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23/05/2019

GESTÃO DE SST – Aspectos Legais Consultoria SMS

49a Turma - Engenharia de Segurança do Trabalho

Gestão Moderna
de
Segurança e Saúde no Trabalho

Engo. Carlos Roberto Coutinho de Souza, M.Sc

09/05/2019
Engo Carlos Roberto Coutinho, M.Sc
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Consultoria SMS

Carlos Roberto Coutinho de Souza, (MSc.) 
• Mestre em Sistemas de Gestão ‐ UFF; engenheiro químico (UERJ);
• Bacharel e Licenciado em Química (UERJ);
• Pós Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho (FTESM);
• Pós graduação (MBA) em Administração de Empresas (PDG/IBMEC);
• Pós graduação em Planejamento Estratégico (Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra);
• Ex‐Presidente da ABPA ‐ Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes;
• Professor Convidado do Mestrado em Sistema de Gestão‐UFF; MBA de Gestão de Negócios Sustentáveis e pós graduação de Engenharia de
Segurança do Trabalho da Universidade Federal Fluminense/UFF, professor convidado dos Cursos “In Company” do IBMEC;
• Co‐autor do livro Normas Regulamentadoras Comentadas –1ª e 2a edição ‐ 05/2000,
• Co‐autor do Manual Técnico e Didático do Projeto Corporativo de Qualificação em SMS para Empregados de Empresas Prestadoras de
Serviço da Petrobrás (2004);
• Sócio‐Diretor da CRC Consultoria e Assessoria de Segurança do Trabalho e Meio Ambiente;
• Especialista em programas de sistema de gestão em SMS;
• Ex‐Gerente de Segurança, Meio Ambiente e Saude – Empresas: Bayer S.A, Metro Rio, Industria Alimentícia Poraquê.

Engo Carlos Roberto Coutinho, M.Sc


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AGENDA
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1.0 Uma Nova Abordagem para a Segurança e Saúde do Trabalhador.

2.0 Aspectos Lagais Aplicados à SST.

3.0 Conceitos Modernos para a Segurança e Saúde do Trabalhador.

4.0 Sistemas de Controle para a SST.

5.0 Política e Diretrizes de SST para a Empresa.

6.0 Conceitos e Técnicas para a Implementação de um Sistema


de SST para a Empresa.

7.0 Apresentação de uma Ferramenta para Gestão de SST.

8.0 Apresentação de um Sistema de Gestão para a Segurança e Saúde do


Trabalhador. Engo Carlos Roberto Coutinho, M.Sc
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PREMISSA
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“ Pela Segurança do Trabalho somos todos  responsáveis, e pelos acidentes  
devemos  ser todos  solidariamente  culpados, pois alguma coisa deixou de 
ser realizada para impedir que ele ocorresse. ”

(Engº Carlos Roberto Coutinho)

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1. 1 - REVENDO Conceitos Legais

Segurança: Redução dos Riscos Inerentes ao Trabalho

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Impactos da Legislação na Gestão de SST

CONSTITUIÇÃO DA
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Engo Carlos Roberto Coutinho, M.Sc


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CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Promulgada em 05/10/88

TÍTULO II

DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

.......................................................................

CAPÍTULO II - DOS DIREITOS SOCIAIS


ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS
TRANSITÓRIAS

Engo Carlos Roberto Coutinho, M.Sc


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CAPÍTULO II - DOS DIREITOS SOCIAIS

Art.. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a


segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição.

Art.. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros


que visem à melhoria de sua condição social :

XXII redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas


de saúde, higiene e segurança;
XXIII adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres
ou perigosas, na forma da lei;
XXVIII seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem
excluir a indenização a que este está obrigado, quando
incorrer em dolo ou culpa;
Engo Carlos Roberto Coutinho, M.Sc
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PETROBRAS É CONDENADA
POR NEGLIGENCIAR MORTES NA P-37
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• O fato ocorreu em janeiro de 2001, quando houve vazamento de gás sulfídrico num dos tanques 
da plataforma, na Bacia de Campos. Os encanadores Francisco de Assis Jesus de Almeida e 
Floriano Castorino de Souza Filho estavam entre os trabalhadores que faziam o alinhamento do 
tanque de drenagem da plataforma, quando começaram a sentir um cheiro forte e ardência nos 
olhos. 

• Naquele instante, os empregados próprios da empresa deixaram o local: "Isso comprova que os 
terceirizados morreram porque não receberam treinamento adequado para enfrentar situações 
extremas", explica Rodrigo Carelli. Na verdade, o relatório mostrou que os prestadores de 
serviço não foram sequer avisados da possibilidade da existência da substância tóxica no local 
e desconheciam os riscos desta ocorrência.

• Na sentença, a juíza Kíria Simões Garcia, da 49ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, atendendo
ao pleito do MPT, deferiu o pedido de indenização por dano à coletividade, concedendo
antecipação de tutela no sentido de que a Petrobras seja obrigada a manter equipamentos de
segurança na plataforma e realize treinamento para todos os trabalhadores. "A quantia de R$
2,5 milhões foi arbitrada com base na finalidade punitivo‐pedagógica, evitando assim que a
empresa cometa erros da mesma natureza", argumentou a magistrada. Fonte: MPT ‐ 03/05/05.

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AÇÃO DO INSS CONTRA EMPRESA
São Paulo/SP - Uma das primeiras decisões na Justiça, nesta recente ofensiva da
Previdência Social contra empresas que apresentam altos índices de acidente de trabalho,
acaba de condenar a Mil Madeireira Itacoatiara, do setor de extração de madeira em
Manaus, a pagar R$ 600 mil para o INSS. Estes valores tinham sido pagos pelo órgão em
pensão por morte aos dependentes de um funcionário.

Segundo a argumentação da Procuradoria do INSS, que foi aceita pela Justiça, o


acidente teria ocorrido por negligência da madeireira, no cumprimento de normas de
segurança e por isso a empresa deveria arcar com a indenização paga pelo INSS.

Por enquanto, estas ações estão sendo ajuizadas em Manaus (AM ), Vitória (ES),
Londrina (PR), São José do Rio Preto (SP), Marília (SP), Salvador (BA) e Santa Maria
(RS), mas a idéia é estender essa reversão para todo o País. Para isso, os órgãos já
passaram a analisar os casos de indenizações pagas pelo INSS por acidente de trabalho
nos últimos cinco anos, com prioridade aos que causaram morte e indenização
vitalícia, situações que provocam significativa repercussão social e financeira.

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Na ação, a Procuradoria alega que a empresa explora a extração e a comercialização de


madeira na floresta amazônica e o trabalhador era operador de motosserra. Ele morreu
porque foi atingido pelo efeito dominó de uma árvore cortada por outra equipe da empresa,
que não respeitou a distância mínima de 250 metros entre os grupos, como
determinam as Normas e Procedimentos de Segurança na Exploração Florestal da própria
madeireira. A perícia constatou que a distância entre as equipes era de apenas 33 metros .

A decisão ressaltou que "quando não há dolo ou culpa pelo empregador, exclui-se a
responsabilidade, não tendo ele que indenizar o INSS", mas quando é comprovada a
culpa pelo não cumprimento de normas de segurança e higiene, "o empregador deve
arcar sozinho com o pagamento dos benefícios previdenciários". Neste caso, segundo
a decisão, "não seria justo que a dívida fosse repartida com a sociedade".

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MINISTÉRIO DA ECONOMIA
Segurança e
Saúde do Trabalhador

MINISTÉRIO DO TRABALHO
Secretariao
de Fiscalização do Trabalho ( Normas )
Eng Carlos Roberto Coutinho, M.Sc
Delegacia Regional do Trabalho ( Fiscalização ) 20
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CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO


TITULO II
CAPITULO V
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Art.157 Cabe às Empresas :

I- cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e


medicina do trabalho;

II - instruir os empregados, através de ordens de serviço,


quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do
trabalho ou doenças ocupacionais;

III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo


órgão regional competente;

IV - facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade


competente.

21 Engo Carlos Roberto Coutinho, M.Sc


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CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO


TITULO II
CAPITULO V
Consultoria SMS
Art. 158 Cabe aos Empregados:

I - observar as normas de segurança e medicina do trabalho,


inclusive as instruções de que trata o item II do artigo
anterior;

II - colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos


deste Capítulo.

Parágrafo Único

Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:

a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na


forma do item II do artigo anterior;

b) ao uso dos equipamentos de proteção individual


fornecidos pela empresa. Engo Carlos Roberto Coutinho, M.Sc
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Legislação Trabalhista
Portaria no 3.214, de 08/06/1978
NR - 1 DISPOSIÇÕES GERAIS Consultoria SMS

... 1.7 Cabe ao empregador: (Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)
a) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho;
b) elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência aos empregados por
comunicados, cartazes ou meios eletrônicos; (Alteração dada pela Portaria n.º 84, de 04/03/09)
Obs.: Com a alteração dada pela Portaria n.º 84, de 04/03/09, todos os incisos (I, II, III, IV, V e VI) desta
alínea foram revogados.
c) informar aos trabalhadores: (Alteração dada pela Portaria n.º 03, de 07/02/88)
I. os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho;
II. os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa;
III. os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico aos quais os próprios
trabalhadores forem submetidos;
IV. os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho.
d) permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos legais e
regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho; (Alteração dada pela Portaria n.º 03, de
07/02/88)
e) determinar procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente ou doença relacionada ao
de o04/03/09)
trabalho. (Inserção dada pela Portaria n.º 84,Eng Carlos Roberto Coutinho, M.Sc
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Legislação Trabalhista
Portaria no 3.214, de 08/06/1978
NR - 1 DISPOSIÇÕES GERAIS

... 1.7 Cabe ao empregador: (Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)
a) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho;
b) elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência aos empregados por
comunicados, cartazes ou meios eletrônicos; (Alteração dada pela Portaria n.º 84, de 04/03/09)
Obs.: Com a alteração dada pela Portaria n.º 84, de 04/03/09, todos os incisos (I, II, III, IV, V e VI) desta
alínea foram revogados.
c) informar aos trabalhadores: (Alteração dada pela Portaria n.º 03, de 07/02/88)
I. os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho;
II. os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa;
III. os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico aos quais os próprios
trabalhadores forem submetidos;
IV. os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho.
d) permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos legais e
regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho; (Alteração dada pela Portaria n.º 03, de
07/02/88)
e) determinar procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente ou doença relacionada ao
trabalho. (Inserção dada pela Portaria n.º 84, de 04/03/09)

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NR - 1 DISPOSIÇÕES GERAIS
... (cont. item 1.7)

1.8 Cabe ao empregado:

a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança


e medicina do trabalho, inclusive as ordens de serviço
expedidas pelo empregador;
b) usar o EPI fornecido pelo empregador;
c) submeter-se aos exames médicos previstos nas Normas
Regulamentadoras-NR;
d) colaborar com a empresa na aplicação das Normas
Regulamentadoras-NR.

1.8.1 Constitui ato faltoso a recusa injustificada do empregado ao


cumprimento do disposto no item anterior.

1.9 O não cumprimento das disposições legais e regulamentares


sobre segurança e medicina do trabalho acarretarão ao
empregador a aplicação das penalidades previstas
na legislação pertinente.

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CONCEITO DO SITEMA DE
GESTÃO Portaria nº 3.214/78 DO MTE.

MEDICINA
CIPA SESMT DO TRABALHO

(Avaliações Qualitativas) (Avaliações Quantitativas e (Avaliações Quantitativas


Análise dos Ambientes) Análise do Indivíduo - ASO )

Mapa de
Riscos PPRA PCMSO

ATIVIDADES INSALUBRES
Se após a implantação das medidas de controle os Agentes de Riscos estiverem
acima dos Limites de Tolerância ou não eficazmente mitigadas com o uso do EPI é que
a área será considerada como insalubre.

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LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA
SEÇÃO XVI
Lei N. 8.213, de 24 de julho de 1991
Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da
empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do artigo 11
desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a
perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
§ 1°. A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais
de proteção e segurança da saúde do trabalhador.
§ 2°. Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as
normas de segurança e higiene do trabalho.
§ 3°. É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da
operação a executar e do produto a manipular.
§ 4°. O Ministério do Trabalho e da Previdência Social fiscalizará e os sindicatos e
entidades representativas de classe acompanharão o fiel cumprimento do disposto nos
parágrafos anteriores, conforme
Engo Carlos dispuser
Roberto Coutinho, o regulamento.
M.Sc

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SEÇÃO XVI
Lei N. 8.213, de 24 de julho de 1991

Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências Consultoria SMS

Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades
mórbidas:
I – doença profissional, assim entendida a produzida, ou desencadeada pelo exercício do trabalho
peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério de Trabalho e da
Previdência Social;
II – doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições
especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação
mencionada no inciso I.
§ 1°. Não são consideradas como doença do trabalho:
a) a doença degenerativa;
b) a inerente a grupo etário;
c) a que não produza incapacidade laborativa;
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo
comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.
§ 2°. Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista nos incisos I
e II deste artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona
diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho.
Engo Carlos Roberto Coutinho, M.Sc
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SEÇÃO XVI
Lei N. 8.213, de 24 de julho de 1991
Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social Consultoria SMS

Art. 22. A empresa deverá comunicar o acidente de trabalho à Previdência


Social até o 1° (primeiro) dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de
morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre
o limite mínimo e o limite máximo do salário-de-contribuição, sucessivamente
aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social.

Art. 23. Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional


ou do trabalho, a data do início da incapacidade laborativa para o exercício
da atividade habitual, ou o dia da segregação compulsória, ou o dia em que for
realizado o diagnóstico, valendo para este efeito o que ocorrer primeiro.

Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo
prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na
empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente
de percepção de auxílio-acidente.
Engo Carlos Roberto Coutinho, M.Sc
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APOSENTADORIA ESPECIAL
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a) § 4º do artigo 58, da Lei 8.213/91.

b) Lei no 9.732 de 11/12/98 (Financiamento da aposentadoria especial).

b) § 4º do artigo 68 do Decreto 3048/99, redação dada


pelo Decreto no 4.032 de 26/11/01.

c) IN/PRES/INSS nº 77, de 21/01/15. DOU 22/01/15.


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1. 2 - REVENDO Conceitos da Administração

Segurança: Uma prioridade nas organizações ou um valor?

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A ORIGEM:  PENSAMENTO ANTIGO DA SEGURANÇA 
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FALHAS ACIDENTE
HUMANAS

ATOS E
PERSONALIDADE CONDICÕES LESÃO
INSEGURAS

Engo Carlos Roberto Coutinho, M.Sc


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Os erros cometidos pelas pessoas são resultados de fatores


sobre os quais só a administração, suas lideranças, pode exercer
um controle.

Antigamente acreditávamos que os acidentes

tivessem somente duas únicas causas:

• Atos Inseguros

• Condições Inseguras

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Qual a estratégia a ser adotada pelas organizações?

• QUALIFICAÇÃO PESSOAL: ATITUDE E COMPORTAMENTO.

• AMBIENTE ORGANIZACIONAL DO TRABALHO.

• PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DO TRABALHO.

Engo Carlos Roberto Coutinho, M.Sc


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Porque ocorrem os acidentes?

Pessoas
Materiais

Processo

Ambiente de Trabalho Equipamentos

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Porquê ocorrem os acidentes?

 Pessoas;

 Equipamentos;

 Materiais (Processo);

 Ambiente de Trabalho.

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO
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PESSOAS – qualificação dos supervisores e operadores;


EQUIPAMENTOS.
os conhecimentos específicos;
as habilidades em decorrência do tempo de
MATERIAIS.
serviço; destreza; inteligência e motivação.

AMBIENTE DO TRABALHO:
O quê fazem?
equipamentos;
as ferramentas utilizadas;
Qual o processo de produção e de manutenção?
estado geral das máquinas;
manutenção realizada: corretiva e
Como Fazem?
preventiva.

Qual a complexidade das tarefas; o planejamento; avaliação


do nível de comprometimento e envolvimento?

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Pessoas – a administração, os trabalhadores, os contratados, 
os visitantes, os fornecedores, o público, enfim, o elemento humano, através de suas 
ações ou omissões, por exemplo: 
 deixar de usar o EPI; 
 improvisar ou dar jeitinhos para a realização da tarefa;
 usar ferramentas defeituosas ou improvisar; 
 dar ordem ou determinação de serviço de forma inconsistente ou incompleta; 
 faltar uma supervisão adequada.

Equipamentos – todas as ferramentas e máquinas com que as pessoas trabalham 
diretamente ou que se encontram ao seu redor, por exemplo:
 máquinas e equipamentos, 
 ferramentas manuais; 
 veículos, 
 EPIs – Equipamentos de Proteção Individual inadequados ou insuficientes;.
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Materiais – são as matérias primas, os produtos químicos e outras substâncias 
que as empresas usam e processam. 

Em muitas empresas, as lesões causadas pelo manuseio incorreto de materiais 
correspondem de 20 a 30% das lesões nas pessoas. 

Do mesmo modo, grande parte dos danos às instalações se deve aos produtos 
que são derramados indevidamente nos ralos e com isso acabam 
contaminando o solo e a água, e ainda podem causar incêndios e explosões.

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Ambiente de Trabalho – todos os aspectos ao redor de onde 
está sendo realizado o serviço ou tarefa, por exemplo:

 as instalações físicas; 
 a arrumação dos equipamentos e materiais;
 ordem e limpeza; 
 os agentes de riscos químicos, como vapores, gases, 
fumaça, poeira;
 os agentes de riscos físicos, como ruído, calor, frio.

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Consultoria SMS

As organizações devem entender, e aceitar, que raramente ou nunca o acidente tem somente
uma única causa.

Causas Básicas a origem das condições e práticas abaixo do padrão praticadas pelos trabalhadores.

“não envolvimento da alta administração”, que podemos classificar também como causa origem.

Engo Carlos Roberto Coutinho, M.Sc


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As principais razões para a “falta de controle administrativo” são:

1. As questões de segurança e saúde não são tratadas como um valor pela organização;
2. Os padrões de trabalho são inadequados;
3. Os procedimentos de trabalho são inadequados ou inexistentes;
4. O cumprimento dos procedimentos e padrões de trabalho são inadequados;
5. Ausência de uma Política de Conseqüência e Reconhecimento;

Os incidentes que deterioram nossos negócios são causados, não são produtos do acaso.

As causas que levam as perdas podem ser determinadas e controladas preventivamente.

Engo Carlos Roberto Coutinho, M.Sc


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A NATUREZA INTERATIVA DO PROCESSO ORGANIZACIONAL


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Inicialmente devemos uniformizar nossos conceitos sobre a natureza do processo organizacional


e as suas diferentes formas de interação considerando alguns termos usualmente utilizados:

Planejar - Os administradores usam lógica e métodos para pensar em objetivos e ações.


Costumeiramente o autor deste trabalho, usa a expressão “ não existe trabalho tão urgente ou
importante que não possa ser planejado e executado com segurança”.

Organizar Os administradores organizam e distribuem trabalho, autoridade e recursos para


alcançar com eficiência os objetivos da organização.

Liderar - Os administradores dirigem, influenciam e motivam os empregados a realizarem


tarefas essenciais.

Controlar - Os administradores certificam-se de que a organização está seguindo no rumo de


seus objetivos.

Devemos ter cuidado para não confundir controle com burocracia.

Engo Carlos Roberto Coutinho, M.Sc


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OS FATORES HUMANOS
Consultoria SMS

Fatores humanos se referem aos fatores ambientais, organizacionais e do trabalho, e as


características individuais e humanas as quais influenciam no comportamento no
trabalho de forma a poder afetar a segurança e a saúde.

Considerar os fatores humanos significa avaliar três aspectos principais:

o “trabalho”,

os “indivíduos” e

a “organização”,

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MODELO DE CAUSALIDADE
GERADORES DAS PERDAS Consultoria SMS
Custos Sociais;
Acidentes 
RH;
do
Judiciais e de
Trabalho
Imagem
FALTA DE
CONTROLE CAUSAS CAUSAS
ADMINISTRATIVO BASICAS INMEDIATAS
P
PROGRAMAS ATOS Falhas na
Re Trabalho; E
INADEQUADOS FATORES
PESSOAIS
E
Qualidade
Desgaste
Operacional. R
PADRÕES
INADEQUADOS E
CONDIÇÕES D
CUMPRIMENTO FATORES DE
ABAIXO DO A
INADEQUADO
DO
TRABALHO
PADRÃO
S
PROGRAMA Incidentes 
Desperdícios
Operacionais

Pré Contato Contato Pós Contato


45 Engo Carlos Roberto Coutinho, M.Sc
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CLASSES DE DESVIOS

 EPI;
 Posturas incorretas para o trabalho (ergonomia);
 Cumprimento incorreto da PT;
 Desvios dos procedimentos;
 Utilização inadequada de equipamentos portáteis;
 Improvisação de ferramentas;
 Aspectos de ordem e limpeza;

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Causas Administrativa  

Causa Básica 

Causa Imediata 

Energia 

Defesas vencidas

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ACIDENTES NÃO SÃO OBRAS DO ACASO.


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Tem causas que devem ser identificadas, analisadas e controladas. Os


problemas e eventos que produzem acidentes são raramente, ou nunca,
o resultado de uma única causa.

Dessa forma, é um grande erro assumir que um acidente teve somente


uma única causa.

O processo de entendimento das causas que levam ao acidente está


relacionado à identificação dos desvios e anomalias que ocorrem no
dia-a-dia de trabalho, quando devemos procurar estabelecer a relação
da

Organização x Fatores de Trabalho x Fatores Pessoais,

Engo Carlos Roberto Coutinho, M.Sc


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Consultoria SMS

O erro humano tem uma forte interferência do comportamento individual adotado


pelo trabalhador que muitas vezes poderia evitar o acidente.

Este é o principal ponto: MUDAR O COMPORTAMENTO!

Para se mudar o comportamento é importante o entendimento das causas que


levam ao evento indesejável.

A criação de um padrão de excelência operacional para o desenvolvimento do


trabalho de rotina na área operacional não ocorre de um dia para o outro, mas
sim através de um trabalho executado de forma diária e permanente.

Engo Carlos Roberto Coutinho, M.Sc


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Responsabilidades Administrativa

Responsabilidade Civil

Responsabilidade Criminal

Engo Carlos Roberto Coutinho, M.Sc


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RESPONSABILIDADES DA PESSOA FÍSICA ou JURÍDICA


DECORRENTE DE ACIDENTE DE TRABALHO
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DEFINIÇÕES LEGAIS

Responsabilidade    ‐ Obrigação de responder por certos
atos ou fatos; obrigação de saber responder. 

Responsabilidade Solidária ‐ Consiste na delegação de


serviços e ou tarefas, sem que isso implique
a desobrigação de atender conseqüências das
ações praticadas pelo subcontratado.

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RESPONSABILIDADES DA PESSOA FÍSICA ou JURÍDICA


DECORRENTE DE ACIDENTE DE TRABALHO
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Responsabilidade na delegação da tarefa.

Responsabilidade na execução da tarefa.

Responsabilidade na contratação de terceiros.

Responsabilidade objetiva. O reconhecimento do risco é o


fundamento da culpa.

Não há a necessidade de se provar a culpa.


Requisitos: 1º) Conduta - ação ou omissão;
2º) Dano – Lesão (relação nexo causal)
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RESPONSABILIDADES DA PESSOA FÍSICA ou JURÍDICA


DECORRENTE DE ACIDENTE DE TRABALHO
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DEFINIÇÕES LEGAIS

Culpa ‐ No   direito   penal  é   a  omissão  voluntária de diligência  ou  cuidado,  
falta  de demora no prevenir ou obstar  um  dano. Nada  mais do que a violação 
de  um dever pré‐existente em que o agente procede com ou com
imprudência, imperícia ou negligência.  

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RESPONSABILIDADES DA PESSOA FÍSICA ou JURÍDICA


DECORRENTE DE ACIDENTE DE TRABALHO
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DEFINIÇÕES LEGAIS

IMPRUDÊNCIA - É a atuação intempestiva e irrefletida.


Consiste em praticar uma ação sem as necessárias
precauções, isto é, agir com precipitação.

É uma das formas da culpa, sendo chamada de

CULPA EM AGENDO .

Exemplo : Transporte de passageiros em carroceria de caminhões.

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DEFINIÇÕES LEGAIS

IMPERÍCIA - É a falta de aptidão especial, habilidade ou

experiência ou de previsão no exercício de determinada função,

profissão, arte ou ofício.

Exemplo : Profissional não qualificado para exercer um atividade.

Engo Carlos Roberto Coutinho, M.Sc


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Engo Carlos Roberto Coutinho, M.Sc


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Consultoria SMS

DEFINIÇÕES LEGAIS

NEGLIGÊNCIA - É a omissão voluntária de cuidado, falta ou

demora no prevenir ou obstar um dano.

Exemplo : Não cumprimento de Normas de Segurança.

(deixar de realizar um bloqueio elétrico)

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Código Civil

TÍTULO III
Dos Atos Ilícitos

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou


imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Doloso - quando a ação ou omissão do ato ilícito é


praticada de forma voluntária e intencional.

Culposo - se a ação ou omissão do ato ilícito for involuntária,


mas o dano de fato ocorreu.
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DESVIOS 

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RISCO x PERIGO

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RISCO E PERIGO
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RISCO - é a combinação da probabilidade de ocorrência e das conseqüências


(severidade) de um determinado evento perigoso (OSHAS 18002).

RISCO TOLERÁVEL - é o risco que foi reduzido a um nível que pode ser suportado
pela organização, levando em conta suas obrigações legais e sua política de
segurança e Saúde Ocupacional.

PERIGO - é uma fonte ou uma situação com potencial para provocar danos em
termos de lesão, doença, prejuízos à propriedade, dano no meio ambiente ou uma
combinação destes (OHSAS 18002).

Engo Carlos Roberto Coutinho, M.Sc


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