Você está na página 1de 6

Único: O artigo 2 do Decreto n.

° 39/99, de 2 3 de Junho, tributárias, independentemente da sua natureza e qualquer que


passa a ter a seguinte redacção: seja o credor tributário, bem c o m o às normas do código dos
«Artigo 2 benefícios fiscais.

1. Para o s efeitos constantes do C ó d i g o da Estrada, 2. Entende-se por prestação tributária, os impostos, as taxas
considera-se e m estado de embriaguez: e demais tributos fiscais ou parafiscais cuja cobrança caiba
à administração tributária.
a) O condutor que apresentar uma taxa de álcool
igual ou superior a 0 , 6 mg/l de s a n g u e ou 3. Salvo disposição em contrário, as disposições deste Re-
0 , 3 mg/l de ar expirado; gime são aplicáveis aos factos de natureza tributária puníveis
por legislação de carácter especial.
b) O condutor de transporte público que apresentar
ARTIGO 2
uma taxa de álcodl superior a 0,0 mg/l.
2 Conceito e espécies de infracções tributárias

3 » 1. Constitui infracção tributária, o acto, acção ou omissão


Aprovado pelo Conselho de Ministros do contribuinte, substituto, responsável ou representante tribu-
tário, contrário às leis tributárias,
Publique-se.
2. Para efeitos deste diploma as infracções tributárias são
O Primeiro-Ministro, Pascoal Manuel Mocumbi.
constituídas por crimes e contra-ordenações, transgressões ou
contravenções.
3. As transgressões são infracções tributárias formais divi-
Decreto n.° 46/2002 dindo-se em simples e graves, nos termos do presente regime.
de 26 de Dezembro 4. Se o mesmo facto constituir simultaneamente infracções
tributárias materiais e formais, o infractor será punido a título
A Lei n.° 15/2002, de 2 6 de Junho, Lei de Bases do Sistema
de crime, sem prejuízo da aplicação das sanções acessórias
Tributário, define as infracções tributárias e estabelecidas as
previstas para as infracções tributárias formais.
penas aplicáveis aos crimes fiscais.
ARTIGO 3
Assim, torna-se necessário aprovar o R e g i m e das Infracções
Tributárias relativo às transgressões às normas sobre impos- Direito subsidiário
tos, taxas e demais tributos fiscais e parafiscais. São aplicáveis subsidiariamente:
Nestes termos, o Conselho de Ministros, ao abrigo do dis- a) As normas do Código Penal, do Código de Processo
posto na alínea e) do n.° 1 do artigo 153 da Constituição da Penal e demais legislação complementar pertinente
República, conjugado c o m os artigos 3 dos Decretos n.os 20/ às infracções tributárias contidas neste diploma;
/ 2 0 0 2 e 2 1 / 2 0 0 2 , ambos de 30 de Julho, decreta: b) As disposições do Código Civil e legislação comple-
Artigo 1. É aprovado o Regime Geral de Infracções Tributá- mentar pertinente, relativamente à responsabilidade
rias, anexo ao presente decreto e que dele faz parte integrante. civil;
c) As normas previstas na legislação criminal e tributária
Art. 2. A s normas do presente decreto não se aplicam as
na execução das multas.
infracções tributárias relativas aos direitos aduaneiros, ao im-
posto sobre veículos e aos impostos autárquicos, que se regem ARTIGO 4
por legislação própria. Aplicação no espaço
Art. 3. S e m prejuízo do disposto no artigo 2 é revogado Salvo tratado ou c o n v e n ç ã o internacional em contrário, o
todo normativismo que contrarie o presente regime. presente Regime Geral é aplicável, seja qual for a nacionalidade
Art. 4. Este decreto entra em vigor e m I de Janeiro de 2003. do infractor, a factos por este praticados:
'a) Em território moçambicano;
Aprovado pelo Conselho de Ministros.
b) A bordo de navios ou aeronaves moçambicanos.
Publique-se.
ARTIGO 5
O Primeiro-Ministro, Pascoal Manuel Mocumbi. Momento e lugar da prática da infracção tributária

1. Sem prejuízo do disposto no n.° 2, as infracções tributárias


consideram-se praticadas no momento e no lugar em que, total
Regime Geral das infracções Tributárias ou parcialmente, e sob qualquer forma de comparticipação, o
infractor actuou, ou devia ter actuado, ou naqueles em que
CAPÍTULO I o resultado típico se tiver produzido.

Disposições gerais 2. Em caso de deveres tributários que possam ser cumpri-


dos em qualquer serviço da administração tributária ou junto
ARTIGO 1 de outros o r g a n i s m o s , a respectiva infracção c o n s i d e r a - s e
Âmbito de aplicação praticada no serviço ou organismo do domicílio ou sede do
agente.
1. O R e g i m e Geral das Infracções Tributárias aplica-se às
ARTIGO 6
infracções das normas reguladoras dos impostos, nomeada-
mente o imposto sobre o rendimento das pessoas singulares, o Actuação em nome de outrem
imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas, o imposto 1. É passível de punição aquele que agir voluntariamente
sobre o valor acrescentado, os restantes impostos ou prestações c o m o titular de um órgão, membro ou representante de uma
p e s s o a c o l e c t i v a , ainda que irregularmente constituída, o u d e 5. O d i s p o s t o n o n.° 3 a p l i c a - s e às p e s s o a s s i n g u l a r e s , à s
mera a s s o c i a ç ã o d e facto, ou ainda e m representação legal ou p e s s o a s c o l e c t i v a s , à s s o c i e d a d e s , ainda q u e i r r e g u l a r m e n t e
voluntária d e outrem. constituídas, e a outras entidades f i s c a l m e n t e equiparadas.
2. D o m e s m o m o d o será punido aquele que, actuando, n o s 6. S e n d o v á r i a s as p e s s o a s r e s p o n s á v e i s n o s t e r m o s d o s
termos d o n ú m e r o anterior, quando o tipo d e transgressão ou n ú m e r o s anteriorps, é solidária a sua responsabilidade.
contravenção exija determinados elementos pessoais e estes
ARTIGO 9
apenas s e v e r i f i q u e m na pessoa d o representado ou quando o
agente pratique o f a c t o no seu próprio interesse o u o represen- Subsistência da prestação tributária
tante actue n o interesse d o representado.
O c u m p r i m e n t o da s a n ç ã o aplicada não e x o n e r a d o paga-
3. O d i s p o s t o n o s n ú m e r o s anteriores v a l e ainda, m e s m o m e n t o da prestação tributária d e v i d a e respectivos acréscimos
q u e seja i n e f i c a z o acto jurídico f o n t e d o s r e s p e c t i v o s poderes. legais.
4. A s s o c i e d a d e s c i v i s e c o m e r c i a i s e qualquer das outras
ARTIGO 10
e n t i d a d e s r e f e r i d a s n o n.° 1 r e s p o n d e m s o l i d a r i a m e n t e , n o s
Especialidade d a s normas tributárias
termos da lei civil, p e l o p a g a m e n t o d a s multas e m q u e forem
c o n d e n a d o s o s a g e n t e s d a s i n f r a c ç õ e s tributárias p r e v i s t a s A o s r e s p o n s á v e i s pelas infracções previstas neste r e g i m e s ã o
no presente R e g i m e Geral n o s termos d o n ú m e r o anterior. s o m e n t e aplicáveis as s a n ç õ e s cominadas nas respectivas normas,
ARTIGO 7
d e s d e q u e n ã o tenham sido e f e c t i v a m e n t e c o m e t i d a s infracções
d e outra natureza.
Responsabilidade d a s p e s s o a s colectivas e equiparadas
A R T I G O 11
1. A s p e s s o a s c o l e c t i v a s , ainda q u e irregularmente c o n s -
Concurso d e t r a n s g r e s s õ e s
tituídas, e outras entidades f i s c a l m e n t e e q u i p a r a d a s são res-
p o n s á v e i s pelas infracções previstas n o presente R e g i m e Geral A s m u l t a s a p l i c a d a s às t r a n s g r e s s õ e s a c u m u l a m - s e m a -
das I n f r a c ç õ e s Tributárias quando c o m e t i d a s p e l o s s e u s órgãos terialmente.
o u representantes, e m seu n o m e e n o interesse c o l e c t i v o .
2. A responsabilidade referida no n ú m e r o anterior e x c l u í - s e C A P Í T U L O II
q u a n d o o agente ou representante tiver actuado contra ordens Disposições aplicáveis às infracções tributárias
ou instruções expressas de q u e m d e direito. formais
3. A responsabilidade por contravenção das entidades refe-
ARTIGO 12
ridas n o n.° 1 n ã o e x c l u i a r e s p o n s a b i l i d a d e individual d o s
r e s p e c t i v o s agentes. Punibilidade

4. S e a multa for aplicada a uma entidade s e m personalidade 1. A s i n f r a c ç õ e s tributárias f o r m a i s s i m p l e s s ã o p u n í v e i s


jurídica, r e s p o n d e por ela o património c o m u m e, na sua falta c o m multa c u j o limite m á x i m o n ã o e x c e d a 7 0 0 0 0 0 0 0 , 0 0 M T .
o u i n s u f i c i ê n c i a , solidariamente, o património d e cada u m d o s 2. A s i n f r a c ç õ e s tributárias f o r m a i s g r a v e s , s ã o p u n í v e i s
associados. c o m multa c u j o limite m í n i m o seja superior a 7 0 0 0 0 0 0 0 . 0 0 M T
ARTIGO 8 e a q u e l a s q u e , i n d e p e n d e n t e m e n t e da multa a p l i c á v e l , a lei
Responsabilidade civil pelas multas e x p r e s s a m e n t e as qualifique c o m o tais.
3. Para e f e i t o s d o d i s p o s t o n o s n ú m e r o s anteriores, aten-
1. O s administradores, gerentes e outras p e s s o a s que exer-
d e - s e à multa prevista e m abstracto n o respectivo tipo.
ç a m , ainda q u e s o m e n t e d e f a c t o , f u n ç õ e s d e administração
e m p e s s o a s c o l e c t i v a s , m e s m o q u e irregularmente constituí- 4. A s transgressões tributárias são sempre p u n í v e i s a título
das, e outras entidades f i s c a l m e n t e equiparadas s ã o subsidia- de n e g l i g ê n c i a .
riamente responsáveis: ARTIGO 13

a ) P e l a s m u l t a s aplicadas a i n f r a c ç õ e s por f a c t o s prati- Montante d a s multas


c a d o s n o período d o e x e r c í c i o d o seu cargo o u por
f a c t o s anteriores q u a n d o tiver s i d o por c u l p a sua 1. S e o contrário n ã o resultar da lei, as multas por transgres-
q u e o património da s o c i e d a d e o u p e s s o a colectiva s õ e s a p l i c á v e i s às p e s s o a s c o l e c t i v a s , ainda q u e irregularmente
s e tornou insuficiente para o seu p a g a m e n t o ; constituídas, ou outras entidades f i s c a l m e n t e equiparadas,
p o d e m e l e v a r - s e até a o valor m á x i m o d e 2 5 0 0 0 0 0 0 0 0 , 0 0 M T .
b) P e l a s m u l t a s d e v i d a s por f a c t o s a n t e r i o r e s q u a n d o
a d e c i s ã o d e f i n i t i v a q u e as aplicar for n o t i f i c a d a 2. S e o contrário n ã o resultar da lei, as m u l t a s a p l i c á v e i s
durante o período d o e x e r c í c i o d o seu cargo e lhes às p e s s o a s s i n g u l a r e s n ã o p o d e m e x c e d e r m e t a d e d o l i m i t e
seja imputável a falta d e p a g a m e n t o . e s t a b e l e c i d o no n ú m e r o anterior.
2. A r e s p o n s a b i l i d a d e subsidiária prevista n o n ú m e r o an- 3. O v a l o r m í n i m o da m u l t a é d e 3 0 0 0 0 0 0 , 0 0 M T , s e o
terior é solidária se f o r e m várias as p e s s o a s a praticar o s actos contrário não resultar da lei.
o u o m i s s õ e s c u l p o s o s d e que resulte a i n s u f i c i ê n c i a d o patri- 4. S e m prejuízo d o disposto nos números anteriores, o s
m ó n i o das entidades e m causa. limites m í n i m o e m á x i m o das multas previstas n o s diferentes
3. A s p e s s o a s a q u e m se a c h e m subordinados aqueles que, tipos d e transgressões, s ã o e l e v a d o s para o dobro s e m p r e q u e
por c o n t a d e l a s , c o m e t e r e m i n f r a c ç õ e s f i s c a i s s ã o solidaria- sejam a p l i c a d a s a uma p e s s o a c o l e c t i v a , ainda q u e irregular-
m e n t e r e s p o n s á v e i s p e l o p a g a m e n t o d a s multas à q u e l e s apli- mente constituída, o u outra entidade f i s c a l m e n t e equiparada.
c a d a s , s a l v o s e t i v e r e m t o m a d o as p r o v i d ê n c i a s n e c e s s á r i a s
ARTIGO 14
para o s fazer observar a lei.
Determinação da medida da multa
4. O d i s p o s t o no número anterior aplica-se a o s pais e repre-
sentantes legais d o s menores o u incapazes, n o s termos da lei S e m prejuízo d o s limites m á x i m o s f i x a d o s n o artigo ante-
c i v i l , quanto às infracções por estes c o m e t i d a s . rior, a multa deverá ser graduada e m f u n ç ã o da gravidade d o
facto, da culpa do agente, da sua situação e c o n ó m i c a , importân- 4. Sempre que nos c a s o s das alíneas a) e b) d o n.° 1 do
cia do imposto a pagar e, sempre que possível, exceder o benefí- artigo anterior a regularização da situação tributária do agente
c i o e c o n ó m i c o que o agente retirou da prática da transgressão., não dependa de tributo a liquidar pelos s e r v i ç o s , vale c o m o
p e d i d o d e r e d u ç ã o a entrega da prestação tributária o u d o
ARTIGO 15
documento ou declaração em falta.
Sanções acessórias
5. Se, nas circunstâncias do número anterior, o pagamento
1. São ainda aplicáveis aos agentes que c o m e t e m transgres- das multas c o m redução não for efectuado ao m e s m o tempo
s õ e s tributárias graves as seguintes sanções acessórias: q u e a entrega da prestação tributária o u d o d o c u m e n t o ou
a) Privação do direito a receber subsídios ou subvenções declaração e m falta, o contribuinte é notificado para o efectuar
concedidos por entidades ou serviços públicos; no prazo de 15 dias, sob pena de ser levantado auto de notícia
e instaurado processo por transgressão.
b) S u s p e n s ã o d e b e n e f í c i o s f i s c a i s c o n c e d i d o s unila-
teralmente pela administração tributária ou inibição ARTIGO 18
d e o s obter;
Multa dependente de prestação tributária em falta ou a liquidar
c) Privação temporária do direito de participar e m feiras, e correcção das multas pagas
mercados, leilões ou arrematações e concursos de
1. Sempre que a multa variar e m função da prestação tri-
obras públicas, de f o r n e c i m e n t o de b e n s ou. ser-
butária, é c o n s i d e r a d o m o n t a n t e m í n i m o , para e f e i t o s das
v i ç o s e de c o n c e s s ã o , p r o m o v i d o s por e n t i d a d e s
alíneas a) e b) do n,° 1 do artigo 16, 5% ou 10% da prestação
ou serviços públicos;
tributária devida, c o n f o r m e a infracção tiver sido praticada,
d) Encerramento de estabelecimento ou de depósito; respectivamente, por pessoa singular ou colectiva.
é) C a s s a ç ã o de licenças ou c o n c e s s õ e s e s u s p e n s ã o de 2. S e o montante da multa depender de prestação tributária
autorizações; a liquidar, a sua aplicação aguardará a liquidação, sem prejuízo
f ) P u b l i c a ç ã o da d e c i s ã o condenatória a e x p e n s a s do do b e n e f í c i o da redução, se for paga nos 15 dias posteriores
agente da infracção. à notificação.
2. A sanção acessória de suspensão d e b e n e f í c i o s fiscais ou 3. N o c a s o d e se verificar a falta das c o n d i ç õ e s estabele-
inibição de os obter tem a duração mínima de 3 m e s e s e máxima cidas para a redução das multas, a liquidação destas é corrigida,
de dois anos e s ó pode recair sobre incentivos fiscais que não levando-se e m conta o montante já pago.
sejam inerentes ao regime jurídico aplicável à coisa ou direito
A R H G O 19
beneficiados.
Prescrição
ARTIGO 1 6
1. O procedimento por transgressão extingue-se, por efeito
Direito à redução das multas
da prescrição, l o g o q u e sobre a prática do facto sejam decorri-
As multas pagas a pedido do agente, apresentado antes da dos cinco anos.
instauração d o p r o c e s s o de transgressão, s ã o reduzidas nos
2. O prazo de prescrição do procedimento por transgressão
termos seguintes:
é reduzido ao prazo de caducidade do direito à liquidação da
a) S e o pedido de pagamento for apresentado nos 3 0 dias p r e s t a ç ã o tributária q u a n d o a i n f r a c ç ã o d e p e n d e r d a q u e l a
posteriores ao da prática da infracção e não tiver liquidação.
sido levantado auto de notícia, recebida participação
3. O prazo de prescrição suspende-se nos termos estabele-
ou denúncia ou iniciado procedimento de inspecção
cidos na lei geral, e ainda no c a s o de pedido de p a g a m e n t o
tributária, para 50% do montante m í n i m o legal;
da multa antes de instaurado o processo de transgressão desde
b) S e o pedido de pagamento for apresentado depois do a apresentação do pedido até à notificação para o pagamento.
prazo referido na alínea anterior, sem que tenha s
ARTIGO 2 0
ido levantado auto de notícia, recebida participação
o u iniciado procedimento d e i n s p e c ç ã o tributária, Auto de notícia e s e u s requisitos
aplicar-se- â o montante m í n i m o legal.
1. A autoridade ou agente'de autoridade que verificar pes-
ARTIGO 17 soalmente os factos constitutivos da transgressão levantará auto
Requisitos do direito à redução da multa de notícia, se para isso for competente, e enviá-lo-á imediata-
mente à entidade que deva instruir o processo.
1. O direito à redução da multa previsto no artigo anterior
depende: 2. O auto de notícia d e v e conter, sempre que possível:

a) D o pagamento nos 15 dias posteriores ao da entrada a) A identificação do autuante e do autuado, c o m m e n ç ã o


nos serviços da administração tributária do pedido d o n o m e , n ú m e r o d e i d e n t i f i c a ç ã o tributária d e
de redução ou no caso do artigo 18, do pagamento contribuinte, profissão, morada e outros e l e m e n t o s
nos 15 dias posteriores à notificação da multa pela julgados necessários;
entidade competente; b) O lugar onde se praticou a infracção e aquele onde foi
b) D a regularização da situação tributária do infractor verificada;
dentro do prazo previsto nas alíneas anteriores; c) O dia e hora da t r a n s g r e s s ã o e os d a sua V e r i f i c a ç ã o ;
c) D e não ser aplicável sançãp acessória. d) A descrição dos factos constitutivos da infracção;
2. Em c a s o de incumprimento do disposto no número ante- e) A indicação das circunstâncias respeitantes ao infractor
rior, é de imediato instaurado processo por transgressão. e à t r a n s g r e s s ã o q u e p o s s a m influir na determi-
3. Entende-se por regularização.da.situaçãó tributária, para n a ç ã o da responsabilidade, n o m e a d a m e n t e a sua
efeitos deste artigo, o cumprimento das obrigações tributárias situação e c o n ó m i c a a o prejuízo causado ao credor
que deram origem à infracção. tributário;
f ) A m e n ç ã o das d i s p o s i ç õ e s l e g a i s q u e p r e v ê e m a trans- d e d u z i d a n o s t e r m o s da lei, é p u n í v e l c o m m u l t a v a r i á v e l entre
gressão e cominam a respectiva sanção; o v a l o r da p r e s t a ç ã o e m falta e o s e u d o b r o , s e m q u e p o s s a
A i n d i c a ç ã o das t e s t e m u n h a s q u e p o s s a m depor sobre ultrapassar o l i m i t e m á x i m o abstractamente e s t a b e l e c i d o .
a transgressão; 2. Para o s e f e i t o s d o d i s p o s t o n o n ú m e r o anterior, c o n s i -

h.) A assinatura d o autuado e , na s u a falia, a m e n ç ã o d o s d e r a - s e t a m b é m p r e s t a ç ã o tributária a q u e f o i d e d u z i d a p o r


conta daquela, bem c o m o aquela que, tendo sido recebida,
m o t i v o s desta;
haja o b r i g a ç ã o legal d e liquidar n o s c a s o s e m q u e a lei o preveja.
i) A assinatura d o autuante.
3. A s m u l t a s previstas n o s n ú m e r o s anteriores s ã o t a m b é m
ARTIGO 2 1 a p l i c á v e i s e m qualquer c a s o d e n ã o entrega, da prestação tribu-
Infracção verificada no d e c u r s o da a c ç ã o d e i n s p e c ç ã o tária q u e , e m b o r a n ã o tenha s i d o d e d u z i d a , o d e v e s s e ser n o s
t e r m o s da lei.
1. S e a i n f r a c ç ã o se verificar no d e c u r s o d e p r o c e d i m e n t o
4 . S ã o p u n í v e i s c o m o falta d e entrega da p r e s t a ç ã o tributária:
d e i n s p e c ç ã o tributária e tiver s i d o requerida a redução da multa
n o s t e r m o s d o artigo 16, d e v e f a z e r - s e m e n ç ã o n o relatório a) A falta d e liquidação, l i q u i d a ç ã o inferior à d e v i d a o u
da i n s p e c ç ã o que o auto de notícia n ã o é e l a b o r a d o , f i c a n d o - s e l i q u i d a ç ã o i n d e v i d a d e i m p o s t o e m factura o u d o c u -
a aguardar o d e c u r s o do prazo d e p a g a m e n t o p e l o contribuinte mento equivalente ou a sua menção, d e d u ç ã o ou
o u o b r i g a d o tributário c o m e s s e direito. rectificação sem observância d o s termos legais;

2 . A p ó s o d e c u r s o d o prazo d e p a g a m e n t o s e m q u e o m e s m o b) A falta d e p e d i d o d e l i q u i d a ç ã o d o i m p o s t o q u e d e v a
preceder a a l i e n a ç ã o ou a q u i s i ç ã o d e b e n s ;
seja e f e c t u a d o nos termos da alínea o ) d o n.° 1 d o artigo 17,
d e v e ser instaurado, p e l o s e r v i ç o tributário da área o n d e tiver c ) A falta d e p e d i d o d e l i q u i d a ç ã o d o i m p o s t o q u e d e v a
sido c o m e t i d a a infracção, um p r o c e s s o de transgressão que ter lugar e m prazo posterior à a q u i s i ç ã o d e b e n s ;
t e m por b a s e a d e c l a r a ç ã o d o c o n t r i b u i n t e o u o b r i g a d o tribu- cl) A a l i e n a ç ã o d e quaisquer b e n s o u o p e d i d o d e l e v a n -
tário a pedir a regularização da s i t u a ç ã o tributária. t a m e n t o , registo, d e p ó s i t o o u p a g a m e n t o d e v a l o r e s
o u títulos que d e v a m ser p r e c e d i d o s d o p a g a m e n t o
ARTIGO 2 2 de impostos;
Competência para o levantamento d o auto d e notícia
é) A falta d e l i q u i d a ç ã o , d o p a g a m e n t o o u da entrega n o s
S e m prejuízo d o d i s p o s t o e m lei e s p e c i a l , s ã o c o m p e t e n t e s cofres do Estado do imposto que recaia autono-
para o l e v a n t a m e n t o do auto d e notícia, e m c a s o d e transgressão m a m e n t e sobre d o c u m e n t o s , livros, p a p é i s e actos;
tributária, as s e g u i n t e s entidades: f ) A f a l t a d e p a g a m e n t o , total o u parcial, da p r e s t a ç ã o
a) Director Nacional de I m p o s t o s e Auditoria e os t n b u t á r i a d e v i d a a título d e p a g a m e n t o por c o n t a
d o i m p o s t o d e v i d o a f i n a l , i n c l u i n d o as s i t u a ç õ e s
respectivos Directores Adjuntos;
d e p a g a m e n t o e s p e c i a l por conta.
b) C h e f e s d e Repartição d e F i n a n ç a s , s e u s adjuntos e o s
5. O p a g a m e n t o d o i m p o s t o por f o r m a d i f e r e n t e da l e g a l -
funcionários que, nas R e p a r t i ç õ e s de Finanças,
mente prevista é punível c o m multa de 2 0 0 0 000.00MT
e x e r c e m as f u n ç õ e s d e F i s c a i s Tributários;
a 10 0 0 0 0 0 0 , 0 0 M T .
c) A u d i t o r e s e Inspectores Tributários da D i r e c ç ã o N a c i o -
nal de I m p o s t o s e Auditoria; ARTIGO 25

Falta ou atraso d e d e c l a r a ç õ e s
cl) D i i e c t o r e s P r o v i n c i a i s d o P l a n o e F i n a n ç a s e s e u s
adjuntos; 1. A falta d e d e c l a r a ç õ e s que para e f e i t o s f i s c a i s d e v e m ser
e) C h e f e s d e D e p a r t a m e n t o , T é c n i c o s d o D e p a r t a m e n t o a p r e s e n t a d a s a f i m d e q u e a a d m i n i s t r a ç ã o tributária e s p e c i -
da I n s p e c ç ã o Tributária e T é c n i c o s S u p e r i o r e s da f i c a m e n t e d e t e r m i n e , a v a l i e o u c o m p r o v e a matéria c o l e c t á v e l ,
D i r e c ç ã o N a c i o n a l d e I m p o s t o s e Auditoria. b e m c o m o a r e s p e c t i v a prestação fora d o prazo legal, é puní-
vel c o m multa d e 3 0 0 0 0 0 0 , 0 0 M T a 65 0 0 0 0 0 0 . 0 0 M T .
C A P Í T U L O 111
2. Para e f e i t o s d e s t e artigo, s ã o equiparadas às d e c l a r a ç õ e s
Infracções Tributárias Formais referidas n o n ú m e r o anterior, as d e c l a r a ç õ e s q u e o contribuinte
p e r i o d i c a m e n t e d e v a efectuar para e f e i t o s estatísticos ou similares.
ARTIGO 2 3
ARTIGO 26
Falta d e a p r e s e n t a ç ã o d e escrita e d e d o c u m e n t o s fiscalmente
relevantes Falta ou atraso na a p r e s e n t a ç ã o ou exibição d e d o c u m e n t o s
ou d e d e c l a r a ç õ e s
1. A n ã o a p r e s e n t a ç ã o . d e e s c r i t a , d e c o n t a b i l i d a d e o u d e .
d o c u m e n t o s f i s c a l m e n t e r e l e v a n t e s s o l i c i t a d a s pela a d m i n i s - 1. A falta o u atraso na a p r e s e n t a ç ã o o u a não e x i b i ç ã o , i m e -
diata o u no prazo q u e a lei o u a a d m i m s t i a ç ã o tributária f i x a -
t i a ç ã o tnbutária, é p u n i d o c o m m u l t a d e 3 0 0 0 0 0 0 , 0 0 M T a
rem, de declarações ou documentos comprovativos dos factos,
1 0 0 0 0 0 0 000,00MT.
valores ou situações constantes das declarações, comunicações,
2. A i n f r a c ç ã o c o n s i d e r a - s e c o n s u m a d a no termo d o prazo
g u i a s , r e g i s t o s , ainda q u e m a g n é t i c o s , o u o u t i o s d o c u m e n t o s
f i x a d o pela a d m i n i s t r a ç ã o tributária. e a n ã o prestação d e i n f o r m a ç õ e s ou e s c l a r e c i m e n t o s q u e auto-
3. P a r a o s e f e i t o s d o s n ú m e r o s a n t e r i o r e s , consideram-se n o m a m e n t e d e v a m ser legal o u a d m i n i s t r a t i v a m e n t e e x i g i d o s
d o c u m e n t o s f i s c a l m e n t e relevantes o s livros, d e m a i s d o c u m e n - s ã o p u n í v e i s c o m multa d e 3 0 0 0 0 0 0 . 0 0 M T a 6 5 0 0 0 0 0 0 . 0 0 M T .
tos e suportes informáticos, i n d i s p e n s á v e i s ao apuramento 2. A falta d e apresentação, o u a a p r e s e n t a ç ã o fora d o prazo
e f i s c a l i z a ç ã o da s i t u a ç ã o tributária d o contribuinte. legal, d a s d e c l a r a ç õ e s de início, alteração o u c e s s a ç ã o d e acti-
ARTIGO 2 4 vidade, das declarações autónomas de c e s s a ç ã o ou alteração
d o s p r e s s u p o s t o s d e b e n e f í c i o s f i s c a i s e das d e c l a r a ç õ e s para
Falta d e entrega da prestação tributária
i n s c r i ç ã o e m r e g i s t o s q u e a a d m i n i s t r a ç ã o fiscal d e v a possuir
1. A n ã o e n t i e g a , total o u parcial, d e s d e q u e o s factos n ã o d e v a l o r e s patrimoniais é punível c o m multa d e 6 0 0 0 0 0 0 , 0 0 M T
c o n s t i t u a m c r i m e , ao credor tributário, da prestação tributária a 130 0 0 0 000,00MT.
3. A falta de apresentação ou apresentação fora do prazo 2. A m e s m a sanção é aplicável à não c o n s e r v a ç ã o , pelo
legal das declarações ou fichas para inscrição ou actualização prazo estabelecido na lei fiscal, dos documentos menciona-
de elementos do número de identificação tributária de contri- dos no número anterior.
buinte das pessoas singulares ou pessoas colectivas é punível
ARTIGO 3 1
c o m multa de 1 5 0 0 000.00MT a 7 0 0 0 000.00MT.
Violação do dever de emitir ou exigir recibos ou facturas
ARTIGO 2 7
Omissões e inexactidões nas declarações ou em outros 1. A não passagem de recibos ou facturas ou a sua emissão
documentos fiscalmente relevantes fora dos prazos legais, nos casos em que a" lei o exija, é puní-
1. A s omissões ou inexactidões relativas à situação tributária vel c o m multa de 5 0 0 0 0 0 0 , 0 0 M T a 7 0 0 0 0 000.00MT.
que não constituam fraude fiscal nem transgressão prevista no 2. A não exigência, nos termos da lei, de passagem ou emis-
artigo anterior, praticadas nas d e c l a r a ç õ e s , bem c o m o nos são de facturas ou recibos, ou a sua não conservação pelo período
documentos comprovativos dos f a c t o s , v a l o r e s ou situações de tempo nela previsto, é punível com multa de 2 0 0 0 OOO.OOMT
delas constantes, incluindo as praticadas nos livros de contabi- a 3 0 0 0 0 000.00MT.
lidade e escrituração ou noutros documentos fiscalmente rele-
ARTIGO 3 2
vantes que devam ser mantidos, apresentados ou exibidos, são
puníveis c o m multa de 6 5 0 0 000.00MT a 3 5 0 0 0 0 000.00MT. Falta de designação de representantes

2. N o caso de não haver imposto a liquidar, os limites mí- 1, A falta de designação de uma p e s s o a c o m residência,
nimo e máximo das multas previstas no número anterior são sede ou direcção efectiva em território nacional para repre-
reduzidos para metade. sentar, perante a administração tributária, as entidades não
3. Para os efeitos do n.° 1, são consideradas declarações as residentes neste território, bem c o m o as que, embora residen-
referidas no n,° 1 do artigo 25 e no n.° 2 do artigo 26. tes, se ausentem do território nacional por período superior a
seis meses, no que respeita a obrigações emergentes da relação
4. A s i n e x a c t i d õ e s ou o m i s s õ e s praticadas nas declara-
jurídico-tributária. bem como a designação que omita a acei-
ç õ e s ou fichas para inscrição ou actualização de elementos
t a ç ã o e x p r e s s a p e l o representante, é p u n í v e l c o m multa
d o n ú m e r o de i d e n t i f i c a ç ã o tributária de contribuinte das
de 3 0 0 0 0 0 0 . 0 0 M T a 100 0 0 0 000,00MT.
pessoas singulares e colectivas são puníveis c o m multa de
5 0 0 000.00MT e 15 000 000.00MT. 2. O representante fiscal do não residente, quando pessoa
diferente do gestor de bens ou direitos, que, sempre que solici-
ARTIGO 28
tado, não obtiver ou não apresentar à administração tributária
Inexistência de contabilidade ou de livros fiscalmente relevantes a identificação do gestor de bens ou direitos é punível c o m
1. A inexistência de livros de contabilidade ou de escritu- multa de 2 000 0 0 0 , 0 0 M T a 6 0 0 0 0 000.00MT.
ração, obrigatórios por força da lei, bem c o m o de livros, registos ARTIGO 3 3
e d o c u m e n t o s c o m e l e s relacionados, qualquer que seja a
respectiva natureza, é punível com multa de 3 0 0 0 000.00MT Pagamento Indevido de rendimentos
a 300 0 0 0 000.00MT. O pagamento ou c o l o c a ç ã o à d i s p o s i ç ã o dos respectivos
2. Verificada a inexistência de escrita, independentemente titulares de rendimentos sujeitos a imposto, c o m cobrança
do procedimento para aplicação da multa prevista no número mediante o sistema de retenção na fonte, s e m que aqueles
anterior, é notificado o contribuinte para proceder à sua orga- façam a comprovação do seu número de identificação tribu-
nização num prazo a designar, que. não p o d e ser superior a tária de contribuinte, é punível c o m multa entre 1 5 0 0 0 0 0 , 0 0 M T
3 0 dias, c o m a cominação de que, se o não fizer, fica sujeito e 15 0 0 0 000,00MT.
à multa do artigo 23.
ARTIGO 3 4
ARTIGO 2 9
Pagamento ou colocação à disposição de rendimentos
Não organização da contabilidade ou atrasos na sua execução ou ganhos conferidos por ou associados a valor mobiliários

1. A não organização da contabilidade ou o atraso na execu- O pagamento ou c o l o c a ç ã o à d i s p o s i ç ã o de- rendimentos


ção da contabilidade, na escrituração de livros ou na elabo- ou g a n h o s c o n f e r i d o s ou a s s o c i a d o s a valores mobiliários,
ração de outros elementos de escrita, ou de registos, por período quando a aquisição destes tenha sido realizada sem a inter-
superior ao previsto na lei fiscal, quando não sejam punidos venção das entidades referidas nos artigos 109 e 110 do Có-
c o m o crime ou transgressão mais grave, são puníveis c o m d i g o d o 1RPS, e p r e v i a m e n t e não tenha s i d o f e i t a prova
multa de 3 0 0 0 000.00MT a 5 0 0 0 0 000.00MT. perante as entidades que intervenham no respectivo pagamento'
2, Verificado o atraso, independentemente do procedimento ou c o l o c a ç ã o à d i s p o s i ç ã o da apresentação da declaração a
para a aplicação da multa prevista no número anterior, o con- que se refere o artigo 121 do Código do IRPS, é punível com
tribuinte é notificado para regularizar a escrita em prazo a multa de 6 5 0 0 0 0 0 , 0 0 M T a 6 5 0 0 0 0 000.00MT.
designar, que não pode ser superior a 3 0 dias, com a cominação ARTIGO 3 5
que, se não o fizer, é punido com a multa constante do número 1
do artigo anterior. Inexistência de prova da apresentação da declaração
de aquisição e alienação de acções e outros valores mobiliários
ARTIGO 3 0 ou da intervenção de entidades relevantes
Falta de apresentação, antes da respectiva utilização, A inexistência de prova, de que foi apresentada a declaração
dos livros de escrituração
a que se refere o artigo 121 do Código do IRPS, perante as
1. A falta de apresentação, no prazo legal e antes da respec- entidades referidas no mesmo artigo, ou que a aquisição das
tiva utilização, de livros, registos ou outros documentos relacio- acções ou valores mobiliários foi realizada c o m a intervenção
nados c o m a contabilidade ou exigidos na lei é punível com das entidades referidas nos artigos 109 e 110 desse Código,
multa de 1 5 0 0 000.00MT a 15 0 0 0 000.00MT. é punível c o m multa de 6 5 0 0 000.00MT a 6 5 0 0 0 0 000.00MT.
ARTIGO 3 6 ARTIGO 4 4
Transferência para o estrangeiro d e rendimentos Revogação
sujeitos a tributação
S ã o r e v o g a d o s o s artigos 80, 81, 8 2 , 8 4 , 8 6 a 9 8 e 105 d o
A transferência para o e s t r a n g e i r o d e r e n d i m e n t o s sujeitos C ó d i g o d o I V A , a p r o v a d o p e l o D e c r e t o n.° 5 1 / 9 8 , d e 2 9 d e
a i m p o s t o , o b t i d o s e m território m o ç a m b i c a n o por e n t i d a d e s S e t e m b r o e a S e c ç ã o VII d o c a p í t u l o I, d o C ó d i g o d o I m p o s t o
não residentes, sem que se mostre pago ou assegurado o im- s o b r e C o n s u m o s E s p e c í f i c o s , a p r o v a d o p e l o D e c r e t o n.° 5 2 / 9 8 ,
p o s t o q u e for d e v i d o , é p u n í v e l c o m multa d e 6 5 0 0 0 0 0 , 0 0 M T de 2 9 de Setembro.
a 6 5 0 0 0 0 000.00MT.

ARTIGO 3 7

i m p r e s s ã o d e d o c u m e n t o s por tipografias não autorizadas


Decreto n.° 47/2002
1. A i m p r e s s ã o d e d o c u m e n t o s f i s c a l m e n t e r e l e v a n t e s por d e 26 d e Dezembro
p e s s o a s o u e n t i d a d e s n ã o autorizadas para o e f e i t o , s e m p r e q u e
a lei o e x i j a , b e m c o m o a sua a q u i s i ç ã o , é punível c o m multa A Lei n.° 14/99, de 1 de N o v e m b r o , liberalizou o
de 25 0 0 0 000.00MT a 1 0 0 0 0 0 0 000.00MT. estabelecimento, gestão e exploração de redes públicas de
telecomunicações.
2. O f o r n e c i m e n t o d e d o c u m e n t o s f i s c a l m e n t e r e l e v a n t e s
R e v e s t i n d o a Empresa de T e l e c o m u n i c a ç õ e s de Moçambi-
por p e s s o a s o u e n t i d a d e s autorizadas s e m o b s e r v â n c i a das for-
q u e , E.P., a natureza d e e m p r e s a p ú b l i c a é d e toda a c o n v e n i ê n -
malidades legais, b e m c o m o a sua aquisição, é punível c o m
cia proceder à sua transformação e m S o c i e d a d e A n ó n i m a de
multa de 25 0 0 0 0 0 0 . 0 0 M T a 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 . 0 0 M T
R e s p o n s a b i l i d a d e Limitada, por f o r m a a reforçar não só a
CAPÍTULO IV
organização do sector das telecomunicações, mas também
a d e q u á - l o e prepará-lo para a c o n c o r r ê n c i a interna e externa,
Disposições transitórias e finais na s e q u ê n c i a d a q u e l a m e d i d a legislativa.

ARTIGO 3 8 Importa pois proceder à reestruturação d o sector empre-


sarial d o E s t a d o , a f e c t o à prestação de s e r v i ç o s de t e l e c o -
i m p o s t o s não abrangidos
m u n i c a ç õ e s , d e f o r m a a ajustá-lo a o s o b j e c t i v o s p r e c o n i z a d o s .
A s d i s p o s i ç õ e s d e s t e R e g i m e Geral d a s I n f r a c ç õ e s Tribu- N e s t e s t e r m o s e ao abrigo das d i s p o s i ç õ e s c o n j u g a d a s das
tárias n ã o s ã o a p l i c á v e i s às i n f r a c ç õ e s c o m e t i d a s às n o r m a s L e i s n. os 1 5 / 9 1 , d e 3 d e A g o s t o , 17/91 d e 3 d e A g o s t o , 14/99,
reguladoras d o s direitos aduaneiros, d o i m p o s t o sobre v e í c u l o s d e 1 d e N o v e m b r o e de 6 / 2 0 0 2 , d e 5 d e F e v e r e i r o , o C o n s e l h o
e d o s i m p o s t o s autárquicos para o s q u a i s d e v e r ã o manter-se e m d e M i n i s t r o s decreta:
v i g o r as p e n a l i d a d e s e s t a b e l e c i d a s n o s r e s p e c t i v o s d i p l o m a s .
Artigo 1. A E m p r e s a N a c i o n a l de Telecomunicações
ARTIGO 3 9 d e M o ç a m b i q u e , E.P., criada p e l o D e c r e t o n.° 2 3 / 9 2 , d e 10
d e S e t e m b r o , é transformada e m S o c i e d a d e A n ó n i m a d e R e s -
Processo
p o n s a b i l i d a d e L i m i t a d a , p a s s a n d o a ser d e s i g n a d a por T e l e -
E a p l i c á v e l às i n f r a c ç õ e s previstas n e s t e d i p l o m a as n o r m a s c o m u n i c a ç õ e s de Moçambique, S.A.R.L., ou abreviadamente
processuais constantes do R e g u l a m e n t o do C o n t e n c i o s o das por T D M .
Contribuições e Impostos. Art. 2. A T D M r e g e - s e p e l o p r e s e n t e d i p l o m a , p e l o s s e u s
ARTIGO 4 0
estatutos e, e m tudo o que neles não estiver previsto, pelas
n o r m a s a p l i c á v e i s às S o c i e d a d e s A n ó n i m a s d e R e s p o n s a b i l i -
Competência
d a d e L i m i t a d a , b e m c o m o p e l a s n o r m a s e s p e c i a i s cuja apli-
M a n t e m - s e a c o m p e t ê n c i a actual d o s o r g ã o s da administra- c a ç ã o decorra d o o b j e c t o da s o c i e d a d e .
ç ã o tributária e m r e l a ç ã o às i n f r a c ç õ e s tributárias, até a entrada Art. 3 — L A T D M , c o m s a l v a g u a r d a d o d i s p o s t o n o ar-
e m f u n c i o n a m e n t o d o s tribunais f i s c a i s d e primeira instância. tigo 8 d o presente decreto, sucede automática e globalmente
a Empresa Nacional de Telecomunicações de Moçambique,
ARTIGO 41
E.P., e c o n t i n u a a p e r s o n a l i d a d e j u r í d i c a d e s t a , c o n s e r v a n d o
Remissão a u n i v e r s a l i d a d e d o s b e n s patrimoniais e a s s u m i n d o t o d o s o s
A s d i s p o s i ç õ e s d o s artigos 8 3 , 8 5 , 9 9 , 1 0 0 a 1 0 4 d o C ó d i g o direitos e obrigações derivados de actos ou contratos cele-
d o IVA, a p r o v a d o p e l o D e c r e t o n.° 5 1 / 9 8 , d e 2 9 d e S e t e m b r o , brados até a o m o m e n t o da transformação.
s ã o t a m b é m a p l i c á v e i s as i n f r a ç õ e s as n o r m a s d o s d e m a i s 2. S ã o i s e n t o s d e i m p o s t o s e e m o l u m e n t o s o s a c t o s a pra-
i m p o s t o s c o m p r e e n d i d o s no p r e s e n t e r e g i m e . ticar para a e x e c u ç ã o do d i s p o s t o n o n ú m e r o anterior.
Art. 4 — 1.A T D M tem por o b j e c t o a prestação d e s e r v i ç o
ARTIGO 4 2
de t e l e c o m u n i c a ç õ e s , através d o e s t a b e l e c i m e n t o , gestão e
P r o c e s s o Penal
e x p l o r a ç ã o d e u m a rede p ú b l i c a d e t e l e c o m u n i c a ç õ e s , c o n s -
A o s c r i m e s f i s c a i s p r e v i s t o s na lei tributária a p l i c a m - s e as t i t u i n d o - s e a s s i m e m operador p ú b l i c o d e t e l e c o m u n i c a ç õ e s .
normas do Código do Processo Penal e demais legislação 2. A T D M p o d e r á a i n d a e x e r c e r o u t r a s a c t i v i d a d e s rela-
complementar. cionadas c o m o seu objecto social.

ARTIGO 4 3 3. A T D M p o d e r á f a z e r parte d a s a s s o c i a ç õ e s o u o r g a -
n i s m o s n a c i o n a i s e i n t e r n a c i o n a i s , r e l a c i o n a d o s c o m as acti-
Comprovação do número d e contribuinte
v i d a d e s por ela exercida.
A c o m p r o v a ç ã o d o n ú m e r o d e i d e n t i f i c a ç ã o tributária d e Art. 5 — 1 . A rede básica d e t e l e c o m u n i c a ç õ e s , q u e suporta
contribuinte a que s e refere o artigo 3 3 , para as p e s s o a s singu- o s e r v i ç o f i x o d e t e l e f o n e , é integrada na T D M , a p l i c a n d o - s e
lares q u e não sejam titulares de e m p r e s a e m n o m e individual, a e s t a i n t e g r a ç ã o o d i s p o s t o n o n.° 2 d o artigo 3 d o presente
é diferida até 31 d e D e z e m b r o d e 2 0 0 3 . decreto.

Você também pode gostar