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Diana João Adremane

Curso de Licenciatura em ensino de Biologia

Morfologia e anatomia da flor

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2021
2

Diana João Adremane

Morfologia e anatomia da flor

Trabalho de carácter avaliativo a ser entregue no


Departamento de ciências Naturais, Engenharia e Matemática,
na cadeira de Botânica Geral, no curso de Biologia, 1º ano 2º
semestre, recomendado pelo docente da cadeira

dr,

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2021
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Índice
Introdução....................................................................................................................................3

A flor nas Plantas.........................................................................................................................4

Componentes da Flor...................................................................................................................4

Como as Flores se prendem no Caule..........................................................................................6

Inflorescência...............................................................................................................................6

Fecundação na Flor......................................................................................................................6

O Mecanismo da Fecundação......................................................................................................7

Conclusão.....................................................................................................................................8

Referencia Bibliográfica..............................................................................................................9
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Introdução
A grande diversidade na organização das flores das angiospermas, especialmente a variação do
número, arranjo, grau de fusão e estrutura dos pistilos que formam o gineceu, propicia uma
ampla gama de variação no tamanho, forma, textura e anatomia dos frutos.

Biologicamente o fruto funciona como envoltório protector da semente (ou sementes),


assegurando a propagação e perpetuação das espécies.
Fruto, segundo a definição clássica, é o ovário desenvolvido e com sementes maduras. Também
pode ser conceituado como um órgão formado por um ou mais ovários desenvolvidos, aos quais
podem se associar outras estruturas acessórias.
Após a polinização e posterior fecundação da oosfera, ocorre um brusco aumento no conteúdo da
auxina no ovário (harmónio do crescimento) que estimula o crescimento de suas paredes e, em
alguns casos, de tecidos associados ao receptáculo.
Durante o processo de amadurecimento, frutos de muitas espécies adquirem cores chamativas e
aromas agradáveis, ou se tornam suculentos, sendo seu sabor apreciado por animais que, ao se
alimentarem deles, espalham suas sementes a certa distância da planta produtora. Outros, ao
contrário, tornam-se secos e sua abertura, às vezes explosiva, permite a liberação das sementes
que podem ser lançadas a distâncias relativamente grandes. Certos frutos apresentam
características morfológicas que os tornam elementos activos na disseminação de sementes.
Uma das características dos seres vivos é a capacidade de se reproduzirem. Portanto, a flor é um
órgão da planta com função reprodutiva.

Objectivos

Objectivos gerais:

 Descrever a estrutura da flor

Objectivos específicos

 Identificar os elementos da estrutura da flor;

 Caracterizar os elementos da estrutura da flor;

 Classificar as flores segundo a sua composição;


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A flor nas Plantas


Geralmente elas são bonitas, coloridas e perfumadas. Nas matas, nos jardins, nas ruas e nas
casas, contribuem para tornar o ambiente mais bonito e alegre. Flores como as do capim, do
milho, do arroz, entre outras, não têm atractivos, como perfume e coloração vistosa. Mas, bonitas
ou não, as flores têm a função de permitir a reprodução sexuada das plantas em que elas
ocorrem.

A flor é o sistema reprodutor de uma planta (gimnospermas e angiospermas). É nela que ocorre a
fecundação, ou seja, a união de uma célula sexual masculina com uma feminina. Depois da
fecundação, nas angiospermas, formam-se frutos e sementes. A semente contém o embrião, que
dará origem a uma nova planta, da mesma espécie daquela da qual se originou.

A flor ou o conjunto delas, a inflorescência, é órgão especializado responsável


pela reprodução da planta. Este órgão origina-se de modificações estruturais e
fisiológicas dos ramos. A flor é formada por um pedúnculo (ou eixo floral) e
pelos elementos florais (ou verticilos florais). (JOSÉ, G. Queiroz, Botânica
Geral e Comparada 1 – Pag 24)

Componentes da Flor

Os elementos florais, também conhecidos como verticilos ou órgãos florais, são


folhas modificadas inseridas no receptáculo. Uma flor é considerada completa, com todos os
elementos florais, quando apresenta cálice, corola, androceu e gineceu.

Os componentes básicos de uma flor são:

 Cálice: O cálice é formado por um conjunto de folhas modificadas, as sépalas, quase


sempre verdes. Em algumas flores, como o cravo, as sépalas são unidas, formando uma
peça única. Em outras, como a rosa, elas são separadas.
 Corola: A corola é a parte geralmente mais bonita e colorida da flor. Constitui-se de
folhas modificadas chamadas pétalas. Como as sépalas, também as pétalas podem ser
unidas (campânula) ou separadas (cravo e rosa). O conjunto formado pelo cálice e pela
corola é chamado perianto. Ele envolve e protege os órgãos reprodutores da flor, o
androceu e o gineceu:
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1. Androceu: O androceu é o órgão masculino da flor. Compõe-se de uma ou várias


pecinhas alongadas, os estames. Cada estame é formado de antera, filete e conectivo:

a) Antera: Região dilatada que se situa na ponta do estame; é aí que se formam os


grãos de pólen; o pólen é o pozinho amarelo que você pode ver facilmente no
miolo das flores e é uma estrutura reprodutora masculina.

b) Filete: Haste que sustenta a antera.

c) Conectivo: Região onde se ligam o filete e a antera.


2. Gineceu: O gineceu é o órgão feminino da flor. Constitui-se de um ou mais carpelos. Os
carpelos são folhas modificadas e possuem estigma, estilete e ovário:
a) Estigma: Parte achatada do carpelo, situada na sua extremidade superior; possui
um líquido pegajoso que contribui para a fixação do grão de pólen.
b) Estilete: Tubo estreito que liga o estigma ao ovário.
c) Ovário: Parte dilatada do carpelo, geralmente oval, onde se formam os óvulos.

A flor que possui apenas o androceu é uma flor masculina. A flor feminina tem apenas o
gineceu. Se os dois órgãos reprodutores estiverem presentes na flor, ela é hermafrodita.
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Fonte: Internet

Como as Flores se prendem no Caule

As flores estão presas no caule ou nos ramos por uma haste denominada pedúnculo, que se dilata
na parte superior formando o receptáculo floral. No receptáculo prendem-se todos os verticilos
florais. As vezes, as flores estão sozinhas no caule. São flores solitárias, como as do mamão, da
laranja, a violeta, a rosa, o cravo, etc. Outras vezes, várias flores estão presas no mesmo lugar do
caule. Neste caso, elas formam uma inflorescência. As inflorescências são diferentes umas das
outras.

Inflorescência
Em algumas espécies, as flores estão agrupadas sobre o ramo, formando uma inflorescência. Este
conjunto de flores sobre um mesmo ramo pode está organizado de várias maneiras: na forma de
um cacho, espiga, umbela, panícula, racemo, capítulo, amentilho e corimbo.

Fonte: Botânica Geral e Comparada 1.


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Fecundação na Flor

As angiospermas produzem gametas: as gametas masculinas são chamadas núcleos


espermáticos; as gametas femininas são as oosferas. As células reprodutoras masculinas e
femininas encontram-se, respectivamente, no tubo polínico e no óvulo. A fusão dessas células
sexuais é chamada fecundação. Para que a fecundação ocorra, é necessário que haja um
transporte dos grãos de pólen para o estigma, podendo isso acontecer numa mesma flor
(hermafrodita) ou de uma flor masculina para uma flor feminina.

O transporte dos grãos de pólen até o estigma é chamado polinização. Esse transporte é realizado
por vários agentes polinizadores, tais como o vento, a água, o homem, pássaros, insectos,
morcegos, etc. As flores polinizadas por animais, como as flores da laranjeira e da margarida,
costumam ser dotadas de vários atractivos: possuem pétalas vistosas, produzem perfume e um
líquido açucarado chamado néctar. Já as flores polinizadas pelo vento, como as flores do milho
ou do trigo, não possuem esses atractivos.

O Mecanismo da Fecundação

Quando uma abelha pousa em uma flor em busca de néctar, muitos grãos de pólen colam-se em
seu corpo. Ao pousar em outra flor, o insecto leva os grãos de pólen, que caem sobre o estigma
dessa flor e ficam colados nele. Depois de atingir o estigma transportado por uma abelha, por
exemplo, o grão de pólen sofre modificações. Emite um tubo, chamado tubo polínico, que
penetra no estilete e atinge o ovário.
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Estigma

Estilete

Antera

Ovário
Filete

Imagem: A esquerda: Órgãos Reprodutores Femininos. A direita: Órgãos


Reprodutores Masculinos. Fonte: internet

O núcleo reprodutivo ou gerador divide-se em dois, dando origem a gâmetas masculinos. Um


dos gâmetas masculinos vai unir-se à oosfera do óvulo. Dessa união origina-se o zigoto que,
juntamente com as outras partes do óvulo, se desenvolve formando a semente. Depois da
fecundação, a flor murcha. Então as sépalas, as pétalas, os estames e o estilete caem. O ovário
desenvolve-se formando o fruto, dentro do qual ficam as sementes (óvulos desenvolvidos depois
da fecundação).

Conclusão

Chegado a este ponto concluímos que a flor é o sistema reprodutor de uma planta (gimnospermas
e angiospermas). Depois da fecundação, nas angiospermas, formam-se frutos e sementes. Os
componentes básicos de uma flor são: Cálice, Corola (androceu e o gineceu). O androceu é o
órgão masculino da flor. Cada estame é formado de antera, filete e conectivo. O gineceu é o
órgão feminino da flor. Os carpelos são folhas modificadas e possuem estigma, estilete e ovário.
A flor que possui apenas o androceu é uma flor masculina. A flor feminina tem apenas o
gineceu. As flores estão presas no caule ou nos ramos por uma haste denominada pedúnculo, que
se dilata na parte superior formando o receptáculo floral.
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Os gâmetas masculinos são chamados núcleos espermáticos; os gâmetas femininos são as


oosferas. Para que a fecundação ocorra, é necessário que haja um transporte dos grãos de pólen
para o estigma, podendo isso acontecer numa mesma flor (hermafrodita) ou de uma flor
masculina para uma flor feminina. O transporte dos grãos de pólen até o estigma é chamado
polinização. Dessa união origina-se o zigoto que, juntamente com as outras partes do óvulo, se
desenvolve formando a semente. Depois da fecundação, a flor murcha. Então as sépalas, as
pétalas, os estames e o estilete caem. O ovário desenvolve-se formando o fruto, dentro do qual
ficam as sementes.

Referencia Bibliográfica
MODESTO, Zulmira, M. M. e SIQUEIRA, J. B. Botânica. São Paulo: Pedagógica Universitária.
1981.

SUPINHO. Arlindo Elísio Pedro, Manual de curso de ensino de Biologia – Botânica Geral,
Universidade Católica de Moçambique, Centro de Ensino `a Distância (CED)

QUEIROZ. José G. Eustáquio, AMORIM. Ana Paula & all, BOTÂNICA GERAL E
COMPARADA 1, 1ª Ed. Faculdade de Tecnologia e Ciências - Ensino a Distância.
ROCHA, ZÉLIA M. da e Silva, CARLINDA, P. – Manual de Anatomia e Organografia de
Vegetais Superiores. Salvador: UFBA, 1997.
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FERRI, Mário Guimarães, Botânica: Morfologia Externa das Plantas (Organografia). 15 ed.
-6ª reimpressão (1990) – São Paulo: Nobel, 1983.

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