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AUXÍLIO PARA PREGADORES: FIGURAS DE LINGUAGEM

SÍMILE: que se assemelha: usa-se: como, assim como, tal qual, tal como.
“Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha;
e tudo quanto ele faz será bem-sucedido” Sl 1.3.
“Pois toda carne é como a erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e cai a sua flor” 1Pe 1.24.

METÁFORA: que designa outro objeto em semelhança do outro: usam-se os verbos ser e estar.
“É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus” Jo 17.9.
“Uma voz diz: Clama; e alguém pergunta: Que hei de clamar? Toda a carne é erva, e toda a sua glória, como a flor da
erva” Is 40.6.

METONÍMIA: substituição de palavra.


1. A causa pelo efeito: “Segundo o seu entendimento, será louvado o homem, mas o perverso de coração será
desprezado” Pv 12.8.
2. O efeito pela causa: “Eu te amo, ó Senhor, força minha” Sl 18.1.
3. Um objeto representa outro ao qual está relacionado: “Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos
demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios” 1Co 10.21.
4. Uma parte pelo todo: “Porque os seus pés correm para o mal e se apressam a derramar sangue” Pv 1.16.
Pés referindo-se ao homem todo.

MERISMA: o todo é substituído por duas partes opostas, que se contrastam.


“Sabes quando me assento e quando me levanto; de longe penetras os meus pensamentos” Sl 139.2.

HENDÍADE: um conceito possui dois termos coordenados.


“Não retenhas de mim, Senhor, as tuas misericórdias; guardem-me sempre a tua graça e a tua verdade” Sl 40.11.
PERSONIFICAÇÃO: atribuir características humanas a coisas inanimadas.
“O deserto e a terra se alegrarão; o ermo exultará e florescerá como o narciso” Is 35.1.
“Sabedores de que, havendo Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte já não tem domínio sobre ele”
Rm 6.9.

ANTROPOMORFISMO: atribui a Deus características humanas.


“Os olhos do Senhor estão em todo lugar” Pv 15.3.
“A mão do Senhor descansará sobre Jerusalém” Is 25.10.

ANTROPOPATISMO: atribui a Deus características emoções humanas.


“O Senhor se irou em extremo contra vossos pais” Zc 1.2.
“Então, se arrependeu o Senhor de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração” Gn 6.6.

ZOOMORFISMO: atribui a Deus características animais.


“Cobrir-te-á com as suas penas, e, sob suas asas, estarás seguro; a sua verdade é pavês e escudo” Sl 91.4.
EUFEMISMO: substituição de um termo forte por outro leve.
“Eis a razão por que há entre vós muitos fracos e doentes e não poucos que dormem (morrem)” 1Co 11.30.
ELIPSE: omissão de uma palavra.
“E apareceu a Cefas e, depois, aos doze (aos demais apóstolos)” 1Co 15.5.

PERGUNTA RETÓRICA: não exige resposta porque ela encontra-se subentendida na própria pergunta.
“Acaso, para o Senhor há coisa demasiadamente difícil? Daqui a um ano, neste mesmo tempo, voltarei a ti, e Sara terá
um filho” Gn 18.14.
“Qual dentre vós é o pai que, se o filho lhe pedir [pão, lhe dará uma pedra? Ou se pedir] um peixe, lhe dará em lugar de
peixe uma cobra? Ou, se lhe pedir um ovo lhe dará um escorpião”? Lc 11.11-12.
HIPÉRBOLE: há mais que o significado literal.
“Fariseu cego, limpa primeiro o interior do copo, para que também o seu exterior fique limpo!” Mt 23.26. (o texto
revela hipocrisia)
“Para onde subiremos? Nossos irmãos fizeram com que se derretesse o nosso coração, dizendo: Maior e mais alto do que
nós é este povo; as cidades são grandes e fortificadas até aos céus. Também vimos ali os filhos dos anaquins” Dt 1.28. (o
texto revela incredulidade e desconfiança quanto à providência, o poder, e a promessa Divina).
“Estou cansado de tanto gemer; todas as noites faço nadar o meu leito, de minhas lágrimas o alago” Sl 6.6. (o texto
revela tristeza profunda)

IRONIA: ridiculariza sob a forma de elogio.


“Voltando Davi para abençoar a sua casa, Mical, filha de Saul, saiu a encontrar-se com ele e lhe disse: Que bela figura
fez o rei de Israel, descobrindo-se, hoje, aos olhos das servas de seus servos, como, sem pejo, se descobre um vadio
qualquer!” 2Sm 6.20.
“Ao meio-dia, Elias zombava deles, dizendo: Clamai em altas vozes, porque ele é deus; pode ser que esteja
meditando, ou atendendo a necessidades, ou de viagem, ou a dormir e despertará” 1Rs 18.27.

PLEONASMO: repetição ou acréscimo de palavras semelhantes.


“Quem tem ouvidos [para ouvir], ouça” Mt 11.15.

OXÍMORO: combinação de termos opostos.


“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e
agradável a Deus, que é o vosso culto racional” Rm 12.1.

PARADOXO: afirmação aparentemente absurda ou contrária ao senso.


“Quem quiser, pois, salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por causa de mim e do evangelho salvá-la-á”
Mc 8.35.

PARANOMÉSIA: emprego das mesmas palavras para produzir sons diferentes.


“Vai e dize a meu servo Davi: Assim diz o Senhor: Edificar-me-ás tu casa para minha habitação?” 2Sm 7.5.
“Desde o dia em que mandei houvesse juízes sobre o meu povo de Israel. Dar-te-ei, porém, descanso de todos os teus
inimigos; também o Senhor te faz saber que ele, o Senhor, te fará casa” 2Sm 7.11. (no verso 5 casa tem o sentido de
templo, mas no verso 11 casa tem refere-se suscitação de descendência real ao trono)

HIPÉRBOLE: exageração de significado expressiva.


“Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e
não seja todo o teu corpo lançado no inferno” Mt 5.29.
“Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações!” Is
14.12. (aqui estrela da manhã fala do esplendor com o qual Satanás fora criado, ou das glórias desse rei)
“Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas às igrejas. Eu sou a Raiz e a Geração de Davi, a brilhante
Estrela da manhã” Ap 22.16. (aqui Estrela da manhã refere-se a Jesus como sendo o esplendor de uma nova manhã, de
um novo tempo, de um novo começo ou era que Ele inaugurará)
“Às éguas dos carros de Faraó te comparo, ó querida minha” Ct 1.9. (As éguas de Faraó eram belas e não puxavam
carros. Elas eram colocadas à vista dos cavalos para estimulá-los a correrem mais velozes ao vê-las. As éguas
despertavam a libido dos cavalos, bem como a esposa do poeta o fazia, deixando-o mais vigoroso).

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