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MANUAL DE LABORATÓRIO
3s edição
ANÁLISE EXPERIMENTAL
DO COMPORTAMENTO
Manual de Laboratório
ANÁUSE EXPERIMENTAL
DO COMPORTAMENTO
Manual de Laboratório
terceira edição
1
i
----------------UFPR
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
Pró-Reitoria de Extensão e Cultura
O Copy right by Paula Inez Cunha Gomide e Lidia Natalia Dobriansky
j
Direitos desta edição:
Editora da Universidade Federal do Paraná
Trav. AlfredoBufrem, 140 - 3a andar
Fones: (041) 362-3038 - ramal 119
(041) 224-6623 - ramal 25
Diretor da Editora da UFPR
Roberto Gomes
Conselho Editorial: José Vicente Augusto das Neves Miranda (presidente), Iseu de Santo Elias Affonso da
Costa, Vismar da Costa Lima Neto, Clèmerson Mérlin Clève, Décio Krause, Maria Luiza Marques Dias Car
neiro, Sérgio Eduardo Gevaerd, Marco Aurélio Lacombe Feijó, Cássio Frederico Camargo Rolim, Alberto
Tadeu Martins Cardoso.
Medição: 1985
24edição: 1988
Série Didática: n.2.
Capa: Mari Ines Piekas
Dustrações: Corina Ferraz
Arte-final dos gráficos: Antuildo Gutierrez
Revisão técnica: ligia M. de Castro Marcondes Machado. .Mestre e Doutor em Psicologia pela Universidade
de São Paulo. Professor Assistente Doutor do Departamento de Psicologia Experimental do Instituto de
Psicologia da USP
Paula Inez Cunha Gomide: Mestre e Doutor em Psicologia pela Universidade de São Paulo. Professor Adjun
to do Departamento de Psicologia da Univexsic&cfa ^eder^l Paraná
Udia Natalia Dobrianskyj: Mestre em Psicologia pélà Uhiverâdade de Ção Paulo, professor Assistente de En
sino do Departamentode Psicologia da Universidade Federal fio
Paraná
Ficha Catalográfica
Catalogação na fonte: Biblioteca Central
CDD 152
CDU 159.9.07
ISBN 85-85132-13-2
REF. 131
SUMÁRIO
V
Esquema de intervalo fixo (F í) .............................................................................. 70
VI. Esquema de razão fixa (F R ) ............................................................................ 73
VII. Esquema de razão variável (V R ) .................................................................... 75
VIII. Extinção apôs reforçamento intermitente ..................................................... 77
IX. Discriminação de estímulos lum inosos ............................................................ 79
X. Generalização ................................................................................................... 81
XI. Diferenciação do comportamento de salta r ..................................................... 85
XII. Reforçamento secundário e encadeamento ..................................................... 86
XIII. Esquema de intervalo variável (V I) ............................................................... 89
XIV. Supressão condicionada de resposta ............................................................. 90
XV. P uniç ão .......................................................................................................... 92
XVI. F uga ..................................................................................................... 96
XVII. E squiv a ............................................................... .. ..................................... 97
XVIII. Discriminação e efeito de super aprendizagem com
sujeitos humanos ..................................................................................................... 98
XIX. Dois procedimentos diferentes para aprendizagem de
cadeias comportamentais com sujeitos humanos ................................................... 101
Referências Bibliográficas.............................................................................................. 104
APRESENTAÇÃO
A tradição de ensinar os conceitos básicos da análise experimental do comporta
mento, em salas de aulas ou laboratórios, tem sido, entre nós professores, conduzida através
de um caminho não muito fácil e percorrido individualmente pelo professor e seus alunos até
que o programa da disciplina alcance um nível que possa ser denominado de razoável. Em
outras palavras,
sido uma ensinar
tarefa um tantoosdifícil
conceitos básicos de
pela escassez deanálise
materialexperimental
bibliográficodoem
comportamento tem
língua portuguesa
e pela singularidade em que esses conceitos são ensinados. Esse procedimento de ensino, alia
do ao problema da escassez bibliográfica, tem levado, muitas vezes, o aluno recém saído da
Universidade a situações constrangedoras como, por exemplo, julgar-se incapaz de montar
um programa ou lidar com os elementos essenciais de um laboratório de análise experimental
do comportamento. Por outro lado, esse procedimento tem levado ao exercício da criativida
de.
Por esse motivo, recebi com grande alegria o convite para fazer a apresentação do
Manual de Laboratório das professoras Paula Inez Cunha Gomide e Lidia Natalia Dobrians-
kyj. E não poderia ser de outra forma: há vários motivos para que essa alegria aconteça. Há
que ressaltar, por exemplo, a importância desse Manual de Laboratório como uma publicação
que vem preencher, em parte, uma lacuna muito presente na literatura técnica disponível em
língua portuguesa. Assim, acredito que, com a publicação desseManual de Laboratório, não
só o Aluno mas, sobretudo, os professores de análise experimental do comportamento muito
se beneficiarão. Ainda, esse mesmo Manual de Laboratório vem possibilitar ao aluno uma
aprendizagem de conceitos básicos em Psicologia sem nenhuma aversividade, como se toma
também, um material de referência bibliográfica muito relevante dentro da área. Pode-se
afirmar que o conteúdo foi muito bem planejado; oManual não ficou apenas na descrição de
procedimentos experimentais a serem seguidos mas as autoras ensinam, também, o que faze r
com os dados obtidos e como apresentá-los em uma linguagem técnico-científica.
Eu disse
fessoras Paula Inezque haviaGomide
Cunha muitos emotivos para alegria.
Lidia Natalia Outro deles
Dobrianskyj é constatar
passaram por cimaquedaastradi
pro
ção ao publicar este Manual de Laboratório, trazendo contribuições relevantes, o que regozija
aqueles que tiveram o privilégio de terem sido seus professores.
Dione de Resende
Dra. em Psicologia pela Universidade de S. Paulo
Prof3 da Universidade Estadual de Londrina
7
PREFÁCIO DA SEGUNDA EDIÇÃO
O conteúdo deste Manual foi utilizado, por anos consecutivos, e de forma regular,
pelos nossos alunos da UFPR. Inicialmente, o material era entregue, de forma gradual, em
folhas mimeografadas. Mais tarde, elaboramos uma apostila que, depois de sucessivas refor
mulações, foi transformada em um livro. Por um período de quase dois anos, após a publica
ção da primeira edição, este Manual foi adotado, e utilizado por alunos e professores de mais
de dez cursos de Psicologia do Brasil. Durante este período, recebemos críticas, elogios, in
centivos e valiosas sugestões de diversas pessoas ligadas à nossa área.
Após o término da primeira edição, refletindo além do nosso compromisso acadêmi
co em função da publicação de um livro, visto que este atinge um número muito maior de
pessoas do que geralmente os autores supõem, resolvemos revê-lo cuidadosamente antes da
impressão de uma segunda edição e, para isto, analisamos as diversas sugestões encaminhadas
por outros professores e o desempenho de nossos alunos em relação a este Manual.
Para que esta nova leitura crítica fosse imparcial, do nosso ponto de vista e, conse
qüentemente,
professora do mais fidedigna,
Instituto convidamos
de Psicologia a Dra. Ligiade
da Universidade Maria
São de Castro
Paulo, paraMarcondes
fazer umaMachado,
revisão
técnica deste Manual. Para nossa alegria, ela aceitou o trabalho com entusiasmo! Dra. Ligia,
após ler o Manual e conversar pessoalmente conosco, chegou à conclusão de que nós fazía
mos e dizíamos muito màis coisas aos nossos alunos, em sala de aula, do que apresentávamos
no livro, e deu-nos valiosas contribuições e sugestões. Ressaltou que seria interessante colo
car, por escrito, as ações e explicações complementares que fornecíamos aos alunos, pois,
desta forma, todos os outros professores e alunos que* utilizassem oManual teriam acesso ao
nosso modo de usá-lo.
É importante lembrar que, ao editarmos este livro, reportamo-nos, em muitos as
pectos, à forma e ao conteúdo de um dos primeiros manuais de laboratório do país: “Exercí
cios de laboratório em Psicologia”, de Mário A. A. Guidi e Herma B. Bauermeister, publica
do inicialmente em 1968. Sem dúvida, o pioneirismo dessemanual está diretamente relacio
nado ao desenvolvimento das disciplinas de Análise Experimental do Comportamento, no
Brasil.
O nosso Manual fundamenta-se na experiência e na dinâmica de transformação do
tempo, e, portanto, não pretende ser exaustivo nem definitivo. Esperamos que, como ocorreu
com a primeira edição, surjam críticas e sugestões em função de sua utilização e, assim, possi
bilitem seu aperfeiçoamento e desenvolvimento.
Princípios éticos.
Pesquisas com animais. Quando se utilizam animais, como sujeitos experimentais, é
necessário conhecer os principais éticos adotados para este tipo de trabalho. Apresentamos, a
seguir, seis regras estabelecidas, em 1962, pela Comissão dePrecaution and Standards in
Animal Experimentation, da American Psychological Association (Bachracht 1975).
1. Todos os animais utilizados para fins experimentais devem ser adquiridos legal
mente e sua retenção deve estar estritamente de acordo com as leis e regulamentos federais e
locais.
2. O cuidado com a alimentação dos animais experimentais deve estar de acordo
com as práticas aceitas de laboratório, com a devida consideração do seu bem-estar físico, de
um tratamento cuidadoso, em um ambiente higienicamente adequado.
pelotas de ração
Entretanto, para balanceada, que podemcomo
que a água funcione ser encontradas em efetivo,
um reforçador estabelecimentos especializados.
é necessário que o rato
esteja privado dela, por ocasião do exercício. Em geral, adota-se um período de privação de
24 horas, antes do exercício previsto. Guidi e Bauermeister (1979) sugerem um procedimento
para adaptar o animal às condições experimentais:
O esquema de privação deverá ser iniciado na semana que antecede a primeira ses
são experimental e deverá obedecer às seguintes normas: a) todos os animais rece
berão água uma única vez em 24 horas e sempre no mesmo horário; b) a água ficará
à disposição do rato 20 minutos. O horário em que os animais receberão água de
verá ser previsto, em termos de funcionamento do laboratório. Por exemplo, se o
laboratório funcionar no período da manhã, entre 8 e 12 horas, os animais receberão
água entre 12h30 e 13 horas. Como norma geral, convém sempre dessedentar os
animais num horário próximo ao encerramento dos trabalhos de laboratório, pois
isto garante um período de privação prolongado, antes da sessão experimental se
guinte.
Esse método de privação é o mais simples para ser utilizado, por alunos, em cursos
de Psicologia.
Em experimentos de pesquisa, geralmente, utiliza-se o peso do animal como medida
de privação como, por exemplo: 85% do seu pesoad libitum (peso por ocasião de ingestão li
vre de água e alimento). Isso proporciona uma medida mais precisa do nível de privação do
animal. O procedimento é o seguinte: pesa-se o animal todos os dias à mesma hora, durante
uma semana; tira-se a média do peso obtido e calcula-se 85% deste peso. Na semana seguinte,
o animal 5receberá
exemplo, minutos,água, sempre
até que noredução
ocorra mesmo dohorário, poraoumnível
seu peso período curto de tempo,
pré determinado. Alémpor
dis
so, nesse processo o rato deverá ser pesado antes e depois de cada sessão experimental e o
volume de água deverá ser regulado para que seu peso continue estável.
E interessante que você conheça algumas características da espécie animal, com a
qual irá trabalhar. Por exemplo: um dos possíveis sistemas de reprodução é feito com acasa
lamento de 3x1 (3 fêmeas para um macho). Pode-se trocar o macho após uma semana, para
assegurar a possibilidade de fecundação. Pode ocorrer o caso de haver animal estéril. A dura
ção do ciclo estral da rata é, aproximadamente, de 4 dias, sendo que a ovulação ocorre es
pontaneamente, durante o estro. O ciclo inicia-se, mais ou menos 3 horas após o escurecer
e tem a duração média de 4 a 5 horas. Farris (1942)indica um método para assegurar o estro
na fêmea: o biotério dever ser completamente escurecido das 6 às 18 horas. Em seguida, lâm
padas de 100 Wats serão acesas, automaticamente, permanecendo ligadas até às 6 horas da
manhã seguinte. Através desse método, a rata manifesta um ciclo estral mais regular e, como
regra, entra no cio 1 a 3 horas, após às 6 horas da manhã do quarto dia.
O período de gestação do rato é de 21 a 23 dias, e o tamanho da ninhada varia entre
3 e 15 filhotes. Os filhotes nascem sem pêlos, cegos, com os ouvidos fechados, rabo curto e
patas não desenvolvidas; os pêlos começam a aparecer no 2- ou 3- dia de vida. Os ouvidos se
abrem entre o 2- e o 49 dia de vida; os dentes incisivos aparecem entre o 89eo 109 dia, e os
olhos abrem-se entre o 149 e o 179 dia de vida. Os testículos descem, aproximadamente, no
409 dia e a vagina abre-se, em torno do12- dia de vida. O desmame ocorre entre o 219 e 289
23
dia. A temperatura corporal desses animais é de 37,59 C e os movimentos respiratórios tem
um freqüência de 210 vezes por minuto. O tempo de vida do rato é de dois anos em média,
podendo chegar até mais de 3 anos se as condições ambientais forem favoráveis (Porter,
1962). ✓
E preciso ter cuidado com doenças comuns, logo que sejam detectadas. Estas apare
cem com freqüência relativamente alta nos biotérios convencionais. Algumas são facilmente
controláveis
cessário e outras
entrar exigem
em contato coma eliminação do animal.
o Departamento Entretanto,
de Veterinária da em
suacaso de dúvida,Oé tra
Universidade. ne
tamento das doenças deve ser indicado por um veterinário habilitado. De acordo com Porter,
as doenças mais comuns do rato são as relacionadas a seguir.
1. Infecções intestinais. São causadas geralmente pela Salmonella enteritidis e Saí-
monella typhimurium.Os sintomas em uma fase aguda da doença são: a perda de peso, pêlos
ralos e emaranhados, crosta no focinho, diarréia e, freqüentemente anemia grave, seguida por
morte. O método para controle desta doença consiste em manter um alto padrão de higiene,
impedir que a reserva de alimento seja contaminada por roedores selvagens, sacrificar todos
os animais doentes, bem como verificar se outros ratos não foram contaminados.
2. Infecções respiratórias
a) Pneumonia: causada por Haemolytic streptococi, Haemolytic bronchisepticus e
Streptobacillus moniliformis.E comum na maioria das colônias, tendo alta incidência em ratos
adultos, e pode ser provocada por uma queda súbita de temperatura. É geralmente aguda,
ocorrendo morte do animal em alguns dias. Os sintomas são: pêlos emaranhados, emagreci
mento, conjuntivite, edemas nas extremidades, ulceração das patas e paralisia das patas tra
seiras.
b) Broncopneumonia. Causada provavelmente por vírus e/ou outros microrganis
mos. Os animais apresentam aparência doentia, com freqüentes espirros e tosse.
c) Doença do ouvido médio. Propaga-se rapidamente na maioria das colônias e de
ve terpode
mas alguma conexão
também com infecções
acometer respiratórias.
animais jovens. Geralmente,
Os sintomas afeta ossão:
observáveis ratos
no mais idosos,
início, o rato
apresenta a cabeça ligeiramente deslocada para um dos lados; em estágios avançados o animal
caminha em círculos, cai com freqüência e tem dificuldade para recuperar seu equilíbrio.
Quando suspenso pela cauda, o rato gira em tomo de si mesmo. A doença é causada pelo
Streptobacillus moliniformis, mas ainda não foi bem determinado como esse microorganismo
chega a afetar o ouvido médio. Para controle dessa doença, deve-se remover e sacrificar to
dos os animais infectados.
3. Escabiose (sarna) Quase sempre é causada por más condições de higiene do bio-
tério e das gaiolas-viveiro. Transmite-se rapidamente a outras espécies e também a humanos.
Aparecem lesões úmidas, de cor cinza, ao redor dos ouvidos, focinho e porção proximal da
cauda. Pararegularmente
esterilizar controlar essaas doença
gaiolasé enecessário manter
equipamentos um alto padrão
e examinar de higiene,oslimpar
freqüentemente e
animais.
Como tratamento local, pode-se aplicar “benzyl benzoato, dimethylthianthrene ou solução de
gammexane.”
4. Endoparasitas. Esse tipo de infecção é pouco freqüente, mas pode ocorrer con
taminação do alimento e das gaiolas-viveiro, porTaenia crassicollis. Os animais apresentam
aparência doentia, podendo apresentar, também, inchaço abdominal.
Finalmente, é importante que você saiba a melhor maneira de segurar o seu rato,
pois deverá fazê-lo, muitas vezes, durante o ano. Um rato assustado toma-se difícil de segu
rar e poderá, eventualmente, mordê-lo. Se isso ocorrer, use o procedimento normal para de-
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sinfetar pequenas feridas, pois como esses animais vivem em um ambiente saudável e prote
gido, o perigo de estarem contaminados é mínimo.
O rato deve receber um sinal de aviso de que alguém vai pegá-lo. Isso pode ser fei
to, simplesmente, retirando-se a gaiola-viveiro da prateleira, ou abrindo-se a porta da gaiola
por alguns minutos. Assim, o animal terá tempo de locomover-se para frente e você poderá
pegá-lo facilmente. Para segurá-lo, coloque a palma da mão sobre as costas do rato e os de
dos polegar e indicador em tomo do pescoço, ao mesmo tempo em que seus outros dedos
permanecem ao redor do corpo. Levante o rato, de modo delicado, mas firmemente. Uma
fêmea que está amamentando deve deixar o ninho antes de ser pega. Recomenda-se lavar as
mãos antes de segurar um rato, para remover qualquer odor químico ou de outros animais,
pois os ratos possuem o aparelho respiratório muito sensível ao reconhecimento de odores
e também a doenças (Porter, 1962).
Informações sobre o biotério. O tamanho ideal de um biotério deve ser de 0,5m3 por
animal e suas instalações devem ter exaustores de parede, tipo doméstico (mais ou menos 30
cm de diâmetro) e aquecedores elétricos, para possibilitar melhor ventilação e temperatura
adequada nas épocas de calor e frio excessivos. A temperatura deve estar entre 18 e 22 graus
centígrados. E a umidade entre 45 e 55%. Quanto a iluminação, deve haver 13 horas de
luz/dia, com suplementação de luz no período de baixa luminosidade (outono e inverno). Os
animais devem viver em gaiolas - viveiros individuais e as gaiolasdevem ser forradas com
maravalha ou tiras de papel, que devem ser trocadas duas vezes por semana. Devido ao ma
nejo constante do bioterista ou responsável pelo biotério, com os animais, é recomendável que
o mesmo receba vacina antitetânica, uma vez, por ano, e faça um exame médico regularmen
te, pois ratos contaminados podem transmitir leptospirose, através da urina, e raiva, através
da mordida.
Cuidados com o seu sujeito experimental no laboratório.
Como já foi indicado no primeiro capítulo - Considerações Gerais - os exercícios
propostos para serem realizados em laboratórios têm o objetivo de ilustrar princípios teóricos
e treinar o aluno em um trabalho experimental. Este trabalho se caracteriza por manipular
uma ou mais variáveis, - denominadas variáveis independentes; medir o desempenho do ani
mal - variável dependende - e manter outras variáveis constantes, isto é, observar rigorosa
mente o controle experimental. Portanto, é imprescindível que não haja a introdução de ou
tras variáveis (conversar com colegas, fumar, sacudir a caixa experimental, pegar o rato du
rante o exercício etc.), caso contrário você pode alterar os resultados do exercício que está
sendo desenvolvido, pois o rato poderá se comportar de acordo com uma nova variável, in
troduzida inadvertidamente. Se não houver um nível mínimo de controle experimental, não
haverá possibilidade de se verificar se o comportamento do animal ocorre em função das
contingências planejadas pelo exercício, ou, em função de alguma dessas variáveis estranhas,
não controladas.
E✓ importante ressaltar que o animal a ser utilizado por você, como sujeito experi
mental, neste curso, deverá se tratado com extremo cuidado durante todo o período experi
mental e fora dele, pois trata-se de um ser vivo e merece nosso respeito. A consideração que
você tiver para com o seu rato tomará o trabalho muito mais agradável, pois, na prática, você
terá um sujeito mais manso e dócil, facilitando seu trabalho e possibilitando o sucesso dos
procedimentos dos exercícios planejados
Cuidados com a sua aparelhagem experimental.
Você terá a sua própria caixa experimental e a usará até o final do curso. Porém,
outros alunos também a usarão. A limpeza e o bom funcionamento de sua aparelhagem de-
25
penderão do cuidado com a sua manipulação durante o experimento. Comunique, ao professor
ou monitor, as irregularidades encontradas em sua caixa experimental, ou seja, detritos no
piso, água no bebedouro, aparelhos danificados etc.
A maioria dos cursos de Psicologia utiliza em seu laboratório equipamentos fabrica
dos pela FUNBEC. No livro “Exercícios de laboratório em Psicologia”, Guidi e Bauermeis-
ter descrevem, de forma clara e pormenorizada esta aparelhagem experimental.
Os procedimentos deste Manual foram testados em condicionadores ELT-01 e
ELT-02, fabricados pela Associação Catarinense de Ensino (Rua São José n- 490, CEP
89.000, Joinville, Santa Catarina. Fone: (0474) 22-8577).
Algumas características deste equipamento são bastante gerais, e, neste sentido, se
melhantes às do equipamento que você terá no laboratório de sua escola.✓ Outras, mais parti-
culares, são diferentes e você deverá estar atento a essas diferenças. E importante ressaltar
que o procedimento para os exercícios independe, amplamente, de características peculiares
do equipamento, uma vez que se trata de exercícios planejados para demonstrar os princípios
básicos de Análise Experimental do Comportamento, observados em diversas situações,
mesmo fora do laboratório.
Apresentamos uma descrição das especificações físicas do modelo ELT-02, - a
versão mais atualizada do fabricante. Este equipamento é composto por duas unidades opera
cionais separadas - gaiola e controle.
A estrutura da gaiola é de alumínio anodizado cinza fosco, medindo 24 cm de altura,
26 cm de comprimento e 21 cm de largura. O piso possui grades paralelas, em açoinoxidável,
fixadas nas extremidades com rebites em acrílico, com uma distância de 1,5 cm entre as gra
des. Na parede lateral direita existe um bebedouro na altura do piso, com aproximadamente
0,7 cm de diâmetro; cerca de 8 cm acima do bebedouro localiza-se uma barra que possui 8 cm
de comprimento e 0,5 cm de diâmetro que, ao ser pressionada, aciona um microinterruptor
que leva o pescador (dispositivo de condução da gota d’água) até a cuba d’água e o traz com
uma gota d’água. Acima da barra existem orifícios para saída de estimulação sonora e, ao lado
destes, existe
dentro da umNavidro
gaiola. partetransparente, permitindo
central do teto, a passagem
há um orifício de estimulação
para fixação luminosa
de hastes (argola para
e tra
pézio), e o fechamento da gaiola é feito pelo lado anterior, com vidro fumê.
A Unidade de Controle consta de um módulo em alumínio anodizado e laterais em
cerejeira, medindo 30 cm de comprimento, 14 cm de altura e 21,5 cm de largura na base.
Existem os seguintes circuitos e controles no painel frontal: 1) chave de alimentação energéti
ca geral (liga/desliga), com indicador luminoso de cor vermelha; 2) chave comutadora para
acionamento do bebedouro (automático/manual), para esquemas de respostas e reforços; 3)
controle de estímulo luminoso em 4 itensidades e controle de estímulo aversivo (choques elé
tricos em 4 intensidades), com teclas seletivas de pressão e interruptores em separado; 4)
controle de estímulo sonoro de freqüência fixa de 1000 Hz.; 5) cronômetro digital, fornecen
do horas e minutos ou minutos e segundos; 6) contador cumulativo de respostas (acionamen
tos da barra), com botão zerador, e 7) contador cumulativo de liberação de reforços (aciona
mentos do “pescador”) com botão zerador.
O painel traseiro da Unidade de Controle tem um porta-fusível (1 A), uma entrada
de cabo de força (110 V), e uma tomada de 11 pinos para conexão do cabo da gaiola.
26
Comportamento do aluno
O trabalho de laboratório deve ser organizado e sistemático. Sendo assim, você deve
procurar não entrar subitamente no laboratório ou no biotério, correndo o risco de perturbar
os ratos, o bioterista ou seus colegas que, possivelmente, terão ritmo de trabalho diferente do
seu. Esses cuidados são importantes em função da necessidade do controle experimental,
evitando-se assim a introdução de variáveis estranhas durante a sessão.
Os procedimentos foram descritos detalhadamente, havendo pouca ou nenhuma ne
cessidade do auxílio do professor para sua compreensão. Dessa forma, leia as instruções do
exercício antes de entrar no laboratório e tire suas dúvidas com o professor ou monitor da
disciplina, pois como são diversos alunos trabalhando ao mesmo tempo, porém, individual
mente e em ritmos diferentes, o professor não terá condição de explicar tudo, para cada alu
no, durante o exercício. Também é importante que você prepare a folha de registro, referente
ao exercício, antes de entrar no laboratório. Em seguida, solicite o seu sujeito experimental,
pelo número da gaiola, verifique os aparelhos que serão utilizados e inicie o procedimento.
Nem sempre as coisas acontecem como esperamos ou como desejamos. Não tenha
receio de tirar dúvidas ou relatar suas falhas. Como esclarece Michael (1963), nenhuma puni
ção função
em é contingente
de erro.a Alguns
erros deenganos
laboratório, exceto, é claro,
são freqüentes a inconveniência
no trabalho de etreinar
experimental o animal
a melhor atitu
de é tentar evitá-los, mas, se ocorrerem, relate-os (inclusive no relatório), assim como qual
quer efeito que você considere ter ocorrido no comportamento do rato devido a esses enga
nos. Algumas descobertas importantes resultaram de erros, falhas nos aparelhos etc., embora
não seja este o caminho normal para descobertas importantes.
O professor ou o monitor estarão sempre presentes no laboratório e poderão escla
recer suas dúvidas.
Sugestões✓ para o professor na utilização deste manual.
E importante ressaltar que, na maioria dos aspectos, este é um manual auto-explica-
tivo, ou seja, o aluno necessitará de poucas instruções do professor para a realização de rela
tórios
titui asouaulas
parasobre
a execução dos procedimentos
os princípios teóricos, nemdeaslaboratório.
explicaçõesEntretanto, o manual sobre
mais aprofundadas não subs
os di
versos temas abordados. Além do mais, o debate entre professor e aluno é muito mais inte
ressante e estimulante do que a simples leitura de regras.
É essencial que o professor desperte interesse no aluno, em relação ao laboratório,
visando tanto realizar os exercícios propostos, quanto elaborar novos experimentos de pes
quisa. A importância dos exercícios de laboratório está na diferença entre o comportamento
modelado por contingências versus o comportamento governado por regras, segundo Skinner
(1980). Sem dúvida, é bastante diferente o aluno assistir a uma aula expositiva ou ler um li
vro, a respeito do comportamento de um rato, em procedimento de extinção da resposta de
pressão à barra, do que ver com seus próprios olhos, e fazer parte das contingências dessa
situação.
Na nossa prática, algumas vezes, as aulas teóricas não coincidem com o exercício,
referente a elas e o aluno pode realizar um exercício de laboratório antes de ter assistido a
aula sobre o assunto. Este fato não se mostrou, de forma alguma, prejudicial. Ao contrário, o
aluno acaba por aprender o princípio teórico através da prática de laboratório e complementa
seu conhecimento durante a aula expositiva.
Outra prática eficiente, que adotamos, refere-se aos relatórios dos exercícios. Tra
ta-se de uma modelagem do comportamento de escrever relatórios. Redigir um relatório é
uma atividade bastante específica e minuciosa e, portanto, deve ser aprendida em partes. Não
é absolutamente necessário que o aluno faça relatórios completos de cada exercício que reali-
28
za. Esta modelagem funciona da seguinte forma: no primeiro relatório, pede-se apenas a se
ção de “resultados”; o relatório é corrigido e, no seguinte, pedem-se as secções de “resultados e
discussão”. Nos relatórios posteriores, acrescenta-se uma secção por relatório, até que o aluno
tenha aprendido todas as secções necessárias a um relatório e esteja apto a redigí-lo, de modo
completo. Então, procede-se à correção do mesmo e a atribuição das notas. Se o primeiro re
latório completo apresentar falhas graves, o aluno deverá corrigi-las e entregá-lo novamente.
Em seguida esse relatório completo, o aluno deverá apresentar apenas as secções que contém
os resultados e discussões de seus exercícios, e somente mais um ou dois relatórios completos,
referentes aos exercícios finais. Esta modelagem favorece, sem dúvida, a aprendizagem da
redação de um relatório de pesquisa, segundo as normas de publicação.
As normas e as referências bibliográficas propostas aqui, seguem as especificações
da APA (American Psychological Association). Cabe ao professor decidir se deve exigir to
das essas especificações minuciosas. Elas estão no Manual como um modelo considerado
correto, mas compete ao professor julgar se é importante para os alunos seguir esse modelo
ou não.
Em relação aos exercícios de laboratório, a ordem indicada neste manual tem uma
certa importância. Por exemplo, quando aluno fizer o exercício sobre “reforçamento secun
dário e encadeamento”, o sujeito experimental já deverá ter passado necessariamente pelo
exercício de “discriminação de estímulos luminosos”, caso contrário o procedimento proposto
de “encadeamento” não será eficaz. O exercício de “intervalo variável” foi colocado separa
damente dos outros exercícios de reforçamento intermitente porque uma linha de base de VI
é importante para o procedimento de “supressão condicionada de resposta”. Entretanto, se o
professor decidir que os alunos não farão o exercício de “supressão’’, o exercício de VI pode
ser feito logo após o de “intervalo fixo”, por exemplo, e a ordem proposta no manual deve
ser modificada.
O professor também deve decidir, em função do seu programa e da carga horária da
disciplina, quais exercícios são essenciais para seus alunos. Deverá ainda optar pela inclusão
ou
quenão dos exercícios
utilizam estimulaçãoqueaversiva,
utilizamcomo
choques elétricos. Uma
demonstração sugestão
para todos e realizar
os alunos os exercícios,
juntos, em vez de
excluí-los, ou cada aluno realizar o seu próprio exercício; através da demonstração os alunos
podem verificar e entender os efeitos da estimulação aversiva sobre o comportamento dos
organismos.
Desta forma, sugerimos que o professor elabore o seu programa, com antecedência,
e examine previamente os exercícios a serem solicitados aos alunos assim como a ordem para
a realização dos mesmos.
Em geral, o ritmo de trabalho em laboratório difere em relação a cada aluno, pois o
bom desenvolvimento de um exercício depende de muitas variáveis, tais como: a compreensão
do procedimento a ser executado; diferenças individuais dos sujeitos experimentais; introdu
ção de variáveis estranhas durante o período da sessão experimental e, até mesmo, da disposi
ção do experimentador naquele dia. Se for importante todo o grupo de alunos manter o mes
mo ritmo de trabalho, sugere-se a elaboração de um quadro, que seja afixado no laboratório,
do qual conste o nome de todos os alunos e o título de todos os exercícios que serão feitos
durante o período letivo. Isto possibilita um controle individual do aluno, do seu progresso, e
seu atraso, o que irá favorecer a realização de sessões experimentais extras, até que o aluno
consiga alcançar os seus colegas de turma.
Sem dúvida, para um melhor desenvolvimento do trabalho em laboratório, é neces
sário, além da compreensão deste manual, uma interação satisfatória entre professor e alunos.
29
ROT EIRO PARA ELA BORAÇÃO D E RELATÓ RIOS DE PESQUISA
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Condicionador ELT - 02
(Gaiola e unidade de controle)
ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS DE PESQUISA
Um fator fundamental para promover o conhecimento, indicar soluções e resolver
problemas é a realização de pesquisas. Naturalmente, também é importante a divulgação dos
resultados obtidos nas pesquisas. Com a publicação, um trabalho toma-se conhecido e discu
tido entre os interessados pelo assunto nele tratado. Pode ser corroborado, refugado ou gerar
novos estudos, a partir de seus resultados. Em resumo, a publicação de trabalhos científicos é
importante porque promove e facilita a comunicação e a cooperação entre os pesquisadores e
o(s) autor(es) contribui(em) para o -progresso científico de uma área específica do conheci
mento.
Os procedimentos, estabelecidos pela APA (American Psychological Association)se
difundiram por quase todo mundo, com poucas variações e adaptações. A principal vantagem
de se utilizar as normas da APA é possibilitar a comunicação entre especialistas de diferentes
países e facilitar a consulta de trabalhos científicos. Atualmente, o conhecimento e utilização
dessas normas é fundamental em Psicologia e é indispensável que os estudantes estejam fami
liarizadosQualquer
com este dúvida
procedimento internacional.
na leitura e compreensão das normas técnicas deve ser levada ao
conhecimento do professor ou monitor, pois este é o procedimento que você deverá seguir na
elaboração de relatórios dos exercícios de laboratórios. Como foi explicado na secção “Su
gestões para o professor”, é provável que o seu professor faça uma “modelagem” para o seu
comportamento de escrever relatórios. Assim, nos primeiros relatórios, será exigido apenas
uma parte, os “resultados”, por exemplo, e nos relatórios seguintes, será acrescentada uma
secção por vez, até que você esteja apto para redigir um Telatório completo.
Í
- Folha de rosto
- Resumo (abstract)
- Discussão
Referências bibliográficas
- Tabelas
- Figuras.
As páginas serão numeradas a partir da segunda página da introdução, onde você
colocará o número 2. Tabelas e figuras não são numeradas.
Formas das secções
Neste item, são explicados a estrutura e conteúdo de cada secção do relatório cien
tífico.
- Folha de rosto
Deve conter o título do trabalho, o nome do pesquisador e suafiliação. O título do
trabalho deve ser informativo, descrevendo aquilo que foi feito, em termos de variáveis inde
pendentes e dependentes, ou do procedimento executado. O título é escrito em letras maiús
culas e todos os itens devem estar centralizados na página, com espaço duplo entre cada um
deles. Exemplo:
periniento, com maiores detalhes do que foi feito no abstract. E necessário dar uma definição
precisa das variáveis dependente e independente usadas no estudo. Não é aceitável a simples
identificação delas, como na frase: As variáveis dependente e independente foram.... Ao
leitor dever ficar claro quais variáveis foram manipuladas e quais foram medidas no estudo.
Um exemplo da variável dependente, no estudo, pode ser: o índice de discriminação foi cal
culado dividindo-se a taxa de Resposta em pela somatória das taxas de Respostas em
e em SA
Obs: a palavra introdução não é incluída no tftulo ou em qualquer parte da secção;
ela é apenas um nome para a secção.
-Esta
Mét odo inicia-se com a palavra MÉTODO, escrita e centralizada no alto da pá
secção
gina. Em letras maiúsculas. As subsecções estarão dispostas da seguinte maneira como se se
gue abaixo: .
ft MÉTODO I
% Sujeito:
Mencionar o número de sujeitos, espécie, sexo, idade, história experimental anterior
e qualquer outra característica que seja relevante, tal como: nível de privação, tipo de refor-
çador, proveniência do sujeito, etc. Sempre relatar se o alimento e/ou água estavam disponí
veis todo tempo na gaiola-viveiro. Mesmo que sejam vários relatórios sobre o mesmo sujeito,
35
estes dados sempre devem ser mencionados porque em cada relatório muda a privação, idade,
história experimental etc.
* Aparelhos:
Descrever os aparelhos, detalhadamente, para que o leitor possa ter alguma idéia de
como fazer para caso necessite construir outro semelhante. Todos os aspectos relevantes de
vem ser mencionados, assim como, tamanho da caixa experimental, variáveis constantes e re
levantes no ambiente, facilidades de registrar os dados etc. (Detalhes minuciosos da colocação
✓
de cada parafuso ou prego são desnecessários). E sempre interessante que conste um desenho
do aparelho principal, uma caixa experimental por exemplo, logo em seguida da descrição, ou
que seja inserido junto com as figuras. No caso de inserir, você deve fazer dois traços e no
meio colocar a inserção, no local que você deseje que ela seja feita, caso o trabalho seja publi
cado. Por exemplo:
Inserir Fig. 1
Resultados
Esta secção inicia-se com a palavra RESULTADOS, escrita em letras maiúsculas e
centralizada no alto da página. O objetivo da secção de resultados é mostrar o que se obteve
com a manipulação proposta pelo procedimento. Nesta secção, o investigador apresenta os
dados que obteve, sob a forma de gráficos e/ou tabelas. Os gráficos e/ou tabelas devem ser
descritos no texto, em termos das tendências mais consistentes encontradas. Quando é um ar
tigo para publicação, os gráficos deverão ser desenhados à nanquim, sobre papel vegetal; para
relatórios acadêmicos, os gráficos podem ser feitos em papel milimetrado, desenhados a lápis
ou caneta preta.
36
Deve-se evitar dois extremos: a) não apresente simplesmente o rol dos dados, for
çando o leitor a analisá-los; b) não apresente apenas descrições qualitativas como: “a taxa de
resposta aumentou”. Ao invés disso, dê médias, porcentagens e valores representativos onde
for apropriado. Por exemplo: “Como função do esquema de reforçamento, a taxa de resposta
de pressão à barra aumentou para uma média de 18 pressões à barra, por minuto, um aumento
de 89% em relação
Limite suaaodescrição
obtido noaonível
que operante.”
o sujeito estava realmente fazendo e não ao que você
acha que ele estava fazendo, como por exemplo: “o rato estava se movendo através da caixa”,
e não “o rato estava procurando água.”
Os resultados descritos devem ser suficientes para justificar a conclusão.
Figuras são abreviadas - Fig. - e são numeradas em algarismos arábicos. Ocorre
uma exceção quando a palavra figura é a primeira de uma sentença. Tabelas são numeradas
em algarismos arábicos mas não são abreviadas. Para relatórios que não serão publicados,
procure fazer as figuras e tabelas de tamanho pequeno, para que possam ser colocadas no
próprio texto. Caso o relatório ou artigo venha a ser publicado, as figuras e tabelas devem ser
feitas em folhas separadas e inseridas, indicando-se o local onde devem ser colocadas, como
já foi explicado no item “aparelhos”.
- Discussão
Esta secção deve vir logo após a secção de resultados, e seu título deve vir escrito em
letras maiúsculas centralizado no alto da página. A secção de discussão tem por finalidade ajudar
a entender as descobertas experimentais e, portanto, é permitido ater-se a hipóteses e
interpretações, de acordo com os interesses do investigador.
Esta secção deve analisar o significado dos resultados e o modo como eles se rela
cionam com o problema proposto. Além disso, a discussão salienta as limitações das conclu
sões, assinala as semelhanças e diferenças entre as descobertas e os mais amplos pontos de
vista aceitos e apresenta, em síntese, as implicações para a teoria e a prática. Os resultados
são discutidos em termos de problemas apresentados na introdução, assinalando se esses re
sultados estão de acordo com a literatura ou não, qual o dado novo encontrado e se o experi
mento atingiu o objetivo a que foi proposto. Exemplo: “Comparando-se a curva de extinção
após CRF e após esquemas intermitentes, observou-se que, no primeiro caso, após 50 res
postas de pressão à barra o sujeito fez uma pausa de 10 minutos. Já no segundo caso, as 50
respostas de pressão à barra estavam distribuídas ao longo da sessão, sem interrupções (pla-
tôs) tão acentuadas.”
Para finalizar a discussão você pode apresentar um breve resumo dos principais re
sultados encontrados, mencionando quais os aspectos mais importantes. Sugira, nessa secção,
outros experimentos que possam ser realizados ou quais variáveis deverão ser estudadas para
obtenção de trouxe
experimento resultados
paramais conclusivos.
sua área Para concluir,
de conhecimento, discuta
ou, qual qual a contribuição
a contribuição que este
desse exercício de
laboratório para sua compreensão dos princípios teóricos estudados.
Se você apresentar mais de um experimento (ou exercício) num mesmo relatório (ou
artigo), pode fazer uma secção de “discussão geral”, na qual mostrará a relação entre os vá
rios resultados obtidos.
- Referências bibliográficas
O título desta secção deve ser escrito em letras maiúsculas, no alto da página se
guinte à secção de resultados e discussão.
Referência bibliográfica é um conjunto de indicações precisas, que permitem a
37
identificação de publicações. O objetivo de arrolar as referências bibliográficas utilizadas é
permitir o acesso do leitor que você cita no corpo do trabalho.
Existem várias formas diferentes de apresentação de referências e estas dependem
muitas vezes do periódico específico. Como não é possível relacionamos todas essas regras
diferentes, adotamos a regra da American Psychological Association (APA).
As referências bibliográficas, ao final do relatório, incluem apenas fontes citadas no
texto. Nunca inclua uma referência que não tenha sido referida no corpo do seu trabalho e
nunca deixe de incluir a referência de uma citação.
Para a datilografia das referências, o espaço deve ser reduzido em relação às demais
partes do relatório. As referências são organizadas em ordem alfabética e apresentadas ao fi
nal do trabalho. A segunda linha e as subseqüentes, de uma referência, inicia-se, sob a ter
ceira letra da primeira linha; os vários elementos da referência são separados por ponto, se
guidos de dois espaços. Veja, em seguida, os exemplos dos tipos mais freqüentes de referên
cias:
1. Livros:
Sobrenome do autor, iniciais. Título. Local: Editora, data.
Pessoti, I. Ansiedade. São Paulo: EPU, 1978.
Toda edição que não seja a primeira deve ser citada entre parênteses, logo após o
título do livro.
- Para uma obra de dois autores, inicia-se pelo sobrenome do primeito autor citado,
seguido de e o sobrenome do segundo autor.
- Para uma obra com mais de dois autores, inicia-se pelo sobrenome do primeiro
autor citado, seguida da expressão “et alii”. Se necessário, pode-se mencionar todos os cola
boradores, separando-os por ponto e vírgula e antes do útimo autor.
Várias referências de um mesmo autor são apresentadas pelo ano de publicação, ini
ciando-se pela obra mais antiga até a mais recente.
2. Livros com autores diferentes para cada capítulo:
Sobrenome do autor do capítulo, iniciais. Título do capítulo. In: Sobrenome do au
tor do livro, iniciais. Título do livro. Local: Editora, ano de publicação. Página inicial - págin^
final do capítulo.
Abid, J. A. D. Skinner, materialismo metafísico? “Never mind, no matter”. In: Pra
do, Júnior, B. (org.). Filosofia e comportamento. São Paulo: Brasiliense, 1982, p.
92-109.
3. Artigos de Periódicos:
Sobrenome do autor, iniciais. Título do artigo. Título do periódico, data, volume (n9
fascículo), página inicial - página final.
8. Citações no texto
Geralmente são necessárias citações para ilustrar ou apoiar o que se afirma. Uma
citação é direta, quando se transcreve exatamente as palavras do autor e é indireta quando
nos referimos às suas idéias, através de parágrafos (expressão da idéia de outro, com palavras
próprias do autor do trabalho), e da condensação (síntese dos dados retirados de uma fonte,
porém, sem alterar o pensamento do autor). No corpo do trabalho coloca-se o sobrenome do
autor e a data, inseridos no texto em um ponto adequado: “Smith (1980) compara os tempos
de reação...” “Num estudo recente sobre os tempos de reação (Smith, 1980)...” “Em 1980,
Smith comparou...”
Em discussão
mencionados novamente,contínua, na mesma
sem a citação de página
da data subseqüente,
para não o nome donaautor
ocorrer ambigüidade pode ser
interpreta
ção dos resultados.
Citações múltiplas de autores diferentes são colocados em ordem alfabética, pelo
sobrenome dos autores, separadas por ponto e vírgula.
Estudos recentes (Brown & Smith, 1961; Smith, 1962, 1964; Williamns, 1971) têm
mostrado. ..
Pode-se colocar a citação de uma página particular, capítulo ou figura:
(Jones, 1958, pp. 10-19)...
(Smith, 1960, cap. 3)...
Quando uma citação não ultrapassar cinco linhas, deve ser transcrita entre aspas, in
tercalada no parágrafo. Exemplo:
Contudo, para Silva (1986), “através de prescrição médica, ou estimulado pelo in
teresse social ou individual, o uso de drogas apresenta benefícios e risco que variam para cada
indivíduo e cada droga”.
Uma citação de mais de cinco linhas deve ser datilografada com margem recuada e
espaço reduzido. Este procedimento elimina a necessidade de aspas.
Uma citação de citação de fonte secundária, somente é usada quando for indispen
sável mencionar um trabalho que o autor apenas teve conhecimento por citação de outro tra
balho. Exemplo:
39
Cunha (1976), citado por Fagundes (1982), sugeriu quatro características necessá
rias a uma linguagem científica: objetividade, clareza e exatidão; concisão; e ser afirmativa ou
direta.
Na lista de referências bibliográficas, as duas obras devem ser citadas. Exemplo:
Cunha, W.H.A. Alguns princípios de categorização, descrição e análise do compor
tamento. Ciência e Cultura, 1976, 28 (1), 15-24. Citado por Fagundes, A.J.F.M.
Descrição
22. , definição e registro de comportamento. São Paulo : Edicon, 1982. p.
- Tab elas
Tabelas não tem legenda mas somente título, que deve especificar todos os itens que
ela contém; são numeradas com algarismos arábicos.
Tabelas nunca são fechadas por linhas laterais. Exemplo de uma tabela:
- Fig ura s
Se você colocar todas as figuras de um relatório em anexo, cada figura deve estar
em uma página com a palavra Figura centralizada no alto da página. Deve-se procurar redu
zir os gráficos a uma única página, evitando-se, ao máximo, material desdobrável. No caso
das figuras estarem em anexo, você poderá colocar a legenda na parte inferior da figura, ou
se existirem muitas figuras, faça uma página somente para legendas.
Exemplos:
9, n2 2, deReproduzimos
1983, atravésuma interessante
da qual você terápesquisa, publicadadenacomo
ótimos exemplos Revista Psicologia,
redigir volume
cada secção de
um trabalho científico.
40
PROFECIAS AUTO-REALIZADORAS EM SALA DE AULA:
EXPECTATIVAS DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA
COMO DETERMINANTES NÃO-INTENCIONAIS DE DESEMPENHO*
Emma Otta**, María Alice Vanzolini da Silva Leme**, María da Penha Pinheiro
Lima*** e Sonia Maria Rocha Sampaio****
RESUMO
ABSTRACT
Calculou-se para cada escala a proporção de respostas positivas (pontos 4 ou 5), ne
gativas (pontos 1 ou 2) e neutras (ponto 3). Estes dados foram combinados e representados
graficamente por faculdade. A Figura 1 exemplifica a forma de representação utilizada. Na
figura podem ser diferenciadas quatro zonas que denominaremos:
a) zona claramente positiva = mais de 50 por cento das reSpostas nos pontos 4 e/ou
5;
b) zona claramente negativa = mais de 50 por cento das respostas nos pontos 1
e/ou 2;
c) zona de neutralidade = mais de 50 por cento das respostas no ponto 3;
d) zona de opiniões divididas = as respostas nos pontos 1 e/ou 2, 3, 4 e/ou 5 não
ultrapassam 50 por cento.
ZONA D€ NEUTRALIDADE
ZONA DE OPINIÕES DIVIDIDAS
Figura 1. Representação gráfica dos julgamentos numa escala em função da proporção de respos
tas no pólo negativo (1/2), neutro (3) e positivo (4/5). Veja explicação no texto.
45
Vamos supor que numa das faculdades, numa dada escala, 70 por cento dos estu
dantes de um dos grupos tenham assinalado os pontos 4 e/ou 5, 20 por cento o ponto 3 e 10
por cento os pontos 1 e/ou 2. O círculo cheio da Figura 1 representa este resultado. Vamos
imaginar um outro resultado, 20 por cento dos estudantes assinalaram os pontos 4/5, 80 por
cento o ponto 3 e 0 por cento os pontos 1/2. Agora é o triângulo cheio da Figura 1 que re
presenta este resultado.
niões. AsOavaliações
aspecto mais salienteou
de metade na mais
avaliação do texto não-identificado
das faculdades foi região
situaram-se nesta a divisão
nasdeescalas:
opi
obscuro-claro (5 faculdades), onipotente-humilde, superficial-profundo (4 faculdades), su-
perado-atual, irrelevante-relevante, mecanicista- não -mecanicista e reacionário-contestador
(3 faculdades).
Houve também uma tendência a julgar o texto de modo favorável. As avaliações de
metade ou mais das faculdades situaram-se nesta região nas escalas: desonesto-honeto (todas
as faculdades), incoerente-coerente(5 faculdades), inútil-útil (4 faculdades), superado-atual
(3 faculdades).
Embora 15 por cento das avaliações se concentrassem na zona neutra, não houve
nenhuma escala em que as respostas da maioria das faculdades caísse nesta zona. As avalia
ções claramente negativas foram mais raras, mas numa das escalas foi localizado um agrupa
mento de respostas: fechado-aberto (3 faculdades).
Esta caracterização do texo não-identificado coloca limites a possíveis vieses de
avaliação pela introdução do nome de um autor. Em aspectos que já são muito favoráveis tal
vez seja difícil aparecer uma melhora de avaliação. A escala desonesto-honesto é um exemplo
disto. Da mesma forma, talvez seja difícil aparecer uma piora de avaliação em aspectos que
em princípio são considerados desfavoráveis. No entanto, de modo geral, o texto foi pouco
polarizador, na medida em que a maioria dos julgamentos (58 por cento) localizou-se nas zo
nas de opiniões divididas e neutra, o que sugere que o material selecionado é apropriado para
testar a hipótese em questão.
Chama a atenção, na avaliação do texto não identificado, a distribuição das respos
tas, considerando o conjunto das doze escalas, entre as faculdades. Aparentemente, as facul
dades não se diferenciaram quanto às respostas nas zonas neutras e claramente negativa. No
entanto, têm-se algumas diferençaas quando se considera a distribuição de respostas nas zo
nas claramente positiva e de opiniões divididas. Enquanto na Faculdade B metade ou mais das
escalas situam-se na zona claramente positiva, nas Faculdades A, D e F metade ou mais das
escalas situam-se na zona de opiniões divididas. Estas diferenças nos levaram a analisar se
paradamente, para cada faculdade, a influência dos nomes de Freud e de Skinner.
46
Comparação das avaliações do texto Não-Identificado com as avaliações do texto atribuído a
Freud.
A atribuição de autoria a Freud alterou a avaliação do texto. Houve diferenças sig
nificativas nas avaliações dos estudantes que receberam o texto com o nome de Freud e dos
que receberam o mesmo texto sem nome em sete das doze escalas:superado-atual (Faculdade
A), irrelevante-relevante (Faculdades A e E), superficial-profundo (Faculdades A e E)„ inútil-
útil (Faculdades A e B), fechado-aberto (Faculdade A e C), onipotente-humilde (Faculdades
B, C, e D)e péssimo-ótimo (Faculdade A). A Tabela 1mostra os valores das estatísticas asso
ciadas a estas comparações.
Fica claro que o maior viés de julgamento ocorreu entre os estudantes da Faculdade
A. Houve seis comparações estatisticamente significantes de um total de doze possíveis. En
tre os estudantes das Faculdades B, C e E houve duas comparações estatisticamente signifi
cantes, entre os estudantes da Faculdade D uma e entre os estudantes da Faculdade F nenhu
ma. Vamos ver em cada uma das faculdades de que natureza foi a distorção (Figura 2).
Na Faculdade A, o nome de Freud contribui para tomar o julgamento mais favorá
vel.zona
da Nas escalas superado-atual,
de opiniões irrelevante-relevante
divididas para a zona claramentee inútil-útil, as respostas
positiva. Nas dimensõesse deslocaram
superficial-
profundo, fechado-aberto e péssimo-ótimo, o deslocamento se deu da zona de neutralidade
para a zona claramente positiva. Ou seja, se o texto é de Freud ipso facto toma-se atual, rele
vante, útil, profundo, aberto e ótimo para a maioria dos sujeitos da Faculdade A.
% POSITIVO
% POSITIVO
FACULDADE D
% POSITIVO
FACULDADE E
10 20 30 4b 50 60 70 ao 90
% POSITIVO
FACULDADE F
% POSITIVO
50
quanto à utilidade de um texto atribuído a Freud. As respostas na escala onipotente-humilde
foram localizadas na zona de opiniões divididas para os dois grupos. Trinta e nove por cento
dos estudantes que receberam o texto não identificado assinalaram os pontos 1 ou 2, 50 por
cento assinalaram o ponto 3 e 11 por cento, os pontos 4 ou 5. Dos estudantes que receberam
o texto com o nome de Freud, 14 por cento assinalaram os pontos 1 ou 2, 40 por cento o
ponto 3 e 47 por cento os pontos 4 ou 5.
Na Faculdade C, o nome de Freud atenuou aspectos negativos do texto não-identi-
ficado. Nas escalas fechado-aberto e onipotente-humilde, as respostas se deslocaram da zona
claramente negativa para a zona de neutralidade.
Na Faculdade D, as respostas na escala onipotente-humilde localizaram-se na zona
de neutralidade para os dois grupos. Dos estudantes que receberam o texto não-identificado,
27 por cento assinalaram os pontos 1 ou 2, 64 por cento o ponto 3 e 9 por cento os pontos 4
ou 5. Daqueles que receberam o texto com o nome de Freud, nenhum assinalou os pontos 1
ou 2, 58 por cento o ponto 3 e 42 por cento os pontos 4 ou 5.
Na Faculdade E, a escala irrelevante-relevante localizou-se na zona de neutralidade
quando o texto não era identificado e na zona claramente positiva quando era atribuído a
Freud. A escala
Nesta escala, dos superficial-profundo foi localizada
estudantes que receberam na zona de neutralidade
o texto não-identificado, paraassinala
44 por cento ambos.
ram os pontos 1 ou 2, 56 por cento assinalaram o ponto 3 e nenhum assinalou os pontos 4 ou
5. Já daqueles que receberam o texto atribuído a Freud, 9 por cento assinalaram os pontos 1
ou 2, 55 por cento o ponto 3 e 36 por cento os pontos 4 ou 5.
De modo geral, então o nome de Freud contribuiu para que os estudantes vissem
o texto de um ângulo mais favorável. Os comentários de dois estudantes foram selecionados
para ilustrar este clima de opinião.
Um estudante, que recebeu o texto não-identificado, escreveu:
“No texto a discussão é pobre, porém se aplica a disciplinas que ‘querem’ entrar no
contexto científico (e nesse contexto não incluo a Psicologia); ele é coerente.”
Um colega, que recebeu o texto com o nome de Freud teve uma opinião diferente:
“Concordo totalmente. Em se tratando de uma abordagem que se aproxima mais da
dialética, Freud tem razão. A organização do material empírico se fará através do'
encaminhamento da experiência do ponto de vista teórico e prático.”
Comparação das avaliações do texto Não-Identificado com as avaliações do texto atribuído a
Skinner.
A atribuição de autoria a Skinner alterou a avaliação do texto, mas em menor grau
que Freud e em direção oposta, em geral. A comparação dos grupos Skinner e não-identifi-
cado revelou diferenças significativas em quatro das doze dimensões de julgamento:superfi
cial-profundo (Faculdades B e E),fechado-aberto (Faculdade B), onipotente-humilde (Facul
dade A) e reacionário-contestador (Faculdade A). A Tabela 2 mostra os valores das estatísti
cas associadas a estas comparações.
A atribuição de autoria a Skinner alterou a avaliação do texto em algumas faculda
des mas não em outras. Houve duas comparações estatisticamente significativas entre os es
tudantes das Faculdades A e B e uma entre os estudantes da Faculdade E. Entre os estudantes
das Faculdades C, D e F não houve nenhuma.
Entre os estudantes da Faculdade A, o nome de Skinner contribuiu para tomar o
julgamento mais desfavorável. Nas escalas onipotente-humilde e reacionário-contestador as
respostas se deslocaram da zona de opiniões divididas para a zona claramente negativa.
51
Tabela 2. Valores de U (teste de Mann-Whitney) estatisticamente significantes (p 0,05) com
parando-se as avaliações do texto pelos grupos Skinner e Não-Identificado nas várias escalas. São
apresentados também os tamanhos das amostras.
CONCLUSÕES
IDENTIFICADO
Figura 3• Medianas das notas atribuídas pelos estudantes da Faculdade A ao texto com noome de
Freud, de Skinner e Não-Identificado. As linhas verticais mostram a faixa de variação nas notas.
53
Ê importante lembrar que este quadro de resultados não deixa de ser um reflexo do
que ocorre na cena contemporânea da Psicologia - a existência de divisões entre os psicólo
gos, principalmente entre “mecanicistas” e “humanistas”, divisão que remonta às srcens fi
losóficas da Psicologia, passa pelo período das grandes escolas e chega aos dias atuais sem
aparente resolução. Para muitos, a Psicologia está à espera do seu Galileu, ainda em um está
gio de exploração, pré-paradigmático, sem apresentar generalizações confiáveis que marcam
o advento do progresso característico da ciência. Para estes, não há razão para descrer que a
Psicologia atingirá esse objetivo. Todavia, a coexistência de vários modelos do homem, subja
cente às divisões coloca a questão dapossibilidade e mesmo da desejabilidade de um modelo
unitário, em tomo do qual se unificaria a Psicologia (Jahoda, 1980). No fundo destas divisões,
segundo Jahoda, há o posicionamento na questão metafísica que persegue toda discussão so
bre modelos do homem: O problema mente-corpo. “É uma decisão metafísica, um ato de fé
no monismo ou dualismo ou em qualquer outra abordagem filosófica ao problema que tenha
sido sugerida, que constitui a fundação de todos os modelos do Homem” (p. 278). E não há
possibilidade de submeter à prova a suposição ontológica última. O importante é que, quais
quer que sejam as posições adotadas, fique claro que se trata de uma preferência pessoal por
umaPsicologia
em suposiçãooumetafísica que outra
em qualquer subjazciência,
um modelo
guia oconceituai.
que vamosOra, um modelo
busca^e ver. Masconceituai,
há um agraseja
vante na Psicologia: Os modelos do homem influenciam não só o psicólogo, mas têm conse
qüências no mundo real - as crianças são criadas diferentemente por pais que seguem uma
orientação freudiana ou skinneriana (Newson e Newson, 1974). É esta potencialidade do mo
delo conceituai influenciar o ontológico que leva Maria Jahoda a defender a idéia de que
é moralmente desejável a existência de um pluralismo de modelos: “O confronto com outros
modelos, com o que podem ou não conseguir, serve como um lembrete valioso de que não
existem respostas finais, que as perguntas últimas exigem um compromisso metafísico e que
aquilo que nossos conceitos nos levaram a observar é inevitavelmente o resultado de nossos
modelos tácitos ou explícitos. O observável mesmo está mudando infinitamente” (p. 286). A
nosso ver, é esta apreciação serena de uma convivência pacífica que está faltando em nosso
meio também. Sem dúvida a adoção de um modelo conceituai é condição para a construção
do conhecimento e reflete mais que uma mera adoção racional, envolve sentimentos. Todavia
o amor não precisa ser obrigatoriamente cego, intransigente, onipotente como parece ocorrer
em nosso meio.
54
REFERÊNCIAS
Cunha, L. A. Educação e Desenvolvimento Social no Brasil.Rio de Janeiro: Liv. Francisco
Alves Ed., 1977.
Freud, S. A história do movimento psicanalítico: Artigos sobre metapsicologia e outros traba
lhos. Edição Standard Brasileira. Volume XIV, 1914/1916.
Gilgen, A. R. Contemporary Scientific Psychology.New York: Academic Press, 1973.
Goldiamond, I. Towards a constructional approach to social problems: Ethical and constitu
cional issues raised by applied behavior analysis. Em C. M. e G. T. Wilson (Orgs.)
Annual Review of Behavior Therapy: Theory and Practice. Volume 3, New York:
Brunner/Mazel, 1975.
Hilgard, E. R. Teoria da aprendizagem. São Paulo: EDUSP, 1956.
Jahoda, M. One model of man or many? Em A. J. Chapman e D. M. Jones (Orgs.)Models of
Man. The British Psychological Society, 1980.
Kuhn, T. S. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo : Ed. Perspectiva, 1962.
Newson, J. e Newson, E. Cultural aspects of childrearing in the English-speaking world. Em
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55
PROCEDIMENTOS DOS EXERCÍCIOS DE LABORATÓRIO
PROCEDIMENTOS DOS EXERCÍCIOS DE LABORATÓRIO
A) Nível operante
Este exercício consiste na observação de um comportamento específico do sujeito
experimental e o seu propósito é determinar a força da resposta de pressão à barra, antes que
qualquer operação experimental seja introduzida e modifique esta força. O nível operante da
resposta a ser condicionada permite avaliar o efeito do reforço, comparando a freqüência da
resposta antes e depois da introdução do reforço.
Itens do procedimento
1. Verifique os aparelhos que serão utilizados e coloque o sujeito na caixa experi
mental. 2. Neste exercício nenhuma resposta de pressão à barra será reforçada com água.
Portanto, a chave de controle do bebedouro deverá estar na posição manual.
3. Anote com um “X” em sua folha de registro o número de vezes que o sujeito
pressiona a barra em cada um dos minutos sucessivos. Só considere respostas de pressão à
barra (RPB) se ouvir o “clic” do micro-interruptor.
4. Na outra coluna da folha de registro, anote também outros comportamentos do
animal: (L) comportamentos de limpeza, tais como lamber-se, coçar-se etc; (A) andar; (E) er
guer-se nas patas traseiras; (F) farejar a barra, o bebedouro, a grade etc; e (P) ficar parado.
5. A observação terá a duração de 30 minutos e os comportamentos serão registra
dos em intervalos de 1 minuto.
Até 30 3 X A, F, E, E
b) Treino ao bebedouro
O objetivo deste treinamento é associar o ruído do bebedouro com a apresentação
da água. Esta associação de estímulos faz com que um estímulo neutro (ruído do bebedouro)
adquira características de estímulo reforçador condicionado, o que permitirá que se apresente
o reforçador, imediatamente após a resposta de pressão à barra, no condicionamento desta
resposta. Além disso, o exercício permite que ocorra adaptação de possíveis respostas emo-
V
Data: ...............
Tempo de exercício: das........às.........horas.
Rato na gaiola n - .........; em privação de.......horas.
a) Modelagem
Reforçar consiste no pròcedimento de liberar um estímulo reforçador (no caso,
água), contingente a uma resposta previamente definida (aproximar-se da barra), por exem
plo. Lembre-se: para que o reforçamento tenha eficácia máxima, o reforço deve ser dado,
imediatamente, após o comportamento desejado ter ocorrido. Um atraso de alguns segundos
poderá tomá-lo menos eficaz quanto ao aumento da probabilidade de ocorrência da resposta,
porque o sujeito continua a se comportar e, quando o reforço for liberado, ele será contin
gente a uma outra resposta que estará ocorrendo e não àquela resposta pretendida.
Modelagem é o reforçamento diferencial de algumas respostas que vão levar à res
posta final desejada. Modelagem é um procedimento utilizado para instalar alguns comporta
mentos que ainda não fazem parte do repertório do sujeito. Começamos com algumas res
postas, apenas pouco semelhantes à resposta final que desejamos instalar e aumentamos a fre
qüência destas respostas. Gradualmente, nossa exigência para o reforçamento vai sendo mu
dada para respostas cada vez mais semelhantes à resposta final desejada. Assim, através do
reforçamento diferencial de aproximações sucessivas à resposta final desejada, instala-se no
repertório do sujeito uma resposta que ele não era capaz de emitir antes deste procedimento
ter-se iniciado.
A resposta a ser modelada, neste exercício, é a resposta de pressionar a barra. O
desempenho final desejado é fazer com que o rato pressione a barra e obtenha água, sem que
o aluno precise intervir, isto é, com a chave de controle na posição automática. Os
comportamentos que serão, certamente reforçados são: aproximar-se da barra, farejar a bar
ra, tocar a barra etc.
Itens do procedimento.
1. Verifique os aparelhos que serão utilizados e coloque o sujeito na caixa experi
mental.
2. Inicie acionando o bebedouro e espere o sujeitoaproximar-se rapidamente e be
ber a água.
3. Inicie a modelagem, fazendo funcionar o bebedouro sempre que o sujeito emitir
uma resposta próxima ao desempenho final (reforce cerca de três vezes cada resposta e de
pois passe para outra).
4. Continue até que o sujeito pressione efetivamente a barra por 10 vezes consecu
tivas. Caso seu equipamento não tenha registrador cumulativo de respostas, conte o número
de “cliques” da barra. >
5. Anote os comportamentos do sujeito e os reforços que recebe, na sua folha de
registro. Anote, também, o tempo de duração do exercício.
6. Terminada a modelagem, passe em seguida para exercício de Reforçamento
Contínuo, sem retirar o sujeito da caixà experimental.
FOLHA DE REGISTRO - MODELAGEM
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Nos exercícios de modelagem e CRF, uma gota de água foi usada como estímulo
reforçador para a resposta de pressionar a barra. Para que a água agisse como um reforçador
eficaz, o sujeito estava sem beber água há 24 horas, ou seja, o rato estava privado de água.
No final da fase de CRF, você observou que a resposta de pressionar a barra diminuiu de fre
qüência até que o sujeito permanecesse 10 minutos sem pressionar a barra. Isto ocorreu por
que, à medida que bebia água, o rato foi se saciando até que a água deixou de funcionar, tem
porariamente e, para aquele rato, cômo estímulo reforçador positivo. Podemos dizer, então,
que aquele rato estava saciado.
No exercício de hoje vamos verificar quanto tempo e quantas gotas de água são ne
cessárias para a saciação do seu sujeito experimental.
Itens do procedimento. ^
1. Verifique os aparelhos que serão utilizados e coloque o sujeito na caixa experi
mental.
2. Coloque a chave de controle na posição automática de modo que o animal receba
reforços contínuos, automaticamente. Caso isso não aconteça nos primeiros 10 minutos, re
pita novamente o procedimento de modelagem, durante alguns minutos. Anote a remodela-
gem também. Anote as Respostas de Pressão à Barra com um traço e as respostas de contato
com a barra com um C. Respostas de pressão são aquelas em que o sujeito toca na l?arra e a
pressiona até que ela produza um ruído característico - “clique” e a água é liberada. Respos
tas de contato ocorrem quando qualquer parte do corpo do animal toca na barra, mas sem
força suficiente para produzir o ruído característico (o clique não é emitido) e não ocorre a li
beração da água.
nenhuma 3. Dê o exercício
resposta de pressãopor encerrado quando decorrerem 10 minutos consecutivos, sem
à barra.
Sugestões para análise dos dados
a) Construa duas curvas acumuladas de respostas: uma de resposta de pressão à
barra e outra de resposta de contato com a barra, no mesmo eixo ortogonal. Use intervalos de
1minuto na abcissa; compare e analise as duas curvas.
b) Calcule a taxa de respostas de pressão e de contato à barra. Os últimos 10 mi
nutos, sem resposta de pressão à barra, deverão ser eliminados do cálculo da taxa de resposta.
Compare as duas taxas.
c) Mostre em que intervalos ocorreram a maior e a menor freqüência de resposta.
Comente-as.
d) Apresente a conclusão do exercício. Compare seus resultados com os resultados
obtidos por dois colegas. Comente: como é a resistência à saciação do seu sujeito, em relação
aos outros? Ao realizar comparações com dados de seus colegas não esqueça de citar osrelatórios
dos colegas nas referências bibliográficas.
66
FOLHA DE REGISTRO - NÍVEL DE SACIAÇÃO
Data:..............
Tempo do exercício: das......... às horas..........
Rato da gaiola n9......... ; em privação de........ .horas.
Itens do procedimento
1. Verifique os aparelhos que serão utilizados e coloque o sujeito na caixa experi
mental. 2. Coloque a chave de controle na posição automática de modo que o sujeito pres
sione a barra e obtenha 10 reforços em Crf.
3. Após 10 CRF, coloque a chave de controle na posição manual, para que o sujeito
não receba reforço quando pressionar a barra. Anote todas as respostas de pressão à barra (/)
e as respostas de contato com a barra (C).
4. Anote as respostas emocionais do sujeito, como por exemplo: morder a grade,
micção, defecação etc.
5. Encerre o experimento quando, depois de o animaljá ter emitido, no mínimo 50
respostas, permanecer 10 minutos sem pressionar a barra. Se no9- minuto, por exemplo, o
sujeito voltar a responder, reinicie a contagem dos 10 minutos. ,
f) Compare seus resultados com os resultados obtidos por dois colegas e comente-os.
68
FOLHA DE REGISTRO - EXTINÇ ÃO'DA RESPOSTA DE PRESSÃO À BARRA
Data: ..............
Tempo
Rato dado exercício
gaiola emdas..........às.........
.........
n9......... privação d è ..........horas.
horas.
Rs acumuRs acumu
Intervalos Rs de presssão à barra Total de Total de ladas de ladas de Observações
de 1min e de contato c/a barra Rs RPB Rs RC pressão contato
1 ////C C ///C 7 3 7 3
2 CC///////C 7 3 14 6 Micção
3 ///C //C 5 2 19 8 Sujeito morde
a barra
69
V . Recondicionamento da resposta de pressão à barra e Esquema de
intervalo fixo (FI)
A previsão é de três sessões experimentais.
A duração média do exercício é de 1 hora por sessão.
Itens do procedimento
1. Verifique os aparelhos que serão utilizados e coloque o sujeito na caixa experi
mental.
2. No último exercício, você realizou o procedimento de extinçãoda respQsta de pressão
à barra, do seu sujeito. Assim, se o animal não pressionar a barra, em um período inicial de 5
minutos, realize novamente uma modelagem até que ele receba 10 reforços em CRF. Anote as
respostas na folha de registro.
3. Logo após inicie o FI.
Itens do procedimento
1. Verifique os áparelhos que serão utilizados e coloque o sujeito na caixa experi
mental. 2. Leia estas instruções até o fim e depois recomece, executando ao mesmo tempo
as indicações de cada item.
3. Agora, deixe a chave de controle na posição manual e, após decorrerem dois mi
nutos, recoloque a chave de controle na posiçãoautomáticar permitindo que a primeira res
posta de pressão à barra, emitida pelo sujeito após este intervalo, seja reforçada; em seguida
recoloque a chave de controle na posiçãomanual e recomece a contagem do intervalo de 2
minutos.
4. De agora em diante proceda sempre da mesma maneira: reforce sempre a pri
meira resposta após o intervalo de 2 minutos - não reforce nenhuma outra. Sempre inicie a
contagem do período de 2 minutos após a resposta reforçada do sujeito.
Atenção: reforçar não significa liberar o reforço manualmente e sim abrir a contin
gência para reforçamento, isto é, coloca-se a chave de controle na posição automática e,
quando o sujeito emitir a resposta, uma gota de água será liberada automaticamente.
5. Tendo decorrido uma hora de exercício, faça uma exigência a mais: reforce a primeira
resposta que ocorrer durante os primeiros 30 segundos; se a primeira resposta após o FI 2 min
vier depois dos primeiros trinta segundos, o animal perde o direito ao reforço naquela tentativa.
Então, reforce a primeira resposta da próxima tentativa que ocorrer durante os primeiros 30
segundos. Observe o esquema abaixo:
Reforçar apenas nos intervalos assinalados. Caso o animal não responda, perderá o
direito ao reforço e somente o receberá no próximo intervalo.
6. Continue com este procedimento até, que além da resposta reforçada, o animal não
emita nenhuma outra dentro dos primeiros 30 segundos. Quando isto ocorrer, por 5 vezes
consecutivas, encerre o exercício.
7. Pode ser que este critério não seja atingido em uma só sessão experimental. Poderá
exigir várias horas. Sempre que você tiver que interromper o exercício, anote a data, hora e
duração em sua folha de registro.
71
8. Se você tiver que recomeçar em outro dia, obedeça ao seguinte: reforce a pri
meira resposta que o animal emitir e depois nenhuma outra até que tenham decorrido 2 mi
nutos. Feito isso, reinicie de onde você parou.
Sugestões para Análise dos Dados
a) Comente se foi necessário ou não realizar o Recondicionamento do operante
(RPB).
minuía aob)longo
Divida
do ointervalo;
total dasasessões em 3 fases: onde
fase intermediária a inicial ondeera
a taxa a taxa era altaaonolongo
constante iníciodoe in
di
tervalo e a fase final onde a taxa era baixa no início do intervalo e ia aumentando à medida
que a probabilidade de reforçamento aumentava (a partir do item 5 do procedimento). Cal
cule as taxas de respostas das 3 fases, comparando-as. Geralmente ocorre que a 1- é 2->3-
fase.
c) Construa uma curva acumulada de todas as sessões que realizou, assinalando
quando houve interrupção. Assinale também com um traço oblíquo a resposta que foi refor
çada e cada fase do exercício, caso você consiga identificar em seus dados o padrão de res
postas semelhante à curva estilizada mostrada anteriormente.
Analise a curva nos seus aspectos mais característicos. ^
Ao construir a curva (com número muito grande de respostas), você não precisará
aumentá-la. Quando chegar ao limite superior do papel, trace uma linha vertical e recomece
da abcissa. Veja o exemplo a seguir:
FR de
lha 10registro.
(10 respostas emitidas para 1 reforço). Anote sempre a mudança de razão, em sua fo
6. Após o animal atingir a FR 10 e estiver emitindo 10 respostas em contínuo, dei-
xe-o receber, 20 reforços neste esquema e encerre o exercício.
7. Se você necessitar mais de uma sessão para encerrar o exercício, recomece com a
razão que você parou menos dois.
8. Nos primeiros estágios, chame o professor quando você for aumentar a razão. Se
você fez o exercício em apenas uma sessão e a freqüência de respostas em FR 10 foi muito
baixa, você deve realizar outra sessão, utilizando somente FR 10.
73
B) Primeiro exercício em Esquema Intermitente
Itens do procedimento
1. Verifique os aparelhos que serão utilizados neste exercício ecoloque o sujeito na
caixa experimental.
2. Inicie a sessão com CRF e continue até que o sujeito tenha recebido 10 reforços.
3. Quando seu rato tiver recebido 10 reforços, coloque a chave de controle na posi
ção mariual. Agora seu rato não será mais reforçado a cada resposta. Comece a reforçar as
respostas em FR 2. Sua mão deverá estar próxima à chave de controle. Logo que o animal ti
ver pressionado uma vez a barra, coloque a chave de controle na posição automática. Desta
forma, a 2- resposta será reforçada* Após a liberação do reforço, volte a chave para à posição
anterior.
4. Quando seu sujeito emitir as 2 respostas em contínuo, isto é, sem interrupção, e
tiver passado um período de no mínimo dois minutos, aumente a razão para FR 4 em sua fo
lha de registro.
5. Proceda como no item anterior (aumentando de 2 em 2 a razão) até ser atingida a
FR
folha10de(10 respostas emitidas para um reforço). Sempre anote a mudança de razão em sua
registro.
6. Após o animal atingir a FR 10, e estiver emitindo 10 respostas em contínuo, dei
xe-o receber 20 reforç os neste esquema e encerre o exercício.
7. Se você necessitar de mais uma sessão para encerrar o exercício, recomece com a
razão que você parou menos dois.
8. Nos primeiros estágios, chame o professor quando você for aumentar a razão. Se
você fez o exercício em apenas uma sessão e a taxa obtida em FR 10 foi muito baixa, você
deve realizar outra sessão utilizando somente FR 10.
*
Tempo
Rato da do exercício:
gaiola das.........às
n- ......... dehoras.
..........
; em privação ..........horas.
Itens do procedimento:
1. Verifique os aparelhos que serão utilizados e coloque o sujeito na caixa experi
mental.
2. Copie a série de respostas, por reforçamento, no alto de sua folha de registro; 5,
14, 11, 7, 9, 13,1, 8,19,4, 12, 16, 20, 2, 16, 6, 17, 3, 15, 2. Obtemos o valor da razão com
a somatória e todas as respostas desta série divididas pelo número de elementos que compoém
a série.
w . da razao
Valor . = —
2r—
das
:----respostas
^ . 200
10
=-
2d os elementos. • 20
Itens de procedimento
1. Verifique os aparelhos que serão utilizados e coloque o sujeito na caixa experi
mental.
2. Inicie a sessão permitindo que seuanimal obtenha 10 reforços no último esquema
intermitente usado. Use o mesmo valor com o qual você encerrou o último exercício.
4.
3. A
Inicie,
sessão
então,
teráoduração
período igual
de extinção.
à extinção,
Nenhuma
após resposta
reforço contínuo.
será reforçada.
Para isso veri
fique, na sua pasta, quanto tempo você gastou naquela sessão. Comece a contar o tempo da
extinção, após o último reforço recebido pelo sujeito.
Tempo em minutos
Curvas acumuladas de respostas de pressão à barra após CRF e após reforçamento intermitente.
/'võêèsx
Há muitas pessoas, que devido à sua história passada de reforçamento emitem respostas muito re
sistentes à extinção...
78
IX. Discriminação de estímulos luminosos
A previsão é de duas sessões experimentais.
A duração média do experimento é de 2 horas.
Dizemos que uma resposta está sob controle de um estímulo, quando a freqüência
de ocorrência desta resposta é maior na presença deste estímulo do que na sua ausência. Para
se colocar
mesma umaderesposta
classe sobdeverá
operantes) controle
serdereforçada
um estímulo,
apenasesta resposta (e
na presença outras
deste pertencentes
estímulo à
específi
co. Este se tomará, então, um estímulo sinalizador de reforçamento, tradicionalmente chama
do de (estímulo discriminativo), e a resposta ocorrerá com freqüência maior na sua pre
sença do que na sua ausência.
Alternadamente, apresenta-se outro estímulo (ou vários outros), na presença do
qual a mesma resposta não será reforçada. Este estímulo se tomará, então, um estímulo sina
lizador de ausência de reforçamento, tradicionalmente chamado de SA (lê-se “esse delta”), e
a resposta ocorrerá com baixa freqüência na sua presença.
O objetivo deste exercício é colocar a resposta de pressionar a barra, do seu rato, sob
controle do estímulo luz, reforçando-se apenas quando a luz de intensidade 3 SA da caixa
experimental estiver acesa. SAé ausência de luz na caixa.
Itens de procedimento
1. Verifique os aparelhos que serão utilizados e coloque o sujeito na caixa experi
mental.
2. Inicie a sessão com um período de SD; e S A são apresentados alternada
mente.
3. O período de SA tem a duração mínima de 2 minutos e as respostas nunca são
reforçadas.
4. Para evitar que o sujeito se sacie muito rapidamente e para manter uma alta fre
qüência de respostas,
haja discriminação o esquema
temporal, de reforço
o número em em
de reforços serácada
intermitente,
período deFR 5,variará,
e para evitar que
de acordo
com uma série pré-estabelecida. A série é a seguinte: 3 - 1 - 4 - 2 - 3 - 4 - 1 - 5 - 3 - 1 - 2 -
5 - 3 - ' 4 - 1 - 4 - 2 - 1 - 5 - 3 . Por exemplo: na primeira tentativa, o estará presente du
rante a emissão de 15 respostas com conseqüente liberação de 3 reforços; em seguida, a luz é
desligada (SA ) e, um período de extinção de 2 minutos, entra em efeito. Veja exemplo da
folha de registro.
5. Anote o tempo de cada período de para calcular o Iq (índice de discrimina
ção).
6. A mudança de para SA não deve ser efetuada após o animal ter emitido uma
resposta, mas sim depois que o reforço for liberado (de preferência quando o animal estiver
bebendo). A aversivas.
propriedades razão desteAssim,
cuidado deve-se
se uma ao fato
resposta em de SA
for adquirir, duranteseguida
imediatamente o experimento,
pelo apa
recimento de SA , criar-se-á uma contingência que diminuirá a freqüência de resposta em
SD, contrariando o esquema experimental deste exercício.
7. Em SA anote todas as respostas dadas pelo sujeito e somente passe para
quando decorrer um período de 5 segundos após a emissão da última resposta em SA .O S ^ ,
no decorrer do exercício adquire propriedades reforçadoras, então, se uma resposta durante o
período de SA for seguida pelo aparecimento de S ^, isto reforçará a emissão de respostas
durante o período de S , o contrário do que se pretende.
79
Obs: é importante trabalhar com a iluminação do laboratório reduzida ao mínimo; em
caso de interrupção do exercício, deve-se sempre começar com um período de SD.
8. O exercício estará concluído quando ocorrerem 5 períodos sucessivos de S
resposta, ou quando ao final da sessão oId for maior do que 80%.
Sugestões para análise de dados
a) Calcule o Iq no final da sessão:
T TaxadeRem ...
i£) —------------------------------. 100
Tx R em + Tx R em SA
Períodos
de SD número
reforçosde Tempo em Respostas em SA acumul.
min seg Respostas
SA Respostas
acumul. SD
1 3 1 20 //////// 8 15
2 1 40 ///////// 17 20
3 4 3 16 ///// 22 40
Tentativos
Discriminação de estímulos luminosos.
80
X. Generalização
A previsão é de uma sessão experimental.
A duração do exercício é de 1 hora e 8 minutos.
Este exercício vai mostrar que, quando uma resposta é reforçada na presença de um
SD ela apresenta freqüência mais alta na presença não apenas deste estímulo específico, mas
também
na de outros
presença estímulos. em
“dependerá, A probabilidade de estímulosfísicas
parte, das características produzirem a resposta
que estes estímulosreforçada
têm em
comum” (Matos, 1981).
O objetivo do exercício de hoje é avaliar a freqüência da resposta condicionada em
SD (luz n9 3), na presença de outros estímulos semelhantes que serão luzes menos intensas,
Para isto, apresentaremos 3 intensidades de luz (a 3, que foi usada no treino discriminativo; a
2, e a 1), e períodos de ausência de luz (SA ).
Itens do procedimento
1. Verifique os aparelhos que serão utilizados e coloque o sujeito na caixa experi
mental.
2. Coloque a chave na posição manual , de modo que as respostas de pressão à barra
não sejam reforçadas.
3. e SA são apresentados alternadamente e têm a duração de 1 minuto, num
total de 20 minutos para cada estímulo (tempo total de 40 minutos).
4. O esquema de reforçamento utilizado será de VI 1 min. Neste exercício, cada pe
ríodo de SD será dividido em 6intervalos de 10 segundos, em um dos quais será aberta a contin
gência para reforço. Para isto, no início deste intervalo de 10 segundos, coloque a chave de
controle na posição automática, de modo que a primeira resposta que ocorrer seja reforçada.
O sujeito receberá apenas um reforço em cada período de um minuto. Assim, após a primeira
resposta reforçada, volte a chave de controle para a posição manual. Portanto, existe um in
tervalo de 10 segundos, contados a partir do momento em que o reforçamento se toma possí
vel, dentro
Caso do aconteça,
isto não qual o animal
o ratodeverá emitir uma
não receberá resposta,
reforço peloS^.menos,
naquele parano
Assinale, receber o reforço.
quadradinho, se
o sujeito recebeu reforço ou não. Veja o exemplo da folha de registro e marque os intervalos
em que o sujeito receberá o reforço, antes de iniciar o exercício. Para marcar, no período de
um minuto, os intervalos em que o sujeito receberá o reforço, faça para cada período de um
minuto um sorteio com reposição.
5. Terminado o intervalo de 1 minuto em mude imediatamente para SA .
6. Terminados os 40 minutos, verifique se o total de respostas que o sujeito emitiu,
em SD, é aproximadamente 5 vezes ou mais o total das respostas emitidas em SA . Se isto
não ocorrer, continue a discriminação, por mais 15 minutos.
81
7. Se ocorrer uma baixa freqüência de resposta em SD, resultando em poucos reforços,
é melhor interromper o exercício e refazê-lo ém outro dia. Se um animal não atingir o critério de
5 vezes mais respostas em SD, mesmo após os 15 minutos adicionais, recomece o exercício em
outro dia.
8. Na passagem da primeira para a segunda parte do exercício, retire o sujeito da
caixa experimental por 5 minutos, somente recolocando-o no momento de iniciar a segunda
parte do exercício; as duas partes deverão ser realizadas em uma única sessão.
Itens do procedimento
1. Coloque a chave de controle na posiçãomanual, de modo que nenhuma resposta
seja reforçada.
2. A sessão terá duração de 28 minutos, na qual cada estímulo será apresentado 7
vezes, com a duração de 1 minuto cada vez. Os estfmulos serão apresentados, de acordo com
a seguinte série produzida por sorteio:
SD,S h S2,SA ,SD,SA , Sj, SD, S,, S2, SA , SD , Sj, sA, s2, sA, Sj, s2, sD,
S ^ S ^ S D .S ^ SA , S2, SD, S*.
Observação: a sequência deverá ser adaptada, de acordo com o número de estímulos
luminosos existente na caixa de condicionamento.
Sugestão para análise de dados
a) Comente a primeira parte do exercício de discriminação e diga quantas respostas
ocorreram em SD, quantas em SA, qual a taxa de resposta em cada estímulo e qualIdoda sessão,
e, se foi menor ou maior do que no exercício de discriminação.
b) Na segunda parte do exercício, generalização de estímulos luminosos, calcule a taxa
de resposta em cada estímulo e compare-as, espera-se que as taxas obtidas apresentem a seguinte
ordem: SD>S2>Si>SA
82
FOLHA DE REGISTRO
Segunda parte: Teste de generalização
Data: ..............
Tempo do exercício: das......... às.......... horas.
Rato da gaiola n9......... . em privação de ......... horas.
c) Construa um gráfico que conste de 4 curvas acumuladas, uma para cada estímulo
e comente-o.
d) Construa um gradiente de generalização e comente-o.
Itens do procedimento
1. Verifique os aparelhos que serão utilizados e afixe a haste com a argola no teto
da caixa experimental.
2. Depois de ler todo o procedimento, coloque o sujeito na caixa.
3. Coloque a chave de controle na posição manual para que o experimentador li
bere o reforço ao sujeito.
4. O processo será iniciado com a argola totamente abaixada; basta que o sujeito
se aproxime da argola para receber o reforço (modelagem).
5. Sucessivamente serão reforçadas respostas que implicam em maior aproxima
ção da argola (cheirar, colocar a pata, colocar a cabeça, etc.), até conseguir a resposta atra
vessar a argola.
6. Para que o processo de diferenciação seja mais rápido, evite que o rato atra
vesse a argola, ora de um lado ora de outro. Reforce apenas as passagens da esquerda para
direita ou vice-versa; na modelagem, você reforçará aproximações de qualquer lado; depois
que o sujeito estiver atravessando a argola, reforce o lado em que ele mostrou a preferência
inicial para atravessá-la.
7. Quando o comportamento de atravessar a argola for estabelecido, continue re
forçando a resposta até que você note que o sujeito atravessa a argola, sem hesitação. Se esse
desempenho, sem hesitação for apresentado cerca de 10 vezes seguidas, pode mudar para a
variante seguinte, levantando a argola por 1 cm no máximo. Adote o mesmo critério de de
sempenho da resposta, para passar à fase seguinte.
8. Depois de atingido o critério com a argola levantada 1 cm, aumente a altura no
vamente em 1 cm.
9. Não faça mudanças de uma fase para outra, por mais de 1 cm. Se na mudança
de fase o sujeito apresentar um desempenho irregular e hesitante, volte a argola para a altura
anterior, até que o sujeito emita a resposta sem hesitação. Só então passe para a algura se
guinte.
10. O experimento encerra-se quando a argola atingir a altura máxima e o su
emitir entre 10 e 20 respostas, ou até a saciação do animal (10 min sem resposta de saltar a
argola). oe
11. Se for necessário mais do que uma sessão, inicie sempre com a argola na altura
zero, mas a passagem de 1 cm para o mais alto pode ser mais rápida, ou seja, exija apenas 3 ou
4 respostas em cada altura para passar para a altura seguinte.
12. Registre o número de respostas e o tempo em cada altura.
Data: ..............
Tempo de exercício das......... às.......... horas.
Rato da gaiola n9......... ; em privação de..........horas.
21 xxxxxxxxxx 10
10
086
104
Uma cadeia de respostas é uma seqüência em que cada resposta produz um estímulo
que atua como reforçador condicionado para esta resposta e como estímulo discriminativo
para a resposta seguinte. O mesmo estímulo, portanto, aumenta a freqüência ou mantém a
resposta que o produz e aumenta a probabilidadé de ocorrência da resposta a ele subseqüente.
Estímulos discriminativos e reforçadores condicionados são estabelecidos, através
de associação com reforçadores incondicionados. Isso levou à proposta de que a melhor ma
neira de estabelecer uma cadeia de respostas, seria treinar primeiramente a última resposta da
cadeia, uma vez que, desta forma, o estímulo associado à última resposta adquiriria funções
de estímulo discriminativo e reforçador condicionado e poderia ser usado para modelagem de
outra resposta. Este procedimento é chamado de “trás para frente”.
No exercício de hoje, vamos estabelecer uma cadeia de respostas, usando como res
posta final a pressão à barra, que ja faz parte do repertório do seu sujeito, e a luz de intensi
dade 3, da caixa, que já foi estabelecida como estímulo discriminativo. Vamos apresentar uma
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nova resposta que é puxar um trapézio preso ao teto da caixa, e para isto, esta resposta deverá
ser modelada através do reforçamento diferencial.
Primeira parte - Observação e registro do nível operante de uma nova resposta:
puxar o trapézio.
A observação da resposta de puxar o trapézio será feita durante 15 minutos. Assim
você terá a linha de base do novo operante, anotando a freqüência que esta resposta apresenta
antes de qualquer processo de condicionamento. Anote, também, todos os outros comporta
mentos do sujeito. Nesta parte nenhuma resposta será reforçada, apenas observe os compor
tamento do animal, anotando-os a cada minuto.
FOLHA DE REGISTRO - OBSERVAÇÃO DO NÍVEL OPERANTE
Data: ..............
Tempo do exercício: das ........ às........ horas
Rato da gaiola n2......... ; em privação de..........horas.
Intervalos de 1 Minuto Comportamentos
1 anda pela caixa, coça-se
2 cheira o trapézio, pressiona a barra
Segunda parte - Modelagem do novo operante puxar o trapézio.
A modelagem deverá ser feita com a apresentação de Sr (reforçador secundário ou
condicionado - luz acesa). Assimpuxar o trapézio nunca será reforçado com água, pois o que
você quer demonstrar é que a luz (S^) já adquiriu propriedades reforçadoras suficientes para
condicionar um novo operante em cadeia.
Itens do procedimento
1. As aproximações ao trapézio (uma pata no trapézio, duas patas no trapézio, leve
pressão no trapézio etc.) serão reforçadas com o acender da luz. Ao mesmo tempo que você
acende a luz, coloque a chave de controle na posiçãoautomática. Aguarde até que o rato
emita a resposta de pressão à barra e receba o reforço. Quando isto ocorrer, apague a luz
e recoloque a chave de controle na posiçãomanual. Anote na folha de registro quais os com
portamento reforçados na modelagem.
2. Desde a primeira cadeia, anote o tempo de reação (RT) que é o tempo entre
acender a luz e o sujeito pressionar a barra.
3. Quando os RTs tomarem-se pequenos (2 ou 3 segundos), passe à terceira parte
do exercício. Se ocorrer a saciação do animal (10 minutos sem resposta) antes dos RTs tor-
narem-se pequenos você terá que fazer outra sessão.
FOLHA DE REGISTRO - Modelagem da Resposta de Puxar o Trapézio
Ic - c -b
(c-b) + (b-a)
Onde temos que, c-b é igual a freqüência de respostas durante Sj (período entre a
apresentação do som e a liberação do choque), e b-a é igual a freqüência de respostas, antes
Sj (este período deverá ser o imediatamente anterior ao período Sj - S2).
b) Ó Ie é definido, por Millenson (1975), como índice de Mudança Emocional. Quando
o responder durante S1 for igual ao responder no período de controle (antes de Si),nenhum efeito
ede0,5.
Si éComente
observado, portanto,
o índice Ie = 0,5.
Emocional Quandopelo
alcançado c-b seu
for maior
sujeitoque b-a, o Ie deverá estar entre 1,0
experimental.
c) Identifique algumas situações da vida cotidiana em que poderia estar acontecen
do um fenômeno semelhante ao descrito neste exercício.
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FOHA DE REGI STRO - SUPRESSÃO CONDICIONA DA DE RESPO STA
40 X X/ //I 4 2- parte: S j
41 //////// 8
42
43 //////////
X/ ////Í 10
7
44 X X///// 5
80 X // X 2 3- parte
81 X///// 5 s l~ s2 3
82 ///////// 9
83 X X 0
84
Data:..............
Tempo do exercício: das......... às. ....... horas.
Rato da gaiola n9......... ; em privação de..........horas.
Data: .........
Tempo do exercício: das......... às .......... horas.
Rato da gaiola n-......... , em privação de......... horas.
Tentativas RT RT acumulado So
(seg) (seg) (seg)
1 19 19 30
2 8 27 30
3 6 33 30
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XVII. Esquiva
A previsão é de uma sessão experimental
A duração média do exercício é de 1 hora.
Itens do procedimento
1. Verifique os aparelhos que serão utilizados e coloque o sujeito na caixa experi
mental.
2. Acenda a luz em intensidade 3 durante 5 segundos.
3. Após os 5 seg pressione o estimulador de choque em intensidade 1, continua
mente, e marque o tempo (RT) entre a aplicação do choque e a rpb do sujeito. Após a rpb do
sujeito, desligue o choque e a luz.
4. Deixe o sujeito durante 30 seg sem choque e sem reforço (So) e novamente inicie
outra tentativa.
5. O experimento deverá ter a duração mínima de 20 minutos e somente deverá ser
encerrado quando
reça, ou seja, com oumsujeito
RT deemitir
2 a 3 asegundos
resposta durante
de esquiva, tão logo consecutivas.
10 tentativas o estímulo sinalizador apa
Caixa Vermelha (n9 divisíveis por 3); Caixa azul (outros n9s)
Problema srcinal:
+ + + + +
+ + + + + + +
Caixa azul (n9 divisíveis por 3), Caixa Vermelha (outros n9)- RT =
Problema de inversão:
+ + + + + +
100
XIX . Dois procedimentos diferentes para aprendizagem de cadeias compor-
tamentais com sujeitos humanos.
A duração deste exercício é de aproximadamente 20 minutos.
A previsão é de uma sessão experimental.
Sd 3-R3-S+
SD2 -R 2- S D3 -R 3-S +
Sd -R-S d 2 - R 2 —S d 3-R3-S+
SD, -R , - S +
SD i - R i -S D2-R ?-S +
sD1- R 1- S D2 - R 2 - S D 3 - R 3 - S +
Data: ...............
Tempo do exercício: das ............ às ......... horas.
Sujeito: ..........Sexo:............Idade: ............Nível escolar
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Farris, E. J. Breeding of the rat. In: Griffith, J. Q. & Farris, E. J. The rat in the laboratory in-
vestigation. Philadelphia: J. B. Lippincott Company, 1942, pp. 1-17.
Guidi, M. A. A. & Bauermeister, H. B.Exercícios de laboratório em psicologia.(2^.)• São
Paulo: Martins Fontes, 1979.
Porter, G. The rat. In: Porter, G. & Lane-Petter, W. Notes for the breeders of common labo
ratory animais. New York: Academic Press, 1962. pp. 63-79.
---------------"UFPR
c U l d l l & c
experimentarão
comportamento
EsteA manual
partes. primeiraestá dividido
orienta em três
a respeito de
manutenção e criação de animais des
tinados a exercícios em laboratório, além
de dar indicações sobre os cuidados
com a aparelhagem utilizada. A segunda
ensina a elaborar rela tórios d e pesquisa
dentro de normas internacionais para
apresentação de trabalhos científicos.
Na última parte são apresentados
exercícios ligados a princípios básicos
de psicologia, alguns deles passíveis da
aplicação a suj eitos humanos.
Esta obra int egra a Série Didática da
Editora da UFPR.
Í M P I A S