obscuridade, contradição, omissão, ou erro

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NR.PROCESSO: 5244062-85.2018.8.09.0103
material, sobre o qual deva pronunciar-se o competente órgão julgador. (…). 3. Os Embargos de Declaração não comportam
rediscussão da matéria já decidida. (...) (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5414702-08.2019.8.09.0000, Rel. FRANCISCO
VILDON JOSE VALENTE, 5ª Câmara Cível, julgado em 24/12/2019, DJe de 24/12/2019)”, grifei.

Por oportuno, para fins de prequestionamento, é prescindível a emissão de maior juízo de valor sobre a matéria
invocada no presente recurso, considerando a ausência de vícios do CPC art. 1.022 e o fato de que o CPC art. 1.025 consagra,
atualmente, o prequestionamento ficto: “Consoante a inteligência do artigo 1.025 do novo Diploma Processual Civil a mera
interposição de embargos de declaração é o suficiente para prequestionar a matéria. EMBARGOS CONHECIDOS E
REJEITADOS. (TJGO, 2ªCC, Edcl em AC nº 249008-13.2011.8.09.0175, Rel. Des. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA, DJ 2147 de
10/11/2016)”, grifei.

Ante o exposto, conheço e REJEITO os embargos de declaração ante a não-configuração das hipóteses previstas
no CPC art. 1.022, com a advertência de que, havendo oposição de embargos protelatórios, a multa prevista no CPC art. 1.026
será aplicada.

É o voto.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito em Substituição

92

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NR.PROCESSO: 5244062-85.2018.8.09.0103
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL. INEXISTÊNCIA DE VÍCIOS NO


ACÓRDÃO VERGASTADO (CPC ART. 1.022). REJEIÇÃO. FUNDAMENTAÇÃO SUFICIENTE.
PREQUESTIONAMENTO FICTO (CPC ART. 1.025).

I- É sabido que os embargos de declaração prestam-se a esclarecer ou sanar vícios de fundamentação


apostos na decisão judicial e que nomeadamente comprometam sua clareza (obscuridade, contradição, erro
material), ou que denotem deficiência sobre questão controvertida entre as partes (omissão). Inteligência do
CPC art. 1.022.

II- Da análise detida dos autos, depreende-se que inexiste contradição/omissão no acórdão embargado,
quando este apresentou claramente os motivos que acarretaram o não provimento do recurso de apelação
cível interposto.

III- O julgador não está obrigado a apreciar todos os questionamentos apontados pelo insurgente, bastando,
para tanto, que enfrente as questões controvertidas postas, fundamentando, devidamente e de modo
suficiente, seu convencimento, o que restou realizado na hipótese dos autos.

IV- Ainda que os aclaratórios sejam opostos com a finalidade de prequestionamento, deverão adequar-se às
hipóteses previstas no artigo retromencionado (CPC art. 1.022). Ademais, o diploma processual civil
reconhece a possibilidade de o presente recurso viabilizar o prequestionamento ficto, ainda que inadmitido
ou rejeitado (CPC art. 1.025).

ACLARATÓRIOS CONHECIDOS E REJEITADOS.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Acolhidos em Parte - Data


da Movimentação 22/11/2020 13:28:35

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0110015-56.2014.8.09.0119
CLASSE PROCESSUAL : Apelação (CPC)
POLO ATIVO : SIOMARA CAMARGO DOS SANTOS BATISTA
POLO PASSIVO : FAZENDA PUBLICA DO ESTADO DE GOIAS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : SIOMARA CAMARGO DOS SANTOS BATISTA


ADVG. PARTE : 280278 SP - DIEGO NATANAEL VICENTE

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 0110015-56.2014.8.09.0119
ACÓRDÃO

VISTOS, relatados e discutidos os presentes autos de APELAÇÃO CÍVEL Nº 0110015-56.2014.8.09.0119 –


EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, da Comarca de PARANAIGUARA , interposta por ESTADO DE GOIÁS.

ACORDAM os integrantes da Primeira Turma Julgadora da 1ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do
Estado de Goiás, por unanimidade, EM CONHECER PARCIALMENTE DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO E DAR-LHES
PROVIMENTO, nos termos do voto do Relator.

VOTARAM, além do RELATOR, o Dr. ROBERTO HORÁCIO DE REZENDE ( substituto da Desª. AMÉLIA MARTINS
DE ARAÚJO) e a Desª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI.

PRESIDIU o julgamento, o Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA.

PRESENTE à sessão o Procurador de Justiça, Dr. JOSÉ CARLOS MENDONÇA.

Custas de lei.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito Substituto em 2º Grau

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0110015-56.2014.8.09.0119


COMARCA DE PARANAIGUARA
APELANTE : ESTADO DE GOIÁS
APELADA : SIOMARA CAMARGO DOS SANTOS BATISTA
REINALDO ALVES FERREIRA
RELATOR :
Juiz de Direito em Substituição

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NR.PROCESSO: 0110015-56.2014.8.09.0119
VOTO

Inicialmente, destaca-se que os declaratórios serão parcialmente conhecidos. Explico.

Em uma das suas teses, o embargante afirma a “DA INEXIBILIDADE DO JULGADO E DA DIFICULDADE NA
COMPREENSÃO DOS SEUS TERMOS INICIAIS E FINAIS:”, transcrevendo, em seguida, o que seria o dispositivo do voto,
verbis:

“Ante o exposto, conheço da remessa necessária e dos apelos e dou provimento à primeira
apelação e parcial provimento à remessa necessária e ao segundo apelo, para reformar a sentença
hostilizada, determinando que a apuração de eventual defasagem na remuneração da autora, bem como o
percentual aplicável ao caso, seja realizada em liquidação de sentença observando-se como limite temporal
a efetiva reestruturação da carreira, bem como o prazo prescricional quinquenal, devendo incidir sobre os
valores devidos os consectários legais, nos termos da fundamentação. Condeno o Estado de Goiás ao
pagamento integral das custas, despesas processuais e honorários advocatícios, percentual este a ser
definido quando da liquidação do julgado (artigo 85, § 4º, II, CPC).”

No entanto, da leitura do voto condutor constata-se que a sua parte decisória se mostra diversa da citada. Veja-se:

“Sendo assim, pelos fundamentos apresentados desprovejo a apelação, e, por sua vez, dou
parcial provimento à remessa necessária a fim de, reformando em parte a sentença, determinar que a
apuração de eventual defasagem na remuneração da apelada, bem como o percentual aplicável ao caso,
seja realizada em liquidação de sentença por arbitramento, observando-se como limite temporal a efetiva
reestruturação da carreira, além do valor máximo pleiteado na exordial (12,45%), e para que seja excluído,
por ora, o valor arbitrado a título de honorários advocatícios, o qual será definido quando liquidado o julgado,
nos termos previstos nos incisos II, § 4º, do art. 85 do CPC.”

Portanto, considerando que a apontada argumentação recursal encontra-se dissociada dos fundamentos dos
embargos de declaração, impõe-se o seu não conhecimento por violação do princípio da dialeticidade.

Conheço os demais pontos dos declaratórios.

Sabe-se que os embargos de declaração se prestam a esclarecer ou sanar vícios de fundamentação apostos na

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NR.PROCESSO: 0110015-56.2014.8.09.0119
decisão judicial e que nomeadamente comprometam sua clareza (obscuridade, contradição, erro material), ou que denotem
deficiência sobre questão controvertida entre as partes (omissão).

É o que se extrai do art. 1.022 do CPC:

“Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:

I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a
requerimento;

III - corrigir erro material.” Grifei.

Por sua vez, importa destacar que embora a jurisprudência já vinha admitido tal providência, a nova lei processual
civil acolheu expressamente a possibilidade de concessão de efeito infringente aos embargos de declaração (arts. 1.023, § 2º e
1.024, § 4º1).

Fredie Didier Jr, in Curso de Direito Processual Civil, abordando o tema ensina:

“ 14. EFEITO MODIFICATIVO

(…)

A finalidade dos embargos é, efetivamente, suprir uma omissão, eliminar uma contradição,
esclarecer uma obscuridade ou corrigir um erro material. Consequentemente, é possível que o órgão
jurisdicional, ao suprir a omissão, ao eliminar a contradição, ao esclarecer a contradição ou corrigir o erro
material, termine por alterar a decisão. A modificação será consequência da correção do vício a que os
embargos visam. Segundo anotado em decisão do Superior Tribunal de Justiça, “A atribuição de efeitos
infringentes aos embargos de declaração é possível, em hipóteses excepcionais, para corrigir premissa
equivocada no julgamento, bem como nos caos em que, sanada a omissão, a contradição ou a obscuridade,
a alteração da decisão surja como consequência necessária.

O §2º do art. 1.023 e o §4º do art. 1.024 do CPC-2015 confirmam essa possibilidade,
pondo fim a qualquer tipo de discussão doutrinária sobre a aptidão de os embargos de declaração
modificarem a decisão embargada.”2 Grifei.

Daniel Amorim Assumpção Neves, in Manual de Direito Processual Civil, ao abordar o assunto, leciona:

“A função dos embargos de declaração não é modificar substancialmente o conteúdo das


decisões impugnadas, com reversão da sucumbência suportada pelo embargante.

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NR.PROCESSO: 0110015-56.2014.8.09.0119
(…)

Pode-se concluir, portanto, que a função típica dos embargos de declaração é melhor
formalmente a decisão impugnada, sem alterações substanciais quanto ao seu conteúdo. Ocorre,
entretanto, que por vezes os embargos de declaração extrapolam essa função, gerado a reforma ou
anulação da decisão impugnada. Nesses casos, os embargos de declaração assumem uma função
distinta daquele para a qual foram originariamente programados, sendo correto apontá-los como
embargos de declaração atípicos, situação que, segundo o § 2º do art. 1.023, do Novo CPC, veio a
consagrar entendimento doutrinário e jurisprudencial.”3 Grifei.

Os declaratórios é atinente ao acórdão que desproveu a apelação, contudo, acolheu parcialmente a remessa
necessária para, reformando em parte a sentença, determinar que a apuração de eventual defasagem na remuneração da
embargada e o percentual aplicável ao caso seja realizada em liquidação de sentença por arbitramento, observando-se como
limite temporal a efetiva reestruturação da carreira e o valor máximo pleiteado na exordial (12,45%), excluindo, por ora, os
honorários advocatícios, os quais serão definidos quando liquidado o julgado, nos termos do inciso II, § 4º, do art. 85 do CPC.

Diz o recorrente, em suma, que o acórdão é contraditório, visto que não respeitou o entendimento do STF (RE
561.836/RN) o qual considera que o termo inicial para a postulação de diferenças salariais e a partir da reestruturação da carreira,
valendo-se, inclusive, de posicionamento superado do STJ sobre o mesmo tema, bem como ignorou diversos julgados do TJGO
que encampam a aplicação da tese de prescrição do fundo de direito em casos símiles, além de ser omisso de forma a impedir a
sua exequibilidade e compreensão.

Primeiramente, a tese de prescrição.

O acórdão, ao tempo do julgamento da apelação e remessa necessária entendendo que a pretensão reclamada pela
embargada, cobrança de diferenças decorrentes da alteração do padrão monetário nacional e a política salarial vigente à época
ao implantar a Unidade Real de Valor – URV, realizado pela Lei 8.880/94, tinha natureza de trato sucessivo, afastou a tese de
prescrição, valendo-se do enunciado da Súmula 85 do Superior Tribunal de Justiça.

Sabe-se que a prescrição pode ser “de trato sucessivo” ou do “fundo do direito”, sendo que a primeira ocorre quando
a obrigação do devedor é de trato sucessivo, ou seja, o devedor, periodicamente, deve fornecer aquela prestação ao credor, e,
toda a vez que ele não o faz, este tem a pretensão de exigir o cumprimento; e a segunda se dá quando o direito subjetivo é
violado por um ato único, começando aí a correr o prazo prescricional que a pessoa lesada tem para exigir do devedor a
prestação, de forma que esgotado o prazo extingue-se a pretensão e o credor não mais poderá exigir nada do devedor.

Pois bem.

Avaliando melhor a matéria, tem-se que a situação atrai, na realidade, a orientação firmada no 561.836/RN, no
sentido de que o término da incorporação do índice relativo à conversão do salário em URV na remuneração, determinada pela
Lei Federal 8.880/94, deve ocorrer no momento em que a carreira do servidor passa por uma restruturação remuneratória,

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NR.PROCESSO: 0110015-56.2014.8.09.0119
pois não há direito à percepção ad aeternum de parcela de remuneração por servidor público.

Eis a ementa do julgado:

“1) Direito monetário. Conversão do padrão monetário: Cruzeiro Real em URV. Direito aos
11,98%, ou do índice decorrente do processo de liquidação, e a sua incorporação. Competência
privativa da União para legislar sobre a matéria. Art. 22, inciso VI, da Constituição da República.
Inconstitucionalidade formal da lei estadual nº 6.612/94 que regula o tema da conversão do Cruzeiro Real em
URV. 2) O direito ao percentual de 11,98%, ou do índice decorrente do processo de liquidação, na
remuneração do servidor, resultante da equivocada conversão do Cruzeiro Real em URV, não representa um
aumento na remuneração do servidor público, mas um reconhecimento da ocorrência de indevido
decréscimo no momento da conversão da moeda em relação àqueles que recebem seus vencimentos em
momento anterior ao do término do mês trabalhado, tal como ocorre, verbi gratia, no âmbito do Poder
Legislativo e do Poder Judiciário por força do art. 168 da Constituição da República. 3) Consectariamente, o
referido percentual deve ser incorporado à remuneração dos aludidos servidores, sem qualquer
compensação ou abatimento em razão de aumentos remuneratórios supervenientes. 4) A limitação
temporal do direito à incorporação dos11,98% ou do índice decorrente do processo de liquidação
deve adstringir-se ao decisum na ADI nº 2.323- MC/DF e na ADI nº 2.321/DF.5) O término da
incorporação dos 11,98%, ou do índice obtido em cada caso, na remuneração deve ocorrer no
momento em que a carreira do servidor passa por uma restruturação remuneratória, porquanto não
há direito à percepção ad aeternum de parcela de remuneração por servidor público. 6) A
irredutibilidade estipendial recomenda que se, em decorrência da reestruturação da carreira do servidor, a
supressão da parcela dos 11,98%, ou em outro percentual obtido na liquidação, verificar-se com a redução
da remuneração, o servidor fará jus a uma parcela remuneratória (VPNI) em montante necessário para que
não haja uma ofensa ao princípio, cujo valor será absorvido pelos aumentos subsequentes. 7) A
reestruturação dos cargos no âmbito do Poder Judiciário Federal decorreu do advento da Lei nº
10.475/2002, diploma legal cuja vigência deve servir de termo ad quem para o pagamento e
incorporação dos 11,98% no âmbito do referido Poder. 8) Inconstitucionalidade. 9) Recurso extraordinário
interposto pelo estado do Rio Grande do Norte conhecido e parcialmente provido, porquanto descabida a
pretensa compensação do percentual devido ao servidor em razão da ilegalidade na conversão de Cruzeiros
Reais em URV com aumentos supervenientes a título de reajuste e revisão de remuneração, restando, por
outro lado, fixado que o referido percentual será absorvido no caso de reestruturação financeira da carreira, e
declarada incidenter tantum a inconstitucionalidade da Lei n° 6.612, de 16 de maio de 1994,do estado do Rio
Grande do Norte.” Grifei.

No caso em discussão, o embargante, Estado de Goiás, reestruturou o quadro remuneratório com o advento da
Lei estadual nº 13.909, de 25/09/2001, a qual dispôs sobre o Estatuto e o Plano de Cargos e Vencimentos do pessoal do
Magistério, quando houve, igualmente, a reestruturação remuneratória do pessoal do magistério, carreira/cargo da embargada.

Assim, conforme jurisprudência consolidada do Excelso Pretório, o marco inicial da contagem do prazo
prescricional para o ajuizamento de ação de cobrança de eventuais prejuízos decorrentes da errônea conversão de
vencimentos em URV é a reestruturação remuneratória, a qual, no caso concreto, ocorreu com a edição da Lei estadual nº
13.909/2001.

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NR.PROCESSO: 0110015-56.2014.8.09.0119
Sobre o tema, o entendimento do STJ, o qual encontra-se em conformidade com aquele encampado no RE
561.836/RN

“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL.


SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. CONVERSÃO DE VENCIMENTOS EM URV. LEI 8.880/1994.
REESTRUTURAÇÃO DA CARREIRA. MARCO TEMPORAL DA PRESCRIÇÃO. 1. O entendimento desta
Corte Superior, em conformidade com o STF, é de que a reestruturação remuneratória da carreira dos
servidores é o marco inicial da contagem do prazo prescricional para a cobrança dos possíveis
prejuízos decorrentes da errônea conversão de vencimentos em URV. 2. Agravo interno não provido.”4
Grifei.

“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO.


REMUNERAÇÃO. LEI N. 8.880/1994. CONVERSÃO PARA URV. PERDAS. PRESCRIÇÃO.
REESTRUTURAÇÃO DA CARREIRA. LIMITE TEMPORAL. DIREITO LOCAL. EXAME. IMPOSSIBILIDADE.
SÚMULA 280/STF. 1. O STF, no julgamento do RE 561.836/RN, estabeleceu que a União, ao editar a Lei n.
8.880/1994, exerceu a competência insculpida no art. 22, VI, da CF/1988, de modo que não estão os
estados-membros e municípios autorizados a legislar sobre o tema de maneira diversa. Definiu também que
a Lei n. 8.880/1994 não tratou de reajuste salarial, mas apenas da conversão de cifras para novo padrão de
valor monetário. Assim, se constatado equívoco no procedimento, deveria eventual defasagem ser apurada
em liquidação. 2. No mesmo julgamento, a Corte Maior fixou que as diferenças salariais, caso
existentes, não poderiam ser pagas indefinidamente, mas apenas até a instauração de nova realidade
remuneratória decorrente de reestruturação da carreira. 3. Em coerência com essa orientação, uma
vez estabelecida a reestruturação da carreira como marco para a cobrança de possíveis prejuízos, o
decurso do prazo quinquenal daí contado atinge todo o direito reclamado. Precedentes. Omissis.”5
Grifei.

“ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO


ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO. URV. REESTRUTURAÇÃO DA CARREIRA. LIMITAÇÃO TEMPORAL.
MARCO INICIAL DO PRAZO PRESCRICIONAL. VALORES PRETÉRITOS QUE SE ENCONTRAM
PRESCRITOS. AGRAVO INTERNO DOS SERVIDORES A QUE SE NEGA PROVIMENTO. (…). 3. O
entendimento do Tribunal a quo se alinha a jurisprudência desta Corte Superior de que a
reestruturação da carreira dos Servidores é o marco inicial da contagem do prazo prescricional para a
cobrança dos possíveis prejuízos decorrentes da errônea conversão de vencimentos em URV, que
atinge todo o direito reclamado após o prazo de cinco anos. Precedentes: EDcl no REsp.
1.233.500/MG, Rel. Min. MAURO CAMPBELL MARQUES, DJe 23.2.2017; AgRg no AREsp. 811.567/MS,
Rel. Min. HERMAN BENJAMIN, DJe 23.5.2016; AgInt no AREsp. 935.728/SP, Rel. Min. SÉRGIO KUKINA,
DJe 22.9.2016; AgRg no REsp. 1.565.046/SP, Rel. Min. DIVA MALERBI, DJe 31.8.2016. 4. Agravo Interno
dos Servidores a que se nega provimento.”6 Grifei.

Volvendo aos autos, constata-se que a presente ação fora ajuizada em 28.03.2014, ou seja, após mais de 12 anos
da reestruturação remuneratória, ocorrida em virtude da implementação da Lei estadual nº 13.909, de 25.09.2001, razão pela
qual se impõe o reconhecimento da prescrição de fundo de direito, com base no art. 1º do Decreto nº 20.910/32. Veja:

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NR.PROCESSO: 0110015-56.2014.8.09.0119
“Art. 1º. As dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e
qualquer direito ou ação contra a Fazenda federal, estadual ou municipal, seja qual for a sua natureza,
prescrevem em cinco anos contados da data do ato ou fato do qual se originarem.”

No mesmo sentido, arestos desse Tribunal de Justiça, inclusive da sua 1ª Câmara Cível:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RITO ORDINÁRIO C/C PRECEITO COMINATÓRIO E


COBRANÇA DE DIFERENÇAS REMUNERATÓRIAS ATRASADAS. SERVIDORA ESTADUAL
APOSENTADA. PROFESSORA. URV. PRESCRIÇÃO. RESTRUTURAÇÃO REMUNERATÓRIA NA
CLASSE. Como ocorreu a reestruturação remuneratória dos cargos integrantes de carreira da autora
no ano de 2001, não há que se falar em direito à incorporação do índice de defasagem salarial
referente a conversão da moeda em URV, porquanto não há direito à percepção ad aeternum de
parcela de remuneração por servidor público, mormente porque a ação foi ajuizada em julho/2016,
quando escoado o prazo prescricional de 05 (cinco) anos, contados da reestruturação da carreira da
autora. Entendimento sufragado pelo Supremo Tribunal Federal no RE nº 561.836/RN. APELAÇÃO CÍVEL
CONHECIDA E DESPROVIDA.”7 Grifei.

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RITO ORDINÁRIO C/C PRECEITO COMINATÓRIO E


COBRANÇA DAS DIFERENÇAS REMUNERATÓRIAS ATRASADAS. SERVIDOR PÚBLICO. DIFERENÇA
REMUNERATÓRIA DECORRENTE DA CONVERSÃO DO CRUZEIRO REAL EM URV. LEI FEDERAL
8.088/94. PRESCRIÇÃO. OCORRÊNCIA. TERMO FINAL DO PAGAMENTO. RESTRUTURAÇÃO DA
CARREIRA. (…). III. In casu, tendo em vista que a ação em comento foi ajuizada apenas em
16/06/2016, 14 (quatorze) anos após consolidada a restruturação remuneratória do pessoal do
magistério, carreira em que está inserida a autora/apelante, a qual se deu através da Lei Estadual nº
13.909, de 25 de setembro de 2001, outra não há de ser a conclusão, senão de que se encontra
prescrito o fundo de direito, ou seja, a exigibilidade do suposto direito da autora/apelante às
diferenças vencimentais decorrentes da Lei Federal nº 8.088/94. Apelação Cível conhecida e desprovida.
Sentença mantida.”8 Grifei.

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA DE DIFERENÇAS SALARIAIS. SERVIDORA


PÚBLICA ESTADUAL. PROFESSORA. CONVERSÃO DA MOEDA. UNIDADE REAL DE VALOR (URV).
LEI 8.880/1994. RESTRUTURAÇÃO REMUNERATÓRIA DA CARREIRA. LEI 13.909/2001. PRESCRIÇÃO
CONFIGURADA. 1. Conforme pacificado pelo STF quando do julgamento do RE nº 561836, com
repercussão geral, o servidor público tem o direito de revisar sua remuneração ou incorporar eventual índice
de defasagem salarial referente a conversão da moeda em URV até eventual reestruturação da
carreira/remuneração realizada pelo ente público. 2. Tendo em conta que a carreira dos Servidores da
Educação do Estado de Goiás sofreu reestruturação no ano de 2001, através da Lei Estadual nº
13.909, ao passo que a ação de cobrança foi ajuizada em 27/04/2016, quando decorridos os 5 (cinco)
anos previstos no art. 1º do Decreto nº 20.910/32, a pretensão autoral está prescrita. APELO
CONHECIDO E DESPROVIDO.”9 Grifei.

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RITO ORDINÁRIO C/C PRECEITO COMINATÓRIO E


COBRANÇA DAS DIFERENÇAS REMUNERATÓRIAS ATRASADAS. SERVIDORA PÚBLICA ESTADUAL.
MAGISTÉRIO. CONVERSÃO DOS VENCIMENTOS PARA URV. REESTRUTURAÇÃO DO PLANO DE

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NR.PROCESSO: 0110015-56.2014.8.09.0119
CARGOS E SALÁRIOS. LEI ESTADUAL Nº 13.909/2001. PRESCRIÇÃO. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA.
HONORÁRIOS RECURSAIS DEVIDOS. 1. Com base no RE nº 561.836/RN, em sede de repercussão
geral, o direito à recomposição da perda remuneratória nascerá a partir do momento em que for
publicado o ato normativo que reestruturou a carreira do servidor, fluindo, a partir disso, o prazo
prescricional para propositura da ação. Assim, as diferenças relativas à conversão pela URV, in casu,
terá como limite a entrada em vigor da Lei Estadual nº 13.909/2001 (Estatuto e Plano de Cargos e
Vencimentos do Pessoal do Magistério). 2. Como a presente ação foi ajuizada no ano de 2016, quando
transcorrido mais de cinco anos da reestruturação da carreira do magistério estadual, ocorrida no
ano de 2001, deve ser reconhecida a prescrição quinquenal do direito de cobrança das perdas
remuneratórias, nos termos do que dispõe o artigo 1º do Decreto nº 20.910/32, impondo-se a
manutenção da sentença. Omissis.”10 Grifei.

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA DE DIFERENÇAS REMUNERATÓRIAS


ATRASADAS. SERVIDORA PÚBLICA ESTADUAL. MAGISTÉRIO. ALEGADO ERRO NA CONVERSÃO
SALARIAL. URV. REESTRUTURAÇÃO DA CARREIRA. PRESCRIÇÃO. OCORRÊNCIA. SENTENÇA
REFORMADA. (…). 3. Considerando que a ação foi proposta cerca de 15 (quinze) anos após
consolidada a restruturação remuneratória da carreira da autora, forçosa se torna a conclusão de que
a pretensão se encontra prescrita. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E PROVIDA.”11 Grifei.

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RITO ORDINÁRIO C/C PRECEITO COMINATÓRIO E


COBRANÇA DE DIFERENÇAS REMUNERATÓRIAS ATRASADAS. SERVIDORA ESTADUAL.
PROFESSORA. URV. PRESCRIÇÃO. INCORPORAÇÃO DO PERCENTUAL ENCONTRADO AO SEU
VENCIMENTO. IMPOSSIBILIDADE. RESTRUTURAÇÃO REMUNERATÓRIA NA CLASSE. 1. Como
ocorreu a reestruturação remuneratória dos cargos integrantes de carreira da autora no ano de 2001,
não há que se falar em direito à incorporação do índice de defasagem salarial referente a conversão
da moeda em URV, porquanto não há direito à percepção ad aeternum de parcela de remuneração por
servidor público, mormente porque a ação foi ajuizada em abril/2016, quando escoado o prazo
prescricional de 05 (cinco) anos, contados da reestruturação da carreira da autora. Entendimento
sufragado pelo Supremo Tribunal Federal no RE nº 561.836/RN. 2. Omissis.”12 Grifei.

Portanto, como se percebe, ocorreu a prescrição da pretensão pecuniária reclamada pela embargada na sua peça
exordial.

Sendo assim, pelos fundamentos apresentados e eliminando a contradição, acolho os declaratórios para,
atribuindo-lhes efeito modificativo, prover a apelação e a remessa necessária e extinguir o processo diante da prescrição da
pretensão, nos termos do art. 487, inciso II, do CPC.

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NR.PROCESSO: 0110015-56.2014.8.09.0119
Inverto a sucumbência, para condenar a embargada nas custas e honorários advocatícios, os quais, nos termos
dos §§§ 2º, 3º, 4º, inciso III, do CPC, arbitro em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa (R$ 34.000,00).

É o voto.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito em Substituição

52

1. 'Art. 1.023. § 2o O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre os embargos
opostos, caso seu eventual acolhimento implique a modificação da decisão embargada.

Art. 1.024. § 4o Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique modificação da decisão embargada, o embargado que
já tiver interposto outro recurso contra a decisão originária tem o direito de complementar ou alterar suas razões, nos exatos
limites da modificação, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação da decisão dos embargos de declaração.'

2. Ob. cit. vol. 3, 13ª ed. pp. 273/274.

3. Ob. cit., 8ª ed., volume único, Juspodivm, p. 1599/1600.

4. AgInt no REsp 1850802/MT, Rel. Min. Benedito Gonçalves, 1ª Turma, DJe 22/05/2020.

5. REsp 1804211/SP, Rel. Min. Og Fernandes, 2ª Turma, DJe 17/03/2020.

6. AgInt no AREsp nº 1.035.843/RJ, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia, DJe de 31/08/2017.

7. APC. 0256254-27.2016.8.09.0097, Rel. Orloff Neves Rocha, 1ª Câmara Cível, DJe de 13/06/2019.

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NR.PROCESSO: 0110015-56.2014.8.09.0119
8. APC. 0245800-85.2016.8.09.0097, Rel. Des. Carlos Alberto França, 2ª Câmara Cível, DJe de 03/06/2019.

9. APC. 0147447-10.2016.8.09.0097, Rel. Itamar de Lima, 3ª Câmara Cível, DJe de 31/07/2019.

10. APC. 0292757-47.2016.8.09.0097, Rel.ª Des.ª Nelma Branco Ferreira Perilo, 4ª Câmara Cível, DJe de 05/08/2019.

11. APC. 0065180-91.2016.8.09.0125, Rel. Marcus da Costa Ferreira, 5ª Câmara Cível, DJe de 15/07/2019.

12. APC. Ap. nº 0129964-64.2016.8.09.0097, Rel. Des. Jeová Sardinha de Moraes, 6ª Câmara Cível, DJe de 02/05/2019.

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NR.PROCESSO: 0110015-56.2014.8.09.0119
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. APELAÇÃO CÍVEL E REMESSA NECESSÁRIA. AÇÃO DE


COBRANÇA DE DIFERENÇAS REMUNERATÓRIAS. CONVERSÃO DA MOEDA. UNIDADE REAL DE
VALOR – URV. APLICAÇÃO DA LEI 8.880/1994. DIREITO A CORREÇÃO SALARIAL. PRESCRIÇÃO
QUINQUENAL. RE 561.836/RN. ALEGAÇÃO DE VÍCIOS NO ACÓRDÃO. EFEITO MODIFICATIVO
CONFERIDO AOS DECLARATÓRIOS.

I- Nos termos do Código de Processo Civil (art. 1.023, § 2°), possível a concessão de efeito modificativo aos
embargos de declaração o que, excepcionalmente, ocasionará a modificação do julgado embargado.

II- Verificado na situação o equívoco da premissa fática e jurídica adotada pelo decisum, possível atribuir
efeito modificativo aos declaratórios, alterando, por conseguinte, o deslinde da lide.

III- Constatando que a reestruturação remuneratória dos cargos integrantes de carreira da embargada
ocorreu no ano de 2001, não há que se falar em direito à incorporação do índice de defasagem salarial
referente a conversão da moeda em URV, pois inexiste direito à percepção eterna de parcela de
remuneração por servidor público, mormente porque a ação foi ajuizada em março de 2014, quando escoado
o prazo prescricional de 5 anos, contados da reestruturação da carreira da servidora. Incidência do RE n.
561.836/RN

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO PARCIALMENTE CONHECIDOS E PROVIDOS.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido em Parte e Provido em Parte - Data da


Movimentação 27/11/2020 14:52:47

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5598783-58.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : BANCO BMG SA
POLO PASSIVO : MARIA DAS DORES SILVA SOUZA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO BMG SA


ADVGS. PARTE : 36537 GO - BREINER RICARDO DINIZ RESENDE MACHADO
78069 MG - ANDRE RENNO LIMA GUIMARAES DE ANDRADE

PARTE INTIMADA : MARIA DAS DORES SILVA SOUZA


ADVGS. PARTE : 31741 GO - SILVANIO AMELIO MARQUES
27505 GO - LEANDRO BICHOFFE DE OLIVEIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5598783-58.2020.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5598783.58.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA

AGRAVANTE: BANCO BMG S/A


AGRAVADA: MARIA DAS DORES SILVA
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO


DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO. CONTRATO
DE CARTÃO DE CRÉDITO COM RESERVA DE MARGEM
CONSIGNÁVEL. DECISÃO PARCIAL DE MÉRITO PROFERIDA
COM FULCRO NO ARTIGO 356 DO CPC. APLICAÇÃO DO
CDC. SÚMULA Nº 63 DESTE TJGO. ABUSIVIDADE E
ONEROSIDADE DEMONSTRADAS. SÚMULA Nº 297 DO STJ.
APLICABILIDADE. JUROS REMUNERATÓRIOS.
CAPITALIZAÇÃO DE JUROS. DANOS MORAIS NÃO
CONFIGURADOS. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO
EM PARTE E, NESTA EXTENSÃO, PARCIALMENTE
PROVIDO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de Agravo de Instrumento, com pedido de antecipação da tutela recursal,

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NR.PROCESSO: 5598783-58.2020.8.09.0000
interposto pelo BANCO BMG S/A contra a decisão proferida pela MM. Juíza de Direito
da 19ª Vara Cível da Comarca de Goiânia, Dra. Alessandra Gontijo do Amaral, nos
autos da Ação Declaratória de Inexistência de Débito c/c Indenização movida por
MARIA DAS DORES SILVA.

A autora buscou, na peça inicial, a declaração da inexistência de débito oriundo da


cobrança da “Reserva de Margem Consignável” em seu benefício previdenciário,
efetuados pelo banco réu, assim como a restituição em dobro do indébito e
indenização por danos morais.

A magistrada a quo, realizando julgamento antecipado parcial do mérito da demanda,


com fulcro no artigo 356 do CPC, decidiu, nos seguintes termos:

“(…)

Ao teor do exposto, com fundamento no art. 356, inciso II, do


CPC, julgo procedente o pedido para adequar o contrato à
modalidade de empréstimo consignado para pensionista e fixar
os juros remuneratórios do contrato em 2,10% ao mês; e para
condenar o réu ao pagamento de indenização por dano moral, na
quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), corrigido
monetariamente pelo INPC a partir do arbitramento (enunciado n.
362 da súmula do STJ) e acrescido de juros de mora de 1% ao
mês a partir da citação (arts. 405 do CC e 240 do CPC).
Para esta decisão, diante da sucumbência integral da parte ré,
condeno-a ao pagamento das custas processuais e de
honorários advocatícios, estes fixados em 10% sobre o valor da
condenação, em conformidade com os artigos 85, § 2º, do CPC.”

Irresignado, o BANCO BMG S/A interpôs o presente agravo de instrumento.

Em suas razões, o insurgente, primeiramente, aponta litigância de má-fé do patrono da


recorrida no presente caso.

Adiante, suscita a ocorrência de prescrição da pretensão indenizatória.

Defende a validade do contrato entabulado com a agravada, já que esta teve ciência e
concordou com todas as suas cláusulas.

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NR.PROCESSO: 5598783-58.2020.8.09.0000
Discorre sobre a modalidade contratada e ressalta que a recorrida teria efetuado
saques com o cartão de crédito objeto do contrato.

Adiante, pontua sobre a forma de desconto mínimo em folha e sobre as cláusulas


contratuais, notadamente os juros remuneratórios, ao que invoca dispositivos
normativos da espécie e julgados a amparar sua validade.

Refuta a existência de danos indenizáveis e, subsidiariamente pugna pela minoração


do quantum fixado a esse título.

Finalmente, repudia a condenação à restituição dos valores pagos.

Com base nestes termos, requer o provimento deste agravo de instrumento, com a
reforma da decisão combatida, nos termos aventados.

Junta preparo recursal.

É o breve relatório.

Passo a decidir.

Presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso, dele conheço e passo a


julgá-lo monocraticamente, nos termos do artigo 932, inciso V, alínea a, do Código de
Processo Civil.

Desde logo, saliento que, quanto à prescrição, melhor sorte não socorre ao banco
recorrente, uma vez que, na espécie cuida-se de ação de revisão de contrato bancário,
cujo prazo prescricional, conforme precedentes do Superior Tribunal de Justiça, é
decenal, na forma do artigo 205 do Código Civil. Confira-se:

“ AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. AÇÃO


REVISIONAL DE CONTRATO BANCÁRIO CUMULADA COM
PEDIDO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO. PRESCRIÇÃO
DECENAL. AGRAVO INTERNO IMPROVIDO. 1. Consoante
entendimento consolidado nesta Corte Superior, as ações de

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NR.PROCESSO: 5598783-58.2020.8.09.0000
revisão de contrato bancário, cumuladas com pedido de
repetição de indébito, possuem natureza pessoal e
prescrevem no prazo de 10 (dez) anos, nos termos do art.
205 do Código Civil de 2002. Precedentes. 2. Agravo interno a
que se nega provimento”. (AgInt no REsp 1632888/MG, Rel. Ministro
RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 19/10/2020, DJe
16/11/2020. Negritei).

“ EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE


INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO E
DANO MORAL. PRESCRIÇÃO. NÃO OCORRÊNCIA. CARTÃO
DE CRÉDITO CONSIGNADO. PROVA DA DISPONIBILIZAÇÃO
E UTILIZAÇÃO DO CRÉDITO. AUSÊNCIA DE CONDUTA
ILÍCITA. 1. A prescrição em ações desta natureza é decenal e
não trienal. Precedentes desta Corte. 2. A análise judicial deve
ser feita considerando as alegações da parte e os fatos
demonstrados nos autos, o que, in casu, leva a constatação do
uso do crédito por meio da modalidade cartão de crédito. 3. Não
há que se falar em nulidade do contrato se as partes são capazes
e as condições contratuais foram livremente avençadas e aceitas,
somado ao uso voluntário e contínuo do cartão de crédito pela
parte contratante/1ª apelante. 4. Deve ser reformada a sentença
recorrida, no sentido de julgar improcedente o pedido inicial, com
a condenação da parte autora/2ª apelada ao pagamento do ônus
sucumbencial, ressalvado o benefício da justiça gratuita.
APELAÇÕES CÍVEIS CONHECIDAS, SENDO DESPROVIDA A
PRIMEIRA E PROVIDA A SEGUNDA.” (TJGO, Apelação (CPC)
5075923-24.2019.8.09.0011, Rel. Des. ALAN SEBASTIÃO DE SENA
CONCEIÇÃO, 5ªCâmara Cível, julgado em 29/06/2020, DJe de
29/06/2020) (Grifei).

Desta feita, afasto a prejudicial de prescrição e passo a analisar a questão de fundo.

Impende registrar que é necessária a análise da matéria sob o prista da Lei nº


8.078/90, haja vista que não há controvérsia quanto à presença da relação de
consumo entre o apelante/consumidor e a apelada/instituição financeira fornecedora,
ex vi da Súmula nº 297 do STJ.

Nesse prisma, rememora-se que o Código de Defesa do Consumidor dispõe de um


conjunto de regramentos que objetivam assegurar a proteção da parte vulnerável da
relação contratual, a exemplo dos deveres anexos ao princípio da boa-fé, como os da
transparência e informação, expressamente previstos nos artigos 4º, inciso IV, e 6º,
inciso III, ambos da Lei nº 8.078/90, in verbis:

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NR.PROCESSO: 5598783-58.2020.8.09.0000
“Art. 4º - A Política Nacional das Relações de Consumo tem por
objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o
respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus
interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem
como a transparência e harmonia das relações de consumo,
atendidos os seguintes princípios:
(...).
IV - educação e informação de fornecedores e consumidores,
quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à melhoria do
mercado de consumo;” (Grifou-se).

“Art. 6º São direitos básicos do consumidor: (…).

III - a informação adequada e clara sobre os diferentes


produtos e serviços, com especificação correta de
quantidade, características, composição, qualidade, tributos
incidentes e preço, bem como sobre os riscos que
apresentem;” (Grifou-se).

Por oportuno, segue a análise de Rizzatto Nunes a respeito dos dispositivos


transcritos:

“O princípio da transparência, expresso no caput do art. 4º do


CDC, se traduz na obrigação do fornecedor de dar ao
consumidor a oportunidade de conhecer os produtos e
serviços que são oferecidos e, também, gerará no contrato a
obrigação de propiciar-lhe o conhecimento prévio de seu
conteúdo.
O princípio da transparência será complementado pelo princípio
do dever de informar, previsto no inciso III do art. 6º, e a
obrigação de apresentar previamente o conteúdo do contrato
está regrada no art. 46. (…).
O dever de informar é princípio fundamental na Lei n. 8.078,
aparecendo inicialmente no inciso III do art. 6º, e, junto ao
princípio da transparência estampado no caput do art. 4º, traz
uma nova formatação aos produtos e serviços oferecidos no
mercado.
Com efeito, na sistemática implantada pelo CDC, o fornecedor
está obrigado a prestar todas as informações acerca do
produto e do serviço, suas características, qualidades,
riscos, preços etc., de maneira clara e precisa, não se
admitindo falhas ou omissões.

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NR.PROCESSO: 5598783-58.2020.8.09.0000
Trata-se de um dever exigido mesmo antes do início de qualquer
relação. A informação passou a ser componente necessário do
produto e do serviço, que não podem ser oferecidos no mercado
sem ela.
Assim, da soma dos princípios, compostos de dois deveres
— o da transparência e o da informação —, fica estabelecida
a obrigação de o fornecedor dar cabal informação sobre
seus produtos e serviços oferecidos e colocados no
mercado, bem como das cláusulas contratuais por ele
estipuladas.” (In Curso de direito do consumidor – 11. ed. rev. e atual.
– São Paulo: Saraiva, 2017, p. 229 e 238, grifou-se).

Ao tratar da importância do dever de transparência nas relações negociais, sobretudo


na fase pré-contratual, leciona Ezequiel Morais:

“ A informação incompleta ou falsa ou, ainda, a ausência de


informação sobre dado essencial nos contratos redunda em
deslealdade, gera vício de consentimento, altera a base do
negócio jurídico e interfere na sua essência, gerando falsa
percepção da realidade, de tal modo que se o contratante
soubesse da existência de dados verdadeiros, de todos os
dados, não teria firmado o contrato.” (In A boa-fé objetiva pré-
contratual: deveres anexos de conduta – São Paulo: Thomson Reuters
Brasil, 2019, grifou-se).

Conclui-se, portanto, que o princípio da transparência, consectário lógico do postulado


da boa-fé, impõe ao contratante o dever de informar redigir cláusulas claras e com
caracteres legíveis e inteligíveis, para que os consumidores possam decidir, com
segurança e pleno conhecimento, se lhes interessa, ou não, a realização do negócio
jurídico e quais os riscos que está disposto a suportar.

Neste ponto, impende destacar que, caso demonstrada a ausência de clareza ou


dubiedade das cláusulas do contrário, prevalece a norma inserta no artigo 47 da
legislação consumerista, que impõe ao julgador o dever de interpretá-las da forma
mais favorável ao consumidor.

Corrobora, nesse sentido, o julgado do colendo Superior Tribunal de Justiça:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. SEGURO


DE VIDA. MORTE NATURAL. COBERTURA. CLÁUSULAS
DÚBIAS. INTERPRETAÇÃO MAIS FAVORÁVEL AO

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NR.PROCESSO: 5598783-58.2020.8.09.0000
HIPOSSUFICIENTE. PRECEDENTES. 1. (…). 2. A falta de
clareza e dubiedade das cláusulas impõem ao julgador uma
interpretação favorável ao consumidor (art. 47 do CDC), parte
hipossuficiente por presunção legal, bem como a nulidade de
cláusulas que atenuem a responsabilidade do fornecedor, ou
redundem em renúncia ou disposição de direitos pelo consumidor
(art. 51, I, do CDC), ou desvirtuem direitos fundamentais inerentes à
natureza do contrato (art. 51, § 1º, II, do CDC). 3. Agravo regimental
não provido.” (STJ, AgRg no REsp: 1331935 SP 2012/0134714-1,
Relator: Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, Data de Julgamento:
03/10/2013, TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 10/10/2013,
grifou-se).

Fixadas essas premissas, nota-se que, na hipótese, as partes celebraram “Termo de


Adesão Cartão de Crédito Consignado Banco BMG e Autorização para Desconto em
Folha de Pagamento” (movimento nº 16 dos autos originários), que mistura duas
operações distintas, quais sejam, empréstimo consignado e cartão de crédito.

Em análise ao referido instrumento, infere-se que ocorreu a disponibilização de valor


para saque imediato, ao mesmo tempo em que houve a autorização para a emissão
de cartão de crédito e dedução automática em folha de pagamento da quantia
correspondente ao mínimo da fatura para liquidação do saldo devedor do empréstimo
contraído.

Ainda consoante se extrai dos documentos colacionados aos autos, embora tenham
sido efetivadas consignações mensais do mínimo da fatura concernente à quantia
ofertada à autora para saque, não houve a diminuição da dívida ao longo do tempo.

É preciso destacar que, em interpretação sistemática ao regramento consumerista,


contratos deste jaez têm sido vistos por esta Corte de Justiça como representativos de
falha na prestação dos serviços pela instituição financeira, materializada pela violação
aos deveres anexos da boa-fé objetiva, tais como os princípios da informação e da
transparência, mencionados em linhas volvidas.

Tem-se compreendido, ainda, a flagrante lesividade e abusividade do refinanciamento


mensal da dívida, por expôr a parte contratante à situação de extrema onerosidade.

Diante disso, em situações como a que ora se analisa, esta Casa Revisora tem
reiteradamente aplicado a máxima do “in dubio pro consumidor”, prevista no artigo 47
da Lei nº 8.078/1.990, de modo a interpretar a referida modalidade contratual como
sendo tão somente de crédito pessoal consignado, visando o restabelecimento do
equilíbrio entre as partes.

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NR.PROCESSO: 5598783-58.2020.8.09.0000
A propósito, eis os arestos desta Casa Recursal:

“ AGRAVO INTERNO. APELAÇÃO CÍVEL. RELAÇÃO DE


CONSUMO. CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO.
ABUSIVIDADE. DEVERES DE INFORMAÇÃO E
TRANSPARÊNCIA INOBSERVADOS. RESPONSABILIDADE
CIVIL DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. SÚMULA 63 DO TJGO.
Na linha da jurisprudência do Tribunal de Justiça do Estado de
Goiás, convertida no enunciado sumular n. 63, ‘os empréstimos
concedidos na modalidade Cartão de Crédito Consignado são
revestidos de abusividade, em ofensa ao CDC, por tornarem a
dívida impagável em virtude do refinanciamento mensal, pelo
desconto apenas da parcela mínima devendo receber o
tratamento de crédito pessoal consignado, com taxa de juros que
represente a média do mercado de tais operações, ensejando o
abatimento no valor devido, declaração de quitação do contrato
ou a necessidade de devolução do excedente, de forma simples
ou em dobro, podendo haver condenação em reparação por
danos morais, conforme o caso concreto’. AGRAVO INTERNO
CONHECIDO E DESPROVIDO.” (TJGO, Apelação (CPC) 5492381-
22.2017.8.09.0011, Rel. MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA, 5ª Câmara Cível,
julgado em 18/10/2019, DJe de 18/10/2019).

“ Apelação Cível. Ação revisional c/c pedido de indébito e


indenização por danos morais. Contrato Bancário. Cartão de
crédito consignado. I. (…). III. Contrato de Cartão de Crédito na
modalidade desconto em folha de pagamento. Cláusula abusiva.
No contrato de cartão de crédito na modalidade de desconto em
folha de pagamento ocorre o desconto apenas do mínimo do
valor da fatura mensal, fazendo o banco réu/recorrido, em
seguida, refinanciamento do restante do valor total devido, de
forma que passam a ser cobradas prestações em quantidade
muito além das acordadas. Afigura-se uma modalidade contratual
extremamente onerosa e lesiva ao consumidor, razão pela qual
deve ser interpretada como contrato de crédito pessoal
consignado, no intuito de reestabelecer o equilíbrio contratual
entre a instituição financeira e o consumidor. IV. Desconto
mínimo da fatura mensal. Dívida insolúvel. Abuso contratual e
onerosidade excessiva. Não sendo dado ao consumidor, no
momento da contratação, ciência da real natureza do negócio,
modalidade contratual que combina duas operações distintas, o
empréstimo consignado e o cartão de crédito, impõe-se o
restabelecimento do pacto na modalidade de contrato de
empréstimo consignado em folha de pagamento, de modo a
afastar o refinanciamento mensal do valor total da dívida,
viabilizado pelo pagamento mínimo do cartão, aplicando a
instituição financeira encargos abusivos e onerosos, que jamais

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NR.PROCESSO: 5598783-58.2020.8.09.0000
colocam fim ao quantum devido. V. (…). Apelação Cível
conhecida e parcialmente provida.” (TJGO, Apelação (CPC)
5263131-54.2018.8.09.0087, Rel. CARLOS ALBERTO FRANÇA, 2ª
Câmara Cível, julgado em 27/05/2019, DJe de 27/05/2019).

A jurisprudência dominante desta Corte sintetizou-se no enunciado de sua Súmula nº


63, que assim dispõe:

“ Súmula nº 63. Os empréstimos concedidos na modalidade


‘cartão de Crédito Consignado’ são revestidos de abusividade,
em ofensa ao CDC, por tornarem a dívida impagável em virtude
do refinanciamento mensal, pelo desconto apenas da parcela
mínima, devendo receber o tratamento de crédito pessoal
consignado, com taxa de juros que represente a média do
mercado de tais operações, ensejando o abatimento no valor
devido, declaração de quitação do contrato ou a necessidade de
devolução do excedente, de forma simples ou em dobro,
podendo haver condenação em reparação por danos morais,
conforme o caso concreto.”

Observa-se que o referido verbete sumular tem como precedentes julgados em que,
no caso concreto, restou demonstrado que, no ato da contratação, a instituição
financeira causou aos consumidores uma falsa percepção da realidade por induzi-los a
acreditar que o pacto referia-se tão somente a empréstimo consignado, situação
identificada pelo fato de jamais terem utilizado o cartão de crédito após a
contratação.

Logo, o aludido precedente deve ser aplicado à situação em análise, a fim de que o
contrato em discussão seja equiparado à modalidade de crédito pessoal consignado
.

No tocante aos juros remuneratórios, o entendimento vigente é de que sua revisão


deve ocorrer “em situações excepcionais, desde que caracterizada a relação de
consumo e que a abusividade (capaz de colocar o consumidor em desvantagem
exagerada – art. 51, § 1º, do CDC) fique cabalmente demonstrada, ante as
peculiaridades do caso concreto” (STJ, REsp. nº 1.061.530-RS (2008/0119992-4). Relª
Ministra Nancy Andrighi).

É igualmente pacífica a jurisprudência no sentido de entender que esta modalidade de


juros deve ser fixada segundo a taxa média de mercado praticada nas operações da
mesma espécie à época da contratação, salvo se aquela prevista no contrato for mais
vantajosa ao consumidor.

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NR.PROCESSO: 5598783-58.2020.8.09.0000
É o que restou consolidado na Súmula nº 530 do STJ, assim prevista:

“Súmula nº 530. Nos contratos bancários, na impossibilidade de


comprovar a taxa de juros efetivamente contratada - por ausência
de pactuação ou pela falta de juntada do instrumento aos autos -,
aplica-se a taxa média de mercado, divulgada pelo Bacen,
praticada nas operações da mesma espécie, salvo se a taxa
cobrada for mais vantajosa para o devedor.”

Sobre a capitalização de juros, ressalte-se que, segundo o posicionamento dos


Tribunais, é permitida nos contratos celebrados após a publicação da Medida
Provisória n.º 1.963-17/2000, em vigor através da MP n.º 2.170-36/01, desde que
expressamente pactuada.

Ainda consoante inteligência sumulada pelo STJ, “a previsão no contrato bancário de


taxa de juros anual superior ao duodécuplo da mensal é suficiente para permitir a
cobrança da taxa efetiva anual contratada” (Súmula nº 541).

Na hipótese, há expressa previsão no contrato de juros em taxa anual (44,30%)


superior ao duodécuplo da mensal (3,06%), razão pela qual afigura-se legal a
incidência da capitalização, repisando que deve ser observada a taxa de juros
remuneratórios atinentes à modalidade de crédito pessoal consignado.

Quanto à repetição de indébito, tal matéria ainda não foi apreciada no juízo a quo,
circunstância que ensejou o julgamento parcial de mérito, razão pela qual descabe a
esta relatoria adentrar à análise desse ponto, sob pena de supressão de instância.

No tocante ao dano moral requerido pela autora, conforme preveem os artigos 186 e
927, ambos do Código Civil, aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência
ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilícito, ficando, portanto, obrigado a repará-lo. In verbis:

“ Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,


negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem,
ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”

“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar

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NR.PROCESSO: 5598783-58.2020.8.09.0000
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.”

Sobre o conceito de responsabilidade civil, Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona


Filho enunciam:

“(…) Ao consultarmos o conceito de ato ilícito, previsto no art. 186


do Código Civil, base fundamental da responsabilidade civil,
consagradora do princípio de que a ninguém é dado causar
prejuízo a outrem (neminem laedere), temos que “Art. 186.
Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito”. Analisando este
dispositivo — mais preciso do que o correspondente da lei
anterior, que não fazia expressa menção ao dano moral -
podemos extrair os seguintes elementos ou pressupostos gerais
da responsabilidade civil: a) conduta humana (positiva ou
negativa); b) dano ou prejuízo; c) o nexo de causalidade.” (In
Novo curso de direito civil, v. 3: responsabilidade civil. 17. ed. São Paulo:
Saraiva Educação, 2019, p. 51 e 69).

No que pertine, em específico, ao dano moral, os mesmos doutrinadores discorrem:

“O dano moral consiste na lesão de direitos cujo conteúdo não é


pecuniário, nem comercialmente redutível a dinheiro. Em outras
palavras, podemos afirmar que o dano moral é aquele que
lesiona a esfera personalíssima da pessoa (seus direitos da
personalidade), violando, por exemplo, sua intimidade, vida
privada, honra e imagem, bens jurídicos tutelados
constitucionalmente” (op. cit., p. 108).

Extrai-se dessas preposições transcritas que o dever de indenização por danos morais
exige a ocorrência de efetiva lesão aos direitos da personalidade da vítima, tais como
intimidade, vida privada, honra, imagem.

In casu, não consta dos autos elementos dos quais se possa extrair que a
circunstância narrada na exordial tenha ocasionado efetivo dano na órbita
personalíssima da consumidora a merecer reparação, sobretudo ante a inexistência de
prova de que tenha ocorrido restrição creditícia de seu nome ou sua exposição à
situação vexatória.

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NR.PROCESSO: 5598783-58.2020.8.09.0000
Por adotar semelhante intelecção, transcrevo o entendimento desta 1ª Câmara Cível:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA C/C REPETIÇÃO


DO INDÉBITO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO.
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. NÃO CONFIGURADA.
HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS. MANTIDOS. 1. Cuidando-se
de empréstimo na modalidade cartão de crédito consignado
em folha de pagamento, o abalo subjetivo alegadamente
sofrido pelo autor não transpõe a barreira do mero dissabor,
o qual não pode ser confundido com o dano moral e, por
isso, não dá ensejo à compensação pecuniária. 2. Não há que
falar em majoração dos honorários sucumbenciais fixados pelo
magistrado singular quando o julgador observa os requisitos do
disposto nos artigos 85, §2º, do Código de Processo Civil.
APELAÇÃO CONHECIDA E DESPROVIDA”. (TJGO, Apelação
(CPC) 5224836-22.2019.8.09.0051, Rel. Des. ORLOFF NEVES ROCHA,
1ª Câmara Cível, julgado em 18/11/2020, DJe de 18/11/2020. Negritei).

EMENTA: “AGRAVO INTERNO CONTRA DECISÃO


MONOCRÁTICA PROFERIDA EM APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO
DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C
RESCISÃO CONTRATUAL. CARTÃO DE CRÉDITO
CONSIGNADO. APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR. SÚMULA 63 DO TJGO. CONTRATO DE
CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO. ABUSIVIDADE.
APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR.
JUROS REMUNERATÓRIOS. REPETIÇÃO DE INDÉBITO NA
FORMA SIMPLES. INTERESSE RECURSAL. DANO MORAL
NÃO CONFIGURADO. INEXISTÊNCIA DE FATOS NOVOS. (...)
V. Quanto à indenização por dano moral, haja vista se tratar
de empréstimo na modalidade cartão de crédito consignado
em folha de pagamento, o abalo subjetivo sofrido pela
recorrente não ultrapassa o mero dissabor, o qual não pode
ser confundido com o dano moral e, por isto, não dá ensejo à
compensação pecuniária. AGRAVO INTERNO CONHECIDO E
DESPROVIDO”. (TJGO, Apelação (CPC) 0311274-94.2016.8.09.0002,
Relª Desª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI, 1ª Câmara Cível,
julgado em 15/10/2020, DJe de 15/10/2020. Negritei).

“AGRAVO INTERNO EM APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO


DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE CLÁUSULA CONTRATUAL
C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO E INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS. CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO.
ILEGALIDADE DA MODALIDADE. APLICABILIDADE DA
SUMULA 63 DO TJGO. DANOS MORAIS NÃO
CONFIGURADOS. CANCELAMENTO DO CARTÃO DE

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CRÉDITO. INOVAÇÃO RECURSAL. AUSÊNCIA DE FATO
NOVO A JUSTIFICAR A MODIFICAÇÃO DO ENTENDIMENTO
ADOTADO NA DECISÃO RECORRIDA. I - Nos termos do
entendimento sumulado por este Tribunal - Súmula 63, os
empréstimos concedidos na modalidade -Cartão de Crédito
Consignado? são revestidos de abusividade, em ofensa ao CDC,
por tornarem a dívida impagável em virtude do refinanciamento
mensal, pelo desconto apenas da parcela mínima devendo
receber o tratamento de crédito pessoal consignado, com taxa de
juros que represente a média do mercado de tais operações,
ensejando o abatimento no valor devido, declaração de quitação
do contrato ou a necessidade de devolução do excedente, de
forma simples ou em dobro, podendo haver condenação em
reparação por danos morais, conforme o caso concreto. II -
Assim, no caso dos autos estamos diante de empréstimo
concedido na modalidade de Cartão de Crédito Consignado,
tendo sido revelada a abusividade na contratação. III - Lado
outro, a despeito da Súmula 63, deste Tribunal, autorizar a
condenação aos danos morais, conforme o caso concreto,
constata-se que nos autos não há prova de que a recorrente
tenha experimentado danos efetivos aos seus direitos
existenciais, mas, apenas, descontentamento com os
descontos na forma efetuados, cuja situação não autoriza o
acolhimento do pedido de indenização ora perseguido. (…)
AGRAVO INTERNO CONHECIDO E DESPROVIDO”. (TJGO,
Apelação (CPC) 5145787-63.2018.8.09.0051, Rel. Des. LUIZ EDUARDO
DE SOUSA, 1ª Câmara Cível, julgado em 15/06/2020, DJe de
15/06/2020. Negritei).

Destarte, não demonstrada a ocorrência de efetiva lesão de ordem subjetiva pelo


autor/primeiro recorrente, inviável o acolhimento de seu pleito de condenação da
instituição financeira ré à indenização extrapatrimonial.

Por fim, no tocante ao pedido de reconhecimento de litigância de má-fé do patrono da


recorrida, reporto que os advogados, públicos ou privados, e os membros da
Defensoria Pública e do Ministério Público não estão sujeitos à aplicação de pena por
litigância de má-fé em razão de sua atuação profissional, nos termos do artigo 77, § 6º,
do Código de Processo Civil.

A jurisprudência do colendo Superior Tribunal de Justiça firmou-se nessa mesma linha


de intelecção, senão vejamos:

“ PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EM MANDADO DE


SEGURANÇA. ATO JUDICIAL. IMPETRAÇÃO. EXCEPCIONAL
CABIMENTO. ILEGALIDADE, TERATOLOGIA OU ABUSO DE

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PODER. ADVOGADO. TERCEIRO INTERESSADO. SÚMULA N.
202/STJ. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. IMPOSIÇÃO DE MULTA AO
PROFISSIONAL. IMPOSSIBILIDADE. RECURSO PROVIDO. 1.
É excepcional o cabimento de mandado de segurança contra ato
judicial impugnável por recurso em relação ao qual se faz
possível atribuir efeito suspensivo. A impetração, nessa hipótese,
somente é admitida em casos de flagrante ilegalidade, teratologia
ou abuso de poder. 2. Os advogados, públicos ou privados, e
os membros da Defensoria Pública e do Ministério Público
não estão sujeitos à aplicação de pena por litigância de má-
fé em razão de sua atuação profissional. Eventual
responsabilidade disciplinar decorrente de atos praticados
no exercício de suas funções deverá ser apurada pelo
respectivo órgão de classe ou corregedoria, a quem o
magistrado oficiará. Aplicação do art. 77, § 6º, do CPC/2015.
Precedentes do STJ. 3. A contrariedade direta ao dispositivo
legal antes referido e à jurisprudência consolidada desta Corte
Superior evidencia flagrante ilegalidade e autoriza o ajuizamento
do mandado de segurança, em caráter excepcional. 4. ‘A
impetração de segurança por terceiro, contra ato judicial, não se
condiciona à interposição de recurso’ (Súmula n. 202/STJ). O
advogado, representante judicial de seu constituinte, é terceiro
interessado na causa originária em que praticado o ato coator, e,
nessa condição, tem legitimidade para impetrar mandado de
segurança para defender interesse próprio. 5. Recurso provido.”
(STJ, RMS 59.322/MG, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA,
QUARTA TURMA, julgado em 05/02/2019, DJe 14/02/2019) (Grifei).

Assim sendo, afasto o pedido de condenação por litigância de má-fé.

Nessa confluência, nos termos do artigo 932, inciso V, alínea a, do Código de


Processo Civil, CONHEÇO EM PARTE DO AGRAVO DE INSTRUMENTO e, nessa
extensão, DOU-LHE PARCIAL PROVIMENTO para, em reforma parcial à sentença
atacada, afastar a condenação do banco agravante ao pagamento de indenização por
danos morais, mantendo no mais o teor decisório.

Diante do parcial provimento do recurso e, consequentemente, em virtude da parcial


procedência do pleito inicial, redimensiono os ônus sucumbenciais fixados na origem,
considerando a sucumbência recíproca, nos termos do artigo 85, § 2º, c/c artigo 86, do
Código de Processo Civil, condenando ambas as partes ao pagamento de 50%
(cinquenta por cento) das custas processuais e honorários advocatícios
sucumbenciais, fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da causa.
Ressalvo, em relação à parte autora, a incidência da regra do artigo 98, § 3º, do CPC,
por ser beneficiária da assistência judiciária.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5598783-58.2020.8.09.0000
É como decido.

Intimem-se. Cientifique-se o juízo de origem.

Após o trânsito em julgado, não havendo recurso, arquivem-se os presentes autos.

Goiânia, 27 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR
1005/CR

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 19/11/2020 21:40:34

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5021170-06.2017.8.09.0006
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : JOAQUIM LOPES DA TRINDADE FILHO
POLO PASSIVO : UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIAS- UEG
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JOAQUIM LOPES DA TRINDADE FILHO


ADVG. PARTE : 21781 GO - ANA CAROLINA ZANINI RIBEIRO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5021170-06.2017.8.09.0006
ACÓRDÃO

VISTOS, relatados e discutidos os presentes autos de REEXAME NECESSÁRIO Nº 5021170.06.2017.8.09.0006, da


Comarca de ANÁPOLIS, interposta por JOAQUIM LOPES DA TRINDADE FILHO.

ACORDAM os integrantes da Primeira Turma Julgadora da 1ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do
Estado de Goiás, por unanimidade, EM CONHECER DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO E REJEITÁ-LOS , nos termos do
voto do Relator.

VOTARAM, além do RELATOR, o Dr. ROBERTO HORÁCIO DE REZENDE ( substituto da Desª. AMÉLIA MARTINS
DE ARAÚJO) e a Desª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI.

PRESIDIU o julgamento, o Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA.

PRESENTE à sessão o Procurador de Justiça, Dr. JOSÉ CARLOS MENDONÇA.

Custas de lei.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito Substituto em 2º Grau

REEXAME NECESSÁRIO Nº 5021170.06.2017.8.09.0006


COMARCA DE ANÁPOLIS

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NR.PROCESSO: 5021170-06.2017.8.09.0006
AUTOR
: JOAQUIM LOPES DA TRINDADE FILHO

RÉU : UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS - UEG

APELAÇÃO CÍVEL

APELANTE : JOAQUIM LOPES DA TRINDADE FILHO


APELADO : UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS - UEG
RELATOR : REINALDO ALVES FERREIRA – JUIZ DE DIREITO EM SUBSTITUIÇÃO

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO INTERNO

VOTO

Conforme relatado, tratam-se de embargos de declaração opostos por UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
(evento 86) contra acórdão (evento 81) que desproveu recurso de agravo de interno em reexame necessário e apelação cível por
si interposta, mantendo a decisão que não negou provimento à apelação cível e deu parcial provimento à remessa necessária, nos
autos da ação de reclamação trabalhista interposta por JOAQUIM LOPES DA TRINDADE FILHO.

Satisfeitos os pressupostos de admissibilidade, conheço dos embargos de declaração opostos.

De início, cumpre registrar que os embargos de declaração prestam-se a esclarecer ou sanar vícios de
fundamentação apostos na decisão judicial e que nomeadamente comprometam sua clareza (obscuridade, contradição, erro
material), ou que denotem deficiência sobre questão controvertida entre as partes (omissão).

É o que se extrai do art. 1.022, caput, do NCPC:

“Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:

I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício
ou a requerimento;

III - corrigir erro material.” Grifei.

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NR.PROCESSO: 5021170-06.2017.8.09.0006
O artigo 1.023 do mesmo diploma legal adverte que o recurso intentado indicará o ponto obscuro, contraditório ou
omisso, para que o relator possa suprir tais imperfeições, quando estas restarem evidenciadas.

No caso, examinados os autos, verifica-se que o acórdão atacado analisou todas as questões postas sob apreciação,
não havendo que se falar em omissão, obscuridade, contradição ou, ainda, em erro material.

O embargante pretende, claramente, a modificação do entendimento externado no julgado vergastado, o que não é
tolerado por esta Corte em sede de aclaratórios.

A parte recorrente suscita a necessidade de suspensão do feito em vista de medida liminar concedida nos autos da
Ação Direta de Inconstitucionalidade nº. 5090, a qual determinou a suspensão de todos os feitos que versem sobre a rentabilidade
do FGTS.

Contudo, razão não lhe assiste. Explico

O acórdão recorrido trata sobre a correção monetária e dos juros de mora incidentes sobre as condenações impostas
à Fazenda Pública, em decorrência de condenação ao pagamento de verba trabalhista (FGTS), o que não implica dizer que a
discussão paira sobre a rentabilidade daquele.

Assim, em que pese seja obrigação da Universidade o pagamento de FGTS, não há relação entre a condenação ao
pagamento da verba devida e a rentabilidade daquele, matéria esta objeto da ADI 5090.

Outrossim, apenas a título de esclarecimento, há que se destacar que a decisão indicada pelo embargante na
aludida ADI 5090, fora proferida pela Suprema Corte após a apreciação do agravo interno ora embargado, não fazendo sentido o
apontamento ora em questão.

Desta feita, não observada omissão na decisão que negou provimento ao agravo interno, eis que a matéria
impugnada naquele recurso fazia menção aos índices de correção monetária e aos juros de mora incidentes sobre as
condenações imposta à fazenda pública (Tema 810, STF)

Portanto, inexistindo vícios no acórdão embargado, há que se concluir que, em verdade, o embargante não se
conformara com a decisão deste Tribunal, o que não pode ser objeto de modificação pela via estreita dos embargos de
declaração, que têm como único fim a complementação ou o esclarecimento da decisão embargada, e não o reexame da causa.

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NR.PROCESSO: 5021170-06.2017.8.09.0006
A esse respeito, veja os seguintes julgados, in verbis:

“EMBARGOS DECLARATÓRIOS. APELAÇÃO CÍVEL. INDENIZATÓRIA. OBSCURIDADE.


CONTRADIÇÃO. OMISSÃO. FINALIDADE PROCESSUAL. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA APRECIADA.
1- A obscuridade resta configurada no ensejo em que o acórdão objeto de censura carece de clareza no
desenvolvimento das ideias que orientam a sua fundamentação. 2- A contradição resta configurada quando
há um evidente descompasso entre distintas passagens da motivação judicial. 3- A omissão é configurada
nas hipóteses em que há uma evidente lacuna entre o que fora objeto de pedido e o que restou
fundamentado, quando do exercício do livre convencimento judicial. 4- Os embargos de declaração foram
idealizados para esclarecer obscuridade, eliminar contradição, suprir omissão ou, mesmo, corrigir
erro material, o que não se traduz na possibilidade de rediscussão das matérias já apreciadas.
Interpretação do art. 1.022 e incisos, do CPC/15. Lições de doutrina. Jurisprudência local e superior.
Embargos declaratórios conhecidos porém rejeitados.”1 Grifei

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE


POSSE. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. O recurso de embargos de declaração visa sanar obscuridade,
contradição, omissão e/ou erro material existentes no julgado (art. 1.022, I, II e III do CPC). Caso seja
interposto com o objetivo de rediscutir a matéria, o caso é de rejeitar o referido recurso. Embargos
rejeitados.”2 Grifei

Assim, por considerar o julgamento inteligível, claro e compreensível, não há motivos para alterá-lo ou lhe ser
agregado outros fundamentos, motivos pelo qual o mantenho.

Ante o exposto, rejeito os embargos de declaração ante a não-configuração das hipóteses previstas no art. 1.022 do
Código de Processo Civil, em particular a omissão.

É o voto.

Goiânia, 16 de novembro de 2.020.

REINALDO ALVES FERREIRA

JUIZ DE DIREITO EM SUBSTITUIÇÃO

32

1TJGO, Apelação Cível 173870-23.2012.8.09.0137, Rel. Des. Alan S. de Sena Conceição, 5ª Câmara Cível, DJe 2054 de
24/06/2016.

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NR.PROCESSO: 5021170-06.2017.8.09.0006
2TJGO, Apelação Cível 423249-61.2009.8.09.0069, Rel. Des. Carlos Escher, 4ª Câmara Cível, DJe 2054 de 24/06/2016.

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NR.PROCESSO: 5021170-06.2017.8.09.0006
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO INTERNO

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO INTERNO. RECLAMAÇÃO TRABALHISTA.


APELAÇÃO DESPROVIDA E REMESSA NECESSÁRIA PARCIALMENTE PROVIDA. CORREÇÃO
MONETÁRIA E JUROS DE MORA INCIDENTES SOBRE AS CONDENAÇÕES IMPOSTAS À FAZENDA
PÚBLICA. ADI 5090. RENTABILIDADE DO FGTS. MATÉRIA DESCONEXA DAQUELA TRATADA NO
ACÓRDÃO. OMISSÃO INEXISTENTE. ART 1.022 DO CPC. PRETENSÃO DE REEXAME DA MATÉRIA
ANTERIORMENTE ABORDADA.

I - Não ocorrendo as hipóteses elencadas expressamente no art. 1.022 do CPC, a rejeição dos embargos de
declaração opostos se impõe.

II - Inexiste omissão no acórdão embargado, quando este apresentou claramente os motivos que
acarretaram a inadmissibilidade do recurso de agravo de instrumento interposto.

III - Em que pese se obrigue à Universidade ao pagamento de FGTS, não há relação entre a condenação da
verba devida e a rentabilidade daquele, matéria esta objeto da ADI 5090.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS, PORÉM, REJEITADOS.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 03/11/2020


11:26:40

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5022178-81.2018.8.09.0006
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : RONALDO FERREIRA MOURA
POLO PASSIVO : TERRAS DO BRASIL EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : TERRAS DO BRASIL EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA


ADVG. PARTE : 19677 GO - MARCOS VERISSIMO LUIZ

PARTE INTIMADA : RONALDO FERREIRA MOURA


ADVGS. PARTE : 20569 GO - CESAR GRATAO DE OLIVEIRA
23234 GO - MARCEL LUIZ CUNHA

PARTE INTIMADA : RONALDO FERREIRA MOURA


ADVGS. PARTE : 23234 GO - MARCEL LUIZ CUNHA
20569 GO - CESAR GRATAO DE OLIVEIRA

PARTE INTIMADA : TERRAS DO BRASIL EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA


ADVG. PARTE : 19677 GO - MARCOS VERISSIMO LUIZ

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5022178-81.2018.8.09.0006
tribunal
PODER JUDICIÁRIO
de justiça TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
do
estado de Gabinete do Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
goiás
Rua 10, n.º 150 , Fórum Dr. Heitor Moraes Fleury , 12º Andar , Sala 1229, Setor Oeste , Goiânia-GO, CEP 74120020, Tel: (62) 3216-2964

Processo : 5022178-81.2018.8.09.0006
Nome CPF/CNPJ
Promovente(s)
RONALDO FERREIRA MOURA --
Nome CPF/CNPJ
Promovido(s) TERRAS DO BRASIL EMPREENDIMENTOS 15.421.047/00
IMOBILIARIOS LTDA 01-04
Órgão 1ª Câmara
Tipo de Ação / Recurso Procedimento Comum
judicante: Cível
Relator Des. ORLOFF NEVES ROCHA

DESPACHO

Em análise à petição encontrada no evento nº 53, defiro a dilação do prazo para cumprimento do
despacho encontrado no evento nº 51, por mais, impreterivelmente, 20 (vinte) dias, tendo em
vista que já transcorreu muito tempo desde a decisão até a data de hoje.

Após esse prazo, volvam-me os autos conclusos.

Cumpra-se. Intime-se.

Goiânia, 1 de novembro de 2020.

_______________________________________
Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
Relator
_____________________________________________________________________
_____
Documento emitido / assinado digitalmente
com fundamento no Art. 1º, § 2º III, "b", da Lei Federal nº 11.419, de 19/12/2006, publicada no DOU de 20/12/2006.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5022178-81.2018.8.09.0006

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 19/11/2020 21:41:52

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5040221-41.2019.8.09.0100
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : TARCISIO DE ARAÚJO COELHO
POLO PASSIVO : JUAREZ ARALDI
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : TARCISIO DE ARAÚJO COELHO


ADVG. PARTE : 36482 DF - RAFAEL DE SOUZA OLIVEIRA

PARTE INTIMADA : ANA CLEIA PEREIRA DA SILVA ARAUJO


ADVG. PARTE : 36482 DF - RAFAEL DE SOUZA OLIVEIRA

PARTE INTIMADA : JUAREZ ARALDI


ADVG. PARTE : 17125 GO - IVAN JOSÉ THOMAZI

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5040221-41.2019.8.09.0100
ACÓRDÃO

VISTOS, relatados e discutidos os presentes autos de APELAÇÃO CÍVEL N° 5040221-41.2019.8.09.0100 , da


Comarca de LUZIÂNIA , interposta por TARCISIO DE ARAÚJO COELHO E ANA CLEIA PEREIRA DA SILVA ARAÚJO .

ACORDAM os integrantes da Primeira Turma Julgadora da 1ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do
Estado de Goiás, por unanimidade, EM CONHECER DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO E REJEITÁ-LOS, nos termos do voto
do Relator.

VOTARAM, além do RELATOR, o Dr. ROBERTO HORÁCIO DE REZENDE ( substituto da Desª. AMÉLIA MARTINS
DE ARAÚJO) e a Desª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI.

PRESIDIU o julgamento, o Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA.

PRESENTE à sessão o Procurador de Justiça, Dr. JOSÉ CARLOS MENDONÇA.

Custas de lei.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito Substituto em 2º Grau

APELAÇÃO CÍVEL N° 5040221-41.2019.8.09.0100

COMARCA DE LUZIÂNIA

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5040221-41.2019.8.09.0100
APELANTES: TARCISIO DE ARAÚJO COELHO E ANA CLEIA PEREIRA DA SILVA ARAÚJO

APELADO: JUAREZ ARALDI

RELATOR: REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito em Substituição

Embargos de Declaração

VOTO

Satisfeitos os pressupostos de admissibilidade, conheço dos embargos de declaração opostos.

Sabe-se que os embargos de declaração se prestam a esclarecer ou sanar vícios de fundamentação apostos
na decisão judicial e que nomeadamente comprometam sua clareza (obscuridade, contradição, erro material), ou que
denotem deficiência sobre questão controvertida entre as partes (omissão). É o que se extrai do art. 1.022 do CPC: “Art.
1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: I - esclarecer obscuridade ou eliminar
contradição; II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material.” Grifei.

Desse modo, estando a amplitude material do presente recurso delimitada em lei, não pode a parte utilizá-lo
como forma de expressar sua irresignação com o que restou decidido, ou seja, na intenção de rejulgamento da causa. A
atribuição de efeito modificativo “(…) é possível apenas em situações excepcionais, em que sanada a omissão,
contradição ou obscuridade, a alteração da decisão surja como consequência necessária.” (STJ, EDcl no REsp nº
1.410.267/PR, Relª Minª Nancy Andrighi, DJe de 19/12/2013).

Pois bem, a vexatio quaestio dos aclaratórios é atinente ao acórdão embargado que conheceu e conferiu
provimento ao recurso de apelação interposto pelos ora embargantes, cassando a sentença em virtude da existência de
error in procedendo.

Para tanto, afirmam que o acórdão embargado padece de erro de fato e omissão.

Feitos os aludidos esclarecimentos, de plano, tem-se por descabidos os embargos. Explico.

É nítido que a interposição do recurso de embargos de declaração, sob o fundamento de afastar omissão e correção
de erro de fato, objetiva a revisão das questões cuidadosamente analisadas quando do julgamento do apelo interposto pela
própria parte embargante, o que não é tolerado por esta Corte em sede de aclaratórios.

No caso, restou sobejamente justificado na decisão monocrática embargada (evento 35) que: 1) os artigos 9º e
10 do CPC, expressamente, vedam ao juiz proferir decisões de ofício utilizando-se de fundamento a respeito do qual não se
tenha dado oportunidade às partes de se manifestar previamente; 2) a condutora do feito, ao receber processo concluso para
análise da petição inicial, de ofício, proferiu a sentença aqui atacada, extinguindo o feito, sem julgamento do mérito, por

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5040221-41.2019.8.09.0100
inadequação da via eleita e, de consequência, ausência de interesse processual, sem que os autores/apelantes/embargantes
tivessem oportunidade de manifestarem sobre a visão da magistrada sobre a pertinência da ação, ou até mesmo emendar a inicial
adequando seu pedido, caso seja possível.

Ademais, importante destacar que, apenas, o fato do julgador não se pronunciar sobre todos os argumentos fáticos
ou jurídicos invocados pelas partes, e este não é o caso dos autos, não significa que a prestação jurisdicional é omissa ou carente
de fundamentação, pois o juiz não está obrigado a manifestar-se sobre todos os pontos contidos nos petitórios, quando já tenha
encontrado motivação bastante para alicerçar sua decisão/convicção. Sobre o tema, cito julgados do Superior Tribunal de
Justiça (inclusive sob a vigência do NCPC) e desta Corte de Justiça:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL. (…). 1. "Omissis. 2. O julgador não


está obrigado a abordar todos os pontos arguidos pelas partes e nem a se manifestar expressamente
sobre todos os dispositivos elencados, sobretudo quando a apreciação da matéria é feita com
fundamentação suficiente à dirimência da controvérsia. Omissis.”1 Grifei.

Outrossim, quanto ao pedido de integração do acórdão com o intento de evitar eventuais controvérsias, ante a
existência de suposto erro de fato quando aquele, no relatório e no voto, consignou que a demanda foi proposta com o objetivo de
condenar o réu ao pagamento de multa contratual no valor de R$ 10.000,00, quando na verdade esta perfaz o importe de 20%
sobre o valor do imóvel, não merece acolhimento.

Isso porque, o erro que autoriza a oposição de embargos declaratórios, consoante previsão do art. 1022, do CPC, é o
material e não o de fato. Ademais, além do acórdão ter decidido de acordo com os pedidos constantes no apelo, a indicação dos
pleitos iniciais no ato embargado constituiu apenas ponto relatado que não foi objeto do acórdão, do próprio recurso de apelação
ou mesmo da sentença.

Deste cenário jurídico e processual, ressai que o acórdão manifestou de forma suficiente e motivada, sem defeito
intrínseco e apto a reabertura da discussão da matéria unicamente porque contrário aos interesses do recorrente. Veja
excerto do Tribunal da Cidadania:

“PROCESSUAL CIVIL.(…). II - Os embargos de declaração somente são cabíveis para a


modificação do julgado que se apresentar omisso, contraditório ou obscuro, bem como para sanar possível
erro material existente na decisão, o que não aconteceu no caso dos autos. III - Os embargos de
declaração não se prestam ao reexame de questões já analisadas, com o nítido intuito de promover
efeitos modificativos ao recurso, quando a decisão apreciou as teses relevantes para o deslinde do
caso e fundamentou sua conclusão. Omissis.”2 Grifei.

Ante o exposto, conheço, mas rejeito os embargos de declaração para manter inalterado o acórdão recorrido.

É o voto.

Goiânia, 16 de novembro de 2.020.

REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito em Substituição

21

1. APC. 0132663-74.2013.8.09.0051, Rel. Amaral Wilson de Oliveira, DJe de 26/04/2017.

2. EDcl no AgInt nos EAREsp 261.715/MS, Rel. Min. Francisco Falcão, 1ª Seção DJe 23/06/2017.

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NR.PROCESSO: 5040221-41.2019.8.09.0100
Embargos de Declaração

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ANULATÓRIA DE SENTENÇA HOMOLOGATÓRIA DE ACORDO.


DECISÃO QUE EXTINGUE O FEITO SEM EXAME DO MÉRITO, NOS TERMOS DO ART. 485, VI DO CPC.
AUSÊNCIA DE PRÉVIA INTIMAÇÃO. VIOLAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA NÃO SURPRESA E
COOPERAÇÃO. CPC, ARTS. 9º, 10, TODOS DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. SENTENÇA CASSADA.
OMISSÃO. AUSÊNCIA. ERRO DE FATO. VÍCIO QUE NÃO AUTORIZA A OPOSIÇÃO DOS
ACLARATÓRIOS.

I- É sabido que os embargos de declaração prestam-se a esclarecer ou sanar vícios apostos na decisão
judicial e que nomeadamente comprometam sua clareza (obscuridade, contradição, erro material) ou que
denotem deficiência sobre questão controvertida entre as partes (omissão).

II - O erro que autoriza a oposição de embargos declaratórios, consoante previsão do art. 1022, do CPC, é o
material e não o de fato. Ademais, além do acórdão ter decidido de acordo com os pedidos constantes no
apelo, a indicação dos pleitos iniciais no ato embargado constituiu apenas ponto relatado que não foi objeto
do acórdão, do próprio recurso de apelação ou mesmo da sentença.

III - Não ocorrendo as hipóteses elencadas expressamente no art. 1.022 do Código de Processo Civil, a
rejeição dos embargos de declaração opostos se impõe. Ademais, para oposição de embargos de declaração
com o propósito de pré-questionamento, é necessária a constatação de alguma das imperfeições elencadas
no art. 1.022 do CPC, não evidenciadas no caso em apreço.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDO e REJEITADOS.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Não-Concessão -> Antecipação de tutela
- Data da Movimentação 03/11/2020 11:27:56

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5530064-24.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : EDMAR TEIXEIRA DE LIMA
POLO PASSIVO : COOPERATIVA DE CRÉDITO DE LIVRE ADMISSÃO CENTRO BRASILEIRA
LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : EDMAR TEIXEIRA DE LIMA


ADVGS. PARTE : 39206 GO - EVANDRO COSTA FELIX
39182 GO - RENATO CORREIA SANTOS

PARTE INTIMADA : COOPERATIVA DE CRÉDITO DE LIVRE ADMISSÃO CENTRO BRASILEIRA


LTDA
ADVG. PARTE : 22010 GO - LUIS ANTONIO DEODATO DE JESUS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5530064-24.2020.8.09.0000
tribunal
PODER JUDICIÁRIO
de justiça TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
do estado
Gabinete do Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
de goiás
Rua 10, n.º 150 , Fórum Dr. Heitor Moraes Fleury , 12º Andar , Sala 1229, Setor Oeste , Goiânia-GO, CEP 74120020, Tel: (62) 3216-2964

Processo : 5530064-24.2020.8.09.0000
Nome CPF/CNPJ
Promovente(s)
EDMAR TEIXEIRA DE LIMA --
Nome CPF/CNPJ
Promovido(s) Cooperativa De Crédito De Livre Admissão 37.395.399/00
Centro Brasileira Ltda 01-67
Órgão 1ª Câmara
Tipo de Ação / Recurso Agravo de Instrumento ( CPC )
judicante: Cível
Relator Des. ORLOFF NEVES ROCHA

DECISÃO

EDMAR TEIXEIRA DE LIMA interpõe AGRAVO DE INSTRUMENTO com pedido de


atribuição de antecipação da tutela recursal, nos autos dos EMBARGOS À EXECUÇÃO que
move em face de COOPERATIVA DE CRÉDITO DE LIVRE ADMISSÃO CENTRO
BRASILEIRA LTDA .

A decisão exarada (evento nº 08 - 5484208-71.2020.8.09.0118 ) pelo Juiz de Direito


em Substituição na Vara Cível da Comarca de Panamá, Dr. Pedro Ricardo Morello Godoi
Brendolan, indeferiu o pedido de atribuição de efeito suspensivo aos embargos, nos seguintes
termos:

“RECEBO os embargos à execução.


Os embargos à execução não terão efeito suspensivo (CPC, art. 919,
"caput"), salvo se houver requerimento da parte; observância dos requisitos
para a concessão da tutela provisória; e garantia do juízo (CPC, art. 919,
§1º).
No caso, o alegado pagamento do débito e a inexigibilidade do crédito, por
si só, não viabiliza a concessão do efeito suspensivo da ação, porquanto a
questão constitui defesa de mérito e, além do mais, não restou comprovada
a possibilidade de dano concreto.
Assim, ausentes os requisitos legais, INDEFIRO o pedido de atribuição de
efeito suspensivo aos embargos.
INTIME-SE a parte embargada para apresentar impugnação, no prazo de
quinze dias (CPC, art. 920, I).
Decorrido o prazo acima, RENOVE-SE a conclusão.
Cumpra-se.

Irresignado, o agravante interpôs recurso de agravo de instrumento, aduzindo que fora


surpreendido com a execução de um pretenso débito referente a duas cédulas de crédito
bancário, quais sejam: instrumento de crédito nº 74763-5, valor de R$ 5.341,21 (cinco mil,
trezentos e quarenta e um reais e vinte e um centavos) com vencimento em 21/12/2020
(tratando-se de renegociação) e instrumento de Credito nº 75612-7, valor de R$ 16.180,33
(dezesseis mil, cento e oitenta reais e trinta e três centavos), vencimento 28/08/2018

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NR.PROCESSO: 5530064-24.2020.8.09.0000
(renegociação).

Esclarece que, “a Cédula de Crédito Bancário 74763-5 teria sido emitida em


21/12/2017, para pagamento em 36 vezes, tendo ocorrido pagamentos conforme confessado no
evento nº 1, tanto na cédula ora executada quanto nos demais instrumento que a formaram.”

Sustenta que a dívida supostamente existente fora objeto de inúmeros pagamentos,


não assistindo razão ao montante executado.

Defende, ainda, que “a penhora realizada não se faz jus frente ao pagamento da
cédula de crédito com garantia do imóvel. No entanto, a penhora do imóvel restou deferida na
Execução, ou seja, como a determinação da penhora não foi revogada, o juízo encontra-se
garantido e existe risco de leilão e a venda do bem penhorado, além da afetação da honra e do
desenvolvimento da atividade de sua subsistência.”

Afirma que houve a comprovação da garantia de juízo.

Tece comentários acerca dos pagamentos realizados.

Sustenta que “evidenciado a probabilidade do direito (documentos anexos


comprovando o pagamento de R$10.000,00 em 21/07/2020, além do observado/deduzido pelo
banco no processo), bem como, evidenciadíssimo o perigo de dano frente a constrição de
imóvel, pequena propriedade rural destinada a subsistência da família, sobre débito já pago, o
Agravante teve seu bem injustamente penhorado e restou ainda tolhido o seu direito de efeito
suspensivo aos Embargados manejados.”

Ao final, requer a antecipação dos efeitos da tutela recursal para atribuir efeito
suspensivo ao recurso, determinando que o magistrado a quo se abstenha de realizar qualquer
atos constritivos até que seja o presente Agravo seja julgado.

No mérito, o provimento do recurso, para legitimar a legalidade da concessão do


Efeito suspensivo aos Embargos à Execução.

Ausente o preparo, vez que o agravante é beneficiário da assistência judiciária


gratuita.

É o breve relato.

Passo à análise do pedido liminar.

O recurso se encontra devidamente instruído com os documentos obrigatórios e


facultativos (artigo 1.017 do NCPC) e é perfeitamente cabível (artigo 1.015, I, do NCPC).
Evidencia-se regularidade formal da petição recursal, legitimidade, interesse recursal e
capacidade postulatória.

Assim sendo, inexiste, por ora, óbice ao conhecimento do recurso e apreciação do


pedido liminar, o qual passo a analisar a seguir.

Sobre o tema, transcrevo ensinamento doutrinário do ilustre processualista Humberto


Theodoro Júnior, in verbis:

O relator poderá, ainda, deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão

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NR.PROCESSO: 5530064-24.2020.8.09.0000
recursal (art. 1.019, I). Para tanto, deverão estar presentes os mesmos requisitos para a
concessão do efeito suspensivo, quais sejam, o fumus boni iuris e o periculum in mora. Com
efeito, não se pode negar ao relator o poder de também conceder medida liminar positiva,
quando a decisão agravada for denegatória de providência urgente e de resultados
gravemente danosos para o agravante. No caso de denegação, pela decisão recorrida, de
medida provisória cautelar ou antecipatória, por exemplo, é inócua a simples suspensão do
ato impugnado. Caberá, portanto, ao relator tomar a providência pleiteada pela parte, para
que se dê o inadiável afastamento do risco de lesão, antecipando o efeito que se espera do
julgamento do agravo. É bom ressaltar que o poder de antecipação de tutela instituído pelo
art.300 não é privativo do juiz de primeiro grau e pode ser utilizado em qualquer fase do
processo e em qualquer grau de jurisdição. No caso do agravo, esse poder está
expressamente previsto ao relator no art. 1.019, I.
Se for deferido o efeito suspensivo ou concedida a antecipação de tutela, o relator ordenará a
imediata comunicação ao juiz da causa, para que, de fato, se suste o cumprimento da
decisão interlocutória (art. 1.019, I, in fine). (...). (in, Curso de Direito Processual Civil, Volume
III, 47ª Edição).

Para a concessão de efeito suspensivo ao agravo ou para antecipação dos efeitos da


tutela recursal, impõe-se a demonstração dos pressupostos delineados no inciso I do art. 1019
c/c art. 300, caput e §3º, todos do Código Processual Civil, consubstanciados na probabilidade
do direito e no perigo de dano ou no risco ao resultado útil do processo, bem como no perigo de
irreversibilidade dos efeitos da decisão.

Restrito ao pedido de atribuição de efeito suspensivo, no caso em epígrafe, da análise


detida dos autos, numa cognição sumária, não vislumbro presentes os requisitos indispensáveis
ao deferimento da medida, mormente por não ter sido apontadas razões plausíveis para
conceder a tutela pretendida.

Na atual sistemática do CPC, pelo art. 919 “os embargos à execução não terão efeito
suspensivo”, porém, “o juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos
embargos quando verificados os requisitos para a concessão da tutela provisória e desde que a
execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes” (§ 1.º).

Logo, não vislumbrando qualquer destas hipóteses, indefiro o pedido de efeito


suspensivo.

Intime-se a agravada para que responda, no prazo de 15 (quinze) dias, facultando-se-


lhe a juntada da documentação que entender necessária ao julgamento do recurso.

Intimem-se. Cumpra-se.

Goiânia, 29 de outubro de 2020.

Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA


Relator
_____________________________________________________________________
_____
Documento emitido / assinado digitalmente
com fundamento no Art. 1º, § 2º III, "b", da Lei Federal nº 11.419, de 19/12/2006, publicada no DOU de 20/12/2006.

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NR.PROCESSO: 5530064-24.2020.8.09.0000

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 19/11/2020 13:52:08

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0389520-23.2015.8.09.0105
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : ELIZAMA SAGLARIA ROMERO SANCHES
POLO PASSIVO : MUNICIPIO DE MINEIROS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ELIZAMA SAGLARIA ROMERO SANCHES


ADVG. PARTE : 23699 GO - ROBERTO GOMES FERREIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 0389520-23.2015.8.09.0105
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO ORDINÁRIA DE
COBRANÇA – HORAS EXTRAS – PROFESSORA MUNICIPAL - OMISSÕES NÃO
VERIFICADAS. MULTA DO ARTIGO 1.026, § 2º, DO CPC. AFASTADA -REDISCUSSÃO DA
MATÉRIA. 1. Ausente qualquer das hipóteses previstas no artigo 1.022 do Código de Processo
Civil, mister rejeitar os embargos de declaração que tem por escopo rediscutir os temas já
debatidos no julgado. 2. Afasta-se a aplicação da multa prevista no artigo 1.026, § 2º, do CPC,
quando ausente o caráter protelatório do recurso. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
CONHECIDOS E REJEITADOS.

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NR.PROCESSO: 0389520-23.2015.8.09.0105
PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL EM REEXAME NECESSÁRIO Nº


0389520.23.2015.8.09.0105
COMARCA : GOIÂNIA
EMBARGANTE : MUNICÍPIO DE MINEIROS
EMBARGADO : ELIZAMA SAGLARIA ROMERO SANCHES
RELATOR : Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

VOTO

Trata-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO opostos pelo Município de Mineiros em razão do


acórdão de evento nº 42, aduzindo que nele há omissões.

Recurso próprio e tempestivo. Preenche os requisitos objetivos e subjetivos de


admissibilidade. Dele tomo conhecimento.

Em relação à insurgência aviada, preleciona o artigo 1.022, do CPC/2015, in verbis :

“Art. 1.022 Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial


para:

I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o


juiz de ofício ou a requerimento;

III - corrigir erro material.

Parágrafo único

Considera-se omissa a decisão que:

I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos


repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso
sob julgamento;

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0389520-23.2015.8.09.0105
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1o.”

Nesse sentido, orienta o Superior Tribunal de Justiça:

“(...) 1. Os embargos de declaração são cabíveis para sanar obscuridade,


contradição, ou suprir omissão verificada no decisum , acerca de tema sobre
o qual o tribunal deveria ter se manifestado ou, ainda, para a correção de
eventual erro material do julgado . (...).” (STJ, 2ª T., DJe de 15/04/2013, EDcl
no AgRg no Ag 1085216/RJ, Rel. Min. Castro Meira)

Pois bem.

Analisando com acuidade os autos, verifico que não assiste razão ao embargante.

O pressuposto do recurso é a declaração da decisão judicial que contenha obscuridade,


omissão ou pontos contraditórios que causem gravame ao recorrente, portanto visa o
aprimoramento da prestação jurisdicional, como direito e segurança das partes.

Pelo que se percebe, almeja a embargante rediscutir questões probatórias e de direito em


sede de embargos de declaração, via manifestamente inadequada.

Não há omissão no acórdão em comento e sim apenas a a intenção da recorrente em


modificar a decisão colegiada, ou seja, rediscutir o mérito.

Convém destacar, que não ocorre omissão quando o acórdão deixa de responder,
exaustivamente, a todos os argumentos invocados pela parte, desde que fundamentada a
decisão com base nos elementos presentes nos autos e na legislação cabível.

O que importa, e isso foi observado no acórdão embargado, é que se considere a causa posta, de
maneira a demonstrar as razões pelas quais se concluiu pelo desprovimento

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NR.PROCESSO: 0389520-23.2015.8.09.0105
Ressalto que os embargos de declaração não se constituem em objeto para obrigar o MM.
julgador a renovar, ou reforçar a fundamentação da decisão, nem se prestam à reanálise
das provas dos autos.

Assim, não existindo qualquer vício na decisão embargada, deve ser mantido o decisum em sua
íntegra.

Nesse sentido:

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE


DESPEJO C/C COBRANÇA DE ALUGUÉIS. CONTRATO DE LOCAÇÃO
COMERCIAL. DISCORDÂNCIA DAS PARTES QUANTO AOS VALORES
DEVIDOS. APRESENTAÇÃO DE PLANILHA DE CÁLCULO PELO AUTOR.
AUSÊNCIA DE OITIVA DA RÉ. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA DOS
PEDIDOS INICIAIS. CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA.
OCORRÊNCIA. SENTENÇA CASSADA. INEXISTÊNCIA DE
OBSCURIDADE. 1. O cabimento dos Embargos de Declaração pressupõe a
existência de algum dos vícios previstos no artigo 1.022 do Código de
Processo Civil, não sendo via hábil para o reexame da causa. 2. Desde que
a decisão abranja as questões discutidas de forma clara e coerente, resulta
inconsistente a oposição de embargos declaratórios, sob a alegação de
ocorrência de omissão, obscuridade e contradição. 3. A modificação do
julgado só é possível em situações excepcionais. EMBARGOS
DECLARATÓRIOS REJEITADOS. (TJGO, Apelação (CPC) 0480005-
07.2014.8.09.0137, Rel. ORLOFF NEVES ROCHA, 1ª Câmara Cível,
julgado em 02/02/2018, DJe de 02/02/2018)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO DE INSTRUMENTO.


IMPENHORABILIDADE. REQUISITOS. PREQUESTIONAMENTO.
AUSÊNCIA DE VÍCIOS. 1 - Não existindo nos embargos de declaração a
alegada omissão e contradição ou quaisquer das hipóteses previstas no art.
1.022 do CPC, devem ser estes desprovidos. Ademais não é possível opor
embargos de declaração para rediscussão do julgamento, uma vez que se
destinam, tão somente, ao suprimento dos vícios, taxativamente, previstos
no art. 1.022 do CPC, o que não se denota na espécie. 2 - Mesmo para fins
de prequestionamento, os embargos declaratórios devem amparar-se nas
hipóteses de cabimento previstas no artigo 1.022 do Novo Código de
Processo Civil. Além do mais, para prequestionar a matéria, basta que a
decisão recorrida exponha a fundamentação suficiente para dirimir a
controvérsia, sendo desnecessária a manifestação expressa sobre todos os
argumentos apresentados pelas partes. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
CONHECIDOS, MAS REJEITADOS. (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC )

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0389520-23.2015.8.09.0105
5318472-69.2017.8.09.0000, Rel. MAURICIO PORFIRIO ROSA, 2ª Câmara
Cível, julgado em 02/02/2018, DJe de 02/02/2018)

No que diz respeito ao pedido exposto nas contrarrazões dos aclaratórios, atinente à
condenação do embargante ao pagamento de multa prevista no artigo 1.026, § 2º, do Código de
Processo Civil, reconheço não merecer guarida, tendo em vista não restar configurado o evidente
abuso do direito de recorrer.

A propósito:

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE


INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO SENTENÇA. ALEGAÇÃO DE
CONTRADIÇÃO NO ACÓRDÃO EMBARGADO. REDISCUSSÃO E
PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA DOS VÍCIOS JUSTIFICADORES
DOS ACLARATÓRIOS. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.
INEXISTÊNCIA DE CARÁTER PROTELATÓRIOS. I - (…). III - Ausentes
indícios incontestes reveladores do intuito protelatório dos embargos
declaratórios, não se aplica a multa prevista no artigo 1.026, §2º do CPC,
mormente porque a simples rejeição do recurso não pode ser tida como
conduta procrastinadora. EMBARGOS DECLARATÓRIOS CONHECIDOS,
PORÉM REJEITADOS. A C O R D A M os integrantes da Segunda Turma
Julgadora da Quarta Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado
de Goiás, na sessão VIRTUAL do dia 15 de junho de 2020, por unanimidade
de votos, conhecer dos embargos de declaração e rejeitá-los, nos termos do
voto da relatora. (TJGO, AI nº 5644799-07.2019.8.09.0000, Rel. Des.
NELMA BRANCO FERREIRA PERILO, 4ª Câmara Cível, DJe de
15/06/2020, g.)

Contudo, fica o embargante advertido de que em caso de interposição de recursos protelatórios,


haverá a imposição de multa em seu desfavor, na forma prevista no artigo 1.026, § 2º, do Código
de Processo Civil.

Diante do exposto, REJEITO os presentes embargos.

É como voto.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 0389520-23.2015.8.09.0105
Relator

PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL EM REEXAME NECESSÁRIO Nº


0389520.23.2015.8.09.0105
COMARCA : GOIÂNIA
EMBARGANTE : MUNICÍPIO DE MINEIROS
EMBARGADO : ELIZAMA SAGLARIA ROMERO SANCHES
RELATOR : Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL –


AÇÃO ORDINÁRIA DE COBRANÇA – HORAS EXTRAS – PROFESSORA
MUNICIPAL - OMISSÕES NÃO VERIFICADAS. MULTA DO ARTIGO
1.026, § 2º, DO CPC. AFASTADA -REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. 1.
Ausente qualquer das hipóteses previstas no artigo 1.022 do Código de
Processo Civil, mister rejeitar os embargos de declaração que tem por
escopo rediscutir os temas já debatidos no julgado. 2. Afasta-se a aplicação
da multa prevista no artigo 1.026, § 2º, do CPC, quando ausente o caráter
protelatório do recurso. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS E
REJEITADOS.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as retro


indicadas.

ACORDAM os integrantes da 4ª Turma Julgadora da 1ª Câmara Cível, à


unanimidade de votos, em CONHECER E REJEITAR o presente recurso,
nos termos do voto do Relator.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 0389520-23.2015.8.09.0105
A sessão foi presidida pelo Desembargador Orloff Neves Rocha.

Votaram com o Relator, o Des. Carlos Roberto Fávaro e o Dr. Reinaldo


Alves Ferreira.

Presente o ilustre Procurador de Justiça Dr. José Carlos Mendonça.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

Desembargador Orloff Neves Rocha


Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 20/11/2020 12:30:15

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5148586-52.2019.8.09.0178
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : CLAUDINEIA DE JESUS MARTINS GUERRA
POLO PASSIVO : CELG DISTRIBUICAO SA CELG D
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CLAUDINEIA DE JESUS MARTINS GUERRA


ADVGS. PARTE : 46041 GO - WALLACE MARTINS DO CARMO DUTRA
32311 GO - CELSO LUIZ LACERDA FILHO

PARTE INTIMADA : CELG DISTRIBUICAO SA CELG D


ADVG. PARTE : 51175 GO - JAYME SOARES DA ROCHA FILHO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5148586-52.2019.8.09.0178
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO
DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO CUMULADA COM
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E REPETIÇÃO DO INDÉBITO.
IRREGULARIDADE NO MEDIDOR COMPROVADA. PROCESSO
ADMINISTRATIVO CONDUZIDO COM RESPEITO AOS PRINCÍPIOS DO
CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA. INOVAÇÃO RECURSAL.
AUSÊNCIA DE OMISSÃO.

1. Não merece conhecimento a tese suscitada apenas em sede de


embargos de declaração, porquanto constitui nítida inovação recursal.

2. O cabimento dos Embargos de Declaração pressupõe a existência de


algum dos vícios previstos no artigo 1.022 do Código de Processo Civil, não
sendo via hábil para o reexame da causa ou manifestação de irresignação
com o entendimento adotado.

3. O artigo 1.025 do Novo Código de Processo Civil passou a acolher a tese


do prequestionamento ficto, ficando o atendimento desse requisito
condicionado ao reconhecimento, pelos Tribunais Superiores, de que a
inadmissão ou a rejeição dos aclaratórios na origem violou o artigo 1.022 do
mesmo diploma legal.

EMBARGOS DECLARATÓRIOS PARCIALMENTE CONHECIDOS E,


NESTA EXTENSÃO, REJEITADOS.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5148586-52.2019.8.09.0178
PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 5148586.52.2019.8.09.0178


COMARCA :MAURILÂNDIA
EMBARGANTE :CLAUDINEIA DE JESUS MARTINS GUERRA
EMBARGADO :CELG DISTRIBUIÇÃO S/A
RELATOR :Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

VOTO

Trata-se de Embargos de Declaração opostos por CLAUDINEIA DE JESUS MARTINS


GUERRA em face do acórdão proferido no evento 78, que deu provimento ao recurso de
apelação.

A embargante afirmou que o acórdão se omitiu acerca “da inversão do ônus da prova e
da ausência de demonstração de fato imputável à recorrente, bem como deixou de se pronunciar
acerca de entendimento repetitivo (Resp nº 1.412.433/RS)”.

Primeiramente, quanto as alegações referentes ao REsp 1.412.433, evidencio que são


inovações recursais, visto que tal matéria de defesa não constou nas contrarrazões ao apelo,
motivo pelo qual, delas não conheço.

Nos demais pontos, presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso


interposto, dele conheço.

Não há omissão no decisum embargado. As matérias expostas pela recorrente constam


no acórdão embargado. A recorrente pretende, na verdade, a reapreciação das teses.

In casu, não foi ignorada a inversão do ônus da prova, pelo contrário, considerou-se o
ônus imputado à ré, que dele se desincumbiu, visto que produziu provas, que comprovaram o
alegado por ela, conforme fundamentado na decisão guerreada. Outrossim, no decisum também
constou a fundamentação a respeito do lacre, senão vejamos:

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NR.PROCESSO: 5148586-52.2019.8.09.0178
“ Na vertente situação, ficou constatado que, no medidor de energia (relógio), havia
irregularidades, que comprometiam a medição da corrente efetivamente utilizada pelo
consumidor. Destaque, ainda, que, conquanto a inspeção no lacre tenha sido “aprovada”, o
técnico concedeu, entre outras, a seguinte informação adicional: “12020 - TAMPA DO
MEDIDOR QUEBRADA (LIVRE ACESSO AO INTERIOR DO MEDIDOR)”.

Desse modo, concluo que a concessionária/apelante cumpriu com o ônus que lhe incumbia,
demonstrando a regularidade do processo administrativo e a existência de irregularidade no
medidor de energia elétrica da autora/apelada.

Por conseguinte, diante de irregularidades constatadas e da ausência total de provas em


sentido contrário, por parte da autora, não há que se falar em declaração de inexistência de
débito, consequentemente, de repetição do indébito e de indenização por danos morais.”

De acordo com o disposto no art. 1.022, incisos I, II e III, do Código de Processo Civil,
os Embargos de Declaração são cabíveis para:

Art. 1.022. […]

I – esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

II – suprir omissão de ponto ou questão sobre a qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a
requerimento;

III – corrigir erro material.

Está claro na própria letra da lei que o artigo em comento destina-se, única e
exclusivamente, a busca do aperfeiçoamento da sentença ou acórdão, viciados por obscuridade,
contradição ou omissão sobre ponto a respeito do qual deva pronunciar-se o juízo ou Tribunal.

Na qualidade de recurso com fundamentação vinculada, isto é, cuja amplitude material


está delimitada em lei, não pode o reclamo aclaratório ser utilizado de forma que a parte
manifeste sua irresignação com o que foi decidido, ou na intenção de que o magistrado ou órgão
colegiado rebata, um a um, os argumentos alinhavados na lide, quando os fundamentos já
expostos forem suficientes para o pleno conhecimento dos motivos que amoldaram o
pronunciamento judicial emitido.

À vista disso e considerando os argumentos ventilados nestes aclaratórios, o que se


observa, na verdade, é o inconformismo da embargante, razão pela qual almeja alterá-lo pela via
estreita dos embargos de declaração, o que não se admite.

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NR.PROCESSO: 5148586-52.2019.8.09.0178
Destaco que, a partir do novo sistema processual implantado pela Lei Federal n.
13.105, de 16 de março de 2015, nos termos do seu artigo 1.025, passou-se a reconhecer o
atendimento do requisito de prequestionamento pela simples oposição dos embargos de
declaração, independentemente do seu acolhimento pelo Tribunal de origem, exigindo-se,
entretanto, o reconhecimento pelos Tribunais Superiores de que a inadmissão ou a rejeição dos
aclaratórios violou o artigo 1.022 do referido Estatuto Processual Civil. Ilustra-se:

“ ...3. O artigo 1.025 do Novo Código de Processo Civil passou a acolher a tese do
prequestionamento ficto, ficando o atendimento desse requisito condicionado ao
reconhecimento, pelos Tribunais Superiores, de que a inadmissão ou a rejeição dos
aclaratórios na origem violou o artigo 1.022 do mesmo diploma legal. 4. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO CONHECIDOS, MAS REJEITADOS. (TJGO, APELAÇÃO CÍVEL 216134-
93.2014.8.09. 0134, Rel. Dr. MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA, 4ª CÂMARA CÍVEL, julgado em
10/11/2016, DJe 2152 de 21/11/ 2016).”

Diante do exposto, conheço, em parte, dos embargos de declaração, e, na parte


conhecida, os REJEITO, uma vez que inexiste, no ato judicial embargado, qualquer dos vícios
previstos no artigo 1.022 do Diploma Processual Civil.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

Relator

PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 5148586.52.2019.8.09.0178


COMARCA :MAURILÂNDIA
EMBARGANTE :CLAUDINEIA DE JESUS MARTINS GUERRA
EMBARGADO :CELG DISTRIBUIÇÃO S/A
RELATOR :Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5148586-52.2019.8.09.0178
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO
DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO CUMULADA COM
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E REPETIÇÃO DO INDÉBITO.
IRREGULARIDADE NO MEDIDOR COMPROVADA. PROCESSO
ADMINISTRATIVO CONDUZIDO COM RESPEITO AOS PRINCÍPIOS DO
CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA. INOVAÇÃO RECURSAL.
AUSÊNCIA DE OMISSÃO.

1. Não merece conhecimento a tese suscitada apenas em sede de


embargos de declaração, porquanto constitui nítida inovação recursal.

2. O cabimento dos Embargos de Declaração pressupõe a existência de


algum dos vícios previstos no artigo 1.022 do Código de Processo Civil, não
sendo via hábil para o reexame da causa ou manifestação de irresignação
com o entendimento adotado.

3. O artigo 1.025 do Novo Código de Processo Civil passou a acolher a tese


do prequestionamento ficto, ficando o atendimento desse requisito
condicionado ao reconhecimento, pelos Tribunais Superiores, de que a
inadmissão ou a rejeição dos aclaratórios na origem violou o artigo 1.022 do
mesmo diploma legal.

EMBARGOS DECLARATÓRIOS PARCIALMENTE CONHECIDOS E,


NESTA EXTENSÃO, REJEITADOS.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as retro


indicadas.

ACORDAM os integrantes da 4ª Turma Julgadora da 1ª Câmara Cível, à


unanimidade de votos, em CONHECER PARCIALMENTE E DESPROVER
o presente recurso, nos termos do voto do Relator.

A sessão foi presidida pelo Desembargador Orloff Neves Rocha.

Votaram com o Relator, o Des. Carlos Roberto Fávaro e o Dr. Reinaldo


Alves Ferreira.

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NR.PROCESSO: 5148586-52.2019.8.09.0178
Presente o ilustre Procurador de Justiça Dr. José Carlos Mendonça.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

Desembargador Orloff Neves Rocha


Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Não-Concessão -> Antecipação de tutela
- Data da Movimentação 03/11/2020 13:51:37

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5539437-79.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS
POLO PASSIVO : KAUÊ HENRIQUE SOUSA SILVA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : KAUÊ HENRIQUE SOUSA SILVA


ADVG. PARTE : 35605 GO - MARCOS DE LAET COELHO

PARTE INTIMADA : KAUÊ HENRIQUE SOUSA SILVA


ADVG. PARTE : 35605 GO - MARCOS DE LAET COELHO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5539437-79.2020.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5539437-79.2020.8.09.0000
COMARCA DE ANÁPOLIS

AGRAVANTE: MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS


AGRAVADO : KAUÊ HENRIQUE SOUSA SILVA
RELATORA : DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

DECISÃO LIMINAR

MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS, regularmente representado, interpôs o presente recurso


de AGRAVO DE INSTRUMENTO contra a decisão proferida no evento 09, dos autos
de origem, pelo Juiz de Direito da Vara da Fazenda Pública Municipal, da Comarca de
Anápolis, Carlos Eduardo Rodrigues de Sousa, nos autos da Ação de Obrigação de
Fazer (5427340-21.2020.8.09.0006) intentada por KAUÊ HENRIQUE SOUSA, menor,
devidamente representado, em desfavor do agravante.

Apura-se dos autos que o autor, ora agravado, ajuizou a presente ação ordinária com
o intuito de compelir a referida autoridade coatora à disponibilização de vaga de UTI,
especializada em cardiologia pediátrica, para fins de realização de cirurgia, por conta
de ter sido diagnosticado com cardiopatia grave e complexa e o município requerido
não teria atendido a solicitação do médico que o acompanha.

O juízo singular, ao receber os autos em conclusão, proferiu a decisão ora recorrida,


evento 09, dos autos de origem, por meio da qual deferiu o pleito antecipatório, nestes
termos:

“(…) O autor solicitou à Secretaria Municipal de Saúde local sua


transferência para UTI, mas, a autoridade manteve-se inerte até o
presente instante. A superveniência da pretensão judicial para
sanar eventual omissão estatal, por sua vez, constitui indicativo
suficiente de que a situação da paciente não foi aparentemente
remediada até o momento, tornando plausível a alegação contida
na inicial. Neste contexto, o direito do paciente menor em ver
suprida a omissão estatal na viabilização de seu tratamento
apresenta-se revestido de grande verossimilhança, nos termos da
jurisprudência dominante (…) Igualmente, afigura-se evidente nos

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Assinado por MARIA DAS GRACAS CARNEIRO REQUI
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NR.PROCESSO: 5539437-79.2020.8.09.0000
autos o perigo de sobrevir no curso do processo dano irreparável
ou de difícil reparação, pois a omissão municipal prejudica
imensamente o tratamento do paciente menor e coloca em risco
sua vida. Diante do exposto, defiro o pedido de tutela de
urgência e ordeno ao Município de Anápolis que, no prazo
máximo de 24 (vinte e quatro) horas, conclua a regulação e
promova a transferência do paciente menor KAUÊ HENRIQUE
SOUSA SILVA para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com
suporte especializado em cardiologia pediátrica e disponibilize a
realização da cirurgia cardíaca, conforme solicitado no laudo
técnico contido no evento 01, ou, alternativamente, realize a
transferência para UTI em hospital da rede privada, sob pena de
sequestro do numerário suficiente nas contas do Município para
satisfação da obrigação e responsabilização cível e criminal do
gestor. Fica desde já estipulado que o prazo de 24 (vinte e
quatro) horas para a viabilização da transferência será contado a
partir da data de cientificação pessoal do gestor, independente da
juntada do mandado de intimação nos autos.”

Inconformado, o requerido interpôs o presente Agravo de Instrumento, a ponderar,


inicialmente, ausência de fumus boni iuris, a ressaltar que “A saúde integral é direito de
todos, desta forma, demonstrada a necessidade do tratamento e a impossibilidade
financeira do paciente em realizá-lo com recursos próprios, há de se respeitar o
preceito constitucional de direito à vida, à saúde. E isso é indiscutível! Porém, o art. 6º
da nossa Carta Magna declara a saúde como sendo um direito social, e o artigo 196
da Constituição da República, que assegura o direito à saúde, refere-se, em princípio,
à efetivação de POLÍTICAS PÚBLICAS que alcancem a população como um todo,
assegurando-lhe acesso universal e igualitário, e não a situações individualizadas.”, fl.
03.

Noutro ponto, aduziu que “o Município de Anápolis não pode ser obrigado a arcar com
o tratamento do agravado, sendo compelido a realizar conduta não prevista em lei, já
que o ordenamento jurídico determinou ser de responsabilidade dos Estados e do
Distrito Federal gerir os procedimentos de média e alta complexidade.”, fl. 05.

Defendeu que “A responsabilidade do Poder Público Municipal em fornecer


tratamentos excepcionais para reabilitar a saúde dos cidadãos não pode colocar em
risco todo o sistema de saúde, devendo prevalecer o interesse coletivo sobre o
particular.”, fl. 06, a destacar o princípio da reserva do possível.

Requereu, dessa forma, a concessão de efeito suspensivo ao presente recurso a fim


de que fosse cessada a obrigação de fornecer o tratamento médico ao autor. No
mérito, reiterou a confirmação do pleito liminar, em todos os seus termos.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5539437-79.2020.8.09.0000
Sem preparo, ex vi legis.

Em suma, é o relatório. Passo à decisão.

Em atenção à redação conferida ao artigo 1.015, do Código de Processo Civil de 2015,


o legislador instituiu o agravo por instrumento apenas para as hipóteses taxativas ali
elencadas, especialmente para aquelas que versam sobre provimentos jurisdicionais
de urgência ou quando houver perigo iminente de que a decisão de primeiro grau
venha a causar lesão grave e de difícil ou incerta reparação.

Vale ainda ressaltar que, nos termos do artigo 1.019, I, do Código de Processo Civil de
2015, foi mantida a faculdade conferida ao relator de conceder efeito suspensivo ou,
ainda, deferir, total ou parcialmente, a antecipação da tutela pleiteada, nos casos
expressamente admitidos em lei.

Desta forma, para a concessão de liminar em Agravo de Instrumento a fim de conferir-


lhe efeito suspensivo ou a antecipação da tutela, mister se faz demonstrar os
requisitos necessários para a concessão das tutelas de urgência em geral, não se
afastando do periculum in mora e o fumus boni juris, ou seja, devem estar presentes a
probabilidade do direito invocado aliado ao perigo de dano que o ato judicial possa
causar.

No caso, observo que tais requisitos não se encontram evidenciados na medida em


que há indícios de que o autor, KAUÊ HENRIQUE SOUSA, necessita do tratamento
indicado no relatório médico que acompanha a peça de ingresso, de modo que a
manutenção da decisão recorrida até pronunciamento do mérito recursal é medida que
se impõe.

Isto posto, nos termos do artigo 1.019, I, do CPC/2015, INDEFIRO o pedido de


concessão de efeito suspensivo, até a decisão final a ser proferida pelo colegiado.

Dê-se ciência desta decisão ao juiz da causa.

Intime-se o agravado para que, querendo, nos termos do artigo 1.019, II, do
CPC/2015, apresente contrarrazões.

Abra-se vista à Procuradoria Geral de Justiça.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5539437-79.2020.8.09.0000
Após, incontinenti, volvam-me os autos conclusos para julgamento.

Intimem-se. Cumpra-se.

Goiânia, 03 de novembro de 2019.

DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA

105

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 20/11/2020 12:29:26

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0216035-96.2005.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDUSTRIAS URBANAS NO ESTADO
DE GOIAS STIUEG
POLO PASSIVO : FUNDACAO CELG DE SEGUROS E PREVIDENCIA ELETRA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ELETRA FUNDACAO CELG DE SEGUROS E PREVIDENCIA


ADVG. PARTE : 10691 GO - LUIZ FERNANDO BRUM DOS SANTOS

PARTE INTIMADA : SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDUSTRIAS URBANAS NO ESTADO


DE GOIAS STIUEG
ADVGS. PARTE : 16017 DF - VANESSA MARIA DE MORAIS SOUZA DANTAS
29262 DF - BRUNO DE MORAIS SOUZA

PARTE INTIMADA : ELETRA FUNDACAO CELG DE SEGUROS E PREVIDENCIA


ADVG. PARTE : 10691 GO - LUIZ FERNANDO BRUM DOS SANTOS

PARTE INTIMADA : SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDUSTRIAS URBANAS NO ESTADO


DE GOIAS STIUEG
ADVGS. PARTE : 29262 DF - BRUNO DE MORAIS SOUZA
16017 DF - VANESSA MARIA DE MORAIS SOUZA DANTAS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0216035-96.2005.8.09.0051
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE
COBRANÇA. PREVIDÊNCIA PRIVADA. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS.
PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. TRANSAÇÃO EXTRAJUDICIAL.
INAPLICABILIDADE DA SÚMULA 289, DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA. ROMPIMENTO DO VÍNCULO CONTRATUAL. APLICAÇÃO
SÚMULA 289 STJ. CORREÇÃO MONETÁRIA PELO IPC. INOVAÇÃO
RECURSAL. INOBSERVÂNCIA DOS REQUISITOS DO ART. 1.022, CPC.
PREQUESTIONAMENTO.

1. A matéria não impugnada nas razões do recurso não é passível de ser


apreciada em sede de embargos de declaração, haja vista consubstanciar
inovação recursal vedada pelo ordenamento jurídico.

2. O cabimento dos Embargos de Declaração pressupõe a existência de


algum dos vícios previstos no artigo 1.022 do Código de Processo Civil, não
sendo via hábil para o reexame da causa.

3. O artigo 1.025 do Novo Código de Processo Civil passou a acolher a tese


do prequestionamento ficto, ficando o atendimento desse requisito
condicionado ao reconhecimento, pelos Tribunais Superiores, de que a
inadmissão ou a rejeição dos aclaratórios na origem violou o artigo 1.022 do
mesmo diploma legal.

EMBARGOS DECLARATÓRIOS REJEITADOS.

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NR.PROCESSO: 0216035-96.2005.8.09.0051
PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 216035.96.2005.8.09.0051


COMARCA :CATALÃO
:SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS
1º EMBARGANTE
URBANAS NO ESTADO DE GOIAS – STIUEG
2º EMBARGANTE :ELETRA FUNDAÇÃO CELG DE SEGUROS E PREVIDÊNCIA
1º EMBARGADO :ELETRA FUNDAÇÃO CELG DE SEGUROS E PREVIDÊNCIA
:SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS
2º EMBARGADO
URBANAS NO ESTADO DE GOIAS - STIUEG
RELATOR :Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

VOTO

Trata-se de duplo Embargos de Declaração opostos pelo SINDICATO DOS


TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS URBANAS NO ESTADO DE GOIAS – STIUEG e por
ELETRA FUNDAÇÃO CELG DE SEGUROS E PREVIDÊNCIA, em face do acórdão proferido no
evento 47, que deu parcial provimento aos recursos de apelação.

O 1º embargante alegou omissão, afirmando que “O título executivo judicial que se


busca é para os substituídos que não migraram, mas também para os que migraram de planos,
sacaram sua reserva de poupança e romperam o vínculo com o fundo de pensão, ou seja,
vinculados ao REsp 1.183.474 – Tema 514.”

A 2ª embargante também arguiu omissão, sob o fundamento que a preliminar não foi
analisada “sob o relevante prisma de que os Sindicatos não possuem legitimidade ativa para
ajuizar ação coletiva para discutir relação contratual previdenciária.”

Pois bem.

Evidencio que os embargantes inovam no debate. Assim, não há como ser omisso
naquilo que não foi alegado.

As matérias suscitadas constituem nítida inovação recursal, porquanto trazidas


somente com a oposição dos presentes aclaratórios, motivo pelo qual não merecem ser aprecia
das.

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NR.PROCESSO: 0216035-96.2005.8.09.0051
Com relação ao primeiro aclaratório, vê-se que a matéria sequer foi trazida na petição
inicial, pelo autor/1º embargante. Por consequência, não foi tratada em sede de contestação, nem
na sentença, nem nos recursos de apelação interpostos e nas respectivas contrarrazões. Em
momento algum, o requerente/1º recorrente defendeu a tese exposta no Recurso Especial
1.183.474 – Tema 514, mencionado por ele apenas, aqui, em sede de embargos de declaração.

Cabe destacar que o Resp 1.551.488 - Tema 943 não foi aplicado de forma irrestrita no
decisum guerreado. A matéria foi tratada de maneira mais ampla, justamente, porque não houve
debate pormenorizado de todas as situações possíveis, e, no caso dos autos, não está em
análise a situação de um trabalhador específico, visto que a ação foi ajuizada pelo sindicato. Não
se deve fazer interpretações extensivas do julgado. O Resp 1.551.488 - Tema 943 deve ser
aplicado somente àqueles que se enquadram exatamente naquela situação. Na decisão
embargada, inclusive, foi transcrito trecho do julgado do referido Recurso Especial, para melhor
esclarecer a situação.

Pertinente ao segundo embargos de declaração, opostos pela ré, a matéria também


não foi suscitada anteriormente. É fato que a ré/2ª embargante alegou ilegitimidade ativa, por
motivos diversos, os quais foram todos afastados na decisão que se recorre, todavia, o prisma
levantado nos presentes aclaratórios não o foi anteriormente.

Não é admitida a inovação em fase recursal, sob pena de afronta aos princípios do
contraditório e da ampla defesa, corolários do devido processo legal, conforme entendimento
jurisprudencial:

DUPLOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO


POR DANOS MATERIAIS. OMISSÃO. CONTRADIÇÃO INTERNA. INOCORRÊNCIA.
INEXISTÊNCIA DOS VÍCIOS ELENCADOS NO ARTIGO 1.022 DO CÓDIGO DE PROCESSO
CIVIL. REDISCUSSÃO DE MATÉRIA JÁ DECIDIDA. IMPOSSIBILIDADE. INOVAÇÃO
RECURSAL. (…) 3. A matéria não impugnada nas razões do recurso não é passível de
ser apreciada em sede de embargos de declaração, haja vista consubstanciar inovação
recursal vedada pelo ordenamento jurídico. 4. 1os E 2os EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
CONHECIDOS, MAS REJEITADOS. Acorda o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pela
Quarta Turma Julgadora de sua Quarta Câmara Cível, à unanimidade de votos, em
CONHECER DOS 1os E 2os EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, MAS REJEITÁ-LOS, tudo nos
termos do voto da Relatora. (TJGO, Apelação (CPC) 0178836-25.2014.8.09.0051, Rel.
Des(a). ELIZABETH MARIA DA SILVA, 4ª Câmara Cível, julgado em 24/07/2020, DJe de
24/07/2020, g.)

Embargos de Declaração no Mandado de Segurança. I - Inovação recursal. A alegada


omissão em relação à impossibilidade de imputar a responsabilidade pela dispensação
da medicação ao Estado de Goiás, pois a substituída é segurada do plano de saúde
IPASGO, somente foi aventada em sede de embargos de declaração, não tendo sido

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NR.PROCESSO: 0216035-96.2005.8.09.0051
objeto da contestação e, por consequência, do julgamento embargado, não podendo
ser examinada nos presentes aclaratórios, por constituir nítida inovação recursal. (…)
(TJGO, Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009) 5245738-18.2020.8.09.0000, Rel.
Des(a). CARLOS ALBERTO FRANÇA, 2ª Câmara Cível, julgado em 20/07/2020, DJe de
20/07/2020, g.)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL


C/C INDENIZAÇÃO DANOS MATERIAIS E MORAIS E DEVOLUÇÃO DE QUANTIA PAGA.
OMISSÃO. VÍCIO NÃO CONFIGURADO. INOVAÇÃO RECURSAL. IMPOSSIBILIDADE. 1- É
inviável a apreciação, em sede de embargos de declaração, de matéria não questionada
no recurso de apelação, constituindo inovação recursal vedada pela legislação
processual. 2- Inocorrentes os vícios de omissão, obscuridade, contradição ou erro material,
nos moldes previstos no artigo 1.022 do Código de Processo Civil, a rejeição dos embargos
declaratórios é medida que se impõe. 3- EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS E
REJEITADOS. (TJGO, APELACAO 0060552-90.2015.8.09.0029, Rel. Des(a). NELMA
BRANCO FERREIRA PERILO, 4ª Câmara Cível, julgado em 20/07/2020, DJe de 20/07/2020,
g.)

Assim, não evidencio nenhuma mácula no voto embargado.

Conforme disposto no art. 1.022, incisos I, II e III, do Código de Processo Civil, os


Embargos de Declaração são cabíveis para:

Art. 1.022. […]

I – esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

II – suprir omissão de ponto ou questão sobre a qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a
requerimento;

III – corrigir erro material.

Está claro na própria letra da lei que o artigo em comento destina-se, única e
exclusivamente, a busca do aperfeiçoamento da sentença ou acórdão, viciados por obscuridade,
contradição ou omissão sobre ponto a respeito do qual deva pronunciar-se o juízo ou Tribunal.

Na qualidade de recurso com fundamentação vinculada, isto é, cuja amplitude material


está delimitada em lei, não pode o reclamo aclaratório ser utilizado de forma que a parte
simplesmente manifeste sua irresignação com o que foi decidido.

Destaco que, a partir do novo sistema processual implantado pela Lei Federal n.

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NR.PROCESSO: 0216035-96.2005.8.09.0051
13.105, de 16 de março de 2015, nos termos do seu artigo 1.025, passou-se a reconhecer o
atendimento do requisito de prequestionamento pela simples oposição dos embargos de
declaração, independentemente do seu acolhimento pelo Tribunal de origem, exigindo-se,
entretanto, o reconhecimento pelos Tribunais Superiores de que a inadmissão ou a rejeição dos
aclaratórios violou o artigo 1.022 do referido Estatuto Processual Civil. Ilustra-se:

“ ...3. O artigo 1.025 do Novo Código de Processo Civil passou a acolher a tese do
prequestionamento ficto, ficando o atendimento desse requisito condicionado ao
reconhecimento, pelos Tribunais Superiores, de que a inadmissão ou a rejeição dos
aclaratórios na origem violou o artigo 1.022 do mesmo diploma legal. 4. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO CONHECIDOS, MAS REJEITADOS. (TJGO, APELAÇÃO CÍVEL 216134-
93.2014.8.09. 0134, Rel. Dr. MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA, 4ª CÂMARA CÍVEL, julgado em
10/11/2016, DJe 2152 de 21/11/ 2016).”

Diante do exposto, REJEITO ambos os Embargos de Declaração, tendo em vista a


inobservância aos requisitos exigidos pelo art. 1.022, I, II e III, parágrafo único, I e II, do Código
de Processo Civil.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

Relator

PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 216035.96.2005.8.09.0051


COMARCA :CATALÃO
:SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS
1º EMBARGANTE
URBANAS NO ESTADO DE GOIAS – STIUEG
2º EMBARGANTE :ELETRA FUNDAÇÃO CELG DE SEGUROS E PREVIDÊNCIA
1º EMBARGADO :ELETRA FUNDAÇÃO CELG DE SEGUROS E PREVIDÊNCIA
:SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS
2º EMBARGADO
URBANAS NO ESTADO DE GOIAS - STIUEG
RELATOR :Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE

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NR.PROCESSO: 0216035-96.2005.8.09.0051
COBRANÇA. PREVIDÊNCIA PRIVADA. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS.
PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. TRANSAÇÃO EXTRAJUDICIAL.
INAPLICABILIDADE DA SÚMULA 289, DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA. ROMPIMENTO DO VÍNCULO CONTRATUAL. APLICAÇÃO
SÚMULA 289 STJ. CORREÇÃO MONETÁRIA PELO IPC. INOVAÇÃO
RECURSAL. INOBSERVÂNCIA DOS REQUISITOS DO ART. 1.022, CPC.
PREQUESTIONAMENTO.

1. A matéria não impugnada nas razões do recurso não é passível de ser


apreciada em sede de embargos de declaração, haja vista consubstanciar
inovação recursal vedada pelo ordenamento jurídico.

2. O cabimento dos Embargos de Declaração pressupõe a existência de


algum dos vícios previstos no artigo 1.022 do Código de Processo Civil, não
sendo via hábil para o reexame da causa.

3. O artigo 1.025 do Novo Código de Processo Civil passou a acolher a tese


do prequestionamento ficto, ficando o atendimento desse requisito
condicionado ao reconhecimento, pelos Tribunais Superiores, de que a
inadmissão ou a rejeição dos aclaratórios na origem violou o artigo 1.022 do
mesmo diploma legal.

EMBARGOS DECLARATÓRIOS REJEITADOS.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as retro


indicadas.

ACORDAM os integrantes da 4ª Turma Julgadora da 1ª Câmara Cível, à


unanimidade de votos, em CONHECER E DESPROVER o presente
recurso, nos termos do voto do Relator.

A sessão foi presidida pelo Desembargador Orloff Neves Rocha.

Votaram com o Relator, o Des. Carlos Roberto Fávaro e o Dr. Reinaldo


Alves Ferreira.

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NR.PROCESSO: 0216035-96.2005.8.09.0051
Presente o ilustre Procurador de Justiça Dr. José Carlos Mendonça.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

Desembargador Orloff Neves Rocha


Relator

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 03/11/2020


18:42:32

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0466966-07.2014.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : CONDOMINIO DO EDIFICIO NEW BUSINESS STYLE
POLO PASSIVO : OTACILIO RAMALHO DOS SANTOS FILHO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : OTACILIO RAMALHO DOS SANTOS FILHO


ADVGS. PARTE : 39368 GO - FERNANDO ARAUJO NASCIMENTO
40951 GO - VICENTE GONCALVES DO NASCIMENTO ROCHA FILHO

PARTE INTIMADA : CONDOMINIO DO EDIFICIO NEW BUSINESS STYLE


ADVGS. PARTE : 10678 GO - CARLOS AUGUSTO COSTA CAMAROTA
45694 GO - LIDYA BRENDA BATISTA DE CARVALHO E MIRANDA
FAGUNDES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 0466966-07.2014.8.09.0051
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0466966-07.2014.8.09.0051


COMARCA DE GOIÂNIA

APELANTE: OTACÍLIO RAMALHO DOS SANTOS FILHO


APELADO: CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO NEW BUSINESS STYLE
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

DESPACHO

Considerando a determinação contida no § 3º do artigo 3º do Código de Processo Civil


1
e em atenção à Meta 3 do Conselho Nacional de Justiça2, determino a remessa
dos autos ao Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) em
Segundo Grau, por vislumbrar, no caso em apreço, a possibilidade de solução
consensual do conflito.

No ensejo, informo que eventual desinteresse na conciliação deverá ser informado em


simples petição, caso em que o presente feito deverá retornar, em conclusão, a esta
Relatoria.

Intimem-se. Cumpra-se.

Goiânia, 03 de novembro de 2020.

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Assinado por CARLOS ROBERTO FAVARO
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NR.PROCESSO: 0466966-07.2014.8.09.0051
DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO
RELATOR
1007/FF

1“§ 3º A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por
juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial”.

2 “Meta 3 – Aumentar os casos solucionados por conciliação (Justiça Federal, Justiça do Trabalho e Justiça
Estadual.”

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 22/11/2020 13:29:44

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5654651-96.2019.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : MUNICIPIO DE PILAR DE GOIAS
POLO PASSIVO : ESTADO DE GOAIS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MUNICIPIO DE PILAR DE GOIAS


ADVGS. PARTE : 2626 GO - MANOEL DE OLIVEIRA MOTA
21926 GO - DANILO SIQUEIRA DE REZENDE

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5654651-96.2019.8.09.0051
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO APELAÇÃO CÍVEL EM
DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE
OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS. REPASSE
CONSTITUCIONAL DE ICMS. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE
MORA. REGIME DE PRECATÓRIO DESCABIDO. ÔNUS DA
SUCUMBÊNCIA. SENTENÇA MANTIDA. HONORÁRIOS
SUCUMBENCIAIS. VÍCIOS INEXISTENTES. REDISCUSSÃO DE
MATÉRIA. IMPOSSIBILIDADE. PREQUESTIONAMENTO.

1. A oposição de embargos declaratórios pressupõe a existência de um


dos vícios contidos no art. 1.022 do CPC, não se prestando à
rediscussão de matéria debatida e analisada, cuja decisão desfavoreça
o Embargante.

2. Ainda que opostos para fins de prequestionamento, não impende


acolhimento o recurso quando se pretende apenas a rediscussão da
matéria decidida.

3. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o


embargante suscitou, para fins de prequestionamento, ainda que os
embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, conforme
disposto no artigo 1025 do CPC.

EMBARGOS DECLARATÓRIOS REJEITADOS.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Assinado por ORLOFF NEVES ROCHA
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5654651-96.2019.8.09.0051
tribunal
PODER JUDICIÁRIO
de justiça TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
do estado
Gabinete do Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
de goiás
Rua 10, n.º 150 , Fórum Dr. Heitor Moraes Fleury , 12º Andar , Sala 1229, Setor Oeste , Goiânia-GO, CEP 74120020, Tel: (62) 3216-2964

Processo : 5654651-96.2019.8.09.0051
Nome CPF/CNPJ
Promovente(s)
MUNICIPIO DE PILAR DE GOIAS 02.647.303/0001-26
Nome CPF/CNPJ
Promovido(s)
ESTADO DE GOAIS 01.409.580/0001-38
Órgão 1ª Câmara
Tipo de Ação / Recurso Procedimento Comum
judicante: Cível
Relator Des. ORLOFF NEVES ROCHA

VOTO

Tratam-se de Embargos de Declaração opostos pelo ESTADO DE GOIÁS, em face do


acórdão proferido no evento 53, que negou provimento ao apelo por ele interposto, contra
sentença proferida pelo Juízo da 2ª Vara da Fazenda Pública Estadual da Comarca de Goiânia,
nos autos da “Ação Declaratória de Obrigação de Fazer c/c Exibição de Documentos”, ajuizada
pelo MUNICÍPIO DE PILAR DE GOIÁS.

Conheço destes aclaratórios, eis que presentes os seus pressupostos de


admissibilidade.

Em suma, alegou o Embargante que os presentes embargos têm por finalidade sanar
a omissão apontada, bem como prequestionar a matéria, a fim de continuar discutindo a questão
em sede dos recursos excepcionais.

Conforme se depreende do art. 1.022 do CPC, os embargos de declaração serão


opostos para: a) esclarecer obscuridade ou eliminar contradição (inciso I); b) suprir omissão de
ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento (inciso II);
c) corrigir erro material (inciso III).

No caso dos autos, não se verifica nenhum dos supramencionados vícios. O que se vê
é que o Embargante insurge-se contra o julgamento proferido apenas porque o resultado deste
não atende aos seus interesses, inexistindo erro sanável por estes embargos, haja vista que as
questões discutidas nos autos foram suficientemente analisadas e fundamentadas.

No tocante a inaplicabilidade do RE 572.72/SC, restou transcrito no acórdão ora


embargado o Tema 42, firmado em sede de repercussão geral, o qual considera indevida a
retenção da parcela do ICMS constitucionalmente devida aos municípios por configurar indevida
interferência do Estado no sistema constitucional de repartição de receitas tributárias, conclusão
que se amolda perfeitamente ao caso em questão.

Do mesmo modo, o acórdão embargado explicitou que o repasse do valor devido pelo
Estado ao Município a título de ICMS ao Município requerente/apelado encerra uma obrigação
de fazer, e não de pagar. Assim, o adimplemento dos valores não repassados deve ser realizado
imediatamente, e não por meio do regime de precatórios.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5654651-96.2019.8.09.0051
Ademais, ainda que opostos para fins de prequestionamento, não impende
acolhimento o recurso quando se pretende apenas a rediscussão da matéria decidida.

Cumpre ressaltar que se consideram incluídos no acórdão os elementos que a


Embargante suscitou, para fins de prequestionamento, ainda que os embargos de declaração
sejam inadmitidos ou rejeitados, conforme disposto no artigo 1025 do CPC.

Do exposto, conhecidos dos embargos de declaração, submeto a insurgência à


apreciação da Turma Julgadora desta eg. 1ª Câmara Cível, pronunciando-me pela REJEIÇÃO
DOS EMBARGOS DECLARATÓRIOS, uma vez que inexiste, no ato judicial embargado,
qualquer dos vícios previstos no artigo 1.022 do Diploma Processual Civil.

É o voto.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

_______________________________________
Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
Relator
_____________________________________________________________________
_____
Documento emitido / assinado digitalmente
com fundamento no Art. 1º, § 2º III, "b", da Lei Federal nº 11.419, de 19/12/2006, publicada no DOU de 20/12/2006.

tribunal
PODER JUDICIÁRIO
de justiça TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
do estado
Gabinete do Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
de goiás
Rua 10, n.º 150 , Fórum Dr. Heitor Moraes Fleury , 4º Andar , Sala 410, Setor Oeste , Goiânia-GO, CEP 74120020, Tel: (62) 3216-2974

Processo : 5654651-96.2019.8.09.0051
Nome CPF/CNPJ
Promovente(s)
MUNICIPIO DE PILAR DE GOIAS 02.647.303/0001-26
Nome CPF/CNPJ
Promovido(s)
ESTADO DE GOAIS 01.409.580/0001-38
Órgão 1ª Câmara
Tipo de Ação / Recurso Procedimento Comum
judicante: Cível
Relator Des. ORLOFF NEVES ROCHA

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO APELAÇÃO CÍVEL EM


DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE
OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS. REPASSE
CONSTITUCIONAL DE ICMS. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE
MORA. REGIME DE PRECATÓRIO DESCABIDO. ÔNUS DA
SUCUMBÊNCIA. SENTENÇA MANTIDA. HONORÁRIOS
SUCUMBENCIAIS. VÍCIOS INEXISTENTES. REDISCUSSÃO DE
MATÉRIA. IMPOSSIBILIDADE. PREQUESTIONAMENTO.
1. A oposição de embargos declaratórios pressupõe a existência de
um dos vícios contidos no art. 1.022 do CPC, não se prestando à
rediscussão de matéria debatida e analisada, cuja decisão

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5654651-96.2019.8.09.0051
desfavoreça o Embargante.
2. Ainda que opostos para fins de prequestionamento, não impende
acolhimento o recurso quando se pretende apenas a rediscussão da
matéria decidida.
3. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o
embargante suscitou, para fins de prequestionamento, ainda que os
embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, conforme
disposto no artigo 1025 do CPC.
EMBARGOS DECLARATÓRIOS REJEITADOS.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as retro


indicadas.

ACORDAM os integrantes da 4ª Turma Julgadora da 1ª Câmara Cível, à


unanimidade de votos, em CONHECER E REJEITAR o presente recurso,
nos termos do voto do Relator.

A sessão foi presidida pelo Desembargador Orloff Neves Rocha.

Votaram com o Relator, o Des. Carlos Roberto Fávaro e o Dr. Reinaldo


Alves Ferreira.

Presente o ilustre Procurador de Justiça Dr. José Carlos Mendonça.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

________________________________________
Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
Relator
_____________________________________________________________________
_____
Documento emitido / assinado digitalmente
com fundamento no Art. 1º, § 2º III, "b", da Lei Federal nº 11.419, de 19/12/2006, publicada no DOU de 20/12/2006.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5654651-96.2019.8.09.0051

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em
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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 19/11/2020 13:55:05

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0080059-22.2017.8.09.0076
CLASSE PROCESSUAL : Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária ( L.E. )
POLO ATIVO : BANCO VOLKSVAGEM S/A
POLO PASSIVO : ANALICE E CUNHA LTDA ME
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ANALICE E CUNHA LTDA ME


ADVGS. PARTE : 28310 GO - FLÁVIO AUGUSTO PINTO E SILVA
41725 GO - ROBERTA JOYCE PINTO E SILVA ARANTES

PARTE INTIMADA : BANCO VOLKSVAGEM S/A


ADVGS. PARTE : 30245 GO - FLÁVIO NEVES COSTA
30246 GO - RICARDO NEVES COSTA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0080059-22.2017.8.09.0076
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº


0080059-22.2017.8.09.0076
COMARCA DE IPORÁ

EMBARGANTE: ANALICE E CUNHA LTDA ME


EMBARGADO: BANCO VOLKSWAGEN S/A
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço dos aclaratórios opostos.

Conforme relatado, cuidam-se de Embargos Declaratórios opostos pela ANALICE E


CUNHA LTDA ME em face do acórdão do movimento nº 35, o qual negou provimento
ao agravo interno interposto em face do BANCO VOLKSWAGEN S/A, nos autos da
Ação de Busca e Apreensão ajuizada por esta instituição financeira em face da
empresa embargante.

O acórdão embargado foi assim ementado (movimento nº 35):

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Assinado por CARLOS ROBERTO FAVARO
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0080059-22.2017.8.09.0076
“EMENTA: AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO
DE BUSCA E APREENSÃO. RECONVENÇÃO. REVISIONAL.
JUROS REMUNERATÓRIOS. TAXA MÉDIA DE MERCADO.
AUSÊNCIA DE ABUSIVIDADE. REGULAR CONSTITUIÇÃO EM
MORA. AUSÊNCIA DE ELEMENTOS NOVOS. DECISÃO
MONOCRÁTICA MANTIDA. 1. Para a configuração da mora não
se faz necessário que a notificação ao devedor seja efetivada por
Cartório de Títulos e Documento, bastando o envio da
correspondência devidamente registrada com aviso de
recebimento ao endereço indicado no contrato, não se exigindo,
tampouco, que a assinatura dele constante seja a do próprio
destinatário. 2. Não há se falar em ilegalidade de cobrança de
juros remuneratórios superiores a 12% (doze por cento) ao ano,
se estes não ultrapassam a taxa média de mercado estabelecida
pelo Banco Central do Brasil à época da avença, assim como a
razoabilidade e proporcionalidade. 3. Se a parte agravante não
traz provas ou argumentos suficientes para acarretar a
modificação da linha de raciocínio adotada na decisão
monocrática, impõe-se o desprovimento do agravo interno,
porquanto interposto à míngua de elementos novos capazes de
reformar a decisão recorrida. AGRAVO INTERNO CONHECIDO
E DESPROVIDO.”

A embargante busca, nesta via, o reconhecimento de contradição no julgado


combatido, defendendo as teses de violação ao teor da súmula nº 121 da Suprema
Corte, que veda a capitalização de juros, da ilegalidade na cobrança de tarifas e
encargos de terceiros no contrato em análise, a ausência de validade da sua
notificação da mora e a nulidade de sua citação.

Pois bem.

A princípio, impõe-se esclarecer que os embargos declaratórios são cabíveis,


conforme redação do artigo 1.022 do Código de Processo Civil, quando:

“ Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer


decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se
pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material.”

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NR.PROCESSO: 0080059-22.2017.8.09.0076
Nesse toar, verifico inexistir plausibilidade na presente insurgência.

Conforme ressaltado no decisum embargado, no que tange à limitação dos juros


remuneratórios, de acordo com o entendimento pacificado pela Corte Superior de
Justiça, a estipulação de juros acima de 12% (doze por cento) ao ano não implica em
ofensa aos direitos do consumidor.

Restou pacificado tanto nesta Corte Recursal quanto no Supremo Tribunal Federal e
no Superior Tribunal de Justiça o entendimento de que os juros remuneratórios
livremente avençados não estão sujeitos a limitação constitucional (Súmula Vinculante
nº 7 do STF) ou infraconstitucional (Lei de Usura), mesmo que celebrado o contrato
em data anterior a edição da Emenda Constitucional nº 40/03.

Assim, não há se falar em abusividade nos juros remuneratórios praticados pela


instituição embragada, pois estão bem abaixo da média de mercado à época da
contratação – 4,00% (quatro por cento) ao ano, quando a taxa média de mercado à
época (22/07/2013), era de 6,77% (seis, vírgula setenta e sete por cento) ao ano – (
https://www.bcb.gov.br).

Noutra quadra, em relação a cobrança da Tarifa de Cadastro, esta está garantida pelo
teor da súmula nº 566 do Superior Tribunal de Justiça que normatiza que “Nos
contratos bancários posteriores ao início da vigência da Resolução-CMN n.
3.518/2007, em 30/4/2008, pode ser cobrada a tarifa de cadastro no início do
relacionamento entre consumidor e a instituição financeira.”

Quanto a configuração de sua mora, não é mais necessário que a notificação ao


devedor arrendatário seja efetivada por cartório ou por meio de protesto do título,
bastando o envio de correspondência devidamente registrada com aviso de
recebimento ao endereço indicado no contrato, não se exigindo tampouco a
assinatura do destinatário.

Desta forma, a notificação extrajudicial realizada pelo banco recorrido (documento nº


05 do movimento nº 03), revela-se adequada, conforme a legislação de regência
atualizada, já que realizada mediante carta com aviso de recebimento enviada ao
endereço constante do contrato.

Em relação à suposta nulidade de sua citação, tal matéria não foi objeto de
manifestação nos recursos anteriores, de modo que demonstra inovação recursal,
vedada pelo ordenamento jurídico pátrio, sob pena de supressão de instância.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0080059-22.2017.8.09.0076
Por derradeiro, quanto ao pleito de prequestionamento, saliento que mostra-se
desnecessária a menção expressa dos artigos na peça recursal, sendo suficiente que
o acórdão tenha decidido a causa à luz dos dispositivos legais pertinentes à matéria,
para que esteja configurado o requisito para a interposição de recurso aos Tribunais
Superiores.

Assim, observo que não houve nenhuma mácula capaz de ensejar o provimento do
recurso aviado.

Não se prestam os aclaratórios a modificar decisão ou acórdão contra os quais se


rebelam, sem a presença de vícios que o inquine. Vejamos o entendimento desta e.
Corte de Justiça:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE


DIREITO A NOMEAÇÃO E POSSE EM CARGO PÚBLICO.
CANDIDATO APROVADO NO CADASTRO DE RESERVA. NÃO
COMPROVADO O SURGIMENTO DE NOVAS VAGAS
DURANTE A VIGÊNCIA DO CERTAME. OMISSÃO E
CONTRADIÇÃO INEXISTENTES. (…). 1. Os embargos
declaratórios objetivam, exclusivamente, rever decisões que
apresentam falhas ou vícios, como obscuridade, contradição,
omissão ou erro material, a fim de garantir a harmonia lógica, a
inteireza e a clareza da decisão embargada, não sendo meio
hábil ao reexame da causa. 2. Pela sistemática do artigo 1.025
do novo Diploma Processual Civil, a simples interposição de
embargos de declaração é o suficiente para prequestionar a
matéria. EMBARGOS CONHECIDOS, MAS REJEITADOS.”
a
(TJGO - 6 CC – ED 0106552-48 – Des. FAUSTO MOREIRA DINIZ – DJ
14/05/2019).

“ EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL.


DUPLO APELO. AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL.
MULTA APLICADA PELO PROCON ESTADUAL.
SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA FIXADA NA ORIGEM.
ALEGAÇÃO DE OMISSÃO QUANTO AOS HONORÁRIOS
RECURSAIS. OMISSÃO INEXISTENTES. 1. A oposição de
embargos declaratórios pressupõe a existência de um dos vícios
contidos no art. 1.022 do CPC, não se prestando à rediscussão
de matéria debatida e analisada, cuja decisão desfavoreça o
Embargante. Daí, não constatada a presença da omissão
alegada, hão de ser desprovidos. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO REJEITADOS.” (TJGO - 1a CC – ED 0426316-78 –
Des. ORLOFF NEVES ROCHA – DJ 23/05/2019).

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NR.PROCESSO: 0080059-22.2017.8.09.0076
Destarte, não restando evidenciada mácula no decisum ora combatido, tenho que os
presentes aclaratórios não se amoldam às condições previstas no ordenamento
jurídico.

Assim, considera-se prequestionada a matéria, ainda que os aclaratórios sejam


inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes
erro/omissão/contradição/obscuridade, nos termos do artigo 1.025 do Código de
Processo Civil.

Nessa confluência, REJEITO os presentes EMBARGOS DECLARATÓRIOS,


mantendo a decisão hostilizada em sua integralidade.

É como voto.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR
1005/CR

EMENTA: EMBARGOS DECLARATÓRIOS NO AGRAVO


INTERNO NA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE BUSCA E
APREENSÃO. CAPITALIZAÇÃO DE JUROS. PERMITIDA.
TAXA MÉDIA DE MERCADO. AUSÊNCIA DE ABUSIVIDADE.
REGULAR CONSTITUIÇÃO EM MORA. NULIDADE DA
CITAÇÃO. INOVAÇÃO RECURSAL. PREQUESTIONAMENTO.
1. Os embargos de declaração encontram limites na norma
estabelecida no artigo 1.022 do CPC, sendo cabíveis nas
hipóteses de acórdão maculado por obscuridade, contradição,

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0080059-22.2017.8.09.0076
omissão ou, ainda, erro material. 2. Não ocorrendo obscuridade,
omissão ou contradição, tampouco erro material no acórdão,
vícios elencados no artigo 1.022 do CPC, devem ser rejeitados os
embargos que visam tão somente rediscutir matéria já examinada
e decidida, ainda que para efeito de prequestionamento.
EMBARGOS DECLARATÓRIOS CONHECIDOS E
REJEITADOS.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos dos Embargos de Declaração no Agravo


Interno na Apelação Cível nº 0080059-22, acordam os componentes da quinta Turma
Julgadora da Primeira Câmara Cível do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de
Goiás, à unanimidade de votos, em conhecer dos embargos declaratórios, mas rejeitá-
los, nos termos do voto deste Relator.

Votaram, com o relator, Dr. Reinaldo Alves Ferreira em substituição ao


Desembargador Luiz Eduardo de Sousa e o Dr. Roberto Horácio Rezende em
substituição a Desembargadora Amélia Martins de Araújo.

Presidiu a sessão o Desembargador Orloff Neves Rocha.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria Geral de Justiça, o Dr. José


Carlos Mendonça.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0080059-22.2017.8.09.0076
EMENTA: EMBARGOS DECLARATÓRIOS NO AGRAVO INTERNO NA
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. CAPITALIZAÇÃO DE
JUROS. PERMITIDA. TAXA MÉDIA DE MERCADO. AUSÊNCIA DE ABUSIVIDADE.
REGULAR CONSTITUIÇÃO EM MORA. NULIDADE DA CITAÇÃO. INOVAÇÃO
RECURSAL. PREQUESTIONAMENTO. 1. Os embargos de declaração encontram
limites na norma estabelecida no artigo 1.022 do CPC, sendo cabíveis nas hipóteses
de acórdão maculado por obscuridade, contradição, omissão ou, ainda, erro material.
2. Não ocorrendo obscuridade, omissão ou contradição, tampouco erro material no
acórdão, vícios elencados no artigo 1.022 do CPC, devem ser rejeitados os embargos
que visam tão somente rediscutir matéria já examinada e decidida, ainda que para
efeito de prequestionamento. EMBARGOS DECLARATÓRIOS CONHECIDOS E
REJEITADOS.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 19/11/2020 13:55:14

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5605766-26.2018.8.09.0006
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : CAROLINA RIBEIRO DE OLIVEIRA
POLO PASSIVO : SECRETARIA DE SEGURANCA PUBLICA DO ESTADO DE GOIAS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CAROLINA RIBEIRO DE OLIVEIRA


ADVG. PARTE : 49377 GO - DANIEL GONCALVES PIRES

PARTE INTIMADA : JULIANO DE OLIVEIRA ALVES RESENDE


ADVG. PARTE : 49377 GO - DANIEL GONCALVES PIRES

PARTE INTIMADA : GLEYDSON OLIVEIRA DO PRADO


ADVG. PARTE : 49377 GO - DANIEL GONCALVES PIRES

PARTE INTIMADA : ALESSANDRA XAVIER MENDONCA


ADVG. PARTE : 49377 GO - DANIEL GONCALVES PIRES

PARTE INTIMADA : WALTER HUGO PEREIRA MARTINS


ADVG. PARTE : 49377 GO - DANIEL GONCALVES PIRES

PARTE INTIMADA : RANGEL BATISTA DE SOUSA


ADVG. PARTE : 49377 GO - DANIEL GONCALVES PIRES

PARTE INTIMADA : HAMILTON DE SOUZA SILVA


ADVG. PARTE : 49377 GO - DANIEL GONCALVES PIRES

PARTE INTIMADA : NAYARA GONÇALVES DA SILVA


ADVG. PARTE : 49377 GO - DANIEL GONCALVES PIRES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5605766-26.2018.8.09.0006
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO INTERNO NO MANDADO DE


SEGURANÇA Nº 5605766-26.2018.8.09.0006
COMARCA DE GOIÂNIA

EMBARGANTES: CAROLINA RIBEIRO DE OLIVEIRA E OUTROS


EMBARGADO: COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE
GOIÁS
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço dos aclaratórios opostos.

Conforme relatado, cuidam-se de Embargos Declaratórios opostos por CAROLINA


RIBEIRO DE OLIVEIRA, GLEYDSON OLIVEIRA DO PRADO, ALESSANDRA
XAVIER MENDONÇA, JULIANO DE OLIVEIRA ALVES RESENDE, WALTER HUGO
PEREIRA MARTINS, RANGEL BATISTA DE SOUSA, HAMILTON DE SOUSA SILVA
E NAYARA GONÇALVES DA SILVA, contra o acórdão do movimento nº 113, que
negou provimento ao agravo interno interposto nos autos do Mandado de Segurança
impetrado em desfavor do COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO
ESTADO DE GOIÁS.

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NR.PROCESSO: 5605766-26.2018.8.09.0006
O acórdão embargado manteve a decisão monocrática do movimento nº 42 que, com
fulcro no artigo 10 da Lei nº 12.016/09 c/c o artigo 290 do Código de Processo Civil,
indeferiu a petição inicial do mandamus e determinou o cancelamento do registro e
distribuição do feito, ante a ausência de comprovação do pagamento das custas de
ingresso.

Os embargantes buscam, nesta via, o reconhecimento de omissão no julgado


combatido, salientando que teriam comprovado o pagamento das custas iniciais do
mandado de segurança por eles impetrado.

Pois bem.

A princípio, impõe-se esclarecer que os embargos declaratórios são cabíveis,


conforme redação do artigo 1.022 do Código de Processo Civil, quando:

“ Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer


decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se
pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material.”

Nesse toar, verifico inexistir plausibilidade na presente insurgência.

Conforme ressaltado no decisum embargado, embora a parte insurgente afirme que


teria recolhido as custas iniciais imediatamente após a determinação judicial para
tanto, não trouxe aos autos o devido comprovante de pagamento no prazo estipulado
.
A teor do artigo 290, do Código de Processo Civil, “Será cancelada a distribuição do
feito se a parte, intimada na pessoa de seu advogado, não realizar o pagamento das
custas e despesas de ingresso em 15 (quinze) dias”.

Assim sendo, restou cancelada a distribuição do feito ante o descumprimento da


ordem judicial – comprovação do recolhimento das custas de ingresso – no prazo
legal.

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NR.PROCESSO: 5605766-26.2018.8.09.0006
Noutra banda, quanto ao pleito de prequestionamento, saliento que mostra-se
desnecessária a menção expressa dos artigos na peça recursal, sendo suficiente que
o acórdão tenha decidido a causa à luz dos dispositivos legais pertinentes à matéria,
para que esteja configurado o requisito para a interposição de recurso aos Tribunais
Superiores.

Assim, observo que não houve nenhuma mácula capaz de ensejar o provimento do
recurso aviado.

Não se prestam os aclaratórios a modificar decisão ou acórdão contra os quais se


rebelam, sem a presença de vícios que o inquine. Vejamos o entendimento desta e.
Corte de Justiça:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE


DIREITO A NOMEAÇÃO E POSSE EM CARGO PÚBLICO.
CANDIDATO APROVADO NO CADASTRO DE RESERVA. NÃO
COMPROVADO O SURGIMENTO DE NOVAS VAGAS
DURANTE A VIGÊNCIA DO CERTAME. OMISSÃO E
CONTRADIÇÃO INEXISTENTES. (…). 1. Os embargos
declaratórios objetivam, exclusivamente, rever decisões que
apresentam falhas ou vícios, como obscuridade, contradição,
omissão ou erro material, a fim de garantir a harmonia lógica, a
inteireza e a clareza da decisão embargada, não sendo meio
hábil ao reexame da causa. 2. Pela sistemática do artigo 1.025
do novo Diploma Processual Civil, a simples interposição de
embargos de declaração é o suficiente para prequestionar a
matéria. EMBARGOS CONHECIDOS, MAS REJEITADOS.”
a
(TJGO - 6 CC – ED 0106552-48 – Des. FAUSTO MOREIRA DINIZ – DJ
14/05/2019).

“ EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL.


DUPLO APELO. AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL.
MULTA APLICADA PELO PROCON ESTADUAL.
SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA FIXADA NA ORIGEM.
ALEGAÇÃO DE OMISSÃO QUANTO AOS HONORÁRIOS
RECURSAIS. OMISSÃO INEXISTENTES. 1. A oposição de
embargos declaratórios pressupõe a existência de um dos vícios
contidos no art. 1.022 do CPC, não se prestando à rediscussão
de matéria debatida e analisada, cuja decisão desfavoreça o
Embargante. Daí, não constatada a presença da omissão
alegada, hão de ser desprovidos. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO REJEITADOS.” (TJGO - 1a CC – ED 0426316-78 –
Des. ORLOFF NEVES ROCHA – DJ 23/05/2019).

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NR.PROCESSO: 5605766-26.2018.8.09.0006
Destarte, não restando evidenciada mácula no decisum ora combatido, tenho que os
presentes aclaratórios não se amoldam às condições previstas no ordenamento
jurídico.

Assim, considera-se prequestionada a matéria, ainda que os aclaratórios sejam


inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes
erro/omissão/contradição/obscuridade, nos termos do artigo 1.025 do Código de
Processo Civil.

Nessa confluência, REJEITO os presentes EMBARGOS DECLARATÓRIOS,


mantendo a decisão hostilizada em sua integralidade.

É como voto.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR
1005/CR

EMENTA: EMBARGOS DECLARATÓRIOS NO AGRAVO


INTERNO NO MANDADO DE SEGURANÇA. AUSÊNCIA DE
PREPARO. DETERMINAÇÃO PARA RECOLHIMENTO DAS
CUSTAS INICIAIS NO PRAZO DE 15 DIAS.
DESCUMPRIMENTO. CANCELAMENTO DA DISTRIBUIÇÃO.
ARTIGO 290 DO CPC. PREQUESTIONAMENTO. ACÓRDÃO
MANTIDO. 1. Os embargos de declaração encontram limites na
norma estabelecida no artigo 1.022 do CPC, sendo cabíveis nas
hipóteses de acórdão maculado por obscuridade, contradição,
omissão ou, ainda, erro material. 2. Descumprida a regra do
artigo 290 do Código de Processo Civil, o cancelamento da
distribuição é medida que se impõe. 3. Não ocorrendo
obscuridade, omissão ou contradição, tampouco erro material no

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NR.PROCESSO: 5605766-26.2018.8.09.0006
acórdão, vícios elencados no artigo 1.022 do CPC, devem ser
rejeitados os embargos que visam tão somente rediscutir matéria
já examinada e decidida, ainda que para efeito de
prequestionamento. EMBARGOS DECLARATÓRIOS
CONHECIDOS E REJEITADOS.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos do Embargos de de Declaração no Agravo


Interno no Mandado de Segurança nº 5605766-26, acordam os componentes da quinta
Turma Julgadora da Primeira Câmara Cível do egrégio Tribunal de Justiça do Estado
de Goiás, à unanimidade de votos, em conhecer dos embargos, mas rejeitá-los, nos
termos do voto deste Relator.

Votaram, com o relator, Dr. Reinaldo Alves Ferreira em substituição ao


Desembargador Luiz Eduardo de Sousa e o Dr. Roberto Horácio Rezende em
substituição a Desembargadora Amélia Martins de Araújo.

Presidiu a sessão o Desembargador Orloff Neves Rocha.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria Geral de Justiça, o Dr. José


Carlos Mendonça.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR

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NR.PROCESSO: 5605766-26.2018.8.09.0006
EMENTA: EMBARGOS DECLARATÓRIOS NO AGRAVO INTERNO NO MANDADO
DE SEGURANÇA. AUSÊNCIA DE PREPARO. DETERMINAÇÃO PARA
RECOLHIMENTO DAS CUSTAS INICIAIS NO PRAZO DE 15 DIAS.
DESCUMPRIMENTO. CANCELAMENTO DA DISTRIBUIÇÃO. ARTIGO 290 DO CPC.
PREQUESTIONAMENTO. ACÓRDÃO MANTIDO. 1. Os embargos de declaração
encontram limites na norma estabelecida no artigo 1.022 do CPC, sendo cabíveis nas
hipóteses de acórdão maculado por obscuridade, contradição, omissão ou, ainda, erro
material. 2. Descumprida a regra do artigo 290 do Código de Processo Civil, o
cancelamento da distribuição é medida que se impõe. 3. Não ocorrendo obscuridade,
omissão ou contradição, tampouco erro material no acórdão, vícios elencados no
artigo 1.022 do CPC, devem ser rejeitados os embargos que visam tão somente
rediscutir matéria já examinada e decidida, ainda que para efeito de
prequestionamento. EMBARGOS DECLARATÓRIOS CONHECIDOS E
REJEITADOS.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Acolhidos - Data da


Movimentação 19/11/2020 13:55:32

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0423567-46.2016.8.09.0183
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : APARECIDA DO ESPIRITO SANTO CAMARGO ARAUJO
POLO PASSIVO : BANCO OLE BONSUCESSO CONSIGNADO SA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO OLE BONSUCESSO CONSIGNADO SA


ADVG. PARTE : 30961 GO - VALDINÊ RODRIGUES MENDES

PARTE INTIMADA : APARECIDA DO ESPIRITO SANTO CAMARGO ARAUJO


ADVGS. PARTE : 33757 GO - MARCUS VINICIUS SOUSA DUARTE
29885 GO - GLADESTONE FERREIRA DE SOUSA JUNIOR

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0423567-46.2016.8.09.0183
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 0423567-


46.2016.8.09.0183
COMARCA DE ARUANÃ

EMBARGANTE: APARECIDA DO ESPÍRITO SANTO CAMARGO ARAÚJO


EMBARGADO: BANCO OLÉ BONSUCESSO CONSIGNADO S/A.
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade dos embargos declaratórios, deles


conheço.

Como visto, APARECIDA DO ESPÍRITO SANTO CAMARGO ARAÚJO opôs


EMBARGOS DE DECLARAÇÃO contra o acórdão (mov. 24) que recebeu a seguinte
ementa:

“ EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. RESCISÃO CONTRATUAL.


DECLARAÇÃO DE NULIDADE DO CONTRATO. RESTITUIÇÃO
DO INDÉBITO. DANOS MORAIS. EMPRÉSTIMO
CONSIGNADO. SÚMULA 63 TJGO. DISTINGUISHING.
UTILIZAÇÃO DO CARTÃO DE CRÉDITO PARA COMPRAS.
SENTENÇA REFORMADA. I. Os precedentes que alicerçaram a
edição do enunciado da súmula nº 63 deste Tribunal cuidam de
situações em que os consumidores acreditaram que haviam

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NR.PROCESSO: 0423567-46.2016.8.09.0183
contratado tão somente empréstimo consignado, circunstância
que era evidenciada pelo fato de jamais terem utilizado o cartão
para compras a crédito. II. Na hipótese, deve ser aplicada a
distinção (‘distinguishing’) entre o caso em apreço e os aludidos
precedentes, uma vez que, segundo consta dos autos, a
autora/recorrida utilizou o cartão de crédito para a realização de
compras e operações diversas, bem como recebeu as faturas
referentes às operações realizadas. III. Constatando-se que o
desconto em folha de pagamento se refere à fatura mínima do
cartão de crédito e decorre de expressa autorização concedida
pela parte consumidora, não há que se falar em ressarcimento,
na forma simples ou em dobro, de valores que por ela foram
conscientemente usufruídos e, todavia, não pagos na
integralidade, o que justifica o acréscimo progressivo do saldo
devedor. IV. Não demonstrados os elementos que justificam a
reparação por responsabilidade civil (ato ilícito, dano e nexo
causal entre a ação e o dano), inexiste o dever de indenizar.
SENTENÇA REFORMADA. RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO.”

Em suas razões (mov. 27), a embargante afirma que o acórdão impugnado deve ser
anulado, por violação aos princípios da ampla defesa e do contraditório, sob a
premissa de que, no julgamento, foram levados em consideração documentos de que
não tinha conhecimento e sobre os quais não foi intimada para manifestar-se.

De plano, destaco prosperar a insurgência.

No caso em apreço, a autora ingressou em juízo buscando a declaração de


inexistência de débito referente a contrato de cartão de crédito consignado, assim
como a condenação da instituição financeira ré à devolução, em dobro, dos valores
indevidamente cobrados e ao pagamento de indenização por dano moral, ao
argumento, em apertada síntese, de que o pacto possui cláusulas manifestamente
abusivas.

Decorrida a regular marcha, sobreveio sentença de mérito (mov. 3, doc. 47), em que a
magistrada singular julgou parcialmente procedente a pretensão inicial, o que ensejou
a interposição de recurso de apelação cível pelo banco demandado (mov. 3, doc. 52).

Ato contínuo, houve a intimação da instituição recorrente para corrigir o defeito


consistente na ilegibilidade das faturas relacionadas ao contrato questionado na lide,
as quais havia instruído à contestação (mov. 14).

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NR.PROCESSO: 0423567-46.2016.8.09.0183
Em atenção à determinação judicial, o banco apresentou documentos aos autos (mov.
17).

Após, houve a publicação do relatório (mov. 19), a inclusão do feito em pauta para
julgamento (mov. 20) e a publicação do acórdão que, à unanimidade de votos,
conheceu do apelo e deu-lhe provimento, reformando a sentença, nos termos do voto
deste Relator.

Feitas essas digressões, convém reconhecer que, nos termos dos arts. 9º e 10, ambos
do CPC, é vedada a decisão surpresa no âmbito dos tribunais, de modo que, seja
pela ocorrência de fato superveniente, seja por vislumbrar matéria ainda não
examinada, deverá o julgador abrir vista, antes de julgar o recurso, para que as partes
possam se manifestar.

Como afirmado pela Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, no julgamento


do REsp 1.676.027/PR, “somente argumentos e fundamentos submetidos à
manifestação precedente das partes podem ser aplicados pelo julgador, devendo este
intimar os interessados para que se pronunciem previamente sobre questão não
debatida que pode eventualmente ser objeto de deliberação judicial”.

Na trilha desse raciocínio, não poderia esta Corte deixar de aplicar as regras
processuais que expressamente estabelecem o princípio da não surpresa, in verbis:

“Art. 9º. Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que
ela seja previamente ouvida.
Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com
base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às
partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de
matéria sobre a qual deva decidir de ofício.”

Destarte, sendo incontroverso que o recurso apelatório foi provido sem oportunizar a
prévia manifestação da parte sobre documentação por ela não conhecida e que influiu
para o julgamento que lhe foi desfavorável, resta caracterizada a afronta aos arts. 9º e
10, ambos do Código de Processo Civil.

Sobre o tema, confira-se a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e desta


Corte Estadual:

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NR.PROCESSO: 0423567-46.2016.8.09.0183
“ CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL.
RECURSO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO NCPC. FAMÍLIA.
DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL. PERÍODO DE
CONVIVÊNCIA. PROCEDÊNCIA DO PEDIDO COM BASE EM
DECISÃO SURPRESA. OFENSA AO ART. 10 DA NCPC
CON FI G UR ADA. RECURSO ESPECI AL PRO VI D O. 1 .
Aplicabilidade das disposições do NCPC, no que se refere aos
requisitos de admissibilidade do recurso especial ao caso
concreto ante os termos do Enunciado Administrativo nº 3,
aprovado pelo Plenário do STJ na sessão de 9/3/2016: Aos
recursos interpostos com fundamento no CPC/15 (relativos a
decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão
exigidos os requisitos de admissibilidade na forma do novo CPC.
2. Sentença de parcial procedência mantida pelo acórdão
recorrido, definindo até o termo inicial da união estável, que
repercutiu na esfera patrimonial dos litigantes, com amparo em
fundamentação sobre a qual não se deu oportunidade de
manifestação às partes, padece de nulidade e deve ser ineficaz
em relação a elas, em virtude da vedação da chamada ‘decisão
surpresa’. 3. O princípio da cooperação e também o da ‘não
surpresa’ previstos no art. 10 do NCPC - que são
desdobramentos do devido processo legal -, permitem e
possibilitam que os sujeitos processuais possam influir
concretamente na formação do provimento jurisdicional,
garantindo um processo mais justo e isonômico, motivo pelo
qual não se pode admitir que a sentença se valha de fatos
trazidos pelo Ministério Público local não conhecidos por
elas e não submetidos ao contraditório, impondo-lhes
notório prejuízo. 4. Recurso especial provido.” (STJ, REsp
1824337/CE, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA,
julgado em 10/12/2019, DJe 13/12/2019. Negritei).

“EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE


MANUTENÇÃO DE POSSE. RECONSIDERAÇÃO DE DECISÃO
LIMINAR. JUNTADA DE NOVOS DOCUMENTOS SEM A
PRÉVIA OITIVA DA PARTE CONTRÁRIA. INOBSERVÂNCIA DO
PRINCÍPIO DA NÃO SURPRESA. NULIDADE RECONHECIDA.
1. Tendo em vista que o juízo de primeiro grau refluiu de
decisão anterior, a fim de indeferir o pedido liminar
requestado na exordial, sem que o fundamento adotado
tenha sido previamente submetido à manifestação da parte
autora, mostra-se patente a nulidade da decisão, eis que
inova o litígio e acolhe documentação sem anterior
oportunização de contraditório prévio, em frontal
descumprimento da norma disposta no artigo 10 do Código
de Processo Civil. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO
E PROVIDO. DECISÃO CASSADA.” (TJGO, Agravo de Instrumento
(CPC) 5059335-38.2020.8.09.0000, Rel. Des(a). MARCUS DA COSTA
FERREIRA, 5ª Câmara Cível, julgado em 26/06/2020, DJe de 26/06/2020.
Negritei).

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NR.PROCESSO: 0423567-46.2016.8.09.0183
“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE
ATO JURÍDICO C/C REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS E
MORAIS. JUNTADA DE DOCUMENTOS NOVOS SEM A
ABERTURA DE PRAZO PARA MANIFESTAÇÃO DA PARTE
CONTRÁRIA. ERROR IN PROCEDENDO. OFENSA AO
PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA.
CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA. OCORRÊNCIA. 1.
Impõe-se a cassação da sentença, pela ocorrência de
nulidade absoluta decorrente do cerceamento do direito de
defesa, ante a ausência de sua intimação da parte contrária
para manifestar-se sobre os documentos novos
colacionados aos autos pela outra parte. Inteligência do § 1º
do artigo 437 do CPC. 2. Os princípios do contraditório e da
ampla defesa, face ao devido processo legal, são inerentes à
paridade de tratamento destinado às partes, que devem ter
ciência e oportunidade de manifestar-se e participar de todas
as atividades processuais. 3. Considerando que o processo
não está apto a julgamento, merecendo analise probatória,
impõe-se o retorno do processo ao i. Juízo de origem; não sendo
possível aplicar o disposto no art. 1.013, § 3º, I, do CPC.
APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E PROVIDA. SENTENÇA
CASSADA.” (TJGO, Apelação (CPC) 5028655-82.2018.8.09.0051, Rel.
JAIRO FERREIRA JUNIOR, 6ª Câmara Cível, julgado em 18/10/2019,
DJe de 18/10/2019. Negritei).

Em sendo assim, para sanar o vício constado e proporcionar uma justa prestação
jurisdicional, necessária se faz a anulação do acórdão impugnado, a fim de assegurar
que parte embargante seja devidamente intimada para manifestar-se a respeito da
documentação apresentada à mov. 17 do caderno processual.

Diante do exposto, conheço dos EMBARGOS DE DECLARAÇÃO e OS ACOLHO


para declarar a nulidade do acórdão embargado (mov. 24).

Após o trânsito em julgado, volvam-me os autos conclusos.

É como voto.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 0423567-46.2016.8.09.0183
RELATOR
1007/CR

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO


CÍVEL. NULIDADE. AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO SOBRE
DOCUMENTAÇÃO LEVADA EM CONSIDERAÇÃO PARA O
JULGAMENTO DO RECURSO. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA
NÃO SURPRESA. ACÓRDÃO CASSADO. 1. Ausente prévia
intimação da parte autora/recorrida sobre documentação por ela
não conhecida e que influiu para julgamento que lhe foi
desfavorável, resta caracterizada a afronta ao princípio da não
surpresa, previsto nos arts. 9º e 10, ambos do CPC. 2.
Necessária se faz a anulação do acórdão embargado para sanar
o vício constado e proporcionar uma justa prestação jurisdicional.
EMBARGOS DECLARATÓRIOS CONHECIDOS E
ACOLHIDOS. ACÓRDÃO CASSADO.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos dos Embargos de Declaração em Apelação


Cível nº 0423567-46, acordam os componentes da quinta Turma Julgadora da
Primeira Câmara Cível do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à
unanimidade de votos, em conhecer e acolher os dos embargos declaratórios,
cassando o acórdão, nos termos do voto deste Relator.

Votaram, com o relator, Dr. Reinaldo Alves Ferreira em substituição ao


Desembargador Luiz Eduardo de Sousa e o Dr. Roberto Horácio Rezende em
substituição a Desembargadora Amélia Martins de Araújo.

Presidiu a sessão o Desembargador Orloff Neves Rocha.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria Geral de Justiça, o Dr. José


Carlos Mendonça.

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NR.PROCESSO: 0423567-46.2016.8.09.0183
Goiânia, 16 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 0423567-46.2016.8.09.0183
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL. NULIDADE.
AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO SOBRE DOCUMENTAÇÃO LEVADA EM
CONSIDERAÇÃO PARA O JULGAMENTO DO RECURSO. VIOLAÇÃO AO
PRINCÍPIO DA NÃO SURPRESA. ACÓRDÃO CASSADO. 1. Ausente prévia
intimação da parte autora/recorrida sobre documentação por ela não conhecida e que
influiu para julgamento que lhe foi desfavorável, resta caracterizada a afronta ao
princípio da não surpresa, previsto nos arts. 9º e 10, ambos do CPC. 2. Necessária se
faz a anulação do acórdão embargado para sanar o vício constado e proporcionar uma
justa prestação jurisdicional. EMBARGOS DECLARATÓRIOS CONHECIDOS E
ACOLHIDOS. ACÓRDÃO CASSADO.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Não-Concessão -> Antecipação de tutela
- Data da Movimentação 08/11/2020 16:17:47

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5554040-60.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : RLO
POLO PASSIVO : RLS
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : RLO


ADVG. PARTE : 31832 GO - TANIA MARIA BORGES DA SILVA

PARTE INTIMADA : NFO


ADVG. PARTE : 31832 GO - TANIA MARIA BORGES DA SILVA

PARTE INTIMADA : RLS


ADVG. PARTE : 42686 GO - ANANDA LUIZA BEZERRA DESTRO

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 19/11/2020 13:56:17

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5593235-86.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : SPE CONDOMÍNIO QS LTDA
POLO PASSIVO : MARLI DE FATIMA NAVES
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : SPE CONDOMÍNIO QS LTDA


ADVGS. PARTE : 31136 GO - FERNANDA DE MOURA RIBEIRO NAVES
49727 GO - ISABELA BRANDAO GRIGOLLI
22810 GO - EDUARDO MACHADO GIRARDI
43874 GO - DAYAN TEIXEIRA DE BRITO
49104 GO - PEDRO VINICIUS CAVALCANTE LOPES

PARTE INTIMADA : MARLI DE FATIMA NAVES


ADVGS. PARTE : 46346 GO - MARIA HELENA PEREIRA
41974 GO - MARCO AURELIO GOMES SANTANA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5593235-86.2019.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5593235-


86.2019.8.09.0000
COMARCA DE VIANÓPOLIS

EMBARGANTES: SPE CONDOMÍNIO QS 010 LTDA E OUTRA


EMBARGADA: MARLI DE FÁTIMA NAVES
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade do aclaratório, dele conheço.

Conforme relatado, cuida-se de Embargos de Declaração opostos pela SPE


CONDOMÍNIO QS 010 LTDA e CONSTRUTORA QUEIROZ SILVEIRA LTDA em face
do v. Acórdão (mov. nº 36) proferido pela Quinta Turma Julgadora da Primeira Câmara
Cível que, à unanimidade de votos, conheceu e negou provimento ao recurso de
Agravo de Instrumento interposto em desfavor de MARLI DE FÁTIMA NAVES.

Pois bem. Em que pese a argumentação lançada pelas embargantes, depreende-se


que o aclaratório em apreciação foi promovido com o intuito de rediscutir decisão
colegiada, abalizada no voto condutor de lavra deste Relator.

Com efeito, os embargos declaratórios são cabíveis, conforme redação do artigo 1.022
do Código de Processo Civil, nas seguintes hipóteses:

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NR.PROCESSO: 5593235-86.2019.8.09.0000
“ Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer
decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se
pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material.”

Nesse contexto, ressalto que, em sede de embargos de declaração, o julgador não


profere nova decisão, reapreciando ou rediscutindo o tema objeto do julgado,
mas apenas aclara a anterior, somente naquilo que estiver contraditória, obscura ou
omissa.

No acórdão vergastado, afirmou-se que a propositura de ação judicial pelo


consumidor, demonstra seu desinteresse – renúncia tácita – quanto à instauração da
arbitragem, outrora eleita. Assim, ainda que tenha concordado com a via alternativa de
solução de conflitos ao assinar o contrato, o consumidor não fica vinculado
exclusivamente à arbitragem, segundo a súmula 45 deste e. Tribunal de justiça.

Aduziu-se que agiu com acerto a magistrada primeva que, ao reconhecer a relação de
consumo, aplicou os regramentos pertinentes ao caso em apreço e, diante da
plausibilidade do direito invocado, deferiu o pedido de tutela de urgência,
determinando o sobrestamento da Reclamação nº 155/2019, instaurado perante a 8ª
Câmara de Conciliação e Arbitragem de Goiânia, até o julgamento final da demanda.

Ademais, cumpre ressaltar que, nos termos da jurisprudência firmada no âmbito do


Superior Tribunal de Justiça, a validade da cláusula compromissória, em contrato de
adesão caracterizado por relação de consumo, está condicionada à efetiva
concordância do consumidor no momento da instauração do litígio entre as partes,
consolidando-se o entendimento de que o ajuizamento, por ele, de ação perante o
Poder Judiciário caracteriza a sua discordância em submeter-se ao Juízo Arbitral, não
podendo prevalecer a cláusula que impõe a sua utilização.

Desse modo, observo que os argumentos lançados no presente aclaratório não


subsistem porque manifestam apenas inconformismo com o julgado, visando a
rediscussão do tema tratado, situação esta que não dá ensejo à oposição de
embargos de declaração.

Por oportuno, veja-se a Jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e deste Tribunal

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NR.PROCESSO: 5593235-86.2019.8.09.0000
a respeito:

“ PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO


AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. (…) OMISSÃO.
INEXISTÊNCIA. INTEGRATIVO REJEITADO. 1 (…). 4.
Inexistentes as hipóteses do art. 1.022 do NCPC, não
merecem acolhida os embargos de declaração. 5. O recurso
integrativo não se presta à manifestação de inconformismo
ou à rediscussão do julgado. 6. Embargos de declaração
rejeitados.” (EDcl no AREsp 647.825/MG, Rel. Ministro MOURA
RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em 23/06/2016, DJe 01/07/2016)
Negritei.

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO


DE COBRANÇA SECURITÁRIA –DPVAT. AUSÊNCIA DE
OMISSÃO, CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE. MERO
INCONFORMISMO. AUSÊNCIA DAS HIPÓTESES DO ART.
1.022, CPC. PREQUESTIONAMENTO. 1. A insatisfação da
recorrente com o resultado da decisão e sua intenção em
reapreciar a matéria analisada são incompatíveis os
presentes aclaratórios. 2. Não é atribuída ao Judiciário a função
de órgão consultivo, mormente, quando a questão recursal posta
em análise foi integralmente resolvida, não cabendo a esta Corte
se manifestar sobre cada dispositivo mencionado pelas partes. 3.
Ausente o acórdão embargado de quaisquer dos vícios
elencados no art. 1.022, CPC/15, devem ser rejeitados os
aclaratórios. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ADMITIDOS E
REJEITADOS. ACÓRDÃO MANTIDO.” (TJGO, Apelação 5445724-
03.2018.8.09.0006, Rel. DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO, 4ª
Câmara Cível, julgado em 08/06/2020, DJe de 08/06/2020) Negritei.

Além disso, inquestionável que o prequestionamento necessário ao ingresso nas


instâncias especial e extraordinária não exige que o julgado recorrido mencione
expressamente os dispositivos indicados pelas partes, já que se trata de exigência
referente ao conteúdo, não à forma.

Nesse sentido:

“ DUPLO EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO


CÍVEL. (…). 1. Os embargos de declaração são uma espécie
de recurso integrativo e elucidativo, voltado para sanar
eventual omissão, obscuridade ou contradição existente nas
decisões judiciais, conforme depreende-se do art. 1.022 e
incisos, do Código de Processo Civil. 2. Os aclaratórios não se

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NR.PROCESSO: 5593235-86.2019.8.09.0000
prestam a analisar matéria não posta para julgamento nas razões
do apelo, tratando-se assim de inovação recursal. 3. Ausentes
no decisum embargado quaisquer dos vícios elencados no
art. 1.022, CPC/15, devem ser rejeitados os aclaratórios,
posto que não se prezam para a rediscussão da matéria já
julgada no recurso. (...). 6. Não está o magistrado obrigado a
debater todos os argumentos trazidos pelas partes, bastando
que enfrente a questão principal dos autos, o que ocorreu no
presente caso. Precedentes STJ. (…).” (TJGO, Apelação 5280271-
15.2018.8.09.0051, Rel. MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA, 5ª Câmara Cível,
julgado em 13/12/2019, DJe de 13/12/2019) Negritei.

Destarte, não restando evidenciada nenhuma mácula no decisum ora combatido,


tenho que o presente aclaratório não se amolda às condições previstas no
ordenamento jurídico.

Nessa confluência, REJEITO os embargos de declaração, mantendo incólume o v.


Acórdão (mov. nº 36).

É como voto.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR
1006/CR

EMENTA: EMBARGOS DECLARATÓRIOS NO AGRAVO DE


INSTRUMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE
CONTRATUAL C/C RESTITUIÇÃO DE VALORES PAGOS E
RESCISÃO CONTRATUAL. PEDIDO DE TUTELA DE
URGÊNCIA DEFERIDO PELA MAGISTRADA SINGULAR.
PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS À
CONCESSÃO DO PEDIDO. SÚMULA 45 DO TJGO.
REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. AUSÊNCIA DOS VÍCIOS
ESPECIFICADOS NO ARTIGO 1.022 E INCISOS DO CPC. Não
ocorrendo os vícios elencados no artigo 1.022, do Código de

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5593235-86.2019.8.09.0000
Processo Civil, devem ser rejeitados os embargos que visam tão
somente rediscutir matéria já examinada e decidida, ainda que
para efeito de prequestionamento. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO CONHECIDOS E REJEITADOS.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos dos Embargos de Declaração no Agravo de


Instrumento nº 5593235-86, acordam os componentes da quinta Turma Julgadora da
Primeira Câmara Cível do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à
unanimidade de votos, em conhecer dos embargos declaratórios, mas rejeitá-los, nos
termos do voto deste Relator.

Votaram, com o relator, Dr. Reinaldo Alves Ferreira em substituição ao


Desembargador Luiz Eduardo de Sousa e o Dr. Roberto Horácio Rezende em
substituição a Desembargadora Amélia Martins de Araújo.

Presidiu a sessão o Desembargador Orloff Neves Rocha.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria Geral de Justiça, o Dr. José


Carlos Mendonça.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5593235-86.2019.8.09.0000
EMENTA: EMBARGOS DECLARATÓRIOS NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.
AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE CONTRATUAL C/C RESTITUIÇÃO DE
VALORES PAGOS E RESCISÃO CONTRATUAL. PEDIDO DE TUTELA DE
URGÊNCIA DEFERIDO PELA MAGISTRADA SINGULAR. PREENCHIMENTO DOS
REQUISITOS NECESSÁRIOS À CONCESSÃO DO PEDIDO. SÚMULA 45 DO TJGO.
REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. AUSÊNCIA DOS VÍCIOS ESPECIFICADOS NO
ARTIGO 1.022 E INCISOS DO CPC. Não ocorrendo os vícios elencados no artigo
1.022, do Código de Processo Civil, devem ser rejeitados os embargos que visam tão
somente rediscutir matéria já examinada e decidida, ainda que para efeito de
prequestionamento. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS E
REJEITADOS.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 20/11/2020 09:41:31

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0332216-68.2014.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : EDVALDO VIEIRA CAMPOS DOS SANTOS
POLO PASSIVO : ESTADO DE GOIAS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : EDVALDO VIEIRA CAMPOS DOS SANTOS


ADVG. PARTE : 36849 GO - PAULO HENRIQUE NUNES RODRIGUES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 696 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0332216-68.2014.8.09.0051
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. REMESSA NECESSÁRIA. AÇÃO
DECLARATÓRIA C/C OBRIGAÇÃO DE FAZER. POLICIAL MILITAR. PROMOÇÃO
POR ATO DE BRAVURA. ACIDENTE RADIOLÓGICO CÉSIO 137. PENSÃO
ESPECIAL PARA CÔNJUGE. AUSÊNCIA DE PROVA DO FATO CONSTITUTIVO
DO DIREITO AUTORAL E DO NEXO DE CAUSALIDADE ENTRE O EVENTO E AS
DOENÇAS APRESENTADAS. INVERSÃO DO ÔNUS SUCUMBENCIAL. SENTENÇA
REFORMADA. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTOS SUFICIENTES À
RECONSIDERAÇÃO OU REFORMA DO ACÓRDÃO. INEXISTÊNCIA DE VÍCIOS. 1.
Os embargos declaratórios têm por escopo aclarar obscuridade, afastar contradição,
suprimir omissão ou corrigir erro material do julgado, nos termos do artigo 1.022,
incisos I, II, III, do Código de Processo Civil, situações não evidenciadas no caso em
análise. 2. No caso, o autor não cuidou de demonstrar a existência de processo
administrativo, tampouco a deflagração da instauração da sindicância para fins de
apuração do suposto “Ato de Bravura”, sendo certo que cabe à Administração a
aferição do enquadramento do ato como de bravura para fins de concessão de
promoção extraordinária, não cabendo ao Poder Judiciário substituir tal juízo de
avaliação nesse campo, pois cuida-se de típico ato discricionário. 3. Em razão da
ausência de sindicância, prematura é a aplicação do IRDR n° 419721-92 ao caso em
espécie. EMBARGOS DECLARAÇÃO CONHECIDOS, MAS REJEITADOS.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em
Assinado por MARIA DAS GRACAS CARNEIRO REQUI
Validação pelo código: 10483560010444078, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/PendenciaPublica
Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 697 de 5858
ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0332216-68.2014.8.09.0051
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO Nº 332216-
68.2014.8.09.0051
COMARCA DE GOIÂNIA

EMBARGANTE: EDVALDO VIEIRA CAMPOS DOS SANTOS


EMBARGADO: ESTADO DE GOIÁS
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade dos embargos de declaração, deles


conheço.

Conforme relatado, cuida-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO opostos por


EDVALDO VIEIRA CAMPOS DOS SANTOS, contra o acórdão proferido por este
egrégio Tribunal de Justiça, que, por unanimidade de votos, conheceu e deu
provimento à remessa necessária, “para em reforma a sentença julgar improcedentes
os pedidos iniciais” (evento 42).

Objetiva o embargante, ao argumento da existência de omissão, a reforma do acórdão


para manter a sentença lançada no evento 27, aduzindo que faz jus à promoção pelo
“Ato de Bravura”, sendo que sua esposa, Sra. Carmenlúcia Ramos Badia dos Santos,
também tem direito à pensão especial, nos termos do IRDR n° 72339.92.

Pois bem.
É consabido que cabem embargos de declaração, na inteligência do artigo 1.022 do
Código de Processo Civil, quando na sentença ou acórdão houver obscuridade ou
contradição, ou for omisso acerca de tema sobre o qual devia pronunciar-se para
elucidar a questão posta em juízo.

A propósito:

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NR.PROCESSO: 0332216-68.2014.8.09.0051
“ Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer
decisão judicial para:
I –esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II – suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se
pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III – corrigir erro material.
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:
I – deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de
casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência
aplicável ao caso sob julgamento;
II – incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º.”

Assim, a interposição dos embargos declaratórios em situação de vício do acórdão é


perfeitamente admissível para afastar eventuais dúvidas, ex vi do artigo 1.022 e seus
incisos, do Código de Processo Civil.

A esse respeito, preleciona o professor Humberto Theodoro Júnior:

“(...) Se o caso é de omissão, o julgamento dos embargos supri-


la-á, decidindo a questão que, por lapso, escapou à decisão
embargada. No caso de obscuridade ou contradição, o decisório
será expungido eliminando-se o defeito nele detectado. Em
qualquer caso, a substância do julgado será mantida, visto que
os embargos de declaração não visam à reforma do acórdão, ou
da sentença. No entanto, será inevitável alguma alteração no
conteúdo do julgado, principalmente quando se tiver de eliminar
omissão ou contradição. O que, todavia, se impõe ao julgamento
dos embargos de declaração é que não se proceda a um novo
julgamento da causa, pois a tanto não se destina esse remédio
recursal”. (in Curso de Direito Processual Civil, 36.ed., Vol. I, São
Paulo: Editora Forense, p. 526/527).

Conclui-se que os embargos de declaração possuem o objetivo de requerer ao juiz


prolator da decisão o afastamento da obscuridade, omissão ou contradição que
inquina sua decisão, ou para a correção de erro material.

Assim, o pressuposto deste recurso, ainda que para fins de prequestionamento, é a


existência de qualquer dos elementos supramencionados.

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NR.PROCESSO: 0332216-68.2014.8.09.0051
Ao analisar o acórdão vergastado, à luz da pretensão veiculada no vertente recurso,
vislumbro que o julgado suficientemente declinou os fundamentos para o desfecho
conferido à postulação, em obediência ao disposto no artigo 93, inciso IX, da
Constituição Federal, havendo o decisum abordado o quanto pertinente para a solução
da quaestio devolvida, consoante as razões ali consignadas.
No caso, o acórdão tratou com bastante clareza das matérias levantadas pelo
embargante, inexistindo a omissão apontada.

A propósito, transcrevo a seguinte parte do acórdão:

“...No caso em apreço, verifica-se que apesar das alegações do


autor, a documentação carreada aos autos não demonstra que
ele efetivamente prestou serviços em locais contaminados pelos
rejeitos radioativos do "Césio 137", não havendo sequer prova no
sentido de que foi instaurada sindicância para a apuração da suposta
prática meritória.

Além do mais, cumpre ressalvar que os precedentes levantados


pelo requerente não lhe servem como parâmetro, pois não restou
comprovado que aqueles policiais, que foram promovidos por ato
de bravura, trabalharam em condições idênticas a sua.
Ausente a prova de que o demandante laborou em áreas
atingidas rejeitos radioativos, não há como reconhecer o seu
direito à promoção por ato de bravura, muito menos o direito de
seu cônjuge ao recebimento de pensão especial, ante a ausência
do nexo de causalidade entre o acidente radiológico e as
doenças crônicas apresentadas.
O tema – pensão especial – já foi, inclusive, objeto de Súmula
por este Tribunal de Justiça, senão vejamos:
"Para fazer jus ao recebimento da pensão especial de que trata a
Lei Estadual nº 14.226/2002, a parte interessada, que não esteja
relacionada no anexo II da referida lei, deve preencher os
requisitos do artigo 4º, além de fazer prova do nexo causal entre
a exposição à radiação (Césio 137) e a doença crônica
apresentada, admitindo-se, para tanto, todos os meios de prova
aceitos pelo direito." (TJGO, Súmula nº 06)
(…)
Destarte, forçoso concluir que o autor não logrou êxito em
comprovar o fato constitutivo de seu direito, conforme preconiza o
artigo 373, inciso I, do Código de Processo Civil de 2015, razão
pela qual deve a sentença ser reformada para serem julgados
improcedentes os pedidos iniciais, ante a ausência de provas

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NR.PROCESSO: 0332216-68.2014.8.09.0051
quanto à contaminação do requerente pelo Césio-137 e, por
conseguinte, do nexo causal entre o acidente radiológico e as
doenças crônicas apresentadas pela sua esposa...” (destaquei).

No caso, o autor não cuidou de demonstrar a existência de processo administrativo,


tampouco a deflagração da instauração da sindicância para fins de apuração do
suposto “Ato de Bravura”, sendo certo que cabe à Administração a “aferição do
enquadramento do ato como de bravura para fins de concessão de promoção
extraordinária, não cabendo ao Poder Judiciário substituir tal juízo de avaliação nesse
campo, pois cuida-se de típico ato discricionário” (TJGO, 1ª Câmara Cível, AC nº
0151636-31.2016.8.09.0000, Relatora: Desembargadora Amélia Martins de Araújo,
acórdão de 10/03/2017).

A questão da promoção do militar por “Ato de Bravura” foi submetida ao Órgão


Especial deste Tribunal de Justiça quando do julgamento do Incidente de Resolução
de Demandas Repetitivas, in verbis:

“ EMENTA: INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS


REPETITIVAS. PROMOÇÃO DE MILITAR POR ATO DE
BRAVURA. DEMANDAS REPETITIVAS. QUESTÃO
UNICAMENTE DE DIREITO. ENTENDIMENTOS
JURISPRUDENCIAIS CONFLITANTES. CONTROVÉRSIA
DEMONSTRADA. TESE JURÍDICA FIXADA. CAUSA PILOTO.
DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO E APELAÇÃO CÍVEL EM
MANDADO DE SEGURANÇA. PROMOÇÃO POR ATO DE
BRAVURA RECONHECIDA NA ORIGEM. APELAÇÃO
FUNDADA NA ALEGAÇÃO DE DISCRICIONARIEDADE DO
ATO. INSUBSISTÊNCIA. SENTENÇA MANTIDA. [...] 3. Tese
fixada: sempre que demonstrado que a atuação do militar na
guarda do material radioativo do césio 137 ou em atividade que
nesse dever tenha representado exposição ou risco de contato,
ocorreu em ambiente insalubre, nocivo à saúde e/ou sem
condições adequadas para o exercício daquela função, resta
evidenciada a atuação ensejadora do reconhecimento da
coragem e audácia que exorbitam os limites normais do
cumprimento do dever e, de consequência, ensejam a concessão
de promoção por ato de bravura. 4. O entendimento firmado por
este Tribunal de Justiça no presente IRDR é de caráter vinculante
e obrigatório, devendo a tese ora fixada ser aplicada a todas as
demandas individuais ou coletivas que versem sobre idêntica
questão em tramitação no Poder Judiciário do Estado de Goiás,
bem como aos casos futuros, nos termos do artigo 985, incisos I
e II, do Código de Processo Civil. 5. À luz da tese fixada no IRDR,
tem-se como configurada a afronta ao direito líquido e certo do
impetrante, restando evidente o direito à promoção por ato de
bravura, porquanto demonstrada a atuação em atividade que
representou exposição e risco de contato com material radioativo

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NR.PROCESSO: 0332216-68.2014.8.09.0051
do césio 137, sem condições adequadas para o exercício
daquela função. Ademais, demonstrado que em situações
similares a Administração tem concedido a alguns e negado a
outros o benefício, notável a quebra da isonomia, sendo certo
que a discricionariedade não pode ser justificativa para a afronta
à igualdade e à segurança jurídica. Incidente de Resolução de
Demandas Repetitivas procedente. Duplo grau e recurso de
apelação cível desprovidos. Sentença da causa piloto mantida.”
(TJGO - Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas 5419721-
92.2019.8.09.0000 - Relator: Itamar de Lima – Órgão Especial - Julgado
em: 12/07/2020 - Dje de 12/07/2020). (destaquei).

Contudo, em razão da ausência de sindicância, prematura é a aplicação do IRDR n°


419721-92 ao caso em espécie.

O fato é que não há ocorrência de nenhum dos vícios mencionados no retro citado
dispositivo legal, principalmente porque os Embargos de Declaração não se prestam
para o efeito específico de reapreciação da matéria, como pretende o embargante.

O que se vê, claramente, é que o embargante não se conformou com o fato do


julgamento ter sido contrário à tese levantada, e, com isso, pretende obter a reforma
de tal entendimento pela via dos aclaratórios, o que é inadmissível.

Ora, é de trivial conhecimento que os Embargos de Declaração não se prestam à


reapreciação da matéria posta em juízo, e, sim, esclarecer algum ponto que restou
omitido, obscuro ou contraditório.

Com efeito, o embargante não apresentou argumentos capazes de ilidir o


entendimento reproduzido no acórdão impugnado, razão pela qual considero
insuficiente para alteração do ato judicial objurgado.

Ante o exposto, conheço dos presentes Embargos, mas os rejeito, eis que inexistem,
no acórdão embargado, quaisquer das hipóteses do artigo 1.022, do Código de
Processo Civil/2015. Mantenho, integralmente, as razões da decisão objurgada em
todos os seus termos.

É o voto.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 0332216-68.2014.8.09.0051
DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI
RELATORA

DA/LE

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO Nº 332216-


68.2014.8.09.0051
COMARCA DE GOIÂNIA

EMBARGANTE: EDVALDO VIEIRA CAMPOS DOS SANTOS


EMBARGADO: ESTADO DE GOIÁS
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. REMESSA


NECESSÁRIA. AÇÃO DECLARATÓRIA C/C OBRIGAÇÃO DE
FAZER. POLICIAL MILITAR. PROMOÇÃO POR ATO DE
BRAVURA. ACIDENTE RADIOLÓGICO CÉSIO 137. PENSÃO
ESPECIAL PARA CÔNJUGE. AUSÊNCIA DE PROVA DO
FATO CONSTITUTIVO DO DIREITO AUTORAL E DO NEXO DE
CAUSALIDADE ENTRE O EVENTO E AS DOENÇAS
APRESENTADAS. INVERSÃO DO ÔNUS SUCUMBENCIAL.
SENTENÇA REFORMADA. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTOS
SUFICIENTES À RECONSIDERAÇÃO OU REFORMA DO
ACÓRDÃO. INEXISTÊNCIA DE VÍCIOS. 1. Os embargos
declaratórios têm por escopo aclarar obscuridade, afastar
contradição, suprimir omissão ou corrigir erro material do julgado,
nos termos do artigo 1.022, incisos I, II, III, do Código de
Processo Civil, situações não evidenciadas no caso em análise.
2. No caso, o autor não cuidou de demonstrar a existência de

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NR.PROCESSO: 0332216-68.2014.8.09.0051
processo administrativo, tampouco a deflagração da instauração
da sindicância para fins de apuração do suposto “Ato de
Bravura”, sendo certo que cabe à Administração a aferição do
enquadramento do ato como de bravura para fins de concessão
de promoção extraordinária, não cabendo ao Poder Judiciário
substituir tal juízo de avaliação nesse campo, pois cuida-se de
típico ato discricionário. 3. Em razão da ausência de sindicância,
prematura é a aplicação do IRDR n° 419721-92 ao caso em
espécie. EMBARGOS DECLARAÇÃO CONHECIDOS, MAS
REJEITADOS.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Embargos de Declaração no Duplo Grau


de Jurisdição nº 332216.68, acordam os componentes da terceira Turma Julgadora da
Primeira Câmara Cível do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à
unanimidade de votos, em conhecer dos embargos, mas rejeitá-los, nos termos do
voto desta Relatora.

Votaram, com a relatora, os Desembargadores Orloff Neves Rocha e Carlos Roberto


Favaro.

Presidiu a sessão o Des. Orloff Neves Rocha.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria Geral de Justiça, o Dr. José


Carlos Mendonça.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Não-Concessão -> Antecipação de tutela
- Data da Movimentação 04/11/2020 10:16:50

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5543919-70.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : EDNA NASCIMENTO SILVA
POLO PASSIVO : MUNICIPIO DE RIO VERDE
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : EDNA NASCIMENTO SILVA


ADVG. PARTE : 60742 GO - BRUNA FELIX DA SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5543919-70.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Luiz Eduardo de Sousa

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5543919.70.2020.8.09.0000


COMARCA DE RIO VERDE
AGRAVANTE : EDNA NASCIMENTO SILVA
AGRAVADO : MUNICÍPIO DE RIO VERDE
REINALDO ALVES FERREIRA – JUIZ DE DIREITO
RELATOR :
SUBSTITUTO EM 2º GRAU

DECISÃO PRELIMINAR

Trata-se de agravo de instrumento interposto por EDNA NASCIMENTO SILVA,


qualificada no bojo dos autos digitais em epígrafe, em face do decisum encartado ao evento de
nº 41 dos autos originários (5449935-06.2020.8.09.0138) proferida pelo Juiz de Direito da Vara
das Fazendas Públicas da Comarca de Rio Verde, em sítio da Ação de Obrigação de Fazer com
pedido de Tutela de Urgência, proposta em face do MUNICÍPIO DE RIO VERDE.

A decisão agravada foi proferida nos seguintes termos:

“No caso dos autos, é desnecessário adentrar ao debate acerca da existência ou não de
elementos que evidenciem a probabilidade do direito, posto que, de um lado, não se vislumbra o
perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo a justificar a concessão de um provimento
judicial sem o juízo de cognição exauriente (já que a requerente encontra-se recebendo os seus
rendimentos salariais) e; de outro lado, não se olvida que o deferimento da medida a fim de
determinar que o ente municipal efetue a progressão vertical do cargo, esbarra inequivocamente na
vedação legal à concessão de medidas irreversíveis.

Isso porque, é de se registrar que o art. 1º, da Lei nº 9.494/97, cumulada com a Lei nº
8.347/92, impõe algumas restrições a concessão dos efeitos da tutela em desfavor da pessoa
jurídica de direito público quando a medida “esgote todo, em qualquer parte, o objeto da ação”.

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NR.PROCESSO: 5543919-70.2020.8.09.0000
Sobre a cláusula impeditiva, o art. 1º, § 3, da Lei nº 8.347/92 prevê:

"Art. 1º. Não será cabível medida liminar contra os atos do Poder Público, no
procedimento cautelar ou em quaisquer outras ações de natureza cautelar ou preventiva, toda vez
que providência semelhante não puder ser concedida em ações de mandado de segurança, em
virtude de vedação legal."

(…);

§ 3º - Não será cabível medida liminar que esgote, no todo ou em qualquer parte, o
objeto da ação.”

Registro que, embora os Tribunais tenham admitido a concessão da antecipação de


tutela (hoje denominada tutela de urgência – art. 300 do CPC 2015) em desfavor da Fazenda
Pública, desde que haja gravidade de lesão, bem como esteja presente a verossimilhança das
alegações, não é esta a hipótese dos autos, vez que se ao final do processo ficar caracterizado o
direito da requerente na progressão funcional, a mesma receberá o valor retroativo.

Isso posto, INDEFIRO o pedido de tutela de urgência.

Concedo os benefícios da assistência judiciária gratuita à Requerente.”

Contra esta decisão insurge-se a agravante.

Após traçar um resumo dos fatos, explica que a insurgência decorre do indeferimento
da tutela que possuía a finalidade de determinar que o Município agravado concedesse à
agravante o enquadramento funcional por progressão vertical de nível médio normal PEB I para
PEB II, tendo em vista que já realizou o requerimento administrativo para tal.

Verbera que o requerimento de promoção/mudança de nível é feito com fundamento


nos artigos 54 e 55 da Lei 5.41/10, Novo Estatuto do Magistério de Rio Verde/GO, destacando
que toda a legislação municipal foi guiada pelo princípio da remuneração do docente conforme a
titulação prevista no art. 67, IV da Lei de Diretrizes e Bases da Educação.

Pondera que a probabilidade do direito resta caracterizada pelos documentos

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colacionados aos autos principais e que o risco da demora fica caracterizado em razão de que a
matéria trata de discussão sobre supressão de verbas de caráter alimentar, destacando que o
pedido não caracteriza conduta irreversível, não conferindo nenhum dano ao agravado.

Por fim, pugna pelo recebimento do presente recurso com a concessão da tutela
vindicada, haja vista que a agravante preenche todos os requisitos para a sua concessão.

Ausente o preparo em vista da concessão da gratuidade.

É o relatório.

Decido.

Sabe-se que o relator pode atribuir efeito suspensivo ou antecipar a tutela recursal
(CPC, 932, II1 c/c 1.019, I2), se presentes os requisitos legais subjacentes à tutela pretendida,
comunicando ao juiz a sua decisão.

A medida antecipatória recursal perseguida, como é de e elementar sabença, reclama,


para a sua concessão, a presença, ainda que em decorrência do exercício de uma atividade
cognitiva apenas sumária, da razoabilidade do direito invoccado e o perigo de dano.

A antecipação dos efeitos que se pretende obter com o julgamento do recurso


compreende modalidade de tutela provisória de urgência ou de evidência, concedida em caráter
antecipado ou cautelar, segundo a terminologia sugerida pelo código processual (CPC, 294).

Em sendo assim, deve ser interpretado o pedido segundo a avaliação da alta


probabilidade de provimento do recurso considerando-se o direito alegado, agregado à urgência
derivada do dano iminente, a inutilidade da demora na entrega da pretensão (CPC 300 e 311), e
ao fator de reversibilidade da decisão.

Dada a sumariedade desta análise, considerando as pretensões das partes e,


marcadamente, o rito do agravo, não se verifica o atendimento dos elementos mínimos para a
concessão da tutela vindicada. Explico.

A despeito da tese da agravante tangenciar certo grau de probabilidade do direito,


infere-se que, da instrução documental do recurso, não é possível deliberar, com consistência, a
ausência do direito da parte agravada.

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Verifica-se do exame dos autos que, a priori, a legislação do Município de Rio Verde
prevê a progressão na carreira em virtude da formação do profissional de educação em curso de
nível superior. Contudo, verifica-se a existência de parecer jurídico desfavorável à pretensão da
autora anexado à inicial dos autos originários, de modo que reputo conveniente a instauração do
contraditório para melhor elucidação dos motivos que levaram à ausência de análise do pleito
administrativo.

Outrossim, não se vislumbra no presente momento o perigo de dano ao resultado útil do


processo, uma vez que a recorrente em momento algum noticia a cessação do pagamento de
seus rendimentos.

Desta feita, os vícios aventados na peça inaugural não restaram evidenciados no


presente momento.

De mais a mais, na espécie, para a concessão das medidas reclamadas, mister a parte
agravante demonstrar a relevante fundamentação do pedido (fumus boni iuris) e a possibilidade
de lhe ocorrer lesão grave ou de difícil reparação (periculum in mora), requisitos estes que devem
ser aferidos de pronto, de forma inequívoca, não se admitindo dúvidas quanto à viabilidade da
sua concessão.

Ademais, se não bastasse, não se apresenta juridicamente factível a concessão de


liminar que importe em progressão, promoção ou aumento de despesa em detrimento da
Fazenda Pública, conforme legislação proibitiva, circunstância que, com acerto, foi levado em
considederação pelo r. Juízo prolator da decisão ora censurada.

Nessa contextualização, indefiro a tutela antecipatória recursal requestada na peça


matriz.

Comunique-se o juízo da causa do teor desta decisão (CPC, 1.019, I) e intime-se a


parte agravada para, querendo, responder ao agravo, no prazo de 15 dias úteis (CPC, 1.019, II),
facultando-lhe juntar a documentação que entender necessária ao julgamento final.

Intime-se. Cumpra-se.

Goiânia, 03 de novembro de 2020.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5543919-70.2020.8.09.0000
REINALDO ALVES FERREIRA

JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO EM 2º GRAU

32

1“Art. 932. Incumbe ao relator:

(...)

II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência originária do
tribunal;”

2“Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o
caso de aplicação do art. 932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:

I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou


parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão;”

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho -> Mero Expediente - Data da Movimentação
09/11/2020 12:25:31

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5051607-93.2018.8.09.0006
CLASSE PROCESSUAL : Apelação (CPC)
POLO ATIVO : EURICO BARBOZA DE MORAES
POLO PASSIVO : UNIMED ANÁPOLIS COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : EURICO BARBOZA DE MORAES


ADVGS. PARTE : 27663 GO - THIAGO TURCIO LADEIRA
27660 GO - JOABE SAMUEL FREITAS DE SOUZA

PARTE INTIMADA : UNIMED ANÁPOLIS COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO


ADVGS. PARTE : 31848 GO - ROBERTA SOARES SÃO JOSÉ
25294 GO - CARLA FRANCO ZANNINI
34153 GO - EDILSON REZENDE JUNIOR

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5051607-93.2018.8.09.0006
Sr. escrivão: verifica-se que o STJ determinou o retorno dos autos ao Tribunal de Justiça para
julgamento do mérito do recurso de apelação ao não acolher a decisão de intempestividade do
recurso de apelação. Caso não tenha havido tal julgamento, encaminhar o processo ao ilustre
Desembargador Relator para conhecimento da decisão do STJ.

Anápolis, 9.11.2020.

Eduardo Walmory Sanches


Juiz de Direito

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 18/11/2020 08:41:56

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5576110-71.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : DOURIVALDO ROCHA DA SILVA
POLO PASSIVO : BELA GOIÂNIA AGROPECUÁRIA LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : DOURIVALDO ROCHA DA SILVA


ADVGS. PARTE : 28500 GO - ROGÉRIO RODRIGUES ROCHA
26210 GO - HUMBERTO PÉRICLES RODRIGUES ROCHA

PARTE INTIMADA : BELA GOIÂNIA AGROPECUÁRIA LTDA


ADVG. PARTE : 20630 GO - SIDARTA STACIARINI ROCHA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5576110-71.2020.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5576110.71.2020.8.09.0000
COMARCA DE GOIÂNIA

AGRAVANTE: DOURIVALDO ROCHA DA SILVA


AGRAVADO: BELA GOIÂNIA AGROPECUÁRIA LTDA.
RELATORA: DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

DECISÃO LIMINAR

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO, com pedido de efeito suspensivo,


interposto por DOURIVALDO ROCHA DA SILVA, em face da decisão proferida pela
Juíza de Direito da 24ª Vara Cível e de Arbitragem da Comarca de Goiânia, Dra. Iara
Márcia Franzoni de Lima Costa, nos autos da Ação de Cumprimento de Sentença
Arbitral (nº 5405322.02.2019), ajuizada em seu desfavor por BELA GOIÂNIA
AGROPECUÁRIA LTDA.

Apura-se dos autos originários que as partes celebraram, em 12 de abril de 2015, um


contrato particular de compromisso de compra e venda, que previa como objeto o lote
03, quadra 23, no Residencial Bela Goiânia, nesta capital.

Consta que diante da inadimplência do executado, as partes entabularam acordo


perante a 2ª Corte de Conciliação e Arbitragem da Comarca de Goiânia, no qual o
executado se comprometeu a pagar à exequente o valor de R$ 211.152,92 (duzentos
e onze mil, cento e cinquenta e dois reais e noventa e dois centavos) pelo lote, através
de uma entrada de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) e 186 parcelas de R$
1.121,79 (mil, cento e vinte e um reais e setenta e nove centavos), sendo que nova
inadimplência implicaria na rescisão contratual do compromisso de compra e venda e
na reintegração na posse do imóvel pela empresa credora.

Infere-se que o executado não cumpriu o acordo, adimplindo apenas a entrada e 07


(sete) parcelas da 186 (cento e oitenta e seis) pactuadas, razão pela qual a exequente
ajuizou a demanda, requerendo a desocupação do imóvel com a sua reintegração ao

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NR.PROCESSO: 5576110-71.2020.8.09.0000
seu patrimônio.

Citado, o executado apresentou impugnação ao cumprimento de sentença, tendo a


magistrada, ao analisar tal defesa, proferido a decisão embatida, nos seguintes
termos:

“(…) Sobre a concessão de efeito suspensivo, requerido pelo executado,


conforme previsão do §6º do art. 525 do Código de Processo Civil, é
possível que se atribua efeito suspensivo à impugnação, quando
requerido, desde que garantido o juízo com penhora, caução ou depósito
suficientes, bem como se os fundamentos forem relevantes e o
prosseguimento da execução for manifestamente suscetível de causa ao
executado grave dano de difícil ou incerta reparação.

No caso em comento, a executada não garantiu o juízo


integralmente. Logo, indefiro o pedido de suspensão da presente
impugnação.
Pois bem. Faz-se necessário salientar que o presente feito tem
como cerne a execução de título executivo judicial e, por isso, no
caso de impugnação, ao executado cabe alegar algo dentro do
previsto no rol taxativo presente no artigo 525 do Diploma
Processual Cível.
(…)
Acerca da nulidade da sentença, impende admitir a decadência
do prazo para tal declaração, mesmo se tratando das hipóteses
previstas no artigo 32 da Lei da Arbitragem, in verbis:
(…)
O título executivo que funda a presente execução compreende
uma sentença arbitral, oriunda de procedimento próprio e
amparada por legislação específica, qual seja, pela Lei nº
9.307/96.
Segundo dispõe expressamente o artigo 33 e parágrafos do
diploma legal em comento:
Art. 33. A parte interessada poderá pleitear ao órgão do Poder
Judiciário competente a declaração de nulidade da sentença
arbitral, nos casos previstos nesta Lei.
§ 1o A demanda para a declaração de nulidade da sentença
arbitral, parcial ou final, seguirá as regras do procedimento
comum, previstas na Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973
(Código de Processo Civil), e deverá ser proposta no prazo de
até 90 (noventa) dias após o recebimento da notificação da
respectiva sentença, parcial ou final, ou da decisão do pedido de

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NR.PROCESSO: 5576110-71.2020.8.09.0000
esclarecimentos.
(…)
§ 3o A decretação da nulidade da sentença arbitral também
poderá ser requerida na impugnação ao cumprimento da
sentença, nos termos dos arts. 525 e seguintes do Código de
Processo Civil, se houver execução judicial.
Com efeito, observa-se que a Lei de Arbitragem prevê um prazo
decadencial de 90 (noventa) dias para o pedido de declaração de
nulidade da sentença arbitral, fundamentada em quaisquer das
hipóteses previstas no artigo 32 do referido diploma.
Dos documentos carreados na petição exordial, especificamente
o título executivo judicial que se executa (movimentação 1 –
arquivo 5) é possível perceber que a sentença arbitral foi
prolatada em 25/01/2018 na 2ª Corte de Conciliação e Arbitragem
desta capital, sendo a parte executada intimada na mesma data,
haja vista se tratar de sentença homologatória de acordo.
Destarte, depreende-se que somente agora, depois de iniciada a
execução do título é que a parte executada resolveu deduzir
alegação a respeito de eventual vício a macular a sentença
arbitral objeto da presente execução.
Em que pese a possibilidade de arguição da nulidade pela via do
cumprimento de sentença, entende-se que, ainda assim, deve
ser realizada no prazo decadencial.
(…)
Portanto, expirou-se o prazo para postulação da declaração de
nulidade da sentença, não sendo permitida, em consequência, tal
discussão, como trazida aos autos.
Na especificidade do caso concreto, mister se faz pontuar, ainda,
acerca da mencionada ação de obrigação de fazer, ajuizada pelo
ora executado e distribuída originariamente à 4ª Vara Cível desta
Comarca. Nesse sentido, ao analisar aqueles autos, nota-se que
a ação foi protocolada em 09/02/2017. Contudo, após ingressar
no Poder Judiciário, o lá autor optou por celebrar acordo,
devidamente homologado por árbitro em 25/01/2018.
Consequentemente, forçoso concluir que a posterior ratificação
dos termos ajustados pelas próprias partes validou e legitimou a
concordância do executado com o compromisso arbitral instituído
na mesma ocasião. Repise-se: após o ajuizamento da demanda
perante o Poder Judiciário.
(…)
De igual forma, inaplicável os ditames da Súmula 45 do Tribunal
de Justiça de Goiás, pelos motivos distintivos acima expostos.

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NR.PROCESSO: 5576110-71.2020.8.09.0000
Superadas tais questões, observa-se que, ultrapassado o já
supracitado prazo decadencial para arguição de possível
nulidade na sentença arbitral, o executado poderia alegar em seu
favor apenas as matérias constantes no rol taxativo do artigo 525,
§1º do Digesto Processual Civil.
(…)
Assim, mostra-se necessária a restrição na apreciação das
alegações constantes na impugnação apresentada apenas às
matérias que podem ser objeto de análise neste momento
processual.
Logo, em decorrência da exposição acima apresentada, apenas
à ressalva e esclarecimento, não figura a petição inicial inepta,
uma vez que, intimado a esclarecer sobre a devolução de
valores, tão logo distribuída a execução (movimentação 5), a
exequente informou não haver saldo a restituir, apresentando
memória de cálculo que entendeu pertinente (movimentação 7).
Sem prejuízo, eventual discussão daí decorrente deveria ser
objeto de impugnação específica da parte executada.
No mesmo sentido, não há como acolher a tese referente às
benfeitorias. Isto por conta da taxatividade do §1° do artigo 525
do Diploma Processual Civil, bem como pela ausência de
discussão de tal ponto ao momento do acordo, devendo tal
matéria ser objeto de ação própria.
(…)
Por conseguinte, considerando que a impugnação ao valor da
causa pairava sobre a não consideração e respectiva inclusão
das benfeitorias no montante estipulado na peça de ingresso do
cumprimento de sentença, entendo por prejudicado tal ponto.
Com efeito, não há subsídio jurídico ao acolhimento da pretensão
do executado, considerados os fundamentos acima ponderados.
Ante o exposto, rejeito a impugnação ao cumprimento da
sentença arbitral e determino o regular prosseguimento do feito.
Preclusa a decisão, intime-se o exequente a dar prosseguimento
no feito, em 15 (quinze) dias, devendo requerer o que entender
de direito.
Intimem-se. Cumpra-se.” (evento 36 dos autos originários)

Inconformado, o executado avia o presente recurso de Agravo de Instrumento. Em


suas razões recursais, preliminarmente, pugna pela concessão dos benefícios da
justiça gratuita.

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NR.PROCESSO: 5576110-71.2020.8.09.0000
No mérito, afirma existir a possibilidade de declaração de nulidade da
sentença/procedimento arbitral pelo Poder Judiciário, independente do estado em que
se encontre, conforme precedentes deste Tribunal e do STJ, já que o agravante
buscou o juízo estatal antes do procedimento arbitral.

Relata que, em razão do descumprimento contratual por parte da agravada fora


proposto, em fevereiro de 2017, isto é, quase 01 (um) ano antes do procedimento
arbitral, a Ação de Obrigação de Fazer com pedido expresso de nulidade da cláusula
arbitral, que foi distribuída para 4ª Vara Cível da Comarca de Goiânia, oportunidade
em que o julgador afastou, ainda na fase de saneamento do processo, a mencionada
cláusula.

Aduz que o contrato firmando entre as partes é nitidamente de adesão, eis que
composto de cláusulas pré redigidas, as quais não puderam ser discutidas, sendo-lhe
imposta a submissão ao foro arbitral da 2ª Corte de Conciliação e Arbitragem de
Goiânia.

Defende se tratar o caso de relação de consumo, devendo ser aplicado o artigo 518 do
Código de Defesa do Consumidor, a fim de se considerar nula de pleno direito as
cláusulas que determinem a utilização compulsória de arbitragem.

Insiste que a propositura da demanda no Judiciário, tal qual fora escolhido pelo
agravante, faz com que a cláusula compromissória não tenha mais qualquer validade
para este contrato, porquanto tacitamente renunciada pelo consumidor, de modo que
os atos praticados no juízo arbitral são inaptos e não geram efeitos.

Brada que a consequência lógica do provimento deste recurso é a extinção do feito


executivo com resolução de mérito, ante a inexequibilidade do título exequendo.

Sustenta também que a condutora do feito confundiu-se em relação às espécies de


defesa do art. 33 da Lei de Arbitragem, já que a defesa formulada pelo agravante
encontra-se amparada pelo §3º da mencionada norma, com complemento no art. 525
do Código de Processo Civil, o qual prevê que a nulidade da sentença arbitral, além de
ser invocada por ação própria (hipóteses dos §1º, 2º e 4º do art. 33), também pode ser
via impugnação ao cumprimento de sentença, de modo que não ocorreu os efeitos da
decadência, já que o agravante, ao ser citado da ação movida em seu desfavor,
apresentou a defesa própria, de acordo com a lei.

Acrescenta que busca o legislador possibilitar à parte optar pela ação própria de
nulidade (no prazo decadencial de 90 dias da intimação da sentença) ou apresentar

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NR.PROCESSO: 5576110-71.2020.8.09.0000
impugnação ao cumprimento de sentença arbitral (neste caso não há prazo
decadencial, já que a sentença pode ser executada em até 5 (cinco) anos), de maneira
que a opção por uma não se revela condição para admissão da outra e/ou vice e
versa.

Verbera que outra nulidade no título é a ausência de devolução das quantias pagas,
assim como a ausência de indenização por benfeitorias realizados pelo agravante,
sendo que o pedido inserto na inicial, tal como o título que funda a execução são
incongruentes, abusivos e não comportam amparo legal ao requerer, por exemplo, a
perda total das parcelas pagas em detrimento do onipotente fornecedor.

Preconiza que antes de ser investida na posse do imóvel em questão, a exequente


deve proceder a restituição total dos valores pagos pelo agravante, a título de
prestação mensal, cabendo a estes, a permanência no imóvel, até a compensação dos
valores, nos termos do art. 368 do Código Civil.

Salienta ainda que a decisão atacada não apreciou o pedido de produção de provas
formulado pelo agravante em sua defesa, incorrendo a magistrada de piso em erro, ao
cercear provas e a instrução processual, o que viola o princípio constitucional do
devido processo legal.

Por fim, requer que a agravada seja condenada, exclusivamente, ao pagamento de


honorários sucumbenciais aos advogados da parte recorrente, no importe de 20%
sobre o valor da causa.

Nestes termos, pleiteia a concessão do efeito suspensivo ao recurso. No mérito, pede


o conhecimento e provimento do agravo, nos termos aduzidos.

Ausente o preparo, tendo em vista o pedido da gratuidade da justiça.

Em suma, é o relatório. Passo à decisão.

De início, considerando os documentos juntados aos autos, DEFIRO OS BENEFÍCIOS


DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA NESTA VIA RECURSAL.

Quanto ao pedido de concessão do efeito suspensivo ao recurso, tem-se que na nova


redação conferida ao artigo 1.015, do Código de Processo Civil de 2015, o legislador

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NR.PROCESSO: 5576110-71.2020.8.09.0000
instituiu o Agravo por Instrumento apenas para as hipóteses taxativas ali elencadas,
especialmente para aquelas que versam sobre provimentos jurisdicionais de urgência
ou quando houver perigo iminente de que a decisão de primeiro grau venha a causar
lesão grave e de difícil ou incerta reparação.

Vale ainda ressaltar que, nos termos do artigo 1.019, I, do Código de Processo Civil de
2015, foi mantida a faculdade conferida ao relator de conceder efeito suspensivo ou,
ainda, deferir, total ou parcialmente, a antecipação da tutela pleiteada, nos casos
expressamente admitidos em lei.

Desta forma, para a concessão de liminar em Agravo de Instrumento a fim de conferir-


lhe efeito suspensivo ou a antecipação da tutela, mister se faz demonstrar os
requisitos necessários para a concessão das tutelas de urgência em geral, não se
afastando do periculum in mora e o fumus boni juris, ou seja, devem estar presentes a
probabilidade do direito invocado aliado ao perigo de dano que o ato judicial possa
causar.

In casu, da análise sumária dos autos, vislumbro, neste momento, a presença dos
requisitos indispensáveis ao deferimento do efeito suspensivo postulado, uma vez que
evidenciado o risco de dano grave de difícil ou impossível reparação ao recorrente com
o prosseguimento do feito, ante a possibilidade de desocupação compulsória do
imóvel.

Com essas considerações, DEFIRO o pedido de efeito suspensivo pleiteado, até o


julgamento do mérito recursal.

Dê-se ciência desta decisão ao juiz da causa.

Intime-se a agravada para que, querendo, nos termos do artigo 1.019, II, do
CPC/2015, apresente contrarrazões.

Após, incontinenti, volvam-me os autos conclusos para julgamento.

Intimem-se. Cumpra-se.

Goiânia, 17 de novembro de 2020.

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NR.PROCESSO: 5576110-71.2020.8.09.0000
DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI
RELATORA
119

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 15/10/2020


16:17:48

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5506179-78.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : BRADESCO FINANCIAMENTOS
POLO PASSIVO : OSVALDO DE AGUIAR JUNIOR
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BRADESCO FINANCIAMENTOS


ADVG. PARTE : 26261 DF - MATHEUS DANTAS DE CARVALHO

PARTE INTIMADA : OSVALDO DE AGUIAR JUNIOR


ADVG. PARTE : 57999 GO - POLIANA FAGUNDES DE OLIVEIRA

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NR.PROCESSO: 5506179-78.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

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Gabinete do Desembargador Luiz Eduardo de Sousa

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5506179-78.2020.8.09.0000

COMARCA DE ITAJÁ

AGRAVANTE: BANCO BRADESCO FINANCIAMENTO S/A

AGRAVADO : OSVALDO DE AGUIAR JÚNIOR

RELATOR : REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito em Substituição

DESPACHO

In casu, não obstante o agravante tenha formulado pedido de concessão do efeito


suspensivo ao agravo, eximiu-se em motivá-lo, razão pela qual esse relator restringir-se-á a dar-
lhe processamento.

Intime-se o agravado para, caso queira, no prazo legal, oferecer contrarrazões ao


agravo (art. 1.019, II, do NCPC).

Cientifique-se o insigne julgador de 1º grau (art. 1.019, I, NCPC).

Intime-se. Cumpra-se.

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NR.PROCESSO: 5506179-78.2020.8.09.0000
Goiânia, 14 de outubro de 2020.

REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito em Substituição

05

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 26/11/2020 17:42:40

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0286078-79.2015.8.09.0157
CLASSE PROCESSUAL : Embargos à Execução
POLO ATIVO : MOACIR DE OLIVEIRA FILHO
POLO PASSIVO : MURIEL VITORIA BATISTA FRANCO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MOACIR DE OLIVEIRA FILHO


ADVG. PARTE : 24802 GO - MARIO CESAR MONTEIRO DE CASTRO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0286078-79.2015.8.09.0157
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0286078-79.2015.8.09.0157


COMARCA DE VIANÓPOLIS
APELANTE : MOACIR DE OLIVEIRA FILHO
APELADO : MURIEL VITÓRIA BATISTA FRANCO
RELATOR : Juiz ROBERTO HORÁCIO REZENDE

DECISÃO

Cuida-se de Recurso de Apelação Cível, interposto por MOACIR DE


OLIVEIRA FILHO, em face de sentença proferida pela MM. Juíza de Direito da 1ª Vara
Cível da Comarca de Vianópolis, Dra. Marli de Fátima Naves, nos autos da Ação de
Embargos à Execução, ajuizada em desfavor de MURIEL VITÓRIA BATISTA
FRANCO.

Emerge do caderno processual que a parte apelante ao apresentar a


mencionada súplica recursal, pugna pela concessão dos benefícios da assistência
judiciária, por não ter condições de arcar com as custas processuais, honorários
advocatícios bem como o preparo recursal, sem prejuízo do próprio sustento e de sua
família.

Entretanto, não cuidou de juntar elemento de prova capaz de viabilizar a


concessão do benefício da gratuidade, como por exemplo, cópia declaração de
imposto de renda, de forma integral, ou declaração de isento, carteira de trabalho,
contracheques, extratos de contas bancárias e cartões de créditos, bem comprovantes
de despesas pessoais.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 0286078-79.2015.8.09.0157
Nesse contexto, com fulcro no artigo 99, parágrafo 2º 1 , do Código de
Processo Civil, intime-se a parte apelante para instruir os autos com documentos que
comprovem a hipossuficiência alegada, no prazo de 05 (cinco) dias, sob pena de
indeferimento do pedido formulado.

Cumpra-se.

ROBERTO HORÁCIO REZENDE


Juiz Substituto em 2º Grau
RELATOR
Datado e assinado digitalmente conforme Resolução 59/2016

1 - § 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos
pressupostos legais para a concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a
comprovação do preenchimento dos referidos pressupostos.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 16/10/2020


17:45:34

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5490951-63.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ELZIMAR OLIVEIRA SILVA KERBER
POLO PASSIVO : WL CONSTRUTORA IMOBILIÁRIA EIRELI
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ELZIMAR OLIVEIRA SILVA KERBER


ADVG. PARTE : 49904 GO - THIAGO ALVES SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5490951-63.2020.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO N° 5490951-63.2020.8.09.0000

COMARCA DE GOIÂNIA

AGRAVANTE : ELZIMAR OLIVEIRA SILVA KERBER


AGRAVADO : WL CONSTRUTORA IMOBILIÁRIA EIRELI E OUTRA
RELATOR : REINALDO ALVES FERREIRA
Juiz de Direito em Substituição

DESPACHO

Em face do pedido de reconsideração formulado pelo agravante no evento 05, intime-


se a parte agravada para se pronunciar no prazo de 15 (quinze) dias.

Cumpra-se.

Após, à conclusão.

Goiânia, 15 de outubro de 2.020.

REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito em Substituição

01

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 20/11/2020 09:57:50

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5058260-61.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : MARIA DE LOURDES BARBOSA ABRANTES
POLO PASSIVO : SB PARTICIPAÇÕES LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : SB PARTICIPAÇÕES LTDA


ADVG. PARTE : 39743 GO - FABIO SILVA RIBEIRO

PARTE INTIMADA : MARIA DE LOURDES BARBOSA ABRANTES


ADVG. PARTE : 21519 GO - FERNANDO RIOS DE BRITO MADUREIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5058260-61.2020.8.09.0000
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. MARCAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO.
PEDIDO DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA INOBSERVADO. APLICAÇÃO DE
MULTA POR NÃO COMPARECIMENTO. CORREÇÃO DO VALOR DA CAUSA SEM
OBSERVÂNCIA DA SENTENÇA CONDENATÓRIA QUE JÁ ESTABELECEU O
BENEFÍCIO PATRIMONIAL. ERROR IN PROCEDENDO. CASSAÇÃO DO DECISUM
. PROSSEGUIMENTO DO FEITO. AUSÊNCIA DE OBSCURIDADE, OMISSÃO OU
CONTRADIÇÃO. I- Consoante o disposto no artigo 1.022, incisos I e II, do Código de
Processo Civil, os embargos declaratórios têm por escopo aclarar obscuridade,
harmonizar pontos contraditórios ou suprir omissões existentes no acórdão ou decisão
combatida. II- No presente caso, a embargante não logrou êxito em demonstrar vícios
a ensejarem a alteração do julgado, almejando, de outro norte, a reapreciação de
questões já discutidas nos autos, especialmente no que se refere à inviabilidade de
aplicação de multa processual à embargada por não comparecimento à audiência
conciliatória no caso específico dos autos, hipótese vedada à finalidade que se destina
o presente recurso. III- Não há que se falar em prequestionamento quando o decisum
recorrido adota fundamentação suficiente acerca daquilo que fora discutido nos autos
para dirimir a controvérsia. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS, PORÉM,
REJEITADOS.

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Assinado por MARIA DAS GRACAS CARNEIRO REQUI
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5058260-61.2020.8.09.0000
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5058260-
61.2020.8.09.0000
COMARCA DE GOIÂNIA

EMBARGANTE: SB PARTICIPAÇÕES LTDA


EMBARGADA: MARIA DE LOURDES BARBOSA ABRANTES
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

VOTO

Presentes os pressupostos recursais, conheço do recurso, mas o faço para rejeitá-lo,


já que o acórdão não padece de falha autorizadora de sua reforma, de acordo com os
preceitos do artigo 1.022, do CPC/2015.

A propósito, o Código de Processo Civil de 2015, em seu artigo 1.022 do Código de


Processo Civil de 2015, dispõe acerca das hipóteses de cabimento dos embargos
declaratórios. Confira-se:

“ Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer


decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se
pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material.”

Sobre o assunto, trago à colação os ensinamentos do professor Elpídio Donizetti:

“ Cabem embargos de declaração para esclarecer decisão


obscura ou contraditória, ou, ainda, para integrar julgado omisso.
(…) Há omissão nos casos em que determinada questão ou
ponto controvertido deveria ser apreciado pelo órgão julgador
mas não o foi. (…). Não há obrigatoriedade de a decisão

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5058260-61.2020.8.09.0000
recorrida mencionar expressamente súmula ou dispositivo
constitucional ou legal para que se caracterize o
prequestionamento; basta que o julgado tenha decidido a
questão constitucional ou federal.” (in Curso Didático de Direito
Processual Civil. 13.ed. Belo Horizonte: Lumen Juris, 2010. págs. 651 e
653).

Nota-se, portanto, que nos aclaratórios devem ser observados os limites do art. 1.022
do NCPC, já que esse recurso não é o meio hábil ao reexame de matéria já decidida
ou estranha ao acórdão embargado.

No caso em apreço, aduziu a embargante, em suma, que o decisum atacado


mereceria novo julgamento, a entender que o acórdão ora embargado teria incorrido
em contradição, não tendo apreciado corretamente a matéria posta em debate,
principalmente, no que se refere à aplicação de multa à embargada pelo não
comparecimento de audiência conciliatória e alteração do valor da causa pelo juízo
singular.

De antemão, observo que o recurso manejado pela embargante almeja, em verdade, a


reapreciação de questões já discutidas nos autos, o que é vedado em sede de
embargos declaratórios, eis que não há vícios no julgado que autorize sua alteração
nesta via recursal. Além disso, nota-se que todas as questões suscitadas pela
embargante em sede de Agravo de Instrumento, foram regularmente analisadas
e decididas no julgamento colegiado do recurso.

Assim, tendo a embargante requerido a retificação do julgado com base em questões


já vivenciadas no processo, ainda que sob a alegação de omissão, mister é a rejeição
da presente insurgência recursal.

Nesse contexto, em relação à alegação de que o acórdão embargado teria restado


contraditório, destaco que não procede a tese de defesa apresentada.

Isto porque, conforme denota-se do que restou decidido nos presentes autos, evento
29, ficou bem esclarecido no acórdão embargado os motivos pelos quais não é
devida a multa processual aplicada à embargada, com base em valor da causa
alterado de ofício pelo magistrado após o trânsito em julgado da sentença, Aliás,
sobre o tema, estatuiu o Acórdão embargado:

“(…) ao que se constata dos autos em exame é que, após a


digitalização dos autos físicos, já com sentença transitada

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NR.PROCESSO: 5058260-61.2020.8.09.0000
em julgado, evento 03, doc. 85, o magistrado singular
recebeu os autos digitais e marcou audiência de conciliação,
evento 14, enquanto deveria dar início à fase de
cumprimento de sentença conforme requerimento da parte
autora efetuado anteriormente, no evento 12. Agindo dessa
forma, o magistrado singular atropelou a marcha processual
regular, inobservando o pedido de cumprimento de sentença e
deixando de verificar que o valor da causa já fora regularmente
estabelecido quando do julgamento definitivo da ação, de modo
que o benefício econômico que poderia ter a parte autora já
encontra-se delimitado no édito sentencial, sendo defeso ao juiz
alterar a sentença, de ofício, após sua prolação. (...)”
Conforme elucidado no decisum embargado, não há obscuridade, omissão ou
contradição, haja vista ter ficado bem ressaltado nos autos, especificamente no
acórdão, a inviabilidade de aplicação da sanção à embargada.

Diante de tais considerações, não havendo vícios a serem sanados e, tampouco,


alteração material no julgado, devem ser rejeitados os presentes embargos, haja vista
que esta modalidade recursal somente é cabível quando a decisão recorrida estiver,
de fato, contaminada por obscuridade, contradição ou omissão, finalidade que não é
afastada nem mesmo para fins de prequestionamento.

No mesmo sentido, este Tribunal de Justiça assim tem decidido:

“ EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. APELAÇÃO CÍVEL.


OMISSÃO E CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA.
IMPOSSIBILIDADE. I - Os Embargos Declaratórios não
constituem meio idôneo para o reexame de matéria já decidida,
destinando-se tão somente a sanar omissão e a esclarecer
contradições ou obscuridades, nos termos do art. 535, do Código
de Processo Civil. II - Não se faz necessário analisar ponto a
ponto do recurso da parte, nem mesmo manifestação explícita do
Tribunal sobre os artigos prequestionados, pois, para a
admissibilidade de eventual recurso às instâncias superiores,
basta que a matéria suscitada tenha sido analisada no acórdão
vergastado. EMBARGOS CONHECIDOS E REJEITADOS”.
(TJGO, 1ª Câmara Cível, ED na AC nº 315891-91.2009.8.09. 0051,
Relator Des. Leobino Valente Chaves, DJ 865 de 21/07/2011).

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO


CONSIGNATÓRIA C/C REVISIONAL DE CLÁUSULAS
CONTRATUAIS. CONTRADIÇÃO. INOCORRÊNCIA. REEXAME
DA CAUSA. FINALIDADE DE PREQUES-TIONAMENTO.
REJEIÇÃO. Não existindo no acordão recorrido a contradição
apontada, os embargos de declaração não podem ser acolhidos
a pretexto de prequestionamento, uma vez que, não é um

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5058260-61.2020.8.09.0000
recurso próprio para provocar o reexame da causa. EMBAR-GOS
DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.” (TJGO, 1ª Câmara Cível,
Apelação nº 148470-5/188, Relator Des. Vitor Barbosa Lenza, DJ 513 de
04/01/2010).

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO


REVISIONAL. INEXISTÊNCIA DOS VÍCIOS APONTADOS.
MATÉRIA QUE RECEBEU A APRECIAÇÃO DEVIDA. I - A via
dos aclaratórios é adequada à integração do julgado, corrigindo
omissão, contradição ou obscuridade porventura existentes nele,
sendo vedada a rediscussão da contenda, desiderato para o qual
dispõe a parte de outras ferramentas processuais. Não existe
qualquer vicio quando a decisão embargada tenha apreciado, de
forma clara, coesa e com fundamentação suficiente, as questões
em debate. III - Mesmo para efeito de prequestionamento,
necessário que se demonstre na decisão colegiada a existência
de obscuridade, contradição, omissão, ou ainda, erro material.
EMBARGOS CONHECIDOS E REJEITADOS.” (TJGO, 1ª Câmara
Cível, Apelação nº 150899-9/188, Relator Dr. Carlos Alberto França, DJ
513 de 04/01/2010).

Ademais, as irresignações da embargante estão aqui regularmente rechaçadas e


suprimidas, o que suplanta qualquer alegação de necessário prequestionamento para
o processamento de recurso às superiores instâncias.
Ao teor do exposto, por não padecer o acórdão dos vícios elencados no art. 1.022, do
CPC/2015, a sua rejeição é medida necessária, pelo que conheço dos embargos
opostos, porém os rejeito.

É como voto.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5058260-61.2020.8.09.0000
105/LE

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5058260-


61.2020.8.09.0000
COMARCA DE GOIÂNIA

EMBARGANTE: SB PARTICIPAÇÕES LTDA


EMBARGADA: MARIA DE LOURDES BARBOSA ABRANTES
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE


INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA.
MARCAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO. PEDIDO DE
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA INOBSERVADO. APLICAÇÃO
DE MULTA POR NÃO COMPARECIMENTO. CORREÇÃO DO
VALOR DA CAUSA SEM OBSERVÂNCIA DA SENTENÇA
CONDENATÓRIA QUE JÁ ESTABELECEU O BENEFÍCIO
PATRIMONIAL. ERROR IN PROCEDENDO. CASSAÇÃO DO
DECISUM. PROSSEGUIMENTO DO FEITO. AUSÊNCIA DE
OBSCURIDADE, OMISSÃO OU CONTRADIÇÃO. I- Consoante
o disposto no artigo 1.022, incisos I e II, do Código de Processo
Civil, os embargos declaratórios têm por escopo aclarar
obscuridade, harmonizar pontos contraditórios ou suprir omissões
existentes no acórdão ou decisão combatida. II- No presente
caso, a embargante não logrou êxito em demonstrar vícios a
ensejarem a alteração do julgado, almejando, de outro norte, a
reapreciação de questões já discutidas nos autos, especialmente
no que se refere à inviabilidade de aplicação de multa processual
à embargada por não comparecimento à audiência conciliatória
no caso específico dos autos, hipótese vedada à finalidade que
se destina o presente recurso. III- Não há que se falar em
prequestionamento quando o decisum recorrido adota
fundamentação suficiente acerca daquilo que fora discutido nos
autos para dirimir a controvérsia. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO CONHECIDOS, PORÉM, REJEITADOS.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Embargos de Declaração no Agravo de


Instrumento nº 5058260.61, acordam os componentes da terceira Turma Julgadora da
Primeira Câmara Cível do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5058260-61.2020.8.09.0000
unanimidade de votos, em conhecer dos embargos, mas rejeitá-los, nos termos do
voto desta Relatora.

Votaram, com a relatora, os Desembargadores Orloff Neves Rocha e Carlos Roberto


Favaro.

Presidiu a sessão o Des. Orloff Neves Rocha.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria Geral de Justiça, o Dr. José


Carlos Mendonça.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 16/10/2020


17:45:34

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5490951-63.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ELZIMAR OLIVEIRA SILVA KERBER
POLO PASSIVO : WL CONSTRUTORA IMOBILIÁRIA EIRELI
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ÁGUIA IMÓVEIS CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA-ME


ADVG. PARTE : 43384 GO - MACICLER FERREIRA BORGES DA FONSECA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5490951-63.2020.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO N° 5490951-63.2020.8.09.0000

COMARCA DE GOIÂNIA

AGRAVANTE : ELZIMAR OLIVEIRA SILVA KERBER


AGRAVADO : WL CONSTRUTORA IMOBILIÁRIA EIRELI E OUTRA
RELATOR : REINALDO ALVES FERREIRA
Juiz de Direito em Substituição

DESPACHO

Em face do pedido de reconsideração formulado pelo agravante no evento 05, intime-


se a parte agravada para se pronunciar no prazo de 15 (quinze) dias.

Cumpra-se.

Após, à conclusão.

Goiânia, 15 de outubro de 2.020.

REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito em Substituição

01

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em
Assinado por REINALDO ALVES FERREIRA
Validação pelo código: 10463569012714089, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/PendenciaPublica
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 20/11/2020 09:53:01

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0111425-81.2017.8.09.0140
CLASSE PROCESSUAL : Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária ( L.E. )
POLO ATIVO : BANCO BRADESCO SA
POLO PASSIVO : ONAIR CINTRA DOS PASSOS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO BRADESCO SA


ADVG. PARTE : 35394 GO - ROSANGELA DA ROSA CORREA

PARTE INTIMADA : ONAIR CINTRA DOS PASSOS


ADVG. PARTE : 30150 GO - LEONARDO MIQUEIAS DOS PASSOS RAMOS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 0111425-81.2017.8.09.0140
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE BUSCA E
APREENSÃO. PEDIDO REVISIONAL. CAPITALIZAÇÃO DIÁRIA DE JUROS.
PREVISÃO EXPRESSA. AUSÊNCIA DE INFORMAÇÃO DA TAXA DE JUROS
DIÁRIA. ABUSIVIDADE. CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS ADVINDAS DO
AFASTAMENTO DE ENCARGO DA NORMALIDADE. ERRO MATERIAL.
CORREÇÃO. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTOS SUFICIENTES À
RECONSIDERAÇÃO OU REFORMA DO ACÓRDÃO. INEXISTÊNCIA DE VÍCIOS. 1.
Os embargos declaratórios têm por escopo aclarar obscuridade, afastar contradição,
suprimir omissão ou corrigir erro material do julgado, nos termos do artigo 1.022,
incisos I, II, III, do Código de Processo Civil, situações não evidenciadas no caso em
análise. 2. Segundo o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, nos casos em
que houver previsão de capitalização diária, é necessário que o contrato explicita a
taxa diária a ser cobrada, em atenção ao direito à informação prévia e adequada
previsto nos artigos 6º, inciso III, 46 e 52 do Código de Defesa do Consumidor. Sendo
assim, como na hipótese dos autos não houve informação a respeito da taxa diária de
juros a ser aplicada, revela-se descabida a incidência da capitalização diária. 3. A
exclusão da cobrança da capitalização diária de juros, ante a ausência de explicitação
no contrato da taxa diária a ser cobrada, gera algumas consequências jurídicas, tais
como a descaracterização da mora do embargante/requerido, o julgamento de
improcedência da ação de busca e apreensão, o julgamento de parcial procedência do
pleito revisional e, ainda, a inversão dos ônus sucumbenciais. EMBARGOS
DECLARAÇÃO CONHECIDOS, MAS REJEITADOS.

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NR.PROCESSO: 0111425-81.2017.8.09.0140
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº
111425.81.2017.8.09.0140
COMARCA DE SANCLERLÂNDIA

EMBARGANTE: BANCO BRADESCO S/A


EMBARGADO: ONAIR CINTRA DOS PASSOS
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade dos embargos de declaração, deles


conheço.

Conforme relatado, cuida-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO opostos por


BANCO BRADESCO S/A, contra o acórdão proferido por este egrégio Tribunal de
Justiça, que, por unanimidade de votos, conheceu dos embargos de declaração
interpostos pelo consumidor e ora embargado, “para corrigir erro material constatado
no acórdão recorrido para 1) descaracterizar a mora do devedor/embargante; 2)
extinguir, sem resolução de mérito, a ação de busca e apreensão, nos termos do art.
485, IV do CPC/15; 3) julgar parcialmente procedente o pedido revisional apenas para
afastar a cobrança da capitalização diária dos juros e 4) inverter os ônus
sucumbenciais, os quais recairão sobre o requerente/embargado. Em observância ao
artigo 85, § 11, do NCPC, majoro o percentual dos honorários advocatícios
sucumbenciais para 15% (quinze por cento) sobre o valor da causa. No mais, ficam
mantidos os demais pontos analisados pelo ato judicial atacado” (evento 49).

Sustenta o embargante “que foi expressamente pactuada a capitalização diária e que


existe previsão legal, e ainda, que o acórdão abordou o tema (capitalização diária) e
fundamentou com jurisprudências, não há como acolher a tese de omissão realizada
pelo apelante, já que não consta omissão na decisão de evento n° 19, conforme
comprova-se em simples leitura da mesma”.

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NR.PROCESSO: 0111425-81.2017.8.09.0140
Pois bem.

É consabido que cabem embargos de declaração, na inteligência do artigo 1.022 do


Código de Processo Civil, quando na sentença ou acórdão houver obscuridade ou
contradição, ou for omisso acerca de tema sobre o qual devia pronunciar-se para
elucidar a questão posta em juízo.

A propósito:

“ Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer


decisão judicial para:
I –esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II – suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se
pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III – corrigir erro material.
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:
I – deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de
casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência
aplicável ao caso sob julgamento;
II – incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º.”

Assim, a interposição dos embargos declaratórios em situação de vício do acórdão é


perfeitamente admissível para afastar eventuais dúvidas, ex vi do artigo 1.022 e seus
incisos, do Código de Processo Civil.

A esse respeito, preleciona o professor Humberto Theodoro Júnior:

“(...) Se o caso é de omissão, o julgamento dos embargos supri-


la-á, decidindo a questão que, por lapso, escapou à decisão
embargada. No caso de obscuridade ou contradição, o decisório
será expungido eliminando-se o defeito nele detectado. Em
qualquer caso, a substância do julgado será mantida, visto que
os embargos de declaração não visam à reforma do acórdão, ou
da sentença. No entanto, será inevitável alguma alteração no
conteúdo do julgado, principalmente quando se tiver de eliminar
omissão ou contradição. O que, todavia, se impõe ao julgamento
dos embargos de declaração é que não se proceda a um novo

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NR.PROCESSO: 0111425-81.2017.8.09.0140
julgamento da causa, pois a tanto não se destina esse remédio
recursal”. (in Curso de Direito Processual Civil, 36.ed., Vol. I, São
Paulo: Editora Forense, p. 526/527).

Conclui-se que os embargos de declaração possuem o objetivo de requerer ao juiz


prolator da decisão o afastamento da obscuridade, omissão ou contradição que
inquina sua decisão, ou para a correção de erro material.

Assim, o pressuposto deste recurso, ainda que para fins de prequestionamento, é a


existência de qualquer dos elementos supramencionados.

Postas essas considerações, tem-se que o consumidor interpôs apelação, que foi
parcialmente provida “tão somente, para deferir ao apelante os benefícios da
gratuidade judiciária. Fica registrado, ainda, que as obrigações decorrentes da
sucumbência do réu/recorrente ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade, nos
termos do artigo 98, §3º, do CPC/15. No mais, mantenho inalterada a sentença por
estes e seus próprios fundamentos jurídicos.” (evento 19).

O consumidor/apelante, e ora embargado, interpôs o 1º embargos de declaração, que


foram acolhidos “para sanar o vício apontado no que tange à necessidade de
informação a respeito da taxa diária de juros a ser aplicada. Por conseguinte,
determino a exclusão da cobrança da capitalização diária de juros, ante a ausência de
explicitação no contrato da taxa diária a ser cobrada” (evento 35).

O consumidor/apelante, e ora embargado, interpôs o 2° embargos de declaração, que


também foram acolhidos “para corrigir erro material constatado no acórdão recorrido
para 1) descaracterizar a mora do devedor/embargante; 2) extinguir, sem resolução de
mérito, a ação de busca e apreensão, nos termos do art. 485, IV do CPC/15; 3) julgar
parcialmente procedente o pedido revisional apenas para afastar a cobrança da
capitalização diária dos juros e 4) inverter os ônus sucumbenciais, os quais recairão
sobre o requerente/embargado. Em observância ao artigo 85, § 11, do NCPC, majoro
o percentual dos honorários advocatícios sucumbenciais para 15% (quinze por cento)
sobre o valor da causa. No mais, ficam mantidos os demais pontos analisados pelo ato
judicial atacado.” (evento 49).

No caso, o presente recurso trata-se do 3º embargos de declaração, agora interpostos


pelo Banco/apelado/embargante, objetivando a reforma do acórdão constante do
evento 49, ao argumento “que foi expressamente pactuada a capitalização diária e que
existe previsão legal, e ainda, que o acórdão abordou o tema (capitalização diária) e
fundamentou com jurisprudências, não há como acolher a tese de omissão realizada
pelo apelante, já que não consta omissão na decisão de evento n° 19, conforme
comprova-se em simples leitura da mesma”.

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NR.PROCESSO: 0111425-81.2017.8.09.0140
Ao analisar o acórdão vergastado, à luz da pretensão veiculada no vertente recurso,
vislumbro que o julgado suficientemente declinou os fundamentos para o desfecho
conferido à postulação, em obediência ao disposto no artigo 93, inciso IX, da
Constituição Federal, havendo o decisum abordado o quanto pertinente para a solução
da quaestio devolvida, consoante as razões ali consignadas.

No caso, o acórdão recorrido reconheceu a existência de erro material no julgamento


do órgão colegiado constante do evento 35, “haja vista que a exclusão da cobrança da
capitalização diária de juros, ante a ausência de explicitação no contrato da taxa diária
a ser cobrada, gera algumas consequências jurídicas, tais como a descaracterização
da mora do embargante/requerido, o julgamento de improcedência da ação de busca e
apreensão, o julgamento de parcial procedência do pleito revisional e, ainda, a
inversão dos ônus sucumbenciais.”

A propósito, transcrevo a seguinte parte do acórdão:

“...Ao rever o acórdão atacado sob o enfoque devolvido pelos


aclaratórios, constato a existência de erro material, haja vista que
a exclusão da cobrança da capitalização diária de juros, ante a
ausência de explicitação no contrato da taxa diária a ser cobrada,
gera algumas consequências jurídicas, tais como a
descaracterização da mora do embargante/requerido, o
julgamento de improcedência da ação de busca e apreensão, o
julgamento de parcial procedência do pleito revisional e, ainda, a
inversão dos ônus sucumbenciais.
(…)
Desse modo, afastado encargo da normalidade - capitalização
diária de juros -, descaracterizada está a mora do
devedor/embargante, o que impõe a extinção da ação de busca e
apreensão, sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, IV
do CPC/15, face à ausência de pressuposto processual
específico de constituição e desenvolvimento válido e regular do
processo.
Quanto ao pedido revisional, julgo-o parcialmente procedente, tão
somente, para afastar a cobrança da capitalização diária dos
juros.
Em consequência, inverto os ônus sucumbenciais, os quais
deverão recair sobre o requerente/embargado.
Por fim, em atendimento ao artigo 85, § 11, do Código de
Processo Civil de 2015, majoro o percentual dos honorários
advocatícios sucumbenciais para 15% (quinze por cento) sobre o

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NR.PROCESSO: 0111425-81.2017.8.09.0140
valor da causa (vide TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC )
5358709-14.2018.8.09.0000, Rel. OLAVO JUNQUEIRA DE
ANDRADE, 5ª Câmara Cível, julgado em 25/03/2019, DJe de
25/03/2019).
Ante o exposto, conheço dos embargos de declaração e
acolho-os, para corrigir erro material constatado no acórdão
recorrido para 1) descaracterizar a mora do devedor/embargante;
2) extinguir, sem resolução de mérito, a ação de busca e
apreensão, nos termos do art. 485, IV do CPC/15; 3) julgar
parcialmente procedente o pedido revisional apenas para afastar
a cobrança da capitalização diária dos juros e 4) inverter os ônus
sucumbenciais, os quais recairão sobre o requerente/embargado.
Em observância ao artigo 85, § 11, do NCPC, majoro o
percentual dos honorários advocatícios sucumbenciais para 15%
(quinze por cento) sobre o valor da causa. No mais, ficam
mantidos os demais pontos analisados pelo ato judicial atacado.”

Como se vê, não há ocorrência de nenhum dos vícios mencionados no retro citado
dispositivo legal, principalmente porque os Embargos de Declaração não se prestam
para o efeito específico de reapreciação da matéria, como pretende o
embargante/apelado.

Na verdade, o embargante não se conformou com o fato do julgamento ter sido


contrário à tese levantada, e, com isso, pretende obter a reforma de tal entendimento
pela via dos aclaratórios, o que é inadmissível.

Ora, é de trivial conhecimento que os Embargos de Declaração não se prestam à


reapreciação da matéria posta em juízo, e, sim, esclarecer algum ponto que restou
omitido, obscuro ou contraditório.

Com efeito, o embargante não apresentou argumentos capazes de ilidir o


entendimento reproduzido no acórdão impugnado, razão pela qual considero
insuficiente para alteração do ato judicial objurgado.

Ante o exposto, conheço dos presentes Embargos, mas os rejeito, eis que inexistem,
no acórdão embargado, quaisquer das hipóteses do artigo 1.022, do Código de
Processo Civil/2015. Mantenho, integralmente, as razões da decisão objurgada em
todos os seus termos.

É o voto.

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NR.PROCESSO: 0111425-81.2017.8.09.0140
Goiânia, 16 de novembro de 2020.

DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA

DA/CL

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS


EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº
111425.81.2017.8.09.0140
COMARCA DE SANCLERLÂNDIA

EMBARGANTE: BANCO BRADESCO S/A


EMBARGADO: ONAIR CINTRA DOS PASSOS
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS


DE DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO.
PEDIDO REVISIONAL. CAPITALIZAÇÃO DIÁRIA DE JUROS.
PREVISÃO EXPRESSA. AUSÊNCIA DE INFORMAÇÃO DA
TAXA DE JUROS DIÁRIA. ABUSIVIDADE. CONSEQUÊNCIAS
JURÍDICAS ADVINDAS DO AFASTAMENTO DE ENCARGO
DA NORMALIDADE. ERRO MATERIAL. CORREÇÃO.
AUSÊNCIA DE FUNDAMENTOS SUFICIENTES À
RECONSIDERAÇÃO OU REFORMA DO ACÓRDÃO.
INEXISTÊNCIA DE VÍCIOS. 1. Os embargos declaratórios têm
por escopo aclarar obscuridade, afastar contradição, suprimir
omissão ou corrigir erro material do julgado, nos termos do artigo
1.022, incisos I, II, III, do Código de Processo Civil, situações não
evidenciadas no caso em análise. 2. Segundo o entendimento do
Superior Tribunal de Justiça, nos casos em que houver previsão
de capitalização diária, é necessário que o contrato explicita a

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NR.PROCESSO: 0111425-81.2017.8.09.0140
taxa diária a ser cobrada, em atenção ao direito à informação
prévia e adequada previsto nos artigos 6º, inciso III, 46 e 52 do
Código de Defesa do Consumidor. Sendo assim, como na
hipótese dos autos não houve informação a respeito da taxa
diária de juros a ser aplicada, revela-se descabida a incidência da
capitalização diária. 3. A exclusão da cobrança da capitalização
diária de juros, ante a ausência de explicitação no contrato da
taxa diária a ser cobrada, gera algumas consequências jurídicas,
tais como a descaracterização da mora do embargante/requerido,
o julgamento de improcedência da ação de busca e apreensão, o
julgamento de parcial procedência do pleito revisional e, ainda, a
inversão dos ônus sucumbenciais. EMBARGOS DECLARAÇÃO
CONHECIDOS, MAS REJEITADOS.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Embargos de Declaração na Apelação


Cível nº 111425.81, acordam os componentes da terceira Turma Julgadora da
Primeira Câmara Cível do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à
unanimidade de votos, em conhecer dos embargos, mas rejeitá-los, nos termos do
voto desta Relatora.

Votaram, com a relatora, os Desembargadores Orloff Neves Rocha e Carlos Roberto


Favaro.

Presidiu a sessão o Des. Orloff Neves Rocha.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria Geral de Justiça, o Dr. José


Carlos Mendonça.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 23/11/2020 08:05:49

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5114747-97.2017.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : ILDA LINO DE QUEIROZ
POLO PASSIVO : BANCO PAN S/A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ILDA LINO DE QUEIROZ


ADVG. PARTE : 38781 GO - RENATO GOMES IMAI

PARTE INTIMADA : BANCO DAYCOVAL S/A


ADVG. PARTE : 32909 SP - IGNEZ LUCIA SALDIVA TESSA

PARTE INTIMADA : BRB FINANCEIRA S/A


ADVG. PARTE : 50894 GO - JORGE DONIZETI SANCHEZ

PARTE INTIMADA : BANCO INTERMEDIUM S/A


ADVGS. PARTE : 30261 GO - SERVIO TULIO DE BARCELOS
40823 GO - JOSE ARNALDO JANSSEN NOGUEIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5114747-97.2017.8.09.0051
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº
5114747.97.2017.8.09.0051
COMARCA DE GOIÂNIA

EMBARGANTE: BANCO DAYCOVAL S/A


EMBARGADA: ILDA LINO DE QUEIROZ
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade dos embargos de declaração (evento


221), deles conheço.

Pois bem, conforme disposto no artigo 1.022 do Código de Processo Civil/15, os


Embargos de Declaração são cabíveis quando:

“ Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer


decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se
pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material.
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:
I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de
casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência
aplicável ao caso sob julgamento;
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º.”
De plano, apresenta-se nítida a intenção do embargante de alterar o julgamento, não a
pretexto de corrigir omissão, contradição, obscuridade ou erro material, mas com vista
a modificar o entendimento lançado, o que não se admite nessa via estreita dos
embargos de declaração.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Validação pelo código: 10403564014529985, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/PendenciaPublica
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5114747-97.2017.8.09.0051
O decisum embargado, a título de esclarecimento, foi proferido nos seguintes termos
(evento 219):

“O cerne da questão cinge-se em verificar a adequação do limite


de descontos a título de empréstimos consignado realizados na
folha de pagamento da requerente/apelada.
Considerando que a postulante é servidora pública estadual
(cargo: auditor fiscal da receita estadual - pensionista), para a
análise do caso em questão, devem ser observadas as previsões
da Lei Estadual nº 16.898/10, que “dispõe sobre as consignações
em folha de pagamento dos servidores e militares, ativos e
inativos, e pensionistas do Poder Executivo Estadual”.
De acordo com o artigo 5º, caput, dessa legislação, a soma das
consignações facultativas de cada servidor, dentre as quais
inclui-se a prestação referente a empréstimo consignado (artigo
2º, II, a da mesma norma), não pode exceder a 30% (trinta por
cento) da respectiva remuneração.
No mesmo sentido, é pacífico o posicionamento do Superior
Tribunal de Justiça, que firmou o entendimento de que o
desconto em folha de prestações referente a empréstimos “não
constitui cláusula abusiva, porquanto se trata de circunstância
que facilita a obtenção do crédito com condições mais
vantajosas, contanto que a soma mensal das prestações
destinadas ao desconto dos empréstimos realizados não
ultrapasse 30% dos vencimentos do trabalho, em função do
princípio da razoabilidade e do caráter alimentar dos
vencimentos” (STJ - AgInt no REsp. nº 1.516.181/SP - Relator:
Ministro Napoleão Nunes Maia Filho - Primeira Turma - Julgado
em: 07/12/2017 - DJe 15/12/2017).
Ocorre que o § 5º do artigo 5º dessa legislação, com a redação
dada pela Lei nº 19.190, de 29/12/2015 e, posteriormente,
revogada pela Lei nº 20.365, de 10/12/2018, estabeleceu um
limite reduzido aplicável quando o contratante possui idade
superior à 65 (sessenta e cinco) anos ou é portador de
determinadas doenças. In verbis:
“ § 5º O limite mensal de desconto em folha individual das
consignações facultativas, indicado no caput deste artigo, quando
se tratar de consignante com idade igual ou superior a 65
(sessenta e cinco) anos, ou, independentemente de idade, se
acometido de qualquer uma das doenças indicadas no art. 45 da
Lei Complementar nº 77, de 22 de janeiro de 2010, será de 50%
(cinquenta por cento) do montante ali previsto.”
Ou seja, no período de 29/12/2015 a 10/12/2018 o limite de

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5114747-97.2017.8.09.0051
descontos das consignações facultativas de servidor com idade
superior a 65 (sessenta e cinco anos) seria de 15% (quinze por
cento).
Em relação à parte autora, no entanto, essa idade foi alcançada
somente em novembro de 2016.
No caso em análise constata-se que a requerente possui 5
(cinco) empréstimos consignados vigentes. Os quatro primeiros
(Banco BRB, evento 121; Daycoval, evento 41; Bancos Pan e
Inter, eventos 46 e 40) foram pactuados antes de novembro de
2016 e somente o último foi pactuado após o implemento da
referida idade, em janeiro de 2017 (Comprev, evento 51), o que
inclusive se infere do contracheque da autora (março/2017) e do
histórico das consignações (evento 01, docs. 05 e 06).
Portanto, os quatro primeiros contratos devem ser enquadrados
no limite geral de margem consignada, qual seja, 30% (trinta por
cento), pois, à época de sua pactuação, a contratante não
possuía a limitação especial de idoso e a parcela contratada foi
calculada considerando-se a margem de consignação naquele
percentual.
Por outro lado, o último contrato foi pactuado durante a vigência
da Lei nº 19.190, de 29/12/2015, quando a autora já tinha 65
anos de idade, de modo que os descontos correspondentes
devem observar a limitação do § 5º do artigo 5º com a respectiva
redação e, assim, o desconto máximo das consignações
facultativas devem ser limitados a 15% (quinze por cento).
A propósito:
“ EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE
FAZER. EMPRÉSTIMO CONSIGNADO. LIMITE DE DESCONTO
DE CONSIGNAÇÕES FACULTATIVAS. IDOSO. APLICAÇÃO
DAS REGRAS VIGENTES NO PERÍODO DA CONTRATAÇÃO.
ÔNUS SUCUMBENCIAL. ALTERAÇÃO. 1. A soma dos
descontos efetuados na folha de pagamento do servidor,
referente a empréstimos consignados, não pode ultrapassar a
margem de 30% (trinta por cento) da sua remuneração.
Inteligência do artigo 5º, caput, da Lei Estadual nº. 16.898/2010,
vigente à época da contratação, e jurisprudência do STJ. 2. Para
os contratos celebrados após a idade de 65 anos e durante a
vigência do artigo 5º, § 5º da Lei Estadual nº 16.898/10, com a
redação dada pela Lei nº 19.190/15, deve ser observado o limite
de 15% (quinze por cento) para o desconto em folha de
consignações facultativas. 3. Diante da modificação no
julgamento, resta configurada a sucumbência recíproca,
impondo-se a modificação da distribuição do ônus sucumbencial.
Apelação cível conhecida e parcialmente provida. SENTENÇA
MODIFICADA DE OFÍCIO.” (TJGO, Apelação (CPC) 5179130-
16.2019.8.09.0051, Rel. ALAN SEBASTIÃO DE SENA
CONCEIÇÃO, 5ª Câmara Cível, julgado em 04/05/2020, DJe de

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NR.PROCESSO: 5114747-97.2017.8.09.0051
04/05/2020)
“[…]. 2. Segundo a lei Estadual n. 16.898/10, em seu art. 5º, § 5º,
os empréstimos consignados, para descontos em folha do
servidor com idade igual ou superior a 65 (sessenta e cinco)
anos, devem ser limitados ao patamar de 15% (quinze por cento).
3. Aludido dispositivo legal somente foi revogado com a edição
da Lei estadual 20.365/18, de modo que os contratos celebrados
durante a vigência da Lei 16.898/2010 devem obedecer ao limite
da margem consignável estabelecido nesta norma. […].” (TJGO -
1ª Câmara Cível - Apelação nº 5590616-64.2018.8.09.0051 -
Relator: Des. Orloff Neves Rocha - DJ de 19/12/2019).
“[…]. O artigo 5º, § 5º, da Lei estadual 16.898/10 autoriza, aos
idosos com idade igual ou superior a 65 (sessenta e cinco) anos
de idade, a redução dos descontos consignados em folha de
pagamento, decorrentes de empréstimos pessoais, ao limite
máximo de 15% (quinze por cento) de sua remuneração mensal.
2. O dispositivo retrocitado deve ser aplicado aos contratos
celebrados até a vigência da Lei estadual 20.365/18, que revogou
o direito à limitação retrocitada (§ 5º do artigo 5º da Lei estadual
16.898/10). 3. Agravo DE INSTRUMENTO CONHECIDO E
PROVIDO.” (TJGO - 5ª Câmara Cível - Agravo de Instrumento nº
5323049-22.2019.8.09.0000 - Relator: Des. Guilherme
Gutemberg Isac Pinto - DJ de 22/08/2019).
Registre-se que na legislação aplicável ao caso é prevista a
possibilidade de suspensão dos descontos consignados que
ultrapassem o limite legal, até que ocorra o enquadramento ao
teto normativo (artigo 5º, §§ 4º e 8º).
Com efeito, quando constatado no caso concreto que os
descontos a esse título ultrapassam o limite imposto pela
legislação de regência, resta autorizada a respectiva intervenção
judicial para a sua adequação, não havendo que se falar, em tais
hipóteses, em manutenção do contrato nos seus termos
originários, diversamente pretendem os apelantes, ao
sustentarem o princípio pacta sunt servanda, bem como culpa da
apelada pelo superendividamento.
Assim, deve ser suspensa a cobrança dos contratos celebrados
que excederam a margem de 30% da remuneração da apelada,
sem a incidência dos encargos de mora, a qual será
restabelecida mediante a liberação de sua margem consignada,
observando-se o limite de 15% (quinze) por cento, para o
contrato celebrado após 13.11.2016 e, mormente, o critério de
antiguidade (para todos os contratos), tendo os mais antigos
preferência de quitação sobre os mais recentes.
Em outro passo, não há que se falar em ausência de
responsabilidade objetiva, nos termos do art. 14, §3o do Código
de Defesa do Consumidor, como invoca o segundo apelante, pois
não se trata de pleito de reparação civil, mas de limitação dos

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NR.PROCESSO: 5114747-97.2017.8.09.0051
descontos na folha de pagamento da apelada, o que é autorizado
por lei específica.
Ademais, em observância ao princípio da boa-fé e com o fim de
evitar que a autora contraia novos empréstimos e comprometa o
pagamento dos contratos vigentes, o órgão pagador deve ser
oficiado para que não autorize nova consignação em pagamento
de empréstimos financeiros até que sejam liquidadas as
obrigações anteriormente assumidas.
Essa restrição mostra-se necessária pois, atualmente, com a
revogação daquele dispositivo legal pela Lei nº 20.365, de
10/12/2018, retornou-se o limite de 30% (trinta por cento) para
essas consignações, além do que, pelo histórico da autora, resta
claro que tanto ela, como o órgão pagador e as instituições
financeiras não estão observando o limite legal de descontos
permitidos.
Nesse ponto, esclareço que não logra êxito o primeiro apelante,
ao defender que não é responsável pelos novos contratos de
outros bancos que, tendo sido inseridos em folha de pagamento,
eventualmente possam ter ultrapassado a margem consignável,
pois o cálculo realizado sobre a remuneração da apelada, para
limitar os descontos, alcança todos os contratos vigentes.
Em que pese a reforma da sentença, para alterar os percentuais
que deverão ser observados para os descontos no contracheque
da apelada, notoriamente esta é parte vencedora, pois obteve a
pretendida limitação (de 30% e 15%), ao contrário dos réus, que
objetivam a improcedência do pleito inicial.
Assim, ao caso aplica-se o princípio da sucumbência, restando
mantidas as custas/despesas processuais e honorários
advocatícios em desfavor dos apelantes/réus.
Deixo de majorar a verba honorária recursal, em razão da parcial
procedência do primeiro apelo.
Ao teor do exposto, conheço dos apelos, mas nego provimento
ao segundo e terceiro, e confiro parcial provimento ao primeiro
para, em reforma à sentença, julgar parcialmente procedente o
pedido inicial com fim de determinar a limitação dos descontos
facultativos na folha de pagamento da parte autora em 15%
(quinze) por cento da sua remuneração, apenas em relação ao
empréstimo consignado celebrado a partir de 13/11/2016 (data
em que a autora completou 65 anos), nos termos do artigo 5º, §
5º da Lei Estadual nº 16.898/10, com a redação dada pela Lei nº
19.190/15, limitando os descontos dos demais empréstimos a
30% de sua remuneração.
Determino, ainda a suspensão da cobrança dos contratos
celebrados que excederam a margem de 30% (trinta por cento)
da remuneração da apelada, sem a incidência dos encargos de

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NR.PROCESSO: 5114747-97.2017.8.09.0051
mora, a qual (cobrança) será restabelecida mediante a liberação
de sua margem consignada, observando-se o limite de 15%
(quinze por cento), para o contrato celebrado após 13.11.2016 e,
mormente, o critério de antiguidade (para todos os contratos),
tendo os mais antigos preferência de quitação sobre os mais
recentes.
Outrossim, oficie-se o órgão pagador da autora/apelada para que
não autorize nova consignação em pagamento de empréstimos
financeiros até que sejam liquidadas as obrigações anteriormente
assumidas.”

Assim, não vislumbro qualquer vício apontado, ressaltando que o embargante não
pode se valer de tal instrumento processual para requerer novo pronunciamento sobre
questão já decidida, eis que essa não é a finalidade dos aclaratórios.

A respeito do tema, vejamos os ensinamentos doutrinários:

“3. Finalidade. Os EDcl têm finalidade de completar a decisão


omissa ou, ainda, de aclará-la, dissipando obscuridades ou
contradições. Não têm caráter substitutivo da decisão
embargada, mas sim integrativo ou aclaratório. Prestam-se
também à correção de erro material. Como regra, não têm caráter
substitutivo, modificador ou infringente do julgado (nesse sentido,
os embargos têm sido recebidos pela jurisprudência como agravo
interno – v. coments. CPC 1.021). Não mais cabem quando
houver dúvida na decisão (CPC/1973 5351, redação da L.
8950/94 1º). A LJE 48 caput, que admitia a interposição de
embargos em caso de dúvida, teve a redação alterada pelo CPC
1078, o qual equipara as hipóteses de cabimento de embargos
no microssistema dos juizados especiais às do CPC.” (NERY
JÚNIOR, Nelson e NERY, Rosa Maria de Andrade. Comentários ao
Código de Processo Civil. 2ª Tiragem. São Paulo: Revista dos Tribunais,
2015, p. 2.120).

Clarividente a inexistência de omissão no julgado, eis que observou que a


requerente/embargada possui 5 (cinco) empréstimos consignados vigentes. Os quatro
primeiros (Banco BRB, evento 121; Daycoval, evento 41; Bancos Pan e Inter, eventos
46 e 40) foram pactuados antes de novembro de 2016 e somente o último foi pactuado
após o implemento da idade de 65 anos, em janeiro de 2017 (Comprev, evento 51), o
que inclusive se infere do contracheque da autora/embargada (março/2017) e do
histórico das consignações (evento 01, docs. 05 e 06).

Desse modo, após análise legislativa aplicável, foi determinada a suspensão da

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NR.PROCESSO: 5114747-97.2017.8.09.0051
cobrança dos contratos celebrados que excederam a margem de 30% da remuneração
da apelada/embargada, sem a incidência dos encargos de mora, a qual será
restabelecida mediante a liberação de sua margem consignada, observando-se o limite
de 15% (quinze) por cento, somente para o contrato celebrado após 13.11.2016 e,
mormente, o critério de antiguidade (para todos os contratos), tendo os mais antigos
preferência de quitação sobre os mais recentes (ordem cronológica).

Ademais, o julgado fustigado esclareceu que não logrou êxito o primeiro apelante/ora
embargante, ao defender que não é responsável pelos novos contratos de outros
bancos que, tendo sido inseridos em folha de pagamento, eventualmente possam ter
ultrapassado a margem consignável, pois o cálculo realizado sobre a remuneração da
apelada/ora embargada, para limitar os descontos, alcança todos os contratos
vigentes.

Nesse sentido, concluiu-se pela reforma da sentença, para julgar parcialmente


procedente o pedido inicial com fim de determinar a limitação dos descontos
facultativos na folha de pagamento da parte autora/embargada em 15% (quinze) por
cento da sua remuneração, apenas em relação ao empréstimo consignado celebrado
a partir de 13/11/2016 (data que em a autora completou 65 anos), nos termos do artigo
5º, § 5º da Lei Estadual nº 16.898/10, com a redação dada pela Lei nº 19.190/15,
limitando os descontos dos demais empréstimos a 30% de sua remuneração.
Como se vê, o decisum embargado esclareceu amplamente a matéria questionada,
não logrando êxito o insurgente ao afirmar a ocorrência de vícios (omissões).

Perfilhando idêntico raciocínio, confira-se julgados dessa Corte Estadual de Justiça:

“ EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL.


OMISSÃO E CONTRADIÇÃO INEXISTENTES. I - Os embargos
de declaração não têm aptidão para provocar o reexame de
questão decidida no julgamento do recurso. II - Não há que se
falar em omissão quando a matéria questionada foi devidamente
apreciada. (...)”. (TJGO, EMBARGOS À EXECUÇÃO 332368-
41.2015.8.09.0000, 5ª CÂMARA CÍVEL, julgado em 17/03/2016, DJe
1999 de 01/04/2016).

“ EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. APELAÇÃO CÍVEL.


CONTRADIÇÃO E OMISSÃO NÃO VISLUMBRADAS.
REEXAME DE MÉRITO NÃO ADMITIDO.
PREQUESTIONAMENTO. 1- Ausentes os vícios de obscuridade,
contradição ou omissão previstos em lei, os Embargos de
Declaração devem ser rejeitados. 2- Igualmente, inadmitem-se os
embargos, à conta da existência de omissão no julgado, mesmo
que para fins de prequestionamento, quando suficiente a

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NR.PROCESSO: 5114747-97.2017.8.09.0051
fundamentação contida no acórdão para alcançar a subida de
eventuais recursos aos Tribunais Superiores. Recurso conhecido
e desprovido.” (TJGO, APELAÇÃO CÍVEL 174486-09.2007.8.09.0093,
Relª DRª DORACI LAMAR ROSA DA SILVA ANDRADE, 5ª CÂMARA
CÍVEL, julgado em 17/03/2016, DJe 1999 de 01/04/2016).

“ EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CONTRADIÇÃO NÃO


CONFIGURADA. PREQUESTIONA-MENTO. I- Não caracterizada
a contradição alegada, improcedem os Embargos de Declaração.
II- A fundamentação contida no acórdão é suficiente para ensejar
eventuais recursos aos Tribunais Superiores, sendo
desnecessária, portanto, a menção expressa a dispositivo de lei.
Embargos de declaração conhecidos, mas desprovidos.” (TJGO,
AGRAVO DE INSTRUMENTO 255223-06.2015.8.09.0000, Relª DRª
DORACI LAMAR ROSA DA SILVA ANDRADE, 5ª CÂMARA CÍVEL,
julgado em 17/03/2016, DJe 1999 de 01/04/2016).

Diante da inexistência do vício alegado pelo embargante, imperiosa é a rejeição do


recurso, mantendo-se o julgado arrostado.

Ao teor do exposto, conheço dos embargos de declaração, mas os rejeito.

É o voto.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA
112/CL

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº


5114747.97.2017.8.09.0051
COMARCA DE GOIÂNIA

EMBARGANTE: BANCO DAYCOVAL S/A


EMBARGADA: ILDA LINO DE QUEIROZ

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NR.PROCESSO: 5114747-97.2017.8.09.0051
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO


CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. EMPRÉSTIMO
CONSIGNADO. LIMITE DE DESCONTO DE CONSIGNAÇÕES
FACULTATIVAS. IDOSO. APLICAÇÃO DAS REGRAS
VIGENTES NO PERÍODO DE CADA CONTRATAÇÃO.
AUSÊNCIA DE VÍCIOS NO JULGADO. 1. Os embargos
declaratórios têm por escopo aclarar obscuridade, afastar
contradição, suprimir omissão ou corrigir erro material do julgado,
nos termos do artigo 1.022, incisos I, II e III, do Novo Código de
Processo Civil. 2. A soma dos descontos efetuados na folha de
pagamento do servidor, referente a empréstimos consignados,
não pode ultrapassar a margem de 30% (trinta por cento) da sua
remuneração. Inteligência do artigo 5º, caput, da Lei Estadual nº.
16.898/2010, vigente à época da contratação, e jurisprudência do
STJ. 3. Para o contrato celebrado após a idade de 65 anos e
durante a vigência do artigo 5º, § 5º da Lei Estadual nº 16.898/10,
com a redação dada pela Lei nº 19.190/15, deve ser observado o
limite de 15% (quinze por cento) para o desconto em folha de
consignações facultativas. 4. O cálculo realizado sobre a
remuneração da autora/embargada, para limitar os descontos
em análise, alcança todos os contratos vigentes, observado o
critério de antiguidade (para todos os contratos), tendo os mais
antigos preferência de quitação sobre os mais recentes. 5.
Tendo o decisum embargado apreciado com clareza todas as
questões pertinentes ao recurso interposto pela embargante, não
há vício a ser declarado. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
CONHECIDOS, MAS REJEITADOS.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Embargos de Declaração na Apelação


Cível nº 5114747.97, acordam os componentes da terceira Turma Julgadora da
Primeira Câmara Cível do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à
unanimidade de votos, em conhecer dos embargos, mas rejeitá-los, nos termos do
voto desta Relatora.

Votaram, com a relatora, os Desembargadores Orloff Neves Rocha e Carlos Roberto


Favaro.

Presidiu a sessão o Des. Orloff Neves Rocha.

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NR.PROCESSO: 5114747-97.2017.8.09.0051
Fez-se presente, como representante da Procuradoria Geral de Justiça, o Dr. José
Carlos Mendonça.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA

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EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO
CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. EMPRÉSTIMO
CONSIGNADO. LIMITE DE DESCONTO DE CONSIGNAÇÕES
FACULTATIVAS. IDOSO. APLICAÇÃO DAS REGRAS
VIGENTES NO PERÍODO DE CADA CONTRATAÇÃO.
AUSÊNCIA DE VÍCIOS NO JULGADO. 1. Os embargos
declaratórios têm por escopo aclarar obscuridade, afastar
contradição, suprimir omissão ou corrigir erro material do julgado,
nos termos do artigo 1.022, incisos I, II e III, do Novo Código de
Processo Civil. 2. A soma dos descontos efetuados na folha de
pagamento do servidor, referente a empréstimos consignados,
não pode ultrapassar a margem de 30% (trinta por cento) da sua
remuneração. Inteligência do artigo 5º, caput, da Lei Estadual nº.
16.898/2010, vigente à época da contratação, e jurisprudência do
STJ. 3. Para o contrato celebrado após a idade de 65 anos e
durante a vigência do artigo 5º, § 5º da Lei Estadual nº 16.898/10,
com a redação dada pela Lei nº 19.190/15, deve ser observado o
limite de 15% (quinze por cento) para o desconto em folha de
consignações facultativas. 4. O cálculo realizado sobre a
remuneração da autora/embargada, para limitar os descontos
em análise, alcança todos os contratos vigentes, observado o
critério de antiguidade (para todos os contratos), tendo os mais
antigos preferência de quitação sobre os mais recentes. 5.
Tendo o decisum embargado apreciado com clareza todas as
questões pertinentes ao recurso interposto pela embargante, não
há vício a ser declarado. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
CONHECIDOS, MAS REJEITADOS.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


11:55:14

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5279312-32.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : CDC CLINICA DE DIAGNÓSTICO DE CATALAO LTDA
POLO PASSIVO : HOSPITAL NASR FAIAD LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CDC CLINICA DE DIAGNÓSTICO DE CATALAO LTDA


ADVG. PARTE : 89417 MG - BRUNO LEONARDO VERONA

PARTE INTIMADA : HOSPITAL NASR FAIAD LTDA


ADVGS. PARTE : 23523 GO - DYOGO CROSARA
29917 GO - KLAUS EDUARDO RODRIGUES MARQUES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5279312-32.2020.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5279312-32.2020.8.09.0000
COMARCA DE CATALÃO
AGRAVANTE : CDC CLÍNICA DE DIAGNÓSTICO DE CATALÃO LTDA.
AGRAVADO : HOSPITAL NASR FAIAD LTDA.
DR. REINALDO ALVES FERREIRA
RELATOR :
JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO EM 2º GRAU

DESPACHO
Comparecem os patronos da agravante e do agravado, via petições
interlocutórias (respectivamente, eventos 19 e 20), requerendo a sustentação oral na
sessão de julgamento deste recurso para o dia 07/12/2020, às 10 h. (virtual), nesta
Corte.

Pois bem.

Primeiramente, ratifico o relatório lançado no evento 15.

Em seguida, considerando o teor da Certidão do evento 21 e a


implementação do julgamento por videoconferência no âmbito da 1ª Câmara Cível,
defiro os pedidos (eventos 19 e 20) de sustentação oral, via remota, nos termos do
art. 937, § 4º, do Novo Código de Processo Civil.

Cumpra-se.

Goiânia, 27 de novembro de 2020.

DR. REINALDO ALVES FERREIRA


JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO EM 2º GRAU
34/L

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Acolhidos - Data da


Movimentação 20/11/2020 09:51:54

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5528777-38.2018.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : ROSINARIA ALVES TERRA
POLO PASSIVO : BANCO BMG SA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ROSINARIA ALVES TERRA


ADVGS. PARTE : 32539 GO - RUTE MEDEIROS BARBOSA
35887 GO - SILAS MEDEIROS BARBOSA

PARTE INTIMADA : BANCO BMG SA


ADVG. PARTE : 33246 GO - TAYLISE CATARINA ROGERIO SEIXAS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5528777-38.2018.8.09.0051
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO
DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C REVISIONAL, REPETIÇÃO
DE INDÉBITO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. 1. ALEGAÇÃO DE
OMISSÃO. OCORRÊNCIA. Os Embargos de Declaração podem ter por objeto o
esclarecimento de obscuridade ou eliminação de contradição, a supressão de omissão
de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a
requerimento e/ou a correção de erro material (artigo 1.022 do CPC/2015).
Constatadas omissões no acórdão recorrido, devem ser acolhidos os Embargos de
Declaração para sanar o vício. RESTITUIÇÃO DOS VALORES DESCONTADOS.
CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA. 2. Sobre a restituição de eventual
valor pago a maior, a incidência de juros de mora de 1% ao mês a partir da citação e
de correção monetária pelo INPC desde a data do desconto de cada valor indevido.
PREQUESTIONAMENTO. 3. Em relação ao prequestionamento da matéria, tem-se
que o julgador deve se ater a resolver o conflito apontado pelos demandantes, não
exigindo que a decisão e/ou acórdão recorrido mencione, expressamente, os artigos
indicados pela parte, já que se trata de exigência referente ao conteúdo e não à forma.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS E ACOLHIDOS.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Assinado por MARIA DAS GRACAS CARNEIRO REQUI
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NR.PROCESSO: 5528777-38.2018.8.09.0051
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 5528777-
38.2018.8.09.0051
COMARCA DE GOIÂNIA
EMBARGANTE: BANCO BMG S/A
EMBARGADA: ROSINÁRIA ALVES TERRA
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso.

Trata-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO opostos por BANCO BMG S/A, contra o


acórdão proferido por este Tribunal de Justiça (evento 94), que, por unanimidade de
votos, conheceu do recurso de apelação interposto pela ora embargada e deu-lhe
parcial provimento, nos termos do voto desta Relatoria.

Nas razões do recurso, sob o argumento de ocorrência de omissão, afirma o


embargante que o Acórdão embargado deixou de pronunciar “quanto a data de
correção e juros da devolução dos valores caso seja apurado algum saldo para a parte
Embargada. Sendo assim, seja por omissão à análise do conjunto probatório
colacionado aos autos, não pode prevalecer, haja vista que o r. acórdão não aponta a
relação aos juros e a data de e correção que este Embargante deverá respeitar em
uma eventual devolução de valores durante o período do contrato. Neste aspecto
reside a omissão apontada, requerendo a parte Embargante o expresso
pronunciamento de Vossa Excelência em relação aos juros e a data da correção
monetária.” sic

Em seguida relata que “Pede-se ainda que com base nesse recurso sejam pré-
questionados os direitos alegados na presente demanda e nesse recurso de embargos
de declaração quais sejam princípio do “pacta sunt servanda”, ato jurídico perfeito,
função social do contrato, princípio da Conservação dos Negócios Jurídico e
principalmente que sejam pré-questionados os artigos constitucionais e legais
seguintes: artigo 5º, incisos II e XXXVI da CF/88, artigos 104, 188 inciso II, 248, 421,
422 e 884do Código Civil, bem como, o artigo 6º e 46 do Código de Defesa do
Consumidor, e por fim, artigo 373, inciso I do NCPC.” sic

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5528777-38.2018.8.09.0051
Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso.

Inicialmente, nos termos do artigo 1.022 do Código de Processo Civil, cabe ressaltar
que, no âmbito dos embargos de declaração, sua utilização é autorizada em face de
qualquer decisão judicial para, esclarecer obscuridade ou eliminar contradição, suprir
omissão de ponto ou questão sobre o qual se deva pronunciar de ofício ou a
requerimento, bem assim para corrigir erro material. Confira-se:

“ Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer


decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se
pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material.”

Na situação versada, ao rever o julgamento embargado sob o enfoque devolvido pelos


aclaratórios, constato que a irresignação do recorrente merece prosperar.

Conforme relatado, pretende o Banco embargante seja sanada a omissão pertinente à


parte dispositiva do voto condutor no que se refere à fixação dos juros de mora e de
correção monetária em relação à obrigação de restituir, na forma simples, o valor que
a embargada tiver pago a maior, a ser apurado em liquidação de sentença.

Com razão, o embargante. Assim, constatada a omissão, no que pertine aos juros de
mora, estes serão fixados em 1% ao mês, devendo incidir a partir da citação e a
correção monetária, pelo INPC, da data de cada desembolso.

Neste sentido:

“EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO


CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE
DÉBITO C/C RESTITUIÇÃO DE VALORES E INDENIZAÇÃO
POR DANOS MORAIS. CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO.
INCIDÊNCIA DAS NORMAS CONSUMERISTAS. DESCONTO
MÍNIMO DA FATURA MENSAL. DÍVIDA INSOLÚVEL. ABUSO
E ONEROSIDADE EXCESSIVAS. TAXA DE JUROS. MÉDIA

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NR.PROCESSO: 5528777-38.2018.8.09.0051
DE MERCADO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. FORMA
SIMPLES. JUROS E CORREÇÃO. OMISSÃO.
PREQUESTIONAMENTO. 1. Na espécie, impõe-se o
acolhimento dos aclaratórios para, sanando a omissão verificada
no provimento colegiado, determinar que sobre a restituição de
eventual valor pago a maior, deve-se acrescer juros de mora de
1% (um por cento) ao mês, a contar da data da citação, e
correção monetária, pelo INPC, a partir do efetivo desembolso.”
(TJGO, 6ª Câmara Cível, AC 5065141-32, Rel. Des. Jeová
Sardinha de Moraes, DJ de 14/09/2020).

Quanto ao prequestionamento buscado pelo embargante, relevante ponderar que o


Código de Processo Civil consagra o princípio do livre convencimento motivado, dando
ao Julgador a plena liberdade de analisar as questões trazidas à sua apreciação,
desde que fundamentado o seu posicionamento, não exigindo que a decisão e/ou
acórdão recorrido mencione, expressamente, os artigos indicados pela parte, já que se
trata de exigência referente ao conteúdo e não à forma.

A propósito:

“ [...] 6. Inviável a pretensão de prequestionamento dos


dispositivos elencados, porquanto o Poder Judiciário não é órgão
consultivo. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E DESPROVIDA.”
(TJGO, APELAÇÃO 0341274-84.2015.8. 09.0011, Rel. Wilson Safatle
Faiad, 6ª Câmara Cível, julgado em 15/09/2017, DJe de 15/09/2017).

Ante o exposto, nos termos do artigo 1.022, I, do Código de Processo Civil, conheço
dos Embargos opostos e os acolho, para sanar a omissão apontada, determinando,
sobre a restituição de eventual valor pago a maior, a incidência de juros de mora de
1% ao mês a partir da citação e de correção monetária pelo INPC desde a data do
desconto de cada valor indevido, ficando mantidos os demais termos do acórdão
inserido no evento 94.

É o voto.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5528777-38.2018.8.09.0051
DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI
RELATORA
109/CL

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 5528777-


38.2018.8.09.0051
COMARCA DE GOIÂNIA
EMBARGANTE: BANCO BMG S/A
EMBARGADA: ROSINÁRIA ALVES TERRA
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO


CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE
DÉBITO C/C REVISIONAL, REPETIÇÃO DE INDÉBITO E
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. 1. ALEGAÇÃO DE
OMISSÃO. OCORRÊNCIA. Os Embargos de Declaração podem
ter por objeto o esclarecimento de obscuridade ou eliminação de
contradição, a supressão de omissão de ponto ou questão sobre
o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento e/ou
a correção de erro material (artigo 1.022 do CPC/2015).
Constatadas omissões no acórdão recorrido, devem ser
acolhidos os Embargos de Declaração para sanar o vício.
RESTITUIÇÃO DOS VALORES DESCONTADOS. CORREÇÃO
MONETÁRIA E JUROS DE MORA. 2. Sobre a restituição de
eventual valor pago a maior, a incidência de juros de mora de 1%
ao mês a partir da citação e de correção monetária pelo INPC
desde a data do desconto de cada valor indevido.
PREQUESTIONAMENTO. 3. Em relação ao prequestionamento
da matéria, tem-se que o julgador deve se ater a resolver o
conflito apontado pelos demandantes, não exigindo que a
decisão e/ou acórdão recorrido mencione, expressamente, os
artigos indicados pela parte, já que se trata de exigência
referente ao conteúdo e não à forma. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO CONHECIDOS E ACOLHIDOS.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5528777-38.2018.8.09.0051
ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Embargos de Declaração na Apelação


Cível nº 5528777.38, acordam os componentes da terceira Turma Julgadora da
Primeira Câmara Cível do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à
unanimidade de votos, em conhecer dos embargos e acolhê-los, nos termos do voto
desta Relatora.

Votaram, com a relatora, os Desembargadores Orloff Neves Rocha e Carlos Roberto


Favaro.

Presidiu a sessão o Des. Orloff Neves Rocha.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria Geral de Justiça, o Dr. José


Carlos Mendonça.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 20/11/2020 09:54:06

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0184835-66.2008.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Recuperação Judicial ( L.E. )
POLO ATIVO : L F DE CASTRO E CIA LTDA
POLO PASSIVO :
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO DO BRASIL S/A


ADVGS. PARTE : 24200 GO - LUIZ GONZAGA SOARES GIL
26634 GO - LEANDRO CÉSAR AZEVEDO MARTINS
16652 GO - SÉRGIO ANTONIO MARTINS

PARTE INTIMADA : BANCO ABN AMRO REAL


ADVG. PARTE : 27495 GO - CARLOS ALBERTO MIRO DA SILVA FILHO

PARTE INTIMADA : BANCO DE BRASILIA S/A-BRB


ADVGS. PARTE : 25552 GO - HERNANE LINO DE ALMEIDA
14307 GO - PAULO IURI ALVES TEIXEIRA

PARTE INTIMADA : BANCO INDUSTRIAL E COMERCIAL S/A


ADVGS. PARTE : 18799 GO - JOSÉ CARLOS RIBEIRO ISSY
11038 GO - MANOEL GARCIA NETO
20695 GO - LEONARDO RIBEIRO ISSY
6983 GO - VALBERLENA MARIA CORREA

PARTE INTIMADA : BANCO ITAU S/A


ADVG. PARTE : 6242 GO - ALUISIO BORGES DE CARVALHO

PARTE INTIMADA : BANCO ITAUBANK S/A


ADVG. PARTE : 6242 GO - ALUISIO BORGES DE CARVALHO

PARTE INTIMADA : BANCO PINE S/A


ADVGS. PARTE : 27532 GO - GISELE GOMES MATOS
22703 GO - CARLOS MARCIO RISSI MACEDO
195142 SP - VIVIEN LYS PORTO FERREIRA DA SILVA

PARTE INTIMADA : BERTIN S/A


ADVG. PARTE : 22146 GO - GILDO RAIMUNDO DE FREITAS

PARTE INTIMADA : CELG DISTRIBUICAO S/A CELG


ADVG. PARTE : 3883 GO - VANILTON CORRÊA DE AZEVEDO

PARTE INTIMADA : DANIELA PEDRO DA SILVA

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 770 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

ADVG. PARTE : 16071 GO - ANTÔNIO FERREIRA GOULART

PARTE INTIMADA : ELIANE PEREIRA PASSOS


ADVG. PARTE : 27537 GO - DANIELE ASSIS RODRIGUES

PARTE INTIMADA : EMPRESA DE EMBALAGENS METALICAS MMCO LTDA.


ADVGS. PARTE : 20631 GO - MARCOS CESAR GONÇALVES DE OLIVEIRA
27532 GO - GISELE GOMES MATOS
22703 GO - CARLOS MARCIO RISSI MACEDO
20517 GO - LÚCIO FLÁVIO SIQUEIRA DE PAIVA

PARTE INTIMADA : L F DE CASTRO E CIA LTDA


ADVG. PARTE : 14615 GO - MURILLO MACEDO LÔBO

PARTE INTIMADA : METALURGICA ROJEK LTDA.


ADVGS. PARTE : 23573 GO - MARCELO RODRIGUES FELICIO
21857 GO - GUSTAVO DE OLIVEIRA MACHADO
21487 GO - LUCIANO VALENTIM DE CASTRO
25721 GO - ALESSANDRO RODRIGUES DA CUNHA PINHEIRO

PARTE INTIMADA : MURALHA DISTRIBUIDORA DE PRODUTOS ALIMENTICIOS LTDA


ADVG. PARTE : 2471 GO - GERALDO MOREIRA DE MENDONÇA

PARTE INTIMADA : NORBERTO DOS REIS GUIMARAES


ADVG. PARTE : 12104 GO - NORBERTO DOS REIS GUIMARAES

PARTE INTIMADA : NORTE SALINEIRA S/A INDUSTRIA E COMERCIO NORSAL


ADVGS. PARTE : 154733 SP - LUIZ ANTONIO GOMIERO JUNIOR
84786 SP - FERNANDO RUDGE LEITE NETO
233121 SP - RENATA MENDES MOTTA DE OLIVEIRA

PARTE INTIMADA : ORSA CELULOSE, PAPEL E AMBALAGENS S/A


ADVGS. PARTE : 208301 SP - VIVIANE APARECIDA CASTILHO
173481 SP - PEDRO MIRANDA ROQUIM

PARTE INTIMADA : OWENS-ILLIOIS DO BRASIL INDUSTRIA E COMERCIO S/A.


ADVG. PARTE : 16800 GO - JULIO CESAR MEIRELLES MENDONÇA RIBEIRO

PARTE INTIMADA : RENOVA COMPANHIA SECURITIZADORA DE CREDITO FINANCEIRO S/A


ADVGS. PARTE : 36833 GO - CRISTIANA VASCONCELOS BORGES MARTINS
28449 GO - RENATO CHAGAS CORRÃA DA SILVA

PARTE INTIMADA : TETRA PARK LTDA.


ADVG. PARTE : 129134 SP - GUSTAVO LORENZI DE CASTRO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0184835-66.2008.8.09.0051
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO
CÍVEL. RECUPERAÇÃO JUDICIAL. ILEGITIMIDADE RECURSAL. INSTITUIÇÃO
FINANCEIRA NÃO PERTENCENTE AO QUADRO DE CREDORES. QUITAÇÃO DA
DÍVIDA PELA EMPRESA RECUPERANDA. MATÉRIA ALCANÇADA PELA
PRECLUSÃO. IMPOSSIBILIDADE DE SE REEXAMINAR QUESTÃO QUE JÁ FORA
OBJETO DE ANÁLISE E DECISÃO NO CURSO DO PROCESSO. ÔNUS
SUCUMBENCIAIS. AUSÊNCIA DE OBSCURIDADE, OMISSÃO OU CONTRADIÇÃO.
I- Consoante o disposto no artigo 1.022, incisos I e II, do Código de Processo Civil, os
embargos declaratórios têm por escopo aclarar obscuridade, harmonizar pontos
contraditórios ou suprir omissões existentes no acórdão ou decisão combatida. II- No
presente caso, O embargante não logrou êxito em demonstrar vícios a ensejarem a
alteração do julgado, almejando, de outro norte, a reapreciação de questões já
discutidas nos autos, especialmente no que se refere se houve ou não regularidade
fiscal no cumprimento do plano de recuperação judicial da empresa embargada, bem
como quanto ao arbitramento de honorários advocatícios em sede recursal, hipótese
vedada à finalidade que se destina o presente recurso. III- Não há que se falar em
prequestionamento quando o decisum recorrido adota fundamentação suficiente
acerca daquilo que fora discutido nos autos para dirimir a controvérsia. IV- Quanto ao
requerimento de litigância de má-fé suscitado em contrarrazões, em desfavor do
embargante, não antevejo, neste momento, situação capaz de caracterizá-la, haja
vista que apenas o inconformismo via aclaratórios não tem o condão de ensejar a
pecha de recurso manifestamente protelatório capaz de gerar multa processual à parte
recorrente. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS, PORÉM, REJEITADOS.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0184835-66.2008.8.09.0051
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº
184835-66.2008.8.09.0051
COMARCA DE GOIÂNIA

EMBARGANTE: BANCO DO BRASIL S/A


EMBARGADO: L F DE CASTRO & CIA LTDA E OUTROS
RELATORA: DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

VOTO

Presentes os pressupostos recursais, conheço do recurso, mas o faço para rejeitá-lo,


já que o acórdão não padece de falha autorizadora de sua reforma, de acordo com os
preceitos do artigo 1.022, do CPC/2015.

A propósito, o Código de Processo Civil de 2015, em seu artigo 1.022 do Código de


Processo Civil de 2015, dispõe acerca das hipóteses de cabimento dos embargos
declaratórios. Confira-se:

“ Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer


decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se
pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material.”

Sobre o assunto, trago à colação os ensinamentos do professor Elpídio Donizetti:

“ Cabem embargos de declaração para esclarecer decisão


obscura ou contraditória, ou, ainda, para integrar julgado omisso.
(…) Há omissão nos casos em que determinada questão ou
ponto controvertido deveria ser apreciado pelo órgão julgador
mas não o foi. (…). Não há obrigatoriedade de a decisão

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0184835-66.2008.8.09.0051
recorrida mencionar expressamente súmula ou dispositivo
constitucional ou legal para que se caracterize o
prequestionamento; basta que o julgado tenha decidido a
questão constitucional ou federal.” (in Curso Didático de Direito
Processual Civil. 13.ed. Belo Horizonte: Lumen Juris, 2010. págs. 651 e
653).

Nota-se, portanto, que nos aclaratórios devem ser observados os limites do art. 1.022
do NCPC, já que esse recurso não é o meio hábil ao reexame de matéria já decidida
ou estranha ao acórdão embargado.

No caso em apreço, aduziu o embargante, em suma, que o decisum atacado


mereceria novo julgamento, a entender que o acórdão ora embargado teria incorrido
em omissão, não tendo apreciado corretamente a matéria posta em debate,
principalmente, se houve ou não regularidade fiscal no cumprimento do plano de
recuperação judicial da empresa embargada, bem como quanto ao arbitramento de
honorários advocatícios em sede recursal.

De antemão, observo que o recurso manejado pelo embargante almeja, em verdade, a


reapreciação de questões já discutidas nos autos, o que é vedado em sede de
embargos declaratórios, eis que não há vícios no julgado que autorize sua alteração
nesta via recursal. Além disso, nota-se que as questões suscitadas pelo
embargante, notadamente em relação ao arbitramento de honorários
advocatícios em sede recursal, foram regularmente analisadas e decididas no
julgamento colegiado do recurso.

Quanto à alegação de omissão sobre as obrigações devidas no plano de recuperação


judicial da empresa embargada, ressalto que o acórdão recorrido entendeu pela
ilegitimidade recursal do embargante, a ressaltar a inviabilidade de reexame de
matéria cuja qual operou-se a preclusão.

Assim, tendo o embargante requerido a retificação do julgado com base em questões


já vivenciadas no processo, ainda que sob a alegação de omissão, mister é a rejeição
da presente insurgência recursal.

Nesse contexto, em relação à alegação de que o acórdão embargado conteria vícios a


ensejar sua alteração, destaco que não procede a tese de defesa apresentada.

Isto porque, conforme denota-se do que restou decidido nos presentes autos, evento
148, ficou bem esclarecido no acórdão embargado os motivos pelos quais fora

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NR.PROCESSO: 0184835-66.2008.8.09.0051
declarada a ilegitimidade recursal do embargante, sendo inviável adentrar-se à
questão de mérito sobre o plano de recuperação judicial impugnado pelo
embargante, bem como quanto ao arbitramento de honorários advocatícios em
sede recursal, Aliás, sobre o tema, estatuiu o Acórdão embargado:

“(…) a decisão impugnada fundamentou-se na prerrogativa


inerente ao Relator de não conhecer recurso ante a
ilegitimidade da parte, nos termos do artigo 932, III, do CPC,
fixando honorários advocatícios de sucumbência, em sede
dos aclaratórios, nos termos do artigo 85, § 1º, do CPC e da
jurisprudência firmada no âmbito do Superior Tribunal de
Justiça, em razão da lide instaurada em sede recursal. Ora,
esclareço que o posicionamento adotado no decisum recorrido
encontra alicerce na jurisprudência construída sobre o tema, de
modo que, uma vez constatada a ilegitimidade da parte, o
recurso não merece conhecimento, conforme ilação do artigo
932, III, do CPC. No mesmo sentido, tratando-se de matéria de
ordem pública, deverá ser fixada a verba sucumbencial na seara
recursal, uma vez que não fora arbitrada na origem, sem que isso
importe em reformatio in pejus, nos termos da consolidada
jurisprudência sobre o tema. (…) Ressalto, ainda, o
entendimento desta Corte de Justiça, acerca da ausência de
reformatio in pejus em relação ao arbitramento de honorários
de sucumbência na seara recursal (...)”

Conforme elucidado no decisum embargado, não há omissão a ser sanada, haja


vista ter ficado bem ressaltado nos autos, especificamente no acórdão, a inviabilidade
dos pleitos invocados pelo embargante.

Diante de tais considerações, não havendo vícios a serem sanados e, tampouco,


alteração material no julgado, devem ser rejeitados os presentes embargos, haja vista
que esta modalidade recursal somente é cabível quando a decisão recorrida estiver,
de fato, contaminada por obscuridade, contradição ou omissão, finalidade que não é
afastada nem mesmo para fins de prequestionamento.

No mesmo sentido, este Tribunal de Justiça assim tem decidido:

“ EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. APELAÇÃO CÍVEL.


OMISSÃO E CONTRADIÇÃO. REDIS-CUSSÃO DA MATÉRIA.
IMPOSSIBILIDADE. I - Os Embargos Declaratórios não
constituem meio idôneo para o reexame de matéria já decidida,
destinando-se tão somente a sanar omissão e a esclarecer
contradições ou obscuridades, nos termos do art. 535, do Código
de Processo Civil. II - Não se faz necessário analisar ponto a

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NR.PROCESSO: 0184835-66.2008.8.09.0051
ponto do recurso da parte, nem mesmo manifestação explícita do
Tribunal sobre os artigos prequestionados, pois, para a
admissibilidade de eventual recurso às instâncias superiores,
basta que a matéria suscitada tenha sido analisada no acórdão
vergastado. EMBARGOS CONHECIDOS E REJEITADOS”.
(TJGO, 1ª Câmara Cível, ED na AC nº 315891-91.2009.8.09. 0051,
Relator Des. Leobino Valente Chaves, DJ 865 de 21/07/2011).

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO


CONSIGNATÓRIA C/C REVISIONAL DE CLÁUSULAS
CONTRATUAIS. CONTRADIÇÃO. INOCORRÊNCIA. REEXAME
DA CAUSA. FINALIDADE DE PREQUES-TIONAMENTO.
REJEIÇÃO. Não existindo no acordão recorrido a contradição
apontada, os embargos de declaração não podem ser acolhidos
a pretexto de prequestionamento, uma vez que, não é um
recurso próprio para provocar o reexame da causa. EMBAR-GOS
DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.” (TJGO, 1ª Câmara Cível,
Apelação nº 148470-5/188, Relator Des. Vitor Barbosa Lenza, DJ 513 de
04/01/2010).

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO


REVISIONAL. INEXISTÊNCIA DOS VÍCIOS APONTADOS.
MATÉRIA QUE RECEBEU A APRECIAÇÃO DEVIDA. I - A via
dos aclaratórios é adequada à integração do julgado, corrigindo
omissão, contradição ou obscuridade porventura existentes nele,
sendo vedada a rediscussão da contenda, desiderato para o qual
dispõe a parte de outras ferramentas processuais. Não existe
qualquer vicio quando a decisão embargada tenha apreciado, de
forma clara, coesa e com fundamentação suficiente, as questões
em debate. III - Mesmo para efeito de prequestionamento,
necessário que se demonstre na decisão colegiada a existência
de obscuridade, contradição, omissão, ou ainda, erro material.
EMBARGOS CONHECIDOS E REJEITADOS.” (TJGO, 1ª Câmara
Cível, Apelação nº 150899-9/188, Relator Dr. Carlos Alberto França, DJ
513 de 04/01/2010).

Ademais, as irresignações do embargante estão aqui regularmente rechaçadas e


suprimidas, o que suplanta qualquer alegação de necessário prequestionamento para
o processamento de recurso às superiores instâncias.

Quanto ao requerimento de litigância de má-fé suscitado em contrarrazões, em


desfavor do embargante, não antevejo, neste momento, situação capaz de
caracterizá-la, haja vista que apenas o inconformismo via aclaratórios não tem o
condão de ensejar a pecha de recurso manifestamente protelatório capaz de gerar
multa processual à parte recorrente.

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NR.PROCESSO: 0184835-66.2008.8.09.0051
Ao teor do exposto, por não padecer o acórdão dos vícios elencados no art. 1.022, do
CPC/2015, a sua rejeição é medida necessária, pelo que conheço dos embargos
opostos, porém os rejeito.

É como voto.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA

105/CL

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº


184835-66.2008.8.09.0051
COMARCA DE GOIÂNIA

EMBARGANTE: BANCO DO BRASIL S/A


EMBARGADO: L F DE CASTRO & CIA LTDA E OUTROS
RELATORA: DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO


INTERNO NA APELAÇÃO CÍVEL. RECUPERAÇÃO JUDICIAL.
ILEGITIMIDADE RECURSAL. INSTITUIÇÃO FINANCEIRA NÃO

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NR.PROCESSO: 0184835-66.2008.8.09.0051
PERTENCENTE AO QUADRO DE CREDORES. QUITAÇÃO DA
DÍVIDA PELA EMPRESA RECUPERANDA. MATÉRIA
ALCANÇADA PELA PRECLUSÃO. IMPOSSIBILIDADE DE SE
REEXAMINAR QUESTÃO QUE JÁ FORA OBJETO DE
ANÁLISE E DECISÃO NO CURSO DO PROCESSO. ÔNUS
SUCUMBENCIAIS. AUSÊNCIA DE OBSCURIDADE, OMISSÃO
OU CONTRADIÇÃO. I- Consoante o disposto no artigo 1.022,
incisos I e II, do Código de Processo Civil, os embargos
declaratórios têm por escopo aclarar obscuridade, harmonizar
pontos contraditórios ou suprir omissões existentes no acórdão
ou decisão combatida. II- No presente caso, O embargante não
logrou êxito em demonstrar vícios a ensejarem a alteração do
julgado, almejando, de outro norte, a reapreciação de questões já
discutidas nos autos, especialmente no que se refere se houve
ou não regularidade fiscal no cumprimento do plano de
recuperação judicial da empresa embargada, bem como quanto
ao arbitramento de honorários advocatícios em sede recursal,
hipótese vedada à finalidade que se destina o presente recurso.
III- Não há que se falar em prequestionamento quando o decisum
recorrido adota fundamentação suficiente acerca daquilo que
fora discutido nos autos para dirimir a controvérsia. IV- Quanto ao
requerimento de litigância de má-fé suscitado em contrarrazões,
em desfavor do embargante, não antevejo, neste momento,
situação capaz de caracterizá-la, haja vista que apenas o
inconformismo via aclaratórios não tem o condão de ensejar a
pecha de recurso manifestamente protelatório capaz de gerar
multa processual à parte recorrente. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO CONHECIDOS, PORÉM, REJEITADOS.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Embargos de Declaração no Agravo


Interno na Apelação Cível nº 184835.66, acordam os componentes da terceira Turma
Julgadora da Primeira Câmara Cível do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de
Goiás, à unanimidade de votos, em conhecer dos embargos, mas rejeitá-los, nos
termos do voto desta Relatora.

Votaram, com a relatora, os Desembargadores Orloff Neves Rocha e Carlos Roberto


Favaro.

Presidiu a sessão o Des. Orloff Neves Rocha.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria Geral de Justiça, o Dr. José


Carlos Mendonça.

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NR.PROCESSO: 0184835-66.2008.8.09.0051
Goiânia, 16 de novembro de 2020.

DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 20/11/2020 09:45:09

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0040132-61.2016.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : SOCIEDADE ANONIMA GOIAS DE AUTOMOVEIS
POLO PASSIVO : MUNICIPIO DE GOIANIA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : SOCIEDADE ANONIMA GOIAS DE AUTOMOVEIS


ADVG. PARTE : 22830 GO - ANA CLÁUDIA RASSI PARANHOS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 0040132-61.2016.8.09.0051
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO
CÍVEL. AÇÃO ANULATÓRIA DE AUTO DE INFRAÇÃO.
INVASÃO DE ÁREA PÚBLICA. IRREGULARIDADE. ARTIGO
51 DA LEI COMPLEMENTAR Nº 177/2008. CONTRADIÇÃO.
INOCORRÊNCIA. AUSÊNCIA DE VÍCIOS NO JULGADO.
PREQUESTIONAMENTO. 1. Os embargos declaratórios têm por
escopo aclarar obscuridade, afastar contradição, suprimir
omissão ou corrigir erro material do julgado, nos termos do artigo
1.022, incisos I, II e III, do Código de Processo Civil, situações
não evidenciadas no caso em análise. 2. No caso em apreciação,
a autora/embargante foi autuada (Auto de Infração nº 543) por ter
invadido logradouro ou área pública (escada de cimento sobre a
calçada), violando o artigo 51 da Lei Complementar nº 177/2008
c/c artigo 66 da Lei Complementar nº 14/1992. 3. Na hipótese dos
autos, em análise aos documentos colacionados ao caderno
processual, é possível concluir que a escada construída em
frente ao seu estabelecimento, embora respeite a largura mínima
do calçamento do passeio, não está em consonância com os
dispositivos legais da legislação municipal, tendo em vista que a
sua construção foi feita em local irregular. 4. A contradição que
enseja a interposição de embargos declaratórios é a interna, e
não a mera dissonância com a tese defendida pela recorrente. 5.
O artigo 1.025 do Código de Processo Civil/2015 passou a
acolher a tese do prequestionamento ficto, ficando o atendimento
desse requisito condicionado ao reconhecimento, pelos Tribunais
Superiores, de que a inadmissão ou a rejeição dos aclaratórios
na origem violou o artigo 1.022 do referido Estatuto Processual
Civil. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS, MAS
REJEITADOS.

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NR.PROCESSO: 0040132-61.2016.8.09.0051
EMBARGOS DECLARATÓRIOS NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 40132.61.2016.8.09.0051
COMARCA DE GOIÂNIA

EMBARGANTE: SOCIEDADE ANÔNIMA GOIÁS DE AUTOMÓVEIS


EMBARGADO: MUNICÍPIO DE GOIÂNIA
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade dos embargos de declaração, deles


conheço.

Consoante relatado, trata-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO opostos por


SOCIEDADE ANÔNIMA GOIÁS DE AUTOMÓVEIS, inconformada com o acórdão
que, à unanimidade, conheceu e negou provimento ao recurso de Apelação Cível por
ela interposto em desfavor de MUNICÍPIO DE GOIÂNIA (evento 117).

Pois bem, conforme disposto no artigo 1.022 do Código de Processo Civil/15, os


Embargos de Declaração são cabíveis quando:

“ Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer


decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se
pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material.
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:
I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de
casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência
aplicável ao caso sob julgamento;
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º.”

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NR.PROCESSO: 0040132-61.2016.8.09.0051
A respeito do tema, vejamos os ensinamentos doutrinários:

“3. Finalidade. Os EDcl têm finalidade de completar a decisão


omissa ou, ainda, de aclará-la, dissipando obscuridades ou
contradições. Não têm caráter substitutivo da decisão
embargada, mas sim integrativo ou aclaratório. Prestam-se
também à correção de erro material. Como regra, não têm caráter
substitutivo, modificador ou infringente do julgado (nesse sentido,
os embargos têm sido recebidos pela jurisprudência como agravo
interno – v. coments. CPC 1.021). Não mais cabem quando
houver dúvida na decisão (CPC/1973 5351, redação da L.
8950/94 1º). A LJE 48 caput, que admitia a interposição de
embargos em caso de dúvida, teve a redação alterada pelo CPC
1078, o qual equipara as hipóteses de cabimento de embargos
no microssistema dos juizados especiais às do CPC.” (NERY
JÚNIOR, Nelson e NERY, Rosa Maria de Andrade. Comentários ao
Código de Processo Civil. 2ª Tiragem. São Paulo: Revista dos Tribunais,
2015, p. 2.120).

De plano, ressalto inexistir a contradição alegada pela embargante, não prosperando o


pleito recursal apresentado.

Conforme bem consignado no acórdão atacado, percebe-se que a embargante foi


autuada (Auto de Infração nº 543), por ter invadido logradouro ou área pública (escada
de cimento sobre a calçada), violando o artigo 51 da Lei Complementar nº 177/2008
c/c artigo 66 da Lei Complementar nº 14/1992. Por oportuno:

“ Art. 51. Todos os componentes das edificações, inclusive as


fundações, fossa, sumidouro e poço simples ou artesiano,
deverão estar dentro dos limites do terreno, não podendo, em
nenhuma hipótese, avançar sobre o passeio público ou sobre os
imóveis vizinhos.”

“Art. 66. É proibido, sob qualquer forma ou pretexto, a invasão de


logradouros e/ou áreas públicas municipais.
Parágrafo único. A violação da norma deste artigo sujeita o
infrator, além de outras penalidades previstas, a ter a obra ou
construção, permanente ou provisória, demolida pelo órgão
próprio da Prefeitura, com a remoção dos materiais resultantes,
sem aviso prévio, indenização, bem como qualquer
responsabilidade de revogação.”

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NR.PROCESSO: 0040132-61.2016.8.09.0051
Várias são as classificações dos bens públicos. Algumas são oferecidas pelos
doutrinadores e outras, pela legislação, consoante se infere do disposto no artigo 99,
do Código Civil, que assim preceitua:

“Artigo 99. São bens públicos:

I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas,


ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados
a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual,
territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas
jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou
real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se
dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito
público a que se tenha dado estrutura de direito privado.”

Cediço que os bens de uso comum do povo são aqueles destinados à utilização geral
pelos indivíduos, que podem ser utilizados por todos em igualdade de condições,
independentemente de consentimento individualizado por parte do poder público, a
exemplo das ruas, praças, logradouros públicos etc. Assim posta a questão, vê-se com
clareza que o passeio público (calçada), é caracterizado como bem de uso comum do
povo.

Soerguidas tais premissas ao caso em análise, restou concluído no voto embargado


que a escada construída em frente ao estabelecimento da embargante, embora
respeite a largura mínima do calçamento do passeio, qual seja, 1,5 metro, não está em
consonância com os dispositivos legais da legislação municipal, tendo em vista que a
sua construção foi feita em local irregular (área pública).

Para que não paire dúvidas acerca do ponto embargado e, a fim de evitar repetições
desnecessárias, transcrevo excerto do acórdão:

“ (…) Na hipótese dos autos, em análise aos documentos


colacionados ao caderno processual, é possível concluir que a
escada construída em frente ao seu estabelecimento, embora
respeite a largura mínima do calçamento do passeio, qual seja,
1,5 metro, não está em consonância com os dispositivos legais

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NR.PROCESSO: 0040132-61.2016.8.09.0051
da legislação municipal, tendo em vista que a sua construção foi
feita em local irregular.
Ora, o limite mínimo de 1,5 metro descrito no artigo 55, inciso II
da LC nº 177/2008 representa unicamente a distância mínima
que as calçadas da cidade devem ter para se respeitar o livre
trânsito de pessoas, o que não significa, a toda evidência, que
todo e qualquer particular pode avançar sobre o passeio público,
desde que observe o limite mínimo descrito legalmente.
Assim, além do limite mínimo descrito no artigo supra, há de se
observar o traçado público e os limites e confrontações
originários de cada imóvel particular e, no caso dos autos, restou
amplamente comprovado que a calçada construída pela autora
se deu após os limites de seu terreno, portanto, sobre área
pública, mais precisamente sobre bem de uso comum do povo.
Como bem pontuado pelo magistrado de instância singela, in
verbis:
‘É bem verdade que em uma leitura simplista e parcial, poder-se-
ia concluir prematuramente que sobre os proprietários de
terrenos recai apenas o dever de manter largura mínima de
1,50m na calçada, livre de qualquer obstáculo.
Porém, através da necessária interpretação teleológica do
normativo, infere-se que a melhor hermenêutica orienta no
sentido de que a partir da testada do terreno começa a medição
da calçada que é destinada ao público e nela não pode haver a
edificação de qualquer obra, porquanto indisponível, sob pena de
configuração de invasão de passeio público.
Aliás, o subitem 6.10.5 da NBR 9050:2004 ABNT dispõe
expressamente que ‘as faixas livres devem estar completamente
desobstruídas e isentas de interferências, tais como vegetação,
mobiliário urbano, equipamentos de infraestrutura urbanas
afloradas (postes, armários de equipamentos, e outros), orlas de
árvores e jardineiras, rebaixamentos para acesso de veículos,
bem como qualquer outro tipo de interferência ou obstáculo que
reduza a largura da faixa livre. Eventuais obstáculos aéreos, tais
como marquises, faixas e placas de identificação, toldos,
luminosos, vegetação e outros, devem se localizar a uma altura
superior a 2,10 metros.’
Perceptível, assim, que embora a autora tenha deixado
disponível para passagem dos pedestres pouco mais de 2,0
metros do passeio público, tal fato não pode servir de “moeda de
troca” para convalidação da ilegalidade constatada, assim a
construção da escada em local irregular.’
Além do mais, o laudo pericial (evento 61) indicou que a parte
autora, ora apelante, edificou a escada sobre passeio público.
Vejamos:

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NR.PROCESSO: 0040132-61.2016.8.09.0051
‘Dado o estudo do processo e das diligências realizadas, esta
Perita conclui que, embora exista espaço suficiente entre a
escadaria e a pista de rodagem, para o tráfego de transeuntes,
inclusive para cadeirantes, e atendendo as distâncias mínimas
exigidas tanto pelo Código de Postura do Município de Goiânia
quanto pela NBR 9050, a referida construção da escada
encontra-se irregularmente edificada sobre o passeio, ocupando,
portanto, espaço público.’”

Assim, ao que se vê, inocorrente a contradição agitada pela embargante “em relação
ao cumprimento dos dispositivos legais e regularidade da edificação realizada por essa
embargante”, eis que devidamente comprovado e fundamentado que a construção da
escada, por ter invadido área pública, afigura-se irregular.

Importante elucidar, ainda, que a contradição que enseja a interposição de embargos


declaratórios é a interna, seja entre proposições da parte decisória, seja entre
capítulos da decisão, ou ainda, entre a proposição enunciada nas razões de decidir e o
dispositivo, entre a ementa e o corpo do acórdão, caso se trate de decisão colegiada,
ou entre o teor deste e o verdadeiro resultado do julgamento, apurável pela ata ou por
outros elementos, e não a mera dissonância com a tese defendida pela insurgente.

A bem da verdade, o que se verifica é o inconformismo da embargante com o


resultado dado à lide, sendo que esta situação só pode ser alterada por meio de
recurso idôneo. Afinal, os aclaratórios não constituem via adequada à reforma da
decisão judicial, por não possuírem, salvo raríssimas exceções, os efeitos próprios da
infringência.

Assim, não havendo vícios a serem sanados e, tampouco, alteração material no


julgado, devem ser rejeitados os presentes embargos, haja vista que esta modalidade
recursal somente é cabível quando a decisão recorrida estiver, de fato, contaminada
por obscuridade, contradição ou omissão, finalidade que não é afastada nem mesmo
para fins de prequestionamento.

Por fim, quanto ao prequestionamento pretendido pela insurgente, tem-se que esse
requisito é exigido para o manejo dos recursos extraordinário e especial, porquanto a
Constituição Federal de 1988 estabelece que referidas espécies recursais somente
devem ser conhecidas quando a questão federal ou constitucional tenha sido decidida
pelo Tribunal de origem.

Não obstante, denota-se que o novo Código de Processo Civil acolheu a tese
anteriormente predominante na jurisprudência do excelso Supremo Tribunal Federal,
no sentido de que a simples oposição dos embargos de declaração é suficiente para

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NR.PROCESSO: 0040132-61.2016.8.09.0051
prequestionar a matéria, consoante dispõe o seu artigo 1.025: “Art. 1.025.
Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para
fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos
ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição
ou obscuridade”.

Comentando o mencionado dispositivo legal, José Miguel Garcia Medina tece os


seguintes apontamentos:

“Diante da divergência instalada na jurisprudência dos Tribunais


Superiores, com intuito de uniformizar o modo como se deve
entender prequestionada a matéria, o CPC/2015, em seu art.
1.025, optou pela orientação dominante manifestada pela
jurisprudência do STF, no sentido de que, tendo as partes
apresentado embargos de declaração, e sendo esses
indevidamente rejeitados, consideram-se examinados e repelidos
os fundamentos apresentados pelas partes. O CPC/2015, assim,
dentre as concepções possíveis de prequestionamento, adotou
aquela, então, preponderante no STF, por muitos chamadas de
'prequestionamento ficto'. Resta, portanto, superado o
entendimento retratado na Súmula nº 211 do STJ. É necessário,
no entanto, que se reconheça que os embargos de declaração
deveriam ter sido admitidos e providos, isso é, que o Tribunal a
quo, ao não conhecer ou ao negar provimento aos embargos de
declaração, errou, violando o artigo 1.022 do CPC/2015” (in Novo
Código de Processo Civil Comentado: com remissões e notas
comparativas ao CPC/1973, São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015, p.
1.420/1.421).

Desta feita, a partir do novo sistema processual implantado pela Lei Federal nº 13.105,
de 16 de março de 2015, passou-se a reconhecer o atendimento do requisito de
prequestionamento pela simples oposição de embargos de declaração,
independentemente de seu acolhimento pelo Tribunal de origem, exigindo-se,
entretanto, o reconhecimento, pelos Tribunais Superiores, de que a inadmissão ou a
rejeição dos aclaratórios violou o artigo 1.022, do atual Código de Processo Civil.

Sobre assunto vejamos o entendimento desta Corte Estadual:

“ EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APE-LAÇÃO CÍVEL.


AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. AGÊNCIA DE TURISMO. VENDA DE
PASSAGENS AÉREAS. FALHA NA PRESTAÇÃO DOS
SERVIÇOS. LEGITIMIDADE PASSIVA. DANO MORAL
CARACTERIZADO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO. CARÁTER
MODIFICATIVO. INADMISSIBILIDADE.

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NR.PROCESSO: 0040132-61.2016.8.09.0051
PREQUESTIONAMENTO. 1 - Os embargos de declaração,
restringem-se, nos termos do artigo 1.022, do Código de
Processo Civil a complementar ou aclarar as decisões judiciais
que tenham pontos omissos, obscuros, contraditórios ou
contenham erro material. 2 - Inviável a pretensão de
manifestação expressa acerca de determinados dispositivos
citados, posto que dentre as funções do Poder Judiciário, não lhe
é atribuída a de órgão consultivo, sendo que o artigo 1.025 do
CPC passou a acolher a tese do prequestionamento ficto, ficando
o atendimento desse requisito condicionado ao reconhecimento,
pelos Tribunais Superiores, de que a inadmissão ou a rejeição
dos aclaratórios na origem viola o artigo 1.022 do citado Codex.
EMBARGOS DECLARATÓRIOS REJEITADOS.” (TJGO, Apelação
(CPC) 0082069-93.2016.8.09.0134, Rel. Wilson Safatle Faiad, 6ª Câmara
Cível, julgado em 17/09/2018, DJe de 17/09/2018)

Ao teor do exposto, diante da inexistência da contradição alegada pela embargante ou


qualquer outro vício, conheço dos embargos de declaração, mas os rejeito.

É o voto.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA

101/LE

EMBARGOS DECLARATÓRIOS NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 40132.61.2016.8.09.0051


COMARCA DE GOIÂNIA

EMBARGANTE: SOCIEDADE ANÔNIMA GOIÁS DE AUTOMÓVEIS

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NR.PROCESSO: 0040132-61.2016.8.09.0051
EMBARGADO: MUNICÍPIO DE GOIÂNIA
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO


CÍVEL. AÇÃO ANULATÓRIA DE AUTO DE INFRAÇÃO.
INVASÃO DE ÁREA PÚBLICA. IRREGULARIDADE. ARTIGO
51 DA LEI COMPLEMENTAR Nº 177/2008. CONTRADIÇÃO.
INOCORRÊNCIA. AUSÊNCIA DE VÍCIOS NO JULGADO.
PREQUESTIONAMENTO. 1. Os embargos declaratórios têm por
escopo aclarar obscuridade, afastar contradição, suprimir
omissão ou corrigir erro material do julgado, nos termos do artigo
1.022, incisos I, II e III, do Código de Processo Civil, situações
não evidenciadas no caso em análise. 2. No caso em apreciação,
a autora/embargante foi autuada (Auto de Infração nº 543) por ter
invadido logradouro ou área pública (escada de cimento sobre a
calçada), violando o artigo 51 da Lei Complementar nº 177/2008
c/c artigo 66 da Lei Complementar nº 14/1992. 3. Na hipótese dos
autos, em análise aos documentos colacionados ao caderno
processual, é possível concluir que a escada construída em
frente ao seu estabelecimento, embora respeite a largura mínima
do calçamento do passeio, não está em consonância com os
dispositivos legais da legislação municipal, tendo em vista que a
sua construção foi feita em local irregular. 4. A contradição que
enseja a interposição de embargos declaratórios é a interna, e
não a mera dissonância com a tese defendida pela recorrente. 5.
O artigo 1.025 do Código de Processo Civil/2015 passou a
acolher a tese do prequestionamento ficto, ficando o atendimento
desse requisito condicionado ao reconhecimento, pelos Tribunais
Superiores, de que a inadmissão ou a rejeição dos aclaratórios
na origem violou o artigo 1.022 do referido Estatuto Processual
Civil. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS, MAS
REJEITADOS.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Embargos de Declaração na Apelação


Cível nº 40132.61, acordam os componentes da terceira Turma Julgadora da Primeira
Câmara Cível do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à unanimidade de
votos, em conhecer dos embargos, mas rejeitá-los, nos termos do voto desta Relatora.

Votaram, com a relatora, os Desembargadores Orloff Neves Rocha e Carlos Roberto


Favaro.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 0040132-61.2016.8.09.0051
Presidiu a sessão o Des. Orloff Neves Rocha.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria Geral de Justiça, o Dr. José


Carlos Mendonça.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 23/10/2020


12:36:26

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5519510-30.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : WILSON CARLOS GOMIDES
POLO PASSIVO : BANCO INTER S.A.
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : WILSON CARLOS GOMIDES


ADVG. PARTE : 51569 GO - RODRIGO NASCENTE GOMIDE

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5519510-30.2020.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5519510-30.2020.8.09.0000

COMARCA DE URUTAÍ
AGRAVANTE : WILSON CARLOS GOMIDES
AGRAVADO : BANCO INTER S/A E BANCO OLÉ
BONSUCESSO
RELATOR : DR. REINALDO ALVES FERREIRA
Juiz de Direito Substituto em 2° Grau

DESPACHO

Presentes os requisitos de admissibilidade recursal, conheço do agravo.

Não havendo pedido liminar, determino a intimação da parte agravada para,


querendo, oferecer resposta ao recurso no prazo legal (art. 1.019, II, do CPC).

Cumpra-se.

Goiânia, 21 de outubro de 2.020.

DR. REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito Substituto em 2° Grau

01

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 20/11/2020 09:58:32

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5146650-07.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ESTADO DE GOIAS
POLO PASSIVO : MYLENA FERREIRA DA SILVA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MYLENA FERREIRA DA SILVA


ADVG. PARTE : 22703 GO - CARLOS MARCIO RISSI MACEDO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5146650-07.2020.8.09.0000
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.
AÇÃO DE CONHECIMENTO COM PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA. AGRAVO
INTERNO PREJUDICADO. RECURSO SECUNDUM EVENTUM LITIS. CONCURSO
PÚBLICO. IMPUGNAÇÃO DE CORREÇÃO DE PROVA OBJETIVA. ATUAÇÃO DO
PODER JUDICIÁRIO LIMITADA À AFERIÇÃO DE ILEGALIDADE PATENTE.
AUSÊNCIA DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS À CONCESSÃO DA TUTELA
PROVISÓRIA DE URGÊNCIA. DECISÃO REFORMADA. AUSÊNCIA DE
FUNDAMENTOS SUFICIENTES À RECONSIDERAÇÃO OU REFORMA DO
ACÓRDÃO. INEXISTÊNCIA DE VÍCIOS. PREQUESTIONAMENTO. 1. Por não
ocorrer no acórdão hostilizado nenhuma das hipóteses legais permissivas em sede de
embargos declaratórios, qual seja, erro, obscuridade, contradição ou omissão, nega-se
provimento ao recurso. 2. Ao contrário do que foi alegado pela embargante/agravada,
o acórdão recorrido em nenhum momento negou aplicação ao RE n° 632.853/CE,
submetido à repercussão geral, tampouco desconsiderou o teor do art. 70, incisos III e
IV da Lei Estadual n° 19.587/2017, tendo apenas reconhecido que a questão
levantada será analisada, com maior profundidade, após a devida instrução processual
e quando da análise do mérito no juízo de origem. 3. Ademais, não se pode deixar de
considerar que para a concessão de tutela de urgência contra a Fazenda Pública,
deve o julgador observar as limitações legais existentes, especialmente o art. 1.059 do
CPC. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS E REJEITADOS.

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NR.PROCESSO: 5146650-07.2020.8.09.0000
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5146650-
07.2020.8.09.0000
COMARCA DE GOIÂNIA

EMBARGANTE: MYLENA FERREIRA DA SILVA


EMBARGADO: ESTADO DE GOIÁS
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade dos embargos de declaração, deles


conheço.

Conforme relatado, cuida-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO opostos por


MYLENA FERREIRA DA SILVA contra o acórdão proferido por este egrégio Tribunal
de Justiça, que, por unanimidade de votos, conheceu e deu provimento ao agravo de
instrumento interposto pelo Estado de Goiás e ora embargado “para em reforma ao
decisum indeferir o pedido de tutela provisória de urgência formulado pela
autora/agravada”.

A ementa restou assim redigida (evento 29):

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE


CONHECIMENTO COM PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA.
AGRAVO INTERNO PREJUDICADO. RECURSO SECUNDUM
EVENTUM LITIS. CONCURSO PÚBLICO. IMPUGNAÇÃO DE
CORREÇÃO DE PROVA OBJETIVA. ATUAÇÃO DO PODER
JUDICIÁRIO LIMITADA À AFERIÇÃO DE ILEGALIDADE
PATENTE. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS À
CONCESSÃO DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA.
DECISÃO REFORMADA. I- Deve ser julgado prejudicado o
agravo interno interposto contra a decisão liminar, quando o
instrumental se encontrar apto para julgamento. II- O agravo
de instrumento é um recurso secundum eventum litis, a sua
análise deve ater-se ao acerto ou desacerto da decisão
recorrida, de modo que só é cabível sua reforma, nas

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NR.PROCESSO: 5146650-07.2020.8.09.0000
hipóteses de ilegalidade, teratologia ou arbitrariedade. III-
Em regra, não compete ao Poder Judiciário apreciar critérios
na formulação e correção das provas, tendo em vista que,
em respeito ao princípio da separação de poderes
consagrado na Constituição Federal, é da banca
examinadora desses certames a responsabilidade pelo seu
exame. Porém, excepcionalmente, havendo flagrante
ilegalidade de questão objetiva ou subjetiva de prova de
concurso público, bem como ausência de observância às
regras previstas no Edital, a exemplo da vinculação ao
conteúdo programático previsto, tem-se admitido sua
anulação pelo Judiciário por ofensa ao princípio da
legalidade e da vinculação ao edital. IV- Considerando que
não pode o Poder Judiciário substituir a banca examinadora,
salvo em hipóteses excepcionais e, ainda, não havendo
manifesta ilegalidade na elaboração e correção dos itens
elencados pelo autor/agravado, deve o teor de cada questão
e sua adequação ou não ao edital do concurso serem
apreciados com maior profundidade após a devida instrução
processual e quando da análise do mérito no juízo de
origem. V- Ausente a existência de flagrante ilegalidade a
exigir a intervenção do Poder Judiciário e, por conseguinte,
dos requisitos constantes do art. 300, do Código de
Processo Civil de 2015, comportável a reforma do decisum
para indeferir o pleito liminar formulado pela autora/agravada
AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E PROVIDO.
AGRAVO INTERNO PREJUDICADO.

Defende a embargante/agravada que “o caso em exame, é, justamente, um dos casos


excepcionais que permitem a interferência do Poder Judiciário”, uma vez que “duas
das questões objetivas indicadas claramente traziam conteúdo que diferia do conteúdo
programático do edital e a terceira questão trazia erro gramatical que dificultava o
entendimento da questão e confundia o candidato.”

Pugna, ao final, pelo conhecimento e provimento do recurso para fins de sanar a


omissão, “mediante a apreciação de que o caso dos autos é hipótese de
intervenção do Poder Judiciário autorizada e recomendada pelo RE n°
632.853/CE (flagrante ilegalidade), nos termos do art. 70, incisos III e IV da Lei do
Estado de Goiás n° 19.587/2017”.

Pois bem.

É consabido que cabem embargos de declaração, na inteligência do artigo 1.022 do

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NR.PROCESSO: 5146650-07.2020.8.09.0000
Código de Processo Civil, quando na sentença ou acórdão houver obscuridade ou
contradição, ou for omisso acerca de tema sobre o qual devia pronunciar-se para
elucidar a questão posta em juízo.

A propósito:

“ Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer


decisão judicial para:
I –esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II – suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se
pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III – corrigir erro material.
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:
I – deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de
casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência
aplicável ao caso sob julgamento;
II – incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º.”

Assim, a interposição dos embargos declaratórios em situação de vício do acórdão é


perfeitamente admissível para afastar eventuais dúvidas, ex vi do artigo 1.022 e seus
incisos, do Código de Processo Civil.

A esse respeito, preleciona o professor Humberto Theodoro Júnior:

“(...) Se o caso é de omissão, o julgamento dos embargos supri-


la-á, decidindo a questão que, por lapso, escapou à decisão
embargada. No caso de obscuridade ou contradição, o decisório
será expungido eliminando-se o defeito nele detectado. Em
qualquer caso, a substância do julgado será mantida, visto que
os embargos de declaração não visam à reforma do acórdão, ou
da sentença. No entanto, será inevitável alguma alteração no
conteúdo do julgado, principalmente quando se tiver de eliminar
omissão ou contradição. O que, todavia, se impõe ao julgamento
dos embargos de declaração é que não se proceda a um novo
julgamento da causa, pois a tanto não se destina esse remédio
recursal”. (in Curso de Direito Processual Civil, 36.ed., Vol. I, São
Paulo: Editora Forense, p. 526/527).

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NR.PROCESSO: 5146650-07.2020.8.09.0000
Conclui-se que os embargos de declaração possuem o objetivo de requerer ao juiz
prolator da decisão o afastamento da obscuridade, omissão ou contradição que
inquina sua decisão, ou para a correção de erro material.

Assim, o pressuposto deste recurso, ainda que para fins de prequestionamento, é a


existência de qualquer dos elementos supramencionados.

Ao analisar o acórdão vergastado, à luz da pretensão veiculada no vertente recurso,


vislumbro que o julgado suficientemente declinou os fundamentos para o desfecho
conferido à postulação, em obediência ao disposto no artigo 93, inciso IX, da
Constituição Federal, havendo o decisum abordado o quanto pertinente para a solução
da quaestio devolvida, consoante as razões ali consignadas.

O acórdão recorrido apenas indeferiu a tutela de urgência pleiteada pela


autora/embargante nos autos da ação originária, ante a “inexistência de flagrante
ilegalidade a exigir a intervenção do Poder Judiciário e, por conseguinte, dos requisitos
constantes do art. 300, do Código de Processo Civil de 2015”, registrando que “o teor
de cada questão e sua adequação ou não ao edital do concurso deverão ser
apreciados com maior profundidade após a devida instrução processual e quando da
análise do mérito no juízo de origem”.

Como se vê, não se trata de decisão de cunho meritório, cabendo ao magistrado


singular, após a devida instrução processual, analisar a suposta “excepcionalidade” do
caso a ponto de exigir a intervenção do Poder Judiciário em questão de concurso
público relacionado à impugnação de correção de prova objetiva.

Assim, ao contrário do que foi alegado pela embargante/agravada, o acórdão recorrido


em nenhum momento negou aplicação ao RE n° 632.853/CE, submetido à
repercussão geral, tampouco desconsiderou o teor do art. 70, incisos III e IV da Lei
Estadual n° 19.587/2017, tendo apenas reconhecido que a questão levantada será
analisada, com maior profundidade, após a devida instrução processual e quando da
análise do mérito no juízo de origem.

Ademais, não se pode deixar de considerar que para a concessão de liminares contra
a Fazenda Pública há limitações à atividade jurisdicional quanto à sua possibilidade,
previstas no espectro normativo infraconstitucional. Corroborando com esse
entendimento, o art. 1.059 do CPC, dispõe que, “à tutela provisória requerida contra a
Fazenda Pública aplica-se o disposto nos arts. 1º a 4º da Lei n o 8.437, de 30 de junho
de 1992, e no art. 7º, § 2º, da Lei n o 12.016, de 7 de agosto de 2009”.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5146650-07.2020.8.09.0000
Nesse contexto, da Lei 8.437/1992 destaca-se o caput do art. 4º:

“ Art. 4° Compete ao Presidente do Tribunal, ao qual couber o


conhecimento do respectivo recurso, suspender, em despacho
fundamentado, a execução da liminar nas ações movidas contra o Poder
Público ou seus agentes, a requerimento do Ministério Público ou da
pessoa jurídica de direito público interessada, em caso de manifesto
interesse público ou de flagrante ilegitimidade, e para evitar grave lesão à
ordem, à saúde, à segurança e à economia pública.”

Ainda, o processualista Cândido Rangel Dinamarco observa que, para fins de


concessão de tutelas liminares:

“(…) sugere-se que o juiz leve em conta o chamado juízo do mal maior,
em busca de um legítimo equilíbrio entre as partes - indagando, em cada
caso, se o autor sofreria mais se nada fosse feito para conter os males do
tempo, ou se sofreria mais o réu em virtude da medida que o autor
postula” (in Vocabulário do Processo Civil - São Paulo: Malheiros, p. 381).

Como se vê, não há ocorrência de nenhum dos vícios mencionados no retro citado
dispositivo legal, principalmente porque os embargos de declaração não se prestam
para o efeito específico de reapreciação da matéria, como pretende a
embargante/agravada.

O que se vê, claramente, é que a embargante não se conformou com o fato da tutela
de urgência concedida pelo magistrado singular ter sido revogada, e, com isso,
pretende obter a reforma de tal entendimento pela via dos aclaratórios, o que é
inadmissível.

Ora, é de trivial conhecimento que os embargos de declaração não se prestam à


reapreciação da matéria posta em juízo, e, sim, esclarecer algum ponto que restou
omitido, obscuro ou contraditório.

Com efeito, a embargante não apresentou argumentos capazes de ilidir o


entendimento reproduzido no acórdão impugnado, razão pela qual considero
insuficiente para alteração do ato judicial objurgado.

Ante o exposto, conheço dos presentes Embargos, mas os rejeito, eis que inexistem,
no acórdão embargado, quaisquer das hipóteses do artigo 1.022, do Código de

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NR.PROCESSO: 5146650-07.2020.8.09.0000
Processo Civil/2015. Mantenho, integralmente, as razões da decisão objurgada em
todos os seus termos.

É o voto.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA

DA/CL

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5146650-


07.2020.8.09.0000
COMARCA DE GOIÂNIA

EMBARGANTE: MYLENA FERREIRA DA SILVA


EMBARGADO: ESTADO DE GOIÁS
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE


INSTRUMENTO. AÇÃO DE CONHECIMENTO COM PEDIDO
DE TUTELA PROVISÓRIA. AGRAVO INTERNO
PREJUDICADO. RECURSO SECUNDUM EVENTUM LITIS.
CONCURSO PÚBLICO. IMPUGNAÇÃO DE CORREÇÃO DE
PROVA OBJETIVA. ATUAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO

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NR.PROCESSO: 5146650-07.2020.8.09.0000
LIMITADA À AFERIÇÃO DE ILEGALIDADE PATENTE.
AUSÊNCIA DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS À
CONCESSÃO DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA.
DECISÃO REFORMADA. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTOS
SUFICIENTES À RECONSIDERAÇÃO OU REFORMA DO
ACÓRDÃO. INEXISTÊNCIA DE VÍCIOS.
PREQUESTIONAMENTO. 1. Por não ocorrer no acórdão
hostilizado nenhuma das hipóteses legais permissivas em sede
de embargos declaratórios, qual seja, erro, obscuridade,
contradição ou omissão, nega-se provimento ao recurso. 2. Ao
contrário do que foi alegado pela embargante/agravada, o
acórdão recorrido em nenhum momento negou aplicação ao RE
n° 632.853/CE, submetido à repercussão geral, tampouco
desconsiderou o teor do art. 70, incisos III e IV da Lei Estadual n°
19.587/2017, tendo apenas reconhecido que a questão levantada
será analisada, com maior profundidade, após a devida instrução
processual e quando da análise do mérito no juízo de origem. 3.
Ademais, não se pode deixar de considerar que para a
concessão de tutela de urgência contra a Fazenda Pública, deve
o julgador observar as limitações legais existentes, especialmente
o art. 1.059 do CPC. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
CONHECIDOS E REJEITADOS.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Embargos de Declaração no Agravo de


Instrumento nº 5146650.07, acordam os componentes da terceira Turma Julgadora da
Primeira Câmara Cível do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à
unanimidade de votos, em conhecer dos embargos, mas rejeitá-los, nos termos do
voto desta Relatora.

Votaram, com a relatora, os Desembargadores Orloff Neves Rocha e Carlos Roberto


Favaro.

Presidiu a sessão o Des. Orloff Neves Rocha.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria Geral de Justiça, o Dr. José


Carlos Mendonça.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5146650-07.2020.8.09.0000
DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI
RELATORA

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 20/11/2020 09:46:47

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0233176-79.2015.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Embargos à Execução
POLO ATIVO : ARTHUR DE OLIVEIRA TELLES
POLO PASSIVO : MASSA FALIDA LINEACRED LEASING E PROMOTORA LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ARTHUR DE OLIVEIRA TELLES


ADVG. PARTE : 21666 GO - KISLEU GONÇALVES FERREIRA

PARTE INTIMADA : MASSA FALIDA LINEACRED LEASING E PROMOTORA LTDA


ADVG. PARTE : 27769 GO - DIOGO SIQUEIRA JAYME

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0233176-79.2015.8.09.0051
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO
CÍVEL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. INTEMPESTIVIDADE.
RECURSO MANEJADO EM FACE DE DUAS DECISÕES.
POSSIBILIDADE. NULIDADE DA SESSÃO DE JULGAMENTO
NÃO VERIFICADA. POSSIBILIDADE DE MANIFESTAÇÃO DO
CAUSÍDICO EM SUSTENTAÇÃO ORAL. PROCURAÇÃO
COLACIONADA NO APENSO. VALIDADE.
SUBSTABELECIMENTO. IMPOSSIBILIDADE DE ARGUIR
NULIDADE A QUE DEU CAUSA. PRINCÍPIO DA CONFIANÇA.
TÉCNICA DA PONDERAÇÃO. INTIMAÇÃO PESSOAL DO
DEVEDOR QUANTO À PENHORA REALIZADA.
CONHECIMENTO INEQUÍVOCO DO ATO. INTIMAÇÃO DO
ESPÓLIO. FALECIMENTO DO CÔNJUGE NÃO COMUNICADO.
REQUERIMENTO DE ANÁLISE DO MÉRITO.
IMPOSSIBILIDADE. REQUISITO DE ADMISSIBILIDADE DA
PEÇA DE DEFESA NÃO RESPEITADO. AUSÊNCIA DE VÍCIOS
NO JULGADO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. CARÁTER
PROTELATÓRIO NÃO EVIDENCIADO. QUEBRA DA
LEALDADE, COOPERAÇÃO E BOA-FÉ. MULTA APLICADA. 1.
Conforme posicionamento exarado pelo STJ, “o princípio
unirrecorribilidade não veda a interposição de um único recurso
para impugnar mais de uma decisão. E não há, na legislação
processual, qualquer impedimento a essa prática, não obstante
seja incomum”. 2. Os embargos declaratórios têm por escopo
aclarar obscuridade, afastar contradição, suprimir omissão ou
corrigir erro material do julgado, nos termos do artigo 1.022,
incisos I, II e III, do Novo Código de Processo Civil. 3. Concedida
oportunidade ao apelante para que realizar sustentação oral,
utilizando-se do prazo legalmente previsto, não pode, sob a
alegação de suscitar questão de fato, interromper a exposição do
Relator, manifestando-se quando assim entender, mormente
porque há um rito a ser seguido, expressamente consignado no
Código Processual Civil, sem que isso retire a validade das
prerrogativas do causídico, que poderá ser manifestar quando lhe
couber a palavra. 4. Afasta-se a alegação de inexistência de
instrumento procuratório, pois juntada no apenso. Ademais, a
procuração foi outorgada para o foro em geral e com amplos
poderes, não possuindo prazo de validade. Desse modo,
inexistindo qualquer comunicação oficial quanto à desconstituição
do patrono, continua a operar todos os efeitos. 5. Em que pese a
ineficácia da juntada apenas do substabelecimento, o vício foi
sanado com a juntada da respectiva procuração, sendo tal
irregularidade imputada tão somente ao apelante, não podendo
agora alegá-la em seu proveito. 6. O princípio da confiança,
assim como todos os outros, deve ser aplicado de acordo com a
teoria da ponderação. Isto é, não existe princípio absoluto. E, in
casu, sua incidência igualmente deve ser ponderada com o
princípio da cooperação e da lealdade processual, que
reiteradamente foram descumpridos pelo embargante ao furtar-se
à intimação pessoal, manifestando-se nos autos quase às
vésperas da realização da hasta pública, mesmo com a intimação
de seu causídico de todos os atos processuais. 7. Impõe-se

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NR.PROCESSO: 0233176-79.2015.8.09.0051
considerar o comparecimento espontâneo do devedor em 2002,
como marco inicial para a contagem do prazo para a oposição
dos embargos à execução, mormente ao se ter em conta que,
após ser deferida sua intimação por edital em 2003, informou
endereço desatualizado, causando prejuízos ao regular
andamento do feito com a expedição de carta precatória que
sabidamente não seria cumprida. Além do mais, por inúmeras
vezes manifestou-se nos autos, demonstrando estar ciente de
toda tramitação. Ademais, ainda que se considerasse não
efetuada a intimação pessoal do devedor em 2002, sua intimação
ocorreu regularmente em 2015, quando fez carga dos autos. E,
pela teoria dos isolamentos dos atos processuais, incide o
regramento vigente à época de sua intimação. Ou seja,
despicienda sua intimação pessoal. 8. Em relação à inexistência
de intimação do cônjuge do devedor, verifica-se seu falecimento
em 1997, não sendo noticiado nos autos pelo apelante, que
continuou insistindo na necessidade de intimação pessoal. E, em
virtude do afastamento nítido de tal alegação, pretende agora
arguir a nulidade por ausência de intimação do espólio, sendo
incomportável sua pretensão, pois não pode alegar nulidade a
que deu causa em proveito próprio. Isto porque, durante todos
esses anos omitiu e tentou obter vantagem indevida deste fato,
deixando de informar a existência de herdeiros ou a abertura de
inventário. 9. Sob a alegação de análise, de ofício, de matérias
de ordem pública, pretende o recorrente obter pronunciamento de
mérito, a fim de suprir a intempestividade dos embargos à
execução. Todavia, incomportável seu requerimento, seja por
referida tese se tratar de inovação recursal, seja por entender
que, ainda sim, deve ser observado pressuposto objetivo de
admissibilidade dos embargos à execução, constituindo,
inclusive, matéria de ordem pública. 10. As alegações do
embargante almejam a rediscussão da matéria, impondo-se
esclarecer que não se nega aplicabilidade aos julgados citados
em suas razões recursais. Mas, conforme dito anteriormente, a
questão aqui tratada reveste-se de ímpar situação fática,
possuindo facetas pontuais que não se amoldam ao
posicionamento genérico do STJ quanto à intimação pessoal do
devedor quanto à penhora. 11. Restringem-se os aclaratórios às
circunstâncias elencadas no artigo 1.022, do novo Código de
Processo Civil, não se prestando à reapreciação da matéria
devidamente analisada e decidida no acórdão. Assim, não
havendo vícios a serem sanados, tampouco alteração material no
julgado, devem ser rejeitados, haja vista que esta modalidade
recursal somente é cabível quando a decisão recorrida estiver, de
fato, contaminada por obscuridade, contradição ou omissão,
finalidade que não é afastada nem mesmo para fins de
prequestionamento ou pronunciamento expresso sobre artigos de
lei apresentados pela parte que não infirmam a conclusão
adotada pelo julgador. 12. Incabível a aplicação da multa prevista
no artigo 1026, § 2º do CPC (postulada em contrarrazões),
porquanto não evidenciado, por ora, o propósito protelatório da
insurgência. 13. Todavia, em virtude da conduta do embargante

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NR.PROCESSO: 0233176-79.2015.8.09.0051
revelar-se contrária a diversos postulados, dentre eles, a lealdade
processual, a cooperação e à boa-fé, resta configurada litigância
de má-fé, seja por alegar, em proveito próprio, nulidades a que
teria dado causa, seja por sua conduta subsumir-se às hipóteses
dos incisos II (ao pretender a intimação de pessoa já falecida) e
IV (ao informar endereço desatualizado para atrasar o
andamento processual) do artigo 80, do CPC. Assim, devida a
imposição da multa processual, por litigância de má-fé, em 2%
(dois por cento) sobre o valor da causa. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO CONHECIDOS, MAS REJEITADOS.

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NR.PROCESSO: 0233176-79.2015.8.09.0051
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº
233176.79.2015.8.09.0051
COMARCA DE GOIÂNIA

EMBARGANTE: ARTHUR DE OLIVEIRA TELLES


EMBARGADA: MASSA FALIDA LINEACRED LEASING E PROMOTORA LTDA
RELATOR: ROBERTO HORÁCIO REZENDE – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO EM
SEGUNDO GRAU

VOTO

A princípio, tenho que não merece acolhida a prelimanr aventada em contrarrazões


pois, conforme posicionamento exarado pelo STJ, “o princípio unirrecorribilidade não
veda a interposição de um único recurso para impugnar mais de uma decisão. E não
há, na legislação processual, qualquer impedimento a essa prática, não obstante seja
incomum”. (STJ. REsp 1628773/GO, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA,
julgado em 21/05/2019, DJe 24/05/2019).

Destarte, presentes os pressupostos de admissibilidade dos embargos de declaração,


deles conheço.

Consoante relatado, trata-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO opostos por


ARTHUR DE OLIVEIRA TELLES, contra o acórdão proferido por este Tribunal de
Justiça, que, por unanimidade, e nos termos do voto do Relator, conheceu do recurso
de apelação por si interposto, mas negou-lhe provimento, mantendo a extinção do feito
devido à intempestividade dos Embargos à Execução (evento 78), bem como em face
de decisão unipessoal por mim proferida (evento 79), na qual não foi reconhecida
nulidade na sessão de julgamento.

Pois bem, conforme disposto no artigo 1.022 do Código de Processo Civil/15, os


Embargos de Declaração são cabíveis quando:

“ Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer


decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se

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NR.PROCESSO: 0233176-79.2015.8.09.0051
pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material.
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:
I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de
casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência
aplicável ao caso sob julgamento;
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º.”

Inicialmente, passo à análise da decisão de evento 79, na qual não foi reconhecida
nulidade na sessão de julgamento. E, de plano, não vislumbro qualquer vício
apontado, pois inexiste omissão quanto à aplicação do artigo 7º, X, do Estatuto da
OAB.

Isto porque, conforme dito anteriormente, foi concedida oportunidade ao apelante para
que realizasse sua sustentação oral, utilizando-se do prazo legalmente previsto, não
podendo, sob a alegação de suscitar questão de fato, interromper a exposição do
Relator, manifestando-se quando assim entender.

Frise-se que há um rito a ser seguido, expressamente consignado no Código


Processual Civil, sem que isso retire a validade das prerrogativas do causídico, que
poderá ser manifestar quando lhe couber a palavra.

Assim, inexistindo a omissão apontada, resta nítida intenção do embargante em


rediscutir a matéria, não para suprir algum vício, mas para obter novo pronunciamento
judicial, o que não se admite na via estreita dos aclaratórios.

Por sua vez, quanto às alegadas omissões no decisum de evento 78, a insurgência do
embargante, em síntese, cinge-se a: a) inexistência de procuração, com poderes
específicos, para suprir a intimação pessoal do devedor quanto a penhora; b)
ineficácia do substabelecimento juntado sem a respectiva procuração; c) aplicação do
princípio da confiança, sob o argumento de que o julgador, em momento anterior,
entendeu pela necessidade de sua intimação para se iniciar o prazo de oposição dos
embargos à execução; d) necessidade de intimação pessoal do devedor, ainda que
haja procuração do patrono, bem como de seu cônjuge e, no caso de falecimento, do
espólio; e) análise, de ofício, das matérias de ordem pública, notadamente a nulidade
do crédito executado.

Todavia, igualmente não constato qualquer vício a ensejar a interposição dos


aclaratórios. Explico.

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NR.PROCESSO: 0233176-79.2015.8.09.0051
O decisum embargado, a título de esclarecimento, foi proferido nos seguintes termos
(evento 78):

“(…) Compulsando o feito principal – ação de execução 472.61.1996,


verifico que foi protocolada em 03.01.1996, bem como realizada a
penhora em 23.08.2002 (evento 03, doc. 57)

Constato, ainda, que em 18.10.2002, o executado manifestou-se


nos autos, inclusive sendo expressivo quanto à necessidade de
intimação da penhora e fornecendo seu endereço (evento 03,
doc. 65).
Assim, tendo a ação de execução sido proposta em 1996 e a
penhora realizada em 2002, antes, portanto, da entrada em vigor
da nova legislação sobre o assunto – Lei 11.382/2006, esta deve
ser aplicada apenas em relação aos atos posteriores a sua
vigência, em atenção à Teoria do Isolamento dos Atos
Processuais, segundo a qual, havendo um processo em
desenvolvimento, a lei nova deve respeitar a eficácia dos atos
processuais já realizados, disciplinando o processo, contudo, a
partir de sua vigência.
Sobre o tema, esclarece a doutrina:
“c) o do isolamento dos atos processuais, no qual a lei nova não
atinge os atos processuais já praticados, nem seus efeitos, mais
se aplica aos atos processuais a praticar, sem limitações relativas
às chamadas fases processuais”. (in Teoria Geral do Processo,
Antônio Carlos de Araújo Cintra, Ada Pellegrini Grinover e
Cândido Rangel Dinamarco, 19ª edição, editora Malheiro, p. 98).
Segue essa orientação a Corte Superior:
“PROCESSUAL CIVIL. GRATUIDADE DE JUSTIÇA. PESSOA
JURÍDICA. PRESUNÇÃO. INOCORRÊNCIA. CONCESSÃO.
POSSIBILIDADE. SÚMULA 481/STJ. PROVA DA
MISERABILIDADE. SÚMULA 7/STJ. (…) PROCESSUAL CIVIL.
ALIENAÇÃO JUDICIAL. INTIMAÇÃO DO ADVOGADO. NOVA
REDAÇÃO DO ART. 687, § 5º, DO CPC. DIREITO
INTERTEMPORAL. APLICAÇÃO AOS ATOS PENDENTES.1. No
direito brasileiro predomina a teoria do isolamento dos atos
processuais, segundo a qual sobrevindo lei processual nova, os
atos ainda pendentes dos processos em curso sujeitar-se-ão aos
seus comandos, respeitada a eficácia daqueles já praticados de
acordo com a legislação revogada. (…).” (REsp 1365272/PR, Rel.
Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em
05/11/2013, DJe 13/11/2013)
No mesmo sentido eis o entendimento desta Corte:

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0233176-79.2015.8.09.0051
“AGRAVO REGIMENTAL EM APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS À
EXECUÇÃO. INTEMPESTIVIDADE. COMPARECIMENTO
ESPONTÂNEO EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
SENTENÇA MANTIDA. DECISÃO MONOCRÁTICA ARTIGO
557, CAPUT, DO CPC. (…). 2- No caso em estudo, não há
dúvidas, que são intempestivos os embargos à execução, razão
por que não deveriam ter sido sequer recebidos pelo magistrado
singular. 3 - Conforme orientação do STJ, no direito brasileiro
predomina a teoria do isolamento dos atos processuais, segundo
a qual sobrevindo lei processual nova, os atos ainda pendentes
dos processos em curso sujeitar-se-ão aos seus comandos,
respeitada a eficácia daqueles já praticados de acordo com a
legislação revogada. (…) AGRAVO INTERNO CONHECIDO E
DESPROVIDO.” (TJGO, APELAÇÃO CÍVEL 404067-
75.2011.8.09.0051, Rel. DES. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA,
2ª CÂMARA CÍVEL, julgado em 28/07/2015, DJe 1843 de
07/08/2015)
Observando o processo de execução em anexo, vejo que o
executado e sua esposa foram citados e intimados do arresto em
22.12.1996 (evento 03, doc. 27). Verifico, também, que o
requerente teve plena ciência do processamento da ação
ajuizada em seu desfavor, em 18.10.2002 (evento 03, doc. 65),
vez que manifestou nos autos, informando seu atual endereço.
Portanto, segundo a exegese do artigo 214, §1º, do CPC, se “o
comparecimento espontâneo do réu supre, entretanto, a falta de
citação”, inexiste óbice à sua manifestação suprir a intimação,
ainda mais quando demonstrado que o executado estava ciente
da fase processual.
Neste ponto, impende tecer algumas considerações quanto à
finalidade do ato. A exigência de intimação pessoal do devedor
quanto à realização da penhora visa garantir uma defesa efetiva.
Todavia, não se trata de formalismo exacerbado, pois os atos
processuais têm por finalidade atingir o objetivo para o qual foram
destinados.
E, in casu, por mais de uma vez, o recorrente manifestou-se nos
autos, demonstrando estar ciente da penhora. Conclui-se, assim,
que o ato atingiu sua finalidade, qual seja, dar ciência ao
executado da penhora.
Assim, não vislumbro óbice a considerar seu comparecimento
espontâneo como marco inicial para a contagem do prazo para a
oposição dos embargos à execução, porquanto estava
plenamente ciente do ato constritivo.
Sobre o tema, oportuno citar o seguinte julgado do STJ:
“ IMPOSSIBILIDADE DE INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULAS
CONTRATUAIS. RECURSO ESPECIAL DOS EXECUTADOS
CONHECIDO EM PARTE E IMPROVIDO NA PARTE

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NR.PROCESSO: 0233176-79.2015.8.09.0051
CONHECIDA. I.- Não tem direito a devolução de prazo para
defender-se o Executado que, não tendo sido formalmente
citado, comparece espontaneamente e interpõe Exceção de Pré-
executividade – Modalidade de defesa regida também pelo
princípio da eventualidade, de modo que nela o executado tem o
dever de deduzir todos os argumentos de que dispuser contra a
execução, não se cogitando de reabertura de prazo para
ulteriores Embargos do Devedor .(...)” (REsp 1041542/RN, Rel.
Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em
03/03/2009, DJe 24/03/2009).
Neste sentido, eis o entendimento desta Corte:
“AGRAVO REGIMENTAL. APELAÇÃO CÍVEL. RECURSO EM
CONFRONTO COM A JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. SEGUIMENTO NEGADO
(ART. 557, CAPUT, CPC). EMBARGOS À EXECUÇÃO.
COMPARECIMENTO ESPONTÂNEO DO EXECUTADO NOS
AUTOS DO PROCESSO EXECUTIVO. CIÊNCIA INEQUÍVOCA
DA EXISTÊNCIA DA AÇÃO. SUPRIMENTO DA CITAÇÃO.
INÍCIO DA FLUÊNCIA DO PRAZO PARA O OFERECIMENTO
DOS EMBARGOS. AUSÊNCIA DE PLAUSIBILIDADE DA TESE
SUSTENTADA NA FUNDAMENTAÇÃO DO AGRAVO
REGIMENTAL. IMPROVIMENTO DO RECURSO. (...) II –
Consoante jurisprudência dominante do Superior Tribunal de
Justiça, o comparecimento espontâneo do executado no
processo executivo, com a ciência inequívoca da existência da
ação, supre a citação, iniciando-se a partir do ato de
comparecimento a fluência do prazo de 15 (quinze) dias para o
oferecimento dos embargos (art. 738, CPC), que, opostos após o
transcurso desse lapso temporal, são tidos por intempestivos.
(...)” (TJGO, APELAÇÃO CÍVEL 323506-56.2009.8.09.0044, Rel.
DES. LUIZ EDUARDO DE SOUSA, 1ª CÂMARA CÍVEL, julgado
em 22/02/2011, DJe 772 de 03/03/2011).
“APELAÇÕES CÍVEIS. EMBARGOS À EXECUÇÃO.
COMPARECIMENTO ESPONTÂNEO DO EXECUTADO NOS
AUTOS DO PROCESSO EXECUTIVO. CIÊNCIA INEQUÍVOCA
DA EXISTÊNCIA DA AÇÃO. SUPRIMENTO DA CITAÇÃO.
INÍCIO DA FLUÊNCIA DO PRAZO PARA OFERECIMENTO DOS
EMBARGOS. LEGITIMIDADE DO CAUSÍDICO. REDUÇÃO DA
VERBA HONORÁRIA (ART. 652-A § ÚNICO, CPC).
IMPOSSIBILIDADE. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE
MORA. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA. 1– Consoante
jurisprudência dominante do Superior Tribunal de Justiça, o
comparecimento espontâneo do executado no processo
executivo, com a ciência inequívoca da existência da ação, supre
a citação, iniciando-se, a partir do ato de comparecimento, a
fluência do prazo de 15 (quinze) dias para o oferecimento dos
embargos (art. 738, CPC), que, opostos após o transcurso desse
lapso temporal, são tidos por intempestivos. (...)” (TJGO,
APELAÇÃO CÍVEL 358407-29.2009.8.09.0051, Rel. Dr.

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NR.PROCESSO: 0233176-79.2015.8.09.0051
DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO, 5ª CÂMARA CÍVEL,
julgado em 11/07/2013, DJe 1353 de 30/07/2013).
Ademais, devido a indícios de ocultação do executado, o
magistrado a quo autorizou a intimação da conversão do arresto
em penhora via edital, tendo o ora recorrente se manifestado
novamente nos autos, em 30.09.2003 (evento 03, doc. 90),
repisando estar ciente da constrição patrimonial.
Frise-se que no mesmo ano, o apelante foi intimado para fornecer
seu atual endereço (evento 03, doc. 98), mas novamente a
diligência não obteve êxito. Na ocasião, sua ex-esposa informou
que o executado havia se mudado há bastante tempo e que,
inclusive, já possuía outra família (evento 03, doc. 116). Portanto,
resta claro que forneceu endereço incorreto, tendo pleno
conhecimento disto.
Assim, evidente que o recorrente não pode ser beneficiado de
sua própria torpeza, utilizando-se do Poder Judiciário para
atender suas vontades e caprichos, ocasionando nítida
morosidade excessiva, sob pena desta Corte comungar com
atuação que atente os princípios da boa-fé e lealdade processual.
Necessário destacar, ainda, que o executado e sua esposa foram
devidamente citados e intimados do arresto, não se permitindo
que sua intimação da penhora fosse realizada apenas quando
assim quisesse, acarretando a perpetuidade da demanda, pois
sua conduta de aguardar mais de 12 anos após a realização da
penhora para apresentar embargos à execução demonstra
intenção de dificultar o andamento processual e obstar a
finalização do feito.
Por sua vez, não há falar em ausência da procuração, porquanto
apesar de ter sido juntado apenas o substabelecimento nos autos
em análise, consta o instrumento procuratório na demanda em
apenso 5260.84.1997 (evento 03, doc. 03). A propósito:
“ AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO DE
TÍTULO EXTRAJUDICIAL. AUSÊNCIA DE JUNTADA DE
PROCURAÇÃO. APRESENTAÇÃO DO INSTRUMENTO NOS
AUTOS DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO. AUSÊNCIA DE
VÍCIO. INTEMPESTIVIDADE. INEXISTÊNCIA DE REGULAR
INTIMAÇÃO. DUPLA GARANTIA. IMPOSSIBILIDADE. 1. A
ausência de juntada de procuração aos autos da Ação de
Execução pelo executado não gera qualquer vício, nem pode
ensejar o não conhecimento da petição por ele apresentada, se o
referido documento constar dos Embargos à Execução. (...)”.
(TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5210167-
20.2019.8.09.0000, Rel. ROBERTO HORÁCIO DE REZENDE, 1ª
Câmara Cível, julgado em 20/09/2019, DJe de 20/09/2019)
Desse modo, extrai-se do feito que, desde 2011, o patrono do
executado, Dr. Alfredo Ferreira Tartuce, foi regularmente intimado

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NR.PROCESSO: 0233176-79.2015.8.09.0051
de todos os atos processuais, inclusive referentes à penhora,
avaliação e leilão do imóvel. Todavia, apenas em 2015, quando
já designada data para a praça, o presente feito foi ajuizado.
Soma-se, ainda, a incidência das alterações previstas pela Lei
11.382/2006, igualmente aplicável aos autos, pois, conforme dito,
adotada a teoria do isolamento dos atos processuais. Assim, com
a sua entrada em vigor em 21.01.2007, o artigo 738 passou a ser
disciplinado nos seguintes termos:
“Art. 738. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze)
dias, contados da data da juntada aos autos do mandado de
citação.”
No caso dos autos, em que pese a ação de execução tenha sido
proposta em 1996 e a citação se efetivado no mesmo ano,
impõe-se seja considerada a intimação do executado para aferir a
tempestividade dos embargos do devedor, nos termos da nova
legislação sobre o assunto. A propósito:
“AGRAVO REGIMENTAL EM EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
EM APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE EMBARGOS À EXECUÇÃO.
CITAÇÃO ANTERIOR A VIGÊNCIA DA LEI FEDERAL Nº
11.382/2006. INTIMAÇÃO DA PENHORA. DESNECESSIDADE.
COMPARECIMENTO ESPONTÂNEO DOS DEVEDORES.
OPOSIÇÃO DE EXCEÇÃO DE PRÉ EXECUTIVIDADE.
ADVOGADA CONSTITUÍDA. PODERES ESPECIAIS.
INTEMPESTIVIDADE DOS EMBARGOS. PRECEDENTES DO
STJ E DO TJGO. AUSÊNCIA DE ARGUMENTAÇÃO NOVA E
CONTUNDENTE. DECISÃO MONOCRÁTICA CONSENTÂNEA
COM A JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DO TJGO E DOS
TRIBUNAIS SUPERIORES. DECISÃO MANTIDA. 1. De acordo
com a regra de direito intertemporal instituída pelo artigo 1.211 do
Código de Processo Civil, o termo inicial para oposição dos
embargos à execução começa a fluir a partir da intimação da
penhora, de modo a não prejudicar o devedor citado antes das
alterações trazidas pela Lei federal nº 11.382, de 06 de dezembro
de 2006, devendo ser utilizado o prazo de 15 (quinze) dias, de
forma a plicar o novo lapso temporal. Precedentes do STJ e do
TJGO. 2. O comparecimento espontâneo dos executados, por
meio da exceção de pré executividade, deve ser o marco inicial
para a contagem do prazo para a oposição dos embargos à
execução, uma vez que foi nesse momento processual que
tomaram conhecimento da penhora realizada no feito. 3. Não é
necessário a intimação pessoal dos executados, quando já estão
devidamente patrocinados nos autos, através de advogada com
poderes especiais para receber as comunicações processuais.
(…)”. (TJGO, APELACAO CIVEL 221475-29.2012.8.09.0051, Rel.
DES. ELIZABETH MARIA DA SILVA, 4A CAMARA CIVEL,
julgado em 08/05/2014, DJe 1541 de 14/05/2014)
Assim, em virtude do patrono do causídico ter realizado carga
dos autos de execução em 08.06.2015 (evento 03, doc. 208),

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NR.PROCESSO: 0233176-79.2015.8.09.0051
resta intempestiva a interposição do presente feito decorrido o
prazo de 15 dias, porquanto ajuizado em 29.06.2015, enquanto o
lapso encerrou-se em 23.06.2015.
Isto porque, ao retirar o feito em cartório, teve plena ciência de
toda a tramitação processual, restando suprida a intimação do
apelante para a interposição de sua defesa pois, nos termos do
artigo 652, §4º, do CPC, com redação pela Lei 11.382/2006, “a
intimação do executado far-se-á na pessoa de seu advogado;
não o tendo, será intimado pessoalmente”.
Ademais, mostra-se desnecessária a juntada de procuração com
poderes específicos, bastando que a cientificação seja
direcionada ao patrono regularmente constituído pois, nos termos
do artigo 38, do CPC/73, a procuração ad judicia confere ao
causídico, automaticamente, os poderes ali não ressalvados,
incluindo-se, portanto, a intimação.
Sobre o tema:
“ AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA.
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. REGULAR INTIMAÇÃO DA
PENHORA DE BENS ATRAVÉS DE ADVOGADO. NOVA
INTIMAÇÃO EDITALÍCIA. INEXISTÊNCIA DE NULIDADE. Uma
vez processada regularmente a intimação da penhora de bens
através de advogado regularmente constituído pelos devedores
nos autos (art. 652, § 4º, do CPC), não haveria sequer a
necessidade de processar-se nova intimação editalícia, muito
menos discutir sua eventual nulidade. AGRAVO DESPROVIDO”.
(TJGO, AGRAVO DE INSTRUMENTO 217704-
94.2015.8.09.0000, Rel. DES. CARLOS ESCHER, 4A CÂMARA
CÍVEL, julgado em 20/08/2015, DJe 1856 de 26/08/2015)
“PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO.
INTEMPESTIVIDADE. INTIMAÇÃO DA PENHORA VIA
PROCURADOR. POSSIBILIDADE. Conquanto, nas execuções
fiscais, a tramitação provável normalmente conduza a que a
intimação da penhora ocorra na pessoa do devedor, não há
impedimento legal à intimação mediante representante
previamente constituído nos autos. A procuração outorgada com
poderes para o foro em geral (ad judicia) é suficiente para que a
intimação possa recair sobre o procurador, já que não se trata de
citação, mas de intimação, e apenas no primeiro caso é que são
exigidos poderes especiais. Para que tais poderes não fossem
exercidos, necessário que a própria procuração os excluísse”.
(TRF4. 1ª Turma. AC 415 PR 2007.70.14.000415-1. Rel. Taís
Schilling Ferraz. Data de Publicação: 27/11/2007)
Assim, não havendo previsão legal exigindo-se poderes
específicos para que a intimação da penhora seja efetuada via
advogado e já incidindo as inovações legislativas elencadas na
Lei 11.382/2006, que impõe a intimação pessoal do executado
apenas se não possuir procurador constituído nos autos, tenho

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NR.PROCESSO: 0233176-79.2015.8.09.0051
que o lapso para apresentação dos embargos do devedor iniciou-
se da retirada do efeito principal do cartório, ficando o causídico,
neste momento, intimado de todos os atos processuais
anteriormente praticados.
Portanto, qualquer que seja o início do lapso processual
considerado, seja em 18.10.2002 (primeira manifestação do
causídico após a realização da penhora) ou em 08.06.2015 (data
de realização da carga dos autos de execução), impõe-se o
reconhecimento da intempestividade.
Igualmente não merece acolhida a tese do recorrente de
necessidade de intimação do cônjuge por se tratar de penhora de
bem imóvel, nos termos do artigo 669, parágrafo único1, do
CPC/73.
Destarte, em que pese referida previsão legal, a penhora foi
realizada em 23.08.2002, mas a esposa do executado faleceu em
28.09.1997 (evento 55, doc. 02). Assim, não pairam dúvidas de
que o apelante pretende deturpar os fatos, pois obviamente
impossível a intimação de seu cônjuge.
Desse modo, resta patente a intempestividade dos embargos à
execução, pois a sua apresentação só se deu em 29 de junho de
2015, pelo que totalmente a destempo, razão por que não
deveriam ter sido sequer recebidos pelo magistrado singular.
Por fim, impende ressaltar que a tempestividade dos embargos à
execução é pressuposto objetivo de sua admissibilidade,
constituindo matéria de ordem pública, insuscetível de preclusão,
podendo ser reconhecida de ofício, a qualquer tempo e grau de
jurisdição (CPC, art. 267, § 3º).
Senão vejamos:
“(...) PRECLUSÃO DA QUESTÃO RELATIVA À
INTEMPESTIVIDADE DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO.
INEXISTÊNCIA. POSSIBILIDADE DE RECONHECIMENTO DE
OFÍCIO (...). Não incide a preclusão no tocante aos pressuposto
de constituição e desenvolvimento válido e regular do processo –
no caso, a tempestividade –, podendo a questão ser analisada de
ofício, nos termos do art. 267, § 3º, do Código de Processo Civil
(...)”. (STJ. 5ª Turma. REsp 875618/ SP. Rel. Min. Laurita Vaz.
DJe 25/10/2010).
Sob esse contexto, em que pese a autorização do art. 739, inciso
I, do CPC/73 para que os embargos sejam rejeitados
liminarmente, nada impede que a sua declaração dê-se
posteriormente, quando vislumbrado o vício pelo magistrado, no
decorrer da lide, por se tratar de questão de ordem pública,
insuscetível de preclusão.
Desse modo, sendo manifestamente intempestivos os embargos

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NR.PROCESSO: 0233176-79.2015.8.09.0051
à execução opostos, o decisum não merece reparos.
No que tange aos honorários de sucumbência em sede recursal,
em virtude do desprovimento do recurso afigura-se adequado o
seu estabelecimento pelo trabalho adicional realizado em grau
recursal, em atendimento ao artigo 85, § 11, do Código de
Processo Civil de 2015.
Ao teor do exposto, conheço do apelo, mas nego-lhe provimento,
e mantenho a sentença nos termos em que proferida. Em
observância ao disposto no artigo 85, § 11, do Código de
Processo Civil de 2015, majoro os honorários sucumbenciais
para R$ 1.300,00 (um mil e trezentos reais), cuja exigibilidade
deve ficar suspensa, por ser o recorrente beneficiário da
gratuidade da justiça (art. 98, §3º do NCPC)”.

Destarte, sob a alegação de omissão, o embargante pretende, na verdade, rever


matéria já decidida no acórdão fustigado. Isto porque, o decisum rebatido foi
suficientemente claro ao afirmar que o instrumento procuratório, no qual o Dr. Alfredo
Tartuce foi constituído, estava juntado no apenso 5260.84.1997 (evento 03, doc. 03).

Ademais, impende frisar que a procuração não tem prazo de validade e, inexistindo
qualquer comunicação oficial quanto à desconstituição do patrono, continua a operar
todos os efeitos. Soma-se, ainda, que referida procuração não era específica para o
ajuizamento da Ação 5260.84.1997, mas para o foro em geral, com amplos poderes.

Portanto, tenho por inexistente qualquer vício, apto a afastar a validade da


manifestação do referido causídico, suprindo, inclusive, a intimação pessoal do
devedor, nos termos em que exposto no decisum embargado.
No que se refere à ineficácia do substabelecimento em favor da Dra. Verônica de
Souza Leandro, sem razão o insurgente, porquanto o vício foi sanado com a juntada
da respectiva procuração, sendo despicienda a averiguação quanto às datas dos
instrumento pois, ainda que se considere a data da procuração, ainda estariam os
Embargos à Execução intempestivos.

Impende acrescentar que a irregularidade da juntada apenas do substabelecimento


deve ser imputada tão somente ao apelante, não podendo agora alegá-la em seu
proveito. E, do mesmo modo, desconsiderá-la importaria em conceder a prerrogativa
ao embargante de apresentação de sua defesa no momento em que assim
entendesse, ao total arrepio dos prazos processuais.

Assim, restando devidamente debatido no acórdão que a carga dos autos deu início o
lapso recursal, não há omissão a ser sanada, pretendendo o embargante a prolação

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NR.PROCESSO: 0233176-79.2015.8.09.0051
de nova decisão que atenda a seus interesses.

No que tange ao princípio da confiança, argumentando o autor que o condutor do feito,


inicialmente, entendeu pela necessidade de sua intimação pessoal quanto à penhora,
mais uma vez resta evidente sua intenção de, sob o pretexto de omissão, obter novo
pronunciamento judicial.

Isto porque, apenas quando retomado o andamento processual com vistas à


concretização do leilão do imóvel, o recorrente “reapareceu” nos autos, mesmo com
seu causídico ciente de todas as suas intimações. Assim, não pode agora, após ser
proferida decisão desfavorável a seus interesses, alegar quebra do princípio da
confiança.

Ademais, referido princípio, assim como todos os outros, deve ser aplicado de acordo
com a teoria da ponderação. Isto é, não existe princípio absoluto. E, in casu, tenho que
sua incidência igualmente deve ser ponderada com o princípio da cooperação e da
lealdade processual, que reiteradamente foram descumpridos pelo embargante.

Por fim, quanto à necessidade de intimação pessoal do devedor sobre a penhora,


resta nítido, mais uma vez, o intuito de rediscutir a matéria eis que, por inúmeras vezes
o recorrente se manifestou nos autos, inclusive para informar seu endereço,
demonstrando estar ciente de toda tramitação.

Assim, novamente, tenho por devido considerar seu comparecimento espontâneo, em


2002, como marco inicial para a contagem do prazo para a oposição dos embargos à
execução, mormente ao se ter em conta que, após ser deferida sua intimação por
edital em 2003, informou endereço desatualizado, causando prejuízos ao regular
andamento do feito com a expedição de carta precatória que sabidamente não seria
cumprida.

Da análise dos autos, conclui-se que o autor valeu-se de artimanhas para dificultar o
andamento processual, seja ao informar endereço desatualizado, seja por manter-se
inerte até o momento que entendeu conveniente: quase às vésperas de realização da
hasta pública de seu bem.

Além do mais, ainda que se considerasse não efetuada a intimação pessoal do


devedor em 2002, sua intimação ocorreu regularmente em 2015, quando fez carga dos
autos. E, pela teoria dos isolamentos dos atos processuais, incide o regramento
vigente à época de sua intimação. Ou seja, despicienda sua intimação pessoal.

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NR.PROCESSO: 0233176-79.2015.8.09.0051
Já em relação à inexistência de intimação do cônjuge do devedor, o recorrente,
deliberadamente nas razões da apelação, aduziu a necessidade de sua intimação.
Quando do julgamento de referido recurso, em que pese vislumbrar indícios de má-fé,
devido à impossibilidade de intimação de pessoa falecida, não teci maiores
considerações, o que passo a fazer agora em razão de sua insistência neste tema.

Pois bem. A esposa do embargante foi citada em 1996, a penhora foi efetuada em
2002, enquanto o falecimento ocorreu em 1997. Referido fato não foi noticiado pelo
apelante nos autos. Ao contrário, o deturpou e defendeu a necessidade de intimação
da esposa. Por sua vez, em virtude do afastamento nítido de tal alegação, pretende
agora arguir a nulidade por ausência de intimação do espólio.

Porém, mais uma vez, incomportável sua pretensão, pois não pode alegar nulidade a
que deu causa em proveito próprio. Isto porque, durante todos esses anos omitiu e
tentou obter vantagem indevida deste fato, deixando de informar a existência de
herdeiros ou a abertura de inventário.

Assim, evidente o descumprimento de diversos postulados, tais como, da lealdade


processual, da cooperação, da boa-fé, não podendo agora se beneficiar de tal tese.

Soma-se, ainda, que referida alegação sequer foi suscitada em momento anterior,
restando nítida sua intenção de agarrar-se à qualquer fundamento para obter
pronunciamento favorável, criando irregularidades para delas se aproveitar
posteriormente.

Por fim, sob a alegação de análise, de ofício, de matérias de ordem pública, pretende
o recorrente obter pronunciamento de mérito, a fim de suprir a intempestividade de sua
peça de defesa. Todavia, mais uma vez, incomportável seu requerimento, seja por
referida tese se tratar de inovação recursal, seja por entender que, ainda sim, deve ser
observado pressuposto objetivo de admissibilidade dos embargos à execução,
constituindo, inclusive, matéria de ordem pública.

Conclui-se, assim, que qualquer das alegações do embargante almejam a rediscussão


da matéria, impondo-se esclarecer que não se nega aplicabilidade aos julgados
citados em suas razões recursais. Mas, conforme dito anteriormente, a questão aqui
tratada reveste-se de ímpar situação fática, possuindo facetas pontuais que não se
amoldam ao posicionamento genérico do STJ quanto à intimação pessoal do devedor
quanto à penhora.

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NR.PROCESSO: 0233176-79.2015.8.09.0051
Portanto, não configurada omissão no decisum, a parte não pode se valer de tal
instrumento processual para requerer novo pronunciamento sobre questão já decidida,
eis que essa não é a finalidade dos aclaratórios. A respeito do tema, vejamos os
ensinamentos doutrinários:

“3. Finalidade. Os EDcl têm finalidade de completar a decisão


omissa ou, ainda, de aclará-la, dissipando obscuridades ou
contradições. Não têm caráter substitutivo da decisão
embargada, mas sim integrativo ou aclaratório. Prestam-se
também à correção de erro material. Como regra, não têm caráter
substitutivo, modificador ou infringente do julgado (nesse sentido,
os embargos têm sido recebidos pela jurisprudência como agravo
interno – v. coments. CPC 1.021). Não mais cabem quando
houver dúvida na decisão (CPC/1973 5351, redação da L.
8950/94 1º). A LJE 48 caput, que admitia a interposição de
embargos em caso de dúvida, teve a redação alterada pelo CPC
1078, o qual equipara as hipóteses de cabimento de embargos
no microssistema dos juizados especiais às do CPC.” (NERY
JÚNIOR, Nelson e NERY, Rosa Maria de Andrade. Comentários ao
Código de Processo Civil. 2ª Tiragem. São Paulo: Revista dos Tribunais,
2015, p. 2.120).

Diante de tais considerações, não havendo vícios a serem sanados, tampouco


alteração material no julgado, devem ser rejeitados os presentes embargos, haja vista
que esta modalidade recursal somente é cabível quando a decisão recorrida estiver,
de fato, contaminada por obscuridade, contradição ou omissão, finalidade que não é
afastada nem mesmo para fins de prequestionamento ou pronunciamento expresso
sobre artigos de lei apresentados pela parte que não infirmam a conclusão adotada
pelo julgador.

Por fim, incabível a aplicação da multa prevista no artigo 1026, § 2º do CPC (postulada
em contrarrazões), porquanto não evidenciado, por ora, o propósito protelatório da
insurgência.
Todavia, conforme afirmado em linhas anteriores, tenho que a conduta do embargante
revela-se contrária a diversos postulados, dentre eles, a lealdade processual, a
cooperação e à boa-fé.

É sabido que a litigância de má-fé traduz-se em ato de violação ao princípio da


probidade processual, consistente no abuso do direito de demandar.

Segundo magistério de Nelson Nery Junior e Rosa Maria de Andrade Nery:

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NR.PROCESSO: 0233176-79.2015.8.09.0051
“ […] Litigante de má-fé é a parte ou interveniente que, no
processo, age de forma maldosa, com dolo ou culpa, causando
dano processual à parte contrária. É o improbus litigator, que se
utiliza de procedimentos escusos com o objetivo de vencer,
prolonga deliberadamente o andamento do processo,
procrastinando o feito.” (CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
COMENTADO E LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE, 9ª. ed., São Paulo:
RT, 2006, p. 184)

O artigo 80, do Código de Processo Civil de 2015 traz as hipóteses que ensejam a
caracterização do exercício abusivo de direitos processuais, in verbis:

“Art. 80. Considera-se litigante de má-fé é aquele que:

I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou


fato incontroverso;
II - alterar a verdade dos fatos;
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo;
V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do
processo;
VI - provocar incidente manifestamente infundado;
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.”

Assim, soerguidas essas premissas, em análise acurada dos autos, vislumbro, in casu
, a presença dos seus requisitos autorizadores, restando configurado abuso da boa-fé
objetiva e do dever de lealdade processual que as partes devem ter, de modo que a
conduta do apelante subsome-se às hipóteses dos incisos II e IV, seja por alegar, em
proveito próprio, nulidades a que teria dado causa, pretender a intimação de pessoa já
falecida e informar endereço desatualizado para atrasar o andamento processual.

Por sua vez, o artigo 81, do referido Códex, estabelece o dever de o juiz impor pena
pecuniária àquele litigante desleal, como forma de ressarcir a outra parte de eventual
prejuízo causado pelo entrave processual intencionalmente provocado. Por oportuno:

“Art. 81. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante


de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a um por cento
e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a
indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a

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NR.PROCESSO: 0233176-79.2015.8.09.0051
arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas
que efetuou.” - grifos propositais

Assim, por ser a condenação em indenização pelos prejuízos causados à parte


adversa, prevista na segunda parte do artigo 81 do Código de Processo Civil,
decorrência lógica do reconhecimento da litigância de má-fé, é dispensável a prova da
ocorrência de danos, impondo-se a condenação do embargante em litigância de má-
fé.

Ao teor do exposto, conheço dos embargos de declaração, mas os rejeito. E, de


ofício, condeno o embargante em litigância de má-fé, fixado em 2% (dois por cento)
sobre o valor da causa.

É o voto.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

ROBERTO HORÁCIO DE REZENDE


JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO EM 2º GRAU

120/cl

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº


233176.79.2015.8.09.0051
COMARCA DE GOIÂNIA

EMBARGANTE: ARTHUR DE OLIVEIRA TELLES


EMBARGADA: MASSA FALIDA LINEACRED LEASING E PROMOTORA LTDA
RELATOR: ROBERTO HORÁCIO REZENDE – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO EM
SEGUNDO GRAU

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO


CÍVEL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. INTEMPESTIVIDADE.
RECURSO MANEJADO EM FACE DE DUAS DECISÕES.

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NR.PROCESSO: 0233176-79.2015.8.09.0051
POSSIBILIDADE. NULIDADE DA SESSÃO DE JULGAMENTO
NÃO VERIFICADA. POSSIBILIDADE DE MANIFESTAÇÃO DO
CAUSÍDICO EM SUSTENTAÇÃO ORAL. PROCURAÇÃO
COLACIONADA NO APENSO. VALIDADE.
SUBSTABELECIMENTO. IMPOSSIBILIDADE DE ARGUIR
NULIDADE A QUE DEU CAUSA. PRINCÍPIO DA CONFIANÇA.
TÉCNICA DA PONDERAÇÃO. INTIMAÇÃO PESSOAL DO
DEVEDOR QUANTO À PENHORA REALIZADA.
CONHECIMENTO INEQUÍVOCO DO ATO. INTIMAÇÃO DO
ESPÓLIO. FALECIMENTO DO CÔNJUGE NÃO COMUNICADO.
REQUERIMENTO DE ANÁLISE DO MÉRITO.
IMPOSSIBILIDADE. REQUISITO DE ADMISSIBILIDADE DA
PEÇA DE DEFESA NÃO RESPEITADO. AUSÊNCIA DE VÍCIOS
NO JULGADO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. CARÁTER
PROTELATÓRIO NÃO EVIDENCIADO. QUEBRA DA
LEALDADE, COOPERAÇÃO E BOA-FÉ. MULTA APLICADA. 1.
Conforme posicionamento exarado pelo STJ, “o princípio
unirrecorribilidade não veda a interposição de um único recurso
para impugnar mais de uma decisão. E não há, na legislação
processual, qualquer impedimento a essa prática, não obstante
seja incomum”. 2. Os embargos declaratórios têm por escopo
aclarar obscuridade, afastar contradição, suprimir omissão ou
corrigir erro material do julgado, nos termos do artigo 1.022,
incisos I, II e III, do Novo Código de Processo Civil. 3. Concedida
oportunidade ao apelante para que realizar sustentação oral,
utilizando-se do prazo legalmente previsto, não pode, sob a
alegação de suscitar questão de fato, interromper a exposição do
Relator, manifestando-se quando assim entender, mormente
porque há um rito a ser seguido, expressamente consignado no
Código Processual Civil, sem que isso retire a validade das
prerrogativas do causídico, que poderá ser manifestar quando lhe
couber a palavra. 4. Afasta-se a alegação de inexistência de
instrumento procuratório, pois juntada no apenso. Ademais, a
procuração foi outorgada para o foro em geral e com amplos
poderes, não possuindo prazo de validade. Desse modo,
inexistindo qualquer comunicação oficial quanto à desconstituição
do patrono, continua a operar todos os efeitos. 5. Em que pese a
ineficácia da juntada apenas do substabelecimento, o vício foi
sanado com a juntada da respectiva procuração, sendo tal
irregularidade imputada tão somente ao apelante, não podendo
agora alegá-la em seu proveito. 6. O princípio da confiança,
assim como todos os outros, deve ser aplicado de acordo com a
teoria da ponderação. Isto é, não existe princípio absoluto. E, in
casu, sua incidência igualmente deve ser ponderada com o
princípio da cooperação e da lealdade processual, que
reiteradamente foram descumpridos pelo embargante ao furtar-se
à intimação pessoal, manifestando-se nos autos quase às
vésperas da realização da hasta pública, mesmo com a intimação
de seu causídico de todos os atos processuais. 7. Impõe-se
considerar o comparecimento espontâneo do devedor em 2002,
como marco inicial para a contagem do prazo para a oposição
dos embargos à execução, mormente ao se ter em conta que,

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NR.PROCESSO: 0233176-79.2015.8.09.0051
após ser deferida sua intimação por edital em 2003, informou
endereço desatualizado, causando prejuízos ao regular
andamento do feito com a expedição de carta precatória que
sabidamente não seria cumprida. Além do mais, por inúmeras
vezes manifestou-se nos autos, demonstrando estar ciente de
toda tramitação. Ademais, ainda que se considerasse não
efetuada a intimação pessoal do devedor em 2002, sua intimação
ocorreu regularmente em 2015, quando fez carga dos autos. E,
pela teoria dos isolamentos dos atos processuais, incide o
regramento vigente à época de sua intimação. Ou seja,
despicienda sua intimação pessoal. 8. Em relação à inexistência
de intimação do cônjuge do devedor, verifica-se seu falecimento
em 1997, não sendo noticiado nos autos pelo apelante, que
continuou insistindo na necessidade de intimação pessoal. E, em
virtude do afastamento nítido de tal alegação, pretende agora
arguir a nulidade por ausência de intimação do espólio, sendo
incomportável sua pretensão, pois não pode alegar nulidade a
que deu causa em proveito próprio. Isto porque, durante todos
esses anos omitiu e tentou obter vantagem indevida deste fato,
deixando de informar a existência de herdeiros ou a abertura de
inventário. 9. Sob a alegação de análise, de ofício, de matérias
de ordem pública, pretende o recorrente obter pronunciamento de
mérito, a fim de suprir a intempestividade dos embargos à
execução. Todavia, incomportável seu requerimento, seja por
referida tese se tratar de inovação recursal, seja por entender
que, ainda sim, deve ser observado pressuposto objetivo de
admissibilidade dos embargos à execução, constituindo,
inclusive, matéria de ordem pública. 10. As alegações do
embargante almejam a rediscussão da matéria, impondo-se
esclarecer que não se nega aplicabilidade aos julgados citados
em suas razões recursais. Mas, conforme dito anteriormente, a
questão aqui tratada reveste-se de ímpar situação fática,
possuindo facetas pontuais que não se amoldam ao
posicionamento genérico do STJ quanto à intimação pessoal do
devedor quanto à penhora. 11. Restringem-se os aclaratórios às
circunstâncias elencadas no artigo 1.022, do novo Código de
Processo Civil, não se prestando à reapreciação da matéria
devidamente analisada e decidida no acórdão. Assim, não
havendo vícios a serem sanados, tampouco alteração material no
julgado, devem ser rejeitados, haja vista que esta modalidade
recursal somente é cabível quando a decisão recorrida estiver, de
fato, contaminada por obscuridade, contradição ou omissão,
finalidade que não é afastada nem mesmo para fins de
prequestionamento ou pronunciamento expresso sobre artigos de
lei apresentados pela parte que não infirmam a conclusão
adotada pelo julgador. 12. Incabível a aplicação da multa prevista
no artigo 1026, § 2º do CPC (postulada em contrarrazões),
porquanto não evidenciado, por ora, o propósito protelatório da
insurgência. 13. Todavia, em virtude da conduta do embargante
revelar-se contrária a diversos postulados, dentre eles, a lealdade
processual, a cooperação e à boa-fé, resta configurada litigância
de má-fé, seja por alegar, em proveito próprio, nulidades a que

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NR.PROCESSO: 0233176-79.2015.8.09.0051
teria dado causa, seja por sua conduta subsumir-se às hipóteses
dos incisos II (ao pretender a intimação de pessoa já falecida) e
IV (ao informar endereço desatualizado para atrasar o
andamento processual) do artigo 80, do CPC. Assim, devida a
imposição da multa processual, por litigância de má-fé, em 2%
(dois por cento) sobre o valor da causa. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO CONHECIDOS, MAS REJEITADOS.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Embargos de Declaração na Apelação


Cível nº 233176.79, acordam os componentes da terceira Turma Julgadora da
Primeira Câmara Cível do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à
unanimidade de votos, em conhecer dos embargos, mas rejeitá-los, nos termos do
voto do Relator.

Votaram, com o relator, os Desembargadores Orloff Neves Rocha e Carlos Roberto


Favaro.

Presidiu a sessão o Des. Orloff Neves Rocha.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria Geral de Justiça, o Dr. José


Carlos Mendonça.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

ROBERTO HORÁCIO DE REZENDE


JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO EM 2º GRAU

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 04/11/2020


10:59:11

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5350133-61.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : PAULO JOSÉ BARROS
POLO PASSIVO : MUNICIPIO DE GOIANIA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : PAULO JOSÉ BARROS


ADVG. PARTE : 23699 GO - ROBERTO GOMES FERREIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5350133-61.2020.8.09.0000
tribunal
PODER JUDICIÁRIO
de justiça TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
do
estado de Gabinete do Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
goiás
Rua 10, n.º 150 , Fórum Dr. Heitor Moraes Fleury , 12º Andar , Sala 1229, Setor Oeste , Goiânia-GO, CEP 74120020, Tel: (62) 3216-2964

Processo : 5350133-61.2020.8.09.0000
Nome CPF/CNPJ
Promovente(s)
Paulo José Barros 168.231.171-68
Nome CPF/CNPJ
Promovido(s)
Municipio De Goiania 01.612.092/0001-23
Órgão 1ª Câmara
Tipo de Ação / Recurso Agravo de Instrumento ( CPC )
judicante: Cível
Relator Des. ORLOFF NEVES ROCHA

DESPACHO

Verifico dos autos principais (evento nº 40) que, após a interposição do presente
agravo de instrumento, o juiz a quo refluiu da decisão recorrida.

Diante do exposto, determino a intimação do Agravante para, no prazo de 05 (cinco)


dias, manifestar sobre possível perda de objeto do presente recurso.

Cumpra-se.

Goiânia, 03 de novembro de 2020.

Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA


Relator

_____________________________________________________________________
_____
Documento emitido / assinado digitalmente
com fundamento no Art. 1º, § 2º III, "b", da Lei Federal nº 11.419, de 19/12/2006, publicada no DOU de 20/12/2006.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em
Assinado por ORLOFF NEVES ROCHA
Validação pelo código: 10483560015792790, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/PendenciaPublica
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5350133-61.2020.8.09.0000

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em
Assinado por ORLOFF NEVES ROCHA
Validação pelo código: 10483560015792790, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/PendenciaPublica
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 04/11/2020


10:59:12

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0396508-96.2013.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Consignação em Pagamento ( CPC )
POLO ATIVO : FRANCISCO DOS REIS DA COSTA LAPA
POLO PASSIVO : SUL FINANCEIRA S/A-CREDITO FINANCIAMENTOS E INVESTIMENTOS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : SUL FINANCEIRA S/A-CREDITO FINANCIAMENTOS E INVESTIMENTOS


ADVG. PARTE : 91045 MG - MARCELO MICHEL DE ASSIS MAGALHAES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 828 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0396508-96.2013.8.09.0051
tribunal
PODER JUDICIÁRIO
de justiça TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
do
estado de Gabinete do Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
goiás
Rua 10, n.º 150 , Fórum Dr. Heitor Moraes Fleury , 12º Andar , Sala 1229, Setor Oeste , Goiânia-GO, CEP 74120020, Tel: (62) 3216-2964

Processo : 0396508-96.2013.8.09.0051
Nome CPF/CNPJ
Promovente(s)
FRANCISCO DOS REIS DA COSTA LAPA 857.743.831-72
CPF/CN
Nome
PJ
Promovido(s)
SUL FINANCEIRA S/A-CREDITO FINANCIAMENTOS E
--
INVESTIMENTOS
Órgão 1ª Câmara
Tipo de Ação / Recurso Consignação em Pagamento ( CPC )
judicante: Cível
Relator Des. ORLOFF NEVES ROCHA

DESPACHO

Analisando de forma minuciosa o feito para proferir julgamento, e atento ao que dispõe o art. 10
do Código de Processo Civil, a fim de evitar a chamada “decisão surpresa” e tendo em vista a
possibilidade de julgamento sobre tema não enfrentado pelas partes, determino a intimação da
parte recorrente - SUL FINANCEIRA S/A - CRÉDITO FINANCIAMENTOS E INVESTIMENTOS -
, para, em 10 (dez) dias, se manifestar a respeito da possível inadmissibilidade do seu recurso
apelatório, em razão da inovação recursal.

Cumpra-se. Intime-se.

Goiânia, 3 de novembro de 2020.

_______________________________________
Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
Relator
_____________________________________________________________________
_____
Documento emitido / assinado digitalmente
com fundamento no Art. 1º, § 2º III, "b", da Lei Federal nº 11.419, de 19/12/2006, publicada no DOU de 20/12/2006.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0396508-96.2013.8.09.0051

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 03/11/2020


15:59:31

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5718288-77.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ESPOLIO DE EDNARDO NARCISO DA FONSECA
POLO PASSIVO : JOSE JOAQUIM CAETANO NETO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ESPOLIO DE EDNARDO NARCISO DA FONSECA


ADVG. PARTE : 51991 GO - ALEX BATISTA FERREIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5718288-77.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Luiz Eduardo de Sousa

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 5718288-77.2019.8.09.0000

COMARCA DE PONTALINA

AGRAVANTE: MARIA MADALENA DE SOUZA

AGRAVADOS: JOSÉ JOAQUIM CAETANO NETO E FELIPE RAIGNER CAETANO DA COSTA

RELATOR: REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito Substituto em 2º Grau

DESPACHO

In casu, frustrado ato intimatório da parte agravada (eventos 10 e 11), reitere-o a fim de
intimá-la pessoalmente para, caso queira, apresentar contrarrazões ao agravo de instrumento,
conforme determinado no evento 07.

Intime-se. Cumpra-se.

Goiânia, 03 de novembro de 2.020.

REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito Substituto em 2º Grau

21

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 20/11/2020 09:57:19

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0066891-03.2010.8.09.0074
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : ESPOLIO DE NILSON DOMINGOS MARCELINO
POLO PASSIVO : BANCO DO BRASIL SA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO DO BRASIL SA


ADVG. PARTE : 33704 GO - OTÁVIO PEREIRA DE SOUSA

PARTE INTIMADA : ESPOLIO DE NILSON DOMINGOS MARCELINO


ADVGS. PARTE : 33380 GO - CRISTINA BORGES MAIA
18397 GO - WOLCER FREITAS MAIA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0066891-03.2010.8.09.0074
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REPETIÇÃO DE
INDÉBITO COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS
DA TUTELA. PRELIMINAR DE NULIDADE DA SENTENÇA
POR AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO AFASTADA.
NECESSIDADE DE DEDUÇÃO DOS CÁLCULOS DA
RESTITUIÇÃO EVENTUAIS AMORTIZAÇÕES FEITAS PELO
SEGURO PROAGRO. FALTA DE INTERESSE RECURSAL.
IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. REVISÃO
CONTRATOS FINDOS. PRECLUSÃO. ÍNDICE DE CORREÇÃO
MONETÁRIA APLICÁVEL ÀS CÉDULAS DE CRÉDITO RURAL.
BTNF. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA
INCIDENTES SOBRE O INDÉBITO. SENTENÇA
PARCIALMENTE REFORMADA. OMISSÃO. VÍCIO NÃO
CONFIGURADO. INOVAÇÃO RECURSAL. IMPOSSIBILIDADE.
1. Por não ocorrer no acórdão hostilizado nenhuma das
hipóteses legais permissivas em sede de embargos declaratórios,
qual seja, erro, obscuridade, contradição ou omissão, nega-se
provimento ao recurso. 2. É inviável a apreciação, em sede de
embargos de declaração, de matéria não questionada no recurso
de apelação, constituindo inovação recursal vedada pela
legislação processual. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
CONHECIDOS, MAS REJEITADOS.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 0066891-03.2010.8.09.0074
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL Nº 66891-
03.2010.8.09.0074
COMARCA DE IPAMERI

EMBARGANTE: BANCO DO BRASIL S/A


EMBARGADO: ESPÓLIO DE NILSON DOMINGOS MARCELINO
RELATOR: ROBERTO HORÁCIO REZENDE - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO EM
SEGUNDO GRAU

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade dos embargos de declaração, deles


conheço.

Conforme relatado, cuida-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO opostos por


BANCO DO BRASIL S/A contra o acórdão proferido por este egrégio Tribunal de
Justiça, que, por unanimidade de votos, conheceu em parte da apelação interposta
pela instituição financeira e deu-lhe parcialmente provimento “para determinar que
sobre a quantia a ser devolvida a título de repetição do indébito incida correção
monetária pelo INPC, a partir do efetivo desembolso e juros de mora de 1% (um por
cento) ao mês, a contar da citação”.

Eis o teor da ementa (evento 39):

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REPETIÇÃO DE


INDÉBITO COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS
DA TUTELA. PRELIMINAR DE NULIDADE DA SENTENÇA
POR AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO AFASTADA.
NECESSIDADE DE DEDUÇÃO DOS CÁLCULOS DA
RESTITUIÇÃO EVENTUAIS AMORTIZAÇÕES FEITAS PELO
SEGURO PROAGRO. FALTA DE INTERESSE RECURSAL.
IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. REVISÃO
CONTRATOS FINDOS. PRECLUSÃO. ÍNDICE DE CORREÇÃO
MONETÁRIA APLICÁVEL ÀS CÉDULAS DE CRÉDITO RURAL.
BTNF. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA
INCIDENTES SOBRE O INDÉBITO. SENTENÇA

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0066891-03.2010.8.09.0074
PARCIALMENTE REFORMADA. 1. O julgado não pode ser
invalidado quando o magistrado, ainda que de forma sucinta,
expõe suas razões de decidir, fazendo referência a todos os
pontos alegados pelas litigantes, bem como às provas produzidas
nos autos, como ocorreu no caso sub examine. 2. No tocante à
necessidade de dedução dos cálculos da restituição as eventuais
amortizações comprovadamente feitas pelo seguro PROAGRO,
padece o apelante de interesse recursal, já que a sentença foi-lhe
favorável neste ponto. Por tal razão, não deve o recurso ser
conhecido nesta parte. 3. Também não pode ser conhecido o
recurso na parte relacionada à tese de impossibilidade jurídica do
pedido fundada na inviabilidade de revolver relações jurídicas
regularmente extintas, uma vez que tal matéria já foi enfrentada
pelo juiz singular em decisão saneadora, a qual não foi atacada
pelo ora apelante no momento oportuno, por meio do recurso
adequado, atraindo-lhe os efeitos da preclusão temporal. 4. Nos
termos da jurisprudência do STJ e desta Corte de Justiça, o
índice de correção monetária aplicável às cédulas de crédito
rural, no mês de março de 1990, nos quais prevista a indexação
aos índices da caderneta de poupança, é o BTNF (Bônus do
Tesouro Nacional Fiscal), fixado em 41,28% (quarenta e um
inteiros e vinte e oito centésimos por cento). 5. Merece parcial
acolhida o apelo para determinar que sobre a quantia a ser
devolvida a título de repetição do indébito incida correção
monetária pelo INPC, a partir do efetivo desembolso e juros de
mora de 1% (um por cento) ao mês, a contar da citação.
Precedentes deste Tribunal de Justiça. APELAÇÃO CÍVEL
PARCIALMENTE CONHECIDA E, NESTA PARTE,
PARCIALMENTE PROVIDA.

O embargante/apelante, nas razões recursais (evento 43), aduz que o acórdão padece
de omissão quanto à aplicação retroativa da Medida Provisória n° 168/90.

Requer, ao final, o conhecimento e o provimento dos embargos de declaração para


fins de sanar a omissão apontada, devendo este “Sodalício decidir expressamente se
a aplicação dos parâmetros de apuração da correção monetária pela Medida
Provisória n° 168/90 pode retroagir para atingir os dias do mês de março que são
anteriores à sua edição (dias 1° a 14 do referido mês), sem que isso implique em
afronta ao princípio constitucional da não retroatividade da lei (ar. 5°, inciso XXXVI, da
CRFB/88).”

Pois bem.

É consabido que cabem embargos de declaração, na inteligência do artigo 1.022 do


Código de Processo Civil, quando na sentença ou acórdão houver obscuridade ou

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NR.PROCESSO: 0066891-03.2010.8.09.0074
contradição, ou for omisso acerca de tema sobre o qual devia pronunciar-se para
elucidar a questão posta em juízo.
A propósito:

“ Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer


decisão judicial para:
I –esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II – suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se
pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III – corrigir erro material.
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:
I – deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de
casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência
aplicável ao caso sob julgamento;
II – incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º.”

Assim, a interposição dos embargos declaratórios em situação de vício do acórdão é


perfeitamente admissível para afastar eventuais dúvidas, ex vi do artigo 1.022 e seus
incisos, do Código de Processo Civil.

A esse respeito, preleciona o professor Humberto Theodoro Júnior:

“(...) Se o caso é de omissão, o julgamento dos embargos supri-


la-á, decidindo a questão que, por lapso, escapou à decisão
embargada. No caso de obscuridade ou contradição, o decisório
será expungido eliminando-se o defeito nele detectado. Em
qualquer caso, a substância do julgado será mantida, visto que
os embargos de declaração não visam à reforma do acórdão, ou
da sentença. No entanto, será inevitável alguma alteração no
conteúdo do julgado, principalmente quando se tiver de eliminar
omissão ou contradição. O que, todavia, se impõe ao julgamento
dos embargos de declaração é que não se proceda a um novo
julgamento da causa, pois a tanto não se destina esse remédio
recursal”. (in Curso de Direito Processual Civil, 36.ed., Vol. I, São Paulo:
Editora Forense, p. 526/527).

Conclui-se que os embargos de declaração possuem o objetivo de requerer ao juiz


prolator da decisão o afastamento da obscuridade, omissão ou contradição que

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NR.PROCESSO: 0066891-03.2010.8.09.0074
inquina sua decisão, ou para a correção de erro material.

Assim, o pressuposto deste recurso, ainda que para fins de prequestionamento, é a


existência de qualquer dos elementos supramencionados.

No caso, o Banco/apelante, nas razões da apelação, pugnou pela inaplicabilidade do


índice BTNF nas cédulas rurais, ao argumento que “a substituição do IPC pelo BTNF
implica em concessão de ilegal efeito retroativo à norma que instituiu o BTNF como
fator de atualização dos depósitos em cadernetas de poupança”.

O acórdão, com fundamento no entendimento pacífico do Superior Tribunal de Justiça,


consignou que o índice aplicável às cédulas rurais no mês de março de 1990 é o
BTNF, no percentual de 41,28%.

A propósito, transcrevo a seguinte parte do julgado:

“...Quanto às arguições de que a substituição do IPC pelo BTNF implica


em concessão de ilegal efeito retroativo à norma que instituiu o BTNF
como fator de atualização dos depósitos em cadernetas de poupança,
bem como de que a cobrança do IPC, de março para abril de 1990, era
perfeitamente legal e cabível, melhor sorte não assiste ao apelante.

É fato indubitável nos autos que o valor do saldo devedor, nos termos
firmados nas cédulas rurais pignoratícias, deveria ser corrigido segundo
os índices que eram aplicados à caderneta de poupança.

Com efeito, a Lei federal nº 8.024, de 12 de abril de 1990, fruto da


conversão da Medida Provisória nº 168, de 15 de março de 1990, por
meio da qual se instituiu o “Plano Collor”, determinou o bloqueio dos
saldos da caderneta de poupança superiores a NCz$ 50.000,00
(cinquenta mil cruzados novos), ao tempo que selecionou o BTNF (Bônus
do Tesouro Nacional Fiscal) como o índice de atualização monetária que
devia incidir sobre essas quantias.

Por sua vez, o Superior Tribunal de Justiça, ao se manifestar sobre o


assunto, assentou o entendimento de que o índice de atualização
monetária que deveria incidir sobre as cadernetas de poupança, em
março de 1990, era o BTNF, que, na época, correspondia à razão de
41,28% (quarenta e um inteiros e vinte e oito centésimos por cento).

(...)

Nessa senda, considerando que as cédulas rurais pignoratícias


celebradas pelo apelado estavam atreladas ao índice de correção

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NR.PROCESSO: 0066891-03.2010.8.09.0074
monetária da caderneta de poupança, impõe-se a aplicação do mesmo
fator de atualização (BTN fiscal de 41,28%), afastando-se a incidência do
IPC, aplicado à época, no percentual de 84,32%.

Portanto, não merece reforma a sentença que reconheceu o direito do


recorrido à restituição dos valores cobrados indevidamente,
especialmente porque se encontra em harmonia com a jurisprudência do
STJ e desta Corte, no sentido da incidência do BTNF...”

Assim, estabelecido que o índice aplicável às cédulas rurais no mês de março de


1990 é o BTNF, no percentual de 41,28%, o Banco/apelante e ora embargante,
através destes aclaratórios, pugnou pela manifestação deste Sodalício “se a aplicação
dos parâmetros de apuração da correção monetária instituídos pela Medida Provisória
nº 168/90 pode retroagir para atingir os dias do mês de março que são anteriores à
sua edição (dias 1º a 14 de referido mês), sem que isso implique em afronta ao
princípio constitucional da não retroatividade da lei (art. 5º, inciso XXXVI, da
CRFB/88)”, tratando-se, nitidamente, de inovação recursal.

Como se vê, não há ocorrência de nenhum dos vícios mencionados no retro citado
dispositivo legal, sendo inviável a apreciação, em sede de embargos de declaração, de
matéria não questionada no recurso de apelação, constituindo inovação recursal,
vedada pela legislação processual.

O que se vê, claramente, é que o embargante/apelante não se conformou com o fato


do julgamento ter sido contrário à tese levantada, e, com isso, pretende obter a
reforma de tal entendimento pela via dos aclaratórios, o que é inadmissível.

Com efeito, o embargante não apresentou argumentos capazes de ilidir o


entendimento reproduzido no acórdão impugnado, razão pela qual considero
insuficiente para alteração do ato judicial objurgado.

Ante o exposto, conheço dos presentes Embargos, mas os rejeito, eis que inexistem,
no acórdão embargado, quaisquer das hipóteses do artigo 1.022, do Código de
Processo Civil/2015. Mantenho, integralmente, as razões da decisão objurgada em
todos os seus termos.

É o voto.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

ROBERTO HORÁCIO DE REZENDE

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 0066891-03.2010.8.09.0074
JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO EM 2º GRAU
DA/LE

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL Nº 66891-


03.2010.8.09.0074
COMARCA DE IPAMERI

EMBARGANTE: BANCO DO BRASIL S/A


EMBARGADO: ESPÓLIO DE NILSON DOMINGOS MARCELINO
RELATOR: ROBERTO HORÁCIO REZENDE - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO EM
SEGUNDO GRAU

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REPETIÇÃO DE


INDÉBITO COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS
DA TUTELA. PRELIMINAR DE NULIDADE DA SENTENÇA
POR AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO AFASTADA.
NECESSIDADE DE DEDUÇÃO DOS CÁLCULOS DA
RESTITUIÇÃO EVENTUAIS AMORTIZAÇÕES FEITAS PELO
SEGURO PROAGRO. FALTA DE INTERESSE RECURSAL.
IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. REVISÃO
CONTRATOS FINDOS. PRECLUSÃO. ÍNDICE DE CORREÇÃO
MONETÁRIA APLICÁVEL ÀS CÉDULAS DE CRÉDITO RURAL.
BTNF. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA
INCIDENTES SOBRE O INDÉBITO. SENTENÇA
PARCIALMENTE REFORMADA. OMISSÃO. VÍCIO NÃO
CONFIGURADO. INOVAÇÃO RECURSAL. IMPOSSIBILIDADE.
1. Por não ocorrer no acórdão hostilizado nenhuma das
hipóteses legais permissivas em sede de embargos declaratórios,
qual seja, erro, obscuridade, contradição ou omissão, nega-se
provimento ao recurso. 2. É inviável a apreciação, em sede de
embargos de declaração, de matéria não questionada no recurso
de apelação, constituindo inovação recursal vedada pela
legislação processual. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
CONHECIDOS, MAS REJEITADOS.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Embargos de Declaração na Apelação

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0066891-03.2010.8.09.0074
Cível nº 66891.03, acordam os componentes da terceira Turma Julgadora da Primeira
Câmara Cível do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à unanimidade de
votos, em conhecer dos embargos, mas rejeitá-los, nos termos do voto do Relator.

Votaram, com o relator, os Desembargadores Orloff Neves Rocha e Carlos Roberto


Favaro.

Presidiu a sessão o Des. Orloff Neves Rocha.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria Geral de Justiça, o Dr. José


Carlos Mendonça.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

ROBERTO HORÁCIO DE REZENDE


JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO EM 2º GRAU

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 05/11/2020


18:37:05

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0014767-88.2005.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : ALLIANZ SEGUROS SA
POLO PASSIVO : ESTADO DE GOIAS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ALLIANZ SEGUROS SA


ADVG. PARTE : 13721 GO - JACÓ CARLOS SILVA COELHO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 0014767-88.2005.8.09.0051
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL


APELAÇÃO CÍVEL Nº 14767-88.2005.8.09.0051
COMARCA : GOIÂNIA
APELANTE : ALLIANZ SEGUROS S/A
APELADO : ESTADO DE GOIÁS
RELATOR : Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

DESPACHO

Trata-se de recurso de APELAÇÃO CÍVEL (evento no 46) interposto por ALLIANZ


SEGUROS S/A, contra a sentença (evento no 33) proferida pelo MM. Juiz de Direito da 3ª Vara
da Fazenda Pública Estadual da Comarca de Goiânia, Dr. Avenir Passo de Oliveira, nos autos da
AÇÃO ANULATÓRIA COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA movida
contra o ESTADO DE GOIÁS, ora apelado, cuja sentença julgou improcedente o pedido, nos
seguintes termos:

“julgo improcedente o pedido e mantenho a eficácia da multa imposta,


porquanto a autoridade fiscalizadora praticou os atos administrativos de
acordo com os preceitos legais. Nos termos do art. 487, I, do Código de
Processo Civil, declaro extinto o processo.

Em razão da sucumbência condeno a autora ao pagamento das custas


processuais e honorários advocatícios, o qual arbitro no percentual de 10%
(dez por cento) sobre o valor atualizado da causa, nos termos do art. 85, §
3º, I c/c § 4º, do Código de Processo Civil.”

A apelante moveu esta ação sustentando que a execução fiscal, em apenso, deve ser
extinta em razão da nulidade do processo administrativo que originou o título executivo. Ressalta
que ele está eivado de vício de ilegalidade e que a multa aplicada é desproporcional e arbitrária.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0014767-88.2005.8.09.0051
Destaca que não praticou qualquer ofensa aos direitos dos consumidores, logo, não há
nenhum fundamento para aplicação da multa.

Ao final, requereu a procedência dos pedidos para declarar "nulo de pleno direito o
procedimento administrativo n° 47.773/03 do Procon-Goiás".

o
Da sentença (evento n 33), a apelante/autora opôs embargos de declaração (evento n
o o
37), que foram rejeitados (evento n 42).

o
Irresignada interpôs apelação (evento n 46), requerendo “seja o presente recurso
recebido no efeito devolutivo e suspensivo.” (f. 09).

Nas hipóteses em que a apelação tem efeito apenas devolutivo, poderá o Relator
determinar a suspensão da eficácia da sentença, caso o apelante comprove a probabilidade de
provimento do recurso, demonstrando a relevância de sua fundamentação e havendo risco de
dano grave ou de difícil reparação (art. 1.012, § 4º, do CPC.)

De plano, não vislumbro a presença dos requisitos autorizadores da concessão da


medida pleiteada.

o
A apelante/autora objetiva a suspensão dos efeitos da sentença (evento n 33), para
obstar atos de execução do julgado, até o trânsito em julgado do feito.

Para a concessão do pedido de efeito suspensivo, mister se faz demonstrar o risco de


dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar evidenciada a probabilidade de provimento
do recurso, segundo exegese do artigo 1.012, § 4º, do CPC; necessária a comprovação da
relevância da fundamentação apresentada pelo Recorrente e a possibilidade de ocorrer lesão
grave ou de difícil reparação; tais motivos devendo ser atestados de plano, de forma inequívoca,
de maneira que o Julgador não tenha dúvida, quanto à viabilidade de conferir-se efeito
suspensivo ao recurso.

Numa cognição superficial do processo, diante das razões deduzidas, vejo que não se
encontram presentes os motivos que autorizam o deferimento da concessão do efeito suspensivo
vindicado, notadamente, a probabilidade do direito, considerada a frágil demonstração de efetiva
lesão ou ameaça de lesão a direito da apelante/autora.

Deste modo, indefiro o pedido de efeito suspensivo.

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NR.PROCESSO: 0014767-88.2005.8.09.0051
Intimem-se.

Goiânia, 04 de novembro de 2020.

Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

Relator

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Acolhidos - Data da


Movimentação 20/11/2020 09:50:13

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5221990-24.2018.8.09.0162
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : RUANDERSON RAIMY COSTA SOUZA
POLO PASSIVO : BV FINANCEIRA SA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : RUANDERSON RAIMY COSTA SOUZA


ADVG. PARTE : 29058 DF - ANTONIO JOSÉ PEREIRA DOS SANTOS

PARTE INTIMADA : SAGA AUTOMOVEIS


ADVG. PARTE : 54395 DF - LEONARDO OLIVEIRA ALBINO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5221990-24.2018.8.09.0162
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE
REPETIÇÃO DE INDÉBITO C/C DANOS MORAIS. ÔNUS SUCUMBENCIAIS.
REDIMENSIONAMENTO. ERRO MATERIAL. VERIFICADO. 1. Os embargos
declaratórios objetivam, exclusivamente, rever decisões que apresentam falhas ou
vícios, como obscuridade, contradição, omissão ou erro material, a fim de garantir a
harmonia lógica, a inteireza e a clareza da decisão embargada. 2. É de se acolher os
presentes aclaratórios para sanar erro material existente no acórdão, tanto na
fundamentação quanto na sua parte dispositiva, no que tange o redimensionamento
(proporção) da sucumbência para as demandadas. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
CONHECIDOS E ACOLHIDOS.

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NR.PROCESSO: 5221990-24.2018.8.09.0162
EMBARGOS DECLARATÓRIOS NA APELAÇÃO CÍVEL Nº
5221990.24.2018.8.09.0162
COMARCA DE VALPARAÍSO DE GOIÁS

EMBARGANTE: SAGA AUTOMÓVEIS


EMBARGADO: RUANDERSON RAIMY COSTA SOUZA
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade dos embargos de declaração, deles


conheço.

Consoante relatado, trata-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO opostos por SAGA


AUTOMÓVEIS, inconformada com o acórdão que, à unanimidade, conheceu e deu
parcial provimento ao apelo interposto pela demandada BV FINANCEIRA S/A, em
desfavor de RUANDERSON RAIMY COSTA SOUZA (evento 53).

Pois bem, conforme disposto no artigo 1.022 do Código de Processo Civil/15, os


Embargos de Declaração são cabíveis quando:

“ Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer


decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se
pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material.
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:
I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de
casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência
aplicável ao caso sob julgamento;

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NR.PROCESSO: 5221990-24.2018.8.09.0162
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º.”

A respeito do tema, vejamos os ensinamentos doutrinários:

“3. Finalidade. Os EDcl têm finalidade de completar a decisão


omissa ou, ainda, de aclará-la, dissipando obscuridades ou
contradições. Não têm caráter substitutivo da decisão
embargada, mas sim integrativo ou aclaratório. Prestam-se
também à correção de erro material. Como regra, não têm caráter
substitutivo, modificador ou infringente do julgado (nesse sentido,
os embargos têm sido recebidos pela jurisprudência como agravo
interno – v. coments. CPC 1.021). Não mais cabem quando
houver dúvida na decisão (CPC/1973 5351, redação da L.
8950/94 1º). A LJE 48 caput, que admitia a interposição de
embargos em caso de dúvida, teve a redação alterada pelo CPC
1078, o qual equipara as hipóteses de cabimento de embargos
no microssistema dos juizados especiais às do CPC.” (NERY
JÚNIOR, Nelson e NERY, Rosa Maria de Andrade. Comentários ao
Código de Processo Civil. 2ª Tiragem. São Paulo: Revista dos Tribunais,
2015, p. 2.120).

Nesse aspecto, elementar que o aludido recurso se preste a aclarar obscuridades,


sanar contradições, além de suprir omissões e erros materiais e, em casos
excepcionais, dar efeito modificativo ao julgado e não consubstanciam crítica ao ofício
judicante, mas servem-lhe ao seu aprimoramento, já que trata-se de verdadeira
contribuição da parte em prol do devido processo legal.

No caso em tela verifica-se que realmente houve erro material no acórdão guerreado,
haja vista que ao redimensionar a sucumbência recíproca, erroneamente constou que
caberia para cada requerida, 40% (quarenta por cento) da verba honorária, quando, na
verdade, em atenção ao disposto no artigo 87, do Código de Processo Civil, seria 40%
(quarenta por cento) para as requeridas, proporcionalmente.

Com efeito, conheço dos aclaratórios e os acolho, para corrigir o erro material
contido tanto na fundamentação quanto na parte dispositiva do voto para consignar:

“Ante o novo deslinde dado ao feito, mantenho a sucumbência


recíproca fixada na sentença, nos termos do artigo 86, caput, do
Código de Processo Civil, condenando as partes ao pagamento
das custas processuais e honorários advocatícios, estes
arbitrados em 10% do valor atualizado da causa, contudo, fixados
na proporção de 60% (sessenta por cento) para o autor e 40%

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NR.PROCESSO: 5221990-24.2018.8.09.0162
(quarenta por cento) para as requeridas, proporcionalmente, cuja
exigibilidade fica suspensa em face do autor, por ser beneficiário
da assistência judiciária.”
“ Ante o exposto, CONHEÇO DO RECURSO E DOU-LHE
PARCIAL PROVIMENTO para, em reforma a sentença, declarar
a legalidade da cobrança e consequente validade das taxas:
Tarifa de Cadastro e Registro do Contrato, redimensionando-se,
ainda, os ônus sucumbenciais, para condenar as partes ao
pagamento das custas processuais e honorários advocatícios,
estes arbitrados em 10% (dez por cento) do valor atualizado da
causa, contudo, fixados na proporção de 60% (sessenta por
cento) para o autor e 40% (quarenta por cento) para as
requeridas, proporcionalmente, cuja exigibilidade fica suspensa
em face do autor, por ser beneficiário da assistência judiciária.
Sentença mantida nos demais termos.”

É o voto.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA

101/LE

EMBARGOS DECLARATÓRIOS NA APELAÇÃO CÍVEL Nº


5221990.24.2018.8.09.0162
COMARCA DE VALPARAÍSO DE GOIÁS

EMBARGANTE: SAGA AUTOMÓVEIS


EMBARGADO: RUANDERSON RAIMY COSTA SOUZA
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5221990-24.2018.8.09.0162
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO
CÍVEL. AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO C/C DANOS
MORAIS. ÔNUS SUCUMBENCIAIS. REDIMENSIONAMENTO.
ERRO MATERIAL. VERIFICADO. 1. Os embargos declaratórios
objetivam, exclusivamente, rever decisões que apresentam falhas
ou vícios, como obscuridade, contradição, omissão ou erro
material, a fim de garantir a harmonia lógica, a inteireza e a
clareza da decisão embargada. 2. É de se acolher os presentes
aclaratórios para sanar erro material existente no acórdão, tanto
na fundamentação quanto na sua parte dispositiva, no que tange
o redimensionamento (proporção) da sucumbência para as
demandadas. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS
E ACOLHIDOS.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Embargos de Declaração na Apelação


Cível nº 5221990.24, acordam os componentes da terceira Turma Julgadora da
Primeira Câmara Cível do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à
unanimidade de votos, em conhecer dos embargos e acolhê-los, nos termos do voto
desta Relatora.

Votaram, com a relatora, os Desembargadores Orloff Neves Rocha e Carlos Roberto


Favaro.

Presidiu a sessão o Des. Orloff Neves Rocha.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria Geral de Justiça, o Dr. José


Carlos Mendonça.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

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NR.PROCESSO: 5221990-24.2018.8.09.0162
DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI
RELATORA

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 04/11/2020


10:25:06

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5582432-85.2019.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : CARLOS JOSE DA ROCHA E SILVA
POLO PASSIVO : ESTADO DE GOIAS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CARLOS JOSE DA ROCHA E SILVA


ADVG. PARTE : 418896 SP - ROBERTO CESAR GOUVEIA MAJCHSZAK

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5582432-85.2019.8.09.0051
APELAÇÃO CÍVEL Nº 5582432-85.2019.8.09.0051

COMARCA DE GOIÂNIA
APELANTE : CARLOS JOSÉ DA ROCHA E SILVA
APELADO : ESTADO DE GOIÁS
DR. REINALDO ALVES FERREIRA – Juiz de Direito Substituto em 2°
RELATOR :
Grau

DESPACHO

Em análise às razões do presente recurso (evento 29), verifica-se que o apelante afirma ser
parte beneficiária da gratuidade da justiça, contudo, conforme certidão verificada no evento 24, tal pleito
não restou apreciado pelo julgador de origem.

Desse modo, determino a intimação do recorrente para que, no prazo de 05 (cinco) dias
úteis, colacione aos presentes autos a cópia completa da última declaração do imposto de renda; cópia da
guia de custas recursais, comprovantes de rendimentos atualizados, extratos de conta bancária, ou outros
documentos para comprovar a necessidade da benesse, sob pena de indeferimento da gratuidade da
justiça.

Intime-se.

Goiânia, 03 de novembro de 2.020.

DR. REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito Substituto em 2° Grau

01

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 20/11/2020 09:45:28

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0040539-04.2015.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : RAONI ALEXANDRE MARMO
POLO PASSIVO : BANCO DIBENS SA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO DIBENS SA


ADVG. PARTE : 22930 GO - YANA CAVALCANTE DE SOUZA

PARTE INTIMADA : RAONI ALEXANDRE MARMO


ADVG. PARTE : 34624 GO - LARISSA DE ALMEIDA NOGUEIRA E MOURA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0040539-04.2015.8.09.0051
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO
DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO E CANCELAMENTO DE
PROTESTO C/C TUTELA ANTECIPATÓRIA DE SUSPENSÃO DA PUBLICIDADE
DOS PROTESTOS. OMISSÃO. INOCORRÊNCIA. AUSÊNCIA DE VÍCIOS NO
JULGADO. MULTA. NÃO CABIMENTO. 1. Os embargos declaratórios têm por
escopo aclarar obscuridade, afastar contradição, suprimir omissão ou corrigir erro
material do julgado, nos termos do artigo 1.022, incisos I, II e III, do Código de
Processo Civil, situações não evidenciadas no caso em análise. 2. No caso em
espeque, considerando que não houve condenação em quantia, em atenção ao
regramento previsto no artigo 85, § 2º, do CPC, os honorários advocatícios
sucumbenciais deverão ser arbitrados sobre o proveito econômico obtido que, na
espécie, corresponde ao valor atualizado da causa. Nesse ínterim, em observância
aos critérios que devem ser sopesados, entendo que os honorários advocatícios
fixados na origem, no patamar mínimo de 10% (dez por cento) sobre o proveito
econômico obtido, se mostra razoável e proporcional ao trabalho desenvolvido pelo
causídico do autor/embargado. 3. Não merece acolhida a tese do embargado de
condenação do embargante à pena de multa (artigo 1026, §2º do Código de Processo
Civil), eis que não verifico abuso no exercício do direito recursal deste. EMBARGOS
DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS, MAS REJEITADOS.

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NR.PROCESSO: 0040539-04.2015.8.09.0051
EMBARGOS DECLARATÓRIOS NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 40539.04.2015.8.09.0051
COMARCA DE GOIÂNIA

EMBARGANTE: BANCO DIBENS S/A


EMBARGADO: RAONI ALEXANDRE MARMO
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade dos embargos de declaração, deles


conheço.

Consoante relatado, trata-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO opostos por


BANCO DIBENS S/A, inconformado com o acórdão que, à unanimidade, conheceu e
negou provimento ao recurso de Apelação Cível por ele interposto em desfavor de
RAONI ALEXANDRE MARMO (evento 66).

Pois bem, conforme disposto no artigo 1.022 do Código de Processo Civil/15, os


Embargos de Declaração são cabíveis quando:

“ Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer


decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se
pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material.
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:
I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de
casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência
aplicável ao caso sob julgamento;
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º.”

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NR.PROCESSO: 0040539-04.2015.8.09.0051
A respeito do tema, vejamos os ensinamentos doutrinários:

“3. Finalidade. Os EDcl têm finalidade de completar a decisão


omissa ou, ainda, de aclará-la, dissipando obscuridades ou
contradições. Não têm caráter substitutivo da decisão
embargada, mas sim integrativo ou aclaratório. Prestam-se
também à correção de erro material. Como regra, não têm caráter
substitutivo, modificador ou infringente do julgado (nesse sentido,
os embargos têm sido recebidos pela jurisprudência como agravo
interno – v. coments. CPC 1.021). Não mais cabem quando
houver dúvida na decisão (CPC/1973 5351, redação da L.
8950/94 1º). A LJE 48 caput, que admitia a interposição de
embargos em caso de dúvida, teve a redação alterada pelo CPC
1078, o qual equipara as hipóteses de cabimento de embargos
no microssistema dos juizados especiais às do CPC.” (NERY
JÚNIOR, Nelson e NERY, Rosa Maria de Andrade. Comentários ao
Código de Processo Civil. 2ª Tiragem. São Paulo: Revista dos Tribunais,
2015, p. 2.120).

De plano, ressalto inexistir a omissão alegada pelo embargante, não prosperando o


pleito recursal apresentado.

É que a questão que por ora o embargante alega padecer o acórdão de omissão – não
aplicação/observância do artigo 85, parágrafo 2º, do Código de Processo Civil, nele foi
devidamente enfrentada e esclarecida.

Ora, de uma simples leitura do julgado hostilizado, extrai-se nele ter restado
consignado/fundamentado que os honorários advocatícios sucumbenciais foram
fixados em estrita observância aos requisitos elencados no § 2º, do artigo 85, do
Código de Processo Civil.

Para que não pairem dúvidas, transcrevo excerto do voto, no ponto em que
embargado:

“Melhor sorte não socorre ao apelante, quanto aos honorários


advocatícios sucumbenciais.
Preceitua o artigo 85, § 2º, do Estatuto Processual Civil, verba
legis:

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NR.PROCESSO: 0040539-04.2015.8.09.0051
‘Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao
advogado do vencedor.
(…)
§ 2º Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o
máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do
proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo,
sobre o valor atualizado da causa, atendidos:
I – o grau de zelo do profissional;
II – o lugar de prestação do serviço;
III – a natureza e a importância da causa;
IV – o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o
seu serviço.’
A respeito desses critérios, manifestam-se Nelson Nery Junior e
Rosa Maria Andrade Nery, litteratim:
‘São objetivos e devem ser sopesados pelo juiz na ocasião da
fixação dos honorários. A dedicação do advogado, a competência
com que concluiu os interesses de seu cliente, o fato de defender
seu constituinte em comarca onde não resida, os níveis de
honorários na comarca onde se processa a ação, a complexidade
da causa, o tempo despendido pelo causídico desde o início até
o término da ação são circunstâncias que devem ser levadas em
consideração pelo juiz quando da fixação dos honorários de
advogado.’ (in Código de Processo Civil Comentado, 4ª ed.,
Revista dos Tribunais, p. 435)
No caso em espeque, considerando que não houve condenação
em quantia, em atenção ao regramento supra, os honorários
advocatícios sucumbenciais deverão ser arbitrados sobre o
proveito econômico obtido que, na espécie, corresponde ao valor
atualizado da causa. Nesse ínterim, em observância aos critérios
que devem ser sopesados, entendo que os honorários
advocatícios fixados na origem, no patamar mínimo de 10% (dez
por cento) sobre o proveito econômico obtido, se mostra razoável
e proporcional ao trabalho desenvolvido pelo causídico do
autor/apelado.”

Assim, à míngua de condenação em valores, observa-se que a sentença condenou o


embargante ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios,
estes fixados em 10% (dez por cento) sobre o proveito econômico obtido, que, na
espécie, corresponde ao valor atualizado da causa, nos exatos termos dispostos no §
2° do artigo 85 do Código de Processo Civil.

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NR.PROCESSO: 0040539-04.2015.8.09.0051
Outrossim, tem-se que a verba sucumbencial, além de ter sido fixada no percentual
mínimo legal 10% (dez por cento), pautou-se no entendimento dominante do STJ.
Veja-se:

“(…) a 2ª Seção definiu que quanto à fixação dos honorários de


sucumbência, temos a seguinte ordem de preferência: (I)
primeiro, quando houver condenação, devem ser fixados entre
10% e 20% sobre o montante desta (art. 85, § 2º); (II) segundo,
não havendo condenação, serão também fixados entre 10% e
20%, das seguintes bases de cálculo: (II.a) sobre o proveito
econômico obtido pelo vencedor (art. 85, § 2º); ou (II.b) não
sendo possível mensurar o proveito econômico obtido, sobre o
valor atualizado da causa (art. 85, § 2º); por fim, (III) havendo ou
não condenação, nas causas em que for inestimável ou irrisório o
proveito econômico ou em que o valor da causa for muito baixo,
deverão, só então, ser fixados por apreciação equitativa (art. 85,
§ 8º). 3. Agravo interno no recurso especial.” (STJ, AgInt no REsp
1851402/PR, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA,
julgado em 24/08/2020, DJe 27/08/2020)

Além disso, a majoração dos honorários advocatícios fixados na origem se deu em


decorrência do improvimento do apelo, em estrita observância ao que determina o
artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil.

A bem da verdade, o que se verifica é o inconformismo do embargante com o


resultado dado à lide, sendo que esta situação só pode ser alterada por meio de
recurso idôneo. Afinal, os aclaratórios não constituem via adequada à reforma da
decisão judicial, por não possuírem, salvo raríssimas exceções, os efeitos próprios da
infringência.

Assim, não havendo vícios a serem sanados e, tampouco, alteração material no


julgado, devem ser rejeitados os presentes embargos, haja vista que esta modalidade
recursal somente é cabível quando a decisão recorrida estiver, de fato, contaminada
por obscuridade, contradição ou omissão, finalidade que não é afastada nem mesmo
para fins de prequestionamento.

Do mesmo modo, não merece acolhida a tese do embargado de condenação do


embargante à pena de multa (artigo 1026, §2º do Código de Processo Civil), eis que
não verifico abuso no exercício do direito recursal deste. A propósito:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CONTRADIÇÃO


INOCORRENTE. MANIFESTO INTENTO DE REVISITAR A

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NR.PROCESSO: 0040539-04.2015.8.09.0051
MATÉRIA EXAMINADA. CARÁTER PROTELATÓRIO NÃO
DIVISADO. ACLARATÓRIOS REJEITADOS. 1. (…). 2. (…). 3.
Não identificada intenção protelatória, mas simples
inconformismo, inaplicável a imposição da multa prevista no
artigo 1.026, § 2º, Código de Processo Civil. 4. Embargos de
declaração conhecidos, mas rejeitados.” (TJGO, Mandado de
Segurança (CF; Lei 12016/2009) 5610220-33.2019.8.09.0000, Rel.
Des(a). BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO, 4ª Câmara Cível, julgado em
27/07/2020, DJe de 27/07/2020)

Ao teor do exposto, diante da inexistência do vício alegado pelo embargante,


conheço dos embargos de declaração, mas os rejeito.

É o voto.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA
101/LE

EMBARGOS DECLARATÓRIOS NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 40539.04.2015.8.09.0051


COMARCA DE GOIÂNIA

EMBARGANTE: BANCO DIBENS S/A


EMBARGADO: RAONI ALEXANDRE MARMO
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO


CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE
DÉBITO E CANCELAMENTO DE PROTESTO C/C TUTELA
ANTECIPATÓRIA DE SUSPENSÃO DA PUBLICIDADE DOS
PROTESTOS. OMISSÃO. INOCORRÊNCIA. AUSÊNCIA DE
VÍCIOS NO JULGADO. MULTA. NÃO CABIMENTO. 1. Os

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NR.PROCESSO: 0040539-04.2015.8.09.0051
embargos declaratórios têm por escopo aclarar obscuridade,
afastar contradição, suprimir omissão ou corrigir erro material do
julgado, nos termos do artigo 1.022, incisos I, II e III, do Código
de Processo Civil, situações não evidenciadas no caso em
análise. 2. No caso em espeque, considerando que não houve
condenação em quantia, em atenção ao regramento previsto no
artigo 85, § 2º, do CPC, os honorários advocatícios
sucumbenciais deverão ser arbitrados sobre o proveito
econômico obtido que, na espécie, corresponde ao valor
atualizado da causa. Nesse ínterim, em observância aos critérios
que devem ser sopesados, entendo que os honorários
advocatícios fixados na origem, no patamar mínimo de 10% (dez
por cento) sobre o proveito econômico obtido, se mostra razoável
e proporcional ao trabalho desenvolvido pelo causídico do
autor/embargado. 3. Não merece acolhida a tese do embargado
de condenação do embargante à pena de multa (artigo 1026, §2º
do Código de Processo Civil), eis que não verifico abuso no
exercício do direito recursal deste. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO CONHECIDOS, MAS REJEITADOS.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Embargos de Declaração na Apelação


Cível nº 40539.04, acordam os componentes da terceira Turma Julgadora da Primeira
Câmara Cível do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à unanimidade de
votos, em conhecer dos embargos, mas rejeitá-los, nos termos do voto desta Relatora.

Votaram, com a relatora, os Desembargadores Orloff Neves Rocha e Carlos Roberto


Favaro.

Presidiu a sessão o Des. Orloff Neves Rocha.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria Geral de Justiça, o Dr. José


Carlos Mendonça.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

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NR.PROCESSO: 0040539-04.2015.8.09.0051
RELATORA

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho Processo Suspenso - Data da Movimentação


04/11/2020 10:28:42

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5337272-43.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ODUVALDO SILVERIO DA SILVA
POLO PASSIVO : PSG DE LIMA PEREIRA EIRELI
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ODUVALDO SILVERIO DA SILVA


ADVGS. PARTE : 12481 GO - WALBER BROM VIEIRA
97741 SP - ALVARO JOBAL SALVAIA JUNIOR

PARTE INTIMADA : PSG DE LIMA PEREIRA EIRELI


ADVG. PARTE : 12481 GO - WALBER BROM VIEIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5337272-43.2020.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5337272-43.2020.8.09.0000

COMARCA DE GUAPÓ
AGRAVANTE : ODUVALDO SILVÉRIO DA SILVA
AGRAVADA : PSG DE LIMA PEREIRA EIRELI
RELATOR : REINALDO ALVES FERREIRA - Juiz de Direito Substituto em 2º Grau

DESPACHO

Os presentes autos retornaram conclusos após a comunicação de óbito do


agravante/executado Oduvaldo Silvério da Silva, tendo sido juntada a guia de sepultamento e a
certidão de óbito pelo patrono da parte (evento 7), o qual requereu a abertura de prazo para a
habilitação dos interessados nos autos, visto que após diligências não obteve êxito na outorga de
procuração de eventuais sucessores legais para a substituição processual.

Por oportuno, ressalto que emerge do caderno processual originário a conversão dos
autos híbridos para digital (evento 12 dos autos nº 0235149-44, apenso).

Diante disso, suspendo o processo pelo prazo de 30 (trinta) dias, devendo a parte
recorrente, no mesmo prazo, colacionar a cópia completa da última declaração do imposto de
renda, a guia de custas recursais, os extratos de contas bancárias dos últimos 03 (três) meses, os
comprovantes de rendimentos ou outros documentos comprobatórios da insuficiência financeira
dos eventuais sucessores legais, sob pena de indeferimento da gratuidade da justiça alhures
vindicada.

Intime-se. Cumpra-se.

Goiânia, 04 de novembro de 2020.

REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito Substituto em 2º Grau

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NR.PROCESSO: 5337272-43.2020.8.09.0000
92

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido em Parte e Provido - Data da


Movimentação 20/11/2020 09:56:04

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5278231-57.2019.8.09.0170
CLASSE PROCESSUAL : Monitória ( CPC )
POLO ATIVO : KENNEDY MARCOS VIEIRA
POLO PASSIVO : MAURICIO SILVEIRA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : KENNEDY MARCOS VIEIRA


ADVG. PARTE : 52667 GO - PRICYLLA SAUDER DE OLIVEIRA PERES

PARTE INTIMADA : MAURICIO SILVEIRA


ADVG. PARTE : 35576 GO - RHAULIM ARAUJO ROLIM

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5278231-57.2019.8.09.0170
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS
MONITÓRIOS AUTUADOS EM AUTOS APARTADOS. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA.
COMPROVAÇÃO DA HIPOSSUFICIÊNCIA. CONCESSÃO DO BENEFÍCIO
(ARTIGOS 98 E 99, CPC/2015). OMISSÃO CONFIGURADA. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS SUCUMBENCIAIS. INOVAÇÃO RECURSAL. ÓBICE.
IMPOSSIBILIDADE DE APRECIAÇÃO. DECISUM REFORMADO, EM PARTE. 1. Os
Embargos de Declaração se destinam, exclusivamente, à busca do aperfeiçoamento
da sentença, acórdão, ou decisão, viciados por obscuridade, contradição, omissão, ou
erro material, sobre as quais deva pronunciar-se o juízo, ou Tribunal, nos termos do
artigo 1.022 do Código de Processo Civil/2015. 2. Incorrendo o acórdão em omissão
sobre a extensão da concessão da assistência judiciária ao primeiro grau de jurisdição,
forçosa sua integração para deferir tal benesse também àquela instância, ante a
comprovação pela parte requerente de sua insuficiência de recursos para arcar com as
custas, despesas processuais e os honorários advocatícios, nos termos da legislação
de regência. 3. Considerando que parte da matéria supostamente omitida
(arbitramento de honorários advocatícios sucumbenciais), não foi ventilada,
expressamente, nas razões do apelo, impossível a sua apreciação em sede de
embargos de declaração, por constituir inadmissível inovação recursal. EMBARGOS
DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS EM PARTE E, NESTA, ACOLHIDOS.

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NR.PROCESSO: 5278231-57.2019.8.09.0170
EMBARGOS DECLARATÓRIOS NA APELAÇÃO CÍVEL Nº
5278231.57.2019.8.09.0170
COMARCA DE CAMPINORTE

EMBARGANTE: KENNEDY MARCOS VIEIRA


EMBARGADO: MAURÍCIO SILVEIRA
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade dos embargos de declaração, dele


conheço, em parte.

Consoante relatado, trata-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO opostos por


KENNEDY MARCOS VIEIRA, inconformado com o acórdão que, à unanimidade,
conheceu e deu provimento ao recurso de Apelação Cível por ele interposto em
desfavor de MAURÍCIO SILVEIRA (evento 40).

Pois bem, conforme disposto no artigo 1.022 do Código de Processo Civil/15, os


Embargos de Declaração são cabíveis quando:

“ Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer


decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se
pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material.
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:
I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de
casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência
aplicável ao caso sob julgamento;

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NR.PROCESSO: 5278231-57.2019.8.09.0170
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º.”

A respeito do tema, vejamos os ensinamentos doutrinários:

“3. Finalidade. Os EDcl têm finalidade de completar a decisão


omissa ou, ainda, de aclará-la, dissipando obscuridades ou
contradições. Não têm caráter substitutivo da decisão
embargada, mas sim integrativo ou aclaratório. Prestam-se
também à correção de erro material. Como regra, não têm caráter
substitutivo, modificador ou infringente do julgado (nesse sentido,
os embargos têm sido recebidos pela jurisprudência como agravo
interno – v. coments. CPC 1.021). Não mais cabem quando
houver dúvida na decisão (CPC/1973 5351, redação da L.
8950/94 1º). A LJE 48 caput, que admitia a interposição de
embargos em caso de dúvida, teve a redação alterada pelo CPC
1078, o qual equipara as hipóteses de cabimento de embargos
no microssistema dos juizados especiais às do CPC.” (NERY
JÚNIOR, Nelson e NERY, Rosa Maria de Andrade. Comentários ao
Código de Processo Civil. 2ª Tiragem. São Paulo: Revista dos Tribunais,
2015, p. 2.120).

Em apertada síntese, argumenta o embargante que há omissão no julgado hostilizado,


pois esta Corte de Justiça não se pronunciou “quanto ao pedido de reforma quanto ao
indeferimento da Justiça Gratuita no primeiro grau de jurisdição, como também na
fixação de honorários de sucumbência para a procuradora do apelante no presente
recurso.”

No presente caso, tenho que a irresignação do embargante merece parcial


acolhimento, pois, analisando o julgado anterior verifico o alegado vício de omissão,
tangente à questão da assistência judiciária.

Isto porque, de uma leitura atenta do apelo, infere-se que o pedido de assistência
judiciária fora formulado pelo embargante, não somente em grau recursal, mas
também no primeiro grau de jurisdição, ante o indeferimento de tal pleito pelo juízo
singular.

Deste modo, a fim de sanar a omissão especificamente, neste ponto, concedo a


assistência judiciária gratuita ao embargante não somente neste grau recursal, mas
também no primeiro grau de jurisdição, com fulcro no artigo 5º, inciso LXXIV, da
Constituição Federal, e artigo 4º, da Lei nº 1.060/50, considerando as particularidades
do direito material em discussão, a documentação coligida e a repercussão econômica
da causa, bem como a falta de elementos concretos contrários à afirmada

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NR.PROCESSO: 5278231-57.2019.8.09.0170
hipossuficiência de recursos financeiros.

Lado outro, no que pertine à omissão em relação à fixação de honorários de


sucumbência para a sua procuradora, imperioso esclarecer que tal omissão não pode
sequer ser analisada nesta insurgência, por configurar, a toda evidência, verdadeira
inovação recursal, cuja análise não pode ser realizada por este colendo Tribunal.
Nesse sentido:

“ EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL.


AÇÃO REDIBITÓRIA. VÍCIO DE OMISSÃO. HONORÁRIOS
RECURSAIS. MAJORAÇÃO. INOVAÇÃO RECURSAL.
IMPOSSIBILIDADE. 1. A oposição de embargos declaratórios
pressupõe a existência de um dos vícios contidos no art. 1.022
do CPC. 2. Evidenciada a sucumbência recursal, impende
majorar a verba honorária anteriormente fixada, conforme
disposto no artigo 85, §11, do CPC. 3. Considerando que a
matéria supostamente omitida não foi ventilada em momento
algum nos autos, seja na peça de defesa, ou nas razões da
apelação, impossível a sua apreciação em sede de embargos de
declaração, por constituir inadmissível inovação recursal.
PRIMEIROS EMBARGOS DECLARATÓRIOS CONHECIDOS E
ACOLHIDOS. SEGUNDOS ACLARATÓRIOS CONHECIDOS E
REJEITADOS.” (TJGO, APELAÇÃO 0368866-21.2012.8.09.0137, Rel.
ORLOFF NEVES ROCHA, 1ª Câmara Cível, julgado em 30/11/2018, DJe
de 30/11/2018)

Isto porque, a matéria supostamente omitida (arbitramento de honorários advocatícios


sucumbenciais), não foi ventilada, expressamente, nas razões do apelo, tornando,
portanto, impossível a sua apreciação em sede de embargos de declaração, por
constituir inadmissível inovação recursal.

Além disso a título de ilustração, não é demais ressaltar que não tendo sido
formalizada a relação processual na origem (“a parte adversa não impugnou os
embargos” - conforme bem pontuou o magistrado singular), não há que se falar em
arbitramento de honorários advocatícios de sucumbência.

Outrossim, não havendo condenação de honorários no ato sentencial apelado,


descabe aplicar a majoração prevista no artigo 85, § 11, Código de Processo Civil,
mormente considerando a cassação da sentença atacada. Nesse sentido:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EMBARGOS À EXECUÇÃO.


REJEIÇÃO LIMINAR DA PEÇA INICIAL. AUSÊNCIA DE

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NR.PROCESSO: 5278231-57.2019.8.09.0170
CONDENAÇÃO EM HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
SUCUMBENCIAIS. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DA
FORMAÇÃO DA RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL. I- O
Superior Tribunal de Justiça já manifestou-se no sentido do
descabimento da condenação do embargante ao pagamento de
honorários advocatícios antes da formalização da relação
processual. II- III- Os honorários recursais não têm autonomia
nem existência independente da sucumbência fixada na origem e
representam um acréscimo ao ônus estabelecido previamente,
motivo por que na hipótese de descabimento ou de ausência de
fixação anterior, não haverá falar em honorários recursais.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS. (TJGO, Apelação
(CPC) 5290857-77.2019.8.09.0051, Rel. Des(a). MAURICIO PORFIRIO
ROSA, 2ª Câmara Cível, julgado em 02/07/2020, DJe de 02/07/2020)

“EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS


DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.
PROVIMENTO DO RECURSO. SENTENÇA CASSADA.
HONORÁRIOS RECURSAIS. NÃO CABIMENTO. OMISSÃO.
VÍCIO INEXISTENTE. 1. Cassada a sentença que arbitrou a
verba honorária, deixa de existir o antecedente lógico para a
majoração de honorários em grau recursal. 2. Inexistindo nos
embargos de declaração a alegada omissão ou quaisquer das
hipóteses previstas no art. 1.022 do Código de Processo Civil,
devem ser rejeitados. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
REJEITADOS.” (TJGO, Apelação (CPC) 0365326-29.2012.8.09.0051,
Rel. Des(a). NELMA BRANCO FERREIRA PERILO, 4ª Câmara Cível,
julgado em 13/07/2020, DJe de 13/07/2020)

Ao teor do exposto, conheço, em parte, dos embargos de declaração e, nesta


parte, os acolho para, em reforma ao acórdão fustigado, sanar a omissão nele
evidenciada e, por conseguinte, estender a benesse da assistência judiciária
concedida ao embargante nesta seara, também ao primeiro grau de jurisdição.

É o voto.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5278231-57.2019.8.09.0170
101/LE

EMBARGOS DECLARATÓRIOS NA APELAÇÃO CÍVEL Nº


5278231.57.2019.8.09.0170
COMARCA DE CAMPINORTE

EMBARGANTE: KENNEDY MARCOS VIEIRA


EMBARGADO: MAURÍCIO SILVEIRA
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO


CÍVEL. EMBARGOS MONITÓRIOS AUTUADOS EM AUTOS
APARTADOS. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. COMPROVAÇÃO
DA HIPOSSUFICIÊNCIA. CONCESSÃO DO BENEFÍCIO
(ARTIGOS 98 E 99, CPC/2015). OMISSÃO CONFIGURADA.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS SUCUMBENCIAIS.
INOVAÇÃO RECURSAL. ÓBICE. IMPOSSIBILIDADE DE
APRECIAÇÃO. DECISUM REFORMADO, EM PARTE. 1. Os
Embargos de Declaração se destinam, exclusivamente, à busca
do aperfeiçoamento da sentença, acórdão, ou decisão, viciados
por obscuridade, contradição, omissão, ou erro material, sobre as
quais deva pronunciar-se o juízo, ou Tribunal, nos termos do
artigo 1.022 do Código de Processo Civil/2015. 2. Incorrendo o
acórdão em omissão sobre a extensão da concessão da
assistência judiciária ao primeiro grau de jurisdição, forçosa sua
integração para deferir tal benesse também àquela instância,
ante a comprovação pela parte requerente de sua insuficiência
de recursos para arcar com as custas, despesas processuais e
os honorários advocatícios, nos termos da legislação de regência.
3. Considerando que parte da matéria supostamente omitida
(arbitramento de honorários advocatícios sucumbenciais), não foi
ventilada, expressamente, nas razões do apelo, impossível a sua
apreciação em sede de embargos de declaração, por constituir
inadmissível inovação recursal. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
CONHECIDOS EM PARTE E, NESTA, ACOLHIDOS.

ACÓRDÃO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5278231-57.2019.8.09.0170
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Embargos de Declaração na Apelação
Cível nº 5278231.57, acordam os componentes da terceira Turma Julgadora da
Primeira Câmara Cível do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à
unanimidade de votos, em conhecer parcialmente dos embargos, e nesta parte acolhê-
los, nos termos do voto desta Relatora.

Votaram, com a relatora, os Desembargadores Orloff Neves Rocha e Carlos Roberto


Favaro.

Presidiu a sessão o Des. Orloff Neves Rocha.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria Geral de Justiça, o Dr. José


Carlos Mendonça.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 04/11/2020


10:25:05

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5222659-10.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : BANCO DO BRASIL SA
POLO PASSIVO : GERALDO RODRIGUES BORGES
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO DO BRASIL SA


ADVG. PARTE : 40823 GO - JOSE ARNALDO JANSSEN NOGUEIRA

PARTE INTIMADA : GERALDO RODRIGUES BORGES


ADVG. PARTE : 23771 GO - MARCIO EMERSON ALVES PEREIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5222659-10.2020.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5222659-10.2020.8.09.0000
COMARCA DE RUBIATABA
AGRAVANTE : BANCO DO BRASIL S/A
AGRAVADO : GERALDO RODRIGUES BORGES
RELATOR : DR. REINALDO ALVES FERREIRA
Juiz de Direito Substituto em 2° Grau

DESPACHO

Conclusos para julgamento do mérito recursal, verificou-se que os autos principais


(0380805-21.2014.8.09.0139) possuem natureza híbrida, não estando disponibilizado o acesso
para consulta necessária antes do julgamento do recurso.

Assim, atento ao princípio da cooperação (artigo 6°, CPC), determino a intimação da


parte agravante para que, no prazo de 05 (cinco) dias, comprove a data da interposição do
cumprimento de sentença proposto pelo ora agravado.

Intime-se.

Goiânia, 03 de novembro de 2.020.

DR. REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito Substituto em 2° Grau

01

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Negado Seguimento ao Recurso (cpc) - Data
da Movimentação 04/11/2020 22:39:52

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5498369-30.2019.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : EURIPES SOUSA FERREIRA
POLO PASSIVO : BANCO BMG SA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : EURIPES SOUSA FERREIRA


ADVG. PARTE : 22470 GO - RAPHAEL RODRIGUES DE OLIVEIRA E SILVA

PARTE INTIMADA : BANCO BMG SA


ADVG. PARTE : 55326 GO - FLAVIA ALMEIDA MOURA DI LATELLA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5498369-30.2019.8.09.0051
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

APELAÇÃO CÍVEL Nº 5498369-30.2019.8.09.0051

COMARCA DE GOIÂNIA

1ºAPELANTE : BANCO BMG S/A

2ºAPELANTE : EURÍPEDES SOUSA FERREIRA

1ºAPELADO : EURÍPEDES SOUSA FERREIRA

2ºAPELADO : BANCO BMG S/A

RELATORA : DESª. AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO

EMENTA: DUPLO APELO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C


REPETIÇÃO DE INDÉBITO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
E CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO.
INEXISTÊNCIA DE COMPRAS EFETUADAS NO CARTÃO.
APLICAÇÃO DA SÚMULA Nº 63 DO TJGO. DESNATURAÇÃO
DESSE TIPO DE CONTRATO PARA EMPRÉSTIMO CONSIGNADO
EM FOLHA DE PAGAMENTO. TAXA MÉDIA DE MERCADO.
REPETIÇÃO DO INDÉBITO. DANOS EXTRAPATRIMONIAIS
INEXISTENTES. SENTENÇA MANTIDA. I. Nos termos da Súmula
63 do TJGO, os empréstimos concedidos na modalidade ‘Cartão
de Crédito Consignado’ são revestidos de abusividade, em ofensa
ao CDC, por tornarem a dívida impagável em virtude do
refinanciamento mensal, pelo desconto apenas da parcela
mínima, devendo receber o tratamento de crédito pessoal
consignado, com taxa de juros que represente a média do
mercado de tais operações, ensejando o abatimento no valor
devido, declaração de quitação do contrato ou a necessidade de
devolução do excedente, de forma simples ou em dobro, podendo
haver condenação em reparação por danos morais, conforme o
caso concreto. II. No presente caso, o consumidor apenas realizou
empréstimo através de saque efetuado, não tendo ocorrido a
utilização de cartão de crédito para compras, o que impõe a
aplicação da referida Súmula 63 ao caso concreto. III. Nesse
prisma, deve ser limitada a taxa de juros remuneratórios à taxa
média de mercado do crédito pessoal consignado, na data da

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NR.PROCESSO: 5498369-30.2019.8.09.0051
contratação. Como consequência, eventual débito cobrado de
forma indevida deverá ser restituído, na forma simples. IV. Não
restando configurado o dano extrapatrimonial suportado pelo
consumidor, ficando o fato na esfera do mero aborrecimento em
virtude de desacordo comercial, não há que se falar em reparação
moral. RECURSOS CONHECIDOS E IMPROVIDOS, NOS TERMOS
DO ART. 932, IV, A, CPC.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de recursos de APELAÇÃO CÍVEL, interpostos em face da sentença


proferida pelo MM. Juiz de Direito da 10ª Vara Cível da Comarca de Goiânia, Dr.
Gilmar Luiz Coelho, nos autos da Ação de Obrigação de Fazer c/c Danos Morais e
Repetição de Indébito, proposta por EURÍPEDES SOUSA FERREIRA, em desfavor do
BANCO BMG S/A, no intento de obter a sua reforma

Extrai-se dos autos que a parte autora/segunda firmou em 04/02/2017 com


requerido/primeiro apelante Termo de Adesão Cartão de Crédito Consignado
Banco BMG e Autorização para Desconto em Folha de Pagamento.

Narrou o autor/segundo apelante na petição inicial, que é aposentado, e que


procurou o banco requerido/apelante para contratar empréstimo consignado, nº
12188786, no valor de R$ 1.312,00 (um mil e trezentos e doze reais), sendo informado
que o pagamento seria realizado por meio de descontos mensais diretamente de seu
benefício previdenciário, o qual foi incluso em 04/02/2017, no valor de R$ 56,05
(cinquenta e seis reais e cinco centavos).

Sustentou que descobriu através de familiares que o valor descontado trata-


se de mútuo consignado em folha de pagamento na modalidade de cartão de crédito,
no importe mensal de R$ 56,05 (cinquenta e seis reais e cinco centavos), o qual
continua a ser descontado até os dias contemporâneos, sem previsão de término.(…)
a requerida ofertou à requerente (hipossuficiente) um empréstimo consignando, jamais
solicitou na modalidade de cartão de crédito consignado.

Ponderou que nunca formalizou e nem pretendeu formalizar nenhum


empréstimo por cartão de crédito com a instituição Requerida, tanto é que o cartão
nunca foi utilizado, o que só poderia ter ocorrido com o desbloqueio deste, o que nem
mesmo chegou a acontecer. As informações prestadas à parte Autora foram viciadas e
enganosas, uma vez que, na prática, a empresa realizou operação completamente
diversa da ofertada, (…), razão porque promoveu a aludida ação.

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NR.PROCESSO: 5498369-30.2019.8.09.0051
Pugnou, em síntese, pela declaração de inexistência da dívida cobrada,
restituição em dobro, bem como pela condenação em danos morais.

Devidamente instruído o feito, o Magistrado singular julgou nos seguintes


termos:

(…) ANTE O ACIMA EXPOSTO e sem maiores digressões de


ordem processual, hei por bem em JULGAR PARCIALMENTE
PROCEDENTES os pedidos vestibulares, resolvendo-se o mérito
da lide, nos termos do art. 487, inciso I, do CPC, para fixar a taxa
de juros do contrato originário de crédito pessoal consignado em
2,25% ao mês e 30,66%; para declarar a ilegalidade dos
descontos realizados em folha de pagamento objeto da lide;
cancelando-se a emissão do cartão de crédito que originou as
cobranças indevidas; bem como para devolver os eventuais
valores cobrados em excesso, de maneira simples, mediante
correção monetária (INPC) e juros de mora de 1% ao mês, desde
o desembolso, admitindo-se eventual compensação.

Constatada a sucumbência de ambas as partes e com fulcro nos


arts. 86 e 87, ambos do CPC, entendo que a solução adequada é
distribuir proporcionalmente as despesas e custas processuais
entre as partes, ficando a parte autora responsável por arcar com
20% (vinte por cento) desse montante e a parte ré responsável
pelos 80% (oitenta por cento) restantes.

No que pertine aos honorários advocatícios, fixo-os em 10% (dez


por cento) sobre o valor atualizado da causa, nos moldes dos
o
arts. 85, § 2 e 86, ambos do CPC, devendo essa verba também
ser paga na proporção supra indicada.

Ressalto que, por ser a parte requerente beneficiária da


assistência judiciária gratuita, as obrigações relacionadas à
sucumbência processual ficam sob condição suspensiva de
exigibilidade e somente podem ser executadas se, nos 5 (cinco)
anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as
certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de
insuficiência de recursos que justificou a concessão momentânea
de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais

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NR.PROCESSO: 5498369-30.2019.8.09.0051
obrigações da parte beneficiária.(…).

Inconformado, o requerido BANCO BMG S/A, interpôs recurso de Apelação


Cível sub judice.

Em suas razões recursais, após discorrer sobre o atendimento dos


pressupostos de admissibilidade e fazer um breve relato da situação factual dos autos,
afirma que as partes celebraram Contrato de Cartão de Crédito, nº
5259066419441115, vinculado à conta número 1819345, destinado à compra de bens
e serviços em estabelecimentos, bem como saques em dinheiro.

Registra que o cartão de crédito consignado constitui serviço bancário


regulamentado pela Lei 10.820/2003, que permite a emissão de cartão de crédito,
garantindo o direito à retenção de até 5% (cinco por cento) da remuneração para
pagamento das compras e saques realizados com a utilização do mesmo.

Reporta que o autor/segundo apelante contratou o cartão de crédito


consignado e efetuou saques nos valores de R$ 160,00 (cento e sessenta reais) e R$
1.220,00 (hum mil, duzentos e vinte reais).

Alterca que além dos saques comprovadamente realizados, à parte Recorrida


fora ofertado o cartão de crédito BMG Card, apto a ser utilizado em todo o comércio
por meio da bandeira Mastercard.

Esclarece que todas as tarifas e taxas de juros respeitam às taxas médias do


mercado e sequer foram objeto de discussão, não havendo abuso ou vantagem
excessiva para qualquer das partes

Diz que não há qualquer motivo ou justificativa para a interferência judicial no


contrato sub judice, motivo pelo qual pugna, com a devida vênia, pela reforma da
sentença, julgando integralmente improcedentes os pedidos articulados na peça de
ingresso, conservando os atos jurídicos celebrados regularmente em perfeita harmonia
com a legislação vigente.

Na sequência, discorre sobre a inexistência de danos morais, ante a ausência


de ato ilícito a ensejar reparação, aduzindo que os descontos promovidos no
rendimento da parte Recorrida, se amoldam perfeitamente no exercício regular de um
direito reconhecido e visam apenas remunerar a Instituição pelos saques e eventual

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NR.PROCESSO: 5498369-30.2019.8.09.0051
utilização do cartão de crédito no comércio em geral.

Cita os arts. 186 e 188 do Código Civil, para fundamentar as suas assertivas.

Repisa que a devolução das parcelas regularmente descontadas, trata-se de


exercício regular do direito e viola os mais elementares princípios do Direito a
devolução de valores regularmente descontados com base em contrato celebrado com
observância de todas as normas em vigor.

Discorre sobre a necessidade de julgar improcedente o pedido de devolução


dos valores regularmente descontados, asseverando que todos os descontos
promovidos no rendimento da parte Recorrida, se amoldam perfeitamente no exercício
regular de um direito reconhecido e visam apenas remunerar a Instituição pelos
saques e eventual utilização do cartão de crédito no comércio em geral.

Reporta que fere os mais elementares princípios do direito a devolução de


valores regularmente descontados com base em contrato celebrado com observância
de todas as normas em vigor.

Nesses termos, requer seja acolhido o recurso a fim de reformar a sentença e


julgar improcedente os pedidos iniciais.

Preparo regular.

Igualmente insatisfeito, o autor EURÍPEDES SOUSA FERREIRA, interpôs o


recurso de Apelação Cível sub judice.

Em suas razões, após fazer considerações sobre a matéria debatida nos


autos, assevera que a sentença fustigada merece reforma, tendo em vista que tem
direito na repetição em dobro, bem como na indenização por danos morais.

Na sequência, diz que foi induzido em erro, uma vez que na prática o
requerido realizou operação diversa da ofertada, não pode ser admitido que não se
trata de uma conduta excessivamente abusiva ao consumidor que explicitamente não
tem conhecimento técnico para com a matéria financeira, por tanto, alvo fácil de ser
ludibriado. Trata-se de evidente má-fé contratual, com nítida omissão de informações.

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NR.PROCESSO: 5498369-30.2019.8.09.0051
Invoca o parágrafo único do artigo 42 do Código de Defesa do Consumidor,
para dizer que ocorreu falha na prestação do serviço, logo, no seu entendimento, tem
direito na repetição em dobro.

Passo seguinte, discorre sobre dano moral, citando o arts. 186 e 927, do
Código Civil, bem como art. 5º, inciso X, da CF, além de doutrina e jurisprudência
sobre o tema.

Esclarece que, no caso em voga, não se trata de mero aborrecimento, mas de


clara violação os direitos consumeristas, haja vista que foram descontados valores
mensais de seu benefício desde 02/2017, até os dias atuais.

Pondera que tem direito a indenização por danos morais, asseverando que
não resta dúvidas acerca da abusividade praticada pela parte ré, que caracteriza
exercício anormal e injusto de seu direito, portanto, imperiosa não somente a revisão
do contrato, mas a repetição em dobro e a declaração da má-fé praticada em face da
apelada.

Por fim, pleiteia pelo conhecimento e provimento do apelo, a fim de que seja
julgado procedente o pedido de indenização por danos morais e repetição em dobro.

Ausente o preparo recursal ante a concessão dos benefícios da assistência


judiciária.

Instado, o segundo apelado, à mov. 30, apresenta contrarrazões.

Por sua vez, o primeiro apelado, atravessa petição, à mov. 31, com as suas
contrarrazões

É o relatório. Decido.

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço dos recursos.

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NR.PROCESSO: 5498369-30.2019.8.09.0051
Em proêmio, cumpre salientar o cabimento do julgamento monocrático dos
recursos de Apelação Cível, uma vez que se faz presente uma das situações
autorizativas para tal, nos termos do disposto no artigo 932, inciso IV, alínea a, do
Código de Processo Civil.

Consoante relatado, a irresignação do requerido/primeiro apelante, cinge-se


à sentença que julgou parcialmente procedente o pedido inicial para: condenar a parte
Requerida BANCO BMG S/A a modificar o contrato objeto da ação para empréstimo
consignado, determinando a restituição do valor porventura pago indevidamente pelo
autor, em sua forma simples.

Por sua vez, a insatisfação do autor/segundo apelante é tão somente quanto


ao pedido de danos extrapatrimoniais e devolução das parcelas em dobro.

Tendo em vista a existência de correlação entre as matérias ventiladas nos


recursos, passo a análise em conjunto.

DO CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO

Sobre o tema, impende frisar, inicialmente, que o empréstimo consignado


constitui modalidade que envolve o desconto de parcela fixa feita diretamente na folha
de pagamento do consumidor. Já o cartão de crédito é uma forma de pagamento
eletrônico, devendo o seu titular receber mensalmente a fatura para efetuar a quitação,
podendo fazer também a opção em pagar integralmente o valor cobrado ou, somente
o mínimo previsto, postergando a quitação do restante para o mês seguinte,
sujeitando-se a incidência dos juros.

No caso em comento, extrai-se dos autos que as partes celebraram Termo de


Adesão Cartão de Crédito Consignado Banco BMG e Autorização para Desconto
em Folha de Pagamento (mov. 17).

Ressalte-se que, no presente caso, o consumidor apenas realizou


empréstimo através de saques efetuados, não tendo ocorrido a utilização de
cartão de crédito para compras.

Com a contratação, autorizou-se que a instituição financeira


requerida/primeira apelante realizasse descontos mensais diretamente da folha de
pagamento da parte autora/primeira apelada, concernentes ao valor mínimo da fatura
do cartão de crédito. Dessa feita, o saldo remanescente era mensalmente

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5498369-30.2019.8.09.0051
refinanciado, de forma automática, acrescido de juros altos e outros encargos.

Ao proceder com os descontos em valor mínimo da fatura, o


requerido/primeiro apelante concretiza modalidade contratual extremamente prejudicial
ao consumidor, já que somente abate os encargos de financiamento contratado,
realizando um refinanciamento progressivo da dívida, que tende a aumentar ou nunca
ter fim.

A lesividade é notória no próprio instrumento contratual, que não contempla


um número exato de prestações, nem tampouco o montante total do débito.

Insta salientar que tal questão encontra-se pacificada nesta egrégia Corte
Estadual, consoante se depreende da redação da Súmula nº 63:

Os empréstimos concedidos na modalidade ‘Cartão de Crédito


Consignado’ são revestidos de abusividade, em ofensa ao CDC,
por tornarem a dívida impagável em virtude do refinanciamento
mensal, pelo desconto apenas da parcela mínima, devendo
receber o tratamento de crédito pessoal consignado, com taxa de
juros que represente a média do mercado de tais operações,
ensejando o abatimento no valor devido, declaração de quitação
do contrato ou a necessidade de devolução do excedente, de
forma simples ou em dobro, podendo haver condenação em
reparação por danos morais, conforme o caso concreto.

Cumpre salientar que, quando a parte contratante utiliza-se do cartão de


crédito para fazer compras, há o entendimento deste Tribunal de Justiça no sentido de
que se deve fazer o distinguishing a fim de afastar a aplicação da Súmula nº 63 do
TJGO. Senão vejamos:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C


DANOS MORAIS E REPETIÇÃO DE INDÉBITO. CARTÃO DE
CRÉDITO CONSIGNADO. DESCONTO DE PARCELA MÍNIMA
SOBRE RESERVA DE MARGEM CONSIGNÁVEL (RMC).
EXPRESSA AUTORIZAÇÃO CONTRATUAL. UTILIZAÇÃO
REGULAR DA TARJETA DE CRÉDITO. NULIDADE DO
CONTRATO. INOCORRÊNCIA. SENTENÇA MANTIDA.
HONORÁRIOS RECURSAIS. 1. Realizando-se o necessário
distinguishing, cumpre salientar que a presente demanda
não atrai a aplicabilidade do entendimento firmado na
Súmula nº 63 deste egrégio Tribunal de Justiça, no sentido
de que a modalidade contratual de empréstimo mediante

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5498369-30.2019.8.09.0051
cartão de crédito consignado é revestida de abusividade,
uma vez que, no caso vertente, restou devidamente
comprovado que a parte consumidora teve plena ciência da
modalidade contratual pactuada, bem como utilizou
regularmente o cartão de crédito fornecido pela instituição
financeira, realizando compras em diversos
estabelecimentos comerciais, inclusive parcelando algumas
transações. 2. Assim, uma vez comprovada a contratação e a
utilização do cartão de crédito, deve ser declarada legal a
retenção de margem consignável para pagamento do valor
mínimo da fatura, não havendo, pois, que se falar em nulidade ou
abusividade do negócio jurídico firmado. 3. (...). 5. APELAÇÃO
CÍVEL CONHECIDA, MAS DESPROVIDA. (TJGO, Apelação
(CPC) 5227838-58.2019.8.09.0064, Rel. Des(a). ELIZABETH
MARIA DA SILVA, 4ª C. CÍVEL, julgado em 08/09/2020, DJe de
08/09/2020) Grifei.

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA C/C


REPETIÇÃO DE INDÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS COM PEDIDO LIMINAR. CONTRATO DE CARTÃO DE
CRÉDITO. EMPRÉSTIMO CONSIGNADO. SÚMULA Nº 63 DO
TJGO. DISTINGUISHING. EFETIVA UTILIZAÇÃO DO CARTÃO
PARA COMPRAS. SENTENÇA REFORMADA. 1 . O contrato de
fornecimento de “Cartão de Crédito Consignado” possui natureza
híbrida que permite ao contratante utilizar o limite de crédito
disponível de duas formas, por meio de compras em
estabelecimentos conveniados ou através do saque de valores,
ambas utilizando o mesmo cartão de crédito concedido. 2 . Os
precedentes que alicerçaram a edição do enunciado da
súmula nº 63 deste Tribunal circunscreveram situações em
que os consumidores acreditaram que haviam contratado tão
somente empréstimo consignado, circunstância que era
evidenciada pelo fato de jamais terem utilizado o cartão para
compras a crédito. 3 . Na hipótese, deve ser aplicada a
distinção (distinguishing) entre o caso em apreço e os
aludidos precedentes, porquanto as provas dos autos
demonstram que a parte autora usou o cartão para a
realização de compras, a qual recebeu as faturas mensais
referentes às operações realizadas. 4 - 5. (...). RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA. (TJGO,
Apelação (CPC) 5580813-49.2019.8.09.0010, Rel. Des(a).
CARLOS ROBERTO FAVARO, 1ª Câmara Cível, julgado em
05/08/2020, DJe de 05/08/2020)Grifei.

Decorre que, no caso em voga, o autor/primeiro apelante realizou apenas


saques, objetivando o empréstimo, cujas quantias foi disponibilizada na forma de TED
em sua conta-corrente, o que é corroborado pelos documentos, acostados à mov. 11,

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NR.PROCESSO: 5498369-30.2019.8.09.0051
cópias das faturas e recibos.

Sob tal espectro, tem-se que o autor/segundo apelante acreditou que


havia contratado um simples empréstimo consignado, tanto que das faturas
juntadas pelo requerido/primeiro apelante à mov. 11, é possível verificar que não
houve a utilização de cartão para compras.

Logo, o consumidor apenas realizou empréstimo através do saque efetuado,


não tendo ocorrido a utilização de cartão de crédito para compras, o que impõe a
aplicação da referida Súmula 63 ao caso concreto, segundo a qual o empréstimo
concedido ao autor/primeiro apelante, na modalidade ‘Cartão de Crédito Consignado’,
é revestido de abusividade, em ofensa ao CDC, por tornar a dívida impagável em
virtude do refinanciamento mensal, pelo desconto apenas da parcela mínima, devendo
receber o tratamento de crédito pessoal consignado.

Ressalte-se que, nesse sentido, o Banco Central do Brasil emitiu a Circular nº


3.549, de 18/07/2011 (que alterou a Circular nº 3.512, de 25/11/10, que dispõe sobre o
pagamento do valor mínimo da fatura de cartão de crédito e dá outras providências),
equiparando o cartão de crédito consignado às demais operações tradicionais de
empréstimo consignado, para desestimular as operações de financiamento consignado
no cartão com prazos longos e preservar os objetivos prudenciais da regulamentação.

Sobre a questão, colaciono jurisprudência deste Sodalício:

AGRAVO INTERNO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA


PROFERIDA EM APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA
DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C RESCISÃO CONTRATUAL.
CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO. APLICAÇÃO DO
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. SÚMULA 63 DO
TJGO. CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO.
ABUSIVIDADE. APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR. JUROS REMUNERATÓRIOS. REPETIÇÃO DE
INDÉBITO NA FORMA SIMPLES. INTERESSE RECURSAL.
DANO MORAL NÃO CONFIGURADO. INEXISTÊNCIA DE
FATOS NOVOS. I – II. (...) III. O contrato de cartão de crédito
na modalidade de desconto em folha de pagamento, por não
ter de forma expressa o número de prestações acordadas
entre as partes e consequentemente o prazo determinado
para o fim do pacto, com desconto apenas do mínimo do
valor da fatura mensal efetuado diretamente na folha de
pagamento da autora/apelada, é uma modalidade contratual
extremamente onerosa e lesiva ao consumidor, razão pela
qual deve ser interpretada como contrato de crédito pessoal
consignado, no intuito de reestabelecer o equilíbrio

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NR.PROCESSO: 5498369-30.2019.8.09.0051
contratual entre a instituição financeira e o consumidor. IV -
V. (…). AGRAVO INTERNO CONHECIDO E DESPROVIDO.
(TJGO, Apelação (CPC) 0311274-94.2016.8.09.0002, Rel.
Des(a). MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI , 1ª
Câmara Cível, julgado em 15/10/2020, DJe de 15/10/2020) grifei.

APELAÇÕES CÍVEIS. AÇÃO DECLARATÓRIA C/C


CONDENATÓRIA. REPETIÇÃO DE INDÉBITO E INDENIZAÇÃO
POR DANOS MORAIS. CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO.
SÚMULA 63 DO TJGO. INCIDÊNCIA DO CÓDIGO DE DEFESA
DO CONSUMIDOR. EQUIPARAÇÃO À MODALIDADE DE
CONTRATO DE EMPRÉSTIMO PESSOAL CONSIGNADO.
DEVER INFORMACIONAL VIOLADO. CARTÃO DE CRÉDITO
NÃO UTILIZADO. REPETIÇÃO DO INDÉBITO. POSSIBILIDADE.
DANO MORAL INEXISTENTE.1. O Código de Defesa do
Consumidor é aplicável às instituições financeiras, consideradas
fornecedoras de produtos e serviços. Os contratos firmados entre
consumidores e fornecedores devem observar os princípios da
informação e da transparência, o que não ocorreu in casu. 2. É
clara a abusividade contratual quando o consumidor é
cobrado apenas no valor mínimo da fatura do cartão e vê
refinanciado todo restante do débito de forma automática,
nos termos da Súmula 63 deste Tribunal, além de não ter
utilizado o cartão o crédito, sendo devida a restituição do
valor indevidamente pago, considerando o valor liberado
pela instituição financeira. 3. (...). APELAÇÕES CÍVEIS
CONHECIDAS E DESPROVIDAS. (TJGO, Apelação (CPC)
5707087-80.2019.8.09.0132, Rel. Des(a). LEOBINO
VALENTE CHAVES, 2ª Câmara Cível, julgado em 24/08/2020,
DJe de 24/08/2020) Grifei.

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA


DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS,
REPETIÇÃO DE INDÉBITO E PEDIDO DE TUTELA DE
URGÊNCIA. CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO
CONSIGNADO EM FOLHA DE PAGAMENTO. SÚMULA TJGO.
COMPENSAÇÃO. REPETIÇÃO INDÉBITO. SIMPLES. DANO
MORAL. NÃO CONFIGURADO. HONORÁRIOS. 1. (…). 2. Nos
termos do enunciado nº 63 do TJGO: "Os empréstimos
concedidos na modalidade 'Cartão de Crédito Consignado'
são revestidos de abusividade, em ofensa ao CDC, por
tornarem a dívida impagável em virtude do refinanciamento
mensal, pelo desconto apenas da parcela mínima devendo
receber o tratamento de crédito pessoal consignado, com
taxa de juros que represente a média do mercado de tais
operações, ensejando o abatimento no valor devido,
declaração de quitação do contrato ou a necessidade de

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NR.PROCESSO: 5498369-30.2019.8.09.0051
devolução do excedente, de forma simples ou em dobro,
podendo haver condenação em reparação por danos morais,
conforme o caso concreto." 3 - 6. (…). APELAÇÃO
CONHECIDA E PARCIALMENTE PROVIDA. (TJGO, Apelação
(CPC) 5607636-68.2018.8.09.0051, Rel. Des(a). JOSÉ
CARLOS DE OLIVEIRA , 2ª Câmara Cível, julgado em
28/10/2020, DJe de 28/10/2020) Grifei.

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA


DE ATO JURÍDICO C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO E
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. CONTRATO DE
CARTÃO CRÉDITO CONSIGNADO. ABUSIVIDADE E
ONEROSIDADE EXCES-SIVA. APLICAÇÃO DO CDC. Os
contratos firmados devem observar os princípios da informação e
da transparência, nos termos dos artigos 4º e 6º do Código de
Defesa do Consumidor. Na hipótese, constata-se omissão das
principais características da operação, em afronta aos princípios
em destaque, devendo as cláusulas contratuais ser interpretadas
de maneira mais favorável ao consumidor (artigo 47 do CDC).
DESCONTO SOMENTE DO MÍNIMO DA FATURA MENSAL.
REFINANCIAMENTO MENSAL DO VALOR TOTAL DEVIDO.
DÉBITO QUE NUNCA SE FINDA. REVISÃO DO PACTO EM
FAVOR DA PARTE HIPOSSUFICIENTE. O contrato de cartão
de crédito consignado em folha de pagamento, ao que se
observa no caso concreto, com prestações sem número ou
prazo determinado, com desconto apenas do mínimo do
valor da fatura mensal, efetuado direto da folha de
pagamento do consumidor, com aplicação de juros e outros
encargos, fazendo a instituição financeira, na sequência, um
refinanciamento do restante do valor total devido, mês a
mês, é modalidade que externa manifesta abusividade por
parte do banco apelante, causando um lucro exagerado e
uma onerosidade excessiva ao consumidor, na medida em
que a quitação do débito nunca acontece, máxime quando
não informadas estas características ao contratante.
SENTENÇA PROFERIDA EM CONSONÂNCIA COM O
ENUNCIADO DA SÚMULA 63 DO TJGO. EQUIPARAÇÃO AO
EMPRÉSTIMO CONSIGNADO. De acordo com a Circular
3549/11 do BACEN, os cartões de crédito consignado se
equiparam às demais operações de créditos pessoais
consignados propriamente ditos (súmula 63 TJ/GO). (…)
(TJGO, Apelação (CPC) 5685490-30.2019.8.09.0011, Rel.
Des(a). NEL-MA BRANCO FERREIRA PERILO , 4ª
Câmara Cível, julgado em 21/09/2020, DJe de 21/09/2020.
Negritei).

Tem-se, portanto, um caso de aplicação do artigo 47 do Código de Defesa do

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NR.PROCESSO: 5498369-30.2019.8.09.0051
Consumidor 1 , de modo que a avença objeto da lide deve ser interpretada como
contrato de crédito pessoal consignado, no intuito de restabelecer o equilíbrio
contratual entre a instituição financeira e o consumidor, consoante posicionamento da
Súmula 63 do TJGO.

DA TAXA DE JUROS

Quanto à revisão dos encargos contratuais, recebendo o empréstimo em


questão tratamento de crédito pessoal consignado, deve ser aplicada a taxa de juros
que represente a média do mercado de tais operações, nos termos da citada
Súmula 63 do TJGO.

Dessa forma, mostra-se escorreita a sentença que modificou a natureza do


contrato para empréstimo pessoal, a fim de restabelecer o equilíbrio entre as partes,
determinando a aplicação de juros remuneratórios conforme a taxa média de mercado
vigente na data da pactuação, pelo que o improvimento do recurso é medida que se
impõe, nesse particular.

DA REPETIÇÃO DE INDÉBITO

Noutro ponto, reconhecida a eventual existência de cobrança de valores


indevidos, correta a condenação do requerido/primeiro apelante à repetição de
indébito.

Sobre a repetição de indébito, convém elucidar que esta é uma consequência


lógica da revisão das cláusulas contratuais ensejadoras da cobrança de encargos
declarados indevidos, em respeito à vedação legal ao enriquecimento sem causa.

Sendo assim, denota-se que a adoção da referida providência deve ocorrer


por meio de restituição simples, a teor do disposto nos artigos 369 e 876, ambos do
Código Civil.

A propósito, eis o posicionamento do Tribunal da Cidadania:

(...) É firme a orientação jurisprudencial do STJ em admitir a


compensação de valores e a repetição do indébito na forma
simples, sempre que constatada cobrança indevida do

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NR.PROCESSO: 5498369-30.2019.8.09.0051
encargo exigido, sem ser preciso comprovar erro no
pagamento. Tal regra funda-se na necessidade de evitar o
enriquecimento ilícito da parte beneficiada. Confiram-se estes
precedentes: Terceira Turma, AgRg no REsp n. 925.296/CE,
Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, DJe de 13.12.2012; Terceira
Turma, AgRg no REsp n. 1.270.283/RS, Ministra Nancy Andrighi,
DJe de 20.8.2012; e Quarta Turma, Edcl no REsp n. 764.470/RS,
Ministra Maria Isabel Gallotti, DJe de 16.11.2011. (…).” (Agravo
em Recurso Especial nº 482.413/RS, Rel. Min. João Otávio de
Noronha, Julg. 12.03.2014, DJe 25.03.2014. Negritei)

Em assim sendo, o débito cobrado de forma indevida deverá ser


restituído tal como definido na sentença, na forma simples, merecendo ser
mantido o decisum, nesse ponto.

Lado outro, depreende-se que restou prejudicado o pedido do


autor/segundo apelante quanto ao pedido de devolução em dobro.

DOS DANOS EXTRAPATRIMONIAIS

Quanto a alegação do autor/segundo apelante que restou caracterizada


conduta capaz de configurar a condenação do Banco BMG S/A, em danos
extrapatrimoniais, não merece acolhimento a irresignação.

Sobre o tema, impõe-se esclarecer que para a configuração do ato ilícito, é


necessária a conduta ilícita da parte, o dano e o nexo de causalidade entre o dano e a
conduta. Contudo, no caso em exame, não se vislumbra tais elementos, já que a
cobrança do débito decorreu de contrato celebrado entre as partes por livre vontade da
contratante.

Nesta senda, importa rememorar que, de acordo com as normas legais que
regem o instituto da obrigação e a jurisprudência dominante do Superior Tribunal de
Justiça, em casos como o presente, em que há instrumento contratual firmado, ainda
que houvesse eventual descumprimento das disposições contratuais, tal fato não
geraria, por si só, direito à indenização a título de dano extrapatrimonial, porquanto
resolvem-se em perdas e danos.

Ademais, verifica-se que, no campo específico dos contratos, doutrina e


jurisprudência têm se pautado, congruentemente, no entendimento de que o desajuste
contratual não tem o condão de ensejar responsabilização por danos

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NR.PROCESSO: 5498369-30.2019.8.09.0051
extrapatrimoniais, valorando a situação como mero inconveniente a que todos estão
sujeitos, seja pessoa física ou jurídica.

Nesse sentido, transcrevo julgados do Superior Tribunal de Justiça:

DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. INADIMPLEMENTO


CONTRATUAL. ACORDO HOMOLOGADO JUDICIALMENTE.
ALIENA-ÇÃO FIDUCIÁRIA. VEÍCULO AUTOMOTOR. BAIXA DE
GRAVAME. DEMORA. DANO MORAL. NÃO
CARACTERIZAÇÃO. […] 2. O inadimplemento contratual gera,
ordinariamente, os efeitos estabelecidos no art. 389 do Código
Civil, segundo o qual, "não cumprida a obrigação, responde o
devedor por perdas e danos mais juros e atualização monetária
segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários
de advogado". 3. Somente haverá indenização por danos morais
se, além do descumprimento do contrato, ficar demonstrada
circunstância especial capaz de atingir os direitos de
personalidade, o que não se confunde com o mero dissabor. […]
5. Recurso especial parcialmente conhecido e desprovido. (REsp
1599224/RS, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA,
QUARTA TURMA, julgado em 08/08/2017, DJe 16/08/2017)

CIVIL. RECURSO ESPECIAL. APLICAÇÃO FINANCEIRA.


FUNDO DE INVESTIMENTO. VARIAÇÃO CAMBIAL OCORRIDA
EM 1999. PERDA DE TODO O VALOR APLICADO. CLÁUSULA
STOP LOSS. INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E
MORAIS. CDC. RELAÇÃO DE CONSUMO. DESCUM-
PRIMENTO CONTRATUAL. MERO DISSABOR. […] 5. O simples
descumprimento contratual, por si, não é capaz de gerar danos
morais, sendo necessária a existência de um plus, uma
consequência fática capaz, essa sim, de acarretar dor e
sofrimento indenizável pela sua gravidade. 6. Recurso especial
conhecido e parcialmente provido. (REsp 656.932/SP, Rel.
Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA, QUARTA TURMA,
julgado em 24/04/2014, DJe 02/06/2014).

Eis, também, o entendimento jurisprudencial desta Casa de Justiça:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA


DE DÉBITO C/C REVISIONAL, REPETIÇÃO DE INDÉBITO E
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. CARTÃO DE CRÉDITO
CONSIGNADO. APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR. PRINCÍPIOS DA TRANSPARÊNCIA E
INFORMAÇÃO. VIOLA-ÇÃO. REFINANCIAMENTO MENSAL DO
DÉBITO. ABUSIVIDADE. CONVERSÃO PARA MODALIDADE

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NR.PROCESSO: 5498369-30.2019.8.09.0051
EMPRÉSTIMO PESSOAL. POSSIBILIDADE. SÚMULA 63 DO
TJGO. JUROS REMUNERATÓRIOS. RESTITUIÇÃO SIMPLES.
DANOS MORAIS NÃO CONSTATADOS. SUCUMBÊNCIA
RECÍPROCA. 1. A relação jurídica firmada entre a instituição
financeira e a autora é de consumo, incidindo as disposições do
CDC, o que permite a manifestação acerca da existência de
eventuais cláusulas abusivas, relativizado o argumento escorado
na ausência de vício de consentimento. 2. Os contratos firmados
entre consumidores e fornecedores devem observar os princípios
da informação e da transparência, nos termos dos artigos 4º e 6º
do CDC. Verificada, na hipótese, a omissão das principais
características da operação, em afronta aos princípios em
destaque, devem as cláusulas contratuais serem interpretadas de
maneira mais favorável ao consumidor (art. 47, CDC). 3. Ao
consumidor, no momento da contratação, não foi dada ciência da
real natureza do negócio, modalidade contratual que combina
duas operações distintas, o empréstimo consignado e o cartão de
crédito. 4. Para o contratante o pacto é um empréstimo nos
moldes tradicionais, contudo, o desconto mensal somente no
valor mínimo da fatura, leva ao refinanciamento do restante da
dívida, além de não ser amortizado o débito principal,
apresentando um crescimento vertiginoso, gerando uma dívida
vitalícia, caracterizando a abusividade. Assim, aplicando ao caso
o artigo 47 do Código de Defesa do Consumidor, deve a presente
avença ser interpretada como contrato de crédito pessoal
consignado, no intuito de restabelecer o equilíbrio contratual entre
a instituição bancária e a consumidora. Incidência da Súmula nº
63 do TJGO. 5. Caracterizada a ilegalidade/abusividade da
conduta do Banco recorrido, o que enseja o tratamento desta
contratação como se fosse de empréstimo pessoal consignado,
mister que a taxa de juros represente a média do mercado de tais
operações, à época da assinatura do pacto. 6. Diante da
constatação da abusividade contratual, que ensejou a
equiparação do contrato ao de empréstimo consignado pessoal,
deverá a dívida ser recalculada, em fase de liquidação de
sentença, para somente depois ser apurada a quantia
efetivamente devida pela autora, devendo ser-lhe
restituído/compensado na forma simples apenas os valores que
foram pagos a maior. 7. Quanto a indenização por dano moral,
haja vista se tratar de empréstimo na modalidade cartão de
crédito consignado em folha de pagamento, o abalo subjetivo
alegadamente sofrido pela recorrente não transpõe a barreira
do mero dissabor, o qual não pode ser confundido com o
dano moral e, por isso, não dá ensejo à compensação
pecuniária. 10. Diante da reforma da sentença para julgar, em
sua maioria, procedentes os pedidos iniciais, determino a
inversão dos ônus sucumbenciais, devendo a parte ré arcá-los
em sua integralidade, nos termos do artigo 86, parágrafo único,
do Código de Processo Civil. RECURSO CONHECIDO E
PARCIALMENTE PROVIDO.(TJGO, Apelação (CPC) 5528777-
38.2018.8.09.0051, Rel. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO
REQUI, 1ª Câmara Cível, julgado em 31/07/2020, DJe de

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5498369-30.2019.8.09.0051
31/07/2020) Grifei.

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REVISIONAL C/C OBRIGAÇÃO DE


FAZER E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. CONTRATO
DE CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO. RESERVA DE
MARGEM CONSIGNÁVEL (RMC). INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS. INDEVIDA. SENTENÇA REFORMADA. 1. Os
empréstimos concedidos na modalidade - Cartão de Crédito
Consignado - são revestidos de abusividade, em ofensa ao CDC,
por tornarem a dívida impagável em virtude do refinanciamento
mensal, pelo desconto apenas da parcela mínima, devendo
receber o tratamento de crédito pessoal consignado, com taxa de
juros que represente a média do mercado de tais operações.
Inteligência do Enunciado n. 63 da Súmula deste egrégio Tribunal
de Justiça. 2. Uma vez evidenciada a abusividade e lesividade
praticada pela instituição financeira e, considerando que as
principais características da operação não foram informadas ao
consumidor, em desrespeito aos princípios da informação e da
transparência, resta possível a revisão contratual, levando em
conta a taxa média de mercado dos juros remuneratórios para o
crédito pessoal consignado, por ser a mais favorável ao
consumidor e traduzir a natureza predominante da operação, com
o afastamento capitalização mensal de juros não contratada,
exatamente nos termos decididos na sentença Juízo primevo. 3.
Correta a sentença ao determinar que, caso seja apurado que a
parte autora efetuou algum pagamento a maior, deverá ser
restituído, na forma simples, com acréscimo de correção
monetária e juros de mora. 4. Não comprovada a ocorrência de
efetiva lesão à esfera da personalidade do consumidor, não
há que se falar em condenação ao pagamento de indenização
por danos morais, razão pela qual a sentença deve ser
reformada nessa parte, para julgar improcedente o pleito
indenizatório. APELAÇÃO CONHECIDA E PARCIALMENTE
PROVIDA.(TJGO, Apelação (CPC) 0124257-23.2014.8.09.0021,
Rel. SEBASTIÃO LUIZ FLEURY, 3ª Câmara Cível, julgado em
28/07/2020, DJe de 28/07/2020)Grifei.

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA


DE RELAÇÃO JURÍDICA C/C RESTITUIÇÃO DE INDÉBITO E
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. CARTÃO DE CRÉDITO
CONSIGNADO. INCIDÊNCIA DAS NORMAS
CONSUMERISTAS. DESCONTO MÍNIMO DA FATURA
MENSAL. DÍVIDA INSOLÚVEL. ABUSO E ONEROSIDADE
EXCESSIVAS. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. FORMA SIMPLES.
DANO MORAL. NÃO COMPROVAÇÃO. COMPENSAÇÃO DE
VALORES. AUSÊNCIA DE INTERESSE. HONORÁRIOS. I- A
relação contratual estabelecida entre as partes é típica de
consumo, razão pela qual aplica-se o Código de Defesa do
Consumidor, a teor da Súmula 297 do Superior Tribunal de

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NR.PROCESSO: 5498369-30.2019.8.09.0051
Justiça. II- A modalidade contratual cartão de crédito consignado
mostra-se extremamente onerosa e lesiva ao consumidor, pois,
abatidos os encargos de financiamento, o valor principal da dívida
é mensalmente refinanciado, acrescido de juros exorbitantes, o
que inviabiliza a quitação do débito, razão pela qual deve ser
alterada a natureza da avença para empréstimo consignado. III- A
repetição de indébito será efetivada somente após a revisão das
cláusulas contratuais, quando então será aferido o valor devido,
de forma simples, a fim de evitar enriquecimento ilícito. IV- O
reconhecimento da abusividade da contratação não
caracteriza, por si só, dano moral, porquanto não houve
negativação do nome da autora ou exposição fática a
situação constrangedora, mas sim mero aborrecimento pela
contratação de cartão de crédito oneroso e desvantajoso ao
consumidor. V- Falece interesse recursal quanto ao pleito de
compensação de valores, porquanto deferido na sentença. VI-
Permanecendo a sucumbência da instituição financeira, resta
mantida sua condenação ao pagamento das custas processuais e
dos honorários advocatícios. Todavia, considerando que, na
hipótese, o valor da condenação tornou-se excessivamente baixo,
mister a fixação da verba honorária nos moldes do artigo 85, § 8º,
do Código de Processo Civil. APELAÇÃO CONHECIDA E
PARCIALMENTE PROVIDA. (TJGO, Apelação (CPC) 5578499-
15.2019.8.09.0113, Rel. NELMA BRANCO FERREIRA PERILO,
4ª Câmara Cível, julgado em 27/07/2020, DJe de
27/07/2020)Grifei.

Desta feita, deve ser mantida a sentença fustigada neste ponto, tendo em vista não
haver comprovação de violação aos direitos personalíssimos da parte autora/segunda apelante.

Ao teor do exposto, e nos termos no artigo 932, inciso IV, a, do Código de


Processo Civil, CONHEÇO de ambos os recursos interpostos e NEGO-LHES
provimento.

Outrossim, majoro dos honorários para 20% (vinte por cento) sobre o valor
atualizado da causa, em obediência à regra do artigo 85, § 11, do Código de Processo
Civil, mantendo o mesmo percentual fixado na sentença, com as ressalvas do art. 98,
§3º do mesmo Código.

É como decido.

Intimem-se. Após o trânsito em julgado, não havendo recurso, devolvam-se os


autos ao juízo de origem.

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NR.PROCESSO: 5498369-30.2019.8.09.0051
Desembargadora AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO

RELATORA

Datado e assinado digitalmente conforme Resolução 59/2016

1 Art. 47. As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Negado Seguimento ao Recurso (cpc) - Data
da Movimentação 04/11/2020 22:39:52

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5032160-13.2020.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : DJALMA LUIZ RODRIGUES
POLO PASSIVO : BANCO BMG SA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : DJALMA LUIZ RODRIGUES


ADVG. PARTE : 47102 GO - LUIZ PAULO NEGRÃO GOMES

PARTE INTIMADA : BANCO BMG SA


ADVG. PARTE : 109730 MG - FLAVIA ALMEIDA MOURA DI LATELLA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5032160-13.2020.8.09.0051
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

APELAÇÃO CÍVEL Nº 5032160-13.2020.8.09.0051

COMARCA DE GOIÂNIA

1ºAPELANTE : DJALMA LUÍS RODRIGUES

2ºAPELANTE : BANCO BMG S/A

1ºAPELADO : BANCO BMG S/A

2ºAPELADO : DJALMA LUÍS RODRIGUES

RELATORA : DESª. AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO

EMENTA: DUPLO APELO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE


INEXISTÊNCIA DE ATO JURÍDICO C/C DANOS MORAIS E
REPETIÇÃO DE INDÉBITO. CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO
CONSIGNADO. INEXISTÊNCIA DE COMPRAS EFETUADAS NO
CARTÃO. APLICAÇÃO DA SÚMULA Nº 63 DO TJGO.
DESNATURAÇÃO DESSE TIPO DE CONTRATO PARA
EMPRÉSTIMO CONSIGNADO EM FOLHA DE PAGAMENTO. TAXA
MÉDIA DE MERCADO. REPETIÇÃO DO INDÉBITO. DANOS
EXTRAPATRIMONIAIS INEXISTENTES. SENTENÇA MANTIDA. I.
Nos termos da Súmula 63 do TJGO, os empréstimos concedidos
na modalidade ‘Cartão de Crédito Consignado’ são revestidos de
abusividade, em ofensa ao CDC, por tornarem a dívida impagável
em virtude do refinanciamento mensal, pelo desconto apenas da
parcela mínima, devendo receber o tratamento de crédito pessoal
consignado, com taxa de juros que represente a média do
mercado de tais operações, ensejando o abatimento no valor
devido, declaração de quitação do contrato ou a necessidade de
devolução do excedente, de forma simples ou em dobro, podendo
haver condenação em reparação por danos morais, conforme o
caso concreto. II. No presente caso, o consumidor apenas realizou
empréstimo através de saque efetuado, não tendo ocorrido a
utilização de cartão de crédito para compras, o que impõe a
aplicação da referida Súmula 63 ao caso concreto. III. Nesse
prisma, deve ser limitada a taxa de juros remuneratórios à taxa
média de mercado do crédito pessoal consignado, na data da

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NR.PROCESSO: 5032160-13.2020.8.09.0051
contratação. Como consequência, eventual débito cobrado de
forma indevida deverá ser restituído, na forma simples. IV. Não
restando configurado o dano extrapatrimonial suportado pelo
consumidor, ficando o fato na esfera do mero aborrecimento em
virtude de desacordo comercial, não há que se falar em reparação
moral. RECURSOS CONHECIDOS E IMPROVIDOS, NOS TERMOS
DO ART. 932, IV, A, CPC.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de recursos de APELAÇÃO CÍVEL, interpostos em face da sentença


proferida pela MM. Juíza de Direito da 24ª Vara Cível da Comarca de Goiânia, Dra.
Iara Márcia Franzoni de Lima Costa, nos autos da Ação Declaratória de Inexistência de
Ato Jurídico c/c Danos Morais e Repetição de Indébito, proposta por DJALMA LUÍS
RODRIGUES, em desfavor do BANCO BMG S/A, no intento de obter a sua reforma.

Consta dos autos que a parte autora/apelada firmou em 13/03/2018 com o


requerido/segundo apelante Termo de Adesão Cartão de Crédito Consignado
Banco BMG e Autorização para Desconto em Folha de Pagamento.

Narrou o autor, na petição inicial, que é aposentado, e que procurou o


requerido/segundo apelante para contratar empréstimo consignado, afirmando que
com o passar dos anos, percebeu que o requerido, imbuído de má-fé, fazia descontos
mensais inicialmente no valor de R$ 47,70 (quarenta e sete reais e setenta centavo),
denominado de “RESERVA DE MARGEM PARA CARTÃO DE CRÉDITO”, sobre seu
benefício previdenciário.

Ponderou que nunca quitava a dívida, que só aumentava, asseverando que


jamais solicitou tal serviço, razão porque promoveu aludida ação.

Requereu, em seus pedidos exordiais, a conversão do contrato de cartão de


crédito consignado para empréstimo consignado e declaração de quitação do débito,
ressarcimento das parcelas já quitadas, bem como, indenização por danos morais.

Após regular instrução do feito, o Magistrado primevo prolatou sentença, nos


seguintes termos:

[…]

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NR.PROCESSO: 5032160-13.2020.8.09.0051
Do exposto, resolvo o mérito nos termos do artigo 487, inciso I, do
Código de Processo Civil e JULGO PARCIALMENTE
PROCEDENTES os pedidos para alterar a modalidade do
contrato em comento a ser interpretado como contrato de crédito
pessoal consignado, constituindo a dívida somente os valores do
empréstimo, acrescido de juros remuneratórios de acordo com a
taxa média de mercado, considerando a operação de crédito
pessoal consignado para o período da contratação e corrigido
monetariamente pelo INPC, a partir da realização do saque pela
autora (13/03/2018), bem como determinar a restituição do valor
porventura pago indevidamente por esta, em sua forma simples,
corrigido monetariamente pelo INPC e acrescido de juros de mora
à taxa de 1% a contar da apuração dos valores, pelos
fundamentos acima expostos.

Em face da sucumbência recíproca, condeno ambas as partes


pagamento das custas e despesas processuais, bem como dos
honorários advocatícios, os quais arbitro, consoante o artigo 85, §
2º, do Código de Processo Civil, em 15% (quinze por cento) sobre
o valor atualizado da causa, ficando a autora responsável pelo
pagamento em 50% (cinquenta por cento) deste valor, e o banco
réu, pelos 50% (cinquenta por cento) remanescentes.

Contudo, suspendo o pagamento por parte da autora em razão


desta ser beneficiária da justiça gratuita, nos termos do artigo 98,
§ 3º, do Código de Processo Civil. (…).

Irresignado, o autor DJALMA LUÍS RODRIGUES, interpôs o recurso de


Apelação Cível sub judice.

Em suas razões, após fazer considerações sobre a matéria debatida nos


autos, assevera que a sentença fustigada merece reforma, tendo em vista que tem
direito na repetição em dobro, bem como na indenização por danos morais.

Diz que não há dúvidas acerca da abusividade do contrato em voga, seja pela
ausência de cláusulas prevendo o percentual de juros, a presença ou não de
capitalização e de outras taxas e encargos, seja porque essa espécie de pacto faz
com que a dívida nunca acabe diante da falta de estipulação do número de prestações
devidas e do termo final, sem olvidar que se trata o cartão de crédito consignado em
folha de pagamento de uma nova modalidade contratual bastante lesiva e dispendiosa
ao consumidor.

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NR.PROCESSO: 5032160-13.2020.8.09.0051
Na sequência, discorre sobre dano moral, citando o arts. 186 e 927, do
Código Civil, bem como art. 5º, inciso X, da CF, além de doutrina e jurisprudência
sobre o tema.

Acrescenta que ficou devidamente comprovado nos autos que houve restrição
de margem consignável do benefício previdenciário do autor, e por consequência,
restringiu indevidamente seu crédito. Assim, é clara a ocorrência do abalo moral
passível de indenização.

Obtempera que deve-se levar em conta, também, o tempo desperdiçado pela


apelante, na tentativa de fazer cessar os descontos abusivos, inclusive com a
propositura de ação judicial para tanto, o que poderia ter sido evitado se o banco
apelado tivesse dado a devida atenção ao caso, ainda mais considerando o
entendimento já sedimentado em súmula a matéria aqui tratada.

Esclarece que a conduta omissiva ou comissiva do Recorrido é ensejadora da


responsabilidade civil objetiva, apenado na fixação de danos morais a vítima.

Aduz que o dano sofrido está cabalmente demonstrada nos autos com a
violação o direito à honra e imagem exteriorizada pela realização de empréstimo
bancário/consignação previdenciário, o que se refletiu negativamente em sua vida
financeira, de forma a comprometer a solidez e sua subsistência, devendo ser
observar o princípio da dignidade da pessoa humana, que constitui um dos pilares de
nosso Estado Democrático e Social de Direito, previsto no artigo 1, § 3, da
Constituição Federal.(SIC).

Passo seguinte, diz que é medida de justiça à repetição dos valores pagos a
maior em dobro, de acordo com a disposição expressa do parágrafo único do artigo 42
do Código de Defesa do Consumidor.

Faz outras considerações sobre a matéria em voga, citando jurisprudência


para fundamentar as suas alegativas.

Por fim, pleiteia pelo conhecimento e provimento do apelo, a fim de que seja
julgado procedente o pedido de indenização por danos morais e repetição em dobro.

Ausente o preparo recursal ante a concessão dos benefícios da assistência


judiciária.

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NR.PROCESSO: 5032160-13.2020.8.09.0051
Igualmente irresignado, o BANCO BMG S/A interpôs o recurso de Apelação
Cível sub judice.

Em suas razões recursais, após discorrer sobre o atendimento dos


pressupostos de admissibilidade e fazer um breve relato da situação factual dos autos,
afirma que as partes celebraram Contrato de Cartão de Crédito Consignado, nº
5259098264169546, vinculado à conta número 3957592, destinado à compra de bens
e serviços em estabelecimentos, bem como saques em dinheiro.

Registra que o cartão de crédito consignado constitui serviço bancário


regulamentado pela Lei 10.820/2003, que permite a emissão de cartão de crédito,
garantindo o direito à retenção de até 5% (cinco por cento) da remuneração para
pagamento das compras e saques realizados com a utilização do mesmo.

Reporta que o autor/primeiro apelante contratou o cartão de crédito


consignado e efetuou saque no valor de R$ 1.220,00 (hum mil, duzentos e vinte reais),
asseverando que todas as tarifas e taxas de juros respeitam às taxas médias do
mercado e sequer foram objeto de discussão, não havendo abuso ou vantagem
excessiva para qualquer das partes.

Alterca que além dos saques comprovadamente realizados, à parte Recorrida


fora ofertado o cartão de crédito BMG Card, apto a ser utilizado em todo o comércio
por meio da bandeira Mastercard.

Diz que não há qualquer motivo ou justificativa para a interferência judicial no


contrato sub judice, motivo pelo qual pugna, com a devida vênia, pela reforma da
sentença, julgando integralmente improcedentes os pedidos articulados na peça de
ingresso, conservando os atos jurídicos celebrados regularmente em perfeita harmonia
com a legislação vigente.

Na sequência, discorre sobre a inexistência de danos morais, ante a ausência


de ato ilícito a ensejar reparação, aduzindo que os descontos promovidos no
rendimento da parte Recorrida, se amoldam perfeitamente no exercício regular de um
direito reconhecido e visam apenas remunerar a Instituição pelos saques e eventual
utilização do cartão de crédito no comércio em geral. Citando os arts. 186 e 188 do
Código Civil, para fundamentar as suas assertivas.

Repisa que a devolução das parcelas regularmente descontadas, trata-se de

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NR.PROCESSO: 5032160-13.2020.8.09.0051
exercício regular do direito e viola os mais elementares princípios do Direito a
devolução de valores regularmente descontados com base em contrato celebrado com
observância de todas as normas em vigor.

Ao final, requer o conhecimento e provimento do recurso, com a reforma da


sentença, para julgar improcedentes os pedidos iniciais, mantendo-se o contrato
firmado pelos litigantes.

Preparo regular.

Nesses termos, requer seja acolhido o recurso a fim de reformar a sentença e


julgar improcedente os pedidos iniciais.

Preparo regular.

Instado, o primeiro apelado apresentou suas contrarrazões no evento nº 52.

Por sua vez, à mov. 53, o segundo apelado apresentou contrarrazões ao


recurso.

É o relatório. Decido.

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço dos recursos.

Em proêmio, cumpre salientar o cabimento do julgamento monocrático do


presente recurso de Apelação, uma vez que se fazem presentes situações
autorizativas para tal, nos termos do disposto no artigo 932, incisos III e IV, alínea a,
do Código de Processo Civil.

Consoante relatado, a irresignação do autor/primeiro apelante é tão somente


quanto ao pedido de danos extrapatrimoniais e devolução das parcelas em dobro.

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NR.PROCESSO: 5032160-13.2020.8.09.0051
Por sua vez, a insatisfação do requerido/segundo apelante, cinge-se à
sentença que julgou parcialmente procedente o pedido condenando-lhe a modificar o
contrato objeto da ação para empréstimo consignado, determinando a restituição do
valor porventura pago indevidamente pelo autor, em sua forma simples.

Tendo em vista a existência de correlação entre as matérias ventiladas nos


recursos, passo a análise em conjunto.

DO CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO

Sobre o tema, impende frisar, inicialmente, que o empréstimo consignado


constitui modalidade que envolve o desconto de parcela fixa feita diretamente na folha
de pagamento do consumidor. Já o cartão de crédito é uma forma de pagamento
eletrônico, devendo o seu titular receber mensalmente a fatura para efetuar a quitação,
podendo fazer também a opção em pagar integralmente o valor cobrado ou, somente
o mínimo previsto, postergando a quitação do restante para o mês seguinte,
sujeitando-se a incidência dos juros.

No caso em comento, extrai-se dos autos que as partes celebraram Termo de


Adesão Cartão de Crédito Consignado Banco BMG e Autorização para Desconto
em Folha de Pagamento (mov. 17).

Ressalte-se que, no presente caso, o consumidor apenas realizou


empréstimo através de 01(hum) saque efetuado, não tendo ocorrido a utilização
de cartão de crédito para compras.

Com a contratação, autorizou-se que a instituição financeira


requerida/segunda apelante realizasse descontos mensais diretamente da folha de
pagamento da parte autora/segunda apelada, concernentes ao valor mínimo da fatura
do cartão de crédito. Dessa feita, o saldo remanescente era mensalmente
refinanciado, de forma automática, acrescido de juros altos e outros encargos.

Ao proceder com os descontos em valor mínimo da fatura, o


requerido/segundo apelante concretiza modalidade contratual extremamente
prejudicial ao consumidor, já que somente abate os encargos de financiamento
contratado, realizando um refinanciamento progressivo da dívida, que tende a
aumentar ou nunca ter fim.

A lesividade é notória no próprio instrumento contratual, que não contempla

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NR.PROCESSO: 5032160-13.2020.8.09.0051
um número exato de prestações, nem tampouco o montante total do débito.

Insta salientar que tal questão encontra-se pacificada nesta egrégia Corte
Estadual, consoante se depreende da redação da Súmula nº 63:

Os empréstimos concedidos na modalidade ‘Cartão de Crédito


Consignado’ são revestidos de abusividade, em ofensa ao CDC,
por tornarem a dívida impagável em virtude do refinanciamento
mensal, pelo desconto apenas da parcela mínima, devendo
receber o tratamento de crédito pessoal consignado, com taxa de
juros que represente a média do mercado de tais operações,
ensejando o abatimento no valor devido, declaração de quitação
do contrato ou a necessidade de devolução do excedente, de
forma simples ou em dobro, podendo haver condenação em
reparação por danos morais, conforme o caso concreto.

Cumpre salientar que, quando a parte contratante utiliza-se do cartão de


crédito para fazer compras, há o entendimento deste Tribunal de Justiça no sentido de
que se deve fazer o distinguishing a fim de afastar a aplicação da Súmula nº 63 do
TJGO. Senão vejamos:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C


DANOS MORAIS E REPETIÇÃO DE INDÉBITO. CARTÃO DE
CRÉDITO CONSIGNADO. DESCONTO DE PARCELA MÍNIMA
SOBRE RESERVA DE MARGEM CONSIGNÁVEL (RMC).
EXPRESSA AUTORIZAÇÃO CONTRATUAL. UTILIZAÇÃO
REGULAR DA TARJETA DE CRÉDITO. NULIDADE DO
CONTRATO. INOCORRÊNCIA. SENTENÇA MANTIDA.
HONORÁRIOS RECURSAIS. 1. Realizando-se o necessário
distinguishing, cumpre salientar que a presente demanda
não atrai a aplicabilidade do entendimento firmado na
Súmula nº 63 deste egrégio Tribunal de Justiça, no sentido
de que a modalidade contratual de empréstimo mediante
cartão de crédito consignado é revestida de abusividade,
uma vez que, no caso vertente, restou devidamente
comprovado que a parte consumidora teve plena ciência da
modalidade contratual pactuada, bem como utilizou
regularmente o cartão de crédito fornecido pela instituição
financeira, realizando compras em diversos
estabelecimentos comerciais, inclusive parcelando algumas
transações. 2. Assim, uma vez comprovada a contratação e a
utilização do cartão de crédito, deve ser declarada legal a
retenção de margem consignável para pagamento do valor
mínimo da fatura, não havendo, pois, que se falar em nulidade ou
abusividade do negócio jurídico firmado. 3. (...). 5. APELAÇÃO

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5032160-13.2020.8.09.0051
CÍVEL CONHECIDA, MAS DESPROVIDA. (TJGO, Apelação
(CPC) 5227838-58.2019.8.09.0064, Rel. Des(a). ELIZABETH
MARIA DA SILVA, 4ª C. CÍVEL, julgado em 08/09/2020, DJe de
08/09/2020) Grifei.

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA C/C REPETIÇÃO


DE INDÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS COM
PEDIDO LIMINAR. CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO.
EMPRÉSTIMO CONSIGNADO. SÚMULA Nº 63 DO TJGO.
DISTINGUISHING. EFETIVA UTILIZAÇÃO DO CARTÃO PARA
COMPRAS. SENTENÇA REFORMADA. 1 . O contrato de
fornecimento de “Cartão de Crédito Consignado” possui natureza
híbrida que permite ao contratante utilizar o limite de crédito
disponível de duas formas, por meio de compras em
estabelecimentos conveniados ou através do saque de valores,
ambas utilizando o mesmo cartão de crédito concedido. 2 . Os
precedentes que alicerçaram a edição do enunciado da
súmula nº 63 deste Tribunal circunscreveram situações em
que os consumidores acreditaram que haviam contratado tão
somente empréstimo consignado, circunstância que era
evidenciada pelo fato de jamais terem utilizado o cartão para
compras a crédito. 3 . Na hipótese, deve ser aplicada a
distinção (distinguishing) entre o caso em apreço e os
aludidos precedentes, porquanto as provas dos autos
demonstram que a parte autora usou o cartão para a
realização de compras, a qual recebeu as faturas mensais
referentes às operações realizadas. 4 - 5. (...). RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA. (TJGO,
Apelação (CPC) 5580813-49.2019.8.09.0010, Rel. Des(a).
CARLOS ROBERTO FAVARO, 1ª Câmara Cível, julgado em
05/08/2020, DJe de 05/08/2020)Grifei.

Decorre que, no caso em voga, o autor/primeiro apelante realizou apenas 01


(hum) saque, objetivando o empréstimo, cuja quantia foi disponibilizada na forma de
TED em sua conta-corrente, o que é corroborado pelos documentos, acostados à mov.
17, cópias das faturas e recibo.

Sob tal espectro, tem-se que o autor/primeiro apelante acreditou que havia
contratado um simples empréstimo consignado, tanto que das faturas juntadas
pelo requerido/`segundo apelante à mov. 17, é possível verificar que não houve a
utilização de cartão para compras.

Logo, o consumidor apenas realizou empréstimo através do saque efetuado,

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NR.PROCESSO: 5032160-13.2020.8.09.0051
não tendo ocorrido a utilização de cartão de crédito para compras, o que impõe a
aplicação da referida Súmula 63 ao caso concreto, segundo a qual o empréstimo
concedido ao autor/primeiro apelante, na modalidade ‘Cartão de Crédito Consignado’,
é revestido de abusividade, em ofensa ao CDC, por tornar a dívida impagável em
virtude do refinanciamento mensal, pelo desconto apenas da parcela mínima, devendo
receber o tratamento de crédito pessoal consignado.

Ressalte-se que, nesse sentido, o Banco Central do Brasil emitiu a Circular nº


3.549, de 18/07/2011 (que alterou a Circular nº 3.512, de 25/11/10, que dispõe sobre o
pagamento do valor mínimo da fatura de cartão de crédito e dá outras providências),
equiparando o cartão de crédito consignado às demais operações tradicionais de
empréstimo consignado, para desestimular as operações de financiamento consignado
no cartão com prazos longos e preservar os objetivos prudenciais da regulamentação.

Sobre a questão, colaciono jurisprudência deste Sodalício:

AGRAVO INTERNO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA


PROFERIDA EM APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA
DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C RESCISÃO CONTRATUAL.
CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO. APLICAÇÃO DO
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. SÚMULA 63 DO
TJGO. CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO.
ABUSIVIDADE. APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR. JUROS REMUNERATÓRIOS. REPETIÇÃO DE
INDÉBITO NA FORMA SIMPLES. INTERESSE RECURSAL.
DANO MORAL NÃO CONFIGURADO. INEXISTÊNCIA DE
FATOS NOVOS. I – II. (...) III. O contrato de cartão de crédito
na modalidade de desconto em folha de pagamento, por não
ter de forma expressa o número de prestações acordadas
entre as partes e consequentemente o prazo determinado
para o fim do pacto, com desconto apenas do mínimo do
valor da fatura mensal efetuado diretamente na folha de
pagamento da autora/apelada, é uma modalidade contratual
extremamente onerosa e lesiva ao consumidor, razão pela
qual deve ser interpretada como contrato de crédito pessoal
consignado, no intuito de reestabelecer o equilíbrio
contratual entre a instituição financeira e o consumidor. IV -
V. (…). AGRAVO INTERNO CONHECIDO E DESPROVIDO.
(TJGO, Apelação (CPC) 0311274-94.2016.8.09.0002, Rel.
Des(a). MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI , 1ª
Câmara Cível, julgado em 15/10/2020, DJe de 15/10/2020) grifei.

APELAÇÕES CÍVEIS. AÇÃO DECLARATÓRIA C/C

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NR.PROCESSO: 5032160-13.2020.8.09.0051
CONDENATÓRIA. REPETIÇÃO DE INDÉBITO E INDENIZAÇÃO
POR DANOS MORAIS. CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO.
SÚMULA 63 DO TJGO. INCIDÊNCIA DO CÓDIGO DE DEFESA
DO CONSUMIDOR. EQUIPARAÇÃO À MODALIDADE DE
CONTRATO DE EMPRÉSTIMO PESSOAL CONSIGNADO.
DEVER INFORMACIONAL VIOLADO. CARTÃO DE CRÉDITO
NÃO UTILIZADO. REPETIÇÃO DO INDÉBITO. POSSIBILIDADE.
DANO MORAL INEXISTENTE.1. O Código de Defesa do
Consumidor é aplicável às instituições financeiras, consideradas
fornecedoras de produtos e serviços. Os contratos firmados entre
consumidores e fornecedores devem observar os princípios da
informação e da transparência, o que não ocorreu in casu. 2. É
clara a abusividade contratual quando o consumidor é
cobrado apenas no valor mínimo da fatura do cartão e vê
refinanciado todo restante do débito de forma automática,
nos termos da Súmula 63 deste Tribunal, além de não ter
utilizado o cartão o crédito, sendo devida a restituição do
valor indevidamente pago, considerando o valor liberado
pela instituição financeira. 3. (...). APELAÇÕES CÍVEIS
CONHECIDAS E DESPROVIDAS. (TJGO, Apelação (CPC)
5707087-80.2019.8.09.0132, Rel. Des(a). LEOBINO
VALENTE CHAVES, 2ª Câmara Cível, julgado em 24/08/2020,
DJe de 24/08/2020) Grifei.

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA


DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS,
REPETIÇÃO DE INDÉBITO E PEDIDO DE TUTELA DE
URGÊNCIA. CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO
CONSIGNADO EM FOLHA DE PAGAMENTO. SÚMULA TJGO.
COMPENSAÇÃO. REPETIÇÃO INDÉBITO. SIMPLES. DANO
MORAL. NÃO CONFIGURADO. HONORÁRIOS. 1. (…). 2. Nos
termos do enunciado nº 63 do TJGO: "Os empréstimos
concedidos na modalidade 'Cartão de Crédito Consignado'
são revestidos de abusividade, em ofensa ao CDC, por
tornarem a dívida impagável em virtude do refinanciamento
mensal, pelo desconto apenas da parcela mínima devendo
receber o tratamento de crédito pessoal consignado, com
taxa de juros que represente a média do mercado de tais
operações, ensejando o abatimento no valor devido,
declaração de quitação do contrato ou a necessidade de
devolução do excedente, de forma simples ou em dobro,
podendo haver condenação em reparação por danos morais,
conforme o caso concreto." 3 - 6. (…). APELAÇÃO
CONHECIDA E PARCIALMENTE PROVIDA. (TJGO, Apelação
(CPC) 5607636-68.2018.8.09.0051, Rel. Des(a). JOSÉ
CARLOS DE OLIVEIRA , 2ª Câmara Cível, julgado em
28/10/2020, DJe de 28/10/2020) Grifei.

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE

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NR.PROCESSO: 5032160-13.2020.8.09.0051
INEXISTÊNCIA DE ATO JURÍDICO C/C REPETIÇÃO DE
INDÉBITO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. C
ONTRATO DE CARTÃO CRÉDITO CONSIGNADO.
ABUSIVIDADE E ONEROSIDADE EXCES-SIVA. APLICAÇÃO
DO CDC. Os contratos firmados devem observar os princípios da
informação e da transparência, nos termos dos artigos 4º e 6º do
Código de Defesa do Consumidor. Na hipótese, constata-se
omissão das principais características da operação, em afronta
aos princípios em destaque, devendo as cláusulas contratuais ser
interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor (artigo 47
do CDC). DESCONTO SOMENTE DO MÍNIMO DA FATURA
MENSAL. REFINANCIAMENTO MENSAL DO VALOR TOTAL
DEVIDO. DÉBITO QUE NUNCA SE FINDA. REVISÃO DO
PACTO EM FAVOR DA PARTE HIPOSSUFICIENTE. O contrato
de cartão de crédito consignado em folha de pagamento, ao
que se observa no caso concreto, com prestações sem
número ou prazo determinado, com desconto apenas do
mínimo do valor da fatura mensal, efetuado direto da folha de
pagamento do consumidor, com aplicação de juros e outros
encargos, fazendo a instituição financeira, na sequência, um
refinanciamento do restante do valor total devido, mês a
mês, é modalidade que externa manifesta abusividade por
parte do banco apelante, causando um lucro exagerado e
uma onerosidade excessiva ao consumidor, na medida em
que a quitação do débito nunca acontece, máxime quando
não informadas estas características ao contratante.
SENTENÇA PROFERIDA EM CONSONÂNCIA COM O
ENUNCIADO DA SÚMULA 63 DO TJGO. EQUIPARAÇÃO AO
EMPRÉSTIMO CONSIGNADO. De acordo com a Circular
3549/11 do BACEN, os cartões de crédito consignado se
equiparam às demais operações de créditos pessoais
consignados propriamente ditos (súmula 63 TJ/GO). (…)
(TJGO, Apelação (CPC) 5685490-30.2019.8.09.0011, Rel.
Des(a). NEL-MA BRANCO FERREIRA PERILO , 4ª
Câmara Cível, julgado em 21/09/2020, DJe de 21/09/2020.
Negritei).

Tem-se, portanto, um caso de aplicação do artigo 47 do Código de Defesa do


Consumidor 1 , de modo que a avença objeto da lide deve ser interpretada como
contrato de crédito pessoal consignado, no intuito de restabelecer o equilíbrio
contratual entre a instituição financeira e o consumidor, consoante posicionamento da
Súmula 63 do TJGO.

DA TAXA DE JUROS

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NR.PROCESSO: 5032160-13.2020.8.09.0051
Quanto à revisão dos encargos contratuais, recebendo o empréstimo em
questão tratamento de crédito pessoal consignado, deve ser aplicada a taxa de juros
que represente a média do mercado de tais operações, nos termos da citada
Súmula 63 do TJGO.

Dessa forma, mostra-se escorreita a sentença que modificou a natureza do


contrato para empréstimo pessoal, a fim de restabelecer o equilíbrio entre as partes,
determinando a aplicação de juros remuneratórios conforme a taxa média de mercado
vigente na data da pactuação, pelo que o improvimento do recurso é medida que se
impõe, nesse particular.

DA REPETIÇÃO DE INDÉBITO

Noutro ponto, reconhecida a eventual existência de cobrança de valores


indevidos, correta a condenação da requerida/apelante à repetição de indébito.

Sobre a repetição de indébito, convém elucidar que esta é uma consequência


lógica da revisão das cláusulas contratuais ensejadoras da cobrança de encargos
declarados indevidos, em respeito à vedação legal ao enriquecimento sem causa.

Sendo assim, denota-se que a adoção da referida providência deve ocorrer


por meio de restituição simples, a teor do disposto nos artigos 369 e 876, ambos do
Código Civil.

A propósito, eis o posicionamento do Tribunal da Cidadania:

(...) É firme a orientação jurisprudencial do STJ em admitir a


compensação de valores e a repetição do indébito na forma
simples, sempre que constatada cobrança indevida do
encargo exigido, sem ser preciso comprovar erro no
pagamento. Tal regra funda-se na necessidade de evitar o
enriquecimento ilícito da parte beneficiada. Confiram-se estes
precedentes: Terceira Turma, AgRg no REsp n. 925.296/CE,
Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, DJe de 13.12.2012; Terceira
Turma, AgRg no REsp n. 1.270.283/RS, Ministra Nancy Andrighi,
DJe de 20.8.2012; e Quarta Turma, Edcl no REsp n. 764.470/RS,
Ministra Maria Isabel Gallotti, DJe de 16.11.2011. (…).” (Agravo
em Recurso Especial nº 482.413/RS, Rel. Min. João Otávio de
Noronha, Julg. 12.03.2014, DJe 25.03.2014. Negritei)

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NR.PROCESSO: 5032160-13.2020.8.09.0051
Em assim sendo, o débito cobrado de forma indevida deverá ser
restituído tal como definido na sentença, na forma simples, merecendo ser
mantido o decisum, nesse ponto.

Lado outro, depreende-se que restou prejudicado o pedido do


autor/primeiro apelante quanto ao pedido de devolução em dobro.

DOS DANOS EXTRAPATRIMONIAIS

Quanto a alegação do autor/primeiro apelante que restou caracterizada


conduta capaz de configurar a condenação do Banco BMG S/A, em danos
extrapatrimoniais, não merece acolhimento a irresignação.

Sobre o tema, impõe-se esclarecer que para a configuração do ato ilícito, é


necessária a conduta ilícita da parte, o dano e o nexo de causalidade entre o dano e a
conduta. Contudo, no caso em exame, não se vislumbra tais elementos, já que a
cobrança do débito decorreu de contrato celebrado entre as partes por livre vontade da
contratante.

Nesta senda, importa rememorar que, de acordo com as normas legais que
regem o instituto da obrigação e a jurisprudência dominante do Superior Tribunal de
Justiça, em casos como o presente, em que há instrumento contratual firmado, ainda
que houvesse eventual descumprimento das disposições contratuais, tal fato não
geraria, por si só, direito à indenização a título de dano extrapatrimonial, porquanto
resolvem-se em perdas e danos.

Ademais, verifica-se que, no campo específico dos contratos, doutrina e


jurisprudência têm se pautado, congruentemente, no entendimento de que o desajuste
contratual não tem o condão de ensejar responsabilização por danos
extrapatrimoniais, valorando a situação como mero inconveniente a que todos estão
sujeitos, seja pessoa física ou jurídica.

Nesse sentido, transcrevo julgados do Superior Tribunal de Justiça:

DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. INADIMPLEMENTO


CONTRATUAL. ACORDO HOMOLOGADO JUDICIALMENTE.
ALIENA-ÇÃO FIDUCIÁRIA. VEÍCULO AUTOMOTOR. BAIXA DE

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NR.PROCESSO: 5032160-13.2020.8.09.0051
GRAVAME. DEMORA. DANO MORAL. NÃO
CARACTERIZAÇÃO. […] 2. O inadimplemento contratual gera,
ordinariamente, os efeitos estabelecidos no art. 389 do Código
Civil, segundo o qual, "não cumprida a obrigação, responde o
devedor por perdas e danos mais juros e atualização monetária
segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários
de advogado". 3. Somente haverá indenização por danos morais
se, além do descumprimento do contrato, ficar demonstrada
circunstância especial capaz de atingir os direitos de
personalidade, o que não se confunde com o mero dissabor. […]
5. Recurso especial parcialmente conhecido e desprovido. (REsp
1599224/RS, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA,
QUARTA TURMA, julgado em 08/08/2017, DJe 16/08/2017)

CIVIL. RECURSO ESPECIAL. APLICAÇÃO FINANCEIRA.


FUNDO DE INVESTIMENTO. VARIAÇÃO CAMBIAL OCORRIDA
EM 1999. PERDA DE TODO O VALOR APLICADO. CLÁUSULA
STOP LOSS. INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E
MORAIS. CDC. RELAÇÃO DE CONSUMO. DESCUM-
PRIMENTO CONTRATUAL. MERO DISSABOR. […] 5. O simples
descumprimento contratual, por si, não é capaz de gerar danos
morais, sendo necessária a existência de um plus, uma
consequência fática capaz, essa sim, de acarretar dor e
sofrimento indenizável pela sua gravidade. 6. Recurso especial
conhecido e parcialmente provido. (REsp 656.932/SP, Rel.
Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA, QUARTA TURMA,
julgado em 24/04/2014, DJe 02/06/2014).

Eis, também, o entendimento jurisprudencial desta Casa de Justiça:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA


DE DÉBITO C/C REVISIONAL, REPETIÇÃO DE INDÉBITO E
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. CARTÃO DE CRÉDITO
CONSIGNADO. APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR. PRINCÍPIOS DA TRANSPARÊNCIA E
INFORMAÇÃO. VIOLA-ÇÃO. REFINANCIAMENTO MENSAL DO
DÉBITO. ABUSIVIDADE. CONVERSÃO PARA MODALIDADE
EMPRÉSTIMO PESSOAL. POSSIBILIDADE. SÚMULA 63 DO
TJGO. JUROS REMUNERATÓRIOS. RESTITUIÇÃO SIMPLES.
DANOS MORAIS NÃO CONSTATADOS. SUCUMBÊNCIA
RECÍPROCA. 1. A relação jurídica firmada entre a instituição
financeira e a autora é de consumo, incidindo as disposições do
CDC, o que permite a manifestação acerca da existência de
eventuais cláusulas abusivas, relativizado o argumento escorado
na ausência de vício de consentimento. 2. Os contratos firmados
entre consumidores e fornecedores devem observar os princípios
da informação e da transparência, nos termos dos artigos 4º e 6º
do CDC. Verificada, na hipótese, a omissão das principais
características da operação, em afronta aos princípios em

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NR.PROCESSO: 5032160-13.2020.8.09.0051
destaque, devem as cláusulas contratuais serem interpretadas de
maneira mais favorável ao consumidor (art. 47, CDC). 3. Ao
consumidor, no momento da contratação, não foi dada ciência da
real natureza do negócio, modalidade contratual que combina
duas operações distintas, o empréstimo consignado e o cartão de
crédito. 4. Para o contratante o pacto é um empréstimo nos
moldes tradicionais, contudo, o desconto mensal somente no
valor mínimo da fatura, leva ao refinanciamento do restante da
dívida, além de não ser amortizado o débito principal,
apresentando um crescimento vertiginoso, gerando uma dívida
vitalícia, caracterizando a abusividade. Assim, aplicando ao caso
o artigo 47 do Código de Defesa do Consumidor, deve a presente
avença ser interpretada como contrato de crédito pessoal
consignado, no intuito de restabelecer o equilíbrio contratual entre
a instituição bancária e a consumidora. Incidência da Súmula nº
63 do TJGO. 5. Caracterizada a ilegalidade/abusividade da
conduta do Banco recorrido, o que enseja o tratamento desta
contratação como se fosse de empréstimo pessoal consignado,
mister que a taxa de juros represente a média do mercado de tais
operações, à época da assinatura do pacto. 6. Diante da
constatação da abusividade contratual, que ensejou a
equiparação do contrato ao de empréstimo consignado pessoal,
deverá a dívida ser recalculada, em fase de liquidação de
sentença, para somente depois ser apurada a quantia
efetivamente devida pela autora, devendo ser-lhe
restituído/compensado na forma simples apenas os valores que
foram pagos a maior. 7. Quanto a indenização por dano moral,
haja vista se tratar de empréstimo na modalidade cartão de
crédito consignado em folha de pagamento, o abalo subjetivo
alegadamente sofrido pela recorrente não transpõe a barreira
do mero dissabor, o qual não pode ser confundido com o
dano moral e, por isso, não dá ensejo à compensação
pecuniária. 10. Diante da reforma da sentença para julgar, em
sua maioria, procedentes os pedidos iniciais, determino a
inversão dos ônus sucumbenciais, devendo a parte ré arcá-los
em sua integralidade, nos termos do artigo 86, parágrafo único,
do Código de Processo Civil. RECURSO CONHECIDO E
PARCIALMENTE PROVIDO.(TJGO, Apelação (CPC) 5528777-
38.2018.8.09.0051, Rel. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO
REQUI, 1ª Câmara Cível, julgado em 31/07/2020, DJe de
31/07/2020) Grifei.

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REVISIONAL C/C OBRIGAÇÃO DE


FAZER E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. CONTRATO
DE CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO. RESERVA DE
MARGEM CONSIGNÁVEL (RMC). INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS. INDEVIDA. SENTENÇA REFORMADA. 1. Os
empréstimos concedidos na modalidade - Cartão de Crédito
Consignado - são revestidos de abusividade, em ofensa ao CDC,
por tornarem a dívida impagável em virtude do refinanciamento

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5032160-13.2020.8.09.0051
mensal, pelo desconto apenas da parcela mínima, devendo
receber o tratamento de crédito pessoal consignado, com taxa de
juros que represente a média do mercado de tais operações.
Inteligência do Enunciado n. 63 da Súmula deste egrégio Tribunal
de Justiça. 2. Uma vez evidenciada a abusividade e lesividade
praticada pela instituição financeira e, considerando que as
principais características da operação não foram informadas ao
consumidor, em desrespeito aos princípios da informação e da
transparência, resta possível a revisão contratual, levando em
conta a taxa média de mercado dos juros remuneratórios para o
crédito pessoal consignado, por ser a mais favorável ao
consumidor e traduzir a natureza predominante da operação, com
o afastamento capitalização mensal de juros não contratada,
exatamente nos termos decididos na sentença Juízo primevo. 3.
Correta a sentença ao determinar que, caso seja apurado que a
parte autora efetuou algum pagamento a maior, deverá ser
restituído, na forma simples, com acréscimo de correção
monetária e juros de mora. 4. Não comprovada a ocorrência de
efetiva lesão à esfera da personalidade do consumidor, não
há que se falar em condenação ao pagamento de indenização
por danos morais, razão pela qual a sentença deve ser
reformada nessa parte, para julgar improcedente o pleito
indenizatório. APELAÇÃO CONHECIDA E PARCIALMENTE
PROVIDA.(TJGO, Apelação (CPC) 0124257-23.2014.8.09.0021,
Rel. SEBASTIÃO LUIZ FLEURY, 3ª Câmara Cível, julgado em
28/07/2020, DJe de 28/07/2020)Grifei.

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA


DE RELAÇÃO JURÍDICA C/C RESTITUIÇÃO DE INDÉBITO E
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. CARTÃO DE CRÉDITO
CONSIGNADO. INCIDÊNCIA DAS NORMAS
CONSUMERISTAS. DESCONTO MÍNIMO DA FATURA
MENSAL. DÍVIDA INSOLÚVEL. ABUSO E ONEROSIDADE
EXCESSIVAS. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. FORMA SIMPLES.
DANO MORAL. NÃO COMPROVAÇÃO. COMPENSAÇÃO DE
VALORES. AUSÊNCIA DE INTERESSE. HONORÁRIOS. I- A
relação contratual estabelecida entre as partes é típica de
consumo, razão pela qual aplica-se o Código de Defesa do
Consumidor, a teor da Súmula 297 do Superior Tribunal de
Justiça. II- A modalidade contratual cartão de crédito consignado
mostra-se extremamente onerosa e lesiva ao consumidor, pois,
abatidos os encargos de financiamento, o valor principal da dívida
é mensalmente refinanciado, acrescido de juros exorbitantes, o
que inviabiliza a quitação do débito, razão pela qual deve ser
alterada a natureza da avença para empréstimo consignado. III- A
repetição de indébito será efetivada somente após a revisão das
cláusulas contratuais, quando então será aferido o valor devido,
de forma simples, a fim de evitar enriquecimento ilícito. IV- O
reconhecimento da abusividade da contratação não
caracteriza, por si só, dano moral, porquanto não houve

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NR.PROCESSO: 5032160-13.2020.8.09.0051
negativação do nome da autora ou exposição fática a
situação constrangedora, mas sim mero aborrecimento pela
contratação de cartão de crédito oneroso e desvantajoso ao
consumidor. V- Falece interesse recursal quanto ao pleito de
compensação de valores, porquanto deferido na sentença. VI-
Permanecendo a sucumbência da instituição financeira, resta
mantida sua condenação ao pagamento das custas processuais e
dos honorários advocatícios. Todavia, considerando que, na
hipótese, o valor da condenação tornou-se excessivamente baixo,
mister a fixação da verba honorária nos moldes do artigo 85, § 8º,
do Código de Processo Civil. APELAÇÃO CONHECIDA E
PARCIALMENTE PROVIDA. (TJGO, Apelação (CPC) 5578499-
15.2019.8.09.0113, Rel. NELMA BRANCO FERREIRA PERILO,
4ª Câmara Cível, julgado em 27/07/2020, DJe de
27/07/2020)Grifei.

Desta feita, deve ser mantida a sentença fustigada neste ponto, tendo em vista não
haver comprovação de violação aos direitos personalíssimos da parte autora/primeira apelante.

Ao teor do exposto, e nos termos no artigo 932, inciso IV, a, do Código de


Processo Civil, CONHEÇO de ambos os recursos interpostos e NEGO-LHES
provimento.

Outrossim, majoro dos honorários para 20% (vinte por cento) sobre o valor
atualizado da causa, em obediência à regra do artigo 85, § 11, do Código de Processo
Civil, mantendo o mesmo percentual fixado na sentença, com as ressalvas do art. 98,
§3º do mesmo Código.

É como decido.

Intimem-se. Após o trânsito em julgado, não havendo recurso, devolvam-se os


autos ao juízo de origem.

Desembargadora AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO

RELATORA

Datado e assinado digitalmente conforme Resolução 59/2016

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NR.PROCESSO: 5032160-13.2020.8.09.0051
1 Art. 47. As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 06/11/2020


18:39:05

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5189390-77.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : MANOEL XAVIER DO REGO
POLO PASSIVO : SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO DO ESTADO DE GOIÁS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MANOEL XAVIER DO REGO


ADVGS. PARTE : 23620 GO - SEBASTIÃO SOUSA MONTEIRO JUNIOR
24788 GO - PAULA LUCIO ALVES MONTEIRO
20974 GO - ADALBERTO PEREIRA DA COSTA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5189390-77.2020.8.09.0000
MANDADO DE SEGURANÇA Nº 5189390-77.2020.8.09.0000
IMPETRANTE : MANOEL XAVIER DO REGO
IMPETRADO : SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO DO ESTADO DE GOIÁS E OUTRO
RELATOR : REINALDO ALVES FERREIRA
Juiz de Direito Substituto em 2º Grau

DESPACHO

Compulsando os autos digitais nota-se que o ato coator deduzido na petição inicial
consiste no indeferimento da promoção do impetrante, por deliberação da Junta de Programação
Orçamentária e Financeira, cujo ato foi assinado pelo Superintendente Rafael Lisita Júnior.

Em sendo assim, intime-se o impetrante para, em cinco (5) dias, manifestar sobre a
aparente ilegitimidade passiva do Secretário de Administração do Estado de Goiás e do
Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar, podendo, na oportunidade, indicar a
autoridade que entenda ser aquela que deve compor o polo passivo deste writ.

Cumpra-se.

Goiânia, 05 de novembro de 2020.

REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito Substituto em 2º Grau.

23

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho -> Conversão -> Julgamento em Diligência
- Data da Movimentação 04/11/2020 10:16:50

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5542023-89.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : AUREO DIAS
POLO PASSIVO : BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS SA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : AUREO DIAS


ADVG. PARTE : 54600 GO - DANIELLE NEVES MENDES AMARAL

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5542023-89.2020.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5542023-89.2020.8.09.0000
COMARCA DE GOIÂNIA
AGRAVANTE : AUREO DIAS
AGRAVADO : BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS SA
REINALDO ALVES FERREIRA
RELATOR :
Juiz de Direito Substituto em 2º Grau

DESPACHO

In casu, tendo em vista que a parte agravante foi intimada da decisão agravada na
data de 06.10.2020, enquanto o presente agravo de instrumento somente fora interposto em
29.10.2020, intime-a para, no prazo de 05 (cinco) dias, manifestar-se acerca da aparente
intempestividade recursal, ‘ex vi’ dos arts. 9º, caput1, 102 e 933, todos do CPC.

Intime-se.

Goiânia, 03 de novembro de 2020.

REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito Substituto em 2º Grau

19

1 “Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.

2“Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar,

ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.”

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 06/11/2020


18:38:59

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0393509-05.2015.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : RICARDO SANTOS VILACA
POLO PASSIVO : PRESIDENTE/DIRETOR DA FUNDAÇÃO UNIVERSA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : RICARDO SANTOS VILACA


ADVG. PARTE : 27631 GO - RICARDO SANTOS VILAÇA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0393509-05.2015.8.09.0051
MANDADO DE SEGURANÇA Nº 0393509-05.2015.8.09.0051
IMPETRANTE : RICARDO SANTO VILAÇA
SECRETÁRIO DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA E
IMPETRADO :
JUSTIÇA
REINALDO ALVES FERREIRA
RELATOR :
Juiz de Direito Substituto em 2º grau

DESPACHO

Tendo em vista o lapso temporal decorrente da suspensão do feito, em virtude do


julgamento do IRDR 5204904.12 (Tema 5), determino a intimação das partes para que, no prazo
de 10 (dez) dias, requeiram o que de direito, especialmente se ainda persiste o interesse de agir
do impetrante.

Cumpra-se. Intimem-se.

Goiânia, 05 de novembro de 2020.

REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito Substituto em 2º Grau

29

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 04/11/2020


10:25:04

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5000354-16.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ESTADO DE GOIAS
POLO PASSIVO : OSVALDIMAR NONATO GOMES PEREIRA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : OSVALDIMAR NONATO GOMES PEREIRA


ADVGS. PARTE : 25996 GO - RAFAEL REGINALDO URANI DE OLIVEIRA
34056 GO - LEONARDO ODAIR SANCHES BORGES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5000354-16.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Luiz Eduardo de Sousa

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5000354-16.2020.8.09.0000

COMARCA DE GOIÂNIA

AGRAVANTE: ESTADO DE GOIÁS

AGRAVADO: OSVALDIMAR NONATO GOMES PEREIRA

RELATOR: REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito Substituto em 2º Grau

DESPACHO

Em virtude do IRDR n. 5232042.12, foi determinado o sobrestamento do presente


recurso até o julgamento do citado incidente (evento 36).

Após, o agravante aviou a petição do evento 37 informando sobre a existência do


referido IRDR e pugnando pela suspensão do feito.

Assim, ratifico a determinação de sobrestamento do recurso até o julgamento do


respectivo incidente (IRDR n. 5232042.12), devendo a Secretaria da Primeira Câmara Cível tomar
as providências para cumprir o comando contido no evento 36.

Cumpra-se.

Goiânia, 04 de novembro de 2020.

REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito Substituto em 2º Grau

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5000354-16.2020.8.09.0000
21

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho -> Conversão -> Julgamento em Diligência
- Data da Movimentação 05/11/2020 09:37:33

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5551608-68.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : FRANCISMA CARVALHO DE ALBUQUERQUE JUNIOR
POLO PASSIVO : ESTADO DE GOIÁS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : FRANCISMA CARVALHO DE ALBUQUERQUE JUNIOR


ADVG. PARTE : 29479 GO - PEDRO LUSTOSA DO AMARAL HIDASI

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5551608-68.2020.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 55551608-68.2020.8.09.0000

COMARCA DE GOIÂNIA
AGRAVANTE : FRANCISMA CARVALHO DE ALBUQUERQUE JUNIOR
AGRAVADO : ESTADO DE GOIAS
REINALDO ALVES FERREIRA
RELATOR :
Juiz de Direito em Substituição

DESPACHO

FRANCISMA CARVALHO DE ALBUQUERQUE JUNIOR, devidamente qualificado


nos autos, interpõe agravo de instrumento em face da decisão vista no evento 4 dos autos
originários (5458963-65.2020.8.09.0051) proferida pela MM. Juíza de Direito da 4ª Vara da
Fazenda Pública Estadual da comarca de Goiânia, no âmbito da ação de cobrança com pedido
de antecipação de tutela inaldita altera pars c/c indenização por danos morais proposta em
desfavor do ESTADO DE GOIAS, que indeferiu o benefício da gratuidade de justiça.

Sobre o tema:

“O benefício da gratuidade não é amplo e absoluto. Não é inju-rídico condicionar o Juiz a


concessão da gratuidade à comprovação da miserabi-lidade jurídica alegada (...).” (RSTJ,
117/449).

Em razão disso, da postulação de concessão da be-nesse da gratuidade e ante a


ausência dos documentos nos autos, intime-se o agravante para comprovar, no prazo de 05
(cin-co) dias, a alegada situação de carência, requisito autorizador do benefício em apreço,
devendo colacionar aos autos última declaração de imposto de renda, extrato de contas
bancárias dos últimos 3 (três) meses, comprovantes de ganhos e gastos mensais, bem
como espelho da guia de custas iniciais, eis que constituem ele-mentos indiciários à ilação
acerca das reais condições econômicas ou financeiras alegadas.

Registre-se que o descumprimento da diligência e mantida a insuficiência das provas,


incitarão ao indeferimento da medida.

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NR.PROCESSO: 5551608-68.2020.8.09.0000
Após, volvam-me conclusos.

Intimem-se.

Goiânia, 04 de novembro de 2020.

REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito Substituto em 2º Grau

19

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Não-Concessão -> Antecipação de tutela
- Data da Movimentação 06/10/2020 16:22:31

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5470100-03.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : DORACI PEREIRA DOS SANTOS SILVA
POLO PASSIVO : MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : DORACI PEREIRA DOS SANTOS SILVA


ADVG. PARTE : 39606 GO - ÁQUILA RAIMUNDO PINHEIRO LIMA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5470100-03.2020.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Luiz Eduardo de Sousa

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 5470100-03.2020.8.09.0000

COMARCA DE ANÁPOLIS

AGRAVANTE : DORACI PEREIRA DOS SANTOS SILVA

AGRAVADO : MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS

RELATOR : REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito em Substituição

DECISÃO PRELIMINAR

Trata-se de agravo de instrumento, com pedido de liminar, interposto por DORACI


PEREIRA DOS SANTOS SILVA contra a decisão (evento 15 do processo n. 5345794-
41.2020.8.09.0006) proferida pelo MM. Juiz de Direito da Vara da Fazenda Pública Municipal da
comarca de Anápolis nos autos do mandado de segurança impetrado em face do MUNICÍPIO
DE ANÁPOLIS.

A decisão recorrida foi proferida nos seguintes termos:

“(…)

A liminar deve ser negada.

Em análise prefacial da matéria, não vislumbro a contradição de previsões editalícias apontada pela
impetrante com suficiência para lhe conferir o direito de figurar dentre os aprovados no cadastro de reserva do concurso.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5470100-03.2020.8.09.0000
Inexiste, portanto, a fumaça do bom direito.

Primeiro, não se pode negar que o edital do concurso previu no item 7 que seriam convocados para
participar da última prova de títulos todos os candidatos classificados até 6 (seis) vezes o número total de vagas
ofertadas no concurso, alcançando, portanto, todos aqueles que figuraram até a 810ª posição da lista geral de ampla
concorrência após aprovação na prova objetiva. Veja:

7.1 A Prova de Títulos terá caráter classificatório e estão convocados para o envio dos títulos
os candidatos posicionados em ordem decrescente da nota obtida, até 6 (seis) vezes o
número de vagas ofertadas, ou seja, até a 810ª classificação da listagem da Ampla
Concorrência e da 90ª classificação da listagem de PcD, respeitado os empates na última
classificação. Grifei.

A prova de títulos do certame, por sua vez, não possui mesmo caráter eliminatório, somente classificatório,
mas, isto não quer dizer que todos os candidatos convocados para dela participar já estão automaticamente aprovados.

A impossibilidade de eliminação, em verdade, quer dizer apenas que todos os candidatos que dela
participarem serão classificados e, a partir desta classificação, é que se verá adiante quais deles conseguiram atingir
a pontuação necessária para figurar dentro do número de vagas disponibilizadas para convocação imediata ou
cadastro de reserva. Vejamos o item 7.1.2:

7.1.2 O caráter classificatório se refere a todos os candidatos aprovados na Prova Objetiva,


independentemente de estarem ou não dentro do número de vagas preestabelecido. A Prova
de Títulos não terá caráter eliminatório, POIS NÃO ELIMINARÁ CANDIDATOS QUE NÃO
APRESENTAREM QUAISQUER TÍTULOS. Grifei.

Isto significa dizer que mesmo aquele candidato completamente desprovido de títulos para apresentar não
será automaticamente eliminado e terá o direito de pontuar na prova, mesmo que seja para zerar, restando-lhe
aguardar para ver sua posição final na lista de classificação que será recalculada conforme desempenho dos demais
candidatos na mesma etapa.

A impetrante, por exemplo, antes da prova de título tinha sido classificada em 752 e, após sua realização,
feitas as contas dos títulos de todos os candidatos, terminou reclassificada para 636. Ela não foi, portanto, eliminada
por falta de títulos e avançou para classificação final. Ocorre, contudo, que sua posição nesta classificação final era
insuficiente para que pudesse figurar dentro do número de vagas disponibilizadas para o cadastro de reserva,
que, conforme previsto no Anexo II do edital, era de apenas 405 posições para o sistema de ampla concorrência.

Assim, não vejo, a priori, contradição entre os itens 7 e o Anexo II do edital do concurso porque o primeiro
tratou apenas do quantitativo máximo de candidatos que seriam convocados para participar da prova de títulos e o

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NR.PROCESSO: 5470100-03.2020.8.09.0000
segundo delimitou quantas vagas foram disponibilizadas para convocação direta e cadastro de reserva.

A impetrante, aparentemente, apresentou interpretação jurídica destituída de plausibilidade para defender


que, por conta desta dicotomia, todos os candidatos convocados para participar da prova de títulos já estariam também
automaticamente aprovados; o que não procede.

Na mesma direção, converge a lição mais recente do STJ:

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ORDINÁRIO EM


MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. CLASSIFICAÇÃO FORA DAS VAGAS
PREVISTAS PARA PARTICIPAÇÃO NO CURSO DE FORMAÇÃO. ELIMINAÇÃO DO CERTAME.
LEGALIDADE. OBSERVÂNCIA DOS TERMOS PREVISTO NO EDITAL. 1. Os autos são
oriundos de mandado de segurança no qual se busca a anulação da cláusula 16.1 do Edital
001/2014, relativo ao concurso de Delegado de Polícia do Estado de Tocantins, que, no
entender do impetrante, teria concedido caráter eliminatório à fase de títulos e ensejado a sua
eliminação, contrariando as demais disposições editalícias (1.3.1 e 14.1.1). 2. O edital do
certame em questão previu, expressamente, que: i) a primeira etapa do concurso consiste em
cinco fases, sendo a última delas a de avaliação de títulos, de cunho meramente
classificatório; ii) a nota final dessa primeira etapa consiste na soma da nota final de suas
fases (provas objetivas, discursiva e avaliação de títulos); e iii) somente serão convocados
para a segunda etapa, consistente no curso de formação, os candidatos classificados dentro
do número exato de vagas previsto neste Edital.3. Não se vislumbra razões para reformar o
acórdão de origem, na medida em que a eliminação do agravante no certame não se deu em
RAZÃO DA FASE DE AVALIAÇÃO DE TÍTULOS EM SI, MAS SIM POR NÃO TER ATINGIDO, NA
PRIMEIRA ETAPA (QUE ENGLOBA OS TÍTULOS), NOTA FINAL SUFICIENTE PARA FIGURAR
DENTRO DO NÚMERO DE VAGAS PREVISTAS para a participação do curso de formação,
etapa seguinte do concurso. Assim, não há falar em ilegalidade de cláusula do edital,
tampouco do ato que ensejou a eliminação do impetrante do concurso, não havendo, por
conseguinte, direito líquido e certo a ser resguardado. 4. Agravo interno não provido.(STJ –
Relator Ministro Ministro BENEDITO GONÇALVES – DJE DE 11/03/2020). Grifei

Diante do exposto, indefiro a liminar.

Notifique-se a Autoridade Coatora para, no prazo de 10 (dez) dias, prestar as informações que entender
necessárias.

Intime-se o Procurador-Geral do Município de Anápolis para tomar conhecimento do feito e atuar na defesa
da Autoridade Coatora.

Defiro os benefícios da gratuidade processual em proveito da parte impetrante. (…).”

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NR.PROCESSO: 5470100-03.2020.8.09.0000
Em suas razões recursais, a agravante discorre, inicialmente, sobre os fatos da lide.

Relata que “ajuizou o referido mandado de segurança em razão de ter participado de um concurso
público para a vaga de pedagoga no município, sendo classificada até a prova de títulos, mas foi eliminada durante essa
fase, segundo o número de vagas do anexo II do Edital 01/19 (Professor PIII). Sendo que no próprio edital, em seu item
7.1.2, dispõe que aqueles que se encontram na fase de prova de títulos, não seriam eliminados do concurso, isto é,
estes estariam pelo menos classificados para o cadastro de reserva do concurso público.”

Diz que faltou clareza no enunciado do concurso e que não houve um critério lógico de
informação, o que gerou uma interpretação confusa e a expectativa da autora de aprovação por
meio do cadastro de reserva.

Discorre sobre a vinculação do candidato e da Administração Pública aos termos do


edital, bem como sobre o dever desta de pautar suas ações com base na lealdade e boa-fé.

Salienta a ausência de clareza e transparência no enunciado do edital do concurso


público 01/2019 em relação à previsão do número de vagas, sendo que “primeiramente no item 7 do
edital, que dispõe sobre a avaliação de títulos, é previsto que todos os candidatos classificados até 6 (seis) vezes o
número de vagas ofertadas no concurso, ou seja, até a posição 810ª(octingentésimo décima) posição da lista geral de
ampla concorrência, teriam o direito de participar da fase de títulos.” (sic)

Argumenta que, como foi classificada na 752ª posição na prova objetiva e na 636ª
posição na classificação final, deveria estar no cadastro de reserva, conforme consta no subitem
7.1.2.

Alega que sua expectativa de aprovação para o cadastro de reserva foi frustrada pela
comissão organizadora por meio do anexo II complementar do edital, que previu apenas 405
vagas para o cadastro de reserva.

Assevera que houve contradição entre tais itens e falta de clareza no enunciado,
gerando, assim, violação ao princípio da legalidade.

Aduz que “caberia à Administração ter agido sob os aspectos da boa-fé, da lealdade e da confiança
recíproca, respeitando aos parâmetros definidos no edital, e assim ao fundamento da moralidade administrativa.”

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NR.PROCESSO: 5470100-03.2020.8.09.0000
Ao final, requer a concessão da tutela recursal antecipada para “determinar a inclusão da
referida candidata no cadastro de reserva de aprovados, e inserir o seu nome na lista de resultado final de ampla
concorrência.” No mérito, requer a confirmação da liminar.

Sem preparo por ser beneficiária da justiça gratuita.

É o relatório. Decido.

A princípio, o recurso atende os requisitos legais relativos à sua admissibilidade. Logo,


passo a análise do pedido liminar.

O recurso visa a concessão de tutela liminar para permitir que a recorrente seja
incluída no cadastro de reserva de aprovados no concurso público realizado pela Prefeitura de
Anápolis – Edital n. 01/2019, e que seu nome seja inserido na lista do resultado final de ampla
concorrência.

A priori, insta salientar que o art. 1.019, inc. I, do CPC, preceitua que o relator poderá
atribuir efeito suspensivo ao recurso – art. 995, parágrafo único, do CPC -, ou deferir, em sede
de antecipação de tutela - art. 300 da Lei Processual Civil - total ou parcialmente, a pretensão
recursal, comunicando ao juiz a sua decisão.

Daniel Amorim Assumpção Neves, in Manual de Direito Processual Civil, ao discorrer


sobre a tutela recursal, registra:

“Existem duas espécies de tutela de urgência podem ser pedidas no agravo de instrumento: o
pedido de efeito suspensivo e a tutela antecipada, que poderá ser parcial ou total.

(…)

O art. 1.019, I, do Novo CPC, seguindo a tradição inaugurada pelo art. 527, III, do CPC/1973, indica
exatamente do que se trata: tutela antecipada do agravo, porque, se o agravante pretende obter
de forma liminar o que lhe foi negado em primeiro grau de jurisdição, será exatamente esse o
objeto do agravo de instrumento (seu pedido de tutela definitiva). Tratando-se de genuína
tutela antecipada, caberá ao agravante demonstrar o preenchimento dos requisitos do art.
300 do Novo CPC:

(a) a demonstração da existência de elementos que evidenciem a probabilidade do direito, e

(b) perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo (no caso específico do agravo de
instrumento o que interessa é a preservação da utilidade do próprio recurso).”1 (grifo nosso).

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NR.PROCESSO: 5470100-03.2020.8.09.0000
Em sendo assim, o pedido deve ser interpretado segundo a avaliação da probabilidade
de provimento do recurso (lógica do provável) considerando-se o direito alegado, agregado à
urgência derivada do dano iminente, a inutilidade da demora na entrega da pretensão (NCPC 300
e 311) e ao fator de reversibilidade da decisão.

Dada a sumariedade desta análise e considerando sobre as pretensões das partes,


bem como o rito do agravo, não verifico o atendimento dos elementos mínimos para a
concessão da tutela vindicada.

No caso vertente, não visualizo a presença da razoabilidade/probabilidade do direito


invocado pela agravante para a concessão da liminar (fumus boni juris), tendo em vista que,
conforme minuciosamente explicado pelo magistrado singular, a agravante não foi eliminada do
certame na fase de avaliação de títulos, mas sim por não atingido a classificação necessária para
figurar dentro do número de vagas existentes para o cadastro de reserva, qual seja, 405 vagas
para ampla concorrência.

Ademais, não se verifica, a priori, a alegada contradição mencionada pela agravante,


pois o edital foi claro ao prever que os candidatos que tenham obtido a pontuação necessária até
a 810ª classificação da listagem de ampla concorrência estavam convocados para a
apresentação de títulos (item 7.1), e que o caráter não eliminatório dessa fase significa que os
candidatos que deixassem de apresentar títulos não seriam eliminados do certame (subitem
7.12), o que não se confunde com a quantidade de vagas disponibilizadas para o cadastro de
reserva (450 vagas para ampla concorrência), conforme consta no Anexo II.

Por fim, não restou demonstrada a existência de risco de dano grave, de difícil ou
impossível reparação, caso a situação permaneça da forma como alinhavada nos autos até o
regular processamento deste recurso.

Destarte, ante o contexto fático-probatório apresentado, INDEFIRO o pedido liminar.

Comunique-se ao juízo da causa (1.019, I, CPC).

Intime-se a parte agravada para, querendo, responder o presente agravo (art. 1019, II,
CPC), facultando-lhe juntar a documentação que entender necessária ao julgamento do recurso.

Após, ouça-se a douta Procuradoria-Geral de Justiça.

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NR.PROCESSO: 5470100-03.2020.8.09.0000
Cumpra-se. Intimem-se.

Goiânia, 05 de outubro de 2020.

REINALDO ALVES FERREIRA

Juiz de Direito em Substituição

43

1. Ob. cit. 8ª ed., 2016, Juspodivm, p. 1.572/1.573.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Não-Concessão -> Antecipação de tutela
- Data da Movimentação 06/10/2020 16:45:32

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5484467-32.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : AYMORÉ CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S/A
POLO PASSIVO : MARIA ARMINDA DA SILVA MOURA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : AYMORÉ CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S/A


ADVGS. PARTE : 30246 GO - RICARDO NEVES COSTA
30245 GO - FLÁVIO NEVES COSTA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5484467-32.2020.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5484467-32.2020.8.09.0000
COMARCA DE GOIÂNIA

AGRAVANTE: AYMORÉ CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S/A


AGRAVADA : MARIA ARMINDA DA SILVA MOURA
RELATORA : DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

DECISÃO LIMINAR

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO, com pedido de tutela antecipada recursal,


interposto por AYMORÉ CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S/A,
contra decisão proferida pelo Juiz de Direito desta Comarca, José Ricardo M. Machado
, nos autos da Ação de Busca e Apreensão ajuizada em desfavor de MARIA
ARMINDA DA SILVA MOURA.

Apura-se dos autos que o requerente ajuizou a presente ação com o objetivo de obter
a apreensão do veículo, uma vez que a requerida teria se tornado inadimplente em
relação ao contrato de financiamento realizado entre eles.

Ao analisar o pleito inicial, seguiu-se a prolação da decisão atacada, nos seguintes


termos:

“Trata-se de ação de busca e apreensão intentada por Aymoré


Crédito, Financiamento e Investimento S.A. em desproveito de
Maria Arminda da Silva Moura objetivando o veículo automotor
Hyundai Creta Pulse 1.6, ano/modelo 2017/2018, cor branco
Placa PRA 4525, chassi nº 9BHGB811BHP028611, alienado
fiduciariamente em garantia.
Narra a inicial que a instituição financeira autora celebrou com a
requerida contrato de financiamento no qual ficou consignado
que o valor financiado seria resgatado em quarenta e oito (48)

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NR.PROCESSO: 5484467-32.2020.8.09.0000
parcelas mensais. Registra que a requerida tornou-se
inadimplente a partir da parcela vencida aos 8 de junho de 2020,
provocando o vencimento antecipado do contrato. Devidamente
notificada, conforme certificado, a requerida não efetuou o
pagamento do débito.
Com essa ordem de exposição, propugna o autor pela edição de
provimento liminar.
Defiro, liminarmente, a busca e apreensão do bem descrito na
inicial, alienado fiduciariamente, uma vez comprovada a mora.
Expeça-se mandado de busca e apreensão, depositando o bem
com o autor que, antes, deverá indicar o nome e endereço da
pessoa que assumirá o encargo de depositário.
Executada a medida, cite-se a requerida para contestar em
quinze (15) dias (§ 3º, art. 3º) ou requerer o pagamento da dívida
em cinco (05) dias (§ 2º, art. 3º), contados do cumprimento da
liminar. O pagamento deverá observar a integralidade da dívida,
segundo valores apresentados pelo credor fiduciário. Eventual
pagamento a maior poderá ser objeto de pedido de restituição em
sede contestatória.
Requisite-se do Renajud o bloqueio da circulação do veículo
descrito na exordial.
Cientifiquem-se fiadores, se houver.
Fica o autor advertido de que em face de eventual pagamento, a
restituição do bem deverá ser feita no máximo em cinco (5) dias
após o recolhimento financeiro, sob pena de multa diária de R$
200,00 (duzentos reais)”.

Inconformado, o requerente interpôs o presente recurso, sob o argumento de que a


decisão não merece prosperar “diante da relevância da fundamentação e a
possibilidade de lesão grave de difícil e incerta reparação, como o desaparecimento do
veículo, ou até mesmo a ocorrência de qualquer sinistro, caso o mesmo tenha que ser
restituído ao Agravado”.

Ressaltou que “o magistrado de 1º Grau, em seu despacho inicial determinou que o


prazo para defesa, a que se referem os parágrafos 2º, 3º e 4º do art. 3º do Dec.-Lei nº
911/69, conta-se a partir da juntada do mandado de citação nos autos e não da
execução da liminar. Porém, conforme disciplina o artigo 3º, §§ 1º e 2º, o prazo para
purgar a mora é de 5 (cinco) dias e de 15 (quinze) dias para a apresentação de
contestação, todos contados da execução da liminar, o que não ocorreu no presente
caso. (…) A Legislação especifica que os prazos correrão da EXECUÇÃO DA MEDIDA
LIMINAR e não da juntada de mandado nos autos. (…) Nestes Termos, REQUER seja
revista a decisão que determinou que o prazo para contestar, a que se referem os
parágrafos 2º, 3º e 4º do art. 3º do Dec.-Lei nº 911/69, contam-se a partir da juntada do

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NR.PROCESSO: 5484467-32.2020.8.09.0000
mandado de citação e não da execução da liminar, tendo em vista que é contrária a
determinação legal”.

Sustentou que “o prazo de 05 dias contados da confirmação do pagamento de


eventual purga da mora, para restituir o veículo é EXIGUO, ainda mais sob pena de
aplicação da EXCESSIVA multa diária de R$ 200,00 (duzentos reais). Tal decisão não
deve prevalecer. Isto porque: O prazo exíguo de 05 dias, contados do depósito
bancário é impossível de ser cumprido, vez que só temos conhecimento quando da
intimação para manifestar sobre os valores depositados. Frise-se, nestes casos o
depósito é judicial. Portanto só temos conhecimento após intimação. Portanto não
deve prevalecer o prazo arbitrado a partir da confirmação do pagamento, mas sim a
partir da intimação sobre o depósito judicial efetuado. Ademais, como é sabido o
veículo é apreendido e removido para um dos pátios de guarda e para sua restituição
é necessário proceder com toda a documentação e com o transporte do bem até o
local da restituição entrar em contato com o Agravado e agendar um horário para a
devolução, tudo isso em 05 dias. Portanto, trata-se de obrigação impossível de ser
cumprida no prazo de 05 dias, pois em regra geral a obrigação extingue-se, quando a
prestação que lhe forma o objeto se torna física ou juridicamente impossível. É o caso
dos autos. Portanto requer seja desconsiderado o prazo estipulado para restituição do
bem, vez que exíguo e impossível de ser cumprido”.

Alegou que “o valor arbitrado para a multa é excessivo. Isso porque, deve
necessariamente atender ao princípio da proporcionalidade e razoabilidade, para que
não haja enriquecimento desnecessário para a parte favorecida e, grande prejuízo
para a parte penalizada. A proporcionalidade, quanto ao valor arbitrado (...), sem
qualquer limitação é excessivamente oneroso em vista do valor da causa, e a
razoabilidade, pela falta de fundamento para arbitramento da multa. Desta forma, feriu-
se os princípios da proporcionalidade e razoabilidade imputando ao Banco/Autor a
referida multa, devendo esta ser revogada”.

Ao final, prequestionou a matéria arguida e requereu a antecipação da pretensão


recursal nos termos descritos e, no mérito, o conhecimento e provimento do recurso
para confirmar a medida liminar.

Preparo realizado.

É o relatório. Decido.

Nos termos do artigo 1.019, inciso I1, do Código de Processo Civil/2015, o Relator
poderá deferir em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal.

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NR.PROCESSO: 5484467-32.2020.8.09.0000
Ao comentar o referido dispositivo, os doutrinadores Nelson Nery Junior e Rosa Maria
de Andrade Nery elucidam:

“ 19. Tutela Provisória da pretensão recursal. Como o juiz


preparador do recurso, o relator poderá conceder provisoriamente
a tutela pretendida no recurso. Já se admitia a concessão de
tutela antecipada na esfera recursal por interpretação sistemática
do CPC/1973 273, ex-257 II e 558. Contudo, a lei, desde a última
redação vigente do CPC/1973 527, deixou explícita essa
possibilidade. Pode haver interesse processual na obtenção da
tutela na fase recursal, porque a satisfação do credor só ocorre
com o encerramento da execução (CPC 924). Portanto, enquanto
não satisfeita a pretensão do credor, por ele pleitear a tutela
provisória de mérito ou de seus efeitos, em qualquer fase do
processo, inclusive a recursal (o que, no atual CPC, é
explicitamente autorizado ex vi do CPC 299 par. ún.)”.
(Comentários ao Código de Processo Civil, 2ª tiragem, São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2015, p. 2.106).

Acrescente-se que o novo Código de Ritos, em seu artigo 300, que trata da tutela de
urgência, assim disciplina:

“Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver


elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo
de dano ou o risco ao resultado útil do processo.”

Desse modo, para a concessão da tutela antecipada requestada, devem estar


presentes dois requisitos, quais sejam, o fumus boni iuris (probabilidade do direito) e o
periculum in mora (risco de dano) a revelarem que o indeferimento do pedido
acarretará lesão grave e de difícil reparação à parte recorrente.

Em sede de tutela antecipada recursal, a agravante requer que seja: a) “seja revista a
decisão que determinou que o prazo para contestar, a que se referem os parágrafos
2º, 3º e 4º do art. 3º do Dec.-Lei nº 911/69, contam-se a partir da juntada do mandado
de citação e não da execução da liminar, tendo em vista que é contrária a
determinação legal”; b) desconsiderado o prazo estipulado para restituição do bem,
vez que exíguo e impossível de ser cumprido e c) excluída a multa arbitrada, ou caso
assim não entenda, seja minorada.

Em uma análise sumária, não verifico a probabilidade do direito invocado pela parte
agravante, de modo que não merece acolhida seu pleito como medida antecipatória, a
necessidade de se fazer uma ponderação quanto ao tema, em obediência ao princípio

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NR.PROCESSO: 5484467-32.2020.8.09.0000
da especialidade da norma.

Ademais, não importa o indeferimento da medida antecipatória em prejulgamento do


mérito recursal, o qual será examinado somente na ocasião oportuna.

Isto posto, ancorado no artigo 995, parágrafo único c/c o artigo 1.019, inciso I, ambos
do Código de Processo Civil/2015, INDEFIRO o pedido de antecipação da tutela
recursal.

Oficie-se o Juízo de origem, dando-lhe ciência desta decisão (art. 1019, I do CPC/15).

Intime-se a parte agravada para, querendo, apresentar resposta, no prazo de 15


(quinze) dias (art. 1019, II do CPC/15).

Goiânia, 05 de outubro de 2020.

DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA
108/LA

1Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de
aplicação do art. 932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:

I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a
pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão;

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 20/11/2020 09:50:47

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0023131-86.2013.8.09.0142
CLASSE PROCESSUAL : Embargos à Execução
POLO ATIVO : MARCIO ANTONIO DE OLIVEIRA
POLO PASSIVO : BANCO DO BRASIL S/A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO DO BRASIL S/A


ADVG. PARTE : 33722 GO - NELSON PILLA FILHO

PARTE INTIMADA : MARCIO ANTONIO DE OLIVEIRA


ADVG. PARTE : 37977 GO - ALONSO MARTINS WENCESLAU NETO

PARTE INTIMADA : MORALINA TEODORA ANDRADE


ADVG. PARTE : 37977 GO - ALONSO MARTINS WENCESLAU NETO

PARTE INTIMADA : BANCO DO BRASIL S/A


ADVG. PARTE : 33722 GO - NELSON PILLA FILHO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0023131-86.2013.8.09.0142
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS À
EXECUÇÃO. CÉDULA RURAL PIGNORATÍCIA. ALEGAÇÃO DE OMISSÃO NO
ACÓRDÃO NO QUE DIZ RESPEITO AOS ÔNUS SUCUMBENCIAIS. NÃO
OCORRÊNCIA. VÍCIO INEXISTENTE. 1. Os embargos de declaração têm por escopo
aclarar obscuridade, afastar contradição, suprimir omissão ou corrigir erro material do
julgado. O acórdão ora embargado apreciou todas as questões suscitadas no recurso
de apelação cível, de modo que a alegação do embargante, ao apontar omissão
inexistente, revela o intuito de rediscutir a matéria, almejando nova apreciação de
questões já decididas – o que não se admite nesta espécie recursal.
PREQUESTIONAMENTO. Quanto ao prequestionamento, cumpre destacar que
despicienda se mostra a menção explícita de dispositivos, uma vez que não incumbe
ao Tribunal, que não é órgão de consulta, elaborar parecer sobre a implicação de cada
dispositivo legal e/ou princípio que a parte pretende citar na solução do litígio, ou seja,
não cabe a este manifestar-se expressamente sobre cada dispositivo legal
mencionado pelas partes, mas sim resolver a questão posta em Juízo. EMBARGOS
DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS, MAS REJEITADOS.

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NR.PROCESSO: 0023131-86.2013.8.09.0142
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 23131-
86.2013.8.09.0142
COMARCA DE SANTA HELENA DE GOIÁS

EMBARGANTE: BANCO DO BRASIL S/A


EMBARGADOS: MÁRCIO ANTÔNIO DE OLIVEIRA E OUTRA
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso.

Trata-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO opostos por BANCO DO BRASIL S/A,


contra o acórdão proferido por este Tribunal de Justiça, que, por unanimidade de
votos, conheceu dos recursos de apelação cível interpostos por ambas as partes,
quanto ao recurso interposto por MÁRCIO ANTÔNIO DE OLIVEIRA E MORALINA
THEODORA DE OLIVEIRA, o proveu parcialmente para, determinar a aplicação
do Código de Defesa do Consumidor ao caso debatido nos autos, bem como a
redução da multa moratória de 10% para 2%. Quanto ao segundo recurso,
interposto pelo BANCO DO BRASIL S/A, negou-lhe provimento (evento 34).

A Ementa do Acórdão agravado restou assim redigida:

“ EMENTA: DUPLA APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS À


EXECUÇÃO. CÉDULA RURAL PIGNORATÍCIA. RELAÇÃO DE
CONSUMO. REVISÃO INSTRUMENTO CONTRATUAL.
POSSIBILIDADE. JUROS REMUNERATÓRIOS E
MORATÓRIOS. CAPITALIZAÇÃO MENSAL. PREVISÃO
EXPRESSA. COMISSÃO DE PERMANÊNCIA. MULTA
CONTRATUAL. ÔNUS SUCUMBENCIAIS. 1. Incidente as
normas consumeristas aos contratos firmados entre instituições
financeiras e agricultor, pessoa física, ainda que para fomento de
suas atividades como produtor rural. 2. Nas cédulas de crédito
rural, até que venha a regulamentação do Conselho Monetário
Nacional, incide a limitação dos juros remuneratórios em 12%
(doze por cento) ano, por aplicação do Decreto 22.626/33. 3. Os

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NR.PROCESSO: 0023131-86.2013.8.09.0142
juros moratórios serão computados em 1% (um por cento) ao
ano. 4. É legal a cobrança expressa de capitalização mensal
de juros nas cédulas de crédito bancário (Súmula 93, STJ),
não havendo falar, assim, em sua exclusão ou incidência
semestral/anual. 5. De acordo com o firme entendimento
desta Corte, não se mostra possível a incidência de
comissão de permanência nas cédulas de crédito rural,
comercial e industrial, na medida em que o Decreto-lei n.
167/1967 é expresso em só autorizar, no caso de mora, a
cobrança de juros remuneratórios e moratórios (parágrafo
único do art. 5º) e de multa. 6. Conforme cediço, a cobrança
de multa, na alíquota de 10% (dez por cento), só poderá ser
mantida para contratos firmados anteriormente ao Código
Consumerista (Lei 8.078/90). Assim, a sua redução para 2%
(dois por cento), é medida que se impõe, conforme disposto na
Súmula nº 285/STJ: “Nos contratos bancários posteriores ao
Código de Defesa do Consumidor incide a multa moratória nele
prevista.” 7. Considerando a sucumbência recíproca, eis que
os pedidos já haviam sido julgados parcialmente
procedentes no juízo a quo, deve ser redimensionada a
distribuição da verba sucumbencial imposta na sentença, em
60% para a instituição financeira/segunda apelante e 40%
para os autores, a qual se amolda ao caso, considerando o
ora decidido. 8. Quanto aos honorários recursais, a
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é no sentido
de que não cabe a aludida verba, na hipótese atinente à
estipulação originária de sucumbência recíproca, como no
caso. 1º RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE
PROVIDO. 2º RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.”
(evento 34)

Nas razões do recurso (evento 38), o embargante aduz que o Acórdão embargado
padece de aparente omissão e a oposição dos presentes Embargos é condição
necessária para o cumprimento adequado do requisito do prequestionamento.

Relata que “considerando que a ora Embargante não sucumbiu com ralação a
cobrança de comissão de permanência, tão pouco de multa moratória, bem como, os
juros remuneratórios foram limitados á 12% a.a., deve haver o redirecionamento da
sucumbência, com fulcro no art. 85, § 2º do Código de Processo Civil 2015” sic
Narra ainda que “Verifica-se no acórdão embargado que o magistrado deu
interpretação divergente ao artigo de lei supramencionado, com a condenação do
Embargante ao pagamento de honorários advocatícios, considerando que, o recurso
do Embargado foi provido para o fim de expurgar a comissão de permanência e a
multa moratória, bem como, limitar os juros remuneratórios em 12% a.a., é necessária
a inversão do ônus sucumbencial. Outrossim, condenar a instituição financeira ao
pagamento de honorários sucumbenciais a devedora dá interpretação divergente
também ao preconizado ao art. 86, Paragrafo único do CPC”. sic

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NR.PROCESSO: 0023131-86.2013.8.09.0142
Textua que “o nobre julgador foi omisso ao determinar o expurgo da cobrança da
comissão de permanência e da multa moratória, bem como, ao limitar os juros
remuneratórios em 12% a.a., uma vez que, não houve cobrança da comissão de
permanência e da multa moratória, bem como, os juros remuneratórios foram cobrados
no patamar de 12% a.a”. sic

Destaca que “não há razões que justifiquem condenar a embargante ao pagamento do


ônus sucumbencial, uma vez que, a mesma decaiu em parte mínima, haja vista, não
ter sucumbido com relação à cobrança de comissão de permanência, multa moratória,
e juros remuneratórios”. sic

Ao analisar o pleito do embargante, verifico que razão não lhe assiste, notadamente
pelo fato de que a insurgência não se enquadra nas hipóteses legais do presente
recurso.

É que os Embargos de Declaração têm por fim elucidar obscuridade, afastar


contradição, suprimir omissão ou corrigir erro material do julgado. São admitidos
apenas excepcionalmente com efeitos modificativos e não possuem aptidão para
provocar o reexame da matéria decidida.

De fato, o recurso denominado Embargos de Declaração só pode ser utilizado quando


se configurarem os requisitos elencados no artigo 1.022 do Código de Processo Civil
vigente – omissão, contradição, obscuridade ou erro material – nunca com a finalidade
de reanálise daquilo que foi decidido no acórdão.

Nas razões do presente recurso, o embargante alega omissão no Acórdão embargado


no que diz respeito à distribuição dos ônus sucumbenciais.

Ao contrário disso, as questões apontadas nos embargos de declaração foram


apreciadas no voto condutor colacionado ao evento 34, com clareza e precisão,
conforme se observa do excerto abaixo transcrito:

“[…] Ônus sucumbenciais

Os autores/primeiros apelantes restaram vitoriosos quanto: à


aplicação do CDC e a redução da multa, tendo sido o recurso
parcialmente provido. Já o Banco apelante decaiu de sua

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NR.PROCESSO: 0023131-86.2013.8.09.0142
pretensão recursal.
Assim, considerando a sucumbência recíproca, eis que os
pedidos já haviam sido julgados parcialmente procedentes no
juízo a quo, deve ser redimensionada a distribuição da verba
sucumbencial imposta na sentença, em 60% para a instituição
financeira/segunda apelante e 40% para os autores, a qual se
amolda ao caso, considerando o ora decidido.
Por fim, quanto aos honorários recursais, a jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça é no sentido de que não cabe a
aludida verba, na hipótese atinente à estipulação originária de
sucumbência recíproca, como no caso. Confira-se:
"[...] 4. Não cabem honorários recursais na hipótese de
inexistência de condenação prévia em honorários sucumbenciais
principais, quando, por exemplo, houver a estipulação de
sucumbência recíproca. (…)" (STJ, REsp nº 1697387/RO, Rel. Min.
Mauro Campbell Marques, 2ª Turma, julgado em 12.12.2017, DJe de
18.12.2017).

Desse modo, considerando que a sucumbência fixada na


sentença singular foi recíproca, não há que se falar em
majoração dos honorários advocatícios a título de verba recursal.”

Como se vê, a matéria suscitada nos embargos de declaração restou devidamente


valorada, restando evidenciado que o Acórdão embargado não padece do vício
apontado pelo embargante.

De mais a mais, o recurso denominado Embargos de Declaração só pode ser


utilizado quando se configurarem os requisitos elencados no artigo 1.022 do Código de
Processo Civil vigente – omissão, contradição, obscuridade ou erro material – nunca
para fins de reanálise da causa, como pretende o embargante.

Quanto ao prequestionamento, cumpre destacar que despicienda se mostra a menção


explícita de dispositivos, uma vez que não incumbe ao Tribunal, que não é órgão de
consulta, elaborar parecer sobre a implicação de cada dispositivo legal e/ou princípio
que a parte pretende citar na solução do litígio, ou seja, não cabe a este manifestar-se
expressamente sobre cada dispositivo legal mencionado pelas partes, mas sim
resolver a questão posta em Juízo.

No mesmo sentido, decidiu este Tribunal de Justiça:

“ [...] 6. Inviável a pretensão de prequestionamento dos

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NR.PROCESSO: 0023131-86.2013.8.09.0142
dispositivos elencados, porquanto o Poder Judiciário não é órgão
consultivo. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E DESPROVIDA.”
(TJGO, APELAÇÃO 0341274-84.2015.8. 09.0011, Rel. Wilson Safatle
Faiad, 6ª Câmara Cível, julgado em 15/09/2017, DJe de 15/09/2017).

Ante o exposto, rejeito o recurso de embargos de declaração, por não ter ocorrido
quaisquer das hipóteses previstas pelo art. 1.022 do Código de Processo Civil.

É o voto.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA
109/CL

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 23131-


86.2013.8.09.0142
COMARCA DE SANTA HELENA DE GOIÁS

EMBARGANTE: BANCO DO BRASIL S/A


EMBARGADOS: MÁRCIO ANTÔNIO DE OLIVEIRA E OUTRA
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO


CÍVEL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. CÉDULA RURAL
PIGNORATÍCIA. ALEGAÇÃO DE OMISSÃO NO ACÓRDÃO NO
QUE DIZ RESPEITO AOS ÔNUS SUCUMBENCIAIS. NÃO
OCORRÊNCIA. VÍCIO INEXISTENTE. 1. Os embargos de

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0023131-86.2013.8.09.0142
declaração têm por escopo aclarar obscuridade, afastar
contradição, suprimir omissão ou corrigir erro material do julgado.
O acórdão ora embargado apreciou todas as questões suscitadas
no recurso de apelação cível, de modo que a alegação do
embargante, ao apontar omissão inexistente, revela o intuito de
rediscutir a matéria, almejando nova apreciação de questões já
decididas – o que não se admite nesta espécie recursal.
PREQUESTIONAMENTO. Quanto ao prequestionamento,
cumpre destacar que despicienda se mostra a menção explícita
de dispositivos, uma vez que não incumbe ao Tribunal, que não é
órgão de consulta, elaborar parecer sobre a implicação de cada
dispositivo legal e/ou princípio que a parte pretende citar na
solução do litígio, ou seja, não cabe a este manifestar-se
expressamente sobre cada dispositivo legal mencionado pelas
partes, mas sim resolver a questão posta em Juízo.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS, MAS
REJEITADOS.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Embargos de Declaração na Apelação


Cível nº 23131.86, acordam os componentes da terceira Turma Julgadora da Primeira
Câmara Cível do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à unanimidade de
votos, em conhecer dos embargos, mas rejeitá-los, nos termos do voto desta Relatora.

Votaram, com a relatora, os Desembargadores Orloff Neves Rocha e Carlos Roberto


Favaro.

Presidiu a sessão o Des. Orloff Neves Rocha.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria Geral de Justiça, o Dr. José


Carlos Mendonça.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA

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NR.PROCESSO: 0023131-86.2013.8.09.0142

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Não-Concessão -> Antecipação de tutela
- Data da Movimentação 07/10/2020 18:26:00

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5490564-48.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : JJD
POLO PASSIVO : IINSS
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : JJD


ADVGS. PARTE : 41795 GO - THAWANE LARISSA SILVA
42034 GO - LUCAS MARQUES DE OLIVEIRA

PARTE INTIMADA : ASD


ADVGS. PARTE : 41795 GO - THAWANE LARISSA SILVA
42034 GO - LUCAS MARQUES DE OLIVEIRA

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 20/11/2020 09:49:39

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0171941-64.2015.8.09.0002
CLASSE PROCESSUAL : Ação Civil de Improbidade Administrativa ( Lei 8.429/92 )
POLO ATIVO : MINISTERIO PUBLIDO DO ESTADO DE GOIAS
POLO PASSIVO : GERALDO BARROS MACHADO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : GERALDO BARROS MACHADO


ADVGS. PARTE : 5249 GO - SEBASTIAO PARAIZO ALVES
43362 GO - GUSTAVO LUIZ BARBOSA SANTOS

PARTE INTIMADA : LIRIO ALVES DOS SANTOS


ADVG. PARTE : 28432 GO - RAFAEL AUGUSTO JUSTINO PEREIRA

PARTE INTIMADA : MARCIO REZENDE DE OLIVEIRA


ADVG. PARTE : 28432 GO - RAFAEL AUGUSTO JUSTINO PEREIRA

PARTE INTIMADA : MUNICIPIO DE ACREUNA


ADVGS. PARTE : 27524 GO - LÍVIA KAROLINA DA SILVA PIRES
22742 GO - MÔNICA ALVES FARIA
28483 GO - MARIA JULIA DE OLIVEIRA PIRES

PARTE INTIMADA : PATRICIA FERREIRA DOS SANTOS


ADVG. PARTE : 28432 GO - RAFAEL AUGUSTO JUSTINO PEREIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0171941-64.2015.8.09.0002
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO CIVIL
PÚBLICA POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. INQUÉRITO CIVIL. LICITAÇÃO.
LOCAÇÃO DE VEÍCULO. DOLO CONFIGURADO. 1. No caso em comento, restou
incontroversa a presença do dolo na prática do ato de improbidade administrativa,
porquanto a mera inobservância dos princípios constitucionais informadores da
Administração Pública igualmente constituem o caráter ímprobo do ato praticado
visando finalidade proibida pelo ordenamento jurídico vigente. Portanto, os atos
praticados, malferem os princípios constitucionais da Administração Pública,
estabelecidos no art. 39 da CF/88. 2. O elemento subjetivo necessário à configuração
de improbidade administrativa, prevista no artigo 11 da Lei nº 8.429/1992, é o dolo
genérico, consistente na vontade de realizar ato que atente contra os princípios da
Administração Pública. 3. Para a concretização da ofensa ao artigo 11 da Lei de
Improbidade, basta que ocorra em violação de um dos princípios da administração
pública, de forma omissiva ou comissiva. 4. As condutas descritas e provadas na
demanda apontam violação de princípios que regem a Administração Pública,
constitucionais e infraconstitucionais, em especial os da legalidade, impessoalidade,
isonomia, supremacia e indisponibilidade do interesse público (artigo 11, caput, Lei nº
8.429/92), e na prática de ato visando a fim proibido em lei ou regulamento (art. 11, I,
Lei nº 8.429/92). 5. VÍCIOS INEXISTENTES. Os embargos de declaração têm por
escopo aclarar obscuridade, afastar contradição, suprimir omissão ou corrigir erro
material do julgado. Inexistindo tais máculas, não há que serem acolhidos os
embargos declaratórios opostos com o intuito de rediscutir a matéria, almejando nova
apreciação de questões já decididas – o que não se admite nesta espécie recursal. 6.
PREQUESTIONAMENTO. Quanto ao prequestionamento, cumpre destacar que
despicienda se mostra a menção explícita de dispositivos, uma vez que não incumbe
ao Tribunal, que não é órgão de consulta, elaborar parecer sobre a implicação de cada
dispositivo legal e/ou princípio que a parte pretende citar na solução do litígio, ou seja,
não cabe a este manifestar-se expressamente sobre cada dispositivo legal
mencionado pelas partes, mas sim resolver a questão posta em Juízo. EMBARGOS
DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS, MAS REJEITADOS.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em
Assinado por MARIA DAS GRACAS CARNEIRO REQUI
Validação pelo código: 10403568010444077, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/PendenciaPublica
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0171941-64.2015.8.09.0002
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 171941-
64.2015.8.09.0002
COMARCA DE ACREÚNA

EMBARGANTE: GERALDO BARROS MACHADO


EMBARGADOS: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS E MUNICÍPIO DE
ACREÚNA
RELATORA: DES.ª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso.

Trata-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO opostos por GERALDO BARROS


MACHADO, contra o acórdão proferido por este Tribunal de Justiça, que, por
unanimidade de votos, conheceu e deu provimento aos recursos de apelação cível
interpostos pelo MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS e pelo MUNICÍPIO
DE ACREÚNA, ora embargados (evento 80).

A Ementa do Acórdão agravado restou assim redigida:

“ EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. DUPLA APELAÇÃO CÍVEL.


RECURSO ADESIVO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. INQUÉRITO CIVIL.
LICITAÇÃO. LOCAÇÃO DE VEÍCULO. DOLO CONFIGURADO.
SANÇÃO. PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E
PROPORCIONALIDADE. 1.
RECURSO ADESIVO. NÃO HOUVE SUCUMBÊNCIA
RECÍPROCA. NÃO CONHECIMENTO. Com relação ao recurso
adesivo, cumpre observar que não houve sucumbência recíproca
das partes, requisito de admissibilidade indispensável para sua
interposição, conforme previsto no § 1º do artigo 997 do
CPC/2015. Diante disso, o não conhecimento do recurso adesivo
por manifesta inadmissibilidade é medida impositiva. 2. No caso
em comento, restou incontroversa a presença do dolo na prática

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NR.PROCESSO: 0171941-64.2015.8.09.0002
do ato de improbidade administrativa, porquanto a mera
inobservância dos princípios constitucionais informadores da
Administração Pública igualmente constituem o caráter ímprobo
do ato praticado visando finalidade proibida pelo ordenamento
jurídico vigente. Portanto, os atos praticados, malferem os
princípios constitucionais da Administração Pública,
estabelecidos no art. 39 da CF/88. 3. O elemento subjetivo
necessário à configuração de improbidade administrativa,
prevista no artigo 11 da Lei nº 8.429/1992, é o dolo genérico,
consistente na vontade de realizar ato que atente contra os
princípios da Administração Pública. 4. Para a concretização
da ofensa ao artigo 11 da Lei de Improbidade, basta que
ocorra em violação de um dos princípios da administração
pública, de forma omissiva ou comissiva. 5. As condutas
descritas e provadas na demanda apontam violação de
princípios que regem a Administração Pública,
constitucionais e infraconstitucionais, em especial os da
legalidade, impessoalidade, isonomia, supremacia e
indisponibilidade do interesse público (artigo 11, caput, Lei
nº 8.429/92), e na prática de ato visando a fim proibido em lei
ou regulamento (art. 11, I, Lei nº 8.429/92). 6. Diante da
conduta praticada pelos recorridos e da extensão dos efeitos
nocivos dela advindos, pertinente é a condenação dos
mesmos ao pagamento de multa equivalente a 05 (cinco)
vezes o valor da última remuneração percebida, como
membros d a Co mi s s ã o L i c i t an t e . 7 . I n c o nt e s t e , a
possibilidade da responsabilização de quem não sendo
agente público induza ou concorra para a prática do ato de
improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta
ou indireta. Inteligência do artigo 3º da Lei 8.429/92. Assim, a
proibição de que contratem com o Poder Público, pelo prazo
de 03 (três) anos, representa punição prática e exequível, na
espécie, aos participantes e beneficiários do Contrato de
Licitação, neste caso. APELAÇÕES CONHECIDAS E
PROVIDAS. RECURSO ADESIVO NÃO CONHECIDO.” (evento
80)

Em suas razões, o embargante aduz que houve omissão no Acórdão embargado,


alegando, em síntese, no que diz respeito ao julgado, que “O embargante e os demais
corréus foram condenados nas cominações da Lei de Improbidade Administrativa. O
presente recurso se insurge a fim de sanar omissões existentes no aludido decisum,
sem prejuízo do manejo recursal futuro. Oportuno, no momento, sintetizá-la: 1.
Omissão com relação a quais elementos foram considerados para dar o status de
dolo/desonestidade nas ações do embargante; e 2. Omissão com relação à tese de
que o vínculo familiar não consta entre as proibições elencadas no art. 9º da Lei de
Licitações.”

Relata que no Acórdão embargado não se menciona como se configurou o dolo ou a


ocorrência de desonestidade do Embargante/Apelado, qual foi a ação deliberada que

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NR.PROCESSO: 0171941-64.2015.8.09.0002
praticou.

Prequestiona a matéria correlata.

Ao final, requer “sejam conhecidos e providos os presentes embargos de declaração


para o fim de suprir a omissão, e com efeitos infringentes, rejeitar o Apelo do Ministério
Público nos presentes autos.”
Ao analisar o pleito do embargante, verifico que razão não lhe assiste, notadamente
pelo fato de que a insurgência não se enquadra nas hipóteses legais do presente
recurso.

É que os Embargos de Declaração têm por fim elucidar obscuridade, afastar


contradição, suprimir omissão ou corrigir erro material do julgado. São admitidos
apenas excepcionalmente com efeitos modificativos e não possuem aptidão para
provocar o reexame da matéria decidida.

De fato, o recurso denominado Embargos de Declaração só pode ser utilizado quando


se configurarem os requisitos elencados no artigo 1.022 do Código de Processo Civil
vigente – omissão, contradição, obscuridade ou erro material – nunca com a finalidade
de reanálise daquilo que foi decidido no acórdão.

Com efeito, as questões apontadas como omissas e suscitadas nos embargos de


declaração foram apreciadas no voto condutor colacionado ao evento 80, conforme se
observa do excerto abaixo transcrito:

“[…] É de se destacar também que PATRÍCIA FERREIRA DOS


SANTOS e MÁRCIO REZENDE DE OLIVEIRA possuem vínculo
matrimonial desde 26.06.1999 (certidão, fls. 170), ou seja, houve
a participação, ainda que indireta, da apelada/PATRÍCIA no
processo licitatório, uma vez que a aquisição do veículo ocorreu
na constância do casamento entre as partes, sendo o bem
igualmente de sua propriedade, o que é vedado expressamente
no artigo 9º da Lei n. 8.666/92:
o
Art. 9 Não poderá participar, direta ou indiretamente, da
licitação ou da execução de obra ou serviço e do
fornecimento de bens a eles necessários:
I - o autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou
jurídica;
II - empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável pela

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NR.PROCESSO: 0171941-64.2015.8.09.0002
elaboração do projeto básico ou executivo ou da qual o autor do
projeto seja dirigente, gerente, acionista ou detentor de mais de
5% (cinco por cento) do capital com direito a voto ou controlador,
responsável técnico ou subcontratado;
III - servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante ou
responsável pela licitação.
o
§ 1 É permitida a participação do autor do projeto ou da
empresa a que se refere o inciso II deste artigo, na licitação de
obra ou serviço, ou na execução, como consultor ou técnico, nas
funções de fiscalização, supervisão ou gerenciamento,
exclusivamente a serviço da Administração interessada.
o
§ 2 O disposto neste artigo não impede a licitação ou
contratação de obra ou serviço que inclua a elaboração de
projeto executivo como encargo do contratado ou pelo preço
previamente fixado pela Administração.
o
§ 3 Considera-se participação indireta, para fins do
disposto neste artigo, a existência de qualquer vínculo de
natureza técnica, comercial, econômica, financeira ou
trabalhista entre o autor do projeto, pessoa física ou jurídica,
e o licitante ou responsável pelos serviços, fornecimentos e
obras, incluindo-se os fornecimentos de bens e serviços a
o
estes necessários. § 4 O disposto no parágrafo anterior
aplica-se aos membros da comissão de licitação".
(destacado)
Cumpre ainda registrar que, na Carta Convite n. 015/2013,
processo n. 2013001201, PATRÍCIA fora nomeada como
suplente na Comissão de Licitação (fls. 313), assinando como
membro na Autuação do Edital (fls. 312). Já na Carta Convite n.
014/2014, processo n. 2014000680, PATRÍCIA fora nomeada
como Secretária da aludida Comissão (fls. 251) e na Carta
Convite n. 015/2014, processo n. 2014000866, PATRÍCIA fora
nomeada e assinou como Secretária da Comissão (fls. 401/402),
o que indubitavelmente denota a sua participação ativa como
membro da Comissão Permanente de Licitação à época e
posteriormente aos fatos descritos na presente ação.
Sendo assim, ante o envolvimento direito e indireto dos recorridos
GERALDO BARROS MACHADO, PATRÍCIA FERREIRA DOS
SANTOS, MÁRCIO REZENDE DE OLIVEIRA e LÍRIO ALVES
DOS SANTOS na licitação objeto da demanda e, dado o escorço
fático descrito, sobretudo as circunstâncias envolvendo a cotação
de preços, participação do licitante, aquisição do veículo,
realização e conclusão do processo em datas muito próximas,
assim as informações prestadas por LÍRIO em seu depoimento,
ressai evidente a associação dos apelados no intuito de fraudar o
procedimento licitatório, favorecendo a então servidora pública e
seus familiares, em inequívoca afronta aos princípios que
norteiam a Administração Pública.

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NR.PROCESSO: 0171941-64.2015.8.09.0002
É cediço que as sanções dispostas no artigo 2º da Lei n. 8.429/92
não alcançam unicamente os agentes públicos, mas também
aqueles que se encontram na Administração Pública, num
propósito único garantir a observância dos princípios da
legalidade, moralidade e impessoalidade no trato da coisa
pública. Nesse sentido, a lição do Professor Pedro Roberto
5
Decomain : “Consoante mandamento constante do seu art. 3º,
as penalidades nela previstas alcançam também quaisquer
terceiros que hajam induzido o agente público à prática do ato de
improbidade, ou que a ele tenham auferido benefícios de forma
direta ou indireta a partir do ato assim considerado”.
No caso em comento, restou incontroversa a presença do dolo na
prática do ato de improbidade administrativa, porquanto a mera
inobservância dos princípios constitucionais informadores da
Administração Pública igualmente constituem o caráter ímprobo
do ato, praticado visando finalidade proibida pelo ordenamento
jurídico vigente.
Portanto, os atos praticados, em caráter eminentemente doloso,
malferem os princípios constitucionais da Administração Pública,
estabelecidos no art. 39 da CF/88:
"Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (…)"
Da mesma forma, violam os princípios da imparcialidade e
legalidade, acarretando no enquadramento das condutas
dispostas no artigo 11, caput, I e da Lei n. 8.429/92:
“Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta
contra os princípios da administração pública qualquer ação ou
omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade,
legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:
I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou
diverso daquele previsto, na regra de competência;
(…)"
Insta salientar, ainda, que o princípio da moralidade
administrativa emana o dever de probidade, que consiste,
6
segundo lição de José Afonso da Silva :
" (…) no dever de o 'funcionário servir a Administração com
honestidade, procedendo no exercício das suas funções, sem
aproveitar os poderes ou facilidades delas decorrentes em
proveito pessoal ou de outrem a quem queira favorecer'. O
desrespeito a esse dever é que caracteriza a improbidade
administrativa. Cuida-se de uma imoralidade administrativa
qualificada. A improbidade administrativa é uma imoralidade

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NR.PROCESSO: 0171941-64.2015.8.09.0002
qualificada pelo dano ao erário e correspondente vantagem ao
ímprobo ou a outrem (…)”
Ademais, é imperioso ressaltar que o Superior Tribunal de Justiça
assentou o entendimento de que configura-se a prática dos atos
de improbidade previstos no artigo 11 da Lei nº 8.429/92 com a
presença do dolo eventual ou genérico, consistente na atuação
deliberada em desrespeito à legislação vigente, sendo
dispensável a comprovação de qualquer outra finalidade
específica para que se configure o elemento subjetivo necessário
à caracterização do ato disposto no referido dispositivo legal.[…]”

Destarte, conforme bem elucidado a proibição concernente ao artigo 9º, III, § 3º, da Lei
8.666/92, diz respeito aos servidores públicos, a quem é expressamente vedada a
participação direta ou indireta do processo licitatório, o que ocorreu in casu,
“favorecendo a então servidora pública e seus familiares, em inequívoca afronta aos
princípios que norteiam a Administração Pública.”

Outrossim, quanto ao dolo, restou demasiadamente fundamentada a questão no voto


condutor, no sentido de que este se evidencia pela mera inobservância dos princípios
constitucionais informadores da Administração Pública, situação esta constatada nos
autos.

Como se vê, todos os fundamentos relevantes do recurso foram devidamente


valorados, restando evidenciado que o Acórdão embargado não padece dos vícios
apontados pelo embargante.

De mais a mais, o recurso denominado Embargos de Declaração só pode ser


utilizado quando se configurarem os requisitos elencados no artigo 1.022 do Código de
Processo Civil vigente – omissão, contradição, obscuridade ou erro material – nunca
para fins de reanálise da causa, como pretende o embargante.

Quanto ao prequestionamento, cumpre destacar que despicienda se mostra a menção


explícita de dispositivos, uma vez que não incumbe ao Tribunal, que não é órgão de
consulta, elaborar parecer sobre a implicação de cada dispositivo legal e/ou princípio
que a parte pretende citar na solução do litígio, ou seja, não cabe a este manifestar-se
expressamente sobre cada dispositivo legal mencionado pelas partes, mas sim
resolver a questão posta em Juízo.

No mesmo sentido, decidiu este Tribunal de Justiça:

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NR.PROCESSO: 0171941-64.2015.8.09.0002
“ [...] 6. Inviável a pretensão de prequestionamento dos
dispositivos elencados, porquanto o Poder Judiciário não é órgão
consultivo. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E DESPROVIDA.”
(TJGO, APELAÇÃO 0341274-84.2015.8. 09.0011, Rel. Wilson Safatle
Faiad, 6ª Câmara Cível, julgado em 15/09/2017, DJe de 15/09/2017).

Ante o exposto, rejeito o recurso de embargos de declaração, por não ter ocorrido
quaisquer das hipóteses previstas pelo art. 1.022 do Código de Processo Civil.

É o voto.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA
109/CL

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 171941-


64.2015.8.09.0002
COMARCA DE ACREÚNA

EMBARGANTE: GERALDO BARROS MACHADO


EMBARGADOS: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS E MUNICÍPIO DE
ACREÚNA
RELATORA: DES.ª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO


CÍVEL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR IMPROBIDADE
ADMINISTRATIVA. INQUÉRITO CIVIL. LICITAÇÃO. LOCAÇÃO

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NR.PROCESSO: 0171941-64.2015.8.09.0002
DE VEÍCULO. DOLO CONFIGURADO. 1. No caso em comento,
restou incontroversa a presença do dolo na prática do ato de
improbidade administrativa, porquanto a mera inobservância dos
princípios constitucionais informadores da Administração Pública
igualmente constituem o caráter ímprobo do ato praticado
visando finalidade proibida pelo ordenamento jurídico vigente.
Portanto, os atos praticados, malferem os princípios
constitucionais da Administração Pública, estabelecidos no art. 39
da CF/88. 2. O elemento subjetivo necessário à configuração
de improbidade administrativa, prevista no artigo 11 da Lei nº
8.429/1992, é o dolo genérico, consistente na vontade de
realizar ato que atente contra os princípios da Administração
Pública. 3. Para a concretização da ofensa ao artigo 11 da Lei
de Improbidade, basta que ocorra em violação de um dos
princípios da administração pública, de forma omissiva ou
comissiva. 4. As condutas descritas e provadas na demanda
apontam violação de princípios que regem a Administração
Pública, constitucionais e infraconstitucionais, em especial
os da legalidade, impessoalidade, isonomia, supremacia e
indisponibilidade do interesse público (artigo 11, caput, Lei
nº 8.429/92), e na prática de ato visando a fim proibido em lei
ou regulamento (art. 11, I, Lei nº 8.429/92). 5. VÍCIOS
INEXISTENTES. Os embargos de declaração têm por escopo
aclarar obscuridade, afastar contradição, suprimir omissão ou
corrigir erro material do julgado. Inexistindo tais máculas, não há
que serem acolhidos os embargos declaratórios opostos com o
intuito de rediscutir a matéria, almejando nova apreciação de
questões já decididas – o que não se admite nesta espécie
recursal. 6. PREQUESTIONAMENTO. Quanto ao
prequestionamento, cumpre destacar que despicienda se mostra
a menção explícita de dispositivos, uma vez que não incumbe ao
Tribunal, que não é órgão de consulta, elaborar parecer sobre a
implicação de cada dispositivo legal e/ou princípio que a parte
pretende citar na solução do litígio, ou seja, não cabe a este
manifestar-se expressamente sobre cada dispositivo legal
mencionado pelas partes, mas sim resolver a questão posta em
Juízo. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS, MAS
REJEITADOS.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Embargos de Declaração na Apelação


Cível nº 171941.64, acordam os componentes da terceira Turma Julgadora da
Primeira Câmara Cível do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à
unanimidade de votos, em conhecer dos embargos, mas rejeitá-los, nos termos do
voto desta Relatora.

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NR.PROCESSO: 0171941-64.2015.8.09.0002
Votaram, com a relatora, os Desembargadores Orloff Neves Rocha e Carlos Roberto
Favaro.

Presidiu a sessão o Des. Orloff Neves Rocha.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria Geral de Justiça, o Dr. José


Carlos Mendonça.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Não-Concessão -> Antecipação de tutela
- Data da Movimentação 08/10/2020 11:59:15

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5494207-14.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : PAULO ALVES BRITO
POLO PASSIVO : BANCO PAN S.A.
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : PAULO ALVES BRITO


ADVGS. PARTE : 30669 GO - JOSSERRAND MASSIMO VOLPON
35660 GO - IZADORA CRISTINA DE OLIVEIRA GUERRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5494207-14.2020.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5494207-14.2020.8.09.0000
COMARCA DE GOIÂNIA

AGRAVANTE: PAULO ALVES BRITO


AGRAVADO: BANCO PAN S/A
RELATORA: DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

DECISÃO LIMINAR

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO, com pedido de “efeito


suspensivo ativo”, interposto por PAULO ALVES BRITO, em face da decisão
proferida pelo Juiz de Direito da Comarca de Goiânia, Ronnie Paes Sandre, nos
autos da Ação Revisional c/c Consignatória por si ajuizada contra BANCO PAN
S/A.
O agravante ajuizou a referida demanda e, em sede de tutela de urgência,
requereu a não inscrição do seu nome e CPF nos cadastros de restrição ao crédito,
a consignação incidente das parcelas no valor que entende devido e a manutenção
na posse do veículo.
Ao analisar referida pretensão liminar, o magistrado singular proferiu a
seguinte decisão (evento 17 dos autos originários):
“Primeiramente, cumpre-nos ressaltar que, conforme dicção do artigo 300
do Digesto Processual Civil, para que haja a concessão da antecipação dos efeitos
da tutela pretendida, a Demandante deve comprovar a presença dos requisitos
indispensáveis à autorização da referida medida, isto é, demonstrar os elementos
que evidenciem a probabilidade do seu direito ou o risco ao resultado útil do
processo, conforme dicção do artigo 300 do Digesto Processual Civil.
Além disso, é preciso restar verificada a ausência de quaisquer riscos de
irreversibilidade dos efeitos da decisão a ser proferida no caso.
No caso em análise, abstrai-se dos autos que o Autor relatou que a parte
Requerida está realizando cobranças atinentes ao financiamento em tela, de forma
abusiva, visto que abarcam juros e encargos exorbitantes, razão pela qual almeja a
concessão da medida antecipatória em tela, mediante a consignação do valor
incontroverso, até o deslinde desta ação.

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NR.PROCESSO: 5494207-14.2020.8.09.0000
Ocorre que, não obstante os argumentos apresentados na preambular, é
preciso frisar que não comporta acolhimento o pleito antecipatório em testilha, eis
que, como dito alhures, os requisitos exigidos para a sua concessão seriam a
probabilidade do direito do Autor, o risco ao resultado útil do processo e a
irreversibilidade da medida, o que a “prima facie” não se verifica. Explico.
Não obstante as alegações explanadas na exordial, abstrai-se dos autos
que o Requerente celebrou o contrato com a instituição financeira ora Requerida,
se manifestando ciente das obrigações assumidas, bem como autorizando a
cobrança das parcelas nos montantes contratados. Além disso, teve o crédito
aprovado, o que revela condições para arcar com os valores em questão.
Neste toar, verifico que o Autor revelou que os ajustes estavam de acordo
com sua condição financeira, visto que conhecedor dos termos pactuados. Agora,
aparentemente, tenta se furtar das responsabilidades outrora assumidas perante a
Requerida.
Diante da situação ora perlustrada, constatei que não restou comprovada a
probabilidade do direito invocado pelo Autor, eis que na prática, o mesmo objetiva
se esquivar do compromisso assumido para com a Requerida, agindo de
presumível má-fé.
Ora, ao realizar as contratações em tela o Requerente tinha consciência
do montante que tinha disponível, bem como do valor a ser cobrado, de tal sorte
que não pode agora se livrar do compromisso ajustado, porquanto, não há
elementos suficientes para se desnaturar de plano o contrato celebrado pelas
partes, devendo prevalecer em um juízo de cognição sumária a máxima “pacta sunt
servanda”.
Cumpre destacar, ainda, que o simples ajuizamento da Ação Revisional
não inibe a caracterização da mora, conforme já sedimentado no teor da Súmula
380 do Superior Tribunal de Justiça.
Diante disto, inexistem elementos aptos para afastar liminarmente a mora.
No que tange ao depósito das quantias incontroversas, tem-se que
também não deve ser acolhida.
A consignação das quantias que a Requerente entende devida encontra
amparo legal no art. 330, §3º, do Código de Processo Civil, sendo desnecessária
tutela de urgência quanto a tal ponto:
"Art. 330. A petição inicial será indeferida quando:
(…)
§ 2o Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente
de empréstimo, de financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob
pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais,
aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do
débito.
§ 3o Na hipótese do § 2o, o valor incontroverso deverá continuar a ser
pago no tempo e modo contratados."

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NR.PROCESSO: 5494207-14.2020.8.09.0000
Soma-se ao acima posto que os elementos apresentados são unilaterais e
os encargos constantes no contrato celebrado não ressoam de plano a abusividade
alegada pelo Requerente, de sorte que, aparentemente, não há justificativas hábeis
a alterar o valor a ser pago.
Na confluência do exposto, INDEFIRO a antecipação da tutela suplicada
na inicial.”
Irresignado, o autor interpõe o presente agravo de instrumento (evento 01,
doc.01).
Em suas razões, primeiramente, explicitou sobre a função social do
contrato, defendendo a possibilidade de consignar em juízo o montante que
entende como devido, afastando, assim, os efeitos da mora.

Pugnou pela concessão da media liminar para autorizar o depósito em


juízo no montante em que entende como devido. Ao final, requereu o conhecimento
e provimento do recurso, nos moldes acima delineados.
Sem preparo por ser beneficiário da assistência judiciária.

É o relatório. Decido.

A priori, vale ressaltar que, nos termos do artigo 1.019, I, do Código de


Processo Civil de 2015, foi mantida a faculdade conferida ao relator de conceder
efeito suspensivo ou, ainda, deferir, total ou parcialmente, a antecipação da tutela
pleiteada, nos casos expressamente admitidos em lei.
Dessa forma, para a concessão de liminar em Agravo de Instrumento a fim
de conferir-lhe efeito suspensivo ou antecipação da tutela, mister se faz demonstrar
os requisitos necessários para a concessão das tutelas de urgência em geral, não
se afastando do periculum in mora e o fumus boni juris, ou seja, devem estar
presentes a probabilidade do direito invocado aliado ao perigo de dano que o ato
judicial possa causar.
Nessa perspectiva, transpondo os pressupostos legais para o caso em tela,
verifico que não restou demonstrado nos autos a presença de elementos de
convicção mínimos e suficientes para respaldar a tese defendida pelo agravante,
haja vista que, na compreensão externada pelo colendo Superior Tribunal de
Justiça, “a simples propositura da ação de revisão de contrato não inibe a
caracterização da mora do autor.”
Por tais motivos, em juízo de cognição sumária, não vislumbro, neste
momento processual, a presença dos requisitos supramencionados, indispensáveis
ao deferimento da tutela liminar pretendida neste recurso.
Isto posto, nos termos do artigo 1.019, I, do CPC/2015, INDEFIRO O
PEDIDO DE EFEITO ATIVO pretendido.

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NR.PROCESSO: 5494207-14.2020.8.09.0000
Intime-se o agravado, no endereço constante na inicial para, querendo,
apresentar as contrarrazões, nos termos do artigo 1.019, II, do CPC/2015.

Cumpra-se.

Goiânia, 08 de outubro de 2020.

DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA

107

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Não-Concessão -> Antecipação de tutela
- Data da Movimentação 15/10/2020 13:33:44

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5500638-64.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : THIAGO DE CASTRO OLIVEIRA
POLO PASSIVO : ESTADO DO TOCANTINS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : THIAGO DE CASTRO OLIVEIRA


ADVG. PARTE : 20105 GO - CLAYTON CESAR DA SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5500638-64.2020.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5500638-64.2020.8.09.0000


COMARCA DE JUSSARA

AGRAVANTE: THIAGO DE CASTRO OLIVEIRA


AGRAVADO: ESTADO DO TOCANTINS
RELATOR: DES.: CARLOS ROBERTO FÁVARO

DECISÃO LIMINAR

Cuida-se de Agravo de Instrumento, interposto por THIAGO DE CASTRO OLIVEIRA,


em face da decisão proferida pelo Juiz de Direito da Vara das Fazendas Públicas da
Comarca de Jussara, Dr. Samuel João Martins, nos autos da Ação Declaratória de
Inexistência de Débito c/c Reparação por Danos Morais, ajuizada em desfavor do
ESTADO DO TOCANTINS.

Do cotejo dos autos, depreende-se que a decisão impugnada indeferiu o pedido de


tutela antecipada formulado pelo autor, para que fosse determinada a transferência do
veículo VW/GOLF, placa JUC6182, livre de restrições anteriores, in verbis:

“ (…) Ademais, em atenção aos documentos apresentados no


evento n° 1, denota-se que sequer ficou demonstrado quem
figura como executado na demanda que ensejou a restrição

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NR.PROCESSO: 5500638-64.2020.8.09.0000
veicular, uma vez que o documento apresentado somente
menciona acerca do número do processo, o órgão judicial, a
espécie de restrição, bem como a data de inclusão.
Por fim, entrando no campo da probabilidade do direito (sem
antecipar o mérito da lide) devo mencionar que aparentemente se
quer transferir ao Estado a responsabilidade decorrente da
evicção. Neste aspecto, isso faz com que este juízo necessite
instaurar o contraditório para, na sentença, melhor resolver a
questão.
Assim, entendo que, por ora, não estão presentes os requisitos
para o deferimento da medida antecipada, razão pela qual,
INDEFIRO o pedido de tutela de urgência pleiteado. (...)”.

Irresignado, o autor Thiago de Castro Oliveira interpôs o presente recurso.

Em suas razões, o recorrente relata que adquiriu o veículo em 05/12/2018, portanto,


antes da constrição judicial advinda do processo nº 5000220-17.2008.827.2713, a qual
se deu somente em 04/09/2019.

Nesse contexto, destaca a ocorrência de ato ilícito, uma vez que, em razão do dever
de cautela, faz-se necessário “conferir a permanência da propriedade, porquanto os
bens móveis transferem-se pela simples tradição.”

Aduz que “a r. decisão não inverteu o ônus da prova em favor da parte frágil porque
caberia a parte Agravada o ônus para comprovar a licitude da constrição, bem como
que tomou todas as cautelas necessária [sic] antes de anotar o gravame nos dados do
veículo em nome de terceiros, como corolário do devido processo legal e a isonomia.”

Nesse contexto, requer a concessão da tutela antecipada, “para que seja suspensa a
restrição que pesa sobre o veículo ou, de maneira alternativa, seja liberada a
circulação” e, no mérito, o provimento do recurso.

Ausente preparo, haja vista a concessão da gratuidade da justiça (mov. 16 – autos de


origem).

É, em síntese, o relatório. DECIDO.

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NR.PROCESSO: 5500638-64.2020.8.09.0000
Inicialmente, diante da expressa previsão de cabimento do presente agravo de
instrumento, conforme artigo 1.015, inciso I, do Código de Processo Civil, determino o
seu processamento.

Vale ressaltar que, nos termos do artigo 1.019, I, do Código de Processo Civil, foi
mantida a faculdade conferida ao relator de conceder efeito suspensivo ou, ainda,
deferir, total ou parcialmente, a antecipação da tutela pleiteada, nos casos
expressamente admitidos em lei, ou seja, devem estar presentes a probabilidade do
direito aliada ao perigo de dano que o ato judicial possa causar.

Tais pressupostos devem ser demonstrados de maneira inequívoca, a fim de que ao


julgador não remanesça dúvidas quanto a viabilidade de se deferir a tutela pretendida.

No presente caso, a insurgência recursal versa sobre a decisão na qual o magistrado


indeferiu a tutela antecipada pleiteada pelo autor para determinar a transferência do
veículo VW/GOLF, placa JUC6182, Chassi 9BWAA01J624053134, ano de
fabricação/modelo 2002, livre de restrições anteriores.

Na hipótese, em uma análise perfunctória dos autos, não identifico, ao menos por ora,
a presença cumulativa dos requisitos necessários a ensejar a concessão da tutela
recursal, especialmente quanto ao fumus boni iuris, uma vez que como bem definiu o
magistrado singular o autor/agravante trouxe aos autos apenas o número do processo
judicial em trâmite no Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins, do qual adveio a
constrição judicial do veículo, não havendo demonstração sequer de quem figura como
executado na referida demanda.

Ressalto, outrossim, que o pleito liminar confunde-se com o próprio mérito, de sorte
que o presente recurso será melhor examinado futuramente, porquanto sua cognição
exauriente, embora secundum eventum litis, dar-se-á quando do seu julgamento.

Diante do exposto, por vislumbrar prima facie a ausência dos pressupostos


necessários à concessão da medida pleiteada INDEFIRO o pedido de concessão de
tutela antecipada ao agravo de instrumento.

Comunique-se ao Juiz condutor do feito originário (art. 1.019, inciso I, do CPC).

Intime-se a parte agravada, para, no prazo legal, apresentar resposta ao recurso,


podendo juntar a documentação que entender necessária ao seu julgamento (art.
1019, inciso II, do CPC).

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NR.PROCESSO: 5500638-64.2020.8.09.0000
Após, colha-se parecer da douta Procuradoria-Geral de Justiça.

Intime-se. Cumpra-se.

Goiânia, 15 de outubro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR
1004/CR

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 19/11/2020 13:54:13

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5335033-66.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : FUNDAÇÃO DE CRÉDITO EDUCATIVO - FUNDACRED
POLO PASSIVO : MILENA ROCHA LIMA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : FUNDAÇÃO DE CRÉDITO EDUCATIVO - FUNDACRED


ADVG. PARTE : 35759 GO - DARIO FLORINDO DA SILVA

PARTE INTIMADA : MILENA ROCHA LIMA


ADVG. PARTE : 13968 GO - COSMO CIPRIANO VENÂNCIO

PARTE INTIMADA : WHERTON VIEIRA LIMA


ADVG. PARTE : 13968 GO - COSMO CIPRIANO VENÂNCIO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5335033-66.2020.8.09.0000
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. EXECUÇÃO. OMISSÃO. INEXISTENTE. REDISCUSSÃO
DE MATÉRIA. IMPOSSIBILIDADE.

A oposição de embargos declaratórios pressupõe a existência de um dos


vícios contidos no art. 1.022 do CPC, não se prestando à rediscussão de
matéria debatida e analisada, cuja decisão desfavoreça o Embargante. Daí,
não constatada a presença da omissão alegada, hão de ser desprovidos.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS E DESPROVIDOS.

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NR.PROCESSO: 5335033-66.2020.8.09.0000
tribunal
PODER JUDICIÁRIO
de justiça TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
do estado
Gabinete do Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
de goiás
Rua 10, n.º 150 , Fórum Dr. Heitor Moraes Fleury , 12º Andar , Sala 1229, Setor Oeste , Goiânia-GO, CEP 74120020, Tel: (62) 3216-2964

Processo : 5335033-66.2020.8.09.0000
Nome CPF/CNPJ
Embargante(s) Fundação De Crédito Educativo - 88.926.381/0001-
Fundacred 85
Nome CPF/CNPJ
Milena Rocha Lima 763.894.301-59
Embargado(s)
Nome CPF/CNPJ
Wherton Vieira Lima 071.586.531-53
Órgão 1ª Câmara
Tipo de Ação / Recurso Embargos de Declaração
judicante: Cível
Relator Des. ORLOFF NEVES ROCHA

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso interposto, dele conheço e


passo a analisá-lo, nos termos do art. 1.024, § 1º do Código de Processo Civil.

Como visto, trata-se de embargos de declaração opostos por FUNDAÇÃO DE


CRÉDITO EDUCATIVO - FUNDACRED E OUTRO contra o acórdão de movimentação nº 20, por
meio do qual os integrantes da Quarta Turma Julgadora da Primeira Câmara Cível, à
unanimidade de votos, conheceram e negaram provimento ao agravo de instrumento, nos
termos do voto deste Relator.

O acórdão embargado recebeu a seguinte ementa:

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO. PEDIDO DE INDISPONIBILIDADE


DE BENS IMÓVEIS DO DEVEDOR VIA CNIB. DESCABIMENTO.
Considerando que há outros mecanismos menos gravosos para o credor exequente tentar
alcançar o patrimônio do devedor executado, a indisponibilidade de bens via CNIB (Central
Nacional de Indisponibilidade de Bens), deve ser considerada sempre a "ultima ratio",
sobremodo quando, como "in casu", não houver sido demonstrada a dilapidação de
patrimônio pelo agravado e nem tampouco o efetivo esgotamento das vias convencionais de
busca de bens por parte da agravante.
AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO

Como é sabido, os embargos declaratórios têm por finalidade elucidar obscuridade,


afastar contradição ou suprir omissão porventura existentes no julgado, não se prestando a
propiciar nova discussão acerca de questão já decidida.

Conferindo o acórdão prolatado, e atento ao recurso oposto, verifico que as


argumentações esposadas buscam, exclusivamente, a reapreciação da matéria, inexistindo
qualquer omissão a ser sanada.

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NR.PROCESSO: 5335033-66.2020.8.09.0000
Especialmente no que se refere à matéria aqui suscitada como omissa, qual seja: o
acórdão embargado foi omisso quanto ao fato de que deixou de observar a previsão do
parágrafo único, do art. 805, do CPC, ao asseverar que o juízo a quo acertadamente indeferiu o
pedido realizado pela exequente nos autos da ação de execução, por ser um meio gravoso para
o executado.

Isso porque, conforme pode ser verificado pela simples leitura do voto condutor do
acórdão, restou expressamente pontuado que o agravo de instrumento é um recurso secundum
eventus litis, razão pela qual, em seu estreito âmbito, limita-se o Tribunal de Justiça a analisar as
questões que foram objeto da decisão agravada, ou seja, o pronunciamento restringe-se tão
somente acerca do acerto ou desacerto do ato atacado.

Noutro giro, a alegação, em sede Embargos de Declaração, no sentido de que o


acórdão embargado foi omisso quanto ao fato de que deixou de observar a previsão do
parágrafo único, do art. 805, do CPC, trata-se de inovação recursal, porquanto não suscitado nas
razões do Agravo, e sua apreciação, no âmbito dos aclaratórios, configurar-se-ia a vedada
supressão de instância.

No contexto retratado, concluo que o Embargante pretende ver reexaminada e


decidida a controvérsia, de acordo com sua interpretação. Contudo, o presente recurso não se
mostra como a via processual adequada, para este fim, inexistindo qualquer vício a macular o
acórdão recorrido.

Eventual discussão sobre a observância da previsão do parágrafo único do art. 805 do


CPC, deverá discutido na execução.

Ademais, no caso em estudo, não houve comprovação da dilapidação dos bens


imóveis ou o esgotamento dos meios de busca convencionais que possibilitasse a utilização da
medida de indisponibilidade de bens imóveis via CNIB.

Destarte, é induvidoso que não há omissão, contradição, ou obscuridade, apenas pelo


fato de ter o julgado caminhado em sentido contrário ao que a parte entende devido.

Os Embargos de Declaração não são remédio para obrigar o MM. Julgador a renovar,
ou reforçar, a fundamentação do decisório, isto porque tal recurso não se presta a esta
finalidade.

Nesse toar, a atribuição de efeito modificativo/infringente é possível, apenas, em


situações excepcionais, em que sanado o vício, a alteração do julgado surja como decorrência
lógica.

(...) A atribuição de efeitos infringentes aos embargos de declaração é possível, em


hipóteses excepcionais, para corrigir premissa equivocada no julgamento, bem como nos
casos em que, sanada a omissão, a contradição, a obscuridade ou o erro material, a
alteração da decisão surja como consequência necessária. (...).(STJ - EDcl no AgInt no
REsp. nº 1.715.903/RS - Relator: Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva - Terceira Turma -
Julgado em:23/09/2019 – DJe 26/09/2019).

Quanto ao prequestionamento, entendo que o Julgador não tem o dever de abordar,


especificamente, todos os argumentos delineados pelas partes, tampouco os dispositivos legais
e constitucionais invocados como alicerce do direito que alegam, mas, somente, julgar a causa,

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NR.PROCESSO: 5335033-66.2020.8.09.0000
compondo a lide.

Nesse sentido, jurisprudências do colendo STJ:

(...) 1. Os embargos de declaração, conforme dispõe o art. 1.022 do CPC, destinam-se a


suprir omissão, afastar obscuridade, eliminar contradição ou corrigir erro material existente
no julgado, o que não ocorre na hipótese em apreço. 2. O julgador não está obrigado a
responder a todas as questões suscitadas pelas partes, quando já tenha encontrado
motivo suficiente para proferir a decisão. A prescrição trazida pelo art. 489 do
CPC/2015 veio confirmar a jurisprudência já sedimentada pelo Colendo Superior
Tribunal de Justiça, sendo dever do julgador apenas enfrentar as questões capazes de
infirmar a conclusão adotada na decisão recorrida. (...) 4. Percebe-se, pois, que o
embargante maneja os presentes aclaratórios em virtude, tão somente, de seu
inconformismo com a decisão ora atacada, não se divisando, na hipótese, quaisquer dos
vícios previstos no art. 1.022 do Código de Processo Civil, a inquinar tal decisum. 5.
Embargos de declaração rejeitados. (EDcl no MS 21.315/DF, Rel. Ministra Diva Malerbi –
DESEMBARGADORA Convocada TRF da 3ª Região, Primeira Seção, julgado em
08/06/2016, DJe 15/06/2016)

Cumpre ainda ressaltar, conforme jurisprudência pacífica desta eg. Corte, até mesmo
nos aclaratórios opostos com o fito de prequestionamento, deve estar presente, ao menos, um
dos vícios previstos no art. 1.022, incisos I a III, do Código de Processo Civil.

Nesse sentido, é o precedente deste eg. Tribunal:

(...) 1 – Os embargos de declaração objetivam, exclusivamente, rever decisões que


apresentam falhas ou vícios, como obscuridade, contradição, omissão ou erro material, a fim
de garantir a harmonia lógica, inteireza e a clareza da decisão embargada, não sendo meio
hábil ao reexame do julgado, de modo que, não se enquadrando em qualquer destas
hipóteses, a sua rejeição se impõe. 2. Consoante dicção do artigo 1.025 do novel Codex de
Ritos. “Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para
fins de prequestionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou
rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou
obscuridade.” impondo-se a rejeição do prequestionamento. Embargos Conhecidos E
Rejeitados. (TJGO, Apelação Cível 4436-32.2014.8.09.0051, Rel. Des. Fausto Moreira Diniz,
6ª Câmara Cível, Julgado Em 16/08/2016, Dje 2096 De 24/08/2016)

Destarte, consigno que o prequestionamento necessário ao ingresso nas instâncias


especial e extraordinária não exige que o decisum recorrido mencione, expressamente, os
artigos indicados pelos litigantes, eis que a exigência se refere ao conteúdo e não à forma.

Na confluência do exposto, conhecido os embargos de declaração, NEGO-LHES


PROVIMENTO.

É o voto.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

_______________________________________
Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
Relator
_____________________________________________________________________
_____
Documento emitido / assinado digitalmente
com fundamento no Art. 1º, § 2º III, "b", da Lei Federal nº 11.419, de 19/12/2006, publicada no DOU de 20/12/2006.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5335033-66.2020.8.09.0000
tribunal
PODER JUDICIÁRIO
de justiça TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
do estado
Gabinete do Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
de goiás
Rua 10, n.º 150 , Fórum Dr. Heitor Moraes Fleury , 4º Andar , Sala 410, Setor Oeste , Goiânia-GO, CEP 74120020, Tel: (62) 3216-2974

Processo : 5335033-66.2020.8.09.0000
Nome CPF/CNPJ
Embargante(s) Fundação De Crédito Educativo - 88.926.381/0001-
Fundacred 85
Nome CPF/CNPJ
Milena Rocha Lima 763.894.301-59
Embargado(s)
Nome CPF/CNPJ
Wherton Vieira Lima 071.586.531-53
Órgão 1ª Câmara
Tipo de Ação / Recurso Embargos de Declaração
judicante: Cível
Relator Des. ORLOFF NEVES ROCHA

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE


INSTRUMENTO. EXECUÇÃO. OMISSÃO. INEXISTENTE.
REDISCUSSÃO DE MATÉRIA. IMPOSSIBILIDADE.
A oposição de embargos declaratórios pressupõe a existência de um dos
vícios contidos no art. 1.022 do CPC, não se prestando à rediscussão de
matéria debatida e analisada, cuja decisão desfavoreça o Embargante. Daí,
não constatada a presença da omissão alegada, hão de ser desprovidos.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS E DESPROVIDOS.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as retro


indicadas.

ACORDAM os integrantes da 4ª Turma Julgadora da 1ª Câmara Cível, à


unanimidade de votos, em CONHECER E DESPROVER o presente
recurso, nos termos do voto do Relator.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5335033-66.2020.8.09.0000
A sessão foi presidida pelo Desembargador Orloff Neves Rocha.

Votaram com o Relator, o Des. Carlos Roberto Fávaro e o Dr. Reinaldo


Alves Ferreira.

Presente o ilustre Procurador de Justiça Dr. José Carlos Mendonça.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

________________________________________
Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
Relator
_____________________________________________________________________
_____
Documento emitido / assinado digitalmente
com fundamento no Art. 1º, § 2º III, "b", da Lei Federal nº 11.419, de 19/12/2006, publicada no DOU de 20/12/2006.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Acolhidos em Parte - Data


da Movimentação 20/11/2020 12:31:02

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0477852-57.2014.8.09.0183
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : CESAR AUGUSTO SERONNI
POLO PASSIVO : ESPOLIO DE YEDA SERONNI
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CESAR AUGUSTO SERONNI


ADVGS. PARTE : 37703 GO - FÁBIO VELASCO DE AZEVEDO FAYAD
6065 GO - MARIA ELIZETE DE AZEVEDO FAYAD

PARTE INTIMADA : ANTONIO DE PADUA SERONNI


ADVGS. PARTE : 39498 GO - FREDERICO RODRIGUES DE SANTANA
50931 GO - LUCAS YURI COUTINHO TOLEDO

PARTE INTIMADA : ESPOLIO DE YEDA SERONNI


ADVGS. PARTE : 50931 GO - LUCAS YURI COUTINHO TOLEDO
39498 GO - FREDERICO RODRIGUES DE SANTANA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 0477852-57.2014.8.09.0183
EMENTA. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL.
PRESENÇA DE VÍCIOS ELENCADOS NO ART. 1.022 DO CPC
APENAS NOS PRIMEIROS EMBARGOS OPOSTOS QUANTO A
FIXAÇÃO ERRÔNEA DA VERBA HONORÁRIA FIXADA. (ART. 85, § 2º,
DO CPC). ATRIBUIÇÃO DE EFEITOS INFRINGENTES.
ACOLHIMENTO PARCIAL.

Os embargos de declaração tem seus contornos definidos no artigo


1.022 e seus incisos, do Código de Processo Civil. Não ocorrendo um
dos vícios devem ser rejeitados e já ocorrendo um dos vícios elencados
no aludido dispositivo, como a contradição suscitada nos primeiros
embargos pertinente à fixação errônea dos honorários advocatícios, de
conformidade com o artigo 85, § 2º, do Código de Processo Civil devem
ser acolhidos ainda que parcialmente com efeitos infringentes.

1ºEMBARGOS DE DECLARAÇÃO PARCIALMENTE ACOLHIDOS.

2º EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS

SENTENÇA E ACÓRDÃO RECORRIDOS REFORMADOS.

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NR.PROCESSO: 0477852-57.2014.8.09.0183
PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL N. 0477852-57.2014.8.09.0183

COMARCA :ARUANÃ

1ºEMBARGANTE :CÉSAR AUGUSTO SERONNI E OUTRO

2ºEMBARGANTE :ANTONIO DE PÁDUA SERONNI E OUTRO

1ºEMBARGADO :ANTONIO DE PÁDUA SERONNI E OUTRO

2ª EMBARGADO :CESAR AUGUSTO SERONNI E OUTRO

RELATOR :Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade de ambos os recursos interpostos, deles conheço.

Cuida-se de dois Embargos de Declaração opostos por CÉSAR AUGUSTO SERONNI E OUTRO
(primeiros embargantes) e de ANTONIO DE PÁDUA SERONNI E OUTRO (segundos
embargantes) em face do acórdão proferido no evento 31, que conheceu do recurso
interposto, porém negou-lhe provimento e, de consequência, confirmou a sentença recorrida
em sua integralidade.

De início, verifico que a argumentação dos primeiros embargantes quanto a ausência de resposta
fundamentada no tocante a responsabilidade do empregado pelos prejuízos ocasionados que ele
também contribuiu, não merecem subsistir, pois como abordado anteriormente por ocasião do
julgamento da apelação “ nos termos do artigo 932, inciso III e artigo 933 ambos do Código Civil
Brasileiro, o empregador responderá pelos atos praticados por seu empregado (responsabilidade
civil objetivo). Súmula 341 do STF”.

No que pertine a argumentação de que houve erro na menção ao ano de ingresso da presente
ação, eis que não foi proposta no ano de 2016, mas sim no ano de 2014 e que faz mister sanar a
omissão relativa à tese de prescrição, mediante o enfrentamento dos documentos carreados ao
feito pelos recorrentes, a me ver, não merece acolhimento, pois o direito de pleitear qualquer
indenização em virtude dos supostos atos ilícitos cometidos pela parte recorrida em detrimento do
imóvel de propriedade do autor/recorrente, encontra-se prescrito, haja vista que os embargantes
já possuíam conhecimento acerca de tais atos desde os anos de 2009/2010 ainda que a aludida
ação tenha sido proposta em 2014, vez que o prazo é trienal, de conformidade com o artigo 206,

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NR.PROCESSO: 0477852-57.2014.8.09.0183
§ 3º, inciso V, do Código Civil.

No tocante a majoração dos honorários advocatícios, vejo que embora ambas as partes
embargantes tenham arguido ser contraditória a majoração, cumpre esclarecer que a aludida
majoração foi concernente apenas ao aumento de R$ 100,00 (cem reais), ou seja, de 4.000,00
(quatro mil) foi aumentada para R$ 4.100,00 (quatro mil e cem reais) e o entendimento de que
totaliza a importância de R$ 8.100,00 (oito mil e cem reais) se mostra totalmente equivocado.

Quanto à fixação dos honorários advocatícios, entendo que razão assiste aos primeiros
embargantes quando alegam que a verba honorária arbitrada pela julgadora de primeiro grau se
mostra contrária ao artigo 85, § 2º, do Código de Processo Civil, pois de fato se o valor dado à
causa foi de R$ 10.000,00 (dez mil reais) afigura-se excessiva a fixação em R$ 4.000,00 (quatro
mil reais), posto que aludida importância ultrapassa o limite de 20% (vinte por cento) do valor
dado à causa. Diante disto, hei por bem reduzi-la para R$ 2.000,00 (dois mil reais). Em face disto
e considerando que a verba honorária foi fixada em patamar máximo, vejo que a majoração no
caso em exame se mostra incompatível.

No que pertine aos segundos embargos de declaração opostos por ANTONIO DE PÁDUA
SERONNI E OUTRO, vejo que a questão levantada pertinente a majoração dos honorários
advocatícios, como mencionado anteriormente por ocasião dos primeiros embargos, não merece
subsistir, haja vista que a majoração naquela circunstância foi de apenas R$ 100,00 (cem reais) e
não de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) como equivocadamente entendido por ambas as partes. Em
razão disso, vejo que os embargos de declaração opostos devem ser rejeitados.

À luz das considerações expendidas, restando evidente apenas o desacerto na fixação da verba
honorária arbitrada, rejeito os segundos embargos de declaração opostos por ANTONIO DE
PÁDUA SERONNI E OUTRO e acolho parcialmente os primeiros embargos opostos por
CÉSAR AUGUSTO SERONNI E OUTRO, a fim de reformar parcialmente a sentença e o acórdão
recorrido, para reduzir os honorários advocatícios em R$ 2.000,00 (dois mil reais), deixando de
majorá-los por ter atingido o patamar máximo de 20% (vinte por cento).

É o voto.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 0477852-57.2014.8.09.0183
PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL N. 0477852-57.2014.8.09.0183

COMARCA :ARUANÃ

1ºEMBARGANTE :CÉSAR AUGUSTO SERONNI E OUTRO

2ºEMBARGANTE :ANTONIO DE PÁDUA SERONNI E OUTRO

1ºEMBARGADO :ANTONIO DE PÁDUA SERONNI E OUTRO

2ª EMBARGADO :CESAR AUGUSTO SERONNI E OUTRO

RELATOR :Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

EMENTA. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL.


PRESENÇA DE VÍCIOS ELENCADOS NO ART. 1.022 DO CPC
APENAS NOS PRIMEIROS EMBARGOS OPOSTOS QUANTO A
FIXAÇÃO ERRÔNEA DA VERBA HONORÁRIA FIXADA. (ART. 85, § 2º,
DO CPC). ATRIBUIÇÃO DE EFEITOS INFRINGENTES.
ACOLHIMENTO PARCIAL.

Os embargos de declaração tem seus contornos definidos no artigo


1.022 e seus incisos, do Código de Processo Civil. Não ocorrendo um
dos vícios devem ser rejeitados e já ocorrendo um dos vícios elencados
no aludido dispositivo, como a contradição suscitada nos primeiros
embargos pertinente à fixação errônea dos honorários advocatícios, de
conformidade com o artigo 85, § 2º, do Código de Processo Civil devem
ser acolhidos ainda que parcialmente com efeitos infringentes.

1ºEMBARGOS DE DECLARAÇÃO PARCIALMENTE ACOLHIDOS.

2º EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS

SENTENÇA E ACÓRDÃO RECORRIDOS REFORMADOS.

ACÓRDÃO

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NR.PROCESSO: 0477852-57.2014.8.09.0183
Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as retro
indicadas.

ACORDAM os integrantes da 4ª Turma Julgadora da 1ª Câmara Cível, à


unanimidade de votos, em acolher parcialmente os primeiros embargos de
declaração e rejeitar os segundos embargos, nos termos do voto do Relator.

A sessão foi presidida pelo Desembargador Orloff Neves Rocha.

Votaram com o Relator, o Des. Carlos Roberto Fávaro e o Dr. Reinaldo


Alves Ferreira.

Presente o ilustre Procurador de Justiça Dr. José Carlos Mendonça.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA


Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Não-Concessão -> Antecipação de tutela
- Data da Movimentação 16/10/2020 08:16:19

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5510054-56.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : SILVANIA GONÇALVES DAS NEVES
POLO PASSIVO : SERGIO RIBEIRO SANTOS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : SILVANIA GONÇALVES DAS NEVES


ADVG. PARTE : 18718 MT - LUCIANA SEVERINO NUNES PARREIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5510054-56.2020.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5510054-56.2020.8.09.0000

COMARCA DE ARAGARÇAS

AGRAVANTE: SILVANIA GONÇALVES DAS NEVES

AGRAVADO : SERGIO RIBEIRO SANTOS

RELATORA : DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

DECISÃO LIMINAR

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO, com pedido de tutela de urgência recursal, interposto por
SILVANIA GONÇALVES DAS NEVES, representando suas filhas menores, Ana Paula Gonçalves Ribeiro e
Geovanna Gonçalves Ribeiro, em face da decisão proferida pelo Juiz de Direito da comarca de Aragarças,
Andre Rodrigues Nacagami, nos autos da Ação de Reconhecimento e Dissolução de União Estável, Guarda e
Alimentos, proposta em desfavor de SERGIO RIBEIRO SANTOS, ora agravado.

Ao analisar o pleito liminar, o juiz singular proferiu a seguinte decisão (evento 08 do feito originário):

“Ante o exposto, DEFIRO PARCIALMENTE a tutela de urgência para:

1) CONCEDER a guarda compartilhada das infantes Ana Paula Gonçalves Ribeiro e


Geovanna Gonçalves Ribeiro entre os genitores, consignando que o domicílio de
referência será o da residência da mãe. Já o regime de convivência (mínimo) da
prole com o outro genitor fica estabelecido da seguinte maneira: Já o regime de
convivência (mínimo) da prole com o outro genitor fica estabelecido da seguinte
maneira: a) nos primeiros e terceiros finais de semana do mês, das 19 horas de
sexta até as 8 horas de segunda, podendo, ao invés desses horários estabelecidos,
buscá-lo na sexta e levá-lo na segunda-feira à escola/creche em que se encontra
matriculado; b) nas festividades do dia dos pais com o pai e no dia das mães com a
mãe; c) nas férias escolares de meio e final de ano, meio período com cada genitor,
sendo o primeiro com mãe e o segundo com o pai; d) nos feriados de Natal e Ano
Novo, alternadamente, ficando com o genitor no Natal em anos pares e com a
genitora em anos ímpares, e no Ano Novo em anos pares com a mãe, e em anos
ímpares com o pai; e) nos feriados alternadamente com cada genitor, iniciando-se
pela genitora; f) se houver feriado imediatamente antes ou após o final de semana
em que o genitor esteja na convivência com a prole, esta se somará ao feriado
prolongado; g) nos aniversários da prole em anos ímpares ela passará com a
genitora e em anos pares com o genitor.

Salienta-se que o regime acima estipulado não se trata de forma de convivência


obrigatória e inflexível, podendo deixar de ser exercido pelo genitor, bem como, de
outra parte, ser modificado e/ou ampliado mediante livre acordo entre as partes.

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NR.PROCESSO: 5510054-56.2020.8.09.0000
LAVREM-SE os termos de guarda compartilhada.

2) FIXAR os alimentos provisórios em 20% (vinte por cento) do salário-mínimo, os


quais serão devidos a partir da citação e com vencimento até o dia 10 (dez) de cada
mês, nos termos do artigo 13, §2º, da Lei 5.478/1968, mediante recibo.”

Irresignada, a autora avia agravo de instrumento (evento 01), apontando o preenchimento dos pressupostos de
admissibilidade e fazendo um breve relato dos fatos.

Em suas razões, aduz que a decisão agravada deverá ser revista, uma vez que, o dever de alimentar os filhos é
de responsabilidade tanto do genitor como também da genitora.

Verbera que não há um valor definido em lei, mas sim um critério para a quantificação dos alimentos, que se
pauta no binômio necessidade-possibilidade ou no trinômio necessidade-possibilidade-proporcionalidade,
conforme o disposto no art. 1694, §1º, do Código Civil, ou seja, a necessidade do alimentando (credor) e a
possibilidade do alimentante (devedor), de forma a se buscar um valor justo que não onere demasiadamente o
devedor e garanta o necessário ao credor (proporcionalidade).

Insiste que o espaço de conformação para o aplicador da lei é extenso, sendo certo que será guiado,
especialmente, pelas provas carreadas aos autos, bem como pela jurisprudência, que tem fixado a baliza de
30% (trinta por cento) ou 1/3 (um terço) dos rendimentos líquidos do alimentante e/ou com base no salário-
mínimo federal ou estadual.

Registra que a jurisprudência admite a fixação da pensão alimentícia sobre o salário-mínimo, o que é de bom
alvitre para as situações em que o devedor não trabalha com carteira assinada, nem disponha de qualquer
elemento de prova de seus rendimentos, como, por exemplo, a situação do trabalhador autônomo ou
desempregado.

Argumenta ter deixado a residência que adquiriu junto com o réu, na constância da União Estável, para garantir
sua integridade e a de suas filhas, passando a residir na casa de sua genitora, na comarca de Aragarças-GO,
recebendo auxílio emergencial de R$ 600,00 (seiscentos reais) pelo Governo Federal, que será pago até
dezembro/2020.

Sobreleva que era “do lar” e que o agravado era o provedor da família. Esclarece que este é autônomo,
dedicando-se a consertos de celulares e, atualmente, também está trabalhando na Campanha Eleitoral na
cidade de Bom Jardim de Goiás/GO.

Brada que a decisão que fixou os alimentos provisórios em 10% (dez por cento), para cada filha, sobre o valor
do salário-mínimo (R$ 104,50) é muito baixo, haja vista se tratar de uma criança com idade de 10 (dez) anos e

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NR.PROCESSO: 5510054-56.2020.8.09.0000
outra com 08 (oito) anos, sobrelevando os valores dos produtos alimentícios, além de remédios, roupas e
calçados.

Frisa que o agravado sempre foi o mantenedor do lar, não recebendo mensalmente valor abaixo de R$
2.000,00, além de estar livre do aluguel, tendo em vista que ficou residindo sozinho na casa que adquiriram.

Colaciona julgados em amparo a sua tese.

Defende a presença dos requisitos para a concessão da tutela provisória recursal, a fim de que seja
“modificado/majorado o valor fixado dos alimentos provisórios de 20% para 30% para as duas filhas, sendo
15% para cada uma, sobre o valor do salário-mínimo vigente e a fixação de 50% das despesas extraordinárias
que compreende: materiais escolares, remédios etc;”

Ao final, pugna pelo conhecimento e provimento do recurso para reformar a decisão fustigada, nos termos
alinhavados. Requer, ainda, a concessão da gratuidade da justiça.

Preparo não comprovado, eis que a agravante é beneficiária da gratuidade (evento 08).

É o relatório. Decido.

Já deferida a gratuidade da justiça à recorrente pelo juízo singular, analiso seu pleito de concessão da tutela
provisória recursal, consistente na modificação/majoração do percentual dos alimentos provisórios ao total de
30% do salário-mínimo, sendo 15% para cada filha.

Nos termos do artigo 1.019 do CPC/2015, o agravo de instrumento deve ser recebido, em regra, apenas no
efeito devolutivo, para que o seu manejo não implique suspensão dos efeitos da decisão agravada. No entanto,
o Relator poderá deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, desde que haja
a presença concomitante da sólida e relevante fundamentação fática e/ou jurídica e a demonstração de que,
prevalecendo a decisão, poderá a parte agravante experimentar perigo de dano.

Pertinente ao artigo 1.019, inciso I, do CPC/15, os referidos juristas elucidam:

“I: 5. Efeitos do agravo. O agravo é recebido, de regra, no efeito apenas devolutivo


(CPC 995). O efeito devolutivo pode ser diferido ao juízo de primeiro grau (Neru.
Recursos, n. 3.4, p. 241; Barbosa Moreira, Coment, n. 271, p. 496), porque esse
juízo 'a quo' pode pronunciar-se sobre o próprio mérito do agravo, na fase reservada
ao juízo de retratação. O efeito devolutivo diferido respeita apenas ao mérito do

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NR.PROCESSO: 5510054-56.2020.8.09.0000
agravo, sendo vedado ao juízo 'a quo' pronunciar-se sobre a admissibilidade do
recurso: pode julgar o mérito (diferida e provisoriamente), mas não a
admissibilidade, que é um 'prius' em relação ao mérito (v. Nery. Recursos, n. 3.4, p.
243/245). O agravo não tem efeito suspensivo, a menos que feito o requerimento e
atendidos os requisitos do CPC 995, bem como nos casos de ACP ou ação coletiva
fundada no CDC (v. LACP 14 e CDC 90).

Importante registrar que o instrumento de antecipação dos efeitos da tutela, enquanto espécie das chamadas
tutelas de urgência, prestigia a eficiência da prestação jurisdicional (art. 5º, LXXVIII, da CF/88) e deve se dar
em um juízo de cognição sumária, superficial, da matéria posta sub judice, como forma de conferir à parte
litigante um meio, ainda que provisório, de satisfação do seu interesse, evitando o verdadeiro esvaziamento da
eficácia de eventual tutela definitiva em razão do decurso do tempo.

Para tanto, o artigo 300 do CPC/2015 predispõe a observância de certos requisitos, sem os quais não se faz
possível a antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional, em caráter antecedente ou incidente, sendo que a
tutela será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano
ou o risco ao resultado útil do processo.

Feitas tais ponderações, em juízo de cognição sumária, verifico que não estão presentes, neste momento, os
requisitos para o deferimento da antecipação da tutela, haja vista que as infantes não estão desprovidas do
mínimo existencial, ante a fixação de alimentos pelo juízo singular, razão pela qual também não se infere risco
de dano, já que sua genitora/agravante percebe auxílio emergencial até dezembro de 2020, como declarou.
Sobretudo a concessão da medida pretendida esgotaria o mérito do agravo, situação que por prudência e
cautela se evita no presente momento processual.

Outrossim, prudente proceder com a instrução do agravo e aguardar a resposta do recorrido para melhor
apreciar a pretensão recursal e verificar a legalidade ou não da decisão de primeiro grau.

Dessa forma, com fulcro no artigo 995, parágrafo único c/c o artigo 1.019, inciso I, ambos do Código de
Processo Civil/2015, INDEFIRO o pedido de concessão de antecipação de tutela recursal.

Oficie-se o Juízo de origem, dando-lhe ciência desta decisão (art. 1019, I do CPC/15).

Intime-se o agravado para, querendo, apresentar resposta, no prazo de 15 (quinze) dias (art. 1.019, II do
CPC/15).

Em razão de interesse de incapaz, ouça-se a Procuradoria-Geral de Justiça (art. 178, II do CPC/15).

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5510054-56.2020.8.09.0000
Goiânia, 15 de outubro de 2020.

DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

RELATORA

112/CL

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Acolhidos - Data da


Movimentação 19/11/2020 13:53:14

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0167971-84.2017.8.09.0164
CLASSE PROCESSUAL : Ação Rescisória
POLO ATIVO : WILLAMES LUIZ MOURA ROLIM
POLO PASSIVO : SWISS PARK BRASILIA INCORPORADORA LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : WILLAMES LUIZ MOURA ROLIM


ADVG. PARTE : 41350 DF - ALESSANDRO DOMINGOS DA CONCEICAO

PARTE INTIMADA : ELISANGELA DE OLIVEIRA PACHECO ROLIM


ADVG. PARTE : 41350 DF - ALESSANDRO DOMINGOS DA CONCEICAO

PARTE INTIMADA : SWISS PARK BRASILIA INCORPORADORA LTDA


ADVG. PARTE : 38868 DF - GUSTAVO PENNA MARINHO DE ABREU LIMA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 0167971-84.2017.8.09.0164
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL. ERRO
MATERIAL ACOLHIDO.

1. Os embargos declaratórios encontram limites na norma estabelecida no


artigo 1022, do Código de Processo Civil, cabíveis nas hipóteses de
sentença ou acórdão maculados por obscuridade, contradição ou omissão, e
ainda, na correção de erro material.

2. Ocorrendo o erro material apontado, o acolhimento dos embargos de


declaração é medida que se impõe. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
CONHECIDOS E ACOLHIDOS.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 0167971-84.2017.8.09.0164
PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 0167971.84.2017.8.09.0164

COMARCA CIDADE OCIDENTAL

EMBARGANTE SWISS PARK BRASÍLIA INCORPORADORA LTDA

EMBARGADO WILLAMES LUIZ MOURA ROLIM E OUTRO

RELATOR Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso, dele conheço.

Preliminarmente, esclareço que os embargos declaratórios encontram limites na norma


estabelecida no artigo 1022, do Código de Processo Civil, cabíveis nas hipóteses de sentença ou
acórdão maculados por obscuridade, contradição ou omissão, e ainda, na correção de erro
material. Verbis:

Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:

I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a
requerimento;

III - corrigir erro material.

A Embargante recorre ao fundamento de que houve erro material no acórdão recorrido.

No caso em espécie o erro material apontado realmente ocorreu.

Desse modo, devem os embargos de declaração serem acolhidos.

Ante o exposto, DOU PROVIMENTO aos Embargos de Declaração, para o fim de corrigir erro
material apontado e fazer constar no relatório do acórdão Embargado, que “pretendem os
Apelantes a reforma da decisão que julgou improcedentes os pedidos da Ação de Rescisão
Contratual”.

É o meu voto.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

Relator

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NR.PROCESSO: 0167971-84.2017.8.09.0164
PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 0167971.84.2017.8.09.0164

COMARCA CIDADE OCIDENTAL

EMBARGANTE SWISS PARK BRASÍLIA INCORPORADORA LTDA

EMBARGADO WILLAMES LUIZ MOURA ROLIM E OUTRO

RELATOR Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL. ERRO


MATERIAL ACOLHIDO.

1. Os embargos declaratórios encontram limites na norma estabelecida no


artigo 1022, do Código de Processo Civil, cabíveis nas hipóteses de
sentença ou acórdão maculados por obscuridade, contradição ou omissão, e
ainda, na correção de erro material.

2. Ocorrendo o erro material apontado, o acolhimento dos embargos de


declaração é medida que se impõe. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
CONHECIDOS E ACOLHIDOS.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as retro indicadas.

ACORDAM os integrantes da 4ª Turma Julgadora da 1ª Câmara Cível, à


unanimidade de votos, em CONHECER E PROVER o presente recurso, nos termos
do voto do Relator.

A sessão foi presidida pelo Desembargador Orloff Neves Rocha.

Votaram com o Relator, o Des. Carlos Roberto Fávaro e o Dr. Reinaldo Alves Ferreira.

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NR.PROCESSO: 0167971-84.2017.8.09.0164
Presente o ilustre Procurador de Justiça Dr. José Carlos Mendonça.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

Relator

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Não-Concessão -> Antecipação de tutela
- Data da Movimentação 20/10/2020 10:51:09

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5511198-65.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : RENATO DE SOUZA ARANTES
POLO PASSIVO : HP INCORPORADORA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : RENATO DE SOUZA ARANTES


ADVG. PARTE : 57364 GO - ANDRÉ SOUZA MELO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5511198-65.2020.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5511198.65.2020.8.09.0000

COMARCA DE MORRINHOS

AGRAVANTE: RENATO DE SOUZA ARANTES

AGRAVADA: HP INCORPORADORA

RELATORA: DES. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

DECISÃO LIMINAR

Trata-se de recurso de AGRAVO DE INSTRUMENTO, com pedido de antecipação dos efeitos da tutela
recursal, interposto por RENATO DE SOUZA ARANTES, em face da decisão proferida pelo Juiz de Direito da
1ª Vara Cível da Comarca de Morrinhos, Diego Custódio Borges, nos autos da Ação de Rescisão Contratual c/c
Restituição de Valores Pagos interposta em desfavor de HP INCORPORADORA.

Narra o autor, na exordial, ter firmado Contrato de Compromisso de Compra e Venda, em 01/05/2014, para
aquisição de um lote, no valor total de R$ 102.293,24 (cento e dois mil, duzentos e noventa e três reais e vinte e
quatro centavos), com o pagamento de entrada e mais 144 parcelas, das quais quitou 65.

Alega que, no ano de 2019, a prestação teve um reajuste elevado, com aumento real de quase 40%, razão pela
qual buscou, consensualmente, a rescisão da avença, tendo o ora agravado concordado, desde que houvesse
o parcelamento em 12 vezes e a retenção de 30% dos valores já adimplidos.

Nesse contexto, busca o demandante, liminarmente, a suspensão dos pagamento das parcelas e vincendas e a
proibição de negativação de seu nome junto aos órgãos de proteção ao crédito até o deslinde da ação.

Ao analisar o pedido de antecipação de tutela, o condutor singular proferiu decisão ora fustigada (evento 24):

“(…) Pois bem. Compulsando os autos, verifico que as partes celebraram negócio
jurídico consistente no compromisso de compra e venda de um imóvel urbano
situado nesta cidade (contrato colacionado no evento nº. 01). No curso da vigência
do contrato, a parte autora afirma que o índice de correção monetária utilizado pela
parte requerida onerou significativamente o valor das parcelas, requerendo a

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5511198-65.2020.8.09.0000
suspensão da exigibilidade das parcelas vincendas desde o mês de dezembro de
2019 até o deslinde da ação, com abstenção de eventual negativação em órgão de
proteção ao crédito.

Em juízo de cognição sumária, verifico que a parte autora não trouxe elementos
suficientes para amparar sua pretensão. Isso porque, a princípio, o contrato foi
celebrado por partes capazes, objeto determinado e com forma prescrita em lei,
vigorando a boa fé contratual e o princípio da conservação do negócio jurídico, pelo
qual se deve corrigir somente a parte viciada do negócio, preservando a sua
essência, conforme previsto no artigo 170, do CC/2002. (…)

Ainda sobre a conservação do negócio jurídico, sobreleva mencionar que a rescisão


contratual, com a suspensão da exigibilidade das parcelas assumidas pelo autor,
nesse momento processual, poderá fazer com que as parcelas se tornem
excessivamente onerosas no caso de improcedência.

Assim, entendo pela preservação das obrigações assumidas pela parte autora ao
tempo do entabulamento do negócio jurídico com a parte ré, até que sobrevenha
novos elementos de convicção que ressaltem a probabilidade do direito alegado,
insuficiente nesse momento.

Ante o exposto, INDEFIRO o pedido de tutela provisória formulado pela parte


autora, por ausência dos requisitos autorizadores para a sua concessão previstos no
art. 300, do CPC/2015, nos termos da fundamentação já esposada”.

Inconformado, o requerente interpõe o presente recurso e, após breve relato dos fatos, afirma não possuir
interesse na manutenção da avença, restando configurada a probabilidade do direito.

Verbera que “sendo o contrato um negócio jurídico bilateral que envolve necessariamente duas vontades, e
sendo regido por princípios próprios, dentre eles o da autonomia da vontade, tem-se que o próprio ordenamento
jurídico prevê a possibilidade de extinção do referido negócio jurídico, não sendo admissível que uma pessoa
seja obrigada a continuar na referida relação jurídica contra sua vontade”.

Aduz inexistir perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão ou prejuízos à agravada, pois será restituída na
posse do imóvel, podendo vendê-lo a terceiros.

Sustenta que manutenção do pagamento das prestações lhe trará graves prejuízos, porquanto seu nome
poderá ser negativado devido à inadimplência, além possíveis atos de constrição patrimonial.

Ao final, requer, liminarmente, a concessão de tutela antecipada recursal, “autorizando a suspensão do


pagamento das parcelas do referido contrato, bem como que a agravada se abstenha de proceder com
quaisquer tipos de cobranças das parcelas não pagas, bem como se abster de incluir o nome do Agravante nos
sistemas de proteção de crédito”. No mérito, pugna pelo provimento do recurso.

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NR.PROCESSO: 5511198-65.2020.8.09.0000
Preparo efetuado.

É o relatório. Passo à decisão.

Nos termos do artigo 1.019 do CPC/15, o agravo de instrumento deve ser recebido, em regra, apenas no efeito
devolutivo, para que o seu manejo não implique suspensão dos efeitos da decisão agravada. No entanto, o
Relator poderá deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal. Necessária se faz,
para a referida concessão, a presença concomitante da sólida e relevante fundamentação fática e/ou jurídica e
a demonstração de que, prevalecendo a decisão, poderá a parte agravante experimentar perigo de dano.

Importante registrar que o instrumento de antecipação dos efeitos da tutela, enquanto espécie das chamadas
tutelas de urgência, prestigia a eficiência da prestação jurisdicional (art. 5º, LXXVIII, da CF/88) e deve se dar
em um juízo de cognição sumária, superficial, da matéria posta sub judice, como forma de conferir à parte
litigante um meio, ainda que provisório, de satisfação do seu interesse, evitando o verdadeiro esvaziamento da
eficácia de eventual tutela definitiva em razão do decurso do tempo.

Para tanto, o artigo 300 do CPC/15 predispõe a observância de certos requisitos, sem os quais não se faz
possível a antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional, em caráter antecedente ou incidente, sendo que a
tutela será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano
ou o risco ao resultado útil do processo.

Em uma análise superficial e adequada ao momento, não denoto que os fundamentos jurídicos articulados pelo
recorrente afiguram-se relevantes, de modo a caracterizar a probabilidade do provimento recursal, pois almeja a
rescisão contratual em razão de não mais suportar o pagamento das parcelas, sob o ponto de vista financeiro,
revelando-se confessadamente devedor.

Desse modo, em respeito ao contraditório e a ampla defesa, tenho por necessário aguardar o processamento
do presente recurso, porquanto mostra-se temerária a suspensão da cobrança das parcelas livremente
contratadas pelas partes sem, antes, definir a quem deva ser atribuída a culpa pelo término antecipado do
pacto e os encargos daí decorrentes.

Assim, com fulcro no artigo 995, parágrafo único c/c o artigo 1.019, inciso I, ambos do Código de Processo
Civil/2015, INDEFIRO o pedido de concessão de antecipação de tutela recursal, até julgamento final do
presente feito.

Oficie-se ao Juízo de origem, dando-lhe ciência desta decisão (artigo 1.019, inciso I, do CPC/15).

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NR.PROCESSO: 5511198-65.2020.8.09.0000
Intime-se a recorrida para que, no prazo de 15 (quinze) dias, ofereça contrarrazões, ao teor do disposto no
artigo 1.019, II, do CPC.

Intimem-se. Cumpra-se.

Goiânia, 20 de outubro de 2020.

DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

RELATORA

120

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 19/11/2020 13:53:49

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0376445-71.2013.8.09.0044
CLASSE PROCESSUAL : Reintegração / Manutenção de Posse ( CPC )
POLO ATIVO : SERCO DIAS ROSA
POLO PASSIVO : ADMON AMANCIO DE OLIVEIRA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : EDIS DIAS ROSA


ADVG. PARTE : 31007 GO - AMARILDO HENRIQUE DA CONCEIÇÃO

PARTE INTIMADA : GEJILDA DIAS ROSA


ADVG. PARTE : 31007 GO - AMARILDO HENRIQUE DA CONCEIÇÃO

PARTE INTIMADA : LURDE DIAS ROSA


ADVG. PARTE : 31007 GO - AMARILDO HENRIQUE DA CONCEIÇÃO

PARTE INTIMADA : SEBASTIAO DIAS ROSA


ADVG. PARTE : 31007 GO - AMARILDO HENRIQUE DA CONCEIÇÃO

PARTE INTIMADA : SERCO DIAS ROSA


ADVG. PARTE : 31007 GO - AMARILDO HENRIQUE DA CONCEIÇÃO

PARTE INTIMADA : SUEIDE DIAS ROSA


ADVG. PARTE : 31007 GO - AMARILDO HENRIQUE DA CONCEIÇÃO

PARTE INTIMADA : VERA LUCIA DIAS ROSA


ADVG. PARTE : 31007 GO - AMARILDO HENRIQUE DA CONCEIÇÃO

PARTE INTIMADA : ADMON AMANCIO DE OLIVEIRA


ADVG. PARTE : 34213 GO - GENIVAL LEONEL GOMES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0376445-71.2013.8.09.0044
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE
REINTEGRAÇÃO DE POSSE. COMODATO COMPROVADO.
REIVINDICAÇÃO DO IMÓVEL. NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL. ATO
LEGAL. POSSE ILEGÍTIMA. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO,
CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE OU ERRO MATERIAL.
PREQUESTIONAMENTO.

1. O cabimento dos Embargos de Declaração pressupõe a existência de


algum dos vícios previstos no artigo 1.022 do Código de Processo Civil, não
sendo via hábil para o reexame da causa ou manifestação de irresignação
com o entendimento adotado.

2. O artigo 1.025 do Novo Código de Processo Civil passou a acolher a tese


do prequestionamento ficto, ficando o atendimento desse requisito
condicionado ao reconhecimento, pelos Tribunais Superiores, de que a
inadmissão ou a rejeição dos aclaratórios na origem violou o artigo 1.022 do
mesmo diploma legal.

EMBARGOS DECLARATÓRIOS REJEITADOS.

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NR.PROCESSO: 0376445-71.2013.8.09.0044
PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 376445.71.2013.8.09.0044
COMARCA :FORMOSA
EMBARGANTE :EDIS DIAS ROSA E OUTROS
EMBARGADO :ADMON AMANCIO DE OLIVEIRA
RELATOR :Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

VOTO

Trata-se de Embargos de Declaração opostos por EDIS DIAS ROSA E OUTROS em


face do acórdão proferido no evento 47, que negou provimento ao recurso de apelação.

Os embargantes alegaram omissão, contradição, obscuridade e erro material. Enfatiz


aram a necessidade de prequestionamento para fins de apreciação de recurso especial e/ou
extraordinário. Afirmaram que o presente aclaratório não possui caráter protelatório. Citaram a
súmula 98 do STJ.

Presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso interposto, dele conheço.

Não há nenhum vício no decisum embargado. Os recorrentes alegam existência de


omissão, contradição, obscuridade e erro material, todavia, sequer mencionam de que forma se
deram. Destaco que todas as matérias postas em julgamento foram analisadas de maneira
completa e clara.

De acordo com o disposto no art. 1.022, incisos I, II e III, do Código de Processo Civil,
os Embargos de Declaração são cabíveis para:

Art. 1.022. […]

I – esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

II – suprir omissão de ponto ou questão sobre a qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a
requerimento;

III – corrigir erro material.

Está claro na própria letra da lei que o artigo em comento destina-se, única e
exclusivamente, a busca do aperfeiçoamento da sentença ou acórdão, viciados por obscuridade,

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NR.PROCESSO: 0376445-71.2013.8.09.0044
contradição ou omissão sobre ponto a respeito do qual deva pronunciar-se o juízo ou Tribunal.

Na qualidade de recurso com fundamentação vinculada, isto é, cuja amplitude material


está delimitada em lei, não pode o reclamo aclaratório ser utilizado de forma que a parte
manifeste sua irresignação com o que foi decidido, ou na intenção de que o magistrado ou órgão
colegiado rebata, um a um, os argumentos alinhavados na lide, quando os fundamentos já
expostos forem suficientes para o pleno conhecimento dos motivos que amoldaram o
pronunciamento judicial emitido.

À vista disso e considerando os argumentos ventilados nestes aclaratórios, o que se


observa, na verdade, é o inconformismo dos embargantes, razão pela qual almejam alterá-lo pela
via estreita dos embargos de declaração, o que não se admite.

Destaco que, a partir do novo sistema processual implantado pela Lei Federal n.
13.105, de 16 de março de 2015, nos termos do seu artigo 1.025, passou-se a reconhecer o
atendimento do requisito de prequestionamento pela simples oposição dos embargos de
declaração, independentemente do seu acolhimento pelo Tribunal de origem, exigindo-se,
entretanto, o reconhecimento pelos Tribunais Superiores de que a inadmissão ou a rejeição dos
aclaratórios violou o artigo 1.022 do referido Estatuto Processual Civil. Ilustra-se:

“ ...3. O artigo 1.025 do Novo Código de Processo Civil passou a acolher a tese do
prequestionamento ficto, ficando o atendimento desse requisito condicionado ao
reconhecimento, pelos Tribunais Superiores, de que a inadmissão ou a rejeição dos
aclaratórios na origem violou o artigo 1.022 do mesmo diploma legal. 4. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO CONHECIDOS, MAS REJEITADOS. (TJGO, APELAÇÃO CÍVEL 216134-
93.2014.8.09. 0134, Rel. Dr. MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA, 4ª CÂMARA CÍVEL, julgado em
10/11/2016, DJe 2152 de 21/11/ 2016).”

Na confluência do exposto, REJEITO OS EMBARGOS DECLARATÓRIOS, uma vez


que inexiste, no ato judicial embargado, qualquer dos vícios previstos no artigo 1.022 do Diploma
Processual Civil.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0376445-71.2013.8.09.0044
PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 376445.71.2013.8.09.0044


COMARCA :FORMOSA
EMBARGANTE :EDIS DIAS ROSA E OUTROS
EMBARGADO :ADMON AMANCIO DE OLIVEIRA
RELATOR :Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE


REINTEGRAÇÃO DE POSSE. COMODATO COMPROVADO.
REIVINDICAÇÃO DO IMÓVEL. NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL. ATO
LEGAL. POSSE ILEGÍTIMA. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO,
CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE OU ERRO MATERIAL.
PREQUESTIONAMENTO.

1. O cabimento dos Embargos de Declaração pressupõe a existência de


algum dos vícios previstos no artigo 1.022 do Código de Processo Civil, não
sendo via hábil para o reexame da causa ou manifestação de irresignação
com o entendimento adotado.

2. O artigo 1.025 do Novo Código de Processo Civil passou a acolher a tese


do prequestionamento ficto, ficando o atendimento desse requisito
condicionado ao reconhecimento, pelos Tribunais Superiores, de que a
inadmissão ou a rejeição dos aclaratórios na origem violou o artigo 1.022 do
mesmo diploma legal.

EMBARGOS DECLARATÓRIOS REJEITADOS.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as retro


indicadas.

ACORDAM os integrantes da 4ª Turma Julgadora da 1ª Câmara Cível, à


unanimidade de votos, em CONHECER E DESPROVER o presente
recurso, nos termos do voto do Relator.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 0376445-71.2013.8.09.0044
A sessão foi presidida pelo Desembargador Orloff Neves Rocha.

Votaram com o Relator, o Des. Carlos Roberto Fávaro e o Dr. Reinaldo


Alves Ferreira.

Presente o ilustre Procurador de Justiça Dr. José Carlos Mendonça.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

Desembargador Orloff Neves Rocha


Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Acolhidos - Data da


Movimentação 19/11/2020 13:54:21

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5297629-78.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : DERVAL GUERRA DA SILVA
POLO PASSIVO : SECRETARIO DE SAUDE DO ESTADO DE GOIAS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : DERVAL GUERRA DA SILVA


ADVG. PARTE : 26819 GO - JOÃO BATISTA TORRES PINHEIRO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5297629-78.2020.8.09.0000
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM MANDADO DE
SEGURANÇA. OMISSÃO. SANAR VÍCIO. PRAZO PARA
FORNECIMENTO DO FÁRMACO. BLOQUEIO JUDICIAL.

Constatada a omissão no acórdão, consubstanciada na falta de prazo


estipulado para o fornecimento do medicamento objeto do mandamus, sob
pena de bloqueio judicial da verba necessária, merece acolhimento os
embargos de declaração, para suprir a omissão apontada.

EMBARGOS DECLARATÓRIOS ACOLHIDOS. OMISSÃO SANADA.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5297629-78.2020.8.09.0000
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO MANDADO DE SEGURANÇA Nº 5297629-
78.2020.8.09.0000
COMARCA :ITAPURANGA
EMBARGANTE :DERVAL GUERRA DA SILVA
:SECRETÁRIO DE SAÚDE DO ESTADO DE GOIÁS
EMBARGADOS
E OUTRO
RELATOR :Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

VOTO

Consoante relatado, trata-se de Embargos de Declaração opostos por DERVAL


GUERRA DA SILVA em face do acórdão proferido em evento nº 26, que concedeu a segurança
para determinar o fornecimento dos medicamentos Domperidona 10 mg, Lansoprazol 30 mg e
Enteresto 24 mg + 26 mg, ao impetrante, conforme prescrição médica, nos autos do mandado de
segurança impetrado em face de ato reputado ilegal praticado pelo SECRETÁRIO DE SAÚDE
DO ESTADO DE GOIÁS, Ismael Alexandrino Júnior e, na qualidade de litisconsorte, o ESTADO
DE GOIÁS..

O embargante alegou omissão. Afirma que, esta corte deixou de se manifestar sobre o
pedido formulado no evento nº 16, qual seja, determinar o Estado de Goiás que no prazo
improrrogável de 24h (vinte e quatro horas), forneça os medicamentos vindicados na inicial, sob
pena de bloqueio judicial da verba necessária para esse fim.

Pois bem.

Presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso interposto, dele conheço.

Verifico que razão assiste ao embargante, pois a matéria apontada não foi tratada no
decisum, motivo pelo qual passo a sanar a omissão arguida.

Nesse sentido:

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER


C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. COBERTURA DO PLANO DE SAÚDE.
OMISSÃO NO ACÓRDÃO, EM SUA PARTE DISPOSITIVA. EMBARGOS ACOLHIDOS, SEM
EFEITOS INFRINGENTES. 1. Os embargos de declaração têm por objetivo esclarecer
obscuridade, eliminar contradição, suprir omissão ou corrigir erro material, não se prestando à

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NR.PROCESSO: 5297629-78.2020.8.09.0000
rediscussão de questões já analisadas. 2. Constatada a existência de omissão no acórdão
embargado, cumpre acolher os embargos de declaração opostos, sem conferir-lhes efeitos
infringentes, apenas para consignar em sua parte dispositiva que na hipótese de a apelante
não possuir profissionais especializados credenciados, a prestação do serviço se dará por
meio de especialistas não credenciados, ficando a responsabilidade da recorrente, no que
concerne à remuneração desses profissionais, limitada ao valor pago aos cooperados,
segundo a tabela de honorários da operadora do plano de saúde. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO ACOLHIDOS.

(TJGO, Apelação (CPC) 5029216-09.2018.8.09.0051, Rel. Des(a). ZACARIAS NEVES


COELHO, 2ª Câmara Cível, julgado em 14/09/2020, DJe de 14/09/2020)

Ressai do dispositivo do voto proferido no evento 26:

“ Diante do exposto, acolhendo o parecer da douta Procuradoria-Geral de Justiça e,


confirmando a liminar anteriormente deferida, CONCEDO EM DEFINITIVO A SEGURANÇA,
determinando que autoridade coatora forneça ao impetrante DERVAL GUERRA DA SILVA os
medicamentos DOMPERIDONA 10 mg, LANSOPRAZOL 30 mg e ENTERESTO 24 mg + 26
m, garantindo o integral tratamento do impetrante.

O paciente ou a família deverá devolver os medicamentos não utilizados, em caso de


interrupção/suspensão do tratamento.

Sem condenação em honorários advocatícios, por serem incabíveis na espécie, de acordo


com o artigo 25 da Lei federal nº 12.016, de 07 de agosto de 2009, e as Súmulas nº 512 do
excelso Supremo Tribunal Federal e nº 105 do colendo Superior Tribunal de Justiça.

É como voto.”

Conforme se vê, como consequência da concessão da segurança que determinou o


fornecimento dos medicamentos pleiteado, deverá também constar o prazo para o cumprimento
da referida determinação, bem como a ressalva de bloqueio de verbas públicas.

Diante do exposto, ACOLHO OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, para sanar a


omissão e fazer constar a seguinte redação no dispositivo do decisum embargado:

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NR.PROCESSO: 5297629-78.2020.8.09.0000
“ Diante do exposto, acolhendo o parecer da douta Procuradoria-Geral de Justiça e,
confirmando a liminar anteriormente deferida, CONCEDO EM DEFINITIVO A SEGURANÇA,
determinando que autoridade coatora forneça ao impetrante DERVAL GUERRA DA SILVA os
medicamentos DOMPERIDONA 10 mg, LANSOPRAZOL 30 mg e ENTERESTO 24 mg + 26
m, no prazo improrrogável de 24 h (vinte e quatro horas) garantindo o integral tratamento do
impetrante, sob pena de bloqueio do valor necessário para aquisição dos medicamentos.

O paciente ou a família deverá devolver os medicamentos não utilizados, em caso de


interrupção/suspensão do tratamento.

Sem condenação em honorários advocatícios, por serem incabíveis na espécie, de acordo


com o artigo 25 da Lei federal nº 12.016, de 07 de agosto de 2009, e as Súmulas nº 512 do
excelso Supremo Tribunal Federal e nº 105 do colendo Superior Tribunal de Justiça.

É como voto.”

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

Relator

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO MANDADO DE SEGURANÇA Nº 5297629-


78.2020.8.09.0000
COMARCA :ITAPURANGA
EMBARGANTE :DERVAL GUERRA DA SILVA
:SECRETÁRIO DE SAÚDE DO ESTADO
EMBARGADOS
DE GOIÁS E OUTRO
RELATOR :Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM MANDADO DE

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5297629-78.2020.8.09.0000
SEGURANÇA. OMISSÃO. SANAR VÍCIO. PRAZO PARA
FORNECIMENTO DO FÁRMACO. BLOQUEIO JUDICIAL.

Constatada a omissão no acórdão, consubstanciada na falta de prazo


estipulado para o fornecimento do medicamento objeto do mandamus, sob
pena de bloqueio judicial da verba necessária, merece acolhimento os
embargos de declaração, para suprir a omissão apontada.

EMBARGOS DECLARATÓRIOS ACOLHIDOS. OMISSÃO SANADA.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as


retro indicadas.

ACORDAM os integrantes da 4ª Turma Julgadora da 1ª Câmara


Cível, à unanimidade de votos, em CONHECER E ACOLHER o presente
recurso, nos termos do voto do Relator.

A sessão foi presidida pelo Desembargador Orloff Neves Rocha.

Votaram com o Relator, o Des. Carlos Roberto Fávaro e o Dr.


Reinaldo Alves Ferreira.

Presente o ilustre Procurador de Justiça Dr. José Carlos Mendonça.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5297629-78.2020.8.09.0000
Goiânia, 16 de novembro de 2020.

Desembargador Orloff Neves Rocha


Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 19/11/2020 13:52:17

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5604842-96.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : IMPÉRIO DA CERVEJA DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS EIRELI
POLO PASSIVO : DELEGADO REGIONAL DE FISCALIZAÇÃO DASECRETARIA ESTADUAL DE
ANÁPOLIS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : IMPÉRIO DA CERVEJA DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS EIRELI


ADVGS. PARTE : 13905 GO - DALMO JACOB DO AMARAL JUNIOR
21324 GO - DANIEL PUGA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5604842-96.2019.8.09.0000
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM MANDADO DE SEGURANÇA. TUTELA
ANTECIPADA DE URGÊNCIA. IMPEDIMENTO DE INSCRIÇÃO ESTADUAL NO
CADASTRO DE CONTRIBUINTES. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS. DECISÃO MANTIDA.
VÍCIOS INEXISTENTES. REDISCUSSÃO DE MATÉRIA. IMPOSSIBILIDADE.
PREQUESTIONAMENTO.

1. A oposição de embargos declaratórios pressupõe a existência de um dos vícios


contidos no art. 1.022 do CPC, não se prestando à rediscussão de matéria debatida e
analisada, cuja decisão desfavoreça o Embargante.

2. Ainda que opostos para fins de prequestionamento, não impende acolhimento o


recurso quando se pretende apenas a rediscussão da matéria decidida.

3. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para


fins de prequestionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou
rejeitados, conforme disposto no artigo 1025 do CPC.

EMBARGOS DECLARATÓRIOS REJEITADOS.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5604842-96.2019.8.09.0000
PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO N° 5604842-


96.2019.8.09.0000
COMARCA :ANÁPOLIS
:IMPÉRIO DA CERVEJA DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS
EMBARGANTE
EIRELI
:DELEGADO REGIONAL FISCAL DA SECRETARIA DA
EMBARGADO
FAZENDA ESTADUAL DE ANÁPOLIS E OUTRO
RELATOR :Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

VOTO

Tratam-se de Embargos de Declaração opostos pela IMPÉRIO DA CERVEJA DISTRIBUIDORA


DE BEBIDAS EIRELI, em face do acórdão proferido no evento 24, que negou provimento ao
agravo de instrumento por ela interposto contra decisão prolatada pelo Juízo da Vara da
Fazenda Pública Estadual da Comarca de Anápolis que, nos autos do “Mandado de
Segurança”, impetrado contra ato do DELEGADO REGIONAL FISCAL DA SECRETARIA DA
FAZENDA ESTADUAL DE ANÁPOLIS e, em litisconsórcio passivo, o ESTADO DE GOIÁS,
indeferiu o pedido liminar.

Conheço destes aclaratórios, eis que presentes os seus pressupostos de admissibilidade.

Em suma, alegou a Embargante que houve omissão e contradição no acórdão embargado.

Conforme se depreende do art. 1.022 do CPC, os embargos de declaração serão opostos para:
a) esclarecer obscuridade ou eliminar contradição (inciso I); b) suprir omissão de ponto ou
questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento (inciso II); c) corrigir
erro material (inciso III).

No caso dos autos, não se verifica o supramencionado vício. O que se vê é que a Embargante
insurge-se contra o julgamento proferido apenas porque o resultado deste não atende aos seus
interesses, inexistindo erro sanável por estes embargos, haja vista que as questões discutidas
nos autos foram suficientemente analisadas e fundamentadas.

Conforme se vê dos autos, o próprio embargante menciona trecho da contestação apresentada


nos autos principais, no qual consta que a situação cadastral irregular da empresa do mesmo
sócio da ora Recorrente decorre dos débitos e do fechamento do estabelecimento sem

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NR.PROCESSO: 5604842-96.2019.8.09.0000
informação ao Fisco.

Outrossim, sabe-se que o julgador não está obrigado a refutar todas as teses suscitadas pelas
partes, quando já tiver encontrado motivo suficiente para proferir a decisão.

Ademais, ainda que opostos para fins de prequestionamento, não impende acolhimento o recurso
quando se pretende apenas a rediscussão da matéria decidida.

Cumpre ressaltar que se consideram incluídos no acórdão os elementos que a Embargante


suscitou, para fins de prequestionamento, ainda que os embargos de declaração sejam
inadmitidos ou rejeitados, conforme disposto no artigo 1025 do CPC.

Do exposto, conhecidos dos embargos de declaração, submeto a insurgência à apreciação


da Turma Julgadora desta eg. 1ª Câmara Cível, pronunciando-me pela REJEIÇÃO DOS
EMBARGOS DECLARATÓRIOS, uma vez que inexiste, no ato judicial embargado, qualquer
dos vícios previstos no artigo 1.022 do Diploma Processual Civil.

É o voto.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

Relator

PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO N° 5604842-


96.2019.8.09.0000
COMARCA :ANÁPOLIS
:IMPÉRIO DA CERVEJA DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS
EMBARGANTE
EIRELI
:DELEGADO REGIONAL FISCAL DA SECRETARIA DA
EMBARGADO
FAZENDA ESTADUAL DE ANÁPOLIS E OUTRO
RELATOR :Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

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NR.PROCESSO: 5604842-96.2019.8.09.0000
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM MANDADO DE SEGURANÇA. TUTELA
ANTECIPADA DE URGÊNCIA. IMPEDIMENTO DE INSCRIÇÃO ESTADUAL NO
CADASTRO DE CONTRIBUINTES. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS. DECISÃO MANTIDA.
VÍCIOS INEXISTENTES. REDISCUSSÃO DE MATÉRIA. IMPOSSIBILIDADE.
PREQUESTIONAMENTO.

1. A oposição de embargos declaratórios pressupõe a existência de um dos vícios


contidos no art. 1.022 do CPC, não se prestando à rediscussão de matéria debatida e
analisada, cuja decisão desfavoreça o Embargante.

2. Ainda que opostos para fins de prequestionamento, não impende acolhimento o


recurso quando se pretende apenas a rediscussão da matéria decidida.

3. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para


fins de prequestionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou
rejeitados, conforme disposto no artigo 1025 do CPC.

EMBARGOS DECLARATÓRIOS REJEITADOS.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as retro


indicadas.

ACORDAM os integrantes da 4ª Turma Julgadora da 1ª Câmara Cível, à


unanimidade de votos, em CONHECER E REJEITAR o presente recurso,
nos termos do voto do Relator.

A sessão foi presidida pelo Desembargador Orloff Neves Rocha.

Votaram com o Relator, o Des. Carlos Roberto Fávaro e o Dr. Reinaldo


Alves Ferreira.

Presente o ilustre Procurador de Justiça Dr. José Carlos Mendonça.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5604842-96.2019.8.09.0000
Goiânia, 16 de novembro de 2020.

Desembargador Orloff Neves Rocha


Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 19/11/2020 13:54:05

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5045199-36.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : MOISES ALVES DE ASSIS
POLO PASSIVO : JOSE HONORIO DE JESUS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : DIOCAS ALVES DE ASSIS


ADVG. PARTE : 23445 GO - EDSON DE ASSIS ALVES

PARTE INTIMADA : JOAO ALVES DE ASSIS


ADVG. PARTE : 23445 GO - EDSON DE ASSIS ALVES

PARTE INTIMADA : CARMELITA ALVES DOS SANTOS


ADVG. PARTE : 23445 GO - EDSON DE ASSIS ALVES

PARTE INTIMADA : MARIA ALVES DE FREITAS


ADVG. PARTE : 23445 GO - EDSON DE ASSIS ALVES

PARTE INTIMADA : FRANCISCO ALVES FILHO


ADVG. PARTE : 23445 GO - EDSON DE ASSIS ALVES

PARTE INTIMADA : MESSIAS ALVES DE ASSIS


ADVG. PARTE : 23445 GO - EDSON DE ASSIS ALVES

PARTE INTIMADA : ANGELICA DE ASSIS ALVES


ADVG. PARTE : 23445 GO - EDSON DE ASSIS ALVES

PARTE INTIMADA : JOSE HONORIO DE JESUS


ADVGS. PARTE : 4469 GO - MARIA DE FÁTIMA DE ÁZARA
13375 GO - RUI LUIZ DE SOUZA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5045199-36.2020.8.09.0000
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.
INVENTÁRIO E PARTILHA. RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE E
PETIÇÃO DE HERANÇA. NÃO ANULAÇÃO DE PARTILHA. APURAÇÃO
QUANTUM DEBEATUR. LIQUIDAÇÃO POR ARBITRAMENTO. COISA
JULGADA. APROVEITAMENTO DOS ATOS. AUSÊNCIA DE
CONTRADIÇÃO.

Os Embargos de Declaração são admitidos quando na decisão judicial


houver obscuridade a ser esclarecida, contradição a ser eliminada, omissão
(de ponto ou questão sobre o qual deveria pronunciar-se o juiz) a ser
suprida, ou, ainda, erro material a ser corrigido, nos termos dos incisos I a
III, do art. 1.022, do CPC, situações inocorrentes na espécie.

EMBARGOS DECLARATÓRIOS REJEITADOS.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5045199-36.2020.8.09.0000
PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº


5045199.36.2020.8.09.0000
COMARCA :TRINDADE
EMBARGANTE :MOISÉS ALVES DE ASSIS E OUTROS
EMBARGADO :JOSÉ HONÓRIO DE JESUS
RELATOR :Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

VOTO

Trata-se de Embargos de Declaração opostos por MOISÉS ALVES DE ASSIS E


OUTROS em face do acórdão proferido no evento 69, que deu provimento ao agravo de
instrumento.

O embargante alegou contradição. Afirmou que, “Involuntariamente, por certo, V. Exa.,


não se ateve ao fato de que, aproveitar TODOS os atos já praticados, em especial a avaliação
feita sem a participação dos Embargantes, é aviltar o princípio do contraditório e do devido
processo legal”. Aduziu que “todos os atos processuais praticados naqueles autos
referente à quantificação, ou tentativa da quantificação, do quinhão do Embargado devem
ser declarados nulos”.

Presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso interposto, dele conheço.

Não há contradição no decisum embargado. Os embargantes insurgem-se quanto ao


seguinte parágrafo da decisão proferida pela turma julgadora: “Destaco, por oportuno, que todos
os atos já praticados devem ser aproveitados, em atenção aos princípios da economia e
celeridade processual.”

Cumpre ressaltar que o que se quis dizer e se disse foi, tão somente, sobre o
aproveitamento dos atos, sem que isso signifique reconhecimento dos laudos periciais
apresentados no processo originário. Somente foi dito que o processo deve continuar de onde
está. A questão ainda segue em debate na instância singela, visto que, lá, os embargantes foram

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NR.PROCESSO: 5045199-36.2020.8.09.0000
intimados para manifestar sobre o laudo pericial, e, após manifestação, o julgador primevo
assinalou: “Quanto à impugnação ao laudo pericial apresentado, os embargantes deverão
informar se pretendem a realização de nova perícia, sendo que as custas de tal procedimento
ficarão a cargo dos mesmos, nos termos do artigo 95, caput, do Código de Processo Civil.”
(trecho da decisão de evento 17 – autos originários).

Desse modo, a questão sobre nova perícia/valor do imóvel ainda está em discussão e
deverá ser analisada pelo condutor do processo.

Destaque-se, ainda, que não há que se falar em nulidade ou prejuízo aos recorrentes,
porquanto foi oportunizado a eles a manifestação sobre os documentos apresentados pelo
embargado, bem como realização de nova perícia.

Outrossim, importante destacar que a contradição oponível por meio de embargos de


declaração é aquela existente dentro do próprio julgado, quando se afirma uma questão e decide
de forma diversa ao fundamentado, o que não ocorreu.

De acordo com o disposto no art. 1.022, incisos I, II e III, do Código de Processo Civil,
os Embargos de Declaração são cabíveis para:

Art. 1.022. […]

I – esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

II – suprir omissão de ponto ou questão sobre a qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a
requerimento;

III – corrigir erro material.

Está claro na própria letra da lei que o artigo em comento destina-se, única e
exclusivamente, a busca do aperfeiçoamento da sentença ou acórdão, viciados por obscuridade,
contradição ou omissão sobre ponto a respeito do qual deva pronunciar-se o juízo ou Tribunal.

Na qualidade de recurso com fundamentação vinculada, isto é, cuja amplitude material


está delimitada em lei, não pode o reclamo aclaratório ser utilizado de forma que a parte
manifeste sua irresignação com o que foi decidido, ou na intenção de que o magistrado ou órgão
colegiado rebata, um a um, os argumentos alinhavados na lide, quando os fundamentos já
expostos forem suficientes para o pleno conhecimento dos motivos que amoldaram o
pronunciamento judicial emitido.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5045199-36.2020.8.09.0000
Diante do exposto, conheço dos embargos de declaração, porém os REJEITO, tendo
em vista a inobservância aos requisitos exigidos pelo art. 1.022, I, II e III, parágrafo único, I e II,
do Código de Processo Civil, mantendo inalterado o voto embargado.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

Relator

PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL


EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº
5045199.36.2020.8.09.0000
COMARCA :TRINDADE
EMBARGANTE :MOISÉS ALVES DE ASSIS E OUTROS
EMBARGADO :JOSÉ HONÓRIO DE JESUS
RELATOR :Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.


INVENTÁRIO E PARTILHA. RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE E
PETIÇÃO DE HERANÇA. NÃO ANULAÇÃO DE PARTILHA. APURAÇÃO
QUANTUM DEBEATUR. LIQUIDAÇÃO POR ARBITRAMENTO. COISA
JULGADA. APROVEITAMENTO DOS ATOS. AUSÊNCIA DE
CONTRADIÇÃO.

Os Embargos de Declaração são admitidos quando na decisão judicial


houver obscuridade a ser esclarecida, contradição a ser eliminada, omissão
(de ponto ou questão sobre o qual deveria pronunciar-se o juiz) a ser
suprida, ou, ainda, erro material a ser corrigido, nos termos dos incisos I a
III, do art. 1.022, do CPC, situações inocorrentes na espécie.

EMBARGOS DECLARATÓRIOS REJEITADOS.

ACÓRDÃO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5045199-36.2020.8.09.0000
Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as retro
indicadas.

ACORDAM os integrantes da 4ª Turma Julgadora da 1ª Câmara Cível, à


unanimidade de votos, em CONHECER E DESPROVER o presente
recurso, nos termos do voto do Relator.

A sessão foi presidida pelo Desembargador Orloff Neves Rocha.

Votaram com o Relator, o Des. Carlos Roberto Fávaro e o Dr. Reinaldo


Alves Ferreira.

Presente o ilustre Procurador de Justiça Dr. José Carlos Mendonça.

Goiânia, 16 de novembro de 2020.

Desembargador Orloff Neves Rocha


Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 04/11/2020


10:59:16

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5529348-94.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : BANCO DO BRASIL S A
POLO PASSIVO : JOAO JOSE COELHO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JOAO JOSE COELHO


ADVG. PARTE : 23545 GO - FERNANDO CÉSAR LEOPOLDINO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5529348-94.2020.8.09.0000
PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 5529348-94.2020.8.09.0000


COMARCA :MINAÇU
AGRAVANTE :BANCO DO BRASIL S/A
AGRAVADA :JOÃO JOSE COELHO
RELATOR :Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

DESPACHO

Não vislumbrando, a princípio, a possibilidade de concessão de antecipação de tutela ao presente


recurso, por entender que não restaram demonstrados satisfatoriamente os pressupostos à sua
concessão, consubstanciados no risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação e na
probabilidade de provimento do recurso interposto, INDEFIRO que se processe regularmente o
agravo de instrumento interposto, para análise mais circunstanciada, neste juízo, após o exercício
do contraditório.

Intime-se o agravado JOÃO JOSE COELHO, para apresentar resposta, no prazo de 15 (quinze)
dias, facultando-se-lhe a juntada da documentação que entender necessária ao julgamento do
recurso interposto (art. 1.019, II, do CPC).

Goiânia, 3 de novembro de 2020.

Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


18/11/2020 13:40:24

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5235740-26.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIAS
POLO PASSIVO : LUANA ALVES LUTERMAN
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : LUANA ALVES LUTERMAN


ADVG. PARTE : 35619 GO - DANILO LOPES BALIZA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5235740-26.2020.8.09.0000
PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

AGRAVO DE INSTRUMENTO N° 5235740.26.2020.8.09.0000


COMARCA :ANÁPOLIS
AGRAVANTE :UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIAS
AGRAVADO :LUANA ALVES LUTERMAN
RELATOR :Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso, dele conheço.

Conforme relatado, trata-se de Agravo de Instrumento interposto pela UNIVERSIDADE


ESTADUAL DE GOIÁS, contra decisão proferida pela MMª Juíza de Direito da Vara da Fazenda
Pública Estadual da comarca de Anápolis, Dra. Mônice de Souza Balian Zaccariotti, nos autos do
Mandado de Segurança impetrado em seu desfavor por LUANA ALVES LUTERMAN, ora
Agravada.

Cinge-se a controvérsia quanto ao deferimento da liminar pela magistrada a quo, a qual


determinou que a parte Agravante procede-se a promoção da Agravada.

Pois bem.

De início, cumpre-me salientar que o Agravo de Instrumento é um recurso secundum eventum litis
, o que implica que o órgão revisor está jungido a analisar, tão somente, o acerto, ou desacerto da
decisão impugnada, sendo-lhe vedado incursionar nas questões relativas ao mérito da demanda
originária, sob pena de prejulgamento.

Deste modo, para evitar que o Tribunal de Justiça se torne, na prática, o efetivo condutor de
processo ainda em curso no primeiro grau de jurisdição, em evidente usurpação de função e em
flagrante supressão de instância, a Corte Revisora só deve reformar decisão inferior quando esta
mostrar-se desprovida de lastro fático-jurídico. Do contrário, é de ser mantida, em prestígio ao
livre arbítrio do douto Juiz.

Feitas tais considerações, passo a analisar o presente recurso.

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NR.PROCESSO: 5235740-26.2020.8.09.0000
Após análise dos autos, entendo que razão não assiste à entidade Recorrente, como passo a
demonstrar.

De início, insta salientar que a concessão, ou a denegação da tutela de urgência é ato do


prudente arbítrio e livre convencimento do MM. Juiz, diante da presença dos requisitos
autorizadores para tanto, conforme dispõe o artigo 300 do Código de Processo Civil:

“Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

§1º. Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real
ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a
caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.

§2º. A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.

§3º. A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo
de irreversibilidade dos efeitos da decisão.”

Trata-se de uma decisão adstrita ao livre convencimento do nobre Julgador, valendo-se do bom
senso e de seu prudente arbítrio, considerando-se, ainda, a ressalva de que deve existir a
probabilidade do direito perseguido e o perigo de dano, ou risco ao resultado útil do processo,
bem como que haja a possibilidade de reversibilidade do provimento antecipado.

Portanto, como corolário do princípio do livre convencimento motivado, faculta-se ao ilustre Juiz,
diante dos fatos e fundamentos que lhe foram apresentados, formar sua convicção sobre a
concessão, ou não da tutela de urgência pleiteada.

Por essa razão, a decisão a quo deve, o quanto possível, ser mantida, recomendando-se a sua
reforma somente em caso de notório dissenso entre ela e os elementos probatórios coligidos aos
autos.

Sendo assim, cabe à instância revisora, tão somente, verificar se a medida foi outorgada,
observando-se os critérios legais e o princípio da razoabilidade. Vale dizer, apenas será
modificada caso seja ilegal, teratológica, ou arbitrária.

Nesse sentido, são os arestos desta Corte de Justiça:

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NR.PROCESSO: 5235740-26.2020.8.09.0000
“(...). II - Por força do disposto no artigo 300 do Código de Processo Civil
a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao
resultado útil do processo. (…). Agravo de Instrumento a que se dá parcial
provimento.” (TJGO, 2ª Câmara Cível, Agravo de Instrumento nº 5294842-
18.2016.8.09.0000, Rel. Des. Carlos Alberto França, DJe de 02/02/2017).
Grifei.

“(...). 1. Para o deferimento da antecipação dos efeitos da tutela exige-se


a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado
útil do processo. In casu, demonstrados os requisitos ensejadores da
concessão da tutela de urgência, indubitável a necessidade da
manutenção da decisão agravada. 2. O deferimento de liminar reside
no poder discricionário e no livre convencimento do Julgador, somente
justificando a sua revogação, em caso de comprovada ilegalidade ou
contradição com as provas carreadas aos autos, inocorrente na
hipótese. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.”
(TJGO, 6ª Câmara Cível, Agravo de Instrumento nº 5274328-
44.2016.8.09.0000, Rel. Des. Jeová Sardinha de Moraes, DJe de
01/02/2017). Grifei.

Da análise dos autos, todavia, não constato qualquer eiva, ou mácula capaz de invalidar o ato
proferido, notadamente porque, a meu ver, a decisão, ora impugnada, foi fundamentada e
proferida em harmonia aos ditames legais.

Na hipótese, num juízo superficial, e com base nos documentos acostados aos autos, não é
possível comprovar, sem a devida dilação probatória, os argumentos trazidos pela Recorrente
neste recurso, quanto a ausência dos requisitos necessários para a promoção da parte Recorrida.

Desse modo, o teor da decisão, que deferiu o pedido liminar, para que a universidade Insurgente
conceda o ato de promoção da Agravada para a classe de Pós-Doutor, não se mostra
discrepante, ilegal, ou abusivo, em relação ao direito aplicável e à necessária cautela que deve
ter o MM. julgador, não se justificando a sua reforma, por este Tribunal.

Nesse sentido já se pronunciou esta egrégia Corte de Justiça:

“EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO NO MANDADO DE SEGURANÇA. DOCENTE DA


UEG. CONCESSÃO DE LIMINAR PARA MANUTENÇÃO DE PROMOÇÃO FUNCIONAL.
AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE OU ABUSIVIDADE. MANUTENÇÃO DA DECISÃO
COMBATIDA.1. Para a concessão de liminar em ação mandamental, faz-se necessária a
presença dos requisitos elencados pelo artigo 7º, inciso III, da Lei nº. 12.016/09, ou seja, o
relevante fundamento (fumus boni iuris) e a possibilidade de ineficácia da medida pelo

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NR.PROCESSO: 5235740-26.2020.8.09.0000
decurso de tempo (periculum in mora).2. No caso em comento, ainda em sede de cognição
sumária, e à vista dos documentos que instrumentalizaram o writ originário, vislumbro a
presença dos requisitos ensejadores à concessão da liminar requerida, em especial o fumus
boni iuris a demonstrar a probabilidade do direito vindicado.3. A probabilidade do direito do
impetrante/agravado emerge da provável inconstitucionalidade das Emendas Constitucionais
Estaduais que fundamentam a anulação da progressão do impetrante. No tocante ao perigo
de dano ou risco ao resultado útil do processo, este decorre do iminente abalo na
remuneração do impetrante/agravado, verba de natureza alimentar de sofreria repentina
minoração.4. Inexistindo ilegalidade, teratologia ou abusividade na decisão guerreada, impõe-
se a sua manutenção. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.”
(TJGO, Agravo de Instrumento (CPC) 5669345-29.2019.8.09.0000, Rel. Des(a). SANDRA
REGINA TEODORO REIS, 6ª Câmara Cível, julgado em 02/03/2020, DJe de 02/03/2020).

Portanto, irretocável a decisão agravada.

Atenho-me à fundamentação jurídica disposta, pois uma maior incursão na matéria, para análise
das demais teses apresentadas pela Agravante, importará em manifesta supressão de instância
jurisdicional.

Diante do exposto, CONHEÇO e NEGO PROVIMENTO ao presente Agravo de Instrumento, para


manter a decisão, na forma em que foi proferida.

É o voto.

Goiânia, 17 de outubro de 2020.

Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

Relator

PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

AGRAVO DE INSTRUMENTO N° 5235740.26.2020.8.09.0000


COMARCA :ANÁPOLIS
AGRAVANTE :UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIAS
AGRAVADO :LUANA ALVES LUTERMAN
RELATOR :Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

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NR.PROCESSO: 5235740-26.2020.8.09.0000
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. MANDADO DE SEGURANÇA.
CONCESSÃO DA TUTELA ANTECIPADA PARA PROMOÇÃO
FUNCIONAL. RECURSO SECUNDUM EVENTUM LITIS.
PROBABILIDADE DO DIREITO EVIDENCIADA. REQUISITOS DO ART.
300 DO CPC. PRESENTES. DECISÃO MANTIDA.

1. O Agravo de Instrumento consiste em recurso secundum eventum litis,


logo, deve o Tribunal limitar-se apenas ao exame do acerto, ou desacerto da
decisão atacada, no aspecto da legalidade, uma vez que ultrapassar seus
limites, ou seja, perquirir sobre argumentações meritórias, ou matérias de
ordem pública não enfrentadas na decisão recorrida, seria antecipar o
julgamento de questões não apreciadas pelo juízo de origem, o que
importaria na vedada supressão de instância.

2. O deferimento, ou a denegação de tutela antecipada, reside no poder


discricionário do MM. julgador, observados os requisitos do artigo 300 do
Codex Processual(probabilidade do direito perseguido e perigo de dano, ou
risco ao resultado útil do processo), motivo pelo qual somente deverá ser
reformada a decisão se esta for manifestamente ilegal, ou abusiva, o que
não se verifica, na hipótese.

3. No caso em comento, ainda em sede de cognição sumária, e à vista


dos documentos que instrumentalizaram o writ originário, vislumbro a
presença dos requisitos ensejadores à concessão da liminar requerida,
em especial o fumus boni iuris a demonstrar a probabilidade do direito
vindicado.

AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as retro


indicadas.

ACORDAM os integrantes da 4ª Turma Julgadora da 1ª Câmara Cível, à


unanimidade de votos, em CONHECER E DESPROVER o presente
recurso, nos termos do voto do Relator.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5235740-26.2020.8.09.0000
A sessão foi presidida pelo Desembargador Orloff Neves Rocha.

Votaram com o Relator, o Des. Carlos Roberto Fávaro e o Dr. Reinaldo


Alves Ferreira.

Presente o ilustre Procurador de Justiça Dr. José Carlos Mendonça.

Goiânia, 17 de novembro de 2020.

Desembargador Orloff Neves Rocha


Relator

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NR.PROCESSO: 5235740-26.2020.8.09.0000
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. MANDADO DE SEGURANÇA.
CONCESSÃO DA TUTELA ANTECIPADA PARA PROMOÇÃO
FUNCIONAL. RECURSO SECUNDUM EVENTUM LITIS.
PROBABILIDADE DO DIREITO EVIDENCIADA. REQUISITOS DO ART.
300 DO CPC. PRESENTES. DECISÃO MANTIDA.

1. O Agravo de Instrumento consiste em recurso secundum eventum litis,


logo, deve o Tribunal limitar-se apenas ao exame do acerto, ou desacerto da
decisão atacada, no aspecto da legalidade, uma vez que ultrapassar seus
limites, ou seja, perquirir sobre argumentações meritórias, ou matérias de
ordem pública não enfrentadas na decisão recorrida, seria antecipar o
julgamento de questões não apreciadas pelo juízo de origem, o que
importaria na vedada supressão de instância.

2. O deferimento, ou a denegação de tutela antecipada, reside no poder


discricionário do MM. julgador, observados os requisitos do artigo 300 do
Codex Processual(probabilidade do direito perseguido e perigo de dano, ou
risco ao resultado útil do processo), motivo pelo qual somente deverá ser
reformada a decisão se esta for manifestamente ilegal, ou abusiva, o que
não se verifica, na hipótese.

3. No caso em comento, ainda em sede de cognição sumária, e à vista


dos documentos que instrumentalizaram o writ originário, vislumbro a
presença dos requisitos ensejadores à concessão da liminar requerida,
em especial o fumus boni iuris a demonstrar a probabilidade do direito
vindicado.

AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 06/11/2020


16:14:13

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5173482-77.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : CARLOS ANTONIO SESTAK
POLO PASSIVO : BANCO DO BRASIL
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CARLOS ANTONIO SESTAK


ADVGS. PARTE : 28881 GO - MURILO COUTO LACERDA
47069 GO - NATHÁLIA POLYANA COUTO LACERDA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5173482-77.2020.8.09.0000
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

AGRAVO DE INSTRUMENTO N° 5173482.77.2020.8.09.0000


COMARCA :RIO VERDE
AGRAVANTE :CARLOS ANTÔNIO SESTAK
AGRAVADO :BANCO DO BRASIL S/A
RELATOR :Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

DESPACHO

Atento às manifestações defendidas pelo Agravado/BANCO DO BRASIL S/A,


realizadas em sede de contrarrazões evento de nº 15, “ Conforme demonstrado e
comprovado pelo ora agravado o reclamo não merece êxito, motivo pelo qual pede
seja o presente agravo de instrumento desprovido com a fixação de honorários de
sucumbência recursal nos termos do Art. 85 e seguintes do CPC “, ouça-se o
Agravante/CARLOS ANTÔNIO SESTAK, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, sob pena de ofensa
ao contraditório e ampla defesa.

Cumpra-se. Intime-se.

Goiânia, 04 de novembro de 2020.

Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

Relator

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido em Parte e Provido - Data da


Movimentação 26/11/2020 16:36:15

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0059459-49.2015.8.09.0011
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : CARLOS GOMES DOS SANTOS
POLO PASSIVO : SPE-SOCIEDADE RESIDENCIAL SAO BERBARDO LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : SPE-SOCIEDADE RESIDENCIAL SAO BERBARDO LTDA


ADVGS. PARTE : 39502 GO - JULIANA CARDOSO
23260 GO - CYNTHIA ALMEIDA DE OLIVEIRA

PARTE INTIMADA : CARLOS GOMES DOS SANTOS


ADVGS. PARTE : 26560 GO - CAROLINE JORDANE VIEIRA DE SOUZA
36647 GO - EDER PORFIRO MIUNIZ

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 0059459-49.2015.8.09.0011
APELAÇÃO CÍVEL Nº 59459.49.2015.8.09.0011
COMARCA DE APARECIDA DE GOIÂNIA

APELANTE: SPE - SOCIEDADE RESIDENCIAL SÃO BERBARDO LTDA


APELADO: CARLOS GOMES DOS SANTOS
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

VOTO

Conforme relatado, trata-se de recurso de APELAÇÃO CÍVEL interposta por SPE -


SOCIEDADE RESIDENCIAL SÃO BERBARDO LTDA contra sentença proferida pelo
Juiz de Direito da 2ª Vara Cível da Comarca de Aparecida de Goiânia, Dr. Vanderlei
Caires Pinheiro, nos autos da Ação de Indenização por Perdas e Danos, ajuizada em
seu desfavor por CARLOS GOMES DOS SANTOS.

A sentença embatida foi proferida nos seguintes termos (evento 79):

“(…) As preliminares suscitadas em contestação já foram objeto


de análise, sendo que a ilegitimidade passiva da empresa Polo
Empreendimentos Imobiliários Ltda., foi acolhida e a parte Autora
não recorreu, e a convenção de arbitragem fora rejeitada, sendo
que a decisão foi objeto de recurso, porém, o Egrégio Tribunal de
Justiça manteve o édito impugnado.
Presentes os pressupostos de constituição e desenvolvimento
válido e regular do feito, assim como as condições da ação passo
a conhecer do mérito a lide.
NO MÉRITO.
Pleiteia a parte Autora a indenização por perdas e danos ao
prejuízo causado.
O perito nomeado realizou o seu trabalho regularmente, o qual
resultou no laudo pericial juntado às fls. 462/474. As partes não
questionaram o laudo, pelo contrário, uma concordou
expressamente, e a outra anuiu implicitamente.

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NR.PROCESSO: 0059459-49.2015.8.09.0011
O perito às fls. 417 concluiu que toda infraestrutura urbana que
era de responsabilidade da parte Ré fora executada conforme o
previsto no contrato, e que a última obra, qual seja, a
pavimentação asfáltica, teve a sua conclusão ocorrida entre
agosto e novembro de 2014.
O laudo pericial ainda trouxe fotografias atualizadas do
empreendimento, as quais demonstram de forma cristalina que o
loteamento foi entregue com toda infraestrutura necessária para
habitação, ou seja, rede de abastecimento de água, sistema
pluvial, rede elétrica e asfalto, conforme fls. 466/467.
No que diz respeito ao lago, o dano moral está configurado, uma
vez que as propagandas enganosas induziram o consumidor a
erro, pois, naturalmente, foram consideradas para a celebração
do contrato.
A conduta da parte Ré ao vender um imóvel com atrativos
inexistentes, mediante evidente propaganda enganosa, violou
direitos da personalidade do autor.
Ressalta-se que se trata de aquisição de imóvel para moradia
própria, realização que exige grandes sacrifícios pessoais. O fato
de não haver o Parque Ecológico com o lago, conforme
veiculado, sem dúvida impôs ao consumidor decepção e aflições
tudo a configurar o dano moral.
(…)
Logo, o valor dos danos morais devem ser fixados à luz dos
princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, de tal forma
que representem uma justa compensação, que sirva de
reprimenda pedagógica ao ofensor, sem, contudo, implicar em
enriquecimento sem causa, pelo que entendo ser justo a quantia
de R$ 4.990,00 (quatro mil, novecentos e noventa reais), o que
corresponde a 5 (cinco) salários mínimos vigentes, em razão das
promessas e propagandas que não foram cumpridas na entrega
do imóvel.
Quanto aos prejuízos da desvalorização do imóvel, é evidente
que com o Parque Ecológico ao redor do imóvel, este tende a
ficar mais valorizado, como por exemplo, o Parque Flamboyant, o
Lago das Rosas, na comarca de Goiânia. Entretanto, vejo que
não merece ser acolhida por falta de comprovação efetiva, já que
o autor não juntou aos autos qualquer documento que
comprovasse suas alegações, descumprindo o artigo 373, inciso I
do CPC, uma vez que os documentos que o autor trouxe, foi o
valor do imóvel, no estado em que ele se encontra, sem o lago.
DIANTE DO EXPOSTO, e por tudo mais que consta dos autos da
ação de indenização por perdas e danos, nos termos do art.
487, I, do Código de Processo Civil, resolvo o mérito da lide, e
JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE O PEDIDO INICIAL,

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NR.PROCESSO: 0059459-49.2015.8.09.0011
para CONDENAR a parte Ré a pagar à parte Autora o valor de
R$ 4.990,00 (quatro mil novecentos e noventa reais), o que
equivale atualmente a 5 (cinco) salários-mínimos, a título de
indenização pelos danos morais, considerando os transtornos e
desgastes ocasionado ao comprador, em decorrência da
propaganda enganosa, cujo valor deverá ser atualizado
monetariamente pelo INPC, a partir da presente data (Súmula
362 STJ), e acrescidos de juros de mora 1% ao mês, desde a
data da citação (Código Civil, art. 405).
Condeno a parte Ré ao pagamento das custas processuais e
honorários advocatícios em 10% sobre o valor da condenação,
nos termos do artigo 85, $2º do CPC.
Transitada em julgado a presente sentença, arquivem-se os
autos, com as cautelas e anotações de praxe.
P. R. Intimem-se. Cumpra-se. ”

Em suas razões recursais, pede a apelante que o recurso seja conhecido e provido a
fim “(a) Anular a r. sentença apelada e todos os atos do processo, ab initio, em razão
da existência de cláusula arbitral instituída validamente no Contrato, e, por
consequência, seja reconhecida expressamente a competência exclusiva da 2ª Corte
de Arbitragem de Goiânia; ou, caso assim não se entenda, (b) Cassar a sentença ou
por falta de fundamentação da suposta violação contratual ou por falta de indicação as
obras que devem ser realizadas para que as benfeitorias sejam consideradas
“entregues”, a fim que novo julgamento seja proferido; (c) quanto à alegada
“publicidade enganosa”, a reforma da r. sentença apelada a fim de que sejam
descaracterizadas a violação ao Código de Defesa do Consumidor, pois a Apelante
implementou e entregou todas as benfeitorias à municipalidade, inclusive o lago, que
foi cercado pelo Município de Goianira, no exercício de seu Poder de Polícia; (d)
quanto à condenação ao pagamento de indenização por danos morais, cassar a
sentença por falta de fundamentação ou, alternativa e subsidiariamente, reformar a r.
sentença e reduzir a condenação a valor compatível com o dissabor experimentado
pela parte Autora e que não resulte em seu enriquecimento indevido; (e) por fim,
quanto aos honorários sucumbenciais, requer-se que, caso provido o presente recurso
em qualquer dos pedidos anteriores, sejam os honorários fixados exclusivamente em
favor do Apelado; ou alternativa e subsidiariamente, caso mantida a r. sentença em
seus demais capítulos (o que se considera ad argumentadum tantum), seja provido o
presente recurso para reformar a r. sentença apelada, neste ponto, a fim de arbitrar
honorários de sucumbência em favor dos patronos da Apelante, considerando a
sucumbência parcial em primeiro grau, e, sem prejuízo.”
Pois bem.

Prima facie, verifico a questão pertinente ao compromisso arbitral firmado entre as


partes e o consequente reconhecimento expresso da competência exclusiva da 2ª
Câmara de Arbitragem de Goiânia já foi objeto de análise prévia pelo magistrado a quo
, na decisão inserida no evento 03, arquivo 34, o qual foi objeto de Agravo de

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NR.PROCESSO: 0059459-49.2015.8.09.0011
Instrumento (nº 6940-96.2016.8.09.0000), mantido por esta Corte, estando, pois, tal
matéria alcançada pela preclusão consumativa, nos termos do artigo 507 do CPC.

A propósito:

“ APELAÇÃO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. DANOS MORAIS E


MATERIAIS. ÓBITO DO GENITOR DOS APELADOS
DECORRENTE DE POSTE ENERGIZADO. PRELIMINARES.
ILEGITIMIDADE DA PARTE. DENUNCIAÇÃO Á LIDE. MÉRITO.
RESPONSABILIDADE DA CONCESSIONÁRIA. CULPA
CONCORRENTE. QUANTUM DA PENSÃO E INDENIZAÇÃO
POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. A matéria decida em primeiro e segundo grau,
via decisão interlocutória e acórdão em agravo de instrumento,
não pode mais ser objeto de irresignação, porquanto alcançada
pela preclusão consumativa. (...). APELO PARCIALMENTE
CONHECIDO E, NESTA PARTE, DESPROVIDO.” (TJGO,
Apelação (CPC) 0303468-89.2015.8.09.0051, Rel. FÁBIO CRISTÓVÃO
DE CAMPOS FARIA, 3ª Câmara Cível, julgado em 10/06/2019, Dje de
10/06/2019).

Por essa razão e estando preenchidos os requisitos de admissibilidade do apelo,


dele conheço em parte.

Quanto a alegação da recorrente de nulidade da sentença por ausência de


fundamentação, tenho que não possui razão a parte.

Isso se dá pelo fato de que o magistrado não é obrigado a manifestar-se sobre todas
as alegações das partes, bastando alicerçar a resolução da celeuma em fundamentos
jurídicos suficientes. A propósito:

“ PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO


ESPECIAL. CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015.
APLICABILIDADE. OFENSA AO ART. 489 DO CPC/2015.
AUSENTE. [...]I - […] II - O art. 489 do Código de Processo Civil
de 2015 impõe a necessidade de enfrentamento dos argumentos
que possuam aptidão, em tese, para infirmar a fundamentação do
julgado, não estando o julgador obrigado a responder a todas as
questões suscitadas pelas partes, quando já tenha encontrado
motivo suficiente para proferir a decisão. Precedentes. […] (STJ,
Primeira Turma, AgInt no REsp n.º 1662345/RJ, rel.ª Min. Regina Helena
Costa, DJe de 21/6/2017)

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NR.PROCESSO: 0059459-49.2015.8.09.0011
“ APELAÇÃO CÍVEL E RECURSO ADESIVO. AÇÃO DE
INDENIZAÇÃO. DIREITO DE REGRESSO. PAGAMENTO DE
SEGURO. SENTENÇA CITRA PETITA. NÃO OCORRÊNCIA.
POSSIBILIDADE DE ENFRENTAMENTO DAS QUESTÕES
PELO TRIBUNAL. TRANSPORTE DE CARGAS.
RESPONSABILIDADE OBJETIVO. EXCLUDENTES DO DEVER
DE INDENIZAR NÃO CONFIGURADAS. 1. É sabido que o juiz
não fica obrigado a manifestar-se sobre todas as alegações das
partes, nem a ater-se aos fundamentos indicados por elas ou a
responder, um a um, a todos os seus argumentos, quando já
encontrou motivo suficiente para fundamentar a decisão. 2. (…).
Apelação e recurso adesivo conhecidos e desprovidas. Sentença
alterada de ofício.” (TJGO, 3ª Câmara Cível, Apelação Cível
0146059-78.2012.8.09.0011, Rel. Itamar De Lima, julgado em
09/10/2017, DJe de 09/10/2017.)

Nesta senda, tendo a sentença proferida explicado motivadamente as razões que


ampararam o posicionamento adotado, não há que se falar em sua nulidade por
ausência de fundamentação, pelo simples inconformismo da parte com os
fundamentos lançados.

Assim, afastadas as preliminares arguidas, adentro ao mérito da controvérsia.

Por oportuno, convém salientar que o autor, em agosto de 2012, por meio de
instrumento particular de compra e venda de imóvel urbano, adquiriu da ré o lote nº
32, da quadra 25, na Rua SB-15, do Loteamento São Bernardo I, na cidade de
Goianira.

Alega a parte, na exordial, entre outras matérias, que na propaganda realizada à


época da aquisição, havia a promessa de “um Parque Ecológico com um belo e
grande lago” (fl. 7), principal atrativo do empreendimento.

Ressalta que o lago foi vendido a um frigorífico e cercado com telas de proteção – em
contrariedade com o que consta no prospecto do loteamento utilizado no momento de
sua comercialização – e o parque nunca foi entregue. Destaca que até meados de
2013 o frigorífico estava inativo e que, após a aquisição do lago, retomou suas
atividades, o que tem causado diversos transtornos aos moradores do bairro
decorrentes dos fortes odores provenientes do local.

A requerida, ora apelante, por sua vez, sustenta que quando realizada a venda do lote,

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NR.PROCESSO: 0059459-49.2015.8.09.0011
o lago não estava cercado, dado que o cercamento só ocorreu mais de 02 (dois) anos
após a concretização da venda, devendo, assim, ser afastada qualquer conduta de
índole enganosa imputada à apelante.

Indaga como poderia, quando da realização da venda do lote, em 09/08/2012, prever


que o Município de Goianira determinaria o cercamento do lago em 26/08/2014.

Esclarece que o lote adquirido pelo apelado está situado em um loteamento aberto e
não em um condomínio de lotes (loteamento fechado), sendo que, após implementada
a infraestrutura do loteamento, este é entregue à Municipalidade, cabendo a esta os
atos de manutenção e conservação das áreas públicas, de modo que a área do lago
pertence ao Município de Goianira.

Sustenta que não há como lhe imputar qualquer dever de indenizar, pois não há nexo
de causalidade entre as situações alegadas pela parte apelada em sua inicial e a
conduta da recorrente, conforme prescreve o artigo 14 do § 3º, inciso II do Código de
Defesa do Consumidor.

Acrescenta que não há nenhum inadimplemento contratual a ser-lhe imputado, já que


cumpriu com tudo a que se obrigou, tendo a publicidade veiculada prestado as
informações corretas aos adquirentes.

Nesta senda, antes de tudo, é importante frisar que as demandas envolvendo


propaganda enganosa em loteamentos ganharam um importante marco recente na
jurisprudência deste egrégio Sodalício, pois quando do julgamento do IRDR nº
5520939-03 pelo Órgão Especial restou estabelecido que a condenação do loteador à
indenização por publicidade enganosa carece de uma análise específica quanto à
violação da legislação consumerista capaz de induzir o comprador a erro, ferindo o
princípio da boa-fé objetiva, literatim:

“INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS


(IRDR). OBRAS DE INFRAESTRUTURA DO LOTEAMENTO
RESIDENCIAL MONTE PASCOAL. TESES JURÍDICAS A
SEREM APLICADAS (ART. 985 DO CPC): a) Não se pode
imputar ao loteador encargos de infraestrutura básica não
previstos no Decreto municipal n. 1.776/2002, na Lei municipal n.
7.222/93, na Lei federal n. 6.799/79 e no contrato de compra e
venda, tal como o asfaltamento. b) A propaganda veiculada pelo
loteador, desde que capaz de induzir o consumidor a erro,
violando a legislação consumerista, pode ensejar a obrigação de
entrega da infraestrutura prometida, em razão do princípio da
boa-fé objetiva, questão esta, porém, que deve ser analisado em

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NR.PROCESSO: 0059459-49.2015.8.09.0011
cada caso concreto, por se tratar de matéria fática. c) Muito
embora a legislação federal exija o esgotamento sanitário como
requisito de infraestrutura básica dos parcelamentos (artigo 2º, §
5º, da Lei federal n. 6.766/79), a Lei municipal n. 7.222/93 não
atribuiu essa responsabilidade ao loteador, de forma que, se o
Decreto municipal aprovar o loteamento também sem atribuir tal
obrigação à empresa loteadora, não há a obrigação de
construção de rede de esgoto, notadamente quando não há a
possibilidade de a empresa de saneamento coletar tal esgoto
para dar-lhe a destinação adequada, competindo ao loteador
encontrar alternativa (fossa séptica) aceita pela Secretaria
Municipal do Meio Ambiente. JULGAMENTO DA CAUSA-
PILOTO (AC nº 5127745.97.2017.8.09.0051) AÇÃO DE
OBRIGAÇÃO DE FAZER E INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS. PRESCRIÇÃO. LITISCONSÓRCIO. CUMPRIMENTO
DE CLÁUSULA CONTRATUAL. LOTEAMENTO. OBRAS DE
INFRAESTRUTURA. PROPAGANDA ENGANOSA NÃO
CONFIGURADA. DANO MORAL INADMISSIBILIDADE.
LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. AFASTADA. 1. Não se há falar em
decurso de prazo prescricional quando o requerente postula o
cumprimento de cláusula contratual não realizada até a
propositura da demanda. 2. É dispensável a citação do Município
no processo na qualidade de litisconsorte passivo necessário,
mormente porque a demanda discute a obrigação do loteador
quanto à conclusão de obras de infraestrutura previstas em Lei
Federal e outras decorrentes de eventuais propagandas
enganosas do empreendimento, daí porque, a exequibilidade da
sentença, caso seja reformada, não atinge diretamente a esfera
jurídica do Município de Goiânia. 3. Não se pode imputar ao
loteador encargos não previstos no Decreto municipal n.
1.776/2002, na Lei municipal n. 7.222/93, na Lei federal n.
6.799/79 e no contrato de compra e venda, tal como o
asfaltamento do empreendimento e a construção de rede de
esgoto 4. A propaganda veiculada pelo loteador, apesar de
apresentar uma via asfaltada, não configura, por si só, violação à
legislação consumerista, uma vez que, de fato, a via principal é
asfaltada, muito embora não houvesse a obrigação de
asfaltamento pela legislação de regência, o que afasta, também,
a pretensão reparatória. 5. Deve ser mantida a improcedência
dos pedidos iniciais, tal como firmada na sentença recorrida 6. A
condenação da recorrente nas penas de litigância de má-fé, deve
ser afastada, uma vez que não verificada a deliberada má-fé em
seu pedido inicial, inclusive, porque a questão não estava até
então definida na jurisprudência desta Corte. IRDR
PARCIALMENTE PROCEDENTE. APELAÇÃO CONHECIDA E
DESPROVIDA.” (TJGO, Incidente de Resolução de Demandas
Repetitivas 5520939-03.2018.8.09.0000, Rel. JOSÉ CARLOS DE
OLIVEIRA, Órgão Especial, julgado em 08/07/2020, DJe de 08/07/2020)

Sob esse enfoque e analisando a matéria com fulcro na legislação consumerista,

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NR.PROCESSO: 0059459-49.2015.8.09.0011
verifica-se que, na presente hipótese, ao contrário do que entendeu o magistrado
singular, não houve abusividade na propaganda veiculada.

Como é cediço, à luz do direito consumerista, publicidade enganosa é toda aquela que
contém informação inteira ou parcialmente falsa, ou que omite informações relevantes
sobre o produto ou serviço, capaz de induzir a erro o consumidor a respeito da
natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e
quaisquer outros dados sobre produtos e serviços (TJGO, AC n° 13378-24.2012.8.
09.0051, Rel. DES. Walter Carlos Lemes, 3ª CC, DJe 1439 de 03/12/2013).

Pertinente, ainda, consignar que no direito contratual moderno as balizas impostas às


partes estão lastreadas nos princípios da autonomia privada, boa-fé, justiça contratual
e função social do contrato. A boa-fé dirige-se não só ao estado psicológico dos
contratantes, desde a negociação até a execução do pacto, mas também na sua
conduta, os quais deverão agir de forma cooperativa e com lealdade.

Destarte, de acordo com os panfletos de publicidade acostado aos autos tanto pelo
autor (evento 03, arquivo 5), quanto pela requerida (evento 03, arquivo 20), vê-se que,
ao divulgar o empreendimento, a empresa anunciou que o mesmo conteria um parque
ecológico com lago.

De plano, pontuo que, alega o autor/recorrido, na exordial, que houve a alienação do


lago para o frigorífero, contudo, não há comprovação do alegado, razão pela qual
afasto tal tese.

Lado outro, através do caderno processual, constata-se que na data da compra do


imóvel pelo consumidor, o lago foi entregue, tendo este sido cercado pelo Município de
Goianira, através de seu poder de polícia, mais de 02 (dois) anos após a aquisição do
lote, conforme consta do ofício da SEMMA nº 0234/2014 (evento 03, arquivo 23 – fl.
109), em razão do mau uso deste pelo público, que passaram a utilizá-lo para banho, o
que ocasionou poluição hídrica e sonora, assim como diversos casos de acidentes
fatais no local.

Dessa forma, verifico que a parte requerida, ora apelante, cumpriu com o prometido,
entregando o loteamento com o lago, o qual foi cercado por causa superveniente, que
não podem ser imputada à recorrente.

Em caso semelhante, assim já decidiu esta Corte Estadual:

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NR.PROCESSO: 0059459-49.2015.8.09.0011
“ APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER E
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. CERCEAMENTO DO
DIREITO DE DEFESA NÃO VERIFICADO. CLÁUSULA
COMPROMISSÓRIA ARBITRAL NULA. INÉPCIA DA INICIAL.
DESNECESSIDADE DE CONSENTIMENTO CÔNJUGE.
ILEGITIMIDADE ATIVA. PREJUDICADA. LOTEAMENTO.
OBRAS DE INFRAESTRUTURA. CONDUTA ILÍCITA NÃO
COMPROVADA. SENTENÇA REFORMADA. 1. O teor da
Súmula 28 do TJGO, considerando que não se há falar em
prejuízo e que os elementos dos autos mostram-se suficientes
para apreciação da matéria pelo juiz, não há que falar em
cerceamento de defesa. 2. Nos contratos de compromisso de
compra e venda de imóvel incide as normas do Código de Defesa
do Consumidor. Assim, é nula a ?cláusula compromissória?
inserida nos contratos de compromisso de compra e venda de
unidade imobiliária, por se tratar de contrato de adesão que
alberga relação de consumo. Trata-se, pois, de utilização
compulsória da arbitragem, vedada pelo artigo 51, inciso VII, do
CDC, ainda que eventualmente satisfeitos os requisitos do artigo
4º, § 2º, da Lei nº 9.307/96. 3. A propositura da ação pelo
consumidor demonstra seu desinteresse na instauração da
arbitragem, inicialmente eleita como via alternativa de resolução
do conflito. 4. Sem descurar do direito real à aquisição que
produz o compromisso de compra e venda devidamente
registrado, não demanda o consentimento do cônjuge a
propositura de demanda visando o cumprimento de cláusula
contratual. Inteligência do artigo 73, caput, do 5. Os elementos
probatórios colacionados aos autos são suficientes para dirimir a
lide, revelando-se, portanto, desnecessária a produção outras de
provas. 6. O Tribunal de Justiça de Goiás, no julgamento do
IRDR nº 5520939-03, que trata sobre demandas envolvendo
propaganda enganosa em loteamentos, estabeleceu que a
condenação do loteador à indenização por publicidade enganosa
carece de uma análise específica quanto à violação da legislação
consumerista capaz de induzir o comprador a erro, ferindo o
princípio da boa-fé objetiva, o que não se verifica no caso em
exame. 7. Da análise do feito, conforme se denota das fotos
colacionadas, bem como da inspeção judicial mencionada na
sentença atacada, realizada em 2016, observa-se que a
infraestrutura básica necessária e imprescindível para a
instalação de rede de água e esgoto foi implantada. Quanto às
demais obras contratualmente previstas, conforme o mesmo
relatório circunstanciado, restou devidamente comprovada a
existência de pista de caminhada, bosque, lago, estações de
ginástica e convivência. 8. Ainda que conste do projeto original
do Loteamento a edificação de shopping center, diversas praças
e outras benfeitorias de igual natureza, não há prazo
estabelecido no pacto celebrado entre os litigantes quando isso
aconteceria, o que significa que não há como responsabilizar a ré
por inadimplemento de suas obrigações contratuais, devendo ser
afastada a multa arbitrada na sentença. 9. Não demonstrada
qualquer conduta ilícita praticada pela parte requerida e

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NR.PROCESSO: 0059459-49.2015.8.09.0011
decorrente de suposto inadimplemento contratual, impossível o
reconhecimento do dano moral ou material. 10. Em vista dos
fatos e argumentos traçados, resta prejudicado o julgamento do
segundo apelo interposto pelo autor, eis que o inconformismo ali
estampado fazia referência somente ao cumprimento da
obrigação de fazer. PRIMEIRA APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA
E PROVIDA. SEGUNDO APELO PREJUDICADO.” (TJGO,
Apelação (CPC) 5258934-98.2017.8.09.0149, Rel. Des(a). ROBERTO
HORÁCIO DE REZENDE, 1ª Câmara Cível, julgado em 05/10/2020, DJe
de 05/10/2020)

Portanto, não há que se falar em propaganda enganosa, tendo em vista que, na data
da compra do lote, foi entregue o lago, conforme previsto, o qual foi cercado,
posteriormente, pela municipalidade em razão do mau uso do bem pelo publico.

Assim, inexistindo ofensa às leis consumeristas, imperiosa a reforma da sentença


proferida, a fim de julgar totalmente improcedentes os pedidos iniciais.

Considerando o novo deslinde dado a causa, deve o ônus sucumbencial ser invertido,
cabendo ao autor arcar com as custas processuais e os honorários advocatícios, estes
fixados em 10 % (dez por cento) do valor da causa.

Ante o exposto, conheço em parte do recurso de Apelação Cível e, nesta, dou-lhe


provimento, para reformar a sentença, julgando improcedentes os pedidos iniciais e
condenando a parte autora ao pagamento das custas processuais e dos honorários
advocatícios, estes fixados em 10 % (dez por cento) do valor da causa.

É como voto.

Goiânia, 24 de novembro de 2020.

DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA
119/cl

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NR.PROCESSO: 0059459-49.2015.8.09.0011
APELAÇÃO CÍVEL Nº 59459.49.2015.8.09.0011
COMARCA DE APARECIDA DE GOIÂNIA

APELANTE: SPE - SOCIEDADE RESIDENCIAL SÃO BERBARDO LTDA


APELADO: CARLOS GOMES DOS SANTOS
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR


PERDAS E DANOS. PRELIMINARES. CONVENÇÃO DE
ARBITRAGEM. OBJETO DE ANÁLISE PRÉVIA PELO
MAGISTRADO SINGULAR. PRECLUSÃO CONSUMATIVA.
AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. NÃO VERIFICADA.
LOTEAMENTO. AUSÊNCIA DE PROPAGANDA ENGANOSA.
INVERSÃO DO ÔNUS. 1. A matéria decidida em primeiro e
segundo grau, via decisão interlocutória e acórdão em Agravo de
Instrumento, não pode mais ser objeto de irresignação, porquanto
alcançada pela preclusão consumativa. 2. Tendo a sentença
proferida explicado motivadamente as razões que ampararam o
posicionamento adotado, não há que se falar em sua nulidade
por ausência de fundamentação, pelo simples inconformismo da
parte com os fundamentos lançados. 3. Conforme entendimento
desta Corte Estadual (Órgão Especial), exarado em Incidente de
Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR), a propaganda
veiculada pelo loteador, desde que capaz de induzir o
consumidor a erro, violando a legislação consumerista, pode
ensejar a obrigação de entrega da infraestrutura prometida, em
razão do princípio da boa-fé objetiva, questão esta, porém, que
deve ser analisado em cada caso concreto, por se tratar de
matéria fática. 4. Na hipótese, na data da compra do imóvel pelo
consumidor, o lago foi entregue, tendo este sido cercado pelo
Município de Goianira, exercendo o seu poder de polícia, mais de
02 (dois) anos após a aquisição do lote, em razão do mau uso
deste pelo público, que o utilizaram para banho, o que ocasionou
poluição hídrica e sonora, assim como diversos casos de
acidentes fatais no local. Dessa forma, evidente que a parte
requerida, ora apelante, cumpriu com o prometido, entregando o
loteamento com o lago, o qual foi cercado por causa
superveniente, que não podem ser imputada à recorrente,
inexistindo propaganda enganosa. 5. Considerando o novo
deslinde dado a causa, deve o ônus sucumbencial ser invertido,
cabendo ao autor arcar com as custas processuais e os
honorários advocatícios, estes fixados em 10 % (dez por cento)

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NR.PROCESSO: 0059459-49.2015.8.09.0011
do valor da causa. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA EM PARTE
E, NESTA, PROVIDA.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação Cível nº 59459.49, acordam os


componentes da terceira Turma Julgadora da Primeira Câmara Cível do egrégio
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à unanimidade de votos, em conhecer
parcialmente do apelo e, nesta parte lhe dar provimento, nos termos do voto desta
Relatora.

Votaram, com a relatora, os Desembargadores Orloff Neves Rocha e Carlos Roberto


Favaro.

Presidiu a sessão o Des. Orloff Neves Rocha.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria Geral de Justiça, o Dr. José


Carlos Mendonça.

Goiânia, 24 de novembro de 2020.

DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA

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NR.PROCESSO: 0059459-49.2015.8.09.0011
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS.
PRELIMINARES. CONVENÇÃO DE ARBITRAGEM. OBJETO DE ANÁLISE PRÉVIA
PELO MAGISTRADO SINGULAR. PRECLUSÃO CONSUMATIVA. AUSÊNCIA DE
FUNDAMENTAÇÃO. NÃO VERIFICADA. LOTEAMENTO. AUSÊNCIA DE
PROPAGANDA ENGANOSA. INVERSÃO DO ÔNUS. 1. A matéria decidida em
primeiro e segundo grau, via decisão interlocutória e acórdão em Agravo de I
nstrumento, não pode mais ser objeto de irresignação, porquanto alcançada pela
preclusão consumativa. 2. Tendo a sentença proferida explicado motivadamente as
razões que ampararam o posicionamento adotado, não há que se falar em sua
nulidade por ausência de fundamentação, pelo simples inconformismo da parte com os
fundamentos lançados. 3. Conforme entendimento desta Corte Estadual (Órgão
Especial), exarado em Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR), a
propaganda veiculada pelo loteador, desde que capaz de induzir o consumidor a erro,
violando a legislação consumerista, pode ensejar a obrigação de entrega da
infraestrutura prometida, em razão do princípio da boa-fé objetiva, questão esta,
porém, que deve ser analisado em cada caso concreto, por se tratar de matéria fática.
4. Na hipótese, na data da compra do imóvel pelo consumidor, o lago foi entregue,
tendo este sido cercado pelo Município de Goianira, exercendo o seu poder de polícia,
mais de 02 (dois) anos após a aquisição do lote, em razão do mau uso deste pelo
público, que o utilizaram para banho, o que ocasionou poluição hídrica e sonora, assim
como diversos casos de acidentes fatais no local. Dessa forma, evidente que a parte
requerida, ora apelante, cumpriu com o prometido, entregando o loteamento com o
lago, o qual foi cercado por causa superveniente, que não podem ser imputada à
recorrente, inexistindo propaganda enganosa. 5. Considerando o novo deslinde dado a
causa, deve o ônus sucumbencial ser invertido, cabendo ao autor arcar com as custas
processuais e os honorários advocatícios, estes fixados em 10 % (dez por cento) do
valor da causa. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA EM PARTE E, NESTA, PROVIDA.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 06/11/2020


16:14:27

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5421807-90.2019.8.09.0176
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : LUCELIA NUNES DA MATA BARBOZA
POLO PASSIVO : ENEL BRASIL SA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ENEL BRASIL SA


ADVG. PARTE : 51175 GO - JAYME SOARES DA ROCHA FILHO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 1054 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5421807-90.2019.8.09.0176
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

APELAÇÃO CÍVEL Nº 5421807-90.2019.8.09.0176

COMARCA : NOVA CRIXÁS

APELANTE : ENEL BRASIL S/A

APELADA : LUCELIA NUNES DA MATA BARBOZA

RECURSO ADESIVO

RECORRENTE : LUCELIA NUNES DA MATA BARBOZA

RECORRRIDA : ENEL BRASIL S/A

RELATOR : Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

DESPACHO

Intime-se a apelante/ré (evento nº 29), em observância aos arts. 9º e 10 do CPC, para,


no prazo de 05 (cinco) dias, manifestar-se sobre a possível inovação recursal, “uma vez que no
decorrer do processo, bem como na sua contestação, não alegou sobre o
desmembramento do referido imóvel, muito menos na necessidade de ter enviado um
projeto para a Prefeitura.” (f. 03, evento nº 31), apontado pela apelada/autora.

Goiânia, 04 de novembro de 2020.

Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

Relator

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido em Parte - Data da


Movimentação 26/11/2020 16:36:44

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5243220-55.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : EGB
POLO PASSIVO : EBS
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : EGB


ADVG. PARTE : 17865 MS - MARLLON ALVES BORGES

PARTE INTIMADA : EBS


ADVG. PARTE : 15659 GO - GERLENA NEVES PINHEIRO COSTA

PARTE INTIMADA : KVSB


ADVG. PARTE : 15659 GO - GERLENA NEVES PINHEIRO COSTA

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


26/11/2020 16:37:13

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5470314-06.2018.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : ANA ROSA LIMA DA SILVA
POLO PASSIVO : CLARO SA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CLARO SA


ADVGS. PARTE : 47365 GO - NEYKEL HUDSON VIEIRA MENDES
30454 GO - MARCELO DA SILVA VIEIRA

PARTE INTIMADA : ANA ROSA LIMA DA SILVA


ADVG. PARTE : 38640 GO - ROGERIO LEANDRO FURQUIM

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5470314-06.2018.8.09.0051
APELAÇÃO CÍVEL Nº 5470314.06.2018.8.09.0051
COMARCA DE GOIÂNIA

APELANTE: CLARO S/A


APELADA: ANA ROSA LIMA DA SILVA
RELATORA: MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso.

Conforme relatado, trata-se de APELAÇÃO CÍVEL, interposto pela CLARO S/A, em


face da sentença proferida pelo Juiz de Direito da 13ª Vara Cível da Comarca de
Goiânia, Otacílio de Mesquita Zago, nos autos da Ação de Indenização por Danos
Morais, proposta em seu desfavor por ANA ROSA LIMA DA SILVA.

Na exordial, a autora/apelada alegou, em síntese, que teve seu nome indevidamente


negativado pela empresa requerida, eis que decorrente de serviço que não contratou.

Por tal razão, ajuizou a presente demanda, requerendo a exclusão de seu nome dos
órgãos de proteção ao crédito, o percebimento de indenização por danos morais, no
montante de R$ 10.000,00 (dez mil reais), bem com a declaração de inexistência do
débito.

Processado o feito, a sentença foi proferida nos seguintes termos (evento 43):

"Ante o exposto, mantenho a liminar concedida (evento 09) e


julgo procedentes os pedidos para declarar a inexistência do
débito descrito na inicial envolvendo as partes, bem como
condenar a requerida ao pagamento de indenização por danos
morais no aporte de R$ 5.000,00, acrescida de correção
monetária, pelo índice INPC/IBGE, a partir do arbitramento

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NR.PROCESSO: 5470314-06.2018.8.09.0051
(Súmula 362 do STJ), e de juros legais a contar do evento ilícito
(negativação indevida), conforme dispõe a Súmula 54 do STJ.
Condeno a demandada ao pagamento das custas
processuais e honorários advocatícios, os quais, desde já,
arbitro em 15% sobre o valor da condenação, tudo com
fulcro no art. 85, § 2º, do CPC”.

Pois bem. Preliminarmente, sustenta a recorrente a ocorrência de cerceamento de


defesa, sob a alegação de que não lhe foi oportunizada a produção de prova.

Ocorre que, no evento 33, consta que a apelante, devidamente intimada, deixou de se
manifestar acerca das provas que pretendia produzir. E, posteriormente, invertido o
ônus da prova e determinada sua intimação para colacionar aos autos documentos
que comprovassem a contratação do serviço (evento 35), apenas afirmou a
impossibilidade de apresentar as gravações, nada aduzindo sobre a produção de
outras provas.

Assim sendo, não há falar-se em cerceamento de defesa, pois não houve negativa de
produção das provas, mas sim, preclusão temporal, para a sua realização, em virtude
da inércia da parte.

Sobre o tema:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO MONITÓRIA. CHEQUE


PRESCRITO. CERCEAMENTO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA.
(…) 1. Não há falar-se em cerceamento de defesa quando a
parte, intimada para especificar provas, se mantém inerte,
ocorrendo a preclusão. Precedentes do STJ e desta Corte. (…)”.
(TJGO, Apelação (CPC) 5410524-09.2019.8.09.0067, Rel. Des(a). ALAN
SEBASTIÃO DE SENA CONCEIÇÃO, 5ª Câmara Cível, julgado em
09/10/2020, DJe de 09/10/2020)

“AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO


MONITÓRIA. PRODUÇÃO DE PROVAS. INÉRCIA DA PARTE.
CERCEAMENTO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA.
INCONFORMISMO COM O RESULTADO DO JULGAMENTO. 1
- A inércia da parte em responder ao comando judicial para
indicar as provas acarreta a preclusão, mesmo que haja pedido
de produção de provas na petição inicial ou na contestação.
Precedentes do STJ. 2 - Ausentes argumentos relevantes que
demonstrem o desacerto dos fundamentos utilizados na decisão

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NR.PROCESSO: 5470314-06.2018.8.09.0051
recorrida, nega-se provimento ao Agravo Interno. Agravo Interno
conhecido e desprovido”. ( T J G O , A P E L A C A O 0 1 4 5 0 3 5 -
43.2017.8.09.0042, Rel. Des(a). GILBERTO MARQUES FILHO, 3ª
Câmara Cível, julgado em 29/06/2020, DJe de 29/06/2020)

Assim, de plano, resta refutada tal alegação.

Quanto ao mérito, ab initio, impende salientar que a responsabilidade da pessoa


jurídica é objetiva, devendo ela responder pelo risco da atividade desenvolvida e
indenizar pelos danos que vier a causar a terceiros, independentemente de culpa.

A respeito da matéria, cita-se a jurisprudência deste Egrégio Tribunal:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE


INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS. TELEFONIA. NEGATIVAÇÃO INDEVIDA. NÃO
DESINCUMBÊNCIA DO ÔNUS DA PROVA. INEXISTÊNCIA DO
DÉBITO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. DANO MORAL IN
RE IPSA. QUANTUM INDENIZATÓRIO MANTIDO. SÚMULA 32,
TJGO. OBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO DA
PROPORCIONALIDADE E DA RAZOABILIDADE.
DESPROVIMENTO. I - À empresa de telefonia cumpre provar a
existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito
da autora (artigo 373, II, do Código de Processo Civil). A não
desincumbência do ônus, ou seja, a não apresentação de
documentos hábeis e suficientes para comprovar a contratação, a
prestação dos serviços, o débito e a alegada inadimplência,
confirma a procedência dos pedidos iniciais. II - Não comprovada
à existência do débito, cabe à apelante ser responsabilizada pela
negativação indevida e os danos causados, uma vez que a
responsabilidade civil da empresa de telefonia é objetiva,
independe da comprovação da culpa (artigo 14, Código de
Defesa do Consumidor). III - A inscrição indevida em cadastro de
inadimplentes configura dano moral in re ipsa, decorrente do
próprio ato, carecendo de provas sobre a efetiva extensão da
lesão ou dano. (…). V - Recurso conhecido e desprovido.”.
(TJGO, APELAÇÃO 0365110-44.2016.8.09.0143, Rel. Dioran
Jacobina Rodrigues, 4ª Câmara Cível, julgado em 31/05/2019,
DJe de 31/05/2019)

Na espécie, a autora apresentou documento que comprova a negativação de seu


nome no cadastro do SPC por iniciativa da apelante, por conta do não pagamento de
um suposto débito decorrente do contrato de telefonia (evento 01, doc. 06).

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NR.PROCESSO: 5470314-06.2018.8.09.0051
A empresa demandada, por seu turno, deveria comprovar que os serviços foram
contratados pela usuária, porém não o fez. Destarte, não é possível acolher sua
alegação quanto à força probante das informações decorrentes de telas de
computador, pois além de não possuírem certificação oficial, não servem para
comprovar que a promovente contratou o serviço, haja vista que se trata de dados
unilaterais.

Ademais, ainda que se considere as telas de consulta colacionadas aos autos, verifico
que consta como assinante o número 62991079196, conta 195708937, enquanto o
número registrado pela autora é o 62992139039.

Desse modo, em que pese a pretensão da recorrente de demonstrar suposto


parentesco entre os titulares de referidas linhas telefônicas, a fim de justificar a
contratação do serviço pela ora apelada, tenho que razão não lhe assiste. Pelo
contrário. Referida pretensão reforça, justamente, que não foi a recorrida quem
realmente efetuou a contratação do “Plano Claro Internet 4GB”.

Ademais, estranha-se que a autora, possuindo linha telefônica da empresa apelante,


efetuasse a contratação de internet para aparelho telefônico diverso, sendo indiferente,
frise-se, que a suposta contratação tenha ocorrido por algum parente.

Isto porque, ainda que assim fosse, incumbia à requerida valer-se de meios mais
seguros, tanto para a própria empresa quanto para os consumidores, para averiguar a
identidade daqueles que contratam seus serviços, evitando-se irregularidades e
ocorrência de fraude.

Nessa senda, tenho que a empresa ré/2ª apelante não se desincumbiu do ônus de
carrear aos autos qualquer documento apto a demonstrar que o referido serviço foi
contratado, ou mesmo utilizado pela consumidora.

Sendo assim, restando demonstrada a cobrança de valores indevidos, precisamente


por não se verificar a existência de causa subjacente que legitime a conduta, bem
como a inscrição indevida em cadastro de órgão de proteção ao crédito, necessária se
faz a declaração de inexistência do débito, bem como a condenação da ré em
indenização por dano moral.

Nesse sentido, é o entendimento jurisprudencial deste Egrégio Tribunal:

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NR.PROCESSO: 5470314-06.2018.8.09.0051
“ APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA CUMULADA
COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E PEDIDO DE
TUTELA ANTECIPADA. NEGATIVAÇÃO INDEVIDA.
CONSUMIDOR. AUSÊNCIA DE CONTRATO. FALHA NA
PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. DANO MORAL PRESUMIDO (IN
RE IPSA). INDENIZAÇÃO MINORADA. 1. A relação entre a
empresa de telefonia e seus clientes caracteriza-se como de
consumo, estando sujeita às normas de proteção e defesa do
consumidor. 2. Uma vez ausente a prova da contratação de
serviços, resta configurada a falha na prestação do serviço, bem
como a abusividade na cobrança e ilegalidade do apontamento
em cadastro de restrição ao crédito. 3. A inscrição indevida do
nome do consumidor nos órgãos de proteção ao crédito, por
dívida não demonstrada como legítima, gera direito a indenização
por danos morais, dispensando a sua comprovação. 4.
Consoante o que preconiza a súmula 32 do Tribunal de Justiça
do Estado de Goiás "A verba indenizatória do dano moral
somente será modificada se não atendidos pela sentença os
princípios da proporcionalidade e da razoabilidade na fixação do
valor da condenação." (…). APELAÇÃO CONHECIDA E
PROVIDA.” (TJGO, APELAÇÃO 0193094-39.2017.8.09.0082, Rel.
MARCUS DA COSTA FERREIRA, 5ª Câmara Cível, julgado em
19/06/2019, DJe de 19/06/2019)

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE


INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS. CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE
TELEFONIA. NÃO CONFIGURADO. NEGATIVAÇÃO INDEVIDA
NOS ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. INSCRIÇÃO
ANTERIOR CANCELADA. DANO MORAL IN RE IPSA.
QUANTUM INDENIZATÓRIO. APRESENTAÇÃO DE
DOCUMENTO NOVO. IMPOSSIBILIDADE. 1. A apelante não
logrou êxito ao tentar comprovar a existência de contrato firmado
entre as partes para prestação dos serviços de telefonia. 2.
Tendo em vista que o contrato é inexistente, não há se falar em
cobrança e quiçá em inscrição nos órgãos de proteção ao crédito.
(...). RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. SENTENÇA
MANTIDA.”. (TJGO, APELAÇÃO 0002244-15.2017.8.09.0151, Rel.
JAIRO FERREIRA JÚNIOR, 6ª Câmara Cível, julgado em 15/04/2019,
DJe de 15/04/2019)

Desse modo, pelo conteúdo fático constante dos autos e pelo não cumprimento por
parte da empresa de telefonia do ônus que lhe incumbia, a manutenção da sentença é
medida que se impõe.

No que pertine ao quantum indenizatório por danos morais, impende destacar que os
critérios para a sua fixação devem primar pela justiça, e não pelo enriquecimento

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NR.PROCESSO: 5470314-06.2018.8.09.0051
ilícito, de modo que deve o Julgador ater-se aos fins a que se presta, observando a
condição econômica do consumidor ofendido e a capacidade da empresa causadora
do dano, aplicando-se os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade.

Com efeito, levando-se em conta o conjunto probatório, a estrutura econômica da


empresa de telefonia e as condições da autora, a gravidade do dano e os seus efeitos,
entendo que a quantia fixada (R$5.000,00) está em conformidade com essas balizas,
alcançando, assim, o fim a que destina, sendo suficiente à compensação dos danos
experimentados, sem que transborde para o enriquecimento ilícito.

A propósito, eis os julgados deste Sodalício:

“ AGRAVO REGIMENTAL EM APELAÇÕES CÍVEIS. AÇÃO


DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C
REPETIÇÃO DE INDÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS. COBRANÇA DE SERVIÇO NÃO CONTRATADO.
ATO ILÍCITO. COMPROVAÇÃO DO DANO. QUANTUM
INDENIZATÓRIO. INSUFICIÊNCIA CONSTATADA.
MAJORAÇÃO. AUSÊNCIA DE FATO NOVO OU ARGUMENTO
RELEVANTE. DECISÃO DO RELATOR MANTIDA. 1. In casu,
não cumpriu a empresa de telefonia/agravante a determinação do art.
333, II, do CPC, porquanto não se desincumbiu do ônus de produção de
prova de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito da autora, já
que não acostou aos autos a comprovação de que suas condutas,
consubstanciadas na cobrança dos serviços de telefonia não contratados
são atos lícitos. 2. Demonstrado que não existe prova da contratação pela
consumidora do serviço de telefonia debitado mensalmente em sua
fatura, há que reconhecer a ilicitude da cobrança, levando, por
consectário, a empresa de telefonia a responder por dano moral. 3. O
valor a ser arbitrado a título de compensação por dano moral deve ter
como parâmetro a extensão do abalo sofrido pelo lesado, considerada,
ainda, a finalidade repressiva ao ofensor, sem, contudo, configurar fonte
de enriquecimento ilícito. 4. No caso, não estando a quantia fixada em
conformidade com essas balizas, cabível a sua majoração para o
montante de R$3.000,00 (três mil) para R$5.000,00 (cinco mil reais),
que melhor se alinha às peculiaridades do caso e aos princípios da
razoabilidade e proporcionalidade, à luz dos padrões adotados por esta e
pela Superior Corte de Justiça. 5. Ausentes argumentos novos que
demonstrem o desacerto dos fundamentos utilizados na decisão
recorrida, nega-se provimento ao recurso de agravo regimental. Recurso
conhecido e desprovido.” (TJGO, APELAÇÃO CÍVEL 87601-
70.2014.8.09.0020, Rel. DR(A). MARCUS DA COSTA FERREIRA, 4ª
CÂMARA CÍVEL, julgado em 29/01/2015, DJe 1724 de 09/02/2015)

“ APELAÇÃO CÍVEL. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.

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NR.PROCESSO: 5470314-06.2018.8.09.0051
CONTRATO DE TELEFONIA. CLÁUSULA DE FIDELIZAÇÃO.
AUSENTE. INSCRIÇÃO SERASA. INDEVIDA. DEVER DE
INDENIZAR. QUANTUM INDENIZATÓRIO. RAZOÁVEL.
JUROS. A PARTIR DA CITAÇÃO. HONORÁRIOS RECURSAIS.
(...). 4 - Considerando as particularidades do caso concreto, bem como
os parâmetros que vêm sendo adotados pelos Tribunais pátrios, tem-se
que a importância de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) encontra-se dentro da
razoabilidade que merece o caso. 5 - No caso de responsabilidade
contratual, contam-se os juros de mora desde a citação inicial, nos termos
do art. 405, Código Civil. 6 - Tendo em vista o improvimento do apelo, os
honorários advocatícios devem ser majorados para 12% (doze por cento)
sobre o valor atualizado da causa, nos termos do artigo 85, §11º, do CPC.
RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.” (TJGO, Apelação (CPC)
5246299-25. 2016.8. 09.0051, Relatei, 1ª Câmara Cível, julgado em
08/11/2018, DJe de 08/11/2018) Grifos propositais.

“ APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO


C/C INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. SERVIÇO DE
TELEFONIA MÓVEL. DÉBITO NÃO COMPROVADO.
NEGATIVAÇÃO INDEVIDA. QUANTUM DA INDENIZAÇÃO
POR DANO MORAL. RAZOABILIDADE E
PROPORCIONALIDADE. JUROS DE MORA E CORREÇÃO
MONETÁRIA. SÚMULA N° 54 E 362 DO STJ. 1. A
responsabilidade da pessoa jurídica é objetiva, devendo ela
responder pelo risco da atividade desenvolvida e indenizar pelos
danos que vier a causar a terceiros, independentemente de
culpa. 2. A empresa apelada não se desincumbiu do ônus de
provar que a alteração do plano de telefonia para a modalidade
"controle" decorreu de solicitação da consumidora apelante,
deixando de carrear aos autos o contrato firmado entre as partes,
ou qualquer outro documento apto a demonstrar que o referido
serviço foi contratado, ou mesmo utilizado pela consumidora. 3.
Demonstrada a cobrança de valores indevidos e a inscrição
infundada em cadastro de órgão de proteção ao crédito,
necessária se faz a declaração de inexistência do débito, bem
como a condenação da apelada ao pagamento de indenização
por danos morais. 4. Levando-se em conta o contexto fático, tem-
se que a indenização no importe de R$ 5.000,00 (cinco mil
reais) condiz com o fim a que se destina. 5. A correção monetária
deve incidir desde o seu arbitramento, conforme critério adotado
pela Súmula n. 362 do Superior Tribunal de Justiça, e, por outro
lado, os juros de mora devem incidir a partir do evento danoso,
nos termos da Súmula n. 54 do STJ. RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA.” (TJGO, Apelação (CPC)
5022722-59.2018. 8.09.0074, Rel. ROBERTO HORÁCIO DE REZENDE,
1ª Câmara Cível, julgado em 20/09/2019, DJe de 20/09/2019) Grifos
propositais.

Destarte, incabível a pretensão da recorrente de furtar-se de sua obrigação –

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NR.PROCESSO: 5470314-06.2018.8.09.0051
ressarcimento dos danos morais – sob a vaga alegação de impactos financeiros
decorrentes da COVID-19, mormente porque, em que pese as adversidades
decorrentes da pandemia, não podem constituir justificativa para descumprimento de
obrigações legais.

Ademais, conforme explanado anteriormente, o montante fixado mostra-se razoável,


proporcional, condizente e adequado às peculiaridades dos autos, bem como em
conformidade com o entendimento desta Corte, razão pela qual impõe-se a
manutenção do valor fixado a título de ressarcimento do dano extrapatrimonial.

Outrossim, tendo em vista que a interposição do apelo se deu já na vigência do atual


estatuto processual civil, afigura-se adequado o estabelecimento de honorários
advocatícios pelo trabalho adicional realizado em grau recursal, em atendimento ao
artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015.

Pelo exposto conheço do apelo, mas nego-lhe provimento. Em atenção ao disposto


no artigo 85, §11 do NCPC, majoro o percentual dos honorários advocatícios
sucumbenciais para 17% (dezessete por cento) sobre o valor da condenação. No
mais, mantenho a sentença fustigada.

É como voto.

Goiânia, 24 de novembro de 2020.

DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA

120/cl

APELAÇÃO CÍVEL Nº 5470314.06.2018.8.09.0051


COMARCA DE GOIÂNIA

APELANTE: CLARO S/A


APELADA: ANA ROSA LIMA DA SILVA
RELATORA: MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

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NR.PROCESSO: 5470314-06.2018.8.09.0051
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR
DANO MORAL. SERVIÇO DE TELEFONIA. CERCEAMENTO
DE DEFESA. NÃO CONFIGURADO. PRECLUSÃO
CONSUMATIVA. DÉBITO NÃO COMPROVADO.
NEGATIVAÇÃO INDEVIDA. QUANTUM DA INDENIZAÇÃO
POR DANO MORAL. MANUTENÇÃO. HONORÁRIOS
RECURSAIS. MAJORAÇÃO. 1. Não há falar-se em cerceamento
de defesa, pois não houve negativa de produção das provas, mas
sim, preclusão temporal, para a sua realização, em virtude da
inércia da parte. 2. A responsabilidade da pessoa jurídica é
objetiva, devendo ela responder pelo risco da atividade
desenvolvida e indenizar pelos danos que vier a causar a
terceiros, independentemente de culpa. 3. A empresa ré/apelante
não se desincumbiu do ônus de provar, por documento apto, que
o referido serviço foi contratado, ou mesmo utilizado pela
consumidora. 4. Demonstrada a cobrança de valores indevidos e
a inscrição infundada em cadastro de órgão de proteção ao
crédito, necessária se faz a declaração de inexistência do débito,
bem como a condenação da telefonia ré ao pagamento de
indenização por danos morais. 5. Levando-se em conta o
conjunto probatório, a estrutura econômica da empresa de
telefonia e as condições da autora, a gravidade do dano e os
seus efeitos, entendo que a quantia fixada (R$ 5.000,00) está em
conformidade com essas balizas, alcançando, assim, o fim a que
destina, sendo suficiente à compensação dos danos
experimentados, sem que transborde para o enriquecimento
ilícito. 6. Impõe-se a majoração dos honorários advocatícios na
fase recursal, nos termos do artigo 85, §11 do CPC. APELAÇÃO
CÍVEL CONHECIDA E DESPROVIDA.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação Cível nº 5470314.06, acordam


os componentes da terceira Turma Julgadora da Primeira Câmara Cível do egrégio
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à unanimidade de votos, em conhecer do
apelo, mas lhe negar provimento, nos termos do voto desta Relatora.

Votaram, com a relatora, os Desembargadores Orloff Neves Rocha e Carlos Roberto


Favaro.

Ausente para realização de sustentação oral o Dr. Marcelo da Silva Vieira, pela
apelante.

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NR.PROCESSO: 5470314-06.2018.8.09.0051
Presidiu a sessão o Des. Orloff Neves Rocha.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria Geral de Justiça, o Dr. José


Carlos Mendonça.

Goiânia, 24 de novembro de 2020.

DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA

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NR.PROCESSO: 5470314-06.2018.8.09.0051
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL.
SERVIÇO DE TELEFONIA. CERCEAMENTO DE DEFESA. NÃO CONFIGURADO.
PRECLUSÃO CONSUMATIVA. DÉBITO NÃO COMPROVADO. NEGATIVAÇÃO
INDEVIDA. QUANTUM DA INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. MANUTENÇÃO.
HONORÁRIOS RECURSAIS. MAJORAÇÃO. 1. Não há falar-se em cerceamento de
defesa, pois não houve negativa de produção das provas, mas sim, preclusão
temporal, para a sua realização, em virtude da inércia da parte. 2. A responsabilidade
da pessoa jurídica é objetiva, devendo ela responder pelo risco da atividade
desenvolvida e indenizar pelos danos que vier a causar a terceiros,
independentemente de culpa. 3. A empresa ré/apelante não se desincumbiu do ônus
de provar, por documento apto, que o referido serviço foi contratado, ou mesmo
utilizado pela consumidora. 4. Demonstrada a cobrança de valores indevidos e a
inscrição infundada em cadastro de órgão de proteção ao crédito, necessária se faz a
declaração de inexistência do débito, bem como a condenação da telefonia ré ao
pagamento de indenização por danos morais. 5. Levando-se em conta o conjunto
probatório, a estrutura econômica da empresa de telefonia e as condições da autora, a
gravidade do dano e os seus efeitos, entendo que a quantia fixada (R$ 5.000,00) está
em conformidade com essas balizas, alcançando, assim, o fim a que destina, sendo
suficiente à compensação dos danos experimentados, sem que transborde para o
enriquecimento ilícito. 6. Impõe-se a majoração dos honorários advocatícios na fase
recursal, nos termos do artigo 85, §11 do CPC. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E
DESPROVIDA.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido em Parte - Data da


Movimentação 27/11/2020 10:57:19

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 0347344-67.2011.8.09.0170
CLASSE PROCESSUAL : Ação Penal - Procedimento Ordinário ( CPP )
POLO ATIVO : MINISTERIO PUBLICO
POLO PASSIVO : CARLOS EVANGELISTA FERREIRA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CARLOS EVANGELISTA FERREIRA


ADVG. PARTE : 26329 GO - SIRLEY APARECIDA DE SOUZA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido - Data da Movimentação


26/11/2020 16:38:19

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5550366-74.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : WHASLEN FAGUNDES
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : WHASLEN FAGUNDES


ADVGS. PARTE : 44156 GO - THYAGO DO COUTO MORAES
18399 GO - WHASLEN FAGUNDES

PARTE INTIMADA : THYAGO DO COUTO MORAES


ADVGS. PARTE : 44156 GO - THYAGO DO COUTO MORAES
18399 GO - WHASLEN FAGUNDES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5550366-74.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador J. Paganucci Jr.

HABEAS CORPUS

Número : 5550366-74.2020.8.09.0000

Comarca : RIO VERDE

Impetrante : WHASLEN FAGUNDES

Paciente : ROBERTO LERES DA SILVA

Relator : DES. J. PAGANUCCI JR.

RELATÓRIO e VOTO

Trata-se de habeas corpus, com pedido liminar expresso, impetrado pelo advogado
WHASLEN FAGUNDES, sem indicar base legal, em favor de ROBERTO LERES DA SILVA,
devidamente qualificado, indicando como autoridade coatora o juízo da 1ª Vara Criminal da
comarca de Rio Verde.

Consta da inicial, e documentos nela anexados, que o paciente foi pronunciado a


julgamento pelo júri popular como incurso nas sanções dos artigos 121, § 2º, inciso V, 157, § 2º,
incisos I e II, 157, § 2º, incisos I e II, c/c 14, inciso II, 157, § 2º, inciso I, e 329, § 1º, todos do
Código Penal, aos 17/05/2019.

O impetrante aduz a ocorrência de excesso de prazo na clausura antecipada, visto que


já decorreu o lapso temporal de 01 (um) ano e 06 (seis) meses após a decisão de pronúncia e o
paciente sequer foi intimado do decisum, o que configura constrangimento ilegal.

Invoca os princípios da presunção de inocência e da razoável duração do processo, os


quais estariam sendo infringidos com a segregação cautelar do paciente.

Ao final, requer a concessão da ordem liminar de habeas corpus para revogar a prisão
preventiva do paciente, expedindo-se o respectivo alvará de soltura, ainda que mediante o
estabelecimento de medidas cautelares diversas da prisão, e sua confirmação na análise de
mérito.

Junta documentos (movimentação 01 e link do processo originário).

Pedido liminar indeferido (movimentação 07).

Informes prestados pela autoridade impetrada (movimentação 11).

A Procuradoria-Geral de Justiça, por seu representante, Vinicius Jacarandá Maciel,


opina pelo conhecimento e denegação da ordem (movimentação 14).

É o relatório.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5550366-74.2020.8.09.0000
Voto.

Consoante relatado, pretende o impetrante o reconhecimento de ilegalidade da prisão


processual imposta ao paciente, diante da extrapolação de prazo razoável para o julgamento em
plenário.

Com efeito, extrai-se da construção jurisprudencial que, para a configuração da


ilegalidade da prisão cautelar em razão do excesso de prazo, é necessário que a delonga: a)
tenha sido provocada exclusivamente pela atuação do órgão acusador; b) resulte da inércia da
máquina judiciária; ou c) se afigure incompatível com a aplicação do princípio da razoabilidade.

Sabe-se que o excesso de prazo na conclusão da instrução processual não se afere por
meio aritmético, uma vez que são observadas as particularidades do caso concreto como
parâmetros para a concepção de um prazo razoável, que pode variar.

Vale dizer, a transposição do prazo não leva, imediata e automaticamente, ao


reconhecimento de constrangimento ilegal na formação da culpa, devendo ser analisada à luz do
princípio da razoabilidade, ponderação a ser concretizada com o andamento do feito e sua
regularidade, de forma que o implemento dos atos processuais necessários seja realizado dentro
de espaço temporal que não ultrapasse os limites da proporcionalidade.

No caso em análise, a decisão intermediária foi prolatada, no dia 17/05/2019, há exatos


553 (quinhentos e cinquenta e três) dias.

Embora o juízo impetrado tenha envidado esforços para o cumprimento da carta


precatória intimatória expedida para a comarca de São Luís/MA, a missiva sequer foi devolvida,
de modo que não há notícia da realização da comunicação processual.

A par do enunciado sumular 21, do Superior Tribunal de Justiça, segundo o qual,


“pronunciado o réu, fica superada a alegação do constrangimento ilegal da prisão por excesso de
prazo na instrução”, e da situação de pandemia causada pela COVID-19, resultante na
suspensão dos atos proferidos em processos físicos, esta começou no mês de março do ano em
curso, quase um ano após a pronúncia do paciente, quando já não era razoável a não certificação
de sua ciência pessoal do encaminhamento a júri popular, situação agravada com o decurso de
mais sete meses sem alteração do quadro fático, mormente pelo não despontamento da segunda
fase do rito escalonado do júri, assim não sendo proporcional o prolongamento temporal da
custódia preventiva do paciente pela inexistência de data provável para o julgamento perante o
Tribunal do Júri.

Portanto, entendo que, no presente caso, o juízo a quo, sem qualquer colaboração da
defesa para tal, deixou de atender ao comando constitucional da razoável duração do processo,
inserto no artigo 5º, inciso LXXVIII, da Constituição Federal.

Logo, verificado excesso de prazo para a intimação pessoal do paciente acerca da


pronúncia e o desate da segunda fase do rito escalonado do júri, sendo a morosidade atribuída
exclusivamente à máquina judiciária, configurado está o constrangimento ilegal.

Em sentido análogo, colaciono precedente deste Tribunal:

“HABEAS CORPUS. TENTATIVA DE HOMICÍDIO QUALIFICADO PELO


MOTIVO FÚTIL E RECURSO QUE DIFICULTOU A DEFESA DA VÍTIMA.
EXCESSO DE PRAZO APÓS A DECISÃO DE PRONÚNCIA.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENCIADO. Em que pese o enunciado
da Súmula n° 21, do STJ, ainda que pronunciado o paciente, configura

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NR.PROCESSO: 5550366-74.2020.8.09.0000
manifesto constrangimento ilegal a manutenção de sua custódia provisória
por mais de 540 dias após a prolação da decisão de pronúncia, sem que
haja previsão de julgamento perante o Tribunal do Júri. ORDEM
CONHECIDA E CONCEDIDA COM CAUTELARES. PREJUDICADOS OS
DEMAIS PEDIDOS”. (TJGO. HC 5299676-25.2020.8.09.0000. Rel. Wilson
Safatle Faiad. 1ª Câmara Criminal. DJe de 24/08/2020).

Conclusão: desacolho o parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, conheço pedido e


concedo a ordem impetrada, determinando a expedição de alvará de soltura em favor de
ROBERTO LERES DA SILVA, se por outro motivo não deva permanecer preso.

É como voto.

EMENTA

HABEAS CORPUS. ARTIGOS 121, § 2º, INCISO V, 157, § 2º,


INCISOS I E II, 157, § 2º, INCISOS I E II, C/C 14, INCISO II,
157, § 2º, INCISO I, E 329, § 1º, TODOS DO CÓDIGO PENAL.
EXCESSO DE PRAZO PARA JULGAMENTO PELO TRIBUNAL
DO JÚRI. 1- Verificado excesso de prazo para o início da
segunda fase do rito escalonado do júri, sendo a morosidade
atribuída exclusivamente à máquina judiciária, configurado está
o constrangimento ilegal. 2- Ordem conhecida e concedida.

ACÓRDÃO

Vistos e relatados os presentes autos, acordam os componentes do Tribunal de Justiça


do Estado de Goiás, pela Primeira Câmara Criminal, por unanimidade de votos, desacolhido o
parecer ministerial, em conhecer do pedido e conceder a ordem impetrada, determinando a
expedição de alvará de soltura em favor do paciente, para que seja colocado em liberdade, se por
outro motivo não deva permanecer preso, nos termos do voto do relator, proferido na assentada
do julgamento.

Votaram, além do relator, que presidiu a sessão, o juiz Wilson Safatle Faiad, substituto
da desembargadora Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos, e os desembargadores Nicomedes
Domingos Borges, Itaney Francisco Campos e Ivo Favaro.

Estiveram presentes na sessão de julgamento o impetrante Whaslen Fagundes e o


procurador de justiça Abrão Amisy Neto.

Goiânia, 19 de novembro de 2020.

DES. J. PAGANUCCI JR.


RELATOR

FOX

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NR.PROCESSO: 5550366-74.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS

Número : 5550366-74.2020.8.09.0000

Comarca : RIO VERDE

Impetrante : WHASLEN FAGUNDES

Paciente : ROBERTO LERES DA SILVA

Relator : DES. J. PAGANUCCI JR.

EMENTA

HABEAS CORPUS. ARTIGOS 121, § 2º, INCISO V, 157, § 2º,


INCISOS I E II, 157, § 2º, INCISOS I E II, C/C 14, INCISO II,
157, § 2º, INCISO I, E 329, § 1º, TODOS DO CÓDIGO PENAL.
EXCESSO DE PRAZO PARA JULGAMENTO PELO TRIBUNAL
DO JÚRI. 1- Verificado excesso de prazo para o início da
segunda fase do rito escalonado do júri, sendo a morosidade
atribuída exclusivamente à máquina judiciária, configurado está
o constrangimento ilegal. 2- Ordem conhecida e concedida.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 26/11/2020


18:39:56

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 0031123-14.2019.8.09.0102
CLASSE PROCESSUAL : Ação Penal de Competência do Júri ( CPP )
POLO ATIVO : ANDERSON EUSTAQUIO DA SILVA
POLO PASSIVO : WEMERSON PINTO GONÇALVES
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : WEMERSON PINTO GONÇALVES


ADVG. PARTE : 45477 GO - HUGO VAZ VELOSO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0031123-14.2019.8.09.0102
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Desembargadora Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos

RECURSO EM SENTIDO ESTRITO Nº 0031123-14.2019.8.09.0102

COMARCA: MARA ROSA

RECORRENTE: WEMERSON PINTO GONÇALVES

RECORRIDO: MINISTÉRIO PÚBLICO

RELATOR: Dr. WILSON SAFATLE FAIAD

Juiz de Direito Substituto em Segundo Grau

DESPACHO

Trata-se de Recurso em Sentido Estrito interposto por WEMERSON PINTO


GONÇALVES.

Conforme petição acostada à movimentação nº 43, foi formulado pedido de


saída/autorização de viagem para tratamento médico (consultas e acompanhamento psicológico)
do recorrente, portador de AIDS, no período compreendido entre os dias 29.10.2020 até
07.11.2020 e dia 15.11.2020, porém referido pedido não deve ser apreciado por esta Corte, além
disso, a data encontra-se ultrapassada.

Intimem-se o recorrente para manifestar e requerer o que for oportuno, em 03 dias.

Após, volvam conclusos para a análise do mérito recursal.

Goiânia, 26 de novembro de 2.020.

Dr. WILSON SAFATLE FAIAD

Juiz de Direito Substituto em Segundo Grau

RELATOR

05/03

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 0031123-14.2019.8.09.0102

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 26/11/2020


23:54:22

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 0124530-05.2019.8.09.0028
CLASSE PROCESSUAL : Ação Penal - Procedimento Ordinário ( CPP )
POLO ATIVO : MINISTERIO PUBLICO
POLO PASSIVO : EDMAR RIBEIRO DE OLIVEIRA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : WESLEI SILVA COSTA


ADVGS. PARTE : 54786 GO - GUILHERME HENRIQUE SILVA LEITE
56041 GO - FELIPE ANDERSON GOMES DA SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0124530-05.2019.8.09.0028
APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0124530-05.2019.8.09.0028
COMARCA DE URUANA
1º APELANTE EDMAR RIBEIRO DE OLIVEIRA
2º APELANTE WESLEI SILVA COSTA
APELADO MINISTÉRIO PÚBLICO

DESPACHO

Trata-se de apelações criminais interpostas por EDMAR RIBEIRO DE OLIVEIRA (fls. 337/341,
movimentação 3, documento 1) e WESLEI SILVA COSTA (fls. 383/384, movimentação 3,
documento 1), em desprestígio da sentença (fls. 314/333 movimentação 3, documento 1) que os
condenou nas amarras previstas para os crimes insculpidos no artigo 157, § 2º, inciso II, e § 2°-A,
inciso I, e artigo 180, caput, na forma do art. 69, caput (concurso material), todos do Código
Penal.

Diante do requerimento formulado pela defesa do 2º apelante, WESLEI SILVA COSTA, com
fulcro no artigo 600, § 4º, do Código de Processo Penal, no sentido de apresentar as razões do
recurso neste grau de jurisdição, determino que se proceda à intimação do advogado, Dr. Felipe
Anderson Gomes da Silva (OAB/GO 56.041), a fim de que ofereça as razões recursais, no prazo
do artigo 600 do Código de Processo Penal.

Em seguida, intime-se pessoalmente o representante do Ministério Público com atribuições


perante a Vara Criminal da Comarca de Uruana-GO, para oferecer as contrarrazões ao recurso
interposto pelo apelante.

Após, à Procuradoria-Geral de Justiça a fim de que, no prazo de lei, se manifeste.

Cumpra-se.

Goiânia, 26 de novembro de 2020.

DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS


RELATOR

7-FSD

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 26/11/2020 23:54:55

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5454801-83.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Recurso em Sentido Estrito
POLO ATIVO : DOUGLAS MATEUS DE OLIVEIRA
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : DOUGLAS MATEUS DE OLIVEIRA


ADVG. PARTE : 38249 GO - RAQUEL DUTRA MARTINS ASSUNÇÃO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5454801-83.2020.8.09.0000
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO Nº 5454801-83.2020.8.09.0000

COMARCA DE GOIÂNIA

RECORRENTE DOUGLAS MATEUS DE OLIVEIRA

RECORRIDO MINISTÉRIO PÚBLICO

RELATOR DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de Recurso em Sentido Estrito interposto por DOUGLAS MATEUS DE OLIVEIRA, com
fundamento no artigo 581 do Código de Processo Penal, visando à reforma da decisão judicial que recebeu a denúncia
nas iras do artigo 12 da Lei nº 10.826/03 e artigo 33 da Lei nº 11.343/06 (movimentação 1, arq.10).

Em petição interlocutória (movimentação 3), o Recorrente pediu a desistência do recurso.

É o relatório. Passo a decidir.

Julga-se Recurso em Sentido Estrito, interposto por DOUGLAS MATEUS DE OLIVEIRA, com fundamento
no artigo 581, do Código de Processo Penal, visando à reforma da decisão judicial que recebeu a denúncia. Como
consignado no resumo acima, o Recorrente requereu a desistência do recurso.

Em sendo assim, compete ao Relator homologar a desistência, consoante dispõe o artigo 175, inciso XV, do
Regimento Interno deste Tribunal de Justiça.

Isso posto, homologo a desistência pleiteada, em conformidade com os ditames do artigo 175, inciso XV, do
Regimento Interno deste Tribunal de Justiça, e, por conseguinte, determino a extinção do processo, sem resolução do
mérito, e a baixa dos autos ao juízo de origem.

Publique-se. Intime-se.

Goiânia, 25 de novembro de 2020.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5454801-83.2020.8.09.0000
DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

Relator

6/CD

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 12:47:12

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 0045711-13.2019.8.09.0074
CLASSE PROCESSUAL : Ação Penal - Procedimento Ordinário ( CPP )
POLO ATIVO : MINISTERIO PUBLICO
POLO PASSIVO : CIRO JOSE DO NASCIMENTO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CIRO JOSE DO NASCIMENTO


ADVG. PARTE : 54261 GO - DANILO FERNANDES PIRES

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 12:51:09

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5437967-05.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Execução Penal
POLO ATIVO : RAILSON COELHO DELFINO DE SOUZA
POLO PASSIVO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : RAILSON COELHO DELFINO DE SOUZA


ADVG. PARTE : 28384 GO - WELDER DE ASSIS MIRANDA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 26/11/2020 18:07:03

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5601878-96.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : ISADORA MELO DE OLIVEIRA COIMBRA
POLO PASSIVO : JUÍZO DA 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE APARECIDA DE GOIÂNIA -
GO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ISADORA MELO DE OLIVEIRA COIMBRA


ADVGS. PARTE : 56802 GO - MARCOS ANDRE DE OLIVEIRA SILVA
59497 GO - ISADORA MELO DE OLIVEIRA COIMBRA

PARTE INTIMADA : MARCOS ANDRÉ DE OLIVEIRA SILVA


ADVGS. PARTE : 56802 GO - MARCOS ANDRE DE OLIVEIRA SILVA
59497 GO - ISADORA MELO DE OLIVEIRA COIMBRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5601878-96.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador J. Paganucci Jr.

HABEAS CORPUS

Número : 5601878-96.2020.8.09.0000

Comarca : APARECIDA DE GOIÂNIA

Impetrantes : MARCOS ANDRÉ DE OLIVEIRA SILVA e ISADORA MELO DE OLIVEIRA


COIMBRA

Paciente : KELVIN CHRISTIAN ALVES SOUZA

Relator : DES. J. PAGANUCCI JR.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de habeas corpus liberatório, com pedido liminar, impetrado pelos advogados
MARCOS ANDRÉ DE OLIVEIRA SILVA e ISADORA MELO DE OLIVEIRA COIMBRA, com
fundamento nos artigos 5°, inciso LXVIII, da Constituição Federal, e 647 a 667, todos do Código
de Processo Penal, em favor de KELVIN CHRISTIAN ALVES SOUZA, apontando como
autoridade coatora o juízo da 1ª Vara Criminal da comarca de Aparecida de Goiânia/GO.

Extrai-se da peça preambular, e documentos nela acostados, que o paciente foi


condenado pela prática do crime de tráfico de drogas à pena definitiva de 08 (oito) anos de
reclusão, no regime fechado, mais 800 (oitocentos) dias-multa, à razão mínima.

Narram os impetrantes que a maioria das circunstâncias judiciais, previstas no artigo


59, do Código Penal, foram favoráveis ao paciente e que a autoridade acoimada coatora não
justificou a não aplicação da benesse prevista no § 4°, do artigo 33, da Lei de Drogas.

Destacam que se trata de paciente primário, de bons antecedentes e que não há prova
de que se dedica a atividades criminosas ou integre organização criminosa.

Ao final, requerem a concessão da ordem liminar de habeas corpus para revogar a


prisão do paciente, determinando a imediata expedição de alvará de soltura em seu favor, ou
aplicar a referida benesse e, por conseguinte, reduzir a pena, com a confirmação na análise do
mérito.

Juntam documentos (movimentação 01).

Relatado.

Decido.

Inicialmente, convém destacar que o Órgão Especial deste Tribunal de Justiça, por
meio da emenda regimental 01, de 14 de maio de 2014, deu nova redação ao artigo 235, inciso I,
do RITJGO, passando a dispor que o relator poderá “indeferir liminarmente a petição inicial
quando manifestamente inadmissível, não preencher os requisitos exigidos ou não estiver

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NR.PROCESSO: 5601878-96.2020.8.09.0000
instruída com os documentos indispensáveis”.

Conforme relatado, insurgem os impetrantes contra a sentença que condenou o


paciente pelo crime de tráfico de drogas à pena de 08 (oito) anos de reclusão, no regime inicial
fechado, mais 800 (oitocentos) dias-multa, à razão mínima, ao argumento de que preenchidos os
requisitos para concessão da benesse prevista no artigo 33, § 4°, da Lei 11.343/06.

Do ato judicial combatido, ressai patente a impropriedade da via escolhida para a


análise da pretensão, haja vista a existência de via processual própria para tal finalidade.

Ora, imperiosa é a necessidade de racionalização do habeas corpus, a bem de se


prestigiar a lógica do sistema recursal, porquanto as hipóteses de cabimento do writ são restritas,
não se admitindo que o remédio constitucional seja utilizado em substituição ao recurso cabível,
vale dizer, a apelação criminal.

Nesse sentido, precedente desta Corte:

“HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. SENTENÇA PENAL


CONDENATÓRIA (...). 1) O Habeas Corpus, por ser rito célere e
específico, não é a via judicial adequada para insurgências contra sentença
condenatória, seja sobre elementos de autoria delitiva, dosimetria da pena
e/ou fixação de regime, não podendo servir como sucedâneo recursal,
motivo pelo qual a pretensão voltada para modificação do regime imposto,
pela propalada ofensa ao princípio da proporcionalidade, não pode ser
conhecida (...)” (TJGO, Habeas Corpus Criminal 5726538-
02.2019.8.09.0000, Rel. Des(a). Nicomedes Domingos Borges, 1ª Câmara
Criminal, julgado em 02/05/2020, DJe de 02/05/2020).

Pelo exposto, indefiro, liminarmente, a petição inicial, porque de inadmissão manifesta,


com fundamento no artigo 235, inciso I, do RITJGO.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Após o trânsito em julgado da presente decisão, arquivem-se os autos com as baixas


de praxe.

Goiânia, 26 de novembro de 2020.

DES. J. PAGANUCCI JR.


RELATOR

M6/HILLUX*

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 26/11/2020 18:30:49

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5532516-07.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : MARCIO NOGUEIRA LEMOS
POLO PASSIVO : JUÍZO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE TRINDADE-GO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MARCIO NOGUEIRA LEMOS


ADVG. PARTE : 49629 GO - MARCIO NOGUEIRA LEMOS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5532516-07.2020.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Desembargadora Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos

HABEAS CORPUS Nº 5532516-07.2020.8.09.0000


COMARCA: TRINDADE
IMPETRANTES: Marcio Nogueira Lemos e Outro
PACIENTE: MARIA MADALENA DA CRUZ
RELATOR: Dr. WILSON SAFATLE FAIAD – Juiz de Direito Substituto em
Segundo Grau
DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de ordem Habeas Corpus liberatório impetrado pelos advogados


Márcio Nogueira Ramos e Marcus Vinícius Sousa Duarte, inscritos na OAB/GO nº
49.629 e 33.757, respectivamente, com fulcro no artigo 5º, inciso LXVIII da
Constituição Federal e artigos 647 e seguintes do Código de Processo Penal, em
proveito de MARIA MADALENA DA CRUZ, apontando como autoridade coatora o
Juízo da 2ª Vara Criminal da comarca de Trindade-GO.

Aduzem os impetrantes que a paciente foi presa em flagrante no dia


20/10/2020 por suposta prática da conduta prevista no art. 33, caput, e 35, caput,
ambos da Lei nº 11.343/2006, o qual foi convertida em preventiva no dia 23/10/2020.

Afirmam que estão ausentes os requisitos para a manutenção da prisão


preventiva.

Apontam que a paciente é primária, nunca foi presa, não coloca em risco a
garantia da ordem pública e a liberação não enseja em continuidade delitiva, não há
vinculação com organizações criminosas, tampouco a prática delitiva habitual, possui
residência fixa e não ofende a conveniência da instrução criminal.

Ressaltam que em caso de condenação, sendo reconhecido os predicados, o


regime de sua pena será diferente do fechado, não sendo razoável a manutenção de

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NR.PROCESSO: 5532516-07.2020.8.09.0000
sua prisão até o julgamento do mérito da ação penal, notadamente em razão de
ofensa ao princípio da presunção de inocência.

Asseveram a necessidade de concessão da prisão domiciliar à paciente, haja


vista que possui 03 filhos menores que dependem de sua presença física e cuidados.

Requerem a revogação da prisão preventiva expedindo-se o Alvará de


Soltura ou substituição por medidas cautelares, nos termos do artigo 318, inciso V ou
319, ambos do Código de Processo Penal.

O pedido foi instruído com documentos.

O pedido liminar foi indeferido (mov. 05).

A autoridade coatora prestou informações (mov. 13).

A Procuradoria-Geral de Justiça, por seu presentante, Dr. Vinícius Jacarandá


Maciel, opinou pelo parcial conhecimento e sua denegação (mov. 16).

É o relatório.
Decido.

Conforme relatado, trata-se de ordem de Habeas Corpus impetrada em


benefício de MARIA MADALENA DA CRUZ alegando negativa de autoria, princípio da
proporcionalidade, falta de fundamentação da decisão que decretou a prisão, violação
ao princípio da inocência, bons predicados pessoais do paciente e prisão domiciliar por
possuir filhos menores.

Com efeito, em consulta aos autos principais (5522055-14) verificou-se que foi
concedida liberdade provisória à paciente, no dia 18.11.2020, conforme a decisão
abaixo transcrita (autos do pedido de liberdade provisória nº 5576125-78):

“No caso em comento, verifica-se que a autuada se encontra recolhida


em estabelecimento prisional desde 20 de novembro do corrente ano. Em

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NR.PROCESSO: 5532516-07.2020.8.09.0000
análise às circunstâncias pessoais, verifica-se que a autuada não possui
antecedentes criminais e é mãe de duas crianças de 4 e 8 anos de idade
e de uma adolescente de 13 anos de idada. Nessa esteira, entendo
pertinente a concessão de liberdade provisória mediante cumprimento de
medidas cautelares diversas da prisão.

Ademais, esta magistrada tem a postura de conceder uma chance ao


autuado, sendo que o descumprimento das condições fixadas a seguir ou
o cometimento de fato novo ensejarão a revogação da liberdade
provisória e o restabelecimento da ordem cautelar de prisão.

Frente a essa situação, e considerando o disposto no art. 282, incisos I e


II do Código de Processo Penal, entendo adequado e necessário a
fixação das seguintes medidas cautelares específicas, substitutivas da
cautela pessoal:

1) Confinamento domiciliar por 14 (quatorze) dias a partir da soltura,


podendo este prazo ser prorrogável;

2) proibição de ausentar-se da comarca quando a permanência seja


conveniente ou necessária para a investigação ou instrução;

3) comparecimento a todos os atos processuais;

4) apresentar comprovante de endereço atualizado e comunicar a este


Juízo possível mudança de endereço;

5) se abster de praticar dolosamente fato descrito como crime.

6) recolhimento domiciliar noturno diário, das 20:00 às 06:00 hs, inclusive


final de semana e feriados.

A desobediência as disposições listadas acarretará a revogação da


liberdade provisória por descumprimento de medida cautelar.

Ademais, ressalto que a liberdade provisória, assim como a prisão


preventiva, se submetem à cláusula rebus sic stantibus, podendo ser
revista a qualquer momento, sendo que a constatação de qualquer motivo
justificador da prisão, conforme artigo 312 do Código de Processo Penal,
ensejará a decretação desta.

Ante o exposto, nos termos do art. 310, inciso III, do Código de Processo
Penal, concedo liberdade provisória à autuada MARIA MADALENA DA
CRUZ, brasileira, solteira, balconista, natural de Posse-GO, nascida aos
08/09/1983, RG nº 4615365, filha de Joana Alves de Moura e Joviniano
Antônio da Cruz, mediante a satisfação das medidas cautelares acima
listadas.

Desde já, fica a beneficiária advertida que o descumprimento das


medidas cautelares impostas poderá implicar o restabelecimento de sua
prisão preventiva.

Verifica-se que já foi colacionado no evento 01 comprovante de endereço


atualizado em nome da autuada.

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NR.PROCESSO: 5532516-07.2020.8.09.0000
A presente decisão valerá como alvará de soltura em favor do autuado,
se por outro motivo não estiver preso.” (mov. 09)

Resta inviabilizado, portanto, o julgamento desta ordem de Habeas Corpus,


por perda superveniente do objeto.

Ante o exposto, desacolhendo o parecer Ministerial de Cúpula considerando a


perda superveniente do objeto, julgo prejudicada a presente ordem de Habeas Corpus
, nos termos do artigo 235, inciso VI, do RITJGO.

Após o trânsito em julgado da presente decisão, arquivem-se os autos com as


baixas de lei.

P.R.I.

Goiânia, 26 de novembro de 2020.

Dr. WILSON SAFATLE FAIAD


Juiz de Direito Substituto em Segundo Grau
RELATOR
02

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 26/11/2020


23:52:38

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5592036-92.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : RENATO RODRIGUES VIEIRA
POLO PASSIVO : DR. LUCIANO HENRIQUE DE TOLEDO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : RENATO RODRIGUES VIEIRA


ADVG. PARTE : 36627 GO - THIAGO FERREIRA ALMEIDA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5592036-92.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

HABEAS CORPUS Nº 5592036-92.2020.8.09.0000

COMARCA DE CATALÃO

IMPETRANTES RENATO RODRIGUES VIEIRA E THIAGO FERREIRA ALMEIDA

PACIENTE FÁBIO ALVES JÚNIOR

RELATOR DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

DESPACHO

Trata-se de habeas corpus liberatório, com pedido de liminar, que foi impetrado pelos Advogados, Dr.
RENATO RODRIGUES VIEIRA e THIAGO FERREIRA ALMEIDA, devidamente habilitados, em favor de FÁBIO ALVES
JÚNIOR, despachante, nascido em 19.01.1984, com indicação como autoridade coatora a Meritíssima Juíza de Direito
da Vara Criminal da Comarca de Catalão/GO.

Em leitura dos autos, extraio que o Juiz Substituto em 2º Grau, Dr. Sebastião Luiz Fleury, no plantão
judiciário, de forma fundamentada indeferiu o pedido de liminar e, além disso, ordenou a requisição de informações à
autoridade judiciária apontada como coatora.

Assim, mantenho a decisão da movimentação 4 por seus próprio fundamentos e determino que se oficie à
autoridade impetrada, para que, no prazo legal, preste informações acerca da impetração, sobretudo em relação ao
descumprimento de medidas protetivas. Após, dê-se vista dos autos à douta Procuradoria de Justiça, a fim de que se
manifeste.

Goiânia, 25 de novembro de 2020.

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NR.PROCESSO: 5592036-92.2020.8.09.0000
DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

RELATOR

11/RR

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 26/11/2020 23:58:28

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5596773-41.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : ELOI COSTA CAMPOS JÚNIOR
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PÚBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ELOI COSTA CAMPOS JÚNIOR


ADVG. PARTE : 42041 GO - ELOI COSTA CAMPOS JUNIOR

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5596773-41.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS Nº 5596773-41.2020.8.09.0000

COMARCA DE TRINDADE

IMPETRANTE ELOI COSTA CAMPOS JÚNIOR

PACIENTE DELÚBIA ALVES NERES

RELATOR DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

DECISÃO LIMINAR

ELOI COSTA CAMPOS JÚNIOR, advogado devidamente inscrito na OAB/GO nº 42.041, impetra a presente
ordem de habeas corpus, com pedido de liminar, em favor de DELÚBIA ALVES NERES, qualificada, indicando como
autoridade coatora o juízo da Vara Criminal da Comarca de Trindade/GO.

Expõe o impetrante que a paciente foi presa em flagrante delito pela suposta prática dos crimes tipificados
nos artigos 33 da Lei 11.343/06, 288 e 317 do Código Penal.

Relata que desde 17/06/2020, a paciente cumpre prisão domiciliar com monitoramento eletrônico.

Diz que a paciente é mão de dois filhos, um com 5 anos de idade e outro portador de deficiência física,
sendo a única provedora do lar.

Argumenta que a paciente precisa trabalhar necessitando da revogação da prisão domiciliar, aduzindo que
não houve revisão sobre a manutenção do cárcere, ultrapassada a marca de 90 (noventa) dias estabelecida pelo artigo
316 do Código de Processo Penal.

Desta feita, almeja, em sede de liminar, que seja concedida a ordem para restabelecer a liberdade da
paciente, com a revogação da prisão domiciliar ou, alternativamente, que seja concedido o direito de trabalhar durante o
dia, fazendo constar na Central de Monitoramento.

Instrumentaliza o pedido com a documentação constante da movimentação 1.

Decido.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Assinado por ITANEY FRANCISCO CAMPOS
Validação pelo código: 10423564017786156, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/PendenciaPublica
Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 1097 de 5858
ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5596773-41.2020.8.09.0000
A concessão de liminar, no âmbito da ação constitucional de habeas corpus, reserva-se aos casos
excepcionais de ofensa manifesta ao direito de locomoção do paciente, desde que preenchidos os seus pressupostos
legais, quais sejam, o fumus boni juris e o periculum in mora.

No caso em estudo, em que pesem as considerações iniciais, a par da unilateralidade probatória lançada
aos autos até o presente momento, tenho como indispensáveis para o amadurecimento da causa os informes da
autoridade coatora e o respectivo parecer ministerial de cúpula, visto que não observo, numa análise perfunctória, os
requisitos autorizadores da medida liminar.

Ademais, não vejo qualquer ato teratológico que justifique a concessão da ordem.

Diante disso, indefiro a medida de urgência.

Oficie-se a autoridade coatora para que preste as informações que reputar necessárias, no prazo de 48
(quarenta e oito horas).

Ao depois, dê-se vista dos autos à douta Procuradoria-Geral de Justiça, para que se manifeste, no tempo
regulamentar.

Cumpra-se e intimem-se.

Goiânia, 26 de novembro de 2020.

DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

RELATOR

6-CD

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


06:59:21

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5572313-87.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : EDGENILDO DA SILVA
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PÚBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : EDGENILDO DA SILVA


ADVG. PARTE : 43229 GO - GILSON DOS SANTOS

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5572313-87.2020.8.09.0000
Habeas Corpus n.º 5572313-87.2020.8.09.0000
Comarca : Planaltina
Impetrante : Gilson dos Santos
Paciente : Edgenildo da Silva
Relator : Desembargador Nicomedes Borges

DESPACHO

Intime-se o impetrante (Dr. Gilson dos Santos), com o presente writ em mesa para
julgamento na sessão virtual do dia 03/12/2020, às 13:00 horas.
Goiânia, 26 de novembro de 2020.

Desembargador Nicomedes Borges


Relator

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Assinado por NICOMEDES DOMINGOS BORGES
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 27/11/2020 08:33:15

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5561252-35.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : MARIANA KENES MARQUES
POLO PASSIVO : JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE SÃO MIGUEL DO
ARAGUAIA/GO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : GARY FRANCISCO MARQUES


ADVGS. PARTE : 31430 GO - RODOLFO DA SILVA MORAES
56656 GO - DIOGO JORGE MEDEIROS MARQUES
24288 GO - ALLAN HANHNEMANN FERREIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5561252-35.2020.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Desembargadora Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos

HABEAS CORPUS Nº 5561252-35.2020.8.09.0000

COMARCA: SÃO MIGUEL DO ARAGUAIA

IMPETRANTE: MARIANA KENES MARQUES

PACIENTE: GARY FRANCISCO MARQUES

RELATOR: Dr. WILSON SAFATLE FAIAD - Juiz de Direito Substituto em Segundo


Grau
DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de ordem liberatória de Habeas Corpus, com pedido de liminar,


impetrado em favor de GARY FRANCISCO MARQUES, já qualificado, ao argumento
de que o paciente está sofrendo constrangimento ilegal, apontando como autoridade
coatora o Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de São Miguel do Araguaia/GO.

Extrai-se dos autos que foi decretada a prisão temporária do paciente em


06/11/2020, a qual foi cumprida no dia 07/11/2020, em decorrência da prática do delito
de homicídio de Agno Rainere, perpetrado em 30/09/2020.

Afirma que o paciente tem 67 (sessenta e sete) anos de idade, é portador de


diabetesmellitus, hipertensão arterial sistêmica, depressão, com labilidade emocional,
crises frequentes de pânico.

Ressalta que o paciente é responsável pelos cuidados de sua genitora, de 93


(noventa e três) anos de idade, que reside com ele, e que sua irmã faleceu no dia de
sua prisão.

Alega, em síntese, que a decisão que decretou a prisão temporária do


paciente carece de fundamentação concreta e idônea, ausentes os requisitos previstos
no artigo 1º, da Lei nº 7.960/89; e ilegalidade formal do mandado de prisão por
inobservância das disposições constantes da Resolução nº 251, do CNJ.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5561252-35.2020.8.09.0000
Atesta a existência de predicados pessoais favoráveis, eis que o paciente é
primário, portador de bons antecedentes, tem ocupação lícita (advogado reconhecido
na Comarca) e residência fixa no distrito da culpa.

Ao final, pugna pela concessão da ordem, em sede de liminar, com a


consequente expedição de Alvará de Soltura em benefício do paciente, ante a
ocorrência de constrangimento ilegal.

Pedido liminar indeferido (movimentação 04).

Pedido de reconsideração da decisão liminar indeferido (movimentação 12).

Agravo Regimental com pedido de reconsideração da liminar (movimentação


15).

Na sequência a impetrante requer a desistência da presente impetração, com


a consequente extinção do processo sem resolução do mérito (movimentação 24).

A Procuradoria-Geral de Justiça, por seu representante, Dr. Vinícius


Jacarandá Maciel, opinou pela homologação da desistência requerida pela impetrante
(movimentação 27).

É O RELATÓRIO.

DECIDO.

Sabe-se que o direito de ação, além de público, subjetivo, autônomo, abstrato


e condicionado, é, ainda, disponível, dele podendo desistir o autor, quando
demonstrar, de forma inequívoca, não ter mais interesse no prosseguimento do feito.

Destarte, é de rigor homologar a desistência manifestada pelo impetrante,


com apoio no artigo 175, do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado de
Goiás, que assim dispõe:

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5561252-35.2020.8.09.0000
“Ao relator compete:

(…) XV- homologar as desistências, ainda que o feito se ache em mesa


para julgamento.”

A propósito, a jurisprudência desta Corte de Justiça:

“HABEAS CORPUS. PEDIDO DE DESISTÊNCIA. HOMOLOGAÇÃO. Se


no curso da tramitação do habeas corpus há requerimento de desistência,
formulado por procurador com poderes específicos, sua homologação é
medida que se impõe, nos termos do artigo 175, inciso XV, do RI-TJGO.
DESISTÊNCIA HOMOLOGADA.” (TJGO, HC nº 217472-
48.2016.8.09.0000, Rel. Des. Nicomedes Domingos Borges, 1ª Câmara
Criminal, DJ nº 2126 de 06/10/2016).

Ante o exposto, em conformidade com os ditames do artigo 175, XV, do


RITJGO, acolhendo o parecer Ministerial de Cúpula, homologo a desistência pleiteada
e, por conseguinte, determino a extinção do processo, sem resolução de mérito, com o
arquivamento do presente writ.

Após o trânsito em julgado da presente decisão, arquivem-se os autos com as


baixas de lei.

P.R.I.

Goiânia, 27 de novembro de 2020.

Dr. WILSON SAFATLE FAIAD


Juiz de Direito Substituto em Segundo Grau
RELATOR
(10/07)

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


10:15:53

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5510096-08.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : DINO CARLO BARRETO AYRES
POLO PASSIVO : EXCELENTISSIMO DOUTOR JUIZ DE DIREITO CRIMINAL DA COMARCA DE
RIALMA GO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : DINO CARLO BARRETO AYRES


ADVG. PARTE : 22706 GO - DINO CARLO BARRETO AYRES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5510096-08.2020.8.09.0000
Habeas Corpus n° 5510096-08.2020.8.09.0000
Comarca : RIALMA
Impetrante : DINO CARLO BARRETO AYRES
Paciente : AMANDA SILVA DOS SANTOS
Relator : Desembargador Nicomedes Borges

DESPACHO

Em mesa para a sessão de julgamento por videoconferência do dia 03/12/2020, às 13h00.

Goiânia, datado e assinado digital.

Desembargador Nicomedes Borges


Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


10:45:44

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5544934-74.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : CAINA CAMARGO JACUNDA
POLO PASSIVO : PRESIDENTE DO TJ
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CAINA CAMARGO JACUNDA


ADVG. PARTE : 54533 GO - IGOR FERREIRA

PARTE INTIMADA : IGOR FERREIRA


ADVG. PARTE : 54533 GO - IGOR FERREIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5544934-74.2020.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Desembargadora Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos

HABEAS CORPUS Nº 5544934-74.2020.8.09.0000

COMARCA DE GOIÂNIA

IMPETRANTES: CAINÃ CAMARGO JACUNDÁ E OUTRO

PACIENTE: BENÍCIO DOS SANTOS UCHÔA

RELATOR: Dr. WILSON SAFATLE FAIAD - Juiz de Direito Substituto em Segundo


Grau
DESPACHO

Considerando que a prorrogação da prisão temporária se deu em 26/10/2020


(autos principais nº 5312346-39, fls. 905/909), requisito informações complementares,
no prazo máximo de 24 horas, para que o Juízo a quo esclareça se houve a conversão
da prisão temporária em prisão preventiva.

A seguir, conclusos.

Urgencie-se.

Goiânia, 27 de novembro de 2020.

Dr. WILSON SAFATLE FAIAD


Juiz de Direito Substituto em Segundo Grau
RELATOR
(10/05/07)

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido em Parte e Não-Provido - Data da


Movimentação 26/11/2020 16:08:33

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5526790-52.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : THIAGO HUASCAR SANTANA VIDAL
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : THIAGO HUASCAR SANTANA VIDAL


ADVG. PARTE : 37292 GO - THIAGO HUASCAR SANTANA VIDAL

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5526790-52.2020.8.09.0000
Habeas Corpus n.º 5526790-52.2020.8.09.0000
Comarca : Goiânia
Impetrante : Thiago Huáscar Santana Vidal
Paciente : Marcos Vinícius de Oliveira
Relator : Desembargador Nicomedes Borges

RELATÓRIO E VOTO

O advogado Thiago Huáscar Santana Vidal, com fundamento no artigo 5º, inciso
LXVIII da Constituição Federal e nos artigos 647 e 648, incisos I e II, ambos do Código
de Processo Penal, impetra a presente ordem de Habeas Corpus, com pedido liminar,
em benefício de Marcos Vinícius de Oliveira, indicando como autoridade coatora o
Juízo da 5ª Vara Criminal da Comarca de Goiânia/GO.
Ressai dos autos, em síntese, que, no dia 06/05/2020, o paciente foi preso em
flagrante pela suposta prática dos crimes descritos nos artigos 171 e 288, ambos do
Código Penal (estelionato e associação criminosa), contudo, o impetrante afirma que
não existem indícios de autoria dos crimes imputados ao paciente.
Argumenta que a prisão em flagrante é ilegal, porque, supostamente, não teria
atendido aos requisitos previstos no artigo 302 do Código de Processo Penal.
Aduz que o paciente sofre constrangimento ilegal provocado pelo excesso de prazo
para a entrega da prestação jurisdicional, uma vez que se encontra preso por cerca de
150 (cento e cinquenta) dias, sem que tenha sido encerrada a instrução processual.
Alega que as decisões judiciais que decretou e manteve a prisão preventiva estão
desprovidas de fundamentação substancial, haja vista as justificativas incongruentes e
contraditórias a embasar a medida cautelar, principalmente diante da inexistência de
quaisquer dos motivos autorizadores previstos no artigo 312 do Código de Processo
Penal.
Destaca o caráter excepcional da prisão cautelar e os predicados pessoais do paciente
(primário, bons antecedentes, residência fixa e ocupação lícita), para que possa
aguardar o deslinde da investigação em liberdade.
Obtempera a necessidade de observância ao princípio constitucional da presunção de
inocência.
Requer a aplicação dos benefícios previstos na Recomendação nº 62/2020 do
Conselho Nacional de Justiça.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5526790-52.2020.8.09.0000
Declara que o paciente se enquadra na liminar proferida pelo Supremo Tribunal
Federal, ao julgar a ADPF 347/DF.
Nas circunstâncias, considera caracterizada a ilegalidade do constrangimento a que se
encontra submetido o paciente, impondo-se a suspensão do abuso, mediante a
concessão da ordem, liminarmente, para que possa responder ao processo-crime em
liberdade, com ou sem a aplicação de medidas cautelares. No mérito, pugna pela
confirmação da liminar.
Acopla à inicial os documentos encaminhados digitalmente.
Liminar indeferida (movimentação 6).
Solicitadas as informações, a magistrada as prestou regularmente (movimentação 9).
Com vista, a douta Procuradoria-Geral de Justiça, por seu representante, Dr. Vinicius
Jacarandá Maciel, manifestou-se pelo conhecimento parcial do pedido e, na parte
conhecida, pela denegação (movimentação 12).
É o relatório.
Decido.
Trata-se de pedido de habeas corpus impetrado em favor de Marcos Vinícius de
Oliveira, visando a obtenção da liberdade provisória alegando: a) concessão da tutela
provisória na ADPF nº 347/DF, pelo Min. Marco Aurélio, em decorrência dos riscos de
contágio inerentes à propagação do novo coronavírus (COVID-19); b) negativa de
autoria e ilegalidade da prisão em flagrante; c) ausência de fundamentação das
decisões judiciais que decretou e manteve a prisão preventiva; d) predicados pessoais;
e) violação do princípio constitucional da presunção de inocência; f) aplicação dos
benefícios previstos na Recomendação nº62/2020 do Conselho Nacional de Justiça; g)
medidas cautelares; h) ocorrência de excesso de prazo para formação da culpa.
Prefacialmente, no tocante aos pleitos relacionados à negativa de autoria, ilegalidade
da prisão em flagrante, ao mérito da prisão preventiva, à aplicação dos benefícios
previstos na Recomendação nº 62 do Conselho Nacional de Justiça e na liminar
proferida pelo Supremo Tribunal Federal, ao julgar a ADPF 347/DF, aos predicados
pessoais, à suposta violação do princípio constitucional da presunção de inocência e
às medidas cautelares, vê-se que, apesar de tais pedidos apresentarem nova
roupagem, estes são reiteração das alegações já apreciadas em sede dos
s
Habeas Corpus nº 5314237-54.2020.8.09.0000 e 5456392-80.2020.8.09.0000, de
minha relatoria, julgados, respectivamente, em 11/08/2020 e 20/10/2020, que
receberam as seguintes ementas:
“HABEAS CORPUS. ESTELIONATO E ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA.
NEGATIVA DE AUTORIA. NÃO CONHECIMENTO. NULIDADE PELA
AUSÊNCIA DO ESTADO DE FLAGRÂNCIA. INOCORRÊNCIA. AUSÊNCIA
DE FUNDAMENTAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS QUE DECRETOU E
MANTEVE A PRISÃO PREVENTIVA DO PACIENTE. INOCORRÊNCIA.
REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA OU CONCESSÃO DA PRISÃO
DOMICILIAR. RECOMENDAÇÃO Nº62/2020 DO CONSELHO NACIONAL
DE JUSTIÇA. IMPOSSIBILIDADE. PREDICADOS PESSOAIS.
IRRELEVÂNCIA. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA
PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA. INOCORRÊNCIA. MEDIDAS

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NR.PROCESSO: 5526790-52.2020.8.09.0000
CAUTELARES. INVIABILIDADE. CONSTRANGIMENTO INEXISTENTE. 1)
Incomportável em sede de Habeas Corpus a análise da alegada tese de
negativa de autoria, por exigir incursão aprofundada no acervo probatório. 2)
Configurada a hipótese do art. 302, inciso IV, do CPP, não há falar em
ausência do estado de flagrância. Ademais, eventual ilegalidade da prisão
em flagrante está superada, de qualquer modo, tendo em vista a
superveniência de novo título a embasar a custódia cautelar, qual seja, o
decreto da preventiva. 3) Mantém-se a prisão preventiva, afastando-se a
alegação de ilegalidade do constrangimento, se demonstradas, por
situações objetivas e concretas, a necessidade de preservar o equilíbrio da
ordem pública, acautelar o meio social, pela gravidade concreta dos delitos,
revelada pelo modus operandi, e pela possibilidade de reiteração delitiva,
uma vez que o paciente responde a outros processos pela prática do crime
de estelionato (autos de nºs 138530-88.2018.8.09.0175 e 156009-
94.2018.8.09.0175). 4) Não há se falarem revogação da custódia cautelar ou
concessão de prisão domiciliar, diante da pandemia viral, quando não
comprovado que o paciente pertence ao grupo de risco de contágio pelo
COVID-19 e nem mesmo a precariedade das condições do local da
segregação. 5) Os ornamentos pessoais do paciente, ainda que
comprovados, por si sós não obstam a segregação cautelar, quando
presentes os requisitos dos artigos 312 e 313 do Código de Processo Penal.
6) A prisão provisória não fere o princípio constitucional da presunção de
inocência, pois, a própria Constituição, no artigo 5º, inciso LXI,permite a
possibilidade de prisão em flagrante ou por ordem fundamentada e escrita
da autoridade competente. 7) São inaplicáveis as medidas cautelares
diversas da prisão quando demonstradas insuficientes para garantir a
proteção da ordem pública. ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E,
NESSA EXTENSÃO, DENEGADA.”(TJGO, Habeas Corpus Criminal
5314237.54.2020.8.09.0000, Rel. Des(a). NICOMEDES DOMINGOS
BORGES, 1ª Câmara Criminal, julgado em 11/08/2020).”

“HABEAS CORPUS. ESTELIONATO E ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA. ADPF


nº 347/DF. DECISÃO LIMINAR NÃO REFERENDADA PELO PLENÁRIO
DO STF. NEGATIVA DE AUTORIA. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO DA
DECISÃO JUDICIAL QUE MANTEVE A PRISÃO PREVENTIVA DO
PACIENTE. PREDICADOS PESSOAIS. VIOLAÇÃO DO PRINCÍPIO
CONSTITUCIONAL DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA. APLICAÇÃO DOS
BENEFÍCIOS PREVISTOS NA RECOMENDAÇÃO Nº62/2020 DO
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. MEDIDAS CAUTELARES. NÃO
CONHECIMENTO. REITERAÇÃO DE PEDIDOS. PEDIDO DE EXTENSÃO
DO BENEFÍCIO DA LIBERDADE PROVISÓRIA CONCEDIDO AOS
CORRÉUS. IMPOSSIBILIDADE. EXCESSO DE PRAZO. RELAXAMENTO
DA PRISÃO. IMPOSSIBILIDADE. CONSTRANGIMENTO INEXISTENTE. 1)
Tendo em vista que a ADPF nº 347/DF, de relatoria do Min. Marco Aurélio
não teve a tutela provisória incidental referendada em plenário, tal previsão
não encontra mais produzindo seus efeitos cautelares, razão pela qual não é
de observância por este Egrégio Tribunal. 2) Não se conhece de pedidos já
exauridos em análise em outro writ anteriormente julgado (negativa de
autoria, mérito da prisão preventiva, predicados pessoais, violação do
princípio constitucional da presunção de inocência, aplicação dos benefícios

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NR.PROCESSO: 5526790-52.2020.8.09.0000
previstos na Recomendação nº62/2020 do Conselho Nacional de justiça e
medidas cautelares) por se tratar de reiteração que expõe ofensa à coisa
julgada formal, principalmente, se embora tentando dar nova roupagem ao
pedido, a decisão que indeferiu a súplica de revogação da prisão preventiva
reitera os fundamentos do ergástulo preventivo e o impetrante não trouxe
fatos novos relevantes a desconstituir a decisão. 3) Inexistindo identidade de
situações fático processuais, não há que se falar em extensão ao paciente
dos efeitos da decisão que concedeu liberdade provisória aos corréus, com
fundamento no artigo 580 do Código de Processo Penal. 4) Incomportável o
reconhecimento constrangimento ilegal por excesso de prazo para a
conclusão da instrução, quando não se vislumbra transposição
desproporcional ou qualquer desídia por parte da condutora procedimental,
em cotejo ao princípio da razoabilidade, sobretudo, diante da complexidade
do feito para apuração de crimes graves (estelionato e associação
criminosa), o qual conta com quatro réus com defensores distintos, somado
ao fato de que instaurado estado de calamidade pública em nível nacional
em virtude da pandemia da COVID-19, circunstância que ensejou a
digitalização dos feitos penais e suspensão dos prazos processuais.
ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E, NESSA EXTENSÃO,
DENEGADA.” (TJGO, Habeas Corpus Criminal 5456392-80.2020.8.09.0000,
Rel. Des(a). NICOMEDES DOMINGOS BORGES, 1ª Câmara Criminal,
julgado em 20/10/2020, DJe de 20/10/2020).

Não se nota, nessa parte, fundamento novo hábil à alteração da situação analisada
naquele feito. Desta forma, impõe-se o não conhecimento parcial da ordem, conforme
entendimento desta Colenda Câmara:
“HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO DUPLAMENTE QUALIFICADO. […]
REITERAÇÃO DE PEDIDO. NÃO CONHECIMENTO. […] 2. Não se
conhece de temática idêntica a outra já analisada e julgada anteriormente,
por constituir reiteração de pretensão liberatória, com os mesmos
fundamentos. ORDEM NÃO CONHECIDA.” (TJGO, Habeas Corpus
5379288-80.2018.8.09.0000, Rel. ITANEY FRANCISCO CAMPOS, 1ª
Câmara Criminal, julgado em 23/10/2018, DJe de 23/10/2018).

Por fim, quanto ao propalado excesso de prazo, insta salientar que os prazos
estabelecidos para o término da instrução criminal não são absolutos e fatais, pois
podem ser flexibilizados, dependendo do caso concreto, devendo o julgador considerar
as vicissitudes e peculiaridades de cada processo, admitindo dilação, quando o exigir
em conta a complexidade do processo com vários acionados, a multiplicidade de
diligências, a necessidade de expedição de cartas precatórias e outros incidentes
processuais não imputáveis ao Juiz, mas necessários ao bom andamento da ação
penal.
Assim, não está o julgador atrelado, irremediavelmente, a um prazo exato, a uma mera
soma aritmética, devendo pautar-se pelo critério da razoabilidade e, caso haja
delonga, impõe-se que esta seja devidamente justificada.

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NR.PROCESSO: 5526790-52.2020.8.09.0000
In casu, extrai-se dos informes da autoridade tida como coatora que:
“[…] Na oportunidade, informo que, no dia 06/05/2020, nesta Capital, o
paciente MARCOS VINÍCIUS DE OLIVEIRA, KAROLLINE GUIMARÃES DE
ABADIA, DARLEI DA SILVA SANTIAGO e JOSÉ RAULINO DA SILVA
SANTIAGO foram presos em flagrante por ter praticado, em tese, as
infrações descritas nos artigos 171 e 288, ambos do Código Penal.

Por ocasião da análise do auto de prisão em flagrante, as prisões de


KAROLLINE GUIMARÃES DE ABADIA, MARCOS VINÍCIUS DE OLIVEIRA,
DARLEI DA SILVA SANTIAGO e JOSÉ RAULINO DA SILVA SANTIAGO
foram convertidas em preventiva, para garantia da ordem pública e
interrupção da atividade criminosa, em virtude da gravidade concreta da
conduta supostamente perpetrada pelos conduzidos.

[…] Posteriormente, em 01 de junho de 2020, MARCOS VINÍCIUS DE


OLIVEIRA formulou pedido de revogação de prisão preventiva, o qual foi
indeferido por este juízo […].

Após a conclusão do Inquérito Policial, o Ministério Público ofereceu


denúncia em desfavor do paciente MARCOS VINÍCIUS DE OLIVEIRA, e de
KAROLLINE GUIMARÃES DE ABADIA, DARLEI DA SILVA SANTIAGO e
JOSÉ RAULINO DA SILVA SANTIAGO, imputando-lhes as condutas
previstas nos artigos 171, “caput” e artigo 288, c/c os artigos 71 e 61, inciso
I, todos do Código Penal.

Ato contínuo, considerando preenchidos os requisitos do artigo 41 do


Código de Processo Penal, e ausentes as hipóteses ensejadoras da rejeição
da exordial acusatória, previstas no artigo 395 do referido Diploma
Processual, a denúncia foi

recebida em 28 de maio de 2020.

Em seguida, no dia 18/06/2020, o Cartório desta 5ª Vara Criminal ordenou


as expedições dos respectivos mandados de citação para KAROLLINE
GUIMARÃES DE ABADIA, MARCOS VINÍCIUS DE OLIVEIRA, DARLEI DA
SILVA SANTIAGO e JOSÉ RAULINO DA SILVA SANTIAGO.

Posteriormente, na data de 24 de junho de 2020, a defesa técnica do


paciente MARCOS VINÍCIUS DE OLIVEIRA apresentou a respectiva
resposta à acusação, nos moldes dos artigos 396 e 396-A.

[…] Em 10 de julho de 2020, KAROLLINE GUIMARÃES DE ABADIA,


DARLEI DA SILVA SANTIAGO e JOSÉ RAULINO DA SILVA SANTIAGO
apresentaram resposta à acusação, por intermédio de advogado particular.

Em 04 de agosto de 2020, este juízo indeferiu o pleito de revogação da


prisão preventiva de KAROLLINE GUIMARÃES DE ABADIA, DARLEI DA
SILVA SANTIAGO e JOSÉ RAULINO DA SILVA SANTIAGO […].

Em seguida, no dia 26/08/2020, após manifestação das partes sobre a


manutenção da prisão preventiva de DARLEI DA SILVA SANTIAGO, JOSÉ
RAULINO DA SILVA SANTIAGO e KAROLLINE GUIMARÃES DE ABADIA,
os denunciados tiveram a segregação preventiva substituída por medidas

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NR.PROCESSO: 5526790-52.2020.8.09.0000
cautelares diversas da prisão. Ao revés, em relação ao paciente MARCOS
VINÍCIUS DE OLIVEIRA, a prisão preventiva foi mantida, pois clarividente a
insuficiência e ineficácia das medidas cautelares diversas da prisão.

Pertinente à decisão que concedeu a liberdade provisória aos acusados


DARLEI DA SILVA SANTIAGO, JOSÉ RAULINO DA SILVA SANTIAGO e
KAROLLINE GUIMARÃES DE ABADIA, o Ministério Público do Estado de
Goiás apresentou Recurso em Sentido Estrito em 28/08/2020 que, após
recebido, foi protocolado sob o número 5440699-56.2020.8.09.0000.

Atualmente, os autos aguardam, em Cartório, a ordem cronológica dos


processos urgentes p ara designação de audiência de instrução e
julgamento por videoconferência.” (movimentação 9).

Vê-se na hipótese que a magistrada singular conduz os autos de forma diligente e


regular, de modo que, embora ultrapassado o lapso de 148 dias, fixado como
parâmetro por esta Casa para os crimes da natureza em espeque, não há falar-se em
constrangimento ilegal apto a ensejar o relaxamento da segregação cautelar do
paciente, tendo em vista que a mora para a conclusão da instrução criminal está
justificada, com a aplicação dos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, na
complexidade da ação penal para apuração de delitos graves (estelionato e
associação criminosa), o qual conta com quatro réus com defensores distintos,
somado ao fato de que foi instaurado estado de calamidade pública em nível nacional
em virtude da pandemia da COVID-19, circunstância que ensejou a digitalização dos
feitos penais e suspensão dos prazos dos processos, não havendo, portanto, desídia
por parte da máquina judiciária.
Nessa senda, nota-se que o processo encontra-se em regular andamento, mostrando-
se extremamente razoável a manutenção da constrição cautelar até então operada,
não sendo possível verificar qualquer negligência na condução do processo, não
estando configurado o constrangimento ilegal propalado, isso porque é pacífico o
entendimento de que a contagem do prazo para a ultimação do procedimento
instrutório admite temperamentos, subordinando-se as variações consoantes as
vicissitudes e particularidades de cada caso, não sendo, portanto, rígida, absoluta e
fatal.
Assim, justificável o moderado excesso temporal da marcha processual, em razão das
peculiaridades do caso em exame, motivo pelo qual não há cogitar qualquer
ilegalidade da constrição da liberdade do paciente, em estrita observância ao princípio
da razoabilidade.
Outrossim, verifica-se que, o paciente responde a outros dois processos pela suposta
prática dos delitos de estelionato, falsificação de documento público e falsidade
ideológica (autos nºs 201801385305 e 201801560093) e, ainda, seria o mandante
intelectual da organização criminosa investigada no caso em tela.
Além disso, ressalta-se, ainda, que, conforme movimentação 250 dos autos originários
de nº 5209492-64.2020.8.09.0051, o encerramento da instrução processual já se
avizinha, uma vez que designada audiência para o dia 09/12/2020.
A propósito:

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NR.PROCESSO: 5526790-52.2020.8.09.0000
“HABEAS CORPUS. […] EXCESSO DE PRAZO PARA O
ENCERRAMENTO DA INSTRUÇÃO. INOCORRÊNCIA. PRINCÍPIOS DA
PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. O excesso de prazo na
conclusão da instrução processual não se afere por meio aritmético, já que a
análise deve ser embasada nos princípios da proporcionalidade e da
razoabilidade, somente configurando o constrangimento ilegal quando há
uma demora injustificada, o que não é o caso dos autos. ORDEM
CONHECIDA E DENEGADA”. (TJGO, Habeas Corpus5588248-
41.2018.8.09.0000, Rel. Sival Guerra Pires, 1ª Câmara Criminal, julgado em
09/04/2019, DJe de 09/04/2019).

Na esteira dessas considerações, não vislumbro a existência de constrangimento ilegal


sanável pela estreita via do writ.
Ao teor do exposto, acolhendo o parecer ministerial de cúpula, conheço parcialmente
da ordem e, nessa extensão, denego-a.
É como voto.
Goiânia, 19 de novembro de 2020.

Desembargador Nicomedes Borges


Relator
Habeas Corpus n.º 5526790-52.2020.8.09.0000
Comarca : Goiânia
Impetrante : Thiago Huáscar Santana Vidal
Paciente : Marcos Vinícius de Oliveira
Relator : Desembargador Nicomedes Borges

EMENTA: HABEAS CORPUS. ESTELIONATO E ASSOCIAÇÃO


CRIMINOSA. ADPF nº 347/DF. NEGATIVA DE AUTORIA.
NULIDADE DO FLAGRANTE. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO
DAS DECISÕES JUDICIAIS QUE DECRETOU E MANTEVE A
PRISÃO PREVENTIVA DO PACIENTE. PREDICADOS PESSOAIS.
VIOLAÇÃO DO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA PRESUNÇÃO
DE INOCÊNCIA. APLICAÇÃO DOS BENEFÍCIOS PREVISTOS NA
RECOMENDAÇÃO Nº62/2020 DO CONSELHO NACIONAL DE
JUSTIÇA. MEDIDAS CAUTELARES. NÃO CONHECIMENTO.
REITERAÇÃO DE PEDIDOS. EXCESSO DE PRAZO.
RELAXAMENTO DA PRISÃO. IMPOSSIBILIDADE.

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NR.PROCESSO: 5526790-52.2020.8.09.0000
CONSTRANGIMENTO INEXISTENTE. 1) Não se conhece de
pedidos já exauridos em análise em outros habeas corpus
anteriormente julgados (negativa de autoria, nulidade da prisão
em flagrante, mérito da prisão preventiva, aplicação dos
benefícios previstos na Recomendação nº 62 do Conselho
Nacional de Justiça e na liminar proferida pelo Supremo
Tribunal Federal, ao julgar a ADPF 347/DF, predicados
pessoais, violação do princípio constitucional da presunção de
inocência e medidas cautelares) por se tratar de reiteração que
expõe ofensa à coisa julgada formal. 2) Incomportável o
reconhecimento de constrangimento ilegal por excesso de
prazo para a conclusão da instrução, quando não se vislumbra
transposição desproporcional ou qualquer desídia por parte da
condutora procedimental, em cotejo ao princípio da
razoabilidade, sobretudo, diante da complexidade do feito para
apuração de crimes graves (estelionato e associação
criminosa), o qual conta com quatro réus com defensores
distintos, somado ao fato de que instaurado estado de
calamidade pública em nível nacional em virtude da pandemia
da COVID-19, circunstância que ensejou a digitalização dos
feitos penais e suspensão dos prazos processuais. Além do
mais, verifica-se o paciente responde a outros processos pelos
delitos de estelionato, falsificação de documento público e
s
falsidade ideológica (autos nº 201801385305 e 201801560093) e
que a audiência de instrução e julgamento já se avizinha
(09/12/2020). ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E, NESSA
EXTENSÃO, DENEGADA.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de HABEAS CORPUS Nº5526790-


52.2020.8.09.0000, da Comarca de Goiânia, tendo como impetrante THIAGO
HUÁSCAR SANTANA VIDAL e paciente MARCOS VINÍCIUS DE OLIVEIRA.
ACORDA, o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pelos integrantes da 1ª
Câmara Criminal, na conformidade da ata de julgamento, por unanimidade de votos e
acolhendo o Parecer Ministerial de Cúpula, em conhecer parcialmente da ordem
impetrada e, nessa extensão, denegá-la, conforme voto do relator.
Participaram do julgamento e votaram com o Relator os Desembargadores Itaney
Francisco Campos, Ivo Fávaro e J. Paganucci Jr., que também presidiu a sessão,
bem como o Doutor Wilson Safatle Faiad (Juiz em substituição à Des. Avelirdes
Almeida Pinheiro de Lemos).
Esteve presente na sessão de julgamento o nobre Procurador de Justiça Doutor
Abrão Amisy Neto.
Proferiu sustentação oral o Doutor Thiago Huascar Santana Vidal.

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NR.PROCESSO: 5526790-52.2020.8.09.0000
Goiânia, 19 de novembro de 2020.

Desembargador Nicomedes Borges


Relator 16

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NR.PROCESSO: 5526790-52.2020.8.09.0000
EMENTA: HABEAS CORPUS. ESTELIONATO E ASSOCIAÇÃO
CRIMINOSA. ADPF nº 347/DF. NEGATIVA DE AUTORIA.
NULIDADE DO FLAGRANTE. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO
DAS DECISÕES JUDICIAIS QUE DECRETOU E MANTEVE A
PRISÃO PREVENTIVA DO PACIENTE. PREDICADOS PESSOAIS.
VIOLAÇÃO DO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA PRESUNÇÃO
DE INOCÊNCIA. APLICAÇÃO DOS BENEFÍCIOS PREVISTOS NA
RECOMENDAÇÃO Nº62/2020 DO CONSELHO NACIONAL DE
JUSTIÇA. MEDIDAS CAUTELARES. NÃO CONHECIMENTO.
REITERAÇÃO DE PEDIDOS. EXCESSO DE PRAZO.
RELAXAMENTO DA PRISÃO. IMPOSSIBILIDADE.
CONSTRANGIMENTO INEXISTENTE. 1) Não se conhece de
pedidos já exauridos em análise em outros habeas corpus
anteriormente julgados (negativa de autoria, nulidade da prisão
em flagrante, mérito da prisão preventiva, aplicação dos
benefícios previstos na Recomendação nº 62 do Conselho
Nacional de Justiça e na liminar proferida pelo Supremo
Tribunal Federal, ao julgar a ADPF 347/DF, predicados
pessoais, violação do princípio constitucional da presunção de
inocência e medidas cautelares) por se tratar de reiteração que
expõe ofensa à coisa julgada formal. 2) Incomportável o
reconhecimento de constrangimento ilegal por excesso de
prazo para a conclusão da instrução, quando não se vislumbra
transposição desproporcional ou qualquer desídia por parte da
condutora procedimental, em cotejo ao princípio da
razoabilidade, sobretudo, diante da complexidade do feito para
apuração de crimes graves (estelionato e associação
criminosa), o qual conta com quatro réus com defensores
distintos, somado ao fato de que instaurado estado de
calamidade pública em nível nacional em virtude da pandemia
da COVID-19, circunstância que ensejou a digitalização dos
feitos penais e suspensão dos prazos processuais. Além do
mais, verifica-se o paciente responde a outros processos pelos
delitos de estelionato, falsificação de documento público e
s
falsidade ideológica (autos nº 201801385305 e 201801560093) e
que a audiência de instrução e julgamento já se avizinha
(09/12/2020). ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E, NESSA
EXTENSÃO, DENEGADA.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido em Parte e Não-Provido - Data da


Movimentação 26/11/2020 16:22:50

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5538267-72.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : RAFAEL LOPES DE SOUSA
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PÚBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : RAFAEL LOPES DE SOUSA


ADVG. PARTE : 38975 GO - RAFAEL LOPES DE SOUSA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5538267-72.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS N° 5538267-72.2020.8.09.0000
Comarca : Aparecida de Goiânia
Impetrantes : Rafael Lopes de Sousa e Outro
Paciente : Gabriel Rodrigues Candini
Relator : Desembargador Nicomedes Borges

RELATÓRIO E VOTO

Os advogados Rafael Lopes de Sousa e Valdomiro Guimarães neto, com fundamento


no artigo 5º, inciso LXVIII, da Constituição Federal c/c artigo 647 e seguintes do
Código de Processo Penal, impetram a presente ordem de habeas corpus, com pedido
de liminar, em proveito de Gabriel Rodrigues Candini, qualificado, indicando como
autoridade coatora o juízo da 4ª Vara Criminal da Comarca de Aparecida de Goiânia-
GO.
Consta da inicial e dos documentos colacionados aos autos que o paciente foi preso
em flagrante delito no dia 29 de julho de 2018, junto com Arthur Rodrigues Candini,
posteriormente convertida em preventiva, acusado da suposta prática do crime
previsto no artigo 121, § 2º, incisos II e IV, do Código Penal.
Intentada a revogação da prisão, o pedido foi indeferido.
Aduzem os impetrantes que “o juízo se limitou a dizer que não há que se falar em
excesso de prazo por já ter sido o paciente pronunciado e que seus predicados
pessoas favoráveis não são suficientes para a liberdade provisória”.
Afirmam que a segregação do paciente tornou-se ilegal, pela ausência de
fundamentação idônea da medida cautelar (CPP, art 312), com a indicação de fatos
concretos da real necessidade da manutenção de sua prisão, principalmente pela
excepcionalidade da medida constritiva.
Destacam o caráter excepcional da prisão cautelar e os predicados pessoais do
paciente (primariedade, profissão lícita (técnico de celular) e residência fixa) para que
possa aguardar o deslinde da ação penal em liberdade.
Dizem que “a decisão que manteve a prisão preventiva do paciente (movimentação nº
10) que o juízo evocou a gravidade em abstrato do delito como motivo razoável para a
segregação cautelar do custodiado”
Obtemperam que o paciente não representa nenhuma ameaça a ordem pública,
mostrando-se a probabilidade de sua permanência no cárcere absolutamente
desnecessária, diante da presunção de inocência constitucionalmente estabelecida.
Trazem à colação posicionamentos doutrinários e jurisprudenciais.
Informam que o paciente se encontra preso há mais de 815 (oitocentos e quinze) dias,
estando enclausurado desde o dia 29 de julho de 2018, sendo que “o Júri estava
marcado inicialmente para o dia 17/12/2020 e foi transferido para o dia 11/03/2020

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NR.PROCESSO: 5538267-72.2020.8.09.0000
(movimentação nº 42) em decorrência da pandemia de COVID-19”, caracterizando,
pois, constrangimento ilegal por excesso de prazo.
Nas circunstâncias, consideram caracterizada a ilegalidade do constrangimento a que
se encontra submetido o paciente, impondo-se a suspensão do abuso, mediante
concessão da ordem, liminarmente, para que possa aguardar o julgamento em
liberdade, mediante a expedição de alvará de soltura.
A inicial veio acompanhada dos documentos digitalizados e autos originais nº
93577.39.
A liminar foi indeferida (mov. 6) e solicitadas as informações, o magistrado prestou-as
relatando o andamento da instrução criminal (mov. 9).
A douta Procuradoria-Geral de Justiça, por seu representante, Dr. Vinícius Jacarandá
Maciel, manifestou-se pelo parcial conhecimento e, na sua extensão, pela denegação
da ordem (mov. 13).
É o relatório. Passo ao voto.
Trata-se de pedido de habeas corpus impetrado em favor de Gabriel Rodrigues
Candini, visando a obtenção da liberdade por: i) ausência de fundamentação na
manutenção da custódia cautelar do paciente na decisão de pronúncia, negando a
autoria delitiva; ii) excesso global do prazo para realização do Júri, já que
ultrapassados 815 dias da efetivação da prisão, causando, pois, constrangimento
ilegal.
Sobreleva dos autos que o paciente se encontra encarcerado cautelarmente desde o
dia 29.7.2018, tendo sido pronunciado junto com Arthur Rodrigues Candini, em
19.3.2019, pela prática, em tese, do delito previsto no artigo 121, § 2º, incisos II e IV,
do Código Penal, c/c artigo 29 do mesmo Código (mov. 1 – arq. 8).
Sobre a aventada ausência de motivos para a manutenção da custódia do paciente,
verifica-se que a ordem não merece conhecimento, uma vez que já apreciada no
julgamento do Habeas Corpus nº 5181369.49.2019.8.09.0000, datado de 27.5.2019,
assim ementado:
“HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO QUALIFICADO. PRISÃO
CAUTELAR. DECISÃO DE PRONÚNCIA. LEGÍTIMA DEFESA.
NÃO CONHECIMENTO. FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO.
AUSÊNCIA DOS PRESSUPOSTOS NO ARTIGO 312 DO CPP.
PREDICADOS PESSOAIS. PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA.
LIBERDADE COM MEDIDAS CAUTELARES. IMPOSSIBILIDADE.
1) Não comporta em sede de Habeas Corpus discussão sobre
possibilidade futura de absolvição por legítima defesa, por exigir
incursão aprofundada no acervo probatório. 2) Se a fundamentação
lançada na decisão de pronúncia para denegar o direito de recorrer
em liberdade se reporta à decisão que apresentou motivos reais da
necessidade da segregação, julga-se improcedente o pedido,
denegando-se a ordem de habeas corpus requerida, porquanto
inexistente o cerceamento ilícito do direito de locomoção do
paciente, seja do ponto de vista da carência de motivação, seja sob
a ótica de que não existem indícios suficientes de autoria, em

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NR.PROCESSO: 5538267-72.2020.8.09.0000
especial porque preso em flagrante. 3) Não há que se falar em
ofensa ao Princípio da Presunção de Inocência, pois o inciso LXI do
artigo 5º da Constituição Federal permite a possibilidade de prisão
por ordem escrita e fundamentada da autoridade competente,
requisito implementado no caso. 4) Condições pessoais favoráveis
não são suficientes para garantir eficazmente a restituição da
liberdade, máxime se não comprovados, estando a medida
constritiva determinada em estrita observância dos requisitos
listados no artigo 312 do Código de Processo Penal. 5) ORDEM
PARCIALMENTE CONHECIDA E DENEGADA.”

Note-se que nenhum fato ou fundamento novo foi apresentado, sendo de rigor,
portanto, o não conhecimento da ordem, nesta parte, conforme entendimento desta
Colenda Câmara:
“HABEAS CORPUS. (...) PRISÃO PREVENTIVA SEM
FUNDAMENTAÇÃO. REITERAÇÃO DE PEDIDOS. PRISÃO
SEM MANDADO JUDICIAL. INVASÃO DE DOMICÍLIO. CRIME
PERMANENTE. PRESCINDÍVEL. PRECARIEDADE DO
SISTEMA PRISIONAL. INOCORRÊNCIA DE EXCESSO DE
PRAZO. INSTRUÇÃO CRIMINAL ENCERRADA. APLICAÇÃO
DA SÚMULA 52 DO STJ. 1. O habeas corpus que apresenta
fundamentação idêntica à de outro writ anteriormente julgado,
não pode ser conhecido, por se tratar de mera reiteração. 2 a 4.
Omissis. ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E, NESSA
EXTENSÃO, DENEGADA. (TJGO, Habeas Corpus 5499700-
40.2018.8.09.0000, Rel. ITANEY FRANCISCO CAMPOS, 1ª
Câmara Criminal, julgado em 12/12/2018, DJe de 12/12/2018).

Quanto ao excesso de prazo, com efeito, nos termos da jurisprudência do Superior


Tribunal de Justiça, a aferição de tal tese reclama a observância da garantia da
duração razoável do processo, prevista no art. 5º, LXXVIII, da Constituição Federal.
Tal verificação, contudo, não se realiza de forma puramente matemática.
A análise deve ser embasada nos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade.
Somente configura a coação ilegal quando há uma demora injustificada. Não é o caso.
Quanto à morosidade na condução do feito até a pronúncia, a questão encontra-se
superada, em razão da incidência do enunciado nº 21 da Súmula do STJ a qual dispõe
que “pronunciado o réu, fica superada a alegação do constrangimento ilegal da prisão
por excesso de prazo na instrução”, tendo sido proferida decisão de pronúncia em
19.3.2019.
No que pertine ao excesso de prazo para a sessão do Júri, as circunstâncias em
apreço justificam a dilação do prazo e afastam o constrangimento ilegal decorrente de
seu excesso de prazo, principalmente levando em conta que ainda não foi possível
sua realização devido à superveniência da pandemia provocada pelo COVID-19, que

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5538267-72.2020.8.09.0000
inviabilizou a realização de vários atos procedimentais, como a sessão plenária, com o
fito de se evitar a contaminação do vírus.
Nessa linha de compreensão, trago à colação os seguintes julgados:
“HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO QUALIFICADO. PRISÃO
ANTECIPADA. DECISÃO DE PRONÚNCIA. EXCESSO DE PRAZO
PARA O JULGAMENTO PELO JÚRI. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE.
Pronunciado o paciente na ação penal movida em seu desfavor por
violação do art. 121, § 2º, incisos I e IV do Código Penal, estando ele
preso antecipadamente, não se reconhece a ilegalidade da
segregação cautelar por excesso de prazo para a realização do
julgamento pelo Júri, a teor Súmula nº 21 do Superior Tribunal de
Justiça, mormente porque a Lei Processual Penal não estabelece
limite temporal para a realização da sessão leiga. ORDEM
DENEGADA.” (TJGO, Habeas Corpus 5536418-
02.2019.8.09.0000,Rel. JOÃO WALDECK FELIX DE SOUSA, 2ª
Câmara Criminal, julgado em 10/10/2019, DJe de10/10/2019).

“HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO TENTADO. DECISÃO DE


PRONÚNCIA. EXCESSO DE PRAZO PARA O JULGAMENTO
PELO JÚRI. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE. Não se reconhece a
ilegalidade da segregação cautelar, por possível excesso de prazo
para a realização do julgamento pelo Júri, consoante a Súmula nº21,
do Superior Tribunal de Justiça, em especial porque a Lei Processual
Penal não estabelece limite temporal para a sessão leiga,
principalmente se o atraso da marcha procedimental tem o concurso
da defesa. ORDEM DENEGADA.” (TJGO, Habeas Corpus 5432511-
11.2019.8.09.0000, Rel. LÍLIA MÔNICA DE CASTRO BORGES
ESCHER, 1ª Câmara Criminal, julgado em 20/08/2019, DJe de
20/08/2019).

Desse modo, uma vez pronunciado, inexiste prazo ordinário para se designar a sessão
de julgamento pelo Tribunal do Júri, sendo importante frisar que, conforme os informes
prestados pela autoridade coatora, “o júri será realizado com a presença de dois réus
que se encontram presos, havendo, portanto, necessidade de um maior número de
pessoas envolvidas na realização do ato, motivo pelo qual, considerando as medidas
adotadas no combate à disseminação do Coronavírus, redesignei a sessão de
julgamento pelo Egrégio Tribunal do Júri Popular para o dia 11/03/2021” - (mov. 9).
Na esteira dessas considerações, não vislumbro a existência de constrangimento ilegal sanável
pela estreita via do writ.

Ao teor do exposto, acolhendo o parecer da douta Procuradoria-Geral de Justiça, conheço


parcialmente da ordem impetrada e, na sua extensão, a denego.

É o voto.
Goiânia, 19 de novembro de 2020.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5538267-72.2020.8.09.0000
Desembargador Nicomedes Borges

HABEAS CORPUS N° 5538267-72.2020.8.09.0000

Comarca : Aparecida de Goiânia


Impetrantes : Rafael Lopes de Sousa e Outro
Paciente : Gabriel Rodrigues Candini
Relator : Desembargador Nicomedes Borges

EMENTA: HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO QUALIFICADO.


PRISÃO CAUTELAR. DECISÃO DE PRONÚNCIA. FALTA DE
FUNDAMENTAÇÃO. AUSÊNCIA DOS PRESSUPOSTOS NO
ARTIGO 312 DO CPP. PREDICADOS PESSOAIS. PRESUNÇÃO
DE INOCÊNCIA. LIBERDADE COM MEDIDAS CAUTELARES.
REITERAÇÃO DE PEDIDO. NÃO CONHECIMENTO. EXCESSO
DE PRAZO PARA A REALIZAÇÃO DO JÚRI. NÃO
CARACTERIZAÇÃO. VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS
CONSTITUCIONAIS DA RAZOÁVEL DURAÇÃO DO PROCESSO
E DEVIDO PROCESSO LEGAL. INEXISTÊNCIA DE
CONSTRANGIMENTO ILEGAL. 1. Tratando-se de reiteração de
pedidos, alicerçados em idênticos fundamentos e já ofertada a
prestação jurisdicional solicitada, nesses aspectos, é de rigor o não
conhecimento do writ nesse ponto. 2. Encontrando-se a ação penal
com decisão de pronúncia prolatada, não há que se falar em
constrangimento ilegal por excesso de prazo, superada a alegação
à inteligência da Súmula 21 do Superior Tribunal de Justiça,
mormente porque a Lei Processual Penal não estabelece limite
temporal para a realização da sessão plenária. 3. Não há que se
falar em ofensa aos princípios da razoável duração do processo e
do devido processo legal, pois o inciso LXI do artigo 5º da
Constituição Federal, permite a possibilidade de prisão por ordem
escrita e fundamentada da autoridade competente, requisito
implementado no caso. 4. O atual contexto da pandemia viral, por si
só, não conduz à revogação da prisão, sobretudo quando o
paciente não se enquadra no grupo de risco. ORDEM
PARCIALMENTE CONHECIDA E, NA SUA EXTENSÃO,
DENEGADA.

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NR.PROCESSO: 5538267-72.2020.8.09.0000
ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de HABEAS CORPUS Nº 5538267-


72.2020.8.09.0000, da Comarca de Aparecida de Goiânia, tendo como impetrantes
RAFAEL LOPES DE SOUSA E OUTRO e paciente GABRIEL RODRIGUES CANDINI.
ACORDA, o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pelos integrantes da 1ª
Câmara Criminal, na conformidade da ata de julgamento, por unanimidade de votos e
acolhendo o Parecer Ministerial de Cúpula, em conhecer parcialmente da ordem
impetrada e, nessa extensão denegá-la, conforme voto do relator.
Participaram do julgamento e votaram com o Relator os Desembargadores Itaney
Francisco Campos, Ivo Fávaro e J. Paganucci Jr., que também presidiu a sessão,
bem como o Doutor Wilson Safatle Faiad (Juiz em substituição à Des. Avelirdes
Almeida Pinheiro de Lemos).
Esteve presente na sessão de julgamento o nobre Procurador de Justiça Doutor
Abrão Amisy Neto.
Goiânia, 19 de novembro de 2020.

Desembargador Nicomedes Borges


Relator 16

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5538267-72.2020.8.09.0000
EMENTA: HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO QUALIFICADO.
PRISÃO CAUTELAR. DECISÃO DE PRONÚNCIA. FALTA DE
FUNDAMENTAÇÃO. AUSÊNCIA DOS PRESSUPOSTOS NO
ARTIGO 312 DO CPP. PREDICADOS PESSOAIS. PRESUNÇÃO
DE INOCÊNCIA. LIBERDADE COM MEDIDAS CAUTELARES.
REITERAÇÃO DE PEDIDO. NÃO CONHECIMENTO. EXCESSO
DE PRAZO PARA A REALIZAÇÃO DO JÚRI. NÃO
CARACTERIZAÇÃO. VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS
CONSTITUCIONAIS DA RAZOÁVEL DURAÇÃO DO PROCESSO
E DEVIDO PROCESSO LEGAL. INEXISTÊNCIA DE
CONSTRANGIMENTO ILEGAL. 1. Tratando-se de reiteração de
pedidos, alicerçados em idênticos fundamentos e já ofertada a
prestação jurisdicional solicitada, nesses aspectos, é de rigor o não
conhecimento do writ nesse ponto. 2. Encontrando-se a ação penal
com decisão de pronúncia prolatada, não há que se falar em
constrangimento ilegal por excesso de prazo, superada a alegação
à inteligência da Súmula 21 do Superior Tribunal de Justiça,
mormente porque a Lei Processual Penal não estabelece limite
temporal para a realização da sessão plenária. 3. Não há que se
falar em ofensa aos princípios da razoável duração do processo e
do devido processo legal, pois o inciso LXI do artigo 5º da
Constituição Federal, permite a possibilidade de prisão por ordem
escrita e fundamentada da autoridade competente, requisito
implementado no caso. 4. O atual contexto da pandemia viral, por si
só, não conduz à revogação da prisão, sobretudo quando o
paciente não se enquadra no grupo de risco. ORDEM
PARCIALMENTE CONHECIDA E, NA SUA EXTENSÃO,
DENEGADA.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


26/11/2020 16:25:24

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5511914-92.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : IGOR SOARES BRANDAO
POLO PASSIVO : JUIZ DA 2 VARA CRIMINAL DE ANAPOLIS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : IGOR SOARES BRANDAO


ADVG. PARTE : 34904 GO - IGOR SOARES BRANDAO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5511914-92.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS N° 5511914-92.2020.8.09.0000

Comarca : Anápolis

Impetrante : Igor Soares Brandão

Paciente : Paulo César da Silva Borges

Relator : Desembargador Nicomedes Borges

RELATÓRIO E VOTO

O advogado Igor Soares Brandão impetra ordem de habeas corpus, com pedido de liminar, em
proveito de Paulo César da Silva Borges, a pretexto de estar o paciente sofrendo
constrangimento ilegal proveniente de ato do MM. Juiz de Direito da 2ª Vara Criminal da Comarca
de Anápolis, autoridade apontada como coatora.

Narram os autos que o paciente foi preso em flagrante delito no dia 1º de abril de 2020, por ter,
supostamente, praticado a conduta ilícita capitulada no artigo 157, §2º, inciso II, do Código Penal.

Sustenta como causa de pedir da impetração o excesso de prazo para o oferecimento da


denúncia, pois o paciente está preso há “197 dias” sem que o inquérito tenha sido concluído e
formalizada acusação em seu desfavor.

Aponta, ainda, que a prisão do paciente é manifestamente ilegal, pois, “ocorreu duplo protocolo do
flagrante, gerando assim as ações 202000312742 e 202000313099, ocorre que o primeiro foi protocolado no dia 02 de
abril de 2020, foi encaminhado para segunda vara criminal de Anápolis e o segundo protocolo feito no dia 7/04/2020, foi
distribuído para primeira vara criminal de Anápolis. Após a identificação da duplicidade o juiz da primeira vara criminal,
se declarou incompetente na ação 202000313099 e o Juiz da segunda vara se tornou prevento até o presente
momento”, de modo que a decisão que converteu a detenção momentânea em preventiva,
proferida pelo juiz da 1ª Vara Criminal, é nula, estando o paciente “preso apenas devido ao flagrante, não
tendo nenhuma ordem judicial que determine a sua prisão” (evento 1).

Diante de tais circunstâncias, e da favorabilidade dos predicados pessoais do paciente,


considera estar ele sofrendo coação ilegítima, reprimível com a concessão liminar da ordem, para
revogar a constrição preventiva, expedindo-se-lhe alvará de soltura, ou aplicando-lhe as medidas
cautelares menos rigorosas.

A inicial foi instruída com os documentos anexados digitalmente.

A liminar foi indeferida (evento 05) e o magistrado acoimado de coator prestou informes,
esclarecendo que o paciente foi preso em flagrante delito no dia 1º de abril de 2020 e que
homologou-se o auto de prisão em flagrante e deixou-se de apreciar a situação cautelar do
indiciado, ocasião em que foi relaxada a prisão flagrancial e decretada a prisão preventiva.
Noticiou que o Ministério Público ofereceu denúncia em desfavor de Paulo César da Silva Borges,
na data de 30/04/2020, dando-o como incurso nas sanções do artigo 157, §2º, incisos II e VII, do
Código Penal, em concurso formal com o artigo 244-B do ECA. Informou que os autos aguardam

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NR.PROCESSO: 5511914-92.2020.8.09.0000
o defensor constituído do paciente apresentar resposta à acusação (evento 09).

Instado a se manifestar, o custos legis, em parecer firmado pelo digno Procurador de Justiça, Dr.
Vinícius Jacarandá Maciel, opinou pelo conhecimento e denegação da ordem impetrada (evento
12).

É o relatório.

Passo ao voto.

Cuida-se de habeas corpus liberatório, impetrado em proveito de Paulo César da Silva Borges,
a pretexto de estar ele padecendo de constrangimento ilegal à sua liberdade de locomoção,
diante do excesso de prazo para o oferecimento da denúncia e da ilegalidade da segregação
cautelar do paciente.

De início, no que pertine ao alegado excesso de prazo para a conclusão do inquérito policial e
início da instrução criminal, observa-se das informações prestadas pela autoridade acoimada
coatora que a denúncia já foi oferecida na data de 30/04/2020.

Infere-se dos autos que o paciente foi denunciado por suposta prática de crimes previstos nos
artigos 157, §2º, incisos II e VII, do Código Penal e 244-B do Estatuto da Criança e do
Adolescente, c/c artigo 70, caput, do Estatuto Penal Punitivo, encontrando-se em andamento a
ação penal correspondente.

Nessas circunstâncias, porque iniciada a fase instrutória e constatado que o processo retomou
seu curso normal, fica superada a alegação de constrangimento ilegal por excesso de prazo
relativo ao encerramento do inquérito policial e demora do início da ação penal.

Por pertinente ao tema, trago à colação julgados desta Corte de Justiça, in verbis:

“Com o oferecimento da denúncia fica superada a alegação de excesso de prazo para conclusão de
procedimento investigativo” (TJGO, 1ª Câmara Criminal, HC nº 5382250-
08.2020.8.09.0000, Rel. Des. Ivo Fávaro, in DJE de 18/09/2020).

“Concluído o procedimento policial, remetidos os autos ao representante ministerial para o


oficiamento, formalizado o requisitório contra o paciente, superada a fase da investigação inquisitiva
dos fatos, afastado o constrangimento ilegal por excesso de prazo, expondo que a custódia
antecipada não está contaminada de ilegalidade” (TJGO, 2ª Câmara Criminal, HC nº
5343213-71.2020.8.09.0000, Rel. Des. Luiz Cláudio Veiga Braga, in DJE de
05/10/2020).

No tocante à ilegalidade da prisão, a análise da documentação trazida aos autos, bem assim, dos
elementos informativos propiciados pelo dirigente procedimental, demonstra que a coação
suportada pelo paciente não pode ser considerada arbitrária.

De fato, verifica-se que houve duplicidade de protocolos relativos ao mesmo fato, gerando os
autos nº 202000312742 e 202000313099.

O juízo da 1ª Vara Criminal de Anápolis declarou-se incompetente, aos 20/05/2020, para


processar e julgar o processo, em virtude da prevenção da 2ª Vara Criminal da mesma Comarca,
determinando a redistribuição dos autos nº 202000313099 (0031309-97.2020.8.09.0006) – estes
atualmente em trâmite, nos quais foi oferecida a denúncia, e que se encontram vinculados ao
presente writ.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5511914-92.2020.8.09.0000
Todavia, embora não houvesse decisão a respeito da prisão nos autos nº 202000312742, o juízo
da 1ª Vara Criminal já havia, em 07/04/2020, nos autos nº 202000313099, procedido à análise da
segregação, convertendo a prisão em flagrante do paciente em preventiva (mov. 4, arq. 5, dos
autos 0031309-97).

Assim, ao contrário do afirmado na impetração, o paciente não estava preso a título apenas de
flagrante, já que proferido decreto preventivo.

Importa destacar, nesse ponto, que a conversão da prisão em flagrante em preventiva poderá
ocorrer perante o juízo aparente, ou seja, aquele que, diante das informações coletadas até o
momento, aparenta ser o competente para a ação penal, sem que haja que se falar em invalidade
do decreto prisional.

Desse modo, ainda que constatado, posteriormente, a sua incompetência para o processo e
julgamento da causa, não restará invalidado o decreto prisional.

Sabe-se também que o reconhecimento da incompetência gera a anulação dos atos decisórios
que cuidem do mérito, devendo o feito ser deslocado ao juízo competente, que poderá, por sua
vez, ratificar todos os demais atos praticados, nos termos do artigo 567 do Código de Processo
Penal.

Na espécie, observo que, a despeito da ausência de ratificação expressa da decisão que


converteu o flagrante do paciente em prisão preventiva pelo juízo competente, o magistrado da 2ª
Vara Criminal, no evento 15 dos autos nº 0031309-97, proferiu decisão, em 05/11/2020,
relaxando a prisão em flagrante do paciente, alegando que não fora apreciada a situação
cautelar, e decretando sua prisão preventiva, para garantia da ordem pública. Assim, de toda
forma, o juízo competente, agora, também analisou a necessidade da segregação cautelar do
paciente, não havendo ilegalidade a ser reconhecida.

Em outra perspectiva, agora tendo por referência a alegação de que Paulo César da Silva
Borges cumpre os requisitos para responder o processo em liberdade, verifica-se que o
convencimento do Juiz a quo quanto à necessidade do enclausuramento cautelar do paciente
está alicerçado de forma convincente e correta, nos seguintes fundamentos:

"(...) Esquadrinhando os autos, considerando que o acusado foi preso em flagrante em 1º de abril de
2020 e até a presente data não foi apreciada sua situação cautelar, necessário se faz, em um
primeiro momento, reconhecer a ilegalidade em seu cárcere, por descumprimento do previsto no
artigo 310, do Código de Processo Penal e relaxar sua prisão.

Todavia, presentes os dados referentes à materialidade dos fatos e indícios suficientes de autoria,
diante do que foi a ação dele, no que se revela o fumus comissi delicti. Os elementos, nada obstante,
são aptos a validarem que sua prisão é imprescindível, em especial diante da intrepidez e o modo de
execução, a revelar que agiu com pouco temor, a estampar o que se pode designar como periculum
libertatis.

Em análise minuciosa do caso em testilha, verifica-se a necessidade da prisão preventiva em razão


da garantia da ordem pública e do perigo de aguardar-se solto. Considerando a gravidade de suas
supostas condutas, quais sejam roubo majorado e corrupção de menor. Ainda, observa-se que o
indiciado responde por outros processos.

A imposição de medidas cautelares alternativas, ao certo, a esta altura, poderá frustrar a


continuidade das investigaoções. Sendo assim, cabível a prisão preventiva.

Tudo joeirado. Decido:

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5511914-92.2020.8.09.0000
Ante o exposto, com esteio no artigo 5º, inciso LXV, da Constituição da República, RELAXO A
PRISÃO EM FLAGRANTE de Paulo Cesar Da Silva Borges, qualificado, para que produzam seus
jurídicos efeitos. Nesses termos, DETERMINO que se EXPEÇA em seu proveito o respectivo
ALVARÁ DE SOLTURA CLASULADO (se por al não estiver preso), para ser imediatamente livre.

Oportunamente, DECRETO a PRISÃO PREVENTIVA do acusado, por garantia da ordem pública,


expedindo-se o correspondente MANDADO DE PRISÃO PREVENTIVA, o qual estará vigente até o
dia 31 d março de 2040 [...]” (mov. 15 dos autos originários nº 0031309-97).

Como se vê, ao contrário do que alega o impetrante, foi apresentada fundamentação concreta e
suficiente para a decretação da prisão preventiva do paciente, em razão da gravidade da conduta
perpetrada e da periculosidade social do agente.

Outrossim, extrai-se dos autos que a conduta atribuída ao paciente, de ser o autor de um crime
de roubo duplamente majorado e corrupção de menor, em que Paulo César e um adolescente
solicitaram serviço de aplicativo Uber e, finalizada a corrida, supostamente o paciente, com
emprego de uma faca, anunciou o assalto e subtraiu da vítima o veículo Hyundai/HB20, aparelho
celular, relógio e dinheiro, são indicativos da ousadia e da gravidade da conduta perpetrada pelo
paciente.

Conforme entendimento jurisprudencial do colendo Superior Tribunal de Justiça, a gravidade do


delito e a periculosidade do agente, considerando o modus operandi, justificam a custódia
cautelar, a fim de se garantir a ordem pública. Confira-se:

“PROCESSO PENAL. RECURSO EM HABEAS CORPUS. ROUBO MAJORADO. PRISÃO


PREVENTIVA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. GRAVIDADE CONCRETA DA CONDUTA
DELITIVA. MODUS OPERANDI. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL
NÃO CARACTERIZADO. RECURSO NÃO PROVIDO. 1. Havendo prova da existência do crime e
indícios suficientes de autoria, a prisão preventiva, nos termos do art. 312 do Código de Processo
Penal, poderá ser decretada para garantia da ordem pública, da ordem econômica, por
conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal. 2. A prisão
preventiva está adequadamente motivada com base em elementos concretos extraídos dos autos,
diante do modus operandi da suposta conduta criminosa, indicando a periculosidade dos
recorrentes, que, em concurso de pessoas e mediante grave ameaça perpetrada com emprego de
arma de fogo, teriam solicitado serviço pelo aplicativo Uber e, ao ingressarem no veículo, renderam
o motorista subtraindo-lhe o carro, celular e dinheiro. 3. Segundo reiterada jurisprudência desta
Corte, a periculosidade dos agentes, evidenciada no modus operandi do delito, é fundamento
idôneo para justificar a prisão preventiva, tendo como escopo o resguardo da ordem pública, como
ocorreu na espécie. 4. Recurso em habeas corpus não provido” (STJ, RHC nº 100412/MG,
Rel. Min. Ribeiro Dantas, in DJU de 14/09/2018).

Corrobora a edição da medida extrema o fato de o paciente responder a outro processo pela
prática do mesmo delito (informação de antecedentes criminais – mov, 1, arq. 3), sendo certo que
a justificativa judicial estribada na contumácia infracional se harmoniza com a orientação do
Superior Tribunal de Justiça no sentido de que “a jurisprudência da Suprema Corte é no sentido de que "a
periculosidade do agente e a reiteração delitiva demonstram a necessidade de se acautelar o meio social, para que seja
resguardada a ordem pública, e constituem fundamento idôneo para a prisão preventiva"(HC 136.255, Segunda Turma,
Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, DJe de 10/11/2016)” (STJ, Sexta Turma, HC nº 473881/SP, Rel. Min.
Laurita Vaz, in DJU de 22/11/2018).

Sendo assim, estou convencido de que a segregação cautelar foi decretada com base legal e
fática, sendo incomportável, no presente caso, a aplicação de medida cautelar diversa da prisão.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5511914-92.2020.8.09.0000
Quanto aos ornamentos pessoais do paciente, ainda que comprovados, por si sós, não obstam a
segregação cautelar, quando presentes os requisitos dos artigos 312 e 313 do Código de
Processo Penal.

Forte em tais razões, acolhido o parecer da douta Procuradoria-Geral de Justiça, conheço da


ordem impetrada e a denego, para manter a segregação cautelar do paciente.

É o voto.

Goiânia, 19 de novembro de 2020.

Desembargador Nicomedes Borges

Relator

HABEAS CORPUS N° 5511914-92.2020.8.09.0000

Comarca : Anápolis

Impetrante : Igor Soares Brandão

Paciente : Paulo César da Silva Borges

Relator : Desembargador Nicomedes Borges

EMENTA: HABEAS CORPUS. ROUBO MAJORADO E CORRUPÇÃO DE


MENOR. EXCESSO DE PRAZO PARA O OFERECIMENTO DA
DENÚNCIA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL SUPERADO. PRISÃO
PREVENTIVA DECRETADA POR JUÍZO DECLARADO,
POSTERIORMENTE, INCOMPETENTE. NULIDADE. NÃO OCORRÊNCIA.
NOVO DECRETO DE SEGREGAÇÃO PROVISÓRIA. PREDICADOS
PESSOAIS. IRRELEVÂNCIA. CUSTÓDIA JUSTIFICADA. INEXISTÊNCIA
DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. 1) Concluído o Inquérito Policial e
oferecida a denúncia em desfavor do paciente, fica superada a tese de
excesso de prazo para implementação daquele oficiamento. 2) A conversão
da prisão em flagrante em preventiva poderá ocorrer perante o juízo
aparente, sem que haja se falar em invalidade do decreto prisional.
Constatada a incompetência do juízo, os autos devem ser remetidos ao
Juízo competente, que pode ratificar ou não os atos já praticados. Por outro
lado, nenhuma ilegalidade aflora da decisão que relaxa a prisão em flagrante
do paciente e decreta a custódia preventiva, justificando a necessidade da
medida extrema, diante da gravidade concreta do crime, evidenciada pelo
modus operandi e indicadora da periculosidade do paciente, revelada por
sua contumácia delitiva, não havendo que se falar em constrangimento ilegal
ou em imposição de medidas cautelares diversas. 3) Os predicados
pessoais favoráveis, por si sós, não são suficientes para a concessão da
liberdade se presentes os requisitos da custódia cautelar. 4) ORDEM
CONHECIDA E DENEGADA.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5511914-92.2020.8.09.0000
ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de HABEAS CORPUS Nº 5511914-


92.2020.8.09.0000, da Comarca de Anápolis, tendo como impetrante IGOR SOARES
BRANDÃO e paciente PAULO CÉSAR DA SILVA BORGES.
ACORDA, o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pelos integrantes da 1ª
Câmara Criminal, na conformidade da ata de julgamento, por unanimidade de votos e
acolhendo o Parecer Ministerial de Cúpula, em conhecer da ordem impetrada e
denegá-la, conforme voto do relator.
Participaram do julgamento e votaram com o Relator os Desembargadores Itaney
Francisco Campos, Ivo Fávaro e J. Paganucci Jr., que também presidiu a sessão,
bem como o Doutor Wilson Safatle Faiad (Juiz em substituição à Des. Avelirdes
Almeida Pinheiro de Lemos).
Esteve presente na sessão de julgamento o nobre Procurador de Justiça Doutor
Abrão Amisy Neto.
Goiânia, 19 de novembro de 2020.

Desembargador Nicomedes Borges


Relator 16

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NR.PROCESSO: 5511914-92.2020.8.09.0000
EMENTA: HABEAS CORPUS. ROUBO MAJORADO E CORRUPÇÃO DE
MENOR. EXCESSO DE PRAZO PARA O OFERECIMENTO DA
DENÚNCIA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL SUPERADO. PRISÃO
PREVENTIVA DECRETADA POR JUÍZO DECLARADO,
POSTERIORMENTE, INCOMPETENTE. NULIDADE. NÃO OCORRÊNCIA.
NOVO DECRETO DE SEGREGAÇÃO PROVISÓRIA. PREDICADOS
PESSOAIS. IRRELEVÂNCIA. CUSTÓDIA JUSTIFICADA. INEXISTÊNCIA
DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. 1) Concluído o Inquérito Policial e
oferecida a denúncia em desfavor do paciente, fica superada a tese de
excesso de prazo para implementação daquele oficiamento. 2) A conversão
da prisão em flagrante em preventiva poderá ocorrer perante o juízo
aparente, sem que haja se falar em invalidade do decreto prisional.
Constatada a incompetência do juízo, os autos devem ser remetidos ao
Juízo competente, que pode ratificar ou não os atos já praticados. Por outro
lado, nenhuma ilegalidade aflora da decisão que relaxa a prisão em flagrante
do paciente e decreta a custódia preventiva, justificando a necessidade da
medida extrema, diante da gravidade concreta do crime, evidenciada pelo
modus operandi e indicadora da periculosidade do paciente, revelada por
sua contumácia delitiva, não havendo que se falar em constrangimento ilegal
ou em imposição de medidas cautelares diversas. 3) Os predicados
pessoais favoráveis, por si sós, não são suficientes para a concessão da
liberdade se presentes os requisitos da custódia cautelar. 4) ORDEM
CONHECIDA E DENEGADA.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


26/11/2020 16:46:21

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5540554-08.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : BRUNO SILVA FARIA
POLO PASSIVO : MM. JUIZ DE DIREITO DA 1º VARA DA COMARCA DE CAIAPÔNIA/GO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BRUNO SILVA FARIA


ADVG. PARTE : 35171 GO - BRUNO SILVA FARIA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5540554-08.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS N° 5540554-08.2020.8.09.0000
Comarca : Caiapônia
Impetrante : Bruno Silva Faria
Paciente : Mylenna Carolina Lopes de Araújo
Relator : Desembargador Nicomedes Borges

RELATÓRIOeVOTO

O advogado Bruno Silva Faria, com fundamento no artigo 5º, inciso LXVIII, da
Constituição Federal, combinado com os artigos 647 e seguintes do Código de
Processo Penal e artigo 7º da Convenção Americana sobre Direitos Humanos, impetra
o presente ordem de Habeas Corpus, com pedido liminar, em benefício de Mylenna
Carolina Lopes de Araújo, indicando como autoridade coatora o MM. Juiz de Direito
da Vara Criminal da Comarca de Caiapônia-GO, Dr. Ronny Andre Wachtel, nos autos
de nº 5341255-78.2020.8.09.0023.
Consta do pedido que a paciente Mylenna Carolina Lopes de Araújo foi presa em
flagrante em 13/07/2020, por volta das 16h20min, convertida em preventiva, pela
suposta prática dos crimes descritos nos artigos 33, caput e 35 da Lei 11.343/06,
tráfico de drogas e associação para tráfico, porque foi surpreendida na Rodovia GO-
221, próximo a entrada da cachoeira Jalapa, zona rural de Caiapônia/GO, juntamente
com Carlos Mateus Vaz dos Santos, oriundos de Paraúna, que estavam em uma
motocicleta, quando foram abordados por policiais em patrulhamento de rotina,
trazendo consigo, dentro de uma mochila preta, 1.460kg (um mil e quatrocentos e
sessenta gramas) de maconha, e 414g (quatrocentos e quatorze gramas) de crack,
que seriam entregues a um terceiro para serem distribuídas da região, além de R$
156,00 (cento e cinquenta e seis reais) e 01 aparelho celular marca LG mod Q6 IMEI
35875608062639 cor preta, que seria usado para negociar o local da entrega dos
entorpecentes.
Sustenta o impetrante que a paciente sofre constrangimento ilegal, porque: a) a
decisão que converteu a prisão em flagrante em preventiva (Evento 1, Arquivo 2), bem
como a que, ao requerer a revisão da custódia, nos termos do artigo 316 do Código de
Processo Penal, negou o pedido de prisão domiciliar (Evento 1, Arquivo 8), ambas de
forma desfundamentada, ausentes os requisitos do artigo 312 do Código de Processo
Penal, não comprovada a necessidade de se garantir a ordem pública, pela gravidade
do crime, a instrução criminal e assegurar a aplicação da lei penal; b) aventa a
necessária concessão da prisão domiciliar em obediência, nos termos do artigo 318-A,
do Código de Processo Penal, sob o argumento de que possui três filhos menores,
um deles com 11 meses de idade, sendo que tem sofrido sérios problemas de saúde
decorrente do ressecamento do leite de suas mamas, formação de pedras, além que o
infante está sendo privado do aleitamento materno; c) aduz que a paciente é primária,
com bons antecedentes e bons predicados pessoais, fazendo jus a concessão da
liberdade, com ou sem imposição de medidas cautelares diversas da prisão; d)
subsidiariamente, ressalta que são passados mais de 90 dias da prisão e sequer
iniciada a produção da prova oral.

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NR.PROCESSO: 5540554-08.2020.8.09.0000
Ao final, requer que seja concedida a ordem liminarmente, revogando-se a custódia
preventiva da paciente, com a concessão prisão domiciliar e/ou aplicação de medidas
cautelares diversas da prisão, expedindo-se alvará de soltura.
A inicial foi instruída com os documentos encaminhados digitalmente.
A liminar foi indeferida (Evento 5). Solicitadas as informações, o magistrado prestou-as
(Evento 8).
A douta Procuradoria-Geral de Justiça, por sua representante, Dra. Zoélia Antunes
Vieira, opinou pelo conhecimento e denegação da ordem impetrada (Evento 11).
É o relatório.
Passo ao voto.
Trata-se de pedido de habeas corpus impetrado em favor de Mylenna Carolina Lopes
de Araújo, visando a revogação da prisão preventiva por ausência de motivos para a
manutenção da segregação, ou a concessão da prisão domiciliar, por ter filhos
menores, indicando como autoridade coatora o MM. Juiz de Direito da Vara Criminal
da Comarca de Caiapônia-GO, Dr. Ronny Andre Wachtel, nos autos de nº 5341255-
78.2020.8.09.0023.
Em relação à aventada ausência de fundamentação na decisão que converteu a prisão
em flagrante em preventiva da paciente, bem como a que negou pedido de revogação
(Evento 1: Arquivos 2 e 8), verifica-se que a autoridade impetrada assim se
pronunciou, in verbis:
“(…) Cuida-se de AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE realizado pelo Delegado de Polícia em
desfavor de Carlos Mateus Vaz Dos Santos e Mylenna Carolina Lopes de Araújo pela suposta
prática das condutas descritas nos artigos 33 e 35 da Lei 11.343/06, por fato ocorrido no dia
13/07/2020, nesta Comarca.

O auto de prisão em flagrante foi remetido a este Juízo para conhecimento, nos termos do art.
306, § 1º do Código de Processo Penal.

Manifestando, o Ministério Público lançou parecer pela homologação da prisão em flagrante e


conversão em preventiva, conforme argumentos estendidos na mov. 6.

É o suficiente relato. Decido.

Ao receber o Auto de Prisão em Flagrante, cabe ao magistrado relaxar a prisão ilegal, converter a
prisão em flagrante em preventiva ou conceder a liberdade provisória, com ou sem fiança.

Da análise dos requisitos formais do Auto de Prisão em Flagrante e do exato cumprimento das
formalidades legais e constitucionais, constato que o flagrante é legal e regular, pois presentes os
requisitos previstos no art. 302, III, do Código de Processo Penal, bem como os requisitos
previstos na Constituição Federal de 1988, notadamente em seu art. 5°, incisos LXI, LXII, LXIII e
LXIV.

Constam, ainda, a nota de culpa e a observação de que a autuada foi cientificada de suas
garantias constitucionais.

Portanto, o auto foi lavrado dentro dos ditames constitucionais e legais, não sendo cabível o

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NR.PROCESSO: 5540554-08.2020.8.09.0000
relaxamento da prisão cautelar.

De outro lado, no que toca à concessão da liberdade provisória, tenho que, por ora, não se
mostra razoável a soltura do autuado, seja pelas circunstâncias do caso ora analisado, seja pelas
ausências de provas quanto aos predicados pessoais favoráveis, tais como endereço fixo e
exercício de profissão lícita, tornando-se inviável análise mais acurada acerca da possibilidade de
concessão de liberdade provisória, neste momento.

Noutro giro, em análise aos autos, verifica-se que razão assiste ao Ministério Público, uma vez
que os pressupostos da prisão preventiva se fazem presentes, quais sejam, a existência do crime
e indícios suficientes de autoria, aliado às hipóteses descritas no artigo 312 e 313, inciso III,
ambos do Código de Processo Penal.

Neste momento, não sendo suficientes as medidas cautelares previstas no art. 319, do Código de
Processo Penal, cuja apreciação se torna igualmente prejudicada em vista da ausência de
maiores dados a respeito do investigado.

A prisão preventiva, como espécie de prisão cautelar, deve estar fundada no fumus comissi
delicti, ou seja, em indícios de autoria e prova da materialidade, bem como no periculum libertatis,
que traduz qualquer das hipóteses previstas no art. 312 do Código de Processo Penal.

Quanto à autoria delitiva, há indícios de que os investigados tenham praticado o crime em


comento, o que se conclui pelo teor dos depoimentos prestados no bojo do Auto de Prisão em
Flagrante.

Por sua vez, a materialidade também se encontra devidamente comprovada, conforme se faz
prova pelo Auto de Prisão em Flagrante Delito, Termo de Exibição e Apreensão e Laudo
Preliminar de Constatação de Droga (mov. 01).

No tocante aos requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal, e, em especial, pelas
circunstâncias do caso concreto, está clara a necessidade de manutenção da custódia cautelar
para o fim de garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal.

Outrossim, a quantidade de drogas, os valores apreendidos, sobretudo pela forma que estavam
acondicionadas, demonstram fortes indícios que os flagranteados estavam praticando a
traficância na região e suas segregações contribuirão para a manutenção da ordem nesta
localidade que se vê ameaçada por tais condutas.

Por fim, ensejando a conduta dos autuados a conversão do Flagrante em Prisão Preventiva, resta
excluída a aplicação das demais medidas cautelares elencadas na Lei 12.403/2011, no presente
caso, visto que não são suficientes para assegurar à ordem pública e a conveniência da instrução
criminal.

Ante o exposto, HOMOLOGO o presente Auto de Prisão em Flagrante e CONVERTO a prisão em


flagrante do autuado e Carlos Mateus Vaz Dos Santos e Mylenna Carolina Lopes de Araújo em
PRISÃO PREVENTIVA, nos termos do art. 310, II, do Código de Processo Penal, pois presentes
os requisitos do art. 312, caput, do mesmo diploma legal. (...)”.

"Depreende-se da mov. 01 requerimento formulado por Mylenna Carolina Lopes de Araújo


solicitando a concessão da LIBERDADE PROVISÓRIA OU REVOGAÇÃO DA PRISÃO
PREVENTIVA C/C MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO E/OU SUBSTITUIÇÃO
POR PRISÃO DOMICILIAR.

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NR.PROCESSO: 5540554-08.2020.8.09.0000
Sustenta que os motivos autorizações da prisão não se fazem mais presentes e não ofende
nenhum dos pressupostos caracterizadores da segregação preventiva contidos no artigo 312 do
CPP.

Sustenta ainda que deve-se atentar a recomendação nº. 62/2020 do CNJ vez que é genitora de
três filhos menores de idade e os mesmos estão sob sua responsabilidade. Juntou documento
(fls. 09).

Manifestando no feito, o Ministério Público pugnou desfavoravelmente ao solicitado conforme


argumentos estendidos às fls. 13/20.

É o relatório. Passo a decidir.

– Da revogação da prisão preventiva:

Inicialmente, a presente Ação Penal apura em desfavor do requerente suposta prática descrita no
artigo 33 da Lei de Drogas.

Analisando os autos, não houve nenhuma sólida argumentação no pedido com relação a
alteração de qualquer das circunstâncias fáticas e jurídicas que revelaram ser os motivos
ensejadores da prisão preventiva e que levaram a sua decretação outrora.

Ademais, a medida aplicada ao requerente está dentro do permissivo legal para amparar o
decreto de prisão preventiva, bem como o ilícito supostamente praticado é considerado hediondo,
que por si só, traz maior repugnância no âmbito social vez que desequilibra o estado de
tranquilidade perante a sociedade afetando frontalmente a ordem pública, a garantia da ordem
pública, para o bom termo da investigação e para o resguardo da futura aplicação da lei penal.

Destarte, não me convenço da existência de qualquer fundamento que leve à revogação da


prisão preventiva pleiteada pelo requerente, uma vez que estão preenchidos os requisitos dos
artigos 312 e 313 do Código de Processo Penal devendo ser mantida.

Por fim, a aplicação de qualquer outra das medidas cautelares do art. 319 do CPP, no presente
caso, mostram-se inadequadas e insuficientes para resguardar a ordem pública e instrução
criminal.

Outrossim, é entendimento do STJ que eventuais predicados pessoais favoráveis, quando


presentes os requisitos legais para a decretação da prisão preventiva, não obstam a segregação
cautelar.

Diante do demonstrado acima, o referido pedido não pode ser acolhido.

– Do pedido de prisão domiciliar:

Em que pese a requerente ser mãe de 03 (três) crianças menores de idade e ter juntado suas
certidões de nascimento, considero que não há prova nos autos de que os filhos residem ou
dependem exclusivamente da requerente, tais como, termo de guarda, concessão de alimentos,
comprovante de documentos escolares, dentre outros. (...)

Assim sendo, ante a ausência de comprovação da dependência exclusiva dos menores para com
a requerente, impossível acolher o solicitado.

Isto posto, INDEFIRO os pedidos de Mylenna Carolina Lopes de Araújo MANTENDO A PRISÃO
PREVENTIVA DECRETADA pelos motivos sustentados outrora e que subsistem incólumes.

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NR.PROCESSO: 5540554-08.2020.8.09.0000
Saliento que as circunstâncias que ensejaram na prisão preventiva do requerente poderão ser
novamente apreciadas no decorrer da instrução criminal...".

Apreciando as decisões proferidas, verifica-se que elas se encontram bem


fundamentadas na garantia da ordem pública e da instrução criminal, para assegurar a
aplicação da lei penal e em razão da inadequação de outras medidas cautelares, e
justifica fundamentadamente a necessidade concreta de se manter a segregação da
paciente se valendo da gravidade delitiva, tráfico de drogas (1.460kg de maconha, e
414g de crack), que seriam entregues a um terceiro para serem distribuídas da região,
bem como o modus operandi, pois praticava o crime com envolvimento do seu
convivente Carlos Mateus Vaz dos Santos, oriundos de Paraúna, para distribuírem na
região, e para acautelar o meio social, porque foi presa em flagrante pela prática do
mesmo crime (autos nº 5200703-98.2020.8.09.0076), na comarca de Iporá, sendo
beneficiada, no dia 23/06/2020, com a prisão domiciliar e medidas cautelares diversas
da prisão, mediante a concessão da ordem de Habeas Corpus nº 5213676-
22.2020.8.09.0000, porém reiterou a conduta ilícita em menos de 20 (vinte) dias,
preenchendo todos os requisitos legais necessários.
A meu ver, não evidenciada ilegalidade a reclamar a sua desconstituição,
compatibilizada a decisão com os artigos 5º, inciso LXI, e 93, inciso IX, da Constituição
Federal, e artigos 312 e 313 do Código de Processo Penal.
Ademais, o pressuposto da ordem pública é a hipótese de interpretação mais extensa
da análise da prisão preventiva, porque a gravidade concreta do crime, além da
reiteração criminosa, respaldam a prisão preventiva.
Nesse sentido, tem decidido esta Colenda Câmara:
“HABEAS CORPUS. PRISÃO EM FLAGRANTE DELITO. TRÁFICO ILÍCITO
DE ENTORPECENTES. (...) AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO DAS
DECISÕES. PREDICADOS PESSOAIS. PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE
INOCÊNCIA. REGIME MAIS BRANDO OU SUBSTITUIÇÃO DA PENA
PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVAS DE DIREITOS. (...) 2-
Desmerecem alterações as decisões que, analisando os elementos dos
autos, converte a prisão flagrancial em preventiva e indefere pedido de
revogação da custódia, tendo em conta os requisitos da prisão
preventiva, especialmente a garantia da ordem pública, em razão da
natureza e significativas quantidades das substâncias entorpecentes
apreendidas em poder do paciente, o que conciliado com a apreensão
de uma balança de precisão (...), indicam sua periculosidade, não
havendo que se falar em conflito entre as decisões atacadas e o
princípio constitucional da presunção de inocência. (…) 5- Ordem
denegada.” (TJGO, 1ª CÂMARA CRIMINAL, HABEAS-CORPUS nº 128698-
13.2014.8.09.0000, Rel. DES. J. PAGANUCCI JR., julgado em 13/05/2014,
DJe 1554 de 02/06/2014).

“HABEAS CORPUS. TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS. DECISÃO QUE INDEFERIU O PEDIDO


DE REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA. CARÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA.

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NR.PROCESSO: 5540554-08.2020.8.09.0000
SEGREGAÇÃO JUSTIFICADA E NECESSÁRIA. PREDICADOS PESSOAIS FAVORÁVEIS.
INCONSTITUCIONALIDADE DO ARTIGO 44 DA LEI ANTIDROGAS. VIOLAÇÃO AOS
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS. NÃO OCORRÊNCIA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO
EVIDENCIADO. 1- Estando a decisão combatida calcada em fundamento concreto em face
do comprovado risco à ordem pública, consubstanciado pela gravidade concreta do delito
evidenciado pela grande quantidade e diversidade de drogas apreendidas, não se há falar
em constrangimento ilegal a ser sanado pela via mandamental. 2- As condições pessoais
favoráveis, mesmo quando comprovadas, por si mesmas, não garantem eventual direito em
responder ao processo em liberdade, sobretudo se a prisão faz-se necessária para a garantia da
ordem pública. 3- Apesar de o Supremo Tribunal Federal considerar que a vedação legal à
liberdade provisória é inconstitucional, admite a manutenção da custódia do paciente se
presentes os requisitos autorizadores da prisão preventiva. 4- Não há que se falar em ofensa aos
princípios da presunção de inocência, do devido processo legal e da dignidade da pessoa
humana, pois o inciso LXI do artigo 5º da Constituição Federal permite a possibilidade de prisão
por ordem escrita e fundamentada da autoridade competente, requisito implementado no caso.
ORDEM CONHECIDA E DENEGADA.” (TJGO, 1ª CÂMARA CRIMINAL, HABEAS-CORPUS nº
123921-82.2014.8.09.0000, de minha relatoria, julgado em 01/07/2014, DJe 1587 de 18/07/2014).

E por ser corolário dessa minha convicção, no sentido de que a segregação provisória
do paciente é o instrumento imprescindível para se preservar a ordem pública do
possível cometimento de novas ações delituosas por parte da custodiada, é que vejo a
impossibilidade de substituir a medida cautelar extrema por outra menos invasiva,
constante no artigo 319 do Código de Processo Penal.
No tocante ao pedido de concessão da prisão domiciliar, sob o argumento de que
possui três filhos menores, um deles com 11 meses de idade, sendo que tem sofrido
sérios problemas de saúde decorrente do ressecamento do leite de suas mamas,
formação de pedras, além que o infante está sendo privado do aleitamento materno,
esclareça-se ser inaplicável ao caso o disposto no artigo 318-A do Código de Processo
Penal, porque a paciente não é gestante, tão pouco mãe de criança com deficiência.
Outrossim, sabe-se que foram inseridas outras hipóteses normativas no Código de
Processo Penal, visando à formulação e implementação de políticas públicas,
mediante ações prioritárias voltadas para o melhor interesse da criança, com
observância ao artigo 227, caput da Constituição Federal, em especial o inciso V do
artigo 318 do Código de Processo Penal, que prevê a possibilidade de substituição da
custódia cautelar por prisão domiciliar quando o agente for “mulher com filho de até 12
(doze) anos de idade incompletos”.
É bem verdade que a mencionada hipótese, assim como as outras elencadas no
mesmo dispositivo, não conduz automaticamente à concessão da prisão domiciliar,
vale dizer, não basta que a mulher tenha filho(s) de até 12 (doze) anos incompletos
para que receba, obrigatoriamente, a prisão domiciliar. Será necessário examinar as
demais circunstâncias do caso concreto e, principalmente, se a prisão domiciliar será
suficiente ou se ela, ao receber esta medida cautelar, ainda colocará em risco os bens
jurídicos protegidos pelo artigo 312 do Código de Processo Penal.
Por oportuno, colaciono pertinente lição de Renato Brasileiro de Lima:
“(...) a presença de um dos pressupostos indicados no art. 318, isoladamente considerado, não

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NR.PROCESSO: 5540554-08.2020.8.09.0000
assegura ao acusado, automaticamente, o direito à substituição da prisão preventiva pela
domiciliar. O princípio da adequação também deve ser aplicado à substituição (CPP, art. 282, II),
de modo que a prisão preventiva somente pode ser substituída pela domiciliar se se mostrar
adequada à situação concreta. Do contrário, bastaria que o acusado atingisse a idade de 80
(oitenta) anos para que tivesse direito automático à prisão domiciliar, com o que não se pode
concordar. Portanto, a presença de um dos pressupostos do art. 318 do CPP funciona como
requisito mínimo, mas não suficiente, de per si, para a substituição, cabendo ao magistrado
verificar se, no caso concreto, a prisão domiciliar seria suficiente para neutralizar o periculum
libertatis que deu ensejo à decretação da prisão preventiva do acusado (...)". (in Manual de Direito
Processual Penal, salvador: Juspodivm, 2018, p. 1.033).

Não se pode olvidar que o Supremo Tribunal Federal, em decisão prolatada pela 2ª
Turma, em sede do HC nº 143641/SP, de Relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski,
julgado em 20/02/2018, assentou que a regra é conceder a prisão domiciliar para as
mulheres presas: a) gestantes; b) puérperas (que deram à luz há pouco tempo); c)
mães de menores até doze anos incompletos; ou d) mães de pessoas com deficiência.
Todavia, a referida Corte Suprema também consignou os casos que podem ser
excepcionados, a saber: 1) a mulher tiver praticado crime mediante violência ou grave
ameaça; 2) a mulher tiver praticado crime contra seus descendentes (filhos e/ou
netos); 3) em outras situações excepcionalíssimas, as quais deverão ser devidamente
fundamentadas pelos juízes que denegarem o benefício.
Nessa esteira, o entendimento desta Colenda Câmara:
“HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. PRISÃO CAUTELAR JUSTIFICADA.
POSTULADOS CONSTITUCIONAIS. PRISÃO DOMICILIAR. 1- Demonstrada de forma motivada
a necessidade da constrição cautelar da paciente, não há que se falar em constrangimento ilegal
ou em aplicação de medidas cautelares diversas da prisão ou afronta ao princípio constitucional
da presunção de inocência e outros postulados constitucionais. (…) 3- A paciente não faz jus à
prisão domiciliar, em razão de responder a outros processos pelo mesmo crime de tráfico de
drogas, evidenciando reiteração delitiva idônea para a denegação, demonstrando que a
concessão de tal benesse não é razoável, adequada e suficiente. 4- Ordem parcialmente
conhecida e, nesta extensão, denegada.” (TJGO, 1ª CÂMARA CRIMINAL, HABEAS-CORPUS nº
80021-10.2018.8.09.0000, Rel. DES. J. PAGANUCCI JR., julgado em 24/07/2018, DJe 2564 de
10/08/2018).

Nesse cenário, entendo que a situação da paciente se amolda na terceira exceção


citada, evidenciando motivo idôneo para a denegação da benesse, não fazendo jus à
prisão domiciliar, e, apesar de acostada as certidões de nascimento dos três filhos,
com idade de 05 (cinco) e 02 (dois) anos, e 11 (onze) meses (Evento 1, Arquivo 4),
porque foi beneficiada, no dia 23/06/2020, com a prisão domiciliar, com a imposição de
medidas cautelares diversas da prisão, pela prática do mesmo crime, porém reiterou a
conduta ilícita em menos de 20 (vinte) dias.
Nesse sentido o entendimento desta Colenda Câmara:
“[…] HABEAS CORPUS. (...) CONVERSÃO DA PRISÃO PREVENTIVA EM DOMICILIAR, POR
SER MÃE DE UMA CRIANÇA DE 07 ANOS DE IDADE. IMPOSSIBILIDADE. 5)- Inviável o pleito

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NR.PROCESSO: 5540554-08.2020.8.09.0000
de substituição do recolhimento da paciente junto ao cárcere pela prisão domiciliar, ao argumento
de que ela possui filho menor de 12 anos, conforme nova redação do artigo 318, inciso V, do CPP
(Lei nº 13.257/16), seja por ausência de prova de indispensabilidade da mãe nos cuidados com a
criança, seja por inadequado o ambiente familiar e convívio materno, máxime pela demonstrada
possibilidade de reiteração delitiva da paciente..." (TJGO, 1ª Câmara Criminal, Habeas Corpus
5205381-93.2020.8.09.0000, Rel. Des(a). WILSON SAFATLE FAIAD, julgado em 21/07/2020,
DJe de 21/07/2020).

De outro ângulo, o princípio da presunção de inocência mencionado pela defesa deve


ser observado, não se olvidando, no entanto, que preenchidos os requisitos para a
prisão preventiva não ocorre violação ao referido princípio se essa for decretada,
mormente por não possuir caráter condenatório, conforme Súmula 9 do Superior
Tribunal de Justiça e julgados desta Colenda Câmara, verbis:
“HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. PRISÃO PREVENTIVA. FUNDAMENTAÇÃO NOS
REQUISITOS DO ART. 312, DO CPP. INEXISTÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. Não
há falar em arbitrariedade ou excesso na segregação, se mantida por se encontrarem presentes
requisitos da prisão preventiva, quais sejam, garantia da ordem pública, conveniência da
instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal, inexistindo ofensa ao princípio da
presunção de inocência. ORDEM INDEFERIDA.” (TJGO, 1ª CÂMARA CRIMINAL, HABEAS-
CORPUS nº 76267-36.2013.8.09.0000, Rel. DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS, julgado em
04/04/2013, DJe 1286 de 18/04/2013).

Outrossim, afirma o impetrante que a paciente é primária, possui bons antecedentes,


residência fixa e profissão lícita, inexistindo assim requisitos para a segregação
antecipada.
Ao compulsar os autos, verifica-se que não foi carreado documentação necessária
para comprovação do alegado, porque não se comprovou o exercício de atividade
laboral fixa, com registro de CTPS, pois a mera declaração particular de emprego não
atende esta finalidade, e a residência no distrito da culpa, porque em em nome de
terceira pessoa e com localidade diversa do lançado na declaração de emprego, não
fazendo jus, dessa forma, a imposição das medidas previstas na Lei 12.403/11:
“HABEAS CORPUS. CRIMES DE TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES E ASSOCIAÇÃO
PARA O TRÁFICO. INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE REVOGAÇÃO DA CONSTRIÇÃO
CAUTELAR. DECISÃO FUNDAMENTADA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO
CARACTERIZADO. (…) BONS PREDICADOS. REINCIDÊNCIA DEMONSTRADA. 3 - Bons
predicados pessoais, por si sós, não ensejam a liberdade provisória, mesmo porque, o paciente é
reincidente. (…) 5- ORDEM CONHECIDA E DENEGADA” (TJGO, 1ª CÂMARA CRIMINAL,
HABEAS-CORPUS nº 372973-63.2014.8.09.0000, Rel. DES. AVELIRDES ALMEIDA PINHEIRO
DE LEMOS, julgado em 11/11/2014, DJe 1676 de 24/11/2014).

Sobre o pedido de concessão da liberdade, pelo propalado excesso de prazo da


prisão, a paciente foi presa em 13/07/2020, ou seja, há 120 (cento e vinte) dias,
portanto o prazo de 148 (cento e quarenta e oito) dias para a formação da culpa na Lei
11.343/06 não restou extrapolado.

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NR.PROCESSO: 5540554-08.2020.8.09.0000
Ademais disso, em consulta ao Sistema de Primeiro Grau deste Tribunal, os autos
aguardam a apresentação de defesa preliminar pelo corréu, para posterior
recebimento da denúncia e designação de audiência de instrução e julgamento.
Assim, verifica-se que, até o momento, o processo tramita regularmente, dentro dos
prazos legais, apesar da necessária expedição de várias cartas precatórias para o bom
andamento, não restando configurado o propalado constrangimento ilegal, máxime
porque não se presta o habeas corpus a salvaguardar excesso de prazo futuro,
conforme entendimento desta Colenda Câmara:
“HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. ILEGALIDADE DA CONSTRIÇÃO CAUTELAR.
PRISÃO DOMICILIAR. REITERAÇÃO DE PEDIDO. EXCESSO DE PRAZO FUTURO. NÃO
CONSTRANGIMENTO. 1. É impossível o reexame, por esta Corte de Justiça, de matéria cuja
temática constitui mera reiteração de pedido fundado em idêntica causa de pedir, em que o
paciente já recebeu a prestação jurisdicional. 2. Não extrapolado o prazo global para o
encerramento da instrução processual, não há que se falar de constrangimento ilegal,
considerando-se excesso de prazo futuro. ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E, NESTA
EXTENSÃO, DENEGADA." (TJGO, 1ª Câmara Criminal, Habeas Corpus 5379946-
36.2020.8.09.0000, Rel. Des(a). ITANEY FRANCISCO CAMPOS, julgado em 16/09/2020, DJe de
16/09/2020).

Ante os fundamentos acima elencados, vê-se que a paciente não está sofrendo, por
enquanto, constrangimento ilegal a ser amparado pelo presente writ.
Ao teor do exposto, acolhendo o parecer da douta Procuradoria-Geral de Justiça em
sua fundamentação, conheço da ordem impetrada e a denego.
É como voto.
Goiânia, 19 de novembro de 2020.

Desembargador Nicomedes Borges


Relator
HABEAS CORPUS N° 5540554-08.2020.8.09.0000
Comarca : Caiapônia
Impetrante : Bruno Silva Faria
Paciente : Mylenna Carolina Lopes de Araújo
Relator : Desembargador Nicomedes Borges

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NR.PROCESSO: 5540554-08.2020.8.09.0000
EMENTA: HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. PRISÃO EM
FLAGRANTE CONVERTIDA EM PREVENTIVA. REVOGAÇÃO. MEDIDAS
CAUTELARES. FUNDAMENTAÇÃO. SUFICIÊNCIA. NEGA. PRESUNÇÃO
DE INOCÊNCIA. PREDICADOS PESSOAIS. NÃO COMPROVAÇÃO.
PRISÃO DOMICILIAR. FILHOS MENORES. NÃO PREENCHIMENTO DOS
PRESSUPOSTOS. PRATICA DO FATO DURANTE CONCESSÃO DE
PRISÃO DOMICILIAR. EXCEPCIONALIDADE. EXCESSO DE PRAZO
FUTURO. AUSÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO. 1) Mantém-se a prisão,
afastando-se a alegação de ilegalidade do constrangimento, se
demonstradas, por situações objetivas e concretas, a necessidade de
preservar o equilíbrio da ordem pública, acautelar o meio social, tendo em
vista a gravidade do crime pelo modus operandi, tráfico de drogas (1.460kg
de maconha, e 414g de crack), além do modus operandi da paciente,
indicativos da traficância, pois praticava o crime com seu convivente,
visando entregar a terceiro, encarregado da distribuição na região,
notoriamente causadores de instabilidade no meio social, além de ter
reiterado na conduta menos de 20 dias da concessão de benefício da prisão
domiciliar, com a imposição de medidas cautelares diversas da prisão, pela
prática do mesmo crime, preenchendo todos os requisitos legais
necessários. 2) Não há que se falar em ofensa ao Princípio da Presunção de
Inocência, pois o inciso LXI do artigo 5º da Constituição Federal, permite a
possibilidade de prisão por ordem escrita e fundamentada da autoridade
competente, requisito implementado no caso. 3) Condições pessoais
favoráveis não são suficientes para garantir eficazmente a restituição da
liberdade, máxime se não comprovados, quando a medida constritiva se
mostra em estrita observância dos requisitos listados no artigo 312 do
Código de Processo Penal. 4) A paciente não faz jus à prisão domiciliar, em
razão da ausência de comprovação da guarda e necessidade premente de
acompanhamento dos infantes, demonstrando que a concessão de tal
benesse não é razoável, adequada e suficiente, por ter envolvido uma
menor no crime, haja vista que fica caracterizada a especial perigosidade da
paciente para o meio social, em especial porque praticou o fato estando em
prisão domiciliar, de modo que a sua prisão preventiva se sobrepõe ao seu
aspecto humanitário, na linha da excepcionalidade assentada no HC
Coletivo nº 143641, pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal. 5) Não
extrapolado o prazo global para o encerramento da instrução processual,
não há que se falar de constrangimento ilegal, considerando-se excesso de
prazo futuro. 6) ORDEM CONHECIDA E DENEGADA.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de HABEAS CORPUS Nº 5540554-


08.2020.8.09.0000, da Comarca de Caiapônia, tendo como impetrante BRUNO SILVA
FARIA e paciente MYLENNA CAROLINA LOPES DE ARAÚJO.
ACORDA, o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pelos integrantes da 1ª
Câmara Criminal, na conformidade da ata de julgamento, por unanimidade de votos e
acolhendo o Parecer Ministerial de Cúpula, em conhecer da ordem impetrada e

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NR.PROCESSO: 5540554-08.2020.8.09.0000
denegá-la, conforme voto do relator.
Participaram do julgamento e votaram com o Relator os Desembargadores Itaney
Francisco Campos, Ivo Fávaro e J. Paganucci Jr., que também presidiu a sessão,
bem como o Doutor Wilson Safatle Faiad (Juiz em substituição à Des. Avelirdes
Almeida Pinheiro de Lemos).
Esteve presente na sessão de julgamento o nobre Procurador de Justiça Doutor
Abrão Amisy Neto.
Goiânia, 19 de novembro de 2020.

Desembargador Nicomedes Borges


Relator 16

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NR.PROCESSO: 5540554-08.2020.8.09.0000
EMENTA: HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. PRISÃO EM
FLAGRANTE CONVERTIDA EM PREVENTIVA. REVOGAÇÃO. MEDIDAS
CAUTELARES. FUNDAMENTAÇÃO. SUFICIÊNCIA. NEGA. PRESUNÇÃO
DE INOCÊNCIA. PREDICADOS PESSOAIS. NÃO COMPROVAÇÃO.
PRISÃO DOMICILIAR. FILHOS MENORES. NÃO PREENCHIMENTO DOS
PRESSUPOSTOS. PRATICA DO FATO DURANTE CONCESSÃO DE
PRISÃO DOMICILIAR. EXCEPCIONALIDADE. EXCESSO DE PRAZO
FUTURO. AUSÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO. 1) Mantém-se a prisão,
afastando-se a alegação de ilegalidade do constrangimento, se
demonstradas, por situações objetivas e concretas, a necessidade de
preservar o equilíbrio da ordem pública, acautelar o meio social, tendo em
vista a gravidade do crime pelo modus operandi, tráfico de drogas (1.460kg
de maconha, e 414g de crack), além do modus operandi da paciente,
indicativos da traficância, pois praticava o crime com seu convivente,
visando entregar a terceiro, encarregado da distribuição na região,
notoriamente causadores de instabilidade no meio social, além de ter
reiterado na conduta menos de 20 dias da concessão de benefício da prisão
domiciliar, com a imposição de medidas cautelares diversas da prisão, pela
prática do mesmo crime, preenchendo todos os requisitos legais
necessários. 2) Não há que se falar em ofensa ao Princípio da Presunção de
Inocência, pois o inciso LXI do artigo 5º da Constituição Federal, permite a
possibilidade de prisão por ordem escrita e fundamentada da autoridade
competente, requisito implementado no caso. 3) Condições pessoais
favoráveis não são suficientes para garantir eficazmente a restituição da
liberdade, máxime se não comprovados, quando a medida constritiva se
mostra em estrita observância dos requisitos listados no artigo 312 do
Código de Processo Penal. 4) A paciente não faz jus à prisão domiciliar, em
razão da ausência de comprovação da guarda e necessidade premente de
acompanhamento dos infantes, demonstrando que a concessão de tal
benesse não é razoável, adequada e suficiente, por ter envolvido uma
menor no crime, haja vista que fica caracterizada a especial perigosidade da
paciente para o meio social, em especial porque praticou o fato estando em
prisão domiciliar, de modo que a sua prisão preventiva se sobrepõe ao seu
aspecto humanitário, na linha da excepcionalidade assentada no HC
Coletivo nº 143641, pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal. 5) Não
extrapolado o prazo global para o encerramento da instrução processual,
não há que se falar de constrangimento ilegal, considerando-se excesso de
prazo futuro. 6) ORDEM CONHECIDA E DENEGADA.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido em Parte e Não-Provido - Data da


Movimentação 26/11/2020 16:50:41

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5554461-50.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : JGR
POLO PASSIVO : JP
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : JGR


ADVG. PARTE : 35900 GO - THIAGO AGUINALDO MOREIRA SILVA

PARTE INTIMADA : TAMS


ADVG. PARTE : 35900 GO - THIAGO AGUINALDO MOREIRA SILVA

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 13:51:28

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 0002334-24.2019.8.09.0128
CLASSE PROCESSUAL : Ação Penal de Competência do Júri ( CPP )
POLO ATIVO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS
POLO PASSIVO : DIONY DAS CHAGAS SOUZA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : DIONY DAS CHAGAS SOUZA


ADVGS. PARTE : 58559 GO - MARDISON ALVES DE OLIVEIRA
52910 GO - MARCIO TULIO RODRIGUES DUARTE

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 13:58:25

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5525883-77.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Execução Penal
POLO ATIVO : JOSÉ TEMOTEO DA PAZ
POLO PASSIVO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JOSÉ TEMOTEO DA PAZ


ADVG. PARTE : 11341 DF - JOSE RODRIGUES

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Concessão -> Liminar - Data da
Movimentação 27/11/2020 13:51:45

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5604771-60.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : ANTONIO LUCAS DO CARMO ARAUJO
POLO PASSIVO : SAÚDE PÚBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ANTONIO LUCAS DO CARMO ARAUJO


ADVG. PARTE : 56580 GO - ANTONIO LUCAS DO CARMO ARAUJO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5604771-60.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador J. Paganucci Jr.

HABEAS CORPUS

Número : 5604771-60.2020.8.09.0000

Comarca : GOIANIRA

Impetrante : ANTONIO LUCAS DO CARMO ARAÚJO

Paciente : LARA GOMES DA SILVA

Relator : DES. J. PAGANUCCI JR.

DECISÃO

Trata-se de habeas corpus liberatório com pedido liminar, impetrado pelo advogado
ANTONIO LUCAS DO CARMO ARAÚJO, em benefício de LARA GOMES DA SILVA,
devidamente qualificada nos autos, indicando como autoridade coatora o juízo da Vara de
Execução Penal da Comarca de Goianira.

Extrai-se da inicial que a paciente foi condenada a pena de 01 (um) ano e 08 (oito)
meses de reclusão no regime aberto, com trânsito em julgado para a acusação em 25/06/2018.

Aduz a ocorrência da prescrição da pretensão executória já que no intervalo entre o


trânsito em julgado para acusação, até a presente data, já teria implementado o lapso temporal
necessário ao reconhecimento da causa extintiva da pena, acrescentando que a paciente ao
tempo do cometimento do crime era menor de 21 (vinte e um) anos e por isso o prazo deve ser
computado pela metade.

Registra que paciente já foi intimada para dar inicio ao cumprimento da pena, sendo
necessária a “interrupção da execução até a decisão final a ser proferida neste writ.

Assim sendo, pede seja concedida a ordem, liminarmente, para determinar a


suspensão da execução e, por ocasião do julgamento definitivo, que seja reconhecida a
prescrição da pretensão executória pelas razões já declinadas.

Documentos anexados (movimentação 01).

Relatado.

Decido.

Como medida cautelar excepcional, a liminar em habeas corpus, além daquelas


condições de toda e qualquer ação, exige requisitos que são a base para concessão de referida
medida, quais sejam, o periculum in mora ou perigo na demora, quando há probabilidade de dano
irreparável, e o fumus boni iuris ou fumaça do bom direito, se os elementos da impetração
indicam a existência de ilegalidade.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Validação pelo código: 10493567017502401, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/PendenciaPublica
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5604771-60.2020.8.09.0000
Vislumbro na espécie, de forma cristalina, os pressupostos legais para a concessão do
pleito liminar.

Nesta esteira, vê-se que se encontra presente a plausibilidade do direito alegado, já que
a documentação colacionada demonstra que a sentença penal condenatória, transitou em julgado
para a condenação em 25/06/2018, conforme ofício anexado na movimentação 01, arquivo 04, ao
passo que também foi juntado ao feito a certidão de nascimento da paciente, bem como o
acórdão proferido por este Sodalício que redimensionou a reprimenda corpórea para 01 (um) ano
e 08 (oito) meses de reclusão, o que demonstra, em juízo de cognição superficial, a probabilidade
de ter ocorrido a prescrição da pretensão executória, nos moldes do que preveem os artigos 109,
inciso V, c/c 115, 110, c/c 112, inciso I, todos do Código Penal.

De igual forma, presente o periculum in mora, diante do fato de já ter sido ordenada a
intimação da paciente para iniciar o cumprimento da pena, o que poderia ensejar na restrição de
sua liberdade de forma indevida por expiar uma pena que já prescrita.

Pelo exposto, CONCEDO a liminar pretendida, para determinar a suspensão da


execução penal 5012832-34.2019.8.09.0051, até o julgamento definitivo deste writ.

Oficie com urgência à autoridade coatora para fiel cumprimento deste decisum,
oportunidade em que deverá prestar as informações pertinentes.

Após, abra-se vista à Procuradoria-Geral de Justiça.

Goiânia, 27 de novembro de 2020.

DES. J. PAGANUCCI JR.


RELATOR

IX35

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 26/11/2020


17:55:16

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5524503-19.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : JUSTIÇA PUBLICA
POLO PASSIVO : DIELSON MATEUS DA SILVA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JUSTIÇA PUBLICA


ADVG. PARTE : 54112 GO - ALEX FIRMINO DA COSTA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5524503-19.2020.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Desembargadora Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos

HABEAS CORPUS Nº 5524503-19.2020.8.09.0000

COMARCA DE ANÁPOLIS

IMPETRANTE : ALEX FIRMINO DA COSTA

PACIENTE : DIELSON MATEUS DA SILVA

RELATOR : Dr. WILSON SAFATLE FAIAD

Juiz de Direito Substituto em Segundo Grau

DESPACHO

Em mesa, para que o feito seja apreciado na Sessão de Julgamento do dia 03.12.2020, às 13h.

Goiânia, 26 de novembro de 2020

Dr. WILSON SAFATLE FAIAD


Juiz de Direito Substituto em Segundo Grau
RELATOR
01/03

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 14:11:53

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 0259160-81.2015.8.09.0175
CLASSE PROCESSUAL : Inquérito Policial ( CPP )
POLO ATIVO : MINISTERIO PUBLICO
POLO PASSIVO : JOSEVANDO NEVES DE MAGALHAES
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JOSEVANDO NEVES DE MAGALHAES


ADVG. PARTE : 28554 GO - JOSÉ LOPES DA LUZ FILHO

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 14:13:00

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 0125733-53.2019.8.09.0011
CLASSE PROCESSUAL : Ação Penal - Procedimento Ordinário ( CPP )
POLO ATIVO : MINISTÉRIO PÚBLICO
POLO PASSIVO : GABRIEL PEREIRA DE SOUZA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : GABRIEL PEREIRA DE SOUZA


ADVGS. PARTE : 41353 GO - JEAN FILLIPE ALVES DA ROCHA
42085 GO - VICTOR HUGO PEIXOTO GONDIM TEIXEIRA LEITE

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 14:26:29

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 0279863-19.2016.8.09.0136
CLASSE PROCESSUAL : Ação Penal - Procedimento Ordinário ( CPP )
POLO ATIVO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS
POLO PASSIVO : ALDAIR PEDRO DA SILVA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ALDAIR PEDRO DA SILVA


ADVG. PARTE : 42537 GO - NATHALY DANIANE RIOS

PARTE INTIMADA : LUIS PAULO LIMA DA SILVA


ADVG. PARTE : 46229 GO - TIMOTEO DE LA CRUZ FERNANDES

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Não-Concessão -> Liminar - Data da
Movimentação 27/11/2020 14:24:49

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5603735-80.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : UYARA LOPES DE SOUZA
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : UYARA LOPES DE SOUZA


ADVG. PARTE : 47866 GO - UYARA LOPES DE SOUZA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5603735-80.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador J. Paganucci Jr.

HABEAS CORPUS

Número : 5603735-80.2020.8.09.0000

Comarca : GOIÂNIA

Impetrante : UYARA LOPES DE SOUZA

Paciente : DOUGLAS DA SILVA MOURA

Relator : DES. J. PAGANUCCI JR

DECISÃO

Trata-se de habeas corpus liberatório, com pedido liminar, impetrado pela advogada
UYARA LOPES DE SOUZA, com fulcro nos artigos 5º, inciso LXVIII, da Constituição Federal e
647 a 667, do Código de Processo Penal, em favor de DOUGLAS DA SILVA MOURA,
devidamente qualificado, indicando como autoridade coatora o juízo do 3º Juizado de Violência
Doméstica e Familiar contra a Mulher da comarca de Goiânia/GO.

A impetrante relata que, no dia 07/08/2020, foram deferidas medidas protetivas de


urgência em desfavor do paciente, pela suposta prática dos crimes previstos nos artigos 140 e
147, ambos do Código Penal c/c artigo 7º, da Lei 11.340/06, cometidos, em tese, contra sua ex-
companheira Aparecida de Kassia Oliveira da Silva, que sustenta que no dia 03/06/2020,
DOUGLAS teria invadido a sua residência, no período matutino e tentado levar, de forma
obrigatória, a filha do ex-casal, para coagi-la a retomar o relacionamento, ainda, desferindo
palavras de baixo calão, fazendo ameaças e atirando pedras no imóvel.

Aduz que a acusação é inverídica, que não existem indícios de autoria e materialidade
e que, no dia mencionado pela hipotética vítima, o paciente estava trabalhando como técnico em
enfermagem na Vila São José Bento Cottolengo, em Trindade/GO, conforme comprovado por sua
folha de ponto.

Verbera que a ex-mulher está tentando afastar o paciente do convívio familiar com a
menor, em clara alienação parental, inclusive, tendo mudado de endereço sem avisar ou ao
menos comunicar, estando sem notícias da criança desde o dia 11/05/2020.

Afirma que a autoridade impetrada indeferiu o pedido de revogação das medidas


protetivas.

Defende que tem o direito à liberdade de conviver com sua filha e fazer parte de seu
desenvolvimento, ainda que as visitações sejam intermediadas por terceira pessoa, como um
conselheiro tutelar ou membro da família.

Ao final, requer a concessão liminar da ordem, para que as medidas protetivas sejam
revogadas. Subsidiariamente, que seja excluída tão somente a proibição em relação à criança,
com a confirmação por ocasião da análise de mérito.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em
Assinado por J. PAGANUCCI JR.
Validação pelo código: 10483567017552417, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/PendenciaPublica
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5603735-80.2020.8.09.0000
Junta documentos (movimentação 01).

Autos originários vinculados (5382626-35.2020.8.09.0051).

Relatado.

Decido.

Como medida cautelar excepcional, a liminar em habeas corpus, além daquelas


condições de toda e qualquer ação, exige requisitos que são a base para concessão de referida
medida, quais sejam, o periculum in mora ou perigo na demora, quando há probabilidade de dano
irreparável, e o fumus boni iuris ou fumaça do bom direito, se os elementos da impetração
indicam a existência de ilegalidade.

Do exame dos autos, verifica-se a necessidade de contato com as informações a serem


prestadas pela autoridade impetrada para que se possa analisar as alegações deduzidas, até
porque, a princípio, verifica-se que as medidas protetivas foram deferidas tendo em vista a
natureza do ato praticado, para assegurar a preservação da integridade física e psicológica da
vítima, ocasião em que consignou-se:

“(...) Isso porque, conforme assentado em sede policial, a vítima narrou que o
seu ex-companheiro, no mês de junho, teria invadido sua residência, querendo
pega a filha menor do casal, para ‘levá-la’ embora, com o intuito de reatarem o
relacionamento. Demais disso, conforme descrito, o requerido teria jogado
pedras nas janelas da residência, assim como a xingava e a ameaçou de morte.
Afirmou, ainda, que a filha não queria ir a casa do pai, desde a última visita e que
está apresentando ‘repulsas’ ao genitor. Por fim, a ofendida destacou que o
requerido está procurando pela ofendida, desde que ela foi embora para a
cidade de Gurupi/TO, onde está morando com a mãe, pois segundo ela
declarou, o requerido teria dito para o sobrinho da ofendida que ela ‘achou um
problema do tamanho deste ano e que a Justiça estava procurando-a’” (...).

Nesses termos, a magistrada fixou em desfavor de DOUGLAS a proibição de se


aproximar da vítima e da filha menor, bem como de seus familiares, a menos de 300 (trezentos)
metros e proibição em manter contato com a ofendida e a filha, bem como seus familiares, por
qualquer meio de comunicação.

Pontuou, que “diante da gravidade da situação exposta no expediente policial, o


contexto em que a ofendida está inserida pode ser nocivo à filha menor”, entendendo como
necessário a realização de estudo por equipe multidisciplinar, a fim de esclarecer até que ponto o
convívio com o pai mostra-se inadequado, de forma a compatibilizar estas medidas protetivas
com o suposto direito de visitas e guarda dos genitores com a criança.

Ainda, com o escopo de acautelar o direito posto, estendeu as medidas protetivas


pleiteadas pela ofendida à criança, na medida em que não restou claro se vítima e paciente já
possuíam acordo formalizado acerca do direito de visitas e guarda perante a vara de família
específica (arquivo 02, movimentação 01).

Finalmente, verifica-se que, ao indeferir o pedido de revogação das medidas protetivas


de urgência, a juíza mencionou que o laudo confeccionado pelo SAVID concluiu por evidências
de risco como: “’condição socioeconômica da mulher, percepção da existência de risco,
desemprego da mulher, filhos de relacionamento anterior, presença de pessoas que requerem
cuidados na família (criança e adolescente), stalking, escalada da violência’”, estando, portanto
configurada situação de vulnerabilidade (arquivo 02, movimentação 01).

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5603735-80.2020.8.09.0000
Portanto, no presente caso, não se demonstram, de forma cristalina, os pressupostos
legais para a concessão do pleito, eis que ausentes, cumulativamente, o periculum in mora e o
fumus boni iuris.

De consequência, INDEFIRO o pedido liminar, ao tempo em que determino sejam


solicitadas, em caráter de urgência, informações à autoridade dita coatora, fazendo-a ciente da
presente decisão.

Após, vista à Procuradoria-Geral de Justiça.

Goiânia, 27 de novembro de 2020.

DES. J. PAGANUCCI JR.


RELATOR

HRV

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Não Concessão - Data da Movimentação 27/11/2020


14:55:08

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5570923-82.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : TARCISIO GRATÃO GONDIM
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : TARCISIO GRATÃO GONDIM


ADVG. PARTE : 33819 GO - TARCISIO GRATÃO GONDIM

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5570923-82.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador J. Paganucci Jr.

HABEAS CORPUS

Número : 5570923-82.2020.8.09.0000

Comarca : GOIÂNIA

Impetrante : TARCÍSIO GRATÃO GONDIM

Paciente : LUCAS RAPHAEL SANTANA

Relator : DES. J. PAGANUCCI JR

RELATÓRIO e VOTO

Trata-se de habeas corpus liberatório, com pedido liminar, impetrado pelo advogado
TARCÍSIO GRATÃO GONDIM, com fulcro nos artigos 5º, inciso LXVIII, da Constituição Federal e
647, do Código de Processo Penal, em favor de LUCAS RAPHAEL RIBEIRO SANTANA,
devidamente qualificado, indicando como autoridade coatora o juízo da 11ª Vara Criminal da
comarca de Goiânia/GO.

Extrai-se da inicial e do processo originário vinculado (autos 5323406-09.2020), que o


paciente foi preso em flagrante delito, no dia 05/07/2020, pela suposta prática das condutas
típicas previstas nos artigos 33, caput, da Lei 11.343/06 e 12, da Lei 10.826/03, por, em tese,
manter em depósito 09 (nove) porções de maconha, acondicionadas em plástico incolor, do tipo
“zip”, com massa bruta de 11,476 g (onze gramas, quatrocentos e setenta e seis miligramas), 01
(uma) porção de cocaína, acondicionada em plástico incolor do tipo “zip”, pesando 1,704 g (um
grama, setecentos e quatro miligramas) e 01 (uma) arma de fogo, do tipo revólver, marca Taurus,
calibre 38, numeração 507130, com 04 (quatro) munições de mesmo calibre, tudo sem
autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar.

Assevera o impetrante que não existem motivos para manutenção da segregação


cautelar, tendo em vista que o paciente preenche todos os requisitos para responder ao processo
em liberdade.

Pontua que o paciente possui três filhas menores de idade, com 03 (três), 05 (cinco) e
06 (seis) anos, que dependem dele para sua subsistência, destacando que o pedido de prisão
domiciliar foi indeferido pelo juízo impetrado, não se tratando, pois, de supressão de instância.

Aduz que o paciente possui bronquite e asma, ainda, que necessita de tratamento
médico em virtude de uma cirurgia realizada no ano de 2011, que o impossibilita de realizar
qualquer esforço físico, enquadrando-se no grupo de risco relacionado à pandemia da covid-19,
nos termos da recomendação 62, do CNJ.

Cita a decisão exarada pelo STF no HC 165704.

Ao final, requer a concessão liminar da ordem de habeas corpus, para que seja
concedida ao paciente a prisão na modalidade domiciliar, ainda que mediante a imposição de

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5570923-82.2020.8.09.0000
outras medidas cautelares, com destaque ao monitoramento eletrônico, e confirmação quando da
análise meritória. Subsidiariamente, que seja determinada a realização de avaliação médica por
perito nomeado.

Junta documentos (movimentação 01).

Autos originários vinculados (5323406-09.2020.8.09.0051).

Pedido liminar indeferido (movimentação 06).

Informações prestadas pela autoridade impetrada (movimentação 09).

A Procuradoria-Geral de Justiça, por sua representante, Zoélia Antunes Vieira, é pelo


conhecimento e denegação da ordem (movimentação 12).

Relatado.

Passo ao voto.

Cediço que não se cogita ausência de fundamentação de decisão que decreta a


custódia cautelar quando, concomitantemente, arrimada em condição autorizadora prevista no
artigo 312, do Código de Processo Penal, e nas circunstâncias fáticas do caso concreto.

Ao contrário do aduzido na impetração, verifica-se que a decisão objurgada está


embasada na gravidade concreta da conduta imputada, consubstanciada na suposta apreensão
de “12 g de substância entorpecente, bem como de 01 (um) revólver, marca Taurus, calibre 38,
numeração 507130 e 04 (quatro) munições calibre 38”, e no risco de reiteração delitiva, já que o
paciente “possui execução penal em tramitação na Vara de Execução Penal, Meio Aberto e
Medidas Alternativas da comarca de Anápolis/GO”, o que é consentâneo com a necessidade da
medida extrema para a garantia da ordem pública (movimentação 12, autos originários).

Quanto às circunstâncias das hipotéticas condutas, narra a denúncia:

“(...) Consta que, no dia 05/07/2020, policiais militares em patrulhamento


pelo Jardim Real, nesta urbe, avistaram Robson e LUCAS em atitude
suspeita em frente a uma residência, aparentemente negociando uma
porção de entorpecente, sendo que, ao visualizar a viatura, o denunciado
adentrou rapidamente ao imóvel. Diante das suspeitas, os agentes públicos
procederam a abordagem de Robson, o qual acabou por revelar que havia
acabado de comprar uma porção de maconha pelo valor de R$20,00 (vinte
reais) e que havia dispensado o entorpecente. Ato contínuo, diante da
evidência de tráfico de drogas, os policiais adentraram no imóvel, instante
em que LUCAS correu para os fundos do lote e jogou um objeto no terreno
vizinho. Em seguida, os militares abordaram e revistaram o denunciado,
ocasião em que em sua posse foi encontrada a quantia de R$24,00 (vinte e
quatro reais) e, no interior da residência, foram encontradas oito porções
de maconha e uma porção de crack, embaladas em plástico tipo ziplock.
Na sequência, os policiais encontraram uma porção de maconha perto do
portão da casa, a qual fora dispensada pelo comprador, bem como, no
imóvel vizinho, encontraram um revólver, calibre 38,municiado com 04
(quatro) munições, no chão, ao lado do muro, sendo constatado que este
era o objeto que o denunciado acabara de jogar. Em razão disso, foi
realizada a prisão em flagrante delito de LUCAS RAPHAEL RIBEIRO
SANTANA (Auto de Prisão em Flagrante à mov. 1, arq. 1), sendo

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5570923-82.2020.8.09.0000
apreendidas as substâncias ilícitas, as munições e demais objetos (Termo
de Exibição e Apreensão à mov. 1, arq. 2). Posteriormente, foi juntado o
Laudo de Perícia Criminal de constatação das drogas apreendidas (mov. 1,
arq. 9) (...)” (movimentação 31, autos originários).

Assim, apesar da quantidade de droga apreendida não ser de grande monta, 09 (nove)
porções de maconha, acondicionadas em plástico incolor, do tipo “zip”, com massa bruta de
11,476 g (onze gramas, quatrocentos e setenta e seis miligramas), 01 (uma) porção de cocaína,
acondicionada em plástico incolor do tipo “zip”, pesando 1,704 g (um grama, setecentos e quatro
miligramas), o contexto da suposta conduta demonstra, em tese, a ocorrência do crime de tráfico
de drogas, revelando a gravidade concreta da ação delitiva, tendo em vista que houve a
abordagem de um usuário que afirmou ter acabado de adquirir o entorpecente do paciente, bem
como, apreensão de arma de fogo e munições, remanescendo, portanto, os motivos que
ensejaram o decreto de prisão preventiva para garantia da ordem pública, incomportável a
revogação da medida extrema, fundamentadamente, decretada pela julgadora.

Soma-se a isso, o demonstrado risco de reiteração delitiva, na medida em que o


paciente “possui execução penal em tramitação na Vara de Execução Penal, Meio Aberto e
Medidas Alternativas da comarca de Anápolis/GO”.

Vale frisar, é assente a jurisprudência dos Tribunais no sentido de que a possibilidade


de reiteração criminosa serve como motivação fundamental da prisão.

A propósito, precedente do Superior Tribunal de Justiça:

“HABEAS CORPUS. IMPETRAÇÃO ORIGINÁRIA. SUBSTITUIÇÃO AO


RECURSO ESPECIAL CABÍVEL. IMPOSSIBILIDADE. TRÁFICO DE
ENTORPECENTES. PORTE ILEGAL DE ARMA OU MUNIÇÃO DE USO
RESTRITO. PRISÃO EM FLAGRANTE. CONCESSÃO DE LIBERDADE
PROVISÓRIA MEDIANTE CONDIÇÕES. DECRETO DE PRISÃO
PREVENTIVA EM SEDE DE JULGAMENTO DE RECURSO EM SENTIDO
ESTRITO DO MINISTÉRIO PÚBLICO. SEGREGAÇÃO FUNDADA NO
ART. 312 DO CPP. CIRCUNSTÂNCIAS DO DELITO. QUANTIDADE E
NATUREZA DA SUBSTÂNCIA TÓXICA CAPTURADA. GRAVIDADE
CONCRETA. HISTÓRICO CRIMINAL DO AGENTE. RISCO EFETIVO DE
REITERAÇÃO. GARANTIA DA ORDEM E SAÚDE PÚBLICA.
SEGREGAÇÃO JUSTIFICADA E NECESSÁRIA. COAÇÃO ILEGAL
INEXISTENTE. WRIT NÃO CONHECIDO (...) 2. Não há ilegalidade no
decreto da prisão preventiva quando demonstrada, com base em fatores
concretos, a sua imprescindibilidade para garantir a ordem e a saúde
pública, dada a gravidade da conduta incriminada, evidenciada pelas
circunstâncias em que cometido o delito e pelo histórico criminal do
indiciado (...). 4. Tais circunstâncias indicam sua habitualidade delitiva,
demonstrando que a prisão preventiva do ora paciente se encontra
justificada e é realmente necessária. 5. O fato de o acusado ostentar
condenação penal anterior por tráfico de drogas e porte de armas, reforça
a existência do periculum libertatis, autorizando a manutenção da custódia
preventiva. 6. Habeas corpus não conhecido.” (HC 497.175/RS, Rel.
Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 26/03/2019, DJe
04/04/2019).

Não se olvide que no processo penal brasileiro, a prisão cautelar é medida excepcional,
que somente poderá ocorrer se comprovada sua real necessidade, que, no caso em tela, restou

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NR.PROCESSO: 5570923-82.2020.8.09.0000
devidamente demonstrada.

Portanto, tais circunstâncias, ao menos em uma análise apriorística, são capazes de


demonstrar a periculosidade do acusado e a intranquilidade social que a soltura deste causaria, o
que torna necessária a manutenção da custódia cautelar.

No tocante aos predicados pessoais, cediço que estes, isoladamente, ainda que
existentes, não autorizam a concessão da liberdade, quando presentes os requisitos ensejadores
da prisão, tampouco se mostra adequada a aplicação de outras medidas cautelares, não havendo
que se falar em ofensa ao princípio da presunção de inocência.

Nesse sentido:

“HABEAS CORPUS. TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS. (...). 2)


Demonstrada, com suporte nos elementos dos autos, a necessidade de
manutenção da custódia cautelar do paciente para a garantia da ordem
pública, em face da gravidade do crime, tráfico ilícito de entorpecentes,
aliada à quantidade e poder viciante da droga apreendida e à possibilidade
de reiteração delitiva, já que o paciente já respondeu por outro crime de
tráfico, inexiste constrangimento a ser reparado via do Writ. 3) Predicados
pessoais, ainda que comprovados, por si só, não autorizam a revogação da
prisão cautelar, quando presentes os requisitos dos artigos 312 e 313 do
Código de Processo Penal. 4) Indevida a aplicação de medidas cautelares
diversas da prisão quando a segregação encontra-se justificada e mostra-
se imprescindível para acautelar a ordem pública. 5) A prisão provisória
não fere os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e da
presunção de inocência pois, a própria Constituição, no artigo 5º, inciso
LXI, permite a possibilidade de prisão em flagrante ou por ordem
fundamentada e escrita da autoridade competente. 6) A superlotação do
sistema prisional não impõe, por si só, a concessão de liberdade provisória
ao paciente. ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E, NESSA PARTE,
DENEGADA” (TJGO, HC 5500981-60.2020.8.09.0000, Rel. Des(a).
NICOMEDES DOMINGOS BORGES, 1ª Câmara Criminal, julgado em
10/11/2020, DJe de 10/11/2020).

Quanto ao pedido de conversão da prisão na modalidade domiciliar, ao analisar o


pedido de revogação da custódia cautelar, consignou a magistrada:

“(...) Nessa senda, cumpre observar que o acusado não comprovou que
pertence a qualquer grupo de risco, o que poderia causar o agravamento
de seu estado de saúde em caso de eventual contágio. Ademais, deve ser
considerado que ele também está sujeito à contaminação mesmo fora do
sistema prisional. Ainda, esclareço que os documentos juntados pela
defesa na tentativa de demonstrar o estado de saúde do requerente são
datados de 2011, portanto, completamente desatualizados.

Quanto à alegação de que o acusado é responsável pelo sustento de seus


filhos menores, entendo que o simples fato de possuir filhos menores de
idade por si só não autoriza a substituição da prisão preventiva pela prisão
domiciliar ou outra medida cautelar menos gravosa, ademais, o acusado
sequer comprovou ser o único responsável pelo sustento e cuidados dos
filhos, podendo outros familiares ficarem responsáveis (...)”
(movimentação 01).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5570923-82.2020.8.09.0000
Nesse trilhar, tendo em vista que a juntada das certidões de nascimentos dos filhos
menores, por si sós, não comprovam ser o paciente o único responsável pelos cuidados e
subsistência das crianças, bem como que o relatório médico anexado, datado de 2011 com
recomendação de afastamento de LUCAS RAPHAEL das atividades de esforço por 04 (quatro)
meses, tampouco demonstra que ele integre o chamado grupo de risco, com maior chance de
morte ou complicações em caso de contágio pelo novo coronavírus, não fazendo jus, por hora, a
concessão do benefício pleiteado.

Em relação à postulada realização de avaliação médica por perito nomeado, não há nos
autos indicação de que o pedido tenha sido formulado na origem, tratando-se, pois, de indevida
supressão de instância.

Por fim, vale mencionar, ainda, que o processo originário se encontra em fase
avançada, aguardando-se tão somente a apresentação de alegações finais em forma de
memorias pela defesa, para que seja proferida a sentença.

Por conseguinte, inexistindo ilegalidade ou abuso de poder nos atos proferidos pela
autoridade dita coatora, não há espaço para a concessão do remédio constitucional.

Conclusão: acolho o parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, em sua


fundamentação, conheço parcialmente do pedido e, nesta extensão, denego a ordem impetrada.

É o voto.

EMENTA

HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. POSSE


IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO.
AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA.
PREDICADOS PESSOAIS. PRISÃO DOMICILIAR.
AVALIAÇÃO MÉDICA. 1- Estando o decreto de prisão
suficientemente fundamentado, revelando a presença dos
requisitos insertos no artigo 312, do CPP, diante de
elementos concretos emergentes dos autos, não deve a
prisão cautelar ser revogada. 2- Cediço que a presença de
predicados pessoais, isoladamente, ainda que existentes,
não garante a liberdade, quando outros elementos nos
autos convergem para a imperiosidade da custódia, não
se mostrando suficientes as medidas cautelares
alternativas. 3- Não há que se falar em concessão da
custódia na modalidade domiciliar, quando não
comprovado que o paciente seja o único responsável aos
cuidados dos filhos menores, tampouco que integre o
chamado grupo de risco em relação ao contágio pelo novo
coronavírus. 4- Não tendo o pedido de realização de
perícia por médico oficial sido objeto de exame pelo juízo
a quo, não cabe à Corte se pronunciar sobre ele, sob
pena de indevida supressão de instância. 5- Ordem
parcialmente conhecida e, nesta extensão, denegada.

ACÓRDÃO

Vistos e relatados os presentes autos, acordam os componentes do Tribunal de Justiça

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NR.PROCESSO: 5570923-82.2020.8.09.0000
do Estado de Goiás, pela Primeira Câmara Criminal, por unanimidade de votos, acolhido o
parecer ministerial, em conhecer parcialmente do pedido e, nesta extensão, denegar a ordem
impetrada, nos termos do voto do Relator, proferido na assentada do julgamento.

Votaram, além do Relator, que presidiu a sessão, o Doutor Wilson Safatle Faiad,
substituto da Desembargadora Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos, e os Desembargadores
Nicomedes Domingos Borges, Itaney Francisco Campos e Ivo Favaro.

Proferiu sustentação oral o Doutor Tarcísio Gratão Gondim.

Presente ao julgamento o Doutor Abrão Amisy Neto, digno Procurador de Justiça.

Goiânia, 26 de novembro de 2020.

DES. J. PAGANUCCI JR.


RELATOR

HRV/2020

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NR.PROCESSO: 5570923-82.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS

Número : 5570923-82.2020.8.09.0000

Comarca : GOIÂNIA

Impetrante : TARCÍSIO GRATÃO GONDIM

Paciente : LUCAS RAPHAEL SANTANA

Relator : DES. J. PAGANUCCI JR

EMENTA

HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. POSSE


IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO.
AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA.
PREDICADOS PESSOAIS. PRISÃO DOMICILIAR.
AVALIAÇÃO MÉDICA. 1- Estando o decreto de prisão
suficientemente fundamentado, revelando a presença dos
requisitos insertos no artigo 312, do CPP, diante de
elementos concretos emergentes dos autos, não deve a
prisão cautelar ser revogada. 2- Cediço que a presença de
predicados pessoais, isoladamente, ainda que existentes,
não garante a liberdade, quando outros elementos nos
autos convergem para a imperiosidade da custódia, não
se mostrando suficientes as medidas cautelares
alternativas. 3- Não há que se falar em concessão da
custódia na modalidade domiciliar, quando não
comprovado que o paciente seja o único responsável aos
cuidados dos filhos menores, tampouco que integre o
chamado grupo de risco em relação ao contágio pelo novo
coronavírus. 4- Não tendo o pedido de realização de
perícia por médico oficial sido objeto de exame pelo juízo
a quo, não cabe à Corte se pronunciar sobre ele, sob
pena de indevida supressão de instância. 5- Ordem
parcialmente conhecida e, nesta extensão, denegada.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


14:54:38

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5570419-76.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : MGM
POLO PASSIVO : JP
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : MGM


ADVG. PARTE : 25323 GO - MIRELLE GONSALEZ MACIEL

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


14:55:12

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5566582-13.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : FLAVIO RODRIGUES CORDEIROS DOS SANTOS
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : FLAVIO RODRIGUES CORDEIROS DOS SANTOS


ADVG. PARTE : 28504 BA - FLÁVIO RODRIGUES CORDEIRO DOS SANTOS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5566582-13.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Ivo Favaro

IMPETRANTE : FLÁVIO RODRIGUES CORDEIRO DOS SANTOS


PACIENTE : REINILTON MARCELINO DOS SANTOS
RELATOR : DES. IVO FAVARO

D E S P A C H O

Em mesa.
Notifique-se da sessão de julgamento do dia 03.12.2020, às
13 h.

Des. Ivo Favaro


Relator
09

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


15:06:33

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5602464-36.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : LEONARDO PIRES DE CARVALHO DE OLIVEIRA
POLO PASSIVO : SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : LEONARDO PIRES DE CARVALHO DE OLIVEIRA


ADVG. PARTE : 51831 GO - LEONARDO PIRES DE CARVALHO OLIVEIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5602464-36.2020.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Desembargadora Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos

HABEAS CORPUS Nº 5602464-36.2020.8.09.0000

COMARCA DE APARECIDA DE GOIÂNIA

IMPETRANTE: Leonardo Pires de Carvalho de Oliveira

PACIENTE: Geovane Oliveira dos Santos

RELATOR: Dr. Wilson Safatle Faiad

Juiz de Direito Substituto em Segundo Grau

DESPACHO

Analisando os autos, verifica-se que não foi formulado pedido de liminar.

Assim, oficie-se à autoridade indigitada coatora para que preste as devidas informações, no prazo
de 24 horas.

Em seguida, ouça-se a douta Procuradoria-Geral de Justiça.

Urgencie-se.

Goiânia, 27 de novembro de 2020.

Dr. Wilson Safatle Faiad

Juiz de Direito Substituto em Segundo Grau

RELATOR

04-03

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


27/11/2020 15:16:13

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5593586-25.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : WESLEY JUNIO RODRIGUES ALVES
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PÚBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : WESLEY JUNIO RODRIGUES ALVES


ADVG. PARTE : 62463 DF - RENATA OLIVEIRA MACHADO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5593586-25.2020.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Ivo Favaro

IMPETRANTE : RENATA OLIVEIRA MACHADO


PACIENTE : WESLEY JUNIO RODRIGUES ALVES
RELATOR : DES. IVO FAVARO

DECISÃO MONOCRÁTICA

Pede-se soltura de Wesley Junio Rodrigues Alves, preso preventivamente


16.11.2018, e denunciado junto com Annilson Josefran da Silva Soares, nas sanções
do artigo 121, § 2º, II e IV, do Código Penal, pela morte de Daniel de Souza Martins,
em 27.11.2013, a tiros. Aponta autoridade coatora o Juiz de Direito da Vara Criminal
da Comarca de Luziânia.

Relata que esta Corte julgou o HC 5195226.31, por unanimidade, concedeu


ao paciente o direito de responder o processo em liberdade. No entanto, em
1º.10.2020, a custódia fora novamente decretada; o paciente ficou preso
provisoriamente mais de 2 (dois) anos e a primeira fase do procedimento escalonado
ainda não se encerrou; que ausentes os requisitos do artigo 312 do Código de
Processo Penal; que a situação permite a substituição por cautelares. Pede a liminar e,
no mérito, a confirmação.

Juntou documentos.

Decido.

De início, em consulta aos autos originais nº 0156234-82.2017, ao contrário


do sustentado na impetração, nota-se que a custódia não foi novamente decretada,
mas reavaliação da prisão preventiva, nos moldes do artigo 316, parágrafo único, do
Código de Processo Penal.
Não passa alheio que a regularidade da medida constritiva e o excesso de
prazo para o encerramento da primeira fase do procedimento escalonado já foram
objetos de apreciação por esta Corte no HC 5195226.31, que conheceu em parte e
concedeu a ordem impetrada, à unanimidade, na sessão dia 25.06.2020. Confira-se:

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5593586-25.2020.8.09.0000
“HABEAS CORPUS. COVID-19. PEDIDO NA ORIGEM. FILHOS
MENORES. AUSÊNCIA DE PROVA PRÉ-CONSTITUÍDA. NÃO
CONHECIMENTO. PRISÃO PREVENTIVA. LOCAL INCERTO. EXCESSO
DE PRAZO. ORDEM CONCEDIDA. 1 - O requerimento de soltura em
virtude da pandemia, deve ser realizado, inicialmente, na origem. 2 -
Ausente a prova pré constituída, não se conhece de pleito a ela referente. 3
- Caracterizado o excesso de prazo para o encerramento da primeira fase
do procedimento escalonado, impõe-se o relaxamento da custódia cautelar.
Ordem parcialmente conhecida e concedida” (TJGO, HC 5195226-
31.2020.8.09.0000, Rel. Des(a). IVO FAVARO, 1ª Câmara Criminal, julgado
em 30/06/2020, DJe de 30/06/2020).

Em contato telefônico no gabinete judicial, constatou-se que o paciente está


em liberdade e, em razão de à época os autos terem sido encaminhados para
digitalização, o magistrado não tomou conhecimento da sua soltura e, por isso,
reavaliou a prisão, apesar de já relaxada há mais de três meses.
Assim, não há informação sobre segregação tardia, imediata ou iminente do
paciente.
Trata-se de pedido já decidido por esta Corte de Justiça, sem demonstração
de fato novo apto a autorizar a análise do pleito contido na inicial. Indefiro liminarmente
a petição inicial, nos termos dos artigos 485, V, do Código de Processo Civil, e 175, II,
do RITJGO.
Publique-se.
Após as anotações de estilo, arquivem-se os autos com baixa na distribuição.

Des. Ivo Favaro


Relator

09

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


27/11/2020 15:19:09

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5518353-22.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : RLF
POLO PASSIVO : JCE
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : RLF


ADVGS. PARTE : 27777 GO - THIAGO MARÇAL FERREIRA BORGES
23521 GO - RENATO LEANDRO FELIPE

PARTE INTIMADA : TMFB


ADVGS. PARTE : 27777 GO - THIAGO MARÇAL FERREIRA BORGES
23521 GO - RENATO LEANDRO FELIPE

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


27/11/2020 15:20:39

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5603823-21.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : ISMAIL LUIZ GOMES
POLO PASSIVO : MM. JUIZ DE DIREITO DE BOM JESUS (GO)
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ISMAIL LUIZ GOMES


ADVG. PARTE : 28996 GO - ISMAIL LUIZ GOMES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5603823-21.2020.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Ivo Favaro

IMPETRANTE : ISMAIL LUIZ GOMES


PACIENTE : RAPHAEL SOARES ALVES DE FREITAS
RELATOR : DES. IVO FAVARO

DECISÃO MONOCRÁTICA

Pede-se a soltura de Raphael Soares Alves De Freitas, preso em flagrante em


02.12.2018, convertida em preventiva, e pronunciado pela suposta infração do artigo
121, § 2º, incisos I e IV, do Código Penal. Aponta autoridade coatora o Juiz de Direito
da Vara Criminal da Comarca de Bom Jesus.
É da denúncia que Vilmar teria contratado, pelo valor de R$ 50.000,00
(cinquenta mil reais), Joaquim dos Santos, Nathanael Cardoso dos Santos, Gilberto
Alves Da Silva e o paciente para matarem a ex mulher, vereadora Roseli Aparecida de
Oliveira Rocha.
No dia 02.12.2018, em Bom Jesus, com a colaboração de Joaquim e
Raphael, Nathanael e Gilberto abordaram e renderam a vítima, que saía de casa em
seu veículo e armados (cedida por Vilmar), foi colocada dentro do carro e levada para
a BR-452, rumo a Itumbiara. Ainda no trajeto, Nathanael deu três tiros nela; Gilberto
perdeu o controle do veículo, colidindo com uma árvore, levando-os a abandonar o
carro e fugir a pé. Após investigações, eles foram presos.
O impetrante alega que o paciente está preso há mais de 717 (setecentos e
dezessete dias) sem o trânsito em julgado do acórdão do recurso interposto no
Tribunal de Justiça; ausência de provas para a condenação; que não estão presentes
os requisitos do artigo 312 do Código de Processo Penal; que o paciente tem bons
predicados, que o possibilitam responder em liberdade; que o decreto prisional não é
proporcional tampouco razoável; que em caso de condenação será fixada pena
mínima e regime menos gravoso; a situação permite a aplicação de medidas
cautelares; alerta sobre a pandemia da COVID-19 e a insalubridade do presídio; a
necessidade de substituição pela domiciliar. Pede a liminar e, no mérito, a concessão
definitiva.
Juntou documentos.
Distribuição por prevenção ao RESE nº 0157648-36.
É o relatório. Decido.
Constata-se, de plano, que já foi impetrado outro habeas corpus, de nº

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Assinado por IVO FAVARO
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Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 1182 de 5858
ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5603823-21.2020.8.09.0000
5596134-66, em que figura o mesmo paciente, com idêntica causa de pedir,
configurando litispendência.
Assim, indefiro liminarmente o pedido, com extinção do processo, nos termos
dos artigos 175, II e 235, I, do RITJGO.
Publique-se.
Após as anotações de estilo, arquivem-se, com baixa na distribuição.

Des. Ivo Favaro


Relator

09

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


27/11/2020 15:27:46

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5599623-72.2020.8.09.0128
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : GUSTAVO LÚCIO ERICSON
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PÚBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : GUSTAVO LÚCIO ERICSON


ADVG. PARTE : 60069 DF - GUSTAVO LÃCIO ERICSON

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5599623-72.2020.8.09.0128
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Ivo Favaro

IMPETRANTES: GUSTAVO LÚCIO ERICSON E OUTRO


PACIENTES : FRANCISCO ITAMAR GOMES DA SILVA
RELATOR : DES. IVO FAVARO

DECISÃO MONOCRÁTICA

Habeas Corpus impetrado em favor de Francisco Itamar Gomes da Silva, condenado


pelo Júri a 24 (vinte e quatro) anos de reclusão, regime fechado, por envolvimento na morte de
Gleydson Gean Benevides Santos (art. 121, § 2º, II, III e IV, do CP). Não apontada autoridade
coatora.

A apelação da defesa foi parcialmente provida para reduzir a pena para 14 (catorze)
anos de reclusão, mantido o fechado (AC 0092061-28.2018.8.09.0128, Rel. Des. Ivo Favaro, 1ª
Câmara Criminal, data do julgamento 24.11.2020).

Afirmada ausência de justa causa para a ação penal, dada ausência da prova de
participação do paciente no fato e ilicitude daquelas obtidas por meio de interceptação telefônica.
Quer a liminar para ser trancada a ação penal ou a substituição da prisão pela domiciliar, para
continuidade de tratamento médico especializado (síndrome de Sjogren – evento 1; arquivo 20) e,
no mérito, a confirmação.

Juntaram documentos.

Autos distribuídos por prevenção a apelação criminal nº 5530991-87.

É o relatório. Decido.

A impetração não cuidou indicar a autoridade coatora.

Não bastasse, o pedido ressai exaurido, sem campos para maiores discussões, uma
vez que já proferida sentença condenatória, que, inclusive, foi confirmada no julgamento em
Segundo Grau nº 0092061-28.2018.8.09.0128, conforme adiantado, cujo acórdão ficou assim
ementado:

“APELAÇÃO CRIMINAL. HOMICÍDIO. CONDENAÇÃO. MANTIDA. JÚRI. SOBERANIA.


PENA. REDUÇÃO. POSSIBILIDADE. 1 – Estando a decisão amparada no acervo
probatório, mantém-se a sentença, em atenção ao princípio constitucional da soberania
dos veredictos. 2 – Constatado equívoco na fixação da pena, impõe-se o
redimensionamento. Recurso parcialmente provido”.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5599623-72.2020.8.09.0128
Certo, portanto, que o Tribunal de Justiça assumiu a posição de autoridade coatora,
competindo ao Superior Tribunal de Justiça o exame de recurso daí oriundo, nos termos do artigo
105, inciso I, letra ‘c’ da Constituição Federal.

Confira-se:

HABEAS CORPUS PREVENTIVO. COMANDO DE EXPEDIÇÃO, POR JUÍZO DE


PRIMEIRO GRAU, DE MANDADO DE PRISÃO-PENA EM DESFAVOR DO
PACIENTE. IMINÊNCIA DE COAÇÃO ILEGAL EM RAZÃO DA NULIDADE ABSOLUTA
DA INTIMAÇÃO DA DEFESA SOBRE O CONTEÚDO DE PROVIMENTO
DENEGATÓRIO DE SEGUIMENTO A RECURSO ESPECIAL INTERPOSTO EM
DESPRESTÍGIO DE ACÓRDÃO CONFIRMATÓRIO DA SENTENÇA
CONDENATÓRIA, BEM ASSIM DAS SEQUENCIAIS CERTIFICAÇÃO DO TRÂNSITO
EM JULGADO DA CONDENAÇÃO E DEVOLUÇÃO DOS AUTOS DO PROCESSO
PENAL À INSTÂNCIA DE ORIGEM. COMPETÊNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA. NÃO CONHECIMENTO. Constatado que, apesar de a impetração indigitar
como coator juízo de primeiro grau, o habeas corpus objetiva, em realidade, o
reconhecimento da nulidade absoluta de atos praticados por esta própria Casa, impõe-
se o não conhecimento do writ, por competir ao Superior Tribunal de Justiça o exame
do remédio heroico impugnativo de ato ilegal praticado por tribunal inferior (art. 105, I,
“c”, CF). HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO. (TJGO, HC 191771-
22.2015.8.09.0000, Rel. DR(A). SIVAL GUERRA PIRES, 1A CAMARA CRIMINAL, DJe
29/07/2015).

Por fim, o laudo pericial da Junta Médica do TJGO, embora inserido com algumas
folhas ilegíveis, concluiu que não há demonstração de estado de saúde débil que o predisponha a
maior risco no ambiente carcerário. Até há, demais, indicativo de receber tratamento médico
adequado (evento 1; arquivo 20).

Ante o exposto, indefiro liminarmente a petição inicial, com fundamento no artigo 235,
inciso I, do RITJGO, por ser manifestamente inadmissível.

Publique-se.

Após as anotações de estilo, arquivem-se, com baixa na distribuição.

Des. Ivo Favaro


Relator

09

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


15:29:13

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5565923-04.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : PEDRO ALVES DE CARVALHO NETO
POLO PASSIVO : JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE QUIRINOPOLIS/GO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : PEDRO ALVES DE CARVALHO NETO


ADVG. PARTE : 46388 GO - PEDRO ALVES DE CARVALHO NETO

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5565923-04.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS Nº 5565923-04.2020.8.09.0000
COMARCA DE QUIRINÓPOLIS
IMPETRANTE PEDRO ALVES DE CARVALHO NETO
PACIENTE BRANDOWN HENRIQUE ALVES OLIVEIRA
RELATOR DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

DESPACHO

Trata-se de “habeas corpus”, com pedido de liminar, impetrado pelo advogado PEDRO ALVES
DE CARVALHO NETO, em favor de BRANDOWN HENRIQUE ALVES OLIVEIRA, qualificado,
informando como autoridade coatora o juízo da Vara Criminal da comarca de Quirinópolis-GO.

Em mesa, para sessão de videoconferência aprazada para o dia 3 de dezembro de 2020, às 13


horas.

Intimem-se.

Goiânia, 27 de novembro de 2020.

DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS


RELATOR

7-FSD

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 27/11/2020 15:30:43

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5598302-95.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : ISMAIL LUIZ GOMES
POLO PASSIVO : MM. JUIZ DE DIREITO DE BOM JESUS (GO)
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ISMAIL LUIZ GOMES


ADVG. PARTE : 28996 GO - ISMAIL LUIZ GOMES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5598302-95.2020.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Ivo Favaro

IMPETRANTE : ISMAIL LUIZ GOMES


PACIENTE : NATHANAEL CARDOSO DOS SANTOS
RELATOR : DES. IVO FAVARO

DECISÃO

Pede-se a soltura de Nathanael Cardoso dos Santos, preso em flagrante em


02.12.2018, convertida em preventiva, e pronunciado pela suposta infração do artigo
121, § 2º, incisos I e IV, do Código Penal. Aponta autoridade coatora o Juiz de Direito
da Vara Criminal da Comarca de Bom Jesus.

É da denúncia que Vilmar teria contratado, pelo valor de R$ 50.000,00


(cinquenta mil reais), Joaquim dos Santos, Raphael Soares Alves de Freitas, Gilberto
Alves da Silva e o paciente para matarem a ex mulher, vereadora Roseli Aparecida de
Oliveira Rocha.

No dia 02.12.2018, em Bom Jesus, com a colaboração de Joaquim e


Raphael, Nathanael e Gilberto abordaram e renderam a vítima, que saía de casa em
seu veículo e armados (cedida por Vilmar), foi colocada dentro do carro e levada para
a BR-452, rumo a Itumbiara. Ainda no trajeto, Nathanael deu três tiros nela; Gilberto
perdeu o controle do veículo, colidindo com uma árvore, levando-os a abandonar o
carro e fugir a pé. Após investigações, eles foram presos.

O impetrante alega que o paciente está preso há mais de 717 (setecentos e


dezessete dias) sem o trânsito em julgado do acórdão do recurso interposto no
Tribunal de Justiça; ausência de provas para a condenação; que não estão presentes
os requisitos do artigo 312 do Código de Processo Penal; que o paciente tem bons
predicados, que o possibilitam responder em liberdade; que o decreto prisional não é
proporcional tampouco razoável; que em caso de condenação será fixada pena
mínima e regime menos gravoso; a situação permite a aplicação de medidas
cautelares; alerta sobre a pandemia da COVID-19 e a insalubridade do presídio; a
necessidade de substituição pela domiciliar. Pede a liminar e, no mérito, a concessão
definitiva.

Juntou documentos.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5598302-95.2020.8.09.0000
Distribuição por prevenção ao RESE nº 0157648-36.

É o relatório. Decido.

Especulação a respeito de pena e regime mostra-se inoportuna no momento.

A questão referente a ausência de provas da autoria do fato também não tem


lugar neste espaço. A propósito, registra-se que o recurso em sentido
estrito foi desprovido por esta Corte de Justiça, mantida a
pronúncia do paciente.

Eventual excesso de prazo deve ser arguido no Superior


Tribunal de Justiça, considerando que o recurso da ação penal
está no Tribunal de Justiça aguardando julgamento de embargos
opostos pelo corréu Vilmar.

De outro ângulo, no que se refere à prisão preventiva, tira-se que foi


pronunciado como provável envolvido na morte da vereadora Roseli.

A manutenção da cautelaridade na pronúncia, está justificada, segundo a


sentenciante, à necessidade de manter a medida restritiva da liberdade do paciente.
Reportou ao fato de não haver alteração na situação fática a recomendar revisão das
decisões anteriormente prolatadas.

Nesta fase inicial, o fundamento mostra-se suficiente para permanência do


cárcere provisório, ao menos até a instrução final do pedido.

No caso, vale ressaltar que o paciente permaneceu preso durante toda a


instrução criminal, tanto que o Tribunal, no HC nº 5595759.90.2018, julgado em
08.01.2019, conheceu e denegou a ordem lastreado na gravidade da conduta e
periculosidade do agente (TJGO, HC 5595759-90.2018.8.09.0000, Rel. Nicomedes
Domingos Borges, 1ª Câmara Criminal, julgado em 25/01/2019, DJe 25/01/2019).

Por fim, a impetração não logrou demonstrar ser o paciente portador de


enfermidade que o exponha a risco maior de contágio viral e nem de ter pleiteado, na

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NR.PROCESSO: 5598302-95.2020.8.09.0000
origem, prisão domiciliar com base na recomendação do CNJ, impedindo a Corte
adiantar-se na questão. Demais, tem sido envidados esforços precisos e adequados
para a proteção dos internos, mesmos os provisórios.

Sem identificação pronta de ilegalidade ou abuso de poder, descabe a


intervenção de urgência. Indefiro a liminar. Dê-se ciência.

Requisitem informações, para em seguida ouvir a Procuradoria-Geral de


Justiça.

Des. Ivo Favaro


Relator

09

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


15:34:31

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5574994-30.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : ROOSEVERT KRISNAMURT FERREIRA
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ROOSEVERT KRISNAMURT FERREIRA


ADVG. PARTE : 29627 GO - ROOSEVELT KRISNAMURT FERREIRA

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5574994-30.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador J. Paganucci Jr.

HABEAS CORPUS

Número : 5574994-30.2020.8.09.0000

Comarca : APARECIDA DE GOIÂNIA

Impetrante : ROOSEVELT KRISNAMURT FERREIRA

Paciente : FÁBIO DE SIQUEIRA DO NASCIMENTO

Relator : DES. J. PAGANUCCI JR.

DESPACHO

Em mesa para julgamento na sessão do dia 03 de dezembro de 2020.

Goiânia, 27 de novembro de 2020.

DES. J. PAGANUCCI JR.


RELATOR

M6/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


14:56:07

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5574081-48.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : JOSÉ ROBERTO FERREIRA CAMPOS
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : LUIS FERNANDO RODRIGUES MACEDO


ADVG. PARTE : 12508 GO - JOSÉ ROBERTO FERREIRA CAMPOS

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5574081-48.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Ivo Favaro

IMPETRANTE : JOSÉ ROBERTO FERREIRA CAMPOS


PACIENTE : LUÍS FERNANDO RODRIGUES MACEDO
RELATOR : DES. IVO FAVARO

D E S P A C H O

Em mesa.
Notifique-se da sessão de julgamento do dia 03.12.2020, às
13 h.

Des. Ivo Favaro


Relator
09

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Não-Concessão -> Liminar - Data da
Movimentação 27/11/2020 15:34:31

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5606206-69.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : ALEXANDRE LUIZ MACIEL FONTENELE
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ALEXANDRE LUIZ MACIEL FONTENELE


ADVG. PARTE : 46630 DF - ALEXANDRE LUIZ MACIEL FONTENELE

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5606206-69.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador J. Paganucci Jr.

HABEAS CORPUS

Número : 5606206-69.2020.8.09.0000

Comarca : VALPARAÍSO DE GOIÁS

Impetrante : ALEXANDRE LUIZ MACIEL FONTENELE

Paciente : LUIZ FERNANDO PRAZERES DE SOUZA

Relator : DES. J. PAGANUCCI JR.

DECISÃO

Trata-se de habeas corpus liberatório, com pedido liminar, impetrado pelo advogado
ALEXANDRE LUIZ MACIEL FONTENELE, em favor de LUIZ FERNANDO PRAZERES DE
SOUZA, qualificado, indicando como autoridade coatora o juízo da 2ª Vara Criminal da comarca
de Valparaíso de Goiás/GO.

Extrai-se dos documentos acostados que o paciente foi preso preventivamente, no dia
18 de junho de 2020, e denunciado pela suposta prática dos crimes previstos nos artigos 171,
caput, do Código Penal, por diversas vezes, 171, caput, c/c 14, inciso II, ambos do Código Penal,
e 304, c/c 298 e 299, todos do Código Penal.

O impetrante sustenta a ocorrência de excesso de prazo para o encerramento da


instrução processual, sob a alegação de que o paciente se encontra custodiado há mais de 160
(cento e sessenta) dias, sem que a defesa tenha contribuído para a injustificável demora,
malferindo o princípio constitucional da razoável duração do processo.

Aponta que o pedido de revogação da prisão formulado na origem encontra-se


pendente de análise há mais de 30 (trinta) dias, além de ter informado e reiterado ao juízo a quo
que não foi possível a apresentação das alegações finais, em razão da gravação da audiência por
videoconferência não estar acessível, contudo, não obteve resposta até o momento.

Aduz sobre a desnecessidade da segregação cautelar do paciente, fazendo jus à


concessão da liberdade provisória, sobretudo, em razão de seus predicados pessoais, tais como
ser tecnicamente primário, possuir bons antecedentes, residência fixa, exercer atividade laboral
lícita e ter sido diagnosticado com “hipertensão arterial e pré-diabetes”, não pretendendo se furtar
de eventual aplicação da lei penal ou obstar a instrução processual, além de não se tratar de
crime cometido com violência ou grave ameaça. Invoca o princípio constitucional da presunção de
inocência.

Verbera que, em caso de hipotética condenação, o paciente cumprirá a pena em regime


diverso do fechado, evidenciando a desnecessidade da medida extrema.

Intercede pela suficiência e adequação das medidas cautelares diversas da prisão,


elencadas no artigo 319, do Código de Processo Penal.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5606206-69.2020.8.09.0000
Por essas razões, requer a concessão liminar da ordem impetrada, para que seja
revogada a prisão preventiva decretada, mediante a eventual aplicação de medidas cautelares
alternativas, expedindo-se o respectivo alvará de soltura em favor do paciente, com a sua
confirmação na análise de mérito. Subsidiariamente, pleiteia o imediato recambiamento do
paciente para a comarca de Valparaíso de Goiás/GO.

Junta documentos (movimentação 01 – arquivo 02/20).

Relatado.

Decido.

Como medida cautelar excepcional, a liminar em habeas corpus, além daquelas


condições de toda e qualquer ação, exige requisitos que são a base para concessão de referida
medida, quais sejam, o periculum in mora ou perigo na demora, quando há probabilidade de dano
irreparável, e o fumus boni iuris ou fumaça do bom direito, se os elementos da impetração
indicarem a existência de ilegalidade.

Inicialmente, importa consignar que a alegação de ausência dos fundamentos para a


manutenção da prisão preventiva do paciente, mediante a invocação de seus predicados
pessoais, suficiência de medidas cautelares, princípios da presunção de inocência e da
homogeneidade, bem como de ter sido diagnosticado com “hipertensão arterial e pré-diabetes” já
foi objeto de julgamento do habeas corpus 5312748-79.2020.8.09.0000, ocorrido em 18 de agosto
de 2020, cuja ordem foi parcialmente conhecida e, nesta extensão, denegada, à unanimidade,
pela 1ª Câmara Criminal (maiúsculo), ante a subsistência dos motivos concretos que a
ensejaram.

Atinente ao aventado excesso de prazo para a formação da culpa, cediço que não se
afere por meio aritmético, devendo ser observados parâmetros para a concepção de um prazo
razoável, que pode variar de acordo com as particularidades de cada caso, o que demanda a
análise casuística, à luz do princípio da proporcionalidade.

Na hipótese, em juízo de cognição superficial, tornam-se imperiosas as informações a


serem prestadas pela autoridade impetrada, a fim de saber sobre o andamento atualizado da
ação penal, bem como dos pedidos de revogação da prisão e da disponibilização da mídia da
audiência, contendo a gravação integral dos depoimentos, apresentados pela defesa, visando
possibilitar o cotejo de eventual demora irrazoável na condução do feito, todavia, não prevejo
patente ilegalidade apta a autorizar a concessão antecipada do writ, diante da notícia de que a
instrução já foi encerrada, aguardando-se tão somente os memoriais finais defensivos.

Vale salientar que a liminar em sede de habeas corpus, por ser medida extraordinária,
seu caráter de providência cautelar exige a análise rigorosa e cumulativa acerca dos elementos
autorizadores da sua concessão.

Por conseguinte, não se demonstram de forma cristalina os pressupostos legais para a


concessão do pleito, eis que ausentes, cumulativamente, o periculum in mora e o fumus boni iuris
.

Pelo exposto, INDEFIRO a liminar pleiteada, ao tempo em que determino sejam


solicitadas, em caráter de urgência, informações à apontada autoridade coatora, fazendo-a ciente
da presente decisão.

Após, vista à Procuradoria-Geral de Justiça.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5606206-69.2020.8.09.0000
Goiânia, 27 de novembro de 2020.

DES. J. PAGANUCCI JR.


RELATOR

JC

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


15:47:07

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5451704-75.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : PAULO ROBERTO BORGES DA SILVA
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : PAULO ROBERTO BORGES DA SILVA


ADVG. PARTE : 36395 GO - PAULO ROBERTO BORGES DA SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5451704-75.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS Nº 5451704-75.2020.8.09.0000

Comarca : Goiânia

Impetrante : Paulo Roberto Borges da Silva

Paciente : Marcos Allan de Jesus

Relator : Desembargador Nicomedes Borges

DESPACHO

Em mesa para a sessão de julgamento por videoconferência do dia 03/12/2020, às 13h00.

Goiânia, 27 de novembro de 2020.

Desembargador Nicomedes Borges

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Determinação - Data da Movimentação


27/11/2020 16:07:39

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5243372-62.2020.8.09.0143
CLASSE PROCESSUAL : Ação Penal - Procedimento Ordinário ( CPP )
POLO ATIVO : JAIR SILVA DE SOUZA
POLO PASSIVO : OTÁVIO DUTRA DOS SANTOS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : OTÁVIO DUTRA DOS SANTOS


ADVGS. PARTE : 31430 GO - RODOLFO DA SILVA MORAES
23672 GO - ADRIELY FURTADO MARINHO

PARTE INTIMADA : FABIO MATHEUS ARAUJO SILVA


ADVGS. PARTE : 20502 GO - JULIANO GOMES CIRQUEIRA
26916 DF - ELIANE PAULINO DOS SANTOS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5243372-62.2020.8.09.0143
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE GOIÁS

2ª. VARA JUDICIAL

GABINETE DO JUIZ CAMILO SCHUBERT LIMA

Ação Penal - Procedimento Ordinário ( CPP )

Autos: 5243372-62.2020.8.09.0143

Promovente: Jair Silva De Souza

Réu: Otávio Dutra Dos Santos

DECISÃO

Vistos.

No caso, reapreciando a matéria, em Juízo de Retratação, nos termos do art. 589, do


Código de Processo Penal, mantenho incólume a decisão de pronúncia do evento n° 152 pelos
seus próprios e jurídicos fundamentos, mormente porque as razões do recurso em sentido estrito
não convenceram do contrário.

Desta sorte, remetam-se os autos ao egrégio Tribunal de Justiça, em tempo hábil, com
nossas reverências, adotando-se as cautelas de praxe.

Cumpra-se.

São Miguel do Araguaia, data e hora da assinatura eletrônica.

CAMILO SCHUBERT LIMA

Juiz de Direito

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


15:48:16

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5538782-10.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : LUDMILA RORIZ
POLO PASSIVO : 1º VARA CRIMINAL DA COMARCA DE LUZIÂNIA-GO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : LUDMILA RORIZ


ADVG. PARTE : 42922 GO - LUDMILA RORIZ

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5538782-10.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS N° 5538782-10.2020.8.09.0000
Comarca : Luziânia
Impetrante : Ludmila Roriz
Paciente : Mario De Mari Neto
Relator : Desembargador Nicomedes Borges

DESPACHO

Em mesa para julgamento a ser realizado no dia 03/12/2020, por meio de videoconferência, com
início às 13:00 horas.
Intimem-se.
Goiânia, 27 de novembro de 2020.

Desembargador Nicomedes Borges


Relator

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Não-Concessão -> Liminar - Data da
Movimentação 27/11/2020 15:51:11

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5596999-46.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : LORRAINE CRISTINA ALVES DE OLIVEIRA SILVA
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PÚBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : LORRAINE CRISTINA ALVES DE OLIVEIRA SILVA


ADVG. PARTE : 49017 GO - LORRAINE CRISTINA ALVES DE OLIVEIRA SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5596999-46.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Nicomedes Borges
HABEAS CORPUS N° 5596999-46.2020.8.09.0000
Comarca Caiapônia
Impetrante Lorraine Cristina Alves de Oliveira Silva
Paciente Valdivino Batista Ferreira Neto
Relator Desembargador Nicomedes Borges

DECISÃO LIMINAR

A advogada Lorraine Cristina Alves de Oliveira Silva, com


fundamento no artigo 5º, inciso LXVIII, da Constituição Federal e
artigo 647 do Código de Processo Penal, impetra a presente
ordem de habeas corpus, com pedido de liminar, em proveito de
Valdivino Batista Ferreira Neto, qualificado, indicando como
autoridade coatora o juízo da Vara Criminal da Comarca de
Caiapônia-GO.
Consta da inicial e dos documentos colacionados aos
autos que o paciente foi preso em flagrante delito no dia
2.8.2020, por volta das 2h, posteriormente convertida em
preventiva, acusado da suposta prática dos crimes definidos no
artigo 33, caput, da Lei 11.343/06 c/c artigo e artigo 69 do
Código Penal.
Intentada a revogação da prisão, o pedido foi indeferido.
Sustenta que a decisão judicial que decretou a prisão está
desprovida de fundamentação substancial, haja vista as
justificativas incongruentes e contraditórias a embasar a medida
cautelar, principalmente diante da inexistência de qualquer dos
motivos autorizadores previstos no artigo 312 do Código de
Processo Penal.
Informa que o paciente é primário, tem família constituída,
residência fixa e profissão lícita, não representando nenhuma
ameaça a ordem pública, ao contrário do que afirmou a dirigente
procedimental, mostrando-se a probabilidade de sua

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NR.PROCESSO: 5596999-46.2020.8.09.0000
permanência no cárcere absolutamente desnecessária.
Obtempera a necessidade de observância aos princípios
constitucionais da não-culpabilidade, presunção de inocência e
dignidade da pessoa.
Esclarece que “após análise do APF e denúncia, verifica-
se de acordo com os depoimentos dos policiais que a autoria
imposta ao paciente é duvidosa, pois conforme as alegações
destes, Valdivino, ao perceber a presença dos agentes, saiu em
desabalada carreira para sua residência.”
Nas circunstâncias, considera caracterizada a ilegalidade
do constrangimento a que se encontra submetido o paciente,
impondo-se a suspensão do abuso, mediante concessão da
ordem, liminarmente, para que possa aguardar o julgamento em
liberdade, com a aplicação de outras medidas cautelares
diversas da prisão (art. 319, CPP).
A inicial veio acompanhada de documentos digitalizados.
É o relatório. Decido.
A liminar em sede de habeas corpus reclama para a sua
concessão, como em qualquer outra medida de caráter cautelar,
a presença do fumus comissi delicti e do periculum in mora.
Ao lado destes pressupostos, a doutrina tem orientado
que, exige-se, outrossim, a presença de perigo atual e
probabilidade de dano irreparável, bem como os elementos
verossímeis da existência de ilegalidade no constrangimento.
Sem delongas, tenho por inviável a concessão da tutela
de urgência. É que, como se sabe, ao relator de um habeas
corpus, quando da apreciação monocrática de um pedido de
liminar, não incumbe o enfrentamento minudente e categórico de
questões que constituam o próprio mérito da impetração, sob
pena de arvorar-se de competência do órgão colegiado, juízo
natural da ação constitucional impetrada contra ato de
magistrado de primeiro grau, por força normativa do artigo 15,
inciso I, alínea “b”, RI-TJGO.
E, no caso, não há como negar a realidade de que a
sustentada tese (ausência de fundamentação do decreto
prisional) consiste, genuinamente, no próprio mérito da
impetração, motivo pelo qual sua análise compete ao órgão
colegiado, ao depois do desenvolvimento completo da causa
com a colheita das informações do juízo indigitado coator e do
parecer do fiscal do ordenamento jurídico, na esteira da
intelecção do Superior Tribunal de Justiça, in verbis:
“O reiterado posicionamento jurisprudencial
do Superior Tribunal de Justiça é no sentido de que
a provisão cautelar não se presta à apreciação da

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5596999-46.2020.8.09.0000
questão de mérito da impetração, por implicar
exame indevido e prematuro da matéria de fundo da
ação de habeas corpus, de competência do
colegiado julgador, que não pode e não deve ser
apreciada nos limites da cognição sumária do
relator. Precedentes do STJ” (STJ, 5ª Turma, AgRg.
nº HC. nº 115.631/ES, Rel. Min. Arnaldo Esteves
Lima).
Ainda que assim não fosse, verifica-se, em ato de
avaliação superficial e provisória, que as deliberações judiciais
impugnadas (mov. 1, arqs. 6 e 7), atendem, no mínimo, aos
aspectos extrínsecos de legalidade (artigo 311, 2ª parte; artigo
313, inciso I, e artigo 315, todos do CPP) de que se deve revestir
toda e qualquer deliberação ordenatória e mantenedora de uma
prisão processual, porquanto foram editadas pelo juízo
competente, bem como o magistrado prolator da decisão
explicitou os motivos de seu convencimento quanto à
necessidade da manutenção do enclausuramento provisório.
Nestes termos, indefiro o pedido liminar.
Colham-se as informações junto à autoridade impetrada,
ouvindo-se, em seguida, a douta Procuradoria-Geral de Justiça.
Goiânia, datado e assinado digitalmente.

Desembargador Nicomedes Borges


Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Não-Concessão -> Liminar - Data da
Movimentação 27/11/2020 15:51:58

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5598982-80.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : FLAVIA DA CONCEICAO SILVA
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PÚBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : FLAVIA DA CONCEICAO SILVA


ADVG. PARTE : 56903 GO - FLAVIA DA CONCEICAO SILVA

PARTE INTIMADA : SILVANA SHIRLES LOPES ROCHA


ADVG. PARTE : 56903 GO - FLAVIA DA CONCEICAO SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5598982-80.2020.8.09.0000
Habeas Corpus n.º 5598982-80.2020.8.09.0000
Comarca : Caldas Novas
Impetrantes : Flávia da Conceição Silva e outra
Paciente : Aline Karolina da Silva Queiroz
Relator : Desembargador Nicomedes Borges

DECISÃO LIMINAR

As advogadas Silvânia Shirles L. R. de Andrade e Flávia da Conceição Silva, com fundamento no


artigo 5º, inciso LXVIII, da Constituição da República, artigos 647 e 648, ambos Código de
Processo Penal e artigo 7º, inciso 6º da Convenção Americana sobre Direitos Humanos – Pacto
de San José da Costa Rica, impetram a presente ordem de Habeas Corpus, com pedido liminar,
em benefício de Aline Karolina da Silva Queiroz.
Indicam como autoridade coatora a MMª. Juíza de Direito da 2ª Vara Criminal da Comarca de
Caldas Novas/GO, Dra. Vaneska da Silva Baruki.
Relatam as impetrantes que, no dia 12.10.2020, a paciente foi presa em flagrante delito, pela
suposta prática dos crimes previstos no artigo 33, caput, da Lei nº 11.343/2006 e artigo 244-B, da
Lei 8.069/90 (tráfico de drogas e corrupção de menor), sendo a custódia convertida em
preventiva, atualmente recolhida no Presídio Feminino de Corumbaíba-GO.
Verberam, ao narrarem os fatos que a paciente incorreu no denominado tráfico privilegiado, o
qual “não é crime hediondo, conforme decisão do STF, portanto, poderia tranquilamente aguardar
a instrução em liberdade” (fl. 4).
Sustentam a ausência de fundamentação da decisão que decretou a medida cautelar extrema,
porquanto não demonstrada a presença dos requisitos previstos no artigo 312, do Código de
Processo Penal, baseando-se apenas na gravidade abstrata do crime e na mera suposição de
que, solta, a paciente poderia prejudicar a ordem pública.
Asseveram que a paciente preenche todos os requisitos para responder ao processo em
liberdade, sobretudo em razão de seus predicados pessoais favoráveis, pois é primária, com 19
(dezenove) anos de idade e sem nenhum histórico de antecedentes criminais, com ocupação
lícita e residência fixa.
Invocam o princípio constitucional da presunção da inocência.
Ao final, requerem seja concedida a ordem liminarmente, revogando-se a custódia preventiva,
com aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, expedindo-se alvará de soltura.
A inicial foi instruída com os documentos digitalmente encaminhados (movimentação 1).
É o breve relatório. Decido.
A liminar em sede de habeas corpus reclama para a sua concessão, como em qualquer outra
medida de caráter cautelar, a presença do fumus comissi delicti e do periculum libertatis.
Ao lado destes pressupostos, a doutrina tem orientado que, exige-se, outrossim, a presença de
perigo atual e probabilidade de dano irreparável, bem como os elementos verossímeis da
existência de ilegalidade no constrangimento.
Analisando detidamente o pedido, à luz de uma cognição sumária e pouco aprofundada, não me
convenci da ocorrência de tais pressupostos incindíveis de qualquer medida acautelatória, porque
pelos argumentos expendidos na inicial e documentos juntados nota-se que a solução da matéria
envolve exame mais acurado da postulação, sendo de bom alvitre ser submetida ao julgamento
do órgão colegiado.
Assim, indefiro o pedido liminar.
Colham-se as informações junto à autoridade impetrada, ouvindo-se, em seguida, a douta
Procuradoria-Geral de Justiça.
Goiânia, 26 de novembro de 2020.

Desembargador Nicomedes Borges

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5598982-80.2020.8.09.0000
Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


15:52:57

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5531912-46.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : PFA
POLO PASSIVO : JP
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : PFA


ADVG. PARTE : 46656 DF - PRISCILLA FERREIRA DO AMARAL

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


15:54:42

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5544395-11.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : MARCOS HENRIQUE DO NASCIMENTO RIBEIRO
POLO PASSIVO : ANDRE LUIS CORDEIRO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MARCOS HENRIQUE DO NASCIMENTO RIBEIRO


ADVG. PARTE : 44601 GO - MARCOS HENRIQUE DO NASCIMENTO RIBEIRO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 1215 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5544395-11.2020.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Desembargadora Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos

HABEAS CORPUS Nº 5544395-11.2020.8.09.0000


COMARCA DE MORRINHOS
IMPETRANTES: MARCOS HENRIQUE DO NASCIMENTO RIBEIRO
PACIENTE : ANDRÉ LUÍS CORDEIRO
RELATOR : Dr. WILSON SAFATLE FAIAD
Juiz de Direito Substituto em Segundo Grau
DESPACHO

Em mesa, para que o feito seja apreciado na Sessão de Julgamento do dia 03.12.2020, às 13h.

Intimem-se.

Goiânia, 27 de novembro de 2020.

Dr. WILSON SAFATLE FAIAD


Juiz de Direito Substituto em Segundo Grau
RELATOR
01/03

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em
Assinado por WILSON SAFATLE FAIAD
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Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 1216 de 5858
ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Não-Concessão -> Liminar - Data da
Movimentação 27/11/2020 15:56:43

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5599117-92.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : PABLO RICARDO ALVES E SILVA
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : PABLO RICARDO ALVES E SILVA


ADVG. PARTE : 58448 GO - PABLO RICARDO ALVES E SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5599117-92.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS Nº 5599117-92.2020.8.09.0000

Comarca : Rio Verde

Impetrante : Pablo Ricardo Alves e Silva

Pacientes : Josiel Alves de Melo

Relator : Desembargador Nicomedes Borges

DECISÃO LIMINAR

O advogado Pablo Ricardo Alves e Silva, com fulcro nos artigos 5º, inciso LXVIII da Constituição
Federal, 647 e 648 do Código de Processo Penal, impetram a presente ordem de Habeas Corpus
liberatória, com pedido liminar, em benefício de Josiel Alves de Melo, indicando como autoridade
coatora o MM. Juiz de Direito da 2ª Vara Criminal da Comarca de Rio Verde/GO.

Aduz o impetrante que o paciente foi condenado pela prática do crime previsto no artigo 158, §
1°, na forma do artigo 71, ambos do Código Penal, à pena concreta e definitiva de 7 (sete) anos,
3 (três) meses e 3 (três) dias de reclusão, além de 100 (cem) dias-multa, a ser cumprida em
regime inicialmente FECHADO.

Aponta que “a majoração da reprimenda em patamar desigual aos outros réus se deu
considerando suposta reincidência que não se evidencia nos autos, isto porque o Paciente foi
beneficiado pelo Livramento Condicional na ação penal 2009.0480.8879 em 18 de setembro de
2012 e desde então a decisão que o beneficiou não foi revogada, sendo que se passaram mais
de 05 (cinco) anos do trânsito em julgado e do sursis”.

Argumenta que a reincidência não poderia ser utilizada para aumento da pena e fixação do
regime fechado.

Informa que já foi interposto recurso de apelação.

Nas circunstâncias, considera caracterizada a ilegalidade do constrangimento a que se encontra


submetido o paciente, impondo-se a suspensão do abuso, mediante concessão da ordem,
liminarmente, expedindo-se o alvará de soltura para que possa recorrer em liberdade nos autos
de nº 5175858-13.2020.8.09.0137.

A inicial foi instruída com a documentação encaminhada digitalmente (movimentação 1).

É o breve relatório. Decido.

A liminar em sede de habeas corpus reclama para a sua concessão, como em qualquer outra
medida de caráter cautelar, a presença do fumus comissi delicti e do periculum libertatis.

Ao lado destes pressupostos, a doutrina tem orientado que, exige-se, outrossim, a presença de
perigo atual e probabilidade de dano irreparável, bem como os elementos verossímeis da
existência de ilegalidade no constrangimento.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5599117-92.2020.8.09.0000
Pois bem. Tenho por inviável a concessão da tutela de urgência. É que, como se sabe, ao relator
de um habeas corpus, quando da apreciação monocrática de um pedido de liminar, não incumbe
o enfrentamento minudente e categórico de questões que constituam o próprio mérito da
impetração, sob pena de arvorar-se de competência do Órgão colegiado, juízo natural da ação
constitucional impetrada contra ato de magistrado de primeiro grau, por força normativa do artigo
15, inciso I, alínea “b” do Regimento Interno desta Colenda Corte.

No caso, não há como negar a realidade de que as teses sustentadas pelo impetrante consistem
no próprio mérito da impetração, motivo pelo qual sua análise compete ao Órgão colegiado, ao
depois do desenvolvimento completo da causa com a colheita das informações do juízo indigitado
coator e do parecer do fiscal do ordenamento jurídico, na esteira da intelecção do Superior
Tribunal de Justiça:

“O reiterado posicionamento jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça é no


sentido de que a provisão cautelar não se presta à apreciação da questão de mérito da
impetração, por implicar exame indevido e prematuro da matéria de fundo da ação de
habeas corpus, de competência do colegiado julgador, que não pode e não deve ser
apreciada nos limites da cognição sumária do relator. Precedentes do STJ” (STJ, 5ª
Turma, AgRg. nº HC. nº 115.631/ES, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, DJ. De 24.11.2008).

Assim, indefiro o pedido liminar.

Colham-se as informações junto à autoridade impetrada, ouvindo-se, em seguida, a douta


Procuradoria-Geral de Justiça.

Goiânia, 26 de novembro de 2020.

Desembargador Nicomedes Borges

Relator

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NR.PROCESSO: 5599117-92.2020.8.09.0000

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


15:28:37

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5569386-51.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : JUSTIÇA PÚBLICA
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PÚBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JUSTIÇA PÚBLICA


ADVG. PARTE : 48333 GO - ELITATY SANTOS BORGES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5569386-51.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

HABEAS CORPUS Nº 5569386-51.2020.8.09.0000


COMARCA DE JATAÍ
IMPETRANTE ELITATY SANTOS BORGES
PACIENTE RAFAEL JORDAN DE PAIVA MOURA
RELATOR DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

DESPACHO

Trata-se de HABEAS CORPUS liberatório, com pedido de liminar, que foi impetrado por ELITATY
SANTOS BORGES, Advogada, regularmente inscrita na OAB-GO sob o nº 48.333, em favor de
RAFAEL JORDAN DE PAIVA MOURA, autônomo, nascido em 25/4/1995, com indicação como
autoridade coatora do Meritíssimo Juiz de Direito da 2ª Vara Criminal da Comarca de Jataí-GO.

Em mesa, para sessão de videoconferência aprazada para o dia 3/12/2020, às 13h. Intimem-se.

Goiânia, 27 de novembro de 2020.

DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS


RELATOR

4AG

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Concessão -> Liminar - Data da
Movimentação 27/11/2020 10:44:08

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5599734-52.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : LORENA KARLA ARAUJO SILVA
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : LORENA KARLA ARAUJO SILVA


ADVG. PARTE : 48234 GO - LETICIA FRANCIELE FERREIRA BARBOSA ALVES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5599734-52.2020.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Desembargadora Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos

HABEAS CORPUS Nº 5599734-52.2020.8.09.0000

COMARCA: APARECIDA DE GOIÂNIA

IMPETRANTE: LETÍCIA FRANCIELE FERREIRA BARBOSA ALVES

PACIENTE: LORENA KARLA ARAÚJO SILVA

RELATOR: Dr. WILSON SAFATLE FAIAD - Juiz de Direito Substituto em Segundo


Grau
DECISÃO PRELIMINAR

Trata-se de ordem de Habeas Corpus, com pedido liminar, impetrada pela


advogada Letícia Franciele Ferreira Barbosa Alves, inscrita na OAB/GO sob o nº
48.234, em favor de LORENA KARLA ARAÚJO SILVA, já qualificada nos autos,
com fulcro artigo 5º, inciso LXVIII, da Constituição Federal e artigos 647 e 648,
inciso I, ambos do Código de Processo Penal, ao argumento de que a paciente está
sofrendo constrangimento ilegal, apontando como autoridade coatora o Juízo da 2ª
Vara Criminal da Comarca de Aparecida de Goiânia-GO.

Extrai-se dos autos que a paciente foi presa e autuada em flagrante em


19/11/2020, cuja prisão foi convertida em preventiva em 21/11/2020, pela suposta
prática dos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico de
entorpecentes (artigos 33 e 35, ambos da Lei n° 11.343/06), encontrando-se
recolhida.

Afirma que a paciente não praticou as condutas a ela imputadas,


discorrendo que ela apenas fez um favor a uma conhecida (fl. 04).

Sustenta que a paciente faz jus ao benefício da prisão domiciliar, prevista


no artigo 318, incisos III e V, do Código de Processo Penal1, uma vez que é mãe de
uma criança menor, a qual possui 01 (um) ano e 11 (onze) meses de idade, e
necessita dos cuidados imprescindíveis de sua genitora, ora paciente.

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NR.PROCESSO: 5599734-52.2020.8.09.0000
Aduz que conforme Laudo Pericial (Exame de Constatação de Drogas e
Substâncias Correlatas), fora encontrada com a paciente pequena quantidade de
drogas, consistente em 104 (cento e quatro) porções de 'cocaína', com massa total
de 22,115g (vinte e dois gramas e cento e quinze miligramas), alegando, ainda, que
os “Selos” que supostamente poderiam ser de LSD, na verdade não passa de um
papel qualquer.

Alega que a decisão que indeferiu o pedido de revogação da prisão


preventiva é inidônea, porquanto ausentes os requisitos ensejadores do artigo 312,
do Código de Processo Penal, utilizando-se a autoridade acoimada coatora de
apontamentos abstratos para tanto, sem, contudo, fundamentá-los, o que afronta o
artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal.

Afirma que ao corréu Késsio Dioninn Cardoso dos Santos foi concedido a
liberdade provisória, requerendo a extensão do benefício em seu favor, nos termos
do artigo 580, do Código de Processo Penal2.

Discorre acerca do risco da manutenção da prisão da paciente, em razão


da pandemia decorrente do COVID-19, invocando a Recomendação nº 62, do CNJ.

Assevera que a paciente é detentora de bons predicados pessoais, já que


é primária, possui bons antecedentes, residência fixa no distrito da culpa e trabalho
lícito, fazendo jus à liberdade, mediante aplicação de medidas cautelares diversas
da prisão.

Argumenta a possibilidade de substituição da prisão preventiva pelas


medidas cautelares descritas no artigo 319, do Código de Processo Penal.

Salienta que, ainda que seja condenada, a paciente poderá vir a ser
beneficiada com um regime prisional mais brando, em razão da aplicação da causa
de diminuição da pena prevista no §4º, do artigo 33, da Lei nº 11.343/2006, não se
justificando, portanto, o encarceramento cautelar.

Ao final, pugna pela concessão do mandamus, em sede de liminar, a fim


de que a prisão preventiva da paciente seja convertida em prisão domiciliar.

O pedido veio instruído com os documentos inseridos na movimentação nº


01.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5599734-52.2020.8.09.0000
É O RELATÓRIO.

DECIDO.

A concessão de liminar somente se dará quando os documentos que


instruírem o pedido inicial evidenciarem, de plano, de modo inconteste, estreme de
dúvidas, a ilegalidade do ato judicial combatido, apta a ensejar violação de direitos
constitucionais.

Destarte, como provimento cautelar que é, seu deferimento não dispensa a


comprovação, em juízo de cognição incompleta, da existência do fumus comissi
delicti e do periculum libertatis.

No presente caso, observa-se que a paciente foi autuada em flagrante


porque, em tese, trazia consigo 22,115g (vinte e duas gramas e cento e quinze
miligramas) de 'cocaína'.

Ressai dos autos que existem elementos que comprovam a condição


especial da paciente, qual seja, genitora de uma criança menor, a qual possui 01
(um) ano e 11 (onze) meses de idade, conforme se vê da certidão de nascimento
de fl. 41.

O artigo 318, do Código de Processo Penal - que trata dos casos em que o
Juiz pode substituir a custódia preventiva por prisão domiciliar - estabelece as
hipóteses em que tal benesse pode ser concedida. Confira-se:

“Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar


quando o agente for:

(…)

III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6


(seis) anos de idade ou com deficiência;

(...)

V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;

Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos

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NR.PROCESSO: 5599734-52.2020.8.09.0000
requisitos estabelecidos neste artigo.” Grifos acrescidos

A paciente comprovou que possui um filho menor (01 ano e 11 meses) - fl.
41, aliado a sua primariedade (fl. 121) e comprovação de residência fixa (fls. 44 e
49), sendo imperiosa a substituição da custódia preventiva por prisão domiciliar,
nos moldes do artigo 318, incisos III e V, do Código de Processo Penal.

A substituição, no caso em espeque, torna-se medida adequada, encontrando amparo


legal.

Assim, concedo a liminar para determinar a substituição da custódia


da paciente LORENA KARLA ARAÚJO SILVA, pela prisão domiciliar,
mediante o uso de tornozeleira eletrônica, se disponível, nos moldes do artigo
318, incisos III e V3, e artigo 319, incisos I e IX4, ambos do Código de Processo
Penal, com aplicação de medidas cautelares:

1- Comparecer a todos os atos da instrução, quando regularmente


intimada;

2- Manter seu endereço atualizado;

3- Monitoramento eletrônico, quando e se disponível.

Importante consignar que as medidas cautelares eleitas mostram-se


adequadas e necessárias ao caso em comento, em razão da gravidade do fato
pretensamente criminoso, especialmente para a vinculação da paciente ao distrito
da culpa, além de que primordiais para garantir aa instrução criminal, conforme
preconiza o artigo 282, do Código de Processo Penal.

Caso a referida Comarca não conte, para pronta disponibilização, com os


aparelhos de monitoração eletrônica (tornozeleira), fica a critério do Juízo de origem
a substituição por outra medida cautelar que considere pertinente e adequada.

Expeça-se o respectivo Alvará de Soltura em favor da paciente, LORENA


KARLA ARAÚJO SILVA , se por outro motivo não deva permanecer presa.

Comunique-se, com urgência, ao Juízo de origem, remetendo-se-lhe


cópias desta decisão, a fim de que tome as providências cabíveis no sentido de
viabilizar o imediato cumprimento, naquela instância de primeiro grau, cientificando

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NR.PROCESSO: 5599734-52.2020.8.09.0000
a paciente da prisão domiciliar, e de que só poderá se ausentar do referido imóvel
com autorização do Juízo processante, além do compromisso de manter seu
endereço atualizado e comunicação à justiça sobre eventual mudança. Advirta-se,
ainda, de que o descumprimento de tal comando judicial importará no seu retorno à
unidade prisional.

Requisitem-se informações da autoridade apontada como coatora,


constando o prazo máximo de 05 (cinco) dias para a devida resposta,
encaminhando-lhe cópia desta decisão preliminar.

Após, colha-se o parecer da douta Procuradoria Geral de Justiça.

Dê-se ciência a impetrante.

Goiânia, 27 de novembro de 2020.

Dr. WILSON SAFATLE FAIAD


Juiz de Direito Substituto em Segundo Grau
RELATOR

(10/07)

1 Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: (…) III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com

deficiência.2 - Art. 580. No caso de concurso de agentes (Código Penal, art. 25), a decisão do recurso interposto por um dos réus, se fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente

pessoal, aproveitará aos outros.

3Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: (…) III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com

deficiência; (…) V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;4 Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão: (…)- I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e

nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades; IX - monitoração eletrônica

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Concessão - Data da Movimentação 27/11/2020


14:55:09

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5551155-73.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : MATEUS FERNANDES SOARES
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PÚBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MATEUS FERNANDES SOARES


ADVG. PARTE : 53915 GO - MATEUS FERNANDES SOARES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5551155-73.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador J. Paganucci Jr.

HABEAS CORPUS

Número : 5551155-73.2020.8.09.0000

Comarca : CALDAS NOVAS

Impetrantes : MATEUS FERNANDES SOARES e EDUARDO HENRIQUE GOMES DE


OLIVEIRA PENA

Paciente : FLÁVIO FERNANDES DE OLIVEIRA

Relator : DES. J. PAGANUCCI JR.

RELATÓRIO e VOTO

Trata-se de habeas corpus liberatório, com pedido liminar, impetrado pelos advogados
MATEUS FERNANDES SOARES e EDUARDO HENRIQUE GOMES DE OLIVEIRA PENA, com
fundamento nos artigos 5°, inciso LXVIII, da Constituição Federal, e 647, do Código de Processo
Penal, em favor de FLÁVIO FERNANDES DE OLIVEIRA, apontando como autoridade coatora o
juízo da 3ª Vara Criminal da comarca de Caldas Novas/GO.

Extrai-se da peça inicial, e documentos acostados, que o paciente foi preso em


flagrante, no dia 31 de agosto de 2020, e posteriormente denunciado pela suposta prática do
crime previsto no artigo 33, da Lei de Drogas, porque, em tese, tinha em depósito, no interior de
sua residência, 27 (vinte e sete) porções de maconha, pesando 40,6g (quarenta gramas e
seiscentos miligramas). Ainda, hipoteticamente, o adolescente G.H.N.F., apreendido com
FLÁVIO FERNANDES DE OLIVEIRA, tinha em depósito, na casa de sua avó, 02 (duas) armas
de fogo, calibres 32 e 22, 20 (vinte) munições calibre 32, dinheiro e aproximadamente 230g
(duzentos e trinta gramas) de maconha.

Narram os impetrantes que as provas colhidas são ilícitas, uma vez que os agentes
públicos adentraram na residência do paciente e da avó do menor, durante o período de repouso
noturno, sem mandado judicial, o que justifica o trancamento da ação penal por ausência de justa
causa.

Sustentam que a decisão que converteu a prisão flagrancial em preventiva é carente de


fundamentação idônea, vez que ausentes os requisitos elencados no artigo 312, do Código de
Processo Penal.

Alegam que a pequena quantidade de entorpecente encontrada na residência do


paciente era para uso pessoal e que ele não deve ser responsabilizado pelas armas e droga
localizadas em poder do adolescente.

Ressaltam seus predicados pessoais, destacadamente, a primariedade e os fatos de


possuir trabalho lícito e residência fixa, invocando os princípios da presunção de inocência e do
devido processo legal.

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NR.PROCESSO: 5551155-73.2020.8.09.0000
Aduzem a possibilidade de aplicação das medidas cautelares diversas, previstas no
artigo 319, do Código de Processo Penal.

Ao final, requerem a concessão da ordem liminar de habeas corpus para revogar a


prisão preventiva do paciente, determinando a imediata expedição de alvará de soltura em seu
favor, com eventual aplicação das medidas cautelares diversas, e a confirmação na análise do
mérito.

Juntam procuração e documentos (movimentação 01 e link do processo na origem).

Pedido liminar deferido, no dia 05 de novembro de 2020 (movimentação 05).

Informes prestados pela autoridade coatora (movimentação 10).

A Procuradoria-Geral de Justiça, por seu representante, Altamir Rodrigues Vieira Júnior,


opina pelo parcial conhecimento do pedido e, nesta extensão, pelo seu indeferimento, com a
revogação da liminar (movimentação 14).

É o relatório.

Passa-se ao voto.

1- Da desclassificação.

Ab initio, destaca-se ser incomportável, em sede de habeas corpus, a análise da tese


desclassificatória por demandar dilação probatória e aprofundado exame de elementos de
convicção.

Por conseguinte, nesta parte o writ não merece ser conhecido.

2- Da alegada ilicitude das provas.

Concernente à aventada ilicitude dos elementos probatórios colhidos em decorrência de


invasão domiciliar, é possível verificar, em uma análise superficial, que a ação dos policiais foi
amparada na excepcionalidade prevista na norma fundamental do artigo 5°, inciso XI, da
Constituição Federal, que exclui dos limites da inviolabilidade domiciliar os casos de “flagrante
delito”.

Como se sabe, o crime de tráfico de drogas é permanente, ou seja, protrai a sua


consumação no tempo, de forma que prescinde de mandado judicial para que haja eventual
ingresso no domicílio objeto da diligência, desde que amparado em fundadas razões, conforme
se extrai da leitura dos depoimentos dos policiais militares responsáveis pela prisão em flagrante,
que relataram que o paciente e o menor G.H.N.F. foram abordados conduzindo uma motocicleta
em atitude suspeita, os quais possuíam passagens policiais, e que o adolescente informou que
tinha drogas e armas na casa de sua avó. Na sequência, foram à residência do paciente, onde a
entrada foi franqueada, e localizaram as 27 (vinte e sete) porções de maconha.

Por essas razões, não há falar-se em ilicitude dos elementos probatórios colhidos.

3- Da suficiência das medidas cautelares diversas.

Quanto à possibilidade de substituição da prisão preventiva por medidas cautelares


diversas, verifica-se que razão assiste aos impetrantes.

No presente caso, infere-se que o juízo singular fundamentou a decisão que converteu

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NR.PROCESSO: 5551155-73.2020.8.09.0000
a prisão flagrancial em preventiva na garantia da ordem pública, diante da quantidade de droga e
da forma de armazenamento, bem como do risco de reiteração delitiva do paciente.

A despeito da idoneidade do fundamento lançado, com a entrada em vigor da Lei


12.403/2011, foram introduzidas no sistema processual penal medidas cautelares pessoais a
serem aplicadas alternativamente à prisão preventiva, que devem ser sopesadas de acordo com
“a gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado ou acusado”
(artigo 282, inciso II, do CPP).

Com efeito, o caso em apreço demonstra a adequação e suficiência das medidas


cautelares diversas da prisão, elencadas no artigo 319, do Código de Processo Penal, em
substituição à segregação preventiva, cautelar esta a subsistir somente como ultima ratio.

Nessa esteira, destaca-se que a quantidade de entorpecente apreendido em poder do


paciente, qual seja, 40,6g (quarenta gramas e seiscentos miligramas) de maconha, substância
com efeitos deletérios mais brandos, se comparada aos alcaloides, não é de grande monta, o que
não revela a gravidade extremada da conduta, nem alto nível de periculosidade do agente, a
despeito da existência de ação penal em andamento pelo crime tipificado no artigo 14, da Lei
10.826/03, na qual não há sentença condenatória transitada em julgado (autos 14057-
27.2020.8.09.0024), o que indica a primariedade técnica do paciente.

Além disso, necessário pontuar que as 02 (duas) armas de fogo e as 20 (vinte)


munições foram, em tese, localizadas na residência da avó do menor G.H.N.F.

Acresça-se que, diante da situação de saúde pública vivida atualmente, o Conselho


Nacional de Justiça, na recomendação 62, no que interessa ao caso em voga, emitiu orientação
aos magistrados no sentido de reavaliar a necessidade da prisão, observando-se a sua máxima
excepcionalidade aos crimes cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, que não é o
caso dos autos.

Nesse sentido:

“HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA. TRÁFICO DE DROGAS


(APROXIMADAMENTE 1 KG DE CRACK). PACIENTE PRIMÁRIO.
MEDIDAS ALTERNATIVAS QUE SE MOSTRAM MAIS ADEQUADAS À
SITUAÇÃO EM ANÁLISE. CRIME COMETIDO SEM GRAVE AMEAÇA E
VIOLÊNCIA. QUANTIDADE DE DROGA DENTRO DO PADRÃO.
RECOMENDAÇÃO N. 62 DO CNJ. NECESSIDADE DE OBSERVAÇÃO
DA EXCEPCIONALIDADE DAS NOVAS ORDENS DE PRISÃO.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENCIADO. PARECER ACOLHIDO. 1.
As prisões cautelares são medidas de índole excepcional, somente
podendo ser decretadas ou mantidas caso demonstrada, com base em
elementos concretos dos autos, a efetiva imprescindibilidade da restrição
ao direito constitucional à liberdade de locomoção. 2. O crime noticiado foi
cometido sem violência nem grave ameaça à pessoa, o paciente, ao que
parece, é réu primário, além de que não há elementos que evidenciem uma
gravidade distinta do tráfico; ao contrário, não obstante a quantidade de
droga apreendida, a saber, aproximadamente 1 kg de crack, não seja
inexpressiva, muito menos insignificante, o referido ilícito, aparentemente,
não destoa do usual. 3. Não se pode olvidar que o Conselho Nacional de
Justiça editou a Recomendação n. 62/2020, em que recomenda aos
Tribunais e magistrados a adoção de medidas preventivas à propagação
da infecção pelo novo coronavírus (Covid-19) no âmbito dos sistemas de

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NR.PROCESSO: 5551155-73.2020.8.09.0000
justiça penal e socioeducativo. 4. Diante desse cenário, necessário dar
imediato cumprimento à recomendação do Conselho Nacional de Justiça,
como medida de contenção da pandemia mundialmente causada pelo
coronavírus (Covid-19), atendendo à recomendação da máxima
excepcionalidade das novas ordens de prisão. 5. Ordem concedida, em
menor extensão, confirmando-se a medida liminar, para substituir a prisão
preventiva imposta ao paciente pela prisão domiciliar com monitoramento
eletrônico, devendo ser respeitadas todas as condições impostas pelo
Juízo de primeiro grau” (HC 605.093/SP, Rel. Ministro Sebastião Reis
Júnior, 6ª Turma, julgado em 22/09/2020, DJe 29/09/2020).

“HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. NEGATIVA DE AUTORIA.


VIA INADEQUADA. PRINCÍPIO DA HOMOGENEIDADE. NÃO
CONHECIMENTO. PRISÃO PREVENTIVA. CONCESSÃO DE
LIBERDADE PROVISÓRIA. RECOMENDAÇÃO 62/2020 DO CNJ.
PANDEMIA COVID-19. DELITOS COMETIDOS SEM VIOLÊNCIA E
GRAVE AMEAÇA. POSSIBILIDADE. 1. A tese de negativa de autoria é
matéria que exige aprofundada análise do substrato fático-probatório dos
autos, providência incomportável branda dona estreita via do writ
constitucional. 2. A alegação de que o paciente, caso condenado, sofreria
uma sanção mais gravosa que a prisão processual, é prematura, sendo
certo que, só a conclusão da instrução criminal será capaz de revelar qual
será a pena adequada e o regime ideal para o seu cumprimento. 3.
Constatando tratar-se o crime supostamente cometido (tráfico de drogas)
de delito sem a elementar da violência ou grave ameaça, bem como em
vista da primariedade do acusado, amolda-se a situação jurídica à hipótese
constante do artigo 4º, inciso I, alínea c, segunda parte, da Recomendação
62/2020 do CNJ, que autoriza a reavaliação da constrição cautelar, para a
consequente concessão da ordem, visando o adequado enfrentamento e
redução dos riscos epidemiológicos, em observância ao contexto local de
disseminação do vírus, da pandemia da COVID-19. ORDEM
PARCIALMENTE CONHECIDA E CONCEDIDA. LIMINAR CONFIRMADA”
(TJGO, HC 5143874-34.2020.8.09.0000, Rel. Des. Itaney Francisco
Campos, 1ª Câmara Criminal, julgado em 03/07/2020, DJe de 03/07/2020).

Assim, apesar de a autoridade coatora ter motivado a necessidade da prisão na


garantia da ordem pública, não há como se descurar do atual cenário de pandemia causada pelo
novo coronavírus (COVID – 19) e das medidas descarcerizadoras que vêm sendo adotadas pelo
poder público, visando evitar a propagação desta infecção nos estabelecimentos prisionais.

Desse modo, quando a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão é suficiente,


adequada e impositiva como forma de se resguardar a efetividade do processo e garantir a ordem
pública, impõe-se a revogação da prisão preventiva, ficando mantidas as medidas cautelares
diversas da prisão aplicadas na decisão liminar (movimentação 05).

Importante registrar também que, na hipótese de descumprimento das obrigações


estabelecidas, a autoridade judiciária impetrada poderá restabelecer o decreto de prisão cautelar
com fulcro no artigo 282, § 4°, do Código de Processo Penal.

Por fim, ressalto que a liberdade provisória, assim como a prisão preventiva, se
submete à cláusula rebus sic stantibus, podendo ser revista a qualquer momento e redecretada
desde que constatado qualquer motivo justificador.

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NR.PROCESSO: 5551155-73.2020.8.09.0000
Conclusão: desacolho o parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, conheço
parcialmente do pedido e, nesta extensão, concedo a ordem impetrada, ratificando a liminar
deferida, nos termos acima expostos.

Deixo de determinar a expedição de alvará de soltura, porque tal providência já foi


ultimada (movimentação 06).

É o voto.

EMENTA

HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO. ARTIGO 33, DA LEI DE


DROGAS. TESE DESCLASSIFICATÓRIA. INVASÃO DE
DOMICÍLIO. SUFICIÊNCIA DAS MEDIDAS CAUTELARES
DIVERSAS. 1- Incomportável, em sede de habeas corpus, a
análise da tese desclassificatória por demandar dilação
probatória e aprofundado exame de elementos de convicção. 2-
A efetivação de ingresso domiciliar prescinde de ordem judicial,
quando caracterizado o estado de flagrância amparado em
elementos concretos de suspeita da prática de delito (fundadas
razões) e franqueada a entrada pelo morador. 3- Quando a
aplicação de medidas cautelares diversas da prisão é suficiente,
adequada e impositiva como forma de se resguardar a
efetividade do processo e garantir a ordem pública, impõe-se a
revogação da prisão preventiva. 4- Ordem parcialmente
conhecida e, nesta extensão, concedida. Liminar confirmada.

ACÓRDÃO

Vistos e relatados os presentes autos, acordam os componentes do Tribunal de Justiça


do Estado de Goiás, pela Primeira Câmara Criminal, por unanimidade de votos, desacolhido o
parecer ministerial, em conhecer parcialmente do pedido e, nesta extensão, conceder a ordem
impetrada, ratificando a liminar deferida, nos termos do voto do relator, proferido na assentada do
julgamento.

Votaram, além do relator, que presidiu a sessão, o juiz Wilson Safatle Faiad, substituto
da desembargadora Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos, e os desembargadores Nicomedes
Domingos Borges, Itaney Francisco Campos e Ivo Favaro.

Presente ao julgamento o procurador de justiça Abrão Amisy Neto.

Goiânia, 26 de novembro de 2020.

DES. J. PAGANUCCI JR.


RELATOR

M6/2020

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NR.PROCESSO: 5551155-73.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS

Número : 5551155-73.2020.8.09.0000

Comarca : CALDAS NOVAS

Impetrantes : MATEUS FERNANDES SOARES e EDUARDO HENRIQUE GOMES DE


OLIVEIRA PENA

Paciente : FLÁVIO FERNANDES DE OLIVEIRA

Relator : DES. J. PAGANUCCI JR.

EMENTA

HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO. ARTIGO 33, DA LEI DE


DROGAS. TESE DESCLASSIFICATÓRIA. INVASÃO DE
DOMICÍLIO. SUFICIÊNCIA DAS MEDIDAS CAUTELARES
DIVERSAS. 1- Incomportável, em sede de habeas corpus, a
análise da tese desclassificatória por demandar dilação
probatória e aprofundado exame de elementos de convicção. 2-
A efetivação de ingresso domiciliar prescinde de ordem judicial,
quando caracterizado o estado de flagrância amparado em
elementos concretos de suspeita da prática de delito (fundadas
razões) e franqueada a entrada pelo morador. 3- Quando a
aplicação de medidas cautelares diversas da prisão é suficiente,
adequada e impositiva como forma de se resguardar a
efetividade do processo e garantir a ordem pública, impõe-se a
revogação da prisão preventiva. 4- Ordem parcialmente
conhecida e, nesta extensão, concedida. Liminar confirmada.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Concessão - Data da Movimentação 27/11/2020


14:55:10

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5547582-27.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : JALES JAVA DOS SANTOS LACERDA CALIMAN
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JALES JAVA DOS SANTOS LACERDA CALIMAN


ADVG. PARTE : 27198 PB - JALES JAVA DOS SANTOS LACERDA CALIMAN

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5547582-27.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador J. Paganucci Jr.

HABEAS CORPUS

Número : 5547582-27.2020.8.09.0000

Comarca : CERES

Impetrante : JALES JAVA DOS SANTOS LACERDA CALIMAN

Paciente : MARIANO DA CONCEIÇÃO RODRIGUES

Relator : DES. J. PAGANUCCI JR.

RELATÓRIO e VOTO

Trata-se de habeas corpus, com pedido liminar, impetrado pelo advogado JALES JAVA
DOS SANTOS LACERDA CALIMAN, com base nos artigos 5º, inciso LXVIII, da Constituição
Federal, e artigos 647 a 667, todos do Código de Processo Penal, em benefício de MARIANO DA
CONCEIÇÃO RODRIGUES, qualificado nos autos, indicando como autoridade coatora o juízo da
Vara de Execução da comarca de CERES-GO.

Extrai-se da inicial, e documentos colacionados aos autos, que o paciente foi


condenado pela prática do crime previsto no artigo 121, §2º, incisos II e IV, do Código Penal, a
pena de 13 (treze) anos, a ser cumprida inicialmente em regime fechado. O cumprimento da pena
se iniciou em 25.07.2013, e no dia 12.07.2017, obteve progressão de regime para o semiaberto, e
na sequência em 12.05.20 progrediu para o regime aberto, com uso de tornozeleira eletrônica.

Ocorre que, posteriormente foi preso em flagrante pelo delito tipificado no artigo 12, da
Lei 10.826/03, sendo liberado após o pagamento de fiança (autos 5430072-91.2020.8.09.0032).

Após, o juiz a quo reconheceu a falta grave, decretou a prisão cautelar e revogou o
benefício até a realização da audiência de justificação, designada para o dia 26.11.20.

Aduz o impetrante, que o paciente foi preso em flagrante forjado, uma vez que
encontraram uma arma de fogo em sua casa que não lhe pertence, sustentando que a autoridade
impetrada está o perseguindo, em virtude de ser testemunha em um processo administrativo que
apura a conduta do magistrado.

Sustenta ausência de fundamentação no decreto preventivo e afronta ao princípio da


presunção de inocência, contraditório e ampla defesa.

Ressalta, que o paciente faz jus ao benefício do livramento condicional, e que a falta
grave não interrompe o prazo para obtenção do benefício.

Além disso, afirma que a medida cautelar se mostra desproporcional, uma vez que
aplicada a regressão do regime aberto para o fechado, sendo incompatível com o nosso
ordenamento jurídico a regressão per saltum.

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NR.PROCESSO: 5547582-27.2020.8.09.0000
Nestes termos, requer a concessão da ordem, em caráter liminar, para decretar a
nulidade da decisão do magistrado a quo e, após o devido processamento, a confirmação no
julgamento de mérito, dispensando-se os informes.

Instruindo a inicial vieram os documentos da movimentação 01.

Pedido liminar indeferido (movimentação 04).

Informações prestadas pela autoridade judicial (movimentação 14).

A Procuradoria-Geral de Justiça, por seu representante, Vinicius Jacarandá Maciel é


pelo conhecimento da ordem impetrada e por sua denegação (movimentação 17).

É o relatório.

Passo ao voto.

Presentes os pressupostos processuais objetivos e subjetivos, admito o pedido,


passando a seguir à sua delibação.

Objetiva a impetrante o reconhecimento da nulidade da decisão que reconheceu a falta


grave, decretou sua prisão preventiva e revogou cautelarmente o benefício de progressão de
regime do paciente, em razão da prisão em flagrante ter sido forjada, da ausência de
fundamentação e manifestação da defesa antes da respectiva decisão, o que ofende o princípio
do contraditório e ampla defesa e ainda em razão da regressão por salto.

Inicialmente, a alegação de que o flagrante foi forjado e que a arma de fogo encontrada
na residência do paciente não lhe pertence, posto que estaria sendo vítima de perseguição, é
questão a ser debatida na ação penal correspondente, sendo inviável a sua apreciação na via
estreita deste mandamus, de modo que, neste ponto, o pleito não merece ser conhecido.

A decisão que regrediu o paciente cautelarmente está devidamente fundamentada no


cometimento de falta grave, diante do descumprimento das condições impostas para o regime
aberto, não havendo qualquer ilegalidade a ser proclamada, confira-se:

“(...) Da análise contida dos autos extrai-se que o reeducando cometeu


falta grave, uma vez que foi preso em flagrante delito no dia 28 de agosto
de 2020, pela prática do crime de posse irregular de arma de fogo de uso
permitido, previsto no art. 12, da Lei n. 10.826/03, descumprindo assim as
condições impostas para o regime.

Ademais, tem demonstrado desprezo com a execução da pena, não


obedecendo as regras condizentes com a disciplina exigida do
reeducando.

O incidente na execução da pena tem natureza judicial, cabendo assegurar


ao apenado, o contraditório e a ampla defesa, garantia constitucional
contida no artigo 5º, inciso, LV, da Constituição Federal. Não atendida a
exigência de ser ouvido previamente o liberado, tal deficiência constitui
cerceamento de defesa, que, consequentemente, leva à nulidade da
decisão revogatória.

Porém, conforme entendimento jurisprudencial, a oitiva prévia somente


será necessária, quando a regressão for definitiva (...).

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NR.PROCESSO: 5547582-27.2020.8.09.0000
Destarte, revogo cautelarmente o benefício do regime aberto, até a
realização da audiência de justificação para oitiva do sentenciado. Para
garantir a aplicação da lei penal, decreto a prisão cautelar do reeducando
MARIANO DACONCEIÇÃO RODRIGUES. (...)” (movimentação 01, arquivo
03, pp. 12/13).

Da decisão prolatada, vê-se que, na hipótese sob exame, houve unicamente a


suspensão provisória do regime mais benéfico, assentada no poder geral de cautela do
magistrado, não havendo falar em ilegalidade do provimento, mas, ao revés, em estrita
observância ao devido processo legal, pois a regressão definitiva do regime prisional, caso venha
a ocorrer, se dará apenas depois de colhidas, sob o crivo do contraditório, as justificativas do
condenado, cuja audiência já foi designada, isto é, o exercício deste direito fica postergado para
depois da custódia.

Anota-se, outrossim, que a audiência de justificação não é necessária para a regressão


provisória, nos termos da jurisprudência desta Casa:

“HABEAS CORPUS. EXCESSO DE PRAZO NA INSTAURAÇÃO DO PAD.


REGRESSÃO CAUTELAR SEM AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO.
DESNECESSIDADE. PANDEMIA. REQUERIMENTO PRÉVIO NA
ORIGEM. PROGRESSÃO DE REGIME. 1 - Justificada a não instauração
do PAD e diante da Pandemia da COVID - 19, que vem afetando os atos
judiciais e administrativos, não há excesso a ser reconhecido. 2 -
Desnecessária audiência de justificação para a regressão de regime
cautelar, sendo imprescindível para a definitiva. 3 - O pleito referente a
Pandemia da COVID - 19 deve ser realizado, inicialmente, na origem. 4 -
Não se conhece do pleito de progressão de regime, por ser via
inadequada. Ordem parcialmente conhecida e denegada.” (TJGO, Habeas
Corpus Criminal 5274643-33.2020.8.09.0000, Rel. Des(a). IVO FAVARO,
1ª Câmara Criminal, julgado em 29/07/2020, DJe de 29/07/2020).

Esta Corte possui entendimento majoritário no sentido de que não há cerceamento de


defesa ou prejuízo ao contraditório na regressão cautelar do regime prisional sem a prévia oitiva
do apenado. Ressalte-se, que a audiência de justificação, necessária à regressão em caráter
definitivo, foi designada para o dia 26.11.2020.

Assim, não constitui infringência aos princípios constitucionais do contraditório e da


ampla defesa a regressão cautelar de regime prisional pelo juiz da execução, sem oitiva prévia do
condenado, necessária apenas na regressão definitiva.

No tocante à regressão do regime aberto diretamente para o fechado, merece reforma a


decisão atacada, pois, não obstante o artigo 118, da LEP, determine que a pena privativa de
liberdade ficará sujeita à forma regressiva, como a transferência para qualquer dos regimes mais
rigorosos, quando o condenado praticar fato definido como crime doloso ou falta grave, a
jurisprudência é firme no sentido de vedar a regressão per saltum, como no caso, em que se
procedeu diretamente do regime aberto para o fechado, sem passar pelo intermediário
(semiaberto).

Ademais, pontua-se que, quanto à suposta prática do delito tipificado no artigo 12, da
Lei 10.826/03, o paciente foi colocado em liberdade após o pagamento de fiança (autos 5430072-
91.2020.8.09.0032).

Desse entender, seguem julgados:

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NR.PROCESSO: 5547582-27.2020.8.09.0000
“HABEAS CORPUS. COMETIMENTO DE NOVO CRIME. FALTA GRAVE.
REGRESSÃO CAUTELAR DO REGIME ABERTO PARA O FECHADO.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL CONFIGURADO. Sendo o reeducando
flagrado na posse de substância entorpecente, ainda que para seu próprio
uso, resta configurado o cometimento de falta grave, com a possibilidade
de regressão do regime de cumprimento de pena para forma mais gravosa
(art. 118, LEP). Entretanto, não é admitida a regressão cautelar do regime
cautelar aberto diretamente para o fechado. ORDEM CONCEDIDA.
REGRESSÃO PARA REGIME SEMIABERTO.” (TJGO, Habeas Corpus
Criminal 5285048-31.2020.8.09.0000, Rel. Dr. EUDÉLCIO MACHADO
FAGUNDES, 2ª Câmara Criminal, julgado em 13/07/2020, DJe de
13/07/2020).

“HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO PENAL. FALTA GRAVE. REGRESSÃO


CAUTELAR DE REGIME PENITENCIÁRIO. SOLUÇÃO POR SALTO.
ILEGALIDADE. (...) Expõe ilegalidade, a decisão que, em incidente de
execução penal do paciente, verificada a prática de falta grave, novo crime,
decretando-lhe a regressão cautelar do regime penitenciário do aberto para
o fechado, sem a passagem pelo intermediário, configurando a involução
saltada, ainda que provisória, devendo ser modificada para o semiaberto,
conforme a interpretação da Súmula 491, do Superior Tribunal de Justiça.
(...)” (TJGO, Habeas Corpus Criminal 5342412-58.2020.8.09.0000, Rel.
Des(a). LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA, 2ª Câmara Criminal, julgado em
22/09/2020, DJe de 22/09/2020)

Oportuno registar que, na interpretação analógica da súmula 491, do Superior Tribunal


de Justiça, “É inadmissível a chamada progressão per saltum de regime prisional”.

Conclusão: desacolho o parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, conheço em parte


do pedido, e nessa extensão concedo a ordem impetrada, tão somente para determinar o
estabelecimento do regime semiaberto para cumprimento da pena ao reeducando.

É o voto.

EMENTA

HABEAS CORPUS. NEGATIVA DE AUTORIA. EXECUÇÃO


PENAL. REGIME DE CUMPRIMENTO DE PENA. FALTA
GRAVE. REGRESSÃO CAUTELAR. PRÉVIA OITIVA DO
REEDUCANDO. INVIABILIDADE DE REGRESSÃO PER
SALTUM. SÚMULA 491, STJ. 1- É incabível a análise na via
estreita do habeas corpus de tese de inocência e flagrante
forjado, por demandar dilação probatória e aprofundado exame
de elementos de convicção. 2- A decisão que regrediu o
paciente cautelarmente está devidamente fundamentada no
cometimento de falta grave, diante do descumprimento das
condições impostas para o regime aberto, não havendo
qualquer ilegalidade a ser proclamada. 3- Não constitui
infringência aos princípios constitucionais do contraditório e da
ampla defesa a regressão cautelar do regime prisional
idoneamente motivada pelo juízo da execução sem oitiva prévia
do condenado, necessária apenas na regressão definitiva. 4-
Não é razoável a regressão cautelar do aberto para o fechado,

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 1240 de 5858
ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5547582-27.2020.8.09.0000
devendo o reeducando passar pelo regime intermediário. 5-
Ordem parcialmente conhecida, e nessa extensão concedida
para determinar o estabelecimento do regime semiaberto para
cumprimento da pena ao reeducando.

ACÓRDÃO

Vistos e relatados os presentes autos, acordam os componentes do Tribunal de Justiça


do Estado de Goiás, pela Primeira Câmara Criminal, por unanimidade de votos, desacolhido o
parecer ministerial, em conhecer em parte do pedido, e nessa extensão, conceder a ordem
impetrada, tão somente para determinar o estabelecimento do regime semiaberto para
cumprimento da pena ao reeducando, nos termos do voto do Relator, proferido na assentada do
julgamento.

Votaram, além do Relator, que presidiu a sessão, o Doutor Wilson Safatle Faiad,
substituto da Desembargadora Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos, e os Desembargadores
Nicomedes Domingos Borges, Itaney Francisco Campos e Ivo Favaro.

Proferiu sustentação oral o Doutor Jales Java dos Santos Lacerda Caliman.

Presente ao julgamento o Doutor Abrão Amisy Neto, digno Procurador de Justiça.

Goiânia, 26 de novembro de 2020.

DES. J. PAGANUCCI JR.


RELATOR

CRETA

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5547582-27.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS

Número : 5547582-27.2020.8.09.0000

Comarca : CERES

Impetrante : JALES JAVA DOS SANTOS LACERDA CALIMAN

Paciente : MARIANO DA CONCEIÇÃO RODRIGUES

Relator : DES. J. PAGANUCCI JR.

EMENTA

HABEAS CORPUS. NEGATIVA DE AUTORIA. EXECUÇÃO


PENAL. REGIME DE CUMPRIMENTO DE PENA. FALTA
GRAVE. REGRESSÃO CAUTELAR. PRÉVIA OITIVA DO
REEDUCANDO. INVIABILIDADE DE REGRESSÃO PER
SALTUM. SÚMULA 491, STJ. 1- É incabível a análise na via
estreita do habeas corpus de tese de inocência e flagrante
forjado, por demandar dilação probatória e aprofundado exame
de elementos de convicção. 2- A decisão que regrediu o
paciente cautelarmente está devidamente fundamentada no
cometimento de falta grave, diante do descumprimento das
condições impostas para o regime aberto, não havendo
qualquer ilegalidade a ser proclamada. 3- Não constitui
infringência aos princípios constitucionais do contraditório e da
ampla defesa a regressão cautelar do regime prisional
idoneamente motivada pelo juízo da execução sem oitiva prévia
do condenado, necessária apenas na regressão definitiva. 4-
Não é razoável a regressão cautelar do aberto para o fechado,
devendo o reeducando passar pelo regime intermediário. 5-
Ordem parcialmente conhecida, e nessa extensão concedida
para determinar o estabelecimento do regime semiaberto para
cumprimento da pena ao reeducando.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Não Concessão - Data da Movimentação 27/11/2020


17:15:52

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5571382-84.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : JARBAS RODRIGUES SILVA JUNIOR
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JARBAS RODRIGUES SILVA JUNIOR


ADVG. PARTE : 36247 GO - JARBAS RODRIGUES SILVA JUNIOR

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5571382-84.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador J. Paganucci Jr.

HABEAS CORPUS

Número : 5571382-84.2020.8.09.0000

Comarca : GOIÂNIA

Impetrante : JARBAS RODRIGUES SILVA JÚNIOR

Paciente : LUCIOGALES SANTOS OLIVEIRA

Relator : DES. J. PAGANUCCI JR.

RELATÓRIO e VOTO

Trata-se de habeas corpus liberatório, com pedido liminar, impetrado pelo advogado
JARBAS RODRIGUES SILVA JÚNIOR, com fundamento nos artigos 5°, inciso LXVIII, da
Constituição Federal, e 647 e 648, ambos do Código de Processo Penal, em benefício de
LUCIOGALES SANTOS OLIVEIRA, qualificado nos autos, indicando como autoridade coatora o
juízo da 11ª Vara Criminal da comarca de Goiânia.

Extrai-se da inicial, e documentos colacionados aos autos, que o paciente foi preso em
flagrante, no dia 16/10/2020, e denunciado por infringência aos artigos 33, caput, da Lei
11.343/06, e 12, caput, da Lei 10.826/03, pois, supostamente, mantinha em depósito 43 (quarenta
e três) porções de maconha, com massa total de 34,125 Kg (trinta e quatro quilogramas, cento e
vinte e cinco gramas), e possuía 02 (duas) munições de calibre 9mm e um carregador em
desacordo com determinação legal.

O impetrante alega que o magistrado converteu a prisão flagrancial em preventiva de


ofício, em desatenção ao artigo 311, do Código de Processo Penal.

Consigna que a fundamentação disposta na decisão decretadora da prisão preventiva é


inidônea, pois alheia aos requisitos previstos no artigo 312 do Código de Processo Penal, diante
da suficiência na imposição de medidas cautelares diversas e dos predicados pessoais do
paciente, a saber, primariedade, bons antecedentes, arrimo de família, endereço fixo e ocupação
lícita de auxiliar de serviços gerais.

Invoca o princípio constitucional da presunção de inocência.

Ao final, requer a concessão da ordem liminar de habeas corpus para revogar a prisão
preventiva, determinando a imediata expedição de alvará de soltura em seu favor, ainda que
mediante a imposição de medidas cautelares, e a confirmação na análise do mérito.

Junta documentos e o link do processo originário 5514469-26.2020.8.09.0051


(movimentação 01).

Pedido liminar indeferido (movimentação 05).

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NR.PROCESSO: 5571382-84.2020.8.09.0000
Informes prestados pelo juízo impetrado (movimentação 08).

A Procuradoria-Geral de Justiça, por seu representante, Vinicius Jacarandá Maciel,


opina pelo conhecimento do pedido e denegação da ordem (movimentação 11).

É o relatório.

Passo ao voto.

Consoante se colhe do relatório, pretende o impetrante a concessão da ordem


alegando constrangimento ilegal decorrente da decretação da prisão de ofício, ausência de
fundamentação idônea da decisão decretadora da prisão preventiva, predicados pessoais do
paciente, suficiência na imposição de medidas cautelares diversas e princípio da presunção de
inocência.

1. Da alegada inobservância ao artigo 311, do CPP.

Não há ilegalidade no decreto de prisão preventiva a requerimento do Ministério Público


na audiência de custódia (movimentação 11 dos autos originários), hipótese prevista no artigo
311, do Código de Processo Penal.

2. Da prisão preventiva.

Cediço que não se cogita ausência de fundamentação idônea de decisão que decreta a
custódia cautelar quando concomitantemente arrimada em condições autorizadoras previstas no
artigo 312, do Código de Processo Penal, e nas circunstâncias fáticas do caso concreto.

No ato judicial que decretou a prisão preventiva, a autoridade impetrada salientou a


imprescindibilidade da medida extrema em atenção à garantia da ordem pública pela quantidade
expressiva de droga apreendida, repisa-se, 43 (quarenta e três) porções de maconha, com massa
total de 34,125 Kg (trinta e quatro quilogramas, cento e vinte e cinco gramas), o que demonstra a
gravidade concreta da conduta e a periculosidade do paciente (movimentação 11 dos autos
originários).

Por conseguinte, estando a prisão preventiva idoneamente motivada em elementos


concretos emergentes dos autos que demonstrem a sua necessidade em observância a requisito
previsto no artigo 312, do Código de Processo Penal, não há que se falar em constrangimento
ilegal, mostrando-se insuficientes medidas cautelares diversas.

Nesse sentido:

“HABEAS CORPUS. TRÁFICO. DROGA. QUANTIDADE. PRISÃO


PREVENTIVA. DECISÃO MOTIVADA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL.
AUSÊNCIA. Mostra-se fundamentada a decisão que decreta a prisão
preventiva visando resguardar a ordem pública, dada a apreensão de
expressiva quantidade de droga. Ordem denegada”. (TJGO. HC 5453390-
05.2020.8.09.0000. Rel. Des. Ivo Favaro. 1ª Câmara Criminal. DJe de
09/10/2020).

3. Dos predicados pessoais e do princípio da presunção de inocência.

A despeito da primariedade e bons antecedentes do paciente (movimentação 04 dos


autos originários), não houve a comprovação dos alegados emprego lícito e residência fixa. Ainda
que assim não fosse, cediço que os predicados pessoais, mesmo quando inequívocos, e o

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NR.PROCESSO: 5571382-84.2020.8.09.0000
princípio da presunção de inocência não impõem a concessão de liberdade, se presente requisito
da prisão preventiva (garantia da ordem púbica), decretada “por ordem escrita e fundamentada de
autoridade judiciária competente”, a teor do artigo 5º, inciso LXI, da Constituição Federal.

Por conseguinte, inexistindo ilegalidade ou abuso de poder a serem reparados no caso


em apreço, não há espaço para a concessão do remédio constitucional.

Conclusão: acolho o parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, conheço do pedido e


denego a ordem impetrada.

É como voto.

EMENTA

HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. ILEGALIDADE


DA PRISÃO PREVENTIVA. DECRETAÇÃO DE OFÍCIO.
AUSÊNCIA DE REQUISITOS LEGAIS E DE
FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA DA DECISÃO OBJETADA.
SUFICIÊNCIA DE MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS.
PREDICADOS PESSOAIS. PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA
PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA 1- Não há ilegalidade no decreto
de prisão preventiva a requerimento do Ministério Público na
audiência de custódia. 2- Estando a prisão preventiva
idoneamente motivada em elementos concretos que
demonstrem a sua necessidade para a garantida da ordem
pública, não há que se falar em constrangimento ilegal,
mostrando-se insuficiente a imposição de medidas cautelares
diversas. 3- Os predicados pessoais, ainda quando
inequívocos, e o princípio da presunção de inocência não
impõem a concessão de liberdade, se presente requisito da
prisão preventiva. 4- Ordem conhecida e denegada.

ACÓRDÃO

Vistos e relatados os presentes autos, acordam os componentes do Tribunal de Justiça


do Estado de Goiás, pela Primeira Câmara Criminal, por unanimidade de votos, acolhido o
parecer ministerial, em conhecer do pedido e denegar a ordem impetrada, nos termos do voto do
relator, proferido na assentada do julgamento.

Votaram, além do relator, que presidiu a sessão, o juiz Wilson Safatle Faiad, substituto
da desembargadora Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos, e os desembargadores Nicomedes
Domingos Borges, Itaney Francisco Campos e Ivo Favaro.

Presente ao julgamento o procurador de justiça Abrão Amisy Neto.

Goiânia, 26 de novembro de 2020.

DES. J. PAGANUCCI JR.


RELATOR

FOX

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5571382-84.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS

Número : 5571382-84.2020.8.09.0000

Comarca : GOIÂNIA

Impetrante : JARBAS RODRIGUES SILVA JÚNIOR

Paciente : LUCIOGALES SANTOS OLIVEIRA

Relator : DES. J. PAGANUCCI JR.

EMENTA

HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. ILEGALIDADE


DA PRISÃO PREVENTIVA. DECRETAÇÃO DE OFÍCIO.
AUSÊNCIA DE REQUISITOS LEGAIS E DE
FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA DA DECISÃO OBJETADA.
SUFICIÊNCIA DE MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS.
PREDICADOS PESSOAIS. PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA
PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA 1- Não há ilegalidade no decreto
de prisão preventiva a requerimento do Ministério Público na
audiência de custódia. 2- Estando a prisão preventiva
idoneamente motivada em elementos concretos que
demonstrem a sua necessidade para a garantida da ordem
pública, não há que se falar em constrangimento ilegal,
mostrando-se insuficiente a imposição de medidas cautelares
diversas. 3- Os predicados pessoais, ainda quando
inequívocos, e o princípio da presunção de inocência não
impõem a concessão de liberdade, se presente requisito da
prisão preventiva. 4- Ordem conhecida e denegada.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


15:48:55

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 0098635-23.2018.8.09.0175
CLASSE PROCESSUAL : Ação Penal - Procedimento Ordinário ( CPP )
POLO ATIVO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS
POLO PASSIVO : JHEFANNY ARAUJO BARBOSA FRAZAO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JHEFANNY ARAUJO BARBOSA FRAZAO


ADVG. PARTE : 25771 GO - FÁBIO GONÇALVES DUARTE

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0098635-23.2018.8.09.0175
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CRIMINAL N° 0098635-23.2018.8.09.0175

Comarca : Goiânia

Embargante : Ministério Público

Embargado : Jhefanny Araújo Barbosa Frazão

Relator : Desembargador Nicomedes Borges

DESPACHO

Em mesa para julgamento pelo Órgão colegiado na sessão por videoconferência do dia
03 de dezembro de 2020, a partir das 13 horas.

Intime-se o embargante da data designada.

Goiânia, 27 de novembro de 2020.

Desembargador Nicomedes Borges

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Não Concessão - Data da Movimentação 27/11/2020


17:15:51

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5570949-80.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : SINTHIA DUARTE DE CASTRO
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : SINTHIA DUARTE DE CASTRO


ADVG. PARTE : 22239 GO - SINTHIA RESENDE CASTRO SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5570949-80.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador J. Paganucci Jr.

HABEAS CORPUS

Número : 5570949-80.2020.8.09.0000

Comarca : JATAÍ

Impetrante : SINTHIA DUARTE DE CASTRO

Paciente : IVAN GLEISON BIANCHINI DA SILVA

Relator : DES. J. PAGANUCCI JR.

RELATÓRIO e VOTO

Trata-se de habeas corpus liberatório, com pedido liminar, impetrado pela advogada
SINTHIA DUARTE DE CASTRO, com fundamento nos artigos 5º, inciso LXVIII, da Constituição
Federal, e 647 e 648, inciso I, ambos do Código de Processo Penal, em favor de IVAN GLEISON
BIANCHINI DA SILVA, devidamente qualificado, indicando como autoridade coatora o juízo da 2ª
Vara Criminal da comarca de Jataí/GO.

Extrai-se dos documentos acostados que o paciente foi preso em flagrante, aos 15 de
outubro de 2020, pela suposta prática da conduta típica prevista no artigo 33, caput, da Lei
11.343/06, sendo a constrição convertida em preventiva.

A impetrante menciona constrangimento ilegal decorrente da decisão que converteu a


custódia flagrancial em preventiva, sustentando a ausência de fundamentação concreta, bem
como dos requisitos preconizados no artigo 312, do Código de Processo Penal, sobretudo em
razão dos predicados pessoais do paciente, tais como, primariedade, bons antecedentes e
residência fixa, além de possuir identificação civil.

Intercede pela suficiência e adequação das medidas cautelares diversas da prisão e


invoca o princípio constitucional da presunção de inocência.

Ao final, requer a concessão da ordem liminar de habeas corpus para revogar a prisão
preventiva do paciente, mediante a eventual aplicação de medidas cautelares alternativas,
expedindo-se o respectivo alvará de soltura em seu favor, com a sua confirmação na análise de
mérito.

Junta documentos (movimentação 01 e link do processo original).

Liminar indeferida (movimentação 05).

Informações prestadas pela apontada autoridade coatora (movimentação 08).

A Procuradoria-Geral de Justiça, por seu representante, Altamir Rodrigues Vieira Júnior,


opinou pelo conhecimento e denegação da ordem impetrada (movimentação 11).

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5570949-80.2020.8.09.0000
É o relatório.

Passo ao voto.

Da fundamentação da decisão que decretou a custódia cautelar.

Conforme relatado, o paciente foi preso em flagrante, aos 15 de outubro de 2020, pela
suposta prática da conduta típica prevista no artigo 33, caput, da Lei 11.343/06.

Ao contrário do aduzido na impetração, observa-se que o juiz a quo decretou a prisão


preventiva do paciente, apontando elementos concretos para a custódia cautelar, à invocação da
garantia da ordem pública, ressaltando a sua periculosidade, diante das circunstâncias do
suposto crime praticado.

Eis parte da decisão proferida:

“(...) No caso em tela, verifico que não existem dúvidas a respeito da existência do
crime, bem como há fortes indícios da autoria da prática delituosa intentada pelo
flagrado, não cabendo, nesta fase em que se encontra o presente feito, divagar sobre
o mérito da conduta que lhe é atribuída.

Da mesma forma, tenho, do exame dos autos, que as medidas cautelares diversas da
prisão não são suficientes ou adequadas para prevenir novos delitos e resguardar a
ordem pública.

Ademais, consigno que foi apreendida quantidade expressiva de entorpecentes, ou


seja, 17 (dezessete) porções de pasta base de cocaína, com massa bruta de 15,670
kg (quinze quilos e seiscentos e setenta gramas), adquirida, em tese, pelo autuado na
cidade de Araputanga/MT, pela quantia de R$ 180.000,00 (cento e oitenta mil reais), a
qual seria vendida na cidade de Ituiutaba/MG, pelo valor de R$ 300.000,00 (trezentos
mil reais), conforme relatado nos autos.

Dessa forma, em que pese o autuado não responda a outros processos criminais
nesta Comarca (evento nº 03), sua conduta demonstra-se extremamente reprovável
em razão da quantidade e qualidade de entorpecentes apreendidos, o que fere
gravemente a ordem pública.

Além disso, o crime de tráfico de drogas é tido como a mola propulsora para a prática
de outros delitos, como roubos, furtos, receptações, homicídios etc. Ressalto, ainda,
que é de conhecimento notório que a cidade de Jataí/GO vem sendo vítima
cotidianamente de crimes dessa natureza, o que tem causado desassossego e
insegurança na sociedade local (...)”. (movimentação 01 – arquivo 02).

Aludidas circunstâncias, notadamente a forma e os meios empregados na possível


conduta delitiva, em que o paciente, hipoteticamente, transportava 17 (dezessete) porções de
pasta base de cocaína, com massa bruta de 15,670 kg (quinze quilos e seiscentos e setenta
gramas), escondidas em um fundo falso de seu veículo, as quais, em tese, teriam sido adquiridas
na cidade de Araputanga/MT, pela quantia de R$ 180.000,00 (cento e oitenta mil reais), e seriam
vendidas em Ituiutaba/MG, pelo valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), demonstram sua
maior periculosidade social, convalidando o cárcere para a garantia da ordem pública.

Assim, considerando que, em razão da gravidade concreta da conduta supostamente


cometida, remanescem os motivos que ensejaram o decreto de prisão preventiva, afigura-se
incomportável a revogação da medida extrema, fundamentadamente, decretada pela autoridade

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NR.PROCESSO: 5570949-80.2020.8.09.0000
nominada coatora.

Ressalte-se que mencionadas circunstâncias indicam que outras medidas cautelares


diversas à constrição corporal não são suficientes, tampouco adequadas.

Concernente à presença de predicados pessoais do paciente, como primariedade, bons


antecedentes e residência fixa, vê-se que, por si só, não surge como obstáculo à manutenção da
prisão cautelar, se circunstâncias outras, capazes de comprovar qualquer dos elementos
necessários à prisão preventiva, justificam a medida.

Noutro vértice, estando presentes os requisitos exigidos para o decreto preventivo, bem
como devidamente fundamentada a prisão processual, não há falar-se em violação ao princípio
constitucional da presunção de inocência.

Nessa linha:

“HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL (...). ALEGAÇÃO DE OFENSA AO


PRINCÍPIO DA INOCÊNCIA. NÃO OCORRÊNCIA. ORDEM DE HABEAS CORPUS
DENEGADA (...). 4. Não há ofensa ao princípio da presunção de inocência quando a
prisão preventiva é decretada com fundamento em indícios concretos de autoria e
materialidade delitivas extraídos do auto de prisão em flagrante. 5. Ordem de habeas
corpus denegada.” (HC 488.472/MG, Rel. Ministra LAURITA VAZ, SEXTA TURMA,
julgado em 21/05/2019, DJe 03/06/2019).

Por conseguinte, inexistindo ilegalidade ou abuso de poder a serem reparados no caso


em apreço, não há espaço para a concessão do remédio constitucional.

Conclusão: acolho o parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, conheço do pedido e


denego a ordem impetrada.

É o voto.

EMENTA

HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. AUSÊNCIA DE


FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA PARA A PRISÃO PREVENTIVA.
MEDIDAS CAUTELARES. PREDICADOS PESSOAIS.
PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA. 1- A gravidade
concreta da suposta conduta praticada pelo paciente referenda
o decreto preventivo para a garantia da ordem pública,
mostrando-se inviável a revogação da medida extrema,
fundamentadamente, imposta. 2- Os predicados pessoais e o
princípio da presunção de não-culpabilidade, quando presentes
os requisitos da prisão preventiva, não impõem a concessão de
liberdade. 3- Ordem conhecida e denegada.

ACÓRDÃO

Vistos e relatados os presentes autos, acordam os componentes do Tribunal de Justiça


do Estado de Goiás, pela Primeira Câmara Criminal, por unanimidade de votos, acolhido o
parecer ministerial, em conhecer do pedido e denegar a ordem impetrada, nos termos do voto do
relator, proferido na assentada do julgamento.

Votaram, além do relator, que presidiu a sessão, o juiz Wilson Safatle Faiad, substituto

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NR.PROCESSO: 5570949-80.2020.8.09.0000
da desembargadora Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos, e os desembargadores Nicomedes
Domingos Borges, Itaney Francisco Campos e Ivo Favaro.

Proferiu sustentação oral a impetrante.

Presente ao julgamento o procurador de justiça Abrão Amisy Neto.

Goiânia, 26 de novembro de 2020.

DES. J. PAGANUCCI JR.


RELATOR

X1/JC/F

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NR.PROCESSO: 5570949-80.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS

Número : 5570949-80.2020.8.09.0000

Comarca : JATAÍ

Impetrante : SINTHIA DUARTE DE CASTRO

Paciente : IVAN GLEISON BIANCHINI DA SILVA

Relator : DES. J. PAGANUCCI JR.

EMENTA

HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. AUSÊNCIA DE


FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA PARA A PRISÃO PREVENTIVA.
MEDIDAS CAUTELARES. PREDICADOS PESSOAIS.
PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA. 1- A gravidade
concreta da suposta conduta praticada pelo paciente referenda
o decreto preventivo para a garantia da ordem pública,
mostrando-se inviável a revogação da medida extrema,
fundamentadamente, imposta. 2- Os predicados pessoais e o
princípio da presunção de não-culpabilidade, quando presentes
os requisitos da prisão preventiva, não impõem a concessão de
liberdade. 3- Ordem conhecida e denegada.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido em Parte e Não-Provido - Data da


Movimentação 26/11/2020 16:15:31

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5536346-78.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : ELSON FERREIRA DE SOUSA
POLO PASSIVO : MM. JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE CUMARI
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ELSON FERREIRA DE SOUSA


ADVG. PARTE : 17970 GO - ELSON FERREIRA DE SOUSA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5536346-78.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS N° 5536346-78.2020.8.09.0000
Comarca : Cumari
Impetrante : Elson Ferreira de Sousa
Paciente : Juliano Aparecido Borges da Silva

AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS


Comarca : Cumari
Agravante : Juliano Aparecido Borges da Silva
Relator : Desembargador Nicomedes Borges

RELATÓRIO E VOTO

O advogado Elson Ferreira de Sousa, com fundamento no artigo 5º, inciso LXVIII da
Constituição Federal e nos artigos 647 e seguintes do Código de Processo Penal,
impetra a presente ordem de Habeas Corpus, com pedido liminar, em benefício de
Juliano Aparecido Borges da Silva, indicando como autoridade coatora o Juízo da
Vara Criminal da Comarca de Cumari/GO.
Ressai dos autos, em síntese, que, no dia 19/05/2020, o paciente foi preso
preventivamente pela suposta prática dos crimes descritos nos artigos 33 e 35 da Lei
de Drogas, artigo 244-B do Estatuto da Criança e do Adolescente e no artigo 12 do
Estatuto de Desarmamento (tráfico, associação para o tráfico, corrupção de menores e
posse irregular de arma de fogo de uso permitido).
Alega o impetrante que o paciente sofre constrangimento ilegal provocado pelo
excesso de prazo para a entrega da prestação jurisdicional, uma vez que se encontra
preso por mais de 164 (cento e sessenta e quatro) dias, sem que tenha sido encerrada
a instrução processual.
Argumenta “que a audiência para oitiva da testemunha foi designada para o dia
05/11/2020, momento em que a paciente completará 174 (cento e setenta e quatro)
dias de encarceramento cautelar, restando patente a existência de constrangimento
ilegal por excesso de prazo.”
Aduz que as decisões judiciais que decretou e manteve a prisão preventiva estão
desprovidas de fundamentação substancial, haja vista as justificativas incongruentes e

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NR.PROCESSO: 5536346-78.2020.8.09.0000
contraditórias a embasar a medida cautelar, principalmente diante da inexistência de
quaisquer dos motivos autorizadores previstos no artigo 312 do Código de Processo
Penal.
Nas circunstâncias, considera caracterizada a ilegalidade do constrangimento a que se
encontra submetido o paciente, impondo-se a suspensão do abuso, mediante a
concessão da ordem, liminarmente, para que seja relaxada a prisão preventiva, com
ou sem a aplicação de medidas cautelares. No mérito, pugna pela confirmação da
liminar.
Acopla à inicial os documentos encaminhados digitalmente.
Liminar indeferida (movimentação 6).
Solicitadas as informações, a magistrada as prestou regularmente (movimentação 9).
Contra a decisão indeferitória do pedido de liminar, o paciente interpôs agravo
regimental (movimentação 11), em cujas razões reeditou as mesmas teses arguidas
na impetração, reforçando a existência de “excesso de prazo da prisão preventiva, em
virtude da demora injustificada para a conclusão da instrução criminal, causado pelo
não cumprimento de carta precatória expedida à Comarca de Catalão, para inquirição
de testemunhas de acusação. Portanto, é incontendível que demora é injustificada e
consubstanciada em desídia do Poder Judiciário ou da acusação, sem que a defesa
tenha contribuído ou dado causa”.
Com vista, a douta Procuradoria-Geral de Justiça, por seu representante, Dr. Altamir
Rodrigues Vieira Júnior, manifestou-se pelo parcial conhecimento da ordem e, parte
conhecida, pelo seu indeferimento (movimentação 15).
É o relatório.
Decido.
Trata-se de pedido de habeas corpus impetrado em favor de Juliano Aparecido
Borges da Silva, visando a obtenção da liberdade provisória alegando: a) ausência de
fundamentação das decisões judiciais que decretou a prisão preventiva do paciente e
que indeferiu o pleito de revogação desta estão desprovidas de fundamentação; c)
falta de revisão da prisão preventiva, prevista no artigo 316, parágrafo único, do
Código de Processo Penal; d) prisão domiciliar; e) predicados pessoais; f) violação ao
princípio constitucional da presunção de inocência; g) medidas cautelares.
Inicialmente, no tocante ao pleito relacionado ao mérito da prisão preventiva, vê-se
que, apesar de tal pedido apresentar nova roupagem, este é reiteração das
alegações já apreciadas em sede do Habeas Corpus n° 5287806-
80.2020.8.09.0000, de minha relatoria, julgado em 24/08/2020, que recebeu a
seguinte ementa:
“EMENTA: HABEAS CORPUS. TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES,
ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO, CORRUPÇÃO DE MENORES E POSSE
IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO. NEGATIVA DE
AUTORIA. NÃO CONHECIMENTO. NULIDADE PELA AUSÊNCIA DO
ESTADO DE FLAGRÂNCIA. INOCORRÊNCIA. AUSÊNCIA DE
FUNDAMENTAÇÃO DA DECISÃO JUDICIAL QUE DECRETOU A PRISÃO
PREVENTIVA DO PACIENTE. INOCORRÊNCIA. PREDICADOS

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NR.PROCESSO: 5536346-78.2020.8.09.0000
PESSOAIS. IRRELEVÂNCIA. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO
CONSTITUCIONAL DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA. INOCORRÊNCIA.
MEDIDAS CAUTELARES. INVIABILIDADE. CONSTRANGIMENTO
INEXISTENTE. 1) Incomportável em sede de Habeas Corpus a análise da
alegada tese de negativa de autoria/materialidade, por exigir incursão
aprofundada no acervo probatório. 2) Eventual ilegalidade da prisão em
flagrante está superada, tendo em vista a superveniência de novo título a
embasar a custódia cautelar, qual seja, o decreto da preventiva. 3) Mantém-
se a prisão preventiva, afastando-se a alegação de ilegalidade do
constrangimento, se demonstradas, por situações objetivas e concretas, a
necessidade de acautelar o meio social, considerando a possibilidade de
reiteração delitiva, uma vez que o paciente possui histórico na suposta
prática dos crimes de ameaça e homicídio (autos de nºs 201801526812 e
201900138985), e a gravidade da conduta delituosa, tendo em vista a
quantidade de droga apreendida com o agente ? 4 tabletes de maconha,
com massa bruta total de 2,985 kg (dois quilos e novecentos e oitenta e
cinco miligramas) ?, o que demonstra a necessidade da garantia da ordem
pública. 4) Os ornamentos pessoais do paciente, ainda que comprovados,
por si sós não obstam a segregação cautelar, quando presentes os
requisitos dos artigos 312 e 313 do Código de Processo Penal. 5) A prisão
provisória não fere o princípio constitucional da presunção de inocência,
pois, a própria Constituição, no artigo 5º, inciso LXI, permite a possibilidade
de prisão em flagrante ou por ordem fundamentada e escrita da autoridade
competente. 6) São inaplicáveis as medidas cautelares diversas da prisão
quando demonstradas insuficientes para garantir a proteção da ordem
pública. ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E, NESSA EXTENSÃO,
DENEGADA.” (TJGO, Habeas Corpus Criminal 5287806-80.2020.8.09.0000,
Rel. Des(a). NICOMEDES DOMINGOS BORGES, 1ª Câmara Criminal,
julgado em 24/08/2020, DJe de 24/08/2020)”

Não se nota, nessa parte, fundamento novo hábil à alteração da situação analisada
naquele feito. Desta forma, impõe-se o não conhecimento parcial da ordem, conforme
entendimento desta Colenda Câmara:
“HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO DUPLAMENTE QUALIFICADO. […]
REITERAÇÃO DE PEDIDO. NÃO CONHECIMENTO. […] 2. Não se
conhece de temática idêntica a outra já analisada e julgada anteriormente,
por constituir reiteração de pretensão liberatória, com os mesmos
fundamentos. ORDEM NÃO CONHECIDA.” (TJGO, Habeas Corpus
5379288-80.2018.8.09.0000, Rel. ITANEY FRANCISCO CAMPOS, 1ª
Câmara Criminal, julgado em 23/10/2018, DJe de 23/10/2018).

Sobre o alegado excesso de prazo, pacífica é a orientação dos Tribunais Pátrios no


sentido de que os prazos fixados para o encerramento do processo não têm natureza
peremptória, subsistindo apenas como referencial para verificação de eventual
extrapolação, de sorte que a superação deles não implica necessariamente em
flagrante e imediato reconhecimento de ilegalidade, podendo ser excedidos com
arrimo em melhor juízo da razoabilidade, considerando-se, para tanto, as

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NR.PROCESSO: 5536346-78.2020.8.09.0000
particularidades do caso concreto.
Ao discorrer sobre o período de duração da prisão de natureza cautelar, GUILHERME
DE SOUZA NUCCI preleciona:
“(…) inexiste um prazo determinado, como ocorre com a prisão
temporária, para a duração dessa modalidade de prisão cautelar. A
regra é que perdure, até quando seja necessário, durante a
instrução, não podendo, é lógico, ultrapassar eventual decisão
absolutória (…) dentro da razoabilidade, havendo necessidade, não
se deve estipular um prazo fixo para o término da instrução, como
ocorria no passado, mencionando-se como parâmetro o cômputo
de 81 dias, que era a simples somatória dos prazos previstos no
Código de Processo Penal para que a colheita de provas se
encerrasse (…)" (in Código de Processo Penal Comentado - 5. ed. - São
Paulo: RT, 2006, p. 607).

Consoante entendimento sufragado pela Corte Superior de Justiça, “A questão do


excesso de prazo na formação da culpa não se esgota na simples verificação
aritmética dos prazos previstos na lei processual, devendo ser analisada à luz do
princípio da razoabilidade, segundo as circunstâncias detalhadas de cada caso
concreto. […]”. (HC 420.527/CE, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA,
SEXTA TURMA, julgado em 19/04/2018, DJe 11/05/2018).
In casu, conforme movimentação 133 dos autos originários de nº 5290222-
98.2020.8.09.0039, observa-se que o magistrado a quo determinou que as partes
apresentassem alegações finais por memoriais, as quais já foram apresentadas pela
acusação, faltando somente a defesa apresentar as suas razões derradeiras, veja:
“(…) Aberta a audiência, foram ouvidas as testemunhas Hespártaco de
Campos e Daniel Paulo Pereira, sendo dispensada a testemunha Anderson
Arruda Mendes. Posteriormente foram ouvidas as testemunhas de defesa
(…). A seguir procedeu-se o interrogatório do acusado através de
videoconferência. Após o Ministério Público apresentou alegações finais
oralmente e a defesa, ante a complexidade do caso, pugnou pela
apresentação das alegações finais através de memoriais, no prazo de 10
dias, o que foi deferido por este Juízo em homenagem ao princípio da ampla
defesa. Após a apresentação das alegações, façam-me conclusos para
sentença (…).”.

Dessa forma, encontra-se encerrada a instrução criminal, uma vez que o feito está
aguardando as alegações finais da defesa, achando-se a sentença em vias de ser
proferida, não configurando constrangimento ilegal por excesso de prazo na formação
da culpa, à inteligência do enunciado da Súmula 52, do Superior Tribunal de Justiça,
in verbis: “Encerrada a instrução criminal, fica superada a alegação de
constrangimento por excesso de prazo.”
Não é outro o entendimento desta Colenda Câmara:
“HABEAS CORPUS. […] EXCESSO DE PRAZO PARA O

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NR.PROCESSO: 5536346-78.2020.8.09.0000
TÉRMINO DA INSTRUÇÃO. 1- Resta superada a alegação de
excesso de prazo, quando finalizada a instrução criminal, estando o
processo com vista às partes para alegações finais, conforme
entendimento da Súmula n. 52, do Superior Tribunal de Justiça. 2-
Ordem conhecida e denegada.” (TJGO, HABEAS-CORPUS
259026-26.2017.8.09.0000, Rel. DES. J. PAGANUCCI JR., 1A
CÂMARA CRIMINAL, julgado em 30/11/2017, DJe 2406 de
14/12/2017).

Na esteira dessas considerações, não vislumbro a existência de constrangimento ilegal


sanável pela estreita via do writ.
Ao teor do exposto, acolhendo o parecer ministerial de cúpula, conheço parcialmente
da ordem e, nessa extensão, denego-a. Em razão do julgamento do mérito do
remédio heroico, resta prejudicado o agravo regimental interposto.
É como voto.
Goiânia, 19 de novembro de 2020.

Desembargador Nicomedes Borges


Relator
HABEAS CORPUS N° 5536346-78.2020.8.09.0000
Comarca : Cumari
Impetrante : Elson Ferreira de Sousa
Paciente : Juliano Aparecido Borges da Silva

AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS


Comarca : Cumari
Agravante : Juliano Aparecido Borges da Silva
Relator : Desembargador Nicomedes Borges

EMENTA: HABEAS CORPUS. TRÁFICO ILÍCITO DE


ENTORPECENTES, ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO,
CORRUPÇÃO DE MENORES E POSSE IRREGULAR DE ARMA

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NR.PROCESSO: 5536346-78.2020.8.09.0000
DE FOGO DE USO PERMITIDO. AUSÊNCIA DE
FUNDAMENTAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS QUE
DECRETOU E MANTEVE A PRISÃO PREVENTIVA DO
PACIENTE. REITERAÇÃO DE PEDIDOS. NÃO CONHECIMENTO.
EXCESSO DE PRAZO. ENCERRAMENTO DA INSTRUÇÃO.
SÚMULA 52 STJ. 1) Não se conhece de pedidos já exaurido em
análise em outro habeas corpus anteriormente julgado (mérito
da prisão preventiva) por se tratar de reiteração que expõe
ofensa à coisa julgada formal. 2) Encontra-se superada a
alegação de excesso de prazo, quando finalizada a instrução
criminal, estando o processo com vista à defesa para
memoriais finais, inteligência da Súmula 52 do Superior
Tribunal de Justiça. ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E,
NESSA EXTENSÃO, DENEGADA. AGRAVO REGIMENTAL
PREJUDICADO.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de HABEAS CORPUS e AGRAVO


REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS Nº 5536346-78.2020.8.09.0000, da Comarca
de Cumari, tendo como impetrante ELSON FERREIRA DE SOUSA e paciente
JULIANO APARECIDO BORGES DA SILVA.
ACORDA, o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pelos integrantes da 1ª
Câmara Criminal, na conformidade da ata de julgamento, por unanimidade de votos e
acolhendo o Parecer Ministerial de Cúpula, em conhecer parcialmente da ordem
impetrada e, nessa extensão, denegá-la. Em razão do julgamento do mérito do
remédio heroico, restou prejudicado o agravo regimental interposto, conforme voto do
relator.
Participaram do julgamento e votaram com o Relator os Desembargadores Itaney
Francisco Campos, Ivo Fávaro e J. Paganucci Jr., que também presidiu a sessão,
bem como o Doutor Wilson Safatle Faiad (Juiz em substituição à Des. Avelirdes
Almeida Pinheiro de Lemos).
Esteve presente na sessão de julgamento o nobre Procurador de Justiça Doutor
Abrão Amisy Neto.
Goiânia, 19 de novembro de 2020.

Desembargador Nicomedes Borges


Relator 16

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NR.PROCESSO: 5536346-78.2020.8.09.0000
EMENTA: HABEAS CORPUS. TRÁFICO ILÍCITO DE
ENTORPECENTES, ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO,
CORRUPÇÃO DE MENORES E POSSE IRREGULAR DE ARMA
DE FOGO DE USO PERMITIDO. AUSÊNCIA DE
FUNDAMENTAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS QUE
DECRETOU E MANTEVE A PRISÃO PREVENTIVA DO
PACIENTE. REITERAÇÃO DE PEDIDOS. NÃO CONHECIMENTO.
EXCESSO DE PRAZO. ENCERRAMENTO DA INSTRUÇÃO.
SÚMULA 52 STJ. 1) Não se conhece de pedidos já exaurido em
análise em outro habeas corpus anteriormente julgado (mérito
da prisão preventiva) por se tratar de reiteração que expõe
ofensa à coisa julgada formal. 2) Encontra-se superada a
alegação de excesso de prazo, quando finalizada a instrução
criminal, estando o processo com vista à defesa para
memoriais finais, inteligência da Súmula 52 do Superior
Tribunal de Justiça. ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E,
NESSA EXTENSÃO, DENEGADA. AGRAVO REGIMENTAL
PREJUDICADO.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 26/11/2020


23:52:03

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5278405-57.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : VASCO LUÍS CARVALHO SILVA
POLO PASSIVO : JUIZ(A) DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE MINEIROS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : VASCO LUÍS CARVALHO SILVA


ADVG. PARTE : 40856 GO - VASCO LUÍS CARVALHO SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5278405-57.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

HABEAS CORPUS Nº 5278405.57.2020.8.09.0000

COMARCA DE MINEIROS

IMPETRANTE VASCO LUÍS CARVALHO SILVA

PACIENTE KERLEY MENDONÇA DE OLIVEIRA

RELATOR DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

DESPACHO

Trata-se de HABEAS CORPUS liberatório com pedido liminar, impetrado pelo advogado VASCO LUÍS
CARVALHO SILVA, inscrito na OAB/GO sob o nº 40.856, com fundamento no artigo 5°, incisos LXVI e LXVIII, da
Constituição Federal, em favor de KERLEY MENDONÇA DE OLIVEIRA, qualificado, indicando como autoridade
coatora o Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de Morrinhos/GO.

Em mesa, para sessão de videoconferência aprazada para o dia 3/12/2020, às 13 horas.

Intimem-se.

Goiânia, 26 de novembro de 2020.

DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

RELATOR

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NR.PROCESSO: 5278405-57.2020.8.09.0000
10-LMDF

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 26/11/2020


23:51:33

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5558758-03.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : VICTOR HUGO ROCHA DE FARIA
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : VICTOR HUGO ROCHA DE FARIA


ADVG. PARTE : 54770 GO - VICTOR HUGO ROCHA DE FARIA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5558758-03.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

HABEAS CORPUS Nº 5558758-03.2020.8.09.0000

COMARCA DE ANÁPOLIS

IMPETRANTE VICTOR HUGO ROCHA DE FARIA

PACIENTE JOAQUIM FELISBINO DE OLIVEIRA

RELATOR DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

DESPACHO

VICTOR HUGO ROCHA DE FARIA, advogado inscrito na OAB/GO sob o número 54.770, impetra o
presente HABEAS CORPUS, com pedido liminar, em favor de JOAQUIM FELISBINO DE OLIVEIRA, qualificado,
indicando como autoridade coatora a Juíza de Direito da 3ª Vara Criminal da Comarca de Anápolis/GO.

Em mesa, para sessão de videoconferência aprazada para o dia 3/12/2020, às 13 horas.

Intimem-se.

Goiânia, 26 de novembro de 2020.

DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

RELATOR

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5558758-03.2020.8.09.0000
10-LMDF

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido em Parte e Não-Provido - Data da


Movimentação 26/11/2020 16:48:16

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5544609-02.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : RIVER FAUSTO MARQUES
POLO PASSIVO : PRESIDENTE DO TJ
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : RIVER FAUSTO MARQUES


ADVG. PARTE : 28312 GO - RIVER FAUSTO MARQUES

PARTE INTIMADA : GABRIEL MARTINS DE CASTRO


ADVG. PARTE : 28312 GO - RIVER FAUSTO MARQUES

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5544609-02.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS N° 5544609-02.2020.8.09.0000

Comarca : Goiânia

Impetrantes : Gabriel Martins de Castro e outro

Paciente : Wanessa Rodrigues da Silva

Relator : Desembargador Nicomedes Borges

RELATÓRIO E VOTO

Os advogados Gabriel Martins de Castro e River Fausto Marques, inscritos na OAB/GO sob os
nºs 27.308 e 28.312, respectivamente, impetram ordem de habeas corpus, com pedido de liminar,
em proveito de Wanessa Rodrigues da Silva, por considerá-la submetida a constrangimento
ilegal, deflagrado por ato do MM. Juiz de Direito da 4ª Vara Criminal da Comarca desta Capital,
autoridade indicada como coatora.

Expõem os autos que Wanessa Rodrigues da Silva, Carlos Brasil da Silva Júnior, Lucas Lino dos
Santos e Josué Machado de Souza Júnior foram presos em flagrante delito, no dia 13/09/2020,
e, posteriormente, denunciados como incursos nas sanções dos artigos 33 e 35, ambos da Lei nº
11.343/06.

Sustentam os impetrantes que os atos judiciais que converteu a prisão em flagrante da paciente
em preventiva e que indeferiu o pedido de revogação da custódia cautelar são desprovidos de
fundamentação concreta a indicar a real necessidade para a manutenção da custódia cautelar
imposta, nos termos do artigo 312 do Código de Processo Penal.

Discorrem sobre negativa de autoria, alegando que “a prisão da paciência decorrera porque ela estava no
veículo como passageira, a qual em tese precedia o automóvel Celta com a carga de drogas. Contudo, no automóvel
(Ford-Ka) em que a paciente se encontrava nada fora localizado de ilícito” (evento 1).

Aventam ser patente a falta de justa causa para a decretação da custódia cautelar, em especial
pelos bons predicados pessoais ostentados pela paciente, além do fato de que, em caso de
condenação, Wanessa Rodrigues poderá ter direito ao regime prisional menos gravoso.

Diante de tais circunstâncias, consideram estar a paciente sofrendo coação ilegítima, reprimível
com a concessão liminar da ordem, para revogar a constrição preventiva, expedindo-se-lhe alvará
de soltura, ou aplicando-lhe as medidas cautelares menos rigorosas.

A inicial foi instruída com os documentos anexados digitalmente.

A liminar foi indeferida (evento 05) e o magistrado acoimado de coator prestou informes,
esclarecendo que os autos aguardam a realização da audiência de instrução e julgamento
designada para o dia 25/11/2020 (evento 09).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5544609-02.2020.8.09.0000
Instado a se manifestar, o custos legis, em parecer firmado pelo digno Procurador de Justiça, Dr.
Altamir Rodrigues Vieira Júnior, opinou pelo conhecimento parcial do pedido e, na parte
conhecida, pelo seu indeferimento (evento 12).

É o relatório.

Passo ao voto.

Cuida-se de habeas corpus impetrado em proveito de Paulo César da Silva Borges, com vistas
a obter a restituição de sua liberdade em razão da evidente ilegalidade observada na constrição a
que se encontra submetida.

Justifica a pretensão liberatória argumentando que não estão presentes os requisitos do artigo
312 do Código de Processo Penal, que a paciente detém predicados pessoais abonadores e
garantidores da concessão do benefício, e que a prisão fere o princípio da homogeneidade.

Compulsando os autos, verifico que carecem de razão os argumentos expendidos pelos


impetrantes.

Em primeiro lugar, impende destacar que a via estreita do habeas corpus é inadequada ao exame
da prova, de sorte que a tese dos impetrantes de que a paciente não cometeu os crimes a ela
imputados é incompatível com a via eleita, por implicar em aferição do mérito processual. Confira-
se:

“Na via estreita do habeas corpus não é possível discussão acerca da alegação de negativa de
autoria, por exigir, em regra, revolvimento aprofundado de provas e mesmo dilação probatória”
(TJGO, 1ª Câmara Criminal, HC nº 5481878-67.2020.8.09.0000, Rel. Des. Itaney
Francisco Campos, in DJE de 09/11/2020).

Do mesmo modo, deixo de conhecer do pedido de revogação da prisão preventiva arrimado na


possibilidade de, no caso de ser condenada, ser-lhe imposto regime menos gravoso para
cumprimento de pena, por ser uma situação hipotética e imprevisível, a qual não comporta
análise na via eleita.

A propósito:

“A possibilidade, em caso de condenação, de estabelecimento de regime prisional menos severo


retrata situação hipotética de concretização imprevisível, que refoge ao âmbito do writ” (TJGO, 1ª
Câmara Criminal, HC nº 5653492-77.2019.8.09.0000, Rel. Des. J. Paganucci Jr.,
in DJE de 16/01/2020).

Em outra perspectiva, agora tendo por referência a ausência de motivação do ato judicial
que decretou a custódia preventiva (evento 1), verifica-se que o convencimento da Juíza a quo
quanto à necessidade do enclausuramento cautelar da paciente está alicerçado de forma
convincente e correta, nos seguintes fundamentos:

"(...) Destaco a presença de indícios de materialidade e de autoria no caso em testilha, a saber, a


apreensão de 85 (oitenta e cinco) porções de material vegetal dessecado, constituídas de ramos,
folhas, sumidades floridas e frutos, sendo 52 (cinquenta e duas) acondicionadas em fita adesiva
preta e 33 (trinta e três), com massa bruta total de 59,285 kg (cinquenta e nove quilogramas e
duzentos e oitenta e cinco gramas), além de 01 (um) veículo Ford/Ka, 01 (um) veículo GM/Celta, 01
(uma) balança de precisão e 01 (uma) carteira de identidade falsa em nome de Carlos Aderson Dias
Monteiro.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5544609-02.2020.8.09.0000
(...) Josué Machado de Souza Junior, Carlos Brasil da Silva Junior, Lucas Lino dos Santos e
Wanessa Rodrigues da Silva foram presos em flagrante após operação conjunta da Delegacia
Estadual de Repressão a Furtos e Roubos e Cargas – DECAR e a Equipe Tática da Polícia Militar,
que objetivava apreender uma associação criminosa voltada à prática de roubos de cargas e tráfico
de drogas.

Consta dos autos, em síntese, que os agentes estavam na região Noroeste desta capital, quando
receberam notitia criminis sobre a entrega de vultosa quantidade de droga, que seria feita no Jardim
Balneário Meia Ponte, sendo que a mesma estaria sendo transportada no interior de um veículo
GM/Celta, cor branca.

Ato contínuo, as equipes intensificaram as diligências na região, oportunidade em que ao se


aproximarem da Avenida Genésio de Lima, visualizaram o aludido automotor, o qual era
acompanhado, deperto, pelo automóvel FORD/KA, cor prata.

Em seguida, procederam com a abordagem dos veículos, constatando-se que o GM/CELTA era
conduzido por Josué, tendo por passageiro Lucas, e o FORD/KA, que era responsável pela escolta
do transporte dos estupefacientes, era dirigido por Carlos e tinha como passageira Wanessa.

Efetivada a busca veicular, foram encontradas no interior do veículo GM/CELTA uma sacola plástica
contendo em seu interior 20 (vinte) tabletes de maconha, embalados em fita adesiva de cor marrom.
Na sequência, ao serem solicitados a apresentar seus documentos pessoais, Carlos entregou os
policiais uma carteira de identidade falsificada com o nome de Carlos Anderson Dias Monteiro.

Ao ser efetivada a consulta ao Mportal, os agentes elucidaram o verdadeiro nome do flagranteado,


ou seja, Carlos Brasil da Silva Júnior, bem como que ele havia rompido seu aparelho de
monitoramento eletrônico.

Os autuados foram indagados acerca dos estupefacientes apreendidos, ocasião em que,


informalmente, Josué declinou a existência de associação entre eles, explicando aos policiais que as
drogas pertenciam a Carlos, bem como que esse último, há dois dias, havia deixado grande
quantidade de tóxico ocultada em sua residência, situada na Rua Emílio Jorge Miguel, Jardim
Clarissa, nesta urbe.

Desta forma, ocorreu o imediato deslocamento até o imóvel citado e, após minuciosa busca
domiciliar, foi encontrado o restante das substâncias ilícitas e uma balança de precisão, cor branca.

In fine, foram apreendidas 85 (oitenta e cinco) porções de maconha, com massa bruta total de
59,285Kg (cinquenta e nove quilogramas, duzentos e oitenta e cinco gramas).

(...) A necessidade de manutenção dos autuados no cárcere em que se encontram visa a


conveniência da instrução criminal e da garantia de aplicação da lei penal, haja vista que não
comprovaram o exercício de atividade laboral lícita antes de sua(s) segregação(ões), tampouco
comprovaram residência fixa no distrito da culpa, vez que o expediente jungido ao evento nº 03 –
arquivo nº 03 encontra-se em nome de pessoa desconhecida nestes autos.

Ademais, a exacerbada quantidade de entorpecente apreendida (quase 60 kg) demonstra expertise


e caráter de perenidade na vida delituosa, aptos a gerar fundado receio de que, em liberdade,
possam continuar envolvidos com a traficância. Os elementos dos autos, por ora, indicam se
tratarem de pessoas com expressiva influência no contexto de tráfico de entorpecentes nesta urbe.

25. Desse modo, resta clara a necessidade de acautelamento do meio social.

(...)Ex positis, consoante o disposto nos artigos 312 e 313 do Código de Ritos em vigor, converto as

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5544609-02.2020.8.09.0000
segregações flagranciais em preventivas, tutelando a garantia da ordem pública, a conveniência da
instrução criminal e visando a futura aplicação da lei penal" (evento 1).

Ademais, ao indeferir o pedido de revogação da prisão preventiva formulado pela paciente, o


juízo a quo ponderou que:

"Da análise dos fatos, nota-se claramente que o alegado pela defesa da requerente não deve
prosperar, pois os motivos ensejadores da segregação cautelar ainda se fazem fortemente
presentes, não tendo ocorrido qualquer fato novo que justifique a sua liberação.

Ademais, ofenderia a ordem pública, considerando que a requerente praticou crime grave (tráfico de
drogas), visto que a requerente junto aos denunciados Carlos Brasil da Silva Junior, Lucas Lino dos
Santos e Josué Machado de Souza Júnior transportaram e tinham em depósito, sem autorização ou
em desacordo com determinação legal ou regulamentar, aproximadamente 60 kg de maconha e
balança de precisão, crime este que fomenta sobremaneira a prática de outros delitos, inclusive com
violência e deixando transparecer, conforme já decidido pelo juízo da custódia, que tal fato não seria
fato isolado na vida da requerente, pois ninguém começa com tal quantidade de drogas, pois exige
grande investimento financeiro, o que somente corrobora a necessidade da manutenção da decisão
tomada anteriormente.

(...) Em relação a aplicação das medidas cautelares diversas da prisão, não se torna viável na
presente situação, não existindo justificativa para a aplicação da medida, pois não seria capaz de
impedir a continuidade.

Têm-se ainda que somente o fato do mesmo possuir emprego lícito e residência fixa não teria o
condão de impor a este qualquer beneficio, até mesmo porque, segundo consta estes não foram
impeditivos para a suposta pratica delitiva, razão pela qual não há como ser admitido.

Por fim, ressalte-se que não há nenhum fato novo que justifique a revogação da prisão preventiva da
requerente. Assim, por ainda persistir os motivos da prisão preventiva da denunciada, mantenho a
decisão anterior" (evento 1).

Como se vê, ao contrário do que alegam os impetrantes, foi apresentada fundamentação


concreta e suficiente para a decretação da prisão preventiva da paciente, em razão da gravidade
da conduta perpetrada e da periculosidade social da paciente.

É preciso ponderar que foi apreendido em poder de Wanessa Rodrigues da Silva e outros três
acusados aproximadamente 60kg (sessenta quilogramas) de maconha e balança de precisão,
circunstância que, segundo entendimento jurisprudencial do colendo Superior Tribunal de Justiça,
constitui fator determinante na avaliação da necessidade da prisão cautelar, por denotar a
gravidade concreta do delito e a periculosidade social do agente.

A propósito, trago à colação julgado da egrégia Corte Superior:

“PROCESSO PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE


ENTORPECENTES. DEMORA PARA REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA. NULIDADE
NÃO AUTOMÁTICA. TESE SUPERADA. PRISÃO PREVENTIVA. NOVO TÍTULO. GARANTIA DA
ORDEM PÚBLICA. GRAVIDADE CONCRETA. QUANTIDADE DE DROGA APREENDIDA. (…) A
validade da segregação cautelar está condicionada à observância, em decisão devidamente
fundamentada, aos requisitos insertos no art. 312 do Código de Processo Penal, revelando-se
indispensável a demonstração de em que consiste o periculum libertatis. 3. No caso, a prisão
preventiva está justificada, pois a decisão que a impôs fez referência à gravidade concreta da
conduta imputada ao recorrente, uma vez que foi apreendida elevada quantidade de entorpecentes
(603,33g de maconha). Dessarte, evidenciada a sua periculosidade e a necessidade da segregação

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NR.PROCESSO: 5544609-02.2020.8.09.0000
(STJ, HC nº 119091/MG, Rel. Min. Antônio
como forma de acautelar a ordem pública”
Saldanha Palheiro, in DJU de 12/12/2019).

Não destoa desse entendimento a consolidada jurisprudência emanada desta Corte Justiça, nos
seguintes termos:

"HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS E RECEPTAÇÃO. (...) DECISÕES DEVIDAMENTE


FUNDAMENTADAS. MANUTENÇÃO DA CAUTELA. 2) Estando as decisões combatidas calcadas
em fundamento concreto em razão da gravidade da conduta perpetrada pelo paciente, na
periculosidade social e na quantidade de droga apreendida (quase 04 Kg de maconha),
demonstrada está a necessidade de garantia da ordem pública..." (TJGO, 1ª Câmara
Criminal, HC nº 5494351-56.2018.8.09.0000, Rel. Dr. Sival Guerra Pires, in DJE
de 14/02/2019).

Desse modo, não há que falar em carência de fundamentação idônea para a decretação da
custódia cautelar, tampouco em inocorrência dos requisitos autorizadores previstos no artigo 312
do Código de Processo Penal, máxime quando presentes a materialidade e indícios suficientes de
autoria.

Sendo assim, estou convencido de que a segregação cautelar foi decretada com base legal e
fática, não havendo falar em carência de fundamentação, sendo incomportável, no presente caso,
a aplicação de medida cautelar diversa da prisão.

Destaca-se que as circunstâncias de natureza pessoal, tais como a primariedade, a residência


fixa e a ocupação lícita não são relevantes, por si sós, para a concessão da ordem, mesmo
porque os atributos pessoais da acusada não teriam quaisquer relações com os motivos
processuais determinantes que levaram à segregação preventiva, de modo a não se constituir
fundamento válido para afastar a medida cautelar, que permanece fundada na garantia da ordem
pública.

Forte em tais razões, acolhido o parecer da douta Procuradoria-Geral de Justiça, conheço


parcialmente da ordem impetrada e, nessa parte, a denego.

É o voto.

Goiânia, 19 de novembro de 2020.

Desembargador Nicomedes Borges

Relator

HABEAS CORPUS N° 5544609-02.2020.8.09.0000

Comarca : Goiânia

Impetrantes : Gabriel Martins de Castro e outro

Paciente : Wanessa Rodrigues da Silva

Relator : Desembargador Nicomedes Borges

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5544609-02.2020.8.09.0000
EMENTA: HABEAS CORPUS. TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS E
ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO. NEGATIVA DE AUTORIA E
POSSIBILIDADE DE CUMPRIMENTO DE PENA EM REGIME MAIS
BRANDO. VIA IMPRÓPRIA. NÃO CONHECIMENTO. PRISÃO
PREVENTIVA. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. INOCORRÊNCIA.
PREDICADOS PESSOAIS. IRRELEVÂNCIA. CUSTÓDIA JUSTIFICADA.
INEXISTÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. 1) Em sede de habeas
corpus não comporta discussão sobre negativa de autoria, por exigir dilação
probatória. 2) A possibilidade, em caso de condenação, de estabelecimento
de regime prisional menos gravoso retrata situação hipotética de
concretização imprevisível, que refoge ao âmbito do writ. 3) Estando a
decisão combatida calcada em fundamento concreto em razão da gravidade
da conduta perpetrada pela paciente, consubstanciada na elevada
quantidade de entorpecentes apreendidos, somadas aos fortes indícios de
autoria, demonstrada está a necessidade de garantia da ordem pública. 4)
Condições pessoais favoráveis, ainda que comprovadas, não têm o condão
de, por si sós, garantir à paciente a revogação da prisão preventiva se há
nos autos elementos hábeis a recomendar a manutenção de sua custódia
cautelar. 5) ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E DENEGADA.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de HABEAS CORPUS Nº 5544609-


02.2020.8.09.0000, da Comarca de Goiânia, tendo como impetrantes GABRIEL
MARTINS DE CASTRO E OUTRO e paciente WANESSA RODRIGUES DA SILVA.
ACORDA, o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pelos integrantes da 1ª
Câmara Criminal, na conformidade da ata de julgamento, por unanimidade de votos e
acolhendo o Parecer Ministerial de Cúpula, em conhecer parcialmente da ordem
impetrada e, nessa extensão, denegá-la, conforme voto do relator.
Participaram do julgamento e votaram com o Relator os Desembargadores Itaney
Francisco Campos, Ivo Fávaro e J. Paganucci Jr., que também presidiu a sessão,
bem como o Doutor Wilson Safatle Faiad (Juiz em substituição à Des. Avelirdes
Almeida Pinheiro de Lemos).
Esteve presente na sessão de julgamento o nobre Procurador de Justiça Doutor
Abrão Amisy Neto.
Goiânia, 19 de novembro de 2020.

Desembargador Nicomedes Borges


Relator 16

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5544609-02.2020.8.09.0000
EMENTA: HABEAS CORPUS. TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS E
ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO. NEGATIVA DE AUTORIA E
POSSIBILIDADE DE CUMPRIMENTO DE PENA EM REGIME MAIS
BRANDO. VIA IMPRÓPRIA. NÃO CONHECIMENTO. PRISÃO
PREVENTIVA. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. INOCORRÊNCIA.
PREDICADOS PESSOAIS. IRRELEVÂNCIA. CUSTÓDIA JUSTIFICADA.
INEXISTÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. 1) Em sede de habeas
corpus não comporta discussão sobre negativa de autoria, por exigir dilação
probatória. 2) A possibilidade, em caso de condenação, de estabelecimento
de regime prisional menos gravoso retrata situação hipotética de
concretização imprevisível, que refoge ao âmbito do writ. 3) Estando a
decisão combatida calcada em fundamento concreto em razão da gravidade
da conduta perpetrada pela paciente, consubstanciada na elevada
quantidade de entorpecentes apreendidos, somadas aos fortes indícios de
autoria, demonstrada está a necessidade de garantia da ordem pública. 4)
Condições pessoais favoráveis, ainda que comprovadas, não têm o condão
de, por si sós, garantir à paciente a revogação da prisão preventiva se há
nos autos elementos hábeis a recomendar a manutenção de sua custódia
cautelar. 5) ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E DENEGADA.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido em Parte e Não-Provido - Data da


Movimentação 26/11/2020 16:55:05

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5518383-57.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : JWL
POLO PASSIVO : JP
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : JWL


ADVG. PARTE : 48800 GO - JEFFERSON WILLAMIS LOURENÇO

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Não-Concessão -> Liminar - Data da
Movimentação 26/11/2020 17:12:28

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5600475-92.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : LEOPOLDO GUIMARÃES GARCIA
POLO PASSIVO : 2ª VARA DE EXECUÇÃO PENAL DE GOIANIA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : LEOPOLDO GUIMARÃES GARCIA


ADVG. PARTE : 43285 GO - JESSIKA MELO VIEIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5600475-92.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador J. Paganucci Jr.

HABEAS CORPUS

Número : 5600475-92.2020.8.09.0000

Comarca : GOIÂNIA

Impetrante : LEOPOLDO GUIMARÃES GARCIA

Paciente : YAGO NOGUEIRA BASTOS

Relator : DES. J. PAGANUCCI JR.

DECISÃO

Trata-se de habeas corpus liberatório com pedido liminar, impetrado pelo advogado LEOPOLDO
GUIMARÃES GARCIA, em favor de YAGO NOGUEIRA BASTOS, devidamente qualificado nos autos, indicando como
autoridade coatora o juízo da 2ª Vara de Execução Penal da comarca de Goiânia-GO.

Consta da inicial e dos documentos anexados, que YAGO NOGUEIRA BASTOS foi condenado à pena de
06 (seis) anos, 02 meses e 20 dias de reclusão, no regime semiaberto, mais 61 (sessenta e um) dias-multa, no menor
valor unitário, por infringência ao artigo 157, § 2º, do Código Penal.

Reclama que o paciente foi condenado ao regime inicial semiaberto e está preso há mais de 03 (três)
meses, sem audiência admonitória, já que foram suspensas, em verdadeiro constrangimento ilegal.

Assim, pede a concessão liminar da ordem impetrada, para que seja revogada a prisão preventiva do
paciente, com a expedição do competente alvará de soltura e, no mérito, a confirmação.

Pretende fazer sustentação oral.

Documentos anexados (movimentação 01).

Relatado.

Decido.

Como medida cautelar excepcional, a liminar em habeas corpus, além daquelas condições de toda e
qualquer ação, exige requisitos que são a base para concessão de referida medida, quais sejam, o periculum in mora
ou perigo na demora, quando há probabilidade de dano irreparável, e o fumus boni iuris ou fumaça do bom direito, se
os elementos da impetração indicam a existência de ilegalidade.

Do exame dos autos, verifica-se a necessidade de contato com as informações a serem prestadas pela
autoridade nominada coatora para que se possa analisar as alegações deduzidas, até porque em uma primeira análise,
depreende-se que o magistrado decretou a prisão do paciente para garantia da aplicação da lei penal, porque YAGO
estava em local ignorado, inclusive, ele foi intimado da sentença por edital (movimentação 01, arquivo 03).

Ressalto que o mandado de prisão foi expedido em 27.10.2014 e cumprido somente aos 18.08.2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5600475-92.2020.8.09.0000
(movimentação 01, arquivo 03).

Assim sendo, a liminar em sede de habeas corpus justifica-se quando existe flagrante ilegalidade, sendo por
isso medida extraordinária, seu caráter de providência cautelar exige a análise rigorosa e cumulativa acerca dos
elementos autorizadores da sua concessão, por isso como anteriormente citado, faz-se necessário a coleta de informes
do juízo a quo como forma de assegurar a eficácia do direito a ser proferido no julgamento definitivo do remédio
constitucional invocado.

No presente caso, não se demonstra de forma cristalina os pressupostos legais para a concessão do pleito,
eis que ausentes, cumulativamente, o periculum in mora e o fumus boni iuris.

Pelo exposto, INDEFIRO a liminar pleiteada, ao tempo em que determino sejam solicitadas, em caráter de
urgência, informações à autoridade coatora, fazendo-a ciente da presente decisão.

Após, vista à Procuradoria-Geral de Justiça.

Goiânia, 26 de novembro de 2020.

DES. J. PAGANUCCI JR
RELATOR

FIT/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


15:46:10

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5589407-48.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : CARLOS HUMBERTO FAUAZE FILHO
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PÚBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : NEI CASTELLI


ADVGS. PARTE : 99065 MG - ALEX LUCIANO VALADARES DE ALMEIDA
18904 DF - SAMUEL BARBOSA DOS SANTOS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5589407-48.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS N° 5589407-48.2020.8.09.0000

Comarca : Goiânia

Impetrantes : Carlos Humberto Fauaze Filho e outros

Paciente : Nei Castelli

Relator : Desembargador Nicomedes Borges

DESPACHO

Intimem-se os impetrantes, com o presente writ em mesa para julgamento na por videoconferência do dia
03/12/2020, às 13h00.

Goiânia, 27 de novembro de 2020.

Desembargador Nicomedes Borges

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Não-Concessão -> Liminar - Data da
Movimentação 27/11/2020 17:43:20

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5599406-66.2020.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : ROGERIO RODRIGUES NERES
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : RENATO CARDOSO DA SILVA


ADVG. PARTE : 48007 GO - ROGERIO RODRIGUES NERES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5599406-66.2020.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador J. Paganucci Jr.

HABEAS CORPUS

Número : 5599406-66.2020.8.09.0051

Comarca : GOIÂNIA

Impetrante : ROGÉRIO RODRIGUES NERES

Paciente : RENATO CARDOSO DA SILVA

Relator : DES. J. PAGANUCCI JR.

DECISÃO

Trata-se de habeas corpus liberatório, com pedido liminar, impetrado pelo advogado
ROGÉRIO RODRIGUES NERES, com fundamento nos artigos 5°, inciso LXVIII, da Constituição
Federal, e 647 e seguintes, do Código de Processo Penal, em benefício de RENATO CARDOSO
DA SILVA, qualificado nos autos, indicando como autoridade coatora o juízo da Vara de Crimes
Praticados Contra Hipervulneráveis da comarca de Goiânia.

Extrai-se da inicial, e documentos colacionados aos autos, que o paciente foi preso em
flagrante, no dia 18/06/2020, denunciado e condenado por infringência ao artigo 33, caput, da Lei
11.343/06, à pena definitiva de 05 (cinco) anos e 10 (dez) meses de reclusão, no regime inicial
fechado, mais 500 (quinhentos) dias-multa, à razão mínima, pois trazia consigo e mantinha em
depósito 02 (duas) porções de maconha, com massa bruta total de 465,716g (quatrocentos e
sessenta e cinco gramas, setecentos e dezesseis miligramas), e 01 (um) fragmento de cocaína,
pesando 11,778g (onze gramas, setecentos e setenta e oito miligramas).

O impetrante alega que a fundamentação disposta na sentença condenatória para


negar o direito ao recurso em liberdade é inidônea, pois alheia aos requisitos previstos no artigo
312, do Código de Processo Penal, diante do não envolvimento de violência e grave ameaça na
conduta e da suficiência na imposição de medidas cautelares diversas.

Discorre sobre a incompatibilidade da manutenção da prisão preventiva com a


imposição de regime inicial semiaberto para o resgate da pena, a despeito da fixação do fechado
no caso em tela.

Invoca os princípios constitucionais da presunção de inocência, dignidade da pessoa


humana e homogeneidade.

Ao final, requer a concessão da ordem liminar de habeas corpus para revogar a prisão
preventiva, determinando a imediata expedição de alvará de soltura em seu favor, ainda que
mediante a imposição de medidas cautelares, e a confirmação na análise do mérito.

Junta documentos e o link do processo originário (movimentação 01).

Relatado.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5599406-66.2020.8.09.0051
Decido.

Como medida cautelar excepcional, a liminar em habeas corpus, além daquelas


condições de toda e qualquer ação, exige requisitos que são a base para concessão de referida
medida, quais sejam, o periculum in mora ou perigo na demora, quando há probabilidade de dano
irreparável, e o fumus boni iuris ou fumaça do bom direito, se os elementos da impetração
indicam a existência de ilegalidade.

Examinando os autos, verifica-se a necessidade de contato com as informações a ser


prestadas pela autoridade impetrada para que se possa analisar as alegações deduzidas, até
porque, aprioristicamente, a motivação apresentada na sentença, consubstanciada na variedade
de drogas apreendidas, é consentânea com a necessidade da medida extrema para a garantia da
ordem pública, a par, ainda, da reincidência do paciente.

Assim sendo, a liminar em sede de habeas corpus justifica-se quando existe flagrante
ilegalidade, sendo por isso medida extraordinária, cujo caráter de providência cautelar exige a
análise rigorosa e cumulativa acerca dos elementos autorizadores da sua concessão, por isso
como anteriormente citado, faz-se necessária a coleta de informes do juízo a quo como forma de
assegurar a eficácia do direito a ser proferido no julgamento definitivo do remédio constitucional
invocado.

Nesse trilhar, no presente caso, não se demonstram de forma cristalina os


pressupostos legais para a concessão do pleito, eis que ausentes, cumulativamente, o periculum
in mora e o fumus boni iuris.

De consequência, INDEFIRO o pedido liminar, ao tempo em que determino sejam


solicitadas, em caráter de urgência, informações à autoridade impetrada, fazendo-a ciente da
presente decisão.

Após, vista à Procuradoria-Geral de Justiça.

Goiânia, 27 de novembro de 2020.

DES. J. PAGANUCCI JR.


RELATOR

FOX

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Não-Concessão -> Liminar - Data da
Movimentação 27/11/2020 17:45:09

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5604527-34.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : NATANIEL SOUSA BARROSO
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : NATANIEL SOUSA BARROSO


ADVGS. PARTE : 40131 GO - MARCIO GABRIEL CAVALCANTE MARIANO
52120 GO - JOICILENE RENATA DA SILVA OLIVEIRA MARIANO

PARTE INTIMADA : MÁRCIO GABRIEL CAVALCANTE MARIANO


ADVGS. PARTE : 52120 GO - JOICILENE RENATA DA SILVA OLIVEIRA MARIANO
40131 GO - MARCIO GABRIEL CAVALCANTE MARIANO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5604527-34.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador J. Paganucci Jr.

HABEAS CORPUS

Número : 5604527-34.2020.8.09.0000

Comarca : CRISTALINA

Impetrante : MÁRCIO GABRIEL CAVALCANTE MARIANO

Paciente : NATANIEL SOUSA BARROSO

Relator : DES. J. PAGANUCCI JR

DECISÃO

Trata-se de habeas corpus liberatório, com pedido liminar, impetrado pelo advogado
MÁRCIO GABRIEL CAVALCANTE MARIANO, com fulcro nos artigos 5º, inciso LXVIII, da
Constituição Federal, 647 e 648, incisos I e IV, do Código de Processo Penal, em favor de
NATANIEL SOUSA BARROSO, devidamente qualificado, indicando como autoridade coatora o
juízo da Vara Criminal da comarca de Cristalina/GO.

Inicialmente, informa o impetrante que o presente mandamus se refere à ação penal


72396-11.2018.8.09.0036, prevenção, portanto, desta Relatoria, designada ao julgamento do
apelo interposto.

Relata que o paciente foi preso, no dia 11/06/2018, por supostamente ter cometido o
crime de tráfico de drogas, sendo proferida sentença condenatória e fixada pena de 06 (seis)
anos e 08 (oito) meses de reclusão, em regime inicial semiaberto, mais 666 (seiscentos e
sessenta e seis) dias-multa, no menor valor unitário.

Pontua que o magistrado de piso negou o direito de recorrer em liberdade, ao


argumento de que NATANIEL respondia a outros processos, contudo, sustenta que ele foi
impronunciado nos autos 795-58.2017.8.10.0033, que tramitam no TJMA, bem como, estando
solto em virtude os autos 0142404-13.2018.8.09.0036, que aguardam apenas a prolação de
sentença.

Assevera a ocorrência de excesso de prazo, tendo em vista que o paciente está privado
de sua liberdade há mais de 899 (oitocentos e noventa e nove) dias, sem que haja previsão de
quando haverá o julgamento do apelo interposto, na medida que, após a apresentação de razões
e contrarrazões, o processo foi remetido ao TJ/GO, oportunidade em que houve a edição de
despacho por esta Relatoria, determinando o retorno dos autos ao juízo de origem para que fosse
procedida a intimação pessoal de NATANIEL, evitando-se eventual alegação de nulidade.

Verbera que houve erro da serventia na não intimação pessoal do processado e que,
posteriormente, o juízo a quo determinou a digitalização dos autos físicos, o que ainda não foi
feito, já que, segundo informações, haviam sumido.

Diante disso, requer a concessão liminar da ordem, para que seja revogada a prisão

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5604527-34.2020.8.09.0000
cautelar, com a posterior confirmação quando da análise de mérito.

Junta documentos (movimentação 01).

Relatado.

Decido.

Como medida cautelar excepcional, a liminar em habeas corpus, além daquelas


condições de toda e qualquer ação, exige requisitos que são a base para concessão de referida
medida, quais sejam, o periculum in mora ou perigo na demora, quando há probabilidade de dano
irreparável, e o fumus boni iuris ou fumaça do bom direito, se os elementos da impetração
indicam a existência de ilegalidade.

Do exame dos autos, verifica-se a necessidade de contato com as informações a serem


prestadas pela autoridade impetrada para que se possa analisar as alegações deduzidas, até
porque, a princípio, verifica-se que o magistrado sentenciante condenou o paciente pela
hipotética prática do crime de tráfico de drogas, impondo-lhe a sanção de 06 (seis) anos e 08
(oito) meses de reclusão, em regime inicial semiaberto, mais 666 (seiscentos e sessenta e seis)
dias-multa, no menor valor unitário, negando ao acusado o direito de recorrer em liberdade diante
do evidenciado risco de reiteração delitiva, uma vez que NATANIEL possui outros processos
criminais, tanto em Cristalina quanto no Maranhão (arquivo 20, movimentação 01).

Anote-se que, ainda que o paciente tenha sido impronunciado em relação à ação que
tramita no TJ/MA, os autos 0142404-13.2018.8.09.0036, em trâmite na comarca de Cristalina,
ainda não tiveram solução de mérito e mesmo que não haja prisão cautelar em relação a estes, o
fato de o paciente responder a essa ação penal, nesse primeiro momento, faz subsistir o risco de
reiteração delitiva.

Lado outro, de igual forma, necessários os informes a serem prestados pela autoridade
impetrada, para que seja possível verificar-se o atual andamento processual e se foi dado
cumprimento à ordem de intimação expedida por esta Relatoria, bem como quanto à digitalização
dos autos e o citado “sumiço” do caderno processual.

Outrossim, vale mencionar que a competência para análise de eventual atraso no


julgamento do recurso apelatório, atribuível a esta Corte é do Superior, Tribunal de Justiça.

Portanto, no presente caso, não se demonstram, de forma cristalina, os pressupostos


legais para a concessão do pleito, eis que ausentes, cumulativamente, o periculum in mora e o
fumus boni iuris.

De consequência, INDEFIRO o pedido liminar, ao tempo em que determino sejam


solicitadas, em caráter de urgência, informações à autoridade dita coatora, fazendo-a ciente da
presente decisão.

Após, vista à Procuradoria-Geral de Justiça.

Goiânia, 27 de novembro de 2020.

DES. J. PAGANUCCI JR.


RELATOR

HRV

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em
Assinado por J. PAGANUCCI JR.
Validação pelo código: 10443568017544059, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/PendenciaPublica
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


18:02:32

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5571151-57.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : DVS
POLO PASSIVO : JP
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : DVS


ADVG. PARTE : 48565 SC - DIEGO VINICIUS DE SOUZA

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


18:02:33

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5565850-32.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : DVS
POLO PASSIVO : JP
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : DVS


ADVG. PARTE : 48565 SC - DIEGO VINICIUS DE SOUZA

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 1291 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido - Data da Movimentação


27/11/2020 18:18:15

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5511823-02.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : WDP
POLO PASSIVO : JP
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : WDP


ADVG. PARTE : 28662 GO - WALTERCIDES DOMINGOS DO PRADO

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 1292 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


27/11/2020 18:18:16

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 0267383-52.2017.8.09.0175
CLASSE PROCESSUAL : Ação Penal - Procedimento Ordinário ( CPP )
POLO ATIVO : MINISTÉRIO PÚBLICO
POLO PASSIVO : LUIZ CARLOS BILIO JUNIOR
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : LUIZ CARLOS BILIO JUNIOR


ADVG. PARTE : 24378 GO - MICHEL PINHEIRO XIMANGO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 1293 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0267383-52.2017.8.09.0175
PODER JUDICIÁRIO

Gabinete do Desembargador Ivo Favaro

APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0267383-52.2017.8.09.0175 – GOIÂNIA

APELANTE : MINISTÉRIO PÚBLICO

APELADO : LUIZ CARLOS BILIO JÚNIOR

RELATOR : DES. IVO FAVARO

EMENTA – APELAÇÃO CRIMINAL. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. AMEAÇA.


PROMESSA DE MAL INJUSTO. AUSÊNCIA. ABSOLVIÇÃO MANTIDA. Se
os elementos de convicção carreados no caderno processual
não apontam a configuração do crime de ameaça, seja pela
ausência de promessa de mal injusto, ou pela inexistência de
dolo específico de causar temor na vítima, ante o contexto
de ânimos exaltados, a manutenção da absolvição é medida
impositiva. Apelo desprovido.

A C Ó R D Ã O

Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA o Tribunal de


Justiça do Estado de Goiás, pela 2ª Turma Julgadora de sua Primeira
Câmara Criminal, à unanimidade, acolhendo parecer da Procuradoria-Geral
de Justiça, conhecer e negar provimento ao apelo, nos termos do voto do
Relator e da Ata de Julgamentos.

Participaram do julgamento, votando com o Relator, o


Desembargador J. Paganucci Jr., que o presidiu, e o Juiz Wilson Safatle
Faiad, substituto da Desembargadora Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos.
Presente, representando o órgão de cúpula do Ministério Público, o
Procurador Abrão Amisy Neto.

Goiânia, 17 de novembro de 2020.

Des. Ivo Favaro

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Assinado por IVO FAVARO
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0267383-52.2017.8.09.0175
APELANTE : MINISTÉRIO PÚBLICO

APELADO : LUIZ CARLOS BILIO JÚNIOR

RELATOR : DES. IVO FAVARO

V O T O

Presentes os pressupostos, conheço.

A pretensão recursal do Ministério Público não merece acolhida.

O crime de ameaça exige para sua configuração que o agente


manifeste nítido objetivo de causar mal injusto, grave e factível,
passível de intimidar e causar real temor na vítima.

Não é o caso dos autos.

Tayse declarou para a autoridade policial que no dia do fato,


saindo do trabalho para retornar à sua casa, Luiz Carlos mandou um áudio
via WhatsApp xingando-a: “...puta, rapariga, tá dando pros outros aí
fica de conversa. Vai se fuder. Puta ruim. Se não for do meu registro
pode vazar (sic)” e por mensagens escritas pelo mesmo aplicativo,
ameaçando-a: “morre, me dê paz. Morre, um favor que vc faz (sic)”.
Ressaltou que teme por sua vida pois o suposto autor faz uso de bebidas
alcoólicas com frequência, ficando ainda mais agressivo (movimentação
3, fls. 8/9).

Em juízo, Tayse afirmou que na mensagem Luiz Carlos fez ameaças e


injúrias; que ficou com medo de voltar pra casa, então ligou para o
advogado que já estava cuidando do divórcio, que aconselhou a procurar a
delegacia da mulher, o que foi feito; que no referido áudio o acusado
disse que em meia hora estaria em casa, exigiu que fosse deixado uma
quantia de dinheiro em cima da mesa, valor que ele havia adiantado para
a empregada; que além disso o acusado xingava e dizia que Tayse estava
com outro homem; que no decorrer do casamento já havia ocorrido outras
ameaças, em uma delas inclusive chegou a ir até a Delegacia da Mulher;
na ocasião a polícia estava em greve, mas, ainda assim, conversou com a
delegada que a encaminhou para tratamento psicológico (gravação
audiovisual, mov. 4).

A informante Natane de Oliveira Santos, em juízo, relatou que sua


tia mostrou o áudio e pediu que a acompanhasse até a delegacia; que o
teor do áudio era de mensagens ofensivas e de desejo que alguma coisa
ruim acontecesse com sua tia; que ela se sentiu ameaçada, buscando por
tal razão obter medidas protetivas (gravação audiovisual, mov. 4).

Por sua vez, Luiz Carlos, ao ser interrogado, afirmou que em

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NR.PROCESSO: 0267383-52.2017.8.09.0175
momento algum ameaçou Tayse; que nas mensagens manifestava desejo de que
algo acontecesse com a vítima; asseverou que isso se deu devido ao
desgaste do casamento que já vinha há mais de dez anos se arrastando na
tentativa de mantê-lo em razão dos filhos; que o relacionamento chegou
num ponto em que nenhum dos dois se respeitavam mais. Acrescentou que se
arrependeu do que externou (gravação audiovisual, mov. 4).

Nota-se, portanto, que as palavras enviadas por áudio foram


proferidas em um momento de desestabilidade emocional, num contexto de
final de casamento desarranjado, mas não possuía a intenção de intimidar
a vítima.

Confirmando as declarações do apelado, é perceptível a


animosidade existente entre vítima e acusado pelo teor das mensagens
trocadas por ambos no dia dos fatos.

Aliás, nas referidas mensagens é notória a falta de receptividade


por parte de Tayse, que respondeu um “boa tarde” com “que foi?” (sic), e
retribuiu o “beijo” com “entenda você que não vai rolar (sic)”, o que
inegavelmente contribuiu para o acirramento dos ânimos entre os
interlocutórios e gerou o imbróglio que resultou no desejo de morte,
porém, sem intuito de ameaçar (movimentação 3, fls. 14).

Desse modo, tem-se que os elementos de convicção carreados no


caderno processual não apontam a configuração do crime de ameaça. A uma,
porque em momento algum houve promessa “de mal injusto e grave”, no
máximo ocorreu um desejo nefando em um contexto de ânimos exaltados. A
duas, porque ainda que houvesse ocorrido a ameaça, a circunstância de
alteração de ânimo do acusado afasta o dolo específico e refletido de
causar temor ou inquietação à vítima, necessário para a configuração do
crime de ameaça.

Nesse sentido, a jurisprudência desta Colenda Corte:

“APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME DE AMEAÇA EM CONTEXTO DE VIOLÊNCIA


DOMÉSTICA. SENTENÇA ABSOLUTÓRIA. INSURGÊNCIA MINISTERIAL:
PRETENSÃO CONDENATÓRIA. AUSÊNCIA DE INTIMIDAÇÃO DA VÍTIMA
QUANTO À SUPOSTA AMEAÇA. CONTEXTO DE ACALORADA DISCUSSÃO.
ABSOLVIÇÃO MANTIDA. IN DUBIO PRO REO. Para a caracterização do
delito de ameaça (art.147, do CP) é necessário que o agente se
manifeste com nítido objetivo de causar mal injusto, grave e
possível, apto a intimidara vítima, causando-lhe real temor ou
receio. Inexistindo prova segura de que a ofendida sentiu-se
efetivamente intimidada com a promessa de mal injusto e grave
proferida pelo processado e comprovado o contexto fático de
acalorada discussão, a manutenção da absolvição é medida que
se impõe. APELO MINISTERIAL CONHECIDO E IMPROVIDO. (AC187622-
29.2017.8.09.0156, DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS, 1A CÂMARA
CRIMINAL, Dje de05/12/2018).”

No mesmo toar, os ensinamentos de Guilherme de Souza Nucci: “(…)


é preciso ser algo nocivo à vítima, além de se constituir em prejuízo
grave, sério, verossímil e injusto (ilícito ou meramente iníquo,

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NR.PROCESSO: 0267383-52.2017.8.09.0175
imoral). Inexiste ameaça quando o mal anunciado é improvável, isto é,
liga-se a crendices, sortilégios e fatos impossíveis (…)” (Código penal
comentado. 14ª ed. rev., atual. e ampl., Rio de Janeiro: Forense, 2014,
p. 692).

Assim, tendo em vista que a conduta de Luiz Carlos Bilio Júnior


não se subsume à descrita no artigo 147 do Código Penal, impositiva a
manutenção de sua absolvição, nos termos do artigo 386, inciso III, do
Código de Processo Penal, conforme proferida na espécie.

Ante o exposto, acolho o parecer da Procuradoria-Geral de


Justiça, conheço do recurso e nego-lhe provimento.

É como o voto.

Des. Ivo Favaro

Relator

12

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NR.PROCESSO: 0267383-52.2017.8.09.0175
EMENTA – APELAÇÃO CRIMINAL. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. AMEAÇA. PROMESSA DE MAL
INJUSTO. AUSÊNCIA. ABSOLVIÇÃO MANTIDA. Se os elementos de convicção
carreados no caderno processual não apontam a configuração do crime de
ameaça, seja pela ausência de promessa de mal injusto, ou pela
inexistência de dolo específico de causar temor na vítima, ante o
contexto de ânimos exaltados, a manutenção da absolvição é medida
impositiva. Apelo desprovido.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


27/11/2020 18:18:16

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 0045299-49.2018.8.09.0064
CLASSE PROCESSUAL : Inquérito Policial ( CPP )
POLO ATIVO : WENDER APARECIDO NORONHA MARTINS
POLO PASSIVO : MINISTERIO PUBLICO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : WENDER APARECIDO NORONHA MARTINS


ADVGS. PARTE : 45068 GO - JACQUELLINE MENDES CORREIA
25667 GO - LUIZ MARTINS NETO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 0045299-49.2018.8.09.0064
PODER JUDICIÁRIO

Gabinete do Desembargador Ivo Favaro

APELAÇÃO CRIMINAL Nº 45299-49.2018.8.09.0064 (201890452998) – GOIANIRA

APELANTE : WENDER APARECIDO NORONHA MARTINS

APELADO : MINISTÉRIO PÚBLICO

RELATOR : DES. IVO FAVARO

EMENTA – APELAÇÃO CRIMINAL. AMEAÇA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL.


QUALIFICADO. VIAS DE FATO. CONDENAÇÃO MANTIDA. VIOLAÇÃO. ARTIGO
17 DA LEI MARIA DA PENHA. CONCURSO MATERIAL. EXCLUSÃO.
CONTINUIDADE DELITIVA. APLICAÇÃO. DE OFÍCIO. JUSTIÇA GRATUITA. 1
– Havendo prova das práticas dos tipos descritos nos artigos
146, § 1º e 147, ambos do Código Penal e 21 da Lei de
Contravenções Penais, mantém-se a condenação. 2 – O artigo 17 da
lei 11.340 veda nos crimes de violência doméstica a aplicação
alternativa de multa. 3 – O intervalo temporal de trinta dias
não é absoluto, devendo-se analisar as particularidades do caso
concreto. 4 – Não tem direito ao benefício da assistência
judiciária aquele que assistido durante todo o curso processual
por defensor constituído.

Apelação desprovida.

A C Ó R D Ã O

Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA o Tribunal de Justiça


do Estado de Goiás, pela 2ª Turma Julgadora de sua Primeira Câmara
Criminal, à unanimidade, acolhendo o parecer da Procuradoria-Geral de
Justiça, conhecer do recurso, mas negar-lhe provimento. De ofício, no
delito de vias de fato, afasto a pena de multa, conforme vedação legal
e aplico a continuidade delitiva, nos termos do voto do Relator e da Ata
de Julgamentos.

Participaram do julgamento, votando com o Relator, o Desembargador J.


Paganucci Jr., que o presidiu, e o Juiz Wilson Safatle Faiad, substituto
da Desembargadora Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos. Presente,
representando o órgão de cúpula do Ministério Público, o Procurador

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NR.PROCESSO: 0045299-49.2018.8.09.0064
Abrão Amisy Neto.

Goiânia, 17 de novembro de 2020.

Des. Ivo Favaro

Relator

APELANTE : WENDER APARECIDO NORONHA MARTINS

APELADO : MINISTÉRIO PÚBLICO

RELATOR : DES. IVO FAVARO

V O T O

Presentes os pressupostos, conheço (fl. 179).

Conforme relatado, condenação pelos artigos 146, § 1º, 147, ambos


do Código Penal e artigo 21 do Decreto-Lei nº 3.688 a 7 (sete) meses de
detenção, regime aberto, mais 120 (cento e vinte) dias-multa. Houve
suspensão condicional da pena.

A materialidade e autoria comprovadas pela portaria (fl. 07),


registro de atendimento integrado (fls. 08/11), solicitação de medidas
protetivas (fl. 14, autos em apenso) e depoimentos (CD, fl. 128).

A vítima relatou em juízo que vive com o acusado há 15 (quinze)


anos e tem 4 (quatro) anos que a relação tornou-se conturbada, com
agressões e discussões por causa de um relacionamento extraconjugal de
Wender; narrou, ainda, que foi agredida nas costas com uma mangueira,
enforcada e ameaçada com uma arma de fogo, ressaltando ainda que as
marcas das mãos do acusado ficaram em seu pescoço (CD, fl. 128).

A narrativa é segura, ausentes inconsistências a abalar a


verosimilhança. O discurso mostra-se apto a amparar o decreto
condenatório, confirmado pelos demais elementos de convicção.

A testemunha Rebeca Alves Sousa, registrou em juízo que a vítima


contou as discussões e agressões, relatando ter tirado fotos dos
hematomas da vítima, porém trocou de aparelho e perdeu as imagens.
Contou, ainda, que viu os machucados no dedo da ofendida causados pelo
acusado e afirmou que Kelly já foi ameaçada com arma de fogo, bem como
Wender ameaçou a vítima de morte se fosse preso, levando a ofendida a
desistir da representação por medo, sendo que nesse dia acompanhou Kelly

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NR.PROCESSO: 0045299-49.2018.8.09.0064
até o Fórum para retirar a ação (CD, fl. 128).

No mesmo sentido, as declarações das testemunhas arroladas pela


defesa Duander e Sidney. O primeiro afirmou já ter presenciado
discussões entre o casal, inclusive ter visto o acusado segurar o
pescoço da vítima, registrando que precisou interferir na briga. Já o
segundo relatou que a relação do casal é conturbada por motivo de ciúmes
(CD, fl. 128).

O apelante permaneceu em silêncio na delegacia (fl. 20). Em


juízo, negou, disse que não ameaçou, não agrediu e não apontou arma de
fogo para Kelly e que o episódio do dedo machucado foi um acidente,
quando tentou pegar o celular da mão dela (CD, fl. 128).

Ressalta-se que Kelly ficou atemorizada com as ameaças sofridas,


tanto que solicitou medidas protetivas (fl. 14, autos em apenso). Aliás,
o processado a constrangeu ilegalmente, ameaçando-a com uma arma de fogo
e cometeu vias de fato ao lesionar a vítima durante o enforcamento e nas
costas com uma mangueira.

Face ao conjunto informativo, comprovadas as práticas atribuídas,


não há se falar em absolvição.

As penas dos delitos de constrangimento ilegal qualificado


(artigo 146, § 1º, CP) e ameaça (147, CP) foram fixadas no mínimo,
respectivamente, 6 (seis) meses de detenção e 1 (um) mês de detenção,
não havendo reparos.

Todavia, acerca do delito do artigo 21 do Decreto-Lei nº 3.688/41


(vias de fato), consigno que a magistrada equivocou-se ao aplicar
isoladamente pena de multa, diante da vedação prevista na Lei Maria da
Penha, em seu artigo 17. Ademais, a defesa pleiteou exclusão da pena de
multa.

Passo a análise da pena, em conjunto.

Inicialmente, esclareço que a denúncia relata três vias de fato,


todavia na sentença a magistrada entendeu que ficou demonstrado somente
duas condutas (fl. 165).

Na análise dos vetores do 59, não havendo circunstâncias


desfavoráveis, fixo a básica no mínimo,15 dias de prisão simples.

Não há atenuantes, presente a agravante do 61, II, “f”, crime


cometido no âmbito das relações domésticas contra mulher. Contudo, não
reconhecido no 1º grau, não pode ser considerado em seu desfavor, em
recurso exclusivo da defesa.

Ausentes demais causas modificadoras, fixo em 15 dias de prisão


simples para cada crime de vias de fato, episódio da mangueira e do
enforcamento.

Os fatos aconteceram em outubro de 2016 e janeiro de 2017. Na


hipótese, cabível a aplicação da continuidade delitiva, porquanto os

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NR.PROCESSO: 0045299-49.2018.8.09.0064
crimes da mesma espécie foram praticados em tempo, lugar e modo de
execução, semelhantes, mormente considerando o requisito temporal, o
maior intervalo foi de 60 (sessenta) dias.

Nesse sentido, julgado desta Corte:

“APELAÇÃO CRIMINAL. ESTUPRO CONTINUADO. ABSOLVIÇÃO. NEGATIVA


DE AUTORIA. FRAGILIDADE DAS PROVAS. IMPOSSIBILIDADE (RECURSO
DA DEFESA) 1 - (…) AFASTAMENTO DA CONTINUIDADE E APLICAÇÃO DO
CONCURSO MATERIAL. IMPOSSIBILIDADE. 2 – Embora a
jurisprudência, em geral se posicione no sentido de que o
prazo superior a 30 dias entre dois eventos impede o
reconhecimento da regra continuidade delitiva. Tal lapso
temporal não é absoluto e guarda certo grau de relatividade,
porquanto não há estipulação legal. 3 …” (TJGO, AC 13232-
33.2011.8.09.0175, Rel. DES. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE
OLIVEIRA, 2ª CÂMARA CRIMINAL, DJe 08/11/2018).

No caso, verificada a prática de duas contravenções, aplico sobre


uma das penas idênticas, a fração de 1/6 (um sexto), totalizando a pena
17 (dias) de prisão simples.

Afasto de ofício da sanção patrimonial imposto por ausência de


previsão legal.

Em virtude do concurso material, estabeleço a reprimenda


definitiva em 7 (sete) meses de detenção, no regime aberto e 17 (dias)
de prisão simples.

Segundo o disposto no artigo 44, I, do Código Penal, vedada a


substituição por restritivas de direitos. Contudo, não havendo óbice,
mantenho a suspensão condicional da reprimenda nos termos fixados na
sentença (78, § 2º, do CP).

Por fim, não faz jus à concessão dos benefícios da assistência


judiciária gratuita o réu assistido durante toda a instrução criminal
por advogado constituído, que inclusive interpôs apelação (fl. 176) e
não comprovou nesta instância sua hipossuficiência (AC 333843-
58.2016.8.09.0174, Rel. DR(A). SIVAL GUERRA PIRES, 1ª CÂMARA CRIMINAL,
julgado em 03/10/2017, DJe 31/10/2017).

Ante o exposto, acolhido o parecer da Procuradoria-Geral de


Justiça, conheço do recurso, mas nego-lhe provimento. De ofício, no
delito de vias de fato, afasto a pena de multa, conforme vedação legal e
aplico a continuidade delitiva.

É como voto.

Des. Ivo Favaro

Relator

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NR.PROCESSO: 0045299-49.2018.8.09.0064
02/17

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NR.PROCESSO: 0045299-49.2018.8.09.0064
EMENTA – APELAÇÃO CRIMINAL. AMEAÇA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL. QUALIFICADO.
VIAS DE FATO. CONDENAÇÃO MANTIDA. VIOLAÇÃO. ARTIGO 17 DA LEI MARIA DA
PENHA. CONCURSO MATERIAL. EXCLUSÃO. CONTINUIDADE DELITIVA. APLICAÇÃO. DE
OFÍCIO. JUSTIÇA GRATUITA. 1 – Havendo prova das práticas dos tipos
descritos nos artigos 146, § 1º e 147, ambos do Código Penal e 21 da Lei
de Contravenções Penais, mantém-se a condenação. 2 – O artigo 17 da lei
11.340 veda nos crimes de violência doméstica a aplicação alternativa de
multa. 3 – O intervalo temporal de trinta dias não é absoluto, devendo-
se analisar as particularidades do caso concreto. 4 – Não tem direito ao
benefício da assistência judiciária aquele que assistido durante todo o
curso processual por defensor constituído.

Apelação desprovida.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


27/11/2020 18:18:17

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5379566-54.2020.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Inquérito Policial ( CPP )
POLO ATIVO : ELTON RABELO DA SILVA
POLO PASSIVO : GABRIEL PEREIRA DA SILVA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : GABRIEL PEREIRA DA SILVA


ADVGS. PARTE : 49912 GO - GILMAR DIAS DA SILVA
52249 GO - FRANKLIN DA SILVA GOMES

PARTE INTIMADA : DANILLO LOPES MELO


ADVG. PARTE : 52249 GO - FRANKLIN DA SILVA GOMES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5379566-54.2020.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO

Gabinete do Desembargador Ivo Favaro

RECURSO EM SENTIDO ESTRITO Nº 5379566-54.2020.8.09.0051 – GOIÂNIA

RECORRENTE : MINISTÉRIO PÚBLICO

RECORRIDOS : GABRIEL PEREIRA DA SILVA E

DANILLO LOPES MELO

RELATOR : IVO FAVARO

EMENTA – RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. TRÁFICO. PRISÃO.


PREVENTIVA. REVOGAÇÃO. MANTIDA. Frente aos elementos
colhidos, a entrada dos agentes na moradia do recorrente
violou o direito constitucionalmente assegurado, devendo
assim ser mantida a revogação da prisão.

A C Ó R D Ã O

Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA o Tribunal de


Justiça do Estado de Goiás, pela 2ª Turma Julgadora de sua Primeira
Câmara Criminal, à unanimidade, acolhendo em parte o parecer da
Procuradoria-Geral de Justiça, conhecer do recurso e negar-lhe
provimento, nos termos do voto do Relator e da Ata de Julgamentos.

Participaram do julgamento, votando com o Relator, os


Desembargadores J. Paganucci Jr., que o presidiu, e o Juiz Wilson
Safatle Faiad, substituto da Desembargadora Avelirdes Almeida Pinheiro
de Lemos. Presente, representando o órgão de cúpula do Ministério
Público, o Procurador Abrão Amisy Neto.

Goiânia, 17 de novembro de 2020.

Des. Ivo Favaro

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5379566-54.2020.8.09.0051
RECORRENTE : MINISTÉRIO PÚBLICO

RECORRIDOS : GABRIEL PEREIRA DA SILVA E

DANILLO LOPES MELO

RELATOR : IVO FAVARO

R E L A T Ó R I O

Recurso em sentido estrito do Ministério Público da decisão do


Juiz da 1º Vara Criminal dos Crimes Punidos Com Reclusão da Capital, que
relaxou a prisão de Gabriel Pereira da Silva e Danillo Lopes Melo em
razão da ilegalidade da atuação policial e a violação do domicílio
(movimentação 28).

Em suas razões, pede a homologação das prisões e o prosseguimento


da investigação policial, sob alegação da regularidade da conduta dos
militares e a licitude do flagrante e das provas do inquérito
(movimentação 44).

Em contrarrazões, a defesa manifesta-se pelo improvimento da


insurgência (movimentações 62 e 63).

Em juízo de retratação, mantida a decisão recorrida


(movimentação 56).

A Procuradoria-Geral de Justiça opina pelo conhecimento e


provimento do recurso (movimentação 71).

É o relatório.

V O T O

Presentes os pressupostos, conheço.

Consoante relatado, o Ministério Público recorre da decisão que


relaxou a prisão de Gabriel Pereira da Silva e Danillo Lopes Melo em
razão da ilegalidade da atuação policial e a violação do domicílio.

Ao invocar a garantia da ordem pública, a representação


ministerial não demonstrou a real necessidade de manter os recorridos
enclausurados.

Tem-se dos autos (movimentação 1), que os recorridos teriam sido


abordados por policiais militares, que teriam recebido informação
anônima de que na residência de Gabriel havia armas escondidas que

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NR.PROCESSO: 5379566-54.2020.8.09.0051
seriam de uma facção criminosa; que foram até o endereço, e com anuência
entraram na residência e localizaram três armas de fogo. Na sequência,
Gabriel confessou que guardava as armas para Danilo; os policiais foram
até a casa deste e lá encontraram uma sacola contendo droga a balança de
precisão.

A propósito, as declarações do condutor Paulo Ramon (mov. 1 – p.


03):

“que faz a apresentação do(s) conduzido(s) DANILLO LOPES


MELO, GABRIEL PEREIRA DA SILVA, preso(s) em flagrante delito
por infração, em tese, ao(à) Art. 33 da Lei de Drogas; Art.
12 da Lei de Desarmamento; Art. 180 do CPB, por ter sido
este(s) surpreendido(s) em poder de três armas de fogo, um
revólver, calibre 38, marca Rossi, cor inox e numeração
J167486, municiada com seis munições de mesmo calibre; um
revólver, calibre 38, marca Taurus, cor inox e numeração
MF801604, sem estar municiada; uma pistola calibre 9mm,
marca Taurus, modelo G2C, numeração TMS73456, municiada com
12 munições de mesmo calibre, furtada conforme RAI 15350013
e 150 munições que estavam no interior de sua residência;
QUE o depoente realizava patrulhamento ostensivo de rotina
na companhia de seus colegas de equipe quando receberam uma
denúncia, via disque denúncia, informando que na residência
de Gabriel Pereira da Silva, situada na Rua RI 15, Qd.18,
Lt.26, Residencial Itaipu, nesta capital havia armas de fogo
escondidas e que seriam de uma facção criminosa. QUE os
policiais foram até este endereço e, com a anuência de
Gabriel, adentraram em sua residência e localizaram o
revólver 38, marca Rossi e a pistola em cima de um guarda-
roupas, no quarto de Gabriel; QUE ambas as armas de fogo
estavam municiadas. QUE no quarto da avó de Gabriel, dentro
da bolsa desta, foi localizada o revólver 38, marca Taurus.
QUE Gabriel confessou ter escondido dentro da bolsa da avó.
QUE a avó não estava na casa. QUE estava a irmã e a mãe de
Gabriel; QUE os policiais militares deram voz de prisão a
Gabriel. QUE Gabriel confessou que guardava as armas para
Danilo Lopes Melo, informou seu endereço e disse que além
deste comercializar drogas, provavelmente haveria outras
armas naquele local. QUE deslocaram-se até a residência de
Danilo, situada na Rua 18, Qd.24, Lt.06, casa 02, Condomínio
das esmeraldas, nesta capital. Que Danilo, ao visualizar os
policiais correu; Que adentraram em sua residência e Danilo
já estava no quintal e ao seu lado uma sacola contendo a
droga descrita no laudo e a balança de precisão. QUE os
policiais militares deram voz de prisão a Danilo e o
conduziram a esta Central de Flagrantes para a adoção das
providências cabíveis (Arquivo 1, movimentação 1 – p.
03/04).

Sem divergência, os policiais Caio César Borba Brandão e Solimon


José Martins:

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NR.PROCESSO: 5379566-54.2020.8.09.0051
“QUE na tarde de hoje, quando realizavam patrulhamento
ostensivo de rotina no Residencial Itaipú, receberam
denúncia através do DISK Denúncia da ROTAM, Gabriel Pereira
da Silva, residente na Rua RI 15, Qd. 18, Lt. 26,
Residencial Itaipu, possuía diversas armas de fogo e
munições, escondidas em sua casa, e que as referidas armas e
munições pertenceriam a uma facção criminosa; QUE foram até
este endereço e, com a anuência de Gabriel, adentraram em
sua residência e localizaram o revólver 38, marca Rossi e a
pistola em cima de um guarda-roupas, no quarto de Gabriel;
QUE ambas as armas de fogo estavam municiadas; QUE no quarto
da avó de Gabriel, dentro da bolsa desta, foi localizada o
revólver 38, marca Taurus. QUE Gabriel confessou ter
escondido dentro da bolsa da avó; QUE a avó não estava na
casa; QUE estava a irmã e a mãe de Gabriel; QUE os policiais
militares deram voz de prisão a Gabriel; QUE Gabriel
confessou que guardava as armas para Danilo Lopes Melo,
informou seu endereço e disse que além deste comercializar
drogas, provavelmente haveria outras armas naquele local.
QUE deslocaram-se até a residência de Danilo, situada na Rua
18, Qd.24, Lt.06, casa 02, Condomínio das esmeraldas, nesta
capital; QUE Danilo, ao visualizar os policiais correu; QUE
adentraram em sua residência e Danilo já estava no quintal e
ao seu lado uma sacola contendo a droga descrita no laudo e
a balança de precisão; QUE diante dos fatos, deram voz de
prisão a Danilo e a Gabriel e os conduziram até a presença
da autoridade policial, para as providências cabíveis.

“QUE na tarde de hoje, quando realizavam patrulhamento


ostensivo de rotina no Residencial Itaipú, receberam
denúncia através do DISK Denúncia da ROTAM, Gabriel Pereira
da Silva, residente na Rua RI 15, Qd. 18, Lt. 26,
Residencial Itaipu, possuía diversas armas de fogo e
munições, escondidas em sua casa, e que as referidas armas e
munições pertenceriam a uma facção criminosa; QUE foram até
este endereço e, com a anuência de Gabriel, adentraram em
sua residência e localizaram o revólver 38, marca Rossi e a
pistola em cima de um guarda-roupas, no quarto de Gabriel;
QUE ambas as armas de fogo estavam municiadas; QUE no quarto
da avó de Gabriel, dentro da bolsa desta, foi localizada o
revólver 38, marca Taurus. QUE Gabriel confessou ter
escondido dentro da bolsa da avó; QUE a avó não estava na
casa; QUE estava a irmã e a mãe de Gabriel; QUE os policiais
militares deram voz de prisão a Gabriel; QUE Gabriel
confessou que guardava as armas para Danilo Lopes Melo,
informou seu endereço e disse que além deste comercializar
drogas, provavelmente haveria outras armas naquele local.
QUE deslocaram-se até a residência de Danilo, situada na Rua
18, Qd.24, Lt.06, casa 02, Condomínio das esmeraldas, nesta
capital; QUE Danilo, ao visualizar os policiais correu; QUE
adentraram em sua residência e Danilo já estava no quintal e
ao seu lado uma sacola contendo a droga descrita no laudo e

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NR.PROCESSO: 5379566-54.2020.8.09.0051
a balança de precisão; QUE diante dos fatos, deram voz de
prisão a Danilo e a Gabriel e os conduziram até a presença
da autoridade policial, na Central geral de Flagrantes, para
as providências cabíveis”.

Diante do que foi narrado, não se mostra lícita a prova


decorrente da efetivação da prisão em flagrante.

Não há demonstração alguma da alegada anuência para a entrada na


casa, o que até contrariaria a corriqueira intervenção policial
acobertada em fundadas razões.

Conforme posicionamento do Pleno do Supremo Tribunal Federal, sob


Repercussão Geral, o ingresso forçado na residência, sem determinação
judicial, só será válido se amparado em justa causa, ou seja, se houver
elementos mínimos a caracterizar fundadas razões para a suspeita de
crime em curso. Eventual flagrante de delito permanente dentro da
moradia não legitima a medida:

“Recurso extraordinário representativo da controvérsia.


Repercussão geral. 2. Inviolabilidade de domicílio – art.
5º, XI, da CF. Busca e apreensão domiciliar sem mandado
judicial em caso de crime permanente. Possibilidade. A
Constituição dispensa o mandado judicial para ingresso
forçado em residência em caso de flagrante delito. No crime
permanente, a situação de flagrância se protrai no tempo (…)
A entrada forçada em domicílio, sem uma justificativa prévia
conforme o direito, é arbitrária. Não será a constatação de
situação de flagrância, posterior ao ingresso, que
justificará a medida. Os agentes estatais devem demonstrar
que havia elementos mínimos a caracterizar fundadas razões
(justa causa) para a medida. 6. Fixada a interpretação de
que a entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é
lícita, mesmo em período noturno, quando amparada em
fundadas razões, devidamente justificadas a posteriori, que
indiquem que dentro da casa ocorre situação de flagrante
delito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e
penal do agente ou da autoridade e de nulidade dos atos
praticados. 7. Caso concreto. Existência de fundadas razões
para suspeitar de flagrante de tráfico de drogas (…)” (RE
603.616/RO; Rel. Min. GILMAR MENDES; DJe 10/5/2016).

Os militares não colheram nenhum elemento específico que


evidenciasse fundada suspeita da prática delitiva dentro da moradia.

Assim, ausentes os pressupostos para o encarceramento, mantenho a


concessão da liberdade provisória.

Ante o exposto, acolhendo em parte o parecer da Procuradoria-


geral de Justiça, conheço do recurso e nego-lhe provimento.

É o meu voto.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5379566-54.2020.8.09.0051
Des. Ivo Favaro

Relator

15

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5379566-54.2020.8.09.0051
EMENTA – RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. TRÁFICO. PRISÃO. PREVENTIVA.
REVOGAÇÃO. MANTIDA. Frente aos elementos colhidos, a entrada dos agentes
na moradia do recorrente violou o direito constitucionalmente
assegurado, devendo assim ser mantida a revogação da prisão.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


27/11/2020 18:18:18

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5514077-45.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Execução Penal
POLO ATIVO : MINISTÉRIO PÚBLICO DE ESTADO DE GOIÁS
POLO PASSIVO : EDGAR JUNIOR DE CASTRO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : EDGAR JUNIOR DE CASTRO


ADVG. PARTE : 45645 GO - ADRIANA DE JESUS PACHECO AVELAR

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5514077-45.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Gabinete do Desembargador Ivo Favaro

AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL Nº 5514077-45.2020.8.09.0000 – GOIÂNIA

AGRAVANTE : MINISTÉRIO PÚBLICO

AGRAVADO : EDGAR JÚNIOR DE CASTRO

RELATOR : DES. IVO FAVARO

EMENTA - AGRAVO EM EXECUÇÃO. DECRETO PRESIDENCIAL.


AMPLIAÇÃO. CLASSIFICAÇÃO DE ARMAS E MUNIÇÕES DE USO
PERMITIDO. ART.16 DA LEI 10.826. NORMA PENAL EM BRANCO.
NOVA LEI MAIS BENÉFICA. REPERCUSSÃO NA EXECUÇÃO DA PENA
DO AGRAVADO. 1 – O Decreto 9.845/19 e seus sucessores
agiram dentro do poder regulamentar conferido no art.
23 da Lei 10.826/03. 2. Compete ao Juízo da Execução
Penal aplicar a lei mais benigna surgida após o
trânsito em julgado da condenação, uma vez que a ação
revisional, prevista no art. 621, do Código de Processo
Penal, somente é cabível nas estritas circunstâncias
previstas em seu rol taxativo. 3. A readequação da
condenação no art. 16 do Estatuto do Desarmamento para
a conduta prevista no art. 12 da mesma lei, devido a
nova regulamentação legal não mais considerar como de
uso restrito o armamento apreendido na posse do
agravado, acarreta a necessidade de nova valoração
judicial quanto ao método trifásico da pena observando
a sanção cominada para o art. 12 da Lei 10.826.

Agravo desprovido.

A C Ó R D Ã O

Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA o Tribunal de


Justiça do Estado de Goiás, pela 2ª Turma Julgadora de sua Primeira
Câmara Criminal, à unanimidade, acolhido parecer da Procuradoria-Geral
de Justiça, conhecer do agravo e negar-lhe provimento, nos termos do
voto do Relator e da Ata de Julgamentos.

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NR.PROCESSO: 5514077-45.2020.8.09.0000
Participaram do julgamento, votando com o Relator, o Juiz Wilson
Safatle Faiad, substituto da Desembargadora Avelirdes Almeida Pinheiro
de Lemos, e o Desembargador Nicomedes Domingos Borges, que completou a
Turma Julgadora na ausência momentânea do Desembargador J. Paganucci
Jr., que o presidiu. Presente, representando o órgão de cúpula do
Ministério Público, o Procurador Abrão Amisy Neto.

Goiânia, 19 de novembro de 2020.

Des. Ivo Favaro

Relator

AGRAVANTE : MINISTÉRIO PÚBLICO

AGRAVADO : EDGAR JÚNIOR DE CASTRO

RELATOR : DES. IVO FAVARO

R E L A T Ó R I O

Agravo em execução penal do Ministério Público da decisão


da Juíza da 1ª Vara de Execuções Penais da Capital que
reconheceu a novatio legis in mellius quanto ao crime de posse
de arma de fogo de uso restrito e determinou a retificação do
cálculo de penas para adoção da fração de 1/6 (um sexto) para
fins de progressão de regime, resultando na antecipação da
concessão do benefício (mov. 1, arq. 4, fls. 21/27).
Em suas razões (mov. 1, arq. 4, fls. 38/41), requer a
reforma da decisão atacada. Preliminarmente, aponta a
inconstitucionalidade dos Decretos Presidenciais 9.845, 9.846 e
9.847, bem como da Portaria do Comando do Exército 1.222 que
introduziram mudanças no Estatuto do Desarmamento,
reclassificando algumas armas, antes consideradas de uso
restrito, agora de uso permitido.
Obtempera que, ainda que vencida a tese de
inconstitucionalidade, não compete ao juízo da execução penal a
análise da matéria, sobretudo porque o exame demanda juízo de
valor, o que só é permitido em sede de revisão criminal.
A defesa em contrarrazões pugnou a manutenção da decisão
(mov. 1, arq. 5, fls. 3/13).
Em juízo de retratação, a decisão fora mantida (mov. 1,
arq. 5, fls. 27).

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NR.PROCESSO: 5514077-45.2020.8.09.0000
A Procuradoria-Geral de Justiça manifesta-se pelo
conhecimento e desprovimento do agravo (mov. 11).

V O T O

Presentes os pressupostos, conheço.

Pois bem. O Decreto Presidencial 9.845/19, publicado em 25


de junho de 2019, bem como os subsequentes a ele, trouxeram nova
regulamentação à Lei 10.826, para surgir importantes discussões
em razão de seus inevitáveis reflexos no direito penal,
sobretudo em sede de execução penal.
Diante desse contexto, embora salutar para o debate
jurídico a discussão envolvendo o tema, entendo que os
mencionados Decretos – ao promoverem alteração do conceito de
arma de fogo de uso proibido, restrito e permitido – não
transbordaram sua função regulamentar, mesmo porque o próprio
artigo 23 da Lei 10.826 prevê essa possibilidade.
Nota-se que “o artigo 16 do Estatuto do Desarmamento, que
proíbe a posse e guarda de arma ou munição de uso restrito sem
autorização e em desacordo com determinação legal ou
regulamentar, é norma penal em branco, que delega à autoridade
executiva definir o que é arma de uso restrito” (STJ, Ação Penal
nº 657 – PB 2010/0151261-3, Rel. Min. João Otávio de Noronha,
Dje 29/10/15).
Portanto, não se há falar em inconstitucionalidade na
hipótese, uma vez que ao ampliar o conceito de arma e munição de
uso permitido o Decreto 9.845 e os sucessivos agiram dentro do
poder regulamentar conferido pela própria Lei 10.826.
De igual sorte, também não assiste razão ao quanto à
alegada incompetência do Juízo da Execução para a análise da
matéria.
De acordo com o artigo 66, inciso I, da Lei de Execução
Penal, “compete ao Juiz da execução aplicar aos casos julgados
lei posterior que de qualquer modo favorecer o condenado”.
Na mesma linha, o Supremo Tribunal Federal editou a Súmula
611 que dispõe: “Transitada em julgado a sentença condenatória,
compete ao Juízo das execuções a aplicação de lei mais benigna.”
A jurisprudência dos tribunais superiores é uníssona no
sentido de ser aplicada a súmula se se tratar de lei mais
benigna surgida após o trânsito em julgado (HC 125579 AgR/RJ,
Rel. Min. Luiz Fux, DJe 21.06.2016; HC 116904/SP, Rel. Min.
Ricardo Lewandowski, Dje 07.10.2013; RHC 115981/RS, Rel. Min.

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NR.PROCESSO: 5514077-45.2020.8.09.0000
Rosa Weber, Dje 30.04.2013; AgRg no HC 226700, Rel. Min. Laurita
Vaz, Dje 21.06.2013).
Desse modo, embora a argumentação ministerial de que os
benefícios de uma lei nova não devem ser concedidos pelo Juízo
da Execução Penal se sua aplicação demandar juízo de valor, ao
entender que em tais casos a matéria deverá ser examinada por
meio de revisão criminal, vejo que o tema em análise não envolve
nenhuma das hipóteses previstas entre aquelas do rol taxativo de
cabimento da ação revisional.
É que a ação é cabível nas estritas condições previstas no
artigo 621, do Código de Processo Penal, e nele não há nenhuma
menção a aplicação de lei penal nova mais benéfica. Logo, a
competência em tal situação é reservada ao Juízo da Execução
Penal.
Respeitante ao tema, é a orientação de Guilherme de Souza
Nucci:
“Pensamos ser acertada a posição consagrada majoritariamente
na jurisprudência e reconhecida em lei no inciso I deste
artigo, bem como pela Súmula 611 do STF (“Transitada em
julgado a sentença condenatória, compete ao juízo das
execuções a aplicação de lei mais benigna”). Não há que se
considerar o juiz da execução um superjuiz; ao contrário,
tomemos como parâmetro o interesse do condenado e a celeridade
do processo, hoje preceito constitucionalmente previsto (art.
5º, LXXXVIII,CF).” (Leis Penais e Processuais Penais
Comentadas, 5ª ed. p. 514/515)

No âmbito desta Corte de Justiça, prevalece o mesmo


entendimento:
REVISÃO CRIMINAL. SENTENÇA CONDENATÓRIA TRANSITADA EM JULGADO.
DOSIMETRIA DA PENA. LEI PENAL MAIS BENÉFICA. COMPETÊNCIA DO
JUÍZO DA EXECUÇÃO. Não comporta a ação revisional o tema
relativo à aplicação da Lei Penal benéfica posterior ao
trânsito em julgado da sentença condenatória, matéria da
competência reservada do Juízo da Execução Penal, nos termos
do art. 66, inciso I, da Lei nº 7.210/84, Súmula 611, do
Supremo Tribunal Federal, ausente o enquadramento em hipótese
do art. 621, do Código de Processo Penal. CARÊNCIA
DECRETADA.(Revisão Crimina l5318469-46.2019.8.09.0000. Seção
Criminal. Des. Rel.: Luiz Claudio Veiga Braga. DJ de
10/09/2019)

REVISÃO CRIMINAL. ESTUPRO. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE


DO ARTIGO SEGUNDO PARÁGRAFO PRIMEIRO, DA LEI Nº 8.072/90.
CRIME PRATICADO ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI Nº 11.464/07.
MODIFICAÇÃO DO REGIME DE EXPIAÇÃO. ARTIGO 33 DO CODIGO PENAL.
APLICAÇÃO DE LEIS POSTERIORES MAIS BENÉFICAS. COMPETÊNCIA DO
JUÍZO DA EXECUÇÃO PENAL. 1 - O plenário do Supremo Tribunal

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5514077-45.2020.8.09.0000
Federal declarou, em 23 de fevereiro de 2006, a
inconstitucionalidade do parágrafo primeiro, do artigo
segundo, da Lei nº 8.072/90, que previa aplicação do regime
integralmente fechado. 2 - A aplicação de Lei penal posterior
mais benigna não figura entre as hipóteses indicadas no
taxativo rol do artigo 621 do Código de Processo Penal,
competindo ao Juízo da Execução Penal, quando já transitada
em julgado a decisão judicial, reconhecer o favorecimento ao
requerente, sob pena de supressão de instância, a teor do
disposto no art. 66, incisos I, da Lei nº 7.210 e Súmula 611,
do Supremo Tribunal Federal. AUTOR CARECEDOR DA REVISÃO
CRIMINAL. (Revisão Criminal 245429-34.2010.8.09.0000. Seção
Criminal. Des. Rel.: Itaney Francisco Campos. DJ de
14/04/2011)

Contudo, a decisão vergastada merece reparos, porquanto


muito embora haja reconhecido a aplicação da lei penal mais
benéfica, fê-lo sem levar em conta as demais repercussões de sua
aplicação retroativa na hipótese.
Nota-se que os decretos presidenciais que regulamentaram o
Estatuto do Desarmamento, alteraram as especificações de armas
de fogo de uso permitido/restrito, de forma que algumas armas
que antes eram de uso restrito passaram a ser de uso permitido.
É dizer, que a partir da entrada em vigor da norma
regulamentadora, algumas condutas que antes enquadravam-se na
figura típica do artigo 16, deslocaram-se para o artigo 12 ou 14
da Lei 10.826 conforme o caso concreto.
Ao compulsar os autos, nota-se que o agravado foi
condenado a 3 (três) anos de reclusão por ter sido apreendida em
sua posse munição de arma de fogo (cartucho intacto de calibre
nominal .40), que à época era classificada na norma
regulamentadora como de uso restrito. A conduta subsumia na
tipificação do artigo 16 do Estatuto do Desarmamento.
Ocorre que com a nova regulamentação, esse tipo de munição
consta da listagem de calibre nominal de armas e munições de
uso permitido (Anexo A da Portaria do Comando do Exército
1.222/19).
Vale dizer, houve um redirecionamento de um tipo penal
para outro. A conduta que se adequava ao artigo 16 passa agora a
ser a do artigo 12 da Lei 10.826.
Se andou bem a magistrada ao determinar a retificação do
cálculo de penas com a aplicação da fração correspondente a do
crime comum para progressão de regime, uma vez que o porte ou
posse de arma ou munição de uso restrito é delito hediondo
(art. 1º, Parágrafo único, II, da Lei 8.072/90), mas o mesmo não
ocorre com a posse de arma ou munição de uso permitivo.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5514077-45.2020.8.09.0000
Contudo, na hipótese, a aplicação da legislação mais
benéfica também trouxe consigo a necessidade de nova valoração
judicial quanto ao método trifásico da pena.
Perceba que a pena cominada para o artigo 16 é de 3 (três)
a 6 (seis) anos de reclusão, e multa, ao passo que para o artigo
12 a pena cominada é de 1 (um) a 3 (três) anos de detenção, e
multa, o que demonstra a necessidade de nova dosagem da pena
estabelecido para o tipo penal para o qual sua conduta deslocou
com o reconhecimento da retroatividade da lei que o beneficiou.
Atento ao consagrado princípio da retroatividade da lei
penal mais benéfica (art. 5º, inciso XL, CF/88; art. 2º do CP),
há de ser mantida a decisão do juízo da execução penal que
promoveu a retificação do atestado de penas do agravado,
implementando acertadamente a fração de 1/6 (um sexto)
correspondente ao crime comum. Porém, indispensável também que
se proceda nova avaliação da pena observado o patamar mínimo e
máximo cominado para o artigo 12 da Lei 10.826.
Salienta-se que quanto as circunstâncias de caráter
pessoal (antecedentes e primariedade) devem ser consideradas as
da época da condenação.
Diante o exposto, acolhendo parecer da Procuradoria-Geral
de Justiça, nego provimento ao agravo, mas, de ofício, determino
que se proceda nova dosimetria da pena do agravante,
considerando a cominada para o delito previsto no artigo 12 da
Lei 10.826.
É como voto.

Des. Ivo Favaro


Relator

12

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NR.PROCESSO: 5514077-45.2020.8.09.0000
EMENTA - AGRAVO EM EXECUÇÃO. DECRETO PRESIDENCIAL. AMPLIAÇÃO.
CLASSIFICAÇÃO DE ARMAS E MUNIÇÕES DE USO PERMITIDO. ART.16 DA LEI
10.826. NORMA PENAL EM BRANCO. NOVA LEI MAIS BENÉFICA. REPERCUSSÃO NA
EXECUÇÃO DA PENA DO AGRAVADO. 1 – O Decreto 9.845/19 e seus sucessores
agiram dentro do poder regulamentar conferido no art. 23 da Lei
10.826/03. 2. Compete ao Juízo da Execução Penal aplicar a lei mais
benigna surgida após o trânsito em julgado da condenação, uma vez que a
ação revisional, prevista no art. 621, do Código de Processo Penal,
somente é cabível nas estritas circunstâncias previstas em seu rol
taxativo. 3. A readequação da condenação no art. 16 do Estatuto do
Desarmamento para a conduta prevista no art. 12 da mesma lei, devido a
nova regulamentação legal não mais considerar como de uso restrito o
armamento apreendido na posse do agravado, acarreta a necessidade de
nova valoração judicial quanto ao método trifásico da pena observando a
sanção cominada para o art. 12 da Lei 10.826.

Agravo desprovido.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido em Parte - Data da


Movimentação 27/11/2020 18:18:19

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 0035376-20.2019.8.09.0175
CLASSE PROCESSUAL : Ação Penal - Procedimento Sumário ( CP )
POLO ATIVO : CLEYTON FARIA DE ALMEIDA
POLO PASSIVO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CLEYTON FARIA DE ALMEIDA


ADVG. PARTE : 27778 GO - RONEY DIAS SIQUEIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 0035376-20.2019.8.09.0175
PODER JUDICIÁRIO

Gabinete do Desembargador Ivo Favaro

APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0035376-20.2019.8.09.0175 – GOIÂNIA

APELANTE : CLEYTON FARIA DE ALMEIDA

APELADO : MINISTÉRIO PÚBLICO

RELATOR : DES. IVO FAVARO

EMENTA – APELAÇÃO CRIMINAL. AMEAÇA. ABSOLVIÇÃO. PROVIMENTO.


ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. INDEFERIMENTO. 1 – Palavras ditas no
calor de um desentendimento, não evidenciam os elementos
caracterizadores do crime de ameaça, motivo pelo qual a
absolvição é medida que se impõe. 2 – Não faz jus à
assistência judiciária gratuita o apelante que foi
representado, durante toda a instrução, por advogado
constituído.

Apelo parcialmente provido.

A C Ó R D Ã O

Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA o Tribunal de


Justiça do Estado de Goiás, pela 2ª Turma Julgadora de sua Primeira
Câmara Criminal, à unanimidade, acolhendo em parte o parecer da
Procuradoria-Geral de Justiça, conhecer do recurso e dar-lhe parcial
provimento, nos termos do voto do Relator e da Ata de Julgamento.

Participaram do julgamento, votando com o Relator, o


Desembargador J. Paganucci Jr., que o presidiu, e o Juiz Wilson Safatle
Faiad, substituto da Desembargadora Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos.
Presente, representando o órgão de cúpula do Ministério Público, o
Procurador Abrão Amisy Neto.

Goiânia, 19 de novembro de 2020.

Des. Ivo Favaro

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NR.PROCESSO: 0035376-20.2019.8.09.0175
Relator

APELANTE : CLEYTON FARIA DE ALMEIDA

APELADO : MINISTÉRIO PÚBLICO

RELATOR : DES. IVO FAVARO

R E L A T Ó R I O

Cleyton Faria de Almeida foi denunciado nas sanções do artigo 21


da Lei das Contravenções Penais, e artigo 147 do Código Penal, c/c a Lei
11.340, porque no dia 19 de dezembro de 2018, por volta das 20 h,
Capital, prevalecendo-se de relação íntima de afeto, ameaçou causar mal
injusto e grave e entrou em vias de fato com sua ex-companheira, Keylla
dos Reis Santos de Faria.

Consta da denúncia que acusado e vítima foram casados por dois


anos, tiveram uma filha e separam-se em abril de 2018.

Na data do fato, Keylla foi à casa da sogra, Maria Aparecida,


buscar sua filha; lá, foi convidada para entrar, mas logo Maria
Aparecida e Cleyton começaram a discutir com ela, por não concordarem
com a viagem da criança com familiares de Keylla.

O réu, aos gritos e alterado, apontou o dedo para ela, afirmando


que teria de ajoelhar e implorar para autorizar a ida da filha a tal
passeio. Keylla negou-se a atendê-lo, pegou a filha em seu colo e saiu
da casa.

O denunciado foi atrás, tomou a criança à força e a ofendeu


dizendo que ela era “puta, vagabunda, desgraçada”, e ainda a ameaçou,
dizendo que iria matá-la. Ato contínuo, Cleyton apertou o braço de
Keylla e a puxou para dentro da residência, sem deixar lesões aparentes.

Sentença absolveu-o quanto ao artigo 21 da Lei de Contravenções


Penais, nos termos do artigo 386, inciso VII, do Código de Processo
Penal, e condenou pelo artigo 147 do Código Penal a 1 (um) mês e 5
(cinco) dias de detenção, em regime inicial aberto, com suspensão
condicional da pena pelo período de 2 (dois) anos. Fixado, ainda, o
valor de R$500,00 (quinhentos reais) a título de reparação de danos
(movimentação 3).

Apelação postula absolvição; subsidiariamente, a exclusão do


valor indenizatório. Ainda, a concessão dos benefícios da assistência
judiciária gratuita (movimentação 3).

O Ministério Público manifesta-se pelo conhecimento e

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NR.PROCESSO: 0035376-20.2019.8.09.0175
improvimento do recurso (movimentação 15).

A Procuradoria-Geral de Justiça opina pelo conhecimento e


desprovimento do apelo (movimentação 19).

É o relatório.

V O T O

Presentes os pressupostos, conheço.

O apelante postula absolvição. Com razão!

No caso em análise não ficaram evidentes os elementos


caracterizadores do crime em questão.

Em juízo, Keylla afirmou que na época do fato deixava sua filha


menor aos cuidados da avó paterna, Maria Aparecida, para poder
trabalhar; na data, foi buscar a criança, Maria Aparecida, começou uma
discussão porque não queria que a neta viajasse no dia seguinte; o
apelante, que também estava no local, disse que não permitia a viagem e
para ter sua autorização ela deveria implorar; negou-se atendê-lo e,
assim, o desentendimento aumentou, pegou a menina em seu colo e saiu da
casa; o denunciado foi para a rua, tomou a criança de seus braços,
passou a xingá-la e ameaçar, dizendo que a mataria e que não suportaria
que ela ficasse com outro homem; depois, a mãe dele pegou a criança e
lhe devolveu; contou que o final do relacionamento dos dois foi
conturbado e que há histórico de agressões mútuas sem registro policial
(movimentação 4).

Douglas da Silva Xavier, namorado dela, esclareceu que na data do


fato levou Keylla para buscar a filha e permaneceu no interior do
veículo, do lado de fora da casa, esperando-a; disse que normalmente ela
pegava a criança rápido, mas naquele dia estranhou a demora; viu quando
ela vinha em sua direção com a menina, e o apelante tomou a menor dos
braços dela e a empurrou, ameaçou-a e disse que a mataria; contou que na
ocasião o réu também quebrou o para-brisa de seu carro, mas não
registrou ocorrência sobre dano (movimentação 4).

Maria Aparecida, mãe do apelante, disse que na data do fato


apenas desentendeu-se com a vítima porque não concordava com a viagem da
neta; negou ter ocorrido agressões, ameaça de morte e xingamentos, mas
admitiu que o acusado quebrou o vidro do carro (movimentação 4).

No interrogatório, o apelante negou ter xingado ou ameaçado


Keylla; assumiu que houve uma discussão entre eles porque não aceitava
que sua filha viajasse com familiares com os quais pouco convivia;
descontrolado, quebrou o para-brisa do carro porque não aceitava tal
situação (movimentação 4).

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NR.PROCESSO: 0035376-20.2019.8.09.0175
Percebe-se, portanto, que a situação demonstra séria discussão
entre os dois, por desacordo sobre viagem que a filha em comum faria.

Nessa circunstância, verifica-se que foram proferidos dizeres


vagos e no calor do desentendimento, não se extraindo dados concretos
que demonstrem potencial ofensividade da intimidação, apto a configurar
o crime de ameaça.

Nesse contexto, a lição de Guilherme de Souza Nucci:

“Em uma discussão, quando os ânimos estão alterados, é


possível que as pessoas troquem ameaças sem qualquer
concretude, isto é, são palavras lançadas a esmo, como forma
de desabafo ou bravata, que não correspondem à vontade de
preencher o tipo penal. Por isso, ainda que não se exija do
agente estar calmo e tranquilo, para que o crime possa se
configurar, também não se pode considerar uma intimidação
penalmente relevante qualquer afronta comumente utilizadas
em contendas.” (Código Penal Comentado, 15ª ed., São Paulo.
Ed. Forense/gen, 2015, pág. 817).

Sobre o assunto, a jurisprudência:

“APELAÇÃO. AMEAÇA. INSUFICIÊNCIA PROBATÓRIA. INADEQUAÇÃO


TÍPICA DA CONDUTA. 1. O juízo de adequação típica ao crime
de ameaça exige que o mal tenha sido anunciado com seriedade
e de maneira concreta. Mero desabafo proferido em contexto
de evidente alteração anímica não possui seriedade e
tampouco concretude a constituir crime de ameaça. (…)
Absolvição proferida na linha do parecer ministerial exarado
nesta instância. RECURSO PROVIDO”. (TJRS, Apelação Crime Nº
70076496843, Terceira Câmara Criminal, Relator: Sérgio
Miguel Achutti Blattes, Julgado em 25/07/2018)

“APELAÇÃO CRIMINAL. AMEAÇA. ACERVO PROBATÓRIO INSUFICIENTE.


APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO IN DUBIO PRO REO. ABSOLVIÇÃO. Quando,
dos depoimentos colhidos na instrução criminal, em especial
o da vítima, abstrair-se que a ameaça, feita pelo acusado,
consistiu em bravatas no momento da discussão do casal, não
havendo nos autos mais nenhuma circunstância a denotar o
potencial ou concretude do caráter ilícito desta conduta,
ocasionando dúvidas quanto a materialidade do ato delitivo,
impõe-se a aplicação do princípio in dubio pro reo, com a
consequente absolvição do acusado com relação ao crime de
ameaça, nos termos no art. 386, II do Código de Processo
Penal. APELAÇÃO CONHECIDA E DESPROVIDA. (TJGO, Apelação
Criminal 277655-70.2014.8.09.0156, Rel. Dr. Fábio Cristóvão
de Campos Faria, 2ª Câmara Criminal, DJe 2047 de 15/06/2016)

Assim, impositiva a absolvição por inadequação típica da conduta.

Por fim, ressalto que o apelante não faz jus à assistência


judiciária gratuita, vez que representado durante toda a instrução por

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NR.PROCESSO: 0035376-20.2019.8.09.0175
advogado constituído (movimentação 3).

Ante o exposto, acolho em parte o parecer da Procuradoria-Geral


de Justiça, conheço do recurso e dou-lhe parcial provimento para
absolver o apelante, nos termos do artigo 386, inciso III, do Código de
Processo Penal.

É como voto.

Des. Ivo Favaro

Relator

07

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NR.PROCESSO: 0035376-20.2019.8.09.0175
EMENTA – APELAÇÃO CRIMINAL. AMEAÇA. ABSOLVIÇÃO. PROVIMENTO. ASSISTÊNCIA
JUDICIÁRIA. INDEFERIMENTO. 1 – Palavras ditas no calor de um
desentendimento, não evidenciam os elementos caracterizadores do crime
de ameaça, motivo pelo qual a absolvição é medida que se impõe. 2 – Não
faz jus à assistência judiciária gratuita o apelante que foi
representado, durante toda a instrução, por advogado constituído.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 27/11/2020 17:59:27

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5604479-75.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : WILDSON ALVES DA COSTA
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : WILDSON ALVES DA COSTA


ADVG. PARTE : 168419 MG - DENILSO DA SILVA RODOVALHO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5604479-75.2020.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Ivo Favaro

IMPETRANTE : DENILSO DA SILVA RODOVALHO


PACIENTE : WILDSON ALVES DA COSTA
RELATOR : DES. IVO FAVARO

DECISÃO

Pede-se ordem liberatória de Wildson Alves da Costa, preso em flagrante em


07.11.2020, convertido em preventiva, pela suspeita de incursão no artigo
155, § 6º, do Código Penal, porque teria, com Rafhael Silva Dores e
Sebastião Joaquim Borges subtraído 34 (trinta e quatro) cabeças de gado de
José Benedito dos Reis, das Fazendas Barreiro, Primavera e Assentamento,
no município de Cumari. Indica autoridade coatora o Juiz da Vara Criminal da
comarca de Cumari.

Afirmado que o fato teria ocorrido em 02.11.2020, a ocorrência foi registrada


em 04.11.2020 e o paciente levado à delegacia em 07.11.2020, o que
descaracteriza o flagrante, diante da falta de contemporaneidade e de
legitimidade da polícia civil para promover diligências relativas a investigação;
que o decreto conversivo padece de fundamentação concreta, com amparo
nos requisitos do artigo 312 do CPP; que o paciente é primário, trabalha e
possui residência fixa; que o caso comporta aplicação de medidas cautelares
alternativas; que devem ser estendidos os efeitos do HC nº 5595693-42, que
concedeu a liberdade a Sebastião Joaquim Borges, por estarem em igualdade
de condições (art. 580 do CPP); que houve violação do contraditório, pois o
magistrado, na falta da audiência de custódia, não ouviu a defesa, em
descompasso com a Recomendação 68/2020 do CNJ. Quer a liminar para a
soltura e ratificação subsequente.

Juntou documentos.

Distribuição por prevenção ao HC 5595693-42.

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NR.PROCESSO: 5604479-75.2020.8.09.0000
É o relatório. Decido.

É dos autos que após a ocorrência da subtração, os policiais iniciaram


diligências que cessaram somente após a prisão dos supostos agentes.
Evidenciada a ausência de qualquer hipótese de flagrante.

Constatado que na impossibilidade de realização das audiências de custódia,


em razão da pandemia, o Juiz Plantonista, aparentemente, ao receber o auto
de prisão em flagrante, abriu vista dos autos somente ao Ministério Público,
deixando de ouvir a defesa, inobservando o contraditório, em
desconformidade com o regramento trazido pelo Provimento nº 10/2020 da
CGJ/GO.

De outra parte, o decreto conversivo está calcado nos seguintes argumentos:

“A necessidade de garantir a ordem pública justifica-se pela


gravidade da infração penal em referência, pois o delito de furto
apurado nestes autos sustenta vários outros delitos.
Ressalto que o conceito de ordem pública não está adstrito ao de
constituir fundamento necessário para se prevenir a reprodução de
fatos criminosos, mas também engloba a ideia de acautelar e
apascentar o meio social e a própria credibilidade da justiça e
das autoridades que a compõem. Repousa, principalmente, na
necessidade de ser mantida a tranquilidade pública e assegurada a
noção de que o ordenamento jurídico há de ser respeitado para
que possa reinar a segurança no meio social, com o detalhe de
que não se subtraem ao império da legalidade nenhuma pessoa,
independente da escala social a que pertençam.
Ademais, a imprescindibilidade da instrução criminal e a correta
aplicação da lei penal também precisam ser invocadas, diante da
inexistência nos autos de qualquer garantia de que os acusados
permanecerão no distrito da culpa se forem colocados em
liberdade, pois os mesmos não possuem endereço neste Juízo, o
que pode representar embaraços à instrução do processo, afora a
possibilidade de influência de testemunhas do caso.
Reforço, por fim, que nos últimos anos foram registradas diversas
ocorrências de furto de gado neste município, sendo que fatos
como estes abalam profundamente uma pacata comunidade como
a nossa, que fica, então, à espreita de uma imediata, justa e rápida
resposta das Autoridades Policiais e Judiciárias. A liberdade dos
representados após a prática do abigeato, traz um sentimento

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NR.PROCESSO: 5604479-75.2020.8.09.0000
de impunidade e incentivo à transgressão da lei, bem como, um
descrédito irreparável ao Judiciário, ao Ministério Público e à
Polícia Local, que agiram efetivamente e com muita rapidez nesse
caso”.

A decisão judicial traz apenas discurso repressivo, sem apresentar motivação


adequada para manter a cautela antecipada. O caso não se reveste de
especial gravidade, já que em tese praticado sem violência ou grave ameaça
à pessoa, e a circunstância de Wildson residir em outra localidade não é
indicativo de que causará embaraços à instrução criminal. No mais, trata-se
de primário.

Desta forma, sem vislumbrar a necessidade de impor sacrifício desnecessário


à liberdade do cidadão, concedo a liberdade provisória ao paciente, com as
cautelares de comparecimento a todos os atos do processo a que for intimado
e manter o endereço de moradia atualizado perante o Juízo.

Determino a expedição do alvará de Wildson Alves da Costa, se por outro


motivo não estiver preso.

Oficie-se imediatamente o Juízo do teor desta decisão. Colham-se as


informações pertinentes e o parecer da Procuradoria-Geral de Justiça.
Cientifique-se.

Des. Ivo Favaro


Relator
08

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido em Parte e Provido em Parte - Data da


Movimentação 27/11/2020 18:31:15

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5439764-16.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : LUIZ FERNANDO VILELA
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : LUIZ FERNANDO VILELA


ADVG. PARTE : 12321 GO - LUIZ FERNANDO VILELA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5439764-16.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador J. Paganucci Jr.

HABEAS CORPUS

Número : 5439764-16.2020.8.09.0000

Comarca : GOIANIRA

Impetrante : LUIZ FERNANDO VILELA

Paciente : JOHNATHAN SANTANA DA SILVA

Relator : DES. J. PAGANUCCI JR.

RELATÓRIO e VOTO

Trata-se de habeas corpus, com pedido liminar, impetrado pelo advogado LUIZ
FERNANDO VILELA, com fundamento nos artigos 5º, inciso LXVIII, da Constituição Federal, 647
e 648, inciso II, do Código de Processo Penal, em benefício de JOHNATHAN SANTANA DA
SILVA, qualificado, apontando como autoridade coatora o juízo da Vara Criminal da comarca de
Goianira-GO.

Relata o impetrante que o paciente foi autuado em flagrante pela suposta posse de uma
arma de fogo, tendo sido liberado na audiência de custódia, mas, por estar em regime semiaberto
e usando tornozeleira eletrônica, foi encaminhado para a penitenciária Odenir Guimarães, com
regressão de regime devida ao fato novo.

Assevera que, apesar da regressão, até o momento não houve a audiência de


justificação, nem a audiência de instrução e julgamento que originou a sua nova prisão.

Aduz a concessão de comutação de pena, que aportou em 09 (nove) anos, o que


permite o benefício de regime semiaberto ou livramento condicional, que ainda não aconteceu em
razão deste novo fato ocorrido em Goianira-GO, podendo o paciente sofrer prejuízos irreparáveis
no presídio, inclusive contaminação pela Covid-19.

Afirma que, decorridos 17 (dezessete) meses de custódia, está caracterizado excesso


de prazo para julgamento do paciente.

Esclarece que deixou de juntar cópias por se tratar de processo físico concluso.

Ao final, requer a concessão da ordem liberatória, em caráter liminar, com aplicação ou


não de medidas cautelares, declarando-se nula a decisão guerreada por falta de fundamentação
ou por excesso de prazo, expedindo-se o alvará de soltura, e, por ocasião do julgamento
definitivo, a confirmação no mérito, intimando-o para sessão de julgamento visando fazer
sustentação oral.

A inicial veio instruída com os documentos da movimentação 01.

Pedido liminar indeferido (movimentação 06).

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5439764-16.2020.8.09.0000
Após ausência de informações da autoridade apontada como coatora, qual seja, o juízo
da Vara Criminal da comarca de Goiânia/GO, o feito foi concluso à PGJ que manifestou pela
solicitação de informes ao juízo da 1ª Vara de Execução Penal da comarca de Goiânia/GO, o que
foi deferido e prontamente atendido pelo juízo da execução (movimentação 27).

Ato contínuo, a Procuradoria-Geral de Justiça, por seu representante, Marcos Abreu e


Silva opinou pelo conhecimento e denegação da ordem impetrada (movimentação 31).

É o relatório.

Passo ao voto.

Presentes os pressupostos processuais objetivos e subjetivos, admito o pedido,


passando a seguir à sua delibação.

Conforme relatado, busca-se por meio desta via mandamental a restauração do status
libertatis de JOHNATHAN SANTANA DA SILVA, que estaria sofrendo constrangimento ilegal no
seu direito de ir e vir, sob as alegações de ausência de fundamentação da decisão que
determinou a regressão definitiva do regime prisional, que aportou em 09 (nove) anos, o que
permite o benefício de regime semiaberto ou livramento condicional, que ainda não aconteceu em
razão do novo fato ocorrido em Goianira-GO, podendo o paciente sofrer prejuízos irreparáveis no
presídio, inclusive contaminação pela Covid-19, e excesso de prazo para o julgamento.

Da ausência de fundamentação na decisão que determinou a regressão definitiva


do regime prisional.

Do ato judicial combatido, ressai patente a impropriedade da via escolhida para análise
da pretensão, porquanto o habeas corpus é ação mandamental de rito célere, onde não se admite
a ampla valoração com o fim de cassar a decisão que determinou a regressão definitiva do
regime prisional, haja vista a existência de vias processuais próprias para tais finalidades.

Ressalta-se que o artigo 197, da Lei 7.210/84 prevê que as decisões proferidas pelo
juízo da execução penal serão impugnadas mediante agravo, sem efeito suspensivo.

Nesse trilhar, imperiosa é a necessidade de racionalização do habeas corpus, a bem de


se prestigiar a lógica do sistema recursal, porquanto, as hipóteses de cabimento do writ são
restritas, não se admitindo que o remédio constitucional seja utilizado em substituição ao recurso
cabível, vale dizer, o agravo em execução.

Lado outro, não se verifica, de plano, flagrante ilegalidade apta a autorizar a


admissibilidade do habeas corpus em detrimento do agravo em execução penal, tendo em vista
que a regressão de regime prisional foi determinada com observâncias aos ditames do artigo 118,
§ 2º, da Lei de Execução Penal, após a realização de audiência de justificação, conforme se
extrai dos informes prestados:

“(..) Quando o feito tramitava perante o juízo da 2ª VEP, o apenado


praticou faltas graves durante o cumprimento da pena em regime
semiaberto, quais sejam, fuga em 12.04.2019 e fato novo no dia
29.04.2019 (artigo 12 da Lei 10.826/2003), apurada nos autos n. 53974-
64.2019.8.09.0064, pelo juízo criminal da comarca de Goianira/GO.

Em obediência ao artigo 118, § 2º, da Lei de Execução Penal, em


04.07.209 a audiência de justificação foi realizada.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5439764-16.2020.8.09.0000
Logo após, em 08.08.2019 o juízo da 2ª VEP proferiu decisão
homologando as faltas disciplinares praticadas e determinou a regressão
do regime prisional do sentenciado, do semiaberto ao fechado, nos termos
dos artigos 50, inciso II, e art. 52, caput, 1ª parte, ambos da Lei de
Execução Penal. Além disso, determinou-se a alteração da data-base para
fins de concessão de progressão de regime, passando esta a ser o dia da
última prática da falta grave, ou seja, o dia 29.04.2019.

Na época, em face desta decisão não houve a interposição de recurso de


Agravo em Execução (...)” (movimentação 27).

Do alegado excesso de prazo

No que tange à alegação de excesso de prazo para a realização da audiência de


justificação, como visto dos informes, o ato já foi realizado.

Noutro vértice, importante esclarecer que, diante da parca documentação anexada pelo
impetrante, bem como, da ausência de informações do juízo da Vara Criminal da comarca de
Goianira, impossível a análise do alegado excesso de prazo para encerramento da instrução
processual quanto aos autos 53974-64.2019, notadamente por se tratar de processo que tramita
em meio físico.

Não obstante, em consulta ao Sistema de Primeiro Grau – SPG, não se verifica a


designação de audiência de instrução, sendo que o último extrato data de 11/09/2019 e se refere
ao recebimento da denúncia.

Importante consignar que, em que pese o paciente, ao que tudo indica, não estar preso
preventivamente por força desse processo, pois liberado na audiência de custódia, a apuração do
suposto fato novo influi diretamente em seu status libertatis, já que a regressão ao regime
fechado se deu em virtude desses autos e eventual absolvição poderá repercutir no processo de
execução e no regime experimentado.

Por conseguinte, recomenda-se ao juízo de origem (Vara Criminal da comarca de


Goianira) que promova esforços para que os autos 53974-64.2019.8.09.0064 (201900539742)
sejam digitalizados ou que retomem seu fluxo, prioritariamente, em virtude da citada revogação
do benefício penal, imprescindível, portanto, que haja a célere resposta estatal quanto à apuração
de tal conduta.

Conclusão: desacolho o parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, conheço em parte


do pedido, e, nessa extensão, concedo em parte a ordem impetrada para determinar que o juízo
impetrado (Vara Criminal da comarca de Goianira) promova esforços para a célere tramitação dos
autos 53974-64.2019.8.09.0064 (201900539742), conforme exposto. Oficie-se.

É o voto.

EMENTA

HABEAS CORPUS. POSSE DE ARMA DE FOGO. EXECUÇÃO


PENAL. REGRESSÃO DEFINITIVA. EXCESSO DE PRAZO. 1
– Ressai patente a impropriedade da via escolhida para análise
da pretensão, porquanto o habeas corpus é ação mandamental
de rito célere, onde não se admite a ampla valoração com o fim
de cassar a decisão que determinou a regressão definitiva do
regime prisional, haja vista a existência de vias processuais

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5439764-16.2020.8.09.0000
próprias para tais finalidades. 2 – Não há que se falar em
excesso de prazo para a audiência de justificação, quando já foi
realizada. 3 – Por outro lado, apesar de não ser possível a
análise do excesso de prazo para conclusão da instrução
criminal em relação ao processo que apura a hipotética prática
de fato novo, diante da parca documentação anexada e da falta
de maiores informações, recomenda-se a tramitação prioritária
de tal ação penal, em razão da qual houve a involução do modo
expiatório. 4- Ordem parcialmente conhecida, e nessa
extensão, parcialmente concedida.

ACÓRDÃO

Vistos e relatados os presentes autos, acordam os componentes do Tribunal de Justiça


do Estado de Goiás, pela Primeira Câmara Criminal, por unanimidade de votos, desacolhido o
parecer ministerial, em conhecer parcialmente do pedido, e, nessa extensão, conceder em parte a
ordem impetrada para determinar que o juízo impetrado (Vara Criminal da comarca de Goianira)
promova esforços para a célere tramitação dos autos 53974-64.2019.8.09.0064 (201900539742),
nos termos do voto do Relator, proferido na assentada do julgamento.

Votaram, além do Relator, que presidiu a sessão, o Doutor Wilson Safatle Faiad,
substituto da Desembargadora Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos, e os Desembargadores
Nicomedes Domingos Borges, Itaney Francisco Campos e Ivo Favaro.

Presente ao julgamento o Doutor Abrão Amisy Neto, digno Procurador de Justiça.

Goiânia, 26 de novembro de 2020.

DES. J. PAGANUCCI JR.


RELATOR

CRETA

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5439764-16.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS

Número : 5439764-16.2020.8.09.0000

Comarca : GOIANIRA

Impetrante : LUIZ FERNANDO VILELA

Paciente : JOHNATHAN SANTANA DA SILVA

Relator : DES. J. PAGANUCCI JR.

EMENTA

HABEAS CORPUS. POSSE DE ARMA DE FOGO. EXECUÇÃO


PENAL. REGRESSÃO DEFINITIVA. EXCESSO DE PRAZO. 1
– Ressai patente a impropriedade da via escolhida para análise
da pretensão, porquanto o habeas corpus é ação mandamental
de rito célere, onde não se admite a ampla valoração com o fim
de cassar a decisão que determinou a regressão definitiva do
regime prisional, haja vista a existência de vias processuais
próprias para tais finalidades. 2 – Não há que se falar em
excesso de prazo para a audiência de justificação, quando já foi
realizada. 3 – Por outro lado, apesar de não ser possível a
análise do excesso de prazo para conclusão da instrução
criminal em relação ao processo que apura a hipotética prática
de fato novo, diante da parca documentação anexada e da falta
de maiores informações, recomenda-se a tramitação prioritária
de tal ação penal, em razão da qual houve a involução do modo
expiatório. 4- Ordem parcialmente conhecida, e nessa
extensão, parcialmente concedida.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Não Concessão - Data da Movimentação 27/11/2020


18:31:14

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5549818-49.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : TALES GABRIEL BARROS E BITTENCOURT
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : TALES GABRIEL BARROS E BITTENCOURT


ADVG. PARTE : 60541 GO - TALES GABRIEL BARROS E BITTENCOURT

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5549818-49.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador J. Paganucci Jr.

HABEAS CORPUS

Número : 5549818-49.2020.8.09.0000

Comarca : LUZIÂNIA

Impetrante : TALES GABRIEL BARROS E BITTENCOURT

Paciente : WELVIS RIBEIRO DA SILVA

Relator : DES. J. PAGANUCCI JR.

RELATÓRIO e VOTO

Trata-se de habeas corpus, com pedido liminar, impetrado pelo advogado TALES
GABRIEL BARROS E BITTENCOURT, com fundamento no artigo 5°, inciso LXVIII da
Constituição Federal e artigos 647 e seguintes do Código de Processo Penal, em benefício de
WELVIS RIBEIRO DA SILVA, devidamente qualificado nos autos, indicando como autoridade
coatora o juízo da 1ª Vara Criminal da comarca de Luziânia.

Extrai-se da inicial que foi decretada prisão preventiva em desfavor do paciente, no dia
18/03/2014, cujo mandado se efetivou em 26/10/2020, nos autos da ação penal em que foi
denunciado pela prática dos crimes previstos no artigo 121, § 2°, incisos I e IV, do Código Penal e
artigo 244-B da Lei 8.069/90.

O impetrante afirma que o paciente foi preso após uma abordagem policial em que se
constatou a existência, contra ele, de mandado de prisão preventiva, entretanto, até o presente
momento não consta a informação nos autos originários a respeito do cumprimento do decreto
prisional.

Aduz que a decisão que ordenou a custódia antecipada do paciente carece de


fundamentação fática e que os requisitos do artigo 312 do Código de Processo Penal não se
encontram presentes, principalmente, porque ao tempo do fato este possuía endereço onde
poderia ser encontrado, acrescentando que nenhum argumento foi aventado na decisão
objurgada que pudesse indicar que a sua liberdade representasse risco à ordem pública.

Registra que no vão temporal entre o fato e o recebimento da denúncia, quando se


determinou a prisão do paciente, não consta nenhuma outra atividade ilícita que lhe seja
atribuída, tampouco, no intervalo daquela data até o momento de sua custódia, aduzindo que o
paciente é pessoa trabalhadora, com família constituída e de boa índole.

Argumenta que o magistrado não promoveu a reavaliação da necessidade da prisão


conforme preceitua o artigo 316, parágrafo único, do Código de Processo Penal, ressaltando a
insubsistência dos motivos que a ensejaram.

Aponta violação ao princípio do contraditório e da ampla defesa, pois após a publicação


do edital de citação, não lhe foi nomeado curador, tampouco houve remessa dos autos à

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NR.PROCESSO: 5549818-49.2020.8.09.0000
Defensoria Pública.

Salienta que os indícios não são suficientes para subsidiar o édito de custódia cautelar,
na medida em que se lastreia, unicamente, nas declarações dadas pelo adolescente R. R. M, que
“apenas afirma ter ouvido uma voz e com isso, indicou o Welvis como autor dos disparos”.

Invoca a aplicação do princípio da presunção de inocência, e ao final, pede pela


concessão liminar da ordem impetrada para que o paciente seja posto em liberdade mediante
expedição de alvará de soltura e que, no julgamento definitivo, seja o mandamus confirmado.

Requer, igualmente, a dispensa das informações a serem prestadas pela autoridade


intitulada coatora, por entender que o presente writ encontra-se suficientemente instruído.

Documentos anexados (movimentação 01 e link do processo originário).

O pedido liminar foi indeferido (movimentação 05).

Informações prestadas pela autoridade impetrada (movimentação 09).

A Procuradoria-Geral de Justiça, por seu representante, Vinicius Jacarandá Maciel,


manifesta pelo parcial conhecimento da impetração e, nesta extensão, pela denegação da ordem
(movimentação 14).

É o relatório.

Passo ao voto.

Conforme relatado, busca-se por meio da presente via mandamental a restauração do


status libertatis de WELVIS RIBEIRO DA SILVA, invocando as teses de negativa de autoria,
ausência de fundamentação idônea, dos requisitos e de contemporaneidade do decreto prisional,
falta de reavaliação da prisão nos termos do artigo 316, parágrafo único, do Código de Processo
Penal.

Aponta, ainda, violação aos princípios do contraditório e da ampla defesa já que após a
sua citação não foi nomeado “curador”, tampouco houve remessa dos autos à Defensoria Pública.
E, por fim, invoca a aplicação do princípio da presunção de inocência.

1. Da negativa de autoria.

O impetrante nega a autoria atribuída ao paciente e diz que os indícios não são
suficientes para subsidiar a prisão preventiva imposta já que se lastreia unicamente nas
declarações de um adolescente que afirmou ter ouvido a sua voz no momento do delito.

Ocorre que esta questão deve ser analisada com a profundidade necessária na ação
penal correspondente e, por isso, não admitida a sua cognição na via sumária do remédio
heroico.

Ressalte-se que para a decretação da medida extrema, bastam os indícios de autoria e,


neste ponto, o magistrado consignou pela suficiência tanto que a prisão foi decretada no ato de
recebimento da denúncia.

2- Da falta de avaliação da prisão (art. 316, parágrafo único, do CPP) e de


contemporaneidade.

No tocante a reavaliação da prisão e da ausência de contemporaneidade da medida,

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NR.PROCESSO: 5549818-49.2020.8.09.0000
nos termos da novel legislação, necessário ponderar que após a impetração a autoridade
intitulada coatora se pronunciou sobre a necessidade de manutenção do ergástulo, inclusive,
ressaltando a atualidade dos motivos que a ensejaram, o que torna superada a alegação
sustentada (0251840-79.2013.8.09.0100 – movimentação 05).

3- Da ofensa aos princípios do contraditório e da ampla defesa.

No que diz respeito à alegação de cerceamento de defesa por ausência de nomeação


de curador ou defensor para o paciente após a sua citação, importa registrar que com o seu
chamamento editalício, diante do fato de se encontrar em local incerto e não sabido, houve a
suspensão do curso do processo e do prazo prescricional nos termos do artigo 366, do Código de
Processo Penal, de modo que não há falar em ofensa aos princípios constitucionais citados, já
que nenhum ato processual foi realizado sem a participação do paciente e de sua defesa, tendo o
feito retomado o seu curso normal somente após o cumprimento da ordem constritiva.

4- Da prisão preventiva, dos predicados pessoais e do princípio da presunção de


inocência.

Tem-se que a decisão objetada (0251840-79.2013.8.09.0100, movimentação 01,


arquivo 04) se revela suficientemente motivada e pautada em requisitos contidos no artigo 312,
do Código de Processo Penal, quais sejam, garantia da ordem pública e da aplicação da lei
penal, porquanto discorreu acerca da materialidade do crime e indícios de autoria que recaem
sobre o paciente (fumus commissi delicti), bem como das demais circunstâncias fáticas
autorizadoras da prisão preventiva (periculum libertatis), com explanação sobre a gravidade
concreta do crime de homicídio qualificado pelo motivo torpe e recurso que dificultou a defesa, em
tese, praticado em concurso e unidade de desígnio com um adolescente, acrescido do risco de
reiteração delitiva e do fato de o paciente ter se homiziado logo após a sua suposta ocorrência.

Confira-se trecho do decreto preventivo, in verbis:

““Mister registrar que o acusado encontra-se foragido, ou seja, em local


incerto ou não sabido e, diante disso, foi qualificado pela Autoridade
Policial de forma indireta, conforme se vê às fls. 68/69.

Importante registrar ainda que o acusado possui uma execução penal


referente ao crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido (fl. 75)
e uma ação penal pelo crime de receptação (fl. 76), a qual tramita na 2ª
vara criminal desta Comarca.

Em suma, demonstrado o requisito da necessidade da garantia da ordem


pública, visando impedir a reiteração em conduta criminosa, sobretudo em
sede de infrações penais da mesma natureza daquelas atribuídas na
denúncia e a aplicação da lei penal, tendo em vista que o acusado Welvis
encontra-se em local incerto ou não sabido”.

Ainda, mais recentemente, conforme dito, ocorreu a reavaliação do édito constritivo


ocasião em que a autoridade intitulada coatora assim manifestou:

"Consoante se infere da denúncia, no dia 08 de setembro de 2012, por


volta das 23 horas, Quadra 04, Lote 18, Vila Roriz, nesta cidade, WELVIS
RIBEIRO DA SILVA, agindo com animus necandi, em concurso e unidade
de desígnios com o menor de idade M.D.M, desferiu tiros contra a vítima
Leonardo Bruno Vargas da Silva, provocando-lhe lesões que, pela
natureza e sede, foram causa eficiente de sua morte.

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NR.PROCESSO: 5549818-49.2020.8.09.0000
Ainda se extrai dos autos, que, na referida data e local, WELVIS RIBEIRO
DA SILVA, corrompeu e facilitou a corrupção de M.D.M, menor de 18
(dezoito) anos, com ele praticando a infração penal.

Com efeito, apurou-se que o Paciente, fazendo-se acompanhar do


adolescente M.D.M., dirigiu-se em uma motocicleta até uma casa onde a
vítima Leonardo se encontrava com terceira pessoa consumindo drogas no
quintal. Assim que chegou, o Paciente os chamou, mas enquanto essa
terceira pessoa entrou na casa, a vítima Leonardo foi atender ao chamado.

O Paciente e M.D.M., então, sacaram cada qual uma arma de fogo, com as
quais desferiram vários tiros, inclusive pelas costas, na vítima Leonardo,
colhendo-a de surpresa e desarmada, de modo que ela não teve como se
defender.

A prisão preventiva do acusado foi decretada por ocasião do recebimento


da denúncia (fls. 136/138, mov. 1), considerando a hediondez do crime
supostamente perpetrado, as graves consequências para a vítima e que
solto poderá representar perigo para influenciar as testemunhas, bem
como a periculosidade concreta demonstrada na conduta, presentes os
requisitos do artigo 312 e 313, inciso I, do Código de Processo Penal.

O acusado permaneceu foragido da data do fato até o dia 26/10/2020, data


do cumprimento do mandado de prisão expedido em seu desfavor,
conforme documentos fls. 164, 204, 216 e 226, mov. 1.

Assim, vejo que subsistem incólumes os motivos ensejadores da


constrição cautelar de WELVIS RIBEIRO DA SILVA, não havendo nenhum
fato novo que pudesse alterar a situação dos autos.

Ademais, as circunstâncias que permeiam o evento delituoso


demonstram a necessidade de manutenção da segregação preventiva
do requerente, notadamente considerando que há nos autos prova da
existência do crime e indícios de autoria capazes de apontá-lo como o
partícipe da prática delitiva em deslinde, o que demonstra a
imprescindibilidade da manutenção de sua prisão preventiva para a
garantia da ordem pública.

Assim, preenchidos os pressupostos da prisão preventiva e satisfeitos os


requisitos da garantia da ordem pública, não há que se falar em revogação
nesta oportunidade, pois a decisão anteriormente proferida foi fundada em
elementos robustos e concretos que ainda recomendam a custódia
cautelar.

No que se refere ao periculum libertatis, destaco a conveniência instrução


criminal, da aplicação da lei penal, bem como para garantir a ordem
pública, diante da periculosidade em concreto demonstrada pelo
requerente, vez que, o delito foi cometido, supostamente, com recurso que
dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima Leonardo, considerando que
foi colhida de surpresa e desarmada, de modo que ela não teve como se
defender; por motivo torpe, pois, matou a vítima em razão dela ter
contraído com ele uma dívida de R$ 150,00 (cento e cinquenta reais),
referente a uma aquisição de drogas; além de ter permanecido foragido

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NR.PROCESSO: 5549818-49.2020.8.09.0000
desde a data dos fatos.

Não obstante, o acusado é portador de maus antecedentes, pois consta


em sua folha-corrida (fls. 130/134) condenação pelo crime de porte ilegal
de arma de fogo (autos n. 201102312430), de modo que a sua prisão
preventiva também se faz necessária para se evitar a reiteração criminosa.

Portanto, entendo que a manutenção do decreto da prisão preventiva do


requerente é medida que se impõe, não havendo que se falar em decreto
prisional fundamentado apenas na gravidade em abstrato da conduta, pois
resultou demonstrado à sociedade os elementos concretos que embasam
a presente decisão” (0251840-79.2013.8.09.0100 – movimentação 05).

Sobre a garantia da ordem pública, Eugênio Pacelli de Oliveira, após reconhecer a


dificuldade que a doutrina e jurisprudência pátria têm enfrentado para delimitar o sentido da
expressão, por fim, arremata que não ha? dúvidas quanto à sua recepção constitucional,
acrescentando, in verbis:

“Parece-nos, entretanto, que, sempre excepcionalmente, o princípio do


estado de inocência haverá de ser flexibilizado quando em risco valores
(normatizados) constitucionais igualmente relevantes. Não estamos nos
referindo a? segurança pública como mera abstração, ou como valor a ser
sopesado sem critérios empíricos, mas a? sua necessária concretização,
diante de hipóteses excepcionalíssimas.

Com efeito, haverá como já houve, situações em que a gravidade do crime


praticado, revelada não só pela pena abstratamente cominada ao tipo, mas
também pelos meios de execução, quando presentes a barbárie e o
desprezo pelo valor ou bem jurídico atingido, reclame uma providência
imediata do Poder Público, sob pena de se pôr em risco até mesmo a
legitimidade do exercício da jurisdição penal.” (in Curso de Processo Penal,
11ª ed., Rio de Janeiro, Lumen Juris, 2009, p. 453).

Com efeito, vislumbra-se a periculosidade social do paciente diante da gravidade


concreta do crime imputado, refletido no modus operandi empregado e na acentuada
reprovabilidade da suposta conduta, cujo móvel seria uma dívida de droga, na importância de R$
150,00 (cento e cinquenta reais) na prática delitiva.

Consignou-se, também, que o paciente responde a outros feitos penais, o que indica
risco de reiteração criminosa.

Se não bastasse, registrou-se que WELVIS estava foragido há mais de 08 anos, o que
revela a necessidade do ergástulo também como garantia da aplicação da lei penal.

Neste ponto, em que pese a argumentação expendida quanto ao fato de o paciente não
ter tido intenção de se furtar ao chamamento da justiça, dizendo que na época residia no estado
do Rio de Janeiro, vale mencionar que foram realizadas todas as diligências visando a localização
de seu paradeiro para fins de citação, as quais foram infrutíferas e, além disso, nesta ocasião, se
apresenta comprovante de que o paciente residia em local diverso.

No tocante à assertiva de ausência de contemporaneidade da medida extrema,


necessário enfatizar o contexto fático em que o crime ocorreu, qual seja, em período em que se
noticiava alto índice de criminalidade na região do entorno do Distrito Federal, o que ensejou,
inclusive, na necessidade de intervenção da Força Nacional de Segurança Pública, diante da

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NR.PROCESSO: 5549818-49.2020.8.09.0000
deficiência de recursos para apuração dos diversos inquéritos instaurados, dentre eles o presente
feito que se infere ter sido em parte conduzido pela aludida comitiva.

Diante dessas considerações, justifica-se o interregno entre o fato (09/09/2020) e a


decisão da prisão preventiva (18/03/2014), principalmente: por se tratar de feito em que não
houve a autuação em flagrante dos envolvidos; em que se tem notícia do receio das testemunhas
em colaborar com as investigações; e, em que não foi possível a qualificação direta do paciente
por nunca ter sido encontrado (cf. 0251840-79.2013.8.09.0100).

Portanto, estes dados demonstram a persistência dos motivos ensejadores da custódia


antecipada ao tempo em que foi decretada, não havendo falar em ausência de
contemporaneidade.

Por tais motivos, a custódia cautelar foi efetuada nos limites da lei pelo julgador de
origem, com base no artigo 312, do Estatuto Processual Penal, demonstrando, a partir do enredo
fático, a necessidade de manter a sua segregação.

Noutro vértice, as alegadas condições pessoais favoráveis do paciente, ainda que


demonstradas, não têm o condão de, isoladamente, desconstituírem a prisão preventiva, quando
há, nos autos, elementos hábeis que autorizam a manutenção da medida extrema, como ocorre
in casu e já relatado em linhas pretéritas.

Diante dessas considerações, não há falar em violação ao princípio da presunção de


inocência já que a prisão preventiva, fundamentadamente imposta por autoridade judiciária
competente, possui amparo constitucional (artigo 5°, inciso LXI, da CF).

Conclusão: acolho o parecer da Procuradoria-Geral de Justiça para conhecer


parcialmente do pedido e, nesta extensão, denegar a ordem impetrada.

É o voto.

EMENTA

HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO DUPLAMENTE


QUALIFICADO. MOTIVO TORPE. RECURSO QUE
IMPOSSIBILITOU A DEFESA DA VÍTIMA. CORRUPÇÃO DE
MENOR. PRISÃO PREVENTIVA. NEGATIVA DE AUTORIA.
AUSÊNCIA DE REAVALIAÇÃO (ART. 316 DO CPP).
FUNDAMENTAÇÃO INIDÔNEA. FALTA
CONTEMPORANEIDADE. REQUISITOS DO ARTIGO 312 DO
CPP. PREDICADOS PESSOAIS. PRESUNÇÃO DE
INOCÊNCIA. 1- Incabível examinar, na via estreita do writ, tese
que demanda dilação probatória e aprofundado exame de
elementos de convicção, sob pena de violação do devido
processo legal. 2- Reavaliada a prisão do paciente durante a
tramitação do writ, fica superada eventual violação a norma
prevista no artigo 316, parágrafo único, do CPP. 3- Não há falar
em desrespeito ao princípio da ampla defesa e do contraditório
por ausência de nomeação de “curador” ou defensor dativo se,
após a citação por edital do paciente, ocorreu a suspensão do
processo e do prazo prescricional, nos moldes do artigo 366, do
CPP. 4- A gravidade concreta da suposta conduta, o risco de

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NR.PROCESSO: 5549818-49.2020.8.09.0000
reiteração criminosa e a fuga do distrito da culpa impõem a
manutenção da prisão preventiva para garantia da ordem
pública e eventual aplicação da lei penal. 5- O tempo decorrido
entre a data do fato e a decretação da prisão preventiva, não é
capaz de afastar a contemporaneidade da causa justificadora,
diante das particularidades do caso a apontar a dificuldade em
se concluir as investigações. 6- Somente os predicados
pessoais, ainda que comprovados, isoladamente, não são aptos
a revogar a segregação antecipada, motivadamente imposta,
casos em que não há falar em ofensa ao princípio da presunção
de inocência. 7- Ordem parcialmente conhecida e, nesta
extensão, denegada.

ACÓRDÃO

Vistos e relatados os presentes autos, acordam os componentes do Tribunal de Justiça


do Estado de Goiás, pela Primeira Câmara Criminal, por unanimidade de votos, acolhido o
parecer ministerial, em conhecer parcialmente do pedido, e nessa extensão, denegar a ordem
impetrada, nos termos do voto do Relator, proferido na assentada do julgamento.

Votaram, além do Relator, que presidiu a sessão, o Doutor Wilson Safatle Faiad,
substituto da Desembargadora Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos, e os Desembargadores
Nicomedes Domingos Borges, Itaney Francisco Campos e Ivo Favaro.

Presente ao julgamento o Doutor Abrão Amisy Neto, digno Procurador de Justiça.

Goiânia, 26 de novembro de 2020.

DES. J. PAGANUCCI JR.


RELATOR

IX35

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NR.PROCESSO: 5549818-49.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS

Número : 5549818-49.2020.8.09.0000

Comarca : LUZIÂNIA

Impetrante : TALES GABRIEL BARROS E BITTENCOURT

Paciente : WELVIS RIBEIRO DA SILVA

Relator : DES. J. PAGANUCCI JR.

EMENTA

HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO DUPLAMENTE


QUALIFICADO. MOTIVO TORPE. RECURSO QUE
IMPOSSIBILITOU A DEFESA DA VÍTIMA. CORRUPÇÃO DE
MENOR. PRISÃO PREVENTIVA. NEGATIVA DE AUTORIA.
AUSÊNCIA DE REAVALIAÇÃO (ART. 316 DO CPP).
FUNDAMENTAÇÃO INIDÔNEA. FALTA
CONTEMPORANEIDADE. REQUISITOS DO ARTIGO 312 DO
CPP. PREDICADOS PESSOAIS. PRESUNÇÃO DE
INOCÊNCIA. 1- Incabível examinar, na via estreita do writ, tese
que demanda dilação probatória e aprofundado exame de
elementos de convicção, sob pena de violação do devido
processo legal. 2- Reavaliada a prisão do paciente durante a
tramitação do writ, fica superada eventual violação a norma
prevista no artigo 316, parágrafo único, do CPP. 3- Não há falar
em desrespeito ao princípio da ampla defesa e do contraditório
por ausência de nomeação de “curador” ou defensor dativo se,
após a citação por edital do paciente, ocorreu a suspensão do
processo e do prazo prescricional, nos moldes do artigo 366, do
CPP. 4- A gravidade concreta da suposta conduta, o risco de
reiteração criminosa e a fuga do distrito da culpa impõem a
manutenção da prisão preventiva para garantia da ordem
pública e eventual aplicação da lei penal. 5- O tempo decorrido
entre a data do fato e a decretação da prisão preventiva, não é
capaz de afastar a contemporaneidade da causa justificadora,
diante das particularidades do caso a apontar a dificuldade em
se concluir as investigações. 6- Somente os predicados
pessoais, ainda que comprovados, isoladamente, não são aptos
a revogar a segregação antecipada, motivadamente imposta,
casos em que não há falar em ofensa ao princípio da presunção
de inocência. 7- Ordem parcialmente conhecida e, nesta
extensão, denegada.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


18:31:50

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5572717-41.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : DANILO MARQUES BORGES
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : DANILO MARQUES BORGES


ADVGS. PARTE : 40440 GO - DANIELLE PHAMELLA CARVALHO LOIOLA
27755 GO - DANILO MARQUES BORGES

PARTE INTIMADA : DANIELLE PHAMELLA CARVALHO LOIOLA


ADVGS. PARTE : 40440 GO - DANIELLE PHAMELLA CARVALHO LOIOLA
27755 GO - DANILO MARQUES BORGES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5572717-41.2020.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Ivo Favaro

IMPETRANTE : DANILO MARQUES BORGES E OUTRO

PACIENTE : JOÃO GILSON VIEIRA MESQUITA NETO

RELATOR : DES. IVO FAVARO

DESPACHO

Em mesa.
Notifique-se da sessão de julgamento do dia 03.12.2020, às 13 h.

Des. Ivo Favaro,


Relator
08

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Concessão -> Liminar - Data da
Movimentação 27/11/2020 18:04:50

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5601006-81.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : EDUARDO JACOB VITURINO DE ALMEIDA
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : EDUARDO JACOB VITURINO DE ALMEIDA


ADVGS. PARTE : 54940 GO - PATRICIA NASCIMENTO DE SOUZA
44338 GO - AURELIO FERREIRA RIOS
41618 GO - CARLOS ERNESTO NUNES FILHO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5601006-81.2020.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Ivo Favaro

IMPETRANTE : CARLOS ERNESTO NUNES FILHO


PACIENTE : EDUARDO JACOB VITURINO DE ALMEIDA
RELATOR : DES. IVO FAVARO

DECISÃO

Pedida a soltura de Eduardo Jacob Viturino De Almeida, preso em flagrante em


20.11.2020, convertido em preventiva, pela suposta realização da conduta do artigo 33 da Lei
11.343, em razão de trazer consigo uma porção de maconha (sem peso definido) e R$ 24,00
(vinte e quatro reais). Apontada autoridade coatora o Juiz Plantonista da Comarca de Aparecida
de Goiânia.

Sustenta que o paciente é usuário de drogas; que o Ministério Público foi


favorável à substituição por cautelares porque o paciente possui predicados pessoais
e a quantidade de droga encontrada é pequena; que não estão presentes os requisitos
da preventiva; que a decisão carece de fundamentação; a situação permite a aplicação
de cautelares; que o paciente está na mesma situação do corréu, liberado após o
deferimento da liminar no HC 5593189-63, e a ele deve ser estendido o benefício (art.
580 do CPP). Pede a liminar e, no mérito, a concessão definitiva.

Poucos documentos juntados.

Distribuídos por prevenção ao HC nº 5593189-63.

É o relatório. Decido.

A questão referente ao mérito da ação penal, usuário, não tem lugar neste
espaço.

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NR.PROCESSO: 5601006-81.2020.8.09.0000
Lado outro, o impetrante sequer cuidou de mostrar o decreto prisional ao feito
a demonstrar que o paciente se encontra na mesma situação de Gabriel.

Contudo, em consulta aos autos originários nº 5592214-08, vê-se da decisão


conversiva da prisão, comum aos corréus, sustenta-se na quantidade de maconha,
associada a apreensão de balança de precisão, que indica a difusão ilícita. O
magistrado também menciona a necessidade de prevenir a reiteração de condutas
delitivas e garantir o retorno da paz e tranquilidade na sociedade.

A fundamentação é evasiva, pois não explicita situação concreta que importe


abalo à ordem pública a liberdade do paciente (art. 312, CPP).

Demais disso, não esclarece a quantidade definida do peso da única porção


aprrendida. Também não há elementos de estrutura criminosa organizada a ponto de
justificar medida tão extrema.

Convém ressaltar que apesar de o impetrante não mostrar os antecedentes


do paciente, do decreto prisional vê-se que é primário e, inclusive, o representante
ministerial na audiência de custódia apresentou parecer favorável a aplicação de
medidas cautelares diversas da prisão.

Assim, além de ausente fundamentação idônea, vejo que referida decisão foi
tomada de ofício, dada a manifestação ministerial favorável à liberdade provisória do
paciente, o que fere o disposto no artigo 311 do Código de Processo Penal.

Dada a similitude da situação entre o paciente e o corréu,


assim como decidi no HC nº 5593189-63, defiro o pleito extensivo
para relaxar a prisão de Eduardo Jacob, se por outro motivo não
estiver preso, com as cautelares de manter o endereço atualizado e
comparecer a todos os atos do processo para os quais intimado. Expeça-se o alvará
de soltura, se por outro motivo não deva permanecer preso.

Requisitem as informações, ouvindo-se depois a Procuradoria-Geral de


Justiça.

Dê-se ciência.

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NR.PROCESSO: 5601006-81.2020.8.09.0000
Des. Ivo Favaro
Relator

09

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


27/11/2020 18:18:20

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 0009773-92.2015.8.09.0139
CLASSE PROCESSUAL : Ação Penal - Procedimento Ordinário ( CPP )
POLO ATIVO : DIEGO FERREIRA DE OLIVEIRA
POLO PASSIVO : MINISTERIO PUBLICO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : DIEGO FERREIRA DE OLIVEIRA


ADVGS. PARTE : 49850 GO - GISLAINE SILVA OLIVEIRA
48062 GO - RUY QUINTEIRO BARBOSA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 0009773-92.2015.8.09.0139
PODER JUDICIÁRIO

Gabinete do Desembargador Ivo Favaro

APELAÇÃO CRIMINAL Nº 9773-92.2015.8.09.0139 (201590097734) – RUBIATABA

APELANTE : DIEGO FERREIRA DE OLIVEIRA

APELADO : MINISTÉRIO PÚBLICO

RELATOR : DES. IVO FAVARO

EMENTA – APELAÇÃO CRIMINAL. TRÁFICO. ABSOLVIÇÃO. PROVAS.


DESCLASSIFICAÇÃO PARA USO. DESPROVIMENTO. PENA. ADEQUAÇÃO.
PRIVILÉGIO. FRAÇÃO. AUMENTO. PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA. REDUÇÃO. 1
– Comprovadas materialidade e autoria, não se há falar em
absolvição ou desclassificação. 2 – Considerando a natureza e
quantidade, bem como ausência da efetiva comprovação da
dedicação ou qualquer habitualidade delitiva relacionada ao
tráfico, merece aplicado o redutor em grau máximo. 3 – Impõe-
se a redução da prestação pecuniária fixada em patamar
exacerbado. Apelo desprovido. De ofício, redução da pena e da
prestação pecuniária alternativa.

A C Ó R D Ã O

Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA o Tribunal de


Justiça do Estado de Goiás, pela 2ª Turma Julgadora de sua Primeira
Câmara Criminal, à unanimidade, acolhendo em parte parecer da
Procuradoria-Geral de Justiça, conhecer do recurso e negar-lhe
provimento. De ofício, reduzir a pena e o valor da prestação pecuniária,
nos termos do voto do Relator e da Ata de Julgamentos.

Participaram do julgamento, votando com o Relator, o


Desembargador J. Paganucci Jr., que o presidiu, e o Juiz Wilson Safatle
Faiad, substituto da Desembargadora Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos.
Presente, representando o órgão de cúpula do Ministério Público, o
Procurador Abrão Amisy Neto.

Goiânia, 19 de novembro de 2020.

Des. Ivo Favaro

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NR.PROCESSO: 0009773-92.2015.8.09.0139
Relator

APELANTE : DIEGO FERREIRA DE OLIVEIRA

APELADO : MINISTÉRIO PÚBLICO

RELATOR : DES. IVO FAVARO

V O T O

Presentes os pressupostos, conheço (fls. 128v e 130).

Trata-se de apelação de Diego Ferreira de Oliveira da sentença


que o condenou nas sanções do artigo 33 c/c 40, inciso III dependências
do presídio, da Lei 11.343, a 2 (dois) anos e 11 (onze) meses de
reclusão, e 291 (duzentos e noventa e um) dias-multa, à razão mínima,
regime aberto, substituída por duas restritivas de direitos.

Postula absolvição por falta de provas e dúvidas de sua


existência ou desclassificação para uso.

Materialidade e autoria demonstradas pelo boletim de ocorrência


(fl. 07), laudo de exame de constatação (fls. 09/11), de definitivo de
drogas (fls. 53/55) e depoimentos (Mídia, fl. 82).

O apelante levou consigo uma porção de maconha ao presídio no


interior de um lanche.

O laudo definitivo constatou que a substância apreendida é droga,


conforme de fls. 53/55, 1,010 g de maconha.

Apesar de negar conhecimento da existência do entorpecente dentro


do lanche, o apelante em juízo confessou que levou o alimento ao
presídio e pediu que fosse entregue à detenta Poliana; que uma pessoa
pediu-lhe para levar o lanche à unidade prisional, mas não sabe
identificá-la (Mídia, fl. 82).

Por sua vez, Tarquínio Gomes Chaves, policial civil, que à época
dos fatos trabalhava no presídio, informou à autoridade judiciária que o
processado foi até a unidade prisional para levar um lanche para a
detenta Poliana; que afirmou ao acusado que entregaria após a vistoria e
Diego deixou a refeição e foi embora; que estranhou o formato do pacote
e sua cola e ao abrir encontrou maconha em seu interior; que acionou a
Polícia Militar, mas o acusado evadiu e no dia seguinte ele compareceu à
delegacia; que o acusado e sua irmã são conhecidos no meio policial pelo
envolvimento com drogas e já recebeu informações de que eles traficavam,
bem como era habitual a ida de Diego ao presídio para deixar produtos
para a irmã que está presa, mas para Poliana foi a primeira vez (Mídia,

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NR.PROCESSO: 0009773-92.2015.8.09.0139
fl. 82).

Os fatos narrados acima pelo agente são coonfirmados em juízo


pela testemunha Ronan Lucas da Silva (Mídia, fl. 82).

Elementar que até prova em contrário os depoimentos merecem


crédito, confirmados depois em juízo pelos demais elementos de prova.

Ademais, a testemunha Zilma Francisca Cunha, mãe de Poliana,


apesar de na delegacia ter afirmado que o acusado era traficante, em
juízo retratou-se dizendo tê-lo confundido com outra pessoa; que nunca
mandou ninguém levar alimento para seus filhos na cadeia e eles estavam
presos por envolvimento com drogas e roubo e não sabe o atual paradeiro
de Poliana (Mídia, fl. 82).

Já Poliana, na delegacia disse conhecer o processado, todavia,


foi a primeira vez que ele levou lanche e que em seu interior havia
maconha; que não sabe quem seria essa pessoa que Diego alega ter mandado
a refeição (fl. 14).

Não há como o apelante eximir-se do decreto condenatório sem


oferecer elementos capazes de rechaçar a versão firme e coerente
apresentada pelas testemunhas e secundada pelos demais elementos de
prova, lançando mão de argumentos isolados do conjunto probatório.

Vale lembrar que para configurar a conduta do artigo 33 basta que


a ação do autor do fato amolde-se a qualquer dos núcleos do tipo penal.
Assim, caracteriza tráfico se o agente traz consigo substância
entorpecente para fins de difusão ilícita, dispensando-se a prova do
efetivo exercício da mercancia.

Assim, ao entrar no presídio com um alimento contendo drogas em


seu interior e solicitar que fosse entregue a um interno, a intenção do
acusado demonstrado que sua intenção era de entregar a droga para a
encarcerada, tanto que a colocou dentro do saco de lanche e lacrou.

Some-se a isso o fato de que a entrada de terceiros no presídio é


fiscalizada pelos agentes penitenciários, não sendo possível fazer uso
compartilhado de droga (§ 3º do art. 33 da Lei de Drogas).

Assim, diante das provas amealhadas, a condenação do apelante é


justificada, não se havendo falar em absolvição ou desclassificação para
uso próprio.

De ofício, passo a análise da pena imposta.

O juiz agiu com acerto na análise do 59 do CP e 42 da Lei 11.343;


a sanção foi fixada no mínimo e mantida na fase intermediária, pela
ausência de atenuantes ou agravantes. Na terceira, reduzida de metade,
em do artigo 33, § 4º, justificando que a testemunha Tarquínio informou
que o acusado é traficante. Todavia, não há nos autos efetiva
comprovação da dedicação ou qualquer habitualidade delitiva, bem como em
consideração a natureza e quantidade de droga apreendida.

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NR.PROCESSO: 0009773-92.2015.8.09.0139
De ofício, atento à situação pouca da porção do vegetal e as
condições pessoais do agente, é de rigor aplicação do redutor em seu
grau máximo (2/3). Recua a sanção penal para 1 (um) ano e 8 (oito) meses
de reclusão e 167 (cento e sessenta e sete) dias-multa, à razão mínima;
pela causa de aumento do artigo 40, inciso III (dependências do
presídio), mantido o aumento de 1/6 (um sexto), perfazendo a definitiva
1 (um) ano, 11 (onze) meses e 10 (dez) dias, e 193 (cento e noventa e
três) dias-multa, menor fração.

A quantidade de sanção justifica o regime inicial aberto e as


penas substitutivas, mas, de ofício, reduzo o valor da pecuniária para 1
(um) salário-mínimo vigente à época, tendo em vista a necessária
proporção com a corpórea e situação econômica do réu (auxiliar de
produção) (AC 33658-08.2010.8.09.0044, Rel. Des. Carmecy Rosa Maria A.
De Oliveira, 2ª Câmara Criminal, DJe 21/10/2015).

Ante o exposto, acolhendo em parte parecer da Procuradoria-Geral


de Justiça, conheço do recurso e nego-lhe provimento. De ofício, elevo a
fração de redução, reduzo as penas e o valor da prestação pecuniária
alternativa.

É como voto.

Des. Ivo Favaro

Relator

02/17

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NR.PROCESSO: 0009773-92.2015.8.09.0139
EMENTA – APELAÇÃO CRIMINAL. TRÁFICO. ABSOLVIÇÃO. PROVAS.
DESCLASSIFICAÇÃO PARA USO. DESPROVIMENTO. PENA. ADEQUAÇÃO. PRIVILÉGIO.
FRAÇÃO. AUMENTO. PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA. REDUÇÃO. 1 – Comprovadas
materialidade e autoria, não se há falar em absolvição ou
desclassificação. 2 – Considerando a natureza e quantidade, bem como
ausência da efetiva comprovação da dedicação ou qualquer habitualidade
delitiva relacionada ao tráfico, merece aplicado o redutor em grau
máximo. 3 – Impõe-se a redução da prestação pecuniária fixada em patamar
exacerbado. Apelo desprovido. De ofício, redução da pena e da prestação
pecuniária alternativa.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido em Parte - Data da


Movimentação 27/11/2020 18:18:22

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 0395911-92.2015.8.09.0137
CLASSE PROCESSUAL : Ação Penal - Procedimento Ordinário ( CPP )
POLO ATIVO : REULLES DENNER FARIA GONCALVES
POLO PASSIVO : MINISTERIO PUBLICO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : REULLES DENNER FARIA GONCALVES


ADVG. PARTE : 39872 GO - GILSON LIMA COSTA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0395911-92.2015.8.09.0137
PODER JUDICIÁRIO

Gabinete do Desembargador Ivo Favaro

APELAÇÃO CRIMINAL Nº 395911-92.2015.8.09.0137 (201593959117) – RIO VERDE

APELANTE : REULLES DENNER FARIA GONÇALVES

APELADO : MINISTÉRIO PÚBLICO

RELATOR : DES. IVO FAVARO

EMENTA - APELAÇÃO CRIMINAL. ROUBOS. CIRCUNSTÂNCIAS.


DESFAVORÁVEIS. ARMA BRANCA. PENA. REDUÇÃO. MENORIDADE.
ATENUANTE. RECONHECIMENTO. FACA. EXCLUSÃO. REGIME. ADEQUAÇÃO.
1 – A ameaça com emprego de faca permite o aumento da básica,
todavia, constatada a exacerbação, forçosa sua redução com
adequação do regime prisional. 2 - Viável o reconhecimento da
atenuante da menoridade se o réu tinha menos de 21 (vinte e
um) anos na data dos fatos, mas sem aplicação quando a pena já
se encontra no mínimo.

Recurso parcialmente provido. De ofício, excluir a causa de


aumento (emprego de faca).

A C Ó R D Ã O

Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA o Tribunal de


Justiça do Estado de Goiás, pela 2ª Turma Julgadora de sua Primeira
Câmara Criminal, à unanimidade, acolhendo parecer da Procuradoria-Geral
de Justiça, conhecer do recurso e dar-lhe parcial provimento e, de
ofício excluir a causa de aumento pelo emprego de arma (faca), nos
termos do voto do Relator e da Ata de Julgamentos.

Participaram do julgamento, votando com o Relator, o


Desembargador J. Paganucci Jr., que o presidiu, e o Juiz Wilson Safatle
Faiad, substituto da Desembargadora Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos.
Presente, representando o órgão de cúpula do Ministério Público, o
Procurador Abrão Amisy Neto.

Goiânia, 19 de novembro de 2020.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0395911-92.2015.8.09.0137
Des. Ivo Favaro

Relator

APELANTE : REULLES DENNER FARIA GONÇALVES

APELADO : MINISTÉRIO PÚBLICO

RELATOR : DES. IVO FAVARO

V O T O

Presentes os pressupostos, conheço (fls. 228 e 251).

Trata-se de apelação da sentença que condenou o apelante nas sanções do


artigo 157, § 2º, incisos I e II, c/c 71, do Código Penal, a 6 (seis)
anos, 1 (um) mês e 27 (vinte e sete) dias de reclusão, no inicial
fechado, mais 70 (setenta) dias-multa, no mínimo.

Conquanto não questionadas, materialidade e autoria demonstradas pelo


APF e portaria (fl. 06), boletim de ocorrência (fls. 07/11), auto de
exibição e apreensão (fl. 14), termos de entrega (fls. 15 e 18),
mandado de busca e apreensão (fls. 53/54), laudo de avaliação (fl. 65),
depoimentos e confissão (mídia audiovisual fls. 127 e 173).

O apelante insurge-se tão somente com relação à dosagem da pena: quer


redução da base, reconhecimento da atenuante da menoridade e fixação de
regime inicial mais brando.

Inicialmente, registro que como defendido pelo parecerista, ante a


entrada em vigor da Lei 13.654, que deixou de punir com mais rigor o
agente que usa no roubo arma branca, é de rigor a exclusão da majorante
correlata, de ofício. Por ser lei mais benéfica deve retroagir para
beneficiá-lo.

Reviso as penas.

Esclareço que para os crimes de roubo foi realizada uma única dosagem.

Saliento, por oportuno, que não se olvida que a prática do crime com
emprego de arma branca (imprópria), ainda que não configure mais causa
de aumento de pena, pode evidenciar maior reprovabilidade da conduta,
porquanto se mostra mais gravosa a conduta de quem utiliza um
instrumento potencialmente lesivo para subtrair bens da vítima, expondo-
a a perigo maior e reduzindo sua possibilidade de defesa.

A avaliação das circunstâncias, por isso, deve ser mantida desfavorável,


dada a conduta com emprego de faca é mais grave do que aquela em que há
somente ameaça verbal (AgRg no HC 525.844/DF, Rel. Ministro JORGE MUSSI,

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0395911-92.2015.8.09.0137
QUINTA TURMA, julgado em 17/12/2019, DJe 19/12/2019).

Assim, há apenas uma circunstância adversa, reduzo a básica para 4


(quatro) anos e 6 (seis) meses de reclusão e 11 (onze) dias-multa. Na
segunda fase, reconhecida a atenuante da confissão espontânea redução de
1/6 (um sexto). Na sequência, reconheço também a atenuante da
menoridade, visto que na data do fato o apelante contava 19 (dezenove)
anos de idade, mas sem aplicação (STJ, HC 194.929/DF, Rel.ª Ministra
Maria Thereza De Assis Moura, 6ª Turma, DJe 28/11/2013).

A propósito, registro inadequação da fixação na etapa intermediária


abaixo do mínimo, 3 (três) anos, 11 (onze) meses e 15 (quinze) dias de
reclusão. Mantida por tratar-se de recurso exclusivo da defesa.

Presente a causa especial de aumento concurso de pessoas, mantenho a


fração mínima de elevação (1/3), resultando 5 (cinco) anos, 3 (meses) e
10 (dez) dias de reclusão.

Visando guardar proporcionalidade com a corpórea, fixa a pena de multa


em 13 (treze) dias-multa.

Para evitar o bis in idem em razão da concomitância do concurso formal e


continuidade delitiva, o magistrado adotou a última e exasperou de 1/6
(um sexto), embora o equívoco por serem três infrações (roubos a Nádia,
Hugo e Júlio), porém deixo de modificá-la para não prejudicar o réu em
recurso exclusivo da defesa. Fica concretizada em 6 (seis) anos, 1 (um)
mês e 26 (vinte e seis) dias de reclusão, mais 15 (quinze) dias-multa,
no mínimo.

Pela quantidade final e o fato do réu não ser reincidente, modifico o


regime de expiação para semiaberto (art. 33, § 2º, “b”, do CP).

Ante o exposto, acolhido parecer da Procuradoria-Geral de Justiça,


conheço do recurso e dou-lhe parcial provimento para reconhecer a
atenuante da menoridade, mas sem ressonância na resposta penal dada na
origem, modificar o regime prisional para o semiaberto e, de ofício,
excluir a causa de aumento do emprego de arma branca.

É o meu voto.

Des. Ivo Favaro

Relator

02/17

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 0395911-92.2015.8.09.0137
EMENTA - APELAÇÃO CRIMINAL. ROUBOS. CIRCUNSTÂNCIAS. DESFAVORÁVEIS. ARMA
BRANCA. PENA. REDUÇÃO. MENORIDADE. ATENUANTE. RECONHECIMENTO. FACA.
EXCLUSÃO. REGIME. ADEQUAÇÃO. 1 – A ameaça com emprego de faca permite o
aumento da básica, todavia, constatada a exacerbação, forçosa sua
redução com adequação do regime prisional. 2 - Viável o reconhecimento
da atenuante da menoridade se o réu tinha menos de 21 (vinte e um) anos
na data dos fatos, mas sem aplicação quando a pena já se encontra no
mínimo.

Recurso parcialmente provido. De ofício, excluir a causa de aumento


(emprego de faca).

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


27/11/2020 18:18:22

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 0060891-67.2013.8.09.0175
CLASSE PROCESSUAL : Ação Penal - Procedimento Ordinário ( CPP )
POLO ATIVO : HUGO BERNARDES JUNIOR
POLO PASSIVO : MINISTERIO PUBLICO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : HUGO BERNARDES JUNIOR


ADVG. PARTE : 18977 GO - CARLOS ALBERTO TEIXEIRA DE ARRAES MENEZES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0060891-67.2013.8.09.0175
PODER JUDICIÁRIO

Gabinete do Desembargador Ivo Favaro

APELAÇÃO CRIMINAL Nº 60891-67.2013.8.09.0175 (201390608913) – GOIÂNIA

APELANTE : HUGO BERNARDES JÚNIOR

APELADO : MINISTÉRIO PÚBLICO

RELATOR : DES. IVO FAVARO

EMENTA – APELAÇÃO CRIMINAL. COAÇÃO NO CURSO DO PROCESSO.


PRESCRIÇÃO RETROATIVA. ABANDONO MATERIAL. INADIMPLEMENTO NO
PAGAMENTO DE PENSÃO ALIMENTÍCIA. DOLO NÃO CONFIGURADO.
ABSOLVIÇÃO. 1 - Transcorrido o lapso extintivo, prescrita a
pretensão punitiva. De ofício, reconhecida a prescrição. 2 –
Para a configuração do delito tipificado no artigo 244 do
Código Penal, imprescindível a demonstração inequívoca da
vontade preordenada do agente em deixar de arcar com os
alimentos. 3 – No caso em comento, o apelante estava
inadimplente com o pagamento da pensão, mas prestava auxílio
financeiro aos filhos menores, não emergindo, o dolo
característico do abandono material.

A C Ó R D Ã O

Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA o Tribunal de


Justiça do Estado de Goiás, pela 2ª Turma Julgadora de sua Primeira
Câmara Criminal, à unanimidade, acolhendo o parecer da Procuradoria-Geral
de Justiça, conhecer do recurso e, de ofício, declarar extinta a
punibilidade do apelante, pela ocorrência da prescrição, quanto ao delito
de coação no curso do processo, bem como absolvê-lo do crime de abandono
material, nos termos do voto do Relator e da Ata de Julgamentos.

Participaram do julgamento, votando com o Relator, o Juiz


Fernando de Castro Mesquita, substituto do Desembargador J. Paganucci
Jr., e o Juiz Wilson Safatle Faiad, substituto da Desembargadora
Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos. Presidiu a sessão de julgamento o
Desembargador J. Paganucci Jr.. Presente, representando o órgão de cúpula
do Ministério Público, o Procurador Abrão Amisy Neto.

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NR.PROCESSO: 0060891-67.2013.8.09.0175
Goiânia, 19 de novembro de 2020.

Des. Ivo Favaro

Relator

APELANTE : HUGO BERNARDES JÚNIOR

APELADO : MINISTÉRIO PÚBLICO

RELATOR : DES. IVO FAVARO

V O T O

Presentes os pressupostos, conheço do apelo (fls. 339 e 358/360).

Conforme relatado, o apelante postula absolvição de ambos os


delitos por insuficiência de provas ou pela inexistência de dolo no
delito de abandono material. Alternativamente a redução da pena.
Todavia, verifica-se a ocorrência da prescrição em relação ao crime
previsto no artigo 344 do Código Penal, matéria de ordem pública a ser
declarada de ofício.

A extinção da punibilidade regula-se pela pena imposta na


sentença, se não houver recurso da acusação, nos termos do artigo 110, §
1º, do Código Penal e Súmula 146 do Supremo Tribunal Federal.

A reprimenda do delito de coação no curso do processo foi fixada


em 1 (um) ano e 1 (um) mês de reclusão e, nos termos do artigo 109,
inciso V, do Código Penal, o prazo prescricional é de 4 (quatro) anos.

Observa-se que entre o recebimento da denúncia, em 11.04.2013


(fl. 69), e a sentença condenatória, publicada em 26.03.2018, com
recebimento dos autos em cartório (fl. 338), transcorreram mais de 4
(quatro) anos, prazo superior ao estabelecido para a fluência extintiva.

Aperfeiçoada, portanto, a prescrição da pretensão punitiva


estatal, na modalidade retroativa, extinta está a punibilidade do
apelante, nos termos do artigo 107, inciso IV, do Código Penal.

De igual forma, prescrita a pecuniária, de acordo com o artigo


114, inciso II, do Código Penal.

Noutro ponto, com relação ao pedido de absolvição do delito


previsto no artigo 244 do Código Penal, com razão.

Extrai-se do caderno informativo dos autos que Hugo estava


inadimplente com o pagamento da pensão alimentícia devida aos filhos
menores e à ex-esposa, todavia, a vítima Ana Cláudia narrou em juízo que

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0060891-67.2013.8.09.0175
o apelante paga escola particular aos filhos, em que pese terem estudado
um tempo em colégio público, bem como eventualmente fornece dinheiro,
roupas e atende outras necessidades dos menores (CD, fl. 274).

Com efeito, a testemunha Aguinaldo de Aguiar Silva nada


esclareceu sobre o abandono material ou os motivos do inadimplemento,
somente apontou as dificuldades financeiras de Ana Cláudia e as
difamações sofridas por ela por parte do acusado, afirmando, ainda, que
Hugo residia em prédio de alto padrão, contudo, não há nos autos
informações acerca das condições econômicas do acusado, não podendo
valer-se de simples ilações (CD, fl. 274).

Além disso, o apelante e os filhos do casal não foram ouvidos em


juízo, não havendo maiores detalhes.

Da prova jurisdicionalizada retro, entendo não emergir o dolo


característico do delito tipificado no artigo 244 do Código Penal, qual
seja, a vontade livre e consciente de deixar de prover o sustento da ex-
cônjuge e dos filhos.

Frise-se, para a configuração do abandono material,


imprescindível a demonstração inequívoca da vontade preordenada do
agente em deixar de arcar com os alimentos. A propósito, confira:

“Apelação Criminal. Abandono Material. Não Pagamento de


Pensão Alimentícia. Crime Omissivo. Justa Causa. Não
Comprovada Pela Acusação. Dúvidas. Absolvição. I - Se a
acusação não conseguiu comprovar de forma induvidosa que o
acusado não vinha suprindo as necessidades dos filhos por
vontade livre e consciente, não há como condená-lo nas penas
do art. 244 do CP, porque não comprovado o dolo da conduta
do agente. Absolvição que se impõe. II - Recurso provido”
(TJGO, 2ª Câmara Criminal, AC nº 402558-80.2009.8.09.0051
(200994025580), Rel. Des. José Lenar de Melo Bandeira, DJ
1164 de 11/10/2012).

A falta de pagamento da pensão sem o ânimo específico de abandono


familiar, como ocorre na hipótese, é situação que enseja a atuação da
jurisdição cível, não penal. Nesse sentido, o entendimento dessa Corte:

“APELAÇÃO CRIMINAL. ABANDONO MATERIAL. ATIPICIDADE DA


CONDUTA. IRRESIGNAÇÃO MINISTERIAL. CONDENAÇÃO.
IMPOSSIBILIDADE. 1) O Parquet não logrou demonstrar que a
omissão do pagamento de pensão alimentícia foi feita de
forma deliberada e sem amparo legal, restando, ausente na
descrição da conduta, o elemento normativo do tipo penal,
sem o qual não há falar em crime, mas tão somente em ilícito
civil, que, conforme se verifica dos autos, já está sendo
analisado em sede própria. APELO CONHECIDO E DESPROVIDO.”
(TJGO, APELAÇÃO CRIMINAL 102872-81.2013.8.09.0044, Rel. DES.
AVELIRDES ALMEIDA PINHEIRO DE LEMOS, 1ª CÂMARA CRIMINAL,
julgado em 27/09/2016, DJe 2140 de 31/10/2016).

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0060891-67.2013.8.09.0175
Ora, no caso em comento, apesar de o apelante estar inadimplente
com o pagamento da pensão, não deixou colaborar com o sustento da
família, pois pagava escola particular aos filhos e eventualmente
fornecia dinheiro, roupas e atendia outras necessidades (CD, fl. 274),
não bastando tal fato para a caracterização do delito que lhe foi
imputado na denúncia.

A meu ver, a conduta do apelante, por si só, não caracteriza o


dolo, vez que Ana Cláudia narrou em juízo que o apelante prestava
auxílio financeiro aos filhos.

Ante o exposto, acolhendo o parecer da Procuradoria-Geral de


Justiça, conheço do recurso e, de ofício, declaro extinta a punibilidade
do apelante pela ocorrência da prescrição, quanto ao delito de coação no
curso do processo, bem como absolvo-o do crime de abandono material.

É como voto.

Des. Ivo Favaro

Relator

2/17

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 0060891-67.2013.8.09.0175
EMENTA – APELAÇÃO CRIMINAL. COAÇÃO NO CURSO DO PROCESSO. PRESCRIÇÃO
RETROATIVA. ABANDONO MATERIAL. INADIMPLEMENTO NO PAGAMENTO DE PENSÃO
ALIMENTÍCIA. DOLO NÃO CONFIGURADO. ABSOLVIÇÃO. 1 - Transcorrido o lapso
extintivo, prescrita a pretensão punitiva. De ofício, reconhecida a
prescrição. 2 – Para a configuração do delito tipificado no artigo 244
do Código Penal, imprescindível a demonstração inequívoca da vontade
preordenada do agente em deixar de arcar com os alimentos. 3 – No caso
em comento, o apelante estava inadimplente com o pagamento da pensão,
mas prestava auxílio financeiro aos filhos menores, não emergindo, o
dolo característico do abandono material.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


18:42:17

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5554701-39.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : ARCC
POLO PASSIVO : JP
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : ARCC


ADVG. PARTE : 20270 GO - JEANNE RAQUEL ALVES DE SOUSA

PARTE INTIMADA : JRAS


ADVG. PARTE : 20270 GO - JEANNE RAQUEL ALVES DE SOUSA

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


18:42:35

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5573409-40.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : ANA PAULA FARIA NOGUEIRA
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ANA PAULA FARIA NOGUEIRA


ADVG. PARTE : 39210 GO - ANA PAULA FARIA NOGUEIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5573409-40.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS N° 5573409-40.2020.8.09.0000

Comarca : Mineiros

Impetrante : Ana Paula Faria Nogueira

Paciente : Rafael Luiz Sousa Silva

Relator : Desembargador Nicomedes Borges

DESPACHO

Em mesa para julgamento pelo Órgão colegiado na sessão por videoconferência do dia
10 de dezembro de 2020, a partir das 13 horas.

Intime-se a impetrante da data designada.

Goiânia, 27 de novembro de 2020.

Desembargador Nicomedes Borges

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


18:44:19

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5592180-66.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus ( CF e Livro III, Título II, Capítulo X do
Código de Processo Penal )
POLO ATIVO : MARCOS ANTONIO ELIAS FERREIRA
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : SAVIO FERNANDES SANTOS


ADVG. PARTE : 27777 GO - THIAGO MARÇAL FERREIRA BORGES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5592180-66.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS N° 5592180-66.2020.8.09.0000

Comarca : Edeia

Impetrante : Marcos Antônio Elias Ferreira

Paciente : Sávio Fernandes Santos

Relator : Desembargador Nicomedes Borges

DESPACHO

Defiro a habilitação requerida na movimentação 9 e determino à Secretaria da Primeira


Câmara que providencie as devidas alterações no processo.

Feito isso, requisite-se informações ao Juízo da Vara Criminal da Comarca de


Edeia/GO, a serem prestadas no prazo de 48 horas, tal como já foi ordenado na deliberação
proferida em sede de plantão judiciário pelo ilustre Juiz de Direito Substituto em Segundo Grau
Sebastião Luiz Fleury (movimentação 04).

Após, dê-se vista dos autos à douta Procuradoria-Geral de Justiça, a fim de que se
manifeste sobre a ordem impetrada.

Cumpra-se.

Goiânia, 27 de novembro de 2020.

Desembargador Nicomedes Borges

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


18:49:13

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5570603-32.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : TORS
POLO PASSIVO : JP
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : TORS


ADVG. PARTE : 40724 GO - THIAGO DE OLIVEIRA ROCHA SIFFERMANN

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


18:49:53

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5563981-34.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : LINCOLN ABRÃO BUENO FERNANDES
POLO PASSIVO : SAÚDE PÚBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : LINCOLN ABRÃO BUENO FERNANDES


ADVG. PARTE : 36299 GO - LINCOLN ABRÃO BUENO FERNANDES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5563981-34.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS Nº 5563981-34.2020.8.09.0000

COMARCA DE APARECIDA DE GOIÂNIA

IMPETRANTE LINCOLN ABRÃO BUENO FERNANDES

PACIENTE RENATO KAIQUE SILVA SANTOS

RELATOR DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

DESPACHO

Em mesa, para sessão de videoconferência aprazada para o dia 3/12//2020, às 13:00hs.

Intime-se. Cumpra-se.

Goiânia, 27 de novembro de 2020.

DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

RELATOR

6/CD

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


18:50:33

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5518752-51.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : RODRIGO PEREIRA NAVES
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : DAVID FERREIRA DA SILVA


ADVG. PARTE : 18480 GO - PAULO CESAR PIMENTA CARNEIRO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5518752-51.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS Nº 5518752.51.2020.8.09.0000

COMARCA DE GOIANIRA

IMPETRANTE RODRIGO PEREIRA NAVES

PACIENTE JEAN ALVES DE LIMA

RELATOR DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

DESPACHO

Em mesa, para sessão de videoconferência aprazada para o dia 3/12//2020, às 13:00hs.

Intime-se. Cumpra-se.

Goiânia, 27 de novembro de 2020.

DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

RELATOR

6/CD

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


18:55:16

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5577012-24.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : MARLENE MARIA DA SILVA
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MARLENE MARIA DA SILVA


ADVG. PARTE : 14529 GO - MARLENE MARIA DA SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5577012-24.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

HABEAS CORPUS Nº 5577012-24.2020

COMARCA DE ANICUNS

IMPETRANTE MARLENE MARIA DA SILVA

PACIENTE MARLENE DA SILVA MAIA

RELATOR DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

DESPACHO

Trata-se de Habeas Corpus impetrado em favor de MARLENE DA SILVA MAIA, segregada,


pela suposta prática do crime previsto no artigo 157, § 2º, inciso II, do Cód. Penal.

Aponta como autoridade coatora o juízo o MM. Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca
de Anicuns-GO

Em mesa, para sessão de videoconferência aprazada para o dia 03/12/2020, às 13:00h.

Intimem-se.

Goiânia, 27 de novembro de 2020.

DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

RELATOR

9/eta

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Não-Concessão -> Liminar - Data da
Movimentação 27/11/2020 18:54:36

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5580098-03.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : JUSTIÇA PUBLICA
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JUSTIÇA PUBLICA


ADVG. PARTE : 33060 GO - PAULO HENRIQUE MATOS DE FREITAS

PARTE INTIMADA : PAULO HENRIQUE MATOS DE FREITAS


ADVG. PARTE : 33060 GO - PAULO HENRIQUE MATOS DE FREITAS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5580098-03.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS Nº 5580098-03.2020.8.09.0000

COMARCA DE JATAÍ

IMPETRANTE PAULO HENRIQUE MATOS DE FREITAS

PACIENTE LEONARDO BATISTA DE OLIVEIRA

RELATOR DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

DESPACHO

PAULO HENRIQUE MATOS DE FREITAS, advogado inscrito na OAB/GO sob o nº 33.060, impetra o presente HABEAS
CORPUS, com pedido liminar, em favor de LEONARDO BATISTA DE OLIVEIRA, qualificado, indicando como autoridade coatora a Juíza de
Direito da 2ª Vara Criminal da Comarca de Jataí/GO.

Em mesa, para sessão de videoconferência aprazada para o dia 03 de dezembro de 2020, às 13:00 horas.

Intimem-se.

Goiânia, 27 de novembro de 2020.

DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

RELATOR

3/VAA

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Concessão -> Liminar - Data da
Movimentação 27/11/2020 18:59:30

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5602077-21.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : MÁRCIO ROCHA SANTOS
POLO PASSIVO : JUÍZO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE LUZIÂNIA/GO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MÁRCIO ROCHA SANTOS


ADVG. PARTE : 28030 GO - MARCIO ROCHA SANTOS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5602077-21.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

Gabinete do Desembargador Nicomedes Borges

HABEAS CORPUS N° 5602077-21.2020.8.09.0000

Comarca : Luziânia

Impetrante : Márcio Rocha Santos

Paciente : Douglas Pereira do Nascimento

Relator : Desembargador Nicomedes Borges

DECISÃOLIMINAR

O advogado Márcio Rocha Santos, inscrito na OAB/GO sob o nº 28.030, impetra ordem
de habeas corpus, com pedido de liminar, em proveito de Douglas Pereira do Nascimento, por
considerá-lo submetido a constrangimento ilegal, deflagrado por ato do MM. Juiz de Direito da 2ª
Vara Criminal da Comarca de Luziânia/GO, autoridade indicada como coatora.

Expõem os autos que o paciente foi preso em flagrante delito, no dia 03/11/2020, e,
posteriormente, denunciado pela prática do ilícito capitulado no artigo 33, caput, da Lei nº
11.343/06, por trazer consigo 03 (três) porções de maconha, com massa bruta de 5,97g (cinco
gramas e novecentos e setenta miligramas) e 01 cigarro artesanal contendo maconha, com
massa total de 0,73g (setecentos e trinta miligramas) e, ainda, tinha em depósito, em seu
residência, 28 porções da mesma substância, pesando 91,49g (noventa e um gramas e
quatrocentos e noventa miligramas), balança de precisão, um dechavador e duas cadernetas de
anotações.

Sustenta como causa de pedir da impetração a ilegalidade do ato judicial que decretou
a prisão preventiva do paciente, em razão da ausência de qualquer dos fundamentos de
cautelaridade assinalados no artigo 312 do Código de Processo Penal, mormente diante da
pequena quantidade de entorpecente apreendido (98,19g) e de sua “baixíssima nocividade”
(maconha).

Aventa ser patente a falta de justa causa para a decretação da custódia cautelar, em
especial pelos bons predicados pessoais ostentados pelo paciente, pois “nunca se envolveu na prática
de crimes (certidão de antecedentes), tem emprego fixo (CTPS em anexo) e reside no distrito da culpa (comprovante de
residência em anexo)” (movimentação 1).

Assevera que as medidas cautelares diversas da prisão são suficientes para assegurar
a futura aplicação da lei penal.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5602077-21.2020.8.09.0000
Diante de tais circunstâncias, considera estar o paciente sofrendo coação ilegítima,
reprimível com a concessão liminar da ordem, para revogar sua constrição preventiva, expedindo-
se-lhe alvará de soltura, ou aplicando-lhe as medidas cautelares menos rigorosas.

A inicial foi instruída com os documentos anexados digitalmente.

Feito esse breve relato, passo à decisão, ponderando, sem delongas, a necessidade de
deferimento da tutela de urgência.

Compulsando detidamente os autos, tem-se que o juízo singular fundamentou a


decisão que converteu a prisão flagrancial do paciente em preventiva na garantia da ordem
pública, pois “o agente foi encontrado na rua com três pedaços fracionados de substância esverdeada
preliminarmente identificada como "maconha", peso bruto total de 5,97g (cinco gramas, novecentos e setenta
miligramas), e informou ter mais em sua residência, na qual foram encontradas vinte e oito porções fracionadas da
mesma substância com peso bruto total de 91,49 (noventa e uma gramas quatrocentos e noventa miligramas), além de
duas balanças de precisão e cadernetas com anotações tais como controle de mercadorias. Com efeito, (1) as
circunstâncias da prisão, (2) a quantidade e variedade das drogas apreendidas, (3) as balanças de precisão e (4)
caderneta de controle de mercadorias constituem elementos indicativos de narcotraficância pelo autuado
caracterizadores de relevante perigo concreto ao bem jurídico tutelado em razão da ampla possibilidade de pulverização
das substâncias entorpecentes” (movimentação 1).

No caso, não obstante a prisão preventiva esteja fundamentada na garantia da ordem


pública, evidencia-se a desproporcionalidade na sua manutenção, ante a suficiência de cautelar
diversa para assegurar a instrução criminal e evitar a prática de infrações penais.

Na hipótese, não vejo, a rigor, uma gravidade excepcional ou extraordinária, que


esteja a indicar a periculosidade de Douglas Pereira do Nascimento, mormente porque a
quantidade de substância entorpecente apreendida (98,19g), não é de grande monta a
evidenciar a gravidade extremada da conduta, além do fato de que trata-se de apenas um
tipo de droga, qual seja, maconha, de pálido poder viciante, uma vez que a danosidade social
decorrente do uso da “Cannabis Sativa Lineu” é substancialmente inferior ao das demais drogas de
produção e circulação proibidas no país.

Demais disso, a certidão de antecedentes criminais carreada aos autos (evento 1)


revela a primariedade do paciente.

Deve-se considerar também o atual cenário mundial da pandemia de COVID-19 e a


Recomendação nº 62 do Conselho Nacional de Justiça, de adotar medidas preventivas à
propagação da infecção no âmbito dos sistemas de justiça penal e socioeducativo.

Forte em tais considerações, defiro o pedido de liminar, para revogar a prisão


preventiva decretada em desfavor de Douglas Pereira do Nascimento, mediante a imposição das
seguintes medidas cautelares diversas da prisão:

1) comparecimento obrigatório mensal ao juízo processante, até o dia 10 de cada


mês, para informar e justificar suas atividades, reiterar seu endereço e dar início
as condições impostas nesta decisão (art. 319, I, CPP);

2) comparecimento obrigatório a todos os atos processuais a que convocado pelo


juízo a quo (art. 319, I, CPP);

3) proibição de ausentar-se da Comarca em que reside, sem prévia autorização


judicial (art. 319, IV, do CPP), por mais de oito dias;

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5602077-21.2020.8.09.0000
4) recolhimento domiciliar no período noturno (22h às 6h) e em dias de folga (art.
319, V, CPP);

Expeça-se o competente alvará de soltura em favor de Douglas Pereira do Nascimento


, se por outro motivo não deva permanecer preso.

Encaminhe-se cópia desta decisão ao juízo de origem para que seja dado efetivo
cumprimento às condições impostas.

Oficie-se à autoridade coatora para que preste as informações que entender


pertinentes, no prazo de 48 horas.

Após, dê-se vista dos autos à douta Procuradoria-Geral de Justiça, a fim de que se
manifeste sobre a ordem impetrada.

Intimem-se. Cumpra-se.

Goiânia, 27 de novembro de 2020.

Desembargador Nicomedes Borges

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 27/11/2020 19:00:35

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5599034-76.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : A ESCLARECER
POLO PASSIVO :
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : A ESCLARECER


ADVG. PARTE : 45639 GO - LUHAN OLIVEIRA ROCHA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5599034-76.2020.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Ivo Favaro

IMPETRANTES : LUHAN OLIVIERA ROCHA


PACIENTE : GUILHERME HENRIQUE FEITOSA
RELATOR : DES. IVO FAVARO

DECISÃO

Requestado habeas corpus preventivo em prol de Guilherme Henrique


Feitosa, que teve decretada sua prisão preventiva pela suspeita de envolvimento na
morte de Luís Felipe Rodrigues e de tentativa a Davi Júnior dos Santos, em
17.02.2020. Indicada autoridade coatora o Juiz de Direito da Vara Criminal da
Comarca de Cocalzinho de Goiás.

Relatado que no HC 5193556.55 esta Corte revogou a prisão preventiva de


Oliosvaldo e expediu salvo-conduto; o juízo de origem seguiu o entendimento da Corte
e também soltou o paciente. Ocorre que, sem apresentação de fato novo e em
desrespeito à decisão do Colegiado, decretada novamente a custódia cautelar sob
argumento de que a medida se fazia necessária para resguardar a vida da vítima
sobrevivente, que recebia ameaças do corréu Oliosvaldo; porém, não há provas de
participação do paciente nessas supostas ameaças nem foi verificada a sua
autenticidade.

Afirmado que não há certeza da autoria e que o paciente tem bons atributos
pessoais. Salientado que em razão da pandemia deve ser aplicada a recomendação
do CNJ. Pede a liminar e, no mérito, confirmação, para ser expedido salvo-conduto e
recolhido mandado de prisão.

Juntou documentos.

É o relatório. Decido.

Por enquanto, é prematura análise da negativa de autoria, por demandar

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5599034-76.2020.8.09.0000
profunda imersão na prova ainda a produzir.

Não passa alheio que esta Corte ao julgar o HC 5193556.55, por


unanimidade, na sessão realizada no dia 21.05.2020, concedeu a Oliosvaldo a
liberdade provisória.

Tira-se dos autos nº 5403767-23 que o magistrado entendeu que os


fundamentos que embasaram a decisão, proferida em sede de Habeas Corpus,
deviam ser estendidos ao paciente e, por conseguinte, revogou a prisão preventiva em
02.10.2020.

Ocorre que, acolhendo requerimento do Ministério Público, a custódia foi


novamente decretada em 15.10.2020, destacando a gravidade real da conduta
incriminada e, mormente, o risco à vida da vítima sobrevivente, dada a reiteração
pretérita de ameaças a ela.

O impetrante não trouxe a decisão que indeferiu o pedido de revogação da


medida na origem. Em consulta aos autos nº 5508447-59, Sua Exa. ressaltou
ameaças à vítima feitas por Oliosvaldo e risco de comprometimento da instrução
criminal, já que indivíduos ainda não identificados tentaram coagi-la a mudar o seu
depoimento futuro (termo de declarações), com o objetivo claro de embaraçar a
instrução processual.

As considerações, no entanto, são dotadas de generalidade e, parece referir a


terceira pessoa que não o paciente, que não pode ser dessa maneira sofrer detenção
cautelar, cuja base primordial é a presença de indícios de autoria.

Feitas tais considerações, não há motivação idônea que ampare a ordem


prisional, razão pela qual concedo a liminar e determino a expedição de salvo conduto
e ordem de recolhimento de everntuais mandados prisionais expedidos .
Comunique-se imediatamente o Juiz da causa o teor desta decisão.

Requisitem as informações,para depois consultar a Procuradoria-Geral de


Justiça.

Dê-se ciência.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5599034-76.2020.8.09.0000
Des. Ivo Favaro
Relator

09

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


19:01:49

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5583461-95.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : RAFAEL LOPES DE SOUSA
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : RAFAEL LOPES DE SOUSA


ADVG. PARTE : 38975 GO - RAFAEL LOPES DE SOUSA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5583461-95.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

HABEAS CORPUS Nº 5583461-95.2020

COMARCA DE ITABERAÍ

IMPETRANTE RAFAEL LOPES DE SOUSA

PACIENTE JHONATAN LOPES GALIZA

RELATOR DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

DESPACHO

Trata-se de Habeas Corpus impetrado em favor de JHONATAN LOPES GALIZA,


segregado, pela suposta prática do crime previsto no artigo 33 da Lei 11.343/06.

Aponta como autoridade coatora o juízo o MM. Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca
de Itaberaí-GO

Em mesa, para sessão de videoconferência aprazada para o dia 03/12/2020, às 13:00h.

Intimem-se

Goiânia, 27 de novembro de 2020.

DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

RELATOR

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5583461-95.2020.8.09.0000
9/eta

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


19:00:39

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5570880-48.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : TARCISIO GRATÃO GONDIM
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : TARCISIO GRATÃO GONDIM


ADVG. PARTE : 33819 GO - TARCISIO GRATÃO GONDIM

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5570880-48.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

HABEAS CORPUS Nº 5570880-48.2020.8.09.0000

COMARCA DE GOIÂNIA

IMPETRANTE TARCÍSIO GRATÃO GONDIM

PACIENTE LEANDRO DA COSTA CASAS NOVAS

RELATOR DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

DESPACHO

Trata-se de Habeas Corpus impetrado em favor de LEANDRO CA COSTA CASAS NOVAS,


segregada, pela suposta prática dos crimes previstos nos artigos 33 da Lei 11.343/06 e art. 14 da Lei
10.826/03.

Aponta como autoridade coatora o juízo o MM. Juiz de Direito da 11ª Vara Criminal da Comarca de
Goiânia-GO

Em mesa, para sessão de videoconferência aprazada para o dia 03/12/2020, às 13:00h.

Intimem-se

Goiânia, 27 de novembro de 2020.

DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5570880-48.2020.8.09.0000
RELATOR

9/eta

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Segurança Concedida - Data da Movimentação


27/11/2020 09:19:47

LOCAL : 1ª SEÇÃO CÍVEL


NR.PROCESSO : 5415645-88.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : RICARDO AUGUSTO ROCHA PINTO
POLO PASSIVO : JD DA 9ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE GOIÂNIA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : RICARDO AUGUSTO ROCHA PINTO


ADVG. PARTE : 53245 GO - MÁRCIO NASCIMENTO E SILVA

PARTE INTIMADA : NÚBIA CRISTINA ALVES ROCHA


ADVG. PARTE : 53245 GO - MÁRCIO NASCIMENTO E SILVA

PARTE INTIMADA : MARIA APARECIDA MARQUES MASCARENHAS


ADVGS. PARTE : 21768 GO - CRISTIENE PEREIRA SILVA
53964 GO - KENIA PRIMO ALVES

PARTE INTIMADA : ALEXANDRE BATISTA LEITE JUNIOR


ADVGS. PARTE : 53964 GO - KENIA PRIMO ALVES
21768 GO - CRISTIENE PEREIRA SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5415645-88.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Gerson Santana Cintra

MANDADO DE SEGURANÇA Nº 5415645-88.2020.8.09.0000

COMARCA DE GOIÂNIA

1ª SEÇÃO CÍVEL

IMPETRANTES : RICARDO AUGUSTO ROCHA PINTO E OUTRA

IMPETRADO : JUIZ DE DIREITO DA 9ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE GOIÂNIA

RELATOR : Desembargador GERSON SANTANA CINTRA

VOTO

Como relatado, cuida-se de mandado de segurança impetrado por RICARDO AUGUSTO


ROCHA PINTO e NÚBIA CRISTINA ALVES ROCHA, regularmente qualificados e representados, contra
ato do Juiz de Direito da 9ª Vara Cível desta comarca, Dr. Abílio Wolney Aires Neto.

Os impetrantes fazem um breve relato dos fatos, noticiando que são possuidores do imóvel
objeto da imissão de posse e, buscam a nulidade do ato judicial, ao fundamento de ilegalidade, por
afrontar o direito a saúde e moradia, expondo-os ao risco de contágio ao Covid-19.

Informam que durante o andamento do feito, houve a decretação da calamidade pública, com
adoção das medidas preventivas para diminuição do contágio ao novo coronavírus e, no intuito de
preservar a integridade e o direito à vida, houve recomendação do Conselho Nacional de Justiça sob o
nº 63 para que fossem suspensas as ações de despejo, imissão e reintegração de posse.

Alegam que a Lei federal nº 14.010/2020, que dispõe sobre o Regime Jurídico Emergencial e
Transitório das relações jurídicas de direito privado, no período da pandemia do coronavírus,
estabeleceu a suspensão de liminares de despejo até 30 de outubro de 2020.

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NR.PROCESSO: 5415645-88.2020.8.09.0000
Esclarecem que o magistrado, ora impetrado, seguindo tais normas, determinou a suspensão
da imissão de posse em 08/05/2020 pelo prazo de 60 (sessenta) dias, porém, na data de 06 de agosto do
corrente ano, proferiu novo despacho e liberou o prosseguimento da aludida ação, com o consequente
despejo dos impetrantes, cujo ato judicial foi alvo de recurso de agravo de instrumento, o qual não foi
conhecido, por não tratar de matéria afeta ao rol taxativo do artigo 1.015 do Código de Ritos.

Apontam que “é cabível a concessão da ordem para suspensão da decisão que concedeu a
imissão na posse, uma vez que seu cumprimento, nas atuais circunstâncias, estaria em
desconformidade com as medidas de saúde vigentes que indicam a necessidade de se reduzir a
circulação de pessoas e a permanência no ambiente residencial.” (sic evento 1, p. 4).

Entendem ser ilegal o ato judicial proferida pela autoridade coatora, caracterizando direito
líquido e certo dos impetrantes, motivo pelo qual deve ser concedida a segurança para suspender a
imissão de posse e, consequentemente, o despejo, até que a calamidade pública seja cessada,
assegurando-lhes o direito a vida e preservação da saúde.

Como é absolutamente cediço, dispõe o enunciado da Súmula nº 267 do Supremo Tribunal


Federal: “Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso ou correição”.

O enunciado, a rigor, impede o uso do Mandado de Segurança sempre que existir recurso
próprio para impugnar o ato, ou seja, as Cortes Superiores não têm admitido a impetração de writ como
sucedâneo recursal, em substituição ao recurso adequado e cabível no caso concreto.

A necessidade de racionalização do mandado de segurança é tema recorrente no âmbito do


Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal, até mesmo como forma de prestigiar a lógica
do sistema recursal: “A iterativa jurisprudência desta eg. Corte firmou-se pela impossibilidade de
utilização de mandado de segurança como sucedâneo recursal” (STJ, AgInt no RMS 54095-SP, 4ª
Turma, rel. Min. Lázaro Guimarães [desembargador convocado do TRF 5ª Região], j. 20/02/2018, DJe
27/02/2018; dentre diversos outros).

A única ressalva que fazem as instâncias superiores, diz respeito à existência de manifesta
ilegalidade, ou teratologia, no ato impugnado.

Apenas em casos nos quais seja gritante a ilegalidade ou a teratologia do ato é que se admite
frise-se, em caráter excepcionalíssimo a impetração de mandado de segurança. Nesse sentido: “
Excepcionalmente, admite-se mandado de segurança como sucedâneo recursal, na hipótese em que há
ato coator ilegal, abusivo ou teratológico” (STJ, AgRg no REsp 1364631-GO, 5ª Turma, rel. Min. Ribeiro
Dantas, j. 12/12/2017, DJe 19/12/2017).

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NR.PROCESSO: 5415645-88.2020.8.09.0000
Na hipótese, vislumbra-se teratologia em tese na decisão que desafiou a impetração, a
motivar a análise da questão de fundo, visto que a autoridade coatora indeferiu o pleito de suspensão
do cumprimento do mandado de imissão de posse e arbitramento de aluguéis, até que se passasse o
estado de calamidade pública, decretada em razão da pandemia do Covid-19.

Assim, afasto a tese de não conhecimento do mandamus por sucedâneo recursal e passo a
análise do mérito.

No que pertine ao imediato cumprimento do mandado de imissão de posse, face ao advento


da pandemia pelo coronavírus (Covid 19) e ainda, diante do teor da redação do Projeto de Lei
1.179/2020, aprovado pelo Senado Federal aos 03 de abril último (que, dentre outras medidas, determina
a suspensão de despejos ou desocupações de imóveis), além da redação do Provimento nº 12/20 da
Corregedoria Geral da Justiça, o qual dispõe sobre a suspensão da “distribuição de mandados
considerados não urgentes”, de rigor que sejam aqui aplicadas para sobrestar o cumprimento do
mandado de imissão de posse até o término da situação de calamidade.

Deste modo, sendo considerada medida não urgente, o mandado de imissão de posse em
comento deve aguardar momento apropriado para ser cumprido, tendo em vista o princípio da
dignidade humana, o qual deve se sobrepor aos demais direitos individuais e coletivos.

Este aliás, é o entendimento jurisprudencial sobre o tema, confira-se:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE IMISSÃO DE POSSE. CAUTELA


DEFERIDA. CUMPRIMENTO DO MANDADO. SUSPENSÃO. POR MOTIVO DE
PANDEMIA. ARTIGO 2º, INCISO I DO DECRETO JUDICIÁRIO N. 002/2020 DO
TJGO E ARTIGO 7º DO PROVIMENTO N. 12/2020 DA CORREGEDORIA GERAL DE
JUSTIÇA. MEDIDAS URGENTES E/OU DE IMINENTE RISCO A DIREITO. ANÁLISE
A CRITÉRIO DE CADA MAGISTRADO. 1. Nos termos do artigo 2º, inciso I do
Decreto Judiciário nº 632/2020, a análise das medidas urgentes e/ou de iminente
risco a direito foi posta deve ser definida a critério de cada magistrado, em
decorrência da pandemia pelo novo coronavírus. 2. Segundo o artigo 7º do
provimento n. 12/20 da Corregedoria Geral da Justiça, estão suspensas a
‘distribuição de mandados considerados não urgentes’. 3. No caso dos autos,
compreendeu o juiz da causa que o cumprimento do mandado de imissão de
posse expedido em desfavor dos agravados não é medida urgente, devendo tal
compreensão ser avalizada em grau recursal, por estar em consonância com as
normas expedidas no âmbito do Poder Judiciário Goiano. 4. RECURSO
CONHECIDO E DESPROVIDO. (TJGO, AI nº 5231956-41.2020.8.09.0000, minha
relatoria, 3ª Câmara Cível, DJe de 27/07/2020)

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NR.PROCESSO: 5415645-88.2020.8.09.0000
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. IMISSÃO DE POSSE. Tutela de urgência.
Deferimento. Presença dos requisitos legais para sua concessão (art. 300 CPC).
Prova inequívoca do direito de propriedade do agravado. (…) Cumprimento do
mandado de imissão que, no entanto, frente à pandemia COVID 19 e ao disposto
nos Provimentos 2549 e 2553 (art. 3) de 2020, do CSJ, fica suspenso até o
término da situação de calamidade. Precedentes, inclusive desta Câmara.
Decisão reformada apenas para este fim. Recurso parcialmente provido. (TJSP,
AI nº 2243867-30.2020.8.26.0000, Rel. Des. SALLES ROSSI, 8ª Câmara de Direito
Privado, j. em 28/10/2020)

Ademais, esclareço que não se está anulando a decisão atacada, mas tão somente
suspendendo seu cumprimento, até que seja seguro para todos os envolvidos na lide, bem como os
agentes públicos o cumprimento da ordem judicial.

Urge salientar ainda, que no último dia 08/06/2020, foi expedido o Decreto Judiciário nº
1.141/20, regulamentando a Resolução CNJ nº 322/20 e dispondo sobre o retorno gradual das atividades
forenses presencias no âmbito do Poder Judiciário do Estado do Goiás, sendo que em seu artigo 4º,
inciso III, foi determinado o retorno do cumprimento de mandados judiciais, sempre que não for
possível fazê-lo de modo não presencial, significando dizer que brevemente todo o trâmite processual
estará restabelecido.

ANTE O EXPOSTO, com fulcro na fundamentação acima esposada, CONCEDO a segurança, a


fim de suspender o cumprimento do mandado de imissão de posse, em razão da pandemia (Covid-19) e
ao disposto no artigo 7º do Provimento 12/2020 da Corregedoria Geral de Justiça do Estado de Goiás,
até o término da situação de calamidade.

É o voto.

Goiânia, 18 de novembro de 2020.

Desembargador GERSON SANTANA CINTRA

1 Relator

ACÓRDÃO

VISTOS, relatados e discutidos os presentes autos do Mandado de Segurança nº 5415645-


88.2020.8.09.0000, Comarca de Goiânia.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5415645-88.2020.8.09.0000
ACORDAM os integrantes da 1ª Seção Cível julgadora do Egrégio Tribunal de Justiça do
Estado de Goiás, à unanimidade de votos, em conceder a segurança, nos termos do voto do Relator.

VOTARAM, além do Relator, Des. Itamar de Lima, Des. José Carlos de Oliveira, Des. Carlos
Roberto Fávaro, Des. Gilberto Marques Filho, Des. Zacarias Neves Coelho, Des. Carlos Alberto França,
Desa. Maria das Graças Carneiro Requi, Des. Orloff Neves Rocha, Dr. Sebastião Luiz Fleury (subst. do
Des. Ney Teles de Paula), Dr. Reinaldo Alves Ferreira (subst. do Des. Luiz Eduardo de Sousa), Dr.
Roberto Horácio de Rezende (subst. da Desa. Amélia Martins de Araújo), Dr. Maurício Porfírio Rosa
(subst. do Des. Amaral Wilson de Oliveira e o Dr. Fábio Cristóvão de Campos Faria (subst. em cargo
vago de Desembargador).

Presidiu a Sessão o Des. Des. Carlos Alberto França.

Ausente justificado Des. Leobino Valente Chaves.

Presente a ilustre Procuradora de Justiça Dra. Ana Maria Rodrigues da Cunha.

Goiânia, 18 de novembro de 2020.

Desembargador GERSON SANTANA CINTRA

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5415645-88.2020.8.09.0000
MANDADO DE SEGURANÇA Nº 5415645-88.2020.8.09.0000

COMARCA DE GOIÂNIA

1ª SEÇÃO CÍVEL

IMPETRANTES : RICARDO AUGUSTO ROCHA PINTO E OUTRA

IMPETRADO : JUIZ DE DIREITO DA 9ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE GOIÂNIA

RELATOR : Desembargador GERSON SANTANA CINTRA

EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. IMISSÃO DE POSSE. CUMPRIMENTO DO


MANDADO. SUSPENSÃO. POR MOTIVO DE PANDEMIA (COVID 19). ARTIGO 7º
DO PROVIMENTO N. 12/2020 DA CORREGEDORIA GERAL DE JUSTIÇA. 1. Nos
termos do artigo 7º do provimento nº 12/20 da Corregedoria Geral da Justiça,
estão suspensas a ‘distribuição de mandados considerados não urgentes’. 2. No
caso dos autos, considerada medida não urgente, o mandado de imissão de
posse em comento deve aguardar momento apropriado para ser cumprido, tendo
em vista o princípio da dignidade humana, o qual deve se sobrepor aos demais
direitos individuais e coletivos. 3. SEGURANÇA CONCEDIDA.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


26/11/2020 19:08:10

LOCAL : 1ª SEÇÃO CÍVEL


NR.PROCESSO : 5382845-07.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Conflito de Competência
POLO ATIVO : JD DO 1º JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL DA
COMARCA DE GOIÂNIA
POLO PASSIVO : JD DA 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL DA COMARCA DE
GOIÂNIA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JOSE CAETANO TELES


ADVG. PARTE : 45855 GO - MARKTWAIN CARBONARIO ALMEIDA ANDRADE

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5382845-07.2020.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

CONFLITO DE COMPETÊNCIA Nº 5382845-07.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA

SUSCITANTE: JD DO 1º JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA DA


COMARCA DE GOIÂNIA
SUSCITADO: JD DA 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL DA COMARCA
DE GOIÂNIA
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

EMENTA: CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. AÇÃO


DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO TRIBUTÁRIO. APLICAÇÃO DA
ALÍQUOTA REDUZIDA DE ICMS SOBRE A ENERGIA
ELÉTRICA. PRODUTOR RURAL. DIREITO INDIVIDUAL
HOMOGÊNEO. AÇÃO INDIVIDUAL. VALOR DA CAUSA
INFERIOR A SESSENTA SALÁRIOS MÍNIMOS. AUSÊNCIA DE
COMPLEXIDADE. COMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL
DA FAZENDA PÚBLICA. 1. O direito à aplicação da alíquota
reduzida de ICMS (doze por cento) na operação interna com
energia elétrica para o consumo em estabelecimento de produtor
rural, previsto no art. 27, inciso II, alínea “d”, do Código Tributário
Estadual, possui natureza individual homogênea, estendendo-se
a todos os jurisdicionados em idêntica situação, porquanto
decorrente de origem em comum. 2. Segundo a Súmula 72 desta
Corte, é da competência privativa dos Juizados Especiais das
Fazendas Públicas o processo e julgamento das ações
envolvendo direitos ou interesses difusos, coletivos e individuais
homogêneos exercidos por meio de ações propostas
individualmente pelos seus titulares ou substitutos processuais,
atendidos os requisitos legais. CONFLITO JULGADO
IMPROCEDENTE. COMPETÊNCIA DO JUÍZO SUSCITANTE.

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NR.PROCESSO: 5382845-07.2020.8.09.0000
DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA entre o JUIZ DE DIREITO


DO 1º JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE GOIÂNIA,
Dr. Roberto Bueno Olinto Neto (suscitante) e JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA DA
FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL DA COMARCA DE GOIÂNIA, Dr. Gustavo Dalul
Faria (suscitado).

Infere-se do caderno processual que o Juiz de Direito da 2ª Vara da Fazenda Pública


Estadual da Comarca de Goiânia – suscitado, declinou de sua competência para
apreciar e julgar a Ação de Repetição de Indébito Tributário ajuizada por José Caetano
Teles em desfavor do Estado de Goiás, determinando a redistribuição dos autos a um
dos Juizados Especiais da Fazenda Pública desta Capital.

Argumentou, para tanto, que “a Lei nº 12.153/09 estabelece ser competência absoluta
dos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar, conciliar e julgar as causas
cíveis de interesse dos Estados, Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, até
o valor de 60 (sessenta) salários-mínimos”, excepcionando somente “as ações de
mandados de segurança, desapropriação, divisão e demarcação, populares, por
improbidade administrativa, execuções fiscais e as demandas sobre direitos ou
interesses difusos ou coletivos” e “que versem sobre bens imóveis dos Estados, do
Distrito Federal, Territórios e Municípios, autarquias e fundações públicas a eles
vinculadas, e aquelas que tenham como objeto a impugnação de pena de demissão
imposta a servidores públicos civis ou sanções disciplinares aplicadas a militares.”

Observa que a presente demanda tem o valor da causa inferior a 60 (sessenta)


salários-mínimos, não se adequando nas exceções acima mencionadas, o que atrai a
competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública.

Redistribuído o feito para o Juiz de Direito do 1º Juizado Especial da Fazenda Pública


da Comarca de Goiânia, este suscitou o presente conflito negativo de competência,
sob o fundamento de que a parte autora, após intimada, manifestou o interesse de que
a demanda permanecesse tramitando perante o Juízo comum, o que deve ser
respeitado.

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NR.PROCESSO: 5382845-07.2020.8.09.0000
Preconiza que a competência do Juizado Especial Cível é relativa e, por este motivo,
não pode ser declinada de ofício, tratando-se de matéria que deve ser alegada como
preliminar na contestação, nos termos do artigo 64, caput, e § 1º, do CPC.

Colaciona jurisprudência em abono a tese exposta.

Com essas ponderações, requer a declaração da competência do juízo suscitado para


processar e julgar a ação.

Incidente instruído com os documentos necessários à sua formação e compreensão.

É o relatório. Passo a decidir.

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do conflito negativo de


competência.

Como visto, a controvérsia instaurada cinge-se à competência para julgar a ação de


repetição de indébito tributário proposta em face do Estado de Goiás, na qual o autor
pretende a aplicação da alíquota reduzida de ICMS (doze por cento) na operação
interna com energia elétrica para o consumo, nos termos do art. 27, inciso II, alínea
“d”, do Código Tributário Estadual, ao argumento de que é produtor rural devidamente
inscrito no Cadastro de Contribuintes do Estado.

Sobre a competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública, dispõe a Lei nº


12.153/2009:

“Art. 2º - É de competência dos Juizados Especiais da Fazenda


Pública processar, conciliar e julgar causas cíveis de interesse
dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios,
até o valor de 60 (sessenta) salários mínimo.
§1º Não se incluem na competência do Juizado Especial da
Fazenda Pública:
I – as ações de mandado de segurança, de desapropriação, de
divisão e demarcação, populares, por improbidade administrativa,
execuções fiscais e as demandas sobre direitos ou interesses
difusos e coletivos; (…).

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NR.PROCESSO: 5382845-07.2020.8.09.0000
§ 4º No foro onde estiver instalado Juizado Especial da Fazenda
Pública, a sua competência é absoluta.”

Como se vê, estabelecida a regra geral da competência pelo valor da causa (art. 3º,
caput), o legislador indicou exceções, em relação às quais, portanto, a competência
não é do Juizado Especial.

No caso dos autos, está claro está que o feito originário deste conflito, por objetivar a
aplicação da alíquota reduzida ao produtor rural e consequente pagamento da
diferença do indébito, com base em lei estadual, envolve direito individual
homogêneo, estendendo-se a todos os jurisdicionados em idêntica situação,
porquanto decorrente de origem em comum.

Embora o tema tenha gerado grande divergência doutrinária e jurisprudencial, resta


pacificado pelo Superior Tribunal de Justiça e por esta Corte Estadual que é da
competência privativa dos Juizados Especiais da Fazenda Pública a competência
julgar demandas envolvendo direitos ou interesses difusos, coletivos e individuais
homogêneos exercidos por meio de ações propostas individualmente pelos seus
titulares ou substitutos processuais, se atendidos os requisitos legais.

A propósito, eis o teor da Súmula nº 72 do TJGO:

“ ENUNCIADO: 72 – É da competência privativa dos Juizados


Especiais das Fazendas Públicas o processo e julgamento das
ações envolvendo direitos ou interesses difusos, coletivos e
individuais homogêneos exercidos por meio de ações propostas
individualmente pelos seus titulares ou substitutos processuais,
atendidos os requisitos legais.”

O que justifica tal entendimento é a própria natureza dos direitos. O conceito de


homogeneidade supõe, necessariamente, uma relação de referência com outros
direitos individuais assemelhados, formando uma pluralidade de direitos com uma
finalidade exclusivamente processual, de permitir a sua tutela coletiva. Considerados
individualmente, cada um desses direitos constitui simplesmente um direito subjetivo
individual e, nessa condição, quando tutelados por seu próprio detentor, estão sujeitos
a tratamento igual ao assegurado a outros direitos subjetivos, inclusive no que se
refere à competência para a causa

A coletivização dos direitos individuais homogêneos possui um sentido meramente


instrumental, como estratégia para permitir sua efetiva tutela em juízo, por razões de

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NR.PROCESSO: 5382845-07.2020.8.09.0000
facilitação de acesso à justiça e pela priorização da eficiência e da economia
processuais.

Na esteira dessa intelecção, eis o seguinte precedente do Superior Tribunal de Justiça:

“ DIREITO PROCESSUAL CIVIL. VARA FEDERAL E JUIZADOS ESPECIAIS


FEDERAIS. DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS. PEDÁGIO EM RODOVIA
FEDERAL. COMPETÊNCIA. AÇÕES INDIVIDUAIS PROPOSTAS PELO PRÓPRIO
TITULAR DO DIREITO. COMPETÊNCIA DOS JUIZADOS. RECURSO ESPECIAL
NÃO PROVIDO. 1. A Primeira Seção do STJ assentou, no julgamento do CC
58.211/MG, Rel. Ministro Castro Meria, Rel. p/ Acórdão Ministro Teori Zavascki,
DJ 18/09/2006, o entendimento de que, ‘Ao excetuar da competência dos
Juizados Especiais Federais as causas relativas a direitos individuais
homogêneos, a Lei 10.259/2001 (art. 3º, § 1º, I) se refere apenas às ações
coletivas para tutelar os referidos direitos, e não às ações propostas
individualmente pelos próprios titulares. É que o conceito de homogeneidade
supõe, necessariamente, uma relação de referência com outros direitos
individuais assemelhados, formando uma pluralidade de direitos com uma
finalidade exclusivamente processual, de permitir a sua tutela coletiva.
Considerados individualmente, cada um desses direitos constitui simplesmente
um direito subjetivo individual e, nessa condição, quando tutelados por seu
próprio detentor, estão sujeitos a tratamento igual ao assegurado a outros
direitos subjetivos, inclusive no que se refere à competência para a causa.’ 2.
Dessume-se que o acórdão recorrido está em sintonia com o atual entendimento deste
Tribunal Superior, razão pela qual não merece prosperar a irresignação. Incide, in
casu, o princípio estabelecido na Súmula 83/STJ: ‘Não se conhece do Recurso
Especial pela divergência, quando a orientação do Tribunal se firmou no mesmo
sentido da decisão recorrida.’ 3. Recurso Especial não provido” (REsp 1673270/SP, Rel.
Ministro Herman Bejamin, Segunda TURMA, julgado em 26/09/2017, DJe 19/12/2017. Negritei).

Transpondo essas premissas ao caso vertente, considerando que a demanda de


origem versa sobre direito individual homogêneo, não se inserindo no rol das exceções
previstas no § 1º do art. 2 da Lei 12.153/2009, deve ser reconhecida a competência do
JUIZ DE DIREITO DO 1º JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA DA
COMARCA DE GOIÂNIA/GO.

Em caso idêntico ao que ora se analisa, assim já se manifestou a 2ª Seção Cível deste
Tribunal de Justiça:

“ CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. AÇÃO DE


REPETIÇÃO DE INDÉBITO TRIBUTÁRIO. APLICAÇÃO DA
ALÍQUOTA REDUZIDA DE ICMS SOBRE A ENERGIA
ELÉTRICA. PRODUTOR RURAL. DIREITO INDIVIDUAL
HOMOGÊNEO. AÇÃO INDIVIDUAL. VALOR DA CAUSA

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NR.PROCESSO: 5382845-07.2020.8.09.0000
INFERIOR A SESSENTA SALÁRIOS MÍNIMOS. AUSÊNCIA DE
COMPLEXIDADE. COMPETÊNCIA DOS JUIZADOS. 1. O direito
à aplicação da alíquota reduzida de ICMS sobre a energia
elétrica, no percentual de 12% (doze por cento), para o produtor
rural, possui natureza individual homogênea, estendendo-se a
todos os jurisdicionados em idêntica situação, vez que decorrente
de origem comum. 2. As ações cíveis individuais em que o
respectivo titular pleiteia, pessoalmente, direito individual
homogêneo, cujo valor não exceda o limite de 60 (sessenta)
salários-mínimos, são de competência absoluta do Juizado
Especial da Fazenda Pública, eis que, além de não serem de
grande complexidade e versarem sobre matéria eminentemente
de direito, não se inserem no rol de exceções do §1º, do artigo 2º
da Lei federal nº 12.053, de 22 de dezembro de 2009. 3. A
exceção da competência dos Juizados Especiais nas causas
relativas a direitos individuais homogêneos refere-se apenas às
ações coletivas para tutelar os referidos direitos, e não às ações
propostas individualmente pelos próprios titulares. 4. É que o
conceito de homogeneidade supõe, necessariamente, uma
relação de referência com outros direitos individuais
assemelhados, formando uma pluralidade de direitos com uma
finalidade exclusivamente processual, de permitir a sua tutela
coletiva. 5. Considerados individualmente, cada um desses
direitos constitui simplesmente um direito subjetivo individual e,
nessa condição, quando tutelados por seu próprio detentor, estão
sujeitos a tratamento igual ao assegurado a outros direitos
subjetivos, inclusive no que se refere à competência para a
causa. 6. CONFLITO DE COMPETÊNCIA CONHECIDO E
REJEITADO”. ( T J G O , C o n f l i t o d e C o m p e t ê n c i a 5 5 2 2 2 7 5 -
08.2019.8.09.0000, Relª ELIZABETH MARIA DA SILVA, 2ª Seção Cível,
julgado em 09/12/2019, DJe de 09/12/2019).

Desta forma, ainda que o autor tenha optado pelo juízo da Vara da Fazenda Pública, a
demanda deve permanecer no Juizado Especial da Fazenda Pública, em obediência à
Súmula 72 deste Tribunal, pois pleiteia direito individual homogêneo.

De mais a mais, cumpre ressaltar que a matéria travada na ação originária não se
revela complexa, muito menos exige dilação probatória, sendo eminentemente de
direito, respeitando e orientando-se, portanto, pelos critérios da oralidade,
simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade previstos no artigo 2º
da Lei federal nº 9.099, de 26 de setembro de 1995.

Ao teor do exposto, CONHEÇO do presente conflito negativo de competência e o


REJEITO, declarando a competência do Juiz de Direito do 1º Juizado Especial da
Fazenda Pública da Comarca de Goiânia (suscitante) para processar e julgar a ação
de repetição de indébito tributário nº 5427293-43.2019.8.09.0051.

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NR.PROCESSO: 5382845-07.2020.8.09.0000
É como decido.

Intimem-se e comunique-se aos Juízos suscitante e suscitado, encaminhando-lhes


cópia desta decisão para cumprimento.

Após o trânsito em julgado da presente decisão, arquivem-se estes autos.

Goiânia, 26 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR
1014/CR

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 26/11/2020 20:18:12

LOCAL : 1ª SEÇÃO CÍVEL


NR.PROCESSO : 5484701-14.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Conflito de Competência
POLO ATIVO : JUIZ(A) DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA PUBLICA ESTADUAL DA
COMARCA DE APARECIDA DE GOIÂNIA
POLO PASSIVO : JUIZ(A) DE DIREITO DO 1º JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA
DA COMARCA DE GOIÂNIA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MARLENE FRANCIS MARY PEREIRA


ADVG. PARTE : 23432 GO - SHEILA CRISTINA GUILHERME

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5484701-14.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Leobino Valente Chaves

CONFLITO DE COMPETÊNCIA Nº 5484701-14.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA
SUSCITANTE : JUIZ DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL
DA COMARCA DE APARECIDA DE GOIÂNIA
SUSCITADO : JUIZ DE DIREITO DO 1º JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA
PÚBLICA DA COMARCA DE GOIÂNIA
RELATOR : DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

EMENTA: CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. AÇÃO


DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. COMPETÊNCIA TERRITORIAL
RELATIVA. IMPOSSIBILIDADE DE DECLARAR A
INCOMPETÊNCIA DE OFÍCIO. SÚMULA 33/STJ.
APLICABILIDADE DO ART. 52/CPC. COMPETÊNCIA DO
JUÍZO SUSCITADO.
I – Levando-se em conta que a discussão recai sobre a
competência territorial é ela relativa e não pode ser
declarada a incompetência, de ofício, conforme prevê a
Súmula 33 do STJ. Ademais, há previsão expressa no art. 52
do Código de Ritos vigente que estabelece a possibilidade
de, caso a Administração Pública figura como demandada, ‘
a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no
de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de
situação da coisa ou na capital do respectivo ente federado’.
II – Assim, compete o processamento e julgamento do feito
ao Juízo do 1º Juizado Especial da Fazenda Pública de
Goiânia, ora suscitado.
CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA JULGADO
PROCEDENTE.

DECISÃO UNIPESSOAL

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5484701-14.2020.8.09.0000
Trata-se de Conflito Negativo de Competência instaurado entre o JUIZ DE
DIREITO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL DA COMARCA DE
APARECIDA DE GOIÂNIA, Dr. Desclieux Ferreira da Silva Júnior, e o JUIZ DE
DIREITO DO 1º JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE
GOIÂNIA, Dr. Roberto Bueno Olinto Neto, para processar e julgar a ação de
Obrigação de Fazer, com pedido liminar, proposta por Marlene Francis Mary Pereira
em desfavor do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado de Goiás –
IPASGO.
Narra o suscitante que o suscitado declinou da competência para processar e
julgar a demanda, sob o fundamento de que a competência do Juizado Especial da
Fazenda Pública é no foro onde este estiver instalado e, como a autora reside em
Aparecida de Goiânia, a competência é daquele juízo, determinando, assim, a
redistribuição do feito.
O suscitante expõe que discorda do posicionamento tomado pelo suscitado,
porquanto a competência não é absoluta, nos moldes do que dispõe o art. 52 do CPC,
que estabelece que, caso a Administração Pública figure como ré, a autora poderá
optar por propor a ação no foro de seu domicílio, no local onde ocorreu o fato que
originou a demanda ou na capital do respectivo ente federado.
Salienta que, em que pese o douto magistrado ter afirmado que se trata de
competência absoluta, a competência em razão da territorialidade é relativa e, por este
motivo, não pode ser declarada de ofício, mas deve ser suscitada pelas partes,
acrescentando, ainda que, mesmo assim, Goiânia seria o foro competente por
expressa opção da autora.
Expõe que não se há de considerar dificuldade de deslocamento da parte
autora, em razão do processo eletrônico (Lei nº 13.994/2020 - que autoriza a
conciliação por videoconferência no âmbito dos juizados especiais cíveis).
Destaca que o artigo 43 do CPC prevê que a competência é determinada no
momento da distribuição da ação, motivo pelo qual o referido juízo tornou-se prevento.
Ademais, entende que, acaso chegue-se à conclusão de ser a competência
absoluta, não foi observado o disposto no artigo 10 do CPC, que estatui que o juiz não
pode decidir em grau algum de jurisdição, sem que tenha dado às partes oportunidade
de se manifestarem, ainda que se trate de matéria que deva ser decidida de ofício. E,
na hipótese vertente, as partes não foram intimadas nos moldes do respectivo artigo.
Desta forma, diz que é patente a incompetência da Vara Especializada para
apreciar e julgar o presente feito, incumbindo o processamento e julgamento ao 1º
Juizado Especial da Fazenda Pública da comarca de Goiânia, que é o competente
para esse fim.
Assim, com base no artigo 953, I do CPC, requer o regular processamento do
presente incidente processual para que, ao final, seja dirimido o Conflito Negativo de
Competência e declarada a competência do juízo suscitado para processar e julgar o
feito, tendo como base o disposto no artigo 46, inciso VIII, alínea “m” da Constituição
do Estado de Goiás.
O magistrado suscitado prestou informações no evento 12, ressalvando que
a tramitação de processo sob o rito do Juizado Fazendário perante Vara da

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NR.PROCESSO: 5484701-14.2020.8.09.0000
Fazenda Pública é perfeitamente possível haja vista que a competência absoluta
mencionada no artigo 2º, § 4º, da Lei nº 12.153/2009, é absoluta somente no foro
onde estiver instalado e exprimindo que o Juizado está abarrotado de feitos,
circunstância que impede o juízo de manter o serviço atualizado, além de prejudicar o
atendimento célere às partes que é um dos princípios basilares dos Juizados
Especiais.
Relatados, DECIDO.
A questão posta em increpação no presente Conflito de Competência consiste
em verificar o juízo (vara) competente para processar e julgar a ação em questão,
proposta em face do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado de Goiás –
IPASGO.
No caso em tela, figura no polo passivo da ação uma autarquia estadual,
razão pela qual se aplica a regra de competência exarada no parágrafo único do art.
52 do CPC, in verbis:

Se o Estado ou o Distrito Federal for o demandado, a


ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no
de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de
situação da coisa ou na capital do respectivo ente federado.
Não há grifo no original

Assim, trata-se de competência relativa e concorrente entre o foro do


domicílio do autor, de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, da situação
da coisa ou na capital do respectivo ente federado.
Logo, tratando-se de competência relativa, inquestionáveis as regras
atinentes ao seu reconhecimento ou afastamento, sendo certo que as partes podem
modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde
será proposta ação oriunda de direitos e obrigações (art. 63, caput, CPC).
Portanto, cabe apenas à parte contrária postular o reconhecimento da
incompetência territorial do juízo escolhido pelo autor para ajuizamento da ação.
A propósito, assim professam Nelson Nery Júnior e Rosa Maria de Andrade
Nery:

13. Competência absoluta e relativa. A competência


absoluta é ditada no interesse público, ao passo que a
relativa é atribuída tendo em vista o interesse privado das
partes. A absoluta é pressuposto processual de validade,
não pode ser modificada por vontade das partes (CPC 54,
contrario sensu), deve ser examinada ex officio pelo juiz
(CPC 64 § 1.º); pode ser arguida por qualquer das partes,
independentemente de exceção, a qualquer tempo e grau de
jurisdição, pois não está sujeita à preclusão; enseja o juízo

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NR.PROCESSO: 5484701-14.2020.8.09.0000
rescisório (CPC 966 II). A relativa pode ser modificada por
convenção das partes (eleição de foro) ou por inércia do réu
que não arguiu exceção de incompetência no prazo da lei;
NÃO PODE SER DECLARADA DE OFÍCIO PELO JUIZ (STJ
33), exceto, na sistemática do CPC/1973, na hipótese do
CPC/1973 112 par.ún.; não enseja nulidade dos atos
processuais e nem juízo rescisório. São de competência
absoluta: a material e a funcional. São de competência
relativa: a territorial e a valor da causa. (Comentários ao
Código de Processo Civil/Novo CPC - Lei 13.105, Parte Geral,
Revista dos Tribunais, 1ª ed. em e-book, p. 107).

Desse modo, pertinente apontar o seguinte julgado do Superior Tribunal de


Justiça, que reforça a proibição de pronunciamento ex officio de incompetência
relativa. Neste sentido:

(…) 2. "Por se tratar de competência relativa, a


competência territorial não pode ser declarada ex officio
pelo Juízo. Esse entendimento se consolidou com a Súmula
33 do Superior tribunal de Justiça, in verbis: "A
incompetência relativa não pode ser declarada de ofício"
(CC 101.222/PR, Rel. Min. BENEDITO GONÇALVES, Primeira
Seção, DJe 23/3/09). (AgInt no CC 143.741/PR, Rel. Ministra
MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em
14/09/2016, DJe 19/09/2016). (STJ. Primeira Turma. AgRg no Ag
1415896/RS. Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima. DJe 23/05/2012).

Como constou no julgado acima, a Súmula 33 do Corte superior dita:


A incompetência relativa não pode ser declarada de
ofício.

Outro não é o entendimento deste Sodalício:

CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. AÇÃO


DECLARATÓRIA. ENTE MUNICIPAL NO POLO PASSIVO DA
DEMANDA. COMPETÊNCIA TERRITORIAL. REGRA GERAL.
FORO DO DOMICÍLIO DO RÉU. ARTIGO 46 DO CPC/15. Os
municípios não têm foro privilegiado, motivo pelo qual a
ação declaratória será proposta no foro de domicílio do réu,
no caso, na Comarca de Goiânia, em observância ao
disposto no artigo 46, caput, do CPC/15. Assim, com a
aplicação da regra geral do critério da territorialidade,
afigura-se absoluta a competência do 1º Juizado Especial da

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NR.PROCESSO: 5484701-14.2020.8.09.0000
Fazenda Pública de Goiânia para processar, conciliar e julgar
a demanda originária. CONFLITO NEGATIVO DE
COMPETÊNCIA JULGADO PROCEDENTE. (TJGO. Primeira
Seção Cível. CC 5329650-10.2020.8.09.0000. Rel. Dr. Fábio
Cristóvão de Campos Faria. Ac. 26/09/2020).

CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. AÇÃO DE


CONHECIMENTO COM PEDIDO DECLARATÓRIO E
CONDENATÓRIO. OPÇÃO DO AUTOR PELO DOMICÍLIO DO
ENTE FEDERADO. COMPETÊNCIA TERRITORIAL.
POSSIBILIDADE. (...) 2 - Desta feita, nas demandas ajuizadas
contra a Fazenda Pública, a parte autora tem a prerrogativa
de propor a ação em seu próprio domicílio, não sendo
necessário demandar na sede do Estado, ou seja, na capital.
3 - Entretanto, se o autor opta por protocolar a demanda no
juízo do requerido, ou seja, na comarca de Goiânia, não pode
o Juizado Especial fazendário declinar de suas atribuições,
de ofício, por se tratar de competência relativa, que somente
pode ser arguida pelo demandado, no momento processual
adequado. Conflito negativo de competência procedente.
Declarada a competência do juízo suscitado. (TJGO. Segunda
Seção Cível. CC 5221627-67.2020.8.09.0000. Rel. Des. Carlos
Hipólito Escher. DJ de 19/06/2020).

A ser assim, é da competência do juiz suscitado o processamento e


julgamento da ação proposta.
Por todo o exposto, conheço do Conflito Negativo de Competência e JULGO-
O PROCEDENTE para declarar competente para o julgamento da ação de Obrigação
de Fazer nº 5623241.20.2019.8.09.0051, proposta por Marlene Francis Mary Pereira
em desfavor do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado de Goiás – IPASGO,
o 1° Juizado Especial da Fazenda Pública da Comarca de Goiânia.
Comunique-se este aos juízos em conflito.
Intimem-se.
Assinado digitalmente.
DES. LEOBINO VALENTE CHAVES
LRR Relator

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Concessão -> Antecipação de tutela -
Data da Movimentação 27/11/2020 13:56:10

LOCAL : 1ª SEÇÃO CÍVEL


NR.PROCESSO : 5544595-18.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Reclamação
POLO ATIVO : ATUAL RESIDENCIAL IMPERIAL SPE LTDA
POLO PASSIVO : 2ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ATUAL RESIDENCIAL IMPERIAL SPE LTDA


ADVG. PARTE : 47041 GO - SAMUEL SOUSA JUNIOR

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5544595-18.2020.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Itamar de Lima

RECLAMAÇÃO Nº 5544595-18.2020.8.09.0000

RECLAMANTE: ATUAL RESIDENCIAL IMPERIAL SPE LTDA


2ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO
RECLAMADA:
ESTADO DE GOIÁS
RELATOR DESEMBARGADOR ITAMAR DE LIMA
SEÇÃO: 1ª CÍVEL

DECISÃO

Trata-se de reclamação, promovida pela ATUAL RESIDENCIAL IMPERIAL SPE LTDA, em face da
decisão colegiada da 2ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO
ESTADO DE GOIÁS, no recurso inominado interposto nos autos da ação de rescisão contratual com devolução
de importâncias pagas ajuizada em seu desfavor por Alessandra Custódio De Oliveira, Lays Heloiza Dos
Santos e Leandro Custódio De Oliveira.

Aponta a reclamante que visando a rescisão do contrato intitulado de Instrumento Particular de


Promessa de Compra e Venda de Imóvel n.° 241/2013, assinado em 02/08/2013, referente à aquisição do lote
n.° 03, quadra n.° 06, matrícula n.° 22617, do empreendimento Residencial Nova Morada II, em Inhumas-GO,
os autores ingressaram com a ação no Juizado Especial.

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NR.PROCESSO: 5544595-18.2020.8.09.0000
Assevera que o valor da causa, então, deve corresponder à pretensão econômica do pedido que, no
caso, é a rescisão do contrato de compra e venda no qual foi pactuado o pagamento do valor de R$ 63.516,60
(sessenta e três mil, quinhentos e dezesseis reais e sessenta centavos), bastante superior ao limite de 40
(quarenta) salários-mínimos. Relata que, no entanto, os adquirentes adentraram com ação em sede de Juizados
Especiais, adotando como valor da causa o montante referente à restituição das parcelas pagas, no importe de
R$ 31.218,95 (trinta e um mil, duzentos e dezoito reais e noventa e cinco centavos).

Aduz que apesar de todas as disposições em contrário, foi denegada efetiva tutela à Reclamante,
posto que a sentença equivocadamente confirmou a competência dos Juizados Especiais para julgar a causa,
em total desobservância aos precedentes e dispositivos invocados. Além disso, o julgado definiu a fluência dos
juros desde a data da citação, no lugar de determinar o marco inicial dos juros a partir da data do trânsito em
julgado.

Em sede de Recurso Inominado, frente à 2ª Turma Recursal do Tribunal de Justiça do Estado de


Goiás, infelizmente, a sentença foi confirmada, novamente em nítida desatenção aos precedentes e dispositivos
invocados.

Requer seja o acórdão CASSADO, REFORMADO (artigo 992 do CPC) e SUSTADO DE IMEDIATO
(artigo 993 do CPC), haja vista que a demanda deveria ter sido julgada extinta sem resolução de mérito pela
incompetência absoluta dos Juizados Especiais, uma vez que o negócio jurídico que a Recorrida buscou
rescindir supera o valor de 40 (quarenta) salários-mínimos, em observância aos arts. 3°,I, e 51 da Lei n.°
9.099/95 (Lei dos Juizados Especiais) c/c art. 292, inciso II, do CPC, bem como os vários precedentes
invocados; alternativamente, que seja o acórdão REFORMADO, para fins de incidir os juros de mora desde o
trânsito em julgado, conforme entendimento uníssono do STJ.

Preparo recolhido mov. 13.

É o relatório. DECIDO.

Pois bem. Em primeiro plano pertinente lembrar que ao tratar da Reclamação o Código de Processo
Civil prevê expressamente no inciso II do art. 989 que ao despachar a reclamação, o relator se necessários,
ordenará a suspensão do processo ou do ato impugnado para evitar dano irreparável.

Com efeito, o pedido de suspensão imediata dos efeitos do acordão reclamado, os requisitos para
antecipação da tutela recursal se encontram no caput do art. 300 do CPC, ou seja, é necessária a existência de
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo.

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NR.PROCESSO: 5544595-18.2020.8.09.0000
Sobre este assunto, cito lição do doutrinador Daniel Amorim Assumpção das Neves:

O art. 1.019, I, do Novo CPC, seguindo a tradição inaugurada pelo art. 527, III, do CPC/1973, indica
exatamente do que se trata: tutela antecipada do agravo, porque, se o agravante pretende obter de
forma liminar o que lhe foi negado em primeiro grau de jurisdição, será exatamente esse o objeto do
agravo de instrumento (seu pedido de tutela definitiva). Tratando-se de genuína tutela antecipada,
caberá ao agravante demonstrar o preenchimento dos requisitos do art. 300 do Novo CPC:

(a) a demonstração da existência de elementos que evidenciem a probabilidade do direito, e

(b) o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo (no caso específico do agravo de
instrumento o que interessa é a preservação da utilidade do próprio recurso) (In Manual de Direito
Processual Civil – vol. Único. Editora Juspodivm. 8ª Edição. p.1.573).

A par dessas considerações, analisando o caso concreto em exame, é possível verificar de plano a
probabilidade do direito, isto porque, da leitura da exordial, cuidando-se de ação de Rescisão Contratual, ainda
que por culpa do comprador, o valor da causa deve ser delimitado de acordo com o proveito econômico
almejado na ação, no entanto, o termo inicial dos juros de mora, é diferente do fixado quando a culpa pela
rescisão é do vendedor.

ANTE O EXPOSTO, defiro o pedido de tutela antecipada para suspender os efeitos do acórdão
reclamado.

Nos termos do artigo 989, inciso I, do Código de Processo Civil, colham-se as informações da
ilustre autoridade a quem foi imputada a prática do ato impugnado, MM. Juiz de Direito da 2ª Turma Recursal
dos Juizados Especiais, Dr. Fernando César Rodrigues Salgado, prolator do voto relativo ao referido recurso
inominado nos autos nº 5248095-14, originário da presente reclamação.

Em seguida, nos termos do artigo 989, inciso III, da lei processual civil, cite-se a parte beneficiária
da decisão impugnada, Alessandra Custódio De Oliveira, Lays Heloiza Dos Santos e Leandro Custódio De
Oliveira, para apresentarem contestação, caso queiram, no prazo de 15 (quinze) dias.

Após o decurso do prazo para as informações e as citações mencionadas, abra-se vista do caderno
digital à Procuradoria-Geral de Justiça (art. 991 do CPC).

Cumpra-se.

Goiânia, 26 de novembro de 2020.

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NR.PROCESSO: 5544595-18.2020.8.09.0000
Desembargador ITAMAR DE LIMA

Relator

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


11:39:33

LOCAL : 1ª SEÇÃO CÍVEL


NR.PROCESSO : 5513507-59.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : FVO
POLO PASSIVO : VCIJF
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : FVO


ADVG. PARTE : 49679 GO - DILMA BARBOSA DE ALMEIDA

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 27/11/2020 13:56:11

LOCAL : 1ª SEÇÃO CÍVEL


NR.PROCESSO : 5597506-07.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Reclamação
POLO ATIVO : BRF S.A
POLO PASSIVO : 1ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BRF S.A


ADVG. PARTE : 17727 MT - FELIPE HASSON

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5597506-07.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

Gabinete do Desembargador Itamar de Lima

RECLAMAÇÃO Nº 5597506-07.2020.8.09.0000

RECLAMANTE: BRF S.A


RECLAMADA: 1ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS
RELATOR : DESEMBARGADOR ITAMAR DE LIMA
CÂMARA : 3ª CÍVEL

Ementa: Reclamação. Ação de Indenização por danos


morais e materiais. A aquisição de produto alimentício com
corpo estranho. Juizado especial. Acórdão da Turma
Recursal. Garantia de observância de acórdão do Superior
Tribunal de Justiça. Precedentes. Resolução nº 3/2016 do
STJ. Acórdão paradigma deve refletir jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça em julgado representativo da
controvérsia, apreciado sob o rito dos recursos repetitivos.
Utilização da via como sucedâneo recursal. Inviabilidade.
Petição inicial indeferida.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de Reclamação ajuizada por BRF S.A contra acórdão proferido pela 1ª
TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS.

Na peça inicial, a reclamante tece, de início, considerações acerca da tempestividade


da Reclamação, bem como de seu cabimento, com fulcro nas Resolução nº 12/2009 e 03/2016
do Superior Tribunal de Justiça.

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NR.PROCESSO: 5597506-07.2020.8.09.0000
Faz um breve relato dos fatos alegando que a parte autora ajuizou ação indenizatória
no Juizado Especial Cível com objetivo de reparar os danos sofridos com a aquisição de produto
de sua fabricação impróprio para consumo.

Informa que o consumidor alegou que, dois dias após a compra, abriu a linguiça
calabresa defumada e, ao retirá-la da embalagem, verificou que o produto continha larvas em seu
interior.

Assenta ser fato incontroverso que a parte não consumiu o alimento.

Aduz que a sentença julgou parcialmente procedentes os pedidos formulados na


exordial, condenando a BRF S.A ao ressarcimento do valor pago pelo produto no importe de
R$11,30 (onze reais e trinta centavos), devidamente atualizado pelo índice INPC e com juros de
1% ao mês a partir do dano.

Relata que o Reclamado interpôs recurso inominado, ao qual foi provido, sendo
reformada a sentença, no sentido de condenar a Reclamante ao pagamento de R$3.000,00 (três
mil reais) a título de danos morais.

Pontua que diante da reforma da sentença não teve outra alternativa senão a
interposição da presente reclamação, vez que o entendimento pacificado do Superior Tribunal de
Justiça no sentido de que a aquisição de produto impróprio ao consumo, bem como aquele que
demonstre a presença de um corpo estranho em alimento por si só não caracteriza dano moral,
conforme verificado no caso em apreço.

Ressalta que, não havendo a ingestão do alimento, não há lesão à saúde e segurança
do consumidor, motivo pelo qual não há o que se falar em indenização a título de danos morais.

Acosta julgados sobre o tema.

Ao final, pede que seja concedida a liminar para suspender o processo de origem. No
mérito, requer que seja conhecida e provida a presente reclamação para cassar o acórdão
aplicando o entendimento do STJ de que para caracterização de dano moral é necessário que
haja a ingestão do alimento impróprio.

Inicial veio instruída com documentos.

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NR.PROCESSO: 5597506-07.2020.8.09.0000
Custas iniciais comprovadas.

É o relatório. Decido.

De plano, verifico que a petição inicial da presente Reclamação deve ser indeferida
liminarmente, restando autorizado o julgado monocrático, com espeque no art. 932, inciso III, do
Código de Processo Civil.

O dispositivo legal referido faculta ao relator, monocraticamente, apreciar a controvérsia


posta nos autos, de modo a conferir maior celeridade ao andamento processual e efetividade às
decisões judiciais, garantindo a eficácia do princípio da economia processual, sem, contudo,
configurar ofensa às garantias fundamentais do devido processo legal, contraditório e ampla
defesa.

Conforme relatado, a reclamante pretende, através da via da Reclamação, dirimir


divergência entre acórdão da Turma Recursal Cível do Juizado Especial Cível da Comarca de
Goiânia e jurisprudência sedimentada do Superior Tribunal de Justiça, para garantir a
observância desta.

A princípio, registro que, não obstante a existência de entendimentos em sentido


diverso, entendo que a Reclamação possui natureza jurídica de ação. Não se confunde, portanto,
com o instituto da Correição Parcial – Reclamação, previsto no Regimento Interno deste Tribunal
de Justiça (art. 395 a 391), cujo fim é corrigir "os despachos irrecorríveis do juiz que importem
inversão da ordem legal do processo, ou resultem de erro de ofício ou abuso de poder".

Os doutrinadores Fredie Didier Jr. e Leonardo Carneiro da Cunha lecionam nesse


sentido quando sustentam ser a Reclamação uma ação ajuizada originariamente perante
Tribunal, com o escopo de se obter a preservação de sua competência ou garantir a autoridade
de seus julgados ou de seus precedentes obrigatórios. (DIDIER JR., Fredie; CUNHA, Leonardo
Carneiro da. Curso de Direito Processual Civil, Vol. 3: Meios de Impugnação às Decisões
Judiciais e Processo nos Tribunais, 13ª ed, Salvador: Juspodivm, 2016, pg. 535).

O eminente processualista Daniel Amorim Assumpção Neves orienta-se:

"(...) Segundo ensina a doutrina majoritária, a reclamação constitucional tem natureza


jurisdicional, sendo equivocado o entendimento de enxergá-la como mera atividade
administrativa. A confusão decorrida de antiga associação da reclamação com a

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NR.PROCESSO: 5597506-07.2020.8.09.0000
correição parcial, o que a atual conjuntura constitucional fez desaparecer.

A natureza recursal deve ser descartada, porque a reclamação constitucional não


atende a elementos essenciais dessa espécie de impugnação de ato judicial: a) não
há qualquer previsão em lei federal que a aponte como recurso, e, sem essa previsão
legal expressa, considerar a reclamação constitucional um recurso seria afrontar o
princípio da taxatividade; b) a reclamação constitucional está prevista nos arts. 102, I,
"l" e 105, I, "f", ambos da CF, e nos arts. 988 a 993 do Novo CPC, como atividade de
competência originária dos tribunais superiores, e não como atividade recursal (…)
omissis.

A divergência mais séria encontra-se na discussão entre a natureza de ação e de


exercício do direito de petição, com importantes consequências práticas da adoção de
um desses entendimentos. Prefiro a corrente doutrinária que defende a natureza
jurídica de ação de reclamação constitucional (STJ, 1ª Seção, Recl. 3.828/SC, Rel.
Minª. Eliana Calmon, j. 28/04/2010, Dje 07/05/2010), considerando-se presentes os
elementos essenciais que compõem uma ação: petição inicial veiculando uma
pretensão, citação, contraditório, decisão de mérito coberta pela coisa julgada
material, além das exigências que corroboram a conclusão, como a exigência de
pressupostos processuais positivos, a capacidade de ser parte, de estar em juízo e
postulatória, e negativos, a ausência de coisa julgada, de perempção e de
litispendência". (NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Novo Código de Processo Civil
Comentado. Salvador: Ed. Juspodivm, 2016, pg 1.619 e 1.620)

Em igual desiderato, Luiz Guilherme Marinoni, Sérgio Cruz Arenhart e Daniel Mitidiero
registram:

"(...) A reclamação é uma ação que visa a preservar a competência de tribunal,


garantir a autoridade das decisões de tribunal e garantir a eficácia dos precedentes
das Cortes Supremas e da jurisprudência vinculante das Cortes de Justiça (art. 988,
CPC). Diante do direito anterior, a Constituição permitia reclamação apenas diante
das Cortes Supremas. O Supremo Tribunal Federal entendeu ainda que era cabível a
reclamação diante dos Tribunais de Justiça, desde que as respectivas Constituições
estaduais assim o permitissem. O novo Código permite a reclamação para
preservação da competência e para garantir a autoridade da decisão de "qualquer
tribunal" (art. 988, § 1.0 ,CPC).

Cabe reclamação sempre que se vislumbrar a usurpação de competência de tribunal,


a violação de autoridade de decisão, a ofensa à autoridade de precedentes das
Cortes Supremas e de jurisprudência vinculante. Rigorosamente, a reclamação
constitui instrumento de tutela da decisão do caso concreto. Dito de outro modo: ela
não deve ser vista como meio de tutela do precedente ou da jurisprudência
vinculante. Isso porque semelhante modo de que o seu papel pode ocasionar o
fenômeno inverso àquele que se pretende evitar com a instituição de filtros recursais.
(…) A reclamação não constitui sucedâneo da ação rescisória: vale dizer, não serve
para desconstituição da coisa julgada. Por essa razão, é inadmissível reclamação
proposta após o trânsito em julgado da decisão da qual se pretende reclamar (art.
988, § 5. 0 , CPC)". (Novo Código de Processo Civil Comentado. Luiz Guilherme
Marinoni, Sérgio Cruz Arenhart e Daniel Mitidiero. São Paulo: Editora Revista dos

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NR.PROCESSO: 5597506-07.2020.8.09.0000
Tribunais, 2015, pg. 920/921).

A Reclamação, que em sua origem tem previsão constitucional, inserida na


competência do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça para a preservação
de sua competência e manutenção da autoridade de suas decisões em situações específicas,
encontra-se disciplinada no Código de Processo Civil nos artigos 988 à 993, cujo procedimento
deve ser observado por todos os Tribunais Pátrios.

Nesse prisma, a Reclamação, analisada à luz da norma processual que expressamente


regulamenta o seu procedimento, não é recurso ou sucedâneo recursal. Cuida-se, conforme já
dito, de ação autônoma de impugnação originária proposta perante Tribunal, aplicando-se a ela
os requisitos e hipóteses de indeferimento da petição inicial dispostos no Código de Processo
Civil.

A propósito:

"(...) O relator deve indeferir a petição inicial quando não for o caso de reclamação, ou
quando esta for utilizada com sucedâneo de ação rescisória, destinando-se a
desfazer coisa julgada (art. 988, § 5º, I, CPC), ou, ainda, quando não comprovado o
esgotamento prévio das instâncias no caso de decisão administrativa que não tenha
observado enunciado de súmula vinculante (art. 7º, § 1º, Lei 11.417/06) ou no caso de
inobservância de recurso repetitivo ou de recurso extraordinário com repercussão
geral reconhecida (art.988, §5º, II, CPC)." (DIDIER JR., Fredie; CUNHA, Leonardo
Carneiro da. Curso de Direito Processual Civil, Vol. 3: Meios de Impugnação às
Decisões Judiciais e Processo nos Tribunais, 13ª ed, Salvador: Juspodivm, 2016, pg.
566)

Sobre o cabimento da Reclamação, o art. 988 do Código de Processo Civil é claro ao dispor
que:

"Art. 988. Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público para:

I - preservar a competência do tribunal;

II - garantir a autoridade das decisões do tribunal;

III -garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do


Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade;

IV – garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de


resolução de demandas repetitivas ou de incidente de assunção de competência;

§ 1º. A reclamação pode ser proposta perante qualquer tribunal, e seu julgamento

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NR.PROCESSO: 5597506-07.2020.8.09.0000
compete ao órgão jurisdicional cuja competência se busca preservar ou cuja
autoridade se pretenda garantir.

§ 2º. A reclamação deverá ser instruída com prova documental e dirigida ao


presidente do tribunal".

Do mesmo modo, a Resolução nº 3, de 07 de abril de 2016, do Superior Tribunal de


Justiça, veja-se:

"Art. 1º Caberá às Câmaras Reunidas ou à Seção Especializada dos Tribunais de


Justiça a competência para processar e julgar as Reclamações destinadas a dirimir
divergência entre acórdão prolatado por Turma Recursal Estadual e do Distrito
Federal e a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, consolidada em
incidente de assunção de competência e de resolução de demandas repetitivas,
em julgamento de recurso especial repetitivo e em enunciados das Súmulas do
STJ, bem como para garantir a observância de precedentes".

Como se vê, as hipóteses de cabimento da Reclamação são aquelas dispostas na


norma e devem ser analisadas em consonância com a nova metodologia perseguida pelo novo
Código de Processo Civil de valorização do chamado “Direito Jurisprudencial”.

Os Tribunais Superiores, ao interpretarem os arts. 102, I, "L", e 105, I, "F", da


Constituição Federal de 1988, ressalvam que a afronta deve ocorrer especificamente com relação
à decisão determinada, sendo insuficiente para o cabimento da Reclamação Constitucional o
mero desrespeito à jurisprudência consolidada (STF, Tribunal Pleno, Rcl. 6.135 AgR/SP, Tribunal
Pleno, rei. Min. Joaquim Barbosa, j. 28/08/2008, DJE 20/02/2009).

Por imperativo legal, observa-se que o acórdão paradigma deve refletir jurisprudência
do Superior Tribunal de Justiça em julgado representativo da controvérsia, apreciado sob o rito
dos recursos repetitivos ou que tenha sido objeto de incidente de assunção de competência ou de
súmulas, como forma de resguardar a unidade do direito, o que inexiste no caso em apreço, haja
vista que inservíveis para tal mister acórdãos isolados das Turmas do Superior Tribunal de
Justiça ou, ainda, desta Corte de Justiça, proferidos fora dos contornos referidos.

Corroborando tal entendimento encontra-se a Súmula nº 67 deste Tribunal:

"Para o conhecimento da reclamação proposta com base nos artigos 988 e seguintes
do Código de Processo Civil/2015, na Resolução nº 12 de 14 de dezembro de 2009 e
na Resolução nº 03, de 07 de abril de 2016, ambas do Superior Tribunal de Justiça.
Faz-se imprescindível que seja demostrada a divergência entre acórdão prolatado por

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NR.PROCESSO: 5597506-07.2020.8.09.0000
Turma Recursal Estadual e o entendimento consolidado no âmbito do Superior
Tribunal de Justiça inserto em súmula, incidente de assunção de competência e de
resolução de demandas repetitivas."

Ora, o ajuizamento da Reclamação pressupõe a existência de um comando positivo da


Corte Superior, cuja eficácia deva ser assegurada, protegida e conservada, não se prestando,
portanto, para garantir a autoridade de entendimento jurisprudencial tido como sedimentado pela
parte reclamante ou instrumento processual para o exame do acerto/desacerto de acórdão
impugnado - sucedâneo recursal.

Esta Corte de Justiça, como também o Superior Tribunal de Justiça, adotam a


orientação exposta, in verbis:

RECLAMAÇÃO. ACÓRDÃO DE TURMA RECURSAL. SUPOSTA


AFRONTA A PRECEDENTE DO STJ. NÃO CONHECIMENTO. 1. (…)
omissis. 2. Em se tratando de reclamação que ataca acórdão proferido por
Turma Recursal de Juizado Especial em face de precedentes do Superior
Tribunal de Justiça, o acórdão paradigmático deve espelhar a
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, consolidada em incidente de
assunção de competência e de resolução de demandas repetitivas, em
julgamento de recurso especial repetitivo e em enunciados de súmulas,
sob pena de não conhecimento. 3. Uma vez que o julgamento paradigma
indicado pelo reclamante consiste em acórdão isolado, proferido no âmbito
da 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, imperativo o não
conhecimento da reclamação, notadamente se não demonstrada a
similitude fática com o julgado censurado. Reclamação não admitida”.
(TJGO, Reclamação nº144052-10.2016.8.09.0000 (201691440523). Des.
Rel. Zacarias Neves Coelho, 1ª Seção Cível, Decisão monocrática de
17/05/2016)

RECLAMAÇÃO. INCOMPORTÁVEL COMO SUCEDÂNEO RECURSAL.


IMPROPRIEDADE DA MEDIDA CONSTITUCIONAL. NÃO
CONHECIMENTO. I - Não se conhece da Reclamação quando, a pretexto
de pretender garantir a autoridade das decisões desta Corte de Justiça e
do Superior Tribunal de Justiça, é utilizada pelo reclamante como
sucedâneo recursal. RECLAMAÇÃO NÃO CONHECIDA. (TJGO, 1ª Seção
Cível, Reclamação nº 157946-53.2016.8.09.0000 (201691579467). Des.
Rel. Ney Teles de Paula, Decisão monocrática de 27/06/2016)

AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO AJUIZADA COMO


SUCEDÂNEO RECURSAL–IMPOSSIBILIDADE- INEXISTÊNCIA, NA
HIPÓTESE, DE USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA OU DESRESPEITO À
AUTORIDADE DAS DECISÕES DO STJ – PRECEDENTES. 1. A
reclamação constitucional não constitui sucedâneo recursal, pois

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NR.PROCESSO: 5597506-07.2020.8.09.0000
destinada apenas a preservar a competência e a garantir a autoridade
das decisões do Superior Tribunal de Justiça. Precedentes. 2. (…)
omissis”. (STJ, AgRg na Rcl 28.921/MG, Rel. Ministro MARCO BUZZI,
SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 27/04/2016, DJe 04/05/2016)

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NA


RECLAMAÇÃO. RECLAMAÇÃO QUE IMPUGNA DECISÃO DO
TRIBUNAL DE ORIGEM QUE NEGA SEGUIMENTO A RECURSO
ESPECIAL, APLICANDO ENTENDIMENTO FIRMADO PELO STJ, EM
RECURSO REPETITIVO (ART. 543-C, § 7º, INCISO I, DO CPC).
AGRAVO REGIMENTAL JULGADO PELO COLEGIADO, NA ORIGEM.
NÃO CABIMENTO DA RECLAMAÇÃO. PRECEDENTES. AGRAVO
REGIMENTAL IMPROVIDO. (...) omissis. II. A Reclamação é ação de
natureza constitucional, que visa preservar a competência desta Corte ou
garantir a autoridade de suas decisões, conforme dispõem os arts. 105,
I, f, da Constituição Federal e 13 e seguintes da Lei 8.038/90, sendo
indevido o seu uso como sucedâneo recursal. (…) omissis. Agravo
Regimental improvido. (STJ, AgRg na Rcl 27.295/RJ, Rel. Ministra
ASSUSETE MAGALHÃES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 13/04/2016,
DJe 25/04/2016)

Não obstante, in casu, sequer trata-se de jurisprudência consolidada, vez que


recentemente a 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça sedimentou a própria jurisprudência
com o julgamento de três casos (REsp 1.876.046, REsp 1.818.900, REsp 1.830.103), adotando o
entendimento de que a aquisição de produto alimentício com corpo estranho, ainda que não
ocorra a ingestão de conteúdo, dá direito à compensação por danos morais, dada à ofensa
ao direito fundamental à alimentação adequada, corolário do princípio da dignidade da pessoa
humana.

Logo, o indeferimento liminar da petição inicial da Reclamação em tela é medida que se


impõe.

Assim, como na ação de mandado de segurança, a Reclamação não comporta dilação


probatória e a exordial deve ser instruída com prova pré-constituída de afronta ao “direito
jurisprudencial”, não havendo falar, portanto, em possibilidade de emenda, posto que insanável o
vício.

Face ao exposto, indefiro liminarmente a petição inicial da presente Reclamação e,


por conseguinte, julgo extinto o processo, sem resolução do mérito, com espeque no art. 485,
inc. I, do Código de Processo Civil.

Publique-se. Intime-se.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5597506-07.2020.8.09.0000
Após o trânsito em julgado, arquive-se.

Goiânia, 26 de novembro de 2020.

Desembargador ITAMAR DE LIMA

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


14:40:46

LOCAL : 1ª SEÇÃO CÍVEL


NR.PROCESSO : 5579844-30.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Ação Rescisória
POLO ATIVO : STENNIA REGINA SILVA DOS SANTOS
POLO PASSIVO : CONSPRADO EMPREENDIMENTOS LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : STENNIA REGINA SILVA DOS SANTOS


ADVGS. PARTE : 15218 GO - WALKYRIA WICTOWICZ DA SILVA
48234 GO - LETICIA FRANCIELE FERREIRA BARBOSA ALVES

PARTE INTIMADA : MAIKON RODRIGO GONÇALVES DE SOUSA


ADVGS. PARTE : 48234 GO - LETICIA FRANCIELE FERREIRA BARBOSA ALVES
15218 GO - WALKYRIA WICTOWICZ DA SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5579844-30.2020.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

AÇÃO RESCISÓRIA Nº 5579844-30.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA

AUTORES: STENNIA REGINA SILVA DOS SANTOS E OUTRO


RÉ: CONSPRADO EMPREENDIMENTOS LTDA.
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

DESPACHO

STENNIA REGINA SILVA DOS SANTOS e MAIKON RODRIGO GONÇALVES DE


SOUSA, regularmente qualificados e representados nos autos, propuseram AÇÃO
RESCISÓRIA fundamentando-se no art. 966, incisos III e V, do Código de Processo
Civil, em face de CONSPRADO EMPREENDIMENTOS LTDA.

Em sua peça inicial, os autores defendem a rescisão de sentença arbitral da 1ª


Câmara de Conciliação de Goiânia, proferida em 09/06/2014, que homologou acordo
celebrado entre as partes.

Reportam, os autores, que por serem “pessoas leigas e desassistidos por profissional
competente, foram coagidos pela situação a firmarem um acordo absurdo que foi
homologado por aquele árbitro”.

Nesse contexto, defenderam a anulação do ato arbitral.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5579844-30.2020.8.09.0000
A princípio, esclarecida a inexistência de litispendência entre esta ação rescisória e a
de nº. 5574439-13.2020.8.09.0000 (mov. nº 11), observo que a peça inicial desta ação
constitutiva negativa poderá ser indeferida, porquanto, pelo critério da especialidade, a
normativa da Lei 9.307/1996 prevalece sobre o Código de Processo Civil, no que diz
respeito à arbitragem, de modo que incabível a ação rescisória do diploma processual
em detrimento da anulatória do artigo 33 da Lei Arbitral.

Não obstante, também há clara disposição normativa que submete a sentença


homologatória de acordo, quando adstrita aos aspectos formais da transação, à
anulação (artigo 966, § 4º, do Código de Processo Civil) e não à rescisão.

Precedentes: STJ, AgInt no AREsp: 1049313 SP 2017/0020325-9, Relator: Ministro


MARCO AURÉLIO BELLIZZE, Data de Julgamento: 27/06/2017, TERCEIRA TURMA,
Data de Publicação: DJe 03/08/2017; TJGO, Ação Rescisória 5325330-
82.2018.8.09.0000, Rel. ITAMAR DE LIMA, 1ª Seção Cível, julgado em 14/02/2020,
DJe de 14/02/2020; TJGO, Ação Rescisória 5034306-20.2019.8.09.0000, Rel. JAIRO
FERREIRA JUNIOR, 2ª Seção Cível, julgado em 12/12/2019, DJe de 12/12/2019;
TJGO, Ação Rescisória 98984-37.2016.8.09.0000, Rel. DES. ZACARIAS NEVES
COELHO, 1ª Seção Cível, julgado em 06/07/2016, DJe 2072 de 20/07/2016.

Nesse diapasão, em homenagem ao princípio da não surpresa, previsto artigo 101 do


Código de Processo Civil, intime-se a parte autora para, em 5 (cinco) dias, manifestar-
se acerca do possível indeferimento da petição inicial da presente ação rescisória.

Cumpra-se.

Goiânia, 27 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR

1009/CR

1 - Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de

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NR.PROCESSO: 5579844-30.2020.8.09.0000
se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


08:25:15

LOCAL : 1ª SEÇÃO CÍVEL


NR.PROCESSO : 5022591-15.2018.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Ação Rescisória
POLO ATIVO : BRITU S MAIA CENTRO AUTOMOTIVA LTDA-ME
POLO PASSIVO : CLEITON CAMARGO COSTA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CLEITON CAMARGO COSTA


ADVG. PARTE : 10718 GO - SANDRA REGINA DE ASSIS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5022591-15.2018.8.09.0000
DESPACHO

Verifica-se que a parte requerida/vencedora, na petição do


evento n. 132, requereu a expedição de alvará de levantamento do valor do
depósito prévio, o que já ocorreu nos autos há vários meses, como foi
consignado nos eventos ns 89 e 96, sendo certo que caberia ao patrono da
parte vencedora imprimir o alvará e apresenta-lo ao banco para pagamento,
conforme consta da certidão do evento n. 97, o que por certo não foi
providenciado.
Assim, deverá a Sra. Secretária desta 1ª Seção Cível contactar
o advogado da parte requerida/vencedora, por telefone, e orienta-lo sobre o
procedimento a ser observado para pagamento do alvará para
levantamento/transferência do valor do depósito prévio, inclusive expedindo
novo alvará se o anteriormente expedido já se expirou, certificando nos autos
sobre o referida ligação telefônica.
Por outro lado, para a efetivação de diligências visando o
bloqueio de ativos financeiros dos devedores da verba advocatícia objeto do
cumprimento do acórdão, concedo o prazo de 5 dias para a parte
requerida/credora recolher o valor das despesas para o referido
procedimento.
Intime-se. Cumpra-se.

Goiânia, 27 de novembro de 2020.

Des. Carlos Alberto França


Presidente da 1ª Seção Cível

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


17:02:28

LOCAL : 1ª SEÇÃO CÍVEL


NR.PROCESSO : 5134242-81.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Reclamação
POLO ATIVO : EVALDIR SILVA DE OLIVEIRA
POLO PASSIVO : JD RELATOR DA 1ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : FLÁVIO ALVES DE OLIVEIRA


ADVGS. PARTE : 33678 GO - LOURIVAL DE CASTRO LEITE
58639 GO - REJANE ALVES MAGALHAES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5134242-81.2020.8.09.0000
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

1ª Seção Cível

RECLAMAÇÃO Nº 5134242.81.2020.8.09.0000

COMARCA DE ACREÚNA

RECLAMANTE : EVALDIR SILVA DE OLIVEIRA

RECLAMADO : 1ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS DE GOIÂNIA

BENEFICIÁRIO : FLÁVIO ALVES DE OLIVEIRA

RELATOR : Juiz ROBERTO HORÁCIO REZENDE

DESPACHO

Analisando o caderno processual, denota-se que o beneficiário da decisão impugnada,


Flávio Alves de Oliveira, atendendo o despacho exarado à mov. 40, para regularizar a sua
representação processual, compareceu nos autos à mov. 42, juntando instrumento de
procuração.

Todavia, denota-se que a aludida procuração foi outorgada em 2018, para a propositura
da ação originária da presente Reclamação.

Desta forma, intime-se o beneficiário, na pessoa de seu procurador, para regularizar


sua representação, no prazo de 10 dias, nos termos do artigo 76 do Código de Processo Civil.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5134242-81.2020.8.09.0000
Intime-se.

ROBERTO HORÁCIO REZENDE

Juiz Substituto em 2º Grau

RELATOR

Datado e Assinado digitalmente conforme Resolução 59/2016

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 27/11/2020 13:56:11

LOCAL : 1ª SEÇÃO CÍVEL


NR.PROCESSO : 5597506-07.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Reclamação
POLO ATIVO : BRF S.A
POLO PASSIVO : 1ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : GILDO CARLOS DE BRITO


ADVG. PARTE : 45248 GO - ANDRÉ LUIZ DE SOUZA CAVALCANTE

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5597506-07.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

Gabinete do Desembargador Itamar de Lima

RECLAMAÇÃO Nº 5597506-07.2020.8.09.0000

RECLAMANTE: BRF S.A


RECLAMADA: 1ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS
RELATOR : DESEMBARGADOR ITAMAR DE LIMA
CÂMARA : 3ª CÍVEL

Ementa: Reclamação. Ação de Indenização por danos


morais e materiais. A aquisição de produto alimentício com
corpo estranho. Juizado especial. Acórdão da Turma
Recursal. Garantia de observância de acórdão do Superior
Tribunal de Justiça. Precedentes. Resolução nº 3/2016 do
STJ. Acórdão paradigma deve refletir jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça em julgado representativo da
controvérsia, apreciado sob o rito dos recursos repetitivos.
Utilização da via como sucedâneo recursal. Inviabilidade.
Petição inicial indeferida.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de Reclamação ajuizada por BRF S.A contra acórdão proferido pela 1ª
TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS.

Na peça inicial, a reclamante tece, de início, considerações acerca da tempestividade


da Reclamação, bem como de seu cabimento, com fulcro nas Resolução nº 12/2009 e 03/2016
do Superior Tribunal de Justiça.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5597506-07.2020.8.09.0000
Faz um breve relato dos fatos alegando que a parte autora ajuizou ação indenizatória
no Juizado Especial Cível com objetivo de reparar os danos sofridos com a aquisição de produto
de sua fabricação impróprio para consumo.

Informa que o consumidor alegou que, dois dias após a compra, abriu a linguiça
calabresa defumada e, ao retirá-la da embalagem, verificou que o produto continha larvas em seu
interior.

Assenta ser fato incontroverso que a parte não consumiu o alimento.

Aduz que a sentença julgou parcialmente procedentes os pedidos formulados na


exordial, condenando a BRF S.A ao ressarcimento do valor pago pelo produto no importe de
R$11,30 (onze reais e trinta centavos), devidamente atualizado pelo índice INPC e com juros de
1% ao mês a partir do dano.

Relata que o Reclamado interpôs recurso inominado, ao qual foi provido, sendo
reformada a sentença, no sentido de condenar a Reclamante ao pagamento de R$3.000,00 (três
mil reais) a título de danos morais.

Pontua que diante da reforma da sentença não teve outra alternativa senão a
interposição da presente reclamação, vez que o entendimento pacificado do Superior Tribunal de
Justiça no sentido de que a aquisição de produto impróprio ao consumo, bem como aquele que
demonstre a presença de um corpo estranho em alimento por si só não caracteriza dano moral,
conforme verificado no caso em apreço.

Ressalta que, não havendo a ingestão do alimento, não há lesão à saúde e segurança
do consumidor, motivo pelo qual não há o que se falar em indenização a título de danos morais.

Acosta julgados sobre o tema.

Ao final, pede que seja concedida a liminar para suspender o processo de origem. No
mérito, requer que seja conhecida e provida a presente reclamação para cassar o acórdão
aplicando o entendimento do STJ de que para caracterização de dano moral é necessário que
haja a ingestão do alimento impróprio.

Inicial veio instruída com documentos.

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NR.PROCESSO: 5597506-07.2020.8.09.0000
Custas iniciais comprovadas.

É o relatório. Decido.

De plano, verifico que a petição inicial da presente Reclamação deve ser indeferida
liminarmente, restando autorizado o julgado monocrático, com espeque no art. 932, inciso III, do
Código de Processo Civil.

O dispositivo legal referido faculta ao relator, monocraticamente, apreciar a controvérsia


posta nos autos, de modo a conferir maior celeridade ao andamento processual e efetividade às
decisões judiciais, garantindo a eficácia do princípio da economia processual, sem, contudo,
configurar ofensa às garantias fundamentais do devido processo legal, contraditório e ampla
defesa.

Conforme relatado, a reclamante pretende, através da via da Reclamação, dirimir


divergência entre acórdão da Turma Recursal Cível do Juizado Especial Cível da Comarca de
Goiânia e jurisprudência sedimentada do Superior Tribunal de Justiça, para garantir a
observância desta.

A princípio, registro que, não obstante a existência de entendimentos em sentido


diverso, entendo que a Reclamação possui natureza jurídica de ação. Não se confunde, portanto,
com o instituto da Correição Parcial – Reclamação, previsto no Regimento Interno deste Tribunal
de Justiça (art. 395 a 391), cujo fim é corrigir "os despachos irrecorríveis do juiz que importem
inversão da ordem legal do processo, ou resultem de erro de ofício ou abuso de poder".

Os doutrinadores Fredie Didier Jr. e Leonardo Carneiro da Cunha lecionam nesse


sentido quando sustentam ser a Reclamação uma ação ajuizada originariamente perante
Tribunal, com o escopo de se obter a preservação de sua competência ou garantir a autoridade
de seus julgados ou de seus precedentes obrigatórios. (DIDIER JR., Fredie; CUNHA, Leonardo
Carneiro da. Curso de Direito Processual Civil, Vol. 3: Meios de Impugnação às Decisões
Judiciais e Processo nos Tribunais, 13ª ed, Salvador: Juspodivm, 2016, pg. 535).

O eminente processualista Daniel Amorim Assumpção Neves orienta-se:

"(...) Segundo ensina a doutrina majoritária, a reclamação constitucional tem natureza


jurisdicional, sendo equivocado o entendimento de enxergá-la como mera atividade
administrativa. A confusão decorrida de antiga associação da reclamação com a

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NR.PROCESSO: 5597506-07.2020.8.09.0000
correição parcial, o que a atual conjuntura constitucional fez desaparecer.

A natureza recursal deve ser descartada, porque a reclamação constitucional não


atende a elementos essenciais dessa espécie de impugnação de ato judicial: a) não
há qualquer previsão em lei federal que a aponte como recurso, e, sem essa previsão
legal expressa, considerar a reclamação constitucional um recurso seria afrontar o
princípio da taxatividade; b) a reclamação constitucional está prevista nos arts. 102, I,
"l" e 105, I, "f", ambos da CF, e nos arts. 988 a 993 do Novo CPC, como atividade de
competência originária dos tribunais superiores, e não como atividade recursal (…)
omissis.

A divergência mais séria encontra-se na discussão entre a natureza de ação e de


exercício do direito de petição, com importantes consequências práticas da adoção de
um desses entendimentos. Prefiro a corrente doutrinária que defende a natureza
jurídica de ação de reclamação constitucional (STJ, 1ª Seção, Recl. 3.828/SC, Rel.
Minª. Eliana Calmon, j. 28/04/2010, Dje 07/05/2010), considerando-se presentes os
elementos essenciais que compõem uma ação: petição inicial veiculando uma
pretensão, citação, contraditório, decisão de mérito coberta pela coisa julgada
material, além das exigências que corroboram a conclusão, como a exigência de
pressupostos processuais positivos, a capacidade de ser parte, de estar em juízo e
postulatória, e negativos, a ausência de coisa julgada, de perempção e de
litispendência". (NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Novo Código de Processo Civil
Comentado. Salvador: Ed. Juspodivm, 2016, pg 1.619 e 1.620)

Em igual desiderato, Luiz Guilherme Marinoni, Sérgio Cruz Arenhart e Daniel Mitidiero
registram:

"(...) A reclamação é uma ação que visa a preservar a competência de tribunal,


garantir a autoridade das decisões de tribunal e garantir a eficácia dos precedentes
das Cortes Supremas e da jurisprudência vinculante das Cortes de Justiça (art. 988,
CPC). Diante do direito anterior, a Constituição permitia reclamação apenas diante
das Cortes Supremas. O Supremo Tribunal Federal entendeu ainda que era cabível a
reclamação diante dos Tribunais de Justiça, desde que as respectivas Constituições
estaduais assim o permitissem. O novo Código permite a reclamação para
preservação da competência e para garantir a autoridade da decisão de "qualquer
tribunal" (art. 988, § 1.0 ,CPC).

Cabe reclamação sempre que se vislumbrar a usurpação de competência de tribunal,


a violação de autoridade de decisão, a ofensa à autoridade de precedentes das
Cortes Supremas e de jurisprudência vinculante. Rigorosamente, a reclamação
constitui instrumento de tutela da decisão do caso concreto. Dito de outro modo: ela
não deve ser vista como meio de tutela do precedente ou da jurisprudência
vinculante. Isso porque semelhante modo de que o seu papel pode ocasionar o
fenômeno inverso àquele que se pretende evitar com a instituição de filtros recursais.
(…) A reclamação não constitui sucedâneo da ação rescisória: vale dizer, não serve
para desconstituição da coisa julgada. Por essa razão, é inadmissível reclamação
proposta após o trânsito em julgado da decisão da qual se pretende reclamar (art.
988, § 5. 0 , CPC)". (Novo Código de Processo Civil Comentado. Luiz Guilherme
Marinoni, Sérgio Cruz Arenhart e Daniel Mitidiero. São Paulo: Editora Revista dos

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NR.PROCESSO: 5597506-07.2020.8.09.0000
Tribunais, 2015, pg. 920/921).

A Reclamação, que em sua origem tem previsão constitucional, inserida na


competência do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça para a preservação
de sua competência e manutenção da autoridade de suas decisões em situações específicas,
encontra-se disciplinada no Código de Processo Civil nos artigos 988 à 993, cujo procedimento
deve ser observado por todos os Tribunais Pátrios.

Nesse prisma, a Reclamação, analisada à luz da norma processual que expressamente


regulamenta o seu procedimento, não é recurso ou sucedâneo recursal. Cuida-se, conforme já
dito, de ação autônoma de impugnação originária proposta perante Tribunal, aplicando-se a ela
os requisitos e hipóteses de indeferimento da petição inicial dispostos no Código de Processo
Civil.

A propósito:

"(...) O relator deve indeferir a petição inicial quando não for o caso de reclamação, ou
quando esta for utilizada com sucedâneo de ação rescisória, destinando-se a
desfazer coisa julgada (art. 988, § 5º, I, CPC), ou, ainda, quando não comprovado o
esgotamento prévio das instâncias no caso de decisão administrativa que não tenha
observado enunciado de súmula vinculante (art. 7º, § 1º, Lei 11.417/06) ou no caso de
inobservância de recurso repetitivo ou de recurso extraordinário com repercussão
geral reconhecida (art.988, §5º, II, CPC)." (DIDIER JR., Fredie; CUNHA, Leonardo
Carneiro da. Curso de Direito Processual Civil, Vol. 3: Meios de Impugnação às
Decisões Judiciais e Processo nos Tribunais, 13ª ed, Salvador: Juspodivm, 2016, pg.
566)

Sobre o cabimento da Reclamação, o art. 988 do Código de Processo Civil é claro ao dispor
que:

"Art. 988. Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público para:

I - preservar a competência do tribunal;

II - garantir a autoridade das decisões do tribunal;

III -garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do


Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade;

IV – garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de


resolução de demandas repetitivas ou de incidente de assunção de competência;

§ 1º. A reclamação pode ser proposta perante qualquer tribunal, e seu julgamento

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NR.PROCESSO: 5597506-07.2020.8.09.0000
compete ao órgão jurisdicional cuja competência se busca preservar ou cuja
autoridade se pretenda garantir.

§ 2º. A reclamação deverá ser instruída com prova documental e dirigida ao


presidente do tribunal".

Do mesmo modo, a Resolução nº 3, de 07 de abril de 2016, do Superior Tribunal de


Justiça, veja-se:

"Art. 1º Caberá às Câmaras Reunidas ou à Seção Especializada dos Tribunais de


Justiça a competência para processar e julgar as Reclamações destinadas a dirimir
divergência entre acórdão prolatado por Turma Recursal Estadual e do Distrito
Federal e a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, consolidada em
incidente de assunção de competência e de resolução de demandas repetitivas,
em julgamento de recurso especial repetitivo e em enunciados das Súmulas do
STJ, bem como para garantir a observância de precedentes".

Como se vê, as hipóteses de cabimento da Reclamação são aquelas dispostas na


norma e devem ser analisadas em consonância com a nova metodologia perseguida pelo novo
Código de Processo Civil de valorização do chamado “Direito Jurisprudencial”.

Os Tribunais Superiores, ao interpretarem os arts. 102, I, "L", e 105, I, "F", da


Constituição Federal de 1988, ressalvam que a afronta deve ocorrer especificamente com relação
à decisão determinada, sendo insuficiente para o cabimento da Reclamação Constitucional o
mero desrespeito à jurisprudência consolidada (STF, Tribunal Pleno, Rcl. 6.135 AgR/SP, Tribunal
Pleno, rei. Min. Joaquim Barbosa, j. 28/08/2008, DJE 20/02/2009).

Por imperativo legal, observa-se que o acórdão paradigma deve refletir jurisprudência
do Superior Tribunal de Justiça em julgado representativo da controvérsia, apreciado sob o rito
dos recursos repetitivos ou que tenha sido objeto de incidente de assunção de competência ou de
súmulas, como forma de resguardar a unidade do direito, o que inexiste no caso em apreço, haja
vista que inservíveis para tal mister acórdãos isolados das Turmas do Superior Tribunal de
Justiça ou, ainda, desta Corte de Justiça, proferidos fora dos contornos referidos.

Corroborando tal entendimento encontra-se a Súmula nº 67 deste Tribunal:

"Para o conhecimento da reclamação proposta com base nos artigos 988 e seguintes
do Código de Processo Civil/2015, na Resolução nº 12 de 14 de dezembro de 2009 e
na Resolução nº 03, de 07 de abril de 2016, ambas do Superior Tribunal de Justiça.
Faz-se imprescindível que seja demostrada a divergência entre acórdão prolatado por

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NR.PROCESSO: 5597506-07.2020.8.09.0000
Turma Recursal Estadual e o entendimento consolidado no âmbito do Superior
Tribunal de Justiça inserto em súmula, incidente de assunção de competência e de
resolução de demandas repetitivas."

Ora, o ajuizamento da Reclamação pressupõe a existência de um comando positivo da


Corte Superior, cuja eficácia deva ser assegurada, protegida e conservada, não se prestando,
portanto, para garantir a autoridade de entendimento jurisprudencial tido como sedimentado pela
parte reclamante ou instrumento processual para o exame do acerto/desacerto de acórdão
impugnado - sucedâneo recursal.

Esta Corte de Justiça, como também o Superior Tribunal de Justiça, adotam a


orientação exposta, in verbis:

RECLAMAÇÃO. ACÓRDÃO DE TURMA RECURSAL. SUPOSTA


AFRONTA A PRECEDENTE DO STJ. NÃO CONHECIMENTO. 1. (…)
omissis. 2. Em se tratando de reclamação que ataca acórdão proferido por
Turma Recursal de Juizado Especial em face de precedentes do Superior
Tribunal de Justiça, o acórdão paradigmático deve espelhar a
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, consolidada em incidente de
assunção de competência e de resolução de demandas repetitivas, em
julgamento de recurso especial repetitivo e em enunciados de súmulas,
sob pena de não conhecimento. 3. Uma vez que o julgamento paradigma
indicado pelo reclamante consiste em acórdão isolado, proferido no âmbito
da 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, imperativo o não
conhecimento da reclamação, notadamente se não demonstrada a
similitude fática com o julgado censurado. Reclamação não admitida”.
(TJGO, Reclamação nº144052-10.2016.8.09.0000 (201691440523). Des.
Rel. Zacarias Neves Coelho, 1ª Seção Cível, Decisão monocrática de
17/05/2016)

RECLAMAÇÃO. INCOMPORTÁVEL COMO SUCEDÂNEO RECURSAL.


IMPROPRIEDADE DA MEDIDA CONSTITUCIONAL. NÃO
CONHECIMENTO. I - Não se conhece da Reclamação quando, a pretexto
de pretender garantir a autoridade das decisões desta Corte de Justiça e
do Superior Tribunal de Justiça, é utilizada pelo reclamante como
sucedâneo recursal. RECLAMAÇÃO NÃO CONHECIDA. (TJGO, 1ª Seção
Cível, Reclamação nº 157946-53.2016.8.09.0000 (201691579467). Des.
Rel. Ney Teles de Paula, Decisão monocrática de 27/06/2016)

AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO AJUIZADA COMO


SUCEDÂNEO RECURSAL–IMPOSSIBILIDADE- INEXISTÊNCIA, NA
HIPÓTESE, DE USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA OU DESRESPEITO À
AUTORIDADE DAS DECISÕES DO STJ – PRECEDENTES. 1. A
reclamação constitucional não constitui sucedâneo recursal, pois

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destinada apenas a preservar a competência e a garantir a autoridade
das decisões do Superior Tribunal de Justiça. Precedentes. 2. (…)
omissis”. (STJ, AgRg na Rcl 28.921/MG, Rel. Ministro MARCO BUZZI,
SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 27/04/2016, DJe 04/05/2016)

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NA


RECLAMAÇÃO. RECLAMAÇÃO QUE IMPUGNA DECISÃO DO
TRIBUNAL DE ORIGEM QUE NEGA SEGUIMENTO A RECURSO
ESPECIAL, APLICANDO ENTENDIMENTO FIRMADO PELO STJ, EM
RECURSO REPETITIVO (ART. 543-C, § 7º, INCISO I, DO CPC).
AGRAVO REGIMENTAL JULGADO PELO COLEGIADO, NA ORIGEM.
NÃO CABIMENTO DA RECLAMAÇÃO. PRECEDENTES. AGRAVO
REGIMENTAL IMPROVIDO. (...) omissis. II. A Reclamação é ação de
natureza constitucional, que visa preservar a competência desta Corte ou
garantir a autoridade de suas decisões, conforme dispõem os arts. 105,
I, f, da Constituição Federal e 13 e seguintes da Lei 8.038/90, sendo
indevido o seu uso como sucedâneo recursal. (…) omissis. Agravo
Regimental improvido. (STJ, AgRg na Rcl 27.295/RJ, Rel. Ministra
ASSUSETE MAGALHÃES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 13/04/2016,
DJe 25/04/2016)

Não obstante, in casu, sequer trata-se de jurisprudência consolidada, vez que


recentemente a 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça sedimentou a própria jurisprudência
com o julgamento de três casos (REsp 1.876.046, REsp 1.818.900, REsp 1.830.103), adotando o
entendimento de que a aquisição de produto alimentício com corpo estranho, ainda que não
ocorra a ingestão de conteúdo, dá direito à compensação por danos morais, dada à ofensa
ao direito fundamental à alimentação adequada, corolário do princípio da dignidade da pessoa
humana.

Logo, o indeferimento liminar da petição inicial da Reclamação em tela é medida que se


impõe.

Assim, como na ação de mandado de segurança, a Reclamação não comporta dilação


probatória e a exordial deve ser instruída com prova pré-constituída de afronta ao “direito
jurisprudencial”, não havendo falar, portanto, em possibilidade de emenda, posto que insanável o
vício.

Face ao exposto, indefiro liminarmente a petição inicial da presente Reclamação e,


por conseguinte, julgo extinto o processo, sem resolução do mérito, com espeque no art. 485,
inc. I, do Código de Processo Civil.

Publique-se. Intime-se.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5597506-07.2020.8.09.0000
Após o trânsito em julgado, arquive-se.

Goiânia, 26 de novembro de 2020.

Desembargador ITAMAR DE LIMA

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Juntada de Documento - Data da Movimentação


27/11/2020 18:25:47

LOCAL : 1ª SEÇÃO CÍVEL


NR.PROCESSO : 5405100-56.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Conflito de Competência
POLO ATIVO : ALDEMAR FERREIRA LIMA
POLO PASSIVO : DESEMBARGADORA DA 6ª CÂMARA CÍVEL - DESª SANDRA REGINA TEODORO
REIS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ALDEMAR FERREIRA LIMA


ADVGS. PARTE : 21450 GO - ANDRÉA RIBEIRO DE ALMEIDA COUTINHO
7162 GO - VIVIANE ZACHARIAS DO AMARAL
15241 DF - RODRIGO ALVES CHAVES

PARTE INTIMADA : ANTÔNIO RODRIGUES DA SILVA (ESPÓLIO)


ADVG. PARTE : 7162 GO - VIVIANE ZACHARIAS DO AMARAL

PARTE INTIMADA : ABADIO MOREIRA DOS SANTOS


ADVG. PARTE : 7162 GO - VIVIANE ZACHARIAS DO AMARAL

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Indeferida a Petição Inicial (cpc) - Data da


Movimentação 27/11/2020 18:37:58

LOCAL : 1ª SEÇÃO CÍVEL


NR.PROCESSO : 5574439-13.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Ação Rescisória
POLO ATIVO : STENNIA REGINA SILVA DOS SANTOS
POLO PASSIVO : CONSPRADO EMPREENDIMENTOS LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : STENNIA REGINA SILVA DOS SANTOS


ADVGS. PARTE : 15218 GO - WALKYRIA WICTOWICZ DA SILVA
48234 GO - LETICIA FRANCIELE FERREIRA BARBOSA ALVES

PARTE INTIMADA : MAIKON RODRIGO GONÇALVES DE SOUSA


ADVGS. PARTE : 15218 GO - WALKYRIA WICTOWICZ DA SILVA
48234 GO - LETICIA FRANCIELE FERREIRA BARBOSA ALVES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5574439-13.2020.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

AÇÃO RESCISÓRIA Nº 5574439-13.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA

AUTOR: STENNIA REGINA SILVA DOS SANTOS E OUTRO


RÉ: CONSPRADO EMPREENDIMENTOS LTDA
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

EMENTA: AÇÃO RESCISÓRIA. SENTENÇA ARBITRAL.


CABIMENTO DE AÇÃO ANULATÓRIA. REGRA ESPECIAL.
CARÊNCIA DO DIREITO DE AÇÃO. VIA INADEQUADA.
INDEFERIMENTO DA PEÇA INICIAL. 1. A parte que pretende
anular sentença arbitral deve valer-se de ação anulatória, na
forma da lei regência (art. 33 da Lei 9.307/96), não havendo
previsão normativa acerca da possibilidade do ajuizamento de
ação rescisória para tal mister. 2. Não obstante, também há clara
disposição normativa que submete a sentença homologatória de
acordo, quando adstrita aos aspectos formais da transação, à
anulação (artigo 966, § 4º, do Código de Processo Civil) e não à
rescisão. 3. Em razão da inadequação da via eleita, a medida
impositiva é a extinção do feito sem resolução do mérito, nos
termos do artigo 485, incisos I e VI, do CPC. AÇÃO
RESCISÓRIA EXTINTA SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

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NR.PROCESSO: 5574439-13.2020.8.09.0000
Trata-se de AÇÃO RESCISÓRIA proposta por STENNIA REGINA SILVA DOS
SANTOS e MAIKON RODRIGO GONÇALVES DE SOUSA contra a sentença
homologatória de acordo proferida pelo Árbitro Conciliador da 1ª Corte de Conciliação
e Arbitragem da Comarca de Goiânia, Dr. José Costa Neto, nos autos da Reclamação
nº. 285/2014 proposta em seu desfavor por CONSPRADO EMPREENDIMENTOS
LTDA, ora requerida.

Depreende-se do processo de origem que os autores ajuizaram a presente ação


rescisória colimando rescindir o acordo ajustado entre as partes e homologado na 1ª
Corte de Conciliação e Arbitragem da Comarca de Goiânia no dia 09/06/2014 (mov.
01, arq. 05), nos autos da Reclamação n°. 285/2014 por sentença transitada em
julgado.

Narra a parte autora, que a sentença prolatada não obedece aos requisitos do artigo
26 da Lei de Arbitragem, vez que não possui relatório capaz de identificar as partes e o
teor da lide, bem como não trouxe os fundamentos nos quais a decisão foi baseada,
especialmente porque não demonstra expressamente se o árbitro julgou por equidade
ou por regras de direito.

Acrescenta que é necessário “(...) que a sentença abranja a parte dispositiva, onde o
árbitro decide quanto às questões que lhe foram apresentadas, e estabelece o prazo
para que sejam cumpridas tais decisões”, bem como deve conter “(...) o lugar em que
foi proferida, além de ser assinada por todos os árbitros que participaram da decisão.”

Observa, ainda, que após proferida a sentença, uma cópia deve ser enviada às partes,
bem como deve ser comprovado nos autos o recebimento da respectiva comunicação
processual e que a ata da sentença não contém um resumo do litígio, especialmente
acerca dos valores devidos, impossibilitando o cumprimento da decisão.

Tece longo arrazoado sustentando que houve coação da parte para a assinatura do
acordo e que houve violação da norma jurídica, tendo em vista que os ora requerentes
compareceram à Corte arbitral desacompanhados de advogado e que por
desconhecimento assinaram o acordo mencionado.

Defende o cabimento da ação rescisória para atacar sentença homologatória de


acordo proferida por Juízo arbitral, requer a concessão dos benefícios da assistência
judiciária sustentando não possuir recursos suficientes para custear as despesas
processuais sem prejuízo do próprio sustento e de sua família.

Requer a concessão de efeito suspensivo à ação rescisória e, por fim, pugna pela

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NR.PROCESSO: 5574439-13.2020.8.09.0000
procedência da ação rescisória, para anular a sentença arbitral e que outra seja
proferida sanando-se os vícios do julgamento anterior.

Os autores foram devidamente intimados para se manifestarem sobre a possibilidade


de indeferimento da inicial da presente Ação Rescisória, tendo em vista a clara
disposição normativa que submete a sentença homologatória de acordo, quando
adstrita aos aspectos formais da transação, à anulação (artigo 966, § 4º, Código de
Processo Civil) e não à rescisão (mov. 05).

Em petição trazida na movimentação nº. 09 defenderam a regularidade da demanda


proposta.

É em síntese, o relatório.

Decido.

Em proêmio, destaco a possibilidade do julgamento monocrático da ação rescisória,


com supedâneo no artigo 932, inciso VIII, do Código de Ritos e artigo 286 1 do
Regimento Interno deste Tribunal de Justiça.

Noutra quadra, defiro o benefício da assistência judiciária aos requerentes. Isso


porque, a gratuidade da justiça é concedida àquele que comprovar que a sua situação
econômica não lhe permite arcar com as despesas processuais sem prejuízo do seu
próprio sustento e de sua família, hipótese ocorrente no caso em tela.

Conforme consta dos autos, trata-se de ação Rescisória de sentença homologatória de


acordo proferida pelo Juízo arbitral, ajuizada por STENNIA REGINA SILVA DOS
SANTOS E MAIKON RODRIGO GONÇALVES DE SOUSA em desfavor de
CONSPRADO EMPREENDIMENTOS LTDA.

De plano, vislumbro a inadequação da via eleita.

Com efeito, a ação rescisória constitui ação autônoma de impugnação, que tem por
objetivos a desconstituição de decisão judicial transitada em julgado e, eventualmente,
o rejulgamento da causa.

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NR.PROCESSO: 5574439-13.2020.8.09.0000
Por visar desconstituir a imutabilidade dos efeitos materiais de determinado provimento
jurisdicional, tornado definitivo pela res judicata, a ação rescisória deve atender não só
aos requisitos processuais comuns a todas as ações, como também o cumprimento de
pressupostos específicos de admissibilidade, previstos no artigo 966 do Código de
Processo Civil.

Sobre a temática, o Professor Humberto Theodoro Júnior leciona que “além dos
pressupostos comuns a qualquer ação, a rescisória, para ser admitida, pressupõe dois
fatos básicos indispensáveis: a) uma decisão de mérito transitada em julgado; e b) a
invocação de algum dos motivos de rescindibilidade dos julgados taxativamente
previstos no Código (NCPC, art. 966).” (In Teoria geral do direito processual civil,
processo de conhecimento e procedimento comum – vol. III. 47. ed. rev., atual. e ampl.
– Rio de Janeiro: Forense, 2016, p. 1.071).

Com efeito, o direito de postular judicialmente a decretação de nulidade da sentença


arbitral, em qualquer das hipóteses previstas pelo artigo 32 da Lei nº 9.307/96, caduca
no prazo de noventa dias contados do recebimento da notificação da sentença em
apreço, ou de seu aditamento, nos expressos termos do artigo 33, § 1º, do mesmo
diploma legal.

Instada a se manifestar a respeito, a autora insiste no cabimento de ação rescisória


contra sentença arbitral, em detrimento da anulatória. Ocorre que, pelo critério da
especialidade, a normativa da Lei 9.307/1996 prevalece sobre o Código de Processo
Civil no que diz respeito à arbitragem, de modo que incabível a ação rescisória do
diploma processual em detrimento da anulatória do artigo 33 da Lei de Arbitragem.

Não obstante, ainda que assim não fosse, também há clara disposição normativa que
submete a sentença homologatória de acordo, quando adstrita aos aspectos formais
da transação, à anulação (artigo 966, § 4º, do Código de Processo Civil) e não à
rescisão.

A propósito, confira-se a redação conferida ao artigo 966 do Código de Processo Civil:

“Art. Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode


ser rescindida quando:
I - se verificar que foi proferida por força de prevaricação,
concussão ou corrupção do juiz;
II - for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente
incompetente;

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NR.PROCESSO: 5574439-13.2020.8.09.0000
III - resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento
da parte vencida ou, ainda, de simulação ou colusão entre as
partes, a fim de fraudar a lei;
IV - ofender a coisa julgada;
V - violar manifestamente norma jurídica;
VI - for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em
processo criminal ou venha a ser demonstrada na própria ação
rescisória;
VII - obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova
nova cuja existência ignorava ou de que não pôde fazer uso,
capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável;
VIII - for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos.
§ 1º Há erro de fato quando a decisão rescindenda admitir fato
inexistente ou quando considerar inexistente fato efetivamente
ocorrido, sendo indispensável, em ambos os casos, que o fato
não represente ponto controvertido sobre o qual o juiz deveria ter
se pronunciado.
§ 2º (…).
§ 3º (…).
§ 4º Os atos de disposição de direitos, praticados pelas
partes ou por outros participantes do processo e
homologados pelo juízo, bem como os atos homologatórios
praticados no curso da execução, estão sujeitos à anulação,
nos termos da lei. (...)”

Em análise ao dispositivo em comento, precisa é a lição de Humberto Theodoro Júnior,


que elucida a questão sob a ótica do Código de Processo Civil:

“Exclui o artigo 966, § 4º, do NCPC os atos negociais das partes,


praticados no processo e homologados pelo juiz, no âmbito da
ação rescisória, remetendo-os ao procedimento comum de
anulação. Entendem, não obstante, Fredie Didier Júnior e
Leonardo Carneiro da Cunha que, sendo decisões de mérito as
que homologam a autocomposição do litigio, se sujeitariam à
ação rescisória, e não à ação anulatória.
De fato, a lei reconhece, na espécie, a ocorrência de ‘resolução
de mérito’. Tal resolução, todavia, é obra de negócio jurídico das
partes, e não de decisão do juiz. Este apenas homologa o
convencionado pelas partes para que assuma a condição de ato
processual extintivo do litígio e, consequentemente, do processo.

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NR.PROCESSO: 5574439-13.2020.8.09.0000
Falta ao ato judicial homologatório qualquer conteúdo decisório
que pudesse conferir-lhe a qualidade de ato de ‘resolução do
mérito’ da causa.
Quando se busca invalidar ou romper esse ato que resolveu o
mérito, não é a sentença do juiz o objeto do ataque, mas o
negócio jurídico ocorrido entre as partes que solucionou o litígio.
(...)
O CPC/2015, abrindo a polêmica travada nos primeiros anos de
vigência do CPC/1973, prestigiando a jurisprudência consolidada
do STJ, simplesmente retirou do rol dos casos de rescisória (atual
art. 966) a menção aos vícios de transação e de outras formas de
resolução consensual do litígio (antigo inciso VIII do art. 485 do
CPC anterior). No novo Código, a referência a atos de disposição
de direitos praticados pelas partes homologados pelo juiz constou
apenas da autorização a que fossem eles submetidos à
‘anulação, nos termos da lei civil’ (art. 966, § 4).” (THEODORO
JÚNIOR, H. Curso de Direito Processual Civil. Rio de Janeiro: Forense,
2017. v. III, p. 871-872, grifos nossos).

Com efeito, a Lei Adjetiva Civil em vigor prestigiou a orientação da jurisprudência do


Superior Tribunal de Justiça ao extirpar a necessidade de ação rescisória para
invalidar o acordo firmado pelas partes e homologado em juízo.

Portanto, o indeferimento da peça inicial é medida que se impõe.

Nesta mesma linha de intelecção, colhem-se os julgados:

“ AGRAVO REGIMENTAL. AÇÃO RESCISÓRIA. SENTENÇA


HOMOLOGATÓRIA DE ACORDO PROFERIDA POR CORTE DE
CONCILIAÇÃO E ARBITRAGEM. IRRESCINDIBILIDADE.
CABIMENTO DE AÇÃO ANULATÓRIA. CARÊNCIA DO DIREITO
DE AÇÃO. VIA INADEQUADA. 1. A parte que pretende anular
sentença arbitral deve valer-se de ação de nulidade do referido
ato perante a Justiça Comum Estadual, na forma da lei de
gerência (art. 33 da Lei 9.307/96), não havendo previsão
normativa acerca da possibilidade do ajuizamento de ação
rescisória para tal mister. 2. A substituição da expressão
“sentença de mérito” (art. 485, CPC/73) por “decisão de mérito”
(art. 966, CPC/15) foi implementada para abarcar as decisões
interlocutórias que julgam parcialmente o mérito (art. 356,
CPC/15), as decisões monocráticas e acórdãos, não incluindo as
sentenças arbitrais. 3. Inexistindo elemento novo capaz de
modificar as razões da extinção da ação rescisória, inviável o

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NR.PROCESSO: 5574439-13.2020.8.09.0000
provimento do regimental.” (TJGO – Ação Rescisória 98984-
37.2016.8.09.0000 - Rel. Des. Zacarias Neves Coêlho – 1ª Seção Cível –
julgado em 06/07/2016 – DJe 2072 de 20/07/2016).

“AÇÃO RESCISÓRIA. SENTENÇA ARBITRAL. I-


INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. CARÊNCIA DO DIREITO DE
AÇÃO. EXTINÇÃO DO PROCESSO, SEM RESOLUÇÃO DO
MÉRITO. A Lei nº 9.307/96 (Lei de Arbitragem) prevê, em seu
artigo 33, caput, que a parte interessada poderá pleitear ao órgão
do Poder Judiciário competente a declaração de nulidade de
sentença arbitral, por meio de ação anulatória, sendo que essa
demanda deverá seguir o procedimento comum e ser ajuizada no
prazo de até noventa dias da notificação da sentença arbitral ou
de seu aditamento (artigo 33, § 1º), sendo incabível o
ajuizamento de ação rescisória para desconstituir sentença
arbitral. Evidenciada nos autos a falta de interesse processual
dos autores, ante a inadequação da via eleita, a extinção do
processo, sem resolução do mérito, é medida impositiva, nos
termos do artigo 485, inciso VI do novo Código de Processo Civil.
II- AUTORES BENEFICIÁRIOS DA JUSTIÇA GRATUITA. Os
autores devem ser condenados ao pagamento das custas
processuais e dos honorários advocatícios, estes fixados em 10%
sobre o valor da causa, nos termos do artigo 85, § 2º do novo
Código de Processo Civil, ficando sob condição suspensiva a
respectiva exigibilidade, por serem eles beneficiários da
assistência judiciária (artigo 98, § 3º, NCPC). III- PROCESSO
EXTINTO, SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO (ARTIGO 485, VI,
NCPC).” (TJGO, AÇÃO RESCISÓRIA 206419-70.2016.8.09.0000, Rel.
DES. NORIVAL SANTOMÉ, 2A SEÇÃO CÍVEL, julgado em 15/03/2017,
DJe 2236 de 24/03/2017).

“AÇÃO RESCISÓRIA. SENTENÇA ARBITRAL. INADEQUAÇÃO


DA VIA ELEITA. CARÊNCIA DE AÇÃO. EXTINÇÃO DO FEITO
SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. 1. A Lei de Arbitragem não
prevê a possibilidade de uso de ação rescisória em face de
sentença arbitral. O que o referido diploma permite em seu Artigo
33, caput e § 1º, é a possibilidade de a parte interessada requerer
ao Poder Judiciário competente a decretação da nulidade da
sentença arbitral, sendo certo que tal demanda deverá seguir o
procedimento comum e ser proposta no prazo de até 90
(noventa) dias da notificação da sentença arbitral ou de seu
aditamento. De outro lado, o Artigo 485, do Código de Processo
Civil, ao tratar da ação rescisória, estatui expressamente as
hipóteses em que poderá haver rescisão da sentença de mérito
transitada em julgado, não havendo em seus diversos incisos
qualquer referência à possibilidade de utilização de ação
rescisória em face de sentença arbitral, sendo incabível qualquer
interpretação extensiva nesse sentido. Inadequação da via eleita.
AÇÃO RESCISÓRIA EXTINTA SEM RESOLUÇÃO DO

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NR.PROCESSO: 5574439-13.2020.8.09.0000
MÉRITO.” (TJGO, AR 43095- 69.2014.8.09.0000, Rel. Des. AMARAL
WILSON DE OLIVEIRA, 1ª Seção Cível, DJe 1716 de 28/01/2015).

Desta feita, na hipótese, diante da inadequação da via eleita, a medida cabível é o


indeferimento da inicial, não havendo que se falar na sua emenda, tampouco no
princípio da fungibilidade, porquanto tal princípio é aplicável aos recursos em sentido
estrito e não às ações judiciais, salvo hipótese dos interditos possessórios, o que
efetivamente não é o caso dos autos.

Ademais, ressalte-se que a ação rescisória prevista nos artigos 966 e 975 do Código
de Processo Civil não se confunde com ação anulatória, não se vislumbrando
presentes os pressupostos da rescisória.

Ante o exposto, verificada a utilização inadequada do procedimento da ação


rescisória, reconheço inadequação da via eleita, indefiro a petição inicial e julgo
extinto o feito sem resolução de mérito, nos termos do art. 485, inciso I e VI, do
Código de Processo Civil.

Diante da ausência de citação e por não ter sido o feito submetido ao órgão Colegiado,
deixo de condenar a parte autora ao pagamento de honorários advocatícios.

É como decido.

Intime-se. Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos.

Goiânia, 27 de novembro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR
1009/CR

1Art. 286. O relator indeferirá a petição a que faltar qualquer requisito legal ou que não vier acompanhada de
certidão da sentença rescindenda.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

Intimação Efetivada a Ser Publicada No Diário Eletrônico Nos Próximos 2 (Dois)


Dias Úteis - envio da ementa para publicação

LOCAL : 1ª SEÇÃO CÍVEL


NR.PROCESSO : 5600797-15.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Conflito de Competência
POLO ATIVO : JUIZ (A) DE DIREITO DO 1º JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA
DA COMARCA DE GOIÂNIA
POLO PASSIVO : JUIZ (A) DE DIREITO DA 1ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL DA
COMARCA DE GOIÂNIA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

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NR.PROCESSO: 5600797-15.2020.8.09.0000
INTIMAÇÃO EFETIVADA REFERENTE A MOVIMENTAÇÃO DO DIA - 27 de novembro de
2020 - INTIMAÇÃO VIA DIÁRIO ELETRÔNICO

Local :1ª Seção Cível

Nr. Processo: 5600797-15.2020.8.09.0000

Classe Processual: Conflito de Competência

Suscitante: Juiz (a) de Direito do 1º Juizado Especial Da Fazenda Pública da Comarca


de Goiânia

Suscitado: Juiz (a) de Direito da 1ª Vara Da Fazenda Pública Estadual da Comarca de


Goiânia

Parte interessada Intimada: Edival Soares Batista e outros

Advg. Parte / OAB: Lilia Ribeiro dos Santos OAB/GO 18810

Intime-se a advogada acima mencionada para ter conhecimento do resultado da


Decisão constante no evento 4, cuja ementa teve o seguinte teor:

EMENTA: CONFLITO DE COMPETÊNCIA NEGATIVO. AÇÃO DE


COBRANÇA. JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA VERSUS
VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL. COMPETÊNCIA
ABSOLUTA. SÚMULA 72 DESTA CORTE. 1. Consoante inteligência da
Súmula 72 desta Corte, é da competência privativa dos Juizados
Especiais das Fazendas Públicas o processo e julgamento das ações
envolvendo direitos ou interesses difusos, coletivos e individuais
homogêneos exercidos por meio de ações propostas individualmente
pelos seus titulares ou substitutos processuais, atendidos os requisitos
legais. 2. Com efeito, nas ações cíveis individuais em que o titular
pleiteia, pessoalmente, direito individual homogêneo, tal como a dos
autores que pretendem o recebimento das diferenças retroativas geradas
em decorrência dos parcelamentos das datas-bases, são de competência
absoluta do Juizado Especial da Fazenda Pública, eis que, além de não
serem de grande complexidade e versarem sobre matéria
eminentemente de direito, não se inserem no rol de exceções do § 1º, do
art. 2º, da Lei Federal nº 12.053/2009. CONFLITO NEGATIVO DE
COMPETÊNCIA JULGADO IMPROCEDENTE. COMPETÊNCIA DO
JUÍZO SUSCITANTE.

(Relatora: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI ;


Julgamento: 27/11/2020)

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 02:44:46

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5450954-51.2019.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : JOÃO DIVINO FERREIRA
POLO PASSIVO : BANCO BMG SA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO BMG SA


ADVG. PARTE : 33246 GO - TAYLISE CATARINA ROGERIO SEIXAS

PARTE INTIMADA : JOÃO DIVINO FERREIRA


ADVG. PARTE : 31741 GO - SILVANIO AMELIO MARQUES

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 02:46:08

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0203527-73.2016.8.09.0006
CLASSE PROCESSUAL : Embargos à Execução
POLO ATIVO : LUIZ ALBERTO DE ASSUNCAO FILHO
POLO PASSIVO : BANCO BRADESCO S.A.
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : LUIZ ALBERTO DE ASSUNCAO FILHO


ADVGS. PARTE : 40931 GO - VINICIUS LIMA DE MOURA
30726 GO - MARCOS ANTONIO ANDRADE

PARTE INTIMADA : BANCO BRADESCO S.A.


ADVG. PARTE : 28115 GO - FREDERICO DUNICE PEREIRA BRITO

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


26/11/2020 19:24:24

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5564490-74.2018.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : AMELIA GOMES MOREIRA
POLO PASSIVO : SEGURADORA LIDER DO CONSORCIO DO SEGURO DPVAT S A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : AMELIA GOMES MOREIRA


ADVG. PARTE : 34238 GO - ALAISON KAIO DE JESUS

PARTE INTIMADA : SEGURADORA LIDER DO CONSORCIO DO SEGURO DPVAT S A


ADVG. PARTE : 13721 GO - JACÓ CARLOS SILVA COELHO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5564490-74.2018.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Carlos Alberto França

Apelação Cível n. 5564490-74.2018.8.09.0051


Comarca de Goiânia
Apelante: Amélia Gomes Moreira
Apelada: Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

EMENTA: Apelação Cível. Ação de cobrança de seguro


DPVAT. I – Juros de mora. Termo inicial. Citação. Os juros
de mora sobre o valor da condenação imposta a título de
seguro DPVAT devem incidir a partir da citação, conforme
Súmula 426, do STJ. II – Honorários advocatícios. Valor
irrisório. Majoração. Tendo em vista o valor irrisório fixado a
título de honorários advocatícios, impõe seja majorado a fim de
remunerar dignamente o advogado da parte vencedora, nos
termos da previsão do art. 85, § 8º, do CPC. Assim, diante do
trabalho desenvolvido pelo patrono da parte autora/apelante,
levando-se em consideração os princípios da
proporcionalidade e razoabilidade, majoram-se os honorários
para R$ 1.000,00 (um mil reais).
Apelação Cível conhecida e provida em parte.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de apelação cível interposta por Amélia Gomes Moreira desafiando


a sentença proferida pelo Juiz de Direito da 14ª Vara Cível e Ambiental da Comarca de

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NR.PROCESSO: 5564490-74.2018.8.09.0051
Goiânia, Dr. Carlos Magno Rocha da Silva, nos autos da ação de cobrança de
indenização securitária ajuizada em desfavor da Seguradora Líder dos Consórcios
do Seguro DPVAT.
A sentença recebeu a seguinte redação em sua parte dispositiva (evento n.º
21):

“[…] Posto isso, nos termos do artigo 487, I, do Código de Processo Civil, julgo
PARCIALMENTE PROCEDENTE, com resolução do mérito, o pedido inicial, para
condenar a parte ré ao pagamento da importância de R$ 675,00 (seiscentos e
setenta e cinco reais), corrigido monetariamente pelo INPC, a partir da data do
evento danoso, nos termos da Súmula 580² do STJ, e acrescido de juros de mora
de 1% ao mês, a partir da citação, como dispõe a Súmula 426³ do STJ.

Existindo condenação à cobertura securitária, em observância ao princípio da


causalidade, condeno a Requerida ao pagamento das custas processuais e dos
honorários advocatícios, que arbitro em 15% (quinze por cento) sobre o valor da
condenação, consoante inteligência do § 2º do artigo 85 do Digesto Processual
Civil.

Publique-se. Intimem-se.”

Inconformada, a autora interpôs recurso de apelação (evento n. 24)


ressaltando, inicialmente, a presença dos pressupostos de admissibilidade recursal.
Em seguida, faz breve relato dos fatos que envolvem a relação processual e
destaca que a sentença proferida nos autos merece ser reformada no tocante ao
termo inicial dos juros de mora, que deve ser o momento da pretensão resistida da
seguradora em efetuar o pagamento da indenização do seguro DPVAT.
Alega que o valor fixado a título de honorários sucumbenciais é irrisório e que
deve ser fixado em quantia condizente com o trabalho realizado pelo advogado da
parte vencedora/recorrente, não obstante o valor da condenação tenha sido inferior
àquele pleiteado na inicial. Pugna, assim, pela majoração dos honorários advocatícios,
fixando-os por apreciação equitativa, nos termos do art. 85, §§ 2º e 8º, do CPC.
Por fim, requer o conhecimento e provimento do apelo, para reformar a
sentença fustigada nos pontos alinhados.
Isenta de preparo, porque beneficiária da gratuidade da justiça.
Não foram apresentadas contrarrazões, apesar de regularmente intimada a
recorrida/apelada.
É o relatório.
Passo a decidir monocraticamente, nos termos do artigo 932, do CPC.
Em síntese, a autora/apelante insurge-se contra o termo inicial de incidência
dos juros de mora e o valor da verba honorária advocatícia fixada na sentença

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NR.PROCESSO: 5564490-74.2018.8.09.0051
impugnada.
Na indenização do seguro DPVAT, como na hipótese, os juros de mora
devem incidir a partir da citação, consoante enunciado da Súmula nº 426 do Superior
Tribunal de Justiça, in verbis:

“Súmula 426. Os juros de mora na indenização do seguro DPVAT fluem a partir


da citação.”

Nesse sentido é, também, o entendimento deste E. Tribunal de Justiça:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO DPVAT. TERMO


INICIAL DOS JUROS DE MORA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. VALOR
IRRISÓRIO. FIXAÇÃO POR EQUIDADE.1- Nas ações de cobrança de seguro
DPVAT, o termo inicial de incidência dos juros de mora é a data da citação,
conforme enunciado da súmula nº 426 do STJ.2- Constatado que o valor dos
honorários de sucumbência foi fixado em valor irrisório, deve ser aplicada a regra
do art. 85, § 8o, do CPC, arbitrando-se o seu valor por equidade. APELO
PARCIALMENTE PROVIDO.” (TJGO, Apelação (CPC) 5453088-
11.2018.8.09.0011, Rel. Des(a). CARLOS HIPOLITO ESCHER, 4ª Câmara Cível,
DJe de 05/10/2020).

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA DO SEGURO OBRIGATÓRIO


(DPVAT). JUROS DE MORA. CITAÇÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA. EVENTO
DANOSO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. VALOR IRRISÓRIO. MAJORAÇÃO.
1- As matérias concernentes aos juros de mora e correção monetária, em se
tratando de cobrança do seguro obrigatório (DPVAT), estão sumuladas pelo
Superior Tribunal de Justiça (enunciados n.s 426 e 580). 2 - Assim, os juros de
mora incidem a partir da citação, e a correção monetária desde o evento danoso.
3 - Verificado que os honorários advocatícios foram arbitrados em percentual
irrisório, impõe-se a majoração da verba honorária, de forma equitativa, que, na
espécie, se afigura razoável o valor de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais).
Recurso conhecido e parcialmente provido.” (TJGO, Apelação (CPC) 5470392-
63.2019.8.09.0051, Rel. Des(a). GILBERTO MARQUES FILHO, 3ª Câmara Cível,
DJe de 05/10/2020).

“APELAÇÃO CÍVEL. COBRANÇA DE SEGURO DPVAT. TERMO INICIAL DOS


JUROS MORATÓRIOS SÚMULA 426 DO STJ. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
APRECIAÇÃO EQUITATIVA. MAJORAÇÃO. ART. 85, §§ 2º E 8º, CPC.
PROVIMENTO PARCIAL. I - A Súmula 426 do Superior Tribunal de Justiça
determina que os juros de mora na indenização do seguro DPVAT fluem a partir
da citação. II - O arbitramento dos honorários advocatícios sucumbenciais, nas
causas em que for inestimável ou irrisório o proveito econômico ou, ainda,
quando o valor da causa for muito baixo, serão fixados por análise equitativa,

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NR.PROCESSO: 5564490-74.2018.8.09.0051
levando em consideração o grau de zelo do profissional, o lugar da prestação de
serviço, a natureza e importância da causa, o trabalho realizado pelo advogado e
o tempo exigido para o seu serviço. III - Cabível a majoração do valor arbitrado
quando a fixação se mostra irrisória no que tange à complexidade da causa, bem
como ao labor desenvolvido pelo advogado (art. 85, §§2º e 8º do Código de
Processo Civil). IV - Apelo conhecido e provido em parte.” (TJGO, Apelação
(CPC) 5626606-82.2019.8.09.0051, Rel. Des(a). BEATRIZ FIGUEIREDO
FRANCO, 4ª Câmara Cível, DJe de 14/09/2020).

Destarte, não vinga a insurgência no ponto, pois agiu com acerto o


magistrado de primeiro grau ao estabelecer que, sobre o valor da condenação, devem
incidir juros de mora a partir da citação.

Noutro plano, da leitura do caderno processual, infere-se que o magistrado


primevo proferiu sentença julgando parcialmente procedente o pedido inicial,
condenando a ré/apelada no pagamento de R$ 675,00 (seiscentos e setenta e cinco
reais), acrescido de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês, a partir da citação, e
correção monetária pelo INPC, desde a data do sinistro.
No que diz respeito ao valor atribuído à verba honorária advocatícia
sucumbencial, observa-se que, sendo o valor da condenação baixo, o mais prudente é
fixar os honorários advocatícios por apreciação equitativa, observando-se o grau de
zelo do profissional, o lugar de prestação do serviço, a natureza e importância da
causa e o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço
(artigo 85, §§ 2º e 8º, do Código de Processo Civil).
Em casos similares ao presente, este foi o entendimento adotado por esta
egrégia Corte de Justiça:

“APELAÇÃO CÍVEL E RECURSO ADESIVO. INDEPENDÊNCIA QUANTO A


PERTINÊNCIA TEMÁTICA. AÇÃO DE COBRANÇA SECURITÁRIA - DPVAT. (...)
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS FIXADOS. RAZOABILIDADE
PROPORCIONALIDADE. (...) 4. Consabido que as demandas em que se pleiteia
a concessão da indenização securitária DPVAT não ensejam debate jurídico de
profundidade, conquanto a matéria em estudo é de pouca complexidade. No caso
em estudo, que a condenação implica em valor relativamente baixo, aplica-se a
regra equitativa do artigo 85, § 8º, do CPC, com escopo de remunerar
condignamente o causídico. RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDO E
DESPROVIDO. RECURSO ADESIVO CONHECIDO E DESPROVIDO.” (TJGO,
Apelação (CPC) 5059451-22.2019.8.09.0051, Rel. Des. MARCUS DA COSTA
FERREIRA, 5ª Câmara Cível, DJe de 05/11/2019).

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO DE SEGURO DPVAT.


HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS IRRISÓRIOS. BAIXO VALOR DA
CONDENAÇÃO. APRECIAÇÃO EQUITATIVA. (...) 1. Demonstrada a irrisão do
proveito econômico em caso de imposição dos honorários advocatícios sobre o

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NR.PROCESSO: 5564490-74.2018.8.09.0051
valor da condenação, devem ser arbitrados de forma equitativa, conforme
disposição contida no art. 85, §8º, do Código de Processo Civil. (...) APELAÇÃO
CÍVEL CONHECIDA E PARCIALMENTE PROVIDA. SENTENÇA REFORMADA
EM PARTE.” (TJGO, Apelação (CPC) 5361017-05.2018.8.09.0006, Rel. Des.
JAIRO FERREIRA JUNIOR, 6ª Câmara Cível, DJe de 02/11/2019).

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO DPVAT. ACIDENTE


DE TRÂNSITO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. VALOR DA CONDENAÇÃO
BAIXO. APLICAÇÃO DO ARTIGO 85, §8º DO CPC. HONORÁRIO RECURSAL. I
- Diante do valor irrisório da condenação (R$843,75) devem os honorários
sucumbenciais serem fixados por apreciação equitativa, observando o grau de
zelo profissional, lugar da prestação do serviço, natureza e importância da causa,
o trabalho realizado pelo advogado bem como o tempo exigido para o seu
serviço, conforme preceitua o §8º do art. 85 do CPC; (...) III - RECURSO DE
APELAÇÃO CONHECIDO E DESPROVIDO.” (TJGO, Apelação (CPC) 5139720-
71.2019.8.09.0011, Rel. Des. GERSON SANTANA CINTRA, 3ª Câmara Cível,
DJe de 12/09/2019).

Voltando ao caso concreto, ainda que fosse aplicado o percentual máximo de


20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação, os honorários advocatícios
resultariam em valor que reputo irrisório – R$ 135,00 (cento e trinta e cinco reais),
razão porque entendo correta a sua fixação por apreciação equitativa.
Nesse delinear, levando em consideração os parâmetros estabelecidos pelo
art. 85, §2°, incisos I a IV, do Código de Processo Civil, bem como os princípios da
proporcionalidade e razoabilidade, e observando a previsão do art. 85, § 8º, do CPC,
impõe-se a majoração dos honorários advocatícios para R$ 1.000,00 (um mil reais).
Nesse sentido:

“DUPLO AGRAVO INTERNO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA PROFERIDA


EM APELAÇÃO. AÇÃO DE COBRANÇA. DPVAT. APLICAÇÃO DA TABELA DE
ACIDENTES PESSOAIS. GRADUAÇÃO DA INDENIZAÇÃO FEITA DE FORMA
INDEVIDA. PAGAMENTO PARCIAL REALIZADO NA VIA ADMINISTRATIVA.
HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS. REFORMA DE OFÍCIO. INEXISTÊNCIA DE
FATOS NOVOS. PREQUESTIONAMENTO. (...) 4- Nas causas em que o valor da
condenação mostrar-se irrisório, os honorários advocatícios devem ser fixados de
acordo com a regra inserta no paragrafo 8º, do art. 85, do CPC, a considerar-se,
ainda, os critérios estabelecidos nos incisos, I, II, III, e IV, do paragrafo 2º, do
mesmo artigo, como o grau de zelo do profissional, o lugar da prestação de
serviço, a natureza e importância da causa, o trabalho realizado pelo advogado e
o tempo exigido para o serviço. 5- De ofício, adequa-se o valor dos honorários,
nos moldes do artigo 85, § 8º do CPC, devendo a verba ser majorada, quando
fixada aquém daquele condizente com o trabalho dispendido pelo advogado e
circunstâncias da causa, sem que isso se traduza em reformatio in pejus,
porquanto, como consectários legais, os honorários possuem natureza de ordem
pública, podendo ser revistos a qualquer momento e até mesmo de ofício. 6- Para

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NR.PROCESSO: 5564490-74.2018.8.09.0051
efeito de prequestionamento, é suficiente que a questão objeto do recurso de
apelação tenha sido apreciada pelo Tribunal local. AGRAVO INTERNO
CONHECIDO E DESPROVIDO.” (TJGO, Apelação (CPC) 5417988-
12.2017.8.09.0049, Rel. Dr. ROBERTO HORÁCIO DE REZENDE, 1ª Câmara
Cível, DJe de 21/09/2020).

“APELAÇÃO CÍVEL. COBRANÇA DO SEGURO DPVAT. JUROS DE MORA.


TERMO INICIAL. PEDIDO DE QUANTUM INDENIZATÓRIO A TÍTULO DE
DANOS MORAIS E ESTÉTICOS. INOVAÇÃO RECURSAL, HONORÁRIOS DE
SUCUMBÊNCIA. MAJORAÇÃO. POSSIBILIDADE. 1. O valor da condenação
referente à indenização do seguro obrigatório (DPVAT) deverá ser acrescido de
juros de mora de 1% (um por cento) ao mês, contados da citação, e correção
monetária pelo INPC, desde a data do evento danoso (Súmulas 426 e 580 do
STJ). 2. Em sede de apelação é incabível a apreciação de questões não
suscitadas no juízo de origem, por ser vedada a inovação recursal. 3. Nas causas
em que o valor da condenação é irrisório, a verba honorária deve ser arbitrada
por apreciação equitativa, nos termos do artigo 85, § 8º, do CPC/2015. 4.
Constatado que a verba honorária foi fixada em valor ínfimo, deve aquela ser
majorada, levando-se em consideração o §2 do art. 85 do CPC. 5. Sopesando os
critérios estabelecidos pelo § 2º do artigo 85 do CPC/2015, majora-se os
honorários sucumbenciais para R$ 1.200,00 (um mil e duzentos reais).
APELAÇÃO CONHECIDA E PARCIALMENTE PROVIDA.” (TJGO, Apelação
(CPC) 5145899-95.2019.8.09.0051, Rel. Des(a). ALAN SEBASTIÃO DE SENA
CONCEIÇÃO, 5ª Câmara Cível, DJe de 14/09/2020).

Por fim, consigno que, como no caso em apreço a apelação cível será
conhecida e parcialmente provida, não há se falar em majoração dos honorários
advocatícios sucumbenciais em grau recursal.
Na confluência do exposto, conheço do apelo e lhe dou parcial provimento
, para reformar a sentença impugnada e majorar os honorários advocatícios
sucumbenciais, devidos em favor do causídico da parte autora/apelante, para R$
1.000,00 (um mil reais), nos termos do art. 85, § 2º e 8º, do CPC.
Intimem-se.
Goiânia, 26 de novembro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR
/C25

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 03:17:24

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5035855-77.2017.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Execução de Título Extrajudicial ( L.E. )
POLO ATIVO : RDLJ
POLO PASSIVO : RRS
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : RDLJ


ADVG. PARTE : 27633 GO - RUBENS DÁRIO LISBOA JUNIOR

PARTE INTIMADA : RRS


ADVG. PARTE : 233286 SP - ADRIANO ROBERTO COSTA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido - Data da Movimentação


26/11/2020 09:09:54

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5263906-46.2019.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : LARCO COMERCIAL DE PRODUTOS DE PETRÓLEO LTDA
POLO PASSIVO : AUBIRLAN BORGES VITOI - SUPERINTENDENTE EXECUTIVO DA RECEITA
DA SECRETARIA A FAZENDA DO ESTADO DE GOIÁS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : LARCO COMERCIAL DE PRODUTOS DE PETRÓLEO LTDA


ADVGS. PARTE : 49513 PE - DANIELLE LOBO CARVALHO DE ARAÚJO
17762 PE - ARNALDO RODRIGUES DA SILVA NETO
21146 PE - PATRÍCIA FREIRE CALDAS HERÁCLIO DO RÊGO RODRIGUES
DIAS

PARTE INTIMADA : LARCO COMERCIAL DE PRODUTOS DE PETRÓLEO LTDA


ADVGS. PARTE : 49513 PE - DANIELLE LOBO CARVALHO DE ARAÚJO
17762 PE - ARNALDO RODRIGUES DA SILVA NETO
21146 PE - PATRÍCIA FREIRE CALDAS HERÁCLIO DO RÊGO RODRIGUES
DIAS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5263906-46.2019.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador José Carlos de Oliveira

DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO E APELAÇÕES CÍVEIS Nº 5263906-46.2019.8.09.0051

2ª CÂMARA CÍVEL

1ª APELANTE : LARCO COMERCIAL DE PRODUTOS DE PETRÓLEO LTDA

2º APELANTE : ESTADO DE GOIÁS

1º APELADO : ESTADO DE GOIÁS

2ª APELADA : LARCO COMERCIAL DE PRODUTOS DE PETRÓLEO LTDA

RELATOR : DESEMBARGADOR JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade do brado recursal, dele conheço.

Conheço também do duplo grau de jurisdição, visto que o presente caso enquadra-se nas exigências
previstas no § 1º do artigo 14 da Lei federal nº 12.016, de 07 de agosto de 2009, senão veja-se:

Art. 14. Da sentença, denegando ou concedendo o mandado, cabe


apelação.

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NR.PROCESSO: 5263906-46.2019.8.09.0051
§ 1º Concedida a segurança, a sentença estará sujeita obrigatoriamente ao
duplo grau de jurisdição.

Pois bem.

Em proêmio, acerca da preliminar ventilada pelo Estado de Goiás, acerca da necessidade de sobrestamento do
presente feito, entendo que razão não lhe assiste.

Isso porque, até o momento não há decisão nesse sentido por parte da Corte Suprema, conforme preconiza o
artigo 1.035, § 5º, do Código de Processo Civil, conforme se observa ao consultar os autos do Recurso
Extraordinário nº 714.139/SC, relativo ao Tema 745. Ao contrário, o eminente Ministro Marco Aurélio, da
excelsa Suprema Corte, a quem coube a relatoria dessa matéria, indeferiu expressamente o pedido de
suspensão de todos os processos que versassem sobre essa mesma questão, in verbis:

1. O Gabinete prestou as seguintes informações:

O Estado do Rio de Janeiro requer seja determinada a suspensão dos


processos que versem a questão cuja repercussão geral foi reconhecida
neste extraordinário, com fundamento no artigo 1.035, § 5º, do Código de
Processo Civil de 2015. Alega que, somente perante a Justiça local,
tramitam, aproximadamente, 1.019 processos sobre a mesma controvérsia.

O Supremo, em 13 de junho de 2014, assentou a existência de


repercussão geral da matéria veiculada no recurso extraordinário: a
constitucionalidade, ou não, de norma estadual em que prevista a alíquota
de 25% alusiva ao Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços
incidente no fornecimento de energia elétrica e nos serviços de
telecomunicação, em patamar superior ao estabelecido para as operações
em geral – 17% (Tema 745).

2. Juntem.

3. Consubstancia cláusula pétrea o acesso ao Judiciário, a pressupor a


tramitação regular do processo: “A lei não excluirá da apreciação do Poder
Judiciário lesão ou ameaça a direito” – inciso XXXV do artigo 5º da Constituição
Federal. O Tribunal tem elevado resíduo de recursos extraordinários com
repercussão geral admitida. Ante o desenvolvimento dos trabalhos no Plenário, o
número de processos alvo de exame por assentada, há prognóstico segundo o
qual será necessária uma dezena de anos para julgar-se os casos, isso sem
cogitar-se da admissão de novos recursos, sob o ângulo da repercussão geral.

Então, reconhecido o fato de o § 5º do artigo 1.035 do Código de Processo Civil

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NR.PROCESSO: 5263906-46.2019.8.09.0051
preceituar “a suspensão do processamento de todos os processos pendentes,
individuais ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território
nacional”, uma vez reconhecida a repercussão geral, há de merecer alcance
estrito.

4. Indefiro o pedido formalizado pelo Estado do Rio de Janeiro.

5. Publiquem.

Brasília – residência –, 17 de agosto de 2016, às 12h.

Ministro MARCO AURÉLIO, Relator

Noutro turno, as decisões proferidas nos autos de Suspensão de Segurança nº 5.305 alcançam tão somente os
feitos lá discriminados, o que não inclui o presente, senão veja-se:

Ex positis, defiro o pedido de extensão, para que a suspensão anteriormente


deferida e ora ratificada alcance também o acórdão proferido no Agravo de
Instrumento nº 5191036.59.2018.8.09.0000 (processo nº
5149925.39.2019.8.09.0051, parte autora: Petroball Distribuidora de Petróleo
Ltda).

Intimem-se a nova parte interessada para que, querendo, possam se manifestar


no prazo de cinco dias, conforme as informações apresentadas à fl. 2 da Petição
nº 70.900/2019 (item 120 do processo eletrônico).

Na sequência, intime-se o Procurador-Geral da República para que, em igual


prazo, apresente parecer (art. 297, § 1º, do Regimento Interno do Supremo
Tribunal Federal e art. 25, § 1º, da Lei nº 8.038/1990).

Ainda, em relação às decisões proferidas em 7/10/2019 e 21/10/2019, proceda a


Secretaria às intimações das partes interessadas na forma em que requerido
pelo Estado de Goiás às fls. 3/4 da Petição nº 69.080/2019 (item 103 do
processo eletrônico).

Publique-se. Int..

Brasília, 18 de novembro de 2019.

Ministro LUIZ FUX

Vice-Presidente

Ex positis, ratificando a medida liminar concedida, julgo procedente o pedido


formulado pelo Estado de Goiás para suspender a eficácia e a execução das
decisões liminares e/ou acórdãos proferidos no âmbito do Mandado de
Segurança nº 5170158.93.2018.8.09.0051, até seu trânsito em julgado, bem
como para que se alcancem também os processos indicados nos posteriores
pedidos de extensão.

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NR.PROCESSO: 5263906-46.2019.8.09.0051
Ademais, defiro o terceiro pedido de extensão, para que a suspensão alcance
também as decisões liminares e/ou acórdãos proferidos no âmbito do processo
numerado pelo Estado de Goiás no doc. 173, qual seja:
5254944.68.2018.8.09.0051 (Distribuidora Tabocão Ltda).

Intime-se a interessada para que, querendo, se manifeste no prazo de cinco dias,


cabendo ao Estado requerente diligenciar as informações necessárias.

Ficam prejudicados os recursos pendentes.

Publique-se. Intime-se.

Brasília, 22 de abril de 2020.

Ministro LUIZ FUX

Vice-Presidente

Trata-se, portanto, de decisões interna corporis, razão pela qual não há que se falar em sobrestamento do feito
em exame.

Superada a preliminar ventilada, adentro ao meritum causae.

Cumpre registrar, inicialmente, que o mandado de segurança, nos termos do artigo 5º, inciso LXIX, da
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, presta-se a proteger direito líquido e certo, não
amparado por habeas corpus e habeas data, quando o responsável pelo ato coator for autoridade pública ou
agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.

Entende-se por direito líquido e certo a comprovação dos fundamentos de fato alegados, mediante prova
estritamente documental, sem que haja necessidade de maior dilação probatória.

A propósito:

Posteriormente, assentou-se que o mandado de segurança destina-se à


defesa de direito líquido e certo. Por algum tempo, manteve-se o entendimento
segundo o qual somente seria cabível se o direito fosse incontroverso,
“translúcido” e sem qualquer complexidade.

Direito líquido e certo, como a etimologia do termo indica, é o que se


apresenta manifesto na sua existência e apto a ser exercitado. Ora, sendo
assim, todo direito é líquido e certo, exatamente porque o direito, qualquer que
seja, deve ser manifesto, isto é, deve decorrer da ocorrência de um fato que
acarrete a aplicação de uma norma, podendo já ser exercido, uma vez que já

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NR.PROCESSO: 5263906-46.2019.8.09.0051
adquirido e incorporado ao patrimônio do sujeito.

Na verdade, o que se deve ter como líquido e certo é o fato, ou melhor, a


afirmação de fato feita pela parte autora. Quando se diz que o mandado de
segurança exige a comprovação de direito líquido e certo, está-se a
reclamar que os fatos alegados pelo impetrante estejam, desde já,
comprovados, devendo a petição inicial vir acompanhada dos documentos
indispensáveis a essa comprovação. Daí a exigência de a prova, no
mandado de segurança, ser pré-constituída. (in CUNHA, Leonardo Carneiro
da. A Fazenda Pública em juízo, 17ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2020).

Assim, tem o impetrante, na via estreita do mandado de segurança, o ônus de demonstrar, cabalmente, ao
tempo da propositura, a ilegalidade ou o abuso de direito praticado pela autoridade coatora contra seus
interesses legalmente protegidos pela ordem constitucional ou legal.

Por sua vez, deve o magistrado sopesar os fatos e avaliar se o ato praticado pela autoridade pública
está ou não em conformidade com o ordenamento jurídico.

Pois bem.

A Carta Magna, ao disciplinar o Sistema Tributário Nacional, a partir de seu artigo 145, estabelece uma série de
princípios que devem ser observados pelo legislador, aplicador e intérprete do direito, dentre os quais estão os
princípios da legalidade, anterioridade, não-confisco, essencialidade, seletividade, isonomia e não-
cumulatividade.

No que se refere ao princípio da seletividade, a Constituição da República estabelece a sua observância em


dois impostos: o Imposto sobre Produtos Industrializados (artigo 153, § 3º, inciso I) e o Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços (artigo 155, § 2º, inciso III), verba legis:

Art. 153. Compete a União instituir impostos sobre:

(…)

IV – produtos industrializados;

(…)

§ 3º O imposto previsto no inciso IV:

I – será seletivo, em função da essencialidade do produto.

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NR.PROCESSO: 5263906-46.2019.8.09.0051
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:

(…)

II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de


serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda
que as operações e as prestações se iniciem no exterior;

(…)

§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:

(…)

III – poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos


serviços.

Acerca da seletividade, oportuna a lição de Leandro Paulsen, ipsis litteris:

Autorização para a utilização da técnica da seletividade. Relativamente ao ICMS,


a Constituição autoriza a seletividade. Já para o IPI é imperativa, determinando
que seja seletivo em função da essencialidade do produto, conforme se vê do art.
153, § 3º, I, da CF. (in Direito Tributário, Constituição e Código Tributário à luz da
doutrina e da jurisprudência, 9ª ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, p. 363).

Não se poderia deixar de citar os judiciosos ensinamentos de Luciano Amaro, ad litteris et verbis:

Deve ser diferenciado (através de isenções ou de incidência tributária menos


gravosa) o tratamento de situações que não revelem capacidade contributiva ou
que mereçam um tratamento fiscal ajustado à sua menor expressão econômica.
Hão de ser tratados, pois, com igualdade aqueles que tiverem igual capacidade
contributiva, e com desigualdade os que revelem riquezas diferentes e, portanto,
diferentes capacidades de contribuir (in Direito Tributário Brasileiro, 2ª ed. São
Paulo: Saraiva, 1998, p. 131).

Entende-se, portanto, que adotando o princípio da seletividade para fins do Imposto sobre a Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS), os Estados devem levar em conta a essencialidade do produto e/ou serviço, de
forma que a alíquota poderá ser mais elevada para produtos e/ou serviços supérfluos,- justamente para
desestimular o consumo, enquanto que os produtos e/ou serviços essenciais poderão ter alíquotas mais baixas,
para que alcancem a maioria dos cidadãos que deles dependam, o que colide com as alegações da apelante
de afronta ao princípio da isonomia, ao “privilegiar”, no seu entender os produtores agropecuários.

É de se destacar que a análise da observância ao princípio da seletividade demanda vasto exame das demais

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NR.PROCESSO: 5263906-46.2019.8.09.0051
alíquotas incidentes sobre os produtos sujeitos ao ICMS, sendo que a essencialidade deve ser observada
objetivamente e não em razão da importância da mercadoria para seu consumidor.

In casu, é gritante a liquidez e certeza do direito vindicado pela Impetrante no presente feito, de afastamento da
cobrança do adicional de 2% (dois por cento) na alíquota do ICMS sobre operações internas com Álcool Etílico
Hidratado Combustível (AEHC), destinado a prover recursos ao Fundo de Proteção Social do Estado de Goiás
– PROTEGE GOIÁS.

O Órgão Especial deste Egrégio Tribunal de Justiça, nos autos da Arguição de Inconstitucionalidade de Lei nº
111090-02.2014.8.09.0000, reconheceu a inconstitucionalidade das Leis Estaduais n os 15.505/2005,
15.921/2006 e 15.945/2006, que dispõem sobre a criação do Fundo de Proteção Social do Estado de Goiás –
PROTEGE GOIÁS, bem como disciplinam os meios de fomento para o mesmo, dentre os quais a receita
oriunda do adicional de 2% (dois por cento) na alíquota do ICMS sobre produtos e serviços supérfluos,
operações internas com gasolina, óleo diesel, álcool etílico, energia elétrica.

A propósito, o sobredito incidente ficou assim ementado:

ARGUIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI. CRIAÇÃO DO FUNDO DE


COMBATE À POBREZA. MODIFICAÇÃO NO CÓDIGO TRIBUTÁRIO
ESTADUAL POR LEI ORDINÁRIA. VÍCIO FORMAL. I - São inconstitucionais as
Leis Estaduais nºs 15.505/2005, 15.921/2006 e 15.945/2006, por afronta aos
artigos 1461, inciso III, alínea “a”, e 155, § 2º, inciso XII, alínea “g”, todos da
Constituição Federal, e artigos 822, § 1º combinado com 79 do Ato das
Disposições CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS, E ARTIGO 1041, inciso II, §
2º, inciso “X”, alínea “g” da Carta Estadual, por invasão de competência de Lei
Complementar, uma vez que “Não pode, portanto, lei ordinária, sob pena de
inconstitucionalidade por invasão de competência, ingressar na esfera de
competência da lei complementar para derrogá-la.” (MS 20.382/DF, Rel. Min.
Moreira Alves, Pleno, DJ de 09/11/90). II - A criação de Fundos pelos Estados
por meio de Lei Ordinária, de cunho social, em atendimento ao comando do
artigo 82, por simetria ao modelo estabelecido para a criação de Fundos pela
União, consoante determina o ARTIGO 792, AMBOS DO ATO DAS
DISPOSIÇÕES Constitucionais Transitórias - ADCT é inconstitucional por
inobservância da espécie legislativa determinada na Norma Magna. III - A
alteração de Código Tributário é matéria de reserva de Lei Complementar, diante
do fenômeno da recepção constitucional, não possuindo as reportadas Leis
Ordinárias competência de impor alteração em texto referido. ARGUIÇÃO DE
INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI CONHECIDA E ACOLHIDA.” (TJGO,
ARGUIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI 111090-02.2014.8.09.0000,
Rel. DES. FAUSTO MOREIRA DINIZ, CORTE ESPECIAL, julgado em
14/10/2015, DJe 1908 de 12/11/2015)

Como se sabe, o entendimento do Órgão Especial em matéria constitucional vincula os demais órgãos
fracionários do egrégio Tribunal de Justiça.

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NR.PROCESSO: 5263906-46.2019.8.09.0051
Sobre o assunto, judiciosa é a lição do professor Kildare Gonçalves de Carvalho, proficiente Desembargador do
egrégio Tribunal de Justiça de Minas Gerais:

Decidida a questão da constitucionalidade no Pleno ou no órgão especial, o


processo retorna ao órgão fracionário, em que foi suscitado o incidente de
arguição de inconstitucionalidade, para o julgamento do caso concreto à luz do
entendimento firmado pelo Pleno relativamente à questão constitucional, a qual o
órgão fracionário fica vinculado, e se incorpora ao julgamento do recurso ou da
causa.

Essa vinculação estende-se a todos os órgãos fracionários do Tribunal,


extravasando os autos em que foi proferida, e passa a valer para todos os feitos
subsequentes em tramitação no Tribunal que envolvam a mesma questão
constitucional.

Trata-se de uma vinculação horizontal, já que, a despeito de a decisão do Pleno


transcender o caso concreto, ela não vincula outros Tribunais, mas somente o
Tribunal julgador. (in Direito Constitucional, 15. ed., rev. atual. e ampl., Belo
Horizonte: Del Rey, 2009, p. 431)

No mesmo sentido é o posicionamento do Ministro Gilmar Ferreira Mendes, do excelso Supremo Tribunal
Federal:

“(…) decidido o incidente pelo Órgão Especial ou pelo Plenário, ficarão os órgãos
fracionários dispensados de submeter a controvérsia a novo exame (CPC, art.
481, parágrafo único). Tal entendimento acaba por fixar um efeito vinculante
interna corporis (limitado ao âmbito do próprio Tribunal).” (in Curso de Direito
Constitucional, 7. ed., São Paulo: Saraiva, 2012, p. 1.180)

Com efeito, no caso sub examine, o mesmo adicional está novamente sendo cobrado, porém dessa vez por
meio da Lei Estadual no 19.925/2017, deve ser afastada a cobrança do adicional de 2% (dois por cento) na
alíquota do ICMS sobre operações internas com Álcool Etílico Hidratado e Diesel, destinado a prover recursos
ao Fundo de Proteção Social do Estado de Goiás – PROTEGE GOIÁS.

Demais disso, o imposto foi cobrado com base também na Lei Estadual nº 15.921/2006, a qual, como já dito
alhures, foi declarada inconstitucional pelo Órgão Especial desta Corte de Justiça.

Neste toar, vejo que a Lei Estadual nº 19.925/2017 (ordinária), de igual forma, não está em consonância com a
Carta Republicana, uma vez que usurpa a competência atribuída à Lei Complementar, isto é, ofensa à reserva
de Lei Complementar.

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NR.PROCESSO: 5263906-46.2019.8.09.0051
Assim sendo, somente essa alíquota de 2% (dois por cento) deve ser suprimida do valor cobrado, devendo ser
privilegiado o princípio da colegialidade e adotar a tese, mesmo que não exista efeito erga omnes.

Sobre a temática, este Egrégio Sodalício goiano manifesta-se de forma recente e firme no seguinte sentido,
verbi gratia:

DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO E APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO


DECLARATÓRIA. INCONSTITUCIONALIDADE DO ARTIGO 27, XI, A E B, E §
5º, DO CÓDIGO TRIBUTÁRIO ESTADUAL, DOS ARTIGOS 1º E 7º DA LEI
ESTADUAL N. 14.469/2003 E DO ART. 20, § 1º, V, B E C, E § 6º, DO RCTE.
AFASTAMENTO. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE. APLICAÇÃO
FACULTATIVA. REDUÇÃO DA ALÍQUOTA DO ICMS PELO PODER
JUDICIÁRIO. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES.
INSTITUIÇÃO E REGULAMENTAÇÃO DO PROTEGE. FUNDO DE COMBATE
E ERRADICAÇÃO DA POBREZA. DESNECESSIDADE DA INSTITUIÇÃO POR
LEI COMPLEMENTAR. CONVALIDAÇÃO PELO ARTIGO 4º DA EMENDA
CONSTITUCIONAL N. 42/2003. ADICIONAL DE 2% NA ALÍQUOTA DO ICMS.
LEGALIDADE. INVERSÃO DO ÔNUS SUCUMBENCIAL. 1. A seletividade do
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em função da
essencialidade é facultativa, conforme prevê o artigo 155, § 2º, inciso III, da
Carta Magna, não sendo possível impor ao ente público a utilização de
alíquota seletiva para a cobrança do imposto. 2. Por constituir faculdade
conferida ao legislador estadual, a quem a Constituição Federal conferiu a
competência tributária para regulamentar o Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS), não incumbe ao Poder Judiciário a fixação
ou modificação de alíquotas, restringindo-lhe a função de controle de
legalidade, sob pena de violação à separação de poderes e às atribuições
expressamente previstas na Constituição Federal. 3. A fixação da alíquota
de 27% (vinte e sete por cento) para os serviços de telecomunicações e
energia elétrica não fere o princípio da seletividade, uma vez que, em
matéria tributária, as distinções podem se dar em função da capacidade
contributiva ou por razões extrafiscais que estejam alicerçadas
constitucionalmente, como na determinação de tratamento favorecido para
as microempresas e empresas de pequeno porte. Inteligência da
Constituição Federal, art. 146, III, d. 4. Não é inconstitucional o Fundo de
Proteção Social do Estado de Goiás (PROTEGE GOIÁS), instituído pela Lei
Estadual n. 14.469/2003 e regulamentado pelo Decreto Estadual n.
5.832/2003, para atender ao comando inserido no artigo 82, caput, do ADCT
da CF/1988, que não exige lei complementar para a criação do Fundo de
Combate e Erradicação da Pobreza pelos Estados, Distrito Federal e
Municípios, verificando-se, ainda, a convalidação de todos os fundos
criados sob a égide da Emenda Constitucional n. 31/2000 pelo artigo 4º da
Emenda Constitucional n. 42/2003. Precedentes do Supremo Tribunal
Federal, do Superior Tribunal de Justiça e desta Corte Estadual. 5. A Lei
Estadual n. 11.651/1991 (Código Tributário Estadual - CTE) não estabelece
que a energia elétrica seja um produto supérfluo, uma vez que o adicional
não incide para o produtor rural e famílias de baixa renda, mas tão somente,

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5263906-46.2019.8.09.0051
visa estabelecer um parâmetro de equidade, haja vista a vultuosa potência
de energia utilizada pelas empresas de grande porte. 6. A base legal para a
cobrança do adicional de alíquotas do Fundo de Proteção Social do Estado
de Goiás (PROTEGE) encontra-se encartada no artigo 20, § 6º, do Decreto
Estadual n. 4.852/1997 (Regulamento do Código Tributário Estadual - RCTE)
e no artigo 1º da Instrução Normativa n. 784/GSF, de 6 de abril de 2006, o
que reforça o afastamento da alegação de ilegalidade da incidência do
adicional de 2% na alíquota do ICMS sobre a energia elétrica. 7. Por força da
reforma da sentença, devida é a inversão do ônus sucumbencial, com a
consequente condenação da parte autora nas custas processuais e
honorários advocatícios. Reexame necessário e apelação cível providos.

(TJGO, Apelação / Reexame Necessário 5156579-47.2016.8.09.0051, Rel.


ZACARIAS NEVES COELHO, 2ª Câmara Cível, julgado em 24/03/2019, DJe
de 24/03/2019)

DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO E APELAÇÕES CÍVEIS. AÇÃO ORDINÁRIA.


INCONSTITUCIONALIDADE DO ARTIGO 27, INCISO XI, ALÍNEA "B" E § 5º
DA LEI ESTADUAL Nº 11.651/1991. INVALIDADE AFASTADA.
DIVERSIDADES DE ALÍQUOTAS DO ICMS INCIDENTE SOBRE O CONSUMO
DE ENERGIA ELÉTRICA. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE. APLICAÇÃO
FACULTATIVA. INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 155, § 2º, INCISO III, DA CARTA
MAGNA. REDUÇÃO DA ALÍQUOTA DE 27% PARA 17%. VEDAÇÃO DE
INTERVENÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA
SEPARAÇÃO DOS PODERES. INSTITUIÇÃO E REGULAMENTAÇÃO DO
PROTEGE. FUNDO DE COMBATE E ERRADICAÇÃO DA POBREZA.
DESNECESSIDADE DA INSTITUIÇÃO POR LEI COMPLEMENTAR.
CONVALIDAÇÃO PELO ARTIGO 4º DA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº
42/2003. ADICIONAL DE 2% NA ALÍQUOTA DO ICMS. LEGALIDADE.
INVERSÃO DO ÔNUS SUCUMBENCIAL. 1. A seletividade do Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em função da essencialidade
é facultativa, conforme prevê o artigo 155, § 2º, inciso III, da Carta Magna,
não sendo possível impor ao ente público a utilização de alíquota seletiva
para a cobrança do imposto. 2. Não cabe ao Poder Judiciário a fixação ou
modificação de alíquotas, agindo em lugar do Poder Legislativo,
restringindo-lhe a função de controle de legalidade, sob pena de violação
ao princípio da separação de poderes. 3. A fixação da alíquota de 27% (vinte
e sete por cento) do ICMS sobre o consumo de energia elétrica não fere o
princípio tributário da seletividade, uma vez que, em matéria tributária, as
distinções podem se dar em função da capacidade contributiva ou por
razões extrafiscais que estejam alicerçadas constitucionalmente. 4. O
Fundo de Proteção Social do Estado de Goiás (PROTEGE GOIÁS) foi
instituído pela Lei estadual nº 14.469/2003, razão pela qual não há que se
falar em inconstitucionalidade na criação do fundo, donde deriva a validade
do adicional de 2% (dois por cento) sobre a alíquota de ICMS incidente
sobre o consumo de energia elétrica. 5. O PROTEGE GOIÁS foi instituído
para atender ao comando inserido no artigo 82, caput, do ADCT da CF/1988,
que não exige lei complementar para a criação do Fundo de Combate e
Erradicação da Pobreza pelos Estados, Distrito Federal e Municípios. O
Supremo Tribunal Federal assentou o entendimento segundo o qual todos

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NR.PROCESSO: 5263906-46.2019.8.09.0051
os Fundos criados sob a égide da Emenda Constitucional nº 31/2000 foram
convalidados pelo artigo 4º da Emenda Constitucional nº 42/2003. 6. A Lei
estadual nº 11.651/1991 não estabelece que a energia elétrica seja um
produto supérfluo, uma vez que o adicional não incide para o produtor rural
e famílias de baixa renda, mas, tão somente, visa estabelecer um parâmetro
de equidade, haja vista a vultosa potência de energia utilizada pelas
empresas de grande porte. 7. Por força da reforma da sentença, devida é a
inversão do ônus sucumbencial, com a consequente condenação da parte
autora nas custas processuais e honorários advocatícios. 8. REMESSA
OBRIGATÓRIA E 1ª APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDAS E PROVIDAS. 2ª
APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA, MAS PREJUDICADA.

(TJGO, Apelação / Reexame Necessário 0263140-20.2015.8.09.0051, Rel.


ELIZABETH MARIA DA SILVA, 4ª Câmara Cível, julgado em 01/07/2019, DJe
de 01/07/2019)

(…) II. Porque declarada a sua inconstitucionalidade, deve ser afastada a


cobrança do adicional de 2% (dois por cento) na alíquota do ICMS,
destinado a prover recursos ao Fundo de Proteção Social do Estado de
Goiás ? PROTEGE GOIÁS. (…) Agravo de instrumento conhecido e
desprovido. Decisão mantida.

(TJGO, Agravo de Instrumento (CPC) 5528892-18.2018.8.09.0000, Rel.


CARLOS ALBERTO FRANÇA, 2ª Câmara Cível, julgado em 13/12/2018, DJe
de 13/12/2018)

Lado outro, no que toca às razões expostas pelo 1º Apelante/Impetrante, no sentido de ser determinada a
devolução das importâncias pagas decorrentes do tributo cobrado indevidamente, adianto que razão lhe
assiste.

Como de notória sabença, a Corte Cidadão consolidou o entendimento de que o mandado de segurança é a via
adequada para fins de declaração do direito à compensação tributária, ex vi da Súmula nº 213: “O mandado de
segurança constitui ação adequada para a declaração do direito à compensação tributária.”

Acerca da necessidade, ou não, de comprovação do recolhimento feito a maior ou indevido para fins de
declaração do sobredito direito, o Superior Tribunal de Justiça, ao julgar o REsp nº 1.715.294/SP, sob a técnica
da repercussão geral (Tema nº 118), assim entendeu:

TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL.


REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. TESE FIRMADA SOB O RITO DOS

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NR.PROCESSO: 5263906-46.2019.8.09.0051
RECURSOS ESPECIAIS REPETITIVOS. ART. 1.036 E SEGUINTES DO
CÓDIGO FUX. DIREITO DO CONTRIBUINTE À DEFINIÇÃO DO ALCANCE DA
TESE FIRMADA NO TEMA 118/STJ (RESP. 1.111.164/BA, DA RELATORIA DO
EMINENTE MINISTRO TEORI ALBINO ZAVASCKI). INEXIGIBILIDADE DE
COMPROVAÇÃO, NO WRIT OF MANDAMUS, DO EFETIVO RECOLHIMENTO
DO TRIBUTO, PARA O FIM DE OBTER DECLARAÇÃO DO DIREITO À
COMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA, OBVIAMENTE SEM QUALQUER EMPECILHO
À ULTERIOR FISCALIZAÇÃO DA OPERAÇÃO COMPENSATÓRIA PELO
FISCO COMPETENTE.

A OPERAÇÃO DE COMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA REALIZADA NA


CONTABILIDADE DA EMPRESA CONTRIBUINTE FICA SUJEITA AOS
PROCEDIMENTOS DE FISCALIZAÇÃO DA RECEITA FEDERAL, NO QUE SE
REFERE AOS QUANTITATIVOS CONFRONTADOS E À RESPECTIVA
CORREÇÃO.

CASO CONCRETO: VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC/1973 NÃO


CONFIGURADA.

COMPENSAÇÃO RESTRITA A TRIBUTOS DE MESMA ESPÉCIE TRIBUTÁRIA,


NOS TERMOS DA LEI 8.383/1991, VIGENTE À ÉPOCA DA IMPETRAÇÃO.

AGRAVO DA FAZENDA NACIONAL CONHECIDO, PARA DAR PARCIAL


PROVIMENTO AO RECURSO ESPECIAL, A FIM DE RECONHECER A
IMPOSSIBILIDADE DE SE COMPENSAR OS VALORES INDEVIDAMENTE
RECOLHIDOS A TÍTULO DE FINSOCIAL COM VALORES DEVIDOS A TÍTULO
DE CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO.

RECURSO ESPECIAL DAS CONTRIBUINTES A QUE SE NEGA PROVIMENTO


EM RELAÇÃO À ALEGADA VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC/1973, E
PREJUDICADO EM RELAÇÃO AO MÉRITO.

1. Esclareça-se que a questão ora submetida a julgamento encontra-se


delimitada ao alcance da aplicação da tese firmada no Tema 118/STJ (REsp.
1.111.164/BA, da relatoria do eminente Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI,
submetido a sistemática do art. 543-C do CPC/1973), segundo o qual é
necessária a efetiva comprovação do recolhimento feito a maior ou
indevidamente para fins de declaração do direito à compensação tributária em
sede de Mandado de Segurança.

2. A afetação deste processo a julgamento pela sistemática repetitiva foi decidia


pela Primeira Seção deste STJ, em 24.4.2018, por votação majoritária; de
qualquer modo, trata-se de questão vencida, de sorte que o julgamento do feito
como repetitivo é assunto precluso.

3. Para se espancar qualquer dúvida sobre a viabilidade de se garantir, em sede


de Mandado de Segurança, o direito à utilização de créditos por compensação,
esta Corte Superior reafirma orientação unânime, inclusive consagrada na sua
Súmula 213, de que o Mandado de Segurança constitui ação adequada para a
declaração do direito à compensação tributária.

4. No entanto, ao sedimentar a Tese 118, por ocasião do julgamento do REsp.


1.111.164/BA, da relatoria do eminente Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, a

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NR.PROCESSO: 5263906-46.2019.8.09.0051
Primeira Seção desta Corte firmou diretriz de que, tratando-se de Mandado de
Segurança que apenas visa à compensação de tributos indevidamente
recolhidos, impõe-se delimitar a extensão do pedido constante da inicial, ou seja,
a ordem que se pretende alcançar para se determinar quais seriam os
documentos indispensáveis à propositura da ação. O próprio voto condutor do
referido acórdão, submetido à sistemática do art. 543-C do CPC/1973, é
expresso ao distinguir as duas situações, a saber: (...) a primeira, em que a
impetração se limita a ver reconhecido o direito de compensar (que tem como
pressuposto um ato da autoridade de negar a compensabilidade), mas sem fazer
juízo específico sobre os elementos concretos da própria compensação; a outra
situação é a da impetração, à declaração de compensabilidade, agrega (a)
pedido de juízo específico sobre os elementos da própria compensação (v.g.:
reconhecimento do indébito tributário que serve de base para a operação de
compensação, acréscimos de juros e correção monetária sobre ele incidente,
inexistência de prescrição do direito de compensar), ou (b) pedido de outra
medida executiva que tem como pressuposto a efetiva realização da
compensação (v.g.: expedição de certidão negativa, suspensão da exigibilidade
dos créditos tributários contra os quais se opera a compensação).

5. Logo, postulando o Contribuinte apenas a concessão da ordem para se


declarar o direito à compensação tributária, em virtude do reconhecimento judicial
transitado em julgado da ilegalidade ou inconstitucionalidade da exigência da
exação, independentemente da apuração dos respectivos valores, é suficiente,
para esse efeito, a comprovação de que o impetrante ocupa a posição de credor
tributário, visto que os comprovantes de recolhimento indevido serão exigidos
posteriormente, na esfera administrativa, quando o procedimento de
compensação for submetido à verificação pelo Fisco.

Ou seja, se a pretensão é apenas a de ver reconhecido o direito de compensar,


sem abranger juízo específico dos elementos da compensação ou sem apurar o
efetivo quantum dos recolhimentos realizados indevidamente, não cabe exigir do
impetrante, credor tributário, a juntada das providência somente será levada a
termo no âmbito administrativo, quando será assegurada à autoridade fazendária
a fiscalização e controle do procedimento compensatório.

6. Todavia, a prova dos recolhimentos indevidos será pressuposto indispensável


à impetração, quando se postular juízo específico sobre as parcelas a serem
compensadas, com a efetiva investigação da liquidez e certeza dos créditos, ou,
ainda, na hipótese em que os efeitos da sentença supõem a efetiva homologação
da compensação a ser realizada. Somente nessas hipóteses o crédito do
contribuinte depende de quantificação, de modo que a inexistência de
comprovação cabal dos valores indevidamente recolhidos representa a ausência
de prova pré-constituída indispensável à propositura da ação mandamental.

7. Passa-se à apreciação do caso concreto.

8. De início, cumpre destacar que a alegada violação do art. 535, II do CPC/1973


não ocorreu, tendo em vista o fato de que a lide foi resolvida nos limites
propostos e com a devida fundamentação. As questões postas a debate foram
decididas com clareza, não tendo havido qualquer vício que justificasse o manejo
dos Embargos de Declaração. Observe-se, ademais, que o julgamento diverso
do pretendido, como na espécie, não implica ofensa à norma ora invocada.

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NR.PROCESSO: 5263906-46.2019.8.09.0051
9. No mérito, pretendem as impetrantes garantir a compensação de valores
indevidamente recolhidos a título de FINSOCIAL com a Contribuição Social sobre
o Lucro instituída pela lei 7.689/1988, ou, à falta desta, com a Contribuição
Previdenciária incidente sobre a folha de salários instituída pela lei 7.787/1989,
tendo o Tribunal de origem mantido a sentença que julgou parcialmente
procedente o pedido, concedendo a segurança apenas para garantir a
compensação dos valores efetuados a título de FINSOCIAL com prestações
relativas à Contribuição Social sobre o Lucro, limitando-os, todavia, àqueles
devidamente comprovados nos autos.

10. Ao assim decidir, o Tribunal de origem deixou de observar que o objeto da


lide se limitou ao reconhecimento do direito de compensar valores indevidamente
recolhidos a título de FINSOCIAL, razão pela qual seria necessário tão somente
demonstrar que as impetrantes estavam sujeitas ao recolhimento da exação com
as majorações promovidas pelas Leis 7.787/1989, 7.894/1989 e 8.147/1990 e
7.689/1988, cuja obrigatoriedade foi afastada pelas instâncias ordinárias.

11. De fato, extrai-se do pedido formulado na exordial que a impetração, no ponto


atinente à compensação tributária, tem natureza preventiva e cunho meramente
declaratório, e, portanto, a concessão da ordem postulada só depende do
reconhecimento do direito de se compensar tributo submetido ao regime de
lançamento por homologação, sem as restrições impostas pela legislação
tributária. Ou seja, não pretenderam as impetrantes a efetiva investigação da
liquidez e certeza dos valores indevidamente pagos, apurando-se o valor exato
do crédito submetido ao acervo de contas, mas, sim, a declaração de um direito
subjetivo à compensação tributária de créditos reconhecidos com tributos
vencidos e vincendos, e que estará sujeita à verificação de sua regularidade pelo
Fisco.

12. Portanto, a questão debatida no Mandado de Segurança é meramente


jurídica, sendo desnecessária a exigência de provas do efetivo recolhimento do
tributo e do seu montante exato, cuja apreciação, repita-se, fica postergada para
a esfera administrativa.

13. No pertinente à possibilidade de compensação entre os valores


indevidamente recolhidos a título de FINSOCIAL com parcelas da Contribuição
Social sobre o Lucro, a 1a. Seção desta egrégia Corte Superior, por ocasião do
julgamento do REsp. 1.137.738/SP, representativo de controvérsia, realizado em
9.12.2009, de relatoria do ilustre Ministro LUIZ FUX, firmou orientação de que,
em se tratando de compensação tributária, deve ser considerado o regime
jurídico vigente à época do ajuizamento da demanda, o que reiterou o
posicionamento consignado anteriormente no EREsp. 488.992/MG, da relatoria
do Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI.

14. Na hipótese dos autos, à época do ajuizamento da demanda, em 13.7.1993,


vigia a Lei 8.383/1991, sendo admitida a compensação das parcelas
indevidamente recolhidas somente com tributos de mesma natureza. Portanto,
merece reforma o acórdão de origem no ponto em que se reconheceu a
possibilidade de compensação dos valores indevidamente pagos com parcelas
devidas a título de Contribuição Social sobre o Lucro.

15. Agravo da Fazenda Nacional conhecido, para dar parcial provimento ao


Recurso Especial, a fim de reconhecer a impossibilidade de se compensar

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NR.PROCESSO: 5263906-46.2019.8.09.0051
valores indevidamente recolhidos a título de FINSOCIAL com valores devidos a
título de Contribuição Social sobre o Lucro.

16. Recurso Especial das Contribuintes a que se nega provimento em relação à


alegada violação do art. 535 do CPC/1973, e prejudicado em relação ao mérito,
considerando a impossibilidade de compensação de volares indevidamente
pagos com parcelas devidas a título de Contribuição Social sobre o Lucro.

17. Acórdão submetido ao regime do art. 1.036 do Código Fux, fixando-se a


seguinte tese, apenas explicitadora do pensamento zavaskiano consignado no
julgamento REsp. 1.111.164/BA: (a) tratando-se de Mandado de Segurança
impetrado com vistas a declarar o direito à compensação tributária, em virtude do
reconhecimento da ilegalidade ou inconstitucionalidade da exigência da exação,
independentemente da apuração dos respectivos valores, é suficiente, para esse
efeito, a comprovação de que o impetrante ocupa a posição de credor tributário,
visto que os comprovantes de recolhimento indevido serão exigidos
posteriormente, na esfera administrativa, quando o procedimento de
compensação for submetido à verificação pelo Fisco; e (b) tratando-se de
Mandado de Segurança com vistas a obter juízo específico sobre as parcelas a
serem compensadas, com efetiva investigação da liquidez e certeza dos créditos,
ou, ainda, na hipótese em que os efeitos da sentença supõem a efetiva
homologação da compensação a ser realizada, o crédito do contribuinte depende
de quantificação, de modo que a inexistência de comprovação cabal dos valores
indevidamente recolhidos representa a ausência de prova pré-constituída
indispensável à propositura da ação.

(REsp 1715294/SP, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA


SEÇÃO, julgado em 13/03/2019, DJe 16/10/2019)

Prescrutando o caderno processual, observa-se que o Impetrante logrou êxito em comprovar o recolhimento
feito a maior, conduto, ad cautelam, entendo que o quantum deve ser apurado em fase de liquidação de
sentença, momento em quem o Impetrante/contribuinte optará pela compensação ou pelo recebimento do
débito via precatório, nos termos do enunciado sumular nº 461, do Colendo STJ.

A propósito, eis o entendimento da jurisprudência pátria do Colendo Superior Tribunal de Justiça e deste
Egrégio Areópago goiano, ad exemplum:

APELAÇÃO CÍVEL. MANDADO DE SEGURANÇA. ICMS INCIDENTE SOBRE


A ENERGIA ELÉTRICA. ADICIONAL DE 2% A TÍTULO DE PROTEGE.
ARGUIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI Nº 11.651/2009. PEDIDOS
DE NATUREZA DECLARATÓRIA. POSSIBILIDADE. ADEQUAÇÃO DA VIA
MANDAMENTAL. 1. A Lei nº 11.651/2009 foi declarada inconstitucional, em
c ont r ole d i fu so , p o r d eci são d a Co r te S u p er i o r (A rg u i ç ã o d e
Inconstitucionalidade de Lei nº 111090-02.2014.8.09.0000), devendo ser
observada pelos órgãos fracionários. 2. Com base nessa
inconstitucionalidade, a pretensão da recorrente de não ser submetida ao
recolhimento de 2% a título de PROTEGE e de ver declarado o direito à

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NR.PROCESSO: 5263906-46.2019.8.09.0051
compensação dos valores indevidamente recolhidos (com base na Súmula
nº 213/STJ), é plenamente possível. 3. Em matéria tributária, a sentença a
ser proferida, após o contraditório e ampla defesa, deverá, se for o caso, ter
conteúdo declaratório e mandamental, com a consequente abstenção da
autoridade coatora de praticar qualquer ato para a cobrança do respectivo
crédito tributário. 4. Não há falar em inadequação da via eleita, razão pela
qual deve ser cassada a sentença impugnada com o retorno dos autos ao
juízo de origem para regular prosseguimento. 5. APELAÇÃO CONHECIDA E
PROVIDA. SENTENÇA CASSADA.

(TJGO, Apelação (CPC) 5431719-69.2017.8.09.0051, Rel. SEBASTIÃO LUIZ


FLEURY, 4ª Câmara Cível, julgado em 29/04/2019, DJe de 29/04/2019)

É o caso, portanto, de dar provimento ao 1º recurso de apelação, para perfilhar o entendimento externado na
sentença recorrida à jurisprudência firmada por esta Corte de Justiça e pela Corte Cidadã e, por outro lado, de
negar provimento ao apelo interposto pelo Estado de Goiás.

Destarte, forte nas razões retro, tendo comigo que o édito sentencial vergastado, embora redigido com
garbo, não merece prosperar, sendo a sua parcial reforma a medida impositiva.

AO TEOR DO EXPOSTO, CONHEÇO do duplo grau de jurisdição e dos apelos interpostos, NEGO
PROVIMENTO ao 2º apelo, e DOU PROVIMENTO ao 1º apelo, para, em reforma à sentença hostilizada,
declarar o direito da empresa Impetrante a compensação e restituição, mantendo, no mais, incólume a
sentença por estes e por seus próprios fundamentos.

É como voto.

Goiânia, datado pelo sistema.

Desembargador JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

Relator

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO E APELAÇÕES CÍVEIS Nº
5263906-46.2019.8.09.0051, acordam os componentes da Quinta Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível, à

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NR.PROCESSO: 5263906-46.2019.8.09.0051
unanimidade de votos, em conhecer a Remessa e os Apelos, prover o 1º Apelo e desprover o 2º Apelo ,
nos termos do voto do relator.

Votaram com o Relator, o Desembargador Leobino Valente Chaves e o Desembargador Zacarias Neves
Coelho.

A sessão foi presidida pelo Desembargador José Carlos de Oliveira em substituição ao Desembargador Amaral
Wilson de Oliveira.

Presente a ilustre Procuradora de Justiça Doutora Dilene Carneiro Freire.

Goiânia, datado e assinado digitalmente.

Desembargador JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5263906-46.2019.8.09.0051
DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO E APELAÇÕES CÍVEIS Nº 5263906-46.2019.8.09.0051

2ª CÂMARA CÍVEL

1ª APELANTE : LARCO COMERCIAL DE PRODUTOS DE PETRÓLEO LTDA

2º APELANTE : ESTADO DE GOIÁS

1º APELADO : ESTADO DE GOIÁS

2ª APELADA : LARCO COMERCIAL DE PRODUTOS DE PETRÓLEO LTDA

RELATOR : DESEMBARGADOR JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. APELAÇÃO CÍVEL. MANDADO DE SEGURANÇA.


ADICIONAL DE 2% NA ALÍQUOTA DO ICMS SOBRE OPERAÇÕES INTERNAS
COM COMBUSTÍVEIS. PROGRAMA PROTEGE GOIÁS. DIREITO LÍQUIDO E
CERTO CONFIGURADO. RECOLHIMENTO A MAIOR OU INDEVIDO. VERIFICADO.
PRECEDENTE VINCULANTE DO STF. REPERCUSSÃO GERAL. TEMA 745 STF.
SOBRESTAMENTO NÃO DETERMINADO. CONCESSÃO DA SEGURANÇA.
SENTENÇA MANTIDA.

01. A existência de repercussão geral no RE nº 714.139/SC, sob o tema 745, não é


motivo para suspensão do presente processo, pois não houve determinação
nesse sentido pela Corte Suprema (art. 1.035, § 5º, do CPC).

02. De igual modo, as decisões proferidas nos autos de Suspensão de Segurança


nº 5.305 alcançam tão somente os feitos lá discriminados, o que não inclui o
presente

03. O Mandado de Segurança é a ação constitucional destinada “a proteger


direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre
que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica
sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de
que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça” (art. 1º da Lei
12.016/2009).

04. A utilização da via mandamental pressupõe existência de ato coator praticado


por autoridade administrativa violador de direito subjetivo do impetrante, por
ilegalidade ou abuso de poder, bem como a apresentação de prova pré-
constituída.

05. O PROTEGE GOIÁS foi instituído para atender ao comando inserido no artigo
82, caput, do ADCT da CF/1988, que não exige lei complementar para a criação do
Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza pelos Estados, Distrito Federal e
Municípios. O Supremo Tribunal Federal assentou o entendimento segundo o
qual todos os Fundos criados sob a égide da Emenda Constitucional nº 31/2000
foram convalidados pelo artigo 4º da Emenda Constitucional nº 42/2003.

06. Porque declarada a sua inconstitucionalidade, deve ser afastada a cobrança


do adicional de 2% (dois por cento) na alíquota do ICMS, destinado a prover
recursos ao Fundo de Proteção Social do Estado de Goiás – PROTEGE GOIÁS.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5263906-46.2019.8.09.0051
DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO E APELOS CONHECIDOS, 1º APELO PROVIDO E
2º APELO DESPROVIDO.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 26/11/2020 16:38:47

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5567186-71.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : CAM
POLO PASSIVO : ADMRPJDB
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : CAM


ADVG. PARTE : 16641 GO - VALMIR JOSÉ DE SOUZA

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Concessão -> Liminar - Data da
Movimentação 26/11/2020 20:14:45

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5599152-52.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : MARCIA GOMES DE ABREU
POLO PASSIVO : BANCO ITAUCARD SA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MARCIA GOMES DE ABREU


ADVG. PARTE : 50418 GO - BEATRIZ RODRIGUES CHAVES

PARTE INTIMADA : BANCO ITAUCARD SA


ADVG. PARTE : 42915 GO - ROBERTA BEATRIZ DO NASCIMENTO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5599152-52.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Leobino Valente Chaves

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5599152-52.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA
AGRAVANTE: MÁRCIA GOMES DE ABREU
AGRAVADO: BANCO ITAUCARD S/A
RELATOR: DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por MÁRCIA GOMES DE


ABREU em face de decisão exarada pelo magistrado Rodrigo de Silveira, da 23ª Vara
Cível da comarca de Goiânia, em ação de busca e apreensão pelo Decreto-lei 911/69
ajuizada em desfavor da recorrente pelo BANCO ITAUCARD S/A, ora agravado.
A decisão recorrida restou assim lavrada:

“ (…) Isto posto, comprovada a mora e presentes os


pressupostos norteadores da medida, concedo,
liminarmente, a busca e apreensão do bem objeto da
alienação fiduciária.
Expeça-se, pois, os competentes mandado e carta
precatória, depositando-se o bem em mãos da parte autora
ou de quem esta indicar.
Após, efetivada a medida, cite-se a (o) ré (u) para: a) em 05
(cinco) dias, efetuar o pagamento integral da dívida
pendente, de acordo com os valores apresentados pela
financeira, para que o veículo lhe possa ser restituído; b) em
15 (quinze) dias, apresentar resposta, objetivando a
restituição, inclusive, em caso de pagamento efetuado a
maior.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5599152-52.2020.8.09.0000
Observe o Sr. Oficial de Justiça a prerrogativa constante no §
2º do art. 212 do NCPC.
Desde já, autorizo o uso da força policial e de arrombamento,
caso o Oficial de Justiça julgue necessário, após tentativa
resistida e infrutífera.
Intime-se. Cumpra-se.(...)”

Em suas razões a recorrente argumenta que refinanciou o contrato e quitou as


parcelas pendentes, motivo por que considera indevida a apreensão do veículo.
Notabiliza que trabalha como motorista de aplicativo (Uber), sendo que a apreensão do
veículo compromete severamente sua renda.
Assevera que, quando deflagrada a pandemia, entrou em contato com o Banco
agravado, ocasião em que refinanciou o contrato a fim de que conseguisse adimplir as
parcelas.
Destaca que “(…) houve um aditamento da cédula de crédito bancário (sob o n°
30410/81477200) que segue anexado a este petitório, onde TODOS os valores em
aberto, incluindo juros moratórios e devidas correções foram recalculados e
embutidos nas novas parcelas, a Autora então pagou as parcelas normalmente
conforme novo carne lhe fornecido., não estando em mora com a Agravada. (...)”.
Colaciona ao recurso contrato de refinanciamento, as tratativas via e-mail com o
agravado e os comprovantes de pagamento das parcelas refinanciadas desde
setembro de 2020.
Argui a necessidade de suspensão dos autos principais por força do Incidente de
Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR) sob n. 5145872.42.10.2017.8.09.0000,
objeto de Ofício Circular n. 089/2017 - NUGEP.
Nestes termos, aduzindo a presença dos requisitos autorizadores, requer a concessão
da antecipação da tutela recursal, a fim de que seja revogada a decisão liminar, eis
que seu veículo foi apreendido ilegalmente. No mérito, pede a confirmação da liminar.
Sem preparo, eis que a recorrente pleiteia a gratuidade da justiça para processamento
do agravo.
É o relatório. Decido.
De início, defiro os benefícios da assistência judiciária gratuita à recorrente. Assim,
presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso, dele conheço.
O artigo 1.019, I, do Códex Processual em vigência, prevê que, recebido o agravo de
instrumento, o relator “poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em
antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando
ao juiz sua decisão”.
A concessão de efeito suspensivo pressupõe a conjugação dos requisitos do art. 995

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5599152-52.2020.8.09.0000
da norma instrumental, consubstanciados na possibilidade de resultar lesão grave, de
difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do
recurso.
Da análise circunstanciada dos autos, numa cognição sumária própria do estágio
procedimental, tenho que os fundamentos apresentados pela agravante são aptos a,
de pronto, afastar o pronunciamento judicial de primeiro grau, mormente porque foram
colacionados documentos que indicam tratativas posteriores e refinanciamento da
dívida exposta na inicial do processo primevo.
Assim sendo, defiro o pedido de concessão de efeito suspensivo ao recurso, a fim de
determinar à parte agravada que não proceda à alienação do bem apreendido.
Comunique-se ao juízo a quo o teor da presente, bem como intime-se o recorrido para,
querendo, responder o recurso, no prazo de 15 (quinze) dias, conforme art. 1.019,
incisos I e II, do CPC/2015.
Intimem-se.
Goiânia, assinado digitalmente nesta data.

DES. LEOBINO VALENTE CHAVES


LEA Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Não-Concessão -> Liminar - Data da
Movimentação 26/11/2020 16:38:48

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5566960-66.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ISAQUE MELQUISIDEQUE EVANGELISTA ALENCAR
POLO PASSIVO : BV FINANCEIRA S/A - CREDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ISAQUE MELQUISIDEQUE EVANGELISTA ALENCAR


ADVG. PARTE : 31195 GO - TIAGO FONSECA CUNHA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5566960-66.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Zacarias Neves Coêlho

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 5202606-72.2020.8.09.0011


COMARCA DE APARECIDA DE GOIÂNIA
AGRAVANTE: ISAQUE MELQUISIDEQUE EVANGELISTA ALENCAR
AGRAVADO: BANCO BV FINANCEIRA S/A - CRÉDITO, FINANCIAMENTO E
INVESTIMENTO
RELATOR: DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

DECISÃO LIMINAR

Cuida-se de recurso de AGRAVO DE INSTRUMENTO, com pedido de


efeito suspensivo, interposto por ISAQUE MELQUISIDEQUE EVANGELISTA
ALENCAR, da decisão proferida pelo Juiz de Direito da 5ª Vara Cível da Comarca
de Aparecida de Goiânia, Dr. Danilo Farias Batista Cordeiro, nos autos da ação de
revisão de contrato proposta em desfavor do BANCO BV FINANCEIRA S/A -
CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO, ora agravado.

Ao decidir, o douto Juiz a quo deferiu parcialmente o pedido de tutela,


autorizando a consignação do valor incontroverso, sem que isso obste a
constituição do devedor em mora. Além disso, indeferiu o pedido de exibição de
documentos, por entender que a medida “tem o objetivo de produção de prova
documental e não de adiantar provisoriamente ou assegurar a eficácia da
tutela.”

Da decisão, o autor/agravante opôs embargos de declaração, que foram


rejeitados, ressaltando-se que “o pedido de inversão do ônus da prova não foi
requerido em sede de tutela de urgência, motivo pelo qual será apreciado
quando do saneamento do feito”.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5566960-66.2020.8.09.0000
Em suas razões (evento nº. 01, arquivo nº. 01), o agravante alega, em
suma, que tratando-se de contrato bancário, de natureza adesiva e que se submete
ao CDC, em razão da vulnerabilidade do consumidor, é possível a inversão do ônus
da prova para determinar à instituição financeira que apresente o contrato nº.
12053000256104, além do que suscita que a decisão é citra petita.

Nestes termos, entendendo presentes os pressupostos da probabilidade do


direito e do perigo da demora, postula a concessão de efeito suspensivo ao
recurso.

No mérito, requer o conhecimento e provimento do agravo de instrumento,


para que, em reforma à decisão recorrida, seja invertido o ônus da prova, a fim de
que o agravado promova a juntada do contrato objeto da ação proposta.

O recurso foi instruído na forma do art. 1.017, §5º, do CPC, visto que
eletrônicos os autos originários e com os documentos inseridos no evento nº. 01.

O agravante é dispensado do preparo, posto que beneficiário da justiça


gratuita.

É o relatório. Decido.

A princípio, tendo em vista que a decisão agravada versa sobre tutela


provisória (art. 1.015, I, do CPC), recebo este agravo de instrumento, passando a
apreciar a possibilidade de deferimento da medida liminar.

Segundo o artigo 1.019 do CPC, o agravo de instrumento deve ser


recebido, em regra, apenas no efeito devolutivo, para que não se suspendam os
efeitos da decisão agravada, não obstante, o inciso I desse dispositivo reza que o
relator “(…) poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em
antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal,
comunicando ao juiz sua decisão”.

Destarte, em interpretação teleológica do mencionado art. 1.019,


necessária se faz, para a concessão da tutela provisória no agravo de instrumento,
a presença concomitante de dois requisitos (art. 300, caput, CPC): a) a
probabilidade do direito; e b) o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo. É necessário, ainda, que não haja perigo de irreversibilidade dos efeitos
da decisão (art. 300, §3º, CPC).

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5566960-66.2020.8.09.0000
Em que pese a jurisprudência deste Tribunal de Justiça, no sentido de
reconhecer a possibilidade de se inverter o ônus probatório, a fim de compelir a
instituição financeira a trazer aos autos o contrato entabulado entre as partes,
perlustrando os autos, não antevejo, ao menos em sede tutela provisória recursal, a
presença da periculum in mora.

É que a apresentação, in limine, do instrumento contratual não se revelou,


no caso, fundamental para embasar o pedido de antecipação da tutela
(consignação do valor incontroverso das parcelas, com afastamento dos efeitos da
mora) deduzido pelo autor/recorrente.

Ademais, a ausência do documento não foi fundamento utilizado pelo Juiz


de origem para não acolher, de modo integral, o pedido de tutela provisória.

Outrossim, prima facie, a decisão recorrida ressalta que, no momento


processual oportuno, deliberará especificamente a respeito da inversão do ônus da
prova.

Portanto, não estando devidamente caracterizado o perigo de dano ou


risco ao resultado útil ao processo, não vislumbro, por ora, motivos para sobrestar
os efeitos da decisão agravada ou o próprio andamento do feito na origem, como
postula o agravante.

Sob tais fundamentos, indefiro o pedido liminar.

Intime-se a parte agravada para, querendo, apresentar resposta, no prazo


legal, podendo juntar a documentação que entender necessária ao julgamento do
recurso (art. 1.019, II, do CPC).

Oficie-se ao Juízo a quo, comunicando-lhe o teor desta decisão.

Intime-se. Cumpra-se.

Goiânia, 26 de novembro de 2020.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5566960-66.2020.8.09.0000
DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO
Relator

SM

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Negado Seguimento ao Recurso (cpc) - Data
da Movimentação 26/11/2020 20:12:39

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5604627-39.2018.8.09.0006
CLASSE PROCESSUAL : Embargos à Execução
POLO ATIVO : ALEIMAR RODRIGUES DE QUEIROS
POLO PASSIVO : PAULO EDUARDO GONÇALVES MIRANDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ALEIMAR RODRIGUES DE QUEIROS


ADVG. PARTE : 37777 GO - LARISSE DO CARMO MARTINS

PARTE INTIMADA : PAULO EDUARDO GONÇALVES MIRANDA


ADVG. PARTE : 42117 GO - VICTOR GOMES PEREIRA SANTANA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 1507 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5604627-39.2018.8.09.0006
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Leobino Valente Chaves

APELAÇÃO CÍVEL Nº 5604627-39.2018.8.09.0006


COMARCA DE ANÁPOLIS
APELANTE : ALEIMAR RODRIGUES DE QUEIROZ
APELADO : PAULO EDUARDO GONÇALVES MIRANDA
RELATOR : DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS À EXECUÇÃO.


INTEMPESTIVIDADE. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. PEDIDO
FORMULADO EM CONTRARRAZÕES. IMPOSSIBILIDADE.
NÃO CONFIGURAÇÃO DAS HIPÓTESES ELENCADAS NO
ART. 80 DO CPC.
1. Protocolizada a petição recursal além do prazo fixado no
art. 1.003, § 5º, do Código de Processo Civil, a apelação é
manifestamente intempestiva, especialmente porque, ainda
que facultada a demonstração de circunstância
extraordinária suspensiva do prazo recursal, o apelante
deixou de comprovar, a contento, a medida.
2. Não há que se falar na condenação do autor/apelante no
pagamento de multa por litigância de má-fé, uma vez que não
restou configurada, no caso em apreço, nenhuma das
condutas elencadas no art. 80 do CPC.
APELAÇÃO CÍVEL NÃO CONHECIDA.

DECISÃO UNIPESSOAL

Trata-se de Apelação Cível interposta por ALEIMAR RODRIGUES DE QUEIROZ

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5604627-39.2018.8.09.0006
contra sentença proferida pelo Juiz de Direito da 2ª Vara Cível da comarca de
Anápolis, Dr. Leonys Lopes Campos da Silva, nos autos de Embargos à Execução
movidos em desfavor de PAULO EDUARDO GONÇALVES MIRANDA, julgados
improcedentes.

O recurso apresentado pretende a reforma do julgamento proferido (evento nº 38).

Nas contrarrazões apresentadas na movimentação nº 40, o recorrido pugna pelo


desprovimento da insurgência e pela condenação do recorrente em litigância de má-fé.

Intimado o apelante para manifestar-se quanto ao possível reconhecimento da


intempestividade do apelo (movimentação nº 44), ele deixou transcorrer in albis o
prazo (certidão anexada no ato nº 47).

É o relatório. Decido.

De início, consigno que ao presente apelo aplica-se o art. 932, inciso III, do CPC,
diante de sua visível inadmissibilidade, consequência da ausência do pressuposto
extrínseco concernente à tempestividade. Senão vejamos.

O art. 224, § 2º, do Código de Processo Civil, ao tratar dos prazos, estabelece como
data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no
Diário da Justiça. Logo, os prazos processuais começam a correr no primeiro dia útil
que se seguir àquele considerado como data da publicação (§ 3º).

No caso em comento, consta informação de que a sentença fora publicada em 03 de


junho de 2020 (ato nº 36).

Contando-se o prazo legal para interposição do recurso, tem-se que seu termo final
ocorreu em 30/06/2020 (arts. 219 e 1.003, § 5º, do CPC), contudo, como a petição
recursal foi protocolizada somente em 01/07/2020 (movimentação nº 38), configurada
está sua intempestividade.

Vale consignar que, facultado à parte a comprovação de eventual tempestividade da


insurgência (evento nº 44), ela permaneceu inerte.

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NR.PROCESSO: 5604627-39.2018.8.09.0006
Logo, tem-se que o apelo apresentado é manifestamente intempestivo.

A propósito:

“AO TEOR DO EXPOSTO e autorizado pelo 932, inciso III, do


Novo Código de Processo Civil c/c o Enunciado
Administrativo n° 02 do colendo Superior Tribunal de
Justiça, acolho o parecer da douta Procuradoria Geral de
Justiça e NÃO CONHEÇO do apelo interposto, por ser
manifestamente inadmissível, em razão de sua
intempestividade. Intimem-se. Transitada em julgado,
devolvam-se os autos ao juízo de origem, após baixa de
minha relatoria no Sistema de 2º Grau” (Decisão monocrática,
TJGO, AC 416876-05.2008.8.09.0051, Rel. Dr. Maurício Porfírio
Rosa, 4ª CC, julgado em 03/10/2016, DJe 2131 de 14/10/2016).

“ Apelação cível. Ação ordinária de nulidade de sentença


arbitral. Recurso intempestivo. I - O prazo para interposição
do recurso de apelação contar-se-á da data em que os
advogados da parte têm ciência inequívoca do teor da
sentença, o que ocorreu no caso concreto com a publicação
da sentença recorrida no Diário da Justiça Eletrônico. II -
Assim, não merecer ser conhecido o presente recurso, em
razão de sua flagrante intempestividade, posto que
protocolizado fora do prazo de 15 (quinze) dias, previsto no
§5º do artigo 1.003 do CPC/2015. Apelação cível não
conhecida” (TJGO, ACL 298704-88.2012.8.09.0011, Rel. Des.
Carlos Alberto França, 2ª CC, julgado em 18/10/2016, DJe 2141
de 10/10/2011).

Quanto a pretensão formulada em sede de contrarrazões, qual seja, condenação do


recorrente em litigância de má-fé, cumpre relembrar que o mero exercício do direito de
ação, por si só, não é fundamento para a aplicação desta sanção, porquanto cuida-se
de garantia constitucional.

Assim, considerando que, com a insurgência apresentada, o apelante limitou-se a


expressar a sua discordância com o julgado, não há que se cogitar a aplicação da
penalidade, uma vez que ela não se confunde com nenhuma das figuras elencadas no
art. 80 do CPC.

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NR.PROCESSO: 5604627-39.2018.8.09.0006
Diante do exposto, não satisfeitos os pressupostos recursais de admissibilidade,
deixo de conhecer da apelação, por intempestiva.

De consequência, nos termos do art. 85, § 11, do CPC, majoro os honorários


advocatícios em 2%, totalizando 12% sobre o valor atualizado da causa.

Intimem-se.

Goiânia, documento datado e assinado digitalmente.

DES. LEOBINO VALENTE CHAVES


LUZ Relator

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Recebimento -> Recurso -> Sem efeito
suspensivo - Data da Movimentação 27/11/2020 07:40:41

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5602131-84.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : CASIMIRO JOSE AVELAR VILELA
POLO PASSIVO : HAROLDO MACIEL CARNEIRO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CASIMIRO JOSE AVELAR VILELA


ADVGS. PARTE : 28318 GO - LANNA VASCONCELLOS DE MORAES PEREIRA
35792 GO - LÍVIA VASCONCELLOS DE MORAES PEREIRA
33941 GO - GABRIEL FERRO DE MORAES PEREIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5602131-84.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Carlos Alberto França

Agravo de Instrumento nº 5602131.84.2020.8.09.0000


Comarca de Goiânia
Agravantes: Casimiro José Avelar Vilela e outros
Agravado: Haroldo Maciel Carneiro
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

DECISÃOPRELIMINAR

Trata-se de agravo de instrumento com pedido de efeito suspensivo interposto


por Casimiro José Avelar Vilela, Adriana Rocha Rodrigues da Cunha Vilela e
Bruno Rodrigues da Cunha Vilela contra a decisão proferida pelo Juiz de Direito da 2
5ª Vara Cível da Comarca de Goiânia, Dr. Ronnie Paes Sandre, nos autos da ação de
consignação de pagamento por meio de depósito de semoventes para cumprimento de
acordo judicial homologado ajuizada em desfavor de Haroldo Maciel Carneiro.
A decisão combatida possui o seguinte teor (evento nº 41, do processo de
origem nº 5521586.05.2019.8.09.0051):

“Na confluência do sucintamente exposto, INDEFIRO os pedidos antecipatórios


constantes da exordial.

Nesse passo, promova a Escrivania a designação de audiência a ser realizada no


CEJUSC (artigo 320 do CPC), intimando-se a parte Autora na pessoa de seu
advogado (§ 3º do artigo 334 do CPC).

Após, cite-se a parte Ré para comparecer à audiência de conciliação então


designada (parte final do art. 334),ADVERTINDO-A de que, se não houver

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NR.PROCESSO: 5602131-84.2020.8.09.0000
autocomposição, o prazo para contestação será de 15 (quinze) dias úteis (art.
335, caput, CPC) e terá início a partir da referida audiência ou, se for o caso, da
última sessão de tentativa conciliação, (inciso I do art. 335 do CPC).

Fica a parte Requerida cientificada de que, se não ofertar contestação no prazo


estabelecido, será considerada revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações
de fato formuladas pelo Autor (art. 344 do CPC). Advirta-se, ainda, que a parte Ré
poderá manifestar desinteresse em conciliar em até 10 (dez) dias úteis antes da
data designada para audiência de conciliação e, nesse caso, se o Autor já houver
manifestado desinteresse na petição inicial, o prazo para contestação será de 15
dias úteis, a partir do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de
conciliação (inciso II do art.335 do CPC).

Ficam ambos os litigantes ADVERTIDOS de que o comparecimento na


companhia de advogados é obrigatório e que a ausência injustificada caracteriza
ato atentatório à dignidade da Justiça, a ser sancionado com multa de até dois
por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa (§8º do art.
334 do CPC). As partes, no entanto, podem constituir representantes por meio de
procuração específica com poderes para negociar e transigir (§10º do art. 334 do
CPC).

Não obtida a conciliação e havendo contestação, intime-se o Autor para,


querendo, apresentar réplica (art. 350 e 351 do CPC) no prazo de 15 dias úteis,
sob pena de preclusão.

Apresentada a réplica ou decorrido o prazo para tanto, concedo o prazo de 15


(quinze) dias úteis para os litigantes manifestarem interesse na produção de
outras provas, indicando-as e especificando sua finalidade, vedado o protesto
genérico, sob pena de indeferimento. Na oportunidade, caso tenham interesse na
produção de provas orais, deverão apresentar o rol de testemunhas, sob pena de
preclusão. Ficam igualmente advertidas de que, acaso não haja manifestação no
prazo supra concedido, poderá ser promovido julgamento antecipado do mérito
(inciso I do art. 355 do CPC).

Intimem-se. Cumpra-se.”

Irresignados, os autores interpuseram o presente agravo de instrumento,


discorrendo inicialmente acerca dos pressuposto de admissibilidade recursal e sobre
os fatos processuais.
Relatam que restou estipulada a entrega de três lotes de bovinos pelos
recorrentes ao agravado, em virtude do acordo celebrado entre as partes no feito

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NR.PROCESSO: 5602131-84.2020.8.09.0000
executivo, contudo, por razões diversas e alheias a vontade dos
requerentes/agravantes não foi possível cumprir com a entrega do segundo e terceiro
lotes dos animais.
Defendem que o agravado dificultou o cumprimento do acordo, colocando
inúmeros empecilhos, recusando, sem justa causa, o recebimento do segundo lote dos
bovinos.
Alegam que “os agravantes tinham a intenção de entregar o segundo lote e
cumprir o acordo, mas, o credor se opôs a receber o gado de todas as formas
possíveis. Quando o veterinário do Agravado esteve na fazenda dos Agravantes para
vistoriar o gado que seria embarcado, agiu com excessivo rigor, refugando vários
touros que não tinham qualquer problema físico, mas que apenas variavam na idade.”
Esclarecem que “os Agravantes, então, propuseram entregar o gado e
providenciar posteriormente a realização do exame andrológico em Goiânia,
assumindo todos os custos, tão logo aqueles poucos touros que não estavam na idade
entrasse na era adequada para a realização do exame, sob pena de multa a ser fixada
pelas partes, ofereceu ainda ao Requerido que o credor gado continuasse
apascentado na fazenda dos executados ou em pastos vizinhos, sob vigilância
constante e permanente de seu veterinário, até que fosse possível a realização do
exame positivo.”
Enfatizam sobre a recusa injustificada por parte do agravado no recebimento
dos animais.
Narram a ocorrência de caso fortuito decorrente da cirurgia com risco de
morte na qual passou a autora/agravante Adriana Rocha Rodrigues da Cunha Vilela.
Destacam a presença dos requisitos para concessão da tutela antecipada,
porquanto demonstrado que o agravado recusou a receber a dívida na forma
pactuada, de forma injustificada, além dos inúmeros prejuízos que a continuidade do
feito executivo poderá ocasionar ao patrimônio dos recorrentes.
Obtemperam que, “seguindo as disposições do art. 542, I, do CPC, os
Agravantes pleitearam o deferimento do depósito de animais nos termos citados,
sendo que permanecerão na Fazenda Rodeio no Município de Nova Lacerda-MT,
devendo ser nomeado depositário o Sr. Casimiro José Avelar Vilela, sendo que os
Requerentes irão remover os animais para a Fazenda denominada Barro Amarelo, no
Município de Guapó-GO, caso aceita a consignação. Dessa forma, pede-se a reforma
da decisão para que seja deferido o depósito conforme pleiteado na inicial e seguido
os procedimentos dispostos no art. 539 e seguintes do NCPC.”
Ao final, pugnam pela concessão de efeito suspensivo ao recurso, para
suspender a ação de execução nº 0335940.85.2011.8.09.0051, enquanto no mérito
pleiteiam o seu conhecimento e provimento, para reformar a decisão agravada,
concedendo a tutela de urgência pleiteada na ação de consignação de pagamento.
Preparo recursal realizado.

É o relatório.

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NR.PROCESSO: 5602131-84.2020.8.09.0000
Decido.

De início, cumpre-me registrar que o exame da matéria em sede de liminar


deve ser feito em cognição sumária e, por isso, as ponderações concernentes à
exposição realizada pelos agravantes só serão analisadas quando do julgamento do
mérito do recurso.
A concessão do efeito suspensivo, no entanto, é possível no curso do agravo
de instrumento, em razão da previsão contida no artigo 1.019, inciso I, do Código de
Processo Civil/2015:

“Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído


imediatamente, se não for o caso de aplicação do art. 932, incisos III e IV, o
relator, no prazo de 5 (cinco) dias:

I – poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de


tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua
decisão;”

Contudo, o deferimento do efeito suspensivo fica condicionado ao


preenchimento dos requisitos presentes no artigo 995, parágrafo único, do Código de
Processo Civil, que possui a seguinte redação:

“Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal
ou decisão judicial em sentido diverso.

Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão
do relator, se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave,
de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de
provimento do recurso.”

Assim sendo, para a concessão do efeito suspensivo requestado, devem


estar presentes dois requisitos, quais sejam, o fumus boni iuris e o periculum in mora
a revelarem que o indeferimento do pedido acarretará lesão grave e de difícil
reparação aos recorrentes.
Os agravantes postulam a concessão de efeito suspensivo ao recurso, para
suspender a ação de execução nº 0335940.85.2011.8.09.0051, no entanto, não
vislumbro a relevância dos motivos que se assenta o pleito recursal, posto que o
ajuizamento de ação de consignação em pagamento não tem o condão de suspender

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NR.PROCESSO: 5602131-84.2020.8.09.0000
o feito executivo, a teor do art. 784, §1º, do Código de Processo Civil.
Por outro lado, entendo também que o perigo da demora não se faz presente
neste momento, pois o presente recurso será julgado em breve e até o referido
julgamento não haverá concretizado qualquer dano maior à parte agravante ou mesmo
ao desfecho a ser dado à ação de origem.
Ante o exposto, ausentes os pressupostos legais, indefiro o pedido de efeito
suspensivo pleiteado.
Intime-se a parte agravada para, querendo, apresentar resposta ao presente
agravo de instrumento, no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do art. 1.019, II, do
Código de Processo Civil.
Dê-se ciência ao Juiz de Direito prolator da decisão guerreada, para
conhecimento deste decisum.
Intimem-se. Cumpra-se.
Goiânia, 26 de novembro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR
/C85

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 26/11/2020 19:22:04

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5585219-12.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIAS
POLO PASSIVO : CINTHYA AMARAL SANTOS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CINTHYA AMARAL SANTOS


ADVG. PARTE : 31326 GO - ALDROVANDO DIVINO DE CASTRO JÚNIOR

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5585219-12.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Zacarias Neves Coêlho

______________________________________________

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 5585219-12.2020.8.09.0000


COMARCA DE ANÁPOLIS (Vara da Fazenda Pública Estadual)
AGRAVANTE: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS - UEG
AGRAVADA: CINTHYA AMARAL SANTOS
RELATOR: DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

DECISÃO

Trata-se de agravo de instrumento, com pedido de efeito suspensivo,


interposto pela UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS - UEG contra decisão
interlocutória lançada no evento n. 04, dos autos da ação de obrigação de fazer
promovida em seu desproveito por CINTHYA AMARAL SANTOS, ora agravada (proc.
n. 5520737-37.2020.8.09.0006).

Por meio do ato objurgado, a Juíza a quo, Dra. Mônice de Souza Balian
Zaccariotti, concedeu a medida liminar postulada na petição inicial, “...para determinar à
requerida UEG que, cumpridos os demais requisitos legais, conceda o ato de promoção da autora
para a classe de Doutor (DES-IV)”.

Em suas razões (evento 01, arquivo 01), depois de tratar dos requisitos de
admissibilidade do recurso e fazer breve retrospecto fático do feito, a agravante
destaca que está “...sendo compelida a ascender funcionalmente servidores em situações que
afrontam a Constituição do Estado de Goiás” , progressões essas que “...geram enorme
impacto financeiro às burras estatais em um momento de grave crise financeira estadual,
devendo ser urgentemente anuladas”.

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NR.PROCESSO: 5585219-12.2020.8.09.0000
Sustenta que as emendas à Constituição Estadual n. 54 e 55 estão sendo
debatidas no Supremo Tribunal Federal, e que “...no julgamento da medida cautelar na ADI
nº 6.129/GO a discussão a respeito da inconstitucionalidade da EC nº 54/2017 se restringiu a dois
dispositivos específicos: a redação dada pelo art. 2º da emenda ao art. 113, §8º da CE, bem
assim o art. 45 do ADCT incluído pela emenda”, não abrangendo o artigo 46 do ADCT da
Constituição Estadual, objeto de análise nestes autos, motivo por que “...não mais
subsiste como fundamento para a concessão das promoções funcionais dos servidores do Poder
Executivos Estadual a afirmação de que a EC nº 54/2017 teve seus efeitos suspensos pela STF
na ADI nº 6129/GO”.

Defende, outrossim, que “...não se está diante de perigo de dano que justifique o
deferimento da liminar, na medida em que a parte autora/agravada não sofrerá qualquer prejuízo
patrimonial caso os efeitos da tutela jurisdicional irradiem em seu momento próprio, qual seja: ao
final da fase de conhecimento, após o acertamento do direito”.

Verbera, ainda, que apesar de o ato da promoção ser plenamente reversível,


“...o outro efeito da decisão – o pagamento de remuneração a maior – é irreversível e, portanto,
impede que a liminar pugnada seja concedida”.

Com esses argumentos, em suma, requer seja atribuído efeito suspensivo ao


recurso, e, ao final, espera o seu conhecimento e provimento, com a consequente
reforma da decisão agravada, indeferindo-se a tutela de urgência pleiteada na inicial.

Agravante isenta do preparo.

É o relatório. Decido.

Considerando que o decisum objurgado contempla conteúdo de tutela


provisória (art. 1.015, I, CPC/2015), admito o recurso em tela e, doravante, passo a
apreciar o pedido de efeito suspensivo.

Segundo o artigo 1.019 do CPC, o agravo de instrumento deve ser recebido,


em regra, apenas no efeito devolutivo, para que não se suspendam os efeitos da
decisão agravada. Todavia, o inciso I desse dispositivo reza que o relator “...poderá
atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a
pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão”.

Para a concessão do efeito suspensivo, é necessário o preenchimento


concomitante de dois pressupostos: a) probabilidade de provimento do recurso; e b)

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NR.PROCESSO: 5585219-12.2020.8.09.0000
demonstração de que, prevalecendo a decisão, poderá a parte agravante experimentar
lesão grave, de difícil ou impossível reparação – inteligência do art. 995, parágrafo
único, do CPC.

In casu, adstrito ao estreito âmbito de cognição inerente a esta via, tenho por
presentes os pressupostos autorizadores da medida vindicada.

Com efeito, em decisão proferida em sede de Medida Cautelar na ADI n.


6.129/GO (publicação em 18/12/19), o excelso STF suspendeu apenas parte da
eficácia das Emendas n. 54 e n. 55/2017 à Constituição Estadual, mais precisamente o
art. 113, §8º, da Constituição do Estado de Goiás e o art. 45, incisos I e II, do ADCT de
Goiás. Logo, até onde se tem notícia, remanesce a eficácia do art. 46 dos Atos das
Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição do Estado de Goiás,
introduzido pela Emenda Constitucional n. 54/2017, que, por ora, veda a concessão de
promoção aos servidores estaduais, exceto para aqueles integrantes das carreiras da
Segurança Pública, Administração Penitenciária e da Saúde, tal como defende a
agravante.

Daí a probabilidade de provimento do recurso (fumus boni iuris).

O periculum in mora também está evidente, e decorre, sobretudo, dos efeitos


patrimoniais que terá a recorrente de suportar caso seja compelida, logo ao início do
feito, a efetivar a promoção almejada pela agravada, medida, aliás, de caráter
claramente satisfativo.

Sob tais fundamentos, defiro o efeito suspensivo requestado, para, com isso,
sustar os efeitos da decisão objurgada, até o julgamento deste recurso.

Oficie-se ao Juízo a quo, comunicando-lhe o teor deste decisum, para os


devidos fins, e para que informe eventual retratação.

Intime-se a agravada para apresentar resposta no prazo legal, podendo juntar


a documentação que entender necessária ao julgamento do recurso.

Publique-se.

Goiânia, 26 de novembro de 2020.

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Relator

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Concessão em parte -> Liminar - Data da
Movimentação 25/11/2020 18:32:29

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5593680-70.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : VSR
POLO PASSIVO : ETHR
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : VSR


ADVGS. PARTE : 45990 GO - WANDERSON ALVES OLIVEIRA
55917 GO - SAMUEL PEREIRA DA SILVA

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 26/11/2020 16:38:50

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5580134-45.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : CECÍLIA VIEIRA CARDOSO DE SOUZA ALMEIDA
POLO PASSIVO : LEANDRO DA SILVA MOREIRA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CECÍLIA VIEIRA CARDOSO DE SOUZA ALMEIDA


ADVG. PARTE : 39642 GO - BARBARA FERNANDES MOREIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5580134-45.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Zacarias Neves Coêlho

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 5580134-45.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA (17ª Vara Cível)
AGRAVANTE: CECÍLIA VIEIRA CARDOSO DE SOUZA ALMEIDA
AGRAVADO: LEANDRO DA SILVA MOREIRA
RELATOR: DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

DECISÃO

Cuida-se de agravo de instrumento interposto por CECÍLIA VIEIRA


CARDOSO DE SOUZA ALMEIDA da decisão proferida nos autos da ação de despejo
com pedido liminar c/c cobrança ajuizada em desfavor de LEANDRO DA SILVA
MOREIRA, aqui agravado.

Por meio do ato objurgado, o Magistrado a quo (Dr. Nickerson Pires Ferreira)
indeferiu o pedido liminar de despejo da parte ré, em razão de a autora não ter
apresentado caução.

Nas razões deste recurso, a agravante narra que é proprietária do imóvel


situado à Rua VV9, Qd.06, Lt.11, Village Veneza, em Goiânia, e que no dia 15/07/2019
firmou contrato de locação de imóvel residencial com o réu, aqui agravado.

Explica que foi acordado o valor de R$1.600,00 a título de aluguel mensal, e


que, em caso de pagamento antecipado, seria concedido substancial desconto.

Relata que o locatário efetuou o pagamento tão somente do primeiro mês de

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NR.PROCESSO: 5580134-45.2020.8.09.0000
aluguel, (em 16/08/19) tendo se tornado inadimplente a partir de então. Ressalta que
os demais encargos relativos à utilização do imóvel tais como energia elétrica, água,
esgoto, gás e IPTU, de igual forma não estão sendo pagos pelo requerido.

Esclarece que o agravado se recusa a sair do imóvel e também a adimplir o


seu débito, razão pela qual ajuizou a ação de despejo em comento.

Brada que a exigência de apresentação de caução para a concessão do


pedido liminar de despejo é incompatível com a sua situação de hipossuficiência
financeira, tanto é que milita sob o pálio da gratuidade da justiça.

Alega que “a causa, ademais, versa sobre uma das fontes de renda da autora, que
tem sofrido dano financeiro ante as condutas do réu (conforme aludido nos fatos e verificável nas
provas dos autos) e, como a grande maioria dos brasileiros, sua família sofreu o impacto da crise
econômica advinda durante o atual período de pandemia”.

Colaciona precedentes jurisprudenciais com o fito de abonar suas alegativas.

Nestes termos, entendendo presentes os pressupostos de relevância e


urgência, requer, liminarmente, o deferimento do pedido de tutela de urgência sem a
necessidade de oferecimento de caução e, no mérito, pugna pelo provimento do
recurso para reforma da decisão vergastada.

Inexistente o preparo, ao tempo que a agravante é beneficiária da justiça


gratuita.

É o relatório. Passo a decidir.

Considerando que a decisão agravada contempla conteúdo de tutela


provisória (art. 1.015, I, CPC/2015), admito o agravo de instrumento em tela, passando
a apreciar a possibilidade de deferimento do pedido de antecipação da tutela recursal.

O agravo de instrumento, conforme o art. 1.019 do CPC/2015, deve ser


recebido, em regra, apenas no efeito devolutivo, de modo que o seu manejo não
implique suspensão dos efeitos da decisão agravada. No entanto, o inciso I do referido
dispositivo disciplina que o relator “(...) poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou
deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando

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NR.PROCESSO: 5580134-45.2020.8.09.0000
ao juiz sua decisão”.

Logo, concebendo a possibilidade de antecipação da tutela recursal, o


Digesto Processual Civil vigente exige a presença concomitante de dois requisitos
(art. 300 do CPC/15): a) sólida e relevante fundamentação fática e/ou jurídica
(verossimilhança das alegações); e b) demonstração de que, prevalecendo a decisão,
poderá a parte agravante experimentar lesão grave e de difícil reparação (periculum in
mora).

Na hipótese vertente, em sede de análise perfunctória das razões expostas,


noto que a agravante demonstrou a existência dos requisitos necessários para o
deferimento da liminar pleiteada em sede recursal.

É que a recorrente comprovou que, ao menos por enquanto, não tem


condições de arcar com a caução exigida na decisão vergastada, equivalente ao valor
de três meses de aluguel, ou seja, R$4.800,00 (quatro mil e oitocentos reais).

No processo principal, foi concedida a gratuidade da justiça à parte


autora/agravante, porquanto vislumbrada a sua situação de hipossuficiência financeira,
já que, ao que parece, esta não exerce atividade remunerada e é dependente
economicamente do seu cônjuge (autos n.5400688-26, mov.06, arquivo 02).

Outrossim, além da prova da verissimilhança das alegações, tenho que o


periculum in mora está suficientemente demonstrado, já que a permanência do
locatário no imóvel de propriedade da recursante, sem efetuar o pagamento dos
aluguéis, das taxas e dos tributos, acarretará a ela grande perda financeira.

Neste sentido, colaciono julgados:

“EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE


DESPEJO POR FALTA DE PAGAMENTO C/C COBRANÇA DE
ALUGUÉIS E ACESSÓRIOS. CONTRATO VERBAL. PARTE
BENEFICIÁRIA DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA. HONORÁRIOS DO
CONCILIADOR OU MEDIADOR. ISENÇÃO. LIMINAR DE DESPEJO.
CAUÇÃO. PARTE ECONOMICAMENTE HIPOSSUFICIENTE.
DISPENSA. 02. O artigo 59, § 1º, inciso IX, da Lei nº 8.245/1991,
autoriza a concessão de liminar de despejo na hipótese de falta de
pagamento de aluguel quando o contrato está desprovido de
quaisquer das garantias elencadas no artigo 37 da referida norma.
Ademais, embora a Lei do Inquilinato exija a prestação de caução

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5580134-45.2020.8.09.0000
referente a três meses de aluguel para o deferimento da liminar de
desocupação, referida garantia pode ser dispensada quando a
locadora demonstra que é economicamente hipossuficiente,
situação evidenciada nos autos. AGRAVO DE INSTRUMENTO
CONHECIDO E PROVIDO”. (TJGO, AI 5693050-56.2019.8.09.0000,
Rel. Des(a). MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI, 1ª CC, DJe de
18/05/2020)

No mesmo sentido: TJGO, AI 5657148-42.2019.8.09.0000, Rel. Des(a). LUIZ


EDUARDO DE SOUSA, 1ª CC, DJe de 24/03/2020.

À vista disso, defiro o pedido de antecipação de tutela recursal para


conceder a liminar de despejo, dispensado o depósito da caução.

Oficie-se ao Juízo a quo, comunicando-lhe o teor desta decisão, para os


devidos fins, e para que informe sobre eventual retratação.

Intime-se a parte agravada para apresentar resposta no prazo legal, podendo


juntar a documentação que entender necessária ao julgamento do recurso.

Publique-se.

Goiânia, 26 de novembro de 2020.

DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO


Relator

rb

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 08:39:03

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5477238-21.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : MESO
POLO PASSIVO : FEOS
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : MESO


ADVG. PARTE : 38563 DF - BARBARA HELOISA MORAES OLIVEIRA ORNELAS

PARTE INTIMADA : FEOS


ADVGS. PARTE : 12330 DF - MARCELO LUIZ AVILA DE BESSA
12855 DF - EDSON LUIZ SARAIVA DOS REIS

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 08:40:54

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5520592-96.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : AYMORÉ CRÉDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO SA
POLO PASSIVO : GILBERTO FERREIRA LINS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : AYMORÉ CRÉDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO SA


ADVG. PARTE : 27022 GO - CARLOS JOSE ELIAS JUNIOR

PARTE INTIMADA : GILBERTO FERREIRA LINS


ADVG. PARTE : 20406 GO - ROBSON MENDES FERREIRA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Concessão -> Liminar - Data da
Movimentação 26/11/2020 19:22:04

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5587725-58.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ELISVONE SILVA DE SOUZA
POLO PASSIVO : ESPÓLIO DE ABRÃO ABDALA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ELISVONE SILVA DE SOUZA


ADVG. PARTE : 52286 GO - VICTOR RAMALHO DE ALMEIDA

PARTE INTIMADA : ESPÓLIO DE ABRÃO ABDALA


ADVG. PARTE : 35745 GO - GILSON DIAS DE ARAUJO FILHO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5587725-58.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Zacarias Neves Coêlho

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 5587725-58.2020.8.09.0000


COMARCA DE SENADOR CANEDO
AGRAVANTE: ELISVONE SILVA DE SOUZA
AGRAVADO: ESPÓLIO DE ABRÃO ABDALA
RELATOR: DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

DECISÃO LIMINAR

Cuida-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO, com pedido de efeito


suspensivo, interposto por ELISVONE SILVA DE SOUZA, da decisão proferida pelo
Juiz de Direito da 1ª Vara Cível da Comarca de Senador Canedo, Dr. Marcus
Vinicíus Alves de Oliveira, nos autos da ação de cumprimento de sentença arbitral
proposta em seu desfavor pelo ESPÓLIO DE ABRÃO ABDALA, ora agravado.

Ao decidir, o douto Juiz de origem, tendo em vista a tentativa infrutífera de


citação do executado/agravante, determinou a expedição de mandado de
reintegração de posse do imóvel objeto do litígio, a ser cumprido no prazo de 30
(trinta) dias, ressaltando a possibilidade de auxílio da força policial, ao final do
prazo, em caso de resistência.

Em suas razões (evento nº. 01, arquivo nº. 01), o agravante afirma que a
decisão agravada viola as regras procedimentais previstas no Código de Processo
Civil, o contraditório e a ampla defesa, posto que o mandado de reintegração de
posse foi expedido sem que concretizada a citação do devedor, impedindo-o de
cumprir voluntariamente a obrigação, no prazo de 15 (quinze) dias, consoante
prevê o art. 515, §1º, do CPC, ou de apresentar impugnação, suscitando,
eventualmente, vício de representação, ilegitimidade ativa, exceção de usucapião,
desacerto no cálculo apresentado, retenção por benfeitorias, cumprimento da
obrigação, dentre outros.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5587725-58.2020.8.09.0000
Alega que a medida impossibilita o recorrente, também, de exercer a
prerrogativa de escolha, na forma do art. 252, do CC, já que o acordo celebrado no
procedimento arbitral estabeleceu, em caso de descumprimento, alternativamente,
a obrigação de execução do saldo devedor, decorrente do vencimento antecipado,
ou a rescisão do contrato, com a consequente reintegração de posse do imóvel.

Argumenta que não se trata de ação possessória, por isso, a ordem de


reintegração de posse inaudita altera parte não poderia decorrer do procedimento
previsto no art. 562 e seguintes do CPC, além do que, tratando-se de feito
executivo, as práticas de atos de expropriação exigem a citação válida do
executado.

Assevera que a decisão fustigada é nula, porque exarou a ordem de


reintegração de posse sem a devida fundamentação.

Nestes termos, entendendo presentes os pressupostos da probabilidade do


direito e do perigo da demora, postula a concessão de efeito suspensivo ao
recurso, a fim de que seja sobrestado o andamento do cumprimento de sentença,
até o julgamento definitivo da insurgência.

No mérito, requer o conhecimento e provimento do agravo de instrumento,


para que, em reforma à decisão recorrida, seja decretada a extinção do processo,
pela ausência de citação válida. Subsidiariamente, postula a cassação do decisum,
(a) possibilitando assim que o recorrente cumpra voluntariamente a obrigação ou
para que apresente impugnção; ou (b) que outra seja proferida,
fundamentadamente.

O recurso foi instruído na forma do art. 1.017, §5º, do CPC, visto que
eletrônicos os autos originários e com os documentos inseridos no evento nº. 01,
dentre os quais o comprovante do preparo (arquivos nº. 05/06)

É o relatório. Decido.

A princípio, tendo em vista que a decisão agravada foi proferida no curso


da fase de cumprimento de sentença (art. 1.015, parágrafo único, do CPC), recebo
este agravo de instrumento, passando a apreciar a possibilidade de deferimento da
medida liminar.

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NR.PROCESSO: 5587725-58.2020.8.09.0000
Segundo o artigo 1.019 do CPC, o agravo de instrumento deve ser
recebido, em regra, apenas no efeito devolutivo, para que não se suspendam os
efeitos da decisão agravada, não obstante, o inciso I desse dispositivo reza que o
relator “(…) poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em
antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal,
comunicando ao juiz sua decisão”.

Destarte, em interpretação teleológica do mencionado art. 1.019,


necessária se faz, para a concessão da tutela provisória no agravo de instrumento,
a presença concomitante de dois requisitos (art. 300, caput, CPC): a) a
probabilidade do direito; e b) o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo. É necessário, ainda, que não haja perigo de irreversibilidade dos efeitos
da decisão (art. 300, §3º, CPC).

Perlustrando os autos, vislumbro a presença dos requisitos autorizadores


da medida requestada.

No caso, o exequente/agravado promoveu ação de cumprimento da


sentença arbitral homologatória, objetivando a retomada do imóvel objeto do
contrato de compra e venda, tendo em vista o descumprimento, pelo
executado/recorrente, do acordo celebrado no procedimento arbitral.

Após o despacho inicial, foi expedido o mandado de citação, para que o


exequente, no prazo de 15 (quinze) dias, procedesse “com o cumprimento da
sentença, com a consequente desocupação do imóvel, entregando as chaves
ao exequente” , mas possibilitando-lhe oferecer impugnação, no mesmo prazo
quinzenal.

O mandado foi devolvido, sem cumprimento, porque o devedor não foi


localizado pelo Oficial de Justiça, e, em seguida, o exequente/agravado requereu a
expedição do mandado de reintegração de posse, suscitando a ocultação do
executado.

Ato contínuo, o Juiz de origem proferiu o ato objurgado, consignando que,


“Tendo em vista a certidão de evento 08, onde demonstra a tentativa
infrutífera de citar o executado, expeça-se mandado de reintegração de
posse do imóvel objeto do litígio a ser cumprido no prazo de 30 (trinta)
dias, findo o prazo poderá o sr. Oficial de Justiça fazer uso do auxílio
da força policial em caso de resistência.”

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5587725-58.2020.8.09.0000
Nesse contexto, reputo prudente sobrestar o andamento do cumprimento
de sentença, visto que, prima facie, a ordem de reintegração de posse foi expedida,
sem a prévia e necessária citação do executado, denotando, aparentemente,
error in procedendo, notadamente, diante das peculiaridades do caso.

De acordo com o que restou acordado no procedimento arbitral, o


executado comprometeu-se a efetuar o pagamento das parcelas em atraso, cujo
descumprimento implicaria o vencimento antecipado da dívida e a execução das
importâncias inadimplidas ou a rescisão do contrato, independetemente de
notificação ou interpelação judicial/extrajudicial, com reintegração de posse. Ao que
se percebe, o credor optou pela retomada do bem.

Com efeito, em princípio, eventual retomada forçada do imóvel -


reintegração de posse - é medida que somente deve ser determinada pelo Juiz se o
devedor, devidamente citado para os termos do cumprimento de sentença, não
satisfazer, de forma voluntária, a obrigação contida no título executivo judicial. Já,
na forma do art. 515, §1, do CPC, primeiramente, "(...) o devedor será citado no
juízo cível para o cumprimento da sentença ou para a liquidação no prazo de 15
(quinze) dias".

Outrossim, ao que parece, o meirinho não certificou qualquer suspeita de


ocultação devedor ou que ele não resida mais no local. Ora, de acordo com a sua
qualificação no recurso, o agravante mora no imóvel.

Por outro lado, o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo


decorre do fato de que se o andamento do cumprimento de sentença não for
sobrestado, o mandado de reintegração será cumprido e o recorrente perderá a
posse do bem.

Sob tais fundamentos, defiro o pedido de atribuição de efeito suspensivo,


sobrestando os efeitos da decisão agravada até o julgamento final de deste
recurso.

Intime-se a parte agravada para, querendo, apresentar resposta, no prazo


legal, podendo juntar a documentação que entender necessária ao julgamento do
recurso (art. 1.019, II, do CPC).

Oficie-se ao Juízo a quo, comunicando-lhe o teor desta decisão.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5587725-58.2020.8.09.0000
Publique-se.

Goiânia, 26 de novembro de 2020.

DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO


Relator

SM

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 08:47:34

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5372998-78.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : CELG DISTRIBUIÇÃO S/A CELG D
POLO PASSIVO : EUDES BASILIO DOS SANTOS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CELG DISTRIBUIÇÃO S/A CELG D


ADVGS. PARTE : 54125 GO - CAMILA MOERBECK RIBEIRO TAVARES CORREA
51175 GO - JAYME SOARES DA ROCHA FILHO

PARTE INTIMADA : EUDES BASILIO DOS SANTOS


ADVG. PARTE : 47799 GO - EDMILSON PINHEIRO DE SANTANA JUNIOR

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 08:54:55

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5357564-49.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : BANCO DO BRASIL
POLO PASSIVO : MARIBEL SCHVEEIDT
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO DO BRASIL


ADVG. PARTE : 107878 MG - NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES

PARTE INTIMADA : MARIBEL SCHVEEIDT


ADVG. PARTE : 48120 GO - LUIZ FERNANDO ARAUJO BRINGEL

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Concessão -> Liminar - Data da
Movimentação 26/11/2020 16:38:51

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5587252-72.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : MARILUCE OLIVEIRA BORGES SANTOS
POLO PASSIVO : MUNICIPIO DE GOIANIA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MARILUCE OLIVEIRA BORGES SANTOS


ADVG. PARTE : 27698 GO - ANNA VICENZA CARRAMASCHI RIBEIRO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5587252-72.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Zacarias Neves Coêlho

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 5587252-72.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA (3ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA MUNICIPAL E REG
ISTRO PÚBLICO)
AGRAVANTE: MARILUCE OLIVEIRA BORGES SANTOS
AGRAVADO: MUNICÍPIO DE GOIÂNIA
RELATOR: DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

DECISÃO

MARILUCE OLIVEIRA BORGES SANTOS interpõe agravo de instrumento,


com pedido de liminar, da decisão proferida nos autos da ação declaratória ajuizada
por ela em desproveito do MUNICÍPIO DE GOIÂNIA, ora agravado.

Ao proferir o decisum objurgado, a Magistrada a quo, Drª. Jussara Cristina


Oliveira Louza, indeferiu o pedido de gratuidade da justiça, formulado pela
autora/agravante, ao fundamento de que não restou comprovada a hipossuficiência
financeira. À oportunidade, autorizou o parcelamento das custas inciais em doze
vezes.

Em suas razões recursais, após fazer retrospecto fático do feito e tratar da


admissibilidade do recurso, defende a agravante o desacerto do decisum proferido na
instância de primeiro grau, pois, no seu entender, foi demonstrada a sua incapacidade
financeira, fazendo jus, portanto, a justiça gratuita.

Entendendo presentes os requisitos legais necessários, clama a concessão


de efeito suspensivo ao recurso e, ao final, o seu provimento com a consequente
reforma da decisão atacada, sendo-lhe deferido o benefício almejado, inclusive nesta

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NR.PROCESSO: 5587252-72.2020.8.09.0000
sede recursal.

Eis o relato do essencial. Decido.

À luz do art. 1.015, V e art. 101, §1º, do Código de Processo Civil, conheço do
recurso e, doravante, passo a apreciar a possibilidade de deferimento do pedido de
liminar deduzido em suas razões (art. 1.019, I, do CPC).

Para a concessão do efeito suspensivo ao agravo de instrumento, necessária


se faz a presença, concomitante, dos pressupostos listados no art. 995, parágrafo
único, do Diploma Processual, quais sejam: a) a demonstração da probabilidade de
provimento do recurso; e b) a constatação de que, prevalecendo a decisão
impugnada, poderá a parte agravante experimentar dano grave, de difícil ou
impossível reparação.

No caso, em sede de cognição perfunctória, tem-se por presentes ambos os


pressupostos, especialmente o relativo ao periculum in mora.

Isso porque, caso persista o comando para o recolhimento das custas iniciais
da ação, poderá a recorrente experimentar grave prejuízo processual,
consubstanciado no cancelamento da distribuição.

Ademais, ao menos para fins de apreciação do pedido de liminar


deduzido nas razões do recurso, será levada em conta a documentação anexada
aos autos digitais, como evidência da prefalada precariedade financeira.

Ante o exposto, concedo o efeito suspensivo ao recurso, de modo a


sobrestar os efeitos da decisão atacada até o julgamento do agravo.

Oficie-se ao juízo da causa, comunicando-lhe o teor deste decisum, para os


devidos fins.

Publique-se e, à oportunidade, intime-se a agravante para, no prazo de 05


(cinco) dias, à luz do disposto no art. 99, §2º, do CPC e art. 5º, LXXIV, da CF,
reforçar a instrução do caderno recursal no que tange à prefalada hipossuficiência,
devendo apresentar a última Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda - Exer
cício 2020, extratos bancários dos três últimos meses, comprovante de despesas

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NR.PROCESSO: 5587252-72.2020.8.09.0000
correntes. Poderá a agravante apresentar outros documentos que entender
pertinentes.

O não atendimento da determinação acima implicará o não acolhimento da


insurgência recursal.

Após, volvam-me conclusos.

Goiânia, 26 de novembro de 2020.

DES. ZACARIAS NEVES CÔELHO


Relator

DS

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido em Parte - Data da


Movimentação 26/11/2020 18:43:41

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5316391-87.2018.8.09.0138
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : MVVC
POLO PASSIVO : URVCRV
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : MVVC


ADVG. PARTE : 15588 GO - MARIENE LEÃO LEMES

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 09:02:41

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5384064-55.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : MARCIO WELLINGTON DE CASTRO
POLO PASSIVO : AUTO BRASIL MULTIMARCAS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MARCIO WELLINGTON DE CASTRO


ADVGS. PARTE : 51525 GO - IARA PAZ GALVAO
57152 GO - NATHALIA FERREIRA DE SOUZA

PARTE INTIMADA : AUTO BRASIL MULTIMARCAS


ADVG. PARTE : 32312 GO - JOÃO GONÇALVES DA CRUZ NETTO

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 09:05:38

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5196999-26.2018.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Exibição de Documento ou Coisa ( CPC )
POLO ATIVO : DIEGO CANDIDO DE FREITAS
POLO PASSIVO : BRADESCO FINANCIAMENTOS S/A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : DIEGO CANDIDO DE FREITAS


ADVG. PARTE : 31195 GO - TIAGO FONSECA CUNHA

PARTE INTIMADA : BRADESCO FINANCIAMENTOS S/A


ADVG. PARTE : 32013 GO - LEONARDO HENKES THOMPSON FLORES

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Concessão -> Liminar - Data da
Movimentação 26/11/2020 11:03:08

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5541632-37.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : LUISA VASCONCELOS RABELO
POLO PASSIVO : SECRETARIO DE ESTADO DA SAUDE
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : LUISA VASCONCELOS RABELO


ADVGS. PARTE : 44710 GO - TIAGO JOSE ZANZARINI
27648 GO - DANILLO GUSTAVO BRAGA E SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5541632-37.2020.8.09.0000
MANDADO DE SEGURANÇA Nº 5541632.37.2020.8.09.0000

COMARCA DE GOIÂNIA

IMPETRANTE : LUÍSA VASCONCELOS RABELO

IMPETRADO : SECRETÁRIO DA SAÚDE DO ESTADO DE GOIÁS

LITS.PASS.NEC.: ESTADO DE GOIÁS

RELATOR : MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA – Juiz de Direito Substituto em 2º Grau de Jurisdição

DECISÃOLIMINAR

Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA, com pedido de liminar, impetrado por LUÍSA


VASCONCELOS RABELO, menor impúbere representada por sua mãe MALBA DE SOUSA
VASCONCELOS RABELO, apontando como autoridade impetrada o SECRETÁRIO DE SAÚDE
DO ESTADO DE GOIÁS, Dr. Ismael Alexandrino Júnior, e como litisconsorte passivo necessário
o ESTADO DE GOIÁS.

A impetrante, atualmente com 08 anos de idade, relata que foi diagnosticada com “PUBERDADE
PRECOCE (hiperfunções da hipófise – CID E22.8) e, conforme prescrição médica anexa, o
tratamento é INJEÇÕES de Leuprorrelina 11,25mg, uma ampola a cada 84 dias até completar 12
anos e meio(receita médica anexa)” e que o custo de cada medicamento (injeção) “é de R$
1.800,00 aproximadamente (um mil e oitocentos reais) (orçamentos anexo).” Contudo, afirma que

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NR.PROCESSO: 5541632-37.2020.8.09.0000
sua família “não possui condições financeiras de arcar com o referido valor, muito elevado para
seu padrão de vida”.

Acrescenta que o pedido formulado via procedimento administrativo de dispensação do


medicamento, a despeito de integrar a lista de fármacos do SUS, fora indeferido pela autoridade
impetrada, ao argumento de que “Consoante o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para
Puberdade Precoce a impetrante não se encontra no chamado” Padrão Ouro”.

Na sequência, apresenta os fundamentos da impetração, enfatizando o direito líquido e certo da


menor de receber a medicação prescrita e necessária ao tratamento da doença diagnosticada,
em vista do que dispõem os artigos 196 e 198 da Constituição Federal, bem assim o artigo 153
da Carta Estadual, amparando-se também em julgados deste Tribunal.

Requer, com amparo nos preceitos do inciso III, do artigo 7°, da Lei 12.016/09, a concessão de
ordem liminar, a fim de que seja determinado à autoridade impetrada que, “no prazo de 72 horas,
proceda a dispensação da medicação reclamada (LEUPRORRELINA 11,25 mg injetável) e das
demais necessárias a menor LUÍSA VASCONCELOS RABELO, assegurando-lhe a regularidade
periódica suficiente para evitar a interrupção no tratamento a que se submete.” Ao final, que seja
confirmada a medida liminar deferida, concedendo-lhe, em definitivo, a ordem impetrada.

Instruiu a peça exordial com documentos (evento 01).

Em atendimento à determinação do eminente Relator, Desembargador Amaral Wilson de Oliveira


(Despacho – evento 4), a impetrante jungiu aos autos documentos referentes à situação
financeira, via petição inserta no evento 7.

É o sintético relatório. D E C I D O.

De início, enfatizo que para a concessão de medida liminar em mandado de segurança, de


acordo com os preceitos da Lei nº 12.016 de 07/08/2009, é necessário que os fundamentos nele
elencados sejam relevantes, com a satisfação de certos requisitos que se expressam na
plausibilidade jurídica da tese esposada e na possibilidade de ocorrência de lesão irreparável ou
de incerta reparação ao direito da parte interessada.

Nessa perspectiva, tenho por comportável a concessão do pleito liminar, por vislumbrar
patenteada a prova inequívoca da verossimilhança das alegações expostas na exordial, à vista do
que dispõem as normas programáticas concernentes à saúde, elencadas na Constituição da
República, ainda, o posicionamento amplamente dominante das Cortes Superiores e de nosso
Tribunal Estadual sobre a matéria versada.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5541632-37.2020.8.09.0000
Com efeito, nos termos do artigo 196 da Constituição Federal, a saúde é direito de todos e
obrigação do Estado (União, Estados, Municípios e Distrito Federal – Súmula 35 deste Tribunal),
cuja assistência deve ser garantida mediante politicas sociais e econômicas que visem a redução
do risco de doenças e de outras consequências, mormente em se tratando de criança ou
adolescente.

Resta evidenciado in casu, de igual sorte, o fundado receio de dano irreparável e de difícil
reparação, porquanto a medicação postulada pela impetrante, cuja dispensação não fora
procedida pela Secretaria de Saúde, é essencial ao tratamento da menor, conforme comprova a
documentação acostada à inicial, com relevo à prova de solicitação do medicamento via
procedimento administrativo. Ademais, o medicamento pretendido pela impetrante possui registro
na ANVISA e também integra a listagem de fármacos fornecidos pelo SUS (docs. evento 01).

A propósito, a jurisprudência deste Tribunal, em consonância ao posicionamento das Cortes


Superiores, é firme no entendimento de que: “Se com a petição inicial encontram-se os
documentos suficientes para a plena verificação dos fatos que embasam o direito alegado, em
especial, receituário médico e parecer técnico que registram a moléstia de que padece o
paciente, bem como a urgência e a necessidade dos medicamentos solicitado, não se cogita na
ausência de prova pré-constituída ou na necessidade de dilação probatória.” (TJGO, Mandado de
Segurança (CF; Lei 12016/2009) 5157628-43.2020.8.09.0000, Rel. Des. LEOBINO VALENTE CHAVES, 2ª Câmara
Cível, julgado em 28/07/2020, DJe de 28/07/2020).

Ainda, que: “É dever do Poder Público, em qualquer de suas esferas (art. 196, CF), assegurar a
todos o direito à saúde, de modo universal e igualitário, incluindo-se aí o fornecimento de
medicamento indispensável ao tratamento daquele a quem foi prescrito, mormente quando se
trata de fármaco já incluso nas listagens do SUS, como é o caso (Leuprorrelina).”(TJGO,
Mandado de Segurança (L.8069/90) 5178529-66.2019.8.09.0000, Rel. FERNANDO DE CASTRO MESQUITA, 2ª
Câmara Cível, julgado em 24/06/2019, DJe de 24/06/2019 – destaquei).

Acrescente-se, outrossim, que não há óbice à concessão de liminar, inaudita altera pars, contra a
Fazenda Pública em casos tais, considerado o grave risco de lesão ao direito à vida e ao direito
social à saúde (CF/88, arts. 5º e 6º), ainda, em atenção às normas especiais protetivas dos
direitos da criança e do adolescente previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Nesse contexto, concedo a ordem liminar vindicada, para determinar que a autoridade
impetrada forneça à representante legal da menor a medicação que lhe fora prescrita (
LEUPRORRELINA 11,25 mg injetável), conforme receituário médico, no prazo de 5 (cinco) dias,
nos termos postulados na exordial, cabendo à impetrante apresentar receituário médico
atualizado quando solicitado pelo setor administrativo competente, de modo a evitar a interrupção
do tratamento da menor.

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Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 1549 de 5858
ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5541632-37.2020.8.09.0000
Ressalto à oportunidade que, na esteira da jurisprudência do STJ e desta Corte, há possibilidade
de que seja determinado o bloqueio de valores da conta do Fundo Estadual de Saúde, caso
noticiado o descumprimento da ordem liminar, ora deferida.

Notifique-se a autoridade acoimada de coatora para que preste as informações que reputar
necessárias, no prazo de 10 (dez) dias.

Cientifique-se o órgão de representação da pessoa jurídica interessada para, querendo, ingressar


no feito.

Após, ouça-se a douta Procuradoria-Geral de Justiça.

Intimem-se.

Goiânia, 25 de novembro de 2020.

MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA

Juiz de Direito Substituto em 2º Grau de Jurisdição

Relator

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Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 1550 de 5858
ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 09:07:49

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5020437-53.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : KATIANE BORGES DA FONSECA
POLO PASSIVO : GERALDO LOURENCO FILHO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : KATIANE BORGES DA FONSECA


ADVG. PARTE : 48234 GO - LETICIA FRANCIELE FERREIRA BARBOSA ALVES

PARTE INTIMADA : GERALDO LOURENCO FILHO


ADVG. PARTE : 41883 GO - ROBSON DA SILVA ALVES TERTO

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Não-Concessão -> Antecipação de tutela
- Data da Movimentação 26/11/2020 20:12:40

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5533950-31.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : SEBASTIAO FRANCISCO DA SILVA FILHO
POLO PASSIVO : BANCO DO BRASIL S/A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : SEBASTIAO FRANCISCO DA SILVA FILHO


ADVG. PARTE : 48311 GO - HYTALO HENRIQUE MARTINS CLAUDINO

PARTE INTIMADA : BANCO DO BRASIL S/A


ADVG. PARTE : 33722 GO - NELSON PILLA FILHO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5533950-31.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Leobino Valente Chaves

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5533950-31.2020.8.09.0000


COMARCA DE PIRANHAS
AGRAVANTE: SEBASTIÃO FRANCISCO DA SILVA FILHO
AGRAVADO: BANCO DO BRASIL S/A
RELATOR: DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

Trata-se de agravo de instrumento, com pedido de antecipação dos efeitos da tutela


recursal, interposto por SEBASTIÃO FRANCISCO DA SILVA FILHO contra a decisão
proferida pelo Juiz de Direito, Jesus Rodrigues Camargos, da comarca de Piranhas,
que rejeitou a impugnação à penhora por ele formulada em sede da ação de execução
de título extrajudicial promovida pelo BANCO DO BRASIL S/A, nos seguintes termos:

“...Logo, a dação do bem imóvel em hipoteca como garantia da dívida, configura


renúncia ao benefício da impenhorabilidade, nos termos do artigo 3º, inciso V, da
Lei Federal n.º 8.009/90, devendo-se observar a boa-fé e a autonomia da vontade.
Com efeito, verifica-se dos autos, que o imóvel penhorado foi dado em hipoteca
cedular para garantia da Cédula Rural Hipotecária ora executada, hipoteca esta
que inclusive fora registrada na matrícula do imóvel (Movimentação nº 01 -
arquivo 4).
Isto posto, considerando que não preenchidos os requisitos legais para o
reconhecimento da impenhorabilidade do imóvel rural, REJEITO a impugnação à
penhora oposta pelo Executado.” (evento 28 autos originários)

Ingressou o agravante com embargos declaratórios, tendo sido rejeitados – evento 35


autos principais.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5533950-31.2020.8.09.0000
Nas razões recursais o recorrente afirma que a decisão recorrida padece de nulidade
por ausência de fundamentação.

Defende a impenhorabilidade do imóvel penhorado, nos termos do art. 5º, XXVI, da CF


e do art. 833, VIII, do CPC.

Destaca ter preenchido todos os requisitos constitucionais e infraconstitucionais, “


devendo ser garantido o direito constitucional de proteção ao bem de família do
agravante para proteger a dignidade sua e de sua família.”

Sustenta que a “oferta do bem como garantia hipotecária como condição de


acesso ao crédito rural não afasta a proteção concedida à pequena propriedade
rural que tem por escopo proteger o imóvel rural, assegurar o direito à moradia
como mínimo existencial para uma vida digna.”

Pleiteia a antecipação da tutela recursal para “anular a penhora realizada sobre o


bem, por ser impenhorável”, e o provimento ulterior do recurso para que seja
reformada a decisão atacada.

Preparo – evento 13.

Isto posto, DECIDO.

A antecipação da tutela recursal encontra-se prevista no inc. I do art. 1.019 do CPC,


incumbindo à parte recorrente fornecer elementos que evidenciem a probabilidade da
pretensão, assim como a existência de perigo de dano ou risco no que pertine ao
resultado útil do processo, ante a demora da prestação jurisdicional.

Analisadas as razões recursais e o contexto dos autos, à luz das disposições legais
respectivas, não vislumbro, em análise perfunctória, como o momento processual
recomenda, a necessária conjugação dos requisitos indispensáveis à pretendida
antecipação da tutela recursal, sendo mais prudente que se aguarde o julgamento do
mérito do Agravo.

Ante tais considerações, indefiro o pedido de antecipação da tutela recursal.

Intime-se o agravado para apresentar contrarrazões ao recurso, no prazo legal.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5533950-31.2020.8.09.0000
Cumpra-se.

Goiânia, documento assinado nesta data.

DES. LEOBINO VALENTE CHAVES


Relator
LVD

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 26/11/2020 19:39:34

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5394458-78.2018.8.09.0134
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : EDILEUSA VIEIRA MARTINS
POLO PASSIVO : CELG DISTRIBUIÇÃO SA CELG ENEL
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : EDILEUSA VIEIRA MARTINS


ADVG. PARTE : 34360 GO - DANIEL PEREIRA DIAS

PARTE INTIMADA : CELG DISTRIBUIÇÃO SA CELG ENEL


ADVG. PARTE : 51175 GO - JAYME SOARES DA ROCHA FILHO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5394458-78.2018.8.09.0134
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL N.
5394458.78.2018.8.09.0134
COMARCA DE QUIRINÓPOLIS (2ª Vara Cível, Fazendas Públicas, Registros Públicos
e Ambiental)
EMBARGANTE: EDILEUSA VIEIRA MARTINS
EMBARGADA: CELG DISTRIBUIÇÃO S/A – CELG D
RELATOR: DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. APELAÇÃO


CÍVEL. AÇÃO COMINATÓRIA C/C DECLARATÓRIA DE
INEXISTÊNCIA DE DÉBITO E INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS. OMISSÃO NÃO CONFIGURADA. 1. Restando
exaustivamente analisada a matéria objeto da insurgência,
naquilo que há de relevante, não há lugar para se admitir
omissão pela falta de análise de pretensão que sequer foi
levantada em sede de apelação cível. 2. Ao que se vê aqui é o
inconformismo da embargante com a tese adotada no
julgamento, razão por que almeja alterá-lo pela via estreita dos
aclaratórios, o que não é possível. Embargos de declaração
rejeitados.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5394458-78.2018.8.09.0134
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Zacarias Neves Coêlho

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL N.


5394458.78.2018.8.09.0134
COMARCA DE QUIRINÓPOLIS (2ª Vara Cível, Fazendas Públicas, Registros Públicos
e Ambiental)
EMBARGANTE: EDILEUSA VIEIRA MARTINS
EMBARGADA: CELG DISTRIBUIÇÃO S/A – CELG D
RELATOR: DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

RELATÓRIO E VOTO

Cuida-se de embargos de declaração opostos por EDILEUSA VIEIRA


MARTINS contra o acórdão proferido pela Segunda Turma Julgadora da 2ª Câmara
Cível desta Corte, que, à unanimidade de votos, deu parcial provimento ao apelo por
ela anteriormente interposto.

A a embargante afirma (evento n.117) que o acórdão vergastado é omisso,


porquanto não teria havido pronunciamento acerca do pedido de devolução, em dobro,
do valor correspondente à fatura por ela paga, como também, acerca do pleito de
ressarcimento da multa adimplida com o fito de restabelecer o fornecimento de energia
elétrica.

Assim, pede o acolhimento dos embargos, atribuindo-lhes efeitos infringentes,


para que seja sanada a omissão apontada, prequestionando dispositivos de lei.

É o relatório. Passo ao voto.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5394458-78.2018.8.09.0134
Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço dos embargos de
declaração.

Em se tratando de embargos de de-claração, impõe-se observar os liames


traçados pelo art. 1.022 do CPC/2015, quais sejam, esclarecer obscuridade ou eliminar
contradi-ção; suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o
juiz de ofício ou a requerimento da parte; ou corrigir erro material. Não se prestam,
pois, à manifestação de inconformismo ou à rediscussão de matéria já decidida.

Já quanto ao suposto vício apontado, desde já, adianto que não prospera o
inconformismo da embargante, porquanto o acórdão ora fustigado não está maculado
por qualquer dos vícios ensejadores da oposição dos embargos de declaração.

Na espécie, a recorrente sustenta a tese de que o acórdão embargado foi


omisso, porquanto não teria havido pronunciamento acerca do pedido de devolução,
em dobro, do valor correspondente à fatura por ela paga, como também, acerca do
pleito de ressarcimento da multa adimplida com o fito de restabelecer o fornecimento
de energia elétrica.

O referido argumento, no entanto, não prospera, porquanto, ao analisar


detidamente o recurso de apelação cível interposto pela ora embargante, depreende-
se que os pedidos ali formulados, restringiram-se unicamente à: “ declaração de
inexistência do débito objeto da ação no valor de R$ 2.308,08, bem como seja a empresa apelada
condenada a não mais efetuar qualquer cobrança relativa ao erro de medição do padrão e
condenada, ainda, a pagar a título de reparação por danos morais a quantia de R$ 5.000,00
(cinco mil reais) e ao pagamento das custas e despesas processuais, bem como honorários
advocatícios não inferiores a 20% (vinte por cento)”.

Referente aos pleitos formulados, restou consignado no acórdão combatido


que:

“É de se registrar, ainda, que a notificação endereçada à autora, ora


apelante, informando sobre a realização da vistoria, foi recebida em
11/04/2018. Contudo, o relatório de aferição e avaliação técnica foi
elaborado em 04/04/2018 (vide evento 31, anexo 1, fls.7 e 11). Ou
seja: quando a parte autora foi notificada, a concessionária de energia
elétrica já havia realizado a avaliação técnica do medidor, lavrado o
auto de infração com a suposta irregularidade e aplicado a penalidade,
evidenciando, portanto, que praticou todos os atos de forma unilateral.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5394458-78.2018.8.09.0134
Assim, entendo ser irregular a cobrança referente à fatura n.
2018027015716, no valor de R$2.308,08 (dois mil, trezentos e oito
reais e oito centavos), razão pela qual o suposto crédito deve ser
declarado inexigível.

Prosseguindo, quanto à pretendida reparação pelos supostos prejuízos


extrapatrimoniais, razão não assiste à apelante.

Isso porque, na situação em voga, é fato notório que a apelada não


chegou a suspender o fornecimento de energia elétrica à unidade
consumidora da recursante, daí não se falar em dano moral
indenizável, mas em situação ensejadora de mero dissabor.

(…)

Dessarte, como dispôs a sentença, não está caracterizado o


alegado dano moral.

Ausente o prefalado dano, não remanesce à recorrida o dever de


indenizar (art. 14, CDC; art. 37, §6º, CF).

(…)

Enfim, a despeito do parcial provimento deste apelo, tenho por


razoável a redistribuição dos ônus da sucumbência na proporção de
50% para a ré e 50% para a autora4, à luz do art. 86, caput, do CPC,
mantendo os honorários fixados na origem (10% sobre o valor
atualizado da causa).

Ao teor do exposto, dou parcial provimento à apelação cível para


declarar a irregularidade da cobrança referente à fatura n.
2018027015716, no valor de R$2.308,08 (dois mil, trezentos e oito
reais e oito centavos), sendo, portanto, inexigível o suposto
crédito.

Ônus da sucumbência redistribuídos, na proporção de 50% para a ré e


50% para a autora, mantendo os honorários fixados na origem (10%
sobre o valor atualizado da causa), com a ressalva prevista no artigo
98, §3º do CPC” (grifei).

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NR.PROCESSO: 5394458-78.2018.8.09.0134
Ou seja, o acórdão combatido analisou todas as questões levantadas pelo
recursante na apelação cível, razão pela qual, tenho por inexistente o vício alegado,
considerando que em suas razões, não houve pedido de devolução em dobro dos
valores pagos, nem tampouco de restituição da multa adimplida.
Deveras, o que se vê aqui é o inconformismo da embargante com a tese
adotada no julgamento, pretendendo alterá-lo pela via estreita dos aclaratórios, o que
é inviável.

Logo, impertinente qualquer outra manifestação a respeito da matéria posta


nestes aclaratórios, até mesmo a título de prequestionamento, o qual, a propósito,
em caso de inexistência dos vícios contidos no art. 1.022 do CPC, não tem lugar nos
embargos declaratórios, sob pena de violação do referido preceito de lei processual.

Ante o exposto, rejeito os embargos de declaração.

É como voto.

Goiânia, 23 de novembro de 2020.

DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO


Relator

RB

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os integrantes da 2ª


Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás,
PO R UNANI MI D AD E DE V OT O S, EM REJ EI T AR O S EM BAR GOS D E
DECLARAÇÃO, nos termos do voto do RELATOR.

VOTARAM com o RELATOR, o Desembargador CARLOS ALBERTO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5394458-78.2018.8.09.0134
FRANÇA e o DR. MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA, substituto do Desembargador
AMARAL WILSON DE OLIVEIRA, sendo a sessão presidida pelo Desembargador
JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA.

PRESENTE a Procuradora de Justiça, Dr.ª DILENE CARNEIRO FREIRE.

Custas de lei.

Goiânia, 23 de novembro de 2019.

DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO


Relator

4“Consoante a jurisprudência do STJ, a distribuição dos ônus sucumbenciais deve observar a quantidade de pedidos
requeridos na demanda e o decaimento proporcional das partes em relação a cada pleito.” (AgInt no AREsp
947.366/BA, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 21/11/2019, DJe 19/12/2019).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 09:12:18

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5245347-63.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ROGÉRIO RODRIGUES DE SOUSA
POLO PASSIVO : ROSANA RODRIGUES DE MENDONCA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ROGÉRIO RODRIGUES DE SOUSA


ADVGS. PARTE : 41478 GO - DIOGENES AUGUSTO GONÇALVES SEVERO
41537 GO - WALISSON BORGES SOUSA

PARTE INTIMADA : ROSANA RODRIGUES DE MENDONCA


ADVGS. PARTE : 16726 GO - DIVINO ANTONIO DE DEUS
57035 GO - WEVERSON NOGUEIRA GONCALVES

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Não-Concessão -> Assistência judiciária
gratuita - Data da Movimentação 27/11/2020 09:11:41

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5585224-34.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ORLANDO LIMA DE OLIVEIRA
POLO PASSIVO : MARIANA SILVA LIMA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ORLANDO LIMA DE OLIVEIRA


ADVG. PARTE : 20255 GO - DEUSDINEI DA SILVA REZENDE

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5585224-34.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Carlos Alberto França

Agravo de Instrumento n. 5585224-34.2020.8.09.0000


Comarca de Jataí
Agravante: Orlando Lima de Oliveira
Agravada: Mariana Silva Lima
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

DECISÃO

Trata-se de agravo de instrumento manejado por Orlando Lima de Oliveira,


desafiando decisão prolatada pela Juíza de Direito em substituição na 3ª Vara Cível,
Família e Sucessões da Comarca de Jataí, Dra. Sabrina Rampazzo de Oliveira, em
sede de ação de obrigação de fazer, em fase de cumprimento de sentença, ajuizada
em desfavor do agravante por Mariana Silva Lima.
Inicialmente, o agravante requer a concessão do benefício da gratuidade da
justiça.
A matéria atinente à gratuidade da justiça encontra sustentação legal no
Código de Processo Civil/2015, dispondo o artigo 98 que “a pessoa natural ou jurídica,
brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as
despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça,
na forma da lei”, bem assim na Constituição Federal, artigo 5º, inciso LXXIV, o qual, a
seu turno, prevê que “o Estado prestará assistência judiciária integral e gratuita aos
que comprovarem insuficiência de recursos”.
Com efeito, a legislação infraconstitucional que regula a matéria, na parte em
que exige simples declaração para o gozo da benesse, deve ser interpretada em
consonância com o texto constitucional, que exige a efetiva comprovação.
Ao julgador, portanto, cumpre decidir livremente acerca do pedido de
gratuidade da justiça, baseando-se na situação econômico-financeira demonstrada

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5585224-34.2020.8.09.0000
pela parte requerente do benefício.
A propósito, veja-se a Súmula n° 25 desta egrégia Corte de Justiça, publicada
no Diário de Justiça Eletrônico nº 2120, de 28 de setembro de 2016:

“Faz jus à gratuidade da justiça a pessoa, natural ou jurídica, que comprovar sua
impossibilidade de arcar com os encargos processuais.”

In casu, o agravante pugnou pela concessão dos benefícios da gratuidade da


justiça neste grau de jurisdição, mas não comprovou a satisfatoriamente a alegada
insuficiência de recursos para o pagamento da guia de custas recursais, embora
intimado nesse sentido (evento n. 07).
A documentação anexada ao evento n. 10 não comprova os
rendimentos/salário do agravante, tampouco seus gastos habituais, não sendo
suficiente, ainda, a simples afirmação de que possui muitas dívidas, anexando cópia
do processo de origem. Ademais, sequer foi apresentada cópia legível da carteira de
trabalho do agravante, o que impossibilita, sequer, comprovar sua situação de
desemprego formal.
Dessa forma, não merece prosperar o pedido de concessão dos benefícios da
gratuidade da justiça ao recorrente.
Nesse sentido:

“AGRAVO INTERNO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL.


ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA INDEFERIDA. DECISÃO MANTIDA. I.
Nos termos da Súmula 25 desta Corte de Justiça, a concessão da assistência
judiciária gratuita está sujeita à comprovação da impossibilidade do requerente de
arcar com os encargos processuais. II. Ausentes argumentos novos que
demonstrem o desacerto dos fundamentos utilizados na decisão agravada, nega-
se provimento ao agravo interno. AGRAVO INTERNO CONHECIDO E
DESPROVIDO.” (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5578063-
07.2019.8.09.0000, Rel. Dr. ROBERTO HORÁCIO DE REZENDE, 1ª Câmara
Cível, DJe de 21/02/2020).

Ressalto que o preparo do presente recurso de agravo de instrumento trata-se


de valor módico, podendo o benefício ser pleiteado novamente, em primeiro grau de
jurisdição.
Ante o exposto, indefiro o pedido de concessão da gratuidade da justiça
e determino a intimação do agravante para, no prazo de 03 (três) dias, promover o
recolhimento do preparo recursal, sob pena de não conhecimento do agravo de
instrumento, por deserção.
Intime-se. Cumpra-se.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5585224-34.2020.8.09.0000
Goiânia, 27 de novembro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR
/C40

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido - Data da Movimentação


26/11/2020 18:44:39

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0000772-85.2017.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : ALEXANDRE CARDOSO DE FARIA
POLO PASSIVO : CENTRO BRASILEIRO DE PESQUISA EM AVALIAÇÃO E SELEÇÃO E DE
PROMOÇÃO DE EVENTOS (CEBRASPE)
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CENTRO BRASILEIRO DE PESQUISA EM AVALIAÇÃO E SELEÇÃO E DE


PROMOÇÃO DE EVENTOS (CEBRASPE)
ADVGS. PARTE : 30513 DF - TELMA PEREIRA DE ARAUJO
23696 GO - LEONARDO MONTENEGRO DUQUE DE SOUZA
41960 GO - CARLOS GUSTAVO MARQUES FIGUEIRA
31813 GO - EDUARDO RIZZO ENEAS JORGE

PARTE INTIMADA : ALEXANDRE CARDOSO DE FARIA


ADVG. PARTE : 34392 GO - MURILLO ELIAS LLOBET VASQUES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0000772-85.2017.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Zacarias Neves Coêlho

REMESSA NECESSÁRIA E APELAÇÕES CÍVEIS M MANDADO DE SEGURANÇA


N. 0000772.85.2017.8.09.0051
COMARCA DE GOIÂNIA (12ª Vara Cível)
1º APELANTE : CENTRO BRASILEIRO DE PESQUISA EM AVALIAÇÃO E
SELEÇÃO E DE PROMOÇÃO DE EVENTOS
2º APELANTE : ESTADO DE GOIÁS
APELADO : ALEXANDRE CARDOSO DE FARIA
RELATOR : DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

EMENTA: REMESSA NECESSÁRIA E APELAÇÕES CÍVEIS


EM MANDADO DE SEGURANÇA. ELIMINAÇÃO DE
CANDIDATO EM FASE DE AVALIAÇÃO MÉDICA DE
CONCURSO PARA AGENTE DE POLÍCIA SUBSTITUTO. ATO
COATOR ATRIBUÍDO A SECRETÁRIO DE ESTADO.
COMPETÊNCIA ABSOLUTA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA.
SENTENÇA CASSADA, COM REMESSA DOS AUTOS AO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA. 1. Tratando-se de mandado de
segurança impetrado contra ato atribuído a secretário de
estado, mister salientar que o art. 46, VIII, alínea “o”, da
Constituição do Estado de Goiás, define a que a competência
para seu julgamento é do Tribunal de Justiça. 2. Deve ser
cassada a sentença proferida na origem, uma vez que o
mandado de segurança sub examine foi impetrado contra ato
atribuído ao Secretário Estadual de Gestão e Planejamento,
alegando o impetrante ilegalidade em sua eliminação do
certame de agente de segurança substituto da Polícia Civil do
Estado de Goiás, regido pelo edital n. 004-6. 3. Cassada a
sentença concessiva da ordem de segurança, deve ser julgado
prejudicado o recurso interposto pela banca examinadora, com
posterior remessa dos autos ao Tribunal de Justiça. Remessa
Necessária e 2ª Apelação Cível providas. 1ª Apelação Cível
prejudicada.

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NR.PROCESSO: 0000772-85.2017.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Zacarias Neves Coêlho

REMESSA NECESSÁRIA E APELAÇÕES CÍVEIS M MANDADO DE SEGURANÇA


N. 0000772.85.2017.8.09.0051
COMARCA DE GOIÂNIA (12ª Vara Cível)
1º APELANTE : CENTRO BRASILEIRO DE PESQUISA EM AVALIAÇÃO E
SELEÇÃO E DE PROMOÇÃO DE EVENTOS
2º APELANTE : ESTADO DE GOIÁS
APELADO : ALEXANDRE CARDOSO DE FARIA
RELATOR : DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

VOTO

Preenchidos os pressupostos de admissibilidade, conheço da remessa


necessária e do apelo aviado pelo Estado de Goiás.

Conforme relatado, trata-se de apelações cíveis e remessa necessária, que


têm por objeto a sentença vista no evento n. 07, proferida nos autos do mandado de
segurança impetrado por ALEXANDRE CARDOSO DE FARIA, ora apelado, contra
ato supostamente ilegal atribuído ao DIRETOR do CENTRO BRASILEIRO DE
PESQUISA EM AVALIAÇÃO E SELEÇÃO E DE PROMOÇÃO DE EVENTOS, 1º
apelante, o SECRETÁRIO ESTADUAL DE GESTÃO E PLANEJAMENTO, figurando
como litisconsorte passivo o ESTADO DE GOIÁS, 2º apelante.

Ao sentenciar, o Magistrado a quo, Dr. Silvânio Divino de Alvarenga,


concedeu a ordem de segurança pleiteada pelo apelado/impetrante, determinando a
sua reinclusão no certame público para o cargo de agente de polícia substituto da
Polícia Civil do Estado de Goiás, regido pelo edital n.004-6.

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NR.PROCESSO: 0000772-85.2017.8.09.0051
De plano, verifico que a cassação da sentença sub examine é medida
imperativa, uma vez que prolatada por juízo absolutamente incompetente, conforme
passo a fundamentar.

Segundo consta dos autos, o impetrante/apelado, na peça preambular da


ação, relatou ter logrado êxito na aprovação no concurso público para provimento de
vagas no cargo de agente de polícia substituto, regido pelo Edital publicado no dia 01
de Agosto de 2016, obtendo a 12ª (décima segunda) colocação nas provas objetiva e
discursiva, de um total de 262 vagas, portanto, aprovado dentro do número de vagas.

Expôs que, ao se submeter a avaliação médica, contudo, de modo ilegal, foi


considerado inapto pela banca examinadora, tendo em vista que apresenta
acentuação da cifose dorsal com ângulo de cifose de 47° Cobb, conforme consta do
laudo médico entregue, enquanto o edital prevê, como fator incapacitante, acentuação
da cifose dorsal com ângulo superior a 40° Cobb, circunstância que o motivou a
impetrar o writ originário, contra ato supostamente ilegal atribuído ao Diretor do Centro
Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos e ao
Secretário Estadual de Gestão e Planejamento de Goiás.

Pois bem, tratando-se de mandado de segurança impetrado contra ato


atribuído a secretário de estado, mister salientar que o art. 46, VIII, alínea “o”, da
Constituição do Estado de Goiás, define que a competência para seu julgamento é do
Tribunal de Justiça, in verbis:

“Art. 46. Compete privativamente ao Tribunal de Justiça: [...]

VIII - processar e julgar originariamente:

o) o mandado de segurança e o habeas data impetrados contra atos


do Governador do Estado, da Mesa Diretora, ou do Presidente da
Assembleia Legislativa, do próprio Tribunal de Justiça, de seu
Presidente ou membro integrante, de juiz de primeiro grau, dos
Tribunais de Contas do Estado e dos Municípios, do Procurador-Geral
de Justiça, do Procurador-Geral do Estado, dos Secretários de
Estado, do Comandante Geral da Polícia Militar e do Comandante
Geral do Corpo de Bombeiros Militar;”(grifei).

Outrossim, dispõe o art. 14, do RITJ/GO:

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NR.PROCESSO: 0000772-85.2017.8.09.0051
“Art. 14. Compete às Câmaras Cíveis:

I – processar e julgar: […]

b) os mandados de segurança contra atos dos Secretários de


Estado, Procurador-Geral de Justiça, Presidente e membros do
Conselho Superior do Ministério Público, Presidentes e membros dos
Tribunais de Contas, Auditor e membros da Justiça Militar, e
Comandante-Geral da Polícia Militar;” (grifei).

Com respaldo nessa linha normativa, e tendo em vista que a ação


mandamental originária foi proposta, também, contra Secretário Estadual de Gestão e
Planejamento de Goiás, inegável a incompetência absoluta do juízo de 12ª Vara
Cível da Comarca de Goiânia para processamento e julgamento da matéria, de
modo que a inobservância desse regramento acarreta a nulidade absoluta da
sentença proferida.

Nesse sentido:

MANDADO DE SEGURANÇA. FORNECIMENTO DE


MEDICAMENTO. SECRETÁRIO ESTADUAL DE SAÚDE
APONTADO COMO AUTORIDADE COATORA. INCOMPETÊNCIA
ABSOLUTA DO JUÍZO A QUO RECONHECIDA. 1. Conforme
preceitua o artigo 46, inciso VIII, alínea “o”, da Constituição do
Estado de Goiás, com redação determinada pela Emenda
Constitucional nº 46/2010, é de competência privativa do Tribunal
de Justiça processar e julgar originariamente as ações de
mandado de segurança contra atos praticados pelos Secretários
de Estado. 2. Considerando que, no caso em epígrafe, a ação
mandamental foi ajuizada contra o Secretário Estadual de Saúde, o
juízo da Comarca de Itajá-GO é absolutamente incompetente para
processar e julgar o feito, motivo pelo qual deve ser cassada a
respectiva sentença, com a consequente remessa dos autos a este
Tribunal de Justiça. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E PROVIDA.
SENTENÇA CASSADA. (TJGO, A.C. M.S. 233612-76.2014.8.09.0082,
Rel. DES. JEOVÁ SARDINHA DE MORAES, 6ª C.C., DJe 2064 de
08/07/2016, g.)

Registro, aliás, que não pairam dúvidas quanto a legitimidade do Secretário


Estadual de Gestão e Planejamento para figurar no polo passivo de ações desta
natureza, pois “[…] é o subscritor do edital do certame questionado, e o direito alegado
pelo impetrante relaciona-se com os termos do regramento.” (cf. TJGO, Mandado de
Segurança 5028889-57.2017.8.09.0000, Rel. ALAN SEBASTIÃO DE SENA
CONCEIÇÃO, 5ª Câmara Cível, DJe de 06/10/2017)

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NR.PROCESSO: 0000772-85.2017.8.09.0051
Ante o exposto, e acolhendo o parecer ministerial, dou provimento à
remessa necessária e ao apelo aviado pelo Estado de Goiás, para cassar a
sentença. Deixo de conhecer do recurso interposto pelo Centro Brasileiro de
Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (CEBRASPE), pois
prejudicado. Em consequência, deve o Juiz prolator da sentença enviar os autos a
este Tribunal de Justiça, para distribuição e julgamento do mandado de segurança por
uma de suas Câmaras Cíveis.

É como voto.

Goiânia, 23 de novembro de 2020.

DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO


Relator

LL

REMESSA NECESSÁRIA E APELAÇÕES CÍVEIS M MANDADO DE SEGURANÇA


N. 0000772.85.2017.8.09.0051
COMARCA DE GOIÂNIA (12ª Vara Cível)
1º APELANTE : CENTRO BRASILEIRO DE PESQUISA EM AVALIAÇÃO E
SELEÇÃO E DE PROMOÇÃO DE EVENTOS
2º APELANTE : ESTADO DE GOIÁS
APELADO : ALEXANDRE CARDOSO DE FARIA
RELATOR : DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

EMENTA: REMESSA NECESSÁRIA E APELAÇÕES CÍVEIS


EM MANDADO DE SEGURANÇA. ELIMINAÇÃO DE
CANDIDATO EM FASE DE AVALIAÇÃO MÉDICA DE
CONCURSO PARA AGENTE DE POLÍCIA SUBSTITUTO. ATO
COATOR ATRIBUÍDO A SECRETÁRIO DE ESTADO.
COMPETÊNCIA ABSOLUTA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA.
SENTENÇA CASSADA, COM REMESSA DOS AUTOS AO

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NR.PROCESSO: 0000772-85.2017.8.09.0051
TRIBUNAL DE JUSTIÇA. 1. Tratando-se de mandado de
segurança impetrado contra ato atribuído a secretário de
estado, mister salientar que o art. 46, VIII, alínea “o”, da
Constituição do Estado de Goiás, define a que a competência
para seu julgamento é do Tribunal de Justiça. 2. Deve ser
cassada a sentença proferida na origem, uma vez que o
mandado de segurança sub examine foi impetrado contra ato
atribuído ao Secretário Estadual de Gestão e Planejamento,
alegando o impetrante ilegalidade em sua eliminação do
certame de agente de segurança substituto da Polícia Civil do
Estado de Goiás, regido pelo edital n. 004-6. 3. Cassada a
sentença concessiva da ordem de segurança, deve ser julgado
prejudicado o recurso interposto pela banca examinadora, com
posterior remessa dos autos ao Tribunal de Justiça. Remessa
Necessária e 2ª Apelação Cível providas. 1ª Apelação Cível
prejudicada.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os integrantes da 2ª


Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás,
POR UNANIMIDADE DE VOTOS, EM CONHECER DA REMESSA OFICIAL E DA
SEGUNDA APELAÇÃO CÍVEL E LHES DAR PROVIMENTO, E EM DEIXAR DE
CONHECER DO PRIMEIRO APELO, PORQUE PREJUDICADO, nos termos do voto
do RELATOR.

VOTARAM com o RELATOR o Desembargador CARLOS ALBERTO


FRANÇA e o DR. MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA, substituto do Desembargador
AMARAL WILSON DE OLIVEIRA, sendo a sessão presidida pelo Desembargador
JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA.

PARTICIPOU da sessão a Procuradora de Justiça, Dr.ª DILENE CARNEIRO


FREIRE.

Custas de lei.

Goiânia, 23 de novembro de 2020.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 0000772-85.2017.8.09.0051
DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO
Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Não-Concessão -> Liminar - Data da
Movimentação 26/11/2020 20:12:31

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5598563-60.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO DE
GOIÁS - IPASGO
POLO PASSIVO : DALVA FERREIRA CABRAL PIMENTA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : DALVA FERREIRA CABRAL PIMENTA


ADVG. PARTE : 11227 GO - ALBERTO CARNEIRO NASCENTE

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5598563-60.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Leobino Valente Chaves

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 5598563-60.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA
AGRAVANTE: INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO
ESTADO DE GOIÁS - IPASGO
AGRAVADA: DALVA FERREIRA CABRAL PIMENTA
RELATOR: DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

Trata-se de agravo de instrumento, com pedido de efeito suspensivo, interposto


pelo INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO DE
GOIÁS - IPASGO, em razão de decisão proferida pelo magistrado, Wilton Müller
Salomão, da 5ª Vara da Fazenda Pública Estadual da comarca de Goiânia, nos autos
do mandado de segurança impetrado por DALVA FERREIRA CABRAL PIMENTA,
que deferiu medida de urgência nos seguintes termos:

“ ...Posto isto, defiro a liminar para determinar ao Instituto de Previdência e


Assistência dos Servidores do Estado de Goiás – IPASGO que forneça o
medicamento prescrito para o tratamento da autora, qual seja o medicamento
OLAPARIBE 800 mg, na forma e quantidade prescrita pelo médico assistente, no
prazo máximo de 05 (cinco) dias, sob pena de multa diária”.

Em suas razões, assinala que o douto juízo de piso incorreu em erro, vez que não
poderia permitir a substituição processual, devendo o feito ser extinto sem julgamento
de mérito.

Alega que a prescrição médica não é título executivo extrajudicial, havendo a

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5598563-60.2020.8.09.0000
necessidade de prova técnica da eficácia do tratamento para o caso prescrito.

Defende, outrossim, a legalidade da negativa de fornecimento do medicamento


OLAPARIBE, diante da inexistência de cobertura contratual, tendo em vista a
agravada “não preencher a indicação disposta nas normas do Instituto, conforme
descreve memorando da Gerência de Auditoria Médica em anexo”.

Aduz que, por ser regido por leis próprias, não é possível a revisão das cláusulas
contratuais segundo a vontade das partes, não havendo que se falar em ato abusivo
ou ilegal decorrente da negativa de fornecimento do fármaco.

Pugna, ao final, pela concessão de efeito suspensivo ao presente recurso, requerendo,


no mérito, a reforma da decisão para indeferir a tutela provisória.

Preparo dispensado, por ser o agravante isento de seu recolhimento.

É o breve relatório. DECIDO.

A concessão de efeito suspensivo ou a tutela antecipada recursal pressupõe, em


linhas gerais, a conjugação dos requisitos elencados no artigo 995, parágrafo único, do
CPC, quais sejam, probabilidade de provimento do recurso, relevância da
fundamentação e possibilidade de resultar lesão grave e de difícil reparação.

Da análise circunstanciada dos autos, numa cognição sumária própria do estágio


procedimental, não vislumbro a presença dos requisitos indispensáveis ao deferimento
da medida postulada, nos termos da aludida exigência legal.

É que, em análise perfunctória da petição inicial e da documentação juntada ao


processo de origem, não ressaem suficientes razões a justificar o provimento da
insurgência. Porquanto, o perigo da demora, no caso de tutela recursal, deve ser
iminente e incontestável, circunstâncias que não se afiguram presentes no caso em
tela, vez que a fundamentação dispensada no ato recorrido, qual seja, agravamento do
risco da saúde da agravada, por revelar-se relevante, demanda análise cautelosa dos
documentos anexados à inicial, o que não se coaduna com a natureza célere da
liminar recursal.

Ante o exposto, indefiro o pedido de efeito suspensivo.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5598563-60.2020.8.09.0000
Nos termos do art. 1.019, inciso II, do CPC, intime-se a parte agravada para,
querendo, no prazo de 15 (quinze) dias, contrapor-se a este recurso.

Comunique-se ao Juízo prolator da decisão recorrida.

Intimem-se. Cumpra-se.

Goiânia, documento assinado nesta data.

DES. LEOBINO VALENTE CHAVES


Relator
LVD

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


26/11/2020 18:44:04

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5501054-32.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : TALITA PANTALEAO SILVA
POLO PASSIVO : JSL ARRENDAMENTO MERCANTIL S.A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : TALITA PANTALEAO SILVA


ADVGS. PARTE : 35660 GO - IZADORA CRISTINA DE OLIVEIRA GUERRA
30669 GO - JOSSERRAND MASSIMO VOLPON

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5501054-32.2020.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 5501054.32.2020.8.09.0000
COMARCA DE ANÁPOLIS (6ª VARA CÍVEL)
AGRAVANTE: TALITA PANTALEÃO SILVA
AGRAVADO: JSL ARRENDAMENTO MERCANTIL S/A
RELATOR: DESEMBARGADOR ZACARIAS NEVES COÊLHO

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO REVISIONAL


C/C CONSIGNATÓRIA. TUTELA DE URGÊNCIA
INDEFERIDA NA PRIMEIRA INSTÂNCIA. CONTRATO DE
ARRENDAMENTO MERCANTIL. QUESTIONAMENTO DE
JUROS REMUNERATÓRIOS E CAPITALIZAÇÃO.
INCOMPATIBILIDADE COM A NATUREZA DA OPERAÇÃO.
DECISÃO MANTIDA. 1 - Em razão das peculiaridades que lhe
são inerentes, o contrato de arrendamento mercantil não se
insere na discussão a respeito da eventual abusividade dos
juros remuneratórios, pois, em regra, tal encargo nem sequer
encontra previsão no respectivo instrumento contratual. 2 – Em
se tratando de contrato de arrendamento mercantil, é possível o
depósito das parcelas que o contratante entende devidas, mas
isso não é suficiente, por si só, para que se proíba o credor de
inserir o nome do devedor no rol dos maus pagadores. É que,
consoante assentou o Superior Tribunal de Justiça (REsp. n.
1.061.530/RS), em antecipação de tutela só se eliminam os
efeitos da mora se, além do depósito do valor incontroverso, a
ação fundar-se em questionamento integral ou parcial do débito
e houver indícios da probabilidade do direito alegado
(cumulativamente). No caso, por não estar evidenciado o último
requisito, apenas por meio do depósito das parcelas nos
valores contratados é que a parte autora poderá alcançar a
medida antecipatória almejada, tal como constou da decisão
recorrida. Agravo de instrumento desprovido.

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NR.PROCESSO: 5501054-32.2020.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 5501054.32.2020.8.09.0000
COMARCA DE ANÁPOLIS (6ª VARA CÍVEL)
AGRAVANTE: TALITA PANTALEÃO SILVA
AGRAVADO: JSL ARRENDAMENTO MERCANTIL S/A
RELATOR: DESEMBARGADOR ZACARIAS NEVES COÊLHO

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso, dele conheço.

A agravante ajuizou esta ação, pretendendo a revisão dos encargos


incidentes no contrato de arrendamento mercantil ajustado com a agravada.
Preliminarmente, requereu a título de antecipação da tutela, que fosse vedada a
inclusão de seus dados nos cadastros de inadimplentes e que lhe fosse permitido
manter consigo a posse do veículo objeto do financiamento, mediante a consignação
incidental de valores que entende devidos.

A tutela provisória lhe foi negada, pela decisão ora combatida.

A pretensão recursal não prospera, como adiante se demonstrará.

Inegável é a possibilidade de o devedor, entendendo abusivos os encargos


assumidos com a instituição financeira, pleitear a intervenção do Judiciário para
adequar as obrigações convencionadas (TJGO, 2ª Câmara Cível, AC n. 0164625-05,
Rel. Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA, DJe de 07/02/2018).

No entanto, o colendo Superior Tribunal de Justiça consolidou tese, em sede


de recurso repetitivo (REsp. n. 1.061.530/RS), a exigir o concurso de três requisitos,
para o fim de autorizar, em antecipação de tutela ou medida cautelar, a concessão da
proteção ao nome do devedor, senão vejamos:

“ORIENTAÇÃO 4- INSCRIÇÃO/MANUTENÇÃO EM CADASTRO DE INADIMPLENTES a) A abstenção


da inscrição/manutenção em cadastro de inadimplentes, requerida em antecipação de tutela e/ou
medida cautelar, somente será deferida se, cumulativamente: i) a ação for fundada em
questionamento integral ou parcial do débito; ii) houver demonstração de que a cobrança indevida

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NR.PROCESSO: 5501054-32.2020.8.09.0000
se funda na aparência do bom direito e em jurisprudência consolidada do STF ou STJ; iii) houver
depósito da parcela incontroversa ou for prestada a caução fixada conforme o prudente arbítrio do
juiz;” (Segunda Seção, REsp 1.061.530/RS, Relª. Minª. Nancy Andrighi, DJe 10/03/2009 - grifei)

Esse entendimento vem sendo prestigiado por aquela Corte Superior nos
julgados posteriores, conforme se vê abaixo:

“(…) A Segunda Seção deste Tribunal, no julgamento do


REsp n. 1.061.530/RS, submetido ao rito do art. 543-C do CPC,
consolidou o entendimento de que: ‘a) O reconhecimento da
abusividade nos encargos exigidos no período da normalidade
contratual (juros remuneratórios e capitalização) descaracteriza a
mora; b) Não descaracteriza a mora o ajuizamento isolado de ação
revisional, nem mesmo quando o reconhecimento de abusividade
incidir sobre os encargos inerentes ao período de inadimplência
contratual’ (REsp n. 1.061.530/RS, Relatora Ministra NANCY
ANDRIGHI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 22/10/2008, DJe
10/3/2009). Além disso, o depósito dos valores tidos como
incontroversos, por si só, não é suficiente para descaracterizar a mora
do devedor, sendo necessário, para tanto, que se observe a orientação
citada. (…)” (STJ, 4ª T., AgRg no AREsp 779155/MS, Rel. Min. Antônio
Carlos Ferreira, DJe 26/11/2015 - grifei)

Por isso, ainda que o autor, ao questionar os encargos ajustados, se disponha


a depositar em juízo as parcelas no valor que entende devido (incontroverso), é
necessário que se vislumbre a alegada abusividade na contratação.

No caso em análise, ao menos neste momento inicial, quanto à alegada


abusividade dos juros remuneratórios e da respectiva capitalização, por exemplo,
parece faltar probabilidade ao direito alegado. Isso porque o contrato questionado
(jungido com a petição inicial) refere-se a arrendamento mercantil, operação à
qual não se deve conferir o mesmo tratamento jurídico dado aos contratos
convencionais de financiamento.

Com efeito, em razão das peculiaridades que lhe são inerentes, o


arrendamento mercantil não se insere na discussão a respeito da eventual abusividade
dos juros remuneratórios, máxime porque, em regra, tal encargo nem sequer encontra
previsão no respectivo instrumento contratual (exceção é o chamado Leasing
Financeiro)

Deveras, no pacto sub judice está previsto Coeficiente - CET de 0,0332019


(item 23), e, para o período de inadimplência, cobrança de Taxa Interna de Retorno,

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5501054-32.2020.8.09.0000
multa e juros de mora, nada constando acerca de juros
remuneratórios/compensatórios.

A propósito do tema, expõem os julgados deste Tribunal:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REVISIONAL... JUROS REMUNERATÓRIOS.


CAPITALIZAÇÃO DE JUROS. INEXISTÊNCIA EM RAZÃO DA NATUREZA DO
CONTRATO (ARRENDAMENTO MERCANTIL). (...) . 3. Não prospera a
discussão acerca do percentual dos juros remuneratórios e de sua
capitalização, porquanto incompatíveis à natureza jurídica do contrato.
4. (...).” (TJGO, AC 0285095-49, Rel. GERSON SANTANA CINTRA, 3ª
Câmara Cível, DJe de 23/05/2019)

“ APELAÇÃO CÍVEL. REVISIONAL DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS.


CONTRATO DE ARRENDAMENTO MERCANTIL - LEASING. JUROS
REMUNERATÓRIOS NÃO DEMONSTRADOS. AUSÊNCIA DE PACTUAÇÃO. (...). 1 -
Descabe excluir a cobrança de juros remuneratórios porque não há
previsão contratual de sua cobrança, mas apenas dos encargos
característicos do arrendamento mercantil (leasing) e o apelante não
comprovou a incidência deste encargo nas parcelas, nos moldes do
art. 373, inciso I, Código de Processo Civil, o que impõe a manutenção
do contrato como firmado. 2- (...).” (TJGO, AC 0074918-39, Rel. Des.
BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO, 4ª Câmara Cível, DJe de
23/03/2020)

Por faltar tal requisito, como constou da decisão recorrida, apenas por meio
do depósito das parcelas representativas dos valores contratados é que a parte autora
poderá alcançar a medida antecipatória almejada. Esse é o entendimento expresso
nos arestos desta Corte, senão vejamos:

“...DEPÓSITOS INCIDENTAIS. POSSIBILIDADE. AFASTAMENTO DOS


EFEITOS DA MORA. PAGAMENTO INTEGRAL DO VALOR CONTRATADO.
D E C I S Ã O P A R C I A L M E N T E R E F O R M A D A . 1 . ( . . . ) . 3 . Não tendo o
autor/agravante logrado êxito em demonstrar a probabilidade do direito
invocado quanto ao pleito revisional, deve ser autorizada a
consignação em pagamento das parcelas incontroversas, sem se
afastar, no entanto, os efeitos da mora, caso os depósitos sejam
realizados em valor inferior ao que restou pactuado entre as partes.4.
AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E PARCIALMENTE
PROVIDO.” (TJGO, Agravo de Instrumento 5105309-98, Rel.
ELIZABETH MARIA DA SILVA, 4ª Câmara Cível, DJe de 08/06/2020)

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NR.PROCESSO: 5501054-32.2020.8.09.0000
“ ...AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO
REVISIONAL. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS ENSEJADORES DA TUTELA
ANTECIPADA NO 1º GRAU. (...) o depósito parcial, ou seja, do valor que a
parte devedora entende devido, não tem o condão de afastar os efeitos
da mora, haja vista que para se alcançar esse objetivo são necessários
três requisitos: existência de ação revisional em curso; efetiva
demonstração da cobrança indevida, fundada em jurisprudência
consolidada do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de
Justiça, a configurar a verossimilhança das alegações; e o depósito da
parcela incontroversa ou pactuada.” (Agravo de Instrumento 5065957-
36, Rel. CARLOS HIPOLITO ESCHER, 4ª Câmara Cível, DJe de
08/06/2020)

Por derradeiro, insta salientar que a ausência de manifestação do agravado


não gera nulidade, in casu, ante a completa inexistência de prejuízo (pas de nullité
sans grief), haja vista o desprovimento do recurso.

Ao teor do exposto, nego provimento ao agravo de instrumento.

É o voto.

Goiânia, 23 de novembro de 2020.

DES. ZACARIAS NEVES CÔELHO


Relator

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os integrantes da 2ª


Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás,

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5501054-32.2020.8.09.0000
POR UNANIMIDADE DE VOTOS, EM CONHECER DO AGRAVO DE
INSTRUMENTO E NEGAR-LHE PROVIMENTO, nos termos do voto do RELATOR.

VOTARAM com o RELATOR, o Desembargador CARLOS ALBERTO


FRANÇA e o DR. MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA, substituto do Desembargador
AMARAL WILSON DE OLIVEIRA, sendo a sessão presidida pelo Desembargador
JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA.

PARTICIPOU da sessão a Procuradora de Justiça, Drª. DILENE


CARNEIRO FREIRE.

Custas de lei.

Goiânia, 23 de novembro de 2020.

DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO


Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5501054-32.2020.8.09.0000

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido - Data da Movimentação


26/11/2020 18:44:27

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5107996-26.2019.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : BRADESCO AUTO/RE COMPANHIA DE SEGUROS
POLO PASSIVO : CELG DISTRIBUICAO S.A. - CELG D.
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BRADESCO AUTO/RE COMPANHIA DE SEGUROS


ADVG. PARTE : 13449 RS - PAULO ANTONIO MULLER

PARTE INTIMADA : CELG DISTRIBUICAO S.A. - CELG D.


ADVGS. PARTE : 51175 GO - JAYME SOARES DA ROCHA FILHO
41986 GO - JANAINA MARTINS E ALMEIDA FREIRE

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5107996-26.2019.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Zacarias Neves Coêlho

APELAÇÃO CÍVEL N. 5107996-26.2019.8.09.0051


COMARCA DE GOIÂNIA (17ª Vara Cível e Ambiental)
APELANTE: BRADESCO AUTO/RE COMPANHIA DE SEGUROS
APELADA: CELG DISTRIBUIÇÃO S/A – CELG D
RELATOR: DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA DE


RESSARCIMENTO. INEXISTÊNCIA DE VIOLAÇÃO DO
PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE. RESSARCIMENTO DE
VALORES PAGOS A SEGURADO QUE SOFREU DANOS
MATERIAIS EM EQUIPAMENTOS, CAUSADOS POR
OSCILAÇÃO NA REDE DE ENERGIA ELÉTRICA.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA. NEXO CAUSAL ENTRE OS
DANOS MATERIAIS E A FALHA NA PRESTAÇÃO DO
SERVIÇO. 1. Voltando-se claramente as razões do recurso
contra os fundamentos da sentença objurgada, não há falar em
violação do princípio da dialeticidade. 2. É objetiva a
responsabilidade da concessionária de serviços de energia
elétrica, pelos danos causados aos destinatários do serviço (art.
art. 37, § 6º, da CF). 3. É irrelevante a falta de comunicação, à
concessionária, dos danos ocasionados por oscilação energia
elétrica, consoante prevê a Resolução n. 414/2010, da ANEEL,
pois essa norma faz referência ao procedimento a ser adotado
pelo consumidor proprietário dos equipamentos danificados,
não dizendo respeito à seguradora. 4. Comprovado que o
segurado sofreu prejuízos materiais em seus equipamentos,
provocados por falha na prestação do serviço de energia
elétrica, a seguradora sub-rogada tem direito ao ressarcimento
das indenizações que pagou. Apelação cível provida.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5107996-26.2019.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Zacarias Neves Coêlho

APELAÇÃO CÍVEL N. 5107996-26.2019.8.09.0051


COMARCA DE GOIÂNIA (17ª Vara Cível e Ambiental)
APELANTE: BRADESCO AUTO/RE COMPANHIA DE SEGUROS
APELADA: CELG DISTRIBUIÇÃO S/A – CELG D
RELATOR: DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

VOTO

De início, impende rejeitar a preliminar suscitada pela apelada, de violação do


Princípio da Dialeticidade.

Isso porque, a apelante impugnou os fundamentos da sentença recorrida,


expondo em suas razões recursais os fundamentos de fato e de direito que embasam
o seu inconformismo com o ato judicial combatido.

A propósito, segundo entendimento deste Tribunal de Justiça, “(…) Não há


falar-se em violação ao princípio da dialeticidade, quando resta evidenciado nos autos que as
razões recursais têm por objeto a modificação da decisão agravada e são pertinentes ao fim
almejado. (…).” (TJGO, Agravo de Instrumento nº. 5284789-07.2018.8.09.0000, Rel. DR.
FERNANDO DE CASTRO MESQUITA, 4ª Câmara Cível, julgado em 06/03/2019, DJe de
06/03/2019)

Portanto, porque presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do


recurso.

Conforme relatado, visa a apelante a reforma da sentença a quo, em que o


seu prolator julgou improcedente o pedido inicial, cuja pretensão era a condenação da
apelada ao ressarcimento de R$ 10.190,40 (dez mil, cento e noventa reais e quarenta
centavos) por ela pago ao segurado “Condomínio Residencial Viva América”, em razão

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NR.PROCESSO: 5107996-26.2019.8.09.0051
dos danos experimentados em decorrência de oscilação de energia elétrica ocorrida
em 15/01/2018.

Inicialmente, convém ressaltar ser irrelevante a não comunicação dos danos


ocasionados por oscilação de energia elétrica à concessionária, consoante prevê a
Resolução n. 414/2010, da ANEEL, pois essa norma faz referência ao procedimento a
ser adotado pelo consumidor proprietário dos equipamentos danificados, não dizendo
respeito à seguradora que se sub-rogou nos direitos daquele (cf. TJ/GO, 2ª C. Cível,
AC n. 5517261-55.2017.8.09.0051, Rel. Des. Amaral Wilson de Oliveira, DJe de
06/07/2020).

Cabe gizar, por outro lado, que a responsabilidade da recorrida, enquanto


concessionária de serviço de energia elétrica, é objetiva, estando fulcrada na teoria do
risco administrativo, prevista no § 6º do art. 37 da Constituição Federal (cf. STJ, 4ª
Turma, AgInt no AREsp n. 264.429/ES, Rel. Min. Marco Buzzi, DJe 24/02/2017;
TJ/GO, 4ª C. Cível, AC n. 70157-57.2016.8.09.0051, Rel. Des. Kisleu Dias Maciel
Filho, DJe de 26/03/2018).

A par disso, observa-se que a Seguradora apelante apresentou laudo técnico


(evento 01, doc. 11), elaborado pela empresa Atlas Schindler, que evidencia que os
danos causados no elevador do Condomínio Residencial Viva América decorreram de
problemas causados por oscilação de energia elétrica. E, embora este laudo
apresente um pequeno erro de digitação, atribuindo a queima do equipamento do
segurado à “2ª alternativa (contato com água)”, é insofismável que a conclusão adotado
pelo técnico é a de que o dano causado no elevador do condomínio foi causado
por variação de tensão elétrica/corrente, já que o laudo deixa bem claro que o
elevador estava há um bom tempo sem apresentar problemas e que não foi
constatado indício de contato com água.

Ademais, referido laudo é idôneo, pois além de ter sido elaborado por uma
empresa de grande porte e conhecida no mercado, não foi expressa e tecnicamente
refutado pela concessionária apelada.

Nessa toada, é inconteste que a Seguradora recorrente cuidou de demonstrar


os prejuízos materiais causados ao consumidor acima mencionado, o nexo de
causalidade entre esses danos e a conduta da apelada, e, ainda, que pagou a
respectiva indenização securitária. A apelada, entretanto, não produziu nenhuma
prova que pudesse demonstrar a existência de fato impeditivo, modificativo ou
extintivo do direito da recorrente (art. 373, II, do CPC), valendo relembrar que, neste
caso, a responsabilidade é objetiva.

E não se alegue que a oscilação da tensão da energia elétrica, causada por

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NR.PROCESSO: 5107996-26.2019.8.09.0051
chuvas e/ou descargas elétricas, seria decorrente de caso fortuito ou de força maior, a
ponto de eximir a apelada da sua responsabilidade, pois se trata de evento previsível,
sendo dever da concessionária estar preparada para tal situação.

Aliás, conforme já decidiu o colendo Tribunal da Cidadania, “(...) não se pode


dizer que ocorreu caso fortuito ou força maior para a exclusão da responsabilidade objetiva da ré
[concessionária do serviço de energia elétrica]. Oscilações bruscas no fornecimento de energia
elétrica não são fatos imprevisíveis” (STJ, 2ª Turma, AgInt no AREsp n. 1.017.248/SP, Rel.ª Min.ª
Assusete Magalhães, DJe de 02/05/2017).

De mais a mais, corroborando o entendimento aqui expendido, eis os


seguintes excertos deste Tribunal de Justiça, proveniente da 2ª Câmara Cível:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RESSARCIMENTO DE DANOS


MATERIAIS. CONTRATO DE SEGURO. CONCESSIONÁRIA DE
SERVIÇO PÚBLICO. OSCILAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA. EQUIPAMENTOS DANIFICADOS.
DEVER DE INDENIZAR. SENTENÇA MANTIDA. HONORÁRIOS
RECURSAIS. MAJORADOS. 1. A responsabilidade da concessionária
de energia elétrica é objetiva, consoante disposição do artigo 37, § 6º
da Constituição Federal, o que independe de culpa, bastando a
comprovação do dano sofrido e o nexo causal. 2. Demonstrada que a
oscilação na rede de energia elétrica danificou equipamentos da
segurada e não tendo a concessionária provado a ocorrência de
qualquer das causas excludentes de sua responsabilidade, deve
ser condenada ao ressarcimento dos danos suportados pela
seguradora. 3. Em razão do desprovimento da apelação cível, majora-
se os honorários advocatícios para 17% (dezessete por cento) sobre o
valor da condenação, nos termos do artigo 85, §§ 2º e 11 do Código de
Processo Civil. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E DESPROVIDA.
(TJGO, Apelação (CPC) 5317584-10.2018.8.09.0051, Rel. Des(a).
JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, 2ª Câmara Cível, julgado em
11/11/2020, DJe de 11/11/2020).

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REGRESSIVA DE RESSARCIMENTO DE


DANOS. QUEIMA DE ELETROELETRÔNICOS POR OSCILAÇÕES
DE ENERGIA. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA
CONCESSIONÁRIA. INEXISTÊNCIA DE INDÍCIOS DE CAUSAS
EXCLUDENTES DA RESPONSABILIDADE. DEVER DE
INDENIZAÇÃO. Nos termos do artigo 37, § 6, da CF e CDC, a
concessionária de energia elétrica, na qualidade de prestadora de
serviço público, responde objetivamente pelos danos que causar,
independentemente da demonstração de culpa, desde que
comprovado o nexo de causalidade entre o dano sofrido e o fato
administrativo, o que restou efetivamente demonstrado nos autos.

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NR.PROCESSO: 5107996-26.2019.8.09.0051
APELAÇÃO CONHECIDA E DESPROVIDA.” (Apelação Cível nº.
5008292-74.2018.8.09.0051, Rel. LEOBINO VALENTE CHAVES, 2ª
Câmara Cível, julgado em 27/05/2019, DJe de 27/05/2019)

Na confluência destas considerações, resta demonstrada a responsabilidade


civil da concessionária de energia elétrica - a qual, repita-se, é objetiva e independe de
culpa -, bem como configurado o nexo causal entre os danos ocorridos e a falha dos
serviços prestados, motivos pelos quais a reforma do édito recorrido, é medida que se
impõe.

Isto posto, dou provimento ao apelo para, em reforma à sentença, julgar


procedente o pedido inicial, e condenar a apelada a ressarcir a apelante no valor de
R$ 10.190,40 (dez mil, cento e noventa reais e quarenta centavos), acrescidos de
juros de mora (1% a.m.) e correção monetária (INPC), desde a data do respectivo
desembolso. Em consequência, ficam invertidos os ônus da sucumbência, nos moldes
fixados na origem (honorários de 10% sobre o valor da causa atualizado).

É como voto.

Goiânia, 23 de novembro de 2020.

DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO


Relator

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os integrantes da 2ª


Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás,
POR UNANIMIDADE DE VOTOS, EM CONHECER DO RECURSO DE APELAÇÃO
CÍVEL E DAR-LHE PROVIMENTO, nos termos do voto do RELATOR.

VOTARAM com o RELATOR, o Desembargador CARLOS ALBERTO


FRANÇA e o DR. MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA, substituto do Desembargador
AMARAL WILSON DE OLIVEIRA, sendo a sessão presidida pelo Desembargador
JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA.

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NR.PROCESSO: 5107996-26.2019.8.09.0051
PARTICIPOU da sessão ao ilustre Procuradora de Justiça, Drª DILENE
CARNEIRO FREIRE.

Custas de lei.

Goiânia, 23 de novembro de 2020.

DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO


Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


26/11/2020 18:43:53

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5276704-44.2016.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : SERGIO ROBERTO PEREIRA
POLO PASSIVO : LOURENCO CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : SERGIO ROBERTO PEREIRA


ADVG. PARTE : 25105 GO - GERSON MENDONÇA

PARTE INTIMADA : LOURENCO CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA


ADVG. PARTE : 29214 GO - PAVEL ANDREY DE SOUSA ROCHA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5276704-44.2016.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Zacarias Neves Coêlho

AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL


N. 5276704.44.2016.8.09.0051
COMARCA DE GOIÂNIA (24ª Vara Cível e Arbitragem)
AGRAVANTE: LOURENÇO CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA.
AGRAVADO: SÉRGIO ROBERTO PEREIRA
RELATOR: DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

EMENTA: AGRAVO INTERNO EM EMBARGOS DE


DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO
DECLARATÓRIA REVISIONAL DE ABUSIVIDADE EM
CLÁUSULAS CONTRATUAIS DE IMÓVEL. VIOLAÇÃO AO
PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE. CLÁUSULA
COMPROMISSÓRIA. SÚMULA 45/TJGO. SENTENÇA
HOMOLOGATÓRIA DE ACORDO ARBITRAL. COISA
JULGADA E DECADÊNCIA AFASTADAS. INEXISTÊNCIA DE
OFENSA AOS PRINCÍPIOS DA IRRETROATIVIDADE E
SEGURANÇA JURÍDICA. DECISÃO MONOCRÁTICA
MANTIDA. 1. Afasta-se a preliminar de não conhecimento do
recurso, soerguida nas contrarrazões ao agravo interno, uma
vez que é possível extrair das razões do recurso a pretensão
da recorrente, no intuito de impugnar a decisão monocrática
recorrida e obter novo julgamento pelo Colegiado. 2. É nula a
cláusula que determina a utilização compulsória de arbitragem
em contrato de adesão caracterizado por relação de consumo
(art. 51, VIII, CDC), a menos que a iniciativa da arbitragem seja
do próprio consumidor, o que não é o caso. 3. Optando o
consumidor pela propositura da ação na Justiça Comum,
presume-se sua recusa à arbitragem como forma de resolução
de eventuais conflitos inerentes à contratação. Logo,
vislumbrada a competência do juízo a quo, não há óbice a que
o feito prossiga em seus ulteriores termos. Inteligência da
Súmula 45/TJGO e jurisprudência do STJ. 4. Uma vez que a
revisão das cláusulas contratuais não foi objeto da sentença
homologatória de acordo arbitral, na qual as partes apenas
renegociaram o total do saldo devedor do imóvel adquirido

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NR.PROCESSO: 5276704-44.2016.8.09.0051
pelo consumidor, confirmando, genericamente, as demais
cláusulas a que fizeram referência e que já estavam previstas
contratualmente, não há falar em coisa julgada. 5. Afasta-se a
alegação de decadência, com fundamento no art. 33, § 1º, da
Lei n. 9.307/96, em face da ausência de pedido voltado à
desconstituição da sentença arbitral. 6. Conforme a
jurisprudência, “A alteração de entendimento jurisprudencial tem
aplicação imediata aos recursos pendentes de apreciação, mesmo aos
interpostos antes do julgamento que modificou a jurisprudência, já que
caracteriza apenas interpretação da norma e não o estabelecimento de
nova regra que se submete ao princípio da irretroatividade ou do
tempus regit actum.” (STJ - AgInt no AREsp 238.170/RJ, Rel. Ministro
Ricardo Villas Bôas Cueva, 3ª Turma, DJe 30/05/2017). Agravo
interno desprovido.

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NR.PROCESSO: 5276704-44.2016.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Zacarias Neves Coêlho

AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL


N. 5276704.44.2016.8.09.0051
COMARCA DE GOIÂNIA (24ª Vara Cível e Arbitragem)
AGRAVANTE: LOURENÇO CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA.
AGRAVADO: SÉRGIO ROBERTO PEREIRA
RELATOR: DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

RELATÓRIO E VOTO

Trata-se de agravo interno interposto por LOURENÇO CONSTRUTORA E


INCORPORADORA LTDA., da decisão monocrática constante do evento n. 71, que
rejeitou os embargos de declaração por ela anteriormente opostos da decisão
monocrática (evento n. 65) que deu provimento à apelação cível interposta por
SÉRGIO ROBERTO PEREIRA, vindo a cassar a sentença proferida em 1º grau.

Em suas razões recursais (evento n. 74), o agravante, após fazer breve relato
dos fatos que permeiam a lide, alega a ocorrência da decadência do pleito do
agravado em relação à suposta nulidade da sentença homologatória de acordo
arbitral, uma vez que quando do ajuizamento da presente demanda, já havia
transcorrido o prazo de 90 (noventa) dias, previsto no art. 33 da Lei 9.307/96.

Assevera a existência de coisa julgada material, porquanto as partes firmaram


acordo homologado por sentença arbitral e, discorrendo sobre a natureza jurídica
deste decisum e sobre a autonomia da vontade das partes, sustenta que o agravado
manifestou de forma expressa sua adesão ao Juízo Arbitral, razão pela qual, a seu
ver, a sentença proferida em sede arbitral não se encontra eivada de qualquer vício
capaz de invalidá-la, pois “trata-se da transcrição da vontade das partes, as quais, após
diversas tratativas, resolveram entre si formalizar o que entenderam ser o melhor para ambos, de
forma consensual e amigável”, devendo, deste modo, ser mantida em todos os seus
termos.

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NR.PROCESSO: 5276704-44.2016.8.09.0051
Alega a inaplicabilidade, ao caso, da Súmula n. 45/TJGO, ao argumento de
que: a)“a cláusula compromissória firmada no contrato de compromisso de compra e venda,
preenche os requisitos legais”; b) “as partes ratificaram o desejo de solução do litígio via
arbitragem ao instituir o Termo de Compromisso Arbitral em 09.10.2015”, o que afastaria a
jurisdição estatal por expressa pactuação das partes; e c) o contrato celebrado entre
as partes é anterior a referido entendimento sumular, de modo que, em atenção aos
princípios da irretroatividade e da segurança jurídica, deve ser aplicada a orientação
jurisprudencial deste Tribunal da época da contratação, no sentido da validade da
cláusula compromissória constante do instrumento contratual.

Assim, requer o conhecimento e provimento do agravo interno, para que seja


reconsiderada a decisão monocrática atacada. E caso não haja juízo de retratação,
pede seja o recurso julgado pelo Colegiado.

Preparo regular (evento n. 74, arq. 04).

Ao contra-arrazoar, o agravado roga pelo não conhecimento do recurso, por


ofensa ao princípio da dialeticidade. Sucessivamente, pugna pelo desprovimento do
agravo interno, com a cominação, em desproveito do agravante, da multa prevista no
art. 1.021, § 4º, do CPC (evento n. 79).

É o relatório. Passo ao voto.

Em proêmio, registro que merece ser rejeitada a questão preliminar suscitada


pela parte agravada na resposta ao recurso, de violação ao princípio da dialeticidade,
porquanto da leitura do agravo interno é possível compreender os argumentos
expostos pelo agravante no intuito de impugnar a decisão monocrática recorrida, no
intuito de obter novo julgamento pelo Colegiado.

Assim, porque presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do


agravo interno.

Após rever os autos, tenho que a insurgência do agravante não merece


acolhida.

Ora, como bem destacou o decisum aqui recorrido, “há muito orienta o Tribunal
da Cidadania no sentido de que “...o art. 51 do CDC assevera serem nulas de pleno direito ‘as

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cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que: VII - determinem a
utilização compulsória de arbitragem’. A mens legis é justamente proteger aquele consumidor,
parte vulnerável da relação jurídica, a não se ver compelido a consentir com qualquer cláusula
arbitral” (REsp 1189050/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado
em 01/03/2016, DJe 14/03/2016), entendimento este consolidado por esta Corte, ex vi, Súmula
45, e que encaixa-se à hipótese em discussão.”

Com feito, tendo o consumidor/agravado optado pela propositura da


presente demanda, presume-se sua recusa à arbitragem como forma de resolução
de eventuais conflitos inerentes à contratação, o que atrai a competência do juízo a
quo para o processamento e julgamento do feito.

Doutro lado, esclareceu-se, ainda, que apesar das partes terem realizado
acordo perante o juízo arbitral anteriormente ao ajuizamento desta ação, tal fato não
induz à conclusão obrigatória de que o agravado concordou com a cláusula
compromissória, mormente porque não foi ele quem deu início ao procedimento
perante a Corte de Conciliação e Arbitragem, desprestigiando-se, assim, a alegação
de coisa julgada pela sentença homologatória de acordo arbitral constante do evento
n. 30, arq. 02, na qual as partes limitaram-se a renegociar o saldo total devedor do
imóvel adquirido pelo agravado, confirmando, genericamente, as demais cláusulas a
que fizeram referência e que já estavam previstas contratualmente.

Deveras, nada obstante os argumentos constantes da peça recursal, infere-se


da exordial que o agravado pretende por esta demanda a revisão das cláusulas
contratuais que entende abusivas, o que, de fato, não foi dirimido pelo acordo
homologado entre as partes. Assim, como a sentença homologatória de acordo arbitral
não analisou as questões ora judicialmente discutidas, não há falar em coisa julgada.

A propósito, mutatis mutandis:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER


CUMULADA COM REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS E MORAIS
E PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. SENTENÇA ARBITRAL.
COISA JULGADA. INOCORRÊNCIA. MATÉRIA QUE NÃO FORA
OBJETO DA SENTENÇA ARBITRAL. Considerando que a sentença
arbitral homologatória acostada aos autos limitou-se, tão somente, a
dispor sobre a renegociação do valor lote adquirido pelos autores, a
discussão acerca do prazo para entrega de infraestrutura não está
acobertada pelo manto da coisa julgada, haja vista não ter sido objeto
de acordo, como bem decidiu o magistrado de piso. AGRAVO
CONHECIDO E DESPROVIDO. DECISÃO MANTIDA. (TJGO, AI
5025770-83.2020.8.09.0000, Rel. Des(a). JEOVA SARDINHA DE
MORAES, 6ª Câmara Cível, DJe de 29/06/2020)

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NR.PROCESSO: 5276704-44.2016.8.09.0051
“(...). I. Não tendo sido a revisão dos alugueis objeto da sentença
arbitral, o magistrado singular incorreu em error in procedendo ao
justificar a extinção do feito na ocorrência de coisa julgada. (…).”
(TJGO, AC 0329620-19.2011.8.09.0051, Rel. CARLOS ALBERTO
FRANÇA, 2ª Câmara Cível, DJe de 24/01/2019)

Ademais, considerando que o agravado não formulou pretensão voltada à


desconstituição da sentença homologatória, afasta-se a alegação de decadência do
pleito autoral nos moldes do art. 33, § 1º, da Lei n. 9.307/96.

Registre-se, outrossim, que “(…).O princípio da irretroatividade não se aplica às


Súmulas, já que estas não se enquadram como Leis, mas apenas consolidam entendimentos
reiterados dos Tribunais. (...)” (TJGO, AC 0162971-25.2015.8.09.0051, Rel. Des(a). OLAVO
JUNQUEIRA DE ANDRADE, DJe de 13/04/2020), além de que “(...) Não fere o princípio da
segurança jurídica a aplicação imediata de novo entendimento jurisprudencial, visto não se tratar
de alteração normativa. A modificação da jurisprudência caracteriza interpretação da norma
vigente e não o estabelecimento de nova regra, não submetida ao princípio da irretroatividade ou
tempus regit actum.(…).” (TJGO, AI 5689739-57.2019.8.09.0000, Rel. Des(a). BEATRIZ
FIGUEIREDO FRANCO, 4ª Câmara Cível, DJe de 25/05/2020).

No mesmo sentido: STJ - AgInt no AREsp 238.170/RJ, Rel. Ministro RICARDO


VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, DJe 30/05/2017.

Logo, tendo em vista que o agravo interno não trouxe nenhum argumento
novo capaz de modificar a conclusão alvitrada, tenho que a decisão deve ser mantida
por seus próprios fundamentos. Sobre o tema:

“(...) Não tendo a parte apresentado argumentos novos capazes de


alterar o julgamento anterior, deve-se manter a decisão recorrida. (...)”
(STJ - AgRg no Ag 1212745/RJ, Rel. Ministro SIDNEI BENETI,
TERCEIRA TURMA, julgado em 19/10/2010, DJe 03/11/2010)

Isso posto, por não estar convicto de que deva modificar a decisão recorrida,
deixo de reconsiderá-la, ao tempo em que submeto a insurgência à apreciação do
Órgão Colegiado, manifestando-me, desde logo, pelo total desprovimento do recurso.

É como voto.

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NR.PROCESSO: 5276704-44.2016.8.09.0051
Goiânia, 23 de novembro de 2020.

DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO


Relator

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os integrantes da 2ª


Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás,
POR UNANIMIDADE DE VOTOS, EM NEGAR PROVIMENTO AO AGRAVO
INTERNO, nos termos do voto do RELATOR.

VOTARAM com o RELATOR, o Desembargador CARLOS ALBERTO


FRANÇA e o DR. MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA, substituto do Desembargador
AMARAL WILSON DE OLIVEIRA, sendo a sessão presidida pelo Desembargador
JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA.

PARTICIPOU da sessão a Procuradora de Justiça, DRª. DILENE CARNEIRO


FREIRE.

Custas de lei.

Goiânia, 23 de novembro de 2020.

DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO


Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 26/11/2020 19:39:03

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0108363-40.2014.8.09.0107
CLASSE PROCESSUAL : Alvará Judicial - Lei 6858/80 ( L.E )
POLO ATIVO : KAIQUE PEREIRA BORGES
POLO PASSIVO :
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : KAIQUE PEREIRA BORGES


ADVG. PARTE : 18675 GO - GRAZIELA DE SOUZA REIS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 0108363-40.2014.8.09.0107
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL N. 0108363-
40.2014.8.09.0107
COMARCA DE MORRINHOS (2ª Vara Cível)
EMBARGANTE: KAIQUE PEREIRA BORGES
RELATOR: DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO


CÍVEL. PROCEDIMENTO DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA.
ALVARÁ JUDICIAL. ALIENAÇÃO DE BEM IMÓVEL
PERTENCENTE A MENOR. NÃO COMPROVAÇÃO DE
MANIFESTA VANTAGEM, NECESSIDADE OU EVIDENTE
INTERESSE DO INFANTE. AUSÊNCIA DE OMISSÃO.
EMBARGOS REJEITADOS. 1. A alienação de bem imóvel de
propriedade de menor somente poderá ocorrer se demonstrada
a necessidade ou o evidente interesse, caso em que deverá
atender aos seguintes requisitos: autorização judicial, prévia
avaliação judicial e manifesta vantagem para o menor. 2. Por
se tratar de requisito essencial, a ausência de prévia
autorização judicial para a alienação do bem imóvel torna
absolutamente nulo o negócio jurídico, inadmitindo
convalidação. 3. No caso em exame, a venda do bem imóvel
pertencente ao menor foi realizada sem prévia autorização
judicial, e ainda com a agravante de que um dos adquirentes é
a profissional constituída para representá-lo em juízo. 4. Resta
claro que o embargante pretende apenas rediscutir aquilo que
já restou examinado, o que não é cabível em sede de
embargos de declaração. Embargos de declaração
rejeitados.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 0108363-40.2014.8.09.0107
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Zacarias Neves Coêlho

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL N. 0108363-


40.2014.8.09.0107
COMARCA DE MORRINHOS (2ª Vara Cível)
EMBARGANTE: KAIQUE PEREIRA BORGES
RELATOR: DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

RELATÓRIO E VOTO

Cuida-se de embargos de declaração opostos por KAIQUE PEREIRA


BORGES (representado pela mãe) ao acórdão da Segunda Turma Julgadora da 2ª
Câmara Cível desta Corte, que, à unanimidade, negou provimento à apelação cível
por ele anteriormente interposta.

Em suas razões recursais (evento 51), o embargante assevera que há


omissão no acórdão objurgado, destacando que não foi examinado o pedido de
avaliação do imóvel situado em Guapó.

Sustenta que não houve prejuízo ao menor e que este, na verdade, teria sido
beneficiado pelo negócio jurídico.

Nesses termos, pede o acolhimento dos embargos, atribuindo-lhes efeitos


modificativos.

É o relatório. Passo ao voto.

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço dos embargos de

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NR.PROCESSO: 0108363-40.2014.8.09.0107
declaração.

Adianto que, em se tratando de embargos de de-claração, impõe-se observar


os liames traçados pelo art. 1.022 do CPC/2015, quais sejam, esclarecer obscuridade
ou eliminar contradição, suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se
pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento da parte, ou, ainda, corrigir erro material.
Não se prestam, pois, à manifestação de inconformismo ou à rediscussão de matéria
já decidida.

No caso em exame, resta claro que o embargante pretende apenas rediscutir


aquilo que já restou examinado. No entanto, cumpre destacar que o acórdão
objurgado analisou minuciosamente os argumentos veiculados em sede de apelação,
tendo concluído pela manutenção da sentença que julgou improcedente o pedido de
expedição de alvará judicial para regularização do negócio jurídico.

Confira-se:

“[…] Como se vê, a alienação de bem imóvel de propriedade


de menor somente poderá ocorrer se demonstrada a necessidade ou
evidente interesse, caso em que deverá atender aos seguintes
requisitos: a) autorização judicial, b) prévia avaliação judicial, e c)
manifesta vantagem para o menor.

No caso dos autos, todavia, verifica-se que não se


demonstrou o preenchimento de nenhum dos requisitos legais.

Embora a genitora do menor tenha afirmado passar por


sérias dificuldades financeiras, não há nos autos um só documento
apto a comprovar sua alegação.

Outrossim, a venda do bem foi realizada sem prévia


autorização judicial, fato que, por si só, torna nulo o negócio jurídico
firmado. Há de se destacar, neste ponto, que a adquirente do imóvel
(Graziella de Souza Reis), é também a advogada que representa o
autor nestes autos, de modo que, certamente, tinha conhecimento
acerca do procedimento legal que deveria ter sido adotado para a
alienação do bem imóvel.

Em verdade, por se tratar de requisito essencial, a ausência


de prévia autorização judicial para a alienação do bem imóvel torna
absolutamente nulo o negócio jurídico.

[…]

Não bastasse a ausência de prévia autorização judicial, o


negócio jurídico foi firmado sem prévia avaliação dos imóveis, o que

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NR.PROCESSO: 0108363-40.2014.8.09.0107
claramente causou prejuízos ao patrimônio do menor.

Como já registrado anteriormente, ao realizar o negócio, em


2013 (pelo valor de R$50.000,00), a genitora do menor levou em
consideração avaliação judicial feita em 2010 (R$40.000,00). Todavia,
realizada nova avaliação em 2014, verificou-se que o imóvel valia
R$80.000,00 (oitenta mil reais).

Assim, além de não se ter observado a necessidade de


prévia avaliação judicial, restou claro que o bem foi alienado por
quantia inferior ao seu valor de mercado.

Por todos esses argumentos, correta a sentença que


julgou improcedente o pedido de expedição de alvará judicial para
regularização do negócio jurídico.”

Especificamente acerca da desnecessidade de avaliação do imóvel adquirido


em Guapó, esclareceu-se o seguinte:

“Por fim, cumpre esclarecer que, embora a genitora do


menor tenha adquirido um outro imóvel na cidade de Guapó, com os
valores advindos da venda do bem imóvel localizado em Morrinhos, tal
negócio jurídico também foi firmado (em 2009) sem prévia autorização
judicial.

A propósito, as circunstâncias desse segundo negócio


jurídico são obscuras, pois, inicialmente, o contrato foi firmado em
2009, tendo como compradora RENATA ADRIANA BORGES (genitora
do menor), pelo valor de R$28.000,00 (vinte e oito mil reais).
Posteriormente, a escritura pública lavrada em 07/11/2018, menciona
que o bem imóvel foi adquirido por KAIQUE PEREIRA BORGES, pelo
valor de R$50.000,00 (cinquenta mil reais).

Ao que tudo indica, a genitora do menor simplesmente


transferiu para ele bem imóvel que já era de sua propriedade desde
2009, alterando o valor que havia sido declarado no contrato de
compra e venda.

Não obstante a Procuradoria de Justiça tenha se


manifestado pela necessidade de avaliação desse segundo imóvel
(localizado em Guapó), isso é absolutamente dispensável, até porque
a sentença deve limitar-se ao pedido e, neste caso, o autor pretende
apenas a expedição de alvará para regularização da venda do bem
imóvel localizado em Morrinhos (transferência para o nome dos
compradores), nada mais.”

Como se vê, ainda que atualmente o valor do bem imóvel localizado em


Guapó venha a ser superior ao valor do bem imóvel localizado em Morrinhos, não

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0108363-40.2014.8.09.0107
seria possível convalidar o negócio jurídico, porque absolutamente nulo.

Destaque-se, aliás, que a sentença proferida em 1º grau e o acórdão que


negou provimento à apelação cível, não determinaram que as partes envolvidas no
negócio jurídico retornem ao status quo, mas apenas indeferiu o pedido de expedição
de alvará pretendido pela genitora do menor, tendo por fundamento a nulidade da
compra e venda realizada.

Sendo assim, inexistindo vícios, impertinente qualquer outra manifestação a


respeito do conflito posto nestes autos, até mesmo a título de prequestionamento, o
qual, a propósito, em caso de inexistência dos vícios contidos no art. 1.022 do CPC,
não têm lugar nos embargos declaratórios, sob pena de violação do referido preceito
de lei processual.

Ante o exposto, rejeito os embargos de declaração.

É como voto.

Goiânia, 23 de novembro de 2020.

DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO


Relator

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os integrantes da 2ª


Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás,
POR UNANIMIDADE DE VOTOS, EM REJEITAR OS EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO, nos termos do voto do RELATOR.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 0108363-40.2014.8.09.0107
VOTARAM com o RELATOR, o desembargador CARLOS ALBERTO
FRANÇA e o Dr. MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA, em substituição ao DES. AMARAL
WILSON DE OLIVEIRA.

Presidiu a sessão o Des. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA.

PARTICIPOU DA SESSÃO a ilustre Procuradora de Justiça, Dra. DILENE


CARNEIRO FREIRE.

Custas de lei.

Goiânia, 23 de novembro de 2020.

DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO


Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 26/11/2020 19:38:53

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0238234-61.2016.8.09.0105
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : SISTEMA VERDE VALE DE COMUNICACAO LTDA
POLO PASSIVO : MUNICIPIO DE MINEIROS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : SISTEMA VERDE VALE DE COMUNICACAO LTDA


ADVGS. PARTE : 12033 GO - HOMERO ERNANE POHLMANN
133651 MG - KATIA LEANDRA DOS SANTOS
128526 MG - GUSTAVO DE MELO FRANCO T. E GONCALVES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0238234-61.2016.8.09.0105
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL N.
0238234.61.2016.8.09.0105
COMARCA DE MINEIROS (2ª Vara Cível)
EMBARGANTE: MUNICÍPIO DE MINEIROS
EMBARGADA: SISTEMA VERDE VALE DE COMUNICAÇÃO LTDA
RELATOR: DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO


CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE
RADIODIFUSÃO. NÃO COMPROVAÇÃO DE SERVIÇO DE
PUBLICIDADE. NÃO INCIDÊNCIA DE ISS. SENTENÇA
MANTIDA. AUSÊNCIA DE OMISSÃO OU CONTRADIÇÃO.
EMBARGOS REJEITADOS. 1. O Imposto Sobre Serviço de
Qualquer Natureza (ISSQN) tem como fato gerador a efetiva
prestação do serviço. Já a legislação vigente exclui de sua
incidência a veiculação e divulgação de textos, desenhos e
outros materiais de publicidade por meio de jornais, periódicos,
rádio e televisão. 2. De acordo com os elementos probatórios
jungidos aos autos, não há nenhuma prova no sentido de que a
empresa autora realiza serviços de elaboração de conteúdo
publicitário, aperfeiçoamento e edição de anúncios,
agenciamento ou promoção de vendas. Na verdade, as provas
indicam que a autora somente veicula as mídias que recebe de
seus clientes ou, em alguns casos, faz a leitura dos textos que
lhe são encaminhados, sem qualquer custo adicional. 3. Não
havendo provas de que a empresa autora presta serviços de
publicidade, conclui-se que todos os valores retidos pelo ente
público réu dizem respeito à atividade de mera divulgação,
sendo absolutamente desnecessária a prévia liquidação de
sentença. 4. Resta claro que o embargante pretende apenas
rediscutir aquilo que já restou examinado, o que não é cabível
em sede de embargos de declaração. Embargos de
declaração rejeitados.

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NR.PROCESSO: 0238234-61.2016.8.09.0105
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Zacarias Neves Coêlho

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL N.


0238234.61.2016.8.09.0105
COMARCA DE MINEIROS (2ª Vara Cível)
EMBARGANTE: MUNICÍPIO DE MINEIROS
EMBARGADA: SISTEMA VERDE VALE DE COMUNICAÇÃO LTDA
RELATOR: DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

RELATÓRIO E VOTO

Cuida-se de embargos de declaração opostos pelo MUNICÍPIO DE


MINEIROS ao acórdão da Segunda Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível desta Corte,
que, à unanimidade, negou provimento à apelação cível por ele anteriormente
interposta.

Em suas razões recursais (evento 26), o embargante assevera que há


contradição no acórdão objurgado, destacando que “resta clara a incidência de ISSQN,
vez que a Embargada presta, de fato, serviços alheios aos de radiodifusão, quais sejam,
promoção de vendas e publicidade e propaganda”.

Doutro lado, no que diz respeito à ordem de repetição de indébito, afirma que
há omissão, sendo necessária a separação dos montantes retidos a título de ISSQN,
relacionados à divulgação e à publicidade.

Nesses termos, pede o acolhimento dos embargos.

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NR.PROCESSO: 0238234-61.2016.8.09.0105
É o relatório. Passo ao voto.

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço dos embargos de


declaração.

Adianto que, em se tratando de embargos de de-claração, impõe-se observar


os liames traçados pelo art. 1.022 do CPC/2015, quais sejam, esclarecer obscuridade
ou eliminar contradição, suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se
pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento da parte, ou, ainda, corrigir erro material.
Não se prestam, pois, à manifestação de inconformismo ou à rediscussão de matéria
já decidida.

No caso em exame, resta claro que o embargante pretende apenas rediscutir


aquilo que já restou examinado. A propósito, cumpre destacar que o acórdão
objurgado analisou minuciosamente os argumentos veiculados em sede de apelação,
tendo concluído pela inexistência de provas no sentido de que a empresa embargada
realiza serviços de elaboração de conteúdo publicitário, aperfeiçoamento e edição de
anúncios, agenciamento ou promoção de vendas.

Inicialmente, destacou-se que somente os serviços previstos na Lei


Complementar n. 116/2003 podem ser tributados pelos Municípios (ISSQN) e que o rol
nele previsto, embora taxativo, pode ser interpretado extensivamente.

Não obstante aquela explanação, verificou-se que, de acordo com os


elementos jungidos aos autos, não há nenhum indício de que a rádio foi contratada
para elaboração de material publicitário, como afirma o ente público. Confira-se:

“Como se vê, de acordo com os elementos probatórios


jungidos aos autos não há nenhuma prova no sentido de que a
empresa apelada realiza serviços de elaboração de conteúdo
publicitário, aperfeiçoamento e edição de anúncios, agenciamento ou
promoção de vendas. Na verdade, as provas indicam que a autora
somente veicula as mídias que recebe de seus clientes ou, em
alguns casos, faz a leitura dos textos que lhe são encaminhados,
sem qualquer custo adicional.

Não há nenhum indício no sentido de que a Rádio foi


contratada para elaboração de material publicitário. A propósito, os e-
mails trocados com a Secretaria de Comunicação do ente público réu
indicam que este encaminhava os textos que seriam lidos pelo locutor.
Assim, o Município pagava apenas pela veiculação da publicidade, a
depender do tempo e da quantidade de vezes que era transmitida

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NR.PROCESSO: 0238234-61.2016.8.09.0105
diariamente, mas não pela leitura em si.

Sendo assim, não havendo a prestação de nenhum dos


serviços previstos no item 17.06 da LC n. 116/2003, não há falar em
fato gerador do ISSQN, estando correta a sentença objurgada.”

Doutro lado, acerca da ordem de repetição do indébito, destacou-se que “não


havendo provas de que a empresa autora presta serviços de publicidade, conclui-se que todos os
valores retidos dizem respeito à atividade de mera divulgação, sendo absolutamente
desnecessária a prévia liquidação”.

Nesse cenário, em suma, não há omissão ou contradição no acórdão


objurgado. Na verdade, há apenas inconformismo por parte do recorrente.

Sendo assim, inexistindo vícios, impertinente qualquer outra manifestação a


respeito do conflito posto nestes autos, até mesmo a título de prequestionamento, o
qual, a propósito, em caso de inexistência dos vícios contidos no art. 1.022 do CPC,
não têm lugar nos embargos declaratórios, sob pena de violação do referido preceito
de lei processual.

Ante o exposto, rejeito os embargos de declaração.

É como voto.

Goiânia, 23 de novembro 2020.

DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO


Relator

ACÓRDÃO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0238234-61.2016.8.09.0105
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os integrantes da 2ª
Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás,
POR UNANIMIDADE DE VOTOS, EM REJEITAR OS EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO, nos termos do voto do RELATOR.

VOTARAM com o RELATOR, o desembargador CARLOS ALBERTO


FRANÇA e o Dr. MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA, em substituição ao DES. AMARAL
WILSON DE OLIVEIRA.

Presidiu a sessão o Des. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA.

PARTICIPOU DA SESSÃO a ilustre Procuradora de Justiça, Dra. DILENE


CARNEIRO FREIRE.

Custas de lei.

Goiânia, 23 de novembro de 2020.

DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO


Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


26/11/2020 19:38:42

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5241524-81.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : JULYELLE CARDOSO FERREIRA LOPES
POLO PASSIVO : MUNICIPIO DE SENADOR CANEDO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JULYELLE CARDOSO FERREIRA LOPES


ADVG. PARTE : 27807 GO - DIOGO ALMEIDA DE SOUZA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5241524-81.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Zacarias Neves Coêlho

AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE


INSTRUMENTO N. 5241524.81.2020.8.09.0000
COMARCA DE SENADOR CANEDO
AGRAVANTE : JULYELLE CARDOSO FERREIRA LOPES
AGRAVADO : MUNICÍPIO DE SENADOR CANEDO
RELATOR : DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

EMENTA: AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE


INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. NÃO
CONHECIMENTO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO,
PORQUE INTEMPESTIVO. DECISÃO MONOCRÁTICA
OBJURGADA MANTIDA. Uma vez que a decisão a quo foi
publicada em 22/04/2020 (quarta-feira), em razão da
suspensão dos prazos processuais prevista no art. 3º do
Decreto Judiciário n. 866/2020, o prazo recursal começou a
correr em 04/05/2020 (segunda-feira), de modo que o termo
final para a interposição do agravo de instrumento foi o dia
22/05/2020 (sexta-feira). Assim, resta hialina a
intempestividade do agravo de instrumento, porque interposto
em 26/05/2020 (terça-feira), após o dies ad quem. Ademais,
não comporta aqui a aplicação do art. 7º, §3º, da Resolução n.
59/2016 desta Corte, porque, no último dia do prazo para a
interposição, o sistema do PJD ficou indisponível por apenas 2
(dois) minutos. Destarte, acertado foi o não conhecimento do
agravo de instrumento, com fundamento no art. 932, III, do
Código de Processo Civil. Agravo interno desprovido.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5241524-81.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Zacarias Neves Coêlho

AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE


INSTRUMENTO N. 5241524.81.2020.8.09.0000
COMARCA DE SENADOR CANEDO
AGRAVANTE : JULYELLE CARDOSO FERREIRA LOPES
AGRAVADO : MUNICÍPIO DE SENADOR CANEDO
RELATOR : DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

RELATÓRIO E VOTO

Julyelle Cardoso Ferreira Lopes, qualificada e regularmente representada,


interpõe agravo interno da decisão monocrática vista no evento n. 7, complementada
em sede de embargos de declaração (evento n. 20), por meio da qual não se
conheceu do agravo de instrumento manejado por ela, porquanto inadmissível
(intempestivo), nos termos do art. 932, III, do CPC.

Nas razões (evento n. 27), a agravante defende a tempestividade do agravo


de instrumento, interposto em 26/05/2020, por considerar que o termo inicial para
contagem do prazo recursal foi o dia 05/05/2020, bem como que houve prorrogação de
tal prazo legal, decorrente da indisponibilidade do sistema do Processo Judicial Digital,
por mais de 60 (sessenta minutos), no termo final para a interposição (25/05/2020).

Assim, requer o conhecimento e provimento do agravo interno, para que seja


reconsiderada a decisão monocrática atacada. E caso não haja juízo de retratação,
pede seja o recurso julgado pelo Colegiado.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5241524-81.2020.8.09.0000
Preparo dispensado, por ser a recursante beneficiária da justiça gratuita.

Ao contra-arrazoar, o agravado requerer o desprovimento do recurso (evento


n. 34).

É o relatório. Passo ao voto.

Preenchidos os requisitos de admissibilidade do recurso, dele conheço.

De plano, porém, vejo que a insurgência não merece acolhida.

Como foi explicado na decisão monocrática que rejeitou os embargos de


declaração (evento n. 20), a decisão a quo, datada de 16/04/2020 (quinta-feira), foi
publicada no DJe em 22/04/2020 (quarta-feira) (evento n. 28, autos de origem), e em
razão da suspensão dos prazos processuais prevista no art. 3º do Decreto Judiciário n.
866/2020, o respectivo prazo recursal começou a correr em 04/05/2020 (segunda-
feira), de modo que o termo final para a interposição do agravo foi o dia
22/05/2020 (sexta-feira).

Logo, resta hialina a intempestividade do agravo de instrumento, porque


interposto após o dies ad quem, ou seja, em 26/05/2020 (terça-feira).

Sobre a contagem do prazo:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL. MANDADO


DE SEGURANÇA. PUBLICAÇÃO DO DECRETO JUDICIAL
COMBATIDO DURANTE O PRAZO DE SUSPENSÃO PROCESSUAL.
OPOSIÇÃO DO RECURSO FORA DO QUINQUÍDIO LEGAL.
INTEMPESTIVIDADE RECONHECIDA.1. O prazo para oposição de
aclaratórios é de 05 (cinco) dias úteis, na forma do caput do artigo
1.024, combinado com o artigo 219, ambos do Código de Processo
Civil.2. Nos termos do artigo 4º do Decreto Judiciário nº 866, de 24 de
abril de 2020, deste egrégio Sodalício, a retomada dos prazos
processuais se deu no dia 04 de maio de 2020, de modo que o termo
final para manejo de embargos declaratórios ocorreu na data de 08 de
maio de 2020. 3. O período de suspensão dos prazos processuais não
impede que juízes, servidores e secretarias efetuem seu trabalho e
que, consequentemente, sejam efetivadas as publicações. 4.
Extrapolado o quinquídio legal, impõe-se o reconhecimento da

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5241524-81.2020.8.09.0000
intempestividade do recurso. 5. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NÃO
CONHECIDOS.” (TJ/GO, 4ª C. Cível, AC n. 5587756-
59.2018.8.09.0029, Rel.ª Des.ª Elizabeth Maria da Silva, DJe de
13/07/2020)

Cite-se, ainda: TJ/GO, 2ª C. Cível, AI n. 5239123.12.2020.8.09.0000, Rel.


Des. José Carlos, decisão monocrática, DJe n. 3.037, de 27/07/2020; STJ, MS n.
26.340/DF, Rel. Min. Benedito Gonçalves, decisão monocrática, DJe de 25/06/2020.

E não se fale em aplicação ao caso do art. 7º, §3º, da Resolução n. 59/2016


desta Corte 1 , porque, no último dia do prazo para a interposição do agravo de
instrumento (22/05/2020), o sistema do PJD ficou indisponível por apenas 2 (dois)
minutos, conforme se extrai do relatório de interrupções disponibilizado pelo TJGO
(vide: https://projudi.tjgo.jus.br/RelatorioInterrupcoes).

Destarte, acertado foi o não conhecimento do agravo de instrumento, com


fundamento no art. 932, III, do Código de Processo Civil.

Por conseguinte, tendo em vista que o agravo interno em epígrafe não trouxe
nenhum argumento novo capaz de modificar a conclusão alvitrada, e não se podendo
adentrar questões estranhas ao que foi decidido, tenho que a decisão monocrática
ferreteada deve ser mantida por seus próprios fundamentos (cf. STJ, 3ª T., AgRg no
Ag n. 1.212.745/RJ, DJe de 17/12/2010, Rel. Ministro Sidnei Beneti).

Isto posto, nego provimento ao agravo interno.

É como voto.

Goiânia, 23 de novembro de 2020.

DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO


Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5241524-81.2020.8.09.0000
AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO N. 5241524.81.2020.8.09.0000
COMARCA DE SENADOR CANEDO
AGRAVANTE : JULYELLE CARDOSO FERREIRA LOPES
AGRAVADO : MUNICÍPIO DE SENADOR CANEDO
RELATOR : DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

EMENTA: AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE


INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. NÃO
CONHECIMENTO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO,
PORQUE INTEMPESTIVO. DECISÃO MONOCRÁTICA
OBJURGADA MANTIDA. Uma vez que a decisão a quo foi
publicada em 22/04/2020 (quarta-feira), em razão da
suspensão dos prazos processuais prevista no art. 3º do
Decreto Judiciário n. 866/2020, o prazo recursal começou a
correr em 04/05/2020 (segunda-feira), de modo que o termo
final para a interposição do agravo de instrumento foi o dia
22/05/2020 (sexta-feira). Assim, resta hialina a
intempestividade do agravo de instrumento, porque interposto
em 26/05/2020 (terça-feira), após o dies ad quem. Ademais,
não comporta aqui a aplicação do art. 7º, §3º, da Resolução n.
59/2016 desta Corte, porque, no último dia do prazo para a
interposição, o sistema do PJD ficou indisponível por apenas 2
(dois) minutos. Destarte, acertado foi o não conhecimento do
agravo de instrumento, com fundamento no art. 932, III, do
Código de Processo Civil. Agravo interno desprovido.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os integrantes da 2ª


Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás,
POR UNANIMIDADE DE VOTOS, EM CONHECER DO AGRAVO INTERNO, MAS
LHE NEGAR PROVIMENTO, nos termos do voto do RELATOR.

VOTARAM com o RELATOR o Desembargador CARLOS ALBERTO


FRANÇA e o DR. MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA, substituto do Desembargador

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5241524-81.2020.8.09.0000
AMARAL WILSON DE OLIVEIRA, sendo a sessão presidida pelo Desembargador
JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA.

PARTICIPOU da sessão a Procuradora de Justiça, Dr.ª DILENE CARNEIRO


FREIRE.

Custas de lei.

Goiânia, 23 de novembro de 2020.

DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO


Relator

1 Art. 7º. (…)

§3º – Ficam prorrogados os prazos quando as interrupções ultrapassarem 60 (sessenta) minutos consecutivos ou
intercalados, no período entre 6:00 e 23:59, dos dias úteis.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


26/11/2020 19:39:14

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5273324-30.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ALYNNE DE SOUZA BRITO
POLO PASSIVO : ALEXANDRE JERONIMO DE ALMEIDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ALYNNE DE SOUZA BRITO


ADVG. PARTE : 44587 GO - ARITTANA CARLA DE REZENDE

PARTE INTIMADA : ALEXANDRE JERONIMO DE ALMEIDA


ADVG. PARTE : 46706 GO - CAMILA TORRES DE ALMEIDA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5273324-30.2020.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 5273324.30.2020.8.09.0000
COMARCA DE GOIÂNIA (2ª Vara de Família)
AGRAVANTE: ALYNNE DE SOUZA BRITO
AGRAVADO: ALEXANDRE JERÔNIMO DE ALMEIDA
RELATOR: DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE


DIVÓRCIO C/C GUARDA, ALIMENTOS E VISITAS. TUTELA
PROVISÓRIA. GUARDA COMPARTILHADA, TENDO A
RESIDÊNCIA PATERNA COMO LAR REFERENCIAL.
SITUAÇÃO FÁTICA CONTROVERTIDA. AUSÊNCIA DE
ELEMENTOS PROBATÓRIOS. DECISÃO MANTIDA. 1. A
modificação da guarda é medida excepcional, devendo ser
evitada sempre que possível, pois altera os referenciais da
criança e sua rotina de vida, afetando os vínculos afetivos e
produzindo abalo emocional. 2. Verifica-se que a residência do
autor é o local onde as crianças cresceram e estão habituadas,
além de já conviverem com outros familiares (avós paternos),
o que facilita a manutenção da rotina e o cuidado de que
necessitam. Por outro lado, a convivência da genitora com
seus filhos está preservada, na medida em que a guarda é
compartilhada, e ela poderá buscá-los em finais de semana
alternados. 3. O Julgador de 1º grau e o representante do
Ministério Público de primeira instância têm maior proximidade
com a prova e com as próprias partes, devendo ser por isso,
em casos como este, prestigiada a aplicação do princípio da
imediatidade do juízo. Agravo de instrumento desprovido.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5273324-30.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Zacarias Neves Coêlho

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 5273324.30.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA (2ª Vara de Família)
AGRAVANTE: ALYNNE DE SOUZA BRITO
AGRAVADO: ALEXANDRE JERÔNIMO DE ALMEIDA
RELATOR: DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso interposto.

Consoante relatado, trata-se, na origem, de ação de divórcio c/c guarda,


alimentos e visitas ajuizada por ALEXANDRE JERÔNIMO DE ALMEIDA em desfavor
de ALYNNE DE SOUZA BRITO, por meio da qual o autor/agravado pretende obter a
guarda unilateral de seus dois filhos, Ana Júlia Jerônimo de Souza (9 anos) e
Alexandre Júnio Jerônimo de Souza (6 anos).

Ao proferir a decisão objurgada, o Magistrado primevo (i) deferiu o pedido de


tutela de urgência para decretar o divórcio liminar das partes; (ii) concedeu “a guarda
compartilhada provisória dos menores Alexandre Júnio Jerônimo de Souza e Ana Júlia
Jerônimo de Souza aos seus genitores, devendo os infantes residirem, por enquanto, com
o requerente/genitor nesta comarca de Goiânia-GO”; (iii) fixou “alimentos provisórios em
favor dos filhos Alexandre Júnio Jerônimo de Souza e Ana Júlia Jerônimo de Souza em 50%
(cinquenta por cento) do salário mínimo vigente (25% para cada um), a serem pagos pela
requerida/genitora até o dia 15 (quinze) de cada mês”; (iv) concedeu à ré o direito de
convivência com seus filhos, a ser exercido em finais de semana alternados.

Como se vê, trata-se de tutela provisória que estabeleceu a guarda das


crianças até que a sentença seja proferida. Por meio deste agravo de instrumento, no

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NR.PROCESSO: 5273324-30.2020.8.09.0000
entanto, pretende a genitora a reforma do decisum objurgado, fixando-se o lar materno
como referência, até que seja proferida a sentença.

Não obstante a referida pretensão, convém relembrar que a alteração da


guarda de menor é medida excepcional, devendo ser evitada sempre que possível,
pois altera os referenciais da criança e sua rotina de vida, afetando os seus vínculos
afetivos e produzindo abalo emocional.

In casu, verifica-se que a residência do autor é o local onde as crianças


cresceram e estão habituadas, residindo junto a outros familiares (avós paternos), o
que facilita a manutenção da rotina e o cuidado com os menores.

Por outro lado, nota-se que a convivência da genitora com seus filhos
está preservada, na medida em que a guarda é compartilhada e esta poderá
buscá-los em finais de semana alternados.

A propósito, confira-se o entendimento desta Corte de Justiça a respeito do


tema:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE MODIFICAÇÃO DE


GUARDA C/C EXONERAÇÃO ALIMENTOS. MELHOR INTERESSE
DO MENOR. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE OU TERATOLOGIA.
ADOÇÃO PARECER MINISTÉRIO PÚBLICO. POSSIBILIDADE. [...]
Estando a menor sob os cuidados do genitor e diante do quadro
fático-processual, bem como a necessidade de maior instrução
dos autos, onde as alegações das partes serão melhor analisadas,
para a livre formação do convencimento do Juízo a quo, que
decidirá as circunstâncias mais apropriadas para a criação e
desenvolvimento sociofamiliar da criança em questão, impõe-se a
manutenção da decisão em observância ao princípio do melhor
interesse do menor. [...] (TJGO, AI 5231184-78.2020.8.09.0000, Rel.
Des(a). REINALDO ALVES FERREIRA, 1ª CC, DJe de 26/10/2020)

Noutro vértice, observa-se uma situação fática controvertida, na qual as


partes lançam acusações recíprocas (alienação parental e violência). Os
elementos probatórios, por outro lado, são muito frágeis, o que dificulta a
emissão de um juízo de valor a respeito de qual dos genitores representa a
melhor alternativa para permanecer com a guarda provisória das crianças. Em
outras palavras, o estado de beligerância entre as partes é, infelizmente,
evidente.

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NR.PROCESSO: 5273324-30.2020.8.09.0000
Ao que tudo indica, será importante a realização de um estudo psicossocial
(o que já foi requerido pelo Parquet atuante no 1º grau), a fim de se averiguar
pormenorizadamente as condições e possibilidades de cada um dos genitores, bem
como conhecer as necessidades e expectativas dos menores.

Há de se relembrar, outrossim, que as decisões judiciais concernentes à


guarda não transitam em julgado, podendo ser revistas a qualquer tempo, de acordo
com o interesse do menor.

Além disso, conforme é sabido, a decisão que concede ou indefere o pedido


de antecipação de tutela só pode ser modificada nos casos de evidente ilegalidade,
arbitrariedade, teratologia ou temeridade, o que não é o caso.

Corroborando tal entendimento, confira-se:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE MODIFICAÇÃO


DE GUARDA E RESPONSABILIDADE. GUARDA PROVISÓRIA
MANTIDA COM A GENITORA. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DAS
ALEGAÇÕES DE MAUS TRATOS. OBSERVADO O MELHOR
INTERESSE DOS MENORES. 1. Uma vez que não consta do caderno
processual comprovação de atos que desabonem a manutenção das
crianças sob a guarda da genitora, deve prevalecer a decisão
agravada, pois não se mostra ilegal ou abusiva, podendo ser
revista em época futura após a formação do conjunto fático
probatório. 2. Observados os critérios estabelecidos pelo Código Civil
Brasileiro (§ 2º do art. 1.583) e as particularidades do caso concreto,
correta a solução adotada pela juíza de primeiro grau, pois visa
assegurar o melhor interesse dos menores. RECURSO CONHECIDO
E DESPROVIDO. (TJGO, AI 5335108-08.2020.8.09.0000, Rel. Des.
ALAN SEBASTIÃO DE SENA CONCEIÇÃO, 5ª CC, DJe de
21/09/2020)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE GUARDA C/C


PEDIDO LIMINAR. MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA. LIVRE
CONVENCIMENTO MOTIVADO. A concessão ou não da guarda
provisória da menor está adstrita ao livre convencimento
motivado do magistrado condutor do feito, cuja proximidade com
a realidade fática da demanda lhe permite valorar os elementos de
provas, de modo a formar a sua convicção, que somente pode ser
revista pelo órgão colegiado quando for teratológica, contrária à
lei ou à prova dos autos, situação não evidenciada no caso dos
a u to s , [...] AGRAVO DE INSTRUM ENTO CONH EC ID O E
DESPROVIDO. (TJGO, AI 5183881-68.2020.8.09.0000, Rel. Des.
JEOVA SARDINHA DE MORAES, 6ª CC, DJe de 08/09/2020)

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NR.PROCESSO: 5273324-30.2020.8.09.0000
Nesse contexto, mantenho a residência do genitor como lar referencial
dos menores, consoante determinado na decisão objurgada, para que no decorrer
da ação, após a instrução probatória, seja possível conhecer os fatos que circundam a
lide, bem como a situação de cada parte.

Isso posto, nego provimento ao agravo.

É o voto.

Goiânia, 23 de novembro de 2020.

DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO


Relator

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os integrantes da 2ª


Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, POR
UNANIMIDADE DE VOTOS, EM CONHECER DO RECURSO E NEGAR-LHE
PROVIMENTO, nos termos do voto do RELATOR.

VOTARAM com o RELATOR, o Desembargador CARLOS ALBERTO


FRANÇA e o DR. MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA, substituto do Desembargador
AMARAL WILSON DE OLIVEIRA, sendo a sessão presidida pelo Desembargador
JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA.

PRESENTE a Procuradora de Justiça, Drª. DILENE CARNEIRO FREIRE.

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NR.PROCESSO: 5273324-30.2020.8.09.0000
Custas de lei.

Goiânia, 23 de novembro de 2020.

DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO


Relatora

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 09:40:53

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5567244-85.2019.8.09.0137
CLASSE PROCESSUAL : Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária ( L.E. )
POLO ATIVO : BV FINANCEIRA SA CFI
POLO PASSIVO : ABILIO INACIO TORRES GALINDO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ABILIO INACIO TORRES GALINDO


ADVGS. PARTE : 42452 GO - WENNIKER VINICIUS CARVALHO DIAS
40510 GO - RAFAEL GUIMARÃES DE OLIVEIRA

PARTE INTIMADA : BV FINANCEIRA SA CFI


ADVG. PARTE : 63894 RS - SERGIO SCHULZE

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Não-Concessão -> Liminar - Data da
Movimentação 27/11/2020 09:37:20

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5590184-33.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : MJBM
POLO PASSIVO : FOAM
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : MJBM


ADVG. PARTE : 58528 GO - MARIANA LOPES BEZERRA DE MELO

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 09:44:12

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5027420-16.2019.8.09.0158
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : EDUARDINA ALVES AGUIAR
POLO PASSIVO : FUNDO MUNICIPAL DE PREVIDÊNCIA DE SANTO ANTÔNIO DO DESCOBERTO
SADPREV
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : EDUARDINA ALVES AGUIAR


ADVG. PARTE : 58489 DF - TAMYRES RODRIGUES PACIFICO BARBOSA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 26/11/2020


20:12:39

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5388810-63.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : JOSELICE DA SILVA SANTOS
POLO PASSIVO : SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JOSELICE DA SILVA SANTOS


ADVG. PARTE : 37444 CE - MARINA SAMPAIO COSTA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5388810-63.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Leobino Valente Chaves

MANDADO DE SEGURANÇA Nº 5388810.63.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA
IMPETRANTE : JOSELICE DA SILVA SANTOS
IMPETRADOS : SECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO E OUTROS
RELATOR : DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

DESPACHO
Suscitada a oitiva ministerial, duas foram as providências requeridas na manifestação
do evento 20, quais sejam: - a da intimação da parte impetrante à regularização
processual; - e, para que manifestasse sobre persistir o interesse processual, diante
das informações prestadas pelo Estado de Goiás.
Antes mesmo que a pretensão ministerial fosse analisada e que a intimação ocorresse,
a impetrante adentrou à causa suprindo uma das exigências, a da regularização da
outorga, sobejando, porém, as falas quanto a questão prejudicial levantada pelo órgão
ministerial.
Para fins de evitar alegações de nulidades futuras, antes, intime-se a impetrante a
dizer, em 5 (cinco) dias, quanto a persistir seu interesse no prosseguimento da causa.
Ultimado este ato, ouça-se a Procuradoria-Geral de Justiça.
Intimem-se e cumpra-se.
Goiânia. Assinado digitalmente.
DES. LEOBINO VALENTE CHAVES
Relator
LIK

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Validação pelo código: 10453565017798376, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/PendenciaPublica
Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 1634 de 5858
ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 26/11/2020 20:12:45

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5703239-93.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : GABRIEL DE FREITAS EUGÊNIO
POLO PASSIVO : CONDOMINIO TOULON PARK RESIDENCE
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : GABRIEL DE FREITAS EUGÊNIO


ADVGS. PARTE : 41316 GO - CLEOMAR FRANCISCO MONTES
42267 GO - SAMUEL DE FREITAS EUGENIO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5703239-93.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Leobino Valente Chaves

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5703239.93.2019.8.09.0000


COMARCA DE CALDAS NOVAS
AGRAVANTE: GABRIEL DE FREITAS EUGÊNIO
AGRAVADOS: CONDOMÍNIO TOULON PARK RESIDENCE E OUTROS
RELATOR: DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

O agravante compareceu aos autos, evento 41, e pugnou pela consulta aos
sistemas conveniados INFOJUD, BACENJUD, SIEL e RENAJUD para a localização do
endereço dos agravados Érica Oliveira Silva e Luiz Gustavo Teodoro de Azevedo.

Ocorre que o recorrente não comprovou, cabalmente, ter esgotado todos os


meios para localização dos citados recorridos.

Atente-se que não se deve utilizar o Poder Judiciário para proceder a


localização das partes integrantes da ação, restando a este, porém, caso frustradas
todas as diligências e, devidamente comprovadas nos autos, deferir expedição de
ofícios aos órgãos públicos, o que se fará em busca da efetividade da justiça.

Razões que indefiro o pedido de evento 41.

Intime-se o agravante para, no prazo de 15 (quinze) dias, adotar as


providências necessárias para viabilizar a intimação dos agravados indicados.

Cumpra-se.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em
Assinado por LEOBINO VALENTE CHAVES
Validação pelo código: 10473569017798361, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/PendenciaPublica
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5703239-93.2019.8.09.0000
Goiânia, assinado digitalmente.

DES. LEOBINO VALENTE CHAVES


Relator
LCC

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 09:50:15

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5511822-17.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : MARCELO CAMARGO
POLO PASSIVO : ASSOCIAÇÃO ADMINISTRADORA DO RESIDENCIAL PORTO DO SOL
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MARCELO CAMARGO


ADVG. PARTE : 24092 DF - ANDRE SUCUPIRA MORENO

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Não-Recebimento -> Recurso - Data da
Movimentação 25/11/2020 15:15:07

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5355364-69.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : IVAN JOSE THOMAZI
POLO PASSIVO : DELMINA JOSE PEREIRA DIANA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : IVAN JOSE THOMAZI


ADVG. PARTE : 17125 GO - IVAN JOSÉ THOMAZI

PARTE INTIMADA : DELMINA JOSE PEREIRA DIANA


ADVG. PARTE : 22393 GO - LUCIANO JOSÉ BRAZ DE QUEIROZ

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5355364-69.2020.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5355364-69.2020.8.09.0000

AGRAVANTE: IVAN JOSE THOMAZI

AGRAVADA : DELMINA JOSE PEREIRA DIANA

RELATOR : MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO EM 2º GRAU

DECISÃO MONOCRÁTICA

IVAN JOSÉ THOMAZI interpõe o presente agravo de instrumento contra decisão proferida no
bojo dos autos do incidente de Impugnação ao Benefício da Assistência Judiciária ajuizada por
DELMINA JOSE PEREIRA DIANA em desfavor de CACIO MURILO MATILDE DIANA.

A decisão atacada (ev. 35 dos autos principais) rejeitou o cumprimento de sentença proposto por
IVAN JOSÉ THOMAZI por entender ser inexigível a obrigação de pagamento de honorários
sucumbenciais em incidente de impugnação à gratuidade da justiça.

Em suas razões recursais o Agravante defende, em suma, que "a sentença transitada em julgado

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NR.PROCESSO: 5355364-69.2020.8.09.0000
onde condenava a agravada ao pagamento dos honorários sucumbenciais, não pode ser mais
reformada, mesmo que a súmula citada não permita a condenação imposta, vez que a executada
não conseguiu cassar a sentença em fase de recurso, não podendo a MMa Juíza de primeira
instância cassar sentença transitada em julgado."

Requer seja o presente recurso conhecido e provido para reformar a decisão hostilizada.

Devidamente intimada, a recorrida apresentou suas contrarrazões no evento nº 12 defendendo


preliminarmente a ausência de preparo e, no mérito, rechaça as tese levantadas pugnando pela
manutenção da decisão.

Em despacho proferido no evento nº 14 foi convertido o julgamento do feito em diligência para


determinar ao agravante o recolhimento em dobro do preparo, sob pena de deserção.

Devidamente intimado, o recorrente quedou-se inerte (ev. 18).

É o relatório. Passo à decisão.

Deste modo, convém ressaltar que o caso em tela pode ser apreciado unipessoalmente por esta
Relatoria, uma vez que se enquadrou nas hipóteses descritas no artigo 932, III, do Código de
Processo Civil, na qual autoriza o Julgador não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou
que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida.

Vê-se, pois, que a ausência de regular preparo induz a deserção deste impulso recursal, nos
moldes do retrocitado artigo 1.007, caput do CPC1. Nesse contexto, diversos são os julgados do
STJ e desta Corte de Justiça:

“AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO.


RECURSO. PREPARO. NECESSIDADE. AUSÊNCIA. DESERÇÃO.
PRECEDENTES. (...). 1- O entendimento jurisprudencial desta Corte
Superior é firme no sentido de que o agravo interno é verdadeiro recurso,
modalidade do agravo previsto no art. 496, II, do CPC; e, ainda, que o
artigo 511 do CPC considera deserto os recursos interpostos sem a
devida comprovação do recolhimento do preparo. Precedentes. (…).” (
STJ, AgRg no AREsp 60479/RJ, 3ª Turma, rel. Min. Sidnei Beneti, in
DJe 08/11/2012).

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NR.PROCESSO: 5355364-69.2020.8.09.0000
“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. (...).
APELAÇÃO SEM PREPA-RO. INEXISTÊNCIA DE COMPROVAÇÃO NO
ATO DE INTERPOSIÇÃO DO RECURSO E AUSÊNCIA DE
COMPROVAÇÃO DE JUSTO IMPEDIMENTO. INAPLICABILIDADE DO
ARTIGO 519 DO CPC. DECISÃO MANTIDA. (…). 2. A teor do disposto
no artigo 511, da Lei Adjetiva Civil, o recorrente deve comprovar o
recolhimento do preparo, quando exigido pela legislação pertinente,
inclusive o porte de remessa e retorno. O descumprimento da norma
implica na pena de deserção, que somente pode ser relevada se o
apelante provar justo impedimento (519, CPC).” (STJ, AgRg no Ag
998345/SP, 5ª Turma, rel. Min. Jorge Mussi, DJe 04/08/2008).

“APELAÇÃO CÍVEL. AGRAVO REGIMENTAL. PREPARO. AUSÊNCIA.


A falta de preparo recursal exigido pelo regimento de custas do respectivo
tribunal conduz à deserção do agravo regimental e, consequentemente,
ao seu não conhecimento, por falta de pressupostos objetivo de
admissibilidade (art. 511 do CPC). Agravo regimental não conhecido.” (
TJGO, AgRg na AC nº 72942-88.2011, 3ª Câmara Cível, rel. Juiz
Fernando de Castro Mesquita, in DJ nº 1614, de 26/08/2014).

No caso em debate, verifica-se que ao interpor o recurso de agravo de instrumento a recorrente


formulou o pedido de gratuidade, o que foi devidamente negado (ev. 27).

Nessa linha de raciocínio, embora devidamente oportunizado ao agravante o pagamento do


preparo este assim não procedeu razão pela qual, imperioso se mostra considerar que o presente
recurso é inadmissível em virtude da deserção.

Ao teor do exposto, deixo de conhecer do agravo de instrumento, por ser manifestamente


inadmissível em decorrência da deserção, o que faço por decisão monocrática (art. 932, III, do
CPC/15).

Intime-se. Publique-se.

Goiânia, 24 de novembro de 2020.

MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA

JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO EM 2º GRAU

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NR.PROCESSO: 5355364-69.2020.8.09.0000
RELATOR

1Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação
pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 09:55:25

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5286434-11.2018.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : SIMONE BISPO AZEVEDO
POLO PASSIVO : MAIS PROTEÇÃO - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CONDUTORES E
PROPRIETÁRIOS DE VEÍCULOS AUTOMOTORES TRANSPORTADORES DE CARGA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MAIS PROTEÇÃO - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CONDUTORES E


PROPRIETÁRIOS DE VEÍCULOS AUTOMOTORES TRANSPORTADORES DE CARGA
ADVG. PARTE : 25125 GO - JULIANA TOMAZ DA SILVA FERREIRA

PARTE INTIMADA : SIMONE BISPO AZEVEDO


ADVG. PARTE : 10151 GO - JOSÉ CARLOS DOS REIS

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 25/11/2020 15:17:26

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5518108-12.2018.8.09.0087
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : JOÃO PAULO PEREIRA DA SILVA
POLO PASSIVO : SEGURADORA LIDER DO CONSORCIO DO SEGURO DPVAT S.A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JOÃO PAULO PEREIRA DA SILVA


ADVG. PARTE : 20758 GO - MARCUS VINÍCIUS LUZ FRANCA LIMA

PARTE INTIMADA : SEGURADORA LIDER DO CONSORCIO DO SEGURO DPVAT S.A


ADVG. PARTE : 13721 GO - JACÓ CARLOS SILVA COELHO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5518108-12.2018.8.09.0087
APELAÇÃO CÍVEL Nº 5518108-12.2018.8.09.0087
COMARCA DE ITUMBIARA
APELANTE : JOÃO PAULO PEREIRA DA SILVA
APELADO : SEGURADORA LÍDER DO CONSORCIO DO SEGURO DPVAT S.A
RELATOR : MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA – Juiz de Direito Substituto em 2º Grau

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de APELAÇÃO CÍVEL interposta por JOÃO PAULO PEREIRA DA SILVA, qualificado e
representado, em face da sentença proferida pelo MM. Juiz de Direito da 3ª Vara Cível da
Fazenda Pública Municipal, de Reg. Públ. e Ambiental da Comarca de Itumbiara, Dr. Guilherme
Sarri Carreira, nos autos da ação de cobrança de seguro DPVAT que promovera em desfavor de
SEGURADORA LÍDER DO CONSORCIO DO SEGURO DPVAT S.A.

Denota-se dos autos que, após regular instrução processual, inclusive com realização de perícia
médica, fora proferida a sentença acolhendo, em parte, as pretensões exordiais, de cuja parte
dispositiva extrai-se, in verbis:

“Ante o exposto e nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil, JULGO
PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido inicial para condenar a ré ao pagamento de
indenização R$ 2.362,50 (dois mil trezentos e sessenta e dois reais e cinquenta centavos),
acrescido de correção monetária pelo INPC, a partir da data do acidente (súmula 43 do STJ), e
juros moratórios de 1% ao mês, computados desde a citação, conforme o estipulado pelo artigo
406 do Código Civil e pela súmula 426 do STJ.
Condeno a requerida em custas e honorários advocatícios no valor correspondente a 10% (dez
por cento) sobre o valor da condenação (Súmula 51 do TJGO).
Por conseguinte, intime-se a parte ré para, no prazo de 10 (dez) dias, efetuar do depósito dos
honorários periciais fixados no evento 5.
Comprovado o depósito, expeça-se alvará em favor do perito nomeado nos autos para
levantamento total do valor depositado para custeio da perícia, observando-se a Portaria n.
14/2020 – da Diretoria do Foro da comarca de Itumbiara/GO.
Por fim, insta ressaltar que este juiz está auxiliando nesta vara e vem desempenhando todos
esforços para efetividade e celeridade processual dos feitos, vara esta que conta com elevado
acervo processual (aproximadamente 9 mil processos em tramitação), além de se colocar à
disposição para qualquer esclarecimento, inclusive via email.
P.R.I. e, com o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as cautelas de praxe, sem prejuízo
de seu desarquivamento a pedido da parte interessada.
Cumpra-se." (evento n.40)

Inconformado com a sentença, o autor dela recorre (evento 43), sustentando, após relato dos
fatos, que a sentença deve ser reformada no que se refere ao reconhecimento de sucumbência
recíproca ou mínima, ao entendimento de que o acolhimento de verba indenizatória em montante
inferior ao postulado não dá ensejo à sucumbência recíproca ou mínima, motivo pelo qual a
seguradora deve arcar com a integralidade das verbas sucumbenciais e ao pagamento de
honorários advocatícios do causídico da parte ex adversa.

Enfatiza que o pagamento dos ônus sucumbenciais deve recair sobre a empresa seguradora,
pois o fato de a parte autora, não ter obtido a pretensão exordial, em sua integralidade, no que se
refere ao valor da indenização do seguro DPVAT, não configura sucumbência recíproca e nem
mínima.

Argumenta que, ao arbitrar o valor de cobertura invalidez mesmo que o valor da condenação seja
inferior ao valor da causa, tal arbitramento não gera sucumbência recíproca, pois, como dito

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NR.PROCESSO: 5518108-12.2018.8.09.0087
anteriormente, o pedido da cobertura de invalidez é apenas uma expectativa de direito
dependendo de perícia oficial para adequação do valor que a parte terá Direito, o que deve
obedecer, inclusive, o princípio da causalidade.

Enfatiza que a fixação da verba indenizatória a título de DPVAT em valor inferior ao requerido
não dá ensejo à sucumbência recíproca, tampouco à sucumbência mínima do réu.

Destaca que o direito é essencialmente bom senso e razoabilidade.


Ressalta que havendo condenação judicial, como na hipótese em exame, não há porque se
arbitrar os honorários com fulcro no valor da indenização, qual seja, R$ 2.362,50 (dois mil,
trezentos e sessenta e dois reais e cinquenta centavos). Ou seja, em 10% sobre o valor da
condenação, perfaz a ridícula e estapafúrdia a quantia de R$ 236,25 (duzentos e trinta e seis
reais e vinte e cinco centavos) este é irrisório, sendo, portanto, inapta a remunerar
suficientemente o trabalho desempenhado pelo causídico.

Aduz que os honorários advocatícios foram arbitrados em quantia irrisória, mas merece reforma a
sentença para que sejam fixados os honorários advocatícios em 10% (dez por cento) sobre o
valor atualizado da causa (art. 85, § 8º, do novo CPC), pois este valor atende o grau de zelo do
profissional, o lugar de prestação do serviço, a natureza e importância da causa e o trabalho
realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço (artigo 85, § 2º,do Código de
Processo Civil/2015). Cita decisões sobre o tema em abondo à sua pretensão.
Entende que, o correto no caso em exame, é que os honorários advocatícios sejam fixados de
forma equitativa, vez que não se trata de simplesmente majorar o valor de honorários já
arbitrados na sentença atacada e, sim, de alterar a sua forma de fixação, a fim de adequar a
remuneração do advogado ao trabalho desenvolvido no processo, conforme preceitua o §8º do
art. 85 CPC.
Finaliza, após prequestionar a matéria (artigo 85, e seguintes do CPC), requerendo o
conhecimento e provimento do recurso para reformar a sentença e afastar a sucumbência mínima
da parte autora impondo, de consequência, à seguradora apelada o pagamento integral das
verbas sucumbenciais. Outrossim, requer a fixação dos honorários em 10% (dez por cento),
sobre o valor atualizado da causa, mantendo a decisão recorrida nos demais termos.

A apelada/requerida, intimada, apresentou contrarrazões rechaçando as teses recursais, pugnou


pelo desprovimento do recurso, confirmando-se a sentença hostilizada (evento n. 47).

Éo relatório.

D E C I D O.

Presentes os pressupostos de admissibilidade recursais, conheço da apelação interposta pela


parte autora.

A princípio, cabe anotar que a SÚMULA 51 deste Tribunal sedimentou o entendimento no que se
refere aos encargos sucumbenciais em se tratando de ações de cobrança de seguro DPVAT,
com o seguinte enunciado, in verbis:
“Em ação de cobrança de seguro DPVAT, mesmo que o valor da condenação seja inferior ao
pleiteado na inicial, devem os ônus da sucumbência recair sobre a parte requerida, não havendo
sucumbência recíproca em tal hipótese.”

Nesse contexto, está evidenciado que o entendimento adotado na sentença, ao pronunciar-se


pela sucumbência recíproca das partes demandantes, não se amolda ao enunciado da Súmula
51 deste Tribunal.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5518108-12.2018.8.09.0087
Por oportuno, colaciono julgados deste Tribunal proferidos em casos análogos. Confiram-se:

“Agravo interno em apelação cível. Ação de cobrança de seguro obrigatório de veículos


automotores de via terrestre - DPVAT. I - Ônus sucumbenciais. Distribuição. Impossibilidade.
Conforme a previsão contida na Súmula 51, deste Tribunal de Justiça, em ação de cobrança de
seguro DPVAT, mesmo que o valor da condenação seja inferior ao pleiteado na inicial, devem os
ônus da sucumbência recair sobre a parte requerida, não havendo sucumbência
recíproca/mínima em tal hipótese. II - Honorários advocatícios. Valor. Minoração. Impossibilidade.
Nas ações em que a condenação for valor irrisório, ao fixar os honorários advocatícios, o julgador
deve adotar o critério da apreciação equitativa, com fulcro no § 8º, do art. 85, do CPC. Neste
diapasão, não merece reforma a sentença recorrida, que arbitrou honorários advocatícios
sucumbenciais no montante de R$ 800,00 (oitocentos reais). III - Desprovimento do agravo
interno. Ausência de fato novo. Apresenta-se imperativo o desprovimento do agravo interno que
não traz em suas razões qualquer argumento novo que justifique a modificação da decisão
questionada. Agravo interno conhecido e desprovido.”(TJGO, Apelação (CPC) 5416906-
66.2019.8.09.0051, Rel. CARLOS ALBERTO FRANÇA, 2ª Câmara Cível, julgado em 22/06/2020,
DJe e 22/06/2020).

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA. DPVAT. PARCIAL PROCEDÊNCIA. VALOR


INFERIOR AO PLEITEADO NA INICIAL. SUCUMBÊNCIA DA PARTE DEMANDADA. PRINCÍPIO
DA CAUSALIDADE. SENTENÇA MANTIDA. 1. A procedência parcial do pedido da Ação de
Cobrança do Seguro DPVAT, quanto ao valor da indenização, não configura sucumbência
recíproca, devendo o ônus ser imputado à parte requerida, que resistiu à pretensão da parte
autora. Inteligência do Enunciado 51 da Súmula deste egrégio Tribunal. 2. Nas causas em que o
valor da condenação for ínfimo, impõe-se a fixação dos honorários advocatícios por apreciação
equitativa do Juiz, nos termos do artigo 85, § 8º do CPC. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E
DESPROVIDA.”(TJGO, Apelação (CPC) 5247067-43.2019.8.09.0051, Rel. Ronnie Paes Sandre,
3ª Câmara Cível, julgado em 29/06/2020, DJe de 29/06/2020).

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO OBRIGATÓRIO - DPVAT E DANOS


MORAIS. 1. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. INOCORRÊNCIA. SÚMULA Nº 51 DESTE EG.
TRIBUNAL. 1. Não há se falar em sucumbência recíproca nas ações de cobrança do seguro
DPVAT, em caso de procedência da demanda, ainda que em valor inferior ao postulado,
conforme Súmula nº 51 deste eg. Tribunal. 2. MAJORAÇÃO DOS HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS SUCUMBENCIAIS. Nas causas em que for irrisório o proveito econômico, o Juiz
deve fixar o valor dos honorários sucumbenciais por apreciação equitativa, conf. artigo 85, § 8º,
do CPC, no intuito de remunerar, com dignidade, o Causídico do Apelante/A. In casu, a quantia
de R$ 1.000,00 (um mil reais), remunera, adequadamente, o trabalho dispendido deste. 3.
HONORÁRIOS RECURSAIS. Quanto aos honorários recursais, deixa-se de fixá-los, em razão do
provimento deste, conf. entendimento do colendo STJ, de que só caberá majoração dos
honorários na hipótese de o recurso ser integralmente rejeitado/desprovido ou não conhecido.
APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E PROVIDA. SENTENÇA REFORMADA.”(TJGO, Apelação
(CPC) 5202868-33.2019.8.09.0051, Rel. OLAVO JUNQUEIRA DE ANDRADE, 5ª Câmara Cível,
julgado em 13/04/2020, DJe de 13/04/2020).

Com efeito, resta configurada hipótese de sucumbência mínima da parte autora/apelante,


consoante o enunciado da citada Súmula 51 deste Tribunal e a regra expressa no parágrafo
único, do artigo 86, do CPC/15, eis que fora acolhido o pleito principal alusivo à cobertura
securitária – DPVAT.

Lado outro, e cediço que: “Nas causas em que for inestimável ou irrisório o proveito econômico
ou, ainda, quando o valor da causa for muito baixo, o juiz deverá fixar o valor dos honorários por
apreciação equitativa, observando o disposto no § 8º, do art. 85, do CPC, além do grau de zelo

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NR.PROCESSO: 5518108-12.2018.8.09.0087
do profissional, o lugar de prestação do serviço, a natureza e importância da causa, o trabalho
realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço (§ 2º)” (TJGO, Apelação (CPC)
5498397-32.2018.8.09.0051, Rel. JAIRO FERREIRA JÚNIOR, 6ª Câmara Cível, julgado em
27/06/2020, DJe de 27/06/2020). Portanto, adequada a fixação da verba honorária com base no
citado dispositivo processual.

Contudo, à luz dos preceitos legais e da pauta jurisprudencial o apelo comporta acolhimento tão
somente para que os honorários advocatícios sejam fixados em 10% (dez por cento) sobre o
valor atualizado da causa, vez que este valor atende o grau de zelo do profissional, o lugar de
prestação do serviço, a natureza e importância da causa e o trabalho realizado pelo advogado e o
tempo exigido para o seu serviço (artigo 85, § 2º,do Código de Processo Civil/2015), conforme
requerido.

Por fim, descabida, à espécie, a majoração dos honorários recursais (artigo 85, § 11, do CPC),
considerando o parcial provimento da apelação interposta pelo autor.

Por derradeiro, registro que o artigo 932, inciso V, alínea ‘a’, do CPC/15, autoriza ao relator dar
provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a súmula do Supremo Tribunal Federal,
do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio Tribunal. Portanto, cabível o exame da presente
insurgência recursal por meio de decisão monocrática, eis que o julgamento ora procedido se
ampara no enunciado da Súmula 51 deste Tribunal.

Ante ao exposto, conheço do recurso de apelação e concedo-lhe parcial provimento pela via
monocrática (CPC/15, art. 932, V, ‘a’), tão somente para fixar os honorários advocatícios em 10%
(dez por cento) sobre o valor atualizado da causa, mantendo a sentença recorrida em seus
demais termos.,
Intimem-se.
Cumpra-se.

Goiânia, 23 de novembro de 2020.

Assinado digitalmente conforme Resolução 59/2018 do Órgão Especial.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 25/11/2020


15:39:37

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5325175-11.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : BANCO BMG S/A
POLO PASSIVO : SEBASTIAO VIEIRA DE PAULA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO BMG S/A


ADVG. PARTE : 36537 GO - BREINER RICARDO DINIZ RESENDE MACHADO

PARTE INTIMADA : SEBASTIAO VIEIRA DE PAULA


ADVG. PARTE : 31741 GO - SILVANIO AMELIO MARQUES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5325175-11.2020.8.09.0000
(Gabinete do Desembargador Amaral Wilson de Oliveira)

DESPACHO

Intime-se o banco embargado para oferecer contrarrazões aos embargos de declaração


opostos no ev. 20.

Cumpra-se.

Goiânia, 19 de novembro de 2020.

DR. MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA

Juiz de Direito Substituto em 2º Grau de Jurisdição

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 09:58:21

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5642379-70.2019.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : NIVIA ASSUNÇÃO DE MELO NICOLAU
POLO PASSIVO : MUNICÍPIO DE GOIÂNIA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : NIVIA ASSUNÇÃO DE MELO NICOLAU


ADVG. PARTE : 21846 GO - WESLEY FANTINI DE ABREU

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 25/11/2020


15:40:09

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5331251-97.2017.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : ALDEIRE MARIA DE JESUS
POLO PASSIVO : GRACIMAR TRANSPORTES E TURISMO LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : WALDINEIA VOLTANI DE ABREU - ME


ADVG. PARTE : 166532 SP - GINO AUGUSTO CORBUCCI

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5331251-97.2017.8.09.0051
APELAÇÃO CÍVEL Nº 5331251.97.2017.8.09.0051

COMARCA DE GOIÂNIA

APELANTE: WALDINEIA VOLTANI DE ABREU - ME.

APELADA: ALDEIRE MARIA DE JESUS.

RELATOR: MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA – Juiz de Direito Substituto em 2º Grau

DESPACHO

Compulsados os autos, extrai-se que a parte requerida, WALDINEIA VOLTANI DE ABREU - ME,
interpôs APELAÇÃO CÍVEL (evento nº 97) sem efetuar o preparo recursal.

Desta feita, determino a intimação da parte apelante, na pessoa de seu advogado, para
comprovar ou efetuar o recolhimento do preparo recursal em dobro, no prazo de 5 (cinco) dias,
sob pena de deserção, nos expressos termos do § 4º, do artigo 1.007, do CPC.

Goiânia,

Datado e assinado digitalmente conforme Resolução 59/2016 do Órgão Especial.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 25/11/2020


15:40:23

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5527588-13.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : TONY KLLEPPER DE LIMA
POLO PASSIVO : DENISE DIVINA AMERICO SILVA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : TONY KLLEPPER DE LIMA


ADVG. PARTE : 27211 GO - LUANA SANTOS DE CASTRO MELO

PARTE INTIMADA : VERA LUCIA BORGES


ADVG. PARTE : 27211 GO - LUANA SANTOS DE CASTRO MELO

PARTE INTIMADA : DENISE DIVINA AMERICO SILVA


ADVG. PARTE : 42403 GO - GUILHERME DO AMARAL PEREIRA

PARTE INTIMADA : PAULO CESAR DA SILVA


ADVG. PARTE : 42403 GO - GUILHERME DO AMARAL PEREIRA

PARTE INTIMADA : THAIS POLLYANNA DA SILVA


ADVG. PARTE : 42403 GO - GUILHERME DO AMARAL PEREIRA

PARTE INTIMADA : NICOLE GABRIELLE SILVA


ADVG. PARTE : 42403 GO - GUILHERME DO AMARAL PEREIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5527588-13.2020.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Amaral Wilson de Oliveira

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 5527588-13.2020.8.09.0000

AGRAVANTES: TONY KLLEPPER DE LIMA E VERA LUCIA BORGES

AGRAVADOS: DENISE DIVINA AMERICO SILVA E OUTROS

RELATOR: MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO EM 2º GRAU

DESPACHO

Tendo em vista que não há pedido de concessão de efeito suspensivo e tampouco de


antecipação de tutela recursal, determino a intimação dos recorridos para, caso queiram, no
prazo de 15 (quinze) dias, apresentarem suas contrarrazões.

Cumpra-se.

Goiânia, 20 de novembro de 2020.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5527588-13.2020.8.09.0000
MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA

JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO EM 2º GRAU

RELATOR

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 25/11/2020


15:41:32

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5396086-48.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ADUBOS ARAGUAIA INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.
POLO PASSIVO : CLÁUDIO FERNANDO VAZ
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ADUBOS ARAGUAIA INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.


ADVG. PARTE : 37773 GO - GECIVALDO FERREIRA DE OLIVEIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5396086-48.2020.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5396086-48.2020.8.09.0000

AGRAVANTE: ADUBOS ARAGUAIA INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.

AGRAVADOS: CLÁUDIO FERNANDO VAZ E OUTRO

RELATOR: MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA - JUIZ DE DIREITO EM SUBSTITUIÇÃO NO 2º GRAU

DESPACHO

Tendo em vista que os AR's constantes nos eventos nº 10 e 11 retornaram sem a efetiva
intimação dos recorridos por ser o endereço insuficiente, determino a intimação da agravante
para, no prazo de 05 (cinco) dias, apresentar endereço válido para a intimação dos agravados.

Goiânia, 20 de novembro de 2020.

MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA

JUIZ DE DIREITO EM SUBSTITUIÇÃO NO 2º GRAU

RELATOR

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Não Conhecido o Recurso de Parte - Data da


Movimentação 26/11/2020 20:12:28

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5447516-70.2019.8.09.0001
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : CRISTAL GELO COMERCIO DE BEBIDAS LTDA ME
POLO PASSIVO : ENEL DISTRIBUIÇÃO GOIAS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CRISTAL GELO COMERCIO DE BEBIDAS LTDA ME


ADVG. PARTE : 40119 GO - FABRICIO YURI BORGES

PARTE INTIMADA : ENEL DISTRIBUIÇÃO GOIAS


ADVG. PARTE : 51175 GO - JAYME SOARES DA ROCHA FILHO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5447516-70.2019.8.09.0001
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Leobino Valente Chaves

APELAÇÃO CÍVEL Nº 5447516-70.2019.8.09.0001


COMARCA DE ABADIÂNIA
APELANTE: CRISTAL GELO COMÉRCIO DE BEBIDAS LTDA – ME
APELADA: CELG DISTRIBUIÇÃO S/A – CELG D (ENEL DISTRIBUIÇÃO GOIÁS)
RELATOR: DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE


DÉBITO. INTEMPESTIVIDADE.
Interposto o recurso após expirado o prazo fixado no art. 1.003, § 5º, do
Código de Processo Civil, não pode ser conhecido, por intempestivo.
APELAÇÃO CÍVEL NÃO CONHECIDA.

DECISÃO UNIPESSOAL

Cuida-se de Apelação Cível interposta por CRISTAL GELO COMÉRCIO DE


BEBIDAS LTDA – ME da sentença proferida pela Juíza de Direito da comarca de
Abadiânia, Drª. Rosângela Rodrigues Santos, nos autos da ação Declaratória de
Inexistência e Débito ajuizada em face de CELG DISTRIBUIÇÃO S/A – CELG D
(ENEL DISTRIBUIÇÃO GOIÁS), cuja parte dispositiva ficou assim redigida:

“...Ante o exposto, julgo parcialmente procedentes os pedidos formulados na


inicial, tão somente para reconhecer a ilegalidade da cobrança da dívida em
meio a faturas mensais do consumo de energia elétrica, confirmando a tutela
de urgência concedida por meio da decisão do evento 09, para determinar à
requerida para que se abstenha de interromper o serviço de fornecimento de
energia elétrica à autora por dívida pretérita, sob pena de multa de R$ 1.000,00
(um mil reais) para cada fatura emitida em desacordo com o que restou

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NR.PROCESSO: 5447516-70.2019.8.09.0001
decidido nesta sentença.
Custas processuais pro rata, em razão da sucumbência recíproca, devendo
cada parte arcar com os honorários dos respectivos advogados.”

Em suas razões, a apelante requer o conhecimento e provimento do recurso para


que a sentença hostilizada seja reformada e, consequentemente, julgados
procedentes seus pedidos inaugurais.

Preparo, evento 48 – arquivo 02.

Contrarrazões, evento 50, pelas quais foi apontada, em preliminar, a


intempestividade do recurso.

Isto posto, DECIDO.

De antemão, “... o julgado carece de integração para esclarecer que ‘a


proibição da denominada decisão surpresa, que ofende o princípio previsto
nos arts. 9º e 10 do CPC/2015, ao trazer questão nova, não aventada pelas
partes em juízo, não diz respeito aos requisitos de admissibilidade do
Recurso Especial, já previstos em lei e reiteradamente proclamados por este
Tribunal’ (AgInt no AREsp 1.329.019/RJ, Rel. Ministra Assusete Magalhães,
Segunda Turma, julgado em 02/04/2019, DJe 11/04/2019).(...)”. (STJ, Primeira
Turma, EDcl no AgInt no AgInt no AREsp 1385793/RJ, Rel. Min. Gurgel de Faria,
DJ de 29/09/2020).

A matéria em exame é passível de análise unipessoal, consideradas as


circunstâncias, na forma do artigo 932 do CPC.

Em atenção aos pressupostos de admissibilidade recursal, vê-se que, embora a


presente Apelação Cível seja própria para atacar sentença (art. 1.009), não está,
contudo, tempestiva, posto que, segundo a exegese do § 5º do art. 1.003 do CPC,
o prazo para interpor recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) dias, assim
computados em dias úteis, como previsto no art. 219 da mesma Norma.

A sentença de evento 44 restou publicada na data de 15/04/2020, por meio do


Diário de Justiça Eletrônico; entretanto, em razão da pandemia que se vive, o
Excelentíssimo Presidente deste Tribunal de Justiça firmou o Decreto nº 632/2020,
pelo qual suspendeu os prazos processuais a partir do dia 19/03/2020.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5447516-70.2019.8.09.0001
Após a Resolução nº 314/2020 do Conselho Nacional de Justiça, que estabeleceu
medidas para uniformizar o funcionamento dos serviços judiciários, foi expedido, no
âmbito do TJGO, o Decreto nº 866/2020, retomando os prazos a partir do dia
04/05/2020:

“Art. 3º Os processos judiciais e administrativos em todos os graus de


jurisdição, que tramitem em meio eletrônico, terão os prazos processuais
retomados, sem qualquer tipo de escalonamento, a partir do dia 04 de maio de
2020, sendo vedada a designação de atos presenciais.”

Nessa perspectiva, considerando a data de retomada da fluência, o prazo iniciou


em 04/05/2020 (segunda-feira) e findou em 22/05/2020 (sexta-feira).

Ocorre que o recurso manejado foi protocolizado somente em 25/05/2020


(segunda-feira), após o término do prazo legal estabelecido no art. 1.003, § 5º do
CPC.

Assim, considerando que a tempestividade constitui pressuposto objetivo de


admissibilidade, o recurso não deve ser conhecido.

A propósito:

“...Quanto à tempestividade do recurso, o que define a aplicação do CPC de


2015 é a data de intimação do decisum recorrido, que, no presente caso,
ocorreu na vigência do novo código.
Nos termos do Enunciado Administrativo n. 3 do STJ, ‘aos recursos
interpostos com fundamento no CPC/2015 (relativos a decisões publicadas a
partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os requisitos de
admissibilidade recursal na forma do novo CPC’, em observância ao princípio
do tempus regit actum, ou seja, ao presente caso aplicam-se as regras do
CPC de 2015.
Veja-se que houve a disponibilização da decisão do acórdão recorrido em
1º/4/2020, considerando-se publicada em 2/4/2020 (fl. 1327). Em razão da
pandemia relativa à COVID-19, os prazos processuais foram suspensos no
período de 19/3/2020 a 30/4/2020, conforme Resolução do CNJ n. 313, de 19 de
março de 2020, voltando a fluir o prazo, para os processos eletrônicos, em
4/5/2020. Assim, inicia-se a contagem no dia 4/5/2020, finalizando-se no dia
22/5/2020.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5447516-70.2019.8.09.0001
Dessa forma, o prazo recursal de 15 (quinze) dias úteis, nos termos art. 994,
VI, c/c os arts. 1.003, § 5º, 1.029, e 219, caput, todos do Código de Processo
Civil, terminou no dia 22/5/2020, sendo que o recurso especial foi interposto
somente em 25/5/2020, fora do prazo.
Registre-se que, com a novel legislação processual, nos termos do art. 219, ‘
na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-
ão somente os dias úteis’.
Por sua vez, nos termos do art. 216 do CPC, ‘Além dos declarados em lei, são
feriados, para efeito forense, os sábados, os domingos e os dias em que não
haja expediente forense’.
Conclui-se, portanto, que para fins de contagem dos prazos processuais,
somente serão considerados os dias da semana (de segunda a sexta-feira),
desde que não sejam feriados e desde que tenha havido expediente forense.
Assim, de outra forma, se durante a semana houver algum dia que seja
feriado ou que não tenha havido expediente forense, ele se torna um dia ‘não-
útil’, para fins de contagem de prazo processual, sendo excluído da
respectiva contagem, se devidamente comprovado.
Ocorrendo feriado local na capital, ou qualquer outra intercorrência que
acarrete a suspensão do expediente forense, deve a parte providenciar, no ato
da interposição do recurso, a comprovação por meio de documento idôneo,
conforme determina o § 6º do art. 1.003 do CPC e a jurisprudência desta
Corte, caso contrário, os dias serão considerados úteis para todos os efeitos.
No caso, a resolução n.º 313/2020 do CNJ apenas suspendeu o curso dos
prazos processuais no período de 19/03 a 30/04/2020, mas não a prática dos
atos.
Assim, conforme previsto no art. 212 c/c art. 216 do CPC, como os atos
poderão ser realizados em qualquer dia útil, não há impedimento para a
realização da publicação e/ou intimação no período da suspensão dos prazos
estabelecidos pela resolução...”. (STJ, EDcl no AREsp 1754772, Rel. Min.
Humberto Martins, DJ de 20/11/2020).

“DUPLA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA. SERVIDOR PÚBLICO.


GUARDA CIVIL MUNICIPAL. PRIMEIRO APELO. INADMISSIBILIDADE.
INTEMPESTIVO. SEGUNDO APELO. (...) 1. As intimações publicadas durante a
suspensão dos prazos, em razão da pandemia pelo COVID-19, são regulares e
válidas, visto que suspende-se apenas a prática de atos dos procuradores
das partes, e não os atos do Poder Judiciário, motivo pelo qual inicia-se o
prazo processual no primeiro dia útil após o fim do sobrestamento, in casu,
dia 04 de maio de 2020 (segunda-feira). 2. Interposto o recurso fora do prazo
legal, o seu não conhecimento é a medida que se impõe. Primeiro apelo não
conhecido. 3(...).” (TJGO, 5ª Câmara Cível, AC 5483570-98.2019.8.09.0174, Rel.
Des. Guilherme Gutemberg Isac Pinto, DJ de 15/09/2020).

Ante o exposto, nos termos do art. 932 do CPC, não conheço do Apelo em razão da

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5447516-70.2019.8.09.0001
sua intempestividade.

Intimem-se.

Goiânia, documento assinado nesta data.

DES. LEOBINO VALENTE CHAVES


Relator
LMW

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 10:08:31

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5248571-09.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ROBERTO ALONSO SOARES
POLO PASSIVO : BANCO ITAU S/A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ROBERTO ALONSO SOARES


ADVG. PARTE : 31195 GO - TIAGO FONSECA CUNHA

PARTE INTIMADA : BANCO ITAU S/A


ADVG. PARTE : 30436 GO - CRISTIANE BELINATI GARCIA LOPES

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 10:12:46

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5403481-40.2017.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : JOÃO BATISTA GOMES DOS SANTOS
POLO PASSIVO : BELA GOIÂNIA EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JOÃO BATISTA GOMES DOS SANTOS


ADVGS. PARTE : 26210 GO - HUMBERTO PÉRICLES RODRIGUES ROCHA
28500 GO - ROGÉRIO RODRIGUES ROCHA

PARTE INTIMADA : BELA GOIÂNIA EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA


ADVGS. PARTE : 20630 GO - SIDARTA STACIARINI ROCHA
29226 GO - MURILLO DE FARIA FERRO

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 20/10/2020


22:32:51

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0254620-12.2015.8.09.0006
CLASSE PROCESSUAL : Usucapião ( CPC, art. 941 e L.6.969/81 - 5º )
POLO ATIVO : JUAREZ ANTONIO BARONI
POLO PASSIVO : VALTAIR ROSA DE JESUS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : LUIZ ANTONIO DE CARVALHO


ADVG. PARTE : 35612 GO - HERMANY ROCHA DE OLIVEIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 0254620-12.2015.8.09.0006
ESTADO DE GOIÁS

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

2ª CÂMARA CÍVEL

GABINETE DO DESEMBARGADOR JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0254620-12.2015.8.09.0006

AGRAVO INTERNO

Órgão : 2ª CÂMARA CÍVEL

Comarca : ANÁPOLIS

Apelantes : JUAREZ ANTÔNIO BARONI e ELAINE CRISTINA OLIVEIRA ALVES BARONI

Apelados : LAURINDO ROSA DE JESUS, ROMILDA SILVA DE JESUS, VALTAIR ROSA DE


JESUS, NAZIRA ROSA DE CARVALHO, LUIZ ANTÔNIO DE CARVALHO, CARMO MIRANDA
RIBEIRO e NEILA MARIA CARNEIRO RIBEIRO

Relator : DES. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

DESPACHO

Atento ao disposto no § 2º do artigo 1.021 do Código de Processo Civil, intime-se os


apelados LAURINDO ROSA DE JESUS, ROMILDA SILVA DE JESUS, VALTAIR ROSA DE
JESUS, NAZIRA ROSA DE CARVALHO, LUIZ ANTÔNIO DE CARVALHO, CARMO MIRANDA
RIBEIRO e NEILA MARIA CARNEIRO RIBEIRO para, caso queiram, manifestar-se sobre o

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 0254620-12.2015.8.09.0006
presente agravo interno, no prazo de 15 (quinze) dias.

Cumpra-se.

Goiânia, datado e assinado eletronicamente.

Desembargador JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 25/11/2020 15:59:49

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5404186-89.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S/A
POLO PASSIVO : DIVINO FERNANDES
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S/A


ADVGS. PARTE : 39529 GO - ANTONIO SAMUEL DA SILVEIRA
343791 SP - LENIN EDSON DE CAMARGO RODRIGUES

PARTE INTIMADA : DIVINO FERNANDES


ADVG. PARTE : 30669 GO - JOSSERRAND MASSIMO VOLPON

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5404186-89.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador José Carlos de Oliveira

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5404186-89.2020.8.09.0000

2ª CÂMARA CÍVEL

AGRAVANTE : BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S/A

AGRAVADO : DIVINO FERNANDES

RELATOR : DESEMBARGADOR JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO.


VEÍCULO APREENDIDO. PURGAÇÃO DA MORA EFETIVADA. DECISÃO
QUE DETERMINOU A RESTITUIÇÃO DO BEM SEM ÔNUS NO PRAZO
DE 05 (CINCO) DIAS, SOB PENA DE IMPOSIÇÃO DE MULTA. ORDEM
JUDICIAL DEVIDAMENTE CUMPRIDA. PRÁTICA DE ATO
INCOMPATÍVEL COM A VONTADE DE RECORRER. CAUSA
DETERMINANTE DA INSURGÊNCIA RECURSAL CESSADA. PERDA DO
OBJETO. AGRAVO PREJUDICADO, NOS MOLDES DO ARTIGO 932,
INCISO III, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, E DO ARTIGO 195, DO
REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE GOIÁS.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de agravo de instrumento interposto pelo BANCO BRADESCO


FINANCIAMENTOS S/A, contra a decisão vista no evento nº 14, p. 97/988, dos autos de origem,
da lavra da excelentíssima Juíza de Direito da 3ª Vara Cível da comarca de Aparecida de
Goiânia/GO, Drª Viviane Atallah, figurando como agravado DIVINO FERNANDES, igualmente
individualizado nos autos.

Cuida a demanda originária de ação de busca e apreensão ajuizada pelo BANCO

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NR.PROCESSO: 5404186-89.2020.8.09.0000
BRADESCO FINANCIAMENTOS S/A em face de DIVINO FERNANDES, com o objetivo de
reaver o veículo objeto do contrato de financiamento nº 0124157805, gravado com cláusula de
alienação fiduciária, sob o argumento de que o réu estava inadimplente com as parcelas
avençadas.

O réu efetuou o pagamento da integralidade da dívida conforme noticiado no evento nº


12, p. 55/56, dos autos de origem. Na confluência, a magistrada singular proferiu o seguinte
decisum (evento nº 14, p. 97/98, dos autos de origem), in verbis:

DECLARO a purgação da mora pela ré visto que se deu no prazo legal e segundo o valor
indicado na inicial, devendo o autor, por isso, restituir o veículo à parte ré2 ou ao seu
procurador na ação.

FIXO o prazo de 5 dias para a restituição do veículo sob pena multa-diária no valor
deR$1.000,00 (hum mil reais), no limite de R$50.000,003, e igual prazo para o autor
manifestar-se sobre a petição retro.

DEFIRO, ao autor, o levantamento do valor depositado para purgação da mora, desde que
comprovada nos autos a restituição do veículo à parte ré.

AUTORIZO a imediata baixa da restrição do veículo pelo RENAJUD.

Posto isto, determino:

a) intimem-se as partes, pelo DJ;

b) proceda-se a baixa da restrição judicial no RENAJUD;

c) comprovada a restituição do veículo, expeça-se alvará de levantamento em prol do autor;

d) em seguida, à conclusão para sentença.

Em suas razões recursais (evento nº 01, p. 02/10), o BANCO BRADESCO


FINANCIAMENTOS S/A afirma que a determinação de restituir o bem livre de ônus fere preceitos
legais e contratuais.

Entende que não pode haver imposição de multa por atraso na devolução do automóvel
e que não há proporcionalidade na estipulação do valor máximo para a sanção acumulada em R$
50.000,00 (cinquenta mil reais).

Aduz que a ausência de residência da instituição financeira é apta a afastar a


possibilidade de imposição de multa.

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NR.PROCESSO: 5404186-89.2020.8.09.0000
Pleiteia a atribuição de eficácia suspensiva ao recurso e, no mérito, seu provimento, a
fim de que seja reformada a decisão objurgada.

A comprovação do recolhimento do preparo recursal é vista no evento nº 01, p. 31/33.

O pedido de atribuição de eficácia suspensiva ao recurso foi indeferido, conforme visto


no evento nº 05, p. 37/40.

Regularmente intimada, a parte recorrida apresentou contrarrazões ao recurso,


pugnando pelo seu desprovimento (evento nº 13, p. 48/51).

No evento nº 15, p. 53/54, a instituição bancária agravante afirma que o veículo


apreendido foi restituído ao réu/agravado em 17 de agosto de 2020.

É, em síntese, o relatório. Decido.

Conquanto presentes os pressupostos de admissibilidade recursal, observo a


ocorrência de fato processual superveniente apto a ensejar a prejudicialidade do presente agravo
de instrumento, consoante dispõe o artigo 932, inciso III, da Lei Adjetiva Civil.

É que, consoante as informações constantes dos autos (evento nº 15, p. 53/54), o


comando judicial objurgado foi integralmente cumprido pela instituição bancária agravante, de
forma que não há azo a aplicação de multa por descumprimento do decisum.

Verifico, assim, que está cessada a causa determinante da insurgência do recorrente,


sendo imperioso reconhecer que o recurso manejado encontra-se prejudicado.

Tem-se que o caso se enquadra na hipótese do art. 195 do Regimento Interno desta
egrégia Corte. Confira-se, ad litteram:

Art. 195. Julgar-se-á prejudicada a pretensão quando houver cessado sua causa determinante
ou já tiver sido plenamente alcançada em outra via, judicial ou não.

Parágrafo único. A pretensão será julgada sem objeto, se este houver desaparecido ou

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NR.PROCESSO: 5404186-89.2020.8.09.0000
perecido.

Nessa quadra exegética, prelecionam os eméritos processualistas Nelson Nery Júnior e


Rosa Maria de Andrade Nery, verbo ad verbum:

Recurso prejudicado. É aquele que perdeu seu objeto. Ocorrendo a perda do objeto, há falta
superveniente de interesse recursal, impondo-se o não conhecimento do recurso. Assim, ao
relator cabe julgar inadmissível o recurso por falta de interesse, ou seja, julgá-lo prejudicado. (
in Código de Processo Civil Comentado e Legislação Extravagante. 13ª ed. rev. atual. ampl.
São Paulo: Revista dos Tribunais, 2013, p. 1146)

No mesmo sentido, são os ensinamentos dos juristas Luiz Guilherme Marinoni e Daniel
Mitidiero, in litteris:

(...) recurso prejudicado é recurso no qual a parte já não tem interesse processual, haja vista a
perda de seu objeto – enquadrando-se, portanto, no caso de manifesta inadmissibilidade. (in
Código de Processo Civil Comentando artigo por artigo, 3ª ed., São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2011, p. 600)

Ademais, há que se salientar que o integral cumprimento da decisão objurgada, sem


nenhuma ressalva atrai a aplicação do artigo 1.000, caput, e parágrafo único, do Código de
Processo Civil:

Art. 1.000. A parte que aceitar expressa ou tacitamente a decisão não poderá recorrer.

Parágrafo único. Considera-se aceitação tácita a prática, sem nenhuma reserva, de ato
incompatível com a vontade de recorrer.

Assim, não subsiste razão para o respectivo reexame recursal, sendo a decretação de
prejudicialidade do agravo medida impositiva, ao teor do que dispõe o artigo 932, inciso III, do
Código de Processo Civil, verbo pro verbo:

Art. 932. Incumbe ao relator:

I - (...)

III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado
especificamente os fundamentos da decisão recorrida;

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NR.PROCESSO: 5404186-89.2020.8.09.0000
AO TEOR DO EXPOSTO, nos moldes do artigo 932, inciso III, do Código de Processo
Civil c/c o artigo 195 do Regimento Interno do Tribunal de Justiça de Goiás, JULGO
PREJUDICADO o presente agravo de instrumento.

Intimem-se.

Transitado em julgado, proceda-se a baixa de minha relatoria no Sistema de Processo


Digital, arquivando-se os autos.

Goiânia, datado e assinado digitalmente.

Desembargador JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

Relator

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 25/11/2020 16:16:12

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5566692-12.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : KASSIA MARA DE SOUZA
POLO PASSIVO : ASSOCIAÇÃO GOIANA DE ENSINO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ASSOCIAÇÃO GOIANA DE ENSINO


ADVGS. PARTE : 52960 GO - SAMUEL DE PAIVA AMARAL
53596 GO - SAMUEL VANDERLEI LIMA DOS SANTOS
43463 GO - CLAUDIO CEZAR DE SA JUNIOR

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5566692-12.2020.8.09.0000
ESTADO DE GOIÁS

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

2ª CÂMARA CÍVEL

GABINETE DO DESEMBARGADOR JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5566692-12.2020.8.09.0000

COMARCA DE GOIÂNIA

2ª CÂMARA CÍVEL

AGRAVANTE : KASSIA MARA DE SOUZA

AGRAVADA : ASSOCIAÇÃO GOIANA DE ENSINO

RELATOR : Desembargador JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

DECISÃO PRELIMINAR

Trata-se de agravo de instrumento, com pedido de efeito suspensivo, interposto por KASSIA MARA DE SOUZA
contra decisão proferida pelo Juiz de Direito da 30ª Vara Cível da comarca de Goiânia, William Costa Mello, nos autos da ação de
execução de título extrajudicial proposta pela agravada ASSOCIAÇÃO GOIANA DE ENSINO.

A decisão agravada foi prolatada nos seguintes termos (evento nº 58 dos autos de origem):

A parte autora requereu a expedição de ofício ao órgão de proteção ao crédito, qual seja, o SERASA e SPC,
para a inclusão do nome do demandado.

Pois bem.

Ao examinar os autos, verifico que a requerente fez a prova da necessidade da expedição de ofício ao
SERASA para a inclusão do nome do réu pelo valor do débito atualizado discutido na presente ação, e
conforme redação do §3º, do art. 782 do Código de Processo Civil, a requerimento da parte, o juiz pode
determinar a inclusão do nome do executado em cadastro de inadimplentes.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5566692-12.2020.8.09.0000
Destarte, tendo em vista que o sistema SERASAJUD encontra-se suspenso junto ao CENOPES, expeça-
se a escrivania ofício ao SERASA e SPC para a inclusão do nome do Requerido (os)(a)(as), conforme
solicitado.

Custas de postagem a cargo da parte solicitante.

Após, manifeste-se o requerente no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de extinção.

Intimem-se. Cumpra-se.

Irresignada, a agravante interpõe o presente recurso pleiteando, após breve relato dos fatos, seja reformada a
decisão atacada, a fim de indeferir o pedido de inclusão do nome da devedora em cadastros de inadimplentes.

Discorre que, nada obstante o comando do artigo 782, § 3º, Código de Processo Civil, a decisão recorrida violou o
artigo 43, § 1º do Código de Defesa do Consumidor e a Súmula 323 do Superior Tribunal de Justiça, posto que a dívida reclamada
pela parte agravada apresenta mais de 05 (cinco) anos de constituição.

Pugna pela concessão de efeito suspensivo nesta instância recursal, nos termos do artigo 1.019, inciso I do Diploma
Processual Civil, diante da presença dos requisitos legais.

Por fim, requer seja dado provimento ao recurso nos termos das razões lançadas.

Dispensado de preparo por disposição legal.

É, em síntese, o relatório. Passo a decidir.

Pois bem. Convém ressaltar que o exame da matéria em sede de liminar deve ser feita em cognição sumária e, por
isso, as ponderações concernentes à exposição realizada pela parte agravante só serão analisadas quando do julgamento do
mérito do presente recurso.

Já a concessão do efeito suspensivo ou da antecipação dos efeitos da tutela recursal se faz possível no curso do
agravo de instrumento, em razão da previsão contida no artigo 1.019, inciso I do Código de Processo Civil. Nesta senda, o
deferimento do pleito fica condicionado ao preenchimento dos requisitos presentes no artigo 995 do mesmo diploma legal.

Noutras palavras, para que haja o deferimento da liminar é necessária a existência do dano em potencial, traduzido
pelo risco que corre o processo principal de não ser útil ao interesse demonstrado pela parte e a plausibilidade do direito
substancial invocado.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5566692-12.2020.8.09.0000
Os requisitos devem ser demonstrados de plano, de forma inequívoca, de maneira que o julgador não tenha dúvidas
quanto à necessidade de sua concessão.

Nesse contexto fático-jurídico, verifica-se, após análise perfunctória da questão posta sub judice, a presença dos
requisitos ensejadores da súplica formulada initio litis, para a concessão do efeito suspensivo recursal, uma vez que, salvo melhor
juízo, apresentam-se plausíveis os argumentos invocados, sobretudo pela possibilidade de violação do artigo 43, §1º do CDC e
Súmula nº 323 do STJ, o que poderá ocasionar perigo de dano irreparável ou de difícil reparação, diante da iminente inscrição do
nome da executada em órgãos restritivos de crédito.

Assim considerando, DEFIRO o pleito liminar, a fim de suspender os efeitos da decisão recorrida até o julgamento de
mérito do presente recurso.

Dê-se ciência desta decisão ao juiz a quo (artigo 1.019, inciso I do CPC).

Intime-se a parte agravada para, caso queira, apresentar contrarrazões ao recurso, no prazo legal (artigo 1.019,
inciso II do CPC).

Cumpra-se.

Goiânia, datado e assinado digitalmente.

Desembargador JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 25/11/2020 16:17:22

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5511847-30.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : EXPRESSO SÃO JOSÉ DO TOCANTINS LTDA.
POLO PASSIVO : SIRLENE SALVIANA DE JESUS FERREIRA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : EXPRESSO SÃO JOSÉ DO TOCANTINS LTDA.


ADVG. PARTE : 43306 GO - YARA SANTOS SILVA

PARTE INTIMADA : SIRLENE SALVIANA DE JESUS FERREIRA


ADVG. PARTE : 27626 GO - TARCISIO BONFIM RIBEIRO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5511847-30.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador José Carlos de Oliveira

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5511847-30.2020.8.09.0000

2ª CÂMARA CÍVEL

AGRAVANTE : EXPRESSO SÃO JOSÉ DO TOCANTINS LTDA

AGRAVADA : SIRLENE SALVIANA DE JESUS FERREIRA

RELATOR : DESEMBARGADOR JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

DECISÃO

Trata-se de recurso de agravo de instrumento interposto por EXPRESSO SÃO JOSÉ DO


TOCANTINS LTDA, regularmente qualificado e representado nos autos, em face da decisão
interlocutória prolatada pelo MM. Juiz de Direito da 1ª Vara Cível da Comarca de Anicuns/GO, Dr.
Liciomar Fernandes da Silva, que homologou os cálculos apresentados pela Contadoria Judicial,
figurando como agravada SIRLENE SALVIANA DE JESUS FERREIRA, igualmente
individualizada no feito.

A decisão recorrida ficou assim consignada (evento nº 42 – 199402-60):

Isto posto, pelas razões acima expostas, HOMOLOGO os cálculos de do evento


n° 03, arquivo 78, porquanto elaborados sem nenhum equívoco.

Outrossim, determino que expeça alvará judicial para levantamento de valores


que encontra-se depositado na conta judicial, em favor do advogado da
exequente Dr. TARCÍSIO BONFIM RIBEIRO, CPF 000.354.641-19., no valor de R$
139.255.69 e seus acréscimos, mediante transferência, BANCO DO BRASIL,
Agência 0557-6, Conta Poupança 18.227-3, Variação 051, nos termos do
Provimento n° 35 da Corregedoria-Geral da Justiça do Estado de Goiás.

Após, determino à escrivania processante que intime a parte autora para


impulsionar o feito, formulando pedido objetivo, no prazo de 5 (cinco) dias.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5511847-30.2020.8.09.0000
Intime-se. Cumpra-se.

Anicuns/GO, datado(a) e assinado(a) eletronicamente

Liciomar Fernandes da Silva

JUIZ DE DIREITO

Em suas razões recursais (evento 01), o AGRAVANTE susta que os cálculos homologados
pelo Juízo estão incorretos, uma vez que aplicou juros e correção monetária após a
realização da penhora.

Verbera que a aplicação dos consectários legais após a realização da penhora contraria o
entendimento do Superior Tribunal de Justiça.

Açoita que a liberação de todo o valor penhorado poderá lhe causar grave dano e de difícil
reparação, pontuando, para tanto, que o alegado excesso perfaz a quantia de R$ 276.260,72
(duzentos e setenta e seis mil, duzentos e sessenta reais e setenta e dois centavos).

Ancorado nessas razões, requer a concessão do efeito suspensivo e, no mérito, requer a


reforma da decisão agravada.

O preparo recursal está regular.

É o relatório.

Decido sobre o pedido de liminar.

Em juízo provisório, verifico que os requisitos de admissibilidade do recurso estão


presentes, motivo por que dele conheço.

A concessão do efeito suspensivo ou o deferimento da antecipação de tutela recursal são


possíveis no curso do agravo de instrumento, em razão da previsão contida no artigo 932, inciso
II, combinado com o artigo 1.019, inciso I, ambos do Código de Processo Civil:

Art. 932. Incumbe ao relator:

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5511847-30.2020.8.09.0000
(…)

II. apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência
originária do tribunal;

(…)

Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente,


se não for o caso de aplicação do art. 932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5
(cinco) dias:

I. poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total


ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão;

Nesta senda, o deferimento do efeito suspensivo fica condicionado ao preenchimento dos


requisitos arrolados no artigo 995, parágrafo único, do Código de Processo Civil:

Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou
decisão judicial em sentido diverso.

Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do
relator, se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil
ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do
recurso.

A propósito:

É antiga a técnica da concessão ope iudicis do efeito suspensivo. No texto


originário do CPC de 1973, o regime limitava-se ao agravo de instrumento e aos
casos taxativamente contemplados em disposição legal específica. (…)

O incremento e a generalização do expediente nos recursos de agravo de


instrumento e de apelação ocorreram a partir da introdução da figura da
antecipação de tutela, atualmente tutela provisória antecipada. Realmente, a
possibilidade de antecipar os efeitos do pedido, na abertura do processo, tornou
o efeito suspensivo obrigatório e genérico da apelação incongruente com o
sistema, impedindo o órgão judiciário de antecipar tais efeitos na própria
sentença, sem embargo de dispor, ao julgar a causa, de elementos de convicção
ainda mais fortes do que naquela outra situação. O problema recebeu solução
paulatina: em primeiro lugar, previu-se o efeito ope iudicis no agravo e na
apelação, em termos mais elásticos e consentâneos à realidade; em seguida,
retirou-se o efeito suspensivo da apelação no capítulo que “confirmar a
antecipação dos efeitos da tutela”, interpretando-se o verbo “confirmar” no mais

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NR.PROCESSO: 5511847-30.2020.8.09.0000
amplo sentido. (…) As mudanças legislativas emprestaram renovado vigor ao
efeito suspensivo ope iudicis, mas a generalização é fruto da inversão
preconizada no art. 995, caput, tornando a eficácia imediata do pronunciamento a
regra, a inibição dos seus efeitos próprios, ope legisou ope iudicis, a exceção,
sendo o primeiro caso isolado à apelação (art. 1.012, caput). (in ASSIS, Araken de.
Manual dos recursos, 1ª ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016).

Forte nesse arcabouço técnico, em um juízo de cognição não exauriente, tenho que o
agravante não logrou comprovar a presença simultânea desses requisitos.

Na situação vertente, apesar do litigioso contexto fático descrito na peça recursal, não há
elementos suficientes para, em cognição sumária, evidenciar o fumus boni iuris, pois, ao
que tudo indica, os cálculos apresentados pela Contadoria Judicial (evento nº 03, arquivo
nº 78) estão corretos, tendo, inclusive, sido refeitos.

Pontua-se que a alegação de excesso já foi objeto de manifestação da Contadoria Judicial


(evento nº 32), oportunidade em que o contador ratificou os cálculos outrora
confeccionados.

Demais disso, à vista do periculum in mora, entendo que o rápido trâmite do agravo de
instrumento mitiga eventuais prejuízos que qualquer das partes tenha que suportar durante seu
processamento.

Ademais, no caso dos autos, a complexidade da causa exige um maior amadurecimento da


cognição judicial, sendo prudente que resolução da vexata quaestio se dê após o crivo do
contraditório e da ampla defesa, momento em que se terá melhores elementos decisórios,
possibilitando, dessa forma, um maior amadurecimento da questão.

AO TEOR DO EXPOSTO, INDEFIRO o pedido de concessão de efeito suspensivo ao


presente agravo de instrumento.

Dê-se ciência desta decisão ao juízo a quo, prolator do decisum recorrido, na forma do inciso I, do
artigo 1.019, do Código de Processo Civil.

Intime-se a parte agravada para, querendo, apresentar resposta no prazo legal, sendo lhe
facultado juntar a documentação que entender necessária ao julgamento do recurso, nos
termos do inciso II do art. 1.019 do Estatuto Processual Civil.

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NR.PROCESSO: 5511847-30.2020.8.09.0000
Intimem-se. Cumpra-se.

Goiânia, datado pelo sistema.

Desembargador JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 10:26:38

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0152773-31.2012.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Tutela Cautelar Antecedente
POLO ATIVO : GILBERTO CAETANO DE SOUZA
POLO PASSIVO : MUNICIPIO DE GOIANIA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : GILBERTO CAETANO DE SOUZA


ADVGS. PARTE : 22992 GO - NARA RUBIA GONÇALVES ARAGÃO
26534 GO - PAULO HENRIQUE GOMES MARQUES
34825 GO - DALLYLA CAETANO DE SOUZA SILVA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 25/11/2020 16:19:23

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5571360-26.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : RIVEL ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS LTDA
POLO PASSIVO : RENATO BORGES DA SILVA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : RIVEL ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS LTDA


ADVGS. PARTE : 33824 PR - JEFFERSON MASSAHARU ARAKI
48300 GO - CAROLINE PIRES MACIEL
37506 GO - MARDONE AMADOR VIEIRA JUNIOR

PARTE INTIMADA : RENATO BORGES DA SILVA


ADVGS. PARTE : 32987 GO - FELIPE DE CASTRO NAVES PEIXOTO
37506 GO - MARDONE AMADOR VIEIRA JUNIOR
32840 GO - SANTIAGO SAMPAIO LOPES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5571360-26.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador José Carlos de Oliveira

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5571360-26.2020.8.09.0000

2ª CÂMARA CÍVEL

AGRAVANTE : RIVEL ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS LTDA

AGRAVADA : RENATO BORGES DA SILVA

RELATOR : DESEMBARGADOR JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

DECISÃO

Trata-se de recurso de agravo de instrumento interposto por RIVEL ADMINISTRADORA DE


CONSORCIOS LTDA, regularmente qualificada e representada nos autos, em face da
decisão interlocutória prolatada pelo MM. Juiz de Direito da 1ª Vara Cível da Comarca de
Itumbiara/GO, Dr. Sílvio Jacinto Pereira, figurando como agravada SIRLENE SALVIANA DE
JESUS FERREIRA, igualmente individualizada no feito.

A decisão recorrida ficou assim consignada (evento nº 29):

Indefiro o pedido vindo à mov.26, uma vez que os veículos já possuem restrição
administrativa de alienação fiduciária, sendo possível apenas a penhora dos
direitos creditícios.

Assim sendo, intime-se a parte Exequente para, em 15 (quinze) dias, indicar


outros bens passíveis de penhora e informar se possui interesse na penhora dos
direitos creditícios, caso em que deverá informar o valor do crédito da parte
Executada, já que é a credora fiduciária.

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NR.PROCESSO: 5571360-26.2020.8.09.0000
Advirto a parte Exequente que não será admitida a mera repetição das diligências
já realizadas com o objetivo de encontrar bens passíveis de penhora.

Oportunamente, conclusos.

Cumpra-se.

Itumbiara/GO, 26 de outubro de 2020.

Em suas razões recursais (evento 01), a AGRAVANTE sustenta que na execução de crédito
com garantia real, a penhora recairá sobre a coisa dada em garantia, em conformidade com
o que estabelece o § 3º do art. 835 do CPC. Por essa razão, não subsistira motivos para o
indeferimento da penhora sobre os veículos, vez que a mesma recairía sobre os bens
dados em garantia ao contrato de consórcio.

Ancorado nessas razões, requer a concessão do efeito suspensivo e, no mérito, requer a


reforma da decisão agravada.

O preparo recursal está regular.

É o relatório.

Decido sobre o pedido de liminar.

Em juízo provisório, verifico que os requisitos de admissibilidade do recurso estão


presentes, motivo por que dele conheço.

A concessão do efeito suspensivo ou o deferimento da antecipação de tutela recursal são


possíveis no curso do agravo de instrumento, em razão da previsão contida no artigo 932, inciso
II, combinado com o artigo 1.019, inciso I, ambos do Código de Processo Civil:

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NR.PROCESSO: 5571360-26.2020.8.09.0000
Art. 932. Incumbe ao relator:

(…)

II. apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência
originária do tribunal;

(…)

Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente,


se não for o caso de aplicação do art. 932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5
(cinco) dias:

I. poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total


ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão;

Nesta senda, o deferimento do efeito suspensivo fica condicionado ao preenchimento dos


requisitos arrolados no artigo 995, parágrafo único, do Código de Processo Civil:

Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou
decisão judicial em sentido diverso.

Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do
relator, se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil
ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do
recurso.

A propósito:

É antiga a técnica da concessão ope iudicis do efeito suspensivo. No texto


originário do CPC de 1973, o regime limitava-se ao agravo de instrumento e aos
casos taxativamente contemplados em disposição legal específica. (…)

O incremento e a generalização do expediente nos recursos de agravo de


instrumento e de apelação ocorreram a partir da introdução da figura da
antecipação de tutela, atualmente tutela provisória antecipada. Realmente, a
possibilidade de antecipar os efeitos do pedido, na abertura do processo, tornou
o efeito suspensivo obrigatório e genérico da apelação incongruente com o
sistema, impedindo o órgão judiciário de antecipar tais efeitos na própria
sentença, sem embargo de dispor, ao julgar a causa, de elementos de convicção
ainda mais fortes do que naquela outra situação. O problema recebeu solução
paulatina: em primeiro lugar, previu-se o efeito ope iudicis no agravo e na
apelação, em termos mais elásticos e consentâneos à realidade; em seguida,

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NR.PROCESSO: 5571360-26.2020.8.09.0000
retirou-se o efeito suspensivo da apelação no capítulo que “confirmar a
antecipação dos efeitos da tutela”, interpretando-se o verbo “confirmar” no mais
amplo sentido. (…) As mudanças legislativas emprestaram renovado vigor ao
efeito suspensivo ope iudicis, mas a generalização é fruto da inversão
preconizada no art. 995, caput, tornando a eficácia imediata do pronunciamento a
regra, a inibição dos seus efeitos próprios, ope legisou ope iudicis, a exceção,
sendo o primeiro caso isolado à apelação (art. 1.012, caput). (in ASSIS, Araken de.
Manual dos recursos, 1ª ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016).

Forte nesse arcabouço técnico, em um juízo de cognição não exauriente, tenho que o
agravante logrou comprovar a presença simultânea desses requisitos.

No tocante à probabilidade de provimento do recurso, convém destacar que conforme


salientado pela Min. Nancy Andrighi no julgamento do Recurso Especial n.º 1.629.861/DF, a
intenção do devedor fiduciante, ao afetar o imóvel ao contrato de alienação fiduciária, não
é, ao fim e ao cabo, transferir para o credor fiduciário a propriedade plena do bem, como
sucede na compra e venda tradicional, mas simplesmente garantir o adimplemento do
contrato de financiamento a que se vincula, visando, desde logo, o retorno das partes ao
status quo ante, com a restituição da propriedade plena do bem ao seu patrimônio. A
propósito:

RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL. INTERESSE RECURSAL. AUSÊNCIA.
IMPENHORABILIDADE DE BEM DE FAMÍLIA. MATÉRIA DE ORDEM
PÚBLICA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚM. 07/STJ. ALIENAÇÃO
FIDUCIÁRIA DE IMÓVEL EM GARANTIA. DIREITOS DO DEVEDOR
FIDUCIANTE AFETADOS À AQUISIÇÃO DO BEM DE FAMÍLIA.
IMPENHORABILIDADE. JULGAMENTO: CPC/15.1. Ação de execução de
título extrajudicial proposta em 29/09/2014, da qual foi extraído o
presente recurso especial, interposto em 28/06/2016 e concluso ao
gabinete em 27/09/2016.2. O propósito recursal é decidir sobre a
possibilidade de penhora dos direitos do devedor advindos de contrato
de alienação fiduciária de imóvel, mesmo quando sejam insuficientes
para a satisfação integral da dívida; bem como decidir sobre a
incidência da proteção do bem de família.3. Há de ser reconhecida a
ausência de interesse quando não configurada a necessidade ou
utilidade do provimento recursal pleiteado.4. A jurisprudência do STJ
orienta que a impenhorabilidade de bem de família é matéria de ordem
pública, suscetível de análise a qualquer tempo e grau de jurisdição. 5.
Para alterar a conclusão do Tribunal de origem, de que o bem cuja
penhora fora determinada representa o único imóvel residencial que
compõe o acervo patrimonial do devedor, exige-se o reexame de fatos
e provas, vedado nesta instância especial ante o óbice da súmula
07/STJ. 6. A intenção do devedor fiduciante, ao afetar o imóvel ao
contrato de alienação fiduciária, não é, ao fim, transferir para o credor
fiduciário a propriedade plena do bem, como sucede na compra e
venda, senão apenas garantir o adimplemento do contrato de

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NR.PROCESSO: 5571360-26.2020.8.09.0000
financiamento a que se vincula, visando, desde logo, o retorno das
partes ao status quo ante, com a restituição da propriedade plena do
bem ao seu patrimônio. 7. Os direitos que o devedor fiduciante possui
sobre o contrato de alienação fiduciária de imóvel em garantia estão
afetados à aquisição da propriedade plena do bem. E, se este bem for o
único imóvel utilizado pelo devedor fiduciante ou por sua família, para
moradia permanente, tais direitos estarão igualmente afetados à
aquisição de bem de família, razão pela qual, enquanto vigente essa
condição, sobre eles deve incidir a garantia da impenhorabilidade à
que alude o art. 1º da Lei 8.009/90, ressalvada a hipótese do inciso II do
art. 3º da mesma lei. 8. Salvo comprovada má-fé e ressalvado o direito
do titular do respectivo crédito, a proteção conferida por lei ao "imóvel
residencial próprio" abrange os direitos do devedor pertinentes a
contrato celebrado para a aquisição do bem de família, ficando assim
efetivamente resguardado o direito à moradia que o legislador buscou
proteger. 9. Hipótese em que, sendo o recorrido possuidor direto do
imóvel dado em garantia do contrato de alienação fiduciária e
constatado pelo Tribunal de origem que o bem é o único imóvel
residencial que compõe seu acervo patrimonial, nele sendo
domiciliado, há de ser oposta ao terceiro a garantia da
impenhorabilidade do bem de família, no que tange aos direitos do
devedor fiduciário. 10. Recurso especial conhecido e desprovido.
(REsp 1629861/DF, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA,
julgado em 06/08/2019, DJe 08/08/2019, g.n.)

Ademais, verifica-se que o presente posicionamento apenas reafirma entendimento já


revelado no âmbito do Superior Tribunal de Justiça de que a penhora pode recair sobre o
próprio bem dado em garantia no contrato de alienação fiduciária se o credor optar pelo
processo executivo (pretensão de cumprimento das obrigações), hipótese dos autos, ao
invés da ação de busca e apreensão (pretensão de resolução do contrato).A propósito:

PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA.


PENHORA. BEM DADO EM GARANTIA DO CONTRATO.
POSSIBILIDADE. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.

I. “Se o credor optar pelo processo de execução, os bens objeto do


contrato de alienação fiduciária em garantia podem ser indicados pelo
devedor para a penhora” (REsp 448.489/RJ, Rel. Min. Ruy Rosado de
Aguiar, Quarta Turma, Unânime, DJ: 19/12/2002, p. 376). II. Recurso
especial conhecido em parte e provido. (Resp 838.099/SP, Rel. Ministro
ALDIR PASSARINHO JUNIOR, QUARTA TURMA, julgado em
26/10/2010, Dje 11/11/2010) ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. Execução.
Penhora. Bens dados em garantia. Se o credor optar pelo processo de
execução, os bens objeto do contrato de alienação fiduciária em
garantia podem ser indicados pelo devedor para a penhora, só se
justificando a constrição sobre outros bens se os indicados forem
insuficientes. Recurso conhecido e provido. (Resp 448.489/RJ, Rel.
Min. Ruy Rosado de Aguiar, Quarta Turam, DJU de 19.12.2002)

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NR.PROCESSO: 5571360-26.2020.8.09.0000
Por fim, verifica-se, prima facie, que não se trata de bem alienado fiduciariamente a
terceiro, o que teria o condão de afastar a penhora.

Com efeito, há posicionamento jurisprudencial no âmbito deste Superior Tribunal de Justiça no


sentido de que, nas hipóteses de alienação fiduciária, sendo a propriedade do bem do credor
fiduciário, não se pode admitir que a penhora em decorrência de crédito de terceiro recaia sobre
ele, mas podem ser constritos os direitos do devedor fiduciário decorrentes do contrato de
alienação fiduciária.

A propósito:

AGRAVO INTERNO. RECURSO ESPECIAL. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO


AO ART. 1.022 DO CPC/2015. DESPESAS CONDOMINIAIS. IMÓVEL
ALIENADO FIDUCIARIAMENTE. PENHORA SOBRE O IMÓVEL.
IMPOSSIBILIDADE. CONSTRIÇÃO QUE PODE RECAIR, CONTUDO,
SOBRE OS DIREITOS DECORRENTES DO CONTRATO DE ALIENAÇÃO
FIDUCIÁRIA DO IMÓVEL. INCIDÊNCIA DA sÚMULA 83/STJ. AVALIAÇÃO
DO BEM POR PERITO. REVISÃO DE FATOS E PROVAS. APLICAÇÃO DA
SÚMULA 7/STJ.

1. Se as questões trazidas à discussão foram dirimidas, pelo Tribunal de


origem, de forma suficientemente ampla e fundamentada, apenas
contrariamente ao pretendido pela parte, deve ser afastada a alegada
violação ao art. 1.022 do Código de Processo Civil/2015.

2. Como a propriedade do bem é do credor fiduciário, não se pode admitir


que a penhora em decorrência de crédito de terceiro recaia sobre ele, mas
podem ser constritos os direitos decorrentes do contrato de alienação
fiduciária. Incidência da Súmula 83/STJ.

3. Não cabe, em recurso especial, reexaminar matéria fático-probatória


(Súmula n. 7/STJ).

4. Agravo interno a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1832061/SP,


Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em
20/04/2020, DJe 24/04/2020)

AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL.


BEM IMÓVEL. TAXAS CONDOMINIAIS. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM
GARANTIA. DIREITOS DO DEVEDOR FIDUCIANTE. PENHORA.
IMPOSSIBILIDADE.

1. Recurso especial interposto contra acórdão publicado na vigência do


Código de Processo Civil de 2015 (Enunciados Administrativos nºs 2 e
3/STJ).

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NR.PROCESSO: 5571360-26.2020.8.09.0000
2. Não se admite a penhora do bem alienado fiduciariamente em execução
promovida por terceiros contra o devedor fiduciante, visto que o patrimônio
pertence ao credor fiduciário, permitindo-se, contudo, a constrição dos
direitos decorrentes do contrato de alienação fiduciária. Precedentes.

3. Agravo interno não provido. (AgInt no REsp 1840635/SP, Rel. Ministro


RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em
16/03/2020, DJe 19/03/2020)

Demais disso, à vista do periculum in mora, entendo que a marcha do processo de execução
poderá restar frustrada, antes da análise acerca da possibilidade da presente penhora.

Não obstante, no caso dos autos, a complexidade da causa exige um maior amadurecimento da
cognição judicial, sendo prudente que resolução da vexata quaestio se dê após o crivo do
contraditório e da ampla defesa, momento em que se terá melhores elementos decisórios,
possibilitando, dessa forma, um maior amadurecimento da questão.

AO TEOR DO EXPOSTO, DEFIRO o pedido de concessão de efeito suspensivo ao presente


agravo de instrumento, suspendendo-se a execução até o julgamento do mérito do
presente recurso.

Dê-se ciência desta decisão ao juízo a quo, prolator do decisum recorrido, na forma do inciso I, do
artigo 1.019, do Código de Processo Civil.

Intime-se a parte agravada para, querendo, apresentar resposta no prazo legal, sendo lhe
facultado juntar a documentação que entender necessária ao julgamento do recurso, nos
termos do inciso II do art. 1.019 do Estatuto Processual Civil.

Intimem-se. Cumpra-se.

Goiânia, datado pelo sistema.

Desembargador JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 10:31:29

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5175446-08.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : BANCO PAN SA
POLO PASSIVO : CASSIRA EDNATELMA FRANCA DE ALMEIDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO PAN SA


ADVG. PARTE : 45157 GO - EDUARDO CHALFIN

PARTE INTIMADA : CASSIRA EDNATELMA FRANCA DE ALMEIDA


ADVGS. PARTE : 39150 GO - MARIANA DE OLIVEIRA PÁDUA
36770 GO - BRUNA DANIELLE DE PAULA REZENDE

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 10:33:15

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0304507-31.2015.8.09.0178
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : WASINGTON ROINE FERREIRA DA SILVA
POLO PASSIVO : OSVALDO BONIFACIO JUNIOR
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : OSVALDO BONIFACIO JUNIOR


ADVG. PARTE : 12199 GO - OSVALDO BONIFÁCIO JUNIOR

PARTE INTIMADA : WASINGTON ROINE FERREIRA DA SILVA


ADVG. PARTE : 26238 GO - GEOVANE JOSÉ FERREIRA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 10:36:56

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5317220-26.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ANDERSON LEAO ALVES TOLEDO
POLO PASSIVO : LUIZ EDUARDO DE SOUZA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ANDERSON LEAO ALVES TOLEDO


ADVG. PARTE : 20630 GO - SIDARTA STACIARINI ROCHA

PARTE INTIMADA : LUIZ EDUARDO DE SOUZA


ADVG. PARTE : 29047 GO - ROBERTA ASSIS QUEIROZ DE ANDRADE

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 10:37:59

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0124302-76.2017.8.09.0100
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : EXPEDITO DE ARAUJO NETO
POLO PASSIVO : BRDU SPE LUZIANIA S/A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BRDU SPE LUZIANIA S/A


ADVGS. PARTE : 23151 GO - GUSTAVO AUGUSTO HANUM SARDINHA
50934 GO - AMANDA GABRIELLE STIVAL FAQUIM
29263 GO - ANTONIO DE QUEIROZ BARRETO NETO
28486 GO - ALLDMUR CARNEIRO
36935 GO - LUANA GERAES QUEIROZ DIAS
37436 GO - MURILO ROCHA FERREIRA

PARTE INTIMADA : EXPEDITO DE ARAUJO NETO


ADVGS. PARTE : 44393 GO - JOSE ALESSANDRO DA SILVA FERREIRA
20225 GO - MÁRCIA MARIA MATTOS

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 10:40:04

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5397641-77.2020.8.09.0137
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : EDIMAR RODRIGUES DA COSTA
POLO PASSIVO : SEGURADORA LIDER DO CONSORCIO DO SEGURO DPVAT S/A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : SEGURADORA LIDER DO CONSORCIO DO SEGURO DPVAT S/A


ADVGS. PARTE : 22328 GO - SANDRO WALDECK FÉLIX DE SOUSA
114969 GO - ANA PAULA CHEKER
15634 GO - ADRIANO WALDECK FELIX DE SOUSA

PARTE INTIMADA : EDIMAR RODRIGUES DA COSTA


ADVG. PARTE : 26462 GO - WILLIAN CORRÊA FERNANDES

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 10:42:07

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5112812-73.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ADSR
POLO PASSIVO : UPUCGF
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : ADSR


ADVG. PARTE : 27632 GO - UESLEI VAN FERNANDES DA SILVA

PARTE INTIMADA : UPUCGF


ADVGS. PARTE : 10189 GO - LUCIMERE DE FREITAS
2652 GO - FELICÍSSIMO JOSÉ DE SENA
8340 GO - CORACI FIDELIS DE MOURA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 10:42:22

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5136159-87.2020.8.09.0113
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : AMADOR RAMOS DA SILVA
POLO PASSIVO : BANCO BMG SA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO BMG SA


ADVG. PARTE : 109730 MG - FLAVIA ALMEIDA MOURA DI LATELLA

PARTE INTIMADA : AMADOR RAMOS DA SILVA


ADVG. PARTE : 45891 GO - KAHIK ONOFRE VIEIRA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 10:55:19

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5602924-61.2018.8.09.0010
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : TEREZINHA ROSA DA ROCHA
POLO PASSIVO : ESTADO DE GOIÁS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : TEREZINHA ROSA DA ROCHA


ADVG. PARTE : 35216 GO - FERNANDO LUAN RESENDE

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 10:58:11

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5326612-36.2017.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : FLÁVIO RESENDE DOS SANTOS
POLO PASSIVO : ESTADO DE GOIÁS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : FLÁVIO RESENDE DOS SANTOS


ADVG. PARTE : 34346 GO - RONALDO HILÁRIO DE REZENDE

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 11:00:43

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5428494-70.2019.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : CHUBB SEGUROS BRASIL S.A.
POLO PASSIVO : CELG DISTRIBUIÇÃO S.A. - CELG D.
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CHUBB SEGUROS BRASIL S.A.


ADVGS. PARTE : 273843 SP - JOSE CARLOS VAN CLEEF DE ALMEIDA SANTOS
31073 GO - JOSE CARLOS VAN CLEEF DE ALMEIDA SANTOS

PARTE INTIMADA : CELG DISTRIBUIÇÃO S.A. - CELG D.


ADVG. PARTE : 51175 GO - JAYME SOARES DA ROCHA FILHO

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 11:05:22

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5590421-04.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : MUNICIPIO DE GOIANIA
POLO PASSIVO : MIGUELINA ELY ALBERNAZ DE LIMA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MIGUELINA ELY ALBERNAZ DE LIMA


ADVG. PARTE : 27698 GO - ANNA VICENZA CARRAMASCHI RIBEIRO

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 11:05:29

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5278212-42.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : CENCOSUD BRASIL COMERCIAL LTDA
POLO PASSIVO : MUNICIPIO DE GOIANIA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CENCOSUD BRASIL COMERCIAL LTDA


ADVG. PARTE : 187762 MG - STEPHANIE LORRAINE LISBOA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 25/11/2020


15:04:18

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5597715-73.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : BANCO BMG SA
POLO PASSIVO : EVANILDES RESENDE MONTEIRO BASTOS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO BMG SA


ADVG. PARTE : 59831 GO - SÉRGIO GONINI BENÍCIO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5597715-73.2020.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5597715.73.2020.8.09.0000

COMARCA DE GOIÂNIA

AGRAVANTE: BANCO BMG S/A.

AGRAVADA: EVANILDES RESENDE MONTEIRO BASTOS.

RELATOR: MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA – Juiz de Direito Substituto em 2º Grau

DESPACHO

Como cediço, “O artigo 10 do Código de Processo Civil determina que o juiz não pode decidir, em grau algum de
jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar,
ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.”(TJGO, Apelação (CPC) 0305049-08.2016.8.09.0051,
Rel. CARLOS HIPÓLITO ESCHER, 4ª Câmara Cível, julgado em 01/03/2019, DJe de 01/03/2019).

Desta feita, em atenção aos preceitos dos artigos 9º e 10 do CPC/15, determino a intimação do
Banco/agravante para se manifestar, no prazo de 15 (quinze) dias, sobre a possível
intempestividade recursal face a aplicação do art. 231, VII, do CPC, no início da contagem do
prazo para interposição da presente insurgência.

Goiânia,

Datado e assinado digitalmente conforme Resolução 59/2016 do Órgão Especial.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 25/11/2020


15:40:54

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5149725-72.2020.8.09.0091
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : IDALÍCIO FERNANDES DA SILVA
POLO PASSIVO : BANCO BMG SA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO BMG SA


ADVGS. PARTE : 36537 GO - BREINER RICARDO DINIZ RESENDE MACHADO
48869 GO - ANDRE RENNO LIMA GUIMARAES DE ANDRADE
78069 MG - ANDRE RENNO LIMA GUIMARAES DE ANDRADE
84400 MG - BREINER RICARDO DINIZ RESENDE MACHADO

PARTE INTIMADA : IDALÍCIO FERNANDES DA SILVA


ADVG. PARTE : 36200 GO - ANA CAROLINA VIEIRA PIMENTA FERNANDES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 1710 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5149725-72.2020.8.09.0091
DESPACHO

Intime-se a parte agravada para manifestar acerca do recurso apresentado no evento de nº 36,
no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do artigo 1.021, § 2º, do Código de Processo Civil/2015.

Após, volvam-me os autos conclusos.

Datado e assinado digitalmente conforme Resolução 59/2018 do Órgão Especial.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 11:13:57

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0047099-59.2015.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : CARMEM LUCIA DE FATIMA TERRA
POLO PASSIVO : AMERICA PLANOS DE SAUDE
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CARMEM LUCIA DE FATIMA TERRA


ADVGS. PARTE : 36681 GO - DIEGO NONATO DE PAULA
36655 GO - RAFAEL ALMEIDA OLIVEIRA
36714 GO - MÁRIO SÉRGIO LUCENA ATANAZIO
36647 GO - EDER PORFIRO MIUNIZ

PARTE INTIMADA : AMERICA PLANOS DE SAUDE


ADVGS. PARTE : 23242 GO - RAFAELA PEREIRA MORAIS
14153 GO - JOÃO BOSCO LUZ DE MORAIS
29256 GO - JOÃO VICENTE PEREIRA MORAIS

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


25/11/2020 16:23:10

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5439503-84.2019.8.09.0162
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : JOAQUINA MARIA REGINA LEITE
POLO PASSIVO : LEONARDO ESTEVES RAMOS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JOAQUINA MARIA REGINA LEITE


ADVG. PARTE : 28952 DF - LUCIANA REBOUCAS LOURENCO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5439503-84.2019.8.09.0162
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador José Carlos de Oliveira

DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO Nº 5439503-84.2019.8.09.0162

IMPETRANTE JOAQUINA MARIA REGINA LEITE

IMPETRADO MUNICÍPIO DE VALPARAÍSO DE GOIÁS

COMARCA VALPARAÍSO DE GOIÁS

RELATOR DESEMBARGADOR JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

CÂMARA 2ª CÍVEL

DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. MANDADO DE SEGURANÇA. DIREITO


FUNDAMENTAL À SAÚDE. DEVER DE DISPONIBILIZAÇÃO DO LEITO
DE INTERNAÇÃO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA. DIREITO
LÍQUIDO E CERTO. REPERCUSSÃO GERAL. REMESSA NECESSÁRIA
CONHECIDA, MAS DESPROVIDA, NOS MOLDES DO ARTIGO 932,
INCISO IV, ALÍNEA “B”, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de reexame necessário instaurado por força da sentença contida no evento nº


23, proferida pelo Juiz de Direito da Vara das Fazendas Públicas da comarca de Valparaíso de
Goiás, Dr. Rodrigo Rodrigues de Oliveira e Silva, nos autos da ação de mandado de segurança
impetrado por JOAQUINA MARIA REGINA LEITE contra ato omissivo atribuído a SECRETÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5439503-84.2019.8.09.0162
MUNICIPAL DE SAÚDE DE VALPARAÍSO DE GOIÁS com o objetivo de que a autoridade
coatora fosse compelida a viabilizar a internação em unidade de terapia intensiva, necessária
para a recuperação da sua saúde.

Através de decisão liminar constante no evento 6, foi determinado a autoridade coatora


a disponibilizar imediatamente o leito de internação em UTI, sob pena de multa fixada em R$
5.000,00 (cinco mil reais).

Notificada, a autoridade competente apresentou justificativa e informou o cumprimento


da da ordem liminar (evento nº 13).

Através da sentença proferida no evento nº 21, o magistrado singular concedeu


definitivamente a segurança pleiteada, nos termos da liminar. Na oportunidade, ordenou a
remessa dos autos ao Tribunal de Justiça para análise do reexame necessário, em conformidade
com o que determina o artigo 14, § 1º, da Lei federal nº 12.016, de 07 de agosto de 2009.

A Procuradoria-Geral de Justiça, representada pelo D. Procurador de Justiça Dr. Waldir


Lara Cardoso, apresentou o parecer visto no evento nº 39 opinando pelo conhecimento e
desprovimento da remessa obrigatória.

É, em síntese, o relatório. Decido.

Ab initio, ressalto que a situação sub examine enquadra-se na exigência de reexame


necessário, por força do § 1º do artigo 14 da Lei federal nº 12.016, de 07 de agosto de 2009,
senão veja-se:

Art. 14. Da sentença, denegando ou concedendo o mandado, cabe apelação.

§ 1º Concedida a segurança, a sentença estará sujeita obrigatoriamente ao duplo grau de


jurisdição.

Ademais, cumpre salientar que é pacífico o entendimento de que o disposto no artigo


932 do Código de Processo Civil, com redação semelhante ao que dispunha o artigo 557 do
Estatuto Processual Civil de 1973, se aplica ao reexame necessário, consoante o enunciado da
Súmula nº 253, editada pelo colendo Superior Tribunal de Justiça, ipsis litteris:

Súmula nº 253 do STJ: O art. 557 do CPC, que autoriza o relator a decidir o recurso, alcança
o reexame necessário.

Assim, é possível o julgamento monocrático do reexame necessário, nos termos do


artigo 932, inciso IV, alínea “b”, do Código de Processo Civil, uma vez que a matéria posta em
exame já encontra-se pacificada pelos Tribunais Superiores.

Cumpre registrar que o mandado de segurança, nos termos do artigo 5º, inciso LXIX, da
Constituição Federal, presta-se a proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas
corpus e habeas data, quando o responsável pelo ato coator for autoridade pública ou agente de
pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.

Entende-se por direito líquido e certo a comprovação dos fundamentos de fato


alegados, mediante prova estritamente documental, sem que haja necessidade de maior dilação

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NR.PROCESSO: 5439503-84.2019.8.09.0162
probatória.

Assim, tem o impetrante, na via estreita do mandado de segurança, o ônus de


demonstrar, cabalmente, ao tempo da propositura, a ilegalidade ou o abuso de direito praticado
pela autoridade coatora contra seus interesses legalmente protegidos pela ordem constitucional
ou legal.

Por sua vez, deve o magistrado sopesar os fatos e avaliar se o ato praticado pela
autoridade pública está ou não em conformidade com o ordenamento jurídico.

Convém mencionar que é pacífica a jurisprudência deste Tribunal no sentido de ser


solidária a responsabilidade dos entes federativos no que se refere a prestação de serviços de
saúde aos hipossuficientes.

Essa matéria foi, inclusive, tema objeto da Repercussão Geral nº 793, de relatoria do
Ministro Luiz Fux, momento em que o Supremo Tribunal Federal decidiu ser solidária a obrigação
dos entes da Federação em promover os atos indispensáveis à concretização do direito à saúde.
O usuário dos serviços de saúde possui direito de exigir de um, de alguns ou de todos os entes
estatais o cumprimento da referida obrigação (RE nº 855.178 RG, Relator Min. Luiz Fux, julgado
em 05.03.2015, Processo Eletrônico Repercussão Geral – Mérito, DJe 13.03.2015, publicado em
16.03.2015).

Feita tal digressão, há que salientar que a saúde é um direito social, dever dos entes
federativos, conforme jurisprudência do STF, e uma garantia inderrogável do cidadão, conforme
se depreende do artigo 196 da Constituição Federal:

Art. 196 A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

Na mesma esteira deste entendimento, são as determinações da Lei federal nº 8.080,


de 19 de setembro de 1990:

Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as


condições indispensáveis ao seu pleno exercício.

(...)

Art. 5º São objetivos do Sistema Único de Saúde - SUS:

(...)

III – a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação


da saúde, com realização integral das ações assistenciais e das atividades preventivas.

Dessa forma, não restam dúvidas quanto à responsabilidade do ente público em

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NR.PROCESSO: 5439503-84.2019.8.09.0162
promover medidas verdadeiramente eficazes à assistência do cidadão e, de consectário, à
garantia de acesso a tratamentos de saúde, consultas, cirurgias, medicamentos e outros meios
necessários a permitir sustentável condição de vida.

Cumpre ressaltar que a doutrina e a jurisprudência evoluíram no sentido de que o


direito à preservação da saúde, premissa básica da existência digna do ser humano, não pode
ser interpretado como uma norma meramente programática. Isso porque a Constituição Federal
preconiza expressamente, em seu artigo 5º, § 1º, que “as normas definidoras dos direitos e
garantias fundamentais têm aplicação imediata”.

De tal modo, conquanto a implementação de diversas medidas de proteção ao direito à


saúde dependa da edição de normas de caráter infraconstitucional, não se pode negar-lhe a
máxima efetividade, cabendo ao Estado atuar de forma diligente com objetivo de assegurar sua
observância.

Muito embora a Administração não disponha de recursos ilimitados, é certo que não se
pode olvidar que a proteção ao direito à vida deve se sobrepor aos interesses de cunho
patrimonial, mormente no caso em apreço, em que se constata, de um lado, a necessidade do
leito de internação em unidade de terapia intensiva para o restabelecimento da saúde da
autora a ser custeado pelo ente municipal, e, de outro, a situação de ineficiência dos serviços de
saúde prestados por este.

Portanto, a implementação de mecanismos que assegurem a efetividade da assistência


à saúde não pode ficar submetida ao juízo de oportunidade e conveniência da Administração
Pública, sobretudo diante da relevância do direito fundamental em questão frente as regras de
ordem orçamentária.

Na espécie, a impetrante demonstrou satisfatoriamente a necessidade da vaga, em


razão de sofrer acidente vascular cerebral, bem como a omissão do ente municipal, conforme se
verifica dos documentos vistos no arquivo 1, evento 5, de forma que a concessão da segurança,
bem como a sua confirmação por esta instância revisora são as medidas impositivas.

O direito fundamental à saúde consiste numa importante dimensão da dignidade


humana, sem a qual não há vida com qualidade. Destarte, tem o impetrante o direito de impelir o
ente municipal a cumprir com seus deveres constitucionalmente impostos, dos quais não lhe é
dado se eximir.

Depreende-se dos autos que a internação em leito de UTI postulada é indispensável à


manutenção da saúde da impetrante e, consequentemente, é dever do ente público concedê-la.
Logo, o magistrado de primeiro grau agiu acertadamente ao conceder a segurança, determinando
que o impetrado disponibilizasse com urgência o atendimento necessária à saúde da autora.

Nesse sentido, já decidiu esta Casa de Justiça em casos análogos:

MANDADO DE SEGURANÇA. VAGA EM LEITO DE UTI. PROTEÇÃO DE DIREITOS


FUNDAMENTAIS. DIREITO À VIDA (ART. 5º, CAPUT, CF/88) E DIREITO À SAÚDE (ARTS.
6º E 196, CF/88). RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. LEGITIMIDADE PASSIVA DO
ESTADO DE GOIÁS. INTERESSE PROCESSUAL PRESENTE. POSSIBILIDADE DA
APLICAÇÃO DE MULTA. DIREITO LÍQUIDO E CERTO RECONHECIDO. I- O impetrante
pleiteia internação da substituída em unidade de terapia intensiva, que constitui tratamento de
natureza contínua, de duração indeterminada, motivo pelo qual o mero ingresso da paciente
em UTI não satisfaz por completo a pretensão deduzida no mandamus, assim como o
interesse de agir se verifica no momento da propositura da ação. II- O tratamento médico

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NR.PROCESSO: 5439503-84.2019.8.09.0162
adequado aos necessitados se insere no rol dos deveres do Estado, sendo, portanto,
responsabilidade solidária dos entes federados. O polo passivo inclusive pode ser composto
por qualquer um deles, isoladamente, ou conjuntamente (Precedente do STF). III- Não pode o
ente público furtar-se à responsabilidade no fundamental setor da saúde, mormente quando
se trata da disponibilização de vaga para internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
IV- É obrigação das autoridades públicas assegurar a todos os cidadãos, indistintamente, o
direito à saúde, conforme preconiza o artigo 196 da Constituição Federal. V-
Excepcionalmente, é possível a aplicação de multa para compelir a autoridade coatora a
cumprir obrigação de fazer ou de não fazer. SEGURANÇA CONCEDIDA. (TJGO, Mandado de
Segurança (CF; Lei 12016/2009) 5041170-40.2020.8.09.0000, Rel. Des(a). CARLOS
ROBERTO FAVARO, 1ª Câmara Cível, julgado em 03/08/2020, DJe de 03/08/2020)

MANDADO DE SEGURANÇA. VAGA DE INTERNAÇÃO EM LEITO DE UTI. ATO COATOR


OMISSIVO. PERDA SUPERVENIENTE DO OBJETO. ILEGITIMIDADE PASSIVA AD
CAUSAM. PRELIMINARES AFASTADAS. PROVA PRÉ-CONSTITUÍDA. EXISTÊNCIA DE
DIREITO LÍQUIDO E CERTO. SEGURANÇA CONCEDIDA. 1. Não acarreta a perda
superveniente do objeto, tampouco a extinção do processo, o cumprimento de liminar em
sede de writ, pois embora seja satisfativa, trata-se de medida provisória e precária, devendo
ser confirmada posteriormente por decisão de mérito.2. Estando os autos instruídos com
prova suficiente ao atendimento da pretensão da parte impetrante, tem-se comprovada a
existência da prova pré-constituída. 3. Não há falar em ilegitimidade passiva do Estado de
Goiás ou do Secretário da Saúde do Estado de Goiás, uma vez que, encontrando-se o
paciente sob a tutela do SUS, inconteste que o Estado de Goiás, um dos entes solidariamente
responsáveis pela saúde pública, é parte legítima para suportar os efeitos do presente
pronunciamento judicial. 4. A omissão da autoridade competente, quando a paciente
necessita de vaga de internação em leito de Unidade de Terapia Intensiva, de cunho
emergencial, recomendada por profissional habilitado, configura ato abusivo e viola direito
líquido e certo do indivíduo. 5. SEGURANÇA CONCEDIDA. (TJGO, Mandado de Segurança (
L. 8069/90 ) 5233945-82.2020.8.09.0000, Rel. Des(a). JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, 2ª
Câmara Cível, julgado em 13/07/2020, DJe de 13/07/2020)

DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. MANDADO DE SEGURANÇA. MENOR IMPÚBERE.


SOLICITAÇÃO DE CONSULTA E ACOMPANHAMENTO MÉDICO ESPECIALIZADO.
DIREITO LÍQUIDO E CERTO CONFIGURADO. SENTENÇA MANTIDA. É dever do Poder
Público, em qualquer grau federal, assegurar a todos os cidadãos o direito à saúde, incluindo
o fornecimento de medicamentos, consultas médias, tratamentos e congêneres hospitalares à
população, na forma prescrita por profissional de saúde, em observação ao prescrito e
tutelado no artigo 196, da Constituição Federal. REMESSA CONHECIDA, PORÉM
DESPROVIDA. (TJGO, Reexame Necessário 5422651-33.2019.8.09.0049, Rel. AMARAL
WILSON DE OLIVEIRA, 2ª Câmara Cível, julgado em 27/04/2020, DJe de 27/04/2020)

Assim, irreparável o decreto judicial proferido na instância singular.

AO TEOR DO EXPOSTO, CONHEÇO da remessa necessária, mas NEGO-LHE


PROVIMENTO, mantendo incólume a sentença por estes e por seus próprios fundamentos.

Intimem-se as partes e dê-se ciência desta decisão ao Juiz a quo.

Transitado em julgado, devolvam-se os autos ao juízo de origem, após baixa de minha


relatoria no Sistema do Processo Digital.

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NR.PROCESSO: 5439503-84.2019.8.09.0162
Goiânia, assinado e datado digitalmente.

Desembargador JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 11:33:13

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5103796-70.2018.8.09.0128
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : LEONAN TAVARES BARBOSA
POLO PASSIVO : MUNICIPIO DE PLANALTINA-GO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : LEONAN TAVARES BARBOSA


ADVG. PARTE : 51623 GO - WILLY HANSES DE ANDRADE VARGAS

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 11:35:53

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0052998-72.2014.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Reintegração / Manutenção de Posse ( CPC )
POLO ATIVO : MAC EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA
POLO PASSIVO : FRANCISCO MIGUEL DA SILVA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MAC EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA


ADVGS. PARTE : 24360 GO - KEYNER FERREIRA DO AMARAL
8418 GO - JOÃO CARLOS CASCÃO
28329 GO - KELEN DE FATIMA FERREIRA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 11:41:24

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0132902-39.2009.8.09.0174
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : CELG DISTRIBUICAO S.A - CELG D
POLO PASSIVO : ANTONIO NEVES CARDOSO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CELG DISTRIBUICAO S.A - CELG D


ADVG. PARTE : 51175 GO - JAYME SOARES DA ROCHA FILHO

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 11:44:18

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5251797-96.2020.8.09.0137
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : LIVIA LISLIE FERREIRA SALGADO
POLO PASSIVO : EDITORA E DISTRIBUIDORA EDUCACIONAL S/A (FACULDADE
ANHANGUERA/UNOPAR EAD)
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : EDITORA E DISTRIBUIDORA EDUCACIONAL S/A (FACULDADE


ANHANGUERA/UNOPAR EAD)
ADVG. PARTE : 109730 MG - FLAVIA ALMEIDA MOURA DI LATELLA

PARTE INTIMADA : LIVIA LISLIE FERREIRA SALGADO


ADVG. PARTE : 151568 MG - SONIA FERREIRA DE LIMA NAVES

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


25/11/2020 18:31:51

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0381899-45.2012.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : SIRLON DA SILVA OLIVEIRA
POLO PASSIVO : GOLDFARB PDG 5 INCORPORACOES LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : SIRLON DA SILVA OLIVEIRA


ADVGS. PARTE : 28148 GO - LUDMILLA GOMES DA SILVA
30423 GO - ANDREA GUIZILIN LOUZADA RASCOVIT
21449 GO - GODAMEYR ALVES PEREIRA DE CALVARES
26362 GO - MARIA JOSÉ APARECIDA ALVES DE FREITAS

PARTE INTIMADA : GOLDFARB PDG 5 INCORPORACOES LTDA


ADVGS. PARTE : 43103 GO - GISELLE PAULO SERVIO DA SILVA
142452 SP - JOAO CARLOS DE LIMA JUNIOR
41961 GO - RENDERSON SILVESTRE FALEIRO
39054 GO - GUSTAVO GONÇALVES GOMES
130561 SP - FABIANA FERNANDEZ

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0381899-45.2012.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Leobino Valente Chaves

APELAÇÃO CÍVEL N. 0381899-45.2012.8.09.0051


COMARCA DE GOIÂNIA
APELANTE: SIRLON DA SILVA OLIVEIRA
APELADA: GOLDFARB PDG 5 INCORPORAÇÕES LTDA.
RELATOR: DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL.


INTEMPESTIVIDADE.
A Apelação Cível é recurso que pode ser interposto contra
sentença, no prazo de 15 (quinze) dias úteis. No caso, o
prazo recursal iniciou-se em 23/04/2020, tendo como termo
final o dia 14/05/2020, sendo, portanto, intempestivo o
recurso apresentado em 20/05/2020.
RECURSO NÃO CONHECIDO.

DECISÃO UNIPESSOAL

Trata-se de APELAÇÃO CÍVEL interposta por SIRLON DA SILVA OLIVEIRA contra


GOLDFARB PDG 5 INCORPORAÇÕES LTDA., em razão da sentença proferida pelo
magistrado Pedro Silva Correa, da 29ª Vara Cível da comarca de Goiânia, nos autos
da ação de revisão contratual c/c danos materiais e morais, que julgou parcialmente
procedentes os pedidos.
É o breve escorço. DECIDO.
Imperioso registrar, de antemão, que a parte apelante esbarra-se no requisito objetivo
concernente na tempestividade.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 0381899-45.2012.8.09.0051
É que ressumbra do bojo processual que o Apelo foi interposto em momento superior
aos 15 (quinze) dias úteis previstos para tal desiderato.
A sentença foi publicada em 22/04/2020, começando o fluxo do prazo recursal no dia
23/04/2020. A partir de então, contando-se os 15 (quinze) dias úteis, verifica-se que o
dies ad quem foi 14/05/2020, já contabilizando o feriado do dia 01/05/2020.
Desse modo, esta Apelação Cível é intempestiva, pois interposta no dia 20/05/2020,
autorizando, portanto, a aplicação conjugada do inciso III do art. 932 com o inciso I do
art. 1.011, ambos do Código de Processo Civil, que obstam o conhecimento do recurso
quando não superada a “barreira” da admissibilidade, composta, dentre outros
requisitos, pela tempestividade.
ANTE O EXPOSTO, por ser intempestivo, não conheço do recurso, nos termos do
inciso III do art. 932 conjugado com o inciso I do art. 1.011, ambos do Código de
Processo Civil.
Intimem-se.
Goiânia, documento assinado digitalmente nesta data.

DES. LEOBINO VALENTE CHAVES


Relator
LEA

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 25/11/2020


18:31:53

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0322566-48.2012.8.09.0089
CLASSE PROCESSUAL : Ação Civil de Improbidade Administrativa ( Lei 8.429/92 )
POLO ATIVO : O MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE GOIAS
POLO PASSIVO : AUGUSTO CESAR CAMPOS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ONILTO SOARES RIBEIRO


ADVG. PARTE : 14260 GO - TOBIAS ALVES RODRIGUES JUNIOR

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 1727 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0322566-48.2012.8.09.0089
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Leobino Valente Chaves

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0322566-48.2012.8.09.0089


COMARCA DE IVOLÂNDIA
APELANTE : ONILTO SOARES RIBEIRO
APELADO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS
RELATOR : DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

DESPACHO

À vista da demonstração do preparo mediante,


exclusivamente, o comprovante de pagamento, desacompanhado, portanto, da guia
respectiva (documento juntado inservível), intime-se o recorrente para a
regularização, ficando advertido das cominações legais que o descumprimento
impõe.

Cumpra-se.

Goiânia, documento assinado digitalmente.

DES. LEOBINO VALENTE CHAVES


Relator
LUA

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 25/11/2020


18:32:30

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5597651-63.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ESPOLIO DE HELIO FERNANDES DA SILVA
POLO PASSIVO : JORGE JOSE DE MENEZES
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ESPOLIO DE HELIO FERNANDES DA SILVA


ADVG. PARTE : 45403 GO - HELIO FERNANDES DA SILVA JUNIOR

PARTE INTIMADA : HELIO FERNANDES DA SILVA JUNIOR


ADVG. PARTE : 45403 GO - HELIO FERNANDES DA SILVA JUNIOR

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5597651-63.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Leobino Valente Chaves

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 5597651-63.2020.8.09.0000


COMARCA DE CERES
AGRAVANTE: ESPÓLIO DE HÉLIO FERNANDES DA SILVA
AGRAVADO: JORGE JOSÉ DE MENEZES
RELATOR: DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

DESPACHO

Tendo em vista o princípio da não surpresa, intime-se a parte agravante para


manifestar-se sobre eventual inadmissibilidade do recurso, considerando possível
intempestividade, uma vez que o ato proferido no evento 40 do processo originário
cuida-se de deliberação quanto ao pedido de reconsideração, ficando para tanto
assinalado o prazo de 05 (cinco) dias, conforme art. 932, parágrafo único c/c art.
1.017, § 3º, ambos do CPC.

Intime(m)-se.

Goiânia, documento assinado digitalmente nesta data.

Des. LEOBINO VALENTE CHAVES


Relator
LNE

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho Processo Suspenso - Data da Movimentação


25/11/2020 19:10:43

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5184184-49.2019.8.09.0087
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : SACL
POLO PASSIVO : UG(TMBAFP
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : SACL


ADVG. PARTE : 28280 GO - RITA DE CÁSSIA PEREIRA BORGES

PARTE INTIMADA : UG(TMBAFP


ADVGS. PARTE : 26089 GO - SUELLEN COELHO BENICIO
25775 GO - STELLA CHRISTINA ALVES COIMBRA
19400 GO - TATIANA ACCIOLY FAYAD
25708 GO - MARIA HELENA BORDINI
34461 GO - ELISA MARIA ALESSI DE MELO

PARTE INTIMADA : UG(TMBAFP


ADVGS. PARTE : 25775 GO - STELLA CHRISTINA ALVES COIMBRA
26089 GO - SUELLEN COELHO BENICIO
34461 GO - ELISA MARIA ALESSI DE MELO
19400 GO - TATIANA ACCIOLY FAYAD
25708 GO - MARIA HELENA BORDINI

PARTE INTIMADA : SACL


ADVG. PARTE : 28280 GO - RITA DE CÁSSIA PEREIRA BORGES

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 25/11/2020


19:10:45

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5480647-05.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ALTAIR FERREIRA DA CUNHA
POLO PASSIVO : LAYANE SANTANA ALENCAR LIMA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ALTAIR FERREIRA DA CUNHA


ADVG. PARTE : 59169 DF - KIZZYANE KRISTINY FERNANDES ALVES

PARTE INTIMADA : LAYANE SANTANA ALENCAR LIMA


ADVG. PARTE : 47764 DF - ARTHUR GURGEL FREIRE SANTOS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5480647-05.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Zacarias Neves Coêlho

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 5480647.05.2020.8.09.0000


COMARCA DE PLANALTINA – 2ª Vara Cível
AGRAVANTE: ALTAIR FERREIRA DA CUNHA
AGRAVADO: LAYANE SANTANA ALENCAR LIMA
RELATOR: DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

DESPACHO

Em consulta aos autos de origem (5539985-45.2019.8.09.0128), verifico que


as partes transigiram, pois juntaram aos autos termo de acordo extrajudicial (evento n.
14), o qual está pendente de homologação pelo juízo a quo.

Sendo assim, determino a intimação do agravante para, no prazo de 05


(cinco) dias, informar se ainda possui interesse no julgamento deste recurso.

Goiânia, 25 de novembro de 2020.

DES. ZACARIAS NEVES CÔELHO


Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 25/11/2020


19:10:45

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5447625-53.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : BANCO BRADESCO S.A.
POLO PASSIVO : LÁZARA MARIA DE SIQUEIRA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO BRADESCO S.A.


ADVG. PARTE : 22930 GO - YANA CAVALCANTE DE SOUZA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5447625-53.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Zacarias Neves Coêlho

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 5447625-


53.2020.8.09.0000
COMARCA DE ITAGUARU (Vara Cível)
AGRAVANTE: BANCO BRADESCO S/A
AGRAVADA: LÁZARA MARIA DE SIQUEIRA
RELATOR: DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

DESPACHO

Instado a efetuar o recolhimento do preparo recursal de forma dobrada


(evento n. 22), o agravante acostou aos autos os comprovantes de pagamento
bancários inseridos no evento n. 25, contudo, desacompanhados das respectivas
guias de recolhimento.

Destarte, uma vez que é insuficiente para a comprovação do preparo a


apresentação somente de comprovante de pagamento bancário, intime-se o agravante
para que, no prazo de 05 (cinco) dias, apresente as correspondentes guias de
recolhimento, sob pena de deserção.

Goiânia, 25 de novembro de 2020.

DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO


Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5447625-53.2020.8.09.0000
ND

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 11:53:27

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0281940-33.2016.8.09.0093
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : ANIVALDA FERREIRA
POLO PASSIVO : BANCO BMG S.A.
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO BMG S.A.


ADVG. PARTE : 109730 MG - FLAVIA ALMEIDA MOURA DI LATELLA

PARTE INTIMADA : ANIVALDA FERREIRA


ADVG. PARTE : 39382 GO - DOUGLAS ANTÔNIO RODRIGUES DA LUZ

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 12:03:17

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5029249-03.2019.8.09.0103
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : EDIDACIO COELHO LACERDA
POLO PASSIVO : SECRETÁRIO DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE MINAÇU-GO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MUNICIPIO DE MINAÇU


ADVGS. PARTE : 22993 GO - JANINE MOREIRA FRAGA CAIXETA
22955 GO - GUSTAVO FRAGA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 12:05:46

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0205354-84.2015.8.09.0126
CLASSE PROCESSUAL : Ação Civil Pública
POLO ATIVO : MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE GOIAS
POLO PASSIVO : MUNICIPIO DE PIRENOPLIS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MARCIA AUREA OLIVEIRA


ADVGS. PARTE : 42156 GO - FERNANDA MESQUITA DE REZENDE
45201 GO - INDIANA AMORIM PEREIRA

PARTE INTIMADA : NIVALDO ANTONIO DE MELO


ADVGS. PARTE : 23523 GO - DYOGO CROSARA
40706 GO - LUCAS PARREIRA DE SIQUEIRA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 12:07:51

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5098559-80.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : DARCILENE FERREIRA DA SILVA
POLO PASSIVO : SECRETÁRIO DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : DARCILENE FERREIRA DA SILVA


ADVG. PARTE : 36601 GO - PATRICIA APARECIDA BUDAZ

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 12:11:25

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5503105-97.2019.8.09.0146
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : DANILO JORGE DAS NEVES
POLO PASSIVO : BRADESCARD S.A.
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BRADESCARD S.A.


ADVG. PARTE : 32013 GO - LEONARDO HENKES THOMPSON FLORES

PARTE INTIMADA : DANILO JORGE DAS NEVES


ADVG. PARTE : 54195 GO - HUGO RARYMMA FERREIRA DA SILVA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 1741 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 12:20:01

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0128540-94.2013.8.09.0160
CLASSE PROCESSUAL : Ação Civil Pública
POLO ATIVO : MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE GOIAS
POLO PASSIVO : JOAO DE ASSIS PACIFICO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : EDGAR JOSE GOMES


ADVGS. PARTE : 29361 GO - GISELLE FERNANDES DE PAULA
47221 GO - MARIANA MARANHAO CARDOSO
26150 GO - RODRIGO FARIA DA VEIGA JARDIM

PARTE INTIMADA : JOAO DE ASSIS PACIFICO


ADVGS. PARTE : 29361 GO - GISELLE FERNANDES DE PAULA
26150 GO - RODRIGO FARIA DA VEIGA JARDIM
47221 GO - MARIANA MARANHAO CARDOSO

PARTE INTIMADA : EDGAR JOSE GOMES


ADVGS. PARTE : 26150 GO - RODRIGO FARIA DA VEIGA JARDIM
29361 GO - GISELLE FERNANDES DE PAULA
47221 GO - MARIANA MARANHAO CARDOSO

PARTE INTIMADA : JOAO DE ASSIS PACIFICO


ADVGS. PARTE : 26150 GO - RODRIGO FARIA DA VEIGA JARDIM
29361 GO - GISELLE FERNANDES DE PAULA
47221 GO - MARIANA MARANHAO CARDOSO

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 12:23:46

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0129696-85.2015.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : FRANCISO MIGUEL DA SILVA
POLO PASSIVO : MAC EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MAC EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA


ADVGS. PARTE : 8418 GO - JOÃO CARLOS CASCÃO
24360 GO - KEYNER FERREIRA DO AMARAL

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 25/11/2020


19:10:47

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5397619-42.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : MUNICIPIO DE QUIRINOPOLIS
POLO PASSIVO : ORLANDINO ALVES PEREIRA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ORLANDINO ALVES PEREIRA


ADVG. PARTE : 22259 GO - EDWARD VICTOR MOURÃO DOS SANTOS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 1744 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5397619-42.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

GABINETE DO DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 5397619-


42.2020.8.09.0000
COMARCA DE QUIRINÓPOLIS (2ª Vara Cível)
AGRAVANTE: MUNICÍPIO DE QUIRINÓPOLIS
AGRAVADO: ORLANDINO ALVES PEREIRA
RELATOR: DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

DESPACHO

Intime-se a parte agravada para apresentar contrarrazões, no prazo legal.

Goiânia, 25 de novembro de 2020.

DES. ZACARIAS NEVES COELHO

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


26/11/2020 07:46:58

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5318050-89.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : TCMN
POLO PASSIVO : LCN
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : TCMN


ADVG. PARTE : 29384 GO - SHEYLA DAYANE FLORIANA DA ROCHA MESQUITA

PARTE INTIMADA : LCN


ADVG. PARTE : 49014 GO - SUZANA FERREIRA DA SILVA

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


26/11/2020 07:50:28

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5217726-06.2018.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : ALLIANZ SEGUROS
POLO PASSIVO : CELG DISTRIBUIÇÃO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CELG DISTRIBUIÇÃO


ADVG. PARTE : 51175 GO - JAYME SOARES DA ROCHA FILHO

PARTE INTIMADA : ALLIANZ SEGUROS


ADVG. PARTE : 99455 MG - ELTON CARLOS VIEIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5217726-06.2018.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador José Carlos de Oliveira

Apelação Cível nº 5217726.06.2018.8.09.0051

Órgão: 2ª Câmara Cível

Comarca: Goiânia - GO

Apelante: CELG DISTRIBUIÇÃO

Apelada: ALLIANZ SEGURO

Relator: Des. José Carlos de Oliveira

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade pertinentes à espécie, conheço do apelo.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5217726-06.2018.8.09.0051
Conforme o relato, cuida-se de Ação Regressiva de Ressarcimento de danos elétricos, promovida por
ALLIANZ SEGURO em face de CELG DISTRIBUIÇÃO, com fito de reaver o dispêndio de R$: 10.000,00 (Dez
mil reais), inerente aos danos causados nos equipamentos eletrônicos do segurado Condomínio Residencial
Real II (Apólice n° 5177201579160033817).

Adianto desde já que razão não assiste à apelante. Explico.

Em proêmio, consigno que a relação jurídica estabelecida entre as partes é tipicamente de consumo, nos
termos do art. 2º e 3º do Código de Defesa do Consumidor, por tratar-se de fornecimento de produtos e/ou
serviços.

Pois bem, ainda que tenha a seguradora sub-rogado os direitos do segurado, nos termos do art. 786 do Código
Civil, o que inclui os benefícios inerentes a aplicação do CDC, não a exonera por completo de acostar aos autos
o lastro mínimo probatório, devendo demonstrar necessariamente o nexo de causalidade, para que então
haja procedência do pedido de reparação civil, nos termos do art. 204 da Resolução Normativa nº 414/2010 da
ANEEL.

Ademais registro que a responsabilidade da concessionária de energia elétrica é objetiva, bastando a


demonstração do dano e nexo de causalidade, pouco importando que a conduta seja proveniente de dolo ou
culpa, nos termos do art. 37 § 6º da Constituição Federal.

Contudo, em que pese a concessionária sustentar a fragilidade dos laudos técnicos tecidos de forma unilateral,
realizado por empresa credenciada, entendo que há elementos seguros que justifiquem a caraterização do
nexo de causalidade entre o dano e conduta ilícita impugnada, não havendo que se falar em violação do
art. 204 da Resolução Normativa nº 414/2010 da ANEEL, por se tratar de típico procedimento administrativo.

Neste sentido, em análise ao debate entre as partes, percebo que a seguradora demonstrou nos autos, através
dos laudos técnicos, que os danos causados nos equipamentos avariados foram em virtude de descarga
elétrica.

Por outro lado, veja-se que o referido documento foi elaborado por empresa credenciada que acostou
informações técnicas específicas sobre o fato, inexistindo a alegada fragilidade documental por conter
informações imprecisas.

Friso que a concessionária não se desincumbiu do ônus probatório que paira do art. 373, inc. II do Código de
Processo Civil, afirmando somente que neste momento processual estava impossibilitada de romper o nexo de
causalidade ventilado nos autos, sem, contudo, utilizar os demais equipamentos e informações técnicas que

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Assinado por JOSE CARLOS DE OLIVEIRA
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5217726-06.2018.8.09.0051
estão em sua disposição para então demonstrar em juízo a ausência de responsabilidade.

Ademais, a jurisprudência é firme em admitir a validade dos laudos unilaterais quando, no momento
processual oportuno, a concessionária não os impugna de maneira expressa e veemente, concordando
com teor dos documentos coligidos aos autos ou quando não produz o mínimo de prova ao contrário.

Nesse sentido é o posicionamento desta Corte de justiça:

“5. Mesmo que unilaterais, se não foram expressa e tecnicamente impugnados pela
parte demandada, consideram-se válidos e eficazes os documentos acostados
com a exordial, que comprovam o nexo de causalidade entre os danos reclamados
e a falha na prestação do serviço de energia elétrica.” (TJGO – Apelação Cível nº
5023504.72.2017.8.09.0051, Rel. Des. Maria das Graças Carneiro Requi, DJe
16/08/2018)

Em que pese na contestação apresentada a concessionaria impugnar o teor dos laudos periciais acostados
pela apelada, reitero que não ventilou em juízo qualquer elemento suficiente que demonstre o contrário do que
alega a seguradora, justificando assim a procedência da ação em razão do cristalino nexo de causalidade da
conduta com o dano.

Deste modo, não há que se falar em cerceamento ao direito de defesa em razão dos equipamentos terem sidos
substituídos, uma vez que a concessionária dispõe de outros mecanismos técnicos para demonstrar que
naquele dia e local não ocorreu oscilação elétrica.

De mais a mais, sabe-se que os procedimentos administrativos de inspeção técnica para averiguar a ocorrência
do segurado, é criteriosa ao ponto de somente persistir o dever de indenizar quando não pairam dúvidas que de
fato a causa do dano esteja segurado.

Ressalto ainda que não há que se falar em supremacia da referida Resolução frente a ótica do Código de
Defesa do Consumidor, uma vez que aquela tem orientação administrativa, já esta última traz orientações
legais sobre as relações de consumo quando postuladas em juízo.

Nesta esteira, diante de todo o conjunto fático probatório, entendo que estão presentes os requisitos
necessários para procedência da ação regressiva.

Outro não é o entendimento deste Sodalício goiano:

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5217726-06.2018.8.09.0051
“4. É dever da distribuidora de energia elétrica garantir a segurança dos serviços prestados,
dotando o sistema de distribuição de mecanismos de proteção que garantam a estabilidade da
tensão na rede elétrica, de molde a evitar sua transferência aos consumidores com oscilações
que, invariavelmente, culminam com a queima de equipamentos eletrônicos. 5. Mesmo que
unilaterais, se não foram expressa e tecnicamente impugnados pela parte demandada,
consideram-se válidos e eficazes os documentos acostados com a exordial, que
comprovam o nexo de causalidade entre os danos provocados em eletrodomésticos e a
falha na prestação do serviço de energia elétrica. Precedentes. 6. Na esteira da
jurisprudência desta Corte, por força do disposto no art. 786, § 2º, do Código Civil, é despiciendo
que o consumidor tenha comunicado o problema na rede elétrica à concessionária ou requerido,
na via administrativa, a reparação dos danos suportados para que a seguradora possa exercer
seu direito de regresso.” (TJGO – Apelação Cível nº 5162764-07.2019.8.09.0113, Rel. Des.
Zacarias Neves Coelho, 2ª Câmara Cível, DJe 27/10/2020)

Neste diapasão, forçoso concluir que a sentença não é merecedora de reparos, posto que demonstrado o nexo
de causalidade entre o dano e a conduta da concessionária.

Ao teor do exposto, CONHEÇO do apelo e NEGO-LHE PROVIMENTO mantendo incólume a sentença


vergastada por seus próprios fundamentos.

Em razão do sucesso do recurso majoro a verba sucumbencial, nos termos do art. 85 § 11 do Código de
Processo Civil, para o percentual de 15% (quinze por cento) sobre o valor da causa.

É como voto.

Desembargador José Carlos de Oliveira

Relator

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de APELAÇÃO CÍVEL Nº 5217726.06.2018.8.09.0051, acordam os


componentes da Quinta Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível, à unanimidade de votos, em conhecer e
desprover o recurso, nos termos do voto do relator.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5217726-06.2018.8.09.0051
Votaram com o Relator, o Desembargador Leobino Valente Chaves e o Desembargador Zacarias Neves
Coelho.

A sessão foi presidida pelo Desembargador José Carlos de Oliveira em substituição ao Desembargador Amaral
Wilson de Oliveira.

Presente a ilustre Procuradora de Justiça Doutora Dilene Carneiro Freire.

Goiânia, datado e assinado digitalmente.

Desembargador JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5217726-06.2018.8.09.0051
Apelação Cível nº 5217726.06.2018.8.09.0051

Órgão: 2ª Câmara Cível

Comarca: Goiânia - GO

Apelante: CELG DISTRIBUIÇÃO

Apelada: ALLIANZ SEGURO

Relator: Des. José Carlos de Oliveira

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REGRESSIVA DE DANOS ELÉTRICOS.


APLICAÇÃO DO CDC. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA
CONCESSIONÁRIA ELÉTRICA. DANO. OCORRÊNCIA. NEXO DE
CAUSALIDADE. COMPROVAÇÃO. LAUDOS TÉCNICOS ELABORADOS
UNILATERALMENTE. FRAGILIDADE. INOCORRÊNCIA IMPUGNAÇÃO
ESPECÍFICA. INOBSERVÂNCIA AO ART. 204 DA RESOLUÇÃO NORMATIVA
Nº 414/2010. IRRELEVÂNCIA. SENTENÇA CONFIRMADA.

1. Ainda que tenha a seguradora sub-rogado os direitos do segurado, nos termos


do art. 786 do Código Civil, o que inclui os benefícios inerentes a aplicação do
CDC, não a exonera por completo de acostar aos autos o lastro mínimo
probatório, devendo demonstrar necessariamente o nexo de causalidade, para
que então haja procedência do pedido de reparação civil, nos termos do art. 204
da Resolução Normativa nº 414/2010 da ANEEL.

2. A jurisprudência é firme em admitir a validade dos laudos unilaterais somente


quando, no momento processual oportuno, a concessionária não os impugna de
maneira expressa e veemente, concordando com teor dos documentos coligidos
aos autos. (TJGO – Apelação Cível nº 5162764-07.2019.8.09.0113, Rel. Des.
Zacarias Neves Coelho, 2ª Câmara Cível, DJe 27/10/2020).

3. Ainda que os laudos técnicos não tenham sidos elaborados sob o crivo do
contraditório, o fato da concessionária não acostar em juízos provas que estão
em sua disposição em sentido diverso dos laudos, tendo somente os
impugnados, não possui condão de afastar sua veracidade.

APELAÇÃO CONHECIDA E DESPROVIDA. SENTENÇA CONFIRMADA.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido - Data da Movimentação


26/11/2020 08:00:20

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5205146-41.2018.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : ALLIANZ SEGUROS
POLO PASSIVO : CELG DISTRIBUIÇÃO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ALLIANZ SEGUROS


ADVG. PARTE : 47580 GO - ELTON CARLOS VIEIRA

PARTE INTIMADA : CELG DISTRIBUIÇÃO


ADVG. PARTE : 51175 GO - JAYME SOARES DA ROCHA FILHO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5205146-41.2018.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador José Carlos de Oliveira

Apelação Cível nº 5205146.41.2018.8.09.0051

Órgão: 2ª Câmara Cível

Comarca: Goiânia - GO

Apelante: ALLIANZ SEGUROS

Apelada: CELG DISTRIBUIÇÃO

Relator: Des. José Carlos de Oliveira

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade pertinente à espécie, conheço do apelo.

Conforme o relato, cuida-se de Ação Regressiva de Ressarcimento de danos elétricos, promovida por
ALLIANZ SEGUROS em face de CELG DISTRIBUIÇÃO, com fito de reaver o dispêndio de R$: 9.995,83 (nove
mil novecentos e noventa e cinco reais e oitenta e três centavos), inerente aos danos causados nos
equipamentos eletrônicos dos segurados: José Mario de Oliveira Júnior, Condomínio Portal Vale dos Rios e
Edivaldo Pereira de Assunção.

Preliminarmente pretende a apelante a cassação da sentença por cerceamento ao direito de defesa, uma vez
que indeferida a produção de prova oral requerida no evento nº 32.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5205146-41.2018.8.09.0051
Contudo, conforme se nota na narrativa processual, a produção de prova testemunhal em nada acrescentará ao
feito, revestindo-se nitidamente de prova imprestável, cuja prudência revela o indeferimento nos termos do art.
443, inc. II do Código de Processo Civil, vejamos:

Art. 443. O juiz indeferirá a inquirição de testemunhas sobre fatos:

II - que só por documento ou por exame pericial puderem ser provados.

Ocorre que em nada será útil ao feito as testemunhas afirmarem que houve oscilação de energia nos
equipamentos, pois a referida informação somente é obtida através de perícia técnica realizada por profissional
competente.

Por outro lado, não se pode ignorar que a finalidade da prova é o convencimento do julgador, seu destinatário
final. Assim, cabe ao magistrado ponderar sua utilidade e finalidade, de modo a perquirir qual será o proveito
aos autos.

Outra não é a dicção do art. 370 do CPC ao prescrever que “caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da
parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito”.

Neste aspecto, vale destacar que a alegação de cerceamento de defesa, por julgamento antecipado da lide,
exige demonstração do prejuízo processual, o que não ocorreu na espécie.

Neste sentido é o enunciado da Súmula nº 28 deste Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, in verbis:

Súmula nº 28 – Afasta-se a preliminar de cerceamento de defesa, suscitada em


razão do julgamento antecipado da lide, quando existem nos autos provas
suficientes à formação do convencimento do juiz e a parte interessada não se
desincumbe do ônus de demonstrar o seu prejuízo, sem o qual não há de se falar
em nulidade.

Nesta esteira, deve ser afastada a preliminar de cerceamento ao direito de defesa, pelas razões alinhavadas.

Já no mérito, melhor sorte assiste a apelante. Explico.

Em que pese a concessionária sustentar a fragilidade dos laudos técnicos tecidos de forma unilateral, ainda que

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NR.PROCESSO: 5205146-41.2018.8.09.0051
realizado por empresa credenciada, vejo que a seguradora comprovou eficazmente o preenchimento dos
requisitos legais de caraterização da responsabilidade objetiva da apelada, não havendo que se falar em
violação da Resolução Normativa nº 414/2010 da ANEEL, ante as disposições trazidas pela Lei Federal nº
8078/90.

Sabe-se por outro lado, que tratando-se de relação de consumo, uma vez sub-rogado os direitos dos
segurados, a reparação civil independe de demonstração de dolo ou culpa, pois evidente a responsabilidade
objetiva da concessionária de serviços, bastando a demonstração do prejuízo e nexo de causalidade, nascendo
assim o direito de reparar (art. 37 § 6º, da Constituição Federal).

Contudo, ainda que a seguradora tenha sub rogado os direitos do segurado, e isso inclui a incidência do Código
de Defesa do Consumidor, tratando-se de nítida relação de consumo alinhavada no art. 2º do referido codex, a
incidência da legislação especial, embora traga garantias adicionais e facilitação de seus direitos, não exonera
a apelante de carrear elementos mínimos que justifique o pedido, devendo fazer, necessariamente, prova do
nexo de causalidade, nos termos previstos da Resolução nº 414/2010 da ANEEL.

Neste sentido, em análise ao debate entre as partes, percebo que a seguradora demonstrou nos autos, através
dos laudos técnicos, que os danos causados nos equipamentos avariados foram em virtude de descarga
elétrica.

Por outro lado, veja-se que o referido documento foi elaborado por empresa credenciada que acostou
informações técnicas específicas sobre o fato, inexistindo a alegada fragilidade documental por conter
informações imprecisas.

Friso que a concessionária não se desincumbiu do ônus probatório que paira do art. 373, inc. II do Código de
Processo Civil, afirmando somente que neste momento processual estava impossibilitada de romper o nexo de
causalidade ventilado nos autos, sem, contudo, utilizar os demais equipamentos e informações técnicas que
estão em sua disposição para então demonstrar em juízo a ausência de responsabilidade.

Ademais, a jurisprudência é firme em admitir a validade dos laudos unilaterais quando, no momento
processual oportuno, a concessionária não os impugna de maneira expressa e veemente, concordando
com teor dos documentos coligidos aos autos ou quando não produz o mínimo de prova ao contrário.

Nesse sentido é o posicionamento desta Corte de justiça:

“5. Mesmo que unilaterais, se não foram expressa e tecnicamente impugnados pela
parte demandada, consideram-se válidos e eficazes os documentos acostados
com a exordial, que comprovam o nexo de causalidade entre os danos reclamados
e a falha na prestação do serviço de energia elétrica.” (TJGO – Apelação Cível nº

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5205146-41.2018.8.09.0051
5023504.72.2017.8.09.0051, Rel. Des. Maria das Graças Carneiro Requi, DJe
16/08/2018)

Em que pese na contestação apresentada no evento nº 22, a concessionaria impugnar o teor dos laudos
periciais acostados pela apelada, reitero que não ventilou em juízo qualquer elemento suficiente que demonstre
o contrário do que alega a seguradora, justificando assim a procedência da ação em razão do cristalino nexo de
causalidade da conduta com o dano.

Deste modo, não há que se falar em cerceamento ao direito de defesa em razão dos equipamentos terem sidos
substituídos, uma vez que a concessionária dispõe de outros mecanismos técnicos para demonstrar que
naquele dia e local não ocorreu oscilação elétrica.

De mais a mais, sabe-se que os procedimentos administrativos de inspeção técnica para averiguar a ocorrência
do segurado, é criteriosa ao ponto de somente persistir o dever de indenizar quando não pairam dúvidas que de
fato a causa do dano esteja segurado.

Ressalto ainda que não há que se falar em supremacia da referida Resolução frente a ótica do Código de
Defesa do Consumidor, uma vez que aquela tem orientação administrativa, já esta última traz orientações
legais sobre as relações de consumo quando postuladas em juízo.

Nesta esteira, diante de todo o conjunto fático probatório, entendo que estão presentes os requisitos
necessários para procedência da ação regressiva.

Outro não é o entendimento deste Sodalício goiano:

“4. É dever da distribuidora de energia elétrica garantir a segurança dos serviços prestados,
dotando o sistema de distribuição de mecanismos de proteção que garantam a estabilidade da
tensão na rede elétrica, de molde a evitar sua transferência aos consumidores com oscilações
que, invariavelmente, culminam com a queima de equipamentos eletrônicos. 5. Mesmo que
unilaterais, se não foram expressa e tecnicamente impugnados pela parte demandada,
consideram-se válidos e eficazes os documentos acostados com a exordial, que
comprovam o nexo de causalidade entre os danos provocados em eletrodomésticos e a
falha na prestação do serviço de energia elétrica. Precedentes. 6. Na esteira da
jurisprudência desta Corte, por força do disposto no art. 786, § 2º, do Código Civil, é despiciendo
que o consumidor tenha comunicado o problema na rede elétrica à concessionária ou requerido,
na via administrativa, a reparação dos danos suportados para que a seguradora possa exercer
seu direito de regresso.” (TJGO – Apelação Cível nº 5162764-07.2019.8.09.0113, Rel. Des.
Zacarias Neves Coelho, 2ª Câmara Cível, DJe 27/10/2020)

Neste diapasão, forçoso concluir que a sentença é merecedora de reparos, posto que demonstrado o nexo de

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NR.PROCESSO: 5205146-41.2018.8.09.0051
causalidade entre o dano e a conduta da concessionária.

Ao cabo do exposto, CONHEÇO do apelo e DOU-LHE PROVIMENTO para condenar a concessionária de


energia elétrica, ora apelada, ao pagamento do dispêndio de R$ 9.995,83 (nove mil, novecentos e noventa e
cinco reais e oitenta e três centavos), corrigidos monetariamente pelo INPC, a partir da data do pagamento ao
segurado, e acrescido de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês (CC, art. 406), a partir da data da citação
(Súmula 54 do STJ).

Em razão do sucesso do apelo, inverto a verba honorária e a majoro, nos termos do art. 85 § 11 do Código de
Processo Civil, para o percentual de 15% (quinze por cento) sobre o valor da causa atualizado.

É como voto.

Goiânia, datado e assinado digitalmente

Desembargador José Carlos de Oliveira

Relator

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de APELAÇÃO CÍVEL Nº 5205146.41.2018.8.09.0051, acordam os


componentes da Quinta Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível, à unanimidade de votos, em conhecer e
prover o recurso, nos termos do voto do relator.

Votaram com o Relator, o Desembargador Leobino Valente Chaves e o Desembargador Zacarias Neves
Coelho.

A sessão foi presidida pelo Desembargador José Carlos de Oliveira em substituição ao Desembargador Amaral

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NR.PROCESSO: 5205146-41.2018.8.09.0051
Wilson de Oliveira.

Presente a ilustre Procuradora de Justiça Doutora Dilene Carneiro Freire.

Goiânia, datado e assinado digitalmente.

Desembargador JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em
Assinado por JOSE CARLOS DE OLIVEIRA
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5205146-41.2018.8.09.0051
Apelação Cível nº 5205146.41.2018.8.09.0051

Órgão: 2ª Câmara Cível

Comarca: Goiânia - GO

Apelante: ALLIANZ SEGUROS

Apelada: CELG DISTRIBUIÇÃO

Relator: Des. José Carlos de Oliveira

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REGRESSIVA DE DANOS ELÉTRICOS.


APLICAÇÃO DO CDC. CERCEAMENTO AO DIREITO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA.
PROVAS PERICIAIS PRODUZIDAS UNILATERALMENTE. AUSÊNCIA DE
FRAGILIDADE DOS LAUDOS PERICIAIS. COMPROVAÇÃO DO NEXO DE
CAUSALIDADE. SENTENÇA REFORMADA.

1. Afasta-se a preliminar de cerceamento de defesa, suscitada em razão do julgamento


antecipado da lide, quando existem nos autos provas suficientes à formação do
convencimento do juiz e a parte interessada não se desincumbe do ônus de demonstrar
o seu prejuízo, sem o qual não há de se falar em nulidade (Súmula nº 28 TJGO).

2. A jurisprudência é firme em admitir a validade dos laudos unilaterais somente quando,


no momento processual oportuno, a concessionária não os impugna de maneira
expressa e veemente, concordando com teor dos documentos coligidos aos autos.
(TJGO – Apelação Cível nº 5162764-07.2019.8.09.0113, Rel. Des. Zacarias Neves
Coelho, 2ª Câmara Cível, DJe 27/10/2020).

3. Não há que se falar em fragilidade dos laudos periciais acostado pela seguradora,
uma vez que a concessionária não acostou em juízo informações técnicas que estão em
sua disposição que consigam romper o assentamento lógico do teor da perícia realizada
pelo profissional expert, ainda que feito unilateralmente por empresa credenciada.

APELAÇÃO CONHECIDA E PROVIDA. SENTENÇA REFORMADA

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em
Assinado por JOSE CARLOS DE OLIVEIRA
Validação pelo código: 10403560014812127, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/PendenciaPublica
Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 1761 de 5858
ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


26/11/2020 08:03:46

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5215616-22.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ENEL - CELG DISTRIBUIÇÃO S.A CELG D
POLO PASSIVO : CERAMICA BARREIRAO LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ENEL - CELG DISTRIBUIÇÃO S.A CELG D


ADVG. PARTE : 51175 GO - JAYME SOARES DA ROCHA FILHO

PARTE INTIMADA : CERAMICA BARREIRAO LTDA


ADVG. PARTE : 28253 GO - SANDRO DE ABREU SANTOS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5215616-22.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador José Carlos de Oliveira

Agravo de instrumento nº 5215616.22.2020.8.09.0000

Órgão: 2ª Câmara Cível

Agravante: CELG DISTRIBUIÇÃO S/A

Agravada: CERÂMICA BARREIRÃO LTDA

Relator: Des. José Carlos de Oliveira

VOTO

Presentes o pressupostos de admissibilidade pertinentes à espécie, conheço do agravo.

Conforme o relato, trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por CELG DISTRIBUIÇÃO S/A
irresignado com a decisão interlocutória que concedeu antecipação de tutela (evento nº 05) proferida pelo MM.
Juíza de Direito da 24ª Vara Cível Comarca de Goiânia/GO, Dr. Iara Márcia Franzoni de Lima Costa, nos autos
que instrumentaliza Ação Declaratória de Nulidade de Procedimento Administrativo c/c Anulatória de Débito c/c
Obrigação de Fazer de Não Fazer Com Pedido de Tutela Provisória de Urgência, ajuizada por CERÂMICA

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5215616-22.2020.8.09.0000
BARREIRÃO LTDA, já qualificado no feito.

Sustenta o agravante a reforma da decisão uma vez ausentes os requisitos autorizadores para concessão da
medida concedida, uma vez que é legal a cobrança e suspensão do fornecimento de energia na Unidade
Consumidora da agravada.

Contudo, razão não assiste ao agravante. Explico.

Em proêmio, consigno que o agravo de instrumento é recurso secundum eventus litis o qual tem objetivo de
analisar o acerto ou desacerto da decisão recorrida, limitando-se somente os elementos apreciados na
instância singela, sob pena de configurar supressão de instância.

Outro não é o entendimento deste Sodalício goiano:

“Importante pontuar que o agravo de instrumento trata-se de um recurso


secundum eventum litis sendo que o julgador deve ater-se somente quanto ao
acerto ou desacerto da decisão recorrida, restando vedado, por conseguinte, a
análise de questões meritórias não aferidas no decisum recorrido, sob pena de
supressão de instância.”

(TJGO – Agravo de Instrumento nº 5071274.15.2020.8.09.0000, Rel. José Carlos


de Oliveira, 2ª Câmara Cível, DJe 04/08/2020)

Em cotejo aos autos, nota-se que o magistrado singular deferiu a liminar requerida pois evidenciado os
requisitos autorizadores da concessão da medida, vez que de forma sumária restou demonstrado que a
discussão sobre o débito cobrado paira sobre fornecimento pretérito de energia elétrica com base em decisão
administrativa, somando-se o fato de se tratar de serviço publico essencial e contínuo imprescindível para o
normal funcionamento da empresa agravada.

Registro que neste momento processual, somente é permitido ao Tribunal de Justiça analisar a presença ou
não dos requisitos autorizadores para a concessão da liminar de primeiro grau, até pois eventual apreciação de
mérito da ação proposta ocasionária na antecipação do julgamento do feito, antes da prestação jurisdicional de
primeiro grau, o que é vedado pelo ordenamento legal.

Nesta esteira, pontuo que por hora esta Corte se restringirá em identificar a presença dos pressupostos

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NR.PROCESSO: 5215616-22.2020.8.09.0000
necessários à concessão da tutela antecipada, bem sejam: a verossimilhança das alegações e fundado receio
de dano irreparável, seja pelo fato da prestação jurisdicional não venha no tempo necessário para assegurar o
exercício do direito reivindicado (art. 300 CPC).

Logo, diante do explanado, vejo que o deferimento da liminar concedia em primeiro grau, foi realizada
acertadamente, isto porque segundo o Superior Tribunal de Justiça “por se tratar de serviço essencial, é
vedado o corte no fornecimento do serviço de energia elétrica quando se tratar de inadimplemento de
débito antigo” (REsp 1658348/GO, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em
16/05/2017, DJe 16/06/2017).

Nesta esteira vejo que a discussão sobre o débito referente ao fornecimento de energia elétrica paira
sobre irregularidades constatadas no ano de 2018, não podendo ser suspensa a prestação de serviços
por dívida pretérita.

Ademais, registre-se que o art. 172 §2º, da Resolução Normativa nº 414, de 09 de setembro de 2010, da
Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), trás de forma imperativa a vedação de suspensão de
fornecimento de energia elétrica por débito pretérito.

Por outro lado, o periculum in mora encontra-se presente ao passo que a interrupção de elemento de natureza
essencial trará prejuízos de difícil reparação, posto que a empresa necessita de energia para seu normal
funcionamento, ainda mais em tempos de colapso econômico.

Por fim, ressalto que a alegação de regularidade da cobrança administrativa, bem como o procedimento
adotado deve ser ventilado na origem, sob pena de supressão de instância, não sendo o momento processual
adequado sua apreciação.

Ao teor do exposto, CONHEÇO do agravo de instrumento e NEGO-LHE PROVIMENTO mantendo incólume a


decisão guerreada por seus próprios fundamentos.

É como voto.

Goiânia, datado e assinado digitalmente.

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NR.PROCESSO: 5215616-22.2020.8.09.0000
DESEMBARGADOR JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

RELATOR

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5215616.22.2020.8.09.0000,


acordam os componentes da Quinta Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível, à unanimidade de votos, em
conhecer e desprover o recurso, nos termos do voto do relator.

Votaram com o Relator, o Desembargador Leobino Valente Chaves e o Desembargador Zacarias Neves
Coelho.

A sessão foi presidida pelo Desembargador José Carlos de Oliveira em substituição ao Desembargador Amaral
Wilson de Oliveira.

Presente a ilustre Procuradora de Justiça Doutora Dilene Carneiro Freire.

Goiânia, datado e assinado digitalmente.

Desembargador JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

Relator

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NR.PROCESSO: 5215616-22.2020.8.09.0000

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NR.PROCESSO: 5215616-22.2020.8.09.0000
Agravo de instrumento nº 5215616.22.2020.8.09.0000

Órgão: 2ª Câmara Cível

Agravante: CELG DISTRIBUIÇÃO S/A

Agravada: CERÂMICA BARREIRÃO LTDA

Relator: Des. José Carlos de Oliveira

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE


PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO. COBRANÇA DE ENERGIA ELÉTRICA.
TUTELA ANTECIPADA. DEFERIMENTO. REQUISITOS AUTORIZADORES
PRESENTES. ART. 300 DO CPC. FUMUS BONI IURIS E PERICULUM IN MORA.
SUSPENSÃO DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA. DÉBITO PRETÉRITO.
IMPOSSIBILIDADE. DECISÃO CONFIRMADA.

1. O agravo de instrumento é recurso secundum eventus litis limitando-se em analisar o


acerto ou desacerto da decisão recorrida, não sendo possível adentrar em questões
meritórias sob pena de supressão de instância.

2. Segundo o Superior Tribunal de Justiça “por se tratar de serviço essencial, é vedado o


corte no fornecimento do serviço de energia elétrica quando se tratar de inadimplemento
de débito antigo” (REsp 1658348/GO, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA
TURMA, julgado em 16/05/2017, DJe 16/06/2017).

3. O art. 172 §2º, da Resolução Normativa nº 414, de 09 de setembro de 2010, da


Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), trás de forma imperativa a vedação de
suspensão de fornecimento de energia elétrica por débito pretérito.

AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO. DECISÃO


CONFIRMADA.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido em Parte e Não-Provido - Data da


Movimentação 26/11/2020 08:15:01

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0284187-21.2013.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : SOLANGE SILVA SANTOS
POLO PASSIVO : BANCO BMG
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO BMG


ADVGS. PARTE : 78069 MG - ANDRE RENNO LIMA GUIMARAES DE ANDRADE
36537 GO - BREINER RICARDO DINIZ RESENDE MACHADO

PARTE INTIMADA : SOLANGE SILVA SANTOS


ADVG. PARTE : 45464 GO - RAEL BISPO DOS SANTOS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 0284187-21.2013.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador José Carlos de Oliveira

APELAÇÃO CÍVEL N. 0284187-21.2013.8.09.0051

COMARCA GOIÂNIA

APELANTE BANCO BMG S.A.

APELADA SOLANGE SILVA SANTOS

RECURSO ADESIVO

RECORRENTE SOLANGE SILVA SANTOS

RECORRIDO BANCO BMG S.A.

RELATOR Desembargador José Carlos de Oliveira

VOTO

Conforme relatado, almejam as partes, cada qual com sua irresignação, a reforma da sentença pela qual sua
Prolatora julgou procedente o pleito autoral nos seguintes termos:

Ante o exposto, nos termos do artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil,
JULGO PROCEDENTE o pedido de restituição dos valores, para condenar o
Banco réu à restituição dos valores descontados de modo indevido da autora,
que perfaz a quantia de R$ 4.162,52 (quatro mil, cento e sessenta e dois reais e

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NR.PROCESSO: 0284187-21.2013.8.09.0051
cinquenta e dois centavos), a qual deve ser corrigida monetariamente pelo INPC
e acrescida de juros de mora de 1% ao mês, a partir de cada um dos descontos
reconhecidos como indevidos neste decisório (enunciados n. 43 e 54 da súmula
do STJ).

Para este pedido, condeno o banco réu ao pagamento das custas processuais e
honorários advocatícios, estes fixados em 20% (vinte por cento) sobre o valor da
condenação, em conformidade com o artigo 85, § 2º, do CPC.

Em síntese, nas razões da apelação cível, o banco réu/apelante argumenta que a apelada tinha plena ciência
da modalidade de contrato celebrado, devendo, em homenagem ao princípio da força obrigatória dos contratos,
ser preservada a avença.

Por outro lado, ressalta que a limitação de juros imposta pela Lei da Usura não se aplica às instituições
financeiras e, então, insurge-se contra a condenação à restituição da importância firmada na origem (repetição
do indébito).

Já nas razões do recurso adesivo, a autora/recorrente adesiva alega que a restituição de valores deve ser
realizada em dobro, e não na forma simples.

1. Preclusão Consumativa.

Adianto, desde logo, que as ilações de que o contrato havido entre as partes é hígido e a Lei da Usura
inaplicável ao caso, sustentadas no apelo, não serão examinadas nesta sede, pois foram objeto de análise da
decisão interlocutória (movimentação 21) que julgou parcialmente o mérito, na forma do art. 356, do Código de
Processo Civil.

Naquela ocasião, reconheceu-se a abusividade do ajuste havido entre os litigantes e foi julgado procedente o
pedido revisional, fixando os juros remuneratórios do contrato de acordo com a taxa média de mercado (2,02%
a.m.) e permitindo tão somente a incidência da capitalização anual.

À luz de tal cenário, como estava inconformado com os termos do aludido provimento jurisdicional, o banco
apelante dele recorreu por meio de agravo de instrumento (n. 5430929-44.2017.8.09.0000, que restou
desprovido), conforme prevê o § 5º do art. 356, do Diploma Processual Civil.

Para melhor compreensão, eis a íntegra do artigo:

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NR.PROCESSO: 0284187-21.2013.8.09.0051
Art. 356, do CPC. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos
pedidos formulados ou parcela deles:

I – mostrar-se incontroverso;

II – estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355.

§ 1º A decisão que julgar parcialmente o mérito poderá reconhecer a existência


de obrigação líquida ou ilíquida.

§ 2º A parte poderá liquidar ou executar, desde logo, a obrigação reconhecida na


decisão que julgar parcialmente o mérito, independentemente de caução, ainda
que haja recurso contra essa interposto.

§ 3º Na hipótese do § 2º, se houver trânsito em julgado da decisão, a execução


será definitiva.

§ 4º A liquidação e o cumprimento da decisão que julgar parcialmente o mérito


poderão ser processados em autos suplementares, a requerimento da parte ou a
critério do juiz.

§ 5º A decisão proferida com base neste artigo é impugnável por agravo de


instrumento.

Desta feita, da leitura conjugada do dispositivo acima transcrito com o § 1º do art. 1.009, do Digesto Processual
Civil, o qual dispõe que apenas as questões resolvidas na fase de conhecimento não atacáveis por agravo de
instrumento é que devem ser suscitadas em sede de apelação, extrai-se que as matérias aventadas na
apelação e regularmente apreciadas na decisão parcial de mérito e no julgamento do recurso instrumental
foram albergadas pelo manto da preclusão consumativa, daí por que não cabe renovação da discussão neste
momento processual (art. 507, do CPC).

Assim sendo, conheço parcialmente da apelação cível, apenas no tocante à repetição do indébito, único ponto
não precluso.

2. Repetição do Indébito.

A respeito da obrigação de restituir, sem necessidade de grandes digressões, cumpre ressaltar que, em sendo
revisado o percentual dos juros remuneratórios, por certo, tem lugar o recálculo da dívida, com possível
verificação de pagamento a maior feito pela devedora/apelada, como de fato ocorreu na espécie!

Em situações tais, “(…) Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, é possível tanto a
compensação de créditos quanto a devolução da quantia paga indevidamente, independentemente de
comprovação de erro no pagamento, em obediência ao princípio que veda o enriquecimento ilícito. Inteligência
da Súmula 322/STJ” (STJ, Segunda Seção, Recurso Especial n. 1.388.972/SC, Rel. Min. Marco Buzzi, DJ de
13/03/2017).

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NR.PROCESSO: 0284187-21.2013.8.09.0051
A par do tema, como bem ressaltou a Sentenciante, também é bom deixar claro que a despeito de o juiz não
ficar adstrito ao laudo pericial, in casu, inexiste razão para não valoração da perícia contábil no julgamento,
afinal ela aclara, de forma bastante precisa, matéria técnica que, por óbvio, foge à capacidade dos julgadores
de primeiro e segundo grau de jurisdição.

3. Recurso Adesivo: Inovação Recursal.

Respeitante à insurgência subordinada, com a qual a parte recorrente adesiva objetiva a condenação do banco
adversário na repetição do indébito em dobro, não ultrapassa a barreira da admissibilidade, por evidente
inovação recursal, afinal a restituição pleiteada na petição inicial é a simples.

Nesta senda, uma vez que referida tese (repetição em dobro) não foi levada ao crivo da Juíza de primeiro grau,
tampouco apreciada na sentença recorrida, não cabe a este Tribunal analisar tal pretensão, sob pena de
supressão de instância.

4. Juros moratórios.

Avançando no julgamento, constato que a Magistrada de primeira instância equivocou-se quando da


estipulação do termo inicial dos juros de mora incidentes sobre o montante indenizatório (a partir de
cada um dos descontos reconhecidos como indevidos), o que deve ser corrigido, de ofício, por se tratar
de matéria de ordem pública.

Como é cediço, “contam-se os juros de mora desde a citação inicial”, em caso de responsabilidade
contratual (art. 405, do CC). Logo, sobre a indenização material, portanto, incidirão juros de mora legais
(1% ao mês), a partir da citação, além de correção monetária, nos moldes dispostos na sentença
(Súmula n. 43/STJ1).

5. Litigância de má-fé.

Derradeiramente, no que tange ao pedido de condenação da instituição financeira apelante nas penas da
litigância de má-fé, formulado na contraminuta ao apelo, a meu sentir não estão presentes os requisitos legais
imprescindíveis à incidência dessa modalidade de sanção processual, afinal, ao aviar sua insurgência, ela,
aparentemente, desenvolveu a tese jurídica na qual acredita e que entendeu poderia se amoldar ao caso.

Aliás, a bem da verdade, parece que a renovação de teses já veiculadas em sede de agravo de instrumento é

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NR.PROCESSO: 0284187-21.2013.8.09.0051
mais fruto da falta de atenção à documentação e atos carreados ao processo, do que propriamente da intenção
deliberada de deduzir pretensão contra fato incontroverso, interpor recurso meramente protelatório ou de
qualquer resquício do exercício desleal do direito de defesa.

Logicamente, a simples rejeição da argumentação vertida no arrazoado não autoriza, de per si, a condenação
do apelante por litigância de má-fé.

Nesse sentido:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA SECURITÁRIA (EM


SEDE DE PEDIDO DE CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DE SENTENÇA).
RECURSO SECUNDUM EVENTUM LITIS. DECISÃO QUE REJEITA A
IMPUGNAÇÃO PROVISÓRIA AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. EXCESSO
DE EXECUÇÃO E ERRO MATERIAL NO ACÓRDÃO EXECUTADO. NÃO
COMPROVADOS. MULTA POR LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. DESCABIMENTO.
DECISÃO MANTIDA. (…). Não é possível a aplicação da multa por litigância de
má-fé, prevista no artigo 81 do NCPC, suscitada em sede de contrarrazões,
quando a parte apenas exerce o seu direito de recorrer, conforme previsão da Lei
Processual Civil. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.
(TJGO, 5ª Câmara Cível, Agravo de Instrumento n. 5577211-80.2019.8.09.0000,
Rel. Des. Francisco Vildon José Valente, DJ de 03/12/2019)

6. Dispositivo.

Isto posto, conheço parcialmente da Apelação Cível e, nesta extensão, nego-lhe provimento e, outrossim,
não conheço do Recurso Adesivo, nos termos acima alinhavados. Noutro tanto, de ofício, altero o termo
inicial dos juros de mora incidentes sobre o montante a ser restituído, a fim de que se observe a data da citação
(art. 405, do CC).

Por já terem sido fixados no patamar máximo (20%), deixo de majorar os honorários advocatícios a que faz jus
o causídico da parte vencedora/autora (art. 85, § 11, do CPC).

É o voto.

Goiânia, datado e assinado digitalmente.

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NR.PROCESSO: 0284187-21.2013.8.09.0051
Desembargador José Carlos de Oliveira

Relator

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de APELAÇÃO CÍVEL Nº 0284187-21.2013.8.09.0051, acordam os


componentes da Quinta Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível, à unanimidade de votos, em conhecer e
prover parcialmente a Apelação Cível e nesta extensão desprovê-la e não conhecer do Recurso
Adesivo, nos termos do voto do relator.

Votaram com o Relator, o Desembargador Leobino Valente Chaves e o Desembargador Zacarias Neves
Coelho.

A sessão foi presidida pelo Desembargador José Carlos de Oliveira em substituição ao Desembargador Amaral
Wilson de Oliveira.

Presente a ilustre Procuradora de Justiça Doutora Dilene Carneiro Freire.

Goiânia, datado e assinado digitalmente.

Desembargador JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

Relator

1 “Incide correção monetária sobre dívida por ato ilícito a partir da data do efetivo prejuízo.”

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NR.PROCESSO: 0284187-21.2013.8.09.0051

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NR.PROCESSO: 0284187-21.2013.8.09.0051
APELAÇÃO CÍVEL N. 0284187-21.2013.8.09.0051

COMARCA GOIÂNIA

APELANTE BANCO BMG S.A.

APELADA SOLANGE SILVA SANTOS

RECURSO ADESIVO

RECORRENTE SOLANGE SILVA SANTOS

RECORRIDO BANCO BMG S.A.

RELATOR Desembargador José Carlos de Oliveira

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE MODIFICAÇÃO C/C DECLARATÓRIA DE


NULIDADE DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. CARTÃO DE CRÉDITO
CONSIGNADO. JULGAMENTO PARCIAL DO MÉRITO. REVISÃO DOS
JUROS REMUNERATÓRIOS. DECISÃO CONFIRMADA EM SEDE DE
AGRAVO DE INSTRUMENTO. PRECLUSÃO CONSUMATIVA. VERIFICAÇÃO
DE PAGAMENTO A MAIOR. RECURSO ADESIVO NÃO CONHECIDO.
FORMA DE REPETIÇÃO DO INDÉBITO. INOVAÇÃO RECURSAL. TERMO
INICIAL DOS JUROS DE MORA. ALTERAÇÃO, DE OFÍCIO. MULTA POR
LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. CONDENAÇÃO DESAUTORIZADA. SENTENÇA
PARCIALMENTE REFORMADA, DE OFÍCIO. 1. Os pedidos analisados na
decisão parcial de mérito atacada por precedente agravo de instrumento (art.
356, § 5º, do CPC) não serão revisitados, pois, uma vez operada a preclusão
consumativa, não cabe renovação da discussão em sede de apelação (arts. 507
e 1.009, § 1º, do CPC). Assim, a análise desenvolvida se limitará à repetição do
indébito, único ponto não albergado pelo manto da preclusão. 2. Em sendo
revisado o percentual dos juros remuneratórios, por certo, tem lugar o recálculo
da dívida, com possível verificação de pagamento a maior feito pela
devedora/apelada, como ocorreu na espécie. 3. A despeito de o juiz não ficar
adstrito ao laudo pericial, in casu, inexiste razão para não valoração da perícia
contábil no julgamento, afinal ela aclara, de forma bastante precisa, matéria
técnica que, por óbvio, foge à capacidade dos julgadores de primeiro e segundo
grau de jurisdição. 4. Não se conhece de insurgência subordinada com a qual a
parte recorrente adesiva objetiva a condenação do banco adversário à repetição
do indébito em dobro se a restituição pleiteada na petição inicial é a simples, por
evidente inovação recursal, uma vez que referida tese não foi levada ao crivo da
Juíza de primeiro grau, tampouco apreciada na sentença recorrida, não cabendo
a este Tribunal analisar tal pretensão, sob pena de supressão de instância. 5.
Consoante dispõe o art. 405, do CC, os juros moratórios fluem a partir da citação
, em caso de responsabilidade contratual. Neste particular, sentença modificada
de ofício. 6. Não se verificando a presença de nenhuma das hipóteses do art. 80,
do CPC (litigância de má-fé), resta inaplicável a multa legal ali prevista.
APELAÇÃO CÍVEL PARCIALMENTE CONHECIDA E, NESTA EXTENSÃO,
DESPROVIDA. RECURSO ADESIVO NÃO CONHECIDO. SENTENÇA
REFORMADA DE OFÍCIO.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido - Data da Movimentação


26/11/2020 09:16:01

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5294972-74.2018.8.09.0020
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : GLEIDSON ROSALEN ABIB
POLO PASSIVO : ESTADO DE GOIÁS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : GLEIDSON ROSALEN ABIB


ADVG. PARTE : 31252 GO - RUBENS BARBOSA DE OLIVEIRA JUNIOR

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5294972-74.2018.8.09.0020
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador José Carlos de Oliveira

REMESSA NECESSÁRIA E APELAÇÃO CÍVEL Nº 5294972-74.2018.8.09.0020

2ª CÂMARA CÍVEL

APELANTE : ESTADO DE GOIÁS

APELADO : GLEIDSON ROSALEN ABIB

RELATOR : DESEMBARGADOR JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade do brado recursal, dele conheço.

Conheço também da remessa necessária, uma vez que a sentença foi proferida contra a Administração
Pública Municipal, nos termos do que determina o artigo 496, do Código de Processo Civil, in verbis:

Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito
senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença:

I – proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e


suas respectivas autarquias e fundações de direito público

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NR.PROCESSO: 5294972-74.2018.8.09.0020
Pois bem.

Ante a extrema relevância, tenho por bem trazer à baila o que dispõe o artigo 37, caput, da Constituição
da República Federativa do Brasil de 1988, com redação dada pela Emenda Constitucional nº 19/1998:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes


da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência e, também, ao seguinte: (…)

Assim, por expressa previsão constitucional, a Administração Pública, direta e indireta, de todas as
esferas federativas, se submete ao princípio da legalidade, que, nesta seara, adquire interpretação e
aplicação diversa daquelas relativas às relações entre particulares.

Isso porque, conquanto ao particular é permitido fazer tudo o que a lei não veda, à Administração
Pública somente é lícito agir de acordo com o que a lei ordena ou autoriza.

Sobre o princípio, a doutrinadora Maria Sylvila Zanella Di Pietro assim discorre:

Este princípio, juntamente com o de controle da Administração pelo Poder


Judiciário, nasceu com o Estado de Direito e constitui uma das principais
garantia de respeito aos direitos individuais. Isto porque a lei, ao mesmo
tempo em que os define, estabelece também os limites da atuação
administrativa que tenha por objeto a restrição ao exercício de tais direitos
em benefício da coletividade.

(…)

Em decorrência disso, a Administração Pública não pode, por simples ato


administrativo conceder direitos de qualquer espécie, criar obrigações ou
impor vedações aos administrados; para tanto, ela depende de lei. (in
Direito Administrativo. 26ª ed. São Paulo: Atlas, 2013. p. 64/65)

Por oportuno, não há que se falar, de maneira genérica, em violação ao princípio da separação dos poderes,
isso porque, no ativismo judicial, o Poder Judiciário, como forma de reforçar o equilíbrio dos Poderes estatais,
intervém, de forma efetiva, no controle dos atos administrativos, sejam eles vinculados ou discricionários,
a fim de compelir o Poder Público a cumprir preceitos e normas constitucionais de caráter programático, acima
destacados.

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NR.PROCESSO: 5294972-74.2018.8.09.0020
Todavia, a atuação ativista do Poder Judiciário deve se pautar no “controle jurídico da razoabilidade do ato do
poder público”, sujeitando-se a limites e princípios como: a) conformidade ou adequação, que impõe seja a
medida adotada apropriada à finalidade a ele subjacente; b) exigibilidade ou necessidade ou “menor ingerência
possível”, que demanda a prova de que, para se obter determinados fins, não seria possível usar meios menos
onerosos para o cidadão; c) proporcionalidade em sentido estrito, segundo o qual o Judiciário deve intervir com
a carga coercitiva e justa medida para a consecução dos fins pretendidos.

Como de notória sabença, o Poder Judiciário não pode substituir a Administração Pública. Em primeiro
lugar, um braço estatal que concentrasse todas as prerrogativas de autoridade dificilmente seria compatível
com a ideia de Estado de Direito. O postulado da Separação dos Poderes surge aí como instrumento de
racionalização e moderação no exercício do poder, essencial para a própria existência da liberdade individual.

Em segundo lugar, a Separação dos Poderes corresponde a um imperativo de eficiência administrativa, que se
realiza através da especialização funcional.

Ao dividir as atribuições do Estado e as alocar a órgãos distintos com competências particulares, estimula-se o
refinamento técnico e o aperfeiçoamento profissional. No âmbito particular das relações entre Poder Executivo
e Poder Legislativo, a Separação dos Poderes, enquanto especialização funcional, ganhou consistência
doutrinária na noção de discricionariedade administrativa, assim explicada pela clássica lição de Hely Lopes
Meirelles:

Poder discricionário é o que o Direito concede à Administração, de modo


explícito ou implícito, para a prática de atos administrativos com liberdade
na escolha de sua conveniência, oportunidade e conteúdo. A atividade
discricionária encontra plena justificativa na impossibilidade de o legislador
catalogar na lei todos os atos que a prática administrativa exige. O ideal seria que
a lei regulasse minuciosamente a ação administrativa, modelando cada um dos
atos a serem praticados pelo administrador; mas, como isto não é possível,
dadas a multiplicidade e diversidade dos fatos que pedem pronta solução ao
Poder Público, o legislador somente regula a prática de alguns atos
administrativos que reputa de maior relevância, deixando o cometimento dos
demais ao prudente critério do administrador. (in Direito Administrativo Brasileiro.
São Paulo: Malheiros 2014, p. 132-135.)

Na mesma vereda leciona Maria Sylvia Zanella Di Pietro, in litteris:

Com relação aos atos discricionários, o controle judicial é possível mas terá que
respeitar a discricionariedade administrativa nos limites em que ela é assegurada
à Administração Pública pela lei.

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NR.PROCESSO: 5294972-74.2018.8.09.0020
Isto ocorre precisamente pelo fato de ser a discricionariedade um poder
delimitado previamente pelo legislador; este, ao definir determinado ato,
intencionalmente deixa um espaço para livre decisão da Administração Pública,
legitimando previamente a sua opção; qualquer delas será legal. Daí por que
não pode o Poder Judiciário invadir esse espaço reservado, pela lei, ao
administrador, pois, caso contrário, estaria substituindo, por seus próprios
critérios de escolha, a opção legítima feita pela autoridade competente com
base em razões de oportunidade e conveniência que ela, melhor do que
ninguém, pode decidir diante de cada caso concreto.

A rigor, pode-se dizer que, com relação ao ato discricionário, o Judiciário


pode apreciar os aspectos da legalidade e verificar se a Administração não
ultrapassou os limites da discricionariedade; neste caso, pode o Judiciário
invalidar o ato, porque a autoridade ultrapassou o espaço livre deixado pela
lei e invadiu o campo da legalidade. (in Direito administrativo, 33ª ed. Rio de
Janeiro: Forense, 2020. p. 501.)

É nesse sentido que o Poder Judiciário deve ter cautela quanto ao controle dos atos dos demais Poderes e, em
particular, da Administração Pública, sob pena de afronta ao princípio da Separação dos Poderes, estampado
no artigo 2º, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, conforme segue:

Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o


Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

Neste toar, cabe ao Poder Judiciário analisar se, no caso em comento, a Administração Pública atuou às
margens da legalidade e da isonomia, e, verificando eventual(is) irregularidades no ato por ela
praticado, mostra-se imprescindível sua intervenção, sem que isso viole a Separação dos Poderes.

Faz-se necessário reportar, ainda, aos dispositivos da Lei nº 8.000/75, que dispõe sobre os critérios e
condições para promoção por ato de bravura dos oficiais da ativa da Polícia Militar:

Art. 7º – A promoção por bravura é aquela que resulta de ato ou atos não
comuns de coragem e audácia que, ultrapassando os limites normais do
cumprimento do dever, representem feitos indispensáveis ou úteis à
operações Policiais Militares, pelos resultados alcançados ou pelo exemplo
positivo deles emanado.

Art. 25 – A promoção por bravura poderá ocorrer, quando empregada a


Polícia Militar em caso de guerra interna ou externa, como força auxiliar,
reserva do Exército, em missões de interesse da Segurança Nacional, e
ainda nas operações Policiais-Militares de manutenção da ordem pública.

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NR.PROCESSO: 5294972-74.2018.8.09.0020
§1° - Ato de bravura é a ação altamente meritória, em que o policial-militar
ultrapassa os limites do dever e do exigível e os beneficiários dela não
sejam parentes consangüíneos até 2° grau, apurada em investigação por
comissão designada pelo Comandante-Geral.

De igual modo dispõe a Lei Estadual nº 15.704/2006, em seu artigo 9º, verba gratia:

Art. 9º A promoção por ato de bravura é aquela que resulta do reconhecimento


de ato ou atos incomuns de coragem e audácia que, ultrapassando os limites
normais do cumprimento do dever, se mostrem indispensáveis ou úteis às
operações policiais e de bombeiros pelos resultados alcançados ou pelo exemplo
positivo deles emanado.

§ 1º A promoção prevista neste artigo independe de vaga, interstício, curso, bem


como qualquer outro requisito, devendo contudo, ser precedida de sindicância
específica.

§ 2º A promoção por ato de bravura poderá ser requerida pelo interessado ao


comandante da Organização Policial Militar –OPM– ou Organização Bombeiro
Militar –OBM– a que servir, cabendo a este, após análise prévia do pedido,
determinar ou não a apuração de suposta prática de ação meritória por meio da
sindicância prevista no § 1º.

§ 3º Os Comandantes-Gerais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar


poderão baixar, conjuntamente, normas complementares estabelecendo critérios
que possibilitem a caracterização e avaliação do alegado ato de bravura,
observadas as peculiaridades dos serviços prestados pela Corporação.

Como se vê, a promoção por ato de bravura ocorre em reconhecimento de ato ou atos incomuns de coragem e
audácia que, ultrapassando os limites normais do cumprimento do dever, se mostrem indispensáveis ou úteis
às operações policiais e de bombeiros pelos resultados alcançados ou pelo exemplo positivo deles emanado,
sendo eminentemente subjetiva a valoração dos requisitos para sua concessão.

Pode-se afirmar, portanto, que a concessão da aludida promoção somente deve ser realizada pela
administração da Polícia Militar, por se tratar de ato discricionário, de molde a não caber ao Judiciário examinar
o mérito.

Sobre a discricionariedade da administração na concessão de promoção de militares por ato de bravura, trago
precedentes desta Corte e do Superior Tribunal de Justiça:

(…) I – É firme a jurisprudência deste Tribunal, em consonância ao


entendimento da Corte Superior, no sentido de que a concessão de

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NR.PROCESSO: 5294972-74.2018.8.09.0020
promoção por ato de bravura está adstrita à discricionariedade do
administrador, estando o ato administrativo submetido exclusivamente à
conveniência e à oportunidade da autoridade pública, tendo em vista que a
valoração dos atos de bravura não ocorre por meio de elementos
meramente objetivos. II - Nessa perspectiva, a despeito de se reconhecer a
relevância das ações e atos praticados pelo impetrante por ocasião do
evento narrado nos autos, inclusive a possibilidade de se caracterizar o
pretendido “ato de bravura”, não se pode olvidar do entendimento firmado
no STJ, no sentido de que a concessão de promoção por “ato de bravura”,
dada a subjetividade de que se reveste, insere-se no âmbito da
discricionariedade administrativa, adstrito à conveniência e oportunidade
da autoridade impetrada. III - Destarte, não constatada ilegalidade no ato de
indeferimento da promoção almejada pelo impetrante, a denegação da
segurança é medida que se impõe. SEGURANÇA DENEGADA. (TJGO, 2ª C.
Cível, MS nº 223139-15.2016.8.09.0000, rel.: Des. Amaral Wilson de Oliveira, DJ
2153 de 22/11/2016).

(…) 1. A concessão da promoção por ato de bravura está adstrita à


discricionariedade do administrador, estando o ato administrativo
submetido exclusivamente à conveniência e à oportunidade da autoridade
pública, tendo em vista que a valoração dos atos de bravura não ocorre por
meio de elementos meramente objetivos. 2. Não existe direito à retroação
aos efeitos da promoção por ato de bravura quando ausente previsão legal.
Segurança denegada. (TJGO, 6ª CC, MS nº 194604-13.2015.8.09.0000, Relª.
Desª. Sandra Regina Teodoro Reis, DJ nº 1953 de 21.01.2016).

(…) II. Policial militar. Promoção por ato de bravura. Ato discricionário. Vício de
motivação ausente. Porque não há nenhuma ilegalidade na sindicância
instaurada para a averiguação da promoção por ato de bravura do
autor/apelante, nem tampouco na apreciação realizada pela Comissão de
Promoção de Praças (CPP), que, analisando as provas produzidas e
fazendo uso da sua discricionariedade (juízo de conveniência e
oportunidade), indeferiu o pedido do autor/apelante de promoção por ato de
bravura, não há se falar em invalidade do ato administrativo e, porque é
defeso ao Poder Judiciário a revisão do mérito do ato administrativo, não
se pode promover a modificação do mesmo, estando correta a sentença
vergastada ao julgar improcedente o pedido inicial. Apelação Cível conhecida
e desprovida. Sentença mantida.

(TJGO, Apelação (CPC) 5236170-87.2018.8.09.0051, Rel. Des(a). CARLOS


ALBERTO FRANÇA, Assessoria para Assunto de Recursos Constitucionais,
julgado em 24/08/2020, DJe de 24/08/2020)

(…) 1. A promoção por ato de bravura concedida aos Policiais Militares do


Estado de Goiás possui natureza discricionária, porquanto condicionada aos
critérios da conveniência e oportunidade da Administração Pública, circunstância
que não afasta, todavia, a possibilidade de imposição de limites e o controle de

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NR.PROCESSO: 5294972-74.2018.8.09.0020
legalidade dos atos discricionários pelo Poder Judiciário. 2. Demonstrado nos
autos que a Polícia Militar promoveu, por ato de bravura, outros militares, pelos
mesmos fatos ocorridos no mesmo dia, hora e local, resta configurada a ofensa
ao princípio da isonomia, revelando-se, portanto, justa a sentença que
reconheceu o direito do autor à promoção por ato de bravura, a partir de 07 de
dezembro de 2018, com o pagamento das diferenças remuneratórias advindas.
(…) Sentença reformada, de ofício, neste ponto. 4. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO.

(TJGO, Apelação (CPC) 5467418-31.2019.8.09.0123, Rel. Des(a). GERSON


SANTANA CINTRA, 3ª Câmara Cível, julgado em 14/09/2020, DJe de
14/09/2020)

(…) A concessão da promoção por ato de bravura insere-se na


discricionariedade do administrador, não cabendo ao Poder Judiciário
aferir a presença dos requisitos e motivação para o seu deferimento.
Precedentes do STJ e desta Corte de Justiça.

APELAÇÃO CONHECIDA E DESPROVIDA.

(TJGO, Apelação (CPC) 5223187-19.2017.8.09.0010, Minha Relatoria, 2ª


Câmara Cível, julgado em 02/08/2018, DJe de 02/08/2018)

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA.


POLICIAL MILITAR. PROMOÇÃO POR ATO DE BRAVURA.
DISCRICIONARIEDADE DA ADMINISTRAÇÃO. 1. Hipótese em que o
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás consignou que “a promoção por
bravura é ato discricionário do administrador, não configurando
inobservância da legalidade, por si só, a não promoção de policial militar
que participou da mesma operação que outro promovido, quando não há
elementos nos autos dando conta da participação individualizada de cada
um” (fls. 174-177, e-STJ). 2. Com efeito, o acórdão recorrido está em
sintonia com o entendimento firmado no âmbito do STJ, no sentido de que
a concessão da promoção por ato de bravura está adstrita à
discricionariedade do administrador, estando o ato administrativo
submetido exclusivamente à conveniência e à oportunidade da autoridade
pública, tendo em vista que a valoração dos atos de bravura não ocorre por
meio de elementos meramente objetivos. Precedente: RMS 19.829/PR, Rel.
Ministro Gilson Dipp, Quinta Turma, DJ 30/10/2006. 3. Agravo Regimental
não provido. (STJ – 2ª Turma, AgRg no RMS 39.355/GO, Rel. Min. Herman
Benjamin, DJ de 20.03.2013).

(…) 1. O acórdão recorrido está em sintonia com o entendimento firmado no


âmbito do STJ de que a concessão da promoção por ato de bravura está
adstrita à discricionariedade do administrador, estando o ato administrativo
submetido exclusivamente à conveniência e à oportunidade da autoridade
pública, tendo em vista que a valoração dos atos de bravura não ocorre por

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NR.PROCESSO: 5294972-74.2018.8.09.0020
meio de elementos meramente objetivos (RMS 55.707/GO, Rel. Min.
HERMAN BENJAMIN, DJe 12.12.2017).

2. Agravo Interno do Particular a que se nega provimento.

(AgInt nos EDcl no RMS 55.371/GO, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA
FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 14/09/2020, DJe 18/09/2020)

ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. PROCESSO


ADMINISTRATIVO.

POLICIAL MILITAR. PROMOÇÃO POR ATO DE BRAVURA. RECUSA. VÍCIO


DE MOTIVAÇÃO. FATOS ESTRANHOS AO CASO APRECIADO PELA
AUTORIDADE MILITAR IMPETRADA. TEORIA DOS MOTIVOS
DETERMINANTES. ATO INVÁLIDO. CONCESSÃO PARCIAL DA ORDEM.

1. A motivação do ato administrativo deve ser explícita, clara e congruente,


vinculando o agir do administrador público e conferindo o atributo de validade ao
ato . Viciada a motivação, inválido resultará o ato, por força da teoria dos motivos
determinantes.

Inteligência do art. 50, § 1.º, da Lei n. 9.784/1999.

2. No caso concreto, o praça recorrente, para fins de promoção, almeja o


reconhecimento de invulgar conduta sua como sendo ato de bravura. A tal
propósito, apresentou prova documental que demonstra padecer o ato impetrado
de incontornável vício de motivação, porquanto a autoridade coatora justificou a
recusa de sua promoção por ato de bravura considerando fatos que, ao menos
em parte, revelam-se inteiramente estranhos e dissociados do episódio funcional
efetivamente protagonizado pelo impetrante, a saber, o salvamento de três
pessoas em um grave incêndio, sem que ostentasse a condição de bombeiro.

3. Recurso do autor provido para se conceder parcialmente a segurança,


declarando-se a nulidade do noticiado processo administrativo a partir do parecer
da Comissão Permanente de Medalhas da Polícia Militar do Estado de Goiás,
com a determinação da emissão de novo parecer conclusivo, a ser
oportunamente apreciado pelo Comandante-Geral da corporação.

(RMS 56.858/GO, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado


em 04/09/2018, DJe 11/09/2018)

Não há nos autos qualquer alegação de que tenha ocorrido promoções de outros policiais em casos análogos,
não podendo, destarte, se falar em inobservância ao princípio da isonomia.

Desse modo, estando a promoção pleiteada pelo Autor/Recorrido adstrita à conveniência e oportunidade da
autoridade competente, não se sujeitando a controle judicial, quanto à aferição dos seus requisitos e motivação,
incorreta se mostra a sentença ora combatida.

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NR.PROCESSO: 5294972-74.2018.8.09.0020
Em arremate, considerando a reforma da sentença vergastada para julgar improcedente os pedidos
contidos na exordial, faz-se mister inverter os ônus sucumbenciais, mantendo, contudo, os parâmetros
fixados pelo magistrado primevo.

Assim, forte nas razões retro, tendo comigo que o édito sentencial vergastado, embora redigido com
garbo, não merece prosperar, sendo a sua reforma a medida impositiva.

AO TEOR DO EXPOSTO, CONHEÇO da remessa necessária e do apelo interposto e DOU-LHES


PROVIMENTO para, em reforma à sentença alvejada, julgar improcedentes os pedidos estampados na
peça vestibular.

Consectário lógico, inverto a distribuição do ônus sucumbencial, condenando o Autor ao pagamento de


custas e honorários advocatícios, nos moldes fixados pelo Juízo a quo.

É como voto.

Goiânia, datado pelo sistema.

Desembargador JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

Relator

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de REMESSA NECESSÁRIA E APELAÇÃO CÍVEL Nº 5294972-
74.2018.8.09.0020, acordam os componentes da Quinta Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível, à unanimidade
de votos, em conhecer e prover a Remessa Necessária e a Apelação Cível, nos termos do voto do relator.

Votaram com o Relator, o Desembargador Leobino Valente Chaves e o Desembargador Zacarias Neves
Coelho.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5294972-74.2018.8.09.0020
A sessão foi presidida pelo Desembargador José Carlos de Oliveira em substituição ao Desembargador Amaral
Wilson de Oliveira.

Presente a ilustre Procuradora de Justiça Doutora Dilene Carneiro Freire.

Goiânia, datado e assinado digitalmente.

Desembargador JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5294972-74.2018.8.09.0020
REMESSA NECESSÁRIA E APELAÇÃO CÍVEL Nº 5294972-74.2018.8.09.0020

2ª CÂMARA CÍVEL

APELANTE : ESTADO DE GOIÁS

APELADO : GLEIDSON ROSALEN ABIB

RELATOR : DESEMBARGADOR JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

REMESSA NECESSÁRIA. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA C/C


COBRANÇA. PROMOÇÃO DE POLICIAL MILITAR. ATO DE BRAVURA. ATO
DISCRICIONÁRIO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. IMPOSSIBILIDADE DE
ATIVISMO JUDICIAL. SENTENÇA REFORMADA.

01. O princípio da legalidade rege a atuação administrativa, impondo à


Administração Pública a obediência estrita à lei, não sendo possível contrariá-la.
Inteligência do artigo 37, caput, da Constituição Federal.

02. A concessão da promoção por ato de bravura está adstrita à


discricionariedade do administrador, estando o ato administrativo submetido
exclusivamente à conveniência e à oportunidade da autoridade pública, tendo em
vista que a valoração dos atos de bravura não ocorre por meio de elementos
meramente objetivos.

03. Não demonstrado nos autos que a Polícia Militar promoveu, por ato de
bravura, outros militares, pelos mesmos fatos ocorridos no mesmo dia, hora e
local, não fica configurada a ofensa ao princípio da isonomia, revelando-se,
portanto, desacertada a sentença que reconheceu o direito do autor à promoção
por ato de bravura.

REMESSA NECESSÁRIA E APELO CONHECIDOS E PROVIDOS.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido em Parte - Data da


Movimentação 26/11/2020 09:27:10

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5332607-81.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ANTONIA ALVES DE RESENDE
POLO PASSIVO : LENIRA ALVES DE REZENDE
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ANTONIA ALVES DE RESENDE


ADVGS. PARTE : 34601 GO - LAURA FERREIRA ALVES DE CARVALHO
23523 GO - DYOGO CROSARA

PARTE INTIMADA : ESPÓLIO DE OLÍMPIO PEREIRA DE REZENDE


ADVGS. PARTE : 23523 GO - DYOGO CROSARA
34601 GO - LAURA FERREIRA ALVES DE CARVALHO

PARTE INTIMADA : LENIRA ALVES DE REZENDE


ADVGS. PARTE : 6939 GO - VASCONCELOS PAES BALDUINO
51278 GO - LUCIANO PIZZOTTI SILVA

PARTE INTIMADA : PAULO PAES PINTO


ADVGS. PARTE : 51278 GO - LUCIANO PIZZOTTI SILVA
6939 GO - VASCONCELOS PAES BALDUINO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5332607-81.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador José Carlos de Oliveira

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5332607-81.2020.8.09.0000

2ª CÂMARA CÍVEL

AGRAVANTE : ANTONIA ALVES DE RESENDE e outro

AGRAVADO : LENIRA ALVES DE REZENDE e outro

RELATOR : DESEMBARGADOR JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade recursal, conheço do presente agravo de instrumento.

Acerca da preliminar ventilada pela parte Agravada, entendo que razão não lhe assiste, como passo a
expor.

O pronunciamento judicial ora agravado possui evidente caráter decisório, de modo que poderá causar
nítido grame aos agravantes, uma vez que trata-se de determinação de constrição de bens, havendo,
portanto, interesse recursal.

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NR.PROCESSO: 5332607-81.2020.8.09.0000
Superada a preliminar ventilada, mergulho no meritum causae.

A parte agravante pretende, em síntese, que seja reformada a decisão ora impugnada que determinou a
realização de penhora, alegando que tal providência é excessiva, notadamente no que se refere aos
bens objetos da constrição.

Pois bem.

Após análise pormenorizada dos autos, vejo que assiste, em parte, razão as alegações da parte
recorrente, como passo a expor de forma articulada.

Extrai-se dos autos originários que se trata de execução de título extrajudicial proposta pelos credores
Paulo Paes Pinto e Lenira Alves de Rezende, ora agravados, em face dos executados Antônia Alves de
Resende e Espólio de Olímpio Pereira de Rezende, ora agravantes, pretendendo o recebimento do valor
de R$ 6.945.301,24 (seis milhões, novecentos e quarenta e cinto mil, trezentos e um reais e vinte e quatro
centavos).

Devidamente citada, a parte executada opôs embargos à execução, protocolado sob o nº 5030737.40.
Impende pontuar que o condutor dos embargos indeferiu o pedido de efeito suspensivo, nos seguintes
termos (evento nº 08 – 5030737.40):

(…)

Dessa forma, NEGO o efeito suspensivo aos embargos do devedor.

Não obstante, verifiquei que, embora o excesso de execução constitua uma


das principais teses defensivas invocadas pelo executado, ora embargante,
este falhou no dever de cumprir o disposto no artigo 917, § 3º, do CPC,
segundo o qual, ao suscitar o argumento acima mencionado, o embargante
deverá declarar na petição inicial o valor que entende correto, apresentando
demonstrativo discriminado e atualizado de seu cálculo.

Assim, intime-se o embargante para, no prazo de 15 (quinze) dias, emendar


sua petição inicial, apontando o valor correto que consubstancia o quantum
debeatur e apresentando o demonstrativo da evolução do débito no
montante que reputa certo e justo, sob pena de rejeição dos embargos no
que concerne à alegação de excesso de execução (inteligência do artigo
917, § 4º, inciso II, do CPC).

Intimem-se. Cumpra-se, realizando as comunicações exclusivamente em


meio digital (ou por telefone) em razão do Decreto Judiciário 632/2020
(combate a proliferação do COVID-19 – coronavírus).

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NR.PROCESSO: 5332607-81.2020.8.09.0000
Ainda, anote-se a suspensão dos prazos processuais até 30.04.2020 (art. 5º
da resolução nº 313/2020 do CNJ).

Iporá (GO), 24 de abril de 2020.

__(assinado digitalmente)__

Samuel João Martins, Juiz de Direito.

Desse modo, há que se observar se, para a determinação da penhora, foram observados os requisitos legais
para tanto bem como no que concerne o objeto da constrição, e, neste ponto, adianto que o ato foi praticado às
margens da legalidade, como passo a expor.

Sabe-se que a execução deve ocorrer de modo menos gravoso para a parte devedora (artigo 805 do
CPC), contudo, há que se sopesar que o feito executivo corre no interesse do exequente (artigo 797 do
CPC), em busca da efetiva e célere satisfação do crédito, trata-se, este último, do princípio do resultado.

Neste pensar, a indisponibilidade de bens é um dos meios disponíveis ao exequente e aplicada pelo
magistrado com o intuito de garantir a satisfação do débito. Claro, se houver fundados argumentos,
consubstanciado na probabilidade do direito, principalmente, poderá o magistrado sobrestar o feito
executório, o que, in casu, não ocorreu, como já abordado alhures.

Para que seja alcançada a satisfação do direito exequendo observar-se-á, rigorosamente, um itinerário
procedimental, o qual é inaugurado pela penhora, seguida de uma avaliação (caso necessário) e
finalizada com a expropriação.

In casu, tendo em vista a natureza do direito exequendo, emerge-se aplicável a hipótese prevista no
artigo 835, § 3º, do Códex Instrumental Civil, in verbis:

Art. 835. A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem:

(…)

§ 3º Na execução de crédito com garantia real, a penhora recairá sobre a


coisa dada em garantia, e, se a coisa pertencer a terceiro garantidor, este
também será intimado da penhora.

Compulsando o caderno processual (evento nº 32 dos autos de origem), observo que consta da certidão
de registro do imóvel denominado “Fazenda Jacuba” (matrícula nº 651) o averbamento da garantia
hipotecária, decorrente de empréstimo celebrado entre os agravantes (proprietários e devedores) e os
agravados (credores).

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NR.PROCESSO: 5332607-81.2020.8.09.0000
Observo ainda que o sobredito imóvel foi objeto de outra execução (5709.51), oportunidade em que fora
determinada a penhora de parte do imóvel (três alqueires goianos).

Convém destacar que, do teor extraído da escritura pública de confissão de dívida com garantia
hipotecária (evento nº 01 dos autos de origem), título ora executado, observa-se que há um único imóvel
dado em garantia, qual seja, a Fazenda Jacuba (matrícula nº 651), sendo esta foi penhorada por
oportunidade da decisão de evento nº 44.

Noutro turno, por oportunidade da decisão de evento nº 59, houve reforço da penhora, importando na
contrição da Fazenda Morro Alto, pelo suposto valor de R$ 6.000.000,00 (seis milhões de reais).

Desta feita, a dívida exequenda encontra-se, atualmente, garantida por dois imóveis (Fazenda Jacuba e
a Fazenda Morro Alto), além de 323 semoventes (cabeças de gado).

Pois bem.

O art. 805 do CPC expressa típica regra sobre direito, cuja função é a de orientar a aplicação das demais
normas do processo de execução, a fim de evitar a prática de atos executivos desnecessariamente
onerosos ao executado (STJ, REsp 725.587/PR, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, 1ª Turma, jul.
13.09.2005, DJ 26.09.2005).

É nessa perspectiva que o professor Humberto Theodoro Júnior leciona que o princípio da menor
onerosidade da execução para o devedor também pode ser chamado de princípio da economia da
execução, ou seja, “toda execução deve ser econômica, isto é, deve realizar-se da forma que
satisfazendo o direito do credor, seja o menos prejudicial possível ao devedor”. (THEODORO JÚNIOR,
Humberto. Curso de direito processual civil. 50. ed. São Paulo: Método, v. 3, 2017. p. 225.)

No ponto, vale a célebre lição de Cássio Scarpinella Bueno, segundo o qual:

Se, de um lado, a tutela jurisdicional executiva caracteriza-se pela produção de


resultados materiais voltados à satisfação do exequente, a atuação do Estado-
juiz não pode ser produzida ao arrepio dos limites que também encontram
assento expresso no “modelo constitucional do processo civil”. Daí a necessária
observância de determinadas restrições e de determinadas garantias no plano do
exercício da tutela jurisdicional executiva, por exemplo, a imposição de que os
atos executivos recaiam sobre o patrimônio do devedor e não sobre sua pessoa
[…] e, mesmo assim, observadas as restrições da expropriação patrimonial com

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NR.PROCESSO: 5332607-81.2020.8.09.0000
vistas à manutenção de uma vida digna pelo executado e seus familiares […],
tudo com vistas a buscar o necessário e indispensável equilíbrio entre os
referidos princípios, dando origem ao que a doutrina costuma referir como
“execução equilibrada”, que, em foros de princípios constitucionais, tem tudo
para significar o resultado concreto da aplicação do chamado “princípio da
proporcionalidade”. (BUENO, Cássio Scarpinella. Curso sistematizado de direito
processual civil: tutela jurisdicional executiva. 7. ed. São Paulo: Saraiva, v. 3,
2014. p. 62.)

Cediço que a intenção do magistrado é de alcançar a satisfação do débito, contudo não pode agravar
demasiadamente a situação da parte executada, o que, a meu ver, ocorreu no caso sub examine,
contrariando, portanto, o disposto no artigo 805, do Código de Processo Civil.

Ora, no caso em análise, as duas fazendas penhoradas (Jacuba e Morro Alto), mostram-se, a priori,
suficientes para a garantia da dívida. Por essa razão, mostra-se excessiva a penhora no tocante aos
semoventes (323 cabeças de gado).

Explico.

É notório que o gado, espécie de semovente em questão, é um bem de fácil liquidação, razão pela qual
pode vir a ser utilizado, mediante autorização judicial do juízo primevo, para fazer frente ao pagamento
das despesas da universalidade de direito. De mais a mais, também não se pode olvidar que, pelo
consta dos autos, o gado é o único meio de mantença da meeira agravante, devendo ser preservada
suas condições mínimas de sobrevivência, sob pena de ofender o princípio constitucional da dignidade
da pessoa humana.

Neste sentido, a jurisprudência desta Egrégia Corte:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO. DUPLICIDADE DE PENHORAS.


IMPOSSIBILIDADE. EXCESSO DE GARANTIA CONFIGURADO. PRINCÍPIO DA
MENOR ONEROSIDADE. PENHORA DE VALOR QUE EXCEDE A CINQUENTA (50)
SALÁRIOS-MÍNIMOS. POSSIBILIDADE. 1 - Corroborando com o princípio da
menor onerosidade, ínsito no art. 805 do NCPC/15, podemos destacar o respeito
à dignidade humana, o qual revela que a execução não pode levar o devedor e
sua família a uma situação de carência de condições mínimas para
sobrevivência. 2 - Constatada a duplicidade de garantias, mister se faz a
liberação de uma das constrições efetivadas nos autos. 3 - Não merece reforma a
decisão que deferiu o pedido de penhora do valor que excede a cinquenta (50)
salários-mínimos, nos termos do art. 833, § 2º, do NCPC/15, pois a ratio da nova
regra é que cinquenta (50) salários-mínimos são suficientes para que o devedor
mantenha o seu sustento e tenha uma vida digna. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO. (TJGO, Agravo 5003400-18.2017.8.09.0000, Rel. GERSON
SANTANA CINTRA, 3ª Câmara Cível, julgado em 05/04/2017, DJe de 05/04/2017)

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NR.PROCESSO: 5332607-81.2020.8.09.0000
Por fim, no tocante à atualização do débito, a qual fora apresentada no evento nº 11, informando o valor
de R$ 7.557.759,24 (sete milhões, quinhentos e cinquenta e sete mil, setecentos e cinquenta e nove reais
e vinte e quatro centavos), entendo que não deve interferir, por ora, no julgamento do presente recurso,
devendo a parte executada ser intimada na origem, isso em homenagem ao princípio do devido
processo legal.

A propósito do tema, judiciosa são as lições de Araken de Assis, ad argumentandum tantum:

Segundo reza o art. 797, a execução realizar-se-á em proveito do exequente.


Independentemente dos pendores individualistas, no devido tempo
examinados, a norma pouco disfarça a ideologia do sistema executivo. O
conjunto dos meios executórios tem o único objetivo de satisfazer o credor.
(…)

Toda execução, portanto, há de ser específica. Uma execução é bem-


sucedida, de fato, quanto entrega rigorosamente ao exequente o bem da
vida, objeto da prestação inadimplida, e seus consectários, ou obtém o
direito reconhecido no título executivo (execução in natura). Este há de ser
o objetivo fundamental de toda e qualquer reforma da função jurisdicional
executiva, favorecendo a realização dos créditos e dos direitos em geral. (
in Processo civil brasileiro, volume IV: manual da execução, 18ª ed. São
Paulo: Editora dos Tribunais, 2016.)

Nessa vertente exegética, destaco alguns arestos, in litteris:

(…) - A manifestação do devedor acerca do pedido de ampliação da


penhora se mostra indispensável não apenas em respeito aos princípios
constitucionais do contraditório, da ampla defesa e do devido processo
legal, mas também para assegurar que a execução se perfaça da forma
menos gravosa ao executado, nos termos do art. 620 do CPC.

- Ainda que a hasta pública se realize em favor da satisfação do crédito do


exeqüente, deve-se sempre assegurar que o bem seja oferecido pelo seu
valor de mercado, a fim de se evitar eventual enriquecimento sem causa do
arrematante ou do credor que adjudicar o imóvel, em detrimento do
executado. Nesse sentido, sempre que apresentadas evidências concretas
de dessemelhança significativa entre avaliações sobre o mesmo bem,
mostra-se prudente a confirmação do seu valor real.

- A nova redação dada ao art. 683 do CPC pela Lei nº 11.382/06 apenas
reforçou os meios de se garantir a correta avaliação do bem penhorado.

- Em respeito aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e


do contraditório, há de se conceder ao devedor a oportunidade de se

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NR.PROCESSO: 5332607-81.2020.8.09.0000
manifestar sobre a atualização do crédito executado, mormente quando
realizada unilateralmente pela parte contrária, de sorte que, havendo
discordância quanto aos cálculos, sejam eles conferidos pelo contador
judicial. Não se trata de rediscutir os critérios de atualização do débito,
matéria afeita à fase de formação do título executivo; porém, sempre haverá
espaço para a parte se insurgir contra erros materiais de cálculo, desde que
se manifeste oportunamente.

Liminar deferida.

(MC 13.994/RJ, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado


em 01/04/2008, DJe 15/04/2008)

(…) Na execução de Cédula Rural Pignoratícia a penhora deverá recair


sobre o bem dado em garantia.

É nula a penhora realizada sobre bem não vinculado à garantia se não se


comprovou a impossibilidade de excutir os bens garantidores do débito.

(TJMG – Embargos Infringentes 2.0000.00.280788-7/001, Relator(a): Des.(a)


Antônio Carlos Cruvinel, Relator(a) para o acórdão: Des.(a), julgamento em
19/09/2000, publicação da súmula em 04/10/2000)

Com fulcro nesse sólido arcabouço doutrinário e jurisprudencial, a reforma parcial da decisão agravada
é medida que se impõe.

AO TEOR DO EXPOSTO, CONHEÇO do recurso de agravo de instrumento e DOU-LHE PARCIAL


PROVIMENTO, para, em reforma ao decisum hostilizado, indeferir o pedido de penhora dos 323
(trezentos e vinte e três) semoventes de propriedade dos executados descrita no evento 25, mantendo,
no mais, por estes e seus próprios termos.

É como voto

Goiânia, datado e assinado digitalmente.

Desembargador JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

Relator

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NR.PROCESSO: 5332607-81.2020.8.09.0000
ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5332607-81.2020.8.09.0000,


acordam os componentes da Quinta Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível, à unanimidade de votos, em
conhecer e prover em parte o recurso , nos termos do voto do relator.

Votaram com o Relator, o Dr. Maurício Porfírio Rosa, juiz substituto em Segundo Grau em razão da ausência
momentânea do Desembargador Leobino Valente Chaves e do impedimento declarado do Desembargador
Carlos Alberto França e votou com o relator o Desembargador Zacarias Neves Coelho.

A sessão foi presidida pelo Desembargador José Carlos de Oliveira em substituição ao Desembargador Amaral
Wilson de Oliveira.

Presente a ilustre Procuradora de Justiça Doutora Dilene Carneiro Freire.

Goiânia, datado e assinado digitalmente.

Desembargador JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

Relator

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5332607-81.2020.8.09.0000

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NR.PROCESSO: 5332607-81.2020.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5332607-81.2020.8.09.0000

2ª CÂMARA CÍVEL

AGRAVANTE : ANTONIA ALVES DE RESENDE e outro

AGRAVADO : LENIRA ALVES DE REZENDE e outro

RELATOR : DESEMBARGADOR JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL.


GARANTIA HIPOTECÁRIA. PENHORA. REALIZADA SOBRE BEM DIVERSO
DAQUELE PREVISTO NO TÍTULO. DESPROPORCIONALIDADE NA PENHORA.
ATUALIZAÇÃO DO DÉBITO. NECESSIDADE DE CONTRADITÓRIO.
PRECEDENTES DO STJ. DECISÃO REFORMADA.

01. Na execução de crédito com garantia real a penhora deverá recair sobre o
bem dado em garantia, inteligência do artigo 835, § 3º, do Código de Processo
Civil.

02. O art. 805 do CPC expressa típica regra sobre direito, cuja função é a de
orientar a aplicação das demais normas do processo de execução, a fim de evitar
a prática de atos executivos desnecessariamente onerosos ao executado. Dessa
forma, toda execução deve ser econômica, isto é, deve realizar-se da forma que
satisfazendo o direito do credor, seja o menos prejudicial possível ao devedor. In
casu, penhora de duas fazendas, mostra-se, a priori, suficiente para a garantia da
dívida, razão pela qual evidencia-se excessiva a penhora dos semoventes (323
cabeças de gado), mormente quando estes constituem o único meio de mantença
da meeira agravante.

03. Segundo o entendimento do STJ, em respeito aos princípios do devido


processo legal, da ampla defesa e do contraditório, há de se conceder ao
devedor a oportunidade de se manifestar sobre a atualização do crédito
executado, sobretudo quando realizada unilateralmente pela parte contrária, de
sorte que, havendo discordância quanto aos cálculos, sejam eles conferidos pelo
contador judicial.

AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


26/11/2020 09:34:31

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0371136-98.2016.8.09.0162
CLASSE PROCESSUAL : Procedimentos Regidos por Outros Códigos, Leis Esparsas e Re
POLO ATIVO : DOMINGOS PEREIRA DOS SANTOS
POLO PASSIVO : RMS CONSTRUCOES LTDA ME
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : DOMINGOS PEREIRA DOS SANTOS


ADVGS. PARTE : 14192 DF - MARIA APARECIDA GUIMARAES SANTOS
23694 DF - JACKELINE GUIMARAES SANTOS
35559 DF - JAMILA GUIMARAES SANTOS
14500 DF - JANAINA GUIMARAES SANTOS

PARTE INTIMADA : JANAYNA NOGUEIRA LIMA


ADVG. PARTE : 7934 DF - MÁRCIO AMÉRICO MARTINS DA SILVA

PARTE INTIMADA : MARCELO CARDOSO DE CARVALHO


ADVGS. PARTE : 46514 DF - RAILA MOURA CARVALHO
33195 DF - THIAGO JOSE SEGATTO MENEZES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 0371136-98.2016.8.09.0162
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador José Carlos de Oliveira

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0371136-98.2016.8.09.0162

2ª CÂMARA CÍVEL

APELANTE : DOMINGOS PEREIRA DOS SANTOS

APELADOS : RMS CONSTRUÇÕES LTDA. (ME) E OUTROS

RELATOR : DESEMBARGADOR JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade da apelação cível, dela conheço.

Consoante relatado, a controvérsia recursal cinge-se à irresignação de DOMINGOS PEREIRA DOS SANTOS
com a sentença proferida na instância singela que julgou improcedentes os pedidos por ele formulados.

Pois bem.

Adianto, desde já, que o inconformismo do recorrente não merece acolhida.

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NR.PROCESSO: 0371136-98.2016.8.09.0162
Sabe-se que a prova ocupa um papel determinante no processo de conhecimento, uma vez que as
meras alegações, desprovidas de elementos capazes de demonstrá-las, pouca ou nenhuma utilidade
trarão à parte interessada, já que serão tidas por inexistente.

Assim, à medida do grau de interesse das partes em comprovar seus fundamentos fáticos, o Código de
Processo Civil dividiu o ônus probatório: toca ao autor o ônus de provar o fato constitutivo de seu
direito; ao réu, os fatos impeditivos, modificativos e extintivos. Quem descurar desse encargo assume o
risco de ter contra si a regra de julgamento, quando do sopesamento das provas.

Essa é a intelecção que se extrai do artigo 373 do Código de Processo Civil:

Art. 373. O ônus da prova incumbe:

I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;

II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do


autor.

À luz do princípio do interesse, que se encontra encartado nessa regra processual, não é demasiado
salientar que, se o réu limita-se a negar o fato que lastreia a pretensão do autor, permanece sobre este o
ônus de provar sua existência, já que não se altera o proveito/interesse do demandante em comprovar o
fato constitutivo do direito invocado.

Diversa é a hipótese em que o réu, embora não refute a existência do fato constitutivo do direito do
autor, invoca outro que impede, modifica ou extingue os efeitos pretendidos pelo demandante, técnica
conhecida como exceção substancial indireta. Assim, toca ao réu o ônus de comprovar essa nova
circunstância fática, que amplia o âmbito de cognição do processo.

Acerca do tema, impende trazer à colação a percuciente lição dos renomados processualistas Arruda
Alvim, Araken de Assis e Eduardo Arruda Alvim:

1. O ônus de provar da parte. Não podemos falar em dever de provar. Há ônus


probatório que, uma vez não atendido, deve acarretar consequências
processuais negativas à parte que não o tiver observado, que se traduz na perda
da oportunidade processual de provar os fatos supostamente constitutivos da

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NR.PROCESSO: 0371136-98.2016.8.09.0162
afirmação de direito contido na inicial (art. 333, I, do CPC) ou da defesa
apresentada (art. 333, II, do CPC). À obrigação e ao dever deve seguir, sempre,
uma sanção (consequência desfavorável ao obrigado e àquele a quem incumbia
o dever). Caberá ao autor provar o fato constitutivo de seu direito (art. 333, I, do
CPC); ao réu, doutra parte, caberá a prova de fato, por ele articulado, que seja
impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor (art. 333, II, do CPC).
Quer isto significar que se o réu não alegar fato algum e apenas negar os fatos
que tenham sido articulados pelo autor, o ônus de prova caberá ao autor. Se,
porém, o réu alegar algum fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do
autor, será seu o ônus de prová-los. O ônus da prova é regra de juízo. Destina-se
especificamente ao juiz, que deverá considerar os fatos por não provados, se a
parte, que tinha o ônus de prová-los, não se desincumbiu do mesmo
adequadamente. (in Comentários ao Código de Processo Civil, 2ª ed. rev. atual.,
São Paulo: Revista dos Tribunais, 2012, p. 732/733)

No mesmo sentido, é o magistério do eminente Ministro Luiz Fux, do excelso Supremo Tribunal Federal:

Ressoa evidente que, pela própria iniciativa, a prova primeira compete ao autor.
A necessidade de provar é algo que encarta, dentre os imperativos jurídicos-
processuais na categoria de ônus, por isso que a ausência de prova acarreta um
prejuízo para aquele que deveria provar e não o fez. A própria lei assim
categoriza essa posição processual ao repartir o ônus da prova no artigo 333 do
CPC. Desta sorte, não há um direito à prova nem um dever de provar senão uma
necessidade de comprovar os fatos alegados sob pena de o juiz não os
considerar e, como consequência, decidir em desfavor de que não suportou a
atividade que lhe competia. O ônus da prova tem a sua ratio essendi na
circunstância de que o juiz não pode deixar de julgar (non liquet), impondo-lhe a
lei que decida mesmo nos casos de lacuna (art. 126 do CPC, primeira parte). Ora,
se o juiz não se exime de sentenciar e a prova não o convence é preciso verificar
em desfavor de quem se operou o malogro da prova. Forçoso, assim, observar se
o juiz não se convenceu quanto aos fatos sustentados pelo autor ou quanto
àqueles suscitados pelo réu, porquanto, a partir dessa constatação o juízo
tributará a frustração da prova a uma das partes para decidir em desfavor dela.
Nesse sentido é que se deve empreender a exegese acerca das regras sobre o
ônus da prova. (in Curso de Direito Processual Civil: Processo de Conhecimento
, v. I, 4ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2008, p. 582)

Nesse diapasão, vale destacar que somente se afigura relevante definir a quem compete o ônus de
provar, quando o magistrado, ao definir a solução de mérito, verifica que os fatos invocados não foram
provados.

Diante desse estado de inconsistência, vale-se o julgador da técnica processual de regra de julgamento,
que implica impor a quem não se desincumbiu de seu encargo de provar a consequência desfavorável.

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NR.PROCESSO: 0371136-98.2016.8.09.0162
Deste entendimento não destoa a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, senão veja-se:

(...) 2. Incumbe ao autor fazer prova do fato constitutivo do seu direito, a teor do
que dispõe a literalidade do artigo 333, I, do CPC, de modo que o aresto incorre
em erro ao adotar a premissa de que caberia ao ora agravado comprovar que não
era devedor. (...) (STJ, 3ª Turma, AgRg no REsp nº 1431693/SP, Rel. Min. Ricardo
Villas Bôas Cueva, DJe de 26/09/2014, g.)

(...) 3. Em regra, o ônus da prova incumbe a quem alega o fato, de modo que,
salvo nas declaratórias negativas, ao autor cabe a prova dos fatos constitutivos e
ao réu a prova dos fatos extintivos, impeditivos ou modificativos. Inteligência dos
art. 326 c/c 333, I e II, do CPC. Precedentes: AgRg no AREsp 154.040/GO, Rel.
Min. Benedito Gonçalves, Primeira Turma, DJe 18/6/12; REsp 1.253.315/SC, Rel.
Min. Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 17/8/11; REsp 161.629/ES,
Rel. Min. Sálvio De Figueiredo Teixeira, Quarta Turma, DJ 21/2/00. (...) (STJ, 1ª
Turma, AgRg no AREsp nº 324.140/DF, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, DJe de
14/08/2013, g.)

A jurisprudência deste egrégio Tribunal de Justiça tem o mesmo posicionamento:

(...) II. Impõe-se a improcedência dos pedidos iniciais quando os autores não
desincumbem do ônus de provar os fatos constitutivos de seu direito. (...) (TJGO,
6ª Câmara Cível, Apelação Cível nº 226317-79.2010.8.09.0097, Rel. Des. Jeová
Sardinha de Moraes, DJe de 19/11/2014, g.)

(...) I. Segundo a distribuição do ônus da prova no Código de Processo Civil,


caberá ao autor comprovar o fato constitutivo do seu direito, e ao réu o fato
impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor (art. 333, I e II, do CPC).
(...) (TJGO, 3ª Câmara Cível, Apelação Cível nº 363146-40.2012.8.09.0051, Rel.
Juiz Fernando de Castro Mesquita, DJe de 18/11/2014, g.)

À luz desses sólidos arcabouço jurídico chega-se a conclusão de que a magistrado decidiu
acertadamente ao julgar improcedentes os pedidos veiculados na peça exordial.

Isso porque, conforme bem salientado pela magistrada singular, o recorrente não se desincumbiu do
ônus de comprovar a inadimplência dos réus, nem mesmo subsidiar a aferição de eventuais valores
devidos.

O depoimento pessoal do autor/apelante DOMINGOS PEREIRA DOS SANTOS, bem como o depoimento

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NR.PROCESSO: 0371136-98.2016.8.09.0162
da testemunha Marcus Vinícius Teodoro dos Santos são frágeis e não possuem alicerce no lastro
probatório constante dos autos. A prova testemunhal colhida em audiência não possui força probante
suficiente para comprovar os preços acordados e o suposto inadimplemento da parte ré.

Oportunamente, saliento que é necessário um indício razoável de prova material a ser corroborada pela
prova material, conforme jurisprudência deste Sodalício Goiano:

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RETIFICAÇÃO DE REGISTRO CIVIL.


CERTIDÃO DE CASAMENTO. PROFISSÃO. IMPOSSIBILIDADE. CIRCUNSTÂNCIA
TRANSITÓRIA. EXISTÊNCIA DE ERRO OU ENGANO. NÃO COMPROVAÇÃO (ART.
109 DA LRP). PROVA TESTEMUNHAL. INSUFICIÊNCIA. (...) 3. É pacífico o
entendimento jurisprudencial de que é necessário um indício razoável de prova
material a ser corroborada pela prova oral, haja vista que, a prova testemunhal é
cabível de forma subsidiária e complementar à escrita, ante o seu caráter
precário e dada a sua fragilidade. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E
DESPROVIDA. (TJGO, Apelação (CPC) 5158300-80.2018.8.09.0110, Rel. Des(a).
MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI, 1ª Câmara Cível, julgado em 25/05/2020,
DJe de 25/05/2020)

(...) 1. A legislação processual civil pátria adotou o sistema da persuasão racional


ou do livre convencimento motivado, segundo o qual, não obstante a existência
de regras legais de apreciação da prova, esta é realizada livremente pelo juiz por
meio da análise entre as alegações e o conjunto probatório, de acordo com o seu
prudente arbítrio, desde que motive, racionalmente, suas razões decisórias, a
teor do art. 371 do CPC e do art. 93, inc. IX, da CF. 2. Ao réu revel, citado por
edital e representado por curador (art. 72, inciso II, CPC), é facultada a
apresentação de contestação por negativa geral, ou seja, sem a necessidade de o
curador fazer impugnação específica a cada fato abordado pelo autor (art. 341,
parágrafo único, CPC). Como consequência, os efeitos da revelia são afastados,
não se podendo presumir verdadeiros os fatos afirmados na inicial (art. 344 do
CPC)3. De acordo com a regra disposta no art. 373, I do Código de Processo
Civil, ao demandante incumbe demonstrar os fatos constitutivos de seu direito. 4.
Inexistindo nos autos prova da validade dos contratos de compra e venda dos
imóveis, pois que firmados por quem não detinha poderes de representação dos
legítimos proprietários dos imóveis, tampouco quitação hábil a autorizar a
transferência da propriedade, sendo a prova testemunhal frágil, deve ser mantida
a sentença que julgou improcedente os pedidos iniciais. 5. Nos termos do § 11 do
art. 85 do CPC majora-se os honorários em desfavor da parte sucumbente ao
julgar o recurso. Apelação Cível conhecida e desprovida. Sentença mantida.
(TJGO, APELACAO 0315273-33.2012.8.09.0087, Rel. ITAMAR DE LIMA, 3ª Câmara
Cível, julgado em 18/07/2019, DJe de 18/07/2019)

Ademais, ante a fragilidade e precariedade da prova testemunhal, não há como considerá-la como
elemento probante forte o suficiente para comprovar as alegações da parte autora. Nesse sentido:

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NR.PROCESSO: 0371136-98.2016.8.09.0162
(…) 2. Vige no ordenamento jurídico o princípio do livre convencimento motivado
do juiz, em que, se o magistrado, analisando as provas dos autos, entender não
haver necessidade de produção de outras provas para o julgamento da lide, não
há que se falar em cerceamento de defesa. Ademais, a prova testemunhal
pretendida mostra-se frágil e não pode ser determinante neste caso. (…) (TJGO,
Apelação (CPC) 5001214-63.2017.8.09.0051, Rel. Des(a). ELIZABETH MARIA DA
SILVA, 4ª Câmara Cível, julgado em 11/05/2020, DJe de 11/05/2020)

Dessa forma, não tendo a parte autora se desincumbido do ônus de comprovar o fato constitutivo do
seu direito, a improcedência do pleito inaugural é medida que se impõe, consoante os acórdãos a
seguir colacionados, oriundo desta Corte de Justiça:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE RECONHECIMENTO DE UNIÃO


ESTÁVEL POST MORTEM. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS. UNIÃO ESTÁVEL NÃO
COMPROVADA. ÔNUS DA PROVA. SENTENÇA MANTIDA. 1. Nos termos da
legislação civil, a declaração judicial da união estável, por se tratar de estado de fato,
depende de prova plena e convincente de seus elementos caracterizadores, vale dizer,
a convivência estável, duradoura, pública e notória, e o desejo de constituição de
família, ainda que sem prole. 2. É ônus de quem pleiteia a declaração da união
estável provar a existência de relacionamento duradouro, público e contínuo,
com o objetivo de constituir família. No caso, o autor não se desincumbiu desse
ônus, portanto, uma vez não comprovada, pelas provas coligidas aos autos, a
caracterização da união estável entre o autor/apelante e o de cujus, imperioso a
improcedência do pedido de reconhecimento de união estável entre o casal.
APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E DESPROVIDA. (TJGO, APELACAO 0288413-
66.2009.8.09.0162, Rel. ORLOFF NEVES ROCHA, 1ª Câmara Cível, julgado em
11/04/2019, DJe de 11/04/2019)

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE UNIÃO ESTÁVEL.


CERCEAMENTO DE DEFESA. NÃO OCORRÊNCIA. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS
DO ARTIGO 1.723, DO CÓDIGO CIVIL. NÃO RECONHECIMENTO. ÔNUS DA
PROVA. 1. Considerando que a parte autora/apelante comprometeu-se a levar
suas testemunhas à audiência de instrução e julgamento independentemente de
intimação e, todavia, não o fez, não há que se falar em cerceamento de defesa. 2.
O reconhecimento da união estável, protegida constitucionalmente como
entidade familiar, nos moldes do artigo 226, § 3º, da Carta Magna de 1988, está
sujeito à presença dos requisitos elencados no artigo 1.723, do Código Civil,
quais sejam, convivência pública, contínua, duradoura e com ânimo de constituir
família. 3. Na espécie, não demonstrada, pelos elementos probatórios coligidos
aos autos, a caracterização da união estável entre o casal, inadmissível seu
reconhecimento, haja vista a flagrante violação ao artigo 373, inciso I, do atual
Código de Processo Civil. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E DESPROVIDA.
(TJGO, Apelação (CPC) 0255609-93.2015.8.09.0175, Rel. JEOVA SARDINHA DE
MORAES, 6ª Câmara Cível, julgado em 13/03/2019, DJe de 13/03/2019)

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NR.PROCESSO: 0371136-98.2016.8.09.0162
Destarte, com fulcro no lastro probatório constante dos autos, tenho que a sentença proferida na
instância singela deve ser mantida.

AO TEOR DO EXPOSTO, CONHEÇO da apelação cível e NEGO-LHE PROVIMENTO, mantendo incólume


o édito judicial hostilizado, por estes e seus próprios fundamentos.

Por fim, consectário lógico do desprovimento do apelo interposto pelo autor/recorrente, majoro a verba
honorária por el devida para 11% (onze por cento) do valor atualizado da causa.

Destaco que fica suspensa a exigibilidade do pagamento das despesas processuais e dos honorários
advocatícios de sucumbência enquanto perdurar o estado de miserabilidade da parte autora/recorrente,
consoante disciplinam os §§ 2º e 3º do artigo 98 do atual Código de Processo Civil.

É como voto.

Goiânia, datado e assinado digitalmente.

Desembargador JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

Relator

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de APELAÇÃO CÍVEL Nº 0371136-98.2016.8.09.0162, acordam os


componentes da Quinta Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível, à unanimidade de votos, em conhecer e
desprover o recurso , nos termos do voto do relator.

Votaram com o Relator, o Desembargador Carlos Alberto França que completou a Turma em razão da ausência
momentânea do Desembargador Leobino Valente Chaves e o Desembargador Zacarias Neves Coelho.

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NR.PROCESSO: 0371136-98.2016.8.09.0162
A sessão foi presidida pelo Desembargador José Carlos de Oliveira em substituição ao Desembargador Amaral
Wilson de Oliveira.

Presente a ilustre Procuradora de Justiça Doutora Dilene Carneiro Freire.

Goiânia, datado e assinado digitalmente.

Desembargador JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

Relator

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NR.PROCESSO: 0371136-98.2016.8.09.0162
APELAÇÃO CÍVEL Nº 0371136-98.2016.8.09.0162

2ª CÂMARA CÍVEL

APELANTE : DOMINGOS PEREIRA DOS SANTOS

APELADOS : RMS CONSTRUÇÕES LTDA. (ME) E OUTROS

RELATOR : DESEMBARGADOR JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA. COBRANÇA. EMPREITADA.


CONTRATO VERBAL. IMPROCEDÊNCIA. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DOS
FATOS ALEGADOS NA EXORDIAL. ÔNUS DA PROVA DA PARTE AUTORA.
ARTIGO 373, INCISO I, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.

1. À medida do grau de interesse das partes em comprovar seus fundamentos


fáticos, o Código de Processo Civil dividiu o ônus probatório: toca ao autor o
ônus de provar o fato constitutivo de seu direito; ao réu, os fatos impeditivos,
modificativos e extintivos.

2. Tendo em vista o que dispõe o artigo 373 do Código de Processo Civil, não
restam dúvidas que cabia ao autor/apelante a comprovação da inadimplência dos
réus e do valores devidos, ônus do qual não se desincumbiu.

3. É pacífico o entendimento jurisprudencial de que é necessário um indício


razoável de prova material a ser corroborada pela prova oral, haja vista que, a
prova testemunhal é cabível de forma subsidiária e complementar à escrita, ante
o seu caráter precário e dada a sua fragilidade.

4. Evidenciada a sucumbência recursal, impende majorar a verba honorária a ser


arcada pela parte vencida, conforme previsão do artigo 85, § 11, do Código de
Processo Civil.

5. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA, MAS DESPROVIDA.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


27/11/2020 13:23:16

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0443941-67.2013.8.09.0093
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Sumário ( CPC )
POLO ATIVO : ADAIR MURILO PARANHOS ALVES
POLO PASSIVO : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ADAIR MURILO PARANHOS ALVES


ADVGS. PARTE : 28507 GO - DENILSA RODRIGUES TAVARES
37871 GO - GENI EURIPEDES DE SOUZA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 0443941-67.2013.8.09.0093
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Carlos Alberto França

Apelação Cível nº 0443941-67.2013.8.09.0093


Comarca de Jataí
Apelante: Adair Murilo Paranhos Alves
Apelado: Instituto Nacional do Seguro Social - INSS
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

EMENTA: Apelação cível. Ação de auxílio-doença por


acidente de trabalho com pedido sucessivo de conversão
em aposentadoria por invalidez. I – Aposentadoria por
invalidez. Incapacidade laborativa total e permanente não
comprovada. Improcedência. A aposentadoria por invalidez
somente é cabível quando o segurado for considerado incapaz
e insuscetível de reabilitação para o exercício de qualquer
atividade que lhe garanta a subsistência, o que não restou
demonstrado na espécie. II – Auxílio-doença. Incapacidade
permanente. Impossibilidade de concessão. O auxílio-
doença é temporário, devendo perdurar enquanto o segurado
estiver incapacitado para o seu trabalho ou para a sua
atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.
No caso concreto, verifica-se que encontra-se o autor/apelante
incapacitado permanentemente para exercer sua atividade
habitualmente exercida, qual seja, operador de máquina
secadora de grãos, motivo pelo qual não faz jus ao auxílio-
doença. III - Auxílio-acidente. Comprovação da
incapacidade laborativa parcial e permanente do segurado.
Concessão. Consoante tese firmada pelo Superior Tribunal de
Justiça sob a sistemática dos recursos repetitivos, o auxílio-
acidente pressupõe o preenchimento de requisitos indicados
pela legislação atinente à matéria, quais sejam, a qualidade de
segurado e a existência de lesão que implique
comprometimento efetivo e permanente de sua capacidade

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NR.PROCESSO: 0443941-67.2013.8.09.0093
laboral na função que habitualmente exercia. In casu,
comprovada, por meio de laudo pericial, a incapacidade
permanente parcial laborativa do autor/apelante, faz ele jus à
concessão do benefício do auxílio-acidente, desde a data da
cessação do auxílio-doença. IV - Ação previdenciária.
Princípio da fungibilidade. Sobre a possibilidade de
concessão de benefício diverso do pretendido inicialmente, o
Colendo Superior Tribunal de Justiça orienta-se no sentido de
que "(...) em matéria previdenciária, deve-se flexibilizar a
análise do pedido contido na petição inicial, não entendendo
como julgamento extra ou ultra petita a concessão de benefício
diverso do requerido na inicial, desde que o autor preencha os
requisitos legais do benefício deferido" (AgRg no REsp
1305049/RJ, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda
Turma, julgado em 03/05/2012, DJe 08/05/2012). Dessarte,
embora pleiteado pelo autor/apelante a concessão de
aposentadoria por invalidez ou auxílio-doença, não há óbice à
concessão do auxílio-acidente, não havendo se falar em
inovação recursal, conforme entendimento já consolidado no
STJ.
Apelação cível conhecida e parcialmente provida.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Cuida-se de apelação cível interposta por Adair Murilo Paranhos Alves


objetivando a reforma da sentença da lavra da Juíza de Direito da 4ª Vara Cível da
Comarca de Jataí, Dra. Sabrina Rampazzo de Oliveira, proferida em ação de auxílio-
doença por acidente de trabalho com pedido sucessivo de conversão em
aposentadoria por invalidez, ajuizada em desfavor do Instituto Nacional do Seguro
Social - INSS.
A parte dispositiva da sentença apelada (evento 03, documento 07) possui os
seguintes dizeres:

“Pelo exposto, JULGO IMPROCEDENTES os pedidos.


CONDENO o autor ao pagamento dos honorários advocatícios, que
arbitro em 10% do valor da causa, nos termos do art. 85, § 2°, do CPC,
com correção monetária pelo INPC, a contar da propositura da ação
(Súmula 14 do STJ) e juros moratórios de 1% ao mês, a contar do
trânsito em julgado da sentença (art. 85, § 16 do CPC), observando-se,
ainda, o art. 98, §3°, do CPC.

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NR.PROCESSO: 0443941-67.2013.8.09.0093
Sem custas em razão da isenção legal (art. 129, parágrafo único, da Lei
n. 8.213/91).
Após o trânsito em julgado, arquive-se com baixa.”

Irresignado, apela o requerente no evento n. 05, relatando, de início, os fatos


processuais.
Narra possuir 60 anos de idade e ter estudado até o quarto ano do ensino
fundamental, sempre exercendo atividade que demandasse esforço físico, contudo
encontra-se incapacitado para o trabalho.
Aduz não merecer prevalecer a sentença atacada, ao argumento de que
restou comprovado o nexo causal entre sua incapacidade laboral e a atividade
exercida pela prova pericial produzida em juízo, que concluiu no sentido da existência
de limitação parcial da capacidade auditiva bilateral do autor/apelante decorrente da
atividade de operador de secador exercida.
Afirma que “o Recorrente nunca teve antes problema de audição e o fato de
estar desempregado não descaracteriza o seu direito, mesmo porque na data fixada
como Data do Início da Incapacidade o Recorrente mantinha sua qualidade de
segurado, fato reconhecido em sentença pela Juíza Singular, por ser verdadeiramente
correto”.
Explica que foi remanejado para a função de operador de secador por ter
sofrido acidente de trabalho anterior, qual seja, corte em sua perna, no ano de 2007,
do que também resultou redução de sua capacidade laborativa.
Entende que restaram cumpridos todos os requisitos necessários à
concessão da aposentadoria por invalidez postulada, devendo ser aplicado à espécie
o Enunciado n. 47 da Turma Nacional de Uniformização.
Alega que, “de todos os resultados possíveis aguardados neste feito, o menos
provável seria a improcedência dos pedidos inicial, visto que na manifestação feita
pelo Recorrente acerca do laudo pericial tardio e evasivo, ficou demonstrada que o
Recorrente possui as enfermidades e sequelas estampadas nos documentos médicos
apresentadas o processo e que elas foram adquiridas em virtude do trabalho, as quais,
somadas, deixaram o Recorrente incapacitado para o trabalho de forma total e
definitiva”.
Ressalta que possui 22 anos de contribuição previdenciária, conta com idade
avançada e está acometido de doença, não possuindo, ainda, grau de escolaridade
para concorrer no mercado de trabalho para nenhuma vaga de emprego, motivo pelo
qual o indeferimento do benefício almejado representa afronta à dignidade da pessoa
humana.
Reitera que sua incapacidade laboral resulta não só da perda parcial da
audição, mas, também, do acidente de trabalho que sofreu em 2007 (corte na perna),
tanto que foi readaptado para uma nova função. “O que se nota de um contexto geral
do laudo pericial, ainda que com imperfeições gritantes, é que o Recorrente possui
uma soma de sequelas físicas deixadas por suas funções exercidas no trabalho
(varizes nas pernas e perda de audição), as quais acarretou a sua incapacidade total e

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NR.PROCESSO: 0443941-67.2013.8.09.0093
definitiva.”.
Assevera que faz jus à aposentadoria por invalidez postulada desde o
indeferimento do pedido de auxílio-doença pelo réu/apelado, qual seja, 08/08/2013,
época em que possuía a qualidade de segurado da previdência social, ou,
alternativamente, ao auxílio-doença desde 07/08/2012.
Defende a possibilidade de concessão de auxílio-acidente sem a configuração
de sentença extra petita, conforme entendimento pacificado no âmbito do Superior
Tribunal de Justiça.
Requer, ao final, o conhecimento e provimento do apelo, para a reforma da
sentença atacada e concessão, ao autor/apelante, da aposentadoria por invalidez
postulada ou, subsidiariamente, do auxílio-doença ou do auxílio-acidente.
Prequestiona as matérias debatidas, para fins de interposição de recursos aos
Tribunais Superiores.
Ausência de preparo, por ser o apelante beneficiário da gratuidade da justiça.
Intimado, deixa o INSS de ofertar contrarrazões.
É o relatório.
Passo a decidir monocraticamente.

Conforme relatado, cuida-se de apelação cível interposta por Adair Murilo


Paranhos Alves objetivando a reforma da sentença da lavra da Juíza de Direito da 4ª
Vara Cível da Comarca de Jataí, Dra. Sabrina Rampazzo de Oliveira, proferida em
ação de auxílio-doença por acidente de trabalho com pedido sucessivo de conversão
em aposentadoria por invalidez, ajuizada em desfavor do Instituto Nacional do
Seguro Social - INSS.
Pretende o apelante a reforma da sentença atacada e concessão, ao
autor/apelante, da aposentadoria por invalidez postulada ou, subsidiariamente, do
auxílio-doença ou do auxílio-acidente.

Desde já, ressalta-se não fazer jus o autor/apelante à aposentadoria por


invalidez postulada.
Com efeito, a aposentadoria por invalidez decorrente de acidente de trabalho
encontra-se regulamentada pelo artigo 42 da Lei n. 8.213/91, in verbis:

“Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o
caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não
em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de
reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência
, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.

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NR.PROCESSO: 0443941-67.2013.8.09.0093
§1º A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da
verificação da condição de incapacidade mediante exame médico-
pericial a cargo da Previdência Social, podendo o segurado, às suas
expensas, fazer-se acompanhar de médico de sua confiança.
§ 2º A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao
Regime Geral de Previdência Social não lhe conferirá direito à
aposentadoria por invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier por
motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.”
(sublinhado).

Dessume-se da redação da norma supracitada que, para a implementação de


aposentadoria por invalidez, deve estar caracterizada a qualidade de segurado, a
carência e a incapacidade total e permanente para o trabalho.
Assim, a aposentadoria por invalidez somente é cabível quando o segurado
for considerado incapaz e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade
que lhe garanta a subsistência.
Na situação posta sob apreciação, verifica-se do laudo pericial produzido em
juízo que, “Após a anamnese, exame físico, análise dos documentos constantes nos
autos conclui-se que há incapacidade parcial permanente de moderada intensidade
em relação à capacidade auditiva bilateralmente. As alterações de membros inferiores
podem ser tratadas cirurgicamente.”
Ainda, em resposta aos quesitos formulados pelas partes, esclareceu a expert
que “há limitação parcial da capacidade auditiva bilateral. Desta forma, o periciando
não deverá trabalhar utilizando a máquina secadora de grãos ou na função de secador
de grãos”, bem como que poderá exercer atividade remunerada, “desde que essa
atividade não possa prejudicar ainda mais a sua condição auditiva”.
Colhe-se do laudo pericial, portanto, que o autor/apelado não possui
incapacidade laboral resultante da lesão em seus membros inferiores, mas possui
incapacidade parcial permanente de moderada intensidade de sua audição bilateral,
não estando, portanto, “insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que
lhe garanta a subsistência”, nos termos do artigo 42, da Lei 8.213/91. Não faz jus,
portanto, à aposentadoria por invalidez almejada.
Sobre a matéria também já se pronunciou esta Corte:

APELAÇÕES CÍVEIS. AÇÃO PREVIDENCIÁRIA. APOSENTADORIA


POR INVALIDEZ TOTAL. BENEFÍCIO DEVIDO. JUROS DE MORA E
CORREÇÃO MONETÁRIA. 1. Em regra, para a concessão da
aposentaria por invalidez a incapacidade deve ser total e permanente, e
os critérios pessoais e sociais do segurado demonstrarem a
necessidade de deferimento do benefício, observando-se as
particularidades de cada caso.3. In casu, foi constatada a incapacidade
total do autor, somado à atividade por ele dantes desempenhada e
considerando a lesão sofrida, mister a concessão da aposentadoria por
invalidez.4. O termo inicial da aposentadoria por invalidez é a data da

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NR.PROCESSO: 0443941-67.2013.8.09.0093
constatação da incapacidade, ou seja, a partir do requerimento
administrativo, momento em que já tinha sido constatada a incapacidade
do beneficiário.5. Nas ações previdenciárias, a correção monetária do
benefício será calculada pelo INPC, conforme previsto no art. 41-A da
Lei n. 8.213/91, inserido pela Lei n. 11.430/2006. Os juros de mora, por
sua vez, devem observar o disposto no artigo 1º-F da Lei n. 9.494/97,
com a redação dada pela Lei n. 11.960/2009. Tese firmada pelo STJ no
REsp n. 1495146/MG (Tema 905). APELAÇÕES CONHECIDAS E
APENAS A PRIMEIRA PARCIALMENTE PROVIDA.” (TJGO, Apelação
(CPC) 5488671-98.2017.8.09.0138, Rel. Dr. FÁBIO CRISTÓVÃO DE
CAMPOS FARIA, 3ª Câmara Cível, DJe de 24/08/2020).

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO PREVIDENCIÁRIA. APOSENTADORIA


POR INVALIDEZ. POSSIBILIDADE. TRABALHADOR BRAÇAL.
AMPUTAÇÃO BRAÇO DIREITO. FATORES SOCIOECONÔMICOS.
PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS. 1. Para a concessão de
aposentadoria por invalidez é necessário o preenchimento de alguns
requisitos: qualidade de segurado, cumprimento da carência (quando
exigida), incapacidade total e permanente para o trabalho e
impossibilidade de reabilitação (artigo 42 da Lei 8.213/91). 2.
Preenchidos os requisitos a parte apelante/autora faz jus ao benefício da
aposentadoria por invalidez. 3. O Superior Tribunal de Justiça firmou o
entendimento de que, para a concessão de aposentadoria por invalidez,
devem ser analisados também os aspectos socioeconômicos,
profissionais e culturais do segurado, mormente quando este possui
baixo grau de escolaridade e exercício prévio de profissão braçal,
restando impedida em razão da amputação do braço. APELAÇÃO
CÍVEL CONHECIDA E PROVIDA. SENTENÇA REFORMADA.” (TJGO,
Apelação (CPC) 0017866-06.2016.8.09.0011, Rel. Des. JAIRO
FERREIRA JUNIOR, 6ª Câmara Cível, DJe de 19/09/2019).

Registre-se, por oportuno, que, ao contrário do que se pretende fazer crer,


não podem ser observados somente os critérios pessoais e sociais do segurado para
fazer o mesmo jus à concessão do benefício previdenciário almejado – aposentadoria
por invalidez, devendo restar cumpridos também os requisitos legalmente previstos no
artigo 42 da Lei 8.213/91, acima transcritos.
A propósito:

“DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO E APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO


PREVIDENCIÁRIA. CANCELAMENTO DE AUXÍLIO-DOENÇA
ACIDENTÁRIO. PERÍCIA MÉDICA. INCAPACIDADE TOTAL LABORAL
NÃO CONSTATADA. DEVER DE REESTABELECIMENTO DO
BENEFÍCIO. CONVERSÃO DE AUXÍLIO EM APOSENTADORIA POR
INVALIDEZ PERMANENTE AFASTADA. CONSECTÁRIO LEGAL DA
CONDENAÇÃO DA FAZENDA PÚBLICA. TEMA 810. SENTENÇA
ILÍQUIDA. PREQUESTIONAMENTO. SENTENÇA REFORMADA. I -

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NR.PROCESSO: 0443941-67.2013.8.09.0093
Não cabe ao julgador flexibilizar comandos jurídicos a pretexto de
justiça, sob pena de arbitrariedades, o que, no caso, restou configurado
quando, apesar de constatado que a insurgida não teve sua capacidade
laborativa totalmente inviabilizada, o juízo de origem deu-lhe razão ao
aposentá-la por invalidez, em vista da sua idade, condição
socioeconômico e cultural, e não da amplitude da lesão em si, sendo
esses elementos abstratos a qualquer parâmetro no escopo de fazer
frente aos requisitos objetivos positivados. II - É devida a manutenção da
condenação ao pagamento do retroativo ao auxílio-saúde indevidamente
cancelado. III - No caso, juros de mora, desde a citação, este com base
na remuneração oficial da caderneta de poupança, tal como determinado
na sentença. Necessário reformar o édito sentencial para que incida
correção monetária pelo IPCA-E, desde o vencimento de cada parcela
(artigo 1º-F da Lei nº 9.494/97, alterado pela Lei nº 11.960/2009),
conforme Tema 810. IV - Por se tratar de sentença ilíquida, o percentual
dos honorários advocatícios será definido na liquidação do julgado,
cabendo a alteração da sentença, neste ponto, de ofício. REEXAME
NECESSÁRIO E APELO CONHECIDOS E PARCIALMENTE
PROVIDOS.” (TJGO, Apelação / Reexame Necessário 0364292-
23.2013.8.09.0006, Rel. Des. FAUSTO MOREIRA DINIZ, 6ª Câmara
Cível, DJe de 31/08/2020).

Assim sendo, não faz jus o autor/apelante à aposentadoria por invalidez


postulada.

No que tange ao auxílio-doença, dispõem os artigos 59 e 60, da Lei n.


8.213/1991:

“Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo


cumprido, quando for o caso, o período de carência exigido nesta Lei,
ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual
por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.”

“Art. 60. O auxílio-doença será devido ao segurado empregado a contar


do décimo sexto dia do afastamento da atividade, e, no caso dos demais
segurados, a contar da data do início da incapacidade e enquanto ele
permanecer incapaz.”

Como se vê, o auxílio-doença é temporário, devendo perdurar enquanto o


segurado estiver incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por
mais de 15 (quinze) dias consecutivos.
No caso concreto, verifica-se que encontra-se o autor/apelante incapacitado
permanentemente para exercer sua atividade habitualmente exercida, qual seja,

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NR.PROCESSO: 0443941-67.2013.8.09.0093
operador de máquina secadora de grãos.
É o que se conclui do laudo pericial colacionado ao evento n. 03, documento
06, in verbis:

“2-RESPOSTA: Há limitação parcial da capacidade auditiva bilateral.


Desta forma, o periciando não deverá trabalhar utilizando a máquina
secadora de grãos ou na função de secador de grãos.
3- RESPOSTA: Parcial e permanente.
4- RESPOSTA: Sim, desde que essa atividade não possa prejudicar
ainda mais a sua condição auditiva.” (sublinhado).

Neste contexto, após criteriosa análise do quadro fático e probatório constante


dos autos, entendo que o autor/apelante, segurado, não faz jus à percepção do
auxílio-doença, pois a limitação de sua capacidade auditiva é permanente e não
temporária.
Sobre o tema:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO PARA RESTABELECIMENTO DO AUXÍLIO-


DOENÇA OU CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR INVALIDEZ.
NÃO REDUÇÃO DA CAPACIDADE LABORAL. PROVA PERICIAL
CONCLUSIVA. 1. A norma legal estabelece que o auxílio-doença será
devido como indenização ao segurado quando, verificada a
incapacidade momentânea de exercer a atividade laboral habitual,
comprovada por laudo pericial técnico produzido em juízo, podendo,
ocasionalmente, retornar a seu ofício ou exercer outro trabalho após
reabilitação. 2. Não caracterizada a redução da capacidade laborativa,
consoante conclusão do médico perito, não está autorizada a concessão
do benefício auxílio-doença, de modo que deve ser mantida a sentença
recursada. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.” (TJGO,
APELAÇÃO 0437135-69.2010.8.09.0174, Rel. Des. Sandra Regina
Teodoro Reis, 6ª Câmara Cível, DJe de 20/02/2019, sublinhado).

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO PREVIDENCIÁRIA. APOSENTADORIA


POR INVALIDEZ. AUXÍLIO-DOENÇA OU AUXÍLIO-ACIDENTE.
BENEFÍCIOS INDEVIDOS. REQUISITOS NÃO PREENCHIDOS.
CONCLUSÃO DO LAUDO PERICIAL. IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO.
SENTENÇA MANTIDA. MAJORAÇÃO DOS HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS SUCUMBENCIAIS. (…) Para a concessão do auxílio-
doença, se está incapacitado, temporariamente para o trabalho. (…)
Comprovado por perícia médica judicial que a parte não está
incapacitada para o trabalho habitual e não possui redução de tal
capacidade laboral, conclui-se não fazer jus aos benefícios pleiteados.

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(…) 6. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E DESPROVIDA.” (TJGO,
Apelação (CPC) 0347156-13.2013.8.09.0006, Rel. Des. GUILHERME
GUTEMBERG ISAC PINTO, 5ª Câmara Cível, DJe de 06/12/2018,
sublinhado).

Por fim, requer o autor/apelante, subsidiariamente, seja-lhe concedido o


auxílio-acidente.
O acidente do trabalho é definido, por força do artigo 19 da Lei n. 8.213/91,
como sendo aquele evento ocorrido em virtude do exercício de uma atividade
profissional, que tem o condão de provocar lesão corporal ou perturbação funcional,
causando a morte, perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para
o trabalho.
Por oportuno, eis a redação do artigo 86, da Lei n. 8.213/91:

“Art. 86. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao


segurado quando, após a consolidação das lesões decorrentes de
acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que impliquem
redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.
§1º. O auxílio-acidente mensal corresponderá a cinquenta por cento do
salário-de-benefício e será devido, observado o disposto no § 5º, até a
véspera do início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do
segurado.”

Logo, em conformidade com a redação da norma supracitada, para a


implementação do benefício de auxílio-acidente, é necessário que, após a
consolidação das lesões decorrentes do infortúnio laboral, esteja comprovado que as
sequelas resultantes do acidente de trabalho implicaram em redução da capacidade
laborativa do segurado para o exercício de suas atividades profissionais habituais.
No caso em tela, verifica-se do laudo pericial confeccionado em juízo que o
autor/apelante sofreu incapacidade permanente de moderada intensidade em sua
capacidade auditiva bilateral, decorrente de acidente de trabalho, caracterizando,
portanto, quadro permanente de incapacidade parcial, o que repercute em sua
capacidade laborativa.
Faz, portanto, jus à concessão do auxílio-acidente.
A propósito, o Superior Tribunal de Justiça possui entendimento consolidado
no sentido de que, para a concessão do auxílio-acidente, basta a redução da
capacidade para o labor habitualmente exercido pelo segurado.
A propósito:

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0443941-67.2013.8.09.0093
“PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DA
CONTROVÉRSIA. AUXÍLIO-ACIDENTE. LESÃO MÍNIMA. DIREITO AO
BENEFÍCIO. 1. Conforme o disposto no art. 86, caput, da Lei 8.213/91,
exige-se, para concessão do auxílio-acidente, a existência de lesão,
decorrente de acidente do trabalho, que implique redução da capacidade
para o labor habitualmente exercido. 2. O nível do dano e, em
consequência, o grau do maior esforço, não interferem na concessão do
benefício, o qual será devido ainda que mínima a lesão. 3. Recurso
especial provido.” (STJ. REsp 1109591/SC, Rel. Ministro CELSO
LIMONGI (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP), TERCEIRA
SEÇÃO, julgado em 25/08/2010, DJe 08/09/2010, sublinhado).

E ainda:

“PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-ACIDENTE. INCAPACIDADE PARCIAL E


DEFINITIVA RECONHECIDA EM PERÍCIA. OCORRÊNCIA DE LESÃO
MÍNIMA. DIREITO À CONCESSÃO DE BENEFÍCIO. 1. Caso em que o
Tribunal regional reformou a sentença concessiva de aposentadoria por
invalidez, tendo em vista que a visão monocular não necessariamente
geraria incapacidade. 2. No acórdão recorrido há o reconhecimento da
lesão e da incapacidade parcial e definitiva para o labor: "Quanto ao
requisito de incapacidade laboral, o laudo médico pericial de fls. 55/56,
informou que o autor, 58 anos à época da perícia, apresenta trauma
penetrante no olho direito há mais de vinte anos, visão monocular, (...),
concluindo pela existência parcial e definitiva da incapacidade, há
aproximadamente 20 anos" Entretanto, o benefício foi negado por não
se vislumbrar "necessariamente", redução da capacidade para o
trabalho. 3. Sabe-se que o magistrado não está adstrito ao laudo
pericial, podendo, em decisão fundamentada, decidir de forma diversa.
Entretanto, no caso dos autos, o argumento utilizado para infirmar a
perícia, qual seja, a visão de um olho seria suficiente para o exercício da
atividade de agricultor, não encontra guarida na jurisprudência do STJ,
que entende devido o benefício quando houver redução da capacidade
laborativa, ainda que mínima. 4. Nesse sentido, os seguintes
precedentes: AgInt no AREsp 1.280.123/RS, Rel. Ministro Francisco
Falcão, Segunda Turma, DJe 3/10/2018 e REsp 1.109.591/SC, Rel.
Ministro Celso Limongi (Desembargador Convocado do TJ/SP), Terceira
Seção, DJe 8/9/2010. 5. Recurso Especial provido.” (STJ. REsp
1828609/AC, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA,
julgado em 20/08/2019, DJe 19/09/2019, sublinhado).

“PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-ACIDENTE. COMPROVADA A


INCAPACIDADE LABORATIVA PARA A ATIVIDADE HABITUALMENTE
EXERCIDA. REVISÃO. IMPOSSIBILIDADE. REEXAME DE FATOS E
PROVAS. SÚMULA N. 7/STJ. I - Na origem, cuida-se de ação ajuizada
em desfavor do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS objetivando a
concessão do benefício de auxílio-acidente. II - A Terceira Seção do

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NR.PROCESSO: 0443941-67.2013.8.09.0093
STJ, no julgamento do REsp n. 1.109.591/SC, sob o regime de recursos
repetitivos, vinculado ao Tema n. 416, firmou o entendimento que
"[e]xige-se, para concessão do auxílio-acidente, a existência de lesão,
decorrente de acidente do trabalho, que implique redução da capacidade
para o labor habitualmente exercido. O nível do dano e, em
consequência, o grau do maior esforço, não interferem na concessão do
benefício, o qual será devido ainda que mínima a lesão". III - Havendo o
Tribunal de origem, com lastro no conjunto probatório constante dos
autos, concluído que houve a redução da capacidade laborativa do
segurado para as atividades que exercia habitualmente, a inversão do
julgado demandaria o revolvimento dos mesmos fatos e provas, o que é
vedado na instância especial ante o óbice do enunciado n. 7 da Súmula
do STJ. Precedentes. IV - Agravo em recurso especial parcialmente
conhecido para, nessa parte, não conhecer do recurso especial.” (STJ.
AREsp 1348017/PR, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO, SEGUNDA
TURMA, julgado em 07/02/2019, DJe 14/02/2019).

No mesmo caminho é a jurisprudência do Tribunal de Justiça do Estado de


Goiás:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO ACIDENTE.


REDUÇÃO DA CAPACIDADE LABORAL COMPROVADA.
REQUISITOS PARA CONCESSÃO DO AUXÍLIO-ACIDENTE
PREENCHIDOS. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA
DEVIDO. PREQUESTIONAMENTO. HONORÁRIOS RECURSAIS. 1.
Para a concessão do benefício acidentário, mister esteja caracterizado o
nexo de causalidade entre a atividade exercida e a moléstia adquirida,
bem como a incapacidade laborativa, parcial ou total, em decorrência
desta. 2. O Julgador não se encontra vinculado ao laudo pericial,
cabendo-lhe a apreciação da prova e indicação, na decisão, das razões
da formação de seu convencimento (art. 371 do CPC). 3. In casu,
comprovada a redução da capacidade laborativa do apelante, faz jus à
concessão do benefício do auxílio-acidente pleiteado.4. Verba honorária
recursal fixada, na forma do § 11 do art. 85 do CPC, em razão do
apelante ser condenado em honorários advocatícios desde a origem do
feito e, ainda, devido ao desprovimento do apelo manejado. APELAÇÃO
CÍVEL CONHECIDA E DESPROVIDA. SENTENÇA MANTIDA.” (TJGO,
Apelação (CPC) 5601084-13.2018.8.09.0011, Rel. Des. DELINTRO
BELO DE ALMEIDA FILHO, 4ª Câmara Cível, DJe de 25/05/2020).

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO PREVIDENCIÁRIA. AUXÍLIO-ACIDENTE.


CAPACIDADE LABORATIVA REDUZIDA COMPROVADA. LAUDO
PERICIAL. PROCEDÊNCIA DO PEDIDO. (…) SENTENÇA MANTIDA.
1. O artigo 86 da Lei nº 8.213/91 prescreve que, para a concessão do
auxílio-acidente, não basta a lesão consolidada, devendo ser
comprovada, também, a redução da capacidade para o exercício do
trabalho que o trabalhador realizava habitualmente. 2. No caso dos

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NR.PROCESSO: 0443941-67.2013.8.09.0093
autos, restou demonstrado que a segurada teve a sua capacidade
laborativa reduzida, assim, a procedência do pedido de auxílio-acidente
é medida que se impõe. (...) RECURSO DE APELAÇÃO CONHECIDO E
DESPROVIDO.” (TJGO, Apelação (CPC) 0147606-33.2012.8.09.0051,
Rel. Des. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA, 2ª Câmara Cível, DJe de
09/03/2018).

“DUPLO GRAU E APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO PARA CONCESSÃO DE


AUXÍLIO ACIDENTE. REDUÇÃO DA CAPACIDADE LABORAL
COMPROVADA POR LAUDO PERICIAL OFICIAL. (…) 1. Restando
comprovado o nexo de causalidade entre o acidente e a redução da
capacidade funcional do segurado, para o desempenho das atividades
laborais antes desenvolvidas, impõe-se conceder o benefício do auxílio-
acidente, conforme art. 86 da Lei nº 8.213/91. (...) REMESSA E APELO
CONHECIDOS, PARCIALMENTE PROVIDA A PRIMEIRA E PROVIDO
O SEGUNDO.” (TJGO, Apelação / Reexame Necessário 0476243-
47.2014.8.09.0051, Rel. Des. JEOVA SARDINHA DE MORAES, 6ª
Câmara Cível, DJe de 08/03/2018).

Dessa forma, faz jus o autor/apelado ao benefício de auxílio-acidente, que


será devido desde a cessação do auxílio-doença anteriormente concedido, nos termos
do § 2º, do artigo 86, da Lei n. 8.213/91.
Sobre o tema:

“REEXAME OBRIGATÓRIO E APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO


PREVIDENCIÁRIA DE RESTABELECIMENTO DE BENEFÍCIO. 1.
CONCESSÃO DE AUXÍLIO-ACIDENTE. REQUISITOS.
COMPROVADOS. Constatado o nexo de causalidade entre o acidente e
o exercício do trabalho e demonstrada a redução da capacidade para o
labor que habitualmente exercia, faz jus o Segurado ao benefício do
auxílio-acidente. 2. TERMO INICIAL. CESSAÇÃO DO AUXÍLIO-
DOENÇA. O termo inicial do auxílio-acidente é a partir do dia seguinte
àquele em que cessar o auxílio-doença, conforme art. 86, §2º da Lei
8.213/91. 3. JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA.
ENTENDIMENTO DO COLENDO STJ. RESP 1495146/MG.
REPETITIVO TEMA 905. In casu, tratando-se de condenação contra a
Fazenda Pública de natureza previdenciária, o valor da condenação
deverá sofrer correção monetária desde a data do pagamento de cada
parcela, pelo INPC, no que se refere ao período posterior à vigência da
Lei 11.430/2006, que incluiu o art. 41-A na Lei 8.213/91. Quanto aos
juros de mora, incidem segundo a remuneração oficial da caderneta de
poupança (art. 1º-F da Lei 9.494/97, com redação dada pela Lei n.
11.960/2009). 4. HONORÁRIOS RECURSAIS. Descabível a majoração
dos honorários advocatícios (art. 85, § 11, do CPC), in casu, diante do
provimento, parcial, do recurso, conforme orientação do colendo STJ.
REMESSA OBRIGATÓRIA E APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDAS E,

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NR.PROCESSO: 0443941-67.2013.8.09.0093
PARCIALMENTE, PROVIDAS. SENTENÇA REFORMADA, EM
PARTE.” (TJGO, Apelação / Reexame Necessário 0200876-
35.2013.8.09.0051, Rel. Des. OLAVO JUNQUEIRA DE ANDRADE, 5ª
Câmara Cível, DJe de 11/05/2020).

Registre-se, por fim, que, consoante entendimento já pacificado no Superior


Tribunal de Justiça, nos benefícios previdenciários, como na espécie, tem aplicação o
princípio da fungibilidade, permitindo-se a concessão do benefício cujos requisitos
tenham sido preenchidos, ainda que não tenha sido requerido expressamente na
inicial.
De consequência, sendo pleiteada pela parte autora na petição de ingresso a
concessão de qualquer benefício previdenciário – auxílio-doença, auxílio-acidente ou
aposentadoria por invalidez –, sujeita-se à concessão daquele cujos requisitos forem
preenchidos, ainda que não conste expressamente do pedido exordial.
Nesse sentido os arestos do Superior Tribunal de Justiça:

“PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO EM RECURSO


ESPECIAL. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. CONCESSÃO DO
BENEFÍCIO. ASSISTÊNCIA PERMANENTE. ARTIGO 45 DA LEI
8.213/1991. INOCORRÊNCIA DE JULGAMENTO EXTRA OU ULTRA
PETITA. PECULIARIDADES DA DEMANDA DE CARÁTER
PREVIDENCIÁRIO. INTERPRETAÇÃO LÓGICO-SISTEMÁTICA. NÃO
HÁ ADSTRIÇÃO DO JULGADOR AO PEDIDO EXPRESSAMENTE
FORMULADO PELO AUTOR. 1. É firme o posicionamento do STJ de
que em matéria previdenciária deve-se flexibilizar a análise do pedido
contido na petição inicial, não se entendendo como julgamento extra ou
ultra petita a concessão de benefício diverso do requerido na inicial. 2.
"O pedido feito com a instauração da demanda emana de interpretação
lógico-sistemática da petição inicial, não podendo ser restringido
somente ao capítulo especial que contenha a denominação 'dos
pedidos', devendo ser levado em consideração, portanto, todos os
requerimentos feitos ao longo da peça inaugural, ainda que implícitos. O
juiz, ao acolher um dos pedidos implícitos veiculados pela demandante,
que expôs expressamente a situação de dependência e necessidade de
assistência permanente de parentes e amigos, não julgou de modo extra
ou ultra petita, quando concedeu o acréscimo de 25% no valor da
aposentadoria por invalidez do segurado, nos termos do artigo 45 da Lei
8.213/91" (AgRg no REsp 891.600/RJ, Sexta Turma, Relator Ministro
Vasco Della Giustina (Desembargador Convocado do TJ/RS), DJe
6/2/2012). No mesmo sentido: REsp 1.804.312/SP, Rel. Ministro Herman
Benjamin, Segunda Turma, DJe 1º/7/2019; AgInt no REsp 1.749.671/SP,
Primeira Turma, Relator Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, DJe
4/4/2019; AgInt no AREsp 1.292.976/RJ, Primeira Turma, Relator
Ministro Sérgio Kukina, DJe 24/9/2018. 3. Por estar em dissonância do
entendimento supra, merece reparo o acórdão recorrido, a fim de
possibilitar a concessão do acréscimo de 25% sobre o valor da
aposentadoria por invalidez, nos termos do art. 45 da Lei 8.213/1991,

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NR.PROCESSO: 0443941-67.2013.8.09.0093
porquanto a questão trazida é reflexa do pedido na exordial. 4. Agravo
conhecido para dar provimento ao Recurso Especial.” (AREsp
1578201/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA,
julgado em 10/12/2019, DJe 19/12/2019).

“PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIA. AGRAVO INTERNO NO


AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. APOSENTADORIA ESPECIAL.
JULGAMENTO ULTRA PETITA. NÃO OCORRÊNCIA. AGRAVO
INTERNO NÃO PROVIDO. 1. "É firme o posicionamento do STJ, de que
em matéria previdenciária deve flexibilizar a análise do pedido contido
na petição inicial, não se entendendo como julgamento extra ou ultra
petita a concessão de benefício diverso do requerido na inicial." (REsp
1.499.784/RS, Segunda Turma, Relator Ministro Herman Benjamin, DJe
11/2/2015) 2. Agravo interno não provido.” (AgInt no AREsp
1344978/RJ, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA
TURMA, julgado em 21/02/2019, DJe 01/03/2019).

No mesmo sentido:

“APELAÇÃO CÍVEL. RECURSO ADESIVO. AÇÃO PREVIDENCIÁRIA.


PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE DOS BENEFÍCIOS
PREVIDENCIÁRIOS. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ.
INCAPACIDADE TOTAL E PERMANENTE PARA O TRABALHO
COMPROVADA POR LAUDO PERICIAL OFICIAL. CONDIÇÃO
FINANCEIRA, IDADE E GRAU DE INSTRUÇÃO DO POSTULANTE.
JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA. 1. Em se tratando de demanda
com caráter previdenciário, aplica-se o princípio da fungibilidade com
relação ao pedido inicial, em virtude do caráter social e alimentar
inerente a essa postulação, razão pela qual o magistrado pode conceder
benefício diverso do pleiteado na exordial, desde que preenchidos os
requisitos legais para tanto. 2. Restando demonstrada a condição de
segurado, o acidente de trabalho e a incapacidade permanente para
realizar o seu ofício de serviços gerais, a concessão da aposentadoria
por invalidez é medida que se impõe, principalmente quando o segurado
exerceu atividades braçais de forma preponderante durante sua vida
profissional, possui idade avançada e baixo grau de instrução,
ressaltando-se que a reabilitação profissional não garante sua digna
subsistência. 3. A correção monetária e os juros de mora obedecerão os
recentes critérios balizados no REsp. nº 1.492.221/PR/Tema 905, pelos
quais deverão incidir juros de mora de acordo com os índices oficiais da
caderneta de poupança (artigo 1º-F da Lei 9.494/97, com redação dada
pela Lei n. 11.960/09), a partir da citação, e correção monetária,
segundo a variação do INPC, desde a data em que cada parcela tornou-
se devida. APELO E RECURSO ADESIVO CONHECIDOS,
DESPROVIDO O PRIMEIRO E PROVIDO O SEGUNDO.” (TJGO,
APELACAO 0309616-42.2014.8.09.0087, Rel. Des. JEOVA SARDINHA
DE MORAES, 6ª Câmara Cível, DJe de 02/05/2019).

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NR.PROCESSO: 0443941-67.2013.8.09.0093
“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO PREVIDENCIÁRIA. AUXÍLIO-ACIDENTE.
REQUISITOS PREENCHIDOS. PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE DOS
BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS. TERMO INICIAL. CESSAÇÃO DO
AUXÍLIO-DOENÇA. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA.
HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA. VALOR DA CONDENAÇÃO.
PARCELAS RETROATIVAS. SÚMULA N. 111 DO STJ. SENTENÇA
ILÍQUIDA. DEFINIÇÃO DO PERCENTUAL DA CONDENAÇÃO APÓS A
LIQUIDAÇÃO DO JULGADO. PREQUESTIONAMENTO. 1. A
concessão do auxílio-acidente, que perdura até a aposentadoria ou a
morte do segurado, está condicionada ao preenchimento dos seguintes
requisitos: a) acidente de qualquer natureza (inclusive do trabalho); b)
produção de sequela definitiva; c) efetiva redução da capacidade
laborativa em razão da sequela. 2. Se, a despeito de não fazer jus ao
auxílio-doença pleiteado na exordial (art. 59, da Lei 8.213/91), o
segurado demonstra o preenchimento dos requisitos necessários ao
recebimento do auxílio-acidente (art. 86, da Lei 8.213/91), deve ser este
benefício previdenciário deferido em seu favor, medida que se viabiliza
com arrimo no princípio da fungibilidade dos benefícios acidentários, a
partir da cessação do recebimento do derradeiro auxílio-doença. 3. De
acordo com o que restou decidido pelo Pleno do Supremo Tribunal
Federal, no julgamento do mérito do RE n. 870.947 RG/SE, na
condenação imposta à Fazenda Pública, oriunda de relação jurídica não-
tributária, o valor da condenação deve sofrer incidência de correção
monetária pelo IPCA-e, desde o momento em que deveria ter ocorrido o
correspondente pagamento. 4. Nas causas em que a Fazenda Pública
for parte, a fixação dos honorários observará os critérios estabelecidos
nos incisos I a IV do § 2o e os percentuais dos incisos I a V do §3º,
ambos do art. 85 do CPC, sobre o valor da condenação ou do benefício
econômico obtido, limitados na forma da Súmula nº. 111 do STJ. 5.
Porque sucumbente a Fazenda Pública e ilíquida a sentença, a definição
do percentual da condenação somente ocorrerá quando ocorrer a
liquidação do julgado (art. 85, §4º, II do CPC). 6. O prequestionamento
necessário ao ingresso nas instâncias especial e extraordinária não
exige que o acórdão recorrido mencione expressamente os artigos
indicados pelas partes, já que se trata de exigência referente ao
conteúdo, e não à forma. Remessa necessária e apelo parcialmente
providos.” (TJGO, Apelação / Reexame Necessário 0022655-
06.2008.8.09.0051, Rel. Dr. MAURICIO PORFIRIO ROSA, 2ª Câmara
Cível, DJe de 18/07/2018).

De consequência, em razão da fungibilidade dos benefícios previdenciários,


não resta configurada inovação recursal a concessão de auxílio-acidente, embora
pleiteada a concessão da aposentadoria por invalidez ou o restabelecimento do
auxílio-doença na exordial, pois de notória sabença que será concedido benefício
cujos requisitos forem satisfeitos.
Dessa forma, tem o segurado direito a perceber o auxílio-acidente no
percentual e periodicidade legais, desde a cessação do auxílio-doença, devendo a
correção monetária se dar pelo INPC, a contar de cada parcela que deveria ter sido

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NR.PROCESSO: 0443941-67.2013.8.09.0093
paga, e os juros de mora, segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança,
conforme o art. 1º-F da lei 9.494/97 (Tema 810, STF).

Na confluência do exposto, conheço da apelação cível e dou-lhe parcial


provimento, para julgar parcialmente procedentes os pedidos exordiais, concedendo
ao autor/apelante o benefício de auxílio-acidente no percentual e periodicidade legais,
desde a cessação do auxílio-doença, com incidência de correção monetária pelo
INPC, a contar de cada parcela que deveria ter sido paga, e de juros de mora,
segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, conforme o art. 1º-F da lei
9.494/97 (Tema 810, STF).
Reformada a sentença, devem ser invertidos os ônus sucumbenciais, para
que os honorários advocatícios arbitrados na sentença sejam suportados pelo
réu/apelado, ressaltando-se não haver se falar em restituição dos valores dispendidos
a título de custas processuais, por ser o autor/apelante beneficiário da gratuidade da
justiça.
Intimem-se.
Goiânia, 27 de novembro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR
/C10

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 14:41:58

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5437353-30.2017.8.09.0024
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : KATIA FERNANDES DOS SANTOS
POLO PASSIVO : FERNANDO PEDRO DA SILVA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : FERNANDO PEDRO DA SILVA


ADVG. PARTE : 11454 GO - FERNANDO PEDRO DA SILVA

PARTE INTIMADA : KATIA FERNANDES DOS SANTOS


ADVG. PARTE : 26415 GO - CLEY APARECIDO MARQUES

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


27/11/2020 09:50:27

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5590720-44.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : TIM SA
POLO PASSIVO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIAIS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : TIM SA


ADVGS. PARTE : 37357 DF - FERNANDA LOPES CORRÃA
183335 SP - CRISTIANO CARLOS KOZAN

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5590720-44.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Carlos Alberto França

Agravo de Instrumento nº 5590720-44.2020.8.09.0000


Comarca de Goiânia
Agravante: TIM S/A
Agravado: Ministério Público do Estado de Goiás
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

EMENTA: Agravo de instrumento. Ação civil pública. I –


Indeferimento da tutela de urgência. Manutenção da
inversão dos ônus da prova. Pretensão alcançada em
outra via judicial. Perda superveniente do objeto. Recurso
prejudicado. Através do presente agravo de instrumento, a
agravante pretende a reforma do ato judicial proferido nos
autos da ação civil pública, para que seja indeferido o pedido
de tutela de urgência ali pleiteada, bem assim a inversão dos
ônus da prova em favor do requerido/agravado. Contudo,
verifica-se que este Tribunal de Justiça, no julgamento do
agravo de instrumento n.º 5092847-12, ajuizado pela
Telefônica Brasil S/A em desfavor do Ministério Público do
Estado de Goiás, e desafiando a mesma decisão, deu
provimento ao referido recurso, reformando a decisão
agravada, a fim de indeferir o requerimento de tutela de
urgência pleiteada na ação civil pública ajuizada pelo agravado
em face da agravante e outras empresas de telefonia, e
mantendo a inversão dos ônus da prova, restando caracteriza
da a prejudicialidade do presente recurso. Assim, uma vez que
a pretensão da requerida/agravante já foi alcançada nos autos
de outro agravo de instrumento, cessou a causa determinante
da pretensão exarada no agravo de instrumento em espeque,
perdendo a insurgência o seu objeto. II – Recurso secundum
eventum litis. Esta Corte Revisora está adstrita ao exame dos
elementos que foram objeto de análise pelo juízo de origem,

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NR.PROCESSO: 5590720-44.2020.8.09.0000
não podendo apreciar matérias que não foram enfrentadas
pela decisão agravada (“falta de interesse de agir do Parquet e
ausência de pressuposto de constituição válida do processo –
necessidade de inclusão da ANATEL no polo passivo), sob
pena de supressão de instância.
Agravo de instrumento prejudicado.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de agravo de instrumento, com pedido de efeito suspensivo,


interposto pela TIM S/A desafiando decisão prolatada pelo Juiz de Direito da 20ª Vara
Cível da Comarca de Goiânia, Dr. Éder Jorge, nos autos da ação civil pública ajuizada
em seu desfavor pelo Ministério Público do Estado de Goiás.
Extrai-se da parte final do ato judicial vergastado que (evento n. 05 – autos n.º
5692683-73.2019.8.09.0051):

“[…] No caso em exame, o inquérito civil público acostado em evento 1, arquivos


3 ao 36, possui provas suficientes para a comprovação do fato verossímil.
Embora não haja obrigatoriedade de os requisitos serem cumulativos, observo
que os consumidores, na presente relação, estão efetivamente numa posição de
hipossuficiência frente às gigantescas Empresas-rés.

Evidenciados, portanto, os elementos acima gizados a autorizar a inversão do


ônus probatório.

Diante do exposto, nos termos do artigo 6°, VIII do Código de Defesa do


Consumidor, inverto o ônus da prova, atribuindo-o às Requeridas.

[...]

Isto posto o, defiro o pedido de tutela de urgência para determinar que as


Requeridas:

1. Deem ciência prévia sobre a extinção e migração do plano de serviço, de forma


inequívoca e expressa, com a citação textual da nomenclatura do plano de
serviço, oferta conjunta ou promoção, que fora contratado inicialmente (por
exemplo, Plano Alternativo de Serviço nº XX, Plano Básico de Serviço nº XX), a
cada consumidor individualmente, com 30 (trinta) dias de antecedência à
exclusão do plano de serviço;

2. Mencionem, na mesma informação, sobre a exclusão do plano de serviço

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NR.PROCESSO: 5590720-44.2020.8.09.0000
contratado pelo consumidor, as opções de planos de serviço disponíveis
semelhantes ao plano que o consumidor contratou, constando as informações
adequadas e claras, nos termos do art. 6º, III, do CDC, a fim de que o mesmo
possa analisar a proposta e exercer seu direito de escolha;

3. Ofertem ao consumidor, no Plano de Serviço contratado com prazo


determinado, além dos ditames do pedido do item 1, em caso de extinção do
mesmo, a alteração para Plano de Serviço de igual valor, ou, no caso de oferta de
Plano de Serviço mais oneroso, seja feito o abatimento proporcional do preço,
nos termos do artigo 20, III, do CDC, até o fim da vigência do contrato com prazo
determinado.

4. Estabeleço o prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, a partir desta Decisão, para


que as Requeridas comprovem a execução dos pedidos acima, por entender que
30 (trinta) dias seriam insuficientes para o atendimento integral.

Em consonância com orientação jurisprudencial emanada pelo Superior Tribunal


de Justiça em recurso repetitivo (Recurso Repetitivo - STJ - Ação Civil Pública –
REsp. 1.243.887/PR – Rel. Min. Luis Felipe Salomão – DJe 12.12.2011) e
(Agravo Regimental no Recurso Especial - STJ - AgRg no REsp 1316504/SP -
Rel. Min. Maria Isabel Gallotti - 4ª Turma - DJe 20.08.2013), confiro abrangência
nacional da corrente pretensão submetida à apreciação judicial, atribuindo-lhe
eficácia erga omnes.

Fixo multa diária no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), para cada Empresa-
requerida, em caso de descumprimento da medida liminar, a ser revertida ao
Fundo de defesa do consumidor, o qual será posteriormente indicado pelo órgão
ministerial, sem prejuízo de majoração em caso de recalcitrância.

Intime-se as Rés, CLARO S/A, OI MÓVEL S/A, TIM S/A, TELEFÔNICA BRASIL
S/A (VIVO), na pessoa de seus representantes legais, através de mandado
judicial, para cumprimento da presente decisão liminar/antecipação de tutela,
contando-se os prazos a partir da juntada do mandado aos autos.

Cite-se as Rés, mediante mandado judicial, para no prazo de 15 (quinze) dias


contestarem o pedido, sob pena de, não o fazendo, presumirem-se verdadeiras
as alegações de fato formuladas na petição inicial, nos termos do art. 344, do
Código de Processo Civil.

Intimem-se. Cumpra-se.”

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NR.PROCESSO: 5590720-44.2020.8.09.0000
Irresignada, a requerida interpõe agravo de instrumento, tecendo,
inicialmente, um breve relato dos fatos, ressaltando a origem da ação civil pública
através de uma reclamação do consumidor, apurando o parquet, no âmbito
administrativo (Inquérito Civil n.º 201800349520), que “as empresa Rés,
reiteradamente desrespeitam o ordenamento jurídico, quando alteram o plano de
serviço contratado pelo consumidor, sem informa-lo previamente, disponibilizando
plano com serviço diferente e mais oneroso, ao argumento de que o plano,
originalmente contratado, deixou de ser comercializado.”
Sustenta que a decisão agravada deve ser reformada, pois a ação civil
pública originária não reúne os requisitos mínimos para ter o mérito apreciado,
ressaltando que a decisão ora guerreada foi reformada em parte por esta Colenda
Corte quando do julgamento do agravo de instrumento n.º 5092847.12, no qual foi
indeferido o requerimento de tutela de urgência pleiteado pelo autor/agravado.
Aduz que o Ministério Público é carecedor da ação, pois ausente a
necessidade/utilidade do ajuizamento, uma vez que já cumpre a legislação vigente
sobre o tema, (art. 52 do Regulamento Geral de Direitos do Consumidor de Serviços
de Telecomunicações – RGC, aprovado pela Resolução nº 632/2014), não havendo,
portanto, que se falar em violação ao direito do consumidor por alteração unilateral do
contrato.
Ressalta que informa o consumidor desde a formação da relação contratual
sobre a possibilidade de alteração/extinção do Plano de Serviço, Oferta e Promoção,
respeitando o prazo de vigência disposto no Contrato/Regulamento, comunicando os
consumidores por meio de SMS e também por meio de jornal de grande circulação.
Aponta que, “nos exatos termos dos arts. 45 a 49 do RGC, a TIM disponibiliza
em sua página na internet (www.tim.com.br) todos os Planos de Serviço, Ofertas e
Promoções comercializados, a fim de possibilitar o amplo direito de escolha pelo
consumidor, que não terá acesso apenas às informações do novo Plano de Serviço,
mas também dos demais planos comercializados pela TIM. 29- Não se pode
desconsiderar, ainda, que o consumidor também tem acesso as informações dos
Planos de Serviço, Ofertas e Promoções comercializados pela TIM nas próprias lojas
físicas, por meio do “Meu TIM” ou, ainda, ligando para o call center da empresa. 30-
Assim, em posse das informações prestadas pela TIM com antecedência (art. 52 do
Regulamento Geral de Direitos do Consumidor de Serviços de Telecomunicações –
RGC, aprovado pela Resolução nº 632/2014) e de forma clara e precisa (arts. 6º, 30 e
31 do CDC) sobre a extinção/migração do Plano de Serviço, Oferta e Promoção, ao
consumidor fica facultado permanecer com o serviço nas novas condições
apresentadas, realizar a migração para outro serviço que melhor se adeque as suas
necessidades ou, ainda, realizar a portabilidade (art. 6º, II, do CDC e art. 3º, II, do
RGC).” Assim, reitera que o Ministério Público não possui interesse de agir, pois a
conduta que pretende “ajustar” na demanda originária já é praticada pela
requerida/agravante.
Tece um breve relato de como é realizado a regulamentação acerca dos
planos de serviços e promoções pela ANATEL (arts. 3º e 50 do Regulamento Geral de
Direitos do Consumidor de Serviços de Telecomunicações – RGC, aprovado pela
Resolução n.º 632/2014).

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NR.PROCESSO: 5590720-44.2020.8.09.0000
Pondera que a questão em exame envolve, diretamente, interesse da
ANATEL, que é o órgão competente para editar Normas e fiscalizar os serviços de
comunicação em todo o país (art. 21, XI, 22, IV, e 48, XII, da Constituição Federal e
art. 19 da Lei nº 9.472/97 – Lei Geral de Telecomunicações), devendo ser incluída no
polo passivo da demanda e, consequentemente, ser reconhecida a competência da
Justiça Federal para processar e julgar o feito, a teor do art. 109, I, da Constituição
Federal.
Assevera que o feito originário deve ser extinto sem resolução do mérito, com
fulcro no art. 485, do CPC, pois ausente o interesse de agir do parquet, mostrando-se
também necessária a inclusão da ANATEL no polo passivo da demanda.
Prossegue informando que o agravo de instrumento n.º 5092847-12,
interposto pela Telefônica Brasil S/A – litisconsorte passiva no feito originário –, foi
provido para reformar a decisão ora guerreada, indeferindo o pedido de concessão da
tutela de urgência vindicado pelo parquet, estendendo os efeitos desta decisão aos
demais litisconsortes passivos, conforme também decidido no agravo de instrumento
n.º 5291662-52, interposto pela Claro S/A.
Esclarece, todavia, que referidos recursos não se manifestaram sobre o c
apítulo da decisão que inverteu os ônus da prova, consoante previsão do art. 6º, VIII,
do Código de Defesa do Consumidor, capítulo que também merece reforma, pois não
preenchidos os requisitos para a inversão pleiteada pelo Ministério Público, ora
agravado.
Menciona que eventual busca em seus sistemas resultaria em prova
imprestável, pois produzida de forma manifestamente parcial, ao passo que não
configurada a “hipossuficiência do consumidor”, pois quem está litigando em juízo é o
Ministério Público, que não pode ser considerado como hipossuficiente.
Brada que eventuais danos sofridos pelos usuários do serviço de telefonia
somente poderiam ser comprovados após análise do caso concreto, em sede de
liquidação de sentença, e não na demanda coletiva, como pretende o
requerido/agravado.
Requer, assim, a concessão de efeito suspensivo ao presente recurso.
No mérito, pleiteia a reforma da decisão recorrida para que seja extinto o feito
sem resolução de mérito por ausência de interesse processual do Ministério Público,
ou por ausência de litisconsorte passivo necessário (ANATEL). Subsidiariamente,
postula a remessa do feito à Justiça Federal, nos termos da Súmula n.º 150, do STJ ou
, então, a reforma da decisão guerreada, na parte que concedeu a inversão do ônus
da prova em favor do requerido/agravado.
Preparo satisfeito.
No evento n.º 6, esta relatoria proferiu despacho determinando a intimação da
empresa agravante, para manifestar acerca de eventual perda superveniente do objeto
do presente agravo de instrumento, diante do julgamento do agravo de instrumento n.
5092847-12.2020.8.09.0000, ajuizado pela Telefônica Brasil S/A.
Ato contínuo, a agravante peticionou no evento n. 9, dizendo não haver óbice
ao conhecimento do recurso quanto às preliminares arguidas – falta de interesse de
agir do parquet, ausência de pressuposto de constituição válida do processo e a

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NR.PROCESSO: 5590720-44.2020.8.09.0000
necessidade de inclusão da ANATEL no polo passivo da demanda –, por se tratarem
de matérias de ordem pública, cognoscíveis a qualquer momento e em qualquer grau
de jurisdição, a teor do art. 485, § 3º, do CPC.
Ressalta que, não obstante tenha sido mantida a inversão do ônus da prova a
favor do Ministério Público também nos autos do agravo n.º 5092847-12, as partes
aguardam a remessa dos autos ao Superior Tribunal de Justiça para julgamento do
Agravo em Recurso Especial, razão pela qual entende remanescer o interesse
processual de reforma do referido capítulo da decisão, inclusive para acessar as
instâncias superiores.
Pugna, portanto, pelo regular processamento do presente agravo de
instrumento.

É o relatório.
Passo a decidir monocraticamente.
Consoante dicção do artigo 932, inciso III, do Código de Processo Civil:

“Art. 932. Incumbe ao relator:

(…)

III – não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha


impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida. ”

In casu, após minuciosa análise destes autos, daqueles de origem e do


agravo de instrumento nº 5092847-12.2020.8.09.0000, verifico que o recurso em
apreço não deve ser conhecido, pois prejudicado.
Através do presente agravo de instrumento a empresa TIM S/A, ora
agravante, pretende a reforma da decisão proferida pelo Juiz de Direito da 20ª Vara
Cível da Comarca de Goiânia, Dr. Éder Jorge, nos autos da ação civil pública ajuizada
em seu desfavor e das demais empresas telefônicas, pelo Ministério Público do Estado
de Goiás, onde foi deferido o pedido de tutela de urgência, impondo uma série de
obrigações às empresas requeridas, invertendo-se, também, os ônus da prova em
favor do requerido/agravado.
No entanto, verifico que este Tribunal de Justiça, no julgamento do agravo de
instrumento n. 5092847-12, ajuizado pela Telefônica Brasil S/A em desfavor do
Ministério Público do Estado de Goiás, deu provimento ao referido recurso, reformando
a decisão agravada, a fim de indeferir o requerimento de tutela de urgência pleiteada
na ação civil pública ajuizada pelo agravado em face da agravante e outras empresas
de telefonia (evento n. 50 – agravo n.º 5092847-12).
Desafiando o referido acórdão foram interpostos os aclaratórios do evento n.º
58, acolhidos no evento n.º 75 para integrá-lo, de modo a manter a inversão dos ônus

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NR.PROCESSO: 5590720-44.2020.8.09.0000
da prova atribuído à requerida/agravante na decisão agravada.
Com efeito, diante deste deslinde, o agravo de instrumento em debate
perdeu o seu objeto, com o julgamento daquele agravo de instrumento, que assim
constou em sua parte dispositiva: “Assim, na confluência do exposto, conheço e dou
provimento ao agravo de instrumento, para reformar a decisão agravada e indeferir o
requerimento de tutela de urgência pleiteada na ação civil pública ajuizada pelo
agravado em face da agravada e outras empresas de telefonia.”
Outrossim, o acórdão foi integrado no evento n.º 75 para “sanar a omissão
apontada, e, por consequência, acrescento e modifico o acórdão embargado, inserido
no evento n. 50, a fim de dar parcial provimento ao agravo de instrumento, restando,
pois, mantida a inversão do ônus da prova atribuído à requerida/agravante na decisão
recorrida, proferida na ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Estado de
Goiás em desfavor da recorrente e de outras empresas de telefonia.”
Resta caracterizada, portanto, a prejudicialidade do presente agravo de
instrumento, pela superveniente perda do objeto, face ao desaparecimento do objeto
da pretensão, nos termos do artigo 195, parágrafo único, do Regimento Interno do
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, a propósito:

“Art. 195 Julgar-se-á prejudicada a pretensão quando houver cessado sua causa
determinante ou já tiver sido plenamente alcançada em outra via, judicial ou não.

Parágrafo único. A pretensão será julgada sem objeto, se este houver


desaparecido ou perecido.”

Nesse diapasão:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA. SEGURO DE VIDA. INVALIDEZ


FUNCIONAL PERMANENTE POR DOENÇA. AGRAVO RETIDO. INVERSÃO DO
ÔNUS DA PROVA. PREJUDICIALIDADE. 1. Resta prejudicado o recurso de
agravo retido por perda do objeto quando houver cessado sua causa
determinante. (...) AGRAVO RETIDO NÃO CONHECIDO. APELAÇÃO
PREJUDICADA. SENTENÇA CASSADA DE OFÍCIO.” (TJGO, APELACAO
0052106-11.2014.8.09.0134, Rel. Desª .MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO
REQUI, 1ª Câmara Cível, DJe de 11/04/2018).

“AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE


TÍTULO JUDICIAL. CARÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO NÃO VERIFICADA.
CAUSA DETERMINANTE DA INSURGÊNCIA RECURSAL CESSADA. PERDA
DO OBJETO. DECISÃO MANTIDA. (…) 3. Imperativo o reconhecimento da perda
superveniente da pretensão recursal quando constatada a cessação da sua
causa determinante(…) 5. AGRAVO INTERNO CONHECIDO, MAS
DESPROVIDO.” (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5252164-
85.2016.8.09.0000, Rel. Des. DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO, Assessoria

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NR.PROCESSO: 5590720-44.2020.8.09.0000
para assunto de recursos constitucionais,.DJe de 18/05/2017).

Assim sendo, diante da reforma da decisão singular objeto da presente


insurgência, não mais subsiste qualquer motivo que possa induzir a apreciação do
mérito do presente recurso.
Ressalto que os efeitos do julgamento do agravo de instrumento de n.
5092847-12.2020.8.09.0000, que indeferiu o pedido de tutela de urgência pleiteada na
ação civil pública, mantendo a inversão dos ônus da prova em favor do
requerido/agravado, abrange todas as empresas de telefonia apontadas como
requeridas na ação principal, inclusive a TIM S/A, ora agravante.
Acresça-se, ainda, que eventual interposição de Recurso Especial desafiando
a mencionada decisão não tem o condão de retirar-lhe os efeitos, pois mencionado
recurso não é dotado de efeito suspensivo, razão pela qual não vinga a tese da
requerida/agravante de remanescer o interesse no debate do capítulo da decisão
(inversão dos ônus da prova), pois, repita-se, já apreciada e mantida a inversão dos
ônus da prova no recurso n.º 5092847-12, cujo acórdão permanece em vigor, podendo
a agravante, logicamente, intervir nos autos do mencionado recurso endereçado ao
colendo Superior Tribunal de Justiça, se lhe interessar.
Por fim, no que pertine ao pedido de processamento do agravo de
instrumento para debater as demais matérias arguidas pela requerida/agravante – “
falta de interesse de agir do Parquet e ausência de pressuposto de constituição válida
do processo, necessidade de inclusão da ANATEL no polo passivo” –, insta mencionar
que o efeito devolutivo do agravo de instrumento restringe-se à matéria que foi
conhecida e efetivamente decidida pelo juízo de origem.
Assim, nenhum outro tema que não tenha sido objeto de decisão do juízo a
quo pode ser apreciado pelo juízo ad quem, por ocasião do julgamento do agravo de
instrumento, sob pena de manifesta supressão de instância.
Desse modo, deve haver exata correlação entre as razões do agravo de
instrumento e o que foi conhecido e decidido pelo juízo a quo.
É a partir desse cotejo que o Tribunal promove a revisão do ato jurisdicional,
ou seja, em outras palavras, o órgão ad quem analisa se, naquelas mesmas condições
em que se encontrava o magistrado de origem, teria prolatado a decisão em igual
sentido ou a faria de modo diverso. Não é por outra razão que se costuma atribuir ao
agravo de instrumento a chancela de recurso secundum eventum litis.
Acerca do tema, oportunas se fazem as preciosas lições do eminente Ministro
Luiz Fux, do excelso Supremo Tribunal Federal:

“O efeito devolutivo importa devolver ao órgão revisor da decisão a matéria


impugnada nos seus limites e fundamentos. Toda questão decidida tem uma
extensão e suas razões. Em face do princípio do duplo grau, o órgão revisor da
decisão deve colocar-se nas mesmas condições em que se encontrava o juiz,
para aferir se julgaria da mesma forma e, em consequência, verificar se o mesmo
incidiu nos vícios da injustiça e da ilegalidade. Por essa razão, e para obedecer

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NR.PROCESSO: 5590720-44.2020.8.09.0000
essa identidade, é que se transfere ao tribunal (devolve-se) a matéria impugnada
em extensão e profundidade.” (in Curso de Direito Processual Civil: Processo de
Conhecimento, 4ª ed., Forense: 2008, p. 753, sublinhado).

Assim, pode-se afirmar que o órgão ad quem está adstrito ao exame, no


agravo de instrumento, dos elementos que foram objeto de análise pelo juízo de
origem, não se admitindo o conhecimento originário pelo órgão revisor de nenhuma
outra matéria, haja vista que suprime do juízo de 1º grau a possibilidade de analisá-la,
em manifesta ofensa ao sistema processual vigente.
Nesse sentido:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO ANULATÓRIA DE ATO


ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. RECURSO SECUNDUM EVENTUM
LITIS. TUTELA DE URGÊNCIA. INDEFERIMENTO. AUSÊNCIA DOS
REQUISITOS PARA MODIFICAR O DECISUM. 1. O agravo de instrumento é um
recurso secundum eventum litis e deve ater-se ao acerto, ou desacerto da
decisão combatida. 2. Conforme artigo 300 do CPC, o deferimento da tutela de
urgência pressupõe a presença concomitante de dois requisitos, a saber, a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.
3. Não compete ao Judiciário apreciar critérios de formulação e correção das
provas, em respeito ao princípio da separação de Poderes, ressalvados os casos
de flagrante ilegalidade na elaboração da questão objetiva de concurso público,
pela inobservância às regras do edital, caso em que se admite a anulação de
questões pela via judicial, como forma de controle da legalidade. 4. Ausente um
dos requisitos, inviável o deferimento da liminar de tutela de urgência. 5.
RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.”
(TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5238212-97.2020.8.09.0000, Rel. Des(a).
GUILHERME GUTEMBERG ISAC PINTO, 5ª Câmara Cível, DJe de 03/08/2020).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO SECUNDUM EVENTUM LITIS.


AÇÃO ANULATÓRIA DE ATO ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO CONTRA
DECISÃO QUE INDEFERIU A TUTELA DE URGÊNCIA. PREJUDICADO.
CONCURSO PÚBLICO. LEGITIMIDADE DO INSTITUTO QUE ELABOROU AS
PROVAS. CONCESSÃO DE TUTELA DE URGÊNCIA PARA PERMITIR QUE
CANDIDATO REPROVADO EM ETAPA DE CONCURSO REALIZE AS
SUBSEQUENTES. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS LEGAIS. DECISÃO
REFORMADA. 1. Estando o agravo de instrumento pronto para receber o
julgamento final, deve ser julgado prejudicado o agravo interno manejado contra
decisão liminar que deferiu o efeito suspensivo, em razão da análise do próprio
mérito do recurso primário. 2. O agravo de instrumento é um recurso secundum
eventum litis, razão pela qual o Tribunal de Justiça deve limitar-se ao exame do
acerto ou desacerto da decisão atacada, sem analisar questões meritórias ou
matérias não apreciadas pelo juízo a quo. 3. O Instituto Americano de
Desenvolvimento ? IADES, é a entidade delegada executora do concurso, que
procedeu à correção da prova questionada e por isso detém a legitimidade para
figurar no polo passivo da ação anulatória. 4. Nos termos do art. 300, do Código

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5590720-44.2020.8.09.0000
de Processo Civil, para que a tutela de urgência seja concedida é necessária a
presença concomitante de elementos que evidenciem a probabilidade do direito e
o perigo de dano ou o risco de resultado útil do processo, sendo que a ausência
destes importa em reforma da decisão agravada. 5. É temerária, na fase inicial do
processo, garantir a participação do candidato reprovado nas demais etapas do
concurso e reservar sua vaga, quando não ressai clara a probabilidade do direito
deste mesmo se anuladas as questões impugnadas e não haver perigo de dano,
sendo mais prudente aguardar o julgamento final do processo. Agravo de
instrumento conhecido e provido. Decisão reformada. Agravo interno
prejudicado.” (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5073250-57.2020.8.09.0000,
Rel. Des. ITAMAR DE LIMA, 3ª Câmara Cível, DJe de 30/07/2020).

Dessarte, embora a requerida/agravante pondere tratar a discussão sobre


matérias de ordem pública (“falta de interesse de agir do Parquet e ausência de
pressuposto de constituição válida do processo – necessidade de inclusão da ANATEL
no polo passivo”), cognoscíveis a qualquer momento e grau de jurisdição, observo que
não foram sequer tangenciadas na decisão objetada, razão pela qual entendo que não
devem ser analisadas neste juízo recursal, sob pena de supressão de instância.

Na confluência do exposto, com fulcro no artigo 195 do Regimento Interno


deste Tribunal de Justiça, julgo prejudicado o presente agravo de instrumento, por
perda do objeto recursal, em relação às matérias já decididas no recurso anteriormente
apreciado pelo Colegiado, deixando de conhece-lo em relação às matérias não
enfrentadas na decisão recorrida.
Oficie-se ao juízo a quo informando-lhe do teor do decidido pelo Tribunal de
Justiça.
Intimem-se. Cumpra-se.
Goiânia, 27 de novembro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR

/C55/C25

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


09:12:41

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5605108-49.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : CELG DISTRIBUIÇÃO S.A. CELG D
POLO PASSIVO : ANTONIO REGIS LUIZ DA COSTA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CELG DISTRIBUIÇÃO S.A. CELG D


ADVG. PARTE : 50588 GO - THALITA CUPERTINO FREIRE MOURA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5605108-49.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Carlos Alberto França
Agravo de Instrumento nº 5605108-49.2020.8.09.0000
Comarca de Itumbiara
Apelantes: CELG Distribuição S/A – CELG D
Apelado: Antonio Regis Luiz da Costa
Relator: Desembargador Carlos Alberto França
da Silva

DESPACHO

Analisando os presentes autos eletrônicos verifica-se que embora a


agravante tenha noticiado nas razões recursais a juntada da guia referente ao
preparo recursal, deixou de anexá-la.
Assim, intime-se a agravante para, no prazo de 05 (cinco) dias, realizar e
comprovar o recolhimento em dobro do preparo recursal, nos termos do §4° do art.
1.007, do CPC, sob pena de deserção.
Intimem-se.
Goiânia, 27 de novembro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR

/C15

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


27/11/2020 07:50:02

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5596388-93.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : LOURIVAL GABRIEL DE OLIVEIRA
POLO PASSIVO : JOÃO LUIZ DA MOTA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : LOURIVAL GABRIEL DE OLIVEIRA


ADVG. PARTE : 7954 GO - ADEBAR OSÓRIO DE SOUZA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5596388-93.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Carlos Alberto França

Agravo de Instrumento nº 5596388-93.2020.8.09.0000


Comarca de Inhumas
Agravante : Lourival Gabriel de Oliveira
Agravado : João Luiz da Mota
Relator : Desembargador Carlos Alberto França

EMENTA: Agravo de instrumento. Execução de título


extrajudicial. Extinção do mandato. Morte do
credor/agravado. Art. 682, II, do Código Civil. Nulidade dos
atos posteriores afastada. Prejuízo concreto não
comprovado. I – Embora cediço que cessa o mandato com a
morte de uma das partes (art. 682, II, do Código Civil), no caso
concreto mostra-se ausente a prova do prejuízo concreto à
parte agravante, pois não realizada a penhora do imóvel
indicado no feito executivo, não havendo, portanto, que se falar
em nulidade processual (pas de nullité sans grief). Outrossim,
a execução encontra-se suspensa por 90 (noventa) dias, para
fins de habilitação de sucessores e constituição de novo
advogado ao credor/agravado, concluindo-se pela ausência de
prejuízo concreto ao devedor/agravante a ensejar a nulidade
dos atos posteriores ao falecimento da parte agravada.
Agravo de Instrumento conhecido e desprovido.

D E C I S Ã O M O N O C R Á T I CA

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NR.PROCESSO: 5596388-93.2020.8.09.0000
Trata-se de agravo de instrumento com pedido de efeito suspensivo
interposto por Lourival Gabriel de Oliveira desafiando decisão prolatada pela Juíza
de Direito da 1ª Vara Cível da Comarca de Inhumas, Dr.ª Adriana Caldas Santos, nos
autos da execução por quantia certa proposta em seu desfavor por João Luiz da
Mota.
Extrai-se do ato judicial vergastado que (evento n.º 36, autos de protocolo n.º
5608050-03.2018.8.09.0072):

“[…] Outrossim, indefiro o pedido de declaração de nulidade, vez que a


inobservância do art. 313, inciso I, do CPC, que determina a suspensão do
processo a partir da morte da parte, enseja apenas nulidade relativa, sendo válido
os atos praticados, desde que não haja prejuízo aos interessados, sendo certo
que tal norma visa a preservar o interesse particular do espólio e dos herdeiros do
falecido.

Por fim, ressalto que, embora o executado tenha alegado que sofreu prejuízo com
a expropriação de bens de sua propriedade, o pedido de penhora sequer foi
analisado (evento 33).

I. Cumpra-se.”

Não satisfeito com a decisão exarada, o devedor agrava, defendendo,


inicialmente, a tempestividade e o cabimento do presente recurso.
Relata que o óbito do exequente/agravado, falecido no dia 24/09/2019, não foi
informado nos autos, tramitando o feito sem que o advogado do exequente tivesse
poderes para atuar no feito.
Afirma que diversos atos expropriatórios foram realizados sem a necessária
outorga de poderes pelo exequente – ou seus herdeiros, no caso concreto –
resultando na nulidade da penhora realizada. Reitera que o termo de penhora e
alienação de bem foi realizado por advogado sem procuração nos autos, evidenciado
o prejuízo ao devedor/agravante daí decorrente.
Atesta ter preenchido os requisitos para a concessão do efeito suspensivo ao
agravo, pois de notória sabença que o mandato extingue-se com a morte ou a
interdição de uma das partes, conforme disposto no art. 682, II, do Código Civil,
prevendo o art. 104, do mesmo codex, que o advogado não será admitido a postular
em juízo sem a necessária procuração.
Requer a concessão de efeito suspensivo ao agravo, e no mérito, seja
reformada a decisão a fim de que sejam anulados todos os atos praticados pelo
causídico a partir do óbito do outorgante (24/09/2019).
É o relatório. Passo a decidir monocraticamente.
Desde já, registro que a presente insurgência não merece acolhimento.
Do compulso dos autos, verifica-se que no evento n.º 36 (autos n.º 5608050-

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NR.PROCESSO: 5596388-93.2020.8.09.0000
03) foi proferida decisão indeferindo o pedido de declaração de nulidade apresentado
pelo devedor/agravante, pois sequer analisado o pedido de penhora pela julgadora de
origem, daí não resultando prejuízos com a expropriação de bens, ao contrário do
alegado pelo recorrente.
Embora não olvide estar previsto no art. 682, II, do Código de Processo Civil,
que o mandato extingue-se pela morte ou interdição de uma das partes, resultando
nulos eventuais atos realizados após a cessação dos poderes ali outorgados, também
de notória sabença que não se declara nulidade se do ato não resultou prejuízo.
Para que o ato seja considerado inválido, este deve concomitantemente ser
defeituoso processualmente e resultar em prejuízo. Entende-se por prejuízo a
capacidade do defeito de impedir que a finalidade do ato seja atingida,
tradicionalmente denominado na doutrina como o princípio da “pas de nullité sans grief
”, isto é, princípio de que “não há nulidade processual sem prejuízo", cuja previsão
legal encontra-se nos artigos 282, § 1º, e 250, parágrafo único, do CPC. Embora
utilizado o termo prejuízo, este deve ser entendido como prejuízo processual, que é
aquele que ocorre quando às partes são subtraídas oportunidades de alegar e provar
o direito que afirmam ter.
E, no caso concreto, não foi provada a ocorrência de prejuízo ao
devedor/agravante, pois no evento n.º 22 foi postulado pelo credor/agravado que o
devedor indicasse bens de sua propriedade, nos termos do art. 774, V, do CPC, cujo
pedido foi deferido pela magistrada condutora do feito no evento n.º 25. Em resposta à
determinação judicial, o executado/agravante indicou à penhora o imóvel descrito no
evento n.º 28, aceito pelo exequente/agravado no evento n.º 33. Todavia, antes
mesmo da apreciação do pedido de expedição do termo de penhora e alienação
particular do bem, foi informado pela parte agravante o falecimento da parte
credora/agravada, concluindo-se que não foi efetivada a penhora do imóvel, ao
contrário do que faz crer.
Dessarte, embora o mandatário tenha atuado sem o necessário mandato
desde o falecimento do mandante, não restou comprovada a existência de prejuízo
concreto a demandar a nulidade dos atos posteriores ao óbito, pois não houve a
constrição de bens do devedor/agravante e a realização de nenhum ato processual
que pudesse causar prejuízo ao normal andamento do feito na origem.
Sobre a impossibilidade de se declarar nulidade sem prejuízo, assim vem
decidindo esta Corte em casos análogos:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO. PENHORA DE IMÓVEL.


REDUÇÃO DA ÁREA PENHORADA. NULIDADE INEXISTENTE.
IMPENHORABILIDADE. PEQUENA PROPRIEDADE RURAL. PRESSUPOSTOS
LEGAIS NÃO CONFIGURADOS. DESPROVIMENTO. 1. A decisão que rejeita o
pedido de realização de nova constrição, determinando a simples retificação do
termo de penhora não acarreta nulidade, porquanto, além de inexistir vedação
legal à providência, não verificado qualquer prejuízo ao agravante, em atenção ao
princípio pas de nullité sans grief (não há nulidade sem prejuízo). 2. Para o
reconhecimento da impenhorabilidade de pequena propriedade rural, cabe ao
interessado provar três pressupostos legais: (i) a qualidade de pequena
propriedade rural; (ii) o exercício de trabalho familiar; (iii) que o débito seja

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NR.PROCESSO: 5596388-93.2020.8.09.0000
destinado à atividade produtiva. Considerando a propriedade rural abranger área
muito superior ao conceito legal de pequena propriedade, e que não há sequer
comprovação do exercício de trabalho familiar, há de ser mantida a constrição
efetivada sobre o imóvel. 3. Recurso desprovido.” (TJGO, Agravo de Instrumento
( CPC ) 5731672-10.2019.8.09.0000, Rel. Des(a). BEATRIZ FIGUEIREDO
FRANCO, 4ª Câmara Cível, DJe de 06/07/2020).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. PENHORA


ON LINE. DEFERIMENTO. INTIMAÇÃO PRÉVIA DO DEVEDOR.
DESNECESSIDADE. OCORRÊNCIA DE PREJUÍZO. NÃO VISLUMBRADA. 1. O
bloqueio de valores através do sistema BACENJUD independe de prévia
intimação da parte devedora, porquanto a medida poderia frustrar o ato constritivo
e prejudicar a satisfação do crédito. 2. Somente pode ser declarada a nulidade do
ato processual se comprovada a ocorrência de prejuízo pela parte que a alega,
situação não vislumbrada na espécie, porquanto a agravante teve o prazo para se
manifestar acerca da penhora on line restituído pelo Juiz singular, oportunizando-
lhe, assim, exercer seu direito ao contraditório. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO.” (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5110832-
28.2019.8.09.0000, Rel. Dr.ª Camila Nina Erbetta Nascimento e Moura, 5ª
Câmara Cível, DJe de 01/07/2019).

Conclui-se, portanto, que o recorrente não logrou demostrar o prejuízo


advindo da extinção do mandato em decorrência do óbito do mandante, máxime
porque não realizados atos constritivos no imóvel indicado pelo devedor/agravante.
De consequência, não há que se falar em nulidade processual quando ausente
prejuízo para a parte (pas de nullité sans grief).
Em caso semelhante já se pronunciou o colendo Superior Tribunal de Justiça:

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. IMPUGNAÇÃO


ESPECÍFICA DA DECISÃO DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO ESPECIAL.
AUSÊNCIA. SÚMULA 182/STJ. 1. […] PROCESSUAL CIVIL E CONSUMIDOR.
RECURSO ESPECIAL. AÇÃO COLETIVA DE CONSUMO. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO. OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. NÃO
OCORRÊNCIA. RECURSO. TERCEIRO INTERESSADO. ART. 499 DO CPC/73
(ART. 996 DO CPC/15). NULIDADE. PREJUÍZO CONCRETO E EFETIVO.
DEMONSTRAÇÃO. AUSÊNCIA. INTERESSES INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS.
ORIGEM COMUM. CONFIGURAÇÃO. PREQUESTIONAMENTO. ORDEM
PÚBLICA. AUSÊNCIA. MULTA COMINATÓRIA. VALOR.
PROPORCIONALIDADE. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 7/STJ.
PUBLICAÇÃO DA SENTENÇA. JORNAIS DE GRANDE CIRCULAÇÃO. 1. e ..
[…] 3. O propósito recursal consiste em determinar se: a) se ocorreu negativa de
prestação jurisdicional; b) o recorrente possui legitimidade para recorrer da
sentença como terceiro interessado e se há nulidade a ser reconhecida no
processo; c) os interesses mencionados na inicial são homogêneos e aptos à
tutela coletiva; d) a sentença extrapolou o pedido da inicial; e) houve cerceamento
de defesa da recorrente; f) o prazo prescricional é trienal; g) as astreintes foram

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NR.PROCESSO: 5596388-93.2020.8.09.0000
fixadas em valor razoável e proporcional; h) é possível a condenação à
publicação da decisão em jornais de grande circulação. 4. e 5. […] 6. Não se
pronuncia a nulidade processual sem demonstração de efetivo e concreto
prejuízo (pas de nulité sans grief). Precedentes. 7. a 11. […] 12. Recurso especial
parcialmente conhecido e, nesta parte, parcialmente provido.” (REsp 1570698
/MT, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em
11/09/2018, DJe 13/09/2018).

A propósito, destaco, também, a orientação desta Corte de Justiça:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE EXECUÇÃO DE SENTENÇA. AÇÃO DE


INDENIZAÇÃO TRABALHISTA. 1. O julgamento deve respeitar os atos
processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência do
CPC/1973 (art. 14, CPC/2015). PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE DAS
FORMAS. 2. O princípio da instrumentalidade das formas, previsto nos artigos
188 e 277, do CPC/2015 (artigos 154, 244 e 249, § 2º, CPC/1973) constitui
materialização dos princípios constitucionais da celeridade e duração razoável do
processo (art. 5º, LXXVIII, CF/88). PAS DE NULITÉ SANS GRIEF. 3. Não há falar
em nulidade dos atos processuais, caso não haja demonstração de efetivo
prejuízo. CAPACIDADE PROCESSUAL PASSIVA. 4. a 6. [...] APELAÇÃO CÍVEL
CONHECIDA E PROVIDA. SENTENÇA CASSADA.” (TJGO, Apelação (CPC)
0051229-49.2002.8.09.0051, Rel. Dr. SEBASTIÃO LUIZ FLEURY, 4ª Câmara
Cível, DJe de 13/11/2018).

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO.


LITISPENDÊNCIA. EXTINÇÃO DO FEITO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO.
AUSÊNCIA DE PREJUÍZO. SENTENÇA MANTIDA. 1. e 2. […] 3. Conquanto não
tenha o magistrado observado o disposto dos artigos 9º e 10 do CPC, que
garantem o contraditório e vedam a decisão-surpresa, não há que se falar em
nulidade do ato processual, ante a inexistência de prejuízo (pas de nulité sans
grief), tendo em vista que a ação anteriormente proposta está em trâmite. APELO
CONHECIDO E DESPROVIDO.” (TJGO, Apelação (CPC) 5173160-
06.2017.8.09.0051, Rel. Des. ORLOFF NEVES ROCHA, 1ª Câmara Cível, DJe de
07/11/2018).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DA DECISÃO


QUE FIXA ALIMENTOS PROVISÓRIOS. DECLARAÇÃO DE SUSPEIÇÃO. FATO
SUPERVENIENTE. VALIDADE DA DECISÃO LIMINAR PROFERIDA
ANTERIORMENTE. PAS DE NULITÉ SANS GRIEF. ALIMENTOS
PROVISÓRIOS. TERMO INICIAL. CITAÇÃO. 1. [...] 2. Não havendo a
demonstração de prejuízo, não há que se falar em nulidade do ato processual
(pas de nulité sans grief). 3. Em qualquer caso, os alimentos fixados retroagem à
data da citação. Inteligência do artigo 13, § 2º, da Lei nº 5.478/68. AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.” (TJGO, Agravo de Instrumento
( CPC ) 5024883-70.2018.8.09.0000, Rel. Des.ª NELMA BRANCO FERREIRA

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NR.PROCESSO: 5596388-93.2020.8.09.0000
PERILO, 4ª Câmara Cível, DJe de 11/09/2018).

Não comprovado o prejuízo concreto à defesa do devedor/agravante, não


deve ser declarada a nulidade agitada, mormente porque suspenso o feito executivo
por 90 (noventa) dias em decorrência do falecimento do advogado do credor/agravado.
De consequência, correta a decisão recursada, merecendo ser mantida em
seus termos.
Na confluência do exposto, conheço do agravo de instrumento mas o
desprovejo, mantendo incólume a decisão vergastada.
Comunique-se ao Juízo de 1º grau, para conhecimento e cumprimento do
decidido por este egrégio Tribunal de Justiça.
Por fim, determino à Secretaria da 2ª Câmara Cível que retifique o polo
passivo do recurso, conforme cabeçalho.
Intimem-se.
Goiânia, 27 de novembro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR
/C25

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 15:39:25

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


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CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : MAGAZINE PÉ KENTE LTDA - ME
POLO PASSIVO : SUPERINTENDENTE DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO DA SEFAZ/GO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MAGAZINE PÉ KENTE LTDA - ME


ADVG. PARTE : 56588 GO - CARULINE PAULA BALDUINO

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Não-Concessão -> Liminar - Data da
Movimentação 27/11/2020 14:17:28

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5602225-32.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : CLAYTON DANTAS DIAS
POLO PASSIVO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CLAYTON DANTAS DIAS


ADVG. PARTE : 44260 GO - KLAYTON RAFAEL MOREIRA DA COSTA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5602225-32.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

Gabinete do Des. Amaral Wilson de Oliveira

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5602225-32.2020.8.09.0000

COMARCA DE FORMOSA

AGRAVANTE: CLAYTON DANTAS DIAS

AGRAVADO: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS

RELATOR : MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA- JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO EM 2º GRAU DE JURISDIÇÃO

DECISÃO LIMINAR

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por CLAYTON DANTAS DIAS em face


de decisão proferida pelo Juiz de Direito da 2ª Vara Cível da Comarca de Formosa, Dr. Rodrigo
Victor Foureaux Soares, nos autos da ação civil pública com pedido de liiminar de antecipação
dos efeitos da tutela ajuizada em seu desfavor pelo MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE
GOIÁS, ora agravado.

Eis a decisão agravada (evento 18 – autos originários):

“DECISÃO

AÇÃO CIVIL PÚBLICA. EMBARGOS DECLARATÓRIOS. CONHECIDOS POIS TEMPESTIVOS. DESPROVIDOS.


AUSÊNCIA DE AMBIGUIDADE, CONTRADIÇÃO.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5602225-32.2020.8.09.0000
Nos termos do Provimento nº 002/2012 da CGJ-GO esta decisão valerá como mandado de citação e intimação.

Cuidam-se de Embargos Declaratórios (Evento 15), opostos por Clayton Dantas Dias, em face da decisão de evento
12 que deferiu o pedido liminar formulado pelo Ministério Público do Estado de Goiás para determinar o seu imediato
afastamento do cargo de vereador do Município de Formosa-GO, em decorrência de condenação criminal transitada em
julgada.

Alega a parte requerida, ora embargante que a decisão de evento 15 apresenta ambiguidades, como fundamentação
embasada no art. 92, do Código Penal, que não se aplica ao presente caso e que a comunicação da Câmara de
Vereadores é condição sine qua non para o seu afastamento do cargo eletivo, além de destacar a utilização da súmula
09, do TSE, afirmando que a fundamentação deste juízo vai de encontro com a defesa, mas ambíguo no afastamento do
cargo e que a medida liminar acatada pode tornar-se irreversível, diante do término iminente do mandato eletivo.

Requereu o conhecimento e provimento do recurso para afastar a ambiguidade destacada, concedendo efeito
infringente, bem como devolutivo e suspensivo, conforme requerido no evento 16.

Vieram os autos conclusos.

Em síntese, é o relatório. Fundamento e Decido.

Inicialmente, conheço dos embargos declaratórios posto que tempestivos.

De norte, dispõe o artigo 1.022 do Código do Processo Cível que:

“Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
I – esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

II – suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;

III – corrigir erro material”.

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NR.PROCESSO: 5602225-32.2020.8.09.0000
A parte requerida, ora embargante fundamenta nos embargos declaratórios de evento 15 que a decisão de evento 12
apresenta ambiguidades e que o deferimento da medida liminar tornar-se-á irreversível ante a iminência do término do
mandato eletivo.

Cumpre esclarecer alguns pontos acerca da decisão atacada pela parte requerida.

Primeiramente, a decisão de evento 12 inicia tecendo algumas considerações sobre os efeitos da sentença penal
condenatória, citando a título de conhecimento e exemplificação os arts. 91 e 92, da Lei Penal que regulamenta tais
efeitos.

Na fundamentação supra, foi destacado que tais efeitos, em especial do art. 92, do CP que disciplina acerca da perda
do cargo, função pública ou mandato eletivo não seriam automáticos necessitando de declaração na sentença
condenatória e consequentemente comunicação à Casa Legislativa.

Todavia, no presente caso, assim como na decisão ficou evidente que a Constituição Federal, por meio do art. 15, III,
traz em suas disposições, regra excepcionalíssima a respeito dos efeitos da condenação criminal transitada em julgado,
destacando aqui um efeito automático, imediato que não exige nenhuma manifestação ou declaração neste sentido a
respeito da suspensão ou perda dos direitos políticos, até durarem os efeitos da condenação.

Destaca-se que, o argumento do embargante de que cumpriu com a penalidade aplicada deve ser rechaçado, haja vista
que a pena só será considerada extinta se a punibilidade for declarada pelo Estado-Juiz, no caso dos autos, mesmo que
tenha ocorrido o cumprimento da pena, a parte embargante não fez prova da extinção da punibilidade declarada por
sentença.

Outro ponto a ser destacado, é relativo a aplicação da súmula 09, do TSE que diz: a suspensão de direitos políticos
decorrente de condenação criminal transitada em julgado cessa com o cumprimento ou a extinção da pena,
independendo de reabilitação ou de prova de reparação dos danos. A parte embargante, leva a crer que pela
aplicação literal da súmula, a comprovação de cumprimento da pena é suficiente para fazer cessar a suspensão dos
direitos políticos, não necessitando de que o juízo da execução declare em sentença a extinção da punibilidade do
Estado.

Esse argumento, essa tese deve ser rechaçada, uma vez que o cumprimento da pena criminal imposta ao requerido
está condicionada a análise do Juízo da Execução Penal, reconhecer o cumprimento da pena apenas com o
comprovante de pagamento da prestação pecuniária não é suficiente para presumir que tenha sido de fato cumprida a
pena, tendo em vista que o reconhecimento por este juízo estaria se sobrepondo a competência específica do juízo
responsável pela condução da execução penal, assim como bem explicado na decisão monocrática da Justiça Eleitoral
Goiana no evento 1 – seq. 2 (p. 18/22).

É importante frisar que o embargante já deveria ter se afastado do cargo há mais tempo em razão da condenação
criminal com trânsito em julgado, contudo permanece até a presente data e ainda que já tenha ocorrido a extinção da
pena, em nada altera a situação do embargante, pois não foi afastado no momento que deveria ter sido e a ilegalidade

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NR.PROCESSO: 5602225-32.2020.8.09.0000
que afronta a Constituição Federal se perpertua no tempo, pois este - o tempo - não tem o condão de chancelar uma
situação de ilegalidade qualificada, que é aquela que contraria frontalmente a Constituição Federal. Isto é, a
permanência do embargante no cargo tem como efeito somente confirmar uma situação inconstitucional.

Por fim, quanto a irreversibilidade da decisão, conforme argumentos do embargante, resta afastada uma vez que, a
condenação criminal transitada em julgado, nos termos do art. 15, inc. III, da Constituição Federal tem como efeito
imediato a suspensão dos direitos políticos, ou seja, não permite que o embargante exerça o direito de permanecer no
cargo eletivo de vereador, enquanto no exercício do mandato, porque não há que se falar em consolidação de uma
ilegalidade pelo decurso do tempo, fato este que na decisão de evento 12, afastou a tese da teoria do fato consumado.
Ressalta-se que eventual cumprimento da pena ou eventual extinção da punibilidade não autoriza a permanência do
embargante no cargo, já que deveria dele ter se afastado desde o trânsito em julgado, o que não ocorreu, sendo
possível corrigir essa situação ilegal enquanto o embargante ocupar o cargo atual, o que se encerra no próximo mês.

1. Isto posto, conheço dos embargos declaratórios, porém NEGO-LHES PROVIMENTO, mantendo incólume a
decisão de evento 12 por seus próprios fundamentos.

1.1. Com o julgamento dos embargos, fica prejudicado o pedido de atribuição do efeito suspensivo requerido no evento
16.

2. Cumpra-se a decisão de evento 12.

3. O presente pronunciamento judicial, nos termos do Provimento nº 002/2012 da Corregedoria-Geral da Justiça deste
Estado, valerá como mandado de citação e intimação. Atente-se a Secretaria para o disposto nos artigos 368I e 368L da
Consolidação dos Atos Normativos da CGJ.

4. Registrada no sistema. Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.

Formosa/GO.”

Em suas razões recursais o Agravante aduz que sofreu duas condenações criminais uma no
processo 201602354383, de 15 dias de prisão, convertidas em prestação pecuniária de R$
5.000,00 (cinco mil reais) que afirma ter sido cumprido, que há sentença de extinção de
punibilidade e outra no processo nº 201403638637, de 30 dias de prisão, convertida em
prestação pecuniária no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais), convertida em prestação pecuniária,
tendo sido “ integralmente cumprida por meio do pagamento, o que foi informado de imediato no
processo de execução penal nº 152413.10, que aguarda manifestação do Ministério Público para

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NR.PROCESSO: 5602225-32.2020.8.09.0000
ser concluso ao Magistrado que , de certo decretará a extinção da punibilidade”.

Assevera que em que pese haver previsão tanto constitucional quanto na Lei Orgânica do
Município de Formosa, tratando da perda do mandato paro o vereador em casos como o em tela,
salienta que não houve a notificação ao Legislativo Municipal, por meio do Judiciário, para que
tomasse tal providência.

Obtempera que exerceu por todo o período que a promotoria aponta que deveria ter sido afastado
o cargo eletivo para o qual foi eleito, tendo sido inclusive escolhido pelos seus pares presidente
da Câmara Municipal, estando atualmente ao fim de sua gestão, bem como, da atual legislatura,
sendo inconcebível pensar em seu afastamento, ao argumento de ter cumprido as penalidades a
ele impostas.

Sustenta em seu favor a “Teoria do Fato Consumado” argumentando que não há que se falar em
afastamento do seu cargo a essa altura, haja vista o fim tanto de seu mandato, quando da atual
legislatura no próximo mês, bem como, ter sido comprovado o cumprimento integral de ambas as
penalidades a ele impostas.

Adverte que a questão de fundo “desse recurso fixa-se no fato de que o agravante se encontra sob a
ameaça de perder o mandato para o qual foi eleito, de forma irreversível em razão do fim desta legislatura,
portanto,em sofre o risco de suportar danos irreparáveis, tanto moral quanto material, mesmo já tendo
cumprido integramente com as penalidades sofridas, fundamento maior apontado pelo agravado para o seu
afastamento”

Depois de tecer outras considerações, roga seja concedida a antecipação da tutela recursal para,
nos termos do artigo 300 do CPC, suspender a eficácia da decisão ora fustigada, até final
julgamento do recurso.

Pugna, ao final, pelo provimento do recurso e revogação da decisão agravada, para que no juízo
a quo seja indeferido a tutela jurisdicional, por não restar devidamente preenchidos os requisitos
ensejadores da liminar pela promotoria pleiteada.

Instruiu a peça recursal com os documentos no evento nº 01.

É o relatório. Decido.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5602225-32.2020.8.09.0000
De acordo com o disposto no artigo 1.015, inciso I do novo Código de Processo Civil, cabe agravo
de instrumento em face de decisões interlocutórias que versarem sobre tutelas provisórias.
Portanto, o presente recurso encontra previsão no rol taxativo do citado dispositivo do CPC/2015.

Com efeito, estabelece o artigo 1.019, inciso I, do citado Códex Instrumental que o relator “poderá
atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total o parcial, a pretensão recursal,
comunicando ao juiz sua decisão” , caso vislumbre que a decisão interlocutória impugnada tenha
potencialidade de causar imediato gravame de difícil ou impossível reparação, de tal sorte que
não se possa esperar que a pretensão recursal seja exercida e examinada em momento
posterior.

Desse modo, para que se conceder o efeito suspensivo ou antecipar a tutela recursal, mister se
verificar a presença concomitante dos requisitos necessários ao deferimento de qualquer tutela
provisória, quais sejam, a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil
do processo (art. 300, CPC/15).

Vale dizer: “Nos termos do art. 300, do novo CPC, para que a tutela provisória de urgência seja concedida é
necessária a presença concomitante de elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o
risco de resultado útil do processo” (TJGO, AGRAVO DE INSTRUMENTO 123295-92.2016.8.09.0000, Rel. DR(A).
WILSON SAFATLE FAIAD, 6A CAMARA CIVEL, julgado em 03/05/2016, DJe 2025 de 11/05/2016).

Sobre o tema, anotam os processualistas Nelson Nery Junior e Rosa Maria de Andrade Nery, in
verbis:

“Tutela provisória da pretensão recursal. Como juiz preparador do recurso, o relator poderá
conceder provisoriamente a tutela pretendida no recurso. Já se admitia a concessão de tutela
antecipada na esfera recursal por interpretação sistemática do CPC/1973 273, ex-527 II e
558.” (In Comentários ao Código de Processo Civil, ed. RT, 2015 – 2ª tiragem, p. 2.107).

No caso vertente, em sede de cognição sumária e superficial, própria ao estágio dos autos,
analisados os documentos colacionados pelos recorrentes em cotejo aos fundamentos expostos
na decisão agravada, não identifico elementos seguros de prova a evidenciarem a presença
concomitante dos pressupostos legais autorizadores da tutela recursal antecipada.

Diante o exposto, ausente os requisitos necessários para o deferimento da tutela provisória,


INDEFIRO o pedido de antecipação dos efeitos da tutela recursal, entendo prudente ouvir a parte
agravada primeiramente e a douta Procuradoria Geral de Justiça a respeito, mormente porque o
trâmite do recurso em exame é mais célere.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5602225-32.2020.8.09.0000
Intime-se a parte agravada para responder ao recurso, no prazo legal, facultando-lhe juntar a
documentação que entender necessária ao julgamento do presente agravo de instrumento, nos
termos do inciso II, do artigo 1.019, do CPC/2015.

Cumpra-se. Intimem-se.

Goiânia,

Datado e assinado digitalmente conforme Resolução 59/2016 do Órgão Especial.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 1857 de 5858
ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 15:48:03

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5310326-34.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ALBERTO LEMOS CARSODO
POLO PASSIVO : RENATO CESAR DE ALVARENGA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ALBERTO LEMOS CARSODO


ADVG. PARTE : 5484 GO - EURIVALDO DE OLIVEIRA FRANCO

PARTE INTIMADA : RENATO CESAR DE ALVARENGA


ADVG. PARTE : 42005 GO - JAROSLAW DAROSZEWSKI FERNANDES

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 1858 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 16:11:22

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5198837-77.2013.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Embargos à Execução Fiscal ( L. 6830/80 )
POLO ATIVO : SERGIO RAIMUNDO PEREIRA PRESGRAVE
POLO PASSIVO : ESTADO DE GOIAS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ALESAT COMBUSTIVEIS SA


ADVG. PARTE : 20751 GO - ALEXANDRE FERNANDES LIMIRO

PARTE INTIMADA : CLAUDIO JOSE ZATTAR


ADVG. PARTE : 20751 GO - ALEXANDRE FERNANDES LIMIRO

PARTE INTIMADA : FRANCISCO SERGIO SOARES CAVALIERI


ADVG. PARTE : 20751 GO - ALEXANDRE FERNANDES LIMIRO

PARTE INTIMADA : EDSON MIRANDA DE SOUSA


ADVG. PARTE : 20751 GO - ALEXANDRE FERNANDES LIMIRO

PARTE INTIMADA : LUIZ ANTONIO BIAZOLLI


ADVG. PARTE : 20751 GO - ALEXANDRE FERNANDES LIMIRO

PARTE INTIMADA : CARLOS EDUARDO GARCIA COTTA


ADVG. PARTE : 20751 GO - ALEXANDRE FERNANDES LIMIRO

PARTE INTIMADA : SERGIO RAIMUNDO PEREIRA PRESGRAVE


ADVG. PARTE : 20751 GO - ALEXANDRE FERNANDES LIMIRO

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 1859 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 16:21:36

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0377277-88.2010.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Reintegração / Manutenção de Posse ( CPC )
POLO ATIVO : SAMUEL BADI HELOU
POLO PASSIVO : VALENGE CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : VALDIVINO SOARES DE OLIVEIRA


ADVGS. PARTE : 7351 GO - ADELIO JOSE DIAS
3270 GO - PEDRO MARCIO MUNDIM DE SIQUEIRA

PARTE INTIMADA : VALENGE CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA


ADVGS. PARTE : 3270 GO - PEDRO MARCIO MUNDIM DE SIQUEIRA
26070 GO - JANINE ALMEIDA SOUSA DE OLIVEIRA
7351 GO - ADELIO JOSE DIAS

PARTE INTIMADA : SAMUEL BADI HELOU


ADVGS. PARTE : 1592 GO - LEOVEGILDO RODRIGUES
33417 GO - RÉGIS RODRIGUÊS PEREIRA
27110 GO - FREDERICO RODRIGUES GONÇALVES DE OLIVEIRA

PARTE INTIMADA : TEREZINHA ABADIA DE MIRANDA HELOU


ADVG. PARTE : 1592 GO - LEOVEGILDO RODRIGUES

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: tjgo.jus.br 1860 de 5858


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


27/11/2020 14:59:49

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5469684-35.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : BIMAS XAVIER DO REGO
POLO PASSIVO : MANOEL LEITE BORGES NETO (ESPOLIO)
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BIMAS XAVIER DO REGO


ADVG. PARTE : 32520 GO - ALEX JOSÉ SILVA

PARTE INTIMADA : MANOEL LEITE BORGES NETO (ESPOLIO)


ADVG. PARTE : 26034 GO - TIAGO MAGALHAES COSTA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5469684-35.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França

Agravo Interno no Agravo de Instrumento nº 5469684-35.2020.8.09.0000


Comarca de Goiânia
Agravantes: Bimas Xavier do Rego e outra
Agravados: Espólio de Manoel Leite Borges Neto e outros
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5469684-35.2020.8.09.0000
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NR.PROCESSO: 5469684-35.2020.8.09.0000
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NR.PROCESSO: 5469684-35.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França

Agravo Interno no Agravo de Instrumento nº 5469684-35.2020.8.09.0000


Comarca de Goiânia
Agravantes: Bimas Xavier do Rego e outra
Agravados: Espólio de Manoel Leite Borges Neto e outros
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do agravo interno


interposto por Bimas Xavier do Rego e Eterna Ribeiro do Rego (evento 20) contra a
decisão monocrática proferida no evento 13, que não conheceu do agravo de
instrumento interposto pelos agravantes no evento 01, em razão de sua
inadmissibilidade.
Todavia, analisando as razões do presente recurso, cumpre registrar que a
argumentação apresentada pelos agravantes não é suficiente para reconsiderar ou,
ainda, reformar a decisão monocrática agravada.
Ressalte-se que o agravo de instrumento interposto pelos recorrentes no
evento 01 não foi conhecido porque, ao ser analisado o seu cabimento, observou-se a
sua inadmissibilidade.
Ocorre que o referido recurso que foi interposto contra decisão que anulou a
sentença proferida nos autos de origem e determinou a regularização do polo passivo
e, por consequência, a citação de um dos réus, está em desacordo com o rol previsto
no artigo 1.015 do Código de Processo Civil.
Ressalte-se também que restou consignado na decisão monocrática
agravada, a inaplicabilidade do entendimento firmado pelo Superior Tribunal de Justiça
no julgamento do REsp 1.696.396/MT – Tema 988 à hipótese em discussão, por
ausência de urgência.

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NR.PROCESSO: 5469684-35.2020.8.09.0000
De mais a mais, a decisão monocrática agravada não versa sobre mérito do
processo como alegam os agravantes, por não ter cunho de definitividade, mesmo
porque deve ser suscitada em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra
sentença ou nas contrarrazões.
Portanto, considerando que os agravantes não trouxeram argumentos novos
capazes de infirmar os fundamentos que alicerçaram a decisão monocrática
agravada, é de rigor a sua manutenção.
Neste sentido:

“AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA


DE INEXIGIBILIDADE DE OBRIGAÇÃO C/C DANOS MORAIS.
INSCRIÇÃO INDEVIDA. INEXISTÊNCIA DE ARGUMENTOS NOVOS
CAPAZES DE MODIFICAR A DECISÃO MONOCRÁTICA. (…) Não
havendo nos autos argumentos novos capazes de infirmar os
fundamentos que alicerçaram a decisão agravada, é de rigor a sua
manutenção. AGRAVO INTERNO CONHECIDO E DESPROVIDO.”
(TJGO, Apelação (CPC) 0458226-15.2015.8.09.0087, Rel. Des(a).
MARCUS DA COSTA FERREIRA, 5ª Câmara Cível, julgado em
21/09/2020, DJe de 21/09/2020).

“AGRAVO INTERNO EM APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO


DE FAZER. VAGA EM CENTRO DE ENSINO MUNICIPAL INTEGRADO
(CMEI) PRÓXIMO DA RESIDÊNCIA DO MENOR. SUSPENSÃO DO
PROCESSO. CONSTITUCIONALIDADE DO ART. 4º DA LEI DE
DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO. ASTREINTES. AUSÊNCIA DE
ARGUMENTO NOVO. (…) Deixando o agravante de apresentar
argumentos novos capazes de infirmar os fundamentos que alicerçaram
a decisão agravada, impõe-se a sua manutenção. AGRAVO INTERNO
CONHECIDO, PORÉM DESPROVIDO. DECISÃO MONOCRÁTICA
MANTIDA.” (TJGO, Apelação (CPC) 5115540-54.2020.8.09.0011, Rel.
Des(a). JEOVA SARDINHA DE MORAES, 6ª Câmara Cível, julgado em
21/09/2020, DJe de 21/09/2020).

Na confluência do exposto, conheço do agravo interno interposto no


evento 20 e nego-lhe provimento, mantendo a decisão monocrática agravada por
seus próprios e jurídicos fundamentos.
Comunique-se ao Juízo de 1º grau, para conhecimento do decidido por este
Tribunal de Justiça.
É como voto.
Goiânia, 23 de novembro de 2020.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5469684-35.2020.8.09.0000
Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA
RELATOR
/C80

Agravo Interno no Agravo de Instrumento nº 5469684-35.2020.8.09.0000


Comarca de Goiânia
Agravantes: Bimas Xavier do Rego e outra
Agravados: Espólio de Manoel Leite Borges Neto e outros
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

ACÓRDÃO

Visto, relatado e discutido o Agravo Interno nos autos de Agravo de


Instrumento nº 5469684-35.2020.8.09.0000, da Comarca de Goiânia, figurando como
agravantes Bimas Xavier do Rego e outra e como agravados Espólio de Manoel
Leite Borges Neto e outros.
ACORDAM os integrantes da Terceira Turma Julgadora da Segunda Câmara
Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por unanimidade de votos,
em conhecer do agravo interno e negar-lhe provimento, nos termos do voto do Relator,
proferido na assentada do julgamento e que a este se incorpora.
Votaram, além do Relator, o Desembargador José Carlos de Oliveira e o
Doutor Maurício Porfírio Rosa, Juiz de Direito em 2º Grau, atuando em substituição
ao Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.
Presidiu o julgamento o Desembargador José Carlos de Oliveira.
Esteve presente à sessão a Doutora Dilene Carneiro Freire, representando a
Procuradoria-Geral de Justiça.
Goiânia, 23 de novembro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 16:33:49

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5291694-57.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : CAMILA CAREN MOURA DE OLIVEIRA
POLO PASSIVO : ALEXSANDRO DOS SANTOS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CAMILA CAREN MOURA DE OLIVEIRA


ADVG. PARTE : 27843 GO - DANIEL VILAS BOA DE LACERDA

PARTE INTIMADA : ALEXSANDRO DOS SANTOS


ADVGS. PARTE : 41026 GO - DANILO DOMINGUES FERNANDES
49025 GO - JOAO PEDRO NUNES PINHEIRO DE ARAUJO

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 16:38:13

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5331034-54.2017.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : DANIELA CRISTINA FERREIRA RODRIGUES
POLO PASSIVO : UNIMED GOIANIA COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : UNIMED GOIANIA COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO


ADVGS. PARTE : 26089 GO - SUELLEN COELHO BENICIO
161363 SP - SILVIA LA LAINA
19400 GO - TATIANA ACCIOLY FAYAD
33204 GO - LUIZ OTAVIANO DE VASCONCELOS CAMPOS
25775 GO - STELLA CHRISTINA ALVES COIMBRA
38076 GO - MARCELO DOMINGOS DE SOUZA
34461 GO - ELISA MARIA ALESSI DE MELO

PARTE INTIMADA : DANIELA CRISTINA FERREIRA RODRIGUES


ADVG. PARTE : 16668 GO - FLÁVIA MARIA QUINAN FERREIRA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


27/11/2020 15:49:55

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5567074-05.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : BANCO BRADESCO S/A
POLO PASSIVO : DONIZETE FRANCISCO PEDRO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO BRADESCO S/A


ADVG. PARTE : 24692 GO - ROBSON CUNHA DO NASCIMENTO JUNIOR

PARTE INTIMADA : DONIZETE FRANCISCO PEDRO


ADVG. PARTE : 34794 GO - DIRLE FRANCISCO MARQUES JUNIOR

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5567074-05.2020.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5567074-05.2020.8.09.0000
COMARCA DE HIDROLÂNDIA

AGRAVANTE: BANCO BRADESCO S/A


AGRAVADO: DONIZETE FRANCISCO PEDRO
RELATOR: DR. MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA – Juiz de Direito Substituto em 2º
Grau

DECISÃO MONOCRÁTICA

BANCO BRADESCO S/A interpôs agravo de instrumento contra decisão proferida


pela Juíza de Direito da comarca de Hidrolândia, nos autos de ação de obrigação
de fazer c/c indenizatória proposta em desfavor do agravante por DONIZETE
FRANCISCO PEDRO.

A refutada decisão consistente em deferimento de pedido de exclusão do nome do


agravado dos cadastros de proteção ao crédito, bem como cessação de cobranças
tidas como indevidas e encerramento de conta do recorrido junto ao agravante.

Alega que tal decisum se deu de forma alheia à realidade dos fatos que envolvem
as partes. Afirma que tem ela caráter satisfativo e lhes traz sérios prejuízos, já que
regular a sua atuação quando ao débito que diz existente.

Além disso, aduz, o agravado não fez prova do alegado na inicial.

Assim, pediu sobrestamento dos efeitos da decisão em xeque, até julgamento final
deste agravo, o que foi indeferido no evento 4.

Contraminuta vista no evento 9, com preliminar de intempestividade do recurso e,


no mérito, rejeição de todos os argumentos expostos na inicial recursal.

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NR.PROCESSO: 5567074-05.2020.8.09.0000
É o relatório.

Decido.

Não há impontualidade recursal. O agravante habilitou-se nos autos no dia


28/10/2020, momento em que passou a fluir o prazo para que recorresse. Em
quinze dia úteis, o marco final seria 12/11/2020, dois dias após o protocolo do
presente recurso.

Seguindo, nota-se que o próprio agravante afirma a prévia existência de ação


julgada favoravelmente ao agravado, mas não contrasta tal assertiva, de modo que
se presume verossímil a tramitação da demanda.

Assim, até que se apure a verdade sobre ser indevida ou não a cobrança, em sede
de processo de conhecimento, não há óbice ao desempecilho ao nome do supostos
devedor, até porque não se trata de ação que se afere eventual abusividade
contratual, mas demanda onde se busca declarar inexistência de relação jurídica.

Da mesma forma entendo com relação às cobranças que foram obstadas, ante a
necessidade de verificação de sua regularidade.
No decorrer do feito não houve alteração do quadro fático, ao menos no bojo dos
autos, que pudesse provocar a modificação da convicção até aqui existente.

Tenho que a juíza a quo decidiu embasado nos pressupostos do art. 300, do CPC,
o que confere ao decisum atacado um caráter de higidez jurídica, que só deve ser
desconstituída por provas irrefutáveis contrárias aos seus fundamentos, o que não
ocorreu na espécie.

A propósito:

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE


INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C OBRIGAÇÃO DE FAZER E INDENIZAÇÃO
DANOS MORAIS COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA.
EMPRÉSTIMO TUTELA DE URGÊNCIA. MULTA COMINATÓRIA.
MANUTENÇÃO. 1. Evidenciados, in casu, os requisitos dispostos no art. 300,
caput, do CPC, é de se manter incólume a decisão agravada, que deferiu a
tutela de urgência requestada pela parte autora, de modo a determinar a
exclusão e/ou abstenção de inscrição do nome do autor/agravado nos órgãos

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5567074-05.2020.8.09.0000
de proteção ao crédito (SPC e SERASA), decorrente de suposta contratação
de empréstimo com a instituição financeira demandada, ora Agravante. 2. A
imposição de multa cominatória é permitida a fim de garantir efetividade às
decisões judiciais, assim, fixada em atenção aos parâmetros de razoabilidade
e proporcionalidade deve ser mantida, haja vista que, no caso em apreço,
fora fixada em R$ 1.000,00 (mil reais), limitada a 30 (trinta) dias, imerecendo
reparos. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.
DECISÃO MANTIDA. (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5175826-
31.2020.8.09.0000, Rel. Des(a). JAIRO FERREIRA JUNIOR, 6ª Câmara
Cível, julgado em 06/07/2020, DJe de 06/07/2020)

Ante o exposto, DESPROVEJO o presente agravo de instrumento.

Intimem-se.

Goiânia, 26 de novembro de 2020.

DR. MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA


Juiz de Direito Substituto em 2º Grau

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido em Parte - Data da


Movimentação 27/11/2020 17:07:33

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5350887-03.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ENEL S/A
POLO PASSIVO : LUIZA HELENA MACHADO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ENEL S/A


ADVGS. PARTE : 56252 GO - TIAGO FELIPE DE LIMA
51175 GO - JAYME SOARES DA ROCHA FILHO

PARTE INTIMADA : LUIZA HELENA MACHADO


ADVG. PARTE : 41067 GO - SERGIO EURIPEDES FLAUZINO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5350887-03.2020.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5350887.03.2020.8.09.0000

COMARCA DE GOIÂNIA

AGRAVANTE: ENEL S/A (CELG DISTRIBUIDORA S/A – CELG D)

AGRAVADA: LUIZA HELENA MACHADO

RELATOR: MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA

EMENTA. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO INDENIZATÓRIA.


AUMENTO DEMASIADO DA CONTA DE ENERGIA ELÉTRICA.
AMEAÇA DE CORTE DE ENERGIA. NECESSIDADE DE VISTORIA
IN LOCO. FORNECIMENTO CONDICIONADO AO PAGAMENTO
DA MÉDIA INDICADA PELA CONSUMIDORA ANTES DO
AUMENTO. I- Imprescindível a realização de vistoria in loco na
residência da autora/agravada antes de qualquer medida de corte de
fornecimento por inadimplência visto que os boletos dobraram e até
mesmo triplicaram de valor, desafiando análise técnica de tais
ocorrências, uma vez que a consumidora comunicou à época a
concessionária e não obteve resposta. Não evidenciada prática de
má-fé, razoáveis as medidas adotadas no juízo a quo para impedir o
corte de energia e a negativação do nome da agravada. II- Contudo,
ressalte-se a necessidade da consumidora consignar em juízo o valor
incontroverso por ela mesma admitido na inicial como média mensal
de seu consumo a fim de se manter o fornecimento de energia
elétrica como forma de contraprestação do serviço de energia
fornecido até a apuração técnica dos fatos. AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.

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NR.PROCESSO: 5350887-03.2020.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5350887.03.2020.8.09.0000

COMARCA DE GOIÂNIA

AGRAVANTE: ENEL S/A (CELG DISTRIBUIDORA S/A – CELG D)

AGRAVADA: LUIZA HELENA MACHADO

RELATOR: MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA

VOTO

Configurados os pressupostos de admissibilidade do recurso, dele conheço.

Em exame das razões levantadas pela agravante, vislumbro não prosperar a irresignação sobre a
parte da decisão que deferiu a tutela provisória à autora, ora agravada, impedindo o corte de
fornecimento de energia elétrica em sua residência, bem como a exclusão de seu nome nos
cadastros de inadimplência até mesmo para afastar ou confirmar o possível “escape interno” de
energia, argumento sustentado pela agravante (ENEL), a fim de justificar o aumento demasiado
na conta mensal da unidade consumidora da agravada.

Neste sentido, entendo pela imprescindibilidade da realização de vistoria in loco na residência da


autora/agravada antes de qualquer medida de corte de fornecimento por inadimplência, visto que
os boletos dobraram e até mesmo triplicaram o seu valor, consoante se extrai dos autos. Vê-se,
ainda, que apesar dos acréscimos oriundos de parcelamento de dívidas anteriores e de
acréscimo de juros e multas, é possível observar um aumento considerável da taxa de consumo.

A respeito da prática de corte de energia em casos semelhantes, eis o entendimento desta


Câmara:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO.


TUTELA DE URGÊNCIA DEFERIDA. PROIBIÇÃO DE SUSPENSÃO
DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA E INSCRIÇÃO DO
DEVEDOR NO CADASTRO DE INADIMPLENTES. FRAUDE EM
MEDIDOR. APURAÇÃO UNILATERAL. DÉBITOS PRETÉRITOS.
REQUISITOS LEGAIS PREENCHIDOS. PRECEDENTES. 1. O agravo
de instrumento é recurso secundum eventum litis, no qual o julgador ad
quem deve ater-se ao acerto ou desacerto da decisão recorrida,
restando vedada a análise de questões não aferidas na origem, sob

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5350887-03.2020.8.09.0000
pena de supressão de instância.2. A concessão ou não da tutela
antecipada está adstrita ao prudente arbítrio e livre convencimento do
magistrado, dentro dos limites traçados pela lei, cabendo à instância ad
quem alterar a decisão apenas quando nele verificar a ilegalidade ou o
abuso de poder, de acordo com as provas contidas nos autos. 3. A
possibilidade de interrupção do fornecimento de energia por conta de
débitos pretéritos, provenientes de suposta fraude constatada em
procedimento unilateral, fere a jurisprudência desta Corte e do STJ
(probabilidade do direito), e, por se tratar de serviço essencial, a
suspensão poderá causar prejuízos de difícil ou incerta reparação ao
usuário (periculum in mora). 4. Presentes os requisitos autorizadores
do art. 300, caput, do CPC, deve ser mantida a decisão que concedeu
a tutela de urgência.AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E
DESPROVIDO. (TJGO, Agravo de Instrumento nº 5616700-
27.2019.8.09.0000, Rel. Des(a). JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, 2ª
Câmara Cível, julgado em 27/07/2020, DJe de 27/07/2020) Grifei.

Assim, se a usuária comunicou tal ocorrência à concessionária e esta manteve-se inerte,


deixando de ir até o local fazer vistoria, não evidencia-se, neste estágio, prática de má-fé da
agravada.

Repita-se, por oportuno, que tal questão desafia vistoria para se verificar os aparelhos elétricos
presentes no local, a possibilidade de escape de energia, defeito do medidor, a qualidade e
correção das instalações elétricas e se ouras unidades consumidoras vizinhas não estariam se
utilizando, sem a permissão da agravada, de sua unidade consumidora, a fim de se chegar ao
real motivo da conta de energia que costumeiramente tinha a média de R$ 400,00 (quatrocentos
reais), chegou a R$ 800,00 (oitocentos reais) e até mesmo R$ 1.200,00 (um mil e duzentos reais),
o que será melhor debatido no curso processual, eis que o feito ainda se encontra em fase inicial
instrutória.

Por ora e, presentes os requisitos autorizadores da tutela provisória do primeiro grau, entendo
razoáveis as medidas adotadas no juízo a quo, porém com a ressalva de a agravada consignar,
em juízo, o valor incontroverso por ela mesma admitido como média mensal de consumo, isto é,
R$ 400,00 (quatrocentos reais) a fim de se manter o fornecimento de energia elétrica até a
apuração técnica dos fatos.

Ante o exposto, conheço do agravo de instrumento, conferindo-lhe parcial provimento a fim de


acolher o pedido subsidiário do agravante, reformando a decisão recorrida, apenas, para que a
autora deposite em conta vinculada ao juízo o valor da média mensal (R$ 400,00) do consumo
como contraprestação do serviço de energia fornecido.

É o meu voto.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5350887-03.2020.8.09.0000
Publique-se e intimem-se.

MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA – Juiz Substituto em 2º grau

Relator

ACÓRDÃO

VISTOS, relatados e discutidos os presentes autos de Agravo de Instrumento nº


5350887.03.2020.8.09.0000, Comarca de Goiânia, sendo agravante ENEL S/A e agravada LUIZA
HELENA MACHADO.

ACORDAM os componentes da Quarta Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal


de Justiça do Estado de Goiás, à unanimidade, em conhecer e prover, em parte, o Agravo de
Instrumento, nos termos do voto do Relator.

VOTARAM, com o Relator, os Desembargadores José Carlos de Oliveira e Leobino Valente


Chaves.

PRESIDIU o julgamento o Desembargador José Carlos de Oliveira.

PRESENTE a Drª. Dilene Carneiro Freire, Procuradora de Justiça.

Goiânia, 23 de novembro de 2020.

MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA – Juiz Substituto em 2º grau

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido - Data da Movimentação


27/11/2020 17:03:55

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5498215-34.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : AEROPREST COMERCIO DE DERIVADOS DE PETROLEO LTDA
POLO PASSIVO : ESPACI ESCOLA PREPARATORIA PARA AVIACAO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : AEROPREST COMERCIO DE DERIVADOS DE PETROLEO LTDA


ADVG. PARTE : 23557 GO - RAPHAEL GODINHO PEREIRA

PARTE INTIMADA : ESPACI ESCOLA PREPARATORIA PARA AVIACAO


ADVG. PARTE : 35777 GO - RENATO ALKMIN FLEURY DA ROCHA LIMA

PARTE INTIMADA : NELSON MELO BEDA


ADVG. PARTE : 35777 GO - RENATO ALKMIN FLEURY DA ROCHA LIMA

PARTE INTIMADA : TEREZINHA CELIA DE ALKIM BEDA


ADVG. PARTE : 35777 GO - RENATO ALKMIN FLEURY DA ROCHA LIMA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5498215-34.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França

Agravo de Instrumento nº 5498215-34.2020.8.09.0000


Comarca de Goiânia
Agravante: Aeroprest Comércio de Derivados de Petróleo Ltda
Agravado: Nelson Melo Beda
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5498215-34.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França

Agravo de Instrumento nº 5498215-34.2020.8.09.0000


Comarca de Goiânia
Agravante: Aeroprest Comércio de Derivados de Petróleo Ltda
Agravado: Nelson Melo Beda
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

VOTO

Presentes todos os pressupostos de admissibilidade, conheço do agravo de


instrumento interposto por Aeroprest Comércio de Derivados de Petróleo Ltda
contra decisão proferida nos autos da ação monitória, ajuizada pela agravante em
desfavor de Espaci Escola Preparatória para Aviação.
Extrai-se do ato judicial agravado, prolatado pelo Juiz de Direito da 27ª Vara
Cível da Comarca de Goiânia, Dr. Romério do Carmo Cordeiro, que:

“Diante disso, acolho em parte a impugnação à penhora, para


desconstituir a constrição efetivada sobre os proventes de aposentadoria
do executado.
Após o trânsito em julgado:
a) expeça-se alvará para levantamento do valor de R$ 5.261,65,
acrescido de seus rendimentos, em favor do executado e/ou de seu
advogado, desde que tenha poderes para tanto.
b) em relação às quantias bloqueadas nas contas do Banco do Brasil e
da Caixa Econômica Federal, expeça-se alvará para levantamento em
favor do exequente e/ou se advogado, com os devidos rendimentos,
observados os poderes para tanto.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5498215-34.2020.8.09.0000
Finalmente, expeça-se alvará para devolução ao exequente da
importância de R$ 2.754,56, acrescida de seus rendimentos, pois se
trata de quantia depositada pelo órgão pagador daquele (evento 10),
uma vez que sobreveio determinação de desconstituição da referida
penhora em sede de mandado de segurança (evento 20).
Intime(m)-se a(s) parte(s) exequente(s) para requerer(em) o que de
direito, no prazo de 05 dias.”

Pois bem. Adentrando ao mérito da questão recursal debatida, a priori,


cumpre registrar que o artigo 833, inciso IV, do Código de Processo Civil, estabelece a
impenhorabilidade dos proventos de aposentadoria, com a finalidade de resguardar a
subsistência do devedor e de sua família, nos seguintes termos:

“Art. 833. São impenhoráveis:


(…)
IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as
remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios
e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de
terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os
ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal,
ressalvado o § 2o;
(…)
§ 2o O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica à hipótese de
penhora para pagamento de prestação alimentícia, independentemente
de sua origem, bem como às importâncias excedentes a 50 (cinquenta)
salários-mínimos mensais, devendo a constrição observar o disposto no
art. 528, § 8o, e no art. 529, § 3o.”

Contudo, mencionada impenhorabilidade pode ser flexibilizada nas hipóteses


de desvirtuamento da conta bancária em que se recebe os proventos de
aposentadoria. Além disto, incumbe ao executado demonstrar, de forma inequívoca,
que a conta bancária, na qual ocorreu o bloqueio, possui a natureza de conta-salário
ou poupança e que os valores constritos correspondem aos proventos de
aposentadoria, de modo que não comprovadas tais hipóteses, não há que se falar em
impenhorabilidade dos valores.
Neste sentido:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL. PENHORA ONLINE DE ATIVOS FINANCEIROS.
AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO. PRECLUSÃO. ALEGAÇÃO DE

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NR.PROCESSO: 5498215-34.2020.8.09.0000
IMPENHORABILIDADE, POR SE TRATAR DE VERBA SALARIAL. NÃO
COMPROVADA. DECISÃO MANTIDA.1. Nos termos do artigo 833,
inciso IV, do Código de Processo Civil, são impenhoráveis os
vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os
proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios,
bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e
destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos de
trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal.2.
Consoante assentado pelo colendo Superior Tribunal de Justiça, à
exceção do bem de família, compete à parte interessada suscitar a tese
de impenhorabilidade absoluta, no prazo estabelecido no artigo 854, §
3º, do Código de Processo Civil, ou no primeiro momento em que
manifestar nos autos, sob pena de preclusão.3. É imperioso impor
limites a arguições extemporâneas do devedor, para que o debate a
respeito da questão não se prolongue indefinidamente, garantindo-se,
assim, segurança jurídica e celeridade aos atos processuais, bem como
evitando-se que a lide se converta numa disputa desordenada, sem
freios ou garantias pré estabelecidas.4. Incumbe ao executado
demonstrar, de forma inequívoca, que as contas bancárias, nas quais
ocorreram os bloqueios, possuem a natureza de conta salário ou
poupança, bem como, que os valores constritos correspondem a
honorários decorrentes de seu trabalho, de modo que, não comprovadas
tais hipóteses, não há falar-se em impenhorabilidade dos valores.(…)”
(TJGO, Agravo de Instrumento (CPC) 5156390-86.2020.8.09.0000, Rel.
Des(a). ELIZABETH MARIA DA SILVA, 4ª Câmara Cível, DJe de
01/06/2020, sublinhado).

No caso em análise, não ficou demonstrado que a conta-corrente


0000199427, agência 02147, junto ao Banco Bradesco, de titularidade do agravado,
na qual foi penhorado o valor de R$ 5.261,65 (cinco mil, duzentos e sessenta e um
reais e sessenta e cinco centavos), destina-se somente ao recebimento dos seus
proventos de aposentadoria, tampouco que o valor nela existente é exclusivo para
subsistência da entidade familiar.
Consta do extrato parcial juntado no evento 83 dos autos de origem que, 03
(três) dias antes do agravado receber os proventos de aposentadoria, foi feita uma
transferência de R$ 3.000,00 (três mil reais) em seu favor, o que indica que os valores
encontrados na conta bancária não são originários exclusivamente de sua
aposentadoria.
Ademais, como o agravado apresentou nos autos apenas parte do extrato de
sua conta bancária, sequer é possível averiguar se referida quantia de R$ 3.000,00
(três mil reais), de fato, não se encontrava mais na conta na data da penhora, segundo
defende o agravado em contrarrazões, pelo que o caráter alimentar da verba
penhorada não restou comprovado.
Frise-se, por oportuno, que os depósitos ou aplicações financeiras são
passíveis de penhora, precedendo a qualquer outro bem na ordem prevista no artigo
835 do Código de Processo Civil.
Em verdade, cabia ao agravado o ônus de demonstrar que a conta-corrente

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5498215-34.2020.8.09.0000
em questão é utilizada somente para receber seus proventos e que os valores nela
existente destinam-se somente para sua subsistência e de sua família, o que não foi
feito no caso.
Logo, os elementos probatórios contidos nos autos justificam a mitigação da
impenhorabilidade da conta-corrente em que o agravado recebe seus proventos de
aposentadoria, tendo em vista que a conta bancária é utilizada para outros fins.
Sobre o assunto, colaciono julgado desta Corte de Justiça:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL. PENHORA ON-LINE. IMPENHORABILIDADE
MITIGADA. DESBLOQUEIO DE VALORES. IMPOSSIBILIDADE.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO PREJUDICADOS. DECISÃO
AGRAVADA MANTIDA. (…) Para enquadramento na hipótese de
impenhorabilidade prevista no artigo 833, inciso IV, do CPC, revela-se
imprescindível a comprovação da origem dos depósitos, ônus esse que
incumbe ao executado. 3. No caso em testilha, dos extratos bancários
amealhados aos autos, depreende-se que há transferências bancárias
de diversas origens, o que indica que os valores encontrados não são
derivados exclusivamente dos proventos de aposentadoria do
agravante, rechaçando o caráter alimentar da verba. 4. Ademais, o uso
constante da conta poupança como se conta-corrente fosse, com a
realização de depósitos, saques e transferências, além do pagamento
de demais despesas do cotidiano desvirtua a característica da
poupança, circunstância que afasta a regra de impenhorabilidade
prevista no art. 833, X, do CPC, e torna possível a constrição de valores.
EMBARGOS DECLARATÓRIOS PREJUDICADOS. AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.” (TJGO, Agravo de
Instrumento (CPC) 5509621-86.2019.8.09.0000, Rel. Des(a). CARLOS
ROBERTO FAVARO, 1ª Câmara Cível, julgado em 12/05/2020, DJe de
12/05/2020).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO SECUNDUM EVENTUM


LITIS. (…) AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL.
PENHORA ON LINE. CONTA CORRENTE. AUSÊNCIA DE
COMPROVAÇÃO DO CARÁTER ALIMENTAR DA QUANTIA
PENHORADA. ÔNUS DO EXECUTADO. O artigo 833 do CPC prevê
algumas hipóteses de impenhorabilidade de valores, dentre elas os
proventos de aposentadorias e aquelas verbas de natureza alimentar,
todavia, em que pese as alegações do insurgente de que o montante
objeto de bloqueio judicial seria proveniente de pro labore destinado ao
suprimento das suas despesas familiares, verifica-se que não há nos
autos provas capazes de comprovarem tal alegação. Logo, não há falar
em impossibilidade de penhora dessa quantia, posto que o insurgente
não se desincumbiu do ônus de comprovar suas alegações. Nessa
ordem, deve ser mantida a decisão recorrida da forma em que proferida,
com a consequente manutenção da penhora na conta-corrente do
agravante. (…)” (TJGO, Agravo de Instrumento (CPC) 5105924-

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NR.PROCESSO: 5498215-34.2020.8.09.0000
88.2020.8.09.0000, Rel. Des(a). NELMA BRANCO FERREIRA PERILO,
4ª Câmara Cível, DJe de 02/06/2020).

Na confluência do exposto, conheço do agravo de instrumento e dou-lhe


provimento, para reformar a decisão agravada, rejeitar a impugnação à penhora
apresentada pelo agravado no evento 76 dos autos de origem e, por consequência,
manter a constrição de valores na conta bancária da parte devedora/agravada.
Oficie-se ao juízo a quo informando-lhe do teor do decidido pelo Tribunal de
Justiça para cumprimento.
É como voto.
Goiânia, 23 de novembro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR
/C80

Agravo de Instrumento nº 5498215-34.2020.8.09.0000


Comarca de Goiânia
Agravante: Aeroprest Comércio de Derivados de Petróleo Ltda
Agravado: Nelson Melo Beda
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os autos de Agravo de Instrumento nº 5498215-


34.2020.8.09.0000, da Comarca de Goiânia, figurando como agravante Aeroprest
Comércio de Derivados de Petróleo Ltda e como agravado Nelson Melo Beda.
ACORDAM os integrantes da Terceira Turma Julgadora da Segunda Câmara
Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por unanimidade de votos,
em conhecer do agravo de instrumento e dar-lhe provimento, nos termos do voto do
Relator, proferido na assentada do julgamento e que a este se incorpora.

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NR.PROCESSO: 5498215-34.2020.8.09.0000
Votaram, além do Relator, o Desembargador José Carlos de Oliveira e o
Doutor Maurício Porfírio Rosa, Juiz de Direito em 2º Grau, atuando em substituição
ao Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.
Presidiu o julgamento o Desembargador José Carlos de Oliveira.
Esteve presente à sessão a Doutora Dilene Carneiro Freire, representando a
Procuradoria-Geral de Justiça.
Goiânia, 23 de novembro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


17:16:31

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5373838-88.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : FESURV UNIVERSIDADE DE RIO VERDE UNIRV
POLO PASSIVO : ISABELLA TAVARES ALVES
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ISABELLA TAVARES ALVES


ADVG. PARTE : 11277 GO - EMERSON ILDEFONSO PIRES ALVES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5373838-88.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Leobino Valente Chaves

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5373838-88.2020.8.09.0000


AGRAVO INTERNO
COMARCA DE GOIÂNIA
AGRAVANTE : UNIRV – UNIVERSIDADE DE RIO VERDE
AGRAVADA : ISABELLA TAVARES ALVES
RELATOR : DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

DESPACHO

À vista da interposição do Agravo Interno na movimentação nº 13, intime-


se a parte agravada para apresentar contrarrazões, no prazo legal.

Cumpra-se.

Goiânia, documento assinado digitalmente.

DES. LEOBINO VALENTE CHAVES


Relator
LUA

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


27/11/2020 17:19:43

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5490263-04.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : TATIANA RANNA DOS SANTOS
POLO PASSIVO : MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : TATIANA RANNA DOS SANTOS


ADVG. PARTE : 27211 GO - LUANA SANTOS DE CASTRO MELO

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 27/11/2020


17:16:35

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5426513-28.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : OSVALDO PINTO FIUZA
POLO PASSIVO : SYNGENTA PROTECAO DE CULTIVOS LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : SYNGENTA PROTECAO DE CULTIVOS LTDA


ADVG. PARTE : 155277 SP - JÚLIO CHRISTIAN LAURE

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5426513-28.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Leobino Valente Chaves

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 5426513-28.2020.8.09.0000


EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
COMARCA DE JANDAIA
EMBARGANTE: OSVALDO PINTO FIUZA
EMBARGADA: SYNGENTA PROTEÇÃO DE CULTIVOS LTDA.
RELATOR: DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

DESPACHO

Por força do que preconiza o § 2º do art. 1.023 do Código de Processo Civil, intime-se
a parte embargada para, querendo, manifestar-se quanto ao recurso de Embargos de
Declaração oposto contra o julgamento exarado.

Goiânia, documento assinado digitalmente nesta data.

Des. LEOBINO VALENTE CHAVES


Relator
LNE

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Certidão Expedida - Data da Movimentação


27/11/2020 17:28:17

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5412796-58.2018.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : LUZINEIDE SOUZA ALENCAR
POLO PASSIVO : MUNICIPIO DE GOIANIA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : LUZINEIDE SOUZA ALENCAR


ADVGS. PARTE : 41144 GO - HUGO ESCHER MARTINS
48784 GO - BRENO OLIVEIRA ADORNO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5412796-58.2018.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE GOIÁS
COMARCA DE GOIÂNIA
3ª FAZENDA PÚBLICA MUNICIPAL
Av. Olinda esq. c/ Av. PL-3, Qd. G, Lt.04, Park Lozandes, CEP: 74.884-120, Fone: 3018-6306/3018-6307

Processo: 5412796-58.2018.8.09.0051
Requerente: Luzineide Souza Alencar
Natureza: Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)

ATO ORDINATÓRIO/CERTIDÃO

Nos termos do §4º do artigo 203, do Novo CPC e atendendo ao Provimento


05/2010 da Corregedoria Geral de Justiça, artigo 328-B, pratico o seguinte ato
ordinatório:
CERTIFICO E DOU FÉ QUE remeto os autos ao Egrégio Tribunal de Justiça para
análise e julgamento da apelação interposta em face da sentença proferida.

Goiânia, 27 de novembro de 2020.

Rafaella J. B. B. Calzada
Analista Judiciário

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido em Parte - Data da


Movimentação 11/11/2020 11:04:11

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0332165-97.2015.8.09.0091
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : SF DOS SANTOS ARAUJO E CIA LTDA
POLO PASSIVO : JEAN CARLO RAMOS MARQUES
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : SF DOS SANTOS ARAUJO E CIA LTDA


ADVGS. PARTE : 25409 GO - ANDRE MARQUES DE OLIVEIRA COSTA
40929 GO - DIEGO MARÇAL DE ANDRADE

PARTE INTIMADA : LFG DOMINIUS FACTORING FOMENTO COMERCIAL LTDA ME


ADVG. PARTE : 40292 GO - WILLIANS DOS SANTOS SILVA

PARTE INTIMADA : F J DE C VIEIRA


ADVG. PARTE : 38497 GO - FELIPE DE FREITAS MONTEIRO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0332165-97.2015.8.09.0091
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador José Carlos de Oliveira

APELAÇÃO CÍVEL Nº 332165-97.2015.8.09.0091

APELANTE SF DOS SANTOS ARAÚJO E CIA LTDA.

APELADO JEAN CARLO RAMOS MARQUES, LFG DOMINIUS e OUTRO

COMARCA JARAGUÁ

RELATOR DESEMBARGADOR JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

CÂMARA 2ª CÍVEL

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade da apelação cível, dela conheço.

Conforme relatado, a controvérsia recursal cinge-se à irresignação de SF DOS SANTOS ARAÚJO E CIA LTDA
(NEGUINHO ATO PEÇAS) com a sentença proferida na instância singular, especificamente em relação ao
reconhecimento da ilegitimidade passiva da terceira ré F. J. DE C. VIEIRA – EIRELI – ME. e pelo valor fixado
a título de verba honorária sucumbencial em seu favor, considerando a baixa complexidade da causa,
bem como pelo julgamento de improcedência do pedido de indenização por danos morais, tendo em
vista que teve sua reputação abalada em razão dos protestos dos cheques efetuados pela segunda ré,
LFG DOMINIUS FACTORING FOMENTO COMERCIAL LTDA. - ME.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0332165-97.2015.8.09.0091
Adianto, desde logo que, em parte, há razões para o inconformismo da recorrente.

Infere-se dos autos que a autora/recorrente realizou negócio jurídico de compra e venda do veículo descrito na
prefacial com o réu JEAN CARLO RAMOS MARQUES e efetuou o pagamento do preço com uma entrada no
valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) e quatro cheques pós-datados, no valor de R$ 3.500,00 (três mil e
quinhentos reais) cada. Passado quase um mês da celebração do pacto, diante do inadimplemento contratual
do réu em promover a baixa da restrição que recaia sobre o veículo, a autora optou pelo desfazimento do
negócio.

Observa-se da narrativa da inicial que a autora devolveu o veículo e postulou pela restituição do valor pago a
título de entrada, bem como dos cheques que, naquele momento, não estavam nas mãos do réu, JEAN
CARLO RAMOS MARQUES, porquanto os transmitiu via endosso e circularam para a segunda e terceira
requeridas, LFG DOMINIUS FACTORING FOMENTO COMERCIAL LTDA. - ME. e F. J. DE C. VIEIRA –
EIRELI – ME., que inseriram seus nomes nas cártulas como beneficiárias dos títulos. Diante disso,
optou a autora por sustar todos os títulos de crédito.

Posteriormente, a autora/recorrente verificou que dois dos títulos foram protestados pela ré LFG
DOMINIUS FACTORING FOMENTO COMERCIAL LTDA. - ME.

Assim, ajuizou a presente demanda visando a declaração de inexigibilidade dos títulos de crédito e
consequente sustação e cancelamento dos protestos, a condenação da segunda ré ao pagamento de
indenização por danos morais, bem como a fixação de obrigação de não fazer para impedir a segunda e
terceira requerida de cobrar ou efetuar o protesto dos cheques que estão na sua posse.

Conforme relatado, o juízo a quo acolheu a preliminar de ilegitimidade passiva arguida pela terceira ré
F. J. DE C. VIEIRA – EIRELI – ME. e julgou extinto o feito em relação a ela por entender a ausência de
responsabilidade jurídica, uma vez que os títulos transmitidos não foram objeto de inscrição nos órgãos
de proteção ao crédito ou de protesto.

Sabe-se que a legitimação para a ação decorre do interesse das partes em relação à pretensão trazida a juízo.
Dessa forma, a legitimidade passiva compete a quem se dirige a pretensão e que a ela opõe resistência.

Acerca do tema Humberto Theodoro Júnior dispõe que:

"[...] legitimados ao processo são os sujeitos da lide, isto é, os titulares dos interesses
em conflito. A legitimação ativa caberá ao titular do interesse afirmado na pretensão, e
a passiva ao titular do interesse que se opõe ou resiste à pretensão" (in Curso de
Direito Processual Civil, 33ªed., Rio de Janeiro: Forense, 2000. v. I, p. 51).

Importa ressaltar que o reconhecimento da legitimidade passiva nos presentes autos independe de dilação
probatória, porquanto decorre da simples análise do título de crédito.

Destarte, tendo a recorrida F. J. DE C. VIEIRA – EIRELI – ME. recebido o título de crédito que lhe foi
transmitido por endosso por JEAN CARLO RAMOS MARQUES, tem ela legitimidade para figurar no polo
passivo da presente ação, uma vez que ao endossar, o endossante (Jean) transfere a endossatária (F. J.) o
título e consequentemente os direitos nele incorporados.

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NR.PROCESSO: 0332165-97.2015.8.09.0091
O fato de não ter praticado ato ilícito capaz de ensejar reparação civil, não afasta sua legitimidade para integrar
o polo passivo da lide, porquanto, repiso, portadora dos títulos sob os quais se funda a pretensão inaugural.

Nesse sentido, este Sodalício Goiano assim já posicionou:

(…) II- No caso em apreço, tendo o cheque entrado em circulação por meio de
regular endosso, não há que se falar em ilegitimidade ativa do atual portador
(endossatário). APELO CONHECIDO E IMPROVIDO. (TJGO, Apelação (CPC)
0389299-08.2015.8.09.0051, Rel. Des(a). REINALDO ALVES FERREIRA, 1ª Câmara
Cível, julgado em 19/08/2020, DJe de 19/08/2020)

(…) II. Na espécie em apreço, colhe-se configurada a legitimidade ativa do


autor/apelado, no que pertine a cobrança das folhas de cheque emitidas
nominalmente a terceiros, haja vista a comprovação da circunstância da
transmissão do título por endosso. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E
DESPROVIDA. (TJGO, Apelação (CPC) 5100155-82.2018.8.09.0093, Rel. AMÉLIA
MARTINS DE ARAÚJO, 1ª Câmara Cível, julgado em 11/10/2019, DJe de
11/10/2019)

Destarte, evidente a legitimidade passiva da terceira recorrida F. J. DE C. VIEIRA – EIRELI – ME., uma
vez que os efeitos da sentença incidirão em sua esfera jurídica, merecendo, portanto, reparos a
sentença nesse ponto.

Importante ressaltar que, de acordo com a petição inicial, a autora/recorrente postulou, em relação a
terceira ré, pela declaração de inexigibilidade dos títulos de crédito nº 001131 e 001134, que foram
transmitidos a ela pelo primeiro réu, bem como pela fixação de obrigação de não fazer no sentido de
não inscrever seu nome nos cadastros de inadimplentes.

No édito sentencial, o magistrado a quo declarou a nulidade e inexibilidade de todos os títulos de crédito
utilizados no negócio jurídico entabulado com o primeiro réu, bem como deferiu o pedido de antecipação de
tutela para determinar à segunda e terceira requeridas a se absterem de inscrever o nome da autora no rol dos
inadimplentes.

Considerando a resistência oposta pela terceira ré e diante do julgamento de procedência do pedido


formulado pela autora, consistente na declaração de nulidade e inexibilidade das cártulas, o ônus
sucumbencial deve ser invertido.

Diante disso, sendo a terceira recorrida F. J. DE C. VIEIRA – EIRELI – ME. legítima para figurar no polo
passivo e sucumbente, conforme acima delineado, deverá arcar com o pagamento de honorários
advocatícios em favor do patrono da autora, no quantum arbitrado na sentença.

Por outro lado, a pretensão de reparação dos danos morais advinda dos protestos dos cheques pela
segunda ré não merece prosperar, porquanto correta a sentença ao constatar a ausência de prática de
ato ilícito pela LFG DOMINIUS FACTORING FOMENTO COMERCIAL LTDA. - ME.

Isso porque o cheque é título de crédito dotado dos princípios da cartularidade, literalidade e autonomia, sendo

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0332165-97.2015.8.09.0091
que, ao colocá-lo em circulação, o direito ao crédito nele representado se desvincula do negócio jurídico que lhe
deu origem, desonerando o portador de comprovar a causa debendi.

O endossatário adquire o direito literal e autônomo resultante do título, completamente imune às exceções que,
na pessoa do antecessor, poderiam paralisar a eficácia da promessa nele contida.

Em outras palavras, em se tratando de alegação de desacerto comercial decorrente do negócio jurídico


subjacente, o caso é de exceção pessoal inoponível ao endossatário de boa-fé, motivo pelo qual é lícito
o protesto realizado em razão do inadimplemento.

Desse modo, não há como responsabilizar o endossatário por ato que ele praticou em exercício regular
de direito, uma vez que passou a ser titular do crédito descrito nas cártulas que lhe foram transmitidas.

Importante ressaltar que o endossatário somente responderia pelos danos advindos do protesto caso
comprovado que recebeu o título contendo vício formal extrínseco ou intrínseco, nos termos da súmula
nº 475, do STJ, o que não é a hipótese dos autos. Eventual desacerto havido entre os contraentes não
tem o condão de macular a validade do título em razão de sua abstração.

Caberia ao endossante, primeiro réu, conhecedor do negócio jurídico rescindido, impedir a cobrança
dos títulos e/ou providenciar sua devolução a emitente/autora, diante da sua inexigibilidade.

Dessa forma, não havendo ato ilícito praticado pela segunda ré, não há que se falar, via de
consequência, em dever de indenizar. Desse modo, não existem razões para a reforma da sentença
nesse ponto.

Nesse sentido, a jurisprudência deste e. Sodalício, vejamos:

(…) 1. Em se tratando de cheque, em regra, não há que se falar em exame da


causa debendi, salvo quando existam relevantes indícios de que a obrigação foi
constituída em evidente violação à ordem jurídica, ou, ainda, se configurada a
ausência de boa-fé do terceiro portador do título (endossatário), conforme
disposto no art. 25 da Lei 7.357/85, o que não se verifica na espécie. 2. Prestado o
serviço pelo terceiro que recebeu o título de boa-fé, a inscrição do nome do
emitente nos cadastros protetivos configura exercício regular do direito do
credor. 3. Não há falar em majoração em grau recursal dos honorários
advocatícios fixados anteriormente, porquanto foram arbitrados no patamar
máximo de 20% (vinte por cento). Apelação cível conhecida e desprovida.
Sentença mantida. (TJGO, Apelação (CPC) 0193467-03.2016.8.09.0051, Rel.
ITAMAR DE LIMA, 3ª Câmara Cível, julgado em 08/08/2019, DJe de 08/08/2019)

(…) II- "O cheque constitui uma espécie de título executivo extrajudicial que
ostenta a natureza cambiária, submetendo-se aos princípios da cartularidade,
literalidade, abstração e autonomia, premissa esta que desonera o portador da
prova da causa debendi - relação negocial subjacente." IV- A simples devolução
do cheque não constitui impeditivo para a cobrança judicial de dívida.(…) APELO
CONHECIDO E DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. (TJGO, 2ª Câmara Cível,
Apelação (CPC) 0129009-74.2016.8.09.0051, Rel. NEY TELES DE PAULA, DJe de
10/09/2018)

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NR.PROCESSO: 0332165-97.2015.8.09.0091
Por fim, deixo de conhecer o pedido da recorrida LFG DOMINIUS FACTORING FOMENTO COMERCIAL
LTDA. - ME formulado em contrarrazões da apelação, no sentido de julgar procedente a reconvenção,
ante a inadequação da via eleita.

Ao teor do exposto, já conhecido o recurso, lhe DOU PARCIAL PROVIMENTO, tão somente para reconhecer
a legitimidade passiva da F. J. DE C. VIEIRA – EIRELI – ME, bem como para inverter os ônus
sucumbenciais devendo a ré arcar com a verba honorária em favor do patrono da autora, conforme
acima exposto.

No mais, mantenho incólume a sentença hostilizada, por estes e seus próprios fundamentos.

Diante do parcial provimento do apelo interposto, não há falar em fixação de honorários recursais,
porquanto essa regra incide apenas nos casos de não conhecimento ou desprovimento do recurso.

É como voto.

Goiânia, datado e assinado digitalmente.

Desembargador JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

Relator

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de APELAÇÃO CÍVEL Nº 332165-97.2015.8.09.0091, acordam os


componentes da Quinta Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível, à unanimidade de votos, em conhecer e prover
parcialmente o recurso, nos termos do voto do relator.

Votaram com o Relator, o Desembargador Leobino Valente Chaves e o Desembargador Zacarias Neves
Coelho.

A sessão foi presidida pelo Desembargador José Carlos de Oliveira em substituição ao Desembargador Amaral
Wilson de Oliveira.

Presente a ilustre Procuradora de Justiça Doutora Dilene Carneiro Freire.

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NR.PROCESSO: 0332165-97.2015.8.09.0091
Goiânia, datado e assinado digitalmente.

Desembargador JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

Relator

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NR.PROCESSO: 0332165-97.2015.8.09.0091
APELAÇÃO CÍVEL Nº 332165-97.2015.8.09.0091

APELANTE SF DOS SANTOS ARAÚJO E CIA LTDA.

APELADO JEAN CARLO RAMOS MARQUES, LFG DOMINIUS e OUTRO

COMARCA JARAGUÁ

RELATOR DESEMBARGADOR JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

CÂMARA 2ª CÍVEL

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIBILIDADE DE DÉBITO C/C


INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. CHEQUE TRANSMITIDO POR ENDOSSO
VÁLIDO. ASSINATURA DO ENDOSSANTE NO VERSO DA CÁRTULA.
LEGITIMIDADE PASSIVA DO ENDOSSATÁRIO CONFIGURADA. PROTESTO.
EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO. DANO MORAL NÃO CONFIGURADO.
SENTENÇA REFORMADA EM PARTE.

1. Tendo a empresa requerida recebido o título de crédito que lhe foi transmitido
por endosso, tem ela legitimidade para figurar no polo passivo da presente ação,
uma vez que, ao endossar o endossante transfere a endossatária o título e
consequentemente os direitos nele incorporados.

2. O endossatário adquire o direito literal e autônomo resultante do título,


completamente imune às exceções que, na pessoa do antecessor poderiam
paralisar a eficácia da promessa nele contida.

3. Em se tratando de alegação de desacerto comercial decorrente do negócio


jurídico subjacente, o caso é de exceção pessoal inoponível ao endossatário de
boa-fé, motivo pelo qual é lícito o protesto realizado em razão do
inadimplemento.

4. O endossatário somente responderia pelos danos advindos do protesto, caso


comprovado que recebeu o título contendo vício formal extrínseco ou intrínseco,
nos termos da súmula nº 475, do STJ, o que não é a hipótese dos autos.

5. Diante da constatação da legitimidade da terceira ré para figurar no polo


passivo da lide, bem como do julgamento de procedência do pedido de
obrigação de não fazer formulado, deve ela arcar com os ônus da sucumbência.

6. Não comporta o conhecimento de pedido de reforma da sentença formulado


em sede de contrarrazões, por inadequação da via eleita.

7. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E PARCIALMENTE PROVIDA.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


27/11/2020 17:16:41

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5241679-84.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : EDUARDO PAIVA FAGUNDES
POLO PASSIVO : LOURIVAL PACHECO JÚNIOR
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : EDUARDO PAIVA FAGUNDES


ADVG. PARTE : 30169 GO - MADSON TELES BRUGNOTI

PARTE INTIMADA : ANA CLAUDIA NASCIMENTO LINO FAGUNDES


ADVG. PARTE : 30169 GO - MADSON TELES BRUGNOTI

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5241679-84.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Leobino Valente Chaves

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5241679-84.2020.8.09.0000


EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
COMARCA DE INHUMAS
EMBARGANTES: EDUARDO PAIVA FAGUNDES E OUTRA
EMBARGADO: LOURIVAL PACHECO JÚNIOR
RELATOR : DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO DE


INSTRUMENTO. DECISÃO QUE INDEFERE O PEDIDO DE
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA E AUTORIZA O PARCELAMENTO
DAS CUSTAS. CONTRADIÇÃO E OMISSÃO. INOCORRÊNCIA.
Inexistindo na decisão embargada os vícios apontados,
segundo a dicção do art. 1.022 do Código de Processo Civil,
impõe-se a rejeição dos Embargos de Declaração.
EMBARGOS CONHECIDOS E REJEITADOS.

DECISÃO UNIPESSOAL

Cuida-se de Embargos Declaratórios opostos por EDUARDO PAIVA FAGUNDES e


ANA CLÁUDIA NASCIMENTO LINO FAGUNDES contra decisão que indeferiu o
benefício da assistência judiciária aos ora recorrentes no agravo interposto em face do
decisum exarado pela Juíza de Direito da comarca de Inhumas, Dra. Adriana Caldas
Santos, que também não concedeu o benefício em ação de execução ajuizada pelos
recorrentes em face de LOURIVAL PACHECO JÚNIOR.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5241679-84.2020.8.09.0000
Argumentam os embargantes que o decisum foi contraditório, porquanto baseou-se
em declarações de imposto de renda de 2019, bem assim reconheceu que a
agravante/embargante ANA CLÁUDIA NASCIMENTO LINO FAGUNDES aufere
renda de cerca de R$ 11.000,00 (onze mil reais), sendo impossível o pagamento de
custas de R$ 16.000 (dezesseis mil reais).
Destacam que em nenhum momento foram considerados os extratos bancários
juntados, nem tampouco que 2020 foi um ano anormalíssimo.
Obtemperam possuir dois dependentes, sendo que do montante recebido pela
embargante há desconto de imposto de renda de 27,5% (vinte sete e meio por cento).
Notabilizam que a Pajero Dakar declarada é utilizada para que a recorrente Ana
Cláudia trabalhe como Oficiala de Justiça do Distrito Federal, sendo que está alienada
fiduciariamente e o contrato está em discussão em outro processo.
Salientam que não houve faturamento das empresas que fazem parte.
Argumentam que o embargante Eduardo Paiva Fagundes não está conseguindo se
manter no mercado, nem tampouco manter sua família e adimplir despesas básicas
como pagar o condomínio onde mora.
Bradam que a concessão do efeito suspensivo ao recurso contradiz o não provimento
do mérito.
Dizem ser pacífico que as pessoas não necessitam estar em estado de miséria para a
concessão do benefício da assistência judiciária.
Salientam que a decisão se omitiu sobre a atual precariedade financeira da
embargante, que está sustentando a casa praticamente sozinha, porquanto o
embargado está em situação de falência e que não possui condições de adimplir o
parcelamento das custas em 10 (dez) vezes.
Dizem ter pago as custas de outros processos, contudo, não possuem mais patrimônio
para arcar com o tributo.
Assim, requerem o acolhimento dos embargos para que, sanadas as omissões e
contradições, seja deferido o benefício da assistência judiciária.
É o relatório. Decido.
Presentes os pressupostos de admissibilidade dos embargos, deles conheço.
Sustentam os recorrentes omissão na decisão, porquanto não considerou o real
estado financeiro da família e indeferiu os benefícios da assistência judiciária gratuita.
A priori, cumpre salientar que os Embargos de Declaração são admitidos contra
qualquer decisão judicial nas hipóteses do art. 1.022 do CPC:

“Cabem embargos de declaração contra decisão judicial para:

I – esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

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NR.PROCESSO: 5241679-84.2020.8.09.0000
II – suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se
pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;

III – corrigir erro material.

Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:

I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de


casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência
aplicável ao caso sob julgamento;

II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º .”

Em comentário ao suso dispositivo, são os ensinamentos do processualista Luiz


Guilherme Marinoni:

“1. Cabimento. Os embargos de declaração visam a aperfeiçoar as


decisões judiciais, propiciando uma tutela jurisdicional clara e
completa. Os embargos declaratórios não têm por finalidade revisar
ou anular as decisões judiciais. (STJ, 2ª Turma, EDcl no REsp
930.515/SP, rel. Min. Castro Meira, j. 02.10.2007, DJ 18.10.2007, p.
338). (…) Os embargos declaratórios constituem poderoso
instrumento de colaboração no processo, permitindo um juízo plural,
aberto e ponderado a partir de um diálogo que visa a um efetivo
aperfeiçoamento da tutela jurisdicional.” (in Novo Código de Processo
Civil Comentado, São Paulo: RT, 3ª edição, 2017, p. 1.100)

Com efeito, da leitura do recurso oposto, o que se depreende, efetivamente, da


argumentação desenvolvida pelos embargantes, é que eles almejam seja dada ao
caso a interpretação que melhor atenda aos seus próprios interesses, uma vez que
entendem presentes os requisitos para o deferimento do benefício assistencial.
Entretanto, conforme devidamente justificado na decisão, este julgador não visualizou
ser o caso de concessão da assistência, porquanto, apesar de possuírem muitas
dívidas, o patrimônio declarado do casal mostra-se condizente com o parcelamento
das custas judiciais, o que foi deferido.
Assim, não há como acolher os embargos, sobretudo porque consubstanciam, em
verdade, inconformação com o improvimento do recurso, inexistindo qualquer vício
exposto no art. 1.022 do CPC.
Desta feita, rejeito os presentes Embargos de Declaração.
Intimem-se.
Goiânia, assinado digitalmente nesta data.

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NR.PROCESSO: 5241679-84.2020.8.09.0000
DES. LEOBINO VALENTE CHAVES
Relator
LEA

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


27/11/2020 17:03:09

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5622768-34.2019.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Embargos à Execução
POLO ATIVO : MISAEL VICENTE DOS SANTOS
POLO PASSIVO : CONDOMÍNIO RESIDENCIAL ORLANDO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CONDOMÍNIO RESIDENCIAL ORLANDO


ADVG. PARTE : 52543 GO - MURILO DOS SANTOS GUIMARÃES

PARTE INTIMADA : MISAEL VICENTE DOS SANTOS


ADVG. PARTE : 32580 GO - PEDRO HENRIQUE MESQUITA DE DEUS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5622768-34.2019.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
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Gabinete Desembargador Carlos Alberto França

Apelação Cível nº 5622768-34.2019.8.09.0051


Comarca de Goiânia
Apelante : Condomínio Residencial Orlando
Apelado : Misael Vicente dos Santos
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

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NR.PROCESSO: 5622768-34.2019.8.09.0051
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NR.PROCESSO: 5622768-34.2019.8.09.0051
d a s
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anterio
res. II

Honor
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ciais.
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ação.
Impos
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ade.
Tendo
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cível
conhe
cida e
despr
ovida.

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NR.PROCESSO: 5622768-34.2019.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França

Apelação Cível nº 5622768-34.2019.8.09.0051


Comarca de Goiânia
Apelante : Condomínio Residencial Orlando
Apelado : Misael Vicente dos Santos
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

VOTO

Presentes os requisitos de admissibilidade, impende o conhecimento do


recurso.
Conforme relatado, trata-se de apelação cível interposta pelo Condomínio
Residencial Orlando, nos autos dos “embargos à execução”, objetivando a reforma
da sentença acostada ao evento nº 29, proferida pelo Dr. Ronnie Paes Sandre, Juiz
de Direito da 25ª Vara de Cível da Comarca de Goiânia, cujo dispositivo abaixo
transcrevo, in verbis:

“Na confluência do sucintamente exposto, JULGO PROCEDENTES “in


totum” o pedido vazado na exordial dos presentes Embargos à
Execução, a fim de RECONHECER o evocado excesso da execução e
de limitar a cobrança em tela as taxas de condomínio vencidas no
período entre 10/07/2014 a 10/11/2014.
CONDENO o Embargado ao pagamento integral das custas processuais
e dos honorários advocatícios, os quais arbitro em 20% (vinte por cento)
sobre o proveito econômico obtido no caso em apreço, “ex vi” do
disposto no § 2º do artigo 85 do Código de Processo Civil.
Considerando que não há mais juízo de admissibilidade no primeiro grau
de jurisdição (art. 1.010 §3º CPC), ressalto que, havendo a interposição

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5622768-34.2019.8.09.0051
de recurso, deverá ser intimada a parte Recorrida para, querendo,
apresentar suas contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias úteis.
Em sendo eventualmente apresentadas preliminares nas contrarrazões
que versarem sobre matérias então decididas no curso da lide e sobre
as quais não se admite recurso de Agravo de Instrumento, intime-se a
parte contrária para se manifestar especificamente sobre esses pontos,
no prazo de 15 (quinze) dias úteis (art. 1.009, §2º, do CPC).
Escoado o referido prazo sem qualquer manifestação ou juntadas as
contrarrazões sem preliminares, remetam-se os autos ao Egrégio
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás com nossas as nossas sinceras
homenagens.
Por outro lado, não havendo a interposição de quaisquer recursos,
certifique-se o trânsito em julgado do presente decreto.
Então, pagas as custas processuais porventura remanescentes ou
anotadas estas em caso de inadimplemento, e nada mais sendo
requerido, arquive-se o feito, observando-se sempre as formalidades
legais.
P.R.I.C.”

Irresignada, a parte embargada recorre, pugnando pela reforma in totum da


sentença e consequente julgamento improcedente dos embargos à execução, ao
argumento, em síntese, de que restou comprovado nos autos, por meio de certidão de
matrícula atualizado do imóvel, que a propriedade do bem cujas taxas de condomínio
estão sendo cobradas na execução em apenso é do apelado e, portanto, nesta
condição, é de sua responsabilidade arcar com o pagamento de todas as taxas em
aberto.
Explana que devem ser observados, no caso em comento, dois requisitos, a
imissão na posse e a ciência do credor acerca da transferência da propriedade, ou
seja, não é o compromisso de compra e venda que define de quem é a
responsabilidade pelo pagamento das taxas condominiais, mas, sim, a relação jurídica
material do imóvel.
Argumenta que os títulos jungidos à ação de execução são certos, líquidos e
exigíveis e estão em consonância com a previsão do artigo 784, do Código de
Processo Civil, podendo, por esta razão, serem executados.
Pondera que jungiu aos autos as taxas de condomínio vencidas de
16/10/2012 a 10/11/2014, entre outros documentos que demonstram de forma cabal
ser o apelante credor destes valores em aberto.
Verbera que a constituição do devedor em mora se dá com a simples prova
do vencimento da cota condominial, conforme consta do artigo 397 do Código Civil.
Obtempera que, comprovado o inadimplemento, não há outra saída senão a
procedência da cobrança, considerando especialmente que não restou comprovado
pelo apelado o pagamento do encargo condominial.

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NR.PROCESSO: 5622768-34.2019.8.09.0051
Sustenta sobre o dever de pagamento das taxas de condomínio no dia do
vencimento da obrigação e acrescenta que, em caso de pagamento em atraso, devem
incidir os encargos moratórios, correção monetária pelo IGPM/INPC, que melhor
reflete a situação do credor, e multa de 2%.
Pois bem.

Depreende-se dos autos que as partes firmaram instrumento particular de


promessa de compra de bem imóvel para entrega futura, tendo por objeto a Casa 16-C
do Condomínio Residencial Orlando, situado na Rua F-07 c/ Rua F-11 c/ a Ac. Jacinto
Alves de Abreu C/ Ac-VB-35, S/N, Qd. 06, Lt. 01/33, Bairro Residencial Florida,
Goiânia/GO, CEP: 74.371-212, conforme matrícula nº 215.289, o qual seria pago, à
vista, no total de R$ 107.832,96 (cento e sete mil e oitocentos e trinta e dois reais e
noventa e seis centavos), sendo as chaves do bem adquirido entregue efetivamente
em 10/07/2014.
Ocorre que a parte embargante/apelada está sendo acionada na ação de
execução em apenso para realizar o pagamento de despesas condominiais antes da
data da efetiva entrega do imóvel, motivo pelo qual opôs os presentes embargos à
execução.
Segundo precedentes do Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal
Federal, a efetiva posse do imóvel define o momento a partir do qual surge para o
condômino a obrigação de efetuar o pagamento das despesas condominiais.
Nesse sentido:

"A efetiva posse do imóvel, com a entrega das chaves define o momento
a partir do qual surge para o condômino a obrigação de efetuar o
pagamento das despesas condominiais" (STJ. EREsp 489647/RJ,
Ministro Luís Felipe Salomão, Segunda Turma, DJe 15/12/2009).

“Alegação de ilegitimidade passiva afastada. Solidariedade dos


envolvidos na cadeia de serviços prestados, nos termos dos arts. 7º, par.
único, e 25, § 1º, CDC. Legitimidade da incorporadora. REsp 1.551.951
e 1.551.968. Preliminar afastada. Prazo prescricional de 3 anos.
Comissão de corretagem, SATI e premiação. Art. 206, § 3º, IV, CC.
REsp 1.551.956. Prejudicial acolhida. Atraso na entrega de obra.
Validade da cláusula de tolerância de 180 dias para entrega da obra.
Atraso configurado. Súm. 164, 160 e 161, TJSP. Lucros Cessantes.
Súm. 162, TJSP. Cabimento de lucros cessantes de 0,5% ao mês,
montante fixado em sentença. Multa moratória indevida, pois não
prevista no contrato. Súm. 159, TJSP. Correção monetária e encargos
moratórios. Súm. 163, TJSP. Taxas de condomínio referentes ao
período anterior à entrega das chaves que são de responsabilidade da
vendedora. Restituição, todavia, a ser efetivada de modo simples, não
se vislumbrando má-fé da incorporadora. Litigância de má-fé não
configurada. Sentença parcialmente reformada, para reconhecimento de

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NR.PROCESSO: 5622768-34.2019.8.09.0051
prescrição quanto a devolução de valores relativos a comissão de
corretagem, SATI e premiação. Honorários advocatícios mantidos.
Recurso da autora.” (STF. ARE 1160670, Relator Ministro Edson Fachin,
julgamento: 26/09/2018, Publicação: 01/10/2018).

Na mesma direção é o posicionamento deste Tribunal de Justiça, senão


vejamos:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REVISÃO CONTRATUAL CUMULADA


COM RESTITUIÇÃO DE IMPORTÂNCIAS PAGAS. COMPROMISSO
DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL. 1. O atraso na entrega de imóvel,
caracteriza inadimplemento contratual, sendo da requerida/apelante a
responsabilidade pelos danos gerados ao consumidor/comprador. 2. No
que atine aos alugueis, estes só são passíveis de ressarcimento
mediante a devida comprovação, o que verifica-se na espécie. 3.
Segundo entendimento esposado pelo STF, a taxa de condomínio
somente é devida pelo comprador do imóvel a partir do recebimento das
chaves. Portanto, a responsabilidade pelo pagamento das taxas de
condomínio referente ao período anterior a assinatura do contrato é da
empresa apelante. 4. A devolução do valor pago a título de condomínio
opera-se na forma simples, ante a ausência de má-fé da construtora. 5.
É cabível indenização por danos morais em virtude de longo atraso na
entrega de imóvel, devendo ser minorado o valor para melhor observar
os critérios compensatórios, punitivos e pedagógicos da reparação, além
das condições pessoais das partes e a gravidade da conduta ilícita. 6.
Os valores pagos indevidamente pelos promitentes compradores, a título
de taxa de evolução da obra, no período posterior à expiração do prazo
para entregado bem, incluído o período de tolerância, deverão a eles ser
ressarcidos pela vendedora 7. O termo inicial de incidência dos juros
moratórios, sobre a quantia a ser ressarcida aos promissários
compradores, deve ser computado a partir do trânsito em julgado da
sentença, momento em que surge a obrigação de devolução.
APELAÇÃO CONHECIDA E PARCIALMENTE PROVIDA.” (TJGO,
Apelação (CPC) 5245038-25.2016.8.09.0051, Rel. Des(a). JAIRO
FERREIRA JUNIOR, Goiânia - 23ª Vara Cível, DJe de 18/08/2020).

“APELAÇÕES CÍVEIS. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE


DÉBITO C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR
DANOS MORAIS. PRELIMINAR. SUSPENSÃO. INCORPORADORA
EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL. MÉRITO. PAGAMENTO DE TAXAS
DO CONDOMÍNIO ANTERIOR À ENTREGA DAS CHAVES.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS. SUCUMBÊNCIA.1. O
processamento da recuperação judicial não enseja suspensão de ações
de conhecimento em momento prévio ao trânsito em julgado, devendo o
feito ser suspenso apenas na fase de realização de constrição judicial,
nos termos da exceção prevista no art. 6º, § 1º, da lei 11.101/05.2. A
responsabilidade do comprador pelo pagamento das taxas de

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NR.PROCESSO: 5622768-34.2019.8.09.0051
condomínio se inicia a partir do efetivo recebimento das chaves,
momento em que lhe é conferido o direito de uso e gozo da coisa, não
podendo arcar com a quitação de débitos anteriores.3. Tendo em vista a
comprovação de que o comprador sofreu dano moral, porquanto
excedido o mero dissabor, qual seja, foi negado pedido de alugar o
salão de festa por inadimplência de taxas do condomínio anterior à
entrega das chaves, impõe-se o pagamento de reparação de danos.4.
Considerando que o valor da reparação por danos morais atendeu aos
princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, mister sua
manutenção.5. Incabível ao réu arcar com os custos da contratação de
advogado pela parte autora, sob pena de incorrer em bis in idem com os
honorários decorrentes da sucumbência, além de autorizar que cliente e
patrono criem débito para terceira pessoa sem nenhuma participação
deste.6. Incomportável a modificação da sucumbência, quando o
magistrado fixa-a nos termos do art. 85, § 2º, do CPC. APELAÇÕES
CONHECIDAS E DESPROVIDAS.” (TJGO, Apelação (CPC) 0046140-
88.2015.8.09.0051, Rel. Dr. FÁBIO CRISTÓVÃO DE CAMPOS FARIA,
Goiânia - 14ª Vara Cível e Ambiental, DJe de 10/08/2020).

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C


OBRIGAÇÃO DE FAZER E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
CONTRATO DE COMPRA E VENDA. JUROS DE OBRA. PREVISÃO
CONTRATUAL AUSENTE. TAXAS E DESPESAS DE CONDOMÍNIO.
ENTREGA DAS CHAVES. POSSE EFETIVA. RETENÇÃO
INJUSTIFICADA DAS CHAVES E INSCRIÇÃO INDEVIDA EM
CADASTROS DE INADIMPLÊNCIA. DANO MORAL CARACTERIZADO.
QUANTUM INDENIZATÓRIO. VALOR DENTRO DOS PARÂMETROS
DE RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. MANUTENÇÃO. 1. É
indevida a cobrança da ?taxa de evolução da obra? ou juros de obra do
adquirente do imóvel na planta quando não há previsão contratual a
respeito do repasse deste encargo ao comprador. 2. Consoante
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a entrega das chaves
configura a efetiva posse do imóvel e define o momento a partir do qual
surge para o compromissário comprador a obrigação de efetuar o
pagamento das despesas condominiais. 3. A retenção injustificada das
chaves do imóvel e a inscrição indevida do nome do consumidor em
cadastros de inadimplentes, por cobrança indevida de valores, enseja a
caracterização de dano moral. 4. O quantum indenizatório fixado na
instância de origem (R$ 9.980,00 - valor equivalente a dez salários-
mínimos) atende aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade,
não se mostrando exorbitante ou ínfimo, devendo, por conseguinte, ser
mantido. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. SENTENÇA
MANTIDA.” (TJGO, Apelação (CPC) 5290544-13.2017.8.09.0011, Rel.
Des(a). ALAN SEBASTIÃO DE SENA CONCEIÇÃO, 5ª Câmara Cível,
julgado em 22/06/2020, DJe de 22/06/2020).

Na situação em comento, verifica-se que estão sendo cobradas do


embargante/apelado taxas de condomínios relativas aos meses 10/2012 a 11/2014, o
que não se afigurava possível, posto que o promitente comprador/recorrido não

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NR.PROCESSO: 5622768-34.2019.8.09.0051
exerceu posse sobre o imóvel em comento durante todo esse período, uma vez que o
termo de entrega das chaves foi assinado somente em 10/07/2014, evento nº 01 –
arquivo 06.
Assim, enquanto a adquirente não passou a usufruir da posse do imóvel, as
taxas do condomínio eram de responsabilidade da construtora, não merecendo reparo,
portanto, a sentença vergastada.
Tendo sido os ônus sucumbenciais fixados em favor da embargante/apelado
em percentual máximo, deixo de majorar a verba sucumbencial neste grau recursal.

Ao teor do exposto, conheço da apelação cível e nego-lhe provimento,


mantendo-se incólume a sentença fustigada.
É como voto.
Goiânia, 23 de novembro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR
/C30

Apelação Cível nº 5622768-34.2019.8.09.0051


Comarca de Goiânia
Apelante : Condomínio Residencial Orlando
Apelado : Misael Vicente dos Santos
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os autos de Apelação Cível nº 5622768-


34.2019.8.09.0051, da Comarca de Goiânia, figurando como apelante Condomínio
Residencial Orlando e como apelado Misael Vicente dos Santos.
ACORDAM os integrantes da Terceira Turma Julgadora da Segunda Câmara
Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por unanimidade de votos,
em conhecer do apelo e negar-lhe provimento, nos termos do voto do Relator,
proferido na assentada do julgamento e que a este se incorpora.

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NR.PROCESSO: 5622768-34.2019.8.09.0051
Votaram, além do Relator, o Desembargador José Carlos de Oliveira e o
Doutor Maurício Porfírio Rosa, Juiz de Direito em 2º Grau, atuando em substituição
ao Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.
Presidiu o julgamento o Desembargador José Carlos de Oliveira.
Esteve presente à sessão a Doutora Dilene Carneiro Freire, representando a
Procuradoria-Geral de Justiça.
Goiânia, 23 de novembro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido em Parte e Não-Provido - Data da


Movimentação 27/11/2020 17:04:54

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5427362-97.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : VOO ALTO COMERCIO DE ROUPAS LTDA
POLO PASSIVO : ESTADO DE GOIAS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : VOO ALTO COMERCIO DE ROUPAS LTDA


ADVG. PARTE : 25545 GO - HUDSON ROBSON LIMA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5427362-97.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França

Agravo de Instrumento nº 5427362-97.2020.8.09.0000


Comarca de Goiânia
Agravantes: Vôo Alto Comércio de Roupas LTDA-ME e outra
Agravado: Estado de Goiás
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

Ement
a :
Agrav
o de
Instru
mento
.
Execu
ç ã o
fiscal.
I –
Agrav
o
intern
o não
conhe
cido.
Deser
ção.
Interpo
sto o
recurs
o
desac
ompan
hado
d o
prepar
o e,

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NR.PROCESSO: 5427362-97.2020.8.09.0000
intima
das as
agrava
n t e s
para
recolh
ê - l o
e m
dobro,
conso
a n t e
determ
ina o
a r t .
1.007,
§4º, do
CPC,
efetua
ndo o
prepar
o de
forma
simple
s ,
afigura
- s e
desert
o o
recurs
o ,
inviabil
izando
o seu
conhe
ciment
o por
falta
d e
pressu
posto
extríns
eco de
admiss
ibilidad
e. II –
Recur
s o
secun
d u m
event
u s
litis.

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NR.PROCESSO: 5427362-97.2020.8.09.0000
Penho
ra de
verba
alimen
t a r .
Matéri
a não
analis
a d a
pelo
juízo
a quo.

Parcia
l
conhe
cimen
to.
Tratan
do-se
o
agravo
d e
instru
mento
d e
recurs
o
secun
d u m
eventu
m litis,
não se
pode
preten
d e r
que o
juízo
a d
quem
conhe
ça de
questõ
e s
alheias
à
decisã
o
fustiga
d a ,
s o b
pena

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NR.PROCESSO: 5427362-97.2020.8.09.0000
d e
supres
são de
instânc
ia e
violaçã
o ao
princíp
io do
duplo
grau
d e
jurisdiç
ã o ,
que é
o caso
d a
t e s e
de que
a
verba
penhor
ada na
execuç
ã o
fiscal
s e
trata
d e
verba
alimen
tar. III

Execu
ç ã o
fiscal.
A r t .
185-A,
d o
CTN.
Proce
dimen
t o
adequ
ado.
Com a

citação
p o r
edital,
deixan
do a

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NR.PROCESSO: 5427362-97.2020.8.09.0000
parte
execut
ada/ag
ravant
e
transc
orrer
in albis
o
prazo
para
pagam
e n t o
d a
dívida
o u
garanti
a da
execuç
ã o ,
correta
a
decisã
o
prolata
d a
p e l o
magist
rado a
q u o ,
q u e
determ
inou a
indispo
nibilida
de de
bens e
direito
s
suficie
n t e s
para o
pagam
e n t o
d o
valor
exequ
endo,
n a
forma
do art.
185-A,

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NR.PROCESSO: 5427362-97.2020.8.09.0000
d o
CTN.
Agrav
o
Intern
o não
conhe
cido.
Agrav
o de
Instru
mento
parcia
lment
e
conhe
cido e,
nesta
parte,
despr
ovido.

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NR.PROCESSO: 5427362-97.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França

Agravo de Instrumento nº 5427362-97.2020.8.09.0000


Comarca de Goiânia
Agravantes: Vôo Alto Comércio de Roupas LTDA-ME e outra
Agravado: Estado de Goiás
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

VOTO

Conforme relatado, trata-se de Agravo de Instrumento, com pedido de efeito


suspensivo, interposto por Vôo Alto Comércio de Roupas LTDA-ME e outra contra
decisão prolatada pelo Juiz de Direito da 3ª Vara de Fazenda Pública Estadual da
Comarca de Goiânia, Dr. Avenir Passo de Oliveira, na execução fiscal ajuizada em
face das agravantes (protocolo nº 5174322-07), pelo Estado de Goiás, ora agravado.
Extrai-se da decisão vergastada (evento n. 103, dos autos de origem):

“Comprovado nos autos que o exequente esgotou todos os meios no


sentido de localizar bens suficientes à garantia do juízo, defiro o pedido
de indisponibilidade dos bens da executada CNPJ nº 01.900.917/0001-
05, Voo Alto Comercio De Roupas Ltda., e CPF nº 311.238.301-00,
Virginia De Oliveira Torres Grossi.
Cumpra-se o disposto no artigo 185-A do Código Tributário Nacional,
conforme o requerido pelo exequente.
Intimem-se.”

Inconformadas, as executadas agravam.

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NR.PROCESSO: 5427362-97.2020.8.09.0000
Argumentam, em síntese, que o agravado/exequente sabia da existência de
imóveis em nome das agravantes/executadas, o que inviabiliza a indisponibilidade de
dinheiro, no valor de R$ 1.322.185,17 (um milhão, trezentos e vinte e dois mil, cento e
oitenta e cinco reais e dezessete centavos).
Ressaltam terem sido constritos todos seus ativos financeiros, afetando verba
de caráter alimentar, resultando na impossibilidade de arcar com as despesas
cotidianas.
Requerem, assim, a exclusão da ordem de bloqueio de ativos em dinheiro ou,
subsidiariamente, “que a constrição observe o valor efetivamente desembolsado no
Contrato nº 6/2012 (R$ 153.642,02), sem a inclusão de multa civil, atribuindo a cota
parte de 1/10 para cada réu, não podendo incidir sobre conta-salário ou poupança do
réu.”.
Inicialmente, registro não merecer conhecimento o agravo interno interposto
pelas agravantes/executadas (evento n. 24).
Consoante dicção do artigo 932, inciso III, do Código de Processo Civil/2015:

“Art. 932. Incumbe ao relator:


(…)
III – não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não
tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida.

Conforme relatado, foi determinado o recolhimento do preparo recursal em


dobro, sob pena de deserção, porque não recolhido ao tempo da interposição do
referido recurso. Contudo, devidamente intimada, a parte agravante apresentou o
recolhimento de preparo na forma simples, como se verifica no evento n. 29.
Dessa forma, considerando que a parte agravante não comprovou o
recolhimento do preparo até o ato de interposição de seu recurso e sequer
providenciou o recolhimento em dobro, configura-se, portanto, a deserção.
Assim, deve ser obstaculizado o conhecimento do agravo interno, diante do
não preenchimento do requisito de admissibilidade consubstanciado no preparo.
É o que dispõe o artigo 1.007 do Código de Processo Civil, senão, vejamos:

“Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará,


quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo,
inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção.”
(…)
§ 4º O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso,

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NR.PROCESSO: 5427362-97.2020.8.09.0000
o recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será
intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em
dobro, sob pena de deserção.

A propósito desse tema, eis a lição do mestre Manoel Caetano Ferreira Filho:

"O preparo, quando exigido pela "legislação pertinente", isto é, pela lei
de organização judiciária, local ou federal, é um dos pressupostos de
admissibilidade do recurso. Significa o pagamento das custas atinentes
ao recurso, inclusive com o porte de remessa e retorno. O preparo deve
ser efetuado antes da interposição do recurso, porquanto neste ato
deverá ele ser comprovado. Embora, de lege ferenda, a melhor solução
fosse admitir que o recurso pudesse ser preparado depois da
interposição, desde que ainda dentro do respectivo prazo, não tem sido
esta a exegese que a doutrina e a jurisprudência dominante vêm dando
ao dispositivo. (...) A consequência da falta de preparo é a deserção do
recurso que, por sua vez, conduz à sua inadmissibilidade". (in
Comentários ao Código Civil, 7º vol., Ed. RT, pág. 76).

Sobre o assunto, Luiz Guilherme Marinoni elucida que:

“...Consoante a jurisprudência, o preparo, quando exigido, deve ser


comprovado no momento da interposição do recurso, sob pena de
preclusão consumativa (STJ, 1ª Turma, AgRg no Ag 760.517/RJ, rel.
Min. José Delgado, j. Em 20.06.2006, DJ 03.08.2006, p. 216)”. (in
Código de Processo Civil, 2ª Edição, ed. RT, pag. 529).

Com efeito, a norma processual é bastante clara, sendo que, no tocante às


custas judiciais, o acesso ao Poder Judiciário se faz com o devido preparo, salvo
quando a parte for beneficiada com a gratuidade, o que não é o caso.
Acerca do assunto, veja-se a jurisprudência sufragada no âmbito deste
egrégio Sodalício:

“DUPLO APELO. RESCISÃO CONTRATUAL C/C DECLARATÓRIA.


NULIDADE DE CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA. 1º APELO.
DESERÇÃO. 2º APELO. RELAÇÃO DE CONSUMO. CLÁUSULA
COMPROMISSÓRIA. NULIDADE. AJUIZAMENTO DE AÇÃO. RECUSA
TÁCITA DO CONSUMIDOR. SENTENÇA EXTINTIVA CASSADA.
HONORÁRIOS RECURSAIS. 1. Interposto o recurso desacompanhado
do preparo e, intimada a 1ª Apelante/R. para recolhê-lo em dobro, conf.
determina o art. 1.007, §4º, do CPC, quedando-se inerte, afigura-se

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NR.PROCESSO: 5427362-97.2020.8.09.0000
deserto o recurso, inviabilizando o seu conhecimento por falta de
pressuposto extrínseco de admissibilidade. (...) 1º APELO NÃO
CONHECIDO. 2º APELO CONHECIDO E PROVIDO.” (TJGO, Apelação
(CPC) 5304492-33.2016.8.09.0051, Rel. Des. OLAVO JUNQUEIRA DE
ANDRADE, 5ª Câmara Cível, DJe de 16/04/2019).

“AGRAVO INTERNO EM EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO


DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS,
ESTÉTICOS E MORAIS. AGRAVO INTERNO INTERPOSTO SEM O
PREPARO RECURSAL. INTIMAÇÃO PARA O RECOLHIMENTO. NÃO
ATENDIMENTO. DESERÇÃO. I. O não recolhimento do preparo
recursal no prazo legal conduz à deserção do recurso, a teor do artigo
1.007 do Código de Processo Civil de 2015, especialmente quando a
parte agravante, devidamente intimada para efetuar o pagamento das
custas recursais, deixa transcorrer in albis o prazo para tal mister. II.
Recurso não conhecido, porquanto inadmissível, eis que deserto (art.
932, III, c/c art. 1.007, §4, do CPC). AGRAVO INTERNO NÃO
CONHECIDO.” (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5038888-
63.2019.8.09.0000, Rel. Des. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA, 2ª
Câmara Cível, DJe de 15/04/2019).

Logo, posto que indiscutível que o agravo interno manejado no evento n. 24


não foi regularmente preparado, o caso é de deserção, ou seja, de não conhecimento
do agravo interno, por manifesta inadmissibilidade.
Portanto, passo à análise do recurso principal, de agravo de instrumento.
Verifico, de plano, que o agravo de instrumento merece parcial conhecimento.
Como se sabe, o efeito devolutivo do agravo de instrumento restringe-se à
matéria que foi analisada e efetivamente decidida pelo juízo de origem, de maneira
que os temas que não tenham sido objeto da decisão objurgada não podem ser
apreciados pelo juízo ad quem, sob pena de manifesta supressão de instância.
Com efeito, deve haver exata correlação entre as razões do agravo de
instrumento e o que foi analisado e decidido pelo Juízo a quo. Não é por outra razão
que se costuma atribuir ao agravo de instrumento a chancela de recurso secundum
eventum litis.
Assim, pode-se afirmar que o órgão ad quem está adstrito ao exame, no
agravo de instrumento, dos elementos que foram objeto de análise pelo juízo de
origem na decisão objurgada, não se admitindo o conhecimento originário pelo órgão
revisor de nenhuma outra matéria, ainda que de ordem pública, haja vista que suprime
do Juízo de 1º grau a possibilidade de analisá-la, em manifesta ofensa ao
ordenamento jurídico pátrio.
Acerca do tema, oportunas se fazem as preciosas lições do eminente Ministro
Luiz Fux, do excelso Supremo Tribunal Federal:

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NR.PROCESSO: 5427362-97.2020.8.09.0000
“O efeito devolutivo importa devolver ao órgão revisor da decisão a
matéria impugnada nos seus limites e fundamentos. Toda questão
decidida tem uma extensão e suas razões. Em face do princípio do
duplo grau, o órgão revisor da decisão deve colocar-se nas mesmas
condições em que se encontrava o juiz, para aferir se julgaria da mesma
forma e, em consequência, verificar se o mesmo incidiu nos vícios da
injustiça e da ilegalidade. Por essa razão, e para obedecer essa
identidade, é que se transfere ao tribunal (devolve-se) a matéria
impugnada em extensão e profundidade.” (in Curso de Direito
Processual Civil: Processo de Conhecimento, 4ª ed., Forense: 2008, p.
753, sublinhado).

Neste sentido:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA.


CONVERSÃO DA OBRIGAÇÃO EM PERDAS E DANOS. PRELIMINAR
DE NULIDADE AFASTADA. SUSPENSÃO DO FEITO. RETIFICAÇÃO
DA NATUREZA DA AÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. FRAUDE À
EXECUÇÃO. VENDA A TERCEIROS. INOCORRÊNCIA. DOAÇÃO
GRACIOSA DE AVÔ PARA NETOS. CARACTERIZAÇÃO. PEDIDO DE
CONDENAÇÃO EM LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ FORMULADO EM
CONTRARRAZÕES. VIA INADEQUADA. SÚMULA 27 TJGO. I-
Tratando-se o agravo de instrumento de recurso secundum eventum
litis, não se pode pretender que o juízo ad quem conheça de questões
alheias à decisão fustigada, sob pena de supressão de instância e
violação ao princípio do duplo grau de jurisdição. (...) RECURSO
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. DECISÃO
PARCIALMENTE REFORMADA.” (TJGO, Agravo de Instrumento (CPC)
5042652-23.2020.8.09.0000, Relª. Desª. NELMA BRANCO FERREIRA
PERILO, 4ª Câmara Cível, DJe de 31/07/2020).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO SECUNDUM EVENTUM


LITIS. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. PLANO DE SAÚDE. CDC.
TUTELA DE URGÊNCIA. TRANSTORNO AUTISTA. TRATAMENTO
PELO MÉTODO ABA (ANÁLISE COMPORTAMENTAL APLICADA).
PROFISSIONAIS CREDENCIADOS. DECISÃO MANTIDA. 1. O agravo
de instrumento, por ser recurso secundum eventum litis, limita-se ao
exame do acerto da decisão impugnada, em vista do que ao juízo ad
quem incumbe aferir, tão somente, se o ato judicial vergastado está
eivado de ilegalidade ou abusividade, sendo defeso o exame de
questões estranhas ao que ficou decidido na lide (…) AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO. DECISÃO
AGRAVADA MANTIDA.” (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC )
5204636-16.2020.8.09.0000, Rel. Dr. MAURICIO PORFIRIO ROSA, 5ª
Câmara Cível, DJe de 31/07/2020).

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NR.PROCESSO: 5427362-97.2020.8.09.0000
In casu, a tese de que o valor penhorado na conta da agravante/executada,
Virginia De Oliveira Torres Grossi, cuida-se de verba alimentar, é matéria que ainda
não foi apresentada no juízo de origem e que, portanto, não foi objeto de análise na
decisão agravada, não podendo ser conhecida, originariamente, por este juízo ad
quem, sob pena de infringir o princípio do duplo grau de jurisdição.
Cinge-se, portanto, o cerne da insurgência na análise da decisão recorrida
quanto ao deferimento do pedido do Estado exequente/agravado de indisponibilidade
dos bens das executadas/agravantes.
Desde já registro não merecer prosperar a pretensão recursal.
Prevê o art. 7º, da Lei n. 6.830/80:

“Art. 7º - O despacho do Juiz que deferir a inicial importa em ordem para:


I - citação, pelas sucessivas modalidades previstas no artigo 8º;
II - penhora, se não for paga a dívida, nem garantida a execução, por
meio de depósito, fiança ou seguro garantia; (Redação dada pela Lei nº
13.043, de 2014)
III - arresto, se o executado não tiver domicílio ou dele se ocultar;
IV - registro da penhora ou do arresto, independentemente do
pagamento de custas ou outras despesas, observado o disposto no
artigo 14; e
V - avaliação dos bens penhorados ou arrestados.”

Nota-se, desse modo, que, uma vez citada a parte executada e não paga a
dívida ou garantida a execução fiscal, cabível a penhora de bens, obedecida a ordem
preferencial trazida no art. 11, da referida legislação:

“Art. 11 - A penhora ou arresto de bens obedecerá à seguinte ordem:


I - dinheiro;

II - título da dívida pública, bem como título de crédito, que tenham


cotação em bolsa;
III - pedras e metais preciosos;
IV - imóveis;
V - navios e aeronaves;

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NR.PROCESSO: 5427362-97.2020.8.09.0000
VI - veículos;
VII - móveis ou semoventes; e
VIII - direitos e ações.(...)”

Portanto, é prioritária a penhora em dinheiro, vez que elencado em primeiro


lugar na ordem preferencial de constrição.
No feito executivo em tramitação no juízo de origem, a parte
agravante/executada foi citada por edital, deixando transcorrer in albis o prazo para
pagamento da dívida ou garantia da execução, o que importou na prolação da decisão
ora recorrida pelo magistrado a quo, que determinou a indisponibilidade de bens e
direitos suficientes para o pagamento do valor exequendo, na forma do art. 185-A, do
Código Tributário Nacional.
Nesse sentido é a jurisprudência desta Corte de Justiça:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO FISCAL.


INOBSERVÂNCIA DO PRAZO LEGAL PARA OFERTAR GARANTIA.
INDEFERIMENTO DE SEGURO-GARANTIA. 1. Nos termos da Lei nº
6.830/80, citado o executado, deverá, no prazo de 05 (cinco) dias, pagar
a dívida com os juros e multa de mora e encargos indicados na CDA ou
garantir a execução (art. 8º) com depósito em dinheiro, fiança bancária
ou seguro-garantia, ou indicação de bens à penhora (art. 9º). 2. Na
circunstância sob exame, o agravante não exerceu atempadamente seu
direito de preferência de indicação da forma a garantir o juízo, de modo
que, a partir daí, deve prevalecer o interesse do exequente para
requerer a forma que mais lhe convenha, segundo a ordem de
preferência estabelecida pelo art. 11 da Lei nº 6.830/80, até porque a
execução fiscal se processa no interesse do credor. 3. Prevalece na
jurisprudência o entendimento de que o seguro-garantia somente deve
suplantar o depósito em dinheiro em hipóteses excepcionais, desde que
efetivamente demonstrado pela parte executada, concreta e
especificamente, a existência de situação em que a penhora de dinheiro
prejudicará o funcionamento das atividades da pessoa jurídica.
Precedentes do STJ e do TJGO. AGRAVO DE INSTRUMENTO
CONHECIDO E DESPROVIDO. A C O R D A M os integrantes da
Segunda Turma Julgadora da Quarta Câmara Cível do Egrégio Tribunal
de Justiça do Estado de Goiás, na sessão VIRTUAL do dia 24 de agosto
de 2020, por unanimidade de votos, conhecer do agravo de instrumento
e desprovê-lo, nos termos do voto da relatora.” (TJGO, Agravo de
Instrumento (CPC) 5026453-23.2020.8.09.0000, Rel. Des(a). NELMA
BRANCO FERREIRA PERILO, Assessoria para Assunto de Recursos
Constitucionais, DJe de 24/08/2020).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. AGRAVO REGIMENTAL.


PREJUDICIALIDADE. EXECUÇÃO FISCAL. GARANTIA DA

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NR.PROCESSO: 5427362-97.2020.8.09.0000
EXECUÇÃO. INDEFERIMENTO DE SEGURO-GARANTIA. 1. Estando o
agravo de instrumento apto a obter julgamento de mérito, fica
prejudicado o Agravo Interno interposto em face da decisão que
indeferiu liminar para atribuição de efeito suspensivo ao recurso. 2. Nos
termos da Lei nº 6.830/80, citado o executado, deverá, no prazo de 5
dias, pagar a dívida com os juros e multa de mora e encargos indicados
na CDA ou garantir a execução (art. 8º) com depósito em dinheiro,
fiança bancária ou seguro-garantia, ou indicação de bens à penhora (art.
9º). 3. [...] Agravo de Instrumento conhecido e desprovido. Agravo
Regimental prejudicado.” (TJGO, Agravo de Instrumento (CPC)
5141189-54.2020.8.09.0000, Rel. Des(a). GILBERTO MARQUES
FILHO, 3ª Câmara Cível, DJe de 13/07/2020).

Assim, o procedimento adotado pelo juízo de origem obedeceu os preceitos


legais, não havendo que se falar em reforma da decisão vergastada.
Ao teor do exposto, deixo de conhecer do agravo interno interposto no
evento n. 24 pelas agravantes/executadas, posto que deserto, e conheço
parcialmente do agravo de instrumento, mas nego-lhe provimento, mantendo a
decisão agravada por estes e seus próprios fundamentos.
É como voto.
Goiânia, 23 de novembro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR
/C40

Agravo de Instrumento nº 5427362-97.2020.8.09.0000


Comarca de Goiânia
Agravantes: Vôo Alto Comércio de Roupas LTDA-ME e outra
Agravado: Estado de Goiás
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

ACÓRDÃO

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NR.PROCESSO: 5427362-97.2020.8.09.0000
Vistos, relatados e discutidos os autos de Agravo de Instrumento nº 5427362-
97.2020.8.09.0000, da Comarca de Goiânia, figurando como agravantes Vôo Alto
Comércio de Roupas LTDA-ME e outra e como agravado Estado de Goiás.
ACORDAM os integrantes da Terceira Turma Julgadora da Segunda Câmara
Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por unanimidade de votos,
em conhecer em parte do agravo de instrumento e, nesta, negar-lhe provimento, não
conhecendo do agravo interno, nos termos do voto do Relator, proferido na assentada
do julgamento e que a este se incorpora.
Votaram, além do Relator, o Desembargador José Carlos de Oliveira e o
Doutor Maurício Porfírio Rosa, Juiz de Direito em 2º Grau, atuando em substituição
ao Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.
Presidiu o julgamento o Desembargador José Carlos de Oliveira.
Esteve presente à sessão a Doutora Dilene Carneiro Freire, representando a
Procuradoria-Geral de Justiça.
Goiânia, 23 de novembro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão -> Recebimento -> Recurso -> Sem efeito
suspensivo - Data da Movimentação 27/11/2020 18:57:37

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5077537-88.2020.8.09.0024
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : JOSÉ FRANCISCO LÚCIO LEMES
POLO PASSIVO : FUNDAÇÃO SISTEL DE SEGURIDADE SOCIAL
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JOSÉ FRANCISCO LÚCIO LEMES


ADVG. PARTE : 40850 GO - SILVANA CARDOSO FERNANDES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5077537-88.2020.8.09.0024
Poder Judiciário do Estado de Goiás
Comarca de Caldas Novas
1ª Vara Cível (Cível e Infância e Juventude)

DECISÃO
Processo nº: 5077537-88.2020.8.09.0024
Demandante(s): José Francisco Lúcio Lemes
Demandado(s): Fundação Sistel De Seguridade Social

Cuida-se de ação de obrigação de fazer com pedido de tutela provisória de urgência,


ajuizada por JOSÉ FRANCISCO LÚCIO LEMES em face de SISTEL – PLANO DE SAÚDE
MÉDICA AO APOSENTADO – PAMA PCE, ambos devidamente qualificados nos autos.

Juntou os documentos que entendeu pertinentes (evento 01).

Decisão perfunctória determinando a parte autora comprovar a alegada hipossuficiência


(evento 05).

No evento 09 decisão concedendo a gratuidade da justiça, bem como determinando a


emenda da inicial.

Sentença julgando indeferida a petição inicial por falta de interesse de agir (evento 14)

Embargos de declaração opostos no evento 16. Aclaratórios rejeitado (evento 19)

Recurso de apelação interposto no evento 21.

Vieram-me os autos conclusos.

É o breve relato. Decido.

Mantenho a sentença apelada por seus próprios fundamentos.

Não mais havendo juízo de admissibilidade recursal em primeira instância,


DETERMINO o processamento dos apelos.

Remetam-se os autos à superior instância.

Intime-se. Cumpra-se.

Caldas Novas, datado pelo sistema.

ANA TEREZA WALDEMAR DA SILVA


Juíza de Direito

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


27/11/2020 17:05:58

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5002996-03.2020.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Cumprimento de sentença ( CPC )
POLO ATIVO : ANTONIO DOS REIS ADORNO
POLO PASSIVO : CAPEMISA SEGURADORA DE VIDA E PREVIDÊNCIA S/A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ANTONIO DOS REIS ADORNO


ADVGS. PARTE : 25307 GO - CLEUSA BORBA ARAUJO MORAES
39375 GO - JOSE ROBERTO DE BRITO TELES JUNIOR

PARTE INTIMADA : CAPEMISA SEGURADORA DE VIDA E PREVIDÊNCIA S/A


ADVG. PARTE : 13721 GO - JACÓ CARLOS SILVA COELHO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5002996-03.2020.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França

Agravo interno em apelação cível n. 5002996.03.2020.8.09.0051


Comarca de Goiânia
Agravante: Capemisa Seguradora de Vida e Previdência S/A
Agravado: Antônio dos Reis Adorno
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

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NR.PROCESSO: 5002996-03.2020.8.09.0051
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NR.PROCESSO: 5002996-03.2020.8.09.0051
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NR.PROCESSO: 5002996-03.2020.8.09.0051
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NR.PROCESSO: 5002996-03.2020.8.09.0051
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NR.PROCESSO: 5002996-03.2020.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França

Agravo interno em apelação cível n. 5002996.03.2020.8.09.0051


Comarca de Goiânia
Agravante: Capemisa Seguradora de Vida e Previdência S/A
Agravado: Antônio dos Reis Adorno
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

VOTO

Presentes os requisitos de admissibilidade, impende o conhecimento do


recurso.
Conforme relatado, cuida-se de agravo interno interposto por Capemisa
Seguradora Vida e Previdência S/A contra decisão monocrática inserida no evento n.
47, por meio da qual este Tribunal de Justiça deu parcial provimento ao apelo
interposto por Antônio dos Reis Adorno em face de sentença proferida nos autos da
ação de cobrança de seguro DPVAT, reformando-a, parcialmente, para fixar os
honorários advocatícios sucumbenciais no importe de R$ 1.000,00 (mil reais), ao teor
do disposto no art. 85, §§ 2º e 8º, do CPC.
A ementa da decisão agravada restou assim redigida:

“Apelação Cível. Ação de cobrança de seguro obrigatório – DPVAT. I -


Juros de mora. Termo inicial a contar da citação. Os juros de mora sobre
a condenação imposta a título de seguro DPVAT devem incidir a partir
da citação, conforme Súmula 426, do STJ. II - Honorários advocatícios.
Valor irrisório. Apreciação equitativa. Inteligência do art. 85, § 8º, do
CPC. Tendo em vista, in casu, o valor irrisório resultante do percentual
fixado a título de honorários sobre o valor da condenação, impende
aplicar o artigo 85, §8º, do CPC, procedendo-se à apreciação equitativa
para fixação da verba sucumbencial. Assim, diante do trabalho

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NR.PROCESSO: 5002996-03.2020.8.09.0051
desenvolvido pelo causídico, bem assim, da simplicidade da causa,
arbitra-se os honorários em R$ 1.000,00 (um mil reais).
Apelação cível conhecida e parcialmente provida.”

Irresignada, a seguradora requerida/apelada interpõe o presente agravo


interno, no evento n. 60, ressaltando a necessidade de reforma da decisão agravada,
uma vez que os honorários advocatícios ali fixados devem observar o disposto no
artigo 85, § 2º, do CPC, pautando-se nos limites de 10% a 20% sobre o valor da
condenação, proveito econômico ou valor atualizado da causa.
Colaciona diversos julgados pátrios a amparar sua pretensão.
Entende que no presente caso, os honorários advocatícios sucumbenciais
deverão ser arbitrados em 10% sobre o valor da condenação, diante da simplicidade
da matéria vertente, bem como ser a parte agravada beneficiária da gratuidade da
justiça.
Ao final, requer o conhecimento e provimento do presente recurso, a fim de
que os honorários advocatícios sucumbenciais sejam fixados nos termos do artigo 85,
§ 2º, do CPC. Requer o prequestionamento da matéria.
Pois bem.

Em proêmio, vale ressaltar que o artigo 1.021, do Código de Processo Civil,


prevê que da decisão proferida pelo relator caberá agravo interno ao respectivo órgão
colegiado, e, se não houver retratação, o relator leva-lo-á a julgamento pelo órgão
colegiado, com inclusão em pauta. Confira-se:

“Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno
para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao
processamento, as regras do regimento interno do tribunal.
(…)
§2º O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para
manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do
qual, não havendo retratação, o relator leva-lo-á a julgamento pelo órgão
colegiado, com inclusão em pauta.”

Contudo, em análise detida das razões recursais, observo que a seguradora


agravante não traz nenhum argumento ou fato novo que justifique a reforma da
decisão monocrática vergastada, a qual restou prolatada de acordo com a legislação
pertinente à espécie e o entendimento jurisprudencial acerca da matéria.
Alega a recorrente que a condenação da verba honorária sucumbencial deve
obedecer os parâmetros do artigo 85, § 2º, do CPC, sendo fixada entre 10% a 20%

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NR.PROCESSO: 5002996-03.2020.8.09.0051
sobre o valor da condenação, proveito econômico ou valor da causa.
In casu, verifica-se que o valor da condenação imposta a título de DPVAT é
baixo (R$ 1.687,50), sendo, portanto, mais prudente fixar os honorários advocatícios
por apreciação equitativa, observando-se o grau de zelo do profissional, o lugar de
prestação do serviço, a natureza e importância da causa e o trabalho realizado pelo
advogado e o tempo exigido para o seu serviço (artigo 85, §§ 2º e 8º, do Código de
Processo Civil).
Assim, correto o acórdão rechaçado que reformou a sentença no capítulo
para, por apreciação equitativa, e atendidos os critérios definidos no artigo 85, §§ 2º e
8º, do Código de Processo Civil, serem os honorários advocatícios sucumbenciais
fixados em R$ 1.000,00 (mil reais).
Por consequência, não demonstrado equívoco na decisão monocrática
atacada, o improvimento da insurgência se impõe.
Neste sentido é o entendimento deste Egrégio Tribunal de Justiça:

“AGRAVO INTERNO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO


FISCAL. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA INDEFERIDA.
DECISÃO MANTIDA. I. Nos termos da Súmula 25 desta Corte de
Justiça, a concessão da assistência judiciária gratuita está sujeita à
comprovação da impossibilidade do requerente de arcar com os
encargos processuais. II. Ausentes argumentos novos que demonstrem
o desacerto dos fundamentos utilizados na decisão agravada, nega-se
provimento ao agravo interno. AGRAVO INTERNO CONHECIDO E
DESPROVIDO.” (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5578063-
07.2019.8.09.0000, Rel. Dr. ROBERTO HORÁCIO DE REZENDE, 1ª
Câmara Cível, DJe de 21/02/2020, sublinhado).

“AGRAVO INTERNO EM AÇÃO RESCISÓRIA. DECISÃO QUE


INDEFERIU O PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA.
AUSÊNCIA DE PROBABILIDADE DE PROVIMENTO DO DIREITO.
DECISÃO MANTIDA. I- Para o deferimento de medida antecipatória em
ação rescisória, é necessária a demonstração da probabilidade de vício
no respectivo julgamento, fundada nas situações elencadas nos incisos
do artigo 966 do CPC/2015, aliada ao perigo de dano ou risco ao
resultado útil do processo, em atenção aos preceitos do citado artigo 969
do mesmo codex. II - Não demonstrada, de forma irretorquível, a
probabilidade do direito, impõe-se a manutenção do indeferimento da
tutela de urgência. III - Ausentes argumentos novos que demonstrem o
desacerto dos fundamentos utilizados na decisão agravada, nega-se
provimento ao agravo interno. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO.” (TJGO, Ação Rescisória 5467476-15.2019.8.09.0000,
Rel. Desª. NELMA BRANCO FERREIRA PERILO, 2ª Seção Cível, DJe
de 21/02/2020).

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NR.PROCESSO: 5002996-03.2020.8.09.0051
De outra parte, sobre o prequestionamento levantado pela parte agravante
para fins de interposição de recursos nos Tribunais Superiores, não é necessário a
referência expressa a todos os dispositivos legais indicados como violados pelas
partes.
Neste sentido:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO CIVIL


PÚBLICA COM PEDIDO DE TUTELA ESPECÍFICA ANTECIPADA DE
OBRIGAÇÃO DE FAZER. OMISSÕES. VÍCIOS INEXISTENTES.
REDISCUSSÃO. NÃO CABIMENTO. PREQUESTIONAMENTO.
NECESSIDADE AFASTADA. I - Os embargos de declaração são
cabíveis quando houver, na sentença ou no acórdão, quaisquer das
hipóteses previstas no artigo 1.022 do CPC/2015. II - Apreciados os
fundamentos e argumentos relevantes lançados pelas partes, não há
falar em omissão no julgado. III - Portanto, diante da ausência dos vícios
elencados no artigo 1.022 do CPC/2015, e da clara intenção da parte
recorrente em rediscutir a matéria sob o seu ponto de vista, a rejeição
dos embargos de declaração é medida que se impõe na espécie. IV -
No tocante ao prequestionamento almejado nestes aclaratórios, basta
que o acórdão tenha decidido a causa à luz dos dispositivos legais
pertinentes à matéria para que esteja configurado o requisito para a
interposição de recurso aos Tribunais Superiores, sem que exista a
necessidade de menção expressa aos dispositivos representados como
violados. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS, MAS
REJEITADOS.” (TJGO, DUPLO GRAU DE JURISDICAO 389000-
26.2014.8.09.0064, Rel. DES. ALAN S. DE SENA CONCEICAO, 5A
CAMARA CIVEL, DJe 2224 de 08/03/2017, sublinhado) .

Assim, para fins de prequestionamento, basta o exame da controvérsia à luz


dos temas invocados em decisão fundamentada, como sucedeu in casu.
Logo, a decisão monocrática não necessita de reparos, devendo ser mantida
conforme lançada nos autos.

Na confluência do exposto, conheço do agravo interno e nego-lhe provimento


, a fim de manter a decisão monocrática atacada por seus próprios e jurídicos
fundamentos.
É como voto.
Goiânia, 23 de novembro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA

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NR.PROCESSO: 5002996-03.2020.8.09.0051
RELATOR
/C55

Agravo interno em apelação cível n. 5002996.03.2020.8.09.0051


Comarca de Goiânia
Agravante: Capemisa Seguradora de Vida e Previdência S/A
Agravado: Antônio dos Reis Adorno
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

ACÓRDÃO

Visto, relatado e discutido o Agravo Interno nos autos de Apelação Cível nº


5002996.03.2020.8.09.0051, da Comarca de Goiânia, figurando como agravante
Capemisa Seguradora de Vida e Previdência S/A e como agravado Antônio dos
Reis Adorno.
ACORDAM os integrantes da Terceira Turma Julgadora da Segunda Câmara
Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por unanimidade de votos,
em conhecer do agravo interno e negar-lhe provimento, nos termos do voto do Relator,
proferido na assentada do julgamento e que a este se incorpora.
Votaram, além do Relator, o Desembargador José Carlos de Oliveira e o
Doutor Maurício Porfírio Rosa, Juiz de Direito em 2º Grau, atuando em substituição
ao Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.
Presidiu o julgamento o Desembargador José Carlos de Oliveira.
Esteve presente à sessão a Doutora Dilene Carneiro Freire, representando a
Procuradoria-Geral de Justiça.
Goiânia, 23 de novembro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 27/11/2020 17:09:15

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5216568-85.2017.8.09.0006
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : ILLUMINATA UTI LTDA.
POLO PASSIVO : HOSPITAL EVANGÉLICO GOIANO S/A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ILLUMINATA UTI LTDA.


ADVGS. PARTE : 18064 GO - ALEXANDRE DE MORAIS KAFURI
30313 GO - DANIELLA GRANGEIRO FERREIRA KAFURI
23357 GO - CLÁUDIA PEREIRA QUINTINO

PARTE INTIMADA : HOSPITAL EVANGÉLICO GOIANO S/A


ADVGS. PARTE : 28874 GO - FILLIPE CESAR VILLELA LOPES
24954 GO - MARIANA DA ROCHA LAGE
15001 GO - CÍCERO GOMES LAGE

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5216568-85.2017.8.09.0006
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França

Embargos de Declaração na Apelação Cível n.º 5216568-85.2017.8.09.0006


Comarca de Anápolis
Embargante: Hospital Evangélico Goiano S/A
Embargada : Illuminata UTI LTDA.
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

EMENTA: Embargos de Declaração em


Apelação cível. Ação de obrigação de
fazer. I – Parcelamento das custas
iniciais. Inadimplemento da parte
autora/embargada em relação à quarta
parcela. Extinção do feito sem
resolução de mérito/cancelamento da
distribuição. Intimação necessária –
art. 3º. § 3º, da Resolução 81/2017,
deste Tribunal. Princípio da primazia
do julgamento do mérito. O julgador
determinou o cancelamento da
distribuição em razão do atraso no
pagamento das parcelas referentes à
custas iniciais (art. 98, § 6º, do CPC),
deixando, contudo, de intimar a
autora/apelante/embargada, nos termos
do art. 290, do CPC, c/c art. 3º, § 3º, da
Resolução n.º 81/2017, deste Tribunal.
Assim, considerando que o feito se
encontra em estágio avançado, em
homenagem aos princípios da celeridade,
economia processual, instrumentalidade
das formas e primazia do julgamento do
mérito, bem como aproveitamento dos
atos processuais, a sentença que
extinguiu o feito sem resolução de mérito

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5216568-85.2017.8.09.0006
deve ser cassada, prosseguindo-se em
seus ulteriores termos, máxime porque já
quitadas pela autora/apelante/embargada
todas as parcelas referentes às custas
iniciais. II – Ausência de pressupostos
do artigo 1.022 do Código de Processo
Civil. Ausente qualquer questão
contraditória, omissa, obscura ou erro
material na decisão atacada é de se
rejeitar os aclaratórios face a
impossibilidade de rediscussão e
reapreciação da matéria já analisada
quando do julgamento do apelo.
Embargos de declaração rejeitados.
Acórdão mantido.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5216568-85.2017.8.09.0006
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França

Embargos de Declaração na Apelação Cível n.º 5216568-85.2017.8.09.0006


Comarca de Anápolis
Embargante: Hospital Evangélico Goiano S/A
Embargada : Illuminata UTI LTDA.
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

RELATÓRIO E VOTO

Trata-se de embargos de declaração opostos por Hospital Evangélico


Goiano S/A, desafiando o acórdão do evento nº 137, o qual deu provimento ao apelo
manejado pela autora/apelante/embargada, nos autos da ação de obrigação de fazer
com pedido de tutela de urgência proposta em seu desfavor por Illuminata UTI LTDA..
Em suas razões (evento n.º 141), o requerido/ apelado/embargante diz que o
acórdão revelou-se omisso, pois deixou de analisar as argumentações aventadas nas
contrarrazões recursais.
Destaca que restou comprovado que a autora/apelante/embargada não teve
as contas bancárias bloqueadas, resultando na ausência de justificativas para o não
pagamento das custas iniciais.
Atesta que este juízo foi induzido a erro, reiterando que a
autora/apelante/embargada mentiu em juízo, pois não configurada a impossibilidade
de pagamento das custas, devendo, portanto, ser mantida a sentença extintiva.
Postula, ao final, sejam acolhidos os aclaratórios, sanando a omissão
apontada e analisando-se o pedido de condenação da autora/apelante/embargada nas
penas da litigância de má-fé.
É o relatório.

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NR.PROCESSO: 5216568-85.2017.8.09.0006
Passo ao voto.

Os embargos de declaração, segundo o artigo 1.022 do Código de Processo


Civil, destinam-se especificamente a corrigir falha do comando judicial que
comprometa seu entendimento, o que pode decorrer de quatro hipóteses: contradição
(fundamentos inconciliáveis entre si, dentro do próprio julgado), omissão (falta de
enfrentamento de questão posta), obscuridade (ausência de clareza) ou correção de
erro material.
Os processualistas Luiz Guilherme Marinoni, Sérgio Cruz Arenhart e Daniel
Mitidiero lecionam sobre o alcance dos aclaratórios:

“Os embargos de declaração visam a aperfeiçoar as decisões judiciais,


propiciando uma tutela jurisdicional clara e completa. Os embargos
declaratórios não têm por finalidade revisar ou anular as decisões
judiciais (STJ, 2.ª Turma, Edcl no REsp 930.515/SP, rel. Min. Castro
Meira, j. 02.10.2007, DJ 18.10.2007, p.338). Apenas excepcionalmente,
em face de aclaramento de obscuridade, desfazimento de contradição
ou supressão de omissão, é que se prestam os embargos de declaração
a modificar o julgado (como reconhece o art. 1.023, § 2.º, CPC). Cabem
embargos declaratórios quando a parte narra obscuridade, contradição
ou omissão em qualquer espécie de decisão judicial – decisões
interlocutórias, sentenças, acórdãos ou decisões monocráticas de relator
(STJ, 1.ª Turma, REsp 762.384/SP, rel. Min. Teori Zavascki, j.
06.12.2005, DJ 19.12.2005, p. 262). Os embargos declaratórios
constituem poderoso instrumento de colaboração no processo,
permitindo um juízo plural, aberto e ponderado a partir de um diálogo
que visa a um efetivo aperfeiçoamento da tutela jurisdicional.” (in Novo
Código de Processo Civil comentado. 2. ed. rev., atual. e ampl. São
Paula: Editora Revista dos Tribunais, 2016. p. 1.082).

Com efeito, os embargos de declaração não são o meio adequado para


corrigir fundamentos jurídicos de decisão judicial.
Ao analisar o acórdão vergastado, à luz da pretensão veiculada no vertente
recurso, vislumbro que o julgado declinou suficientemente os fundamentos para o
desfecho conferido à postulação, em obediência ao disposto no artigo 93, inciso IX, da
Constituição Federal, havendo o acórdão embargado abordado o quanto pertinente
para a solução da quaestio devolvida, consoante as razões ali consignadas.
Assim, forçoso reconhecer que o acórdão atacado não contém os vícios
taxativamente elencados no artigo 1.022 do Código de Processo Civil.
Noutra plana, impende destacar que o julgador de origem, bem assim este
tribunal recursal, não estão obrigados a pontuar, um por um, os artigos de lei
mencionados pela parte ou, ainda, responder todas as questões suscitadas pelo
requerido/apelado/embargante, quando já tenha encontrado motivo suficiente para
proferir a decisão, como no caso concreto, mostrando-se desnecessário elencar todas

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NR.PROCESSO: 5216568-85.2017.8.09.0006
os artigos aplicáveis à hipótese. As questões apontadas pelo
requerido/apelado/embargante foram afastadas na fundamentação do voto condutor
do acórdão embargado, mostrando-se suficiente para infirmar a pretensão da parte
embargante de reforma do julgado, que lhe foi desfavorável.
Há que se registrar que o direito brasileiro adota a técnica da fundamentação
suficiente, segundo a qual não é obrigação do juiz enfrentar todas as alegações das
partes, bastando ter um motivo suficiente para fundamentar a decisão.
Sobre o tema, assim leciona Daniel Amorim Assumpção Neves:

“[…] Há duas técnicas distintas de fundamentação das decisões


judiciais: exauriente (ou completa) e suficiente. Na fundamentação,
exauriente, o juiz é obrigado a enfrentar todas as alegações das partes,
enquanto na fundamentação suficiente basta que enfrente e decida
todas as causas de pedir do autor e todos os fundamentos de defesa do
réu. Como cada causa de pedir e cada fundamento de defesa podem
ser baseados em várias alegações, na fundamentação suficiente, o juiz
não é obrigado a enfrentar todas elas, desde que justifique o
acolhimento ou a rejeição da causa de pedir ou do fundamento de
defesa.
O direito brasileiro adota a técnica da fundamentação suficiente, sendo
nesse sentido a tranquila jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça,
ao afirmar que não é obrigação do juiz enfrentar todas as alegações das
partes, bastando ter um motivo suficiente para fundamentar a decisão.
[…] O dispositivo legal, entretanto, deixou uma brecha ao juiz quando
previu que a exigência de enfrentamento se limita aos argumentos em
tese aptos a infirmar o convencimento judicial.
Entendo que a previsão legal tem como objetivo afastar da exigência de
enfrentamento os argumentos irrelevantes e impertinentes ao objeto da
demanda, liberando o juiz de atividade valorativa inútil. […] (Novo
Código de Processo Civil comentado artigo por artigo, Salvador:
Juspodivm, 2016, págs. 810/811).

Nesse sentido é o entendimento já consolidado no Superior Tribunal de


Justiça:

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM


RECURSO ESPECIAL. APRECIAÇÃO DE TODAS AS QUESTÕES
RELEVANTES DA LIDE PELO TRIBUNAL DE ORIGEM. AUSÊNCIA DE
AFRONTA AOS ARTS. 489 E 1.022 DO CPC/2015.
DEFICIÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO DO RECURSO. SÚMULA N. 284
DO STF. DECISÃO MANTIDA. 1. Inexiste afronta aos arts. 489 e 1.022
do CPC/2015 quando o acórdão recorrido pronuncia-se, de forma clara e

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NR.PROCESSO: 5216568-85.2017.8.09.0006
suficiente, acerca das questões suscitadas nos autos, manifestando-se
sobre todos os argumentos que, em tese, poderiam infirmar a conclusão
adotada pelo Juízo. 2. O recurso deve observar o princípio da
dialeticidade, ou seja, apresentar os motivos pelos quais a recorrente
não se conforma com o acórdão recorrido, de modo a permitir o cotejo
entre os fundamentos da decisão recorrida e as razões expendidas no
recurso. A deficiência na fundamentação do recurso especial, inclusive
com indicação de dispositivo legal insuficiente para desconstituir os
fundamentos do aresto impugnado, obsta seu conhecimento (Súmula n.
284/STF). 3. Agravo interno a que se nega provimento.” (AgInt no
AREsp 1261937/MG, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA,
QUARTA TURMA, julgado em 19/08/2019, DJe 22/08/2019).

“DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM


RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS. CHEQUES PÓS-DATADOS. APRESENTAÇÃO EM DATA
ANTERIOR À AJUSTADA. PROTESTO INDEVIDO. NEGATIVA DE
PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. NÃO OCORRÊNCIA. DEFICIÊNCIA NA
FUNDAMENTAÇÃO DO RECURSO. SÚMULA N. 284 DO STF.
REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS.
INADMISSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 7 DO STJ.
DECISÃO MANTIDA. 1. Inexiste afronta ao art. 489, II, do CPC/2015
quando o acórdão recorrido pronuncia-se, de forma clara e suficiente,
acerca das questões suscitadas nos autos, manifestando-se sobre todos
os argumentos que, em tese, poderiam infirmar a conclusão adotada
pelo Juízo. 2. A ausência de indicação do dispositivo legal supostamente
violado obsta o conhecimento do recurso especial, incidindo a Súmula n.
284/STF. 3. O recurso especial não comporta exame de questões que
impliquem revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, a teor
do que dispõe a Súmula n. 7 do STJ. 4. Agravo interno a que se nega
provimento.” (AgInt no AREsp 1419062/RS, Rel. Ministro ANTONIO
CARLOS FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em 20/05/2019, DJe
28/05/2019).

“AGRAVO INTERNO NO AGRAVO (ART. 1.042 DO CPC/15) - AUTOS


DE AGRAVO DE INSTRUMENTO NA ORIGEM - DECISÃO
MONOCRÁTICA NEGANDO PROVIMENTO AO RECLAMO -
INSURGÊNCIA DOS AGRAVANTES. 1. Não há falar em deficiência de
fundamentação do julgado o não acolhimento da tese ventilada pelo
recorrente, mormente se o acórdão abordar todos os pontos relevantes
ao deslinde da controvérsia, como ocorre na hipótese. 1.1. In casu,
inexiste afronta ao artigo 489, § 1º, inciso I, do CPC/15, visto que a Corte
local se pronunciou de forma clara e suficiente acerca das teses
apresentadas, manifestando-se sobre as questões que poderiam
infirmar a conclusão adotada pelo juízo. 2. Agravo interno desprovido.”
(AgInt no AREsp 1139325/MG, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA
TURMA, julgado em 21/11/2017, DJe 27/11/2017).

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NR.PROCESSO: 5216568-85.2017.8.09.0006
De mesmo teor os arestos desta Corte de Justiça:

“APELAÇÃO CÍVEL. INVENTÁRIO. NULIDADE DA SENTENÇA.


AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. INOCORRÊNCIA. OFENSA AO
ART. 489 DO CPC/2015. NÃO VERIFICADA. NULIDADE DO
PROCEDIMENTO. SEM PREJUÍZO ÀS PARTES.
INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS. REDUÇÃO DO VALOR DO
IMÓVEL AVALIADO. PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. 1.
Descabido falar em violação do artigo 93, inciso IX, da Constituição
Federal, uma vez que apenas se configura diante da ausência completa
de fundamentos que levam o julgador a formar seu convencimento,
sendo permitida a fundamentação concisa. 2. O art. 489 do Código de
Processo Civil de 2015 impõe a necessidade de enfrentamento dos
argumentos que possuam aptidão, em tese, para infirmar a
fundamentação do julgado, não estando o julgador obrigado a responder
a todas as questões suscitadas pelas partes, quando já tenha
encontrado motivo suficiente para proferir a decisão. 3. e 4. [...]
APELAÇ ÃO C Í V EL CO NHECI DA E DESPRO VI DA .” ( TJ GO,
APELACAO 0087270-40.2014.8.09.0036, Rel. Des.ª MARIA DAS
GRAÇAS CARNEIRO REQUI, 1ª Câmara Cível, DJe de 17/07/2019).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. BUSCA E APREENSÃO. DECRETO-


LEI Nº 911/69. FUNDAMENTAÇÃO SUCINTA E SUFICIENTE.
RESTRIÇÃO DE TRANSFERÊNCIA E CIRCULAÇÃO DO BEM VIA
SISTEMA RENAJUD. VIABILIDADE. CABIMENTO DA CONVERSÃO
DA BUSCA E APREENSÃO EM EXECUÇÃO ? REDAÇÃO DA LEI Nº
13.043/2014 -. DESPROVIMENTO. I - A fim de que seja preservada a
constitucionalidade do inciso I do § 1º do art. 489, e atendendo aos
termos do art. 93, IX, CF, impõe-se compreendê-los com parcimônia e
razoabilidade. Importa é que a decisão esteja fundamentada, e que a
fundamentação responda aos argumentos capazes de, em tese, infirmar
a conclusão adotada pelo julgador (art. 489, § 1º IV). II e III. [...] IV -
Agravo desprovido.” (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5303710-
14.2018.8.09.0000, Rel. Des. GUILHERME GUTEMBERG ISAC PINTO,
5ª Câmara Cível, DJe de 11/09/2018).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO


DE SENTENÇA. FUNDAMENTAÇÃO PER RELACIONEM DA
DECISÃO AGRAVADA. NULIDADE DA PENHORA. EXCESSO DE
EXECUÇÃO. PRECLUSÃO PRO JUDICATO. DESPROVIMENTO. I - O
Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça firmaram
entendimento no sentido de que a chamada fundamentação per
relacionem, assim entendida a que faz remissão ou transcreve decisão
anterior, precedente, parecer etc., cumpre o requisito constitucional (CF,
art. 93, IX). Por isso, a fim de que seja preservada a constitucionalidade
do inciso I do § 1º do art. 489, e do § 3º do art. 1.021, ambos do
CPC/2015, impõe-se compreendê-los com parcimônia e razoabilidade.

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NR.PROCESSO: 5216568-85.2017.8.09.0006
Importa é que a decisão esteja fundamentada, e que a fundamentação
responda aos argumentos capazes de, em tese, infirmar a conclusão
adotada pelo julgador (art. 489, § 1º IV). Não importa que o julgador faça
remissão, transcreva decisão anterior, precedente, parecer etc., e sim
que, em teor, traduza resposta suficiente às questões a respeito das
quais é necessário pronunciamento. II - [...] III - Agravo desprovido.”
(TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5039674-78.2017.8.09.0000,
Rel. Des.ª BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO, 3ª Câmara Cível, DJe de
13/06/2017).

Desta maneira e voltando ao caso concreto, conclui-se que, quando cotejadas


as teses ventiladas nos presentes aclaratórios (omissão em relação à ausência de
motivos para o não pagamento das custas iniciais pela parte autora/embargada, bem
assim o pedido de condenação da autora/apelante/embargada nas penas da litigância
de má-fé), não vislumbro procedência na pretensão da parte embargante.
Nas razões dos presentes aclaratórios, o requerido/apelado/embargante
claramente deduz, como pretensão, pedido de infringência do julgado, isto é, reforma
do acórdão embargado, o que não se mostra adequado, pois a infringência só poderá
ocorrer quando for consequência necessária ao acolhimento dos embargos e,
obviamente, não restou configurado o vício apontado pelo embargante.
Convém destacar que, ao contrário do afirmado pelo
requerido/apelado/embargante, no acórdão embargado restou claramente pontuado
que a sentença hostilizada foi cassada porque não observado o disposto na Resolução
n.º 81/2017, prevendo que antes do cancelamento da distribuição é necessária a
intimação da parte para realizar o pagamento das custas no prazo de 15 (quinze) dias.
Nesse contexto, não há que se perquirir a existência – ou não – de caso
fortuito ou força maior ou, ainda, se a autora/apelante/embargada mentiu em juízo
sobre eventual bloqueio de suas contas, pois não observado pelo julgador de origem o
rito correto, resultando na prolação de sentença que violou o princípio da primazia do
julgamento de mérito. De consequência, porque cassada a sentença determinando-se
que o feito prossiga em seus ulteriores termos, não vinga o pedido de condenação da
autora/apelante/embargada nas penas da litigância de má-fé pois, repita-se,
reconhecido por este órgão colegiado que o julgador de origem não observou o
procedimento correto, ensejando a cassação da sentença hostilizada.
Dessarte, a fim de evitar redundância, oportuno transcrever excertos do voto
condutor do acórdão embargado que afasta o vício apontado:

“[…] Consoante se extrai dos autos, a autora/apelante ficou inadimplente


com o pagamento da quarta parcela das custas processuais, razão pela
qual o magistrado determinou o cancelamento da distribuição, com
fulcro no art. 290, c/c art. 485, IV, do CPC.
Não se olvida que o art. 290, do Código de Processo Civil, determina o
cancelamento da distribuição, quando o autor não instrui a petição inicial
com o comprovante de recolhimento do preparo. Todavia, se a petição

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NR.PROCESSO: 5216568-85.2017.8.09.0006
inicial já foi recebida, a solução é a extinção do feito, sem exame do
mérito. Referido artigo dispõe que será cancelada a distribuição do feito
se a parte, na pessoa de seu advogado, não realizar o pagamento das
custas e despesas de ingresso em 15 (quinze) dias.
Ora, se o julgador aplicou o disposto no referido artigo legal, fato é que
também deveria ter determinado a intimação para pagamento das
parcelas atrasadas no prazo de 15 (quinze) dias e, somente então, caso
descumprida a determinação, extinguir a demanda.
Essa, inclusive, é a determinação prevista no art. 3º, § 3º, da Resolução
n.º 81/2017, deste Tribunal. Confira-se:

“Resolução n.º 81/2017


[…] Art. 3º Fica autorizada a implementação da emissão de guias ou
boletos de custas por intermédio de sistema informatizado e online,
inclusive com a automatização do cálculo das custas e sua atualização
pelos índices oficiais.
§ 1º No caso de parcelamento mensal deferido judicialmente, serão
emitidas guias ou boletos de recolhimento correspondentes ao
fracionamento, com o prazo de vencimento destacado no documento de
arrecadação.
[…]
§ 3º Vencida qualquer parcela, a parte será devidamente intimada para o
recolhimento do valor remanescente das custas no prazo de 15 dias
úteis, sob pena de extinção do processo e cancelamento da
distribuição.”

Noutro plano, cediço que o atual Código de Processo Civil, instituiu o


princípio da vedação da decisão surpresa por meio do seu artigo 10,
sendo que, no caso concreto, em momento algum o julgador oportunizou
à autora, ora apelante, que realizasse o recolhimento das parcelas
atrasadas (quarta e quinta parcelas), sob pena de extinção do feito sem
resolução do mérito, conforme preconizado no art. 290, do CPC, e art.
3º, § 3º, da Resolução n.º 81/2017, deste Sodalício.
Considerando que o feito se encontra em estágio avançado
(apresentadas contestação e impugnação, atualmente aguardando a
produção de provas, conforme pedidos dos eventos n.º 98 e 100), em
homenagem aos princípios da celeridade, economia processual,
instrumentalidade das formas e primazia do julgamento do mérito, bem
como aproveitamento dos atos processuais, a sentença que extinguiu a
ação principal, ora guerreada, deve ser desconstituída, prosseguindo-se
a normal tramitação do feito na origem, máxime porque já quitadas pela

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NR.PROCESSO: 5216568-85.2017.8.09.0006
autora/apelante todas as parcelas das custas iniciais.
Sobre o novel princípio da primazia do julgamento do mérito, ora
mencionado, oportuno citar a lição de Daniel Amorim Assumpção Neves.
Leciona:

"[…] O processo (ou fase) de conhecimento foi projetado pelo legislador


para resultar em um julgamento de mérito. Por essa razão, essa espécie
de julgamento é considerada o fim normal dessa espécie de processo ou
fase procedimental. Naturalmente, nem sempre isso é possível no caso
concreto, devendo o sistema conviver com o fim anômalo do processo
ou fase de conhecimento, que se dá por meio de sentença terminativa
(art. 485 do Novo CPC).
Tendo sido o objetivo do legislador ao criar o processo ou fase de
conhecimento um julgamento de mérito, naturalmente essa forma de
final é preferível à anômala extinção sem tal julgamento, motivada por
vício formais. Somente essa distinção entre fim normal e anômalo já
seria suficiente para demonstrar que há um natural interesse no
julgamento do mérito no processo ou fase de conhecimento,
considerando-se ser sempre preferível o normal ao anômalo. A solução
definitiva da crise jurídica, derivada da coisa julgada material, que
dependerá de uma decisão de mérito transitada em julgado, é outra
evidente vantagem no julgamento de mérito quando comparado com a
sentença terminativa.
Pelas óbvias razões apresentadas, cabe ao juiz fazer o possível para
evitar a necessidade de prolatar uma sentença terminativa no caso
concreto, buscando com todo o esforço chegar a um julgamento do
mérito. Essa é uma realidade incontestável, e bem representada pelo
art. 282, § 2º, do Novo CPC, ao prever que o juiz, sempre que puder
decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a declaração de
nulidade, deve ignorar o vício formal e proferir decisão é mérito. É a
prevalência do julgamento de mérito aliada ao princípio da
instrumentalidade das formas. [...]". (Novo Código de Processo Civil
Comentado, 2016, Salvador: Juspodivm, pág. 10)
[…]
De consequência, porque quitadas as parcelas atrasadas referentes às
custas iniciais, deve o feito prosseguir em seus ulteriores termos, em
atenção ao princípio da primazia da resolução de mérito.
Noutra banda, embora cassada a sentença, deixo de aplicar o disposto
no art. 1.013, § 3º, I, do CPC, pois solicitadas pelas partes a produção
de provas (eventos n.º 98 e 100), concluindo-se, portanto, que o feito
não se encontra em condições de imediato julgamento.
Na confluência do exposto, conheço do apelo e o provejo, para cassar
a sentença e determinar o prosseguimento do feito em seus ulteriores
termos.[...]”

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NR.PROCESSO: 5216568-85.2017.8.09.0006
Decerto que, nas alegações da parte embargante, não se vislumbra a
presença de qualquer dos vícios elencados no artigo 1.022 do Código de Processo
Civil, mas, tão somente, irresignação com o resultado do julgamento desfavorável à
sua pretensão.
Dessa forma, nota-se que o acórdão impugnado é hígido, motivo pelo qual a
rejeição dos embargos de declaração em face da inexistência de qualquer dos vícios
preconizados no artigo 1.022 do Digesto Processual Civil revela-se medida impositiva.

Na confluência do exposto, rejeito os embargos de declaração opostos,


em razão da ausência das hipóteses previstas no artigo 1.022 do Código de Processo
Civil.
É o voto.
Goiânia, 24 de novembro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR
/C25

Embargos de Declaração na Apelação Cível n.º 5216568-85.2017.8.09.0006


Comarca de Anápolis
Embargante: Hospital Evangélico Goiano S/A
Embargada : Illuminata UTI LTDA.
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

ACÓRDÃO

Vistos, oralmente relatados e discutidos os Embargos de Declaração nos


autos de Apelação Cível nº 5216568-85.2017.8.09.0006, da Comarca de Anápolis,
figurando como embargante Hospital Evangélico Goiano S/A e como embargada
Illuminata UTI LTDA..

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NR.PROCESSO: 5216568-85.2017.8.09.0006
ACORDAM os integrantes da Terceira Turma Julgadora da Segunda Câmara
Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por unanimidade de votos,
em rejeitar os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator, proferido na
assentada do julgamento e que a este se incorpora.
Votaram, além do Relator, o Desembargador José Carlos de Oliveira e o
Doutor Maurício Porfírio Rosa, Juiz de Direito em 2º Grau, atuando em substituição
ao Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.
Presidiu o julgamento o Desembargador José Carlos de Oliveira.
Esteve presente à sessão a Doutora Dilene Carneiro Freire, representando a
Procuradoria-Geral de Justiça.
Goiânia, 23 de novembro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 27/11/2020 17:09:26

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0433366-68.2009.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimentos Especiais de Jurisdição Contenciosa
POLO ATIVO : A N COMERCIO DE COLCHOES LTDA
POLO PASSIVO : GOIAS INDUSTRIA DE COMERCIO E COLCHOES E ESPUMAS LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : GOIAS INDUSTRIA DE COMERCIO E COLCHOES E ESPUMAS LTDA


ADVG. PARTE : 13241 GO - HENRIQUE MARQUES DA SILVA

PARTE INTIMADA : A N COMERCIO DE COLCHOES LTDA


ADVGS. PARTE : 54332 GO - DJEISON BRUNO LIPPERT SCHEID
35869 GO - ROGÉRIO CRISTINO CARLOTA DA SILVA
21005 GO - RAFAEL FERNANDES MACIEL

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 0433366-68.2009.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França

Embargos de declaração em apelação cível n. 0433366-68.2009.8.09.0051


Comarca de Goiânia
Embargante: Goiás Indústria de Comércio e Colchões e Espumas Ltda.
Embargado: A.N. Comércio de Colchões Ltda.
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

EMENTA: Embargos de declaração em


apelação cível. Ação de prestação de
contas. Inexistência das hipóteses do
art. 1.022 do Código de Processo Civil.
Rejeitados. Os aclaratórios não
constituem meio idôneo para o reexame
de matéria já decidida, destinando-se tão
somente a sanar omissão, corrigir erro
material e a esclarecer contradições ou
obscuridades. Assim, devem ser
rejeitados os aclaratórios quando não
configurados os requisitos previstos nos
incisos I e II do art. 1.022 do CPC, ainda
que para fim de prequestionamento.
Embargos de declaração rejeitados.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 0433366-68.2009.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França

Embargos de declaração em apelação cível n. 0433366-68.2009.8.09.0051


Comarca de Goiânia
Embargante: Goiás Indústria de Comércio e Colchões e Espumas Ltda.
Embargado: A.N. Comércio de Colchões Ltda.
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

RELATÓRIO E VOTO

Trata-se de embargos de declaração opostos por Goiás Indústria e


Comércio de Colchões e Espumas Ltda. contra acórdão que, à unanimidade de
votos dos membros da Terceira Turma Julgadora da Segunda Câmara Cível desta
egrégia Corte de Justiça, conheceu do apelo interposto e lhe negou provimento
(evento n. 74), para manter inalterada a sentença proferida nos autos da ação de
prestação de contas manejada em seu desfavor por A. N. Comércio de Colchões
Ltda..
Irresignado, o apelante opôs embargos de declaração (evento n. 78).
Aduz que o voto condutor do acórdão vergastado foi omisso, por ter deixado
de manifestar expressamente sobre a aplicação do art. 584, do Código Civil.
Alega que, considerando que as máquinas de cartão de crédito foram
fornecidas pela embargante à embargada em comodato, cabia à embargada utilizá-las
como melhor lhe aprouvesse e que é evidente a responsabilidade pelo pagamento das
taxas decorrentes do uso, o que nunca poderiam ser cobradas novamente da
embargante, ressaltando que, por essa razão, é fundamental a análise do art. 584, do
Código Civil para o deslinde do feito.
Salienta que o exame da disposição do art. 584, do Código Civil também
afastaria quaisquer dúvidas existentes sobre o teor dos itens 8.2 e 8.4 da Circular de

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NR.PROCESSO: 0433366-68.2009.8.09.0051
Oferta de Franquia, a fim de afastar ou não a sua responsabilidade em relação às
taxas das máquinas de cartão usadas pela embargada em regime de comodato.
Requer, assim, o acolhimento dos embargos de declaração para sanar a
omissão apontada.
É o relatório.
Passo ao voto.

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso.


Pretende a embargante o acolhimento dos embargos de declaração, para que
seja sanada a suposta omissão, no tocante à não apreciação da disposição do art.
584, do Código Civil, que alega ser aplicável ao caso em desate.
Pois bem. Necessário anotar, de início, que os aclaratórios não constituem
meio idôneo para o reexame de matéria já decidida.
Sobre o tema, preleciona o professor Humberto Theodoro Júnior, em sua obra
“Curso de Direito Processual Civil”, Vol. III, 47ª ed., Editora Forense, 2016, p.
1.060/1.061:

“[...] Se o caso é de omissão, o julgamento dos embargos supri-la-á,


decidindo a questão que, por lapso, escapou à decisão embargada. No
caso de obscuridade ou contradição, o decisório será expungido,
eliminando-se o defeito nele detectado. Tratando-se de erro material, o
juiz irá corrigi-lo.
Em qualquer caso, a substância do julgado será mantida, visto que os
embargos de declaração não visam à reforma do acórdão, ou da
sentença. No entanto, será inevitável alguma alteração no conteúdo do
julgado, principalmente quando se tiver de eliminar omissão ou
contradição. O que, todavia, se impõe ao julgamento dos embargos de
declaração é que não se proceda a um novo julgamento da causa, pois
a tanto não se destina esse remédio recursal.”

Sabe-se que os embargos de declaração têm fundamentação vinculada e


estrita, possuindo a finalidade de suprir omissão, esclarecer obscuridades e/ou
eliminar contradições, assim como corrigir erro material existente no ato judicial
embargado, conforme disposto no art. 1.022 do Código de Processo Civil/2015, a
saber:

“Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão


judicial para:
I – esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

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NR.PROCESSO: 0433366-68.2009.8.09.0051
II – suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar
o juiz de ofício ou a requerimento;
III – corrigir erro material."

Reexaminando o caso, verifica-se que o acórdão embargado (evento n. 74)


não padece de vícios, uma vez que analisou a questão relacionada à dedução, em
desproveito da embargada, de taxas não previstas pelo contrato firmado entre ambas,
concluindo no sentido do acerto da sentença recorrida, que homologou Laudo Pericial
Contábil que previu saldo residual em favor da autora/embargada de R$ 249.564,87
(duzentos e quarenta e nove mil, quinhentos e sessenta e quatro reais e oitenta e sete
centavos).
Por outro lado, o voto condutor do acórdão embargado concluiu inexistir entre
as partes litigantes um contrato de comodato para a utilização das máquinas
destinadas ao pagamento com cartão de crédito/débito, tendo em vista a cobrança, por
parte da requerida/embargante, de taxas pela utilização do bem.
Nessa ordem de ideias, não há se falar na omissão do julgado, por ter
deixado de analisar a questão à luz do art. do art. 584, do Código Civil, uma vez que o
aludido dispositivo legal versa sobre os contratos de comodato, o qual restou
descaracterizado no caso dos autos, uma vez que, ao teor do art. 579, do Código Civil,
primeira parte, “comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis.”
Assim, sem respaldo a irresignação do embargante.
Insta consignar que a utilização dos embargos declaratórios com efeito
modificativo é medida excepcional, admissível apenas para a correção de premissa
equivocada de que haja partido a decisão embargada e que seja influente no
julgamento, o que deixo de constatar no caso em desate.
Este é o entendimento jurisprudencial:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL. 1. AUSÊNCIA


DOS VÍCIOS ESPECIFICADOS NO ARTIGO 1.022 E INCISOS DO
CPC. A oposição de Embargos de Declaração pressupõe a existência
de obscuridade, contradição ou omissão, não sendo meio legal para
reexaminar as questões decididas e o acerto do julgado, sendo que não
configura ofensa ao art. 1.022 do CPC quando o acórdão embargado
julga integralmente a lide e soluciona a controvérsia, tal como lhe foi
apresentada, até porque o órgão julgador não é obrigado a rebater, um
a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que
apresentam, devendo apenas enfrentar a demanda, observando as
questões relevantes e imprescindíveis à sua resolução. 2.
PREQUESTIONAMENTO. REDISCUSSÃO. Mesmo quando opostos
com declarado intento prequestionador, os embargos de declaração não
se prestam à promoção de mera rediscussão de matéria já decidida,
sendo admitidos somente para esclarecer obscuridade, eliminar
contradição, suprir omissão ou corrigir erro material eventualmente
presentes no julgado, circunstâncias não verificadas na espécie.

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NR.PROCESSO: 0433366-68.2009.8.09.0051
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.” (TJGO, Apelação
(CPC) 0426318-48.2015.8.09.0051, Rel. Des. NORIVAL DE CASTRO
SANTOMÉ, 6ª Câmara Cível, DJe de 18/02/2019).

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO


DECLARATÓRIA DE RECONHECIMENTO DE FILIAÇÃO
SOCIOAFETIVA POST MORTEM. AUSÊNCIA DOS VÍCIOS
ESPECIFICADOS NO ARTIGO 1.022 E INCISOS DO CPC. Não
ocorrendo os vícios elencados no artigo 1.022, do Código de Processo
Civil, devem ser rejeitados os embargos que visam tão somente
rediscutir matéria já examinada e decidida, ainda que para efeito de
prequestionamento, conforme precedentes deste Tribunal. EMBARGOS
DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS E REJEITADOS.” (TJGO, Apelação
(CPC) 0048427-40.2015.8.09.0175, Rel. Dr. MAURICIO PORFIRIO
ROSA, 1ª Câmara Cível, DJe de 18/02/2019).

“AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO


AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO.
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AUSÊNCIA DE
OMISSÕES. ACÓRDÃO A QUO DEVIDAMENTE FUNDAMENTADO.
(…) 1. Não há falar em violação do art. 535, inc. II, do CPC quando o
aresto recorrido adota fundamentação suficiente para dirimir a
controvérsia, sendo desnecessária a manifestação expressa sobre
todos os argumentos apresentados pelos litigantes. (…)” (STJ, AgRg
nos EDcl no AREsp 810868 / RJ, Rel. Min. Mauro Campbell Marques,
Julgado do 15/03/2016).

Portanto, a pretensão da embargante não merece prosperar, o que impõe o


não acolhimento dos aclaratórios.

Na confluência do exposto, rejeito os embargos de declaração opostos,


em virtude da ausência das hipóteses previstas no artigo 1.022 do Código de Processo
Civil de 2015.
É o voto.
Goiânia, 24 de novembro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR

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NR.PROCESSO: 0433366-68.2009.8.09.0051
/C15

Embargos de declaração em apelação cível n. 0433366-68.2009.8.09.0051


Comarca de Goiânia
Embargante: Goiás Indústria de Comércio e Colchões e Espumas Ltda.
Embargado: A.N. Comércio de Colchões Ltda.
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

ACÓRDÃO

Vistos, oralmente relatados e discutidos os Embargos de Declaração nos


autos de Apelação Cível nº 0433366-68.2009.8.09.0051, da Comarca de Goiânia,
figurando como embargante Goiás Indústria de Comércio e Colchões e Espumas
Ltda. e como embargado A.N. Comércio de Colchões Ltda..
ACORDAM os integrantes da Terceira Turma Julgadora da Segunda Câmara
Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por unanimidade de votos,
em rejeitar os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator, proferido na
assentada do julgamento e que a este se incorpora.
Votaram, além do Relator, o Desembargador José Carlos de Oliveira e o
Doutor Maurício Porfírio Rosa, Juiz de Direito em 2º Grau, atuando em substituição
ao Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.
Presidiu o julgamento o Desembargador José Carlos de Oliveira.
Esteve presente à sessão a Doutora Dilene Carneiro Freire, representando a
Procuradoria-Geral de Justiça.
Goiânia, 24 de novembro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Acolhidos em Parte - Data


da Movimentação 27/11/2020 17:09:40

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5181425-24.2020.8.09.0105
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : DIANDRA MARTINS VIEIRA
POLO PASSIVO : MUNICIPIO DE SANTA RITA DO ARAGUAIA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : DIANDRA MARTINS VIEIRA


ADVG. PARTE : 23679 MT - ABIGAILTON ROSA DE OLIVEIRA JUNIOR

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 3124 - SEÇÃO I Disponibilização: segunda-feira, 30/11/2020 Publicação: terça-feira, 01/12/2020

NR.PROCESSO: 5181425-24.2020.8.09.0105
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França

Embargos de Declaração em Apelação Cível em Mandado de Segurança n.


5181425-24.2020.8.09.0105
Comarca de Mineiros
Embargante : Município de Santa Rita do Araguaia
Embargado : Diandra Martins Vieira
Relator : Desembargador Carlos Alberto França

RELATÓRIO E VOTO

Cuida-se de embargos de declaração opostos pelo Município de Santa Rita


do Araguaia, contra acórdão proferido pela Terceira Turma Julgadora da Segunda
Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás que, à unanimidade de votos,
conheceu do reexame necessário e do apelo e negou-lhes provimento, mantendo a
sentença de primeiro grau inalterada.
A ementa do acórdão embagado tem a seguinte redação:

“Reexame Necessário e Apelação Cível. Mandado de Segurança. I.


Ilegitimidade ativa. Concurso. Convocação. Preliminar afastada.
Pretendendo a impetrante ser nomeada para o concurso público, por ter
sido classificada no certame, no cadastro de reserva, em 7º lugar, e em
razão da comprovação de que foram preenchidas as 04 (quatro) vagas
previstas no edital e existem 03 vagas vacantes, uma decorrente da
desistência e duas outras por estarem sendo preenchidas por servidores
que exercem o cargo idêntico àquela para o qual obteve aprovação no
certame, porém, de forma precária, demostrada está sua legitimidade
ativa para impetração da ação mandamental. II. Impugnação à
gratuidade da justiça. Art. 100, do CPC. Não comprovação.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5181425-24.2020.8.09.0105
Compete à parte contrária comprovar, mediante prova inconteste, a
inexistência ou desaparecimento dos requisitos essenciais à concessão
do benefício de assistência judiciária. Assim, não produzida pelo
apelante prova documental robusta, incontestável e apta a comprovar
que a impetrante/apelada não faz jus à gratuidade da justiça concedida
pelo magistrado singular, não deve ser acolhida a impugnação. III.
Aprovação em cadastro de reserva. Preenchimento de vaga
disponível no edital e comprovada necessidade de nova vaga.
Desistência de candidatos nomeados. Comprovação de servidores
ocupando o mesmo cargo de forma precária. Direito Subjetivo de
nomeação de candidato classificado em vaga posterior. A
aprovação em concurso público em cadastro de reserva não faz surgir
para o candidato direito à nomeação, mas somente uma mera
expectativa de direito, salvo quando aprovado dentro do número de
vagas ofertadas no Edital e das que surgiram. Neste contexto, todavia, o
direito à nomeação também se estende ao candidato aprovado em
cadastro de reserva, mas que passa a figurar entre as vagas
disponibilizadas em decorrência da desistência de candidato classificado
em colocação superior e comprovação de servidores ocupando o
mesmo cargo para o qual foi a apelante aprovada no certame de forma
precária.
Reexame Necessário e Apelo conhecidos e desprovidos. Sentença
mantida.”

Inconformado, o Município apelante opõe embargos de declaração – evento


nº 65.
Inicialmente, narra os fatos ocorrido no decorrer do trâmite processual,
destacando a pretensão exordial, sentença julgando procedente o pedido inicial,
interposição de apelo, apresentação de contrarrazões e julgamento proferido pelo
órgão colegiado, desprovendo a remessa necessária e apelo interposto pelo Município
ora embargante, ao fundamento, em resumo, de que tem a impetrante legitimidade
para impetração do mandamus, por meio do qual pretende ver reconhecido seu direito
subjetivo de ser nomeada no concurso público para o qual foi aprovada em cadastro
de reserva.
Alega que sua finalidade maior com os presentes embargos de declaração é
prequestionar toda matéria debatida nos autos para fins de interposição de recursos
junto às Cortes Superiores.
Tece comentários sobre a tempestividade dos aclaratórios e seu cabimento,
enfatizando que a contagem do prazo deve ser em dobro, nos termos dos artigos 183,
219, 1.003 e 1.023, todos do Código de Processo Civil.
Explana que, da documentação carreada aos autos, é possível concluir que o
edital tem previsão expressa de 04 (quatro) vagas para preenchimento imediato para o
cargo de psicólogo CRAS/CRAS Equipe Volante/CREAS, sendo que 03 (três) dos
candidatos aprovados foram imediatamente convocados e, posteriormente, foram
convocados os candidatos aprovados em 4º lugar e 5º lugar e, atualmente, 03 (três)
desses cargos encontram-se vagos.

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NR.PROCESSO: 5181425-24.2020.8.09.0105
Afirma que não há servidores ocupando cargos idênticos de forma precária,
oportunidade em que salienta que atribuições realizadas pelos servidores apontados
na peça exordial são totalmente distintas.
Aduz que a impetrante postula não só a sua convocação, mas também a dos
demais candidatos aprovados em colocação anterior a sua, o que inadmite-se, por
força das disposições contidas nos artigos 18, 337 e 485, todos do Código de
Processo Civil.
Afirma, ao contrário do que restou consignado no acórdão embargado, que a
impetrante/embargada não é a próxima a ser convocada, pois o candidato ocupante
da sexta colocação ainda não foi convocado.
Brada que o acórdão embargado foi omisso, por não ter mencionado o
princípio da separação dos poderes.
Assevera que os candidatos aprovados em cadastro de reserva somente são
convocados quando a administração pública entende necessário, ou seja, está dentro
da esfera do poder discricionário da administração pública.
Colaciona julgados corroborando todas as teses esposadas.
Reitera sobre a necessidade de se prequestionar todas as matérias debatidas
para que possa a municipalidade embargante interpor eventuais recursos junto ao
Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal.
Por fim, requer a apreciação da matéria retromencionada, pugnando, assim,
pelo acolhimento dos presentes embargos declaratórios com efeitos infringentes e
prequestionamento de toda matéria debatida.
A embargada oferece impugnação aos embargos de declaração na petição
inserida no evento n. 69, refutando as questões apontados pelo emba

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