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Fig. 7 - Verificação
do estado do "terra".
Alexandre Capelli
PROBLEMAS COM
ATERRAMENTO ELÉTRICO
LIGADO AO “PÁRA – RAIOS”
BITOLA E CONEXÃO
DO FIO TERRA
PROCURANDO INFORMAÇÃO?
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16 SABER ELETRÔNICA Nº 330/JULHO/2000
ATERRAMENTO
ELÉTRICO PARTE III
Alexandre Capelli
ATERRAMENTO NA COMUNICA-
Finalizando o tema “Aterramento Elétrico”, este capítulo fará as ÇÃO SERIAL RS 232
considerações finais sobre o assunto abordando agora os aspec-
Os sistemas de comunicações
tos eletrônicos. Veremos como o aterramento pode influenciar nos seriais como RS 232 são especial-
diversos circuitos eletrônicos e, entre eles, na própria comunica- mente sensíveis à EMI. A RS 232 uti-
ção RS 232. liza o terra dos sistemas comunicantes
como referência para os sinais de
Estudaremos também um pouco sobre EMI, visto que seu efeito transmissão ( TX ) e recepção ( RX ).
depende em parte da qualidade do aterramento elétrico. Além dis- Caso haja diferenças de potenciais
so, para quem deseja aprofundar-se um pouco mais, segue um entre esses terras, a comunicação
poderá ser quebrada. Isso ocorre
pequeno formulário sobre aterramento elétrico. quando o terra utilizado como referên-
cia não está dentro do valor ideal (me-
nor ou igual a 10 Ω), portanto o fio ter-
EMI (Eletromagnetic Interference) Podemos perceber a EMI em rá- ra serve como uma “antena” receptora
dios AM colocados próximos a reato- de EMI. Notem, pela figura 1, o dia-
Qualquer condutor de eletricidade res eletrônicos de lâmpadas fluores- grama simplificado do fenômeno.
ao ser percorrido por uma corrente centes, principalmente nas estações Isso significa que o mau aterra-
elétrica, gera ao seu redor um campo acima dos 1000 KHz. Uma das técni- mento é uma “porta aberta” para que
eletromagnético. Dependendo da fre- cas para atenuar a EMI é justamente os ruídos elétricos (tais como EMI)
qüência e intensidade da corrente elé- um bom aterramento elétrico, como entrem no circuito , e causem um fun-
trica, esse campo pode ser maior ou veremos a seguir. cionamento anormal na máquina .
menor. Quando sua intensidade ultra-
passa determinados valores, ela pode
começar a interferir nos outros circui-
tos próximos a ele. Esse fenômeno é
a EMI.
Na verdade, os efeitos da EMI co-
meçaram a ser sentidos na 2º Guerra
Mundial.
As explosões das duas bombas
atômicas sobre o Japão irradiaram
campos eletromagnéticos tão inten-
sos, que as comunicações de rádio na
região ficaram comprometidas por
várias semanas. Atualmente, os circui-
tos chaveados (fontes de alimentação,
inversores de freqüência, reatores ele-
trônicos, etc. ) são os principais gera-
dores de EMI. O “chaveamento” dos
transistores (PWM) em freqüências de
2 a 30 kHz geram interferências que
podem provocar o mau funcionamen-
to de outros circuitos próximos, tais
como CPUs, e dispositivos de comu-
nicação (principalmente RS 232).
FORMULÁRIO