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Síntese

Começamos por falar da diferença entre os atos humanos e atos do homem. Os


primeiros são conscientes e voluntários e os segundos são involuntários.

Seguidamente, falámos da diferença entre agir e produzir. Ao agirmos temos uma


intenção, quando produzimos, a ação torna-se rotineira. Ao início sabemos o que
estamos a fazer, mas passado algum tempo torna-se automático. Um exemplo disto é
o caso de Phineas Gage, que com um ferro calcava a terra por cima da pólvora, para
depois esta explodir e assim conseguir dar continuação à construção dos caminhos-
de-ferro. Mas, um dia, ele calcou a pólvora que ainda não estava tapada com terra e
que, por isso, explodiu. O ferro que Phineas usava para calcar, atravessou-lhe o crânio,
não o matando, mas os seus comportamentos e a sua maneira de ser, começaram a
mudar. Este acidente aconteceu visto que Phineas já não estava a agir mas sim a
produzir, sem se aperceber o que estava a fazer, devido ao facto de que para ele o ato
de calcar já era automático.

Conversámos, também, das escolhas humanas e animais, em que as humanas


implicam uma opção de tempo e futuro, podendo seguir percursos simultâneos
enquanto as animais são para o imediato, sem uma decisão ponderada, não podendo
seguir percursos em simultâneo. O professor colocou também algumas perguntas,
como por exemplo: até que ponto é que as nossas ações são livres? As nossas ações
mesmo livres será ou será que são sempre condicionadas? E porque é que as pessoas
se sentem insultadas com A ou B, se elas não são A ou B?

Por fim, lemos o texto “ O poeta e o fugitivo” e analisamos vários conceitos, tais
como a intenção, o motivo e a deliberação. Para alguém nos responder qual é a
intenção devemos fazer a pergunta “para quê?”, a intenção projeta-nos para o futuro
e dá-nos a finalidade da ação tendo uma dimensão finalista. Para alguém nos dizer o
motivo temos que fazer a pergunta “por quê/por que razão?”. Por vezes, não
sabemos o motivo mas ele existe, não existem ações gratuitas e, mesmo depois de o
sabermos, pode nos parecer ignorante, fútil, insignificante ou até mesmo não
entendermos devido a não estarmos inseridos no contexto cultural da pessoa que
praticou a ação. A deliberação é a análise dos prós e dos contras, fazendo um ponto
de situação e só depois escolher, não querendo dizer que tomarei a melhor decisão
porque, por vezes, a decisão não tem por base fatores racionais. Numa ação
voluntária quando se diz que agiu sem pensar, quer dizer que agiu mal, não pensando
nas consequências. Muitas vezes, as nossas ações são guiadas pela emoção e não por
decisões ponderadas. Algumas áreas, tais como a política e a publicidade, querem e
incentivam as pessoas a agir de acordo com as suas emoções.

Henrique Esteves Nº 15 CT4

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