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Atividade:

1) Cite e explique quais são as principais obrigações legais comuns do empresário.

Obrigações comuns a todos os empresários e sociedades empresárias


I- Seguir um sistema de contabilidade, com base na escrituração uniforme de seus
livros.
II- Levantar anualmente o balanço patrimonial e de resultado econômico.
III- Conservar em boa guarda toda escrituração, correspondência e demais papéis
correspondentes à sua atividade, enquanto não ocorrer a prescrição ou a decadência no
tocante aos atos neles consignados.
IV- Fazer registrar no RPEM todos os documentos, cujo registro for
expressamente exigido em Lei, no prazo de 30 dias, contado da sua lavratura, se maior
ou menor prazo não foi expressamente marcado (Art. 1151 § 1°, C.C). 

2) Cite e explique como é estruturado o Registro de Empresa? Quais são os seus


órgãos e quais são as suas competências?

O registro público de empresa é a menção de certos atos e fatos, lançada por um


oficial público em livros próprios, quer à vista de títulos que lhe são apresentados, quer
mediante declarações escritas ou verbais das partes interessadas. Tem a finalidade de
conferir publicidade ao ato ou fato que é objeto do registro, ou atua como simples meio
de conservação de um documento.
O registro público é a forma antiga de preservação de informações consideradas
vitais para a sociedade (como o nascimento, registro de casamento, óbito, criação de
pessoas jurídicas, entre outros), que visa, ademais, dar-lhes publicidade necessária para
a segurança das relações interindividuais. Assim, a publicidade é forma de notificação
pública: é a consequência necessária do registro, mesmo quando seja facultativo,
visando apenas a perpetuidade de um documento. Haverá sempre a publicidade, desde
que registrado o ato ou fato, mas os efeitos dela podem variar de intensidade.
O exercício da atividade empresarial por parte da pessoa natural (empresário
individual) ou de pessoa jurídica (sociedade empresária) pressupõe registro
correspondente, ou seja, é obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de
Empresas Mercantis (art. 967, do Código Civil), feita em conformidade com a Lei 8.934,
de 18 de Novembro de 1994, regulamentada pelo Decreto nº. 1.800, de 30 de Janeiro de
1996, que reviu toda a matéria, dispondo sobre o Registro Público de Empresas
Mercantis. O art. 1.150 do Código Civil também regulamenta o assunto.
  Sendo assim, registro público de empresas é exercido por órgãos federais e
estaduais em todo o território nacional, de maneira sistêmica. Segundo Rubens Requião
(2005a, p. 111), o registro público tem por finalidade "dar garantia, publicidade,
autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos das empresas mercantis,
submetidos a registro; cadastrar as empresas nacionais e estrangeiras em
funcionamento no País e manter atualizadas as informações pertinentes; proceder às
matrículas dos agentes auxiliares do comércio, bem como ao seu cancelamento.
Esses órgãos compõem o Sistema Nacional de Registro de Empresas
Mercantis do Comércio (SINREM). O Órgão central do SINREM é o Departamento de
Registro Empresarial e Integração (DREI), que possui funções supervisora,
orientadora e normativa, no plano técnico, e supletiva, no plano administrativo. Nas
unidades da Federação, ou seja, nos Estados, têm-se as Juntas Comerciais, com
funções executora e administradora dos serviços de registro.

3) Em que consiste a escrituração empresarial? Ela está a cargo de quem? Explique e


fundamente.

A escrituração é obrigação de todo e qualquer empresário ou sociedade empresária.


Toda empresa é obrigada  a seguir um sistema de contabilidade mecanizado ou
não com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a
documentação respectiva e a realizar todos os anos o balanço patrimonial e os
respectivos resultados da atividade empresarial ( resultado econômico).

A escrituração contábil é feita nos livros empresariais. O empresário pode ter


quantos livros desejar, mas há alguns livros que são obrigados por lei.  Os livros do
empresário se classificam em:
Livros empresariais e;
Livros não empresariais.
Como exemplos de livros não empresariais são os livros destinados a fazer
anotações trabalhistas, livro de registro de empregados também é obrigatório, mas não
livros dos empresários. OS livros empresariais obrigatórios estão subdivididos ainda em:
Livros Obrigatórios Gerais:  São aqueles livros obrigatórios a todo a todas espécies
de empresários e sociedades empresárias. Como exemplo citamos o livro diário ( que
pode ser substituído por fichas). Mas há exceções nesta regra como por exemplo
aquelas determinadas na Lei Complementar 123 de 2006 e outras que estão no Código
Civil.
Livros Obrigatórios Especiais: são aqueles obrigatórios somente a algumas espécies
de empresários. Por exemplo o livro de duplicatas só é obrigatório aos empresários com
trabalham com essa espécie de título de crédito.
O Estatuto da Empresa de Pequeno Porte (denominação dada a lei complementar
123 de 2006) dispensa o livro diário ao Micro Empresário e o Empresário de Pequeno
Porte optantes pelo Sistema Simplificado de Pagamento de Tributos (SIMPLES) e o
Micro Empreendedor Individual (MEI). 
O MEI está dispensado de manter qualquer tipo de escrituração devido a previsão do
artigo 1179 §2 do Código Civil. O Sistema de Escrituração que aplica-se aos
empresários optantes pelo SIMPLES está previsto no artigo 26 da lei complementar 123
de 2006.
Citando o código civil;
(Código Civil) Art. 1.179. O empresário e a sociedade
empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade,
mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus
livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a
levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado
econômico.
§ 1o Salvo o disposto no art. 1.180, o número e a espécie de
livros ficam a critério dos interessados.
§ 2o É dispensado das exigências deste artigo o pequeno
empresário a que se refere o art. 970.

(Lei Complementar 123 de 2006) Art. 26. As microempresas e


empresas de pequeno porte optantes pelo Simples
Nacionalficam obrigadas a:
I – emitir documento fiscal de venda ou prestação de serviço, de
acordo com instruções expedidas pelo Comitê Gestor;
II – manter em boa ordem e guarda os documentos que
fundamentaram a apuração dos impostos e contribuições
devidos e o cumprimento das obrigações acessórias a que se
refere o art. 25 desta Lei Complementar enquanto não decorrido
o prazo decadencial e não prescritas eventuais ações que lhes
sejam pertinentes.
§ 1o O MEI fará a comprovação da receita bruta mediante
apresentação do registro de vendas ou de prestação de serviços
na forma estabelecida pelo CGSN, ficando dispensado da
emissão do documento fiscal previsto no inciso I do caput,
ressalvadas as hipóteses de emissão obrigatória previstas pelo
referido Comitê.
I – (REVOGADO)
II – (REVOGADO)
III – (REVOGADO)
§ 2o As demais microempresas e as empresas de pequeno
porte, além do disposto nos incisos I e II do caput deste
artigo,deverão, ainda, manter o livro-caixa em que será
escriturada sua movimentação financeira e bancária.
§ 3o A exigência de declaração única a que se refere o caput do
art. 25 desta Lei Complementar não desobriga a prestação de
informações relativas a terceiros.
§ 4o As microempresas e empresas de pequeno porte referidas
no § 2o deste artigo ficam sujeitas a outras obrigações
acessórias a serem estabelecidas pelo Comitê Gestor, com
características nacionalmente uniformes, vedado o
estabelecimento de regras unilaterais pelas unidades políticas
partícipes do sistema.
§ 5o As microempresas e empresas de pequeno porte …..
4) Pode-se dizer que o empresário se constituir como pessoa física ou jurídica. O que
isso significa? Quais são as modalidades de empresa nesse sentido?

Sabemos que Empresário é “quem desenvolve atividade econômica organizada para


a produção ou circulação de bens ou serviços” (art. 966,CC), e que Empresa é a
atividade econômica organizada, praticada pelo Empresário.
A Empresa pode ser praticada por grupos de pessoas, que se unem com um firme
propósito comum, ou por uma só pessoa.
O grupo de pessoas com finalidade de obtenção de lucro é denominado Sociedade
Empresária, instituto que se manifesta com a ‘congregação de capital e trabalho para o
empreendimento de atividade empresarial’ (WILGES BRUSCATO, in Manual de Direito
Empresarial Brasileiro, p. 164), conforme os parâmetros dados pelo artigo 981,
do Código Civil, e nasce com o devido registro na Junta Comercial, seu ato constitutivo.
Quando uma só pessoa se dispõe ao exercício da Empresa, manifesta-se a figura do
Empresário Individual, aquele que age na prática de atividades empresárias sem o
concurso de sócios.
Percebemos, até aqui, dois sujeitos Empresários, quais sejam:

 a Sociedade Empresária, formada por sócios empreendedores (e não empresários);


 o Empresário Individual, o próprio.

Analisando os tipos de sociedades, destingiu-se em;

Sociedade limitada
A sociedade empresária tem por objeto o exercício de atividade própria de
empresário sujeito ao registro, independentemente de seu objeto, devendo inscrever-se
na Junta Comercial do respectivo Estado. (CC art. 982 e parágrafo único).
Isto é sociedade empresária é aquela onde se exerce profissionalmente atividade
econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços,
constituindo elemento de empresa. Desta forma, podemos dizer que sociedade
empresária é a reunião de dois empresários ou mais, para a exploração, em conjunto, de
atividade (s) econômica (s). Os sócios respondem de forma limitada ao capital social da
empresa, pelas dívidas contraídas no exercício da sua atividade perante os seus
credores.
Empresário individual
O empresário individual nada mais é do que aquele que exerce em nome próprio,
atividade empresarial. Trata-se de uma empresa que é titulada apenas por uma só
pessoa física, que integraliza bens próprios à exploração do seu negócio. Um
empresário em nome individual atua sem separação jurídica entre os seus bens
pessoais e os seus negócios, ou seja, não vigora o princípio da separação do patrimônio.
O proprietário responde de forma ilimitada pelas dívidas contraídas no exercício da
sua atividade perante os seus credores, com todos os bens pessoais que integram o seu
patrimônio (casas, automóveis, terrenos etc.) e os do seu cônjuge (se for casado num
regime de comunhão de bens). O inverso também acontece, ou seja, o patrimônio
integralizado para a exploração da atividade comercial também responde pelas dívidas
pessoais do empresário e do cônjuge. A responsabilidade é, portanto, ilimitada nos dois
sentidos.
A empresa (nome comercial) deve ser composta pelo nome civil do proprietário,
completo ou abreviado, podendo aditar-lhe um outro nome pelo qual seja conhecido no
meio empresarial e/ou a referência à atividade da empresa. Se tiver adquirido a empresa
por sucessão, poderá acrescentar a expressão "Sucessor de" ou "Herdeiro de".

Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI)


A empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI) é aquela constituída por
uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que
não poderá ser inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País. O
titular não responderá com seus bens pessoais pelas dívidas da empresa.
A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada
somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade.
Ao nome empresarial deverá ser incluído a expressão "EIRELI" após a firma ou a
denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada.
A EIRELI também poderá resultar da concentração das quotas de outra modalidade
societária num único sócio, independentemente das razões que motivaram tal
concentração.
A Empresa individual de responsabilidade limitada será regulada, no que couber,
pelas normas aplicáveis às sociedades limitadas.
Microempreendedor individual
O Microempreendedor Individual é a pessoa que trabalha por conta própria e que se
legaliza. É aquele que fatura até R$ 60.000,00 por ano, não participa em outra empresa
como sócio ou titular e poderá ter apenas um empregado contratado que receba o
salário mínimo ou o piso da categoria.
A Lei Complementar nº 128, de 19/12/2008, criou condições especiais para que o
trabalhador conhecido como informal, possa se tornar um Empreendedor Individual
legalizado.
Entre as vantagens oferecidas por essa lei, está o registro no Cadastro Nacional de
Pessoas Jurídicas (CNPJ), o que facilitará a abertura de conta bancária, o pedido de
empréstimos e a emissão de notas fiscais.
Além disso, o Microempreendedor Individual será enquadrado no Simples Nacional.
Pagará apenas o valor x mensal de 5% do salário mínimo vigente + R$1,00 de
ICMS(comércio ou indústria) ou 5% salário mínimo vigente + R$ 5,00 de ISS(prestação
de serviços).
Com essas contribuições, o Microempreendedor Individual terá acesso a benefícios
como auxílio-maternidade, auxílio-doença, aposentadoria por idade e invalidez, auxilio
reclusão e pensão por morte.
Poderá contratar 1 empregado, emitir notas fiscais à pessoa jurídica, dentre outros
benefícios.

Sociedade empresária
É aquela onde a atividade econômica organizada é exercida de forma profissional
constituindo elemento de empresa.
Sociedade anônima
Tem seu capital distribuído em ações e a responsabilidade de cada sócio, ou
acionista, é correspondente a quantidade e valor das ações que ele possui.
Sociedade em comandita simples
Tipo de sociedade onde, ao lado dos sócios de responsabilidade ilimitada e solidária,
existem aqueles que entram apenas com o capital, não participando da gestão do
negócio, tendo, portanto, sua responsabilidade restringida ao capital subscrito.
Sociedade em comandita por ações
São regidas pelas normas das sociedades anônimas porque tem seu capital dividido
em ações.
Sociedade simples
É aquela formada por pessoas que exercem profissão de natureza intelectual,
científica, artística ou literária, mesmo sem contar com colaboradores.
Sem fins lucrativos
Organizações onde toda a receita é revertida para as atividades que mantém.
Sociedade em nome coletivo
Constituída apenas por pessoas físicas que respondem ilimitada e solidariamente
pelas obrigações da sociedade.
5) Quais são os livros empresariais obrigatórios e quais são os facultativos?
Explique.

Obrigatórios são o que sua escrituração é imposta ao empresário e que a sua


ausência traz consequência sancionadora.
Comuns – são impostos a todos os comerciantes.
Diário - Lançamento de atos que modificam o patrimônio e operações mercantis.
Especiais – são impostos a determinadas categorias.
Registro de Duplicatas – são obrigatórios apenas aos que emitem duplicata mercantil
ou de prestação de serviços. A emissão de duplicata é facultativa, mas se emiti-la o livro
é obrigatório.
Livro de atas de assembleia de uma S.A. – é meramente memorial.
Facultativos são os livros que tem para o empresário uma função de controle de seus
negócios e de que a sua falta não importa nenhuma sanção.
São quaisquer escritos ordenado e uniforme da atividade do empresário. Sua falta
não implica sanção.
Ex.:
Livro Caixa = registro das movimentações financeiras
Livro Conta Corrente = é o livro que se registra as transações com cada credor ou
devedor, é o que registra cada relação, de forma separada.
Livro Razão = os registros bancários da empresa, a conciliação bancária.
Livro Estoque = registro de entrada e saída de mercadorias, ou seja, controle de
estoque.

6) Quais são as fontes formais do Direito de Empresa? Cite-as. Explique.

Fontes do Direito de Empresa: chamam-se fontes do direito  os diversos modos


pelos quais se estabelecem as regras jurídicas; as fontes do Direito Comercial dividem-
se em fontes primárias ou diretas e subsidiárias ou indiretas.
 
Fontes primárias: são as leis comerciais; no direito comercial brasileiro, são fontes
primárias o Código Comercial e as leis que lhe seguiram.
 
Fontes subsidiárias: são fontes subsidiárias, a lei civil, os usos e costumes, a
jurisprudência, a analogia e os princípios gerais de direito; na falta de norma específica
de direito comercial, deve-se recorrer a essas fontes, obedecendo-se, naturalmente, à
ordem de sua enumeração.
7) O que é o princípio da preservação da empresa? O que é o princípio da liberdade
de iniciativa? O que é o princípio de liberdade de concorrência?

O princípio da preservação da empresa tem como objetivo principal proteger a


atividade empresarial. Não se busca a proteção no interesse exclusivo do empresário,
mas antes e acima de tudo no interesse da sociedade.
O Princípio da liberdade de iniciativa determina que a pessoa é livre para realizar
qualquer negócio e/ou exercício de qualquer profissão, como garantia de sua liberdade
econômica e está em direta relação com os princípios que mobilizam o nosso estado
democrático de direito. São exemplos da livre-iniciativa, a liberdade de conquistar a
clientela (desde que, obviamente, não seja através da concorrência desleal); a
possibilidade de escolher livremente uma atividade a ser explorada; a liberdade de
indústria e comércio; e a liberdade de contratar. Obviamente, como todo e qualquer
princípio, ele não pode ser interpretado de maneira absoluta sob pena, até mesmo, de
violar a si próprio. Assim, a livre-iniciativa não pode ser interpretada em caráter absoluto,
demandando, com isso, uma ponderação de cada pessoa e do próprio Estado para que
a liberdade de um indivíduo não restrinja a do outro.
A liberdade de concorrência procura garantir que os agentes econômicos tenham
oportunidade de competir de forma justa no mercado. É mediante a livre concorrência
que se melhoram as condições de competitividade nos mercados, e que as sociedades
tomam consciência de que para obter um maior e melhor espaço no mercado, elas
precisam ter constante aprimoramento de seus métodos.

8) Em que consiste a concorrência desleal? Quais são as espécies de concorrência


desleal e quais as suas consequências? Como ela se diferencia da infração contra
a ordem econômica?

A Concorrência Desleal é configurada como uma concorrência indireta, ilícita


(observa-se que nem toda concorrência ilícita seja desleal), na qual os atos praticados
por uma das partes, não possui outro objetivo, que não atingir o interesse de outrem, do
empresário.

Art. 195. Comete crime de concorrência desleal quem:


I - publica, por qualquer meio, falsa afirmação, em detrimento de
concorrente, com o fim de obter vantagem;
II - presta ou divulga, acerca de concorrente, falsa informação,
com o fim de obter vantagem;
III - emprega meio fraudulento, para desviar, em proveito próprio
ou alheio, clientela de outrem;
IV - usa expressão ou sinal de propaganda alheios, ou os imita,
de modo a criar confusão entre os produtos ou
estabelecimentos;
V - usa, indevidamente, nome comercial, título de
estabelecimento ou insígnia alheios ou vende, expõe ou
oferece à venda ou tem em estoque produto com essas
referências;
VI - substitui, pelo seu próprio nome ou razão social, em produto
de outrem, o nome ou razão social deste, sem
o seu consentimento;
VII - atribui-se, como meio de propaganda, recompensa ou
distinção que não obteve;
VIII - vende ou expõe ou oferece à venda, em recipiente ou
invólucro de outrem, produto adulterado ou
falsificado, ou dele se utiliza para negociar com produto da
mesma espécie, embora não adulterado ou falsificado, se
o fato não constitui crime mais grave;
IX - dá ou promete dinheiro ou outra utilidade a empregado de
concorrente, para que o empregado, faltando ao
dever do emprego, lhe proporcione vantagem;
X - recebe dinheiro ou outra utilidade, ou aceita promessa de
paga ou recompensa, para, faltando ao dever de
empregado, proporcionar vantagem a concorrente do
empregador;
XI - divulga, explora ou utiliza-se, sem autorização, de
conhecimentos, informações ou dados confidenciais,
utilizáveis na indústria, comércio ou prestação de serviços,
excluídos aqueles que sejam de conhecimento público ou
que sejam evidentes para um técnico no assunto, a que teve
acesso mediante relação contratual ou empregatícia,
mesmo após o término do contrato;
XII - divulga, explora ou utiliza-se, sem autorização, de
conhecimentos ou informações a que se refere o inciso
anterior, obtidos por meios ilícitos ou a que teve acesso mediante
fraude; ou
XIII - vende, expõe ou oferece à venda produto, declarando ser
objeto de patente depositada, ou concedida, ou
de desenho industrial registrado, que não o seja, ou menciona-o,
em anúncio ou papel comercial, como depositado
ou patenteado, ou registrado, sem o ser;
XIV - divulga, explora ou utiliza-se, sem autorização, de
resultados de testes ou outros dados não divulgados,
cuja elaboração envolva esforço considerável e que tenham sido
apresentados a entidades governamentais como
condição para aprovar a comercialização de produtos.
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.
§ 1º Inclui-se nas hipóteses a que se referem os incisos XI e XII o
empregador, sócio ou administrador da
empresa, que incorrer nas tipificações estabelecidas nos
mencionados dispositivos.
§ 2º O disposto no inciso XIV não se aplica quanto à divulgação
por órgão

Diferença e que a infração à ordem econômica é todo abuso de poder dominante que
vise a eliminação da concorrência e o aumento excessivo dos lucros, a fim de conquistar
o mercado e instituir o monopólio, assim, tem-se que a infração a ordem econômica, se
caracteriza por algumas formas de posição dominante em determinado seguimento de
mercado; quais sejam, as práticas empresariais que, por restringirem ou eliminarem a
concorrência, ou importarem aumento arbitrário de preços, comprometem a organização
liberal da economia .
9) Quais requisitos devem ser observados para que a escrituração empresarial seja
legal e possa surtir efeitos legais?

Respeitar o Art. 1.183. A escrituração será feita em idioma e moeda corrente


nacionais e em forma contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos
em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens.
Parágrafo único. É permitido o uso de código de números ou de abreviaturas, que
constem de livro próprio, regularmente autenticado.

10) No exercício da atividade empresarial a legislação impõe regras quanto à


capacidade civil e quanto ao impedimento para o exercício dessa atividade.
Explique esses institutos e os diferencie no âmbito empresarial.

Segundo o disposto no artigo 972 do Código Civil podem exercer a atividade


empresária quem estiver em pleno gozo de sua capacidade civil e não for legalmente
impedido. Este artigo, contido no livro especial do Direito de Empresa, dever ser
interpretado em consonância com os artigos iniciais do Código Civil, que tratam da
capacidade do sujeito de direito.
Pelo artigo 1º do Código Civil, toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem
civil, mas esta capacidade só é absoluta quando atingida a maioridade civil aos dezoito
anos de vida ou nos casos de emancipação e, desde que, não se verifique nenhuma
hipótese de incapacidade absoluta (menores de 16 anos; os que por enfermidade ou
deficiência mental não tiverem o necessário discernimento para a prática de atos da vida
civil; por causa transitório não puderem exprimir a sua vontade) ou relativa (maiores de
dezesseis anos e menores de dezoito anos; ébrios habituais; viciados em tóxicos; por
deficiência mental tenha o discernimento reduzido; os excepcionais  sem
desenvolvimento mental completo; os pródigos), conforme artigos 3º e 4º do Código
Civil.
Como referido, além dos maiores de dezoito anos, os emancipados também poderão
exercer todos os atos da vida civil, inclusive a atividade empresarial desde que, por força
de disposição legal (CC, art. 976), averbado no Registro Público de Empresas Mercantis
a prova da emancipação, que pode ocorrer nas seguintes hipóteses: (i) pela concessão
dos pais, ou de um deles na falta de outro, mediante instrumento público, independente
de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver
dezesseis anos completos; (ii) pelo exercício de emprego público efetivo; (iii) pela
colação em ensino superior; (iv) pelo casamento; (v) pelo estabelecimento civil ou
comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o
menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
Quanto aos impedimentos, Como acima referido, podem ser empresários aqueles
que estiverem no pleno gozo de sua capacidade civil excluídos os que, em razão do
cargo que ocupam, estejam legalmente impedidos de exercerem atividade empresária,
isso em virtude das incompatibilidades com o exercício da atividade.
A indicação das pessoas impedidas do exercício da empresa não está prevista no
Código Civil, mas em disposições esparsas, que conforme destaca Requião, vão desde
a Constituição até estatutos do funcionalismo civil e militar.
Estão impedidos[24]: (i) os Magistrados e membros do Ministério Público;  (ii) os
empresários falidos, enquanto não forem reabilitados; (iii) os leiloeiros (art.36 do Decreto
n° 21.891/32); (iv) os cônsules; (vi) os médicos, para o exercício simultâneo da farmácia,
drogaria ou laboratórios farmacêuticos, e os farmacêuticos, para o exercício simultâneo
da medicina; (vii) as pessoas condenadas à pena que vede, ainda que temporariamente,
o acesso a cargos públicos, ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno,
concussão, peculato ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional,
contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé
pública ou a propriedade, enquanto perdurarem os efeitos da condenação; (vii) os
servidores públicos civis da ativa (Lei nº 1.711/52) e servidores federais (Lei nº 8.112/90,
art. 117, X, inclusive Ministros de Estado e ocupantes de cargos públicos comissionados
em geral); (iX) os servidores militares da ativa das Forças Armadas e das Polícias
Militares (Código Penal Militar, arts. 180 e 204, e Decreto-Lei nº 1.029/69; arts. 29 e 35
da Lei nº 6.880/80); (x) os deputados e senadores não poderão ser proprietários,
controladores ou diretores de empresa, que goze de favor decorrente de contrato com
pessoa jurídica de direito público, nem exercer nela função remunerada ou cargo de
confiança, sob pena de perda do mandato - arts. (54 e 55 da Constituição Federal); (xi)
estrangeiros sem visto permanente estão impedidos de serem empresários individuais,
porém não estarão impedidos de participar de sociedade empresária no país; (xii)
estrangeiro com visto permanente, para o exercício das seguintes atividades: pesquisa
ou lavra de recursos minerais ou de aproveitamento dos potenciais de energia hidráulica;
atividade jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens, com recursos
oriundos do exterior; atividade ligada, direta ou indiretamente, à assistência à saúde no
País, salvo nos casos previstos em lei; serem proprietários ou armadores de
embarcação nacional, inclusive nos serviços de navegação fluvial e lacustre, exceto
embarcação de pesca; serem proprietários ou exploradores de aeronave brasileira,
ressalvado o disposto na legislação específica.
As pessoas legalmente impedidas para exercer atividade própria de empresário, se
exercerem, responderão, pessoalmente, pelas obrigações contraídas, isso porque, os
atos por elas praticados continuam válidos e eficazes. Além da responsabilidade civil, os
impedidos estão sujeitos as penalidades administrativas e criminais relativas ao exercício
da atividade empresária.
Importante frisar que algumas pessoas, embora impedidas, podem ser sócios ou
acionistas de sociedades, mas não poderão exercer o cargo de administração.

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