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1° edição - 2020
Editora CirKula
Av. Osvaldo Aranha, 522 - Bomfim
Porto Alegre - RS - CEP: 90035-190
e-mail: editora@cirkula.com.br
Loja Virtual: www.livrariacirkula.com.br
Eloenes Lima da Silva
Viviane Castro Camozzato
Marta Campos de Quadros
(Organizadores)
(RE)EXISTÊNCIAS
JUVENIS NA ARTE
DA VIDA
Porto Alegre
2020
Para saber mais sobre os autores e ter acesso a alguns conteú-
dos extras acesse:
www.cirkula.com.br/re-existencias-juvenis
CONSELHO CIENTÍFICO
09 Apresentação
Eloenes Lima da Silva, Viviane Castro Camozzato
Marta Campos de Quadros
14 Somos Poesia
Maria Conceição Rosa dos Santos
57 Selfie/C`est La Vie
Machado Bantu
Referências
BAUMAN, Z. A arte da vida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009.
ELLSWORTH, E. Places of Learning: media, architecture, pe-
dagogy. London; New York: Routledge, 2005.
FREIRE FILHO, J. Reinvenções da Resistência Juvenil: os es-
tudos culturais e as micropolíticas do cotidiano. Rio de Janeiro:
Mauad X, 2007.
SCHECHNER, R. Restauración de la conducta. In: ______. Perfor-
mance: teoria&practicasinterculturales. Buenos Aires: Libro de
Rojas, 2000. Pp.107-191.
SOUZA, J. Ralé Brasileira – quem é e como vive. Belo Horizonte,
Editora da UFMG, 2009.
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Somos Poesia
Em processo de cura
Preciso ser política-poética
Sem me importar com a rima
ou a métrica
Preciso levar mensagem
Sinal de fumaça,
rítmica,
mímica
Estética e ética.
A Resistência está em toda parte
No artista de rua
Nos malabares
Na coragem
Na conexão das artes.
A democracia será reinventada
no ar que se respira
No amor que transborda
e transpira
Na musicalidade da luta
No empoderamento das massas.
Somos a maioria
humanizada em afeto
em solidariedade e empatia
Somos POESIA!
14
Maria Conceição Rosa dos Santos
PRÁTICA TEATRAL NA ESCOLA:
RESISTÊNCIA ESTUDANTIL NO JOGO
ENTRE REPETIÇÃO E CRIAÇÃO
(Oswaldo Montenegro)
3 Essa experiência que relato aqui como exemplo de modificação da prática do-
cente, com certeza poderia ser seguida de outras narrativas de meus colegas que
passaram por momentos semelhantes a este.
4 As atitudes do governo têm desrespeitado a nossa profissão. Nesse ano de 2016,
os problemas se agravaram e optamos por mais um período de greve: “Estou em
greve! Assembleia do CPERGS Sindicato deflagrou greve por tempo indetermi-
nado. Após vários abusos do governo (parcelamento dos salários, atrasos nos re-
passes de verbas para as escolas, alterações nos benefícios adicionais, alteração no
pagamento do difícil acesso etc.), nossa categoria não pode mais silenciar, precisa-
mos reagir, a ferramenta de luta possível continua sendo a greve. Por enquanto,
na Escola Emília somos poucos que aderimos ao movimento de greve. Em geral,
os professores das Ciências Humanas (...) e um professor de Matemática” (Diário 26
de Campo, dia16 de maio de 2016).
(RE)EXISTÊNCIAS JUVENIS NA ARTE DA VIDA
5 Ao ler este texto, a diretora da escola pediu que fosse acrescentado que, se ela as-
sistisse todos os espetáculos, as vices não poderiam ter ido assistir. Por isto, ela optou 27
por um revezamento dos membros da gestão durante as apresentações do Festil.
(RE)EXISTÊNCIAS JUVENIS NA ARTE DA VIDA
6 Ao mostrar este texto para a diretora da escola, ela pediu que se destacasse que
essas mudanças aconteceram por imposições do novo governo que não deixou 28
margem de negociação com a direção da escola.
(RE)EXISTÊNCIAS JUVENIS NA ARTE DA VIDA
Referências
ABEGG, F. H. Movimentos de formação docente na escola: en-
tre experiências de docência e ensaios de teatro. [Dissertação
de Mestrado].Porto Alegre: UFRGS, 2013.
ABEGG, F. H. Docência em Cena: Experiências de formação
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Porto Alegre: UFRGS, 2018.
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Universidad de Buenos Aires, 2000c. Pp. 71-106.
SCHECHNER, R. ¿Que son los Estudios de Performance y por que
hay que conocerlos? In: ______. Performance: teoria&practicas
interculturales. Buenos Aires: Libro de Rojas, 2000a. Pp.11-20.
SCHECHNER, R. Restauración de la conducta. In: ______. Perfor-
mance: teoria&practicas interculturales. Buenos Aires: Libro de
Rojas, 2000b. Pp. 107-191. 32
33
ASPECTOS DA MODERNIDADE
DESIGUAL E SEGREGADA: A POLÍTICA NAS
PERIFERIAS DE SÃO PAULO
Notas finais
Referências
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Florianópolis: Insular, 2015.
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Disponível em: https://revistacult.uol.com.br/home/a-periferia-
-nao-binaria/. Acesso em 10.06.2019.
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Paulo: PUC-SP, 2009.
CHANTAL, M. Sobre o político. São Paulo: WMF Martins Fon-
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23.08.2013. Disponível em: https://www.geledes.org.br/marilena-
-chaui-nao-existe-nova-classe-media/. Acesso em 01.07.2020.
DARDOT, P.; LAVAL, C. A nova razão do mundo – ensaio sobre
a sociedade neoliberal. São Paulo: Boitempo Editorial, 2016.
FELTRAN, G. As esquerdas perderam votos na periferia quando
deixaram de ser esquerdas. Pública – agência de jornalismo investi-
gativo, São Paulo, 17.04.2017. Entrevista concedida a Marina Amaral.
FERREIRA, J. S. W. O mito da cidade global. Petrópolis: Vozes, 2007.
FORNAZIERI, Aldo. Dória: nazismo na cracolândia. Portal
GGN, maio de 2017. Disponível em: https://jornalggn.com.br/ar-
tigos/doria-nazismo-na-cracolandia-por-aldo-fornazieri/. Acesso
em 12.09.2019.
FUNDAÇÃO PERSEU ABRAMO. Percepções e valores políti-
cos nas periferias de São Paulo. São Paulo 2017. Disponível em:
https://fpabramo.org.br/publicacoes/wp-content/uploads/si-
tes/5/2017/05/Pesquisa-Periferia-FPA-040420172.pdf. Acesso em
10.06.2019.
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(RE)EXISTÊNCIAS JUVENIS NA ARTE DA VIDA
Onde o ar transgrida
O par do peito
A janela
E vire brisa
E os pássaros colidam
E com asas andem juntos.
Quando o conhecimento seja
O ambício
É lá que eu resido
É lá que eu vivo.
Machado Bantu 57
#LIBERTEMRAFAELBRAGA:
JUVENTUDE, ATIVISMO E MODOS DE
RESISTÊNCIA NA CULTURA DIGITAL
Liége Barbosa
Marcilene Forechi
Introdução
1 Entendemos que juventude diz respeito a uma suposta fase de transição entre
a infância e a vida adulta. Trata-se de um conceito elástico que ultrapassa marca-
ções etárias ou critérios biológicos – pois incorpora outras dimensões. Assumi-
mos a ideia de juventude como uma construção sociocultural, que tem a ver com
as experiências vivenciadas pelos sujeitos e como estas são significadas e narradas
em cada contexto histórico-social. Pesquisas e abordagens no campo teórico dos
Estudos Culturais têm mostrado os múltiplos modos de ser/estar/sentir-se jo- 59
vem na contemporaneidade.
(RE)EXISTÊNCIAS JUVENIS NA ARTE DA VIDA
67
13 Disponível em: https://libertemrafaelbraga.wordpress.com/como-apoiar/
(RE)EXISTÊNCIAS JUVENIS NA ARTE DA VIDA
Fonte: https://www.facebook.com/liberdaderafaelbragavieira/
na14 no Facebook, conta, ainda com 12,6 mil seguidores. Uma das
organizadoras da ação, a historiadora Suzane Jardim, classificou
o caso Rafael Braga como urgente e simbólico. O caso foi con-
siderado político pelo DDH, uma vez que a história de Rafael é
a história de milhares de jovens negros e pobres moradores de
periferias das grandes cidades brasileiras.
No dia 31 de julho de 2017, a campanha 30 dias por Rafael
Braga junto com o Movimento Frente Alternativa Preta organi-
zou atos-vigílias para o dia 1º de agosto, quando 1ª Câmara do
Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro iria analisar um pedido de
habeas corpus para que Rafael Braga pudesse responder ao processo
em liberdade. Foram convocados atos nas cidades do Rio de Janeiro
e em Brasília. Também nesses episódios ficou evidente a dinâmica
das mobilizações na articulação redes-ruas, já apontada por Bar-
bosa (2015) nas manifestações de Junho de 2013. As convocações
para os atos-vigília pediam que as pessoas fizessem “barulho” nas
redes sociais digitais usando a hashtag15 #LibertemRafaelBraga.
Mídia Ninja
Referências
ANTOUN, H. MALINI, F. A internet e a rua: ciberativismo e
mobilização nas redes sociais. Porto Alegre: Sulina, 2013.
BARBOSA, L. F. De “Rebeldes sem Causa” a “Ninjas” e “Orga-
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midiáticas das manifestações de junho de 2013 no Brasil. [Dis-
sertação de Mestrado]. Canoas: ULBRA, 2015.
BAUMAN, Z. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
BEZERRA, A. C.; GRILLO, C. C. Batalha nas ruas, guerra nas re-
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GIROUX, H. O filme Kids e a política de demonização da juventu-
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MAFFESOLI, M. “Vejo esses movimentos como Maios de 68 pós-
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MARQUES, T. C. S.; OLIVEIRA, A. E. A. De Praga Ao Mundo
Árabe: Uma Análise Comparada De Primaveras Políticas. Revista
Conjuntura Austral, v. 4, n. 17, pp. 115-129, 2013.
MBEMBE, A. Necropolítica. Arte & Ensaios, n. 32, pp. 123-151, 2016.
PERUZZO, C. M. K. Aproximações entre a comunicação popular e
comunitária e a imprensa alternativa no Brasil na era do ciberespa-
ço. Revista Galáxia, n. 17, p. 131-146, jun. 2009.
RIBEIRO, R. J. Política e Juventude: o que fica de energia. In: NOVAES, R.;
VANNUCHI, P. (Orgs.). Juventude e Sociedade. Trabalho, Educação,
Cultura e Participação. São Paulo: Perseu Abramo, 2007. Pp. 19 – 33. 76
SER UMA NERD/GEEK, VESTIR-SE
COMO UMA NERD/GEEK: UM ESTUDO SOBRE
A PEDAGOGIA CULTURAL DA INTERNET
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(RE)EXISTÊNCIAS JUVENIS NA ARTE DA VIDA
1 Os excertos foram transcritos dos sites examinados tal como foram redigidos
por seus autores/as, sem qualquer revisão linguística.
2 Fonte: As vantagens de se namorar com garotas nerds. Disponível em: <http://
macacovelho.terra.com.br/vantagens-de-se-namorar-com-garotas-nerds/>.
3 Fonte: Como arranjar uma namorada nerd. Disponível em: <https://atitude.
com/como-arranjar-uma-namorada-nerd/>.
4 Fonte: Moda Nerd Feminina. Disponível em: <http://www.mulherbeleza.com. 84
br/moda/moda-nerd-feminina/>.
(RE)EXISTÊNCIAS JUVENIS NA ARTE DA VIDA
1 Pense como uma nerd. Para ser uma verdadeira nerd, você
tem que saber como pensar como uma. Primeiro, você tem
que entender a definição positiva de nerd. Uma nerd não é
necessariamente alguém que usa óculos fundo de garrafa,
aparelho nos dentes, roupas esquisitas e sem combinação e
ama os professores e as tarefas de casa. Uma nerd é alguém
que é excepcionalmente inteligente ou conhecedora de um
certo assunto ou ramo da aprendizagem e que está confortável
em expressar o seu conhecimento para outras pessoas.
[...]
2 Aja como uma nerd. É crucial pensar como uma nerd, mas
você também precisa mostrar ao mundo o quão nerd você é
agindo como uma. Um nerd de verdade não tem vergonha
do seu conhecimento e fica animado para compartilhar
informações novas a qualquer momento. Um nerd está sempre
ocupado aprendendo como ser auto-consciente do que ele faz
ou diz.
[...]
3 Fale como uma nerd. Falar como uma nerd é tão importante
quanto agir como uma. Para convencer os outros de que você é
uma nerd, você terá de prestar atenção às coisas que você fala.
Você deve soar articulada e inteligente sempre que falar6.
está transcrita a seguir, para ser nerd é necessário pensar, agir, fa-
lar e vestir-se de um modo peculiar. Exige ser inteligente, estudar
muito e “gostar que os/as outros/as saibam disso”.
7 Fonte: Como Ser uma Nerd e se Vestir Como uma Quando se é uma Garota.
Disponível em: <http://pt.wikihow.com/Ser-uma-Nerd-e-se-Vestir-Como-uma- 89
-Quando-se-%C3%A9-uma-Garota>. Acesso em: 14 out. 2015.
(RE)EXISTÊNCIAS JUVENIS NA ARTE DA VIDA
Arremates
Referências
ANDRADE, P. O Estado da Arte dos Estudos Culturais e Das Pe-
dagogias Culturais: um ensaio de análise. Canoas. In: Anais do 2o
Seminário Internacional de Estudos Culturais e Educação. Ca-
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BICCA, A.; CUNHA, A. P.; ESTEVES, L. Uma pedagogia cultural
internáutica ensinando sobre jovens Nerds/Geeks. Textura, v. 19,
n. 41, pp. 259-281, 2017.
BICCA, A.; CUNHA, A. P.; JAHNKE, M.; ESTEVES, L. Formas
particulares de comunicação em blogs nerd/geek: expressões lin-
guísticas relacionadas às produções das franquias Star Wars e Star
Trek. Acta Scientiarum, v. 36, pp. 375-382, 2014.
BICCA, A.; CUNHA, A. P.; ROSTAS, M.; JAHNKE, M. Identidades
nerd/geek na web: um estudo sobre pedagogias culturais e culturas
juvenis. Conjectura, v. 18, pp. 87-104, 2013.
BICCA, A.; CUNHA, A. P.; ROSTAS, M.; ESTEVES, L. Ser nerd/geek
está na moda? Consumo e constituição de identidades juvenis via Web.
In: Anais do 2o Congresso Literacia, Mídia e Cidadania. Lisboa:
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BICCA, A.; ESTEVES, L. Consumo e identidades nerd/geek:
aprendendo a ser jovem em um mundo líquido-moderno. In: Anais
do 2o Seminário Internacional de Estudos Culturais e Educa-
ção. Canoas: ULBRA, 2013.
93
(RE)EXISTÊNCIAS JUVENIS NA ARTE DA VIDA
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Vibro as entranhas de ferro e
a noite é somente
o que deve este cubículo enluarado
atingem-me canecas às costelas magras,
berros açoitam a carne cinzenta
sou e anuncio a chacina pedra-perene
Pedro Dziedzinski
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PEDAGOGIAS DA RESISTÊNCIA:
EXPERIÊNCIAS DE OCUPAÇÃO NOTURNA
NO PARQUE FARROUPILHA
9 Passagem completa no original: What has already happened was once very
much alive: the thinking–feeling, the embodied sensation of making sense, the 110
lived experience of our learning selves that make the thing we call knowledge.
(RE)EXISTÊNCIAS JUVENIS NA ARTE DA VIDA
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(RE)EXISTÊNCIAS JUVENIS NA ARTE DA VIDA
Considerações Finais
Referências
ALBUQUERQUE JÚNIOR, D. M. Pedagogia: a arte de erigir fron-
teiras. In: BUJES, M. I. E.; BONIN, I. T. (Orgs.). Pedagogia sem
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ção, n. 44, pp. 22-44, 2013.
CERTEAU, M. A Invenção do Cotidiano – 1. Artes de Fazer.
Petrópolis: Vozes, 1998.
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dagogy. London; New York: Routledge, 2005.
FEIXA, C. A cidade secreta: os espaços quotidianos dos jovens.
Trajectos, v. 1, n. 3, pp. 125-140, 2003.
FRANCO, S. C. Guia Histórico de Porto Alegre. Porto Alegre:
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FREIRE FILHO, J. Reinvenções da Resistência Juvenil: os es-
tudos culturais e as micropolíticas do cotidiano. Rio de Janeiro:
Mauad X, 2007.
GIROUX, H. A.; MCLAREN, P. Por uma pedagogia crítica da re-
presentação. In: SILVA, T. T.; MOREIRA, A. F. (Orgs.). Territórios
Contestados: o currículo e os novos mapas políticos e culturais.
Petrópolis: Vozes, 1995. Pp. 144-158.
MARTINS, F. G. P.; GUSCHIKEN, Y. Free Hugs: Dinâmicas de
troca, dádiva e estranhamento na intervenção urbana. Comunica-
ção, mídia e consumo, ano 9, v. 9, n. 24, pp. 179-198, 2012. 120
(RE)EXISTÊNCIAS JUVENIS NA ARTE DA VIDA
121
CONDIÇÃO DE JUVENTUDE
E A POTÊNCIA ÉTICO-POLÍTICA
DOS LEVANTES
2 Faço uma relação, aqui, com o quanto esse importante intelectual brasileiro, re-
conhecido mundialmente por suas contribuições para a educação, vem sendo per-
seguido em nosso país. A reafirmação do estudo e do conhecimento como possibi-
lidade de questionar a realidade e reinventá-la estão comprometidos, atualmente,
no Brasil, por uma suposta “expertise” que reafirma a opinião não embasada, a
barbárie em forma de falas vazias e de afirmações infinitas que desacreditam os
questionamentos que produzem deslocamentos, inquietudes e que são condições
para um incessante repensar e se reinventar. As interdições da “linha de medida 127
interior” estão a todo vapor, infelizmente.
(RE)EXISTÊNCIAS JUVENIS NA ARTE DA VIDA
130
(RE)EXISTÊNCIAS JUVENIS NA ARTE DA VIDA
*** 133
(RE)EXISTÊNCIAS JUVENIS NA ARTE DA VIDA
4 “Eu sou um pirotécnico. Fabrico alguma coisa que serve, finalmente, para um
cerco, uma guerra, uma destruição. Não sou a favor da destruição, mas sou a fa-
vor de que se possa passar, de que se possa avançar, de que se possa fazer caírem
os muros. Um pirotécnico é, inicialmente, um geólogo. Ele olha as camadas do
terreno, as dobras, as falhas. O que é fácil cavar? O que vi resistir? Observa de
que maneira as fortalezas estão implantadas. Perscruta os relevos que podem ser
utilizados para esconder-se ou lançar-se de assalto. Uma vez tudo isto bem de-
limitado, resta o experimental, o tatear. Enviam-se informes de reconhecimento,
alocam-se vigias, mandam-se fazer relatórios. Define-se, em seguida, a tática que 136
será empregada” (FOUCAULT, 2006, p. 69-70).
(RE)EXISTÊNCIAS JUVENIS NA ARTE DA VIDA
Referências
ANDRADE, P. D.; COSTA, M. V. Nos rastros do conceito de peda-
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DIDI-HUBERMAN, G. (Org.). Levantes. São Paulo: Edições SESC
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FOUCAULT, M. Eu sou um pirotécnico. In: POL-DROIT, R. Mi-
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tros escritos. São Paulo: Editora UNESP, 2000.
GROS, F. (Org.). Foucault: a coragem da verdade. São Paulo: Pa-
rábola Editorial, 2004.
SILVA, E. L. Pedagogias da Noite: experiências de aprendiza-
gem em lugares noturnos de Porto Alegre/RS. [Tese de Douto-
rado]. Porto Alegre: UFRGS, 2018.
SILVA, G. Juventude é revolução. Brasil, 2015 (6 min).
137
SOBRE OS ORGANIZADORES
Liége Barbosa
140
(RE)EXISTÊNCIAS JUVENIS NA ARTE DA VIDA
Machado Bantu
Marcilene Forechi
141
(RE)EXISTÊNCIAS JUVENIS NA ARTE DA VIDA
Pedro Dziedzinski
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