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EQUIPE...............................................................................................................................03
INTRODUÇÃO..................................................................................................................04
CANVAS..............................................................................................................................05-34
QUEM É O CONSUMIDOR?................................................................................................07-09
O QUE É VALOR PARA O CONSUMIDOR?.....................................................................10-11
COMO SERÁ FEITA A COMUNICAÇÃO?.........................................................................12-14
COMO SE RELACIONAR COM O CLIENTE?...................................................................15-16
QUANTO OS CLIENTES ESTÃO DISPOSTOS A PAGAR?.............................................17
QUAIS AS PRINCIPAIS ATIVIDADES?................................................................................18-19
QUAIS SÃO SEUS RECURSOS?...........................................................................................20-23
ESTUDO DOS FORNECEDORES.......................................................................................24-22
INDICADORES DE VIABILIDADE.......................................................................................25-31
+ DICAS DO ORLANDO.......................................................................................................32-34
SOCIEDADE........................................................................................................................35
O QUE É IMPORTANTE PARA OS EMPREGADOS.................................................36
FORMA JURÍDICA............................................................................................................37-38
ENQUADRAMENTO TRIBUTÁRIO..............................................................................39
ANÁLISE DE MERCADO.................................................................................................40-41
ESTUDO DOS CONCORRENTES.................................................................................42
LOCALIZAÇÃO DO PONTO..........................................................................................43
CONCLUSÃO.....................................................................................................................44
Desta forma, nesse e-book, com a ajuda do Canvas, temos a intenção de orientá-lo em cada passo para a
abertura de uma nova loja ou mesmo a correção do percurso para quem já tem uma ótica e ainda não alca-
nçou o sucesso esperado.
Apresentamos um modelo de plano de negócios que irá orientá-lo na busca de informações detalhadas
sobre o mercado ótico, seus produtos, serviços, clientes, concorrentes, fornecedores e principalmente
sobre os pontos fortes e fracos da sua ótica. Tudo isso contribuirá para que você identifique a viabilidade e
preveja o sucesso ou insucesso das suas ideias na gestão da sua ótica.
Além disso, ao longo desse e-book, você contará com dicas do CEO da Optidados, Orlando Bueno, com
mais de 3 décadas de vivência dentro do varejo ótico Nacional, expert no assunto e com grande bagagem
profissional.
QUANTO?
QUEM É O
CONSUMIDOR?
Quando você se propõe a vender algo, busca oferecer
Segmentos de uma solução para o problema ou desejo de alguém.
Em uma ótica, você oferece uma solução para o prob-
Mercado lema de saúde visual do seu cliente. Dentro disso,
existe uma variedade grande de informações e produ-
- Pra quem criamos valor? tos a serem oferecidos, como explicações sobre:
- Quais são os nossos clientes mais importantes?
saúde visual, lentes oftálmicas e/ou de contato, tipos e
formatos de armações, assim como o preço e quali-
dade da sua ótica. A partir desses pontos, você pode
definir quem será seu “cliente ideal”, identificando
quais são suas características, qual sua faixa etária, o
quanto estão dispostos a gastar em sua ótica, ou seja,
escolher seu público-alvo e até mesmo sua persona.
Nesse e-book, com o objetivo de mostrar a prática do preenchimento de um modelo de canvas, entrevistamos
nosso diretor comercial, Orlando Bueno. Sempre buscando referências nas melhores práticas do varejo ótico
global e com vivência de 3 décadas no varejo ótico nacional, Orlando idealizou a OPTIDADOS em 2008, com a
missão de oferecer às óticas do Brasil, inteligência de informação e soluções tecnológicas para o dia a dia do
varejo ótico. (se quiser, confira nossas soluções clicando aqui!). Se formou em Ciências Contábeis (PUC-Campi-
nas), técnico em ótica (SENAC - SP) e optometria (FILADÉLFIA – RP-SP).
n d
Orla
Criar valor sobre um negócio e definir para
quem estamos direcionando, está muito ligado
ao Objetivo e Missão da sua ótica. Ou seja, se o
seu objetivo é vender valor agregado, você
precisa estudar a melhor forma para que os
clientes que vão em sua loja, paguem mais caro
em uma compra. Isso deve ser feito através da
análise dos produtos que eles buscam e a abor-
dagem para que o objeto de desejo não seja
apenas um produto, além de oferecer um aten-
dimento perfeito.
> O preço?
> A marca?
> Você acha que a sua ótica está adaptada ao nível de renda do
seu público, oferece crédito e facilidade de pagamento?
> A sua ótica é atualizada – e esta imagem tem que ser constante
– e inovadora? (em treinamentos, produtos, atendimento, equipa-
mentos e soluções, formas de pagamentos, etc.)
> O que você fará ou o que faz para surpreender seus clientes?
Dica
s do
Orlan
Qual o valor que você entrega aos clientes?
do
O vendedor deve entender o que o cliente espera com os novos óculos. Não somente enxergar, mas
apresentar sua personalidade e estilo.
> Como será o processo de “Venda”, isto é, como conseguir clientes na quantidade necessária?
> De onde virão as habilidades para negociar com fornecedores e para manter seu processo de trabalho alta-
mente produtivo?
AJUDA ATRAPALHA
FORÇAS FRAQUEZAS
As forças estão ligadas diretamente à sua Assim como as forças, as fraquezas
(SUA ÓTICA)
ótica. São suas qualidades, suas FORÇAS, também estão ligadas à sua ótica. É
INTERNA
tudo aquilo que destaca a sua ótica. tudo aquilo que pode te prejudicar
Exemplo: e deve ser “corrigido”, são suas
FRAQUEZAS. Exemplo:
- Bom atendimento
- Condição de negociação no pagamento - Falta de conhecimento em gestão
- Produtos de qualidades - Má localização da ótica
(grandes marcas) - Layout ruim da loja
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
(O MERCADO)
> Folder
> Outdoor
> Rádio
> TV
> Carro de Som
> Instagram
> Whatsapp
> Facebook
> Site institucional
> E-commerce
Deve também haver uma métrica para saber quais os canais que
trazem mais resultado, levando em conta o investimento e o
retorno. É importante também que os canais estejam integrados
sistemicamente quando possível, principalmente, no que diz
respeito a sintonia da comunicação.
Pág. 15- COMO SE RELACIONAR COM O CLIENTE? - Como abrir uma ótica
> Tenha programas de ofertas para os clientes que queiram recebê-las.
> Ofereça vantagens para seus seguidores do Facebook, Twitter, Instagram ou qual seja a rede social que
utilizam.
> Seja no mundo físico ou virtual, permita sempre que o cliente possa registrar sugestões ou reclamações.
> Oriente sua equipe a perguntar se o cliente foi bem atendido na loja.
Um cliente satisfeito sempre vai oferecer ideias sobre produtos ou serviços à sua empresa.
Dicas do
Orlando
“O segmento ótico possui uma grande vantagem no quesito fideli-
dade, pois, o usuário de óculos quando confia no seu trabalho não
arrisca comprar em outra ótica. Tenho clientes com mais de 30
anos de amizade, ou seja, o relacionamento com o cliente deve ser
muito próximo para não dizer íntimo. A ótica tem que
conhecer todos os gostos de cada cliente e manter um pós venda
muito eficiente.”
Novamente destacamos a importância de saber responder quem são seus clientes em potencial. Onde eles
estão? O que eles estão buscando? O que eles esperam dos seus produtos e serviços? Pra quem você vai vender?
Saber responder a essas perguntas é fundamental para direcionar sua estratégia de fidelização de clientes e
definir o seu preço e a classe do seu público. Não adianta pensar que é possível oferecer para toda e qualquer
pessoa que entra na sua ótica os melhores atendimentos e produtos do mercado. Não existe produto ou serviço
que agrade a todos. É preciso manter o foco no público certo.
Fontes de Renda
- Qual valor nossos clientes estão dispostos a pagar?
- Por que pagam esse valor atualmente?
- Como pagam?
Dicas do
- Como eles gostariam de pagar?
- Quanto geram as diferentes fontes de renda ao total da renda?
Orlando
Qual é o verdadeiro valor que o consumidor está disposto a pagar pelo óculos e serviços?
Ter uma política de venda muito bem definida através de prazo, condições e forma de pagamento.
Pág. 17 - QUANTOS OS CLIENTES ESTÃO DISPOSTOS A PAGAR? - Como abrir uma ótica
QUAIS AS
PRINCIPAIS
Atividades Chave ATIVIDADES?
- Que atividades chave requerem nossas Uma ótica sempre fará parte de dois setores de ativi-
propostas de valor? dade:
- Nossos canais de distribuição?
- Relações com o clientes? > Comércio - já que ela vende mercadorias direta-
- Fontes de renda?
mente ao consumidor.
Produção
Uma vez definido o público alvo, devemos pensar em produção. Para isso temos que conhecer todo o
processo de trabalho. Exemplo: se escolhermos o público A+, é necessário ter profissionais mais
treinados, qualificados, de bom nível intelectual e em alguns casos, ter fluência em outros idiomas.
Resolução de problemas
A resolução dos problemas e conflitos podem e devem ser tratadas na montagem de processos.
Quando se tem transparência, ordem, foco e um responsável por cada processo os problemas são
minimizados.
Plataforma rede
Plataforma de rede nada mais é que o Networking – uma rede de contatos, um sistema de suporte
onde existe a partilha de serviços e informação entre indivíduos ou grupos que têm um interesse em
comum. Essa interação tem que existir inclusive entre todos os envolvidos na ótica, fazendo com que
todos tenham uma mesma visão, mesmo norte. Exemplo:
Se o consumidor vem na ótica é porque de alguma forma, ele se identificou com ela. Pelo visual, pelo
MKT (marketing) externo, pela indicação de alguém, por um retorno, pelas mídias sociais etc. O gestor
compra produtos e serviços que condizem com aquele consumidor
Seu vendedor faz o melhor trabalho técnico, oferece condições de pagamento que sejam boas para as
duas partes, prazo de entrega eficiente, foca na necessidade visual e profissional.
Sua parceria de laboratório realiza o trabalho conforme as instruções da venda, no prazo, na qualidade
e com o comprometimento necessário.
Tudo isso faz com fique claro que a sua rede está em sintonia e ela só tende a aumentar e perdurar.
EQUIPAMENTOS
> Identificador de marcações: serve para identificar na lente qual é o seu tipo, adição e o fabricante.
> Tracer: equipamento que mede a curvatura da armação dos óculos, para que as lentes já venham do
fornecedor no formato compatível.
EQUIPE
Definir quantas pessoas trabalharão na sua ótica é uma decisão pessoal, porém, você tem que pensar nos
períodos de férias, ausência na ótica (horário de almoço, serviço de banco, algum imprevisto) e no movimento,
na demanda de vendas que sua ótica suporta.
Já tratamos em outros materiais que colaboradores sobrecarregados não produzem de forma satisfatória,
assim como a ociosidade desses geram custos operacionais que não trazem retorno.
Para facilitar na decisão de quantos funcionários são necessários para o bom andamento da rotina, montamos
um modelo de organograma com as áreas básicas de uma ótica e a intenção é que você defina quem será
responsável por cada setor. Uma pessoa pode ser responsável por mais de um setor, assim como pode-se
definir mais de uma pessoa para o mesmo setor.
O aumento da produtividade está totalmente ligado aos processos operacionais. Esses são as principais ativi-
dades do negócio, a rotina da loja. É importante que você tenha por escrito e detalhadamente as atribuições
de cada departamento ou atribuições de cada membro da equipe e como deverá ser feita cada atividade. Para
tal, recomendamos a elaboração de um fluxograma, para que todos entendam perfeitamente a razão de cada
etapa ser feita de um modo específico, respeitando assim todos os processos e hierarquia. Segue um modelo
bastante simplificado de um organograma. A partir dele é possível montar um fluxograma dos processos.
Organograma
na proxima
pagina
COMPRAS +
FINANCEIRO +
VENDAS MARKETING LOJÍSTICA +
ADM
ESTOQUE
Analista de
Gestão de Analista de Analista de
Supervisor de Vendas Comunicação Financeiro
Pessoas/RH Estoque Compras
e Marketing
Consultor de Vendas
Pré e Pós
Vendas/
Relaciona.
com cliente
Consultor de Vendas
MERCADO
CAPITAL
Por fim, você deverá saber de onde virá seu capital. Será totalmente seu, parcialmente seu, do seu(s)
sócio(s) ou empréstimo? Seja lá de onde vier, é preciso ter em mente a quantidade disponível e necessária
para que seu plano funcione, já que além de ter os gastos fixos (aluguel, fornecedores, funcionários,
materiais para operação, contas de luz e água, etc), podem acontecer imprevistos. Se você não faturar o
suficiente para cobrir todos esses custos, precisará fazer o uso desse dinheiro de capital.
Dicas do
Orlando
Motivação para parceria
São muitas as variáveis que podem levar as
pessoas escolherem esse ou aquele
parceiro, seja para fornecer produtos ou
oferecer serviços.
Duas coisas devem ser consideradas:
> A sinergia entre quem adquire e quem
fornece o produto ou serviço; e
> Devemos levar em consideração o públi-
co alvo.
INDICADORES DE VIABILIDADE
Para que o seu estudo e viabilidade econômica sejam completos, é importante analisar todos os processos de
uma ótica, como: seus custos de abertura, inauguração e manutenção de atividade.
Para facilitar, o ideal é fazer a correta classificação entre os custos fixos e variáveis, de maneira que facilite a visu-
alização dos custos mais caros de cada etapa e comparando se são menores ou maiores que o fluxo de receita.
Para tanto devemos analisar:
> Todos os investimentos iniciais, antes da inauguração da sua ótica. Seguem alguns exemplos:
• Terreno, se houver
• Obras civis ou reformas
• Máquinas e equipamentos
• Móveis e utensílios
• Estoque inicial
• Divulgação
• Cursos e treinamentos
• Despesas de legalização
• Serviços de terceiros
• Material de consumo e utensílios
• Depreciação
• Capital de giro
• Gastos com a abertura da empresa e inauguração
• Reserva para gastos não previstos
• Outras despesas
> E as receitas, obviamente, que virão das vendas de produtos e serviços oferecidos pela sua ótica. Com isso
surgem outras preguntas: Que preço será cobrado? Que resultado será obtido?
Uma certeza que precisamos ter é a de que as receitas de vendas darão cobertura plena ao pagamento das
despesas fixas. Que o volume de despesas fixas de sua ótica seja compatível com o seu faturamento e que cada
Real gasto em despesas fixas realmente contribua para que cada cliente que entre na sua loja realmente compre
seus produtos. Este é o fundamento da produtividade de uma empresa sem desperdícios.
Lucro (unitário) = Preço de venda que o mercado pratica - (Custo Variável + Despesas
É extremamente importante calcular o preço de venda conveniente para sua ótica, para que assim, possa cobrir
todos os gastos e gerar lucro.
Para saber se o seu negócio vai dar certo, se ele será rentável e bem sucedido, não basta apenas analisar as
projeções de receita e de despesa. Você precisa responder com toda certeza às perguntas: Qual investimento
será necessário? Quando virão os resultados? Por quanto tempo posso suportar movimento fraco? Para
que você tenha uma noção exata de que se a sua ótica será um negócio de sucesso ou não, você precisa
analisar esses indicadores de viabilidade:
> Valor Presente Líquido (VPL), são projeções de fluxo de caixa futuros, valores que tem a receber descontando
uma taxa de juros apropriada e subtraindo o custo do investimento inicial. Quanto maior for esse índice de VPL,
melhor e se acima de zero (0), vale a pena investir. Essa taxa de juros é o custo que esse dinheiro teria em fontes
seguras, normalmente utiliza-se as taxas de juros do banco central (SELIC). É importante estar atento se a taxa
que você vai escolher é mensal ou anual, de acordo com o período de payback (tempo necessário até começar a
ter lucro) que você deseja.
> Payback é o tempo necessário até que você comece a ter lucro. Esse indicador é muito importante porque em
determinados casos, você pode até ter VPL e TIR positivos, mas se o seu payback demorar muito, pode ser que
o projeto ou negócio não se tornem interessantes para você. Ou seja, quanto menor ele for, melhor, e o tempo
de retorno vai depender da sua realidade financeira e expectativa.
Para calcular o payback, não precisamos de calculadora financeira. Podemos usar uma simples planilha de Excel.
Vamos supor que você quer saber em quanto tempo você vai ter ou teve o seu investimento de volta. Para isso,
você vai ter que saber o lucro de cada período ou supor o lucro do tempo determinado.
Por exemplo, eu quero saber se em 5 anos vou ter o meu investimento de volta. Então, na minha ótica eu investi
R$100.000. No primeiro ano lucrei R$30.000, no segundo R$35.000, no terceiro R$37.000, quarto ano
R$35.000 e no quinto ano R$30.000.
35.000 137.000 Então eu pego o quanto eu investi, no caso R$100.000 e observo onde
ele se encaixa, no caso, se encaixa entre o segundo (R$65.000) e terceiro
30.000 167.000 (R$102.000) ano. E então faço a seguinte conta:
100.000 (investimento) - 65.000 (acumulado do período anteirior ao valor do investimento) = 0,35 meses
102.000 (período acumulado posterior ao investimento)
Como os R$100.000 de investimento estão entre o segundo e o terceiro ano de lucro acumulado, meu período
de payback é de 2 anos e 5 meses (que é 0,35meses x 12 meses no ano), aproximadamente.
Existe uma sutil diferença entre Fluxo de Caixa, que é construído com base nas entradas e saídas de dinheiro
que já aconteceram na empresa e a Projeção de Fluxo de Caixa, que tem a mesma estruturação, mas é feita com
base na estimativa de entradas e saídas de dinheiro que afetarão o caixa da sua ótica.
Esse controle deve ser sempre atualizado, de acordo com as movimentações financeiras da empresa e deve
sempre ter somado o total de entradas:
> Previsão de recebimento vendas
> Contas a receber de vendas realizadas
> Outros recebimentos
Referente ao Demonstrativo de Resultado ou DRE, esse é um tipo de demonstração financeira que tem como
foco principal compilar as informações financeiras da sua ótica a fim de formar o resultado líquido do exercício,
ou seja, o lucro ou prejuízo resultante da operação.
( )Receita de Vendas
( – ) Custos
( = ) Lucro Bruto
( – ) Despesas Operacionais
( = ) Lucro Operacional
( +/- ) Resultado não Operacional
( = ) Lucro Antes de Impostos sobre a Renda
( – ) Impostos
( = ) Resultado Líquido ou Lucro ou Prejuízo Líquido
Outros tipos de controle simples, porém, extremamente necessários, são os que fazem parte da composição do
capital de giro. Capital de giro significa o capital necessário para financiar a continuidade das operações da
empresa durante um determinado período, como recursos para financiamento aos clientes – pois toda empresa
que vende à prazo, precisa ter capital de giro para financiar seu cliente – recursos para manter estoques e para
pagamento aos fornecedores (compras de mercadorias para revenda), pagamento de impostos, salários e
demais custos e despesas operacionais. São exemplos da composição do capital de giro:
> Estimativa do estoque inicial: que peças, quantas peças e qual o valor de custo de cada uma para a formação
do estoque inicial.
> Caixa mínimo: Representa o valor em dinheiro que a empresa precisa ter disponível para cobrir os custos até
que as contas a receber de clientes entrem no caixa. Ou seja, o quanto você precisa ter de reservas de dinheiro
para pagar suas contas até receber dos clientes.
> Pagamento de Fornecedores: Ao realizar a compra de produtos para a composição do estoque, normal-
mente, esta é feita à prazo. Se a data para pagamento desse fornecedor for menor do que a data de recebimento
sobre a venda desse produto, você terá a necessidade investimento de capital de giro na sua ótica durante esse
período entre a data do pagamento do fornecedor e o recebimento da venda pelo seu cliente.
> Necessidade média de estoques: os produtos em estoque são necessários para que a sua ótica não falhe na
hora que o cliente solicitar uma armação ou lente. É um dinheiro que está parado na sua ótica e até que o cliente
não pague pelo óculos, esse dinheiro parado precisa ser financiado por uma fonte.
Vamos ver um exemplo prático de necessidade ou não de investimento de capital de giro para melhorar nosso
entendimento:
Quando um cliente compra um óculos e pede para pagar no cartão de crédito ou crediário, o administrador sabe
que na hora que ele aceitar essa venda a prazo, levará pelo menos 30 dias para efetivamente receber o dinheiro.
Esse recebível que está contabilizado nas contas a receber, também é um dinheiro parado e que precisa de
financiamento. Para tais situações, existe a necessidade de investimento de capital de giro durante o período
entre o pagamento do fornecedor e o recebimento por parte do seu cliente.
Por outro lado, podemos também supor que o óculos que foi comprado a prazo pelo seu cliente, ainda não foi
pago ao seu fornecedor. Nesse caso portanto, não houve necessidade de investimento do Capital de Giro.
Tenha em mente que nessa primeira etapa você terá que determinar o total de dinheiro a ser investido para que
a empresa comece a funcionar. Depois disso, terá que saber quais serão seus custos e investimentos periódicos
necessários para a manutenção da sua ótica ou identificar se ela já está pronta para lucrar. Projete cenários
otimistas e pessimistas sempre determinando um tempo, dessa forma você evitará surpresas.
Para que essas previsões sejam as mais realistas possíveis, seu planejamento financeiro deve ser muito bem
elaborado. Inclusive se você não se sentir seguro em montar um Plano de Negócios sozinho, busque por ajuda
profissional, seja de um bom contador, seja de uma consultoria de gestão especializada.
Orlando
desconto em folha de pagamento. Isso pode trazer
um ótimo resultado, tendo em vista que o seu custo
fixo pode ser absorvido por este convênio.
> Trabalhar de forma clara e transparente para que
o cliente saiba exatamente o que está comprando e
Organização quanto está pagando.
Quando falamos em organização, devemos consid- > Trabalhar com fornecedores idôneos e com
erar a construção de processos internos que emissão 100% de NF-e.
passam pelos seguintes passos:
> Loja arrumada e pronta para vender Aquisição de recursos e atividades
> Funcionários treinados particulares
> Sistema de gestão implantado Existem várias fontes para obtenção de recursos:
> Abordagem do cliente definida > A primeira e a mais barata é Capital de Giro
> Orçamento próprio
> Mapeamento do motivo da não venda > Com a loja já em funcionamento, fazer a antecipação
> Fechamento da venda dos recebíveis cartão de crédito
> Emissão da O.S. > Após 6 meses de CNPJ aberto algumas linhas de
> Sinal ou pagamento integral credito se abrem:
> Pedido das lentes • B.N.D.E.S.
> Fechamento de caixa • Giro Rápido
> Conferência das vendas de cartão de crédito • Empréstimo atrelado às suas vendas de cartão de
processadas credito
> Acompanhamento do pedido das lentes e
armações Atividades Particulares
> Avisar o cliente que os óculos estão prontos É de fundamental importância que quem toca o
> Entrega dos óculos negócio seja o proprietário e fique presente o maior
> Pós venda tempo possível na ótica, para que assim possa ter
conhecimento dos custos básicos e possa tomar
Economia decisão imediata em descontos a serem concedi-
Sobre a economia devemos considerar: dos.
> Capital de Giro É fundamental para o sucesso do negócio que se
> Controle do Fluxo de Caixa (Contas a Receber e faça uma gestão levando em consideração alguns
Pagar) pontos primordiais:
> Estoque x Venda (reposição)
Redução de risco e incerteza > Venda x Desconto
Quando falamos em riscos e incerteza podemos: > Metas x Venda
> Minimizar os riscos através de venda somente em > Comissão x Venda
cartão e dinheiro ou ter organizado um processo de > Prazo médio de pagamento x prazo médio de
concessão de crédito para vendas em recebimento
crediário ou cheque. > Resultado operacional da Loja - DRE
> Ter um controle rigoroso do fluxo de caixa, com > Fluxo de caixa
isso devemos entender que se vendermos à prazo, > Venda x taxa cartão x volume de venda (depois de
os recebimentos podem não coincidir com os um volume de venda é possível renegociar taxas
pagamentos e isso acaba comprometendo o capi- melhores)
tal de giro.
> Não vender sem no mínimo um sinal que cubra o
> Acessórios
• Vanin
• Optitex
• Outros importadores
De início, apenas para estruturação da equipe, podemos organizar e responder à algumas questões essenciais,
já que esse é um tema bastante extenso e requer constante atualização, treinamento e atenção dos gestores. A
primeira tarefa é escrever, listar, que cargos e funções cada colaborador terá dentro da ótica e quais são as quali-
ficações necessárias para que essa pessoa possa exercer com maestria a atividade designada. Isso evita má
contratação e dispêndio de dinheiro com indenizações trabalhistas por demissão.
> Quanto você pode ter de custo com mão de obra? Condiz com a qualidade de colaboradores que você deseja?
> Como será seu formato de gestão? Saiba que a administração da sua ótica tem o mesmo peso que se dá à
comercialização.
> Você trabalhará com meta de venda? Se sim, qual é o planejamento para atingi-la? O que será analisado para a
apuração dos resultados: o que vendeu ou quanto vendeu?
> Quando sua ótica estiver funcionando, você pretende ter férias regulares? Quem cuidará do negócio neste
período? Você ficará tranquilo durante as férias?
> Artigos 9º, 10º e 11º do Decreto 24.492/34 – Responsável técnico, o ótico prático
> Decretos Nº 24.492 de 28/06/34 e 20.931 de 11/01/32 – Fiscalização e regulamentação dos estabelecimen-
tos que vendem lentes de grau
> Artigos 5º, 6º, 7º e 11º do Decreto 24.492/34 – Requisitos mínimo para obtenção de autorização de licença de
funcionamento
Check List
na proxima
pagina
O estabelecimento comercial de venda de lentes de grau não pode ter consultório médico,
mesmo fora das suas dependências. É proibido indicar um oftalmologista que dê aos seus
recomendados vantagens não concedidas aos demais clientes e distribuir cartões ou vales que
dêem direito a consultas gratuitas, remuneradas ou com redução de preço.
RESPONSÁVEL TÉCNICO O ÓTICO PRÁTICO (O ótico registrado não poderá ser responsável
por mais de um estabelecimento de venda de lentes de grau)
Estoque de lentes, de acordo com o decreto (artigo 5o, 6o, 7o e 11o do Decreto 24.492/34)
Um livro para o registro de todas as receitas da ótica (o livro preto), legalizado com termo de
abertura e encerramento, com todas as folhas numeradas e devidamente rubricadas pela
autoridade sanitária competente. No livro de registro serão transcritas textualmente as
receitas de ótica aviadas, originais ou cópias, com o nome e residência do paciente bem como
do oftalmologista que prescreveu a receita
IPTU em dia
Contador responsável
Emissão de nota fiscal de acordo com a obrigatoriedade em cada estado (SAT; NFC-E; NF-E;
TEF; Impressora Fiscal, etc.
$
> Lucro Presumido e
> Simples Nacional (opção exclusiva para Microempresas e Empre-
sas de Pequeno Porte). Destina-se às empresas que se
$
beneficiarão da redução e simplificação dos tributos, além do recol-
himento de um imposto único. O enquadramento no Simples está
sujeito à aprovação da Receita Federal e considera a atividade e a
estimativa de faturamento anual da empresa. Além disso, caso o
faturamento anual for menor do que R$600.000,00, a empresa
$
pode optar pelo Supersimples. Este regime apresenta alíquotas
reduzidas, pois há a união de oito impostos e contribuições: PIS,
COFINS, IPI, ICMS, CSLL, ISS, Imposto de Renda da pessoa jurídica
e, em alguns casos, INSS patronal. Contudo, nem sempre este é o
regime mais vantajoso, especialmente para empresas prestadoras
de serviços, que recolhem à parte a contribuição do INSS e por isso
suas alíquotas variam conforme a folha de pagamento. Vale lembrar
que segundo pesquisas, 95% das óticas estão enquadradas nesse
regime.
$
Para iniciar o seu planejamento, primeiramente, é necessário levan-
tar as seguintes informações:
$
> Previsão de despesas operacionais;
> Margem de lucro;
> Valor da despesa com empregados.
> Quais são os impostos e contribuições que incidirão na operação
da ótica?
$
> Como são apurados?
> Em que momento?
> Quando devem ser pagos?
> Quais são as opções para pagar menos impostos?
> O que é crédito de imposto?
> Como utilizar crédito para reduzir o imposto a pagar?
$
> Quais os riscos de calcular erradamente os impostos?
> Como tratar os impostos e contribuições no preço de venda?
Segundo as estatísticas apresentadas pela Organização Mundial da Saúde-OMS/ONU, cerca de 50% da pop-
ulação mundial têm problemas de visão, com necessidade de correção visual.
A Expo Óptica (Abióptica) é o mais importante encontro do setor no país, da América Látina e está entre as
cinco mais importantes do mundo. É uma exposição de destaque dos lançamentos, das novidades, inovações
tecnológicas e criação do setor óptico, mas também da realização de negócios, que aumentam a cada edição.
> Ser profissional e conhecer bem seu negócio, porque neste momento o consumidor está mais seletivo.
> Inovação. Buscar se reinventar e tornar o produto mais acessível é importante para reter clientes e agregar
valor à sua venda.
> Fazer melhor gestão do sortimento das marcas. Observe o movimento do consumidor, se não está migrando
das grandes para outras marcas menores.
> Garantir o tráfego de consumidores nas lojas, investindo no setor de lentes de contato também, já que a
necessidade de reposição faz com que o cliente volte com mais frequência à loja.
> Na hora de montar a vitrine é importante equilibrar a presença de produtos de sazonalidade, como os
solares no verão, com os produtos de longo prazo.
> Posicionar a sua marca com bastante clareza para o cliente.
> Se aproximar do cliente. Não é o momento de cortar verba de publicidade, é preciso estreitar laços.
> Investir em treinamento e mobilização da equipe.
> Eficiência operacional, enxugar custos desnecessários.
> Reduzir margens de lucro para tornar o produto mais acessível ao consumidor.
> Foco. Concentrar em menos fornecedores, para garantir melhores ofertas.
> Expandir a demanda por meio da conscientização, estimulando que mais pessoas façam exames para detec-
tar possíveis problemas de visão.
> O que você fará para tirar clientes dos seus concor-
rentes?
> Observe a facilidade de acesso, o nível de ruído, as condições de higiene e limpeza e a existência de locais
para estacionamento.
> Fique atento para a proximidade dos clientes que compram seus produtos e o fluxo de pessoas na região;
> Avalie a proximidade dos fornecedores, pois isso influencia no prazo de entrega e no custo do frete;
> Visite o ponto pelo menos três vezes, em horários alternados, para verificar o movimento de pessoas e de
veículos no local.
TE
XT
É sempre bom lembrar, que por mais que nós da Optidados busquemos te orientar e te ajudar da
melhor forma possível, sabemos que administrar uma ótica não é somente seguir uma receita de
sucesso e ignorar os demais fatores que existem e que não temos o poder de controlar.
Respeitamos muito a forma com que cada profissional de ótica toca o próprio negócio. É óbvio que
vale muito o feeling, a experiência, as ideias, insights, empenho, determinação e principalmente o que
é sucesso para cada profissional do ramo.
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