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Código Das Execuções Tributárias - Lei Nº 49 - 2013
Código Das Execuções Tributárias - Lei Nº 49 - 2013
Artigo 3º
Artigo 4.º
Direito subsidiário
Entrada em vigor
Ao processo de execução tributária aplica-se, subsidiaria-
O presente Código das Execuções Tributárias entra mente, por esta ordem e com as adaptações necessárias, o
em vigor no dia 1 de Julho de 2014. Código de Processo Tributário e as normas do processo civil.
Aprovada em 29 de Outubro de 2013. CAPÍTULO II
O Presidente da Assembleia Nacional, Basílio Mosso Competência
Ramos.
Artigo 4º
Promulgada em 13 de Dezembro de 2013. Competência da administração tributária
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1. Podem ser executados no processo de execução tri- 1. Não tendo havido partilhas e não estando a correr
butária os devedores originários, seus sucessores, subs- inventário, qualquer dos herdeiros é citado para pagar
titutos, bem como os garantes que se tenham obrigado toda a dívida.
como principais pagadores, até ao limite da garantia
prestada e outros responsáveis, nos termos previstos 2. Não tendo havido partilhas e estando pendente
neste Código, no Código Geral Tributário e na demais inventário, o cabeça de casal é citado para pagar toda
legislação aplicável. a dívida.
2. O chamamento à execução dos responsáveis subsi- 3. O não pagamento da dívida nos termos dos números
diários depende da verificação de qualquer das seguintes 1 e 2 dá origem a penhora de quaisquer bens da herança,
circunstâncias: a qual está a eles limitada.
Artigo 11º
a) Inexistência de bens penhoráveis do devedor e
seus sucessores; Falta ou insuficiência de bens do devedor
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Sempre que se verifique que o executado foi declarado 1. Os funcionários que intervierem no processo ficam
em estado de falência ou insolvência, o órgão da execução subsidiariamente responsáveis pela importância das
ordena que a citação se faça na pessoa do administrador dívidas que não puderam ser cobradas, por qualquer dos
da falência ou insolvência. seguintes actos dolosamente praticados:
Reversão contra antigos possuidores ou proprietários 1. O não pagamento dos impostos ou dívidas tributárias
nos prazos para o cumprimento voluntário determina a
Quando, nos impostos sobre a propriedade mobiliária extracção da certidão da dívida para a cobrança coerciva,
ou imobiliária, se verifique que a dívida liquidada em no prazo máximo de dez dias, e, após essa extracção, a
nome do actual possuidor, fruidor ou proprietário dos sua imediata autuação
bens respeita a um período anterior ao início dessa
posse, fruição ou propriedade, a execução reverte, nos 2. O executado deve ser citado no prazo limite de oito
termos da lei, contra o antigo possuidor, fruidor ou dias após a extracção da certidão da dívida, se a citação
proprietário. puder ser feita por correio, ou no prazo de um mês, se a
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repartição de finanças competente para a execução tri- 2. O pedido de dação em cumprimento poderá, no
butária, tiver de averiguar o endereço do sujeito passivo entanto, ser cumulado com o do pagamento em presta-
a citar. ções, ficando este suspenso até aquele ser decidido pelo
ministro ou órgão executivo competente.
3. O início e tramitação do processo de execução só se
suspende nos casos previstos neste código, no Código 3. Se os bens oferecidos em dação não forem suficientes
Geral Tributário e no Código de Processo Judicial Tri- para o pagamento da dívida exequenda, pode o excedente
butário. beneficiar do pagamento em prestações nos termos e
4. A não observância do disposto no número 3 determi- condições previstos no Código Geral Tributário.
na a responsabilidade prevista no artigo 16º. 4. Caso se vençam as prestações ou logo que notificado
Artigo 19º o indeferimento do pedido do pagamento em prestações
Requisitos dos títulos executivos
ou da dação em pagamento, prossegue de imediato o
processo de execução.
1. O título executivo deve conter os seguintes requi-
Artigo 22º
sitos:
Formalidades das citações
a) Menção da entidade emitente ou promotora da
execução e respectiva assinatura, que pode 1. A citação deve conter os elementos previstos nas
ser efectuada por chancela ou através de as- alíneas a), c) e d) do número 1 e no número 2 do artigo 19º
sinatura electrónica quando regulamentada; do presente Código ou, em alternativa, ser acompanhada
b) Data em que foi emitido; de cópia do título executivo.
partir da qual são devidos juros de mora e a importância b) Informação sobre a possibilidade de pagamento
sobre que incidem, devendo, na sua falta, esta indicação a prestações e de dação em pagamento, seus
ser solicitada à entidade competente. pressupostos, modos e prazos para os solici-
Artigo 20º tar; e
Requisitos dos títulos executivos em caso
de pluralidade de devedores
c) Indicação de que a suspensão da execução e a re-
gularização da situação tributária dependem
No caso de existirem vários devedores, o título execu- da efectiva existência de garantia idónea,
tivo deve conter: cujo valor deve constar da citação ou, em al-
ternativa, da obtenção da sua dispensa.
a) Nome ou denominação completa, número de
identificação fiscal e domicílio fiscal de cada 3. Quando a citação for por mandado, entregar-se-á ao
devedor; executado uma nota nos termos do número anterior, de
b) Natureza, proveniência da dívida e indicação, tudo se lavrando certidão, que será assinada pelo citando
por extenso, do montante total da mesma no e pelo funcionário encarregado da diligência.
caso de dívida solidária, ou o montante que 4. Quando, por qualquer motivo, a pessoa citada não
cabe a cada devedor, em caso de dívida não assinar ou a citação não puder realizar-se, intervirão
solidária; duas testemunhas, que assinarão se souberem e pude-
c) Indicação do período a que a dívida corresponde; rem fazê-lo.
d) Os restantes elementos enunciados nas alíneas 5. A citação poderá ser feita na pessoa do legal repre-
a) e b) do número 1 e no número 2 do artigo sentante do executado, nos termos do Código de Processo
anterior. Civil.
SECÇÃO II Artigo 23º
Citação
Citação pessoal e edital
Artigo 21º
1. Sem prejuízo dos regimes especiais estabeleci-
Função e efeitos das citações
dos neste Código, as citações pessoais são feitas nos
1. A citação comunica ao devedor a instauração do casos e termos do Código de Processo Civil, podendo
processo de execução tributária, o prazo para oposição a citação por correio ser efectuada através de carta
à execução, a informação de que pode requerer a dação registada com aviso de recepção enviada a qualquer
em cumprimento e o pagamento em prestações até à tipo de executado ou pessoa a chamar ao processo de
marcação da venda. execução tributária.
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7. Quando, por qualquer motivo, a pessoa citada não Se o respectivo representante tiver sido citado, a nuli-
assinar a citação, aplica-se o disposto no número 2 deste dade por falta de citação do inabilitado por prodigalidade
artigo.
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d) Caso julgado que declare a anulação ou nulidade Local da apresentação da petição da oposição à execução
da liquidação ou inexistência da dívida;
1. A petição inicial é apresentada no órgão da execução.
e) Ilegitimidade da pessoa citada por esta não ser o
próprio devedor que figura no título ou o seu 2. A petição inicial pode ainda ser entregue no Tribu-
sucessor ou, sendo o que nele figura, não ter nal Fiscal Aduaneiro dando conhecimento ao órgão da
sido, durante o período a que respeita a dí- execução.
vida exequenda, o possuidor dos bens que a
3. Se tiver sido expedida carta precatória, a oposição
originaram, ou por não figurar no título e não
pode ser deduzida no órgão da execução deprecado,
ser responsável pelo pagamento da dívida;
devolvendo-se a carta, depois de contada, para segui-
f) Falta, nulidade ou ineficacia da notificação da li- mento da oposição.
quidação do tributo no prazo de caducidade; Artigo 33º
g) Pedido de pagamento em prestações nos termos Autuação da petição e remessa para o Tribunal
do Código Geral Tributário;
1. No caso de a petição ser entregue no orgão da exe-
h) Dação em cumprimento nos termos do Código cução, será autuada e o processo remetido, no prazo de
Geral Tributário; vinte dias, ao Tribunal Fiscal e Aduaneiro competente
i) Nulidade insanável nos termos do número 1 do com as informações que considerar relevantes.
artigo 26º;
2. No referido prazo quer se trate de petição en-
j) Falsidade do título executivo, quando possa in- tregue no orgão de execução ou a ele remetida para
fluir nos termos da execução; conhecimento, salvo quando a lei atribua expressa-
mente essa competência a outra entidade, o órgão
k) Duplicação de colecta. da execução competente pode pronunciar-se sobre
o mérito da oposição e revogar o acto que lhe tenha
2. Se a oposição não afectar a totalidade da dívida tribu-
dado fundamento.
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b) Da data em que tiver ocorrido um facto superve- Recebida a oposição, é notificado o representante da
niente que seja fundamento da oposição ou do Fazenda Pública para contestar no prazo de vinte dias,
seu conhecimento pelo executado. o qual pode ser prorrogado por trinta dias quando seja
necessário obter informações ou aguardar resposta a
2. Para efeitos do disposto na alínea b) do número 1,
consulta feita a instância superior.
considera-se superveniente o facto que tiver ocorrido
posteriormente aos eventos previstos na alínea a), ou que Artigo 36º
só seja notificado ao executado depois da ocorrência dos
Tramitação
mesmos e até ao momento da venda dos bens ou direitos.
3. Havendo vários executados, os prazos correm inde- Cumprido o disposto no artigo anterior, a oposição se-
pendentemente para cada um deles. gue o regime da impugnação judicial a seguir ao despacho
liminar, admitindo-se os meios gerais de prova.
Artigo 31º
Artigo 37º
Requisitos
Suspensão da execução
Com a petição em que deduza a oposição, que deve ser
elaborada em triplicado, o executado oferece todos os do- A oposição suspende a execução, nos termos do pre-
cumentos, arrola testemunhas e requer as demais provas. sente Código.
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Transitada em julgado a sentença que decidir a opo- 4. A efectivação do pagamento em prestação legalmente
sição e pagas as custas, se forem devidas, é o processo autorizado fica dependente da prestação de garantia ou
devolvido ao órgão da execução competente para ser da sua dispensa, nos termos previstos no presente Código
apensado ao processo de execução. e no Código Geral Tributário.
Artigo 42º
CAPÍTULO IV
Suspensão da execução em caso de embargos de terceiros
Suspensão do Processo e Garantias
A execução do bem ou direito em causa pode ser sus-
SECÇÃO I
pensa em caso de embargos de terceiros, nos termos das
Suspensão do processo disposições do título VI, desde que sejam adoptadas as
medidas cautelares aí previstas.
Artigo 39º
Artigo 43º
Causas de suspensão
Suspensão da execução nos serviços deprecados
São causas de suspensão da execução tributária, nos
termos e condições previstos neste Código, no Código A suspensão da execução pode decretar-se no órgão
Geral Tributário e no Código de Processo Tributário: da execução deprecado, se este dispuser dos elementos
necessários e aí puder ser efectuada a penhora.
a) O pedido de pagamento em prestações;
Artigo 44º
b) O pedido de dação em cumprimento; Impossibilidade de deserção
c) A reclamação, o recurso hierárquico, o recurso ou A suspensão do processo de execução nunca tem como
a impugnação judiciais; efeito a deserção.
d) A oposição à execução; Artigo 45º
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Garantias SUBSECÇÃO II
Garantias especiais
1. Verificando-se uma ou mais causas de suspensão
referidas no artigo 39º e caso não se encontre já cons- Artigo 50º
tituída, deve o executado oferecer garantia idónea, a Constituição de hipoteca legal ou penhor
qual consiste em aval solidário da instituição de crédito
ou outra legalmente autorizada a prestá-lo, em caução, 1. O órgão da execução pode ainda constituir penhor ou
em certificado de seguro de caução por instituição de hipoteca legal quando o risco financeiro envolvido o torne
seguros legalmente autorizada ou qualquer outro meio recomendável para assegurar o pagamento da totalidade
susceptível de assegurar os créditos do exequente, nos da dívida, promovendo na conservatória competente o
termos da lei civil . registo da hipoteca legal.
2. Se o executado considerar existirem os pressupostos 2. O penhor é constituído por auto lavrado pelo fun-
da dispensa de garantia, referidos no Código Geral Tri- cionário competente na presença do executado ou, na
butário, deve invocá-los e prová-los na petição. ausência deste, perante funcionário com poderes de
autoridade pública, notificando-se, nesse caso, o devedor
3. Vale como garantia para os efeitos do número an- nos termos previstos para a citação.
terior a penhora já feita sobre os bens necessários para
assegurar o pagamento da dívida exequenda e acrescido 3. Ao registo da hipoteca legal serve de base o acto
ou a efectuar em bens nomeados para o efeito pelo exe- constitutivo respectivo.
cutado no prazo referido no número 5.
4. Para efeitos do número anterior, os funcionários
4. A garantia é prestada pelo valor da dívida e juros competentes da administração tributária gozam de
de mora, a contar até à data do pedido, acrescido de 5% prioridade no atendimento na conservatória, em termos
idênticos ao concedido aos advogados e solicitadores.
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2. A verificação da caducidade cabe ao órgão com 2. Quando para as execuções sejam competentes dife-
competência para decidir a reclamação, o recurso ou a rentes entidades, a apensação tem lugar se houver acordo
impugnação oficiosamente, podendo também o interes- entre os orgãos executivos singulares competentes das
sado requerer a sua declaração, caso em que a decisão mesmas.
deve ser proferida no prazo de trinta dias, sob pena de 3. A apensação deve ser feita ao processo de execução
deferimento tácito. que, dentro da mesma fase, se encontre mais adiantado.
3. Em caso de deferimento expresso ou tácito, o órgão 4. A apensação não se faz quando possa comprometer
da execução fiscal deverá promover, no prazo de cinco a eficácia da execução.
dias, o cancelamento da garantia.
5. A aplicação do disposto neste artigo é objecto de
Artigo 53º regulamentação.
Desapensação de execuções
1. O devedor que, para suspender a execução, preste
garantia idónea, é indemnizado total ou parcialmente Procede-se à desapensação sempre que, em relação a
pelos prejuízos resultantes da sua prestação, caso qualquer das execuções apensadas, se verifiquem circuns-
vença a reclamação, o recurso, a impugnação ou a tâncias de que possa resultar prejuízo para o andamento
das restantes.
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Artigo 54º
4. Os processos de execução tributária avocados são
devolvidos no prazo de dez dias, quando finde o processo
Coligação de exequentes de falência ou de insolvência.
1. A administração tributária pode coligar-se, em pro- 5. Se o falido ou insolvente vier a adquirir bens em
cesso de execução, com as autarquias locais. qualquer altura, o processo de execução tributária prosse-
gue para cobrança do que se mostre em dívida à Fazenda
2. A coligação é decidida por acordo entre o ministro das Pública, sem prejuízo da prescrição.
Finanças e o órgão executivo singular da autarquia local.
6. O disposto neste artigo não se aplica aos créditos
3. O processo de execução tributária é instaurado e vencidos após a declaração de falência ou insolvência, que
instruído pelo maior credor. seguem os termos normais até à extinção da execução.
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Medidas coactivas
2. O mandado para a penhora é cumprido no prazo de
dez dias, podendo outro mais curto ser designado pelo
O órgão da execução competente pode executar as órgão da execução.
seguintes medidas coactivas:
3. Efectuada a penhora de bens ou direitos, a diligência
a) Arresto de bens; é notificada ao devedor ou devedores e aos co-titulares
b) Arrolamento de bens; dos bens comuns ou dos bens próprios do outro cônjuge
que só possam ser alienados ou onerados com o consen-
c) Penhora de bens. timento do outro.
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h) Numerário em caixa ou em contas abertas à or- 5. Uma vez realizada a penhora dos bens e direitos, é
dem em instituições de crédito; notificado o executado, e, se for caso disso, o depositário
dos bens, se a penhora não tiver ocorrido na presença
i) Vencimentos, salários e pensões; deles, bem como o cônjuge do devedor, quando os bens
sejam comuns ou proprios deste mas só alienáveis com o
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j) Créditos, activos, valores e direitos realizáveis a consentimento daquele ou quando se trate de habitação
longo prazo; permanente, e eventuais co-titulares.
k) Estabelecimentos comerciais e industriais. Artigo 74º
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4. Se da informação prestada pela instituição, pessoa 2. A notificação da penhora de créditos a que se refere o
ou entidade se deduzir que os valores ou outros bens ou número anterior faz-se de acordo com as seguintes regras:
direitos existentes são de diferentes tipos ou que o seu
valor excede o necessário para pagar a dívida exequenda, a) No caso da penhora de créditos, títulos ou ou-
o órgão da execução competente só penhora os bens ou tros activos sem garantia, notifica-se a enti-
direitos necessários para o pagamento da dívida. dade devedora do crédito das diligências da
penhora, informando-a de que a partir da no-
5. Quando os bens ou direitos se encontrem depositados tificação, o pagamento ao executado não tem
em contas em nome de vários titulares, só se penhora a carácter liberatório;
parte correspondente ao devedor.
b) No caso da penhora de créditos, títulos ou outros
6. Para efeitos do número 5, o saldo presume-se dividi- activos com garantia, notifica-se também o
do em partes iguais, a não ser que se prove uma divisão garante dos mesmos ou o possuidor do bem ou
diferente. direito oferecido em garantia, se for caso dis-
so, podendo a administração tributária exigir
7. Verificando-se novas entradas, a depositária co-
que o bem ou direito seja depositado até ao
municá-las-á ao órgão da execução tributária, para que
vencimento do crédito.
este, imediatamente, ordene a penhora ou informe não
se mostrar necessária tal medida. 3. No caso da alínea b) do número anterior 2, vencido
8. Quando, por culpa da depositária, não for possível o crédito, se a dívida não for paga, a administração tri-
cobrar a dívida exequenda e o acrescido, incorrerá ela butária promove a execução da garantia, que se realiza
em responsabilidade subsidiária. segundo o procedimento do artigo 49º.
9. A notificação da penhora faz-se nos termos do Código 4. A penhora de créditos é feita por carta registada com
Geral Tributário. aviso de recepção ou por meio de auto, e com observância
das seguintes regras:
Artigo 76º
a) Do auto deve constar se o executado reconhece a
Penhora de títulos de crédito emitidos
por entidades públicas obrigação, a data em que se vence, as garan-
tias que a acompanham e quaisquer outras
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Quando haja de penhorar-se um título de crédito emi- circunstâncias que possam interessar à exe-
tido por entidade pública, observa-se o seguinte: cução;
a) Dá-se conhecimento aos serviços competentes b) O executado, se reconhecer a obrigação imedia-
de que não devem autorizar nem efectuar o ta de pagar ou não houver prazo para o pa-
pagamento; gamento, deposita o crédito em operações de
tesouraria, à ordem do Tesouro, no prazo de
b) No acto da penhora apreende-se o título;
trinta dias a contar da penhora, e, se o não
c) Não sendo possível a apreensão, o órgão da exe- fizer, será executado pela importância respec-
cução competente para a execução tributária tiva, no próprio processo;
providencia no sentido de os serviços compe-
tentes lhe remeterem segunda via do título e c) Se reconhecer a obrigação de pagar, mas tiver a
considerarem nulo o seu original; seu favor prazo de pagamento, aguardar-se-
á o seu termo, observando-se seguidamente o
d) Em seguida, o órgão da execução competente disposto na alínea anterior;
para a execução tributária promove a co-
brança do título, fazendo entrar o produto em d) Se negar a obrigação, no todo ou em parte, será
conta da dívida exequenda e do acrescido, e, o crédito considerado litigioso, na parte não
havendo sobras, depositam-se em operações reconhecida, e, como tal, será posto à venda
de tesouraria, para serem entregues ao exe- por três quartas partes do seu valor.
cutado.
5. No caso de litigiosidade do crédito penhorado, pode
Artigo 77º também a Fazenda Pública promover a acção declarató-
ria, suspendendo-se entretanto a execução se o executado
Penhora de créditos realizáveis imediatamente ou a curto
prazo não possuir outros bens penhoráveis.
Artigo 78º
1. A penhora de créditos, títulos ou outros activos
realizáveis imediatamente ou a curto prazo, deposita- Penhora de vencimentos, salários e pensões
dos em instituição de crédito ou quaisquer entidades
depositárias, faz-se mediante carta registada com aviso 1. A penhora de vencimentos, salários e de quaisquer
de recepção ou a apresentação de mandado de penhora remunerações consideradas rendimentos de trabalho
à entidade e pode estender-se, sem necessidade de iden- dependente para efeitos do imposto sobre o rendimento,
tificação prévia, aos demais bens e direitos do devedor e ainda de pensões, consideradas como tal para efeitos do
depositados nessas entidades, sejam ou não conhecidos mesmo imposto, segue os termos do Código de Processo
pela administração tributária. Civil, e obedece às seguintes regras:
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a) A entidade pagadora é notificada por carta regis- ção exacta dentro do município, a área, cober-
tada com aviso de recepção ou por auto, ainda ta e livre, a situação jurídica, a confrontação,
que aquela tenha a sede fora da área da re- a identificação matricial, registal e cadastral,
partição competente para a execução; e a denominação, se existirem;
b) A entidade notificada nos termos da alínea ante- d) Se se tratar de prédios urbanos, a localidade,
rior, fica obrigada a reter os montantes apu- rua e número ou localização exacta dentro do
rados e indicados pela administração tributá- município, a área, coberta e livre, a situação
ria, à medida que os pagamentos forem feitos, jurídica, as confrontações, a identificação ma-
e a depositá-los na entidade indicada pela tricial, registal e cadastral, e a denominação,
referida administração, à ordem do Tesouro, se existirem, a área e o número de andares;
para a execução tributária, até ao limite do
montante da dívida exequenda e acrescido à e) Direitos do exequente sobre os imóveis;
data da penhora; f) Montante total da dívida e identificação dos bens
c) A entidade que efectuar o depósito envia um du- e dos direitos sobre que recai a penhora, com
plicado da respectiva guia para ser junto ao a advertência de que a penhora se pode alar-
processo. gar a direitos que possam vencer-se até que
se cubra a totalidade da dívida e custas.
2. A penhora das prestações das remunerações a que
se refere o número 1 deve observar o estabelecido nos 2. Na penhora de imóveis observar-se-á ainda o se-
termos do Código de Processo Civil e nunca pode privar o guinte:
seu titular do equivalente ao salário mínimo nacional ou a) Os bens penhorados são entregues a um deposi-
do indice A do quadro comum da Administração Pública, tário escolhido pelo funcionário competente,
na ausência daquele. segundo os critérios do artigo 91.º;
3. Se o beneficiário tiver direito a mais do que uma b) O auto é assinado pelo depositário ou por duas
prestação das remunerações a que se refere o número testemunhas, quando este não souber ou não
1, soma-se o montante de todas as prestações a que tem puder assinar, sendo-lhe entregue uma rela-
direito, e divide-se o total pelo número de retenções, de ção dos bens penhorados, se a pedir;
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b) Se o imóvel não estiver arrendado à data da pe- a) A vedação do local até à venda dos bens penho-
nhora ou se o arrendamento findar entretan- rados;
to, o mesmo imóvel ou a parte dele que ficar
devoluta, deve ser arrendado no processo, b) A nomeação de um fiscalizador dos actos de gestão,
pela melhor oferta e por prazo não superior a aplicando-se o disposto no artigo número 7 do
um ano, renovável até ao pagamento da exe- artigo 80º.
cução; Artigo 83º
c) Se um imóvel impenhorável estiver ocupado gra- Penhora de partes sociais ou de quotas em sociedade
tuitamente, é-lhe atribuído, para efeitos de
penhora, uma renda mensal correspondente a 1. A penhora de parte social ou de quota em sociedade
1/240 (um duzentos e quarenta avos) ou 1/180 é feita mediante auto em que se especifica o objecto da
(um cento e oitenta avos) do seu valor patri- penhora e o valor resultante do último balanço, nome-
monial, conforme se trate, respectivamente, ando-se depositário um dos administradores, directores
de prédio rústico ou prédio urbano; ou gerentes.
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2. O órgão da execução competente designa um ava- 2. Quando a penhora recair sobre o veículo auto-
liador oficial ou perito na matéria para atribuição do móvel licenciado para o exercício da indústria de
valor aos bens penhorados, de harmonia com o previsto transporte de aluguer, será também apreendida a
no artigo 90º, devendo utilizar-se a máxima diligência e respectiva licença, desde que a sua transmissão seja
precaução na identificação dos bens referidos no número permitida por lei especial, caducando aquela com a
1, de modo a impedir a sua substituição ou desapare- venda dos veículos.
cimento, podendo ser vedado o acesso aos mesmos ou
utilizada outra forma adequada ao caso. 3. Verificando-se a situação do número 2, o órgão da
execução comunica a venda às autoridades competentes
Artigo 85º para efeito de eventual concessão de nova licença.
Penhora dos restantes bens móveis
Artigo 87º
Na penhora dos restantes bens movéis, não previstos Penhora de créditos, activos, valores e direitos
nos artigos anteriores, observa-se o seguinte: realizáveis a longo prazo
a) A penhora inicia-se através de mandado de pe- Na penhora de créditos, activos, valores e direitos
nhora a apresentar pelo órgão da execução realizáveis a longo prazo segue-se o regime da penhora
competente para a execução tributária, no de créditos, activos, valores e direitos realizáveis imedia-
domicílio do executado ou, se os bens aí não tamente ou a curto prazo.
se encontrarem, no local onde se encontrem:
Artigo 88º
b) Os bens são apreendidos, identificados e entre-
Penhora do direito a bens indivisos
gues a um depositário, de abonação corres-
pondente ao valor provável dos bens, salvo se Da penhora que tiver por objecto o direito a uma parte
puderem ser removidos, sem inconveniente, de bens, lavrar-se-á auto, no qual se indicará a quota do
para a repartição ou para qualquer dos depó- executado, se identificarão os bens, se forem determi-
sitos a que se refere o número 2 do artigo 91º; nados, e os condóminos, observando-se ainda as regras
c) Se não se conseguir depositar os bens nem remo- seguintes:
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1. A avaliação dos bens é feita por uma entidade es- 1. O depositário tem direito a retribuição pela prestação
pecializada com reconhecida idoneidade, segundo o seu
de serviços e pelo reembolso das despesas suportadas
valor de mercado.
com o depósito, se estes não estiverem incluídos na
2. A fixação do valor de mercado pode ser efectuada por mencionada retribuição, a não ser que se trate do próprio
outros serviços técnicos da Administração Pública ou por executado.
serviços externos especializados e nunca pode ser inferior
ao valor patrimonial apurado nos termos do Código dos 2. O depositário tem os seguintes deveres:
Imposto Único sobre o Património.
a) A custódia dos bens penhorados e a obrigação de
3. A administração tributária pode manter um ficheiro conservá-los e de devolvê-los quando lhe seja
actualizado de peritos em avaliação dos diferentes tipos solicitado;
de bens e direitos susceptíveis de penhora.
b) Se, nas penhoras de estabelecimentos comerciais
SECÇÃO III
ou industriais e de juros, rendas e frutos de
Depósito de bens e direitos penhorados toda a espécie, se tiver nomeado um depositá-
Artigo 91º
rio ou um administrador, ele acumulará com
as funções referidas no número 1, a função de
Depósito de bens e direitos penhorados gestão dos bens e negócios, e fará ingressar
1. Os bens ou direitos que se encontrem em institui- no tesouro os montantes resultantes dessa
ções de crédito ou outras que, segundo avaliação dos gestão;
órgãos de execução tributária competentes, ofereçam
c) A prestação de contas que lhe sejam pedidas pe-
garantias de segurança e solvabilidade, são aí depo-
sitados e ficam à disposição dos órgãos de execução los órgãos de execução tributária, e o cumpri-
tributária. mento de medidas que sejam acordadas por
1 780000 001447
c) Em recintos ou locais de empresas dedicadas ha- b) O depositário pode ser oficiosamente removido
bitualmente ao depósito de bens; pelo órgão da execução tributária;
d) Não se conseguindo aplicar nenhuma das solu- c) Na prestação de contas o órgão da execução tri-
ções das alíneas anteriores, em recintos ou butária nomeia um perito, se for necessário, e
locais de pessoas ou entidades distintas do decide segundo o seu prudente arbítrio.
executado, que ofereçam garantias de segu-
rança e solvência; Artigo 93º
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Reclamação de créditos
a administração tributária deve comunicar ao órgão da
1. Podem reclamar os seus créditos os credores que
Administração que procede à expropriação, a penhora da
gozem de garantia real sobre os bens penhorados, no
indemnização a efectuar ao administrado.
prazo de quinze dias após a citação nos termos do artigo
anterior. 7. Para efeitos de continuação da penhora em outros
bens, parte-se do preço do montante expropriado, e se
2. O crédito do exequente não precisa de ser reclamado. não existir acordo quanto à avaliação do bem, parte-se
3. O disposto no artigo anterior não obsta a que o credor do preço oferecido pela Administração expropriante.
com garantia real reclame espontaneamente o seu crédito Artigo 98º
na execução, até à transmissão dos bens penhorados. Concorrência de processos de execução
Artigo 96º
Quando concorra com outros processos de execução,
Citação edital dos credores desconhecidos e sucessores o processo de execução tributária tem preferência se a
não habilitados penhora dos bens efectuada no âmbito deste processo for
a mais antiga.
1. Para a citação dos credores desconhecidos e suces-
sores não habilitados dos preferentes, afixa-se um edital Artigo 99º
no órgão competente para a execução tributária. Verificação e graduação de créditos
2. Os anúncios são publicados em dois números segui- 1. A venda dos bens fica suspensa até à verificação e
dos de um dos jornais mais lidos no local da execução ou graduação dos créditos , sem prejuízo do andamento da
no da sede ou da localização dos bens. execução tributária até ao momento dessa venda.
3. Se a quantia penhorada for inferior a 1.000.000$00 2. Tratando-se de bens sujeitos a deterioração ou
(um milhão de escudos) publica-se um único anúncio depreciação, a aplicação do produto da venda dos bens
e, se for inferior a vinte vezes esse valor, não haverá fica suspensa até a verificação e graduação dos créditos.
anúncio algum. SECÇÃO II
Artigo 97º Citação dos chefes das repartições de finanças para reclama-
ção de créditos tributários
Concorrência de credores
Artigo 100º
1. A administração tributária pode subrogar-se nos
Regras gerais
direitos dos credores com quem concorra e que tenham
constituído e registado garantia real, mediante o paga- 1. Salvo nos casos expressamente previstos na lei, em
mento aos credores do montante dos seus créditos, nas processo de execução que não tenha natureza tributária
seguintes circunstâncias: são obrigatoriamente citados os chefes das repartições de
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1. Os bens e direitos penhorados poderão ser distribu- a) Designação do órgão por onde corre o processo;
ídos em lotes para venda, de acordo com a sua natureza b) Nome ou firma do executado;
análoga, segundo as suas características e utilidade ou
fim a que se destinam. c) Identificação sumária dos bens;
2. Também se podem formar lotes de bens e direitos, d) Local, prazo e horas em que os bens podem ser
que, embora não sendo de natureza análoga, se considere examinados;
conveniente para atrair mais propostas de licitadores. e) Valor base da venda;
3. Pode formar-se um único lote com os bens ou f) Designação e endereço do órgão a quem devem
direitos penhorados que estejam onerados com a ser entregues ou enviadas as propostas;
mesma hipoteca ou outro ónus ou encargo de natureza
g) Data e hora limites para recepção das propostas;
real, ou quando se trate de alienar direitos sobre um
mesmo bem cuja titularidade corresponda a vários h) Data, hora e local de abertura das propostas.
executados.
6. Os bens devem estar patentes no local indicado,
Artigo 103º pelo menos até ao dia e hora limites para recepção das
propostas, sendo o depositário obrigado a mostrá-los a
Ordem para venda
quem pretenda examiná-los, durante as horas fixadas
1. Avaliados os bens e direitos e formados os lotes, e nos meios de publicitação da venda.
após o termo do prazo de reclamação de créditos, procede- 7 . Os titulares do direito de preferência na alienação
se à sua venda. dos bens são notificados do dia e hora da entrega dos
bens ao proponente, para poderem exercer o seu direito
2. Tendo sido penhorados bens sem ser conhecida a
no acto da adjudicação.
morada do executado, a venda pode ocorrer logo após o
termo do prazo da oposição à execução e é comunicada 8. A publicitação através da Internet faz-se na página
por editais. do Ministério das Finanças.
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3. Estando presente só um dos proponentes do maior f) O adquirente, ainda que demonstre a sua quali-
preço, pode esse cobrir a proposta dos outros e, se ne- dade de credor, nunca é dispensado do depó-
nhum deles estiver presente ou nenhum quiser cobrir a sito do preço;
proposta dos outros, procede-se a sorteio para determinar g) O Estado, as autarquias locais, os institutos pú-
a proposta que deve prevalecer. blicos e as instituições de previdência social
não estão sujeitos à obrigação do depósito do
4. Não havendo propostas que satisfaçam os requisi-
preço, enquanto tal não for necessário para
tos no artigo 101º, o órgão da execução tributária pode
pagamento de credores mais graduados no
adquirir os bens para a Fazenda Pública, até ao valor da
processo de reclamação de créditos.
dívida exequenda e do acrescido, salvo se o valor real dos
bens for inferior ao total da dívida, caso em que esta não Artigo 110º
deve exceder um terço desse valor real. Entidades proibidas de adquirir os bens
5. No caso de se tratar de prédio ou outro bem que 1. Não podem ser adquirentes dos bens penhorados ou
esteja onerado com encargos mais privilegiados do que objecto de medidas cautelares a alienar todos aqueles que
as dívidas ao Estado, o órgão competente para a exe- intervenham na execução tributária, penhora, arresto dos
cução tributária solicita autorização para o adquirir ao bens ou outras medidas cautelares, nomeadamente os
dirigente máximo da administração tributária, quando juizes e representantes do Ministério Público, os funcio-
o montante daqueles encargos for inferior a dois terços nários do Tribunal Fiscal e Aduaneiro e os funcionários
do valor real do prédio. do Ministerio das Finanças, ou por entidade com quem
tenham relações especiais tal como são definidas nos
6. A imputação dos encargos é feita por operações de
códigos dos impostos sobre o rendimento.
tesouraria a saldar logo que se realize a revenda do prédio
ou bem onerado, salvo se por despacho ministerial for 2. A violação do disposto no número 1 implica a nuli-
resolvido satisfazê-los por outra forma. dade da venda.
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O direito de remição é reconhecido nos casos e termos 4. Os juros de mora são devidos relativamente à parte
previstos no Código de Processo Civil. que for paga até ao mês, inclusive, em que se tiver con-
cluído a venda dos bens ou, se a penhora for de dinheiro,
TÍTULO IV até ao mês em que esta se efectuou.
Extinção da Execução Artigo 117º
Extinção por Pagamento Coercivo O pagamento coercivo é sempre feito mediante guia
ou título de cobrança equivalente de modelo a aprovar,
Artigo 113º
passada pelo funcionário.
Levantamento da quantia necessária para o pagamento
CAPÍTULO II
Se a penhora for de dinheiro, o levantamento da quan-
tia necessária para o pagamento da dívida exequenda e do Extinção por Pagamento Voluntário
acrescido é feito por meio de cheque ou de transferência e por Anulação da Dívida
bancária solicitada pelo órgão da execução tributária Artigo 118º
competente à instituição de crédito ou entidade detentora Extinção da execução por pagamento voluntário
do depósito a favor do Tesouro.
1. A execução extingue-se no estado em que se encon-
Artigo 114º
trar, se o executado ou um sub-rogado pagar a dívida
Extinção da execução pelo pagamento coercivo exequenda e o acrescido, salvo o que, na parte aplicável,
se dispõe neste Código e no Código Geral Tributário sobre
Se, em virtude da penhora ou da venda, forem arreca-
a sub-rogação.
dadas importâncias suficientes para solver a execução, e
não houver lugar a verificação e graduação de créditos, a 2. Na execução tributária são admitidos sem excepção
execução será declarada extinta depois de feitos os paga- os meios de pagamento previstos na fase do pagamento
mentos e cumpridas as formalidades legais associadas. voluntário das obrigações tributárias.
Artigo 115º Artigo 119º
Cancelamento de registos Pagamentos parciais por conta
No despacho que declara a extinção da execução, Sem prejuízo do andamento do processo, pode efectuar-
também são ordenados o levantamento da penhora e o se qualquer pagamento por conta do débito, desde que a
cancelamento dos registos dos direitos reais que caducam, entrega não seja inferior a 10% da dívida, observando-
nos termos do Código Civil, se anteriormente não tiverem se, neste caso, o disposto nos termos do Código Geral
sido requeridos pelo adquirente dos bens. Tributário.
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Extinção da execução por anulação da dívida Quando houver dívida declarada em falhas, nos casos
do número 2 do artigo 128º, inscrever-se-á na matriz o
1. O órgão da execução onde correr o processo deve prédio cuja identificação se tornou possível.
declarar extinta a execução, oficiosamente, quando se
verifique a anulação da dívida exequenda. TÍTULO V
2. Quando a anulação tiver de efectivar-se por nota de Reclamação e Impugnação das Decisões
crédito, a extinção só se faz após a sua emissão. no Processo de Execução
Artigo 125º Artigo 130º
Extinta a execução por anulação da dívida, ordena-se A impugnação judicial dos actos ilegais, susceptíveis
o levantamento da penhora e o cancelamento do seu de afectar os direitos e interesses legítimos do executa-
registo, quando houver lugar a ele. do ou de terceiros, proferidos pelo órgão da execução e
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1. O órgão da execução, onde deram entrada os em- O ECA visa promover, proteger e restituir os direitos
bargos de terceiro, envia o processo ao Tribunal Fiscal e inerentes à criança e adolescente, garantindo-lhes o seu
Aduaneiro, no prazo de trinta dias, conjuntamente com desenvolvimento integral e a construção da sua plena au-
a documentação entregue pelo requerente e o processo tonomia pessoal e cidadã, de acordo com o estabelecido e
de penhora, com a posição da administração tributária, atribuído pela Constituição, pelos tratados internacionais
devidamente fundamentada. de que Cabo Verde é parte e pelas demais leis da República.
2. O Tribunal Fiscal e Aduaneiro, pode ordenar que se Artigo 4.º
complete o processo com os antecedentes, informações,
Conceito
documentos e dados que considere necessários.
3. A decisão do Tribunal Fiscal e Aduaneiro deve ser 1. Para efeitos do presente Estatuto entende-se por:
tomada e notificada ao terceiro e ao órgão da execução a) “Criança”, todo o indivíduo antes de completar
competente, no prazo de sessenta dias a contar da data os doze anos de idade;
de entrada do processo no tribunal.
b) “Adolescente”, todo o indivíduo a partir dos
4. Se a decisão for desfavorável ao terceiro, prossegue
doze anos e até que complete os dezoito anos
a penhora sobre os bens e direitos objecto de embargo.
de idade.
Artigo 139º
2. Em caso de dúvida sobre a idade, ela é resolvida, con-
Acções de defesa a favor da administração tributária
forme o caso, tendo em conta o superior interesse da criança
Se o órgão da execução competente, ao efectuar a penho- ou do adolescente, até que se prove a sua efectiva idade.
ra dos bens e direitos, verificar que estes foram penhorados Artigo 5.°
no âmbito de outro processo executivo, administrativo ou
judicial, deve informar imediatamente o dirigente máximo Igualdade de oportunidades e não discriminação
da administração tributária para que se adoptem as acções Todas as crianças e os adolescentes são iguais perante
necessárias em defesa dos direitos da mesma. as disposições do presente Estatuto, não podendo ser dis-
1 780000 001447
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