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FÓRUM II – GENÉTICA
“Há exatamente dez anos, em 13 de abril de 1998, nasceu Bonnie(1), cria de um carneiro
montanhas e da ovelha Dolly, o primeiro animal clonado a partir de uma célula adulta de outro
indivíduo. O nascimento de Bonnie foi celebrado pelos desenvolvedores da técnica de clonagem
animal como uma ―prova‖ de que Dolly era um animal saudável, fértil e capaz de ter crias
saudáveis. (Folha Online, 13.04.2008.) Apesar de gerar animais aparentemente ―férteis e
saudáveis‖, qual a principal consequência para a evolução das espécies se a clonagem for
realizada em larga escala? Justifique sua resposta‖.
https://youtu.be/z4sGpGU9xpU
https://youtu.be/EDF_T0t7gN0
https://youtu.be/IiMfyj6sQyQ
https://youtu.be/JT2kgY-aNu8
https://youtu.be/sK9pFWYVD38
https://youtu.be/fFN8iGhoUYo
https://youtu.be/Ej3HC3HIOrE
https://youtu.be/p5Ag2kLMvxc
Como participe da formação 2ª. Licenciatura em Ciências Biológicas passa a fornecer a uma
contribuição discursiva.
telômeros da Dolly eram 20% menores que o previsto para animais de sua idade. A Dolly teria
cinco anos ou onze anos? Cinco de vida própria ou onze cumulativamente com a idade de
Bellinda (5+6). De acordo com estudos realizados em outros animais clonados, a ovelha Dolly
pode ser uma exceção, pois a maioria destes animais tem uma vida mais curta que o esperado
para a sua espécie. Alguns pesquisadores levantaram a hipótese de que poderiam haver fatores
ambientais que tivessem facilitado o aparecimento da doença, tais como o confinamento que o
animal estava sendo submetido e o sobrepeso dele decorrente. A obesidade também foi
verificada como sendo um problema em outros animais clonados. O surgimento de uma
infecção pulmonar não controlável, comum em animais velhos mantidos em confinamento, fez
com que os pesquisadores do Instituto Roslin optassem por fazer a eutanásia de Dolly, as 15
horas do dia 14 de janeiro de 2003, com o objetivo de minorar o seu sofrimento.
O mundo evolui, antes de avançarmos vejamos as notícias das mais diversas sobre a
temática.
https://www.cmjornal.pt/maissobre/ian-wilmut?ref=DET_sabermais
https://www.cmjornal.pt/mundo/detalhe/anunciado-nascimento-do-primeiro-bebe-
clonado?ref=Mais%20Sobre_BlocoMaisSobre
https://www.cmjornal.pt/tecnologia/detalhe/celulas-da-pele-podem-curar-
diabetes?ref=Mais%20Sobre_BlocoMaisSobre
https://www.cmjornal.pt/tecnologia/detalhe/wilmut-muda-de-tecnica-de-
clonagem?ref=Mais%20Sobre_BlocoMaisSobre
https://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/nasceu-o-primeiro-clone-de-um-
cao?ref=Mais%20Sobre_BlocoMaisSobre
https://www.cmjornal.pt/mundo/detalhe/pai-de-dolly-autorizado-a-clonar-embrioes-
humanos?ref=Mais%20Sobre_BlocoMaisSobre
https://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/pai-da-ovelha-dolly-quer-clonar-embrioes-
humanos?ref=Mais%20Sobre_BlocoMaisSobre
https://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/ativistas-contra-clonagem-tentaram-sequestrar-a-
ovelha-dolly-em-1998?ref=Mais%20Sobre_BlocoMaisSobre
Dolly...
Do ponto de vista do impacto histórico e científico, o seu nascimento foi comparado à
bomba atômica. Quando, em Fevereiro de 1997, o cientista Ian Wilmut apresentou ao
mundo a ovelha „Dolly‟ – nascida sete meses antes, a 5 de Julho de 1996, a partir de um
processo de clonagem – até o presidente dos EUA, então Bill Clinton, veio pedir bom senso
(acabou por proibir a atribuição de fundos federais para a clonagem humana).
00:00 | 05/08
Universidade do Porto. Amanhã, uma outra intervenção do perito terá lugar no Campus
Agrário de Vairão (Vila do Conde).
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MORREU A DOLLY
A ovelha mais famosa do mundo foi „sacrificada‟. Há seis anos, quando nasceu, „Dolly‟
mereceu honras de primeira página em jornais de todo o planeta. Era a primeira ovelha
clonada a partir de células mamárias de um animal adulto. Ontem, foi morta com uma
injeção letal porque sofria de uma doença pulmonar progressiva que lhe causava enorme
sofrimento. Um revés para a clonagem.
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sheep is cloned», 2014; Kolata, Gina, 2003); Cramb, Auslan, 2006); Terra. «Morre a ovelha
Dolly, o primeiro animal clonado», 2014; Shiels, Paul. 2021.
Este procedimento, apesar de bastante simplificado aqui, foi extremamente complexo e contou
com alguns erros. Existem dois tipos de DNA nas células de mamíferos. O DNA nuclear e o
DNA mitocondrial. Ambos exercem, ainda que de maneiras diferentes, influências em nossa
constituição genética. A ovelha, teoricamente, deveria ter nascido com a mesma constituição da
dona do núcleo, da raça Finn Dorset, entretanto, também manifestou condições da doadora do
óvulo anucleado, da raça Scottish Blackface, pois nessa célula havia mitocôndrias com DNA
próprio. Além disso, o clone da ovelha Dolly desenvolveu algumas doenças, como
envelhecimento precoce e artrite, o que a levou a eutanásia após 6 anos de vida. Há algumas
hipóteses que explicariam o fato de a ovelha ter desenvolvido tais doenças, mas não há
nenhumas amplamente aceitas e por isso certas dúvidas são marcantes no caso do clone da
Dolly. Dentre todos os conhecimentos obtidos a partir desse processo, o maior de todos foi
descobrir como transformar uma célula adulta em uma célula-tronco, ou seja, transformar uma
célula já desenvolvida em outra sem função, capaz de desenvolver qualquer outra capacidade
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Simples. Quando um espermatozóide fecunda o óvulo na trompa, a célula resultante faz duas,
quatro, oito… cópias idênticas de si mesma. Após 72 horas, já surgiram cerca de cem células
agrupadas (o blastocisto) que vão se implantar no útero. Na fase em que o embrião tem de 32 a
64 células, elas se organizam segundo dois destinos: as que estão situadas mais externamente
darão origem à placenta e à bolsa amniótica; as da parte interna, muito mais versáteis, irão
formar todos os tecidos do futuro organismo. Essas células pluripotentes, capazes de se
diferenciar em mais de 200 tipos celulares para constituir tecidos como fígado, coração, pulmão,
recebem o nome de células-tronco. À medida que as células-tronco do blastocisto continuam a
multiplicar-se, essa capacidade de formar qualquer tecido é perdida. Uma das descobertas mais
fantásticas do século XX foi a que resultou na clonagem da ovelha Dolly. Nesse experimento,
pesquisadores escoceses retiraram o núcleo contendo material genético (DNA) de um óvulo e
nele introduziram o DNA retirado de uma célula mamária adulta, já diferenciada. Para surpresa
do mundo, depois de quase 300 tentativas, a célula resultante gerou Dolly. O nome Dolly é uma
referência ao nome da atriz e cantora Dolly Parton. Dolly foi clonada a partir das células da
glândula mamária de uma ovelha adulta com cerca de seis anos, através de uma técnica
conhecida como transferência somática de núcleo. Apesar das suas origens, Dolly teve uma vida
comum de ovelha e deu à luz a seis filhotes, sendo cuidadosamente observada em todas as fases.
Porém, em 1999 foi divulgado na revista Nature a suspeita de que Dolly estaria propencia a
desenvolver formas de envelhecimento precoce, uma vez que os seus telómeros eram mais
curtos que os das ovelhas normais(Shiels, Paul.‖Analysis of Telomere Length in Dolly, a Sheep
Derived by Nuclear Transfer‖. Esta questão iniciou uma acesa disputa na comunidade científica
sobre a influência da clonagem nos processos de envelhecimento, que está ainda hoje por
resolver. Em 2002 foi anunciado que Dolly sofria de um tipo de doença pulmonar progressiva, o
que foi interpretado por alguns setores como sinal de envelhecimento. Dolly foi abatida em
fevereiro de 2003, aos 7 anos, para evitar uma morte dolorosa por infecção pulmonar incurável.
O seu corpo empalhado está exposto no Museu Real da Escócia, em Edimburgo, Escócia.
A importância dessa descoberta — que certamente dará a Ian Wilmut e seus companheiros do
Instituto Roslin um futuro Prêmio Nobel de Medicina — foi demonstrar que células adultas
podem ser reprogramadas e voltarem a formar células-tronco.
Dada essa explicação inicial, é possível entender a diferença entre clonagem reprodutiva e
clonagem terapêutica: Na clonagem reprodutiva, o núcleo de uma célula adulta é introduzido no
óvulo ―vazio‖ e transferido para um útero de aluguel, com a finalidade de gerar um feto
geneticamente idêntico ao doador do material genético; Na clonagem terapêutica, as células-
tronco jamais serão introduzidas em algum útero. O DNA retirado de uma célula adulta
do doador também é introduzido num óvulo “vazio”, mas, depois de algumas divisões, as
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O avanço nos leva as essas reflexões. Células da pele podem curar diabetes. Chamam-lhes
células estaminais, também conhecidas como células-mãe, e são promessa de cura para doenças
como Alzheimer ou diabetes graças à sua capacidade de se transformarem em novos tecidos do
organismo, substituindo aqueles que, por algum motivo, deixaram de funcionar. Um caminho
que parece mais perto da realidade, graças a uma nova investigação que conseguiu reprogramar
uma célula adulta, proveniente da pele, e levá-la a comportar-se como uma estaminal
embrionária, única capaz de se diferenciar em qualquer célula do organismo. E tudo sem o uso
de embriões, que tanta polêmica tem levantado. Independentemente de julgamentos morais, a
clonagem reprodutiva deve ser proibida por lei, porque não existe a menor segurança de que
bebês gerados por meio dela serão bem formados. Na clonagem terapêutica, no entanto, os
tecidos são obtidos em tubos de ensaio.