Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
"
GENIO E DESGRAÇA
JOSÍ A~Tl~JI D
'( lJLJVElRA
1.0 VOLUME
têNPJ 00.07ô.359/0001-4il
Fftiica ~'ossa Sra.da Ccnceic~o
Praca Fausto Cardoso, 4o .
1 ~r.t:-e, :- CEP: 49500.;.ooo .
. L..Jta~1ana· - ~rgipe ~ · '. 1'
IMPRENSA OFICIAI,;
ARACAJU - "1941
... . ...
.
'
/
\
•
'
1..
1
11/ ll l
'
em nome de dergipe
oferece e ca11Rn9ra a
.s:l1110~.
• .,.
. .:.~:.
·~
TANDEM., · F ELl-.X 1
,
...
.. · -11- '
..
' . .·.
.
............,
J ' ~ , -, 1 ~
'·
·.
- III -
.. .... i
1
...
tnn oouc:o <lc ltiz na curut governamental, escurecida desde o mag.. ·~ .
nicídio elo orimeiro gencr;\l do Mundo. r .... .. · ~.
,
1, •
.: ..l
Prim~iro oocta e primeiro artista cfe· seu Império. foi Nero : 1-
·~·
Qttem revetou ao universo o estetismo. Seus vícios e seus crimes :
E"moalidccem. de mr<líocr~s. ante o~ vício~ e os crimei; de ~cus :m· '
....
".i j
tc~c-~~ ores . Al't'uêm iá afirmou nnc "a má reputação .:te Nero. n~o
tem uma origem ética. nem política, ma~. tão s6, i:cliid,.,sa" e. por
i~~o. ~ ch:\mado o maior monstro da História. aincla que tives~e
talhe de não trair a seus crimes, nem a seus defeitos 1 .
. Porém Jt'11io Cl-sar não protegeu a Cultura. poraue Be!ona o
não consentiu. nem Nero o fez, porque não admiti~ rivais,. ~cecão
com as mulheres, e tanto que ousando Petrónio chamar-"e tif'bitr.r
,.frmmtian1m. o que constituiu pcrisrosa rivalidade com Cl-s:ir, foi
forcado R mata r-sc. mas o fez com tal maneira, que consegmu tur-
bar à vaiclacle <lo orimciro Esteta, que di~so se sentiu até seu "quod
crtife.~ pcril t" Os imperadores pretorianos, vindos dos ar.amt>a-
mentos. sem nenhum ·valimento cuttura1, f ôram sucedidos retos im-
peradores pebleus.- que nada deram de si e tanto que chegou a \•ez
de serem suct>didos pelos imperadores c~panhoi~. que deram, outra ' '•
vez, lustre ao Imnério, mormente com Adriano, denomiMdo o ~rego, .. .. , ... . . ~. ~ f .,. •I
( ~·
••o(. .. .
•
-IV-
• ,.,. la • . •• • ~
A" 1itnni:i ~ o~~1:in1ca .
('1"1
tfn
n Ctof\t\('t"'t't"mtt~m() c:-nf<'vaclo de- nor rin. ~ p nércío r~m
HrMilo Vário. rom a f'lan$Z'ênda <"11:\rckr.entc <1(' · m" · • rto-
. ... ' t 1 ,.,., ..., .. <fa nen<'l. arnr:t ~~
..1(', ("fl~~ ~ <1<-'-en;i41 º"' m!'I•• '"' rn.. 1" "' tnf1'tn
ott~nt<'.~ "At:Yin~~ c1~ HTST(')RTA RO'P..f A.N A rom 1.7,u, c 1
n ~~> ~~-t"•ht:
m~s <>rm~11irnr•r1>11f(' c1;,1<7t1,,'rn Titri T.ív10 mnrf\v. •1 ·.1.v:i • ·f f 0
<f~nte <l" Aootônfa e sohrinho cfo J\11io. nue nre~t11?t.:\V:t ~,~eu 11 tm
• t • t ft
C:('('f'<'tán". 011c "~ o ~ orio~o ~rrnn <!' º'""'. ' ··· · · " .
1 1~,.,t1""1ª ()f ,.non
· ~rntn- 1
tól!ic-o <ianuef(" H<'liC'On ~;\~melo, rt:wuelc:- Pin<lo ~rand1füo. <1:wu~ e
~xaft;.;1te Parnac:o. ou~ foi Roma ~tt.C?"ttcta ~ divi11:1 .. tran!'lfon~.:t.tfa
""r M<"Cen~s. o ·criartor de ~g11in~. <'111 e~pkncknt<' rnsr1ral das filhas
rl<- M'nem6~ine !
'F.' oue 1vfrcen~s ~~hi;\ nm• uma n~d'io ~ó /.. ,:rr::m~~ c1u;J n~o ral-
rk~d::i. na :tric:tM.~c-i:t nn tal"f1t() e out> ::i e~c:a catrl?'ort~ podena ('h~
~r o mais hu milde filho dl'I f'QVO. nuanclo i•1te-1i~entt'mcnte a11x1-
li.:1tfo fl<'fo "'ovêmo. rnsi11:uirln-lhe a 1,.,., cfan<lo-lhe ótimas c~rofa<.
Orl('l1t~11<fo-Jhe na Viclct 01'1hJÍC-a, C-PrC'aJlrl()-0 <lns OrlOCÍpaiq m~ÍO.C: de
~uhsi-.tfncia e o orot,..l?'endo na c-ultu1-a cfas hô:\c:-]("trac;, C'stimtilantl•"'>:o
nas c-nn ~al!racõcs solen<'s aos ele outras pretéritas g<'raçõec;, que fo-
ram ilus tres. ·
Tnfrliz a Pátria oue n fio tem um 1..fecenas par:\ seu pôvo, por-
que nem sempre o rko se preocuo:i com ~s sortes libcrnis. 011e .t<cnto
n ª~"t'fl"m e oue tantl'l a <'l1!?r:t•1<l~rrrn . " Pedn.<: Cff f11'nff düertum
facit". Sim é o coração quem eloqt'1cnti7.a. mas nunca o faz quan<lo
~ e alar(!a pelo reconhe-c-imento êsse 6rj?ão do tl.mÔr, pnic; r1ue. oua11d0
i~so acontece. se restrin~e a inteJigênc-ia. afirmou T nbias Barreto.
o que é puríssima verdade, se é que alguma coisa seja verdade.
A Renascença muito fez em
pról 'elas · bôas-lctras, · nJ.s sua
preoc!fpacfio s~ adstringia mais ao feito que ao· arquiteto. Como
na Idade M &lia, que só Jegou ao univ<>t'~o uma noite ilun~. ol~na
d e barbaria. não h avifl o auxílio m""cirnir.o. nue vies:>c Leneficiar· a
uma classe desprotegida, animando às bôas -letras.
Vafr a J><'na acr<'sc-c-ntar ''tte ôssc indiferentismo ·,1. in~eli.~'~nc ia.
que predominou na época mode rna e <IUe se alastra n os di:is fluen-
tes, muito ha contribuido para o desgôsto íntimo d os capazes
não aproveitados, a cujo cont;\g-io outros se sensihilizam e ...ta ·re-
v<Jlta cspiritmtl, se gc-ncra liza o dC'scontC'ntamento. r1u~ fogo ~e ini-
cia a r<'voltar-sc contl'a o espesinhamento de !ndif~· rcnca do Es-
tado e, em resulta, surgem protestos. que se apresenta m em nome
4c formalísticas lihcrdacles elas massas.
J\lém ck- virrualm<.'nt<' lmm p:tra rontl·r os ímpct..~s d,> cht>fo,
~kccnas foi um h úhi l político, porque souuc cont(•ntc:lr ao pcwo,
c ulti vando-lhe a inte li[.:'ênr ia, protegendo-lhe os valores c1w1..'rgo -
nhados.
1. ~ Castra Sla~·h:a ou a Ca11~/~oe l~e.'1iouis. <,md-! o <lcsprcnJi<lo
Ota~10 Augusto . v1v1a com o of1c1oso amigo M.:ecenas, qu,~ se ro-
deava de porta·hras e de todos os cultores da literatura cm ~eral
P!·cstan<lo-lh~s . toda sorte de valimentos, são, a tua lmente em Ser~
~be, -Fº
P~ lac10 "24 de Oitubro ", que deveria -:hama r·~e J '«lácio
. . . ranc1sco de S?usa ", onde, como digno Inte rve nto r Federal
t <.:lll sua aposentadona o exmo. sr. dr. Eronides Ferreira de Car:
- v-
'N 1li n . ll QU<'m n P~'<"'Jl J n(:é 11<- Gt'.1 s D uMtt i~ d :H~ií~ô\..I~ f' atf\.1 -
' " lnlr·l '\<', c\c " ll ''''l"('ni -C •.,r &\c:\n ...
1\ it\"" h..,i .<' ". ~l l;t flo. n t-1n lit f'll.'1"<'1ro o t-.::l r~ str~i ~ nQ 0•1a n<lt'\,
~'"" <:'1nfff2·•:ln ll\\c \ rc e M'> h hbi l h m l'l1"tC'iro. ch~ mn\ t 3 ~~ \ m . p.')i• !'\li~
'" ~-.n~pt'\~, ·~ m ,.,, ,~r~o~ ~t<:t~ de h<'l'K'mertn< i ~ , Q~f CAm<l n~I ' · o .
' · '-~ ~,, ' "('. ~ ni 1.'>h.· ~h:4 e t~ iora o d~" le, q uer c o n..v c:h<"t~ <l~ E • -
\~, \"\. l h ' Qnal ~e clc-d i"'" C'<"'m vC' ro patrio ti smo, gt.'THn~1i-·ln a <1('11q
~'\:it1·1('11.'"lS !'Cm ó li\°'l C'U ma lq ucrc-n~a .
l i,·m1C'm C'\llh"". nat uralmente ~ue a vid.t in t r kc.t u..~ti~t~ ck S<' r-
;. \f'C m uito lhe intcrc~~ e. J'X) f vezes, lu 'lUÃ ili ~<l.l, de~ \n'tcre$~Q
,\~ m<.·nte. a ,.,\ri0s pat rícios rultorc!' das hô.u ·k1r;u. ar~™!' prcr'l-
<:-n1·;..~), ~e dn·;a r o nome de Scr~i~, co n ~crvantl> . \ !1~. p<"lo fl'\4"nO.• ,
e lm•trc de berço da intdigcncia.
A~ s\ m ~cnd ·""· nad a temos a cs tra.nhar o r~it~r~J.) C<l tí., ~uit e
~ <'i:tu ~e io-ua c:xcclénc ia c o m o autor 'lC!'-t~ clc~prctcnc i -:1!10 tr a l~ l h(),
i .. n ;;,. nd,1-:-c <lék prot C'hH' e i s~o se m 'JU.! •1u~..; ~c m·)..~ ~,1; ,, t~ r -l h ·
o p 1T.Yidcnci;;..I aux ílio. E' bem po.ss: v ·~ I q ue o <lr. Erl'ni'k~ de
C.r v4.lho se rccor~s c. ao man<lar c<litar nosl'O hi m.ihk 1.ilivr .
da::. i~l"-r.s de Rui llarbosa com rcíc r~nda a JoaQu im ~ a huC"o ,
c.;~ic IlO<km ser 4.plicadas com al usão ª · Tobias Barrêto :
Sé-ja como f ôr. o po:'i ti n1 (: que s 11a c x.:c l ~· 1h: i a , lev.ulo . rn11 -
o.1.me.ntc, peJo huníssimo cur:.ç fto de ,;cq; i p:111u ou, . md hor, <l. ura-
:.l ki ro d igno dé-~ tc: u c•m<', a.111;1111.lu e z el.ltl\lv à ~\ ó ri .\ cx<"<.·l)a da
; n.a1s p n .>l Ul)l,l:l ll)('JltJ}1 tlad\.• l,t'l'lli:tl d ü fl r a sil C .l d <."tnOll H fa\io !é
u GUC J Í:t frz c·n1 prol d e Tvbi:.s lJarrêto, a cab.l de orck11:ir a im-
p: c.s:.âv <lê-~t<.' trabJ1ho, o que, mais uma v ez, o to rna b'\~ n uinlm<."ote
<. ,g-rn1 do a~J\ome justís im0 - ~ fEC EN AS S EHGU' A X O.
~e o c-m11 C"nte e c-sclarcc1do dir ige-ntc pvlitiC'v ,lo r: Hado d~
5erg11..e só recebe, h oje, os ucs,·alio sos agradê ' tll~ llt ~ do õutor,
l"J:.:- ivd M "I {1 que a pus te- r idad<;! pá t ria o a be ll (\.~ {lt'lo rt"l .; va l1 t~
><r v 1eo pn..·:-t &tlu ils bóal>-k l 1as 11 acio11a1~, u ào 1~l o qu~ e3U, obr a
pos5.ua de, int dect ualinen t c, ebCl)ff(' H a e ll l:' lll dis~ o tt'lli''l.> p r '-"tl;'H-.'.'h.)-
~1 dr..dc, a 11 :.u :.-.: r 41U\.' é l1 J;~ 1 Hl , :-(·1u o i1rcj u1.tü •lê a::.'> ..ll..i1 i.:4J.\ e ,
,,,tl,;; U •t.·.uv:. , do: e,.,, 1 u1111•Hla p v 1· a ..: <&11h;,nlo / , ,$ U't!i11tS11•u. l ) 4 ~ 1~ a
u~ 1-Laê.,u..-on:it1 a , c 1n vc 1 o.. l i:H.k, nu 1u tu ro ~ ãv os U\ Úu 1<:r"~ r 11n,• l1v~
d.úcuJ1 i<:ntuio u u .' J1 L(J> (JUi! &lca n \1.1i. lu111~ . v"kH\.lv, a l11,Ló, l)':' k>~ d ..\rv.;;,
'.JUC ;d,., r i11 u,1:. 111..1 v b i.l lll U Ll" i. 11p1.:1 - h v1 w : u1, \l\l\! fvi 4 ~ll\t ~llC 00 -
t>D.!\ Jú-LJJ..:.~L> l<A (... /\.
All1\u, . ........ 1t é.t 11a....:. <> g t· ~tv Íll<A11t 1,)pk -o <le noi;::._o ll\t!('e1l~s. ~)0r-
4ue o M11..c'111v> m ç ti1>1.·i Je h u1111lha1 · Hv > cvu1 " im•:d:t.· l~ 11,.1&1 tdll.l ,
n ;c ~J110 J~v 1 t 1tJi: .. u .. '-~1.-d~ u1: 1a u <.& v e " . muula <lo v-,1;..kr la.uno, 111.· m
o iulwr 1.k•lt li\IV V110 1u u.-u.a d~ á t h..v, m.4~ ele li.vt.k "t;.:1, cv'''"
C:. o pív l\. lVf U .:l l> h .\ 110, " " "' ''"''' h ' ILh.Au.O• a (> f~:)\.l·l~:l'.> ,,~ fw:~
1..-lum vu v rv t.l .:•d v Uca\J llt'le 'JU\; ~:w:a1 o v u v 1)V\l\: & . u1h'l\''' 'M l 11v
il11 vf1 io ú c ÜL-4 \ ~ v A\l.~ll>tv , \.1 ubv1 " o t1 Ui.v d~ C a11l LvtJ.& lJt..1... :i•\
1q Jrc.·i.e1nar, n • w t'hv f 1••rUcula U4 l ' l:<lcril\au, 14v ~ ''" ,L.A F llu-
• vÍla e Jl<A t.trra Uv• líllHH•t••· u .v • ~••W~Htv. cu.l t uu.l n~~m\ç ' kJh·
...,
~
(
''
-VI
E
tico, do salvador desta Pátria, que é Getúlio Dornelas Vargas,
a quem, em nome de Sergipe e por seu jlustrc Interventor, ofere-
cemos o presente trabalho.
Concluindo, reiteramos nossos sinceros agradecimentos ao V?.-
Iuntário mecenas <lo "TOBIAS BARRSTO, O DESCONHh;
CTDO ", ao bem querido dr. Eronides FÚreira de CarvalhQ, mui
digno Interventor Federal do E ·s tado de Sergipe.
E' o coração quem cloqúentiza, pois desse órgão do arnôr
é que nos saem os magnos 1>ropósitos verbais: "P"clus <!SI 11uod
drsrr/ttm facit ". .
•
••
Não nos propomos a escrever prólogo. · Se houvessemas C'!·
crito trabalho a-cêrca-dc um intelectual qualquer, natural é que
tivéssemos o dever de desculpar-nos dcante do público. Impelido
lJclas injustiças e pelas inverdades :que se ha feito em-redor-da
personalidade da maior cerebração brasileira, sem o que não te-
ríamos a ousadia de aparecer cm público, fizemos do amôr iôrça
e da vontade inteligência e, assim, achamos que o livro presente
diz tudo o que pensamos e sentimos de Tobias Barrêto de M~neses,
o genial desgraçado de · nossa Pátria, que, infelizmente, tem, at~
agora, a vida empanada pela obscuridade. Conseguimos, de algum
modo, tornar claros alguns traços obscuros e descrever-lhe, <lo
notável patrício, a vida sergipana completamente inédita, acre-
cl'ndo c1ue lhe defendemos dos ataques claros e velados de admi-
radores românticos e de falsos amigos, porque aos inin:iigos não
clamos tréguas, c1uando pudemos destroçá-los, reduzi-los ao que
va.lcm deante - de um homem, que foi o maior de sua pátria pela
inteligência assombrosa de seu saber e de sua cultura, por isso
mesmo combatido pela lepra de Zoilo. Além de negado e:m suas
~abenças, amesquinhado socialmente pelos brancos e .pelos ricn.r
dêste País de mestiços e de pobres cnvergol'hados 1•••
Poeta mavioso, <lc lirismo doce e suave, que lembra o Rio-
l~eal manso e murmuroso, cantando sinfonias melancólicas, hino:>
ardentes, suavidades nostálgicas de dôce estupinga, que é a sau-
dade sertaneja <lo nordeste brasileiro, dos caatingais nativos.
~úsico :. ~antor, _:;ua voz de barítono, quando se fazia ouvir,
enchia o ambiente de tal entusiasmo, que ninguém conseguia olvi-
clá-la .e a prova está nos macróbios de Itabaiana, que a relembram "
com intensa saudade; executor, fazia-o como primoroso artista
<i.rrebatando ao feliz auditório; compositor, escrevia-a amoldan~
<lo-a às próprias P?es:ia~ e, mais,, ~eus conhecimentos ~hegavam a
tal alcance, que chscut1a, em critica arguta e severa, acêrca-d~
qualquer peça dos maestr?s mais s7le~ionados e, por · isso, mereceu
de Carlos Gome.s _os maiores enconuos, que um gênio pode tri-
buta·i: a outro gemo. .
, J ornali~t~ c~entífico, sua pena burilava artigos extraordiná-
rio~, de ~e1çao mcom11.11'!1•. ventilan~o, magistralmente, questões as
mais palpitantes, em critica . superior, com loiçanias de apurcsmos
/jpos e de requintado humor,
...
-Vn-
' ,. . . ·~." " • ' • ( • ' ' ' • 4 . ... .... , . . . ..... ~., ,. .... • \ ""';. . •i( • ' •, • ~ • " ~......., ~·~ tjl. ~ ~
Publicista de escol, sabia dizer, com alma, tudo Que lhe viesse
na idfa, por insignif icantc que se prestasse o assunto, tal a clc-
vaçfü> <lc vista, como o encarasse.
Orador, <lc:clamando versos ou discursando, ,manejava a rct6-
riC'a ao capricho <lo seu poder e, cioso da voz melo<li-Osa, pouco <,
fazia, só .quando im~lido pelo entusiasmo, instante feliz que arre·
hatava a quem o escutasse.
Cientista, como filósofo-jurista, foi o embaixador da culturi\
de sua Pátria, sem dela sair, nos cenáculos de sábios da Frarn;a
<', notadament<:, da Alemanha, de cujo país foi nomeado doutor e
catedrático de uma de suas universidades e era sócio de cluh<!3
C!<!ntífie-0s, tornando, assim, <' nome do Brasil em relêvo no e:;-
trangciro.
Estilista, sua prosa enleva e prende com o dulc;or de inverno
listrado; com a solacidade dos com~iros de oitubro.
Poligloto, não se limitava a só conhecer línguas, estudava,
a fun<lo, a respectiva literatura, espremendo-lhe à essência, tessend•>
juizo seguro e exato sôbrc o que lia, em-tôrno-do que melhor se
lhe deparava nos países adventícios.
Crítico literário, manejava as armas "deante das quatro ~e
g\\intcs ordens de fenômenos : ohra!'i vivas de autores vivos, obras
mortas de autores mortos, obras mortas de autores vi vos, c..bra."
,·iva!'i de autores mortos•·, escolhendo, para a liça, às dasscs ex;.
t1·cmas. porque mt'nosprczava as intermediárias, que lhe não me-
reciam consideração, salvo a terceira, quando o autor se empavo-
nava da <lef unta, por que êlc o abatia e aceitava, com restrições,
embora, •·o caridoso consélho" elo "católico José de Maistre ".
<w afi rma r que .. a consideração do que é pessoal, o chamado res-
1>eito <la personali<la<lc, não sêja mais do que uma ilimio f r11m:êsu.
visto como, dizia o hom do carola romântico, 11e11i\l .se tem ftito
co11tra as nf'i11i<irs r111q1u111tn se 11<fo atan111~ a.s prssôas ". Daí, S\1as
íamosas polémicas, nas quais expemlia doutrinas e <l('strnia, sapi1.•n-
tcmcnte, com argumentos irrespondíveis, o que ousasse 'lc('ntuar
o mísero contraditor.
Ninl{l1l:m, até hoje 110 Brn:.il, foi senhor, ele só ver., ele "'"ª
t ::..11tos haveres literários e, assim, sen<lo t>edci to po\igra(o, natu-
ralmente que {ôra élc, Tobias narrl-to, o escolhido para re(W('-
f.entar o cimu intelectual <lc nossa Pátria no sé('ulo X l X, Que foi
IA·m vivido pelo bral>i leiro m{tximo, pois que morreu antes d\! pro-
d::amada a Hcpública, quamlo, 1>ara nós, se inicio\\ o século XX ,
que é, em verdade, seu século.
Ao século XX, no Brasil, devia-se, pois, chamar de St.CULO
TOBIATICO. A talho de íoicc, vem-nos, à pena, a1)ropriada alir~
111ativa <le Var"'as Vila:
"J...os dioses se van, d ijo lleine, viendo morir a Goethe ;
cada civil ización, o al menos cada é1>0(a, Qrita así, vicn<fo
morir ai .rc!nio que la e11ca11tó o la sinte1izó;
la Natur~lcza se cn c ar~a de curar c~te ateísmo vindo de idvlos,
ll t•nan<lo cl templo vacio;
cada 11i1:ilo ticnc liU conscrha de dioscs ".
Wucm, uo JJrat>il, é <.li~no de a1>rcs,ntar·sc c<>1.n Hll' !rli'o
.·
. .
-VIII -
,·
poI1t1co · trinta
escrito · , que possa ser inserto com att.:=i·
anos atras 1
' '
li<lade? Quem, senão Tobias? t Aluda-se, com provas, a v utro 'JUa •
<1uer, mesmo a Rui Barbosa 1. • • 1
-1~ -
t ntoou a T<"'hias Barrêto êstc hino de seu entusiasmo sadio, do.. •
ucntc, de a.utodidato:
º Que mal pode haver no autodidatismo quando abre i:1c mes-
mo tãv va~tas perspectivas aos que se aventuram às lides do tt~bcr 1
Não es.tá ai o meio adequado à pesquisa de· nO\OS ··aminho~
que podem sacrificar uma vida mas beneficiar gerações intdras
t'm compcnsa~ão?
Não é esta a missão da inteligência creadora ou simpl~snl.cnte
l'C\'Cla<lo ra ? .,
Por experiência própria, perguntando isso, enleva-nô~ o pro-
fessor Franco Freire quando canta, referindo-se a seu gênio, .. que
ficou nas nossas letras como um padrão de clareza, de vigor, de sin-
ceridade, no meio de sua época dominada por aquel:l florc!.la es-
pessa e brilhante de meta.foras, aquela rct6rica artificial, aquela
d<>Quência gongórica, tão do gôsto clássico " :
.. Para forma r essa mentalidade êlc contribuiu tangh·elmentc,
com os fo rmidáveis recursos de sua cultura, feita por si mesmo,
<lcut ro do Brasil ". '
Porque o sr. Hermes Lima é gramático, pvrqu~ o sr. Hermes
Lima é um jurista, recordemo-nos ela afirmativa singeh de Duanc
1' unes de Leão, que não conheceu a gramática ~e João de Bar-
r~, dada a lume cm 1539, mas que se autodi<latou no assunto e .
ao dar ao público seu lídimo compêndio, em 1576, dizia: .. Tentei'
ensm.ar a.os meus naturais o que eu de outrem não pude aprender".
Nada como o poder de associação e, ~r havermos cit;.do. ao\ '
g ra111ático segral, temos outra prova a aduzir e essa de planos ilu-
minados, de regras onde só pisam os gênios, <>~1d.:: s6 vivem os
Tobias Dar ré.-to, longe, muito longe de onde vivemos ~u. o sr.
H ermes Lima e outros tcrrícolas das bõas-lctras. Fa<;amo-la >'t-Sta
pergunta, que é a suma destruidora <lc que o autodidatismo é i>\enl)
de ddcitos ou que ' enha graves arranhões. Vejamos:
Que foi Portugal sem os LU S fADA S e qu~m foi Camões
senão autodidata genial, que criou, na rút ila exprsessão tl~ f 0bias
Ba rri:t-0, à línKua de seu país, <la 1..ísia bcm-,<1ue ri<la, dcl..l que, se-
g undo o 1::cnial M estrc, saia <las trevas, mercê <la " mocida<lé VM-
tus.;uêsa ", qu1: nela via ··impulsos uobres, tcnd~ ncias meritú1 i.as,
que a c alJar~u 1><1r dar bons rei.ultados ", prof elita va -o c,un ab:,0-
luta segurança, sem ódio ou malquerença ao iX>vl) irn1ão, cvmo
in si nua ra, fa1. p1 1uco, um <lêsscs seus onococrotcs, i~sa r <le con-
!<:i:.sar, tapui o e bvcó, que nunca lhe íuss. ra a obra 111
Deixando, porém, o pacóvio metade pórco metade j ,1mcnto
cm seu k1lo de lixo, <ligamos de uma véz que Tobias Ilarrt tQ fvi
um vcrcfa<leiro peda~º"º e tanto que, quando Rui Barbosa, em
J&&J, três anCJs antes <lc morrer, vert era para o ven\ácu\o a 4• ,•di·
çt.0 elas '' l ' J{JM E IHAS LJÇOL':S I H~ CO ISA S" dé N . A. Cal-
k ins, cin 181AJ já ToLias Harn:·lo falava no t'usino l' rimt\ri,> <'b ri ~
~;itório como n c c hi.i<l<lu~. Jiv is <JUI! ._ l il>cr<laJ~, di,ia. a o;seut.wa
nn cl irtito, 1ninii.tr;ui<lo-ac às crianç;u liçõc1 com im~.; cu", figura~ e
ci,tampas, ttu<lo o prC>fni>or li vros apro1>riaJ01i 1)ara o \!UI! na F1 tm·
t;a se chamõtva liçõcit de coisai. ", na Inglaterra de •1 liçõc::s pur
ol>jétos ", na Alemirn..ha. de "as~cto" e no» Esta<.lo• Unidos d~
.. ,
...
i
G
41
x _. ~
'
'
• - XI -
• dinlinufr . \hc a cultura. sem darem ncnhum:l prov:\ • ..-.baixo do ~et•
t ipano d~ Lagarto. que nisso, realmente. lhe foi n~ior, porque La-
garto ~ cidade mais pr6s~ra que Campos.
Xo livro elo sr. Hermes Lima há pouquidades tamanhu que
nos rc,·oltam. E' capar, por exemplo, de chamar a Tohias .. de
hvmcm positivamente perigoso" e de caluniar ao grande dcs~ra
~ado, a aiinnar que êsse, ··a rigôr, usava armas proibidas·· ! Po-
ré.m i.l só merece dc~prczo. Cavalheiro de fino trato, vivcs1<lo AA
mdhor sociedade ~rnambucana, Tobias não tinha g~itos lampcõ. .,·
nicos. Certa {cita, cm meio a certa luta, qucixar:-.-se de que a
l"'rtc rontrária "carecia· de provas, afim de coníurnlir-nl)s com
a nossa placidez e a nossa magnanimidade advcrsflrios tacanhos,
que não cessam de pi~tar-nos como desordeiros " l
Em Recife, era mais fácil frequentar-se as rodas de palácio
C}Ue as de Afogados, pois que era Tobias cxigentísr,imo, sem ser
f át\10 ou orgulhoso, na intimidade de su• ca~a. ,
P orém, onde o sr. Hermes Lima se torna digno e.te piedade é
quanclo cai na trivial afirmativa de que Tohia:i u.sava, a · rigôr, ar-
'ui.s proibidos .. senão pela lei, mas pcl.:>s C1)Stumcs da cidade <tuicta,
p;itria rcal, respeitadora". ·
Ora, qual é a arma que a lei não proibe ao conttaventor? ! Se
não era das tais, por que feria a usada por l'obias áquch socieclade ? J
n~ue arma era essa, entao - ?I
.....
Mais tolinho. muito tolinho ainda, é êssc bacharel de armas
c.ue não são proibidas por lei, mas o são pelas famílias, quando se
sapienta: ··A' semelhança do tavão socrático fustigava-il e inci-
tava-a a abandonar a seu conformismo•• t
Era essa, a crítica, a arma com que, cm ngor. v1v1a Tobias
Barreto? P o rém isso é escapatório para <ldxar, C•)ntudo, má im·
pressão de Tobias como um désses sttieitos arruaceiros!
Deixemo-lo arma<lo ~ Tobias e comcnt\!mos ~ó a aquele •· ta\'fio
socrático".
Baianada para tapiar a nossos índios letrados, l·•mcan<lo sa-
J.enças ! Sóc rates nunca f11sf'igo14' e nunca i11ci' º " a nada 1 Que é,
porl:m, aquele .. tavfto socrático"? "E' ~o que a baia1~a .t''m.1: ·
Quanta trivialida<lc ! Tavão era a alcunha com 4uc o proprio !:>o·
<:rates denomi nava a si próprio e isso no~ iufonna \\' ill 1)un.nt
1id HJ STól< lA DA FILOSOFIA, à i>ágs. 33. Tavão era o pró-
1-'rio S6cratcs: ·• ú velho ta vão". Tavão socrático é i~ual, sr. H\·r-
mcs Lima, a Sócrates socrático 1 Por que não ~diú emprhta-.lo a
.. velha parcmia" do Freitinhas? 1•••
Tobias Barréto usando, a rig·ôr, armas proibidas, isto é, do
uvão socrático ou do Sócrates socrático, i~ual à .. Vt"lha paremia ·• ..
c.lc que era o Fr~it i nhas, só do livro prevemdo do sr. Herm~s Lim:i,
livro que é desafôgo a dei;pcitos antiquíuimo:1 l
H omem de bem, caráter elevadí:uimo, ao g(nial polii'rafo 11ão
~ possível acúmodar-ae na asquemsa moldura que lhe qui~ just<ipvr
h5e vl'lado e intran~i~cnte inimigo. Tobias foi de ontern e muita
gente q1,1c o conheceu u4' intimidade ainda vive, de aorte que a im1>uta-
<;ão do ar. Hermes Lima, com <1ue uão 1ail>amol6 <JU4'1 .~ ; ~. não
JY.!S<l ;i int<'gridade do p1aior liróf ilo mlcioni.1, que i.6 pos,.uiu tr'1s
armas, <t\.lc nunca vendeu a nada: o verbo tim6ho, a P'"'" liun:Au~
•
.· -XIt-
e a tira harmoniosa, todas à serviço de um caráter sem j~P e quas~
sem similar. Se quisesse ser · rico, ocupar altas ~o.sioes !'ª af°c
Jítka, era sb vergar a espinha dorsal, furtar o crano na~icin.
<l<lvogar administrativamente as pr6prias causas, etc., etc.·· ·
· No entanto, ao contrário procedeu. em toda sua c~rta cxist~nd:i,
porque, se f ôsse algo mais, assombraria o mundo, nao como \:ahn-
tino, mas como verdadeiro gênio.
'
Olhando com os olhos de vêr, tão próprios a si, C•">mo são aos
inci:1111p1 eendidos, mormente a !que se reforia ao Brasil, excJuinJo-sc
da barata demagogia, nunca foi um filósofo romàntico, <"0111•1, erra-
damente, informara.m ao ilustre dr. Pedro Calmon, mas um pen-
~ador genial, equilibrado nas mutações evolutivas, contdrio :to es-
petacular do que se prendia à Liberdade f órn11J:a, J1rêso à Liberdad~
.substância l
Ao jovem historiador informaram ma!, repetimos, e isso não é (
de estranhar, 'pois que Tobias sempre foi um incompreendido •ia
{.!eca<la. Irrequieto bem-te-vi, possuía a nobreza de carfller e. a dcc.i-
clida coragem de delatar alto os crimes contra a Pátria. CombaticJ,
<tJJOntando os êrros para emenda e, assim, ensinava. Rugia con•0
o leão, mas, passada a tempestade, era. manso, sereno, risonho e
modesto ao meio que o envolvia, efeito de su:i alma eletiva. Razões
plausíveis couberam a Artur Orlando, "o mais môço '' dos disd-
1mlos, quando alegou que "a sua poesia é uma fonte inexgotáv('l de
inspiração e de a.môr; a sua alma alada vôa para as alturél.s êo
pensamento como uma águia sedenta de luz ". (
~ste livro, corno já se póde depreender, é, principalmentl.', de
··admoestação e de combate, porque tal foi a vida de Tobias Bar- (
reto, dêle que nunca se inclinou deante-da fatuidade ou deante-4a
<lrrogância. Nunca se acomodaria ao papel de cegonha, que, humi-
lhada e silenciosa, esconde, coitadinha., a cabêça entre as asas, quan-
do se lhe depara o perigo. (
Ineditismo do Gênio
Sei· único, ser Gênio, elevar-se aos mortais,
ter a mente ocupada em eterno delírio
de altas Iucubrações, para o mundo é demais,
é a vida engrandecer com as palmas do martírio.
. Já
se lavram, no bêrço, os primeiros albores
com os i>rantos maternais, que predizem misérias
ao tristonho natal do aureolado das dôres '
• de quem, do padecer, não tem paz, nã~ t~ férias,
'
·· w ;; rnn:: :o-•TTrn r TTST ··m
. .... .. .'
. '
" ,. .
. ;..
4 •
-Xlll - .
." ....
...,.,.
A vida luminosa, ampla de excclsitudc
( .
, :·". '
• ;
.
~. ºJ • ~
'
Não 1)6dc um deus jamais ser de homem comprccndiclo, ,,,, • •: 1 -:..·
...
A críticos e criticalhos em sua totalidade, antecipa-se o autor l\ ' ... : ~
clcclara r que u5.o é litera to, mas, apenas, estudioso do passado de .... 1
..
..
" ·-
.. . :··..... .
'
.. ' ;.,
..
. .•
PRIMEIRA PARTE
·. •
..
•• 1
1
1
• ••J
. - .. 1
... \,. , l
'
1
•!
.. l
.!
.i
1
..
..
'·
. .. ..
·.
GENEALOGIA
nal Í:)ta, fácil será o estudo dessa ciê11cia., que ora se desvia para a •
aplicac;ão de sua thcoria ao que se observa entre nós. As chamadas .· -~ ':.~ ......· ~.;:
raças inferiores nem sempre ficam otra~. O filhinho do negro, oi.. ·:.-... ·-.. ;· . -~ '
do mulato, muitas vezes leva de vencida o s-eu coevo de puríssit:io .. . .. . . ....
sang ue aryano ". E' que Tobias, por acurados estudos, n1enosprczon . ..
. '
;v·gcnerativa <los raciólogos e sorriu dos peneiradores sociolatras, j~ ·h.~~ .~:.:-' J
. .
• - • •:
• "1
'
l'
...
ANI .~11 1
... .. .. -
CASAS PORTUGUESAS
lhllfor
N Um. 't
(;m .. l'tlh1•f- rJC' , th• ocM1>; 1vft• )
..
Ju•tt• • M •ode l .. Oflwulu•- "'· ta•IJ•I de Ut1lo f U.Ca•ft)
Nti:.m. 2
X .. U. Ofouo cta M• lu rl• Cttnh11 (Ue-.. .. wb• )
.
'
• Nú f"n. 4
N Um. !5
li.li,\ 'll•lll'hlllA ( l'OU'l'l r , \1 .)
X .. _ v... ~o Mnrlu n M um.> CpenlJd.cowo1)
1
X .. - 'hmthJuu M.arfun M ums (l•trudot.:.a wch)
1
U luo ~ B •.ur•tn _ G1•Jft'Mrmv Marlim Mums (trM94:.:•ós)
Núm. 6
JC ,. .- , - -Conçalo Nunes Sarre!o (lelradecavós)
N üm.7
1. l:<I UIA
X.. _ Gonç.J.fo da Sit.-a (tttd&e;u,ds)
' ti ff ,\ •11·:1U ' J•.Ut.\
S• b.1:th4o Muol!!I> tl•tr•lo- ,o . J u.u 1.t ct" $11.-.. (dodecawó~)
Nüm.8
O. ca1arona V11nna _ •
o1ou•> Munis Tores (cop1160) - (hepl~vós)
N üm. 9
Nüm.10
Nvm. 11
N.:Om. 12
Mu}Ot" P e fJru 1;t .. ,, . 1n d e Mtmeae a- - y - ' ltn.,e ncle,,a M arl• d e JeMftl (Pai•)
rf\rios c\l') Brasil. com a doirada lenda teasida na vida ,·crgip~c. <.Iu
c:unpoano p<?lo lagartcnsc. . · · .
De-feito, entre outras - poetizações criadas por Sílvio a Tobia~,
h!i. a Que o dá como bisneto do Homem da Natureza, Antônio Mun~s
d~ Sousa. o que nos faz rir da ingenuidade genca16gica de Sílvio
Romero, porque o hotânico brasileiro, como se depreende do quaclr~
i;enealógico núm. IV, cr'a apenas, primo em quinto grau do ~gm
íico artífice do BEIJA-FLOR., Antônio · Munis de Sou3a foi con-
temporâneo de Tobias, pois que faleceu quando êsse já era pro-
fessor da cadeira de. gramática latina de Itabaiana. Ademais, n~s
cido cm 1782, antes. do outro. s6 .cmcoenta .e sete anos, era m~o
demais 'Para ser ascendcnt~ tão afastado. Tobias era tetraneto do.
bisavô de Antônio. .Munis, capitão Martinho de Freitas Garcê3. . 1i
Também insistiu Sílvio Romero· em dar-lhe como parente pró- ~!
. xi mo (que milagre não foi avô!) do célebre poeta repentist'.l baiano ~:
Francisco Muniz Barréto. Remoto é o parentêsco, s~ndo que Sílviv 1'!
ignorava ser êsse mais perto seu, por parte matenia, por<?uant'? ~.
o lírico baiano (nascido na vila de Jaguaribe .a 10 de março de 1804 ~
e falecido em Salvador a 2 de junho de 1868) era filho de d. Mat iit
. Francisca Pires de Albuquerque Muniz e do tenente-corone) Luís
Antônio Munis Barreto da Silveira, vergôntca dos Távoras, comu
o fôra a mãe de Sílvio, d. Maria Vasconcelos da Silveira!
E' que Sílvio, embora procurasse sobrepujar a grandl!Z•.l de -. _
Tnbias a rcsaltar a humildade dos seus, fazia questão de à humJd~~~\! · ·
juntar oiropeis avoeng-0s de inteligência esclarecida, resquício ele sua ·. ·<t. ....
racial mania de branquidade, própria de filho, neto e bisnet.:> de ·, '·
português, de senhozinho de engenho. . . ·:~:;:~.;: · .
/ Não foi sem muitas razões que Çândido Mendes de Almeida ·~::~::$
;,firmou que ·•a vaidade das distinções genealógicas é, talve;t, um;\ ·-f.~'.--.~"';
frat1ueza, senão um mérito que acompanha a humanidade'' e isso;/:\~~~.:'
cm Sívio, era atávico: ·o bisavô matemo fazia questão de seu htsit~~lY~,~~. -
• '!' ' ~f" ~~,·--
msmo !. .. ·.~:;.:-.:·.-,.... '~:~-
•
\ . .. . i .. " \ .• ·- \ . ...
~
• •
#.NEXO U
Major Pedro Barreto de MenesesTO. Ana Belarmlna da Visitação
(Querida).
Professore d. Maria Belarm\na de_Tenente Francisco Barreto de Meneses,_Manuel Barreto d9 Meneses, falecldo_João Barreto de Me.:leSes, casado com
Meneses, Cilada com o capitão falecido sem prole. sem prole. d. Póssidônla Chaves ; falecido
José Antbnlo do Rosàrlo. sem prole.
•
'.
• ~~ ~fi \'
, .
• . •\
. j' :
•
1' 1
.
.. ;
• --- '·
') .
.
-..
.·..
i'
·- ·· ~
.....;--
~- .....
.... :
adveio aquele seu amôr próprio tão apuratlQ, que se elevava além
• elo conveniente e a auge tal que chegava a dizer que 1 qu:rndo se jul-
gava, se sentia humilhado; mas, quando se comparava. se sr.ntia
• orgulhoso., Era a velha linha de fidalguia a escorrtr-lhe, tumul- • ".
..
...
• tuosa, nas artérias do eminente pensador, quP., como () pÕV•) de Israel, :""'" -...
,,.
ontem macaca, - e hoje fidalga, que renega o.s s~u'i avós e vive à.
• cata ele pergaminhos para provar a sua nohreza, como filha unigén\ta
dos deuses". E' uma iro1Tia, mas nela deixa transparecer desvr~zo
. ..
s~bío naturalista alemão, - Fritz M!ueller, . que ali reside, acaba de ·
descobrir. que a natureza, entre nós, cercou certas plantas selvagens }
de meios de proteção contra o ataque das lagartas. E' assim que 0
maracujá, diz êlc, é dotado de umas glândulas, ~1ue sccret~n~ um f
1
rncl especial, o qual atrac umas formigas pretas, que. dellciachs
por aquele nectar, não consentem que as lagartas se a pro.:--; imem. ~
Eu sou uma dessas plantas selvagens. Tambem guardo o meu
u.<-1: é um pouco de poesia, que não me abandona mesmo nos mo- ~
mentos mais críticos da existência. Tenho tambcm comigo uma for- 4 ~
111íga preta: é a ironia, a ironia rdrcxa, que zomba até ela própria
zombaria, a ironia que ddende das más impressões que me pos~a;i1
causar a intriga e o m~x;do das almas pequeninas".
Essa ironia reflexa, tão natural cm Tobias Barreto, provinha
de seu álto senso de humor, que foi tão requintado entre o~ gregos e
-
~
•il~uns romanos. Lutando, como gi~antc, na ddêsa dos méritos con- ~
tra uma pleía.de de invejosos e caluniadores, nunca abandonou a
<~rena e, de cála.mo cm punho, futigava ;.à cainc;alha, gargalhan<lo- ~
11.e dos a spectos cómicos das liças, obrigando-a a retroceder, sem,
de leve, empanar o espírito de eleição na voragem do \.epticismo. ~
Nisso, foi um verdadeiro ático, um romano à antiga, arquhtra (mie\°>
de sua P á tria. mesmo antes de conhecer a florescente literatura
~
;,kmã. De uma docilidade reserva.da, sêca mesmo, exceção Jà mu- ~
lher, por quem deixava tudo, sacrificando instantes preciosos •le
l"Studo, era vaknte e franco e o pouco de injusto era o bastante 4'
para fazê-lo sair a campo, buscando reparar-se à falta. Pa ..ccc parn-
cloxo mas, ao que atribuiu ao príncipe .de B ismarck, dêlc se 1>orl<.'rfa
cli7.cr que possuía .. a irritahil i<ladc que é própria dos grandes
C"arilctcrcs., •
•
------~u ·- J:
-· · --;~· .
.. . 1.
ANXO llI
•
Capitão Francisco Xavier de Ollvelr.,.a_ _ _ o. Hosa Perpétua
1
O. Joana vliv1•lra, soltelra _ _ _MaJor Francisco Roberto de 011·---º· Maria Francisca Xa\'ler de
velra, casado com J . M a r :a O !lva ra, casada com seu prl-
José de Jesus o foi amanto de mo tenente-coronel Salvador
d. Francisca Xavier de Gois, a de Goin e Sousa e df!le n~o
mãe do major Pedro Barreto de houve descendência.
Meneses.
•
Maior Francisco Roberto de Ollvelra . ._ _o. Maria José de Jesus
Fr3nclsco ldllfonso de Mene">es, falecido
1
O.lmln!]os José de Meneses Gols, que foi casado,
solteiro e sem pro~e. Tio de Tobias _ _ _, suce!l->lvamente, com d. d . Helena Francisco do
B arreto. 6omflm, Iria de Araú)o Gula e Clara Angélica
de Jesus. Tio de Tobias Barreto.
;·,
• ...
•
_
Domingos Jca~ de Meneses Gol~-
-1_o. Clarn Angélica de J6sus
(3.• espõsa)
Francisco Salea de Menese!_ _ _,r:>. Maria Isabel de Meueses Antônio Domingues de lhnese!'_ __
J
-- -- ----------------
1
1
.i
. ···- ..
,.......
. .. ... · ... 1.• \ . ~· .. .... • • l 1•,: •,.• , ,. f i~, f .~· ~~ ..,.•...,. r• • o·> , ,. !tv.' "" . •J " '
...
:.· .... , . ..
lí
·1
\'
pais do-- ( !
!
'1
i
,\ .. ~ l
l
1. '.
,· ..~, )
' ·i l
1
1,
,• • • 1 . • • 1
•
. ..
1 - António JM•
d<I Faria ;
~
2 - Vlyárlo Féll• Barr6to de Va,concelos;
3 - Vlgdrlo Martinho de Freitas Oarcfa ;
4 - O. lol.-ença de Sousa Otlvewa, a0Uelr4,
falecida em Campõ1, onde rffldla de..d• ·~?.
1001, a 24 de )•nelto de 1831. ,_ \
_ O. Quft6rla: Munle Barrilto, ·. caaad.i com
5 - Jos6 de Sou5a Ollvelra. rtt11hJ•nte na fa - 1
zenda Borda da Mata, Campos, caaado
Do.,.lngM cH Souza• Ollve'ra r :-•ldent••
na vil• de ltaplcurú de Cima.
com eua l)'lma D. Ana Perptlu• do Vas-
oonoeloe • M•n•M•.
"
o- Caplllo Oomlngo1 de Souoa • Oliveira,
caaado com O Vlt«lna Francisca d•
5
1 _ ~~r:~al~e'ia concelos, faloc lda soltolra.
;,;
9 - Salvador de Gols e Ollvelra, Idem. '·•
9 - O. Benta de Moneses, ldom . .; .
2 - O. C1ara Munl5 Barr6to, solt•"•· reslden ·
te no attio Pa5~• g•m da lgrela de Nossa
Senhora dos Campos, l margem •V1uet ·
da do Rio Heal, onde fale-;eu a 21 da f•·
veretro do 1787.
1 - O. Clera Pereira. do Lago, c~uada c c.. m
o capitão J\ls6 Gomos Camacho.
2 - O. Ana Perpé~ua de Vasconce los e Mane·
so'l casada c:>m o referido Josâ dtt Souza
e Ollveira & falecida em ttua fazanda, sem
prôl~. a 20 do Julho <!e 1B'l!;. .
:l - Cnpit:'\o António Dinis Ribeiro de Melo,
qno foi o primeiro marido do D. Antônia
d• Jtt~ US MJ.rt;&..
1 - D. Ana Rita Buono:César Oarch, querida! 1 - Or. F : a'K:loco Diu c ..ar, nascido a 9-1· -
du Barlo do lta~oranga. 1 1840 e faloclc!o a e-·~·1871, em lt1poranga
ti)
w
l/i
r 2 - Pedro do Frelta1 CMar Qarcl1
4 - Ma:-llr1ho de Frftlta1 Garcl1, casado, su- I 3 - Or. Martinho de Frettu Garc6~ nasckSo
ce:;s vamento, com as dua.s k'mã~ ü . O . em 1810 e folecklo a 30 de Julho' de 1001.
w Helo111:1. Buuno C9sar e Ana Buano de ( (Os trb~ filhos do primeiro conuóclo).
2 Freitas. 14
Ili - Clo•ombar ador Manuet de Freltao C6ur
~ Gorch, ln~ecldo
a 13-Vll-1831, (lllho únl- { 1
r.~ do B~gundo con16cto), caeado cnm d.
Ili 1 Clara Jufla da Sllv91ra Garcta aua prima
o
ti) 5 - Padre Jos• de 511.ntana Corrola. da Ar:rnlo.
(v.d3 •n6xo número. XIII). '
,.
...o
ordenado om 1789, vlgArlo oncomendddo
.
do lt;,balan,., r.ol ado do S ocorro o tal e -
Ili ctdo Jé om 1813.
u 6 - D . t11ta do Monte do Carmo,
a->ltelrii .
fa!ocl~a
~
o
3 - Sargento· Mór F611x Barrêtolde Vascon-
celos, casado com O. Mari a Pereira do
Lago, residentes no ungonho Coqu.,iro, 1 -
. ·
CaJMtão Félíx Barr•to de Vaa.::onceloe e
11 - Félix Barrlto do Vuconcetoo e - . . _
tenenle·coronel comandant. do 1. Regi.
LaranJelras. Moneses, caaado com d. Maria V'81ra de mento de CaYala!ia de 2 .ª LW. de
~
2 _ ~;~· Dlnh Barrlto, c a - com d. T•
1 Méto, engonho Coqueiro.
> , ... Vasc:onet>los Barrtto.
w f 21 --
o 2 - O. Quitéria ·v1elro de M'1o primeira ""6-
Mo úo c•pltlo J oio da Rocha Vieira de
Leonardo Ribeiro v:iotra do Mélo
Joio da Rocha Vliolr1 de M41o, cuado
l t~:..~d.::!:~:::;.~Cêaar En'*"'° ·
"it 610, engenho Campo C.-ande·L•r•nlelree
"'l 3 - D. Maria Vltlria P.;..clúucule e Mllo. ... { 1 - D. Mariana llarrlto, · casada com o co.
gunda espOsa do mnmo aclm.,, · ""'ndador F r . - F • 11 x de F , _
. 1
7 - D. M:ula Pereira Vasconcelos e Meneses , Barr•to.
casada coin o Cftpllio Francisco Fóll:c
ô 8Arrêto da M4n11t~ 11t!ll, •ng&nhf) Com'Jnd3. 1 - com
D. Helena de Freltao e.rr.to, cuada
roba • Laranlelra"J. 4 - Coronel :/"tc;;eut• Luie de Fr•lllla Datf&to, o bacharel Oomlngo:e de 011.,...,..
casado, suceHlwam.nte, com d . Maria Rtbelro.
Benta do Espirita Santo, em quem hou.,e 2 - Comendador Franclaco F•lb: de Freitas
i:irole, • d. Ana laabel Jülfa d~ Lcurelro, Barr•to, casado com d. Mariana Barrlto.
om quem nlo houve deacend6ncla. Enge. 3 - O. Maria Benta Freitas de Oliveira fti.
nho Slo-Vk:ente·Laran)elraa. · beiro. caso.da com o comendador PM-o
Ant6nlo de Otlweln R-.
5 - Padre Francllco F6tl• 91rrlto do Men-.
engenho Varzlnhat, Laranleh"as, . f' fal..
6 - ~~~o~!::~~~~~..~: ~~~~to de Y!l90ono.N•
• Me,...es, caaado 3 w-ez" :::: • 1.•, d. X,
a 2 .•. d . Ana T.,....a de Jesua e Vaacon.
celos • a 3 .ª 1 d . Joana Maria de Santa
Roa a.
4 - D. Rita Campos de Ollva, aoltelra, real.
dente na fazendalLagôa Redonda à mar
ge"'.' dlrelU: do Rio Real, tlrmo de ltap::
curu, onde faleceu a 7 de Junho de 1787.
...
- 11 -
A atnal ci,ladc de ltahaianinha dizem tc-r sido proprl~d.;vfo ~u:t, '
a (Jt1c ~P\11.Crn o nome, cm din,inuitlvo~ que lhe lembrava a t~rra ·
nat:ll.
Para Campos, levou, con!ligo, n6vel casà1, que lhe era :..1r,,arcn~
\:,<lo. romo dq>ois atra(ra diversos parentes padres, a <1uc.m hu~ . ...
..... t':.;..!
.. '
~
·. r ..
"f
. ... ~
t~do~. tam!,êm. e int('g-raclos ~os Sás Souto Maior e, por .-fin idade "-\-~ -
-
~· .....<':~~j!.t • .;;.?~
Conç~lo País <le A ;i:evt:clo. sua pa rc·ntc. Dito José P.li>1 da Costa nn '.
f ilho do c:lpitf10 Manuel Põtis da Cos ta e <l. habel d\! Avil.1 ~Jnri
nho nascída em J(l>l, <.·asado ic, a 12 de jarn.·iro de 1<'18, " na ii.:r<.-jn
•lo Carmo, ant<·s de lianhus co rridos, po r manda do d•') llr. J)"(W~ sor ",
~<.:ndo que amhns eram naturais da íreg-uesia de Santo Ama1·0 <.la Pi-
t;u1ga, Baía, e " fôram te:>tc1mmhas o mestre de C'11ll(>ll Alvaro d~
A:t.{'vcclo e o s<1 rgento-mól' Francisco <lo lllf\ '', casamento ~s~c frito
'' contra a vontade de acu 1>ai ", \luc, por i110, em vcrblr. tcatamcntiria•
' •. •i' ·
:..
: ..
-.
os dignos Afonsccas, depois . Fonsecas d~ Tapera da Serra, antes
Tapera dos Távoras, que· se .espalharam. por Campo do Brito, La-
garto, Riachão, Campos, .etc.
Antônio José da Fonseca, descendente de Brás de Afonsc.·ca, a
20 ck janeiro ele 1791, ainda solteiro, c:ou:r.ro~1 110 cngcnh:J <.lo renha
<k• . licenciado, depois capitão-mor ] os~ ·Mateus <la Graça Leite S::i.m -
t'aio, têrmo de Jtaba.iana, a Luis Sotero de Meneses e- sua m~.lhcr
e!. l\'fariá ela Conceição, por: 36S5t1·\ "huma porsi'ío ck terras · no
l_ ___ _ _ _ _ _ _ _ _ __
- 11
\,.I
\
\:. DESCENDENTES
ANEXO V ~
-.: DO
capitão Martinho de Freitas Garcês D. Maria de Vaseoneelos d• M•~--·
1
·
com d. ~a ~ , . ~~ ~ , .
lcor~
T · ,. · 'te. ~
9'es da · •-.s..~ •
de T~ias ~to d9 ~ ~ ~ -
.
Pais de - Pais de -
2 - Capitão Francisco Xavier de Oliveira, ca- -Capitão Domingos de Sousa e OllvGlra, Martinho de Freitas Garcês, casado, suc~ -'Fàllx SaN'•tn de M~ e~ e~ d.
sado com d. Rosa Perpétua, bisavós de casado com d. Vitorina Francisca de\ vame:ite, com as lrmã J d. d. Hdl ena 8 t;e· Matta há dlt o·.~l... • ~ ~...~
Tobias Barreto de Meneses. Abreu Leite, sobrinho de Lourenço Teles na de Fraitas e Ana S L:eiia de Fr e i t~ : · Ma~IN'te d.\ A' vi!a F r ~?:U ~;b.. ~
de Meneses, primo carnal do capitão\ de d. M aria Pereira de V élSCCf'ceios 9 '1 nhc~ de Lcu~o T.._ts da llc.~ :r--
Pais de- Francisco Xavier de Oliveira e primo em Meneses, casada com o capitãa Fra.nd !>co: m0$ cal"uts ~ aQt°tl~. Fr~~~ ~---·
quarto grau de Toblas Barreto de Meneses Fél.x Barreto da Men~ses , pais do cao1!âo de 0 1r.,e111 • pr~ ~ ~ ~ a
Félix Barrote de Vasconcelos e Man~as . 1 Too.u ~~ dll ~
3 - Major Francisco Roberto de Ollvelra, ca-
sado com ~ua prima d. Maria José de casado com d . Maria. \/ie:ra de Md:o de
1 1 d. Quitéria Vieira de Meto, 1.' esW-~ do
Jesus e · amante de d. Francisca Xavisr
de Gols, com a qual é avô de Tobias capitão João dJ. Rocha Vieira, e di) co- 1
Barreto de Meneses, primo segundo do ronel Vicente Luls de Fre itas Barreto, ca-'
capitão Domingos de Sousa e Oliveira, sado, sucessivamente, com d. d. Maria 1
de Martinho de Freitas Garcês, primo ter- Senta do Espírito Santo e Ana lsJ.~el de
ceiro do capitão Félix Barreto de Vascon- Jesus Lourtliro, Osses sobrinhos ne tui ci.;.
~·os e Meneses, de d. Qultérla Porclún· Lourenço Teles de Meneses, primo·\ se-
cola de Me:o, do coronel Vicente Luls de gundos do capitão Fr ancisco Xlv\er i:M'
Froltas Barr,,:o, i:f., Fóllx Barr'lto de Me- Ollvelra e primos em qdnto gr au d~ To- '
n&<>es e segundo de Marinho de A' vlla
Freitas Garcês. blas Barreto de Menos~s. sendo que os\
dois primeiro, o são em <Narto grau
Pais de-
~
.. ,...,. ..
. \ ' ·'
.. • i'
.. f
Saco tlo Fund0, que herdaram ele :;eu vai, sogro e a\'Ô }\fanue1 Ntt·
"· ' " i.
ncs de Vasc0nc-elos.
Et·am ambos av6s maternos do genial poHgrafo scrginapo. (2).
Pobres, n-.as remediados, levavam vida rc!i!tularrn<:ntc ah&1!:latla
c-m Campos e tanto que, cm casa dêlcs, no· mês de · mar~o de 18..13,
iúra exposta \lma criança, · fruto de amôr r0n1an~sco, a (J\~:tl ·foi
batizada a :?S de julho c\êsse a1l0, :-;crvinc.l» de padrinho~ :> vigá;io
Amaral e a única filha do casal, a mãe de Tobias· Barreto <lc Me-
1i06, em sua fazenda Zanguê, sendo \que a espôsa, • cl. Ana, era
filha do tei:ceiro consórcio de Pedro · Munis · Barrêto e cl. Angela
<la_ Cuuha e faleceu a 15 de janeiro de 1758, depois de ·cincoenta e
<101s anos de viuva! Seu marido, o alferes Franci~c.o Tavare::. da
~fota, era innão de Antônio Tavares da Mota, casado com ·cl. ~fviaria
Emiliana da Palma, natural do têrmo da vila de San Frnnds•:o de
Sergipe do Conde, Baía, e sobrinha do licenciado Barto\ornç;u ·1 So~res,
residentes no sítio Figueiras~ · de Diogo Nunes da Mota e de <l. Isabel · ' s. . .
~' ~
da }.fota, casada com João Nunes ela Silva, todos filhos chqneles • 1
. - 14 ~
•
com <l. Luísa Teles <le Mci1cses, falecida a 10 de dezembro de 1758,
vítima do sétimo parlo. · .
Era parente próximo de <l. :Maria de '' Afonsequa 01 , 'cásada
com Gonçalo Nunes da Gama, residentes no sítio "Boqn~yrões da
habayanna ", o qual êles venderam, a 25 ele janeiro de 1724, pre-
sente aí o· alcaide <la vila Antônio Ferreira Coêlho, Manuel i\lvi!s
Rosa e Francisco Pereira ~fatos, com o tabelifw Gonça\•) Perc.:ira
.. ele -Vasconcclo~, por 100$, a0 .alferes Má.rcos Rodriguc3 da Costa.
assinando . JlOr ela, que era analfabeta, o tenente Antônio Fernan1ks
Viana. · .. . · · ·
Não podemos colher o nome da espôsa de Bt{Ls e, de .:-ntrc sua
numerosa prole, só achamos os filhos ,abaixo :
· 1) O cspôso de. d. Francisca Pereira' do. Lago, que, viuYa e
com prole, faleceu a 11 <le fevereiro de 1781;
2) D. Ana de "Afousequa ", que foi a primeira mulher <le J\n-
l1)11io 1'-fachado Leite e já era fakcida cm 1742;
3) D. Joana de Afonseca, que se casou com João da Cost:i Lima,
êlc falecido em 1776 e ela etl') 1790;
4) :\faximiano da Fonseca Teles, residente 11a. Tapera da Serra, 4
'
Cüsado duas vezes e com longa descendência, falecido a 28 rk ;1bril
de 1800 e sua segunda consórte, d. Ana Francisca Xavi<.·;·, a 11 de
março ele 1:801.
Sabemos que José Sotern ele Góis era neto cl~lc, porque a 5 de
janeiro ele 1802, em seu sítio Tapera da Sprra, presente o tabcli<'.io
Antônio Felix da Mota, êlc ·e sua sen11~~ d. Ana Maria <l<.' Vas-
concelos, doavam a d. Ana Franc.isca(rnulher de Brás Bernardino
c.Ie Sá Souto-Maior, "huma so1·te "de ''terra que ouvemos por Dottc
cic úoÇo avou .Bras de Afonscca "ravaliada cm · 50$. Assinou, peln
doadora seu cunhado Manuel de Jesus e Góis.. 1!lc assinav~\ "So-
tcrio ~,.
Era José Sotcro <lc Góis pcss?a ele recursos e as;:;im é .ciuc
0 encontramos cm 1788, a 30 de agosto, .comprando. a cl. Francisca
Bibiana, viuva de Pedro José Vi<lal, residente na vila de Lag·arto~
.. huma sorte ele teri·a de matas para rosas na fazcmh ele t.acoan
termo desta Villa cuja ouvcra de compra a seu Pay Antônio AI-
.)
( 3) 'fcnios iuédi to algo acêrca <lo assw1to.
1
1
1
1
1
•
1 D. Quitéria Munis Barreto, solteira. ..
<
• a:
Li:i
> D. Benta, casada com José Sotero de Menua.s.
• w
::J
o
Domingos de Sousa e Oliveira, solteiro.
•
1 o
<
(/)
.:::> D. Maria José de J esus, casada com o major franci~o
(/) Roberto de Olivai1a (avó de Tobia.s Bacrõto).
1 w
' (/)
o • Tenante-Coronef Salvador de Gois e Sous.a, casado com
' .•
·-'-,
o
(.!)
~
~
d. Maria f 1ancísca .Xavier de Oliveica (iimã do majot
f 1ancisco RobtJrto de Olivai1a, acima. Som pt\)/d.)
• 1
.. ; ... ~··.•.. ·, .· ... -:';. : .
Quereis saber de t1uc se oi:iginou êssc íénômcn•~ ' :etc t~11ta pessôa
s1..·r de duas côrcs? ·F.m janeiro de 1863, <.·m R<!ctCc, foi vítima de '
varíola de mau carAtcr, que lhe escureceu mais o ro:;.l o, deixando·
lhe rom a cô1· primitiva o tronco e os m('mhroc;. ( 4) ·
Ikssa mutação de côr, dêssc encgi-eéi111c1•tO de que Sílvio Ro-
mero nem seus biógrafos jamais suspeitaram, tratan•mo,; cJ~kantc.
Qner<'mos que fiq\lc patcl\tc que d." frandsca · Xavier ele Góis,
:1 h~a Tilinha, e seu filho c:ipitão P<.·dro 1Ja1-rt•to de ·:\f c11cscs pas-
~ CI)
CI)
CIJ
u ct -J!
• Cl
ct
-
...
Ili
Cl
~
t
a:
ct
CI)
ct
-...
ô
é
~
'
«I ~
~
li. ~ •
Cl Ili m
n:
CI) Ili ~ li) ctl
li. ..!!
•
1 ...ct
Ili
o~
ct ';
z ,,
f
Bacharel Martinho de Frel~as Garcês, nascido
em 1810 e . falecido em Laran}elras a 30
4
...
UJ
a:
Ili .e
o .
Q .,_ {Desembargador Manuel de Freitas César Gar-{ Bacharel Martinho César da Silveira Garcês.
~ cês, falecido a 13 de Julho de 1871. Ca- Nasceu no engenhe Comendaroba a 30-
n: e UI ~ de Julho de...1861. •
A
""' . ::s sou-se com d. Clara Júlia da Silve!ra. Xl-1850. -
t li.
i ~ (Primos em s· grau de Tobias Barreto).
LL z
Ili
~
~ (Primo em 5· gr au de Tobias Earreto).
~
(Primo em 6" grau de Tobias Barreto).
Ili UJ
o o ::> • .
~ m ....
'-
r. ;:..'.
o ~i o
I ct •
E
..
~
.
1 I Ili g z z• ~
> -z _, E
Ili - ...n: - 4• e '
~ - a: w.~
I à: oe:.
;:,.
e
10 4
• t1 ct~ õ ~ .....
,Z :~:
• -< "._,
. .,.
~
-j.
~?'
,·
....
'.~
~/
, •
...
-17 -
. • • • • • ' • '- • • • ~ '· • !
"ianatn por hl'ancús c-m qual<1ucr parte, pois éram ~r.rta1wjos . de dcrfn~
tostada pelo sol, como o são todos seus .dcscc\\\kntc!'. residentes ·
· ('tl\ Campos, ltapicurt\, Aracajú, Recife, Rio, ct~.
Em terra ele amC'rínd;os, plt•nos da has6fia ele fid11l.l/ltirt /Jr1111t'ff.
'-'omo Pcrnamhtu:o. único t>onto vnln<.'rávd <k ntaquc ele seu-; ini-
migos, a êssc cakanhar ele Aquiles, nunca <leu importância a i;u1>c-
rioridade moral de Tobias Barreto, que jamai5 sen.tiu ror êsse prc-
Jmzo racial. hitlcria.no.- e tanto que, segundt> êlc próprio, havcrnlo
Ernesto Haechcl o achado J>t'rtcnc('r "a raça dos · ~randcs 1>cns=l- -..·.:,. ...
<forcl' e dos incansúvcis trabalhadore~ ", houve quem altcra.:•sc o · \)1.~n . ·.
s:imento do ~ábio alemão. afirmando-se que êsse o chamara de 4
'" primeiro pensador ela raça latina ;, ou "o primeiro pensador' <l<L ..
minha raça", ao que refutou o crnincnté s1~rg!pri.no; ....
• :-..
•i A expressão···- f'rimeiro pc11sado·r der raÇ<i latina, não podia
ser empregada por um Hacchcl, nem 1ilcsmo a respeito <lc qualCJt1cr .·
<i~s grandes notabilidades das nações ro1Úanicas ela E\~ropa; como
poderia scl-u cm rcla~ão a mim?
·- ,. . .. ;::·~ - •... j
~.
Era uma hyperbolc eminentemente ri<li.cula. .• !
' i
,- · ·•
; .
~1
1
A outra expressão, \)Orém, <lc 1>ri111dru j1r11!+t1d01: clr minha r1:,«1, ··' . 1
. n;"io teria hasfantc ~nso. Porquanto cu mcsuto não sd ql1al é a 1
. ·~-
.· '-.....
. ' • ) . : i -, ;;-.··:.
..
• ._ ..
..-.- M .,
. .. . '
-f9-
do Brasil, Ainda hoja dispcr~lva, heterogênea, aem estrutura, natu· ,,.
•·•li \h> çhoquc da civilizçaâo euramcrlcana alntcsc ue biOto~ia e .·
história. <JUC Malinowski chamou de fundo~aJismo. ·
. Noutra ocasi~o. declarou, com a sobranceria que lhe era rc··
cuhar ~ "sou um 111csfliço de Sergipe". ·
Sua dedicação a Titinha sempre foi grande. Era o J>referido dós
ll<'!os pela hôa mestiça. Certa feita, ironizando a ,. casa· Jc Frei·
xe1ras .. , na qual casara, tratando das considerações c1ue lhe trihu·
tavam os conservadores e o menos preço de seus corrcligioná1 io~ '
liberais,
·. chacoteou:
.
.. .
.. Uma coisa resta-me ainda a observar, que C'oncorri! para a
' explicação de minha attitude. ·Os conservadores da Escada, a quem
não conheço f'oliticamc11tc, pois nunca milite~· sôb suas ba1'\deira5,
.... . ....
·.:..- - - e ele quem portant~. não posso nem poderei ;amai~ dizer que ?-ào
tfio ruins como os liberais, me tratam pessoalmente com r:1aiorc~
attençõcs, do que os meus correligioná~qui. O amor de ~i
me5mo, ningucm negal-o .. á, é um factor · poderoso- .to de:scnvolvi-
mcnto humano; -e ·por minha part(} devo confessai- · ~u·e .c lle tem
sobre mim uma não pequena influência. Sou d'aquelcs que prcic,·cm .
uma suave lisonja a uma bruta sinceridade. Dado ._4~ barat'.> que os
conservadores d'aqui ·me lisongciam, é isso cm ~tooo c:.so para mim -:.::: -
prcfcrivel á sincera · indiferença, s~não since~(;~.: m~nos1neç(>, · com
que me tratam. bem . poucos exccptuados, os
senhores · hberaes. Ao .
pé<.•:so que, 'l1crbi vra.tia, aquelles me têm numa boa .e• ·11ta ' µ1i~Hcctua1, .
formando por si mesmo o seu juízo (certo ou erro:.1ec)~,:~'; é ' outr.1
U.m-stão). os liberaes em regra não se julgam obri~a.clos . à·' tilum
tributo: e até o mcú illustre sogro, ijberal de velha. tempera, se n:i.
clirccturia proviúcial do Recife fôr assentado e .· d~·ddido êm prc-
~<·nça ck11c que cu sou analphabeto, ser~ capaz de \'Oltú á I-;:scacb
cii~l>o convencido, e alguma coisa disposto Q~ ter :f-.:ito ,um homem ·
que nã9 sabe o a .b e entrar na casai.de 'Freixeircis; grande .·~utura
c.:sta, que al'.:is minha velha avó nunca ·sonhou,,,,uos .se.us n'a.is \\rro-
jados prognosticos de felicidade pa.rà o ·neto, que, çlb <&n'\ava t Aqui,
:~~ ~ •
. .. '\'),!'~ •
dt: certo, vaHa a pena que,., 4~poia d, e :.'a.~cci.ld. ? ru1;u cr
da • ,·a.d\imoo,
d
· t- ., ,. . tomar-•.algumas ·fumaças".e . reunir.: J>CllS&m~ntQs que>an m li\>CN'.lS,
-.;.~:~ ,. uns pela Allem~ba;.....ouU.oa-.'~trá~:-d~:,fcói·o ~I._ · outros ".'fO<Anclo ll<A
·k.. .. dirc_ção d_? f~turo e ~u~rp~.aqui " ~m~cmbeb1dos, ~xtas1a.dos i~un~a.
·-. · - .<( -·,l.>omta maosmha fenunma, que.. apertei \~ .poue<>s dias, uma maoli\-
'- · nha de /ft:le11a, rematando um : braço ' c:Ie.~ Atalanta, cu iiicss~ .(.:~'siilar
~os olhos do leitor uma legiãQ ·de· coisa$~ pertincnt~-s ao assuupto.
.'!'•. ·
Porém calo-me: {; ~ · preito q_ue . q ~1ome~ ,de b_e1\1 " r~~1dc á pessoa
que lhe é por mais de. um titulo\ c-ar~- Q". rcspe1tavd • . ·_
o que qucren1qs, ·ai, rcsalta~ é ~~; l~.mb(•i.nça à mei~:\ ià~~inh~.
que tanto.' Jhe amava. Noutra ocasià<;>, .J~~.or~ando·_n •. $Ctll Júvi~.
criticando · a uma cantora i<losa, afinnc;>u ·.~\h~ver '' i11sta1rn~s ''m que
·c11a ·mostra um rosto de frcsoor matutiuo;'.,qc ~11volt·.> çom \cxfa do·
, · çura dos carinhos de uma avó", ·· .~.'~\>·' , . ,"
{ , '
... '
·'
•
'
•
~
~;
.
' .• • t, 1
....li
.: ;.\'
'\
--:
...
(f)
UJ o. Cfara Perpé~ua de San-Jos.6. ~ a.n
. (f) Francisco José M~f1aba:ana..
UJ
z ...:;;
UJ #
o UJ m Antônio Dinis Barreto, casado com d. Teresa Professor Antônio Otnis BamJto~ nascido a 4
z ~ ~
• de Vasconcelos Barreto. Engenho Pedras, de nov~mbro de 1821 e ialecido. em Ara-
f o C\S caju, a 9 de maio de 18S6. ~ - .
~- o LLJ :õ Capela, e depois, em Itabaiana.
cessivamente, com d. d. Mariana ~="a
~- cn a ...o
' < de San-José Barreto e Ma.ria ~
n > < C> Ramos Barreto.
...... ••• tX: ,, ...
~-~
~-
'~
~
....
O
o
t-
~ UI :l
- C\S
>L,.
O>
- Professor Francisco Barreto
-de
V~
~
.. ;,, -19-
': ··., ... ~.:.-· ... :·.: ,. .. ::··/ . :,·.= ; ....:;·: . . ··~:· ,.} ' ·:." ' . ':··.:·.,.· ·:-
qu~. ainda assim, ·n unca deu importância ao caso, se bem que, quando 1
e foi seu amigo até 1881, quando o solitário de Escada entrou para 1
J
c1u1da<le ". · 1
. Vá isso. com vista ao sr. Hermes Lima, que, enganacfa.m~ntc !
vm em Tobias Barreto um mulato de familia sem valim<!nto sociai
e a outros, que o apodam, até, de negro!
c_c
<?n~ra explicação a esse historia.for, a e:>.;•! crítico tão >l
1 duvidas e que se apoia cm inimigos i1H: c i , so. <lc T l)· l· e.na< 1o
tirar conclusões erróneas:
Aquele
, , . . :>
de turco, qu~ o caibras rfo Cabc,.,a de V e .
ªP?<lo
o ias, para
, 1
~
1
~
~
~..
;
:~
: ,_
~-
<( Leandro Ribeiro Vieira de Melo.
o(/) <(
. ~..:. . a.. -a:: -o
-.~./
- (/)
UJ LLJ
- 'i
. d
>L.
L.
Clj João da Rocha Vieira de Meto, falecido
• <( m
- :t: .,, solteiro.
.. (.) Clj
o o,..,,,.. :Eo
..J
LLJ ........
~ <(
Bacharel Martinho de Freitas Vie~ra de Meto
4)
LLJ e "C
e o ::s João da Rocha Vieira de Melo, casado com Nascido a 1.o de abril de 1844 e fale:
<( t<( ~ · d. . Helena Bueno César - Engenho
a:: o tJ) cido no Rio, a 23 de abril de 1897.
üj
>
--,, •.
o U)
Comendaroba - Laranjeiras. -
: .,
<.:
·:;'
~l
....~
~ r .
,,~ ~->
.:;. ~
~~
··~·
>
,
' .
_____.--
~ ;,
' ' .
\ -·· ·- --- .
--~.-. . .. ..
... ---~---- ·--·- - --· ·- - . -····-· --- - - -
- -- - - - -- - - -- --
• , r
- - :._ _ __ _.J ·- - .. -
•
:
, - 21 -·' • 1
1
Mude o baiano escritor co;np/c~·o de prc'lJ<JIJ(titJ, bauriJÓ em
0 .• • -.,.. 1
odiento~ inimigos de Tobias Barreto; que acentua, t·ágina à :,>ágina .r
./ .1
<l\! seu livro, contra a pessôa fisiológica do notável bra,ilcíro, contra
a pcssôa psicológica d~ssc grande desgraçado, porque sempre viveu
'
'
·"·.
de c..·abeça erguida, sem flexionar a espinha dorsal ~, por isso :mmno,
Jc espáduas i>ara os poderosos analfabetos e os pedantes ilustrados, ·'
sem nunca haver recuado à luta contra seus jesuítas perseguidores,
sem co~hcccr complexos de in.fcrforidadc, ête, um altivo, a quem o
sr. Hermes Lima, levianamente, atribui tal bobagem. c<>nfundindo·o
com o JOÃO DE DEUS de "UM LUGAR .A O SOL" de Érico
V críssimo 1. . . ·
' :,~ ~ '; ; , ·, - .' •' • ' _, •' 1• ' ' ' • { ', • ' ' ·-
Nunca <leu Tobias Barreto IlOr essa .Sl'fJ " molcstia ele côr 1',
1>or essa "nostalgia da alvura"; de 'que falava Sílvio Romero, filho
de um português, porque sabia o notável homem dê letras que, no
Brasil, todos somos mestiços e que estamos a passar no gramle labo-
rnt6rio dessa futura raça moren~. Ao contrário de sofrer o tal "com-
plexo de inferioridade", satisfeito com o resultado que tirava da
comparação que fazia entre si e o pernosticismo ' canequiano,.:· sem
receiar facadas, dos . cimos de sua autopsicanátise, "erga~tava a
filáncia de "D. Pernambuco Cavalcanti de Albuquerque" com i!,ssc~
versos, cm 1880, deante do retrato de "bella e jovem pcmambucand.
~sludantc <lc me<lici1i"a em ~ova-York":
',• .·•· ....... ,'·:
' . ., ' . ..
-22-
...
..
Bacharel Homero ds Oliv~·ra R:te:ro, nascido
...u:o en" Recifa a 7 d9 Abr11 de 1858 e fa!ect®
a 17 de dezembro de 1910. Casou-se com
d. Aria de Olivai:-a Freire, si..:a ;rima car.
cr nal pataína.
(! ot- . Professvra Júlia O:ivelra Ribairo.
Professora Laura Oliveira Ribeiro.
<
m -
L O. Helena c!e Freitas Barre!o, c.1sada com o Sachara! Aquiles de Olíve:ra Rbeiro, r.ascido
~ bachare; Com~i'lgos de Olivei;a Ribeiro. a 14 da abril de 1873, em L aranjekas.
cn Assis~iu os últimos dias de Tobias Barreto.
'
_;.,
·./
(f)
...-~ o~
- E' ministro em São-Paulo, Casou.se com
d. Concórdia de Oliveira Ribe!ro.
D. Eisa de Oli'ieira Ribeiro, casada com seu
... t pr!mo farmacêutico Mário de O!iveira Rt-
UJ
cr
lL --
cr Cl1
m
Q. ~
Vl i5
be:ro.
Bacharel A!varo de O!ivelra R!be;ro, nascido
em Laranjairas a 19 de r.ovembrn de 1864
e f alec-au em Santos, a 20 de agôsto de
UJ llJ ~ l 1916.
o Coma;id.:.d:ir t=ra:~cis:~ Fe'.ix d~ Freitas Bar-
o -8 reto, t-?;snte-~orone! co nandar.te do 8. 0
...
(/) l1J o :::J
('\)
Voluntár ios d~ Pá~!a ô9 Serg:pe, do 2.0
Corpo co Exárci:o l\2cior.af, talec;do em
:> Lo
...w zê
"1 G>
Para~á, r.a C~nf adsrnçã~ Arge:itina~ Ca-
sado com d. f'1iaria:ia Ba:-re~o-Larar.je!r .iS.
z m~ Sem prole.
i1J D. Pet!ina cfa Oliveira Ri!Jelr~, casada com o
~ ~
->o - a.
f! - D. Mari~ Ser.ta Freitas de Oiiveira Ribeiro
r ba:ano bachare! Vítor o:nis Gonçalves.
Bacharel Pedro Antônio de Oliveira Rib!lro,
ministro do Supremo Tribunal, nasceu no
<t nesc:da. a 'i:.7 de mê.io cs 1829 e fcleci~ engenho Varzinhas, La:-ar.je!ras. a 8 de se-
.J
UJ ~ a 18 de r.ove:nbrc de iS551 casada com 0 tembro de 1851 e falecau r.o Rio a 29 de
z . com.s:1cadcr Pedro Ant6nio ds Oltvaira Ri-
b~iro, co.-onal cornaridànte s~~rior da
junr,o de 1917. Casou-se com d. Elisa Ri-
-beiro da Luz, de Cristina, Minas.
o o G~arda NacjonaJ. Engenh~ Jesus Maria . Coro~~l Vicente Luís de Oliveira Ri~eiro, .nas-
X ít José, Laranjelras. Ela foi sua 1. espôsa. ceu no engenho Varzinhas a ~~ de ;u1h
de 1852 e fa!ec&u em Laran1e1ras a 28
°
o s· da ju!ho de 1895. Casou-se com sua SO·
o
X
o (Primos em grau da Tobiz.s Barreto).
brinha d. Georgina Dinis Gon~a!~es: •
~ Bacharel Ar~ur Barreto de Oliveira Ribeiro, ta
z lecido solteiro. · ·: ) 1
/ «·
< (Primos em 7· grau de Tobias Barreto·
r /~ "'A
,, à .
.r
~\,
-: ~
.'
' . \,. .
-. ~
23 -
.... ,1,1 ,, ~(~ . ..,'-:'(f• il:•>' · "" ·· .... .... ·' ....
..
i
'
1
l ~
. 1 t:.
1
!
rr:,
h.
"::~<: :
'!· '"
- ~ .;;; ... :~
. ;; -~ ~- ., ~
. ' ' !~ , .
" '
. '.
FUNÇÃO MESOLOGICA
' · './
., ,, , ,
....
De!.>ruando-sc às margens do5 rios Real e .J abib1!ri e nos contl'a- ,.,. . "
· ,í.·
i·.Jr~cs das serras de Caninc, Mlc1Jta, C.:>rr.prida e Palmares; alti- •\ , '
. '1;.·· .
planando-sc pelos municípios de Itabaianinha, Riachão, Lag2.rto e
Anápolis, atrai-nos a atenção, a perder-se em nosso horizonte visual,
'"\sto descampado com dcnominaçi)es di-w·ersas. mas formando um
s6 ta.boleiro: são os campos da zona do Real-de-Cima.
Quem contemple a variegada paísagem, logo se sente deslum- ·
hro.llo com os paineis, que se nos apresentam em t:>nalidarles vária.s. ..
A cidade, então, deixa pasmo ao viajor. A larg:1 avenida. cmle
11a:;;«eu Tobias Barreto, só ela, <·ontêm mais 11e um qailôme-tro d'! . .-:> :.:-..
~ ~"'-': ..
~>.:;· :~·· .
comprimento l Chamava-se rua do - JARDIM 1 ·
.. ;~; ~~? ~/ · , .:·
Sílvio Romero, interpretando mal · uma alusão de Tobias Bar-·
re:to, afirmou que ali há "areiais extensos", pois êsses só se encon-
tram nó leito sêco do Rio-Real. Cam_pos, tais taboleiros, o cákareo
e. aãc raro, o arenito. Diz o ilustre filósofo: "Can:p•.ls demora em
uma planicie, quasi na confluência do riacho Jabibery no Rio-Rea1.
A região é aspera, a terra esflorada a trechos, cheia de arriaes ex- ··· • ·- ·.
tensos, contrastados por bcltas e frescas moitas de :Llta.:; 1:.iixabeiras
nas margens do Real e do Jahil)ery. E' um pe<laço dessa região,
caracteriscamente chamada no Norte - o agreste -, que é a pas-
sagem das terras das moitas para a zona dos sertões".
Oh ! mas é o próprio sertão e o Jabiberi, que lhe perpassa o . t
• -
- 26
quista.s passionais, o que é produto de cerebral e de uma tetra en·
cantadora, como Campos.
E' o velho Sílvio Romero quem nos relata : "A vegetação é
falha em geral e de pequena apparencia, excepto, como é o caso
<'m Campos, nas margens dos rios. Predominam as caatingas, man-
gabeiras, guabirabas, quixabeiras e imbuzciros. E' pronunciada a
élntithcsc entre a planicic aricnta e csteril e as altas noites frescas
que bordam os rios. O clima é quente, appetitosos os banhos nos
poços sob .as follt.ldas ramagens, os luares esplendidos, o ar impreg-
Úado do cheiro das plantas campezinas ". .
Evocando-a em hora de ·1ancinadora nostalgia, o maior lirófilo
ameríndio meridional, indiferente aos urros e aos berros azoinantes
da Inveja, cantou-a, pensando no rio natal, o glorioso Itanhi:
NATAL-INFANCIA
1
~ ; 1
; \
·:.·
;
!'j
\
cimento "·· · · . .
Foi cm um dos cálidos dias de oitubro de 1838, quando as flore~
silvestres mais embalsamam as poéticas paragens de Campos, talvez
("tn noite plena dos eflúvios da . Primavera, que J:!edro Barre~o de
M~neses tornou sua à interessante Merência, de quem, à puridade,
se tomou amante. Comemorara, é possível, a patente ele al f ercs ! · : ·
. ~.::~~~t)f ..,·..
Viam-se ;\s escondidas e os meses mostraram a jovem que havia
sido inexperiente e qu~ seu amor .seria, dentro em breve, descoberto.
Falava ao amante, dizia-lhe de seus receios, da grande ver-
gonha que a esperava e das lágrimas q~e iri~ arr:~mcar . à po~rc
mãe. Consolava-a Pedro. Debalde o fu1a, pois, dia a dia, muito
rnais se to'rturava a infeliz, até quando foi a falta descoberta pela
.' · ·~i~;; .
simplória d. Raimunda, que, além da morte do espôso, ia chorar
ao que chamava a vergonha da fil~ r • •
Numa sociedade cheia de preconceitos como a nossa, mormente
então e naquele meio, que escândalo não adveria l
Como ao homem nada pega, tudo é natural, · enquanto Pedro • J
• . --';, , '
- 31 -
' .
.. . ·'
de
da1ll! mestiços pretenciosos e emp:.vunad\)' ··- pado!
·-.: - ··
~
, .~
• 1
nos rebentos engendrados por pares eguat>s que pr.~riam Vor Jcv\."r
e por inst.incto, durante as noites etc praier tristl! e wonvt1.111•J em
• <.1uc os l>eij os teem o sal>or 1urnleuto e vu1'ar \la l1lha t•~s : in.t. ".
Dos wf rimentos, das a~ouiils. J~ veiu.mes . de su:.t. i:nã,·, uão
teve &ó Tobias a cór mai11 apertada (1ne o ll'lC, n\&s ,. sefüibili<lad~ '•
CX.. IUl<ia, que 0 ltVOU & estudar vara l1'.~Ííaí l\Hl:i fA}f(I "li~ tU1,l\1 ÍSSV,
. .,•
JA.Jis Tito Livio de Ca1tro ", <1uc foi um mc5tic;o d" .rran<l<: t~ lc11l.:>,
c~rt:veu em Jtu "' Uiário íntimo", 5ea&undo !)ilvio .!~º""'f~) : •· Ha
um pr~1ccíto de que o homem não con.s~·~-ue hbertar· s..i muh·a, .'
é o <.Li- cór ''.
De (ato, rcvthmdo et-<Ju i.n\di.:-foda e vlva.dJa\l~. tem a ('(~,··
veccntt duconúa.nça do •~ ;,.fui411ida4'" <k cóa·, 1.uto,h\1.ltou·•<i ..
.
•i . ,;
... .~
... t.
~ ·~ .. :-.'~
~
.. ,,.......
·~~ , '!~ <
' i : ~:~·;t., ...<
.·.{~·~!i'~~- ~: ~
_ _ _ _ _ _ ___..,._...
..... __.,....- 1
.+ :
'
.., .
.,
·~
- 32-
~ ~'lp1 ccnclcu n hldcscdtívcl bagagem intclcr.tua\,· polimorfa, ·raian-
do à g·eniafüladc e ele tal · culminância c1uc chegou a ser, no B1uil,
.entre seus . contemporâneos, sem o auxílio das panclh1has caricx·.as, ·
u maior pcu5ndor, o maior. poligruro amcralJa, embora contrsa. a
\ontadc de ini1nigos invejosos.
Tudo ceifa a foice do Tempo e o capricho de reclusão de d.
· Emcrcnciana foi vencido pela necessidade de dirigir os primeiros
1'assos do flho bem-amado, de quem íoi a primeira mestra.
Por sua vez, Pedro Barreto abrandou mais. O filho era um
tlo entre si e d. Emerenciana·, de cuja beleza se · não esquecera,
mas ~ue guarda\ra infundado rcsentimcnto ao que êle chamava d~
"c;,pricho tolo!'. Ademais, a bôa 'fiti°nha amava muito a1J netinho
.e achõva graça na.s ·travessuras do pequeno. CJUC tinha de-certo a ·
~lândula tiroide. desenvolvida. Mesmo s6 DonatUJ agradava · ao filho
. da rival e pouco·· se ·lhe .dava que brincasse com . os irmãos, filhos
dela. mais velhos que êle e todos inteligentes, trabalhadores.- a"Uxi-
fomdo já o pài . em serviços do. c4ârt:6•io~. Não iôra necessário. poii,
que se invocasse á Fabulino, o deus ·a quem s.e pede i>rotec;ão~ .o.uando
as crianças comec;am a falar. O que se precisava era de n.cchcr-se
com a cabeça do balanc;a coração. Aquele . capricho teria ih11. Era- •
lhe impossível resistir. Alêm de admirar o carãter da mãe de st;u
filho, uma ga·rôta quase, que lhe opunha ·resistência eficaz, asse-·
<l1a.v;.m1-lhc todos para casar-se. Titinha 1,ão ncr.dh oportunidade e. o
bondoso vigário Amaral nã-0 se cansava nu11c:1 <le faze· lo. A socic- .
dade campoana, que . recuara•, a · princípio, da criminosa sem ver-.
9011/la, aproximou-se, carinhosa e protcncional, da . m~a aj ui~ad.i,
ac tempo que· insistia com o tenente tabelião parai que \ninorasse • .r
a angústia ·da enganada, vítima de suas· lábias, a qual ~ó o qucri11
para legitimar ao filho. · .
PC"nsando, talvez, cm si mesmo, · escrevera : " O ·an~nino que· .
ensaia os primeiros passos, faz cxforços invohmtarios e inconsd-
• <.. c:ntcs. A p!"ove é que, por mais viva e ·íelh que ~cja (l nossa me-
moria, não podemos recordar-nos desses ensaios que fizemos, l"Oltl
o · grande prazer e vigilancia materna".
Ern vivaz e isso, muito justamente, enternecia a mãe e <:uem
lhe ouvia os •
1>rimeiros raciocínios de 1 creança prccoccment: intc- ..
11gcnte.
Do colo materno, sua primeira aula, \l~s sara à esc•.)t:.J. par-
ticula•r do professor Manuel Joaquim de Oliveira.. ·CamPQs- (7), ,
,.., ...,
intimo de P edro Darreto..
• '- . ·. ,. ,..,,
. .... ~ -:!; ·~ .....
.. ,.. ''
1
,,
I'
,,
.. ~
.. , ....
.. ' ....,·..
\
" .. .. .. ' ~·
. '. ..
• t"' ' ~t ....
•
..
1
t, •i ..' .
'
•' .
• • • I
........ '~-
,. '
-33 - •~ I
>
-
' t.'
01~,·cira ~ampos íôra, por último, professor da Cadeiq ele ·.:,': ;, ·,.,.
Gramática Latina ela ent5.o vila ele Capela, promotor púb~ ico e ~,: .. ...~
VC'rea<lor da Camara Municipal, de onde fugira para salvar a vi<l.l. ....
(8) e cm Campos passara a lecionar após írustados c;stu<los ecle- .. ! , ...... t
siásticos em Baía. '
'• .
. .... "!:
,,
F ,.
_ .. ·-,.
, ·.·. .'
.,
•
- . 34-
.- .. :~
. "' ;. ;' ':' .' .:;:'f fi'.'.>~: :t: ;:i;f:@J~''
··:. : ' ~· ., ,
" •• 11 . · · ' .
..
.. ..· ·-'' ·
'~ ·~ ·-" , rl.{_,.r·. ~;...
,-.>-i--:>;.' ·...- ~· •..~.
f.''
.
~ . . •·! . . '..
- 35 -
que, fazendo ata rele dos · seu$ conhccitnentos, da sua inexcedível
mestria na regmcia do .P<>rtugul!;, costumava dizer altivo e gar-
boso : cu sei o Camões 1••• 1 Em ·igual posição se acham muitoJ dos . ... .
•·
Tu que és verdugo
Da humanidade
Mostra uma vez
Que t~ piedade.
•.-•· maio do.ano ~te .0848), Que mandou _.pór cm . coocu~aq~I. ".
1u cadc1ru de pnmcmu lctrii1 de ambol ~ KXOli, Que eativ~~m ,
mal providu pela imperkia e inaptid&o da. ~~,i~ 1vufc;;~ '
. ..,
,,,..,.
"'
rca ", eita.ndo, talvei, no c~uo, não QWa ~lc('-.. \·a ' ~uno ·,
e J)crdeu a adcirL Manuel J~ql.lim de Oliveira· Cwipos, \obcivcra, \ 1
'
~la Rewluçào prov. núm. M. de J de ru.uço , de , 1~ ·(X.)W seu . •'
colega de 1taLaiana, quauo ano.a .IM~ ·ir .eat~f ·no Semin.\riv '
.. •·. "',.
•, "
Arquicpi.eopaJ com orden.adoa por intetro, ~auilJo tlt • Amón"-•
Dini1 Barreto tul>atitutoe a-10. a •&.a11 cwta. .Por IkleJ&ÇlQ prov. ,
de 13 de dczt"mbro de 1842, foi no1nt~do o d~!ifo · ]o.H G~•lvca
Barrow para "" 1\lbttítutQ na c.adcar• \ie Cavel&. ParC\:ci Que
..
1.........·" ... ~.
•
~
•
'*""' .
.":" ~ .... . ·.l.J
'#·· .. ~
..., . "
I 4f
:· ..
. ;
t.
- 3G-
Pedro ascendia ao pôsto de capitão. As infelicidades do íilho rc·
fletiam-se, na carreira militar do pai, de maneira fdiz l.
Restabeleceu-se o interessante ·gurí que, aos oito anos de idade,
já era eficiente promessa, sçnão com a maravilhosa .ciên.ci~ ~e
· Cristo Jesus entre os doutores, mas com dotes de mtchgenc1a
relevadores, que . o revelavam já o que: seria, mentalmente, em
dias além. .
Ante isso, ante tão belas manifestações do~ espírito de seu
inocente filhinho, não trep.idou mais cm a sem-razão do c-.apricho,
o renitente campoano. Deflagrava dos cernes dalma eflúvios de
esperança ante a · incomum vivacidade estonteadora ·daquele me-
nino; que tinha pronta resposta para tudo e completa lógica das
coisas, que lhe cercavam com o raciocínio de homem experiente
e hábil. Como resistir a esse feitiço? t Assim, premido 1>ela deusa
Frêa, consorciou-se com a formosa d Emerencian~ Maria de
_resus, a teimosa . bem-amada, que passou a ser sua companhdra.
Eis o registro: ' ·. ,.. , ;., >· ··
" Aos dois de dezembro de mil . oito . centos quarenta oito em
m:nha presença e testemunhas Francisco Antonio Lemo.; ·le Soul'a
e Professor Manoel ] oaquim de Oliveira Campos, se recebeo em
matrimonio capitão Pedro Barreto de Meneses, natural de Fran-
cisca Xavier de Gois com Emerenciana. Maria de ] esus legitima
ele Antonio José da Fonseca já finado e- Raymunda Maria de Sá,
ambos desta Parochia, Despensados pelo· Excclentissimo Delegado
do Excellentissimo Senhor .Arcebispo, e logo rece~rão as Santas
Bençãos" (9). . .
Tinha To&ias Barreto, então, nove anos, cinco meses e sete
dias. Contava com o afeto . dos pais e das . duas mas ~vós,
... . 1 .
. ~· -~
... •
·~ -- ---- ~ -- ---···- ···
37
''.
isso n:"lo era tudo, porque era necessário estudo sério, que cm1f it·-
llla~:se o vatid11io de seu professor prim!1rio <', para tal, lhe era
prcriso ir haurir cm fonte distante, longe elos carinho:; dos seus,
<:m plai~as diferentes, que lhe despertassem saudade do rio adoracfo,
<lo qual ja~11ais se c~queccra, mormente das ingazciras cm flor,
que protegiam às mansas itguas cristalinas.
Sú n ins<.'tWÍvl·I. o hr11to,' é capaz ele ·d eixar que se csiumcm
da memória os quadros <la vicia infantil. · ..
Em Itabaiana. êle recordou sua . primeira . infáncia, l'.'t?tanJo
ainda se hanh.ava com as mulheres no rio, como todos nós serta-
nejos o fazemos em idade pueril, ·envôlto no .manto da inocência.
E' uma página que só o coração do artista é capaz de ditar ·
.;I, 111<.' ntc l.' Xaltada do sonhador e cm Tob.ias Barreto, de cedo, se
revelou o sonhador a.rguto, cheio de belezas, de estetismos e os
v<.·rsos abaixo nos demonstram quem ele já era · nessa época.
''·· '~ .' . . _;;, '~. ·~
Scena Sergipana
Vt·de a bella miseravcl
Da minha patria ... Eil-a aqui,
Falki-lhc ... Como é affavcl L . .
Como vos cha.iua ! .. : Segui; ·
Qu'ella inda tem seus verdorcs,
Seus rebanhos e pastores,
l ksg-a rrados 1x.·lo va 1...
Tem alli macia alfomhra, ·
N 'aque1lc roupão de soml1rt. ..
Que dcsvcstc o quixahal . . .
"'.
· ·':">-(
- 39
Como bem vê o sr. Hermes Uma, não era Tobias d~ origem
de g-cntc s<'m importância 1 A família dele era ela~ mais distintas
de Campos. Outro engano: Em Sergipe nunca houve f idalguia_c;,
toda >;~ntc é pobre e trabalhadora; não há latifúndios, nunca
botff(\ ainda que agora, só agora, com a uzina, se estejam criando
:ts grandes propriedades com a extinção doA engenhos a vapor.
Por mero espírito de curiosidade, vale acentuar um fato algo
intC'rcs~intc. . . Tohias íla.rrctn, romp o pai e os irmãos 1 eram '
.1
proprietários. Escute bem, sr. Hermes Lima, o senhor, que foi o · J
1
único escritor, embora previniclQ, que nos deu um livro completo '
sôbrc ~le, conquanto prenhe de êrros.
A 17 de oitubro de 1860, foi relevada, por despacho prov.,
~ multa de 25$ "a ·cada. um elos indivicluos Vcrissi.mo Jo.<1ié de Bar-
'.''
ros, tubias ( sir) Barreto <lc lll<'ll<'7.es, M anucl Lourenço de Fi-
g1,eire<lo, João Pedro de Sousa, José Antonio do Rosario, Jo!<.é
de Oliveira dos Reis, tenente Francisc~ Barreto de Menezes. Fran-
cisco Xavier D'Abreu e Maria de Jesus Ama<la, 1noradore~ no
termo . de Campos, por não terem ·ela.do registro os terrenos que
' possuem no mesmo termo .senão depois do primeiro prazo para
ü:to tn:lrcado, mandando reverterem as mesmas multas contra o
antepossuidor clcllcs Joaquim da Silveira A lvcs Brito. visto 'JUC
os snplcs. prcn-aram os haver comprado depois de passado o pri-
meiro prazo ., .
Idem ao capitão Pc<lro Barrct<J de Meneses e a seus filhos
Manuel e João Barreto de Meneses.
Tobias Barreto fizera sua J>etição só. Que teria frito de suas
teJTas? ! . . . Teria vendido para comprar "o saC'o ele roupa". e
o "violão" do sr. Hermes Lima?!
Tobias Barreto de '?vr'enescs e seus irmãos, Maria Bclarmina.
. 1
Francisco, Manuel e João, foram criados no conforto da casa pa-
terna e educa<lm como filho~ ele ~ente distinta. Como os irm::,,s,
<'ra vivaT. e Ji{1, 111cs1110, e111 torno elo ass1111t11, <'pis1'ulio inkn.'ss.."\nü•:
O major P<:clro Harrrto mandara for.cr costum<."s <k' casaca.
para os quatro filhos, vestuário muito cm moda, então. De chapem
bode, todos, foram a u'a missa festiva e, quando o pai os procurou,
e>tavam os quatro aparancfo as flechas do~ foguctc.·s com esses! ...
Is><> 1ignifica, apenas, c1ue Tohias não foi criado com~ mcn<ligo
e tiue teve, ao contrário, toclo conforto de filhos de gente de.- rda-
tivo recur~o 5ocial e cconô111ko, ad(''!lla<lo ao mdo de S\'U hol>t't'nl.
N:io nos é pos:sivcl concluir cslc capítulo, sem memorar uma
pá,.;ina do já gra11<lc Tohias Barreto,. a cvo<.:ar C~m1>0s. ~ <» t.~·
tumcs da terra-madre, em 1ua trágica 1clvagcrta rclt.iu.~a. t'm
continuação do cfogma de pecmlarc.r, d\: tldiw1114ulr.s u~• -· 1:>auliuis-
I mo triunfante", oriundo da c~curid{·- mcdlocrc:
'' O .leitor não ae admire de me ouvir fallar de uma rcUgMu
de dt1'Vu11unks. Isto não é uma simples phrase, mas a expressão
de uma verdade. ~
'"'
A religião christã, se tivesse seguido s6mentc o caminho que
(~
lhe traçava o seu {undador, se logo no começo do seu dcscnvol-- ·' ·., \,
\
ainda alcancei tempo em que as corôas de esp.in.hos e as ilisciphnas
de aço representavam um papel saliente no proc~sso •\e ."t1/-tioc;iio.
Era a mesma época, na qual predominava cm ambos os sexos. o
costume selvagem de, só cxccptuan<lo o cabcllo da cabeça, capinar
\ o corpo inteiro; e então o peda~ de navalha vdha, que já não se
pr~stava a este ultimo servi~o. passava a fazer parte dos instrumcn~
tos de pcni tencia .
.. Ainda conservo bem viva a lembran~a desse tempo. e não me-
nos viva a impressão produzida por aquelles calmos ~ tem:hm:ios
espectacu\os dá sandice humana, que se chamavam pnxis~õcs de
pr«:es, procinões penitenciacs. A terra ( 10), d' onde 50U tilh·l, "lc-
mor~ em uma planície. Ai vi5tas que ~ lançam da port~ do t~mp!o
vão qucbrar.gc nas moutas siornbrias, que borÜi.m as mar~cns de
um rio .
Estavamo,s n'wna sexta. feira de (luare~ma ; a multidão de d~
votos não cabia na e~rcja.
A procinlo ühia, levando n.a fr~ute a <:rui e a. tniltraca. A•
mtdid.a, porém que a linha ~ povo Mi ia di Htn<l~ndo e tom:Audo
f
'
(10) R n1.o a ~ldtia, do ar. H~rmc1 1.ini&. pvrque 'fooiu ~6
igura.damtnlo podena chama·la assim, w.~ndo que era uma "ila
Porém ele o nlo fe1. ' hto foi romantismo de SUvio Romero. qu~
o tr. Hcrme1 Lima, como tempro, wpio"'
•
. ..,,
'.
'. . "' ., · . . ,,
" .... •,
'
gtito de serpe, começavam . a surgir dos esconderijos da beira do
rio uns vultos brancos, mal distinctos ao principio, mas log-o !l~pois
bem visivds. Eram centcnarcs de idiotas reliiiosos, immor:ilm<'ute
cswoltos cm alvas saias femininas, com os. rostos co~rtos e a1 cos-
tas nuas, sobre as quacs vibravam as disciplina á esquerda ~ ·á di-
reita, no n1csmo rythmo em t)ue os cavallos açoitam com u .:~udas
incon'lmodas mutuca.s. ·
O sol pendendo para o ·occaso e como olhando de soslaio' para
aqucllc quadro repugnante, cbva ao sangue que já escorria ''º
dorso
dos miscros e n<?<Ioava·lhes as roupas uma app;lrencia d~ negrume,
urr. aspecto asqueroso. Era um coisa horrorosa; ma.s era a re-
ligião •••
Não ficava ahi. Ao espcctaculo da tarde, que fallava aos o!hos,
vinha o espectaculo da noite, especialmente preparado para o ou-
vido. Fallo d'aquellas plangentes e11rommemlações de a!mas. fei-
tas a dez horas, quando por toda a parte reinava o silencio e o
repouso. Um grupo de musicos sahia a dar a medonha .rerrnata:
havia mesmo composições especiais para esse fim. Ainda me km- ..... . :·;. '":_ .. -
;
hro que então passava pelo primor do genero o respcctiYo tnbalho ..
àc um componista mineiro . ( 11), que viveu e fez época na minha
provincia. Não se descreve a impressão recebida, quando a ro~f!UJ
noctuma começava a c11co111111r11daçiío escrita em fá me11cw. com
umas phrases iniciaes, que semelhavam soluços, e de r~te. por
l·ma transição mal sentida, o violoncdlo batia na terça maior. e o .
h.aixo dizia syllahica e monotonamente estas palavaras . de feroz in·
çrepação: pec·ca·dor-e11·d1t·re·ri·do ! ! .. .
Sentia·se o inferno! Mais de um velho acorda''ª seb~l·
tado, . e muita crcança despertava chorando. Nem hav!.A meio de
re~pirar·sc mais livremente, abrindo uma porta ou uma janella;
tX>is que corria a tradição que quem isto praticava só via um ,.~
l'Otrho de ove/lias (eram as almas), e Jogo após wn ' frade sem
cabeça, que dava uma vela de cera para guardar ao curioso obser-
vador, o qual, procurando-a de manhã, não a encontrava! ! . , ·
Sobre quem fosse realmente o frade a theoloaia. local a.inda . 11
não ~stava bem assentada; as opiniõcJ divergiam. Uns affimv.· .1
vam que o frade não passava de uma al111<1 /eu4da,· outros. porém_ ..
sustentavam que era o dia.Lo ~füfuçado. Em todo o UiO. nin&ucm ' ,.
~.... . '
·i.":'.,
... , - .-.
·.i<H:::.: ,-.
. . .\> • . ...;.,;.<:~ -~. : ....... .{ .. :..
' '·
. '
. # . "1
'
Transcrevendo-as, a essas · laudas, o sr. Hermes Lima o íaz
.. para .que Tobias "aprendera a temer e a amar nos tempos de me-
nino", a essa "religião de culpados", a essa "religião di: crimino-
sos" 1 Onde declarou isso o eminente filósofo 1 E' adulteração ele
pensamento, como foi a ·adulteraÇão da fo.rma, porque o sr. Hermes
Lima o copiou, menosprezando os grifos e mesmo trocando pala-
vras 1... ·
Entre temor e amor um abismo, tat' qual o que há no tentar um
qualq1'er compreender a Tobias Barreto de Meneses 1•••
. ' ~ ·..
,.,,
· ..
. ,.
~ ,ft' .\
.. .·"
' .
1
.
; , ·"~
•• ' •·' w.·· \ '.:· .'· '\ \ \
. ,•. . ' .' ; ~
..: . t
'
.,.
..
1
.. ...
:' ';
.... .
... . ,...
-. '
ESTUDOS
Estnncia e Lngarto
• 1
.,'.
;'.·~··;·~.
dirigida, em· a vila de Santa Lusia, pelo padre José Basto:; P~
' . reira, que a proveio, interino, por ordem da Real Mesa eh Cons·.:1-
ência, na qual foi efetivado por Despacho de .9 de novembro '!c-
1809 e jubilado por Carta régia de 1816. Substituiu-o o padre João
de Campos e Silveira, nom~,ado por Carta impr. de 29 de · oitubro
de 1822. Por Deliberação do Conselho de Governo, .de 28 dc : ~tbril
de 1822, fôra transferido para Estância, sendo substituido por_·seu
irmão padre Raimundo de Campos e Silveira, antes de 1835, o qual
se jubilou a to de março de 1843.
cxerc1c10 a 22.
Eis que o colado de Aracaju, cônego José Alberto de Sant:ma
falece e êle, padre José Luís de Azevedo, foi nomeado para . da a
m~lhor freguesia da Província, embora fosse baiano, deixando à
margem velho~ sacerdotes sergipanos de boa e má vida! .·
Não foi só: foi logo elevado a cônego, qu~. então, era parà ~o
padre que tinha dente de coelho, dignidade, hoje, comum ·a. qual- . .
quer garoto de sotaina. E' que tudo se democratizou, até mesmo
na igreja .1 ~ltm disso tudo, vigário de. San..Cristovatl\ t. .'.
. Era irma.o de Manuel Luis de Sousa e Azevedo que foi ··se~
g~ro; de. d: _Incs de ~cvcdo Araújo, que se casou ~Ot'..1 \) portu- ·
gues Antonio de . ArauJo Pimenta, comerciante cm.: Estância; de
4- Joana ~atista _de Azc:~o Cardoso, e&$ada co~ ~ - fundadQr di ';
. i
l' •.
. ... : _..... _..._. _ ---- - -
._ - - - ---.- . ..- - --~-~----.:.
..... - .J(..:..... -~,... _ ,,,,,i..·.- ·- ..rs::-
' .
. . _ ;: , ..
" , ,. (
, ·:. , . ~··
• • 'i
...
'
'
~-
.
•' 1
, "
pem,ancccr em Estância um e meio ano: rm fevcreir<> de 1833, •
_,~.
\< ' ~ ••
mal se iniciava o ano letivo, retornou para Campo~, produto, não · ~ • k.' ·'";., , • 1..,' ,... r .'~· ;
, . . '·, '
<lo ilustre mestre e maestro M arcclo ]o!té da Santa Fé, particula- .,7 .,· ...
.·~'·
,. ' )....._
ríssimo ami~o do professor d. Quirino dC' Sou~ e seu aríloroso ' ' '
'. ~ ~..
p;.rtidário na sub-divisão da freguesia da Estância. na ex\nente
de Nossa Senhora do Amparo, servindo él igreja dt.s$a ~anta de ' 1
,,.
.• ..
•
'
46-
•
:· •.·
- ~7 - .}ú};:i."_;~';,J{i; (~~
a clcsvancccr-se de que seria um alguém na vida e, qua~cfo isso chega
a um moço de catorzc ·anos, nada mais lhe resta, que chorar... ..,_ ..;
De fevereiro a agôsto desse ano, permaneceu cm Campos. Po.:.:"
~ .·).,'..:'.::...:~'~·"~ - ~·;;2~;. ·:~~j :.
r~m. nesse último mês, lhe renasce a fé: foi a Lagarto ncontinuar . . ."
os estudos com o padre Pitangueira (16). Quase· que baldo de recurso .: · .:·.
pecuário (não era filho único)' teria que marchar a'tré\s-Jc sua atr'a ~ ...
estrela, tão fulgurante, mas· amara · demais. Parece que rnã.:o oculta
,
.. ..
·\ ~
tempo não se dava no Collegio das Artes; que não sabe philosophia·,
porque nunca teve gosto pdo Charma; que não avança ama palavra
sobre a critica religiosa, porque é catholico de lei; que não sabe mes- ·
mo pronunciar.i.se com desembaraço a respeito das concepções musi•
cacs, . porque é negocio estranho ao seu mister . e ao muito ·poderá ·: :. ,:·~· ::.\;:_
· ·. ";~·~?J.:\."::t ~:-1:~-
:. t }:.. _.,... '· ·· · .ÇO:~ -· . -~ ..&':t4"-"':~ r-,.•
repetir .que Carlos Gomes deixou abaixo. todos os macstro.r, · etc.,
esse moço, assim bem cultivado, tem coragem de dizer que só :;abc
e _só gosta de litteratura .· . •. · .
:."<~' . '. :!·~::~~; .7 ;:·.~+\:;~~;
E' . horrivel ! "
..
.. ·,"•.. :.. <. · .:. ···. ·· ·t::;:r1~: 1~·f~
' ~
. • r.-. ~
•• .. •• : .:
~ ,.- .. :~ .·~
..... ,..· •
. .:
enr 1824 existia. Proveu-a, a 11 de junho de 1833, o 2nteli'genk ..•·..,,. ... ..
' / .,..~
e mocenc1a ....
. . ·.
Nasceu Pitangueira no então próspero povoado Hospício, tx-rco
dos· Távoras de Sergipe, hoje Convento, a. 4 de dezembro de 1812, . '
integralizado, então, ilegalmente, a território baiano, r~uperado, . :· ..
após, por SCf'gipe, passando a fazer parte, sucessivamente, rios
municípios de Santa Lt1sia e Espírito Santo. . Filho de ;\ntór:io
Alves Pitangueira e d. Margarida Francisca de Sàn-José, sua por
vasta · ilustração, acreditamos tivesse estudado fora. H:lvendo o
mon~enhor .Antônio Fernandes da Sil~cira, cm 1832, íundad1> em • ·.'
-~ ~
\
.. .
,·/\
.. 1
•'
. ' . ,
'•
1
• •. • ~ l' .. .. , ..
.,.. .
.. "'···
• •\,
......
• • H
- 48-
- bu!c-..ava tomar-lhe espinho5o o caminho da vida, indubitávelm~nte
para mais rcal~ar·lhc o lustre de sua inteligência privilcgiarla, e-orno;
l.'Om manifesto exagero, somando-lhe ao de cor, acentuara Sílvio Ro-
mero. que foi copiado, scrvilmentc, por todos os biógrafos.
Assim é que mal deixara Estânda, que, até t>ntão, só possuia,
de curso secundário, a cadeira de lati11icladc, afora quatro Jo curso
pnmano (17), u Resolução i)rov. núm. 398, ele 21 ck j1mho de 1354,
biênio 1848-49 e, por mais de uma vez, imprcss;ono:i a set1s ç<o1t rí-
üos, entuziasmando-os com sua atitude de combatente inteligfn1e.
"Tcn<k>-se collocado numa posição de desraquc no meio soci;il
cm ':lUe viveu, houve uma certa epocha em que",··- aiirma o .J(.~em
bal'p:"ador Armindo Guaraná - , " o seu nome gozou <lc grand~ noto-
riedade cm toda a provinda ". Escrevia corretamente e cr=l um
dessa.ssombrado no emitir suas opiniões, não dando uuartel ao lado
;idverso. atirando-lhe pesados dardos com arti~os fa rpan~es. havendo
sido proccssodo e preso algumas vcz:es, sem que lhe· abatesse o
ânimo de bravo lidador. ·
Pois bem, após ser mestre de Tobias Barret·.>, logo se jubilou
e sendo eleito deputadQ provincial ao biênio 1~8-59, não c? teg0a a
exercer o mandato, porque foi surpreendido pela morte, que lhe mi-
tl(lrou fatal moléstia, em Salvador, onde fôra a tratamento, a 19 de
fevereiro cles~e primeiro ano, 1858, ainda. muito mo.;o, aos 45'" anos
e dois e meio meses de vida. Até a própria cadeira nio se riôcte
tru&.ntcr e foi transferida, pela Resolução prov. núm. 479, de 28 <le
março de 1857, para a então pequena vila de Simã,.., Di:l;;. fi(·ando
o professor obrigado a ensinar francês, pel.> q\le ll'!rc~beria 3l()$()
de: gratificação anual. Por Carta de 26 de setembro llesse an .:> foi1
. ..
------------...-----..,...-- ~,,~_,:- ~~~ ----~·-·' _____ ___ , '·l
'1
.' '>~: _·: .:·;·\Y"Ljt" :·>{'}_:·:,/ :";/1··~' :~~~- \
c: ··:· . . .
.::-.:
.:·
·"'· ..
'. ,.
1 · , ' '-. '\
,·
f • • ' · .~.~ :' . · . ~),. .~ ' ' •• ..,
... .. .
•, '··
..
"
•'
- Sô-
Eram as. primeiras barbas que lhe vinham·. sombrear o rosto
(~9) e anunciar-lhe que a escarpa do G61gota se lhe anteparava pr6·
x1mo e que, de. angústia, havia de ascendê-lo, ·~6zinho, srm CirinciI,
a espalhar, luminosamente, as dores de seu gênio por onde passa-sse ·
era o predestinado do sofrimento l .. . ~
Acompanhemos, porém, os passos do jovem estudank. Ccm1
que. bar.bado, pela maneira austera com que f ôra mantido sôbc uma
rígida educação, até 1857 foi sempre uma criança. De Campos a
Lagarto, a-travês-dc montes e vales, fazia a viagem na anca de al~um
cavaleiro prestimoso e sempre o escolhido era o alferes José Est~ves
Montalvão. · . . . . , . .· . , .
Recordando essa época, tempos além, evoca os vastos taboleiros
da Samba, no município de Riachão, entre Campos e Lagarto, com-· ·
1>arando-os, 'por circular e descampado até perder-se de vista, com
a " corôa de um frade ";
Certa feita, evocou um dos princípios rígidos dos pais : " meus
paes ensinaram-me a respeitar os mais velhos'\ Porém, cm Lagarto,
convivendo na companhia de um fil6sofo, como Pitangueira, vivend::>
mais a sôlta, esquecia, por vezes, esse 'postulado nopre da boa edu-
cci.ção sertaneja, segundo êle próprio confessa, levado pelos .recalcos
trocistas, que se desprendiam sem peias, quase:
"E' um sestro que tenho desde menino: bolir com certos ani-
mais, facilmente irritaveis e, desviando-me delles, rir-me então da
inutilidade elos seus impetos. e investidas contra mim. · Nem eram
somente as vaccas paridas . e os carneiros marrado.res que davam·
occasião para este brinquedo. A minha temeridade ptleril chegava
ao ponto de abrir similhente luta até com as cascaveis. Que delicia
que eu sentia, quando a cobra assanhada, á força de muita pedra,
uguia a cabeça, mostrava a língua, sacudia os guisos do robo, e
pl:nha-se em attitude de passar-me o dente 1... .
Mas além de temerario, eu era por vezes tambcm crucL N~v
me. cpntent::i.va em bolir com as bestas, cm assanhar as cobras, tam--
bcm bolia e assanhava as velhas rabugentas. Foi já a muito tempo.
mas ainda me recordo. Quando estudava latim na villa do Lagarto,
axistia uma preta velha, conhecida por · Chica-pa1Jdeiro, objeto de
ei;carneo publico, por causa d<;> cynismo, com que, já send~ maior,
todàvia ainda queria viver no peccado. Era um typo h~diondo :
sempre envolvida em trapos, arrastando n'um pé um chin(llO '\\clho,
e com o outro pé descalço, corria assim as ruas da vila em l>rocura
da fortuna... Della contava-se então que já tinha soffrid0 um pe-
queno castigo da sua miscria moral, Um gaiato havia-lhe posto'um
si11apismo (pi.per iti pudendis partUms) ; e· isto cx.plkava a diabolica
indignação de que a velha se possuia, quando quer, on<lc Quer e por
quem quer. que ouvisse' pronunciar a palavra-pimenta •••
.. '
( 19) E' élc quem nos conta: 0
Eu que barbei &0$ 15 •• " ..
:,/.
:. \o 1 1.1 ·••
,f .
··, ,
,·
' +
. ·'
· I'
....
·~ , .
..
. . '"
as férin, só, a[, estudou um ano e dois meses, o que importa afirmar
que, cm dois anoa de latbücos e11tudo1, se torn.ua mestre. ,
1 ,
·,''f-' . • ·/ ' •. • , - 1 1 ~• ~, ~·
' .. - -
' . ·. · ' ·
. .
.......... . " . ... .;. .
'
.. ~ . } ·.·· •·.
~. . ' .. .'· .
..
: .·1,,,1 . ~
. .. 1,:.r·" ~~ ,,\~ .~,. ·.\.·', , ,r... V...1.=Cc-• ".. /.i-; .~:·~..-:;1;,·~'
, 4>...,.~~f,,, ·4··~1'( Jrr , 1"'.., , . · J~ ~ ,1~ " ; i. .......rt..._ ~,.·1·"' ;'
}f~>!i~ ".1~ .. ~·..a..>-:1 < : \.1
i'
.
l· . ,il .. . i . .;1
•,.
., : ) ~?:; ::·'.":·. . . ;. :·:·:.:::::- ': :~" . >:~>:. ~:.l·:: :;:;~;~0~' . ·'.·~:::v'.~~~>:· :{f/J.t&~~~
;
•• ' ),; • ~, ,\(- 1., 1 .:.J, v(' ~ • ' ..,.,~,~· \/,.' 'í.~
• 1 •" •',o:' '' : 1 '. .':
\.' ;:v
1 } . , ' •.,
. ,,, , , ; 1;
~ . ·-' '·' ' l ; :,,." )
, •J . V i.
/
'·.
no~ lido se julga apto para .esclarecer, ao,s.. que j,ulgap1 ncct~sitados ~../ <
d~ ~Ué1S sa.bcnças e, daí, ser o . magist~rio~ c:u;rci.r.à:.,d c J 11:1em. 11ão.. te".'
nha .onde ganhar. para o próprio sustento, !'\eu, !ugar. , ~ 1 ,<:ntrc os. <leu-;
se.-.. ,C qmo ·º .poeta, o professor nasce..}~.i~o. ..Nã:o..,A:éw~ql jn~·, ..um,
. provisado. , : , · ;.,,, ,,,,·;:.:"; . ·" . '· :· .:;:'.·"·
Como em Portugal, no Brasil coloni~l, as pessô~s de . espírito· / '
·eram o tabelião
.
e o mestre-escola.
.' . .
Chamava.m"lhes,
. ' . . . . ...t :
mesmo, homens t . ~ :·
.do tinteiro. Do padre não se fa!a, porque cr~ da_ , ~l~ssc .elevada, es·
piri1ualmente igual a daqueles e tanto Qur..! . o povq: 'em sua maligni- • ' • • ' , ~. ' 1 • • •
•
<lade inwjosa, criara o .rifão de que bens dç igrcfu. e. ele tinte'Íro. não 1. • • • •• '•· ' •J • ) 1 1 • ' • .
dadcs e, em resultado, o prestígio de ;ábenças delcs.'' •'.A pr c.n da de · . ' -:- >~ ,::-:.~~,r;·'.:~~~~:~,:--. ~.~1
; '•
sábe'r ler'
e escrever era, qÜase, exclusivamente, ' i)àra; c~ sâ ~~l;l~:,~ ele li· : ·~ ." ~~:··~;--.~-~..::~." :~~:~r...•·:~~.:.~''(i~
l . ... . .......... ;-~;\. ~ ~, , ~./\, t:to,\\"-"' ·"' "''i:."'"'~1 i-' . ..... ....
· '!os,, C"f.,~cçã.o,' ap.enas, elos ~~utor~s coirnbriens~~ .e ,d<.•,.; ~isçnda~!o~, com . ·: .., ·":· -~ :·~:~-"X;;~·f~ ·~·?~5::;:-;-:..:~.~·
c~tl1~.,P,u sem estudos, ~sto é, os magis.t rados ,,e a~ 1' 01,>i;cf.ª • qu~ r.ão :,..~ ",: · ·:::~:i'.~ ~·'.~\':: ~,-~~:::~: :.::--~~-~
-.J>Úlulavám ..:á-toa ç, por· iss·o,,,qJase s6 a'qucles .·vi°vh'm ·'-1~ C"a:;ajs. ... : ;\ · .:~~·'}.,_ ·;-.~:??~\-~':\:\~~-:J
• •• ' . • '" • . ~ •, .. " . ' ' ' .i:< : . ·~ ""'r . ... "•' ;- '' ~·~·-':\' ,...,......., ._\ ~
1 1
' ~ "' ~ ' ~ ·1 , • • • '-" · · '.. . l :\. ... . 'f" ...
i·emo1s. · · ·· .. . , , ·· · · ·' , ~ ·... ·' ~::.:1f '' ,\>< ~· , ~ .. ;4.~·....~ !' fl
" t ! ~. t ' ; .. 1 :••' q 1 t l l \ I • ~
' ,· J t,. •\J t q;,.
•'ti ,' o ' /-.~ ·~ ~ .,
' , i "": ._ ·ti ' .. \.)'- ·,~ ;J •\ ' 14 l .. • 1 \ \ • '-', "-"""'.t-
Em . Sergipe, s6 , com o subsídio literário ele Pombal'\~ cQm. a$ · , :: · ' .! ·"'' _. :- fi'~•:. :.:::~:-.:;;·":"":1!
nulas ' escola$ 'dos .i\esu~tas,· antes, sur,g iu a e.scoh\ , ,.mas, apc.. ".- : "'~Y .' ·~".~ .,~>-./.i':~::{\~:;;.:fi popula·r,
nas, par.a a Cat>it,~ l. .e 1~ra ali;um ou outro ~o~.o. ~~rivile~iad9, Em . :··, :· ;·.-":~~>l~-~ " ::.:<: ~ '\·,~':'.~::;:.~1 1
ordem decresce~te, , çul.mm,aya~ o pa<ln.~, o notanQ e o mestrc-e~coh. ~ .... \ .' .\ , , " . .. , _,. ,-, ~ ;._ x: ~ \·
A.t~ ~ ín~talác;ão dQ Conselhc~. de Governo, ~o~ · css~ ·a pre~o\1cleràuci~ \ ,, . ·..·· ~· ; :. .'' , ·~._ .·,..'.'.' .. :~~:>~\~~~'.
pohttca, cultural, que não deixou seu prest1g10 até quan<lo a bexiga· ' · .· . · ~! " · · :. , "'.~ '~ "' .:.. ::..: ~
monárquica cstoiro.u, pará cr4e,.,Q.l3 rasU entrasse no. concc~·to ela dvi· '~ 1 ~·: ;::: - ~· .''./~.;~:·~·--.<~ .. , • ...: ••
fü:açã<.> do século XIX.. l.:i 1..Á~é .. ~ntã.o, . vi veríamQ$ uo~! ; ir~ldcquitOi ~~ ,.. : •· ~,: ··~· ~· ~..:;:::~\~. ·.. ~~
. . :'. .· ': ·;::l :"·,;< : ~ ",·:· ~· , "_': X\:r;: .· :;: :~~J:. '1;~\~f15,(ff; j
)~ ~ • 1 ' 11 ~> 1 1
~·' · . ~ ~ i ~ :" (. '~· 1~',-!"': l
• • • , :· .. . ; ; . ,. . . • , • ..· , ·, •• \ \ ...., , ( .. ,. •... · '>i_.... • •, •• i
·u i
• _' • .~, \~,' ·... \\, ; ,~•,:' ·t .,~.:)".:''· l' ''; ~ ', '~ ~\j
1
,,1:...~L'1 1'l ,~ :, <\k ' :,~:. :•·.'~ ~/· 'l,.~·.i ~ )'·.,.'·, ~ /~·i,..:, ;_,'.
' '#· 1
.
I t
,, f
•\ '
f
,1• ' '"· '\1" 'it(
'•
'\} , ..:~.·t.
•' '"' '"'1 111,-.•I
·~· ~,·,.·l••'
' ' ·" _._ ,
~ \~í .. •\
, ,,,l , .. ,~ ,\,I ;, ,,~·. ,, · ,, ~~ ... '
, .I.' ,.:.. ~..,.. ·'.·,, ~~ i,~ ~,. ' ·''t ,'.
.' 1• ' .,.,,,", .:' 1., ',.,,\' ' • ' .-.\ •1 '
' -. ... : , ~· • . \~ · V ..1.. ~ • . ,:\ ... • ,
,, :~. ~· ,•? :·:'J ~ !>...,~;, :",. , ~~';
• ,
"'
. '' :
. ... .
-54-
da Idade M;'édia da Filosofia, se Tobias Barreto nos n!o .houvesse
a
enroupado com cultura alem!. Tudo era fraricês e s6 se pcnsaya
gálicamente f · . ·. 1
.1 . • •
... ~ ...
• ' · j
·, 1·:~•.·.···ilii·''"-lilii''..•.·'······'·---'111!1-----~'.':"
-
•
~- -.:,;.,,,---- - ·
- - - - - - - - - · ·· ··. . . .
l. -l i· i
-··, · : · ·
"'
"
. ,
55
hábil .e inteligente e, pela si~udês de seu caráter, pela respeitabili-
dade de suas ações no meio social em que vivia, exceção apenas .
a certos casos de coração, ninguêm lhe ultrapassou no prestígio
,,
que ali gozava como chefe local do partido Liberar. . · ;':..
Sílvio Romero não disse verdade quando o pintou sôbe csla
feição: "O pai do poeta tinha gcnio folga.cão t satyricfJ, pronun- 1
·; .' ··!
ciado talento ancdotico e innegavel quéda para as luc~as politjca.s l
locaes, nas quaes se revelara intelligente, insubmisso e desabu5ado "~ ".,. .:,
·r ;.
Pura invenção de Sílvio Romero l ·• ''· . '·' ..
Conhecemos diversos macróbios de Campos, que · foram ami·
gos do capitão Pedro . Barreto e todos o recordam como homem
sério e digno áquela ·f eic;ão antiga. Ademais, em meio pequeno,
um tipo, que fosse assim, não passaria nunca de moleque e nunca
.
- .'
•; ,
uma só pessôa que lhe repita uma s6 anedota, que lhe confira tais
adjetivos que, em sociedade aldeiã, desclassifica. Leu isso em
Sílvio e transformou o termo satírico em caço1sta. O hbrr.em
satírico PÇ>de ser um cavalheiro, qUe goste de vergastar, com um
dito ou com uma metáfora, a alguêm; . mas o caçvista é o indivíduo
sem linha, que se nivela ao chacoteado, que se v-.ilgariza, como
palhaço, nas rodas que fr~quenta, com pilhérias, que o não recomcn-·
dam à seriedade, a•l bom tom. . ,. '
Ao contrário, Pedro Barreto na homem 1iiudo· e sin"ular-
mcnte genioso, pois, à maior amabilidade, casava admirável iilltivcz ,.
e, quando ofendido, s6, conseguia acalma-lo o irmão Doming-os ] osé
de Meneses (,i6is, a quem obedecia muito pelo muito ·que se amavam.
, Aliás o .que ofereceu ao pai · de seu mestr,, de seu orientador
. filoaófigg, fê·lo Silvio Romoro ag teu, IOf\mdQ ac pode verifiçar
..
· ·,,~" .
" '
·: ~·.
' : .. / , . ' ...· . ' •1 "(
'
'',.-:·· • ' . 1 ..
,, .-~ \. •' ':
" ~.~'
, " · l •
,, ., :-;·..
~ ,. .
• ,•
' . .
na~ ·re~postas 'qu.e derà :lo ·inquérito elaborádo por Joã~ · 1to R.1~· e!!1.
' ., .. . ' . .. .
.. ·
que afirmara ser ·seu genitor "muito intelligcnte e ·muito ·sat111cú . •
De 'frito, de Pedro Barreto de" Mencses, •J1ão ~e encontra t.ra?1-
çãb· n~nhuma que o c'omprove, ao pauo '. que do taknto10 bra~1~c~ro
n~qralizado, ·~ pai cl~ Síilvio, ,,se scn~c-.o c~pírito ar~uto... d~ s.at1ra
at~~n. pcquemnas coisas co!11º· por exemplo; nes~c aviso :;eu contra
" ccqo: falido. fraudulento, de que era: uin ·dos · credores, dado a lume
·noJCorreio 'Sergipensc,·· ano XXII,·:núm~ ··ss, de . 4ª feira, 14 <le se-
tcmbro de 1859: .. · .. ... ,,,,;..'. "'1.'":ü-. ,·.;;. .. ,:..... ),. :. ·
lflt • ',· .• . -
· ~·" Ninguem contracte i>Or. forina~lalgum;a:·: com.:- David .Martim
:d~ Goes Fontes ·1° tabelião .da villa do ,La:garto•. com . uma~ moradas
de casas de taipa e ·telha 'n a dita ' villa;rum isitlo1com ·t·asa, cercas :c .
mais bemfeitoria.s ao
pé do açôgue cta· mesma>o.,escravo João ~rioulo,
e Victoria cal)ra, gado e assucar que diz · reccb~r:i; insolutum de Ray-
t!lundo José de · Sousa:, negociante ·n'aquellaiivilla; e d' onde se retirou
furtivamente com familia e quanto :pôde:C:Onduzir, 'visto que o annun-
ciante e outros pretendem. em discussão :judiçial .mos~r~;-. que lia b-an-
saçãô houve dólo em ·fraude de rnuitQs . créçlor~s ,çlc . nãe . pequc!l"ls
<1uantias, a.pczar <lo sr. David julgar-se credo,r :privilegiado por uma
escritura de . hypoteca feita· já quando . Raymundo se achava se;brc-
carregadissimo de dividas, . cujo,s .credor.e s.. alguns chorão sem. re-
media. · · ·· . . · . .· ·
·~ · :· ).. ~." ; \ t{\,• .', ~.--, °' ~ \
1
1' • ,' '·' · •I ,' ; • '·" •',\-
L:igarto 10 ·ele A~o!'to d~· 1859. ' ' '"" ·. ' >.: 1
··. ;·, ~ . 1 : i ~ ·,. . , ·;~,1 ~ : i; . . ' .. 1
. . ·· . · A11drc Ramos Rom~r" º'.
t
n0ve por cento de ·sangue h1io, herdtiro de um povo rom n~s
. <:uc a tudo po~tiza, natural é que, interro"'ado, de e~oiro, i)clo
· de Jcua
que 1
ª'!ltP&11ado1, ae ac!Mlue cm momcntinea ·i(Yno-1 ·
'""eia,
3 rt•l:
.. 1
puder&&
• · •rccora~r.
Lt
com te1,i1po.
.
a iC\\f pi.rcuki •
\:m L por-
44dwinho1,1 uma <>1.1omlutlca parA eles, tliz~ud<>-~ . neto t, 9'l(ta.rt(\.
.. outro, ..André, ·Romero e d. Joieía Vaz Carvlillht,... P& \;n\o de
n<>rte; neto materno de outro portu;ucs tt • portuguc~cs do do . .
&~io ' dócil," temo, . bondoao, Luia Antônio~e:: !, ma1 tssc de um
,tora . casa.do .cOm d t Rosa Luduvina ·da Sil . e . V~atonc..'tloi, qun
' veara. 'o··quo 6··verdade ·;
~---- ...---~-~-- .e: . ·~··· .
.·.· ,·.·~•·'· ',·..····:)'X·'. ~:;:;f;iW?:it·.·;:~~~~~
)•
',.
~ s}- . '
• , . • ~, ' ' .
Lima, para causar efeito. Até ~cu trespasse, dir'i!(iu t'.ssc putido · . ,_. . j: ~,
local de maneira intransigente, sem quebra de dignidade, mas sem , <_ . · ~. , ,·r.~~J·~·-:·~.. '1·
j ,•
, · I" •\::·
.. H~,t,: :•
,~.
' ~~
. .:· ~,. " ,;~;~~8:'.:)~
'·.
.
. ·. ·· , , ·r
t '•
dele, ao invés de pai, avô da avó materna! Mal . sabi.1 Sílvio que,
no mês das flores desse longínquo ano, 1797, seu bisavó ~· e nã'.l '..,:..... >~- ~
trisavô - se casava e, assim, :podia ser .o . mesmo ·capitão:mór ! · . · ;~;'.: : >;.. ~
fuga~:a~~z P;:~~~~~cfa1il~o;ó;~~r:::Íid~:;d;asd~~~:ni~~ci:~=
tle basalto para o Brasil, que, muitos anos após seu· trespasse, um <
: -::. ...
. _ " ~ _ ~
~,~ :'·.~,- ,~.'-~-.:-~..:'~·..~.·:;_~
seu bisneto, rindo à cara lôrpa de iletrados e ignorantes, -:crto de •... ; ~ · :; - :_,...;.·:?4
Que poderia dizer tudo a essa totalidack de ingênuos e de .parasitas ·:- · ~X:.'- . ~~ ·:·''.1$A.,;
crerldeiros
. .
e preguiçosos, lhe rcstaurana. a 1go d o que comparll·1hassc · '·!., .. ; · 'l~~ ''".·.~.:·~::-~:
~~
Jo excelso nome cos Távoras, interfemíniamenrc ,atirado à !am::. ! , · ·· · · --
Sim. morreria o pobre do bisavô de Sílvio Romero, sem saber qnte . . :·
teria um bisneto que o elevaria de bisavô a trisavô e isso no honori fi-
..-~-.'-~;,.·..~i~.:-~.t,·~
~:" - · ··: .. _ "· :..-....__~. .~
.
ccntc ;"tuito
~·
de proclatna lo, neste País sem H1'sto' r1'-•,
..
o 11
' lt:··
n 10 4·a ,.;;_
~· ·
""" «-.' . · ·::· ·-···-':<'f
~,... '...'-. · ~· A ~·\?".!..~~~.... ,
rJo-mó~ ~ortuguês ~e Se_rgip~ e, isso, porq?c o maio•·, .o \'C~~er~~ ..· ." .. ~~ ""i:.>. ~} . :··· ::~~:-., .'._:"~
1~te u~o. exclu_sivo his.tonador ele Sergipe_{ o rest~1.1te 5ao h1s:o- .. : . -~"" ··, :-.-.: ~ ~.:-~··~ :"1
nografos ou parasitas), nao encontrou a relaçao nommal' dos c~tes · ·· ..~. ·. ~ --. - -l- ·-.1'~
da Capitania até 1820, só o registrando até 1797, qu~ foi o capitão- ' ·. ·... "':. :· ': -~-,~ ~.:~~;;
~~~{.~uim José Monteiro, homônino dc. ~oaquim José da Sir · ·i; ·:,{ ·S~\';,1:~
Porque Felisbclo Freire só disse ISSO •.a ·carneira.da. indole.ute ... ' · l- -~ • '...: ·- \ , ~'·4.-·.-,.~· :_,
r.ão investiga; não trabalha nos arquivos, nos .çartórios~ acÓ.Stum.-t~.: "~·· -"· ~..-"' ~-- ..
a '6 ler cm letra de. fôr"1a, te~n como a~.ien~e: ,.Q\\C ,nada qlai~ boi. · : : · : "-!:. .' · ·
acerca .DISSO.!.. v l/Qrrqj o 1 rfferm,f/ . J).c4vi~ ,\. ~ •..1.. ~· .. :, ,,~ ; 1 ,.·1 ,. · '· • ?· f · 1~ ._,;•.~.
,. , (, "( . ' • • ~ ,.... ~ • 1 ' \ •
O último capitã.O·m6r chefe do ex.e<:utivo ide Sergipe e que foi · . .. ·~" ' · t''.''
t-ievado & covernadot1 em• uno, 1 com • a ,;patcnte·· 'de- ~ bri&adidro. · , fo.i ,... . ; . :·, ~\ .. ' . ;~:'f:·~~::~j
Manuel Inácio ·de Morjii " Mcsquita'41Pimcntel; ~ o qual, i:usirn com\> . . .;, ~ ... ~~..:..· ". \-}:~-...i.~'::;.
antecedera, de 1808 para ·trá1, a outros· capitãe1 ·more1 aovcrnadorc1 i ~~- > .·;'~· -:,~ :
até o Monteiro, que · Silvio' m\ido.u em· Silveira,· foi 1U\.7edido Pot' _,, · ~'
acovema.dorea 1 Qual 1 E' perder tempo 1 ,. (. ' : · · · ~. ,. · , ·• 1
Se m~nor fóue • a in~rcia, encontrariam o De~rcto r~~io d~ ·· .>•- .•
26 de abril de UU 1, que •Ufllm~ou ·r.ra ,' ~ anu;ais o ordenado .:· ..
do• novos governadoreir de Serrwe, verahcv.ndo·ie esta rraça no ,. .: · '
:atual 1ovtrnador da · •obrcdita C1phan"' ~ I··' "' " , · •· , ':...
' .~
.,. •, " .
-' •
·,, '
.. 1 ..
•'
-
~
58.
'
ofender a adversários, nunca ' tendo sido um exaltado, para gozar a
pecha de jacolli:no l ·, -·
:. ' ., • 1 ' ~
\ .
4 ' .
' 1
• ·,/· J
!J
'~ 1
.: 1
,. ;..,
' '
' "1
.1
~ . ...· .·
.:..:.. 59 . : ·.1
·'
••
. l
• •~", "f"';~
' 1
''•··· ......'
'·
... ..,,'
·.·
e '
)
\
' ~
. . ·' ,'
..
- 6ó
· \ · · da
<lute trabalho mostraremo~ a nen iutna graça
No corrcHr L' P~dro Barreto cr~ um cava\hciro pudo-
graç.a do sr. ermc~ una.
. • . G de Afeto o irmão da
dio~a. onde ioC'a\a n lntchgcnc1:i :io rnn descerem po!i-
'{o.rtc . a consolatriz dos seres terráqueos, , parece . b . d •
~,· ' · · · \ \ ·envô\tos · cm me na 01'<:->
-~ fônicas harmonias de cantos < u corosos, . . . a
•;i- ierfumcs, a rcvoga.r as estúpidas convc.nç?e~ .do ann1:1a1 que ri. 1: "
. · ~ ar• completamente, as letrasR da_ 1rnsona co\etanea de l..c s ·
11
tc1u.,.. e .. ,
S.'X:1ais, . a sobr\!por o oraçao a azao.
Em meio às torturas com que, voluntária, se sacritic:t a F..s-_
tupitlez no Cáucaso vital, a,té que o Anjo ~ª. Pa7.. lh.e c~rr~ o~
lábios gélidos, ·consoladora clareira é ~ssc m1st.1c? ~ma1, mu-ia,loro
da Esperança. Alteiando-se a cavaleiro .das 1mqu1dadc3, e~ que
se debate a comicidade huma.na, entorpecendo a todos ~s s'?t,nm.cn-
tos ' balsamizando a todas as feridas, o Amor, ·como. . . o lª dt!>SC
";,
.
4
•
Nada lhe resiste ao encantamento, porquanto é a própria vita-
lidade que estu3 cm noss:is artt'=rias.\ Rei absolutl), su.:.!crano du
C.1.~telo medievo, guardião de todos os lares, impassivd l i;rita ca
Moral, cavalga os quadrantes inteiros da Tefra,
..
• '
PNtugal cm pleno npo~eu ela hta1.k· ~·té (lia. \·t"-'C l em que lus-
tr~va e &ilumhravt4 •.\ Eurüpa n fülal~ui.a lusitana, mais opuk\\tó\
cu c1u~ os reis. Século X VI.
Falc'ccn<lo em Lhboa d. João 1V, o Rt•staurn \o r, a 6 <li.! no-
Velnbro de 1656, c-uado com d. l.\Ü:S'\ Fr.in1..·,s1.·"\ üc (°;\\~mio, e an\e-
tit:i:iO<• o tre,vane do vrimog~nito ('lrinçii)(.! <.\. Teodósio. tiro\\ s~ndo
herdtiro da corôa d. Afonso Vl. o VitoriosQ, nascido a 2l <lc ·agôsto
d~ l <>H . N rw \tndo ~Ü•ÜC \e~a\, foi ~'.!;'\ \\\~t'I ll\V\htiil~ .~ \~.:ência . '•
aú l<J62, quando tomou a •i o 11ovênt.),'" Com l\U"' ' Q~ '\\-alid<l11 u,;•., · ·
roroa, eondu de Atou11uia e Cutelo M~\hor, ~ons.~au\a~m .vit6i~t~ ::\
contra E•~nha., conf«iera.da .com a Fran~&, • Yltónu.s,. q\lel ao : )Q\:,C1ll,\.~·· ·
monarca c.onfenram o aano~l\e honroao, .• ~\~, .,· de~d<: ·cedo. $C: ' m~ · . ·
t~ou um a~rn\óll, . talvH : n>0Uv•do ~\~ \*fahfü, de c1ue -tôra. taccn1e. "· ·,
tldo . aoa tre& ~"º' ' de td&de. í<l•Ahà.ar~ todo 1acu .. amõr: ,na.tcrno ~ não·' -
trepidou d. Lwsa em çaaar •~ füha .d .' Cawrini· tom· o · rei de ·ln· ' · ·
., . ... . .· ' '''!
•,
..
1 •
l ''
' .
61
noro~o~ ••insubmisso e de~:th11sadu" :i. inju~tiç;"t.!I. ·Provoca.do, lu;av:t ,•,
1'
em prol de seu direito e, aqudc que o não faz, qu<' não tem csc;e "de-
..j
.,1
~;b tcrrn, C:ul1)s H. cm d;u· rnsa a -;,·11 ntttrol filho, <l. J'cdrn lf, e J
n recolher-se a um convento.' i
C:is1)11-sr d. /\fons1l cm ](,r,r, com :.1 pri11ccsa d. l\faria Fran- .· l
f;sc:\ b:-il)l·l 'h· !-ial11li:l l'. a 2 dt• 11<1vcmh,·o 1k lúf17, rcrolhcu·~c a ·
virgem cspl:>s:\ ao mnstl'iro d:l Es1)crança. donde requereu nulid:J.dc 1
rk 't.::t.s::tmcnto, tendo como prcti:~sto a inh.abilid:\dc . física cio marido. ...1
Ela era am:rntc Jo príncipe d. Pedro, que despojou o irmão do ·. ;1 i
~1
'
...!
tano. filha elo físico dr. Cihrão. e a outra era d. Maria de Távora
<la Silveira, mais moça do que á. outra, mais nooic e mais beh.
D. Antônia professara no convento de Chela5 ·fie côncg-.is re- ·
grantes de Santo /\gostinho. Era excelente poeti':ia. . D. Maria de 1
Távora da Silveira era irmã do segundo marqu~z de Távora. An- 1
tcmio Luís de TáYora, e ambos filhos do 1° marquez desS<\ nobre
e.a~ e 3" duque de San-João, d. Luís Alvares de Távora, ali tambêm
J>roíessa.
Deslumbradora, d. Maria foi na Ilha Terccir(( a tentação do • 1 1
!
fiüal~o espanhol <l. Antônio Pereira. Sarmento, cuj1> "-:i.~·unoltu
fóra esmagado pelo amor. .
S(:is anos ai>ós de exílio na Ilha Terceira, voltou d. Afonso 1
f).lra a pri são do Paço de Cintra, onde faleceu a 12 de setembro ·1
1
de 1683. Por~m. no reduzido séquito do rei prisioneiro, n.io retor- i
naram duas criaturas: o cônego e a fidalga, que .;e Cclt15l)n·iaram ~
.
.. . .,..~ I o' \, ' a >
; ..._ ;· Jt • •
.. .\1
...~ :' ~ ··/ .· \~
' '
- 62
\rer para comsigo ·mesmo ", ·que não " defende no seu direito as con-
dições da sua cxistencia moral'·' ,· equivale a um suicida, canta-nos ·
von Ihering, grita-nos o instinto de defesa. .
...... -.. -
Estava em pleno · esplendor a família Távora, à qual te 1 cunira
a dos Atouguias pelo casamento do conde d. Jerônimo de A taí-
dc ( b) com uma filha do 3° marquez de Távora. · Era êsse d. p-ran-
cisco de Assis de Távora herdeiro do 2° conde de Alvor (vila do
concelho de Vila Nova de Portimão, onde falecera d. João II), nas-
cido a 1 de oit~ro de 1703 e aos · catorze anos, a 21 de fevereiro
de 1718, casado com sua. parenta d. Leonor Tomásia de Távora,
nascida a 15 de março de 1700, filha única de d. Antôni•) Luís de
Távora, 20 mar:quez de Távora, por quem lhe viera o marC]uczado.
Fig\Íra relevante ela magnífica côrtc do ~resquissimo d. Afonso V.
que repartia seu temPo entre jesuítas e amores seródicos com fi-
á.'llgas, freiras; comediantes e ·ciganas> Antes que baixasse ao tú-
mulo, esse monarca . Casanova, por Pespacho de 18 de fevereiro
de 1750, nomeou ao. 3• marquez de Távora vice-rei d:.a. 1ndia.
Falecido d. Afonso a 31 de julho desse ano, após seis anos ele
1-•arilisia, subiu ao trono seu filho d. José, o Reformador, íntimo ••
da família Távora, tão íntimo que era não velado amante ele · d
Teresa de Távora e -Lorena, irmã e nora de d. Francisco de Assis,
poi!\ que se casara, a 8 de julho de 1742, com seu sobrinhc d. Luis
Bernardo de · Távora, nascido a 29 de agôsto de 1723, o qual seria
e herdeiro elo título, o 4° marquez de Távora. .
e Quando d. José ascendeu ao trono, a raínha viuva, d. Mariana
de Aústria, amiga íntima da segunda consorte de Sebastião ] osé
de Carvalhal e Melo, que f ôra embaixador .nas côrtes de Londres
e Viena, fez que o filho nomeasse ao antigo diplomata seu ministro.
Dentro em pouco. enquanto o "androido coroado" se envolvia eutrc
as saias da Távora, despóticamente reinava Pombal. que se via
embaraçado, em suas desenvolturas, pelas manhas dos jesuítas e
pelo poder arrogante dos Távoras.
O Távora Menelau tinha dois irmãos: José Maria Jc Távor~,
. . .
avô de d. Catarina de Albuquerque, casada. com o florentino Felipe
Cavalc:inti; bisavô de d. G\!ncbra: trisavô de d. Paulo <le Moura.
<1ue foi casado e teve d. Maria de Melo e, viuvo, professou com
o nome de fr. Paulo de Santa Catarina, sendo eleito custódio do
Brasil em 1617; tetravô da citada d. Maria de Melo, que ~e casou
com Francisco de Mendonça Furtado; pcntavõ de d. Maior Lui~
de Mendonça, que se casou oom João Almada de Melo~ hcxa.vô
de d. Teresa Luisa de Mendonça, que se casou com Manuel de Car-
valhal Ataídc e hcptav6 do Marqucz de Pombal.
'
,.·-.
•
. :... · . .
... ·...
· S6 uma vez atacado, como veremos depois, lutou à mã.o ar.mada,
:>'~m o socorro da autoridade pública , antes , ao contrário1 . tendo essa 1 • '
"~
.... ~
-·
. ..
, ·,
"·
.· '··
. ,.
•' .
nascid<_> ~ 9 de sete~bro de 1736 e uma irmã, a que se casara com '· '
seguido ele maremotos nesse mesmo dia, a 8 de novembro, a 11 de ..;; ... ·.-".~:.'
.. . ' ~
~
.,
J •• '"
- t, ,. . . · ..·
--
,......
.- 64 -
· e a contra si· mas quando a venalidade 'de um juiz bmcou,
em surpr z ' ' ' ·h l J · p· ra o ,
· ··svcrsi"dade
pnr pe1. . • .•ra 1, aperta- rJ, apc ot1 ·1
ou riór curteza ccrc
Trono e obteve a justiça a que fazia JUS._
Oito a)1os depois. em 1766, onze anos antes de subir a~J trono
<l. Maria I, a 22 de julho, foi:. 1.1a Paraíba, . elcvad~ _outdra. .,·1 Ja ~c,m
0 nome de Pombal, . que s6 fo1 1.nstaln.da a 3 1
<e .mato . e 17 7.2 · . ·
.Pn1ÚIJal era vaidoso de sua obra e tinha ~azõcs G meo;;t1ç•) de
.
sani:;ltC brasileiro: tod o caboc1o e, ass1111
. .' ·. · .. . . • , '. ,
Na 1ioite de. 13 de setembro dé 1758, r<':c~1lhia-sc :> rct ~H) !~~!:1-
cio de Ajuda, quando ao passar .~· ;'>Cgc entre .:i._s . qmma.;, de" {; 1:11~! "
e do Melo, recebeu no braço direito alguns tiro~ de baca111a1.tc,
sah·étndo-sc, porque errasse fogo um des.:;cs ·e porqu<:. .o ccchc1rn
fez v0ltar ·Y c:Hro para trás, não .:-0111.im1a•1do o pe.~rn":; n.p11~:t o
· p;t<;·). N ãi: ~e' co11hecén ningilêm 1fa .tocaia..• Por,·111<' e · rc1. ,·rnl!a
da casa da amante,. não teve .dúvida o ministro ..de mac111mar o
<rtte tanto deseiava: 'destruir os Távora.s, ·os principais protetores
dos jesuítas. Silendoso, ínstáurou o proc~sso · à puricfa<le e o pre- .
I
1>:-trou como J1uis. > Para despistar qualquer temor da: ilustre · famí-
!ia, -conti1111o'u com· suas homenagens a ela; : chegando mesmo a hai-
xar a Ca·rta· régia de 2.2 de novembro (1758), pela qual se erigi~ ·•
.cm vila a alcl~ia do Geru, com ti nome ' de -..::. Nova Távor~L· · Não·
havendo outra com essa denominação.· aqueJe ·" Nova" tinha, de-
certo, ligações com Teresa, a · nova Távora! . . . : : . · ..
Eis, poréi11, cOm surpreza geral, que rio dia· ·13 de clezc1.11bro.
foram prc-sos por sua ·ordem, · e'n1 nome do rei, todos os membros
cia família Távora, inclusive criados, genros, etc.. ~ ·
Ia vingar-se o cruel ministro: o rei era mesmo um Hrng~.mça
ckgcnerado; uma pústula. ' · . ; · .. • · · ' ·. · ·. ·
Afinal, ;talvez .a pedido <lo a~1a1~tc, · foi Teresa perdoada de
11Jorrcr, mas internada no .convento de Rato, onde mofreu, anos
após, desprezada 'e cm · conipleta mi~éria, enquanto seu;; parente~
foram co1Jde11ados ao supliício por sentença de 12 ele ·junciro <k
)759, cxccut~da no dia seguinte, 13, e1ú Belém.
Man<lava ela que se exautorassc o marqurz de suas honras.
dignidade e comendas, bem como aos seus .~ .Que a tod·)S se r1l1cbré.ls~
' S'!l1l, ;111tcs, .. ''as canas . dos braços e <fas peruas". e11fon:ando-us dc-
rois. l'.or<i,m cxccuta1los o~ nmrquczcs, o garoto Jo!':é :r-.fo.rb. 1\ duqt~e
de .Aveiro~ o co~1<le de Atouguia e quatro pop11larcs.: Brús José ·'R o> .
n:ie1ro: Joao Mtgltel, Manuel Alvares Ferreira e Antônio AlvarO:
h::rrl'Jra, tir:-11do <IC'pois queimados 'os corpos e lançadas as\ dnzas
ª.º vrnro.,
1
.Ordcmra·s<.•, nindn, que se pk;.1~.sc:.m as armas 'ela fami·_.
ha : pro1b1a o . u:;o du apelido Túvora ! ,· ··' · ··
• , ~e~se di_;~, ~ pof.~ível,
por or<l<>m elo Cons~lh~1 Ultrnln~;Íno, d~~!:.\
<... da~a<.la. de
haia. a· 30 ele dcT-cmbro <l1;: 1858, o ouvidor da. Co · .
<11• S"J'"'IPC J 1 1 ~ {' \. ni.trca
t· Í· ·, l .. :
Jiªl"~arc • . igue1 1 ires Lobo <k~ Carval.haJ. l'stava. i11s-
,i~ ª~ 11:~,;l c~:a de l':Jos~:.'1. Senhora <lo Soc:orro cio Gcru, a vila
º:..
· " pº\ ª, ·avor,1_• ~~RUllldo·~c n de PQmbal,· em territúr · :> b· ·.
) · orem Nova T' · f · b . . "· . "· a1ano
.Gcru "·, . .. , . . , ~vura c:.uu ·e 01 su ~t1tu1.da . por . ~' Thomar d~
.. J
Os 'fít~~r;i:s' d~· ·Po1-'t~~al, . ~'da's 'ú1~a~'· f~~~·,:~,;;, 1q~~~e \tido.s. 1.)' .
. J
.
'
. , '1ra '~
' ()
--: ..:·;\ _,
. '·, . ·" fl
·; ·~
.' ' .. (•
.. ·,, ·.Jiol
·.'. ... ~ . r ~..,~·
' •'.- :··, ...
1·
•' "'. t
. •' ..)· "
" .
-·
.'>ff . :: .' 'i J•
• 1,;;- . •'
,. .. ._·:· ..>:;/..,·(: .· • ~1 ·'.1 .~ ..• :
- 6S -
Não foi, nunca. jamais, um jacobino t . , • '
e). Aincla outra injustiça do sr. Hermes iima, qu~nd:) nfirma,
' 1
Os Ta·vares, Silva Távora. a1~tc!\, foram 'o:ira o Rio' 'Gi·andc dQ . , . l.:~-~ >. i~
Sul e um deles, Antônio Fernandes da Silva Távora, a[>Ó~. Tavares,.·
• ·-,:.,,J
,.
se localizou no rio San~Francisco, cm Sergipe, . 110 morgado da-_ ' , -.. -./
família Castclu~I3r:mco, o uual se casou com d. Frandscâ ela Silva' -.·
TivarC's e foi fundador dcs~a grande família <lo Estado (a). ._;~
Mesmo denois da queda, cm 1777. elo conde <lc Oeiras e mar~·
quez de Pombal, não foi feita a reabilitação dos Távora$ f 1 · ,,
curador da Corôa, João Pereira Ramos, na exação dos dcvcrc~,d~ ,,.~ !'
~eu cargo, interpoz embargos à favorável decisão, que nunca maÍi foi ' " :;~. :.~·-_ ... .
.txccutada, continuando infamado o nome dos Távora:; e pcrseguid~
quem o usasse. .
No litoral, como nas ilhas e · c~lôni~s, c.ontinuaram·~·se as per-
sc-guiçõcs. No Brasil. como lá. viviam incéig-nitos e muitos se pas~
siiram, assim, para aquém Atlàntico, mormente <la cidade ~{~ An~ra.
1><>1s que, na terra do Cruzeiro elo Sul, encontrariam µ.17.. não seriflm
perseguidos ou, mesmo, mortos. Sim, o Brasil era a aspirada tcrr:i
de Canaan (b).
·o ·fidalgo Tavares era bi~avô <k d. JxHiua t~ç l..ima Nunesi , l ' ..., , ·
lko, intcq1•dada <;11tre u Euru1•a e a .'\111.é dça, vivçrmn, lX>r um.>~, · ."1'
i r~ •
. ;j
' . ·:·
.
·.;. .
,.·
.. . \
·' · ·... .
·.·_.··: •·••.::·_:_ ·_.·_.,·•... :·.-,:· ·-~...••·.~:·_
.~::.._•.~:·_,·.·:-.'..;.,·.·.•-.:·:~_.:,'·..:-'
.-.·.:' ,'.·,. ~". . )' '- .- ~· ·~- i - . :
' ;,.:;::~i\:::, . ,!
,_
..
..... 66 -
(lue "a serventia do ofício ciualificava-o socialmente, no meio es-
cravatorio... ·
Antes de tudo, ainda hoje o município de Campos não tem
''
. : i .. .
• 1.
- 67
1
ricos. Toda gente é iucktK'n1.kntc, toclos são pequenos iavr~ulorcs. ·~ / .•
N'ão há mbéria, nflo há fome, mas não há cabcdais. O nível eco-
' ,
' . ·1"'·
v:"tri:-ts nhri:rac..:••~s. o q11c 11:!0 fizeram tH'ssa época e, assim, cm 1692, r:
prorur:wam d ~·s n·:tlizar nova dna\:i'io. /'
f:
. j .
Ac<.'it<.', foram marnla<los tiara l;'t, onde já existiam o engenho t..
S:mto :\ntúnio <' a i1~· n·ja Nossa Sc11!1ora de Jesus, o~; frades mis
sio11:írios frei~~ Do;nin)l:ns Barhosa e Bc11to ele Távora ela Siiveira, · i
1 •
,· • ·,1
1
1
1
•. 1
•'
j 1
1
1
. . -~- '
1
roprictários. ~ . ;: 1
1
1
1
Pereira Sanncnto) · . . . - hos cc•m
Não sabemos como havendo dois f1lh~s. varoc~r'· am\ d
- ssou 0 morgado do citado ~ anuc e
Tá- 1
1
f'lllJndo ela era quarta morgada, o que não e cnvel, nem 1sso d~Lem 1
os velhos · códices· manuscritos e inéditos, fonte destes verbetes. 1
1
L'l.u1yc. •~<:.l-Ht1.' crcando-a simpks C01.1H1\·~,_. i~ Capit~·mia, l~~t·~to 1
(4u<.:l· "1.>lll'1t uu~ 1t 1>a:rava, foh~lu"·ntc·, \~l\J e. ('fv1: <imi ~ o•t•<'Hlt.", d;., 1
1
~;' _., 1sl4~ 1:, d." .cráno do "ºver!'º "\!ral li'.Ã l\ a i..i.. lkCr\:tu que u~ 1
1
na Ir
cU or .para ;;alvador , vrenuem .1
1o-o numa. ma.smorra • • que- ~1.>vcr , . ... 1
•tt 1,aaa, e, daí, para o forte do Darhalho l. • • • ' scrvtrt\ 1
de engenho de 1
1
1
1
1
-- - - - · - ·· ··- ·--·- -----------
,.
. ". •!'
. lj
r" •
• . ')' ..
. . ..., .',•
.. ,.
- 69 -
Nesse meio ' ·assim ' tlc 1kc1uc11os. lavradores,
· ·
seu nome
·d
aapro~n-
,.._~ totlos · e
ei~do com · acatamento e ·sua pessoa era bcm-qucn .., uc
. : . .i-~ •,,"'..
. ·'.· ~
~ ~
fidalgo '1 2vora ! . -...·
• • ..! '.f'· • ....;-;.
"
• 1 .;·
Távoras, que quase o matava, a seu nome por extenso acre~ccu ,,.,·.
:o nome do país que o <lctestou, subscrcvendo·s~ - "Joo.quim José . ' '
' .. __
.,
,...
.
'l
I' ~ :,
~.
.
:·
'·
.' ·;· :
..
,,·
.. ·:. .;
'·
.• "· \ r1 1, • •
• .. '!""
. .•.•• _ ..,_ ...._____..._.,._ _ _ _"'""!"' ...
~
. i'!f!i'f
.... .. \:
"
- 70-
disso j{, demos sobejamente provas :itr{,s e ainda o faremos far-
tt-tmcntc.
•
. ...:
' "
- - -......- - - - - - ...!'Ili
. -.~.,.,,.-~~· -·"· -·-
' ~ ..
,,·.. ,.
; . ,.
..
' , ·. : ' '"•i
' ' 1 .~ • •
( : ~ .. .
Srns <lotes ele inteligência, os laços ele parentesco com as prin· · ,..
.·._·
cip:-.is famílias do município, sua casa aberta a toclol'l, como templo '
...
-:, _. ·~ ~ .:f.'
3 - Padre Fr:rncisco de Paula <la Silveira, residente ''m . ,•
1\ r<'i:ls, na Piauí. ,.·
4 - IJ. Jl.Jaria Lnd11-;•i11a da. SU·v cira, a que se casou C'>m o
li·.ajor Gonc:;alo Tavares <le Mencf.cs, engenho Canafhtula,. La-
garto, sc11clo que êlc faleceu cm janeiro de 1842 e tiverarn os filhos:
A '--- Martinho de Paula e Meneses;
B - padre Alexandra de Pnula e M rnt'Scs. residente cm Baía; . '·
·,·;,
cnta e nove anos após seu casamento, sendo que, então, ;i eram
falecidos os filhos e netos que estão em itálico.
• Vejamos, agora, d. Rosa Ludovina da Silveira, . familiarmente
tratada de Rosinha, filha (e não neta) do capitão (e não C'apitão·
mór) Joaquim José <la Silveira Portugal. . . ..
Carnu-sc com o português Luís Antônio <le Vas1.~oncclos, co-
. ' ....
nhecido por Lui:tinho Maroto, e com êle foi i-csi.<lfr uo · engenho ·
. .' ~ '
Cachoeira, no termo de Lagarto, onde Sílvio devi" estar até aos .... . .
cinco anos ele icla<le, <1uando · di'b)veio estudar na vila com o . pr°'"' '.
foswr Badu, saindo do colo da · mãe preta Antôuia, QllC f kara
inconsolável) ...
Luizinho Maroto; depois, foi residir no cnQenho Cassuru tudo
na ribeira do Piauí., e,· afinal, cm Laiarto, · • ..,,'\'
'· ·., ~ . ·.
.. •
1
' t i '
· 1
.
"' .
. . .....
. .... ..
.\
. i 1
\
v0ra pela· beleza pcreg~ina, beleza 9'ue não murchou nc~n na ve-
lhice· senhora alta e elegante, e mais bela mulher daqueles pagoS;
o v;.Jho Luizinho maroto, .dei>ois do filho de se11 nome chegar a
•• idade viril, passou a assinar-se Luís Antônio de Vasconcelos Sc-
nior. . Diz Sílvio que esse seu avô era do norte de Portugal.
P ode ser. ·' , . '' ·
No decênio de 1840, negociava em· Lagarto um esbelto e for-
moso mancebo português, mais conhecido por André Maroto. Era
inteligente e hábil, negociando com. pequena casa de fazendas à
rua Duque de Caxias, hoje Olímpio Campos, casa que t\!m o nú-
mero 61 pequena então · e atualmente melhorada, pintada de v~n1K.._
lho, perto da praça da Matriz. : . Era: natural da aldeia de Joane, do·
concelho de Vila . Nova· de Famalicão, no distrito de Braga, ao
sul de Guimarães, onde Sílvio passara alguns meses em 1900, hós-
pcc.le dos parentes paternos, quo o acolheram fidalgamente. Aí fica ·
· H'<..'Ular igreja, que foi elos Tem1)lários, que fizeram sua entra<la cm
) Portugal cm 1125 e d. Dinis transformou sua ordem na de Cristo
cm 1319, virtualmente extinta sete anos antes, . em 1312. pelo papa
Clemente V, dominado pelo larápio rei de França, Felipe, o Belo.
Antes de estar cm Joane, estivera cm Gerês.
Era o futuro comendador filho de Bento José Ramos e de
d. Josefa Vaz (e não como afirmou, romântico sempre. Silvio
l.l:n11ero, de A!1dré l~omcro e. ll. Josefa Vaz <le Carvalho). Nas-
(CU cm ~814,. tmha tnnta e trcs anos, quando tomou · es~a<lo. l~nr·-
• ~a-~ ate hoJe porque tomou parn seu nome o a~lenllo espanhol
l<.umero, ~uan<lo seu pai era Bento José R amos e sua· mãe só d
Josefa Vaz. Seri~ dela? Romero é vocábulo espanhol, ~ cor res:
1
'
.nascer:
. tm v1}&z6. qual ~ra ma11. nova que. .;r.~ubcntc doze' ª'~.os. pois
1
., "
'·\ ..
.. ' '
.> ,··
.:t .)
,
,
<
1
., D. luls'(Bernardo de Távora , o primogênito
que ' eria o 4.' marque, d9 Távora , nas'.
cldo 6a 29-Vlll -1723 e casado a O·Vll -1742 ~
cn
< o. com sua tia pa terna d. Tz r3:,a ,:e Távora ....
~
>
Le~nor Tomá~la da Tôv·~r~. nasclcl1 er:i
1700. Filha única, herdG:ra do rnarQlld·
zado. Casada a 21 de fe•erairo de 1718
com o herdeiro éo 2· cor:c'e de Alvor, d.
e Lorena, que se torncu amante do rei e'.
José e foi , assim, '! cau3?. d3 hnrrlvel tra-
gédia em que foram suµlôciado:; os seus,
't
;;;
\V
t. -<
f....
Francisco do Assis do Távora, que, por Isso,
foi o 3· marqusz e foi ";oa-rei da lnd o,
só escapanc'o e:::1, QU() foi Internada no
convzn'.o do Ralo, o~c!e faleceu em corr.-
..-;
,
cn O. A~tõnlo Luls de Thor a - 2· marquez (e nomeado em 1750. Ambos sup/iciacios~em pleta miséria.
••
o Tãvora. 1759, sendo exautorado de suas honras,
Condessa de Atouguia, casada com d. Jerõn'.-
o Lisboa.
dignidades, etc, plcancio-se as armas do
suas familias e prolblndO·S9 o uso cio ape - mo de Alaide, supllc:ado.
o
u
lido Távora, ex-vi a selor.ça de 12 de Ja·
ne:ro, quando se lnta/ava, em Serg·pe, a Josi 11".;;;ia de Távora, nasc:do a e-IX-1736 o
'Z
o e(
íl'
~
vila de Nova Távcra, criad a por Corta ré-
gia c:Je 22-Xl-1758.
suplic' ado com seu lrmi'.o Luís e s•us paie,
os marqi.ezos do Távora, tendo, como os ..,.
>
o 1-...
outros, part;das, antes, as canas dos bra-
~ o: >
ços e das pernas.
t--
> -3 Manuel da S'.!va!ra Nolete, casado com d.
-e( N í~a rla Joa ~ui na • Je Sin!a Clara. Morgado;.
... e
6-
Tabelião de San -Ctlstovam-Serglpe.
Ili E
;;; Jo':;é Inácio da Siive Ira, arrendat.lrlo do mor-
Antôn!;; de Távora d:i S.heira, casado com d.
o ;.. Ili Jarõnim<> das Neves.
gado de Angra.
:;•
Ili o Cap.tão Antônio da Silveira Nolete, caoadi; '!
~ .,""
o cc;m d. Maria Vteira Távora. -:.
Santa Lusla-Se rgipe.
e( t:
•
Ili
o. Maria Joaquina t:e Santa Clara, prlmog~n!
tJ;.
UI -3 ta do casa! e t.&rdelra do morgado. C~•a
3 ! '°ª con1 Manuel da Silveira Nolete, t.l!>.t-
i:ão de Sa.,·Cris'Ova:r1 - Serglp;,.
~·
{
~ l O. M iria da Thora da Silveira, ex-freire,
querida éo cô~ego d. Anttnio Peraira Sar- o. Maria Vle;ra Távora, casada com o capitão
,:;
o •. me.itv, o va::iv. Primeiros morgauos Antônio da Sllvera No/ele. Santa Lusla - .i
~ de Angra. S3íg;pe. ~
Luís . cie Távora da s1:velr?, casado com d.! Manuel de Távora da Silveõra, casado com d.
M ;;rla Jcaquln3 de Sar.-José. Se!lunC:os Maria Joaquina de Santa Clara, a velha.
Ar.gra. morgados. Terceiros mor\J.idor,. Ant'inlo da Távora <:! Silveira, casado com d. {Capitão Joaquim Joié da Silveira Portugal, ça.
Jacinta RomualQ. sado com d. Joana Maria da Conc.!çio.
Angra. Angra. .. ·· · Angra. En11enho Moreira Velho - lagarto.
73 -
. . ·..;
) '
•' ...
. Foi aí, · nessa humilde casinha, hoje aumentada, melhorada . ... .
<' que tem o núm. 6, com toda sua frente pintada de vermelho, onde
n:1srnam · os filhos primcirns · do casal, inclusive Sílvio, não ha·
vrndo sido, portanto, na praça da Matriz, onde nunca rc!'idiu, na
(';isa que está litog-rafada no " .5y,lvio Romero" do ilustre dr.
, ;,
Carlos Sussekind de :Mend<Jnça. :,,
Sú muitos anos depois, quarniló Sílvio já aprendia e apanh.a va ..... '· :.
· . .
1~· 11us 11a escola de outro mestre, que não o professor Ba<lu (capitão /
;
1
·1
....
.. 1
1
, :. :·· .ti! .- jl
·. . .',
i4
Noutro l uga1· mais culto, esse cicbdão' chcg-:i.ría, cm verdade,
~ alturas cicvadas, por si, por s~u valor .moral e intckctt1al.
clcr~m. a::.'.~'.:1~ndo -sC', 11;1. list:t lionro'. :a. co~llO "l'.'fo ria da Silv('ira Ra-
m.os ", sem o reino! fo(!quina e, igualmente, sem o burg-u~-:; Vasc(IH-
rcios e !;cm o aci.itivo /?0111c,-o, ;~ :·rnnjacl() pelo cspôsn, qnanclc•, ainda,
!<OÍl 1.'.Í rn. Se o g-randc Sílvio s0uhc.::•sc q~!C ela tivera J (-.11q1tina, ao
i11vé::~: 1k sú ~íirn:::ir que se chamava •· iVbria Vasconcelos da Sit-
v•~:: a l~.;-:i.r,1:.is lforn:::ro ", ali~Ls trocado pelo que ckvia ser "l\{aria <la
S'.lv.::i-:·1. Va:·;conc(:h:> lbmos !fo:ncro ,. diria S('r, e nisso ~-cria m:i:s
<h {icl:-1: :1·.:a lusa, Maria J o:Jquina <l;~ ~;iivcira \T;isconcelos Ramos
Romero, se consentisse antq)or o nobre apdido Sil veira da avó ao
pkhcu V ;isconcclos do avô. O Joaquina. era rccorc!ai,;ão do fugitivo
no'.:rc ;1nç-n. Romero só cm du:.s ocasiô('S lhe ckram, ambas tris·
tis)~ima:> e sem o hierárquico Si/i1cim.
D:i. v!cl.:.i política do comendado r e <lc seus filhos, alguns ind-
lk:1 tc:>, fa1a:·cmos noutra parte.'.
Como mostrúmos, Sílvio foi o scgurnlo filh•) do ,·a~al. ~penas
• 111;:i:i novo q11c Nilu, mais vdllo qll'~ ~k quai.;c: (1\ntro :lllo~ . . Se houve
mais al;::-um, entre éks, íakccu, pois l!UI.! os demais nasceram após
!.i,. <~ r,!tll! acreditamos. No cnt:int(), eterno romàntico, escrevera:
•· Cn2.1.o f~ra até aos cinco anos, cu era, no princípio, como estranho
cio:.- m:: us .1r111ão!j m:iis velhos, C[~tc me faziam troças e me maltra··
t:r.·~::1 mmtas vezes com essa malignida<le propria dos meninos" l
'·
BachMel José 0 2.n:as da S'lv,;ra.
>
.J '
Z1
oo .eo Dr. Jovlniano Rorr.ero, casado com d. Josefina
Simões. Madureira - R.o.
UI
<( ~ Bacharel Benilde Romero, casado com d. L,ês
<(
o O> Araujo.
'Ili ILI <( li Capitão Emílio Romeri>; casado com d. Ana
Ul ii ~ Dantas Romero - Lagar to.
o'
.,, <(
~
~o O. Rita Romero Fontes; : casada com José de
Lima Fontes - Lagar.o,
~ ~
-
:::> z<( .eo . Capitão Celso ~omero, casado com d . Fabiana
l Lobão - Rio. -:
O <( e
<( Oe '
,o ,. eDl
o Ili
Padre Francisco de Paula da Silveira - oc:ras
- Piauí.
~
o
i<(
Martinho de Paul a Meneses.
.... Pa~re A!exandre de Paula Meneses, Saia •
ii: José Frar.cisco de Meneses.
<(
Antônio T. f/.eneses, casado com d . Josefa
o Carvalho - Tabelião -: Lagarto.
Manuel Tavares de Meneses, casado com "'!
O. Maria Ludovlna da Silveira, casada com d. Francisca Pimentel dos AnJos - Enge-
o major Gonçalo Tavares de Meneses. - nho Mosquito - . San·C'ristovam. '•
Engenho Canafistula - Laga:to.
O. Ana Silveira.
~~
O. Miquillna Maria da Silveira, casada com
Manuel de Jesus Alvares Viana - Lagarto.
O. Francisca Pimentel ·dos An)os, casada eom
Manuel da Fraga Pimentel.
D. Carolina Sllve!ra.
O. Ana Josefa Ludovlna da Sllvelra, casada
Francisca
·
Pimentel dos AnJos, casada com b
Manuel Tavares de Meneses, engenho
l
Mosquito - San-Crlstovam. .r.·
~ -...;;. .4-. · · .. - ~: y· -
' .•
1 •
~ i5 ' ,1
. nao _ e1llVH
.· 1.... . mos <tttc · ci1egasr;-c, ' ·.
Se C ampns fosse Pans, . · · .· . sem
·~
1~,.,nhumo
... · -n Duma~ J:.>·.11,
~xag<'r<'l, n c1m1hlr-~c • ta <111c <::.se h'fc:-;,.e
• am<
o
oriKcm pior que êk, sq;undo t~o~to etnologista.· ~ ·
Is~.0 <lis~~c para fo Z(.'.r crer qttc sua " 1.c .,1s ,.·a'' ' sua
-· t··ULL "bclícn~i·
<.hdc"· se on~·mara!H
. . 1 . q11arn. 1o, c1 11 vci·<l·ick
<ai. . ' •,'ª""
· hcrdon. como 0:1
1
;,.11·=-1l>S <ln l"li <b krnív(·l r (imrndaclor Andrc 1'.omc rn. . . . .•
. .. Duplo . ' . romantismo
.. . r
de Síh·io é ~ st!a c:-\l<H iíl n~.-csco •
1a .. mtxt~
. ; "~
do prnkssor Badu e s~us an~orcs a ftlha do me~,t.c: <t~_c :01111 ·"'ª 4
O <lc Sílvio foi . o ela filha do mestrc·cscola. Dela faria, nos versos
e na vida, o centro de seus amores infantis ".
Antes de tudo, 2ntrs ele outra refutação (jnal".'!uer. asseye1-ar po-
<it.:~!1os <111c, naqu<>la época, <le 1856 a 1863, niio havia em Serg1pe
""<:ola •· mixta ··. que só foi tolerada co:n a execução do ~.rt. 45 do
H ~'.g·í1bmrnto ela I1~slruçft{1 Pública. de 9 de jant"iro. (apr•.wado tX'la
J:·:~oin<;:io JH«w. núm. 1079, ele S de. maio de 1877, isso nH.'3mo nas
:iuh": ilirigída~ por pr.i f~!; ;;q ras, isto é, nas <'sl'olas dc.mc..1ina", <.i11<.le
pn<tc~·iam ser a.tlmitir!~,!• 11~e:ninos até :\ i(!:tde de no.ve aau~; n1as,
r .t'-'Z'Í o art. l ", § 15 dt>~sa lei, só em locali<lades· inferic)n.'s, como
os pr,v.:);:idos. ·· <l'Hl:- ni"h houv-~ r tnl a fflu1?11cia de ai u110s qm.• e:\. ij a
o cstabclec:im<'nto da Gideira t:iar:\ am:1os os sc.~os,,. La~arto nàu
1·~'. tí~"'ª nesse caso. 1•>1trctanto, a!mh assim, ~:e pod~rú c.l i·::.cr <tlt~ o
•· .-of,:11io" do prnfcs~~or Badu era particular. Por~'m, havendo cs~ola
púhlic;t ou n:lo parn. im.·11i117ls. o c«:rto ô f)uc o juii da lY-m\arc-;\ ou o
l.aÍ>l'li~:' llio l.h>taria111 ai; filha,.;, nac:u~lc tempo l'lt<'io d(' ~s~'. l'lll>l\bs,
para aprender no 1m:io de m í;"ninos namoradures ou uào, e, P' iud.
p:dmc11te, com um ho1i1 r 111 l "' ..
Ora, os juizl'g ela · connrc<\ & J.: gnrto cl-:-lõses S<'t~ ~rnns foram:
1
'
. . Para reforçar nosso arguniento, <~t.1adra. -nos · transérevermo~
' apreciação ati1l<'ntc ~o assunto, isto é, a Dumas Pai, que céilha per-
feitamente aqui. . ·
Essa apreciação foi feita por alguêm de Paris, a 21 de oitubro
----
11hc°>ras. Para· mdhor t>°rnva, sl!rá bastante afirmar· que o {ilho ir.ais
ll'J\'O <lc füulu e de d. Josefa Maria <los Anjos, ·o caçula, foi o bravo
1<1.gartense, g1_6ria do Exército Nacional. coronel de infantaria Vcn-
C\.·~lau Freire ele Carvalho, oficial da Ordem da Rosa e cavaleiro
lia:; de San-Bento de A viz e do ·Cruzeiro, com medalhas de opcra-
~~i.'o no Uruguai e Paraguai e de mérito militar. .
Venceslau nasceu a 28 de junho de 1840 !. . . ·
. Se a namorada de Sílvio tivesse nascido em 1839, seria mais
vdha que êle doze anos e quando, :aos cinco, entras.s e na ,!sc·)la,
ela teria dezesete 1. . . · .
Acabemos com tudo isso. Nosso amado Sílvio .nunca foi discí~
pulo do professor Badu, porque ·esse professor é o capitão Manud
Felipe de Carvalho, que tem longa descendência na cidade de I .a-
garto e que faleceu, escutai bem, no ano de 1854, quando o pretenso
discípulo mal contava três anos e estava a dar suas primeira~ cor-
ridas nos pastos do engenho Cachoeira, na ribeira do Piauí, sôbe os
oll-10:; de mãe Antônia, que se ach.i retratada por outra negra da
...
casa.... ' . .
.. Era o professor Badu substituto oficial de Pitangueir~ desde
l845, e é possível que, até então, 1854, lecionasse pa.rticularmentc.
t-'alcc(;ndo, passou a faze-lo Tobias Barrctt>, nesse ano, \!, assim, entre
~utros alunos seus, foram Nilo e José Dantas. Quando Sílvio che-
~~oll, cm 1856, Tobias já ha.via })artido. Depois, teremos que :cpor-
far-nos ao professor Badu. '
' Em 1863, quando Tobias estava em Recife, seguia Síh:io para
õ Rio. Depo\s daquele não havia outro professor particula,· em
Lagarto e, assim, se Sílvio deixasse o engenho, em 1856, pel:l
~· vila", para aprender a ler, o gue não acreditamos, pois que nào
havia., ainda, escola·maternal ou jardim de infância e êlc só tinha
dnco anos, sendo que, só, aos sete, em que se matriculayam meni-
Úos, provável é que, só no ano <le 1858, ing-rcssasse na cartinha
manuscrita do A B C e, assim, .seu professor primário, no duro,
úrw podia ter sido outro que o capitão. Miguel Teotônio de Castro,
que, de íilhos, só teve um menino tamhé:u, Salustiano Anísio, o qual
náo l·O<lia ser musa insi>iradora dos vu~os do excelsll Sílvio. Ade-
mais, aos cinco anos de idade, por .rrais vivaz que seja a criança,
muito pouco e cnsoml>ra<lamente lX>de guardar, na memória, oi
~rimeiros paineis do que se lhe apresente 1 .
· Deixemo~. porém, tal circunstfmcia e retornemos ao comen-
cfador . Andró Romero.
, Era. sua intenção, homem inteligente, cd11ca1· 11 tod0s os sei~
filhos varões, mas a malfadada polít;c,\ e. outras C:\usas dcfi·
cicntcl!i da criie comercial, nos dccênioii <l\! 1870 .a 1890, o obriga·
;am a só faze-lo aos quatro mais . velhos :
· 1) . Nilo, que; segundo Sílvio, citado ~d.:> . ~escmbarsador· A1·..
• • i .:.,.
..
1\ '
,·
...
•
,. ' ·.' ~
·\ "~ .'
,' 1. ....
O. Francisca Xavier da Siiveira, casada com o 11
AI feres Roberto José de Oliveira.
·~
.;
..:~ íl
,r ...
o. Maria Jerõnlma da Siiveira, casada com
José Alvares Chaves. Falecida antss de 1829 { O. J!rônlma Maria da Silveira, casada com
José Joaquim de Jesus. ·~.;·
..~
'
"is~ ~-
Padre José Caitano da Silveira Nolete. Fez .i,
. testamento a 25 de setembro de 1829 e
faleceu a 27; de maio de 1631. San· "
:•
Crlstovam. 1;
:f
.superior Barnabé Francisco Teles, mali moço que Jod Gul-
Comandante casou-se com d. Rosa de San José Sobral, nascida em 1817
lherme,não houve próle. Residiam no engenho ·Tabua de Baixo, San:
~# e nela m· casaram-se em 1839. D. Rosa ' 11"'4
Cristova
Siiveira Sobral. •
:· de d. Felismina da
.·
• ...-O Maurlcl~
da Silvelra Fontes, casada com o ca):>ltão-m6r comendador
''
D. Ana rtlns Fontes nascido, a 27 de Julho de 1798, no engenho
Joaquim 8 rra em 1ta'balaninha~ e falecldo, a 20 de agõsto de 1860,
ª
.'
Campo
do engen °
de Janeiro de 1882. .~.
·
dah 5ª an-'Franclsco, mu.1lc1plo de Laran/elru. Ela faleceu a 2
O. Joana Narcisa de Jesus da Silveira, ou
... Joana Narcisa da Sil veira Rocha, casada . d S'lvelra Andrade, casada duu vezes : a 1.•, com o ba-
com o capitão Eugênio José Teles. Ela fez D. Maria Franc1ªs co' Alve!i de Brito e, a 2.ª, com., Manuel Joaquim da
Jesuina
charel
testamento a 5 de julho de 1852 e faleceu Andrade.
a 7 de se!embro do mesmo ano, antes do
' 4Q: espôso. o. Clara Jú:la da S i:ve:ra Garcês._ casada com seu parente bacharel Manuel
" ..1
4 de Freitas César Garcês (Vide anéxo l ). :~
~ u Coronel José Guilherme da Siiveira Teles, casadÓ com d. Ana Porflrla Freire
~ Teles, em quem não houve próle. Ela fez testamento a 17 de agõsto
.it ...z de 1883 e faleceu a 10 de setembro de 1887. Por cessão de seu primo
mais velho, Francisco Fel/e/ano, foi o 7. morgado. Destinava-o a se~
1 -4: Irmão, Barnabé, mas esse faleceu antes dele e . sem próle tambêm.
• Ili Resolveu vende-lo e o fez por bagatela. Foi, assim, o ultimo. Faleceu
em seu engenho Rio Comprido, San-Crlstovam, c9m mais de noventt1
i Ilie anos, a IS de outubro de 1905. ·, ·.
O. Ana Maurícia da Siiveira, que foi a segunda D. Maria da Silveira, casada com o brigadeiro 7.
•. <t espõsa do sargento-mór Lourenço da Ro.:ha Manuel Fernande; da Silveira, nascido em
z 1757, em Estância e f31~cldo a 26 de no-
.
Pita, que, tambêm, foi casado com d. e .ara ,.·
de Almeida Co.,lho, a primeira. Tamb~m vembro de 1829 , em Bafa.
• 5 se chamava de Ana Mauricía de Santa
. ;:,.
a Clara. Ainda vivia em 1829. Sou espõso Francisco Feliciano Ferreira, que herdou o morgado, é~mo sobrinho mais
velho do tenente José Plácido ; mais, não podendo, econômlcamente,
• 4 faleceu em 1818. Residiam no sitio Plnhi>iro,
. o rege -lo, o cedeu, com sua espõsa, d. Eflgênla Maria de Jesus, por es-
, en:P.o do município do San-Cristovam. Era
a mais velha das Irmãs. Capltão Frand sco Félix da Rocha. Faleceu crllura de 7 de oltubro d.e 1839, a seu primo corop el José Guilherme.
.
antes ce 1829 . Casado. '·.
~ { D. Maria Pastõra Perpétua da Silveira, querida do cônego José Francisco de
Meneses Sobral, de quem houve próle, que foi perfflhada por escritura
• o: de 14 de dezembro de 1852. .$ .
~
~ Tenente José Plácido da Silveira Plta. Residia ::_;,
...:
no engenho San-Luls, Laranjeiras. Faleceu
posteriormente ao últ 1rno, s e m de:;cen·
~;
-~~ .,.. -·-
• ci ~ência. Era o primogênito. ,_.;~~
o.
Nolete, nascido em 1809, casado com d. Felismina da Siiveira Sobral,
engenho Olra. Sua espõsa nasceu em 1821.
Clara Maria da Vitória, nascida em 1811.
~'
;:;
~
••
ses, falec!da em fim de agõsto d~ 1807. . .:::
{
Residiam no e ll.9 e n h o Concelçao-San- o. Joana Narcisa da Silveira, antes Joana Maria da Vitória, n asc'.da em 1813,
Crlstovam. casada com Guilherme José Pinto e falecida a 2~;: de agôsto d• 184 3 .
Antõnlofda Silveira Nolete, o moço. 5.0 mor- . ~
º'
• ~~~a
Joaquim de lemos. Mascarenhas, nascido em 1833•
Padre Guilherme José da Silveira N_olete, vi- has casou-se com Guilherme de Lemos Mascarenhas, nascido em 1834. '
Ma~are!
a ass M~scarenhas. Fa-
•.
gárlo geral
ueridadadVara
0RosadeBenta
Ser gipe. Viveu com
Mascarenhas, Vicente Josédedel im
d. Lulsa D. Florlana de Barros Lemos Mascarenhas, nascida em 1836.
1
1850
qdo un.:a
Ca ltanla das
Já era principais
ordenado, fami
como o l!as _dar
irmao, teceu a 25 de abril de · Alferes
. José
d Caitano de Távora, antes José Caltano de Lemos Mascarenhas
enf1800 'e já era falecido em 1829. O. Maria ª Glória Guerra, antes d . Maria da Glória Lemos Mascarenhas.
'
''
77 ..
"
de 1883, e a inseriu. tran~crcvcntlo-a, o Jornal ·de Sergipe, de Ara·
caju, cm ~cu núm. 94, <lc 5 de dezembro <lêsse mesmo ano, e se i11ti-
~ulava: "ALEXANDRE DUMAS I E O SEU TEMPO".
78
kntrc outr:i.s co;isicl~raçõci;, <fofa. ser êk '"um dos .mais not~·
VC'is cxc1~1ph)s · dos mystl':-ios do :Havismo", p9rquc era neto de 11ma
"f)<.Jbrc tlC'gTa ck J l'l<'mic, cm s. Domingos " (jllC o nvú f ôra CO· e
lc.nn titular ou "traficante t'pirurco ". Contava. ser filho d·:1 general
*
Os :i.n0~~os. a<lcante. fab.111 da família Túvnra <1~ Sílv!o Romero
e o elaboramos num preito de sinccr.l homcna~;·cm ao pa rrntC' <' ao
inc1111fun<lívd amigo de Tobias· Barreto. ·
••
Naturalmente, e isso é c.l;;! importância afirma-l,1, qt1c i:;ó nos
1·cferimos aos Távoras de Sergipe. Subt.raim<.1-110~ de ,aludir aos
Mouras da Silveira. aos condes de Sõrtcla, aos Pires de 'f{woras,
:i.os RR.pÓsos da Silveira, aos Silveiras Tcixeiras, aos .s1·:r.h·n·es de
Sarzcdas, ·aos Alvares de Távoras, ::tos Sousas Távoras, aos Silveiras
Leite, aos Pimcntcis de Távoras. a·o s Fcrn::indcs Carrniniu, ;1os Dei·
gados ele Távora, aos Tavares de Tá.•mras, etc , kdos êlcs de Por·
tugal, troncos de famílias brasileiras 1 ··1
*
Permita-se-nos esta anotação: O !-.anq:1Jc rcmântico dos T fivor<ls
:ilia<.lo não só ao cérebro infantil dos avoen~os cio casal GC'rr.ldo
Con~ia-rl. Ana Josefa, mas, tambêm, ao meio lcncl;í.r!.,) ela i1hcrc
terra lagartense, tudo concorreu para as·fantasias g'C'JH~al0gica:; pró.
prias . de Sílvio Romero. Aquele intruso Ca,..;•alho qu~ <iú, gratui-
tanwntc, à avó paterna, d. Jnsc:fa Vnz, foi assimilação d(' 1m1 cida-
clfto Vaz de Ca.rvalho, aliás recente entre nós, contcmpor:i.ncl).
De feito, pela Rrsolucão prov. núm. 1.271, de 7 de maio de 1883,
foi concedido a Alberto Vaz de Carvall1!) privilégio, por vinte ano~
para montar cm Neópolis, então Vilan•.rv<.1., "ui11a fábrica para ex-
tração de olco de caroço de ah;oclüo " ; mas, pelo D<.-1.'r~to esta<l. \~
núrn. 26, de 26 de fevereiro ele 1890, foi consic10rado ele lK'nlnnn ·I
dc-ito essa {Onccssão, porque criavn "embaraços à libc rd:.hle de
industria " e porque resultava " prcj uizo 1>ara os cofrc.:s do Estado,
~
cm virtude da. isenção de direitos de exportação de que go~am os
produtos da <lita fabrica ", ·
~
.
Era governador o dr. Felisbclo
•'
Firme ele Oliveira Freire, então
amigo de Sílvio, o r1ual <lev1a conhecer todos os atos daquele e ~
assim, veio a saber que havia um Va.: de Carvalho e que '$Cnd~ ~
a~·6 elo mu11idpio. d<! Vila-Nova-dc-Familicão um Vas, tal' Va.: de· ~
v•a ter um acr~sc1mo de C,arvalho, como o Alberto do ninho de Ar- ~
~
.. ·~
'-'::
,\ .
i. \
··' ·
.. .
.... ' 1
\.. . .. . ·. . ... .. ' 'a
-·---- ~- "&~
T ronel João de Andrade ViiJlra, ~ue foi o 1. es~o de ó . Joana~
enente-Co Vieira que ainda se casou com João de Mélo Vieira e fa'eceu em
DeUJ sendj que o tenente-coronel fa!ec9u a 5 de agôs~o de lf.131 . En-
o 184 ' a õa Real. · ·
z
<i:
AI g9n~o L â~ de Aquino Soares Vielra, casado com d. Francis::a Ro:;a do
udante o~ ·no 8 S" onforcou ao demandar-lhe uma questão o famoso ba-
uz o.
- 1 Amor ivi Ma-;,uel José da Silva Pôr!?. ·
<i:
Maria Rosa do Carmo, cas Jda com
0
charel padr 'lhorm'.l José da S:ive:ra No'et<!, casado com d. Ms.ria Di-
capltão Luls da Andrado P~a:heco, 1 Tener.te-Cor<?nelc!e u,~ 010 ~e:;ld;a no engá;ih~ Siive:ra, :J1·1ina ?a:;~ôra, onde
~
(j,
falecido a a de ju.1t':o da 1::;33. 1 nis V1e1ra •d~ ~. bro · .9 18152
Engenho Qulti·Cape:a. falecE)U a _26 ªsº"uJ• od" casada·
~ D. Vitorina Maria de an- -~. ·
0 Joana Luisa de Andrade, casada. .
o · M I do Monte do Carmo, falec:dã !:C.lt~ira.
0 · ar.ª carmo, fa!e:ida so'teira.
~
<i:
o::
K
~~~~\~c~ºf:a~~ da San-José, casada com o tenente .!o:i.qi;:m José da
1· Rocha.
.. J - dª Aguiar CalC:eira Bõto casado com d. Margari da Cortona
Bngaueiro oa 0 "'. '
co
Leite sampaio. -
d dor Sebastião Gaspar de Almeida Boto, nasci o a
'd 17 d e se.emoro
• ·
í O. Ana Josefa da Silva!ra. casada com ª
meJ 0 18o2, casado, suc_e:ssivamente, em Sa:it·:> }":ª'~· a 29 d;~. no,~e~b<o
Antônio Ro:bgu's Vi9ira. da 1823, com s;;a prima em 2 . ~rau, d. Ma. 1a '-ª··:'ôcra Ac~!vo. 1, viuva
de José lnâc:o Gomes de Argolo, morgado de Porto ~a • olh~ ; e as
c:u~s irmá.r.S d. Rosa Een:a de Arau]o e Molo, a.m 1e!:3, fale_c1da a 9
c:e Julho d9 185ô e d. Ana mas de Araujo e r-..e'o a 23 da iunho de
1E57 S9!1ÓO qi.;e es-sa era viuva d:> engenh91ro c:vil Padro R.;)c!:'ig •.;es
Oant~s e Melo. ;~i:;sidia no engenho ?oxim, San-Cristova.rn, onde fa:sceu
- rl D. Ana Jerõnima da Silveira, casada 1 a 31 de maio de 1ee4. .
D. Ce-::i:ia Eufr'.\sla Mar:a da Almeida, casada c~m º·1tenente-corcnel Jose
"' com o coronel João de Ag:;!ar Boto,
>..
...liJ o..
UJ )
..J "1J
o 1- o
<(
ll'.
falecido a 5 de cut.ibro c!e 1818 e
ela em 1849. Residiam no _en11enho
Marulm ce 1 C 1 ma, mcn:c1!)10 oe
Sari!o Am:iro.
l
, Lemdro ~e A'rn e'c!;;., er.genho C;d6s, Neópo::s (V1 ano"1a}.
D. Maria Vitória de A lme1da Barros, c_::sada ~om o tenent e-co~on~l .!ose de
Sarro > F1mer.!o 1.. Passos, er.2er.no Maru1m de Cima, San .() ,.::ia:.).
.
t
'ttr A lf rc-du Pa~.>O~, o llHJlkla r »a<.:\.'fdlJh.: e ~úlJiu <liriKcntc dv
E:.l'.vlar "Olímpio Cç.un1x» ".
e rlll'\) '
H ~cunkrn11 - no:• ljlll.: o i11qu~rilu lk J1 1?'to do Hio foi hi~·q ap,\1
e <JUC o Decreto 1ilm1. 26 Í1>i t1111 do~ n:l:.1."·i,1uadus 11a (Vlllt'i ia'\flu
.1!
J:rído Cardu:m-Bt:nildc HunH'I'», l~111 l.~99, da qual ~iÓ ~aiu u111 \'1.•lu·
me, "a contar <lo iuícío <la fkpúl1lka cm 188~ até ;\ im.>111ul~<l\\\o
'!
<.la Constituição vigente, cm 1692 ", ' 1
1
1
1
1
I .
. - 80
·---
(24) Provemo-lo. lkcd.>cu, pcssoa.lmmt.1~,' ':> referido ·padrc-
mcstrc os vcncimrntos de julho <lc 1854 a junho de 1855. A 9 de
oitubro dêssc último ano, pur seu procurador Antônio R<,<lrigucs
· dos Cotias, constitui<lo tal a l", recebeu de ju\h.) a setembro quando
já Tobias Barreto ·abandonara Lagarto para scm1Jre, para' Úmprc
anvtc-se bem, porque disso fazemos questão capitai \ldeante1 cp.1and<; ..
tivc~mos de confw1dir um caluniador dos muitos que tivera na vida.
...
---- ---·---------~
-.
...
_ ,.,
~
;
·,"!.~
..... ~;
<
~
\rJ
~
Cll
José Pereira Sarme:ito, casad:>.
\~
O. J:>sefa Maria da Trindade, casada com o alferes Jo~6 ·
z
- ::::>
.J Antênlo de Morais, nascido em 1799.
< N !
<
- ,.,, eaS
J ·,·
o"' "'.g
O. Ana, casada com o capitão João Cardoso de Meneses.
~
<
~ o  o O. Maria ~osa, que foi segunda espôsa do ma}or Antônio Ro.
o-
:E
z
L
liJ
o g
'""
,,., 8,
"O
~-f
.,,
bl  ., ."r'•
> lL tlS
>< (J) (O~l~")ras papa-cebolas alcanforaram-sa : . dev~rou-os a
..:'' o à ~ Guaratüba, para produzi-los, depois, · mlito depois, de
1865 para cã, desde o florescimento do oiro branco nas
,
"' ><
UJ
.,
OI
e
Matas de Itabaiana, na ubertosa Chan de Genipapo,
onde frei Paulo Antônio de Casas-Novas faria surgir à
..
f.
;~ Z UI
be!a e apruivel cidade sergipense do santo de .:seu nome
\. < - San·Pjulo! ••• ) :?::
~
,
:;:~'·
:l ,..
- -'
.,,.,.....-1~i""""""-~·
" ""' i!llfl"'. !9!11
. -~·1•!11
. ..... ~1",;~,,·---;
.. 7
' 1 ,/ í ' .. • ~~~ ,:"\.~ , ... .., , ;ir..~-/ ~( 1!. ·~
•... ,/"': '• ~,
. ,- ,r ~.
81 -
.....
' -- t:~ ~ ~ ~ .;~
Eis que :l e5.trcl~ 11n!l do poeta asce.n<lc no horir.onte e, mais uma -:
vcx, viria bater-lhe à l)Orta da Vida o anjo do Infortúnio. ' '.
·' •
•
- 82
-· ~ . ;··. ;,
s;drntc de Scrg-irw, ~atisfazcr ·liberais ele ll<l~i.1, como ·J ·fizera seu
éLntcCl'Ssor •los conscrvadm-cs e qu~. J>or i:\so, mJrrcra (25) ? 1 Era
far.cr pouco ca~;o ck~ um doutor e a li!J1.•r::!ad<i CJU>! fosse dormfr ! . .. ·
Pouco se lhe clava Lagarto e toda politicagem de Sergil)I! !
· Ex:•sp~'r:i.<lo, cks:nqrona<lo. todo seu fo t tll\), procurava Tobias
l ::: 1TC't" os 1t1g-:1 rC'!: ermos cl·: Campos, •J111.le ia •:a rpi r as dc.wcntur as.
<Juant;i vez n:-lo fn i t•1 1t..· ontrn<10, <k-: ín~<'ttdo -s.,• <..•111 ·1;'L~rima'I ! Vira111-
n0. as sim, o s poços <le bantlO .d o Rio Real <~. <~muHb alguêm, co n-
0
..
'.
1
- 83 -
f
era a c1uade importante" do sr. Hermes Lima). Se não ~ouvesse
" • J_
;
. 1
. 1
.· .
.. ··.·· .· :
.i.
. '-1' ..~ .;J~~i. .'.:'