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Anderson Alamino Ennes1*; Anderson Luiz Ignacio de Lima2& Henrique Rego Monteiro
da Hora3
RESUMO
ENNES, A.A.; LIMA, A.L.I.; HORA, H.R.M. Avaliação da insalubridade em uma empresa
metalúrgica de tubulação. Perspectivas Online: Exatas & Engenharia, v. 09, n. 25, p. 89 -
100, 2019.
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1
ABSTRACT
…..
1
Universidade Cândido Mendes – Avenida Anita Peçanha, 100, Parque São Caetano, Campos dos Goytacazes, RJ, CEP:
28030-335, Brasil;
2,3
Instituto Federal Fluminense - IFF – Rua Dr. Siqueira, 273, Parque Dom Bosco, Campos dos Goytacazes, RJ, CEP:
28030-130, Brasil.
(*)e-mail: anderson.ennes@hotmail.com
Data de recebimento:12/07/19 .Aceito para publicação: 15/08/19.
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1. INTRODUÇÃO
Após a CLT, outras leis, portarias e normas relacionadas ao assunto foram criadas.
Através da Lei n° 6.514 (BRASILb, 1977) e da Portaria n° 3.214 (BRASILc, 1978) foram
aprovadas as Normas Regulamentadoras (NR’s), regulamentando o Capítulo V da CLT e
consolidando todas as normas em apenas um documento legislativo. Na ocasião foram
criadas 37 NR’s, dentre elas a NR-15, que trata das Atividades e Operações Insalubres
(ARAÚJO, 2018).
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Diante do exposto, este estudo avaliou a insalubridade em postos de trabalho de
uma empresa metalúrgica de tubulação.
2. METODOLOGIA
Os dados foram coletados por uma empresa particular devidamente qualificada para
atuar em Higiene Ocupacional, utilizando de todos os conhecimentos de riscos ambientais
e aparatos tecnológicos para gerar medições quantitativas e identificar qualitativamente os
agentes presentes nos ambientes estudados. Foram selecionados os setores onde se
desenvolviam os principais processos de trabalho da empresa, sendo incluído o setor de
conformação e solda de tubos e o setor de reparo de tubos. No setor de reparo de tubos
haviam cinco trabalhadores e no setor de conformação e solda de tubos haviam quatro e
ambos os setores funcionavam em dois turnos (dia e noite).
Para a análise dos dados foram utilizadas a Norma Regulamentadora n°15 e seus
anexos (BRASILd, 1990) e a ACGIH (2013; 2016). Foi realizada também a conversão das
horas trabalhadas utilizando a fórmula BRIEF e ESCALA para os agentes com parâmetros
referenciados pela ACGIH, pois no Brasil a jornada de trabalho é de 8 horas diárias, sendo
44 horas semanais e nos EUA, país de origem da ACGIH, a jornada de trabalho é de 8
horais semanais, sendo 40 horas semanais (FUNDACENTRO, 2018).
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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Riscos Físicos GHE 1
Aceleração Nível de
LT
Equipamento eixo X eixo Y eixo Z média ação
(m/s²)
resultante (m/s²)
Lixadeira de corte 0,0943* 0,1897* 0,1498* 0,1835* 5,0 2,5
*Acelerômetro: Svantek SV 106 n° série 28519
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Riscos Químicos GHE 1
Análise
LT=10 mg/m²
gravimétrica
Contagem de
ACGIH=5,0
fibras
Avaliação:
poeira 1,13
metálica
Para este grupo, foi medida a exposição do trabalhador aos seguintes agentes: ferro,
níquel, manganês, cromo e tungstênio. A concentração encontrada foi de 0,08615 mg/m³
para o ferro; 0,0345 para o níquel; 0,0344 para o manganês; 0,00135 para o cromo e
0,00606 para o tungstênio. Os agentes ferro, níquel, cromo e tungstênio apresentaram
valores abaixo do limite de tolerância estabelecido pela ACGIH. E o agente manganês
apresentou valor abaixo do limite de tolerância preconizado pela NR 15 e seus anexos,
conforme a tabela 3.
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Tabela 3: Avaliação quantitativa do risco químico - fumos metálicos.
Umidade Vazão Tempo
Vel. Volume
relativa da Temperatura de
Equipamento do ar coletado
do ar bomba (°C) coleta
(m/s) (L)
(%) (l/min) (min)
Método: Cassete
duplo para 0,5 63 1,7 21,7/27,6 346 588,2
metais
LT Concentração
Fonte: solda
(mg/m²) encontrada
Ferro 1 0,08615
Níquel 5 0,0345
Manganês 5 0,0344
Cromo 0,5 0,00135
Tungstênio 5 0,00606
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Riscos Físicos GHE 2
Nível
Aceleração
LT de
Equipamento eixo X eixo Y eixo Z média
(m/s²) ação
resultante
(m/s²)
Lixadeira de corte 0,0943* 0,2897* 0,3098* 0,2627* 5,0 2,5
*Acelerômetro: Svantek SV 106 n° série 28519
Para este grupo, foi avaliada a exposição do trabalhador aos seguintes agentes:
ferro, níquel, manganês e cromo. A concentração encontrada no GHE 2 foi de 0,6 mg/m³
para o ferro; 0,0747 mg/m³ para o níquel; 0,0987 para o manganês e 0,1408 mg/m³ para o
cromo. Os agentes ferro, níquel e cromo apresentaram valores abaixo do limite de
tolerância estabelecido pela ACGIH. E o agente manganês apresentou valor abaixo do
limite de tolerância preconizado pela NR 15 e seus anexos, conforme a tabela 5.
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Tabela 5: Avaliação quantitativa do risco químico - poeiras metálicas.
Umidade Vazão Tempo
Vel. do Volume
relativa da Temperatura de
Equipamento ar coletado
do ar bomba (°C) coleta
(m/s) (L)
(%) (l/min) (min)
Método: Cassete
0,5 63 1,69 21,6/27,6 77 130,3
duplo para metais
4. CONCLUSÕES
Conclui-se que ambos os GHE estão expostos, em caráter habitual e permanente, ao
agente físico ruído e vibração. Entretanto, as avaliações apresentaram-se abaixo dos limites
de tolerância e por apresentarem níveis de ação acima do preconizado, utilizam EPI’s para
prevenção e proteção.
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perceber o valor de insalubridade provenientes desses riscos. Vale ressaltar que neste
estudo não foram realizadas as avaliações de radiação não ionizante e calor-stress térmico.
5. REFERÊNCIAS
ARAÚJO, G.M. Normas Regulamentadoras Comentadas. Editora GVC, 12ª ed. São
Paulo, 2013.
BSI. British Standards Institution, British Standards 6841. Measurement and evaluation
of human exposure to whole-body mechanical vibration and repeated shock. 1987.
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DIRETIVA. Diretiva 2002/44/ CE do Parlamento Europeu e do Conselho. Jornal
Oficial das Comunidades Europeias, Lisboa, n. 177, p. 13-19, jun. 2002. Disponível em:
<https://eur-lex.europa.eu> Acesso em: 07 julho de 2019.
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