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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

ESCOLA DE MÚSICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MÚSICA

CARLOS I. N. EZEQUIEL

APLICANDO POLIRRITMIA E MÉTRICAS


ÍMPARES AOS RITMOS BRASILEIROS:
ESTUDOS SOBRE SAMBA E BAIÃO

Salvador, BA
2014
CARLOS ISMAEL NASCIMENTO EZEQUIEL

APLICANDO POLIRRITMIA E MÉTRICAS


ÍMPARES AOS RITMOS BRASILEIROS:
ESTUDOS SOBRE SAMBA E BAIÃO

Trabalho de Conclusão Final apresentado ao Programa de


Pós-Graduação Profissional em Música da Universidade
Federal da Bahia, como requisito para obtenção do grau de
Mestre em Música.
Área de Educação Musical.
Orientador: Prof. Dr. Joatan Nascimento.

Salvador, BA
2014
Catalogação na Publicação
Serviço de Biblioteca e Documentação
Escola de Música da Universidade Federal da Bahia

Ezequiel, Carlos Ismael Nascimento


Aplicando polirritmia e métricas ímpares aos ritmos brasileiros :
estudos sobre samba e baião / Carlos Ismael Nascimento
Ezequiel. – Salvador, 2015.
59 f. : il. ; 30 cm

Dissertação (mestrado) - Programa de Pós-Graduação em


Música - Escola de Música / Universidade Federal da Bahia, 2015.
Orientador: Joatan Nascimento
Banca examinadora: Prof. Dr. Lucas Robatto, Prof. Dr. Joatan
Nascimento, Letieres Leite.
Bibliografia

1. Polirritmia. 2. Métricas ímpares. 3. Ritmos brasileiros. I.


Título. II. Salvador-Escola de Música.

CDD 21. ed. – 780


Aos meus pais, Carlos Alberto e Dolores, pelo amplo e incondicional apoio que sempre me
deram desde o início de minhas experiências musicais, e por terem me criado em um lar
repleto de música.
AGRADECIMENTOS

Ao meu orientador, Joatan Nascimento, pelas conversas inspiradoras que me conduziram a


caminhos inesperados ao longo desta pesquisa.
A Lucas Robatto, por coordenar a maravilhosa iniciativa de trazer o primeiro Mestrado
Profissional em Música do Brasil para a Universidade Federal da Bahia, e por fazê-lo de
forma tão profissional e cordial.
A Letieres Leite, pelos valiosos comentários e sugestões, bem como pelo exemplo inspirador
como pesquisador e instrumentista.
À professora Flavia Candusso, pela atenção excepcional e pelas aulas sempre interessantes,
que transformaram a minha visão como educador; e à professora Diana Santiago, por me
ajudar a compreender como a Metodologia se aplicaria aos estudos desta pesquisa.
Aos amigos músicos Gustavo Bugni e Guillaume Duvigneau, parceiros destemidos nesta
aventura musical, sempre entusiasmados com os desafios que propus e que tanto contribuíram
para que eu conseguisse transformar minhas ideias em Música.
Ao diretor da Faculdade Souza Lima, Antonio Mário da Silva Cunha, e ao coordenador (e
grande amigo) Lupa Santiago, pelo apoio durante todo o período deste Mestrado.
Aos amigos Márcio Dhiniz, Rafael Palmeira e Beto Martins, por todo o apoio e pela
convivência que fizeram das minhas constantes viagens entre São Paulo e Salvador uma
experiência sempre agradável e divertida; e ao amigo Alexandre Montenegro pelo inestimável
apoio na ocasião da minha Defesa.
À minha irmã, Maíra Ezequiel, pelos valiosos insights que foram fundamentais na elaboração
do meu ante-projeto e na minha preparação para as provas de seleção.
Por fim, à minha companheira Karinna Fragoso, pelo carinho, amor e boas vibrações, sem as
quais música alguma seria suficiente.
“Tradição não é a adoração das cinzas,
mas a preservação da chama.”
Gustav Mahler
RESUMO

Este Memorial apresenta uma série de composições instrumentais para o trio


piano/contrabaixo/bateria como resultado final das minhas pesquisas sobre a aplicação de
polirritmia e o uso de fórmulas ímpares de compasso nos ritmos brasileiros Samba e Baião. O
processo de criação destas composições e as atividades práticas que me levaram à organização
deste conteúdo estão descritas aqui. O objetivo deste estudo foi: definir e preservar elementos
característicos de linguagem em cada um destes ritmos; pesquisar um vocabulário de frases
rítmicas específico para a fórmula de compasso de cada composição apresentada;
experimentar aspectos técnicos de cada instrumento do trio, bem como suas relações; propor
modelos de efeito polirrítmico aplicáveis à performance de música popular.

Palavras-chave: Polirritmia; Métricas Ímpares; Ritmos Brasileiros; Samba; Baião.


ABSTRACT

This Memorial presents a series of instrumental compositions for piano/acoustic bass/drumset


trio as the final result of my research on the applications of polyrhythms and the use of odd-
meters in Brazilian rhythms Samba and Baião. The compositional process and the practical
activities which led me to the assessment of this content are described here. The goal of this
study was: to define and preserve characteristic idiomatic elements in each of these rhythms;
to research a vocabulary of rhythmic phrases specific to the meter of each composition
presented here; experiment with technical aspects of each instrument in the trio, and their
relationships; propose models of polyrhythmic effect applicable to performance in popular
music.

Keywords: Polyrhythms; Odd-Meters; Brazilian Rhythms; Samba; Baião.


SUMÁRIO

1. MEMORIAL ............................................................................................................. 11
2. ESTUDOS EM SAMBA ........................................................................................... 12
2.1 VOCABULÁRIO RÍTMICO PARA DESENVOLVIMENTO DE FRASEADO ..... 12
2.2 OSTINATO RÍTMICO PARA CONTRABAIXO E BATERIA ............................... 12
2.3 COMPOSIÇÕES ......................................................................................................... 13
2.3.1 “Você Me Colcheia” ............................................................................................ 13
2.3.2 “Nove da Manhã” ................................................................................................ 16
2.3.3 “Circular II” ........................................................................................................ 21
3. ESTUDOS EM BAIÃO .............................................................................................. 25
3.1 VOCABULÁRIO RÍTMICO ...................................................................................... 25
3.2 OSTINATO RÍTMICO PARA CONTRABAIXO E BATERIA ............................... 25
3.3 COMPOSIÇÕES ......................................................................................................... 26
3.3.1 “Forró da Sexta-Feira 13” ..................................................................................... 26
3.3.2 “Xaxado da Agulha Enganchada” ........................................................................ 28
3.3.3 “Circular I” ............................................................................................................ 30
4. ATIVIDADES REALIZADAS .................................................................................. 33
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 35
REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 36
APÊNDICE – Formulários de registro de Práticas Profissionais Orientadas
............................................................................................................................................. 39
11

1. MEMORIAL

Com uma freqüência cada vez maior, o músico popular brasileiro se depara com situações que

envolvem a adaptação de ritmos tradicionais para um contexto polirrítmico e/ou de fórmulas

ímpares de compasso. Em comparação com a diversidade de material voltado ao estudo de

improvisação melódico/harmônica, há pouquíssimas opções didáticas para quem pretende se

aperfeiçoar em fluência rítmica, e talvez nenhum material publicado que sistematize a

aplicação de tais conceitos preservando as características tradicionais dos ritmos brasileiros.

Tendo isto em mente, idealizei este projeto com a intenção de estudar diferentes

possibilidades de aplicação de polirritmia e métricas ímpares, sistematizando uma variedade

de vocabulário rítmico a ser empregada na execução de um repertório de música popular

instrumental brasileira.

Meu principal desafio consistiu em adaptar a síncope e o vocabulário dos ritmos Samba e

Baião (em algumas de suas vertentes) para métricas ímpares. A identificação de modelos

polirrítmicos (na forma de cross-rhythms) presentes no repertório de clássicos (os chamados

standards) da música popular brasileira também foi fundamental para a criação de novos

modelos, aqui propostos junto às composições que integram este projeto.

Assim, apresento a seguir uma série de seis composições (precedidas por comentários

explicativos) que possam servir de referência a músicos profissionais, estudantes e

professores de música popular para estudos sobre uma base rítmica de Samba e Baião em

métricas ímpares e/ou com uso de recursos polirrítmicos.


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2. ESTUDOS EM SAMBA

2.1. Vocabulário rítmico para desenvolvimento de fraseado

Segundo Sergio Gomes (2008, pg.22), as células rítmicas mais representativas do Samba são:

2.2. Ostinato rítmico para Contrabaixo e Bateria

A fim de destacar a antecipação de semicolcheia do 1o. tempo, uma síncope tão frequente na

linguagem do Samba, utilizaremos como referência para a linha de contrabaixo e bateria

(bumbo) o ostinato abaixo:


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2.3. Composições

2.3.1 “Você Me Colcheia” – Samba em 7/8

Esta composição foi escrita tendo como referência o seguinte quadro de células rítmicas, a

partir do quadro original proposto por Sergio Gomes:

O ostinato rítmico de contrabaixo e bateria na Introdução e na seção A é uma versão da frase

Partido Alto (Ex. 10 no quadro acima), enquanto na parte B o ostinato tradicional de Samba

foi adaptado de forma a manter a antecipação de semicolcheia:


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2.3.2. “Nove da Manhã” – Samba em 9/8

Nesta composição, já na introdução vemos algumas possibilidades de cross-rhythms

(semicolcheia+colcheia; colcheia pontuada; semínima pontuada) criando polirritmia 2:3 sobre

a métrica 9/8 (aqui em subdivisão 2+2+2+3). Também merece destaque o uso de modulação

métrica (embora não se trate de uma polirritmia) na Introdução e no Coda.

A seguir vemos o quadro de frases de Samba adaptadas ao 9/8. A frase no. 4 aparece no

groove de bateria e mão esquerda do piano a partir do compasso 6, e a frase no. 10 (Partido

Alto) é utilizada como convenção (ensemble figure) na seção C.

O ostinato sugerido para contrabaixo e bateria é:


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2.3.3. Circular II – Samba em 9/16

Esta composição foi criada tendo em mente o conceito africano de polirritmia circular, em que

o tempo forte pode ser sentido em pontos diferentes da timeline1. A introdução explora

claramente este efeito ao apresentar um instrumento por vez: o piano, partindo da segunda

semicolcheia do compasso, subdividindo a métrica 9/16 em 2+2+2+3; o contrabaixo, também

partindo da segunda semicolcheia, mas sugerindo uma subdivisão regular 3+3+3; e por fim a

bateria, marcando o tempo forte como definido na partitura, com subdivisão igual à do piano

(2+2+2+3) – no entanto tendo como ponto de partida a semicolcheia anterior.

A métrica em 9/16 oferece diversas possibilidades de criar sensações polirrítmicas. Proponho

as seguintes frases apenas como referência inicial para o estudo direcionado à performance

desta composição:

1
Ver A. M. Jones, em seu Studies in African Music, ou qualquer outro musicólogo que se
dedicou ao estudo das culturas musicais da África Ocidental (West Africa).
22

Quanto ao vocabulário de frases tradicionais do Samba, temos o seguinte quadro adaptado à

fórmula de compasso 9/16:

Por fim, seguindo o padrão estabelecido anteriormente, temos como ostinato para contrabaixo

e bateria:
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3. ESTUDOS EM BAIÃO

3.1.Vocabulário rítmico

Ainda segundo Sergio Gomes (2008, pg.53), temos as seguintes células rítmicas tradicionais

do Baião:

3.2. Ostinato rítmico para Contrabaixo e Bateria

Apesar do Baião ser tradicionalmente escrito em 2/4, o que subentende uma pulsação em dois

tempos, parti do princípio de que este ritmo pode ser ouvido como uma pulsação em três

tempos irregulares (colcheia pontuada + colcheia pontuada + colcheia). Sendo assim, o

ostinato para contrabaixo e bateria (bumbo) seria melhor descrito através da notação abaixo:
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3.3. Composições

3.3.1 “Forró da Sexta-Feira 13” – Baião em 13/16

Adaptando as células rítmicas tradicionais do Baião para a fórmula de compasso em questão,

temos:

Obtive um Baião na métrica 13/16 através da manipulação de sua célula rítmica convencional

(colcheia pontuada – colcheia pontuada – colcheia), extraindo a segunda colcheia pontuada

de cada segunda célula. A frase resultante serve como referência para a criação de linhas de

contrabaixo e bateria:
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*Obs: acordes em parênteses executados somente durante os solos


28

3.3.2 “Xaxado da Agulha Enganchada” – Baião em 19/16

O fraseado rítmico do Baião na métrica 19/16 pode ser adaptado da seguinte forma:

Assim como na composição anterior, a métrica 19/16 foi elaborada a partir da manipulação da

célula rítmica convencional do Baião. Neste caso, a cada grupo de duas células foi adicionada

uma colcheia pontuada. Como de praxe na interpretação deste ritmo por uma formação

instrumental moderna, a célula rítmica deve ser utilizada como modelo para a criação de

linhas de contrabaixo e grooves de bateria:


29
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3.3.3 Circular I – Baião em 2/4 com deslocamento de acento natural

Para escrever esta composição, parti da mesma ideia de polirritmia circular mencionada na

peça Circular II (ver pág. 17), compreendendo a célula rítmica do Baião tendo cada batida

como um possível ponto de partida. Assim, é possível provocar um deslocamento de acento

natural que produz os seguintes resultados sonoros:

Escrevi a partitura seguindo a fórmula de compasso tradicional em 2/4, mas destacando com

barras pontilhadas onde a sensação de tempo forte muda de lugar. Embora todos os

instrumentos toquem juntos os novos tempos fortes, a intenção aqui é que o ouvinte possa

continuar escutando/sentindo a célula do Baião em sua versão original, tendo assim a

sensação polirrítmica de dois (ou mesmo três) tempos fortes simultâneos. Esta possibilidade

também é sugerida aos músicos executantes, para aplicação durante os solos improvisados.
31
32
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4. ATIVIDADES REALIZADAS

O processo de desenvolvimento desta pesquisa envolveu diversas atividades práticas com

instrumentistas de diferentes níveis técnicos e formações culturais.

O período de atividades mais extenso ocorreu em São Paulo, onde lecionei duas turmas da

disciplina Inovações Rítmicas na Faculdade de Música Souza Lima durante todo o ano de

2013 e no primeiro semestre de 2014. Através de um processo de estudos em três etapas

(análise de gravações, execução prática das composições analisadas, criação de novas

composições), experimentamos diversas possibilidades musicais relacionadas a polirritmia e

métricas ímpares – a maioria delas presentes nas composições apresentadas neste memorial.

Em julho de 2013, por ocasião de uma turnê com o Walbum/Maintz Brazilian Quintet no

Festival de Copenhague, na Dinamarca, tive a oportunidade de realizar com os músicos do

grupo experimentos práticos dos conceitos que compõem a minha pesquisa. Os demais

integrantes (dois brasileiros e dois dinamarqueses) são músicos profissionais de vasta carreira

internacional, todos familiarizados com Música Brasileira moderna, o que me permitiu

escrever um material musical de nível técnico elevado. Experimentei especialmente com a

aplicação da síncope (antecipação de semicolcheia) no Samba em compassos ímpares, e

também com sobreposições polirrítmicas durante a improvisação de solos.

Entre outubro e dezembro de 2013, ministrei em Salvador um curso de quatro aulas onde os

participantes eram bateristas profissionais com diferentes experiências em métricas ímpares,

mas com nenhum contato prévio com polirritmia. Foi especialmente interessante perceber
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como músicos profissionais assimilaram conteúdos novos. Nesta oportunidade, voltei-me ao

estudo detalhado da linguagem da bateria na execução dos ritmos de Samba e Baião em

métricas ímpares – não apenas ligados à adaptação de grooves e fraseados, mas também à

solução de problemas técnicos como coordenação e sonoridade.

Em outubro de 2013, apresentei um masterclass para professores e músicos profissionais

durante o 6o. Encontro da Associação Internacional de Estudos de Ritmo (IRSA) em Recife.

Discorri sobre a necessidade de que características de fraseado, como síncope e acentuação,

devam ser preservadas independentemente da métrica executada e sobre a adaptação do

ostinato de bumbo/contrabaixo, apresentando através de performance musical as conclusões a

que cheguei até aquele momento. Também executei frases de samba em subdivisões rítmicas

“artificiais” ao 2/4 (tercinas, quintinas e septinas), como proposta de execução polirrítmica.

Em outubro de 2013, realizei dois workshops como professor convidado na Seoul Jazz

Academy (Coreia do Sul) – uma situação especial, por poder experimentar os conceitos da

minha pesquisa com 120 músicos de um país de cultura musical bastante diferente da

brasileira. Trabalhei diversas atividades práticas, como a audição de gravações em que todos

acompanhavam executando frases rítmicas com palmas, ou trazendo participantes ao palco

para tocarem exercícios. Concentrei-me em observar como o vocabulário tradicional de frases

de cada estilo era assimilado, e com que grau de dificuldade a adaptação das frases para

métricas ímpares ocorria. Esta experiência foi de vital importância para que eu chegasse à

conclusão de como organizar o conteúdo resultante da minha pesquisa, de forma que a

apresentação dos conceitos possa ser compreendida por um público o mais amplo possível.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Embora o objetivo final da minha proposta de mestrado tenha sido aplicar musicalmente o

estudo de polirritmia e métricas ímpares em Samba e Baião em um recital apresentado à

minha banca de defesa, é evidente que há um amplo terreno a ser explorado com relação a

estas possibilidades musicais.

Apesar do meu trio com os músicos Guillaume Duvigneau e Gustavo Bugni ter tido ensaios

regulares ao longo de vários meses, a sensação é de que estes conceitos dependem de um

longo processo de maturação para soarem com naturalidade.

Cabem estudos mais aprofundados da presença de polirritmia (especialmente na forma de

cross-rhythms) na obra de músicos brasileiros consagrados como Hermeto Paschoal, Egberto

Gismonti, Moacir Santos, Baden Powell e tantos outros, bem como a análise do material de

artistas e grupos mais recentes como Fernando Corrêa, Trio Corrente, Nenê, Hamilton de

Holanda, Trio Curupira, Sizão Machado e Proveta, apenas para citar alguns.

A criação de novas disciplinas com ênfase em estudos rítmicos em faculdades de música,

além do incentivo à pesquisa e experimentações rítmicas a nível de pós-graduação, surgem

como caminhos para desenvolver este conhecimento e proporcionar às novas gerações de

músicos métodos de estudo que contemplem de forma equilibrada a prática musical de ritmos

brasileiros em métricas ímpares e polirritmia, bem como sua compreensão teórica.


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