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EMPRESÁRIO
Livro Eletrônico
DIREITO EMPRESARIAL
Empresário
Eugênio Brügger
Apresentação..................................................................................................................3
Empresário.....................................................................................................................8
1. Teorias do Direito Empresarial.....................................................................................8
1.1. Teoria Subjetiva.........................................................................................................8
1.2. Teoria Objetiva..........................................................................................................9
1.3. Teoria Subjetiva Moderna........................................................................................ 12
2. Empresário............................................................................................................... 15
2.1. Atributos................................................................................................................ 15
2.2. Excluídos da Compreensão de Empresário.............................................................25
2.3. Impedidos de Serem Empresários..........................................................................34
2.4. Capacidade para Ser Empresário (PN).. ..................................................................36
2.5. Empresário Casado............................................................................................... 40
Resumo......................................................................................................................... 41
Mapa Mental.................................................................................................................. 47
Questões de Concurso.................................................................................................. 48
Gabarito........................................................................................................................53
Gabarito Comentado. .....................................................................................................54
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DIREITO EMPRESARIAL
Empresário
Eugênio Brügger
Apresentação
Olá! Meu nome é Eugênio Brügger e vou transmitir para você, aluno(a) Gran, o conteúdo
de Direito Empresarial.
Inicialmente, gostaria de ressaltar o fato de muitos(as) estudantes de Direito não se sen-
tirem confortáveis com esse conteúdo; entretanto, tenho uma notícia excelente: ESSA HISTÓ-
RIA COMEÇARÁ A MUDAR AGORA!
Muitos(as) examinandos(as), no momento do estudo para o Exame de Ordem, deixam o
Direito Empresarial de lado com aquele velho “papinho”:
“É chato.”
“Eu não sei.”
“Eu não posso.”
“Eu não sou capaz.”
“Essa matéria cai pouco.”
Se você pensa assim, a partir de agora, não pensará mais. Jamais deve entorpecer seus
pensamentos com tais ideias negativas, o início da vitória está em você. Você é capaz de
tudo, consegue atingir todos os seus objetivos; mas, para isso, tem que acreditar em você
mesmo(a). Além disso, não posso deixar de esclarecer que essa matéria (Direito Empresarial)
não cai pouco no Exame de Ordem, ela despenca.
O caderno de provas da 1ª etapa contém, como todos sabem, 80 questões, e a FGV re-
serva, para o Direito Empresarial, 5 questões no trecho da 46 a 50. Contudo, afirmo, com total
intrepidez, que o examinador poderá exigir de você, meu inha) aluno(a), o conhecimento em 6,
7 ou em até 8 questões.
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Eugênio Brügger
Espero que tenha compreendido a importância do Direito Empresarial para a sua aprova-
ção, e trabalharemos juntos para a construção do seu alicerce nesse conteúdo.
Você pode estar perguntando:
Como funcionará, professor?
Bem! Nosso curso em PDF está fracionado em 8 aulas, da seguinte forma:
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Sim! Para eu te entregar o melhor conteúdo, eu tinha que entrar em campo. Igual ao di-
tado: “TREINO É TREINO, JOGO É JOGO!” Para te treinar, eu tive que jogar. E isso fez com que
eu percebesse alguns erros básicos nos(as) examinandos(as), bem como características da
banca (FGV).
Por exemplo, vejo diversos(as) examinandos(as) que têm a necessidade de atendimento
especial e não o solicita. Mas, como você é aluno(a) Gran, te alerto, tal atendimento está pre-
visto no item 2.7 do Edital de Abertura do Exame, veja:
Perceba que o atendimento especial não é apenas para pessoas com deficiência, mas
também para pessoas que necessitem de um atendimento especial. Se você tem alguma
patologia oftalmológica (astigmatismo, por exemplo), pode solicitar o atendimento especial
para que a sua prova seja impressa com a fonte (letra) maior.
Outro drama na vida dos examinandos e lhe peço atenção é o “ESPÍRITO DO PREJUÍZO”.
O espírito do prejuízo está entre nós e se manifesta de várias formas, cabe a você o escu-
tar ou o deixar de lado.
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Já cansei de avisar
Pro meu coração
Pra ele tomar cuidado
Com essa questão
Concurseiro desesperado
É um campo minado
Se mudar a alternativa um adeus
Concurseiro sai reprovado
Mudar a alternativa é bonito, é gostoso, mas é perigoso
Tem que saber marcar
Mudar a alternativa não consigo
Sei que é um perigo, isso vai me reprovar
Vai com calma, coração
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De outro canto, em relação à FGV, a banca mantém um padrão no conteúdo cobrado nos
Exames, mas ela joga algumas casacas de banana na prova mudando a forma de elaboração
da questão, ou seja, cobra a mesma coisa com outras palavras, mas fique tranquilo, você es-
tará preparado para isso.
Minha vida nos concursos sempre foi uma montanha russa, coleção de aprovações e de
reprovações, e sempre aprendi com todas elas. Mas o meu maior aprendizado foi descobrir
que eu era capaz; assim, nunca desisti dos meus sonhos.
Sei das grandes dificuldades enfrentadas, mas sei também que a sua vitória está em você;
ou seja, você pode ser seu maior inimigo ou o seu maior amigo. Você escolhe! Por isso, acre-
dite em você, no seu potencial, saiba que é grandioso(a), vitorioso(a), capaz, #imparável.
“O trabalho que a vida te confia é o buril que te aprimora, mas pode ser igualmente comparado à
uma viagem no rumo da perfeição que demandas.
Os tropeços, em muitas ocasiões, não são externos. Estão por dentro de nós.” EMMANUEL
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EMPRESÁRIO
1. Teorias do Direito Empresarial
Inicialmente, cabe destacar que o Direito Mercantil/Comercial/Empresarial só teve 3 teo-
rias, cada uma em momentos distintos da humanidade, a Teoria Subjetiva, a Teoria Objetiva e
a Teoria Subjetiva Moderna.
Você tem que entender uma coisa muito importante, da mesma maneira que o Direito do
Consumidor (que visa à proteção de um sujeito, o consumidor) ou o Direito do Trabalho (que
visa à proteção de um sujeito, o trabalhador), o Direito Mercantil/Comercial/Empresarial visa
à proteção de um sujeito.
Ok, professor! Mas quem é o sujeito de direito no âmbito deste ramo do Direito?
Boa pergunta! Ao estudar as Teorias do Direito Mercantil, você perceberá que, em cada
uma, foi dado um “nome” diferente para esse sujeito e não só isso. Com a substituição da te-
oria aplicada, além da mudança no “nome” do sujeito, também foram modificados os critérios,
os atributos necessários, para a sua definição.
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Você pode até pensar que isso é um absurdo. Como assim para exercer uma profissão
tenho que me inscrever em uma corporação?
Pois é, mas sinto lhe dizer que, até os dias de hoje, temos resquícios dessa teoria, e você
está aqui estudando justamente para entrar na “sua corporação de ofício” (OAB) com o intui-
to de exercer a sua profissão (advocacia). De nada adianta você passar 5 anos se lascando
numa sala de uma Faculdade de Direito, você não será considerado ADVOGADO enquanto não
inscrito(a) nos quadros da OAB.
Bem! Vale destacar que o Direito Mercantil na Idade Média (Teoria Subjetiva tinha duas
finalidades, a saber:
• Garantir o oligopólio no exercício da profissão. De acordo com o DICIO (Dicionário On
Line de Português): “Circunstância econômica em que um número reduzido de empre-
sas domina a maior parte do mercado, através do controle da oferta de produtos”;
• Dar garantia à uma classe exclusiva, a classe burguesa. Olha que legal, foi justamente
essa finalidade do Direito Mercantil que motivou a modificação da teoria para a teoria
objetiva.
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Muito simples! Se todos eram iguais, e essa igualdade foi tão marcante na revolução fran-
cesa que, a título de curiosidade, antes dela, a pena de morte por decapitação era destinada
exclusivamente à nobreza francesa, enquanto os plebeus eram queimados, enforcados, es-
quartejados, com a revolução isso mudou. Se todos são iguais, decapitação para todo mundo!
Nessa passada, um médico francês, Joseph-Ignace Guillotin, inventou um instrumen-
to que foi muito utilizado na época, principalmente no período denominado de TERROR, a
guilhotina, nela muitos jacobinos e girondinos foram mortos, um verdadeiro derramamento
de sangue.
Diante disso, o povo francês, após esse período tão marcante, não iria admitir um ramo do
Direito protetivo exclusivamente de uma classe (a classe burguesa), não haveria igualdade.
De outro canto, se Napoleão deixasse de proteger o burguês francês, a França entraria em
colapso econômico, pois outros países iriam inundá-la com seus produtos e serviços.
Napoleão decidiu então inovar! Criou a chamada “TEORIA DOS ATOS DE COMÉRCIO”. Te-
oria essa criada para implementar a igualdade na atividade mercantil, pois nos seus termos:
A LEI TERIA UM ROL CHAMADO DE “ATOS DE COMÉRCIO”, E QUALQUER PESSOA QUE PRA-
TICASSE PELO MENOS UM DOS ATOS SERIA AUTOMATICAMENTE CONSIDERADA COMER-
CIANTE E TERIA A PROTEÇÃO DA LEI.
BINGO!
Napoleão conseguiu o inimaginável, conseguiu implementar a igualdade, pois qualquer
um poderia ser considerado comerciante e, ainda, deu proteção a essas pessoas.
Note, como dito no início da aula, conforme modificamos a teoria, também modificamos a
nomenclatura do sujeito de direito e o critério para a sua definição.
Perceba que a inscrição não era mais um requisito para que uma pessoa fosse considera-
da comerciante, bastava que ela praticasse apenas 1 dos atos considerados atos de comércio.
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O Brasil não ficou para trás! O Código Comercial de 1850 se espelhou no Código Napole-
ônico de 1804; logo, O Código Comercial de 1850 adotou a Teoria dos Atos de Comércio (SE
LIGA NESSA!)
Se o Direito pátrio adotou a teoria dos atos de comércio, o Código Comercial de 1850 de-
veria apresentar o rol de atos de comércio, certo? Pois é, não foi bem assim. O artigo 4º falava
que comerciante era aquele matriculado em algum dos Tribunais do Comércio do Império e
que exercesse mercancia, mas não explicava o que era mercancia. Para entender o que defi-
nia a mercancia tínhamos que dar uma olhada no artigo 19 do Regulamento 737 de 1985, lá
estava o rol de atos de comércio.
Então, o Código Comercial brasileiro de 1850 adotou a Teoria dos Atos de Comércio e era
dividido da seguinte forma:
A Terceira Parte foi revogada, foram publicados diversos decretos até o advento do Decre-
to 7.661/45 o qual foi revogado pela Lei 11.101/2005, nossa atual Lei de Falências e Recupe-
ração de Empresas, que será objeto do nosso estudo na 8ª aula.
Além disso, o Código Civil/2002, artigo 2.045, revogou a parte primeira do Código Comer-
cial de 1850 (Art. 2.045. Revogam-se a Lei n o 3.071, de 1 o de janeiro de 1916 - Código Civil e
a Parte Primeira do Código Comercial, Lei n o 556, de 25 de junho de 1850).
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Letra d.
Pelo amor de Deus! Muito fácil, professor! Gabarito alternativa “D”!
Sei que a questão é velha, mas ela pode sim ser cobrada pela FGV!
Como dito, o Código Civil de 2002, revogou a parte primeira do Código Comercial de 1850,
isso acarretou a retirada do ordenamento jurídico brasileiro da Teoria dos Atos de Comércio,
pois o CC/2002, embasado no sistema jurídico italiano, adotou a TEORIA DA EMPRESA.
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Perceba:
C. Com. de 1850: Teoria dos Atos de Com. = Sujeito de direito: COMERCIANTE
CC de 2002: Teoria da Empresa = Sujeito de direito: EMPRESÁRIO
Isso mesmo, agora o sujeito protegido pelo Direito não é mais o burguês ou o comercian-
te; hoje, o sujeito de direito é o EMPRESÁRIO.
Excelentes perguntas! Veja: Na idade média, para uma pessoa ser considerada burguesa,
ela precisava se inscrever numa corporação de ofício. Na França, após a revolução francesa,
para uma pessoa ser considerada comerciante, bastava que ela praticasse um dos atos cha-
mados de “atos de comércio” (teoria esta adotada pelo Código Comercial de 1850).
E agora? O que é necessário ocorrer para uma pessoa ser considerada empresária?
DICA!
Para memorizar as teorias, SU – O / SU – MO (SUO, SUMO)
SUbjetiva
Objetiva
SUbjetiva MOderna
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Bem! Sei que é deselegante responder uma pergunta com outra pergunta, mas preciso
que você, meu(inha) aluno(a) Gran, me responda a seguinte pergunta (leia, pense e responda):
Para uma pessoa ser considerada empresária, ela precisa estar registrada na Junta
Comercial?
Se você respondeu que SIM, sinto lhe dizer, você está errado (a)! Sério mesmo! Veja, o
empresário tem que se registrar sim na Junta Comercial (Registro Público de Empresas Mer-
cantis), mas a falta do registro não retira a condição de empresária da pessoa. O registro é
necessário para a atuação regular do empresário, mas a sua ausência não retira a condição
de empresário (só há um caso em que a pessoa, para ser considerada empresária, precisa
estar registrada na Junta Comercial, MAS ISSO É EXCEÇÃO, que estudaremos mais adiante/
SEGURA O TCHAN).
Portanto, a partir de agora, preciso que você fale em voz alta:
O EMPRESÁRIO TEM QUE SE REGISTRAR NA JUNTA COMERCIAL, MAS A AUSÊNCIA DO
REGISTRO NÃO RETIRA A SUA CONDIÇÃO DE EMPRESÁRIO, ELE SERÁ CONSIDERADO EM-
PRESÁRIO IRREGULAR.
Fale ainda:
O REGISTRO NÃO É REQUISITO PARA UMA PESSOA SER CONSIDERADA EMPRESÁRIA.
Claro que a ausência do registro acarreta sanções para o empresário irregular: Não poderá
participar do SIMPLES NACIONAL, não poderá entrar em recuperação de empresas, não pode-
rá pedir a falência de outro empresário (poderá falir, o empresário irregular pode sim falir, mas
não pode pedir a falência de ouro empresário).
Você pode estar pensando ai: NÃO CONCORDO!
A nossa missão (minha e do Gran) é a sua aprovação no Exame de Ordem; por isso, você
não pode dar-se ao luxo de não concordar, você tem que entender o que estou falando, che-
gar à prova e marcar o que falei, ser aprovado, passar na 2ª etapa, se inscrever no Conselho
Seccional da Ordem e, por fim, se achar conveniente, elaborar um artigo ou uma tese para
defender as razões de sua irresignação.
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Letra c.
Com as informações que te falei, você mata a questão! Gabarito alternativa “C”. As questões
referentes ao trabalho intelectual e colaboração de auxiliares serão tratadas adiante, mas
espero que tenha ficado clara a desnecessidade de registro para uma pessoa ser conside-
rada empresária.
Show, professor! Mas, até agora, estou sem saber quais são os requisitos para que uma
pessoa seja considerada empresária. O que é necessário ocorrer para uma pessoa ser
considerada empresária?
Agora nós trabalharemos com essa figura cerne do Direito Empresarial, o empresário.
2. Empresário
2.1. Atributos
Sinceramente espero ter ficado clara a questão da desnecessidade do registro para uma
pessoa ser considerada empresária.
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O legislador brasileiro, para definir uma pessoa como empresária, utilizou da mesma téc-
nica legislativa para definir o empregado, lá no Direito do Trabalho.
CLT - Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não
eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
Empregado
2.1.1. Profissionalismo
Na minha experiência como professor de Direito Empresarial, percebi que esse atributo
Antes de eu iniciar a minha explicação, tenho uma pergunta para você. O SILVIO SANTOS É
EMPRESÁRIO? Isso mesmo que você entendeu, o Silvio Santos do SBT é empresário?
Logo menos, responderei essa pergunta, mas guarde a sua resposta que é SIM ou NÃO.
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Veja, diferentemente do Direito do Trabalho, onde empregado é sempre uma pessoa natu-
ral/física; no âmbito do Direito Empresarial, o empresário pode ser uma PN (pessoa natural)
ou uma PJ (pessoa jurídica).
Logo, temos duas espécies de empresários, o empresário PN (pessoa natural), denomina-
do empresário individual, e o empresário PJ (pessoa Jurídica).
A partir de agora, não se esqueça disso pois sempre perguntarei:
EMPRESÁRIO 1 EMPRESÁRIO 2
PN PJ
Para você compreender isso, deve entender uma velha máxima deste entusiasmado professor:
O empresário pode ser uma PJ, mas nem toda PJ pode ser considerada empresária!
O que estou querendo dizer é que nem todas as pessoas jurídicas de direito privado po-
dem ser consideradas empresárias:
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• associações;
• fundações;
• organizações religiosas;
• partidos políticos.
Associações, fundações, organizações religiosas e os partidos políticos não podem ser con-
siderados pessoas jurídicas empresárias POR NÃO TEREM FINS LUCRATIVOS.
Ou seja, o empresário pode ser uma PJ, mas apenas nas espécies:
• sociedades;
• EIRELI.
Isso mesmo garoto(a), o empresário será PJ quando estiver trabalhando com sociedades
(S/A, Ltda., Comanditas, Em Nome Coletivo etc.) ou quando estiver frente a frente com uma
EIRELI (empresa individual de responsabilidade limitada).
Logo, se não estiver trabalhando com sociedade ou EIRELI, o empresário será uma PN
(pessoa natural).
EMPRESÁRIO 1 EMPRESÁRIO 2
PN = empresário individual PJ = sociedade ou EIRELI
Se uma PN falar para você que é empresária, pergunte se ela tem um sócio ou se ela
constituiu uma EIRELI. Se a resposta for positiva, ela não é empresária, empresária é pessoa
jurídica (a sociedade ou a EIRELI que participa).
Agora vou responder ao questionamento acima realizado:
Resposta: NÃO!
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É verdade, o Silvio Santos não é empresário! Empresária é a pessoa jurídica da qual ele
compõe o quadro societário, a Silvio Santos Participações S.A.
Farei outra pergunta, e você acertará:
Claro que não! E tenho certeza de que você acertou! O que não consigo entender é como
você acertou a questão referente ao Direito Público, mas errou quando falei sobre o Direito
Privado, se é a mesma coisa, a mesma lógica.
A União é uma PJ, mas uma PJ de direito público, pelo fato de ela ser uma PJ, você nun-
ca “topará” com a União fazendo cooper num domingo ensolarado. Claro que não! Por isso,
quando trabalhamos com PJ, seja de direito público ou de direito privado, pouco importa, é
necessária uma pessoa natural/física para representá-la.
Na União, temos os Poderes: Executivo / Legislativo / Judiciário.
Como chefe do Poder Executivo temos o nosso presidente (Bolsonaro), quando este san-
ciona uma Medida Provisória, por exemplo, não é ele que está sancionando, é a União Federal
(re)presentada pela figura do chefe do Poder Executivo Federal.
Da mesma maneira, ocorre numa PJ de direito privado, como é o caso de uma socie-
dade, veja:
Numa sociedade temos:
• Fazendo as vezes do Poder Executivo: ADMINISTRAÇÃO;
• Fazendo as vezes do Poder Legislativo: ASSEMBLEIA;
• Fazendo as vezes do Poder Judiciário ou uma espécie de Tribunal de Contas: CONSE-
LHO FISCAL.
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Se o Silvio Santos for administrador da PJ Silvio Santos Participações S.A., ele (re)presen-
tará a sociedade, pois será considerado mandatário da sociedade:
Art. 1.011. O administrador da sociedade deverá ter, no exercício de suas funções, o cuidado e a
diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração de seus próprios
negócios.
§ 1º Não podem ser administradores, além das pessoas impedidas por lei especial, os condenados
a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar,
de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou contra a economia popular, contra o
sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de
consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem os efeitos da condenação.
§2º Aplicam-se à atividade dos administradores, no que couber, as disposições concernentes
ao mandato.
Logo, o Silvio Santos não é empresário, empresária é a Pessoa Jurídica da qual faz parte,
a Silvio Santos Participações S.A.
O que estou falando para você aqui é muito importante, isso deve ficar claro na sua cabeça:
• O empresário pode ser uma PN ou uma PJ;
• Nem toda PJ de direito privado pode ser considerada empresária, somente sociedade
e EIRELI;
• Se estiver falando de sociedade ou EIRELI, empresário não é o sócio ou o administrador,
empresária é a PJ.
Isso é importante, pois a falência é direito do empresário, seja PN ou PJ. Se o empresário for
PJ (sociedade ou EIRELI), quem se submeterá à falência é a PJ, não seus sócios (como regra)
ou seus administradores, haja vista que sócio ou os administradores não são empresários.
Você não pode confundir empresário com empresa. Falo isso para você, pois muitos têm
o hábito de falar que quem pode falir é a empresa. Jesus toma conta! Nota zero!
Empresário é o sujeito de direito.
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Habitualidade
Outro ponto relevante do profissionalismo é que, para uma pessoa, seja ela PN ou PJ, ser
considerada empresária, ele deve exercer a atividade com habitualidade.
Isso é regra, logo, há exceção.
Exemplo: eu tenho um carro, um Fusca 78, em péssimo estado de conservação e você quer
comprá-lo. Após as tratativas, em que pese o péssimo estado de conservação do carro você
paga, em espécie, o valor de R$300.000,00 (trezentos mil reais).
Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir,
com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resulta-
dos.
Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados.
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Exemplo: eu e você pretendemos fazer um evento no Estado de Mato Grosso, na capital mato-
-grossense (Cuiabá), uma festa onde terá a apresentação do Wesley Safadão, Alok, Jorge e
Mateus, e assim vai...
Para isso podemos constituir uma sociedade para a realização desse evento específico. Rea-
lizado o evento, se encerrará a sociedade. Teve habitualidade? Não. Mas, mesmo assim, a
nossa sociedade será considerada empresária, a par de faltar habitualidade.
Em Nome Próprio
O empresário deve exercer uma atividade econômica; ou seja, ele deve agir com animus
lucrandi (intenção de lucro). O lucro não é essencial à atividade empresária, o que é essencial
para a atividade empresária é a intenção de lucro. Se o lucro fosse essencial para a atividade
empresária, não existiria falência.
Com isso você entende o motivo de as fundações, as associações, as organizações reli-
giosas não serem consideradas empresárias, pois não têm fins lucrativos.
É imoral, para o Direito Empresarial, o empresário que faça doações. Tanto isso é verdade
que são ineficazes em relação à massa falida, tenha ou não o contratante conhecimento do
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DIREITO EMPRESARIAL
Empresário
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estado de crise econômico-financeira do devedor, seja ou não intenção deste fraudar credo-
res a prática de atos a título gratuito, desde 2 (dois) anos antes da decretação da falência
(artigo 129, inciso IV, da Lei 11.101/2005).
2.1.3. Organização
O empresário visa ao mercado, ainda que o mercado tomador seja formado por uma única
tomadora: Imagine uma indústria automobilística rodeada de metalúrgicas, todas as meta-
lúrgicas produzindo para o abastecimento exclusivo da indústria automobilística. As meta-
lúrgicas estão visando ao mercado, mesmo este sendo formado por uma única tomadora, a
indústria automobilística.
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DIREITO EMPRESARIAL
Empresário
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Agora você conseguirá entender o caput do artigo 966 do Código Civil: Considera-se empre-
sário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a
circulação de bens ou de serviços.
Para uma pessoa (PN ou PJ) ser considerada empresária ele deve ter os quatro atributos:
Profissionalismo
+
Atividade econômica
+
Organização
+
Produção ou circulação de bens ou de serviços
----------------------------------------------------------------
EMPRESÁRIO (PN ou PJ)
Ou seja, somados os quatro atributos, temos o empresário, seja ele pessoa natural, seja
ele uma pessoa jurídica.
Se faltar um dos atributos, NÃO É EMPRESÁRIO!
É o que, professor?
Não importa nesse momento, o que importa é que não é empresário! Kkkkk
DICA!
Para memorizar os atributos de empresário:
PRO – ATI – O / CIRCU (PROATIO, CIRCU)
PROfissionalismo
ATIvidade econômica
Organizada
produção ou CIRCUlação de bens ou de serviços
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DIREITO EMPRESARIAL
Empresário
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Que lindo! Em momento algum, o legislador falou que, para uma pessoa ser empresária,
ela precisa estar registrada; logo, o registro é desnecessário para que uma pessoa seja con-
siderada empresária!
Para uma pessoa ser considerada empresária, ela precisa exercer profissionalmente ativi-
dade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Como dito:
O empresário pode ser uma PJ, mas nem toda PJ pode ser considerada empresária!
Em se tratando de empresário PJ, trabalhamos apenas com as sociedades e a EIRELI.
Da mesma forma que nem toda PJ de direito privado pode ser considerada empresária,
nem toda sociedade pode ser considerada empresária.
Nós temos dois gêneros de sociedades, as empresárias e as simples.
Você aprenderá agora a diferenciar uma sociedade empresária de uma sociedade sim-
ples. Esse aprendizado é relevante; pois, se estiver diante de uma sociedade simples, esta não
terá os mesmos direitos atribuídos a uma sociedade empresária.
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Empresário
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Uma sociedade simples não pode falir, não pode entrar em recuperação de empresas...
tudo por não ser empresária.
Para diferenciarmos uma sociedade empresária de uma sociedade simples, você utilizará
3 critérios. Explicarei um por um agora:
1º Critério: Objeto
O primeiro passo para você diferenciar uma sociedade empresária de uma sociedade sim-
ples é a análise do objeto da sociedade, caput do artigo 982 do Código Civil:
(CC/2002) Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem
por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro ( art. 967 ); e, simples,
as demais.
SOCIEDADE SOCIEDADE
CRITÉRIOS
EMPRESÁRIA SIMPLES
1º CRITÉRIO RESIDUAL TRABALHO
OBJETO (ATIVIDADE PRÓPRIA DE INTELECTUAL
EMPRESÁRIO)
Para entender isso, inicialmente, tem que entender dois conceitos básicos para o Direito
Empresarial, objeto e objetivo.
OBJETO: é a atividade exercida pelo empresário PN (individual) ou PJ (sociedade ou
EIRELI).
Exemplo: podemos constituir uma sociedade para a produção e venda de água mineral. O
objeto da nossa sociedade, a atividade da nossa sociedade será: produção e venda de água
mineral.
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Para compreender isso temos que fazer a análise de alguns dispositivos legais (e são le-
gais mesmo, são extremamente cobrados no Exame de Ordem!)
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organiza-
da para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza cien-
tífica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercí-
cio da profissão constituir elemento de empresa.
Veja que o legislador no parágrafo único do artigo 966 do Código Civil fala claramente:
NÃO SE CONSIDERA EMPRESÁRIO QUEM EXERCE PROFISSÃO INTELECTUAL, ainda que com
auxílio de colaboradores.
Ele está dizendo que, ainda que a pessoa tenha os quatro atributos (PROATIO, CIRCU), ela
não será considerada empresária.
Exemplo: feche os olhos e se imagine com a vermelhinha na mão, a carteira da OAB, imagine
ainda que eu também seja advogado (não sou, é apenas uma hipótese) e decidimos, juntos,
constituir uma sociedade de advogados. O serviço advocatício é considerado profissão inte-
lectual de natureza científica; logo, a sociedade de advogados não é considerada empresária,
mas uma sociedade simples.
Perceba que a sociedade de advogados exerce com profissionalismo, uma atividade econô-
mica, organizada para a prestação de serviços advocatícios. Tem todos os requisitos, mas,
pelo fato de ser profissão intelectual, é considerada uma sociedade simples.
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Empresário
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Não são admitidas a registro nem podem funcionar todas as espécies de sociedades de advo-
gados que apresentem forma ou características de sociedade empresária, que adotem denomi-
nação de fantasia, que realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam como sócio ou
titular de sociedade unipessoal de advocacia pessoa não inscrita como advogado ou totalmente
proibida de advogar.
Logo, a sociedade de advogados é uma sociedade simples, ainda que com auxílio de colabo-
radores, por se tratar de uma profissão intelectual de natureza científica e não pode adotar forma
societária empresária; ou seja, a sociedade de advogados não pode ser uma LTDA. uma S/A... a
sociedade de advogados deve adotar a forma simples (artigos 997 a 1.038 do Código Civil).
Outros exemplos de sociedades simples são as clínicas médicas, psiquiátricas, odonto-
lógicas etc.
Mas o parágrafo único do artigo 966 do Código Civil traz uma exceção:
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organiza-
da para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza cien-
tífica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercí-
cio da profissão constituir elemento de empresa.
Cuidado com esse SALVO: Se o exercício da profissão (se o trabalho intelectual) constituir
elemento de empresa, a pessoa será considerada empresária.
Para entender isso, tem que compreender isto:
• TRABALHO INTELECTUAL -> ÁREA FIM -> NÃO É ELEMENTO DE EMPRESA -> SOCIE-
DADE SIMPLES;
• TRABALHO INTELECTUAL -> ÁREA MEIO -> É ELEMENTO DE EMPRESA -> SOCIEDADE
EMPRESÁRIA.
Se o trabalho intelectual estiver na área fim, não será considerado elemento de empresa,
logo, sociedade simples.
Agora, se o trabalho intelectual estiver na área meio, será considerado elemento de em-
presa, a pessoa será considerada empresária.
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Exemplo: o advogado Tício presta serviços na sociedade de advogados Tício e Mévio Advo-
gados Associados.
No escritório de advocacia tem trabalho intelectual, dos advogados, tal trabalho está na área
fim (pois a finalidade de um escritório de advocacia é prestar serviços advocatícios), logo a
sociedade Tício e Mévio Advogados Associados será considerada SOCIEDADE SIMPLES.
De outro canto, o nosso advogado Tício também trabalha no departamento Jurídico do Banco
do Brasil S/A. Em qualquer banco você encontrará um departamento jurídico; logo, em qual-
quer instituição financeira você encontrará trabalho intelectual, dos advogados, mas tal tra-
balho está na área meio; não, na área fim. A área fim de um banco é prestar serviços bancários,
de crédito, de câmbio, essas coisas... Logo o Banco do Brasil é uma sociedade empresária, ele
tem trabalho intelectual (dos advogados), mas tal trabalho está na área meio, sendo conside-
rado, portanto, elemento de empresa.
Se o examinador quiser cobrar essa questão referente ao trabalho intelectual ser ou não ser
elemento de empresa ele falará expressamente:
• exercício da profissão constitui elemento de empresa; ou
• exercício da profissão não constitui elemento de empresa.
Em cada um dos casos você terá uma conclusão:
• exercício da profissão constitui elemento de empresa = empresário;
• exercício da profissão não constitui elemento de empresa = simples.
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Empresário
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b) Alfredo Chaves não é empresário, porque não possui registro em nenhum órgão público.
c) Alfredo Chaves é empresário, independentemente da falta de inscrição na Junta Comercial.
d) Alfredo Chaves é empresário, porque exerce atividade não organizada em caráter pro-
fissional.
Letra c.
Essa questão que foi utilizada para explicar a desnecessidade do registro para uma pessoa
ser considerada empresária, serve também para explicar O PULO DO GATO anterior.
O examinador no início fala que “Alfredo Chaves exerce, em caráter profissional, atividade
intelectual de natureza literária, com a colaboração de auxiliares”. Até esse momento, você
pensa: “Esse Alfredo aí não é empresário, pois ele exerce atividade intelectual.
Em seguida ele fala: “O exercício da profissão constitui elemento de empresa”. BINGO: Se ele
falou que o exercício da profissão constitui elemento de empresa: EMPRESÁRIO.
O que faz denotar o fato de Alfredo Chaves ser empresário, independentemente da falta de
inscrição na Junta Comercial.
O segundo critério para diferenciar uma sociedade empresária de uma sociedade simples é
a espécie societária, pouco importando o objeto, parágrafo único do artigo 982 do Código Civil:
Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto
o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro ( art. 967 ); e, simples, as demais.
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por
ações; e, simples, a cooperativa.
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DIREITO EMPRESARIAL
Empresário
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Ou seja, uma cooperativa jamais pode ser considerada empresária, justamente pela au-
sência de um dos atributos do empresário, a atividade econômica, pois não visa ao lucro.
CUIDADO: Todas as demais sociedades podem ser simples ou empresárias, a diferença estará
no objeto, na atividade: a) Trabalho intelectual: SIMPLES; b) Atividade própria de empresário:
EMPRESÁRIA. Nos termos do artigo 983 do Código Civil:
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Art. 983. A sociedade empresária deve constituir-se segundo um dos tipos regulados nos arts.
1.039 a 1.092; a sociedade simples pode constituir-se de conformidade com um desses tipos, e,
não o fazendo, subordina-se às normas que lhe são próprias.
3º Critério: Registro
Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as
formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de
Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para
todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro.
Art. 984. A sociedade que tenha por objeto o exercício de atividade própria de empresário rural e
seja constituída, ou transformada, de acordo com um dos tipos de sociedade empresária, pode,
com as formalidades do art. 968, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis
da sua sede, caso em que, depois de inscrita, ficará equiparada, para todos os efeitos, à socie-
dade empresária.
Parágrafo único. Embora já constituída a sociedade segundo um daqueles tipos, o pedido de ins-
crição se subordinará, no que for aplicável, às normas que regem a transformação.
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Por isso, cuidado, aquela pessoa (PN ou PJ) que exerce atividade rural, somente será con-
siderada empresária APÓS SEU REGISTRO NA JUNTA COMERCIAL.
Letra b.
O examinador foi com a faca nos dentes nessa questão, jogou o Zacarias como engenheiro
agrônomo para que o (a) examinando (a) fosse levado (a) para a hipótese do trabalho intelec-
tual. Contudo foi muito direto em falar que as atividades exercidas por Zacarias eram, cultura
de soja e de milho e, ainda, a criação de gado, atividades rurais e, ainda, afirmou: Zacarias não
está registrado na Junta Comercial.
Consequentemente, não resta dúvida, GABARITO: Alternativa “B”.
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DICA!
Empresário e Sociedade Empresária -> Registro na Junta Co-
mercial
(Registro Público de Empresas Mercantis)
Sociedade Simples -> Registro no Registro Civil das Pessoas
Jurídicas (RCPJ)
As pessoas impedidas de serem empresárias são aquelas PN’s que não podem ser em-
presárias.
Como você sabe, há duas espécies de empresário, PN e PJ. Sabe que nem toda PJ de di-
reito privado pode ser considerada empresária, somente as sociedades e a EIRELI. Sabe, ain-
da, que nem toda sociedade é considerada empresária, as sociedades podem ser empresárias
ou simples, como visto no ponto anterior (2.2).
Beleza! Em se tratando de empresário PN, a história não é muito diferente, pois nem todas
as pessoas naturais (físicas) pode ser empresárias.
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Elas podem ser sócias de uma sociedade empresária, pois o sócio não é empresário, empre-
sária é a sociedade, a PJ.
O examinador pode te perguntar isso, e forçar você a marcar que os atos praticados pelas
pessoas impedidas são inexistentes, nulos ou sem eficácia. Não é assim!
A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer,
responderá pelas obrigações contraídas (artigo 973 do Código Civil).
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d) São válidas apenas as obrigações relacionadas ao exercício da empresa e por elas Olímpio
Noronha responderá limitadamente; as demais são anuláveis.
Letra a.
Se Olímpio Noronha é militar da ativa, é impedido de ser empresário, partindo dessa premissa,
a alternativa “B” deve ser descartada pois fala que as obrigações assumidas “são nulas”.
A alternativa “C” e “D” limitam algumas atividades válidas outras nulas ou anuláveis.
Por fim, a alternativa a ser assinalada “A”, todas as obrigações são válidas e, por elas, respon-
derá ilimitadamente.
Nesse ponto, trabalharemos com a capacidade para ser empresário pessoa natural. Não
há falar em capacidade para ser empresário PJ, pois esta, quando “nasce” (no registro) já de-
tém capacidade civil plena.
2.4.1 Regra
Como regra, somente pode ser considerada empresária a pessoa com 18 anos de idade,
nos termos do caput do artigo 5º do Código Civil.
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática
de todos os atos da vida civil.
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Quero destacar o inciso V do parágrafo único do artigo 5º do Código Civil: Cessará, para
os menores, a incapacidade pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de
relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos
tenha economia própria.
Ou seja, o RELATIVAMENTE INCAPAZ (maior de 16 anos e menor que 18 anos) se tornará
emancipado se constituir estabelecimento empresarial com economia própria.
Veja o termo ECONOMIA PRÓPRIA, isso quer dizer que ele, o relativamente incapaz, não
“ganhou” o estabelecimento do pai, tampouco o recebeu de herança, o relativamente incapaz
constituiu com economia própria, com esforço próprio, e não precisa de autorização judicial.
Você não pode confundir o inciso V do parágrafo único do artigo 5º com o artigo 974 todos
do Código Civil.
DICA!
Artigo 974 do Código Civil:
Esse artigo te responderá dois questionamentos:
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No que tange à pergunta 2, ela trata do caso de sucessão hereditária. Eu, Eugênio Brugger,
sou empresário (PN – empresário individual), durante o exercício da minha atividade morri,
“bati as botas”. A pergunta é: Meu filho, Geninho com 5 anos de idade, pode continuar a ativi-
dade antes exercida por mim, autor da herança?
Perceba que, diferentemente do que acontece na hipótese do inciso V do parágrafo único
do artigo 5º do Código Civil, aqui você trabalha com ABSOLUTAMENTE ou RELATIVAMENTE
INCAPAZ, o qual perdeu a capacidade ou “recebeu” a atividade por herança.
As respostas para os questionamentos são praticamente as mesmas:
PERGUNTA 1: Pode um incapaz (ABSOLUTAMENTE ou RELATIVAMENTE) continuar uma
atividade antes exercida por ele enquanto capaz?
Sim, desde que tenha autorização judicial, o juiz expedirá alvará contendo os eventuais
bens desafetados (os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da interdição, desde que es-
tranhos ao acervo daquela) e nomeará curador.
Se o curador for pessoa impedida de exercer atividade empresária (um servidor público,
por exemplo), nomeará, com a aprovação do juiz, um ou mais gerentes.
O curador continuará responsável solidariamente com o (s) gerente (s) nomeado (s) pelos
atos por este (s) praticado.
PERGUNTA 2: Pode um incapaz (ABSOLUTAMENTE ou RELATIVAMENTE) continuar uma
atividade antes exercida pelo autor da herança?
Sim, desde que tenha autorização judicial, o juiz expedirá alvará contendo os eventuais
bens desafetados (os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da interdição, desde que es-
tranhos ao acervo daquela) e nomeará tutor.
Se o tutor for pessoa impedida de exercer atividade empresária (um magistrado, por exem-
plo), nomeará, com a aprovação do juiz, um ou mais gerentes.
O tutor continuará responsável solidariamente com o (s) gerente (s) nomeado (s) pelos
atos por este (s) praticado.
Código Civil:
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a em-
presa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.
§1º Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das circunstâncias e dos
riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser
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revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem
prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros.
§2º Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da
sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do
alvará que conceder a autorização.
§3º O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais deverá registrar
contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendidos,
de forma conjunta, os seguintes pressupostos:
I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade;
II – o capital social deve ser totalmente integralizado;
III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser repre-
sentado por seus representantes legais.
Art. 975. Se o representante ou assistente do incapaz for pessoa que, por disposição de lei, não
puder exercer atividade de empresário, nomeará, com a aprovação do juiz, um ou mais gerentes.
§1º Do mesmo modo será nomeado gerente em todos os casos em que o juiz entender ser conve-
niente.
§2º A aprovação do juiz não exime o representante ou assistente do menor ou do interdito da res-
ponsabilidade pelos atos dos gerentes nomeados.
Art. 976. A prova da emancipação e da autorização do incapaz, nos casos do art. 974, e a de even-
tual revogação desta, serão inscritas ou averbadas no Registro Público de Empresas Mercantis.
Parágrafo único. O uso da nova firma caberá, conforme o caso, ao gerente; ou ao representante do
incapaz; ou a este, quando puder ser autorizado.
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Letra d.
a) Errada. No caso do artigo 974 do Código Civil, não há falar em idade mínima.
b) Errada. Se os bens do incapaz são estranhos à empresa, não ficam sujeitos aos resultados
dela (§ 2º do artigo 974 do Código Civil).
c) Errada. A prova da emancipação e da autorização do incapaz, nos casos do art. 974, e a
de eventual revogação desta, serão inscritas ou averbadas no Registro Público de Empresas
Mercantis (artigo 976 do Código Civil).
d) Certa. Vide Artigo 975 do Código Civil.
Alguns artigos devem ser levantados em relação ao empresário casado. Claro que, se
estou falando de empresário casado, estou falando de empresário PN, empresário individual,
diante do fato de o casamento ser ato próprio de pessoa natural.
Código Civil:
Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o re-
gime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real.
Art. 979. Além de no Registro Civil, serão arquivados e averbados, no Registro Público de Empresas
Mercantis, os pactos e declarações antenupciais do empresário, o título de doação, herança, ou
legado, de bens clausulados de incomunicabilidade ou inalienabilidade.
Art. 980. A sentença que decretar ou homologar a separação judicial do empresário e o ato de
reconciliação não podem ser opostos a terceiros, antes de arquivados e averbados no Registro
Público de Empresas Mercantis.
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RESUMO
Teorias do Direito Empresarial (SU-O/SU-MO)
Teoria SUbjetiva: o sujeito de direito era o burguês (única pessoa que poderia exercer ati-
vidade mercantil). Na idade média, para a pessoa ser considerada burguesa, ela tinha que se
inscrever na corporação de ofício, na qualidade de aprendiz, para só então chegar à condição
de burguesa. As finalidades do Direito Mercantil eram: proteger a classe burguesa, ga-
rantir o oligopólio no exercício da profissão.
Teoria Objetiva: Surge na França com a Revolução Francesa, juntamente com os concei-
tos de liberdade, fraternidade e igualdade (diferença entre a teoria subjetiva, pois não haveria
igualdade se o Direito protegesse apenas a classe burguesa e sim, a todos por conta da iso-
nomia). Essa teoria recebeu o nome de teoria dos atos de comércio (Napoleão Bonaparte),
pois, de acordo com essa teoria, a lei iria definir o rol de atos de comércio. Ex.: venda, revenda,
atividades circenses e etc. Se qualquer pessoa praticasse pelo menos um dos atos, era auto-
maticamente considerada comerciante e teria proteção da lei.
E o Brasil? Adotou-se a teoria dos atos de comércio.
Código Comercial de 1850 era dividido em 3 partes:
• Comércio (em geral) – com o advento do código de 2002, a parte primeira do Código
Comercial foi revogada;
• Comércio marítimo – o Código Comercial ainda existe, mas só a sua 2ª parte, pois as
outras foram revogadas;
• Quebra (Falência) –a parte terceira do Código Comercial foi revogada e vigeu no Brasil,
o Decreto 7.661/45, o antigo procedimento falimentar, mas foi revogado, e hoje, temos
a Lei 11.101/2005.
Teoria SUbjetiva MOderna: Surgiu na Itália, o Brasil, com o Código Civil de 2002, adotou
essa teoria, a teoria da empresa, onde o sujeito de direito é o empresário.
Empresário
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organiza-
da para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
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DIREITO EMPRESARIAL
Empresário
Eugênio Brügger
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza cien-
tífica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercí-
cio da profissão constituir elemento de empresa.
PROfissionalismo: profissional é toda pessoa natural ou jurídica que exerce com habi-
tualidade e em nome próprio uma atividade, por meio da qual se estabelece e se desenvolve
financeiramente/economicamente. Nem toda pessoa jurídica pode ser empresária, somente
sociedades e EIRELI. Atenção! Os sócios não são empresários, quem é empresário é a pessoa
jurídica (sociedade/EIRELI).
Pessoa Jurídica de Direito Público – União Pessoa Jurídica de Direito Privado – LTDA, SA
- Poder Executivo – Bolsonaro (representa) - Administração – Administrador, no exemplo, Silvio
- Poder judiciário Santos (representa).
- Poder legislativo - Conselho Fiscal
- Assembleia
O fato de um empresário individual (pessoa natural) ter CNPJ, não o torna Pessoa Jurídica.
ATIvidade econômica: a pessoa tem que ter intenção de lucro animus lucrandi.
Organização: organização dos fatores de produção. Organização do capital, atividade e
trabalho (pode ser próprio do empresário e/ou de terceiros, empregados). Fabio Ulhôa fala
que organização, é organização do trabalho alheio. Haroldo Malheiros diz que organização é
organização dos fatores de produção – capital, atividade e trabalho.
Produção ou CIRCUlação de bens ou serviços: que visa ao mercado ainda que o mercado
tomador seja formado por uma única tomadora. Ex.: fábrica da Fiat, ao seu redor, há diversas
metalúrgicas. As metalúrgicas fornecem peças exclusivamente à Fiat, ou seja, eles só forne-
cem exclusivamente a Fiat (única tomadora). Não é necessário haver vários tomadores, só 1
já é suficiente.
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Empresário
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Obs.: para uma pessoa ser considerada empresária, ela deve ter todos os atributos; contu-
do, nem toda pessoa natural ou jurídica, que tem os quatros atributos, será conside-
rada empresária.
Excluídos (Sociedade Simples): São pessoas que podem ter todos os atributos, mas estão
excluídos dos considerados empresários:
Quanto ao objeto (art. 966, p. único, CC):
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza cien-
tífica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercí-
cio da profissão constituir elemento de empresa.
A FGV gosta de trocar a palavra “salvo” por “ainda” o que está ERRADO.
Exemplos: Rita é advogada, trabalha num escritório de advocacia, neste o trabalho intelectu-
al da advogada Rita está na área fim; portanto, a sociedade de advogados é uma sociedade
simples. Rita é advogada e trabalha no departamento jurídico do Banco do Brasil. O Banco
do Brasil, como qualquer outra instituição financeira, tem um departamento jurídico onde tra-
balham seus advogados. O trabalho intelectual dos advogados no banco está na área meio
deste, sendo considerado, portanto, elemento de empresa. Logo, toda instituição financeira
é considerada sociedade empresária a par de ter, em sua área meio, trabalho intelectual dos
advogados.
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Empresário
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Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por ob-
jeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as
demais.
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Empresário
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Obs.: FGV
Toda sociedade anônima é empresária, sem exceções.
Uma S/A nunca pode ser uma sociedade simples.
Uma LTDA pode ser simples, mas será necessário observar seu objeto.
Exemplo: clínica odontológica, não pode falir porque é sociedade simples, trabalho intelectu-
al.
Ruralista:
• Pode ser empresária ou simples, escolha do ruralista.
• A pessoa que exerce atividade rural, para ser considerada empresária deve se registrar
na Junta Comercial (Art.971,984, CC)
Impedidos
Art. 129, IV – São ineficazes em relação à massa falida, a prática de atos a título gratuito, desde 2
(dois) anos antes da decretação da falência.
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Empresário
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Obs.: juiz, promotor, padre, servidor público, falido, militar da ativa, não podem ser empresá-
rios. Entretanto, podem ser sócios, mas não podem administrar a sociedade ou serem
sócios com responsabilidade ilimitada (comanditado). Pois sócio não é empresário,
empresária é a sociedade, a pessoa jurídica.
Os atos praticados por pessoa impedida de ser empresária (pessoa natural) existem, são
validos e surtem efeitos.
Regra: 18 anos.
Exceção: emancipação.
Empresário Casado
Código Civil:
Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o re-
gime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real.
Art. 979. Além de no Registro Civil, serão arquivados e averbados, no Registro Público de Empresas
Mercantis, os pactos e declarações antenupciais do empresário, o título de doação, herança, ou
legado, de bens clausulados de incomunicabilidade ou inalienabilidade.
Art. 980. A sentença que decretar ou homologar a separação judicial do empresário e o ato de
reconciliação não podem ser opostos a terceiros, antes de arquivados e averbados no Registro
Público de Empresas Mercantis.
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MAPA MENTAL
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Empresário
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (FGV/V/EXAME UNIFICADO) Em relação à incapacidade e proibição para o exer-
cício da empresa, assinale a alternativa correta.
a) Caso a pessoa proibida de exercer a atividade de empresário praticar tal atividade, deverá
responder pelas obrigações contraídas, podendo até ser declarada falida.
b) Aquele que tenha impedimento legal para ser empresário está impedido de ser sócio ou
acionista de uma sociedade empresária.
c) Entre as pessoas impedidas de exercer a empresa está o incapaz, que não poderá exercer
tal atividade.
d) Por se tratar de matéria de ordem pública e considerando que a continuação da empresa
interessa a toda a sociedade, quer em razão da arrecadação de impostos, quer em razão da
geração de empregos, caso a pessoa proibida de exercer a atividade empresarial o faça, po-
derá requerer a recuperação judicial.
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GABARITO
1. a
2. d
3. a
4. c
5. a
6. c
7. a
8. b
9. b
10. d
11. b
12. d
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Empresário
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (FGV/V/EXAME UNIFICADO) Em relação à incapacidade e proibição para o exer-
cício da empresa, assinale a alternativa correta.
a) Caso a pessoa proibida de exercer a atividade de empresário praticar tal atividade, deverá
responder pelas obrigações contraídas, podendo até ser declarada falida.
b) Aquele que tenha impedimento legal para ser empresário está impedido de ser sócio ou
acionista de uma sociedade empresária.
c) Entre as pessoas impedidas de exercer a empresa está o incapaz, que não poderá exercer
tal atividade.
d) Por se tratar de matéria de ordem pública e considerando que a continuação da empresa
interessa a toda a sociedade, quer em razão da arrecadação de impostos, quer em razão da
geração de empregos, caso a pessoa proibida de exercer a atividade empresarial o faça, po-
derá requerer a recuperação judicial.
Letra A
Nos termos do artigo 973 do Código Civil:
Podendo, inclusive, ser decretada a sua falência. O impedido não poderá pedir a falência de
outro empresário, por estar exercendo atividade econômica irregularmente (§1ª do artigo
97 da Lei 11.101/2005), mas poderá ter a sua falência decretada (artigos 105 a 107 da Lei
11.101/2005).
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Letra d.
De acordo com o art. 975 do Código Civil:
Se o representante ou assistente do incapaz for pessoa que, por disposição de lei, não puder exer-
cer atividade de empresário, nomeará, com a aprovação do juiz, um ou mais gerentes.
Letra a.
Nos termos do artigo 973 do Código Civil:
Podendo, inclusive, ser decretada a sua falência. O impedido não poderá pedir a falência de
outro empresário, por estar exercendo atividade econômica irregularmente (§1ª do artigo
97 da Lei 11.101/2005), mas poderá ter a sua falência decretada (artigos 105 a 107 da Lei
11.101/2005).
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Empresário
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Letra c.
O registro, como regra (salvo para aquela pessoa que exerce atividade rural) não é requisito
para uma pessoa ser considerada empresária.
Os requisitos de empresário são PRO-ATI-O/CIRCU (profissionalismo, atividade econômica,
organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços), em conformidade com o
caput do artigo 966 do Código Civil: Considera-se empresário quem exerce profissionalmente
atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Principalmente pelo fato de a atividade intelectual de natureza literária de Alfredo ser con-
siderada elemento de empresa, nos termos da parte final do parágrafo único do artigo 966
do Código Civil: Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza
científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se
o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
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b) Paulo não pode, sem a outorga conjugal, gravar com hipoteca os imóveis que integram o
seu estabelecimento, salvo no regime de separação de bens.
c) Paulo, qualquer que seja o regime de bens, depende de outorga conjugal para gravar com
hipoteca os imóveis que integram o seu estabelecimento.
d) Paulo pode, sem necessidade de outorga conjugal, gravar com hipoteca os imóveis que
integram o seu estabelecimento, salvo no regime da comunhão universal.
Letra a.
Artigo 978 do Código Civil:
O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de
bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real.
Letra c.
Como ensina Edilson Enedino das Chagas (2019),
À atividade exercida pelo empresário dá-se o nome de empresa, que constitui o objeto do direito
empresarial.
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Letra a.
De acordo com o Art. 975 do Código Civil:
Se o representante ou assistente do incapaz for pessoa que, por disposição de lei, não puder exer-
cer atividade de empresário, nomeará, com a aprovação do juiz, um ou mais gerentes.
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b) Zacarias, mesmo que exerça uma empresa, não será considerado empresário pelo fato de
não ter realizado seu registro na Junta Comercial.
c) Zacarias não pode ser registrado como empresário, porque, sendo engenheiro agrônomo,
exerce profissão intelectual de natureza científica, com auxílio de colaboradores.
d) Zacarias é um empresário de fato, por não ter realizado seu registro na Junta Comercial
antes do início de sua atividade, descumprindo obrigação legal.
Letra b.
Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as
formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de
Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para
todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro.
Letra b.
Art. 979. Além de no Registro Civil, serão arquivados e averbados, no Registro Público de Empresas
Mercantis, os pactos e declarações antenupciais do empresário, o título de doação, herança, ou
legado, de bens clausulados de incomunicabilidade ou inalienabilidade.
Contudo, cuidado! Na sua prova de Direito Civil poderá cair a questão de registro do pacto
antenupcial. Veja, em que pese o artigo 979 do Código Civil falar “ALÉM DE NO REGISTRO
CIVIL”, na verdade o pacto antenupcial deve ser averbado no REGISTRO IMOBILIÁRIO, mais
especificamente no Livro 3 do Registro de Imóveis competente. Isso se dá pelo fato de o pacto
antenupcial versar sobre as questões patrimoniais.
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Letra d.
O registro, como regra (salvo para aquela pessoa que exerce atividade rural) não é requisito
para uma pessoa ser considerada empresária.
Os requisitos de empresário são PRO-ATI-O/CIRCU (profissionalismo, atividade econômica,
organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços), em conformidade com o
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Eugênio Brügger
caput do artigo 966 do Código Civil: Considera-se empresário quem exerce profissionalmente
atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Letra b.
Essa questão foi inserida por mim, nesse momento, para você compreender o seguinte:
A ausência do registro não tira a condição de empresária da pessoa, seja ela PN ou PJ; contu-
do, o empresário, seja ele uma pessoa natural, seja ele pessoa jurídica deve se registrar, esse
registro é obrigatório antes do início da atividade, sob pena de exercício da atividade econô-
mica de forma irregular.
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Letra d.
O Código Civil de 2002 (artigo 2.045), revogou parcialmente o Código Comercial de 1850; ou
seja, revogou apenas a parte primeira (DO COMÉRCIO EM GERAL). A parte terceira (DA QUE-
BRA) já havia sido revogada. Resta vigente em nosso ordenamento jurídico a parte segunda
(DO COMÉRCIO MARÍTIMO).
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