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Universidade licungo

Faculdade de ciências e tecnologia

Arcanjo Eduardo Aindamais

História da evolução e aplicação dos direitos humanos (Civis e políticos, sociais e


económicos, culturais e ambientais)

Quelimane, Abril de 2021


Universidade licungo
Faculdade de ciências e tecnologia

Arcanjo Eduardo Aindamais

História da evolução e aplicação dos direitos humanos (Civis e políticos, sociais e


económicos, culturais e ambientais)

Licenciatura em Educação visual

Trabalho de carácter avaliativo a ser entregue no


Departamento de Ciências e Tecnóloga na cadeira
Temas Transversais

(dr. PHUELLE, S. Bernardo)

Quelimane, Abril, 2021

2
Índice
Introdução................................................................................................................................4
Objectivos................................................................................................................................5
Geral........................................................................................................................................5
Específicos..............................................................................................................................5
Metodologia............................................................................................................................5
Histórico..................................................................................................................................6
História da evolução e aplicação dos direitos humanos..........................................................6
Direitos civis e político...........................................................................................................9
Direitos civis.........................................................................................................................10
Direitos políticos...................................................................................................................11
Direitos Ambientais...............................................................................................................11
Direitos económicos, sociais e culturais...............................................................................12
Direitos económicos..............................................................................................................12
Direitos sociais......................................................................................................................13
Direitos culturais...................................................................................................................13
Conclusão..............................................................................................................................15
Referências bibliográficas.....................................................................................................16

3
Introdução
O presente trabalho surge no âmbito da cadeira de TT, com o tema, História da evolução e
aplicação dos direitos humanos (Civis e políticos, sociais e económicos, culturais e
ambientais), considerando que, em conformidade com os princípios proclamados na Carta das
Nações Unidas, o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família
humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da
justiça e da paz no mundo,
Reconhecendo que esses direitos decorrem da dignidade inerente à pessoa humana, que, em
conformidade com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o ideal do ser humano
livre, no gozo das liberdades civis e políticas e liberto do temor e da miséria, não pode ser
realizado, a menos que se criem as condições que permitam a cada um gozar de seus direitos
civis e políticas, assim como de seus direitos econômicos, sociais e culturais,
Considerando que a Carta das Nações Unidas impõe aos Estados a obrigação de promover o
respeito universal e efetivo dos direitos e das liberdades da pessoa humana, compreendendo
que o indivíduo, por ter deveres para com seus semelhantes e para com a coletividade a que
pertence, tem a obrigação de lutar pela promoção e observância dos direitos reconhecidos no
presente Pacto,

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Objectivos

Geral
 Abordar sobre História da evolução e aplicação dos direitos humanos, (Civis e
políticos, sociais e económicos, culturais e ambientais)

Específicos
 Distinguir responsabilidade pessoal, civil, criminal, ambiental e moral;
 Descrever os direitos humanos;
 Identificar os direitos humanos.

Metodologia
Segundo Fonseca (2002), métodos significa organização, e logos, estudo sistemático,
pesquisa, investigação; ou seja, metodologia é o estudo da organização, dos caminhos a serem
percorridos, para se realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer ciência.
Etimologicamente, significa o estudo dos caminhos, dos instrumentos utilizados para fazer
uma pesquisa científica.

Para a elaboração deste trabalho, foram usados os manuais didáticos, eletrónicos Pdf e de
pesquisas de Internet.

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Histórico
A brutal colonização europeia sobre a África foi responsável pelo desenho de seu mapa
político contemporâneo e, consequentemente, pelas sucessivas guerras civis que assolam o
continente desde o processo de descolonização, em meados do século XX. A repartição do
continente africano entre as metrópoles europeias foi arbitrária, inspirada por princípios
instaurados na Conferência de Berlim, alheios às raízes étnicas, linguísticas e culturais dos
povos que lá habitavam. Com isso, a divisão territorial afastou povos amigos e uniu tribos
rivais sob as mesmas fronteiras.
Os movimentos de independência das colônias estavam fadados a disparar diversos conflitos
étnicos. Os Estados recém-formados eram soberanos, mas afastavam-se demasiadamente do
conceito de nação2: ao invés de possuírem história, costumes e tradições em comum, os
habitantes de um país africano compartilhavam somente o histórico de exploração pela
mesma metrópole.
Após se livrarem dos laços de colonização, os líderes africanos buscaram forjar identidades
nacionais, que lhes dessem a estabilidade necessária para governar3. No entanto, o esforço foi
em vão. Sucederam-se diversos conflitos étnicos, golpes militares e trocas de poder, que
submetiam os povos africanos à fome, à escravidão e a genocídios, negando-lhes os direitos
mais básicos.

História da evolução e aplicação dos direitos humanos


O período colonial significou a diminuição, senão a extinção por completo, do exercício dos
direitos humanos. Não havia respeito nem aos direitos civis e políticos, nem tão pouco aos
econômicos, sociais e culturais. Não houve, no geral, preocupação por parte dos Estados
Colonizadores quanto ao desenvolvimento econômico de suas colônias – pelo menos até o
início da segunda Guerra, quando as exigências de estado de beligerância forçaram uma
consideração mais racional de seus recursos.

Não obstante, apesar de as potências colonizadoras não estarem preocupadas em conceder aos
cidadãos das terras colonizadas os mesmos direitos facultados aos de seus territórios, e até
mesmo levando-se em consideração todas as atrocidades cometidas, não se pode negar certos
aspectos positivos que tiveram lugar durante a época da colonização. Dentre eles, pode-se
mencionar a eliminação de diversos conflitos inter-étnicos; a abolição, onde existia, da
escravidão doméstica africana; e a detenção da expansão dos impérios africanos.

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Após a Segunda Guerra Mundial, a situação política no continente africano mudou
consideravelmente, haja vista a aquisição da independência de seus Estados – processo
ocorrido, principalmente, durante as décadas de 60 e 70. A influência destes Estados deu
oportunidade ao estabelecimento de uma organização regional nos moldes já existentes em
outros continentes; e que, como suas análogas, teve papel fundamental no desenvolvimento da
proteção dos direitos humanos – apesar da diversidade, muitas vezes, de objetivos e métodos
utilizados.

A frequência com que estas contradições ocorriam era preocupante. Os líderes africanos
usavam o slogan “Respeito pela dignidade humana” para fortalecer a luta pela independência,
mas ouvidavam tão logo assumiam o poder.

A década de setenta testemunhou violações condenadas por governos de países de distintos


continentes, como a expulsão das Uganda, pelo General Idi Amim Dada, de britânicos de
origem asiática, ou então a expulsão do Gabão, pelo Presidente Oman Bongo, de cidadãos de
Benin.

Apesar da reprovação da comunidade internacional, a OUA não se manifestou em nenhum


destes episódios – o que, naturalmente, teve como resultado uma gradual neutralização de
qualquer simpatia que existisse com relação a causas como o anti-racismo e anti-colonialismo
-, tendo sempre como motivo para este procedimento o respeito pelo princípio da não-
interferência.

Apesar do extremado sentimento de ciúmes por parte dos governos africanos com relação à
sua soberania – então recém-adquirida – alguns acontecimentos, tanto de ordem interna
quanto externa, ensejaram uma séria reflexão e avaliação do seu papel – assim como do
princípio da não-interferência – no contexto político africano. Internamente, afora as próprias
violações cometidas pelos Estados, que por si só já chamavam a atenção mundial, teve
fundamental importância a queda, em 1978, de três ditaduras; quais sejam, a do Imperador
Jean Bokassa, da República Centro-Africana, a do Presidente Nguéma Macias, da Guiné
Equatorial, e a do General Idi Amin Dada, da Uganda. Como fator externo deveras
importante, teve-se a “cruzada pelos direitos humanos” iniciada, em 1979, pelo então
Presidente Jimmy Carter, como parte da política externa norte-americana. Os Estados Unidos,
assim como diversos países ocidentais, começaram a condicionar seus programas de
assistência ao efetivo respeito dos direitos humanos nos países beneficiários. Ainda em nível
externo, as Nações Unidas tiveram papel sobremaneira importante, principalmente através da
7
promoção de eventos que chamaram a atenção para a necessidade de se concertar um sistema
regional próprio para a proteção dos direitos humanos na África (infra).

Estes acontecimentos levaram os Estados africanos à ponderada conclusão de que somente


com a erosão (pelo menos parcial) do princípio da não-interferência e soberania é que se
tornaria viável falar-se de um eficaz sistema de promoção e proteção de direitos humanos.

Foram estas as principais barreiras superadas, no contexto da OUA, para o surgimento da


Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos.

em 1978, uma Revolução movida pela Nigéria foi adotada na Sessão da Comissão de Direitos
Humanos da ONU, cujo escopo era precisamente requerer às Nações Unidas assistência para
o estabelecimento de instituições regionais de direitos humanos.

Após quase um ano, durante a 16ª Conferência dos Chefes de Estado e de Governo Africanos,
realizada em Monrávia, Libéria, de 17 a 20 de julho de 1979, o Presidente Leopold Sedar
Senghor, do Senegal, propôs uma Resolução que levou à Decisão 115/XVI (1979).

Esta versava sobre a preposição de um esboço preliminar, por um grupo de peritos, de uma
Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos, a qual vislumbraria, inter alia, o
estabelecimento de órgãos para a promoção e proteção destes direitos.

Logo em seguida, entre 10 e 21 de setembro de 1979, a pedido da Assembleia Geral e da


Comissão de Direitos Humanos da ONU, e a convite do governo da Libéria, o Secretário-
Geral das Nações Unidas organizou em Monróvia um seminário sobre o estabelecimento de
comissões de direitos humanos, com especial referência à África. Uma de suas mais
importantes conclusões sustenta que o princípio da não-interferência nos assuntos internos de
um Estado soberano não deveria excluir a ação internacional quando da violação dos direitos
humanos. Não obstante, considerou-se que a função principal da Comissão Africana de
Direitos Humanos deveria ser primariamente promocional, posto que se constituiria na
informação à população dos seus direitos.

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Direitos civis e político
Direitos civis e políticos são uma classe de direitos que protegem a liberdade dos indivíduos
de violação por governos organizações sociais e particulares, e que assegura a capacidade
destes indivíduos de participar na vida civil e politica da sociedade e do Estado, sem
discriminação ou repressão.

Artigo 3º
Os Estados-partes no presente Pacto comprometem-se a assegurar a homens e mulheres
igualdade no gozo de todos os direitos civis e políticos enunciados no presente Pacto.

Artigo 14
1. Todas as pessoas são iguais perante os Tribunais e as Cortes de Justiça. Toda pessoa terá o
direito de ser ouvida publicamente e com as devidas garantias por um Tribunal competente,
independente e imparcial, estabelecido por lei, na apuração de qualquer acusação de caráter
penal formulada contra ela ou na determinação de seus direitos e obrigações de caráter civil.
A imprensa e o público poderão ser excluídos de parte ou da totalidade de um julgamento,
quer por motivo de moral pública, ordem pública ou de segurança nacional em uma sociedade
democrática, quer quando o interesse da vida privada das partes o exija, quer na medida em
que isto seja estritamente necessário na opinião da justiça, em circunstâncias específicas, nas
quais a publicidade venha a prejudicar os interesses da justiça; entretanto, qualquer sentença
proferida em matéria penal ou civil deverá tornar-se pública, a menos que o interesse de
menores exija procedimento oposto, ou o processo diga respeito a controvérsias matrimoniais
ou à tutela de menores.

2. Toda pessoa acusada de um delito terá direito a que se presuma sua inocência enquanto não
for legalmente comprovada sua culpa.

3. Toda pessoa acusada de um delito terá direito, em plena igualdade, às seguintes garantias
mínimas:
1. a ser informada, sem demora, em uma língua que compreenda e de forma
minuciosa, da natureza e dos motivos da acusação contra ela formulada;
2. a dispor do tempo e dos meios necessários à preparação de sua defesa e a comunicar-se
com defensor de sua escolha;
3. a ser julgada sem dilações indevidas;
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4. a estar presente no julgamento e a defender-se pessoalmente ou por intermédio de defensor
de sua escolha; a ser informada, caso não tenha defensor, do direito que lhe assiste de tê-lo, e
sempre que o interesse da justiça assim exija, a Ter um defensor designado ex officio
gratuitamente, se não tiver meios para remunerá-lo;
5. a interrogar ou fazer interrogar as testemunhas de acusação e a obter comparecimento e o
interrogatório das testemunhas de defesa nas mesmas condições de que dispõem as de
acusação;
6. a ser assistida gratuitamente por um intérprete, caso não compreenda ou
não fale a língua empregada durante o julgamento;
7. a não ser obrigada a depor contra si mesma, nem a confessar-se culpada.

4. O processo aplicável aos jovens que não sejam maiores nos termos da legislação penal
levará em conta a idade dos mesmos e a importância de promover sua reintegração social.
5. Toda pessoa declarada culpada por um delito terá o direito de recorrer da sentença
condenatória e da pena a uma instância superior, em conformidade com a lei.
6. Se uma sentença condenatória passada em julgado for posteriormente anulada ou quando
um indulto for concedido, pela ocorrência ou descoberta de fatos novos que provem
cabalmente a existência de erro judicial, a pessoa que sofreu a pena decorrente dessa
condenação deverá ser indenizada, de acordo com a lei, a menos que fique provado que se lhe
pode imputar, total ou parcialmente, e não-revelação do fato desconhecido em tempo útil.
7. Ninguém poderá ser processado ou punido por um delito pelo qual já foi absolvido
ou condenado por sentença passada em julgado, em conformidade com a lei e com os
procedimentos penais de cada país.

Direitos civis
Os direitos civis incluem a garantia de integridade física e mental, a vida e a segurança dos
povos, a protecção contra a discriminação por motivos tais como raça, sexo, origem nacional,
cor, orientação sexual, etnia, religião ou deficiência, e os direitos individuais como a
privacidade, as liberdades de pensamento e de consciência, de expressão, de religião, de
imprensa, de reunião e de movimento.

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De acordo com Artigo 48, da Constituição da República de Moçambique, (Liberdades de
expressão e informação) Todos os cidadãos têm direito a liberdade de expressão, a liberdade
de imprensa, bem como o direito a informação.

De acordo com o Artigo 54 (Liberdade de consciência, de religião e de culto) da CRM,


ninguém pode ser descriminado, perseguido. Prejudicado, privado de direitos, beneficiado ou
isento de deveres por causa da sua fé, convicção ou pratica religiosa.

Direitos políticos
Os direitos políticos incluem a justiça natural (equidade processual) em lei, tais como os
direitos do arguido, incluindo o direito a um julgamento justo, o devido processo legal, o
direito de buscar reparação ou um remédio legal, e os direitos de participação na sociedade
civil e política, tais como a liberdade de associação, o direito de se reunir, o direito de petição,
o direito de autodefesa, e o direito de voto.

O Pacto Internacional sobre direitos civis e Políticos foi adoptado pela Assembleia Geral das
Nações Unidas através da resolução 2200A(XXI), em 16 de Dezembro de 1966, e entrou em
vigor em 23 de marco de 1976.

De acordo com o Artigo 60 da CRM, ninguém pode ser condenado por acto não qualificado
como crime no momento da sua prática.

Artigo 52 (Liberdade de associação), todo cidadão tem direito à liberdade de associação.

Direitos Ambientais
Conforme conceito legal previsto no art. 3º, inciso I, da Lei nº 6.938/81, meio ambiente é "o
conjunto de condições, leis, influências e interacções de ordem física, química e biológica,
que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas".

José Afonso da Silva (2010) com bastante lucidez, traz a seguinte definição de Direito
Ambiental: Como todo ramo do Direito, também o Direito Ambiental deve ser considerado
sob dois aspectos:

a) Direito Ambiental objectivo, que consiste no conjunto de normas jurídicas disciplinadoras


da protecção da qualidade do meio ambiente;

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b) Direito Ambiental como ciência, que busca o conhecimento sistematizado das normas e
princípios ordenadores da qualidade do meio ambiente.

Os direitos ambientais são uma extensão dos direitos humanos fundamentais que a
humanidade exige e merece. Alem de ter o direito à alimentação, à água potável, a um abrigo
adequado, e à educação, ter um ambiente segura e sustentável é fundamental visto que todos
os outros direitos são dependentes deste. O desejo de garantir o acesso de todos os habitantes.

Os direitos ambientais tratam da protecção de recursos naturais, do acesso e uso dos recursos
naturais, e de como o acesso e uso destes recursos afecta populações circundantes, bem como
os próprios recursos. Defensores/as dos direitos ambientais muitas vezes proteger os recursos
naturais da exploração corporativa e de danos.

Artigo 102 da CR, (Recursos naturais) O Estado promove o conhecimento a inventariação e a


valorização dos recursos naturais e determina as condições do seu uso e aproveitamento com
a salvaguarda dos interesses Nacionais.

Segundo artigo 90 da CRM, (direito ao ambiente) todo cidadão tem o direito de viver num
ambiente equilibrado e o dever de o defender.

Artigo 92 da CRM, (direito dos consumidores), os consumidores têm direito à qualidade dos
bens e serviços consumidos, à formação, à protecção da saúde, da segurança dos seus
interesses económicos, bem como à reparação de danos.

Direitos económicos, sociais e culturais


Os direitos económicos, sociais e culturais incluem os direitos à alimentação adequada, à
moradia adequada, à educação, à saúde, à segurança social, à participação na vida cultural, à
água, ao saneamento e ao trabalho.

Direitos económicos
De acordo com Artigo 14 da carta Africana
O direito de propriedade é garantido, só podendo ser afetado por necessidade pública ou no
interesse geral da colectividade, em conformidade com as disposições de leis apropriadas.
Artigo 15

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Todas as pessoas têm direito de trabalhar em condições equitativas e satisfatórias e de receber
um salário igual por um trabalho igual.

Direitos sociais
Direitos sociais são os direitos que visam garantir aos indivíduos com exercício e usufruto de
direitos fundamentais em condições de igualdade, para que tenha uma vida digna por meio da
protecção e garantias dadas pelo Estado de direito.

São direitos Sociais à Educação, à Saúde, a alimentação, o trabalho, moradia, transporte, o


laser, segurança, à previdência social, à protecção a maternidade e a infância, assistência aos
desamparados, na forma desta constituição.

Artigo 84 da Constituição da Republica, (Direito ao trabalho)

1. O trabalho constitui direito e dever de cada cidadão.


2. Cada cidadão tem direito a livre escolha da profissão

De acordo com artigo 88 da CR, (Direito à Educação),

1. Na Republica de Moçambique a Educação constitui direito e dever de cada cidadão.


2. O Estado promove a extensão da educação à formação profissional continua e a
igualdade de acesso de todos os cidadãos a gozo deste direito.

De acordo com artigo 89 da CR, (Direito a saúde), todos os cidadãos têm o direito à
assistência médica e sanitária, nos termos da lei, bem como o dever de promover e defender a
saúde pública.

Direitos culturais
Os direitos culturais estão relacionados com o respeito pela identidade cultural das pessoas
(língua, etnia, religião, tradições,) com acesso à educação e à cultura e com a participação de
todos na vida cultural das sociedades.

Os direitos culturais podem ser elencados como aqueles que dizem respeito à valorização e
protecção do património cultural, à produção, promoção, difusão e acesso democrático aos
bens culturais, à protecção dos direitos autorais e à valorização da diversidade cultural.

De acordo com artigo 93 da CR (cultura física e desporto)


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1. Os cidadãos têm direito a educação física e ao desporto.
2. O Estado promove, através das Instituições desportivas e escolares, a pratica e a
difusão da educação física e do desporto.

Artigo 94 (Liberdade de criação cultural)

1. Todos os cidadãos têm direito à liberdade de criação científica, técnica, literária e


artística.
2. O estado protege os direitos inerentes à propriedade intelectual, incluindo os direitos
de autor e promove a prática e difusão das letras e das artes.

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Conclusão
Concluindo pude perceber que, graças a Carta Africana que foi o verdadeiro marco inicial do
sistema africano de direitos humanos. Seus dispositivos foram inspirados pela valorização da
diversidade cultural africana e pela erradicação de todas as formas de discriminação28, com o
claro intuito de mitigar as tensões étnico-raciais e reduzir a pressão internacional sobre os
Estados Africanos.
O tratado foi dividido em três capítulos. O primeiro deles estabelece o rol de direitos e
deveres a serem salvaguardados pelos Estados Partes. O segundo institui um mecanismo de
proteção de direitos humanos, na figura da Comissão Africana de Direitos Humanos. Já o
terceiro capítulo traz disposições diversas a respeito de sua vigência.
Entre os artigos 3º e 14, a Carta Africana prevê direitos civis e políticos, como a igualdade
perante a lei, a liberdade de ir e vir, o acesso ao judiciário, as liberdades de expressão,
associação e reunião e o direito à participação política, tanto direta quanto indireta. Já os
artigos 15 a 17 trazem uma extensa lista de direitos sociais, econômicos e culturais, como os
direitos à saúde, à educação, à cultura e à igualdade no trabalho. O artigo 18, por sua vez,
define os deveres estatais de proteger a família, eliminar toda a discriminação contra a mulher
e proteger os direitos das crianças e dos idosos.
O conjunto de direitos previstos na Carta guarda singularidades em relação aos sistemas
europeu e interamericano. Primeiramente, ela tutela direitos civis, políticos, sociais, culturais
e econômicos em um mesmo documento, sem diferenciar as dimensões de direitos humanos.
Pautou-se pela indissociabilidade dos direitos humanos, ou seja, pela ideia de que são
indivisíveis e interdependentes em sua proteção30. Os demais sistemas regionais, por outro
lado. A Comissão Africana representou um grande avanço na tutela de direitos humanos no
continente, ao fornecer aos indivíduos um mecanismo de proteção contra o Estado violador.

15
Referências bibliográficas
AMORIM, Ana Paula. Metodologia do trabalho Científico.2a ed. Bahia-Brasil, 1998.

Carta Africana de Direitos Humanos e dos Povos, preâmbulo e artigos 2º e 19. 1º de junho de
1981. Disponível em: <https://www.au.int/web/sites/default/files/treaties/7770-file-
banjul_charter.pdf

Constituição da Republica, atualizada (Lei no1/2018, de 12 de Junho) Edição 2018

EIDE, Asbjorn & ROSAS, Allan. “Economic, Social and Cultural Rights: A Universal
Challenge”. In: A. EIDE et al., 1995.

LEGISLAÇÃO. Lei nº 6.938, de 31 de Agosto de 1981

Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos (1966)


SILVA, José Afonso da. Direito Ambiental Constitucional. 8. ed. São Paulo: Malheiros, 2010.

.<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm

https://www.frontlinedefender.org/pt/right/enviromental-rights

https://www.frontlinedefender.org/pt/right/civil-political-rights.

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