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8517 – Armazém

Processos e Atividades
1 - Noções Gerais da
Cadeia de
Abastecimento
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento
A logística nasceu para as empresas, instituições e organizações com origens em
procedimentos militares. No entanto existem outros fatores de influência como a
estratégia, as áreas de influência e os sistemas de informação, por exemplo.
Em termos militares a logística abrange 5 componentes:
 Abastecimento,
 Transporte,
 Manutenção,
 Evacuação,
 Hospitalização de feridos e serviços complementares
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento
O abastecimento consiste em fazer chegar os recursos à frente de batalha:
 Veículos
 Tropas
 Alimentos
 Armas
 Munições
 Combustíveis
 Etc.
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento
A temática do transporte consiste em saber como transportar os recursos para
abastecer a frente de batalha. Existem vários meios de transportes, uns mais
rápidos do que outros, assim como uns mais acessíveis do que outros:
 Camião
 Comboio
 Avião
 Helicóptero
 Barco
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento
A manutenção consiste em manter em bom estado de conservação e de
utilização:

 Máquinas
 Veículos
 Armas
 Demais tangíveis reutilizáveis
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento
A evacuação consiste em retirar os feridos dos
diferentes locais (sejam mais ou menos acessíveis, de
maior ou menor risco de combate) para um local de
recuo onde se possam ser hospitalizados e dar-lhes as
condições de tratamento e de acolhimento necessárias.

A par destas tarefas temos os serviços complementares


que são diversificados e de diferentes abrangências.
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento
O Processamento militar assenta em 3 pilares:
 O Saber. Está ligado à estratégia, à informação do movimento das tropas do
inimigo, à preparação e perspetivas de atuação.
 O Querer. Está ligado à moral das tropas que combatem e à capacidade de se
superarem
 O Poder. São as condições e conjugações para se efetuar a guerra:
 As armas disponíveis
 Os meios disponíveis
 Os soldados disponíveis
 As munições disponíveis
 Etc.
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento
As empresas foram crescendo e foram adotando a logística nos seus
procedimentos até porque é uma melhor forma de controlo dos seus
abastecimentos e expedição dos seus procedimentos como diminui os seus custo.
O “Council of Supply Chain Mangment Professionals” define logística como:
 “Logística ou gestão logística como a parte da Cadeia de
abastecimento que é responsável por planear,
implementar e controlar o eficiente e eficaz fluxo
direto e inverso e as operações de armazenagem de
bens, serviços e informação relacionada entre o ponto
de origem e o ponto de consumo de forma a ir ao
encontro dos requisitos/necessidades dos clientes”.
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento

 Na mesma sequência o “Council of Supply Chain Mangment Professionals”


define as “Atividades logísticas como incluindo a gestão do inbound e
outbound em termos de transportes (transportes de saída e de entrada),
gestão de frota, gestão de armazenagem, gestão de materiais e o seu
manuseamento. Gestão da resposta a encomendas, desenho da rede logística,
gestão de inventários, planeamento do abastecimento e da procura e gestão
dos prestadores de serviços logísticos”.
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento
A logística ou a gestão logística inclui atividades de:

 Planeamento
 Programação da produção
 Embalagem
 Serviço ao cliente
 Etc.

Por outras palavras a logística está envolvida em todos os níveis organizacionais


de planeamento, execução, estratégicos, tácitos e operacionais. Integra e
coordena de forma a melhorar e integrar as atividades logísticas na organização.
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento
Existem diversas perspetivas da logística:
 Lógica de Inventários e gestão de stocks. A logística trata da gestão dos
materiais que se encontram em stock. Trabalhando a questão dos fluxos de
produtos, para isso terá de tratar dos fluxos de informação.
 Lógica do cliente (os sete certos da logística): A logística pretende conseguir:
 O produto certo
 Para o cliente certo
 Na quantidade certa
 Na condição certa
 No lugar certo
 No tempo certo
 No custo certo (mínimo custo)
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento
 Lógica militar: é o ramo militar que está diretamente ligado à procura, transporte
de recursos (pessoas, materiais, veículos e instalações) e à sua manutenção.
 Lógica utilidade e valor: é a possibilidade de providenciar tempo, utilidade e
lugar (valor) às matérias primas, produtos em fabrico e produtos finais no sentido
de atingir objetivos empresariais.
 Lógica da cadeia de valor de Porter : (Porter 1985): é a gestão do abastecimento
(logística de entrada) e a gestão de distribuição ao cliente (logística de saída)
 Lógica Funcional ou gestão Funcional: é o conjunto de atividades que vão desde
a determinação das necessidades de abastecimento, à armazenagem dos
materiais, à sua embalagem, ao desenho das instalações e a todas as atividades de
distribuição (gestão da informação, ciclos de encomendas e serviço ao cliente.
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento
 Lógica de Serviço: é a gestão de fluxos físicos e de informação no sentido de
providenciar um determinado serviço numa determinada unidade de tempo
para o cliente certo na quantidade certa.
 Lógica do Senso Comum: A logística incorpora todos os detalhes relativos a
uma determinada operação, processo ou atividade.
 Lógica do “Council of Supply Chain Mangment Professionals”: “é a parte
da Cadeia de abastecimento que é responsável por planear, implementar e
controlar o eficiente e eficaz fluxo direto e inverso e as operações de
armazenagem de bens, serviços e informação relacionada entre o ponto de
origem e o ponto de consumo de forma a ir ao encontro dos
requisitos/necessidades dos clientes”.
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento
Segundo o “Council of Supply Chain Mangment Professionals” “A gestão da
cadeia de planeamento envolve o planeamento e a gestão de todas as atividades
de sourcing e procurement, conversão e todas as atividades logísticas. É
importante referir que a gestão da cadeia de abastecimento envolve a
coordenação e a procura de colaboração entre parceiros de cadeia ou de canal,
sejam eles fornecedores, intermediários, prestadores de serviços logísticos ou
clientes. Em essência, a gestão de abastecimentos integra as componentes
abastecimento e procura dentro e entre empresas”.
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento
 Christopher diz que a cadeia de abastecimento é a “gestão das relações a
montante e a jusante com os fornecedores e os clientes para entregar valor
superior ao cliente final a um custo menor para toda a cadeia de abastecimento”
O Objetivo destas relações é:
 Reduzir ineficiências entre companhias
 Aumentar a visibilidade sobre a procura real e a partilha de informação ao longo da
cadeia logística
 Reduzir o tempo de ciclo da cadeia
 Encurtar a cadeia de abastecimento
 Planear de forma integrada várias organizações
 Alinhar/sincronizar melhor a produção com a procura
 Focalizar na satisfação das necessidades dos clientes finais
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento
A competição entre empresas está cada vez mais competitiva e a eficiência da
cadeia de abastecimento é um grande fator de diferenciação e de
competitividade.
Holmberg afirma que as empresas que implementarem com sucesso a gestão da
cadeia de abastecimento possuem dois objetivos comuns:
 Pensam a cadeia de abastecimento como um todo e não se focalizam
internamente;
 Perseguem resultados de aumento de volume de vendas, melhor utilização
dos seus ativos e redução de custos.
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento
Segundo José Crespo de Carvalho “a diferença do racional da logística para o
racional da gestão da cadeia de abastecimento é, na prática, nulo. A abrangência
de uma e outra é que provavelmente as distingue.
No entanto a gestão logística é parte da cadeia de abastecimento que é
responsável de controlar os fluxos de operações entre o ponto de origem e o
ponto de consumo.
A gestão da cadeia de abastecimento envolve a coordenação e a procura de
colaboração entre os parceiros da cadeia.
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento
A Cadeia de Abastecimento:
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento
Fluxos da logística:

Adaptado de:
wordpress.com/2012/04/23/introducao-a-logistica-parte-11-cadeia-de-suprimentos/
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento
 O que se pretende das atividades logísticas?

Produtos Quantidade Tempo Custo


certos certa certo mínimo

Fiabilidade Tempo de Nível de


Flexibilidade
de entrega entrega stock

In: Logística e Gestão da Cadeia de abastecimento; Carvalho, José Crespo de,


vários, Edições Silabo, Lisboa, 2012
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento
As atividades logísticas englobam:
 Transporte e gestão do transporte: é uma das atividades vitais da logística e
responsável por uma grande parcela dos custos logísticos. Engloba a escolha
do modo de transporte e a contratação de dos prestadores de serviços de
transporte. Engloba ainda a escolha dos veículos e das rotas de transporte.
 Armazenagem, Gestão de armazenagem, controlo e gestão de stocks:
também são uma área vital da logística e está interligada com o transporte e
a gestão de transportes, pois as decisões de transporte têm influência na
quantidade a armazenar. Uma das decisões mais importantes no domínio da
armazenagem é a localização dos pontos de stock e o desenho do layout do
armazém. Assim como são importantes as decisões estruturais de um
armazém (dimensão, capacidade de armazenagem, número de cais de
descargas, etc.), a política de stock da empresa também é uma medida
importante.
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento
 Embalagem e gestão da embalagem: é outro aspeto a ter em conta, pois é a
forma como vamos proteger os materiais durante o transporte. Pode ser
através de embalagens cartonadas, de filme plástico, o uso de paletes, de
contentores, etc. Adicionalmente incluísse aspetos de etiquetagem com
códigos de barra, para a leitura dos mesmos por radio frequência, ou outros
processos, que vai permitir agilizar a operação.
 Manuseamento de materiais e Gestão de materiais: Existem diversos tipos
de materiais, que têm de ser manuseados de maneiras diferentes. Esta
atividade está interligada com a armazenagem, pois o desenho, o layout do
armazém tem de contemplar estas características. Existem produtos que
necessitam de frio, outros são produtos químicos, etc.
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento
 Gestão do ciclo de encomenda: A empresa tem acordos com fornecedores
para a entrega de produtos . O ciclo de encomenda começa com a nota de
encomenda, que gera um fluxo de informação, e termina com a entrega física
do produto encomendado.
 Previsão de vendas: também é uma atividade importante, pois consoante as
previsões de vendas decide-se sobre o tamanho das instalações, a quantidade
de meios de transporte a usar, o número de colaboradores a utilizar, etc.
 Planeamento da produção e o sequenciamento da produção: A decisão das
quantidades a produzir para satisfazer a procura vai implicar decisões de
como transportar e armazenar os materiais produzidos. Assim como a
sequencia da produção pode influenciar as decisões de transporte.
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento
 Procurement e Gestão do ciclo de procurement: está relacionada com a
qualificação dos fornecedores. As atividades de procurement passam por
determinar o conjunto de especificações e de parâmetros do serviço. (tempos
de entrega, qualidade do serviço, capacidades de entrega, penalidades, etc.)
depois de estabelecidos estes critérios e escolhido o fornecedor é efetuado
um contrato por um tempo determinado. Quando termina este prazo termina
o ciclo de procurement e começa-se um novo ciclo com outro contrato, que
pode ser igual ou não ao anterior, e com o mesmo fornecedor, ou não.
 Serviço ao cliente: é o principal output de qualquer sistema logístico e
consiste na disponibilização de produtos, materiais, ou serviços certos, para o
cliente certo, na quantidade certa na condição certa, no local certo no tempo
certo ao mínimo custo. Está também relacionado com a interação com o
cliente e com os níveis de serviço que a empresa presta aos seus clientes.
Atividade

 O que é para si a Logística inversa?


 Quais são para sí as principais atividades da logística
inversa?
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento
 Logística inversa: está relacionada com as atividades de ciclo inverso, como a
recolha de vasilhame, devoluções, etc. ora a gestão logística também tem de
saber dar resposta a esta questão. “É a área da logística que trata,
genericamente, do fluxo físico de produtos, embalagens ou outros materiais,
desde o ponto de consumo até ao local de origem”. (Dias, 2005, p. 205).

Os processos de logística inversa existem há tempos; entretanto, não eram


tratados e denominados como tal. Como exemplos de logística inversa, temos: o
retorno das garrafas (vasilhame) e a recolha de lixos e resíduos recicláveis.
Atualmente é uma preocupação constante para todas as empresas e organizações
públicas e privadas, tendo quatro grandes pilares de sustentação:
 a conscientização dos problemas ambientais;
 a sobrecarga dos aterros;
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento
a escassez de matérias-primas;
 as políticas e a legislação ambiental.
A logística inversa aborda as questões que envolvem a
recuperação de produtos ou parte destes, embalagens,
materiais, dentre outros, desde o ponto de consumo até
o local de origem ou de deposição em local seguro, com o
menor risco ambiental possível. Assim, a logística inversa
trata de um tema bastante sensível e muito oportuno, em
que o desenvolvimento sustentável e as políticas
ambientais são temas de relevo na atualidade.
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento

Logística Tradicional

Produtor Consumidor

Logística Inversa
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento
As principais atividades afetas ao produto, na logística inversa, são as seguintes:
 retorno do produto à origem;
 revenda do produto retornado;
 venda do produto num mercado secundário;
 venda do produto via outlet;
 venda do produto com desconto;
 remanufactura;
 reciclagem;
 reparação ou reabilitação;
 doação;
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento

Fonte: wikipedia
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento
“Em áfrica, todas as manhãs uma gazela acorda.
Sabe que tem de correr mais depressa que o leão mais veloz ou
será morta.
Em Africa todas as manhãs um leão acorda.
Sabe que terá de correr mais do que a gazela mais lenta ou
morrerá de fome.
Não interessa se és um leão ou uma gazela.
Quando o sol se levanta será bom que corras!”
Provérbio africano.
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento
Tal como na selva as empresas se quiserem sobreviver têm de ser competitivas,
têm de correr mais depressa, ou seja têm de ser melhores em algum aspeto ou
área. A logística vem ajudar nesta área, pois promove a partilha, a colaboração e
a integração dos fluxos, quer internamente, quer externamente (fornecedores e
clientes), pretende-se competitividade e esta pode nascer de uma corrida
conjunta. Não é por acaso que as gazelas correm em mandas e misturam-se com
mandas de outros animais.
A logística promove a competitividade não através de empresas isoladas, ou de
departamentos isolados mas sim através de colaboração. Numa cadeia de
abastecimentos é possível partilhar recursos e competências. Da mesma forma
que é possível procurarem condições de competitividade e vantagens
competitivas em conjunto. Com o encontro destas vantagens competitivas em
rede na cadeia de abastecimento é possível criar fatores de atividade para os
mercados que permitam criar valor.
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento
Desta forma um conjunto de empresas que trabalhe em rede deverá de ser capaz
de oferecer ao mercado o que este procura a preços mais competitivos criando
mais valor, e tornando estas empresas sustentáveis.
As empresas para serem competitivas necessitam de criar valor, e uma forma de
aumentar o valor é diminuindo os custos, ora isto poderá ser obtido através de
uma boa gestão logística e de uma boa cadeia de abastecimento.
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento
Cadeia de Valor de Porter (1985)
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento
 Logística de entrada: Todos os processos relacionados com a receção,
controlo de inventário, marcação de transporte. Neste ponto, as relações que
tem com os fornecedores são um fator decisiva para a criação de valor.
 Operações: inclui maquinaria, embalagens, montagem, manutenção de
equipamento, testes e outras atividades de criação de valor que transformam
inputs no produto final, para ser vendido aos clientes.
 Logística de saída: as atividades associadas com a entrega do seu produto
ou serviço ao cliente, incluindo sistemas de recolha, armazenamento e
distribuição e podem ser internos ou externos à organização.
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento
 Marketing e Vendas: São os processos que a empresa utiliza para convencer
os clientes a comprarem os seus produtos ou serviços. As fontes de criação de
valor aqui são os benefícios que oferece e o modo como os transmite.
 Serviço: as atividades que mantêm e aumentam o valor dos produtos ou
serviços após a compra. Aqui incluem-se o apoio ao cliente, serviços de
reparação e/ou instalação, formação, atualizações, etc.
 Infra-estrutura: Estes são os sistemas de apoio que a empresa necessita para
manter as operações diárias. Inclui a gestão geral, administrativa, legal,
financeira, contabilística, assuntos públicos, de qualidade, etc.
 Gestão de Recursos Humanos: As atividades associadas ao recrutamento,
desenvolvimento (educação), retenção e compensação de colaboradores e
gestores. Uma vez que as pessoas são uma fonte de valor significativa, as
empresas podem criar grandes vantagens se utilizarem boas práticas de RH.
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento
 Desenvolvimento Tecnológico: inclui o desenvolvimento tecnológico
para apoiar as atividades da cadeia de valor, como Investigação e
Desenvolvimento (I&D), automação de processos, design, etc

 Aquisição/Compra: Todos os processos que a empresa realiza para


adquirir os recursos necessários para trabalhar: aquisição de matérias-
primas, serviços, edifícios, máquinas, etc. Aqui também se inclui
encontrar fornecedores e negociar os melhores preços.

 In: http://www.portal-gestao.com/item/6991-o-modelo-de-cadeia-de-valor-de-
michael-porter.html
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento
 As três dimensões da logística:
Tempo

Leveza Qualidade do
Custo
Serviço

In: Logística e Gestão da Cadeia de abastecimento; Carvalho, José Crespo de, et al,
Edições Silabo, Lisboa, 2012
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento
A relação entre o custo e o tempo de entrega está relacionado com o
contexto da agilidade. Ou seja é a forma de responder aos estímulos
(pedidos) externos. Quanto melhor for o tempo de resposta e menor for
o seu custo melhor será a agilidade do sistema.
A leveza (ou magreza) está relacionada com a capacidade de gerir o
sistema logístico sem desperdícios. Ou seja oferecer a melhor qualidade
ao menor custo possível.
A capacidade de resposta está relacionada com a capacidade de gerir o
sistema logístico de forma a dar uma resposta rápida ao cliente sem
comprometer a qualidade do serviço.
Noções Gerais da Cadeia de
Abastecimento Cliente
Serviço Indicadores
performance

espectativas
Disciplina

Pessoas
Racional Tecnologia
integração
Colaboração logístico

Benchmarking Simplicidade

Custo Visibilidade
Tempo
In: Logística e Gestão da Cadeia de abastecimento; Carvalho, José Crespo de, st al,
Edições Silabo, Lisboa, 2012
2 - Organização e
Processos de Armazém
2.1 - Organização de
Armazém
O ARMAZÉM
O ARMAZÉM

DEFINIÇÃO

Armazém provém da palavra árabe al-


mahazán, que significa Sótão, entreposto.

É um espaço físico em que se depositam


matérias-primas, produtos semiacabados
ou acabados que estão a aguardar para
serem transferidos ao próximo ciclo da
cadeia de distribuição/produção.
O Armazém
Nestas instalações, procede-se:
 À receção dos diferentes tipos de mercadoria (seja ela
matéria-prima, produtos semiacabados ou acabados),
 À conferência,
 À sua arrumação,
 À conservação e manutenção,
 Ao picking,
 À preparação,
 À expedição.
O Armazém

Existem diferentes funcionalidades para um Armazém, assim podemos ter:

 Armazéns de produção,
 Armazém de materiais auxiliares,
 Armazém de mercadorias,
 Armazém de distribuição,
 Armazém de arquivo.
O Armazém de produção
Este tipo de armazém, como o nome indica, serve de suporte
à atividade fabril da empresa. É neste armazém que são
armazenados os produtos necessários para se proceder ao
fabrico dos produtos comercializados pela empresa.
O Armazém de produção
Podemos ter vários tipos de armazém de apoio à produção:
 Armazém de matérias primas
É neste armazém, como o próprio nome indica, que são
armazenadas as matérias primas.
 Armazém Intermédio ou de peças semiacabadas
 Aqui são colocados os produtos que foram alvos de
fabrico mas que ainda vão ser alvo de mais faces do
processo produtivo, ou seja, produtos que vão voltar à
linha de produção.
 Armazém de abastecimento
 Aqui são colocados os produtos necessários para o
funcionamento e energia das máquinas produtivas (como
por exemplo; gasóleo, óleos, gás)
O Armazém de produção

 Armazém de produtos acabados


 Neste armazém ficam armazenados todos os produtos prontos a
serem comercializados pela empresa. Estes produtos podem
ser enviados para as diferentes lojas da empresa ou
diretamente para clientes
 Armazém de produtos rejeitados
 Algumas empresas podem ter este tipo de armazéns onde
colocam os produtos que o controlo de qualidade rotulou como
“Não Conformes”. Estes produtos poderão ser reaproveitados
para entrarem novamente no processo produtivo, destruídos,
doados, ou comercializados mais baratos.
O Armazém de material auxiliar
Neste tipo de armazéns ficam os materiais de apoio à
atividade da empresa. Podemos ter armazéns deste género:
 Armazém de matérias subsidiárias
 Aqui ficam armazenados os materiais de suporte à
atividade fabril (como por exemplo: óleos e tintas)
 Armazém de ferramentas, instrumentos e dispositivos
 Como o nome indica neste tipo de armazéns são
armazenados os restantes produtos de apoio à
atividade da empresa. Poderemos ter nestes
armazéns ferramentas, peças para as maquinas
produtivas, material elétrico, etc.
O Armazém de mercadorias
Neste tipo de armazéns poderemos armazenar todo o tipo de
mercadoria em estado final assim como:
 Armazém de bens;
 Aqui armazenam-se todos os tipos de produtos pronto
para venda.
 Armazém de expedição;
 Todos os produtos que estão prontos a ser enviados para
os clientes são colocados aqui.
 Armazém de produtos obsoletos;
 Os produtos que a empresa já não comercializa mas que
ainda tem stock, pois já existem produtos novos que que
substituem o uso deste tipo de produtos são colocados
neste tipo de armazéns.
Armazém de Distribuição

Os grandes grupos económicos, nomeadamente os da “Grande Distribuição” têm


estes tipos de armazém. Regra geral compram grandes quantidades de produtos,
de forma a obterem melhores preços. Depois de receberem os produtos
distribuem a mercadoria pelas suas lojas.
Armazém de Distribuição - JIT
As grandes empresas de distribuição operam muitas
vezes os seus armazéns com o processo JIT – “Just in
Time”. Este processo consiste em rececionar as
mercadorias e expedi-las para as suas lojas no mesmo
dia. Ou seja a mercadoria chega e é expedida. Estes
armazéns não têm stock, no final da operação do dia,
o armazém deve ficar vazio.
Por norma têm cais de descargas de 2 lados. Um lado
onde a mercadoria é rececionada e outro onde é
expedida.
Armazém de Distribuição - JIT
Armazém de Arquivo

Algumas empresas têm este tipo de armazém que é onde guardam a


documentação em papel que necessitam de ter, quer por imposições legais (por
exemplo faturas, contratos), quer por decisão da própria empresa. Este tipo de
armazém pode estar em desuso, pois cada vez mais as empresas optam por
armazenamento digital dos seus arquivos.
Os diferentes tipos de Armazém

Cada sector de atividade é específico e uma empresa pode-se dedicar à


comercialização de produtos de diferentes sectores. Como tal existem vários
tipos de armazém, tais como:

 Armazém de líquidos,
 Armazém de produtos de frio,
 Armazém de congelados,
 Armazém de produtos alimentares,
 Armazém de produtos químicos,
 Armazém geral.
Armazém de líquidos

Como o nome indica este tipo de armazéns servem para armazenar produtos em
estado liquido. Muitas vezes as empresas optam por ter estes produtos em
armazéns próprios para evitar que acidentes na sua movimentação, contaminem
os restantes. Estes produtos podem ser armazenados em:
 Silos,
 Recetáculos,
 Bidões,
 Outras maneiras
Armazém de produtos de frio

Neste tipo de armazém, guardam-se os produtos que necessitam de frio positivo


e que não podem ser guardados à temperatura ambiente. Por norma estes
armazéns têm temperaturas entre os 0 °C e os 4 °C. São exemplos deste tipo de
produtos, os produtos lácteos, carnes, peixe e frutas. No entanto devido à
legislação de segurança alimentar existente, muitos destes produtos necessitam
de locais próprios e separados dos restantes. Não podemos misturar por exemplo
a carne com o peixe. Isto implica ter lugares diferentes e específicos de
armazenagem.
Armazém de congelados

Neste tipo de armazéns guarda-se a mercadoria que necessita de temperaturas


negativas, os congelados. A temperatura nestes armazéns ronda os -16 °C e os –
21 °C.
Armazém de produtos alimentares

Neste tipo de armazém guardam-se os diferentes tipos de produtos alimentares


que não necessitam de frio, seja ele positivo ou negativo, podendo serem
guardados à temperatura ambiente.
São exemplos deste tipo de produtos, bolachas, conservas, cafés, águas
embaladas, cervejas, etc.
Armazém de produtos químicos

Neste tipo de armazém armazenam-se os produtos químicos. Nestes armazéns há


que ter cuidado com o manuseamento e o acondicionamento deste tipo de
produtos. Certos produtos não podem estar próximos de outros, pois em caso de
acidente poderão desencadear reações químicas, como gases e expulsões.
Armazém geral

Existem muitos produtos que não necessitam de um armazém específico, é o caso


dos eletrodomésticos e brinquedos por exemplo. Estes armazéns normalmente
estão à temperatura ambiente. Muitas empresas põem também nestes armazéns
os produtos alimentares que não necessitam de frio, mas normalmente numa
área diferente dos restantes produtos.
Armazéns

Dado os diferentes tipos de produtos que necessitam de enumeras condicionantes


quer de conservação como de movimentação o desenho de um armazém têm de
ser efetuado de acordo com estas caraterísticas e condicionantes.
 Um armazém de produtos que necessitam de frio é necessário garantir que
não hajam quebras de frio, por isso os corredores devem estar equipados com
equipamentos que permitam manter a temperatura dos produtos aquando a
sua movimentação.
 Um armazém de combustíveis ou produtos similares deverá ser estanque de
forma a que não hajam fugas de líquidos que possam originar incêndios ou
contaminar solos.
Armazéns

 Os produtos químicos como já referimos não podem ser misturados, pois


poderão desencadear reações químicas perigosas e prejudiciais para o meio
envolvente.
 Os armazéns deverão ser desenhados de forma a maximizar a produtividade
das operações, de forma a se poder ir buscar o produto certo na quantidade
certa, nas condições certas, no local certo, para o cliente certo e para
entregar na data certa ao menor custo possível!
 O desenho do armazém deverá ser pensado de forma a permitir o
acondicionamento das mercadorias nas melhores condições de segurança e de
conservação possíveis.
Armazéns

O armazém deverá ainda estar organizado de forma a permitir ter:


 Escritórios. Onde se recebem encomendas e se trata de todo o aspeto burocrático
de receção e expedição de mercadorias, assim como de outros assuntos
relacionados com o armazém.
 Posto médico. Local onde os colaboradores se devem dirigir em caso de acidente
de trabalho. E onde devem ser realizados os exames médicos periódicos.
 Balneários. Local onde os trabalhadores poderão trocar a sua roupa pessoal pela
farda, e onde poderão tomar banho.
 Casas de banho.
 Sala social. Local para o descanso dos colaboradores, e onde estes poderão
também efetuar as suas refeições.
 Armários ou sala para arrumos (de produtos de limpeza e de manutenção)
2.2 - Processos e
tarefas de 1 Armazém
As tarefas de um armazém
As principais tarefas de um armazém são:

RECEÇÃO CONFERÊNCIA ARRUMAÇÃO

EXPEDIÇÃO PREPARAÇÃO PICKING


As tarefas – A receção
Muitas empresas têm procedimentos diferentes de receção.
Mas as tarefas mais usuais são:
 Verificação de selagem do camião
 Verificação das condições de transporte da mercadoria
 Preenchimentos de registos relacionados com a receção
 Selagem do camião no final da descarga
As tarefas – A receção

A verificação do selo do camião.


Os camiões por norma vêm selados da origem, ou quando
fazem mais do que uma descarga, podem vir selados pelo
último lugar onde descarregaram. Este processo permite
saber se as portas do camião foram abertas ou não durante o
percurso. Para o efeito a empresa transportadora emite um
protocolo onde são registados os selos de entrada e saída dos
diferentes pontos onde o camião para.
As tarefas – A receção

Estes selos podem ser de plástico ou metal, ou até podem ser processos
eletrónicos:
As tarefas – A receção
PROTOCOLO DE TRANSPORTE
Data:

Local de Carga Nº Paletes selo de Saída Assinaturas

Local de Descarga Nº Paletes Selo de Entrada Assinaturas

Selo de Saída

Local de Descarga Nº Paletes Selo de Entrada Assinaturas

Selo de Saída

Local de Descarga Nº Paletes Selo de Entrada Assinaturas

Selo de Saída

Local de Descarga Nº Paletes Selo de Entrada Assinaturas

Selo de Saída

Local de Descarga Nº Paletes Selo de Entrada Assinaturas

Selo de Saída

Local de Descarga Nº Paletes Selo de Entrada Assinaturas

Selo de Saída

Local de Descarga Nº Paletes Selo de Entrada Assinaturas

Selo de Saída

Local de Descarga Nº Paletes Selo de Entrada Assinaturas

Selo de Saída

Local de Descarga Nº Paletes Selo de Entrada Assinaturas

Selo de Saída

Local de descarga final Nº Paletes selo de Saída Assinaturas


As tarefas – A receção

Muitas empresas por causa de sistemas de HACCP, têm um formulário próprio


para a receção de mercadorias. Estes formulários permitem:
 Saber quais as condições em que a mercadoria chegou ao armazém:

Temperatura
Limpeza
Condições de transporte
As tarefas – A Receção
IMPRESSO DE INSPEÇÃO À RECEPÇÃO
Data Matrícula Empresa Temperatura Verificação Camião Temp. produtos Observações Assinatura
Camião limpo
Fardamento
Arrumação
Camião limpo
Fardamento
Arrumação
Camião limpo
Fardamento
Arrumação
Camião limpo
Fardamento
Arrumação
Camião limpo
Fardamento
Arrumação
Camião limpo
Fardamento
Arrumação
Camião limpo
Fardamento
Arrumação
Camião limpo
Fardamento
Arrumação

Responável de verificação de HACCP: Data:


As tarefas – A Receção
As tarefas – A Receção
As tarefas – A Receção
As tarefas – A Receção
As tarefas – A Receção
As tarefas – A Conferência
Esta tarefa está muitas vezes interligada com a receção de
mercadorias, podendo por isso ser efetuada em simultâneo com a
receção.
Toda a mercadoria que chega a um armazém vem acompanhada de
uma guia de remessa, que indica os produtos que vão ser
descarregados. Esta guia de remessa também pode indicar o nº da
nota de encomenda emitida pelo recetor.

Assim nas tarefas de conferência devemos verificar se a carga


recebida condiz com a nossa nota de encomenda, e com a guia de
remessa. Em caso de discrepância podemos aceitar ou rejeitar a
encomenda de acordo com as regras em vigor na empresa.
As tarefas – A Conferência

Após a conferência e a receção temos de registar a entrada da mercadoria, ou


em formulário próprio (ficha de produto), ou em suporte informático num
programa próprio de gestão de stocks.
As tarefas – A Arrumação e Layout do
armazém
Depois de a mercadoria estar rececionada e conferida há que a arrumar no
respetivo lugar.

É mais fácil trabalhar num


armazém organizado, do que
num desorganizado!!!!
As tarefas – A Arrumação e Layout do
armazém
Os armazéns são desenhados de forma a maximizar a
produtividade do armazém, e de forma a respeitar as normas
legais em vigor, assim como os critérios definidos pela
empresa.

Em primeiro lugar a mercadoria com maior rotatividade, ou


seja a que se vende mais, deve ser colocada o mais próximo
possível do local de execução das encomendas, pois são
estes os produtos que se vai buscar mais vezes, logo quanto
mais perto estão, mais rápida será a execução da
encomenda.
As tarefas – A Arrumação e Layout do
armazém
ARTIGOS DE BAIXA ROTAÇÃO

ARTIGOS DE MÉDIA ROTAÇÃO

ARTIGOS DE ALTA ROTAÇÃO

ZONA DE PREPARAÇÃO DE
ENCOMENDAS
As tarefas – A Arrumação e Layout do
armazém
Outro aspeto importante é que não pode haver mercadoria pousada
diretamente no chão. Ou estão sobre paletes ou estão arrumadas nas
prateleiras.
As tarefas – A Arrumação e Layout do
armazém
Um armazém pode não ter só um tipo de produtos. Pode ter
produtos líquidos e produtos sólidos.
Por exemplo um supermercado vende sumos e bolachas.

Neste tipo de casos os produtos líquidos nunca devem ficar


por cima dos produtos sólidos pois em caso de derrame
poderão contaminar os outros. Em caso de arrumação em
altura ter os produtos líquidos por baixo.
As tarefas – A Arrumação e Layout do
armazém
BOLACHAS

ARROZ

SUMOS
As tarefas – A Arrumação e Layout do
armazém
Outro aspeto a ter em atenção na arrumação em altura, é ter os produtos mais
pesados em baixo e os mais leves em cima, para não se danificarem produtos.

Os produtos mais instáveis devem ficar por cima, pois em caso de sobreposição
com outros produtos podem não os suportar.
As tarefas – A Arrumação e Layout do
armazém
As tarefas – A Arrumação e Layout do
armazém
Temos de ter ainda o cuidado de não misturar certos tipos de
produtos.
Não colocar junto produtos químicos com produtos
alimentares. Por exemplo não colocar lixívias ou detergentes
juntos de bolachas ou pão.

Assim evitamos contaminações de produtos!!!!!


As tarefas – A Arrumação e Layout do
armazém
Quando a empresa tem mais do que um género de produtos
pode armazenar os mesmos por sectores de atividade:
 Alimentar
 Bebidas
 Bazar
 Etc
Sendo então necessário arrumar a mercadoria nos respetivos
sectores.
As tarefas – A Arrumação e Layout do
armazém
Muitas empresas comercializam muitos produtos de um
determinado sector de atividade, podem então optar
arrumar os mesmos por:
 Ordem alfabética
 Por código de material

Por exemplo as Farmácias arrumam os produtos por ordem


alfabética.
As tarefas – A Arrumação e Layout do
armazém
Na arrumação também temos de ter cuidado com as normas
de segurança e de HACCP quando se aplica.

Por exemplo os Iogurtes têm de ser armazenados entre 0 °C


e 4 °C, logo não podemos deixa-los à temperatura ambiente,
tem de ficar arrumados numa camara frigorífica.
As tarefas – A Arrumação e Layout do
armazém
Temos de ter ainda em atenção se determinado material
pode ou não pode estar em determinada área.
Se nas camaras frigoríficas não podemos ter madeira, então
se tivermos de colocar lá uma palete, esta terá de ser de
plástico e não de madeira.
As tarefas – A Arrumação e Layout do
armazém
Por último devemos ter em atenção os prazos de validade,
quando o produto tem mais do que um prazo de validade não
devemos misturar os diferentes prazos. Devemos ter em
atenção em por em primeiro lugar os produtos com a
validade mais reduzida, para serem os primeiros a serem
levantados aquando as tarefas de picking, preparação e
expedição.
De notar que muitas vezes pode ocorrer rececionarmos um
produto com data de validade inferior ao que temos em
armazém, pelo que devemos colocar o mesmo de maneira a
que seja levantado primeiro.
As tarefas – A Arrumação e Layout do
armazém
Devemos ter em atenção os espaços de arrumação, pois
produtos mal arrumados potenciam perda de espaço, que
pode ser necessário para outros produtos. No mesmo sentido
produtos arrumados em lugar errado pode originar perda de
tempo na expedição dos mesmos, pois será preciso ir à
procura dos mesmos.
As tarefas – A Arrumação e Layout do
armazém
UMA BOA
ORGANIZAÇÃO FAZ-
NOS GANHAR TEMPO,
AUMENTA A NOSSA
PRODUTIVIDADE
As tarefas – O Picking
O picking consiste na recolha das mercadorias certas, nas
quantidades certas, de forma a satisfazer as necessidades
dos clientes. Ou seja é ir ao armazém buscar os produtos
encomendados pelo cliente.
Esta atividade é normalmente usada nos grandes armazéns,
com o auxílio dos colectores de dados. Estes dizem ao
operador o que buscar e onde colocar na zona de
preparação.
As tarefas – O Picking

Ao levantarmos a mercadoria para o cliente,


deveremos ter em atenção, em primeiro lugar, que
pegamos na mercadoria correta e que está de
acordo com o pedido do cliente, em segundo que
pegamos na mercadoria cujo o prazo de validade
termina mais recentemente e os restantes critérios
definidos pela empresa no que diz respeito à
movimentação de mercadorias (FIFO ou LIFO)
As tarefas – A Preparação

Antes de expedirmos as encomendas temos de prepara-las


de acordo com os pedidos dos clientes.

E podemos efetuar a preparação de 2 maneiras:


 Efetuar cada encomenda/cliente de cada vez
 Recolher os artigos e separa-los por encomendas/clientes
As tarefas – A Preparação

Ao preparar a mercadoria para a expedição, devemos ter em conta o seu


acondicionamento, pois a mercadoria tem de chegar inteira e em bom estado de
conservação ao destino!

Os princípios a ter são exatamente os mesmos que os da arrumação:


 Colocar os produtos mais pesados por baixo,
 Colocar os produtos maleáveis em cima,
 Colocar os produtos líquidos por baixo,
 Não misturar diferentes tipos de produtos,
 Ter em conta as normas de HACCP quando aplicável,
As tarefas – A Preparação

 Ao prepararmos a mercadoria para o cliente, e salvo


indicação em contrário, devemos pegar sempre nos
primeiros artigos que chegaram ao armazém, a este
processo chama-se FIFO (“First in, First Out” – O primeiro
a chegar é o primeiro a sair)
 Existe também o processo LIFO (“Last in, first Out” – O
último a entrar é o primeiro a sair”.
As tarefas – A expedição

Após termos efetuado a preparação das mercadorias,


estamos prontos para expedi-las.
Para o efeito é necessário registar a saída de mercadorias
em formulário próprio ou em sistema informático, e elaborar
a respetiva guia de remessa ou de transporte, é ainda
necessário comunicar à Autoridade tributária (Finanças) o
respetivo envio.
As tarefas – A expedição
De acordo com o disposto no Decreto-Lei nº 198/2012 de 24
de agosto, os sujeitos passivos de IVA têm de comunicar à
Autoridade tributária (AT) os documentos de transporte
emitidos, antes do início do transporte das mercadorias, por
uma das seguintes vias:
 Transmissão eletrónica em tempo real, integrada em
programa informático e utilizando Webservice;
 Através do envio do ficheiro SAF-T (PT), exportado pelo
programa informático certificado e recorrendo à aplicação
de envio de dados disponibilizada no site e-fatura no Portal
das Finanças;
 Através da emissão direta no Portal, utilizando as
funcionalidades previstas para esta comunicação.
As tarefas – A expedição
A lei prevê a comunicação dos seguintes tipos de
documentos de transporte:
 Guia de remessa
 Guia de transporte
 Guia de movimentação de ativos próprios
 Guia de consignação
 Guia ou nota de devolução efetuada pelo cliente

In: http://www.generixgroup.com/pt/solucoes/edi-eai-
portais/comunicacao-guias-de-remessa-a-at.htm
As tarefas – A expedição

 A Portaria 161/2013 de 23 de Abril veio alterar a data de


entrada em vigor deste regime de Maio para Julho.
 Quem é obrigado a comunicar os documentos de
transporte?
Segundo o nº 10 do artigo 5º do anexo a que se refere o
artigo 10º do Decreto-Lei n.º 198/2012, todas as empresas
são obrigadas a comunicar os documentos de transporte
exceto “os sujeitos passivos que, no período de tributação
anterior, para efeitos dos impostos sobre o rendimento,
tenham um volume de negócios inferior ou igual a €100
000″.
As tarefas – A expedição

Como na receção temos de ter em conta os seguintes


procedimentos:
 Verificação do estado do camião, se está limpo, ou não,
 Verificação das condições de transporte e de
acondicionamento da mercadoria,
 Preenchimentos de registos relacionados com a expedição,
 Selagem do camião no final do processo de carga.
As tarefas – A expedição
Outro fator a ter em conta na expedição é a consolidação de cargas: criar grandes
carregamentos, a partir de outros mais pequenos e diversos, a fim de obter economia
de escala no custo de transporte e aumentar o nível do serviço ao cliente (Tyan etalii
2003).
De acordo com Ballou (2001), a consolidação de cargas pode ser alcançada de quatro
maneiras:
 Consolidação do stock: é criado um stock de produtos a partir do qual a procura é
atendida. Isto permite carregamentos maiores e até cargas completas de veículos.
 Consolidação do veículo: quando as encomendas envolvem quantidades
incompletas de veículo, então é colocado mais de uma encomenda no mesmo
veículo de modo a alcançar um transporte mais eficiente.
 Consolidação do armazém: a razão fundamental para armazenar é permitir o
transporte de tamanhos grandes de carregamentos sobre distâncias longas e o
transporte de tamanhos pequenos de carregamentos sobre distâncias curtas.
 Consolidação temporal: neste caso, os pedidos dos clientes são atrasados de
modo a que carregamentos maiores possam ser feitos, em vez de vários
carregamentos pequenos.
Outras Tarefas
Para além das tarefas relacionadas com a movimentação de
mercadorias, existem outras que necessitam de ser
efetuadas:
 Tarefas de limpeza
 Limpar chãos
 Limpar prateleiras
 Limpar instalações
 Tarefas de manutenção e conservação
 Mudar lâmpadas
 Verificar estado de utensílios e equipamentos
 Pequenas reparações
As tarefas – Registos Adicionais
Existem vários géneros de armazém, e consonante o tipo de
mercadoria que armazenam poderemos ter necessidade de
registos adicionais.
Por exemplo um armazém de frio (iogurtes, carnes,
congelados) temos de ter um registo de temperaturas para
verificar se está tudo conforme e em caso negativo serem
desencadeados os mecanismos para a resolução dos
problemas.
Em armazéns cuja a humidade é importante, terão de haver
registos desta condicionante.
Poderão existir ainda registos de controlo do ar, de poluição,
etc.
As Tarefas – O Inventário

Outra tarefa muito importante num armazém, é a realização


de inventários.
Estes servem para informar qual a quantidade e o valor dos
stocks que a empresa têm.
A tarefa pode ser realizada com o auxílio de meios
automáticos como coletores de dados ou com formulários
próprios. Em ambos os casos apontam-se as quantidades e o
local onde se contou.
As Tarefas – O Inventário
FOLHA DE INVENTÁRIO
DATA:

SECÇÃO

LOCAL CÓDIGO ARTIGO QUANTIDADE

CONTADOR:
As Tarefas – O Inventário

Depois de se ter efetuado as contagens há que registar as mesmas e conferir as


diferenças, entre o stock real e o teórico.

Quando existem diferenças pode ser necessário proceder a recontagens, para


verificar se não houve nenhum erro. Normalmente é dada nova folha para
recontagem, onde se apontam as quantidades.

Após as operações de contagens e recontagens poderá ser efetuada uma


auditoria ao inventário, com a contagem aleatória de alguns artigos. Estes artigos
podem ser escolhidos pelo auditor, no entanto à sistemas informáticos que fazem
escolha
As Tarefas – O Inventário

FOLHA DE AUDITORIA DE INVENTÁRIO


DATA:

SECÇÃO:

LOCAL CÓDIGO ARTIGO QTD. CONT. QTD AUDITADA

AUDITOR:
As Tarefas – O Inventário

As empresas podem ter políticas diferentes de inventário, podem fazer


inventários anuais, semestrais, mensais, diários. Podem fazer ainda os
inventários por secção, por família de produto, por artigo, consoante as
necessidades.

Após as tarefas de contagem, recontagem e de auditoria, o registo do inventário


deve ser impresso e assinado pelos intervenientes.
O aprovisionamento / Gestão de Stocks

A mercadoria não chega ao armazém sem serem efetuados


pedidos de encomendas. Uma empresa tem de fazer uma
boa gestão do seu stock, para evitar roturas e excessos de
mercadorias. O aprovisionamento é uma tarefa indispensável
para a gestão do armazém. Quanto melhor for o
aprovisionamento, melhor funciona o armazém.
O aprovisionamento / Gestão de Stocks

Existem 3 aspetos cruciais a ter em conta na gestão de stocks:

PRATELEIRAS
VAZIAS NÃO
VENDEM!!!
O aprovisionamento / Gestão de Stocks

PRODUTOS EM
EXCESSO É DINHEIRO
PARADO!!!
O aprovisionamento / Gestão de Stocks

AS ENCOMENDAS DEVEM
TER EM ATENÇÃO AS
VENDAS EFECTUADAS!!!
O aprovisionamento / Gestão de Stocks
Assim sendo, temos de ter várias atenções na gestão de
stocks e nas respetivas encomendas:
 Devemos ter um stock mínimo de segurança, para
evitarmos ficar sem o produto.
 Devemos ter em conta o prazo de cobertura do produto.
Isto é consoante as vendas, o produto que se tem na loja
para quanto tempo dá.
 Devemos ter em conta os prazos de entrega do
fornecedor. Se o fornecedor demora 5 dias a entregar eu
devo ter produto para este tempo. Não devo efetuar o
pedido quando acaba o produto, pois fico o tempo de
espera sem produto.
O aprovisionamento / Gestão de Stocks
 Os dias de entrega. Certos fornecedores só entregam as
encomendas a certos dias da semana, pelo que se o
produto só chega até Quarta mas o fornecedor só o
entrega na sexta, temos de pedir mais quantidade.
 A sazonalidade do produto. Por exemplo no Verão
vendem-se mais gelados que no Inverno. Em certos casos,
se houver histórico, podemos consultar as vendas do ano
anterior para um melhor pedido.
 As previsões atmosféricas. Dependendo do estado do
clima as vendas de um determinado produto podem sofrer
oscilações de procura ou de oferta.
 Mau tempo no mar origina que haja menos peixe à venda
 Dias muito quentes potenciam a venda de bebidas
O aprovisionamento / Gestão de Stocks
 Os prazos de validade. Se o produto tem um prazo de
validade reduzido não se deve encomendar grandes
quantidades, de preferência deve-se pedir diariamente o
produto.
 Os custos de armazenagem. Certos produtos podem ter
custos altos de armazenagem, pois podem carecer de
certos equipamentos para a sua conservação. Então não
devemos ter grandes stocks deste tipo de produtos.
 As diferentes unidades de medida de entrega. Muitas
vezes os produtos podem ser entregues em paletes, em
packs, em caixa ou à unidade, consoante as vendas pode
compensar pedir mais à palete ou à unidade.
O aprovisionamento / Gestão de Stocks
 Os preços e os descontos dos fornecedores. Para um
determinado produto, podemos ter mais do que um
fornecedor. Assim temos de ter em atenção qual o
fornecedor que oferece melhores condições.
 As promoções em vigor (seja do fornecedor, seja da loja)
 Quando um fornecedor faz promoções podemos ter ganhos em pedir mais
mercadoria, podendo originar mais lucro para empresa.
 Quando a loja faz promoções, a procura dos produtos promocionais aumenta, pelo
que deveremos ter stock para aguentar as promoções.

 A capacidade de armazenamento. Podemos precisar muito


de um produto mas não termos espaço em armazém, pois
está cheio de outros produtos.
O aprovisionamento / Gestão de Stocks

 O lote do produto. Às vezes o produto mais recente trás


uma embalagem nova, ou outro tipo de características
que podem fazer com que a procura dos lotes mais antigos
diminua, nestes casos deveremos tentar escoar primeiro
os lotes antigos e só depois comercializar os mais
recentes.
O aprovisionamento / Gestão de Stocks
Existem empresas que optam por ter em determinados
produtos um stock mínimo de segurança. Este stock
permitirá à empresa ter capacidade de satisfazer os
clientes durante algum tempo quando existe uma falha
de entrega por parte do fornecedor, ou quando há um
pico de venda.
Outro motivo para as empresas terem um stock
mínimo, é o facto de não quererem ter prateleiras
vazias. Assim optam por ter um stock maior, de forma a
terem sempre as prateleiras apresentáveis para o
consumidor.
O aprovisionamento / Gestão de Stocks

O contacto poderá ser efetuado:


 Presencialmente. Um colaborador da empresa desloca-se
ao fornecedor e efetua a encomenda. Ou um comercial da
empresa fornecedora desloca-se à empresa, e é feita a
encomenda.

 Por telefone, e-mail, ou fax. A empresa efetua a sua


encomenda mandando um documento ou ficheiro com os
produtos e quantidades de que necessita.
O aprovisionamento / Gestão de Stocks

 Plataforma informática. A empresa utiliza uma plataforma ou


programa informático para realizar a encomenda. Este
programa pode ser da empresa, onde o colaborador indica no
programa as quantidades de que necessita e este gera as
encomendas automaticamente ao fornecedor. Em alguns casos
pode ser o programa a fazer as encomendas automaticamente
tendo em conta os dados de vendas. Por outro lado, o
fornecedor pode ter uma plataforma informática para a
realização de encomendas. Neste caso o colaborador utiliza
esta plataforma para efetuar a encomenda. Um exemplo deste
tipo de plataformas são as páginas da internet das empresas.
O Cross Docking

Na caraterização de armazéns falamos nos armazéns “Just in


time” estes armazéns estão relacionados com o Cross
Docking.
O Cross Docking

Na prática, as operações de cross docking requerem grandes


estágios, onde os materiais são classificados, consolidados e
armazenados por pouco tempo ou não armazenados. Após esses
estágios os produtos estarão prontos para distribuição. Cross
docking é usado para diminuir o armazenamento, aumentando o
fluxo entre o fornecedor e o fabricante.
O cross docking pode ser definido como uma operação do sistema
de distribuição na qual os produtos de um veículo são recebidos,
separados, e encaminhados para outro veículo. Isso nos dá uma
clara visão de que a sincronização entre o recebimento e a
expedição de mercadorias é essencial para a eficiência, podendo
ser crítico para a viabilidade do processo.
O Cross Docking
O cross docking define-se como um sistema de distribuição, no
qual a mercadoria recebida num armazém ou centro de
distribuição, não é estocada como seria prática comum até há
pouco tempo, mas é preparada para o carregamento e
distribuição ou expedição a fim de ser entregue ao cliente ou
consumidor imediatamente, ou, pelo menos, o mais
rapidamente possível.
O cross docking consiste na transferência ou movimento dos
produtos ou mercadorias do ponto de recebimento ou receção,
diretamente para o ponto de expedição e entrega, com tempo
em estoque limitado ou se possível nulo, permitindo que os
responsáveis pelos centros de distribuição se concentrem no
fluxo de produtos ou mercadorias e não na armazenagem das
mesmas.
O Cross Docking

O Cross docking é muito usado nos grandes centros urbanos


que não permitem a circulação de grandes camiões. Assim
existe um local onde são recebidos estes produtos e
colocados em veículos mais pequenos.

É também usado pelos correios e empresas de entregas e de


logística que dispõem de um armazém central onde
rececionam a mercadoria ou a correspondência de uma área
e separam-la para entrega aos clientes ou consumidores
finais
O Cross Docking
O Cross Docking

 A grande diferença entre o modelo tradicional e o cross


docking é que no modelo tradicional as mercadorias
chegavam e eram armazenadas até solicitadas pelos
clientes, a produção era realizada para stock e empurrada
para o cliente, no cross docking as mercadorias chegam
(just in time) na medida em que o cliente já as solicitou
ou esta em vias de as solicitar, pelo que são
imediatamente processadas e enviadas, eliminando assim
a necessidade de armazenagem.
O Cross Docking

As informações mais importantes para tornar este


movimento de mercadorias são:
 Hora e data da expedição do fornecedor
 Transporte e empresa transportadora usados
 Quantidade e código de barras de cada pedido (ordem)
 Data e hora de chegada planeada
 Descrição da carga, destino, data e hora de entrega de
cada carga de cada transporte.
O Cross Docking
Vantagens:
 Redução de Tempo: sem duvida a maior de todas as Vantagens.
 Redução de custos: todos os custos associados com o excesso de stock
e com a distribuição são reduzidos, já que o transporte é feito forma
mais frequente.
 Redução de área física necessária no centro de distribuição: com a
redução ou eliminação do stock, a área necessária no centro de
distribuição é reduzida.
 Redução da falta de stock nos clientes: devido ao constante
abastecimento, em quantidades menores mas mais frequentes como
já foi referido.
 Redução do número de stock em toda a cadeia de abastecimento: o
produto passa a fluir pela cadeia de abastecimento não sendo
armazenado.
O Cross Docking
 Redução da complexidade das entregas no cliente: é realizada uma única
entrega formada com toda a variedade de produtos dos seus diversos
fornecedores, em apenas um único camião. (Devido às diferenças de produtos
isto nem sempre acontece, um supermercado recebe produtos de bazar e
drogaria e também recebe produtos alimentares e produtos congelados. No
entanto para cada tipo de grupos de produtos têm mais do que um fornecedor
e poderá receber um camião só de produtos congelados, um de produtos
alimentares e um de bazar)
 Aumento do turn - over (turn – arround) no centro de distribuição: a
rotatividade dentro do centro de distribuição, já que o sistema opera com
entregas em menores quantidades e com maior frequência.
 Aumento da disponibilidade do produto: devido ao constante abastecimento
ao cliente.
 Torna-se acessível os dados sobre o produto: devido ao uso de tecnologias de
Informação que proporcionam a comunicação entre os elos da cadeia
logística.
O Cross Docking
Desvantagens
 O custo de implementação:, só com a participação, investimento,
dedicação e esforço partilhado se pode conseguir bons resultados.
 O trabalho em equipa dos vários intervenientes da cadeia de
abastecimento é fundamental. Se em termos práticos se fala em fluxo
de mercadorias, em termos funcionais fala-se em fluxo de informação
e tanto um como outro devem ser contínuos e devidamente geridos.
 Poder-se-á dizer em termos grosseiros que a evolução para o sistema
tradicional se encontra na importância dada à troca de informação e a
coordenação da mesma com as respetivas movimentações. Pois, para
que o sistema seja verdadeiramente eficaz esse fluxo de mercadorias
deve ocorrer rapidamente evitando paragens, e para isso, a troca de
informação deve também ocorrer de uma forma célere, exata e sem
interrupções.
O Cross Docking

 Se não se verificar essa coordenação, e visto que um dos objetivos é a


redução a níveis mínimos de stocks, ora se houver um excesso de
envio de encomendas estas poderão originar um excesso de stock no
cliente que poderá não ter espaço físico de armazenamento.

 Por outro lado, como os níveis de stock são reduzidos ao mínimo a


falha de envio de uma encomenda pode-se traduzir numa rutura de
produtos para o cliente, e deste modo atingir-se a situação mais
crítica com a descredibilização do sistema e com consequências
potencialmente graves não só para fornecedores como para clientes.
O Cross Docking
Para implementar o Cross Docking é necessário:
 Parceria: Quando um membro da cadeia de abastecimento
implementa o sistema Cross Docking, geralmente os custos e
esforços dos outros membros aumentam. Por isso, todos os
membros da cadeia de abastecimentos devem ser capazes de
suportar as operações do Cross Docking.
 Confiança na qualidade: A qualidade deve ser construída e não
inspecionada, ou seja, a responsabilidade da qualidade está na
produção.
 Comunicação entre os membros da cadeia de
abastecimentos: Dados sobre vendas, pedidos, previsão de
chegada, entre outros dados, devem ser compartilhados de
forma a facilitar o planeamento de cada elo da cadeia de
abastecimento.
O Cross Docking

 Comunicação e controle das operações: Informações sobre o tipo de produto


e quando este será recebido, em que quantidade e com que destino, são
essenciais para o planeamento das operações dentro das instalações (centros
de distribuição ou armazéns) que utilizam o cross docking.
 Mão de obra, equipamentos e instalações: Como o sistema cross docking
envolve a quebra de cargas consolidadas, separação de pedidos e mão de obra
para realizar tais tarefas, deve haver espaço suficiente e mão de obra e
equipamentos especializados para a realização dessas tarefas.
 Gestão estratégica: Além de todo o planeamento, parceria, uso de
equipamentos e sistemas adequados e alterações na força de trabalho, o cross
docking requer um certo nível de gestão do trabalho, isto porque, quando
ocorrem problemas, recursos e mão de obra devem ser reorganizados de
forma a normalizar a situação sem que ocorram perdas.
O Cross Docking

Para uma boa implementação do cross docking como sistema de distribuição de


mercadorias e produtos devem ser considerados os seguintes fatores:
 A formação de uma equipa multidisciplinar e multifuncional
 Desenvolvimento de forma planeada e organizada das mudanças necessárias.
 Implementação de um programa piloto
 Implementação de teste às mudanças
 Evolução do programa piloto e implementação das mudanças
 Uma revisão periódica das operações e se necessário repetir todo o processo.
O Cross Docking

 As empresas relacionam-se num mercado concorrencial um cliente tem


fornecedores concorrentes e um fornecedor tem clientes concorrentes, pelo
que a confiança e a ética é importante nestas relações vejamos um exemplo
do mercado português da cerveja e da grande distribuição:
O Cross Docking

 O que aconteceria às relações se as empresas cervejeiras começassem a dizer


aos clientes as promoções que os seus clientes iriam fazer?
 O que aconteceria às relações se as empresas de distribuição começassem a
dizer às cervejeiras os produtos que iriam ser lançados pela concorrente?
Logística inversa

Já vimos que Logística inversa é a área da logística que trata, genericamente,


do fluxo físico de produtos, embalagens ou outros materiais, desde o ponto de
consumo até ao local de origem. (Dias, 2005, p. 205).
O armazém tem de estar preparado para realizar estas tarefas. O vasilhame tem
um custo e o seu manuseamento e conservação é importante. É necessário
devolver o vasilhame vazio para que possa ser utilizado novamente.
No entanto existem outros matérias que podem ser devolvidos ao armazém:
 Cartão
 Óleos usados
 Desperdícios
 Matéria orgânica, etc.
Logística inversa

O armazém de distribuição também pode ser a ponte da logística inversa com a


entrega doas materiais ou produtos
 A nascente do ciclo de distribuição
 A centros de reciclagem
 A centros de recuperação e tratamentos de materiais
 A instituições de solidariedade
 A centros ou lojas “outlets”
 Etc.
Logística inversa Mov. De logística
Fornecedores de Mov. De log. Inversa
Matéria prima

Fornecedor Fornecedor Fornecedor Fornecedor


1 2 3 4

Instituição de
Centro de Solidariedade
Reciclagem Centro de
distribuição
Centro de
Loja Outlet
Tratamentos
de materiais

Loja Loja Loja Loja


1 2 3 4
Tratamento da quebra

Nas atividades de operação de um armazém


existem quebras de produtos, mas o que é a
quebra?
A quebra é composta por produtos que não estão
conformes, que não podem ser aproveitados,
que estão danificados.
A quebra pode resultar de:
 Sinistros. Os produtos podem cair ao chão e partirem-se,
um camião pode sofrer um acidente e os produtos ficarem
danificados, pode ocorrer um incêndio, uma inundação,
etc.
 Fim do prazo de validade. O produto não foi
comercializado dentro do seu prazo de durabilidade, pelo
que não pode ser comercializado
 Perca de valor comercial (produtos obsoletos). O produto
é o remanescente de uma coleção que já não é usada, de
um tipo de produto que já não é usado. Por exemplo
computadores antigos que não tenham sido usados podem
já não ter qualquer valor comercial.
Tratamento da quebra

Sempre que existe uma quebra é necessário proceder-se ao


respetivo registo. Pois caso contrário não estamos a dar
saída do produto.
 Quando a quebra acontece por sinistro convém saber
como ocorreu para evitarmos sinistros semelhantes. Pois
os produtos danificados são um custo, e muitas vezes
podem fazer com que o cliente tenha quebra se stock,
pois como o produto não foi entregue, não o tem para
vender.
Tratamento da quebra

 Se existem muitos produtos que ultrapassam o prazo de


validade é porque algo não está bem. É necessário
investigar o porquê, nomeadamente as previsões de
vendas e as encomendas efetuadas, para não voltar a
acontecer o mesmo.
 Quando ficamos com muitos restos de produtos que já não
têm valor é necessário perceber o porquê de tal ter
acontecido, para não continuarmos a ficar com este tipo
de stock.
Tratamento da quebra

Para além do registo da quebra é necessário saber que


destino dar à quebra, aos produtos danificados e obsoletos,
ou fora de validade. Porque:
 Ocupam espaço físico, e espaço é dinheiro.
 Podem contaminar outros produtos. (Por exemplo iogurtes
e carnes ganham cheiros, e fazem aparecer parasitas e
larvas).
 Podem ser alvos de processos de reciclagem ou de
reaproveitamento de materiais (embalagens, pilhas,
eletrodomésticos).
3 - Equipamentos,
materiais e ferramentas
do Armazém
Os Equipamentos e Utensílios

Num armazém existem diversos tipos de equipamentos e utensílios que são


usados para manobrar as mercadorias de forma a rececioná-las, guardá-las, e
expedi-las.
Os Equipamentos e Utensílios

Estes equipamentos podem ser automáticos, semiautomáticos, ou manuais.


Podem também ser movidos de forma elétrica, por gás, ou outro tipo de
combustível.
Os Equipamentos e Utensílios

Os utensílios podem ser de madeira, metal, plástico, cartão, ou de qualquer


outro tipo de material. Estes podem ser usados como acessórios de transporte
(por exemplo caixas e paletes), como apoio à expedição ou receção (vitafilme).
Os Equipamentos e Utensílios

Existem ainda diversos utensílios que são usados para as mais variadas tarefas
existentes num armazém (arrumação, transporte, manutenção, administração,
etc.)
Os Equipamentos

As empresas fazem investimentos no armazém em equipamentos


 Estruturais,
 De transporte,
 De administração, apoio logístico e de comunicação,
 De conservação e limpeza,
 De Segurança.
Como Já foi dito, estes equipamentos, podem ser automáticos, semiautomáticos
e manuais. Podem ainda ser fixos ou amovíveis.
Os Equipamentos Estruturais

O primeiro equipamento estrutural é o armazém em si. Pois sem armazém não


faz sentido falar de armazenagem.
As empresas podem construir um armazém de raiz, podem alugar um armazém,
ou podem comprar um já existente.
Os Equipamentos Estruturais

Também é necessário o armazém ter outros equipamentos que facilitem a


operação normal do armazém.
 O cais de descarga. É importante para a receção e expedição de mercadorias.
Este deve estar construído de acordo com a atividade da empresa. Os camiões
podem encostar ao cais e os porta paletes entram diretamente no armazém,
ou os camiões ficam nos logradouros e os empilhadores carregam e/ou
descarregam os camiões.
Os Equipamentos Estruturais

Cais em que o camião encosta diretamente e os porta paletes entram


diretamente no camião.
Os Equipamentos Estruturais

Cais em que a descarga e receção não é feita diretamente pelos portas paletes.
Os Equipamentos Estruturais

Outro tipos de equipamento estruturais são as estruturas para armazenamento, a


“estantaria”.
Estes equipamentos devem ser adquiridos de forma a maximizar a produtividade
das tarefas de operação do armazém. Se a empresa trabalha com paletes, estas
estruturas devem poder armazenar paletes se trabalha à caixa, estas estruturas
devem estar aptas para este tipo de operação.
Os Equipamentos Estruturais

Os custos de logística e armazenamento representam uma grande percentagem


dos custos de operação de uma empresa, podendo representar 10%, 20 % ou mais
dos custos totais. Por isso cada vez mais as empresas optam por sistemas que
minimizem estes custos, como por exemplo os armazéns automáticos.
Os Equipamentos Estruturais

O Caso Da Unicer
Quem passa em frente à fábrica da Unicer em Leça do Balio surpreende-se com a
'instalação' gigantesca. Não é arte, mas o novo armazém capaz de receber 40 mil
paletes.
O novo armazém da Unicer terá 33 metros de altura, 122 de comprimento e 75
de largura (o equivalente a um prédio de 10 andares, com a área de um campo
de futebol).
A empresa diz que será capaz de armazenar 40 mil paletes e movimentar, todos
os dias, 12 mil dessas paletes, e implicou um investimento de 30 milhões de
euros.
Os Equipamentos Estruturais

As características deste armazém automático surpreendem a vários níveis: a


ligação entre as áreas industrial e logística será garantida por um circuito de
monorail (uma espécie de "carros elétricos", guiados por um monocarril) que irá
transportar as paletes (a Efacec é o parceiro tecnológico).
No armazém haverá dez transelevadores, com sistemas automáticos de condução
e armazenagem de paletes, no sentido de garantir uma maior eficiência na
arrumação do produto e na separação das encomendas.
Notícia Noticiada pela TSF a 06/06/2014
Máquina de preparação

Muitos armazéns poderão ter máquinas de preparação de encomendas:


 Tapetes para expedição e separação de encomendas
 Máquina de preparação de pedidos “Pick-it-Easy”
 Máquinas de embalamento
 Máquinas para colocar filme plástico nas paletes
Os Equipamentos de Transporte

Estes equipamentos são usados para transportar a mercadoria de um lugar para o


outro do armazém, do camião para o armazém e claro do armazém para o
camião.
Como já foi referido podem ser automáticos, semiautomáticos e manuais.
Este tipo de equipamento deve ser adequado ao tipo de produto operado pela
empresa de forma a maximizar a produtividade da empresa.
E aquando a sua aquisição deve-se ter em conta o peso máximo de transporte.
Os Equipamentos de Transporte

O equipamento mais barato será o “Porta Paletes”, o Mais usual é o manual, mas
também já se usam muitos elétricos. O Porta paletes normalmente tem uns
garfos na frente para poder entrar na palete podendo assim levantar a mesma
para se proceder ao respetivo transporte.
 Porta Paletes Manual
Os Equipamentos de Transporte

O porta paletes manual necessita que seja o colaborador a puxar e a exercer a


sua força, mas quando está em bom estado, permite que uma pessoa sozinha
consiga movimentar cargas pesada com 700 kg ou mesmo 1000 kgs.
Os Equipamentos de Transporte

O porta paletes manual também pode ter a função elevatória, mas é raro
encontrar este tipo de porta paletes em armazéns.
Os Equipamentos de Transporte

 Porta paletes elétrico. Igual ao porta paletes manual, no entanto evita que o
colaborador exerça força ao puxar as paletes.
Os Equipamentos de Transporte

Por vezes em alguns armazéns encontram-se carros para o manuseamento das


mercadorias, nomeadamente em caixas.
Os Equipamentos de Transporte

O stacker ajuda o colaborador na movimentação de cargas. Este tipo de porta


paletes faz com que o colaborador não tenha de exercer força no manuseamento
de paletes, pois é este equipamento que a faz. Alguns Steackers também
poderão permitir aceder a cargas colocadas em altura, funcionando da mesma
forma que um empilhador. Em alguns casos pode transportar mais do que uma
palete.
Os Equipamentos de Transporte

 Stacker puxado por um colaborador

 Stacker em que o colaborador não exerce qualquer tipo de força.


Os Equipamentos de Transporte

O staker também tem a função elevatória, mas ao contrário do porta paletes


manual, este tipo de porta paletes já é usual encontrar nos armazéns.
Os Equipamentos de Transporte

 O empilhador é um equipamento que pode sair do armazém e se tiver


matrícula pode andar inclusive na via pública. O empilhador permite
transportar paletes e coloca-las ao nível do chão ou em altura. O mais usual é
serem movidos a gás ou a gasóleo, no entanto também há empilhadores
elétricos.
Os Equipamentos de Transporte

 O retrátil. É um equipamento parecido com o empilhador. É um equipamento


elétrico, e que permite aceder a paletes em altura. São mais pequenos que o
empilhador, o que permite serem mais ágeis dentro do armazém.
Os Equipamentos de Transporte

 Para o colaborador poder utilizar o stacker e o


empilhador e o retrátil deverá receber uma formação
antes. São equipamentos movidos a motor que têm
força, e que podem provocar acidentes graves. O
empilhador como é mais rápido e mais forte que o
porta paletes elétrico, poderá provocar acidentes
ainda mais graves.
Os Equipamentos de administração, apoio
logístico e de comunicação

Nesta categoria insere-se todo o tipo de equipamentos ao apoio da operação do


armazém.
Num armazém é necessário rececionar e expedir mercadoria, para tal é preciso
haver suporte documental, como guias de remessa ou folhas de receção. É
também fundamental haver comunicação para saber o que vai chegar e o que
expedir. É essencial proceder ao registo do material deteriorado e também
efetuar inventários para se poder saber o que o armazém contem.
Os Equipamentos de administração,
apoio logístico e de comunicação
 Assim sendo os 3 equipamentos mais usuais para auxiliar nestas tarefas serão:
 Computador

 Telefone

 Fax, impressora ou impressora multifunções


Voice Picking e radio frequência

Esta tecnologia utiliza reconhecimento da fala e a síntese da fala para que os


trabalhadores possam comunicar com o Sistema de Gerenciamento de Armazém
(WMS).
O colaborador usa um computador vestível sem fio com um auricular e microfone
para receber instruções por voz e verbalmente confirmar suas ações de volta
para o sistema.
O computador wearable (coletor de dados), ou terminal de voz, se comunica com
o software de gestão de armazém através de uma frequência de rádio (RF) de
rede de área local (LAN)
Voice Picking e radio frequência

Os coletores de dados, leem códigos de barras que transmitem ao operador


diversa informação, a mercadoria a expedir, o local de destino e o local onde se
encontra no armazém.
Voice Picking e radio frequência

 Poderão existir empresas que não utilizem a radio frequência verbal, usando
somente os coletores de dados para a gestão de informação. Ou seja, o
coletor de dados indica ao colaborador, o que ir buscar, onde buscar, a
quantidade a buscar e o lugar onde colocar.
Voice Picking e radio frequência
Voice Picking e radio frequência

Este tipo de equipamentos auxilia ainda nos inventários, pois o colaborador só


tem de contar, “pistolar” o código de barras e colocar a quantidade, sendo assim
a contagem é passada para o sistema informático.
Na elaboração de guias de remessas basta “pistolar” os artigos e colocar as
quantidades e as guias saem automaticamente. Também nas operações de
receção aplica-se o mesmo sistema, entrando as quantidades no sistema
automaticamente.
Compactadoras

 Nos armazéns utilizam-se muitas caixas de cartões que são abertas e depois é
necessário enviar estas caixas vazias para a reciclagem. Para o efeito os
armazéns poderão ter compactadoras de cartão ou prensas, cujo o objetivo é
compactar o cartão para ocupar menos espaço e facilitar o envio para as
empresas de reciclagem.
Compactadoras
X-Ato de segurança

No armazém a mercadoria chega muitas vezes em caixas de cartão, sendo


necessário muitas vezes abri-las. Também as paletes chegam enumeras vezes
cobertas de filme plástico, sendo necessário retira-lo. Para estas operações é
necessário um x-ato. No entanto deverá usar-se um x-ato de segurança, pois este
vai evitar que acham cortes graves nos colaboradores.
X-Ato de segurança

Estes x-atos estão preparados para abrir só quando o colaborador os utiliza e


após a sua utilização fecham-se. Desta forma quando o colaborador arruma o X-
ato este não se corta acidentalmente, por se ter esquecido de fechar a lâmina.
As lâminas gastam-se e necessitam de ser trocadas, deverá haver um recipiente
para a colocação de lâminas usadas, para estas não irem parar ao lixo e evitarem
possíveis acidentes.
Os Equipamentos de conservação e limpeza

Um armazém carece de manutenção constante, por isso regularmente são


efetuadas tarefas de conservação e limpeza.
Para auxiliar nestas tarefas existem equipamentos próprios sejam eles de
limpeza ou de conservação. Os mais comuns de verificar são:
Máquinas de Limpeza Plataformas Elevatórias
Os Equipamentos de Segurança

Este tipo de equipamentos serve para prevenir acidentes, ou para atuar na sua
resolução. São exemplos deste tipo de equipamentos os materiais de combate a
incêndio, clínicos, de contenção de derrames, etc.
Os utensílios

Como os equipamentos, os utensílios dividem-se nas mesmas categorias,


excetuando as estruturais:

 De transporte,
 De administração, apoio logístico e de comunicação,
 De conservação e limpeza,
 De segurança.
Os Utensílios de Transporte

Como o nome indica são os utensílios que vão ajudar no transporte de


mercadoria, são usualmente conhecidos como acessórios de transportes (ATS).
Os Utensílios de Transporte

As paletes são os ATS que mais se vê nos armazéns e por norma têm um tamanho standard de 1200mm X
800mm. Sendo standard permite que seja mais fácil desenhar o espaço de armazenamento, assim como
facilita o transporte de mercadorias, pois os camiões são desenhados para paletes destas dimensões. As
paletes podem ser compradas, mas existem empresas que as alugam, este tipo de sistema é usado pela
maior parte das grandes empresas. As 3 maiores empresas são:
EUROPALETE CHEP LPR
Os Utensílios de Transporte
Poderão existir outro tipo de dimensões de paletes, para o transporte de cargas específicas, mas
mesmo assim existem dimensões standards:
800 X 600 600 x 400
Os Utensílios de Transporte

As paletes são normalmente de madeira. No entanto devido à legislação em vigor


algumas cargas necessitam de ser transportadas em paletes de plástico (artigos
de pescado, carnes, produtos que necessitem de frio pois as camaras frigoríficas
não podem ter madeira).
Também existem medidas standard iguais às de madeira. No entanto poderão
existir outras medidas.
Os Utensílios de Transporte

É ainda possível ver paletes cartonadas, ou de metal.


Os Utensílios de Transporte

Existem outros tipos de utensílios de transporte como caixas e bidões. Este tipo
de utensílio é usado para conter os produtos no seu transporte, circulando
normalmente em cima das paletes. Muitas destas caixas tem formas de se
encaixarem umas nas outras por forma a minimizar o espaço de transporte e
armazenamento enquanto vazias.
Os Utensílios de Transporte

 Os bidões são normalmente usados para o armazenamento de líquidos.


Os Utensílios de Transporte

As caixas de cartão são o meio de contenção mais usado, no entanto para alguns
produtos não podem ser usados (produto fresco a granel, líquidos por exemplo)
Os utensílios de administração, apoio
logístico e de comunicação
 Estes são todos os utensílios necessários à atividade operacional do armazém.
Vão desde a simples folha de papel e da esferográfica, aos agrafadores, aos
livros comerciais (faturas, guias de remessa por exemplo), aos ficheiros de
arquivo, agendas, carimbos, etc.
Os utensílios de conservação e limpeza

Tal como os equipamentos este tipo de utensílios servem para ajudar na


manutenção, conservação e limpeza do armazém. Este utensílios podem ser
vassouras, esfregonas, ferramentas, parafusos, pregos e até sinalética de
segurança.
Os utensílios de segurança

A segurança das pessoas é importante e para o efeito existem vários utensílios


para prevenir acidentes de trabalho ou doenças profissionais.
Este tipo de utensílios podem ser variados, e muitas vezes dependem do tipo de
armazém.
São exemplos deste utensílios, os sapatos de biqueira de aço, os casacos e os
coletes térmicos, os x-atos de segurança, coletes refletores, fatos de proteção,
luvas, etc.
Bibliografia:

 Logística e Gestão da cadeia de abastecimento; Carvalho, José Crespo


(coordenador); vários; Edições Sílabo, Lisboa 2012
 O Novo paradigma: Cadeias de Abastecimento dinâmicas; Rufino, Rui
 www.voicepiking.com
 www.wikipedia.org
 www.portogente.com.br
 www.negocios.maidigital.pt
 www.wordpress.com/2012/04/23/introducao-a-logistica-parte-11-cadeia-de-
suprimentos/

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