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O objetivo de uma fonte de alimentação é fornecer uma tensão ou uma corrente no seu terminal de
saída, para energizar um circuito elétrico.
Fonte de tensão (Voltage Supply) V f : os geradores elétricos práticos criam a força eletromotriz
ℇ , através da transformação de uma determinada energia em energia elétrica.
Fonte de tensão ideal (fig. 4 - 01): é um elemento teórico, sem resistência interna r = 0Ω ,
portanto com capacidade de corrente infinita, capaz de fornecer a tesão nominal V f para uma
carga consumidora que tenha resistência finita 0<R L <∞ .
Fonte de tensão real (fig. 4 - 01) : é um elemento teórico que tem uma resistência interna
r > 0 Ω em série com o elemento ideal de tensão V f . Como a resistência r é constante, a
corrente I da malha alimentada pela fonte real dependerá da soma da resistência de carga com a
resistência interna, e assim, na saída da fonte, teremos:
• Para circuito aberto R L=∞ → I OUT =0 A e V OUT = V f .
Vf
• Para 0< R L < ∞ → I OUT = e V OUT = I OUT . RL .
(R L + r )
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Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto
Vf
• Para curto-circuito R L=0 Ω → I OUT = e V OUT = I OUT . r .
r
Fonte de corrente I f : Todo gerador elétrico prático é uma fonte de tensão com determinada
capacidade de fornecer corrente, de acordo com sua potência nominal. Não existe um dispositivo
prático que forneça apenas corrente.
Na análise de circuitos, uma fonte de corrente é um elemento teórico que só fornece corrente ao
circuito, e a tensão que aparecerá entre seus terminais será dependente da carga consumidora R L
da malha que a contém.
Num gráfico “ resistência de carga x corrente ” a corrente de saída I OUT será um linha reta
horizontal no intervalo 0< R L < ∞ (Fig. 4 - 01).
• Fonte de corrente real e independente (fig. 4 - 02): o elemento gerador de corrente ideal
I f tem uma resistência interna r em paralelo, por isso a corrente de saída I OUT , a
queda de tensão na saída VdOUT e as potências, terão três situações, em função da carga
consumidora R L :
V OUT
◦ 0< R L < ∞ → V OUT =[ I f (r∥R L )] e I OUT = .
(r∥R L )
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O gráfico da tensão de saída “ V OUT x corrente de saída I OUT ” será uma reta inclinada na
razão inversa de R L (Fig. 4 - 02).
Exemplo com fonte de corrente real e independente, sem carga (fig. 4 - 03):
A potência fornecida pela fonte será: PIf =(V r ). I f PIf =(−1.500)3 ou PIf =−4.500W .
Exemplo com fonte de corrente real e independente, com carga (fig. 4 - 04):
r. R
Inicialmente calcularemos o valor de R L∥r =
r+R
500 x 250 125.000
R L∥r = R L∥r = ou
500+250 750
R L∥r =166,66 Ω .
V OUT 500 V
Com esses dados podemos calcular as correntes de cada resistor: Ir = Ir = ou
r 500 Ω
I r =1 A .
V OUT 500 V
I RL = I RL = ou I RL = 2 A .
RL 250 Ω
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• Fonte de corrente: sendo a elevação de tensão nos terminais da fonte Vr =−V OUT e
PIf =(Vr) I , então a potência fornecida, será: PIf =(−500V ) x 3 A ou
PIf =−1.500 W .
2
• Resistores: P =( I )R :
◦ P r =(12)500 ou P r =500 W .
2
◦ PRL =( 2 )250 ou PRL = 1.000 W
São elementos de circuito usados para modelar amplificadores e atenuadores. Podem ser de tensão
ou corrente, cujos valores de saída são dependentes de uma tensão V X ou corrente I X
originadas em outra parte do circuito.
A amplitude A da grandeza de saída de uma fonte dependente pode ser amplificada ou atenuada
em relação à sua entrada, conforme quantificado por uma constante numérica, grafada antes do
A saída
parâmetro de controle, e que significa: c = .
Aentrada
Vf
Equações da saída: I OUT = e
( RO + R L )
VdOUT = I OUT R L .
Condições ideais: Ri =∞ e R0 = 0 Ω .
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Vf
Equações da saída: I OUT = e
(RO + R L )
Condições ideais: Ri =∞ e R0 = ∞ .
Condições ideais: Ri =∞ e R0 = ∞ .
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Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto
Em paralelo:
• Configuração sem aplicação na análise de circuitos pois a fonte ideal de tensão tem
resistência zero, e uma fonte em paralelo “veria” a outra como um curto-circuito.
Nota - os geradores práticos podem ser associados em paralelo:
• Em CC: com a mesma tensão e a mesma resistência interna (somadores de corrente).
• Em CA: além desses requisitos, os geradores devem ter a mesma frequência, e as tensões
sincronizadas (em fase).
Em série:
• Configuração sem aplicação na análise de circuitos pois a resistência interna é infinita
r i = ∞ , e uma fonte em série “veria” a fonte vizinha como um circuito aberto.
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Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto
Caso 1 (fig. 4 – 11) – duas fontes ideais e independentes em antiparalelo e correntes iguais.
Corrente nominal das duas fontes: 6 A .
Se a fonte I f 1 estivesse solteira, provocaria uma queda
de tensão positiva na carga, com a corrente positiva de
+6 A , enquanto que, se I f 2 estivesse solteira, a queda
de tensão seria negativa e a corrente negativa de −6 A .
Como a corrente resultante da associação de fontes de
corrente em paralelo é a soma algébrica dos correntes
individuais, teremos:
I EQ = I f 1+ I f 2 I EQ = 6 A +(−6 A ) ou I EQ = 0 A .
Potência da fonte I f 2 : Como sua corrente é negativa e o circuito em paralelo, a queda de tensão
sobre ela será em função da corrente líquida das duas fontes: Vd If 2 = Vd RL ou Vd If 2 = 6 V , e o
consumo de potência, será PIf 2 = Vd IF 2 ( I f 2) PIf 2 = 6 V x 6 A ou PIf 2=36 W .
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Caso 3 (fig. 4 – 13) - duas fontes ideais e independentes em paralelo e com as mesmas polaridades.
O resistor de carga ligado nas saídas das duas fontes estará submetido a uma queda de tensão
positiva, e as correntes serão positivas.
Corrente nominal das duas fontes: 6 A .
Corrente equivalente:
I EQ = I f 1+ I f 2 I EQ = 6 A +6 A I EQ = 12 A
Com as fontes iguais, a potência fornecida será igual: ambas estão com uma elevação de tensão de
Vr fontes =−[Vd RL ] ou Vr fontes =−36 V , então Pfontes = Vr fontes (I EQ ) Pfontes =−36 V x 12 A ou
Pfontes =−432W .
Em série: a mesma situação conceitual para as fontes ideais, exceto a tensão equivalente, que neste
caso, vai depender da soma das quedas de tensão sobre as resistências internas de cada fonte.
V EQ = (ℇ1 +ℇ2 ...+ ℇn)−[ I (r 1 +r 2 ...+r n )] .
Em paralelo: a mesma situação conceitual para as fontes ideais: sem aplicação na análise de
circuitos.
Em série: a mesma situação conceitual para as fontes ideais: sem aplicação na análise de circuitos.
Em paralelo:
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1 1 1 1 1 1 1 1
1. Condutância total: GTOTAL = + + + GTOTAL = + + +
R1 R2 R3 R L 2 2 2 5
5 5 5 2 17
m. m. c . =10 GTOTAL = + + + GTOTAL = GTOTAL =1,7 S
10 10 10 10 10
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2. A tensão predominante sobre as fontes será positiva, pelo maior número de fontes polarizadas
If 3A
diretamente, e apenas uma com sentido inverso : V If EQ = V If EQ =
GTOTAL 1,7 S
V If EQ = 1,7647 V Esta tensão será igual à queda de tensão sobre R L e sobre a fonte reversa
If3 .
3. Correntes
Líquida de cada fonte que aponta para o potencial maior If OUT 1 e If OUT 2 :
V If EQ
If OUTn = If n−( ) .
rn
1,7647
• If OUT 1 = 3−( ) If OUT 1 = 3−0,882 A ou (If OUT )1 =( If OUT )2 =2,12 A . Soma
2
das duas correntes líquidas diretas (If OUT )1+(If OUT )2 = 2,12+ 2,12 ou
(I OUT )1 +(I OUT )2 = 4,24 A .
• (I OUT )3 =− 3+(
[ 1,7647
2
)
] (I OUT )3 =−(3+0,882) ou (I OUT )3 =−3,882 A .
4. Potências:
• Individual das fontes positivas I f 1 e I f 2 , que estão sob elevação de tensão:
PIf =Vr . I f onde Vr If =−V If PIf =−1,7647 V x 3 A ou PIf =−5,29 W .
• Total fornecida pelas duas fontes diretas : PIf ( FORN )=2(−5,29) PIf ( FORN )=−10,588 W .
• Consumida pela fonte reversa If 3 que está sob queda de tensão: PIf 3=Vd If 3 . I f 3 onde
Vd If 3=V If 3 e a potência será PIf 3=1,7647 V x 3 A ou PIf 3=5,29 W .
• Consumida pela condutância total (resistências internas das fontes e resistência de carga):
2 2
PG =(Vd If )G TOTAL PG = 1,7647 x 1,7 ou PG = 5,29W .
2 2
• Potência consumida somente pela carga PRL =(If EQ ) R L PRL =( 0,358 )5 ou
PRL =0,64 W .
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Vd RL (N )
Norton com resistor de carga: R EQ =r N∥RL Vd RL (N )= I N . R EQ I R (N )=
R L (N )
2
[Vr I (N)]
Vr I ( N )=−Vd Rl ( N ) PI (N ) = e PREQ ( N ) =(I O) ² x R EQ ( N ) .
R EQ (N )
V Th
Thévenin em curto-circuito: IN = .
r Th
V Th
Thévenin com resistor de carga: R EQ =r Th + R L Vd RL (Th)= I O (Th). R L (Th) I O (Th)=
R EQ
Vr I (Th)=−Vd RL (Th) PV (Th)=Ve I (Th). I O (Th) P( R REQ) =(I O )² R EQ .
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Norton em circuito aberto: conectando um voltímetro CC ideal, com resistência infinita, teremos:
V O = 2,5 A x 2Ω ou V O = 5V que é o mesmo valor da fonte de Thévenin.
Exemplo - Dado um circuito (fig. 4 – 18) com uma fonte de Thévenin V Th = 5V , uma
resistência em série r Th = 2Ω e uma resistência de carga R L (Th)=10 Ω , pede-se a fonte de
corrente de Norton equivalente.
Aplicando o princípio da conversão de fontes, sabemos que r Th = r N = 2Ω ,
R L (N ) = R L ( Th) = 10Ω , e que o valor da fonte de Norton será a corrente de curto-circuito da
fonte de Thévenin.
5V
Thévenin com resistor de carga: R EQ =2+10 R EQ =12 Ω IO = I O = 0,416 A .
12Ω
Queda de tensão sobre os resistores da fonte Norton: Vd(N ) = I N . R EQ Vd(N ) =2,5 Ax 1,6667 Ω
Vd(N ) = 4,17 V .
Vd (N) 4,17
Corrente no resistor da fonte de corrente I r (N ) = I r (N ) = I r (N ) = 2,08 A .
r (N ) 2
Vd(N ) 4,17
Corrente de saída da fonte Norton: IO = IO = I O =0,42 A .
R L(N ) 10
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Cada passo, das sucessivas transformações, terá sua respectiva figura, e nela aparecerão valores de
corrente e tensão, obtidos num simulador de circuitos, apenas para fins de acompanhamento do
resultado de cada etapa, pois somente no último passo é que poderemos calcular o valor da corrente
I . Notar que a corrente da fonte V f 2 não pode sofrer alteração em nenhuma das etapas, pois
o objetivo do problema é achar a potência dessa fonte.
Passo 1 - Converter a fonte de tensão V f 1 (fig. 4 – 19) em uma fonte de corrente (fig. 4 - 20).
5V
• Corrente nos resistores exclusivos da malha 1 I (R 1 +R 3 ) = I (R 1 +R 3 ) = 0,8334 A
6Ω
que será o valor da fonte de corrente convertida If CONV = 0,8334 A .
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Passo 4 - agora temos uma situação idêntica à do passo1 , pois devemos associar, em série, o
resistor de 2Ω com os resistores R4 e R6 , e não incluir o resistor R5 , pois ele é
compartilhado com a outra malha (fig. 4 – 14): R EQ (passo 4) = 2 + 3+5 =10 Ω .
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Passo 7 – converter a fonte de corrente de 0,167 A em fonte de tensão, com o resistor de 1,667 Ω
em série (fig. 4 – 23): V SEQ = 0 ,167 A∗1 ,667 Ω = 0 ,28 V
Potência consumida:
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2
• Resistor “B” : PRB = 0,91143 x 9 PRB = 7,476 W .
Vr IF 1 8V
O valor absoluto da corrente da malha I 2 , é dado por: |I 2|= |I 2|= ou
R MALHA 2 4Ω
I 2 = 2 A , mas assume polaridade negativa no braço de R1 , por estar entre o terra e a entrada
da fonte de corrente, então, teremos: Vd R 1 =(−I 2) R 1 Vd R 1 =(−2)2 ou Vd R 1 =−4 V ,
que é a tensão do nó V 1 .
Vd R 3 =( I 2)R 3 Vd R 3 =(2)2 ou Vd R 3 = 4 V .
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Como a fonte de corrente está apontando para um potencial mais alto (−4 V )→(+ 4 V ) , ela está
na condição de fornecedora de potência: PIf 1 = Vr If 1(−I f 1) PIf 1 = 8 V x (−6 A ) ou
PIf 1 =−48 W .
Exemplo de apenas uma fonte de corrente em paralelo com a carga e sob tensão negativa (fig.
4 – 25):
R ∗R
A fonte está com dois resistores em paralelo, cuja resistência equivalente é: R1∥R2 = 1 2
R 1+ R 2
2∗3 6
R1∥R2 = R1∥R2 = R1∥R2 = 1,2Ω ,
2+3 5
Os dois resistores estão conectados na entrada da fonte de corrente, submetidos a uma corrente
negativa, que vai produzir uma queda de tensão negativa Vd R =(−I ) R .
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Vd Rn
Já podemos calcular as correntes nos dois resistores: I Rn = .
Rn
−7 ,2 V −7 ,2 V
I R1 = ou I R 1 =−3 ,6 A e I R2 = ou I R 2 =−2 ,4 A .
2Ω 3Ω
PCONS = 43,2W .
Como a fonte de corrente está apontando para um potencial mais alto −7 ,2 V →terra , ela está na
condição de fornecedora de potência: PIf 1 =( Vr)I f 1 PIS =7,2 V x (−6 A) ou
PIf 1 =−43,2 W .
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Potências:
• Potência consumida pela fonte de tensão: PVf =(Vd f )I Vf onde Vd f = V f ,então
PVf =5 V x 0,5 A PVf = 2,5W .
2 2
• Potência dissipada no resistor: PR =(I )R PR =(0,5 )10 ou PR = 2,5 W .
Como a fonte de corrente está apontando para uma tensão menor (terra), fica submetida a uma
queda de tensão Vd If = 5 V , por isso está na configuração de consumidora.
Potências:
• A fonte de tensão está com a entrada conectada ao potencial mais baixo (terra), provocando
uma elevação de tensão VrVf =−V f , e por isso está na configuração de fornecedora.
Potência da fonte de tensão: PVf =Vr Vf . I Vf PVf =(−5 V )1,5 A ou PVf =−7,5 W .
2
• Potência dissipada no resistor: PR =( I ) R PR =( 0,5²)10 ou PR = 2,5 W .
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Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto
Potências:
2
Resistor PR =( I ) R PR =1 x 10 ou PR =10 W .
Exemplo 2 (fig. 4 – 29) – A corrente absoluta da malha é definida pela fonte de corrente
I f = 1 A , que impõe uma queda de tensão negativa sobre o resistor , fazendo com que o sinal
algébrico da corrente no braço do resistor, e também da fonte, seja negativo I =−1 A :
Vd R =( I f ) R ou Vd R =(−1)10 ou Vd R =−10 V .
Como a fonte de tensão está sob corrente algebricamente positiva, mas reversa, haverá uma queda
de tensão sobre ela: VdVf = [(V ⁺ )−(V ⁻ )] VdVf = [5 V −0V ] VdVf =5 V .
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Potências:
Resistor PR =(I 2 ) R 2
PR =(−1 )10 ou
PR =10 W .
Método convencional:
Análise visual das duas partes do circuito:
• Lado esquerdo com duas malhas:
◦ Uma fonte independente de tensão V f 1 = 10 V , com a entrada aterrada e com um
resistor na saída R1 =10 Ω .
Apesar das duas partes estarem separadas, tendo apenas o condutor “terra” em comum, há uma
interdependência funcional entre ambas:
• O parâmetro de controle de V f 2 , no lado esquerdo, é a tensão de saída da malha do lado
direito V 0 , que será também a tensão de Thévenin Vd R 4 = V 0 = V TH .
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Para obtermos o equivalente de Thévenin, pelo método convencional, primeiro calculamos a tensão
de Thévenin V TH ou tensão de saída do circuito com todas as fontes funcionando, e depois
calculamos a corrente de curto circuito I CC . Com esses dois valores podemos definir a
V
resistência de Thévenin: RTH = TH .
I CC
1) - Calcular V TH entre os pontos “a” e “b” em circuito aberto V 0 na malha do lado direito do
circuito.
V TH
Vd R 4 = 8( 5 I 1) ou V TH = 40 I 1 (4.01) onde I 1= (4.02)
40
Na malha primeira malha do lado esquerdo, pela Lei de Ohm, a corrente I 1 é dada por:
10 V − 3 V TH
I1 = (4.03)
10 Ω
V TH 10 −3 V TH
Igualando-se (4.02) com (4.03), teremos: = m. m. c .=40
40 10
40
V TH = 40 − 12 V TH 12V TH + V TH = 40 13 V TH = 40 V TH = ou V TH = 3,08V
13
(4.04) .
3 ,08
Substituindo (4.04) em (4.02) vamos encontrar o valor de I1 : I1 = I 1 = 0,077 A
40
(4.05).
2) - Calcular I CC (corrente de curto circuito):
Ao se fechar “a” com “b” na malha do lado direito, o resistor R4 = 8 Ω é excluído e a tensão
Vd R 4 é zerada, o que anulará a FTCT V S 2 , no lado esquerdo, que assim, poderá ser substituída
por um “jumper”. A corrente de curto circuito, na malha do lado direito, será então: I CC =5 I 1
(4.06) .
10V
No lado esquerdo, com a fonte de tensão controlada em curto, o valor de I 1 será: I 1 =
10 Ω
ou I 1 = 1 A (4.07). Substituindo (4.07) em (4.06), teremos: I CC =5 x 1 ou I CC =5 A (4.08).
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Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto
3) calcular RTH
V Th 3,08 V
RTh = RTh = ou RTh = 0,61Ω .
I CC 5A
Exemplo com o mesmo circuito (Fig. 4 - 30), mas utilizando-se a técnica da fonte auxiliar para
calcular a resistência de Thévenin:
Inicialmente anulam-se todas as fontes independentes (curto circuito na fonte de tensão e circuito
aberto na fonte de corrente), mantendo-se as fontes dependentes.
Conectar uma fonte auxiliar de tensão V A ou de corrente I A , nos terminais (a) e (b), sobre
R4 , de forma que tenhamos a tensão de controle da fonte de tensão dependente V f 2 , e assim,
podermos calcular I 1 , que por sua vez vai definir o valor da fonte de corrente I f 2 .
23
Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto
Neste exemplo, usaremos uma uma fonte auxiliar de tensão independente V A = 10 V , cujo valor
será a tensão de Thévenin V TH .
V f2 30
A corrente I 1 é dada por: I 1 = I1 = ou I1 = 3 A .
R1 10
V TH
A corrente do lado direito do circuito ou corrente de Thévenin : I TH = I f 2 +
R4
V TH 10
I TH = (5 xI 1 )+ I TH =(15)+ I TH =(15)+1,25 ou I TH =16,25 A .
R4 8
V TH 10 V
A resistência de Thévenin será dada pela Lei do Ohm: RTH = RTH = ou
I TH 16,25
“A condição necessária para que haja a máxima transferência de potência do gerador CC real,
(equivalente Thévenin), para uma carga dissipativa, é que o valor da Resistência de carga R L
seja igual ao valor da resistência interna (resistência de Thévenin) r do gerador”.
Na figura 4 - 34 temos:
24
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• R L=∞ ou circuito aberto: a corrente será nula I =0 A . Neste caso, a tensão nos
bornes da fonte real é dada por: V = ℇ .
A máxima transferência de potência para a carga é uma condição definida quando a derivada da
potência na carga dada na expressão (4.5), em relação à resistência de carga, for igual a zero,
conforme a expressão abaixo:
dP( RL)
dR L
=ℇ ²
[ d RL
]
dR L (R L + r) ²
=0 (4.7).
A derivada zero é representada graficamente na figura 4 – 32 por uma reta horizontal e tangente ao
ponto de pico da curva PR x R L .
d RL
A derivada da expressão (4.7) será resolvida pela regra do quociente:
dR L (R L +r ) ²
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Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto
[] n
d
'=
(n ' . d )−(n . d ' )
d²
(4.8) onde n = numerador e d = denominador.
dR L
A derivada do numerador será: (n)' = =1 . A derivada do denominador será:
dR L
d (RL +r )²
(d )'= , e nesta expressão do denominador aplicaremos a regra da cadeia:
dRL
d
dR L
( R L + r)² = 2(R L +r )2−1
d ( R L +r )
dRL [ ] como dr = 0, o denominador será: 2(R L +r )1 e o
Primeiro termo: (R L + r ) ² = R L 2 + 2 R L . r + r ² ;
em (4.7), teremos:
dP
dR L
=ℇ²
[
(−R L + r)
(R L +r )3
=0
] (4.10).
A expressão (4.10) será nula somente quando R L = r , pois anulará o seu numerador. Esta será a
condição em que ocorrerá a máxima transferência de potência do gerador para a carga.
PR máx=ℇ²
L
[ RL
( R L + Rl)² ] P( RL)máx = ℇ ²
[ RL
(2 R L) ² ] P( RL)máx = ℇ ²
[ ]
RL
4 R L²
ou
ℇ² ℇ²
P( RL)máx = (4.11) Como a potência do gerador é dada em (4.2) por: PG = ,e
4 RL r
usando a condição R L=r para substituir em (4.11), teremos:
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Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto
PG
PRLmáx = (4.12) ou PRLmáx =25 % de PG .
4
ℇ² ℇ² PG
PT = como PG = teremos PT = (4.13) , ou PT = 50 % .
2 RL RL 2
P R máx .
ηmáx. = L
utilizando (4.12) e (4.13), teremos:
PT máx.
PG
4 PG 2 1
ηmáx. = ηmáx. = x ηmáx. = ou ηmáx . = 50 % .
PG 4 PG 2
2
27