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Ano Letivo: 2019/2020

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Aprovisionamento, logística e gestão de stocks


Aprovisionamento Trabalho

Nome: Ana Sousa; Tiago Cunha


Curso: Técnico/a de vendas

Ano: 2º

N.º: 1672; 1691

Turma: 8.11

Data:____/___/20____ O aluno (assinatura): _________________________________

Papel da compra na cadeia de abastecimento

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A gestão da cadeia de abastecimento, ao contrário do que a maioria supõe, não é somente composta
pela movimentação de produtos entre as empresas, fornecedores e clientes. Para que este processo
não falhe, a cadeia de abastecimento envolve também uma boa comunicação entre as partes.

Processo de compra e respetivas

O processo de compras é o conjunto de etapas pelo qual o consumidor passa antes, durante e após a
realização de um negócio. A decisão de compra é resultado de diversas variáveis. São fatores
pessoais, psicológicos, sociais e culturais que fazem o consumidor iniciar o trajeto rumo à aquisição
de um determinado produto ou serviço.

Etapas do processo de compra

1. Formalização das especificações;


2. Análise do pedido de compra;
3. Seleção de fornecedores;
4. Consulta a fornecedores;
5. Análise de propostas
6. Adjudicação da encomenda;
7. Seguimento da encomenda;
8. Receção da encomenda;
9. Conferência de faturas;
10. Tratamento de reclamações;
11. Ordem de pagamento.

Gestão de fornecedor

O processo de subcontratação /compras engloba a identificação de potenciais fornecedores, a


avaliação do seu produto ou serviço segundo as necessidades da empresa e a possibilidade de se
estabelecer uma parceria entre as partes.

Qualquer organização tem necessariamente que desenvolver e implementar estratégias de compras


para os bens e/ou serviços que necessitam. Estas estratégias determinam o modo de desenvolver e
gerir as relações com os fornecedores.

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Gestão de stocks

Introdução a gestão de stocks

A gestão de stocks assume nas empresas modernas um papel fundamental, sendo uma das
ferramentas mais importantes ao dispor da gestão para maximizar os seus resultados líquidos.

A manutenção de um nível adequado de stockagem e um desafio que e colocado aos gestores, já


que é necessário minimizar os custos de stockagem, não pondo em risco a operacionalidade de toda
a logística das empresas.

A gestão de stocks é dito de forma simplificada, o conjunto de reações que visa manter o stock ao
mais baixo nível em termos quantitativos e de custo, garantido simultaneamente o fornecimento
regular da empresa e a melhor execução das tarefas de aprovisionamento e armazenamento.

Assim, a gestão de stocks tem como objetivo definir quais os produtos encomendar, qual a altura
em que devem ser encomendados e em que quantidade,

A complexidade desta missão e proporcional ao numero de produtos comercializados pela empresa


e ao volume de vendas de cada um deles,

Os produtos que estão em stock estão sujeitos a diferentes tipos de procura.

Noção e tipos de stocks

Stocks são todos os artigos que se encontram em armazém para serem utlizados numa fase
posterior. Para se poder abastecer a empresa de tudo o que precisa para a sua atividade é necessária
a constituição de stocks.

As quantidades em stock devem ser adequados às necessidades e à medida que se vai gastando deve
repor-se. O seu escoamento tem que ser compensado por aprovisionamento dos que vão repor os
stocks nos níveis desejados.

Tipos

É habitual classificar os stocks segundo o lugar que ocupam ao longo do processo de produção.
Assim, teremos, de montante para jusante:

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 Matérias primas:

Materiais utilizados na fabricação de componentes dos produtos acabados, (ex: Chapa de aço
destinada a corte e estampagem, numa empresa metalomecânica).

 Componentes:

Partes que não sofrem qualquer transformação na empresa e que se destinam a montagem nos
produtos acabados, (ex: Rolamentos destinados a veios de motores elétricos).

 Produtos em curso de fabricação:

Materiais e componentes que se encontram em fase intermédias do processo de transformação, entre


operações consecutivas, (ex: Peças de tecido saídas do corte e a aguardar costura).

 Produtos semiacabados:

Partes que já sofreram várias operações de transformação e que aguardam a montagem (ou uma
submontagem) no produto acabado (ex: Placa de circuito impresso saída da inserção de
componentes e a aguardar montagem num televisor).

 Produtos acabados:

Artigos finais, destinados ao consumidor final ou a utilização por outras empresas, (ex: Pneus,
destinados ao mercado de reposição ou as linhas de montagem de automóveis).

 Subprodutos:

Produtos resultantes do processo de transformação, mas que não são incorporados no produto final,
(ex: restos de madeira aproveitados para o fabrico de aglomerado, crómio hexavalente recuperado
dos banhos de um processo galvânico de cromagem).

 Materiais de consumo corrente ou subsidiários:

Materiais que não entram diretamente no processo de transformação, (ex: combustíveis, óleos de
lubrificação, impressos administrativos).

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 Material de embalagem e de acondicionamento

Materiais necessários ao transporte e acondicionamento adequados de produtos, (ex: paletes para o


transporte interno de produtos em curso de fabricação, caixas de cartão canelados para o transporte
de televisores).

Princípios da gestão de stocks

Definição e objetivos de gestão de Inventário

Á gestão física dos stocks compete assegurar que as operações realizadas com os materiais, desde a
sua entrega na empresa até á sua saída de armazém, sejam executadas com eficiência, isto é, ao
menor custo e em tempo oportuno.

A gestão física dos stocks tem como principais atribuições:

 Rececionar os materiais aprovisionados;


 Armazenar e conservar os stocks;
 Aviar ou expedir os materiais armazenados.

As atribuições da gestão física dos stocks podem estar concentradas num único órgão estrutural ou
repartidas por vários órgãos ou serviços, como por exemplo os seguintes:

 Receção;
 Armazéns;
 Expedição.

Em empresas de pequena dimensão, normalmente existe um único órgão estrutural, devendo, no


entanto, manter-se a separação física daqueles serviços.

Em empresas de maior dimensão podem existir vários órgãos respondaveis pela gestão física dos
stocks, devendo haver uma dependência hierárquica e funcional do responsável pela função
aprovisionamento.

Tipos de matérias a armazenar

Uma empresa industrial utiliza para desenvolver a sua atividade dos seguintes bens:

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 Mercadorias

Bens vendidos no mesmo estado em que foram adquiridos;

 Matérias-primas (Objetos de trabalho)

Bens utilizados e transformados ao longo do processo produtivo, sendo por essa via, incorporados
nos produtos acabados. Exemplo: A azeitona na produção de azeite

 Matérias subsidiarias

Bens com um papel secundário no processo de transformação das matérias-primas. Exemplo: A


cola na industria do mobiliário.

 Embalagens comerciais

Bens que envolvem os produtos, e podem ser retornáveis ou não retornáveis.

 Materiais diversos

Bens consumíveis, como por exemplo, material de conservação, de higiene e de reparação.

 Imobilizações (Meios de trabalho)

Bens utilizados pela empresa no desenvolvimento da sua atividade. Exemplo: maquinas,


ferramentas.

A seleção dos materiais que irão incorporar o stock, é uma das principais atividades da gestão
administrativa dos stocks.

De toda a gama de materiais existentes, uns normalizados de acordo:

 Com normas portuguesas (NP) que são emitidas pelo Instituto Português da Qualidade
(IPC);
 Outros de acordo com normas harmonizadas europeias (EN) que são emitidas pelo Comité
Europeu de Normalização (CEN/CENELEC);

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 Outros que não são normalizados, alguns dos mais utilizados, podem fazer parte de uma
normalização ou estandardização interna da empresa, depois de criteriosa seleção.

Compete a gestão administrativa dos stocks analisar caso a caso e decidir quais desses materiais
deverão constar no stock, mediante análise própria de natureza económica.

Conhecidos os artigos que constituirão o stock, os dois passos seguintes são:

 Estabelecer a nomenclatura e a especificação;

 Carregar o ficheiro de materiais.

Determinantes do nível ótimo de stock

Os métodos tradicionais de aprovisionamento, em que se calcula isoladamente para todos os itens,


as quantidades a reaprovisionar de cada vez, conduzem:
 A Capital imobilizados em existências elevado,
 A stocks desequilibrados.
O método ABC ou lei de Pareto, é recomendável pela sua simplicidade e eficácia, assegura a
manutenção de stocks médios reduzidos e conduz a incidência do esforço de gestão sobre os
materiais importantes, tornando mais económico o funcionamento associado.

Como não é possível nem aconselhável tratar todos os artigos da mesma forma, a análise ABC e
uma ferramenta da gestão muito simples, mas com grande eficácia na classificação correta dos
stocks, criando três níveis de prioridade distintos na gestão dos mesmos.

Assim, este método classifica os stocks em três grandes grupos, A, B ou C, de acordo com a
percentagem dos consumos anuais que cada grupo representa.
A separação é feita de acordo com a seguinte metodologia:
Classe A
Este é o grupo de artigos valor de consumo anual, embora seja representado por um pequeno
número de artigos: 15 a 20% do total de artigos correspondem a 75 a 80% do valor do consumo
anua total.
Classe B

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Este é um grupo intermédio: 20 a 25% do total de artigos representam 10 a 15% do valor do


consumi anual de todos os artigos.
Classe C
Este grupo de artigos possui o menor valor do consumo anual, embora represente um elevado
numero de referencias: 60 a 65% do numero total de artigos correspondem a 5 a 10% do valor de
consumo anual de todos os artigos.
Condicionantes especificas dos produtos
Além da analise própria de natureza económica para viabilizar a introdução de artigos no stock,
existem outros critérios mais gerais que também devem ser observados.
Normalmente, só se efetua esta análise depois da filtragem dos artigos pela aplicação saqueles
critérios que condicionam a referida introdução.
Os critérios gerais de analise são de dois tipos:
Critérios de aceitação
Indicam a conveniência de se proceder a introdução do material no stock ao verificar-se uma das
seguintes condições:
 Materiais de utilização geral, de difícil aquisição no mercado e com longos prazos de
aprovisionamento;
 Materiais de utilização restrita, ou fabricados especialmente para o stock (não usuais no
mercado), desde que os prazos de aprovisionamento ou ciclos de produção sejam longos e
incompatíveis com os prazos de utilização, independentemente dos consumos previsionais
que naturalmente serão baixos.

Critérios de rejeição
Indicam a inconveniência de se colocar um material no stock se for verificado uma das condições
seguintes:
 Materiais de elevado valor e de reduzido consumo, mesmo que os prazos de
aprovisionamento sejam incompatíveis com os programas de fabrico (que definem
exatamente o momento da utilização);
 Materiais de utilização corrente, de baixo consumo e de fácil aquisição;

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 Materiais de utilização muito especifica, de consumo esporádico, se os prazos de


aprovisionamento forem compatíveis com os prazos de utilização previstos.
Condicionantes especificas de armazenagem
Existe um vasto conjunto de fatores, que condicionam a seleção do método de armazenagem, dos
quais se realçam os seguintes:
 Rotatividade dos materiais;
 Volume e peso;
 Valor;
 Ordem de entrada/saída;
 Acondicionamento e embalagem;
 Fragilidade/robustez;
 Perecividade.

Condições do mercado
As necessidades logísticas na empresa são desencadeadas pela procura dos seus produtos no
mercado. A procura dos produtos ativa os fluxos de informação e de materiais em toda a cadeia
logística.
Uma previsão do crescimento das vendas incentiva um aumento da atividade da função
aprovisionamento que deve responder em conformidade com a expectativa de crescimento das
necessidades de materiais.

Condições de entrega
 Aviamentos Programados – Documentos de ordem de entrega
Nos aviamentos programados, com emissão de ordens de entrega, devem ser ordenados os
documentos que dizem respeito a materiais a aviar proximamente, e estes devem ser retirados dos
locais de armazenagem, se possível, numa sequencia que evite perdas de tempo nos retrocessos e
em trajetos cruzados.
 Processamento de Saídas: Informação de inventario

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Consumados os aviamentos, os documentos que os originaram devem ser rubricados pelos


funcionários que os satisfizeram e imediatamente processados para que a informação de inventario
esteja sempre atualizada.
 A expedição dos materiais
Há uma expedição de material sempre que o destino é exterior e, portanto, há transporte de material.
Expedição – É a atividade que assegura as boas condições de acondicionamento do material durante
o transporte, assim como carregamento eficiente do material no meio de transporte utilizado.
 Guia de transporte e guia de remessa
O material expedido deve ser acompanhado de uma guia de transporte e de uma guia de remessa
(Original e duplicado), que indica o destinatário, o local convencional para a entrega e discrimina
para cada item a quantidade expedida do respetivo artigo.
O destinatário, ao rececionar o material, deve visar o duplicado da guia de remessa e devolve-lo ao
emissor (expedidor).
 O Saneamento de Existências
O saneamento de existências tem por objetivo a constante atualização e adequação das existências
as necessidades do processo produtivo na ótica da maior rendibilidade.
O motivo fundamental que o justifica é a permanência nos armazéns de material excedentário ou de
monos que ocupam espaços, representam valor e constituem encargos logísticos desnecessários que
urge liquidar.
Saneamento de Existências – É a atividade que consiste na analise periódica dos artigos existentes
em armazém e na eliminação de todos aqueles que revelam muito baixa rotação por obsolescência
ou inadequação as necessidades.
Como consequências vantajosas do saneamento de existências obtém-se:
 Libertação de fundos empatados em material depreciado ou em existências excedentárias
que só a longo prazo poderiam ser utilizadas;
 Eliminação de espaços mortos no armazém;
 Redução de existências e por consequência a redução dos custos de posse;
 Diminuição dos encargos administrativos e de conversão do material;
 Melhoria dos resultados da empresa.

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Custos associados aos stocks


Custos operacionais associados à stockagem da mercadoria
Em termos meramente contabilísticos, os stocks são representados pela conta mercadorias ou
matérias-primas, sendo debitados pelas entradas em armazém dos materiais adquiridos ou
fabricados pela empresa, e creditados pela saída por vendas, quebras diversas ou por consumo
interno (consumo da produção para fabrico de novos produtos ou consumo continuo de utilização
económica).
Custos de oportunidades face a outras opções
Este custo é, geralmente, o mais importante e representa um custo de oportunidade, isto é, o custo
em que se incorre por manter um certo capital imobilizado em stock em lugar de investi-lo em
aplicações alternativas (rentáveis).
Conforme o critério da empresa, este custo pode ser considerado como igual à taxa de rentabilidade
dos capitais próprios ou à melhor taxa de rentabilidade que a empresa poderia obter num
investimento alternativo, dentro da classe de risco correspondente, normalmente baixo, pois o stock
pode ser rapidamente convertido em dinheiro (possui um alto grau de liquidez).
Todos estes custos, constituem o custo de posse, podem ser expressos por uma percentagem do
valor do stock. Assim, se totalizarem 30% ao ano, significará que o custo de armazenar durante um
ano um artigo com o valor unitário de 10€ é de 3,33€ por unidade.

Noção de custo operacional e de custo “afundado”


Num sistema de stocks, os custos relevantes podem dividir-se em três componentes:
 Custos de aprovisionamento;
 Custos associados a existência de stocks-custos de posse;
 Custos associados a rutura dos stocks.

Descontos/promoções
Os fornecedores

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A fabricantes oferecem frequentemente descontos aos seus clientes, por diversas razões:
 Para reduzirem stocks acumulados;
 Para aumentarem o volume de produção (vendas);
 Para se livrarem de stock que se tornará, em breve, obsoleto.
Sobrestockagem
Os stocks são necessários, pois sem stocks não seria possível:
 Utilizar racionalmente a capacidade produtiva;
 Produzir de forma económica os artigos vendidos;
 Satisfazer as encomendas nos prazos considerados aceitáveis para os clientes.

Mas por outro lado, não podem ser em excesso, pois os produtos em armazém:
 Custam dinheiro;
 Podem-se estragar ou perder validade;
 Podem passar de moda.

A constituição de stocks é vantajosa pois permite:


 Evitar a rutura (quando não há produto para satisfazer as encomendas)
 Assegurar o consumo regular de um produto, apesar da sua produção ser irregular
 Aproveitar oportunidades
 Fazer face a imprevistos de consumo e de entrega
Gestão da variação da procura e do nível de stock
Um dos grandes problemas na gestão de stocks reside na determinação da altura em que devera ser
feita uma nova encomenda de um determinado produto. A incerteza associada a esta decisão
prende-se essencialmente com o caracter incerto da procura.
Para além disso, também a incerteza residente nos fornecedores assume-se como um problema. Esta
incerteza revela-se nos produtos defeituosos entregues pelo fornecedor e pelo não cumprimento dos
prazos de entrega acordados.
Benefícios esperados com a gestão de stocks
Benefícios principais:

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 Otimiza o investimento nas suas existências ao minimizar os custos relacionados com


transporte, encomendas e custos por falta de produtos;
 Mantém exatos e atuais os registos em inventário permanente;
 Contribui para o aumento das margens de comercialização e para a satisfação dos clientes
ao reduzir tarefas de expediente, custos e falta de informação de gestão;
 Facilita a análise da oferta e da procura para uma eficiente e rentável execução do plano
diretor da empresa;
 Ordens de transferência inter-armazéns são processadas rápida e eficientemente, com uma
completa visibilidade das existências em trânsito;
 Mantém na contabilidade geral a contabilização do custo das vendas por grupos de
produtos, armazém;
 Disponibiliza consultas rápidas à situação das existências.
Controlo de existências/inventariação
Normas gerais de inventariação de bens e produtos
O objetivo do inventário permanente é o de identificar situações de erros físicos decorrentes da
atividade operacional e criar metodologias para eliminar ou prevenir esses erros.
Considera-se que existe um erro numa localização sempre que nela não estiver o produtor correto
na quantidade e qualidade correta.
As origens mais frequentes para erros são: quebras de artigos, roubos, engano na conferência
aquando da receção, aprovisionamento das posições de preparação- retorno da palete, ou de parte
dela, ao local de reserva, sem indicação informática do facto, erros de arrumação- colocação de
paletes na posição de preparação ou de reserva errada- e enganos em transferências ou acertos
manuais no sistema e que não refletem o que se passou na prática- paletes que foram colocadas no
local errados ou enganos de contagem.
Determinação de consumos
O consumo previsto que traduz uma quantidade correspondente a necessidade independente para
um determinado prazo (normalmente um ano) de um artigo concreto.

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Consumo previsto (S) para um item do inventario é a previsão de utilização desse item, em
unidades físicas, para um determinado prazo (em princípio um ano), baseada na necessidade
independente derivada da procura nesse prazo.
O consumo S (em unidades físicas) corresponde a variação do stock desse artigo na unidade de
tempo (ano, mês, dia, hora, etc.) no sentido decrescente (variação negativa).
Se a variação do stock for crescente (variação positiva), tratar-se-á de uma entrada de material no
stock, em resultado da chegada a armazém de uma encomenda ou de uma remessa ao abrigo de uma
encomenda em aberto.
Documentação utilizada nos inventários
Apesar da existência de uma gestão adequada do inventário, por si só, já poder fazer uma grande
diferença relativamente à obtenção e manutenção de vantagem competitiva, continua a ser
necessário realizar esforços no sentido de reduzir continuamente os custos da gestão de inventário.
Com este objetivo em mente, têm surgido no mercado vários sistemas de gestão de inventário
propostos por empresas de software. Estes sistemas de gestão procuram assim ajudar as empresas a
controlar e a gerir o seu inventário de forma mais eficiente.
Controlo de qualidade nos aprovisionamentos
Os indicadores de eficácia da gestão dos stocks têm a finalidade de informar o gestor se as decisões,
tomadas anteriormente, atingiram os objetivos e qual o “estado de saúde” das existências. Tratando-
se de grandezas dimensionais, que relacionam variáveis, podem ser estabelecidas como metas,
orientando o gestor na sua atuação.
Estes indicadores permitem analisar a evolução da situação e tomar medidas corretivas, caso se
verifiquem desvios à política de stocks delineada pelo Departamento de Aprovisionamento.
Com o objetivo de detetar rapidamente situações inesperadas e tomar ações corretivas imediatas, é
necessário realizar operações de controlo. As mais importantes são as seguintes:
 Ler permanentemente as diferenças entre vendas reais e previstas;
 Rever periodicamente a situação de pedidos atrasados e compará-la com as expedições;
 Realizar periodicamente o inventário físico e compará-lo comos valores contidos no sistema
de gestão;
 Realizar periodicamente as operações de (re)cálculo das variáveis de gestão e reconsiderar a
validade dos modelos de gestão de inventários utilizados.

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Logística e sistemas de informação


Um sistema de informação é um conjunto de componentes que transformam dados em informação.
Os dados são factos ou elementos discretos em bruto, ou seja, sem obedecerem a qualquer
ordenação ou integração. A informação é o resultado da organização dos dados de acordo com
determinados critérios.
Obviamente que, com a divulgação das tecnologias, hoje em dia grande parte dos sistemas de
informação são suportados por computadores. No que diz respeito aos sistemas logísticos, devido à
sua complexidade e volume de dados a processar, os computadores passaram a ter um papel
fundamental.

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