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03/02/2021

Chegou a hora de Leonardo Rolim sair da


Presidência do INSS
Completando um ano a frente do cargo, o INSS perdeu 365 dias de sua vida.

Nomeado em janeiro de 2020 com a missão de reduzir as filas e acabar como passivo de
mais de 1,5 milhão de processos represados, deixados por seu amigo Renato Vieira,
Leonardo Rolim fracassou miseravelmente em sua missão. Mesmo beneficiado com seis
meses de agências fechadas em virtude da pandemia, quando teve à disposição todo o
efetivo de servidores do seguro social e dos Peritos Médicos Federais em trabalho remoto
para poder enxugar os milhões de processos represados, Rolim se mostrou incapaz de
estabelecer um planejamento estratégico capaz de criar um fluxo de redução dos estoques.
Tudo ficou estanque. Rolim se mostrou inepto para evoluir com o projeto do INSS Digital,
que continua patinando nas APS com internet de meio megabyte, com sistemas arcaicos e
instáveis que a toda hora dão problema e saem do ar.

Leonardo Rolim precisa explicar à nação por que contratou quase 3.000 servidores militares
e aposentados temporários, no meio da pandemia, comas agências fechadas, para
atendimento presencial, sendo que todos estavam em grupos de risco, ou seja, não poderiam
atender ao público quando da reabertura das agências, o que de fato aconteceu. Centenas de
milhões de reais foram jogados no lixo nesse projeto inútil e foi para justificar essa
insanidade que ele forçou a reabertura precipitada das agências em setembro de 2020.

Leonardo Rolim causou prejuízo aos trabalhadores brasileiros, ao vender apreço de banana a
participação do INSS na Caixa Seguros Holding para a Caixa Seguridade. O insípido
Presidente do INSS, que prometeu muito no início mas decepcionou a todos, teve seis meses
de agências fechadas para conseguir fazer uma grande readequação estrutural nas unidades e
equipamentos, porém dormiu em berço esplêndido e nada o fez, com as APS acumulando
poeira e mofo no período, sendo necessário até mesmo que o Governo Federal liberasse
uma Medida Provisória para ajudar a equipar as agências. Mesmo assim, passados 120 dias
da reabertura, menos da metade das agências originais do INSS estão efetivamente abertas e
funcionantes no Brasil, prejudicando milhões de trabalhadores.

O número de processos represados quando Renato Vieira saiu é o mesmo que o número de
processos represados da atual gestão de Rolim, ou seja, se tivesse deixado a cadeira vaga
não teria feito a menor diferença, mas o INSS não teria tomado os prejuízos com os
militares, aposentados e com a Caixa Seguridade.

Resta claro que o gestor, que parece entender bastante de Classificação Internacional de
Funcionalidade, se revelou completamente disfuncional à frente da maior autarquia do
hemisfério sul. Nada ocorreu até agora e nada ocorrerá com Rolim a frente do cargo. Tudo o
que ele tinha para mostrar, já o fez. Seu livro de feitos no INSS é um caderno em branco. Se
cercou de assessores oriundos do governo petista, do qual ele mesmo fez parte por muito
tempo, sendo que estes até hoje possuem cargos elevados no Instituto, não podia dar certo
mesmo.

Sua má gestão está sufocando os segurados em plena pandemia, onde mais necessitam de
uma previdência operante. Sua luta para permanecer à frente do cargo tem que ser
imediatamente bloqueada pelo Governo, não dá mais para suportar tamanha paralisia e
incompetência. Rolim teve chances únicas para fazer história e as jogou no lixo. Foi
retrocesso atrás de retrocesso. Neste momento de renovação na política, está mais que na
hora de revitalizar o INSS e colocar à frente da autarquia alguém que, de fato, faça a casa
andar para a frente.

Diretoria da ANMP

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