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Curso de Ciências Ocultas

Volume I
Etapa de Transformação

Ra Haru Kahuti

Criado em 2005

Revisto em 2012

Agradecimentos
Damos graças à Divina Providência por nos ter apoiado e inspirado na execução desta Obra.
Agradecemos também a Robert Bruce, pelo seu apoio e conselhos na direcção do ensinamento.
Agradecemos a Manuel Cardoso da Cunha, que sem a sua paciência e suporte nada teria sido
conseguido.
Agradecemos a todos os leitores e alunos que nos têm apoiado com as suas experiências e suporte.

O Autor

_________________________________________________________________________________

Prefácio
Nestes tempos difíceis nos quais o fracasso do materialismo selvagem é cada vez mais evidente,
sentimos ser necessária a libertação de alguma luz que oriente as pessoas para perspectivas mais
brilhantes e mais enaltecedoras dos valores do Ser Humano.
Nas últimas décadas, especialmente na última, após o virar do milénio, as pessoas cada vez mais se
voltaram para a prosperidade material. Estamos em plena recessão mundial, onde os valores
materiais se mostaram uma falsa segurança, perecível e sem conteúdo. Depender de algo que se pode
perder é verdadeiramente insensato e uma errónea maneira de tentar alcançar a felicidade.
É bom viver bem, é bom ter conforto material, mas depender da matéria para ser feliz é uma aposta
arriscada.
Presentemente, quase todos vemos que os sistemas nos quais a Sociedade se apoiou tão ferozmente
foram postos à prova e falharam. Confiamos nos nossos governanates e sucessivamente falharam nas
suas promessas, mativeram uma ilusão que caiu.
Neste mau bocado passado por todos os Portugueses, existe uma oportunidade oculta: Perceber que
há melhores caminhos do que o traçado até agora, que existem valores que acolhem, nutrem e
protegem quem somos, o que fizemos e para onde nos dirigimos.
Todo o Velho Continente está refém dos seus excessos materiais, da sua procura por consumo
desenfreado e desmedido. Pagámos caro por esse erro e é hora de aprender a ser mais feliz, mais
pleno, mais realizado.
Procuramos ajudar, informando, dando ferramentas e novas formas de encarar a realidade, dando
poder pessoal e conferindo capacidade ao indivíduo de se se emancipar dos padrões vulgares do
mundo.
As pessoas têm sede de bem-estar, de se sentirem realizadas e de se encontrarem, bem como de
encontrar um melhor sentido para as suas vidas.
Este sistema matou o nosso passado, porque independentemente do que estudámos e da experiência
acumulada, o futuro avizinha-se incerto, destruiu o futuro dos jovens e daqueles que trabalharam
durante as suas vidas para conseguir algo como uma pensão justa pelo valor que entregaram; destruiu
os sonhos de ser alguém, de construir uma carreira com oportunidades justas e iguais. Sem passado,
nem futuro, o presente torna-se vazio e sem sentido, fútil e desmotivador.
Perante este cenário é necessário avançar, reeducar e ajudar o nosso semelhante a encontrar
formas de ser feliz, de se preencher e de gozar em pleno o seu direito a existir.

É nossa intenção ajudar, é nossa intenção participar e procurar armar-vos de ferramentas que até
agora eram reservadas a uma pequena elite de pessoas. Estudem e pratiquem, pois esta pode bem ser
a vossa única oportunidade de se libertarem da tirania dos homens maus e prepotentes cuja força
doma a sociedade.

Bem hajam, vós que leis este livro, porque baseado em vós, e nas vossas experiências e
engrandecimento pessoal, outros seguirão o vosso caminho e também eles se libertarão da
tremenda dependência do ter e abraçarão a maior realização de ser.

Nunca foi tão urgente dar luz, nunca foi tão urgente dar esperança, numa foi tão necessário ensinar-
vos a libertarem-se para se poderem valer a vós mesmos.

Caminhai, lutai e fazei ouvir a vossa voz. Despertai e movei-vos porque o Caminho dos Felizes é
o Caminho dos Homens Livres.

A todos desejamos muita luz e que o vosso porvir seja sorridente e inteiramente vosso.

Ra Haru Kahuti

Porto, 7 de Janeiro de 2013

- Considerações preliminares

Nesta nota introdutória explicamos ao leitor aquilo que ele deve esperar desta obra e a forma como
ela está organizada.

Este Curso está tripartido em várias etapas distintas.


-Etapa de Transformação - Curso de Ciências Ocultas Vol.I

-Etapa de Aplicação - Curso de Ciências Ocultas Vol.II

-Etapa de Sublimação. - Curso de Ciências Ocultas Vol.III

No primeiro Curso vai fazer o seu investimento, desenvolvendo as suas ferramentas de trabalho.

No segundo, vai aplicar e ganhar conhecimento prático dessas ferramentas.

No terceiro Curso vai usufruir do seu novo poder e ganhar sabedoria sobre todo processo. Vai poder
regressar aos primeiros livros e ampliar largamente todos os resultados dos exercícios que fez.

Invista tempo e trabalho nos primeiros ensinamentos deste Curso tripartido. Pratique cuidadosamente
e assiduamente os seus exercícios.

Na segunda etapa aplique as capacidades que desenvolver para continuar a sua transformação e para
compreender bem o uso daquilo que conseguiu.

Pratique e aplique. Assim, na terceira etapa de ensinamentos, colherá resultados extraordinários que
modificarão drasticamente a sua forma de viver e de ver a vida.

É importante que aplique os seus conhecimentos. Necessita de desenvolver uma base subconsciente
fiável, para ser bem sucedido naquilo que aprende.

Só a aplicação coerente e a obtenção de resultados apreciáveis é capaz de remover a dúvida.

Quando trabalhamos magicamente, a nossa mente agrega a esse trabalho um conjunto determinado de
convicções, que funcionaram como potenciadores necessários ao trabalho mágico.

A magia funciona pela criação de agregados energéticos que serão explicados em capítulo próprio,
no Segundo volume. Esses agregados são compostos por vários pensamentos e ideias deliberadas,
que acompanham o acto mágico e o porquê da sua realização, bem como por formas pensamento
associadas à ideia do misticismo propriamente dito.

Se não existir uma base sólida de onde o resultado seja a prova do trabalho, a mente, por muito que
queira acreditar, manterá resguardos nos níveis sub e inconsciente, que trabalharão contra o próprio
operador, prejudicando os efeitos da sua acção.
Sabendo isto, organizámos o Curso de forma a construir uma boa base de trabalho, aliada a
experiências irrefutáveis que ajudarão o místico a suportar as suas convicções com experiências
observáveis e perceptíveis.

Esperamos que a organização seja do agrado do leitor. Procurámos evitar temas muito complexos e,
sendo estes indispensáveis ao ensinamento do livro, buscámos sempre explicações claras e
objectivas. O segundo capítulo do primeiro volume faz a excepção, pois o tema debatido no mesmo
não pode ser mais simplificado sem recorrer a alegoria figurativa. O Terceiro volume é bastante
mais avançado, mas caso o leitor siga fielmente os seus exercícios, estará preparado para o
compreender.

Não utilizámos linguagem metafórica no livro para desmistificar a inacessibilidade da mística,


fenómeno, cada vez mais corrente nos tempos actuais.

Siga os conselhos dados e terá boas possibilidades de obter sucesso em tudo o que ensinámos.

Se não cumprir as instruções e saltitar pela mística, não obterá resultados apreciáveis. Encontrará
dificuldades, frustração e ira. Provavelmente dirá que a mística é uma fraude. Para poder fazer um
bom juizo de uma vertente mísitca o praticante deve testá-la e experimentá-la cuidadosamente.

Introdução.

“Eram 22:30h e o vento soprava moderadamente. A noite, destoando das anteriores, mas fazendo jus
à sua época, estava densa e chuvosa. As nuvens altas ocultavam uma lua cheia que brilhara por três
noites seguidas. O Local era mágico por si só. Um céu escuro com um reflexo azul, provocado pelo
brilho do luar, cobrira a floresta na véspera do encontro deste dia. Algumas nuvens passageiras,
brilhando à luz da lua, anunciavam mudança no aspecto da abóbada celeste.
Após se ter reunido, o grupo de três homens havia caminhado até ao interior de uma pequena floresta
litoral. Todos estavam em jejum rigoroso, perfeita castidade e exaltada oração. Os banhos frios no
mar tinham enrijecido as carnes e fortalecido o espírito. A água estivera especialmente fria nessa
noite. Mesmo para um dia de Fevereiro no Norte, 4ºC são um desafio, até para Iniciados treinados na
arte do auto controle.
Envergando as suas túnicas brancas, traçaram o círculo. As luminárias foram acesas, cada uma no
seu ponto cardeal. A luz das tochas conferia um aspecto místico ao local, uma clareira ladeada por
árvores e arbustos, cuidadosamente ocultada pelos Iniciados.
O segundo assistente prepara as brasas e o incenso. Após alguns minutos de oração ao Centro de toda
a Criação, o Iniciador lança incenso resinoso ao carvão em brasa. Respeitosamente, os Iniciados
voltam-se para Leste. Chegara o momento de encantar os Silfos, criaturas mágicas que regem o
Elemento Ar.
Uma nuvem de incenso infundia o ar de um aroma quase inebriante. Com comandos precisos o
Iniciador ordena aos Silfos que executem as suas ordens. A voz do Homem Mortal vibrava agora
com autoridade Divina. O incenso executava as proezas mais incríveis, varrendo o grupo em
bênçãos. O próprio ar animara-se e ganhara vida, seguindo fielmente as indicações do Misterioso
Iniciador.
Os dois assistentes, eles próprios Iniciados, seguiam o ritual atentamente, com um misto de respeito e
espanto. Pelas suas faces concluía-se que já estavam habituados ao território do esotérico e
paranormal, pois o seu assombro não era espelhado na expressão
A importância da Cerimónia era óbvia e a seriedade em todos os participantes absoluta. Não existia
temor nas suas faces, embora soubessem que o Mal poderia encontrar caminho para os enfrentar
nesta arriscada operação. Já tinha sido comentado que, num ano anterior, sons aterradores e luzes
comportando-se de modo estranho tinham levado o Iniciador a redobrar a protecção da prática.
Aliás, mesmo nas preparações desta prática, algo de perturbador já tinha ocorrido. A bizarria destes
fenómenos não parecia demover a intenção de prosseguir com a Operação. Com determinação,
sabedoria, bravura e discrição os três homens estavam determinados a dar cumprimento à sua tarefa.
Repentinamente, uma chuva ameaçadora começou a cair. O fumo aumentou demonstrando a luta dos
elementos dentro do fogareiro. Mais uns instantes de chuva e a operação da noite seria gorada na
totalidade. Todo o trabalho de preparação, as longas horas de oração, o estrito jejum e todos os
restantes sacrifícios feitos por vários dias, pareciam ser agora ser deitados por terra aquando a
intervenção de algo tão banal e ordinário como a chuva. A prática deveria prosseguir, mas a chuva
começara. O facto não seria de estranhar e este receio já assaltara o grupo. Afinal, era Fevereiro e no
hemisfério Norte este é um mês de pleno Inverno. Impiedosamente, a chuva desatou a cair e o receio
era, no fim de contas, fundamentado. Estava pegada). Os assistentes não esconderam a sua
inquietação. Um aspecto sombrio surgiu em ambos os semblantes. Fitaram o Iniciador. Parecia que
depositavam uma réstia de esperança neste homem. Este último, olhando o céu, elevou de novo a sua
voz. As ordens eram explícitas, o Comando, Divino e terrível: a chuva deveria parar imediatamente!
Parar e só começar exactamente após o encerramento do Círculo Mágico. Com uma voz forte, os
espíritos dos elementos foram admoestados e instruídos. Só assim a operação poderia continuar.
A chuva era necessária, mas valores superiores se levantavam. Era a hora de invocar o Poder Divino
que brilha dentro do ser Humano, herdeiro do espólio de seu Pai: Deus.
Com um brado forte, aquele estranho homem ordenou à chuva, que parasse naquele mesmo momento
e só reatasse aquando o encerramento do Círculo Mágico!”

Perante uma tão insólita narração, o leitor de “bom senso” sorri!...


Tal pessoa não deveria merecer o crédito do mais ingénuo dos homens. Tolo será aquele que fala
com a chuva e pensa poder deter a sua queda numa noite de inverno. Para pior, não só ordena que
pare, como marca hora para o seu começo!... Decerto que o jejum toldara o seu discernimento e lhe
enfraquecera a razão...
Mas, os Iniciados mantiveram a seriedade. Seriam eles tão ingénuos, ou tão crédulos que pudessem
crer naquele homem que ordenava à chuva?! Pensariam eles, todavia e a despeito de todo o bom
julgamento, que a chuva iria mesmo parar?

“E a chuva parou. Parou e não mais caiu, «nem uma gota sequer», tal como ordenado, até de novo
começar logo que se encerrou o Círculo, símbolo de protecção mas também da Omnipotência.
A prática concluíra-se e os Iniciados regressaram às suas casas. Voltaram à cidade, à vida do mundo
dos Homens. Mas dentro deles arde a chama que grita «Eu Sou!» afirmando a verdadeira existência
do Homem como ser perene, Filho do Universo.”
Caminham os Magos entre nós, ou terá o Autor desejo de apreciar um momento de riso imaginando
os crédulos leitores desfolhando este livro?
O que foi relatado teve lugar em Fevereiro do ano de 2003, da era Cristã, calendário Gregoriano, em
local que preferimos não revelar para proteger a integridade daquela bela mata.
Relato o que vimos, pois nós mesmos presenciámos o facto que vos contámos.
Os Magos caminham entre nós, discretos, mas presentes. São poucos e raros, mas possíveis de
encontrar.
O Homem é o herdeiro da Criação e um Filho da perfeição.
Muitos homens têm fome deste saber. Procuram encontrar respostas claras para os seus anseios.
Deixamos esta obra, tripartida, como referência e ponto de partida para aquele que quer procurar e
encontrar o Antigo Caminho dos Magos.
Ela está escrita num estilo simples e não literário para que a média do leitor possa encontrar
respostas claras e objectivas às suas inquietações.
Este Curso é, basicamente, um guia prático.
Não prometemos que o leitor se transforme num taumaturgo, não com uma simples obra, pois tal não
seria possível. Pretendemos sim, que ele encontre o caminho para essa Ciência acima de todas as
outras: A Alta Magia.
Obras mais avançadas serão libertadas pelo mesmo autor, em seguimento desta mesma.
Os assuntos estão cuidadosamente ordenados, de forma a possibilitar-se ao leitor o seguimento de
uma didáctica concisa e ordenada.
Aconselhamos que pratique cada exercício meticulosamente, não avançando para o exercício
subsequente sem, previamente, ter dominado o anterior.
Para aquele que praticar o que aqui é ensinado, está reservada uma mudança em vários níveis.
Obstando ao pessimismo vigente, a transformação de quem escolhe uma via através da qual se possa
concretizar a aspiração de se tornar num ser humano melhor e mais perfeito, mais capaz e mais feliz,
é possível. Mas, para isso é necessário que o leitor faça uma escolha.
Uma escolha envolve uma atitude, um acto. Faça da sua primeira escolha a preparação de um lugar
onde realizará as práticas descritas pelo Autor. Algo bem simples servirá para os primeiros
propósitos. Um colchão, uma cadeira num canto limpo e arrumado, uma divisão inteira, para os mais
afortunados, mas sempre um local que seja considerado especial a partir de agora.
A sua mente deve associar esse local a este tipo de estudos. Crie-o, faça-o com estima e cuidado.
Quanto mais empenho depositar neste primeiro passo, maiores serão os benefícios que colherá.
Esse local será o seu posto de controlo. Controlo de si próprio e, posteriormente, daquilo que o
rodeia.
Um bom estado interior leva a uma vida condizente com o mesmo.
Para preparar este lugar necessitará apenas de uma mesa pequena que lhe dê pela cintura, uma
cadeira, ou um colchão, uma toalha branca e limpa. Uma vela, com um candelabro e nada mais, por
agora. Quererá ter roupas folgadas e brancas para executar os exercícios recomendados.
Se não dispuser dos itens referidos, provisoriamente, pode mesmo estender um lençol no chão e
sentar-se numa simples almofada. A vela, representação da Luz e do Conhecimento, deverá estar
presente. Para além do mais, uma vela emite uma luz calmante e não perturbadora.
Enquanto segue este Curso, o leitor pode imaginar-nos, se o desejar, como o vosso professor
espiritual, ou apenas como um novo amigo que acabou de entrar na sua vida. Temos experiência em
liderar grupos Inciáticos, pois já lidamos com esse mundo há mais de uma década. Se nos permitir,
vamos orientá-lo, passo a passo, rumo a uma vida mais rica e mais plena em todas as acepções.
Ao longo do Curso, vá praticando ordenadamente, de acordo com as instruções que damos, sendo
sempre sincero e respeitando os seus limites e predisposições.
Registe os seus resultados, se o desejar.
Asseguramos ao leitor que, muito em breve, desfrutará de experiências, no mínimo, interessantes.
Ao adquirir este Curso deu um passo importante para melhorar a sua vida, porque fazendo estas
práticas adquirirá dons excepcionais, úteis em variadíssimas situações.
Recomendámos que siga o seu estudo ao longo destas três obras e, sem dúvida, no término das
mesmas será um ser mais perfeito e capaz.
Pretendemos aumentar as suas capacidades de concentração com métodos que o ajudarão em vários
aspectos da sua vida, fazer crescer o seu poder e magnetismo pessoal de modo a que irradie mais luz,
saúde e felicidade. Por fim iniciá-lo-emos na Arte Mágica, ajudando-o a vencer os desafios da vida
com ferramentas práticas e acessíveis.
Como muitos, sente-se cansado de ter uma vida ditada por outros. Assume, o caro leitor que vivemos
num País livre? Esse País não existe em nenhum lugar do mundo.
Quando nascemos, somos educados até aos sete anos a obedecer cegamente aos pais, na adolescência
somos forçados a estudar numa escola escolhida por outros, com matérias que nos são impostas, não
existe opção, nenhuma! Seguidamente temos de nos sujeitar a normas sociais para ter um emprego,
obedecer a um patrão, ou satisfazer caprichos de clientes, ter os impostos em dia, mesmo que não
saibamos para que servem, ou mesmo que não concordemos com eles. O Governo assume o papel
dos nossos pais, e escolhe por nós, “aquilo que é melhor”… Mas melhor para quem??
As esferas do poder decidem as suas regalias, a sua reforma, quanto desconta, quando recebe. Se tem
um problema de saúde é o Estado que decide a melhor Medicina para o tratar. O leitor paga impostos
e subsidia o Estado, mas isso não lhe dá o direito de escolher quais os medicamentos que quer ter
comparticipados e, muito menos, lhe dá acesso a outras Terapias que possam ser da sua preferência.
O Estado, a sociedade, as esferas políticas e financeiras estrangulam 90% da população. E mesmo
eles não são livres, porque toda a vida lutam pelo poder.

A combinação do ensinamento ministrado, se correctamente praticado, vai alargar os seus horizontes


a uma vida num nível diferente, mais profícuo e menos redutor.
Sintetizando, os conceitos de felicidade e liberdade estarão cada vez mais próximos do leitor à
medida que este avance nos capítulos da obra.
Ele aprenderá a ajudar-se e a ajudar aqueles que o rodeiam de uma forma mais ampla e, talvez, mais
eficaz.
Aquele que cumprir com o que expomos, verá uma melhoria da sua saúde e um aumento das suas
capacidades curativas. Com isto não queremos dizer que deixe de consultar um especialista, mas sim,
que disporá de técnicas acessíveis para auxiliar qualquer processo de cura, ou mesmo de conseguir
uma cura total de certos casos pontuais.
Como director do Centro Physis - Centro de Medicina Bioenergética, possuo experiência na área da
cura bioplasmática, ou seja, alívio de doenças sem qualquer administração de medicação. Claro que
neste manual não se pretende tornar o leitor num técnico. Visamos oferecer uma serie de métodos que
ajudarão aquele que as pratique a caminhar rumo a uma saúde holística, apostando preferencialmente
na prevenção da doença, tratando também a doença já instalada. Mais uma vez, referimos que só o
praticante avançado pode dispensar ajuda externa especializada.
Nos campos da Magia, o leitor encontrará formas positivas de ampliar o seu raio de acção, podendo
transformar a sua vida gradualmente, preenchendo-a de frutuosas realizações e de novas esperanças.
Mas, para que o exposto seja uma realidade, remontemos à escolha aconselhada atrás. Este pode bem
ser o ponto de inflexão da sua vida. Realize. Execute. Escolha, mas saiba escolher. Decida-se e aja!
Estaremos consigo a cada passo. No final de cada livro fica uma secção de contactos úteis para o
estudante. Lá, poderá encontrar formas de seguir os seus estudos, se o desejar, ou mesmo de obter
apoio no que já se encontra a fazer.
Não existem barreiras à execução do que é ensinado neste livro, senão aquelas que impuser a si
próprio. Definitivamente, as barreiras auto-impostas são as mais difíceis de superar. Normalmente,
isso acontece porque não as vemos. Alegamos não ter tempo no momento, ou precisar de dinheiro,
talvez mesmo afirmar que não temos jeito para estas coisas, ou, simplesmente que não acreditamos. É
lastimável que muitos não se enfrentem nem se encarem.
Mas o leitor deu um passo em frente, porque está a ler estas linhas e sentirá o seu poder, o leitor
sério vai iniciar e finalizar este curso, porque se tem este livro nas suas mãos já soube optar.
Para os refractários, o refúgio daquilo que é novo e diferente, por isso atemorizador, pode bem ser
uma atitude de superioridade sarcástica, que não vale mais de um centavo, pois só o experimentador
pode chegar a conclusões sobre as matérias que abordou e estudou profundamente. Todos os que
riem da mística sem a conhecerem de perto, assemelham-se a “treinadores de bancada”, que criticam
a táctica do Seleccionador Nacional. É certo que existe pelo mundo muita “banha da cobra” e muito
“Xamã” inescrupuloso que somente visa o dinheiro dos crédulos que o consultam, mas pensar que
todos são assim e que o Ocultismo se resume a esse tipo de gente é a mesma coisa que pensar que
toda a medicina se resume à aplicação de pensos rápidos em feridas profundas... Um mau médico não
caracteriza a medicina, assim como um mau engenheiro não caracteriza a engenharia. Um místico
indigente e charlatão não caracteriza a mística, muito antes pelo contrário, é daninho e prejudicial
para a imagem da mesma.
Nesta obra não tratamos de assuntos de feitiçaria vulgar, nem de mezinhas para aliviar “males”.
Falamos do crescimento interior do ser humano como Homem. Neste Curso aprenderá a libertar
correntes mágicas extremamente poderosas que até então não lhe pareciam possíveis.
Falamos da Chave do Poder de todos os Tempos. Algo com um nome sonante, mas presente dentro de
cada homem. Investido com esta Força, que aprenderá a descobrir e a manejar, certamente dotará a
sua vida de elementos positivos e edificantes.
Dizemo-lo imodestamente: todo e qualquer um que puser este livro em prática verá a sua vida mudar
mais rápida e positivamente do que muitas outras pessoas que frequentam grupos motivacionais e de
auto ajuda, usando técnicas psicológicas.
Afirmamos, sem pejo, que aquele que realmente praticar estas técnicas e for dotado de uma
inteligência e sensibilidade médias, terá um novo rumo no prazo de um ano.
Os leitores dotados, ou aqueles de máximo empenho, poderão ver a sua vida mudar num espaço
ainda mais curto.
O Curso de Ciências Ocultas oferece técnicas de libertação de Forças magníficas que residem em
cada ser Humano. Elas podem e devem melhorar a sua vida.
Siga estes estudos com confiança pois eles só lhe trarão benefícios comprovados pela experiência de
vários místicos autênticos.

O Autor

O Caminho Aberto

É justo começarmos este Curso explicando aquilo que será revelado por ele.
O método aqui exposto é seguro e acessível, sem necessidade de treino muito intenso. O que
revelaremos é aquilo que o público em geral pode aprender e executar.
Para realizar todo o trabalho neste Curso não são necessárias capacidades especiais, ou dotes de
nascença. Qualquer ser humano, independentemente do seu sexo, raça, ou cultura poderá empreender
o que será ensinado.
Não exporemos a totalidade dos mistérios, nem mesmo as técnicas empregues dentro dos verdadeiros
grupos de Alta Iniciação.
Justificamos a nossa decisão explicando que tais trabalhos necessitam de um empenho e dedicação,
geralmente, acima daquele que o leitor médio deseja dispender no estudo e prática de assuntos como
os abordados nesta obra.
Este é um curso para o homem do dia a dia. Mas nele, a pessoa comum pode superar-se e,
certamente, questionar-se. O Curso de Ciências Ocultas oferece uma recompensa do tamanho do seu
empenho e da sua tenacidade. Os resultados só dependerão do leitor. Daquilo que já é, grande ou
pequeno; e daquilo em que se tornará.
Naturalmente, que existem outras razões para o segredo das doutrinas Iniciáticas, razões essas que
repousam na teoria da formação das Mentes-Grupo, as quais não devem ser partilhadas por
dispersarem a sua força e absorverem influência de pessoas menos preparadas.
Em ambos os casos, a Ordem que revele abertamente os seus segredos e técnicas terá dado o
primeiro passo para a sua extinção Iniciática, como todos os verdadeiros Magos o compreendem.
Não exporemos a complexa Teoria das Formas Pensamento e Mentes Grupo neste livro, mas
assinalamos ao leitor comum, que esta é uma razão perfeitamente válida para o segredo. Pela mesma
razão, o leitor deverá reservar o sucesso das suas práticas e a sua evolução para si mesmo, ou, pelo
menos, para um grupo de pessoas restrito e da mais alta confiança.
Certos mistérios não podem ser revelados sob a forma de um livro pela sua própria natureza e
conteúdo. Existe a falsa ideia que é «necessário proteger os Mistérios dos profanos». Entendemos
esse ponto de vista, substituindo, porém, a palavra profanos por profanadores, ressaltando, inclusive,
já termos lidado com profanos mais respeitosos e correctos do que alguns iniciados de baixo e médio
grau, mas partilhamos da ideia precisamente inversa à exposta. Afirmamos: É necessário proteger os
profanos dos Altos Mistérios, não o contrário.
As razões condutoras à afirmação anterior assentam na poderosa influência psíquica e somática que
certo tipo de operações exerce sobre aqueles que as põem em prática.
O Caminho Aberto é, portanto, uma via acessível, clara e sem riscos elevados, que qualquer pessoa
de inteligência mediana e simples bom senso pode percorrer.
O Caminho Restrito, ou Iniciático, está e sempre esteve, reservado àqueles que desejam entregar a
sua vida ao Misticismo. Se o leitor se julgar dentro dessa última categoria, não desanime, pois não
há ninguém só neste mundo. Todos estamos sob a supervisão da Divina Providência que, na sua
inefável Sabedoria, saberá o momento certo para o levar ao Caminho do Adepto. Talvez este mesmo
livro seja uma preparação, uma barcaça que o leva através da bruma até quem, um dia o possa
apresentar aos mais elevados mistérios.
Quando o discípulo está pronto, o Mestre aparece.
Neste Curso, o que vai aprender é de fácil realização. Com algum treino e perseverança poderá
atingir todas as metas por nós propostas.
Esta senda não é perigosa nem ladeada pelo Mal, que espreita para derrubar o Aprendiz. Esse outro
Caminho não é para ser feito só. Tolo é aquele que pensa traçar o Caminho Iniciático sem uma
Corrente de Força. (Poder gerado por um grupo de mentes unidas num objectivo comum.)
Avance com confiança, abrace os conhecimentos oferecidos e terá já alcançado um patamar
satisfatório. Desse ponto em diante, a sua visão da realidade poderá ser filtrada por uma lente
convexa o suficiente para alargar o seu horizonte. Nessa altura, assim que completar o que ensinamos
nesta obra, poderá sentir o apelo do Invisível, a voz que sussurra nos confins dos seus sonhos mais
bizarros, onde a realidade parece saída de um quadro de Böch, ou de Joffre.
Uma luz quente e iluminadora poderá aquecer a sua vida e trazer esperança onde antes ela não
morava.

Seguindo agora em termos práticos, naquilo que pode e deve fazer nesta altura do seu processo,
continuemos.
Assumimos que já tenha feito a sua escolha, o que implicou a criação de um local onde seguirá este
Caminho. Assim, a nossa segunda sugestão, indicará a leitura deste livro nesse Local.
Quando estudar esta obra, faça-o nesse sítio especial. Vamos chamar a esse sítio o Laboratorium,
isto é, laboratório. Esta palavra decompõe-se em duas, Lab (lat.: Labore) e oratório (lat.:
Oratorium). Labore significa trabalho, Oratorium, é o local de oração. Laboratório é o Sanctum Situ
dos antigos Alquimistas, cuja verdadeira ciência era a Iniciação, velada para os estranhos à Grande
Obra.
Esse é o seu local de Trabalho Sagrado, de trabalho e de oração. De ora em diante passaremos a
chamar-lhe Laboratorium.
Cuide desse sítio, mantenha-o sempre asseado. Coloque um pau de incenso a arder num apetrecho
próprio. Sândalo ou Jasmim são adequados, Olíbano, Alecrim, Mirra, ou Rosa são escolhas a
considerar. Pode usar um turíbulo com carvão litúrgico e pulverizá--lo com incenso propriamente
dito. Não use incenso em demasia e, muito menos, uma pastilha inteira de carvão. Para o efeito uma
pequena fracção servirá. Esse acto vai purificar a atmosfera mental desse local e vai criar uma
ligação a nível subconsciente entre o espaço e o operador. Estamos a programar a sua mente a
assumir um estado específico, condicionando-a através da estimulação de vários sentidos.
Pode, também, colocar uma música suave que inspire o leitor a um estado reflexivo. Se preferir as
áreas clássicas aconselhamos Heindel, Tchaikovski, Mozart, Wagner, ou Pachelbel. Se gosta de algo
mais recente, recomendo Lesiem, Enya, ou sons da natureza, todavia. Muitos CD’s New Age, de
relaxamento, embora possuam construção musical simples, podem ser apropriados.
Assim, a estimulação é quase completa, visual, com a vela, auditiva com a música, olfactiva com o
incenso e táctil, por assim dizer, com a almofada e a mesa. Tudo isto é muitíssimo simples, assim que
se tenha um cantinho com uma almofada, uma mesinha, uma caixa de paus de incenso, e um aparelho
de som. Falta-nos apenas cumprir um sentido, o paladar.
Ter o paladar educado é um bom conselho que damos a todos os que desejam seguir firmemente na
Mística. Apreciar apenas sabores excessivos e não saudáveis não é algo que recomende. Mas sobre
isto falaremos mais adiante.
Para avivar o paladar quando vai praticar, vindo de um dia de trabalho, com todas as suas
conturbações usuais, recomendamos uma infusão quente de ervas. Menta é uma excelente escolha. Se
preferir o chá e não for demasiado sensível ao seu efeito estimulante, pode optar por uma bebida de
qualidade. Aconselhamos um chá oriental (o típico Ceilão é adequado), ou o conhecido Earl Grey. A
mistura do óleo de Bergamota com o paladar do chá confere um aroma exótico e agradável.
Essa pausa para o chá é muito apreciada pelos japoneses Zen, sendo feita segundo um ritual preciso e
elaborado. Para os efeitos que determinamos, apreciar um chá na calma de um ambiente suavemente
iluminado, com um aroma perfumado no ar, escutando uma melodia inspiradora é, por si só, um
momento místico! É também uma pausa merecida na rápida vida quotidiana.
Limitamo-nos a dar sugestões construtivas, no nosso ponto de vista, para criar uma separação, na
mente e corpo do leitor, entre a vida comum e o seu recanto místico, mas, segundo o seu gosto,
poderá fazer alterações ao que foi recomendado.
Este momento de transição da vida comum para a vida mística é importante, como perceberá cada
vez que não o realizar adequadamente.
Existem muitas outras formas de fazer essa transposição, mas esta é uma bem simples e eficaz, ao
alcance de qualquer pessoa.
Vestir uma túnica consagrada e entrar em oração num Templo ricamente ornamentado, ao som de
cânticos e orações é outra forma, mas supomos que o leitor ainda não dispõe deste tipo de meios!...
Como já afirmámos, os métodos entregues neste Curso, são de fácil execução e possuem uma
característica principal: resultam.
Pela sua própria experiência aperceber-se-á do que escrevemos nesta linha.
Para além do mais, com as explicações dadas em capítulos próprios, verá o porquê de utilizar estas
pequenas ajudas mentais para encetar um estado contemplativo.
Neste momento deverá concentrar toda a sua atenção em obter aquilo que foi explicado. De novo:

1-Uma almofada ou uma cadeira


2-Uma mesinha
3-Uma toalha branca
4-Um castiçal e uma (ou várias) vela(s) branca(s).
5-Um aparelho de som. (leitor de CD’s, se ainda não possuir um.)
6-Um CD de música relaxante. (Se ainda não possuir nenhum)
7-Um pacote de incenso e um pequeno incensário. (À venda em lojas próprias, ou em hipermercados)
8-Um bule de chá e uma chávena (Se não tiver nenhum).
9-Sugerimos uma roupa branca folgada e limpa (só para este efeito, claro.)

Este é o segundo processo da aprendizagem do estimado leitor. Cumprindo criteriosamente aquilo


que aprende, ser-lhe-á garantida uma progressão viável e segura dentro desta área de estudo.
Assim que o leitor tiver o seu Laboratorium preparado, regresse ao livro. Seja breve, não dispenda
muito tempo. Todos os items recomendados acima são de fácil aquisição. Se não possuir uma
aparelhagem, para pôr a música, poderá comprar um leitor de CD’s portátil, ou mesmo tocá-los no
computador. Hoje em dia esse equipamento é apresentado a preços bastante convidativos.
Caso não exista mesmo possibilidade de ter este espaço, então deverá estender um pano branco
sobre a sua cama. Aí dispensará a mesa. Mas, todo aquele que possuir outra possibilidade, se estiver
a considerar esta, acaba de cometer a primeira negligência na sua progressão mística. Há que
procurar um mínimo de seriedade, mesmo não sendo ainda um Iniciado. Só assim será possível a
obtenção de alguns resultados.
O primeiro exercício é este mesmo: adquirir e preparar o seu Laboratórium.
Determine um dia para fazer essas pequenas compras e execute. Seja prático e eficaz.
No próximo capítulo faremos algumas explicações preliminares antes de começar com o trabalho
místico própriamente dito.
-Deus, Deuses, Anjos e Homens.

Antes de começar o trabalho místico impõem-se algumas considerações preliminares.


Não procuraremos entrar profundamente nos Mistérios numa obra deste tipo, tendo, todavia, que
clarificar alguns conceitos para tornar as técnicas deste Curso acessíveis ao leitor.
Os esquemas mentais de cada um condicionam o seu tipo e nível de prática pelo que a abertura e
clarificação dos mesmos deve ser feita quanto antes.
Deus? Quem é Deus? O que é Deus?
Aquele que souber a resposta a esta questão, ou é um Mestre Iluminado, ou um tolo.
Certamente, diremos o que Deus não é.
Deus não é ninguém. Não há alguém a quem se possa chamar Deus. Não há sítio onde Deus resida,
nem tempo onde Ele tenha nascido.
Deus não está em todo o lado. Deus é todo o lado. O Universo e tudo para além dele são parte de
Deus. Deus é o mar de todas as consciências e a primeira delas todas.
Não podemos apontar alguém e dizer: aquele é Deus, pois Deus está em todos nós. Nós Somos Deus
e o leitor também. Apenas temos de melhorar esta nossa aproximação. Quando a compreensão e
vivência deste axioma for perfeita, o que envolve uma grande expansão da consciência, então, o
homem diviniza-se. Seres como Jesus Cristo, Krishna, Babaji Nagaraj, Gautama Siddharta, São
Francisco de Assis, entre outros, compreenderam estas afirmações na prática. Tornaram-se unos com
Deus, logo Deus Ele mesmo. Diga-se que, mesmo na União Divina, há vários níveis de perfeição na
mesma, portanto, vários graus de Mestria.
Quando o leitor olha a noite estrelada e a imensidão do espaço, veja Deus como tudo o que consegue
ver e sentir. Deus está dentro de si e está fora de si. Mirando a abóbada celeste podemos
experimentar uma sensação de humildade, mas ao mesmo tempo de poder.
Deus é Tudo. Cada um é parte do Tudo, logo parte de Deus. Deus não está distante, muito pelo
contrário, está mais perto do que o comprimento do seu braço.
Tenha esta ideia presente pois o primeiro passo da Chave do Poder é a compreensão deste axioma:
Deus é Tudo.
O segundo passo será, logicamente, Eu sou parte de Tudo, logo Deus é Eu.
O terceiro será, pois, Eu Sou Deus, logo Eu Sou Tudo.
Existem métodos de afirmação destes axiomas com valor relativo. Trabalharemos com estas frases
em capítulos próprios, de uma forma potenciadora e realizadora. Nós somos parte de Deus, mas
podemos estender a nossa Consciência à sua totalidade. Temos, verdadeiramente, que alastrar a
nossa consciência humana à esfera Divina.
Existe um caminho directo de consciência, de Deus para o homem, e, inversamente, do homem para
Deus.
A Consciência Divina habita no seu estado puro e original dentro de cada Homem. Isto significa que
cada um de nós é um Deus em miniatura, que deve procurar abarcar Deus na sua totalidade. Tal, não
é o objectivo deste livro. Com este método, mostrarei que, com apenas uma pequena aproximação,
podemos realizar façanhas extraordinárias. O objectivo deste livro é capacitar o leitor a sentir e usar
o poder da faísca Divina que brilha dentro de si.
Darei um método de expansão de consciência onde poderá sentir a sua natureza Divina. Essa
experiência deverá ser procurada e alcançada, pois ela é a fonte de todo o poder dos exercícios que
ensinamos neste livro.
Aqueles que forem bem sucedidos poderão receber mais do que esperam...
Falámos de Deus, e falámos do Homem. Deus e Homem são análogos, mas o Homem deve buscar o
seu caminho para (ser) Deus.

Para entendermos os Deuses devemos entender a Criação. Farei um pequeno esquema mentalmente
acessível para este grande conceito. Ele é lato e complexo, mas farei uma aproximação tosca que
sirva os propósitos do livro.
Imaginemos uma esfera de luz, esta luz era consciência pura. Nada existia antes da esfera e a esfera
não estava em lugar algum, pois não havia ainda lugar.
Esta esfera é Deus imanifestado. Não existe nada, mas a esfera expande-se, como uma explosão,
mantendo parte de si própria afastada da explosão. Nesta explosão cria-se um universo de
consciência quase pura. Este universo é um universo causal, onde se formam as causas primeiras
para a formação e criação dos universos que se seguirão. Neste primeiro universo a Consciência
Unitária multiplica-se e cria outras: Muito poderosas e também criadoras. Estas consciências
segundas são as Causas Inteligentes, ou Princípios Inteligentes de tudo o que existe. São forças sem
nome, sem forma, sem corpo. São princípios vivos, que ao expressarem-se criam.
Estas grandes consciências são a base da organização de todos os planos. Mas não são Deus. Elas
são estáticas e imutáveis.
Na pulsação e manifestação deste universo é criado um outro mais lento, onde grandes seres são
também criados, a Consciência Unitária cria, de Si e em Si, novos seres, também eles estáticos e
sumamente poderosos, com funções definidas. Estes seres também criam sistemas e ciclos, são forças
ideais que formam a base do que serão os Mundos materiais.
Na expressão deste universo forma-se ainda um outro no qual existem seres, produto da Consciência
Unitária, que de novo cria, mas também seres produto da manifestação das grandes Consciências
Criadoras, secundárias e terciárias. Este último tipo de seres não possuiu consciência Divina nem
vida eterna, por essa mesma razão. São as forças formadoras dos Elementos.
Na expressão destes três universos forma-se um quarto onde a Consciência Divina coloca parte da
sua Consciência inalterada. Planta seres neste último Universo onde se desenrola a acção humana.
Estes seres estão na base de toda a Criação, mas contrariamente a todos os outros, eles podem atingir
o Criador, tornando-se unos com ele. Isto porque a sua Consciência é um “fragmento” da Consciência
Original Inalterada.
Contudo, a estes seres não foi dada a dita de Felicidade infinita, nem a natureza imutável dos
Grandes Logos Universais. Estes seres são duais, têm duas naturezas dentro de si.
Assim como estes quatro grandes universos cósmicos foram criados, ao mesmo tempo foram criados
os seus opostos, quatro grandes universos caóticos, onde reina a desordem e o contrário da
perfeição.
Os primeiros quatro são o domínio do Bem, os segundos, o domínio do Mal.
Estes conceitos são erróneos, pois, tudo é perfeito. Para a existência da diversidade, a dualidade é
necessária. Os dois opostos medeiam-se de uma grande variedade de níveis. Isso é a possibilidade
de criar. Nada se cria sem a determinação de dois conceitos, pois, de contrário, tudo seria igual e
uniforme. Não há cores claras sem cores escuras a definirem-nas como claras.
O Ser Humano, portador da Consciência primordial, conhece o Bem e o Mal, pois na sua escolha
(antes de ser uma essência humana) ele quis ser como Deus e comportar toda a Sua Sabedoria
(Mistério do Génesis Bíblico). Assim, foi-lhe dada a Consciência Pura, a mesma que criou os oito
universos. A Força Infinita do Criador.
O Homem, é completo e tem em si o resumo de tudo quanto existe de claro e de escuro nos universos.
Ele “comeu o fruto da árvore da ciência do bem e do mal.” Foi por isso dotado de Consciência
Divina, “quis ser como Deus”. Mas para ser como Deus tem de experimentar e conhecer Toda a
realidade, logo foi colocado, não nos Universos Superiores, mas sim naquele que lhe permite
conhecer todos os outros, “foi expulso do paraíso.”
Os quatro querubins que protegem o “paraíso” são as quatro Forças Elementares e só através do
domínio dos Querubins o homem poderá passar a estreita porta.
O objectivo desta obra não é a passagem dessa porta. Isso é trabalho para aqueles que dedicam a sua
vida ao Divino.
Relembro que estas figuras são alegorias que representam processos de evolução e metamorfose no
ser humano como Ser que atravessa os Universos ao longo de diversas encarnações.
Este trecho serve para nos dar algumas definições:
Deus é Um e é tudo. As Consciências segundas são os Deuses, arquétipos da Criação, tais como o
antigo panteão egípcio, no qual os homens, deram nomes e formas simbólicas e representativas às
Forças Superiores, por si sem nome, nem forma.
As Forças terceiras são os grandes Arcanjos, Logos e ordens de divindades superiores.
As Forças quartas são os anjos, sendo estes espíritos mais “pequenos” em expressão e poder do que
os terceiros.
Todos estes seres gozam de existência imortal e de perfeição nos seus objectivos. São porém,
estáticos e imutáveis, salvo algumas excepções.
No final vem o homem, ser ignorante, mas dotado de tudo quanto existe.
Cristo, o maior dos Mestres, é maior que todos os anjos, todos os Arcanjos e todos os Deuses.
Cristo, como Krishna, são unos com Deus.
Pode parecer blasfémia, mas asseguro que todos nós temos a mesma natureza destes dois grandes
Seres. Todos somos Filhos de Deus. Todos podemos evoluir até Deus. Eles, cumpriram e
completaram o Caminho.
Não existe possibilidade de simplificar este capítulo. Estes conceitos são muito grandes. A leitura
das obras referidas na bibliografia pode ajudar a esclarecer estes temas.
Nota final: O Homem é Deus em potência.
Sabendo isto, continuemos.

- Mente e Concentração

Esperando que o leitor tenha compreendido, pelo menos, parte do capítulo anterior vamos abordar, o
primeiro exercício prático.
A base de qualquer prática mística reside na possibilidade de contacto que o homem tenha com o seu
verdadeiro ser, a sua centelha Divina. Antes de explicar o caminho para a ocorrência desse
fenómeno, sinto necessidade de explicar o porquê de isso não acontecer. Entendendo isso a
compreensão dos exercícios e da sua necessidade será mais simples.
Todo o poder oculto no ser humano é proveniente da chama criadora que arde no seu interior. O
Universo é barro para a Consciência pura.
Tudo proveio do Criador, da Primeira Consciência. Tudo o que existe é uma expressão da
Consciência. Não só as coisas, mas também os factos, o tempo e o encadeamento da realidade são
produto da expressão da Consciência Primordial. Dentro de cada ser humano reside uma chama
dessa Consciência que se exprime através da mente.
A mente está sujeita à Consciência mas também aos desejos que residem nos corpos de manifestação
do ser humano. Revendo o capítulo anterior, foi dito que existem vários universos de manifestação. O
ser humano tem uma representação invisível, na óptica deste plano, nos outros planos. Cada pessoa
possui um corpo etéreo, conhecido mais vulgarmente como corpo astral. Este espectro, combinado
com a mente produz o desejo e as paixões mortais.
A mente sem treino está muito sujeita às forças exteriores à Consciência. Ela a tudo se apega e tudo
quer. Contudo, o seu querer é instável e insaciável.
Estes temas necessitariam de uma explicação muito profunda e de uma exploração mais detalhada,
mas tal aproximação está fora do âmbito deste livro.
Ficarão aqui colocadas duas conferências reservadas ao primeiro grau da Antiga Congregação
Hermética, onde uma ideia clara da mente e da importância que ela exerce na vida do ser humano e
também do seu desenvolvimento espiritual ficarão expostas.
Vamos explicar a teoria e a prática da Concentração. Essa arte é fundamental para que o leitor siga
os seus estudos cuidadosamente. Para isso copio, na íntegra três textos públicos da Congregação
Hermética, expressão pública da Extinta Escola Fraternitas Hermética.
Conferência sobre a mente.

Congregação Hermetica- Grupo Exterior Noviços-2º Grau

Estudo da Mente –I

A Mente, o que é a Mente?


Esta questão não é simples de responder. Normalmente a Mente define-se como um conjunto de
ideias e pensamentos e, se pararmos o processo de pensar, dificilmente encontraremos a mente.
Contudo, as coisas não são assim tão simples. A Mente subdivide-se em três tipos:

Mente Sensual, ou Física.

Mente Devocional, ou Emocional.

Mente Superior, Supra-mente, ou Espiritual.

Devemos saber como actua cada uma delas e quais a suas relações para prosseguirmos o estudo
Iniciático.
Dedicar-nos-emos, contudo e, por ora, ao estudo da Mente em geral. O que será dito afecta a Mente
Sensual e a Mente Devocional.
O estudo da Mente Superior ficará para uma outra altura mais própria para o Iniciado.
É absolutamente necessário compreender como funciona a Mente e quais os seus mecanismos, para
que seja possível colocá-la ao nosso serviço.
A Mente é como um animal, se domesticado, é útil e serve os nossos propósitos, se selvagem e
descontrolado, somente servirá os dele, independentemente dos propósitos do praticante.
Estudemos a Mente Sensual, dita também sensorial, uma vez que esta é a porta para poder atingir os
campos da Mente Superior.
Esta é a mente do dia-a-dia, é a Mente que utilizamos para executar quase todas as tarefas comuns.
Possui uma grande autonomia e está intimamente ligada ao estado de saúde física. Esta é a primeira
mente a ser dominada.
Deve ser educada cuidadosamente e somente se submete a duas coisas:
Vontade e Persuasão.
Tentar submeter a mente pela vontade pode ser um acto difícil e moroso, inclusive, muitas vezes,
desagradável. Neste quadrante entram todos os exercícios do auto-domínio e, especialmente, os
exercícios de concentração.
A Mente é forçada, digamos, a obedecer às ordens do “dono”. Muitas vezes é necessário “quebrá-la”
pelo cansaço e pelo esforço, tal como se faz a um elefante renitente.
Contudo, na aplicação da vontade no domínio da mente deveremos ser inteligentes e saber que
pequenos esforços repetidos e constantes são mais eficazes e menos esgotantes do que grandes
esforços temporários.
A mente será vencida por uma “pressão” constante da vontade e não propriamente por actos
violentos contra os seus impulsos e manifestações.
Assim, é mais eficaz exercer n exercícios de auto-domínio por dia, tais como “retirar o açúcar do
café”, ou tomar uma atitude recta e evitar a mentira, do que praticar actos de mortificação como
espetar pregos no corpo e aguentar as dores uma vez por mês.
O que se disse antes aplica-se perfeitamente aos exercícios de Concentração: É mais benéfico
esforçar a mente na Concentração a um determinado período adicional por dia (tomando como
exemplo o exercício de Concentração visual num determinado objecto, adicionar 30 segundo por dia
ao tempo de Concentração), todos os dias, do que procurar fazer uma hora de Concentração aos
Sábados!...
Mesmo assim, tendo uma disciplina firme, quer no auto-domínio, quer na didáctica da Concentração,
a Mente continua a ser muito forte e trabalha contra todos os esforços do Operador. É muito
importante que os estudantes fiquem bem cientes disto.
Não obstante exista a execução de um trabalho sério e assíduo de controlo mental pelo acto volitivo,
ou seja, utilizando a vontade como principal ferramenta no controle da mente, este trabalho será
árduo e desanimador.
Desta maneira, o praticante deverá utilizar uma segunda arma para vencer a força da Mente: A
Persuasão.
Como persuadir a Mente é o assunto que vamos abordar agora.
Antes do mais devemos saber que a Mente se divide em três partes:

Consciente, Subconsciente, Inconsciente.

Comparando a mente a um Icebergue, o Consciente será a parte fora de água, o Subconsciente será a
linha de água que é flagelada pelas ondas, e o Inconsciente será a parte submersa.

O Consciente é a parte da Mente que utilizamos em qualquer acto, são os nossos pensamentos
presentes. O Subconsciente é a parte da Mente que podemos recordar, são as memórias e as
lembranças. O Inconsciente é tudo aquilo que vivenciámos mas que esquecemos.
Se colocarmos uma hipotética percentagem, admitiremos que o Consciente seria 5 por cento da
Mente, o Subconsciente equivaleria a 35 por cento da Mente e o Inconsciente teria reservado para si
60 por cento da Mente.
Vemos assim, que a força de actuação da Mente reside principalmente no Inconsciente e no
Subconsciente, deixando apenas uma pequena margem de manobra para o consciente.
Senão, atentemos ao seguinte exemplo:
Um determinado grupo de indivíduos depara-se com um problema laboral no seu local de trabalho.
Existe uma discórdia entre duas opiniões numa reunião importante. Os patrões encontram-se
presentes e a decisão a seguir deverá ser tomada naquele dado momento. .
Temos um sujeito A que defende uma opinião, versus um sujeito B que defende a contrária.
O que se passará?
O sujeito A reage emotivamente e agride verbalmente o seu colega. Faz acusações diante dos patrões
e perde a calma por completo. Por pouco não agride fisicamente o colega, contendo-se apenas
porque não ignora que tal atitude perante os patrões, presentes no momento, poderia levar ao seu
despedimento.
O sujeito B mantém a calma, apela ao bom senso do colega e explica que o seu ponto de vista é mais
proveitoso. Contudo, observando a veemência do colega em defender a sua opinião e, sabendo que
algumas acusações faziam sentido, acaba por fazer confluir o seu discurso com a ideia do seu
oponente.
Façamos o perfil de ambos os intervenientes e expliquemos como o Inconsciente, Subconsciente e
Consciente actuaram na situação em causa.
O sujeito A nasceu num meio desfavorecido. Ainda enquanto novo teve de usar “unhas e bico”
para se defender dos irmãos mais velhos que o agrediam. No seu lar, a discussão e a briga eram as
palavras de ordem e, quando isso não acontecia, sempre havia festarola, bem regada com vinhos e
licores. Aquando a altura dos seus cinco anitos, a vida financeira do pai lá melhorou e as coisas
acalmaram um pouco.
Durante os estudos teve dificuldades e, sem qualquer apoio familiar, teve de vingar por si. Muitas
vezes ia copiando nos exames, outras “fanava” um teste do ano passado para se abeirar das matérias
possíveis a sair no exame.
Era um tipo “esperto” digamos, que muito à sua custa conseguiu singrar na vida.
O sujeito B, nasceu em berço de ouro. Menino elegante, com “papás” endinheirados. Sempre viveu
num ambiente calmo e polido. Na escola era um marrão e sempre que podia, lá copiava ou arranjava
maneira de saber o que sairia nos testes... o Sr. Dr. Juiz, o “paizinho”, tinha um amigo na
secretaria.... na área das fotocópias.
Menino lambido, sempre se acobardava se havia briga e, não poucas vezes, tomava o partido dos
mais fortes, mesmo que no início das discussões estivesse do lado dos seus irmãos e primos, outros
“querubinzinhos” como ele.

Pois bem, tendo feito estas descrições sumárias e alegóricas sobre os personagens, vejamos o
funcionalismo da mente do indivíduo A.
Inconscientemente, este sujeito era de natureza violenta. Na altura da reunião, ou em qualquer outra,
ele nunca se conseguiria lembrar das violentas discussões maritais entre Pai e Mãe, na qual estalada,
bofetada e pontapé, eram sempre o acompanhamento comum. Ele próprio, enquanto ainda muito
pequenino, naquele dia de chuva, outro no qual os pais discutiram, foi posto fora de casa com a Mãe,
por um Pai ébrio e violento. Mas, tudo isso estava esquecido e na sua mente actual « ...o velhote
cometia uns excessos, mas, no fundo, no fundo, nem era mau tipo...».
Contudo, inconscientemente, ele tinha gravada a violência e a agressão como soluções principais em
conflitos.
Aí entrou o Inconsciente.
Durante a reunião, vinham-lhe à memória todas as patifarias do colega e tantas as vezes que ele tinha
errado no passado, logo, «há que denunciar isto!» E mais puxava pela cabeça e mais “roupa suja
lavava”. Tinha já o hábito de acusar e bem se lembrava que, no passado, isso tinha sido a sua
solução para a saída de muitos problemas.
Eis o uso do Subconsciente.
Apetecia-lhe esganar o outro, agredi-lo com um violento soco na face. Mas os patrões estavam ali, e
«isto é uma reunião importante.» A violência física não o levaria a nada.
Aqui funciona o Consciente
No sujeito B, será interessante que o aluno faça a sua leitura e analogia do comportamento do
indivíduo perante a situação.

Assim, como vimos, a forma como reagimos é grandemente controlada pela parte oculta da nossa
Mente. É aí, que se encontram as molas principais para o nosso carácter e também para a forma como
reagimos.
Então, uma chave importante para vencer os condicionalismos da Mente será a possibilidade de
alterar esses mesmos condicionalismos, de alterar a forma básica como a Mente reage.
Para isso é necessário persuadir a Mente, mas, como o fazer?
Existem várias formas de aceder ao programa mental, uma consciente e outra subconsciente e uma
inconsciente.
As três podem produzir resultados, cada qual, de acordo com aquilo que muda.
Desta forma, uma técnica de mudança ao nível do Consciente da Mente operará uma mudança menor
do que aquela operada por uma mudança ao nível do Subconsciente, que por sua vez operará uma
mudança também menor do que aquela operada ao nível do Inconsciente.
Tendo esta última afirmação como base, compreendemos que uma “afirmação mental” (consultar o
Iniciador para obter informações sobre estes processos), do género «Hoje sou menos irritável!» terá
menos efeito se realizada em estado de vigília comum, no qual o cérebro funciona principalmente no
âmbito das ondas Beta, e altas ondas Alfa, do que a mesma afirmação feita num estado de
relaxamento profundo ou num estado hipnagógico. Isto porque a primeira se realiza ao nível do
Consciente enquanto que a outra se realiza ao nível do Subconsciente.
Para actuar ao nível do Inconsciente, é necessário que o Operador atinja um Estado de Transe
Iniciático profundo, ou então que se encontre sob hipnose.
As modificações efectuadas no primeiro caso são mais proveitosas do que no segundo porque existe
um treino gradual de outras possibilidades reveladas pelo transe que a hipnose não oferece.
O E.T.I. permite um acesso directo ao conteúdo primário da mente e pode produzir modificações
extraordinariamente profundas.
Fica como curiosidade que a linguagem deste último estado é normalmente pictórica e afecta com
maior intensidade a Mente do que afectaria a introdução de uma frase ou de um desejo.
O aluno deve-se certificar que compreende bem esta matéria pois ela será fulcral para a sua mudança
em direcção à Iniciação Autêntica.

Que a Paz seja convosco.

Apresentamos de seguida as Conferências sobre Concentração e Concentração prática.

Congregação Hermética- Grupo exterior- Noviços 2º Grau

Concentração
Estimados alunos. É chegada a hora do Início da vossa fundação prática.
Para seguir em frente no Caminho Iniciático é necessário aprender a controlar a Mente. Já
aprendemos que a Mente é a residência do Espírito. O Espírito encontra-se directamente ligado ao
corpo mental e manifesta-se por ele. Sabemos que a mente controla os mais variados processos do
nosso sistema psicológico e do nosso sistema físico.

Uma mente desgovernada não tem qualquer utilidade para o estudante de ciências ocultas e muito
menos para o Iniciado.

Todas as tradições, quer Orientais, quer Ocidentais são incisivas neste aspecto: A Mente tem que
estar submissa à vontade do Iniciado.
Vejamos o porquê.
O termo Concentração provém da palavra Latina Concentrare. Ou seja, centro comum.
A Concentração é o processo de dirigir a atenção exclusivamente para um único ponto, ou melhor,
um único objectivo.
Podemos facilmente comparar a noção de Concentração à Lei física da Pressão.

“A pressão varia na razão inversa da superfície.”

Isto significa que, para uma determinada quantidade de força, aplicada num plano, a pressão será
tanto menor quanto maior for a superfície de aplicação dessa força; e, pelo contrário, esta aumentará
tanto quanto menor for a superfície onde se concentra esta força.
Na prática isto verifica-se da seguinte forma: Se forçarmos um alfinete sobre uma folha de papel, ele
a furará com quanto tenha a sua extremidade afiada, o bico, voltada para a folha, sendo esta
responsável pela penetração no papel. Se por outro lado tentarmos espetar o mesmo alfinete,
operando a mesma força, estando ele com a cabeça redonda voltada sobre o papel, este não entrará.
Isto acontece, porque o bico exerce uma pressão superior àquela que exerce a cabeça, tendo sida
aplicada a mesma quantidade de força.
Tal se justifica porque a superfície penetrante é muito inferior no primeiro caso do que no segundo.
Assim, as lâminas cortam melhor quando estão afiadas do que quando estão rombas, porque a
superfície é menor logo a pressão é superior e o corte verifica-se.
Em que medida se aplica este conceito à concentração?
Quando concentramos o nosso pensamento num só assunto, obteremos maior “pressão” mental sobre
esse assunto, logo o pensamento será mais eficaz.
Atentemos a outro exemplo:
Suponhamos que a luz solar é a nossa mente e o nosso fluxo de pensamentos. Suponhamos agora que
expomos uma folha de papel ao sol.
Nada acontece porque a luz é difusa, tal como o nosso fluxo de pensamentos.
Vamos agora supor que direccionamos uma lente entre a luz solar e o papel. Se esta lente for bastante
convexa, e estiver orientada correctamente, ela concentrará a luz solar sobre uma determinada área
de papel. O que acontecerá? O papel pegará fogo.
E porquê? A Luz não aumentou, o papel é o mesmo, então o que se passou?
A Luz foi concentrada. Logo produziu um efeito.
Pela simples Lei das Analogias podemos aplicar o mesmo conceito à Mente. Uma Mente concentrada
num objectivo surtirá efeitos diferentes daqueles que uma Mente difusa possa produzir.
É do conhecimento geral que todos os grandes inventores possuíam uma grande capacidade de
concentração, sendo capazes de focar a sua mente somente no objecto do seu estudo, pelo que
descobriram o que pessoas com uma mente mais difusa não foram capazes de perceber.
Esta é uma acção básica da concentração. Thomas Edison, Alexander Bell, Isaac Newton, Albert
Einstein, são alguns dos exemplos de homens dotados naturalmente de uma grande capacidade de
concentração na investigação e no estudo.
Esta foi a causa do seu sucesso e não somente a grande quantidade de informações que esses homens
aprenderam. Isto porque outros estudaram tanto ou mais do que eles, todavia, foram eles que se
distinguiram dos demais.
Porque deve o estudante aprender a concentrar-se?

Porque tal como o artista para obter uma boa peça, ou um bom trabalho, necessita de ferramentas
precisas e adequadas, o estudante, para poder trabalhar com a Mente, ferramenta absolutamente
necessária à progressão do estudante, dada a importância que ela tem em todos os processos de
evolução, necessita de a ter bem operacional e capaz de ser utilizada de uma forma válida.
Decerto que o próprio estudante é capaz de intuir a importância da Mente em todos os processos
Iniciáticos. Sem dominar a Mente o Espírito não pode jamais ser encontrado, ou manifestar-se de
uma forma pura.
Para operar os processos internos a concentração é absolutamente requerida, pois muitas vezes é
necessária uma identificação total com um objecto de estudo, seja ele interior, ou exterior, para que a
Verdade sobre esse objecto seja conhecida.
Para além do mais o próprio conhecimento do Divino implica a concentração sobre os princípios
divinos. Ora se esta concentração não estiver treinada, como poderá o Místico aproximar-se do seu
Criador?
A Fusão do Homem com o Deus Criador, no acto mágico, ou de prece, depende do grau de
proximidade que o primeiro atinge do Segundo. Essa fusão só acontece, quando a concentração é tão
intensa que as duas forças se identificam e ligam, originando-se a união mística entre o criado e o
Criador.
Podemos definir a Concentração como:

Capacidade de focar o pensamento num só objecto durante um determinado espaço de tempo sem que
outros processos mentais interfiram no processo.

A concentração é a maior ferramenta do Iniciado, pois, para além do que foi explicado, ela é também
a porta para a meditação. Ninguém pode meditar sem se conseguir concentrar no seu tema de
meditação, ou no caso da meditação contemplativa, na qual a mente se mantém no vazio, ninguém a
realizará sem ser capaz de controlar a Mente e o seu fluxo de pensamentos.
A Mente é algo de poderoso e, quando devidamente concentrada, é capaz de produzir manifestações
no próprio plano físico.

De tudo o que foi dito, é importante que o estudante dedique muito do seu tempo à aprendizagem da
concentração e domínio da mente.
Nesta altura, que o estudante deve já ter percebido a importância fulcral da concentração, ele estará
mais apto a dedicar-se arduamente ao trabalho prático deste tema.
Esta conferência introdutória é da máxima importância, pois muitos estudantes desanimam do estudo
trabalhoso da concentração por não lhe darem os devidos valor e crédito.
Incentivo os estudantes a dedicarem muito do seu tempo à prática da Concentração. Ela é o seu maior
utensílio, a sua mais importante ferramenta para atravessarem os primeiros passos da Iniciação nas
Altas Ciências.
Aqui não falamos de ciências ocultas de menor destaque, ou de feitiçarias ou bruxarias, mas sim da
oportunidade que o ser humano tem de se transformar num ser perene e Imortal, em suma, um Ser
Divino. Mas para voar, há que aprender a andar, e a correr e somente depois se poderá pensar em
descolar em direcção aos Céus.
Que a Paz seja convosco.

Congregação Hermética- Grupo exterior- Noviços

2º Degrau

A Concentração- Prática- 1º Exercicio

Após o estudo da conferência passada, na qual se mencionou a importância da Concentração, é dada


a altura de iniciar o primeiro exercício de concentração propriamente dito.
Este exercício irá acompanhar o Recipiendário até à sua fase de Exorior (primeiro Grau da
Fraternitas Hermética, propriamente dita), sendo, por isso, de importância basilar para o mesmo.
Muitas Escolas têm falhado ao tentar ensinar um método acessível para os Noviços, que lhes permita
um desenvolvimento primário da sua Concentração.
Os exercícios normalmente apresentados são, por si mesmos, demasiado difíceis para serem
executados pelos principiantes.
Normalmente, é dado um objecto de concentração. O aluno “pasma” para ele alguns instantes e tenta
de seguida visualiza-lo ininterruptamente na sua mente. O que acontece é que geralmente falha.
Para se efectuar qualquer exercício de concentração que valha o esforço, o estudante deve atentar às
conferências sobre Auto Conhecimento. Deve aplicar todos os exercícios previstos nessas
conferências, pelo menos pelo espaço de uma semana, para depois poder encetar a sua primeira
tentativa de concentração mística.
Não é possível começar a treinar concentração com a mente descontrolada, imparável e veloz como
uma locomotiva. O “Patrão mente” que governa o estudante todas as horas, minutos e segundos do
dia, decerto que não se deixará controlar facilmente. O estudante liberta-se mais um pouco das
grilhetas severas que a mente lhe impõe. A sua escravatura é aliviada na medida em que ele começa
a exercer uma pressão constante sobre a mente, quer com o Alerta Constante, quer com o SPA.
Após este treino que deve ser efectuado, escrupulosamente, pelo aluno logo após ter aprendido estes
temas, ele poderá começar a treinar a sua concentração com uma boa possibilidade de ser bem
sucedido.
Será a altura então de preparar um “canto”, ou uma sala, de acordo com as possibilidades de cada
qual, para se dedicar calmamente à prática da Concentração.
O estudante, antes de praticar, deve sossegar um pouco a sua mente deixando-a vaguear solta pelos
pensamentos, não os seguindo nem repelindo. Assim que ela esteja mais calma, o exercício poderá
começar.
Mouni Sadhou, na sua obra “Concentração” aconselha este exercício que é deveras eficaz para as
para principiantes.
O estudante deve arranjar um relógio despertador com um ponteiro de segundos bem visível.
Deve-se sentar na sua posição normal de relaxamento e colocar o relógio a uma distância confortável
dos seus olhos.
Após um relaxamento suave como o descrito acima, o estudante abrirá os seus olhos e prosseguirá
com a seguinte metodologia.
Ele fixará a sua atenção no ponteiro dos segundos, limpará a sua mente de outros pensamentos
fixando o seu olhar detidamente sobre o ponteiro.
A sua mente deve estar fixamente concentrada somente naquele ponteiro. Tudo no mundo é o ponteiro
em movimento, para o estudante. Os olhos fixam-se só no ponteiro. A mente só pensa no ponteiro.
Tudo o que possa vir será repelido.
Assim que exista a primeira interrupção o aluno deve parar o exercício e anotar o tempo que
conseguiu manter a sua mente focada sem que outros pensamentos desviassem eficazmente a sua
atenção.
Este exercício deve ser repetido várias vezes por dia.
À medida que o tempo de concentração se vá alongando, o estudante irá anotando esse tempo no seu
gráfico. Os resultados falarão por si.
Quando o estudante conseguir manter a sua concentração fixa no ponteiro pelo espaço de cinco
minutos, então ele terá completado o seu exercício.
Este método é bom e muito simples. O estudante que o utilize poderá ver bons frutos do mesmo em
pouco tempo.
Todos os exercícios mais avançados devem ter este prelúdio. O esforço e empenho gasto no mesmo
será amplamente compensado nos exercícios que se seguirão no Treino Mágico Mental.
Que a Paz seja convosco.

Relembramos que estas conferências destinam-se a estudantes que procuram a Iniciação.


Para o leitor, ele somente deverá realizar o exercício de observação do relógio até atingir o tempo
satisfatório de três minutos e meio. Se conseguir mais, tanto melhor.
Os benefícios da Concentração treinada são amplos e variados. Eles ajudarão o praticante a realizar
de uma forma mais perfeita quase todas as tarefas da sua vida. Os outros exercícios mencionados
nestas conferências não são necessários para a execução das práticas deste livro, sendo reservados a
outro tipo de estudos e aplicações.
O estudante deve entender a primeira conferência e pôr em prática o último exercício de observação
do ponteiro do relógio.
O exercício de concentração visado para o leitor deste livro é esse mesmo, simples observação de
um ponteiro de segundos de um relógio pelo espaço mínimo de três minutos, sem qualquer
interrupção na concentração.
Para isso todos os pensamentos que se tentem instalar durante o exercício deverão ser, suave, mas
firmemente, repelidos.
Deverá procurar a calma do seu Laboratorium e começar a sua prática sem demora. Seja
perseverante nos seus exercícios. Execute o exercício duas vezes por dia, como mínimo. Anote os
tempos conseguidos durante o mesmo e verá como os resultados irão, gradualmente, subir.
Pratique todos os dias e não tardará a conseguir pleno sucesso na execução deste primeiro exercício.
Poderá levá-lo a cabo conjuntamente com o exercício explicado no capítulo que se segue ao
próximo. Isto significa que pode realizar um e depois outro, não os dois ao mesmo tempo, mas sim
ambos numa sessão de prática. Não terá de aguardar que o sucesso neste primeiro exercício seja
conseguido para realizar o exercício descrito no capítulo reservado ao estudo do Estado de Transe
Iniciático. Ambos os exercícios são paralelos e muito benéficos para si.

Vencer os Inimigos.

Voltando ao seu Laboratorium, continuemos com o caminho prático.


Após a leitura dos dois últimos capítulos o leitor deve ter depreendido a origem do poder no homem.
Todo o poder humano reside na sua herança Divina, no brilho interior que ele possui e na força que
essa “partícula” de divindade pura pode exercer sobre a realidade.
O primeiro passo da aquisição do poder místico reside na descoberta e na abertura dessa chama.
Muitas coisas se opõem a esse desabrochar e todas elas são véus auto-impostos pelo homem.
Estas barreiras distraem o homem da sua natureza divina. Claro que a total supressão destas
barreiras não é o objectivo deste livro, o autor recomenda para isso outras obras para os que
desejam ardentemente o caminho para Deus.
Aqui vamos aprender a usar e a desenvolver/descobrir uma pequena parte desse poder. Depois deste
trabalho feito o leitor saberá optar por si e poderá ser mais consciente no rumo da sua vida.
Vários são os impedimentos que afastam o homem de alcançar esta prática. Realço novamente que o
que referirei não são os impedimentos que afastam o homem de Deus. Não falarei dos seis inimigos
clássicos, pois a remoção dos mesmos, se bem que seja a natureza da Verdadeira União Divina, é
trabalho para um compromisso muito maior do que aquele pedido neste livro.
Explicarei o mínimo necessário para efectuar este tipo de prática com eficácia e possibilidade de
desfrutar de tudo quanto ela tem para oferecer.
Nomeando os principais impedimentos a esta prática, são eles, o ódio, o medo e a preguiça.

O ódio provém da falsa ideia de separatismo, onde aquele que odeia não compreende que odiando
outro suja as suas próprias emoções. Não é possível atirar lama a ninguém sem sujar a mão com que
se atira.
Os pensamentos possuem uma força própria que é o barro com o qual a realidade é feita; eles são
telepsíquicos, e produzem pequenas manifestações de acordo com a sua vividez, intensidade e
duração. Telepsiquía é a capacidade de influenciar algo, ou alguém, à distância através do uso das
capacidades mentais.
Mais adiante neste livro daremos uma breve explicação sobre o funcionamento da influência
telepsíquica. Ou seja, explicaremos sucintamente a forma pela qual a mente influência a matéria e as
situações.
Inclusive, o leitor terá ampla possibilidade de testar esse mesmo poder.
Por agora pedimos o benefício da dúvida. Admita a possibilidade de uma influência telepsíquica real
por algum tempo.
O ódio não só é prejudicial para o alvo desse ódio, mas especialmente para aquele que odeia. O
ódio cega e tira a percepção extra sensorial. A palavra ódio cego, tem boa razão de existir, pois essa
sensação é limitadora a todos os níveis.
Aquele que tem ódio no coração jamais conseguirá meditar com uma profundidade e proficuidade
necessárias para atingir metas espirituais elevadas, pelo menos no que diga respeito ao Caminho do
Bem e da rectidão.
O contrário do ódio é o Amor. Não o amor de phylos, ou de eros, (amigo, ou amante,
respectivamente), mas sim o amor generalizado. Amar é estar bem consigo próprio, logo, com o
mundo que o rodeia. A força do amor e do sorriso é verdadeiro bálsamo para o sucesso das práticas.
Estas palavras “cor de rosa” são sinceras e sérias. O poder do Homem reside na ausência de
egoísmo e no Amor.
Neste trabalho não me dedico à explicação do caminho para o Amor Universal. Ele é o trabalho
intenso do verdadeiro Iniciado. Devo clarificar que outros maiores que eu estão mais aptos para falar
e escrever sobre este tema. Na bibliografia recomendada figurarão algumas obras sobre este grande e
vital assunto.
Nos tempos que correm, sinto que estas frases podem prejudicar o alcance deste livro. Muito se fala
de amor e muito pouco se realiza na sua direcção.
Talvez se imponha falar um pouco do autor e do seu Caminho.
Imagine um homem como o descrito na introdução deste livro, um mago que vive para a magia cuja
vida é algo entre dois mundos. Durante anos vivi imerso na Alta Magia Cerimonial, convoquei
espíritos, exorcismei demónios, e realizei o acto referido na introdução. O Mago no centro do círculo
com os seus dois alunos é o autor deste livro. Um dos alunos seguiu o seu próprio Caminho e, até à
data, o outro continua comigo, sabendo que um dia ele também crescerá firme e livre.
O autor não se auto enquadra no tipo de místico “New Age”, de cabelinho comprido, óculos
redondos, sentadinho num colchão proferindo banais e doces frases de amor fácil. Amar a
humanidade é fácil, mas amar o próximo… aí sim! Aí se vê a capacidade de amar. “Amar a
humanidade sentadinho num colchão de meditação” pode ter o seu valor relativo, mas, num ponto de
vista pessoal do autor, o amor verifica-se por factos. Actos generosos e altruístas são das poucas
provas de amor verdadeiramente palpáveis.
Pense em mim, mais em termos do Mago com olhos escuros e intensamente penetrantes (expressão
derivada de anos de treino na fixação do olhar e na transmissão de força psíquica pelos olhos ), com
uma barba escura, envergando uma túnica, capuz, capa e espada, cumprindo sacrifícios e jejuns
espartanos para alcançar Deus.
A probabilidade de eu lhe inspirar Amor se assistisse a uma das minhas cerimónias seria inferior à
possibilidade de lhe inspirar temor. Contudo, o Amor está presente, e a doçura de coração tem de
existir. Sem Amor no coração, não é possível obter autoridade Divina.
Aqueles que conhecem o homem por trás destas linhas sabem que assim é. A Fraternitas Hermética,
Escola que o autor tem a honra e o privilégio de representar, realiza algumas actividades públicas.
Pode ser que a Divina Providência nos cruze num dia futuro.
Não há Caminho sem Amor. O Amor é a Força mais poderosa do Universo. Viva com Amor no
coração e evite os pensamentos perniciosos. Ficarão escritos exercícios simples para que possa
experimentar o que escrevo, em livro próprio.
Assim, o primeiro obstáculo a remover do seu caminho é o ódio. Esqueça os “odiozinhos” de
estimação. Purifique o seu coração com a bondade e com o perdão. Em Deus, somos todos Um.
Tome tempo a fazer isto. Instale-se no seu Laboratorium e pense naqueles com os quais o seu coração
está magoado. Acenda uma vela e tenha a coragem de perdoar. Guardar rancor é verdadeiramente
simples: qualquer um faz isso.
Perdoar… essa é já uma façanha para os que se sabem dominar. Aí reside a força do Iniciado.
Perdoando renunciamos à fome do ódio. Transcendemos a baixa natureza e alcançamos mais
felicidade. Distribuímo-la também. Um coração leve e sem ressentimentos é bom para a saúde,
inclusive. Os maus sentimentos causam muitas doenças. Este facto tem vindo a ser clinicamente
comprovado.
Por mais mal que lhe tenham feito, odiar não repõe a situação anterior. Perdoar gera uma corrente de
força que trabalhará para si e não contra si. Cerque-se de beleza interior. Pense nos seus pais, ou
amigos queridos, ou alguém que já o tenha perdoado. É bom ser compreendido e perdoado. Lembre-
se de esperar castigo e receber tolerância. Tenha essa sensação vívida em si. Foi bom. Perdoe,
perdoe, ame. Cure-se da terrível doença que é o ódio. Essa praga matou mais do que qualquer
doença até hoje.
Se quer ser um ente luminoso deve procurar Luz. Luz é Amor. Olhe para cada ser humano e entenda,
que tal como o estimado leitor, todos sofrem, todos desejam algo. O ser vivo é um desejo andante.
Ele quer, quer e volta a querer. Mas, no fundo, só queremos uma coisa, que se disfarça de muitas.
Queremos Felicidade. Essa é a busca do ser humano desde que nasce até que morre. Infelizmente
muitas vezes ele procura mal. Medite nisto: quem pode sentir felicidade? O ser ou o objecto?
A felicidade é um sentimento que lhe pertence, compreende? Ela não depende de nenhum objecto, ela
depende somente de si. O leitor é quem sente e, assim sendo, é o ente responsável pela sensação.
A felicidade é um estado de ser, é um estado de satisfação.
A maioria das pessoas no mundo procura ter coisas para ser feliz. Esse é um erro de conceitos e uma
simples confusão do ter com o ser. Um mendigo pode ficar feliz com uma tigela de sopa, ao passo
que um milionário queixa-se do barulhinho que o seu Bentley fez na viagem para a casa de férias…
Todos sofrem, todos desejam e não existe nenhuma riqueza no mundo que liberte o homem do desejo,
nem do sofrimento causado por ele. Mesmo aquele que tem “tudo”, nesse tudo está incluído o medo
de perda daquilo que possui. Tudo é perecível. Nenhuma jóia é suficientemente bonita para adornar a
morte, ou a doença.
Nós somos o que somos apesar de termos o que temos.
Compreenda a seguinte afirmação e ter lido este livro já terá valido a pena:

É muito mais fácil ser para ter, do que ter para ser.

Por muitas coisas que tenha, isso pouco modificará aquilo que você é. Apenas modifica a sua
maneira de se exprimir no mundo.
Se o leitor for uma pessoa malévola e angustiada, com o acumular de coisas não crescerá em si uma
pessoa generosa e feliz. Pelo contrário, a possibilidade levá-lo-á a ser uma pessoa arrogante e plena
de despotismo.
Agora, se modificar a sua forma de ser, acredite que o ter se modificará. Cumpra com o que aprende
neste manual e verá a sua vida mudar realmente.
Seja grandioso, como aquele pobre que nasceu há mais de dois mil anos para ser o maior de todos os
homens. E a prova disso é que estamos a falar dele agora mesmo, esse Grande Ser que é Jesus o
Cristo.
Foi quando um príncipe se tornou num mendigo, que se elevou acima da esfera dos mortais, à altura
das alturas, obtendo toda a grandiosidade Iluminada. O nome do príncipe era Gautama… ao mendigo
chamaram-lhe Buddha. Creio que a fama e grandiosidade do segundo foi maior do que a de qualquer
príncipe.

Sinta a força e o poder dos exemplos que Deus mandou à Terra. A tais seres, cuja Felicidade era
completa, a vida os privou de tudo. Eles vieram ensinar aqueles que quiserem aprender. Seja! Exista!
Tudo o que possa acumular não passa dum pedaço de terra modificada e transformada.
Saiba que quanto mais for mais terá. A generosidade do Criador é ilimitada. Saiba também que,
quanto mais for, menos necessita de ter. Poderá ter tudo e ter a grandiosidade de não necessitar de
nada.
Falamos agora do medo. O que é o medo?
Receio de sofrer? Talvez esta seja a descrição mais acurada da palavra.
Como Místico prefiro definir medo como dúvida e falta de confiança.
Deus tudo pode. O homem pode absorver o poder de Deus se tiver a confiança e a força necessária
para tal. Quando tememos não acreditamos na misericórdia nem no poder do Criador.
Este livro não pretende levar o leitor a depositar total confiança em Deus que avance destemido na
cova dos leões como o Daniel bíblico. Esse é um processo para o Alto Iniciado.
Medo é dúvida.
Quando avançar para este Caminho crie certeza interior. Comungue com aquilo que virá. Caso fosse
um dos meus alunos, não me restaria outra opção senão dizer-lhe: «Que temes tu? Não sabes que tens
a infinidade dentro de ti? Porque receias o futuro? Não caminhas na senda da rectidão? Não carregas
Deus no teu coração? Não sentes que a prova da Sua vida é a tua própria vida? Abraça a força do
Criador, medita nela e usa-a de acordo com a vontade do teu Mestre Interno e nada de mal te
acontecerá.»
Se tememos, sofreremos aquilo que tememos porque o estamos a conceber e a atrair para a nossa
esfera de existência. Seria necessária uma grande maturidade espiritual (o que envolve tremenda
experiência) para aceitar aquilo que escreveremos a seguir; afirmá-lo-emos, contudo, pois
desconhecemos a maturidade de quem está desse lado.
Se tu que lês este livro entenderes e sentires profundamente aquilo que escreveremos, aceitando-o
sem dúvida, serás, de certeza, um ser muito especial que deverá procurar mais do que este livro.

Aquilo que concebes como possível para ti é aquilo que existe para ti.
A realidade é moldada por ti. O que pensas e temes pode acontecer, porque cabe na esfera da tua
realidade.
Nada do que não concebas como possível te afectará.
O Universo é expressão da mente! Tudo é mente!
A Força Dele está em ti! Ela deflecte tudo! É mais avassaladora que o tufão. Como um escudo desvia
as balas e como um bálsamo cura e afasta a doença.
Tanta é a Força do Criador que nada pode tocar naquele que comunga com ela. Nem a doença
molestará o teu corpo, nem a desolação assolará o teu espírito, enquanto a guardares dentro de ti! O
espoliador do futuro é aquele que sente Deus em si mesmo.
Eleva-te e respira Deus, sente-O a vibrar em todas as tuas partículas. Afirma o Seu poder em ti e
declara-te Seu filho! Declara-te Um com Ele! Quando o fizeres, as forças dos elementos se te
curvarão e os anjos virão para te servir!
Se sentes esta força, se estas palavras acordam em ti um poder esquecido, se te sentes preenchido, se
o medo do mundo se evade pela certeza interior que as palavras deste Mago te despertaram, então
cresce e sobe na senda da Iniciação! Se sentes que falo com experiência, certeza e verdade, deves
querer mais do que te ofereço aqui, nesta modesta obra.

O medo. Não há razão de ser para o medo. Cumpra criteriosamente os exercícios deste livro e terá
um controle maior sobre a sua vida. Por um momento sinta o perfume delicioso da promessa infinita
que poderá espreitar nas entrelinhas do que está aqui escrito.
É o medo que agrilhoa o homem a uma vida pequena de realizações superficiais.
Para ser minimamente bem sucedido nestes exercícios é necessária uma certa dose de confiança. A
confiança é antagónica ao medo. Se teme demasiado o insucesso, acabará por falhar.

Por fim, lidamos com a preguiça. A indolência cativa o homem e engorda-o, não só de carne, mas
também de vícios e de maus hábitos.
O preguiçoso vê a sua vida arrastar-se para um marasmo que será mais ou menos confortável de
acordo com as suas possibilidades e saúde, ou recurso às mesmas.
Na sua vida tudo é lento. Não existem mudanças dinâmicas num sentido positivo. Tudo permanece,
ou piora.
A sua mente bloqueia e ele conforta-se com o status quo e com a sua incapacidade de mudar. Os
factos estão instalados e o preguiçoso não lida com eles com diligência. A vida passa sem grandes
mudanças, dependendo em grande parte de factores externos, pois o preguiçoso pouco controla da
sua vida. Pouco faz para a controlar. Conforma-se, ou deprime-se. Normalmente culpa algo, ou
alguém, pela sua situação; assim iliba-se de responsabilidades que o obrigariam a ter a maçada de
mudar, de ser diligente, por uma vez que fosse!
Há que separar a preguiça da calma. A calma e a paciência são virtudes, a preguiça e a cupidez de
espírito são defeitos.
Deus manifesta uma Força segura e dinâmica. O preguiçoso nunca conseguirá unir a sua existência à
fagulha Divina que habita dentro de si mesmo. O antagonismo existente cria um grande miasma.
O leitor deve ser diligente, mas calmo. Cultive a força de vontade todos os dias. A partir deste
mesmo momento verifique e analise a sua forma de vida. Erradique a preguiça. Use a calma e usufrua
de bem estar, mas, pela “Graça do Senhor”, não seja uma ”papa” num sofá com um comando de TV
na mão!...
Quebrar o stress com um passeio relaxante é muito bom, fazer uma sessão de relaxamento a meio do
dia também não é condenável, bem pelo contrário. Mas dormir doze horas por dia e não levantar um
dedo para nada é verdadeiramente um excesso. Cultive o entusiasmo e participe na vida! Seja um
veículo de expressão da palavra criar. Execute e seja voluntarioso. Combata a preguiça com a
diligência.
Para realizar estas práticas é necessária uma disciplina moderada. Ambos sabemos que um
preguiçoso não tem disciplina. Esperando que não pertença totalmente à categoria citada, mesmo
assim, aconselho-o a rever as suas atitudes. Se for um exemplo daquilo que eu escrevi, então, perdão,
mas vai mesmo ter de mudar!
De dia para dia faça exercício físico, pela saúde do seu corpo e pela força do seu espírito. Cultive o
hábito de ajudar. Isso vai, certamente, melhorar muito a sua relação com os outros!
Agora que abordamos os principais defeitos, já sabe o que não deve fazer e aquilo que não deve ser.
Não seja um ser odioso e/ou medroso e/ou preguiçoso. Neste ponto, conhece as atitudes erradas que
o afastarão desta prática e que boicotarão os seus esforços.
Para realizar as coisas com sucesso deve aprender a cultivar as virtudes opostas a estes defeitos,
sejam elas:

-O Amor. Aprecie o bem-estar. Ouça uma música inspiradora e reflicta sobre a importância de amar.
No próximo capítulo descreverei um exercício semelhante à maravilhosa “Twin Heart Meditation”
revelada ao Mundo por Choa Kok Sui, esse fabuloso autor filipino por quem nutro o maior respeito.
Esse exercício ajudará a desenvolver o amor dentro de si, entre outros benefícios.

- A Confiança e a Bravura. Desenvolva Fé pelas experiências que as práticas descritas trarão. Seja
firme e lacónico. Não duvide, execute. Lembre-se disto: O Universo ressoa aquilo que recebe. Se o
leitor envia uma força com dúvida, receberá uma resposta duvidosa. Se enviar uma força confiante e
sincera, receberá uma resposta eficaz.

-A Diligência e a Força de Vontade. Estas últimas criarão persistência. Adopte um método


inteligente para desenvolver força de vontade. Negue-se pequenos prazeres de quando a quando.
Force-se a fazer algumas tarefas trabalhosas onde cultivará a força de vontade e a paciência.

Siga estas directrizes ao longo de todo o trabalho, pois elas ajudá-lo-ão não só neste aspecto como
em variadíssimos outros.
Se não continuasse a prática do livro e, no entanto, executasse algumas mudanças nestes três níveis
seria, rapidamente, uma pessoa mais simpática, menos egoísta, mais corajosa e confiante e, também,
mais ligeira e diligente, capaz de executar.
As consequências de melhorar são sempre boas! Tenha isto presente na sua mente.
Continuemos o Caminho. Se entendeu o que escrevi aqui, a Chave do Poder está já quase ao seu
alcance.

Alteração do Estado de Consciência: O Transe

Nesta fase, depreendo que o leitor esteja já ensaiando os seus primeiros exercícios de Concentração.
A sua validade será largamente verificada na diferença que uma Concentração superior produz em
qualquer processo meditativo.
Nas técnicas explicadas neste capítulo, iremos abordar a realização da jornada interior rumo ao Fogo
Divino dentro do ser humano.
Como se depreendeu do capítulo reservado ao estudo da mente, especialmente da Conferência ali
colocada, para trabalhar com eficácia, será necessário utilizar ambas as ferramentas no trabalho,
sejam elas: Vontade, o que estará já sendo feito com os primeiros exercícios de Concentração e com
o fortalecimento do carácter, aconselhado no capítulo anterior; e Persuasão, parte que vamos abordar
agora.
A Persuasão está intimamente ligada à capacidade de modificar o estado de consciência. Existem
provas cientificas que demonstram variadíssimas alterações no funcionamento cerebral da mente em
meditação. O próprio corpo humano parece estar concebido para atingir certos estados de
consciência especiais nomeados de transe.
O transe é um estado de relaxamento no qual as ondas cerebrais baixam a sua frequência. A mente
entra num profundo estado de calma dando espaço a que a consciência pura se manifeste. Este seria
também o trilho para o estado de “não mente”, que não abordaremos aqui.
Para dominar o relaxamento profundo serão necessárias várias sessões de treino. Aqui, é necessário
salientar que a transição do dia comum para o processo de prática é verdadeiramente importante,
especialmente para principiantes.
Não aconselho o uso de estupefacientes para atingir estados de relaxamento profundo, não negando,
porém, a sua eficácia. O cânhamo, em dose moderada, pode ser altamente relaxante. Devemos,
todavia, advertir que o uso destas substâncias privará a prática de lucidez e jamais conduzirá o
praticante à sua natureza Divina. Não obstante, reconhecemos que certas experiências, obviamente de
validade discutível, podem ser alcançadas usando esses processos.
Para o efeito não aconselhamos o uso de substâncias psicotrópicas, muito menos de alcalóides
perigosos. Uma infusão de Valeriana será o ponto máximo admitido na prática, mas o místico
autêntico deve saber atingir as suas metas sem qualquer ajuda exterior. Beladona, Estramónio,
Peyote, São Pedro, ou mesmo Datura, são plantas muito perigosas e nefastas por várias razões.
Existem xamãs que utilizam os efeitos destas plantas, mas devemos compreender o contexto sócio-
cultural deste tipo de pessoas. O místico ocidental não deve procurar este tipo de ajudas.
Para além do mais a nossa experiência confirma que o Estado de Transe Iniciático (ETI) ultra
profundo, onde os próprios sentidos físicos são “desligados”, ou seja, removidos do consciente da
mente em prática, pode ser atingido sem qualquer suporte para além de uma mente focada. Pelo
contrário, a nossa experiência também revela que o uso de substâncias do tipo mencionado
impossibilita o verdadeiro contacto com a Centelha Divina.
Descreveremos agora vários métodos práticos de relaxamento e de caminho para o ETI.
Ficam aqui dois métodos para a Indução do Estado de Relaxamento Alfa. (ERA). O nome alfa é
utilizado uma vez que estes métodos levam o cérebro a funcionar com ondas cerebrais em frequência
alfa.
Sessão de relaxamento: Método da Luz Azul.

1) -O praticante deverá ter as condições exteriores reunidas, ou seja, estar no seu laboratorium
devidamente preparado.
Se existir ruído exterior, uma música suave pode ser admissível.
2) -Fazer alguns estiramentos antes do exercício é uma boa ideia, porque esse processo facilitará a
circulação energética (e a circulação sanguínea também.)
3) -Deve sentar-se numa posição confortável, evitando estar deitado para não induzir o sono.
4) -Fechará os seus olhos e fará algumas respirações lentas e profundas. Deve visualizar gentilmente,
ou seja, sem esforço, que uma luz branca benfazeja penetra o seu corpo pelos pulmões e que toda a
negatividade interior saia sobre a forma de um fumo cinzento. Mais especificamente, o praticante
deve inspirar luz branca e expirar fumo cinzento. Claro que estamos a falar de visualização, não de
visão, entenda-se.
Este processo produz uma verdadeira troca a nível bioenergético, uma vez que os processos
bioenergéticos são passíveis de afectar pelo pensamento.
O passo descrito deverá demorar dois, ou três minutos.
5) -Após o passo anterior estar concluído, o corpo deve já apresentar um aspecto menos tenso. O
praticante deve, agora, estar alerta para detectar zonas de tensão mais forte, que serão trabalhadas
posteriormente.
6) -Neste momento, a cada inspiração, o praticante vai imaginar uma luz azul brilhante, clara como o
céu de primavera, a penetrar o seu corpo pela planta dos pés. Deve induzir uma sensação de paz e
leveza a cada parte onde a luz se encontre. Sabe o que é paz corporal? É um conceito complicado de
explicar por palavras, mas simples de definir pela experiência, aliás, como tudo. Decerto que já se
espreguiçou vigorosamente. Como sente o seu corpo a seguir? Relaxado, mas mais do que isso,
parece existir uma certa “paz interior” nos tecidos orgânicos. É essa paz que se pretende. Ela vai
subir progressivamente dos pés até à cabeça. Nas zonas de maior tensão poderá imaginar que a luz
faz uns pequenos tornadinhos removendo toda a tensão. Imagine a luz quase como uma matéria
líquida que o preenche e alivia.
Faça todo o percurso cerca de três vezes. Comece pelos pés, suba para os tornozelos, para a barriga
das pernas, joelhos, coxas, glúteos e ancas, baixo abdómen e zona lombo-sagrada, alto abdómen e
zona lombar alta, peito e dorso, ombros, antebraços cotovelos, braços e mãos, pescoço (garganta e
cervicais) cabeça e face.
Lembre-se de trabalhar bem as zonas mais tensas.
7) -Assim que este passo estiver concluído o próximo é simples de realizar. Deve imaginar o seu
corpo como um espectro de luz azul. Todo ele é luminoso. Mantenha esta sensação por algum tempo,
sentindo o corpo descontraído e leve.
8) -Agora o corpo vai começar a pulsar, ou seja, a luz vai aumentar de intensidade e regressar à
mesma que possui no fim do processo descrito atrás, isto feito várias vezes. Tome tempo a imaginar
o seu corpo como uma luz pulsante. Imagine-o a pulsar, primeiro lentamente. Uma pulsação que
aumenta para o maior pico de luz e regressa ao estado de luminosidade normal (aquele que
visualizou após o percurso da luz azul pelo corpo todo) no espaço de cerca de 15 segundos. Este tipo
de pulsação deve ser feito quatro vezes. Depois, outras quatro devem ser feitas, durando, cada uma,
10 segundos. Seguidamente, quatro novas durando, cada uma, 5 segundos. As próximas quatro
durarão, cada uma, 3 segundos, as seguintes quatro, dois segundos e as seguintes quatro durarão um
segundo apenas.
9) -Agora começa a parte interessante. As pulsações deverão ser contínuas e aumentar quer de
velocidade quer de intensidade. Este processo recebe o nome de efeito “strobbing”. Mantenha o
“strobe” por alguns minutos. Asseguro-lhe que sentirá o corpo muito leve e incorpóreo. Todas as
tensões terão desaparecido ao fim de algum tempo. Este “strobe” não é somente um processo mental,
a energia do corpo vai circular e variar produzindo um efeito calmante e relaxante. Finalmente, vai
inverter o processo e abrandar o ritmo das pulsações, até 15 segundos cada uma. Depois manterá o
seu corpo brilhante. Vai observar se existe ainda alguma tensão. Se existir pulse um pouco de energia
nesse local, desejando que ele relaxe.
10) -O próximo passo é simples, mas leia com atenção. Já viu alguma fotocopiadora a trabalhar sem
tampa? Verá que existe uma banda de luz que percorre o vidro de uma ponta à outra. Um scanner de
computador funciona pelo mesmo princípio. Pois será algo de semelhante que fará com a sua energia.
Vai imaginar uma banda de luz azul a subir dos seus pés à sua cabeça e novamente a regressar aos
pés. Este percurso deverá demorar cerca de 30 segundos. 15 segundos para cada metade. Fará 3
vezes este processo. As próximas 3 deverão demorar 10 segundos apenas. As seguintes 3 demorarão
5 segundos cada. As outras 3, 1 segundo cada. Depois daí tentará acelerar ao máximo que possa.
Mantenha este processo durante cerca de três a cinco minutos.
Estará completamente relaxado.
Sentimo-nos na obrigação de informar que pessoas mais dotadas poderão sentir o seu corpo a mudar
de forma, ou a esticar. Este processo é normal. O que se passa é que estes exercícios aproximam o
contacto do corpo físico com o corpo astral, ou corpo etéreo. Depreendemos que o praticante tenha
algumas noções daquilo que estamos a falar. Não sendo o caso, deve consultar bibliografia
recomendada, ou simplesmente tomar a nossa palavra como certa. Preferimos que adopte a primeira
situação, ou seja, para obter mais informações sobre este assunto, deverá consultar a bibliografia
recomendada. Se porventura sentir que está fora dos limites do corpo físico, ou se der por si a olhar
para o seu corpo físico estando fora dele, não receie. Apenas deseje reentrar de novo. Esse fenómeno
não é muito comum, mas certas pessoas mais dotadas podem ter a felicidade de o conseguir com esta
facilidade. Se isso acontecer, sugiro que procure rapidamente bibliografia que o oriente nesse
processo que está para além do alcance destas páginas. Por experiência própria, garanto-lhe que está
seguro se isso acontecer.
Após esta técnica, poderá seguir para qualquer prática que deseje pois o seu corpo estará já relaxado
e a mente calma.
No final do livro existe uma secção que descreve sumariamente um calendário de práticas e a sua
descrição. Pode usar o texto escolhido para realizar uma gravação do mesmo e utilizá-la para que
este processo atrás explicado possa ser guiado pela ajuda de um texto gravado num CD ou cassete.
Assim poupa tempo e ajuda a memória.

Segundo método: Japa.

Existe uma forma simples de relaxar. Embora não produza efeitos tão espectaculares como a
primeira técnica apresentada, se usada apenas como relaxamento, ela é bem eficaz para o efeito. É
muito utilizada no Oriente.
Cumpra os primeiros 6 passos da técnica anterior. Use uma luz branca desta vez.
Agora vai começar a vocalizar lentamente e em voz baixa o vocábulo AUM. Este é o desdobramento
do famoso OM. É chamado o tríplice som da Criação. Este mantra evoca uma força poderosa e, se
repetido várias vezes, traduz-se num estado interior de grande paz e serenidade. Mantra é um termo
oriental, Sânscrito, que denomina certas palavras, ou frases que possuem um poder específico.
Deve inspirar o ar lenta e profundamente, sem, no entanto, produzir desconforto nos pulmões e, ao
exalar, a sua boca e garganta devem assumir a posição para libertar o som A. Um som aberto como
em Árvore. Depois, mantendo a mesma configuração da garganta e mantendo a mesma intensidade de
exalação vai produzir o som Ô, como em Ostra, fechando um pouco e arredondando os lábios;
continuando a fechá-los num movimento gradual e progressivo, o Ô transformar-se-á num U, como
em Unidade e, finalmente, quando fechar os lábios e nasalar o som, o U transformar-se-á num M, um
murmúrio.
Este mantra deve durar toda a sua exalação. Algo como:
AAAAAAAAAAAAÔÔÔÔÔÔUUUUUUUMMMMMMMMMMMM.

Faça este som 108 vezes consecutivas. O seu corpo estará relaxado no final e a sua mente estará
calma. Para maximizar os efeitos desta prática deverá concentrar a sua atenção três centímetros
acima do meio dos seus olhos. Nesse local existe um vórtice de poder que recebe o nome de
Terceiro Olho. É conhecido entre os Iogues como Ajna Chakra. Mais adiante neste livro darei
algumas informações sobre os Chakras, vórtices energéticos que regulam a circulação energética no
corpo. Pode sentir uma sensação de formigamento nessa zona, ou uma espécie de campo. Isso é bom.
Para facilitar esta tarefa quererá adquirir um rosário com 108 contas. Estes estão à venda em lojas da
especialidade, ou na Internet. São conhecidos como japa mala. Japa é a técnica de repetição de um
mantra, mala significa rosário, ou colar de contas. Pode optar por fazer um com missangas, o que é
igualmente fácil. Aconselho, porém, a Rudraksha Mala, feito de sementes rudraksha. Estas guardam o
poder energético do japa e podem ser usados para outros fins a explorar fora do âmbito deste livro.
Existem muitos outros métodos de relaxamento descritos nos livros incluídos na secção Bibliografia
Aconselhada. Pode usar outros desde que funcionem bem consigo. No excelente livro Astral
Dynamics, o autor (Robert Bruce) ensina várias técnicas para atingir o Transe. Estas também são
muito válidas.
Após a realização deste exercício o corpo e a mente estarão preparados para entrar no estado de
transe. Deixe que o mantra penetre em si saindo de uma forma quase automática. Permita que o corpo
relaxe progressivamente durante a repetição do mantra.

O Transe.
Agora que as técnicas de relaxamento foram explicadas, passaremos a ensinar a obtenção do estado
de transe.
A técnica de transe pode variar. Ela pretende produzir o mesmo efeito produzido pelo sono
fisiológico, contudo neste último estado a mente estará acordada e lúcida.
Utilizando esta técnica o leitor vai aprender a separar a sua mente do seu corpo. O ETI elimina todas
as distracções corporais permitindo uma prática serena e longa.
Claro que existem vários níveis de separação e de proficuidade na prática. Para os exercícios
apresentados neste livro o primeiríssimo estado de transe é suficiente.
A prática assídua deste exercício melhora a saúde e torna o praticante numa pessoa mais calma e
mais descontraída. Escusado será dizer que o nível de poder do praticante irá aumentar grandemente
de acordo com o poder com o qual ele emprega o transe.

Existem vários níveis de ETI:

1) -ETI Ligeiro
2) -ETI Mediano
3) -ETI Profundo
5) -ETI Muito Profundo
6) -ETI Ultra-Profundo

No ETI Ligeiro, sente-se uma sensação de peso, ou profunda leveza, em todo o corpo. A forma
parece perder-se e o corpo assemelha-se a uma massa inerte e homogénea. A mente está muito calma.

No ETI Mediano, para além da ausência de forma, o corpo está tão relaxado que é difícil movê-lo e,
no mínimo, muito desconfortável. Mexer um braço repentinamente pode ser uma tarefa desafiadora
para o praticante nesse estado! A mente está muito calma e sente uma grande liberdade.

No ETI Profundo, todas as sensações do ETI Mediano estão ampliadas. A possibilidade de mexer um
braço ou uma perna sem emergir do transe é quase nula. Algumas extremidades ainda poderão ser
capazes de ser movidas com dificuldade. Para sair deste transe é aconselhável percorrer o sentido
inverso, de outra forma, o simples levantar será uma tarefa quase impossível de realizar. A calma
mental é extrema. Neste estado a mente parece poder permanecer num estado de concentração
durante muito tempo.

No ETI Muito Profundo, a possibilidade de movimentação é completamente nula. Por muito que o
praticante tente o movimento directo, a mente está desligada do corpo. Todo o ambiente exterior é
distante, o praticante pode submergir em profunda meditação por muitas horas. A mente está
completamente livre e calma como um espaço negro.

No ETI Ultra-Profundo, O estado Muito profundo é levado ao extremo. A mente largou o corpo. O
praticante está distante de todas as funções corporais. Os sentidos estão desconectados. Este
processo místico é utilizado para permanecer em meditação por vários dias, ou mesmo meses. O
metabolismo do organismo fica alterado tal como o de um animal em hibernação.

A Prática do transe.

O transe imita o processo de sono. No processo comum de sono fisiológico, o sono passa variadas
imagens na tela mental durante o estado hipnagógico, no qual a mente e o corpo adormecem. Essa é a
primeira etapa. Seguidamente, se estiver atento verá que o corpo dissocia a mente dos movimentos.
Durante esse processo é possível sentir algumas sacudidelas, ou abruptas sensações de queda.
Depois desse estado o corpo e a mente separam-se. Assim, podemos sonhar dando corridas, saltos e
piruetas que o corpo não sairá do sítio. No caso dos sonâmbulos essa separação não se dá
completamente.
Existem também outros fenómenos associados ao sonambulismo que não abordaremos aqui.
Como podemos ver, a função pictórica da mente é importante para induzir o estado de transe, ou seja,
de separação entre mente e corpo. Se assim não fosse, essa função não seria utilizada naturalmente
pelo corpo. Em seguida, o “truque” do sono é induzir movimento. Ora, como queremos um
abaixamento da consciência corporal a técnica que ensinaremos utilizará um movimento associado
automaticamente a esse processo. Assim sendo, vamos levar a mente a um estado de desconexão
corporal.
O sucesso desta prática está relacionado com vários factores.

A capacidade de visualização.
A capacidade de concentração.
A capacidade de auto-sugestão.

Todos estes factores irão melhorar com o adestramento na prática. A concentração deverá ser
treinada com os exercícios dados em capítulo anterior.
O praticante, no seu melhor, poderá ter experiências altamente benéficas para o seu progresso no
misticismo se dominar bem esta prática.
Aqui fica a Indução Geral de Estado de Transe Iniciático. (IGETI)

1) Atinja um estado de ERA. Faça-o criteriosamente. Use uma das técnicas explicadas, ou outra à sua
escolha. Atingido esse estado prossiga com os passos a seguir descritos.
2) Visualize-se num elevador. Sinta que ele o levará às profundezas do seu ser. Olhe para as suas
paredes e veja que são de cor amarela açafrão. A iluminação deve ser muito suave. Dentro do
elevador está um colchão ou uma cadeira. Imagine-se sentado na cadeira, ou colchão de acordo com
posição em que se encontre.
3) Volte os seus olhos imaginários para cima. O elevador não tem tecto. Por cima vê o céu que
significa o estado de consciência normal. Está já dentro do fosso do elevador que o levará às
profundezas de si próprio. As paredes do fosso são escuras e aconchegantes como se feitas de
veludo.
4) Agora comece a descer. Induza a sensação de descida. Veja o fosso a ficar mais alto à medida que
desce. Veja o buraco a afastar-se. Procure sentir o corpo a descer. Com a sua mente induza a
sensação de descida. Para ser bem sucedido nesta tarefa, aconselhamos o leitor a andar algumas
vezes de elevador. Feche os olhos e memorize a sensação de descida. Repita este processo várias
vezes. Num prédio alto terá tempo de sobra para memorizar a sensação de descida. Nos tempos
antigos a descida pelo poço Iniciático era muito utilizada. O descer de escadas também. Hoje,
acreditamos que o elevador é uma das técnicas mais fáceis de experimentar. Realize esta técnica por
vários minutos, vendo o cimo de fosso cada vez mais longe até que ele seja apenas um ponto de luz
no cimo. Sinta-se bem e aconchegado dentro de si próprio, protegido de tudo.
5) Quando chegar ao ponto onde o cimo do fosso é apenas um ponto de luz, sinta que continua a
descer. Mas neste momento, sinta que à medida que desce, o seu corpo fica cada vez mais pesado e
imóvel. Continue a descer e a sentir o corpo mais distante e mais dormente. A descida funciona como
uma anestesia. Tome bom tempo neste passo. Cada pessoa sentirá mais ou menos dormência, ou
peso, no início, mas, com perseverança, todos acabarão por sentir o corpo imóvel.
6) Assim que se sentir satisfeito com a profundidade do estado adquirido, ou ao fim de um quarto de
hora, veja as portas do elevador abrindo-se. Imagine que a sua mente flutua para fora do seu corpo,
tal como se apenas a sua percepção saísse. Veja que o corpo ficou sentado para trás de si no
elevador. A sua mente está agora livre dentro de si mesmo. Veja umas escadas em caracol que
descem para o seu lado direito. Elas são amplas e feitas em mármore branco. Flutue por estas
escadas dando três voltas às mesmas. Pare. Sinta o grandioso estado de paz e serenidade em que se
encontra.

Esta prática fica por aqui. Nesta altura deve ter atingido o estado de transe. De acordo com as suas
capacidades e com a insistência no processo que o trouxe até este ponto, o tipo de transe que atingiu
varia de ligeiro a muito profundo. O estado Ultra profundo usa outro caminho. Deixaremos esse para
os Iniciados de Alto Grau.
Vamos agora adoçar um pouco a boca do leitor com o sétimo passo, que será realizado mais à frente
neste livro. Não o pratique agora porque se decepcionaria com os resultados.

7) Imagine-se a flutuar para um corredor com várias portas. Este corredor deve ter o chão
quadriculado. As paredes são de cor branco pérola. No fim do corredor existe uma grande porta
dourada. Feita de ouro maciço. São três portas de cada lado. Perfazendo sete portas nesse corredor.
A sétima será a porta do SER, o Deus Interno de cada um. O entusiasmo é grande porque o leitor
sabe que atrás de cada porta existe um poder. Na última porta existe a Chave…

O estudante deve praticar este exercício de transe pelo espaço mínimo de 20 dias, executando-se esta
técnica todos os dias. Ao fim deste tempo o praticante sério deve esperar atingir, pelo menos, um
transe médio.
Quanto mais praticar, melhores serão os resultados que vai obter.
Efectue este exercício antes de prosseguir. Sem o sucesso no mesmo, os resultados adjacentes às
práticas seguintes serão escassos. Seja honesto e faça um bom trabalho. Garanto-lhe que valerá o
esforço.
Está na altura de fazer uma súmula do que deve fazer até agora.

1) Prepare o laboratorium.
2) Faça a passagem da vida comum para a vida mística.
3) Realize diariamente os seus exercícios de concentração.
4) Após realizar esses exercícios realize um Indução de ERA seguida do IGETI.
5) Enquanto realiza estes exercícios enobreça o seu carácter e releia várias vezes o capítulo “Vencer
os Inimigos”. Aplique-o na sua vida diária!

Execute o que leu até aqui pelo espaço de vinte dias consecutivos. Posteriormente deverá prosseguir
com o treino oferecido por este manual.

Bilocação da Consciência

Após ter estudado a prática de IGETI o estudante está preparado para fazer uma nova série de
exercícios que o ajudarão a ser bem sucedido na prática das portas de poder e, finalmente, na
aquisição da Chave que providenciará segurança e eficácia no uso das capacidades recém
adquiridas.
É esperado que a prática da concentração tenha sido assídua o suficiente, para que o tempo
recomendado nas conferências do capítulo terceiro tenha sido atingido.
Se o leitor ainda não conseguiu obter resultados nas técnicas ensinadas, dever-se-á esforçar e
trabalhar para atingir essas metas. O bom desempenho nas primeiras práticas é crucial para o
desenvolvimento das capacidades que ensinamos neste livro.
Recomendamos que faça um pequeno investimento de tempo na aplicação prática dos exercícios. O
benefício proveniente do sucesso nos mesmos compensará amplamente o tempo dispendido na sua
realização. Isto porque, quanto maior for o desenvolvimento da concentração e do relaxamento do
leitor, mais rapidamente ele atingirá a proficiência nos passos realmente interessantes que estamos a
desvelar.
Assim, perdoe a nossa insistência, mas, é baseando-nos em anos de experiência ensinando grupos
iniciáticos, que fundamentamos o nosso conselho. Os estudantes que não dispendem tempo a construir
uma base sólida para os seus progressos na mística, raramente acedem a metas elevadas que,
realmente, os classifiquem como praticantes sérios e eficazes.
Temos lidado com estudantes apressados que procuram apenas alguns vislumbres para se
convencerem, a priori, que o sacrifício da prática e do tempo que ela ocupa, valerá o esforço. Esses
raramente encontram alguma coisa digna de apreciação e, na sua maioria, abandonam o trabalho
místico, antes mesmo de o terem começado. Naturalmente que neste livro não acalentamos os leitores
para que se tornem em verdadeiros místicos, nem, tampouco, requeremos a força e o carisma
necessários a isso. Somente advertimos o leitor, aconselhando um pequeno investimento de tempo,
para evitar futuras decepções e frustrações pelo insucesso na realização do que ensinámos.
Partindo do princípio que esta nossa pequena chamada de atenção foi considerada com seriedade,
continuamos agora com outra série de exercícios que visará a possibilidade de libertar a consciência
para além das barreiras do corpo.
Este processo é importante porque, só dominando o mesmo, poderá o praticante ter acesso real à
informação contida por trás de cada uma das portas.
Nesta obra não incorremos na explicação teórica de tudo quanto explicamos, pois, para isso seria
necessário um trabalho muito maior. Outras obras, destinadas a um público mais específico, conterão
detalhadas informações sobre tudo quanto aqui ensinamos. Todavia, existem alguns conceitos
absolutamente necessários para que os exercícios deste capítulo possam ser compreendidos e
praticados.
Vamos ensinar como bilocar a consciência. Ou seja, separar a consciência e situá-la em dois locais
distintos. Para que esta tarefa seja possível, é, antes de mais, necessário dar a entender o que é a
consciência.
Uma definição não pode ser dada explicando aquilo que algo não é, mas, neste caso, utilizaremos
esta técnica para nos fazermos entender melhor.
A consciência não é o corpo, nem é a mente.
A Consciência habita o corpo e utiliza a mente.
Quem mexe os braços e as pernas, ou melhor, quem está por trás da vontade do movimento? Quem
quer produzir movimento? A força por trás da vontade chama-se consciência.
Quem pensa? Será a consciência o pensamento? Obviamente que não. A consciência é a responsável
pelo pensamento.
Quando o processo de pensamentos pára, num processo de meditação, por exemplo, a consciência
continua a existir.
A teoria que afirma a consciência como um sub produto do cérebro está completamente errada como
provam todas as Experiências de Quase Morte.
A Experiência de Quase Morte tem vindo a intrigar a comunidade Científica, tanto no passado como
na actualidade. Este fenómeno ocorre em momentos nos quais certos indivíduos, passam por um
traumatismo, ou uma intervenção cirúrgica e morrem nesse processo. O coração pára e a actividade
cerebral cessa. Clinicamente, o indivíduo morreu. A sua actividade não pode ser medida, logo, se o
cérebro parou, segundo a teoria médica, não existe pensamento, nem actividade consciente.
Todavia, durante as Experiências de Quase Morte (EQM), os sujeitos que as vivenciam, descrevem
fenómenos ligados com a existência de dimensões paralelas, com processos de vida pós morte, etc.
Ora, com uma “Flat Line” cerebral, onde o cérebro não pensa, tal processo é completamente
impossível de ocorrer e, no entanto, ocorre e é mais frequente do que gostariam os cépticos.
Existem estudos coerentes e sérios sobre este assunto, o que só por si prova que não existe qualquer
explicação fácil, com a qual se descarte este tema juntamente com uma piscadela de olho. No
Apêndice A está documentada uma destas investigações em decurso.
Os cépticos gostariam de ver este incómodo assunto arrumado e tentarão sempre arruinar qualquer
esforço sério que procure a verdade, porque bem no fundo eles sabem que podem estar errados e
tanto assim é que foram atiradas teorias explicativas de processos de morte cerebral conhecidas pelo
nome de “Dying Brain Hypothesis”, na qual uma data de especulações são atiradas para confundir
aqueles que acreditam, ou mesmo, aqueles que passam por essa experiência. Recomendo a leitura do
Artigo de Greg Stone, o qual reproduzo no final do livro, mais concretamente, no Apêndice B, onde
se demonstra o absurdo de tais explicações sem fundamento.
O facto é que, vários factos decorrentes no mundo físico podem e têm vindo a ser observados por
indivíduos sujeitos a este tipo de processos, que, por si só, encerrariam qualquer discussão sobre a
teoria “Dying Brain Hypothesis”. É comum que alguns dos que regressaram da morte descrevam
cenas que presenciaram enquanto estavam mortos, não cenas transcendentes, mas ocorrências
perfeitamente comuns, que tiveram lugar nos locais onde se encontravam, tais como descrever o que
faziam os médicos numa sala ao lado onde se encontrava o seu cadáver.
Para o místico, que pode reproduzir este fenómeno de desdobramento de consciência, não existe
qualquer mistério neste processo. Simplesmente, a consciência não é o corpo, logo tem existência
para além das suas fronteiras.
Desafio os clínicos a estudarem uma terceira Flat Line, aquela na qual a componente bioplásmica, ou
corpo energético, abandona o corpo físico, provocando, invariavelmente, uma perda de massa
corporal de cerca de 60 a 80 grs no momento da verdadeira morte.
Esta perda de massa pode ser verificada e, quando real, não existe qualquer possibilidade de
ressurreição clínica.
O místico clarividente, pode observar o momento no qual o corpo bioenergético abandona o corpo
físico e a morte se dá.
A consciência também não é o corpo bioenergético, mas controla-o através da mente.
Será, não menos interessante, desafiar as mentes científicas da actualidade a explicarem como é
possível que algumas pessoas que experimentaram EQM e regressaram passadas algumas horas, o
fazem sem sofrer qualquer lesão cerebral. O leitor menos informado desconhece o facto que um
cérebro não irrigado por sangue fresco durante um espaço de cerca de oito minutos, começa a sofrer
danos irreparáveis. No entanto, nenhum clínico do mundo desconhece este facto, bem como nenhum o
explica.
O campo bioenergético que reveste e penetra o corpo está na base desta explicação. Seria
interessante que a comunidade científica se detivesse um pouco mais seriamente sobre os avanços
das terapias bioenergéticas, como a “Cura Prânica”, por exemplo e os excelentes resultados que se
têm vindo a obter em vários países do mundo. Afinal, afinal, este campo parece deter a própria
morte!…
Mas, voltando ao assunto deste capítulo, somos chegados ao momento no qual definimos consciência.
Consciência é aquilo que é.
Se leu com atenção os capítulos anteriores reteve a informação que o ser humano possui em si uma
partícula divina. Essa partícula, ou centelha divina, é a consciência. É ela que anima a mente e o
corpo. Ela é a base da vida. Sem essa centelha a vida organizada não acontece.
A consciência, ou Essência Divina, na sua expressão neste Plano, ou Mundo Físico, está adicionada
da mente, de corpos subtis e imperceptíveis na óptica deste Plano, e do corpo físico.
Todos estes factores influenciam a expressão da Consciência e são filtros para a forma como ela se
expressa. Os vários corpos e a mente influenciam-se mutuamente e influenciam a expressão da
consciência, mas não a própria Essência Divina.
Desta maneira, mesmo que a consciência seja de uma natureza perfeita, ela apresenta-se à vida
condicionada pelos factores impostos pelos vários veículos pelos quais ela se manifesta.
O ser humano comum, não percebe a sua Essência Divina, apenas percebe e experimenta a
conjugação de todos os factores mencionados. Isso explica a grande diferença entre todos os seres
humanos e as suas diferentes predisposições.
Essa multiplicidade de apresentações ilude o juízo generalizado e dificulta a percepção de que todos
temos um princípio comum, no qual todos somos iguais e extremamente poderosos.
São esses condicionalismos impostos à consciência, por um genoma e por um proteoma, por uma
configuração bioplásmica específica, por um psicossoma com desejos próprios e por uma mente com
mecanismos distintos e individuais, que dificultam o acesso à Essência Divina e à Fonte de Todos os
Poderes.
Vamos ensinar um método que vai aproximar o praticante da sua Essência e, causada por essa
aproximação, uma expansão de poder e de entendimento das coisas. Esse é o objectivo deste manual.
Com o poder recém-adquirido será possível aprender e demonstrar parte daquilo que aqui se
explica. Portas ficarão abertas àqueles que desejarem continuar com as suas investigações.
A consciência é a base de todo o universo, logo é expansível a qualquer parte do mesmo. Para se
expandir ela usa a mente como ferramenta, na qual pode viajar e perceber fenómenos e processos de
vários planos.
A consciência, tal como se desloca no seu corpo físico também se pode deslocar no corpo etéreo, ou
usando a terminologia mais usual no misticismo, o corpo astral.
A designação “astral” foi dada por Paracelso, pois ele afirmou que as influências dos Astros
ocorriam pela emissão de um fluido, ou campo, que se estenderia até ao nosso planeta. Esta
“emissão” teria lugar nos planos subtis onde depois decairia para o plano físico. O plano onde estas
influências circulavam foi denominado Plano Astral, logo o corpo que se move nesse Plano recebeu
o nome de Corpo Astral.
Neste capítulo vamos abordar a viagem mental (através do uso da mente) para determinadas regiões
desse dito Plano Astral. Vamos praticar o desdobramento mental para locais do Plano Físico. Devo
explicar que neste processo não vamos ensinar a viagem Astral, ou desdobramento e dissociação
completo da consciência do corpo físico. Vamos fazer um desdobramento mental, que, com prática
regular se tornará interessante e verdadeiramente curioso.
Utilizaremos um método simples e interessante que, se praticado com alguma regularidade, vai
produzir algumas experiências invulgares.
O objectivo desta técnica, não é, porém, o de conseguir obter experiências para já, mas sim o de
habituar o praticante a bilocar mentalmente a sua consciência e utilizar a sua visualização.
Após realizar os exercícios mais adiantados, o leitor poderá regressar a estas técnicas e obter
resultados mais dignos de nota e fiabilidade.
Nesta bilocação de consciência vamos começar por alguns exercícios simples, que depois
complexificaremos um pouco mais com o treino apresentado ao longo do manual.

1º-Exercício de desdobramento parcial.

Neste exercício vamos ensinar como treinar a mente a estar para além das dimensões do corpo. Ou
seja, vamos ensinar o leitor a “dar um passeio mental”.
Com a prática, a viagem mental começará a ser tão automática e vívida que se poderá mesmo
confundir com uma viagem real e o mais interessante, é que podem, mesmo, vir a ser presenciados
factos que realmente ocorrem nos locais que o leitor se proponha a visitar.
Explicaremos o exercício passo a passo, salientando os aspectos que nos parecem mais importantes
para a sua execução.

1- Prepare o seu laboratorium.


2- Faça a transição do mundo comum para o ambiente místico.
3- Inicie a indução de ERA e use o nosso primeiro método.
4- Prossiga para a prática de IGETI, aprofundando o transe na descida tanto quanto conseguir.
5- Agora que sai do elevador, vai imaginar que sai para o local onde se encontra fisicamente e que
está a flutuar afastando-se do seu corpo. Avance lentamente pela divisão e prestando atenção aos
pormenores afaste-se como se estivesse a caminhar (mas flutuando). Siga para outra divisão e
observe-a. É muito importante que procure sentir-se lá, verdadeiramente, tal como se estivesse
fisicamente no local. Isto desenvolverá a sua visualização bem como a sua concentração auditiva e
mesmo táctil. Use as suas capacidades de memória para se lembrar bem do sítio, como ele é, quais
os ruídos presentes, se existirem, etc. Um aspecto muito importante é a capacidade de sentir
movimento. Procure sentir o seu próprio movimento. Para treinar esta sensação, basta estar atento ao
processo de andar, ou mesmo ao processo de andar de automóvel. O seu corpo quando passe de um
estado de repouso a outro, animado de movimento, sente a mudança e a aceleração. A isso chama-se
sentido cinestésico. Esteja atento a ele nos próximos dias. Isso acontece de cada vez que nos
movemos. Seja minimamente preciso na sua viagem. Vá avançando, agora, pela casa fora, sempre
andando e sempre procurando ter uma sensação real de estar presente nos locais por onde passa. Use
tanto pormenor quanto a sua memória e as suas capacidades lhe permitirem.
6- Caminhe agora até à rua. Siga pela rua fora utilizando o mesmo pormenor de memória que utilizou
em sua casa. Desfrute do passeio. Vá até ao local onde se determinou a ir. Nos primeiros dias não se
afaste mais de 500 metros a um quilómetro. Depois regresse, mais rapidamente, mas também atento
aos pormenores.
7- Abra os seus olhos e registe pormenores invulgares da sua viagem. Se topar com algo
verdadeiramente estranho e que tenha impressionado a sua mente, vá até ao local averiguar o que
possa ser. No desdobramento parcial já é possível ter contacto com algumas realidades que podem
desafiar a mente comum.

Para que o sucesso desta prática venha mais depressa será interessante treinar o percurso fisicamente
várias vezes antes de fazer a prática, para memorizar cuidadosamente o processo.
Quando a prática ficar bastante real, ou seja, quando existir uma sensação quase nítida de estar
mesmo no local que visualizamos, então deve-se ir um pouco mais adiante até outro local onde não
tenhamos estado. Finalmente, será interessante conferir aquilo que se visualizou (processo que se
tornará quase automático), com a presença dos objectos e pessoas no mundo físico.
Têm sido relatadas experiências muito curiosas com este tipo de treino. Alguns praticantes têm visto
objectos que estiveram nos locais visitados no passado e objectos que ainda viriam a estar.
Existem um sem número de ocorrências curiosas que podem resultar deste método. O próprio autor,
quando treinou este processo há vários anos observou eventos e factos, não só reais e correctamente
situados temporalmente, como presenças do passado e do porvir.
Recomendo que anote as suas viagens, pois esses cadernos de nota podem vir a conter informações
provadas como interessantes posteriormente à data da experiência.
Para a boa execução deste exercício recomendamos ao leitor uma boa preparação pelos processos
prévios. Relaxe profundamente e atinja um ETI mediano. Pode vir a ficar surpreendido com os
resultados daquilo que vai acontecer.
Existe ainda uma informação útil que queremos deixar presente.
Algumas pessoas, podem, através deste método, induzir verdadeira separação entre o corpo físico e
a consciência. O prelúdio desse processo pode apresentar vibrações no corpo físico ou variadas
sensações, algumas das quais não muito agradáveis para o principiante. Todas elas são perfeitamente
inofensivas e devem ser ignoradas. Continue com a técnica apresentada. Certamente, que os
resultados serão compensatórios. Recomendo que pesquise na bibliografia que recomendamos livros
específicos sobre esse assunto, ou que entre em contacto com alguém da organização. Não existe
perigo conhecido nas viagens mentais, nem nas viagens astrais, mas deve estudar bem o tema antes de
começar a explorar por si só estes campos da mística.
Recomendamos que se pratique este processo pelo espaço de 20 dias consecutivos. Fazendo isto, o
leitor está a treinar o seu processo de relaxamento e de IGETI e está a desenvolver a sua
visualização e concentração.
Continue a praticar o exercício de observação do ponteiro do relógio até cumprir a meta de três
minutos, ou, se for um pouco mais ambicioso nos seus resultados, cinco minutos ou mais.
A prática assídua deste método vai desenvolver as capacidades do leitor, de forma que esteja
preparado para realizar os exercícios que se apresentarão a seguir.
Já estudamos a mente, a concentração, o Estado de Relaxamento Alfa, o Estado de Transe Iniciático e
finalmente a bilocação da consciência.
Relembro que neste exercício último, não é visado que o leitor tenha experiências invulgares. Ele
deverá apenas ser capaz de produzir uma boa visualização e restantes sensações da sua viagem.
Contudo, a falta de experiências num praticante sério será de admirar, pois a estatística prova que
durante vinte dias de prática consecutiva, pelo menos, haverá um fenómeno invulgar durante as
viagens feitas. Seja como for, se ao fim de vinte dias de prática, nada de interesse específico tiver
acontecido que o tenha feito pensar que, realmente, parte de si se deslocou para o local desejado (ou
para o percurso até lá chegar), então adicione mais dez dias de treino. Assim que sentir uma boa
concentração imaginativa, passe para o próximo capítulo.
No próximo capítulo iremos adequar os exercícios ao nível que o leitor já terá atingido, caso tenha
feito as práticas correctamente. Como nem todas as pessoas são iguais, o próximo capítulo irá
nivelar o leitor de modo a que este se possa aperceber que as suas capacidades de concentração e
relaxamento estão já francamente ampliadas.

Concentração avançada.

É chegada a altura de nivelar os leitores com exercícios de concentração relativamente avançados


que permitirão o uso de ferramentas mentais superiores.
Talvez este seja o capítulo mais trabalhoso deste manual, mas ele é indispensável para a boa
progressão em qualquer exercício mágico.
Depreende-se que nesta etapa o leitor já tenha superado o primeiro exercício de concentração. Sendo
isso verdade, a continuação desse processo já não é eficaz para que o praticante continue a sua
investigação nos domínios do misticismo sério.
Assim, proporemos um método de trabalho mais adequado ao nível em que o leitor que praticou se
deve encontrar.
Os exercícios expostos a seguir, se bem dominados farão diferença na potenciação de qualquer
ritual, ou acto mágico e garantirão capacidades que serão úteis ao místico em qualquer exercício
necessário ao seu desenvolvimento. Mais uma vez, estamos no campo da criação de ferramentas,
onde os resultados não produzem experiências directas. Todavia, a diferença no trabalho e nas
experiências do místico que desenvolve essas ferramentas, comparado aquele que não o faz, é
semelhante ao lenhador que corta uma árvore com um machado e outro que o faz com um canivete de
bolso.
Neste grupo de exercícios visamos desenvolver a concentração sensorial do leitor de maneira a que
ele possa aplicar a sua concentração em diferentes situações e a diferentes processos.
Cada exercício deve ser dominado pelo tempo de três minutos.
Assim que um exercício seja dominado pelo tempo de três minutos, o leitor pode e deve passar ao
exercício seguinte.
Mais uma vez, relembro que este treino é fundamental, senão mesmo, indispensável àquele que busca
experiências minimamente sérias no campo das Ciências Ocultas. Os benefícios prometidos ao leitor
aplicado não se farão esperar.
1º Exercício - Concentração visual num objecto.

Neste exercício o leitor deverá escolher um objecto simples e de fácil memorização. Um lápis, uma
esferográfica, ou um copo, etc., podem servir para realizar este exercício.
Estando no seu laboratorium, deve relaxar o corpo e a mente por alguns instantes.
Coloque o objecto à sua frente, na mesinha que escolheu para fazer o se pequeno altar.
Fixe este objecto com os olhos continuamente pelo espaço de um minuto. Memorize-o bem.
Agora feche os olhos e mantenha-o na sua mente pelo maior tempo que conseguir. Visualize os seus
detalhes e a sua forma geral. Não disperse. Deve repelir todos os pensamentos ou ideias que tentem
vir à mente, mesmo antes que elas se formem.
Os conceitos expostos a seguir são de importância vital para qualquer exercício de concentração.
A mente concentrada divide-se em duas, 80% para a concentração no objecto e 20% num tipo de
sentinela que impede qualquer pensamento de entrar.
Um pensamento, antes de entrar na mente em concentração exerce uma espécie de “pressão mental”
que o anuncia, no “fundo a mente”. É algo que qualquer praticante de concentração é capaz de sentir.
Assim que isso aconteça e o praticante se aperceba que vem aí um pensamento, ele deve focar a sua
atenção mais fortemente no objecto e deve repelir esse pensamento sem se distrair. A expulsão do
pensamento é suave ao ponto de não distrair o praticante, mas firme ao ponto de impedir que o
pensamento parasita ganhe manifestação.
Desta maneira, quando o leitor se concentra deve fazê-lo suavemente sem franzir os músculos. Deve
estar relaxado e sereno, mas concentrado.
Assim que conseguir completar três minutos de concentração no objecto, deve variar de objecto.
Deve concentrar-se em um objecto de cada vez, não nos dois simultaneamente. Quando for capaz de
se concentrar três minutos em vários objectos, pelo menos, três objectos diferentes, pode dar o
exercício como concluído.
Repita este exercício duas vezes por dia. Quando a concentração falhar deve começar o exercício de
novo. O tempo que escolhe para executar este exercício não deve ser superior a meia hora seguida,
caso contrário, seria muito fatigante para o cérebro.

2º Exercício - Concentração auditiva num som simples.

Neste exercício o leitor vai desenvolver a sua capacidade de concentração auditiva. A audição é
importante para criar estados mentais específicos e para despoletar determinados estados
emocionais. Por isso, este sentido também deve ser trabalhado com cuidado.
Por vezes há alunos que consideram este exercício difícil e procuram isolar-se de qualquer som
externo para o conseguirem realizar. Acreditamos que uma atmosfera calma é necessária para
qualquer prática de concentração, mas achamos que tal isolamento é pura tolice.
Decerto que conhece bem as suas músicas favoritas. Pense nalguma que lhe “tenha ficado no
ouvido”. Não é simples? Quase parece ouvi-la. Ora uma música é algo bem complexo, logo
reproduzir um som simples não é assim tão difícil. Muitas pessoas dão conta de si próprias a
cantarolar músicas da sua preferência. Estas pessoas quase que ouvem a música no seu cérebro e
limitam-se a acompanhá-la. Este processo é francamente fácil, se não forem levantadas barreiras
psicológicas ou confusões.
Sente-se confortavelmente no seu laboratorium.
Produza um som pré escolhido. Um toque de um sininho. O barulho de uma suave pancada de uma
colher de chá num copo de cristal, um bip-bip de um telemóvel, ou mesmo uma nota de música num
pequeno pianinho de brincar, um tiquetaque de um relógio ou o soar de um barítono. Qualquer som
simples serve o propósito em questão.

Produza este som várias vezes e escute-o com atenção. Memorize-o bem. Um conselho útil: produza
o som e depois reproduza-o mentalmente. Volte a produzi-lo de novo para conferir se está exacto.
Assim que constate isso, deve agora reproduzir o som escolhido seguidamente na sua mente sem
quaisquer interrupções pelo espaço máximo que conseguir. A meta é de três minutos. Deve procurar
fazer com que esta representação seja tão vívida como se o som estivesse mesmo a tocar.
Neste exercício, os olhos devem estar fechados e as mesmas regras de concentração são aplicáveis.
Nenhum pensamento, seja de que natureza for, deve emergir durante a concentração no som.
Tal como na visualização deve escolher três sons diferentes, assim que os dominar bem, deverá
passar ao próximo exercício.
Repita também este exercício duas vezes por dia. Quando a concentração falhar deve começar o
exercício de novo. O tempo que escolhe para executar este exercício não deve ser superior a meia
hora seguida, caso contrário, seria algo fatigante para o cérebro.

3º- Exercício – Concentração combinada entre visão e audição simples.

Uma vez que o leitor tenha superado os dois exercícios prévios, neste ele deverá combinar as duas
técnicas.
A boa execução deste exercício elevará o leitor acima da grande média das pessoas comuns. Mais
adiante no manual, ele perceberá que esteve a desenvolver a ferramenta capaz de moldar a realidade
e de forçar o Universo a fazer coisas, por vezes, improváveis e fantásticas.
O primeiro passo deste exercício é a escolha sensata de um objecto. Este objecto deve ser simples
de visualizar, mas deve produzir um som. Um sininho de latão parece-me indicado. Um relógio com
um visor simples também pode ser utilizado.
Deve transportar o seu objecto para o seu laboratorium e colocá-lo em cima da mesinha. Fixe este
objecto com o seu olhar e faça alguns exercícios de concentração visual no mesmo.
Agora escute o seu som e execute algumas vezes o exercício de concentração auditiva. Muito bem, o
próximo passo será juntar ambas.
Este exercício consiste em concentrar-se simultaneamente na imagem e no som do objecto. Deve
visualizar o objecto na sua mente e ouvir o seu som ao mesmo tempo. Se dominou os outros
exercícios, este não será difícil de conseguir, até porque rapidamente a sua mente associará o som à
imagem.
A meta é, novamente, os três minutos de concentração ininterrupta.
Pratique este exercício pelo menos com dois objectos, depois pode estar apto para seguir para o
próximo exercício.

4º Exercício – Concentração táctil.

Neste exercício deve treinar a sua concentração táctil. Com isto queremos dizer que deverá ser capaz
de se concentrar na impressão táctil que determinado objecto produza em si.
Deve escolher um objecto frio, um objecto morno, ou aquecido.
Um objecto macio, um objecto áspero, um objecto mole e finalmente um objecto duro.
Desaconselho o uso de gelo para a escolha de um objecto frio. O gelo produz uma sensação de frio
extremo algo difícil de reproduzir pela mente. Para além disso três minutos com uma pedra de gelo
na mão podem produzir queimadura. O gelo também se derreteria, o que confundiria a sensação de
frio com a sensação de molhado e de escorrimento. Uma pequena bola arrefecida no frigorífico será
suficiente.
Para um objecto morno aconselho o uso de um objecto previamente aquecido que mantenha a
temperatura. Este objecto deve poder ser aquecido várias vezes sem se estragar, por motivos,
obviamente práticos. Um godo levemente aquecido numa panela manterá o calor por algum tempo.
Deve existir algum cuidado neste processo.
É possível realizar este exercício colocando as costas de uma mão sobre a palma da outra. As costas
de uma mão servem perfeitamente de objecto morno.
O objecto macio poderá ser uma almofadinha de cetim ou seda. O objecto áspero pode ser uma lima
de unhas. O objecto mole pode ser uma barra de plasticina, podendo o duro ser uma esfera de
madeira. Estes objectos podem ser substituídos por outros que tenham as mesmas características.
Todos estes objectos devem ser tratados da mesma maneira, sem que nenhuma sensação seja
privilegiada.
Para realizar este exercício aconselhamos o mesmo processo usado nos anteriores. O leitor deverá
segurar cada objecto e memorizar bem a sensação táctil que ele produz. Em seguida deverá
reproduzir mentalmente a mesma sensação, tão fielmente quanto possível. A prática faz o mestre e a
pressa é inimiga da perfeição. Lembre-se deste axioma.
Assim que este exercício estiver dominado, a segunda parte da concentração táctil deve ser treinada.
Devemos treinar a sensação de calor corporal, depois a sensação de frio e humidade, a sensação de
leveza e a sensação de peso.
Ao contrário das sensações de objectos seguros na mão, estas sensações corporais são de natureza
táctil geral.
Para sentir na perfeição estes quatro tipos de sensação, deve proceder da seguinte maneira. Para
sentir calor, deve deslocar-se a uma sauna, ou criar uma em casa. A casa de banho aquecida com
radiadores de calor pode servir. Se, se expuser vestido ao sol quente durante meia dúzia de minutos,
pode obter o mesmo efeito. Pode também fazer algum exercício com roupa quente vestida. Contudo, a
sauna é o que aconselhamos.
Para sentir frio húmido basta ir à beira mar, ou à beira rio durante o amanhecer, nas primeiras horas
em que raia o sol. Deve tirar, pelo menos a parte de cima da sua roupa e ficar em tronco nú. É
preferível do que ir de manhã cedo do que de noite. Pode humedecer a casa de banho em casa e abrir
portas e janelas para produzir uma fria e húmida corrente de ar (Este método pode ser perigoso para
a saúde, pelo que não o aconselhamos a pessoas sensíveis.) Outra solução é passar um lençol de
banho humedecido com água fria no corpo e deixar evaporar. Esta última hipótese tem funcionado
bem e é simples de concretizar.
Para sentir leveza, bem, para isso basta dar essa indicação ao corpo após atingir o ETI. Todavia, se
o leitor quer sentir algo muito físico deve sentir o peso primeiro. Para sentir uma sensação de peso
uniforme existe um método bastante bom. Recolha areia da praia e embrulhe-a numa toalha. Coloque
essa toalha como uma estola em volta dos ombros. Pegue em dois sacos de cerca de cinco quilos de
areia e coloque uma mochila às costas com cinco quilos de areia. Encha duas botas altas de areia, ou
amarre dois sacos às pernas, pela altura dos joelhos. Agora ande durante cinco minutos. Levante os
braços repetidamente e flicta as pernas, para logo se levantar, isto por variadas vezes. Faça um
esforço e alguma ginástica e sinta bem o seu corpo pesado. Pessoas de constituição mais débil, ou
com problemas de coluna não podem jamais fazer este exercício e deverão dar a sensação de peso ao
corpo através do ETI. Leitores do sexo feminino, logo leitoras, poderão diminuir o peso para três
quilos em vez de cinco.
Leitores de constituição forte podem aumentar o peso de acordo com a sua robustez. Não há
necessidade de exagerar pois o corpo deve pode mexer-se à vontade
Após andar cinco minutos e fazer alguma ginástica certamente que a sensação de peso fica bem
memorizada.
Agora, para ter uma sensação de leveza, desembarace-se dos pesos rapidamente e mexa-se. Verá
como o seu corpo parece leve como uma pluma. É apenas uma ilusão, porque de facto ele não está
mais leve do que no início, mas o cérebro vai gravar uma sensação de grande leveza.
Estas sensações são fáceis de memorizar, para grande alegria dos praticantes! Duas ou três vezes de
uma sensação quente, uma fria, uma leve e uma pesada, são, geralmente suficientes para que
memorize bem esses estados. No dia-a-dia aprendemos a conviver com essas sensações e apenas
queremos aumentar um pouco a sua nitidez. Outros métodos são aceitáveis e os sugeridos são apenas
ilustrações daquilo que pode ser feito.
Cada uma das sensações deve ser mantida na mente por três minutos, sem qualquer interrupção.
Assim que isso aconteça, o praticante terá dado já um grande passo e pode passar ao próximo
exercício.

5º Exercício – Concentração cinestésica e de posição.

Este exercício visa aperfeiçoar a concentração na sensação de movimento e de aceleração.


Depois de ter conseguido realizar os exercícios até aqui prescritos, este será, também simples de
conseguir.
O leitor deve agora prestar atenção ás sensações experimentadas aquando o movimento. Não só
quando acelera, mas mesmo quando está em movimento. Para isso recomendamos que use a
caminhada, uma bicicleta e finalmente um automóvel. Aqueles que desejarem ser ambiciosos
poderão mesmo memorizar o potente arranque de um avião.
Depois de experimentar a deslocação frontal deverá experimentar a deslocação vertical em subida e
em descida. Um elevador servirá para memorizar a sensação.

Basicamente, o importante a memorizar será a sensação de movimento e de posição.


Comecemos pelo movimento. Deverá prestar atenção àquilo que o corpo sente quando se move
quando acelera. Depois deverá reproduzir essa mesma sensação pelo espaço de três minutos sem
interrupções. Pode realizar este exercício para várias velocidades. Todavia, recomendo que não
conduza o veículo automóvel para poder ter a sua atenção totalmente focada na memorização da
sensação. A bicicleta deve andar num espaço aberto e plano para que a sensação de movimento
possa ser apreciada calmamente. Todavia, o andar e o automóvel serão suficientes. O próprio andar,
adicionado de um passo de corrida poderá ser suficiente. Os restantes transportes dependem já do
preciosismo do leitor!
O importante é que fixe e reproduza a sensação de movimento.
Deve executar o mesmo processo relativamente ao movimento ascendente e descendente que pode
experimentar num elevador.
Memorize a sensação e reproduza-a, mais uma vez, durante três minutos sem interrupções.
Agora que cumpriu os requisitos do movimento, deverá passar a estudar a sensação que tem em
várias posições. Como se sente de pé? Sinta bem a posição erecta e memorize-a. Experimente agora
sentado e finalmente deitado. Pode e deve deitar-se de frente e de costas.
Memorize bem a sensação de estar em cada posição e reproduza-a tão fielmente quanto possível. É
esperado que quando está sentado consiga induzir a sensação de estar de pé, ou deitado, o mesmo se
passando para qualquer uma das outras posições.
Este exercício é simples uma vez que os outros tenham sido feitos com sucesso.
Depois de se conseguir sentir em qualquer uma das posições pelo espaço de três minutos sem
interrupções, o exercício considera-se completo.

Tendo realizado este treino de concentração, o leitor abriu inúmeras portas para si e adquiriu, sem o
saber, uma quantidade apreciável de poder para si.
Todo o trabalho investido neste capítulo será largamente compensado nos capítulos que se seguem.
Os exercícios a seguir apresentados podem ser tentados mesmo por aqueles que não dominaram este
capítulo na totalidade, mas a fiabilidade das suas experiências será sempre inferior àquela
experimentada pelos que treinaram cuidadosamente. Para os que passaram por cima deste capítulo,
qualquer fenómeno que possa ocorrer de aqui em diante deverá ser considerado como uma mera
curiosidade.
O afinco e dedicação a estes exercícios paga generosamente em experiências e em novas
possibilidades. O praticante que conseguir realizar o que aqui está escrito deu um salto verdadeiro
na sua evolução mística.
Para confirmar o que foi dito bastará realizar o exercício de viagem mental apresentado no capítulo
anterior. Os resultados falarão por si próprios.
O tempo demorado a realizar estes simples exercícios variará de pessoa para pessoa, mas acredito
que ao fim de algumas semanas, qualquer um poderá ter atingido as metas a que se propôs. Se esse
não foi o seu caso, não desanime persevere na sua prática. Poderá começar a experimentar os
exercícios que se seguem, continuando, porém a realizar estes escrupulosamente.
Com o tempo todas as barreiras se suplantam e os resultados, antes difíceis, tornam-se objectivos e
acessíveis.
No próximo capítulo iremos abordar um pouco a disciplina corporal à qual o leitor deverá dar
preferência.
Trabalhámos a mente com os exercícios de concentração, já abordámos a melhoria de carácter,
ensinando aquilo que o leitor deve buscar, abordaremos agora o estudo de algumas linhas de guia que
mantêm o corpo e a mente misticamente saudáveis.

Adaptações quotidianas favoráveis à prática mágica.

Neste capítulo serão deixados alguns conselhos e medidas úteis ao leitor que deseje avançar de uma
forma mais célere nos exercícios que expomos neste livro.
Todas as considerações que faremos são aplicáveis e algumas mesmo importantes no
desenvolvimento das capacidades psíquicas.
Como o grau de interesse, digamos, varia consoante a recomendação que façamos, iremos ordenar
este grupo de conselhos por ordem decrescente de importância, ou seja, os conselhos mais
importantes serão dados em primeiro lugar, decrescendo na sua importância até ao último. Esta
“classificação” não é oficial e deriva da experiência pessoal do autor, bem como das pessoas com as
quais tem vindo a trabalhar ao longo dos anos. Foi através de uma observação cuidada e metódica
que estas considerações foram observadas. Esta ordenação aplica-se ao que o leitor se propõe fazer
neste livro. No percurso do Iniciado autêntico, a ordenação seria a mesma, mas mais assuntos seriam
focados. Para a aplicação diária do que escrevemos a seguir, recomendamos o uso do bom senso,
mas não do senso comum, porque muitas vezes a palavra “bom” e “comum” andam francamente
dissociadas.

1- Atitudes de ódio, vingança, cólera, bisbilhotice e derrotismo.


Este tipo de acções não enobrece o carácter e, por isso, “carrega” o ser humano de emoções pesadas
e desagradáveis. Existe uma Lei oculta de afinidade que afirma: “Semelhante atrai semelhante.”
E assim é. Frases como: “As desgraças vêm todas juntas.”, ou “Para baixo todos os santos ajudam.”,
têm a sua razão de ser. Todos sabemos, falando empiricamente, que uma pessoa negativa atrai
situações más e desconcertantes. Deus é a Consciência e foi a Consciência que criou a matéria e o
tempo, logo, os factos. Fê-lo através de algo semelhante ao Pensamento.
Assim o pensamento é o pai e a mãe da realidade. O pensamento cria uma forma no Plano Mental,
que decairá para o Plano Astral e, finalmente, para o Plano Físico. A intensidade, duração e
repetição e natureza, do pensamento determinará o tipo de impacto que este terá no mundo físico. Os
pensamentos são como filhos daqueles que os pensam e alimentam-se da energia dispendida quando
pensamos neles. Assim, como tudo que é criado, eles lutam para existir e podem-se tornar mais, ou
menos, fortes. Se não queremos que algo aconteça, não devemos ter uma atitude mental pessimista
relativamente a esse algo, ou estaremos já a dar existência a um facto que poderia nem ocorrer.
Será deixado um relato com valor anónimo de uma das muitas vezes que o autor teve oportunidade de
verificar o que foi escrito acima.
No mês de Dezembro de 2004, certo Sr., que passaremos a designar por Sr. C. visitou as instalações
do Centro de Terapias Alternativas, presidido pelo autor. Este Sr. apenas acompanhava a sua esposa
que se vinha consultar. Esta era uma das variadas vezes que o Sr. C. se deslocava ao local,
conhecendo já bem o recinto. Nesse dia, o Sr. C. abriu uma porta que dava para as instalações
privadas do Centro e realizou a proeza, que nenhuma das muitas pessoas que visitam o Centro, quer
para receberem tratamento, quer para aprenderem, ou, simplesmente, para conversar com o autor,
conseguiu. Ao abrir essa porta foi capaz de cair por um pequeno lance de escadas perfeitamente
visíveis. Felizmente que o tombo não foi muito sério, uma vez que o lance é interrompido por um
patamar. O local destas escadas não é público e por isso tal queda nunca ocorreu nas centenas, ou
milhares de visitas feitas a este local. O Sr. C. foi rapidamente socorrido ficando apenas com
algumas mazelas sem gravidade.
Porque terá caído este Sr.? No meio de tantas pessoas, porque terá sido exactamente o Sr. C. a cair
pelas escadas?
Poderá ser uma simples coincidência (argumento quase ridículo se for utilizado de uma forma
cientifica, uma vez que tudo tem uma causa, mesmo as “coincidências”), ou então podemos analisar
um pouco a recente e triste história do Sr. C.
O filho deste Sr. foi subitamente vitimado num grave acidente de automóvel, perdendo a vida e
ficando outra ocupante do veículo hospitalizada, também familiar deste Sr.. Após a morte do filho,
foi verificado que existia uma terrível situação financeira que poderia, certamente, causar muitos
problemas a este Sr., bem como à sua família. A esposa do mesmo sofre de uma doença crónica.
Enfim, existem um sem-número de problemas no quotidiano da vida deste Sr. C. O que se tem vindo
a passar? Este Sr. encontra-se extremamente pessimista e desanimado. Vê desgraça em todo o lado e
a sua vontade para lutar é pouca. O que acontece quando uma conjuntura como esta se verifica? O
“casulo” energético e mental em que tal pessoa vive torna-se extremamente negativo; os pensamentos
giram em torno de desgraças e mau fado. Pelo explicado acima, de todas as pessoas, às quais tão
improvável ocorrência poderia ter acontecido, logo ela se precipitou para este Sr., bem como outras
amarguras que sabemos ter sofrido recentemente. As palavras do autor têm sido de encorajamento,
mas, por vezes, as pessoas encontram-se demasiado ocupadas nos seus pensamentos derrotistas para
escutarem com atenção aquilo que lhes é dito. Que, pelo menos, a estória deste Sr. sirva para alertar
o leitor e, que aqueles que aprenderem com este relato, possam beneficiar do mesmo, o que em
pequena escala, poderá vir a aliviar um pouco o sofrimento do desafortunado Sr. C… isto
aconteceria por Leis Ocultas cuja explicação correcta e coerente se encontra fora do alcance destas
páginas.
Consequentemente do que foi escrito, o leitor facilmente poderá depreender porque deve evitar
pensamentos e acções de natureza negativa. Temos vindo a verificar que os fracos de coração, que
não sabem perdoar e que conjuram com os seus baixos instintos, mais tarde, ou mais cedo, cairão no
seu Caminho… e tudo o que fizeram estará, lamentavelmente, perdido. Tenho visto alunos caírem
dada a sua inconsistência emocional, que os arrastou para aquilo que eles próprios concebem como
realidade. É deplorável ver alunos com boas possibilidades caírem do Caminho por falta de
qualidade moral, mas, infelizmente, acontece.

2- Todo o vício deverá ser abandonado para o bom resultado na prática mágica.
Esta observação pode ir contra muitas opiniões, porém, não é senão com absoluta convicção e
através da observação de resultados, ou melhor, da escassez deles, em pessoas portadoras de vícios,
que afirmo este facto de uma forma contundente.
Por mais que muitos pseudo-místicos queiram fazer querer, não existe qualquer possibilidade de uma
progressão séria no Caminho Místico Ocidental para aqueles que se abandonem a vícios, sejam estes
de que natureza for. Assim, produtos como as drogas, o álcool, o tabaco e mesmo o café (em muito
menor escala, este último) devem ser evitados. Evitados, não significa que não possam ser utilizados
moderadamente, à excepção das drogas, naturalmente, dado o seu grande efeito destruidor para o
organismo e a parca qualidade bioenergética com que deixam os que as consomem.
Salvo a excepção de alguns Mestres que podem ter determinado tipo de vícios aparentes, cuja
explicação está para além da natureza destas páginas, nenhum estudante deve ter vícios. O Autor
desta obra não se abandona a nenhum vício, mas entende que em certos casos, Mestres Iluminados
podem ter comportamentos bizzaros.
Outros vícios, estes de natureza psicológica, a eliminar são, a masturbação excessiva e as fantasias
sexuais doentias, tais como o Sado-Masoquismo. Este tipo de atitudes perversas cria formas
pensamento que são altamente contrárias à natureza Divina do ser humano.

3- A exposição a ambientes desagradáveis e barulhentos deve ser evitada.


Sitos onde a música seja desarmónica e demasiado alta, como festas Rave, lugares de discussão
permanente, como prisões, tribunais, ou bares mal frequentados, devem ser evitados. Não só pelo
valor do Caminho Místico, mas também pela sua saúde, não passe muitas horas em sítios que
correspondam a esta categoria. É possível provar cientificamente que tais sítios são
desaconselháveis energeticamente e que a saúde daqueles que os frequentam pode sofrer prejuízo.
O cientista Japonês Dr. Masaru Emoto realizou experiências com amostras de água, que após
exposição sonora a determinados tipos de ruído, tais como música clássica e música Heavy Metal,
(entre muitas outras experiências) foram congeladas e observados os seus cristais. Foi verificado
experimentalmente que, após exposição sonora à primeira, os cristais formados eram belos (no
sentido estético) e harmónicos (no sentido matemático), após exposição à segunda, os cristais
obtidos eram desagradáveis à visão (no sentido estético) e disformes e desarmónicos (no sentido
matemático).
Foram também feitas experiências com água exposta a sons de oração e a sons de discussão e briga.
Os mesmos resultados, na primeira beleza e harmonia, na segunda formas esteticamente fracas e
desarmonia angular foram observadas. Assim, foi possível demonstrar que, embora o som
terminasse, o seu efeito perdurava na água e produzia manifestações invulgares. Este tipo de
manifestações era sempre desagradável e desarmónica quando o som era de um insulto, ou de música
de conteúdo agressivo. O tipo de manifestação agradável e harmónica ocorria quando o som era uma
palavra de amor, ou uma oração, bem como uma música de conteúdo clássico. A observação dos
resultados foi, no mínimo, impressionante.
A extrapolação do observado para a área da saúde, faltará apenas um pequeno passo. Todavia, os
conhecimentos do autor são suficientes para afirmar que a configuração energética da água determina,
em muito, o efeito que ela produz no organismo vivo. Para entender isso, o leitor poderá querer
recorrer a bibliografia específica, ou realizar a mesma experiência do Prof. Emoto.
Mesmo assim, deixamos, recomendada uma experiência que qualquer um pode realizar. Talvez a
observação dos resultados possa ser efectiva na mudança de atitude do leitor, relativamente aos
sítios que deseja frequentar.
Compre várias sementes de trigo, ou, simplesmente, vários feijões. Eles devem ser todos da mesma
qualidade e da mesma embalagem.
Coloque cerca de 20 sementes num prato com algodão onde possam germinar. Coloque outras 20
noutro prato com as mesmas condições. A exposição à luz, humidade e temperatura deverá ser
semelhante. Para isso, bastará que as coloque próximas uma da outra, na mesma divisão.
(Cientificamente, necessitaria de controlar ambas as amostras com um higrómetro, um termómetro e
expô-las exactamente ao mesmo tipo de luz, mas para uma experiência “caseira”, o que sugiro será
suficiente.)
Deverá ter, também, outro prato sujeito às mesmas condições que servirá de testemunha.
Regará cada um destes pratos com a mesmíssima quantidade de água, o mesmo número de vezes. A
água deve ser pura e limpa. Para melhor teste, deverá ser captada numa nascente, ou um num ribeiro
completamente despoluído. (Uma mina ou um fontanário de confiança servirá.) Há falta de
possibilidade, poderá ser água mineral, mas nunca água da torneira. (O cloro dificulta a acumulação
de “bioplásma favorável” na água.)
Uma vasilha de água deverá ser exposta ao som de uma oração e de palavras agradáveis. Algo como:
“Pelo Nome de Deus, esta água é Pura e Abençoada. A vida brota dela pelas virtudes do Deus
Omnipotente. Amen.” Esta oração pode ser gravada num CD, ou numa cassete. A água deverá ser
exposta a esta oração pelo espaço de dois a três dias. O CD deve tocar repetidamente.
Preferencialmente, a água deverá estar continuamente em exposição ao som. A agua usada para regar
as sementes deverá ter sida exposta ao som num espaço de tempo não inferior a 72 horas. (Lembre-se
de cobrir a água com um pequeno lencinho de papel para evitar que caia sujidade no seu interior. Use
o mesmo procedimento para todas as vasilhas.) O som deve ser suficientemente alto para que
transponha a barreira sonora do pequeno e fino lenço.
Outra vasilha deverá ser exposta a palavras de ódio e de vingança. Para uma boa obtenção do efeito
o melhor seria gravar este tipo de conversa num evento real. Para isso bastaria levar um rádio
gravador para uma partida de futebol (lamentavelmente para o desporto…), ou para um combate de
box.
Os insultos e palavrões deverão ser repetidos pelo mesmo espaço de tempo noutra divisão. As
condições aplicadas a uma vasilha devem ser aplicadas à outra. Dois aparelhos de reprodução de
CD’s serão mais eficientes do que um, ou seja, um para cada vasilha. É teoricamente possível
desligar os leitores ocasionalmente para não danificar os aparelhos nem os CD’s.
Uma terceira vasilha deverá estar num local escuro e silencioso, dentro de um armário, por exemplo.
A primeira vasilha deverá ter uma etiqueta, assim como o prato correspondente. Poderemos escolher.
Amostra Alpha.
A segunda vasilha deverá ter também uma etiqueta, a mesma que o prato correspondente. Amostra
Beta, poderá ser o nome escolhido.
A vasilha da qual regará a testemunha, assim como o prato testemunha, podem ter a etiqueta com o
nome Amostra Gama inscrito, seguindo pela mesma ordem de ideias.
Agora, de acordo com a semente escolhida, há que a regar convenientemente e de acordo com a
especificidade da semente e observar cuidadosamente o processo de crescimento.
Os resultados falarão por si.
A Amostra Alpha crescerá melhor e mais saudável do que a Amostra Gama, que, por sua vez,
crescerá melhor e mais saudável do que a Amostra Beta.
Para verificar isso, bastará contar o número de sementes que germinaram e a dimensão da
germinação da pequena planta. Algumas semanas mostrarão resultados bastantes claros.
É possível também fazer esta experiência com três plantas da mesma espécie, sensivelmente do
mesmo tamanho e da mesma idade. Gradualmente, será verificada uma diferença na saúde das três
plantas, à medida que sejam regadas com os diferentes tipos de água. Para evitar dúvidas podem,
posteriormente, ser trocadas as plantas e a vasilha com a qual são regadas. Os resultados converter-
se-ão de acordo com a nova aplicação que for feita.
Outras experiências podem ser realizadas e muitas provarão a veracidade daquilo que afirmámos.
Infelizmente, o homem não quer ver estas verdades e fecha-se, obtusamente, numa caixa de
preconceitos, sendo ele mesmo o maior prejudicado de tudo isto. Afinal, a maior praga do século é
uma doença que não (ou raramente) envolve agentes externos e chama-se Cancro. O homem auto-
destrói-se a uma taxa nunca antes vista, ou imaginada. Como é possível não entender que o estilo de
vida errado e as falsas comodidades prometidas pela ciência materialista estão a provocar um
suicido involuntário e colectivo do ser humano?! Como é possível negar que tudo o que afirmamos
não passam de ilusões, quando o que oferecem em troca é uma percentagem de um terço de mortes
não naturais provocadas por doenças oncológicas no prazo de dez a vinte anos? Uma em três pessoas
vivas poderá padecer de Cancro e vir a morrer dele num futuro próximo, mas continuam a atirar-nos
com as “maravilhas da ciência”?! A que preço? Perguntamos nós.
Quem está verdadeiramente contente, por trás destas maravilhas? Quem pode afirmar que é realmente
feliz?
A resposta é bastante simples, de facto. Talvez aqueles que atiram com essas mentiras lucrem algo
com isso…
Acreditamos no progresso, mas num progresso que não vise o lucro a todo o custo. Acreditamos num
progresso que deixe lugar para os conceitos inerentes à espiritualidade existente no homem.
Acreditamos num progresso respeitador das liberdades de escolha e de estudo, não preconceituoso e
não manipulador, como o que experimentamos, actualmente, na sociedade ocidental. Não
acreditamos num progresso dogmático e absolutista, que devora os conceitos de alma e espírito sem
os estudar e procurar. Não acreditamos num progresso como aquele que vivemos, mas que tem os
seus dias contados, por livros que, como este, lhe tiram a máscara e revelam a sua face gananciosa e
sectária. Este mundo não é só dos malvados, é também daqueles que verdadeiramente estão perto de
Deus. Provaremos isso com o tempo e com o trabalho.
Sigamos, pois, os conceitos dos homens sábios de todos os tempos e procuremos a paz e a
sinceridade entre os homens. Procuremos a igualdade de oportunidades e, acima de tudo, a verdade.
Mesmo que, aparentemente, não lucremos de imediato com ela. Existe uma palavra que deveria
definir o ser humano: bondade. E isso não acontece.
Quando fazemos operações mágicas extraordinárias, é um tremendo estado de bondade que nos torna
fortes e invulneráveis, mesmo lidando com os piores Demónios.
Pela nossa própria Evolução, pela nossa saúde e pelo nosso bem-estar, tornemos o Mundo num lugar
melhor. Que estas simples experiências com água nos incentivem, porque afinal, 70% do corpo
humano é constituído por moléculas de água…

4- Consumo excessivo de carne e de condimentos.


O abuso de carne vermelha, especialmente de carne de suíno dificulta o progresso no misticismo.
Este facto explica-se pelo bioplasma de “baixa qualidade”, de tons escuros, que se forma em
produtos carregados de sangue estagnado e morto. No caso da carne de porco, o problema agrava-se.
Vista clarividentemente, a carne de porco apresenta uma configuração bioenergética semelhante à de
um tumor orgânico. A cor é de um amarelo avermelhado escuro e pálido. Essa tonalidade pode ser
mesmo observada em alguns tumores cancerosos. Não é, portanto, de admirar que muitas das
religiões desaconselhem o consumo da carne de porco. Não sendo tão fundamentalista como algumas
dessas religiões afirmamos que o estudante sincero deverá evitar o consumo excessivo da carne
vermelha e procurar não consumir carne de porco mais do que uma meia dúzia de vezes por ano.
Os produtos demasiado condimentados excitam o organismo e eliminam a calma mental. Na vida
actual, este tipo de calma é necessária, pois a sociedade moderna exige muito do indivíduo. Assim,
os condimentos deverão ser usados com moderação.
Aqueles que não consumirem carne poderão temperar um pouco mais os seus alimentos, mas não
abusando dos temperos demasiado picantes, ou salgados. Pessoas de temperamento muito
melancólico e dadas à depressão não se enquadram naqueles que devam respeitar este tipo de
conselhos. Pessoas com predisposição para a anemia poderão consumir carne vermelha em maior
quantidade, ou tomar suplementos específicos para combater esse problema. Indivíduos doentes não
devem fazer nenhum tipo de dieta específica sem consultarem um médico especialista, ou um
naturopata verdadeiramente credenciado. Recomendamos aqui o uso do bom senso. Para aqueles,
cujos valores da hemoglobina e do volume globular estejam normais, então, à falta de outras
patologias, estas regras aplicam-se.

Tendo observado estes conselhos, o leitor deverá começar a aplicá-los na sua vida diária. Com isto,
ele não só enobrecerá a sua figura, como contribuirá para melhorar o seu círculo de relações e
contactos.
A aplicação destes quatro simples conselhos, feita de uma forma consistente e perseverante irá
contribuir, grandemente, para uma disciplina de reeducação pessoal que fortalecerá o seu domínio
sobre a mente, por conseguinte, sobre o Universo.
No próximo capítulo passaremos a exercícios práticos, de novo, porém, relembramos que o
verdadeiro caminho dos Magos se faz hora a hora, minuto a minuto! Ao leitor, pedimos que reflicta
um pouco sobre isto e utilize estes conselhos de acordo com a sua própria capacidade de estipular
uma auto-disciplina.
Uma última palavra neste capítulo:
Seja feliz e faça os outros felizes.

Experiências de Exploração Bioenergética

Neste pequeno capítulo vamos ensinar o leitor a tomar contacto real com o seu corpo bioenergético.
Devo informar que o corpo bioenergético tem vindo a ser estudado com muita seriedade por vários
investigadores em todo o mundo. Tudo o que escrevemos aqui tem sido testado por nós
exaustivamente e existem variadíssimos relatos e testemunhos dos quais reproduziremos apenas
alguns no final do livro, especificamente, no Apêndice X, onde figurarão alguns relatos em primeira-
mão de doentes tratados por nós, segundo as regras e leis da Medicina Bioenergética.
Ao entrar neste campo, a eminente figura de Choa Kok Sui, Engenheiro Químico Filipino, é
incontornável. Este homem, conjuntamente com a organização mundialmente difundida do seu sistema
de cura “Prânic Healing”, em muito têm contribuído para o desenvolvimento deste tipo de terapias. A
seriedade deste autor e sua simples explicação e exposição deste processo tem sido inspiração para
muitos que o têm seguido e aplicado.

Não abordaremos profundamente as técnicas de Medicina Bioenergética neste manual, nem tampouco
de Cura Prânica, recomendando para isso a leitura de várias obras na bibliografia.
Esta secção do livro deve ser lida e estudada cuidadosamente, pois dela, muitos benefícios poderão
advir para o leitor. Recomendo a todos os interessados a leitura das excelentes obras de Choa Kok
Sui, que abordam este tema de uma forma profunda, mas especial e particularmente útil, para todo
aquele que procura uma saúde integral e mais independente dos meios convencionais de tratamento.
A função deste capítulo é a de tornar reais a ideia de Aura, ou Corpo Bioenergético, ou ainda
Bioplásmico. Assim, o leitor vai completar o seu primeiro ciclo de instrução aprendendo a conhecer
e explorar este, demasiado ignorado, mas muito importante, aspecto inerente à vida.
Apresentaremos várias experiências que podem ser realizadas pelo leitor com a colaboração de uma
pessoa. É nosso intuito que, através da concretização destes exercícios, o leitor comece a vivenciar a
mística de uma forma cada vez mais real e pragmática.
Este capítulo está interligado com o próximo e ambos formarão duas secções complementares, uma
das quais ensina o leitor a tomar contacto com o corpo bioenergético, através de exercícios e
experiências, a outra secção, no próximo capítulo, ensinará técnicas para desenvolver a
sensibilidade bioenergética e especialmente o fortalecimento do corpo bioenergético que aumentará
o grau de saúde do praticante.
Existem exercícios que podem ser realizados a sós, mas recomendamos que procure alguém da sua
confiança para formar esse pequeno duo experimental.
Insistimos na necessidade de realizar os exercícios, mesmo que já acredite na existência do corpo
bioenergético. Somente aqueles que já possuam provas concretas deste campo etéreo e subtil
poderão dispensar os exercícios.
Para entender esta afirmação recomendo que leia a nota preambular de novo. É importante estar
seguro da autenticidade daquilo que se pratica. Existirá uma base sintética subconsciente e
inconsciente que fará com que as práticas funcionem, ou pelo contrário, fracassem ou tenham
resultados duvidosos e inesperados.
Por trás de um bom estudante devem existir certezas quanto à matéria que ele estuda e aplica.
Aqueles que não executem os exercícios ficarão sempre dando o simples “benefício da dúvida”. Não
que isso importe directamente ao autor, mas seguramente, isso irá, tal como um ácido, corroer a boa
prática dos leitores que assim procederem, logo dificultando o seu caminho e a sua experiência.
Fica o conselho de não ignorar esta advertência. Se proceder incorrectamente, asseguramos que tal
atitude poderá fazê-lo ter de vir a reconstruir meses, ou mesmo anos, de prática e de trabalho. Para
além do mais, garantimos uma frustração em grande parte das práticas que requeiram manifestação.
Nenhuma manifestação espiritual se torna forte no Plano Físico, se existir por trás da prática que a
provoca uma base subconsciente e inconsciente insegura, ou dependente apenas da vontade de
acreditar.

Parte 1 – Exploração do Corpo Bioenergético.

O corpo bioenergético é um campo que gravita em torno do corpo físico do ser humano. Ele tem uma
forma oval com os vértices mais pontiagudos sobre a cabeça e sob os pés. Este campo penetra todas
as células vivas e regula as funções celulares, histológicas e fisiológicas do organismo. Ele
influencia e é influenciado pelos vários tecidos e órgãos do corpo humano. Este campo, que será
denominado por CBI (Corpo Bioenergético Interno) é muito subtil, mas, material de natureza. O seu
peso num humano adulto pode variar entre 60 a 70 grs.. Notemos que para algo que, “suposta e
oficialmente, não existe” é francamente pesado, se tivermos em conta o peso de uma célula, por
exemplo. Uma próstata (órgão do sistema reprodutor masculino) pesa uma média de 20 a 30 grs e
nunca foi posta em causa a sua existência, simplesmente porque pode ser vista. Todavia, é possível
viver sem próstata, mas completamente impossível viver sem CBI.
O CBI afecta determinados aparelhos denominados Detectores de Biomassa, uma vez que este
campo acumula electricidade estática. Este campo pode ser medido e quantificado com esse tipo de
aparelhos. Supomos, porém, que o leitor não terá acesso a um destes leitores, logo será necessário
desenvolver capacidades psíquicas para ser capaz de sentir a presença e realidade deste campo.
Faremos uma descrição sumária do corpo Bioenergético que é possível encontrar num ser humano de
saúde normal e sem desenvolvimento espiritual específico.

O corpo bioenergético tem três camadas distintas:


CBI - Corpo Bioenergético Interno
CBM - Corpo Bioenergético Mediano
CBE - Corpo Bioenergético Externo

As dimensões destes corpos podem variar.


CBI - 12 cm a 20 cm
CBM - 30 cm a 60 cm
CBE - 60 cm a 100cm

Ocupar-nos-emos do CBI que é o mais importante e relevante para o nosso estudo neste manual.
Tal como o corpo físico possui um sistema vascular, o CBI possui canais de circulação energética
que recebem o nome de meridianos e nadis. Existem sete sistemas principais de nadis, que se
ramificam e recebem o nome de Vórtices de Acumulação. O nome tradicional empregue para
designar cada um destes Vórtices é Chakra (Lê-se cácra, e não xácra, como está popularizado.
Todavia, se utilizar o termo cácra terá um sem número de pessoas a olhar para si. A palavra aceite
no Ocidente vulgarizou-se como sendo Chakra.). Chakra, em Sânscrito significa Roda. Todavia, o
verdadeiro aspecto de um Chakra é semelhante a um funil. Eles parecem rodas se observados de
frente. Cada um destes Vórtices tem funções específicas. Eles influenciam todos os corpos e são
grandes mediadores entre eles. Trabalhando com estes centros bioenergéticos, ou bioplásmicos (ou
ainda bioplasmáticos), é possível melhorar, ou danificar a saúde do indivíduo. Naturalmente, que
neste manual abordaremos a primeira ideia e desaconselharemos a segunda.
Existem sete chakras principais.

1) Um no alto da cabeça, que recebe vários nomes: Vórtice da Coroa, Centro Epífisário, 7º Chakra,
ou Sahasrara Chakra
2) Um na testa entre ambos os olhos, que recebe os nomes de Vórtice Inter-oftálmico, Centro
Hipofisário, 6º Chakra, Ajna Chakra.
3) Um na garganta ao nível da laringe, que recebe vários nomes: Vórtice da Garganta, Centro
Tiroideu, 5º Chakra, ou Visuddha Chakra.
4) Um no peito ao nível do coração, que recebe vários nomes: Vórtice Cardíaco, Centro do Timo, 4º
Chakra, ou Anahat Chakra.
5) Um no abdómen, ao nível do Plexo Solar, que recebe os nomes de Vórtice do Plexo Solar, Centro
Pancreático, 3º Chakra, ou Manipura Chakra.
6) Um sobre a zona sexual (próstata no homem, útero na mulher) que recebe os nomes: Vórtice
Sexual, Centro das Supra-Renais, 2º Chakra, ou Swaddisthana Chakra.
7) Um situado na parte dorsal do corpo com penetração entre as nádegas, ao nível da segunda
vértebra coccígea, que recebe os nomes: Vórtice de Raiz, Centro Gonocórico, 1º Chakra ou,
Muladhara Chakra.

Existem cerca de 360 vórtices secundários e terciários que não mencionaremos nesta obra, pois o seu
estudo e conhecimento está muito para além daquilo que o leitor necessita de saber para cumprir com
os exercícios deste livro.

Iremos, agora, encetar o estudo prático da exploração do corpo bioenergético.


As experiências devem ser realizadas de uma forma tão científica quanto possível, logo, deve existir
algum rigor no seguimento fiel daquilo que prescrevemos para cada experimento.
Se todos os procedimentos forem seguidos correctamente, asseguramos que ficará plenamente
convencido da existência real do Corpo Bioenergético. Reafirmamos que, só mediante tal certeza
será possível realizar tratamentos e experiências Bioenergéticas dignas de destaque. Este pode muito
bem ser o ponto de inflexão na vida de alguns leitores cépticos que possam ter este livro nas mãos.

1- Experiência de acção polar sobre duas varetas de alumínio.

Obtenha duas varetas metálicas de alumínio finas e leves, com cerca de 1 a 3 mm de diâmetro de
espessura. Deverão ter cerca de quarenta a cinquenta centímetros de comprimento. Se não dispuser
do tempo necessário para ir a uma serralharia, poderá obter duas varetas sensivelmente semelhantes
às que descrevemos, em lojas de limpeza a seco rápida. Se colocar duas camisas a limpar a seco
elas ser-lhe-ão devolvidas com duas finas cruzetas metálicas. Com um alicate de corte, corte ambas
as pontas da barra inferior da cruzeta, isto em ambas as cruzetas. Desta maneira, obterá duas finas
varetas metálicas de alumínio, provavelmente um pouco mais pesadas do que as que recomendámos,
mas que servirão bem para o efeito.

O alumínio é um material que não reage à polaridade magnética, o que, neste caso, é vital para o
sucesso do experimento, pois descarta qualquer interferência de natureza magnética comum que, de
alguma maneira, possa ser “inventada à pressão” por mentes cépticas, para explicar o sucedido.
Para esta experiência serão necessárias duas pessoas.
Ambos devem estar ao corrente do que vai ser feito de forma que não exista demasiada tensão nos
dedos daquele que segurará as varetas.
A experiência deverá ocorrer num recinto fechado, sem correntes de ar fortes e com a possibilidade
de conter duas pessoas afastadas 3,5m uma da outra, sem qualquer objecto de permeio.
Os dois operadores devem colocar-se à referida distância voltados de frente um para o outro. Um
deles segurará as duas varetas nas mãos, elas devem estar seguras com o polegar, apoiando-se na
articulação da falanginha para a falange, (Segundo segmento para o primeiro segmento. do indicador.
Devem ser seguras com muita suavidade permitindo que exista movimento lateral muito fluído, ou
seja, que elas possam juntar-se ou afastar-se sem obstrução do dedo. Devem poder “deslizar”
suavemente sobre a articulação visada. Será necessário treinar um pouco para fazer esta tarefa bem
feita. Quanto mais leves forem as varetas melhor será a observação do fenómeno. A aplicação de
creme hidratante nas mãos pode ser uma boa opção para permitir um fácil deslizamento das varetas.
As duas varetas deverão estar paralelas uma à outra e perpendiculares ao chão (se existir uma
inclinação ligeira, o que será possível, esta não danificará a experiência). Devem estar apontadas
para o outro operador a 3,5 m de distância.
Esta é a forma original de pegar nas varetas, todavia e pela observação de vários fracassos na
experimentação com pessoas desajeitadas a pegar nas varetas, o Autor concebeu uma forma,
juntamente com a sua esposa, de evitar que tais fracassos sucedessem. As varetas podem ser seguras
pela ponta traseira, entre a falanginha do dedo polegar e a falangeta do dedo indicador (a falangeta é
a “cabeça” do indicador e a falanginha é a “cabeça” do polegar), sem fazer muita pressão sobre as
varetas. O truque consiste em que ambos os dedos deverão estar abundantemente untados com creme
gorduroso. Desta forma as varetas deslizarão sem dificuldade.

Isto feito, o operador que não tem as varetas na mão deverá começar a caminhar lentamente em
direcção às varetas. O passo deverá ser lento e contínuo.
Ambos os observadores deverão estar de boa saúde e deverão ser pessoas entre os 15 e os 70 anos
de idade.
Observações:
Será observável um afastamento da ponta das varetas, cujo ângulo dependerá da saúde e força vital
do operador que se aproxime. Este afastamento deverá produzir um ângulo de 10 a 30 graus.
Sempre que se dê a aproximação, as varetas afastar-se-ão.
Este facto deve-se à interferência do CB com as varetas.
Foi também observado algumas vezes que, se as varetas forem correctamente seguradas, elas
diminuirão o ângulo de afastamento aquando o operador se desloque novamente para trás, afastando-
se das varetas. Curiosamente, este afastamento deverá ser mais rápido.
Relembramos que o alumínio não é sujeito a quaisquer perturbações de tipo magnético que possam,
“eventualmente ser causadas pela polaridade intramuscular, ou nervosa.” Estas experiências caseiras
e lineares são interessantes e fruto da dedicação de muitos ao estudo dos fenómenos ocultos. Foram
utilizados métodos de despiste de outras possibilidades, demasiado complexos para expor ao leitor
pela sua falta de meios em realizar essas experiências. Apenas afirmamos isto para assegurar ao
leitor que diversas variáveis parasitas foram controladas e eliminadas. Assim, não será com teorias
construídas no ar e baseadas em especulações que os cépticos, que prefiram ignorar a verdade a
estudá-la, conseguirão abalar anos de experiências e observações cuidadosamente elaboradas.
Infelizmente, a maioria da comunidade científica procura destruir estes conhecimentos, em vez de os
estudar. Isto acontece porque essa comunidade não quer ser ultrapassada em ramos do saber que tem
vindo a ignorar ao longo de dois séculos. O estudo da Bioenergologia e da possibilidade que esta
tem para interferir na saúde do ser vivo, seria o caminho à ruína catastrófica do “Lobby”
Farmacêutico que controla dezenas, ou centenas de biliões de euros em todo o mundo. Seria também
uma poderosa libertação pessoal, face a muitas intervenções clínicas desnecessárias, no nosso
entender.
Enquanto assim não é, enfim, devemos aconselhar ao leitor a vigilância médica prescrita pois, na sua
grande maioria, o pessoal clínico não está sequer alerta para estes fenómenos e, facilmente, os
confunde com superstições sem fundamento. Muito do staff médico actual que se depara com este tipo
de fenómenos tem vindo a conduzir investigações sérias sobre estes assuntos. Infelizmente, a dita,
Ciência, é controlada por determinadas cúpulas financeiras que, rapidamente, deitam os esforços
destes investigadores por terra. O autor nutre um grande respeito pela classe médica, todavia, seria
necessária uma maior abertura, especialmente em Portugal, para o estudo dos métodos alternativos
de tratamento. A Medicina poderia beneficiar em muito da aquisição destes novos, mas milenares
conhecimentos.

2- Experiência do Gerador psicotrónico

Em Praga, Ripoff, um Cientista de meados do Sec. XX apresentou uma ideia interessante sobre um
rotor movido pela força bioenergética. Esta ideia é mais antiga e encontra-se descrita em obras do
início do SecXX e finais do Sec XIX.
Usando este artefacto simples de construir, dos quais damos os Planos, o leitor obterá prova
conclusiva, absoluta e definitiva desta energia biológica da qual falámos.

Material

Uma folha de cartolina fina.


Uma agulha, ou alfinete de aço, muito fina com cerca de 30mm.
Supercola (Cianoacrilato)
Um suporte, que poderá ser um copo alto.

Preparação:
1) Corte da folha de cartolina um rectângulo de 170mm de comprimento por 75mm de largura
Faça três incisões de 11mm cada a 5mm da borda superior da folha:
Uma a 4 mm da borda esquerda, outra no centro, logo a 85mm das bordas e outra a 4 mm da borda
direita.
Curve o papel e faça um cilindro no qual as bordas se deverão sobrepor em 8mm, para que as duas
incisões laterais coincidam e fiquem sobrepostas uma à outra.
Cole com supercola, de cianoacrilato. Toda a superfície deve ficar colada com uma finíssima
camada de cola para não desequilibrar o peso do cilindro.

Do mesmo tipo de papel corte uma pequena tira com 75mm de comprimento por 10 de largura.
No centro da mesma, a 37,5mm da borda deve fazer duas marcas paralelas, uma a 2mm da borda
superior e outra a 2 mm da borda inferior. Introduza a agulha firme e cuidadosamente fazendo com
que esta apenas sobressaia de 5 a 8mm.

Finalmente irá cuidadosamente introduzir esta tira no cilindro de forma a que a agulha fique
perfeitamente centrada no mesmo. Se estivesse a traçar o perímetro da circunferência do cilindro, a
agulha deverá estar onde poria o bico do compasso.
O rotor está construído agora só será necessário apoiá-lo equilibrado, o que depende somente do
bom posicionamento da agulha, numa superfície onde ele possa deslizar com o mínimo de atrito. Esta
superfície deverá penetrar o cilindro e estar em contacto com a agulha. Um copo embocado (virado
ao contrário) é uma boa escolha.
Depois bastará colocar a mão ao lado do rotor, seja esta a direita ou a esquerda, sendo mais fácil
produzir movimento com aquela que escreve, pois está habituada a emitir, a poucos centímetros do
rotor.

Esvaziará e acalmará a sua mente. Em seguida desejará que o rotor comece a movimentar-se. Ao fim
de algum tempo verificará que ele se começa a mover sobre o seu eixo. Para alguns, este processo é
rápido, para outros, demora um pouco mais.
Realize todos os exercícios deste curso e executar esta proeza será tarefa para crianças.
Eis o resultado final:
Com tal artefacto em movimento, nem o maior dos cépticos se pode atrever, sequer a duvidar das
nossas afirmações.
O leitor que se der ao trabalho de construir este artefacto, fica satisfeito por ter adquirido este livro.
Tão simplesmente com uma demonstração destas, o leitor deslumbrará uma festa, ou uma
assembleia.
Na mística nem tudo é sacrifício, o leitor pode experimentar grandes sensações de sucesso e alegria!

3- Experiências de acção sobre os Vórtices Energéticos.

Esta experiência é interessante e finalizará, por agora, aquilo que o autor se propõe a ensinar, não
existindo ainda qualquer preparação específica por parte do leitor para experimentar o Corpo
Bioenergético de uma forma directa.
Para realizar esta experiência, necessitará de um dinamómetro, ou uma balança de pendurar peixe
para medir o seu peso. (Que não é mais do que um dinamómetro adaptado.)
Este dinamómetro deve ser muito forte e resistente, podendo aguentar pesos de 50 Kg, ou mais. O
intervalo de medida deverá ser o mais curto possível. Um intervalo de um kilograma seria o ideal,
mas se só existir de cinco em cinco deverá servir.
Necessitará de uma abraçadeira de couro, ou de tecido muito resistente, ou reforçado. Deverá
prender o gancho do dinamómetro à abraçadeira. Esta abraçadeira poderá e deverá ser larga, ou até
ajustável ao pulso humano.
Deverá poder prender o dinamómetro a uma superfície resistente e forte (não o prenda a estuque nem
a gesso.) Pode prendê-lo a uma barra de metal firme que poderá ser segura por duas pessoas, ou
então fixa em duas superfícies resistentes.

Para esta experiência necessitará de mais um operador. De três pessoas se quiser usar uma barra
segura por duas pessoas.
Coloque-se em frente ao seu parceiro, à distância do seu braço esticado, acrescentada de 10 cm do
mesmo, com os seus ombros perpendiculares ao corpo do seu parceiro. Uma semi-recta que parta
atravessando o seu corpo da esquerda para a direita, intersectará outra que atravessará o corpo do
seu parceiro nas mesmas condições, formando essa intersecção um ângulo recto, ou seja, o seu ombro
estará perpendicular ao ombro do seu parceiro, mas afastado o comprimento do seu braço mais cerca
de 10 a 15 cm (aprox.) dele.

Peça-lhe que estique o seu braço direito para a frente, ficando em distensão máxima, logo, paralelo
ao chão. Coloque a pulseira do dinamómetro no pulso do seu colega. As duas pessoas devem segurar
a barra que não poderá mexer nem um pouco. Por isso o melhor será fazer este teste com dois
suportes fixos. A vara metálica não deve ser comprida para não flectir. Uma vara de ferro fundido
seria o ideal. Dois suportes fixos e firmes seriam o suporte ideal para realizar esta experiência. O
dinamómetro deverá estar a uma altura possível de regular.
Neste momento, o parceiro deverá exercer força com o braço e somente com o braço e medir a
descida do ponteiro do dinamómetro.
Observe e anote o resultado.
O parceiro deve relaxar o braço por um minuto.
Agora, ambos deverão voltar à mesma posição. Coloque-se a pulseira do dinamómetro, novamente,
no braço do parceiro.
Dobre a sua mão direita fazendo uma “concha” (se for dextro; se for esquerdino, todas as
considerações feitas para a mão direita se aplicarão à mão esquerda). Com essa mão vai varrer a
linha média do corpo do seu parceiro (na linha dos Vórtices), do alto da cabeça até aos genitais,
visualizando que puxa o seu corpo bionergético, distendendo-o. O seu braço vai descrever um
círculo paralelo a si e perpendicular a ele. Repetirá este processo 7 vezes, sempre visualizando que
está a puxar o corpo bioenergético (que tem uma forma oval) do seu parceiro e que o está a remover.
A velocidade destes movimentos deve ser crescente: o segundo circulo deve ser mais rápido que o
primeiro, o terceiro mais rápido que o segundo e por aí em diante. Depois, afastando a sua mão vai
visualizar-se pendurando o corpo bioenergético dele a uma parede afastada do seu parceiro a uma
distância mínima de dois metros e meio. Deseje que o CB do seu parceiro fique preso a esse ponto.

Novamente, peça ao seu parceiro que aplique a sua força sobre a pulseira do dinamómetro.
Observe e anote o resultado.
Agora, o seu parceiro deverá repousar o braço mais um minuto.
Enquanto isso, visualize-se a devolver o corpo bioenergético do seu parceiro ao seu lugar original.
Para fazer isso coloque as suas mãos sobre a cabeça dele, tocando o seu Vórtice Intra-Oftálmico com
ambos os dedos polegares, visualizando que o corpo regressa à normalidade. Faça isso pelo espaço
de um minuto.
Voltem novamente à posição original e novamente seja feita uma medição dos resultados da
aplicação da força sobre a pulseira do dinamómetro.

Observações.
A força exercida na segunda tentativa será sempre inferior àquelas exercidas na primeira e na
terceira tentativas.

Este facto explica-se porque parte do CBI foi removido do parceiro.


Esta experiência poderá ser realizada sempre e os resultados serão sempre fiáveis. Professores de
Artes Marciais, como a Dra. Márcia Pickands, uma mística e psicóloga Norte Americana, têm
ensinado e desenvolvido técnicas de defesa pessoal baseadas nestes princípios.
Se o leitor se deu ao esforço e trabalho de realizar os testes e exercícios atrás explicados, já deverá
ter uma ideia formada sobre a possibilidade real de existência e influência do corpo bioenergético.
Será, portanto, a altura ideal para começar a ter experiências directas de contacto com esse aspecto
subtil de todo o ser vivo.
No próximo capítulo abordaremos técnicas de sensibilização das mãos para sentir o corpo
bioenergético, bem como a detecção de algumas patologias. Vamos ensinar, também, métodos de
fortalecimento do corpo bioenergético, que por sua vez fortalecem o corpo físico e incrementam a
saúde dos que os põem em prática.
Voltaremos ao trabalho no Laboratórium, onde estes exercícios terão lugar.
Novamente, aconselho o leitor a realizar, pelo menos os primeiros dois testes descritos nesta secção.
Sem isso, a dúvida estará sempre presente.

Experiências essenciais de Bioenergologia

No capítulo anterior abordámos formas de trabalhar com o corpo bioenergético, sem, no entanto,
tomar contacto directo com ele.
No presente capítulo o leitor vai aprender exercícios práticos para ser capaz de sentir o campo
bioenergético com as mãos e com os dedos. Posteriormente vai aprender como acumular bioplasma
para, seguidamente o transferir.
Para aprofundar estes conhecimentos além daquilo que prevê este manual, novamente se recomenda o
estudo e a prática das obras de Choa Kok Sui.
O leitor poderá executar estes exercícios no seu laboratorium, onde, a força mágica do local já se
começa a acumular após este período de prática. Não duvide que executando as práticas nesse local
preparado obterá resultados mais rápidos e mais sólidos do que obteria praticando noutro local. As
únicas excepções a esta regra são locais naturais onde existam forças activas da natureza. Uma
floresta, uma praia deserta, ou uma montanha possuem características especiais para a realização de
qualquer prática.
Se os outros exercícios, foram interessantes, garantimos que os que serão expostos neste capítulo sê-
lo-ão ainda mais. Não só será ensinada a forma de perceber o corpo bioeneregético, como também, a
forma de afectar seres vivos com ele.
Estas experiências ensinarão o leitor a tomar melhor consciência de si próprio como um ser não só
de natureza física, mas também de natureza subtil.
Esta aprendizagem é fundamental para que forme uma certeza subconsciente quando aplicar as
técnicas mais avançadas deste Curso.
Só existirá uma progressão digna de nota naqueles que obtiverem algum sucesso na execução destes
exercícios preliminares.
A razão de ser e fundamento destes exercícios não incide somente na aplicação directa dos mesmos e
consequentes benefícios da mesma, mas também do impacto e transformação psicológica que será
exercida no praticante que execute o que ensinamos criteriosamente.
Como já foi explicado, essa base psicológica sólida será um dínamo importante na geração de força
psíquica que alimentará os processos mágicos e místicos.
A estrutura de apresentação dos exercícios deverá ser respeitada na sua execução, ou seja, os
exercícios deverão ser realizados escrupulosamente na ordem dada.
Queremos ainda esclarecer que os exercícios ensinados nos capítulos, 4º, 5º, 6º e 7º deverão
continuar a ser realizados. A sua frequência poderá ser agora de “manutenção”, ou seja, eles poderão
ser realizados apenas para manter as capacidades adquiridas. É uma boa ideia realizar alguns desses
exercícios como preâmbulo aos exercícios apresentados a seguir.

Parte I – Percepção directa do corpo bioenergético.

1- Sensibilização dos chakras das palmas das mãos e das pontas dos dedos.

Conforme foi explicado no capítulo anterior, o corpo bioenergético é constituído por um tipo de
matriz plasmática, cuja força vital circula dentro de canais específicos. O cruzamento e intersecção
destes canais originam formações em forma de vórtice que recebem o nome de chakras. Nas palmas
das mãos existem dois chakras principais, bem como na ponta de cada um dos dedos. Estes chakras
serão estimulados para começarem a comunicar ao sistema nervoso impressões que farão perceber
directamente a existência, dimensão e forma do corpo bioenergético.
Com treino o corpo bioenergético estimula os tecidos nervosos do corpo físico produzindo reacções
que serão cada vez mais perfeitas e precisas.
A persistência nestes exercícios é um factor fundamental e determinante no sucesso dos mesmos. Siga
as recomendações que faremos e, certamente, verá os seus esforços coroados de êxito.
Coloque-se num local onde possa exercitar um pouco o seu corpo. Não necessitará de correr. Deverá
ter espaço suficiente para abrir os seus braços.
Faça os seguintes exercícios.

1) Pequena sessão de ginástica.


Estes exercícios ajudarão a energia vital a fluir através do CBI, especialmente nas zonas dentro do
corpo físico.
Com o treino, esta pequena sessão de ginástica deixará de ser necessária, mas nunca
desaconselhável.
Faça:
-10 Flexões de pernas. Mantenha o tronco direito e os braços esticados para a frente, enquanto flecte
as suas pernas.
-10 Rotações de cada braço. Gire o braço esticado, pela articulação do ombro, fazendo círculos
perpendiculares ao corpo.
-10 Rotações no sentido inverso. Gire os braços da mesma forma, mas descrevendo o círculo no
sentido inverso.
-10 Rotações de cotovelo. Gire os seu braços pela articulação do cotovelo.
-10 Rotações no sentido inverso. Repita o movimento anterior mas no sentido oposto
-10 Rotações de pulso. Gire as mãos abertas pelo pulso, como uma pá de ventoinha.
-10 Rotações no sentido inverso. De novo gire as mãos, mas agora no sentido inverso.
-5 Torções do tronco. Gire o tronco pelo seu eixo central, olhando para trás. Mantenha as pernas
firmes e esticadas e gire o tronco e a anca para um lado e depois para o outro.
-5 Rotações do pescoço. Gire a cabeça. Mantendo as mãos nas ancas e os ombros direitos, rode a
cabeça lentamente e com grande amplitude. (Pessoas com problemas nas vértebras cervicais não
deverão realizar este exercício sem consultar o médico primeiro.) Não volte a face de um lado para
o outro, gire a cabeça toda em torno do pescoço.
-5 Rotações inversas. Faça o mesmo procedimento girando a cabeça no sentido inverso.

A sessão de ginástica está terminada.


Agora proceda da seguinte forma:

2) Activação dos chakras das mãos.


Este exercício também será suprimido com a prática.
- Abra e feche os punhos 15 vezes seguidas.
- Esfregue as palmas das mãos, uma na outra pelo espaço de 1 minuto.
- Respire calma e lentamente, com o ritmo, 4,4,4,4 durante todo o exercício. Aprendeu este tipo de
respiração no capítulo 5.
- Pressione com o dedo polegar da mão oposta, o centro da palma da mão. Faça-o por dez segundos.
(Este processo serve somente para ajudar na concentração no centro da palma da mão)
- Afaste os braços e volte as palmas das mãos uma para a outra. As mãos deverão, neste momento
estar bem afastadas, com um espaço de permeio de 60 a 70 cm.
- Aproxime as mãos lentamente. Mantenha sempre a concentração nas palmas das mãos e as mãos
frente a frente com as palmas voltadas uma para a outra

Observação:

A partir de uma determinada distância começará a ser sentida uma certa pressão, formigueiro,
temperatura, ou campo, entre as palmas. Verifique o momento em que essa sensação se torna
ligeiramente maior. Nesse ponto que variará de pessoa para pessoa, mas que deverá rondar o espaço
do 5 a 20 cm, afaste e aproxime ligeiramente as mãos. Verifique o ponto onde começa e onde deixa
de sentir esse campo de força.
Esta a sentir o seu campo bioenergético.

Comentário.
No início a sensação será muito subtil, mas ao fim de algumas semanas de prática, dependendo da
pessoa, ela tornar-se-á mais nítida e, posteriormente, completamente inconfundível.
Não se deixe desanimar pelos fracassos iniciais, ao fim de, pelo menos, uma semana de treino já
deverá começar a sentir qualquer coisa.
Por mais que mentes cépticas o tentem dissuadir do que escrevemos, lembre-se que quem lhe indica
estes testes fez variadíssimos outros para despistar todas as outras hipóteses que não estas. Para além
do mais, as experiências prévias já demonstraram a presença deste campo.
Lembre-se que existem profissionais, como o autor deste livro que são capazes de diagnosticar
doenças físicas sem outro método que não este. Essas doenças são, posteriormente, confirmadas
pelos testes clínicos habituais. O leitor não possui muitos dados sobre a Bioenergologia e seriam
necessários vários textos para explicar e ensinar correctamente todos os mecanismos deste processo
e campo de estudo. Claro que esse material se encontra fora do englobamento desta obra. Mais uma
vez, àqueles que desejam conhecer mais sobre Bioenergologia, oferecemos contactos úteis no final
do livro.
Faça este treino pelo espaço de trinta dias, ou pelo menos, até ter uma sensação menos subtil quando
aproxima as mãos.
Tendo atingido suficiente proficiência na sensibilização dos chakras das suas mãos, deverá passar ao
exercício seguinte onde aprenderá a explorar o corpo bioenergético de terceiros.
Este método poderá revelar-se muito útil na detecção de pequenas, ou mesmo, enfermidades sérias.
Quando a sua exploração for positiva para uma doença específica e existindo alguma da
sintomatologia descrita, não ignore os seus achados e dirija-se ao seu médico. Se a sua opção forem
as Medicinas Alternativas, seja criterioso na escolha do profissional que o poderá tratar.
Infelizmente, no nosso País existe pouca regulamentação sobre quem está, de facto, credenciado para
exercer esse novo tipo de profissão.
Neste manual não aprenderá senão algumas técnicas para conhecer o CBI. O diagnóstico de
enfermidades não será explicado aqui. Para obter mais informação, de novo recomendo a leitura das
obras de Choa Kok Sui, específicas nesses assuntos.

2- Exploração do Corpo Bioenergético de Terceiros.

Se ainda não adquiriu proficiência na prática anterior, mas tenciona tentar executar este exercício,
então, faça uma sessão de sensibilização dos chakras das mãos em primeiro lugar. Deve agora
concentrar-se simultaneamente nas palmas das mãos e nas cabeças dos dedos. Assim, não só activará
os chakras das palmas, mas também os dos dedos, o que facilitará uma exploração mais detalhada,
como verá posteriormente.
Mantenha uma respiração calma e suave.
Para este exercício vai necessitar de um pessoa que permita a exploração do seu corpo
bioenergético. A pessoa deve usar roupas finas e pouco isoladoras. A temperatura ambiente deverá
estar agradável, caso contrário o CB comprime-se, sendo mais difícil de explorar.
Se desejar sentir os três corpos bioenergéticos do seu parceiro de experiência deve colocar-se a uma
distância do seu parceiro, superior a dois metros.
Volte-se de frente para ele e estenda os seus braços confortavelmente, na sua direcção. Aponte as
suas palmas para o seu parceiro e caminhe lentamente na sua direcção. Mantenha-se concentrado nas
palmas e na ponta dos dedos, tal como no exercício anterior.

Ter uma noção das dimensões dos vários corpos pode ajudar.
Quando as suas palmas “tocarem” a zona exterior do CBE, terá uma sensação muito ligeira, tal como
se tocasse numa teia de aranha.
Continue avançando lenta e progressivamente. Assim que as palmas das suas mãos entrarem em
contacto com a zona exterior do CBM, sentirá uma sensação de campo e, nalguns casos, um pouco de
calor nas palmas e nos dedos. Continue a avançar e, finalmente, assim que as suas mãos tocarem a
fronteira do CBI, sentirá uma contra-força e um ligeiro aumento de temperatura. A sua prática na
sensibilização das mãos terá determinado o seu sucesso neste exercício. Com a prática obterá
resultados interessantes e cada vez mais fáceis de sentir.
Pratique esta exploração tantas vezes quanto possível.
Para não comprometer o resultado da sua exploração, não execute esta técnica com:
Mãos secas.
Mãos frias.
Mãos untadas com cremes desinfectantes.
Ambiente demasiado quente, ou demasiado frio.
Correntes de ar.

Treine esta técnica cinquenta vezes. Procure que estas vezes sejam o mais seguidas possível. Uma
exploração diária seria o ideal. Caso tenha possibilidade, utilize, pelo menos, dois sujeitos
experimentais. Assim poderá verificar as diferenças no CBI de cada um.
Pode realizar esta técnica em diferentes horas do dia e verá como as dimensões dos corpos são
variáveis de acordo com vários factores que poderá anotar.
Quanto mais enérgico e mais tonificado estiver um sujeito, maior e mais denso, logo, mais
perceptível, estará o seu corpo bioenergético.
Tendo adquirido algum domínio sobre este exercício, poderá passar ao próximo, onde será capaz de
sentir a presença dos chakras de cada pessoa.
3- Exploração individual dos Chakras.

Uma vez adquirida a capacidade de explorar o corpo bioenergético de outra pessoa com uma certa
facilidade, será altura de começar a particularizar o estudo do corpo energético através da
clarisensibilidade.
Para isso irá em primeiro lugar fazer uma breve sessão de sensibilização dos chakras das mãos e
seguidamente irá explorar o CBI de um colaborador. Em seguida, procurará passar as suas mãos por
cima de cada chakra. Sentirá uma pressão mais forte e uma sensação de campo mais intensa. Coloque
a mão perpendicularmente ao corpo energético que está a explorar e, concentrando-se na ponta dos
dedos mova a mão até sentir o chakra de lado. Este movimento é semelhante a mergulhar os dedos
dentro de água e “penteá-la”. A água seria o CBI do colaborador. Ao passar lentamente os dedos
apontados para ele e com as cabeças “mergulhadas” no CBI, haverá uma altura em que os dedos
sentirão um aumento de temperatura e campo. Aí é a fronteira exterior do chakra. Pode depois ladeá-
lo e ver a sua dimensão. Os chakras principais de uma pessoa normal e saudável medem de 12 a 15
cm.

Só medindo vários chakras principais, teoricamente, com sensivelmente o mesmo diâmetro exterior,
é possível estabelecer um padrão de medida para a pessoa a explorar. Se três, ou mais, medirem um
determinado valor, aqueles outros que medirem mais dizem-se super-activos, os que medirem menos,
dizem-se sub-activos. A medição dos tamanhos dos chakras, bem como a sua carga, é utilizada para
fins de diagnóstico.
Medindo um chakra de frente, ou seja, tal como se explora o corpo bioenergético, três situações
podem ser encontradas.
Normalidade: O chakra, embora esteja mais forte, não apresenta um excesso de bioplasma, logo, não
sobressaindo mais de 3 a 4 cm da fronteira exterior do CBI.
Congestão: O chakra apresenta-se se elevado vários centímetros acima da fronteira exterior do CBI,
causando uma protuberância no contorno do mesmo. Isto significa que o chakra está a acumular
demasiado biplasma, ou que, temporariamente está sobrecarregado.
Depleção: o chakra apresenta-se deprimido, ficando o seu limite abaixo da fronteira exterior do CBI,
causando uma depressão no contorno do mesmo. Isto significa que o chakra não está a ser alimentado
correctamente, logo, está desvitalizado.
Nem sempre uma congestão, ou uma depleção são motivos de doença. Existem várias causas que
podem provocar pequenas anomalias temporárias no CBI e no seu sistema de chakras. Todavia, se
existirem sintomas no corpo físico, associados com o mau funcionamento de determinado chakra e
verificar uma anomalia permanente no mesmo, deverá consultar um médico ou entrar em contacto
com uma organização de terapeutas especializados no tratamento bioenergético.
Este manual não abrangerá o estudo específico de medicina bioenergética, nem da forma de
diagnóstico utilizada na mesma. Para obter mais detalhes sobre este tipo de tratamentos deverá
efectuar uma formação específica na área ainda não disponível, até à presente data, no nosso País.
Depois de explorar os chakras, se tiver alguns conhecimentos de anatomia poderá efectuar a mesma
exploração sobre os vários órgãos. As mesmas regras se aplicam.
A exploração deverá ser lenta e cuidadosa e deve ser dado um enfoque especial à temperatura
aparente, para além do campo.
Não nos alongaremos mais neste tema, pois não é nossa intenção formar “curiosos” numa área de
estudo tão delicada como a saúde humana.
A formação de um terapeuta segundo o sistema Physis demora vários anos. Existem muitas outras
capacidades a desenvolver e muita, Biologia, Anatomia, Anatomia patológica, Fisiologia,
Histologia, Patologia, Exame Clínico etc., a estudar para existir um mínimo de competência teórico-
prática.
Somente um estudante de Medicina de 4º ano, ou um Médico licenciado, estará apto a estudar
somente a Medicina Bioenergética pura. Ele deverá desenvolver as nossas potentes capacidades de
diagnóstico e fazer a ponte entre os dois métodos. É possível e benéfico combinar ambos os
conhecimentos. Esse será o derradeiro Médico, aquele que consegue, não só diagnosticar com muita
precisão, mas também curar por si próprio, sem o auxílio de medicamentos, ou outras formas de
terapia. Cremos que num futuro com “Lobbys” menos poderosos, os profissionais de saúde terão
muito a ganhar aprendendo estes conhecimentos e conjugando-os com os seus.

Agora que o leitor já desenvolveu capacidades fora do normal, sendo capaz de perceber que o ser
humano é também um ser subtil, em constante interacção com o meio que o rodeia, ele deverá
aprender a potenciar o seu próprio corpo bioenergético. Isso ajudá-lo-á a tornar-se mais forte e mais
apto para realizar as metas que este livro propõe.
Como foi explicado, o corpo bioenergético varia de dimensão, de acordo com a quantidade de
bioplasma que possui.
No próximo exercício vamos ensinar uma das muitas maneiras de recolher bioplasma do ambiente e
tornar o seu corpo bioenergético mais forte. Finalmente, o aluno que concretizar o próximo exercício
vai aprender técnicas de irradiação bioenergética, podendo afectar organismos sem necessidade do
contacto físico.
Daremos uma formação sobre como ajudar um doente a recuperar de qualquer doença ensinando um
método de tratamento geral.
Para os que desejam aprofundar os seus conhecimentos, existem as obras de Choa Kok Sui no
mercado.

-Exercício de Concentração de Plasma e Fortalecimento do Corpo Bioenergético.

Sente-se relaxadamente e atinja o ERA.


Volte as palmas das suas mãos para cima. Elas devem estar pousadas sobre os joelhos.
Concentre-se na palma das suas mãos.
Visualize uma luz branca a entrar pela palma das suas mãos e a preencher lenta e gradualmente todo
o seu corpo. Como os chakras das suas mãos já estão desenvolvidos, vai logo sentir um calor nas
mãos a aumentar e o corpo a relaxar ainda mais. O tempo de preenchimento do organismo poderá ir
de 10 a 15 minutos na primeira semana e de 30 minutos no resto do primeiro mês. Só a partir do
segundo mês de treino poderá ultrapassar este tempo para 45 minutos. Não exagere, ou o seu corpo
bioenergético ficará congestionado. Isso pode causar problemas físicos a longo prazo.
Depois de fazer o carregamento pelos chakras das mãos, vai concentrar-se no chakra de raiz. Imagine
que uma raiz sai do seu corpo e desce vários metros para dentro do solo. Visualize agora que a força
da Terra Mãe sobe por essa raiz dando ao seu corpo mais saúde, firmeza e solidez. Pode ver essa
força como uma luz verde clara. Faça isto pelo espaço de 5 minutos.
Depois, imagine que o seu corpo bioenergético começa a girar no sentido dos ponteiros do relógio.
Imagine que ele gira primeiro lentamente, acelerando gradualmente, durante doze voltas. A primeira
volta deverá durar cerca de 5 segundos e a última cerca de ½ segundo. O corpo energético deverá
dar doze voltas. Durante essas doze voltas deve imaginar que a força centrífuga do movimento expele
impurezas e tensões, pode visualizar pequenas esferas cinzentas a serem expelidas para o exterior.
No fim deste processo diga mentalmente: “Estou purificado e limpo!”
Seguidamente concentrar-se-á no seu Chakra da Coroa, ou Sahasrara Chakra. Vai imaginar que uma
Luz branca muito brilhante desce agora por esse centro preenchendo o seu corpo todo. Fará isto pelo
espaço de 5 minutos. Mantenha a sua concentração no chakra da coroa e sentirá paz durante o
exercício.
No final diga mentalmente: “ Estou são e abençoado!”
Finalmente relaxe mais dois minutos e termine a prática.
Após este tipo de práticas energéticas deverá fazer um pouco de ginástica, tal como a sessão
explicada acima, para que a grande quantidade de bioplasma se espalhe uniformemente curando e
purificando todo o corpo físico e energético.
Antes de realizar a prática fazer alguns estiramentos e aquecimento de articulações também é sempre
uma boa ideia. Uma boa circulação sanguínea ajuda a uma boa circulação energética. Fazendo um
pouco de ginástica, a sua circulação ficará um pouco mais activa e o exercício funcionará ainda
melhor.
A prática assídua deste exercício melhora a saúde e acelera o desenvolvimento de todas as
capacidades psíquicas.
Já aprendeu muito neste capítulo, aprendeu a sentir o corpo bioenergético e a potenciá-lo, agora vai
aprender a utilizá-lo de forma a afectar outros seres vivos.
Para realizar o próximo exercício necessitará de algumas semente de fácil germinação, dois vasos de
terra de boa qualidade e alguma água para regar as sementes.
Para isso deve aprender a projectar bioplasma.
O bioplasma pode, virtualmente, ser projectado por qualquer parte do corpo. No plano
bioplasmático ele é semelhante à Luz Astral no Plano Astral.
A forma usual de projectar bioplasma acontece pelas palmas das mãos e pelas pontas dos dedos.

-Exercício de projecção de bioplasma.


A projecção de bioplasma pode ser feita de várias maneiras dependendo dos efeitos pretendidos.
Podem ser usadas diferentes cores na visualização e, especialmente, diferentes intenções associadas
a essas cores.
Existe uma regra de ouro na projecção de bioplasma:

“A quantidade de bioplasma projectado, deve ser igual, ou inferior à quantidade de bioplasma


recebido.”

Esta regra aplica-se na medida em que, o seu corolário exprime uma necessidade de equilíbrio no
CB de quem projecta.
Caso exista um desequilíbrio, o CB poderá ficar congestionado, ou depletido, dependendo do sentido
do desequilíbrio.
Existem duas formas de acumulação de bioplasma:

Antecipada. Muito comum no Hermetismo, esta forma prevê uma sessão de absorção de bioplasma
anterior à sessão de projecção, na qual a quatidade de bioplasma a projectar fica, automaticamente,
predefinida.

Simultânea. O Bioplasma é absorvido e, simultaneamente, projectado. Nesta segunda técnica o


operador absorve bioplasma por um ponto diferente daquele que projecta.

O condicionamento do biolplasma, dependendo do efeito a produzir com ele, é realizado de duas


formas:

Na captação antecipada, o condicionamento é feito durante a sessão de captação e no armazenamento


do bioplasma no CB.
Na captação simultânea, o condicionamento é largamente feito na projecção, ficando o
condicionamento de captação reservado ao ponto de entrada do bioplasma. Com isto, queremos
dizer, que o ponto de entrada do bioplasma, associado ao intuito mental impresso no mesmo, serão
responsáveis pelo resultado final, ou condicionamento do bioplasma.

Na prática:

Sobre a Técnica Antecipada faremos algumas considerações, mas esta é bastante avançada e pode ter
algum risco se não for executada com muita responsabilidade
Técnica antecipada:
O operador deve relaxar o seu corpo e atingir o ERA.
Seguidamente, ele vai-se ver rodeado de um universo de luz branca brilhante, a qual deve ter em si a
propriedade que ele deseja imprimir no bioplasma. Em seguida, ele deve captar o bioplasma pela
respiração, visualizando que a cada inspiração o bioplasma entra por todos os seus poros e que na
expiração ele fica retido no corpo e no CB. Ele deverá contar o número de inspirações efectuadas e
empregar o mesmo número quando projectar. Há muitos condicionantes nesta forma de trabalhar que
deveriam ser explicados para a tornar útil, contudo ela é um pouco arriscada para ser efectuada sem
supervisão porque a superfície de absorção do bioplasma é muito grande (todo o CB) e a
possibilidade de congestão é grande.

Técnica Simultânea:
O operador deve manter o ritmo respiratório 4,4,4,4.
O corpo deve estar descontraído e sem tensões mentais.
De acordo com o efeito desejado, o operador deverá seleccionar o ponto de entrada do bioplasma. A
selecção do ponto de entrada é um capítulo de estudo, per se, que não abordaremos neste livro, uma
vez que o seu estudo é muito específico. Deixaremos, todavia, algumas considerações gerais de
acordo com os casos que apresentaremos, juntamente com algumas linhas de guia que permitirão ao
operador extrapolar do que aprende neste manual para efeitos que deseje produzir na sua vida
quotidiana.
A técnica geralmente aceite implica a projecção do bioplasma com uma mão e a sua captação com
outra.
A mão é neutra e o que polarizará o será a própria intenção mental com a qual ele é projectado, por
outras palavras, a finalidade do bioplasma deve estar num seguindo plano, ou plano de fundo mental,
ou intencional, enquanto o bioplasma é, simultaneamente, absorvido por uma mão e projectado por
outra. Na generalidade a mão emissora é a mão de comando, ou a mão de escrita. Se escrevemos com
a mão direita, projectamos com a mão direita e absorvemos pela esquerda e vice-versa.
Vamos ensinar dois outros pontos de absorção sendo um o Sahasrara Chakra e outro, o Muladhara
Chakra.
O Sahasrara Chakra é utilizado para receber bioplasma de Alta Modulação Espiritual. O Muladhara
Chakra é utilizado para receber bioplasma de estabilização, normalmente proveniente da Terra.
A cor do Bioplasma do Sahasrara será o Branco Cintilante com uma aura violeta brilhante.
A cor do Bioplasma emitido aquando a recepção é feita pelo Vortice de Raiz será o branco com uma
aura vermelha pastel.

Uma vez estabelecida esta pequena base teórica passaremos a um exemplo prático de projecção de
bioplasma.
Antes, queremos fazer duas advertências:

-O bioplasma produz efeitos reais. Nunca o condense desnecessariamente sobre nenhum ser humano.
Pode, incautamente, provocar uma doença, ou mesmo a morte, em casos mais raros. Para aplicar
bioplasma sobre alguém deverá seguir a Técnica geral de Cura que apresentamos na segunda secção
deste livro. Jamais dispense ajuda especializada, substituindo-a por este tratamento. O leitor deve-se
capacitar que não é um especialista. Um Médico, um Homeopata, um Naturopata, ou um Acupuntor
reconhecido, estudam muitos anos e têm muito mais experiência do que a maioria das pessoas faz
ideia. Quanto aos serviços da Terapia Bioenergética, colocamos alguns contactos úteis no final do
livro, quer a nível nacional, quer a nível internacional.

-Não modifique as cores nem a intensidade do bioplasma que mencionaremos na Técnica Geral de
Cura. Se o fizer pode agravar profunda e, por vezes, irreversivelmente, a enfermidade da pessoa que
está a tentar ajudar.
O Autor do livro assegura que é possível ceifar uma vida com o uso de bioplasmas escuros e
condensados com a simplicidade com que se tira a vida alguém com uma arma. Embora a lei dos
homens seja cega a estes fenómenos, a Lei Divina, à qual todos, acreditemos nela, ou não, estamos
sujeitos, não ignorará tamanha crueldade e as penas que se farão sentir sobre o que utilizar mal esta
ciência.

- Exercício de projecção de Bioplasma para favorecer a germinação e acelerar o crescimento de


sementes recém germinadas.

Coloque dois vasos de terra sob as mesmas condições de Luz Temperatura e Humidade.
Em cada um destes vasos de terra deite sensivelmente o mesmo número de sementes. Estas sementes
devem ser de fácil germinação.
De acordo com as especificações do fornecedor das sementes, rege-as do mesmo modo com o
mesmo tipo de água.
Deverá aplicar sobre um dos vasos a força do seu próprio bioplasma.
Coloque as mãos sobre a terra e sobre as sementes não necessitando de as encostar. Durante quinte a
vinte minutos seguidos projecte bioplasma de ambas as mãos. Concentre-se mo Vórtice de Raiz para
absorver enquanto projecta. Mentalmente afirme “Esta luz é fortalecedora e nutritiva! As sementes
crescem muito mais e muito mais depressa!” Repita mentalmente esta frase como uma ladainha.

As características do bioplasma projectado serão uma cor branca central e um periferia vermelho
pastel. Imagine um raio de luz branca envolto por um tubo de luz vermelha pastel. Deseje que as
sementes germinem e deseje que o bioplasma faça as sementes crescer.
Projecte o bioplasma sempre à mesma hora.
Escolha uma hora em que normalmente se encontre forte e bem disposto.
Dentro de alguns dias, ou semanas, de acordo com a germinação da semente e de acordo com o seu
poder, verificará uma diferença notória entre o tamanho dos rebentos das sementes que foram
magnetizadas e das do vaso testemunha.
Com prática e com longas sessões de projecção é possível fazer com que as sementes germinem e
lancem rebento no espaço de um só dia.
Com esta técnica poderá magnetizar aquilo que desejar. Para efeitos comuns utilize apenas luz
branca. Pode magnetizar os seus medicamentos para que o efeito deles seja bom e preciso, pode
magnetizar a sua água, conferindo-lhe propriedades mágicas de cura, ou de rejuvenescimento, etc.

Exporemos uma experiência que pode ser levada a cabo por 5 pessoas, cujos efeitos são
completamente esclarecedores sobre a forma como o magnetismo humano pode afectar o universo
físico. Se bem executada, esta simples experiência é uma prova cabal e irrefutável sobre a acção
magnética dos seres humanos.
Não existe qualquer explicação para o fenómeno que vamos descrever, e, a existir teria de ser a que
a mística apresenta há milénios. O homem não é somente o seu corpo e pode afectar o que o rodeia
através de campos subtís que lhe são inerentes.
Passemos à experiência.
Quatro pessoas devem rodear uma quinta que se senta numa cadeira.
Duas ficarão situadas na zona dos ombros e as outras duas na zona dos joelhos.
Cada pessoa deve juntar as palmas e esticar os dois indicadores, recolhendo os outros dedos. As
pessoas na parte dos ombros devem colocar os dois dedos debaixo da axila da pessoa sentada na
cadeira, as nos joelhos, farão o mesmo na dobra dos joelhos. Tentarão levantar em peso a pessoa que
está sentada, ou seja elevá-la com os dois dedos. Este acto deve ser feito simultaneamente pelas
quatro pessoas. A quinta pessoa deve ser alguém bem pesado, tornando a tarefa quase impossível.
Em seguida cada participante colocará a sua mão sobre a cabeça da pessoa sentada, numa coluna
ascendente, começando por colocar a mão esquerda, um participante a seguir ao outro e, em seguida,
o mesmo se fará com a mão direita. As palmas das mãos devem estar voltadas para baixo e não se
podem tocar.
Os participantes devem pensar, ou, pelo menos desejar que o 5º elemento fique sem peso. As mãos
podem estar sobre a cabeça cerca de um minuto. Ordenadamente devem ser retiradas as mãos e
colocados os dedos nos mesmos locais indicados anteriormente. O participante sentado, será então
elevado sem nenhuma dificuldade.
Quaisquer cinco pessoas podem realizar esta experiência.
Podem ver um exemplo desta técnica no youtube em

http://www.youtube.com/watch?v=QZ9InzTLNjs&feature=endscreen&NR=1

Existe outra experiência interessante a fazer com a água. A viscosidade da água magnetizada diminui
e por isso ela parece ficar mais “leve” quando bebida. Pode também verificar esse fenómeno
utilizando um conta gotas. Verificando o tamanho das pingas é possível ver se o grau de viscosidade
(através da tensão superficial) se mantém ou se, se alterou. Pingando, os líquidos menos viscosos
agregam-se em gotas menores. Todos conhecemos a propriedade do mercúrio (Hg) se juntar numa
grande gota alta que não molha. Isso deve-se ao facto da tensão superficial do mercúrio ser elevada
comparativamente à água.
Resta finalmente explicar que o termo, água magnetizada, está bem aplicado e que não nos
apropriamos de um termo físico, para nosso uso.
Magnetizar é o verbo que exprime: Colocar magnésia. (não magnésio.)
O termo Magnésia provem da palavra Magus que, em Persa pré-islâmico, significa Sacerdote, ou
mais precisamente, Aquele em contacto com Deus. No caso citado, Ahuza-Mazda.
“Mago é o Sacerdote! Magnésia a sua Força! Magia a sua Ciência!”
Assim, quando os Srs. Drs. Físicos voltarem a sorrir quando empregamos a palavra magnetizar,
talvez devessem estudar um pouco mais de História, Arqueologia e Antropologia pré-cristãs. Afinal,
foi a sua ciência que se constituiu a partir de um subproduto da Idade das Trevas.
A nossa, brilhou sempre na idade da Luz. E nesta nova idade da Luz, eis que ela ressurge, cada vez
com mais força e poder, uma vez que a sua natureza é o interior de todos e de cada um de nós!
Nos tempos actuais, o número de pessoas que, tal como o leitor, se interessa por estes assuntos, está
a aumentar de dia para dia. Os “velhos tempos” dos novos inquisidores (classe de cientistas fracos
de universidades de segunda!), que ameaçam os que buscam a verdade com o sarcasmo e com a
destruição das suas carreiras, estão em processo de degeneração.
Por muito que tentem ocultar a verdade com os seus dogmas e com o seu cinismo, a Verdade sairá à
luz, como existiu na primeira idade de Luz do Homem, onde construções divinas foram erguidas que,
sendo tão monumentais, se erguem ainda; e os “abades e priores” da ciência vulgar verão os seus
deuses físico-químicos ultrapassados.
Os grandes pensadores da humanidade sempre tinham um dedo mergulhado na mística. Começamos
em Pitágoras, continuamos com DaVinci, seguimos com Newton, Edison e Einstein e finalizamos com
Sagan e Sheldrake. O País mais rico do mundo, os EUA, tem na nota de Dollar um autêntico talismã.
Coincidência? Não, se virmos que os grandes fundadores e reformadores dos Estados Unidos, que
criaram a nota eram todos pertencentes a Ordens Místicas e/ou Maçónicas.
Tomámos a liberdade de fazer alguns comentários para ir acordando o discernimento das pessoas,
para tirar a venda que a sociedade dos últimos dois séculos tenta colocar. A mesma venda que foi
colocada, com outro aspecto, na Idade das Trevas. A essa venda chama-se ignorância.
É mais fácil controlar e governar os ignorantes do que os que se podem valer a si mesmos. E a Magia
sempre foi temida e combatida porque permite a emancipação do Estado e dos Poderes Governantes.
O ser humano é um ser divino e deve combater todas as ameaças a esse seu estatuto. Todas as forças
redutoras devem ser afastadas, pelo nascimento da força interior.
Com isto não pretendemos acicatar os apetites de revolta, mas sim alertar a consciência para o
perigo latente em todos os sistemas governativos da História. Existem os seus pontos fortes, mas
também existem os perigos e as fraquezas da privação da liberdade individual.
Com as ferramentas deste curso, vai aprender a depender menos dos outros e desenvolver uma maior
confiança no seu próprio poder, de natureza Divina.

Encerramento da Primeira Secção.

Nos primeiros nesta Secção do curso o leitor teve a oportunidade de desenvolver capacidades que se
mostrarão essenciais no decorrer da segunda Secção. No Segundo Volume ele irá treinar e aplicar os
conhecimentos e treino adquiridos neste primeiro manual.
Se concluiu os exercícios apresentados até agora, já efectuou progressos consideráveis no seu
desenvolvimento esotérico.
Aprendeu os fundamentos e requisitos mínimos do Caminho Místico, foi instruído sobre a verdadeira
natureza do ser e aprendeu, de uma forma geral, quais os componentes esotéricos do ser humano.
Tendo posto em prática os exercícios descritos, fundamentou e solidificou aquilo que aprendeu e,
decerto que, nesse processo, já usufruiu de algumas experiências.
Por esta altura consideramos que o leitor aprendeu a base necessária para encetar a parte útil, por
assim dizer, dos ensinamentos expostos neste Curso.
Este é o momento de se sentar no seu laboratorium e fazer um resumo de tudo quanto aprendeu e
vivenciou até agora. Crie um caderno de notas e reflexões onde pode anotar as suas experiências e o
resultado das suas práticas.
Verifique se todos os exercícios foram criteriosamente cumpridos e reveja as matérias, teórica, ou
praticamente, nas quais se sentir mais inseguro.
De tudo o que aprendeu, para seguir adiante necessita de:

-Dominar a IGETI, até adquirir ETI médio.


-Dominar os exercícios de concentração avançada.
-Ser capaz de sentir, receber e projectar bioplasma.
-Obter boas visualizações na bilocação da consciência.

Mais uma vez, relembramos que só deverá passar adiante quando tiver cumprido estes requisitos. Se
decidir não seguir o nosso conselho, pode perceber, mais tarde, que perdeu longas horas, dias,
semanas, ou mesmo meses, de trabalho.
É do conhecimento geral, que os exercícios de concentração são aborrecidos e não muito
motivadores, mas o aluno deve encarar esses exercícios como portas para experiências futuras, cujo
valor prático será grandemente enriquecido por uma capacidade de concentração aumentada.
A concentração e o transe iniciático são as duas ferramentas mais importantes no trabalho do
Iniciado. Um Iniciado desenvolve graus de concentração muito superiores aos indicados neste livro e
a sua meta é o ETI ultra-profundo.
Aqui, não pedimos muito aos leitores, apenas pedimos o mínimo necessário para que possa obter
experiências dignas desse nome.
Faço aqui outra advertência:

“Não existem Caminhos fáceis, nem atalhos para chegar à iluminação e emancipação do mundo.”

Pense nisto! Não deseja ser feliz? Não deseja estar no controlo da sua vida? Não deseja não
depender de sistemas falíveis e poder ser verdadeiramente livre? Não deseja não ter problemas
financeiros, nem problemas amorosos? Não deseja não recear absolutamente nada por saber que está
em completa União com Deus, logo ter poder sobre toda a Criação?
Claro que deseja, caro leitor. O leitor e os outros 99,99999999% dos seres vivos deste planeta.
Quantas pessoas encontra, no seu dia a dia, que possam afirmar o que está escrito aí em cima?
Bem me parece que são bem poucas, se sequer conhece alguma.
Ora, se existissem caminhos fáceis, não seriam eles conhecidos?
Existem por aí muitos “swamis” e muitos gurus que tudo prometem… e a troco de nada… mas na sua
própria terra grassam a fome, a miséria e morte. Assim, esses caminhos não são fáceis. Se fossem
fáceis a Índia seria a primeira super potência mundial.
Existem, sim, alguns Mestres, raros, na Índia e no Oriente, mas os caminhos, geralmente apresentados
por eles, para atingir a libertação, são ainda mais duros e probatórios do que aqueles experimentados
no Ocidente.
Por este mundo fora existem centenas de milhares de falsas promessas, de “curas pelos Anjos”, de
“Mestres Ascensos” e até de homens que se afirmam maiores do que Cristo, ele mesmo, mas
normalmente, as suas mensagens implicam uma contribuição choruda e injustificada e a Salvação tem
um custo.
O Autor deixa uma questão.

-Salvação de quê?

Siga adiante neste Curso e, realmente, dará passos verdadeiros na aquisição de capacidades
místicas. Terá experiências apreciáveis e tangíveis, não promessas para uma vida futura. Salve-se da
própria miséria interior e do sofrimento que a vida lhe inflige, se for o caso. Não receie infernos
disparatados, pois, um Deus infinitamente bom (segundo as palavras dos mesmos que afirmam a
existência de um inferno), não poderia jamais implicar um castigo infinitamente mau. A pura lógica
defende que o inferno é uma criação e uma concepção humana, pois a Suprema Bondade, jamais
permitiria um castigo supremamente mau… e eterno!
Seja feliz e faça os outros felizes com o que aprender neste Curso.

A felicidade é a maior certeza de uma progressão correcta no Caminho da Espiritualidade.

Apendice A

Em baixo fica um texto publicado pelos investigadores de Southampton, sobre EQM.


Conforme foi referido, este intrigante assunto tem levantado questões fundamentais na Ciência actual.
Se existisse uma explicação fácil como o querem fazer pensar alguns cépticos, não seria de supor que
Universidades e investigadores deste gabarito se debruçassem tão seriamente sobre este assunto. É
de notar que falamos de uma Instituição Médica, não de Parapsicologia, não querendo com isto,
desprestigiar este último ramo da Ciência dos nossos dias.
__________________________

Near Death Experiences in Cardiac Arrest and the Mystery of Consciousness


Sam Parnia, Southampton, England
________________________________________
Although we have all heard a great deal about near death experiences in the past 25 years, much of
this has been debate and controversy centred around whether they are hallucinations or a glimpse of
an afterlife. The true significance of these experiences may soon finally be revealed through scientific
research. Recent medical studies in cardiac arrest patients have begun to shed light on this fascinating
phenomenon and have indicated that the mind and consciousness may in fact be what remains of us
after death. If proven, this will of course have huge implications for all humankind. In this article I
will examine our understanding of NDE during cardiac arrest and their significance for the wider
debate on the nature of consciousness.
If one examines the medical literature in the last two decades, the most common theories for the
occurrence of NDEs have involved either a hallucination brought about by physiological changes
during the dying process, or a psychological stress reaction to the perceived threat of death. For many
years these two theories have formed the basis of possible scientific explanations. Many brain
mediators have been proposed to account for the experiences, although none has yet been shown to be
responsible for the phenomenon. These include release of endorphins; the body's own morphine-like
substance, lack of brain oxygen, increased carbon dioxide, various drugs and in particular those that
can cause hallucinations such as ketamine and temporal lobe seizures.
The argument in favour of a psychological explanation has been based largely on observations made
from retrospective cases indicating that near death experiences may sometimes occur in those who
were not yet physically close to death at the time of the experience - such as in those occurring just
before an accident. In addition, other studies have indicated the possibility of some cultural
differences between near death experiences.

Recent Scientific Studies of NDE during Cardiac Arrest


The answer about the significance of NDE is beginning to come from studies carried out with patients
who have had a cardiac arrest.
Cardiac arrest patients are a subgroup of people who come closest to death. In such a situation an
individual initially develops two out of three criteria (the absence of spontaneous breathing and
heartbeat) of clinical death. Shortly afterwards (within seconds) these are followed by the third,
which occurs due to the loss of activity of the areas of the brain responsible for sustaining life
(brainstem) and thought processes (cerebral cortex). Brain monitoring using EEG in animals and
humans has also demonstrated that the brain ceases to function at that time. During a cardiac arrest,
the blood pressure drops almost immediately to unrecordable levels and at the same time, due to a
lack of blood flow, the brain stops functioning as seen by flat brain waves (isoelectric line) on the
monitor within around 10 seconds. This then remains the case throughout the time when the heart is
given 'electric shock' therapy or when drugs such as adrenaline are given until the heartbeat is finally
restored and the patient is resuscitated. Due to the lack of brain function in these circumstances,
therefore, one would not expect there to be any lucid, well-structured thought processes, with
reasoning and memory formation, which are characteristic of NDEs.
Nevertheless, and contrary to what we would expect scientifically, studies have shown that 'near
death experiences' do occur in such situations. This therefore raises a question of how such lucid and
well-structured thought processes, together with such clear and vivid memories, occur in individuals
who have little or no brain function. In other words, it would appear that the mind is seen to continue
in a clinical setting in which there is little or no brain function. In particular, there have been reports
of people being able to 'see' details from the events that occurred during their cardiac arrest, such as
their dentures being removed.
A study by our group examining 63 cardiac arrest survivors on the coronary care and emergency units
of Southampton General Hospital, which was published in the medical journal 'Resuscitation'
demonstrated that approximately 6-10% of people with cardiac arrest have NDEs and out of body
experiences. There was no evidence to support the role of drugs, oxygen or carbon dioxide (as
measured from the blood) in causing the experiences. In another study just completed in Holland, 344
cardiac arrest survivors from 10 hospitals were interviewed over a 2-year period, and 41 or 12%
reported a core NDE. Patients with NDEs were then followed up for a further 8 years following the
event and reported less fear of death and a more spiritual outlook on life. This study by a cardiologist
Dr Pim van Lommel, is due to be published in the prestigious medical journal The Lancet either at the
end of this year or early next year.
The occurrence of NDEs in cardiac arrest further highlights the fact that we currently know very little
about the relationship between the mind and the brain. It also raises the possibility that some of the
current theories regarding mind/consciousness, spirituality and the brain may need to be re-
examined.
In the scientific community it is generally thought that the mind is a product of brain cell (neuronal)
activity. This is based upon a number of studies including those with a technique known as functional
MRI which have shown that certain sets of brain cells (neurones) in various areas of the brain
become metabolically (chemically) active in response to a particular thought or feeling. This has led
to a common view that the particular area of the brain that has been observed to change metabolically
equates with the production of a particular thought. However, when examined critically, this
observation only implies the role of such cells as a mediator in expressing those thoughts and does
not necessarily imply an origin to the thought itself. What is not known and what is currently an issue
causing great debate in the field of neuroscience is how brain cells (neurones) which like other cells
in the body produce molecular products such as proteins can lead to the subjective experience of the
mind and thought. Although the conventional scientific view is that the mind is the product of complex
chemical processes in groups of brain cells (neural networks) there are others who disagree. In a
lecture at the Royal College of Physicians in London a few years ago, entitled "Brains and minds: a
brief history of neuromythology" to my surprise, the lecturer; a well respected professor of medicine
discussed the mind/brain topic and concluded that the belief held by some neuroscientists that some
day the discovery of more complicated molecular pathways would lead to an understanding of the
mind is more compatible with "neuromythology" than neuroscience.
In addition to the neural network theory other alternative views have also been put forward. Some
scientists and most notably Stuart Hameroff, an anaesthesiologist in Arizona and Roger Penrose, a
mathematician in the UK, have proposed that mind or consciousness may be produced by quantum
processes in brain cells. Another view proposed by David Chalmers, a philosopher in Arizona,
contends that the mind may itself be a separate entity in its own right. This is similar to the discovery
of electromagnetic phenomena in the 19th century which could not be explained in terms of previously
known principles, and which consequently led scientists to introduce electromagnetic charge as a
fundamental entity in itself. In a series of lectures held at the University of Sorbonne in Paris, Bahram
Elahi, a professor of paediatric surgery has also defined 'consciousness' or the 'soul' as a separate
entity, which is made of a subtle type of matter that remains as yet undiscovered. Hence, contrary to
popular belief, he defines 'spirituality' as a science in its own right with its own laws theorems and
axioms.
The occurrence of NDE and out of body experiences in cardiac arrest would support the view that
mind, 'consciousness' or the 'soul' is a separate entity from the brain. However, large studies are now
needed to test and verify this. The key point in any study rests on testing the validity of consciousness
and an active mind at a time when the brain does not function and the criteria of death has been
reached. This can be done using large-scale studies together with independent tests of the out of body
phenomenon in cardiac arrests. If the results are positive, this will then prove the existence of the
age-old philosophical concept of the 'soul' and in so doing open up a whole new field of science.
Horizon Research Foundation
In order to facilitate this process we have established a charity, Horizon Research Foundation. This
is based at Southampton General Hospital and was originally set up as the International Association
of Near Death Studies (UK) in 1987 and was renamed in March 2000. Our goal is to support
scientific research and education into the subject of near death experiences. We aim to do this by
providing educational conferences and seminars, information packs as well as raising funds to
support medical research into the subject
We have planned a large multi-centre study across 25 hospitals, which has obtained ethical approval
and the relevant letters of collaboration. We are now left to raise the £165,000 necessary to employ
and pay for the staff and facilities to conduct the study.
If you would like to join (£10 annual membership fee), make a larger contribution, arrange
fundraising events or help Horizon in any other way, please contact +44 (0) 870 33 33722
(www.horizon-research.co.uk) or see the separate enclosed information leaflet for contact and
membership details.
Autumn Seminar
Horizon will be organising a seminar this coming autumn on 'Near Death Experiences in Cardiac
Arrest and the associated issues. Please contact us for further details.
Further Links and Reading
1) www.horizon-research.co.uk
2) www.consciousness.arizona.edu - Hameroff & Penrose/ Chalmers
3) www.ostadelahi.com - Elahi
4) Scientific American: The Mysteries of the Mind, Special Edition (June 1997)
5) Foundations of Natural Spirituality/ Spirituality is a Science /Medicine of the Soul (The ongoing
lecture series: The Rights and Duties of Human Beings La Sorbonne - Paris 1995- present has been
collectively published into 3 books- by Bahram Elahi)
6) Roger Penrose The Emperor's New Mind Oxford 1989
Dr Parnia is a graduate of Guys and St. Thomas' medical schools in London. He is currently a
registrar in internal and respiratory medicine as well as a clinical research fellow working towards a
PhD in the molecular biology of asthma. He was a member of the Southampton University Trust
Hospitals resuscitation committee between 1998 and 1999. He is also chairman of Horizon Research
Foundation. While working on the medical and coronary care units of Southampton General Hospitals
and together with Dr Peter Fenwick he set up the first ever study of near death experiences in the UK.
The results of this study have received widespread coverage in the national and international press
and have recently been published in the medical journal "Resuscitation"

Apendice B

Tanscripção da Critica de Greg Stone à teoria “Dying Brain Hypothesis” de Susan Blackmore no
livro “Dying to Live”.

A Critique of Susan Blackmore's


Dying Brain Hypothesis
by Greg Stone

Greg Stone began his college studies in physics, but ended up graduating with a degree in psychology
(University of Colorado). He also studied at Chicago Theological Seminary at the University of
Chicago. He believes his personal love for both science and spiritual matters mirrors a trend in
society toward a greater understanding of the connectedness of the two disciplines. Greg Stone's book
is entitled "Under the Tree" which is a novel set in the world of the near-death experience. He has
also written a new essay on Buddhism and reincarnation called "The Buddhist Paradox." Read all his
other fascinating essays on his website at http://www.visitunderthetree.com/.

Background on Susan Blackmore


Before you read Greg Stone's excellent critique of skeptic Susan Blackmore's theory of the NDE, you
may want to first read a brief description of Susan Blackmore's hypothesis. She is the author of
several books including: Dying to Live, In Search of the Light, and her latest, The Meme Machine.
Blackmore has more information at her website.

Prologue to Critique

Discussions about the near-death experience and the idea that consciousness separates from the body
are frequently challenged by skeptics who ask: “Didn’t you know Susan Blackmore proved,
scientifically, that NDE’s are hallucinations caused by brain activity?”

When I first heard such claims, I rushed out and purchased Dying to Live, Blackmore’s work on the
near-death experience. After reading the book, however, I was left wondering what it was skeptics
had read. Dying to Live not only failed to provide scientific support for a “brain only” hypothesis, it
contained only conjecture and speculation.
In a moment of passion, I fired off a critique of Dying to Live, which was subsequently posted on a
number of sites. Over the following years, readers wrote to thank me for having posted the critical
analysis of the work.

Ms. Blackmore responded as well and confirmed my observation that the work was primarily that of
conjecture and speculation. So much for the skeptic’s argument that the issue of NDEs has been
settled once and for all, scientifically.

The following is an edited version of the critique. (The content remains the same, the prose was in
dire need of repair, as the critique originated as an unedited e-mail exchange.)

It is my hope that addressing the contents of Dying to Live lessens the flurry of posts and e-mails that
arrive saying, “Didn’t you know, Blackmore...” For those who have not read Dying to Live, I highly
recommend the book, even though I disagree with the conjectures presented therein; the book
nonetheless presents a worthwhile discussion of NDEs. In order to understand the subject, one must
become familiar with all the different views that surround the subject.

Introduction

In dialogue with skeptics, I often encounter the claim that Susan Blackmore, in Dying to Live,
provides scientific proof the near-death experience results from a “dying brain.” Skeptics argue her
work disproves the existence of spirit and the afterlife. A close reading of Dying to Live, however,
shows otherwise. The following is a critique of the first eight chapters.

The Preface

Though skeptics claim Susan Blackmore is an unbiased researcher, in the preface to her book, she
makes her prejudices known as she assumes the viewpoint of the biased skeptic. She writes:
"It is no wonder that we like to deny death. Whole religions are based on that denial. Turn to religion
and you may be assured of eternal life. ...." And, "Of course, this comforting thought conflicts with
science. Science tells us that death is the end and, as so often, finds itself opposing religion."
This is a misrepresentation of both religion and science. Consider the comment, "whole religions are
based upon a denial of death." Religion’s primary concern lies with the spirit and its relationship to
the universe. Some prefer the term “spiritual” to describe religious views, focusing on the core issue
—the existence of spirit. Almost all religions hold the belief man is, in essence, a spirit or soul that
lives beyond body death. This is not a denial of death, but rather a focus on the life of the spirit. No
one I know denies the existence of death—the body dies. The life of the spirit is another matter. By
assuming spirit does not exist, Blackmore cynically reduces the subject of religion to a denial of
death. If the spirit exists, however, and transcends body death (one of the two hypotheses considered
in Dying to Live), then Blackmore, not religion, is in denial.

Thus, starting with page one, it’s clear she does not intend to explore the subject of NDEs (and
survival of the spirit) with an unbiased scientific approach. Her prejudice, not the research, will
dictate the conclusions.

We see further evidence of bias in her statement that belief in life after death conflicts with science,
as though "science" were a monolithic authority that decrees "what is," rather than being a method of
inquiry.

She offers the unsupported and blatantly false statement that "science tells us” death is the end.
Though she may personally believe death is the end, "science" makes no such pronouncement. Later in
the book, researchers with scientific credentials who take the opposite position—that spirit survives
body death—are mentioned, which puts the lie to her earlier statements that science tells us death is
the end. Though it may be appropriate to state the personal belief that spirit does not survive body
death, presuming to speak for "science" diminishes the book’s credibility from the outset.

Dying to Live turns out to be, first and foremost, a personal opinion in support of the skeptical
viewpoint, not a statement of scientific evidence or proof.

Later in the preface, another illogical statement points up her agenda: "The problem with evolution is,
and has always been, that it leaves little room either for a grand purpose to life or for an individual
soul."

Nothing could be further from the truth. Though the body is an evolving bio-organism, the spirit is not;
when it comes to questions of spirit or soul, evolution is irrelevant. She uses a biological argument to
dismiss a non-biological premise, revealing her intention to dismiss evidence a priori and substitute
biases that arise from the field of evolutionary psychology—the "man-is-an-animal" school of
thought.
Skeptics who claim the author of Dying to Live is non biased are proven wrong; skeptics who claim
she provides scientific proof are shown, by her own words, to be in error.

Chapter One

Two competing hypotheses are advanced in Dying to Live: The Afterlife Hypothesis and The Dying
Brain Hypothesis. The Afterlife Hypothesis states spirit survives body death. The NDE is the result
of spirit separating from the body. The Dying Brain Hypothesis states the NDE is an artifact of brain
chemistry. According to the dying brain hypothesis, there is no spirit which survives body death.

The book sets out to examine arguments for these two conflicting hypotheses—then fails to do so.
Blackmore never presents the actual Afterlife Hypothesis; she presents a version intended to be
refuted—a straw man argument. So much for skeptics' claims of unbiased research.

In the list of four arguments for the Afterlife Hypothesis, the most important argument is omitted (later
in the book it is addressed in passing). This primary and most basic tenet of the Afterlife Hypothesis
—that spirit (and consciousness) separate from the body—deserves primary attention, but Blackmore
instead addresses tangential arguments.

Failing to formulate a clear and concise statement of what must be demonstrated to support each
hypothesis, she fails to test clear assumptions and ends up concluding neither has proof, after which
she expresses her feeling the Dying Brain Hypothesis must be right. Skeptics make the mistake of
claiming scientific proof when Blackmore offers only opinion.

In the first chapter, in quotes provided by NDErs, specific references are made to being "outside
his/her body." NDEs, we learn, sometimes include the observation of actual proceedings, such as
operations, viewed from unusual vantage points. This important point evidence, the very essence of
the Afterlife Hypothesis, is ignored at this early stage in the text.

Particularly annoying to this reader is a brief passage regarding Tibetan Buddhism:


"The difference between these teachings and the folk-tales we have been considering -- and it is a
very big difference -- is that in Buddhism these experiences are not meant to be taken literally..."
She could not be more wrong. Tibetan Buddhism endorses the Afterlife Hypothesis. Readers with
only passing familiarity with Tibetan Buddhism are aware they search for reincarnated leaders and
reinstate them to their position in the monastery. Buddhists take life beyond death quite literally.
Blackmore misappropriates Buddhist concepts and fails to understand Buddhist practice disproves
her Dying Brain Hypothesis!

Convincing stories of the tradition of NDE's in Buddhist and Native American circles are compared
to modern day NDE's.

"Zaleski sums up the similarities and differences she found between modern and medieval accounts of
people who died and were revived again. In both, the first step is a kind of dualistic parting of body
and soul, with the separated spirit looking down on its former dwelling place..."

Dying to Live arrives at the essence of the Afterlife Hypothesis, the separation of spirit and body,
then ignores its significance. This dismissal of the key issue casts doubt on the integrity of the work,
integrity which is placed further in doubt by the following:
"Western philosophers and scientists have long argued cogently and powerfully against this dualist
view and the few who still defend it.... are in a tiny minority amongst academics."
The opinion of a select few academicians, who are not experts on the subject, can hardly be called
scientific evidence. In an earlier passage, she notes that well over half the public, some seventy
percent surveyed, believe in life after death, then dismisses "popularity" as a scientific criterion.
Now she turns around and uses "popularity" among academics as grounds for her argument.

She offers personal opinion:


"The dualist temptation is so great. Just as we do not like to imagine that we will one day die, so we
do not like to think of ourselves as just an ever-changing and perishable body..."
People also do not like to think of themselves as an immaterial being; they do not like to think of
themselves as anything but a body. The argument cuts both ways. We are presented with amateur
psychology in lieu of scientific proof. Her opinion does not determine whether spirit departs the
body, it only serves to explain her personal psychology.

Later in the chapter, once again, she misses the crux of the issue:
"Some have argued that there is a kind of core experience that is common to all people and to all
cultures but which is overlaid with cultural differences. .... It is tempting to think that if we could
somehow delve beneath the surface of the accounts people give we would find the invariant, true
NDE underneath. But this is a vain hope."
But there is an invariant core to the Afterlife Hypothesis: the separation of spirit from body. This is
obvious. It is the very hypothesis under consideration.

What spirit perceives while it is separate is a different question. This should be obvious, but
apparently is not. Most of Dying to Live is spent disputing differences in perceptual or experiential
content, rather than inspecting the core hypothesis.

To illustrate the point, consider the following thought experiment. Ask people in various lands to take
a Sunday afternoon stroll and report their experience. There will be similarities, for example, the
report of the mobility of the body through the environment accompanied by the senses taking in the
environment. We would not be surprised, however, to find a walk through Manhattan produces very
different content from that produced by a stroll through the bush country of Kenya. Likewise, when
one investigates NDEs, one needs to distinguish core factors or invariants (such as separation from
body) from the varied content of perception. When this critical difference is overlooked in Dying to
Live, the validity of the work is undermined.

Chapter Two

Drugs are entered into the equation and Blackmore reveals her personal experiences with NDE-like
phenomena under the effects of controlled substances. She notes some differences in NDE's when they
occur as a result of drug use, then uses this to "disprove" the invariance hypothesis (the hypothesis
that these experiences should have commonality):
"My own interpretation is that the invariance hypothesis is not supported. The NDE varies according
to the conditions that set it off and the person having it."
As previously mentioned, she errors in looking at content differences, while ignoring invariance in
the basics. In our thought experiment, it was demonstrated that reports which varied due to
differences between scenery in Kenya and Manhattan did not mean one subject did not take a walk.
Likewise, if the stroller in Manhattan ingests drugs and then turns in a report that varies in content,
this does not mean the subject did not stroll through the environment as requested, only that his
perceptions varied due to his drugged condition.

In misapplying the invariance hypothesis, Blackmore fails to take into account:


(1) varying conditions of spirits when they separate (to varying degrees) from the body and,

(2) the varied perceptual and cognitive content that occurs, depending upon the circumstances of
separation.
It is folly to reduce a complex human and spiritual experience into machine-like simplicity. When it
comes to the study of humans, such reductionism results in absurd conclusions.

This error underlies the theoretical turn she takes which colors the remainder of the book:
"Do you have to be near death to have an NDE? One motivation for asking this question is the 'just
like hallucinations' argument. According to this view, NDE's, drug-induced hallucinations, out-of-
body experiences occurring under normal conditions and other kinds of hallucinations are all
related."
In other words, the NDE is not an isolated phenomena. The common link between NDE and these
other experiences is the release of the spirit, to a greater or lesser extent, from the body. This is the
relation that should be investigated.

The real question should not be, "Do you have to be near death to have an NDE?" but rather do you
have to be near death for the spirit to separate from the body? Evidence tells us the answer is no.

The spirit can and does leave the body in any number of situations, including those that occur without
drugs or trauma. This is exactly what one would expect to find if the Afterlife Hypothesis is true. If
one postulates spirit surviving body death, one also postulates spirit being different and separate from
the body it inhabits. The Afterlife Hypothesis predicts the spirit should be capable of separating from
the body under conditions other than impending death. The evidence Blackmore cites thus directly
supports the Afterlife Hypothesis.

Instead of recognizing a common link that supports the Afterlife Hypothesis, she opines:
"This might lend support to theories trying to explain the features of the NDE in medical,
psychological, or physiological terms and go against theories involving a spirit or soul or heavenly
realm."
Failing to see the obvious common element between the different situations, she offers an
unwarranted and unsupported assumption. How she arrives at her conjecture is not clear, as she
doesn't make the case for her argument. She fails to support her reasoning. She assumes, incorrectly,
that NDE phenomena must be purely medical, psychological, or physiological with no spiritual
component.

Throughout the book, one finds this pattern repeated. Evidence that clearly supports the Afterlife
Hypothesis is presented, then, without explanation, the opposite conclusion is advanced.

The sentences that follow lend further support to the Afterlife Hypothesis:
"There is lots of evidence for NDE-type experiences in people who are not close to dying. The
experience of leaving the body has a long history and surveys show that something like 10-20 per cent
of people have this experience at some time during their life."
“The experience of leaving the body has a long history” clearly supports the Afterlife Hypothesis. She
considers drugs to present “medical phenomena,” but does she not consider how drugs affect the
spirit’s connection to the body. How do powerful hallucinogens and anesthetics affect a spirit’s
ability to remain connected to the body? Do toxic effects of such drugs bring the body close to death?
As she presents these phenomena, she fails to take the Afterlife Hypothesis into account. Her bias
prevents her from asking common sense questions.

She goes on to discuss the effects of drugs, including her own experience:
"Under conditions of extreme tiredness and smoking hashish I had an NDE-type experience complete
with the tunnel and light, out-of-body travels, expansion and contraction of size, timelessness, a
mystical experience and the decision to return..."
It becomes critical for our understanding to consider how drugs affect the interface between spirit,
mind, and body. How drugs affect the condition of the spirit when it separates and when it returns?
Drugs are a major source of confusion within NDE research.

Near the end of the chapter, research is cited that suggests the spirit separates from the body in other
than death situations, which supports the Afterlife hypothesis. Blackmore writes:
"The argument used by others reporting on this research goes like this: if the brain is responsible for
thinking, then when it is dying one would expect thinking to become disordered or less clear. The
evidence that it becomes clearer therefore implies that the brain is not responsible; that the soul or
spirit is experiencing the clarity and may go on doing so after death."
Again, we find a consistency between the Afterlife Hypothesis and the evidence reported. Blackmore,
however, stands before the evidence and engages in denial:
"This is one possible interpretation of the evidence, but it is not the only one. It is not obvious that the
dying brain must produce either more or less clear perceptions and thoughts. An alternative is that as
the brain dies, less thoughts are possible and so the few that remain seem clearer and simpler by
comparison."
That a dying brain showing little or no activity should function in this clear-thinking manner is absurd,
and totally unsupported by research. The author of Dying to Live reviews the literature, inadvertently
presents a well-supported case for the Afterlife Hypothesis, then advances unsubstantiated
conjecture. Bias and prejudice undermine scholarship.

The chapter ends with an unwarranted conclusion, unsupported by anything that has preceded:
"Our next step is now clear, if not easy; to try to understand what happens in the dying brain."
The evidence points to a spiritual being that separates from the body. Understanding the details of
how this happens is our logical next step.
Blackmore instead claims the agenda is to understand the dying brain, an assertion motivated by bias,
not evidence. Prejudices erode and damage the quality of Dying to Live.

Chapter Three

The chapter opens with Blackmore presenting a claim that a person under the effects of nitrous oxide
was able to view from outside his body. Her non-sequitur conclusion reads:
"I think this illustrates the reluctance we have to accept that our experience, especially profound and
personally meaningful experience, comes from our brain's activity and nothing else."

In other words, when someone reports an out-of-body experience, he thereby demonstrates a


reluctance to admit it was his brain at work. With no discussion of facts that would contradict the
purported event, with no discussion of the possible variables at work, without a shred of contrary
data, she concludes the person made up the account because saying he was out of his body "made a
better story." Non-sequitur conclusions diminish her case. She states evidence for A, concludes B.
Later in the chapter, she states:
"Are these profound experiences a direct correlate of changes in the brain's activity and nothing more,
or are they experiences of a separate mind, soul, astral body, or spirit? ... The general assumption of
today's science says one thing yet people...say another -- especially people who have had NDE's.
Scientists for the most part assume some form of materialism; that mental phenomena depend upon, or
are an aspect of, brain events." (emphasis added)
Skeptics must be squirming. What could she be thinking? She argues based upon what scientists
assume. This is exactly the approach skeptics criticize. She favors scientists’ assumptions over
firsthand accounts. If skeptics were honest in their appraisal of Dying to Live, they would state
“Susan Blackmore assumes...” and that would be the end of the debate. Instead, they misrepresent the
work as scientific proof.

"As we have seen, the very occurrence of NDEs is not proof either way," she writes. With a wave of
her pen she dismisses evidence she previously presented, evidence supporting the Afterlife
Hypothesis, and asks us to accept non-sequitur conjecture. We should be wary of such biased
thinking. The fact is the NDE—with its out-of-body component—goes a long way toward proving the
spirit exists separate from the body.

Later, she writes:


"If the Afterlife Hypothesis can answer them best then I shall accept that and work with that as well
as I can. If the dying brain hypothesis does better than I shall work with that."
As we have already seen, however, she has no intention of considering the Afterlife Hypothesis. Even
in Dying to Live, the Afterlife Hypothesis is a best fit with the evidence, however, when evidence
points to the Afterlife Hypothesis, it is blatantly ignored.

Next, the reader is asked to consider the ever popular "cerebral anoxia" argument: the loss-of-
oxygen-to-the-brain scenario. She presents four reasons researchers argue anoxia cannot be
responsible for the NDE. It is only necessary for us to consider the first:
"1. NDEs can occur in people who obviously do not have anoxia."
Her response reads:
"This is certainly true but is not a sound argument at all. As we have seen, there is clearly no one
cause of the NDE. .... The fact that NDEs can occur without anoxia is no argument against it
sometimes being responsible for them."
As she agrees anoxia does not provide “the” explanation for the NDE, that it is one among many
possible factors, the obvious question to ask is, What do ALL the factors have in common?

One finds: (1) Trauma to the body can interrupt the connection between the spirit and the body—
drugs, lack of oxygen, injury, even the anticipation of great bodily harm or death. These are all factors
which serve to disconnect or separate the functioning of spirit and body. That which requires research
and explanation is how spirit interfaces with the body and what causes an interruption or severance of
this connection.

And one finds: (2) Experiences not involving drugs or trauma but rather a decision on the part of the
spirit to separate from the body, either as a demonstration of natural ability, or as a result of acquired
skill. For example, Tibetan Buddhism or other training.

Thus, we have "accidental" separation and "intentional" separation. The key factor is separation.

Blackmore recounts the story of a volunteer in high G force experiments, who, while outside his
body, "went home and saw his mother and brother." Again and again, we have examples that cry out
for explanation in terms of the Afterlife Hypothesis, but Blackmore fails to even consider the Afterlife
Hypothesis. She states evidence, then dodges with:
"The invariance hypothesis is not sustainable. The NDE is not always the same and we need to try to
understand its different elements in different ways."
She fails to consider the basis of the Afterlife Hypothesis, that the spirit separates from body. She
instead uses variety of content as an excuse to ignore the profound, consistent core of the NDE and
related experiences—separation of spirit from body.
She fails to ask, what is the nature of spirit? What are the spirit’s perceptual and cognitive abilities
when separate? Without an inquiry into such matters, it is not possible to consider the Afterlife
Hypothesis. Her bias toward philosophical materialism prevents consideration of the alternative
hypothesis.

Without considering the Afterlife Hypothesis, she asks how anoxia affects the brain, even though
anoxia itself is not the common element. She argues anoxia is not a common invariant factor of the
NDE, then proceeds in her attempt to explain the NDE on the basis of anoxia. The real question is
what condition does anoxia cause that is the same as conditions caused by other precipitating factors?
In other words, what do they have in common?

Without asking these questions, we end up with a one-sided and incomplete analysis based entirely
upon bias toward a brain explanation. The Afterlife Hypothesis is merely trotted out as a straw figure
to be knocked down.

Chapter Four

In this chapter, the author discusses drug-induced hallucinations, but fails to explore the question of
what exactly is a hallucination, what does one view in a hallucination? The assumption is made that
the nature of hallucination is known, when this is not the case. The study of consciousness, still in a
primitive state, does not answer this question. She works on the premise that a hallucination is a
visual or auditory perception that does not coincide with "objective" reality, but fails to establish
what it is one views in a hallucination. It's obvious that something, some from of mental imagery, is
perceived. What is it?

As a result of bias, she does not ask how spirit, detached from a body, as in the Afterlife Hypothesis,
might perceive mental pictures or imagery. How do such perception correlate with "objective"
reality? In other words, she fails to consider a model of mind that would accompany the Afterlife
Hypothesis and confines her speculation to brain theory. An unbiased researcher must investigate the
phenomena within the paradigms of each hypothesis.

Writing about the NDEr passing through a tunnel of mental energy, she states:
"There are many serious problems with such a theory. If the other worlds are a part of this world then
they cannot really account for the afterlife."
This conclusion proves false when we consider the NDE reports. They see not only ethereal energy
patterns, they view the “objective” world—the world of operating rooms and other more mundane
settings. Reports tell us "this" world is intermingled with the world of mental energy. This same
phenomenon is common in everyday experience—people are perfectly capable of managing the world
of imagination, the world of mental images, while going about their business in the "real" world.
Mixing subjective and objective reality is a common experience. Why this should not be so after
death is not made clear by Blackmore. In fact, the question is not even considered.

She continues:
"Something should be seen leaving the body and going into the tunnel. The tunnel itself would be
present in physical space and we should be able to measure it or in some way detect its presence."
That's why those skilled at observing the subtle energy that surrounds the spirit are able to perceive
such events. Reports from NDErs claim an ability to perceive other disembodied spirits while out of
body. Mediums skilled at communicating with disembodied spirits perceive this energy as well.
Research shows death bed patients often perceive disembodied spirits. Will we ever possess
detectors sensitive enough to measure the mental energy patterns that make up our subjective world?
Of course. The history of science is filled with examples of technological breakthroughs that have
allowed researchers to detect that which was formerly invisible. There's good reason to suspect this
scenario be repeated in this field. Blackmore comments:
"Still we should not reject such theories out of hand just because they seem senseless. It is better to
apply some criteria to them and see how they fare. Is this theory specific? No, not at all. The tunnels
described are all different in precise form and this theory can say nothing about what forms they
should or should not take."
She again focuses on content, not underlying phenomena. The structure of specific tunnels is not in
question; as has been stated, they are mental constructs, mental energy patterns. As such they take
many malleable forms. Such mental energy is not confined to a brain, but rather is patterned energy
that makes up the mind, which is not the brain. If one considers the Afterlife Hypothesis and the NDE
reports, one must consider mind to be patterned energy that can be viewed by spirit. This patterned
energy exists separate from, but superimposed upon, the body.

When the spirit separates from the body, as in the Afterlife Hypothesis, it remains "cloaked" in its
mind. Individual spirits exist within energy masses when they leave the body. The content of this mind
will vary from individual to individual, which explains why we have varying content, but invariant
mechanics.

The collection of energy patterns we shall call the mind can best be imagined by comparing it to the
quantum pilot wave concept, in which a less substantial, information-bearing, quantum wave pattern
is entangled with a denser, macroscopic structure. (An analogy would be a radio signal directing the
motions of a large super tanker.) The patterned energy of the mind entangles with the body and the
brain. The degree to which the spirit disentangles mind from body monitors the degree to which spirit
can be out of body.

The invariant element that precipitates the NDE or OBE is the disentanglement of the mind and spirit
from the body. The disentanglement of subtle energy from coarse energy. In the Afterlife Hypothesis,
one would find the spirit moving out of body, surrounded by its mind, which also detaches (to a
greater or lesser degree) from the body/brain.

The spirit's attention, when out of body, shifts from the concerns of the body to the subtle energy of the
mind. It views old energy patterns and/or creates new ones, either by itself or in concert with other
disembodied spirits. One has variance of content, invariance of the mechanics. In our mundane, every
day lives, we are familiar with the mental realm that cloaks the spirit. This is the subjective world,
the world of the mind, the world of consciousness. The degree to which the spirit, outside the body,
focuses on dense physical as opposed to less dense mental energy patterns, varies. This accounts for
the varied nature of NDE accounts which include both perceptions of physical setting and patterned
mental energy.

If one intends to compare the Afterlife Hypothesis to the Dying Brain Hypothesis, one must take this
model of the mind into account. One must understand the spirit in its disembodied condition. Without
such understanding, one never compares the two hypotheses, which leads to a failure to determine
which model best explains the phenomena.

Blackmore, unable to conceptualize the assumptions of the Afterlife Hypothesis, gives it no


consideration at all. Contrary to skeptics' claims, she fails to weigh the evidence in light of the two
opposing hypotheses.

When we obtain mountains of reports from experiencers attesting to out of body states it is incumbent
upon us to explore the reports as they are given. Before one decides they're purely imaginary and lack
substance, one must attempt to understand the ways in which the reports might be accurate—as
presented. One must at least attempt to come to grips with the details and not summarily dismiss the
phenomena as brain-induced hallucination.

If one is to consider the Afterlife Hypothesis as more than a straw man argument to be discarded, one
must look at how the detached spirit interfaces with the body. One must take the basic premise of the
Afterlife Hypothesis, the separation of spirit from body, and ask, how might this work?

When one goes the extra step and considers the model in detail, a more coherent theory emerges
which explains the phenomena without the necessity of dismissing NDE reports. The model fits the
data.

The facts do not fit Blackmore’s Dying Brain Hypothesis, thus she must assume the NDErs are
mistaken. She must discard evidence and substitute conjecture. She must avoid the actual research.

Perhaps she fails to explore the Afterlife Hypothesis due to a lack of knowledge and insight or
perhaps bias prevents her from considering both hypotheses equally. In either case, the primary
failing is the lack of a valid inquiry into the Afterlife Hypothesis. Failing to correctly state the
premises of the Afterlife Hypothesis, let alone compare research data with the assumptions,
undermines the work.

Chapter Five

In this chapter, the author's actual agenda becomes clear. It is not an agenda that includes researching
and comparing the two stated hypotheses. She takes off the mask, and admits:
"I have been developing a theory of the NDE that tries to explain it completely in terms of processes
in the dying brain."
The attempt to reduce the near-death experience to brain physiology rests upon a semantic dodge:
"The first is a direct challenge to any physiological or naturalistic theory of the NDE. It is simply this:
that some NDErs claim they could accurately see events from outside their bodies. In other words,
they claim paranormal powers. And paranormal powers, by definition, cannot be explained in terms
of 'normal' theories."
Her dismissal of evidence that stands in opposition to her theory makes no sense, for a number of
reasons:
(1) She dismisses the very claims she purports to study.

(2) She dismisses the Afterlife Hypothesis as "paranormal." Though our task was to evaluate how
evidence fit the Afterlife Hypothesis, she now dismisses the hypothesis entirely by simply labeling it
"paranormal."
The proper approach would be to pursue the research as originally proposed and compare the
hypotheses in light of the data. One finds claims of out-of-body perception directly support the
Afterlife Hypothesis, which states the spirit survives body death in a conscious state. Claims of out-
of-body perception directly support this hypothesis as they demonstrate the existence of a spirit which
can detach from the body. The actual reports from those who experience the phenomena support the
Afterlife Hypothesis and contradict the Dying Brain Hypothesis. This is the type of analysis one
conducts if one is doing science.

Scientific procedure dictates that if you find data that support one hypothesis over another, even if you
are not sure exactly how the underlying phenomena work, you are duty bound to further investigate the
hypothesis the data supports.

Following the argument a step further:


"The second objection often comes from people who have had NDEs or other kinds of mystical
experiences. You are wrong, they say, this feeling of bliss is nothing like a chemically induced high. It
is a spiritual joy; an experience of the soul; a transcendence of ordinary pleasure and pain. Drug
induced joy is a sham; not the real thing at all."
This objection, voiced by those who have had the experience, those closest to the subject of our
research, conforms to the Afterlife Hypothesis. They claim the experience is not body/brain/drug
based, but rather an experience of separation from ordinary body sensations.

If one takes the Afterlife Hypothesis seriously, one would predict a change in feeling/perception
when the spirit disentangles or disengages from the coarser energy of the body. A picture of what
might be expected can be extrapolated from the Afterlife Hypothesis. Such a projection closely
matches the NDE reports.

Susan Blackmore dismisses the data and instead inserts her "contention."
"... It is my contention that this "real thing" -- NDEs, mystical experiences and indeed everything
encountered on the spiritual path -- are products of a brain and the universe of which it is a part. For
there is nothing else."
Those interested in knowledge gained via pursuit of the scientific method are left adrift. Not only
does Blackmore blatantly toss out primary research data and substitute her own prejudices, she makes
the outrageous statement, "For there is nothing else." This begs the question, how does she know
"there is nothing else?"
Chapter Six

This chapter begins with perhaps the most accurate statements found in the text:
"Some very strong claims are made. The implication is always the same; that people during NDEs
have actually seen the events occurring from a location outside their bodies. 'They' have left their
bodies and that is why they can accurately see what is going on. If these claims are valid then the
theory I am developing is wrong...."

Strong claims have been made. The data exits. The experience exists. Those reporting concur: they
view from outside their bodies. This should not be a surprise given the Afterlife Hypothesis predicts
exactly this result. When making a decision on which hypothesis is supported by the research, without
doubt, the Afterlife Hypothesis wins out.

Blackmore is correct: the Dying Brain Hypothesis is wrong. But here is how she responds to reports
that clearly contradict her hypothesis:

"I want to be quite clear. It is my contention that there is no soul, spirit, astral body or anything at all
that leaves the body during NDEs and survives after death. These, like the very idea of a persisting
self, are all illusions...." (emphasis added)
In the face of data that clearly contradicts her theory, Blackmore simply contends the Afterlife
Hypothesis is false.

How does she explain reports of out-of-body perceptions that contradict her theory?
"The answers include prior knowledge, fantasy and lucky guesses and the remaining senses of hearing
and touch."
Aware of the tenuous nature of her argument, she must reassure us:
"This may sound destructive and doubting--an exercise in debunking. But my intention is not to
debunk so much as to assess the alternatives."
If one follows the arguments in the book, however, it's clear the sole purpose is to debunk. There is
no intention of assessing alternatives. When research clearly supports the Afterlife Hypothesis, the
data is ignored or dismissed as "lucky guesses and fantasy." She contends there is no spirit, thus no
reason to consider the Afterlife Hypothesis. Research data is replaced with personal bias and
opinion.

Assessing the merit of her dismissal of NDE reports, we find claims the NDErs are not really seeing
from a vantage point outside the body, claims that NDErs construct a visual image as a result of
hearing and touch. This conjecture does not correlate with the reports of those who have the
experience. They recall the actual event of viewing from specific locations. In other words, it is not
merely the content they view, but also the actual experience of viewing. One can perform a simple
demonstration to illustrate the difference. Sit down, close your eyes, and visualize the room—based
upon what you hear and feel. Now open your eyes and view the room. You can distinguish the two
events. In the latter, you experience the actual process of viewing.

The conjecture that prior knowledge accounts for reports in which subjects view events, settings, or
personnel does not hold up, for often it is the first time the setting and events are viewed. In such
cases, no prior experience exists upon which to draw. Prior knowledge fails to account for awareness
of viewing in the moment. Blackmore's claim is comparable to saying a person only imagined he
woke up this morning because he had prior knowledge of what it was like to wake up. There is a
discernible experiential difference between reconstructing memories and actually viewing in the
present. Sit down, close your eyes, and recall a memory of being in the room. Open your eyes and
perceive the room. Notice the difference between the recall of the memory and experiencing “in the
moment.” Blackmore ignores reports that claim the experience was not one of reconstructing
memories, but rather one of being aware in the present.

The "fantasy" explanation does not merit a response when it comes to reports wherein the scene
viewed matched actual physical events. She risks falling into the dubious trap of becoming the
"authority" on someone else's experience when she puts forth such conjecture. Assigning the label of
fantasy arbitrarily removes the research from the realm of science and places it squarely in the realm
of personal opinion. As long as she is the authority who determines what is real and what is fantasy,
we arrive not at scientific conclusions but rather at her personal view of the world.

Blackmore’s final attempt to dismiss the evidence by attributing it to "lucky guesses" is an insult to
readers. This covers all the bases—yes, you perceived correctly, but it was a "lucky guess." This is
an arbitrary method of eliminating research that contradicts one's pet theory.

It's apparent Blackmore does not respect the reports of people who have actually had a NDE. She
does not need their reports. (After all, their reports are fantasy or lucky guesses.) When actual
research disproves her theory, she tosses the research aside and substitutes conjecture. If this analysis
seems overly harsh, consider her closing remarks in this chapter:
"Why are so many books full of accounts of people seeing at a distance while out of their bodies? I
think there is a simple answer to this. When things seem real we expect them to correspond to an
external shared reality. The NDE, like many other altered states of consciousness, is an exception to
this rule. In the NDE things seem real when in fact they are constructed by the imagination. No
wonder people are led astray."
She offers no proof that NDE perceptions are imagination, she only offers conjecture, prejudice, and
bias. She dismisses the simplest conclusion—that people making the reports are truthful and accurate.
This allows her to circumvent the obvious: the reports support the Afterlife Hypothesis and contradict
the Dying Brain Hypothesis.

She states:
"Finally, many people have a strong desire to believe in a life after death and, even more so, in a self
that persists through life. Evidence that what they saw was correct may seem to back up the idea that
they, themselves, do have a separate existence and might survive."
That’s right. The evidence supports the Afterlife Hypothesis. And yet she dismisses the evidence,
implying that simply because people have such a desire they must be exaggerating, falsifying, and
fantasizing. This is the same as saying because alcoholics crave liquor there really isn't any liquor—
they're making it up. Desire leads to fantasy. Any objects of our desire therefore must be fantasy.

If, as the data suggests, spirit exists separate from the body and survives body death, it is Blackmore's
desire to deny the existence of spirit that leads to exaggeration, falsification, and fantasy. The Dying
Brain theory is the result of her passionate desire to debunk the Afterlife Hypothesis.

Chapter Seven

In this chapter, Blackmore agrees the NDE is a real experience, but disputes the reality of the content:
"I don't think any of them makes any sense or can do the job of explaining the NDE. This is a wide
and sweeping dismissal but I believe it is justified, not least because all these theories start from
confused assumptions about the difference between reality and imagination."
The confusion rests in a failure to understand the difference between reality and imagination. A
failure to understand objective and subjective. But the confusion is Blackmore's. She fails to
understand the "reality" of the subjective—energy patterns that make up the mind (not the brain),
which encompass the spirit and account for much of the content of the NDE. She fails to understand
that in the typical NDE one views both the mental energy patterns and the "objective" world.

The reader can perform a simple demonstration to illustrate the fact. Look at the room: objective
reality. Now imagine a lion covered with pink dots stretched out on the floor. Superimpose the
subjective, imaginary lion over the objective room. People manage to shift focus back and forth and
superimpose thoughts over the objective world all the time. When the spirit departs the body, this
combination of subjective and objective comes into play.

She comments on the nature of the world the NDEer encounters when they depart from the body:
"The act of dying, according to Ring's new theory, involves a gradual shift of consciousness from the
ordinary world of appearances to a holographic reality of pure frequencies."
Ring refers to the energy patterns or pictures I reference above. He notes the increased focus on
subtle energy patterns when the spirit is outside the body.

Blackmore adds:
"The second error is to suggest that consciousness can function in this other reality without the brain."
There's no "error,” the Afterlife Hypothesis states the spirit exists independent of the body. The
Afterlife Hypothesis does not tie consciousness into the brain. Ring’s statement is consistent with
both the Afterlife Hypothesis and the evidence.

Blackmore fails to consider the Afterlife Hypothesis on its own terms. Instead, she applies the
assumptions of the Dying Brain Hypothesis. She fails to consider the Afterlife Hypothesis and its
assumption that spirit consciously separates from the body/brain. Ring's argument and the body of
evidence support just such an assumption. Blackmore falls back on prejudice: “the brain did it.”

She recognizes the aborted nature of her inquiry:


"My dismissal of the holographic theories might still seem cavalier, especially since they seem to
provide an insight into mystical experience generally."
Her dismissal not only seems cavalier, it is. She fails to consider the evidence and hypotheses under
consideration.

She takes up concepts presented in Talbot's Holographic Universe, including David Bohm's implicate
order and Pribram's speculation on the holographic mind model. (Both Bohm and Pribram work on
the assumption the brain is the source of consciousness, so neither should be considered
spokespersons for the Afterlife Hypothesis.) Bohm describes a classical universe resting on top of a
more basic quantum reality. He describes this underlying reality as "idea like" but fails to consider
that mind and spirit exist separate from the body. Thus, he fails to take the step that would make his
theory relevant to the question at hand. His theories become useful only when they are applied to the
concept of mind separate from the brain. When one considers mind to be energy patterns which
encompass the spirit, the application of quantum theory and implicate order begins to make sense.

(Roger Penrose, another physicist presenting theoretical work on consciousness, also fails because he
does not consider consciousness separate from the brain. See Penrose's Shadows of the Mind.)

In the section, "Paranormal Phenomena (Not) Explained," Blackmore claims:


"Theories of alternate realities and the like appear to explain the paranormal by positing an
underlying interconnected reality from which everything else arises. But it is appearance only. They
cannot adequately explain telepathy, clairvoyance, seeing at a distance during an OBE or
psychokinesis..."
The phenomena above can all be explained when one understands: the mind; the dynamics between
mind and spirit; communication between spirits; and the impingement of mind upon the body. A
detailed explanation emerges when all these factors are taken into account.

Blackmore disputes the existence of explanations by critiquing only Bohm's work. Bohm, however,
did not attempt to answer such questions with his theory and never applied his implicate/explicate
model to the concept of a spirit. Blackmore appears to respond to Talbot's accounts and conjectures,
which are admittedly sketchy and incomplete. In order to compare the Afterlife Hypothesis and the
Dying Brain Hypothesis, one must start with the research. All phenomena reported can be explained
quite easily by a comprehensive model of spirit out of body. I'm no doubt too critical of Blackmore in
this regard as she does not have the tools to construct such a model. There would be nothing wrong, in
my opinion, with her simply admitting she does not understand the Afterlife Hypothesis and holds a
bias in favor of the Dying Brain Hypothesis.

She comments:
"If we think of the eye as a camera then we are inclined to think that it sends a picture up into the
brain. What in the brain looks at this picture? Well, another sort of 'inner eye,' I suppose. And how
does this inner eye see? .... This is known as the homonuculus problem because it implies a little
person, or homonculus, sitting in the brain looking at the pictures."
This description calls for exactly what we find in NDE and OBE phenomena, a spirit that exists
independent of the body which answers the question of who is looking. (Of course, one needs to
arrive at an accurate description of the observer, rather than using the metaphor of a little person
sitting in the brain.) It is just this spirit that the Afterlife Hypothesis posits and which the NDE
evidence supports. All that's missing is research into the exact nature of this spirit. The only reason
this does not happen is the idea is dismissed off hand.

In place of genuine research, Blackmore suggests cognitive science has the answer: the brain as
computer, the person as robot. She doesn't support this contention, and anyone even tangentially
familiar with the subject realizes such models have failed dramatically to account for real life. She
goes on:
"There is no need for that homonculus. ..... Right from the start of the process of perception, the
sensory information is transformed, processed, and stored as connection strengths between
neurons...."
This explanation does not hold up. The old "stored in the neurons" theory has been found wanting.
Anyone interested in the problems encountered with such models should read Roger Penrose's
Shadows of the Mind, which addresses the failure of computational models to account for the nature
of consciousness. Blackmore's simplistic, reductionist model fails to account for natural everyday
consciousness, let alone the NDE reports of perception from outside the body.

She then presents the "mental models" concept from cognitive science. The idea is, basically, that
thought and perceptions are little programs, subroutines stored in the brain. She proclaims:
"'I' am no more and no less then a mental model."
and
"My brain builds 'me'."
She takes the analogy further:
"My answer is that consciousness is just the subjective aspect of all this modeling. It is how it feels to
be a mental model. Of course, 'I' am only one of the models. ‘I’ am not a special being inside the head
directing attention to one thing or another. Rather 'I' am just one of many models built by this
system..."
She goes on to say 'me' is basically an illusion.

The computing model she presents, however, does not account for many aspects of consciousness—
non-computational thought, free will, qualia, etc.—and most importantly it does not fit the NDE or
OBE phenomena, which contradict and disprove her model. (That may be the real reason she needs to
"debug" the phenomena—when one factors in the NDE and OBE, her computational theories are no
longer appropriate.)

Her "mental model" theory becomes tenuous, mysterious:


"And is there a real world out there? Well, if we adopt this view we can never know. We assume
there is in the way we talk about brains and what they do. But it is only an assumption—a useful
working model. It is just another of those ubiquitous mental models. Indeed everything we experience,
including ourselves, is a mental model." (Emphasis added.)
She continues:
"If there is no underlying reality then the NDE, like every other experience, is a matter of the mental
models being constructed by the brain at the time."
Her mental models which deny any possibility of knowing "reality," ends up being the ultimate
subjectivism, with no bridge to the objective world possible.

Skeptics may be surprised to discover she holds this viewpoint which directly contradicts their
debate platform. A primary tenet of their arguments, that the world "out there" is real and everything
"in here" is unreal, falls apart if they support her theory. Their argument, that believers in the
paranormal are solipsistic, must be discarded if they embrace Blackmore, for her model concludes
we can never know if there is a real world out there.
This "we can never know" theory simply fails to cross the threshold into an understanding of the
subjective and the objective, and the relationship between them. A full discussion of such details lies
outside the scope of this critique. A brief summary of Idealism, however, includes the concept that
our subjective experience is real and from this primary realm flows the objective world. In other
words, the objective flows from the subjective. Condensed thought (subjective) becomes the world of
matter (objective). Thus, there's not only a perceptual link between the subjective and the objective,
but a causal link as well. Ultimately one must gain an understanding of Idealism and the link between
subjective and objective if one is to truly understand the Afterlife Hypothesis.

For now, I will merely suggest we can know both the subjective and the objective. We're not stranded
forever inside our craniums in the bleak, robotic world Blackmore proposes. In the Afterlife
Hypothesis, consciousness is not an emergent property of a brain. Thus, that which consciousness
"models" and perceives and creates is not a product of the brain.

In Blackmore's model, we can never know whether what we perceive out there is real as we are only
models in the brain, limited by our emergence from the brain. In the Afterlife Hypothesis, we can
know what is real as our perceptions and knowledge are not limited by the brain / body. We can
know "out there."

If one analyzes Blackmore's theory, one finds it is, at its core, idealistic. If one removes the brain as
the source of her mental models and replaces it with the spirit, one arrives at Idealism consistent with
the Afterlife Hypothesis. She considers the physical brain creates mental models and consciousness
as emergent properties, whereas the Afterlife Hypothesis assumes the spirit creates the mental
models, in which case the physical emerges from consciousness, not the other way around.

Dying to Live turns mystical thought inside out:


"Once you see that all 'you' are is a collection of mental models, you see the illusion." (Emphasis
added.)
The attentive reader will ask—who is the "you" that sees the "you" mental model? In traditional
mysticism, it is the immaterial you, the spirit, that sees its "identities" as mental models. (Idealism.)
Blackmore alters this traditional mystical view. Her statement should read: Once the mental model
sees 'you' as a mental model, the mental model sees the illusion. Mental models trapped forever in
feedback loops with no real “you” there. She turns mysticism upside down and postulates the physical
as the only reality, a reality we can never know. This is not what we find, however, when we
investigate real living persons. This is not what we find with NDEs and OBEs. We find the
traditional mystical model— with an immaterial being, a spirit that is “you”—to be accurate.

Her misuse of "illusion" tips the reader off to her misunderstanding of the Buddhist concept which
considers the physical to be thought, thus an illusion. The is the ultimate version of Idealism. In such a
system, the brain is itself an illusion in the sense that all physical is illusion. Her model ignores the
Buddhist concepts of reincarnation and afterlife, in which the "you" is obviously not a mental model,
but rather the "you" of the Afterlife Hypothesis.

She borrows the language, but not the meaning, of Buddhist concepts, when she equates illusion with
her cognitive science mental models. She borrows "illusion" from Buddhism, but fails to explain
Buddhist concepts of life after death and the survival of the spirit. Those beliefs support the Afterlife
Hypothesis and contradict the Dying Brain Hypothesis.

Perhaps the western practice of mixing drugs and mysticism causes some of the confusion. She
mentions an encounter with Baba Ram Dass:
"Once a successful psychologist, Richard Alpert, he had many experiences with drugs and studied
with gurus in the East before becoming a teacher himself. When I met him I was confused."
She was confused. So was he: He commented to her that things just got more confusing, but such may
be nothing more than a common side effect of LSD. Drugs bring confusion not enlightenment.
Blackmore states her experience with NDE/OBE phenomena occurred as a result of drug use, so we
may guess that in order to understand the NDE and related phenomena, it may be necessary to clear up
the confusion introduced by drugs.

Chapter Eight

The most important question is taken up in this chapter titled "In or Out of the Body?"

The experience of being outside the body is the single most important aspect of the NDE; and defines
OBE. Why is it so important? The experience of being out of the body directly confirms the Afterlife
Hypothesis which states the spirit transcends death. If the spirit is different from the body, one would
expect the spirit to be able to separate even in non-death situations, and that is exactly what the out of
body experience confirms.

The chapter begins with a report of someone claiming to have been outside, looking down on the
body. The person making the report continues to be conscious, to think, and to perceive physical
events. And reports slamming back into the body. The report includes the person confirming details of
what he had seen while out of body.

Then Blackmore provides additional examples, which we know are a few among many, many reports
with the common elements of viewing the body from outside, seeing events transpire, and being jolted
back into the body.

Blackmore notes:
"The people who have OBEs are just as likely to be male or female, educated or uneducated,
religious or not religious."
(Which disproves her earlier contention that the experience arises out of people's religious denial of
death.)
She notes drugs are often associated with OBEs and states:
"I have had OBEs myself with this drug (ketamine), though not as vivid as naturally occurring ones."
As noted before, her experience with the subject matter is drug-related.

She goes on:


"OBEs occurring in daily life tend to happen when the person is resting, about to fall asleep, or
meditating, but they can also happen in the midst of ordinary activity."
(This will be seen to be important when it comes to her conjecture that all such experiences are the
result of trauma-based imagination.)

She quotes researcher Kenneth Ring regarding the separation:


".... I believe that what happens when an individual is near the point of apparent death is a real, and
not just a subjective, separation of something... from the physical body. It is this 'something' that then
perceives the immediate physical environment and then goes on to experience events..."
Ring's analysis supports the Afterlife Hypothesis. The something, the spirit, leaves the body. His
analysis conforms to the reports. His analysis matches the research data. The difference between
Kenneth Ring (and others who study the phenomena intensively) and Blackmore is the degree to
which their conclusions conform to the research data.

Blackmore, in my opinion, ignores the research and takes a tortuous route into pure speculation of a
most tenuous nature. She speculates the only 'I' is a mental model, and the reason we apparently get
out of the body is tied in with why we think we are in it, namely:
"Part of the answer is that building a model from eye-level view is the most efficient way of making
use of the information coming in from our predominant sense." And, "It can only be a guess, but I
imagine that dogs are more inclined to feel they are inside their noses than we are."
Time to stop for a chuckle, then on with her suggestion that these models (who we really are)
dissolve under various conditions such as drugs. Blackmore writes:
"I shall never forget my own ketamine experience, the extraordinary sensation of watching the floating
parts of the body that seemed to have nothing to do with 'me' coming in and out of vision as 'I' seemed
to drift about away from them."
She says "I shall never forget" but, according to her hypothesis, the "I" should have been dissolved.
Incapacitate the model maker, and the model should disappear. Yet there is this stable sense of "I."
The "I" that "shall never forget." She is unable to live her own theory.

She says she watched parts of her body which seemed to have nothing to do with "me." She
experienced being separate from the body. If she was just a model, created by the body, this would be
a very, very unlikely event. Her sense of "I" or "me" should have dissolved. It should not be viewing
the body as though the two were separate. That is not something of which a mental model is capable.

She seemed to drift away from the body which a model would not do. A model would remain located
in the position in which it was always created. How would a body create a model outside and distant
from the body's perceptual organs? Remember her earlier contention that the model was created as a
result of viewing from eye level. When we are out of body, we are nowhere near the eyes. She
suggests other models just "take over." Any other model, she claims. Then why not models of the "I"
burrowing through intestines? Or models of the "I" running down a nose hair? The body has all kinds
of inner data by which to make these models. But instead we consistently find the "I" outside the
body, where the body has no perceptual tools with which to model.

A few wild leaps of imagination follow:


"... one possibility is to get back to normal by using whatever information is available to build a body
image and a world. If the sensory input is cut off or confused this information will have to come from
memory and imagination. Memory can supply all the information about your body, what it looks like,
how it feels and so on. It can also supply a good picture of the world."
She states the body image and the world disappear and must be reconstructed. The mental model
"I"—an illusory product of the brain—somehow remains in charge and reconstructs from
imagination.

The research does not support this imagination conjecture. Reports include physical settings and
events that are not contained in memory. Those reporting distinguish between the experience of
recalling memories or imagining and the experience of perceiving in the present. As pointed out, most
people are fairly well aware of the differences between recalling, imagining, and perceiving in the
present. We know when we stop to recall a past event, we know when we stop to daydream, and we
know when we are in the present perceiving moment to moment. Most of those reporting NDE know
the difference and state they are perceiving from outside their body very vividly. Not memory. Not
imagination. Firsthand, in-the-present observation.

(The one time in "normal" life when we often confuse the present with memory and imagination is
when we are drugged, which is when Blackmore experienced NDE. One might suggest her theory
derives from the confusion arising from the drugged state.)

Blackmore attempts to explain away the common out of body experience of looking down on the body
with a most unusual assertion:
"... there is one crucial thing we know about memory images. The are often built in a bird's eyes
view. .... Remember the last time you were walking along the seashore. Do you see the beach as
though from where your eyes would be? Or are you looking from above?"
How does one acquire such bird's eye views in the first place? If it is a memory that contains an
elevated viewpoint, one must ask, where does the perceptual content come from originally? When did
one "fly" in order to have such a memory?

In the particular example given—that of a seashore—one always approaches from a higher vantage
point. The land always descends to the water's edge. Thus, one can remember the "wide shot" one
viewed as one approached. Is this what she means by bird's eye view memory? (She provide other
examples.) In the seashore example, the "wide shot" one witnessed with one's eyes gives you such a
view. The person merely recalls an eye-level view from higher ground.

When one recalls going to the market, however, does one recall the roof of the market? Not usually.
My hunch is that Blackmore faces an almost intractable problem with the bird's eye view reported by
NDErs. Her theory falls apart on this point; the seashore example is a "cheat."

If one eliminates examples with higher vantage points built into the geography, one is still left with
some valid cases of bird's eye view memories. Where might they come from? It turns out the OBE is
more frequent than one might expect and therein we find the answer to what observes from such a
viewpoint in the first place. The spirit frequently perceives from a wider / higher vantage point than
the vantage possible using the body's senses. We achieve out of body states more frequently than is
acknowledged. This is consistent with the Afterlife Hypothesis which states the spirit and the body
are not the same and thus are able to be separate to varying degrees at any time.
Blackmore's model does not address the question of how one perceives from a bird's eye vantage
point. Her hypothesis fails to account for perceptions from a bird's eye view. She fails to ask the
critical question—who or what perceives from that vantage point?

She goes on to say:


"The normal model of reality breaks down and the system tries to get back to normal by building a
new model from memory and imagination. If this model is in a bird's-eye view, then an OBE takes
place."
This is her cornerstone argument for explaining away evidence that supports the Afterlife Hypothesis
and disproves the Dying Brain Hypothesis. In her argument, however, she fails to:
(1) Account for the OBE when the person is not in a situation in which "reality breaks down." She
fails to account for OBE without drugs, or injury, or near death.

(2) Account for "perceiving in the moment" reports of the NDEers. She fails to account for their vivid
perceptions which differ from recall or imagination.

(3) Account for the NDEr’s perception of physical events never before encountered, physical events
and details which do not exist in memory.

(4) Answer the question of who perceived the bird's-eye view in the first place in order to
"remember it." NDErs are not shown bird's-eye view films of their operations prior to the
experience. The question remains who or what perceives from that vantage point?

(5) Explain unique events the NDEer viewed which were corroborated by others in the physical
environment.
Blackmore turns away from actual research data, from the reports, and from logic in constructing her
"model." She makes false claims for her model:
"It [her model] easily accounts for the way the world looks and the fact that apparently correct details
are often mixed with ones that are obviously false. The system has put together the best information it
has..."
In other words, she tosses out significant correct perceptions solely on the basis that some errors
were present. This is analogous to the clicked story of accident witnesses whose reports vary. Our
“normal” perceptions are rarely, if ever, one-hundred-percent accurate. Blackmore tells us nothing
new and employs false standards. On that basis, all our perception is invalid. What is important,
however, is that there are correct perceptions. She fails to account for such correct perception of
details from an out of body vantage point that’s impossible to achieve with bodily senses.

She goes on to try to explain away "you" the viewer:


"In the OBE you actually feel that 'you' are at the imagined point. This makes sense because it is this
imagined world that you control. You can no longer control the actual body because you no longer
have a good body image. Instead, you have either a new body image, outside the physical, created by
memory, or you are just a moving position, moving as imagination takes you. In either case, 'you' will
seem to be at that location because that is what can be controlled by what you (the system) are
thinking about."
This convoluted explanation fails to conform to the data. It is worth considering in detail as it forms
the crux of her argument that skeptics accept as "scientific proof”:
"In the OBE you actually feel that 'you' are at the imagined point."
It should be noted that in NDE and OBE reports the "you" that views from "outside the body"
positions is experienced as the same “you” that perceives in normal day to day living. In other words,
they experience actually being there. This differs from imagining such a view. The reader can verify
the difference by perceiving the room, moment to moment, then closing his eyes, and viewing the
"memory." There is a qualitative difference.
"This makes sense because it is this imagined world that you control."
Reports include viewing objective physical settings and events. This contradicts the claim of an
imagined world that one "controls." Most people are aware of the difference between an imaginary
world they can move about, as in a daydream, and the objective world which does not respond to
their "control." The imagination scenario fails to explain the consistency of NDE reports of viewing
outside the body. Imagination would be more random.
"You can no longer control the actual body because you no longer have a good body image."
According to Blackmore, the "you" never controls the actual body. The "you" is merely a model the
body's brain constructs. It controls nothing. It is merely a "model" that floats behind the eyes as a
result of perceptual input processing. Thus, when the body's brain and senses are incapacitated or
traumatized (in some NDE cases there is no brain activity), the creator of this highly complex and
consistent model is inoperative, which means there should be no "you" to control (or even view)
anything.
"Instead, you have either a new body image, outside the physical, created by memory,….”
Why would one have "memories" of something one never experienced? If "you" are only a brain-
created model then "you" can only model body perceptions. The "you" model has no way to create a
memory from an outside viewpoint. The outside viewpoint reported is not a series of snapshots of
prior memories. It contains moment by moment, in the present, continuity of perception.

If the brain is creating new models under stress, why would it not create that which it knows best—
the inside of the body. Why does the brain not randomly generate wild trips through the intestines?
Why do NDErs consistently report being outside the body instead?
“…. or you are just a moving position, moving as imagination takes you. In either case, 'you' will
seem to be at that location because that is what can be controlled by what you (the system) are
thinking about."
Again, the perceptions of NDErs contradict this explanation. They do not always view imaginary
scenes. They often view objective physical settings. And, as above, that which creates the model is
supposedly out of operation.

Blackmore continues:
"Why should people be surprised at seeing themselves as others see them? This is often given as
evidence that the OBE cannot be imagination. However, this does not follow. You may have gathered
lots of information about yourself..."
Again, she fails to investigate the actual reports and substitutes conjecture. When NDErs report they
view the body "like others would," they do not mean they catch imaginary glimpses compiled from
memory. They do not mean they recall seeing glimpses of themselves in the mirror, or old photos.
They view the body in its entirety from outside, in the moment. The experience is very different from
recalling glimpses in a mirror and old photos.
Thus, her conjecture does not fit the data. Not only is it not scientific proof, it is conjecture that does
not conform to the facts at hand.

(Without going into a long dissertation on the matter, it should be pointed out her model falls apart
when one takes into account OBE phenomena when there are no drugs, no injuries, no near death. The
mechanisms Blackmore proposes obviously fail to account for such reports.) Moving on from the
basic argument to Blackmore's attempt at supporting her contention:
"... it was suggested that people with vivid imagery would be more likely to have OBEs. This was
found not to be the case, suggesting that OBEs are not imagination. However, since then it has been
found that OBEers have superior spatial abilities; .... they are better at detecting the viewpoint from
which a three-dimensional object is seen and are better able to switch viewpoints in their
imagination."
Thus, OBEs are not imagination, as I've stated. The second finding is interesting—they "are better
able to switch viewpoints." This finding is consistent with a spirit who can move and assume varied
viewpoints without regard to the body. The Afterlife Hypothesis predicts this outcome.

In an amazing intellectual sleight-of-hand, Blackmore goes on to claim a bird's-eye viewpoint is a


prediction that supports her Dying Brain Hypothesis:
"Another prediction concerns the habitual use of bird's-eye viewpoints. This theory predicts that
people who habitually imagine things or dream in a bird's-eye view should be more likely to have
OBEs (whether deliberate or spontaneous). Both Irwin and I have found this correlation for dreaming
but not for waking imagery."
Blackmore takes a key experience that supports the Afterlife Hypothesis, turns around and states she
is able to predict this experience, and then argues this supports the opposing Dying Brain Hypothesis.
She cleverly takes a factor that disproves the Dying Brain Hypothesis and claims her ability to
predict that factor supports the Dying Brain Hypothesis. (Though the factor itself does not support the
Dying Brain Hypothesis, she claims her ability to predict this factor supports the hypothesis.)

As we saw earlier, bird's-eye viewpoints do not support the Dying Brain Hypothesis, and she has not
shown they do. To the contrary, the bird's-eye view directly supports the Afterlife Hypothesis which
postulates the spirit leaving the body which puts the spirit in a position to have a bird's-eye
viewpoint. In her argument, she shows no way for the bird's-eye view to take place, no way for that
perceptual viewpoint to be achieved. She states the bird’s eye view is the work of imagination and
memory, but does not state how that view comes into being in the first place so it can be imagined or
remembered.

The ability to predict a factor that supports the Afterlife Hypothesis does not support the Dying Brain
Hypothesis.

Her research fails to correlate OBE with imagination, yet she states the OBE is imagination. Her
research correlates the OBE with out of body dream states that further support the Afterlife
Hypothesis which predicts separation from the body when there is lessened attention on the body,
such as in sleep and dreaming.
Blackmore fails in the extreme to explain away the cornerstone evidence for the Afterlife Hypothesis
—the out of body experience. She instead twists the very essence of the experience, the bird's-eye
viewpoint, the viewpoint of a spirit separate from the body, into a claim for the Dying Brain
Hypothesis.

Closing note:

The remainder of Dying to Live only furthers the basic errors seen in the earlier chapters. These
include a failure to consider the assumptions of the Afterlife Hypothesis, a failure to conform to the
data on hand, and the presentation of conjecture regarding brain theories that don't fit the NDE
reports. A continued critique would be redundant, so I will spare the reader a lengthy trip over
established ground.

Skeptics claim Blackmore provides scientific proof that NDEs are merely brain phenomena, proof
spirit does not exist. This is simply false. Dying to Live presents conjecture, assumptions,
speculation, but no proof. Furthermore, her conjecture does not match the evidence she presents.

The skeptics' second claim, that she has explored both hypotheses as an unbiased researcher is also
false. The major shortcoming of Dying to Live is a failure to explore or present the Afterlife
Hypothesis. It is propped up on false legs in order to be knocked down.

Every time the evidence and the reports clearly support the Afterlife Hypothesis, she makes a non-
sequitur leap to the Dying Brain Hypothesis. Should we blame her for not understanding the Afterlife
Hypothesis? No. This is not her area of expertise.

What is perhaps most needed in the field of NDE studies is a clear statement of the Afterlife
Hypothesis so authors, like Blackmore, will be forced to address the actual hypothesis, not straw man
versions.

The following are e-mails exchanged with regard to the above critique.
Susan Blackmore, March 2001

I have not claimed that any of my work proves the Dying Brain Hypothesis. In fact no amount of
research ever could. The most I could hope to do, and in fact what I tried to do in Dying to Live, is to
show that we can account for all the major features of the NDE without recourse to such ideas as a
spirit, a soul, or life after death.

My account was far from complete, but even if I had provided an extremely detailed and convincing
explanation of every feature - from the tunnel and lights to the life review - it would always be open
to someone to say ... "Right, I agree that tunnels and lights, and OBEs and life reviews can be
explained by what happens in the brain, but after the brain has finally stopped something else carries
on". In other words no amount of evidence can prove the Dying Brain Hypothesis. The best it can do
is provide a plausible explanation of the events leading up to the death of the brain and body. As for
what happens next - each of us will eventually get our own one chance to find out.
Am I as horribly biased as ZipZap (Greg Stone) suggests?

If having experiences, doing research and forming opinions based on them means being biased then,
yes, I am. My obsession with NDEs and OBEs really began back in 1970 (before the term NDE was
even invented) when I had a most extraordinary and wonderful experience. At the time I called it
astral projection because that was the only name I had for it. Later I realized that I had experienced
the tunnel, the wonderful light, an OBE that lasted several hours, a difficult decision to return and,
finally, a mystical experience which is very difficult to describe in ordinary words. A few days after
the experience I wrote my own account of it. For anyone who is interested it is now available at
http://www.issc-taste.org/arc/dbo.cgi?set=expom&id=00075&ss=1

After that experience I was probably very biased. I was convinced that my soul had left my body, that
I had visited worlds beyond this one, and that death could not be the end. This is why I decided to
give up a sensible career in psychology, and devote myself to parapsychology instead - to the disgust
of my academic teachers and the horror of my parents.

The story of what I found is familiar (I wrote about it in In Search of the Light: The Adventures of a
Parapsychologist, Prometheus, 1996). I found that many of my assumptions were wrong; ESP was not
round every corner, scientists were not trying to suppress evidence for it - there just wasn't any
evidence that stood up to scrutiny. I had to change my mind. Interestingly, having changed my mind in
such a dramatic way once, I have little fear of having to do so again. This is why I say that if any
convincing evidence for the paranormal, or for life after death, comes along I will change my mind
again. So far it has not.

Alongside all this I began to realize that chasing after the paranormal was an understandable, but
inappropriate reaction to what I had seen. This was a deep, profound and life-changing experience.
Saying that something left the body, or that it proved the existence of another world, was trivializing
it. Gradually I explored, and found other ways of touching that experience again.

I have practiced Zen now for nearly twenty years. At the heart of this practice are the ideas of letting
go, of non-attachment, and of no-self. The idea is not that there is no self at all, but that the self is not
what we commonly think it is. ‘I’ am not a persisting entity separate from the world, but a flowing,
ephemeral, ungraspable part of that world. As anyone who has had a mystical experience knows,
everything is one. I think those lessons, and many more, were thrust upon me in that original
experience. They gave me not only an academic desire to understand strange experiences but the
motivation and insight to pursue a spiritual life.

As happens with many NDErs, my experiences and my research have taken away the fear of death, not
because I am convinced that 'I' will carry on after this body dies, but because I know there is no one
to die, and never was. If others, like ZipZap, disagree that is their prerogative. All any of us can do is
seek the truth to the best of our ability, and - even if that truth turns out to be quite different from what
we hoped or expected - to accept it when we find it.

I am glad that ZipZap so warmly recommends my book to anyone interested in NDEs. I hope it will
speak for itself and provide interested readers with a way of understanding the NDE that does justice
to the experience without requiring belief in spirits, souls, or an after life. Whether the theories in it
are right only time and more research will tell.

Greg Stone's Response

Though I was disappointed that Susan Blackmore did not respond to the substance of my critique, I
was extremely pleased that she did clarify some very important issues. The most important being that
she does not claim her work proves the Dying Brain Hypothesis. Many CSICOP members DO make
such a claim on her behalf and now, with her definitive statement on the record, that will no longer be
an issue.

The other side of the coin in this regard is that she has not proven the nonexistence of the spirit. This,
too, is often claimed by CSICOP members and other skeptics to be the case and, I presume, will no
longer be an issue. (In my critique, I go a step further and discuss how her work doesn't even present
a plausible argument for the nonexistence of the spirit, but rather takes evidence those points quite
clearly to the existence of spirit and dismisses it summarily. No point to rehash the details here.)

In her response to my critique, she mentions "having experiences, doing research, and forming
opinions." I'm all for people having experiences and forming opinions on the subject. My objection,
stated in my critique, was that her opinions were being elevated to the level of scientific proof by
those, such as CSICOP members, who claim to represent the "scientific" viewpoint. As she is a
member and fellow of CSICOP, I would hope she would now make an effort to clarify the exact status
of the work to the membership.

Personally, I find it ironic that she posted the account of her drug induced out of body experience on a
site that promises a "safe place" for professionals to post their unusual experiences while she's an
active member of a group that's primarily responsible for making it unsafe to discuss and research
such phenomena. Perhaps she may wish to reconsider her membership in CSICOP? She asks if I
perceive her as being biased (I do), while she notes the bias and social pressure that exists within her
profession and immediate circle. Maybe the personal bias is merely a function of the institutional and
social biases with which she's surrounded.

The account of her OBE was invaluable in shedding light on her personal point of view. While I do
not think it appropriate to discuss her personal experience in a public forum (but am willing to do so
in private), the nature of the events that led to her current position (a la Dying to Live) are quite
common. An extensive drug history, a drug-induced OBE, fear of being able to re enter the body, and
the lack of spiritual knowledge with which to understand the experience all commonly lead to an
"explaining away" of the primary phenomena. Dying to Live, in my opinion, is merely an extension of
this need to "explain away" a rather profound, but nonetheless frightening and disorienting
experience.

Rather than take this personal viewpoint as the last word of science on the matter, I think it is
important to take NDEs on their own merit and allow science to move ahead in understanding exactly
what we find, as it is, no matter where that takes us -- "even if that truth turns out to be quite different
from what we hoped or expected," as Blackmore states. The evidence points very clearly in the
direction of a consciousness that can exist outside the body and which survives body death. This is
upsetting to many. And yet we must overcome our emotional queasiness and push forward.

A last note that echoes all that goes before -- she mentions her tenure in Zen Buddhism and the pursuit
of a spiritual life. In an ironic way, this echoes the conflict and paradox between the experiences she
recounts and her professional views. One must ask how can one have a spiritual life without spirit?
One may possess humanity and other qualities, but certainly not spirituality without spirit. One cannot
study Buddhism without also studying the spirit and its existence apart from the body. Buddha's
teachings directly addressed the concept of non-attachment to the body and the physical; and
addressed the transcendence of birth and death, transcendence beyond obsessive reincarnation.
Buddha's teachings addressed exactly that which we find in the NDE, the OBE, and the past-life
recall. The reduction of Buddhism, no matter which "school," to physical monism would not make
Buddha smile. The concept of non-attachment is the exact opposite of physical monism, which she
presents as Zen Buddhism. Physical or materialistic monism is total attachment, total identification
with the physical. The exact opposite of Buddhism. Perhaps this best captures the bias I detect in her
work -- an attempt to deny everything spiritual, including her own experiences and urges toward
spirituality, in an effort to reduce everything to the material.

And yes, I'm happy to recommend Dying to Live as all viewpoints must be considered in depth and
none discarded out of hand. In retrospect, I wish she had included the full text of her experience in the
book. Perhaps in the next edition?
"Pure logical thinking cannot yield us any knowledge of the empirical world. All knowledge of
reality starts from experience and ends in it." - Albert Einstein

Apêndice C
(Os Quatro Mundos)

Congregação Hermética- Grupo exterior- Recipiendários 2º Grau

(1999)

Os Quatro Mundos

Compreende-se que neste patamar, a importância desta conferência é puramente conceptual para os
que não possuem a capacidade de desdobramento Astral.
A este tipo de ensinamentos “antes do tempo” chama-se criação de substrato para desenvolvimento
da Consciência.
A mente do estudante vai adquirindo informações sobre as quais o seu subconsciente vai cogitando e
assimilando. Passado algum tempo, esta realidade tão estranha torna-se mais próxima e aquando a
lenta expansão da sua Consciência se vai tornando mais compreensível. Mas este fenómeno só
acontece, porque o estudante possui estes dados intelectuais. De outra forma, nos estágios iniciais de
desenvolvimento da sua Consciência, o estudante teria matérias “pobres” para o “Espírito” se
desenvolver sobre. Existiria um fraco substrato para plantar algumas sementes de Sabedoria.
Nesta linha de pensamento, este tipo de Conhecimentos são dados agora e é pedida ao estudante uma
credibilidade aceitável, confiante que num futuro não muito longínquo, este estará mais preparado
para conhecer e compreender estas realidades por experiência pessoal, sabendo também, que este
método facilitará essa tarefa.
Aconselhamos uma atitude ponderada relativamente a este assunto, caracterizada por uma abertura ao
novo e, inclusive, ao inconcebível.
Assim, partiremos para a explicação muito sucinta deste tema.

O Plano Físico.

Agora que se estudaram as bases do Universo, é dada a altura de conhecer a constituição do


Universo. Temos agora que formar uma ideia clara do “mapa” Universal.

O estudante sério deverá ter um bom entendimento deste “mapa” para aficar a habilitado a ter
experiências místicas dignas de interesse.
Só conhecendo os vários “Reinos” do Universo será possível atingi-los, aprender com eles e receber
as suas virtudes e os seus poderes.

Nos tempos antigos falavam-se de portais de mistério, de zonas para além do Universo conhecido.
Os cabalistas sempre falaram de regiões paralelas à nossa.
A Bíblia, na personagem de Cristo fala-nos de um “Reino” para além da Realidade que conhecemos.
Cristo afirma “O meu Reino não é deste mundo.” Os Egípcios preparavam-se cuidadosamente na
viagem para o Reino dos Mortos.
Os Asiáticos falam-nos de muitos paraísos e também de muitos infernos. O Budismo Tibetano
disserta sobre terras de perfeição e felicidade. O Hinduísmo fala sobre o Nirvana.
A tradição Nórdica relata a lenda de Valhalla, enquanto que os Gregos na sua mitologia nos falavam
do Olimpo, o monte dos Deuses.
Porém, hoje o mundo está totalmente explorado, tornando-se num lugar pequeno. Não há mais para
onde ir. Os aviões cruzam os ares e nunca encontraram um anjo, ou um ser como os descritos. As
selvas mais profundas estão exploradas e os registos de animais fantásticos são cada vez mais raros
e cada vez menos credíveis. A frase “Aqui há dragões” foi retirada de todas as cartas geográficas. O
céptico afia as suas lâminas de descrédito cada vez que uma nave espacial levanta, ou cada vez que
um submarino submerge.
Há chuvas de objectos que nunca poderiam ser explicados, desaparecimentos misteriosos, aparições
de seres fenomenais, etc. mas este tipo de fenomenologia é rapidamente relegada para vigésimo
plano e enquadrada em “estudos de Ciências duvidosas.”
Não convém, para a comunidade céptica, abordar estes fenómenos que aparecem do “invisível” e
desafiam várias leis da Física conhecida.
O Iniciado sabe, porém, que as lâminas do céptico continuarão sempre a cortar a carne do mais fraco
e menos dedicado à Arte Mística e a defender cada vez mais os mistérios dos sábios.
Quanto mais se souber sobre este mundo e menos crédito for dado aos “Mundos Esquecidos”, quanto
mais densa for a bruma que pousa sobre os mistérios Iniciáticos, menos o verdadeiro Ocultista se tem
que preocupar em velar os Segredos aos olhos dos profanos e dos profanadores.
As regiões Sagradas estão longe do alcance dos homens comuns porque elas encontram-se em
dimensões paralelas a esta. Para entrar nestas dimensões é necessário conhecer as suas portas. E a
forma de as abrir.
Estas portas estão bem guardadas e são difíceis de ser encontradas. O ser humano procura todos os
cantos da Terra, examina todos os materiais. Mas até á data não encontrou ainda portas que o levem
para além deste mundo.
E quanto mais procurar, quanto mais mundo e espaço correr, mais se afastará das mesmas... porque é
insensato procurar no exterior de si mesmo, portas que só podem ser abertas pelo íntimo do homem.
Existem portas directas que podem fazer passar a matéria física para os Planos Superiores, mas essas
não serão assunto deste capítulo.

Todavia, antes de abordarmos os temas dos outros Planos, vamos fazer um breve estudo do Mundo
Físico no qual vivemos.
Se o aluno estudou o capítulo da criação com cuidado, percebeu que existem quatro grandes Regiões
Universais (à excepção do Planos de Existência Negativa, ou seja o AYN, o AYN SOPH e o AYN
SOPH AUR)
que se denominam, Aziluth, Briah, Yetzirah e Assiah.
A Mais elevada é a Região ou “Mundo” de Aziluth e a menos espiritual e mais material é a Região
de Assiah.
Em cada uma destas Regiões existem Dez Sephiroth, cada um destes Sephiroth é uma sub-região com
funcionalismo próprio dentro destes Planos maiores.
Cada Sephirath tem um nome específico. A mais elevada é Kether, a menos elevada e mais material é
Malkuth. Cada Sephirath será tratada em capítulo próprio uma vez que o seu estudo é essencial para
o Iniciado.
Em cada uma das Regiões existem dez Sephiroth Inversas que recebem o nome de Qeliphoth.
O nosso mundo, o Planeta Terra, situa-se na décima Sephirah da Região de Assiah.
Estando submetidos a esta Região e à sua Décima Sephirah, pode-se afirmar que estamos na
antecâmara dos Infernos de Assiah.
Contudo, Malkuth, é uma Sephirah extremamente importante para o avanço Iniciático. As
Consciências que passam pelo mundo de Assiah e pela sua sub-região de Malkuth, experimentam a
densificação máxima e a maior complexidade material. Por esse factor, na sua elevação e regresso
ao Absoluto, para além das realidades de existência negativa, ganham o maior poder e a maior
experiência.
Estes seres lidaram com toda a Criação.”

Começamos assim por entender que existem quatro Grandes Dimensões na Criação.
Comecemos pela mais próxima de nós, ou melhor, pela que nos engloba.
Assiah: É o Universo Físico e o Astral inferior (não o Astral Negativo). Este Astral é chamado de
“Real Time Zone” pelo Autor Robert Bruce na sua excelente Obra “Astral Dynamics”. Hampton
Roads.
Este Senhor, um amigo pessoal, estudou durante anos as supra dimensões e, para uma pessoa não
Iniciada formalmente, os seus conhecimentos sobre as realidades supra existenciais são
excepcionais.
É Chamado o Mundo da Acção e da Matéria. Está em constante mudança e é muito ilusório, pois
muda muito rapidamente, dando, no entanto a sensação de ser fixo e imutável.

Yetzirah: O Mundo Astral Superior. Aqui encontram-se Seres excepcionais. Esta Dimensão é
totalmente separada do mundo físico. As Leis físicas raramente encontram aplicação neste Grande e
Vasto Plano.
Templos Sagrados para Seres muito elevados espiritualmente encontram-se neste Plano.
Chama-se Mundo da Formação, especialmente se for visto do ponto onde nos encontramos, pois dele
decaiu Assiah e em Assiah, tudo provém de Yetzirah.

Briah: É o Mundo Arcangélico. Está muito distante do mundo físico e é próximo do Mundo Causal.
Esta Dimensão está intimamente associada à Mente humana e os fenómenos Mentais obtêm
manifestação nesse Plano muito subtil.
Deve o Aluno saber que estes Planos são estados de vibração em si e por isso, como a vibração
material (que para este mundo, o físico, é imaterial) é tão elevada, manifesta-se em Briah. Mas isto
não significa de maneira nenhuma que Briah seja constituído pelos pensamentos dos seres vivos.
Estes apenas se manifestam numa fracção deste Plano.
É o Mundo da Criação, pois dele provém tudo quanto possa ser Criado e idealizado. Nada se forma
se não tiver início em Briah.

Aziluth: É o Mundo da Emanação. Este é o Mundo Arquetípico, de onde as Causas do Universo


emanaram. Neste Mundo residem os Deuses, ou Princípios Vivos que emanam as características e
Leis Universais de Si mesmos. Esta é a Morada dos Deuses Egípcios.
É chamado de perfeito, pois é o Plano de Criação propriamente dito mais perto do Criador.
Tudo emanou de Aziluth. Em Aziluth existe a o potencial de criação de tudo. Tudo o que rege os
Planos e todas as suas implicações brotaram de Aziluth.

Estes são os Quatro Mundos. Cada um deles é mais complexo do que possa parecer à partida, mas
partir para esse estudo está muito fora do âmbito da realidade do estudante neste grau.
Reflictam um pouco sobre estes temas, de uma forma leve e despreocupada, sem querer respostas
para já. Lentamente esta matéria penetrará na vossa Mente e abrirá portas mais esclarecedoras sobre
ela própria.
Que a Paz seja convosco.

Bibliografia Recomendada
Astral Dynamics. Robert Bruce, 2009

Concentration. A Guide to Mental Mastery. M. Sadhu, Pensamento.1980

Cura Prânica Avançada. Choa Kok Sui. Ground 2000

Dogma e Ritual da Alta Magia. Elephas Levi

Magical Use of Thought Forms. D. Nowicki. J.H. Brennan. 2002

Milagres da Cura Prânica. Choa Kok Sui. Ground 2000

The Kybalion. Three Initiates

Tratado Elementar de Magia Prática. Papus. Pensamento

Treatise on Astral Projection. Robert Bruce

Initiation Into Hermetics. Franz Bardon. Dieter Ruggeberg. 1962

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