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Surpresas nos Encontros Poliorcéticos

Durante quase duas horas, reunimo-nos em novos Encontros


Poliorcéticos. Com o apoio da Vereadora de Cultura Dª Aurora
Viaes e a presença do Concelheiro de Património guardês, Sr.
Javier Crespo, o acto tivo três formatos, o audiovisual, a
comunicaçom e o debate, este último bem interessante por sinal. Lá
trançarom-se problemáticas comuns e gerais, aludindo-se a umha
evidente descoordenaçom entre os concelhos, a um real
ensimesmamento e às soluçons a implementar.

D. Rebeca Blanco Rotea expujo a sua nova tese, pela qual na


margen esquerda do Minho sente-se o Património Militar dumha
maneira e na margen direita, galega, de outra. Essa referência à
foguetada de Sam Sebastiám cerveirense, visível desde Goiám, fai
alusom à comemoraçom dumha vitória lusa que revela-se derrota na
outra margen. Esse binomio mantivo-se durante séculos e ajudou a
nom saber entender outras interpretaçons, como a da própria
pertença a um espaço comum. Impujeram-se as dissemelhanças por
interesses espúrios e políticos. A Doutora Rebeca Blanco Rotea
lamentava assim mesmo que as reabilitaçons feitas nos últimos
anos no Património Militar nom garantirom a afluência regular a
estes sítios. Torna a crescer a mata nestes enclaves por puro e
simples desleixo. Por outras palavras, o Exército em Portugal nutre-
se de conciência cívica e histórica, mimando e acarinhando o seu
expólio castrense na maior parte dos casos. Espanha é já outro
problema.

D. José Buiza Badás fijo umha leitura do Forte de Sta. María da


Insua, das suas componentes arquitetónicas e do Plano portugués
REVIVE, colocando questons sobre a sua viabilidade, concessons a
privados e liberdade de movimentos dos visitantes nessa modalidade
da Concessom. Expujo casos onde o turista até é vigiado e visto
como um sujeito a dar “dinheirinho”. Finalmente, opujo-se à partida
a que o Estado tenha que recorrer a estas soluçons, embora poda
haver casos de sucesso. Lamentavelmente, os grupos privados negam
de algumha maneira a participaçom direta dos vizinhos
geográficamente mais próximos desses pontos patrimoniais, neste
caso dos caminhenses.

Houbo alusons à Bateria da Mata ou Atalaia de Lovelhe, precisada


dumha urgente reabilitaçom. Esta torre tem relaçom direta com a
velha Atalaia guardense, nom só morfológicamente, dado
importantíssimo, também desde o ponto de vista da interpretaçom
cronológica. A torre de Lovelhe nom recua os seus balcons-matacans
a tempos fernandinos porque há-os na guerra de Restauraçom.
Aliás, a bateria portuguesa da Guarda tinha escadas de um só
lanço, expressando este pormenor umha coincidência no tempo.
Da mesma maneira, pediu-se a revisom arqueológica da Cerca
Seiscentista de Vilanova de Cerveira no sentido de libertar umha das
faces do Baluarte de Sám Miguel , na Rúa do Forte, hoje ocupada
por casas adossadas. Resumidamente, forom uns Encontros
surpresivos, reveladores e promissórios, dado que tocarom-se
questons sensíveis que propiciarom pros e contras. Encontros
Poliorcéticos continuarám com os seus ciclos de palestras.

ENCONTROS POLIORCETICOS

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