Tarefas referentes à Unidade I – Psicologia, ciência e medidas + Métodos

observacionais, correlacionais e de desenvolvimento .

Nome do Aluno: Lucas Soares dos Santos

Texto crítico referente ao artigo de Sternberg, R. J., & Grigorenko, E. L. (2001). “Unified
Psychology. American Psychologist”

O texto Unified Psychology deseja fornecer aos seus leitores um debate sobre a possibilidade
de uma psicologia que pudesse aglutinar os diversos problemas e questões da pesquisa em
psicologia em torno de vários paradigmas e uma pluralidade teóricas. Para os autores esse
modelo de pesquisa pode contribuir com as teorias e áreas tradicionais da psicologia,
trazendo novas soluções para problemas de pesquisa tradicionalmente abordados por cada
uma delas. Segundo a apresentação dos autores, para que o projeto de uma psicologia
unificava possa ser possível, algumas posturas entre os pesquisadores da psicologia devem
ser abandonadas. Nesse sentido, os autores defendem que os pesquisadores dos fenômenos
psicológicos abandonem concepções de pesquisas baseadas em metodologias ou teorias e
passem, de fato, a pensar pesquisar a partir dos problemas, dos fenômenos psicológicos. Para
indicar que a proposta que hipótese que estão propondo tem uma relevância substancial para
o debate, os dois autores apresentam algumas tentativas, anteriores a que eles propõem, de
programa de pesquisa unificado para a psicologia. Com isso, eles indicam que a unificação de
toda uma disciplina é um tema recorrente, mas que também enfrentam problemas recorrentes
para a sua efetivação. Um dos problemas é a dificuldade de unificar neurociência cognitiva
com disciplinas da psicologia que possuem hipóteses para soluções de problemas que
derivam de tradições fenomenalistas. Nesses termos, embora diversas disciplinas da
psicologia possam abordar fenômenos em um primeiro momento comuns, com uma análise
mais detalhada é possível perceber que uma integração entre essas disciplinas diferentes em
psicologia acaba que comprometendo, em algum nível, a própria compressão que cada uma
tem dos fenômenos que abordam. Os autores oferecem uma alternativa para um projeto
unificado de pesquisa que demanda um treinamento específico, ainda na graduação, para que
os alunos desenvolvam suas vidas acadêmicas treinados para aceitar que outras teorias em
psicologia e outras disciplinas das ciências humanas, ou biológicas, podem contribuir com a
sua pesquisa de alguma forma. De maneira crítica, a hipótese dos dois autores se baseia
muito mais em uma crítica aos departamentos de psicologia e na postura dos pesquisadores
envolvidos em pesquisa. Houve pouca reflexão epistemológica sobre, por exemplo, os
compromissos ontológicos que uma determinada tradição teórica metodológica em psicologia
pode ter. Nesse sentido, parece que os autores pensam que um programa unificado de
pesquisa em psicologia pode ser efetivado apenas com mudanças estruturais dentro de
departamentos. A falta de uma abordagem sobre as implicações epistemológicas desse
programa unificado tende a indicar uma hipótese frágil, pelo menos no que diz respeito ao
texto.
Tarefa do texto 2

Texto crítico referente ao artigo “Metodologia de Pesquisa em

Desenvolvimento Humano: Velhas Questões Revisitadas”

O texto de Márcia Maria Peruzzi Elia da Mota deseja fazer uma apresentação sucinta das
diversas metodologias aplicadas para o estudo do desenvolvimento humano em psicologia. A
proposta da autora é apresentar as principais metodologias utilizadas, os problemas que cada
uma delas tenta solucionar e quais seriam os seus limites de aplicação. Segundo a
apresentação da autora, os métodos de pesquisa em desenvolvimento humano ao longo dos
anos receberam uma série de críticas e aperfeiçoamentos metodológicos para melhor abordar
os fenômenos que têm relação com o desenvolvimento humano. Os métodos em
desenvolvimento humano podem oferecer metodologias específicas para temas que precisam
de uma base empírica sólida para gerar uma hipótese que possa ser generalizada. Nesse
sentido, esses métodos conseguem abordar fenômenos que acompanham o desenvolvimento
de humanos em diferentes faixas etárias ou não. Em contrapartida, os métodos utilizados no
desenvolvimento humano não dão conta de questões mais complexas e que tem elementos
fenomenológicos intrínsecos. Desta forma, pesquisa sobre desenvolvimento da identidade
racial ou de gênero de uma determinada pessoa pode limitar de alguma forma a utilização dos
métodos das pesquisas do desenvolvimento humano em temas com complexidade distintas.
Desta forma, enquanto os métodos expostos pela autora possam ser uma boa alternativa para
pesquisas que desejam abordar problemas sobre a memória ou inteligência dos humanos em
diferentes idades e contextos, esses mesmos métodos encontram algumas limitações quando
os temas abordados têm relações com questões fenomenológicas.