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INTRODUÇÃO AO EQUILÍBRIO DE FORÇAS

 Como funciona uma gangorra?

A gangorra é uma máquina simples, equipamento formado por uma tábua longa e estreita
apoiada no centro sobre um elemento que permite que a tábua gire ao redor dele, mas não
permite que ela se desloque nas direções horizontal ou vertical. Veja:

Duas pessoas sentam na gangorra, uma de cada lado. O apoio “O” impede a tábua de mexer
na horizontal ou na vertical, mas permite que ela gire ao redor do ponto de apoio. O
funcionamento ideal da gangorra ocorre quando a pessoa 1 e a pessoa 2 têm pesos
parecidos, o que permite que a tábua fique próxima ao equilíbrio. Por que?
Para entendermos o funcionamento da gangorra, vamos imaginar que a tábua da gangorra
está perfeitamente centralizada sobre seu apoio, que as duas pessoas que sentam na tábua
têm pesos iguais (P1 = P2) e que as distâncias entre elas e o ponto de apoio da gangorra é
igual (d1 = d2). Quando estas pessoas sentam na tábua, ela fica em equilíbrio horizontal,
como mostrado na ilustração acima.
O que provoca o giro em uma gangorra é a combinação entre o peso aplicado de um lado e
a distância entre esse peso e o apoio da estrutura. Essa tendência de giro chama-se de
“momento de força” ou torque em Física. O seu valor é igual ao valor da força aplicada
multiplicado pela distância entre esta força e o eixo de rotação, medida perpendicularmente à
direção da força.

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Disciplina: RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS
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Então, se temos uma força “F” aplicada a uma distância “d” de um eixo de rotação, o
momento desta força em relação ao eixo de rotação será:

M=Fxd

Este momento “M” mede a tendência da força “F” girar o sistema ao redor do seu ponto de
apoio.
Agora, vamos ver o que acontece na gangorra acima. Do lado esquerdo, temos a força “P1”,
referente ao peso da pessoa 1, que está à distância “d1” do apoio. Do lado direito, temos a
força “P2”, referente ao peso da pessoa 2, que está à distância “d2” do apoio. Representando
as forças P1 e P2 por duas setas, e a tábua da gangorra por uma linha, temos:

A força P1 tende a girar o sistema para a esquerda (giro anti-horário). Como vimos, a
tendência de giro vale M = F x d, ou seja:
Mesq = P1 x d1
A força P2 tende a girar o sistema para a direita (giro horário). Essa tendência de giro
vale:
Mdir = P2 x d2
Quando os momentos à esquerda e à direita são iguais, a tábua ficará em equilíbrio.
Como no caso da gangorra os pesos P1 e P2 são iguais e as distâncias d1 e d2 são iguais,
teremos os momentos à esquerda e à direita iguais, ou seja:

Mesq = Mdir

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Essa é a condição para equilíbrio ao giro em redor de um ponto. Toda vez em que os
momentos que tendem a girar o sistema num sentido são iguais aos momentos que tendem
a girar o sistema no sentido contrário, o sistema estará equilibrado em relação ao giro.
Veja o que acontece se as pessoas 1 e 2 sentarem na gangorra mais próximas ao
apoio central:

Os pesos P1 e P2 continuam sendo iguais. Se d1 e d2 também forem iguais, o


equilíbrio da tábua na horizontal ainda ocorrerá, pois estará mantida a condição
Mesq = Mdir
Agora, vamos imaginar que a pessoa 1 (P1) se sentará na ponta esquerda da tábua e
a pessoa 2 (P2 = P1) se sentará na metade da barra que fica à direita do apoio. A distância
d1 é o dobro da distância d2. Será criada a seguinte situação:

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Por que isso acontece, se os pesos P1 e P2 são iguais? Porque a partir do momento que se
mexeu nas distâncias d1 e d2 e elas deixaram de ser iguais, alterou-se a tendência de giro
de cada lado da gangorra. Veja:

A tendência de giro à esquerda, da força P1, vale:


Mesq = P1 x d1
A tendência de giro à direita, da força P2, vale:
Mdir = P2 x d2
Como P1 = P2 e d2 = 0,5 x d1, podemos escrever essa equação como:
Mdir = P1 x (0,5 x d1)
ou Mdir = 0,5 x (P1 x d1)
ou ainda: Mdir = 0,5 x Mesq
Provamos assim que o momento à direita será a metade do momento à esquerda,
quando as forças P1 e P2 são iguais e a distância à direita é a metade da distância à

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esquerda. Então, percebemos que momento é diretamente proporcional à distância entre a


força e o apoio considerado.
Agora pense: será que é possível se equilibrar uma gangorra com um elefante de
peso 450 kgf de um lado e uma pessoa de peso 90 kgf de outro? Veja o que acontecerá
nesse caso:

Supondo as distâncias d1 e d2 são iguais a 5,0 m, teremos:


Mesq = P1 x d1 = 450 x 2,5 = 1125 kgf x m
Mdir = P2 x d2 = 90 x 2,5 = 225 kgf x m
Como o momento à esquerda seria bem maior que o momento à direita, nestas
condições o equilíbrio não seria possível.
Porém, veja o que acontece se mudarmos o ponto de apoio da gangorra,
aproximando-o do elefante e afastando-o da pessoa:

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À medida em que aproximamos o apoio do elefante, aumenta a distância entre a


pessoa e o apoio e com isso aumenta a sua capacidade de girar a gangorra. Da mesma
forma, como a distância entre o elefante e o apoio diminui, reduz-se também a sua
capacidade de girar a tábua. Se a tábua tiver comprimento suficiente, poderá oferecer
equilíbrio quando:
Mesq = Mdir (condição de equilíbrio ao redor do apoio)
P1 x d1 = P2 x d2

450 x d1 = 90 x d2

Isolando d2, temos: d2 = 450 x d1 / 90 = 5 x d1


Ou seja, quando d2 for 5 vezes maior que d1, o equilíbrio entre o elefante e o homem (com
os pesos indicados) será possível. Se, por exemplo, d1 valer 1,0 m e d2 valer 5,0 m, a
situação de equilíbrio será possível:
450 x 1 = 90 x 5
450 = 450 (o que demonstra o equilíbrio)

O sistema de funcionamento da gangorra representa uma alavanca, ou seja um


sistema de forças que permite a uma força menor uma “vantagem mecânica” perante uma
força maior. As alavancas são mecanismos muito usados em diversos aplicativos, porque
reduzem os esforços necessários para se equilibrar forças.

O princípio de funcionamento das alavancas pode ser analisado usando-se as Leis de


Newton, que são fundamentais para conhecermos bem o funcionamento de sistemas
estruturais. Trata-se do próximo assunto que trataremos neste curso.

Dica: o site “TV ESCOLA” é um recurso oferecido pelo Ministério da Cultura para ajudar professores e
alunos no processo de ensino e aprendizado. O site apresenta diversos filmes explicativos sobre
assuntos de interesse geral, tais como o funcionamento de alguns sistemas físicos. Um deles explica
claramente como funcionam as alavancas e está no endereço
http://tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_zoo&view=item&item_id=301.
Para acessá-lo, é necessário cadastro prévio, gratuito.

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 Exercícios: o desenho abaixo representa genericamente o funcionamento de


uma gangorra. Com base nele, responda os exercícios 1 a 5.

1. Qual a força P1 necessária para manter a barra horizontal em equilíbrio, quando se


tem P2 = 400 N, d1 = 3,0 m e d2 = 200 cm?

2. Qual a distância necessária d2 para que a barra horizontal fique equilibrada? Dados:
P1 = 100 kgf, P2 = 120 kgf, d1 = 200 cm.

3. O comprimento total de uma barra de gangorra é igual a d1+d2, sem a necessidade


de se deixar pontas sobrando para fora dos pontos onde as forças P1 e P2 são
aplicadas. Qual o comprimento total de uma barra, em metros, para que ela fique
equilibrada na horizontal, quando sujeita às forças P1 = 20 kgf e P2 = 600 kgf, sendo
d2 = 50 cm?

4. A força P1 representa 5 crianças que estão de um lado da gangorra, com pesos de 20


kgf, 25 kgf, 30 kgf, 28 kgf e 32 kgf, respectivamente. Na média, elas estão à distância
d1 = 4,0 m do apoio da barra. Elas desejam levantar um peso P2 de 300 kgf. Qual a
distância máxima de P2 ao apoio da barra, para que isso seja possível?

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LEIS DE NEWTON E SUA APLICAÇÃO EM ESTRUTURAS

 Diferença entre grandezas escalares e vetoriais

Medidas físicas podem ser de dois tipos: escalares e vetoriais.

As grandezas escalares são aquelas que bastam um número e uma unidade para
completar a medida. Exemplos: massa é medida em kg; basta dizer “quero 300g de
mussarela” e pronto, não precisa outra informação física sobre a massa. Volume é medido
em litros ou m³, e também é uma medida escalar.
As grandezas vetoriais são aquelas que são especificadas por um número, uma
unidade e também uma direção e um sentido. Exemplos:

Note que cada direção possui dois sentidos.

 As três Leis de Newton

Isaac Newton viveu na Inglaterra, por volta do ano 1700 e se interessou desde muito
jovem em entender as leis que regem o Universo, ou seja, o “por quê” das coisas. Para ele o
mundo era muito complexo para ter surgido do nada e acreditava que deveria ter sido criado
pela “mente sábia” de uma “Inteligência Superior”, ou seja, Deus. Aliás, ele era muito
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religioso e além de ciência escreveu muitas coisas sobre a Bíblia. Foi para tentar entender a
mente desse Criador que pesquisou a natureza e conseguiu descobrir, entre muitas outras
coisas, as 3 leis que modelou a Física moderna e possibilitou o avanço tecnológico sem o
qual hoje não podemos mais viver. As leis de Newton são apresentadas na sequência.

• Primeira Lei de Newton: Lei da Inércia

Se um automóvel estiver parado, ele não se movimentará sem motivo, sem alguma força que
provoque esse movimento. Se um carro estiver se movimentando e não houver algo que o
provoque a parar, ele não irá parar. A primeira Lei de Newton trata exatamente desses
comportamentos, ao dizer que um objeto só muda o seu estado de repouso ou movimento se
houver uma força externa sobre ele que promova essa mudança.
Lei da Inércia: Se a soma das forças que agem sobre um corpo for nula, ele
manterá seu estado de movimento: se o corpo estiver em repouso, permanecerá
em repouso; se estiver em movimento, sua velocidade será constante, ou seja,
manterá um movimento retilíneo uniforme.
Força é uma ação de um objeto sobre outro e portanto, jamais pode existir força com um
objeto sozinho; força deve ser representada por um vetor.
Se não houver nenhuma força sobre um objeto que já está numa certa velocidade, além de
permanecer na mesma velocidade, ele vai continuar em linha reta: só fará uma curva se uma
força o empurrar para o lado que se deseja.
Inércia é a dificuldade que um objeto apresenta para mudar seu movimento: se estiver
parado vai continuar parado até que uma força aumente sua velocidade; se estiver com uma
certa velocidade, ele vai ficar com a mesma velocidade até que uma força a diminua ou
aumente (uma força a favor do movimento vai aumentar a velocidade e uma força contra o
movimento vai diminuir a velocidade). Os corpos mais pesados têm maior inércia do que os
mais leves, assim, é mais difícil movimentar um corpo pesado do que um corpo leve, porque
o mais pesado exige muito mais força.
Inércia está relacionada com a massa – a massa de um corpo é a medida de sua inércia.
Se compararmos um edifício alto e esbelto em pé com a mesma estrutura deitada, vemos
que na primeira opção, por ter pouca área de contato com o solo, está mais propenso às
ações do vento que na segunda opção. A estrutura mais horizontal ocupa mais área de
contato com o solo, tendo portanto sua massa distribuída em área maior, e assim, maior
inércia.
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Veja as ilustrações a seguir para entender a comparação entre os edifícios. É mais fácil tirar
a estrutura vertical do equilíbrio, do que a horizontal, que tem maior inércia.

• Segunda Lei de Newton: Lei da Força

É muito mais fácil empurrar um carro pequeno, do que um caminhão. Da mesma forma,
também é mais fácil parar o carro pequeno, do que o caminhão, quando ambos estão na
mesma velocidade. A segunda Lei de Newton trata disso, da relação entre força aplicada nos
objetos e o movimento causado. A força é diretamente proporcional à massa do corpo e à
sua aceleração:

A força F é diretamente proporcional à massa m e à aceleração a. Ou seja, quanto maior a


massa, maior a força necessária para dar uma aceleração; e quanto maior essa aceleração,
maior deverá ser a força também.
Na fórmula, a massa é dada em kg, a aceleração em m/s² e a força em Newtons (N); 10N é
aproximadamente a força do peso da massa de 1kg.
Todos os corpos sobre a Terra estão sujeitos à aceleração da gravidade. Assim, mesmo
parado, um corpo está gerando uma força proporcional à sua massa. Porém, como o corpo
está parado, a aceleração que atua sobre ele é a aceleração da gravidade. Assim, em vez de
F = m a, podemos escrever:
P=mx g
Ou seja, o valor da força peso de um corpo de massa “m” é calculado pela sua massa
multiplicada pela aceleração da gravidade “g”. O valor da aceleração da gravidade na Terra é
aproximadamente igual a 9,8 m/s², muitas vezes arredondado para 10 m/s².

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Massa é uma medida escalar (ou seja, não é vetorial), que indica a quantidade de matéria
presente em um corpo; está relacionada com o número de átomos deste corpo. Peso é a
força com que a gravidade de um planeta atrai uma certa massa. Está aí a diferença entre
massa e peso!
Massa é medida em kg. Mas peso, sendo uma força, é medido em Newton (N) ou kgf
(quilograma-força); observe a relação:
1kgf ≈ 10N
Então quando falamos “meu peso é 70kg”, estamos cometendo um erro do ponto de vista
científico. O certo, em ciência, é dizermos 70kgf ou 700N.

A massa é um valor constante em qualquer lugar: 1kg de feijão será 1kg na Lua, em Marte
ou no espaço interes telar. Mas o peso muda de lugar para lugar, pois a força com que um
objeto é atraído calcular-se com F = ma onde a aceleração é a aceleração da gravidade
daquele local.

• Forças sobre um corpo em equilíbrio


Se observarmos um edifício convencional no seu lugar e estável, notamos que ele está em
equilíbrio estático, ou seja, está parado em relação ao solo. Quais são, porém, as forças que
agem sobre o prédio?
Ao fazermos uma análise superficial existem as seguintes forças: força peso (a massa da
estrutura sofrendo ação da gravidade); força normal (reação que o chão realiza sobre a
estrutura do prédio).
Para esse corpo estar em equilíbrio, com certeza, as duas forças devem ser iguais. Já que
se uma fosse maior que a outra o prédio estaria subindo ou afundando.
Supondo agora um homem empurrando uma caixa que não sai do lugar. Por que a caixa não
sai do lugar? Quais as forças que agem neste momento contribuindo para que a caixa não
sai do lugar? A solução deve ser que a força que o homem faz deve ser igual à força de atrito
entre a caixa e o chão.
Após observarmos as duas situações notamos que existem algo em comum entre elas. Na
primeira a força para cima (normal) deve ser igual a força para baixo (peso) e na segunda a
força para esquerda (atrito) deve ser igual a força para a direita (empurrão do homem).

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Como força é uma grandeza vetorial, podemos dizer que para garantir que um corpo não
translade a soma vetorial das forças deve ser nula.

 Exemplos de aplicação
1. Isaac Newton viveu na Inglaterra, por volta do ano 1700 e se interessou desde muito
Na Terra a aceleração da gravidade é 10 m/s²; na Lua, é 1,6m/s²; em Júpiter é 30m/s².
Calcule o peso, em N e kgf, de um saco de arroz de 5 kg em cada um desses lugares.
Resposta:
Usando a 2a lei de Newton, calculamos:

Na Terra: F= m.a = 5 . 10 = 50N = 5kgf

Na Lua: F= m.a = 5 .1,6 = 8N = 0,8 kgf ou 800gf

Em Jupiter: F = m.a = 5. 30 =150N=15kgf

Note que usamos o fato de que 10N=1kgf, aproximadamente. Observe como o peso fica
grande em Júpiter! De fato, lá a gravidade é muito forte porque o planeta é muito grande.
2. Transforme de kgf para N ou de N para kgf, conforme for o caso:
a) 50 N
b) 2 N
c) 4 kgf
d) 0,6 kgf

3. Massa varia? E peso? Qual é o seu peso na Terra, onde g = 10 m/s²? Qual o seu peso em
Júpiter, onde a aceleração é 30m/s².
4. Como podemos calcular o peso?

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5. O peso de um objeto na Terra é de 100N.


a. Calcule a massa desse objeto, considerando g=10 m/s²
b. Calcule a massa desse objeto, considerando g=9,8 m/s²
c. Calcule o peso que esse objeto teria na Lua.

• Terceira Lei de Newton: Lei da Força

Isaac Newton descobriu também que toda vez que um objeto aplica uma força em outro,
recebe de volta a mesma força na mesma direção, mas em sentido. Esta é a lei da Ação e
Reação:
Se um corpo A faz uma força sobre o corpo B, o corpo B faz ao mesmo tempo
uma força de mesma intensidade e de sentido contrário sobre o corpo A.

Portanto uma força nunca está só: se existe uma força em um corpo, certamente vai
existir uma outra força igual e oposta em outro corpo, quer esteja em contato ou não. Um
exemplo de pares de força ação/reação que não exigem o contato dos corpos é a força
magnética, ou a força da gravidade.
Nos exemplos de gangorras que mostramos anteriormente, o apoio reage à ação de P1 e P2
com uma força igual à sua soma, porém oposta:

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Exercícios

1. O que acontece quando um corpo A exerce uma força em outro, B?


2. Expresse a 3a lei de Newton em suas palavras.
3. Faça um desenho com vetores para exemplificar a 3a lei de Newton.
4. A força de reação existe no mesmo corpo onde acontece a força de ação?
5. É necessário contato para haver um par de forças ação/reação? Dê exemplos.
6. O que acontece quando tentamos puxar ou empurrar alguma coisa para frente?
7. Um objeto está apoiado sobre uma mesa, portanto seu peso está sendo aplicado
sobre a superfície da mesa. Qual é a direção e o sentido da força de reação da mesa?
8. Faça um desenho representativo das duas forças: a de ação (aplicada pelo objeto na
mesa), e a de reação (aplicada pela mesa no objeto).
9. Se você tentar empurrar um caminhão, certamente seus pés vão deslizar para trás
mas o caminhão não vai sair do lugar. Por que isso acontece?
10. Calcule a reação de apoio vertical de uma gangorra que recebe em sua barra
horizontal os seguintes carregamentos verticais: P1 = 200 N, P2 = 25 kgf, P3 = 40 kgf,
P4 = 300 N, P5 = 40 N, P6 = 42 kgf.

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