Você está na página 1de 27

09/12/2020 Roteiro de Estudos

Tributos em Espécie

Roteiro de
Estudos
Autor: Dra. Thaís Helena Smilgys
Revisor: Esp. Larissa Gonçalves

Neste roteiro de estudos veremos, inicialmente, os elementos essenciais do tributo, seu


conceito e suas espécies. Em seguida, estudaremos os principais impostos e contribuições:
tributação sobre propriedade e sua transferência, tributação sobre a renda, consumo e
industrialização e, por m, tributação sobre comércio exterior e operações nanceiras.

Assim, ao ler este roteiro, você conhecerá:

o conceito de tributo;
as espécies tributárias: taxas, impostos, contribuição de melhoria, empréstimo
compulsório e contribuições especiais;
a Tributação sobre Propriedade e Transferência de Patrimônio;
a Tributação sobre Renda, Consumo e Industrialização;
a Tributação sobre Comércio Exterior e Operações Financeiras.

Introdução
Este roteiro de estudos abordará o tema dos Tributos em Espécie, elencando as principais
características que os distinguem de outras despesas do Estado. Conforme amplamente
debatido na doutrina, os tributos são submetidos a diversas classi cações. Vejamos os
exemplos apresentados na sequência.

https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 1/27
09/12/2020 Roteiro de Estudos

Quanto à espécie: classi cados em impostos, taxas, contribuição de melhoria,


empréstimo compulsório e contribuições especiais.
Quanto à competência: com regulamentação prevista na Constituição Federal.
Quanto à vinculação do fato gerador a uma atividade estatal.
Quanto à vinculação do produto da arrecadação.
Quanto à função: scal, extra scal ou para scal.
Quanto à possibilidade de repercussão do encargo econômico.

Neste roteiro, veremos como o tributo se classi ca quanto à sua espécie, uni cando os temas
pela natureza do fato gerador do tributo, isto é: tributação sobre propriedade e sua
transferência; tributação sobre renda; consumo e industrialização; e tributação sobre comércio
exterior e operações nanceiras.

Conceito de Tributo
O tributo é de nido pelo art. 3° do Código Tributário Nacional (CTN) como uma “prestação
pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua
sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente
vinculada” (BRASIL, 1966, on-line). Assim, uma vez realizado o fato descrito na norma, ca o
contribuinte ou responsável obrigado a recolher o valor nanceiro. Um fato importante é que,
na de nição de tributo, não é necessário ter expressa função ou destinação para o valor
arrecadado. A de nição contida no art. 3° do CTN é composta, assim, de seis elementos:

a. prestação;
b. pecuniária ou valor que nela se possa exprimir, ou seja, necessariamente é obrigação em
dinheiro que pretende custear as atividades do Estado;
c. compulsória, quando o tributo decorre de lei e não da vontade das partes, como em um
contrato;
d. que não constitua sanção de ato ilícito, portanto é diferente de uma multa, por exemplo;
e. instituída em lei, por meio do respeito ao princípio da legalidade contido no art. 150 da
Constituição Federal;
f. cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada: em respeito à lei, não
pode o agente scal, por liberalidade, deixar de recolher o tributo.

https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 2/27
09/12/2020 Roteiro de Estudos

LIVRO

Direito Tributário
Autor: Luís Eduardo Schoueri
Editora: Saraiva Educação
Ano: 2019
Comentário: O autor aborda mais profundamente a ideia de
tributo e da organização do Estado, além de fazer uma crítica
historicamente fundamentada acerca do surgimento do tributo
e de sua importância. Para este tópico, recomenda-se a leitura
das páginas 129 a 167.

Onde encontrar? 
Biblioteca virtual Laureate.

Espécies Tributárias: Taxas,


Impostos, Contribuição de
Melhoria, Empréstimo
Compulsório e Contribuições
Especiais
É no Código Tributário Nacional (CTN) e na Constituição Federal (CF) que se disciplinam as
espécies tributárias. O art. 5º do CTN dispõe: “Os tributos são impostos, taxas e contribuições
de melhoria” (BRASIL, 1966, on-line). Já a CF estipula, em seu art. 145, o seguinte:

https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 3/27
09/12/2020 Roteiro de Estudos

A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os


seguintes tributos: I — impostos; II — taxas, em razão do exercício do poder de
polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos especí cos e
divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição; III —
contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas (BRASIL, 1988, on-line).

Além dessas espécies conceituadas na Constituição, o CTN traz o empréstimo compulsório


como espécie tributária, regulamentando, no art. 15, que: “Somente a União, nos seguintes
casos excepcionais, pode instituir empréstimos compulsórios: I - guerra externa, ou sua
iminência; II - calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os
recursos orçamentários disponíveis; III - conjuntura que exija a absorção temporária de poder
aquisitivo” (BRASIL, 1966, on-line). Essa gura ainda aparece no art. 148 da Constituição Federal,
que dispõe: “A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios”
(BRASIL, 1988, on-line).

Finalmente, há a espécie das contribuições especiais, previstas tanto no art. 217 do CTN quanto
na CF, no art. 149:

Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção


no domínio econômico e de interesse das categorias pro ssionais ou
econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas,
observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto
no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo
(BRASIL, 1988, on-line).

Assim, sob o aspecto legal, podemos de nir cinco espécies reconhecidas como tributos na
legislação brasileira, analisadas a seguir.

https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 4/27
09/12/2020 Roteiro de Estudos

LIVRO

Direito Tributário
Autor: Luís Eduardo Schoueri
Editora: Saraiva Educação
Ano: 2019
Comentário: Nesta parte do livro, são abordadas as teorias
doutrinárias a respeito das diversas espécies tributárias e a
adoção da teoria comumente aceita. Também serão
discriminadas as diferenças básicas entre as diversas espécies
tributárias. Para este tópico, a leitura recomendada refere-se às
páginas 167 a 174.

Onde encontrar? 
Biblioteca virtual Laureate.

Impostos
A CF/88 estabelece, em seu art. 145, I, que a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios poderão instituir impostos (BRASIL, 1988). Assim, cabe a cada um dos entes
federativos instituir impostos, de acordo com a repartição de competências estabelecida pela
CF/88. Muito embora a Constituição Federal faça menção à competência para instituição de
impostos, é o CTN que dispõe, no art. 16, a gura do imposto como “tributo cuja obrigação tem
por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal especí ca, relativa
ao contribuinte” (BRASIL, 1966, on-line).

Assim, segundo essa de nição legal, para que haja fato gerador, não é necessária a vinculação
da prestação a nenhum serviço especí co. É por essa razão que dizemos que o imposto é um
tributo não vinculado, porque independe, para sua cobrança, de qualquer atividade direta do
Estado em prol do contribuinte.

https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 5/27
09/12/2020 Roteiro de Estudos

Uma característica importante dos impostos é que o produto da arrecadação não está
vinculado a uma destinação especí ca. O art. 167, IV, CF/88 trata da não afetação dos impostos,
de forma que estes só podem ter destinação especí ca caso haja previsão constitucional para
isso. O texto constitucional elenca, também, as exceções à não afetação dos impostos (BRASIL,
1988). Bom lembrar que o art. 128, CTN, por exemplo, não foi recepcionado pela CF/88, pois
trazia destinação especí ca ao Imposto de Exportação que a CF/88 não prevê.

Os impostos, assim como todos os outros tributos, podem ser diretos ou indiretos. Direto é
aquele em que o sujeito passivo (contribuinte de direito) não tem a possibilidade de transferir
de forma automática e individualizada o ônus nanceiro a outro sujeito – por exemplo, o
Imposto de Renda. Indireto é aquele em que o sujeito passivo consegue transferir de forma
automática e individualizada o ônus econômico a outro sujeito – por exemplo, o consumidor
dos produtos e serviços, no caso do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS).

LIVRO

Impostos Federais, Estaduais e Municipais


Autor: Cláudio Carneiro
Editora: Saraiva Educação
Ano: 2019
Comentário: O autor trata de todos os impostos a partir de sua
competência (federal, estadual e municipal). Ele discute as
especi cidades de cada espécie de tributo e aprofunda a
análise. Para este tópico, a leitura recomendada refere-se às
páginas 35 a 40.

Onde encontrar? 
Biblioteca virtual Laureate.

Taxas

https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 6/27
09/12/2020 Roteiro de Estudos

A segunda espécie tributária importante do nosso ordenamento são as taxas. É a Constituição


Federal, a qual também disciplina os impostos, que reza, em seu art. 145, II, que à União,
Estados, Distrito Federal e Municípios [cabe] a competência para instituir “taxas, em razão do
exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos
especí cos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição” (BRASIL, 1988, on-
line). As taxas são, assim como os impostos, de competência comum de todos os entes
federativos, e o seu exercício dependerá da competência atribuída para a prestação do serviço
ou exercício do poder de polícia. Lembre-se de que, se determinado fato potencialmente
tributável não for contemplado pela Constituição a nenhum ente, a competência residual será
dos Estados. O CTN prevê essa gura tributária, estabelecendo em seu art. 77: “As taxas
cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de
suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou
a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público especí co e divisível, prestado ao
contribuinte ou posto à sua disposição” (BRASIL, 1966, on-line). Diferentemente dos impostos,
as taxas são tributos que têm como fato gerador uma atividade estatal especí ca, diretamente
ligada ao contribuinte. Taxas são, por isso, tributos vinculados a uma atividade estatal.

LIVRO

Direito Tributário
Autor: Luís Eduardo Schoueri
Editora: Saraiva Educação
Ano: 2019
Comentário: O autor aborda, de forma mais profunda, a
justi cativa para a existência das taxas, discriminando que tipo
de serviço poderá ou não ser remunerado via taxa. Para este
tópico, a leitura recomendada refere-se às páginas 183 a 192.

Onde encontrar? 
Biblioteca virtual Laureate.

https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 7/27
09/12/2020 Roteiro de Estudos

Contribuição de Melhoria
Falemos, então da terceira espécie de tributo, conceituada no art. 81 do CTN:

A contribuição de melhoria, cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito


Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é
instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra
valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como
limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel
bene ciado (BRASIL, 1966, on-line).

Dessa maneira, a contribuição de melhoria é um tributo que, tal como as taxas, é vinculado a
uma prestação de serviço pelo Estado: seu fato gerador é relacionado a uma atividade estatal
especí ca, relativa ao contribuinte, que, neste caso, deve ser uma valorização imobiliária
quando do custeio de obra pública. Em linhas gerais e esquematicamente, o fato gerador da
contribuição de melhoria é a realização de obra pública da qual decorra uma valorização
imobiliária. Este é o limite da cobrança de contribuição de melhoria: ela só pode ser instituída e
cobrada quando o poder público realizar uma obra que tenha por consequência uma
valorização do imóvel do contribuinte. As contribuições de melhoria podem ser instituídas por
quaisquer dos entes federados, isto é, é um tributo de competência comum, podendo ser
instituído pelo ente que realizou a obra (qualquer que ele seja: Estado, Município ou União) da
qual decorreu a valorização imobiliária.

https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 8/27
09/12/2020 Roteiro de Estudos

LIVRO

Direito Tributário
Autor: Luís Eduardo Schoueri
Editora: Saraiva Educação
Ano: 2019
Comentário: O autor trata dos exemplos de contribuição de
melhoria, das alterações no ordenamento brasileiro, da
justi cativa constitucional e das limitações à sua instituição. Para
este tópico, a leitura recomendada refere-se às páginas 193 a
202.

Onde encontrar? 
Biblioteca virtual Laureate.

Empréstimo Compulsório
Uma quarta espécie tributária presente no sistema tributário nacional é o empréstimo
compulsório, cuja previsão está no art. 148 da CF:

A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos


compulsórios: I — para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de
calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II — no caso de
investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional,
observado o disposto no art. 150, III, “b”. Parágrafo único. A aplicação dos
recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa
que fundamentou sua instituição (BRASIL, 1988, on-line).

Quanto ao empréstimo compulsório, é bom lembrar que o CTN, em seu art. 15, também regula
sua existência:

https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 9/27
09/12/2020 Roteiro de Estudos

Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir empréstimos


compulsórios: I — guerra externa, ou sua iminência; II — calamidade pública
que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos orçamentários
disponíveis; III — conjuntura que exija a absorção temporária de poder
aquisitivo. Parágrafo único. A lei xará obrigatoriamente o prazo do
empréstimo e as condições de seu resgate, observando, no que for aplicável, o
disposto nesta Lei (BRASIL, 1966, on-line).

Assim como a taxa e a contribuição de melhoria, o empréstimo compulsório está vinculado a


uma atividade especí ca do Estado, mas, diferentemente delas, somente a União é capaz (tem
competência) de sua instituição. Portanto, da literalidade dos dispositivos, o empréstimo
compulsório é um ingresso temporário de recursos do contribuinte ao Estado, e sua
arrecadação obriga o Estado a restituir, posteriormente, os valores cobrados a esse título.

LIVRO

Direito Tributário
Autor: Luís Eduardo Schoueri
Editora: Saraiva Educação
Ano: 2019
Comentário: O autor aborda o enquadramento constitucional e
sua pertinência no sistema tributário nacional de forma didática,
com pequena síntese ao nal. Para este tópico, a leitura
recomendada refere-se às páginas 216 a 220.

Onde encontrar? 
Biblioteca virtual Laureate.

Contribuições Especiais
Finalmente, a quinta e última espécie tributária é representada pelas contribuições especiais,
previstas no art. 149 da CF/88:

https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 10/27
09/12/2020 Roteiro de Estudos

Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção


no domínio econômico e de interesse das categorias pro ssionais ou
econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas,
observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto
no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo
(BRASIL, 1988, on-line).

Alguns doutrinadores do Direito Tributário não consideram as contribuições como uma espécie
de tributo, e a razão é simples: ao analisar o texto constitucional, em seu art. 145, já citado
neste roteiro, tal dispositivo não elenca as contribuições como espécies tributárias. Outro
ponto importante é que, por conta do art. 149 da CF, que impôs às contribuições “o mesmo
regime jurídico dos tributos” (BRASIL, 1988, on-line), tais doutrinadores argumentam que, se as
contribuições fossem mesmo tributos, não haveria a necessidade de o texto constitucional
prever o mesmo tratamento entre contribuições e tributos, pois seria desnecessário, diante da
mesma natureza.

No entanto, majoritariamente, a doutrina vê as contribuições como uma possível espécie de


tributo que, ao lado dos empréstimos compulsórios, é marcado por sua destinação, visto que é
obrigatoriamente vinculado para o nanciamento da atuação do Estado em determinado setor
(social ou econômico), como a seguridade social, a educação, a intervenção do estado no
domínio econômico, os interesses das categorias pro ssionais etc.

https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 11/27
09/12/2020 Roteiro de Estudos

LIVRO

Contribuições no Sistema Tributário Brasileiro


Autores: Leandro Paulsen e Andrei Pitten Velloso
Editora: Saraiva Educação
Ano: 2019
Comentário: O tema das contribuições no sistema tributário
nacional é bastante complexo e merece maior atenção,
principalmente quanto à sua classi cação (contribuições sociais,
econômicas etc.). O livro é bastante amplo e aborda o tema de
diversas perspectivas bem completas. Para este tópico, a leitura
recomendada refere-se às páginas 101 a 111.

Onde encontrar? 
Biblioteca virtual Laureate.

Tributação sobre Propriedade e


Transferência de Patrimônio
De acordo com a CF, são competentes o Município e o Estado para legislarem sobre a
propriedade e sua transferência. São os principais impostos sob análise os incidentes sobre a
propriedade, sua posse ou domínio útil de bens móveis ou imóveis (IPTU, ITR e IPVA) e os que
tratam da transferência da propriedade inter vivos (ITBI) ou causa mortis (ITCMD), os quais
veremos a seguir.

IPTU
O IPTU, tributo de competência dos Municípios, está previsto pela CF/88 no seu art. 156, I:
“Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I — propriedade predial e territorial urbana”
(BRASIL, 1988, on-line). A regra-matriz do IPTU tem por critério material ser proprietário, ter o

https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 12/27
09/12/2020 Roteiro de Estudos

domínio útil ou ser possuidor de bem imóvel, conforme art. 32 do CTN: “O imposto, de
competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana tem como fato
gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por
acessão física, como de nido na lei civil, localizado na zona urbana do Município” (BRASIL,
1966, on-line, grifo nosso).

Assim, o IPTU somente poderá ser instituído pelo Município (competência) cujo fato gerador
seja a propriedade predial, territorial (incorporadas de forma permanente ao solo e que
possam servir de habitação ou para o exercício de quaisquer atividades, em condições de
habitabilidade) e urbana (dependem de estarem localizadas em zona urbana do Município).

LIVRO

Impostos Federais, Estaduais e Municipais


Autor: Cláudio Carneiro
Editora: Saraiva Educação
Ano: 2019
Comentário: Este livro é muito didático; ao nal, o aluno
encontra um resumo dos pontos mais importantes a respeito da
matéria e também as referências legais em que se encontra o
IPTU. Para este tópico, a leitura recomendada refere-se às
página 40 a 96.

Onde encontrar? 
Biblioteca virtual Laureate.

ITR
O Imposto sobre Propriedade Territorial Rural, tal como o IPTU, recai sobre a propriedade;
conforme se extrai do art. 153, VI, da CF/88, à União foi atribuída competência para instituir o
Imposto sobre Propriedade Territorial Rural, o qual, diferentemente do IPTU, que recai sobre a
propriedade urbana, incide sobre a propriedade de imóvel rural (BRASIL, 1988).

https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 13/27
09/12/2020 Roteiro de Estudos

De acordo com o art. 153 da Constituição, “compete à União instituir impostos sobre: VI —
propriedade territorial rural” (BRASIL, 1988, on-line). Da leitura do art. 29 do Código Tributário
Nacional, tem-se que a incidência do imposto ora em comento se dá sobre a propriedade, o
domínio útil ou a posse do imóvel localizado fora da zona urbana do Município: “o imposto, de
competência da União, sobre a propriedade territorial rural tem como fato gerador a
propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como de nido na lei civil,
localização fora da zona urbana do Município” (BRASIL, 1966, on-line, grifo nosso). A Lei nº
9.393/1996, lei que institui o imposto, dispõe acerca do critério material no mesmo sentido do
Código Tributário Nacional.

Importante ressaltar que, diferentemente do IPTU, o ITR incide somente sobre a propriedade
territorial (e não sobre a predial). Na prática, isso quer dizer que importa para a cobrança do
ITR somente a extensão do território, não fazendo diferença se há construções (prédios, casas
etc.).

LIVRO

Impostos Federais, Estaduais e Municipais


Autor: Cláudio Carneiro
Editora: Saraiva Educação
Ano: 2019
Comentário: Explora-se, nesta parte do livro, o ITR,
principalmente a partir de sua competência e diferenças com o
IPTU, reforçando os aspectos especí cos do lançamento e
principais questões. Além disso, conta-se com as referências
legais em que se encontra o ITR. Para este tópico, a leitura
recomendada refere-se às páginas 507 a 529.

Onde encontrar? 
Biblioteca virtual Laureate.

IPVA

https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 14/27
09/12/2020 Roteiro de Estudos

Outro tributo importante que recai sobre o patrimônio do contribuinte é o Imposto sobre a
Propriedade de Veículos Automotores. Conforme se extrai do art. 155, III, CF/88, aos Estados e
ao Distrito Federal foi atribuída competência para instituir o IPVA, o qual incide sobre a
propriedade de veículos automotores: “Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir
impostos sobre: III — propriedade de veículos automotores” (BRASIL, 1988, on-line, grifo nosso).
No que se refere ao fato gerador do IPVA, pode-se dizer que o conceito de propriedade
utilizado abrange a propriedade plena ou não. Assim como ocorre com o IPTU, é possível que a
lei estabeleça a incidência de IPVA sobre a propriedade plena, o domínio útil ou a posse do
veículo automotor.

LIVRO

Impostos Federais, Estaduais e Municipais


Autor: Cláudio Carneiro
Editora: Saraiva Educação
Ano: 2019
Comentário: Muitas vezes pouco explorado, o IPVA é um tributo
muito importante, pois recai sobre a propriedade de bens
móveis. O livro é bastante profundo em discutir as
características do lançamento e os principais questionamentos,
além de trazer um resumo sistematizado ao nal. Para este
tópico, a leitura recomendada refere-se às páginas 330 a 346.

Onde encontrar? 
Biblioteca virtual Laureate.

ITBI
Sobre a transferência da propriedade, também nosso ordenamento tributário prevê a
incidência de tributos. O primeiro imposto importante é o ITBI, tributo com previsão no art.
156, II, da CF/88, cuja competência é dos municípios. O fato gerador é de nido no art. 35 do
CTN:

https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 15/27
09/12/2020 Roteiro de Estudos

O imposto, de competência dos Estados, sobre a transmissão de bens imóveis e


de direitos a eles relativos tem como fato gerador: I — a transmissão, a
qualquer título, da propriedade ou do domínio útil de bens imóveis por
natureza ou por acessão física, como de nidos na lei civil; II — a transmissão, a
qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos reais de
garantia; III — a cessão de direitos relativos às transmissões referidas nos
incisos I e II. Parágrafo único. Nas transmissões causa mortis, ocorrem tantos
fatos geradores distintos quantos sejam os herdeiros ou legatários (BRASIL,
1966, on-line).

Ora, mas na referida previsão do CTN está fundamentado o antigo imposto estadual sobre
transmissão de bens imóveis, o qual incidia sobre qualquer transmissão de bens imóveis, seja a
título gratuito ou oneroso, inter vivos ou causa mortis. Dessa forma, é necessário realizar a
adequação de tais normas do CTN ao atual imposto municipal sobre a transmissão, inter
vivos, por ato oneroso, de bens imóveis. Sobre a transmissão causa mortis, o tributo que
regulamentará será o ITCMD, que veremos a seguir.

LIVRO

Impostos Federais, Estaduais e Municipais


Autor: Cláudio Carneiro
Editora: Saraiva Educação
Ano: 2019
Comentário: O aluno pode rever os principais pontos a respeito
do lançamento e dos requisitos para sua instituição, além dos
mais importantes questionamentos sobre a legalidade de sua
cobrança a partir da hipótese normativa. Para este tópico, a
leitura recomendada refere-se às páginas 98 a 122.

Onde encontrar? 
Biblioteca virtual Laureate.

https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 16/27
09/12/2020 Roteiro de Estudos

ITCMD
A CF/88, em seu art. 155, I, dispõe que “compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir
impostos sobre transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos” (BRASIL,
1988, on-line). O ITCMD não estava previsto na Constituição anterior, razão pela qual,
igualmente, não se encontra previsão desse imposto no CTN. Não há, igualmente, lei
complementar nacional para regulamentá-lo; assim, tanto a instituição quanto a previsão de
normas gerais e da regra matriz do ITCMD dependerão das leis de cada Estado. O critério
material do ITCMD é transmitir bem ou direito a título gratuito: a) por sucessão legítima ou
testamentária ou b) por doação. O primeiro caso diz respeito a bens dispostos na partilha ou
adjudicação atribuídos aos cônjuges e herdeiros, tal como as normas civis para a sucessão
patrimonial. Já a doação é regulamentada no art. 538 do Código Civil; é o contrato em que uma
pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o da outra,
havendo, assim, mudança de titularidade a título gratuito (BRASIL, 2002).

LIVRO

Impostos Federais, Estaduais e Municipais


Autor: Cláudio Carneiro
Editora: Saraiva Educação
Ano: 2019
Comentário: O aluno pode rever os principais pontos a respeito
do lançamento e dos requisitos para sua instituição, além dos
mais importantes questionamentos sobre a legalidade de sua
cobrança a partir da hipótese normativa. Para este tópico, a
leitura recomendada refere-se às páginas 197 a 224.

Onde encontrar? 
Biblioteca virtual Laureate.

https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 17/27
09/12/2020 Roteiro de Estudos

Imposto sobre Renda, Consumo e


Industrialização
Neste tópico estudaremos, especialmente, os tributos que recaem sobre o consumo, a renda e
a industrialização. O importante para este tópico é o conceito dado pela Constituição Federal a
cada um dos fatos geradores dos referidos tributos. Assim, em linhas gerais, trataremos dos
fatos geradores e da forma de lançamento de cada um dos tributos.

Imposto sobre a Renda


Vejamos, agora, os tributos que recaem sobre a renda do contribuinte. O imposto sobre a
renda e proventos de qualquer natureza encontra-se constitucionalmente previsto no art. 153
da CF/88, instituindo a competência da União para sua arrecadação: “Compete à União instituir
impostos sobre: [...] III - renda e proventos de qualquer natureza” (BRASIL, 1988, on-line). Do
dispositivo constitucional, veri camos que o critério material do Imposto sobre a Renda é o fato
de auferir renda e proventos de qualquer natureza. Assunto importante a ser tratado, portanto,
é o conceito de renda previsto pela Constituição.

Apesar de a Constituição não ter trazido expressamente um conceito de renda, muito se


discute se, ao dar a competência para a instituição do imposto à União, a Constituição já teria
estabelecido um conteúdo mínimo à palavra renda. Assim, grande parte da doutrina discrimina
que, para adequação do termo, a Constituição teria trazido um conceito implícito de renda no
sentido de acréscimo patrimonial, ou seja, como a diferença positiva entre as receitas
(entradas) e as despesas (saídas), seja da pessoa física, seja da pessoa jurídica, durante
determinado período de tempo.

Com relação às normas gerais do IR, o CTN assim dispõe sobre o seu fato gerador:

O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer


natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou
jurídica: I — de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da
combinação de ambos; II — de proventos de qualquer natureza, assim
entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior
(BRASIL, 1966, on-line).

Outro dispositivo legal importante para entender o IR está contido no art. 43, § 1º do CTN, que
dispõe: “A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da
localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção”
(BRASIL, 1966, on-line).

https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 18/27
09/12/2020 Roteiro de Estudos

LIVRO

Impostos sobre a Renda das Pessoas Jurídicas – IRPJ e


da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL
Autor: Hugo de Brito Machado Segundo e  Fábio Pallaretti
Calcini
Editora: Atlas
Ano: 2015
Comentário: Neste livro, o aluno poderá explorar, além do
conceito de receita, a forma de tributação das pessoas jurídicas,
os regimes e as adequações normativas. Além disso, o livro
trabalha com um comparativo com as normas de tributação
internacional e os padrões contábeis usualmente aceitos para o
lançamento e a interpretação da hipótese normativa, o IFRS. A
obra também explora as isenções em matéria de tributação da
renda.

Onde encontrar? 
Biblioteca virtual Laureate.

Imposto sobre Consumo - ICMS


Um importante imposto sobre o consumo é o ICMS, cuja previsão está no art. 155, II, da CF/88,
nos seguintes termos: “Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: [...]
II — operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as
prestações se iniciem no exterior” (BRASIL, 1988, on-line). O ICMS é regulamentado pela Lei
Complementar nº 87/1996, que traz disposições sobre fato gerador, sujeito passivo,
responsabilidade e outras normas gerais do ICMS.

Assim, para que haja a possibilidade de cobrança dos Estados, deve haver, necessariamente, a
adequação de três pressupostos: operação, circulação e mercadoria. Assim, o simples contrato
(sem transferência do domínio) ou a simples circulação (sem mudança de titularidade) não
basta para con gurar a incidência do tributo. Quer-se dizer que, necessariamente, a circulação
é uma circulação econômica, pois pressupõe levar o bem a mercado (mercadoria) para venda,

https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 19/27
09/12/2020 Roteiro de Estudos

revenda, troca etc. Sem esse aspecto importante de vinculação, isto é, sem o bem passar pelo
mercado, não há que se falar em incidência de ICMS.

LIVRO

ICMS: Doutrina e Prática


Autor: Kiyoshi Harada
Editora: Atlas
Ano: 2017
Comentário: Todo o livro é muito completo, e aborda desde a
guerra scal entre os Estados até os temas controvertidos e
aqueles sumulados a respeito do imposto. O ICMS é um dos
tributos de maior di culdade contábil e conceitual, portanto vale
a leitura mais atenta de um livro especí co sobre o tema. Para
este tópico, a leitura recomendada refere-se às páginas 11 a 95.

Onde encontrar? 
Biblioteca virtual Laureate.

Imposto Sobre Serviços - ISS


O ISS, tributo de competência municipal, tem previsão constitucional no art. 156, III: “Compete
aos Municípios instituir impostos sobre: [...] III — serviços de qualquer natureza, não
compreendidos no art. 155, II, de nidos em lei complementar” (BRASIL, 1988, on-line). Acerca do
ISS, existe uma discussão constitucional bastante interessante, que diz respeito ao conceito de
serviço. Os municípios ganharam competência para tributar serviços, desde que não sejam os
serviços tributados pelo ICMS, e tais serviços vão estar de nidos em lei complementar. A
questão centra-se, portanto, no fato de somente os serviços previstos na Lei Complementar
116/2003 poderem ser tributados pelo ISS, sendo certo a rmar que o ICMS e o ISS são tributos
concorrentes: na incidência de um, não se pode cobrar o outro, pois ou se está diante de um
bem (mercadoria) ou se está diante de um serviço. Não há, pois, pelo menos para o Direito

https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 20/27
09/12/2020 Roteiro de Estudos

Tributário, a possibilidade de um elemento híbrido “produto/serviço” que justi que a incidência


de ambos os tributos.

LIVRO

ISS - Doutrina e Prática


Autor: Kiyoshi Harada
Editora: Atlas
Ano: 2014
Comentário: Para o estudo do ISS, é importante, também, a
análise de sua concorrência com o ICMS e a base de cálculo do
tributo. Neste livro, o autor aprofunda o estudo dos serviços
sujeitos à incidência do imposto, sua constitucionalidade e fato
gerador.

Onde encontrar? 
Biblioteca virtual Laureate.

Imposto sobre Industrialização


Um imposto muito importante para o ordenamento brasileiro é o IPI, Imposto sobre
Industrialização. Conforme se extrai do art. 153, IV, da CF/88, à União foi atribuída a
competência para instituir o Imposto sobre Produtos Industrializados: “Compete à União
instituir impostos sobre: [...] IV — produtos industrializados” (BRASIL, 1988, on-line). O § 1º do
art. 153 da Constituição estabelece que “é facultado ao Poder Executivo, atendidas às condições
e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas do imposto sobre produtos
industrializados” (BRASIL, 1988, on-line).

O importante sobre esse imposto é que se trata de uma exceção ao princípio da legalidade
insculpido no artigo 150 da CF/88. Destaque-se, ainda, a exceção ao princípio da anterioridade,
estampado no §1º do art. 150 da CF/88.

https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 21/27
09/12/2020 Roteiro de Estudos

Ora, para os casos de incidência de IPI, este não está submetido à observância da anterioridade
de exercício, prevista no art. 150, inciso III, b, da CF, mas somente à noventena.

O art. 153, § 3º da CF/88 ainda prevê que o IPI será: i) seletivo, em função da essencialidade do
produto; ii) não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o
montante cobrado nas anteriores; iii) não incidirá sobre produtos industrializados destinados
ao exterior; e iv) terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo
contribuinte do imposto, na forma da lei. As normas gerais do tributo estão dispostas nos arts.
46 a 51 do CTN. A Lei que dispõe sobre a regra-matriz do tributo é a Lei nº 4.502/1964 e o
Decreto-Lei nº 34/1966; o decreto que o regulamenta é o nº 7.212/2010.

LIVRO

Impostos Federais, Estaduais e Municipais


Autor: Cláudio Carneiro
Editora: Saraiva Educação
Ano: 2019
Comentário:  O IPI é um imposto complexo, cujas
regulamentação e alíquota dependem de cada um dos produtos
industrializados, conforme a Tipi. O livro aborda as questões
jurisprudenciais e doutrinárias mais importantes a respeito dos
elementos e imunidades. Para este tópico, a leitura
recomendada refere-se às páginas 438 a 483.

Onde encontrar? 
Biblioteca virtual Laureate.

https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 22/27
09/12/2020 Roteiro de Estudos

Tributação sobre Comércio


Exterior
Neste tópico são abordados os tributos que incidem sobre o comércio exterior e as transações
nanceiras, como imposto sobre a importação e imposto sobre a exportação, além do imposto
sobre as operações nanceiras. Serão abordados os aspectos do lançamento e as principais
referências legais para sua instituição e cobrança.

Imposto de Importação
Também incidem, em nosso ordenamento, tributos sobre o comércio exterior. São eles: o
Imposto de Exportação e o Imposto de Importação. Conforme se extrai do art. 153, I, CF/88, à
União foi atribuída competência para instituir o Imposto de Importação, o qual incide sobre a
entrada de bens estrangeiros destinados ao comércio ou consumo no território nacional:
“Compete à União instituir impostos sobre: I — importação de produtos estrangeiros” (BRASIL,
1988, on-line). O §1º do art. 153 da CF/88, por sua vez, excepciona, como faz para o IPI, o
princípio da legalidade e, com isso, permite que o Poder Executivo altere as alíquotas do II: “§ 1º
— É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei,
alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V” (BRASIL, 1988, on-line).
Além do mais, o art. 150 da CF/88 traz outra característica peculiar do II, na medida em que,
segundo o mencionado dispositivo legal, não é necessário que seja observada a anterioridade e
a noventena com relação a esse imposto.

Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à


União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. Parágrafo primeiro: A
vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153,
I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos
previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à xação da base de
cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I (BRASIL, 1988, on-line).

No Código Tributário Nacional, o imposto vem disciplinado nos arts. 19 a 22, em que são
estabelecidas as normas gerais do tributo (BRASIL, 1966). O instrumento normativo que institui
e regula o Imposto de Importação é o Decreto-Lei nº 37/1966.

https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 23/27
09/12/2020 Roteiro de Estudos

LIVRO

Impostos Federais, Estaduais e Municipais


Autor: Cláudio Carneiro
Editora: Saraiva Educação
Ano: 2019
Comentário: Imposto complexo que se sujeita à regulação
econômica é também uma das exceções ao princípio da
legalidade. Dados a sua especi cidade e o seu tema
constitucional, o livro aborda os pontos mais controvertidos
sobre o imposto, e o aluno poderá aprofundar sua análise. Para
este tópico, a leitura recomendada refere-se às páginas 349 a
378.

Onde encontrar? 
Biblioteca virtual Laureate.

Imposto sobre Exportação


O imposto de exportação, assim como o imposto de importação, é de competência da União,
conforme art. 153, II, da CF/88. Também para esse caso de incidência, tal como no imposto de
importação, o §1º desse dispositivo constitucional atenua o princípio da legalidade para esse
imposto, e o art. 150, §1º afasta a aplicação das anterioridades (BRASIL, 1988). No Código
Tributário Nacional, o IE vem disciplinado nos arts. 23 a 28. O Decreto-Lei nº1578/1977 foi
responsável pela instituição do IE e, por isso, trata de todos os elementos da regra-matriz desse
tributo. De acordo com o art. 8º desse diploma normativo, as regras referentes ao II aplicam-se
subsidiariamente ao IE, quando não houver previsão especí ca: “No que couber, aplicar-se-á,
subsidiariamente, ao imposto de exportação a legislação relativa ao imposto de importação”
(BRASIL, 1977, on-line).

https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 24/27
09/12/2020 Roteiro de Estudos

LIVRO

Impostos Federais, Estaduais e Municipais


Autor: Cláudio Carneiro
Editora: Saraiva Educação
Ano: 2019
Comentário: Imposto complexo que se sujeita à regulação
econômica é também uma das exceções ao princípio da
legalidade. Dadas a sua especi cidade e seu tema
constitucional, o livro aborda os pontos mais controvertidos
sobre o imposto, e o aluno poderá aprofundar sua análise. Para
este tópico, a leitura recomendada refere-se às páginas 380 a
393.

Onde encontrar? 
Biblioteca virtual Laureate.

Imposto sobre Operação Financeira


Finalmente, devemos entender a tributação sobre operações nanceiras, cuja existência está
no IOF. Instituído em 1966 pela Lei nº 5143/1966, tinha na época um âmbito de incidência
duplo, recaindo sobre as instituições nanceiras (créditos) e as seguradoras (seguros).

Atualmente, o art. 153, V, da CF/88, além de estabelecer a competência tributária da União para
instituir o tributo ora em comento, prevê como hipótese de incidência do IOF não apenas
operações de crédito e seguros, mas também operações de câmbio e aquelas relativas a títulos
ou valor mobiliários. Vejamos: “Compete à União instituir impostos sobre: [...] V — operações
de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários” (BRASIL, 1988, on-line).
O IOF, tendo caráter eminentemente extra scal, é exceção ao princípio da legalidade, conforme
§1º do mesmo art. 153, CF/88, sendo permitida ao Poder Executivo a mudança de alíquotas
para adequá-las aos objetivos da política monetária, desde que observados os limites de nidos
em lei (BRASIL, 1988). Destaque-se, ainda, que tal tributo não precisa observar as
anterioridades previstas na CF/88, de acordo com a previsão do mesmo dispositivo
constitucional.

https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 25/27
09/12/2020 Roteiro de Estudos

LIVRO

Impostos Federais, Estaduais e Municipais


Autor: Cláudio Carneiro
Editora: Saraiva Educação
Ano: 2019
Comentário: O livro traz uma complexa análise do IOF e de
seus núcleos de tributação, temas controvertidos, além da
análise da evolução histórica da tributação. É importante a
leitura das páginas 485 a 506.

Onde encontrar? 
Biblioteca virtual Laureate.

Conclusão
Conforme pudemos aprender neste roteiro de estudos, a questão da tributação é um tema
complexo e demanda uma leitura atenta da legislação tributária nacional. Ademais, somente o
Estado, no exercício de seu poder soberano para instituir e cobrar tributos, é capaz de
estabelecer uma nalidade à arrecadação e manutenção de sua própria existência. Como,
necessariamente, os tributos sempre afetarão a esfera particular do patrimônio dos indivíduos,
é com cautela que se deve observar as cobranças, seguindo regras claras e especí cas,
mantendo-se a segurança da arrecadação.

Assim, resumidamente, o tributo é um gênero que abrange várias espécies. Conforme vimos,
existem 5 espécies de tributos, compondo a chamada Teoria Pentapartite, a mais aceita dentre
os doutrinadores, apesar de não ser uniforme.

https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 26/27
09/12/2020 Roteiro de Estudos

Referências Bibliográ cas


BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
Brasília, DF: Presidência da República, 1988. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 19 nov. 2020.

______. Decreto-lei nº 1.578, de 11de outubro de 1977. Dispõe sobre o imposto sobre a
exportação, e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 1977. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del1578.htm. Acesso em: 19 nov. 2020.

______. Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966. Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e
institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. Brasília, DF:
Presidência da República, 1966. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172compilado.htm. Acesso em: 19 nov. 2020. 

______. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Brasília, DF: Presidência
da República, 2002. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm. Acesso em: 19 nov. 2020.

CARNEIRO, C. Impostos federais, estaduais e municipais. São Paulo: Saraiva Educação, 2019.

HARADA, K. ICMS: doutrina e prática. São Paulo: Atlas, 2017.

______. ISS: doutrina e prática. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2014.

PAULSEN, L.; VELLOSO, A. P. Contribuições no Sistema Tributário Brasileiro. São Paulo:


Saraiva Educação, 2019.

SCHOUERI, L. E. Direito tributário. São Paulo: Saraiva Educação, 2019.

SEGUNDO, H. de B. M.; CALCINI, F. P. Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ e


Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL. São Paulo: Atlas, 2015.

https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 27/27

Você também pode gostar