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Mecanica Estática
Mecanica Estática
MECÂNICA GERAL I
Gilson Finotti
Jul/14 (r63)
2
OBSERVAÇÕES INICIAIS
Esta apostila é um mero resumo de aulas para auxiliar os alunos no estudo preliminar da
disciplina. Foi baseada nos livros da Bibliografia adotada, principalmente no livro de Beer e
Johnston (Referência 1) cuja simbologia procuramos adotar, a fim de facilitar as consultas dos
alunos. Seu objetivo é minimizar a necessidade de anotações em aulas de forma a manter ao
máximo a atenção dos alunos nas exposições da matéria.
Tratando-se de um mero resumo, evidencia-se a suas limitações, não eximindo, portanto, o
aluno da necessidade do estudo dos livros indicados na Bibliografia adotada, os quais,
enfaticamente recomendamos.
No texto optamos por simbolizar os vetores através de letras em negrito (F) em vez de uma
letra sobreposta com uma seta F . Esta foi adotada nas figuras e nas equações. O escalar da força é
representado pela letra normal (F).
Gilson Finotti
Engenheiro Mecânico pela Escola de Engenharia da UFMG
Mestre em Engenharia Mecânica pela Escola Politécnica da USP
Bibliografia
[1] BEER, Ferdinand P.; JOHNSTON Jr., E. Russell. Mecânica Vetorial para Engenheiros – Estática. 5ª Ed. São Paulo: Ed. Makron
Books do Brasil, 1991, 793p
[2] HIBBELER, R. C. Estática (Mecânica para engenharia). 10 Ed. São Paulo: Editora Pearson Prentice Hall, 2006, 540p
[3] MERIAN, J. L.; KRAIGE, L. G. Mecânica: Estática. Vol. 1. Rio de Janeiro: LTC, 2004
[4] SHAMES, Iving Herman. Estática: Mecânica para Engenharia – Vol 2. 4 Ed. São Paulo: Editora Pearson Prentice Hall, 2002.
[5] HIGDON, Archie, et al. Mecânica – Estática. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Ed. Prentice-Hall do Brasil Ltda. 1984
[6] SINGER, F. L. Mecânica para Engenheiros. São Paulo: Ed. Harper $ Row do Brasil Ltda. 1975
[7] McLEAN, W.G.: NELSON, E.W. Mecânica – Coleção Schaum São Paulo, Editora McGraw-Hill do Brasil, 1972, 443p
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 6
2. CONCEITOS FUNDAMENTAIS ............................................................................................ 6
2.1. Massa x peso ..................................................................................................................... 6
2.2. Partícula x corpo................................................................................................................ 6
2.3. Leis de Newton ................................................................................................................. 6
2.4. Exercícios. ......................................................................................................................... 7
3. SISTEMAS DE UNIDADES ................................................................................................... 8
3.1. Introdução ......................................................................................................................... 8
3.2. Sistema Internacional de Medidas (SI) ............................................................................... 8
3.3. Múltiplos e submúltiplos da unidade .................................................................................. 8
3.4. Razão de conversão de unidades ........................................................................................ 9
3.5. Exercícios: ........................................................................................................................ 9
3.6. Sistema técnico.................................................................................................................. 9
3.7. Sistema de unidades inglês (FPS) ...................................................................................... 9
3.8. Homogeneidade dimensional ........................................................................................... 10
3.9. Algarismos significativos ................................................................................................ 10
3.10. Notação científica ........................................................................................................ 10
3.11. Exercícios: ................................................................................................................... 10
4. REVISÃO DE TRIGONOMETRIA ....................................................................................... 11
4.1. Grau e radiano ................................................................................................................. 11
4.2. Exercícios: ...................................................................................................................... 11
4.3. Funções trigonométricas para o triângulo retângulo ......................................................... 11
4.4. Exercícios: ...................................................................................................................... 12
4.5. Relações entre lados e ângulos de um triângulo qualquer ................................................. 13
4.6. Exercício: ........................................................................................................................ 13
5. VETORES ............................................................................................................................. 14
5.1. Introdução ....................................................................................................................... 14
5.2. Tipos de vetores .............................................................................................................. 15
5.3. Vetores iguais .................................................................................................................. 15
5.4. Vetores opostos ............................................................................................................... 15
5.5. Adição de vetores ............................................................................................................ 15
5.6. Subtração de vetores ........................................................................................................ 16
5.7. Adição ou subtração de vetores colineares ....................................................................... 16
5.8. Produto (ou divisão) de um escalar por um vetor ............................................................. 16
5.9. Decomposição de vetores. Componentes retangulares de um vetor .................................. 16
5.10. Vetor Força .................................................................................................................. 17
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1. INTRODUÇÃO
Quando estudamos a Física vimos que ela, para fins didáticos, está dividida em: Mecânica,
Termologia, Acústica, Ótica, Eletrologia e Física Moderna.
A Mecânica, por sua vez é dividida em 3 partes:
Cinemática: estuda o movimento dos corpos sem considerar suas causas
Estática: estuda os corpos sólidos e fluidos em equilíbrio
Dinâmica: estuda o movimento dos corpos considerando suas causas.
No nosso curso de Mecânica Geral vamos estudar a Mecânica sob a ótica da Estática dos
corpos rígidos, pois, a Mecânica, conforme as características dos corpos é subdividida em:
-Mecânica dos corpos rígidos
-Mecânica dos corpos deformáveis (Mecânica dos sólidos)
-Mecânica dos fluidos
2. CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Quantidades básicas: comprimento, tempo, massa e força.
A massa corresponde à quantidade de matéria do corpo, ou, é o valor da resistência que o
corpo oferece para alterar sua velocidade (inércia).
A força é ação de empurrar ou puxar um corpo seja pela ação de outro corpo ou pela ação de
efeitos naturais como a força da gravidade, forças magnéticas, etc. A força é caracterizada por
módulo (ou intensidade), direção, sentido e ponto de aplicação.
Graças a esta lei, há em torno da terra uma região denominada campo gravitacional onde
todos os corpos são atraídos para o centro da terra com uma força chamada força gravitacional a
qual impõe ao corpo uma aceleração denominada de aceleração da gravidade, indicada por g.
Esta força gravitacional sobre um corpo de massa m é denominada de peso do corpo e é
calculada por
P m.g
2.4. Exercícios.
1. Um corpo tem massa 12kg. Qual é o peso (em N) deste corpo na Terra sabendo-se que a
aceleração da gravidade é 9,81 m s 2 . Qual o peso deste mesmo corpo na Lua cuja
aceleração da gravidade é 1,6 m s 2 ?
Respostas: PTerra=117,7N, PLua=19,2N
2. Se a aceleração de um corpo de massa 3kg é 5m/s2, qual é a força resultante que atua no
corpo?
Resposta: F 15N
3. Um bloco está apoiado num plano horizontal sem atrito. Duas forças horizontais colineares e
de sentidos opostos, cujos módulos são respectivamente 23N e 17N atuam neste bloco.
Sabendo-se que a aceleração adquirida pelo bloco foi de 3m/s2 qual é a massa do bloco?
Resposta: m 2kg
4. (EEM-SP) Um automóvel trafegando a 72km/h leva 0,5s para ser imobilizado numa freada
de emergência.
a) Que aceleração, suposta constante, foi aplicada ao veículo?
b) Sabendo-se que a massa do automóvel é 1,6.103 kg, qual a intensidade da força que
foi a ela aplicada em decorrência da ação dos freios?
Resposta: a) a 40m / s 2 b) F 6,4.104 N
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3. SISTEMAS DE UNIDADES
3.1. Introdução
O sistema de unidades adotado no Brasil e na maioria dos países, exceto nos países de língua
inglesa é o Sistema Internacional de Medidas (SI). Baseado no sistema métrico suas unidades
básicas são o metro o quilograma e o segundo. Por isto é chamado também de sistema MKS. A
multiplicidade de suas unidades é feita na base 10.
Já no Sistema Inglês: FPS (Feet, Pounds, Second) a multiplicidade de suas unidades é feita
de forma arbitrária. Ex.: 1pé=12pol
TABELA 2.1
Grandeza Nome da Símbolo da unidade
unidade
Comprimento * metro m
Massa* quilograma kg
Tempo* segundo s
Temperatura abs.* kelvin K
Velocidade m/ s
Aceleração m / s2
Força newton N kg.m / s 2
Peso newton N kg.m / s 2
Trabalho joule J N .m
Potência watt W N .m s
Pressão pascal Pa N m 2
* Grandezas básicas
TABELA 2.2
Prefixos Símbolo Fator Comprimento Massa Volume
m g l
giga G 109 Gm Gg Gl
mega M 106 Mm Mg Ml
quilo k 103 km kg kl
hecto h 102 hm hg hl
deca da 10 dam dag dal
Unidade 1 m g l
deci d 10-1 dm dg dl
centi c 10-2 cm cg cl
mili m 10-3 mm mg ml
micro μ 10-6 μm μg μl
nano n 10-9 nm ng nl
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Uma forma de fazermos a conversão de uma unidade para outra de mesma característica é
utilizarmos o que se chama de razão de conversão unitária.
Por exemplo: Converter 3,5km para metros.
1km 10 3 m
Como 1km=10 m a razão de conversão pode ser 3 1 ou seu inverso
3
1
10 m 1km
Pegamos então o valor a ser convertido e o multiplicamos pela razão de conversão que
venha cancelar a unidade a ser alterada. No nosso caso fica:
10 3 m
3,5km. 3,5.10 3 m
km
3.5. Exercícios:
1) Converter 2380cm em m.
2) Converter 3,7kg em mg.
3) Converter 200mg em g
4) Converter 4735m em km
5) Converter 8,9dm em km
6) Converter 65km/h em m/s
Respostas:
1) 23,8m
2) 3,7.106mg
3) 0,2g
4) 4,735km
5) 8,9.10-4km
6) 18,06m/s
TABELA 3.1
Grandeza Nome da unidade Símbolo Conversão para SI
Comprimento pé (foot) ft 1 ft 0,3048m
polegada in 1in 25,4mm
Massa libra massa (slug) slug 1slug 14,59kg
Força libra (pound) lb 1lb 4,45N
Pressão libra por pol. quadrada psi 1 psi 6894,8Pa
10
Exemplos:
2,85cm tem 3 algarismos significativos
0,00000285cm tem 3 algarismos significativos
2,850cm tem 4 algarismos significativos
46,3mm tem 3 algarismos significativos
46,30m tem 4 algarismos significativos
3.11. Exercícios
1. Utilizando a razão de conversão unitária, fazer as seguintes conversões:
(a) 1,7m para polegadas, (b) 4ft para mm (c) 65J para lb.ft (d) 3,8.103psi para Pa
Respostas:
1.a) 66,93in 1.b) 1219,2mm 1.c) 47,9lb.ft 1.d) 26,2.106Pa
2.a) 50kJ 2.b) 7mg 2.c) 9µm 2.d) 1Mpa
3.a) 18.106W 3.b) 5.10-3W 3.c) 7200m
4 -5
4.a) 3.10 4.b) 7,0.10 4.c) 6,34.1011 4.d) 5,08.10-4
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4. REVISÃO DE TRIGONOMETRIA
Grau é a medida do ângulo entre duas retas o qual é medido utilizando-se como unidade o
ângulo correspondente à divisão da circunferência em 360 partes.
Radiano é a medida do ângulo entre duas retas calculado pelo quociente entre o
comprimento do arco entre as duas retas e o raio do arco (Figura 1)
Portanto o ângulo medido em radiano é definido como:
s
r
Figura 1
O radiano é uma grandeza adimensional
Relação de conversão entre graus e radianos:
360 2. rad
ou 180 rad
4.2. Exercícios:
1) Qual a medida em radianos de um ângulo de 45°? Resp.:
2) Qual a medida em graus de um ângulo 3 radianos? Resp.: 60°
3) Somar os ângulos 12°45’55” e 70°50’20” Resp.: 83°36’15”
4) Subtrair 10°47’12” do ângulo 30°28’32” Resp.: 19°41’20”
5) Transformar o ângulo 39°18’45” para o sistema decimal. Resp.: 39,3125°
b cateto adjacente
cos
c hipotenusa
Figura 2
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a 2 b 2 c 2 (Pitágoras)
sen 2 cos 2 1
4.4. Exercícios:
1) Um triângulo retângulo tem os dois catetos iguais a 1. Calcular o seno o co-seno e a tangente
de 45°.
2) Um triângulo retângulo ABC possui os lados a, b e c que são respectivamente opostos aos
vértices A, B e C. Pede-se calcular o seno, co-seno e tangente de cada um dos ângulos
correspondentes aos vértices A e B, sabendo-se que a=12cm e b=9cm são os catetos do
triângulo ABC.
3) Os catetos de um triângulo retângulo medem 3m e 4m. Determinar o comprimento da
hipotenusa, os senos, cosenos e tangentes dos ângulos não retos deste triângulo.
4) Num triângulo retângulo a hipotenusa mede 30cm e um dos ângulos mede 35°. Pede-se
calcular os catetos.
5) Num triangulo retângulo um dos catetos mede 50m e seu ângulo oposto mede 30°. Calcular
o outro cateto e a hipotenusa.
Respostas:
1)
√
2)
3)
4)
5)
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Figura 3
4.6. Exercício:
Determinar os ângulos de um triângulo sabendo-se que a 229m , b 61m e c 232m
Respostas: A = 79,6°, B = 15,2°, C = 85,2°
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5. VETORES
5.1. Introdução
A quantidade de massa de um corpo é representada por um número seguido por sua unidade,
por exemplo, 3,2kg. Este número que representa a quantidade de massa é chamado de escalar. O
escalar pode ser também um número negativo, por exemplo, a temperatura média no cume de uma
determinada montanha é -10°C. Portanto o escalar nos informa o valor ou a intensidade de uma
determinada grandeza física. Se temos um conjunto de corpos de massas diferentes podemos obter a
massa total deste conjunto bastando somar algebricamente suas grandezas individuais.
Entretanto determinadas grandezas físicas possuem características especiais onde não é
possível simplesmente somar suas intensidades para obter o resultado final. É o caso, por exemplo,
quando temos várias forças atuando sobre um determinado corpo. Neste caso temos de levar em
conta, também, as direções e sentidos das forças aplicadas ao corpo.
Para representar entidades físicas como a força, a velocidade, a aceleração, etc. adotamos o
ente matemático chamado vetor.
O vetor é a representação de uma grandeza física que possui intensidade (ou módulo),
direção e sentido.
O vetor é representado através de uma seta cujo comprimento em escala nos fornece o seu
módulo. A ponta da seta, que é a extremidade do vetor, nos informa o seu sentido. Sua direção (ou
orientação) pode ser informada através das coordenadas das extremidades do vetor ou do ângulo
formado por sua reta suporte (ou linha de ação) e um eixo de referência qualquer.
A Figura 4 nos mostra a representação de um vetor situado no plano xy de um sistema
cartesiano de referência, onde sua direção é dada pelo ângulo de 35° em relação ao eixo x e seu
módulo é a medida da seta que tem 3 unidades. A Figura 4 mostra também a origem e a
extremidade do vetor, bem como a linha de ação ou reta suporte do vetor.
Figura 4
Como vemos na figura acima o símbolo que representa um vetor é constituído por uma letra
com uma seta em cima ( F ), muitas vezes é representado simplesmente por uma letra em negrito
(F). O módulo é representado por A ou simplesmente por A seguido de sua unidade, que no caso
da força no SI, é o newton (N).
15
Figura 5
Figura 6
16
Figura 7
Figura 8
Figura 9
Figura 10
.
Na Fig. 4-7, o módulo de cada componente de F é Fx e Fy. Então a representação do vetor F
como um vetor cartesiano é:
F = Fx i + Fy j
O módulo do vetor F é calculado usando o teorema de Pitágoras, isto é,
F Fx2 Fy2
O módulo das componentes de F são calculadas por trigonometria
Fx F . cos Fy F .sen
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Solução:
Colocando a origem dos eixos de coordenadas no ponto de aplicação da força no gancho e
decompondo a força F segundo as direções x e y, podemos observar que Fx é positivo, pois tem a
mesmo sentido do eixo x mas Fy é negativo, pois tem sentido contrário ao eixo y.
Os módulos das componentes da força são:
F x F . cos 50 257,1N
F y F .sen50 306,4N
Então suas componentes são
Fx = 257,1.i
Fy = - 306,4.j
A força F na forma cartesiana é escrita como segue:
F = (257,1N). i – (306,4N). j
2) Determinar o módulo da força F= (3kN).i + (4kN).j e o ângulo que ela forma com o
eixo x.
Solução:
Módulo de F
F Fx2 Fy2 32 4 2 F 5kN
Ângulo
Fy 4
arctg arctg 53,13
Fx 3
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5.13. Exercício
1) A força F mostrada na figura tem módulo de 300N. Pede-se:
a) Determinar os módulos de suas componentes horizontal e vertical
b) Representar estas componentes em vetores cartesiano
c) Representar a força F em vetor cartesiano.
Figura 11
Forças coplanares são forças situadas no mesmo plano. No caso da Figura 11 estamos
considerando que todas as forças estão contidas no plano determinado pelos eixos x e y.
A resultante de várias forças aplicadas no ponto O é a soma vetorial destas forças, isto é,
R = F1 + F2 + ... + Fn
Chamando de F1x o módulo da componente de F1 no eixo x e F1y o módulo da componente
no eixo y e, assim, sucessivamente para as demais forças, podemos escrever o vetor resultante
destas forças da seguinte forma
R = (F1x + F2x + ... +Fnx).i + ((F1y + F2y + ... +Fny).j
Generalizando
R = Fx .i + Fy .j (4.1)
Ao aplicar esta equação devemos ficar atentos quanto ao sinal das componentes das forças.,
Elas serão positivas se possuírem o mesmo sentido do eixo cartesiano correspondente. Caso
contrário, deverão ser lançadas na equação com o sinal negativo.
Solução:
Soma das componentes das forças em x e em y
Fx 80. cos 40 110. cos 25 50.sen30 200 cos 60 36,6kN
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5.16. Exercícios
1) Determinar os módulos das seguintes forças
a) A (300N )i (400N ) j
a) B (200N )i (800N ) j
Respostas: A=500N e B= 824,6N
Figura 12
Solução
Vemos pela figura que o ponto A está em equilíbrio sujeito a três forças: o peso do bloco e
as trações dos cabos AB e AC. Vamos então estudar o equilíbrio do ponto A, começando pela
execução do seu diagrama de corpo livre. No diagrama de corpo livre (Figura 12) desenhamos os
eixos de coordenadas x e y com origem no ponto A e desenhamos os vetores correspondentes ao
peso do bloco e às forças dos cabos AB e AC sobre o ponto A, os quais denominamos de FB e FC,
respectivamente. É evidente que estes vetores têm as setas apontando para cima, pois, as ações dos
cabos AB e AC sobre o ponto A é contrária ao peso do bloco, cujo vetor é para baixo. Os ângulos
das direções destes vetores também são mostrados no diagrama.
23
Figura 13
Os valores calculados são os módulos (ou intensidades) das forças. Como resultaram
positivos isto indica que os sentidos dos vetores desenhados no diagrama estão corretos.
Em certos casos é difícil saber o sentido correto da força a ser calculada. Não devemos,
entretanto, preocuparmos com isto, pois mesmo que tenhamos errado o sentido no diagrama a
resposta do cálculo nos informará o sentido certo.
ou componentes horizontais das forças inclinadas, com o sinal positivo se a força tem o
sentido para direita, se não, será lançada com o sinal negativo.
4) Escritas as duas equações teremos então um sistema de duas equações e duas incógnitas
que resolvido nos fornecerá os valores das forças desconhecidas. Logicamente se houver
mais de duas incógnitas o sistema não poderá ser resolvido. Sistemas deste tipo são
chamados de hiperestáticos e sua solução foge do escopo de nosso curso.
6.5. Exercícios
1) Determinar as forças que atuam nas barras AB e AC da figura seguinte.
2) O anel A amarrado a dois cabos AB e AC suporta os pesos de 800N e 500N através dos
cabos que passam pelas roldanas D e E. Sabendo-se que o sistema está em equilíbrio, pede-
se determinar as intensidades das forças nos cabos AB e AC.
Figura 14
Ou
F = F (cos x .i cos y . j cos z .k ) (6.6)
Colocando
u cos x .i cos y . j cos z .k (6.7)
Este é o vetor unitário da linha de ação da força F. Substituindo na equação (6.6), temos
F = F .u (6.8)
Isto é, para obtermos o vetor da força F basta multiplicarmos o seu módulo pelo vetor
unitário de sua linha de ação.
Pela equação acima o vetor unitário pode ser determinado por
F
u (6.9)
F
Pela equação (6.7) vemos que os módulos das componentes do vetor unitário u são
u x cos x
u y cos y (6.10)
uz cos z
O módulo do vetor unitário u é logicamente 1, logo pela equação (6.4), temos
u x2 u 2y u z2 1
Ou
cos 2 x cos 2 y cos 2 z 1 (6.11)
40
cos y 0,253 y 104,7
157,8
80
cos z 0,507 x 59,5
157,8
c) Vetor unitário
u 0,824.i 0,253. j 0,507.k
Colocando x xB x A , y y B y A , z zB z A
Fica rAB x i y j z k (6.12)
Figura 15
Figura 16
7.4. Determinação de uma força tendo-se dois pontos de sua linha de ação e seu módulo
Tendo-se os dois pontos A e B da linha de ação da força F podemos determinar o vetor
posição rAB utilizando a equação (6.12) e com a equação (6.13) determinamos o vetor unitário uAB
da reta AB.
Vimos anteriormente que uma força F é igual ao produto de seu módulo pelo vetor unitário
de sua linha de ação (equação (6.8)), ou seja,
F
F = F .u AB x .i y . j z .k (6.14)
rAB
O módulo de rAB que é a medida da distância entre os pontos A e B é determinado por (ver
equação (6.4))
rAB 2x 2y 2z (6.15)
Os ângulos diretores da força F são os mesmos do vetor posição rAB, portanto, podem ser
calculados com as equações
cos x x
rAB
y
cos y (6.16)
rAB
cos z z
rAB
7.6. Exercícios
1) Dados os pontos A(0, 0, 6m) e B(12m, -8m, 30m) pede-se determinar: a) o vetor posição
do ponto B em relação ao ponto A; b) a distância entre A e B; c) o vetor unitário da reta AB e seus
ângulos diretores.
Respostas: a) rAB 12 i 8 j 24 k , b) 28m, c) u AB 0,428i 0,286 j 0,857k ,
x 64,62, y 106,6 z 31,01
2) A linha de ação de uma força F=400N passa pelos pontos A(5m; 0; -3m) e B(0; 2m; 0).
Sabendo-se que força tem sentido de A para B, pede-se determinar o vetor cartesiano da força e
seus ângulos diretores.
Respostas: F (324,8N ).i (130N ). j (194,8N ).k , x 144,3 , y 71,0 ,
z 60,9
Respostas: F 405,6.i 676. j 135,2.k N , x 120,5 , y 32,3 , z 99,7
31
Generalizando
R= F x .i + F y .j + F
z .k
cos x
Fx
R
cos x
Fy
R
cos x
Fz
R
7.8. Exercício
Determinar o vetor cartesiano, o módulo e os ângulos diretores da resultante das forças
130N e 250N mostradas na figura.
7.10. Exercício
Corpo rígido. O corpo é constituído por um conjunto de partículas, donde, além de massa ele
possui dimensões não desprezíveis. O corpo é chamado de rígido se não sofre deformação quando
sujeito a qualquer tipo de força. No nosso estudo da Estática os corpos serão considerados sempre
rígidos. Os corpos deformáveis serão estudados na Resistência dos Materiais.
No caso da partícula, como vimos, o ponto de aplicação das forças era único, isto é, era a
própria partícula. Portanto, as forças atuantes na partícula constituía um sistema de forças
concorrentes. Entretanto no caso de um corpo, suas dimensões deverão ser levadas em conta e os
pontos de aplicação das forças são normalmente distintos.
Figura 17
34
Figura 18
Donde, podemos dizer que o módulo do momento de uma força em relação a um ponto é
o produto do módulo da força pela distância da linha de ação da força ao ponto.
Figura 19
35
b) Apoio articulado móvel é o apoio mostrado no ponto B Figura 20. Este apoio permite a
rotação do corpo e deslocamento horizontal mas não permite o deslocamento vertical
(para o caso mostrado na Figura 20). Portanto, neste caso, este apoio só oferece reação
na direção vertical. A reação de apoio neste tipo de apoio tem direção conhecida.
Representação esquemática:
Figura 20
36
Figura 21
A 1,67kN
Da eq. (2), substituindo A e Bx pelos seus valores acima, obtemos
By 20kN 1,67kN 18,33kN
Obs. Como todos valores encontrados para as reações foram positivos isto quer dizer que os sentidos adotados
na figura estão corretos
Figura 22
Figura 23
38
8.10. Exercícios
1) A barra AC da figura está articulada em C e suporta na extremidade A um bloco E que
pesa 400N. O cabo flexível BD, que liga a barra à parede, forma um ângulo α = 40° com a
horizontal. Determinara: a) a força de tração no cabo BD e b) a reação horizontal e vertical
na articulação C.
>
Respostas: Ax = 80N ← Ay = 70N ↓ M = 7100Ncm C
Figura 24
Figura 25
41
8.14. Exercício
Figura 26
Figura 27
Podemos simplificar a determinação do sinal do produto vetorial de dois vetores unitários
utilizando a circunferência mostrada na Figura 28:
O produto vetorial de dois vetores unitários será positivo se os vetores são vizinhos no
sentido anti-horário. Se não, será negativo.
43
Figura 28
Figura 29
Figura 30
Figura 31
Solução
a- Conforme mostra a figura o momento de F em relação ao ponto O é calculado por
46
M O rOA F .
b- Determinação do vetor posição rOA
rOA = x i + y j + z k (3m).i (4m). j (2m).k
c- Determinação do vetor cartesiano de F .
F F .uBA
Observe que o sentido da força é de B para A.
d- Vetor posição de A em relação a B
r BA (3m 6m).i (4m 0). j (2m 5m).k
r BA (3m).i (4m). j (7m).k
rBA ( 3m) 2 (4m) 2 ( 7m) 2 8,6m
e- Vetor unitário u BA
uBA
rBA
rBA 8,6m
1
(3m).i (4m). j (7m).k
uBA 0,349.i 0,465. j 0,814.k
f- Vetor cartesiano F
No nosso caso F (1500N ).uBA
F 150N 0,349.i 0,465. j 0,814.k
F (52,35N ).i (69,75N ). j (122,1N ).k
g- Determinação do momento
M O r OA F
i j k i j k
MO x y z 3m 4m 2m
Fx Fy Fz 52,35N 69,75N 122,1N
ou seja,
M O 348,90N .m.i 471N .m. j 418,65N .m.k
O módulo é
M O (348,9 N .m) 2 (471N .m) 2 (418,65N .m) 2 720,3N .m
47
Figura 32
48
9.11. Exercícios
1) Determinar o vetor cartesiano e o módulo do momento da força F = (4i-10j+9k)N em
relação ao ponto O, ponto de fixação da tubulação OABC.
Figura 33
Solução
A(0; 0; 0)m B(4; 5; 1)m C(6; 0; 8)m
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗ ⃗ ⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗ ⃗ ⃗⃗
rBA=6,48 rBC=8,83
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
Donde
Figura 34
Solução:
A(5; 6; 4)m
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗ ⃗ ⃗⃗ rOA=8,77m
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗ ⃗ ⃗⃗
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗
Figura 35
9.23. Momento de uma força em relação a um eixo qualquer que passa pela origem
do sistema de coordenadas
Seja o eixo w que passa pela origem do sistema de coordenadas (Figura 36).
Figura 36
| | (8.11)
Como regra geral, podemos dizer que o momento de uma força em relação a um eixo, pode
ser determinado pelo produto escalar do vetor unitário do eixo e o momento da força em relação a
um ponto qualquer deste eixo.
Solução
a) ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
⃗ ⃗ , onde ⃗ ⃗ ⃗⃗ então
i j k i j k
MO x y z 1,2 0 0,4
Fx Fy Fz 25 82 6
Resposta: ⃗⃗⃗ ( ⃗ ⃗ ⃗⃗ )
b) Resposta: 17,2Nm
c) ⃗ ⃗ ⃗ ⃗⃗ então seu módulo é rOB=8,6 e seu vetor unitário é
⃗⃗ ⃗ ⃗ ⃗⃗.
53
d) ⃗⃗⃗ ( ⃗ ⃗ ⃗⃗ ) ( ⃗ ⃗ ⃗⃗ )
9.25. Exercício
1) O tubo ABCD está preso em A e na extremidade D atua a força ⃗ ( ) .
Pede-se determinar o módulo e o vetor cartesiano do momento da força dada em relação
ao eixo AB.
9.26. Binário
Binário (ou conjugado) é o conjunto de duas forças de mesmo módulo com direções
paralelas, mas, de sentidos opostos e cujo efeito é provocar o giro do corpo sobre o qual está sendo
aplicado.
A Figura 37 mostra um binário formado por duas forças ⃗ e ⃗ cuja distância entre suas
linhas de ação é d.
Figura 37
Para distinguir do vetor de uma força o vetor de um momento de binário é geralmente
representado por uma seta com um arco orientado circundando a seta conforme a Figura 37.
Figura 38
55
- O vetor binário, sendo um vetor, ele segue à lei de adição dos vetores. Portando, podemos
achar a resultante de dois ou mais vetores binários usando a soma vetorial. Do mesmo modo
podemos decompor um vetor binário em componentes, como fizemos para os vetores força. Por
exemplo, podemos decompor um vetor binário M em suas componentes nas direções dos eixos de
coordenas, ou seja,
M M x M y M z
- Binários que tem o mesmo momento e que atuem em planos paralelos são equivalentes.
Portanto podemos deslocar um vetor binário de um plano para outro plano paralelo que o efeito é o
mesmo. Por exemplo, na Figura 39 o momento M=18kN.m aplicado no plano A ou no B produz a
mesma reação de apoio no engastamento.
Figura 39
- Pela Figura 39 vemos que binários constituídos de forças diferentes podem ter o mesmo
momento, dependendo das distâncias entre as forças, e desde que estejam em planos paralelos ou no
mesmo plano, e que tenham mesmo sentido.
- O momento de uma força depende da distância de sua linha de ação ao ponto em relação ao
qual estamos calculando o momento. No caso do binário o seu momento depende da distância entre
suas linhas de ação. Portando o momento das forças de um binário em relação a um ponto qualquer
não depende da posição deste ponto, ou seja, é invariável qualquer que seja a posição do ponto.
Temos, portanto, 6 equações as quais permitem determinar seis incógnitas. Se existem mais
incógnitas que equações temos um sistema hiperestático. Neste caso o corpo tem mais vínculos que
o necessário para mantê-lo em equilíbrio. Se o número de reações for menor que o de equações, isto
quer dizer que o corpo está parcialmente vinculado, ou seja o sistema é hipostático.
Pode ocorrer casos onde o número de equações é igual ao numero de incógnitas mas o corpo
não está adequadamente vinculado. Isto ocorre quando todas as forças de reação interceptam um
eixo comum ou quando elas são todas paralelas.